Enciclopédia de I Coríntios 7:24-24

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1co 7: 24

Versão Versículo
ARA Irmãos, cada um permaneça diante de Deus naquilo em que foi chamado.
ARC Irmãos, cada um fique diante de Deus no estado em que foi chamado.
TB Cada um, irmãos, permaneça diante de Deus naquele estado em que foi chamado.
BGB ἕκαστος ἐν ᾧ ἐκλήθη, ἀδελφοί, ἐν τούτῳ μενέτω παρὰ θεῷ.
BKJ Irmãos, cada homem permaneça com Deus naquilo que foi chamado.
LTT Cada um, no estado em que foi chamado, ó irmãos, neste permaneça ele junto a Deus.
BJ2 Irmãos, cada um permaneça diante de Deus na condição em que se encontrava quando foi chamado.
VULG Unusquisque in quo vocatus est, fratres, in hoc permaneat apud Deum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Coríntios 7:24

Gênesis 5:22 E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Metusalém, trezentos anos e gerou filhos e filhas.
Gênesis 17:1 Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito.
I Samuel 14:45 Porém o povo disse a Saul: Morrerá Jônatas, que efetuou tão grande salvação em Israel? Nunca tal suceda. Vive o Senhor, que não lhe há de cair no chão um só cabelo da sua cabeça! Pois com Deus fez isso, hoje. Assim, o povo livrou a Jônatas, para que não morresse.
I Coríntios 7:17 E, assim, cada um ande como Deus lhe repartiu, cada um, como o Senhor o chamou. É o que ordeno em todas as igrejas.
I Coríntios 7:20 Cada um fique na vocação em que foi chamado.
I Coríntios 10:31 Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.
Colossenses 3:23 E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens,

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Martins Peralva

1co 7:24
Estudando o Evangelho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Página: 46
Martins Peralva
Mas eu vos digo a verdade: Convém a vós outros que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós; se, porém, eu for, eu o enviarei.
Tenho ainda muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora;
quando vier, porém, o Espírito da Verdade, ele vos guiará a toda a verdade.

JESUS.


As palavras de Jesus não passarão, porque serão verdadeiras em todos os tempos. Será eterno o seu código moral, porque consagra as condições do bem que conduz o homem ao seu destino eterno.

ALLAN KARDEC.


A passagem de Jesus pela Terra, os seus ensinamentos e exemplos deixaram traços indeléveis, e a sua influéncia se estenderá pelos séculos vindouros. Ainda hoje Ele preside aos destinos do globo em que viveu, amou, sofreu.

LEON DENIS.


Irradiemos os recursos do amor, através de quantos nos cruzam a senda, para que a nossa atitude se converta em testemunho do Cristo, distribuindo com os outros consolação e esperança, serenidade e fé.

BEZERRA DE MENEZES.


O Espiritismo, sem Evangelho, pode alcançar as melhores expressões de nobreza, mas não passará de atividade destinada a modificar-se ou desaparecer, como todos os elementos transitórios do mundo.

EMMANUEL.


Para cooperar com o Cristo, é imprescindível sintonizar a estação de nossa vida com o seu Evangelho Redentor.

ANDRÉ LUIZ.


Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Coríntios Capítulo 7 do versículo 1 até o 40
SEÇÃO V

A NOVA FÉ E O CASAMENTO

1 Corintios 7:1-40

A igreja em Corinto havia escrito a Paulo a respeito de vários problemas existen-tes dentro do quadro de seus membros.' Paulo havia usado a sua resposta para lidar com problemas adicionais que a indagação não havia mencionado. Portanto, os seis primeiros capítulos desta carta podem ser considerados um "bônus literário" ou um "extra espiritual". Nos quatro primeiros capítulos Paulo lidou com o problema das divisões na igreja. 1 Cortintios 5 ele havia mostrado que a fé em Cristo produziu uma nova moralidade. 1 Cortintios 6, Paulo havia discutido a natureza da liberdade cris-tã, em relação a áreas tanto permissíveis como não-permissíveis. No capítulo 7, ele começa a responder perguntas que eram o motivo da carta. Aqui, o conceito de liber-dade cristã aparece novamente, mas agora o problema é centralizado nos relaciona-mentos domésticos.

Uma questão crucial em Corinto era o conceito cristão de casamento. A idéia paulina de casamento como declarada neste capítulo não é uma declaração geral que possa ser aplicada universalmente, mas deve ser entendida em comparação ao pano de fundo peculiar da igreja em Corinto. Charles R. Erdman escreve: "Parece certo, ao menos, que alguns cristãos consideravam o casamento como um dever absoluto. Outros consideravam o estado do casamento como uma condição moral inferior, uma fraca concessão à carne. Ainda outros defendiam que ao aceitar a Cristo, todos os relacionamentos sociais existentes, incluindo o casamento, foram dissolvidos".'

A. CASAMENTO E CELIBATO, 7:1-2

Paulo interpreta a instituição do casamento de um ponto de vista prático em vez de um ângulo moral. Ele olha para o estado de solteiro a partir do ângulo da conveniência em vez do ponto de vista do certo ou errado de ser casado. No pensamento do apóstolo, os benefícios práticos de se permanecer solteiro eram significativos. No entanto, se uma pessoa se casasse, ela nem melhorava a sua vida espiritual nem maculava a sua experi-ência religiosa. Mas o casamento trazia obrigações que o cristão não poderia ignorar. Estas obrigações eram especialmente difíceis em tempos de aflição.

  1. Benefícios por Permanecer Solteiro (7,1)

Em sua observação de abertura: Bom seria que o homem não tocasse em mu-lher, Paulo não apresenta uma baixa estima em relação ao casamento, nem tenta depreciá-lo. O conceito básico de Paulo em relação ao casamento é elevado, porque em Efésios 5:23-28 ele o usa como uma ilustração do relacionamento de Cristo com a Igreja. A visão do casamento refletida aqui foi uma resposta específica a esta igreja em particular, em resposta às coisas que me escrevestes.

Alguns dos membros da igreja em Corinto podem ter sido influenciados por um tipo de pensamento grego que considerava o estado de solteiro como superior ao de casado. Outros podem ter atribuído uma interpretação errada às palavras de Jesus, "Mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro e a ressurreição dos mortos nem hão de casar, nem ser dados em casamento" (Lc 20:35). Além disso, alguns podem ter espiritualizado o estado de solteiro, fazendo o celibato parecer superior, por estarem desgostosos com a extrema ênfase sobre o sexo em Corinto.'

Por outro lado, as pessoas de formação judaica na igreja podem ter depreciado ou criticado o estado de solteiro. Os judeus consideravam o casamento como uma obrigação sagrada, e a família como o centro da sociedade. Esta idéia de casamento vem desde Gênesis 2:18: "E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele".

Paulo se pronuncia para defender o estado de solteiro. "Ele proclama em voz alta que o estado de celibato em um homem é conveniente e digno, e não possui nada, em si, contrário ao ideal morar.' De acordo com Lenski, a frase tocasse em mulher refere-se "ao contato e relação sexual no casamento".5 A palavra bom (kalon) não indica algo moralmente bom, pois não há nenhuma questão de pecado ou de ação errada. A palavra significa que é para o melhor interesse do homem, em algumas circunstâncias, que ele permaneça solteiro. No entanto, as palavras do apóstolo não declaram um princípio ge-ral para cada época da Igreja. "Paulo escreve aos coríntios e para as suas circunstâncias específicas naquele momentos As palavras do apóstolo também não se referem à "abs-tinência de relação entre aqueles que já são casados"! Paulo está simplesmente decla-rando um conceito prático dos benefícios de se permanecer solteiro. As idéias de espiritualidade e moralidade não estão incluídas em sua declaração.

  1. A Necessidade Prática do Casamento (7,2)

A atitude promíscua na cidade de Corinto fazia da fornicação uma tentação persis-tente. O casamento seria, portanto, uma proteção contra o pecado. Aqui, outra vez, Paulo não está depreciando o aspecto romântico do casamento, nem faz do casamento uma concessão aos apetites da carne. Ele não considera o casamento como um mecanismo de fuga para aqueles fracos demais para controlarem as paixões. Em outra passagem ele fala dele como "irrepreensível" (Ef 5:25-27). Aqui Paulo apenas assinala que um resulta-do prático do casamento é o de se evitar a tentação na área sexual.

Em sua declaração Paulo incluiu "uma proibição incidental da poligamia",' que era comum nesta época. Mesmo alguns doutores da lei judeus encorajavam uma pluralidade de esposas. Paulo aproveitou esta ocasião para lembrar os coríntios indiretamente das palavras de Cristo: "Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério" (Mt 19:9). Portanto, embora o celibato seja honro-so, ele não deve ser a regra para o cristão.

B. A ATITUDE CRISTÃ EM RELAÇÃO AO SEXO, 7:3-6

O casamento envolve certas obrigações práticas que maridos e esposas devem uns aos outros, especialmente em questões de sexo.

  1. A Obrigação de Reciprocidade (7:3-4)

Paulo declara francamente que a relação entre as pessoas casadas não só é um aspecto válido do casamento, mas é também uma obrigação de acordo com a necessidade e o desejo. O verbo traduzido como pague "não significa a concessão de um favor, mas o pagamento de uma obrigação, aqui do marido para a esposa e da esposa para o marido".9 Godet diz: "Este versículo nos confirma a idéia de que entre alguns dos coríntios existia uma tendência 'espiritualista' exagerada, que ameaçava ferir as relações conjugais, e desse modo a santidade da vida".' Em seu sentido mais profundo, o verbo pague (apodidomi) significa dar o que se deve, ou o que se está sob a obrigação de dar. O apóstolo coloca o aspecto sexual do casamento em sua perspectiva correta, evitando tanto uma atitude promíscua como um ascetismo rígido.

No versículo 4, Paulo expande a idéia de mútua reciprocidade para incluir tudo o que faz parte da vida, ao declarar que parceiros casados possuem poder sobre os corpos um do outro. As palavras não têm poder refere-se ao exercício de autoridade. O enten-dimento mútuo elimina dois extremos no estado dos casados — a posse separada de si mesmo, e a sujeição de uma parte a outra. No casamento, cada parceiro tem um direito legítimo à pessoa do outro.

Em outras passagens Paulo considera o marido como o cabeça da família, declaran-do que a esposa lhe deve ser sujeita (Ef 5:22-23). Mas na área sexual ambos estão no mesmo nível. O principal ensinamento aqui é que maridos e esposas têm os mesmos direitos. Ambos devem agir como cristãos. Portanto, qualquer conduta excessiva ou abusiva é proibida. Mas o ascetismo extremo — no qual um parceiro pode sentir que as relações sexuais estão fora de harmonia com a vida espiritual — também é proibido.

  1. Abstinência Temporária (7:5-6)

Há exceções para a regra de reciprocidade mútua nas relações sexuais. Às vezes uma parte pode desejar perseguir um curso livre de atividade sexual. Sob a pressão de uma carga espiritual ou estimulado por um impulso em direção à atividade espiritual extraordinária, pode-se desejar isenção do cumprimento da obrigação do matrimônio. Onde tal situação se levanta, três condições devem ser atendidas:

1) deve haver consen-timento mútuo;

2) a situação deve ser temporária (por algum tempo) ;
3) deve ser para propósitos que são mais elevados do que até mesmo as nossas mais elevadas alegrias físicas. Alford chama estas situações de "períodos de súplicas urgentes? Quando o mo-tivo para o período extraordinário de oração passar, o casal deve ajuntar-se outra vez, isto é, retomar as relações normais.

As opiniões de Paulo sobre o casamento, aqui declaradas, são principalmente por permissão e não por mandamento (6). Ele não tem nenhuma ordem direta de Deus, mas apresenta um pouco de conselho pessoal. Quando diz: Digo, porém, isso como que por permissão e não por mandamento, o apóstolo se refere ao versículo 5 e inclui as possibilidades sugeridas ali.

C. PREFERÊNCIA PESSOAL E DOM PECULIAR, 7:7-9

A partir de um ponto de vista prático, Paulo teria preferido que todos os cristãos permanecessem solteiros, a fim de permitir uma obra completa e ininterrupta na prega-ção do evangelho de Cristo. Mas ele percebia que isto era tanto impossível quanto impra-ticável. O apóstolo reconhecia que possuía um dom especial nesta área, e que uma pes-soa poderia e deveria se casar se as suas inclinações naturais fizessem com que isto fosse desejável.

  1. O Estado Civil de Paulo (7.
    - 7a)

Paulo disse: Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo (7.7a). As palavras sugerem "com certeza que Paulo não era casado, e é praticamente certo de que ele não era viúvo. Porque como ele poderia expressar o desejo de que todos os homens fossem viúvos?"'

Alguns têm sugerido que a referência ao voto de Paulo em Atos 26:10 indica que ele era membro do Sinédrio, e que a participação nesse órgão era limitada aos homens casa-dos. No entanto, existia uma distinção entre o Grande Sinédrio e os Sinédrios inferiores. Paulo pode ter votado como membro de um Sinédrio inferior sem ter sido casado. Além disso, isto era somente um princípio de rabinos posteriores, não uma regra de elegibili-dade, que um homem devesse ser casado para se assentar no tribunal. Paulo nunca se refere a uma esposa ou a filhos. A abordagem do apóstolo como um todo é a de alguém que nunca foi casado.

  1. O Dom Peculiar de Paulo (7.
    - 7b)

A preferência de Paulo de que todos os homens permanecessem solteiros não é uma reação comum ou natural. Há uma diferença entre os homens que deve ser levada em consideração. Jesus havia anteriormente assinalado (Mt 19:10-12) que alguns homens têm uma tendência a não se casar. Eles podem ser agitados demais ou excessivamente motivados em uma determinada direção. Quando o zelo espiritual é acrescentado a tal tendência, há aparentemente pouca luta com o desejo natural de se casar.

Este domínio próprio completo é um dom de Deus. Não é dado a todos. A inclinação natural do homem, assim como o plano revelado de Deus para o homem, inclui o casa-mento. Assim, uma pessoa possui uma aptidão dada por Deus para o celibato. Uma outra pessoa segue o padrão normal, e se casa. Não há superioridade espiritual de um estado sobre o outro.

3. Tanto o Casamento Quanto o Celibato São Permitidos (7:8-9)

A frase aos solteiros (8; tois agamois) refere-se àqueles que nunca se casaram.' Paulo sugere a eles, homem ou mulher, e também à mulher que havia perdido seu mari-do, que permanecessem solteiros como ele. Deve ser dito novamente que Paulo estava aqui respondendo a uma situação específica. Deve ser dito também que as idéias de Paulo eram uma questão de convicção pessoal em vez de mandamento divino, e que estas idéias foram declaradas sob um forte senso de urgência no que diz respeito à tarefa do cristão de servir a Cristo plena e completamente.

Contudo, o casamento também era permitido (9). Não é pecado desejar um parceiro para casar, porque este é o estado natural do ser humano. O casamento foi iniciado por Deus, sancionado por Cristo e usado pelo apóstolo para expressar o relacionamento de Cristo com a Igreja (Ef 5:22-29).

Paulo apresenta aqui apenas uma razão para o casamento quando escreve: Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se (9). O verbo composto conter-se (egkratevomai) significa "possuir em si o poder de se controlar? Quando usado com um negativo, significa a falta de poder, a ausência de domínio próprio. Se as pessoas têm falta deste poder, devem se casar. E permitido para as pessoas que têm falta do poder de controle na questão de sexo, casarem-se, e assim resolverem o problema relacionado com os impulsos sexuais. Deve ser dito outra vez que Paulo está respondendo a uma pergunta sobre uma situação específica em Corinto, e não apresentando um princípio universal para todos os cristãos. Encorajar os cristãos a se casarem somente pelos propósi-tos de sexo seria um absurdo, mas é um dos fatores a considerar. É melhor casar do que lutar continuamente com o fogo do desejo sexual ou, ainda pior, sofrer a culpa de ceder a tal desejo fora do relacionamento matrimonial. Em um sentido muito real, abrasar significa "ser consumido por paixões que dominariam por completo se não houvesse continência".15

D. OBRIGAÇÕES CRISTÃS NO CASAMENTO, 7:10-16

Ao lidar com as obrigações envolvidas no casamento, Paulo fala com autoridade. Em todos os casos as pessoas devem aceitar a sua posição com boa vontade.

1. Obrigações nos Casamentos Cristãos (7:10-11)

Ao lidar com casamentos entre cristãos Paulo pode falar com autoridade: Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor. Em essência, ele transmite um manda-mento dado pelo Senhor Jesus Cristo. Paulo parece ter em mente as palavras de Jesus em Mateus 5:32-19.9; Marcos 10:11; e Lucas 16:18. Estes mandamentos de Jesus, repe-tidos por Paulo, simplesmente declaram que os cristãos deveriam permanecer leais aos seus votos de casamento, e permanecerem juntos como marido e esposa.

A referência básica a respeito de separação e divórcio é dirigida primeiro à esposa: A mulher se não aparte do marido (10). O mandamento pode ter sido dirigido para a mulher, porque "as mulheres cristãs em Corinto podem ter sido as mais propensas a fazer a separação? Ou ainda a mulher pode ter sido obrigada a partir, uma vez que o marido normalmente controlava a propriedade. Se, por alguma razão, a esposa cristã deixasse o seu marido, ela tinha apenas duas opções — ficar sem casar (11) ou se reconciliar.

O marido tinha uma obrigação igual, porque ele recebeu a ordem de não deixar a mulher. O divórcio era uma questão livre e fácil em Corinto, como em todas as cidades sob o governo romano. O sistema legal romano conferia a uma e a outra parte o direito de tomar a iniciativa de dissolver o casamento. A lei judaica também permitia que um homem desse à sua mulher uma carta de divórcio por razões insignificantes. Além disso, os casamentos entre os escravos não eram considerados vinculadores, e os casamentos entre um homem livre e uma escrava tinham uma posição muito baixa. Todos estes fatores se combinavam para fazer dos casamentos em Corinto arranjos bastante inseguros e temporários.

2. Obrigações em Casamentos Religiosamente Mistos (7:12-16)

Muitos nas igrejas haviam se tornado cristãos depois de já estarem casados. A menos que o outro parceiro fosse ganho para Cristo, o cristão se deparava com o problema de viver com um pagão. Visto que Jesus não deixou nenhum mandamento direto sobre este assun-to, o apóstolo fala do modo como se sente dirigido (12). No entanto, Paulo não fez de sua declaração a respeito dos casamentos mistos uma questão de opinião pessoal indiscriminada. Ele não era um ditador eclesiástico, mas um apóstolo. Portanto, as suas palavras deveri-am ter autoridade na igreja. Dois exemplos de casamentos mistos são discutidos.

a) Um Casamento Misto Onde os Parceiros Estão Satisfeitos (7:12-14). O primeiro exemplo de um casamento misto é aquele no qual o parceiro descrente está disposto a permanecer com o outro que havia se tornado cristão. Nesse caso, o cristão era obrigado a permanecer com o parceiro descrente. Tal diretiva de Paulo deixava claro que o cristão não poderia partir ou divorciar-se do outro, baseando-se na recusa do outro em se tornar cristão. O cristianismo não pode se tornar uma desculpa para a conduta pagã. Então, se o parceiro descrente está satisfeito, o crente é obrigado a permanecer casado.

Não há qualquer estigma espiritual ligado a um novo convertido que permanece com um cônjuge inconverso. Ao contrário, o parceiro inconverso recebe algum benefício espiritual do cristão. Com relação às bênçãos espirituais que o descrente compartilha, Paulo escreve: Porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo marido (14). Isto não significa que o descrente sofra uma mudança moral ou espiritual. A expressão é santificado "não pode significar santo em Cristo perante Deus, porque este tipo de santidade não pode ser atribuído a um descrente".17 Paulo usa o termo santificado aqui com um significado cerimonial, e não em um sentido ético ou espiritual.

O marido ou a mulher descrente de um cristão é separado ou consagrado a Deus pela vida do crente. Como Lenski interpreta: "Através do cônjuge crente, as bênçãos de um casa-mento santificado são conferidas sobre o cônjuge descrente e, deste modo, lhe é dado mais do que a sua descrença merece? Até mesmo os filhos de tal casamento são beneficiados... mas, agora, são santos (14). Aqui, novamente, a idéia é que os filhos de casamentos mistos são aceitáveis dentro da igreja e que tanto na casa como na igreja eles são cercados com as bênçãos relacionadas ao crente. Não obstante quaisquer bênçãos espirituais vindas do pai ou da mãe, "o filho é nascido individualmente em pecado e é um filho da ira; e individualmente precisa da lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo".19

Em casamentos mistos onde o parceiro descrente está satisfeito em permanecer ca-sado, o cristão está sob a obrigação de ser leal ao contrato de casamento. Existe uma diferença, no entanto, quando o parceiro descrente escolhe partir.

b) Um Casamento Misto Onde o Descrente Não Está Satisfeito (7:15-16). A situação aqui é o oposto do casamento misto onde os parceiros permanecem juntos por consenti-mento mútuo. Se o descrente se recusar a permanecer com o crente, o cristão está livre da obrigação de sustentar o casamento: Mas, se o descrente se apartar, aparte-se (15). Desta maneira o crente fica em paz. Sob estas circunstâncias, o cristão não está destinado a uma vida de perseguição, abuso e agonia, por causa de seu relacionamento com um parceiro pagão. Mas a separação deve ser iniciada e completada por uma outra pessoa. O cristão nem deve estimular a dissensão nem promover separações. A paz e o amor devem ser sempre as marcas da vida cristã.

Não há qualquer contradição entre a atitude de Paulo ao permitir o rompimento de um casamento com um descrente pagão, e o mandamento de Jesus em Mateus 5:32. As palavras do Senhor foram dirigidas àqueles que professavam ser leais e sujeitos a Deus. As palavras de Paulo são dirigidas àqueles que são casados com descrentes. A diretiva não dá permissão para que um crente se case com um descrente. Serve apenas para uma pessoa casada que se torna crente depois de seu casamento. Em tal situação, o cristão está livre para deixar que o descrente parta, em vez de insistir em continuar uma união que sobrevive em uma atmosfera de tensões, brigas e medo.

O casamento nunca deve ser empreendido como uma "instituição missionária?' Quando alguém já é casado, como neste caso, não há maneira de se saber se a outra parte será salva ou não (16). Entretanto, a mulher cristã ou o marido cristão está sob a obriga-ção de tentar ganhar o outro parceiro (1 Pe 3.1). Paulo também roga que o parceiro cristão sacrifique muito na esperança de que o marido ou a esposa descrente possa ser salvo no final. Mas se o parceiro descrente for hostil e antagonista ao cristianismo, ele não será apto a se tornar um cristão. A salvação de uma pessoa é, em última instância, uma questão entre ela mesma e Deus. O parceiro cristão é obrigado a fazer tudo o que pode para persuadir o marido descrente ou a esposa descrente a vir a Cristo. Mas, por fim, a própria pessoa fica na encruzilhada da decisão. Assim, ninguém pode garantir a salvação de outra pessoa. Se o parceiro descrente iniciar a separação, o cristão não deve se condenar pelo fracasso do cônjuge que partiu, por não ter se tornado cristão.

E. O PRINCÍPIO DO CONTENTAMENTO ESPIRITUAL, 7:17-24

O cristão está sob a obrigação de cumprir todos os deveres do relacionamento em particular no qual está envolvido na época de sua conversão. Este princípio de obrigação é mais que um mero dever; é uma questão de contentamento espiritual.

1. O princípio (7,17)

Paulo escreve: E assim, cada um ande como Deus lhe repartiu, cada um, como o Senhor o chamou (17). O apóstolo ordenou que as pessoas colocassem as questões espirituais em primeiro lugar em suas vidas. A palavra ordeno (diatasso) significa pres-crever ou nomear. Tal ordenação indica uma decisão resumida e sugere uma competên-cia apostólica. Este princípio de contentamento espiritual significa que "cada crente de-veria permanecer na situação terrena na qual o chamado para a salvação o encontrou".' A ordem de Paulo não significa que não devamos procurar melhorar a nós mesmos por meio da educação, ou que não devamos procurar progredir por meio de um esforço dili-gente. O que o apóstolo quer dizer é que um novo convertido não deve usar o evangelho como uma desculpa para livrar-se de uma situação infeliz. O crente também não deve usar o evangelho como um trampolim para uma mudança pessoal desnecessária, ou para promover a anarquia social.

2. A Ilustração da Circuncisão (7:18-20)

O modo de vida cristão não depende de ritos externos, nem os exige. Se um judeu se converteu a Cristo, que continue circuncidado (18). Se outro convertido fosse um gen-tio, ele não precisava ser circuncidado. Portanto, a circuncisão, que desempenhava um papel tão decisivo no judaísmo, foi mostrada como não tendo sentido algum no cristianis-mo. "A vinda de Cristo inaugurou uma nova era, na qual somente a santidade permane-ce".22 O significado é que tanto o judeu como o gentio devem ficar satisfeitos por perma-necer no mesmo estado físico em particular, no que diz respeito à circuncisão; devem permanecer como eram quando se converteram.

Visto que tanto os antigos judeus como os antigos pagãos são agora cristãos, a cir-cuncisão é nada, e a incircuncisão nada é (19). As próprias ações pessoais de Paulo apoiavam o seu ensino neste ponto. Ele havia encorajado a circuncisão de Timóteo como filho de um pai judeu (Atos 16:3), e havia se recusado a ordenar a circuncisão de Tito (Gl 2:3). O princípio ensinado por Paulo condena aqueles que insistem na rejeição absoluta das condições anteriores, bem como aqueles que insistem em retornar a elas. Lightfoot escreve que neste caso a circuncisão é usada como "um símbolo de uma aplicação muito mais abrangente... a observância dos sábados, das festas, etc"."

Embora observar as formas externas fosse de pouca importância para Paulo, é de suma importância que um cristão tenha a preocupação de guardar os mandamentos de Deus. O cristão deve ser cuidadoso ao cumprir as exigências do evangelho; ele deve se preocupar com "a fé operando pelo amor".'

Em vez de perder a vitória espiritual por causa de uma preocupação indevida por posição e condições externas, um cristão deve ficar na vocação em que foi chama-do (20). A palavra vocação pode significar três coisas: a designação de um chamado ou vocação, um convite para comparecer a um banquete, ou uma intimação judicial oficial para comparecer como testemunha ou advogado no tribunal. Aqui o significado é "o chamado ao conhecimento de Deus, para ser membro da igreja, para o reino de Cristo"." Um outro escritor sugere que o termo vocação não deve ser interpretado aqui "no sentido de profissão, posição, ou trabalho na vida de um homem, pois este é o termo apostólico padrão para o chamado evangélico efetivo, que torna o homem um verdadeiro cristão"." O apóstolo simplesmente apresenta a verdade de que o evangelho é pregado em primeiro lugar para mudar a vida espiritual de uma pessoa, não a sua posição social. A mudança de posição pode vir mais tarde, como resultado de melhoria pessoal, ou de uma mudança na sociedade.

3. A Ilustração da Escravidão (1 Corintios 7:21-24)

Se o crente fosse um servo (escravo,
21) ao se converter, ele não deveria reagir a esta situação de forma a perder a sua paz e vitória espiritual. Neste ponto, Paulo não tolera a escravidão. O apóstolo não era um reacionário rígido, nem um anarquista. Para ele, o importante era a redenção pessoal. O escravo não deveria perder o seu equilíbrio espiritual por ser um escravo. A liberdade em Cristo eleva um homem aci-ma de sua posição social. Em uma sociedade ideal, não haveria escravidão de espécie alguma. Mas Paulo era um realista, e sabia que o Império Romano não era uma sociedade ideal.

Um homem pode ter uma vitória espiritual em uma situação social que ele não pode controlar. Mas se uma oportunidade legítima de liberdade vier, o cristão deve aproveitá-la: Se ainda podes ser livre, aproveita a ocasião. O homem livre pode ser de maior proveito para Cristo do que um escravo. Nenhum mandamento bíblico e nenhuma ética cristã proíbe qualquer homem de melhorar a sua posição social e econômica por meios corretos. Nos dias da Igreja Primitiva, um escravo podia ser liberto
a) pela morte de um senhor que tenha deixado um testamento legal libertan-do-o, b) por uma recompensa pelo serviço prestado a um senhor generoso, ou c) por um ato de adoração da parte do senhor, que dava o preço do escravo como uma oferta ao seu deus. Neste último caso, ninguém poderia escravizá-lo novamente, porque ele era propriedade de tal deus.

Fosse um homem livre ou escravo, servo é de Cristo (22). Cristo pagou o preço de compra para libertar o homem do domínio do pecado. Paulo escreve: O que é chamado pelo Senhor... é liberto do Senhor. De acordo com a lei romana, uma pessoa liberta da escravidão por um benfeitor generoso era obrigada a tomar o nome de seu senhor, a viver em sua casa, e a consultá-lo em assuntos de negócios. O cristão, da mesma forma, tem uma dívida para com Cristo que jamais poderá pagar completamente.

O homem que é escravo passa a ser livre em Cristo, e o homem que é livre passa a ser servo de Cristo. Portanto, ambos são livres e ambos são escravos. Como Alford expli-ca: "O escravo (real) é (espiritualmente) livre; aquele que é (de fato) livre é um escravo (espiritualmente) "."
Visto que Cristo nos libertou, o cristão deve resguardar a sua liberdade: Não vos façais servos dos homens (23). Alguns consideram o mandamento como uma advertência contra a venda de si mesmo para a escravidão. De qualquer modo, a idéia é que Cristo libertou o crente, e o crente não deve permitir que as relações sociais ou a posição social lhe roubem a vitória espiritual.

O cristão deve ficar diante de Deus (24), e viver na atmosfera do Espírito. Tal liberdade espiritual é a verdadeira liberdade. A frase diante de (para) sugere a idéia de estar ao lado de Deus em paz e descanso, independentemente das condições físicas ou sociais. Nesta ênfase sobre a liberdade espiritual, Paulo não tolera a escravidão. Ao es-crever a Filemom sobre o tratamento de um escravo fugitivo, o apóstolo havia dito: "Sa-bendo que ainda farás mais do que digo" (Fm 21). Godet declara que "esta passagem pode certamente ser chamada de a primeira petição a favor da abolição da escravatu-ra".'A vocação do cristianismo é aplicar os princípios cristãos a situações sociais e mudá-las para melhor. A prática cristã, então, é "aceitar tudo para transformar tudo, subme-tendo a tudo para se sobrepor a tudo, renovando o mundo de cima para baixo enquanto condena toda a subversão violenta".'

F. CASAMENTO E SERVIÇO CRISTÃO, 7:25-38

Aparentemente a igreja em Corinto havia pedido a opinião de Paulo a respeito de filhas solteiras e as responsabilidades dos pais em tais casos.

  1. O Conselho Apostólico (7,25)

Paulo escreve que ele não tem mandamento do Senhor, mas que daria a sua própria opinião pessoal. Ele não havia recebido nenhuma revelação direta do Senhor, nem sabia de nenhum ensino direto de Cristo sobre a questão. Contudo, como apóstolo e administrador, ele se sentia qualificado para falar sobre o assunto. A palavra "virgens" aparece em Apocalipse 14:4 em relação a pessoas solteiras de ambos os sexos. Mas aqui ela se refere a filhas solteiras e o papel do pai em consentir ou proibir o casamento. A pergunta deve ser entendida à luz da prática oriental de a filha só poder se casar se tiver o consentimento do pai. Há três aspectos na resposta do apóstolo.

  1. O Estado de Solteiro é Melhor em Tempos de Necessidade (7:26-31)

Paulo declarou que, em seu juízo, o estado de solteiro era bom, por causa da ins-tante necessidade. A palavra bom (kalos) denota algo que é intrinsecamente bom em sua natureza, algo bem adaptado ao seu propósito ou condição. O termo "presente" (enestos), subentendido em algumas versões e explícito em outras, em alguns casos sig-nifica iminente, e aqui alude às "experiências dolorosas e terríveis que a confissão de Cristo pode trazer em qualquer momento sobre um crente"." Necessidade refere-se às tensões ou às situações causadas por eventos externos que estão além do nosso controle. Uma pessoa solteira eliminaria a aflição que as pessoas casadas enfrentam em tempos de desastre físico. Por causa dos tempos perigosos que estavam chegando, nem os casa-dos nem os solteiros deveriam buscar uma mudança (27).

No entanto, se uma pessoa se casar, mesmo diante do perigo iminente, ela não peca (28). O casamento, em tais casos, "não é uma questão de certo e errado, mas de conveniência e escolha pessoal".31

Mas aqueles que se casam podem esperar tribulações na carne. Tais tribulações não são o resultado de nenhuma ação pessoal errada, mas se devem ao fato de as tribu-lações serem inevitáveis em tempos de convulsão social. Talvez Paulo estivesse pensan-do sobre as aflições dos judeus que foram levados cativos ou a agonia de certas famílias durante as guerras dos macabeus. Ou mais especificamente, o apóstolo pode ter visto as tensões e o conflito inevitáveis entre o estado romano e a igreja cristã. Ele estava tentan-do poupar os seus convertidos das aflições e das tragédias.

Em sua preocupação intensa pelo bem-estar tanto do povo quanto do evangelho, Paulo escreveu: Isto, porém, vos digo, irmãos: que o tempo se abrevia (29). A palavra digo (phemi) significa declarar, enquanto a palavra tempo (kairos) indica uma épo-ca ou um período que provê uma oportunidade. Aqui ela se refere à volta de Cristo.

Pelo fato de o tempo da oportunidade para trabalhar para Cristo ter sido abreviado, todos os crentes devem se tornar desapegados das coisas da terra, que estão prestes a chegar ao fim (29-30). Embora seja impossível escapar completamente das funções do-mésticas e de outras, tais atividades devem ser vistas à luz da vinda de Cristo. Portanto, o casamento, a tristeza, a alegria e as transações comerciais, tudo deve ser posto em um cenário escatológico. O crente pode usar as coisas deste mundo (31), mas jamais deve permitir que os assuntos seculares interfiram na vida espiritual. A palavra abusassem "aparece aqui para sugerir que o uso intenso e ganancioso transforma o uso legítimo em uma transgressão"." O apóstolo declara que a aparência deste mundo passa — que a ordem das coisas estava mudando. Por causa das futuras mudanças drásticas seria me-lhor permanecer solteiro.

  1. Vantagens da Vida de Solteiro (7:32-35)

Paulo queria que tanto os homens como as mulheres estivessem livres de cuidados. O termo cuidado (32) é usado para denotar "especial atenção e esforço dirigido a algu-ma pessoa ou a alguma coisa"." Neste sentido, o homem solteiro tem apenas uma preo-cupação — agradar ao Senhor. O homem casado, por outro lado, tem obrigações específi-cas que tendem a dividir os seus interesses. Embora o homem casado não seja necessari-amente mundano em sua perspectiva, ele age com freqüência como se fosse, por causa da responsabilidade da vida de casado (33). Em tempos de aflição ele não consegue escapar das ansiedades associadas à sua família.

De modo semelhante, há uma diferença entre o tratamento dado ao Senhor pela mulher casada e pela virgem (34). Como o homem solteiro, a solteira tem apenas uma preocupação dominante — agradar ao Senhor. Portanto, ela é santa, tanto no cor-po como no espírito. A casada é separada no corpo e dedicada no espírito ao Se-nhor. A mulher casada, como o homem casado, possui uma obrigação dupla — uma para com a família, e outra para com o Senhor. Estes dois conjuntos de obrigações não são antagônicos ou mutuamente exclusivos. Mas um simples cálculo de aritmética ensina que dois conjuntos de obrigações são mais difíceis de se cumprir do que um, especialmen-te em tempos de emergência ou de aflição.

Paulo fala para o benefício dos coríntios (35). A palavra proveito sugere aquilo que contribui para os melhores interesses de uma pessoa. O apóstolo não pretende colocar um laço espiritual sobre os cristãos para privar-lhes de sua liberdade. Em vez disso, ele quer indicar a vida que parece mais adequada aos crentes em suas circunstâncias. O propósito de se permanecer solteiro é poder se aplicar diligentemente à obra do Reino, sem distração alguma. Portanto, toda a questão é levantada a partir do campo da moral e da ética, adentrando a arena da vantagem espiritual.

  1. O Dever Para Com as Filhas Solteiras (7:36-38)

Esta passagem sempre apresentou problemas. A abordagem tradicional tem sido interpretá-la como um tema relacionado à reação do pai a uma filha solteira que atingiu a maturidade.' Vine sugere que a referência é a um pai que pode ter se recusado a permitir que a sua filha se casasse. O pai finalmente conclui que está agindo de uma maneira injusta e insensata recusando-se a dar o seu consentimento. O pai decidiu que a sua recusa rígida poderia levar a sua filha à rebeldia, ou possivelmente à imoralidade. A filha pode ter indicado um desejo de se casar, por não ser dotada com o poder da renún-cia pessoal. Neste caso, seu pai deveria deixá-la casar (36).

Uma outra interpretação da passagem sob consideração é que ela se refere a um casal que pode não ter sido casado formalmente. Eles decidem viver juntos, para compartilhar os mesmos problemas, mas se abstém de entrar em relações sexuais. Barclay sugere que o casal era na verdade casado," mas os cônjuges haviam concordado com uma "união espiritual," que nunca foi consumada em um sentido físico. No entanto, a decisão original é vencida por um novo desejo de consumar o seu casamento. Isto eles podem fazer, sem qualquer sentimento de terem feito algo errado (36).
A maioria dos comentaristas aceita a opinião tradicional, interpretando-a como uma situação de pai e filha. Seja qual for o caso, a idéia é que não é pecado se casarem e viverem juntos como marido e mulher. No entanto, se o pai ou o casal decidirem que não deverá haver uma mudança na situação atual, esta decisão também estará dentro dos limites da ética cristã prática.

Quatro pontos devem determinar a decisão do pai, para que ele chegue a se recusar a permitir que a sua filha se case (37). Primeiro, ele deve estar convencido de que o estado de solteira é melhor para a filha — ele irá guardar a sua virgem. Segundo, o pai deve saber que a filha não está especialmente interessada no casamento ou não é inco-modada por impulsos sexuais — "tendo... o desejo sob controle" (RSV). Terceiro, ele é livre para tomar a sua decisão como quiser — não tendo necessidade. Finalmente, ele deve tomar uma decisão e firmar-se nela — ficar firme em seu coração — em vez de manter a questão em um estado de indecisão.

O fato de a filha se casar ou permanecer solteira envolve apenas resultados práticos, e não a superioridade espiritual. As palavras faz bem e faz melhor (38) resumem todo o capítulo. Bem indica que o casamento não é desafiador nem pecaminoso. Melhor é uma espécie de juízo apostólico de que o estado de solteira é conveniente, porque nele evita-se o sofrimento e ganha-se mais tempo para servir ao Senhor.

G. O CRISTÃO QUE SE CASA PELA SEGUNDA VEZ 7:39-40

Paulo tinha um elevado conceito do casamento, embora em alguns casos ele reco-mendasse o estado de solteiro. Para o apóstolo, o casamento era um acordo para a vida toda: A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive (39). No entanto, no caso de seu marido morrer, a viúva está completamente livre para se casar outra vez. A única reserva que Paulo coloca sobre casar-se novamente é que seja com um homem cristão, isto é, alguém que esteja no Senhor. No entanto, mes-mo neste caso, Paulo acrescenta que segundo o seu parecer (40) ela será mais bem-aventurada se ficar assim (se permanecer solteira).

Paulo foi acusado de ser "um ascético estreito que desprezava as mulheres e desencorajava o casamento".' Na verdade, ele aconselhou o casamento como uma regra geral para a maioria dos cristãos, e nunca expressou qualquer avaliação ética ou espiri-tual superior em relação ao celibato. As suas opiniões aqui expressas sobre o casamento devem ser interpretadas no contexto dos problemas que lhe foram apresentados pela igreja em Corinto. Paulo escreveu para desencorajar um ascetismo extremo que havia colocado uma prioridade espiritual sobre a opção de permanecer solteiro. Ele também escreveu que em tempos de necessidade ou de emergência a pessoa solteira tinha menos obrigações e menos preocupações pelos assuntos comuns deste mundo. Este capítulo deve ser entendido como uma abordagem de bom senso para decisões que dizem respeito ao casamento, e a casar-se outra vez. Paulo as deixa como decisões que deverão seguir a preferência pessoal, que não estão relacionadas à força ou à fraqueza espiritual.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Coríntios Capítulo 7 versículo 24
Esta conclusão pode ser melhor entendida lembrando que os cristãos esperavam para breve o fim do mundo (1Co 7:1,).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Coríntios Capítulo 7 do versículo 1 até o 39
*

7:1

Quanto ao que me escrevestes. Ver Introdução: Data e Ocasião.

é bom que o homem não toque em mulher. É bem possível que essa declaração fosse usada por um grupo de ascetas entre os crentes de Corinto, os quais condenavam a promiscuidade sexual e argumentavam que o crente deveria evitar o casamento e abster-se de relações sexuais, mesmo dentro do casamento. O apóstolo precisou exercer cuidado a fim de que o seu ensino não fosse distorcido nem em uma e nem em outra direção. Paulo não eliminou simplesmente o lema; ele também se opunha à imoralidade sexual, e reconhece um certo valor em permanecer solteiro (vs. 7 e 8). Ele pode dar razões específicas e válidas pelas quais um crente poderia decidir-se a ficar solteiro (vs. 29-35). Mas ele precisa corrigir aqueles que demandavam o celibato. Em contextos diferentes, Paulo falará do casamento somente em termos positivos (p.ex., Ef 5:22-33; 1Tm 3:2), e condenou aqueles que proíbem o casamento (1Tm 4:3).

* 7.3-5

Estes são versículos notáveis porquanto revelam pontos de vista que parecem estar muito adiantados para o seu tempo: uma saudável percepção da sexualidade da mulher, e a compreensão da completa igualdade existente entre um homem e uma mulher, na área mais íntima de seu relacionamento. As Escrituras não dão qualquer apoio à noção de que as relações sexuais visam unicamente o aprazimento do marido. O apóstolo permitia uma abstenção temporária do sexo (de maneira similar ao jejum; v. 5), mas ele não permitia uma abstinência demorada. Deus requer que haja união sexual como parte do matrimônio.

* 7.6-9

A "concessão" provavelmente se refere a breves períodos de abstinência no v. 5: os cônjuges podem — mas não precisam — privar um ao outro do contato sexual, a não ser por breves períodos e por razões específicas. Há certas vantagens, para o trabalho no reino de Deus, quando um crente permanece solteiro, e assim também Paulo pôde desejar pessoalmente que todo crente dedicasse sua vida exclusivamente para o avanço do evangelho. Mas o apóstolo percebe que tal situação não é possível para todos, e que isso só conduziria muitos crentes a tentações de ordem sexual. Outrossim, existem outras razões pelas quais uma pessoa deveria casar-se, mas que não são relevantes à presente discussão (v. 1, nota).

* 7:10

não eu, mas o Senhor. No v. 12, Paulo disse: "Digo eu, não o Senhor". Mas o apóstolo não estava sugerindo que há uma oposição entre o que ele diz e o que o Senhor diz. No tocante ao problema abordado nos vs. 10 e 11, há uma bem-conhecida instrução dada por Jesus, durante o seu ministério terreno (Mc 10:1-12). Nos vs. 12-16, entretanto, Paulo discute sobre uma situação difícil que não fora abordada pelo Senhor. Os seus mandamentos apostólicos, entretanto, vinham-lhe por inspiração e revestiam-se de autoridade divina, conforme o trecho de 14.37 deixa claro.

* 7:11

se, porém, ela vier a separar-se. Apesar do mandamento do Senhor, parece que algumas esposas, da igreja de Corinto, influenciadas por um ponto de vista ascético (v. 1), tinham, de fato, se separado de seus maridos. Mas visto que os cônjuges estão vinculados um ao outro até à morte de um deles (v. 39), mesmo que se separem, não poderão casar-se de novo.

* 7:12

digo eu, não o Senhor. Ver nota no v. 10.

se algum irmão tem mulher incrédula. Essa é uma daquelas circunstâncias especiais sobre as quais Jesus não deixara instruções diretas. Se um dos cônjuges vier a converter-se, mas não o outro, deveria o casamento ser dissolvido, especialmente se o cônjuge incrédulo viesse a separar-se?

* 7:14

santificado... santos. Uma notável afirmação sobre o caráter especial do lar onde apenas um dos cônjuges é crente (1.2, nota). Na linguagem do Antigo Testamento, a família inteira era considerada como estando em aliança com Deus. Até o cônjuge que se recusa a crer fica sob a influência da obra de Deus — e muito mais os filhos, quando ainda não têm idade suficiente para professarem a sua fé. De acordo com isso, a teologia reformada tem visto este versículo como provedor de uma parte do argumento em prol do batismo infantil.

* 7:15

não fica sujeito à servidão. Alguns interpretam essa declaração como tendo o sentido de que se o cônjuge incrédulo abandonar o casamento, o cônjuge crente pode casar-se de novo. O impacto desta passagem, entretanto, é simplesmente que o crente não está na obrigação de insistir que o casamento permaneça intacto. Tal insistência impediria o casal de viver "em paz".

* 7:16

se salvarás a teu marido? Paulo pode estar retornando aqui ao pensamento do v. 14, e dando uma razão pela qual os cônjuges crentes não devem deixar seu cônjuge incrédulo; visto que, em certo sentido, eles estão "santificados", há uma boa possibilidade de que eles serão salvos. Alternativamente, este v. 16 pode explicar o v. 15: que o cônjuge incrédulo se separe, porquanto não há qualquer certeza de que ele ou ela serão salvos por serem forçados a permanecerem casados.

* 7:17

Ande cada um segundo... Deus o tem chamado. Os versículos seguintes deixam claro que a frase "conforme Deus o tem chamado" não é uma referência a posições sociais, mas à própria conversão. Note-se que os vs. 17-24 estabelecem um princípio que dá coerência ao capítulo inteiro: tornar-se alguém um crente não requer uma mudança de posição, marital, étnica ou social (vs. 8, 20, 26). Este versículo tem sido ocasionalmente usado como uma evidência de que os crentes não deveriam tentar melhorar sua posição social ou econômica. Pelo contrário, Paulo encoraja os escravos a obterem a sua liberdade, se surgir tal oportunidade (v. 21).

* 7:19

A primeira parte deste versículo tem como paralelos os trechos de Gl 5:6 e 6.15. E parece que a segunda parte do versículo ("o que vale é guardar as ordenanças de Deus") é outra maneira de dizer: "a fé que atua pelo amor" (Gl 5:6), e que essa fé operante é o que caracteriza a "nova criação" (Gl 6:15).

* 7:21

Não te preocupes com isso. O desejo de galgar um degrau na escala social não está errado, conforme o resto do versículo deixa claro. Entretanto, Paulo não quer ver os crentes angustiando-se quanto a uma situação qualquer que não possa ser modificada. A insatisfação e as queixas podem ser espiritualmente fatais (10.10): essas coisas refletem a falta de confiança em Deus.

* 7:23

Por preço fostes comprados. Essa declaração dá apoio ao v. 22 (conforme 6.20). Se realmente compreendêssemos de quem somos, então perceberíamos que nem mesmo a escravidão pode danificar nossa privilegiada posição em Cristo. Inversamente, até o maioral dos seres humanos é apenas um humilde servo diante de Cristo. Por conseguinte, os crentes não precisam e nem devem tornar-se "escravos dos homens".

* 7:25

Com respeito às virgens. Encontramos aqui um novo tópico, mas relacionado ao anterior, que os crentes de Corinto haviam levantado em sua carta a Paulo (Introdução: Data e Ocasião).

não tenho mandamento do Senhor. Ver nota no v. 10.

dou minha opinião. Essa linguagem sugere que os comentários que Paulo estava para fazer não são mandamentos absolutos acerca de escolhas morais certas ou erradas, mas antes, são recomendações para alguma situação em particular. Essa interpretação é confirmada pela declaração existente no v. 28, e pelas palavras de conclusão do v. 38.

* 7:26

angustiosa situação presente. Literalmente, temos aqui "a presente necessidade". Alguns estudiosos pensam que Paulo se referia a algum problema específico e incomum de Corinto. Contudo, a linguagem do v. 28 ("tais pessoas sofrerão angústia na carne") sugere uma idéia mais geral: a desagradável situação com que se defrontam todos os crentes, ao procurarem servir a Cristo na presente era maligna (Gl 1:4). Precisamos considerar esse fator quando tomamos a decisão de nos casar, embora outras considerações também devam ser conservadas em mente (vs. 6-9, nota).

* 7.29-31

o tempo se abrevia... a aparência deste mundo passa. A vida cristã deve ser vivida na percepção de que não há tempo para desperdiçar (Rm 13:11,12).

* 7.36-38

Há duas maneiras diferentes de entendermos esta passagem. Simplesmente não sabemos se Paulo se referia a homens que tinham adiado o casamento com suas noivas ("virgens"), ou a pais que não tinham permitido que suas filhas se casassem ("filha virgem"; ver referência lateral). Entretanto, a idéia principal é clara; tanto a posição dos casados como a posição dos solteiros são boas opções, embora Paulo visse um benefício particular no crente permanecer solteiro.

* 7:39

está ligada. O casamento é um compromisso pela vida inteira da pessoa.

fica livre para casar com quem quiser. Uma viúva, não menos do que as outras mulheres tratadas neste capítulo, tem a escolha de permanecer nesse estado ou de casar-se de novo. A única consideração é que se ela casar-se novamente, seu novo esposo deve ser um crente.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Coríntios Capítulo 7 do versículo 1 até o 40
7:1 Os corintios tinham escrito ao Paulo lhe expondo diferentes pergunta relacionadas com a vida cristã e os problemas da igreja. O primeiro que perguntam é se era bom casar-se. Paulo responde esta e outras questões no que subtração desta carta.

7.1ss Os cristãos em Corinto estavam rodeados de tentações sexuais. A cidade tinha reputação, até entre os pagãos, de imoralidade sexual e de prostituir a religião. É a esta classe de sociedade que Paulo enviou estas instruções sobre o sexo e o matrimônio. Os corintios necessitavam instruções especiais e específicas devido às normas imorais de sua cultura. Para maior informação a respeito dos ensinos do Paulo relacionadas com o matrimônio veja-se Efesios 5.

7.3-5 As tentações sexuais são difíceis de resistir porque apelam aos desejos normais e naturais que Deus nos deu. O matrimônio inclui, em parte, a satisfação destes desejos naturais e solidifica a relação conjugal contra as tentações. Os casais casados têm a responsabilidade de cuidar um do outro. portanto, maridos e algemas não devessem negar-se um ao outro mas sim devem satisfazer as necessidades e desejos do outro. (Veja-se também nota a 10.13.)

7.3-11 A igreja em Corinto estava alvoroçada pela imoralidade que a circundava. Alguns que estavam contra a imoralidade rechaçavam tanto o sexo como o matrimônio. Os cristãos corintios se perguntavam se deveriam fazer o mesmo, de modo que expuseram ao Paulo várias perguntas. "devido a que o sexo é pervertido, não devêssemos nos abster também do matrimônio?" "Se minha esposa não for salva, devesse procurar o divórcio?" "As pessoas solteiras e as viúvas, não devem casar-se?" Paulo respondeu muitas dessas perguntas dizendo: "por agora, mantenham-se como estão. Recebam com agrado a situação em que Deus os pôs. Não procurem casar-se ou ficar solteiros. Vivam a vontade de Deus cada dia e O lhes mostrará o que devam fazer".

7:4 Espiritualmente, quando nos convertemos em cristãos, nossos corpos pertencem a Deus já que Jesucristo nos comprou pagando o preço para nos liberar do pecado (veja-se 6.19, 20). Fisicamente, nossos corpos pertencem a nossos cônjuges, porque Deus desenhou nosso matrimônio de modo que através da união do marido e a esposa, os dois cheguem a ser um (Gn 2:24). Paulo estabelece uma total igualdade nas relações sexuais. Nem o homem nem a mulher devem procurar dominação ou autonomia.

7:7 Tanto o matrimônio como o ficar sozinho som dons de Deus. A gente não é melhor que o outro, ambos são valiosos para obter os propósitos de Deus. É importante, portanto, aceitar a situação atual de um. Quando Paulo diz que preferiria que ficassem como ele (por exemplo, solteiros), estava expressando seu desejo de que uma maior quantidade de pessoas pudesse dedicar-se completamente ao ministério sem ter que viver pressionadas pelas preocupações dos cônjuges e da família, como ele o fazia. Não estava criticando ao matrimônio; depois de tudo, é a criação de Deus, é o modo de prover companhia e povoar a terra.

7:9 A pressão sexual não é o melhor motivo para casar-se, mas é melhor casar-se com a pessoa correta que "estar-se queimando". Muitos novos crentes pensavam que todo o relacionado com o sexo era errôneo e os casais se comprometiam sem desejar casar-se. Nesta passagem, Paulo lhes está dizendo aos casais que desejavam casar-se que não devessem negar-se à prática normal do sexo evitando casar-se. Isto não significa, entretanto, que as pessoas que tenham dificuldade para automóvel controlar-se, devam casar-se com o primeiro que se os presente. É melhor enfrentar-se à pressão do desejo que ter que enfrentar-se a um matrimônio infeliz.

7:12 O mandato do Paulo quanto à permanência do matrimônio (7,10) vem do Antigo Testamento (Gn 2:24) e do Jesus (Mc 10:2-12). Sua sugestão está apoiada no mandato de Deus e a aplica à situação que estavam enfrentando os corintios. Paulo classifica o mandato como sugestão porque a gente é um princípio eterno, enquanto que o outro é uma aplicação específica. Está demais dizer, para gente que vive uma situação similar, que a sugestão do Paulo é o melhor conselho que poderia obter. Paulo era um homem de Deus, um apóstolo; e tinha a mente de Cristo.

7.12-14 Devido ao desejo de servir a Cristo, algumas pessoas na igreja de Corinto pensavam que deviam separar-se de seus cônjuges pagãos e casar-se com cristãos. Mas Paulo afirmou a indissolubilidade do matrimônio. O ideal de Deus é que os casais permaneçam unidas, mesmo que um deles não seja crente. O cônjuge cristão devesse procurar ganhar no que não o é para Cristo. Tivesse sido fácil racionalizar a separação, entretanto, Paulo faz uma defesa firme em favor da união com o não crente, adicionando que deve ser uma influência positiva no matrimônio. Paulo, como Jesus, acreditava que o matrimônio é permanente (veja-se Mc 10:1-9).

7:14 As bênções que fluem nos crentes não se detêm ali, estendem-se a outros. Deus considera o matrimônio como "santificado" (afastado para seu uso) pela presença do cônjuge cristão. A outra parte não recebe salvação em forma automática, mas é ajudada por esta relação. Os filhos de um matrimônio assim são considerados como "Santos" (porque as bênções de Deus são para a unidade familiar) até que eles tenham suficiente idade para decidir por si mesmos.

7:15, 16 Estes versículos são mal usados por alguns como uma desculpa para sair do matrimônio. Mas a declaração do Paulo foi dada para animar ao cristão a que continue com a pessoa incrédula e obtenha que o matrimônio parta bem. Se, por outro lado, o cônjuge incrédulo insiste em separar-se, Paulo diz que não deve opor-se. A única alternativa para o cristão poderia ser negar sua fé para preservar seu matrimônio e esta seria uma razão mais grave em comparação com a dissolução do matrimônio. É impossível deixar de notar que o propósito do Paulo ao escrever esta carta foi urgir que os casais casados procurassem a unidade, não a separação (vejam-se 7.17; 1Pe 3:1-2).

7:17 Aparentemente os corintios estiveram preparados para fazer qualquer mudança sem pensar nas repercussões. Paulo manifestava em seu escrito que os cristãos devessem ser tais em qualquer lugar. Você pode levar a cabo a obra de Deus e demonstrar sua fé em todo lugar. Se veio a Cristo casado e seu cônjuge não é crente, recorde que não precisa estar casado com uma pessoa cristã para viver por Cristo. Não cria que se acha no lugar equivocado, pacote à pessoa equivocada. Pode estar justo no lugar que Deus quer para você (veja-se 7.20).

7:18, 19 A cerimônia de circuncisão era parte importante da relação judia com Deus. É mais, antes que Cristo chegasse, a circuncisão foi ordenada Por Deus para todos aqueles que declaravam lhe seguir (Gn 17:9-14). Mas depois da morte de Cristo, a circuncisão não foi mais necessária (Feitos 15; Rm 4:9-11; Gl 5:2-4; Cl 2:11). Paulo diz que é mais importante agradar a Deus e lhe obedecer, que guardar as cerimônias tradicionais.

7:20 Com freqüência estamos tão preocupados com o que poderíamos estar fazendo Por Deus em alguma parte, que perdemos oportunidades onde nos encontramos. Paulo diz que quando uma pessoa se converte em cristã, quase sempre deveria continuar com o trabalho que previamente vinha desenvolvendo, contanto que não seja imoral ou antiético. Todo trabalho pode converter-se em tarefa cristã quando se toma em conta que o propósito da vida é honrar, servir e falar em favor de Cristo. Como a Deus agradou pô-lo aonde se encontra, deveria procurar cuidadosamente ali as oportunidades para lhe servir.

7:23 A escravidão era comum através de todo o Império Romano. Alguns cristãos na igreja de Corinto eram escravos. Paulo diz que até estando nessa condição eram livres do poder do pecado em suas vidas. A gente hoje é pulseira do pecado até que entrega sua vida a Cristo, o único que pode conquistar ao poder do pecado. O pecado, o orgulho e o temor não terão mais autoridade sobre nós, assim como o amo a perdia sobre os escravos vendidos. A Bíblia diz que devemos ser escravos de Cristo quando nos convertemos em cristãos (Rm 6:18), o que significa que ganhamos nossa liberdade porque o pecado já não nos controla.

7:26 Possivelmente Paulo vislumbrou a perseguição iminente que o Império Romano descarregaria contra os cristãos. E deu estes conselhos práticos porque ao ser solteiros sofreriam menos e teriam maior liberdade para dar sua vida em favor da causa de Cristo (7.29), até ao ponto de não temer morrer pelo. O conselho do Paulo revela sua devoção total à difusão das boas novas.

7:28 Muita gente pensa, equivocadamente, que o matrimônio arrumará todos seus problemas. Mencionamos alguns assuntos que o matrimônio não resolverá. (1) Solidão, (2) tentação sexual, (3) satisfação das necessidades mais íntimas, (4) eliminação das dificuldades da vida. O matrimônio só não mantém unida ao casal, mas sim o pacto: o pacto com Cristo e o pacto do um para o outro, apesar dos conflitos e os problemas. Até sendo maravilhoso, o matrimônio não resolve os conflitos e problemas. Casados ou solteiros, devemos estar contentes com nossa situação e pôr nosso olhe em Cristo, não no amor de outro, a fim de resolver nossos problemas.

7:29 Paulo urge a todos os crentes a tirar o maior proveito possível de seu tempo antes da vinda de Cristo. Cada pessoa em cada geração devesse ter este sentido de urgência no que respeita a anunciar as boas novas a outros. A vida é curta, não há muito tempo!

7.29-31 Paulo apressou aos crentes não no referente ao matrimônio, o lar ou à segurança financeira como a meta mais importante da vida. Tanto como seja possível, não devêssemos viver pressionados pelas preocupações deste mundo, hipotecas, presupostos, investimentos ou dívidas que nos impeçam de cumprir com a obra de Deus. O homem casado, como Paulo destaca (7.33, 34), tem que pensar em suas responsabilidades terrenas, mas devesse fazer todo esforço por manter-se modesto e moldável.

7.32-34 Algumas pessoas vivem muito pressionadas com a idéia de que devem casar-se. Acreditam que só vão ser completos se tiverem a seu lado ao cônjuge. Mas Paulo sublinha uma grande vantagem quanto a ficar sozinho: o potencial de uma maior concentração em Cristo e sua obra. Se você for solteiro, use a oportunidade especial para servir a Cristo com todo seu coração.

7:38 Quando Paulo diz que o solteiro faz bem, referia-se ao tempo potencial disponível para servir a Deus porque sorte pessoa tem poucas responsabilidades relacionadas mantendo uma família. O celibato, entretanto, não assegura serviço a Deus; isso fica sujeito à entrega da pessoa.

7:40 Paulo aconselha ir ao Espírito Santo, que nos guia e nos capacita, tanto a solteiros como a casados, em cumprir nossas responsabilidades.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Coríntios Capítulo 7 do versículo 1 até o 40
IV. TRATAMENTO DE PAULO DE PERGUNTAS CERTAS CRISTÃS (1Co 7:1 ). Essas perguntas devem ser inferida a partir respostas de Paulo. As perguntas são, em geral, de quatro, a saber: (1) sobre o casamento cristão, (2), relativa relacionamento dos cristãos na sociedade pagã, (3) relativo a questões e métodos de culto cristão, e (4) a respeito dos dons espirituais.

A. questões relativas casamento cristão (7: 1-40)

As questões relacionadas com o casamento cristão se dividem em duas categorias gerais. A primeira está relacionada com os direitos e as responsabilidades do casamento (7: 1-7 ), eo segundo com certos problemas específicos conjugais (7: 8-40 ).

1. Os direitos e responsabilidades do casamento (7: 1-9)

1 Ora, quanto às coisas que vos escreveu: É bom que o homem não tocasse em mulher. 2 Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. 3 O marido pague à mulher que lhe é devido, e da mesma sorte a mulher ao marido. 4 A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas o marido e da mesma sorte o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. 5 vos negueis não um ao outro, a não ser por consentimento mútuo por algum tempo, para que possais dar-vos a oração, e podem estar juntos novamente, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência. 6 Mas digo isto por meio de concessão e não por mandamento. 7 Contudo queria que todos os homens fossem como eu mesmo. Mas cada um tem seu próprio dom de Deus, um de uma maneira e outro de outra.

8 Mas eu digo, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como I. 9 Mas, se eles não têm continência, deixá-los muitos, pois é melhor casar do que abrasar.

Os cristãos de Corinto, evidentemente, tinha novamente incompreendido ensinamento de Paulo sobre a questão do sexo. Pode ser que eles pensaram que ele tinha a intenção de que todas as relações sexuais são erradas e não pertencem ao modo de vida cristão, que ele significou para ensinar que o cristianismo exigia a vida celibatária de todos os seus membros. Ele não deve ser surpreendente que, devido à moralidade sexual solta do Corinthians estes cristãos não fez distinção entre relações conjugal e ilegítima, extraconjugais, sexo legítimos. Talvez eles concluíram que Paulo queria dizer para ensinar que todas as relações sexuais é per se mal. Havia uma crença bastante difundida e prática do celibato pelo primeiro século. Embora essa forma de ascetismo parece ser o oposto direto da libertinagem descrito no capítulo 6 , na realidade, surgiu a partir da mesma noção equivocada a respeito do corpo. Ambas as escolas de pensamento considerados mal como residente em matéria e espírito como algo completamente divorciados da matéria. Portanto, os libertinos pensei que a indulgência das paixões corporais tinha nenhuma relação com ou efeito sobre o espírito do homem. Por outro lado, os ascetas pensei que desde que o corpo (ou matéria) era mau, os seus desejos e impulsos deve ser negado e, portanto, morreram de fome. Ambas as escolas realizaram o corpo em muito baixa estima. Foi demonstrado no capítulo 6 que a visão do cristã do corpo foi que ele é o templo sagrado do Espírito Santo de Deus (ver comentário sobre 6: 19-20 ).

Há certos aspectos em que ambos os pontos de vista foram bastante estreitamente relacionadas com a filosofia gnóstica de que era.

Agora Paulo se apressa para definir estas questões em perspectiva correta. Em primeiro lugar, ele prontamente concorda com a visão ascética que há certas circunstâncias em que o celibato é preferível ao casamento. Este parece ser o sentido de suas palavras, Ele é bom [embora não seja necessário, ou moralmente melhor] que o homem não tocasse em mulher (v. 1Co 7:1 ), ou não se casar e conviver. Essas circunstâncias excepcionais são estabelecidas especialmente nos versículos 8 , 26 e 32-35 e será tratado lá.Que Paulo não acreditava em geral ou ensinar o celibato para os cristãos é claro do que se segue. No verso 1Co 7:1 observações Wesley, com quase, se não completamente, uma pontinha de sarcasmo (possivelmente uma reflexão sobre o seu casamento próprio não muito feliz): " É bom para um homem -que é um mestre de si mesmo. Não tocar uma mulher , isto é, não se casar. Tão grande e muitas são as vantagens de uma única vida. "Alguns pensam que Paulo pode ter compartilhado vista de Wesley por razões semelhantes, e de circunstâncias semelhantes. Paulo em nenhum lugar ensina, no entanto, que o celibato é moralmente superior ao casamento. Enquanto ele reconhece que, para alguns o celibato é preferível, ele sempre respeita o casamento como a norma para a sociedade. Na verdade, Paulo detém uma visão tão exaltada do matrimônio e da família, como para torná-los análoga à relação de Cristo à sua Igreja (Ef 5:22 ).

Nos versículos 2:3 Paulo deixa claro que o casamento é a norma para a sociedade. Seu conselho no versículo 1 , mas é uma exceção à regra. Admitindo o ponto, como alguns detidos, que o celibato é bom para certas pessoas, o Apóstolo, no entanto, reconhece a ausência de controles internos e da consequente frouxidão moral na sociedade pagã de Corinto, e emite o comando geral de que cada homem [deve] tenha a sua própria mulher, e ... cada uma tenha o seu próprio marido. Este comando de Paulo realmente apresenta um conceito muito exaltado e padrão de casamento. Primeiro, ela reconhece um voto de casamento de ligação mútua ou acordo socialmente reconhecido. Em segundo lugar, proíbe a poligamia. Em terceiro lugar, que proíbe a poliandria. Em quarto lugar, que exclui o concubinato. Em quinto lugar, versículos 2:3 remove todos os motivos de qualquer desculpa que possa ser feita por causa de fornicação.

A situação imoral prevalente em Corinto eo fundo cultural dos cristãos ali fez castidade muito difícil para eles, e, talvez, tornou ainda mais difícil para eles convencer os pagãos que eram castos. Este tem sido um problema grave para os missionários entre os pagãos em muitos campos missionários modernos. A residência de um único missionário senhora com um casal no mesmo composto missão não raramente levou os nacionais polígamos a suspeitar que o missionário estava secretamente praticar a poligamia, ou na melhor das hipóteses concubinato. Da mesma forma os funcionários do sexo masculino nas casas de missão dos missionários senhora simples, por vezes dado origem nas mentes dos pagãos com a suspeita de coabitação sexual.

Resposta Morris ', para a acusação de alguns que Paulo apresenta uma visão muito baixo e indigno de casamento nesta passagem, é digno de nota. Ele diz:

A resposta é que ele não está expondo sua visão do estado matrimonial (conforme Ef 5:1ff ), mas lidar com uma questão específica à luz de uma situação histórica real. Conforme Calvin: ". A questão não é quanto à razão pela qual foi instituído o casamento, mas como para as pessoas para as quais é necessário '

Nos versículos 3:5 Paulo deixa claro que o casamento tem suas responsabilidades, bem como os seus privilégios. Ambos os cônjuges são pessoas individuais com seus respectivos direitos. Mas, como marido e mulher, eles também têm obrigações conjugais mútuos. O Apóstolo não impõem a obrigação de qualquer à custa do outro parceiro. Ele claramente os torna iguais enquanto pessoas. O tempo verbal (presente imperativo) faz com que essas obrigações mútuas funções habituais, como as necessidades de cada um pode exigir.

Em algumas sociedades pagãs, tais como partes da África Ocidental, os costumes proibir a coabitação do marido com sua esposa a partir do momento da gravidez conhecido até que a criança é desmamado. Isso pode ser tanto quanto três a quatro anos, como as crianças costumam ser desmamado muito tarde, devido à ausência de nutrição infantil adequada. Consequentemente esses costumes foram feitas para justificar tanto o concubinato ea poligamia. Só com grande dificuldade que os missionários foram capazes de persuadir os cristãos convertidos do improcedência dos costumes proibitivos e ajudá-los no estabelecimento de relações normais de som em lares cristãos monogâmicas.

Quando um homem e uma mulher entra na relação matrimonial, cada limita voluntariamente suas próprias liberdades e direitos pessoais, a fim de dar lugar para os direitos do outro parceiro. Mas em desistir de seus próprios direitos, ele simplesmente faz lugar para a contribuição que seu parceiro faz para seu prazer e enriquecimento pessoal. Assim, sua perda, na verdade torna-se seu maior ganho. Quando as crianças entram na casa, este processo de auto-sacrifício e partilha mútua é novamente prorrogado.

À luz do exposto, nem o marido nem a esposa tem o direito de exercer a autoridade completa e independente sobre o seu corpo. Eles têm obrigações mútuas. Nem a pessoa é completa sem a outra. Eles complementam um ao outro nas relações sexuais conjugais, como também o contrário (conforme Mt 19:5 ; Mc 10:8. ; Ef 5:31. ).

Se a partir da influência dos ensinamentos celibatários ascéticas prevalentes, ou simplesmente como uma desculpa para as relações sexuais extraconjugais, alguns em Corinto parecem ter sido violar os princípios cristãos precedentes que regulam as relações matrimoniais. Este trabalho foi o caos moral em ambas as suas casas e da igreja. Portanto, Paulo emite o comando: "Pare de privar um ao outro" (v. 1Co 7:5 ; conforme 1Co 9:5)

10 Mas, aos casados ​​mando, sim , não eu, mas o Senhor, que a mulher não aparte do marido 11 (mas deve apartar, que fique sem casar, ou então ele reconcilie com seu marido); e que o marido não deixe a mulher. 12 Mas aos outros digo eu, não o Senhor; Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, que ele não deixá-la. 13 E a mulher que tem marido incrédulo, e ele consente em habitar com ela, que ela não deixar o marido. 14 Porque o marido incrédulo é santificado pela mulher, ea mulher incrédula é santificada pelo irmão de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos. 15 Mas, se o descrente desvia, aparte-se: o irmão ou a irmã, não está sujeito à servidão em tais casos : mas Deus chamou-nos em paz.16 Pois como sabes tu, ó mulher, se tu salvarás teu marido? ou, como sabes tu, ó marido, se salvarás tua mulher? 17 Apenas, como o Senhor o distribuído a cada homem, como Deus tem chamado cada um, para deixá-lo andar. É o que ordeno em todas as igrejas. 18 Foi chamado alguém, estando circuncidado? não deixe que ele se tornar circuncidado. Foi alguém chamado na incircuncisão? não deixá-lo ser circuncidado. 19 A circuncisão é nada, ea incircuncisão nada é; mas sim a observância dos mandamentos de Dt 20:1)

Paulo dirige suas instruções a respeito do divórcio para aqueles que eram casados. O divórcio era um problema generalizado e persistente na sociedade grega e romana pagã, como se tornou na sociedade moderna ocidental, particularmente na América nas últimas décadas. Uma autoridade observa que em 1956 havia 400.000 divórcios e anulações, e cerca de 100 mil homens adicionais abandonado suas famílias sem o benefício do regime legal. Esta autoridade observa que, embora a deserção não raro ocorreu antes de 1850, o divórcio era relativamente desconhecido na América.

Paulo baseia suas instruções a respeito do divórcio diretamente nos ensinamentos do Cristo- sim , não eu, mas o Senhor (ver Mt 5:31. , Mt 5:32 ; Mt 19:3 ). Assim, Paulo está contando diretamente sobre a autoridade do ensinamento de Cristo (conforme 1Co 4:2) sobre esta matéria, ensinando com que muitos de seus leitores eram susceptíveis familiar. Suas instruções aqui dizem respeito a casamentos em que ambas as partes são crentes cristãos. Primeiro, ele ordena que a mulher não se afastar , ou ser separados, de seu marido. As mesmas instruções são entregues relativas ao marido. Ele acrescenta que, à luz das práticas atuais, que o marido não deve deixar ou o divórcio de sua esposa. Paulo omite exceção de Cristo a esta regra (em razão da prostituição, Mt 5:32. ; Mt 19:9 ).

b. O Problema da descrentes Casamento Partners (7: 12-16)

Paulo começa nesta seção sobre as relações matrimoniais com as palavras: Mas aos outros digo eu, não o Senhor (v. 1Co 7:12-A ). Assim, ele não reivindica nenhuma autoridade escrita direta de Cristo para o conselho que ele está prestes a dar (conforme v. 1Co 7:6 ). Ele acredita que o seu conselho para estar de acordo com a vontade divina, no entanto. Ele está aqui em causa com a parceria civil dos crentes com descrentes. Estes não são os casos de casamento misto subsequente às suas conversões, que ocorre dentro da igreja. São, ao contrário, os casos em que uma das partes de um casamento pagão existente foi convertido. Nós não temos nenhuma instrução das palavras de Cristo em tais casos.

No caso de um marido crente convertido cuja esposa é um descrente, mas que, por amor e devoção, e, possivelmente, para o bem das crianças nascidas com o sindicato, deseja permanecer com o marido, Paulo aconselha-o a não se divorciar dela. No versículo13, ele dá o conselho idêntica a uma esposa crente que tem marido incrédulo.

Paulo dá três razões atendíveis para o parceiro crente de permanecer com o incrédulo, se tal é possível. Primeiro, a vida justa da esposa crente vai santificar o marido. Por esta indicação Paulo não quer dizer que a fé da esposa crente em Deus responde por sua salvação, ou que ele está moralmente purificado diante de Deus pela sua fé. Em vez disso, Paulo significa, como diríamos hoje, que a sua vida é uma bênção ou uma bênção para ele. O seu exemplo serve como um lembrete constante para ele do que é certo e errado na vida e de sua responsabilidade pessoal de Deus, a quem ainda não sabe; isso é um impedimento para o mal na sua vida e, talvez, a criação de um desejo secreto de conhecer pessoalmente o Deus de sua esposa acreditando. Muito naturalmente, o mesmo princípio aplica-se quando o marido é o crente e da mulher é o incrédulo. Por sua vez, essa influência benevolente do parceiro crente se estenderá para os filhos, e eles serão levados para no temor e na admoestação do Senhor e ser o melhor para a influência dos deuses do pai acreditar. Pode ser verdade também que Paulo aqui acha da responsabilidade do pai acreditando em relação aos filhos antes de atingir a responsabilidade moral pessoal diante de Deus. Em qualquer caso, a influência benéfica da vida do partido crer é instrumental, e não substitutiva, em trazer o incrédulo à fé em Cristo. WCG Proctor se alinha claramente com esta interpretação, quando ele pergunta:

Será que eles simplesmente significar que, como Cristo é mais forte do que Satanás, para que o parceiro crente será a influência dominante na casa e trazer para ele um alto grau de santidade, de modo que, de fato, as crianças são criadas para ser santo? O presente escritor é favorável a esta ... vista. Estimula acreditando parceiros em casa evangelismo.

No caso em que o descrente deixa ou se divorcia o crente, no entanto, a relação matrimonial é dissolvido e o crente é liberto das antigas obrigações conjugais. Das palavras, "o irmão ou irmã, não está sujeito à servidão em tais casos" (ARA), Vincent diz:

Uma palavra forte, indicando que o cristianismo não tem feito o casamento um estado de escravidão para os crentes. ... O significado é claro que a deserção intencional por parte do marido ou da esposa incrédula define a outra parte livre. Tais casos não são compreendidos nas palavras de Cristo.

O princípio dominante em toda esta questão da relação de acreditar que os cônjuges infiéis é expressa em uma palavra paz. O cristianismo é uma religião de paz. Se a relação é de tal ordem que a paz com Deus e com a paz conjugal pode ser mantida, muito bem-deixá-los permanecer juntos. Se isso não puder ser realizado, então parece ser melhor que tais uniões mistas ser dissolvido. Eles não foram formados no Senhor em primeiro lugar. Também não há qualquer garantia de final, de acordo com o versículo 16 , que o crente vai se tornar instrumental em ganhar o incrédulo a Cristo. Certamente Paulo deixa claro aqui o poder determinante moral livre do indivíduo na sua aceitação ou rejeição de Cristo como seu Salvador.

c. O Problema do Estado Inalterado dos Crentes (7: 17-24)

A fé cristã é projetado para transformar pecadores em homens e mulheres justos (Rm 12:1 .; Rm 1:1 Co 5:17), mas ele não foi projetado para transplantá-las. Muitos pensaram que eles poderiam muito mais facilmente viver a vida cristã se suas circunstâncias eram apenas diferente. Na verdade, muitos esperam uma mudança de circunstâncias antes de se tornar cristãos. Talvez esse foi o problema premente de alguns dos cristãos em mau Corinto. O problema parece claramente relacionados, de fato, para a discussão anterior de crer e cônjuges incrédulos. Possivelmente ele cresceu fora de esta situação, pelo menos em parte.

O princípio que Paulo estabelece é que Cristo salva os homens e os chama para ser sua testemunha onde estão (conforme vv. 1Co 7:20 e 24 ). Cada crente deve perceber esse fato e se contente e confiante de que ele é o lugar onde Deus quer que ele seja e pode usar melhor a ele. As palavras assim deixá-lo andar são sugestivos de testemunho cristão ativo e serviço onde e como ele é. Paulo então passa a exemplificar especificamente o princípio geral.

No versículo 18 , ele adverte, com efeito: Se ele se converteram a Cristo do judaísmo (circuncidados ), que ele seja um judeu cristão e não tentar ser um cristão gentio. Mas se ele é um gentio convertido (incircunciso ), que ele seja um cristão gentio e não tentar ser um judeu cristão. Foi a atividade persistente dos judaizantes para forçar os cristãos gentios para se tornar cristãos judeus, submetendo-se à circuncisão e outras cerimônias judaicas. Paulo, apesar de um judeu cristão, era o inimigo jurado desta tentativa de legalizar o cristianismo. Ambos os cristãos judeus e gentios encontrar sua fé comum em obediência ao mandamento do amor de Deus. Os vários símbolos exteriores de sua fé são meramente secundário e, em nenhum sentido essencial, argumenta Paulo (v. 1Co 7:19 ).

O versículo 20 se limita a reiterar o princípio estabelecido no versículo 17 , para dar ênfase e esclarecimento.

Nos versículos 21:23 o apóstolo simplesmente reconhece a instituição social da escravidão, tal como existia na sociedade romana e conclamou convertido escravos para ser escravos cristãos. O escravo cristão é libertado da maior escravidão do pecado, e por isso ele é moralmente livre em Cristo- liberto do Senhor. Paulo parece dizer que a liberdade moral do escravo em Cristo é uma liberdade maior do que a do liberto que é um escravo à tirania do pecado. Em todo o caso, Paulo argumenta, todos os cristãos, libertos e escravos da mesma forma, são os escravos do amor comuns de Cristo. Assim, em Cristo libertos, escravos e senhores somos todos 1.

Se estiver dentro poder legítimo do escravo para adquirir sua liberdade física, então Paulo diz que é, naturalmente, preferível. Caso contrário, no entanto, cada homem deve aceitar a sua situação temporal, como a vontade de Deus e servi-Lo lá. Ele pertence ao Senhor em todo o caso e é livre em Cristo (v. 1Co 7:23 ).

3. problemas relativos à Unmarried (7: 25-40)

25 Ora, quanto às virgens, não tenho mandamento do Senhor: mas eu dou meu parecer, como quem tem alcançado misericórdia do Senhor para ser fiel. 26 Penso, portanto, que isso é bom por causa da angústia que é em cima de nós, ou seja, , que é bom para um homem para ser como ele é. 27 Estás ligado à mulher? não procures separação. Estás livre de mulher? Não procure mulher. 28 Mas devias te casares, não pecas; e, se a virgem se casar, não pecou. No entanto, os tais terão tribulações na carne e eu quisera poupar-vos. 29 Mas digo isto, irmãos, que o tempo está encolhida, para que, doravante, tanto aqueles que têm mulheres sejam como se não a tivessem; 30 e os que choram, como se não chorassem; e os que se alegram, como se não se alegrassem; e os que compram, como se não possuíssem; 31 e aqueles que usam o mundo, como não usá-lo ao máximo, porque a forma de (seu mundo passa. 32 Mas eu gostaria de tê-lo de estar livre de preocupações He. que não é casado cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor: 33 mas o que é casado cuida das coisas do mundo, de como agradar sua mulher, 34 e está dividido Assim também a mulher. que é solteira e virgem cuidam das coisas do Senhor, para que ela possa ser santa, tanto no corpo como no espírito;. mas ela é casado cuida das coisas do mundo, em como agradar ao marido 35 E digo isto para proveito vosso;. Não que eu possa lançar tropeços em cima de você, mas para o que é decente, e que possais atender ao Senhor, sem distração 36 Mas, se alguém pensa que ele próprio behaveth indecorosa a sua virgem filha , se ela estiver passando da de sua idade, e se for necessário para que requireth, deixá-lo fazer o que ele quiser, ele não vive pecando;. casem-se 37 Mas o que está firme em seu coração, não tendo necessidade, mas com poder no tocante à sua própria vontade, determinando-lhes isso em seu próprio coração, para manter a sua própria virgem filha , deve fazer bem. 38 De modo que aquele que dá a sua própria virgem filha em casamento faz bem; e aquele que não a dá em casamento deve fazer melhor. 39 A mulher está ligada por tanto tempo como o seu marido vive; mas se o marido morrer, ela está livre para casar com quem quiser; . somente no Senhor 40 Mas ela é mais feliz se permanecer como está, segundo o meu parecer, e eu penso que também tenho o Espírito de Deus.

Paulo agora se dirige para as duas questões ainda pendentes sobre o casamento, o que evidentemente foram levantadas pelo Corinthians. A primeira é em relação ao casamento de virgens (vv. 1Co 7:25-38 ). A segunda é em relação ao novo casamento de viúvas (vv. 1Co 7:39-40 ).

1. A união das Virgens (7: 25-38)

Primeiro, duas coisas são importante observar no versículo 25 . Paulo deixa claro desde o início que ele está expressando seu julgamento privado e não um mandamento ou revelação especial de Deus no assunto em questão. Ele considera que o seu julgamento privado é de confiança, no entanto. Em segundo lugar, por virgens Paulo se refere a mulheres solteiras, e não os homens, embora o termo é usado metaforicamente no último sentido uma vez nas Escrituras (Ap 14:4 ), não é clara. Alguns têm pensado a referência para significar uma perseguição iminente, mas existe essa perseguição é conhecido. Outros têm considerado a referência à Segunda Vinda de Cristo, mas Paulo não em outros lugares assim que fale desse evento. No entanto, outros viram nela a oposição habitual para os cristãos, mas a linguagem é muito forte para isso. Aparentemente, os Coríntios estavam enfrentando algumas circunstâncias incomuns desconhecido para nós, que mudou-se Paulo para aconselhá-los a permanecer como eram, para o presente, pelo menos.

Sob as circunstâncias incomuns, quaisquer que fossem, Paulo aconselha (v. 1Co 7:27) que o estado civil Corinthian permanecem congelados, por assim dizer. Deixe o casado manter suas casas e famílias intactas. Deixe-os solteiros permanecem como estão.

No entanto, uma vez que o Apóstolo está dando seu julgamento privado e não um comando de Deus, deve haver aqueles que são diferentes de uma mente em relação ao casamento, eles são livres para agir como acharem melhor (v. 1Co 7:28 ). Nesses casos, um homem não peca por se casar, nem um pecado ao se casar virgem. No entanto, ele adverte que eles convidam tristezas e problemas para si, seguindo o curso do casamento. Casamento implica responsabilidades e em tempos de aflição desses laços familiares pode significar desgosto grave, da qual Paulo procurou poupá-los.

Nos versículos 29:31 Paulo novamente alude ao perigo do versículo 26 . Algo de natureza grave é iminente, se ameaçado de perseguição, ou o que quer. O tempo da sua abordagem foi encurtado. Parece ser na própria porta. Por isso, os cristãos devem usar suas vestes temporais vagamente. Casos de família, noivado em lutos tristes, a preocupação com os prazeres, de envolvimento em negócios, e os assuntos temporais gerais de vida devem ser todos considerados como transitória e pronto para ser dissolvido.

Nos versículos 32:35 Paulo enfatiza ainda mais o seu desejo de devoção completa e sem distrações para o serviço de Deus. As responsabilidades do casamento e da família vai, ele pensa, inibir tal devoção. Isto é duplamente verdadeiro em tempos de aflição, razões Paulo. Este princípio é corroborada pela disposição dos governos para elaborar em serviço homens solteiros militares. Lightfoot diz: "Um homem que é um herói em si mesmo torna-se um covarde quando ele pensa de sua esposa viúva e seus filhos órfãos." A distinção que Paulo faz entre os casados ​​e os solteiros neste versículo não é moral, mas sim instrumental. O estado solteira permite a menos distrações e maior dedicação de tempo, interesse e serviço a Deus.

Os versículos 36:38 preocupação especificamente o casamento ou não-casamento de virgens.

Uma paráfrase justo do versículo 36 pode ler-se: Se entre vocês, cristãos de Corinto há qualquer homem que tem uma filha em idade de casar virgem que deseja se casar, e ele decide que ele está sendo injusto com ela, restringindo-a de casamento , muito bem, deixá-la se casar. Ele não está pecando se ele dá-lhe em casamento a seu pretendente.

Por outro lado, uma paráfrase do versículo 37 pode ler-se: Se, no entanto, um homem tem considerado todas as circunstâncias do caso e decide que ele não está tratando sua filha injustamente ocultando-a de casamento, e não está a violar qualquer moral ou obrigações legais, em seguida, é também aprovou sua decisão.

No versículo 38 Paulo resume toda esta questão, à entrega de virgens no casamento, de acordo com o seu principal ênfase ao longo do capítulo. O casamento, ou a doação de uma filha em casamento, é admissível e não pecaminosa, mas, dadas as circunstâncias incomuns (quaisquer que fossem), que se abstenham de casamento ou reter uma filha do casamento é preferível. Mais uma vez, no entanto, deve notar-se que estas são questões de opinião pessoal de Paulo e não os ensinamentos diretos ou indiretos do Senhor.

b. O Casamento de Viúvas (7: 39-40)

Uma última pergunta envolve a consideração do Apóstolo. Trata-se do segundo casamento de viúvas. Seu conselho aqui é clara e direta. Ele escreve a respeito cristãos casamentos. Exceto para a morte, o casamento cristão é, para Paulo, indissolúvel. Ele não leva em conta a única exceção a esta regra (infidelidade conjugal), que permite que Cristo, como condição para o novo casamento da parte inocente. Em caso de morte do marido, ela está livre para se casar de novo, se ela assim o desejar. Uma regra, no entanto, devem ser seguidas. Seu segundo casamento deve ser o de um homem cristão, ele deve estar no Senhor. Em sua opinião, no entanto, sob as circunstâncias ele acha que ela será mais feliz solteira. Assim, Paulo não exaltar o celibato para uma posição de superioridade moral sobre o casamento, mas ele, pessoalmente, considera mais vantajosa.

É difícil evitar a impressão de que as opiniões de Paulo sobre o casamento pode ter sido colorido em certa medida por alguma experiência pessoal infeliz em sua vida. Não há nada dogmática sobre a sua opinião final, mas ele diz que ele acha que ele fala com autoridade divina sobre estas matérias.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Coríntios Capítulo 7 do versículo 1 até o 40
Esse capítulo aborda os problemas do casamento e da família. No iní-cio do capítulo, Paulo responde às perguntas que os coríntios fize-ram na carta que escreveram a ele (veja 7:1; 8:1; 12:1; 16:1). Apesar de alguns críticos liberais moder-nos de Paulo afirmarem que ele é cruel com as mulheres em seus en-sinamentos, nada pode estar mais longe da verdade! O ministério do evangelho de Paulo fez mais para elevar a posição das mulheres do que as pessoas percebem. O cris-tianismo melhorou o destino dos trabalhadores, das mulheres e das crianças em todos os lugares por onde passou. O próprio Paulo deve ter sido casado, ou não poderia ser membro do Sinédrio judeu. (Ele de-via ser viúvo.)

Lembre-se, ao ler esse capítulo, que: (1) os coríntios eram conheci-dos por sua imoralidade e falta de padrão familiar; (2) Paulo tratava de problemas locais que podemos não enfrentar hoje; (3) era uma época de perseguição aos cristãos (v. 26). Nes-se capítulo, Paulo discute os proble-mas de três grupos de crentes.

  1. Cristãos solteiros (7:1 -9)

O versículo 8 declara: "E aos soltei-ros e viúvos". Paulo dá conselhos aos que não têm cônjuges e inicia com a afirmação de que os crentes não devem se considerar não-espirituais por serem solteiros nem espirituais de uma forma especial por serem ca-sados. Uma versão inglesa da Bíblia traduziu o versículo 1 desta forma: "É totalmente apropriado, honorável e moralmente conveniente que o homem viva em perfeito celibato". A Igreja Católica Romana ensina que o celibato representa uma forma de vida mais devota que o casamento; porém, o ensinamento de Paulo é diferente. O celibato é honorável, bem como o casamento (He 13:4). O versículo 7 afirma a noção de que Deus deu dons distintos às pessoas em relação ao casamento, a qual se assemelha ao ensinamento de nosso Senhor em Mt 19:10-40. Lembre-se que os gregos menospre-zavam o corpo e eram propensos a separar o "corpo" e a "alma" de uma forma que a Bíblia não ensina. Paulo disse-lhes que Deus lhe deu a capacidade de viver sem casamen-to e que gostaria que eles tivessem o mesmo autocontrole. Todavia, ele não diz que o celibato é mais espiri-tual que o casamento.

Contudo, há motivos para o ca-samento, e um deles é que ele evita o pecado sexual. O versículo 9 afirma: "E melhor casar do que viver abrasa- do". No versículo 2, Paulo prega, de forma clara, a monogamia. Cada ho-mem deve ter sua esposa, e cada mu-lher, seu marido. No que diz respeito aos privilégios do casamento, marido e esposa devem ter consideração um pelo outro. A falta de consideração dá oportunidade a Satanás para ten-tar um dos cônjuges, e o resultado pode ser trágico. A "incontinência" (a recusa deliberada em praticar o ato conjugal) não é necessariamente um sinal de espiritualidade. Isso pode causar conflito e pecado. Se o cris-tão não tem autocontrole, então deve se casar. Claro que Paulo não sugere que a única — ou principal — razão para o casamento é a física, pois o ca-samento edificado sobre laços físicos desmorona em pouco tempo. Nes-se capítulo, Paulo trata o casamento como um privilégio, uma bênção de Deus que enriquece a vida dos dois cônjuges.

  1. Cristãos casados com pessoas não-salvas (7:10-24)

Cristãos devem casar com cristãos ("casar [...] somente no Senhor", v. 39; e veja 2Co 6:14-47). No en-tanto, alguns coríntios foram salvos depois de casados. O que deviam fazer? Deviam abandonar seus côn-juges não-salvos? Deviam recusar o ato conjugal? E se o cônjuge não- salvo quisesse terminar o casamen-to? O conselho de Paulo é claro: per-maneça no casamento e use todas as oportunidades para tentar ganhar o cônjuge perdido. Se o cônjuge não- salvo está disposto a viver com você, permaneça no casamento e dê um bom testemunho. O cristão deve ga-nhar o cônjuge não-salvo. Os filhos desse casamento não são "impuros" (ilegítimos), como seria o caso se um judeu do Antigo Testamento se casasse com cônjuge gentio, pois os filhos dessa união não seriam aceitos na aliança. (O versículo 14 não diz que os filhos de pais cristãos nascem salvos, apenas que o casal cristão é "separado", pois Deus abençoa o não-salvo da família. Deus abençoa o perdido por causa do salvo.) En-tretanto, se o cônjuge não-salvo se recusar a permanecer com o crente, este não pode fazer nada, a não ser deixá-lo partir. "Deus nos tem cha-mado à paz." O cônjuge abandona-do tem o direito de se casar de novo? Os versículos 10:11 indicam que o ideal é tentar a reconciliação, porém o versículo 15 parece afirmar que o abandono desfaz os votos do casa-mento e, assim, o cônjuge fiel tem o direito de se divorciar e de se casar de novo. Cristo ensinou que a infide-lidade desfaz os laços matrimoniais e garante à parte inocente o direito a um novo casamento. Tenha em men-te que Paulo não recomenda a sepa-ração, apenas permite-a em certos casos. O ideal é que o cristão cum-pra suas obrigações com paciência e tente ganhar o cônjuge perdido. (Para mais conselhos sobre o assun-to, leia 1 Pe 3.)

O fato de a pessoa tornar-se cristã não muda sua posição na so-ciedade. Nos versículos 17:24, Paulo diz aos coríntios que não tentem se "desfazer" da condição deles, mas que permaneçam em seu chamado e permitam que Cristo faça as mudanças de seu jeito e em seu tempo.

  1. Pais de moças em idade de casar (7:25-40)

No versículo 25, a afirmação "Não tenho mandamento do Senhor" quer dizer apenas que Cristo não tratou desse assunto como fez com o di-vórcio (como no versículo 10, em que Paulo menciona a ordem do Se-nhor). Lembre-se que, na época de Pãulo, os pais arranjavam casamen-to para os filhos, o que não acontece hoje. Paulo levanta diversos pontos para que esses pais examinem.

  1. Um tempo de angústia (vv. 25-31)

O casamento é um assunto sério, e, além disso, os cristãos enfrentavam tempos difíceis. Essas provações não deviam provocar divórcio ou fazer com que os solteiros evitassem o casamento (v. 27), mas que ponde-rassem bem a situação presente. Às vezes, levar uma vida cristã dedica-da representa renunciar até mesmo às coisas boas do mundo.

  1. O casamento traz responsabili-dades (vv. 32-35)

Um dos motivos por que Paulo per-maneceu solteiro foi para dedicar-se totalmente ao serviço de Cristo. O chamado dele exigia muito, e ele não queria causar sofrimento a uma es-posa e a uma família por causa das exigências do Senhor que recaíam sobre ele. Temos de admirar homens como Paulo, David Brainerd, Robert Murray, McCheyne e outros que, des-sa forma sacrificial, deram tudo para Cristo, embora esse não seja o padrão para os servos cristãos. Se esses pais quissessem que suas filhas se casas-sem, então tinham de enfrentar o fato de que o casamento envolve muitos cuidados e muitas exigências.

  1. Cada caso é único (vv. 36-38)

Em relação ao casamento, é quase im-possível estabelecer regras para cada caso. Paulo adverte-os de que devem estar convencidos de coração, e não apenas seguir a multidão, ou tentar parecer espirituais em excesso.

  1. O casamento é para a vida toda; não tenha pressa (vv. 39-40)

Não se pode desfazer o casamento por causa de alguma fantasia ou ca-pricho. Muitas pessoas (mesmo al-guns cristãos) têm este pensamento: "Se o casamento não der certo, sem-pre podemos nos divorciar". Paulo diz que essa possibilidade não existe! Certifique-se de se casar "no Senhor"; isto é, certifique-se de se casar com um cristão, e de que seu cônjuge é a pessoa que Deus escolheu para você. É uma infelicidade ver vidas jovens arruinadas por um casamento irrefletido e realizado sem demora.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I Coríntios Capítulo 7 do versículo 1 até o 40
7.1 Me escrevesses. Palavras semelhantes em 7.25; 8.1; 12.1; 16.1, 12 se referem a perguntas feitas pelos coríntios. Não toque. É o ato sexual (conforme Gn 20:6; Pv 6:29). Em 1Co 7:1; He 13:4).

7.4 Poder, i.e., autoridade. Cada cônjuge pertence um ao outro.

7.5 Priveis. Defraudeis. Abstenção temporária, com consentimento mútuo e para uma finalidade boa, está certo. Assemelha-se ao jejum (cf.Ec 3:5; Os 2:16).

7.6.7 Isto. 7:2-5. Geralmente o homem deve casar-se. Paulo prefere o celibato por boas razões (29, 32,
35) e porque tem um dom (gr charísma) de Deus. O casamento exige dons também (Mt 19:10-40).

7.8,9 Solteiros e viúvos (gr viúvas). São destacados por sua situação social difícil. O Sinédrio judaico só admitia casados. Se Paulo era membro (At 26:10), é possível que fosse viúvo. O ideal: ficar livre para melhor servir a Deus (32).

7.10,11 Casados, sendo ambos convertidos. Ordeno. Termo militar. O Senhor (Mt 5:31; Mc 10:11 s; Lc 16:18). Não se separe. Não se divorcie. Paulo distingue entre os mandamentos expressos de Cristo e suas próprias instruções de igual valor, inspirados pelo Espírito (40).

7.14 Santificado. Não no sentido ético ou espiritual, mas o que resulta da conversão. O membro incrédulo recebe influência direta do Espírito Santo pela relação com o crente (cf. 1Pe 3:01ss; 14.26; 21.16).

7.17 O recém convertido geralmente não deve mudar de local ou profissão. O tem chamado, quer dizer, à conversão (18, 20, 21, 24; 1.2).

7.18,19 O que importa na vida é a obediência porque comprova a existência de amor e fé. A fé não anula a obediência: ela a confirma.
7.20,21 O evangelho pode ser vivido em quaisquer circunstâncias.
7.24 A chamada interior inclui as circunstâncias exteriores nas quais foi ouvida. Diante de Deus, i.e., em comunhão com Deus.

7.26 Angustiosa situação presente. Paulo estava escrevendo de Éfeso onde a perseguição já era forte. Ele previa que logo atingiria a igreja toda como se nota no livro do Apocalipse, em 95 d.C.

7.27,28 Crianças na família aumentariam os sofrimentos e impediriam atender perfeitamente a urgência da evangelização antes que as portas se fechassem (conforme Mt 24:19).

7.29 O tempo se abrevia. Vinda de Cristo. Nada tem importância em comparação com a necessidade de espalhar as boas novas (30).

7.31 Devemos ligar pouco para as coisas do Mundo temporário.
7:32-35 Coisas do mundo. Preocupações legítimas. Santo. Não no sentido ético, mas por ser mais disponível para Deus (Lc 10:39ss).

7:36-38 Filha (gr "virgem"). Algumas sugestões: "Filha" - não é provável, porque se o guardião não resolvesse seu caso antes de ser maior de idade, ela podia resolvê-lo. 'Solteira" - não deve ser porque seu caso se resolvera em v. 8ss. "Casamento espiritual", sem relações sexuais. A idéia foi condenada no v. 5. Interpretação mais provável um ano após o noivado oficial, o noivo teria a obrigação de sustentar a noiva. Romper a noivado exigia divórcio, o que era repugnante. O noivo recém convertido podia casar-se se a situação exigisse, ou sustentar a noiva sem se casar.

7.39 Falecer (gr dormir, At 7:60). No Senhor. Com um cristão. Os costumes de um lar pagão tornariam difícil a vida cristã.

7.40 Permanecer viúva. Conforme 7.26, 28, 34; 1 Tm 5:3-1]6. Paulo, neste v., não duvida da sua autoridade mas ironicamente combate os líderes que negaram sua autoridade em Corinto (conforme 1.1, 7; 9.1s; 12.25).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I Coríntios Capítulo 7 do versículo 1 até o 40
IV DIFICULDADES NA 6DA SOCIAL (7.1—11.1)

1) Casamento (7:1-40)
a) Pano de fundo geral (7:1-7)

Paulo agora trata de uma série de assuntos mencionados pelos corindos na carta que eles enviaram a ele, sendo o primeiro o casamento. Que Paulo era a favor do celibato, está claro (v. 1,7,8,9,27b,38b), e ele apresenta as suas razões a favor dessa posição: as circunstâncias do momento (v. 26,29), a devoção não dividida a Cristo (v. 32,34,35) e a desobrigação de algumas limitações físicas (v. 37). Reconhecendo a sua necessidade prática, Paulo aprova o casamento (v. 2), estipulando as responsabilidades mútuas de marido e esposa e a relação delas para com a sua vida espiritual (v. 5). Para melhor compreendermos o ensino de Paulo, precisamos lembrar dois fatos: (1) As práticas ascetas eram altamente valorizadas, exigindo, entre outras coisas, o celibato. Isso, provavelmente, gerou algumas perguntas na carta deles ao apóstolo, como: “E permitido casar?”. Paulo responde reconhecendo muitas vantagens do celibato, mas também mantendo a virtude do casamento (v. 2,9,28,36,38a). (2) As condições daquela época sugeriam que poderia não ser sábio casar (v. 26,29). Paulo não está, portanto, escrevendo um tratado sobre o casamento, mas está respondendo à pergunta deles no contexto das atitudes da época e das circunstâncias daqueles dias. O retrato equilibrado do conceito cristão do casamento se obtém do estudo do ensino do NT como um todo; conforme Jo 2:1-43; Ef 5:21-49; lTm 5.14; He 13:4; 1Pe 3:1-60.

v. 1. ébom que o homem não toque em mulher. Provavelmente é uma citação da carta que os coríntios enviaram a Paulo; o partido dos ascetas na igreja pode ter tomado essa posição como reação à lassidão moral da época.

“No que diz respeito a mim”, Paulo está dizendo, na verdade, “isso cairia muito bem, mas...”. Observe o seu uso repetido de ébom (recomendável, mas não moral ou intrinsecamente melhor) nessa ligação com os v. 8,26,38. v. 2. mas, por causa da imoralidade. Não reflete uma baixa estima do casamento, mas as condições morais de Corinto. Paulo é realista, e não um mero teórico. A sua atitude é definida em Ef 5:21-49. cada um [...] cada mulher..:. Uma afirmação clara a favor da monogamia, v. 3. deveres conjugais'. Lit. “dívida” (opheile). Esses deveres são compartilhados em conjunto por marido e mulher, cumprir (apodidotõ): Um imperativo presente em grego, indicando a condição normal, o pagamento mútuo de uma dívida. A mulher não é uma mera propriedade. O relacionamento é esclarecido em mais detalhes no v. 4, em que a mesma afirmação é enunciada separadamente para ambos, marido e mulher, demonstrando a sua igualdade. v. 4. não tem autoridade (ouk exousiazei)'. Eles não têm o direito de usar o seu próprio corpo como bem querem, v. 5. Não se recusem um ao outro: Pode ser traduzido por “Parem de se defraudar um ao outro”, para melhor expressar a intensidade do imperativo presente com a partícula negativa mê. Sugere que alguns casais em Corinto estavam se recusando a manter a intimidade sexual com base em ascetismo equivocado. Somente um período limitado de abstinência consentida, para devoções especiais, é permissível. E evidente, então, que a procriação não é o único propósito da relação sexual, unam-se de novo: Sugere algo bem mais freqüente, regular e íntimo, v. 6. Digo isso: Refere-se aos cinco versículos anteriores. O casamento é permitido como concessão, mas não é obrigatório para todos. v. 7. cada um tem o seu próprio dom (charisma): O casamento, assim como o celibato, é um dom especial de Deus. A mesma palavra é usada com referência aos dons do Espírito em 12:4-11.

b) Os solteiros e as viúvas (7.8,9) Agora o apóstolo trata de classes específicas, aqui dos que não têm laços matrimoniais. A orientação é uma reafirmação dos v. 1,2.
v. 8. aos solteiros (tois agamois): provavelmente é uma referência a homens — solteiros e viúvos. O caso das virgens é discutido nos v. 25-38. No entanto, Leon Morris argumenta que o termo inclui todos os que não estão comprometidos com o estado de casado. E bom que permaneçam como eu: O verbo, no aoristo, sugere uma decisão permanente e definitiva. A sugestão de que Paulo tinha sido membro do Sinédrio e, portanto, obrigatoriamente casado, é de difícil sustentação. De forma alguma é certo que ele foi membro do Sinédrio, nem se tem certeza de que todo membro do Sinédrio no período antes de 70 d.C. tinha de ser casado. Mas se Paulo alguma vez esteve casado, a essa altura ele poderia ser viúvo, ou talvez a sua esposa o tivesse deixado no momento da conversão (ela, então, estaria incluída em “todas as coisas” de Fp 3:8). v. 9 .ficar ardendo de desejo: Um verbo no tempo presente (como também não conseguem controlar-se) que indica também uma luta contínua que tornaria o crescimento espiritual impossível. Tal homem não tem o dom do celibato.

c)    Os casados (7.10,11)
Aqui os dois cônjuges são cristãos (o caso de casamentos mistos vem em seguida), e para esses o divórcio não é permitido. Se, no entanto, acontecer, outro casamento está fora de cogitação. A menção da mulher primeiro e a observação entre parênteses se referindo ao fato de ela deixar o marido sugerem que Paulo tinha em mente um caso específico.
v. 10. dou este mandamento: Uma palavra militar. Agora não há concessão (v. 6). não eu, mas o Senhor. Não simplesmente uma ordem de Paulo, mas de Cristo; conforme Mc 10:9; Lc 16:18. A cláusula de exceção de Cristo referente ao adultério não é mencionada (Mt 5:32; Mt 19:9).

d)    Casamentos mistos (7:12-16)
Alguns tinham se casado antes da conversão, e Paulo agora se dirige a eles. O cônjuge cristão não deve se divorciar do descrente que consente em manter o relacionamento matrimonial. A união é santificada, e os filhos são santos. Se, no entanto, o cônjuge descrente decidir divorciar-se, o cristão está livre para permitir isso.

v. 12. eu mesmo digo isto, não o Senhor. Ou seja, nessa situação, Paulo não pode se referir a nenhuma ordem direta de Cristo, como pôde fazer no caso anterior (v. 10,11). Mesmo assim, a sua palavra carrega a intensidade completa da autoridade apostólica, v. 14. o marido descrente é santificado por meio da mulher. Isso alivia o temor do cônjuge cristão de que o crente vai ser maculado, com base em 6.15. Mas não há nada pecaminoso no casamento em que o descrente decide permanecer com o cônjuge cristão. Essa consagração não tem nada que ver com a consagração pessoal como compreendida para o propósito da conversão e da salvação, mas de santificação do descrente para o propósito da união do casamento. Com base na analogia de “tudo o que nele tocar [no altar] será santo” (Ex 29:37Lv 6:18), assim o marido incrédulo, ao se tornar uma carne com a esposa crente, é santificado na esposa em relação ao propósito do casamento. Com base nisso, os filhos de tal casamento não são impuros (akatharta), uma palavra usada em relação à impureza cerimonial, mas aqui com o significado exatamente contrário; no que concerne ao casamento, eles são santos, isto é, puros. Portanto, não se exige do crente que se separe nem do seu cônjuge descrente nem de seus filhos, v. 15. não fica debaixo de servidão-. Parece indicar liberdade para casar de novo. Visto que o incrédulo “se retirou”, que é o significado da voz média de separar-se, já não há obrigação sobre o crente de preservar o casamento. Deus nos chamou para vivermos em paz\ Isso abarca todo o problema dos casamentos mistos. O crente não deve se envolver nas dificuldades de encerrar essa parceria, nem no conflito de tentar preservá-la contra a vontade do descrente. Aqui a submissão resulta em paz (Rm 8:28).

v. 16. como sabe...?-. Expressa a incerteza do cônjuge crente de conseguir salvar o outro ao se apegar ao casamento, apesar da determinação do parceiro em terminá-lo. Um ponto de vista exatamente oposto é defendido por Lightfoot e Findlay, expressando a esperança da salvação: “Como você sabe que não vai salvar o seu marido?” (assim também a NEB). Deve-se preferir a formulação da NVI.

e) A vida que o Senhor concede (7:17-24)
O v. 17 resume o ensino do apóstolo acerca de casamentos mistos e ao mesmo tempo apresenta um princípio geral que deve determinar as ações dos convertidos à fé cristã. Isso está definido no v. 20: Cada um deve permanecer na condição em que foi chamado por Deus, e é reafirmado no v. 24. Assim como um cônjuge crente de um casamento misto não deve buscar a dissolução da união, assim também se deve agir em relação a convertidos judeus e gentios e, sem dúvida, com escravos. Embora a sua conversão a Cristo vá produzir uma profunda mudança moral e espiritual, a sua posição social não será alterada. Nesse ambiente, devem viver para Cristo. E evidente que haverá exceções, como quando um cônjuge pagão abandona o seu casamento, ou um escravo recebe a libertação. Não obstante, o princípio continua válido: cada um deve permanecer diante de Deus na condição em que foi chamado (v. 24).

v. 17. cada um continue xtivendo (peripateitõ) na condição...-. Um imperativo presente com o significado de “continuar andando”. Há uma continuidade social com o passado. O cristianismo não tem o propósito de impor uma revolução violenta de fora para dentro, mas deve ser uma influência santificadora dentro da sociedade. A posição na vida quando o indivíduo é chamado é a que o Senhor lhe designou. Esta ê a minha ordem-. Forte autoridade apostólica. V. o mesmo uso em 11.34; Tt 1:5; At 24:23. O termo todas é enfático, v. 18,19. Não desfaça a sua circuncisão-. Deveria permanecer dentro da sociedade judaica. Remover esse sinal como judeu ou tentar procurá-lo como convertido gentio era sem sentido; os rituais “não valem nada” (Moffatt) no código cristão; conforme G1 5.2,3; At 15:1-5,19,

24,28. Judeus e gentios convertidos eram ambos necessários nos seus grupos sociais. Paulo nunca deixou de ser judeu; conforme 9.20. mandamentos de Deus-. A lei moral, compreendida em termos de G1 5.6; 6.15. v. 20.permanecer. Um imperativo presente com o mesmo significado de continue vivendo na condição no v. 17. v. 21. Esse versículo pode ser interpretado de duas maneiras: se você puder conseguir a sua liberdade, consiga-a literalmente, ou “use-a”; isso se refere ou à oportunidade de a pessoa se tornar livre, ou à oportunidade de usar sua vocação como escravo, i.e., continuar como escravo e, assim, cumprir o princípio geral de permanecer na condição em que a pessoa foi chamada. Versões em inglês como a NIV, RSV, Moffatt, Phillips e NEB e a maioria das versões em português (NVI, ARA, ARC, NTLH) adotam a primeira, que é a mais provável com base no uso do aoristo imperativo, que sugere que a pessoa aproveite a nova oportunidade, em contraste com o imperativo presente dos v. 17,20,24. v. 22. éliberto epertence ao Senhor [...] éescravo de Cristo-. O que importa não é a condição temporal, mas a condição e o relacionamento espirituais. Era disso que Paulo se orgulhava; conforme Rm 1:1; Fp 1:1; Tt 1:1. v. 23. Vocês foram comprados-. V.comentário Dt 6:20. não se tornem escravos de homens-. Não se refere à escravidão física — essa prescrição não era necessária —, mas provavelmente, à tentação de ceder às pressões sociais e religiosas, que seria algo incompatível com a sua condição de escravos em Cristo.

v. 24. cada-. Como nos v. 17,20, é enfático, destacando a responsabilidade do indivíduo.

f) As vantagens de permanecer solteiro (7:25-38)
Tendo tratado do casamento em relação a viúvas, homens não casados e aqueles já casados, Paulo agora se volta para as mulheres não casadas — virgens. O que ele escreve é em resposta às perguntas acerca das questões enviadas pela igreja em Corinto, e, sem o conhecimento dessas questões e a identidade das virgens, a tradução exata desse trecho, especialmente dos v. 36-38, deve continuar a ser tratada como conjectura. A opinião de Paulo acerca dessas mulheres jovens é influenciada consideravelmente pelos problemas atuais (v. 26), que ele define mais adiante ao dizer que o tempo é curto (v. 29). V. tb. o v. 31. Não temos conhecimento exato dessa situação, embora em certo sentido na mente de Paulo pareça estar associada aos eventos que conduzem à segunda vinda. As circunstâncias são tão críticas e precárias que, antes de tratar do caso específico das virgens, o apóstolo realça que o casamento e todos os aspectos da vida sejam conduzidos com o maior cuidado e seriedade (v. 26-31).

Nessas circunstâncias, as vantagens de continuar solteiro são evidentes. O homem ou a mulher sem outras responsabilidades estão em condições de se ocupar totalmente com as coisas do Senhor, enquanto os que se casam ficam ocupados inteiramente uns com os outros. Viver em plena consagração ao Senhor é o alvo do apóstolo (v. 32-35).

Tendo estabelecido o princípio implicado, Paulo retorna ao caso particular da jovem mulher que ele tem em mente (v. 36-38). Os problemas de interpretação são consideráveis. Enquanto os tradutores da VA e da RV tinham em mente um pai e uma fdha, a NVI e outras versões atuais os consideram um casal comprometido (v.comentário do v. 36). Embora a identidade exata dos indivíduos precise ser mantida em dúvida, a conclusão de Paulo está clara. Se o jovem se casar, faz bem, mas o que permanece solteiro faz melhor. Assim, o princípio enunciado em 7,1,2 é levado às conseqüências; naquelas circunstâncias, era melhor não casar, embora para a maioria o casamento deva ser a norma.

v. 25. Quanto às pessoas virgens (parthenoi): Termo normalmente aplicado só às mulheres, embora em Ap 14:4 seja uma referência a homens (v. p. 2245). Assim, a NVI traduz a expressão de forma não definida, pessoas virgens, para incluir homens e mulheres, e a NEB traz “celibato”. A maioria dos tradutores e comentaristas restringe o significado a mulheres não casadas, não tenho mandamento do Senhor. Indica, como no v. 12, que Cristo não deu instruções específicas, mas dou meu parecer. Não que Paulo não tenha certeza das suas opiniões (conforme v. 40). A situação não requer um mandamento, ao contrário do v. 10, pois os indivíduos incluídos precisam decidir por si entre as alternativas possíveis; conforme os v. 27,28, 35,36-38. Paulo apresenta princípios gerais de orientação, v. 26. problemas atuais-. Pode ser traduzido por “aflição atual” ou “necessidades”. A palavra é forte e é usada em Lc 21:23; Lc 21:34. Mas há uma preocupação que Paulo usa para demonstrar a vantagem de permanecer solteiro: O homem que não é casado preocupa-se [...] em como agradar ao Senhor. Esse era o grande desejo de Paulo; conforme 2Co 5:9; G1 1.10; lTs 2.4; 4:1; 2Tm 2:4. No entanto, a igualmente correta preocupação no âmbito da vida familiar — as coisas deste mundo — de satisfazer o seu cônjuge introduz um conflito em potencial de lealdades que se torna evidente em condições de estresse e crise (v. 33) — e está dividido (v. 34). Um ponto em questão: homens e mulheres solteiros invariavelmente se envolvem em trabalho missionário, enquanto homens e mulheres casados com freqüência abandonam a tarefa “por motivos familiares”.

v. 34. e está dividido (memeristai): Essa oração inclui um problema de pontuação e, portanto, de tradução, memeristai (dividido) deveria ser lido com o v. 33 ou com o v. 34? Enquanto a VA e a RV a lêem com o v. 34 (assim também, em português, a ARC), a NIV, junto com Moffatt, RSV e a NEB, como também a NVI em português, ligam memeristai à frase anterior. Há também uma série de variantes textuais que complicam a questão. A decisão é difícil, mas o sentido geral que Paulo tem em mente está claro, para serem santas no corpo e no espírito-. Refere-se à consagração, e não a realizações éticas. A mulher solteira está desimpedida das responsabilidades que caracterizam a mulher casada, v. 35. restrições-, Lit. “cabresto” ou “laço”. V. a NEB: “manter vocês em rédea curta”.

v. 36. Mas mesmo nas atuais circunstâncias Paulo vê a necessidade de alguns se casarem. O versículo obviamente responde a uma pergunta levantada pelos crentes de Corinto. A virgem (parthenos) de quem está noivo: Essa situação tem sido interpretada de três maneiras: (1) o pai e sua filha virgem (VA, RV, ARA); (2) um casal envolvido num “casamento espiritual” enquanto mantém o celibato (Moffatt e NEB); (3) um jovem e sua noiva (NVI, NTLH; mas v. tradução alternativa na nr. da NVI). De acordo com a opção (1), o pai era responsável pelo casamento de sua filha. Mas, se ele acha que está tratando “sem decoro” (ARA) a sua filha, i.e., está agindo de forma injusta ao não arranjar casamento para ela, e se ela tiver passado da “flor da idade” (é assim que algumas versões, p. ex., a ARA, traduzem hyperakmos), i.e., na idade para casar, mas cuja beleza da juventude está começando a murchar, então ele pode arranjar um casamento; “Não peca” (ARA), i.e., ela não tem o dom da abstinência (conforme v. 7). Por outro lado, “não tendo necessidade” (ARA), então ele pode mantê-la como sua filha virgem. Se (2) o “casamento espiritual” for a interpretação correta, então os v. 36,37 são traduzidos como na RSV, a não ser pelo fato de que parthenos se torna “noiva espiritual ou de celibato”. Essa prática existia no século II e foi condenada por Gipriano no século III, mas não há evidência de que tenha existido nos dias de Paulo. A terceira sugestão (RSV) traduz parthenos por a virgem de quem está noivo, e hyperakmos por está passando da idade ou “se suas paixões são fortes”. Essa interpretação, provavelmente, é a mais convincente. Nas classes sociais mais baixas das quais vinha a maioria dos membros da igreja em Corinto, o arranjo do casamento em geral era deixado por conta dos jovens interessados e não era visto como responsabilidade dos pais.

g) A viuva (7:39,40)
O novo casamento é permitido, contanto que ele pertença ao Senhor, i.e., que ela se case com um cristão, mas, como no v. 8, o apóstolo considera que ela será mais feliz se permanecer sem se casar.

v. 39. A mulher está ligada a seu marido: O casamento cristão é indissolúvel até a^morte.

v. 40. tenho o Espírito de Deus: Conforme o v. 25. O parecer de Paulo é orientado pelo Espírito. Robertson e Plummer concluem: “A preferência dada ao celibato é experimental e excepcional, para satisfazer condições excepcionais”.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 7 do versículo 1 até o 40

IV. As Dificuldades dentro da Igreja. 7:1- 15:58.

1Co 7:1; 1Co 5:1), o apóstolo volta-se agora para assuntos que surgiram na correspondência (cons. 1Co 7:1. peri de; veja Introdução). Os problemas relacionados com o casamento são os primeiros a serem examinados. O capítulo, depois de um prólogo que trata dos princípios gerais (vs. 1Co 7:1-7), contém a discussão de problemas dos casados (vs. 1Co 7:8-24) e dos solteiros (vs. 1Co 7:25-40).


Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 7 do versículo 17 até o 24

17-24. Agora o apóstolo resume, indicando que este princípio de permanecer no estado em que se encontra, é simplesmente parte de um princípio geral, que atinge todas as esferas da vida. A regra para tudo é permanecer como está quando chamado, a não ser que a profissão seja imoral. Três vezes Paulo declara o princípio (vs. 1Co 7:17, 1Co 7:20, 1Co 7:24), entremeando as declarações de princípios com duas ilustrações, uma religiosa (cons. Rm 2:28, Rm 2:29) e a outra secular. A expressão diante de Deus, que conclui a seção, enfatiza o fato de que a presença de Deus torna qualquer trabalho secular, um trabalho com Deus. Num certo sentido, então, cada cristão está ocupado em "trabalho cristão de tempo integral". À luz dos ensinamentos de Paulo aqui, não seda também uma coisa duvidosa forçar os jovens a entrarem para o serviço de tempo integral na qualidade de missionários, pastores, etc.? A coisa realmente importante para cada crente é estar dentro da vontade de Deus.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I Coríntios Capítulo 7 do versículo 1 até o 40
IV. RESPOSTAS A PERGUNTAS1Co 7:1-46) -Passa o apóstolo a responder perguntas formuladas pela igreja dos coríntios. A primeira delas diz respeito ao casamento e aos deveres recíprocos de marido e mulher. Afirma claramente ser bom o homem não tocar mulher (1). Para ele, o companheirismo que em Cristo tinha com os demais crentes satisfazia plenamente a necessidade humana de companhia, a que o casamento normalmente supre. Com efeito, ficava mais do que satisfeita, porque para o apóstolo o companheirismo cristão ou espiritual era até mesmo mais profundo do que o casamento. Contudo, reconhece que "por causa da tentação para a imoralidade" (2) existente numa cidade pagã como Corinto, havia fortes razões pelas quais seus sentimentos pessoais nessa questão deviam ser desatendidos. Paulo, aqui, não faz um conceito menos digno do matrimônio. Está escrevendo na contextura de um estado de coisas existente. O que ele diz deve ser interpretado dentro dessa contextura. Passa a dar conselho concernente ao estado matrimonial. Um homem e uma mulher ligados pelo casamento têm o dever de atentar para as necessidades um do outro. Um falso ascetismo pode realmente dar oportunidade a Satanás de levar um ou outro ao pecado. Isto vos digo como concessão (6). Na ARC se lê "por permissão". Não quer ele dizer que tem permissão, porém não mandamento, do Espírito para dizer isto; senão que sua sugestão, para que os homens e as mulheres se casem, não deve ser vista como ordem, e sim apenas como permissão. Seu verdadeiro desejo é declarado no vers. 7. Contudo aqui novamente ele observa que os homens e as mulheres têm capacidades e dons variados, de modo que ele seria o último a julgar um irmão ou a insinuar, por pouco que fosse, sua própria superioridade.

>1Co 7:9

É melhor casar do que viver abrasado (9). O apóstolo declara aqui graus de moralidade cristã-é melhor casar, porém o melhor é ficar solteiro, de modo a pessoa poder dedicar-se inteiramente a Cristo. Daí teólogos católicos terem elaborado a teoria do "padrão duplo", isto é, um padrão para os cristãos comuns, e outro para os "experimentados". O sistema monástico nasce desta concepção. O ponto de vista evangélico de Cristianismo prefere não fazer tal distinção, porque ela conduz inevitavelmente à crença de que os "religiosos" adquirem méritos, o que é contrário ao princípio básico da redenção, como compreendido pelos evangélicos. Embora não se negue que o sistema monástico tem levado alguns dos seus membros a um grau elevado de santidade e à realização de obras admiráveis por Cristo, a opinião evangélica é que, apuradas as contas, o sistema resvala para o lado oposto. O fato de a Igreja Romana ensinar abertamente haver méritos no monasticismo parece justificar a opinião evangélica sobre esta matéria. Embora não tenhamos que hesitar em dizer com Paulo que certo modo de agir é superior espiritualmente a outro, devemos evitar a sistematização e a formação de institutos de gente "superior". A discussão destes assuntos constitui o escopo da teologia moral e ascética.

>1Co 7:10

2. MANDAMENTO DIVINO CONTRA O DIVÓRCIO (1Co 7:10-46) -O apóstolo declara, em termos categóricos, que o voto do matrimônio vigora por toda a vida. E tem o cuidado de lembrar aos coríntios o ensino de Cristo sobre esta questão. A mulher não se separe do marido (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case)... o marido não se aparte de sua mulher (pensando em casar com outra). O apóstolo interpreta o ensino de nosso Senhor, portanto, como permitindo a separação, porém não o divórcio.

>1Co 7:12

3. ACERCA DE CÔNJUGES INCRÉDULOS (1Co 7:12-46) -Digo eu, não o Senhor (12). Paulo agora passa a tratar de um problema que não fora objeto de nenhum mandamento específico de nosso Senhor. Que fazer quando um cônjuge é crente e o outro ainda é pagão? Devia haver muitos casos desses em Corinto, como ocorrem hoje constantemente no campo missionário. Aconselha os cristãos a não se separarem do cônjuge incrédulo, a não ser que este voluntariamente vá embora (1Co 12:0; 1Co 15:0). Tal conselho nos impressiona de pronto, por sua caridade e espírito cristão. O apóstolo tece outros comentários: O marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos (14). Os comentadores não são acordes sobre o sentido destas palavras. Quererão dizer que o incrédulo ou a incrédula em razão de sua união conjugal com uma crente ou um crente, participa com o cônjuge fiel de uma posição de santidade diante de Deus e, além disso, que os filhos nascidos de tal união (e a fortiori, da união de dois crentes) são de algum modo santos (i. e., isentos da mancha do pecado original)? Significarão que, por serem santificadas as relações com o cônjuge inconverso, no mundo subjetivo do pensamento e vida do crente, nada há de mal em manter tais casamentos já existentes, aos quais se refere? Se as relações, dessa forma, não fossem santificadas, então os filhos, por igual, seriam uma ofensa a Deus (impuros), porém agora são santos, isto é, não há mal que lhes pegue por serem filhos de tal casamento "misto". Ou, ainda, significarão simplesmente que, por ser Cristo mais forte que Satanás, o cônjuge fiel exercerá uma influência dominadora no lar, introduzindo, neste, dose elevada de santidade, de modo que, de fato, os filhos que aí se criem são santos? Este escritor subscreve esta terceira alternativa, visto a mesma estimular os cônjuges crentes à evangelização dos seus familiares.

>1Co 7:15

Se, no entanto, o cônjuge infiel deliberar se apartar, que se aparte (15), diz o apóstolo. O vínculo matrimonial não exige do crente um esforço por conservar essas relações sob tais circunstâncias. Não há certeza de resultar daí a salvação do marido ou da esposa descrente (16). Conclui reconhecendo que se deve decidir cada caso individual à luz dos dons e da vocação recebida de Deus, de sorte que essa decisão seja tomada, por fim, entre o indivíduo e seu Senhor (17). Vejam-se os vers. 7,20 e 24 onde o mesmo pensamento aparece.

>1Co 7:17

4. É NECESSÁRIO PERMANECER NO ESTADO EM QUE FOMOS CHAMADOS (1Co 7:17-46) -Paulo ensina: cada indivíduo tem seu próprio dom ou posição na sociedade que a divina providência lhe concedeu. Deve procurar viver para a glória de Deus no lugar em que o Senhor o colocou, e não procurar ou esperar grande mudança porque se tornou cristão. E vêm como exemplos: circuncisão ou incircuncisão (18); servo (escravo) ou livre (20). A atitude cristã é permanecer a pessoa no seu estado particular, no que concerne à aparência exterior, porém permanecer nele diante de Deus (24). Isto é o que faz toda a diferença, relativamente ao sentido que o "estado" tem para a pessoa em causa. A circuncisão, por exemplo, nada é em si, nem a incircuncisão é impedimento algum. O essencial é observar os mandamentos como apresentados por Cristo (19). Outrossim, aquele que ao ser chamado era escravo, não se preocupe com isto; embora que, se lhe oferecerem liberdade, deve aproveitar-se da oportunidade. Esta questão de posição social não é o que importa. Porque o escravo cristão é espiritualmente livre em Cristo, e o livre faz-se voluntariamente servo de Cristo quando se torna crente. Por preço fostes comprados; não vos torneis escravos de homens (23). As primeiras palavras são um eco de 1Co 6:20. Uma vez que pertencem a Cristo, os crentes não mais seguem servilmente o juízo humano em assuntos que tais. O espírito cristão transcende os empecilhos terrenos, ciente de que as circunstâncias da vida estão todas sob a direção de Deus.

>1Co 7:25

3. UM PROBLEMA ESPECIAL: O CASAMENTO DE VIRGENS (1Co 7:25-46) -Existe alguma dificuldade em descobrir se Paulo se dirige aqui a pessoas casadas que se abstiveram da consumação física do casamento, ou se responde à pergunta "Devem os pais cristãos dar as filhas em casamento?" o que parece ser o sentido. Vejam se especialmente os vers. 36-38. Se a passagem for interpretada do primeiro modo a resposta é a seguinte: o homem que acha ser mais prudente casar tem toda a liberdade de fazê-lo. Se, entretanto, pode permanecer firme no seu propósito-e sua consorte também então faz melhor (38) Este escritor, no entanto, vê na passagem a resposta à pergunta atinente à responsabilidade dos pais na questão do casamento de suas filhas. Respondendo, Paulo aproveita a oportunidade de lembrar e repetir o que disse antes sobre o casamento em geral e acerca da necessidade de se glorificar a Deus naquela condição de vida em que Ele nos encontrou. Estás casado? não procures separar-te. Estás livre de mulher? não procures casamento (27). Este princípio aplica-se às mulheres tanto quanto aos homens, e nos versos seguintes é desenvolvido em sua dupla aplicação. O celibato deve ser preferido, contudo o apóstolo percebe perfeitamente que todos não receberam esse dom. Se todas as circunstâncias sugerirem que a uma filha se deve dar consentimento para casar, que se case. Todavia as que forem capazes de ficar solteiras, farão melhor (36-38).

O ensino da passagem, no seu todo, é bastante claro. Desestimula para o casamento, no interesse de maior serviço cristão. O apóstolo que, naturalmente, estava bem informado sobre como marido e mulher podiam colaborar, cada qual adornando o serviço do outro, torna claro que está exprimindo sua opinião pessoal-dou minha opinião (25) -tendo o cuidado de não ser dogmático ou de estabelecer regras fixas e rígidas. O tempo se abrevia (29), isto se refere provavelmente à esperança da volta de nosso Senhor e certamente encerra a idéia de que a oportunidade de servi-lo cedo passará. Este não é tempo de cuidar das coisas do mundo (33-34) e de dar primazia à mulher ou ao marido, como fazem as pessoas casadas. Trabalho pioneiro muitas vezes demanda sacrifícios especiais, havendo ainda tarefas, no campo missionário da atualidade, que só podem ser executadas por pessoas livres de laços ou responsabilidades de família.

>1Co 7:30

Os vers. 30 e 31 desenvolvem o pensamento de que aqueles que servem ao Reino devem se desvencilhar de cuidados e ambições mundanas. Choramos por causa de perdas ou contrariedades. Alegramo-nos porque de alguma forma alcançamos êxito. Compramos e acumulamos conforto e riqueza para nós mesmos. De todas estas maneiras demonstramos que nossas afeições estão postas em coisas da terra. A ordem de Paulo, aqui, é exatamente a mesma que foi dada aos cristãos de Colossos: "Pensai nas coisas lá do alto" (Cl 3:2). Os valores e qualidades espirituais é o que de fato perdura. A aparência deste mundo passa (31), todas aquelas coisas exteriores em que tanto nos interessamos.

A seção conclui respondendo outra pergunta a respeito de novo casamento das viúvas. Enquanto o marido vive, a mulher está ligada a ele. É esta a posição legal, e presumivelmente se estende ao caso da separação sugerida no vers. 15. Mas, se o marido morre, a mulher fica livre para casar de novo. Contudo, mesmo assim, não se deve precipitar. Seu novo casamento deve ser feito no Senhor (39). E no entender de Paulo, não somente será ela mais feliz evitando novo consórcio, porém ele dá este conselho como quem está convencido de que isto é o que o Espírito Santo quer que ele ensine.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de I Coríntios Capítulo 7 do versículo 1 até o 40

16. Casar ou não casar ( I Coríntios 7:1-7 )

Ora, quanto às coisas que me escrevestes, é bom que o homem não tocasse em mulher. Mas por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. O marido deve cumprir seu dever para com a sua mulher, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido; e da mesma sorte o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Pare de privar um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo que você pode dedicar-se à oração, e se reúnem novamente para que Satanás não tentá-lo por causa de sua falta de auto-controle. Mas digo isto por meio de concessão e não por mandamento. No entanto, eu gostaria que todos os homens fossem como eu mesmo sou. No entanto, cada homem tem seu próprio dom de Deus, um deste modo, e outro em que. ( 7: 1-7)

Os capítulos 7:11 de 1 Coríntios compreendem respostas de Paulo para questões práticas sobre o qual os crentes de Corinto ele tinha escrito ( 7: 1 ), em uma carta provavelmente entregues por Estéfanas, Fortunato e Acaico ( 16:17 ).

A primeira dessas questões tinham a ver com o casamento, uma área em que o Corinthians teve problemas sérios. Tal como acontece com os seus muitos outros problemas, muito do seu problema conjugal refletia a sociedade pagã e moralmente corrupto em que viviam e da qual eles não tinham totalmente separadas. Sua sociedade tolerado fornicação, adultério, homossexualidade, poligamia, e concubinato.Juvenal (60-140 AD ), o poeta romano, escreveu sobre as mulheres que rejeitaram seu próprio sexo: eles usavam capacetes, prazer em atos de força, e com os seios expostos de suínos, com lanças caçados.Ele também disse que eles usavam os seus véus de noiva com tantos casamentos.

Sob a lei romana e os costumes daquela época, eram praticadas quatro tipos de casamento. Os escravos geralmente eram considerados bens móveis subumanas. Se um homem e uma mulher escrava queria se casar, eles podem ser autorizados a viver juntos no que foi chamado de contubernium , o que significa "tenda companheirismo." O arranjo durou apenas enquanto o proprietário permitido. Ele era perfeitamente livre para separá-los, para providenciar outros parceiros, ou para vender um ou o outro. Muitos dos primeiros cristãos eram escravos, e alguns deles tinham vivido, talvez ainda viviam-in esse tipo de relação conjugal.

Um segundo tipo de casamento foi chamado usus , uma forma de união de facto que reconheceu um casal para ser marido e mulher, depois de terem vivido juntos por um ano. Um terceiro tipo era o coemptio em manum , em que um pai iria vender sua filha para um futuro marido.

O quarto tipo de casamento foi muito mais elevada. A classe de Patrícia, a nobreza, casaram-se em um serviço chamado o confarreatio , em que a cerimônia de casamento cristão moderno é baseado. Foi adotado pela Igreja Católica Romana e usado com certas modificações cristãos-vinda, com pouca mudança, em protestantismo através da Reforma. A cerimônia inicial envolveu a participação de ambas as famílias nos arranjos para o casamento, uma matrona para acompanhar a noiva e um homem para acompanhar o noivo, troca de votos, o uso de um véu de noiva, a doação de um anel (colocado no o terceiro dedo da mão esquerda), um bouquet de noiva, e um bolo de casamento.

No império romano do dia divórcio de Paulo era comum, mesmo entre aqueles casados ​​sob o confarreatio . Não era impossível para os homens e mulheres de ter sido casada 20 vezes ou mais. Um movimento feminista ativa e vocal também se desenvolveu. Algumas esposas competiu com seus maridos no mundo dos negócios e até mesmo em feitos de força física. Muitos não estavam interessados ​​em ser donas de casa e mães, e até o final dos primeiros casamentos sem filhos do século eram comuns. Tanto os homens como as mulheres estavam determinados a viver suas próprias vidas, independentemente de votos de casamento ou compromissos.

A igreja primitiva tinha membros que viveram juntos, e ainda viviam juntos, em todas as quatro arranjos de casamento. Teve também aqueles que tiveram vários casamentos e divórcios. Não só isso, mas alguns crentes tinha chegado a noção de que ser solteiro e celibatário era mais espiritual do que ser casado, e eles desacreditado casamento inteiramente. Talvez alguém estava ensinando que o sexo era "não espiritual" e deve ser completamente abandonado.
A situação era difícil e complicado até mesmo para os cristãos maduros. Para Corinthians imaturos foi especialmente confuso. A grande pergunta era: "O que vamos fazer agora que estamos crentes que devemos ficar juntos como marido e mulher, se nós dois somos cristãos deveríamos se divorciar, se nosso cônjuge é um descrente Devemos tornar-se ou manter-se, única???? " O caos de possibilidades conjugais posou perplexidades inumeráveis, que Paulo se aproxima nesta seção da carta.
Nos sete primeiros versículos do capítulo 7 Paulo começa com a questão da unicidade. Ele ensina que o celibato é bom, que ele pode ser tentador, que é errado para as pessoas casadas, e que é um dom de Deus.

O celibato é bom

Ora, quanto às coisas que me escrevestes, é bom que o homem não tocasse em mulher ( 7: 1 )

Para tocar uma mulher era um eufemismo comum entre os judeus para o intercurso sexual. A frase é usada nesse sentido em passagens como Gn 20:6 ). Todas as pessoas precisam de companhia e Deus casamento ordenado para ser, entre outras coisas, os meios mais gratificantes e ordinárias da companhia. Deus permitiu a singeleza e não precisaram de casamento para todos sob a Antiga Aliança, mas a tradição judaica não só olhou sobre o casamento como o estado ideal, mas olhou em singeleza como desobediência da ordem de Deus para "Sede fecundos e multiplicai-vos e enchei a terra" ( Gn 1:28 ).

É possível que, como resultado disso, alguns dos judeus cristãos de Corinto estavam pressionando os crentes gentios solteiras a se casar. Alguns dos gentios, por outro lado, talvez por causa de experiências passadas que tiveram, estavam inclinados a permanecer solteira. Como os judeus tinham feito com o casamento, aqueles gentios, reagindo ao pecado sexual de seu passado, veio a olhar sobre o celibato não só como o estado ideal, mas o Estado só verdadeiramente piedosa. Paulo reconhece que solteiro é bom , honrado e excelente, mas ele não suporta a alegação de que se trata de um estado mais espiritual ou que é mais aceitável a Deus do que o casamento.

O celibato é tentador

Mas por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. ( 7: 2 )

Mas por causa da prostituição não implica que cada membro da igreja de Corinto era imoral, embora muitos deles eram. Paulo está falando do perigo de prostituição para aqueles que são solteiros. Porque desejo sexual está por cumprir e pode ser muito forte, há uma grande tentação de imoralidade sexual para aqueles que não são casados, especialmente em sociedades-tais como o de Roma antiga e da nossa própria onde licença sexual é praticado livremente e glorificado.

O casamento não pode ser reduzido simplesmente a ser válvula de escape de Deus para o desejo sexual. Paulo não sugerem que os cristãos sair e encontrar outro cristão a se casar só para não ficar no pecado moral. Ele tinha uma visão muito maior de casamento do que isso (ver Ef 5:22-23. ). Seu objetivo aqui é enfatizar a realidade das tentações sexuais de singeleza e reconhecer que eles têm uma saída legítima em casamento. Portanto, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido .

Escritura dá inúmeras razões para o casamento. Em primeiro lugar, o casamento é para a procriação. Deus ordenou a Adão e Eva "Sede fecundos e multiplicai-vos" ( Gn 1:28 ). Deus quer que a humanidade se reproduzir. O casamento é também para o prazer. Provérbios fala de ser de um homem "alegre sempre" com a esposa da sua juventude ( 5: 18-19 ), e Cantares de Salomão gira em torno das atrações físicas e prazeres do amor conjugal. O casamento é uma parceria. A mulher foi criada para o homem ser "uma ajudadora idônea" ( Gn 2:18 ). Amizade entre marido e mulher é um dos principais ingredientes de um bom casamento. O casamento é uma imagem da igreja. Os maridos devem ter autoridade sobre e amar suas esposas como Cristo tem autoridade sobre e ama a Igreja ( Ef. 5: 23-32 ). E o casamento é para a pureza. Ele protege contra sexual imoralidade , respondendo à necessidade de realização física.

Embora o celibato é bom, não é superior ao casamento, e tem perigos e tentações que o casamento não tem.

O celibato é errado para Pessoas casadas

O marido deve cumprir seu dever para com a sua mulher, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido; e da mesma sorte o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Pare de privar um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo que você pode dedicar-se à oração, e se reúnem novamente para que Satanás não tentá-lo por causa de sua falta de auto-controle. ( 7: 3-5 )

Que o celibato é errado para os que são casados ​​deve ser uma verdade óbvia, mas não era óbvio para alguns dos crentes de Corinto. Por causa de sua crença errônea na superioridade espiritual de abstinência sexual total, cerca de membros na igreja praticou mesmo dentro do casamento. Alguns maridos excesso de zelo aparentemente tinha decidido se diferenciam totalmente para Deus. Ao fazê-lo, no entanto, que esqueceram ou até mesmo negado suas responsabilidades para com suas esposas, especialmente na área de relações sexuais. Algumas esposas tinha feito a mesma coisa. A prática de privação provavelmente era mais comum quando o cônjuge não era um crente. Mas Paulo aplica seu comando para todos os casamentos, como resulta dos vv. 10-17 . Crentes casados ​​não são sexualmente privar seus cônjuges, com ou sem o cônjuge é um cristão.

O apóstolo não fez nenhuma exceção à instrução que o marido cumprir seu dever para com a sua mulher, e da mesma sorte a mulher ao marido . Deus tem todo o casamento para ser sagrado e Ele tem relações sexuais entre marido e mulher, não só para ser sagrado, mas adequada e até mesmo obrigatório. Paulo deixa claro que as relações físicas dentro do casamento simplesmente não são um privilégio e um prazer, mas uma responsabilidade. Maridos e esposas têm o dever de dar satisfação sexual entre si. Não há distinção entre homens e mulheres. O marido não tem mais direitos a este respeito do que a mulher.

No versículo 4 Paulo reforça a mutualidade de obrigação. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido; e da mesma sorte o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher . Deus honra o desejo sexual e de expressão dentro do casamento. Na verdade, o fracasso para os maridos e esposas cristãos a submeter sexualmente a autoridade de seus cônjuges traz desonra a Deus, pois desonra casamento.

O tempo presente de exousiazei ( tem autoridade sobre ) indica uma declaração geral que sempre é verdade. Autoridade mútuo dos cônjuges sobre os corpos uns dos outros é contínua; que dura durante todo o casamento. Nos reinos normais da vida, o corpo de um cristão é a sua própria, para cuidar e usar como um dom de Deus. E no mais profundo sentido espiritual, é claro, que pertence inteiramente a Deus ( Rm 12:1 , Jl 2:16 )

A necessidade de perdão foi tão grande que até mesmo as noivas e os noivos foram a deixar suas câmaras nupciais para participar luto nacional e penitência.

Quando Jesus Cristo voltar, Ele vai "derramar sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito de graça e de súplicas, para que eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, o ... terra se lamentarão, cada família, por si só, a família da casa de Davi, por si só, e suas mulheres à parte "( Zc 12:10. , Zc 12:12 ). Relações matrimoniais serão abandonados durante esse período de luto.

Mas quando essas necessidades espirituais urgentes são passado, relações conjugais normais são para continuar. Maridos e esposas são, então, a se unir novamente .

A razão para voltarem juntos é explícito: para que Satanás não tentá-lo por causa de sua falta de auto-controle . Quando o tempo de oração concentrada é longo, desejos normais e tentações vai voltar, muitas vezes com maior intensidade. Satanás sabe que os cristãos podem ser especialmente vulneráveis ​​após uma experiência de montanha. Nossas defesas estão aptos a ser baixo e nosso orgulho pode ser para cima. Ou, por causa da experiência, podemos simplesmente não têm o desejo de sexo por um tempo depois. O nosso cônjuge, por outro lado, especialmente se ele ou ela não tenha participado da oração, podem ter desenvolvido uma particularmente forte desejo durante a separação. Como se proteger contra cair em tentação nós mesmos, ou de causar o nosso parceiro de casamento cair em tentação, as relações sexuais são para retomar imediatamente.

A menos que seja por mútuo consentimento, por uma necessidade oração específica e por um breve período de tempo, a abstinência sexual pode se tornar uma ferramenta de Satanás. Nunca é para ser usado como pretexto para a superioridade espiritual ou como um meio de intimidar ou manipular o cônjuge. O amor físico é para ser uma experiência normal e regular compartilhada por ambos os cônjuges da mesma forma, como um dom de Deus.

O celibato é um presente

Mas digo isto por meio de concessão e não por mandamento. No entanto, eu gostaria que todos os homens fossem como eu mesmo sou. No entanto, cada homem tem seu próprio dom de Deus, um deste modo, e outro em que. ( 7: 6-7 )

Eu não acredito que concessão é a melhor tradução. O grego ( sungnōmē ) significa "a pensar a mesma coisa que alguém, para ter um parecer conjunto, um pensamento comum ou compreensão." Também pode significar "a consciência." Mas digo isto remete para o que acaba de ser dito a respeito do casamento. Eu acho que Paulo estava dizendo que ele estava ciente da bondade de ser solteiro e celibatário, mas ciente também dos privilégios e responsabilidades do casamento. Seus comentários foram não entende como um comando para cada crente para se casar. O casamento foi instituído por Deus e é a norma para as relações homem-mulher, e isso é uma grande bênção para a humanidade. Mas não é necessário para os crentes ou para qualquer outra pessoa. Seu ponto era: Se você é único que é bom, e se você é casado ou se casar, ficar casado e manter relações conjugais normais, para que é de Deus. Espiritualidade não é determinado pelo status marital.

Em certo sentido, Paulo desejava que todos os crentes poderiam ser solteira, como eu mesmo sou . Ele disse que, à luz da grande liberdade e independência que tinha como uma única pessoa para servir a Cristo. Mas ele não esperava que todos os crentes a serem solteiros. Ele não esperava que todos os que foram, então, único a ficar solteiro. E para aqueles que já foram casados, seria errado a viver como se fossem solteiros, para se tornar o celibato enquanto casada.

Embora o celibato é bom para os cristãos que não são casados, é um dom de Deus que Ele não dá a cada crente. Assim como é errado abusar um dom que temos, também é errado tentar usar um presente não temos. Para uma pessoa que não tem o dom do celibato, tentando praticar traz frustração moral e espiritual. Mas para aqueles que tê-lo como dom de Deus, singeleza, como todos os Seus dons, é uma grande bênção.

A atitude entre os cristãos hoje sobre singeleza, no entanto, muitas vezes é como a de tradição judaica nos dias de Paulo. Ele é visto como uma condição de segunda classe. "Não é assim", diz o apóstolo. Se singeleza é dom de Deus a uma pessoa, que é a vontade de Deus para que a pessoa a aceitar e exercer o dom. Se essa pessoa é submissa a Deus, ele pode viver no celibato toda a sua vida em perfeito contentamento e felicidade.
Obviamente, singeleza tem muitas vantagens práticas. Ele permite muito mais liberdade em onde e como uma pessoa serve ao Senhor. Ele está mais livre para se movimentar e definir seus próprios horários.Como Paulo aponta mais tarde neste capítulo, as pessoas casadas têm muitos cuidados e preocupações que os solteiros não têm ( vv. 32-34 ).

Rachel São serviu como um único missionário entre os índios Aucas do Equador por muitos anos sem companheirismo. Ela derramou a sua vida e seu amor para os índios e encontrou grande bênção e realização.

Jesus disse aos discípulos em uma ocasião, "Nem todos podem aceitar esta declaração, mas só aqueles a quem foi dado Porque há eunucos que nasceram assim do ventre da mãe;. E há eunucos que foram castrados pelos homens;. e também há eunucos que fizeram eunucos por amor do reino dos céus Ele que é capaz de aceitar isso, deixe que ele aceitá-la "( Mt 19:12 ).

Jesus e Paulo deixam claro que a vida celibatária não é exigida por Deus para todos os crentes e que pode ser vivida de forma satisfatória apenas por aqueles a quem Deus deu a ele.

Cada homem tem seu próprio dom de Deus, um deste modo, e outro em que . Nosso objetivo deve ser o de descobrir os dons que Ele nos deu e para usar esses dons com fidelidade e alegria em seu serviço, sem qualquer inveja ou depreciar os presentes que nós não temos.

17. Orientações divinas para o casamento ( I Coríntios 7:8-16 )

Mas eu digo, aos solteiros e às viúvas que é bom para eles, se eles ficarem como eu Mas se eles não têm auto-controle, casem-se; pois é melhor casar do que abrasar. Mas, aos casados, dar instruções, e não eu, mas o Senhor, que a mulher não deve deixar o marido (mas se ela não sair, que fique sem casar, ou que se reconcilie com seu marido), e que o marido não deve enviar a sua esposa de distância. Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, que ele não mandá-la embora. E uma mulher que tem marido incrédulo, e ele consente em habitar com ela, que ela não enviar o seu marido embora. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, ea esposa incrédula é santificada pelo marido crente; pois de outra forma os seus filhos seriam imundos; mas agora são santos. No entanto, se o descrente vai embora, deixá-lo sair; o irmão ou a irmã, não está sujeito à servidão, em tais casos, mas Deus chamou-nos para a paz. Para saber como você sabe, ó mulher, se salvarás teu marido?Ou, como você sabe, ó marido, se salvarás tua mulher? ( 7: 8-16 )

Nos Estados Unidos, hoje quase todos os outros casamento termina em divórcio. Há quase tantos divórcios os casamentos por ano. Amor hoje é alto aclamado e procurado, mas não é muito evidente, até mesmo dentro de casamentos.

Problemas conjugais não são exclusivos para os tempos modernos. Eles têm ocorrido ao longo da história, e foram galopante nos tempos do Novo Testamento no império romano. Como seria de esperar, a igreja em Corinto foi severamente afetada. Como já foi referido, é ao casamento e alguns dos problemas relacionados a ela que o sétimo capítulo de 1 Coríntios é dedicado. Aqui, Paulo lida com os equívocos graves e mau comportamento dos crentes de Corinto em conta a singeleza, o celibato e casamento. Em versos 1:7 , ele estabelece o princípio geral de que o casamento é a norma para os cristãos, mas que de solteiro como um dom especial de Deus é bom.

Em versículos 8:16 Paulo aplica essa verdade básica para quatro grupos de crentes: (1) aqueles que são casados ​​anteriormente; (2) aqueles que são casados ​​com crentes; (3) aqueles que são casados ​​com incrédulos e que querem permanecer casado; e (4) aqueles que são casados ​​com incrédulos e que querem deixar o casamento. Na primeira situação, Deus oferece uma opção; nos outros três Ele não.

Diretrizes para únicos cristãos

Mas eu digo, aos solteiros e às viúvas que é bom para eles, se eles ficarem como eu Mas se eles não têm auto-controle, casem-se; pois é melhor casar do que abrasar. ( 7: 8-9 )

Estes versos responder à pergunta: "Se aqueles que se casaram e se divorciaram antes de se tornarem cristãos se casar de novo?" Sem dúvida que foi uma questão-chave na igreja de Corinto. Antigamente as pessoas casadas veio a salvação em Cristo e perguntou se eles já tinham o direito de se casar com outra pessoa. A resposta de Paulo aqui é exclusivamente equipada para aqueles que querem conhecer as suas opções.
solteiros e viúvas são as duas categorias de pessoas solteiras mencionados aqui, mas há uma terceira categoria de pessoas solteiras ("virgens"), indicado no versículo 25 . Entender as diferenças em relação a estes três grupos é essencial. "Virgins" ( parthenoi ) claramente se refere a pessoas solteiras que nunca foram casados. Viúvas ( chērais ) são pessoas solteiras que anteriormente eram casados, mas foram cortadas a partir dessa relação com a morte do cônjuge. Isso deixa a questão da solteira . Quem são eles?

O termo não casados ​​( agamos , de "o casamento, ou união," com o prefixo negativo a) é utilizado apenas quatro vezes no Novo Testamento, e todos os quatro são neste capítulo. Precisamos ir em nenhum outro lugar para a compreensão deste termo chave. Versículo 32 usa-lo de uma forma que dá poucas pistas quanto ao seu significado específico; ele simplesmente se refere a uma pessoa que não é casado. O versículo 34 usa-lo de forma mais definitiva: "a mulher que é solteira e virgem." Assumimos Paulo tem dois grupos distintos em mente: quem são os solteiros, eles não são virgens. O versículo 8 fala com "assolteiras e às viúvas , "assim, podemos concluir que os solteiros não são viúvas. A visão mais clara vem na utilização do termo em versos 10 e 11 : "a mulher não deve deixar [o divórcio] seu marido (mas se ela não sair, que fique sem casar ....)". O termo solteira indica aqueles que eram casada anteriormente, mas não são viúvas; pessoas que estão agora único, mas não são virgens. A solteira mulher, portanto, é uma mulher divorciada.

Paulo está falando com as pessoas que estavam divorciados antes de vir para Cristo. Eles queriam saber se eles tinham o direito de se casar. Sua palavra a eles é que é bom para eles , que estão agora livres de casamento para ficarem como eu . Por que a declaração Paulo afirma que ele era casado anteriormente. Porque o casamento parece ter sido necessária para os membros do Sinédrio, a que Paulo pode ter pertencido, porque ele tinha sido tão devotamente comprometido com a tradição farisaica ( Gl 1:14 ), e porque ele se refere a alguém que poderia ter sido a sua a mãe da mulher ( Rm 16:13 ), podemos assumir que ele já foi casado. Sua declaração aqui para os confirma anteriormente casados ​​que- assim como eu . É provável que ele era viúvo. Ele não se identifica com as virgens, mas com solteiros e às viúvas, ou seja, com o ex-casados.

O ponto é que aqueles que são solteiros, quando convertidos a Cristo deve saber que ele é bom para eles para ficar desse jeito. Não há necessidade de apressar-se em casamento. Muitos cristãos bem-intencionados não se contentam em deixar as pessoas permanecer solteira. A vontade de bancar o cupido e matchmaker pode ser forte, mas crentes maduros devem resistir a ela. O casamento não é necessário ou superior a singeleza, e que limita algum potencial para o serviço a Cristo ( vv. 32-34 ).

Uma das mais belas histórias associadas com o nascimento e infância de Jesus é o de Anna. Quando Maria e José levaram o menino Jesus ao templo para apresentá-lo ao Senhor e para oferecer um sacrifício, a profetiza Ana reconheceu Jesus como o Messias. Assim como Simeão tinha feito um pouco antes ", ela se aproximou e começou a dar graças a Deus, e falou a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém." Seu marido tinha vivido apenas sete anos depois de seu casamento, e ela tinha uma vez que ficou viúva. Com a idade de 84 ela ainda estava servindo fielmente o Senhor, em Sua Templo ", servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações" ( Lucas 2:21-38 ). Ela não olhou em seu lote como inferior e certamente não tão sem sentido. Ela tinha o dom do celibato e usou-o com alegria na obra do Senhor.

Mais tarde, no capítulo Paulo aconselhou os fiéis a permanecer como estavam. Ficar só não estava errado, e tornando-se casado ou permanecer casado não estavam errados. Mas, "tendo em conta a presente aflição" os crentes de Corinto estavam experimentando, parecia muito melhor para ficar como estavam ( 7: 25-28 ).

Se, no entanto, um único crente que não tem auto-controle , a pessoa deve procurar se casar . Se um cristão é único, mas não tem o dom do celibato e está sendo fortemente tentado sexualmente, ele ou ela deve prosseguir casamento. Casem no grego está no imperativo aoristo, indicando um comando forte. "Casar", diz Paulo, pois é melhor casar do que abrasar . O meio termo "para ser inflamado", e é melhor entendida como referindo-se a paixão forte (cf. Rm 1:27 ). Uma pessoa não pode viver uma vida feliz, muito menos servir ao Senhor, se ele está continuamente queimando com desejo sexual, mesmo que o desejo nunca resulta em imoralidade real. E em uma sociedade como a de Corinto, ou o nosso, em que a imoralidade é tão prevalente e aceito, é especialmente difícil não sucumbir à tentação.

Eu acredito que uma vez que um casal cristão decide se casar devem fazê-lo muito em breve. Em um dia de padrão de vida inferior, a liberdade de expressão, e suggestiveness constante, é extremamente difícil para se manter sexualmente puro. Os problemas práticos de um casamento precoce não são quase tão grave quanto o perigo de imoralidade.

Decidir sobre o casamento, obviamente, é mais difícil para a pessoa que tem fortes desejos sexuais, mas que não tem nenhuma perspectiva imediata para um marido ou esposa. Nunca é a vontade de Deus para os cristãos a se casar com os incrédulos ( 2Co 6:14 ), mas também não é direito apenas para se casar com a primeira crente que vai dizer sim. Embora possamos quer muito se casar, devemos ter cuidado. Fortes sentimentos de qualquer tipo tendem a julgamento maçante e fazer um vulneráveis ​​e descuidado.

Há várias coisas que os cristãos neste dilema deveria fazer. Em primeiro lugar, eles não deveriam simplesmente buscar a se casar, mas deve procurar uma pessoa que pode amar, confiança e respeito, deixando o casamento veio como uma resposta a esse compromisso de amor. As pessoas que simplesmente querem se casar por causa de se casar correr um grande risco de se casar com a pessoa errada. Em segundo lugar, é bom estar atento para a "pessoa certa", mas a melhor maneira de encontrar a pessoa certa é a de ser a pessoa certa. Se os crentes estão bem com Deus e é a Sua vontade para eles para se casar, ele enviará a pessoa-e direita nunca tarde demais.

Em terceiro lugar, até que a pessoa certa é encontrado, a nossa energia deve ser redirecionada de uma forma que será o mais útil para manter nossas mentes fora da tentação. Dois dos melhores caminhos são serviço espiritual e atividade física Devemos evitar de ouvir, olhando, ou estar perto de tudo o que reforça a tentação. Devemos programar nossas mentes para se concentrar apenas no que é bom e útil.Devemos ter um cuidado especial para seguir as instruções de Paulo em Filipenses: "Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é certo, o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma excelência e se alguma coisa digna de louvor , deixe sua mente me debruçar sobre essas coisas "( 4: 8 ).

Em quarto lugar, devemos compreender que, até que Deus nos dá a pessoa certa, Ele lhe dará força para resistir à tentação. "Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além do que você é capaz, mas com a tentação, vos proverá livramento, de que você pode ser capaz de suportar" ( 1Co 10:13 ).

Finalmente, devemos dar graças ao Senhor para a nossa situação e ser conteúdo nele. Salvação traz o amanhecer de um novo dia em que o casamento "no Senhor" ( v. 39 ) é uma opção.

Orientações para os cristãos Casado com outros cristãos

Mas, aos casados, dar instruções, e não eu, mas o Senhor, que a mulher não deve deixar o marido (mas se ela não sair, que fique sem casar, ou que se reconcilie com seu marido), e que o marido não deve enviar a sua esposa de distância. ( 7: 10-11 )

Sem distinção é feita quanto ao tipo de casamento envolvido. Como visto no capítulo anterior, pelo menos quatro arranjos conjugais eram praticados em que a partir da lei comum variando-dia usus ao nobreconfarreatio . Para os casados ​​covers cada tipo. Que ambos os parceiros do casamento em vista aqui eram cristãos resulta do Paulo de dar-lhes instruções (que ele nunca deu para os incrédulos) e do fato de que em versos 12:16 ele lida especificamente com os casamentos em que apenas um dos parceiros é um crente.

Para que não haja qualquer dúvida quanto à fonte do ensinamento aqui, o apóstolo acrescenta, não eu, mas o Senhor . Jesus havia ensinado a verdade durante Seu ministério terreno. Citando Gn 2:24 , Jesus disse: "Por esta razão, o homem deixará seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne", e, em seguida, acrescentou: "Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem "(Mateus 19:5-6. ). Em resposta à pergunta dos discípulos, Jesus explicou que Deus permitiu a Moisés que permite o divórcio só por causa de seus povos '"dureza de coração" ( vv. 7-8 ), e que era permitido apenas em caso de adultério ( Matt. 5: 31-32 ). "Eu odeio o divórcio", declarou Deus através de Malaquias ( Ml 2:16 ). O divórcio é contrário ao plano de Deus para a humanidade, e quando permitido em casos de adultério é apenas uma concessão gratuita à parte inocente em um caso de infidelidade irreconciliável. Onde há arrependimento, não pode haver restauração.

Nós não sabemos por que alguns dos Corinthians queria divorciar-se seus parceiros. À luz dos versículos 1:7 , é provável que alguns membros da igreja pensaram que poderiam viver vidas santas e mais dedicados como celibatários e queria divorciar-se por esse motivo. Alguns provavelmente queria deixar seus companheiros, porque eles viram alguém mais desejável, ou simplesmente porque eles sentiram insatisfeito com eles. Quaisquer que sejam as razões, no entanto, eles não foram a se divorciar. A esposa não deve abandonar o marido e que o marido não deve enviar a sua esposa de distância. Os termos deixar ( chouriço ) e mandar embora ( aphiēmi ) neste contexto das relações homem-mulher dizer divórcio, e tal ação é proibida.

Paulo não estava discutindo o divórcio com base em adultério, para a qual Jesus especificamente afirmou provisão ( Mt 5:32. ; 19: 8-9 ). Ele estava falando sobre o divórcio, por outras razões, mesmo aqueles supostamente espirituais.

Alguns dos crentes de Corinto já havia se divorciado de outro ou estavam em movimento para esse fim. Para essas pessoas, o apóstolo diz, mas se ela não sair, que fique sem casar, ou que se reconcilie com seu marido . Se um cristão faz divorciar outro cristão, com exceção de adultério, nenhum dos parceiros é livre para se casar com outra. Eles devem ficar solteiro ou voltar a sua ex-companheira. Aos olhos de Deus que a união nunca foi quebrado. Estas não são as sugestões de um conselheiro, mas os mandamentos do Senhor.

Orientações para os cristãos Casado com incrédulos que querem ficar Married

Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, que ele não mandá-la embora. E uma mulher que tem marido incrédulo, e ele consente em habitar com ela, que ela não enviar o seu marido embora. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, ea esposa incrédula é santificada pelo marido crente; pois de outra forma os seus filhos seriam imundos; mas agora são santos. ( 7: 12-14 )

Quais foram os cristãos a fazer que já foram casados ​​para os incrédulos, possivelmente, até mesmo aos pagãos imorais e idólatras? Eles eram livres para se divorciar o único a quem foram jugo desigual e, em seguida, liberdade para viver isolAdãoente ou casar-se com um crente? Essas foram perguntas honestas. À luz dos ensinamentos de Paulo de que seus corpos eram membros de Cristo e foram templos do Espírito Santo ( 6: 15-20 ), os cristãos de Corinto eram justificAdãoente preocupados sobre se deve ou não manter a união matrimonial com um incrédulo. Alguns podem ter pensado que uma tal união se juntou Cristo a Satanás, contaminando o crente e as crianças e desonrar o Senhor. O desejo de um parceiro de Cristão seria muito forte.

Jesus não tinha ensinado diretamente sobre esse problema, e por isso Paulo diz, para o resto dizer que eu, não o Senhor . Isso não é uma negação da inspiração ou uma indicação de que Paulo só está dando a sua própria opinião humana. É só para dizer que Deus não tinha dado qualquer revelação anterior sobre o assunto, mas a Paulo se agora defini-lo por diante. Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, que ele não mandá-la embora .

Os cristãos casados ​​com incrédulos não deviam se preocupar que eles próprios, seu casamento, ou seus filhos seriam corrompidos pelo cônjuge descrente. Pelo contrário, o oposto era o caso. Ambos os filhos eo cônjuge incrédulo seriam santificados a acreditar esposa ou marido .

Sendo jugo desigual, uma só carne com um incrédulo, pode ser frustrante, desanimador, e até mesmo caro. Mas não precisa ser contaminando porque um crente pode santificar um lar. Neste sentidosantificar não se refere à salvação; caso contrário, o cônjuge não ser falado de como descrente . Refere-se a ser posto à parte, o significado básico de santificai e santos , termos que são da mesma raiz grega. A santificação é matrimonial e familiar, não pessoal ou espiritual. Aos olhos de Deus uma casa é separado para si mesmo quando o marido, esposa, ou, por implicação, qualquer outro membro da família, é um cristão. Essa casa não é cristã, no sentido pleno, mas é imensamente superior ao que é totalmente descrente. Mesmo que o cristão é ridicularizado e perseguido, incrédulos na família são abençoados por causa desse crente. Um cristão em uma casa enfeita toda a casa. Deus habita em que crente e todas as bênçãos e graças que correm para a vida do crente do céu se alastrem para enriquecer a todos os que estão perto.

Além disso, embora a fé do crente não é suficiente para a salvação de ninguém, mas a si mesmo, ele é muitas vezes a forma de outros membros da família que vêm ao Senhor pelo poder do seu testemunho.
Uma jovem veio até mim depois que o serviço num domingo de manhã e me disse que quando ela estava crescendo sua avó era o único cristão na família. A avó costumava falar de seu amor por Cristo e testemunharam a família em que ela disse e pelo que ela fez. Eventualmente, três dos quatro netos veio a conhecer o Senhor, e cada um deles declarou que sua avó teve a maior influência sobre a sua decisão por Cristo.

Quando Deus estava para destruir Sodoma, Abraão implorou-lhe para poupar a cidade se cinqüenta justos morava lá. "Então o Senhor disse:" Se eu achar em Sodoma cinqüenta justos na cidade, então eu pouparei a todo o lugar em seu relato '"( Gn 18:26 ). Quando que muitos não pôde ser encontrado, o patriarca reduziu o número de quarenta e cinco, em seguida, para quarenta, trinta vinte, e, finalmente, dez. Em cada caso, o Senhor concordou em poupar a cidade, mas nem mesmo dez justos poderia ser encontrado. Mas Deus estava disposto a abençoar muitas pessoas perversas para o bem, mesmo de alguns de seu próprio povo em seu meio.

Além disso, Deus olha para a família como uma unidade. Mesmo se ele é dividido espiritualmente ea maioria de seus membros são incrédulos e imoral, toda a família é agraciado por um crente entre eles.Portanto, se um cônjuge incrédulo está disposto a ficar, o crente não é para pedir o divórcio.
O cristão não precisa temer que as crianças será impuro , contaminado pelo pai descrente ou mãe. Deus promete que o oposto é verdadeiro. Eles teriam de outra forma ser imundo se ambos os pais eram incrédulos. Mas o Senhor garante que a presença de apenas um dos pais Cristão irá proteger as crianças. Não é que a sua salvação está garantida, mas que eles estão protegidos de danos espirituais indevida e que eles vão receber a bênção espiritual. Porque eles compartilham os benefícios espirituais de seu pai acreditar, são santos . Muitas vezes, o testemunho do pai acreditando nessa situação é especialmente eficaz, porque as crianças ver um claro contraste com a vida do pai incrédulo, e que leva a salvação.

Orientações para os cristãos Casado com incrédulos que querem deixar

No entanto, se o descrente vai embora, deixá-lo sair; o irmão ou a irmã, não está sujeito à servidão, em tais casos, mas Deus chamou-nos para a paz. Para saber como é que você sabe ó mulher, se salvarás teu marido? Ou como você sabe O marido, se salvarás tua mulher? ( 7: 15-16 )

Tertuliano (160-230 AD ), o teólogo de Cartago, escreveu sobre maridos pagãos, indignado com as esposas cristãs porque queriam beijar mártires obrigações, abraçar os cristãos, e visitar as casas dos pobres.Muitas vezes, quando um cônjuge incrédulo quer deixar o casamento o crente não tem controle sobre o resultado. Mas Paulo diz que os cristãos não deveriam sequer tentar insistir na permanência do cônjuge, se ele ou ela está determinada a ir. Se o incrédulo deixa, deixá-lo sair . Se o incrédulo começa o processo de divórcio, o parceiro de Cristão não é de contestar. Mais uma vez a palavra licença (chouriço ) refere-se ao divórcio.

O irmão ou a irmã, não está sujeito à servidão em tais casos . Aos olhos de Deus, o vínculo entre marido e mulher é dissolvido somente com a morte ( Rm 7:2 )

Só que, como o Senhor tem atribuído a cada um, como Deus tem chamado cada, desta forma deixá-lo andar. E, assim, dirigir em todas as igrejas. Foi alguém chamado, já circuncidado? Que ele não se tornar circuncidado. Alguém já foi chamado na incircuncisão? Que ele não ser circuncidado. A circuncisão é nada, ea incircuncisão nada é, mas o que importa é a observância dos mandamentos de Deus. Que cada homem permanecer nessa condição em que foi chamado. Fostes chamados, enquanto um escravo? Não se preocupe com isso; mas se você é capaz também de se tornar livre, prefiro fazer isso. Pois aquele que foi chamado no Senhor, enquanto um escravo, é liberto do Senhor; Da mesma forma que ele, que foi chamado enquanto livre, é escravo de Cristo. Fostes comprados por um preço; não se tornem escravos de homens. Irmãos, cada um permaneça com Deus nessa condição em que foi chamado. ( 7: 17-24 )

Muito tem sido dito e escrito sobre o papel social e da responsabilidade da igreja. Periodicamente, em toda a história da igreja, e fortemente em nossos dias as pessoas têm reclamado que o cristianismo deve ser um agente de reforma social externo, mesmo da revolução, se necessário.
Crentes mais sensíveis já se perguntou como e em que medida elas devem ser envolvidas, se em tudo, na promoção da mudança social, econômica e política. Todas as instituições humanas e formas de governo são imperfeitos; alguns são obviamente corrupta, cruel e injusto. Mas o que são cristãos, individual ou coletivamente, para fazer sobre erros e abusos em sistemas civis e práticas sociais?

Primeiro Coríntios 7:17-24 não é um tratado completo sobre esse assunto, mas ensina claramente o princípio básico pelo qual os cristãos devem olhar e responder às condições civis e sociais em que vivem.O princípio é este: os cristãos devem aceitar de bom grado a situação em que Deus colocou-os e se contentar em servi-lo lá. É um princípio contra o qual os rebeldes natureza humana, e Paulo afirma que três vezes nestes oito versos, de modo que seus leitores não poderia perder o seu ponto. Não devemos nos preocupar com a mudança de nossas circunstâncias externas.

O princípio declarado

Só que, como o Senhor tem atribuído a cada um, como Deus tem chamado cada, desta forma deixá-lo andar. E, assim, dirigir em todas as igrejas. Foi alguém chamado, já circuncidado? Que ele não se tornar circuncidado. Alguém já foi chamado na incircuncisão? Que ele não ser circuncidado. A circuncisão é nada, ea incircuncisão nada é, mas o que importa é a observância dos mandamentos de Deus. ( 7: 17-19 )

Os cristãos são individualmente e coletivamente para ministrar, em muitos aspectos, incluindo as práticas maneiras, material de alimentar os famintos, curar os doentes e feridos, e outros serviços. O cristianismo tem sido, de longe, o líder na construção de hospitais e orfanatos, em visitar prisioneiros, em ajudar os pobres, e em ministrar em inúmeras outras maneiras que são considerados serviços sociais.Mas esses são os ministérios cristãos fazer como cristãos, e não serviços que convencer a sociedade a realizar.

Cristo deixou claro que Ele não veio para instigar uma revolução social externo, como muitos judeus de seus dias pensei que o Messias faria. Jesus disse a Pilatos: "O meu reino não é deste mundo se o meu reino fosse deste mundo, então meus servos estariam lutando, para que eu não fosse entregue aos judeus;., Mas como ele é, o meu reino não é deste reino "( Jo 18:36 ). A missão de Cristo foi "buscar e salvar o que estava perdido" ( Lc 19:10 ), e que é a missão da sua igreja. Quando o cristianismo torna-se estreitamente identificado com um movimento social, a mensagem do evangelho é o risco de ser perdido.

Quando ele é seguido fielmente, no entanto, o cristianismo bíblico não pode deixar de ter efeitos radicais em cada pessoa, instituição, e praticam em torno dele. Mas o objetivo principal do evangelho é mudar as pessoas, não mudar a sociedade. Seu foco é a mudança interior, não para fora. Devemos estar satisfeitos de estar onde Deus nos colocou, para aceitar o que o Senhor tem atribuído nós, e para ser fiel em qualquer condição Deus chamou -nos.

Obviamente, o apóstolo não está dizendo crentes para ficar em ocupações, profissões, ou hábitos que são inerentemente imoral ou ilegal. Um ladrão não era para continuar roubando, uma sacerdotisa do templo não era para continuar na prostituição, ou beberrão não era para manter a ficar bêbado. Tudo pecaminoso deve ser abandonado. A questão tem a ver com os crentes viver contente em condições sociais e situações que estão em quando salvo.
Várias áreas de descontentamento foram predominantes na igreja de Corinto. Alguns crentes queriam mudar a sua situação conjugal-de solteiro para casado, desde casada com o single, ou de um parceiro descrente a uma crê. Alguns eram escravos e queria ser livre. Eles tinha interpretado mal, e abusado muitas vezes, a verdade do cristão-liberdade levando-a para significar a liberdade para fazer o que quisessem, em vez de liberdade para fazer o que Deus quisesse.
A unidade da igreja em Corinto estava seriamente fraturado. Não só havia inúmeros partidos e facções, mas alguns grupos estavam encorajando aqueles com o dom do celibato para se casar, enquanto outros grupos foram incentivando aqueles que eram casados ​​para se tornar celibatário. Os escravos eram atrito sob a sua escravidão e estavam tentando encontrar justificativa espiritual para exigir liberdade. Embora o evangelho é a antítese das normas e valores do mundo, ele não desdenha ou procuram destruir governos, sociedades, ou famílias. Pelo contrário, onde o evangelho é crida e obedecida, alguns dos mais óbvios subprodutos são um governo melhor, sociedades melhores, e melhores famílias.
Mas os cristãos podem ser cristãos em uma ditadura, uma democracia, ou mesmo sob a anarquia. Podemos ser cristãos se estamos homem, mulher, criança, casado, solteiro, divorciado, judeus, gentios, escravo ou livre. Podemos ser cristãos na Rússia ou nos Estados Unidos, em Cuba ou China, na França ou no Japão. O que quer que nós somos e onde quer que estejamos, podemos ser cristãos.
Deus não justificar governos corruptos ou sociedades imorais, e eles serão julgados no seu tempo e no seu caminho. Mas o propósito do evangelho de Seu Filho Jesus Cristo não é revolucionar as instituições sociais, mas para revolucionar corações. O evangelho é dirigida ao coração do homem, e não para a sociedade humana. Porque os fiéis cristãos são melhores maridos ou esposas, melhores amigos, melhores escravos ou mestres, melhores filhos ou filhas, e melhores cidadãos, eles não podem ajudar contribuindo para melhores sociedades. Mas o uso de meios naturais para tentar efetuar uma sociedade melhor não é o seu ministério.
O evangelho pode ser plantada e enraizar-se sempre que há uma pessoa a ouvir e aceitar que, mesmo em países ou em famílias que são pagão, ateu, humanista, e declarAdãoente anti-cristão. Como diz o ditado, devemos florescer onde estamos plantados. Onde o Senhor tem atribuído e onde Deus chamou é onde devemos caminhar .

O princípio é universal. Não foi dado apenas aos Coríntios dividida, contenciosos, e imaturas, mas para todas as igrejas . Objetivo principal de Deus para Sua Igreja, em todas as nações é para eles para evangelizar, para mudar o mundo por meio da regeneração espiritual, não a revolução social.

A primeira ilustração Paulo dá desse princípio geral, tem a ver com a identidade como judeu ou gentio. Foi alguém chamado, já circuncidado? Que ele não se tornar incircunciso . Nas epístolas, sendochamado por Deus (cf. 17 v. ) refere-se sempre a uma chamada eficaz para a salvação. Quando um judeu é salvo, ele não deve tentar tornar-se como um gentio.

Isto teve uma aplicação muito específica. A circuncisão era um embaraço no mundo romano. De acordo com os Macabeus, alguns homens judeus "fizeram-se circuncidado." Josephus nos diz que durante o governo grego dos orientais vários séculos antes de Cristo do Mediterrâneo, alguns homens judeus que queriam ser aceito na sociedade grega fez uma cirurgia realizada para fazer-se parecer incircunciso quando banhado ou exercido nos ginásios. Eles literalmente se tornou incircuncisão cirurgicamente. O enciclopedista romano Celsus, no primeiro século AD , escreveu uma descrição detalhada do procedimento cirúrgico para decircumcision ( De Medicina VII. 25).

A prática era tão comum que a literatura rabínica considerável abordou o problema (por exemplo, Aboth 03:11; Jerushalmi Peah 1 e 16 b ; Lamentações Rabá 1:20). Judeus que tinham esse tipo de cirurgia foram referidos como epispatics, um nome tirado do eufemístico termo epispaomai , que significa "para desenhar sobre" ou "para puxar para." Isso é o próprio termo que Paulo usa aqui para incircunciso .Talvez alguns cristãos judeus achavam que era uma forma de demonstrar o seu rompimento com o judaísmo.

O apóstolo do significado aqui também pode ser figurativa. Circuncidado e incircunciso eram comumente usados ​​para representar judeus e gentios, respectivamente. Por extensão, os termos podem até ter relacionado com mulheres, para quem a circuncisão literal, obviamente, não se aplica. E a idéia poderia ser também que, quando eles se tornam cristãos, os judeus não estão a desistir de seu judaísmo e tentar aparecer como gentios. Muitas crenças religiosas devem ser alteradas, mas não racial ou identidade cultural como judeus.

O mesmo princípio se aplica aos gentios. Alguém já foi chamado na incircuncisão? Que ele não ser circuncidado. gentios que se tornam cristãos não estão a tornar-se como os judeus.

O problema relativo a circuncisão não era tão grave em Corinto como era na Galácia, onde judaizantes ensinou que a circuncisão era necessária para a salvação ( Gal. 5: 2-3 ). Em Corinto a prática pode ter sido visto como um sinal de dedicação especial e um meio de bênção especial. Mas a circuncisão não é necessário tanto para a salvação ou para a bênção. Não tem nenhum significado espiritual ou valor para os cristãos de todo. A circuncisão é nada, ea incircuncisão nada é.

Para os judeus a querer aparecer como gentios, nem para os gentios para se inscrever em coisas exclusivas para judeus era tanto espiritual e praticamente errado. Ele estava espiritualmente errado porque adicionou uma forma exterior ao evangelho que o Senhor não exige e que não tem nenhum mérito ou significado espiritual. Era praticamente errado porque desnecessariamente separados crentes de suas famílias e amigos e fez testemunhar a eles muito mais difícil.

O que importa é a observância dos mandamentos de Deus. A obediência é a única marca da fidelidade do Senhor reconhece. Obediência às vezes é caro, mas é sempre possível. Podemos ser obedientes em qualquer lugar e em qualquer circunstância. A questão é interna.

O Princípio repetida

Que cada homem permanecer nessa condição em que foi chamado. Fostes chamados, enquanto um escravo? Não se preocupe com isso; mas se você é capaz também de se tornar livre, prefiro fazer isso. Pois aquele que foi chamado no Senhor, enquanto um escravo, é liberto do Senhor; Da mesma forma que ele, que foi chamado enquanto livre, é escravo de Cristo.Fostes comprados por um preço; não se tornem escravos de homens. Irmãos, cada um permaneça com Deus nessa condição em que foi chamado. ( 7: 20-24 )

Pela segunda vez, Paulo afirma o princípio de ser satisfeito em permanecer na condição de que estávamos quando salvos, se é racial ou social. O foco da preocupação de um cristão deve ser em coisas sobrenaturais divinamente.
Outra ilustração é dado, desta vez a respeito de escravos. O ponto de Paulo é não aprovar de escravatura ou a sugerir que ele é tão bom uma condição de viver sob a liberdade. Seu ponto é que, se uma pessoa é um escravo, ele ainda é capaz de viver uma vida cristã. Ele é tão capaz de obedecer e servir a Cristo na escravidão como em liberdade. Nenhuma circunstância, não importa o quão terrível, doloroso, ou injusto, pode nos impedir de estar em todos os sentidos um cristão.
Um escravo pode, de fato, servir a Cristo através de sua escravidão. Paulo escreveu aos efésios,

Escravos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo; não por meio de servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo a vontade de Deus com o coração. Com boa vai prestar serviço, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que tudo o que boa coisa cada um faz, isso ele vai receber de volta do Senhor, quer escravos, quer livres. ( Ef. 6: 5-8 )

Paulo consistentemente ensinou esse princípio. Os escravos eram para servir seus mestres honesta e sincera ", como para o Senhor e não aos homens" ( Cl 3:23 ). Os escravos tinham uma oportunidade única para testemunhar para o Senhor. Eles foram para mostrar seus mestres humanos que eles trabalharam duro e honestamente não porque eles foram forçados, mas porque eles queriam, por amor e obediência ao seu verdadeiro Senhor e Mestre. Eles poderiam demonstrar verdadeiro contentamento e paz no meio da escravidão, mostrando, assim, a prestação interna de salvação.

O livro de Filemom gira em torno da runaway slave Onésimo, que Paulo havia levado a Cristo enquanto estava na prisão ( v. 10 ). Quando isso acontece, o proprietário de Onésimo, Filemon, era um cristão.Ele era Paulo do "amado irmão e companheiro de trabalho", e da igreja em Colossos se reuniu em sua casa ( vv. 1-2 ). O apóstolo faz um forte apelo pessoal e espiritual para Filemom a perdoar Onésimo e aceitá-lo de volta, e não apenas como escravo, mas como um irmão Cristão ( 16 v. ). No entanto, como embaraçoso como tem sido para alguns ativistas cristãos, Paulo não condenam a escravidão ou pergunta direitos legais de Filemom sobre seu escravo. Ele não pediu para a igualdade social para Onésimo. Na verdade, ele até usou a escravidão como uma analogia para a caminhada do crente com Deus.

No império romano da época de Paulo, talvez cinqüenta por cento da população eram escravos. Mas ao contrário de a maioria dos escravos ao longo da história, o escravo daquele dia, muitas vezes era melhor educados, mais qualificados, e mais instruída e culta do que a pessoa livre média. Uma grande porcentagem dos médicos, professores, contadores e outros profissionais eram escravos. Muitos deles viviam em relativa facilidade e foram tratados com respeito. Outros, é claro, viveu na pobreza e humilhação constante sob donos cruéis e impiedosos.
Paulo fez nenhuma distinção. Todo o escravo, em qualquer circunstância, era de estar dispostos a permanecer como ele era. Só o pecado pode nos impedir de obedecer e servir ao Senhor; circunstância não pode. Portanto, se estamos em uma situação difícil, desconfortável, e restringindo, devemos não se preocupar com isso , mas deve determinar a ser fiel, desde que o Senhor nos deixa lá.

Mesmo tendo afirmado que o princípio, Paulo deixa claro que ele não considerava a escravidão ser o estado mais desejável. Mas, se você é capaz também de se tornar livre, prefiro fazer isso. A liberdade é infinitamente melhor do que a escravidão, e um cristão não é mais espiritual para ficar na escravidão. Se ele tem oportunidade de se tornar livre, como fizeram muitos escravos na época do Novo Testamento, um crente deve tirar proveito dela. Paulo estava contente em estar na cadeia e servir ao Senhor, desde que ele foi preso. Ele levou em grande parte de seu ministério a partir de uma cela de prisão.Mas quando ele foi libertado, ele deixou a prisão. Se um escravo cristão tem a oportunidade de tornar-se livre, ele deve sim fazer isso .

Embora o evangelho não aprova remoção escravidão pela revolução social, o evangelho em toda a história trouxe a liberdade de mais escravos do que qualquer filosofia humana, o movimento ou sistema político. Em tempos passados, alguns cristãos, infelizmente, têm apoiado e tentou justificar a escravidão. Mas a Bíblia não faz; e onde os cristãos são fiéis a Escritura, a escravidão não pode prosperar.
Mesmo enquanto ele é um escravo, um cristão é liberto do Senhor . Sem escravidão é tão terrível ou escravizar como que a partir do qual Cristo nos redime. Nele somos libertados do pecado, de Satanás, do julgamento e da condenação, do inferno, e da maldição da lei. A partir da escravidão que realmente importa, todo cristão já foi entregue. Em Cristo, temos o maior, mais completo e mais gloriosa liberdade possível. Uma pessoa que é liberto do Senhor , e que vai continuar assim por toda a eternidade, não deve ser excessivamente preocupados com restante em servidão humana por alguns anos.

Para que os cristãos que eram fisicamente livre deve regozijar-se, pensando que eles foram mais favorecidos por Deus que os escravos ou que sua liberdade significa licença para fazer o que quisessem, Paulo lembra-los, da mesma forma que ele, que foi chamado ao mesmo tempo livre, é escravo de Cristo . A nossa liberdade em Cristo não é pecado, mas do pecado, não a liberdade de fazer a nossa própria vontade, mas a liberdade de fazer a Sua vontade. Em Cristo somos "libertados do pecado e escravizado a Deus" ( Rm 6:22 ).

Quando nos concentramos em nossa liberdade espiritual e nossa escravidão em Deus, a nossa liberdade ou escravidão entre os homens não é o mais importante, e podemos vê-lo na perspectiva correta e viver nele na atitude certa. Não importa se somos fisicamente preso ou livre, só que somos tanto espiritualmente ligado e livre-no maravilhoso paradoxo do evangelho.
Porque fomos comprados por um preço , a nossa grande preocupação, se somos livres ou em cativeiro, deve ser que nós não nos permitimos ser escravos de homens . Aqui Paulo não significa escravidão física, mas a escravidão espiritual. Ele está falando de se tornar escravos dos caminhos dos homens, os caminhos do mundo, os caminhos da carne. Essa é a escravidão em que muitos dos crentes de Corinto tinha caído, a escravidão que causou suas divisões e contendas e sua imaturidade e imoralidade.

Fomos comprados com o inestimável preço do "precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo" ( 1Pe 1:19 ). Fomos comprados por Deus e nós pertencemos a Deus. Nós nunca deve tornar-se as morais e espirituais escravos dos homens , vivendo por seus padrões e buscando satisfazê-lo.

Pela terceira vez Paulo dá o princípio: Irmãos, cada um permaneça com Deus nessa condição em que foi chamado. No entanto, é que fomos salvos ( chamado ), e em qualquer condição que agora estão em, devemos ser dispostos a permanecer . Deus nos permite estar onde estamos e para ficar onde estamos com um propósito. A conversão não é o sinal para uma pessoa a deixar a sua condição social, seu casamento ou sua singeleza, seu mestre humano, ou suas outras circunstâncias. Estamos a deixar o pecado e tudo o que incentiva o pecado; mas por outro lado é para ficarmos onde estamos até que Deus nos move.

19. Razões para ficar solteiro ( I Coríntios 7:25-40 )

Agora, quanto às virgens, não tenho mandamento do Senhor, mas dou uma opinião como alguém que pela misericórdia do Senhor para ser fiel. Acho, então, que isso é bom, tendo em conta a presente angústia, que é bom para o homem permanecer como ele é. Você está ligado a uma mulher? Não busque a ser lançado. Você está liberada a partir de uma mulher?Não busque uma esposa. Mas se você deve se casar, você não ter pecado; e, se a virgem deve se casar, não pecou. Contudo, tal terá problemas nesta vida, e eu estou tentando poupá-lo. Mas digo isto, irmãos, que o tempo foi reduzido, de modo que a partir de agora aqueles que têm esposas deveriam ser como se não a tivessem; e os que choram, como se não chorassem; e os que se alegram, como se não se alegrassem; e os que compram, como se não possuíssem; e aqueles que usam o mundo, como se eles não fazem pleno uso do mesmo;para a forma deste mundo passa. Mas eu quero que você seja livre de preocupação. Aquele que é solteira está preocupada com as coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor; mas aquele que é casado preocupa-se com as coisas do mundo, em como há de agradar à mulher, e seus interesses estão divididas. E a mulher que é solteira e virgem, está preocupado com as coisas do Senhor, para que ela possa ser santa, tanto no corpo como no espírito; mas aquele que é casado preocupa-se com as coisas do mundo, em como há de agradar ao marido. E digo isto para seu próprio benefício; não colocar uma restrição em cima de você, mas para o que é decente, e para garantir a devotar-se completamente ao Senhor.
Mas, se alguém pensa que ele está agindo unbecomingly em direção a sua filha virgem, se ela deve ser maior de idade, e se ele deve ser assim, deixá-lo fazer o que ele deseja, ele não pecar; deixá-la se casar. Todavia aquele que está firme em seu coração, estando sob nenhuma restrição, mas tem autoridade sobre a sua própria vontade, e decidiu isso em seu próprio coração, para manter sua própria filha virgem, ele vai fazer bem. De modo que aquele que dá a sua própria filha virgem em casamento faz bem, e quem não dá-la em casamento vai fazer melhor.
A mulher está ligada enquanto o marido vive; mas se o marido está morto, ela está livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor. Mas na minha opinião, ela é mais feliz se permanecer como está; e eu acho que também tenho o Espírito de Deus. ( 
7: 25-40 )

Em sua discussão sobre o casamento e singeleza, Paulo deixou claro que nem o Estado é espiritualmente melhor do que o outro. A idéia católica romana de que padres e freiras celibatários são necessariamente mais devotados a Deus é contrária a este ensinamento. Ser casado ou solteiro não tem nada em si mesmo a ver com espiritualidade. A pessoa casada para quem é a vontade do Senhor para ser casado há mais ou menos espiritual do que uma única pessoa para quem é a vontade do Senhor para ser único. Espiritualidade é baseada em obediência a Deus. Assim como em relação à circuncisão, "o que importa é a observância dos mandamentos de Deus" ( 7:19 ).

Muitos livros, artigos de revistas, conferências e programas de hoje focar os padrões bíblicos para o casamento e da família. Muitos dos que são excelentes e útil. Muito menos a atenção, no entanto, é dada ao que a Bíblia diz sobre celibato. Uma grande parte da literatura e programas para solteiros é direcionado para ajudá-los a "lidar", e parece refletir uma suposição de que ser solteiro não é normal e não é certamente desejável.
É certo que muitos que são solteiros têm dificuldade porque o pecado trouxe na singeleza, e eles têm que estar na cama vazia que eles fizeram para si próprios. Mas para a pessoa a quem Deus deu o dom do celibato ( 7: 7 ) que o estado tem muitas vantagens práticas. Continuando a responder às perguntas sobre qual o Corinthians ele tinha escrito ( 7: 1 ), Paulo dá seis razões para permanecer solteiro: (1) a pressão do sistema ( vv 25-27. ;) (2) os problemas da carne ( 28 v. ); (3) a passagem do mundo ( vv 29-31. ); (4) as preocupações de casamento (32-35) ; (5) as promessas de pais ( vv 36-38. ); e (6) a permanência do casamento ( vv. 39-40 ).

A pressão do sistema

Agora, quanto às virgens, não tenho mandamento do Senhor, mas dou uma opinião como alguém que pela misericórdia do Senhor para ser fiel. Acho, então, que isso é bom, tendo em conta a presente angústia, que é bom para o homem permanecer como ele é. Você está ligado a uma mulher? Não busque a ser lançado. Você está liberada a partir de uma mulher?Não busque uma esposa. ( 7: 25-27 )

O princípio aqui é que é bom ... para permanecer como [um] é , e aqueles em vista são virgens , incluindo homens e mulheres ( um homem ).

Mais uma vez (cf. v. 12 ) Paulo mostra que Jesus não deu nenhum ensinamento direto sobre a bondade de solteirice ( não tenho mandamento do Senhor ), embora Ele alude a ela em Mt 19:12 ) e, provavelmente, um convertido de Paulo, foi martirizado.

A perseguição é difícil o suficiente para uma única pessoa, mas os problemas e dores são multiplicados por um que é casado. Se Paulo tinha sido casado, o seu sofrimento teria sido ampliada por sua preocupação com a sua família e conhecimento de sua preocupação a respeito dele. Eles teriam sofrido a cada vez que ele foi espancado ou drogado ou preso e teria sido constantemente temeroso por sua vida. Quem teria cuidado dele na sua ausência? Quem teria ensinado aos seus filhos e confortou a mulher dele? Seu sofrimento e seus problemas práticos teria aumentado e a eficácia do seu ministério diminuiu. Crentes casados ​​que passam por turbulência social e perseguição não pode escapar transportar uma carga muito mais pesada do que aqueles que são solteiros.
Aqueles que já são casados, no entanto, deve procurar não para ser lançado . O casamento é um vínculo vitalício que só pode ser quebrada por morte, adultério, ou divórcio por um cônjuge incrédulo.Outros problemas, não importa quão grave, nunca são motivos para o divórcio.

Para aqueles que têm o dom do celibato, por isso, é muito mais sensato para permanecer solteiro. Você está liberada a partir de uma mulher? Não busque uma esposa. "Cuide da sua singeleza como uma bênção de Deus", Paulo está dizendo. "Aproveite as suas muitas vantagens."

Deus ainda dá o dom do celibato para alguns de Seus filhos. E muitos sinais apontam para tempos de crescente conflito e até mesmo perseguição aos cristãos em nosso mundo. Em Mateus 24, Jesus vividamente retratado o tumulto e terror do fim dos tempos. Ele seria caracterizado por guerras, apostasia, perseguições, falsos profetas, e tribulação universal. Já podemos ver a superpopulação, poluição, criminalidade desenfreada e imoralidade, falsos profetas e os cultos, a apostasia, e aumentou a ameaça de uma guerra global. A virada do século, poderia produzir uma guerra generalizada, guerra civil, revolução, a fome, a doença, a perseguição, o despotismo, desastres naturais, e estagnação econômica e depressão.

Os problemas da Carne

Mas se você deve se casar, você não ter pecado; e, se a virgem deve se casar, não pecou. Contudo, tal terá problemas nesta vida, e eu estou tentando poupá-lo. ( 07:28 )

Paulo novamente deixa claro que não é um pecado para os crentes individuais para se casar, enquanto ela é feita para outro crente ( v 39. ; cf. 2Co 6:14. ). Mesmo aqueles com o dom do celibato não pecar se casar. Então, se você deveria se casar , por qualquer motivo, você não pecou . O ponto é que o casamento é uma opção legítima, mas é bom considerar primeiro a opção do celibato.

Contudo, tal terá problemas nesta vida, e eu estou tentando poupá-lo. O apóstolo está dando conselhos práticos, não uma ordem moral ou espiritual. Os crentes ainda são pecaminosos e sujeitos a limitações e fraquezas da carne. É duro o suficiente para um pecador viver consigo mesmo, e muito menos com outro pecador. Quando duas pessoas estão unidos em casamento os problemas da natureza humana são multiplicados. Fechar vida nos permite ver as falhas de nossos parceiros de forma mais clara, e vice-versa. Filhos de pais cristãos nascem pecadores, assim como é cada criança, e eles não se tornam sem pecado quando eles são salvos. Eles terão alguma medida de conflito uns com os outros e com os pais.

Não é que o casamento não é gratificante, ou que a vida familiar é problema ininterrupto. A, dedicado, amoroso família espiritual, não só é uma grande alegria e força para os seus membros, mas também fortalece e abençoa aqueles ao seu redor. Paulo está simplesmente apontando que o casamento pode causar alguns problemas enquanto ele resolve outros. Ela não se destina por Deus para resolver todas as dificuldades pessoais, emocionais ou espirituais. Ele definitivamente intensifica alguns deles.

Problema ( thlipsis ) significa, literalmente, "pressionado juntos, ou sob pressão." Casamento pressiona duas pessoas juntas nos próximos maneiras possíveis. Os dois se tornam um, mas eles ainda são duas personalidades, duas pessoas distintas, com os seus próprios gostos e desgostos, as suas próprias características, emoções, temperamentos e vontades. Cada parceiro tem algum grau de raiva, egoísmo, desonestidade, orgulho, esquecimento e falta de consideração. Isso é verdade mesmo dos melhores casamentos. Quando um dos parceiros é um descrente, ou é imaturo, egocêntrico, temperamental, ou dominador, cada conflito é ampliado.

Casamento envolve conflitos, demandas, dificuldades, sacrifícios e ajustes que singeleza não. O casamento foi ordenado por Deus, bom, santo, ea realização pessoal; mas isso não resolve todos os problemas.Traz mais. O casamento nunca deve ser usada como um meio de escape, mesmo de solidão. Muitas pessoas carregam sua solidão direito ao casamento, e acabam fazendo outra pessoa solitária. E, embora seja meio de Deus para a satisfação sexual normal, o casamento não termina tentação de luxúria e da imoralidade. Paulo diz aqueles que não têm auto-controle sexual "se casar, pois é melhor casar do que abrasar" ( 7: 9 ). Mas mesmo que não haja a satisfação do desejo físico, a mente pode ser elaborado para cumprimento ilícito. Os pecados sexuais não serão corrigidos pelo casamento. Eles só podem ele piorou, adicionando uma outra pessoa à sua lista de pessoas atingidas. Por meio do arrependimento e do perdão que podem, é claro, ele retirou depois que uma pessoa é casada, mas eles não serão removidos pelo casamento. Também não é o casamento uma garantia de que o pecado sexual não vai voltar. Há problemas exclusivos para singeleza, mas eles podem ser ultrapassados ​​por aqueles em casamento.

O Passing da O Mundo

Mas digo isto, irmãos, que o tempo foi reduzido, de modo que a partir de agora aqueles que têm esposas deveriam ser como se não a tivessem; e os que choram, como se não chorassem; e os que se alegram, como se não se alegrassem; e os que compram, como se não possuíssem; e aqueles que usam o mundo, como se eles não fazem pleno uso do mesmo;para a forma deste mundo passa. ( 7: 29-31 )

O foco dessa passagem é no final do versículo 31 : para a forma deste mundo passa . Form ( esquema ) significa "forma, modo de vida, a maneira de fazer as coisas, ou modo de existência." O modo domundo é a impermanência; ele está passando .

Embora Deus-ordenado e abençoado, o casamento não é um relacionamento eterno. Falando dos anjos no céu, Jesus disse que "nem se casam, nem se dão em casamento" ( Mt 22:30 ). Casamentos piedosos são "feitos no céu", mas eles não irão transitar para o céu. O casamento vai desaparecer com este mundo, porque ele é projetado apenas para este mundo, e não o outro. Cults que ensinam de casamento no céu contra um dos ensinamentos mais claros e específicos do Senhor. O casamento está passando .

O tempo ( kairos ) refere-se a um período definido, uma vez nomeado fixa; e esse período foi encurtado , ou reunidos de modo que seja uma pequena quantia. A vida humana, na sua mais longa é breve, "um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece" ( Jc 4:14 ). "Toda a carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva A erva seca, ea flor cai fora." ( 1Pe 1:24. ; cf. Is 40:6-8. ).Em tempos de perseguição vida é muitas vezes feita ainda mais breve.

Para maridos e esposas para viver como se não as tivessem , não ensina que o casamento já não é vinculativa para os crentes ou que as suas responsabilidades conjugais são reduzidos. O casamento dura apenas para a vida, e é, portanto, tão breve quanto a vida. No entanto, uma breve vida e circunstâncias difíceis não diminuir as obrigações dos maridos e esposas. Entre outras coisas, as esposas devem ser sujeitas a seus maridos, os maridos devem amar suas esposas ( Ef 5:22-25. , Ef 5:28 , Ef 5:33 ; Cl 3:18-19 ), e nem é privar o outro de direitos maritais ( 1 Cor. 7: 3-5 ). Paulo está ensinando que o casamento não deve reduzir obrigação e devoção de um cristão para o Senhor e Sua obra. As responsabilidades do casamento não são desculpa para faltar o trabalho do Senhor. Que é a de inverter as prioridades.

Hoje tornou-se cada vez mais difícil, por causa da estreita ligação às famílias, para obter os cristãos-incluindo missionários de estar fortemente dedicada ao serviço do Senhor. Em muitos casos, eles não querem ser separada da companhia de suas esposas por mais de uma semana ou duas, no máximo, apesar de um ministério importante pode precisar de mais tempo do que isso. Deve haver um equilíbrio, um equilíbrio bíblico, entre a satisfação das necessidades de casamento e servindo ao Senhor.

As afecções primárias de todos os cristãos, casadas ou solteiras, devem ser estabelecidos "nas coisas do alto, e não nas coisas que estão sobre a terra" ( Cl 3:2 ,1Jo 2:17 ). Devemos entender a prioridade do eterno sobre o temporal.

Além de casamento, Paulo dá outras quatro áreas em que as prioridades e perspectivas que ele deve mantidos direita. A segunda e terceira áreas têm a ver com as emoções de tristeza e alegria. Aqueles que choram deve viver como se não chorassem; e os que se alegram, como se não se alegrassem . As emoções são mais controlável do que às vezes acho que, especialmente para os cristãos. Não devemos ser sem emoção, e certamente não de coração duro ou indiferente. O amor não permitir que tais atitudes. Mas o amor cristão é muito mais do que emoção; é um ato de vontade, e não simplesmente uma reação às circunstâncias. O verdadeiro amor, de fato, ajudar a manter nossas emoções em proporção e perspectiva. Quando um marido, esposa, filho ou amigo querido morre ou fica aleijado ou doente, nós não rir ou comemorar. Por outro lado, o cristão maduro não cair e perder toda a esperança e propósito e motivação.

Com o objectivo da celebração e felicidade também é fácil para os crentes a se deixar levar em se alegrar com essas coisas que passam. Um sucesso pessoal, uma herança, ou uma promoção de negócios, por vezes, nos emociona mais do que uma vitória espiritual. Mesmo quando damos o crédito Senhor para a bênção, podemos perder a nossa perspectiva e ser controlado mais por nossas emoções do que pelo nosso bom senso e prioridades espirituais.
A quarta área de preocupação é a de finanças e posses: e os que compram, como se eles não possuem . Cristãos de Corinto não estavam em perigo mais nesta área do que muitos crentes hoje. O acúmulo de dinheiro e das coisas que pode comprar é uma preocupação de muitos cristãos, que, neste contexto, não pode ser distinguido do mundo descrente em torno deles. Muitos de nós estão mais preocupados com as nossas contas bancárias, casas e carros do que sobre a nossa espiritualidade, mais preocupados com o exterior do que o interior. Estamos fortemente ligado à figura deste mundo , apesar de sabermos queestá passando .

A quinta área de preocupação é a de prazer: e aqueles que usam o mundo, como se eles não fazem pleno uso do mesmo . Em tempos de abundância, facilidade, a permissividade, e desordenado auto-aceitação é fácil viver para o prazer. Prazeres que não são imorais ou extravagante ainda pode ser mundano. Mais lazer, mais tempo de férias, a aposentadoria mais cedo, habitações mais confortáveis, e essas coisas podem assim ocupar o nosso interesse e do tempo que as coisas do Espírito são negligenciados.

Nenhuma das cinco áreas sobre as quais Paulo adverte é inerentemente mau. Casamento, alegria tristeza, posses, e prazer todos têm um lugar próprio na vida cristã. Na verdade, cada um é uma parte da provisão de Deus para a vida aqui. O ascetismo não só não é ensinado nas Escrituras, é proibido ( Cl 2:18 , Cl 2:23 ; 1Tm 4:31Tm 4:3 ). Mas não devemos supervalorizar essas coisas, sabendo que eles estão passando .

A preocupação do Casamento

Mas eu quero que você seja livre de preocupação. Aquele que é solteira está preocupada com as coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor; mas aquele que é casado preocupa-se com as coisas do mundo, em como há de agradar à mulher, e seus interesses estão divididas. E a mulher que é solteira e virgem, está preocupado com as coisas do Senhor, para que ela possa ser santa, tanto no corpo como no espírito; mas aquele que é casado preocupa-se com as coisas do mundo, em como há de agradar ao marido. E digo isto para seu próprio benefício; não colocar uma restrição em cima de você, mas para o que é decente, e para garantir a devotar-se completamente ao Senhor. ( 7: 32-35 )

A quarta razão para ficar solteiro é as preocupações de que o casamento traz. Ambos os maridos e esposas estão preocupados com as coisas do mundo . Eles estão preocupados com as necessidades terrenas um do outro, como deveriam ser. O marido está preocupado com como ele pode agradar a esposa , ea esposa sobre como ela pode agradar ao marido . A quem é solteiro (aqui agamos é usado de uma maneira geral) está preocupada com as coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor e como ela pode ser santa, tanto no corpo e no espírito . Mas a pessoa casada interesses estão divididos entre o terreno eo celestial. E assim deve ser.

A mulher que é solteira , (aqui agamos é usado no sentido de divorciada) ea virgem (em contraste com aqueles único pelo divórcio) são capazes de ser santa de corpo e espírito. Santo é usado aqui no seu sentido básico de separação, ser posto à parte. Único cristãos, se anteriormente casado ou nunca se casou, não são intrinsecamente mais justos ou fiel do que os casados. Mas eles são capazes, por causa do menor número de exigências e obrigações familiares, para ser mais dedicado à obra do Senhor. Ser santo , ou separados, é contrastada com a ser dividido . Não é que o crente casado dividiu lealdades espirituais ou que os não casados ​​é mais espiritualmente fiéis. Muitos crentes casados ​​são santos, no sentido de ser altamente dedicado ao Senhor, e muitos crentes individuais são divididas em seus interesses espirituais. Mas , na prática, a pessoa solteira, tanto no corpo como no espírito , é potencialmente capaz de definir a si mesmo para além das coisas desta vida mais exclusivamente para a obra do Senhor que é a casar.

Cristãos casados ​​não deve se sentir culpada por ser casada e cristãos não casados ​​não deve se sentir culpada por se casar. O apóstolo não está tentando adicionar aos encargos e cuidados que as pessoas casadas já tem, e ele não está tentando forçar os crentes individuais no molde permanente de solteiro. E digo isto para seu próprio benefício; não colocar uma restrição em cima de você, mas para o que é decente, e para garantir a devotar-se completamente ao Senhor.

Casamento não impede grande devoção ao Senhor, e singeleza não garante ele. Mas singeleza tem menos obstáculos e mais vantagens. É mais fácil para uma única pessoa para ser sincera nas coisas do Senhor. O cristão casado não tem escolha. Os seus interesses devem ser divididos. Ele não pode ser fiel ao Senhor, se ele é infiel à sua família "Se alguém não cuida dos seus, e principalmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior que um incrédulo" ( 1Tm 5:8 ). Embora os cristãos com o dom do celibato são livres para casar, eles devem ter em mente que eles estão vinculados para o resto de suas vidas se eles devem morrer antes de seus parceiros. Em qualquer caso, o crente será ligada enquanto o marido [ou mulher] vive , que é muitas vezes até uma idade avançada e passado o tempo para o serviço mais produtivo para o Senhor.

Se o parceiro está morto , o crente é livre para casar , desde que o novo parceiro é no Senhor (cf. 9: 5 ). O conselho aqui é especial para viúvas, mas aplica-se também aos viúvos. Os dois pontos principais são que os crentes enviuvadas não são obrigados a ficar solteiro, mas que, se eles não se casar de novo, ele deve ser para outro crente.

Mas o novo casamento não é o ideal; não é o melhor para todos. de Deus Na minha opinião ela é mais feliz se permanecer como está. Novamente (cf. vv. 28 , 32 , 35 ) Paulo deixa claro que ele não está dando um comando, mas está dando conselho para o benefício e bênção dos que tomá-lo. Uma pessoa viúva que tem a graça de Deus para a singeleza será mais feliz para permanecer solteiro.

A declaração de Paulo Eu acho que também tenho o Espírito de Deus não diminui, mas reforçar o seu ponto. Com um toque de sarcasmo, ele estava dizendo que ele, também, teve acesso à liderança do Espírito Santo-a alegação aparentemente fez tanto pelo grupo que defendeu apenas o celibato e pelo grupo que defendeu apenas o casamento. Ele ainda estava falando como "um apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus" ( 1: 1 ). Sua ordem era a ordem de Deus e seu conselho foi o conselho de Deus.



Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de I Coríntios Capítulo 7 do versículo 1 até o 40

I Coríntios 7

Completo ascetismo — 1Co 7:1-2

Esta passagem surge de uma sugestão procedente de Corinto, que dizia que se os casados queriam ser realmente cristãos deviam abster-se de manter relações sexuais. Esta é outra manifestação da linha de pensamento que considerava o corpo e todos seus instintos e desejos como essencialmente pecaminosos. Disto Paulo extrai um grande princípio. O casamento é uma sociedade. O marido não pode agir independentemente de sua mulher, nem esta de seu marido. Devem agir sempre juntos. O marido não deve considerar nunca a sua mulher como um meio para gratificação, deve considerar o casamento como uma relação tanto física como espiritual, como algo no que ambos encontram gratificação e a satisfação mais plena de todos seus desejos. Em tempos de disciplina especial, de prolongada e fervente oração, poderia convir deixar de lado todas as coisas do corpo, mas isso deve fazer-se de mútuo acordo e só por um tempo, ou seria simplesmente dar lugar a uma situação que facilitaria a tentação.
Mais uma vez Paulo parece menosprezar o casamento. Este — sugere — não é um mandamento ideal, é uma considerada concessão à fraqueza humana. Preferiria como ideal que todos fossem como ele Como era ele? Só podemos deduzi-lo.

  1. Podemos estar bastante seguros que em algum momento Paulo esteve casado. Podemos estar nos baseando em informação geral. Paulo era um rabino e ele mesmo destacava que não tinha faltado a nenhum dos deveres que a lei e a tradição judias estabeleciam. As crenças ortodoxas judias consideravam o casamento como uma obrigação. Se um homem não se casava e não tinha filhos se dizia que havia "matado a sua posteridade", "que tinha diminuído a imagem de Deus no mundo". Dizia— se que sete eram excomungados do céu, e a lista começava com "O judeu que não tem esposa; ou que tem esposa mas não filhos". Deus havia dito: "Crescei e multiplicai-vos", e portanto ao não casar-se nem ter filhos se estava transgredindo um mandamento positivo de Deus. Considerava-se que a idade para contrair matrimônio era dezoito anos; e portanto é extremamente improvável que um judeu tão ortodoxo e devoto como tinha sido Paulo não se casou..
  2. Também há evidências de que Paulo tinha estado casado em informações particulares. Deve ter sido membro do Sinédrio porque disse que tinha votado contra os cristãos (At 26:10). Era obrigação que os membros do Sinédrio estivessem casados, devido ao fato de que se pensava que os homens casados eram mais misericordiosos. Pode ser que a esposa de Paulo tivesse morrido; mais provável ainda é que o tivesse abandonado e destruído seu lar quando se fez cristão, de modo que em realidade ele tinha deixado tudo por Cristo. De qualquer maneira apagou essa parte de sua vida para sempre e nunca mais se casou. Um homem casado não poderia ter vivido viajando como o fez Paulo. Seu desejo de que outros agissem idealmente como ele provém do fato de que esperava que a Segunda Vinda se produzira logo; o tempo era curto e as ataduras terrestres e as coisas físicas não deviam importar nem interferir. Em realidade, não é que Paulo despreze o casamento; o que acontece é que está insistindo em que o homem deve concentrar-se em estar preparado para a vinda de Cristo.

O VÍNCULO QUE NÃO SE DEVE ROMPER

I Coríntios 7:8-16

Esta passagem se refere a três grupos diferentes de pessoas.

  1. Refere-se aos solteiros ou aos viúvos. Dentro das circunstâncias de uma era, que como Paulo pensava, estava chegando a seu fim, seria melhor que permanecessem tal qual estavam; mas mais uma vez, adverte-os que não devem cortejar a tentação, nem prolongar uma situação que seria muito perigosa para eles. Se sua natureza for naturalmente apaixonada devem casar-se. Paulo estava sempre seguro de que ninguém pode estabelecer uma norma comum para todos. Tudo depende das pessoas envoltas.
  2. Refere-se àqueles que estão casados. Paulo proíbe o divórcio e o faz sobre a base de que Jesus o proibia (Mc 10:9; Lc 16:18). Se existir tal separação, Paulo proíbe um novo casamento. Pode nos parecer uma doutrina severa, mas em Corinto com sua lassidão característica, era melhor que as normas fossem tão altas que nada pertencente à vida relaxada pudesse entrar na 1greja.
  3. Refere-se ao casamento de crentes e não crentes. Paulo deve dar seu próprio ponto de vista sobre este aspecto, devido ao fato de que não podia referir-se a nenhum mandamento definido de Jesus. A raiz de tudo isto é que devia haver alguns em Corinto que consideravam que um crente não devia viver com um que não o fosse; e que, se um membro do casal se convertia e o outro continuava sendo pagão, deviam separar-se. Em realidade uma das grandes queixas dos pagãos contra o cristianismo era precisamente o que destruía as famílias e era uma influência desorganizadora da sociedade. Uma das primeiras acusações que surgiram contra o cristianismo foi a de "entremeter-se nas relações domésticas" (1Pe 4:15.).

Algumas vezes os cristãos tomavam posições muito altivas. "Quais são seus pais?", perguntou o juiz a Luciano de Antioquia. "Sou cristão", respondeu Luciano, "e os únicos parentes dos cristãos são os santos."
Sem dúvida alguma os casamentos mistos traziam problemas. Tértulo escreveu um livro a respeito deles em que descreve a um marido pagão que está zangado com sua esposa cristã porque "por visitar os irmãos vai pelas ruas às casas de outros homens, em especial pobres ... Não se permite estar ausente toda a noite em reuniões noturnas nem nas celebrações pascais... nem que vá à a prisão para beijar as ataduras de um mártir, nem sequer que beije a alguns dos irmãos." (Na igreja primitiva os cristãos se saudavam com o beijo sagrado da paz.) Em realidade, é difícil não compreender o marido pagão. Paulo se referiu ao problema com uma grande sabedoria prática. Conhecia as dificuldades e se negou a aumentá-las e exacerbá-las. Disse que se os dois podiam concordar em viver juntos devia permitir-se que o fizessem, mas se desejavam separar-se e encontravam intolerável o viver juntos, devia permitir-se que o fizessem, visto que um cristão não devia ser escravo
Paulo diz duas coisas que têm um valor permanente.

  1. Pensa com amor que o membro do casal que não crê é consagrado pelo crente. Eles duas são uma só carne e o maravilhoso é que nesses casos a graça do cristianismo ganha a vitória e não a corrupção do paganismo. Há algo ao redor do cristianismo que envolve a todos os que estão em contato com ele. Um menino nascido em um lar cristão, até em um lar em que um só dos pais é cristão, nasceu na família de Cristo. Num casamento entre um crente e um não crente, não é aquele que crê o que entra em contato com o reino de pecado, é o não crente o que entra em contato com o reino da graça.
  2. Também pensa com amor que esta associação pode ser o meio para salvar a alma do membro não crente do casal. Para Paulo a evangelização começava em casa. O não crente não devia ser considerado como algo impuro que era preciso evitar com repulsa, mas sim como outro filho que devia ser ganho para Deus. Paulo sabia que felizmente é certo que muitas vezes o amor humano levou ao amor de Deus.

SERVINDO A DEUS ONDE ELE NOS PÔS I Coríntios 7:17-24

Paulo estabelece nesta passagem uma das primeiras regras do cristianismo. "Seja cristão onde você está." Deve ter ocorrido muitas vezes que quando um homem se convertia ao cristianismo desejava deixar seu trabalho, romper com o círculo dentro do qual se movia, e começar uma nova vida. Mas Paulo insistia em que a função do cristianismo não era outorgar ao homem uma nova vida, mas sim renovar sua velha vida. Que o judeu continue sendo judeu, o gentio, gentio; a raça e as distinções raciais não importavam. O que importava era a classe de vida que levava. Muito tempo atrás os cínicos tinham insistido em que um verdadeiro homem nunca podia ser escravo por natureza embora o fosse em sua posição; e que um homem falso nunca pode ser realmente livre, mas sim sempre é um escravo. Paulo lhes recorda que escravo ou livre, o homem é um escravo de Cristo devido ao fato de que Ele o comprou por um preço.
Paulo tem em mente uma imagem. No mundo antigo era possível que um escravo com grandes esforços comprasse sua liberdade. Ele o fazia da seguinte maneira. No pouco tempo livre que tinha realizava diversas tarefas e ganhava umas quantas moedas. Seu amo tinha direito a reclamar uma comissão até sobre esses pobres lucros. Mas o escravo depositava todas as suas moedas no templo de algum Deus. Assim, possivelmente ao cabo de muitos anos, podia comprar com o dinheiro que tinha depositado no templo. Quando isso acontecia se dirigia ao templo com seu amo; e o sacerdote lhe entregava o dinheiro, e depois simbolicamente o escravo se convertia em propriedade do deus e portanto livre de todos os homens. É nisto que pensa Paulo. O cristão foi comprado por Cristo, portanto é propriedade pessoal do Senhor; não importa qual seja sua posição, é livre perante todos os homens porque é propriedade de Jesus Cristo.

Isso é o que quer dizer Paulo nesta passagem. Insiste em que o cristianismo não faz com que o homem se rebele e se mostre queixosamente descontente com as coisas como são; faz com que em qualquer lugar que estiver, comporte-se como um escravo de Cristo. Até a tarefa mais pequena não se faz para os homens mas sim para Cristo.

CONSELHO PRÁTICO SOBRE UM PROBLEMA DIFÍCIL

1Co 7:25,36-38

Os versículos do 25 aos 38 embora formem um só parágrafo, em realidade se dividem em duas partes, que é melhor examinar separadamente. Os versículos 25:36-38 se referem ao problema da virgindade, enquanto que os versículos que estão entremeio nos dão a razão pela qual se devem aceitar os conselhos de todo o capítulo. Esta seção com respeito à virgindade foi sempre problemática. Foi-lhe dado três explicações diferentes.

  1. Foi considerado simplesmente como um conselho aos pais com respeito ao casamento de suas filhas solteiras, mas não é assim; e é difícil entender por que Paulo teria empregado a palavra virgem, se queria dizer filha, e que um pai falasse de sua virgem em lugar de sua filha. Seria uma estranha maneira de falar.
  2. Considerou-se que trata um problema que mais adiante se agravou e que mais de um Concílio da Igreja encarou e tentou proibir. Certamente mais tarde surgiu o costume de que um homem e uma mulher vivessem juntos compartilhando a mesma casa e até o mesmo leito, sem manter relações físicas entre si. A idéia era que se podiam disciplinar-se para compartilhar a vida espiritual em tal intimidade sem permitir que o corpo entrasse absolutamente em sua relação, era algo especialmente meritório. Podemos entender a idéia que está atrás disto, o intento de limpar as relações humanas de toda paixão e de todas as coisas terrestres, mas está bem claro quão perigosa era esta prática, e como, em mais de uma ocasião deve ter engendrado uma situação impossível. Em tal relação, em épocas posteriores, a mulher era conhecida como a virgem do homem. Bem pode ser que este costume tivesse surgido na 1greja de Corinto. Se for assim, e em realidade pensamos que foi, o que Paulo está dizendo é o seguinte: "Se vocês podem manter essa difícil situação, se sua disciplina pessoal e domínio próprio são suficientes para mantê-la, então certamente vocês devem fazê-lo, e é melhor fazê-lo; mas, se vocês tentaram fazê-lo, e acharam que é uma carga muito pesada para a natureza humana, abandonem e se casem, e o fazê-lo não será um descrédito para vocês."
  3. Embora pensamos que esta é a interpretação correta desta passagem, há uma modificação que deve ser levada em conta. Sugere-se que havia em Corinto homens e mulheres que se casaram de acordo com a cerimônia, mas que tinham decidido não consumar seu matrimônio, mas sim viver em absoluta continência para dedicar-se totalmente à vida espiritual. Fazendo tal coisa, bem pode ser que descobrissem que o que tinham planejado era uma carga muito pesada para eles. Neste caso, Paulo lhes diria: "Se podem manter seu voto, farão muito bem, mas se não poderem, admitam francamente e mantenham relações normais entre vocês." Para nós toda a relação parece perigosa, anormal e até equivocada, e em realidade o era; e em seu momento a Igreja se viu obrigada a considerá-la como tal. Mas dada a situação, o conselho de Paulo é sábio. Em realidade diz três coisas.
  4. A disciplina pessoal e a continência são excelentes. Qualquer meio pelo qual o homem se domine a si mesmo até dominar perfeitamente cada paixão é algo excelente; mas sempre devemos lembrar que não é parte da tarefa cristã eliminar os instintos e as paixões naturais do homem; pelo contrário, o cristão as utiliza para a glória de Deus.
  5. Paulo em realidade diz: " Não façam de sua religião algo antinatural." Em última instância esta é a falta que cometem os monges, os ermitões e as monjas. Escolhem deliberadamente um modo de vida que é anormal; consideram necessário eliminar os sentimentos naturais do ser humano para ser verdadeiramente religiosos; consideram necessário separar-se da vida normal para servir a Deus. Devemos sempre lembrar que o cristianismo não surgiu para abolir a vida comum e normal, mas sim para elevá-la.
  6. No final Paulo diz "Não façam de sua religião uma agonia.

Collie Knox nos relata que quando jovem, achava que a religião era

uma carga e lhe ocasionava tensões; e nos conta como uma vez um capelão muito querido se aproximou dele, e pondo sua mão sobre seu ombro lhe disse "Jovem Knox, não faça uma agonia de sua religião."

Diz-se que Burns se "sentia acossado em vez de ajudado por sua religião". Ninguém tem que envergonhar-se do corpo que Deus lhe deu, nem do coração, nem dos instintos, nem das paixões, que devido à criação de Deus habitam nele. O cristianismo lhe ensinará, não como eliminá-los, mas sim como utilizá-los de tal maneira que a paixão seja pura e o amor humano o mais nobre em todo mundo de Deus.

O TEMPO É CURTO

I Coríntios 7:26-35

É uma lástima que Paulo não começasse este capítulo com esta seção devido ao fato de que transmite a medula e a essência de sua posição. Através de todo o capítulo deve nos ter parecido que Paulo estava menosprezando o casamento. Várias vezes dava a idéia de que o permitia só como uma concessão, e como se o concedesse para evitar o adultério e a fornicação, como se fosse um mal menor. Vimos que os judeus exaltavam o casamento e o consideravam um dever sagrado.
Segundo a tradição judaica só havia uma razão válida para não casar-se. O Rabino Ben Azai perguntou: "Por que tenho que me casar? Estou apaixonado pela lei; que outros se ocupem da continuidade da raça humana." No mundo grego, Epicteto, o filósofo estóico, nunca se casou. Dizia que fazia muito mais pelo mundo sendo um professor que se tivesse produzido dois ou três "mucosos de nariz torcido". "Como pode uma pessoa cuja função é ensinar a humanidade", perguntava, "correr para buscar em que esquentar a água para banhar o bebê?"

Mas esse não era o ponto de vista judeu e por certo tampouco era o cristão. Paulo tampouco o compartilhava. Anos mais tarde quando escreveu sua Carta aos Efésios tinha mudado, pois então utiliza a relação entre o homem e a mulher como tipo e símbolo e sinal da relação entre Cristo e a Igreja (Efésios 5:22-26). Quando escreveu aos coríntios todo o pensamento de Paulo estava dominado pelo fato de que esperava a Segunda Vinda de Cristo imediatamente e em qualquer momento. Está estabelecendo uma legislação de crise. "O tempo é curto." Cria que Cristo voltaria tão logo, que se devia deixar tudo de lado em um tremendo esforço por concentrar-se na preparação para sua chegada. d Devia-se deixar de lado a atividade humana mais importante e a relação mais apreciada, se ameaçavam interromper ou debilitar essa concentração. O homem não deve ter ataduras que o retenham quando Cristo lhe pede que se levante e ande. Só deve pensar em agradar a Cristo. Paulo nunca teria escrito isto se tivesse pensado que tanto ele como os conversos estavam vivendo em uma situação permanente. Quando escreveu aos efésios já tinha consciência de que a situação humana era permanente e considerou o casamento como a relação mais preciosa dentro dela, a única relação que podia comparar-se levemente com a relação entre Cristo e sua Igreja.

Nós devemos pensar que o lar é o lugar que nos outorga duas coisas. Ali encontramos a oportunidade mais nobre para viver como cristãos; e a tristeza é que muitas vezes se converte no lugar em que pretendemos ter o direito de ser tão briguentos, críticos e grosseiros como queremos, e onde pretendemos tratar àqueles que amamos de uma maneira que nunca usaríamos com estranhos. Também é o lugar de cujo descanso e doçura extraímos a força para viver na forma mais aproximada possível de como deveríamos viver.

Paulo neste capítulo considera o casamento como um mal menor devido ao fato de que cria que a vida tal como a conhecemos tinha poucos dias de prazo, mas chegou o dia em que o considerou a relação mais bela que existe sobre a Terra.

UM NOVO CASAMENTO

I Coríntios 7:39-40

Paulo ainda sustenta seu ponto de vista. O casamento é uma relação que só pode terminar com a morte. O segundo casamento é perfeitamente permissível, mas Paulo preferiria que a viúva ficasse viúva. Sabemos agora que falava à luz da situação crítica em que pensava que estavam vivendo seus leitores.
Em muitos sentidos, um segundo casamento é o carinho mais elevado que aquele que sobrevive pode outorgar ao que já se foi; pois significa que sem o casal a vida é tão solitária que se torna insuportável; significa que com ele ou ela o estado matrimonial foi tão feliz que se está disposto a entrar nele novamente sem temor. Longe de ser um ato desrespeitoso, pode ser considerado como uma honra ao que faleceu.
Paulo estabelece uma condição — deve ser um casamento no Senhor. Deve realizar-se entre cristãos. Raramente um casamento misto terá êxito. Faz muito tempo Plutarco, o velho sábio grego, disse: "O casamento não poderá ser feliz se os maridos não compartilharem a mesma religião". O amor supremo chega quando duas pessoas se amam entre si, e quando seu amor se vê santificado por um amor comum em Cristo. Devido ao fato de que então não só vivem juntos, senão que também oram juntos; e a vida e o amor se combinam para ser um ato contínuo de adoração a Deus.
Os capítulos 1Co 8:1, 1Co 9:1 e 10 se referem a um problema que nos pode parecer extremamente remoto, mas que era intensamente real para os cristãos de Corinto, Para eles era um problema que exigia uma solução. Perguntavam-se se deviam comer ou não a carne oferecida aos deuses. Antes de começar a estudar estes capítulos em detalhe, faríamos bem em expor o problema e considerar em linhas gerais as soluções que Paulo oferece para os distintos casos, segundo sua incidência na vida.
O sacrifício aos deuses era uma parte integral da vida na antigüidade. Podia ser de dois tipos: público ou privado. Em nenhum dos dois casos se consumia todo o animal sobre o altar. A maioria das vezes só se queimava uma mostra do mesmo às vezes tão pequena como uma mecha de cabelo cortado da nuca da vítima. No sacrifício privado o animal era dividido em três partes. Primeiro se queimava a parte simbólica no altar. Em segundo lugar, os sacerdotes recebiam como direito uma porção que compreendia as costelas, a coxa e o lado esquerdo da cara. Em terceiro lugar, a pessoa que oferecia o sacrifício recebia o resto da carne. Com ela oferecia um banquete. Isto se fazia especialmente quando se celebravam casamentos. Algumas vezes estas festas se realizavam na casa do anfitrião e outras no templo do deus ao qual se tinha feito o sacrifício.

Temos por exemplo um papiro com um convite a comer que diz o seguinte: "Antônio, filho de Ptolomeu, convida-os para jantar com ele na mesa de nosso Senhor Serapis". Serapis era o deus a quem se havia sacrificado. O problema que os cristãos deviam enfrentar era: "Podiam tomar parte de tal festa? Podiam levar à boca a carne que tinha sido oferecida a um ídolo, a um deus pagão?" Se não podiam, obviamente teriam que deixar de assistir a todos os eventos sociais. No sacrifício público, ou seja o sacrifício devotado pelo Estado, que era muito comum, depois de a quantidade simbólica de carne requerida ser queimada, e depois de os sacerdotes terem recebido sua parte, dava-se o resto da carne aos magistrados e a outros. O que estes não necessitavam o vendiam aos mercados; e portanto, até a carne que comprava neles podia já ter sido oferecida a um ídolo e a um deus pagão. Desta perspectiva nunca se sabia quando se poderia estar comendo carne que fazia parte de um sacrifício a um ídolo.

O que complicava tudo ainda mais era o seguinte: nesse então se cria forte e pavorosamente em demônios e diabos. O ar estava cheio deles e sempre estavam buscando a maneira de introduzir-se no corpo de um homem, e, se o conseguiam, danificavam seu corpo e desequilibravam sua mente. Uma das formas em que estes espíritos penetravam era através das comidas; estabeleciam-se na comida enquanto o homem comia e entravam nele. Uma das maneiras de evitar isto era dedicar a carne a algum deus bom; e a presença do deus bom na carne levantava uma barreira contra os espírito malignos. Por essa razão, dedicavam-se quase todos os animais aos deuses antes de matá-los; e, se não se o fazia, a carne era bendita no nome de um deus antes de comê-la, como defesa. Portanto, quase não se podia comer carne que não estivesse relacionada em uma ou outra forma com um deus pagão.

Podiam comê-la os cristãos? Esse era o problema, e em realidade, embora agora nos pareça um assunto muito remoto, que só a um antiquário pôde interessar, o fato é que para os cristãos em Corinto e em qualquer cidade grega, era um problema que concernia a toda sua vida, e que tinha que ser solucionado em uma forma ou outra.
Os conselhos que dá Paulo se dividem em seções diferentes.

  1. No capítulo 8 estabelece o princípio de que, por muito que o cristão forte e iluminado se creia livre da infecção dos ídolos pagãos, embora creia que o ídolo é o símbolo de algo que não existe absolutamente, não deve fazer nada que machuque, danifique ou assombre a consciência de um irmão cuja mente não está tão esclarecida nem é tão forte como a sua.
  2. No capítulo 9 se refere àqueles que invocam os princípios da liberdade cristã. Assinala que ele tem liberdade para fazer muitas coisas, mas se abstém de fazê-las pelo bem da Igreja. Tem plena consciência da liberdade cristã, mas também tem plena consciência da responsabilidade cristã.
  3. No capítulo 1Co 10:1-13 se refere àqueles que declaram que seu conhecimento cristão e sua posição privilegiada os salvam de qualquer infecção. Cita o exemplo dos israelitas que tinham todos os privilégios do Povo Eleito por Deus e, no entanto, caíram no pecado.
  4. No capítulo 1Co 10:14-22 utiliza o argumento de que qualquer homem que se sentou à mesa do Senhor não pode fazê-lo à mesa de um deus pagão, embora esse deus não seja nada. Há algo essencialmente equivocado em levar à boca a carne oferecida a um deus falso, sendo que essa boca comeu o sangue e o corpo de Jesus Cristo.
  5. No capítulo 1Co 10:23-26 aconselha a não exagerar as coisas. Pode— se comprar em qualquer posto o que se oferece, sem fazer perguntas.
  6. No capítulo 1Co 10:27, 1Co 10:28 se refere ao problema do que se deve fazer nas casas particulares. Nelas o cristão comerá o que lhe ponham diante, sem fazer perguntas; mas se lhe informam, deliberadamente, que a carne que está em seu prato foi parte de um sacrifício pagão, será um desafio à sua posição como cristão e se negará a comê-la.
  7. Finalmente em 1Co 10:29-1, Paulo estabelece se princípio de que a conduta do cristão deve estar por cima de toda recriminação e no possível não deve ofender nem aos judeus nem aos que não o são. É melhor sacrificar os seus direitos que permitir que estes se convertam em uma ofensa.

Agora podemos passar a considerar os capítulos em detalhe.


Dicionário

Chamado

chamado adj. 1. Que se chamou. 2. Denominado, apelidado. S. .M Chamada.

Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


Diante

advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.

Estado

substantivo masculino Condição de alguém ou de alguma coisa em determinada situação ou momento: o paciente estava em estado terminal.
Reunião das particularidades ou das características através das quais algo ou alguém pode ser caracterizado(a).
Condição física de alguém (de uma parte do corpo humano) ou de um animal.
Condição emocional, moral ou psicológica que uma pessoa apresenta, em determinada circunstância de sua vida, tendo o poder de influenciar a sua maneira de se comportar diante de um acontecimento: estava em estado de graça.
Circunstância atual em que uma pessoa se encontra; estado civil: solteiro.
História Grupos sociais que existiam na 1dade Média (clero, nobreza e povo).
Nação absoluta, politicamente estruturada, com regras particulares: o Estado Palestino.
Reunião daquilo que é responsável pela administração de um país.
Regime governamental e político: Estado déspota.
Separação geográfica de certos países: o estado de Minas Gerais.
Que tem luxo e imponência; fausto ou luxo.
Listagem dos bens; inventário: estado das propriedades de um indivíduo.
[Física] Num sistema, a condição definida pela reunião de suas propriedades físicas.
Etimologia (origem da palavra estado). Do latim status.us.

substantivo masculino Condição de alguém ou de alguma coisa em determinada situação ou momento: o paciente estava em estado terminal.
Reunião das particularidades ou das características através das quais algo ou alguém pode ser caracterizado(a).
Condição física de alguém (de uma parte do corpo humano) ou de um animal.
Condição emocional, moral ou psicológica que uma pessoa apresenta, em determinada circunstância de sua vida, tendo o poder de influenciar a sua maneira de se comportar diante de um acontecimento: estava em estado de graça.
Circunstância atual em que uma pessoa se encontra; estado civil: solteiro.
História Grupos sociais que existiam na 1dade Média (clero, nobreza e povo).
Nação absoluta, politicamente estruturada, com regras particulares: o Estado Palestino.
Reunião daquilo que é responsável pela administração de um país.
Regime governamental e político: Estado déspota.
Separação geográfica de certos países: o estado de Minas Gerais.
Que tem luxo e imponência; fausto ou luxo.
Listagem dos bens; inventário: estado das propriedades de um indivíduo.
[Física] Num sistema, a condição definida pela reunião de suas propriedades físicas.
Etimologia (origem da palavra estado). Do latim status.us.

nação, povo. – “Estado é a nação considerada como entidade sujeita a governação e administração. Frequentemente considera-se o estado com relação aos outros estados. (Estado – define Clovis Bevilaqua – é um agrupamento humano, estabelecido em um território, e submetido a um poder público soberano, que lhe dá unidade orgânica. São elementos constitutivos do estado: o povo, o território e o poder público soberano. Quando se tem mais particularmente em vista o povo distribuído em classes sociais, o agrupamento denomina-se nação. Quando se considera esse agrupamento organizado pelo poder público, e representado pelos funcionários, que o exercem, tem-se o estado.) – Nação (do latim natio, derivado de nasci “nascer”) é o conjunto de indivíduos de uma mesma raça, habituados aos mesmos usos, costumes e língua. – Povo (do latim populus “multidão”) é o conjunto de homens que vivem sob a mesma lei e o mesmo governo. Assim dizemos: o povo português é de boa índole; o povo espanhol tem muito de godo e de árabe. Dos dois povos reunidos dizemos que – o fanatismo e a crendice têm dificultado o progresso da nação ibera. Do sentido primitivo de nação e povo procedem todas as distinções que convém estabelecer entre estes vocábulos. Nação indicou em primeiro lugar uma aglomeração natural de homens, fundada na origem comum a todos eles e nas suas comuns qualidades características. Povo indicou uma aglomeração, artificial ou natural, estabelecida em vista de interesses comuns, tais como leis, governo, habitat, etc. Assim é que a nação pode compreender vários povos; pois, formando a península Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 395 ibérica a nação ibera, existem nela os povos português e espanhol. Por outro lado, e como consequência da primitiva significação destas palavras, várias nações submetidas ao mesmo governo podem formar um único povo. Assim as nações mongólica, tártara, etc. formam o povo chinês. Extensivamente dizemos nação por povo, com uma diferença análoga. Nação dizemos com relação à índole, costumes, usos, culto, língua, etc. Povo diremos com relação ao estado político ou social, instituições, leis, governo etc.: nação civilizada, nação fanática; povo guerreiro, povo nômada, povo livre, povo escravizado, etc. Duas nações são rivais; dois povos aliam-se para se defenderem mutuamente de um terceiro. Nação tem um sentido geralmente mais extenso, e marca uma relação mais íntima que povo. Na península ibérica viu-se que vários povos (catalães, aragoneses, castelhanos, navarros, vasconsos, lusitanos, galegos, etc.) acabaram por constituir uma nação, porque, os laços que os uniram são tão íntimos que quase podem fazer considerá-los como descendentes de uma mesma origem. Povo tem ainda mais acepções, pois pode designar uma parte, ou uma das classes de uma nação. Assim se diz: “o povo das cidades; o povo das aldeias; o povo e a classe média, etc.” (Bruns.) – “No sentido literal e primitivo” – diz Roq. – “a palavra nação indica uma relação comum de nascimento, de origem; e povo, uma relação de número e de reunião. A nação é uma dilatada família; o povo uma grande reunião ou agregado de seres da mesma espécie. A nação consiste nos descendentes de um mesmo pai; e o povo, na multidão de homens reunidos num mesmo sítio”...

Irmãos

-

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
I Coríntios 7: 24 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Cada um, no estado em que foi chamado, ó irmãos, neste permaneça ele junto a Deus.
I Coríntios 7: 24 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

54 d.C.
G1538
hékastos
ἕκαστος
cabeça, eleição, crânio
(for every man)
Substantivo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G2564
kaléō
καλέω
chamar
(you will call)
Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
G3306
ménō
μένω
respirar, ofegar, arfar
([that] mourns herself)
Verbo
G3739
hós
ὅς
que
(which)
Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
G3778
hoûtos
οὗτος
um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
(of the Chaldeans)
Substantivo
G3844
pará
παρά
de / a partir de / de / para
(of)
Preposição
G80
adelphós
ἀδελφός
O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
(small dust)
Substantivo


ἕκαστος


(G1538)
hékastos (hek'-as-tos)

1538 εκαστος hekastos

como se um superlativo de hekas (longe); adj

  1. cada, todo

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

καλέω


(G2564)
kaléō (kal-eh'-o)

2564 καλεω kaleo

semelhante a raiz de 2753; TDNT - 3:487,394; v

  1. chamar
    1. chamar em alta voz, proferir em alta voz
    2. convidar
  2. chamar, i.e., chamar pelo nome
    1. dar nome a
      1. receber o nome de
      2. dar um nome a alguém, chamar seu nome
    2. ser chamado, i.e., ostentar um nome ou título (entre homens)
    3. saudar alguém pelo nome

Sinônimos ver verbete 5823


μένω


(G3306)
ménō (men'-o)

3306 μενω meno

palavra raiz; TDNT - 4:574,581; v

  1. permanecer, ficar
    1. em referência a lugar
      1. permanecer ou residir por pouco tempo, esperar
      2. não partir
        1. continuar a estar presente
        2. ser sustentado, mantido, continuamente
    2. em referência ao tempo
      1. continuar a ser, não perecer, durar, aturar
        1. de pessoas, sobreviver, viver
    3. em referência a estado ou condição
      1. permanecer o mesmo, não tornar-se outro ou diferente

        esperar por, estar à espera de alguém


ὅς


(G3739)
hós (hos)

3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

  1. quem, que, o qual

οὗτος


(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)

3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

do artigo 3588 e 846; pron

  1. este, estes, etc.

παρά


(G3844)
pará (par-ah')

3844 παρα para

palavra raiz; TDNT - 5:727,771; prep

  1. de, em, por, ao lado de, perto

ἀδελφός


(G80)
adelphós (ad-el-fos')

80 αδελφος adelphos

de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

TDNT 1:144,22; n m

  1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
  2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
  3. qualquer companheiro ou homem
  4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
  5. um associado no emprego ou escritório
  6. irmãos em Cristo
    1. seus irmãos pelo sangue
    2. todos os homens
    3. apóstolos
    4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial