Enciclopédia de Marcos 1:17-17

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mc 1: 17

Versão Versículo
ARA Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.
ARC E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens.
TB Disse-lhes Jesus: Segui-me, e eu farei que vos torneis pescadores de homens.
BGB καὶ εἶπεν αὐτοῖς ὁ Ἰησοῦς· Δεῦτε ὀπίσω μου, καὶ ποιήσω ὑμᾶς γενέσθαι ἁλιεῖς ἀνθρώπων.
HD Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e vos farei que se tornem pescadores de homens.
BKJ E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que vos torneis pescadores de homens.
LTT E lhes disse Jesus: "Vinde vós em- seguimento- a Mim, e Eu vos farei ser tornados pescadores de homens."
BJ2 Disse-lhes Jesus: "Segui-me[f] e eu vos farei pescadores de homens.
VULG et dixit eis Jesus : Venite post me, et faciam vos fieri piscatores hominum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Marcos 1:17

Ezequiel 47:10 Será também que os pescadores estarão junto dele; desde En-Gedi até En-Eglaim, haverá lugar para estender as redes; o seu peixe, segundo a sua espécie, será como o peixe do mar Grande, em multidão excessiva.
Mateus 4:19 E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.
Lucas 5:10 e, de igual modo, também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante, serás pescador de homens.
Atos 2:38 E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Marcos 1 : 17
Vinde após mim
Expressão idiomática que significa “Sede meus discípulos”. Era dever dos discípulos, na Palestina do primeiro século, acompanhar seu Mestre, com o objetivo de observá-lo no cumprimento dos preceitos estabelecidos na Torah.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O NASCIMENTO DE JESUS

c. 5 a.C.
O NASCIMENTO DE JESUS EM BELÉM
Na pequena cidade de Belém, na Judeia, ocorreu um fato que, apesar do cálculo errado feito no sexto século pelo monge Dionísio Exíguo, é usado para dividir a história em duas partes: a.C. (antes de Cristo) e d.C. (depois de Cristo). Localizada 9 km ao sul de Jerusalém, Belém era a cidade de origem da família de Davi e, de acordo com o profeta Miquéias, seria o lugar onde nasceria aquele "cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade".
O Evangelho de Lucas relata que a mãe de Jesus, Maria, e seu marido José cumpriram um decreto de César Augusto (31 a.C. - 14 d.C.) e viajaram 120 km de Nazaré até Belém para serem registrados. Também observa que esse foi primeiro censo realizado quando Quirino era governador da Síria. Sabe-se que Públio Sulpício Quirino cumpriu dois mandatos governador da Síria: de 6 a 4 a.C. e de 6 a 9 d.C. Assim, o censo não pode ter sido realizado no período entre 3 a.C.e 5 d.C. e, portanto, Jesus não pode ter nascido no ano designado de forma conjetural como 1 d.C. A proposta de que seu nascimento ocorreu antes dessa data corroborada pela morte de outro personagem histórico importante: Herodes, o Grande, no final de marco de 4 a.C

NÃO HAVIA LUGAR NA HOSPEDARIA
A história do nascimento de Jesus em Belém é descrita nos Evangelhos de Mateus e Lucas. Marcos e loão não a mencionam. Lucas diz apenas: "Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria" (Lc 2:6-7). O termo grego para "hospedaria" é usado posteriormente por Lucas em seu Evangelho para se referir ao "aposento" "salão de hóspedes" onde Jesus realizou refeição pascal com seus discípulos pouco antes de sua crucificação. Assim, tendo em vista grande número de pessoas de fora de Belém em função do censo, Maria e José não conseguiram encontrar um quarto de hóspedes. Não sabemos a certo onde o nascimento ocorreu. Na metade do século II, Justino Mártir escreveu que Jesus nasceu numa caverna. Os escritores dos Evangelhos são menos específicos, mas sabe-se que alguém providenciou uma comida manjedoura (um cocho em que se colocava a de animais), na qual Maria e José colocaram Jesus. A "Igreja da Natividade", que fica sobre uma caverna considerada tradicionalmente como o local do nascimento de Jesus, foi construída pelo imperador Constantino em 325 d.C. e ampliada por Justiniano (527-565 d.C.).

PASTORES NOS CAMPOS
Lucas registra que um anjo apareceu à noite a alguns pastores que estavam nos campos guardando seus rebanhos do ataque de ladrões e animais predadores. Esses rebanhos tão próximos de Jerusalém talvez fossem reservados para os sacrifícios no templo. O anjo anunciou: "Hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura" (Lc 2:11-12). Os pastores se dirigiram apressadamente a local indicado e encontraram o bebê deitado na manjedoura, conforme o anjo tinha dito.
Talvez tenhamos aqui uma indicação da época do ano, pois as ovelhas normalmente ficavam nos pastos entre os meses de marco e novembro. Os meses de inverno_ eram frios e, portanto inadequados para os animais pastarem. Assim, ao que parece, Jesus não nasceu em dezembro quando se celebra essa ocasião. Comemoramos o Natal em dezembro porque os cristãos primitivos decidiram celebrar a vinda do Senhor ao mundo durante o festival romano do "sol invicto" no solstício de inverno, observado em 25 de dezembro. Lucas registra que Jesus foi circuncidado e recebeu seu nome no templo, depois de "completados oito dias". Descreve também como Simeão, um homem devoto, e a profetisa Ana identificaram o bebê de imediato como o redentor prometido dos judeus.

OS MAGOS
De acordo com o Evangelho de Mateus, Maria e o menino Jesus receberam visitantes misteriosos
vindos do Oriente, os quais o texto grego chama de magoi, um termo latinizado para magi e traduzido como "magos" ou "sábios". Esse acontecimento parece ter ocorrido algum tempo depois do nascimento de Jesus, pois sua família estava vivendo numa casa. Talvez as acomodações de emergência, quaisquer que fossem, tenham se mostrado inadequadas para uma criança pequena. A reação de Herodes ao ordenar que todos os meninos de Belém com até dois anos de idade fossem mortos pode indicar que Jesus estava com quase três anos de idade quando os visitantes chegaram. De onde esses magos vieram? Muitos propõem que eram da Babilônia, o centro da astronomia ,antiga. Astrólogos babilônios ocupavam-se desde tempos remotos com a observação dos astros que pressagiavam o bem ou o mal para a "terra do Ocidente", ou seja, a Síria-Palestina. No entanto. é mais provável que os magos fossem provenientes_ da Pérsia. A palavra magos é derivada do termo persa magush, que denotava uma classe de astrólogos. O número três é associado tradicinnalmente aos magos devido as três presentes oferecidos. A designação "reis" não possui base neotestamentária, originando-se de um desejo de retratar os visitantes do Oriente com o cumprimento de três profecias do Antigo Testamento nas quais reis prestam homenagem ao Senhor.

SEGUINDO A ESTRELA
De acordo com o Evangelho de Mateus, os magos ficaram sabendo do nascimento de Jesus pela observação das estrelas. Uma estrela específica chamou a sua atenção e reconheceram que anunciava o nascimento do "rei dos judeus". Conforme Mateus relata, a estrela que conduziu os magos a Belém havia aparecido no Oriente numa determinada ocasião e se movido adiante deles até parar no local onde o menino se encontrava. Pesquisas sobre essa estrela que deve ter aparecido antes da morte de Herodes, o Grande, no final de março de 4 a.C. sugerem as seguintes hipóteses:

OURO, INCENSO E MIRRA
Mateus registra que os magos presentearam o menino Jesus com ouro, incenso e mirra. O incenso e a mirra eram originários do sul da Arábia, o reino de Sabá no Antigo Testamento. Isso não significa, porém, que os magos vieram de lá, pois as caravanas percorriam rotas movimentadas levando esses produtos para a Síria e a Palestina ao norte e também para a Babilônia, de modo que os magos podem ter comprado o incenso e a mirra na Babilônia. É igualmente possível que tenham comprado os presentes a caminho da Palestina, no bazar de Damasco, ou mesmo no mercado de Jerusalém. O ouro representa o esplendor real, O incenso era um ingrediente do incenso sagrado queimado no tabernáculo em sinal de adoração e para fumigar o ambiente. A mirra, um dos ingredientes do óleo da unção era usada em cosméticos e no embalsamamento. Foi misturada com aloés e aplicada ao corpo de Jesus depois da crucificação.

A FUGA PARA O EGITO
Conforme o Evangelho de Mateus, a pressuposição dos magos de que o "rei dos judeus" nasceria em Jerusalém os• levou a informar Herodes, o Grande (37-4 a.C.), do nascimento desse rei que desejavam visitar. Advertido por um anjo num sonho, José levou sua família para o Egito.

A VOLTA A NAZARÉ
Depois da morte de Herodes, a família de Jesus voltou a se estabelecer em Nazaré, uma cidade pequena e inexpressiva nos montes da Galileia. Com exceção do registro de uma viagem a Jerusalém quando Jesus estava com doze anos de idade, não sabemos mais nada sobre a vida dele até o início de seu ministério público, cerca de dezoito anos depois. Maria, sua mãe, deve ter se perguntado como o nascimento virginal! e os acontecimentos extraordinários relacionados a ele preparariam Jesus para cumprir a missão divina resumida no nome que o anjo instruiu José a dar ao menino: "Lhe porás o nome de Jesus [o Senhor salva], porque ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mt 1:21).

 

Referências

Samuel 16.1

Miquéias 5.2

Lucas 2:2

Lucas 22:11

Lucas 2:21-38

Salmo 72:10;

Isaías 49.7

Isaías 60:3

Mateus 2:2-9

Êxodo 30:23-34

João 19.39

Mateus 1:23

Visitantes em Belém O mapa mostra o caminho que Maria e José provavelmente percorreram de Nazaré a Belém, e também o caminho percorrido pelos magos. Também mostra o provável caminho de José e Maria ao fugirem para o Egito quando Jesus ainda era bebê.
Visitantes em Belém O mapa mostra o caminho que Maria e José provavelmente percorreram de Nazaré a Belém, e também o caminho percorrido pelos magos. Também mostra o provável caminho de José e Maria ao fugirem para o Egito quando Jesus ainda era bebê.
Interior da Igreja da Natividade, em Belém.
Interior da Igreja da Natividade, em Belém.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 1)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

30

Galileia

Jesus anuncia pela primeira vez que “o Reino dos céus está próximo”

Mt 4:17

Mc 1:14-15

Lc 4:14-15

Jo 4:44-45

Caná; Nazaré; Cafarnaum

Cura filho de funcionário; lê o rolo de Isaías; vai para Cafarnaum

Mt 4:13-16

 

Lc 4:16-31

Jo 4:46-54

Mar da Galileia, perto de Cafarnaum

Chama quatro discípulos: Simão e André, Tiago e João

Mt 4:18-22

Mc 1:16-20

Lc 5:1-11

 

Cafarnaum

Cura sogra de Simão e outros

Mt 8:14-17

Mc 1:21-34

Lc 4:31-41

 

Galileia

Primeira viagem pela Galileia, com os quatro discípulos

Mt 4:23-25

Mc 1:35-39

Lc 4:42-43

 

Cura leproso; multidões o seguem

Mt 8:1-4

Mc 1:40-45

Lc 5:12-16

 

Cafarnaum

Cura paralítico

Mt 9:1-8

Mc 2:1-12

Lc 5:17-26

 

Chama Mateus; come com cobradores de impostos; pergunta sobre jejum

Mt 9:9-17

Mc 2:13-22

Lc 5:27-39

 

Judeia

Prega em sinagogas

   

Lc 4:44

 

31 d.C., Páscoa

Jerusalém

Cura homem em Betezata; judeus tentam matá-lo

     

Jo 5:1-47

Retorno de Jerusalém (?)

Discípulos colhem espigas no sábado; Jesus “Senhor do sábado”

Mt 12:1-8

Mc 2:23-28

Lc 6:1-5

 

Galileia; mar da Galileia

Cura mão de um homem no sábado; multidões o seguem; cura muitos

Mt 12:9-21

Mc 3:1-12

Lc 6:6-11

 

Mte. perto de Cafarnaum

Escolhe os 12 apóstolos

 

Mc 3:13-19

Lc 6:12-16

 

Perto de Cafarnaum

Profere Sermão do Monte

Mt 5:1–7:29

 

Lc 6:17-49

 

Cafarnaum

Cura servo de oficial do exército

Mt 8:5-13

 

Lc 7:1-10

 

Naim

Ressuscita filho de viúva

   

Lc 7:11-17

 

Tiberíades; Galileia (Naim ou proximidades)

João envia discípulos a Jesus; verdade revelada às criancinhas; jugo é suave

Mt 11:2-30

 

Lc 7:18-35

 

Galileia (Naim ou proximidades)

Pecadora derrama óleo nos pés de Jesus; ilustração dos devedores

   

Lc 7:36-50

 

Galileia

Segunda viagem de pregação, com os 12

   

Lc 8:1-3

 

Expulsa demônios; pecado imperdoável

Mt 12:22-37

Mc 3:19-30

   

Não dá sinal, exceto o de Jonas

Mt 12:38-45

     

Sua mãe e seus irmãos chegam; diz que discípulos são seus parentes

Mt 12:46-50

Mc 3:31-35

Lc 8:19-21

 

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Joanna de Ângelis

mc 1:17
Florações Evangélicas

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3312
Capítulo: 2
Página: 16
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis
E Ele veio! Multissecularmente aguardado como a esperança de Israel, ei-Lo que surge no período em que a História repete as glórias de Péricles e o pensamento cultiva as belezas, conquanto a barbaria comandasse homens e governos, estabelecendo um marco novo para a contagem das Idades em relação ao porvir. Não que os tempos fossem diferentes. Herodes, na sua jactância, não passava de subalterno áulico de César, guindado à posição de relevo graças à impiedade de que se fazia instrumento. A política de dominação, em toda parte, estabelecia a exploração do homem pelo homem e a opressão da força em detrimento do direito. A sociedade desvairava e o valor do homem eram as suas posses transitórias. As ambições se avolumavam traçando as diretrizes do poder e estiolavam as mais nobres florações do sentimento. . . As artes e a cultura, porém, desabrochavam nesses dias, ensejando maiores ideais na capital do Império que exportava conceitos de paz e beleza não obstante o clangor da guerra e o aríete das arbitrariedades. . . . . . E Ele veio! A Sua presença assinalou de paz o período da nova Era. Não a paz externa, lavrada em audaciosos conciliábulos e sustentada pela usurpação do crime: Era uma aragem de ventura que penetrava os Espíritos e os pacificava interiormente, predispondo-os ao amor. Seu verbo manso e ameno, marchetado da severidade que dimana do conhecimento da Vida e da Verdade, modificou a estrutura do pensamento filosófico e social, desde então traçando nova pauta para as criaturas do porvir. Perseguições e calúnias — miasmas dos pequenos homens de todos os tempos — não Lhe diminuíram a grandeza do ensino nem a elevação do serviço. E mesmo crucificado não foi vencido. . . Submisso pela humildade excelsa nunca apareceu alquebrado, curvado ante os contemporâneos. Ereto esteve na Cruz, donde partiu para a Pátria Verdadeira, incitando-nos a segui-Lo.
* * *

Ainda hoje Jesus é a esperança que se tornou realidade. Israel desejava um Rei arbitrário e vingador. A Humanidade tentou fazê-Lo dominador e cruel através dos séculos. Israel aguardava e ainda espera um Enviado implacável no seu ódio de raça e de ambição. A Humanidade procurou torná-Lo senhor de todos, esmagando os insubmissos e rebeldes. . . Hoje também ainda é assim. Jesus, porém, nestes dias de inquietação e desassossego, é a esperança que domina os espíritos e a paz que penetra os corações. O homem subjuga o homem, os governos se entrechocam no domínio das armas, a fome ameaça e dizima milhões de vidas cada ano, as enfermidades espalham pavores, a escassez de amor enlouquece, no entanto, neste clima sócio- moral da atualidade, Jesus retorna e convida a outras cogitações. Canta um novo e permanente Natal no burgo das almas da Terra que O esperam. Estado interior, Jesus é comunhão de alma para alma a emboscar-se nos homens confiantes. O Cristo amansa as paixões e suaviza as Inquietações da vida, fixando naqueles que O conhecem os caracteres iniludíveis da Sua presença.
* * *

Sentindo a mensagem d’Ele no espírito que agora se volta para as coisas elevadas da vida — após o cansaço e o desgosto das investidas infrutíferas na vivência da ilusão — não te permitas contaminar pelos fluídos maléficos destes dias turbulentos. Movimenta os braços e atua na ação enobrecedora a benefício dos que sofrem. E, se ao te reclinares ao leito estiveres assinalado por alguma dor ou desencantado por qualquer afronta, mergulha o pensamento na mensagem d’Ele e busca escutá-lo no coração. Fazendo o necessário silêncio interior, ouvirás a Sua voz em acalanto de ternura e alento, encorajando-te para prosseguir, constatando que em verdade Ele veio e demora-se ao teu lado, esperando, hoje como ontem, que o mundo moral da Terra modifique o seu clima e haja paz perene entre todos os homens, através dos teus sacrifícios desde agora.


“Segui-me, e eu farei que vos torneis pescador es de homens".

(Marcos, 1:17)


“Mas o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-Lhe dar cumprimento às profecias que Lhe anunciaram o advento; a autoridade Lhe vinha da natureza excepcional do Seu Espírito e da Sua missão divina".

(O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Capítulo 1º — Item 4)



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mc 1:17
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 21
CARLOS TORRES PASTORINO
LC 2:40-52

40. E o menino crescia e fortificava-se, enchendo-se de sabedoria, e a benevolência de Deus estava sobre ele.


41. Seus pais iam anualmente a Jerusalém, pela festa da Páscoa.


42. Quando o menino tinha doze anos, subiram eles, conforme o costume da festa;


43. e findos os dias da festa, ao regressarem, ficou o menino Jesus em Jerusalém. sem que o soubessem seus pais.


44. Mas estes, julgando que ele estivesse entre os companheiros de viagem, andaram caminho de um dia, procurando-o entre os parentes e conhecidos;


45. e não no achando, regressaram a Jerusalém à procura dele.


46. Três dias depois o encontraram no Templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os;


47. e todos os que o ouviam, muito se admiravam de sua inteligência e de suas respostas.


48. Logo que seus pais o viram, ficaram surpreendidos, e sua mãe perguntou-lhe: "Filho, por que procedeste assim conosco? Teu pai e eu te procuramos aflitos".


49. Ele lhes respondeu: "Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devia estar no que é de meu Pai"?


50. Eles porém não compreenderam as palavras que ele dizia.


51. Então desceu com eles e foi para Nazaré e estava-lhes sujeito. Mas sua mãe guardava todas estas coisas em seu coração.


52. E Jesus progredia em sabedoria, em maturidade e em benevolência (amor) diante de Deus e dos homens.


Lucas coloca o regresso a Nazaré logo após a apresentação ao Templo, ignorando por completo qualquer outro acontecimento. Diz-nos ele que o menino crescia e fortificava-se (na parte física) enchendose de sabedoria (na parte intelectual). Alguns manuscritos acrescentam "fortificava-se em espírito". O interessante a notar é que o evangelista salienta que o desenvolvimento da personalidade de Jesus se processava normalmente: não possuía a sabedoria total infusa, mas a adquiria aos poucos. Essa opinião é acatada por certos autores, como Cirilo de Jerusalém (Patrol. Graeca, vol. 75, col. 1332) e Tomás de Aquino (Summa Theologica, III, q. XII, a. 2). Explicam que, como "homem" (como personalidade) Jesus progrediu segundo as leis naturais, crescendo seu conhecimento concomitantemente com o corpo.


A lei mosaica ordenava que todos os homens que chegassem à idade da puberdade deveriam visitar o Templo de Jerusalém três vezes por ano: na Páscoa, no Pentecostes e na festa dos Tabernáculos (EX 23:14-17; EX 34:23 e DT 16:16), preceito que não incluía as mulheres. A ida de Jesus aos doze anos não era ainda obrigatória, de vez que só aos quinze o homem se tornava realmente "israelita" ou "filho do preceito" (bar misheváh).


A festa da Páscoa durava sete dias, finalizando com grande solenidade (EX 12:15 ss; LV 23:5 ss; e DT 16:1 ss). O menino, com doze anos e muita inteligência, não era vigiado. Assim, ao organizar-se o primeiro acampamento à noite, na viagem de regresso, José e Maria deram por falta dele. Não o acharam entre os parentes e amigos. No dia seguinte regressaram a Jerusalém, observando outros grupos que saíam da cidade e não no encontraram durante todo aquele dia, nem mesmo na casa de conhecidos. No terceiro dia, resolveram ir ao Templo, e lá o descobriram, sentado entre os doutores (ou melhor, entre os "mestres" - didáskaloi).


As perguntas que lhes fazia, e as respostas que lhes dava, encheram os velhos mestres de admiração e estupor, em vista da sabedoria muito acima de sua idade, que ele revelava.


Os pais também ficaram atônitos, tanto pela cena que presenciavam, como pelo modo de agir com eles. Vem a frase de repreensão de Maria, que, falando a Jesus a respeito de José (única vez que isto acontece) lhe dá o título de "pai": "teu pai e eu".


Jesus responde. São as primeiras palavras Suas que este Evangelho reporta.


A resposta é incisiva e esclarecedora: ele precisava estar no que era de Seu pai. Há três interpretações da expressão grega έν τοϊς τοΰ πατρό

ς . 1. ª) no que é de meu Pai; 2. ª) na cas8. de meu Pai; 3. ª) nos neg ócios de meu Pai.


Ao regressar a Nazaré, Jesus estava sujeito a seus pais (obediência), desenvolvendo-se gradativamente na parte intelectual (sabedoria), na parte psíquica e emocional (maturidade) e na parte moral e espiritual (benevolência ou amor).


A anotação de Lucas (prescindindo das particularidades narradas por Mateus) ensina-nos que o Homem-

Novo se recolhe à Galileia ("jardim fechado") consagrando-se ao Senhor. Nesse ambiente, o espírito, embora "menino", cresce e se fortifica, enchendo-se de Sabedoria e aprofundando-se cada vez mais em seu coração, conquistando ("tomando de assalto", MT 11:12) o Reino de Deus, e imergindo na benevolência divina que o envolve.


Ao completar doze anos de consagração íntima a Deus, e preparação pessoal, o menino vai pela vez primeira enfrentar o grande centro religioso.


Por que aos "doze anos"? O arcano 12 tem profundo significado: no plano superior simboliza os messias ou enviados; no plano humano exprime o holocausto, o sacrifício de si mesmo em benefício da coletividade. O sacrifício é sempre feito no plano da matéria (os 12 signos zodiacais), que é especializado para a experimentação e provação dos espíritos, único plano cm que estes recebem o impulso indispensável para a subida.


O evangelista anota que Jesus SUBIU para Jerusalém (que significa "visão da paz"). Se é verdade que Jerusalém estava construída no alto de um monte, não o é menos que para "ver-se a paz" verdadeira é mister subir vibracionalmente ao plano do espírito.


Seus pais José e Maria (isto é, os que conseguiram o "nascimento do menino", o intelecto e a intuição) são chamados aos seus afazeres, e DESCEM de Jerusalém para o mundo de lutas (plano advers ário, ou diabólico). Repentinamente, "dão por falta" do Cristo, de quem perderam o contato. Aí come ça ansiosa busca entre parentes e conhecido (talvez voltando ao antigo hábito de orações a santos e guias). Mas não no encontram.


São então forçados a voltar a Jerusalém, a reingressar na "visão da paz", e só depois de algum tempo (três dias) de permanência nesse estado de meditação, é que o surpreendem novamente "no Templo", ou seja, no local sagrado onde habita a Centelha Divina: o coração, "templo de Deus", "Tabernáculo do Espírito Santo".


O intelecto e a intuição alegram-se ao reencontrá-lo, e o recriminam por haver desaparecido. A resposta é exata: "onde me encontraríeis, senão neste templo interior do coração, senão no que é de meu Pai"? Então, para que procurar? Já sabemos todos onde encontrá-lo.


Depois, mais firmes na fé, unidos mais do que nunca ao Cristo Interno, compreendem que deverão voltar ao "mundo" levando-o consigo, sem distrair-se com "parentes e conhecidos". Lidando no mundo sem perder contato com Deus em nossos corações. E é isso o que faz a intuição, que tudo percebeu, e "guardou tudo o que ocorreu em seu coração", em seu registro íntimo.


E no versículo final está resumida toda a ascensão sublime: Jesus progredia no tríplice aspecto: da individualidade (sabedoria), da personalidade (maturidade) e da divindade (benevolência = amor), não só em relação a Deus, como em relação aos homens. É o progresso que temos que perlustrar: avançar sempre, conquistando cada vez mais nos três campos.


SIMBOLISMO CÓSMICO


Acenamos (Visita dos Magos, 5 - O Astro) que O nascimento de Jesus passou a ser comemorado a 25 de dezembro, para conformar-se à data do "nascimento" do sol no solstício do inverno. Aprofundemos as observações - atentos a que estamos sempre referindo-nos ao hemisfério NORTE.


Jesus e comparado ao SOL (que exprime fogo, produzido pela fricção da madeira - era filho de u "carpinteiro" - e, qual o fogo, produz Luz). Eis algumas das datas escolhidas além dessa citada e seu cotejo com os fatos astronômicos:

1. - A concepção de Maria (Virgem) é colocada a 8 de dezembro, quando a constelação Virgo surge nos céus do hemisfério boreal, antes do solstício de inverno.


2. - Nove meses após, o nascimento de Mana é comemorado a 8 de setembro (signo de Virgo), quando a lua surge nessa constelação.


3. - A 25 de março, signo de Aries (Carneiro), festeja-se a anunciação (à concepção de Jesus), exatamente no início da primavera, estação da fecundação geral na Terra, quando em Roma se celebrava à festa de Anna Perenna (recordemos que, pela tradição a mãe de Maria era chamada Ana) ; Anna Perenna era representada pela lua, que se renovava todos os meses. No mês de março também eram comemoradas as concepções em Devanaguy (mãe de Krishna) e em Isis (mãe de Hórus).


4. - Três meses após, recorda-se a visita de Maria a Isabel, a 2 de julho, época em que Maria se oculta, para só reaparecer no nascimento de Jesus. Aí exatamente, no signo de Câncer (Carangueijo) a constelação de Virgo se oculta anualmente sob o horizonte do hemisfério norte, não sendo vista.


5. - A 25 de dezembro, signo de Capricórnio, após haver chegado ao horizonte a constelação de Virgo a 8 de dezembro, comemora-se o nascimento de Jesus (assim como o de Krishna, de Hórus e de Apolo), correspondendo a data à entrada do Sol no solstício do inverno (natalis Solis invicti). O hemisfério boreal celeste apresenta, nessa época, a seguinte configuração: aos pés de Virgo, a cabeça da constelação da Serpente ("a mulher te ferirá na cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar". GN 3:15). A oeste a constelação do Touro e de Orion, com suas três estrelas em fila, em direção a Virgo, representando os "três reis magos". Completa o quadro a constelação do Carneiro, que lembra a homenagem dos "pastores". E justamente o sol inicia sua nova eclíptica na constelação de Virgo (daí Jesus filho da Virgem Maria).


6. - O mês de maio era consagrado, entre os egípcios, a Isis, mãe de Hórus. e entre os romanos a Maia (donde tirou o nome) a deusa da fecundação primaveril do planeta, senão, por isso, entre eles, o mês preferido para os casamentos.


7. - Quando a Terra ingressou no signo de Aries, 2. 000 anos antes de Cristo, o sacrifício religioso típico era o do cordeiro, salientado também na festa da Páscoa. Na época de Jesus ingressou a Terra no signo de Peixes. A palavra "peixe", em grego ІΧΟΥΣ, contém as iniciais da frase "Jesus Cristo, filho de Deus. Salvador" (Іησους Χριστος θεου Υιος Σωτηρ) . E a figura do "peixe" simbolizou Jesus entre os primitivos cristãos. Com Sua vinda, cessaram também os sacrifícios cruentos de cordeiros: pedia-se aos que acreditavam Nele, que se sacrificassem, corrigindo seus vícios. E o ritual para indicar a mudança de vida, a passagem do "homem-velho" (signo de Aries) ao "homemnovo, signo de Peixes), era exatamente imitar a vida dos peixes, mergulhando dentro d’água (batismo). Aos apóstolos diz Jesus que os fará "pescadores de homens" MT 4:19, MC 1:17). E o batismo permaneceu na Terra durante toda a era dos Peixes, oficialmente, como símbolo de admissão na "barca" de Pedro.


LC 3:1-6

1. No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judeia. Herodes tetrarca da Galileia, seu irmão Felipe tetrarca da região da Itureia e Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene,


2. sendo sumos sacerdotes Anãs e Caifás, veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto.


3. E ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando o mergulho da reforma mental para a rejeição dos erros,


4. como está escrito no livro das palavras de Isaías: "Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas I veredas;


5. todo o vale será aterrado e todo monte e cuteiro será arrasado, os caminhos tortos far-se-ão direitos e os escabrosos, planos,


6. e todo homem verá a salvação de Deus". MT 3:1-6


1. Naqueles dias apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia:


2. "Reformai vosso pensamento, porque se aproxima de vós o reino dos céus".


3. Porque é a João que se refere o que foi dito pelo profeta Isaías: "Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas".


4. Ora, o mesmo João usava uma veste de pelo de camelo e uma correia em volta da cintura; e alimentavase de gafanhotos e mel silvestre.


5. Então ia ter com ele o povo de Jerusalém, de toda a Judeia e de toda a circunvizinhança do Jordão.


6. E eram por ele mergulhados no rio Jordão, confessando seus erros.


MC 1:1-6

1. Princípio da Boa Nova de Jesus Cristo.


2. Conforme está escrito no profeta Isaías: "Eis aí envio eu meti anjo ante a tua face, que há de preparar o teu caminho;


3. Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas",


4. apareceu João Batista no deserto, pregando o mergulho da reforma mental para a rejeição dos erros.


5. E saíam a ter com ele toda a terra da Judeia e todos os moradores de Jerusalém. e eram por ele mergulhados no rio Jordão, confessando seus erros.


6. Ora João usava uma veste de pelo de camelo e uma correia em volta. da cintura, e comia gafanhotos e mel silvestre.


Depois de adiantado o trabalho, já no capítulo 3. º, Lucas dá-nos finalmente apontamentos mais precisos para estabelecermos uma cronologia da vida de Jesus. Estudemos os vários dados históricos fornecidos. 1. º - "No 15. º ano do reinado de Tibério César"

Tibério sucedeu a Augusto, à morte deste, no dia 19 de agosto de 767 de Roma, 14 de nossa era (Dion, 56, 31). Nessa ocasião, assumiu o título de "César", e começou de fato a "reinar".


Segundo essa cronologia, o 15. º ano de seu reinado, na qualidade de César, ocorre de 19-8-28 a 19-8- 29 de nossa era (781 a 782 de Roma). O início da pregação de João ter-se-ia dado nesse ano de 28; o mergulho de Jesus (que contaria então 35 anos) teria ocorrido antes da Páscoa de 29, e sua morte na Páscoa (14 de nisan) do ano 31 de nossa era (784 de Roma) contando Jesus 37 anos de idade.


Há duas variantes na interpretação dessa data: a) diz-se que, de fato, Tibério foi "associado" ao governo de Augusto no ano 11 (764 de Roma).


No entanto, não usava o título de César, nem tampouco assumiu as rédeas do governo, porque não permaneceu em Roma. Com efeito, no ano 7 Tibério partiu para a Dalmácia, levando reforço de tropas a Germânico (Dion, 55, 31); no fim do ano 8 regressa a Roma (Dion, 56:11) aonde chega no início do ano 9, assistindo aos jogos triunfais em sua homenagem (Dion, 56, 1). Na primavera (maio), volta à Dalmácia (Suet., Tib., 16) dirigindo-se, no outono (outubro-novembro) ao Reno (Germânia). No ano 10 Tibério está novamente em Roma, e no dia 10 de janeiro faz a dedicação do Templo da Concórdia (Mommsen, Hist. Rom., 10, pág. 60). Logo após segue para o Reno, assumindo o comando das tropas romanas e passa nessa região todo esse ano e o ano 11 (Mommsen, Hist. RM 9, pág. 61) assim como o ano 12 (Hermann Shulz, Quaestiones Ovidianae, pág. 55). No ano 13 (Schulz, ibidem), em Roma, celebra a 16 de janeiro o triunfo pela guerra da Panonia, recebendo de Augusto, novamente, o poder tribunício sem limite de tempo (Dion, 65, 28). Nessa época e no início do ano 14, Augusto faz o recenseamento ajudado por Tibério (Suet., Oct. 27). A 19 de agosto de 14 Tibério assume o governo, começa a reinar no lugar de Augusto (Dion, 56, 29-31 e Suet., OCt., 100).


Nem para Roma, nem mesmo para as províncias, poderiam ser consideradas essas atividades de Tib ério, sobretudo extra urbem, como "reinado de Tibério César".


Esta 2. ª interpretação anteciparia todas as datas do Evangelho de dois anos, ou seja: a pregação de João e o mergulho de Jesus (que contaria 33 anos) seriam no ano 27, e sua morte no ano 29, tendo Jesus 35 anos (Cfr. Hieron., De Viris, 5; Catálogo Filocaliano e Libri Paschales do 5. º século, in Patrizi, De Evange1is, III, pág. 515).


Essa interpretação foi aceita pelo catolicismo romano, pois em 1929 comemorou com um "Ano Santo" o 19. º centenário da morte de Jesus.


b) Ponderam alguns estudiosos que o ano, na Síria, é computado a partir de 1. º de outubro. E raciocinam que talvez fosse considerado o primeiro ano do reinado o período de 19-8-14 a 1-10-14 (um mês e meio), sendo o período de 1-10-14 a 1-10-15 considerado como o segundo ano de reinado.


Essa interpretação daria um resultado intermediário às datas evangélicas, fixando-se a pregação de João e o mergulho de Jesus (que teria 34 anos) no ano 28, e Sua morte do ano 30 (tendo Jesus 36 anos). Cfr. Fouard, Vie de Jésus, II, pág. 445-448; Wieseler, Chronologische Synopse, pág. 334 e Cáspari, Einleitung, pág. 44; Pirot, Saint Jean Baptiste, pág. 123-127.


Difícil, porém, que um rápido período de pouco mais de um mês tivesse sido considerado como "Primeiro ano". 2. º - "Sendo Pôncio Pilatos Governador da Judeia"

Pôncio Pilatos foi nomeado "procurador" da Judeia, em substituição a Valério Grato, no ano 26 (Josefo, Ant. Jud., 18, 4, 2). No ano 36, Lúcio Vitélio, legado imperial na Síria, enviou Pilatos a Roma, por causa de acusações, cuja defesa não foi aceita por Calígula (Josefo, Ant. Jud., 18, 6, 10), que nomeou Marulo para substituí-lo. A cidade de residência dos procuradores romanos era Cesareia de Filipe. 3. º - "Herodes, tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe, tetrarca da região de Itureia e Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene" O título de "tetrarca" havia muito não designava mais o governador de um reino dividido em quatro, tanto que Antônio conferiu esse título, em 41 A. C., a Herodes o Grande, governador único da Palestina.


Todavia, à morte deste (4 A. C.), a região resultou mesmo dividida em quatro partes, sendo seus governantes: I - Arquelau, filho de Herodes o Grande e da samaritana Maltace. Recebeu, com o título de "etnarca", a Judeia, a Iduméia e a Samaria. que ele governou só dez anos: em vista de sua crueldade, foi exilado no ano 6 de nossa era para a cidade de Viena nas Gálias. Por seu afastamento, seu território passou a ser governado pelo procurador romano.


II - Herodes Antipas (ou Antípater), irmão do precedente, foi feito herdeiro por seu pai, com o título de tetrarca da Galileia e da Peréia, que governou até cerca do ano 39, quando foi exilado com sua esposa Herodíades, por Calígula, para Lyon, nas Gálias, tendo falecido na Espanha (Josefo, Ant. Jud., 18,7,2).


III - Herodes Felipe, filho de Herodes o Grande com Cleópatra de Jerusalém, foi, de 4 A. C. até 32 A. D., tetrarca da Batanéia, Traconites, Auranítides, Gaulanítides e Panéias, cidade que ele reconstruiu com o nome de Casareia de Felipe. Lucas cita apenas as duas regiões extremas.


IV - Lisânias, filho de Lisânias I, que reconquistou sua tetrarquia à morte de Herodes o Grande, governando Abilene, no Anti-Líbano, a oeste de Damasco, limite extremo-norte do ministério de Jesus. 4. º - "Sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás"

Anás (Hannah ou Ananus) era sumo-sacerdote desde o ano 6 A. C. e foi deposto em 15 A. D. por Valério Grato, governador da Judeia, que nomeou em seu lugar Ismael, filho de Fabi; em 16, Eleazer, filho de Anás, sucede a Ismael; em 17 é sumo sacerdote Simon, filho de Kamit; e em 18 sucede-lhe José, chamado Caifás, genro de Anás. Caifás manteve o cargo ininterruptamente, até 36, quando foi deposto por Vitélio. Como sogro de Caifás, Anás ter-se-lhe-ia agregado, exercendo grande influência sobre ele, a ponto de Lucas citar os dois como Pontífices Supremos, quando, por lei, deveria haver um.


Entramos, agora, nos textos equivalentes dos sinópticos, com pequeníssimas variantes.


"Veio a João a palavra de Deus", ou seja, chegou-lhe a inspiração do Alto. O deserto de Judá (Juízes 1:16) estendia-se ao sul de Arad, a leste de Bersabé. Mas o deserto da Judeia era a planície de Jericó.


João vivera retirado, entre os essênios, dos quais guarda as características, inclusive o hábito da purifica ção pela água.


Havia três tipos de "ablução" entre os judeus: l. ª) as prescritas pela Lei Mosaica em LV 14:1-32 (em caso de lepra), em LV 15:1-33 (após as relações sexuais) e em LV 11:24-27 (após tocar um cadáver). 2. ª) os "batismos" (mergulhos) essênios, para iniciação de novos membros, que se tornavam "iniciados" ou "purificados" (catharói), 3. ª) O "batismo" dos prosélitos judeus, que vinham do paganismo, e que conhecemos através de uma discussão entre as escolas de Hillel e de Chamai, e que parece ter sido um rito bem firmado já um século antes de nossa era. No 1. º século de nossa era, por influencia da escola de Hillel, tornou-se o rito de iniciação por excelência.


João não permanece parado, mas percorre toda a circunvizinhança do Jordão, pregando "o mergulho da reforma mental".


A palavra "batismo" significa realmente "mergulho", e o verbo "batizar" tem o sentido exato de "mergulhar" . Não é possível outra interpretação, da letra que é bastante clara.


O termo vulgarmente traduzido por "arrependimento" (metánoia) tem o sentido preciso de "reforma mental" (metá e noús). Não é, pois, um arrependimento no sentido de "chorar o mal que praticou", mas sim a modificação radical dos pensamentos, da mente, e do comportamento: a reforma mental.


A expressão είς άφεσιν άµαρτιώυ, geralmente traduzida "para remissão dos pecados", tem, na realidade, o sentido de "’para rejeição dos erros", Com efeito άφεσις é rejeição, repúdio, afastamento; e
άµαρτιώ

ν tem o significado muito mais vasto que pecados": é o erro em geral, qualquer erro. Pelos demais textos do Novo Testamento, verificamos que esse é o melhor sentido para essa expressão.


Interessante observar que Mateus emprega constantemente (31 vezes) "reino dos céus", que nos demais evangelistas aparece como "reino de Deus" (que Mateus só usa 4 vezes). Ambas se equivalem.


Como o nome Inefável não devia ser pronunciado, a ele se substituía a palavra Céus, no plural (no hebraico, shamaim e no aramaico shemata só havia a forma do plural). Mateus, mais arraigadamente judeu, evitava o emprego do tetragrama, escrúpulo abandonado pelos outros escritores.


O texto é de Isaías (40:3), extraído dos Septuaginta, e em Lucas aparece mais completo 40:3-3. Isaías referia-se literalmente à intervenção de Ciro, com seu edito de 538 A. C., considerado um messias, por haver salvo os israelitas do cativeiro da Babilônia. Mas Lucas emite a primeira parte do versículo 5, que, completo, diz: "e a Glória de Yahweh se manifestará e toda carne (todo homem) juntamente o verá".


Marcos, sob o nome de Isaías cita no versículo 2 o texto de Malaquias (Malaquias 3:1), com o qual emenda a cita ção de Isaías.


O que diz Malaquias confirma que João Batista é a reencarnação de Elias. E as palavras de Isaías referem o que se costumava fazer para preparar o caminho dos reis que iam visitar as cidades de seu reino: tornar mais retas as veredas, aterrar os vales, aplainar os montes e outeiros, tirar as pedras do caminho, etc. Tudo isso pode ser interpretado moralmente, no sentido de preparar os homens para receber as verdades que Jesus viria pregar.


Mateus e Marcos dão-nos a descrição física do arauto. Usava uma veste de "pelo de camelo". A palavra veste compreende as duas peças principais, a túnica e o manto. A túnica era presa aos rins por um cinto de couro.


Esse era exatamente o trajo de Elias, que trazia um cinto de couro para. prender a túnica de pelo de camelo (2RS 1:7-8) e além disso levam-nos a confirmar a crença de que João era realmente essênio.


Quanto à alimentação, fala-se em gafanhotos e mel silvestre. Os beduínos e nômades de Amman e de Petra ainda hoje utilizam esse alimento casualmente: tiram a cabeça, as patas e as asas, assam o gafanhoto sobre brasas, e dizem que não é desagradável ao paladar.


Mateus afirma que muitos eram mergulhados, "confessando seus erros", coisa que se explica pela exaltação religiosa, não rara em movimentos de alto teor místico.


O estudo do simbolismo leva-nos a várias conclusões.


Em primeiro lugar verificamos que as anotações de datas e cronologias são dadas em relação a João, e não a Jesus. Com efeito, João representa a personalidade, que ainda está sujeita a tempo e espaço, ao passo que Jesus, a individualidade, transcende tudo isso e vive na eternidade sem datas e sem pontos de referência.


Anotemos de passagem o simbolismo de alguns dos nomes citados. Além de João (Yohânan = Yahweh é favorável), temos uma descrição rápida do ambiente em que João começou o ministério da pregação. O governador supremo o "César", era a figuração de Roma, representada pelo Rio Tibre (Tiber

—Tibérius) e seu representante, lançado como uma ponte (Pontius) armada (Pilatus = armado d "pila", uma arma romana), dominava a religião (Judeia = louvor a Deus); Herodes, o idumeu (edom = vermelho, sangue), domina a região fechada (coração, Galileia) e o amigo dos cavalos (Felipe) na região rude e árida (Traconites); mas aquele que dissipa a mágoa (Lisânias) governa a planície verdejante (Abilene). Como superiores religiosos oficiais a graça (Anás) dominado pelo opressor (Caif ás). Esse o painel confuso da Terra, quando a grande personalidade de João inicia sua missão de Precursor: uns poucos bem intencionados, mas a maioria vivendo, por ignorância, na maldade e no materialismo.


Nessa situação, vem ao arauto a "palavra de Deus (não se trata do Lagos, palavra ativa, principio criador, mas de REMA, palavra discursiva, articulada, que dá ordens), incitando-o a dar início à ação.


A personalidade não é influenciada pelo Logos, que apenas atua na individualidade (coração).


João (a personalidade) falava ainda no deserto de individualidades, exortando as criaturas ainda no lano animalizado à reforma mental, a fim de renunciarem à inferioridade e renascerem pela água, em nova personalidade (da mesma forma que o renascimento do corpo se efetua através do mergulho no líquido amniótico do ventre materno). O "mergulho", pois é um renascer simbólico, como se a criatura entrasse no ventre materno da Mãe Terra e de lá saísse purificado dos erros das existências anteriores, nova criança, homem renovado.


Todas as arestas precisam ser aparadas, os excessos amputados, as deficiências preenchidas, retificadas as veredas das intenções, afastadas as pedras, embotados os espinhos, para que a personalidade possa elevar-se, vendo a salvação que vem de Deus e atingindo assim, através do ingresso no "reino dos céus", isto é, do viver na individualidade, a capacidade de aprender os ensinos de Jesus.


Todos os que já estavam no plano do "louvor a Deus" (Judeia) e na "visão da paz" (Jerusalém) ouviam a voz a clamar e iam em busca do mergulho para o novo nascimento. Só quando a criatura atinge determinado grau de maturidade e que pode ouvir o apelo divino; porque toda reforma e toda melhoria em que vir de dentro para fora: o chamado deve ecoar no coração, para que este possa responder com honesta sinceridade.


mc 1:17
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 4:18-22


18. E passeando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, também chamado Pedro, e André seu irmão, lançando a rede ao mar, pois eram pescadores.


19. E disse-lhes: "Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens".


20. Imediatamente deixaram eles as redes e o seguiram.


21. Jesus, seguindo adiante viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João seu irmão, que estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes, chamou.


22. Deixando imediatamente a barca e seu pai, eles o seguiram.


MC 1:16-21


16. E passeando ao longo do mar da Galileia, viu a Simão e a André, irmão de Simão, lançando a rede ao mar, pois eram pescadores.


17. Disse-lhes Jesus: "Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens".


18. E imediatamente deixando as redes, o seguiram.


19. Passando um pouco adiante viu a Tiago, filho de Zebedeu, e João seu irmão, que estavam na barca consertando as redes.


20. No mesmo instante os chamou. Tendo deixado na barca Zebedeu, seu pai, com os empregados, eles foram após Jesus.


21. E entraram em Cafarnaum.


(...)
LC 4:31a

31. Então, desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia. (...)


Jesus tranquilamente passeava (peritatôn) pelas margens risonhas do Lago de Tiberíades. Lago pequeno, que mede nos pontos extremos 21 km de comprimento por 12 km de largura. Aparece ora com "lago" ora como "mar", recebendo a denominação de Genesaré (étimo desconhecido) ou de Tiberíades, depois que em sua margem Herodes Antipas construiu a cidade desse nome em homenagem ao Imperador Tibério.


Bastante rico em peixe, essa indústria prosperava, escoando-se com facilidade e remunerando bem os que a ela se dedicavam. O lucro devia favorecer a companhia, chefiada por Pedro (que não era pobre, pois possuía bens, que alegou ter abandonado para seguir a Jesus, cfr. MT 19:27).


A companhia de pesca era constituída de vários sócios: Pedro, seu irmão André, e Zebedeu, que agregara como sócios também seus dois filhos Tiago e João, além de outros empregados, que prosseguiram no trabalho depois que os quatro sócios se retiraram, para garantir-lhes o rendimento financeiro.


Ao transitar em seu passeio, Jesus surpreende os pescadores em sua faina a "lançar as redes", express ão técnica (amphibállontas) do ramo da pesca.


Os dois irmãos Pedro e André, assim como João, já eram conhecidos por Jesus, que os recebera ao saírem eles do grupo do Batista, que O acompanharam na viagem a Jerusalém e no regresso à Galileia, passando por Samaria.


Tiago é nomeado pela primeira vez, como irmão de João, ambos filhos de Zebedeu (Zabdai) e de Salom é (MC 15-40). Seria Salomé uma das "irmãs" de Jesus? Nesse caso, João e Tiago seriam seus sobrinhos, e isso talvez explique a maior intimidade deles com o Mestre, acompanhando-O de perto nas ocasiões mais importantes de Sua vida terrena.


Tiago irmão de João é conhecido com o cognome de "o maior", isto é, o mais velho, para distinguí-lo do outro Tiago, "irmão" de Jesus, denominado "o menor", ou seja, o mais moço.


A cena do chamamento é de grande simplicidade. Os dois primeiros estavam a pescar, "lançando as redes", enquanto os segundos estavam "na outra barca, a consertar as redes".


Jesus aproveita o fato de estarem a pescar, para demonstrar-lhes, numa frase, o apostolado a que Ele os destinava: "pescadores de homens". Todas os quatro largam imediatamente (Kai euthús) seus afazeres e acompanham o Mestre. Não tinham realmente necessidade de seu trabalho manual para seu sustento, já que os empregados continuariam a tarefa, sob a direção de Zebedeu, provendo-lhes ao ganha-pão.


Anota Marcos, de fato, que Zebedeu ali permaneceu com os empregados, tendo compreendido o alcance da tarefa espiritual que lhes estava reservada.


Por isso também vimos Pedro, André e João, sem maiores preocupações financeiras, permanecerem algum tempo na Judeia, como discípulos do Batista; e depois viajarem acompanhando Jesus, como gente que sabe ter seu sustento garantido e não precisa regressar em dia marcado, para não perder o emprego.


Neste episódio consideramos não mais um discipulado, ou seja, a aceitação, por parte da personalidade, das doutrinas da individualidade; mas sim a renúncia à própria personalidade, para ir em busca da individualidade. E isso é feito com a renúncia total de tudo: pais, haveres e profissão.


A um simples chamado, já preparados, eles obedecem imediatamente, sem nada perguntar, sem qualquer preocupação: é a adesão integral.


Daí por diante atrairão a si não mais peixes (corpos materiais) capturados com redes, aprisionados à violência e dominados com despotismo tirânico; mas antes criaturas humanas, atraídas por amor de modo a se chegarem espontaneamente e a permanecerem com a liberdade individual.


Aprendemos, ainda, que nem todos são chamados: Zebedeu continuou em seu labor material, porque sua evolução lhe não permitia aderir à individualidade. Permaneceu, pois, com "os empregados" (veículos inferiores) a cuidar das coisas físicas.


O grupo de cinco partiu das margens do lago e penetrou a "cidade do Consolador" (Cafarnaum), prontos todos a iniciar a tarefa de levar conforto aos que sofriam, de enxugar as lágrimas dos que choravam, de reavivar a luz dos que estavam nas trevas, de abrir os ouvidos dos que nada percebiam espiritualmente, de servir de muletas aos que coxeavam no caminho do progresso, de limpar os densos fluídos dos leprosos morais: ministério de Consolação e magistério de espírito, calor para os corações e luz para as mentes.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Marcos Capítulo 1 do versículo 2 até o 45
B. JOÃO — AQUELE QUE BATIZAVA, Marcos 1:2-8

A expressão como está escrito (2) deve ter uma ênfase especial como um cumpri-mento preciso das Escrituras: exatamente como está escrito. No profeta Isaías é uma expressão que pode ser escrita como: "Em Isaías, o profeta", e assim consta nos melho-res manuscritos. Tanto Malaquias 3:1 quanto Isaías 40:3 são citados nos versículos 2:3, porém Marcos evidentemente se referiu a Isaías como o representante das duas referências apropriadas.' O evangelho já tinha começado nos "amplos pensamentos de Deus", encontrados nos escritos dos profetas. Deus tinha prometido enviar um precur-sor à frente do Ungido para preparar o caminho para a sua vinda. Meu anjo... voz do que clama (2-3) são expressões que se referem ao "Elias" que os judeus esperavam antes da vinda do Messias (9.11ss.). Com base em Malaquias 3:1 ss., o precursor seria alguém que os ameaçaria, expressando que o julgamento estava por vir, e por esta razão enfatizaria a necessidade da purificação. Um caminho honrado e integridade pessoal eram necessários para aqueles que iriam receber Aquele que viria. Portanto, podemos conectar os versículos 2:4 da seguinte maneira: Como está escrito... apa-receu João batizando.

Por que o "batizador" apareceu no deserto? (4) A resposta se encontra na longa associação de Israel com os lugares desérticos do Oriente Próximo. Foi no deserto que Deus deu a Lei e conduziu o seu povo escolhido com mão poderosa e com braço estendido. Os judeus sempre acreditaram que o Messias também apareceria no de-serto, para trazer a salvação final a Israel. A comunidade de Qumrã, que ficou famo-sa graças aos Rolos do Mar Morto, estava localizada em uma região desértica. Evi-dentemente, João pregou na Peréia, porque foi Herodes Antipas que o prendeu al-gum tempo depois.

Apareceu João batizando, porém, mais do que batizar, ele pregava com fervor. Ele era a voz do que clama no deserto. Pregando, no sentido da palavra grega, queria dizer anunciando em voz alta. Com João Batista, Israel ouviu a voz autêntica da profe-cia, que havia ficado por tanto tempo silenciosa naquelas terras. João pregava o arrepen-dimento — não uma penitência ou uma tristeza sentimental, mas a atitude de se voltar radicalmente a Deus. Sem isso, a remissão ou o perdão dos pecados era impossível.

Dos convertidos ao judaísmo (prosélitos) se exigia, dentre outras coisas, que fossem batizados. Mas aqui estava um profeta áspero que exigia o arrependimento, o batismo e a confissão dos pecados, até mesmo dos filhos de Abraão.

Apesar do fato de os seus ouvintes precisarem andar aproximadamente trinta quilômetros, e descer 1.200 metros para ter com João (5), grandes multidões vinham de toda a Judéia, incluindo, naturalmente, Jerusalém. João era o líder de um movi-mento religioso verdadeiramente grande, um fato confirmado por Josefo.5 A influência do "batizador" chamou a atenção de Herodes Antipas, com trágicos resultados; aquela influência ainda era um fator vivo na perspectiva religiosa do povo pouco tempo antes da crucificação (Marcos 11:27-33). Quando os convertidos arrependidos eram batizados, eles confessavam os seus pecados. Alguns entendem o verbo batizar como reflexivo (a mesma forma que a passiva, em grego). Grant escreve: "Batizado por ele significa 'na sua presença', ou 'sob as suas instruções'; o batismo judaico, e provavelmente também o batismo cristão dos primeiros tempos, se auto-administrava: 'eles se batizavam em sua presença' "6. Mas esta não é a maneira mais natural de interpretar a linguagem aqui, nem em Atos 8:38-16.33.

A aparência de João era tão rude quanto a região onde ele ministrava, pois anda-va vestido de pêlos de camelo (6) e usava um cinto de couro de animal. A sua ali-mentação diária incluía gafanhotos, que era um alimento desprezado por todos, exceto pelos mais pobres (apesar de aprovado em Lv 11:22), e mel silvestre, obtido das fen-das nas rochas. João era um profeta, que estava no mesmo nível dos grandes profetas do Antigo Testamento, como indicavam as suas vestes (II Reis 1:8; Zc 13:4). Mais tarde, Jesus falou dele com afeto, e lhe fez o mais alto elogio daquela época (Mt 11:11). Apesar de tudo isso, João sabia que o seu ministério deveria ser apenas um ministério prepa-ratório: Após mim vem aquele... (7). João era um homem verdadeiramente humilde Por mais que a sua mensagem e o seu ministério fossem importantes, João sabia que não passava de um precursor de Alguém mais poderoso do que ele. Era dever dos escra-vos levar as sandálias dos seus senhores e atar ou desatar as correias. Mas João Batista se sentia indigno de realizar até mesmo o serviço de um escravo para Aquele que iria batizar com o Espírito Santo (8).

Ao falar do batismo no Espírito Santo, Marcos certamente deve ter tido em mente o Pentecostes. Muitas passagens do Antigo Testamento falam do derramamento do Espíri-to Santo (veja Jl 2:28ss.; Ez 36:25-27; et al.). Além disso, o derramamento do Espírito estava relacionado com a vinda do Messias.' Voltar-se radicalmente a Deus, com a con-fissão dos pecados — uma atitude simbolizada pela água do batismo — é algo significativo, mas somente uma preparação para a vinda dAquele cujo meio de batismo é o fogo do Espírito Santo.

C. O BATISMO DE JESUS, Marcos 1:9-11

Naqueles dias, em alguma ocasião durante o grande avivamento religioso promo-vido por João, Jesus veio da Galiléia para iniciar o seu ministério. Nazaré ficava ao norte e a oeste; a Peréia, onde João estava batizando, ficava ao sul e a leste do Jordão (veja o mapa). A hora crucial e decisiva para Jesus havia chegado. O vilarejo que Ele tinha deixado, Nazaré (9), tinha sido o seu lar desde a infância (Mt 2:23), mas era um lugar obscuro. Ela não é mencionada no Antigo Testamento, nem em Josefo, nem no Talmude. Isto estava de acordo com a revelação messiânica de nosso Senhor. Mas a palavra do poderoso ministério de João tinha chegado até mesmo a Nazaré, muito além da Judéia e da Peréia.

Muitas vezes os cristãos lêem com perplexidade que Jesus buscou o batismo pelas mãos de João. Sem considerar o fato de que Ele queria se identificar com o movimento religioso de João, surge a pergunta: Por quê? Ele não tinha o sentimento de necessidade pessoal, como fica claro no seu testemunho em João 8:46a; Ele não confessou pecados, como os demais. Além disso, como Mateus registra, Jesus teve que vencer as próprias objeções de João (Mt 3:14ss.). Cranfield responde bem a esta pergunta: "A submissão de Jesus ao batismo de arrependimento de João foi sua autodedicação, madura, para com a sua missão de auto-identificação com os pecadores que, no devido tempo, o levaria até a cruz".8 Aqui, Ele literalmente "foi contado com os transgressores" (Is 53:12).

Mais tarde (Marcos 10.38), Jesus se referiu aos seus sofrimentos e à sua morte como sendo um batismo. Podemos acreditar que este simbolismo também estava presente aqui. Ou-tra consideração deve ser feita. O fato de que o nosso Senhor se submeteu ao batismo é uma garantia suficiente para a prática do batismo cristão.

Quando Jesus saiu da água (10), Ele logo, ou imediatamente, viu os céus "aber-tos". A palavra grega aqui (schizomenous) é uma expressão vívida e apocalíptica, e deve ser imediatamente reconhecida pelas suas conotações modernas. É um particípio pre-sente indicando que a ação estava em curso. A oração angustiada do homem: "Ó! Se fendesses os céus" (Is 64:1) foi completamente atendida na experiência de Jesus. Descen-do dos céus sobre (ou, possivelmente, para dentro de) Jesus, estava o Espírito na "ter-nura, pureza, e mansidão"' de uma pomba. O movimento do Espírito como um pássaro, em Gênesis 1:2, pode estar sugerido.

Temos muitas oportunidades de observar a ênfase de Marcos na verdadeira divinda-de de Jesus Cristo. Mas também podemos observar aqui que a voz dos céus (11), ex-pressando a aprovação do Pai, deve ter sido uma fonte de segurança inigualável para o nosso Senhor. Ele caminhou mais pela fé do que pela visão (Hb 4:15). Meu Filho amado é uma expressão que pode ser traduzida como: "Meu Filho, o Amado". Essas palavras significam que Ele era o único Filho do Pai. F. C. Grant observa que a voz divina normal-mente fala as Palavras das Escrituras — neste caso, o Salmo 2:7 combinado com Isaías 42:1. Mais do que um título messiânico, essas palavras de aprovação divina eram uma confirmação para Jesus da Sua própria consciência de que Ele era o Filho de Deus. "Não pode haver dúvida de que para Marcos... a divina filiação de Jesus era única, e totalmen-te sobrenatural.' Lucas acrescenta uma observação comovente à história ao registrar que Jesus estava orando (Lc 3:21) durante este acontecimento.

Embora esta cena seja descrita por Marcos de maneira breve, não podemos duvidar de que para Jesus ela foi fundamental. O batismo, para Ele, foi "o momento de decisão... de identificação... de aprovação... de capacitação".11

Destacando o versículo 9, G. Campbell Morgan observa que Jesus vai

1) para o batismo,

2) para a unção,

3) para a tentação, e explica isso, respectivamente, como vindo:

1) para os homens pecadores,

2) para Deus, para a unção do Espírito,

3) para Satanás, a fim de enfrentar o conflito.

D. A TENTAÇÃO DE JESUS, Marcos 1:12-13

Marcos registra somente os detalhes mais superficiais da tentação. Veja as passa-gens correspondentes em Mateus 4:1-11 e Lucas 4:1-13, para uma descrição mais com-pleta. Essas passagens provavelmente representam narrativas mais expandidas da his-tória concisa de Marcos. Como Jesus estava sozinho na ocasião das tentações, podemos supor que a informação das três narrativas veio do próprio Senhor.

O advérbio favorito de Marcos, logo (12), indica a relação íntima entre o batismo e a tentação. Os cumes da visão são, freqüente e rapidamente, seguidos pelos vales da ten-tação. "Uma pessoa começa uma vida de discipulado com uma subida, uma alegria. A seguir vem o deserto da dúvida e da incerteza."'

Não foi por acaso que Jesus encontrou Satanás no deserto (13). O Espírito o impeliu (12) para lá. O verbo (ekballo) é um verbo forte, que significa "expulsar", e é usado mais tarde nas narrativas das ocasiões em que Jesus expulsou demônios. Uma forte persuasão interior do Espírito impeliu Jesus a colocar-se na ofensiva em seu con-flito com Satanás. O caminho do Servo Sofredor estava diante dEle. Não se conhece esta localização no deserto, mas era um lugar tão desolado que em outras passagens é associado com demônios (por exemplo, Lc 8:29-11.24). O lugar da prova e da tentação é um lugar solitário.

Ser tentado por Satanás (13) significava, em primeiro lugar, que Jesus estava sendo posto à prova, como implica o verbo peirazo. O contexto, no entanto, sugere algo mais. Não era "apenas 'ser tentado', mas ser tentado a afastar-se do caminho indicado".13 A tentação foi vigorosa e longa, durando quarenta dias (cf. a experiência de Moisés em Êx 34:28 e a de Elias em 1 Rs 19.8). Satanás, o agente, significa "adversário". Em deter-minadas versões Mateus e Lucas utilizam o termo "demônio", que também significa "caluniador". A grande missão de Jesus era combater e derrotar o reino de Satanás; portanto, era desejável que Ele, desde o princípio, atacasse o inimigo em um combate decisivo. Jesus repudiou o comportamento de um Messias revolucionário, e escolheu o caminho do amor sacrificial. Somente o Getsêmani e o Gólgota iriam revelar o alto preço desta escolha.

Naquele lugar solitário e de provações, Jesus tinha como companhias seres em um estranho contraste. As feras estavam com Ele, assim como os anjos que o serviam. Somente Marcos registra os animais, possivelmente como uma imagem da desolação e da ausência de ajuda humana, mas talvez também como uma idéia de companhia. O jejum e a fome estão implícitos no serviço dos anjos. O verbo está no tempo imperfeito e pode indicar uma continuidade de ação, embora o fortalecimento possa ter vindo depois da provação. Os anjos trouxeram a certeza da presença de Deus, assim como a resistência física, uma experiência que seria repetida posteriormente, sob a sombra da cruz (Lc 22:43).

SEÇÃO II

O INÍCIO DO MINISTÉRIO NA GALILÉIA

Marcos 1:14-3.6

A. OS PRIMEIROS PASSOS NA GALILÉIA, 1:14-20

1. A Pregação de Jesus (Marcos 1:14-15)

O progresso do Reino não pode ser bloqueado. Quando Herodes Antipas silenciou João, esse foi o sinal para que Jesus desse início à sua pregação. Entregue à prisão (14) significa literalmente "entregue a outra pessoa". Este era, evidentemente, um termo técnico no jargão policial daqueles dias. Mas implica mais do que isso, pois a mesma linguagem é usada como uma referência a Jesus e à traição que Ele sofreu: Ele também foi "entregue" aos seus inimigos.

Veio Jesus... pregando (14) o evangelho, "as boas-novas de Deus".1 Que brilhante promessa encontra-se nestas palavras! Nada de tristeza ou destruição, mas boas-novas – e vindas do próprio Deus. Esperança, salvação, vida abundante – tudo isto está implí-cito. Finalmente, "o relógio de Deus estava marcando a hora";2 o tempo estava cumpri-do. Aqui a palavra para tempo não é chronos (um período de tempo), mas kairos ("um tempo oportuno ou adequado").3

Existe uma maré nos assuntos dos homens

Que, quando sobe, leva à felicidade;
Omitida, toda a viagem da sua vida
Fica restrita ao raso e à infelicidade.
Nós precisamos aproveitar a corrente quando ela nos serve,
Ou perderemos as nossas chances.'

Assim foi com a nação de Israel. A hora crucial do seu destino tinha chegado, e ela não percebeu isso. Uma geração mais tarde, Jerusalém estava destruída, enquanto os gentios ouviam e recebiam o evangelho (cf. Ef 1:10).

O Reino de Deus (15) provavelmente pode ser considerado como o tema unificador de toda a Bíblia.' Ele não deixava de ser familiar para aqueles que ouviram a Jesus. A palavra reino (basileia) pode ser usada em um sentido abstrato ou concreto, como reina-do ou domínio. A soberania ou a autoridade de Deus é um fato presente no nosso mundo moral, mas é contestado pela rebelião do homem. Apesar disso, "Deus está no trono", e Ele realmente reina, fazendo com que até a ira do homem converta-se em louvor ao seu nome. Entretanto, um dia o Reino irá se tornar um domínio sobre o qual Deus governará sem contradições. Estes dois temas permeiam a idéia do Reino de Deus por todas as Escrituras: realidade presente, expectativa e esperança futuras. Quando veio Jesus para a Galiléia, pregando, o Reino verdadeiramente estava próximo. "O reino de Deus ficou próximo dos homens na pessoa de Jesus, e na sua pessoa ele realmente con-fronta os homens."' Em Marcos 14.42 a mesma palavra grega é usada como uma referência à proximidade do traidor.

A primeira palavra de Jesus, assim como a de João, era Arrependei-vos; voltem-se para Deus com uma mudança de pensamento radical. João só via a ameaça do julgamen-to, e falava pouca coisa além disso. Jesus também via a promessa da redenção e incluiu esse comentário positivo: crede no evangelho. Esta é uma tradução literal do grego, e diz-se que é a única ocorrência clara dessa frase no Novo Testamento. "A conversão [o arrependimento] a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo" (Atos 20:21) continuam sendo as duas palavras-chave do evangelho.

2. O Chamado dos Quatro Pescadores (Marcos 1:16-20)

Esta história é a seqüência natural da proclamação do Evangelho na seção anterior. Os homens pressentiam uma autoridade na Palavra de Jesus, e respondiam ao Seu cha-mado como sendo o chamado daquele que tinha o direito de exigir tais coisas.

Era um momento casual, embora crítico, quando Jesus estava andando junto ao mar (16). Lucas, que tinha navegado em um mar de verdade (o Mediterrâneo) fala do "lago de Genesaré" (5.1). As dimensões do mar da Galiléia eram aproximadamente 13 x 21 quilômetros. Não era um grande espaço de água, mas um agitado centro de atividade pesqueira na Galiléia. Simão (o equivalente do Novo Testamento a Simeão) e André esta-vam trabalhando e lançavam a rede ao mar. Tratava-se de uma rede pesada, circular, com uma corda que era puxada e a fechava como uma bolsa, aprisionando os peixes.

Quando Jesus disse: Vinde após mim (17), Ele estava chamando homens ocupados e corajosos. Acostumados aos perigos do mar imprevisível, e familiarizados com a paci-ência — o requisito dos pescadores — eles teriam as qualidades necessárias para serem pescadores de homens. Eles ainda tinham o que aprender, como deixam claro as pala-vras: eu farei que sejais. O verdadeiro objetivo do discipulado é visto na razão que Deus dá para chamar estes homens. "Cristo chama homens, não tanto pelo que eles são, mas sim pelo que Ele é capaz de fazer com que eles se tornem."7

O chamado e a resposta parecem bastante repentinos — logo (18), na linguagem do "estilo nervoso" de Marcos — mas é possível que eles já conhecessem Jesus através do ministério de João Batista.

Um pouco adiante, Jesus encontrou dois irmãos pescadores, Tiago... e João, seu irmão (19). Os vívidos detalhes desta cena convenceram muitos estudiosos de que estamos diante do relato de uma testemunha ocular: Pedro. O primeiro par de irmãos é descrito como efetivamente pescando; o segundo par como tranqüilamente consertando as duas redes, "colocando-as em ordem" (Goodspeed). A palavra consertando é interessante, e também é usada para "reconstruir uma ruína ou curar um osso quebrado".8

Jesus prontamente chamou os filhos de Zebedeu. Só era possível ser discípulo através de um convite. Este termo bíblico é cheio de significado teológico. Mais tarde, Jesus lembrou aos seus discípulos: "Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós" (Jo 15:16).

Simão e André deixaram as suas redes (18), o seu meio de sustento, ao passo que Tiago e João deixaram o seu pai Zebedeu (20), assim como o seu próspero negócio (o que é indicado pela presença de empregados) '. Era uma escolha custosa, como ocorre com todos os seguidores do Senhor. "Qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo" (Lc 14:33).9

B. UM SÁBADO EM CAFARNAUM, Marcos 1:21-34

1. Um Endemoninhado na Sinagoga (Marcos 1:21-28)

Diversos aspectos característicos do estilo de Marcos podem ser observados nesta seção (Earle) : o presente histórico, o uso constante de kai ("e", "também") e de euthus ("logo", "diretamente", "imediatamente"). Tudo isso confere vivacidade de expressão ao relato, e possivelmente reflete o estilo de pregar de Pedro, conforme a lembrança de Marcos.

Embora Nazaré fosse o vilarejo onde Jesus cresceu, Cafarnaum se tornou a sua sede ou o seu quartel-general na Galiléia. Uma cidade importante na costa noroeste do lago (veja o mapa), a cerca de três quilômetros do Jordão, Cafarnaum (21) estava perto da fronteira do território de Antipas, daí a presença de um posto de alfândega ou cabine de coleta de impostos (2.14). Aqui Jesus, no sábado, entrou na sinagoga para adorar e para ensinar.

Uma prática regular na vida de Jesus era a adoração no Templo de Jerusalém, e nas sinagogas das cidades onde Ele estivesse. As sinagogas eram construídas voltadas a Jerusalém. A sinagoga era um lugar de adoração no sábado, e, durante a semana, uma escola para as crianças e uma corte onde eram julgadas as ofensas menores. Aqui Jesus ensinava. Marcos registrou mais as obras de Jesus do que as suas palavras, mas isto não significa que o evangelista tenha considerado que o ministério de ensino do Senhor fosse uma atividade secundária. Em dezesseis das dezessete vezes onde o verbo ensinar aparece no texto de Marcos, ele se refere a Jesus.

Os ouvintes maravilharam-se (22) não apenas com a doutrina de Jesus, com o que Ele ensinava, porém mais particularmente pela maneira como Ele ensinava. A sua pala-vra tinha autoridade e não era meramente um eco dos demais líderes religiosos e das suas idéias, como acontecia com os escribas.

Entre os presentes, estava uma pessoa que até então não tinha sido nem ajudada nem incomodada, um homem com um espírito imundo (23). Marcos usa esta expres-são dez vezes, Mateus duas, e Lucas seis. A possessão demoníaca é uma idéia ofensiva a algumas mentes modernas, mesmo quando falamos das forças demoníacas dos nossos dias! Talvez nada pudesse agradar mais a Satanás do que a igreja considerar como seres mitológicos tanto ele quanto os seus asseclas. Considere os espíritos impuros que contro-lam os homens: maldade, vaidade, avareza, lascívia, solidão, desespero, brutalidade. Uma tradução literal deste versículo é "um homem em um espírito imundo".

Reconhecendo Jesus como o Santo de Deus (24), o espírito imundo gritou, conster-nado: Que temos contigo? O espírito imundo não tinha nada em comum com Jesus. Com o seu ego debilitado, o homem nada mais era do que um instrumento para o seu opressor. Bem sei quem és é uma afirmação encontrada diversas vezes no Evangelho. "Os demônios freqüentemente sentem o poder daquele que os expulsa."'

A resposta à pergunta Vieste destruir-nos? seria: "Certamente!". "Para isto o Fi-lho de Deus se manifestou" (1 Jo 3:8). O que aqui está em forma de pergunta pode tam-bém ser encarado como uma afirmação. Tanto o medo quanto o desafio foram expressos pelos demônios.

Jesus repreendeu-o (25). Este verbo é usado na Septuaginta para representar a palavra divina de repreensão, uma contrapartida da palavra divina da criação. Cala-te é um termo freqüentemente traduzido como "Fique quieto!" ou "Silêncio!"; cf. Mt 22:12, onde o convidado para o casamento, que não estava vestido adequadamente, emudeceu. O mesmo ocorre em Mateus 22:34, onde Jesus silenciou os saduceus. Jesus não aceitaria um testemunho de uma fonte indigna, nem desejaria, a esta altura, enfatizar o fato de ser o Messias.

O espírito imundo saiu dele (26), mas não antes de agitá-lo. Os demônios, com seu senso vingativo, pareciam obedecer sempre com o máximo de destruição possível, gritan-do, provocando convulsões em suas vítimas, deixando-as freqüentemente como mortas. Contudo, o reino de Satanás teve que dar passagem para o Reino de Deus.

No versículo 27, assim como no 22, vemos uma indicação da impressão causada por Jesus. Os homens se admiraram (27) ou maravilharam-se (22) pelos Seus ensinos e também pelas Suas obras. As obras conferiram autenticidade às palavras. "A admiração (v. 22) se transformou em temor."' "Que é isto? Que nova doutrina é esta?" Como era de se esperar, correu a sua fama por toda a província da Galiléia (28), embora isso não fosse bom.

2. A Cura da Sogra de Pedro (Marcos 1:29-31)

Estes versículos contêm outra lembrança de Pedro; a história é contada a partir do seu ponto de vista, e aconteceu especificamente em sua casa.
A cura com certeza aconteceu no sábado, porque Jesus e os seus discípulos vieram imediatamente, logo (euthus), da sinagoga à casa de Simão e de André (29). Não está claro se isto quer dizer que era a casa de André, assim como a de Pedro. O seu nome pode ter sido incluído somente por causa do seu relacionamento com Pedro. De qualquer forma, esta casa se tornou uma espécie de quartel-general para o ministério de Jesus na Galiléia.' Com Tiago e João presentes, é evidente que os quatro discípulos agora acom-panhavam Jesus aonde quer que Ele fosse.

Pedro estava um pouco espantado por descobrir que a sua sogra... estava deitada, com febre (30). Logo no dia em que os convidados do sábado estavam presentes! Conse-qüentemente, Pedro era um homem casado por ocasião do seu chamado. À luz de I Coríntios 9:5, a sua esposa pode tê-lo acompanhado em viagens missionárias posteriores. Lucas fala de "muita febre" (4.38), possivelmente malária, devido aos pântanos ao redor do lago.

Nessa hora de necessidade, o anfitrião se voltou para o seu Convidado, pedindo ajuda. Logo ("imediatamente") lhe falaram dela. Com misericórdia e ternura caracte-rísticas, Jesus, chegando-se a ela, tomou-a pela mão (31; cf. v. 41). O médico Lucas lembra que o Senhor "inclinou-se para ela" (4.39). ... a febre a deixou e o evento memo-rável deixou uma impressão indelével na mente de Pedro. Sem nenhum dos típicos efei-tos colaterais, a sogra de Pedro se levantou e serviu os distintos visitantes. "Dessa for-ma, a gratidão encontra a sua expressão no serviço."'

3. Uma Obra de Cura ao Pôr-do-Sol (Marcos 1:32-34)

Era impossível que um Homem com tal autoridade e tais obras pudesse permanecer oculto. As multidões teriam vindo a Jesus mais cedo naquele dia, mas elas foram constrangidas pela lei judaica que proibia a execução de trabalhos no sábado (Jr 17:21-22). Agora, tendo chegado a tarde, quando se estava pondo o sol e o sábado estava terminado," trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos e os endemoninhados (32). Depois da expulsão do demônio do homem na sinagoga, e da cura na casa de Pedro, aqueles que tinham alguma dessas aflições naturalmente foram trazidos.

As grandes multidões, tão em evidência mais tarde, começavam a aparecer. E toda a cidade se ajuntou à porta (33). Aonde quer que Jesus fosse, Ele era sensível às necessidades humanas. Na sinagoga, na casa, e agora pelas ruas, Ele respondeu aos pedidos de saúde, curando muitos. A palavra todos do versículo 32, e a palavra muitos do versículo 34, não são contrastantes. As palavras são invertidas em Mateus 8:16.

Novamente, aqueles que estavam possuídos o conheciam, mas Ele não deixava falar os demônios (34). O segredo messiânico não deveria ser divulgado de forma prema-tura, especialmente por testemunhas indignas de confiança. Johnson escreve: "A natureza de Jesus não deveria ser revelada, até que Ele mesmo estivesse pronto a fazê-lo"."

C. A PRIMEIRA VIAGEM DE PREGAÇÃO, Marcos 1:35-45

1. Jesus Sozinho em Oração (Marcos 1:35-39)

Na manhã seguinte, muito cedo, estando ainda escuro (35), Jesus foi para um lugar deserto para estar a sós com o Pai. A frase indicativa de tempo do versículo 35 é pouco usual, e significa "muito cedo, quando ainda era noite"." A. T. Robertson acredita que Marcos se refere à primeira parte da última vigília da noite, entre 3 e 6 horas da manhã.' Apesar das exaustivas exigências das atividades de pregação e cura do dia anterior, Jesus procurou revigorar o seu espírito muito cedo, através da oração.

Senhor, que mudança em nós tão pouco tempo Passado na Sua presença possibilitará! Que fardos pesados tirará dos nossos corações! Que terrenos ressecados serão revigorados como que pela chuva! 18

Marcos faz uma menção especial a Jesus orando no início, na metade e no final do seu ministério (aqui; Marcos 6.46; e Marcos 14.32). Ele orou muitas outras vezes, é claro, como Lucas registra. Não é assustadora a frase: "Se Jesus precisava orar, quanto mais nós!"?

Com uma indicação de desalento, Simão e os que com ele estavam (36) "segui-ram-no". Pedro não conseguia entender por que, face à crescente popularidade, Jesus adotava tal atitude. Deve ter sido realmente desconcertante quando o Mestre respon-deu: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue (38). As multidões vinham e se admiravam com os milagres, mas poucos chegavam a crer no Evangelho. Com uma forte determinação, Jesus se mantinha firme no propósito para o qual Ele saiu... e veio... de Deus (cf. Jo 8:42-13.3). Pregar o evangelho era mais significativo para Ele do que curar os enfermos. Portanto, Ele deixou os arredores de Cafarnaum para empreender uma viagem de pregação pelas cidades... por toda a Galiléia (39). "Lite-ralmente, 'cidades-aldeia'... cidades pelo tamanho, aldeias porque não tinham muralhas."' Isto parece sugerir uma viagem com a duração de algumas semanas ou meses. Indepen-dentemente da duração desta primeira viagem de pregação, onde quer que Jesus fosse Ele pregava as boas-novas e expulsava os demônios. O reino de Satanás estava sen-do atacado pelo poderoso Filho de Deus.

2. A Cura de um Leproso (Marcos 1:40-45)

Enquanto a fama de Jesus se espalhava, a palavra de esperança chegou a uma sombria residência onde vivia um leproso. Desesperado pela sua situação, ele vem (literalmente) até Jesus, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, e lhe diz: Se queres, bem podes limpar-me. O leproso tinha mais fé no poder de Jesus do que na vontade dEle.

Exigia-se que os leprosos evitassem o contato com os demais humanos, permanecen-do fora das casas e gritando "Impuro!" como um aviso aos demais (cf. Lv 13). Este leproso deve ter sido uma imagem digna de pena: "As suas roupas emprestadas, sem cabelos, o seu lábio superior coberto e a sua voz rouca gritando 'Impuro' "2° A lepra mencionada na Bíblia incluía problemas de pele, além da verdadeira lepra: também incluía fungos, en-contrados nas roupas ou nas paredes da casa (Lv 13:47-14.34). Este homem estava "cheio de lepra" (Lc 5:12).

Movido de grande compaixão (41; Earle traduz esta expressão como "tomado pela compaixão")," Jesus estendeu a mão e, arriscando-se à contaminação cerimonial, tocou o homem que não devia ser tocado.' Jesus freqüentemente tocava aqueles que Ele curava (por exemplo, em Marcos 7,33) e era tocado por aqueles que procuravam a cura (cf. Marcos 3.10). O Mestre tinha a capacidade e, ao mesmo tempo, a vontade de curar o leproso, e disse-lhe: Quero, sê limpo! A inexprimível compaixão daquele que pode "compadecer-se das nossas fraquezas" (Hb 4:15) dificilmente poderia ser descrita de maneira mais comovente.

A purificação do leproso foi instantânea e completa: logo a lepra desapareceu (42). A palavra de Jesus, sê limpo, era semelhante à expressão usada pelos sacerdotes e pode ser um sinal do seu sacerdócio.

Jesus, advertindo-o severamente, logo o despediu (43). O Senhor o fez com veemência. Embrimesamenos, advertindo-o severamente, "originalmente significa resfolegar ou suspirar, e é um termo usado na Bíblia Grega para expressar indignação, desaprovação e outras fortes emoções; cf. 14.5; Jo 11:33-38".23 O homem foi advertido, antes de mais nada, a não dizer nada a ninguém (44) sobre a sua maravilhosa liberta-ção, e também mostra-te ao sacerdote... para lhes servir de testemunho.

A desobediência do ex-leproso à primeira advertência, por mais nobres que fossem os seus motivos, serviu apenas para impedir o trabalho do Senhor nas cidades; Ele já não podia entrar publicamente na cidade (45), mas conservava-se fora em lugares de-sertos. Sem dúvida, o homem curado fez a viagem até Jerusalém para oferecer pela tua purificação o que Moisés determinou (Lv 14:1-7). Esta seria uma expressão de grati-dão a Deus, e também um cumprimento das exigências legais. Fazendo isso, ele daria um testemunho aos sacerdotes que o examinassem e ao povo que testemunhou a obra pode-rosa, considerada pelos rabinos como sendo "tão difícil quanto ressuscitar os mortos"."

Sob o título "O Mestre e os Seus Homens", poderíamos considerar:

1) a mensagem do Mestre, 14-15;

2) os homens do Mestre, 16-20;

3) o ministério do Mestre, 21-45.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Marcos Capítulo 1 do versículo 1 até o 45
*

1:1

Princípio. Diferente de Mateus e Lucas, Marcos não contém uma narrativa do nascimento de Jesus. O "princípio" (cf. Gn 1:1; Jo 1:1) é identificado com o ministério de João Batista (conforme At 1:22) e com as profecias do Antigo Testamento, anunciando a vinda de João Batista.

evangelho. Um termo de comunicado e correspondência política ou pessoal, que significa "boas novas". Os gregos usavam esta palavra para referir eventos tais como o nascimento de um imperador ou uma grande vitória militar.

de Jesus Cristo. Esta frase pode ser entendida ou como "a respeito de Jesus Cristo", ou como "da parte de Jesus Cristo". O Evangelho é “a respeito” de Jesus Cristo, mas é também "da parte" dele (Rm 1:9; 1Co 9:12; 2Co 10:14). O Evangelho de Marcos reivindica autoridade divina e se oferece como a palavra de Cristo através de seus apóstolos, à Igreja (conforme Ap 1:1).

Filho de Deus. Marcos apresenta a Jesus, no começo do seu Evangelho, como o divino e eterno Filho. Ver notas em 13 32:14-36; 15.39, conforme Rm 1:3.

* 1:2

está escrito. Colocando aqui esta citação do Antigo Testamento, Marcos procura mostrar o progresso orgânico da revelação sob o controle do divino Senhor da História. Se o Antigo Testamento é o início e a fonte do Evangelho, o Evangelho revelado através de Jesus Cristo é a interpretação final e inspirada do Antigo Testamento.

na profecia. Ver referência lateral. A citação é uma cadeia de textos (Êx 23:20; Ml 3:1; Is 40:3), referentes a mensageiros que Deus tem enviado como meio de preparação.

* 1:4

João. As citações do Antigo Testamento colocam João Batista na pré-planejada história do trato de Deus com seu povo segundo a Aliança.

no deserto. A pregação de João, no deserto, lembra a Israel, simbolicamente, as suas origens na Aliança celebrada no Êxodo (conforme Jr 2:2). O deserto é o lugar tradicional de encontro entre Deus e seu povo.

batismo de arrependimento. A comunidade de Qunran, com a qual João pode ter tido contato em sua juventude, praticava rituais de purificações e batismos. Também os convertidos ao judaísmo eram batizados. A inovação de João foi exigir um único batismo de israelitas que já estavam na comunidade da Aliança. Para ele, o exigir um tal gesto de arrependimento radical é um sinal da chegada da Nova Aliança. Ver nota em Mt 3:6.

para remissão de pecados. João, na verdade, não concede perdão de pecados. O perdão definitivo de pecados pertence ao pacto (Jr 31:34) que o Messias inaugurará.

* 1:5

toda... todos. Isto é uma hipérbole (recurso literário que exagera), indicando que o povo da Aliança foi a João numa grande multidão, sem dúvida como famílias inteiras (4.1; 6.44 e notas).

* 1:6

pêlos de camelo. As vestimentas e o alimento de João o identificam como um tipo clássico de profeta do Antigo Testamento (2Rs 1:8; Zc 13:4).

* 1:7

E pregava. A identidade daquele a quem João anuncia e diante de quem ele se sente indigno de ajoelhar-se, é evidente nas profecias do Antigo Testamento já citadas. É o "Senhor" que, "de repente, virá a seu templo... o Anjo da Aliança", tendo sido precedido pelo "meu mensageiro" (Ml 3:1).

* 1:8

Espírito Santo. A nova Aliança traz renovação ao povo de Deus (Jr 31:33, 34; Ez 37:14) através do Filho e do Espírito, que o Filho possui em medida plena (Is 42:1; 61:1).

* 1:9

Naqueles dias. De acordo com Jo 2:20, um dos primeiros atos de Jesus, que se seguiu ao seu batismo, teve lugar quando a reconstrução do templo estava no seu quadragésimo sexto ano. Posto que Herodes começou a reconstrução, no ano 19 a.C., Jesus foi batizado por volta de 27 d.C.

por João foi batizado. Jesus sabe que isto é parte do plano divino, para “cumprir toda justiça" (Mt 3:15), pelo qual, em sua humanidade, ele se identifica plenamente com a condição humana e começa o processo de levar os pecados da humanidade. Ver nota teológica "O Batismo de Jesus", índice.

* 1:10

logo. Esta importante palavra (às vezes traduzida "imediatamente") é característica de Marcos (doze vezes no restante do Novo Testamento e quarenta e duas vezes em Marcos). A palavra sugere, talvez, não rapidez, mas a certeza e a inevitabilidade do soberano plano de Deus, recordando os endireitados (a mesma raiz grega) caminhos divinamente preparados para a vinda de Jesus e seu ministério.

Espírito descendo. A descida do Espírito é um sinal da Messianidade de Jesus (v. 8, nota). No batismo de Jesus, como mais tarde no batismo cristão (Mt 28:19) todas as três pessoas da Trindade estão envolvidas. A iniciativa do Pai, a obra vicária do Filho e glória e o poder capacitador do Espírito estão todos presentes.

* 1:11

Tu és o meu Filho amado. O mistério da pessoa de Jesus encontra expressão na divina declaração. Ele, a Segunda Pessoa da Trindade, é, ao mesmo tempo, o representante do crente, o verdadeiro e fiel “filho” de Israel (Êx 4:23), em quem o Pai se compraz e a quem o Pai reconhece como Filho, tanto no sentido pessoal como no sentido oficial (Sl 2:7; Is 42:1). Ver nota no v. 1.

* 1:12

o Espírito o impeliu. O verbo grego traduzido por “impelir” é forte e dá a idéia de necessidade divina e escriturística. O Espírito está impelindo Jesus para o “deserto”, exatamente como Israel — chamado “filho” (Êx 4:23) e batizado em Moisés no mar (1Co 10:2, conforme 13 2:14-31'>Êx 14:13-31) — foi conduzido pelo Espírito nas colunas de nuvem e fogo (Êx 14:19-20), ao longo do caminho da provação, no deserto.

* 1:13

quarenta dias. Possivelmente uma referência simbólica aos quarenta anos da experiência de Israel, no deserto (Dt 1:3, conforme v. 12, nota).

feras. Este detalhe dá ênfase ao fato de que o deserto é um lugar de maldição, onde o diabo manda (Mt 12:43, conforme Ef 2:2). Jesus entra neste domínio e amarra o valente (ver nota em 3:23-27). Esta é uma espécie de reconstituição da prova a que Adão foi submetido. Ainda que Adão tenha sido provado num jardim e não tenha sido ameaçado por feras, ele sucumbiu à tentação de Satanás. No deserto, Jesus, o segundo Adão, começa a derrotar Satanás e inicia sua obra de redenção, sendo aprovado no teste de obediência filial.

mas os anjos o serviam. Anjos acompanharam 1srael no deserto (Êx 14:19; 23:20; 32:34; 33:2). A experiência de Jesus no deserto é um tipo da que o cristão tem no mundo, que é experenciada por causa do domínio de Satanás (Ef 6:12). Ver nota em 10.30.

* 1:14

Depois de João... para a Galiléia. Alega-se freqüentemente que a cronologia dos três Evangelhos Sinóticos é irreconciliável com a de João, por três principais razões:

a) a purificação do templo é colocada em diferentes períodos do ministério de Jesus (11.15, nota);
b) nos Evangelhos Sinóticos Jesus vai a Jerusalém só uma vez, na última semana do seu ministério, enquanto no de João ele esteve lá cinco vezes;

c) em João, Jesus tem o seu primeiro ministério na Judéia ao mesmo tempo que João Batista (Jo 3:22-24), enquanto nos Sinóticos Jesus começa o seu ministério na Galiléia. Contudo, ao dizer que um ministério na Galiléia começa só depois que João Batista é preso, Marcos não está negando que houve um ministério anterior na Judéia; esse ministério simplesmente não faz parte de sua narrativa.

* 1:15

O tempo está cumprido. Os tempos passados, especialmente os atos de salvação de Deus em favor de seu povo Israel, atingiram seu clímax no atual tempo de salvação, através de Jesus.

o reino de Deus está próximo. O reino de Deus é aquele estado final de acontecimentos onde o supremo reinado de Deus é plenamente reconhecido sobre o universo transformado, e nos corações do seu povo redimido e glorificado. Este reino “está próximo” no sentido de que a vinda de Jesus põe em movimento tudo aquilo que contribui para a sua realização. Deus exige arrependimento e crença como respostas a estas novas. Ver nota no v. 4.

* 1:16

mar da Galiléia. É um lago interior de aproximadamente 21 km de comprimento por treze de largura. É conhecido no Novo Testamento como Lago de Genesaré (Lc 5:1) ou Mar de Tiberíades (Jo 6:1).

* 1:17

Vinde após mim... pescadores de homens. Marcos, imediatamente, mostra Jesus chamando discípulos para segui-lo e chamarem outros para ele. Este primeiro ministério referido, na igreja nascente, tem como seu objetivo principal buscar os perdidos. Esta ênfase sobre a evangelização foi bem percebida por Paulo, que disse: “Ai de mim se não pregar o Evangelho” (1Co 9:16).

* 1:19

Tiago... João. Note-se que Jesus não recruta seus apóstolos e “pescadores de homens” dentre os da “intelligentsia” religiosa, mas dentre as pessoas simples, de atividades comuns.

* 1:20

empregados. Este pormenor sugere um pequeno e próspero negócio.

* 1:22

como quem tem autoridade. O ensino de Jesus é diferente do ensino dos escribas, porque está ligado à sua pessoa (2,10) e à sua interpretação das Escrituras (12.35-40). Seu conteúdo é novo, anunciando a vinda do reino (v. 15) e a derrota de Satanás (v. 27).

* 1:24

Que temos nós contigo. Esta expressão distancia a pessoa que fala daquela a quem se dirige. Ocorre em outro lugar no Novo Testamento (Jo 2:4).

Nazareno. Nazaré ficava ao ocidente do Mar da Galiléia e era a cidade natal de Jesus.

Santo de Deus. Jesus é descrito deste modo só neste incidente (Lc 4:34). Os demônios tremem na presença da santidade divina.

* 1:25

Cala-te. Esta forte expressão dá ênfase ao poder de Jesus para estabelecer o seu reino em face da presença do mal.

* 1:29

Tiago e João. Ver v. 19.

* 1:30

A sogra de Simão. Pedro era casado (ver também 1Co 9:5), mostrando que o casamento é normal entre os líderes cristãos. Ao mesmo tempo, o celibato permanece como uma possibilidade legítima (Mt 19:12; 1Co 7:7-8, 32).

* 1:32

ao cair do sol. Jesus já tinha curado no dia de Sábado (v. 25). Nesta ocasião, o povo esperava ainda o pôr do sol, quando o Sábado terminava, para levar seus doentes a Jesus.

* 1:34

muitos demônios. A quantidade de possessão demoníaca, na população judaica da Galiléia (v. 32, nota) é surpreendente, ainda que a influência pagã ou gentílica, na Galiléia, não deva ser esquecida.

não lhes permitindo que falassem. Este é o primeiro exemplo daquilo que tem sido chamado o “segredo Messiânico” (v. 43; 3.12; 4.10,11; 5.19; 8.30; 9.9). A revelação de Jesus como o Messias tinha de começar discretamente e avançar por estágios, de modo que o plano de Deus, para a morte de seu servo, não fosse comprometido por qualquer excesso de entusiasmo popular.

* 1:35

lugar deserto. Lit., “lugar desabitado”, onde Jesus trava sua luta espiritual (v. 12, conforme v. 3) e que é também, como o antigo Israel, um tipo da presente caminhada cristã (1Co 10:1-11; 13 12:58-13.13'>Hb 13:12-13).

* 1:38

para isso é que eu vim. Jesus afirma seu programa de pregação evangelística com firme clareza. Em Lucas (19,10) ele diz: “porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido”. E assim ele se move, percorrenco a Galiléia várias vezes (v. 39; 6.6; Lc 8:1).

* 1:40

um leproso. Sob a lei mosaica, certas doenças de pele tornavam a pessoa cerimonialmente impura, excluindo-a do convívio da sociedade (Lv 13:46).

* 1:43

veemente advertência. Ver nota no v. 34. O verbo grego expressa profunda emoção, como no caso de Jesus diante do túmulo de Lázaro (Jo 11:33, 38).

* 1:44

servir de testemunho. Jesus respeita a lei mosaica como o grande sumo sacerdote de outra linhagem (Hb 7:11—8.13), mas não está preso e nem limitado por ela. Ainda que tocar um leproso fosse uma violação às leis da pureza ritual (Lv 5:3), Jesus o tocou quando o curou.

* 1:45

entrou a propalar muitas coisas. Este não é o tempo para a proclamação desenfreada (v. 34, nota), ainda que devesse chegar o tempo, na história da redenção (depois da ressurreição), quando a pregação aberta seria adequada (Mt 10:27; Lc 12:2-3).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Marcos Capítulo 1 do versículo 1 até o 45
1:1 Quando a gente experimenta a emoção de um grande acontecimento, sente que deve contar-lhe a alguém. Contar a história pode fazer reviver a experiência passada. Ao ler as primeiras palavras do Marcos se sente essa emoção. Imagine em meio da multidão enquanto Jesus sã e insígnia. Imagine como um de seus discípulos. Reaja a suas palavras de amor e de estímulo. E recorde que Jesus veio por cada homem e por cada mulher, por quem vivo hoje em dia e pelos que viveram faz dois mil anos.

1:1 Marcos não foi um dos doze discípulos do Jesus, mas é muito possível que tenha conhecido ao Jesus pessoalmente. Escreveu este Evangelho em forma de relato ágil, como uma novela popular. O livro apresenta ao Jesus como um homem que respaldava suas palavras com feitos que sempre demonstravam quem era: o Filho de Deus. devido a que escreveu seu Evangelho para os cristãos de Roma, onde se adoravam muitos deuses, queria que soubessem que Jesus é o único e verdadeiro Filho de Deus.

1:2 por que veio Jesus naquele momento preciso da história? O mundo civilizado gozava de uma relativa paz durante o governo de Roma. Viajar era fácil e havia um idioma comum. Possivelmente as notícias a respeito da vida, morte e ressurreição do Jesus se pulverizaram com rapidez pelo vasto Império Romano.

No Israel, as pessoas comuns estavam listas para seguir ao Jesus. Durante quatrocentos anos não tiveram profeta de Deus, dos dias do Malaquías (o escritor do último livro do Antigo Testamento). Cada vez estavam mais espectadores pela pronta chegada de um grande profeta ou possivelmente o Messías mencionado no Antigo Testamento (veja-se Lc 3:15).

1:2, 3 Isaías foi um dos maiores profetas do Antigo Testamento. A segunda metade de seu livro está dedicada à promessa da salvação. Isaías escreveu sobre a vinda do Messías, Jesucristo, e sobre o homem que anunciaria sua vinda, João o Batista. O chamado do João às pessoas de "preparem" significava que teriam que abandonar sua maneira de viver, renunciar a seus pecados, procurar o perdão de Deus e estabelecer uma relação com o todo-poderoso Deus mediante a fé e a obediência a sua palavra que é a Bíblia (Is 1:18-20; Is 57:15).

1:2, 3 Em Mc 1:2-3 temos uma entrevista tirada de Ml 3:1 e Is 40:3.

1:2, 3 Centenas de anos antes, o profeta Isaías predisse a vinda do João o Batista e do Jesus. Como soube? Deus prometeu ao Isaías que um Libertador viria ao Israel e que uma voz se elevaria no deserto para lhe preparar o caminho. As palavras do Isaías respiraram a muitos ao lhes fazer olhar para o futuro, ao Messías. Saber que Deus cumpre suas promessas nos consola. Marcos escreveu muito sobre o futuro e Deus cumprirá suas promessas. Ao ler este livro, que é parte da Palavra de Deus, compreendamos que é algo mais que uma história: é Deus que revela seus planos quanto à história da humanidade.

1:4 por que será que o Evangelho do Marcos começa com a história do João o Batista e não menciona o nascimento do Jesus? Naqueles tempos, aos oficiais romanos de importância sempre lhes precedia um anunciador ou arauto. Quando o arauto chegava a um povo, a gente sabia que algum personagem proeminente estava ao chegar. Já que Marcos escreveu sobre tudo para cristãos romanos, começou seu livro com o João o Batista, cuja missão era anunciar a vinda do Jesus, o homem mais importante que jamais tenha vivido. Aos cristãos romanos não tivesse interessado tanto o nascimento do Jesus como o arauto que lhe preparou o caminho.

1:4 João decide viver no deserto: (1) para manter-se afastado das distrações e poder ouvir melhor as instruções divinas; (2) para obter a total atenção do povo; (3) para simbolizar um violento rompimento com a hipocrisia dos líderes religiosos mais interessados em seus luxuosos lares e posições de autoridade que na obra de Deus; (4) para dar cumprimento às profecias do Antigo Testamento que diziam que João seria uma "voz que clama no deserto; preparem caminho ao Jeová" (Is 40:3).

1:4 No ministério do João, o batismo era um sinal visível de que uma pessoa decidia trocar, deixar sua forma de vida de pecado e egoísmo e voltar-se para Deus. João adotou um conhecida costume e lhe deu um novo sentido. Os judeus freqüentemente batizavam gentis, os que se convertiam ao judaísmo. Mas batizar a um judeu como sinal de arrependimento foi uma radical separação do costume judia. A igreja primitiva lhe deu ao batismo um significado maior, ao associá-lo com a morte e ressurreição do Jesus (vejam-se, por exemplo, Rm 6:3-4; 1Pe 3:21).

1:5 O propósito da predicación do João foi preparar ao povo para aceitar ao Jesus como o Filho de Deus. Quando João lançou ao povo a provocação de confessar seus pecados individualmente, assinalou o começo de uma nova forma de ter relação com Deus.

É necessário que você troque antes de ouvir e entender a mensagem do Jesus? A gente tem que reconhecer que necessita o perdão antes que possa aceitar o perdão; o verdadeiro arrependimento deve produzir-se antes de que a pessoa tenha verdadeira fé no Jesucristo. Como preparação para receber a Cristo, devemos nos arrepender e renunciar às atrações do mundo que levam a morte, às tentações pecaminosas e às atitudes perniciosas.

1:6 A vestimenta do João não era precisamente o último grito da moda daqueles dias. vestia-se como o profeta Elías (2Rs 1:8) para distinguir-se dos líderes religiosos cujas largas túnicas refletiam o orgulho que sentiam por sua posição (2Rs 12:38). A surpreendente aparência do João refletia sua extraordinária mensagem.

1.7, 8 Embora João era o primeiro profeta genuíno em quatrocentos anos, Jesus o Messías seria imensamente melhor que ele. João particularizou quão pequeno era ante Aquele que vinha. Não se considerava digno nem sequer de realizar para O as tarefas mais humildes, como desatar a correia de suas sandálias. O que João começou, Jesus o finalizou. O que João preparou, Jesus o realizou.

1:8 João disse que Jesus batizaria com o Espírito Santo e fogo e que enviaria o Espírito Santo para que vivesse em cada crente. O batismo em água que João pregava preparava à pessoa para receber a mensagem de Cristo. Demonstrava humildade e assinalava a disposição de abandonar o pecado. Este era o começo do processo espiritual. Quando Jesus batiza com o Espírito Santo, entretanto, toda a pessoa se reforma por dito poder. Este batismo é o resultado da obra completa do Jesus.

1:9 Se o batismo do João era sozinho arrependimento de pecados, por que se batizou Jesus? Até os maiores profetas (Isaías, Jeremías, Ezequiel) tiveram que confessar seus pecados e arrepender-se. Jesus não, porque foi pecado. Embora não era necessário, Jesus se batizou por estas razões: (1) para atestar de sua consagração a sua missão de trazer a mensagem de salvação a todas as nações; (2) para demonstrar que Deus aprovava e respaldava sua missão; (3) para identificar-se com nossa condição humana e pecadora; (4) para começar oficialmente seu ministério público (Jo 1:31-34); (5) para nos dar um exemplo que temos que imitar. O batismo do João era diferente do batismo cristão na igreja (veja-se At 19:2-5).

1:9 Jesus cresceu no Nazaret, onde viveu de menino (Mt 2:22-23). Nazaret era uma pequena aldeia na Galilea, localizada-se a meio caminho entre o mar da Galilea e o mediterrâneo. A cidade era desprezada e evitada por muitos judeus porque tinha a reputação de ser independente. Nazaret era um cruzamento de caminho para rotas de intercâmbio e tinha contato com outras culturas (veja-se Jo 1:46).

1.10, 11 O Espírito Santo descendeu em forma de pomba sobre o Jesus e uma voz dos céus proclamou em nome do Pai que Jesus é seu divino Filho. Aqui vemos os três membros da Trindade juntos: Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo.

1:12, 13 Satanás é um anjo que se rebelou contra Deus. É real, não é simbólico, e sempre trabalha contra Deus e de quem o obedece. Tentou a Eva no Éden e a persuadiu a pecar; tentou ao Jesus no deserto e não obteve que caísse. Ser tentado não é pecado. Tentar a outros ou ceder à tentação sim o é. se desejar mais informação a respeito da tentação do Jesus, leoa Mt 4:1-11.

1:12, 13 Para identificar-se por completo com o ser humano, Jesus teve que enfrentar a tentação de Satanás. Já que Jesus enfrentou a tentação e saiu vitorioso dela, pode nos ajudar em duas formas muito importantes: (1) a maneira de exemplo em como enfrentar a tentação sem pecar, e (2) como ayudador que sabe o que necessitamos, já que O passou por essa mesma experiência. (Em Hb 4:15 encontramos mais cataloga ao Jesus e a tentação.)

1.12, 13 Jesus se separou da gente e se foi ao deserto, onde Satanás o tentou. A tentação nos resulta malote só quando cedemos a ela. Não devemos aborrecer os momentos de prova, porque através delas se fortalece nosso caráter e Deus nos ensina valiosas lições. Quando enfrentarmos a Satanás e tenhamos que nos ver a com suas tentações e a confusão que nos apresenta, recordemos ao Jesus. O usou a Palavra de Deus frente a Satanás e triunfou. Nós podemos fazer o mesmo.

1:12, 13 Os anjos são mensageiros celestiales que cumprem a vontade de Deus ou a comunicam aos homens. O termo anjo significa mensageiro e geralmente identifica ao mais alto grau de seres espirituais que habitam na presença de Deus. Mas também pode referir-se aos anjos de Satanás (Mt 25:41) e parece aplicar-se aos pastores que servem de mensageiros de Deus às sete Iglesias da Ásia (Apocalipse 1:3). A presença de Deus em forma Angélica é óbvia em Gn 16:7-14; Gn 22:11-19; Ex 3:2-4; Jz 2:1; Jz 6:11-14; Jz 13:3. A palavra grega ángelos, que em alguns casos se traduz como mensageiro, emprega-se também para designar a homens em passagens como Lc 7:24 e Jc 2:25. As escrituras declaram que os anjos são: (1) seres criados (Cl 1:16); (2) inumeráveis (Dn 7:10); (3) de diversos ordens e filas (Jd_1:9); (4) poderosos (Sl 103:20); (5) espíritos sem corpos materiais (Hb_1:14); (6) livres de limitações físicas (At 12:5-10); (7) extremamente sábios (2Rs 14:20); (8) capazes de apresentar-se em forma humana (Jo 20:12).

1.14, 15 Quais são as boas novas de Deus? Estas primeiras palavras do Jesus no Marcos nos dão a essência de seu ensino: que o tão esperado Messías havia vinho para iniciar o Reino pessoal de Deus na terra. A maioria das pessoas que ouviram esta mensagem estavam na opressão, pobres e sem esperanças. As palavras do Jesus foram boas novas para elas porque lhes ofereciam liberdade, bênções e esperanças.

1:16 A pesca era a indústria mais importante em torno do mar da Galilea. A pesca com redes era o método mais usado. Capernaum, que chegou a ser o novo centro de operações do Jesus, era nesse tempo a maior de ao redor de trinta aldeias de pescadores situadas ao redor do mar (Mt 4:12-13).

1.16-20 Se está acostumado a pensar que os discípulos do Jesus eram grandes homens de fé desde que se uniram ao Jesus. Mas a verdade é que tiveram que crescer na fé de igual modo que qualquer crente (Mc 14:48-50, Mc 14:66-72; Jo 14:1-9; Jo 20:26-29).

Ao parecer, esta não foi a única vez que Jesus chamou o Pedro (Simón), Jacóo e João para que lhe seguissem (em Lc 5:1-11 e em Jo 1:35-42 lemos de outras duas vezes). Demorou para que o chamado do Jesus e sua mensagem penetrassem, mas o importante é isto: embora tinham muito que crescer, seguiram-lhe. Do mesmo modo, temos perguntas e vacilações, mas nunca devemos deixar de crescer ao seguir ao Jesus.\par\par b 1.21 devido a que o templo em Jerusalém estava muito longe para que muitos judeus viajassem até ali para adorar regularmente, muitos povos tinham sinagogas que serviam como lugares de adoração e escolas. Dos tempos do Esdras, ao redor de 450 a.C., um grupo de dez famílias judias podia fundar uma sinagoga. Ali, durante a semana, os meninos varões estudavam a Lei do Antigo Testamento e a religião judia. As meninas não se admitiam. Cada dia de repouso, o Sabat, os homens se reuniam para escutar o ensino da Palavra de Deus através de um rabino. devido a que os rabinos ou professores não eram permanentes, os principais da sinagoga acostumavam pedir aos professores visitantes que falassem. Por isso Jesus freqüentemente falava nas cidades que visitava.

1:21 Jesus se acabava de mudar do Nazaret ao Capernaum (Mt 4:12-13). Capernaum era uma cidade muito próspera, com grandes riquezas, ao igual a grandes pecados e decadência. devido a que aquartelava muitos soldados romanos, a influência pagã do Império Romano se encontrava em qualquer lugar. Era o lugar ideal para que Jesus enfrentasse a judeus e a gentis com as boas novas do Reino de Deus.

1:22 Freqüentemente, os professores judeus citavam a famosos rabinos para dar mais autoridade a suas palavras. Mas Jesus não precisava fazê-lo. Como era Deus, conhecia perfeitamente as Escrituras e seu significado. O era a autoridade suprema.

1:23 Os demônios são espíritos de maldade sob as ordens de Satanás. Seu trabalho é fazer pecar às pessoas. Satanás não os criou, porque Deus é o Criador de tudo; são anjos cansados que se uniram a Satanás em sua rebelião. Em sua estado de degeneração podem fazer que uma pessoa fique muda, surda, cega ou demente. Mas sempre que se enfrentaram ao Jesus, perderam seu poder. Deus põe limites ao que fazem; não podem fazer nada sem sua permissão. Durante o tempo em que Jesus viveu na terra, aos demônios lhes permitiu estar muito ativos para demonstrar de uma vez e para sempre que Cristo tem poder e autoridade sobre eles.

1.23ss Para muitos sicólogos a posse demoníaca é uma forma primitiva de descrever as enfermidades mentais. Entretanto, está claro que um demônio era o que controlava a este homem. Marcos enfatiza as lutas contra o poder demoníaco para demonstrar a superioridade do Jesus. Narra muitos relatos que mostram ao Jesus jogando fora demônios. Jesus não tinha que realizar um elaborado ritual de exorcismo. Sua palavra era suficiente para expulsar aos demônios.

1.23, 24 Os demônios souberam em seguida que Jesus era o Filho de Deus. Ao incluir este fato em seu Evangelho, Marcos estabeleceu os créditos do Jesus, mostrando que até o mundo das trevas o reconhecia como o Messías.

1.29-31 Cada escritor dos Evangelhos escreveu de uma perspectiva um tanto diferente; por isso os relatos têm detalhes diferentes em cada Evangelho. No Mateus, Jesus tocou à mulher. No Marcos, ajudou-a a incorporar-se. No Lucas, falou-lhe com a febre que imediatamente a deixou. Mas não há conflito nos relatos. Cada escritor escolheu enfatizar detalhes diferentes do mesmo caso com o propósito de ressaltar certas características do Jesus.

1:32, 33 A gente se aproximou do Jesus ao entardecer quando o sol ficava. Era o dia de repouso (1,21) que começava com pôr-do-sol da sexta-feira e terminava com pôr-do-sol do sábado. Os líderes judeus diziam que era contra a Lei sanar no dia de repouso (Mt 12:10; Lc 13:14). A gente não queria quebrantar esta Lei, nem a que proibia viajar no dia de repouso. Por isso esperaram até o entardecer. depois de pôr-do-sol, as multidões se sentiram em liberdade de procurar o Jesus para que os sanasse.

1:34 por que Jesus não queria que os demônios revelassem quem era? (1) Ao mandar aos demônios que guardassem silêncio, demonstrava sua autoridade e poder sobre eles. (2) Jesus queria que a gente acreditasse no por suas palavras e feitos, não pelo que pudessem dizer os demônios. (3) Jesus queria revelar sua identidade como o Messías segundo seu próprio programa e não conforme ao de Satanás. Este queria que a gente seguisse ao Jesus por sua popularidade e não porque era o Filho de Deus, que podia liberá-los do pecado e seu poder.

1:35 Jesus dedicava tempo à oração. Procurar tempo para orar não é fácil, embora a oração é o vínculo vital entre nós e Deus. Como Jesus, devemos procurar tempo para falar com Deus, embora isso signifique que tenhamos que nos levantar antes que o dia esclareça.

1:39 Os romanos dividiram o território do Israel em três regiões: Galilea, Samaria e Judea. Galilea estava na região mais setentrional e tinha ao redor de 100 km de comprimento por 50 de largura. Jesus passou muito tempo de seu ministério nesta região, um lugar ideal para ensinar, sobre tudo porque havia mais de 250 populações e aldeias concentradas nesta pequena região, com muitas sinagogas.

1:40, 41 Com relação ao Levítico 13:14 os líderes judeus declararam que a lepra era imunda. Isto queria dizer que aos leprosos lhes proibia participar de toda atividade religiosa ou social. devido a que a Lei dizia que qualquer pessoa se fazia imunda pelo contato com um imundo, alguns atiravam pedras aos leprosos para mantê-los a distância. Mas Jesus tocou aos leprosos.

O verdadeiro valor de uma pessoa não é externo, a não ser interno. Embora uma pessoa esteja doente ou deformada, em seu interior não é menos valiosa ante Deus. Ninguém é tão repugnante como para que O não o toque. Em um sentido, todos somos leprosos porque nos deformou a fealdade do pecado. Mas Deus, ao enviar a seu Filho Jesus, há-nos meio doido para nos dar a sanidade.

Quando se sentir rechaçado por alguém, detenha-se e pense o que sente Deus por essa pessoa e por você.

1:43, 44 Embora a lepra era incurável, diversas classes de enfermidades de pele se classificaram como "lepra". Segundo as leis do Antigo Testamento (Levítico 13:14), quando um leproso se curava devia apresentar-se ante um sacerdote para ser examinado. Logo o leproso devia dar uma oferenda de gratidão no templo. Jesus se ajustou a estas leis ao enviar ao homem ao sacerdote, demonstrando o total respeito que tinha pela Lei de Deus. Enviar o leproso sanado ao sacerdote constituía uma forma de verificar o grande milagre ante a comunidade.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Marcos Capítulo 1 do versículo 1 até o 45
O Servo e seu serviço

I. DEFINIÇÃO DO EMPREGADO (1: 1-13)

A. Na eternidade (Mc 1:1 ). "Evangel" vem diretamente da palavra grega para o evangelho.

Filho de Deus está faltando em alguns dos primeiros manuscritos e por isso é omitido em algumas traduções modernas. Mas é retida nas versões padrão (ASV, RSV, NEB). É plenamente de acordo com a ênfase de Marcos sobre a divindade de Jesus. O Salvador é o Filho eterno de Deus.

IN TIME B. (1: 2-13)

1. Sua Introdução (1: 2-8)

2 Mesmo como está escrito em Isaías, o profeta,

Eis que eu envio o meu mensageiro diante de ti,

Quem preparará o teu caminho;

3 A voz do que clama no deserto:

Faça ye Preparai o caminho do Senhor,

Endireitai as suas veredas;

4 João veio, que batizou no deserto, pregando o batismo de arrependimento para a remissão dos pecados. 5 E saíam a ter com ele toda a terra da Judéia e todos os moradores de Jerusalém; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados. 6 Ora, João usava uma veste de pêlos de camelo, e tinha um cinto de couro em torno de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre. 7 E pregava, dizendo: Vem depois me ele que é mighter do que eu, a correia dos cujos sapatos eu não sou digno de, abaixando-desatar. 8 Eu vos batizei em água; mas ele vos batizará no Espírito Santo.

João Batista foi o precursor de Jesus. Ele apareceu em cena para preparar o caminho para a vinda de Cristo. Sua função era apresentar aos judeus o seu Messias.

Para todas as implicações da frase está escrito ver o comentário sobre Mt 4:4 .

2. Sua Instalação (1: 9-11)

9 E aconteceu naqueles dias, que Jesus veio de Nazaré da Galiléia, e foi batizado por João no Jordão. 10 E, logo que saiu da água, viu os céus rasgou, e do Espírito como uma pomba descer sobre ele; 11 e uma voz vinda dos céus: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.

O batismo de Jesus por João é descrito em todos os três Evangelhos sinópticos, principalmente por Mateus (ver em Mt 3:13. ). Carinho de Marcos para fortes, palavras-reflexo vívidas de Pedro pregação-é ilustrado aqui, como em muitos outros lugares. Mateus e Lucas dizem que os céus se "aberto". Mas Marcos diz rasgou (schizomenous ).

As pequenas diferenças de redacção em contas paralelas nos Evangelhos sinópticos com freqüência qualquer divergência de significado também é ilustrado aqui. Marcos tem o Espírito (v. Mc 1:10 ), ao passo que Mateus tem "o Espírito de Deus" e Lucas "o Espírito Santo". Estas são expressões equivalentes.

3. Sua iniciação (1: 12-13)

12 E logo o Espírito o impeliu para o deserto. 13 E ele estava no deserto quarenta dias, tentado por Satanás; e ele estava com as feras; e os anjos o serviam.

A tentação é descrito em maior extensão por Mateus e Lucas, ambos os quais indicam três assaltos climáticas por Satanás (ver em Mt 4:1. ; Lc 4:1 ). Mas, embora o relato de Marcos é muito mais breve, ele tem aqui, como sempre, um ou dois itens distintos não incluídas nos outros evangelhos. Ele diz que o Espírito Santo impeliu para frente (ekballei) para o deserto, um termo muito mais forte do que os outros dois têm. Taylor diz que "parece indicar forte, se não violenta, de propulsão." Marcos só menciona os feras como estar com Jesus (v. Mc 1:13 ), rasgando o ar da noite com seus uivos estranhos. O primeiro destes dois itens ilustra picturesqueness característica de Marcos da descrição; o segundo exemplifica sua nitidez de detalhe.

Ao se referir ao tentador, Mateus e Lucas usam o termo "o diabo" - diabolos , "caluniador", ou "falso acusador" -que Marcos nunca usa. Em vez disso ele tem Satanás , que significa "adversário" palavra hebraica -a transliterado para o grego e, em seguida, para o Inglês. No Novo Testamento, diabolos ocorre 38 vezes, Satanas 36 vezes.

II. SERVIÇO do servo (1: 14-13: 37)

A. na Galiléia (1: 14-4: 34)

1. Início do Ministério (1: 14-15)

14 Ora, depois que João foi entregue, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus, 15 e dizendo: O tempo está cumprido, eo reino de Deus está próximo: arrependei-vos e crede no evangelho.

A grande ministério galileu de Jesus começou com a prisão de João Batista. Entregue-se pode ser traduzido quer "colocar na prisão" (KJV) ou "preso". traduções mais recentes preferir o último.

Quando João foi feita a partir da cena, Jesus tomou seu lugar como a figura profética proeminente. Ele começou a pregar (proclamando) o evangelho de Deus . Esta frase é encontrado várias vezes nas epístolas de Paulo. Ela significa a boa notícia que vem de Deus.

A ênfase específica aqui foi: "foi cumprida O tempo eo reino de Deus está próximo" (tempos perfeitos). Tempo é kairos , que significa " o direito, apropriado, tempo favorável ... tempo fixo definido. ... uma das alternativas. termos escatológicos principais ... o momento de crise, os últimos tempos . "Este foi o" momento oportuno "para a nação judaica para aceitar o reino de Deus na pessoa do Messias. Mas o momento (Seu ministério) passou, a nação que rejeitou o reino de Deus foi punido severamente por Roma.

Mateus e Marcos ambos indicam que Jesus repetiu João na pregação, Arrependei-vos. Mas o último acrescenta: e crer no evangelho . Este era o novo, distintivo, nota Christian. O arrependimento ea fé são os dois pré-requisitos para a salvação.

2. Chamada de Pescadores (1: 16-20)

16 E, andando junto do mar da Galiléia, viu Simão e André, irmão de Simão lançavam a rede ao mar; pois eram pescadores. 17 E Jesus disse-lhes: Vinde após mim, e eu farei que vos torneis pescadores de homens. 18 E logo eles deixaram as redes, seguiram- Nu 19:1 E, passando um pouco mais adiante, viu Tiago, o filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes. 20 E logo os chamou; e eles deixaram seu pai Zebedeu no barco com os empregados, e foi atrás dele.

As contas deste incidente em Mateus e Marcos são quase exatamente o mesmo (ver em Mt 4:18 ). A um item diferenciado em Marcos é a menção de de Zebedeu servidores contratados . Tiago e João não deixou seu pai desolado quando abandonaram o negócio de pesca para seguir Jesus.

3. Dia em Cafarnaum (1: 21-34)

1. Curando um endemoninhado (1: 21-28)

21 E eles entram em Cafarnaum; e, logo no sábado, indo ele entrou na sinagoga e ensinava. 22 E maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas. 23 E logo, estava na sinagoga um homem com um imundo espírito; e ele gritou, 24 dizendo: Que temos nós contigo, Jesus Nazareno tu? Vieste para nos destruir? Bem sei quem és: o Santo de Dt 25:1 . O incidente particular descrita aqui é omitido por Mateus, mas estreitamente paralelo em Lc 4:31 . É o primeiro milagre de Jesus registrada por Marcos e Lucas.

Este foi um dia agitado na vida de Jesus, sem dúvida, típico de muitos, tais durante Seu ministério público. Desde que foi o dia de sábado a sábado, o sábado judaico-Ele foi para a sinagoga . Esta palavra significa literalmente "um ajuntamento". Como no caso da "igreja", que foi usado pela primeira vez para a congregação e, em seguida, para o edifício. O último é o significado aqui.

Na sinagoga Ele ensinou . Os meios imperfeito "começou a ensinar." Era o costume de sinagogas locais para convidar viajando rabinos para falar nos serviços (conforme At 13:15 ).

Os adoradores na sinagoga foram maravilhavam da sua doutrina . Os escribas tinham o hábito de citar as opiniões dos rabinos anteriores. Mas Jesus falou com o divino direto autoridade que surpreender seus ouvintes.

Ao serviço era um homem com um espírito imundo , literalmente, "em um espírito imundo", ou sob seu poder. Ele clamou; ., provavelmente, "gritou" ou "gritou" o descreveria corretamente Que temos nós contigo é literalmente, "O que para nós e para ti?" Isto é, "O que há entre nós?" Moffatt deixa-lo: "Que negócio tê-lo conosco?" Isso, provavelmente, expressa o sentido bem.

O endemoninhado identificado Jesus como o Santo de Deus . Embora alguns tenham negado que esta era uma designação para o Messias, Vincent Taylor observa corretamente que, embora "não é um título messiânico conhecido", ainda que provavelmente é usado aqui "com significado Messiânico."

O Mestre silenciou o demônio e ordenou que saísse do homem. Cala-te (v. Mc 1:25) é, literalmente, "ser amordaçados!" Jesus não queria que o depoimento de uma tal trimestre. Também é provável que Ele estava proibindo qualquer declaração pública de sua messianidade, para que não haja uma revolução política contra Roma.

A crueldade sádica do espírito imundo é revelado no versículo 26 . Rasgando ele é melhor traduzida por "tê-lo em convulsão". Lucas (Mc 4:35) diz que o demônio não prejudica definitivamente ele.

Mais uma vez o povo estava espantado com o Mestre. Primeiro seu espanto tinha sido causado por Sua autoridade no ensino (v. Mc 1:22 ). Agora, maravilhados da sua autoridade na expulsão de demônios. Isso era algo novo . Não é de estranhar que o relatório do que aconteceu neste propagação sinagoga de serviço logo por toda a Galiléia (v. Mc 1:28 ). Era uma notícia emocionante.

b. A cura na casa de Pedro (1: 29-31)

29 E logo, quando eles saíram da sinagoga, eles entraram na casa de Simão e André, com Tiago e Jo 30:1. ). Marcos sozinho menciona que os quatro pescadores discípulos acompanhado Jesus casa da sinagoga. Era costume na época, não para comer antes de ir a serviço no dia de sábado. Os cinco homens chegaram com fome, esperando uma boa refeição para ser aguardando-los: Em vez disso, encontrou a mãe-de-lei de Pedro na cama com uma febre alta. Mas, como sempre, o Mestre estava no controle da situação. Logo a senhora doente estava bem e servir a refeição.

c. Cura no Sunset (1: 32-34)

32 E à tarde, quando o sol se ajustou, trouxeram-lhe todos os enfermos, e os que estavam possuídos por demônios. 33 E toda a cidade se ajuntou à porta. 34 e ele curou muitos que se achavam enfermos com mergulhadores doenças, e expulsou muitos demônios; e ele não permitia que os demônios falassem, porque o conheciam.

O sábado judaico durou de pôr do sol na sexta à noite até o por do sol no sábado. Então, quando o sol se ajustou as multidões, animado com a notícia dos dois milagres que Jesus tinha realizado naquele dia, veio correndo para a casa de Pedro. Agora que o sábado foi mais poderiam transportar o seu doente e os endemoninhados . Para Mateus e Lucas contas Marcos acrescenta normalmente: E toda a cidade se ajuntou à porta (v. Mc 1:33 ). Pelo menos assim pareceu a Pedro, e Marcos capturou sua vívida descrição desse serviço por do sol cura. Mais uma vez o Mestre amordaçados os demônios que procuraram para testemunhar a Sua divindade (conforme Lc 4:41 ).

4. Posto da Galiléia (1: 35-45)

1. Rezar em Sunrise (1: 35-39)

35 E na parte da manhã, um grande tempo antes do dia, ele se levantou e saiu, e partiu para um lugar deserto, e ali orava. 36 E Simão e os que estavam com ele o seguiu; 37 e eles o encontraram, e . dize-lhe: Todos te buscam 38 E disse-lhes: Deixai-nos ir para outro lugar às aldeias vizinhas, para que eu pregue ali também; pois para isto que vim. 39 e, entrando em suas sinagogas por toda a Galileia, pregando e expulsando os demônios.

Mateus não gravar este incidente, embora Lucas (4: 42-44) faz. O serviço do sol cura foi seguido de uma reunião de oração do nascer do sol. Mas, para este último não havia empurrões, multidões-apenas ruidosos o Mestre sozinho em comunhão com o Pai.Ele precisava de força e orientação para o novo dia.

As duas cláusulas do verso de abertura de 35 são muito fortes no grego: "E muito no início da manhã, quando ainda era noite." Jesus deixou os discípulos dormindo, e procurou a solidão de um lugar deserto; ou seja, um local solitário fora da cidade.

Finalmente Pedro despertado. Faltando o Mestre, ele e seus companheiros discípulos "caçou" (katedioxen ). Quando finalmente descobri-lo, eles relataram que tudo Cafarnaum estava procurando por ele (v. Mc 1:37 ). Sem dúvida, havia muitas pessoas que não conseguiram fazê-lo para o serviço de cura na noite anterior.

Mas, no momento da oração de Jesus tinha recebido Suas ordens para o dia. Ele não deve retornar para Cafarnaum, neste momento, mas avançar para as próximas cidades . Há Ele deve pregar, para as pessoas precisavam de salvação espiritual mais do que a cura física. Em seguida, acrescentou: Para este fim é que vim . Isto poderia referir-se a sua saída Cafarnaum cedo naquela manhã. Mas, provavelmente, tem referência a sua vinda do céu. Sua missão à Terra foi para salvar a humanidade.

O versículo 39 é composto por uma declaração sumária de um ministério sinagoga em toda a Galiléia. Junto com sua pregação, ele expulsou demônios.

b. Limpando um leproso (1: 40-45)

40 E lá vem se dele um leproso, suplicando-lhe e, ajoelhando-se diante dele, e dizendo-lhe: Se tu quiseres, podes purificar-me. 41 E, sendo movido de compaixão, Jesus estendeu a mão, tocou-o, e disse-lhe: Quero; . sê limpo 42 . Imediatamente a lepra se apartou dele, e ficou limpo 43 E ordenou-lhe de forma rigorosa, e imediatamente mandou para fora, 44 e disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; mas vai mostrar -te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho. 45 Mas ele saiu, e começou a publicar-se muito, e espalhou o assunto, de modo que Jesus já não podia entrar abertamente em uma cidade, mas se fora em lugares desertos; e vieram a ele de todos os lados.

Esta cura milagrosa é gravado em três sinóticos (ver Mt 8:1. ). Movido pela compaixão (somente em Marcos) é o particípio aoristo passivo e é melhor traduzida O uso do aoristo sugere "a ser agarrado com compaixão." reação súbita e imediata de Jesus, quando confrontado com a necessidade humana.

Marcos (com Lucas) diz que logo , ou imediatamente, o leproso era purificado (v. Mc 1:42 ). No versículo 43 só ele usa uma palavra forte para estritamente cobrado. Originalmente, o verbo grego significava para cheirar como um cavalo. Ele indicou o sentimento profundo com o qual Jesus ordenou o leproso para não contar a ninguém, exceto o padre sobre sua cura. Cristo sabia que os sacerdotes hostis não relatar o assunto. Ele estava procurando evitar publicidade indevida, porque as vastas multidões, querendo ser curado ou para testemunhar milagres, foram impedindo-lo de realizar sua mais importante missão de pregação do evangelho.

Mas foi tudo em vão. Marcos (sozinho) acrescenta que o homem curado saiu e publicados no exterior a matéria (v. Mc 1:45 ). O resultado foi que Jesus tinha de evitar as cidades e se esconder em lugares solitários. No entanto, as pessoas procuraram-lo e continuou chegando (imperfeito) a Ele de todo o lado.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Marcos Capítulo 1 do versículo 1 até o 45
A palavra evangelho significa "boas novas" (Mc 1:14-41; Mc 8:35; Mc 10:29; Mc 13:10; Mc 14:9; Mc 16:15). O Antigo Testamento usava a palavra para "boas-novas de vitória" (1Rs 1:42; Is 40:9; Is 41:27; Is 52:7; Is 61:1); e, no Novo Testamento, ela designa a mensagem de Jesus Cristo, o Filho de Deus que mor-reu pelos pecados do mundo (1Co 15:1-46; Gl 1:6-48). Marcos dá-nos as "credenciais" pessoais de Jesus Cris-to, o Servo de Deus.

  1. Proclamação (Mc 1:1-41)

Marcos declara desde o início que Jesus é o Filho de Deus, testemunho que ele dá ao longo do livro (1:11; 3:11; 5:7; 9:7; 12:6; 13 32:14-61-62; 15:39). Marcos citaMl 3:1, no versículo 2, eIs 40:3, no ver-sículo 3, duas passagens que se re-ferem a João Batista, quem preparou o caminho do Senhor. Sempre que uma pessoa notável vai a uma cida-de, fazem-se reparos nas estradas a fim de facilitar a jornada delas. Na-quela época, o povo de Israel estava em um período de "deserto espiritu-al", e João tinha de prepará-los para a chegada do Filho de Deus, o Servo (Lc 1:13-42,Lc 1:67-42). João foi o último profeta do Antigo Testamento e apresentou o Messias à nação (Mt 11:1-40).

  1. Reconhecimento (Mc 1:9-41)

Jesus não foi batizado porque era um pecador arrependido, já que ele é o Filho de Deus sem pecados. Seu ba-tismo com água é um retrato de seu batismo com sofrimento na cruz (Lc 12:50), quando as "ondas e vagas" do julgamento de Deus vêm sobre ele (SI 42:7; Jo 2:3). Ele "cumpr[e] toda a justiça" por intermédio de sua morte, sepultamento e ressur-reição (Mt 3:15). A voz do Pai e o Espírito, na forma de uma pomba, reconhecem a divindade do Servo. Sua vitória sobre Satanás é uma pro-va adicional de sua filiação divina. O primeiro Adão fracassou em um adorável jardim (Gn 3; 1Co 15:45), enquanto o último Adão derrotou o inimigo em um deserto terrível.

  1. Poder (Mc 1:14-41)

Jesus chegou à Galiléia como pre-gador e anunciava as boas-novas de que o reino de Deus chegara para os homens na pessoa do Servo do Senhor. Jesus, antes de revelar os fatos sobre sua morte na cruz, ain-da podia convidar as pessoas a crer nele para que fossem salvas.

  1. Poder sobre o destino (vv. 16-20)

Alguns meses antes, Pedro, André, Tia-go e João conheceram Jesus e creram nele (Jo 1:35-43), mas esse era o cha-mado deles para o ministério em tem-po integral como discípulos. Zebedeu devia ter um negócio lucrativo, já que podia contratar trabalhadores, por isso a partida dos filhos não o empobreceu. Pelo menos, sete dos discípulos do Se-nhor eram pescadores profissionais Oo 21:1-2). Os pescadores têm coragem, tenacidade e disposição para trabalhar duro e sabem trabalhar em grupo. Es-sas são boas qualidades para os "pes-cadores de homens".

  1. Poder sobre demônios (vv. 21-28)

Jesus fez seu "quartel-general" em Cafarnaum (2:1; 9:
33) e partiu de lá para vários lugares do país a fim de ministrar. Ele, com freqüência, ensi-nava nas sinagogas locais e, nesse sá-bado específico, libertou um homem do poder de um espírito imundo. Mesmo os demônios têm de confes-sar que Jesus é o Filho de Deus, mas a confissão deles não os salva (Jc 2:19). Muitas vezes, Marcos registra o ma- ravilhamento das pessoas (1:22,27; 2:12; 5:20,42; 6:2,51; 7:37; 10:26; 11:18). Essa obra de poder espalhou a fama de Jesus por outros lugares.

  1. Poder sobre a doença (Mc 1:29; 2Pe 3:9). Tecnicamente, Jesus torna-se "impuro" quando toca o leproso, mas seu toque traz cura imediata para o homem. Para co-nhecer o ritual de restauração pelo qual o leproso curado tem de pas-sar, leia Levítico 14 e note que o ri-tual é um retrato da obra expiatória de Cristo. Marcos menciona outras três vezes a compaixão de Jesus (6:34; 8:2; 9:22).

    1. Poder em oração (vv. 35-39)

    Independentemente de quanto o Servo trabalhe para ajudar os outros, ele sempre reserva um tempo no início da manhã para estar com seu Pai (Is 50:4). Essa era a fonte de seu poder, pois Jesus serviu na terra da mesma forma que você e eu devemos servir: pela fé e depen-dendo da força do Espírito. Deus nao abençoa o esforço dos trabaIhadores que são ocupados demais para orar Jo 15:5). Se o Filho do Senhor tinha de passar um tempo em oração enquanto ministrava na terra, imagine quanto mais nós pre-cisamos orar!


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Marcos Capítulo 1 do versículo 1 até o 45
1.1 Evangelho. No grego mais antigo significa "um galardão oferecido para se levar as boas novas". Depois o termo foi usado como as próprias "boas novas". Aqui se refere ao anúncio das boas novas por Jesus Cristo e também ao conteúdo desse evangelho trazido por Cristo Princípio indica a introdução ao evangelho, da proclamação de João Batista. É muito provável que Marcos tivesse sido o primeiro evangelho a ser composto e serviu de base aos evangelhos de Mateus e Lucas, sendo, os três, conhecidos como os "Sinóticos" (termo originário de uma palavra grega que significa "ver de um ponto de vista'). Jesus. Conforme Mt 1:21n; Lc 1:3; Jo 10:38; Jo 14:10; He 1:2). Os conceitos inerentes ao título são:
1) Jesus é profetizado no AT-.
2) Ele é pré-existente e divino;
3) Tem uma relação ímpar com Deus Pai (sem ser gerado no sentido humano);
4) Jesus é o Messias, o Servo de Jeová, plenamente identificado com o povo eleito; conseqüentemente Ele foi capaz de cumprir Sua missão salvadora (10.45),

1.2 Está escrito. Normalmente, esta frase introduz citações do AT.

1.3 Do Senhor. Fica claro, no contexto, que o Jeová do AT é identificado com Jesus Cristo no NT (conforme Rm 10:13).

1.4 João. Forma simplificada de Johanen ("dom de Jeová"). Era parente de Jesus, uma vez que suas mães eram primas (conforme Lc 1:36). Seu ministério começou c. 27 d.C., proclamando a vinda iminente do Messias e Seu reino. João proclamou a urgência do arrependimento devido à aproximação deles.

1.6 Gafanhotos e mel. I.e., alimento natural de áreas não habitadas (conforme Lv 11:22).

1.8 Espírito. João batiza apenas com água, simbolizando a lavagem dos pecados renunciados, mas Cristo dará o dom do Espírito Santo é com Ele a filiação adotiva de Deus (conforme Jo 3:3, Jo 3:5). Deve-se notar à diferença entre o batismo de João e o batismo cristão, pois este último contém o simbolismo de identificação com a morte e a ressurreição de Cristo. Os judeus também batizavam prosélitos (convertidos ao judaísmo). Os essênios (seita que compôs os rolos do Mar Morto) batizavam, os judeus que ingressavam na sua fraternidade. João trata todos os judeus como necessitados de arrependimento. Josefo relata sobre a profunda influência que João exercia sobre o povo em geral (Antigüidades XVIII, 116-19).

1.9 Jesus foi batizado:
1) Para endossar a autoridade de João;
2) Para se identificar com os pecadores que buscavam o perdão de Deus (2Co 5:21);
3) Para publicamente confirmar e anunciar Seu ministério;
4) Para ser apontado por João como o Messias (Jo 1:53) e ficar cheio do Espírito (Lc 3:22).

1.10 Como pomba. Conforme Gn 1:2.

1.11 As palavras por Deus pronunciadas lembram Is 42:1; Gn 22:2 e Sl 2:7 (conforme Mt 12:18).

1.12 Impeliu. Esta palavra forte entende-se pela fato de tudo indicar que o autor, Marcos, ao compor seu evangelho tinha em mira a instrução de novos convertidos na fé. Como Cristo, eles devem prever que o batismo dará início a um período de provação.

• N. Hom. 1.17 A vocação do evangelista implica:
1) No discipulado ("vinde após mim”),
2) Em ser treinado por Cristo ("eu vos farei");
3) Esforço de ganhar homens (pescar);
4) Pôr os interesses seculares em segundo plano ("deixaram ... as redes").

1.13 Antes da primeira época do ministério na Galiléia, Jesus ministrou em Jerusalém e na Judéia (conforme Jo 1:19-43. Cafarnaum era um centro de comércio e distribuição de peixes. Com um centurião (8,5) e uma coletaria de impostos (Mt 9:9), não deixava de ter sua importância para os romanos.

1.29 Casa do Simão. Segundo uma tradição muito antiga; Marcos nos fornece um relatório da pregação e memórias de Pedro.

1:29-31; 40-45 Milagres de cura: ainda que Jesus tinha duas naturezas, a divina e a humana, o plano de Deus na encarnação era que Ele fosse verdadeiro homem (cf.Rm 8:30n).

1.34 Jesus não quer o testemunho dos demônios (1.25; 3.12).
1.35,36 Madrugado. Gr proi, usada por Marcos para designar a última vigília da noite, das 3 Jl 6:05ss), era natural que se tornasse um símbolo de pecado. • N. Hom. A lepra e o pecado:
1) são repugnantes;
2) espalham-se;
3) são incuráveis, fora da operação graciosa de Deus;
4) Cristo é a única solução: a) quer porque se compadece; b) pode fazê-lo porque velo de Deus (Jo 3:2), c) fá-lo curar porque veio para isso (Mc 10:45). 1.43 Veemente. Uma palavra muito forte (conforme Jo 11:33, Jo 11:38) frisando a importância de guardar o segredo sobre Sua pessoa e missão messiânicas até após a ressurreição (cf. Jo 6:1 Jo 6:5). Os judeus esperavam um Messias guerreiro, político, nacionalista, não o Salvador do mundo e da condição de pecado do homem (10.45).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Marcos Capítulo 1 do versículo 1 até o 45
I. EVENTOS 1NTRODUTÓRIOS (1:1-13)

O ministério de João Batista (1:1-8).

(Textos paralelos: Mt 3:1-40; Lc 3:1-42; Jo 1:19-43.)

Marcos informa os seus leitores de que o Antigo Testamento havia predito que a chegada do Messias seria precedida pela vinda do precursor, citando para isso Ml 3:1 e Is

40.3. Ele identifica esse “pré-cursor” com João Batista, ao indicar que João pregou no deserto (v. 4; conforme Is 40:3) e ao lembrar que a roupa de João (v. 6) era parecida com a de Elias (2Rs 1:8), que, em Ml 4:5, é equiparado ao mensageiro de Ml 3:1. A mensagem de João era dupla: (a) Ele chamou os homens ao arrependimento, acrescentando que, se eles fizessem isso, a purificação que ele efetuava por meio do batismo simbolizaria a purificação das suas almas efetuada por Deus (v. 4); (b) ele anunciou o seu Sucessor, que batizaria as pessoas com o Espírito (v. 7,8). Isso Jesus fez no dia de Pentecoste (At 1:5).

O batismo de Jesus (1:9-11). (Textos paralelos: Mt 3:13-40; Lc 3:21,Lc 3:22.)

Jesus recebeu o batismo de João (v. 9) como forma de identificação com os pecadores, numa prefiguração do seu ato, com significado ainda maior, que ocorreria na sua crucificação. Tanto o Espírito (v. 10) quanto o Pai (v. 11) deram testemunho de Jesus como sendo o Filho messiânico de Deus, o Espírito em forma de pomba e o Pai em palavras ecoando Sf 2:7 e Is 42:1. Somente Marcos, em contraste com os evangelistas posteriores, menciona a visão da pomba e as palavras do céu como tendo sido percebidas pelo próprio Jesus.

A tentação de Jesus (1.12,13). (Textos paralelos: Mt 4:1-40; Lc 4:1-42.)

Na tentação de Jesus, ele foi incitado por Satanás a se desviar do caminho divinamente designado de serviço e sofrimento final. Veja um estudo mais abrangente disso no comentário de Lucas ad loc. Entre os evangelistas, somente Marcos menciona a presença de animais selvagens durante a tentação de Jesus. E mais provável que a sua menção sirva mais para destacar o horror da experiência do que para retratá-los como amistosos e submissos a Jesus.

II. O MINISTÉRIO NA GALILÉIA (1.14—7.23)

A pregação inicial de Jesus na Ga-liléia (1.14,15). (Textos paralelos: Mt 4:1217; Lc 4:14-42; Jo 4:43-43.)

Antes da viagem de Jesus para a Galiléia (v. 14), ele tinha desempenhado o seu ministério inicial na Judéia, como está descrito em Jo 1:29-43.)

O relato pressupõe que esses pescadores tinham um conhecimento prévio de Jesus, e isso é confirmado em Jo 1:35-43, em que se mostra que eles já acreditavam que Jesus era o Messias de Israel. Ao confirmar assim o seu direito à lealdade total das pessoas para com ele, Jesus demonstrou consciência da sua autoridade pessoal. A ordem que Jesus lhes deu de segui-lo (v. 17) incluía não somente o aspecto de que deveriam acompanhá-lo nas suas jornadas, mas que deveriam aceitar um relacionamento de discípulo— rabino com ele. A promessa dele de fazer dos discípulos pescadores de homens estava relacionada à tarefa de eles ganharem pessoas para a causa dele. Pedro fez Jesus lembrar do sacrifício que fez de seu meio de vida pela causa de Jesus em 10.28.

A expulsão de um demônio na sinagoga (1:21-28). (Texto paralelo: Lc 4:31-42.)

Em Cafarnaum, situada na margem noroeste do mar da Galiléia, como também em outros lugares da Galiléia, Jesus teve freqüen-tes oportunidades de ensino na sinagoga no sábado. Na ocasião descrita aqui, a apresentação que fez do seu tema (v. 15) foi caracterizada por uma autoridade que deixou pasmos os seus ouvintes e os forçou a compará-lo com os mestres com que estavam acostumados (v. 22). Essa autoridade e imponência também foram mostradas quando expulsou um demônio de uma pessoa da congregação. O demônio, em contraste com os espectadores, penetrou no mistério da pessoa de Jesus e, assim, ele conhecia a explicação da autoridade de Jesus. O grito do demônio “O que queres conosco?” significa “Por que estás te intrometendo conosco?”, pois os demônios sabiam que o estabelecimento do Reino de Deus por parte de Jesus necessariamente significava a destruição deles (v. 24). A finalidade das palavras e atos de Jesus na sinagoga naquele dia era despertar a admiração do povo como um todo, e não evocar sua fé; e assim foi em toda a Galiléia (v. 28).

A cura da sogra de Pedro (1:29-31).

(Textos paralelos: Mt 8:14,Mt 8:15; Lc 4:38,Lc 4:39.)

Essa história mostra o poder de Jesus na cura de um tipo diferente de enfermidade, i.e., a febre. E o seu método de cura foi diferente, sendo registrado aqui o aperto da sua mão, em vez de uma expressão vocal. A rapidez e completude da cura da mulher são demonstradas pelo fato de ela servir o grupo à mesa imediatamente depois. Embora tanto essa cura quanto a anterior tenham sido realizadas no sábado, não se menciona oposição alguma a elas, visto que esses casos eram urgentes, e o segundo, além disso, foi realizado numa casa particular.

A cura das multidões ao anoitecer (1:32-34). (Textos paralelos: Mt 8:16,Mt 8:17; Lc 4:40.)

O povo de Cafarnaum, consciente agora dos poderes de cura de Jesus e desejando conseguir dele a restauração da saúde dos seus amigos doentes, levou (v. 32; lit. “carregou”) os amigos até Jesus à porta da casa de Pedro, esperando até depois dopôr-do-sol para fazer isso, quando, tendo passado o sábado, esse “trabalho” de carregá-los era permitido pela lei. Jesus curou muitos (v. 34), o que, de acordo com a expressão idiomática aramaica, significa “todos os que foram levados a ele”. Embora os demônios discernissem a natureza da pessoa de Jesus, este considerou inadequado que isso fosse anunciado por esses subordinados de Satanás (v. 34).

Viajando e pregando em toda a Gali-léia (1:35-39). (Texto paralelo: Lc 4:42-42.)

A oração de Jesus durante esse seu retiro (v. 34; que, de forma incomum não é mencionada por Lucas), revela sua comunhão com o Pai celestial e sua dependência dele. Pode ter sido ocasionada, em parte, pelo desapontamento de Cristo de que seus milagres estavam evocando somente uma reação de admiração, e não de compromisso com ele. Determinado a não permitir que fosse interrompido no seu ministério de pregação em virtude da fama que havia obtido como aquele que curava, Jesus prosseguiu para outras cidades da Galiléia, em vez de retornar para Cafarnaum.

A cura de um leproso (1:40-45). (Textos paralelos: Mt 8:2-40; Lc 5:12-42.)

Embora Jesus estivesse decidido a não buscar propositadamente os doentes para curá-los, ele estava preparado para curar doentes como esse leproso que acidentalmente cruzou o seu caminho enquanto ele estava empenhado em tarefas mais vitais. A lepra, como é descrita na Bíblia, provavelmente não deve ser identificada com a doença que atualmente leva esse nome, embora certamente fosse uma enfermidade grave e considerada pelos rabinos humanamente incurável, uma crença endossada por Cristo (Lc 4:27). Mas os judeus criam que o Messias, quando viesse, seria capaz de curar leprosos (Mt 11:5); e esse leproso estava convicto de que Jesus podia curá-lo (v. 40). Depois de tê-lo purificado, Jesus proibiu o homem de falar sobre a sua cura, pois não queria que as pessoas viessem a ele somente para receber benefícios físicos; mas o homem desobedeceu, não sendo capaz de reprimir a sua alegria. Jesus também lhe disse que fosse ao sacerdote em Jerusalém, em obediência às regras de Lv 14, para que isso servisse de testemunho, significando talvez “para que eles possam perceber que eu não desrespeito a lei cerimonial arbitrariamente, mas somente quando ela conflita com a lei do amor”. Um incidente em que a lei cerimonial foi suprimida pela lei do amor tinha sido fornecido pelo fato de Jesus tocar o leproso.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Marcos Capítulo 1 do versículo 14 até o 20

III. O Ministério de Cristo na Galiléia. 1:14 - 6:30.

A. A Chamada dos Quatro Primeiros Discípulos. Mc 1:14-20.

Novamente Marcos omite uma porção da vida e obra de Cristo, passando da tentação diretamente para o começo do ministério na Galiléia. Depois de uma declaração introdutória (vs. Mc 1:14, Mc 1:15), ele conta a chamada dos quatro pescadores para o discipulado.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Marcos Capítulo 1 do versículo 14 até o 20
II. O MINISTÉRIO NA GALILÉIA Mc 1:14-41) -Cfr. Mt 4:12-40; Lc 4:14-42. Segundo Marcos, o ministério começou depois de João ter sido preso (14), o que implica um intervalo entre o batismo de Jesus e seu ministério na Galiléia. Marcos não revela nada a respeito da atividade de Jesus naquele período. Neste como em outros assuntos, o evangelho de S. João completa a narrativa sinótica (cfr. Jo 1:19-43) -Veja Mt 4:18-40 n. Compare Lc 5:1-42. Era fundamental no ministério de Jesus a escolha e preparação dos Doze, que iam compartilhar com Ele a responsabilidade de proclamar as boas novas, durante Sua vida, e de continuar a disseminá-las depois da Sua ascensão. Os dois pares de irmãos mencionados aqui já conheciam Jesus (veja Jo 1:15-43) e criam que fosse o Messias. Agora Ele os chama ao passo definitivo de deixarem a pescaria para segui-lO incondicionalmente. A vida de pescador os preparava bem nas qualidades de paciência e persistência necessárias para o serviço de ganhar os homens para Cristo. No entanto, precisava-se de mais ainda, e se estivessem dispostos a segui-lO naquela hora, Ele prometia fazer deles pescadores de homens. Quando Cristo os chama, Ele tem em mira, não tanto no que são agora, como no que se tornarão mais tarde pela obediência à Sua direção.

John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Marcos Capítulo 1 do versículo 1 até o 45

1. O Precurso do Novo Rei (Marcos 1:1-8)

O início do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Como está escrito no profeta Isaías: "Eis que eu envio o meu mensageiro à tua frente, o qual preparará o teu caminho; Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. "João Batista apareceu no deserto, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados. E toda a terra da Judéia estava saindo com ele, e todos os habitantes de Jerusalém; e eles estavam sendo batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. João andava vestido de pêlos de camelo, e usava um cinto de couro em torno de sua cintura, e sua dieta se de gafanhotos e mel silvestre. E ele estava pregando, e dizendo: "Depois de mim One está chegando que é mais poderoso do que eu, e eu não sou digno de, abaixando-desatar a correia de suas sandálias Eu vos batizei com água; mas Ele vos batizará com o Espírito Santo "(1: 1-8).

Nenhuma narrativa é mais convincente, e nenhuma mensagem mais essencial, do que o evangelho de Jesus Cristo. É a maior história já contada, pois centra-se na melhor pessoa que já andou nesta terra. A história de Seu ministério terreno está perfeitamente gravado em quatro contas-escritas complementares sob a inspiração do Espírito Santo por Mateus, Marcos, Lucas e João. Seus escritos, conhecidos coletivamente como os quatro evangelhos, fornecem um registro factual da vida, morte e ressurreição de Jesus. Mateus e João foram testemunhas oculares apostólicas para os eventos dos quais eles escreveram; Lucas cuidadosamente investigados os detalhes do ministério de nosso Senhor, a fim de produzir o seu testemunho (conforme Lc 1:3-4); e, segundo a tradição da igreja primitiva, Marcos escreveu seu evangelho baseado na pregação do apóstolo Pedro. Embora escrita por homens diferentes, essas quatro contas harmonizam perfeitamente, fornecendo seus leitores com uma compreensão completa-Orbed da pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo. (Para uma harmonia integrada dos Evangelhos, ver John Macarthur, One Perfect 5ida . [Nashville: Tomé Nelson, 2012]) Dos quatro evangelistas, somente Marcos usou a palavra do evangelho ( euangelion ) para apresentar sua história do Senhor Jesus. De acordo com seu estilo rápido, staccato, Marcos abre seu relato com uma breve frase introdutória: ". O início do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus"

A palavra evangelho é familiar para nós, frequentemente utilizado para designar os quatro primeiros livros do Novo Testamento. Mas essa não é a forma como os escritores bíblicos empregou o termo, nem é como Marcos usa-lo no verso de seu relato histórico de abertura. No Novo Testamento, o evangelho nunca é uma referência a um livro; ao contrário, ela sempre se refere à mensagem de salvação. Esse é o significado pretendido de Marcos aqui. Sua audiência do primeiro século teria entendido a palavra "evangelho" significa "boas novas" ou "boas novas" da salvação. Mas teve um significado ainda mais específico que teria sido familiar para ambos os povos judeus e gentios, nos tempos antigos.

Judeus do primeiro século teria sido familiarizado com a palavra euangelion de sua ocorrência no-a Septuaginta tradução grega do Antigo Testamento hebraico. Lá ele é usado para falar de vitória militar, triunfo político, ou de resgate física (conforme 1Sm 31:9; 18: 20-27; 2Rs 7:9)

 

Nesses versos, a Septuaginta traduz a palavra hebraica para "uma boa notícia" ( basar ) com formas da palavra grega euangelion. Em Isaías 40, esta "boa notícia" consistiu em mais do que meras notícias da vitória militar ou resgate físico. Abrangeu uma mensagem de vitória final, triunfo e salvamento eterna, tornando-se a melhor notícia possível. Depois de trinta e nove capítulos do julgamento e repreensão, Isaiah concluiu a sua obra-prima profética (nos capítulos 40:66) com promessas de esperança e libertação. Essas promessas proclamou a realidade do futuro reino de Deus e da restauração de seu povo.

Em Is 52:7.), que é novamente traduzido por euangelion na Septuaginta. Significativamente, esta passagem precede extensa discussão de Isaías do Servo Sofredor, o Messias através de quem esta salvação prometida viria (13 23:53-12'>Is. 52: 13 53:12). Quando Marcos afirmou que este foi o evangelho de Jesus Cristo, seu uso da palavra Christos (o equivalente grego do hebraico " Messias ") teria feito essa conexão inevitável nas mentes de quem está familiarizado com a Septuaginta. A palavra do evangelho , que foi associado com o Messias, era uma palavra de entronização e exaltação real; as notícias gloriosas do Rei dos reis que vêm para tomar o Seu trono de direito.

O termo euangelion também teve um significado especial para aqueles que estão fora do judaísmo. Embora em grande parte ignorante da história judaica, do primeiro século romanos teriam entendido da mesma forma o termo para se referir às boas novas de um rei que vem. A inscrição romana que remonta a 9 BC fornece insights sobre como a palavra do evangelho foi entendida em um antigo contexto Gentil. Falando do nascimento de César Augusto, uma porção da inscrição diz:

Considerando que a Providência ... que ordenou a toda a nossa vida, mostrando preocupação e zelo, ordenou a consumação mais perfeita para a vida humana, dando a ele Augustus, preenchendo-o com força para fazer o trabalho de um benfeitor entre os homens, e enviando-lhe, por assim dizer, [como] um salvador para nós e aqueles que virão depois de nós, para fazer a guerra para cessar, para criar ordem em todos os lugares ... e que o nascimento do deus [Augusto] foi o início de o mundo das boas novas que chegaram aos homens por ele ... ( . Inscrip Priene, citado de Gene L. Gree, as cartas aos Tessalonicenses, Pillar New Testament Commentary [Grand Rapids: Eerdmans, 2002], 94)

A inscrição fala de "boas novas" (uma forma de euangelion ) para descrever o nascimento e reinado de César Augusto, um governante a quem os romanos considerado como seu libertador divino. A palavraevangelho funcionou assim como um termo técnico, mesmo na sociedade secular, para se referir à chegada, ascendência, e triunfo de um imperador.

Como esses exemplos de ambas as fontes judaicas e pagãs ilustrar, os leitores do relato de Marcos do primeiro século teria entendido o evangelho para ser um pronunciamento real, declarando que um poderoso monarca tinha chegado ninguém que iria inaugurar uma nova ordem da salvação, a paz e bênção. Sob a inspiração do Espírito Santo, Marcos escolheu essa palavra, a fim de comunicar-tanto de forma eficaz para os judeus e para os gentios, que ele estava apresentando a boa notícia do Rei divino.

Marcos abre seu relato, observando que este é o início de sua declaração real. Tal naturalmente está à frente de seu relato histórico. No entanto, ele também serve como um lembrete de que o que se segue não é o fim da história. A história de Jesus Cristo ainda está sendo escrito. O Rei não foi totalmente tomado seu trono. Um dia, Ele voltará para estabelecer o Seu reino e Ele reinará como o eterno Soberano. O relato de Marcos só começa a contar a história da chegada, ascendência, o estabelecimento, e entronização do novo rei, que é muito mais gloriosa do que todos os outros reis.

Desta forma, o recorde de Marcos da vida do Senhor Jesus abre com uma linguagem que seria um sinal para seus leitores que o mais glorioso Rei chegou-e não é de César. Na verdade, este monarca divino define-se contra todos os outros rivais terrenos incluindo César. Ele é o tema, não só da história de Marcos, mas de toda a história. E qual é o seu nome? Marcos não perde tempo em declarar que Ele é: Jesus Cristo, o Filho de Deus.

O nome de Jesus (em grego, Iesous ) é o seu nome humano. É uma forma grega do nome Josué (hebraico, Yeshua ), que significa "O Senhor é a salvação." Como o anjo explicou a José: "E lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados" (Mt . 1:21). O termo Cristo não é um nome, mas um título. É a tradução grega da palavra hebraica traduzida como "messias", que significa "ungido". A título real, ele foi usado no Antigo Testamento para se referir aos reis divinamente designado de Israel (conforme 1Sm 2:10 ; 2Sm 22:51) e, finalmente, para o grande libertador escatológico e governante, o Messias (Dan 9: 25-26; conforme Is. 9: 1-7.;. 11: 1-5; Is 61:1). Durante todo o curso de seu ministério terreno, Jesus demonstrou repetidamente a Si mesmo para ser o Rei divino, e Marcos tem o cuidado de apresentar o caso irresistível de seus leitores (conforme 3:11; 5: 7; 9: 7; 13 32:15-39). No primeiro semestre de seu registro do evangelho (capítulos 1:8), Marcos destaca palavras e surpreendentes obras do Senhor. Na segunda metade (capítulos 9:16), ele se concentra sobre a morte e ressurreição de Jesus.Ambas as seções chegar à mesma conclusão inevitável: através de suas palavras, obras, morte e ressurreição, Jesus provou ser o Rei messiânico prometido, o Filho de Deus e Salvador do mundo. A confissão de Pedro articula este tema em linguagem inconfundível: "Tu és o Cristo" (Mc 8:29; conforme Mt 16:16.). Que este majestoso confissão está no meio do livro é certamente por acaso. Ela representa o coração da mensagem de Marcos: o Senhor Jesus é exatamente o que Ele afirmava ser.

Em seu relato do evangelho de Jesus Cristo, Marcos é consumido com a chegada do maior Rei nunca: a Monarch messiânica que irá apresentar Seu glorioso reino da salvação e inaugurar uma nova era para o mundo. Mas o Evangelho de Marcos é apenas o começo da boa notícia, porque a história do reino de Cristo continuará através de toda a história humana e para a eternidade. Marcos introduz o Salvador soberano, olhando para três facetas de sua chegada real: a promessa do novo rei, o profeta do novo rei, e a preeminência do novo rei.


A promessa do novo rei

Como está escrito no profeta Isaías: "Eis que eu envio o meu mensageiro à tua frente, o qual preparará o teu caminho; Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. "(1: 2-3)

Tendo introduzido seu relato como uma proclamação real do Rei divino, Marcos continua sua narrativa através da introdução de precursor do Rei, João Batista. O foco inicial do Marcos on João, em vez de Jesus, pode parecer surpreendente para os leitores modernos. Mas ele está em perfeita consonância com o propósito de Marcos (para apresentar Jesus Cristo como o rei divino) e teria sido esperado por sua audiência do primeiro século. Monarcas terrestres no mundo antigo, invariavelmente, enviou mensageiros oficiais antes deles para preparar o caminho, anunciar a sua vinda, e fazer as pessoas prontas para recebê-los.Assim também, a chegada do Rei divino foi precedida por um arauto real que anunciou claramente a Sua vinda.

A fim de introduzir João Batista, Marcos faz referência a duas profecias do Antigo Testamento-Ml 3:1; Jo 12:14; At 1:20; At 7:42; Rm 3:4; 1Co 1:31; 9:.. 1Co 9:9; 2 Cor 8:. 2Co 8:15; 2Co 9:9; Gl 4:22; He 10:7). O fato de que Marcos não mencionar o nome de Malaquias, mas introduz tanto com a frase "Como está escrito em Isaías, o profeta," não é problemática. Não era incomum naquela época, quando citando vários profetas do Antigo Testamento, para referir-se apenas para o mais proeminente e tuck nos outros. Porque estas duas profecias se encaixam tão perfeitamente e ambas se referem à mesma pessoa, eles podem ter sido frequentemente utilizadas em conjunto pelos primeiros cristãos. Os outros evangelistas também aplicou essas passagens do Antigo Testamento com João (conforme Mt 3:1; Mt 11:10; Lucas 3:4-6; Lc 7:27; Jo 1:23).

O apelo de Marcos para a antiga profetas hebreus é um passo importante, demonstrando que a chegada do Rei não era um plano secundário ou uma reflexão tardia. Este foi o plano que Deus tinha vindo a trabalhar desde a eternidade passada. De acordo com esse plano, os antigos profetas tinham previsto a vinda de centenas precursor do Rei de anos antes de ele nascer. Marcos começa fazendo referência Ml 3:1; Lc 7:27).

Tal como acontece com muitas passagens do livro de Isaías, as profecias de Isaías 40 (incluindo o versículo
3) antecipou tanto a curto prazo, cumprimento parcial e um longo prazo, o cumprimento integral.No curto prazo, as palavras de Isaías 40 prometeu aos judeus do cativeiro babilônico que fariam um dia voltar para Israel. Deus iria levá-los de volta à sua terra natal depois de sete décadas de escravidão, fazendo um caminho reto de libertação para eles. Quando eles chegaram, o Senhor estaria com eles (conforme Is. 40: 9-11). Mas a profecia de Isaías foi além do cativeiro babilônico-uma vez que nem tudo o que Isaías profetizou se cumpriu durante o retorno dos judeus para Israel no século VI AC No sentido de longo prazo, a profecia de Isaías apontou para a vinda do Rei messiânico, e ao que que precederia Ele como Seu precursor.

Tudo isso foi prometido no Antigo Testamento. Marcos destaca essas promessas, porque ele sabe que irá ressoar com seus leitores, sejam judeus ou gentios. Chegada-estar do Rei devidamente precedida por um arauto real-foi prometido por Deus através dos profetas hebreus em séculos passados. Mas há um aspecto adicional a essas profecias do Antigo Testamento que não deve ser negligenciado. Eles não apenas descrever o precursor do Messias, eles também revelam o caráter divino do próprio Messias.

O texto completo do Ml 3:1). Marcos, é claro, referências apenas a primeira parte de Ml 3:1, encontramos as palavras do Pai: "Tu és o meu Filho amado, em Ti eu sou bem satisfeito."

O mundo nunca tinha visto um rei assim. O Deus do universo irrompeu na história para prover a salvação, a bênção ea paz. Sua chegada havia sido prometido desde há muito tempo. Ele foi precedido por um arauto real que proclamou Sua vinda. O nome do rei é Jesus, e Ele é o Cristo, o Filho de Deus.


O Profeta do New Rei

João Batista apareceu no deserto, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados. E toda a terra da Judéia estava saindo com ele, e todos os habitantes de Jerusalém;e eles estavam sendo batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. João andava vestido de pêlos de camelo, e usava um cinto de couro em torno de sua cintura, e sua dieta se de gafanhotos e mel silvestre. (1: 4-6)

Depois de fazer referência a profecia do Antigo Testamento sobre o precursor do Messias, Marcos continua afirmando o seu nome: . João Batista O nome João era comum no primeiro século Israel. Significa "o Senhor é bom" e é o equivalente grego do nome hebraico "Joanã" (conforme 2Rs 25:23; 1Cr 3:15; Jr 40:8). Ele tinha, de fato, cresceu no deserto (conforme Lc 1:80) e é aí que ele pregou e ministrou, longe da agitação das cidades.

deserto teve grande significado na história judaica; era um lembrete constante do êxodo do Egito e entrada na Terra Prometida. Esse significado não teria sido facilmente esquecido por aqueles que viajaram para ouvir de João pregação e testemunhar o seu ministério de batismo. Como William Lane explica:

A convocação para ser batizado no rio Jordão significava que Israel deve vir mais uma vez para o deserto. Como Israel há muito tempo havia se separado do Egito por uma peregrinação através das águas do Mar Vermelho, a nação é exortado novamente para experimentar a separação; as pessoas são chamadas a um segundo êxodo, em preparação para um novo pacto com Deus ... Como o povo ouvir o convite de João e sair com ele no deserto muito mais está envolvido de contrição e confissão. Eles voltam para um lugar de julgamento, o deserto, onde o estado de Israel como filho amado de Deus deve ser restabelecida na troca de orgulho para a humildade. A vontade de voltar para o deserto significa o reconhecimento da história de Israel como um de desobediência e rebeldia, e um desejo de começar mais uma vez. ( O Evangelho segundo Marcos, Novo Comentário Internacional sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Zondervan, 1974], 50-51)

O ministério de João centrada na pregação de um batismo de conversão para o perdão dos pecados. Como observado anteriormente, nos tempos antigos, o enviado do rei chegando iria antes dele, removendo todos os obstáculos no caminho e ter certeza que as pessoas estavam prontas para receber o rei. Mas como foram as pessoas para se preparar para a chegada do Rei messiânico? Eles precisavam abandonar os seus pecados e receber o perdão de Deus. A fim de demonstrar seu arrependimento, João chamou para ser batizado.

De João batismo foi um ato de uma única vez, distinguindo-a de outras lavagens judeus rituais. Na prática judaica, o paralelo mais próximo de batismo de João era a lavagem de uma única vez de prosélitos gentios, um ritual que simbolizava tanto sua rejeição do paganismo e sua aceitação da verdadeira fé. A cerimônia foi a marca de uma pessoa de fora de tornar-se uma parte do povo escolhido de Deus. Para um prosélito Gentil para ser batizado era nada de extraordinário. Mas o chamado de João para os judeus, para ser batizado era radical. Em essência, é necessário que eles vejam a si mesmos como pessoas de fora que tem que reconhecer que eles não eram mais apto para o reino do Messias do que os gentios. O batismo de João confrontou diretamente a hipocrisia religiosa que permeou judaísmo do primeiro século. Ele desafiou os seus ouvintes a considerar a realidade que nem ser um descendente físico de Abraão, nem um observador meticuloso das leis farisaicas foram motivos suficientes que permitam ganhar o ingresso para o reino de Deus.

Em vez disso, o que era necessário era uma mudança interna da pessoa coração, mente e vontade. A palavra arrependimento ( metanoia ) implica uma verdadeira viragem do pecado e si a Deus (conforme 1Ts 1:9;. 2Tm 2:25). A fruta (ou posterior comprovação) de que a transformação interna é visto no comportamento alterado. Como João Batista disse as multidões ", pois, frutos dignos de arrependimento, e não começar a dizer a si mesmos: 'Temos por pai a Abraão," pois eu vos digo que até destas pedras Deus é capaz de levantar-se filhos de Abraão "(Lc 3:8.).

Uma evidência inicial de que a transformação do coração genuíno era uma vontade de ser batizado. Aqueles cujo orgulho justo auto-permaneceu nunca iria passar por uma tal público, humilhando ato. Mas aqueles cujas mentes tinha realmente virou-se para abandonar o seu pecado e orgulho ansiosamente declaram-se não melhor do que os gentios-pecadores que reconheceram sua indignidade e sua necessidade de caminhar justamente diante de Deus. Assim, o batismo marcou a profissão exterior de arrependimento interior; não gerar arrependimento, mas foi o seu resultado (Mat. 3: 7-8). Além disso, o ato debatismo não produziu o perdão dos pecados , mas serviu como um símbolo externo do fato de que, por meio da fé e arrependimento, os pecadores são graciosamente perdoados por Deus (conforme Lc 24:47; At 3:19; At 5:31).. Embora o ministério do batismo de João precedeu o batismo cristão (conforme Atos 19:3-4), que desempenhou um papel vital na preparação das pessoas para a chegada do Messias.Como o apóstolo Paulo explicou muitos anos mais tarde, "João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus" (At 19:4). Sermões inflamados de João levou o povo para resolver os seus pecados, como eles consideravam a possibilidade de ser excluído do reino de Deus. Antes que eles pudessem ouvir as boas novas da salvação, eles precisavam ser confrontados com as más notícias a respeito de sua própria maldade. Somente mediante a fé genuína e arrependimento poderia seus pecados sejam perdoados.

Nenhum judeu do primeiro século queria ficar de fora do reino messiânico. E assim o povo de Israel se reuniram a partir das cidades para o deserto, a fim de ouvir a partir desta acidentada, profeta contracultural. Como explica Marcos, toda a terra da Judéia estava saindo com ele, e todos os habitantes de Jerusalém; e eles estavam sendo batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. Nas palavras de um comentarista:

Ao fazer a peregrinação à Jordânia, aqueles que acreditavam que a mensagem de João mostrou que eles queriam ser visivelmente separados daqueles sob julgamento quando o Senhor veio. Eles queriam ser membros da futura purificada Israel. O batismo de Submetidos João ajudou a antecipar que eles não eram apenas povo pactuado de Deus, mas que iriam permanecer nesse pacto depois de Deus lançou os outros de fora. A fim de ter a certeza de que seriam incluídos no futuro perdoado Israel cuja iniquidade seria removido, eles precisavam se arrepender e pedir perdão pessoal agora. (Marcos Horne, O Victory De acordo com Marcos [Moscow, ID: Canon Press, 2003], 27)

Multidões de Jerusalém, Jericó, e toda a terra da Judéia veio ouvir João, para confessar os seus pecados, e para ser batizado por ele. Por confessando os seus pecados, as pessoas concordaram com Deus que tinha quebrado a lei e precisava ser perdoado. Mas, no final, este renascimento mostrou-se, em grande parte superficial. Infelizmente, a nação que se reuniram para João, no auge de sua popularidade viria a rejeitar o Messias a quem todo o seu ministério apontou.

O território da Judéia era a mais meridional divisão de Israel do primeiro século, com Samaria e da Galiléia, ao norte. Ele incluiu a cidade de Jerusalém e se estendia do Mar Mediterrâneo, a oeste com o rio Jordão, a leste, e de Bethel, no norte de Beersheba, no sul. O rio Jordão é ainda maior rio de Israel, que flui a partir do Mar da Galiléia para o sul para o Mar Morto. A tradição sugere que João começou seu ministério de batismo nos vaus na altura de Jericó.

Tendo descrito a natureza do ministério de João (em vv. 4-5), Marcos continua no versículo 6, descrevendo o próprio João. O Novo Testamento registra muitas histórias maravilhosas sobre João Batista-desde a sua concepção sobrenatural por pais idosos, ao seu ser cheio do Espírito Santo, enquanto no ventre de sua mãe, para o fato de que Jesus o chamou de o maior homem que tinha vivido até aquele tempo. Mas Marcos deixa de fora esses detalhes. Na verdade, sua descrição de João é curto e direto ao ponto: João andava vestido de pêlos de camelo, e usava um cinto de couro em torno de sua cintura, e sua dieta era gafanhotos e mel silvestre (1: 6). Descrição física de João se encaixa um homem que viveu no deserto, onde a moda de vestuário foram ignorados para a durabilidade, e onde gafanhotos e mel silvestredesde sustento viável.

Mas há mais aqui do que uma declaração superficial sobre guarda-roupa e hábitos alimentares de João. Um vestido de pelo feito de pêlos de camelo, cingidos ao redor da cintura por um áspero cinto de couro, teria designado João como profeta. Na verdade, o profeta Elias se vestia roupa similar. Em 2Rs 1:8, grifo do autor)

Jesus reiterou a conexão entre Elias e João em Mateus 11:12-14. Lá Ele disse as multidões que O seguiam ", desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus sofre violência, e os violentos tomá-lo pela força. Porque todos os profetas ea lei profetizaram até João. E se você estiver disposto a aceitá-lo, o próprio João é o Elias que havia de vir "(conforme Ml 4:5.

Dieta de João incluído gafanhotos, que a lei mosaica permitidos os israelitas para comer (Lv 11:22). Locusts desde uma boa fonte de proteínas e pode ser preparado em uma variedade de maneiras. Uma vez que as asas e pernas foram removidas, o corpo pode ser assado, cozido, seco, e até mesmo moído e cozido em pão. mel selvagem foi também disponíveis (conforme Jz. 14: 8-9; 1Sm 14:25), e fornecida uma contraparte doce para gafanhotos. Simples dieta de João estava de acordo com o seu estatuto como um Nazireu ao longo da vida (conforme Lc 1:15).

Mesmo pequena descrição de Marcos de João é suficiente para indicar que ele deve ter sido uma figura chocante para aqueles que o viram. Ele afirmava ser um mensageiro de Deus, mas o seu estilo de vida era radicalmente diferente do que os outros líderes religiosos do judaísmo do primeiro século. Esses líderes (os saduceus e fariseus) foram refinado, bem-vestido, e sofisticado. João claramente não se preocupam com confortos mundanos e ainda fez um ponto de recusar-los. Sua roupa austera, dieta e estilo de vida eram em si mesmos uma repreensão da elite religiosa de Israel, que o espectáculo de a pompa e circunstância de suas posições privilegiadas. Ele confrontou as pessoas comuns também, já que muitos deles admirava as vantagens mundanas de seus líderes. Significativamente, João não chamar as pessoas para viver ou se vestir como ele fez. Seu objetivo não era para transformá-los em recluses sociais ou ascetas. No entanto, sua aparência física serviu como um lembrete dramático que os prazeres e atividades deste mundo podem ser obstáculos que impedem as pessoas de rejeitar o seu pecado e voltar-se para Deus.


A preeminência do New Rei

E ele estava pregando, e dizendo: "Depois de mim One está chegando que é mais poderoso do que eu, e eu não sou digno de, abaixando-desatar a correia de suas sandálias. Eu vos batizei com água; mas Ele vos batizará com o Espírito Santo "(1: 7-8).

A soma do ministério de João é articulado nestes dois versículos. Todo o propósito por trás de sua pregação (literalmente, proclamando) era apontar seus ouvintes para o One que estava vindo atrás dele.Isso é o que significa ser o precursor, o arauto que dirigiu a atenção de todos longe de si mesmo e para com o próximo rei. Como João explicou mais tarde aos seus discípulos: "Convém que ele cresça e que eu diminua" (Jo 3:30). Ele corretamente entendida e abraçou seu papel como mensageiro do Messias.

Assim, ele disse às multidões, "Depois de me One está chegando que é mais poderoso do que eu, e eu não sou digno de, abaixando-desatar a correia de suas sandálias." O Greek inclui um artigo definido, indicando que João estava falando sobre One que estava por vir. O ministério de João não tenha precedido apenas qualquer rei ou monarca. Antes, ele estava apontando para o rei divino cuja vinda foi predito pelos profetas do Antigo Testamento. João prontamente reconheceu que esta vinda Rei era mais poderoso do que ele. O Messias seria maior em todos os aspectos, tanto assim que João não se considerava mesmo estando apto a se abaixar e desatar a correia de suas sandálias. Desvinculação sandálias de mestrado e cuidando dos seus pés empoeirados foi uma tarefa realizada pelo menor de escravos. O argumento de João, então, foi a de que ele não se considerava digno de ser ainda o menor escravo de um rei tão infinitamente exaltado.

João continuou a distanciar-se de Cristo, observando a diferença imensurável entre os dois ministérios: "Eu vos batizei com água; mas Ele vos batizará com o Espírito Santo. " É como se João está dizendo: "Tudo o que posso fazer é lavá-lo do lado de fora com a água. . Mas Ele pode transformar e purificar-vos no interior "Ser batizado com o Espírito Santo refere-se ao trabalho de regeneração da salvação (conforme Ez 36:24-27.; João 3:5-6). Esta não é uma referência a uma experiência postconversion extático, como alguns carismáticos contemporâneos afirmam. Pelo contrário, é a lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que ocorre no momento da salvação (At 1:5; 1Co 12:13; Tito 3:5-7.). Esta é a purificação da nova aliança, e a transformação do novo nascimento.

No Cenáculo, o Senhor Jesus prometeu enviar o Espírito Santo aos seus discípulos como "outro Consolador, para que fique convosco para sempre; que é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós "(João 14:16-17). Essa promessa foi inicialmente cumprida no dia de Pentecostes (Atos 2:1-4).Desde essa altura, todo o crente experimenta a presença interior do Espírito Santo, que começa no momento da salvação (conforme 1Co 6:19).

Declaração de João sobre o Espírito Santo deve ter emocionado o coração dos judeus fiéis que o ouviram pregar. De acordo com as promessas do Antigo Testamento, que esperavam para o dia em que Deus iria "derramar [Suas] Espírito sobre toda a humanidade" (Jl 2:28), quando Ele "espalharei água pura sobre [eles]", e "dar [a eles] um coração novo e porei um espírito novo dentro [eles]" (Ez. 36: 25-26).Naquele dia, os seus corações seriam finalmente batizado no próprio poder e pessoa do próprio Deus (conforme Jr 31:33.). Este poder sobrenatural distingue o ministério do novo rei de qualquer outro. João não foi capaz de dar o Espírito Santo. Só Deus pode fazer isso. E o Rei vindouro é Deus em carne humana, e Ele vos batizará pecadores com o poder salvador de trabalho regenerativo do Espírito.

A mensagem de João resume o coração do evangelho, trazendo-nos de volta à utilização de Marcos do termo no versículo 1. O evangelho é notícia-os bons boas novas de um novo rei, que está trazendo um novo reino. O novo rei é o Messias esperado. Ele é o próprio Deus. O seu reino é um reino de perdão, bênção e salvação. Ele vem para aqueles que se arrependem. E aqueles que serão batizados com o Espírito Santo. Este evangelho é o ponto culminante de toda a história redentora passado e a porta para toda glória futura. E João Batista, o arauto fiel e precursor, tinha chegado a anunciar a sua chegada.

2. O significado do batismo de Jesus (Marcos 1:9-11)

Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galiléia, e foi batizado por João no Jordão. Imediatamente, quando saía da água, viu os céus de abertura, e do Espírito, como uma pomba descendo sobre Ele; e uma voz vinda dos céus: "Tu és o meu Filho amado, em Ti eu sou bem satisfeito." (1: 9-11)

Desde o primeiro verso, o evangelho de Marcos declara-se para ser um anúncio jubiloso do Rei divino: Jesus Cristo, o Filho de Deus. A palavra do evangelho ( euangelion ), no seu contexto do primeiro século, significou a adesão de um rei para o seu trono (1: 1). Marcos está escrevendo sobre grande Rei de Deus, o Soberano cuja vinda sinalizou o início de uma nova era para o mundo. Porque ele estava escrevendo para um público romano, Marcos intencionalmente destaque detalhes que ele sabia que iria demonstrar a soberania imperial de Cristo na mente dos seus leitores gentios. Ele começou com o precursor do Rei, João Batista (1: 2-8). O Rei messiânico, como qualquer monarca legítimo no mundo antigo, foi precedida por um arauto real que proclamou Sua vinda e preparou o caminho para a Sua chegada. Como o precursor profético, o ministério da preparação de João foi caracterizado por pregar o arrependimento e apontando seus ouvintes ao Rei vindouro.

Nesta seção (1: 9-11), Marcos continua a enfatizar a realeza divina de Cristo. Mas o foco muda de antecipação da data de chegada, como parece o Rei em cena para começar Seu ministério público. De acordo com o seu tema, Marcos apresenta o batismo de Jesus como uma cerimônia de coroação real, em que a autoridade do rei messiânico é afirmado pelo próprio céu.
Foi provavelmente um dia de verão no ano AD 26, quando, para surpresa de João, Jesus estava entre as multidões que tinham vindo para ser batizado. Como explica Marcos, Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galiléia, e foi batizado por João no Jordão. A frase naqueles dias refere-se a um ponto não especificado durante o ministério de João (conforme vv. 4-8). João provavelmente estava pregando antes do batismo de Jesus por seis meses ou mais.

Relatado por todos os quatro Evangelhos (13 40:3-17'>Mateus 3:13-17; Lc. 3: 21-22; João 1:29-34), este é o único encontro entre Jesus e João registrado no Novo Testamento. Embora eles foram relacionados e mais tarde se contactaram através de seus discípulos (conforme Mt 11:2). De acordo com Lc 3:23, Ele tinha cerca de 30 anos de idade, quando Ele veio de Nazaré, na Galiléia , para ser batizado e começar Seu ministério.

Por razões de sua audiência não-judeu, Marcos explica que a pequena aldeia de Nazaré foi localizado na região da Galiléia área —um grande parte habitada por gentios. ( Nazaré era tão obscura que não é sequer mencionado na antiga literatura judaica do primeiro século.) Galiléia tinha sido conquistada pelos israelitas durante o tempo de Josué e fazia parte do reino do norte de Israel, nos dias do reino dividido . Mas, quando o reino do norte caiu para a Assíria (em 722 AC ), os assírios os israelitas deportados e muitos gentios veio morar na região. Consequentemente, os judeus da Judéia viram Galiléia, e até mesmo os seus irmãos judeus que viviam ali, com um certo nível de desdém. De acordo com Jo 7:41, muitos encontraram impensável que o Messias poderia sair da Galiléia. Indignado, eles perguntaram: "Certamente, o Cristo não virá da Galiléia, é Ele?" A pergunta deles traiu uma ignorância da profecia do Antigo Testamento. Em Isaías 9:1-2, o profeta disse sobre o Messias:

"Mas não haverá mais tristeza para ela que estava na angústia; em épocas anteriores Ele tratou a terra de Zabulon ea terra de Neftali com desprezo, mas mais tarde virá o glorioso o caminho do mar, do outro lado do Jordão, a Galiléia dos gentios.

 

As pessoas que andam em trevas
Vai ver uma grande luz;
Aqueles que vivem em uma terra escura,
A luz brilhará sobre eles. "

Claramente, era o plano de Deus o tempo todo que o Messias, embora nascido em Belém da Judéia (conforme Mq 5:2), mas a localização exata da cidade que é debatido.

Marcos já identificou João como João Batista (v. 4), um nome que diretamente associada a ele com sua prática exclusiva de batizar judeus. Embora os rituais do judaísmo incluiu várias lavagens cerimoniais, batismo (por imersão completa em água) não era uma parte normal da prática religiosa judaica. O paralelo mais próximo foi Gentil prosélito batismo-in que os gentios convertidos ao Judaísmo foram lavados para significar a sua entrada no judaísmo. Para João para chamar os judeus de ser batizado, de uma forma projetada para os gentios, foi chocante e original. Para confessar que não eram melhores do que os gentios era, para muitos judeus, indignas e ofensivas. Se o batismo era desagradável para os pecadores hipócritas em público de João, quanto mais censurável deve ter parecido para o Messias-se a buscar o batismo. O batismo de João era um sinal de arrependimento, projetado para pecadores como uma declaração de que haviam abandonado seus maus caminhos e se voltou para Deus. Mas Jesus era o Filho de Deus sem pecado. Por que ele precisaria ser batizado?

João, sem dúvida, sabia tudo sobre Jesus, depois de ter aprendido sobre o Messias de seus pais, Zacarias e Isabel. Desde o nascimento, João entendeu que ele era para ser o precursor do Messias. Ele também sabia que Jesus, o filho de Maria, era o Filho de Deus, o Salvador prometido de Israel. No entanto, parece que João nunca conheceu pessoalmente Jesus. Os pais de João, que eram idosos quando ele nasceu, provavelmente morreu quando era relativamente jovem. O próprio João cresceu no deserto da Judéia (Lc 1:80), enquanto Jesus passou sua infância em uma aldeia da Galiléia obscura. E, apesar de João, quando ainda era um bebê no ventre de sua mãe, "saltou de alegria", quando na presença de Cristo por nascer (Lc 1:44 ESV), não há nenhuma indicação na Escritura que João e Jesus já conheci antes do batismo de Jesus . Esta conclusão é reforçada pela observação de João Batista em Jo 1:33. Falando de Jesus, João explicou: "Eu não o reconheceu, porém, que me enviou a batizar em água disse-me: 'Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer sobre ele, esse é o que batiza no Espírito Espírito. "A palavra reconhecer ( oida ) significa "saber com os olhos", sugerindo que João nunca tinha visto Jesus antes, ou pelo menos não em um tempo muito longo. Consequentemente, João não reconheceu Jesus, porque ele não sabia o que ele era.

Mas uma vez que o momento inicial de desconhecimento passou-and João de repente percebi que este homem estava em pé diante dele, tudo o que sabia sobre o Messias inundada em sua mente. Este era o Cordeiro de Deus sem pecado (Jo 1:29). Sua vida necessária nenhuma confissão ou arrependimento. Ele não precisava de conversão ou de transformação. Então, por que Ele vem para ser batizado?

Reconhecendo a incongruência óbvio, João respondeu a Jesus no caminho que poderíamos esperar. De acordo com Mt 3:14, "João tentava dissuadi-lo, dizendo: 'Eu tenho necessidade de ser batizado por ti, e tu vens a mim?" A frase "tentou impedir que" representa um único verbo grego ( diekōluen ) . O imperfeito indica que João era continuamente tentando impedir Jesus, enfatizando como inadequado parecia para o Senhor para receber um batismo projetado para os pecadores. Ao invés de batizando Jesus, João procurou ser batizado por ele. Para João, que parecia mais de remodelação desde que Jesus era o pecado messiânica Rei e João foi, mas seu pecado, humilde servo (conforme Mc 1:7, quando João "viu muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao batismo, disse-lhes:" Raça de víboras, quem vos ensina a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento. "" Quando os líderes religiosos judeus chegaram, João confrontado publicamente sua hipocrisia farisaica e ordenou-lhes que se arrepender. Ele se recusou a batizá-los por conta de seu orgulho, duplicidade e impenitência. Quando Jesus veio, a reação de João foi totalmente diferente. Sua relutância para batizar Jesus provindo de sua percepção de que Jesus não tinha pecado. Se alguém não precisava ser batizado, com certeza que era ele.

De uma perspectiva cristológica, falta de vontade de João para batizar Jesus ressalta uma verdade teológica fundamental sobre o caráter de Cristo. É uma das maiores afirmações da impecabilidade de Cristo encontrado nos Evangelhos. João sabia que Jesus era santa, imaculada, sem mácula, e sem pecado (conforme He 4:15). É por isso que ele hesitou em batizá-lo. O batismo de João era um batismo para os pecadores, e Jesus não estava nessa categoria. Assim, mesmo em sua relutância em batizar Jesus, João cumpriu o papel de um arauto prestando testemunho à perfeição do divino Rei messiânico.

Assim, para que Proposito que Jesus veio para ser batizado? A resposta a essa questão tem sido objecto de muita especulação e conjectura. Mas não precisa ser. Uma comparação entre os quatro evangelhos revela que Jesus veio para ser batizado por duas razões: em primeiro lugar, para cumprir toda a justiça e, segundo, para autenticar divinamente Seu ministério.


Para cumprir toda a justiça

De acordo com Mt 3:15, Jesus respondeu a João com estas palavras: "Deixa neste momento; para, desta forma, é nos convém cumprir toda a justiça. "Jesus não negou a avaliação de João de Sua perfeição sem pecado. Em vez disso, ele explicou que o que parecia inadequado foi, de fato, necessário nesta ocasião especial ("neste momento"). O Senhor entendeu que a relutância de João foi motivada por reverência humilde e profunda lealdade. Assim, Ele não repreendeu João por sua reticência. Ao contrário, Ele pediu a João que se entregue a Ele, confiando que o que Ele estava pedindo era de acordo com o plano perfeito de Deus.

Jesus respondeu acusações de João, explicando que Seu batismo era necessário e adequado, para que Ele possa cumprir todos os requisitos justos de Deus. Foi a vontade de Deus por João para batizar o povo (conforme Jo 1:33). Porque Jesus perfeitamente submetida à vontade de Deus em tudo, convinha que aquele também para receber o batismo de João. Obediência de Jesus foi abrangente e completa-Viveu em perfeito alinhamento com a vontade de Seu Pai celeste (conforme Jo 5:30). Ele cumpriu os requisitos de Deus perfeitamente em todos os aspectos, mas porque Deus tinha autorizado o batismo de João, Jesus lhe é submetido.

Além disso, através do Seu batismo, Jesus se identificou com os pecadores Ele veio salvar. Ele cumpriu toda a justiça, não só através da Sua vida de perfeita obediência, mas também através da Sua morte substitutiva na cruz, em que Deus "fez Aquele que não conheceu pecado, o pecado por nós, para que nos tornássemos justiça de Deus Ele "(2Co 5:21). O preceito da lei de Deus era a morte como um pagamento pelo pecado. A morte de Cristo pagou essa dívida na íntegra (Cl 2:14). Séculos antes, o profeta Isaías declarou que o Messias seria "contado com os transgressores; mas Ele mesmo carregou o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu "(Is 53:12;. conforme 1Pe 3:18). No primeiro ato de seu ministério, aquele que não tinha pecado se identificou publicamente com aqueles que não tinham justiça. O Cordeiro imaculado submetidos a um batismo projetado para os pecadores, um prenúncio do fato de que em breve submeter-se a uma morte merecida por pecadores.

Simbolicamente, o batismo de Jesus olhou para a frente para a cruz, assim como o batismo cristão agora parece voltar a ele. Como o Senhor disse aos discípulos em Lc 12:50: "Eu tenho um batismo de sofrer, e como me angustio até que seja cumprida!" Em outra ocasião, Ele disse a Tiago e João, "Você não sabe o que você é pedindo. Você é capaz de beber o cálice que eu bebo, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? "(Mc 10:38). Sendo rebaixada para a água e, em seguida, subir novamente retratado Sua morte e ressurreição. Ele estava imerso no rio da morte, a fim de levar os pecados daqueles que cressem nEle.

Assim, era adequada para ele, para ser batizado, a fim de que pudesse cumprir toda a justiça, tanto como um ato de obediência à vontade do Pai e como uma maneira de se identificar com os pecadores para quem ele iria morrer como um substituto justo.


Para autenticar Divinely Seu Ministério

Imediatamente, quando saía da água, viu os céus de abertura, e do Espírito, como uma pomba descendo sobre Ele; e uma voz vinda dos céus: "Tu és o meu Filho amado, em Ti eu sou bem satisfeito." (1: 10-11)

Marcos não incluem o diálogo gravado por Mateus, que teve lugar entre Jesus e João. Em vez disso, Marcos enfoca o evento espetacular que imediatamente seguiu o batismo de Jesus: a coroação divina do Rei messiânico. Em sintonia com o estilo de ritmo acelerado de seu evangelho, Marcos emprega o advérbio euthus (que significa imediatamente ou "imediamente") mais do que os outros escritores três evangelho usando combinada-lo onze vezes no primeiro capítulo sozinho (1: 3 [onde é traduzido como "straight"], 10, 12, 18, ​​20, 21, 28, 29, 30, 42, 43).

Quando Jesus estava chegando para fora da água, enquanto Ele estava orando (conforme Lc 3:21), uma cena dramática imediatamente começou a se desenrolar. Este majestoso, cena trinitária pode ser melhor descrito como comissionamento real do Messias, um evento glorioso, que englobava coroação oficial tanto de Jesus e com a inauguração divina de Seu ministério público. A cerimônia régio incluiu dois elementos-visivelmente, o Filho foi ungido pelo Espírito Santo; audível, Ele foi afirmado por Seu Pai celestial. O famoso pregador britânico do século XIX, Charles Spurgeon resumiu o significado deste evento com estas palavras:

Tente imaginar a vós mesmos a cena que o nosso texto descreve ... Como Jesus vem para fora da água, o Espírito de Deus desce sobre Ele em forma uma aparência-in visível como uma pomba-repousa sobre ele. João diz que "repousar sobre ele," como se o Espírito foi desde então a ser seu companheiro constante e, na verdade, era assim. Ao mesmo tempo que a pomba desceu e iluminado em Cristo, ouviu-se uma voz do céu, dizendo: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo." Esta era a voz de Deus, o Pai-Ele fez não se revela em forma corpórea, mas pronunciou palavras maravilhosas como ouvidos mortais nunca tinha ouvido! O Pai revelou não para os olhos, como o Espírito fez, mas para os ouvidos e-as palavras que Ele falou indicou claramente que era Deus, o Pai dar testemunho de Seu Filho amado. Assim que a entrada de Cristo em Seu ministério público na terra foi a oportunidade escolhida para a manifestação pública da união íntima entre Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo! (Charles Spurgeon, "Lições do Batismo de Cristo," sermão 3298, 4 de março de 1866)
A coroação do Messias era distintamente trinitária; Ainda não foi aberto à opinião pública. Quando Jesus olhou para cima, viu os céus se abrem. Mas esta não era uma visão particular dada somente a Ele. João Batista, presumivelmente, entre muitos outros espectadores, desde o testemunho ocular à realidade desses eventos gloriosos (Jo 1:32).

A descrição de Marcos da O Open Sky divisão é, compreensivelmente, dramático. Sua palavra para aberto é uma forma de Schizo ("rasgar, rasgar"), o mesmo verbo que mais tarde usado para descrever o rasgar do véu no templo depois da morte de Jesus (Mc 15:38). A imagem é uma reminiscência de Is 64:1). O Filho de Deus assumiu a carne humana, humildemente submetendo-se a vontade do Pai e do poder do Espírito Santo (conforme Jo 4:34). Em cada ponto importante do ministério de Jesus, o Espírito foi ativamente no trabalho: Seu nascimento (Lc 1:35), Seu batismo (Mc 1:10), Sua tentação (Mc 1:12), Seu ministério (Lc 4:14 ), Seus milagres (Mt 12:28; At 10:38), sua morte (He 9:14), e Sua ressurreição (Rm 1:1). Em todos os pontos e em todos os sentidos, Jesus Cristo foi perfeitamente cheio do Espírito Santo. Ele nunca resistiu, entristecido, ou extinguido o Espírito, mas sempre operou sob total controle do Espírito, andando em perfeita obediência à vontade do Pai.

Unção de Jesus com o Espírito Santo era fundamentalmente única. O Espírito desceu sobre Ele para capacitá-lo para o ministério; a descida do Espírito era também um sinal visível a João Batista e todos os outros na multidão que assistia que Jesus realmente era o Ungido cuja vinda havia sido prevista pelos profetas. Aqui, finalmente, foi a tão esperada Rei, o Filho de Deus-o ministério de João Aquele a quem apontou.
A descida visível do Espírito Santo foi acompanhada pela afirmação audível do Pai: e uma voz vinda dos céus: "Tu és o meu Filho amado, em ti me agrado" (01:11). Cada membro da Trindade era simultaneamente presentes no batismo de Jesus. O Filho em Sua humanidade fisicamente em pé na água, o Espírito visivelmente descendo sobre Ele, e que o Pai no céu de forma audível expressando a sua aprovação. Em pelo menos duas outras ocasiões, o Pai seria igualmente confirmam a pessoa e obra de Seu Filho, na transfiguração (Mt 17:5). No batismo de Jesus, elogio superlativo do Pai ressaltou a gloriosa verdade sobre a perfeição absoluta do Filho.

Havia muitos que testemunharam o ministério de Cristo, anjos, João Batista, seus seguidores. Mas o testemunho do Pai foi o mais importante de tudo (conforme Jo 5:32; Jo 8:18). E qual foi o testemunho do Pai?"Você é o meu Filho amado, em Ti eu sou bem satisfeito." Nenhum profeta nunca tinha sido dito que. Profetas poderia ser chamado de amigos de Deus (Jc 2:23), servos de Deus (Dt 34:5.). Mas nenhum profeta jamais foi chamado Filho de Deus. No entanto, mais de cinqüenta vezes nos relatos evangélicos, Jesus Cristo é chamado o Filho de Deus. Nesta ocasião, o testemunho veio do próprio Pai. Suas palavras são uma reminiscência do Sl 2:7).. Mesmo título de Pai de Deus é uma referência à sua relação essencial com Jesus Cristo, o Filho (Mt 11:27; João 5:17-18.; 10: 29-33; 14: 6-11; 17: 1-5; Rm 15:6 explica, até os seus inimigos sabiam que Jesus "foi que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus."

Não só é o Filho igual em essência com Deus, mas Ele também é amado por Deus. Do ponto de vista do Pai, Ele é o meu Filho, o único que leva esse privilégio eterna. Ele é exclusivamente o objeto de maior afeição do Pai (conforme Jo 5:20), de uma forma que é compartilhado com nenhum outro como Ele. Amados ( agapetos ) expressa a relação infinitamente profunda e eternamente profunda apreciado pelo Pai com o Filho . Embora a mesma palavra é usada de amor do Pai para os crentes (Rm 1:7), o Pai, é eterna e completamente bem satisfeito com Ele (conforme Is 42:1). Em Israel do Antigo Testamento, um sacrifício aceitável a Deus tinha que ser sem mancha nem mácula (conforme Ex 12:5). Na cruz, a justiça de Deus estava totalmente satisfeito com o puro sacrifício do Filho. Assim, o Pai estava bem satisfeito com o Filho, tanto em sua vida e em sua morte.

No maior testemunho da perfeição sem pecado de Jesus Cristo jamais poderia ser dada. A autenticação final do Filho veio a afirmação verbal do Pai acompanhada pela manifestação visível do Espírito. Tal constitui a inauguração divina do novo rei-Deus sem pecado, o Filho amado de que foi ungido e pelo poder do Espírito Santo para salvar os pecadores e estabelecer Seu reino. Esta é a coroação do Messias, uma cerimônia em que toda a Trindade estava envolvido.

Mais tarde, no ministério de Jesus, quando os líderes religiosos lhe perguntou: "Com que autoridade fazes estas coisas, ou quem te deu tal autoridade para fazer estas coisas?" (Mc 11:28), Jesus respondeu, apontando-os para o batismo :

E Jesus disse-lhes: "Eu vou te fazer uma pergunta, e você me responda, e então eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. O batismo de João era do céu ou dos homens? Responde-me. "Eles começaram a se entre si, dizendo:" Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: "Então por que você não acredita nele?" Mas vamos dizer, 'Dos homens'? "— Eles estavam com medo do povo, para que todos considerados João ter sido um profeta real. Respondendo Jesus, eles disseram: "Nós não sabemos." E Jesus disse-lhes: "Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas." (Vv. 29-33)
Porque eles não estavam dispostos a reconhecer a legitimidade do ministério, e batizando, por extensão, João Jesus próprio batismo, o Senhor não tinha mais nada a dizer a eles. Se eles não iriam reconhecer a Sua coroação, a discussão acabou antes mesmo de começar. Em essência, Jesus estava dizendo: "Se você se recusa a admitir que João era um profeta de Deus, então você não vai reconhecer a realidade do que ocorreu em meu batismo, onde o Espírito me ungiu e que o Pai Me afirmou. E se você rejeitar isso, então não há nada mais posso acrescentar para convencê-lo sobre a fonte de minha autoridade. "Isso é como crítico batismo de Jesus foi. Foi Sua coroação, ea inauguração divina de Seu ministério público.

3. A autoridade de Jesus Cristo (Marcos 1:12-20)

Imediatamente o Espírito o impeliu a ir para o deserto. E Ele estava no deserto 40 dias, sendo tentado por Satanás; e Ele estava entre as feras, e os anjos o serviam. Agora, depois que João foi levado em custódia, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus, e dizendo: "O tempo está cumprido, eo reino de Deus está próximo; . arrepender e crer no evangelho ", como ele estava indo ao longo do mar da Galileia, viu Simão e André, irmão de Simão, lançando uma rede ao mar; pois eram pescadores. E Jesus disse-lhes: "Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens." Imediatamente eles deixaram as suas redes eo seguiram. Indo um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes. Imediatamente Ele os chamou; e eles deixaram seu pai Zebedeu no barco com os empregados, e retirou-se para segui-Lo. (1: 12-20)

As glórias do Senhor Jesus Cristo são inesgotáveis. A plenitude da Sua majestade e a maravilha da Sua pessoa não pode ser concebido ou contido. Toda verdade compreensível sobre Ele enriquece o seu povo profundamente, de modo que eles anseiam por mais. Enquanto Sua história humana é o tema dos quatro Evangelhos, o Filho eterno é o tema de toda a Bíblia. Cada registro do evangelho é único, refletindo a perspectiva e Proposito de cada autor inspirado, assim que os quatro Evangelhos apresentam um retrato perfeitamente harmoniosa, historicamente precisas, e Santo revelou-Espírito de Jesus.
De acordo com o seu estilo condensado, fast-paced, Marcos deixa a conta do nascimento de Jesus de Mateus e Lucas, e começa o seu evangelho, concentrando a atenção sobre o ministério de Jesus 'precursor, João Batista (1: 2-8). Marcos não ficar lá. Sua breve levantamento do ministério de João desloca rapidamente para o divino Aquele de quem João pregou. Quando chegou a hora de ser revelado a Israel, Jesus deixou Nazaré e veio para o Rio Jordão. Lá, ele foi batizado por João (1: 9-11) —o evento que constituiu a sua cerimônia de coroação divina ea inauguração do Seu ministério público.
Nos versos que se seguem (1: 12-20), Marcos continua seu ritmo acelerado. ApropriAdãoente, a palavra imediatamente ocorre três vezes nestes nove versículos. Considerando que Mateus e Lucas cada fornecer uma conta detalhada da tentação de Jesus, breve registro de Marcos é indicado em dois versos (vv. 12-13). Em seguida, ele pula o ministério de Jesus na Judéia inicial (registrado em 13 43:4-2'>João 2:13-4: 2), juntamente com suas viagens através Samaria (João 4:3-42)., Re-entrar a história com a sua chegada na Galiléia (vv 14— 15). Nos versículos 16:20, com aparentemente sem conexão com os versículos anteriores, Marcos avança para descrever vocação de Pedro, André, Tiago e João de Jesus. Mais uma vez, a natureza staccato do evangelho de Marcos é evidenciado na brevidade destas vinhetas. Por que Marcos tomar este rapidamente de um trecho curto para o próximo movimento abordagem condensado? Por que ele colocá-los juntos neste caminho?

A resposta remonta ao versículo 1, onde Marcos anunciou que seu relato foi uma proclamação real (ou "evangelho") de Jesus Cristo, o Rei messiânico e do Filho de Deus. É o propósito firme de Marcos que mantém sua narrativa simplificada. A fim de passar para a parte principal da história, Marcos passa rapidamente a esses detalhes que irão estabelecer claramente as credenciais reais de Jesus Cristo. As vinhetas que Marcos selecionado nestes versos de abertura não são uma variedade aleatória de dados desconexos, mas eventos que demonstram colectivamente que Jesus é o Rei messiânico, pensativo conectado.Seqüência de Marcos é projetado para mostrar que Jesus não só foi precedida por um arauto real (1: 2-8), mas como qualquer monarca antigo seria, Ele foi coroado e comissionados como um rei com um grande ponto de distinção: no seu caso , Ele foi coroado pelo próprio Deus (vv. 9-11) —algo nenhum outro rei poderia reivindicar. Depois de seu batismo, Jesus demonstrou sua autoridade real sobre todas as forças do mal ao derrotar seu arquiinimigo no deserto (vv. 12-13). Em seguida, exerceu Sua soberania pregando Sua mensagem reino da salvação do pecado (vv. 14-15). No segmento final, ordenou a Seus servos para segui-Lo (vv. 16-20).

Essa ênfase na autoridade real de Jesus fornece o fio condutor através dessas breves episódios em Marcos 1:12-20. O escopo dessa autoridade se estende a três áreas: sobre Satanás e seu reino (vv 12-13.), Sobre o pecado e seu domínio (vv 14-15.), E mais de pecadores em sua salvação e submissão (vv 16-20. ). Se o novo rei é para tomar o Seu trono de direito, ele deve demonstrar seu poder e derrubar o usurpador. Se Ele vai conquistar o reino do pecado e gratuitos seus cativos, Ele deve ter total poder sobre o mal. Se Ele é resgatar pessoas perdidas, Ele deve ter a prerrogativa eo poder de transformá-los em Seus servos justos, para que por meio deles Ele pode avançar Sua verdade reino e poder para o mundo. Claramente, esse tipo de autoridade-sobre Satanás, o pecado, e não os pecadores, só é real, é divino.


Reino Jesus "pode: sua autoridade sobre Satanás

Imediatamente o Espírito o impeliu a ir para o deserto. E Ele estava no deserto 40 dias, sendo tentado por Satanás; e Ele estava entre as feras, e os anjos o serviam. (1: 12-13)

Em todos os três Evangelhos sinópticos, a conta da tentação de Jesus segue diretamente Seu batismo. Os dois eventos estão em forte contraste. Tendo recebido os elogios reais do Céu, Jesus imediatamenteenfrentou os ataques ferozes do inferno. Sua coroação pelo Espírito e confirmação do Pai são seguidos imediatamente por seu confronto com o diabo. Dada a majestade de Seu batismo, os leitores podem esperar uma gloriosa celebração completa com coros angélicos e doxologies retumbantes. Em vez disso, eles são arremessados ​​para o deserto, com quase um momento para recuperar o fôlego. Não há tempo para saborear a alegria e glória do batismo. A descrição de Marcos nem sequer incluir uma frase de transição: Imediatamente o Espírito o impeliu a ir para o deserto.

Um dos paradoxos visíveis através do ministério terrestre de Jesus, todo o caminho para a cruz, foi que Ele veio à terra, não só como o Rei messiânico, mas também como a Slave Sofrimento. Como Rei, Ele foi exaltado e glorificado, um ponto majestosamente ilustrado em Seu batismo. Como a Slave sofrimento, ele foi humilhado e maltratado, uma realidade vividamente demonstrado durante sua tentação. O mais exaltado também foi o mais humilhado. A justaposição do batismo de Jesus com Sua tentação manifesta essas realidades contrastantes cedo. O contraste definitiva viria em sua morte, onde foi contado como um criminoso, enquanto um sinal declarando que Ele seja Rei pairava sobre a cabeça ensangüentada.
Espírito aqui é o Espírito Santo. De acordo com Lc 4:1, Lc 4:18). A palavra impelido ( ekballō em grego) é uma palavra forte, que significa "expulsar" ou "para obrigar um para partir." O verbo se encaixa estilo dramático de Marcos e, certamente, não implica que Jesus era resistente à liderança do Espírito. Em vez disso, ele ressalta a realidade que o Espírito estava no controle perfeitamente levando Jesus para cumprir cada um dos elementos do plano do Pai.

Marcos não revelar a razão pela qual o Espírito Santo impeliu a ir para o deserto, mas Mt 4:1 é claro que Deus não pode tentar ninguém. Deus permitiu que o Seu Filho para ser testado com o único propósito que através de Sua vitória Jesus demonstrasse seu poder absoluto e autoridade sobre os dispositivos do diabo. Tentação de Cristo, então não aconteceu pela vontade de Satanás. Na vontade de Deus, que era outra forma de autenticar o Filho.

A aposta não poderia ter sido maior, especialmente após sua cerimônia de coroação messiânica. Será que Ele, como o Rei divinamente comissionado, ser capaz de atender e conquistar seu arquiinimigo? Ele poderia suportar os assaltos mais sedutoras o diabo poderia imaginar? Ele nunca seria capaz de estabelecer Seu reino se ele fosse incapaz de derrubar o usurpador. Era seu dever real para esmagar a cabeça da serpente (Gn 3:15), "para destruir as obras do diabo" (1Jo 3:8). A explicação de Marcos que Ele estava com as feras enfatiza a realidade de que ele estava completamente isolado do cuidado humano. Tais animais indomáveis ​​pode ter incluído leopardos, raposas, chacais e porcos selvagens.

Marcos resumiu encontro de Cristo com o diabo em uma frase sucinta: . E Ele estava em no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás Tanto Mateus e Lucas indicam que Jesus passou todo o período de quarenta dias sem comer (Mt 4:1; Lc 4:2) e Elias (1Rs 19:8.; Lucas 4:3-4). Depois de Jesus resistiu, o Diabo o levou a um alto monte e ofereceu-lhe domínio sobre todas as nações do mundo (Mat. 4: 8-10; Lucas 4:5-8). Mais uma vez, Jesus rejeitou estratagema de Satanás. Finalmente, o diabo o levou ao pináculo do templo, pedindo a Jesus para dar uma demonstração pública de sua messianidade, saltando para fora da borda (Mat. 4: 5-7; Lucas 4:9-12). Mais uma vez, Jesus recusou. Em face de cada ataque, o Rei respondeu com escritura do Deuteronômio.

Em cada caso, Satanás tentou persuadir Cristo a abandonar Sua humilhação para exercer Seu direito divino além da capacitação do Espírito e fora da vontade do Pai. Para isso teria prejudicado efeitos salvíficos de Deus. O sucesso da missão terrena de Jesus dependia de Sua humilhação, levando a cruz. Como Paulo disse aos Filipenses, Jesus "se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz" (Fm 1:2.).

Deve ser entendido que esta não foi uma experiência única, mesmo singular da tentação para Jesus. He 4:15 explica que ele foi "tentado em todas as coisas [ou em todos os pontos em sua vida] como somos, mas sem pecado." Desde a infância, ele enfrentou as mesmas tentações do pecado que cada ser humano experimenta. Nem isso seria a última vez que ele iria ser tentado. Em Lc 22:28, Jesus disse aos discípulos que eles eram aqueles que "têm permanecido comigo nas minhas tentações" (NVI). Ele foi novamente agredido no jardim do Getsêmani, como Ele antecipou a cruz (Lc 22:53). Mas ele nunca foi tentado tão intensamente durante um período tão longo de tempo como ele estava no deserto. Esta foi a grande tentativa de Satanás para levá-lo a pecar e ser desacreditado como Messias e Salvador.

Se o novo rei era para ser triunfante, Ele tinha que demonstrar a sua vitória sobre o diabo em seu esforço mais inteligente e oportuno. Ele não podia reivindicar o poder absoluto e completo sobre si o pecado, se Ele não demonstrou poder pessoal para derrotar Satanás. Seu chamado para libertar os pecadores não teria sentido, se ele mesmo não tinha sido capaz de saciar os dardos inflamados do maligno. Por isso, o Seu ministério público começou por confrontar diretamente o mais poderoso governante demônio que se opõe a Deus e todos os Seus propósitos.
Tudo o Filho de Deus tinha conhecido desde a eternidade era infinita honra, poder e privilégio divino. Aqui, como um homem no momento de sua maior fraqueza, ele se empenharam por Satanás para reivindicar o que era seu por direito, como o Filho de Deus, mas de uma forma que era contrário ao plano do Pai. Será que Jesus resistir a essas tentações intensas? Ele iria aguentar o teste, reivindicar a vitória sobre os esquemas de sedução do diabo, e, assim, demonstrar sua divindade?
Frase final de Marcos e os anjos o serviam implica que Mateus e Lucas estado explicitamente que, de fato, Jesus triunfou sobre toda a tentação Satanás trouxe, saindo vitorioso de seu isolamento de quarenta dias no deserto. A palavra ministrando ( diakoneo ) indica que esses anjos desde Jesus com os alimentos. Mas os anjos também ministraram a Ele por sua presença, que serviram como uma confirmação de que o Pai que enviou-lhes ainda estava bem satisfeito com o Seu Filho.

Vida e ministério posterior de Jesus provar a Sua santidade divina além argumento. Foi aqui, durante a Sua tentação no deserto, que Sua Santidade foi agredido de forma mais aguda e implacavelmente. Foi só depois de "o diabo tinha terminado todas as tentações, [que] ele deixou" (Lc 4:13) e os anjos chegou. Jesus tinha entrado no deserto como o Rei recém-comissionados. Ele deixou como o monarca conquistador. Jesus continuou a dominar Satanás e seus demônios durante todo o seu ministério.


Unido Mensagem de Jesus: sua autoridade sobre Pecado

Agora, depois que João foi levado em custódia, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus, e dizendo: "O tempo está cumprido, eo reino de Deus está próximo; se arrepender e crer no evangelho "(1: 14-15).

Marcos seguiu sua breve descrição da tentação de Cristo com uma introdução concisa igualmente para ministério de pregação de Jesus. Pelo menos seis meses se passaram desde o batismo de Jesus. Ele tinha sido na Judéia, ministrando lá e até mesmo a limpeza do templo (conforme 13 43:4-3'>Jo 2:13-4: 3). Marcos ignorado esses eventos, junto com Jesus 'viagem através Samaria (João 4:4-42), para se concentrar sobre os primórdios da Jesus' ministério público na Galiléia. Marcos pega a história depois que João foi levado em custódia, um evento que ele irá descrever em mais detalhes em 06:17. Foi após a prisão de João Batista que Jesus começou sua pregação pública e de milagres na Galiléia. Antes disso, João ainda estava batizando no Jordão e Jesus estava ministrando na Judéia, para que seus dois ministérios sobrepostas (conforme Jo 3:24). Depois da prisão de João, Jesus voltou para a Galileia para extenso ministério ali (conforme Mt 4:12).

Galiléia era a região norte da terra de Israel. A partir de uma perspectiva judaica do primeiro século, foi considerada como a periferia, localizadas longe do centro religioso de Jerusalém. O fato de que Jesus lançou o seu ministério em plena potência na Galiléia era em si mesmo uma repreensão à apostasia e corrupção que existia em Jerusalém naquela época.
Quando Jesus veio para a Galiléia, Ele estava pregando o evangelho de Deus. viajando de cidade em cidade, de sinagoga em sinagoga, e na zona rural, Jesus pregou a verdade de boas novas de Deus sobre Si mesmo e Seu reino da salvação (conforme Lc 4:14-30). Método de alcançar o mundo no primeiro século do Pai era através da pregação (ou anúncio) do evangelho, primeiro pelo Senhor Jesus. Na idade moderna, pregação ainda é o meio que Deus ordenou, como porta-vozes fiéis reino arauto verdade. Ministros contemporâneos têm a mesma mensagem divina de proclamar, e ministério fiel sempre articula essa mensagem clara e exclusivamente. O evangelho de Deus (um termo-Rom comum Novo Testamento 1: 1; 15:16; 2Co 11:7) refere-se à verdade que vem de Deus a Si mesmo para o mundo quanto a salvação do pecado e julgamento disponíveis somente através de Jesus Cristo.

Como em 1: 1, o termo Evangelho traz consigo a idéia de pronunciamento real: a chegada de um rei e seu reino. Jesus ' Evangelho proclamação não foi excepção. Assim, Ele estava dizendo: "O tempo está cumprido, eo reino de Deus está próximo; se arrepender e crer no evangelho. " Cristo ofereceu aos ouvintes um lugar em Seu reino eterno de salvação, a esfera de perdão e redenção, caso se arrependam de seus pecados e crêem nEle como Senhor e Salvador. A clareza e simplicidade da mensagem de Jesus se destaca como um exemplo para todos os que buscam a pregar e ensinar fielmente hoje. Preachers não são chamados para analisar a cultura, fazer discursos politicamente carregados, ou projetar novos truques para persuadir o público. Ao contrário, eles são chamados a proclamar a mesma mensagem que o próprio Jesus pregou: a boa notícia da salvação eterna que vem de Deus.

O D.C Cristo, que é cumprido o tempo indicado que Sua vinda marcou o ponto de viragem da história da salvação. A palavra tempo é kairos . Ele não se refere ao tempo do relógio ou tempo de calendário (como a palavra grega chronos faz), mas fala do ponto fixo na história para um evento a ocorrer. Como Paulo explicou em Gl 4:4.). O ministério de Jesus teve lugar de acordo com o calendário soberana de Deus. Esta foi a hora em que o mundo tinha sido há muito tempo de espera; foi o momento mais significativo na história da Terra. O Salvador tinha chegado para pagar integralmente a pena para o pecado e, assim, proporcionar a salvação para todos os eleitos, desde o início da história até o fim.

Isso foi ótimo momento memorável de Deus. As promessas do Antigo Testamento sobre o Messias e Seu reino de salvação estavam prestes a ser realizado. Cristo veio não só para vencer Satanás, mas para destruir o pecado em si, e as suas consequências para o seu povo. O novo Rei tinha vindo a fim de iniciar o seu reino. A mensagem era inconfundível: o reino de Deus está próximo. Em essência, Jesus estava dizendo: "Porque eu sou o Rei, onde quer que eu sou Meu reino está presente."

reino que Jesus proclamou que devem ser compreendidas em três dimensões: como um reino espiritual, um reino milenar, e um reino eterno. Embora seja invisível e espiritual no presente, que um dia vai se manifestar como um reino terreno físico. Em Sua primeira vinda, o rei pregou a Boa Nova da salvação. Consequentemente, Ele estabeleceu o Seu reino espiritual nos corações de todos os que crêem (Lc 17:21). O reino de Cristo está a ser avançado até agora, como pecadores vir a fé salvadora em Deus e são transferidos para fora do domínio das trevas, e para o reino governado pelo Filho de Deus (Cl 1:13). Para seguir Jesus Cristo é buscar a expressão ea honra de seu reino ea sua justiça. Tal é o sentido espiritual e invisível do reino.

Em sua segunda vinda, o Rei vai estabelecer seu reino de uma forma visível e temporal aqui na terra. De acordo com Apocalipse 20:1-6, que o reino vai durar mil anos. Durante esse período, todas as promessas milenares do Antigo Testamento serão cumpridas literalmente. Jesus Cristo reinará como Rei em Jerusalém, e de todo o mundo estarão sob seu domínio. Após o reino milenar, Deus vai inaugurar o reino eterno final criando um novo céu e uma nova terra, onde o Deus trino reinará para todo o sempre (Ap 22:1-5).

No presente, o reino é constituído por todos os que abraçar Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. O rei governa e reside nos corações daqueles que pertencem a Ele. Seu reino avança uma alma de cada vez. Ela vai continuar até que Ele volte para estabelecer Seu reino terrestre, seguido pelo Seu reino eterno.
Como é que um assunto de Satanás escapar que tirano e entrar no reino de Cristo? A resposta de Jesus é simples e direta: se arrepender e crer no evangelho. A palavra se arrependem ( metanoeo ) significa voltar-se para o lado oposto. Depois virou-se de seu pecado e incredulidade, os pecadores devem crer no evangelho significando eles se transformam em fé ao Senhor Jesus Cristo, confiando em Deus e Sua obra consumada da redenção do pecado e da vitória sobre a morte. Como Paulo explica em Rm 10:9, André estava com João Batista, quando João apontou para Jesus e declarou: (Jo 1:36) "Eis o Cordeiro de Deus!". Depois de passar o dia com Jesus, André foi e encontrou o seu irmão Simão Pedro, que também chegou a ver o Senhor (vv. 40-42). Apesar de vários meses se passaram desde que o encontro introdutório, Jesus perseguido esses irmãos para chamá-los a abandonar seu trabalho mundano e segui-Lo para compartilhar sua obra eterna.

O Mar da Galiléia é realmente um grande lago de água doce-sitting aproximAdãoente 690 pés abaixo do nível do mar e medindo 13 milhas de comprimento e sete milhas de largura em seus pontos mais expansiva. No Antigo Testamento, ele era conhecido como o Mar de Quinerete (ou Genneseret em grego), uma forma de a palavra hebraica kinnor que significa "harpa" ou "lira" (conforme Nu 34:11;. Js 13:27. ). O nome era apropriado porque o lago é mais ou menos o formato de uma harpa. Ele também se tornou conhecido como o mar de Tiberíades (Jo 6:1). Eles eram homens proeminentes, não diaristas pobres. Simon Pedro, por exemplo, é dono de seu próprio lar, na cidade de Cafarnaum (Lc 4:38), e João era conhecido do sumo sacerdote (Jo 18:15).

Quando Ele encontrou Simão e André ao longo da costa, Jesus disse-lhes: "Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens". A declaração de Jesus foi uma ordem, não um pedido. Ao contrário dos rabinos, que instruíram as pessoas a seguir as suas tradições legalistas, Jesus ordenou esses pescadores da Galiléia para segui-Lo. E ele o fez com autoridade final, um poder que nenhum escriba ou fariseu possuía (conforme Mc 1:22). As implicações de seu comando eram extremas e inconfundível: abandonar tudo, inclusive suas carreiras como pescadores, e siga-me. Foi uma inegociável, abrangente mandato único, do rei aos seus primeiros temas escolhidos. O Senhor viria a ecoar o mesmo tipo de chamada em termos espirituais para todos os que vêm a Ele. Ele disse em Mc 8:34: "Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me." Essa primeira chamada para os discípulos era uma ilustração da exaustiva chamar o Senhor dá a todos quem iria entrar no Seu reino, e não o abandono de uma carreira terrena, mas de todos os outros mestres.

Jesus prometeu que fazer eles se tornarem pescadores de homens, uma analogia que teriam imediatamente compreendido. Em vez de lançar as redes para os peixes, eles seriam treinados para pregar o evangelho com o objetivo de reunir em pecadores. Eles estariam preparados pelo próprio Jesus para se tornarem anunciadores do reino através da proclamação do evangelho de Deus. Com este comando, Jesus estabeleceu o meio pelo qual o seu reino seria avançar. Ele usa os pecadores que Ele soberanamente identifica e intimação transformada. Tal autoridade absoluta por trás de tal convocação pertence somente ao Rei messiânico, que possui o direito divino de exigir e obter esse tipo de lealdade. Notavelmente, imediatamente eles deixaram as suas redes eo seguiram. Embora estes pescadores acidentados foram quase ingênuos, não houve resistência ou hesitação de sua parte. Eles imediatamente largou tudo para seguir a Jesus. Sua resposta demonstra tanto a autoridade do Senhor e no poder que se move em aqueles que Ele chama para responder.

A cena é essencialmente repetida nos versículos 19:20, onde Jesus chamados e capacitados mais dois discípulos a segui-Lo: Indo um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco, consertando o redes. Imediatamente Ele os chamou; e eles deixaram seu pai Zebedeu no barco com os empregados, e retirou-se para segui-Lo. Os filhos de Zebedeu eram nada, mas covardes. Na verdade, eles iriam ganhar o apelido de "Sons da Thunder" (Mc 3:17). Em uma ocasião, eles com raiva sugeriu fazer descer fogo do céu para destruir uma aldeia que se recusou a recebê-los (Lc 9:54). Estando mais longe do litoral, estes irmãos de fogo estavam ocupados consertando as redes, uma parte crítica de reparar o equipamento de pesca para a próxima viagem para fora. O seu pai, Zebedeu e seus agentes contratados também estavam lá, todos trabalhando como parte da operação de pesca maior. No entanto, em um instante, o "Sons da Thunder" foram obrigados a deixar tudo e todos para seguir o Senhor Jesus Cristo.

Esse tipo de obediência incrível seria repetido com o resto dos discípulos muito semelhante Levi, que simplesmente se afastou de sua cabine de cobrança de impostos para seguir Jesus (Mc 2:14). Sua resposta pode parecer chocante do ponto de vista humano. Do ponto de vista divino, não é de todo surpreendente. Como Jesus explicou aos Seus discípulos em Jo 15:16: "Você não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei para que você iria e deis fruto, eo vosso fruto permaneceria, de modo que tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele pode dar a você. "Claramente, o escopo da autoridade de Jesus abrangeu os discípulos a quem ele chamou para segui-Lo. Foi por meio dessas pecadores regenerados e transformados, e sua proclamação do Evangelho, que Jesus iria avançar seus propósitos Reino (conforme Mt 28:18-20.).

O poder do Senhor sobre o pecado e Satanás ainda é demonstrada hoje, cada vez que um coração não redimida é dado vida e libertados do domínio de Satanás e do poder do pecado e da penalidade (conforme Ef. 2: 1-4). Tendo crentes resgatado do pecado, o Rei emprega-los em seu serviço, capacitando-os através do Seu Espírito para ser instrumentos para o avanço do Seu reino. Tudo isso acontece sob a autoridade de Sua prerrogativa soberana (Ef. 1: 18-23). Aquele que derrotou Satanás, tanto no deserto e na cruz; Aquele que declarou vitória sobre o pecado, através da proclamação do evangelho; e Aquele que demonstra continuamente seu poder na vida daqueles a quem Ele salva e capacita-somente Ele é o Rei messiânico. Todos regra, autoridade, poder e domínio pertencem a Ele (Ef 1:21).

Para aqueles que conhecem e amam o Senhor Jesus Cristo, não há alegria maior do que ver seu reino avançado através da proclamação fiel do Seu evangelho. A promessa que fez a André e Pedro, às margens do Mar da Galiléia ainda se aplica a todos os que estão dispostos a proclamar unwaveringly Sua mensagem: Segue-me, e eu vos farei pescadores de homens. Em um sermão sobre o assunto, o renomado pregador do século XIX, Charles Spurgeon incentivou seus ouvintes com estas palavras:

Quando Cristo nos chama por Sua graça que não devemos apenas lembrar o que somos, mas nós também devemos pensar no que Ele pode nos fazer ... Ele não parecia uma coisa provável que os pescadores humildes iria desenvolver em apóstolos; que os homens tão acessíveis com o líquido seria tão grande em casa, em pregando sermões e em convertidos instruindo. Um teria dito: "Como pode ser isso? Você não pode fazer fundadores das igrejas fora de camponeses da Galiléia "Isso é exatamente o que Cristo fez.; e quando são humilhados diante dos olhos de Deus por um senso de nossa própria indignidade, podemos nos sentir encorajados a seguir Jesus por causa do que Ele pode nos fazer ... O que você vê em si mesmos neste momento nada que é desejável, vêm você e seguir a Cristo por causa do que Ele pode fazer de você. Você não ouvir a Sua voz doce te chamando e dizendo: "Siga-me, e eu vos farei pescadores de homens?"
Mais tarde, no mesmo sermão, Spurgeon em relação as suas palavras de encorajamento com algumas palavras adequadas de advertência.
Jesus diz: "Siga-me, eu vos farei pescadores de homens", mas se você ir no seu próprio caminho, com a sua própria rede, você vai fazer nada disso, e que o Senhor promete que você não ajuda nisso.Instruções do Senhor fazer-se nosso líder e exemplo. É, "Siga -me , siga -me . Pregar Meu Evangelho. Pregar o que eu pregava. Ensine o que eu ensinei, e manter a isso. "Com isso servilismo abençoado que se torna um cuja ambição é ser um copista, e nunca para ser um original, copiar Cristo mesmo em jotas e tis. Faça isso, e Ele vos farei pescadores de homens; mas se você não fizer isso, você poderá pescar em vão. (Charles Spurgeon, Como se tornar pescadores de homens, sermão 1906)

4. A autoridade do Rei Divino (Marcos 1:21-28)

Entraram em Cafarnaum; e, logo no sábado, entrou na sinagoga e começou a ensinar. Ficaram surpreendidos com os ensinos; pois Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. Só então, havia um homem na sinagoga com espírito imundo; e clamou, dizendo: "Que negócio é que temos uns com os outros, Jesus de Nazaré? Você veio para nos destruir? Eu sei quem você é: o Santo de Deus! "E Jesus repreendeu-o, dizendo:" Fique quieto, e sai dele! "Jogando-o em convulsões, o espírito imundo gritou em alta voz, e saiu dele .Todos ficaram maravilhados, de modo que eles debateram entre si, dizendo: "O que é isso? A nova doutrina com autoridade! Ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem. "Imediatamente a notícia sobre Ele espalhou por toda parte em todo o distrito em torno da Galiléia. (1: 21-28)

Questão mais crítica da vida é: "Quem é Jesus Cristo?" Como uma pessoa responde a essa pergunta tem implicações eternas. Nada é mais essencial, tanto para esta vida ou a vida por vir, do que saber a verdade sobre Jesus. No entanto, poucos parecem seriamente interessado em justamente entender quem Ele é e por que Ele veio. Tragicamente, muitas pessoas cegamente assumir que Jesus era apenas um bom professor, um idealista moral, ou um ativista social incompreendido cuja vida terminou em tragédia há dois milênios. Não é assim que a Escritura apresenta-Lo, nem é de acordo com o que Ele declarou-se.

O evangelho de Marcos (como os outros três) fornece uma resposta definitiva a esta questão no primeiro versículo. Mc 1:1). Consequentemente, a única resposta certa para o seu domínio soberano é submeter e adorá-Lo como o eterno Rei dos reis e do glorioso Filho de Deus. Qualquer representação de Jesus que mina ou menospreza sua verdadeira pessoa e posição não só é inadequada, é blasfemo. Embora muitos humilhar e menosprezar Ele agora, tudo um dia vai reconhecê-lo pelo que ele realmente é. Como o apóstolo Paulo disse aos Filipenses: "No nome de Jesus se dobre todo joelho, daqueles que estão no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus o Pai »(Fil. 2: 10-11).

Marcos 1:21-28 é uma passagem que ilustra dramaticamente tanto a autoridade soberana de Jesus Cristo e da falta de vontade obstinada dos pecadores incrédulos para reconhecer e se submeter a essa autoridade. A passagem vem na esteira da introdução de Marcos (nos versos 1:20.), No qual ele apresentou cinco provas para demonstrar que Jesus é realmente o rei divino: Jesus foi precedido por um precursor real (1: 2-8), com experiência uma cerimônia de coroação divina (1: 9-11), derrotou o seu arqui-inimigo do príncipe das trevas (1: 12-13), proclamou a mensagem do reino da salvação (1: 14-15), e ordenou aos seus cidadãos do Reino de segui-Lo (1: 16-20). Anunciado por João, encomendado pelo Pai, cheio do Espírito Santo, vitorioso sobre o pecado e Satanás, e acompanhado de seus discípulos, o Senhor Jesus iniciou seu ministério público com cada credencial necessária demonstrada. Assim, de forma sucinta mas convincente, fast-moving de Marcos, condensado e introdução selectiva estabelecido o caráter messiânico e natureza divina do Senhor Jesus. Deste ponto em diante, como Marcos começa o corpo de seu registro do evangelho, ele vai abrandar o seu ritmo para se concentrar mais intensamente em eventos específicos do ministério do Rei messiânico.

A história começa no versículo 21 com a recontagem inspirada de um incidente em que Jesus demonstrou sua autoridade sobre o reino demoníaco. Marcos já salientou a autoridade de Cristo sobre Satanás, o pecado e pecadores nos versículos 12:20. Nesta seção (vv. 21-28), ele continua esse tema, focalizando especificamente em um confronto dramático de um dia de sábado entre Jesus e um demônio. Mais uma vez, a entidade cósmica de Jesus é vividamente colocado em exposição, não deixando dúvidas sobre a capacidade do Rei para dominar demônios e para obliterar o cativeiro satânico que pode conter os pecadores cativo todo o caminho para o inferno.
A passagem se revela um contraste impressionante entre a resposta das pessoas a autoridade de Jesus ea resposta dos demônios. Por um lado, as pessoas ficaram impressionados com o poder ea autoridade de Jesus (vv. 22, 27). Eles reagiram com admiração, curiosidade e surpresa, porque Ele ensinava como ninguém que nunca tinha ouvido antes. Por outro lado, os demônios estavam aterrorizados por Cristo. Eles responderam em horror, pavor e pânico. Essas reações divergentes estão no cerne do entendimento do significado desta passagem. Ambos os demônios e as pessoas eram pecadores. No entanto, apenas os demônios gritaram de medo. Eles entenderam Jesus era seu juiz que iria lançá-los no inferno. As pessoas certamente não.

Ironicamente, no primeiro semestre do evangelho de Marcos, os únicos seres certeza da verdadeira identidade de Jesus eram os demônios. Os líderes judeus rejeitaram (3: 6, 22); as multidões estavam curiosos, mas em grande parte não confirmadas (6: 5-6; conforme Jo 2:24); e até mesmo seus discípulos exibiram uma dureza de coração persistente (08:17). Mas os demônios sabia ao certo. Como Marcos explica: "Sempre que os espíritos imundos viram, eles iriam cair diante dele e gritar: 'Tu és o Filho de Deus!'" (03:11). Saber exatamente quem era Jesus e que Ele tinha o poder de fazer, eles responderam com terror temente Ele poderia lançá-los imediatamente para o abismo (Lc 8:31; conforme Ap 9:1). Suas mentes antigas estavam cheios de uma das informações sobre o seu celeste rebelião, derrota e expulsão; eles entenderam o castigo eterno que ainda espera por eles no lago de fogo (Mt 25:41). Compreensivelmente, os demônios foram completamente aterrorizado na presença de Jesus. Agora que o filho tinha vindo à terra para começar a criação de seu governo, os anjos maus tinha todos os motivos para ser atormentado pelo terror.

Não há salvação para os anjos caídos (He 2:16). No entanto, os pecadores que vêm para uma verdadeira compreensão da autoridade do Filho de Deus, e são aterrorizados pela ameaça do inferno são convidados a fugir da ira e executado em santo temor a Cristo para o perdão e graça da salvação. No entanto, a grande maioria dos pecadores que ouvir as boas novas do céu ainda se recusam a temer o inferno e vir a Cristo pelo dom da salvação. Essa é a grande ironia representado por esta passagem. Os demônios reconheceram quem era Jesus, mas não têm a possibilidade de salvação. As multidões foram oferecidos o perdão divino, mas eles se recusaram a reconhecer Aquele que por si só pode fornecê-la. Dito de outra forma, os demônios estavam aterrorizados e não poderia ser poupada; o povo estava espantado e não seriam salvos. Consequentemente, as pessoas espantadas (que não acredito) e os demônios aterrorizados (que fazem "crêem, e estremecem" —Jc 2:19 KJV) vai finalmente acabar no mesmo lago de fogo eterno (Ap 20:10-15 ).

É importante ressaltar que durante o ministério de Jesus, os demônios não atacá-lo. Eles assaltaram as almas dos pecadores, mas nunca Jesus. Na verdade, sempre que um confronto ocorrido, foi Jesus quem os atacou. Sua simples presença enviou-os em pânico frenético. Embora invisíveis a olho nu, não eram invisíveis para ele. Eles podem ser capazes de esconder de si mesmas pessoas-disfarçando como anjos de luz (2Co 11:14) e habitação confortavelmente dentro dos limites da religião apóstata. Mas eles não podiam esconder do olhar onisciente de Cristo. Em Sua presença, eles explodiram a sua cobertura, devido ao poder constrangedor de seu medo.

Ao longo de todo o seu ministério, o domínio de Jesus sobre os demônios era absoluta e incontestável-indicativo do fato de que Ele possuía o poder absoluto sobre o diabo e toda a força dos anjos caídos no "domínio das trevas" (Cl 1:13). Ele é capaz de dominar os pecadores Satanás quem controla o sistema deste mundo (1Jo 5:19), e que tem oculto (2 Cor. 4: 3-4) e prende-los em cativeiro (Hb 2:14-15.) —para definir pecadores libertará (Jo 8:36). Como o apóstolo João explicou, "O Filho de Deus se manifestou: para este fim, para destruir as obras do diabo" (1Jo 3:8; Lc. 4: 16-31), Jesus estabeleceu seu quartel-general durante Seu ministério galileu (conforme Mc 2:1). O sistema judaico de sinagogas tinham inicialmente desenvolvido no século VI AC, durante o exílio babilônico. Antes do exílio, adoração centrada em um só lugar, o templo em Jerusalém. Quando o templo de Salomão foi destruído, e os judeus estavam em cativeiro por 70 anos, as pessoas começaram a reunir-se em pequenas reuniões de grupo. Mesmo depois que os judeus voltaram à sua pátria e reconstruiu o templo, eles continuaram a estruturar a vida comunitária das aldeias e cidades locais em torno do que se tinha tornado sinagogas oficiais (a palavra grega traduzida sinagoga significa "reunião" ou "assembléia"). Como resultado, a sinagoga tornou-se o centro da vida judaica-a comunidade local de culto local, uma sala de reuniões, uma escola e uma sala de audiências.Tradicionalmente, uma sinagoga pode ser formado em qualquer lugar onde havia pelo menos dez homens judeus. Consequentemente, as cidades maiores do mundo antigo, muitas vezes continha numerosas sinagogas.

Uma das principais funções desempenhadas pela sinagoga era a leitura pública e exposição das Escrituras, uma prática que voltou, pelo menos, ao tempo de Neemias. A política conhecida como "a liberdade da sinagoga" permitiu que qualquer obra qualificada na congregação para entregar a exposição da passagem do Antigo Testamento. Esse privilégio foi muitas vezes estendido para rabinos visitar, como foi nesta ocasião para Jesus. O apóstolo Paulo de forma semelhante usado tais oportunidades para proclamar o evangelho em várias cidades em todo o Império Romano (conforme At 9:20; At 13:5), os participantes em Cafarnaum teria sido ansioso para ouvi-Lo ensinar.

Marcos não detalha o conteúdo da mensagem de Jesus pregado à congregação que sábado em Cafarnaum. Em vez disso, ele se concentrou na resposta do povo. Eles estavam maravilhados com o seu ensino;pois Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. As pessoas ficaram chocadas. Nunca antes eles ouviram um rabino falar com tal poder, precisão e seriedade.

A palavra autoridade ( exousia ) fala de regra, o domínio, a competência, o pleno direito, poder, privilégio e prerrogativa. Jesus ensinou com absoluta convicção, objetividade, domínio e clareza. Ele falou a verdade, com a confiança inabalável do Rei divino, e as pessoas só poderiam responder de maravilha (conforme Mt 7:28-29.). Que contraste palavras profundamente penetrantes de Jesus eram os pontifications esotéricos dos escribas, que gostava de citar os pontos de vista de multidões de outros rabinos. Eles frequentemente ensinada de maneiras que eram mística, confusa e, muitas vezes focado em minúcias. Mas Jesus era claramente diferente. Ele não derivar Sua teologia a partir das reflexões de outras pessoas, nem ele oferecem uma variedade de possíveis explicações. Seu ensino era absoluta não arbitrária. Era lógico e concreto, não evasiva ou esotérico. Seus argumentos eram razoáveis, inescapável, e focado em questões essenciais.

Escribas eram os professores primários na sociedade judaica do primeiro século. Eles rastrearam sua herança de volta para Ezra, que, de acordo com Ed 7:10 e Neemias 8:4-8, ler a lei e explicou que para o povo. A maioria das pessoas tinha acesso limitado às Escrituras, cujas cópias foram muito caros para comuns, pessoas da classe trabalhadora ao próprio. Consequentemente, eles iriam para a sinagoga para ouvir as Escrituras lido e explicado pelos escribas. Porque eles lidaram com as Escrituras, os escribas ficaram tão reverenciado que eles receberam o título de "rabino", significando "honrado." Ao longo dos séculos, desde o tempo de Esdras para a época de Cristo, o ensinamento dos escribas cresceu menos focada sobre o texto da Escritura e mais focado no que rabinos anterior tinha dito. No primeiro século, os escribas orgulhavam-se de estar familiarizado com todos os pontos de vista possíveis. Em vez de explicar fielmente o significado simples das Escrituras, se deleitavam em reflexões complexas, alegorias fantasiosas, idéias obscuras, noções místicas, e os ensinamentos dos rabinos anteriores.

Quando Jesus começou a explicar o texto bíblico perfeitamente com clareza, convicção e autoridade, seus ouvintes ficaram atordoados. Eles nunca tinha ouvido nada parecido. Seu espanto está ligada a palavra espantado ( ekplessō ), que significa literalmente "a ser atingido fora de si" com espanto e admiração. Para usar o vernáculo, Jesus soprou-los para fora de suas mentes. Há uma série de palavras do Novo Testamento que pode ser traduzida como "espantado" ou "atônito." Este é um dos mais fortes e mais intensa. A mensagem de Jesus era tão fascinante e poderoso que Sua audiência sentado em silêncio atordoado, pendurado em cada palavra que Ele proferiu (conforme Lc 19:48).

O temor em silêncio seria violentamente interrompido pelos gritos vindos através dos lábios de um homem possuído pelo demônio. Era o demônio que estava em pânico com a verdade da pregação de Jesus e não podia permanecer escondido no homem por mais tempo. Marcos introduz o demônio no versículo 23, observando o imediatismo da reação do espírito maligno a pregação de Jesus. Incapaz de se conter, o demônio entrou em erupção em um acesso de raiva gritos em resposta à verdade o Filho de Deus proclamada.

Não é surpreendente encontrar este espírito maligno pendurado em torno da sinagoga. Os demônios tinham desenvolvido um falso sistema de religião hipócrita que foi muito bem sucedido em Israel do primeiro século. Como é a sua natureza, os demônios se esconder no meio da religião falsa, disfarçando-se como anjos de luz (2Co 11:14.) E perpetuando erro e engano (conforme 1Tm 4:1, Jesus disse aos fariseus: "Vós tendes por pai ao diabo, e você quer fazer os desejos de vosso pai.Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas porque eu digo a verdade, você não acredita em mim. "Esses versos resumem o coração do conflito. Satanás e suas hostes propagar mentiras com o objetivo de perpetuar a morte espiritual. Mas Jesus é o caminho, a verdade ea vida (Jo 14:6, não há casos registrados de possessão demoníaca. No livro de Atos, há apenas dois (Atos 16:16-18; 13 44:19-16'>19: 13-16). Os Evangelhos, no entanto, abundam com ele (Mt 4:24; Mt 8:28; Mt 9:33; 10:. Mt 10:8; 12: 22-27; Marcos 1:23-27; 5: 4-13; Mc 9:25; Lc 4:41; Lc 8:2; Lc 9:39; Lc 13:11). Confrontado com a glória do Filho de Deus, os demônios revelaram suas identidades, muitas vezes de forma violenta e notáveis.

Nesta ocasião, o homem possuído pelo demônio respondeu gritando no topo de seus pulmões-o demônio dentro dele empréstimo cordas vocais do homem de expressar terror puro. Em uma explosão de medo misturado com raiva, o demônio perguntou: "Que negócio é que temos uns com os outros, Jesus de Nazaré? Você veio para nos destruir? Eu sei quem você é: o Santo de Deus! " O uso de pronomes no plural ( nós e nós ) sugerem que este demônio em particular foi fazer estas perguntas em nome dos anjos caídos em todos os lugares. Como aqueles que se juntaram no fracassado golpe de Satanás (conforme Is 14:1), os demônios uma vez serviam na presença de Deus. Eles sabiam que cada membro da Trindade intimamente e imediatamente reconheceu Jesus como o Filho de Deus, sempre que eles encontraram-se em Sua presença. Eles sabiam que Ele era o Santo de Deus, o Rei messiânico que tinha vindo para salvar o mundo do poder de Satanás (Lc 4:41).

Ao falar de Cristo, este espírito demoníaco empregada dois nomes e um diferentes dos quais expressos seu antagonismo, o outro o seu medo. A primeira, Jesus de Nazaré, carregava um tom de desdém desdenhoso. Nazaré era uma cidade obscura, realizada em baixa estima por outros israelitas (conforme Jo 1:46). Os líderes judeus, em particular, usou o termo como pejorativo, porque eles zombaram da idéia de que o Messias viria de tão humilde, origens da Galiléia (conforme Jo 7:41, Jo 7:52). Ao se referir a cidade natal de Jesus, o demônio se juntou ao desprezo das multidões descrentes.

Ao mesmo tempo, o espírito do mal sabia exatamente quem era Jesus. Conseqüentemente, seu desprezo é misturado com medo apavorado. Como um anjo caído miserável, sua resposta foi um dos inimizade misturado com medo. Ele chamou Jesus o Santo de Deus , porque ele estava plenamente consciente da autoridade divina de Jesus. Este espírito imundo, sendo caracterizado por uma depravação final e incurável maldade, encolheu-se na presença de perfeita virtude e santidade.

Os demônios sabiam que "o Filho de Deus se manifestou: para este fim, para destruir as obras do diabo" (1Jo 3:8), temiam a hora da sua destruição final havia chegado. Mais tarde, no ministério de Jesus, outros demônios pediu quase a mesma pergunta: "O negócio é que temos uns com os outros, Filho de Deus?Vocês vieram aqui para nos atormentar antes do tempo? "(Mt 8:29). Os demônios reconhecido exatamente quem era Jesus. Eles sabiam que Ele tinha total autoridade e poder para lançá-los para o castigo eterno no dia designado o julgamento de Deus. É por isso que eles repetidamente respondeu com tal pânico e consternação (conforme Jc 2:19).

A realidade iminente de julgamento futuro explica a resposta do demônio para Jesus naquele dia de sábado em Cafarnaum. Como um agente de Satanás, ele teria, sem dúvida, preferiu permanecer sem ser detectada escondido nas sombras da religião hipócrita. Em vez disso, sobrecarregado com medo e pânico, ele só poderia revelar-se em uma explosão dramática.


A Autoridade de Seu Poder

E Jesus repreendeu-o, dizendo: "Fique quieto, e sai dele!" Jogando-o em convulsões, o espírito imundo gritou em alta voz, e saiu dele. Todos ficaram maravilhados, de modo que eles debateram entre si, dizendo: "O que é isso? A nova doutrina com autoridade! Ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem. "Imediatamente a notícia sobre Ele espalhou por toda parte em todo o distrito em torno da Galiléia. (1: 25-28)

Embora o dia escatológico do juízo eterno para Satanás e seus anjos ainda não chegou (conforme Ap 20:10), este demônio foi dado um antegozo da autoridade absoluta de Cristo sobre ele. Ele foi expulso pelo mesmo poder que um dia lançou-o no lago de fogo.

Imperturbável pelo histrionismo do demônio, Jesus repreendeu-o. Como o Rei divino, Ele possuía a autoridade inerente para comandar este anjo caído. No diálogo, a negociação, ou luta era necessário.Exorcismos tentados envolvendo várias fórmulas e rituais não eram incomuns entre os judeus da época do Novo Testamento, embora não produziu verdadeiro sucesso. Mas a taxa de sucesso de Jesus foi perfeito. Ele nunca deixou de expulsar os demônios Ele confrontou, nem ele confiar em quaisquer fórmulas especiais ou rituais para fazê-lo. Ele simplesmente emitiu um comando e os demônios obedecidas.

O Senhor delegou esse poder aos Seus apóstolos e eles fizeram o mesmo (Lc 9:1). Ao invés de se envolver em exorcismos, os crentes hoje são chamados a se envolver em evangelismo. Sempre que levar o evangelho aos não crentes e eles colocaram sua fé no Senhor Jesus Cristo, o Espírito Santo lava-los limpos, transferir a sua residência, e os demônios são expulsos.

Repreensão de Jesus veio na forma de dois imperativos curtas: "Fique quieto, e sai dele!" O demônio não teve escolha a não ser obedecer imediatamente. O primeiro comando silenciou o demônio; o segundo levou-o para fora. Durante todo o ministério de Jesus, Ele repetidamente proibiu os espíritos imundos para depor sobre Ele (conforme Mc 1:34). Apesar de sua identificação de Jesus foi preciso, Ele não precisava de qualquer publicidade dos agentes de Satanás. Como era, os líderes religiosos acusaram de fundição "demônios só por Belzebu o príncipe dos demônios" (Mt 12:24). Permitindo que os demônios para continuar falando sobre Ele só teria adicionado suporte para as especulações sneering dos fariseus. Assim, sempre que eles afirmaram sua identidade, ele calá-los (conforme Atos 16:16-19).

Segundo a ordem de Jesus, sai dele, resultou na saída violenta do demônio. O espírito imundo preferiu permanecer para manter cativo alma do homem para o inferno. Mas ele foi forçado a ir, de má vontade, mas não em voz baixa. Como Marcos registros, jogando-o em convulsões, o espírito imundo gritou em alta voz, e saiu dele. Com um protesto dramática final, fazendo com que o corpo do homem a convulsionar, o demônio soltou um grito final, ele partiu.

A cena é uma reminiscência de outro demônio Jesus encontrou, mais tarde, em seu ministério, um dia depois de sua transfiguração. Marcos relata que a história em Marcos 9:25-27:

Quando Jesus viu que uma multidão foi rapidamente recolhimento, Ele repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: "Você é surdo e espírito mudo, eu te ordeno, sai dele e não entrar nele novamente." Depois gritando e jogando-o terríveis convulsões, saiu; eo menino ficou tão parecido com um cadáver que a maioria deles disse: "Ele está morto!" Mas Jesus, tomando-o pela mão e levantou-o; e ele se levantou.

Como o demônio descrito em Mc 1:23, esse demônio mostrou sua oposição rebelde a Cristo com uma surra final, violenta de sua vítima. Mas foi só um frenesi momentâneo. Como qualquer outro anjo caído, ele não foi páreo para o poder soberano do Rei divino, e uma vez que ele saiu, o menino que ele havia atormentado foi curada. Embora o endemoninhado na sinagoga de Cafarnaum foi igualmente lançada em convulsão, o demônio fez nenhum dano. Como Lucas explica na conta paralela: "Quando o demônio o tinha jogado para baixo no meio do povo, saiu dele sem lhe fazer mal" (Lc 4:35).

Nem Marcos nem Lucas fornecer nenhuma informação biográfica sobre o homem que foi entregue. Mas a falta de detalhes é intencional, porque o foco não é sobre ele. É com Aquele que o libertou da possessão demoníaca. ApropriAdãoente, a atenção centra-se no Filho de Deus, que novamente exibido publicamente Seu poder divino. Por Sua própria autoridade Comandou o demônio para fugir. Apenas o rei divino tem o poder necessário para quebrar o cativeiro de Satanás. Ele pode destruir o diabo, desmantelar as suas forças, e entregar as almas cativas.
O poder de Jesus era inconfundível, de modo que aqueles que se sentaram na sinagoga, que já tinha sido surpreendido por seu ensinamento, todos se admiraram a sua capacidade de entregar este homem possuído pelo demônio. Eles não tinham nenhuma categoria para que eles tinham acabado de presenciar, de modo que eles debateram entre si, dizendo: "O que é isso? A nova doutrina com autoridade!Ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem. " A multidão começou a zumbir com entusiasmo sobre o que havia acontecido. Eles haviam sido atordoados pela autoridade de seu ensino e, em seguida, igualmente chocado com o poder Ele exerceu sobre os espíritos imundos. O debate não foi um formal, mas sim a conversa animado de admiração expressa por aqueles que ficaram maravilhados.Eventualmente, no entanto, que o debate iria crescer mais polarizador. Embora ninguém poderia negar a Sua autoridade sobre os demônios, os líderes religiosos que começam a questionar a fonte dessa autoridade (conforme Mt 12:24).

Nesse meio tempo, palavra sobre Jesus começou a sair. Como Marcos explica, "Imediatamente a notícia sobre Ele espalhou por toda parte em todo o distrito em torno da Galiléia." Este foi apenas o começo. Mc 1:39 relata que "Ele entrou em suas sinagogas por toda a Galiléia pregando e expulsando os demônios." O Rei divino lançou seu ministério público, colocando em demonstrações de poder sobre os espíritos malignos sem precedentes em Israel e no mundo (conforme Mt 9:33). Ele ensinou como ninguém e Ele possuía e usou a força que ninguém nunca tinha visto. Atrás Seu poder era a autoridade de Jesus. Os demônios reconheceram e ficaram aterrorizados; as multidões testemunhou Ele e ficaram maravilhados. Os demônios acreditava ele, mas não pôde ser salvo; as multidões se recusou a acreditar em Deus e, portanto, não seriam salvos.

A combinação de ambas as respostas é necessário para a salvação. Os pecadores precisam ser tanto apavorado e espantado: aterrorizado por um juiz tal e espantado com tal Salvador. Não é suficiente simplesmente para se surpreender com Jesus Cristo. Ele não está satisfeito com a mera curiosidade, admiração ou espanto. Ele quer que os pecadores para o temem como o Juiz e, em seguida, correr para Ele como o Salvador.

As pessoas que ouviram Jesus ensinar e testemunhou a sua autoridade sobre esse dia de sábado em Cafarnaum ficaram sem desculpas. No entanto, a população daquela cidade, em última instância rejeitou como seu Senhor e Salvador (Mt 11:23;. Lc 10:15). Talvez eles consideravam Jesus um bom professor, um idealista moral, ou um ativista social incompreendido. Nenhuma dessas conclusões foi adequada. Eles podem ter sido surpreendido por ele no momento, mas a menos que eles vieram para abraçá-lo na poupança como o Filho de Deus, confiando nEle como o Salvador do mundo, e submeter-se a Ele como o Senhor de todo-adoradores de fé sua surpresa acabou por ser inútil. Ele não era melhor do que o terror tremor dos demônios. Por isso, é para todos os que rejeitam a verdadeira pessoa e obra de Jesus Cristo.

5. Unido Alimentação (Marcos 1:29-39)

E logo depois que saíram da sinagoga, eles entraram na casa de Simão e André, com Tiago e João. Agora mãe-de-lei de Simon foi deitada com febre; e imediatamente eles falaram com Jesus sobre ela. E Ele veio para ela e levantou-a, tomando-a pela mão, ea febre a deixou, e ela esperou sobre eles. Ao cair da tarde, depois que o sol se punha, eles começaram a trazer a Ele todos os que estavam doentes e aqueles que estavam possuídos pelo demônio. E toda a cidade se reuniram na porta. E ele curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades, e expulsou muitos demônios; E ele não estava permitindo que os demônios falassem, porque sabiam quem Ele era. No início da manhã, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou, saiu da casa, e foi para um lugar isolado, e ali orava. Simon e seus companheiros procurá-lo; o encontraram, e disse-lhe: "Todo mundo está olhando para você." Ele disse-lhes: "Deixem-nos ir para outro lugar para as cidades vizinhas, para que eu pregue ali também; por que é que eu vim. "E Ele entrou em suas sinagogas por toda a Galiléia, pregando e expulsando os demônios. (1: 29-39)

Vivemos em um mundo devorado por doença, dor e morte. Nem sempre foi assim. Como Moisés explicado em Gn 1:31, depois que Deus criou o universo, Ele "viu tudo o que tinha feito, e eis que era muito bom." A criação era sem mancha e sem defeito, um reflexo do One impecável que tinha falado na sua existência.

Quando Adão e Eva desobedeceram a Deus, tudo mudou. O pecado entrou no mundo e trouxe consigo a doença, decadência e morte. Toda a criação foi amaldiçoado (Gn. 3: 17-19; Rm 8:20), e Adão e Eva estavam separados de Deus e banidos do Éden. Doença, o sofrimento, e a realidade da morte servem como lembretes dolorosos do fato inevitável que nós residimos em um planeta caído.

Mesmo todos os avanços da ciência moderna não pode remover as pragas nosso mundo sofre. Dois mil anos atrás, no entanto, as condições eram muito piores. A tecnologia médica era essencialmente inexistente, o que significa que as pessoas simplesmente definhava sob os efeitos de doenças e lesões.

Embora Jesus Cristo veio para que pudesse resgatar espiritualmente pecadores que estavam mortos em suas transgressões e enfrentando a ira de Deus (1Tm 1:15), Ele escolheu para demonstrar que o poder de salvar, bem como seu profundo amor e compaixão, entregando pessoas de suas doenças e demônios. Capacidade entregar Jesus também serviu como uma prévia das condições de Sua vinda reino terreno, em que Satanás e seus demônios serão vinculados (Apocalipse 20:1-3), a maldição serão mitigados, e os seus efeitos muito reduzidos, até que é completamente removido na perfeição justo do estado eterno no céu (Apocalipse 21:1-22: 5).

O incidente registrado em Marcos 1:29-34 ocorreu no mesmo dia em que os eventos registrados nos versículos 21:28, quando um homem possuído pelo demônio foi entregue de forma dramática na sinagoga. Pouco tempo depois, Jesus e seus discípulos viajaram para casa de Pedro, onde Jesus demonstrou sua autoridade sobre os efeitos físicos do pecado. Juntas, as duas passagens destacar a natureza sobrenatural do poder soberano de Jesus. Sempre que Ele confrontou tanto demônios ou doença, ambos fugiram em seu comando. Esse tipo de domínio fornece a prova inegável da divindade de Jesus, corroborando a tese de Marcos que Jesus é o Rei messiânico, o Filho de Deus (1: 1).

Como o Salvador do mundo, o Messias tinha de ser capaz de resgatar as almas do pecado e Satanás. Como a ressurreição ea vida (Jo 11:25), Ele tinha que ter poder sobre ambos os efeitos físicos e espirituais da maldição. Como o Redentor, Ele tinha que ser capaz de resgatar tanto a alma que estava perdido e o corpo que estava em decomposição (Rm 8:23). Jesus consistentemente demonstrado necessário poder celestial, lançando várias vezes os demônios e curar doenças para expor o seu domínio total sobre ambos os reinos espirituais e físicas devastadas pelo pecado. Por esses milagres Ele demonstrou que Ele possuía o poder de dar vida eterna a almas e corpos, equipando-os para a glória ressuscitado no céu.

Nesta seção (vv. 29-39), Jesus continuou a evidência de que ele era o divino, o Filho de Deus compassivo. A passagem pode ser dividido em três seções: a prova da Sua pessoa (vv 29-34.), O poder da sua acção (35 v.), E que a prioridade da sua missão (vv 36-39.).


A prova da Sua Pessoa

E logo depois que saíram da sinagoga, eles entraram na casa de Simão e André, com Tiago e João. Agora mãe-de-lei de Simon foi deitada com febre; e imediatamente eles falaram com Jesus sobre ela. E Ele veio para ela e levantou-a, tomando-a pela mão, ea febre a deixou, e ela esperou sobre eles. Ao cair da tarde, depois que o sol se punha, eles começaram a trazer a Ele todos os que estavam doentes e aqueles que estavam possuídos pelo demônio. E toda a cidade se reuniram na porta. E ele curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades, e expulsou muitos demônios; E ele não estava permitindo que os demônios falassem, porque sabiam quem Ele era. (1: 29-34)

Um típico sinagoga serviço terminou por volta do meio-dia. Quatro primeiros discípulos de Jesus, a quem chamou apenas um curto período de tempo anterior (conforme Mc 1:16-20), teria atendido o serviço sinagoga com Ele e, juntamente com as multidões, foi surpreendido por sua pregação (v. 22) e espantado com a Sua autoridade sobre o demônio que confrontou Ele (v. 27). Como o tumulto cessou, e as pessoas foram demitidos, os quatro antigos pescadores veio com Jesus para fora da sinagoga, sem dúvida, falando animAdãoente com o outro sobre a libertação espetacular que tinham acabado de presenciar.

Imediatamente após sair da sinagoga, eles entraram na casa de Simão e André, com Tiago e João. Todos estes quatro homens haviam sido no negócio de pesca ao longo do mar da Galiléia. Estes não eram simplórios pouco sofisticados, como às vezes tem sido imaginado, mas comerciantes bem sucedidos que, aparentemente, teve um grande operação sediada em Cafarnaum. Peixe era uma carne grampo em tempos antigos e do Mar da Galiléia rendeu o suficiente para exportar seus produtos ao longo dessa parte do mundo mediterrâneo. Estes dois conjuntos de irmãos tinham abandonado atividades terrenas para seguir Jesus e buscar o reino dos céus (1: 16-20). Na sinagoga, naquela manhã, eles receberam um lugar na primeira fila para observar Sua autoridade real. Isso teria sido o assunto de sua conversa enquanto caminhavam.

Simão, também chamado Pedro (conforme Mt 16:18;. Jo 1:42), e André eram originalmente de Betsaida, uma cidade na costa norte do Mar da Galiléia (conforme Jo 1:44). Eles haviam se mudou para Cafarnaum, sem dúvida, por uma questão de negócio. Primeiro Coríntios 9:5 indica que Simão Pedro era casado e que sua esposa viajaram com ele em suas viagens ministeriais posteriores. A tradição da Igreja sugere ainda que Pedro e sua esposa tiveram pelo menos um filho, embora o Novo Testamento é omissa sobre esse ponto.

Neste ponto, no início do ministério de Jesus, Pedro morava em Cafarnaum com sua estendida sua esposa e filhos, sua mãe-de-lei, o seu irmão André, ea família de André, inclusive da família.Arqueólogos desenterraram o local tradicional da casa de Pedro, a uma curta caminhada das antigas ruínas da sinagoga. Um comentarista descreve desta forma:
Dentro de um tiro de pedra da sinagoga de Cafarnaum se encontra uma estrutura que pode razoavelmente ser identificada como a casa de Pedro. A casa faz parte de um grande complexo "insula", em que as portas e janelas abertas para um pátio interior, em vez de para fora, para a rua. O tribunal, com acesso por uma porta de entrada da rua, era o centro da vida das habitações em torno dele, contendo lareiras, mós para grãos, mão-prensas, e escadas para telhados de habitações. As moradias foram construídas com paredes pesadas de basalto negro sobre o qual um telhado plano de madeira e sapé foi colocado.(Tiago R. Edwards, O Evangelho segundo Marcos, Pillar New Testament Commentary [Grand Rapids: Eerdmans, 2002], 59)

Ao entrar residência de Pedro, Jesus e seus discípulos teriam se encontrado em um grande pátio praça rodeada por edifícios. Claramente, Pedro era mais do que apenas um trabalhador não qualificado com uma vara de pesca. Significativamente, as investigações arqueológicas descobriram marcas devocionais sagrados escritos na pedra e riscados no gesso. As gravuras indicam que a casa de Pedro era um local de encontro mais cedo para os cristãos, e, provavelmente, uma igreja, que remonta ao final do século I ou início do segundo.
Como discípulos de Jesus, e como os moradores de Cafarnaum, que viviam perto da sinagoga, que teria sido natural para Pedro e André para convidar Jesus, junto com Tiago e João, para a sua casa para a refeição do meio-dia. Pedro também tinha uma motivação secundária. Como Marcos explica, "Agora a mãe-de-lei de Simão estava deitada com febre; e imediatamente eles falaram com Jesus sobre ela. "Lucas, o médico fornece o detalhe acrescentou que era uma febre alta (Lc 4:38), sugerindo que sua condição foi relacionada com uma infecção grave. Sua filha e filho-de-lei foram claramente em causa, tanto assim que, logo que Jesus entrou na casa, a família ", perguntou ele ajudá-la" (Lc 4:38). Tendo acabado de ver o Seu poder em exibição na sinagoga, e familiarizado com outros milagres que fazia (conforme Lc 4:23), que recorreu a ele para curá-la.

A febre foi o suficiente para que ela estava na cama alta, fraco demais para se levantar e cumprimentar os convidados que vieram para a casa dela. As exigências da vida cotidiana no primeiro século não pagar a maioria das pessoas o luxo de ficar na cama só porque não se sentia bem. Isso teria sido especialmente verdadeiro quando os convidados foram convidados. É provável que ela estava extremamente doente. Respondendo com compaixão, Jesus veio para ela enquanto ela estava deitada e levantou-a. A gravidade da sua doença era irrelevante para Jesus, que repreendeu a febre (Lc 4:39), e tomando-a pela mão, a febre a deixou . Naquela manhã, na sinagoga, Ele havia repreendeu o espírito imundo, e o demônio partiu. Se no reino espiritual ou física, sempre que Jesus emitiu uma repreensão, os efeitos foram imediatos.

No final do versículo 31, Marcos observa que após a mãe-de-lei de Pedro se levantou, ela esperou sobre eles. Ela estava completamente curada. Seus sintomas haviam desaparecido. Não houve período de recuperação. Um momento, ela tinha sido fraco demais para fazer qualquer coisa, mas se deitar. O seguinte, ela estava de pé, cheio de energia e pronto para ajudar a preparar o jantar de sábado. Era como se ela nunca tinha estado doente.

Os milagres de cura de Jesus, como este, estão em forte contraste com as alegadas curas de "curandeiros" contemporâneos e televangelistas carismáticos. O mundo sempre foi atormentado por falsos curandeiros que se aproveitam do sofrimento físico de pessoas desesperadas a fim de extorquir dinheiro deles. Apesar de suas reivindicações ousadas, curandeiros modernos são nada mais do que os burlões espirituais. Eles podem ter a capacidade de manipular multidões de pessoas suscetíveis, mas eles não têm o poder de curar realmente ninguém.

As curas de Jesus não poderia ser mais diferente do que as falsificações contemporâneas. Ao contrário de curandeiros, que supostamente curar doenças invisíveis, Jesus curou as pessoas com doenças orgânicas inegáveis ​​e deficiências físicas, tais como surdez, cegueira, hanseníase, e paralisia. Em certa ocasião, Jesus recolocado a orelha perdida, de tal forma que foi totalmente restaurado (Lucas 22:50-51). Ele fez a forma mais extrema de cura quando Ele levantou alguém dentre os mortos (Mc 5:42; Lucas 7:14-15; João 11:43-44).

Jesus também curou imediatamente e completamente. Aqueles que experimentaram Seu poder de cura não precisava de tempo para a recuperação ou recuperação. Mãe-de-lei de Pedro é um excelente exemplo do imediatismo de curas de Jesus. Ela não precisa esperar para se sentir melhor. O Senhor não instruí-la para levá-lo fácil para algumas semanas para que seu corpo se recuperar. Ela passou de definhando na cama para funcionar com força total.

Curandeiros modernos, para controlar a ilusão, cuidadosamente prescreen as pessoas que eles permitem ao palco. Mas Jesus curou indiscriminAdãoente. Ele curou todos que vieram a Ele, não importa a natureza da sua doença ou enfermidade. Na passagem paralela de Lc 4:40, Lucas explica que, "Enquanto o sol estava se pondo, todos aqueles que tiveram qualquer que estavam doentes com várias doenças lhos traziam; e impondo as mãos sobre cada um deles, curava-os. "Como Lucas aponta, Jesus pôs as mãos sobre" cada um deles ", curando todos os que vieram. As curas de Jesus não exigia a fé dos participantes, uma vez que a maioria das pessoas que Ele curou eram incrédulos. Embora alguns deles veio a fé, como resultado da cura, como um dos dez leprosos (Lucas 17:17-19), a maioria não o fez, como os outros nove.

Significativamente, Jesus fez os milagres de cura em plena vista do público, durante o curso normal de seu ministério diário enquanto se movia através de uma multidão de pessoas de um lugar para outro.Ele não necessitam de um ambiente altamente controlado, a fim de manipular as multidões e as circunstâncias. Ao contrário, Ele foi capaz de curar qualquer um, a qualquer momento, em qualquer lugar de qualquer doença. Não houve categorias de doença além de seu poder. Não é de surpreender, sempre que Ele realizou um milagre, palavra sobre Ele rapidamente se espalhou por toda a cidade ou região onde Ele estava ministrando. A cura da mãe-de-lei de Pedro não foi excepção. Ele desencadeou uma resposta em toda a cidade.
Marcos descreve o que aconteceu a seguir: Quando chegou a noite, depois que o sol se punha, eles começaram a trazer a Ele todos os que estavam doentes e aqueles que estavam possuídos pelo demônio . Depois de ouvir o que aconteceu, as pessoas imediatamente determinado a vir e ver Jesus. Eles tiveram que esperar até depois do sol se pôr , porque a lei judaica proibiu-os de exercer alguma coisa ou alguém no sábado. De acordo com o cômputo judaico de tempo, o dia terminou ao pôr do sol (por volta das 6:12 PM ), como o céu começou a escurecer e as primeiras estrelas se tornaram visíveis.Assim que o sol se punha, os moradores de Cafarnaum levado às pressas para o transporte de seus amigos e parentes doentes para Jesus. Na verdade, a multidão do lado de fora da casa de Pedro era tão grande que, como explica Marcos, toda a cidade se reuniram na porta.

Apesar do fluxo constante de pessoas carentes (o imperfeito do verbo traduzido começou a trazer indica que eles se divertir e vindo), Jesus com infinita compaixão impôs as mãos sobre cada um deles e os curava (Lc 4:40). A declaração de Marcos, que Ele curou muitos, não implica que havia alguns que não foram curados. Pelo contrário, ela fala com o fato de que Ele curou um grande número de pessoas nessa ocasião. Muitas pessoas doentes e que sofrem veio vê-lo, e dos muitos que vieram todos foram curados (conforme Mt 8:16).

Alguns estavam doentes com várias doenças e Jesus imediatamente lhes completamente todo. Outros foram possuído pelo demônio, por isso Jesus expulsou muitos demônios, e ele não estava permitindo que os demônios falassem, porque sabiam quem Ele era. Jesus proibiu os demônios de falar, porque, aparentemente, ele não queria afirmação de sua identidade a partir da agentes de Satanás.Seu testemunho a Ele só teria confundido a questão. Isto é semelhante à experiência de Paulo em Filipos, quando uma escrava possuído pelo demônio deu afirmando testemunho do apóstolo.

Aconteceu que, como estávamos indo para o lugar de oração, uma escrava que tinha um espírito de adivinhação nos encontrou, que estava trazendo seus senhores muito lucro por leitura da sorte. Seguindo a Paulo ea nós, ela não parava de chorar, dizendo: "Estes homens são servos do Deus Altíssimo, que estão anunciando-vos o caminho da salvação." Ela continuou fazendo isso por muitos dias. Mas Paulo estava muito irritado, e virou-se e disse ao espírito: "Eu te ordeno em nome de Jesus Cristo para sair dela!" E ele saiu naquele momento. (Atos 16:16-18)

Paulo expulsou o demônio para parar o engano. Demons preferem ser disfarçado como anjos de luz (conforme 2Co 11:14). Nesta ocasião, em Cafarnaum, Jesus sabia que sua intenção de afirmar sua identidade e os silenciou. Nem o próprio diabo nem seus demônios podem tanto quanto falar uma palavra sem a permissão do Senhor soberano.

Presumivelmente, centenas de pessoas foram curadas nesta ocasião. No entanto, este foi apenas uma noite na vida de nosso Senhor. Jesus iria continuar a exibir este tipo de poder divino em todo o seu ministério de três anos. Na verdade, existem algumas noventa textos evangélicos que caracterizam as curas de Cristo. Durante o ministério de Jesus, houve uma explosão de cura sem paralelo, que praticamente banido da doença a partir de Israel. Nada como isso já ocorreu, em todos os séculos antes ministério terrestre de Jesus ou depois.

Curandeiros modernos podem afirmar que o tipo de curas que Jesus realizou sempre ocorreram ao longo da história e ainda estão acontecendo hoje. Nada poderia estar mais longe da verdade. Os milagres de Jesus foram as únicas e inegável, e as pessoas que os testemunharam respondeu em choque total. Como as multidões afirmou em Mc 2:12, depois que Jesus curou um paralítico: "Nós nunca vimos nada parecido com isso." Uma resposta similar é registrada em Mt 9:33, depois de Jesus entregou um homem mudo que estava possuído pelo demônio: " Nada como isso já foi visto em Israel "Ainda que Jesus delegou seu poder milagroso aos apóstolos, a fim de autenticar os seus ministérios (Mc 6:1; 2 Cor 0:12; Heb.. 2: 3-4), dons sobrenaturais de cura e de milagres faleceu quando era apostólica terminou.

Jesus realizou milagres, por não fornecer cuidados de saúde gratuitos, mas para afirmar o verdadeiro evangelho e para validar sua afirmação de ser o Rei messiânico, o Filho de Deus, e o Salvador do mundo (conforme Jo 10:38). Seus milagres sem qualquer dúvida razoável sobre a Sua autoridade sobre os demônios e doenças, tanto sobre a criação espiritual e física. Eles apresentou Seu poder para vencer o pecado e Satanás, e confirmou sua capacidade tanto para resgatar as almas do pecado, da morte e do inferno e para levantar corpos dos mortos para a vida eterna.

Em relato paralelo de Mateus, ele concluiu esses eventos, fazendo uma referência a Is 53:4; He 4:15.). Os escritores do evangelho repetidamente falam de compaixão de Jesus para aqueles que experimentaram seu toque de cura (Mt 9:36;. Mt 15:32; Mc 1:41; Lc 10:33). Ele suportou o peso do sofrimento humano por solidarizando com aqueles que experimentaram. Em segundo lugar, Ele se entristeceu com o poder destrutivo que faz com que o próprio sofrimento físico-pecado. Quando Jesus chorou no túmulo de Lázaro, não foi porque seu amigo tinha morrido, pois Ele sabia que Lázaro logo seria ressuscitado para a vida. Pelo contrário, foi devido à realidade do pecado, que traz sofrimento e morte para cada pessoa (Rm 5:12). Ele não podia testemunhar a dor da doença e da morte, sem, simultaneamente, sendo tristes com os efeitos da maldição.Terceiro, e mais importante, Jesus tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças por vencer o pecado tão completamente que, em última análise, toda a doença e sofrimento será eliminado. O Rei desde um prenúncio da natureza gloriosa do seu reino eterno, a partir do qual toda a tristeza e doença será banido para sempre.

A fim de redimir os homens e mulheres a partir dos efeitos devastadores do pecado, o próprio Jesus teria que sofrer e morrer. A doença, tristeza e morte não poderia ser permanentemente removidos até que o próprio pecado foi derrotado. Através de Sua morte, Jesus pagou a penalidade para o pecado, e por meio de Sua ressurreição, Ele venceu a morte. Assim, através da morte e ressurreição, o Senhor Jesus derrotou o pecado ea morte para todos os que depositam sua fé nEle.

Obra redentora de Cristo será finalmente cumprida para os crentes no futuro, quando recebem seus corpos ressurreição (conforme Rm 8:22-25; Rm 13:11.). Naquele dia glorioso, todos que confiaram em Cristo será dada corpos físicos que são sempre livres do pecado, da doença e da ameaça de morte. Apesar de que a esperança está ainda no futuro para aqueles deste lado da sepultura, Jesus provou que Ele é capaz de cumprir essa promessa por que Ele fez todo o Seu ministério.


O poder de sua Ação

No início da manhã, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou, saiu da casa, e foi para um lugar isolado, e ali orava. (01:35)

Dadas as enormes multidões que tinham se reunido em frente à casa de Pedro, logo após o por do sol, o ministério de Jesus aos doentes e enfermos deve ter durado bem na noite. Era provável meia-noite muito antes da última das pessoas havia deixado. Depois de um dia tão cansativo do ministério, Jesus precisava de mais do que uma mera refresco sono poderia proporcionar.
Então, no início da manhã, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou, saiu da casa, e foi para um lugar isolado, e ali orava. A prova da Sua pessoa havia sido demonstrado em seus milagres, mas o poder por trás de Sua ação foi a oração. Ele estava sujeito à vontade do Pai e que operam no poder do Espírito. Consequentemente, um momento de comunhão privada com Seu Pai era crítica. Antes de o sol até mesmo veio, Jesus levantou-se, o que sugere que ele estava dormindo, mesmo se tivesse sido apenas por algumas horas curtas-e Ele foi embora para um lugar isolado , a fim de desfrutar de comunhão com o Pai. A palavra traduzida lugar isolado ( erēmos ) é a mesma palavra traduzida como "deserto", anteriormente Marcos 1 (vv. 3, 4, 12, 13).

Os Evangelhos registram várias ocasiões, quando Jesus foi para um lugar isolado, a fim de orar (conforme Mt 14:23;. Mc 1:35, Lc 4:42; Jo 6:15). É claro que essas não eram as únicas vezes que ele orou.Todo o seu ministério foi marcado pela contínua comunicação com Seu Pai. Jesus rezou antes de Seu batismo (Lc 3:21), antes de chamar os Doze (Lucas 6:12-13), antes de alimentar a multidão (Jo 6:11), em sua transfiguração (Lucas 9:28-29), antes que Ele ressuscitou Lázaro (João 11:41-42), no cenáculo (Mateus 26:26-27.), no Getsêmani (Mateus. 26: 36-46)., e mesmo enquanto pendurado na cruz (Mt 27:46 ). A perfeita união que existia entre Jesus eo Pai está em destaque em João 17:1-26, onde uma oração prolongada de Cristo é gravado. Ele sempre rezou para que todas aquelas coisas que estavam na vontade de Deus seria realizado (conforme Mt 26:39, Mt 26:42), e Ele ensinou seus discípulos a fazer o mesmo (Mt 6:10).

Vida de oração de Jesus era mais do que apenas um modelo para os seus discípulos a seguir. Era uma parte essencial de sua obediência e submissão. Na encarnação, o Filho de Deus anular o uso independente de seus atributos divinos (conforme Fm 1:2). Pedro e seus companheiros (provavelmente incluindo André, Tiago e João) entrou para a caça e procurou por Ele . Quando o grupo de busca, eventualmente encontrados Ele, Pedro disse-lhe: "Todo mundo está olhando para você." Toda a população de Cafarnaum juntou a caçada para localizar Jesus (Lc 4:42). Mas, como as multidões que esperavam para um pequeno-almoço gratuito pela manhã, após Jesus alimentou os milhares (conforme João 6:24-26), e tantos outros (conforme Jo 2:24-25), essas multidões não tinha nada mais do que um auto-interesse superficial em Jesus.

Jesus tinha vindo para pregar as boas novas do Seu reino vindouro (conforme Mc 1:14-15). Seu objetivo final não era para livrar as pessoas de doenças temporais, mas para salvá-los do pecado e do juízo eterno.Necessidades físicas de reunião das pessoas era uma demonstração de compaixão e poder divino, mas Ele veio para redimir os pecadores. Com isso em vista, que era hora de ir e pregar o evangelho nas cidades e nas regiões vizinhas. Jesus respondeu a Pedro e os outros discípulos de uma forma que provavelmente os surpreendeu. . Em vez de capitalizar sua recente popularidade em Cafarnaum, Jesus decidiu deixar Ele lhes disse: "Deixem-nos ir para outro lugar para as cidades vizinhas, para que eu pregue ali também; por que é que eu vim. " Embora Ele compassivamente curou os doentes e alimentou os famintos, Jesus definiu a sua missão com estas palavras: "Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento" (Lc 5:32). Em outra ocasião, ele disse aos seus ouvintes de forma semelhante, "O Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19:10 ESV). O Senhor procurou pecadores perdidos e chamou-os ao arrependimento através da pregação do evangelho.Como Marcos explicado anteriormente, "Jesus veio para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus e dizendo:" O tempo está cumprido, eo reino de Deus está próximo; se arrepender e crer no evangelho "(1: 14-15). Os milagres de Jesus validado Sua mensagem do evangelho, mas os próprios milagres não poderia salvar ninguém. A salvação veio apenas quando as pessoas com fé arrependido para a pregação do evangelho.

De acordo com essa prioridade, Jesus optou por não voltar a Cafarnaum naquele dia. Pelo contrário, Ele entrou em suas sinagogas por toda a Galiléia, pregando e expulsando os demônios (v. 39). Nesse único verso, Marcos resume semanas, se não meses de tempo que Jesus continuou fazendo exatamente o que Ele havia feito em Cafarnaum-pregando as boas novas e dominando os demônios. Desta forma, Jesus tanto validado Sua identidade como Rei messiânico, ao mesmo tempo, proclamando que a salvação só pode ser encontrada através da fé em seu nome (conforme At 4:12). Quando Ele ensinou ao longo das sinagogas da Galiléia, Sua ênfase era sobre a proclamação do evangelho. O apóstolo Paulo, mais tarde, articular a importância de tal pregação em 13 45:10-15'>Romanos 10:13-15:

Por "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." Como pois invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como poderão ouvir sem pregador?Como pregarão, se não forem enviados? Assim como está escrito: "Quão formosos são os pés dos que anunciam boas novas de coisas boas!"
Nesta seção (1: 29-39), Marcos sucintamente reúne três elementos centrais do ministério terrestre de Jesus. A prova de Sua realeza divina estava em seus milagres. O poder que sustentou seu ministério veio de sua vida de oração, como Ele submeteu ao Pai e dependia do Espírito. A prioridade de seu ministério era pregar o evangelho para os perdidos, para que por meio dele, tenham a vida eterna.

6. O Senhor eo leproso (Marcos 1:40-45)

E um leproso veio a Jesus, suplicando-Lhe e caindo de joelhos diante dele, e dizendo: "Se você estiver disposto, pode tornar-me limpo." Movido de compaixão, Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe "Estou disposto; será purificado. "Imediatamente a lepra o deixou e ficou limpo. E Ele severamente o avisou e imediatamente mandou-o embora, e Ele lhe disse: "Veja que você não dizer nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés ordenou, como um testemunho para eles. "Mas ele saiu e começou a proclamá-la livremente e para espalhar a notícia por aí, a tal ponto que Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade, mas ficou de fora das zonas pouco; e que eles estavam vindo a Ele de todo o lado. (1: 40-45)

Os Evangelhos não chegar perto de gravação de todos os milagres de cura que Jesus realizou. João sugere que um registro tão completo seria impossível. Como explicou no final do seu evangelho, "Há também muitas outras coisas que Jesus fez, que se fossem escritas em detalhe, penso que nem mesmo o próprio mundo não poderia conter os livros que seriam escritos" (Jo 21:25). A extensão do ministério de cura de Cristo é talvez melhor capturado nas palavras de Lc 6:19: "E todas as pessoas estavam tentando tocá-lo, para poder vinha dele e curando a todos eles "(grifo nosso). Em apenas que um dia, Jesus curou todos os que vieram a ele, o que significa que seus milagres de cura provavelmente chegaram a centenas ou mesmo milhares. Os escritores do evangelho fornecer apenas uma amostragem dos sinais sobrenaturais que Ele realizou.

Como observado nos capítulos anteriores deste volume, o propósito dos milagres de Jesus foi validar o fato de que Ele é verdadeiramente que Ele afirmava ser: o Rei messiânico, o Filho de Deus, e o Salvador do mundo. Cada milagre de andar sobre a água para expulsar demônios para curar a sua autoridade sobrenatural doente demonstrada, quer sobre a natureza, Satanás, doença ou pecado e da morte.Seus milagres autenticada da veracidade da sua afirmação e mensagem. A prioridade no seu ministério não estava realizando milagres, mas pregar o evangelho (Mc 1:38). Ele veio para chamar os pecadores ao arrependimento e à fé salvadora (1:15).

Como Jesus viajou de lugar para lugar pregando o evangelho do reino, Ele validado que a pregação por inúmeras demonstrações de poder divinos. O escopo de seu ministério milagroso foi tão extenso que Ele essencialmente banido doença e possessão demoníaca da terra de Israel durante os três anos e meio de Seu ministério público (ver Mateus 4:23-24; 8.: 16-17; Mt 9:35; Mt 14:14; Mt 15:30; Mt 19:2). Foi um desencadeamento maciço do poder divino, sem paralelo na história. Ele fez os líderes judeus tomar conhecimento.

Significativamente, embora os líderes nunca negou qualquer um dos seus milagres, eles não tentam mudar a fonte de seu poder de Deus para o diabo. Em vez de reconhecer que Ele estava operando por meio do poder do Espírito Santo, eles abertamente o acusou de ser habilitada por Satanás (Mt 12:24). Isso não era apenas uma acusação ridícula dada Seu caráter sem pecado perfeito e comportamento, mas uma irracional, já que Ele estava lançando continuamente os demônios de Satanás. Ele expôs sua cegueira razoável pelo único axioma em Mateus 12:25-26: "Todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá. Se Satanás expulsa Satanás, está dividido contra si mesmo; Como, então, subsistirá o seu reino "Não havia nenhuma desculpa válida para recusar-se a acreditar Sua mensagem (conforme Jo 10:38; Jo 14:31)?. A rejeição dos fariseus e dos saduceus que não foi devido a falta de provas, mas apenas a sua própria dureza de coração pecaminoso. Com todos os milagres que eles rejeitaram, seus corações se tornaram mais calejado e eles foram ainda indiciados. No final, eles se recusaram a acreditar que, apesar de a prova esmagadora de Sua ressurreição.

Dada a extensão do ministério de cura de Jesus, é provável que Ele curou muitos leprosos (conforme Mt 11:1; Lc 7:22). No entanto, o detalhe do Novo Testamento Evangelhos apenas duas ocasiões específicas em que os leprosos foram milagrosamente restaurado por Jesus. Esta passagem relata um daqueles (Marcos 1:40-45; conforme Mt 8:1-4; Lucas 5:12-16.). Os outros envolvidos dez homens leprosos, os quais foram curados, mas apenas um deles voltou para agradecer (Lucas 17:12-19). Também os Evangelhos mencionam um homem chamado Simão, o leproso (Mt 26:6 deve ser visto como representante de outras ocasiões em que Jesus encontrou os leprosos e os curou de sua doença debilitante e alienante.

Mas o que torna esta conta tão significativa que três escritores do evangelho iria escolher para incluí-lo em seus registros da vida e ministério de Jesus? Parte da resposta a essa pergunta é encontrada no efeito que isso teve sobre a cura ministério público de Jesus. Sua popularidade disparou como resultado deste milagre particular, a fim de que Ele "já não podia entrar publicamente mais de uma cidade, mas ficou de fora das zonas pouco" (Mc 1:45; Lc 5:15). Mas há outra razão que esta conta é tão importante: ele serve como um poderoso analogia com a verdade da salvação, ilustrando a pecadores restauração espiritual experiência quando eles respondem com fé para o evangelho. Por um lado, o leproso era um pária que foi forçado a ficar em lugares isolados. Mas ele se aventurou na cidade, reuniu-se Jesus, e foi milagrosamente curado. Por outro lado, Jesus, que estava inicialmente na cidade, após a cura do leproso, mudou-se para os locais isolados. Para curar esse homem de sua lepra, o Senhor teve que trocar de lugar com ele. O Salvador estava disposto a tornar-se uma pessoa de fora para que um leproso intocável, o estranho final, poderia ser resgatado e restaurado. Aí é retratado a realidade dos lugares evangelho Jesus negociados com os pecadores, a fim de livrá-los do pecado. Na cruz, fora da cidade, Jesus foi tratado como um pária, de modo que aqueles que realmente foram desterrados pode ser reconciliado com Deus e aceitos como cidadãos de sua cidade celestial.

A passagem divide facilmente em três características principais: situação do leproso (v. 40), a disposição do Senhor (vv 41-44.), E situação do Senhor (v 45)..


Predicament do leproso

E um leproso veio a Jesus, suplicando-Lhe e caindo de joelhos diante dele, e dizendo: "Se você estiver disposto, você pode limpar-me." (1:40)

Marcos não dá detalhes sobre o homem que veio a Jesus, a não ser para explicar que ele era um leproso. Lucas acrescenta que ele estava "coberto de lepra" (Lc 5:12). Como tal, a sua condição teria sido óbvio para qualquer um que o viu, tornando-o um pária no antigo Israel. A palavra "lepra" é derivado da palavra grega lepros ("scale") e refere-se à aparência escamosa da pele de um leproso.

No antigo Oriente Próximo, qualquer número de doenças de pele poderia ter dado à pele uma aparência escamosa (de inflamações crônicas como eczema à infecções do couro cabeludo por fungos). A palavra hebraica tzaraath (geralmente traduzido como "lepra" no Antigo Testamento) é suficientemente ampla para abranger vários tipos de doenças de pele, alguns mais graves do que outros. Mas o tipo mais grave da lepra nos tempos bíblicos provável consistia em o que hoje é conhecida como doença de Hansen, uma infecção bacteriana devastador que desfigurada aparência de uma pessoa e debilitado seu sistema nervoso, muitas vezes levando à morte.

Historiadores médicos acreditam que a doença de Hansen pode ter se originado no Egito, uma vez que a bactéria que causa foi descoberto em pelo menos uma múmia egípcia. Uma das doenças mais temidas no mundo antigo, era uma infecção contagiosa que pode ser transmitida tanto pelo ar e através do toque físico. Até hoje, não há cura para a doença, embora possa ser controlada com medicação. Os sintomas incluíam esponjosos, tumoral inchaços que apareceram no rosto e no corpo. Como as bactérias se tornou sistêmica, que começou a afetar órgãos internos e ao mesmo tempo fazendo com que os ossos começam a deteriorar. Ele também enfraquecido o sistema imunológico da vítima, fazendo com que os leprosos suscetíveis a outras doenças, como a tuberculose.

O Senhor deu instruções específicas e regulamentações rigorosas em matéria de hanseníase, a fim de proteger o seu povo escolhido (conforme Lev. 13). Qualquer pessoa suspeita de ter a doença teve de ser examinado por um padre. Se a condição parecia ser mais do que um problema de pele superficial, a pessoa foi colocado em quarentena por sete dias. Se os sintomas pioraram, mais uma semana de isolamento foi necessária. Após 14 dias, o sacerdote pronuncia a pessoa a ser limpo ou imundo-dependendo se ou não, a erupção tinha continuou a se espalhar. Em alguns casos, os sintomas eram tão óbvio que um tempo de espera não era necessária, e que a pessoa seria declarado impuro. 13 12:3-13:17'>Levítico 13:12-17 descreve também uma forma menos grave de hanseníase que causou toda a pele a ficar branco. Nesses casos, a pessoa foi declarada limpa depois que ele ou ela já não era contagiante. Esta forma menor de hanseníase provavelmente consistia de psoríase, eczema, vitiligo, hanseníase tuberculóide, ou, possivelmente, uma condição conhecida agora como leukodermia. Mas quando uma pessoa foi diagnosticada com a forma grave da lepra (ou seja, a doença de Hansen), as ramificações foram imediatos e grave.

De acordo com 13 45:3-13:46'>Levítico 13:45-46, os leprosos teve que isolar-se da sociedade:

Quanto ao leproso que tem a infecção, as roupas devem ser rasgadas, e os cabelos de sua cabeça será descoberta, e ele cobrirá o seu bigode e grito: "Imundo! Impuro "Ele permanecerá imundo todos os dias, durante o qual ele tem a infecção!; é imundo. Ele deve viver sozinho; a sua habitação será fora do acampamento.

A fim de evitar infectar outras pessoas, os leprosos foram colocados em quarentena, legalmente proibidos de viver em qualquer município israelita (conforme Nu 5:2 diz que "ele caiu em seu rosto." Ele encostou-se em humilde adoração diante de Jesus. Reconhecendo sua própria indignidade, o leproso chamado Jesus "Senhor" (Lc 5:12), e confiou a prerrogativa soberana do Salvador e poder conhecido, dizendo: "Se você estiver disposto, você pode limpar-me."

O leproso viu-se não só como ser desprezado pelos homens, mas também amaldiçoado por Deus (conforme 2 Cr 26: 17-21.). Porque a teologia comum disse doença física foi uma consequência do pecado, este leproso certamente se considerava um pecador. E assim, em desespero, ele veio a Jesus para pedir a libertação. Ele sabia que não poderia presumir sobre Jesus 'misericórdia, por isso o prefácio, "se você estiver disposto." No entanto, o seu pedido também exalava fé corajosa com base no que ele sabia que Jesus tinha feito. Ele não tinha nenhuma dúvida sobre o poder de Jesus, para que ele afirmava, "Você pode limpar-me."

Só podemos imaginar a reação do povo enquanto eles observavam a cena dramática se desdobrar. Horror misturada com indignação deve ter varreu a multidão de curiosos. Alguns provavelmente encolheu com medo assustado, cobrindo suas bocas como eles rapidamente recuou. Talvez outros olhou em torno de pedras e paus para afastar o proscrito indesejada. Outros certamente ficou olhando em silêncio atordoado, sem saber como o próprio Jesus iria responder.


Provisão do Senhor

Movido de compaixão, Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: "Eu estou disposto; será purificado. "Imediatamente a lepra o deixou e ficou limpo. E Ele severamente o avisou e imediatamente mandou-o embora, e Ele lhe disse: "Veja que você não dizer nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés ordenou, como um testemunho para eles "(1: 41-44).

Do ponto de vista de judaísmo do primeiro século, Jesus tinha todo o direito de ser indignados com o comportamento do leproso. O homem tinha violado a saúde pública, as normas sociais, e até mesmo as estipulações da lei mosaica. Mas o Senhor não cresceu com raiva. Em vez disso, Ele foi movido de compaixão. Ele simpatizava com a situação do homem, sentiu a agonia de seu isolamento e angústia, e aflito com os efeitos do pecado neste mundo (conforme Jo 11:34). Motivado pela compaixão genuína, Jesus estendeu a mão, tocou-o. Desde que esse homem tinha sido diagnosticado com hanseníase, ninguém havia tocado. No entanto, aqui, em um momento de total vulnerabilidade, enquanto ele estava deitado no pó implorando por libertação, o próprio Filho de Deus estendeu a mão, curou-o com um toque.

Em Lv 5:3; Mc 7:36; Mc 8:26), a fim de evitar a adição de mais combustível para o fogo da histeria messiânica que já havia sido provocada por seus milagres de cura (conforme Jo 6:14-15).

Em segundo lugar, Jesus enviou imediatamente lo embora, dizendo-lhe para "Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés ordenou, como um testemunho para eles."Antes de retomar o seu lugar na sociedade, este homem necessário para cumprir os requisitos do a lei mosaica sobre doenças contagiosas da pele, conforme descrito em Levítico 14. A prescrição necessárias, tendo dois pássaros e matando um deles em um vaso de barro sobre águas vivas. O outro pássaro, juntamente com madeira de cedro, um fio de escarlate, e hissopo, foi então mergulhado no sangue da ave que tinha sido morto. O ex-leproso era aspergido sete vezes e declarado limpo pelo sacerdote, e a ave viva foi posto em liberdade em um campo aberto. A pessoa foi posteriormente obrigado a lavar suas roupas, raspar todo o cabelo (incluindo as sobrancelhas), e se banhará em água. Depois de permanecer fora da sua tenda por sete dias, ele iria trazer ofertas adequadas ao sacerdote no oitavo dia. Então, ao oferecer os sacrifícios necessários, ele seria ungido com óleo pelo sacerdote, o que significa que ele estava limpo.

Declaração final de Jesus, que este seria um testemunho para eles, foi principalmente dirigida aos sacerdotes que serviam no templo. Quaisquer padres envolvidos em pronunciar este antigo leproso limpo teria sido confrontado com a realidade do poder de cura inegável de Cristo. Enquanto eles podem ter visto algumas doenças de pele remediar-se, e assim por ter sido familiarizado com tal ritual exigido, esta demonstração de poder de cura milagrosa de Jesus seria chocante para os sacerdotes. Assim, essa cura na Galiléia serviria como um poderoso testemunho em Jerusalém. As palavras de Jesus também serviu como um testemunho para todos os espectadores que ele não menosprezar requisitos do Antigo Testamento. Enquanto Ele detestava a hipocrisia farisaica de tradição carregada de religião, Jesus sempre defendeu o Antigo Testamento.


Predicament do Senhor

Mas ele saiu e começou a proclamá-la livremente e para espalhar a notícia por aí, a tal ponto que Jesus já não podia entrar publicamente mais de uma cidade, mas ficou de fora das zonas pouco; e que eles estavam vindo a Ele de todo o lado. (01:45)

Embora a instrução do Senhor tinha sido clara e inequívoca, o ex-leproso mostrou desobediente. Apesar de ter demonstrado humildade e submissão a Cristo em fazer o seu pedido de cura, em sua excitação eufórica ele saiu e começou a proclamá-la livremente e para espalhar a notícia ao redor. Era exatamente o oposto do que Jesus lhe havia ordenado que fazer.

Antes de ser curado, o leproso era um estranho forçados a viver em lugares isolados longe dos centros populacionais de Israel. Agora, por meio de sua desobediência, o ex-pária colocar Aquele que o curou em uma situação um pouco semelhante. Pelo seu testemunho público do que tinha acontecido com ele, o homem curado adicionado ao frenesi multidão ao redor de Jesus , de tal forma que Jesus já não podia entrar publicamente mais de uma cidade, mas ficou de fora das zonas pouco.

O historiador judeu do primeiro século Josephus relatou que havia cerca de 240 cidades e aldeias da Galiléia. Jesus queria ir a todos eles, a fim de pregar o evangelho (Marcos 1:38-39). A resposta cada vez mais esmagadora das pessoas tornaram isso impossível. As multidões que se amontoaram tornou-se tão grande e exigindo que Jesus não podia entrar publicamente numa cidade.

Conseqüentemente, o Senhor começou a ministrar em áreas isoladas, seja no deserto ou pela costa do Mar da Galiléia. Sempre que ele se aventurou de volta para lugares como Cafarnaum, as multidões de britagem estavam esperando (Mc 2:2). A multidão ficou animado com a sua cura e Seus milagres, mas eles foram em grande parte não tem interesse na mensagem do evangelho (conforme Jo 6:66) —a realidade que acabaria por culminar em sua crucificação, como eles se voltaram contra ele em uma forma mortal apesar de seus milagres.

Mesmo quando Jesus ficou longe das cidades e aldeias da Galiléia, o povo não ficar longe dele. Na verdade, eles estavam vindo a Ele de todo o lado. Embora Ele permaneceu no deserto, as multidões exigindo O procuraram e seguiram-onde quer que fosse. Como Marcos registra mais tarde, em seu evangelho, "Jesus retirou-se para o mar com os seus discípulos; e uma grande multidão da Galiléia o seguiu; e também da Judeia, de Jerusalém, e da Iduméia, e de além do Jordão, e arredores de Tiro e Sidon, um grande número de pessoas ouviu falar de tudo o que ele estava fazendo e veio a Ele "(Mc 3:7-8 ).

Antes de deixar esta passagem, é importante considerar a justaposição de Jesus e o homem a quem Ele curou. O leproso começou no deserto, em isolamento. Depois de se encontrar Jesus, ele foi capaz de se misturar livremente na cidade. Por outro lado, Jesus começou na cidade. Após o encontro, o leproso, ele foi isolado para o deserto. Nesse sentido, Jesus tomou o lugar do leproso. Como disse um comentarista explica:

Marcos começou esta história com Jesus no interior e o leproso do lado de fora. No final da história, Jesus está "fora em lugares desertos." Jesus eo leproso trocaram de lugar. No início de seu ministério, Jesus já é um estranho na sociedade humana. Marcos lança-lo no papel do Servo do Senhor, que carrega as iniqüidades dos outros (Is 53:11), e cujo rolamento deles faz com que ele ser "contado com os transgressores" (Is 53:12). (Tiago R. Edwards, O Evangelho segundo Marcos, Pillar New Testament Commentary [Grand Rapids: Eerdmans, 2002], 72)

A conta do leproso, portanto, fornece uma metáfora maravilhosa para o que Jesus fez na cruz. Como pecadores, crentes eram leprosos espirituais, uma vez que viviam em alienação e isolamento de Deus.Deus providenciou um caminho de salvação através de Seu Filho, Jesus Cristo. A fim de conseguir que o plano da redenção, o Filho deixou a presença de Deus e entrou em isolamento. Na cruz, Jesus foi abandonado. Ele foi rejeitado por homens e até mesmo abandonado pelo Pai (Mt 27:46). No entanto, porque Ele foi tratado como um pária, os crentes foram aceites e congratulou-se na presença de Deus.

Foi por conta da desobediência da humanidade que Ele sofreu. No entanto, para aqueles que vêm a Ele com fé humilde, reconhecendo a sua própria indignidade e pedindo misericórdia, Ele oferece a limpeza completa. Para o leproso espiritual que grita de fé ", se você estiver disposto, pode tornar-me limpo" (Mc 1:40) Resposta compassivo do Senhor é sempre o mesmo:. "Estou disposto, será purificado" (v 41 ).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Marcos Capítulo 1 do versículo 1 até o 45

O Evangelho essencial

Não seria injusto falar de Marcos como "o Evangelho essencial". Devemos estudar com tenro cuidado o Evangelho mais antigo que possuímos, o Evangelho onde voltamos a ouvir a pregação do próprio apóstolo Pedro em pessoa.

Marcos 1

O começo da história — Mar. 1:1-4 O arauto do Rei — Mar. 1:5-8 O dia da decisão — Mar. 1:9-11 O tempo da prova — Mar. 1:12-13 A mensagem das boas novas — Mar. 1: 14-15 Jesus escolhe os seus amigos — Mar. 1:16-20

N. do T.: Na versão Almeida assim como em outras versões em línguas modernos, estas discrepâncias dos tempos verbais são uniformemente mudadas ao passado, que modifica este detalhe do estilo de Marcos.

Jesus começa sua campanha — Mar. 1:21-22 A primeIra vitória sobre os poderes do mal — Mar. 1:23-28 Um milagre em particular — Mar. 1:29-31 Começam as multidões — Mar. 1:32-34 A hora de paz e o desafio da ação — Mar. 1:35-39 O leproso é curado — Mar. 1:40-45

O COMEÇO DA HISTÓRIA

Marcos 1:1-4

Marcos começa a história de Jesus desde muito atrás. A história de Jesus não começa com seu nascimento na Terra; nem sequer começa com a aparição no deserto de João Batista; começou com os sonhos dos profetas, muito, muitíssimo tempo atrás; isto equivale a dizer que começou faz muito, muito tempo, na mente de Deus. Os estóicos acreditavam firmemente no ordenado intuito divino das coisas.
"As coisas de Deus", disse Marco Aurélio, "estão cheias de previsão. Todas as coisas fluem do céu". Há muito que podemos aprender aqui.

  1. Tem-se dito que "os pensamentos da juventude são pensamentos longos, muito compridos" e que assim também são os pensamentos de Deus. Deus é um Deus que realiza seus propósitos. A história não é um caleidoscópio de acontecimentos desconectados, presididos pelo azar; é um processo dirigido por um Deus capaz de ver o fim no princípio.
  2. Nós estamos inundados nesse processo, e por nossa posição podemos colaborar com Ele ou entorpecê-lo. Em um sentido é uma honra tão grande contribuir a um processo de magnitude transcendente como é um privilégio ver a meta final desse processo. A vida séria muito diferente se em lugar de suspirar por uma meta distante e inalcançável pelo. momento fizéssemos tudo o que está a nosso alcance para que essa meta esteja dia a dia um pouquinho mais perto de nós. Nunca se chegará a uma meta se faltar quem trabalhe para torná-lo possível. Como dissesse um poeta, não haveria árvores frondosas que nos cobrissem sob sua sombra, se alguém não as tivesse plantado, para que nós continuássemos regando-as.

A entrevista profética que Marcos utiliza é sugestiva.

Eis aí envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho. Esta passagem é de Ml 3:1. Em seu contexto original é uma ameaça. Nos dias do Malaquias os sacerdotes tinham descuidado seu ministério. As oferendas sacrificiais eram animais defeituosos e de segunda qualidade; o serviço do templo era desempenhado sem entusiasmo. O mensageiro viria para limpar e purificar a adoração do Templo, antes que o Ungido de Deus aparecesse sobre a Terra. Logo, a vinda de Cristo é uma purificação da vida. E o mundo necessitava essa purificação. Sêneca chamou Roma "um poço cego de iniqüidade". Juvenal se referiu a esta cidade como "o sujo esgoto na qual confluíam as correntes de águas servidas de toda . Síria e Acaia". Em qualquer lugar chega o cristianismo, traz a purificação.

Este é um fato que pode ser demonstrado. Bruce Barton relata que o primeiro trabalho que se lhe encarregou como jornalista foi uma série de artigos para denunciar ao evangelista Billy Sunday. Escolheram-se três cidades. "Falei com os comerciantes destas cidades", diz Barton, "e estes me disseram que durante as reuniões e depois de terminadas estas, muitos se tinham aproximado de seus mostradores para pagar dívidas tão antigas que desde muito tempo tinham sido "apagadas dos livros." Foi visitar presidente da câmara de comércio de uma cidade que Billy Sunday tinha visitado três anos antes. "Não sou membro de nenhuma igreja", disse-lhe. "Nunca vou ao culto ou à missa, mas posso lhe dizer uma coisa. Se se propor agora trazer Billy Sunday a esta cidade, e se soubéssemos por antecipado tanto como sabemos agora dos resultados de sua missão, e se as Igrejas não pudessem reunir os recursos necessários para trazê-lo, eu poderia conseguir todo o dinheiro necessário em meio-dia somente entre homens que jamais pisam em uma igreja. Billy Sunday levou desta cidade onze mil dólares. Mas um circo leva a mesma soma em um dia, e não deixa nada. Sunday deixou uma atmosfera moral diferente."
A denúncia que Barton se propôs escrever se converteu assim em um tributo ao poder transformador do evangelho. Quando Billy Graham pregou em Shreveport, Louisiana, as vendas de álcool diminuíram em quarenta por cento, e as vendas de Bíblias aumentaram em trezentos por cento. Durante uma missão em Seattle, entre os resultados imediatos que se obtiveram, diz-se de uma maneira muito singela: "Vários julgamentos de divórcio que estavam pendentes foram cancelados." Em Greensboro, Carolina do Norte, o relatório afirma: "Toda a estrutura social da cidade foi afetada."
Uma das maiores histórias sobre o que pode fazer o cristianismo a encontramos no fato real do motim da tripulação do Bounty. Os amotinados foram desembarcados na ilha Pitcairn. Havia nove amotinados, seis nativos, dez mulheres nativas e uma moça de quinze anos de idade. Um dos homens conseguiu fabricar uma espécie muito primitiva de álcool. A situação que resultou deste fato foi terrível. Morreram todos, exceto Alexander Smith. Smith encontrou uma Bíblia. Leu-a e se propôs fundar um Estado, com os nativos da ilha, apoiado exclusivamente nos ensinos da Bíblia; todos fariam o que a Bíblia dizia que devia fazer-se. Passaram vinte anos antes que um navio americano infiltrasse na ilha. Encontraram uma comunidade completamente cristã. Não havia cárcere, porque não se cometiam crimes. Não havia hospital, porque ninguém adoecia. Não havia manicômio, porque ninguém ficava louco. Não havia analfabetos; em nenhum lugar do mundo a vida humana e a propriedade privada eram tão invioláveis e seguras como ali. O cristianismo tinha limpado aquela sociedade. Ao vir Cristo, o antídoto da fé cristã limpa o veneno moral que infecta a sociedade e a deixa pura e sã.
João veio anunciando o batismo de arrependimento. O judeu conhecia muito bem os lavamentos rituais. Levítico 11:15 os descreve em detalhe. "O judeu", diz Tertuliano, "lava-se todos os dias, porque todos os dias contrai impureza." As bacias de bronze e a purificação simbólicas estavam entretecidas na trama mais íntima do ritual judeu. Um gentil era necessariamente impuro, porque nunca tinha obedecido as leis judias. portanto, quando um gentio se convertia em partidário, quer dizer, quando se convertia ao judaísmo, devia cumprir com três coisas.

Em primeiro lugar, devia circuncidar-se, porque esse era o sinal do povo da aliança; em segundo lugar devia oferecer um sacrifício por ele, porque, como pagão, necessitava expiação, e somente o sangue derramado podia expiar o pecado; em terceiro lugar, devia batizar-se, ação que simbolizava a purificação de toda a impureza de sua vida anterior. Era natural, portanto, que o batismo não fosse uma simples aspersão com água, e sim ser um verdadeiro banho, no que se lavava todo o corpo. O judeu conhecia o batismo; mas o mais surpreendente do batismo de João era que ele, um judeu, pedia aos judeus que se submetessem a esse ritual que somente era obrigatório para os gentios. João fazia a tremendo descoberta de que ser judeu no sentido racial não significava necessariamente pertencer ao povo escolhido de Deus; o judeu podia estar exatamente na mesma posição que o gentio; não era a vida judia, a não ser a vida purificada a que pertencia a Deus.

O batismo ia acompanhado pela confissão. Em todo ato de volta a Deus devia haver confissão ante três pessoas diferentes.

  1. Alguém deve confessar-se a si mesmo. Forma parte da natureza humana que fechemos os olhos ao que não queremos ver, e sobretudo, por essa mesma razão, fechamos os olhos a nossos pecados. Alguém conta o primeiro passo de um homem para a graça. Uma manhã, ao barbear-se, olhando-se ao espelho, repentinamente exclamou: "Rato imundo!" E desde esse dia começou a ser um homem diferente. Sem dúvida quando o filho pródigo abandonou seu lar se imaginou que era um personagem aventureiro e ousado. antes de dar o primeiro passo de volta ao lar, teve que olhar-se a si mesmo atentamente e dizer-se: “Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti” (Lucas 15:17-18). Não há ninguém no mundo que nos resulte tão difícil enfrentar como nós mesmos. E o primeiro passo para o arrependimento e para uma correta relação com Deus é admitir nosso pecado ante nossa própria consciência.
  2. Deve-se confessar a todos aqueles a quem se ofendeu. Não valeria de muito dizer a Deus que lamentamos nosso passado, a menos que também vamos com as mesmas palavras a todos aqueles a quem tenho causar pena, ofendido ou machucado. É necessário eliminar as barreiras humanas antes de que caiam as barreiras que nos separam de Deus. No reavivamento da Igreja do Este Africano a confissão de pecados foi uma das características mais típicas. Um marido e sua esposa eram membros do mesmo grupo. Um deles veio à reunião e no momento da confissão disse que tinham tido uma briga em casa. O ministro nativo disse imediatamente: "Não deveria ter vindo a confessar esta briga agora; primeiro deveria ter arrumado o problema e depois, sim, podia confessá— la." Pode, com muita freqüência, ocorrer que seja muito mais fácil confessar um pecado a Deus que confessá-lo aos homens. Mas não pode haver perdão sem humilhação.
  3. Deve confessar-se diante de Deus. O fim do orgulho é o princípio do perdão. Quando alguém diz: "pequei", é quando Deus tem a oportunidade de dizer: "Eu te perdôo." O homem que quer encontrar-se ante Deus em igualdade de condições não descobrirá o arrependimento, a não ser aquele que em humilde contrição e murmurando envergonhado diz: "Deus, tenha misericórdia por mim, pecador."

O ARAUTO DO REI

Marcos 1:5-8

É evidente que o ministério de João foi poderosamente efetivo, porque as multidões iam a escutá-lo e a submeter-se a seu batismo. por que João conseguiu produzir tal impacto em sua nação?

  1. João era um homem que vivia sua mensagem. Não somente suas palavras, e sim ser toda sua vida era um protesto. Três coisas nele marcavam a realidade de seu protesto contra o mundo de sua época.
  2. O lugar onde vivia. Vivia no deserto. Entre o centro da Judéia e o Mar Morto se estende um dos desertos mais terríveis do mundo. É um deserto de pedra calcária; ali parece que a casca terrestre tivesse sido retorcida e deformada. A reverberação do calor o envolve como em uma névoa luminosa; a pedra calcária se esquenta e ao pisá-la ressona como se fora oca e por debaixo de nossos pés se estendesse um imenso forno. Chega até muito perto do Mar Morto, onde começa a descender até seu nível em uma sucessão de pavorosos e inescapáveis precipícios. No Antigo Testamento várias vezes é chamado Jesimom, que significa a devastação. João não vivia na cidade. Era um homem do deserto, de suas solidões e desolações. Evidentemente era um homem que se deu uma oportunidade para escutar a voz de Deus.
  3. Os roupas que levava. Vestia uma túnica tecida com cabelo de camelo e um cinturão de couro lhe rodeava a cintura. Elias tinha usado a mesma roupa (2Rs 1:8). Olhá-lo era recordar, não aos oradores de moda da época, a não ser aos antigos profetas que viviam na maior simplicidade e evitavam os luxos efeminados e brandos que matam a alma.
  4. A comida com que se alimentava. Sua dieta consistia em lagostas e mel silvestre. Ambas as palavras se emprestam a duas interpretações diversas. As lagostas podem ser os insetos deste —nome, porque a Lei permitia que os comesse (Levítico 11:22-23); mas também podem ser um tipo de feijão ou grão-de-bico ou noz, o carob, que era o alimento dos mais pobres entre os pobres. O mel pode ser um mel silvestre que as abelhas selvagens faziam no interior de árvores cavadas; ou pode ser uma seiva doce que emanava da casca de certas árvores. Não importa muito qual seja o significado exato dessas palavras. Significam, de todos os modos, que a dieta do João era uma das mais simples. Este era João. Assim se mostrava às pessoas. A gente tinha que escutar a um homem assim. Diz-se de Carlyle que "pregava o evangelho do silêncio em vinte volumes". Há muitos que pregam uma mensagem que eles mesmos negam. mais de um dono de uma avultada conta bancária, pregou contra a acumulação de tesouros na Terra; e mais de um elogiou as bênçãos da pobreza vivendo em uma casa cheia de comodidades. Mas no caso de João, o homem mesmo era a mensagem, e por isso a multidão o escutava.
  5. Sua mensagem era efetivo porque lhe dizia às pessoas o que eles, no íntimo do coração, já sabiam; trazia-lhes algo que eles, no mais profundo de suas almas, estavam esperando.
  6. Os judeus tinham um dito segundo o qual "se todos os judeus observassem perfeitamente a Lei durante um só dia, viria o Reino de Deus". Quando João chamava os homens ao arrependimento, estava confrontando-os com uma escolha e uma decisão que no intimo de seus corações sabiam que deviam fazer. Muito tempo antes, Platão havia dito que a educação não consistia em dizer às pessoas coisas novas, e sim em extrair de suas memórias as coisas que já sabiam. Nenhuma mensagem é tão efetiva como a que consegue falar diretamente com a consciência do ouvinte, e esta mensagem se volta irresistível quando provém de um homem que a olhos vista tem todo o direito de falar.
  7. O povo de Israel sábia que durante trezentos anos a voz da profecia tinha estado calada. Estavam esperando uma palavra autêntica que viesse de Deus. E em João a escutaram. Em todas as esferas da vida é fácil reconhecer o perito. Um famoso violinista nos contou que quando Toscanini subia ao pódio de onde se dirige a orquestra, todos sentiam imediatamente que os envolvia a autoridade desse homem. Imediatamente reconhecemos ao médico que sabe curar. Percebemos quando um orador conhece seu tema. João tinha vindo de Deus, e escutá— lo falar era dar-se conta disso.
  8. Sua mensagem era efetiva porque João era totalmente humilde. Seu próprio veredicto sobre sua pessoa era que nem sequer era digno de cumprir o dever de um escravo. As sandálias daquela época eram simples reveste que se asseguravam mediante cordões que passavam por entre os dedos do pé. Então os caminhos não eram as modernas rotas pavimentadas. Durante as temporadas de seca eram colchões de pó; quando tinha chovido se convertiam em rios de barro.

Tirar as sandálias do caminhante era o trabalho que correspondia ao escravo. João não reclamava nada para si, mas sim pedia tudo para Cristo a quem proclamava. A evidente humildade deste homem, a maneira como soube colocar-se em um segundo plano, sua completa identificação com sua mensagem, impulsionavam às pessoas a escutá-lo.

  1. Outro modo de expressar o mesmo é dizendo que a mensagem de João era escutado porque assinalava para algo e alguém que não era ele mesmo. Dizia aos homens que seu batismo os lavava com água, mas o que viria os lavaria com o Espírito Santo; e embora a água podia lavar o corpo, o Espírito Santo podia limpar a vida e o coração. O Dr. G. J. Jeffrey, um famoso pregador, usa muito freqüentemente um exemplo favorito. Quando fazemos uma chamada telefônica de longa distância e demora, o operador nos dirá: "Estou tentando conectá-lo." Quando se conseguiu a conexão, entretanto, o operador desaparece, e nos deixa em contato direto com a pessoa com quem queríamos falar.

O propósito de João não era ocupar ele mesmo o centro do cenário, a não ser conectar aos homens com o que era mais forte e grande que ele; e os homens o escutavam, porque não se destacava a si mesmo, a não ser Aquele que todos necessitamos.

O DIA DA DECISÃO

Marcos 1:9-11

Para qualquer que o pense, o batismo de Jesus apresenta um problema. O batismo do João era um batismo de arrependimento. Estava dirigido a quem lamentava seus pecados e queriam expressar sua determinação de deixá-los atrás definitivamente. O que poderia tal batismo que ver com Jesus? Não era Ele imaculado, e não era o batismo de João desnecessário e inadequado para Ele? Para Jesus o batismo significou quatro coisas.

  1. Para Ele foi o momento da decisão. Durante trinta anos se ficou no Nazaré. Tinha completo com seu trabalho e tinha atendido às necessidades de seu lar com fidelidade. Durante muito tempo deve ter sido consciente de que tinha que lhe chegar o momento de sair. Deve ter esperado um sinal. O sinal foi a aparição de João. Viu que esse era o momento em que dobra lançar sua própria missão. Em toda vida há momentos de decisão, que podem aceitar-se ou rechaçar-se. Aceitá-los é triunfar na vida; rechaçá-los ou evitá-los é fracassar. A todo ser humano chega um momento decisivo que não volta a repetir-se.

A vida desperdiçada, a vida frustrada, a vida cheia de descontente, e muito freqüentemente a vida trágica é a vida carente de decisão.
Uma vida sem rumo fixo nunca pode ser uma vida feliz. Quando apareceu João, Jesus soube que lhe fala chegado o momento da decisão. Nazaré era pacifica, e seu lar era doce. Mas ele respondeu ao chamado e ao desafio de Deus.

  1. Foi para Ele o momento da identificação. É muito certo que Jesus não precisava arrepender-se de pecados que tinha cometido; mas aqui havia um movimento popular de retorno a Deus; e Jesus estava decidido a identificar-se com esse movimento que se orientava para Deus. A gente pode ter comodidades, riqueza e segurança, mas se virmos que surge um movimento que trará coisas melhores aos pobres e os aos que carecem de moradia decente e aos que demais da conta e aos mal pagos, não há rapasse que não nos identifiquemos com ele. A verdadeira e identificação é aquela do que se soma a um macaco para seu próprio proveito a não ser para o bem deles.

No sonho de João Bunyan, Cristão chega junto com o Intérprete a um palácio cuja entrada estava muito vigiada e atravessá-la era necessário liberar um combate. Na porta um homem com um tinteiro, que anotava os nomes dos que estavam dispostos a entrar no combate. Todos retrocediam, até que Cristão viu um homem "de aspecto muito robusto chegar-se ao homem sentado ali para escrever, lhe dizendo: "você anote meu nome, senhor." Quando há desejos de lutar em favor dos homens, o cristão é o que dirá: "Anote meu nome, senhor", porque isso mesmo é o que Jesus fez quando foi para ser batizado.

  1. Foi para Ele o momento da aprovação. Ninguém abandona seu lar e se lança a percorrer caminhos ignotos. Deve estar muito seguro de que tem razão. Jesus tinha decidido qual séria seu curso de ação, e agora procurava o selo de aprovação divino. Na época de Jesus os judeus falavam do que chamavam a Bath Qol, que significa "a filha de uma voz". Naquela época tinham chegado a acreditar em toda uma série de céus, no mais alto dos quais morava Deus, em luz inacessível. Havia momentos excepcionais em que os céus se abriam e Deus falava; mas para eles Deus era um ser tão remoto que o único que se escutava era o eco de sua voz. A voz de Deus chegou a Jesus de maneira direta. Tal como assinala Marcos, esta foi uma experiência pessoal de Jesus, e não uma proclamação pública que tivesse podido servir como prova à multidão. A voz do céu não disse: "Este é meu filho amado", tal como o recorda Mateus (Mt 3:17), e sim: "Tu és meu filho amado", dirigindo-se diretamente a Jesus. No batismo Jesus submeteu a Deus sua decisão e essa decisão foi inequivocamente passada.
  2. Foi para Jesus o momento de sua capacitação. Nesse momento descendeu sobre O Espírito Santo. Aqui temos um certo simbolismo. O Espírito descendeu como tivesse descendido uma pomba. O símbolo não foi escolhido por acaso. A pomba é símbolo da mansidão e a suavidade.

Tanto Mateus como Lucas nos falam da pregação de João (Mat. 3:7-12; Luc. 3:7-13). A mensagem do João era a mensagem da tocha que está posta à raiz da árvore, lista para iniciar seu corte, era a mensagem da separação entre o grão e a palha, a mensagem do fogo consumidor. Era uma mensagem de condenação e não uma boa nova. Mas desde o começo mesmo do ministério de Jesus a imagem da pomba é uma imagem de mansidão e suavidade. Conquistará, mas sua conquista será a conquista do amor.

O TEMPO DA PROVA

Marcos 1:12-13

Tão logo passou a glória da hora do batismo, sobreveio a batalha das tentações. Há algo que se sobressai, aqui, com tanta nitidez que não poderíamos deixar de vê-lo. Foi o Espírito que impeliu a Jesus ao deserto para sua hora de prova. Esse mesmo Espírito que desceu sobre Ele em seu batismo agora o impele para que suporte sua prova. Nesta vida nos resulta impossível escapar ao ataque da tentação; mas há algo que é certo: as tentações não nos são enviadas para nos fazer cair; são-nos enviadas para fortalecer o nervo e a medula de nossas mentes e corações e almas. Não têm como propósito provocar nossa ruína, e sim contribuir para o nosso bem. Têm como objetivo ser provas das quais sairemos melhores guerreiros e atletas de Deus.

Suponhamos que um jovem é jogador de futebol; suponhamos que está desempenhando-se bastante bem na segunda divisão de uma equipe e constitui uma verdadeira "promessa". O que fará seu diretor técnico? Certamente não o fará jogar na terceira divisão, onde poderia caminhar durante toda a partida, sem nenhum esforço, e fazer um bom papel; procurará a forma de fazê-lo jogar na primeira divisão, onde sem dúvida tem que ser provado como nunca antes; dar-lhe-á a oportunidade de provar-se a si mesmo e a outros, em uma situação difícil, seu autêntico valor. Esta é a função da tentação. É a prova a que nos submete para provar nossa dignidade e sair dela fortalecidos para a luta.

Quarenta dias é uma frase que não deve interpretar-se literalmente. É a expressão que os hebreus utilizavam freqüentemente quando queriam referir-se a um termo longo de tempo. Assim se diz que Moisés esteve quarenta dias na montanha com Deus (Ex 24:18); Elas viveu durante quarenta dias sustentado pela comida que lhe deu um anjo (1Rs 19:8). Então, não se trata literalmente de quarenta dias, mas sim de um lapso bastante longo.

Foi Satanás quem tentou e provou a Jesus. O desenvolvimento da concepção de Satanás é muito interessante. A palavra Satanás, em hebraico, significa simplesmente "adversário" e no Antigo Testamento é usada em repetidas oportunidades com respeito aos adversários humanos comuns. O anjo do Senhor é o Satã que se interpõe no caminho do Balaão (Nu 22:22). Os filisteus temem que Davi demonstre ser seu satanás (1Sm 29:4); Davi considera que Abisai era seu satanás (2Sm 19:22); Salomão proclama que Deus lhe deu tal paz e prosperidade que não fica satanás algum que lhe oponha (1Rs 5:4). O termo começou significando "adversário" no sentido mais general desta palavra. Mas não demoraria para descender um degrau em seu caminho para o abismo; isto acontece quando passa a significar "que apresenta a acusação (o fiscal) em um processo contra alguém". É neste sentido que aparece no primeiro capitulo do livro de Jó. Note-se que neste capítulo o satanás é nada menos que um dos filhos de Deus (1:6); mas a tarefa específica de Satanás era vigiar aos homens (1:7) e procurar do que acusá-los na presença de Deus. Satanás era o acusador dos homens no tribunal divino. A palavra se usa com este sentido no 2:2 e Zc 3:2.

A responsabilidade de Satanás era dizer tudo o que pudesse dizer-se contra cada homem. O outro título de Satanás é "o Diabo". A palavra "diabo" provém do grego diábolos que significa caluniador. Há um passo bem curto entre a idéia de alguém que se ocupa em espiar aos homens para acusá-los ante Deus e a idéia daquele que com deliberação e malícia calunia ao homem na presença de Deus. Mas no Antigo Testamento, Satanás ainda é um emissário de Deus e não o perverso inimigo supremo da divindade. É o adversário do homem.

Mas agora, a palavra desce o último degrau em sua carreira abismal. Em seu cativeiro, os judeus aprenderam algo do pensamento persa. A filosofia persa se apóia na idéia de que no universo há dois poderes, um poder da luz e um poder das trevas, Ormuz e Arimã, um poder do bem e um poder do mal. O universo inteiro é o campo de batalha entre estes dois e o homem deve escolher a quem, terá que servir nesse conflito cósmico. De fato, é assim coma nos apresenta e sentimos a vida. Dizendo-o em poucas palavras, neste mundo estão Deus e o adversário de mas. Era quase inevitável que Satanás chegasse a ser considerado o Adversário por excelência. Isto é o que significa seu nome; isto é o que sempre foi para o homem; Satanás se converte na essência de tudo o que está contra Deus.

Quando chegamos ao Novo Testamento encontramos que o Diabo ou Satanás é o que está por trás da enfermidade e o sofrimento humano (Lc 13:16); é Satanás o que seduz a Judas (Lc 22:3); contra o diabo é que devemos lutar (I Pedro 5:8-9; Jc 4:7); a obra de Cristo quebranta o poder do diabo (Lucas 10:1-19); o diabo está destinado à destruição final (Mt 25:41). Satanás é o poder que se opõe a Deus.

Agora, aqui temos exatamente toda a essência da história da tentação. Jesus tinha que decidir como teria que conduzir sua missão. Tinha consciência da tremenda tarefa que o esperava e também dos extraordinários poderes que estavam ao seu dispor. Deus lhe estava dizendo: "Leva meu amor aos homens, ama-os até ao ponto de morrer por eles; conquista-os mediante este amor invencível embora para fazê— lo tenha que terminar em uma cruz." Por sua parte, Satanás lhe dizia: "Usa teu poder para amaldiçoar aos homens; elimina a teus inimigos; ganha no mundo para Deus mediante o poder, a força e o derramamento de sangue." Deus lhe dizia: "Estabelece um reino de amor"; Satanás lhe sugere: "Estabelece uma ditadura da força." Naquele dia Jesus precisou escolher entre o caminho de Deus e o caminho do adversário de Deus.
A breve historia das tentações no Marcos conclui com dois vívidos toques.

  1. Estava com as feras. No deserto habitavam o leopardo, o urso, o javali e o chacal. Este detalhe pelo general se interpreta como um sublinhado do caráter terrível da cena. Mas possivelmente não seja assim. Possivelmente não haja terror neste detalhe, porque pode ser que as feras tenham sido amigas de Jesus. Entre os sonhos que se associavam à dourada era messiânica quando viesse o Messias, estava a esperança de que deixaria de existir a inimizade entre o homem e as feras. “Naquele dia, farei a favor dela aliança com as bestas-feras do campo, e com as aves do céu, e com os répteis da terra; e tirarei desta o arco, e a espada, e a guerra e farei o meu povo repousar em segurança” (Os 2:18). “O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará... A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar” (Isa. 11:6-9). Muito tempo depois, São Francisco pregaria sobre as bestas selvagens; e possivelmente tenhamos nesta passagem a primeira antecipação desse momento bendito quando o homem e o reino animal viverão juntos em paz. É possível que tenhamos aqui um quadro no qual, antes que os homens, os animais reconheceram a seu amigo e rei.

(2) Os anjos O serviam. Na hora da prova sempre se fazem presentes os reforços divinos. Quando Elias e seu servo estavam encerrados em Dotam, rodeados por seus inimigos e sem esperança alguma de salvação, Eliseu pôde abrir os olhos de seu servo para que visse como, dos quatro cantos, chegavam até eles carros de fogo e cavalos que iam em sua ajuda, enviados por Deus (2Rs 6:17). Jesus não foi abandonado nesta batalha, nem o somos nós.

A MENSAGEM DAS BOAS NOVAS

Marcos 1:14-15

Neste resumo da mensagem de Jesus aparecem três grandes palavras da fé cristã, de importância dominante.

  1. Fala-se, em primeiro lugar, de boas novas. Jesus veio aos homens trazendo o que eram preeminentemente boas notícias. Se seguirmos a palavra euanguelion, evangelho, boas novas, com o passar do Novo Testamento poderemos compreender uma boa parte de seu significado.
  2. Trata-se de boas novas com respeito à verdade (Gl 2:5; Cl 1:5). Até a vinda de Jesus os homens só podiam adivinhar ou procurar provas a verdade com respeito a Deus. "Quem me desse o saber onde achar a Deus!", exclama Jó (23:3). Marco Aurélio diz que o homem só pode ver obscuramente, e a palavra que usa para dizer "obscuramente" é a que em grego significa "ver debaixo d'água". Mas com a vinda de Jesus os homens podem ver com claridade como é Deus. Já não precisam adivinhar ou procurar provas.
  3. Trata-se de boas novas de esperança (Cl 1:23). O mundo antigo era um mundo pessimista. Sêneca falou de "nossa impotência frente a costure que nos são necessárias". Em sua luta em favor do bem os homens eram derrotados. A vinda de Jesus traz esperança a seus corações desesperançados.
  4. Trata-se de boas novas de paz (Ef 6:15). O castigo por ser homem é possuir uma personalidade dividida. No ser do homem estão mesclados, de maneira estranha, o anjo e a besta. conta-se que em certa oportunidade encontraram a Schopenhauer, o lúgubre filósofo, passeando. Perguntaram-lhe: "Quem é você?" Sua resposta foi: "Queria que você me pudesse dizer isso." Robert Burns, o poeta escocês, disse com respeito a si mesmo: "Minha vida é como as ruínas dê um templo. O que poder, que força em algumas de suas partes! Que proporção inalterável! Mas que ocos mais feios, que ruínas em outras!" O problema do homem foi sempre que é acossado tanto pelo pecado como pela bondade. A vinda de Jesus integra em uma única personalidade a esse ser humano dividido. Obtém a vitória sobre seu eu dividido ao ser conquistado pelo Jesus Cristo. trata-se de boas novas com respeito às promessas de Deus (Ef 3:6).

É certo que os homens sempre pensaram mais em um Deus de ameaças que em um Deus de promessas. Todas as religiões não cristãs concebem a um deus terrivelmente exigente. Só o cristianismo nos fala de um Deus que está mais disposto a dar do que nós somos capazes de pedir.

  1. Trata-se de boas novas com respeito à imortalidade (2Tm 1:10). Para o pagão, a vida era o caminho para a morte; mas Jesus veio com a boa notícia de que estamos em caminho para a vida e não para a morte.
  2. Trata-se de boas novas de salvação. (Ef 1:13). E esta salvação não é somente uma realidade negativa; também é uma realidade positiva. Não se trata simplesmente da liberação de castigos ou de poder fugir dos pecados que se foram cometido no passado; é o poder de viver vitoriosamente a vida e derrotar ao pecado. A mensagem de Jesus era certamente uma mensagem de boas novas.
  3. Está a palavra arrepender-se. Agora, o arrependimento não é tão fácil como às vezes pensamos. A palavra grega por arrependimento significa, literalmente, mudança de mente. Nós estamos expostos a confundir duas coisas: a aflição pelas conseqüências do pecado e a aflição pelo pecado mesmo. Há muitos que estão desesperadamente afligidos pela situação desastrosa em que os colocou o pecado; mas se tivessem a segurança de que fora possível, de algum jeito, evitar as conseqüências de seu pecado, voltariam a fazer exatamente quão mesmo antes. Mas o verdadeiro arrependimento significa não só que alguém está aflito pelas conseqüências de seu pecado, mas também chegou a odiar ao pecado em si. Em sua autobiografia, Montaigne escreveu: "Deveríamos levar os meninos a se habituarem a odiar o vício pelo que o vício é, de tal modo que não só o evitem na ação, mas também o abominem em seus corações — deste modo até o pensamento de sua possibilidade lhes resultaria repulsivo, seja qual for a forma que assuma."

O arrependimento significa que o homem que amava o pecado chega a odiá-lo precisamente porque é pecado, por seu pecaminosidade.

  1. Está, em terceiro lugar, a palavra crer. "Creiam", diz Jesus, "no evangelho." Crer no evangelho significa simplesmente tomar a Jesus pela palavra, crer que Deus é a classe de Deus que Jesus nos disse que era, crer que Deus ama de tal maneira ao mundo que fará qualquer sacrifício para nos atrair novamente a ele, crer que todo isso, que parece muito bom para ser verdade, é realmente verdadeiro.

JESUS ESCOLHE OS SUS AMIGOS

Marcos 1:16-20

Assim que Jesus tomou sua decisão e determinou qual teria que ser seu método, começou a formar um grupo de colaboradores. Todo dirigente deve começar por alguma parte. Precisa rodear-se de um grupo de pessoas amigas em quem possa descarregar seu coração e em cujas mentes possa escrever sua mensagem. Assim, aqui Marcos mostra a Jesus literalmente lançando os alicerces de seu Reino e chamando a seus primeiros seguidores.

Na Galiléia havia muitos pecadores. Josefo, que durante algum tempo foi governador da região, e que é o grande ou historiador judeu, diz-nos que durante sua estadia ali, trezentos e trinta barcos de pesca sulcavam as águas do lago. O povo comum da Palestina muito raramente comia carne; em geral não podiam consumi-la mais de uma vez por semana. O peixe era seu alimento principal (Lc 11:11; Mt 7:10; Marcos 6:30-44; Lc 24:42). O peixe em geral era comido salgado, porque não existiam os meios para transportá-lo fresco. O peixe fresco era um dos pratos muito especiais que se comia nas grandes cidades como Roma.

Os nomes das cidades que rodeavam o lago demonstram até que ponto era importante a indústria do peixe. Betsaida significa "a casa do pescador", Tariquea, outra das populações costeiras, significa "o lugar do pescado salgado, e era ali onde se preparava o peixe para seu envio a Jerusalém e até para a mesma Roma. A indústria do pescado salgado era muito importante na Galiléia.

Os pescadores usavam dois tipos de redes. Nos evangelhos são mencionadas ou implicadas ambas. Usavam a rede denominada sagené.

Esta era uma espécie de rede de pescaria ou rede varredora. Jogavam-na ao mar pela popa do navio, e estava dotada de contrapesos colocados de tal modo que, uma vez arrojada, ficava em posição vertical debaixo da água. O navio avançava e, então, atraíam-se as quatro pontas da rede que, deste modo, formava uma espere de bolsa que se arrastava e na qual eram apanhados os peixes. A outra rede, a que estavam usando Pedro e André, chamava-se anfiblestron. Era muito menor. Era habilmente lançada à água com a mão. Tinha a forma de uma sombrinha ou "meio mundo". Ao arrastá-la pela água encerrava os peixes.

Naturalmente é de grande interesse estudar aos homens que Jesus escolheu como seus primeiros seguidores.

  1. Devemos notar o que eram. Eram pessoas muito simples. Não provinham das escolas ou das universidades; não foram tirados dentre os eclesiásticos ou a aristocracia; não eram homens instruídos, nem possuíam riquezas. Eram pescadores. Quer dizer, eram pessoas do povo comum. Ninguém creu como Jesus no homem comum.

Certa vez George Bernard Shaw disse: "Nunca experimentei sentimento algum para com as classes operárias, exceto o desejo de aboli-las e substituí-las por pessoas razoáveis." Em uma novela intitulada O Patrício, seu autor, John Galsworthy faz a Milton, um dos personagens, dizer: "A chusma...como a desprezo! Odeio sua estupidez egoísta, odeio o som de sua voz, o aspecto de seu rosto. É tão repugnante, tão pequena!" Em um acesso de ira, Carlyle disse que na 1nglaterra havia vinte e sete milhões de habitantes — a maioria tolos!

Jesus nunca pensou assim. Lincoln disse: "Deus deve amar as pessoas comuns. Ele fez tanto!" Pareceria que Jesus tivesse dito: "Dêem— me doze homens comuns que se entreguem a Mim e com eles mudarei o mundo." Ninguém deve pensar tanto no que é, e sim no que Jesus pode fazer dele. Tampouco deve pensar-se no que alguém opina de outros, e sim no que Jesus vê neles.

  1. Devemos notar o que estavam fazendo quando Jesus os chamou. Estavam realizando seu trabalho habitual. Quando Ele os abordou, pescavam e remendavam suas redes. Assim tinha acontecido com mais de um profeta. “Eu não sou profeta, nem discípulo de profeta, mas boieiro e colhedor de sicômoros. Mas o SENHOR me tirou de após o gado e o SENHOR me disse: Vai e profetiza ao meu povo de Israel” (Amós 7:14-15). Um homem pode receber o chamado de Deus não somente na casa de Deus, não somente quando está orando, e sim em meio de seu trabalho cotidiano. O homem que vive em um mundo que está cheio de Deus não pode escapar de Deus.
  2. Devemos notar como os chamou. O chamado de Jesus foi "Sigam-me". Não deve pensar-se que esse era o primeiro dia que aqueles pescadores viam o Jesus. Sem dúvida tinham formado parte da multidão que ouvia seu pregação. Sem dúvida teriam ficado falando longamente com Ele depois de dispersa a multidão. Sem dúvida já tinham experimentado a magia de sua presença e o magnetismo de seu olhar. Mas Jesus não lhes disse: "Tenho um sistema teológico que eu gostaria que vocês investigassem; tenho algumas teorias que gostaria que conhecessem; desenvolvi um sistema de ética que queria discutir com vocês." Disse-lhes: "Sigam-me." Tudo começou com a reação pessoal dos pescadores diante de Jesus; tudo começou com esse puxão no coração com que nasce uma lealdade incomovível. Isso não quer dizer que não haja quem entre no cristianismo por via das idéias; significa que para a maioria de nós seguir a Cristo é como apaixonar-se. Alguém disse que "as pessoas se maravilham por diversas razões, no entanto pode-se amá-las sem razão nenhuma." A coisa se produz simplesmente porque eles são eles e nós somos nós. "E eu", disse Jesus, "quando for levantado da terra atrairei a todos a mim mesmo" (Jo 12:32). Na grande maioria dos casos quem segue ao Jesus foram atraídos para Ele não por seus conceitos, mas sim pelo que Ele é.
  3. Por último, devemos notar o que Jesus lhes ofereceu. Ofereceu— lhes uma tarefa. Não os convocou ao ócio e ao descanso, e sim ao serviço. Tem-se dito que o que todo homem precisa é de "algo no que possa investir sua vida". De maneira que Jesus convocou àqueles homens não a uma comodidade sem sobressaltos nem a uma letárgica inatividade, a não ser a uma tarefa na qual teriam que queimar-se e gastar-se, e, finalmente, morrer, pelo Jesus Cristo e por seus semelhantes. Chamou-os uma tarefa na qual só poderiam conseguir algo para si mesmos entregando-se integralmente a Ele e aos demais.

JESUS COMEÇA SUA CAMPANHA

Marcos 1:21-22

O relato de Marcos se desenvolve em uma série de passos lógicos e naturais. Jesus reconheceu no surgimento de João Batista o chamado de Deus à ação. Foi batizado e recebeu o selo da aprovação divina e foi equipado para sua missão. Foi posto a prova pelo diabo, e escolheu o método que usaria e o caminho que teria que tomar. Escolheu a seus homens para estar rodeado de um grupo de almas as gema em cujos corações pudesse escrever sua mensagem. E agora Jesus deve lançar deliberadamente sua campanha. Se alguém tiver uma mensagem para transmitir em nome de Deus o lugar natural aonde irá é a Igreja, onde se reúnem o povo de Deus. Isso, precisamente, é o que Jesus fez. Começou sua campanha na sinagoga.
Há certas diferenças básicas entre a sinagoga e a Igreja tal como hoje a conhecemos.
(a) A sinagoga era primordialmente uma instituição de ensino. O culto serviço ou que se celebrava na sinagoga consistia somente em três coisas: oração, leitura da palavra de Deus e sua exposição ou explicação. Não havia nem música, nem cantos, nem sacrifícios. pode-se dizer que o templo era o lugar da adoração e do sacrifício; a sinagoga, por outro lado, era o lugar do ensino e da instrução. A sinagoga era muito mais influente, porque havia um só templo: o templo de Jerusalém. Mas se tinha estabelecido que onde houvesse dez famílias judias devia organizar uma sinagoga e, portanto, em qualquer lugar houvesse uma colônia judia

havia uma sinagoga. Se alguém tinha uma nova mensagem que pregar, o lugar natural onde fazê-lo era a sinagoga.

(b) Por outro lado, a sinagoga oferecia, além disso, a oportunidade para comunicar tal mensagem. A sinagoga estava presidida por certos membros diretores. Havia o Presidente da Sinagoga. Ele era o responsável pela administração dos assuntos da sinagoga e o que devia encarregar-se dos acertos para seus serviços. Havia também os distribuidores de esmolas. Diariamente se recolhia uma oferenda em dinheiro e em espécie entre os que tinham suficiente para poder ofertar. Uma vez recolhida esta oferta, era distribuída entre os pobres. Aos mais pobres eram entregues mantimentos suficientes como para quatorze refeições por semana. E também havia o Chazzan. Ele era o responsável pelos rolos sagrados em que estavam copiadas as Escrituras, e se encarregava de tirá-los de seu cofre ao começar cada serviço e voltá-los a guardar uma vez que terminava o serviço. Também era responsável pela limpeza da sinagoga, de tocar a trombeta de prata que anunciava a todos a chegada do shabbat ou dia de repouso e de impartir educação primária aos meninos da comunidade. Mas o que a sinagoga não tinha era um pregador ou professor religioso permanente.

Quando os judeus se reuniam para o serviço na sinagoga, o Presidente da Sinagoga podia convidar a qualquer dos presentes, que em seu critério fora competente para tal tarefa, para que fora e explicasse as Escrituras. Não existia um ministério profissional da palavra. É por isso que Jesus pôde iniciar sua campanha nas sinagogas. A oposição ainda não se converteu em hostilidade aberta. Todos sabiam que era um homem que tinha uma mensagem; e por essa razão, precisamente, as sinagogas das comunidades judias lhe proporcionavam um púlpito do qual instruir e exortar aos homens.
Mas quando Jesus ensinava na sinagoga, todo o método e a atmosfera de seu ensino eram como uma nova revelação. Não ensinava como os escribas, que eram os expertos na Lei. Quais eram estes escribas? Para os judeus o mais sagrado no mundo era a Torá, a Lei. O núcleo da Lei eram os Dez Mandamentos, mas o termo "a Lei" significava, na prática, os cinco primeiros livros da Bíblia, ou o Pentateuco, como se costumou chamá-lo. Para os judeus a Lei era completamente divina. Cria-se que tinha sido entregue diretamente por Deus a Moisés. Era absolutamente santa e obrigatória. Diziam: "Quem opina que a Torá não provém de Deus, não terá parte no mundo vindouro." "Quem diz que Moisés escreveu sequer uma só das palavras da Torá por seu próprio conhecimento ou sabedoria é um blasfemo que nega a palavra de Deus."

Agora, se a Torá for até tal ponto divina, seguem-se duas conseqüências necessárias. Em primeiro lugar, deve fazer lhe objeto do estudo mais cuidadoso e meticuloso possível. Em segundo lugar, a Torá se expressa, em princípios gerais, em termos muito amplos; mas se sua instrução tem que ver com a totalidade da vida, deve fazer-se explícito o que nela está contido de maneira implícita. As grandes leis devem traduzir-se em regras e normas concretas. Assim argüiam. A fim de encarregar-se deste estudo e de efetuar este desenvolvimento surgiu entre os judeus um grupo de estudiosos. Estes estudiosos eram os escribas, os peritos na Lei. Os mais importantes entre os escribas recebiam o título de Rabino.

Os escribas deviam cumprir com três deveres.

  1. Dos grandes princípios morais da Torá deviam extrair um sistema de normas e regulamentações que cobrissem todas as situações que pudessem apresentar-se na vida. Reduziam os princípios a regras e regulamentos. Evidentemente esta tarefa era literalmente interminável. A religião judaica começou com os grandes princípios morais da Lei e acabou em uma infinidade de regras, normas e preceitos. Começou como religião, terminou como legalismo:
  2. A tarefa dos escribas era, além disso, transmitir e ensinar essa Lei e seus desenvolvimentos. As regras menores, deduzidas e extraídas das principais normas generais da Lei jamais foram postas por escrito; eram conhecidas como a Lei Oral. Mas embora nunca foram consignadas por escrito, eram consideradas mais obrigatórias ainda que a Lei escrita. Durante gerações e gerações de escribas foi ensinado e conservado na memória. O bom estudante — dizia um provérbio — devia ter uma memória "como uma cisterna bem revestida de argila, que não perca nem uma só gota d’água que se guarda nela". Os escribas eram homens que se enredavam eles mesmos e a outros em um labirinto de regras e preceitos. A religião chegou a ser nada mais que uma simples obediência de regras.
  3. Por último, era também dever dos escribas julgar em casos individuais; e pela natureza das coisas, virtualmente cada caso individual deve ter originado uma nova lei.

No que diferia tanto o ensino de Jesus do ensino dos escribas? Jesus ensinava com autoridade pessoal. Nenhum escriba se atrevia a pronunciar um veredito pessoal. Sempre começava dizendo: "Há um ensino que diz..." e se considerava obrigado a citar as autoridades nas quais se baseava. Se afirmava algo fundamentava-o citando a Fulano, Beltrano e Zutano, grandes professores da antiguidade. O último que tivesse podido esperar-se de um escriba era um julgamento independente.

Quão diferente era Jesus! Quando Jesus falava, o fazia como se não fosse necessário apoiar-se em autoridade alguma, como se a seu fosse mais que suficiente. Falava com uma independência total. Não citava professores nem mencionava expertos. Falava com a autoridade da voz de Deus. Para o público era como uma brisa celestial ouvir alguém que falava assim. A indisputável certeza com que Jesus falava era uma perfeita antítese do modo de ensinar dos escribas, com suas inumeráveis e cansativas referências e citações. Ressoava a nota da autoridade pessoal, e é esta autoridade que é capaz de captar a atenção de qualquer ser humano.

A PRIMEIRA VITÓRIA SOBRE OS PODERES DO MAL

Marcos 1:23-28

Se as palavras de Jesus tinham maravilhado aos que estavam na sinagoga, suas ações os deixavam atônitos e estupefatos. Na sinagoga havia um homem possesso por um espírito imundo. O homem produziu um alvoroço, e Jesus o curou. Em todo o evangelho encontraremos a estes homens que eram possuídos por espíritos imundos, demônios ou diabos.
O que há por trás disso? Os judeus, e por certo toda a antiguidade clássica, acreditavam firmemente na existência e atividade de demônios ou espíritos maléficos. Como diz Harnack, "todo mundo e sua atmosfera circundante estava cheio de demônios. Não somente a idolatria, e sim cada aspecto e forma da vida estavam governados por tal gênero de espíritos. sentavam-se em tronos e rondavam ao redor dos berços. A Terra era literalmente um inferno."
O doutor A. Rendle Short menciona um fato que nos assinala até que ponto o homem da antiguidade acreditava na existência real dos demônios. Em muitos cemitérios antigos se encontra uma grande quantidade de cadáveres cujas caveiras foram trepanadas. Quer dizer, são caveiras nas que se praticou um buraco. Em um cemitério, de cem crânios, seis tinham sido trepanados. Com os precários recursos cirúrgicos da época a operação não era nada fácil. Além disso, era evidente, pelo crescimento extra do osso, que a operação tinha sido praticada em vida. Por outro lado, o buraco era muito pequeno para ter tido alguma utilidade prática cirúrgica ou médica. Sabe-se, também, que o disco de osso que se tirava do crânio muito freqüentemente era levado como um amuleto, pendurando do pescoço. A razão de ser da trepanação era permitir que o demônio pudesse abandonar o corpo do paciente. Se os cirurgiões da antiguidade estavam dispostos a realizar tal operação, e se os pacientes estavam dispostos a suportá-la (não havia anestesia!), a crença na existência real dos demônios deve ter sido bastante forte.
De onde vinham os demônios? As respostas eram três.

  1. Alguns criam que eram tão velhos como a mesma criação.
  2. Outros criam que eram os espíritos de homens malvados que depois de morrer continuavam realizando suas maldades.
  3. A maioria relacionava a origem dos demônios com a antiga história de Gênesis 6:1-8 (veja-se II Pedro 2:4-5).

Os judeus tinham elaborado esta história da seguinte maneira. Havia dois anjos que abandonaram a Deus e vieram a esta Terra porque se sentiram atraídos pela beleza das mulheres mortais. Seus nomes eram Asael e Shemaksai. Um deles retornou a Deus, o outro ficou na Terra e satisfez sua luxúria. Os demônios que habitam a Terra são os filhos e os filhos dos filhos daquele Shemaksai. A palavra que designa coletivamente os demônios é mazzikin, que significa "que faz o mal". De maneira que os demônios eram seres malignos, intermediários entre Deus e o homem que andavam pelo mundo para fazer mal aos homens.

Os demônios, segundo a crença judia, podiam comer e beber e gerar filhos. Eram terrivelmente numerosos. Segundo alguns, fala-se se até sete milhões e meio de demônios. Cada homem tinha dez mil demônios a sua direita e dez mil a sua esquerda. Viviam em lugares imundos, como por exemplo nas tumbas, e nos locais onde não havia água para limpar— se. No deserto, onde habitavam muitos demônios, podia ouvir-se o seu uivar; daí ser comum a frase "um deserto uivante". Eram particularmente perigosos para o viajante solitário, para a mulher a ponto de dar a luz, para o noivo e a noiva durante a noite de bodas, para os meninos que ficavam fora de suas casas depois do pôr-do-sol, e para os que tinham que viajar de noite. Atuavam principalmente ao calor do meio-dia e entre o pôr e o nascer do Sol. Havia um demônio da cegueira, um demônio da lepra e um demônio das enfermidades do coração. Podiam transferir aos homens seus dons malignos. Por exemplo, o mal de olho, que trocava a boa sorte em má sorte, e no qual todos acreditavam, era um dom demoníaco a certos seres humanos. Agiam em colaboração com alguns animais, por exemplo a serpente, o touro, o asno e o mosquito. Os demônios macho eram chamados shedin e os fêmea, lilin, nome que provinha do Lilith. Os demônios fêmea tinham cabelo comprido e eram inimigos especialmente dos meninos, por isso os meninos tinham seus anjos guardiães (Mt 18:10).

Não importa se acreditarem ou não em tudo isto; o importante não é se for verdade ou não. O importante é que na época do Novo Testamento a gente acreditava. Ainda usamos a expressão "Pobre diabo!" Esta é uma relíquia dos tempos antigos. O homem que se acreditava possesso "era consciente de si mesmo e também de outra presencia nele que o arrastava e o dominava interiormente." Isto explica por que os possessos muito freqüentemente gritavam quando Jesus ia a seu encontro. Sabiam que alguns, pelo menos, criam que Jesus era o Messias; sabiam que o reino do Messias seria o fim de todos os demônios; e o homem que acreditavam estar possesso por um demônio falava como um demônio ao comparecer diante da presença de Jesus. Havia muitos exorcistas que pretendiam ser capazes de expulsar demônios. Tão real era esta crença que a Igreja cristã por volta do ano 340 possuía uma ordem de "exorcistas". Mas havia uma diferença. O exorcista judeu ou pagão comum usava complicados encantamentos e frases e ritos mágicos. Jesus tirava o demônio das pessoas endemoninhadas com uma só palavra, simples, clara, breve. Ninguém tinha visto antes nada semelhante. O poder não estava no encantamento, na fórmula mágica, no rito elaborado; o poder estava em Jesus, e quem o via agir ficava atônito.
O que diremos de tudo isto? Paul Tournier em uma de suas obras escreve o seguinte: "Indubitavelmente há muitos médicos que em sua luta contra a enfermidade experimentaram, como eu, o sentimento de que não enfrentavam algo passivo, e sim um inimigo vivo, inteligente e de muitos recursos." O doutor Rendle Short chega, de maneira provisória, à conclusão de que, em realidade, "os acontecimentos deste mundo e seus desastres morais, suas guerras e sua maldade, suas catástrofes físicas e a enfermidade, podem ser o resultado de uma guerra entre forças tais como as que vemos no livro do Jó, a malícia do diabo por um lado e as limitações impostas por Deus, de outro".

Este é um tema sobre o qual não se pode dogmatizar. Podemos assumir três posições diferentes. (1) Podemos relegar o tema da posse demoníaca totalmente ao terreno do pensamento primitivo. Podemos dizer que era uma maneira primitiva de explicar os fenômenos naturais, antes que se soubesse tudo o que hoje se sabe sobre o corpos e a mente dos homens. (2) Podemos aceitar como verdadeiro o fato da posse demoníaca, tanto nos tempos neotestamentários como em nosso tempo. (3) Se aceitarmos a primeira posição devemos explicar a atitude de Jesus e suas ações. Pode ser, por um lado, que ele não soubesse mais que seus contemporâneos sobre este tema, o que não é difícil porque Jesus não era um cientista e não veio para ensinar ciência. Ou, por outro lado, sabia perfeitamente bem que não podia curar a um homem doente a menos que aceitasse plenamente a realidade de sua enfermidade. Era real para o doente e devia tratar-lhe como real se queria obter uma cura. Chegamos à conclusão, pois, de que há algumas respostas que nós não conhecemos.

UM MILAGRE EM PARTICULAR

Marcos 1:29-31

Na sinagoga, Jesus tinha falado e agido da maneira mais extraordinária. O culto da sinagoga chegou a seu fim, e Jesus foi com seus amigos à casa do Pedro. Segundo o costume judaico a principal comida durante o shabbat era celebrada imediatamente depois da reunião na sinagoga, à hora sexta, ou seja, às doze do dia. O dia, para os judeus, começava às seis da manhã, e as horas se contavam a partir desta. É muito possível que Jesus tenha reclamado seu direito a descansar depois da excitante experiência da sinagoga, que deve tê-lo deixado exausto. Mas outra vez mais exigiu-lhe que fizesse uso de seu poder, e outra vez mais o vemos dando de si mesmo a seu próximo. Este milagre nos diz algo a respeito de três pessoas.

(1) Diz-nos algo a respeito de Jesus. Ele não necessitava público para fazer uso de seu poder. Estava preparado para curar tanto no pequeno círculo de uma modesta casa de pescadores como na sinagoga cheia de gente. Nunca estava muito cansado para ajudar. A necessidade de outros era mais importante que seu próprio desejo de descanso. Mas sobre tudo voltamos a ver aqui, como já tínhamos visto antes, a particularidade dos métodos que usava Jesus para curar. Fala muitas curadores na época de Jesus, mas estes trabalhavam valendo-se de complicados encantamentos, fórmulas mágicas e outros recursos do mesmo tipo. Na sinagoga Jesus tinha pronunciado com autoridade uma. só palavra e isso tinha bastado para produzir uma total sanidade. Ele mesmo volta a ocorrer aqui. A sogra do Pedro sofria do que o Talmud denomina "febre ardente". Um mal que estava, e ainda está bastante generalizado naquela parte da Palestina. O Talmud chega até estabelecer qual era o método para seu tratamento.

Devia-se atar uma faca de ferro, mediante uma mecha de cabelos, a um espinheiro. O primeiro dia se recitava nesse lugar Êxodo 3:2-3, o segundo dia Ex 3:4 e o terceiro dia Ex 3:5. Logo se pronunciava certa fórmula mágica e desse modo se supunha que se conseguia uma cura total. Jesus não tomou em conta o aparato da magia popular e com um gesto e uma palavra de incomparável autoridade e poder curou à doente. A palavra que significa "autoridade" na passagem anterior em grego é exousía; e exousía significa um conhecimento excepcional junto com um poder excepcional. Isso era, precisamente, o que Jesus possuía e o que esteve disposto a usar nesse humilde lar. Paul Tournier, um médico cristão, escreve: "Meus pacientes muito freqüentemente me dizem: 'Admiro a paciência com que você escuta tudo o que lhe digo.' Não se trata de paciência, mas sim de autêntico interesse." Para Jesus um milagre não era uma maneira de aumentar seu prestígio; ajudar aos doentes não era para ele uma tarefa desagradável e trabalhosa; ajudava instintivamente, porque estava interessado de maneira suprema em todos os que necessitavam sua ajuda.

  1. Diz-nos algo a respeito dos discípulos. Eles não tinham conhecido a Jesus durante muito tempo, mas até nesse breve lapso já se acostumaram a pôr diante do Mestre todos os seus problemas. A sogra do Pedro estava doente; o lar singelo estava transtornado; para os discípulos já tinha chegado a ser a coisa mais natural do mundo levar ao Jesus o problema.

Paul Tournier nos diz como chegou a descobrir uma das coisas mais importantes de sua vida. Acostumava a visitar um ancião pastor que nunca o deixava ir-se orar com ele. Surpreendia-o a extrema simplicidade de suas orações. Parecia que não se tratasse mas sim da continuação de uma conversação familiar entre o piedoso ancião e Jesus.

"Quando voltava para casa", continua Tournier, "comentava com minha esposa e juntos pedíamos a Deus que nos desse essa mesma familiaridade com o Jesus que possuía o ancião. Após o Jesus foi o centro de minha devoção e meu companheiro de viagem permanente. Ao interessa o que eu faço (conforme Ec 9:7) e se preocupa pessoalmente por mim. É um amigo com quem posso conversar sobre tudo o que me acontece. Compartilha comigo meu gozo e minha dor, minhas esperanças e meus temores. Está comigo quando um paciente me abre seu coração e ele o escuta comigo, e muito melhor do que eu posso fazê— lo. E quando o paciente se foi posso falar com o Jesus sobre isso." Nisto radica a essência mesma da vida cristã. Como diz o hino: "Leva-o a Deus em oração..." De maneira que muito em breve em seu discipulado os primeiros cristãos se acostumaram ao que seria depois o hábito de toda sua vida: levar ao Jesus todos seus problemas e lhe pedir ajuda.

  1. Diz-nos algo, também, com respeito à sogra do Pedro. Assim que esteve lã ficou a servir aos convidados. Usou sua saúde recuperada para servir a outros. Há uma grande família tradicional escocesa cujo lema é "Salvos para servir". Jesus nos ajuda para que nós possamos ajudar a outros.

COMEÇAM AS MULTIDÕES

Marcos 1:32-34

As coisas que Jesus fazia em Cafarnaum não podiam ocultar-se. O surgimento de um poder e uma autoridade tão grandes não podiam ter-se mantido em segredo. Portanto, ao cair da tarde, a casa de Pedro tinha sido virtualmente sitiada por uma multidão que procurava o toque curador de Jesus. Aguardaram até a queda do Sol porque a Lei proibia que se atravessasse uma cidade em dia sábado levando cargas (veja-se Jr 17:24). Levar uma carga teria sido realizar um trabalho e estava proibido trabalhar no sábado. Naquela época, é obvio, ninguém tinha relógio; o sábado ia das 6 da manhã até as 6 da tarde e a Lei dizia que o sábado tinha terminado e era outro dia a partir do momento em que podiam ver-se três estrelas no céu. De maneira que a multidão do Cafarnaum esperou até o Sol se pôs e puderam ver-se as três estrelas, e então saíram, levando seus doentes a Jesus; e Ele os sanou.

Três vezes vimos Jesus em ação na cura dos doentes. Primeiro, curou na sinagoga; em segundo lugar, curou a sogra de um de seus amigos, estando na casa desta; e agora, em terceiro lugar, curou na rua.
Jesus reconhecia a necessidade de cada pessoa, em qualquer lugar. Dizia-se do famoso doutor Johnson que bastava estar em desgraça para poder contar com sua ajuda e amizade.
Jesus estava disposto a usar seu poder em qualquer lugar e situação, sempre que alguém necessitasse dele. Não escolhia nem o lugar nem a pessoa; compreendia a reclamação universal da necessidade humana. As pessoas se congregavam em torno de Jesus porque reconheciam nele a um homem capaz de fazer coisas. Havia muitos que podiam dar conferências ou ensinar ou pregar. Mas aqui estavam diante de alguém que não somente falava, mas também fazia. Um provérbio inglês diz que "se alguém pode construir uma armadilha para ratos melhor que a de seus vizinhos a gente vai até ele, embora viva em meio de um bosque".
A pessoa que as pessoas apreciam é a que faz melhor as coisas. Jesus podia e pode ainda hoje produzir resultados. Mas aqui também encontramos sinais do princípio da tragédia. Acudiam multidões, mas acudiam porque queriam algo. Não acudiam porque amassem a Jesus, nem porque tivessem percebido o resplendor de uma nova realidade; em última análise o que queriam era servir-se dEle. Isso é o que quase todos querem fazer com Deus e com o Filho de Deus. Por uma oração elevada a Deus em momentos de prosperidade, oferecem-lhe dez mil em tempo de adversidade. Muitos que jamais pensaram em orar quando o Sol brilhava sobre suas vidas, começam a fazê-lo quando sopra o tufão.

Alguém há dito que para muitos a religião forma parte do "serviço de ambulâncias" e não da "primeira linha de combate". A religião, segundo eles, é para os momentos de crise. Somente quando têm feito de suas vidas um enredo, ou quando recebem um golpe muito forte, lembram-se de Deus. É uma verdade permanente que todos devemos acudir ao Jesus porque somente O pode nos dar as coisas que nos fazem falta para viver como se deve. Mas se essa aproximação e os dons que recebemos do não produzem em nós gratidão e amor, há algo tragicamente equivocado. Deus não é alguém a quem podemos usar nos dias de infortúnio; é alguém a quem devemos ter presente cada um dos dias de nossa vida.

A HORA DE PAZ E O DESAFIO DA AÇÃO Marcos 1:35-39

Basta ler o relato das coisas que aconteceram em Cafarnaum para ver que Jesus nunca podia ficar sozinho. Ele sabia, entretanto, que não podia viver sem Deus; que ia estar todo o tempo dando; de vez em quando, pelo menos, tinha que receber; que se ia gastar sua vida no serviço de outros; devia uma e outra vez chamar em sua ajuda todos os reforços espirituais de que pudesse dispor. Isto equivale a dizer que Jesus sabia que não podia viver sem a oração.
Em um pequeno livro titulado A prática da oração, o doutor A. D. Belden tem algumas magníficas definições da oração: "A oração pode definir-se como a apelação da alma a Deus." Não orar é ser culpado da incrível insensatez de ignorar "a possibilidade de somar a Deus a nossos recursos". "Na oração damos uma oportunidade à perfeita mente de Deus para que alimente nossos próprios poderes espirituais." Jesus sabia tudo isto. Sabia que se fosse sair ao encontro dos homens precisava antes encontrar-se com Deus. E se a oração era necessária para Jesus, quanto mais não o será para nós? Mas até em sua hora de paz e comunhão com Deus vieram a buscá-lo. Não havia maneira de que Jesus pudesse lhes fechar a porta.

Em certa oportunidade Rose Macaulay, a novelista inglesa, disse que tudo o que pedia na vida era ter "uma habitação para ela sozinha". Isto era precisamente o que ao Jesus faltava. Um grande médico há dito que o dever da medicina é "às vezes curar, freqüentemente aliviar o sofrimento e sempre oferecer consolo". Jesus sempre reconheceu como seu este dever. há-se dito que a obrigação de um médico é ajudar às pessoas "a viver e a morrer" e os homens sempre estão vivendo e morrendo. Forma parte da natureza humana normal levantar barreiras e procurar tempo e lugar onde se possa estar a sós; isto é o que Jesus nunca fez. face à consciência que tinha de sua própria fadiga, de estar exausto, mais forte era sua noção do insistente e lhe desgastem clamor da necessidade humana. Por isso, quando chegaram até O, levantou-se e deixando atrás a paz da oração se dispôs a enfrentar o desafio de sua tarefa. A oração nunca fará nosso trabalho por nós. O que se pode fazer é nos fortalecer para as tarefas que devemos realizar.
Assim, pois, Jesus partiu em uma excursão de pregação pelas sinagogas de toda Galiléia. Em Marcos esta excursão está resumida em um versículo, mas deve ter durado semanas e até meses. Em sua excursão Jesus por volta de duas coisas: pregava e curava. Havia três pares de coisas que Jesus nunca separou.

  1. Jesus nunca separou as palavras da ação. Nunca pensou que se cumpriu uma missão pelo simples enunciado de suas exigências. Jamais lhe ocorreu pensar que tinha completo com a tarefa que lhe tinha atribuído com apenas exortar aos homens a aproximar-se de Deus e praticar o bem. A exortação sempre era levada a ação. Fosdick, o famoso pregador americano nos conta de um estudante que comprou os melhores livros e a melhor equipe disponíveis, e conseguiu uma cadeira cômoda para sentar-se a estudar, com um suporte de livro especial para apoiar o livro. Feitos todos estes preparativos, sentou-se e ficou dormido. O homem que emprega todas suas energias em falar, mas nunca chega a fazer o que diz, é muito semelhante a este estudante.
  2. Jesus nunca separou o corpo da alma. Tem havido tipos de cristianismo que falaram como se o corpo não tivesse importância alguma. Mas o ser humano é tanto corpo como alma. E a tarefa do cristianismo é redimir a totalidade do ser humano e não uma parte. É felizmente certo que um homem pode passar fome e miséria, viver em uma pocilga e estar doente e, entretanto, passar momentos muito doces na companhia de Deus; mas isso não justifica que o deixemos na miséria e o sofrimento. As missões às raças primitivas não se limitam a levar a Bíblia; levam também a educação e a medicina; levam a escola e o hospital. É um engano falar do "evangelho social" como se se tratasse de um extra, de um agregado, uma opção, ou até uma parte separada da mensagem cristã. A mensagem cristã prega e trabalha em favor do corpo e da alma de todos os seres humanos.
  3. Jesus nunca separou a Terra do céu. Há aqueles que estão tão preocupados com o céu que se esquecem da Terra e se convertem, então, em visionários e idealistas pouco práticos. E há aqueles que estão tão preocupados com a Terra que se esquecem do céu e limitam o bem aos bens materiais. Jesus sonhava com um momento em que a vontade de Deus se cumprisse na Terra como no céu (Mt 6:10). Sonhava com uma época em que o céu e a Terra seriam uma mesma coisa.

O LEPROSO É CURADO

Marcos 1:40-45

No Novo Testamento não há enfermidade que seja enfrentada com maior terror e lástima que a lepra. Quando Jesus enviou aos Doze encomendou: "Sanem doentes, limpem leprosos..." (Mt 10:8). A sorte do leproso era verdadeiramente dura. E. W. G. Masterman, em seu artigo sobre a lepra no Dictionary of Christ and the Gospels (Dicionário sobre Cristo e os Evangelhos), de onde extraímos muita da informação que segue, diz: "Nenhuma outra enfermidade reduz ao ser humano durante tantos anos a uma ruína tão repugnante." Examinemos, primeiro, os fatos.

Há três classes de lepra.

  1. A lepra nodular ou tubercular. Esta começa com uma letargia e com dores nas juntas que não podem atribuir-se a causa alguma conhecida. Depois aparecem no corpo, especialmente nas costas, manchas sem cor, dispostas de maneira simétrica. Sobre estas manchas se firmam pequenos nódulos que primeiro são rosados e logo se tornam escuros. A pele engrossa. Os nódulos, nesta etapa, começam a amontoar— se, especialmente nas dobras das bochechas, o nariz, os lábios e a frente. O aspecto humano do paciente vai desaparecendo pouco a pouco, até que — como diziam os antigos — parece mais um leão ou um sátiro que uma pessoa. Os nódulos aumentam, ulceram-se e segregam uma substância de mau aroma. A voz se volta rouca e a respiração se faz dificultosa, pela ulceração das cordas vocais. Desaparecem as pálpebras, os olhos adquirem um aspecto peculiar ao desaparecer a piscada: Sempre se ulceram as mãos e os pés. Pouco a pouco o doente se converte em um massa de carne ulcerada. O curso médio da enfermidade é de nove anos e conclui com a perda da razão, o coma e, finalmente, a morte. O doente se converte em um ser repulsivo, tanto para outros como para si mesmo.
  2. A lepra anestésica. Os passos iniciais são os mesmos; mas nesta classe de lepra ficam afetadas as extremidades nervosas. A área infectada perde totalmente a sensibilidade. Isto pode acontecer sem que o doente se dê conta. Pode ser que não o note até que não sofre uma queimadura ou escaldadura e pela primeira vez experimenta a ausência de dor ali onde seria normal que o houvesse. À medida que a enfermidade segue seu curso, o dano sofrido pelos nervos produz manchas na pele que terminam ulcerando-se sob a forma de ampolas abertas. Os músculos se desgastam e os tendões se, contraem, até que as mãos semelham garras. Os unhas sempre se desfiguram. Segue a ulceração crônica das mãos e os pés. produz-se a perda progressiva dos dedos de mãos e pés, até que por último é possível que se perca toda uma mão ou um pé. Esta forma de enfermidade pode durar entre vinte e trinta anos. É uma espécie de terrível morte progressiva do corpo.

(3) O terceiro tipo de lepra, a mais comum, é uma combinação das duas anteriores. Deve destacar-se que a medicina moderna encontrou remédios efetivos para combater e até curar definitivamente a lepra. Hoje em dia um leproso pode seguir vivendo de maneira normal, e não chegará a desfigurar-se, se se atender, porque é possível manter sob perfeito controle o desenvolvimento da enfermidade. Mas nada disso se conhecia nos tempos de Jesus.

Sem dúvida na Palestina, nos tempos de Jesus, havia muitos leprosos. Levítico 13 descreve a lepra e é evidente que na época do Novo Testamento o termo "lepra" cobria outras enfermidades da pele além da lepra propriamente dita. Parece haver-se usado, por exemplo, para denominar a psoríase, uma enfermidade que cobre porções da pele com escamas brancas, de onde a expressão "um leproso branco como a neve". Também se chamava "lepra" ao herpes, uma enfermidade muito comum no Oriente. A palavra hebraica que se usa para denominar a lepra é tsaraath. Em Lv 13:47 se fala da tsaraath da roupa e em Lv 14:33 da das casas. Refere-se, é obvio, a algum tipo de mofo ou cogumelo que cobre a roupa ou as paredes, ou a algum tipo de verme que corrói a madeira ou de líquen que destrói as pedras. A palavra hebraica tsaraath, lepra, parece ter abrangido no pensamento judeu qualquer enfermidade cutânea progressiva.

É natural que com conhecimentos médicos muito primitivos não se pudesse distinguir entre as diferentes enfermidades da pele, e que se incluíra sob um mesmo nome as mortais e incuráveis junto com as menos graves e relativamente inofensivas. Qualquer enfermidade da pele fazia que o doente fosse considerado impuro. O radiava do contato com outros seres humanos; devia viver sozinho em campo aberto; devia andar com a roupa feita farrapos, levar a cabeça descoberta, cobrir-se com um trapo o lábio superior e gritar quando alguém lhe aproximava: "Imundo! "Imundo! para comunicar sua presença.

O mesmo ocorria durante a Idade Média, quando simplesmente se aplicava a lei do Moisés. O sacerdote, vestido com seus hábitos cerimoniosos e com um crucifixo na mão, conduzia ao leproso à igreja e lia ante ele o serviço fúnebre. A partir desse momento o considerava como um morto, embora seguia vivendo. Devia vestir-se com um manto negro, que todos pudessem reconhecer, e habitar em um lazarento. Não podia entrar na igreja, mas lhe permitia espiar a missa através de um buraco praticado especialmente com esse objeto. O leproso não só devia sofrer a dor física de sua enfermidade; tinha que suportar a angústia mental e o sofrimento de ser separado da sociedade normal dos humanos e ser fugido, como se fora a mesma praga.

Se o leproso se curava e a verdadeira lepra naquela época era incurável, de modo que aqui estamos falando de outras enfermidades similares cobertas com o mesmo termo devia submeter-se a uma complicada cerimônia de restauração que se descreve no Levítico 14. Examinava-o um sacerdote. O doente curado devia levar duas aves, uma das quais se sacrificava em cima de uma correnteza. Além disso, tomava madeira de cedro, grão e hissopo, as que eram empapadas com o sangue do ave sacrificada, junto com o ave viva. Logo esta última era solta para que se fora voando. O doente curado se lavava, raspava-se e lavava sua roupa. Sete dias depois voltava a ser revisado. Então tinha que rapá-la cabeça e as sobrancelhas. Realizavam-se certos sacrifícios (dois cordeiros sem defeitos e uma cordeira; três décimos de uma medida f] de farinha fina mesclada com azeite e uma porção [log] de azeite). Aos pobres se exigia menos. O doente curado era tocado com o azeite e o sangue dos sacrifícios no lóbulo da orelha direita, no polegar direito e no polegar do pé direito. Por último, era novamente revisado, e se verdadeiramente a enfermidade tinha desaparecido permitia que se reintegrasse à sociedade, com um certificado estendido pelo sacerdote.

Sobre este pano de fundo, contemplamos uma das imagens mais reveladoras de Jesus:

  1. Não expulsou de sua presença a um homem que tinha violado a Lei. O leproso não tinha direito de dirigir-lhe a palavra. Jesus sai ao encontro da desesperadora necessidade humana com um espírito de pormenorizada compaixão.
  2. Jesus estendeu sua mão e o tocou. Jesus toca um homem impuro. Para ele não era um homem impuro, era só um ser humano que necessitava desesperadamente sua ajuda.
  3. Depois de curá-lo, Jesus o envia a cumprir com o ritual que prescrevia a Lei. Cumpriu a Lei e a justiça humanas. Não desafiava as convenções, mas sim, quando era necessário, submetia-se a elas.

Notas de Estudos jw.org

Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Marcos Capítulo 1 versículo 17
pescadores de homens: Veja a nota de estudo em Mt 4:​19.


Dicionário

Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Farar

verbo transitivo direto [Gíria] Farejar; procurar, buscar, encontrar ou apanhar alguma coisa; tentar encontrar alguém através do faro.
Etimologia (origem da palavra farar). Faro + ar.

Homens

masc. pl. de homem

ho·mem
(latim homo, -inis)
nome masculino

1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


abominável homem das neves
Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

de homem para homem
Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

homem de armas
Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

homem de Deus
Figurado O que é bondoso, piedoso.

[Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

homem de Estado
[Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

homem de lei(s)
Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

homem de letras
Literato, escritor.

homem de mão
Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

homem de Neandertal
[Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

homem de negócios
Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

homem de palha
[Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

homem de partido
[Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

homem de pé
Peão.

homem público
Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

Plural: homens.

masc. pl. de homem

ho·mem
(latim homo, -inis)
nome masculino

1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


abominável homem das neves
Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

de homem para homem
Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

homem de armas
Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

homem de Deus
Figurado O que é bondoso, piedoso.

[Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

homem de Estado
[Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

homem de lei(s)
Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

homem de letras
Literato, escritor.

homem de mão
Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

homem de Neandertal
[Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

homem de negócios
Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

homem de palha
[Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

homem de partido
[Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

homem de pé
Peão.

homem público
Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

Plural: homens.

Jesus

interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
Ver também: Jesus.
Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.

Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)

Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

[...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

[...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

[...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

[...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

[...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

[...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

[...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

[...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

J [...] é o guia divino: busque-o!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

[...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

[...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

[...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

[...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

[...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

[...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

[...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

[...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

[...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

[...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

[...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

[...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

[...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

Jesus é a história viva do homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

[...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

[...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

[...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

[...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

[...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

[Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

[...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

Jesus é também o amor que espera sempre [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

[...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

[...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

[...] é a única porta de verdadeira libertação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

[...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o salário da elevação maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

[...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

[...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

[...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

[...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

[...] é a verdade sublime e reveladora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

[...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

[...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92


Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.


Pescadores

masc. pl. de pescador

pes·ca·dor |ô| |ô|
(pescar + -dor)
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

1. Que ou aquele que pesca ou que vive da pesca ou que se emprega na pesca (ex.: comunidade pescadora; bairro de pescadores; clube de pescadores lúdicos).

adjectivo
adjetivo

2. Que serve para pescar. = PESQUEIRO, PISCATÓRIO

3. Relativo à pesca. = HALIÊUTICO, PESQUEIRO, PISCATÓRIO

nome masculino

4. Certo peixe que persegue os outros.

5. Ornitologia Grande ave de rapina (Pandion haliaetus), geralmente de cor branca nas partes inferiores e preta ou acastanhada nas partes superiores, que se alimenta quase exclusivamente de peixe. = ÁGUIA-PESCADORA, ÁGUIA-PESQUEIRA, GUINCHO


pescadores de homens
Religião Os apóstolos.


masc. pl. de pescador

pes·ca·dor |ô| |ô|
(pescar + -dor)
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

1. Que ou aquele que pesca ou que vive da pesca ou que se emprega na pesca (ex.: comunidade pescadora; bairro de pescadores; clube de pescadores lúdicos).

adjectivo
adjetivo

2. Que serve para pescar. = PESQUEIRO, PISCATÓRIO

3. Relativo à pesca. = HALIÊUTICO, PESQUEIRO, PISCATÓRIO

nome masculino

4. Certo peixe que persegue os outros.

5. Ornitologia Grande ave de rapina (Pandion haliaetus), geralmente de cor branca nas partes inferiores e preta ou acastanhada nas partes superiores, que se alimenta quase exclusivamente de peixe. = ÁGUIA-PESCADORA, ÁGUIA-PESQUEIRA, GUINCHO


pescadores de homens
Religião Os apóstolos.


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
ἔπω αὐτός Ἰησοῦς δεῦτε ὀπίσω μοῦ καί ὑμᾶς ποιέω γίνομαι ἁλιεύς ἄνθρωπος
Marcos 1: 17 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que vos torneis pescadores de homens.
Marcos 1: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Maio de 28
G1096
gínomai
γίνομαι
o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
(Belteshazzar)
Substantivo
G1205
deûte
δεῦτε
venha até aqui, venha aqui, venha
(Come follow)
Verbo - imperativo - 2ª pessoa do plural
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G231
halieús
ἁλιεύς
()
G2424
Iēsoûs
Ἰησοῦς
de Jesus
(of Jesus)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3004
légō
λέγω
terra seca, solo seco
(the dry land)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3694
opísō
ὀπίσω
Depois de
(after)
Preposição
G4160
poiéō
ποιέω
fazer
(did)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G444
ánthrōpos
ἄνθρωπος
homem
(man)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


γίνομαι


(G1096)
gínomai (ghin'-om-ahee)

1096 γινομαι ginomai

prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

  1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
  2. tornar-se, i.e. acontecer
    1. de eventos
  3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
    1. de homens que se apresentam em público
  4. ser feito, ocorrer
    1. de milagres, acontecer, realizar-se
  5. tornar-se, ser feito

δεῦτε


(G1205)
deûte (dyoo'-teh)

1205 δευτε deute

de 1204 e uma forma imperativa de eimi (ir); adv

  1. venha até aqui, venha aqui, venha
  2. interjeição, vem!, venha agora!

ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

ἁλιεύς


(G231)
halieús (hal-ee-yoos')

231 αλιευς halieus

de 251; n m

  1. pescador

Ἰησοῦς


(G2424)
Iēsoûs (ee-ay-sooce')

2424 Ιησους Iesous

de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

Jesus = “Jeová é salvação”

Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

λέγω


(G3004)
légō (leg'-o)

3004 λεγω lego

palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

  1. dizer, falar
    1. afirmar sobre, manter
    2. ensinar
    3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
    4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
    5. chamar pelo nome, chamar, nomear
    6. gritar, falar de, mencionar


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὀπίσω


(G3694)
opísō (op-is'-o)

3694 οπισω opiso

do mesmo que 3693 com enclítico de direção; TDNT - 5:289,702; adv

  1. atrás, depois, após, posteriormente
    1. de lugar: coisas que estão atrás
    2. de tempo: depois

ποιέω


(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)

4160 ποιεω poieo

aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

  1. fazer
    1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
    2. ser os autores de, a causa
    3. tornar pronto, preparar
    4. produzir, dar, brotar
    5. adquirir, prover algo para si mesmo
    6. fazer algo a partir de alguma coisa
    7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
      1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
      2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
    8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
    9. levar alguém a fazer algo
      1. fazer alguém
    10. ser o autor de algo (causar, realizar)
  2. fazer
    1. agir corretamente, fazer bem
      1. efetuar, executar
    2. fazer algo a alguém
      1. fazer a alguém
    3. com designação de tempo: passar, gastar
    4. celebrar, observar
      1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
    5. cumprir: um promessa

Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


ἄνθρωπος


(G444)
ánthrōpos (anth'-ro-pos)

444 ανθρωπος anthropos

de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

  1. um ser humano, seja homem ou mulher
    1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
    2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
      1. de animais e plantas
      2. de Deus e Cristo
      3. dos anjos
    3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
    4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
    5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
    6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
    7. com referência ao sexo, um homem
  2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
  3. no plural, povo
  4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo