Enciclopédia de Hebreus 6:3-3

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

hb 6: 3

Versão Versículo
ARA Isso faremos, se Deus permitir.
ARC E isto faremos, se Deus o permitir.
TB Isso faremos, se Deus o permitir.
BGB καὶ τοῦτο ⸀ποιήσομεν ἐάνπερ ἐπιτρέπῃ ὁ θεός.
BKJ E isso faremos, se Deus o permitir.
LTT E isto faremos, caso, tão somente, isto permita Deus.
BJ2 É isto o que faremos, se a tanto Deus nos ajudar!
VULG Et hoc faciemus, si quidem permiserit Deus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 6:3

Atos 18:21 Antes, se despediu deles, dizendo: Querendo Deus, outra vez voltarei a vós. E partiu de Éfeso.
Romanos 15:32 a fim de que, pela vontade de Deus, chegue a vós com alegria e possa recrear-me convosco.
I Coríntios 4:19 Mas, em breve, irei ter convosco, se o Senhor quiser, e então conhecerei, não as palavras dos que andam inchados, mas a virtude.
I Coríntios 16:7 Porque não vos quero agora ver de passagem, mas espero ficar convosco algum tempo, se o Senhor o permitir.
Tiago 4:15 Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Hebreus Capítulo 6 do versículo 1 até o 20
2. O Chamado para a Perfeição (Hb 6:1-3)

A repreensão diagnosticada agora torna-se uma exortação. Pelo que por causa da necessidade de maturidade, se o "sólido mantimento" que estou prestes a dar a vocês deve ser assimilado — prossigamos até a perfeição (1). É possível que nesta passa-gem o autor esteja realçando a necessidade de que ele e os seus leitores precisam prosse-guir para o tópico da perfeição. Mas o peso da evidência contextual favorece a hipótese de que teleioteta, "um estado de perfeição", seja o cumprimento da necessidade diagnosticada de teleios nos versículos anteriores.' O assunto, já anunciado, e ao qual ele ansiosamen-te quer dar prosseguimento, é a natureza "melquisedequeana" do sacerdócio de Cristo. A perfeição será incluída nesta discussão em relação às realizações superiores de Cristo, mas este não é o estado subjetivo de maturidade que ele aqui chama de perfeição.

Vincent identifica o verbo pherometha como passivo e traduz: "Sejamos conduzi-dos..." Mueller traduz: "Avancemos para a maturidade". A preposição até (epi) impli-ca "um estado atual de apoiar-se em".12 O tipo de maturidade que se tem em mente agora é um estado realizável para o qual devemos pressionar rapidamente, se estamos determinados a fazê-lo. Os hebreus já deveriam ter alcançado este estágio e são re-preendidos por não tê-lo atingido. Eles são exortados aqui a corrigir sua deficiência espiritual prontamente.'

Essa interpretação e ação são muito melhores do que a outra alternativa, que é constantemente ter de reparar nosso fundamento. Este fundamento é triplo e cada um dos três aspectos é duplo: Primeiramente, a salvação pessoal —
a)
arrependimento de obras mortas (provavelmente obras pecaminosas) e, b) fé em Deus (confiança em Deus — epi novamente). Algumas pessoas nunca vão além do conceito de pecado diário e arre-pendimento diário, além da luta diária com dúvidas e escuridão. Em segundo lugar, o ritual na igreja —
a)
doutrina do batismo e b) imposição das mãos (2). Em terceiro lugar, a escatologia —
a)
ressurreição dos mortos e o juízo eterno. O evangelho em muitas igrejas hoje se resume a estes itens, com o resultado de que a maioria dos cristãos nunca passa do pré-primário quando se trata de assuntos espirituais.

E isso (um avançar resoluto dos primeirbs fundamentos para a perfeição) faremos, se Deus o permitir (3). Somente Deus sabe quão sério é desviar-se de Cristo. Se as primeiras obras realmente precisam ser repetidas, eles ainda não estão qualificados para um estágio mais avançado. Mas, o que é ainda mais sério, é que, se o seu desvio já chegou à apostasia, então a sua inadequação tornou-se em desqualificação. O tom da passagem agora torna-se abominável.

3. A Seriedade da Apostasia (6:4-8)

O autor não está disposto a crer que estes hebreus chegaram a cometer a apostasia (cf. v. 9) ; por isso ele descreve uma situação hipotética, tão impessoal e objetiva quanto possível. Mas, embora o argumento seja hipotético, não é a hipótese de uma impossibili-dade ou de uma possibilidade que nunca possa se tornar realidade; portanto a advertên-cia precisa ser levada muito a sério.

E recaíram (6; parapesontas no grego) não é condicional como está na KJV: "Se recaírem". Os cristãos que recaíram não podem ser renovados — esta é a simples, mas séria conseqüência. Este tipo de "recair" é mais do que um mero tropeço de um cristão fraco que recebeu uma rasteira de Satanás. Quando usado sozinho, pipto (que ocorre com freqüência no NT) significa um cair de uma coisa ou pessoa, mas quando usado com para, como neste caso (somente aqui no NT), isto implica uma separação entre a coisa ou pessoa de alguma outra coisa, ou seja, um cair de. Isto não é um mero tropeçar na cami-nhada cristã, mas um afastamento dele. A palavra, como é usada aqui, pode referir-se somente a uma rejeição deliberada de Jesus Cristo. Westcott diz: "A idéia é abandonar o caminho reto, da mesma forma que a idéia de hamartanein é errar o alvo".

É simplesmente impossível (posição enfática) que sejam outra vez renovados para arrependimento."

É impossível encorajá-los para que se arrependam. Se foram até aqui, eles não lan-çarão "de novo o fundamento do arrependimento" (v. 1). Neste caso, é inútil falar a res-peito da possibilidade de continuar a caminhada rumo à perfeição. Deus não "permitirá" (v.
3) que experimentem a perfeição genuína da mesma forma que não permitiu aos israelitas rebeldes que entrassem em Canaã.
A impossibilidade de renovação para arrependimento não reside somente na natu-reza provocadora e deliberada da deserção, mas na culpa que a sua apostasia vergonho-sa está constantemente formando: quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério (6). Eles pararam de chorar pelo fato de Ele ter derra-mado o seu sangue na cruz, e a sua insensibilidade tornou-se tão grande que voluntari-amente provêem uma nova cruz para crucificá-lo outra vez. "Eles pregam novamente o Filho de Deus na cruz" (NT Ampl.). Isto pode não ser feito de maneira grosseira, com barulho e gritos, mas por professores descrentes cujos pregos são a dialética da descrença na sala de aula. A renovação do arrependimento religioso genuíno para aqueles que conheceram a Cristo e que hoje o estão envergonhando abertamente pela sua apostasia é uma impossibilidade moral e psicológica.

Muitas páginas foram escritas na tentativa de abrandar a severidade desta passa-gem ao minimizar e enfraquecer a experiência anterior destes apóstatas, fazendo pa-recer que foram apenas simpatizantes do evangelho sem, na verdade, terem se tornado pessoas regeneradas. Mas este mero jogo de palavras não merece a atenção de um exegeta sério das santas Escrituras de Deus, e torna suspeita a premissa doutrinária que aceita tal desvio.

É impossível reconduzir ao arrependimento os apóstatas que chegaram a ser ilu-minados (4), tanto os que provaram o dom celestial quanto os que foram feitos (par-ticípio aoristo, voz passiva) participantes do Espírito Santo. O dom celestial prova-velmente significa salvação por meio de Jesus Cristo.' Participantes do Espírito Santo são metoxous, "associados, companheiros" (Hb 1:9-3.1, 14; 12.8; cf. Lc 5:7). Houve um tempo definido no passado quando foram feitos participantes da graça de Deus. Aqui está uma iluminação que não pode de forma alguma ser confinada a uma mera convicção ou um entusiasmo religioso temporário.

Além disso, estes apóstatas eram aqueles que provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro (5). A palavra provaram (geusamenous), usada duas vezes nestes versículos, é uma experiência consciente ("participaram conscientemente de", Vincent). Ela não pode ser reduzida a uma "amostra" dos religiosos ociosos, assim como não pode ser reduzida a uma brincadeira quando aplicada à morte de Jesus (2.9; cf. Mt 16:28; Mc 9:1; Lc 9:27; Jo 8:52). Estes então eram homens que haviam experimenta-do
a) as alegrias da salvação, b) a comunhão do Espírito, c) o sustento e satisfação da Palavra (escrita ou pregada) e d) a confirmação e o reforço do sobrenatural. Estas expe-riências são os privilégios normais e aspectos da regeneração. Crentes regenerados con-tinuam correndo o risco de apostatarem de maneira final e irrevogável.

A natureza profunda do problema em questão é resolvida além da compreensão de um possível sofisma pela ilustração com a qual a advertência é concluída. Quando a terra reage à chuva do céu e à labuta do fazendeiro ao produzir a planejada colheita, ela recebe a bênção de Deus (7). Mas se ela não produz nada além de espinhos e abro-lhos, é reprovada e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada (8). Ela é abandonada como terra imprestável e "a condenação está próxima, e seu fim é ser quei-mada" (Mueller). Este é um fim triste, visto que esta analogia se aplica a almas. Qual-quer outra interpretação do texto não faz sentido. Vemos aqui uma bênção divina evi-dente cuja continuidade depende do lucro do investimento (Mt 13:22).16

4. Os Hebreus Continuam Qualificados (6:9-15)

O autor está convencido de que os cristãos hebreus não chegaram a se desviar até o ponto descrito nos versículos 4:8; embora cambaleantes e hesitantes, estão qualificados a prosseguir à busca da perfeição. Portanto, ainda que assim falamos (9), de forma solene, é com esperança e não desespero. As coisas melhores estão em contraste com a traição vergonhosa a Jesus no versículo 6 e a aridez dos versículos 7:8. Ele espera uma reação dos hebreus que pertencem à salvação. Ele apresenta razões de que Deus não seria tão injusto a ponto de desconsiderar sua obra e trabalho de caridade, manifestado tão zelosamente em favor do seu nome (10). Este é um trabalho que eles não só realizaram aos santos no passado, mas continuam desempenhando. Qualquer que seja a fraqueza que tenha ocorrido no interior, não se tornou aparente exteriormente em qualquer afrouxamento de serviço humilde conferido aos companheiros cristãos. Exteri-ormente, a fidelidade deles está sem mancha. Eles podem estar certos de que Deus tam-bém inclui isto em sua avaliação completa, e, portanto, ainda não os rejeitou.

  1. A necessidade de diligência (6.11,12). O desejo ardente do autor é que cada um (11), sem exceção, continue mostrando (também cf. v. 10 e Rm 2:15-9.
    17) o mesmo cuidado até o fim, para completa certeza da esperança. A palavra spoudan, cui-dado ("diligência", ARA; "prontidão", NVI), é usada como verbo em 4.11: "Procuremos" (ou "esforcemo-nos", ARA). Lá, o propósito que requer diligência, é o repouso; aqui é a completa certeza da esperança. As obras deles foram mantidas, mas uma parte des-ta certeza havia sido drenada da sua esperança em relação ao futuro triunfo de Cristo (e deles próprios). Assim como têm procurado "aplicar-se às boas obras" (Tf 3.8, 14), tam-bém devem aplicar-se com a mesma diligência a manter a segurança alegre do resultado final das coisas (3:6-14). Tendo perdido sua alegria e ânimo, eles estavam se lastimando como mártires teimosos leais a uma causa perdida. Este é um estado espiritual perigoso e prejudicial. Se não forem diligentes nesta área vão se tornar negligentes (12). Uma das duas situações prevalecerá: diligência ou decadência. Quando uma congregação per-de a glória e o fogo, ela logo perde a verdade e o caminho.

Em vez disso, sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as pro-messas. Eles continuam elegíveis para herdar as promessas, mas não continuarão des-ta forma se não seguirem diligentemente os passos daqueles que herdaram seu direito a esta herança pela paciência e fé obediente em cada teste.

  1. O exemplo de Abraão (6:13-15). Esta referência a Abraão cumpre três propósitos.
  2. Ela introduz o aspecto do juramento como uma segurança dupla para as pro-messas. Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo (13). O significado deste ato é discu-tido nos versículos 16:20 (veja comentário). Aqui, como ocorre com freqüência, o autor está introduzindo uma nova linha de pensamento simultaneamente com a conclusão da sua ênfase prévia.
  3. A referência a Abraão também serve para revelar uma das promessas. Somente o resumo é citado: Certamente, abençoando, te abençoarei e, multiplicando, te multiplicarei (14). A promessa completa está em Gênesis 22:16-18 e inclui a referência messiânica: "E em tua semente serão benditas todas as nações da terra". A promessa de grande bênção sobre o povo hebreu era urna rocha de esperança para cada judeu. Essa promessa continuava valendo. Este é o aspecto ressaltado aqui. Mais tarde, eles verão que esta é apenas uma das promessas (plural, v. 12) e que esta e todas as outras estão sendo cumpridas abundantemente em Cristo, mas somente nele (exatamente a linha de interpretação de Paulo em Gaiatas 3:5-9,16-18).
  4. O propósito mais imediato nestes três versículos é ilustrar o significado da he-rança das promessas "pela fé e paciência" (v. 12). E assim (vocês percebem o que quero dizer), Abraão, esperando com paciência, alcançou a promessa (15). A espera paciente foi a obediência de Abraão em oferecer Isaque. Nisto ele venceu o teste supremo da inabalável lealdade a Deus. É a imitação deste tipo de obediência ousada que está sendo estimulada no versículo 12. A promessa que está sendo discutida, portanto, não é a promessa de um filho a Abraão; isto já havia sido cumprido. Era, na verdade, a promessa de uma bênção maior sobre o povo hebreu. Esta era a promessa que Abraão obteve como recompensa pela sua espera paciente. Ele não viu esta grande bênção; ele apenas recebeu a promessa. Assim, podemos ver o significado da frase "herdam as promessas" do versículo 12 (cf. o cap. 11). A idéia é intrigante. Bens herdados com os quais estamos familiarizados — um negócio de família, nome, ou título, com seus direitos e privilégios — podem parecer estimulantes. Mas promessas herdadas parecem insignificantes, espe-cialmente se vêm se arrastando ao longo de muitas gerações e permanecem sem cumpri-mento. No entanto, o autor está esforçando-se em mostrar que estas promessas são, sem sombra de dúvidas, a porção mais inestimável da sua herança racial, que eles não devem negligenciar por indolência e descrença.

5. A Imutabilidade das Promessas (6:16-20)

O autor vai agora argumentar que eles têm todo incentivo para recobrar o ânimo e continuar, visto que as promessas não são somente válidas, mas apoiadas pela maior segurança possível, ou seja, o próprio juramento de Deus. O versículo 13 fez menção disto, mas agora vemos uma explanação mais detalhada.

  1. O juramento de Deus (6.16,17). Porque os homens certamente juram por alguém superior a eles (16), i.e., alguém maior do que eles, alguém que pode apoiá-los e também inculcar fidelidade à palavra deles. Tal juramento foi uma afirmação solene diante de testemunhas em nome desta pessoa ou poder maior, que nos tempos bíblicos tornava a pessoa legalmente comprometida. Independentemente da direção em que as conversas informais dos homens apontava, uma vez que uma promessa ou transação era confirmada por um juramento (juramento para confirmação) o assunto era conside-rado finalizado, e toda contenda, terminada. Desta forma, para mostrar [...] a imutabilidade do seu conselho (plano), Deus se interpôs com juramento (17). Este juramento foi motivado pela sua prontidão em mostrar a inviolabilidade do seu propósi-to. Ele andou a "segunda milha", para provar a sinceridade das suas intenções. Isto não era uma lenda antropomórfica; era, na verdade, Deus acomodando-se à maneira de o homem agir e pensar para poder se comunicar com ele. A Bíblia está repleta desta humil-dade sublime de um Deus poderoso. Naturalmente, seria absurdo supor que ao jurar Deus estava acrescentando credibilidade à integridade da sua palavra, mas era um modo comovente de se comunicar aos herdeiros da promessa (também no versículo 14). Os herdeiros incluíam os judeus que se qualificavam como herdeiros espirituais em Cristo — e, de acordo com Paulo, também os crentes gentios.
  2. Nossa esperança (6:18-20). O propósito de Deus era para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consola-ção (18). As duas coisas imutáveis eram a integridade da própria palavra de Deus em sua simples promessa e a obrigação legal do juramento auto-imposto. A firme conso-lação é a "firme segurança" (Mueller) que eles devem preservar de maneira diligente (v. 11). A diligência deles, portanto, não é a energia agitada da carne em produzir e sustentar a fé; ela é, na verdade, a devoção e concentração com a qual eles mantêm diante deles as promessas divinas e a base da sua absoluta segurança nelas. Nós (aque-les que são os detentores dessa segurança feliz) pomos o nosso refúgio (em Jesus) em reter a esperança proposta.

Por meio de Cristo, compreendemos a esperança de Israel de forma renovada. A esperança é como âncora da alma segura e firme e que penetra até ao interior do véu (19). O conteúdo da esperança judaica verdadeiramente bíblica não estava em um paraíso terreno, com um domínio político do mundo, como tantas vezes tem sido interpretado erroneamente; em vez disso, esta esperança habitava na eterna presença de Deus. A profunda esperança de uma alma espiritualmente inclinada deveria penetrar nos mistérios por trás do véu (Lv 16:2) — "uma esperança que alcança mais longe e que adentra a certeza da Presença no interior do véu" (NT Ampl.). Neste Lugar Santíssimo, Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, se-gundo a ordem de Melquisedeque (20). Jesus entrou no "Santo dos Santos", não como um substituto para nosso acesso, mas como um precursor, porque também entra-remos nele. O autor tem muito mais a dizer a respeito deste "Santo dos Santos" e da maneira como Cristo o abriu para nós. Mas agora, tendo se afastado por tempo suficiente do assunto principal para estimulá-los a uma diligência maior e ao avanço na maturida-de espiritual, o autor volta para a linha principal da sua argumentação. Ele se concentra novamente no papel de Jesus como sumo sacerdote, não da ordem de Arão, mas segun-do a ordem de Melquisedeque. Indubitavelmente, o autor espera que sua exortação os tenha condicionado a receber as difíceis verdades que deseja agora transmitir.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Hebreus Capítulo 6 do versículo 1 até o 20
*

6.1 princípios elementares... de Cristo. Estes são o ABC da doutrina cristã, agora enumerado resumidamente (vs. 1,2). Todas estas doutrinas podem ser achadas no livro de Atos.

arrependimento... fé. Ver Mc 1:15; At 20:21.

* 6.2 batismos. O uso do plural é inesperado; há um único batismo cristão (Ef 4:5). Contudo, mesmo hoje, quando o batismo cristão é ventilado, outros batismos, pelo menos o de João Batista, devem ser mencionados. Certamente isso foi verdade nos tempos do Novo Testamento (9.10; Mt 3:11; 28:19; Mc 1:4; Jo 4:1; At 1:5). Uma outra possibilidade é que a palavra se refira especificamente às purificações cerimoniais do Antigo Testamento (Ver 9,10) como parte essencial do contexto da obra de Cristo.

imposição de mãos. Esta ação acompanhava a bênção, a cura dos enfermos, a ordenação de oficiais para a Igreja, e especialmente o dom do Espírito, que foi também associado com o batismo (13 40:19-15'>Mt 19:13-15; Lc 4:40; At 6:6-8.17; 9.17; 28.8; 1 Tm 4.14). Por outro lado, como é possível com "batismos", o autor pode estar se referindo aos fundamentos vetero-testamentários da obra de Cristo.

* 6.3 se Deus permitir. Esta frase convencional reconhece a necessidade do auxílio de Deus para aprender e ensinar a doutrina cristã. Ela sugere que o ensino que se segue é difícil, como de fato o é.

* 6.4-12 Esta advertência solene tem sido interpretada de diferentes maneiras. Alguns entendem que o autor se refere aos cristãos genuínos que perdem a sua salvação, porém, tal interpretação entra em conflito com textos que ensinam que os verdadeiramente salvos por Deus hão de perseverar na fé até o fim (Jo 10:28,29; Rm 8:28-30; "Perseverança dos Santos" em Rm 8:30). Outros interpretam a advertência como um argumento dirigido contra uma seita herética dos judaizantes, uma heresia tão perigosa para seus seguidores, que eles perdem toda a esperança da salvação. Uma outra interpretação afirma que o autor esta descrevendo os apóstatas de vs. 4-8, de acordo com a declaração deles e as bênçãos que pareciam ter recebido juntamente com os crentes genuínos, até o momento de seu abandono da fé. Embora Jesus salve totalmente (7.25), e tem aperfeiçoado para sempre (10,13) aqueles que ouvem a sua Palavra com fé, o autor exorta os seus leitores a comprovar com a perseverança a fé que professavam. Não há nenhuma bênção em estar perto de Deus e em comunhão com o povo da aliança, sem a devida fé; ao contrário, tais apóstatas são sujeitos a um juízo mais severo.

*

6.4 uma vez foram iluminados. Isto é, o conhecimento de Deus já foi revelado na mensagem do evangelho (10.26; Jo 1:9; 2Co 4:4-6) e professado publicamente no batismo. Nos primeiros escritos cristãos, a conversão e o batismo eram, às vezes, designados como "iluminação". A palavra grega "uma vez" é proeminente em Hebreus. É usada em conecção com o sacrifício de Cristo, "uma vez por todas" (10.2,10).

provaram o dom celestial. Alguns vêem aqui uma referência ao ato de participar no sacramento da Ceia do Senhor. Também, a frase pode ser ligada com "iluminados", dando uma descrição maior da aparente conversão.

participantes do Espírito Santo. Eles tiveram alguma experiência com os dons do Espírito Santo, porém, não é necessário concluir que a frase se referia à conversão.

* 6.5 os poderes do mundo vindouro. Certamente, são os sinais e maravilhas que acompanharam as primeiras pregações do evangelho (2.4, nota).

* 6.6 renová-los para arrependimento. Existe um tipo de apostasia que é irreversível (1Jo 5:16). A salvação cristã é definitiva (10.4), e a decisão de rejeitá-la, tomada em certo nível, não pode ser revogada. De acordo com 1Jo 2:19, qualquer pessoa que toma tal decisão, demonstra que nunca foi de fato um membro da família da fé, embora tivesse uma ligação aparente. Judas 1scariotes é o exemplo mais claro de alguém que participou dos valores do reino vindouro, porém, não entrou nele (Mt 26:47-49; conforme Mt 7:21-23). Esta advertência não permite especulação sobre o estado eterno de ninguém, ao contrário, exorta a nós mesmos para ficarmos mais firmes no Salvador. Ver "O Pecado Imperdoável" em Mc 3:29.

de novo, estão crucificando... o Filho de Deus. Pela renúncia de sua fé em Cristo, eles declaram que a sua cruz não foi um sacrifício santo pelos pecados de outrem, antes, que foi a morte merecida de um criminoso culpado (10.29). Tais apóstatas já se afastaram até ao ponto onde a cruz não faz nada senão condená-los como cúmplices no assassínio (At 18:5-6).

Há uma analogia entre o caráter "uma vez por todas" do sacrifício de Cristo pelo pecado, e a participação simbólica do crente naquela crucificação através do batismo (v. 4 nota). A morte sacrificial de Cristo não pode ser repetida. No mesmo sentido, a participação do crente na morte de Cristo, selada pelo batismo (Rm 6:3,4; Cl 2:12), não pode ser retirada e depois repetida.

expondo-o à ignomínia. A apostasia apresentada no cap. 6 não é uma questão de dúvidas pessoais e interiores. É a propositada, total e pública rejeição da fé que foi uma vez confessada. Como tal, produz efeitos nocivos para outros e não apenas para o apóstata (12.15).

* 6:7-8 De acordo com as figuras proféticas do Antigo Testamento, a "terra" é o povo de Deus (Is 5:1-7), e a "chuva" que cai sobre ela é a Palavra (Is 55:10,11), ou o Espírito de Deus (Is 44:3,4). O campo infrutífero é destruído (Is 5:4-6). Ver também Mt 13:7,8,22,23.

*

6.9-12 Ao produzirem as primícias de uma colheita útil, os leitores estão dando motivos para acreditar que eles são a "terra" que recebe as bênçãos da salvação. Todavia, eles têm de livrar-se da atual indolência, a fim de receber a herança prometida aos crentes perseverantes. A severidade da advertência anterior não precisa de ser motivo de desespero.

* 6.10 servistes e ainda servis. Por exemplo, apoiando aqueles que são ridicularizados ou presos por causa de sua fé (10.32-34).

* 6.11 esperança. Por ser o alvo da fé algo no futuro, os fiéis devem continuar "até o fim" (conforme 3.14; 6.18,19; 11.1).

* 6.12 indolentes. Este termo (traduzido "tardios" em 5,11) caracteriza o princípio e o término da exortação.

pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas. Abraão é o exemplo preeminente (vs. 15,17; 11:8-19), porém, a história bíblica está repleta de testemunhas que têm percorrido o caminho da fé com paciência antes de nós (11.4-38), e que agora estão desfrutando da prometida esperança através da obra de Cristo que os aperfeiçoa (11.13 39:40).

*

6.13-20 A fé suporta com paciência, porque o juramento de Deus garante o cumprimento da promessa em nosso favor, tal como aconteceu com Abraão. A nossa confiança descansa sobre o eterno sumo sacerdócio de Cristo, segundo a ordem de Melquisedeque, um sacerdócio determinado por promessas e juramentos divinos (7.20-22,28).

* 6.13 jurou por si mesmo. O fato de Deus, cuja "palavra é a verdade" (Jo 17:17; conforme Tt 1:2) procurar confirmar a garantia daquela promessa infalível por meio de juramento, sublinha a permanência e a seriedade da promessa divina (Gn 15:8-21; 22:17). Embora os pecaminosos e falíveis seres humanos "juram pelo que lhes é superior" a eles mesmos (v. 16), Deus, a autoridade máxima, "jurou por si mesmo" (v. 13).

* 6.15 depois de esperar com paciência, obteve. A divina promessa com juramento (Gn 22:17) foi a resposta que Deus deu a Abraão quando, em obediência à direção divina (Gn 22:2) ele se dispôs a oferecer em sacrifício Isaque, o filho da promessa divina (Gn 12:2; 15.4-6). No nascimento de Isaque, e depois, no seu livramento (Gn 21:1-3; 22:11,12), Abraão recebeu a bênção prometida de um descendente. Contudo, ele não viu o pleno cumprimento daquelas promessas pactuais (11.39,40; conforme Rm 4:13,16,17).

* 6.17 herdeiros da promessa. A promessa de Deus, confirmada por juramento, não se limitou a Abraão, mas inclui todos os que seguem o seu exemplo de fé (1.14; 6.12; 10.36; Rm 4:23,24).

seu propósito. O propósito imutável de Deus foi abençoar o mundo através do descendente de Abraão (Gn 12:3); o sentido disso foi revelado no evangelho (Gl 3:6-9).

*

6.18 duas coisas imutáveis. A imutável promessa de Deus, dada a Abraão, mais o juramento que a confirmou, foi elevada além de qualquer incerteza ou dúvida (vs. 13,14 nota). O juramento confirma que a promessa foi de fato o propósito de Deus.

da esperança proposta. Ver nota teológica "Esperança", índice.

* 6.19 que penetra além do véu. A âncora da nossa vida é firmada sobre a parte central do tabernáculo celestial, e sobre este original o santuário terrestre foi modelado (8.2; 9.11,12,24,25; 10.19,20).

*

6.20 precursor, entrou. A entrada no interior do santuário não é possível sem Jesus. Ele entrou primeiro, para que seu povo o pudesse seguir. Porém, a sua entrada e o modo de seu povo participar dela, requerem uma longa explanação. Este versículo dá início à consideração sobre o sacerdócio de Cristo, "segundo a ordem de Melquisedeque", anunciado em 5.6, mas reservada até agora.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Hebreus Capítulo 6 do versículo 1 até o 20
6:1, 2 Há certos princípios fundamentais que todos os crentes devem entender. Esses princípios incluem a importância da fé, a insensatez de tratar de nos salvar pelas boas obras, o significado do batismo e os dons espirituais e o fato da ressurreição e vida eterna. Para partir para a maturidade de nosso entendimento, precisamos ir mais à frente (mas não fora) dos ensinos elementares até uma teologia mais completa, uma melhor compreensão da fé. E isso é o que o autor pretende fazer (6.3). Os cristãos amadurecidos devem ensinar aos novos crentes o fundamental. Logo, ao atuar conforme com o que sabem, os que são amadurecidos aprenderão até mais da Palavra de Deus.

6:3 Estes cristãos precisavam ir além dos rudimentos de sua fé e entender que Cristo era o Supremo Sacerdote perfeito e o cumprimento de todas as profecias do Antigo Testamento. Em lugar de discutir a respeito dos méritos respectivos do judaísmo e do cristianismo, deviam depender de Cristo e viver para O.

6.4-6 No primeiro século, um pagão que se fizesse cristão e que logo voltasse para paganismo se apartava por completo da igreja. Mas para o judeu cristão que decidisse voltar para judaísmo, a separação era menos óbvia. Sua forma de vida permanecia relativamente sem mudanças. Mas ao apartar-se deliberadamente de Cristo, separava-se do perdão de Deus. Os que perseveram na fé são os verdadeiros Santos; os que persistem em rechaçar a Cristo são incrédulos, sem que importância quão bem possam comportar-se.

6:6 Este versículo assinala o perigo dos operários cristãos que retornavam ao judaísmo e que, portanto, cometiam apostasia. Hoje alguns aplicam este versículo aos crentes superficiais que renunciam a seu cristianismo, ou a incrédulos que estão a ponto de apropriar-se da salvação e logo se apartam. Seja como for, quem rechaça a Cristo não serão salvos. Cristo morreu uma vez para sempre. Não será crucificado novamente. Além de sua cruz, não há outra forma possível de salvação. Entretanto, o autor não acredita que seus leitores estejam em perigo de renunciar a Cristo (veja-se 6.9). O nos adverte contra a dureza de coração que faria inconcebível o arrependimento para o pecador.

6.7, 8 A terra que produz bom fruto recebe um cuidado esmerado, mas a terra que produz espinheiros e abrojos é queimada a fim de que o agricultor possa começar outra vez. Uma vida cristã que não é produtiva cai sob a condenação de Deus. Não somos salvos por obras nem por boa conduta, mas o que fazemos é prova de nossa fé.

6:10 É fácil desanimar-se pensando que Deus se esqueceu de nós. Mas Deus jamais é injusto. Nunca se esquece nem passa por cima nosso duro trabalho para O. Talvez agora não esteja recebendo recompensas nem reconhecimento, mas Deus sabe seus esforços de amor e serviço. Permita que o amor de Deus por você e seu íntimo conhecimento de seu serviço ao animem enquanto confronta decepções e rechaços na terra.

6:11, 12 A esperança impede que o cristão se volte preguiçoso ou aborrecido. Assim como o atleta, treine-se duro e corra bem, recordando a recompensa que lhe espera adiante (Fp 3:14).

6:15 Abraão esperou com paciência. Passaram vinte e cinco anos do momento em que Deus lhe prometesse um filho (Gênese 12, 7; 13 14:16-15.4, 5; 17,16) até o nascimento do Isaque (Gn 21:1-3). Dado que nossas provas e tentações freqüentemente são intensas, parecem durar uma eternidade. Tanto a Bíblia como o testemunho de cristãos amadurecidos nos respiram a esperar a que Deus atue em seu tempo, mesmo que nossas necessidades pareçam muito grandes para seguir esperando.

6:17 As promessas de Deus são invariáveis e confiáveis porque Deus é invariável e confiável. Quando Deus prometeu ao Abraão um filho, fez um juramento em seu próprio nome. O juramento era tão confiável como seu nome, e seu nome era tão bom como sua natureza divina.

6.18, 19 Estas "duas coisas imutáveis" são a natureza de Deus e suas promessas. Deus encarna toda verdade e portanto não pode mentir. Pelo fato de que Deus é verdade, você pode confiar em suas promessas; não precisa perguntar-se se talvez trocará seus planos. Nossa esperança é segura e inconmovible, ancorada em Deus, da mesma maneira que um navio se ancora firmemente no fundo do mar. Para o que procura com sinceridade e vai a Deus com fé, Deus tem uma promessa incondicional de aceitação. Quando você pede a Deus com toda sinceridade que o livre de seus pecados, O fará. Essa segurança deve lhe dar ânimo, segurança e confiança.

6:19, 20 O véu ao que se refere no texto pendurava da entrada do Lugar Santo até o Lugar Muito santo, as duas habitações mais ocultas do templo. Esse véu evitava que alguém entrasse e olhasse dentro ou desse um olhar ligeiro ao interior do Lugar Muito santo (veja-se também 9:1-8). O supremo sacerdote podia entrar no Lugar Muito santo uma só vez ao ano para estar ante a presença de Deus e apresentar a oferenda pelos pecados de toda a nação. Mas Cristo está na presença de Deus em todo momento, como o Supremo Sacerdote que pode interceder continuamente por nós, e não só uma vez ao ano.

ABRAHAM NO NOVO TESTAMENTO

Abraão foi um predecessor do Jesucristo: Mt 1:1-2, Mt 1:17; Lc 3:23, Lc 3:34

Jesus foi humano; nasceu da linhagem do Abraão, a quem Deus escolheu para ser pai de uma grande nação por meio do qual o mundo seria bento. Somos bentos pelo que Jesucristo, descendente do Abraão, fez por nós.

Abraão foi o pai da nação judia: Mt 3:9; Lc 3:8; At 13:26; Rm 4:1; Rm 11:1; 2Co 11:22; Hb 6:13-14

Deus quis separar a uma nação para si, uma nação que lhe falaria com mundo a respeito Do. Começou com um homem de fé, que apesar de ser ancião e sem filhos, acreditou a promessa de Deus de que teria inumeráveis descendentes. Podemos confiar em que Deus fará o impossível quando temos fé.

Abraão, por causa de sua fé, agora está sentado no reino com Cristo: Mt 8:11; Lc 13:28; Lc 16:23-31

Abraão obedeceu a Deus, e agora está desfrutando de sua recompensa: a eternidade com Deus. Um dia conheceremos o Abraão, porque também nos prometeu a eternidade.

Deus é o Deus do Abraão; portanto, Abraão está vivo com Deus: Mt 22:32; Mc 12:26; Lc 20:37; At 7:32

Como Abraão vive para sempre, nós também viveremos para sempre, porque nós, como ele, escolhemos a vida de fé.

Abraão recebeu grandes promessas de Deus: Lc 1:55, Lc 1:72-73; At 3:25; At 7:17-18; Gl 3:6, Gl 3:14-16; Hb 6:13-15

Muitas das promessas que Deus fez ao Abraão pareciam impossíveis de realizar-se, mas Abraão confiou em Deus. As promessas aos crentes na Palavra de Deus também parecem incríveis, mas podemos confiar em que Deus cumprirá todas suas promessas.

Abraão seguiu a Deus: At 7:2-8; Hb 11:8, Hb 11:17-19

Abraão obedeceu a direção de Deus desde sua terra natal até um território desconhecido, que deveu ser a terra prometida para os judeus. Quando seguimos a Deus até antes de que nos esclareça seus planos, jamais seremos decepcionados.

Deus benzeu ao Abraão por causa de sua fé: Romanos 4; Gl 3:6-9, Gl 3:14-29; Hb 11:8, Hb 11:17-19; Jc 2:21-24

Abraão mostrou fé em tempos de desalento, prova e julgamento. devido a sua fé, Deus o considerou justo, e o chamou seu "amigo". Deus nos aceita por nossa fé.

Abraão é o pai de todos os que vão a Deus com fé: Rm 9:6-8; Gl 3:6-9, Gl 3:14-29

Os judeus são filhos do Abraão, e Cristo foi seu descendente. Somos irmãos de Cristo; por essa razão todos os crentes são filhos do Abraão e filhos de Deus. Abraão foi justa graças a sua fé; nós somos justificados pela fé em Cristo. As promessas feitas ao Abraão se aplicam a nós graças a Cristo.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Hebreus Capítulo 6 do versículo 1 até o 20
C. morte espiritual SUPERAR através da obediência e diligência (6: 1-12)

Capítulo 5 conclui com um aviso dupla e exortação aos cristãos hebreus. Primeiro, eles foram advertidos contra o perigo de morte espiritual, que tende a atrofiar as sensibilidades espirituais e, assim, dificultar a comunicação com Deus. Em segundo lugar, eles foram avisados ​​de que morte espiritual inevitavelmente prisões e retarda o crescimento e desenvolvimento espiritual. Estes avisos constituem os antecedentes da palavra Portanto , ou "Portanto", com o qual capítulo 6 abre.

O autor de Hebreus se transforma na atual conjuntura das advertências negativas, com o qual ele encerra o capítulo 5 , à exortação veemente positiva aos seus leitores para virar sobre o rosto e tomar um novo território espiritual na graça de Cristo.

1. dos primeiros princípios da Perfeição (6: 1-3)

1 Portanto, deixando a doutrina dos primeiros princípios de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, 2 do ensino de batismos e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno.

3 E isso faremos, se Deus o permitir.

O homem já viu-se influenciado por um ou outro dos dois extremos opostos, se não for dividido entre os dois, ou seja, ultraconservadorismo ou liberalismo desenfreado. Conservadorismo extremo tende a adorar e reviver o passado. Ele iria encontrar todos os seus valores na ontens dourada. Ele tende ao legalismo e sufoca o progresso. O filho mais velho da parábola de Cristo (Lc 15:25) não só representa a ultraconservadorismo religioso dos fariseus e escribas judeus daquele dia (Lc 15:2 ). Ele declara sua independência de todas as influências de contenção, vira as costas para o passado, mergulha cegamente no futuro desconhecido, consome todos os valores herdados do passado no altar de vida irresponsável, e, finalmente, vem a extrema pobreza e indigência.Sua única esperança reside em um despertar e um retorno à sobriedade moral e sensatez construtiva antes que o progresso de som pode ser realizado. Há certos valores eternos que pertencem à estrutura muito moral do universo, como também para a natureza do homem, que nunca pode ser ignorado. Se eles estão perdidos, o homem deve recuperá-los antes que ele possa perceber o progresso.

Entre os dois extremos de ultraconservadorismo e liberalismo desenfreado há um caminho do meio, uma via mídia ou meio dourado , em que os valores reais do passado são conservados e empregados no serviço do progresso som. Arnold Toynbee designou a religião como o conservador e o transportador dos valores descobertos e alcançados por uma civilização em todo o vale que divide a queda de uma civilização a partir da ascensão do próximo. Assim visto, o cristianismo conservado e transmitido os valores da civilizações grega e romana desde a queda da Grécia e de Roma, para o despertar intelectual do Renascimento (1453), e o despertar moral e religiosa da Reforma (1517). Esses valores essenciais tornaram-se os alicerces indispensáveis ​​da moderna civilização e do progresso.

Em reconhecimento dos referidos princípios, o autor de Hebreus convida seus leitores a proceder a partir do elemental, embora essencial, os princípios de sua fé cristã e experiência para a realização do desenvolvimento e maturação de que a fé em suas vidas. Estes cristãos hebreus, como era característica dos judeus não cristãos, e como é característico de muitos cristãos até o presente, tinha sido apanhado na armadilha do ultraconservadorismo religiosa. Eles haviam entrado no reino de Cristo só para fixar o olhar sobre os princípios fundamentais da sua fé e sofrem desenvolvimento preso. Eles tinham construído sem superestrutura sobre essa base tão bem colocado, e já os alicerces estavam começando a desmoronar-se sob o impacto erosivo da exposição.

O autor não oferecê-los abandonar os princípios elementares da sua fé, mas sim que ele ordena-los a construir a superestrutura da vida e da experiência cristã a conclusão sobre essa base: prossigamos até a perfeição , ou "pleno crescimento" -completion.Eles passaram todo o seu tempo, que, rasgando, e retransmitindo os fundamentos da sua fé. Eles não tinha dado nenhuma reflexão, tempo ou esforço para a construção da superestrutura.

Whedon vê nesta exortação, prossigamos , três significados possíveis. O primeiro é "prossigamos em nosso discurso", ou prosseguir o assunto em mãos para a sua conclusão. O segundo, ele pensa, é que eles "vão na aquisição de conhecimentos Christian" olhando em direção à meta de entendimento cristão maduro e sabedoria. O terceiro significado possível da expressão que ele vê como "o aumento na vida e poder cristão." Parece haver nenhum problema na provisão de todos os três destes significados. Na verdade, para a devida compreensão da frase todos os três são necessários.

Vê-se esta exortação o sentido provável de "uma resolução sobre a parte do escritor para omitir a discussão das verdades rudimentares e de se avançar em temas mais avançados ... caso em que o" nós "é o de autoria." Que esta posição pode mal estar no valor de cara parece evidente pelo fato de que o autor procede imediatamente para enumerar no seu discurso esses princípios muito elementares de onde foram para avançar, como também a partir do significado da perfeição a que estavam a avançar.

O objetivo da perfeição , para que esses leitores foram exortados a avançar, foi aperfeiçoado caráter cristão. Este Christian perfeição é antitético à imaturidade de infância Christian anteriormente descrita pelo autor (He 5:13. ; conforme 1Co 3:1. ). Significa a maturidade de "homens fullgrown" (He 5:14 ), é humanamente concebe uma purificação após este-vida no purgatório para que os cristãos são expedidos por um período indefinido de humano sofrendo preparatória para a visão beatífica. Alguns segmentos do protestantismo, ignorante ou não querem reconhecer a eficácia purificadora da expiação de Cristo, ter descido para um nível inferior a purificação humanista Católica Romana no purgatório e atribuído a "morte", que é o resultado natural e filha legítima do pecado (conforme Jc 1:15 ), a função de purificação ou santificação moral e espiritual, ao preparar o homem ao encontro de Deus em Sua santidade. O que uma anomalia que o homem deve atribuir à morte, o maior e último inimigo de Deus e do homem, para ser destruído por Cristo na culminação e conclusão de sua obra redentora (conforme 1Co 15:26 ), a função da moral e purificação espiritual de sua alma, em preparação para o seu encontro pessoal e pacífica final com o santo Deus! Portanto, se nem a seguir purgatório humanista, nem o maior inimigo moral de Deus e do homem, "morte", é admissível, seja biblicamente ou logicamente, então onde ao lado das disposições expiatório de Cruz de Cristo pode o homem olhar para a purificação do pecado, e quando mas na vida presente pode ele esperar que ele seja realizado?

Enquanto o padrão de "faultlessness" em nenhum lugar é ensinado no Novo Testamento, nem no Antigo Testamento, o padrão de "inocência", ou a perfeição de motivo, está em toda parte claramente o ensino do cristianismo do Novo Testamento. Essa distinção pode ser esclarecido por uma ilustração. Um jovem casal em férias com seu filho pequeno em uma cabana na montanha descobrir, um dia, que a criança, que está apenas aprendendo a andar, desapareceu da cabine. O pai vai de uma vez em busca do filho. Ele encontra-o a uma curta distância a partir da cabine cambaleando em direção a um precipício de 500 metros. Temendo que ele pode assustar a criança e, assim, fazê-lo cair sobre o penhasco, ele deve ligar para ele, os sprints ansioso pai em toda a borda rochosa aberto, com o objetivo de recuperar o jovem antes que ele chegue beira do precipício. No entanto, assim como o pai chega em um esforço desesperado para entender seu filho desde o borda do precipício, ele pega o pé na borda de uma pedra saliente e é jogado contra a criança. Assim, em vez de apreender e salvar seu filho, ele empurra a sua morte sobre o penhasco. Agora, não há uma quadra apenas no mundo que condenaria que o jovem pai de coração partido pelo que fez, nem é uma pessoa imparcial no mundo que iria "culpa" dele para a morte da criança. O pai teria se jogado sobre o penhasco para salvar seu filho. Seu coração amoroso saiu para seu pequeno em um esforço desesperado para salvá-lo. O motivo do pai era perfeitamente puro, mas seu esforço para salvar a criança estava com defeito, apesar de ter sido um esforço all-out. O pai era "inocente", mas ele não foi "impecável". Faultlessness é reservada para homem redimido na próxima vida (conforme Jd 1:24 ).

Westcott afirma que o pensamento expresso aqui não é primariamente de esforço pessoal, mas sim de pessoal, a renúncia proposital para a potência ativa de Deus que já está trabalhando no mundo em geral, e na vida dos cristãos em particular. O dever do crente é, mas para produzir. Através da obediência cooperativa do homem a Deus "carrega" o crente cristão obediente para a frente a perfeição (conforme Rm 1:16. ; Rm 8:11 ; . Ef 3:20 ; . Fp 2:13 ). Dependência total do cristão a Deus por sua salvação e amadurecimento espiritual é ainda expresso no versículo 3 .

Dois erros graves caracterizaram certos pensadores cristãos neste momento. Por um lado, há aqueles determinists teístas que reduzem o homem a um robô mecânico, atribuindo todos os seus pensamentos, sentimentos e ações para a vontade arbitrária de Deus. Por outro lado, há os humanistas teístas que atribuem todas as decisões e respostas do homem à vontade inteligente do homem, e, em seguida, também atribuem ao homem o poder de realização. O primeiro erro rouba do homem a sua liberdade moral e reduz-lo a um fantoche. A segunda rouba de Deus Seu poder e função soberana e reduz a Ele para uma figura divina. Um deles é tão falaciosa quanto o outro.

Withal, o autor de Hebreus foi corretamente convencido da essencialidade absoluto de progresso na vida cristã. O cristão nunca pode ficar parado sem retrocedendo. Barclay registra que Cromwell tinha escrito na folha em branco do bolso Bíblia o lema, " Qui cessot ESSE Melior cessot Esse bônus "-". Aquele que deixa de ser melhores deixa de ser bom "

Há dois pontos de vista, em geral, das palavras não lançando de novo o fundamento . Uma visão sustenta que os artigos ou princípios enumerados nos versículos 1:2 referem-se a práticas religiosas judaicas habituais que pertenciam aos estágios elementares da religião que precederam e prepararam o caminho para o cristianismo. Este ponto de vista vê nas palavras do autor uma grave advertência emitida para seus leitores contra os perigos de abandonar a fé cristã para as formas agora vazia e sem sentido de elementalism judaica.

A segunda visão vê com estas palavras que a Igreja Cristã Primitiva considerado como o cristianismo básico. Neste ponto de vista, os elementos constantes constituíram as pedras fundamentais subjacentes à estrutura de fé cristã e da vida.

A primeira vista geralmente reduz os itens a quatro. O segundo ponto de vista geral, vê três pares de dois cada, ou seis itens em todos. Parece inteiramente possível que o autor de Hebreus pode ter tido ambas as vistas em mente quando escreveu estas palavras. Na verdade, nunca pode haver qualquer linha nítida de demarcação traçada entre a religião judaica e verdadeiro cristianismo-entre o Antigo eo Novo Testamento. No Antigo Testamento, o Novo é sempre e em toda parte implícita. No Novo Testamento, o Velho é sempre e em toda parte explícita. Por isso, o autor pode ter tido em mente ao mesmo tempo advertências contra os perigos da apostasia para as sombras agora sem sentido do judaísmo, e a necessidade de construir o edifício cristão sobre os princípios fundamentais da fé cristã, que tinha dado conteúdo e significado para aqueles tipos e sombras judeus, ou os verdadeiros princípios-realizado e cumprido no cristianismo.

Os estudiosos da Bíblia têm, em geral, visto três conjuntos de princípios desta enumeração, com dois itens de cada dístico, ou seis primeiros princípios em todos. Que a referência principal é o de princípios cristãos parece evidente a partir de palavras do autor, no versículo 1 , onde ele chama-lhes os primeiros princípios de Cristo .

Whedon pensa que em grande probabilidade de estes foram os pontos elementares da doutrina cristã ensinada ao catecúmeno cristã na 1greja Primitiva no batismo.

O primeiro dístico de primeiros princípios sobre os quais o autor teria seus leitores erguer sua estrutura espiritual consiste de arrependimento de obras mortas e fé em Deus . Este par refere-se a relação "pessoal" do homem com Deus. Eles constituem as condições essenciais das primeiras medidas a serem tomadas, sem a qual ninguém pode se tornar um cristão (conforme Mq 1:15 ; At 20:21 ; At 17:30 ; He 9:14 ). Morto ou pecaminosas obras adquirir para os seus enactors sua própria "morte" certo wages- (conforme Rm 6:23). Destes homem deve arrepender-se, ou seja, transformar a partir deles a Deus. Enquanto arrependimento implica uma "tristeza segundo Deus pelo pecado" (conforme . 2Co 7:10 ), ele carrega o significado mais profundo de uma mudança de mentalidade sobre, e sua relação com Deus (conforme 1Co 1:9 Cor . 05:17 ).

Barclay permite que essas obras mortas pode ser muitas coisas diferentes, todos os quais são relevantes. Eles podem incluir ações que produzem a morte, como o imoral, egoísta, sem Deus e sem amor. Eles podem ser feitos que contaminam, como a violação do tabu do judeu contra a tocar um corpo morto, ou as obras que contaminam e alma do homem separado de Deus. Eles podem, por outro lado, ser puramente ritualística, como os regulamentos cerimoniais judaicas para oferecer um sacrifício de animal da maneira correta. Ou a referência pode ser a libertação do cristão dos rituais judaicos vazias e convenções para encontrar o verdadeiro sentido da fé cristã. Em qualquer caso, eles eram as coisas não devem ser devolvidos ou repetidas pelo cristão.

Inseparável do verdadeiro arrependimento é fé em Deus . Sem arrependimento não pode haver fé salvadora em Deus e verdadeiro arrependimento é sempre acompanhada por salvar a fé em Deus. O elemento de obediência está implícita na fé salvadora, e obediência para com Deus significa uma proposital sobre o rosto (conforme Rm 10:9 ; He 11:6. ). Assim, as obras mortas dos cristãos hebreus pode ter sido por causa da ausência de uma fé ativa vivendo em Cristo, e vice-versa . O homem nunca pode estar na porta do reino e ser salvos (conforme Mt 23:13 ). Ele deve entrar e pressione até a perfeição (conforme Jo 10:9 ; At 8:15 ; At 19:1 ). Ele continua a ser a ordem cristã dos acontecimentos na salvação do homem. O primeiro simboliza a remissão dos pecados que cometemos ou reais do penitente. A segunda purifica o espírito do crente da poluição interna e original de sua natureza (conforme At 2:38 ; At 15:8 ; e Rm 15:16. ). O primeiro é um ato de misericórdia. A segunda é uma aplicação da graça.

Parece razoável supor que o uso do plural, batismos , é pretendido pelo autor para apontar-se a comparação e continuidade entre o cerimonial judaica e típicos batismos ou "lavagens", para a remissão dos pecados, e o rito cristão que era o cumprimento dos tipos de judeus. Assim entendeu o verdadeiro significado do batismo cristão é claramente um sinal externo de verdadeiro arrependimento experimentado na alma do homem pecador, e fé salvadora em direção a Deus, de que as "lavagens" Antigo Testamento eram mas os prenúncios do Christian.

Em cerca de ANÚNCIO 100 o livro primeiro conhecido de instrução cristã para aqueles que entram na igreja foi escrito. Ele é conhecido como o Didache (O Ensino dos Doze Apóstolos ). No sétimo capítulo encontram-se as seguintes regras para o batismo cristão:

A respeito do batismo, batizar desta forma. Quando você instruiu o candidato em todas estas coisas, batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo em água corrente. Se você não tem água corrente, batizar em qualquer outro tipo de água. Se você não pode batizar em água fria, batizar em água morna. Se ambos são inatingíveis, despeje a água três vezes sobre a cabeça do candidato em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Antes do batismo, quem estiver de batizar e ele que é para ser batizado rápido, e deixar outras pessoas que podem fazê-lo fazer o mesmo. Você deve oferecê-lo que é para ser batizado de rápido em dois ou três dias antes da cerimônia.

É evidente que nem o batismo infantil, nem o modo exclusivo de imersão pode ser deduzida a partir deste manual de instrução cristã primitiva, embora imersão era, evidentemente, o preferido. Imersão trinitário ou affusion com água foi a ordem do batismo cristão, de acordo com o Didache . Instrução do candidato antes do batismo e pesquisa coração cuidado por ambos os candidatos e os officiaries eram requisitos preparatórias. Assim, membros da igreja repousava sobre uma base informada e sincera. Esta parece ser a importância das palavras do autor, o "ensino" de batismos . Essas coisas foram na fundação da sua fé. Eles não precisam ser ensaiado ou re-promulgada. Sobre eles deve ser construída a superestrutura da vida cristã amadurecendo.

A imposição das mãos tem sido considerado por alguns como pertencem exclusivamente às práticas judaicas. No entanto, assim relegar esta prática exclusivamente ao judaísmo é ignorar os ensinamentos claras sobre as práticas da Igreja Primitiva. Sob a economia judaica a prática significava, em primeiro lugar, a transferência de culpa em que o pecador-sacrificador colocou as mãos sobre a cabeça do animal sacrificial, que por sua vez foi oferecido em morte vicária pelos pecados do devoto; segundo, a prática significou o transporte ou transferência de bênçãos de quem abençoou a quem deveria receber a bênção; e, em terceiro lugar, significou a consagração ou dedicação a um escritório especial ou sagrado ou função (conforme Nu 8:10. ; Nu 27:18 ; Dt 34:9. ; Jo 10:11 , Jo 10:15 , Jo 10:18 ; He 2:9 ; Rm 15:16. ). A terceira prática simbólica judaica encontra o seu cumprimento na prática cristã da consagração de obreiros cristãos a serviço especial (conforme At 6:6. ; 2Tm 1:6 ; At 22:3 ; At 23:27 ; At 26:10 , At 26:11 , At 26:32) . Mas ele considerou-o como apenas temporária e preparatório para uma cidadania incomparavelmente maior e permanente. Para os cristãos filipenses ele escreveu, "a nossa pátria está nos céus" (Fp 3:1a ). Assim, o cristão vive como cidadão de dois mundos, o que é, eo que está por vir. No entanto, enquanto o único, como humanamente visto, é cronologicamente presente, e o outro ainda está cronologicamente futuro, quando visto na verdadeira perspectiva cristã da vida futura e do mundo já estão presentes (conforme Mt 3:2. ; 1Co 10:12. ; 2Tm 2:18. , 2Tm 2:19 ).

As Escrituras são claras no seu ensino de que haverá uma ressurreição tanto de justos (Ap 20:5) e os injustos (Ap 20:11 ). Mas são igualmente claro que o ímpio virá a ser julgados, enquanto os justos irão ter encontrado o seu julgamento em Cruz de Cristo e estará presente no julgamento para receber a aprovação de Deus, e para testemunhar a misericórdia salvadora de Deus em Cristo, e não para receber a sentença (conforme Ap 20:11 ; Jo 11:25 ; 2Tm 4:8 ).

Importante como esses primeiros princípios são, eles são apenas o começo e não a continuação ou fim da vida cristã. Permanecer aqui é permanecer na primeira infância atrofiada da vida cristã, se não perecer inteiramente. Para realizar a conclusão ou a perfeição da vida cristã, o progresso é obrigatória (conforme He 12:18 ). Assim, estes seis elementos que foram realizadas essencial para a sua fé pelas pré-cristãos judeus tinham sido assumidas pelo cristianismo e reconstruídas em seus alicerces. Sobre essa base a estrutura cristã deveria ser construído para a conclusão. A afinação, ou lançando de novo , contra a qual os cristãos hebreus foram advertidos, pode muito bem ter significado a sua disposição para reconstruir a plataforma judaica, com a conseqüente renúncia de Cristo e do cristianismo. Assim, a fé em Deus teria sido em branco, e agora vazio, o monoteísmo judaico, em vez de sua fé cristã no Deus vivo (conforme 1Ts 1:9)

4 Pois quanto aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, 5 e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro, 6 e depois caíram, É impossível renová-los para arrependimento; vendo que eles estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus novamente, e colocou-o à ignomínia. 7 Pois a terra que embebe a chuva, que cai muitas vezes sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe bênção de Deus: 8 mas se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto, diante de uma maldição; cujo fim é ser queimada.

Três fatos resultam claramente desta passagem-fatos que são confirmadas por todo o contexto do capítulo. A primeira é que os leitores foram definitivamente convertidos cristãos. A segunda é que eles estavam em grave perigo de apostatar de sua fé e experiência cristã às formas agora vazia e sem sentido da religião judaica, a partir do qual já havia sido convertidos a Cristo. O terceiro é que existe a possibilidade de um estado de apostasia avançada e intencional a partir da qual é impossível recuperar o desviado. Tradução de Whedon dessa passagem é tanto gráfico e coerente com o contexto e da finalidade da epístola.

Para aqueles que uma vez foram iluminados (grego particípio aoristo), e provaram o dom celestial, e que se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram tanto a boa palavra de Deus e os poderes do dispensação de entrada, e que caíram, é impossível outra vez para renovar o arrependimento, re-crucificando (como eles estão fazendo agora, particípio presente aqui em vez de aoristo) para si mesmos o Filho de Deus, e pondo-o fora, como a exposição pública.

Whedon em seguida, observa que a passagem descreve "uma classe existente de casos- ... [O] aoristo (historical) mostra o que eles experimentaram, o presente mostra o que eles estão fazendo." A importação de esta explicação não é que os "leitores" são neste estado ainda, mas sim que alguns outros tinham, assim, apostatou, e que os leitores estavam sendo advertido pelo exemplo apresentado pelo autor para não fazer como já tinham feito (conforme v. He 6:9 ).

A ordem crescente definitivamente observável em cinco etapas descreve o avançado estado de graça para que os cristãos possam progredir, e ainda apostatize para um estado totalmente sem esperança de reprovação.

O autor de Hebreus começa aqui, em primeiro lugar , ao afirmar que as pessoas que ele está usando, como exemplo de apostasia tinha uma vez sido espiritualmente iluminado . Ele não está usando um hipotético nem exemplo hipotético, mas um exemplo de fato. No entanto, se fosse um exemplo hipotético que era impossível, de fato, o exemplo hipotético perderia de imediato o seu significado. Stibbs observa que esta expressão, uma vez esclarecido ,

sugere um certo caráter absoluto e finalidade, indicando que algo seja feito uma vez por todas, de tal forma que é de necessidade incapaz de repetição. ... Aqueles tão iluminada nunca poderia voltar a ser como aqueles que nunca haviam recebido a luz.

A vida do cristão apóstata nunca pode ser o mesmo que era a sua vida antes de sua conversão espiritual e iluminação. Sua vida não-cristã anterior era como uma sombra indistinta contra um cenário sombrio. Mal sabia o significado de sua existência. Mas quando ele veio para Cristo em verdadeiro arrependimento e fé salvadora, ele foi extricated pelo poder de Deus, desde que a massa acinzentada indistinta (conforme At 26:18 ). A luz divina personalidade brilhou de Cristo "ao redor dele" (At 9:3 ). Assim, o homem iluminado vem a saber-se como um indivíduo em relação a Deus, e em contraste com o mundo dos homens pecadores. Em apostasia ele é forçado a viver contra o pano de fundo de sua uma vez iluminados experiência. Assim, ele está na posição impossível de a transparência de seu pensamento todo o mal e ação. Antes de sua conversão seus pecados estavam escondidos no fundo das trevas. Agora, eles se manifestam contra o pano de fundo de iluminação divina.

A título de ilustração: nas selvas interiores de África antes da Segunda Guerra Mundial, muitos nativos ainda viviam suas vidas simples de contentamento relativo, totalmente inconscientes das vantagens oferecidas pelo mundo exterior avançada. Durante a guerra, oficiais de recrutamento europeus entraram nas aldeias dessas pessoas simples e removeu muitos dos jovens para os campos de treinamento nas cidades costeiras. Posteriormente, eles foram transportados para muitas partes do mundo onde eles tem idéias novas e avançadas e aprenderam novas formas de vida. Quando a guerra acabou, muitos deles voltaram para suas aldeias indígenas na terra natal. No entanto, na maioria das vezes eles não podiam mais encontrar satisfação na sua antiga maneira de viver.Suas vidas agora tinha um novo e diferente back-gota. Eles estavam inquietos e descontentes. Como resultado disto, pelo menos em parte, a África tem despertado para uma nova consciência nacional que produziu fermentação e revolução.

Só assim, o crente uma vez verdadeiramente iluminada nunca pode se contentar em apostasia. Esse descontentamento é a principal razão frequente para a sua maior maldade em apostasia do que antes de sua enlightment (conforme Mt 12:43. ).

No segundo lugar, os exemplos do autor tinha provaram o dom celestial . Eles tinham experiência cheia de graça divina (conforme He 2:9. ).

À medida que a apostasia da salvação em Cristo foi uma deliberada e completou ato, portanto, foi a continuação destes apóstatas em sua rejeição ou crucificação de Cristo deliberada e contínua. Assim, é impossível renová-los para arrependimento ", enquanto" eles crucificando para si mesmos o Filho de Deus novamente, e colocou-o à ignomínia . Estas palavras claramente implica tanto um absoluto e uma apostasia contínua proposital. Os comentários bíblicos Cambridge:

O significado dessa passagem é que, desde que deliberada apostasia continua não há esperança visível para ele. O escritor está apontando para cristãos hebreus com horrível fidelidade o fim fatal de apostasia deliberada e insolente.

O que esta passagem não diz é que esses apóstatas poderia renunciar à sua apostasia e retornar para Cristo em penitência e misericórdia. Eles não podiam ser renovados para o arrependimento, enquanto eles persistiram em crucificar a Cristo, mas eles poderiam se converter da sua apostasia e encontrar misericórdia.

Para reforçar o argumento exposto, o autor usa uma ilustração da natureza. Isso é mais provável uma alusão a Gn 1:12 e Gn 3:17 . A ilustração é concebido como um aviso contra o mau uso intencional dos dons de Deus que se refere o versículos 4:5 (conforme Rm 2:4 ).

3. Imitadores contra Preguiçosos (6: 9-12)

9 Mas, amados, estamos persuadidos de coisas melhores, e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos: 10 Porque Deus não é injusto, para se esquecer da vossa obra e do amor que vos mostrou para com o seu nome, em que vos servia ao santos, e ainda os servis. 11 E desejamos que cada um de vós mostre o mesmo zelo até a plenitude da esperança até o fim: 12 para que não vos torneis indolentes, mas imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas .

A denominação carinhosa, amada , não é usado em outros lugares pelo autor nesta epístola. Ele parece destinada a expressar solicitude sincera do escritor para seus leitores, tendo em vista a possibilidade de sua sofrendo o destino daqueles descritos anteriormente. Que não tinham ainda tão apostatized fica claro nas palavras do autor de tranqüilidade confiante: estamos persuadidos coisas melhores, e coisas que acompanham a salvação . A passagem inteira respira esperança do autor para, e confiança no, os leitores. Ele lhes assegura a lembrança de sua divina trabalho e amor , e expressa seu desejo ardente de que eles virão para a plenitude da esperança até o fim (conforme 1Co 1:3. ). No entanto, ele adverte fielmente-los contra sua disposição de lentidão espiritual que está em perigo de levando-os a apostasia, e ele, em seguida, exorta-os a imitar a e paciência daqueles que herdam as promessas .

XI. CRISTO JESUS ​​SUPERIOR a Abraão (He 6:13 ), para que ele possa mostrar a continuidade do cristianismo com o Judaísmo de Abraão a Cristo, e assim demonstrar a superioridade de Cristo e cristianismo sobre Abraão e Judaísmo, a que os leitores estavam tentados a apostatar.

Grande promessa A. DEUS a Abraão (6: 13-16)

13 Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não podia jurar por ninguém maior, jurou por si mesmo, 14 dizendo: Certamente abençoando te abençoarei, e multiplicando te multiplicarei. 15 E assim, depois de ter paciência, obteve a . promessa 16 Pois os homens juram por quem é maior: e em cada disputa deles o juramento é final para confirmação.

Quatro idéias de uma vez emergir desta passagem.

Em primeiro lugar , há o fato da promessa de Deus a Abraão. Apesar de ser em outro lugar mencionado em Gênesis, esta promessa é mais explicitamente dada a Abraão por Deus, por ocasião da oferta destina-se de Abraão de seu filho Isaque em sacrifício no Monte Moriá (Gn 22:16 ). Toda a história e propósito divino para Israel em realizar a redenção do pecado através do Messias repousa sobre esta pedra fundamental da promessa de Deus a Abraão (conforme Gl 4:4 ), e infidelidade repetido de Israel no último (Sl 78:1)

17 Em que Deus, sendo decidido a mostrar mais abundantemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu conselho, se interpôs com juramento; 18 para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos poderosa consolação , que nos refugiamos em lançar mão do conjunto de esperança diante de nós: 19 a qual temos como âncora da alma, uma esperança segura e firme e que penetra até o interior do véu; 20 aonde Jesus, como precursor entrou para nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.

Se o nascimento de Isaque foi um cumprimento notável e milagroso da promessa de Deus a Abraão, o nascimento de Cristo, o Messias, foi um cumprimento mais milagroso da promessa de Deus a Abraão através de Isaque. Se Deus cumpriu sua promessa de Abraão na inumerável semente, ou descendentes, de Abraão realizado em Israel através de Isaque, em seguida, sua maior promessa a Abraão foi realizado nos inúmeros cristãos que vieram à fé em Deus através de Cristo, o Messias (Rm 8:29. ).Assim, o aspecto da promessa de Deus dada a Abraão e cumprida em Cristo foi de incomparavelmente maior significado do que esse aspecto da promessa de que encontrou sua realização limitada em Isaque e Israel.

Havia duas coisas imutáveis ​​(v. He 6:18-A ). Não é a âncora , mas a esperança , representada pela figura do âncora , é o real significado desta passagem. Três expressões são usadas para descrever esta esperança cristã. Em primeiro lugar , a esperança do cristão é certo . Não é no reino do agnosticismo lógico, o ceticismo, a desconfiança, a opinião, ou mesmo condenação. Sobre as bases de toda a evidência proporcionada pela revelação de Deus, a alma do cristão se move no reino da certeza e não repousa sobre os certeza promessas da Palavra de Deus.

Em segundo lugar , essa esperança é firme . Como é de confiança, em princípio, porque é certo , por isso é confiável na prática ou aplicação, pois é firme . Um navio pode transportar uma âncora e cadeia que são perfeitamente sólida e capaz de garantir que o navio em uma tempestade, mas até que a âncora é lançada, ela não tem nenhum valor para o navio. Quando liberado, ele protege o navio firme . Da mesma forma do cristão esperança em Cristo é a certeza -perfectly parecer em princípio. No entanto, é apenas eficazes- fiel salvação -unto quando é empregue.

A metáfora seria incompleta e totalmente inadequada sem o terceiro fator é descrito no texto, ou seja, que penetra até o interior do véu (v. He 6:19 ).

No versículo 20, o autor continua a misturar-se o fato e figura da salvação do homem em Cristo. A esperança era a âncora da alma do crente no versículo 19 . Isto parece claramente a entender, na figura do autor, que as respostas de navios para o crente a si mesmo, para uma âncora não tem sentido, exceto em relação a um navio. Mas também os navios exigem capitães. Aqui Jesus é chamado de precursor , ou um que vem antes. Parece que o autor tem em mente a mesma idéia de que ele expressa no capítuloHe 2:10 , onde ele chama de Cristo ", o capitão da nossa salvação. "Assim, o precursor (Capitão) precedeu o crente para o porto, onde Ele se torna o agente de antecedência e garantir a ancoragem da alma. Ele é, portanto, de uma só vez ", o autor [capitão] e consumador [finalizador ou fim] da nossa fé" (He 12:22o. , Mt 27:58. ; Lc 23:45 ; 2Co 3:14. ; He 9:3 ; He 10:19 ). Assim, a metáforas âncora, refúgio , e precursor , ou capitão, encontrar o seu significado no crente esperança que leva eterna, refúgio seguro na pessoa de Cristo, que é do crente Sumo Sacerdote, segundo a ordem, grau, ou sucessão de Melchizedek.

Calvin observa de forma mais significativa a respeito âncora da esperança cristã:

Como o cabo também por que a âncora é suspensa se junta a embarcação com a terra através de um espaço intermediário longo e escuro, para que a verdade de Deus é uma ligação para conectar-nos com Ele, de modo que nenhuma distância do lugar e nenhuma escuridão pode impedir-nos de apegar-se a Ele. Assim, quando unidos a Deus, embora devemos lutar com tempestades contínuas, estamos ainda além do perigo de naufrágio. Por isso, ele diz que esta é âncora segura e firme, ou seguro e firme.

João Bunyan expressou bem a relação de fé e esperança para ancoragem alma do crente:

Fé acredita que a verdade da palavra, esperança aguarda o cumprimento da mesma. A fé se apodera desse fim da promessa que está próximo a nós, a saber, uma vez que está na Bíblia; esperança apodera desse fim da promessa que é preso ao propiciatório. Pois a promessa é como um poderoso cabo que é preso por um fim a um navio, e por outro à âncora. A alma é o navio onde a fé é, e para que o fim cá deste cabo é preso; mas esperança é a âncora que está na outra extremidade do cabo, e 'que penetra até ao interior do véu.' Assim, a fé ea esperança espera obter de ambas as extremidades da promessa, eles levá-lo com segurança tudo fora.

Tennyson poeticamente aconselhou:

Ou se você tem medo ,

Coloque toda a sua confiança em Deus: que âncora segura .

Sócrates, embora, mas um pensador grego pagão, observou sabiamente:

Para fundamentar a esperança em uma falsa suposição é como confiar a uma âncora fraco.

A idéia de escritório e trabalho em suas funções sacerdotais alto dupla de Cristo é sugerido por conta de Sir Walter Scott de Ellen e Tiago Fitz-Tiago em A Dama do Lago .

... Ellen vai para o Rei da Escócia para pedir perdão para o pai dela. Sua amiga Tiago Fitz-Tiago acompanha até a sala do trono. Quando entram, os olhos cair. Como ela e Fitz-Tiago ao trono, seu medo do rei quase supera-la. Por fim, parar de andar, e ela levanta os olhos. Cada senhora exceto ela mesma está em reverência profunda, todos os cortesãos, exceto sua escolta é curvando-se baixa. O trono está vazio. A verdade pisca em cima dela. O rei é seu amigo Fitz-Tiago! Ela cai de joelhos, mas ele levanta suavemente-la. Porque ela é também superar a falar, ele tanto diz-lhe a petição e concede a este. No dia do julgamento, que deve vir diante do trono de Deus com humildade e medo. Devemos, então, descobrir que Jesus Cristo, o companheiro da nossa caminhada diária, é o próprio Rei (conforme 2Co 5:19 ).

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Hebreus Capítulo 6 do versículo 1 até o 20
He 6:0 usa a mesma palavra na parábola do semeador ("seus frutos não che-gam a amadurecer") que a empre-gada aqui para "perfeito" (maturi-dade). Mais adiante, essa imagem liga-se à da terra apresentada em He 6:7-58. O sentido literal da expressão "deixemo-nos levar" é "nasçamos ou prossigamos". O ver-sículo 1:3 traduziu essa mesma pa-lavra por "sustentar". Em outras pa-lavras, o autor não fala sobre esfor-ço próprio, mas pede que os leitores se entreguem ao poder do Senhor, o mesmo poder que sustenta o uni-verso. Como podemos cair se Deus nos segura?

Todavia, esses crentes judeus es-tavam tentados a voltar à "base" des-crita nos versículos 2:3, em vez de ir em frente. Os seis itens desse funda-mento referem-se às doutrinas básicas do judaísmo, não à fé cristã como tal. Esses cristãos hebreus enfrentavam o fogo da perseguição e estavam ten-tados a desistir e a abandonar a con-fissão de Cristo (4:14 e 10:23). Eles já haviam voltado para a "infância" (5:11 -14), mas agora estavam dispos-tos a voltar para o judaísmo e a aban-donar o fundamento que estabeleceu o caminho em direção a Cristo e em direção à luz total do cristianismo. As obras mortas referem-se às feitas sob a Lei (9:14). Eles tinham mostrado fé em Deus. Eles criam na doutrina da lavagem (não do batismo, mas das la-vagens levíticas; veja Mq 7:4-33 e He 9:10). A imposição de mãos refere-se ao Dia da Expiação (Nu 16:21), e todo judeu agarrava-se à ressurreição e ao juízo futuros (veja At 24:14-44). Se não fossem para a frente, eles re-grediríam, isto é, abandonariam a es-sência do cristianismo pelas sombras do judaísmo.

II. Um argumento (6:4-8)

Observe que aqui, desde o início, a questão é o arrependimento, não a salvação. "É impossível, pois [...] renová-los para arrependimento" (vv. 4,6). Se essa passagem refere-se à salvação, então, ela afirma que o crente que perdeu a salvação não pode recuperá-la. Isso significa que, em parte, a salvação depende de nosso próprio trabalho e, uma vez que a perdemos, não podemos re-cuperá-la.

Todavia, o assunto do capítu-lo é o arrependimento — a atitude do crente em relação à Palavra de Deus. Os versículos 4:5 descrevem o verdadeiro cristão (veja 10:32 e também 2:9,14), e o versículo 9 in-dica que o autor acreditava que eles realmente estavam salvos. Aqui, não temos pessoas "quase salvas", mas crentes verdadeiros.
No versículo 6, as palavras- chave são "cair" e crucificar". "Cair" não é a palavra grega apostasia, da qual se origina a nossa "apostasia". O termo grego para "cair" é para- pipto cujo sentido é "sair fora, virar de lado, vaguear". É semelhante à palavra usada para "falta", confor-me empregada emGl 6:1 ("Se alguém for surpreendido nalguma falta [transgressão]"). Portanto, o versículo 6 descreve crentes que ex-perimentaram as bênçãos espirituais do Senhor, mas caíram ou transgre-diram por causa da descrença. Eles correm o risco de receber disciplina divina (veja He 12:5-58) e de ser desqualificados (1Co 9:24-46), que resulta na perda da recompensa e na desaprovação divina, mas não na perda da salvação. Em outras palavras, He 6:4-58 não ensina que os santos pecadores não podem se arrepender, mas que não podem fazê-lo enquanto continuam a pecar e a envergonhar a Cristo. Os crentes que, como Sansão e Saul, continuam a pecar mostram que não estão ar-rependidos. He 12:14 cita também o caso de Esaú.

Nos versículos 7:8, a ilustração da terra relaciona essa verdade com o teste do fogo de Deus, a verdade apresentada em 1Co 3:10-46 e emHe 12:28-58. Deus salva-nos para que frutífíquemos, e, um dia, nossa vida será testada, e, se nossa obra não for aprovada, será queimada. Repare que o fruto é queimado, não a terra. O crente é salvo "através do fogo" (1Co 3:15). Assim, a mensagem completa dessa difícil passagem é esta: os cristãos podem regredir em sua vida espiri-tual e envergonhar a Cristo. Eles não podem se arrepender enquanto vi-vem em pecado e, por isso, correm o risco de receber a disciplina divina. A vida deles, se persistirem nisso, não dará frutos duradouros e sofre-rá "perdas" no tribunal de Cristo. E He 10:30 lembra aos crentes: "O Senhor julgará o seu povo", para que não usem a "graça" como uma desculpa para pecar.

  • Uma garantia (6:9-20)
  • O escritor encerra com a passagem mais séria que encontramos na Bí-blia sobre a segurança eterna. Ele inicia com a vida deles mesmos (vv. 10-12) e lembra-os de que deram todos os sinais de serem verdadei-ros cristãos. Esses versículos falam de fé, de amor e de esperança, as características do verdadeiro cristão (1Ts 1:3; Rm 5:1-45). No entanto, no versículo 12, ele alerta-os de não se tornarem "indolentes" (ou "tardios em ouvir"; é a mesma palavra usa-da em 5:11). Eles precisavam ape-nas exercitar a fé e a paciência para receber as bênçãos das promessas que Deus lhes fizera.

    A seguir, ele apresenta Abraão como o exemplo de fé longânima. Sem dúvida, Abraão pecou — e até cometeu duas vezes o mesmo pecado! Todavia, Deus cumpriu as promessas que fez a ele. Afinal, a infalibilidade das alianças não de-pendia da fé dos santos, mas da fi-delidade do Senhor. Ele autenticou a promessa de Gênesis 22:16-1 7 ao jurar por si mesmo —, e isso asse-gurou-a! Abraão recebeu a bênção da promessa por causa da fidelida-de do Senhor, não por sua bondade nem obediência. Abraão passou por muitas provações e testes (como o leitor hebreu a quem foi dirigida a epístola), mas o Senhor ajudou-o a passar por isso.

    No versículo 17, o autor diz que o Senhor fez tudo isso por Abraão para que os "herdeiros" conheces-sem a imutabilidade de seus desíg-nios e de suas promessas. Quem são esses herdeiros? De acordo com o versículo 18, todos os verdadeiros cristãos são herdeiros, pois somos filhos de Abraão pela fé (veja Gl 3:0). Como podemos nos "des-viar" (2:1-3) espiritualmente, quan-do Cristo nos ancora no próprio céu? Temos uma âncora segura e firme, e um "Precursor" (Cristo) que abriu o caminho para nós e que cuida para que, um dia, nos juntemos a ele, em glória. Esse capítulo maravilhoso ad-verte de ter um coração descrente e não-arrependido e também confirma o fato de que estamos ancorados na eternidade, por isso não deviam ser santos temerosos e pensar que esta-vam perdidos.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Hebreus Capítulo 6 do versículo 1 até o 20
    6.1 Doutrina de Cristo. Conforme 1Co 15:3, 1Co 15:4. Obras mortas (conforme 9,14) são os pecados cometidos que condenam o pecador à morte eterna.

    6.4 Iluminados. Deus abre os olhos dos cegos incrédulos dando-lhes percepção da verdade divina (2Co 4:4, 2Co 4:6). Provaram o dom. Em 1Pe 2:0). Participantes, (gr metochoi), conforme 3.14.

    6.5 Provaram traduz a mesma palavra gr do v. 4. Isto quer dizer que gostaram de ouvir a Palavra de Deus. Mundo (gr aiõn), "era". Fala do poder sobrenatural exercido nos milagres tão notáveis.

    6.6 Caíram. É claro que esta queda se trata de apostasia, a renúncia total da fé em Cristo (conforme o ato iniciante de fé em Rm 10:9). Renová-los para arrependimento provavelmente se refere a um segundo batismo que simboliza a morte do crente com Cristo na cruz (GI 2.19s). Sendo que Cristo apenas morre uma vez (9.26), haveria confusão se o apóstata arrependido fosse rebatizado (conforme 1Jo 5:16s). Não se deve pensar que Deus não pode renovar a fé; mas que a igreja não deve dar apoio a tais pecadores (cf.1Co 15:5; At 8:21-44).

    6.9 O autor não julga que seus leitores sejam apóstatas, mas apenas "tardios em ouvir" (5,11) e cansados, da corrida (12.1, 12).
    6.10 Todo serviço cristão humilde e abnegado cria um tesouro eterno.
    6.14 Abençoarei. Lit. "abençoando te abençoarei". A frase idiomática do hebraico indica um juramento ou promessa incondicional.

    6.15 Paciência (gr makrothumia). Trata-se de longanimidade em contraste com ira. Promessa. Refere-se à ocasião quando Isaque foi entregue e restaurado a Abraão (Gn 22:16s).

    6.17 Juramento. Deus nunca precisa jurar. Sua palavra é fato sólido, mas em concessão aos homens instáveis Deus acrescentou o juramento à Sua promessa. Herdeiros. Mais do que os patriarcas, estão em vista os crentes vivendo na plena luz do evangelho (11.39s).

    6.18 Duas coisas imutáveis:
    1) A impossibilidade de Deus mentir;
    2) O juramento de Deus. Fica patente neste parágrafo que a bênção da salvação prometida por Deus não é condicional. (Compare a situação oposta de lonas profetizando em Nínive). Corremos para o refúgio. Associa-se esta figura com os ofensores em Israel que se abrigaram nas cidades de refúgio (Nu 35:0).
    3) É penetrante - passa junto com Cristo para o Santo dos Santos celestial, garantindo assim nossa entrada lá.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Hebreus Capítulo 6 do versículo 1 até o 20
    Esse arrependimento é uma reorientação radical de perspectiva que resulta no afastamento de atos que conduzem à morte (v. 1), isto é, de toda a atividade realizada em rebeldia contra Deus (conforme 9.14). A fé, por outro lado, é tanto uma confiança depositada em Deus quanto a obediência sujeitada a ele. O segundo grupo inclui as “ordenanças exteriores” da sociedade cristã e é composto (a) da instrução a respeito de batismos, que está no plural porque a instrução acerca do batismo cristão requeria que ele fosse contrastado com outros rituais de batismo tanto judaicos quanto pagãos, e (b) da imposição de mãos, que era um ato considerado como “continuação e complemento do batismo” e o símbolo da ordenação (conforme lTm 4.14; 2Tm 1:6; conforme C. J. Vaughan, The Epistle to the Hebrews, 1890, p. 103). O último grupo é escatológico e está relacionado com a “conexão cristã com o mundo invisível”: a ressurreição dos mortos e o juízo eterno (v. 2).

    E avançaremos, se Deus o permitir (v. 3). Essa declaração de condição implica que alguns não estarão aptos para avançar, pois em virtude de suas próprias decisões se posicionaram fora do alcance da permissão de Deus. O autor agora chega à mais solene advertência até aqui na sua carta, quando mostra o final trágico que pode recair sobre uma pessoa que fez sua “profissão de fé” cristã, mas que não avançou além do conhecimento rudimentar das implicações da sua confissão, ou do significado definitivo de Jesus para o perdão dos seus pecados.

    As coisas listadas aqui pelo autor para descrever os “caídos” são certamente coisas que retratam todos os verdadeiros cristãos. Eles uma vez foram iluminados (v. 4), uma expressão que pode significar iluminação interior completa — a capacidade dada por Deus para entender e responder de forma positiva à mensagem cristã (conforme Ef 1:18; Ef 3:9; 2Co 4:4). São também os que provaram o dom celestial (v. 4). Agora, se Cristo é o dom que vem de cima (conforme Jo 4:10; Rm 5:15; Rm 8:32), e se provaram significa ter “experimentado” ou “vindo a conhecer” no sentido completo (conforme Arndt e Gingrich, Greek-English Lexicon, geuomai\ cf. He 2:9), então obviamente o autor tinha em mente a questão da graça e da vida cristã obtida por Cristo e desfrutada completamente pelo cristão (a voz média, geuesthai, denota mais intensamente o caráter pessoal da experiência; conforme C. Spicq, Comm., v. II, p. 150). Além disso, diz-se deles que tornaram-se participantes do Espirito Santo (v. 4). Essa tradução destaca o fato de que esses leitores podem ter sido receptores do Espírito Santo assim como o foram os discípulos de Jesus quando ele soprou sobre eles o Espírito (Jo 20:22), ou os samaritanos quando os apóstolos colocaram as mãos sobre eles (At 8:17) — receptores da essência da vida cristã (Rm 8:96ss, e especialmente At 20:11 em gr., em que “provar” é usado a propósito de comer o pão da eucaristia). A expressão “participantes do Espírito Santo” (v. 4) pode ter o significado menos definitivo de “parceiros juntamente com” o Espírito Santo (conforme 2.14; 3.1,14; 12.8). E as últimas duas expressões (v. 5) podem significar que esses viram o poder criativo do evangelho pregado e até realizaram milagres (conforme Judas 1scariotes).

    Vamos resumir então. O autor, ao compor uma lista como essa, pode ter tido em mente descrever alguém que tem todos os sinais distintivos do cristianismo, e que mesmo assim não é um verdadeiro cristão. A única prova de genuinidade é a lealdade contínua que guarda a fé até o final. Da mesma forma que todo o povo de Israel deixou o Egito sob a liderança de Moisés, atravessou o mar Vermelho, comeu o maná do céu, observou os atos poderosos de Deus etc. dando todas as aparências de um povo de fé, mas só dois en-traram em Canaã, e o resto caiu morto no deserto, é possível que na igreja visível haja aqueles que experimentaram todas as vantagens do cristianismo, a instrução, o batismo, a ceia do Senhor, as manifestações do Espírito etc. (embora deva ser observado atentamente que nenhum dom de amor é mencionado nessa lista, conforme 6.10), e que mesmo assim são capazes de renunciar a tudo isso porque a atitude interior básica, da qual nem eles mesmos talvez estejam completamente cientes, se tornou uma atitude de incredulidade ou desobediência, uma atitude de NÃO a Deus. A situação aqui, então, pode ser análoga à de Mt 7:21ss.

    De todo modo, se os que foram abençoados de forma tão extraordinária caíram (v. 6, lit. “caíram ao lado do caminho”, gr. para-pesontas, uma expressão talvez motivada pela experiência no deserto do antigo Israel), é impossível que sejam reconduzidos ao arrependimento; pois para si mesmos estão crucificando de novo o Filho de Deus, sujeitando-o à desonra pública (v. 6). O “arrependimento” aqui é mais do que tristeza pelo mal praticado no passado; é uma mudança de atitude ou da mente — um ato positivo e confirmatório que acompanha o início de uma nova experiência religiosa e vida moral (Arndt e Gingrich, Greek-English Lexicon), em vez de um mero desviar-se negativo do pecado. Refere-se àquela disposição da mente em direção a Cristo que prevalecia quando o cristão professo tinha sido batizado, mas que, por falta de compromisso moral (5.14), agora foi alterada radicalmente. E a coisa verdadeiramente triste acerca dessa atitude apóstata é que é humanamente (ou psicologicamente) impossível revertê-la, pois não é resultado de uma decisão rápida de um momento de fraqueza, mas de um processo gradual de endurecimento na mente que se cristalizou agora em uma “atitude constante de hostilidade contra Cristo” (como sugerem as expressões “pois [...] estão crucificando” etc. que usam o tempo presente). Por isso, todos os cristãos professos precisam se estimular a si mesmos e a outros, senão a imaturidade contínua da profissão da fé cristã conduz, a certa altura, à hostilidade contra Cristo. Os que permanecerem leais até o fim demonstrarão que sua confissão de fé foi genuína.

    Os v. 7,8 contêm uma parábola cuja interpretação é coerente com essa ênfase do autor na perseverança como o verdadeiro teste de genuinidade; a chuva deve ser identificada com as cinco bênçãos extraordinárias listadas nos v. 4,5, e a terra, com os leitores da carta. A chuva é comum tanto à terra boa quanto à terra ruim, i.e., grandes bênçãos espirituais são comuns a todos os que professam ser cristãos, os que crêem de verdade e os que meramente confessam que assim o fazem. E o que os solos produzem — o tipo de vida que vivem os que se professam cristãos — que tornam visivelmente claro qual é sua verdadeira natureza e que tipo de semente está neles. E mesmo assim, como no âmbito da horticultura em que o solo que é de qualidade e conteúdo pobres não pode ser distinguido imediatamente do solo bom (pois depois de uma chuva até o solo ruim parece promissor com sua miríade de brotos verdes), assim é na igreja visível. Todos podem até ter sido bem instruídos etc. e podem ter feito sua confissão de fé e dado evidência de genuinidade. Mas como o tempo prova que um tipo de solo é ruim e seu produto são espinhos e ervas daninhas (v. 8), ou o inverso, assim o tempo faz com aqueles que afirmam ser cristãos. A perseverança dos santos, por um lado, dá prova da realidade da sua confissão. A falta dela dá testemunho do contrário. Um recebe a bênção de Deus (v. 7), enquanto o outro está em perigo de ser amaldiçoado. Seu fim é ser queimada [a terra] (v. 8). “Em perigo de ser amaldiçoada” não significa meramente que o juízo é ameaçador, e pode ser evitado por uma sub-seqüente e inesperada fertilidade da terra, mas que é inevitável (conforme a mesma construção encontrada em 8.13, engys aphanismou, em que o desaparecimento da antiga aliança não significa que ela seja simplesmente suscetível a desaparecer, mas, antes, que o seu desaparecimento é certo; conforme tb. Mc 1:15 com Mt 12:28). Tampouco é apropriado pensar somente no produto da terra como sendo queimado, pois a queima é na realidade o castigo executado sobre a própria terra amaldiçoada (conforme Gn 19:24; Dt 29:22). A expressão “Seu fim é ser queimada” pode ser um hebraísmo equivalente à nossa expressão “dedicada à destruição” (conforme Sl 109:13). E simplesmente a aplicação do princípio estabelecido em 2Co 11:15), mas também tinha dito: “por meio dela, todos os povos da terra serão abençoados” (Gn 22.18). Agora, embora não haja aqui nenhuma citação de Gn 22:18, nem referência explícita ao fato de que a “semente” de Abraão seja Cristo, mesmo assim, como Paulo (conforme G1

    3.16), o autor deve ter tido isso em mente porque ele vislumbra os cristãos como sendo os herdeiros da promessa feita a Abraão (v. 17). Por conseqüência, eles também estão interessados na sua validade. O fato de que envolve duas coisas imutáveis — a promessa em si e o juramento que está fundamentado no ser de Deus — nas quais é impossível que Deus minta oferece forte encorajamento (v. 18) para que os cristãos perseverem enquanto esperam pelo cumprimento final daquela promessa, i.e., a bênção celestial para a qual até Abraão olhou (conforme 11:8-19).

    Essa esperança é como uma âncora da alma (v. 19) que Cristo pegou e soltou de maneira segura no porto. Na verdade, o autor de Hebreus mistura as suas metáforas nesse ponto, pois ele não diz “porto” como poderíamos esperar com a palavra “âncora”, mas menciona o santuário interior, por trás do véu (v. 19). Essa âncora de esperança ata o cristão firmemente ao lugar da presença de Deus, o mundo celestial. Essa mudança inesperada na figura de linguagem é um bom artifício retórico para conduzir os leitores de volta ao tópico já iniciado — o sacerdócio de Cristo (cap. 5). O véu era a cortina interior que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo. Cristo transpôs esse véu e entrou no Lugar Santíssimo para agir em nosso lugar (v. 20).

    Mas ele fez isso como precursor (conforme ARA; gr. prodromos, usado na literatura clássica acerca de um batedor fazendo reconhecimento do terreno, ou de um arauto anunciando a vinda de um rei) — uma palavra que sugere que outros devem seguir, i.e., os cristãos também devem ser levados àquela mesma área sagrada. Isso era de fato uma declaração surpreendente, pois, embora o antigo sumo sacerdote fosse o representante do seu povo, ele nunca foi o seu precursor — o povo nunca tinha permissão de segui-lo para além do véu. Mas o tom fundamental de Hebreus é que o novo sumo sacerdote garante a cada crente o privilégio do acesso confiante ao Lugar Santíssimo — a presença do Deus vivo, e isso é resumido numa palavra cuidadosamente escolhida: “precursor”. Jesus “foi para que possamos segui-lo” (F. W. Gingrich, Forerunner, Dictionary oftheBible, de Hastings, ed. rev., p. 303-4).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 6 do versículo 1 até o 3

    Hebreus 6

    He 6:1-3. A exortação prossegue. Tendo já aprendido os princípios básicos referentes a Cristo, não deviam parar com eles mas prosseguir para alcançar a perfeição e maturidade, para exibir crescimento espiritual completo. Deviam continuar discernindo entre verdades vivas e formas sem vida, como aquelas que haviam nas abluções, batismos e rituais do Judaísmo. No versículo 3 o escritor se identifica com os seus leitores e revela sua própria dependência de Deus.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Hebreus Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
    Hb 6:1

    Os crentes que se encontram nessa condição atrasada e indolente têm a urgente necessidade de despertarem-se a fim de avançarem ativamente em direção à maturidade, em lugar de tentarem repetir o processo de colocar novamente os fundamentos, isto é, os princípios elementares da doutrina de Cristo (1). Note-se a natureza básica das ações e doutrinas mencionadas nos vers. 2 e 3. Elas representam os passos que se espera que o novo convertido dê, bem como as verdades essenciais que lhe compete crer. A única salvaguarda contra o escorregar para trás e cair é o prosseguir para a frente. Isso requer ação deliberada e decisiva. Não obstante, paradoxalmente, deixemo-nos levar (1) está igualmente num verbo em voz passiva (cfr. At 27:15-17; 2Pe 1:21). "O pensamento não envolve primariamente algum esforço pessoal, e, sim, rendição pessoal a uma ativa influência. O poder está operando; temos apenas de nos rendermos ao mesmo" (B. F Westcott, Hebrews, pág. 145). Cfr. Ef 3:20; Fp 2:13. Desse modo, o escritor exorta seus leitores a responderem a essa influência externa, e, no vers. 3, falando a seu próprio respeito, e não sobre outros, expressa a decisão de assim agir.

    >Hb 6:3

    Há uma qualificação necessária e muito solene. Os homens só podem agir assim se Deus permitir (3). Algumas ações, pela própria constituição divina das coisas, são moralmente "impossíveis" (4). Se os homens participam da Igreja visível, compartilhando de todas as bênçãos do Evangelho, se (à semelhança daqueles, por ocasião do livramento às margens do Mar Vermelho, que mais tarde pereceram mediante a incredulidade, no deserto) têm realmente estado na companhia de pessoas que têm experimentado as poderosas operações do Espírito de Deus, e assim têm por si mesmos "provado" (5) de Seu caráter, e depois deliberadamente se afastam e rejeitam a Cristo, é impossível dar início novamente ao processo no caso dos tais, renovando-os para o arrependimento. Tal como no caso daqueles que falharam decisivamente, ou deliberadamente recusaram-se a responder positivamente à graça divina, nada mais resta para estes senão o julgamento. Cfr. 1Co 10:1-46 e, especialmente, Lc 20:13-42. As Escrituras ensinam consistentemente que as mesmas ações da graça divina, que põem ao alcance dos homens a salvação e a vida, igualmente estabelecem a condenação final daqueles que, após terem compartilhado dessa revelação, rejeitam-na deliberadamente. Cfr. 2Co 2:15-47. Igualmente, é impossível, nos estágios iniciais, distinguir a diferença entre o trigo e o joio, ou entre a semente que se ressecará ou será sufocada e aquela que produzirá fruto para a vida eterna. Cfr. 1Co 10:12; 2Tm 2:18-55. O julgamento é determinado não pelo início, mas antes, pelo fim, isto é, pelo fruto (8). Eis porque o escritor sagrado tanto se preocupava que aqueles que tinham começado a experimentar a graça de Cristo, comprovassem a autenticidade de sua experiência prosseguindo até seu verdadeiro final. Cfr. 2Pe 1:5-61.

    >Hb 6:4

    Aqueles que uma vez foram iluminados (4). As palavras, uma vez sugerem certo aspecto absoluto e final, que indica algo feito de uma vez por todas, de tal modo que isso se torna necessariamente incapaz de repetição. Isso faz contraste com as palavras outra vez (6). Compare-se seu uso em He 9:26, He 9:28; He 10:2; He 12:26-58. Aqueles que assim foram uma vez iluminados, nunca mais serão iguais àqueles que nunca receberam a luz. Caíram (6) significa não pecados grosseiros, mas antes, nada menos que apostasia deliberada, uma completa rejeição e execração à fé de Cristo. No que lhes diz respeito (isto é, para si mesmos), tais pessoas expulsam Cristo de suas próprias vidas, ou rejeitam Sua reivindicação de ser o Filho de Deus, por ação similar à daqueles que procuraram livrar-se dEle ao crucificá-Lo. Desse modo, expõem Cristo publicamente à vergonha. Ver também o Apêndice III, "As Passagens Admoestadoras".

    >Hb 6:8

    Após exibir tão solene quadro de condenação inevitável (8), o escritor Se apressa, movido por verdadeira afeição (somente nesta altura da epístola ele chama de amados os seus leitores), a assegurar a seus leitores que estava convencido que eles não se encontravam nesse estado desesperador (9). Por conseguinte, alguns comentadores consideram o tipo descrito nos vers. 4-8 como hipotético e não como real. Pelos vers. 10-12 aprendemos o que indica verdadeira vida espiritual e o que é necessário para o pleno progresso espiritual, a saber, a diligência, ou zelo todo-absorvente, no trabalho... do amor (10), isto é, o ministrar aos irmãos crentes por amor ao nome do Pai, a "plena certeza da esperança" (11), na expectativa do cumprimento das promessas de Deus, bem como o persistente e paciente esperar da fé (12), até o dia em que nossa possessão seja realizada.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Hebreus Capítulo 6 do versículo 1 até o 20

    13. A Tragédia de rejeitar a revelação completa — parte 2 (Hebreus 6:1-8)

    Portanto deixando o ensino fundamental a respeito do Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, de instrução sobre as lavagens, e imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e juízo eterno. E isso faremos, se Deus o permitir. Pois, no caso daqueles que uma vez foram iluminados e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram , é impossível renová-los novamente para arrependimento, visto que novamente crucificando para si mesmos o Filho de Deus, e colocou-o à ignomínia. Por terra que embebe a chuva que muitas vezes cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição, e isso acaba sendo queimado. (6: 1-8)

    As pessoas podem ir à igreja por anos e ouvir o evangelho uma e outra vez, até ser membros da igreja fiel, e nunca realmente fazer um compromisso com Jesus Cristo. Esse tipo de pessoa é abordada aqui. O escritor está falando especificamente aos judeus que ouviram o evangelho e não aceitaram a Cristo como Salvador e Senhor, mas a advertência se aplica a qualquer um, judeu ou gentio. Todos os que conhecem a verdade da graça salvadora de Deus em Jesus Cristo, que talvez tenha visto mudar a vida de muitos de seus amigos e familiares, que pode até ter feito alguma profissão de fé nEle, ainda virar e se afastar de cheia aceitação, é dada a severa advertência possível. Rejeição persistente de Cristo pode resultar em tais pessoas "passando o ponto de não retorno espiritualmente, de perder para sempre a oportunidade de salvação. Isso é o que sempre acontece com quem está indeciso. Ele finalmente segue o seu perverso coração de incredulidade e vira as costas para sempre no Deus vivo.

    Essas pessoas muitas vezes têm adotado uma forma de cristianismo, mas eles não têm a realidade dele. Jesus diz um deles, "Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu Muitos me dirão naquele dia: '. Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? E então eu lhes direi: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniquidade "(Mat. 7: 21-23). ​​Esta é a questão aqui na demonstração parêntesis para os incrédulos do escritor aos Hebreus.

    Ao contrário de uma faca, a verdade se torna mais acentuada com o uso, que a verdade vem pela aceitação e obediência. Uma verdade que é ouvido, mas não aceito e seguido torna-se maçante e sem sentido. Quanto mais negligenciá-lo, o mais imune a ela nos tornamos. Por não aceitar o evangelho, quando ainda era "notícia", esses judeus do primeiro século tinha começado a crescer indiferente a ele e tornou-se espiritualmente preguiçoso, negligente, e duro. Por causa do desuso do seu conhecimento do evangelho, eles agora não poderia trazer-se para tomar a decisão certa sobre isso. Eles eram, de fato, o risco de tomar uma decisão desesperAdãoente errado, de se virar por causa da pressão e perseguição e completamente voltar ao judaísmo.
    Essa era a situação dos judeus incrédulos enfrentou, e é o tema do 5: 11-14. Espiritualmente eles foram crescendo maçante, difícil, e estúpido. A solução é dada a eles no capítulo 6.

    Portanto deixando o ensino fundamental a respeito do Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, de instrução sobre as lavagens, e imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e juízo eterno. (6: 1-2)

    As ideias-chave são deixando e imprensa sobre o vencimento, e são realmente duas partes da mesma idéia. Juntos, eles são o primeiro passo para estes judeus "tornar-se espiritualmente maduro. Eles tiveram que deixar de uma vez por todos os seus laços com a Antiga Aliança, com o judaísmo, e aceitar Jesus Cristo como Salvador. Devem fazê-lo imediatamente, sem mais hesitação. A maturidade que a salvação traz não é um processo. É um milagre instantâneo. O vencimento sobre o qual esta passagem está falando é o de deixar o ABC da Antiga Aliança para vir para a revelação plena e bênção do Novo.

    Deixando no grego é aphiēmi , o que significa a abandonar, para arrumar, muito menos, negligência, adiadas. Refere-se ao total desapego, a separação total, a partir de uma localização ou condição anterior. Testamento grego do Expositor traduz He 6:1, Mt 9:5, Mt 9:6; Rm 4:7.). Quando somos perdoados, os nossos pecados são colocados longe de nós, separado de nós, divorciado de nós. Em Mt 15:14 o mesmo termo é usado para falar de separar-nos de falsos mestres, e em Mc 1:20 ele é usado de Tiago e João de deixar o seu pai, Zebedeu, a fim de seguir Jesus. Na medida em que o trabalho de sua vida estava em causa, eles abandonaram, completamente se separaram, seu pai e sua empresa de pesca.

    ensino elementar sobre o Cristo (Messias) que os judeus incrédulos eram de sair foi o Antigo Testamento ensinar sobre Ele, outro indício de que não é cristãos imaturos ("gatas") que estão sendo abordados. Estamos para nunca deixar o básico, os rudimentos da doutrina, do evangelho, não importa o quão maduro nós crescemos na fé. Lembre-se, a questão aqui não é a de crescer em maturidade espiritual como cristão, mas de entrar na primeira fase da maturidade espiritual por se tornar um cristão. É uma questão de deixar cair, deixando, guardando, o que temos sido agarrada e tendo-se algo inteiramente novo. Por isso, só pode ser uma referência para os incrédulos, porque em nenhum momento que a Palavra de Deus sugerem que um cristão cair os conceitos básicos do cristianismo e ir para outra coisa.

    É as disposições e princípios da Antiga Aliança, do judaísmo, que estão a ser descartado. Não é uma questão de acrescentar ao que se tem. É uma questão de abandonar o que você tem para outra coisa. Este é precisamente o que o Espírito Santo pediu aos Hebreus a fazer-abandonar as sombras, os tipos, as imagens e os sacrifícios da velha economia e vir para a realidade da Nova Aliança em Jesus Cristo. Uma paráfrase poderia ser: "Deixe as fotos do Messias e ir para o próprio Messias" ou "Drop a Antiga Aliança e aceitar o novo."

    Características incompletos Antigo Testamento

    fundação , a Antiga Aliança, teve seis recursos que são apontadas nos versículos 1:2. Estes são: arrependimento de obras mortas, fé em Deus, instrução sobre lavagens, imposição de mãos, da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno. Estes não são, como é muitas vezes interpretado, verdades cristãs elementares que deverão ser abandonados, a fim para ir para a maturidade. São conceitos do Antigo Testamento. Para ter certeza, eles apontaram para o evangelho, mas eles não são eles próprios parte do evangelho.

    Arrependimento de Obras Mortas

    O arrependimento de obras mortas, está se afastando de más ações, atos que trazem a morte. "Porque, se o sangue de bodes e de touros ea cinza de uma novilha, aspergidos sobre aqueles que têm sido contaminado, santificar para a purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo sem mácula a Deus , purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo? " (13 58:9-14'>Heb. 9: 13-14). "A alma que pecar, essa morrerá", disse Ezequiel (18: 4). No Novo Testamento, a verdade é expressa como: "O salário do pecado é a morte" (Rm 6:23). O Antigo Testamento ensinou que um homem deve se arrepender e voltar de suas más obras que levaram a morte. Mas esse padrão Antigo Testamento é apenas a primeira metade do arrependimento. Homens só sabia que eles estavam a afastar-se das más obras e voltar-se para Deus. Essa foi toda a doutrina que eles conheciam.

    Na pregação de João Batista, e até mesmo no próprio ministério inicial de Jesus, a mensagem básica era: "Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo" (Mt 3:2.). Somente o arrependimento foi pregado. Vire do mal em relação a Deus. Mas a doutrina do arrependimento se torna maduro, completo, em Jesus Cristo. Paulo lembrou aos anciãos da igreja de Éfeso de sua "testificando tanto a judeus como gregos, o arrependimento para com Deus e fé em nosso Senhor Jesus Cristo" (At 20:21). Em sua defesa perante o rei Agripa, Paulo mencionou que ele tinha "mantido indicando tanto aos de Damasco em primeiro lugar, e também em Jerusalém e depois por toda a região da Judéia, e até mesmo para os gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, realizar ações apropriadas ao arrependimento "(At 26:20). Mas ele passou a explicar que o foco desta mensagem era Jesus Cristo e Sua obra de salvação (23 v.). Já não fez qualquer bom simplesmente para transformar das más obras em direção a Deus. Uma pessoa poderia vir a Deus somente através de Jesus Cristo.

    Agora que a Nova Aliança é, com efeito, o arrependimento não tem sentido sem a fé em Jesus Cristo. "Ninguém vem ao Pai, senão por mim", disse Jesus (Jo 14:6). Não há arrependimento aceitável para além da fé em Cristo. O único arrependimento que "conduz à vida" é o que está relacionado com a crença em Jesus Cristo (Atos 11:17-18). A única fé em Deus que agora é aceitável é a fé em Deus, o Filho. Não há nenhuma maneira ao Pai senão por meio do Filho.

    O Antigo Testamento ensinou arrependimento de obras mortas e fé em Deus. O Novo Testamento ensina arrependimento na fé para com o Senhor Jesus Cristo, o único caminho para Deus. A distinção é clara. Os judeus abordadas nesta carta acreditava em Deus; mas eles não foram salvos. Seu arrependimento de obras ea fé em Deus, não importa quão sincero que pode ter sido, não poderia trazer -los a Deus, sem Cristo. "Não há salvação em nenhum outro, pois não há outro nome debaixo do céu que foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos" (At 4:12).

    Instrução Sobre Lavadoras

    A tradução Rei Tiago ("doutrina dos batismos") é enganosa, especialmente desde que em qualquer outro lugar, incluindo He 9:10, a mesma palavra grega ( baptismos ) é traduzido lavagens. Não é baptizo , que é sempre usado para a ordenança do batismo. Pode ter sido que os tradutores da Bíblia Rei Tiago assumiu essa passagem foi dirigida aos cristãos, caso em que "batismos" pode ser apropriada. Mas o uso aqui de baptismos , em vez de baptizo é outro forte indício de que a passagem é não dirigida aos cristãos.

    Cada lar judeu tinha uma bacia com a entrada para a família e os visitantes a utilizar para limpezas cerimoniais, de que havia muitos. São estas lavagens que os leitores são contadas a abandonar e esquecer. Mesmo no Antigo Testamento previu que um dia suas limpezas cerimoniais seria substituído por um espiritual que o próprio Deus lhe daria: "Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; vou purificar de todas as vossas imundícias e de todos os seus ídolos "(Ez 36:25). Os velhos lavagens eram muitos, física, simbólica, e temporária; a nova lavagem é de uma vez, espiritual, real e permanente. É o maravilhoso, eficaz e eterna "lavagem da regeneração e renovação pelo Espírito Santo" (Tt 3:5; At 6:6; 1Tm 4:141Tm 4:14; etc.).. Sob a Velha Aliança a pessoa que trouxe um sacrifício tinha que colocar as mãos nele, para simbolizar sua identificação com ele (Lv 1:4,Lv 3:13).

    Nossa identificação com Jesus Cristo não vem colocando em nossas mãos Dele; vem pelo Espírito de batizar-nos em união com Ele pela fé. "Esqueça o ensinamento sobre imposição de mãos sobre os sacrifícios do Templo", o escritor está dizendo a estes judeus imaturos. "Apodera-te de Cristo, colocando sua confiança nele."

    Ressurreição dos Mortos

    A doutrina do Antigo Testamento sobre a ressurreição não é clara ou completa. Aprendemos de vida após a morte e da recompensa para os bons e castigo para os ímpios, e não muito mais sobre a ressurreição do que isso. A partir de Job, por exemplo, nós aprendemos que a ressurreição será corporal, e não apenas espiritual (19:26). Há pouco mais que podemos aprender de que a partir do Antigo Testamento.

    No Novo Testamento, é claro, a ressurreição é uma das maiores e mais detalhados doutrinas. É o tema da pregação apostólica. Ele vem a plenitude na própria pessoa de Jesus Cristo, que disse: "Eu sou a ressurreição ea vida "(Jo 11:25). O corpo da ressurreição é descrita em detalhes consideráveis ​​em I Coríntios 15; e em 1Jo 3:2.). Nós também sabemos o que vai acontecer com os incrédulos. Nós sabemos sobre o julgamento de Ovelhas e caprinos (Matt. 25: 31-46), e o julgamento do grande trono branco (Ap 20:11-15). Sabemos que, para Jesus Cristo tenha sido cometido todo o julgamento (João 5:21-29). Sabemos isso e muito mais sobre o julgamento do Novo Testamento.

    O ponto de Hebreus 6:1-2 é simplesmente que os judeus incrédulos deveria deixar passar completamente do imaturo, sombras e símbolos da Antiga Aliança fundamental e ter de segurar a realidade maduro e perfeito do Novo. O Espírito Santo está pedindo-lhes para deixar o ABC do arrependimento de obras mortas para o ensino do Novo Testamento de arrependimento para com Deus e da vida nova em Cristo. Deixar o ABC da fé em Deus para a fé na Pessoa de Jesus Cristo. Deixar o ABC de cerimoniais lavagens para a purificação da alma pela Palavra. Deixar o ABC de impor as mãos sobre o sacrifício para lançando mão do Cordeiro de Deus pela fé. Deixe os ABCs da ressurreição dos mortos para a ressurreição plena e gloriosa para a vida. Deixar o ABC do julgamento eterno para toda a verdade do juízo e recompensas como revelado na Nova Aliança.

    Estes seis doutrinas eram os conceitos básicos do judaísmo que estavam a ser postos de lado em favor das coisas melhores que vêm em Cristo. O Antigo Testamento está incompleta. É verdade. É de Deus. Ele era uma parte necessária da sua revelação e de Seu plano de salvação para o homem. Mas é apenas a revelação parcial, e não é suficiente. Judaísmo for revogada. Judaísmo é anulado. Não é mais uma expressão válida de culto ou de obediência a Deus. Ele deve ser abandonada.

    O Poder

    E isso faremos, se Deus o permitir. (6: 3)

    Interpretando este versículo é difícil, apesar de sua brevidade e simplicidade. Vamos olhar para ele a partir de dois ângulos.
    Alguns intérpretes acredito que é uma referência editorial do escritor para si mesmo. Ele está dizendo: "Eu vou seguir em frente e ensinar o que você precisa saber se Deus me permitir." Outros acreditam que o escritor está simplesmente oferecendo a identificar-se com aqueles a quem escreve, e está dizendo: "Você vai continuar a maturidade se Deus o permitir."
    Acredito que ambas as interpretações poderia ser correta. Eles não são mutuamente exclusivas e são consistentes com o resto de Hebreus. Tanto o serviço (o escritor está acontecendo para ensinar) e salvação (a leitores "ir à maturidade espiritual em Cristo) devem ser energizadas pelo Espírito Santo ( se Deus permitir ) se eles são para ser eficaz e frutuosa. Tudo gira em torno da permissão de Deus. Necessidade de capacitação divina é o ponto. "Não que sejamos adequada em nós mesmos para considerar alguma coisa, como de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus" (2Co 3:5). "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer" (Jo 6:44). Ao professor e investigador da mesma forma, a soberania de Deus deve ser reconhecido.

    Cinco Grandes Vantagens

    Pois, no caso daqueles que uma vez foram iluminados e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro. (6: 4-5)

    Os hebreus sendo abordado aqui teve cinco grandes vantagens, que são resumidas nestes dois versículos.

    Eles haviam sido Enlightened

    Em primeiro lugar, devemos notar que esta passagem não faz qualquer referência a todos a salvação. Não há menção de justificação, santificação, o novo nascimento, ou regeneração. Aqueles que uma vez foram iluminados não são mencionados como nascer de novo, feito santo, ou feitos justos. Nenhum da terminologia do Novo Testamento normal para a salvação é usado. Na verdade, nenhum termo usado aqui é sempre utilizada em outras partes do Novo Testamento para a salvação, e ninguém deve ser tomado para se referir a ele nesta passagem.

    A iluminação falado aqui tem a ver com a percepção intelectual do espiritual, a verdade bíblica. Na Septuaginta, a palavra grega ( Photizo ) várias vezes é traduzida como "para dar a luz por conhecimento ou de ensino." Significa ser mentalmente consciente de algo, para ser instruído, informou. Ele não carrega nenhuma conotação de resposta de aceitação ou de rejeição, crença ou descrença.

    Quando Jesus veio pela primeira vez para a Galiléia para ministro, ele declarou que tinha vindo para cumprir a profecia de Isaías 9:1-2, o que, em parte, diz: "As pessoas que estavam sentados nas trevas viu uma grande luz" (Mt 4:16). Todos os que viram e ouviram Jesus viu esta "grande luz", mas nem todos os que viram e ouviram foram salvos. Vendo a luz de Deus e aceitá-lo não são os mesmos. Aquelas pessoas na Galiléia, como todas as pessoas que ouvem o evangelho, foram até certo ponto ou outro iluminado ; mas, a julgar pelos relatos bíblicos, alguns deles creram em Jesus. Eles tinham conhecimento natural, informações factuais. Eles viram Cristo, ouviram sua mensagem de seus próprios lábios, viram seus milagres com seus próprios olhos. Eles tiveram a oportunidade de ver em primeira mão encarnado verdade de Deus, uma oportunidade que só alguns milhares de pessoas em toda a história ter tido. A luz do evangelho tinha pessoalmente quebrado dentro em sua escuridão (conforme João 12:35-36). A vida para eles nunca poderia ser o mesmo novamente. Suas vidas foram permanentemente afetada pela impressão indelével Jesus deve ter feito sobre eles. No entanto, muitos, se não a maioria, eles não acreditaram n'Ele (conforme João 12:37-40).

    A mesma coisa aconteceu com os judeus sendo abordado em Hebreus 6:1-8. Eles foram esclarecidos, mas não salva. Conseqüentemente, eles estavam em perigo de perder todo oportunidade de ser salvo, e de tornar-se apóstata. É dessas pessoas que Pedro fala em sua segunda carta."Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, ficam de novo envolvidos nelas e são superados, o último estado tornou-se pior para eles do que o primeiro. Por que seria melhor para eles não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, a afastar-se do santo mandamento que lhes "(2 Pe. 2: 20-21). Por causa de sua incredulidade, a luz que foi dada para salvá-los tornou-se um julgamento contra eles.

    Eles tinham provaram o dom celestial

    Este grupo não só tinha visto a luz celestial, mas tinha provaram o dom celestial . O dom celestial poderia ser uma das várias coisas. O Espírito Santo é mencionado nas Escrituras como um dom celestial, mas, uma vez que Ele é mencionado no versículo seguinte, eu não acho que ele é o presente significava aqui. O maior dom celestial, é claro, é o próprio Cristo ("dom inefável" de Deus, 2Co 9:15.) E a salvação que Ele trouxe (Ef 2:8). Jesus estava falando do dom da salvação, a "água viva" que conduz à "vida eterna" (v. 14). Aqueles que bebiam não-bebeu ou apenas provei, mas bebeu-se salvaria. Pouco tempo depois, na Galiléia, Jesus disse aos seus ouvintes: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá eternamente" (Jo 6:51; conforme v 35).. A vida eterna vem de comer, e não simplesmente de degustação, o dom divino da salvação em Cristo.

    Um dos ministérios preSalvação do Espírito Santo é o de dar os incrédulos um gosto das bênçãos da salvação. Isso faz parte do Seu ministério de desenhar os homens a Cristo. Mas degustação não está comendo. O Espírito Santo vai nos dar um gostinho, mas Ele não vai nos fazer comer. Deus colocou a bênção de salvação para os lábios dos judeus do Novo Testamento, mas ainda não tinha comido. A degustação veio o que viu e ouviu, como muitos hoje têm visto o poder transformador de Cristo e ouviram o evangelho.

    Eles haviam participado do Espírito Santo

    Participantes (em grego, metochos ) tem a ver com a associação, não a posse. Esses judeus nunca havia possuído o Espírito Santo, eles simplesmente eram em torno de quando ele estava por perto. Esta palavra é usada de colegas pescadores em Lc 5:7). Eles provei, mas eles não comem, assim como a nação que Jeremias falou.

    Herodes era assim. Apesar da dura mensagem do profeta, incluindo acusações directamente contra o rei, Herodes gostava de ouvir João pregar Batista (Mc 6:20). Ele ficou perplexo, mas fascinado por esse pregador dinâmico. Ele gostava de provar a mensagem de Deus. Mas quando pressionado na decisão, ele deixou um homem de Deus e a mensagem de Deus. Ele relutantemente, mas voluntariamente, concordaram em ter João decapitado. Seu gosto da Palavra de Deus só lhe trouxe maior culpa.

    Prova é o primeiro passo para comer. Não é errado para saborear a Palavra de Deus. Na verdade Davi incentiva essa mesma coisa. "O gosto e ver que o SENHOR é bom "(Sl 34:8. Resumido, o aviso é: "É melhor você vir a Cristo agora, pois se você cair, será impossível para você voltar ao ponto de arrependimento . " Eles estavam no melhor ponto para o conhecimento arrependimento-cheia. Para retroceder de que seria fatal.

    Porque eles acreditam que a advertência é dirigida aos cristãos, muitos intérpretes afirmam que a passagem ensina que a salvação pode ser perdida. Se esta interpretação fosse verdade, no entanto, a passagem também ensina que, uma vez perdida, a salvação nunca poderia ser recuperado. Se, depois de ter sido salvo, uma pessoa perdeu a sua salvação, ele seria condenado para sempre. Não haveria indo e voltando, dentro e fora de graça. Mas os cristãos não estão sendo tratados, e é a oportunidade para receber a salvação, não a própria salvação, que pode ser perdida.

    O crente nunca precisa temer ele vai perder sua salvação. Ele não pode. A Bíblia é absolutamente clara sobre isso. Jesus disse: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e jamais perecerão;. E ninguém as arrebatará da minha mão Meu Pai, que tem tem dado a mim, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai "(João 10:27-29). Paulo é igualmente claro. "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? ... Pois estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor "(Rm 8:35).

    É incrédulos que estão em perigo de perder a salvação, no sentido de perder a oportunidade que nunca para recebê-lo. Os judeus incrédulos estavam em grande perigo, devido à sua imaturidade espiritual e lentidão, de volta ao judaísmo e de nunca ser capaz de se arrepender e vir a Cristo. Eles seriam perdidos para sempre, porque eles tinham rejeitado, no ponto mais vital no conhecimento e convicção, o único evangelho que poderia salvá-los. Não há outra mensagem de salvação que podiam ouvir, nenhuma evidência da verdade do evangelho que não tinham visto.

    Esses judeus particulares tinha sequer ouvido falar que os apóstolos pregaram e os vira realizar sinais e maravilhas e milagres (He 2:4).

    É perigosamente auto-engano para uma pessoa a pensar que, por ficar à margem, mantendo off decisivo, pensando-se tolerante com o evangelho, simplesmente porque ele não exteriormente se opõem a ela, de que ele é seguro. Quanto mais tempo se permanece na borda mais ele inclina-se para a antiga vida. Ficar lá muito tempo inevitavelmente resulta em afastamento da evangelho para sempre. Pode não ser, e muitas vezes não é, uma decisão consciente contra Cristo. Mas é uma decisão e que é contra Cristo. Quando uma pessoa vai longe Dele em plena luz, ele coloca-o na cruz novamente, em seu próprio coração, e coloca-se sempre fora do alcance do Senhor.

    Como terrivelmente sério é rejeitar Jesus Cristo.

    Por terra que embebe a chuva que muitas vezes cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição, e isso acaba sendo queimado. (6: 7-8)

    Você vê a ilustração? Todos aqueles que ouvem o evangelho são como a terra. A chuva cai, a mensagem do evangelho é ouvido. A semente do evangelho é plantado e não há nutrição e crescimento. Alguns o crescimento é belo e bom e produtivo. É aquilo que é plantada, enraizada, e alimentada em Deus. Mas parte do crescimento é falso, falso, e improdutivo. Ele veio da mesma semente e tem sido alimentada pelo mesmo chão e a mesma água, mas tornou-se espinhosa, destrutiva e sem valor . Ele rejeitou a vida ofereceu-lo e tornar-se bom apenas para a gravação.

    14. A Tragédia de rejeitar a completa revelação — parte 3 (Hebreus 6:9-12)

    Mas, amados, estamos convictos de coisas melhores que lhe dizem respeito, e coisas que acompanham a salvação, ainda estamos falando desta maneira. Porque Deus não é injusto para se esquecer da sua obra e do amor que demonstraram para com o seu nome, por ter ministrado e ainda ministrar aos santos. E desejamos que cada um de vós mostre o mesmo zelo, de modo a perceber a completa certeza da esperança até o fim, que você não pode ser lento, mas imitadores daqueles que, pela fé e paciência herdam as promessas. (6: 9-12)

    Depois de mais severo dos avisos, vem o mais amoroso de recursos. O escritor estava esperando fervorosamente que os incrédulos ele com tanta força vinha avisando não iria cair, que não iriam apostatar. Sua abordagem foi a de apresentá-los, por assim dizer, para os verdadeiros cristãos em seu meio, para ser imitadores daqueles que, pela fé e paciência herdam as promessas.

    Primeiro, ele dá uma breve palavra aos crentes que estão a ser imitado. Amado nunca é usada nas Escrituras para se referir aos incrédulos. Agora, ele está falando de coisas que acompanham a salvação, enquanto que na parte anterior do capítulo, ele estava falando apenas sobre as coisas relativas a revelação. Ambas as coisas, o uso do "amado" e na discussão de salvação condições-indicam mudança do escritor de audiência. Os temas-intelectual anteriores esclarecimento sobre a palavra de Deus, prova dons de Deus e do Seu Espírito, e assim por diante-acompanhá revelação, não salvação. Eles se destinam, é claro, para ajudar a levar a salvação, mas eles não fazem isso, além da fé em Jesus Cristo.

    Os cristãos que estão a ser exemplos saiu do mesmo fundo como aqueles que estão a imitá-los. Eles foram todos criados no judaísmo. Eles tinham tido a mesma oportunidade de conhecer a revelação de Deus e experimentar o trabalho de Seu Espírito. Eles tinham tido a mesma oportunidade de ouvir o evangelho e para ver e experimentar a igreja de Cristo no trabalho. A única diferença, porém, foi uma grande diferença, é que alguns tinham confiado em Cristo como Salvador e alguns não tinham. Essa também é a grande diferença entre o joio e do trigo da parábola de Jesus (13 24:40-13:43'>Mat. 13 24:43). O mesmo sol que endurece o barro derrete a cera.

    O termo amado ( agapetos , de ÁGAPE ) expressa o mais alto tipo de relacionamento. Ele é usado sessenta vezes no Novo Testamento. Os primeiros nove vezes que for utilizada, ela é usada por Deus Pai, falando de Cristo, Seu Filho amado. Em qualquer outro lugar, se referindo aos judeus ou gentios, ele é usado apenas de crentes. Arthur Rosa observa: "Eu realmente não posso amar um irmão com o amor do Evangelho, que é exigido de mim, se eu não tiver uma convicção bem fundamentada de que ele é um irmão."

    O escritor estava convencido de que seus companheiros crentes a quem ele estava escrevendo exibia todos os caracteres, todas as verdadeiras marcas, de salvação-da verdadeira santidade, no sentido bíblico. A implicação é que, após investigação considerável, ele estava convencido de que esses irmãos amados possuía todas as coisas que acompanham a salvação e que, portanto, seria excelentes exemplos para os seus amigos ainda incrédulos para observar e imitar.

    Acompanhamentos de Salvação

    Muitas coisas acompanham a salvação . A totalidade dos capítulos quinto e seis de Romanos são dedicados a estes acompanhamentos. Mas os particulares mencionadas nesta seção de Hebreus são aqueles que contrastam com os acompanhamentos de incredulidade mencionado na 5:11 - 6: 5. Por exemplo, que acompanhe a salvação não é a infância, mas a maturidade, não de leite, mas o alimento sólido, não inexperiência na justiça, mas a justiça perfeita, não arrependimento em obras mortas, mas o arrependimento para com Deus para a vida. Os acompanhamentos de salvação são essencialmente positivo, não negativo. Elas não refletem a religião externa cerimonial, mas a regeneração interna, transformação, vida nova. Sua importância não vem de sacrifícios repetidos, mas a partir de um sacrifício perfeito e completo de Jesus Cristo. Eles não se concentram sobre as verdades elementares da ressurreição e julgamento, mas em abençoada esperança do crente, não apenas em ser iluminado, mas ao ser feito novo, não apenas em degustação salvação, mas banqueteando-se com ele, e não apenas participando do Espírito Santo Mas tê-lo habitação, e não apenas obter um sabor da boa palavra de Deus, mas de beber e comer, não apenas vendo os milagres de Deus, mas ser um. Estas são as coisas que acompanham a salvação.

    Para quem esta Aplica

    Embora estejamos falando desta maneira , sem dúvida, se destina a ser um incentivo para outros crentes que, depois de ler a seção sombria anterior, pode ter sido perguntando-como fazem muitos cristãos hoje em dia, se esse aviso se aplica a eles. Movendo-se a última parte do versículo 9 ao início ajuda a esclarecer o significado. Uma leitura parafraseado seria, "companheiro Amado cristãos, embora tenhamos falado sobre esses avisos impressionantes e terríveis para os incrédulos, sabemos que as coisas muito melhores se aplicar a você. Você tem os acompanhamentos de salvação, não de descrença. Estas advertências aos apóstatas e potenciais apóstatas, são colocados em esta carta para você, porque essas pessoas estão no meio de vós. "

    Mais uma vez a parábola do joio e do trigo é útil. Jesus fez questão de que ambos os verdadeiros crentes e meros crentes professos seria na igreja juntos até que Ele volte, e que os verdadeiros crentes nunca pode estar certo de que são os falsos. As características dos incrédulos dadas em Hebreus 5:11-6: 4 não são feitos para serem usados ​​pela igreja para tentar separar o trigo do joio. Só a condição do coração de uma pessoa determina sua posição diante de Deus, e somente Deus tem esse conhecimento. Sob certas circunstâncias-como para o ensino da doutrina falsa ou viver imoralmente-a igreja não só pode, mas deve, excomungar um membro. Mas o Senhor deixou claro que não podemos determinar quem na igreja é realmente salvo e quem não é, e que não devemos tentar ser o tribunal supremo de decidir sobre essas questões.

    Sabemos, no entanto, que qualquer congregação pode ter um descrente em seu rol, talvez até mesmo em um lugar de liderança, e é para essas pessoas que este aviso é dado pelo Senhor. O pregador fiel e professor é dar esse aviso, embora ele não pode ser capaz de determinar em que indivíduos particulares que se aplica. Ele é ensiná-lo como parte de todo o conselho de Deus e deixar que o Espírito aplicá-la onde ela é necessária. "Amado", o escritor está dizendo: "Eu não digo essas coisas difíceis porque se aplicam a todos vocês. Eles não. Mas há alguns entre vós que muito precisa este aviso."

    Deus não esquece His Own

    Porque Deus não é injusto para se esquecer da sua obra e do amor que demonstraram para com o seu nome, por ter ministrado e ainda ministrar aos santos. (6:10)

    Deus sabe quem são realmente dele e que são fiéis. Ele não vai esquecer o seu próprio ou o seu trabalho para Ele. Nossos nomes estão firmemente em Seu livro da vida. Nossa salvação não será perdido e nossas recompensas não serão esquecidos. "Fique tranqüilo", diz o escritor."Não se preocupe."

    Muitos cristãos hoje, como ao longo da história, tempos de experiência da dúvida e até mesmo desesperados com a suposta possibilidade de perder sua salvação. Quando ler ou ouvir uma mensagem de julgamento, eles estão abalados e inseguros. Eles não sabem o que é para descansar na obra consumada de Cristo e na sua capacidade posicional nele diante de Deus.
    Após Malaquias tinha dado sua severa advertência do julgamento, muitos dos crentes fiéis aparentemente estavam preocupados que se aplicava a eles. Mas o Senhor acalmou o medo. "Um memorial foi escrito diante dele para os que temem ao SENHOR e que estime a seu nome. "E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos, "... Eu vou poupá-los como um homem poupa a seu filho que o serve "(Mal. 3: 16-17). No próximo capítulo, depois de ainda outro aviso para os ímpios, Deus mais uma vez reafirma o seu próprio: "Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas" (4: 2). Deus sempre sabe seus fiéis; Ele sempre sabe o Seu próprio. Não devemos temer o julgamento final. Se estamos em Cristo, que nunca pode ser condenado. Nós não deve se preocupar em perder o arrebatamento. Se nós pertencemos a Cristo, Ele não se esqueça de levar-nos com Ele. A soberania de Deus e Sua fidelidade proteger-nos.

    Obras são provas de amor

    Obras de um cristão não são o que o salvou ou o que mantê-lo salvo, mas eles são uma evidência da sua salvação. Como Tiago nos diz, a fé sem obras é morta, não vivo, não é real, não é genuína. Nossa fé é demonstrada pelas nossas obras (Jc 2:18, Jc 2:26). Deus não é tão injusto e insensível que Ele não consegue ver as obras de amor Seus filhos amados executar. Ele vê claramente o fruto da nossa justiça.

    Paulo disse aos crentes de Tessalônica que ele sabia que Deus os havia escolhido para ser sua, para ser salvo, por causa de sua "obra de fé e trabalho de amor e firmeza de esperança em nosso Senhor Jesus Cristo" (I Tessalonicenses 1:3-4. ). Eles tinham o fruto das boas obras para ir junto com a sua declaração de fé. O amor é um produto de fé.

    Amam o seu nome

    Amor para e serviço aos irmãos é uma evidência da salvação (conforme 13 34:43-13:35'>João 13:34-35). Mas uma evidência ainda mais significativo é o amor demonstrado para com o seu nome . Deus sabe quando o nosso serviço é realmente para a Sua glória por se é ou não é feito por amor a seu nome.

    Tão importante quanto amar irmãos cristãos é, amar a Deus é infinitamente mais importante. Na verdade, sem amar a Deus em primeiro lugar e acima de tudo, não somos capazes de amar uns aos outros como deveríamos. Os cristãos judeus encomendado aqui ministrou ... aos santos antes de tudo fora de seu amor para o nome de Deus. A razão que eles poderiam se amam muito e servir uns aos outros tão bem foi porque amavam tanto a Deus. A chave para o verdadeiro serviço cristão é um amor ardente para o Senhor. Todos os cristãos devem ser atraente e amável; mas nem todos são. Neste muitas vezes não diferem dos incrédulos. Mas a nossa responsabilidade, nosso chamado, é amar e servir a outros cristãos e também os incrédulos-em primeiro lugar por causa de Deus, não por causa de si mesmos.

    Na introdução de sua carta aos Romanos, Paulo diz-lhes de sua gratidão por sua fidelidade e de seu desejo de visitá-los (Rom. 1: 8-10). Mas ele também diz que a força motriz por trás de seu ministério para eles é a causa do nome de Deus e que é antes de tudo a Deus que ele serve (1: 5, 9). O nome de Deus representa tudo o que Ele é. Para amar O nome dele é ter um desejo apaixonado para a glória de tudo o que Deus é. Falando de alguns ministros viajantes, João diz um deles, "Para eles saíram por causa do Nome" (3 ​​João 7). Eles ministraram por causa de seu grande amor pelo Senhor. Quando Jesus recommissioned Pedro, Ele não perguntou-lhe se ele amou os homens e, em caso afirmativo, em seguida, sair e servi-los. Ele perguntou três vezes a Pedro: "Você ama -me ? " Após cada uma das respostas afirmativas de Pedro, Jesus ordenou-lhe que apascentar Suas ovelhas (João 21:15-17). Nosso serviço de Jesus Cristo deve ser baseado em um amor primordial para Ele. Nós nunca pode amar corretamente homens, salvos ou não salvos, amável ou antipático, até que corretamente amar a Cristo.

    Esses crentes fiéis aos quais Hebreus foi principalmente dirigida amei o nome do Senhor. Esta foi a prova de que a sua fé era a coisa real. Eles estavam ministrando uns aos outros porque amavam seu Senhor. Ouvimos muito sobre amar e ministrando ao Corpo de Cristo, a respeito de servir um ao outro na vida do Corpo. Não poderia ser mais ênfase bíblica-se é na perspectiva correta. A autenticidade e a eficácia do ministério temos um ao outro como santos está diretamente relacionada com o amor que temos por Cristo. Quanto mais amamos a Deus, mais vai querer fazer a Sua vontade. Nossa preocupação não deve ser para tentar agitar amor para as pessoas, mas para amar a Deus mais e mais. Quando o nosso amor por Ele está certo, nosso amor ao próximo vai estar certo.

    Um Ministério Unbroken

    Mantendo a Deus como nosso foco e primeiro amor não só nos dá o desejo ea capacidade de amar os outros e para atendê-los, mas também nos sustenta no nosso amor e serviço. Só o amor de Deus tem esse poder de permanência. O fiel, carinhoso hebreus haviam ministrado e ainda estavam ministrando. O amor deles emitido em um ministério ininterrupta aos santos. Eles só mantiveram amar e servir. Eles podem sempre falar de sua comunhão com o Senhor e do seu serviço cristão no tempo presente.

    Como devemos servir?

    Primeiro de tudo, servir, ministrando os nossos dons espirituais (conforme Rom. 12: 3-8; 1 Cor 12: 9-11; 1 Ped. 4: 10-11.). Nossa linha de frente de serviço é através de nossos dons espirituais. Mas os nossos dons espirituais não são dadas para nós a tomar e usar por nós mesmos, muito menos para nós mesmos. Eles devem ser usados ​​para a glória de Deus, em Seu poder e por amor do seu nome. Se o nosso presente é o aconselhamento, de misericórdia, ajudando, ensinando, pregando, administração, ou o que quer, é para ser ministrado porque amamos Aquele que deu a nós.

    Muito serviço de um para o outro, é claro, não tem nada a ver com os nossos dons espirituais, mas é simplesmente parte da responsabilidade de cada cristão. Cada ministério do crente, por exemplo, envolve orar pelos outros crentes. Nós somos a "orar em todo tempo no Espírito, e com isso em vista, estar em alerta com toda perseverança e súplica por todos os santos" (Ef 6:18). O nosso ministério a um outro envolve também repreender o pecado em um irmão, buscando restaurar dele em amor, confessando a um outro, perdoando, tendo cargas uns dos outros, cuidar do irmão mais fraco, dando às necessidades dos santos, e muitas outras responsabilidades . Todas essas coisas são parte do nosso ministério a um outro, e nenhum deles pode ser gerada por conta própria. Tudo deve ser gerado pelo tipo certo de amor por Jesus Cristo.

    A vida cristã se resume a uma coisa: a medida de nosso amor pelo Senhor. Como estamos preocupados com o seu nome, não em dizer isso sentimentalmente em um tom "espiritual" ou com vão repeti-lo em nossa conversa e oração, mas em fazer a Sua vontade para o bem da sua glória? Como sublime e exaltado é a nossa visão de Deus e como esmagadora são a nossa preocupação e amor genuíno para Ele? Quando amamos com todo o nosso "coração e alma, mente e força", que, em seguida, será capaz, e só então poder-a amar o nosso próximo como a nós mesmos.
    Os santos que são ministradas para são simplesmente irmãos cristãos. Todos os verdadeiros cristãos são hagios , "santos", ou santos (conforme 1Co 1:2).

    Diligence ( spoudē ) pode levar a idéia de ansiedade ou pressa. A sugestão nesta passagem é que os judeus incrédulos pode chegar a crença rapidamente. Vir a Cristo não é um processo longo e arrastado para fora que leva anos, ou até meses ou semanas, de preparação. Tudo o que precisamos é um ato de fé. Pode levar algumas pessoas um longo tempo para vir a Cristo após a primeira audição do evangelho, mas não precisa, e que não deveria. A salvação é uma experiência instantânea, e não deve ser adiada.

    A idéia de pressa também está no versículo 12. lentidão Esses 'incrédulos judeus era um terrível obstáculo para seu ser salvo. Sluggish é uma tradução da mesma palavra ( nōthros ) que é traduzida como "maçante" em 05:11. Assim como eles eram lentos em audiência, eles eram lentos em acreditar. Eles não tinham conscientemente, outrightly rejeitaram o evangelho; mas não aceitá-la, por qualquer motivo, é o mesmo que rejeitá-la. Há um tempo para cuidado e deliberação, mas não quando você sabe a coisa certa a fazer e não tem nenhuma garantia de quanto tempo você vai ter a oportunidade de fazê-lo. O tempo para aceitar a Cristo nunca é tarde; ela é sempre agora. "Agora é" o tempo aceitável, "eis que agora é o" o dia da salvação "(2Co 6:2)

    Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não podia jurar por ninguém maior, jurou por si mesmo, dizendo: "Eu certamente irá te abençoe, e eu certamente irá multiplicar-vos." E assim, tendo esperou pacientemente, alcançou a promessa. Para os homens juram por alguém maior do que eles, e com eles um juramento dado como confirmação é um final de cada disputa. Da mesma maneira que Deus, querendo ainda mais para mostrar aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento, para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos forte encorajamento, nós que nos refugiamos em lançar mão da esperança diante de nós. Temos esta esperança como âncora da alma, uma esperança segura e firme e que penetra além do véu, onde Jesus entrou como um precursor para nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. (6: 13-20)

    Costumava haver um programa de televisão chamado "Who Do You Trust?" Essa é uma questão importante. Em nossa época, estamos bem em nosso caminho para confiar em ninguém. Muitas pessoas têm desenvolvido uma espécie de psicose de desconfiança, vulgarmente conhecida como a falta de credibilidade. Os jovens estão sendo ensinados a não confiar em ninguém além de si mesmos e para aprender tudo o que por sua própria experiência. Promessas são muitas vezes feitas de ânimo leve, com pouca intenção de serem mantidos. Palavra hoje de uma pessoa raramente pode ser o seu vínculo. Mentir tem tudo, mas se a norma em grande parte da sociedade. O mundo está cheio de mentirosos. Isso é um problema de base. A Bíblia diz que "o mundo inteiro jaz no poder do maligno" (1Jo 5:19), e Jesus diz-nos do mal, o diabo, é o "pai da mentira", que a mentira é a essência da sua natureza (Jo 8:44).

    No meio da confusão e tumulto que a mentira sempre traz, as pessoas estão à procura de algo que eles podem confiar, algo que pode depositar suas vidas diante. Alguns voltam para a religião. Eles podem passar uma vida inteira em um sistema religioso particular, devotAdãoente e sacrificial satisfazer todas as exigências e normas, mas nunca encontrar a paz ou sentido ou satisfação. Eles podem passar anos orando para e depositar confiança completa em um determinado santo, apenas para ser informado de que o santo não foi realmente canonizado. Ou eles podem colocar a sua confiança em curandeiros auto-proclamados. A mãe levou seu pequeno filho a um curandeiro da fé, na esperança de ter pernas aleijadas endireitou. Ela foi dito para tirar as chaves e nunca para colocá-los em cima dele novamente. Algumas semanas mais tarde, de dor, cirurgia de emergência teve de ser feito para salvar as pernas de amputação.
    Elmer Gantry evangelistas de estilo sempre foram em torno de tomar os corações das pessoas, dinheiro e confiança. Não muitos anos atrás, em Los Angeles um ministro realizou uma campanha de televisão para angariar dinheiro para a obra missionária. Após a coleta de uma soma considerável, ele simplesmente deixou a cidade. As pessoas vão para as igrejas que dizem adorar e honrar a Jesus Cristo, mas que ensinam doutrinas e idéias totalmente contrárias ao que Ele ensinou. Eles aprendem nada sobre o Jesus Cristo da Escritura. Os falsos mestres, que são ambos enganados e enganando, não faltam. Preachers com altas credenciais acadêmicas de seminários de prestígio ensinar filosofias e teologias que são totalmente anti-bíblica e herético.
    Em quem podemos nós confio? Em quem podemos realmente acreditar? Sem ser pessimista ou cínico, o cristão sabe que a única pessoa que se pode confiar sem reservas é Deus. Mais e mais, através de suas páginas e em muitas formas, a Bíblia nos diz que devemos confiar no Senhor de todo o coração. Nenhuma afirmação deste conselho é mais bonito do que o Davi de: "Confia no SENHOR e faze o bem; habita na terra e desfrutará Deleite-se no. SENHOR , e ele vos dará os desejos do seu coração "(Sl 37. : 3-4). Só n'Ele que não há falta de credibilidade.

    Exemplo de Abraão

    Como vimos, o escritor de Hebreus tem vindo a exigir os judeus a abandonar completamente a Antiga Aliança. Tudo, desde o Judaísmo é para ser descartado, e eles estão a comprometer-se inteiramente a Jesus Cristo na Nova Aliança. As formas e rituais e cerimônias e práticas devem ser deixados para trás. Mas, como o escritor diz muito claramente aqui e diz ainda mais claramente no capítulo 11-a essência, a substância, mesmo da Antiga Aliança era a fé, na medida em que parte do homem estava em causa. Em nenhum momento se as formas e cerimônias a coisa mais importante. A fé sempre foi primordial.
    Provavelmente o exemplo mais marcante, com certeza a partir do Antigo Testamento, de confiar em Deus é Abraão . Ele, de fato, é chamado de "o pai de todos os que crêem" (Rm 4:11; conforme Gl 3:7). Abraão, de fato, não só foi o pai da fé judaica, mas de todos, judeus ou gentios, que é fiel.

    Que tipo de fé que Abraão tem? Por que era tão importante, tão exemplar, que ele seria chamado de pai dos fiéis?

    Abraão, cujo nome original era Abrão, foi levantado um pagão. Ele era um descendente de Sem, um dos três filhos de Noé; mas, aparentemente, por muitas gerações, sua família tinha adorado deuses falsos. Ele cresceu em Ur, uma antiga cidade caldeu da Mesopotâmia. Por suas próprias razões, Deus falou a Abrão e ordenou-lhe primeiro a ir para a Haran e depois para Canaã. "Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia" (He 11:8). Embora Abraão não tinha filhos, e sua esposa Sara era estéril, Deus também prometeu a Abraão que seus descendentes seriam numerosos demais para contar. Durante anos depois de entrar em Canaã, porém, Abraão não teve filhos.

    Depois de Isaque, o filho prometido, finalmente nasceu e tornou-se um adolescente, Deus ordenou a Abraão que sacrificasse este único filho. Sem ter idéia de motivos do Senhor ou do que iria acontecer, Abraão obedeceu. Ele obedeceu, porque ele creu em Deus. Se Deus não tivesse milagrosamente interveio e forneceu um sacrifício substituto, Abraão teria matado Isaque no Monte Moriah.
    No entanto, a fé de Abraão não era cego. Ele não podia ver as conseqüências de sua obediência, mas ele podia ver o caráter de Deus. Abraão tinha segurança de borda dourada. Por algumas razões muito óbvias e poderosas, ele podia confiar em Deus. Quando o Senhor faz uma promessa, Ele põe Sua integridade na linha. Cada promessa de Deus é garantido por Seu caráter.

    Integridade e fidelidade de Deus é o verdadeiro tema de 13 58:6-20'>Hebreus 6:13-20. Abraão é simplesmente um exemplo de quem confia sua integridade e fidelidade, que por si só fazer a nossa confiança de qualquer valor. Podemos confiar nossas vidas a Deus? Podemos tomá-Lo em Sua palavra? Ele pode nos impedir de cair? Ele pode terminar o trabalho que começou em nós? Ele vai perder poder sobre nós, ou perdem o interesse em nós, em algum momento ao longo da linha? Em suma, existe realmente a salvação e segurança com Deus? Abraão acreditava que havia.

    Esta passagem em Hebreus nos dá quatro razões para confiar em Deus: sua pessoa, sua Proposito, sua promessa, e seu sacerdote.

    Sua Pessoa

    Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não podia jurar por ninguém maior, jurou por si mesmo, dizendo: "Eu certamente irá te abençoe, e eu certamente irá multiplicar-vos." E assim, tendo esperou pacientemente, alcançou a promessa. (6: 13-15)

    Ninguém no universo é maior que Deus. E a razão pela qual Ele não pode mentir é que Ele inventou verdade. Ele é a verdade. Por definição, o que quer que ele diz é verdade. Pela própria natureza da sua pessoa, Ele não pode mentir. Ele não tem capacidade de mentir. Suas promessas são, então, em primeiro lugar garantido por sua pessoa. Tudo o que faz tem que estar certo e tudo o que Ele diz que tem que ser verdade. Se Deus faz uma promessa, portanto, ele não só irá mantê-lo, ele deve mantê-lo.

    Os leitores hebreus que reconheceram a verdade do evangelho, que tinha visto milagres realizados pelos apóstolos, ainda estavam com medo de deixar de ir judaísmo. Eles estavam com medo de lançar-se completamente sobre o Messias por medo de que ele pode não ser capaz de salvá-los, de que algo estaria mal. E assim o Espírito Santo incentiva-los, assegura-lhes que eles podem confiar em Deus para fazer exatamente o que Ele diz.

    Na abertura de sua carta a Tito, Paulo lembra seu jovem amigo de "a esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu longos séculos atrás" (Tt 1:2). Deus nunca se desvia da sua vontade ou de suas promessas. Ele não pode .

    Uma vez que, portanto, Deus prometeu que todos os que vêm a Ele através do Seu Filho será salvo, é impossível para qualquer um que confia em Cristo para não ser salvo ou perder a salvação, uma vez que é atingido. Deus promete mais uma vez que se os homens vierem a Jesus Cristo saberão salvação. "Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" (Jo 1:12).

    Tão certo como Deus cumpriu a promessa de Abraão, Ele vai cumprir a Sua promessa para aqueles que confiam em Seu Filho. Sua promessa básica para Abraão era eu certamente te abençoe, e eu certamente irá multiplicar-vos (Gn 22:17). A questão legítima, então, é assim que Deus manteve esta promessa feita a Abraão?

    Mais de quatorze milhões de descendentes físicos de Abraão ainda estão no mundo de hoje. Não só isso, mas muitos mais milhões em todo o mundo são descendentes espirituais de Abraão. Deus realmente cumpriu a promessa de Abraão.
    Deus nunca falhou, e ele nunca será. Abraão era seguro por causa da pessoa de Deus, que não pode mentir. Ele não pode voltar atrás em suas promessas. Podemos confiar em Deus porque Ele não tem capacidade para decepção ou fracasso em sua natureza. "O SENHOR é aquele que vai adiante de ti; Ele estará com você Ele não te deixará, nem te desampararei Não tenha medo, nem vos assusteis.. "(Dt 31:8). E todos os judeus são a partir de Abraão.

    Deus escolheu Abraão. Deus predeterminou a vida de Abraão. Deus coloca seu amor sobre Abraão para ser aquele através do qual o canal seria cortado. Era uma questão de escolha divina. Abraão foi honrado por Deus por causa de sua fé e ele foi salvo por causa de sua fé, mas ele não foi escolhido por causa de sua fé. Abraão não foi escolhido por causa de qualquer mérito ou qualidade ou virtude. Ele foi escolhido puramente fora da vontade soberana de Deus. "O SENHOR não tomou prazer em vós nem vos escolheu porque você era mais numerosos do que qualquer um dos povos, pois você era o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR te amei e manteve o juramento que fez aos seus antepassados "(Deut. 7: 7-8).

    Quando o Senhor fez a aliança real com Abraão, ele teve Abraão cortar alguns animais especificados na metade e coloque as metades opostas entre si. Depois de Abraão caiu em um sono profundo, o Senhor falou com ele sobre sua promessa e, em seguida, sob a forma de um forno de fumo e uma tocha de fogo, passou entre as metades Ele mesmo (Gn 15). Normalmente, quando uma tal aliança foi feita ambos os partidos andaria entre as peças, para simbolizar as suas obrigações mútuas para cumprir as condições acordadas. Mas Abraão não teve nenhum papel na determinação das condições do presente convênio ou na cerimônia que selou. O fato de que somente Deus caminhou entre as peças significava que a responsabilidade total para o cumprimento do pacto era dele. Abraão não era parte no pacto, apenas uma testemunha disso e um veículo para o seu cumprimento. A aliança com Abraão foi no sentido de que, humanamente falando, ele girava em torno dele. Mas as suas condições e obrigações fossem de Deus sozinho. A aliança foi feita entre Deus e si mesmo.

    O ponto deste para 13 58:6-20'>Hebreus 6:13-20 é que a promessa de Deus não dependia de fidelidade de ninguém, mas a Sua própria. Abraão, seus descendentes, e todo o mundo através deles seriam abençoados . Deus devia Ele mesmo o cumprimento de seu plano.

    Propósitos para Israel

    Quais foram os escolhidos de Deus destinado a ser? O que eles estavam suposto fazer-por Ele e por Ele, para ajudar cumprir o Seu propósito de resgatar um mundo perdido? Eles deveriam fazer muitas coisas. Mas esta nação, este corte de canal através do deslizamento de terra de pecado que bloqueou a comunhão do homem com Deus, este canal através do qual Deus iria enviar Suas bênçãos fluindo, recebeu sete propósitos básicos.

    Para proclamar o Deus Verdadeiro . Seu trabalho, no meio da idolatria e politeísmo e polydemonism e animismo e todos os outros a impiedade, em primeiro lugar foi para proclamar o verdadeiro Deus. "O povo que formei para mim, irá declarar o meu louvor" (Is 43:21).

    Para revelar o Messias . Eles foram para revelar o Messias, o Ungido, que seria o grande salvador do mundo. Ele estava para vir através deles, e eles estavam a ser um testemunho de sua vinda. Tão certo quanto os profetas e salmistas eram para proclamar a Sua vinda, por isso, foi toda a nação (ver Sl 110; Isaías 42; 49-57; Zc 6:12... - 13; etc.).

    To Be Sacerdocio-Nação de Deus . Como a aliança mosaica estava sendo dado a ela no Sinai, Israel foi dito por Deus: "Vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa" (Ex 19:6, Rm 11:31). Aqueles que afirmam que todas as promessas não cumpridas para Israel são cumpridas na igreja impugnar a Palavra de Deus e da Sua fidelidade. Ela foi, ainda é, e ainda será uma ilustração viva de Sua fidelidade.

    Para mostrar a bem-aventurança de servir a Deus. "Bem-aventurado é o povo cujo Deus é o SENHOR "(Sl 144:15).

    Israel foi estratégica no propósito de Deus. Ele não tem que escolher-la, mas, uma vez que ela tinha sido escolhida, Ele teve de usá-la para cumprir a Proposito para a qual ela foi escolhida. Ele não conseguia parar de usá-la sem violar sua promessa incondicional a Abraão, o que seria impossível, porque era contrária à sua natureza. Tão certo como sua promessa de Abraão, portanto, é a Sua promessa para aqueles que depositam sua confiança em seu Filho.

    A promessa feita a Abraão ea promessa para todos os que confiam em Cristo são tão seguros como o próprio Deus. "Com certeza, assim como eu ter tido a intenção por isso que aconteceu, e assim como eu planejei para que ele vai ficar" (Is 14:24). "O conselho do SENHORpermanece para sempre "(Sl 33:11).

    Como crentes, estamos seguros em Cristo, porque Deus propôs antes que o mundo começou a nos conformar à imagem de Seu Filho, e se Ele falhou na promessa de que Ele iria falhar em seu propósito eterno. A promessa de Deus para aqueles que crêem em Cristo é, de fato, uma extensão de Sua promessa feita a Abraão. "Eles não são todos os israelitas que são descendentes de Israel; ... Ou seja, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência" (Rm 9:6).

    "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante Ele "(Ef. 1: 3-4).Nada é dito sobre nossa parte-nosso trabalho, a nossa fidelidade, o nosso nada. Este é o lado soberana do plano de Deus e está só a base da nossa segurança. Deus propôs a nos amar e se propôs a nos conformar a Cristo e nada pode violar isso. "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, para que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou "(Rm. 8: 29-30). A promessa é tão certo que Paulo coloca no tempo, mesmo passado para os crentes futuros.

    Sua Pledge

    Uma vez que Ele podia jurar por ninguém maior, jurou por si mesmo, ... Para os homens juram por alguém maior do que eles, e com eles um juramento dado como confirmação é um final de cada disputa. Da mesma maneira que Deus, querendo ainda mais para mostrar aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento. (6: 13b, 16-17)

    A terceira segurança Deus dá, mencionado pela primeira vez no final do versículo 13, é a Sua promessa. Era comum na época do Novo Testamento para uma pessoa para fazer um juramento sobre algo ou alguém maior que ele mesmo, como o altar, ou o sumo sacerdote, ou até mesmo Deus. Uma vez que tal juramento foi feito, o argumento foi mais; a disputa foi encerrada. Supunha-se que ninguém iria fazer tal juramento, a menos que ele estava totalmente determinado a mantê-lo.

    Deus, é claro, não tinha necessidade de fazer um juramento. Sua palavra é tão bom sem juramento-como o nosso deveria ser (Mat. 5: 33-37). Mas, para acomodar a fé fraco dos homens, Deus jurou Sua promessa em si mesmo. Desde sua promessa já era inquebrável, Sua promessa não fez sua promessa mais seguro. Mas Ele, no entanto, deu-lhe, como mais uma garantia para aqueles que são lentos para crer. A palavra de Deus pura é garantia suficiente, mas Deus deu um juramento só para mostrar que Ele quis dizer o que disse.

    Eu acredito que o penhor de juramento de Deus é o Espírito Santo. Três vezes Paulo se refere ao Espírito Santo como promessa de Deus para os crentes (2Co 1:22; 2Co 5:5.). No grego moderno, o mesmo texto básico usado por Paulo ( arrabōn , "penhor") significa anel de noivado, o penhor da união. Como se sua promessa nua não eram mais do que suficiente, Deus faz um juramento em si mesmo e nos dá a presença do Espírito Santo como uma promessa, um penhor, no juramento.

    Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos forte encorajamento, nós, os que nos refugiamos em lançar mão da esperança diante de nós. (6:18)

    As duas coisas imutáveis ​​são a promessa de Deus e Sua promessa, sua promessa e seu juramento. Eles são imutáveis, sem qualquer possibilidade de mudança ou variação. O termo ( ametathetos ) foi usado em relação à vontade. Uma vez feito corretamente, a vontade eraametathetos , imutáveis ​​por ninguém, mas a fabricante. Deus declarou Sua promessa e Sua promessa de ser ametathetos , até por ele mesmo. Eles não podem ser girado ao redor ou alterado. "Você é segura," ele diz. "Vinde a Cristo, não há nada a temer Eu vou te abraçar;. Eu nunca vou deixar você ir." Nossa segurança não está em nosso go nunca deixando de Deus, mas em Sua go nunca deixando de nós.

    Na Septuaginta, a palavra grega traduzida aqui "refúgio" é usado para as cidades de refúgio Deus providenciou para aqueles que buscavam proteção contra vingadores para uma morte acidental (veja Nm 35;.. Dt 19;. Josh 20). Nunca saberemos se Deus pode nos segurar até que em desespero corremos para Ele em busca de refúgio.

    A esperança que nos é próprio Jesus, e o evangelho que ele trouxe. Paulo fala de seu Salvador como "Cristo Jesus, que é a nossa esperança" (1 Tim. 1: 1). Em Colossenses ele fala do evangelho como a nossa esperança (1: 5).

    Seu Sacerdocio

    Temos esta esperança como âncora da alma, uma esperança segura e firme e que penetra além do véu, onde Jesus entrou como um precursor para nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. (6: 19-20)

    Deus deu a Abraão a segurança de sua pessoa, sua Proposito, e Sua promessa. Todos estes Ele também dá a nós, que cremos em Cristo. Mas Ele nos dá ainda uma outra, seu sacerdote. Como nosso Sumo Sacerdote, Jesus serve como a âncora de nossa alma, Aquele que sempre nos impede de se afastando de Deus.
    Entrada de Jesus dentro do véu significa Sua entrar no Santo dos Santos, onde o sacrifício de expiação foi feita. Sob a Velha Aliança foi feito anualmente pelo sumo sacerdote. Sob a Nova é foi feita uma vez por todas pelo sacrifício de Cristo na cruz. Nossa alma ancorada é, na mente de Deus, já seguro dentro do véu, seguro dentro Seu santuário eterno. Quando Jesus entrou no Santo dos Santos celestial, ele não deixou após o sacrifício como fizeram os sacerdotes Aarônico, mas "Ele sentou-se à direita da Majestade nas alturas" (Heb. 1: 3). Em outras palavras, Jesus permanece lá para sempre como guardião de nossas almas. Tal segurança absoluta é quase incompreensível. Não são apenas as nossas almas ancoradas dentro da inexpugnável, santuário celeste inviolável, mas nosso Salvador, Jesus Cristo, monta guarda sobre eles também! Como pode a segurança do cristão ser descrito como qualquer coisa, mas eterna? Verdadeiramente podemos confiar em Deus e Seu Salvador, o Senhor Jesus Cristo, com nossas almas. Esse é um bom motivo para vir todo o caminho para a salvação e para desfrutar de sua segurança.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Hebreus Capítulo 6 do versículo 1 até o 20

    Hebreus 6

    A necessidade de progredir - He 6:1-3 Crucificando de novo a Cristo — He 6:4-8 O aspecto mais luminoso — He 6:9-12

    A esperança segura - He 6:13-20

    A NECESSIDADE DE PROGREDIR

    Hebreus 6:1-3

    O autor de Hebreus estava muito seguro da necessidade do progresso na fé cristã. Nenhum mestre chegaria a nenhuma parte se cada

    vez que começa a ensinar tivesse que começar de novo com as verdades básicas da ensino. O progresso seria impossível se cada vez tivéssemos que começar de novo pelos primeiros princípios. O autor de Hebreus diz

    que seus fiéis devem progredir no que ele chama teleiotes. Esta palavra foi traduzida por perfeição mas em grego teleios — que é o adjetivo — e suas palavras derivadas têm um significado técnico especial. Pitágoras

    dividia a seus estudantes em joi manthanontes os aprendizes — e joi teleíoi — os amadurecidos —. Filo classificava a seus estudantes em três classes diferentes: Joi arcomenoi, os principiantes; joi prokoptontes, os que estão progredindo; joi teleiomenoi, os que começam a obter a

    maturidade. Teleiotes não implica um conhecimento e uma perfeição completos, mas sim certa maturidade na fé cristã.

    O que é o que o autor de Hebreus quer expressar com esta

    maturidade? Quer dizer duas coisas.

    1. Refere-se a algo que tem que ver com a mente. Quer dizer que à medida que a pessoa cresce em idade deveria pensar cada vez mais por si

    mesmo. Por exemplo, deveria ser capaz de expressar melhor quem crê que é Jesus. Deveria ter um entendimento mais profundo não só dos atos, mas também do significado da fé cristã.

    1. Significa algo que se refere à vida. Enquanto um homem cresce deveria ir refletindo cada vez mais a Cristo. Durante todo o tempo deveria ir-se libertando das antigas faltas e conquistando novas virtudes.

    Enquanto a vida cresce deve progredir em amor, fortaleza e delicadeza. Diariamente deve irromper na vida uma serenidade e uma nobreza novas.

    Na vida cristã não pode a pessoa deter-se. Conta-se que Cromwell

    em sua Bíblia de bolso tinha uma máxima escrita em latim: qui cessat

    esse melior cessat esse bonus, aquele que cessa de ser melhor cessa de ser bom.

    Quais são, pois, as verdades elementares da vida cristã? Esta passagem é interessante porque nos capacita a ver o que a Igreja

    primitiva considerava o que nós chamaríamos cristianismo básico.

    1. O arrependimento das obras mortas. A vida cristã começa com o arrependimento; e o arrependimento (metanoia) é literalmente uma mudança de mente. O cristão começa com uma nova atitude para com

    Deus, os homens, a vida e o eu. É um arrependimento das obras mortas. O que é o que o autor de Hebreus quer dar a entender com esta frase estranha? Há muitas coisas que podem entender-se cada uma das quais é

    importante e sugestiva.

    1. As obras mortas podem ser as ações que conduzem a morte: as ações mortíferas; as ações imorais, egoístas, ímpias, desafeiçoadas e

    sujas que conduzem à morte.

    1. Podem ser as ações que mancham. Para o judeu tocar o corpo morto era a maior impureza; ao agir assim ficava impuro e incapacitado

    para o culto divino até haver-se purificado. Obras mortas podem ser as obras que mancham um homem e o separam de Deus.

    1. Podem ser as obras que não têm relação com o caráter. Para o

    judeu a vida era ritual: se fazia as devidas coisas externas e a seu devido tempo, e se oferecia corretamente os sacrifícios de animais, era um homem bom. Mas nada disto tinha efeito algum sobre o caráter e a própria pessoa. Pode ser que o autor de Hebreus queira dizer que o cristão quebrou os rituais sem significado e os convencionalismos da vida para entregar-se totalmente ao que fortalece seu caráter e desenvolve sua alma.

    1. A fé que tem posto o olhar em Deus. O essencial na vida cristã é olhar a Deus e não aos homens em busca de aprovação; determinar a ações não pelo veredicto dos homens mas pelo veredicto de Deus; não buscar a salvação em seus próprios logros, mas sim a graça de Deus. O

    cristão olha a Deus e só a Deus como guia de sua vida e salvador de sua alma.

    1. A doutrina de batismos. O cristão deve experimentar o que realmente significa o batismo. O primeiro livro de instrução cristã para

    os que iam ingressar na 1greja e o primeiro manual de culto é a pequena obra chamada Didaquê, A Doutrina dos Doze Apóstolos que se escreveu cerca do ano 100 de nossa era. Aqui se estabelecem as regras para o batismo cristão. Agora, deve-se lembrar que naquele tempo ainda não

    se praticava o batismo de crianças. Os homens provinham diretamente do paganismo e o batismo significava a recepção na 1greja e a profissão de fé. A Didaquê começa com seis breves capítulos sobre a fé e a vida

    cristã. Começa propondo ao candidato ao batismo o que tem que crer e como tem que viver. Logo no capítulo sete segue neste teor:

    "Com relação ao batismo, batizado desta maneira. Quando tiverem instruído o candidato em todas estas coisas batizem no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo com água corrente. Se não tiverem água corrente batizem com qualquer outro tipo de água. Se não puderem batizar com água fria façam com água quente. Se não tiverem nenhuma destas águas derramem água três vezes sobre a cabeça do candidato no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Antes do batismo, tanto aquele que batiza como aquele que é batizado jejuem; também todos outros que possam fazê— lo. Devem ordenar que aquele que se deve batizar jejue dois ou três dias antes da cerimônia."

    Este texto é interessante. Mostra que o batismo na 1greja primitiva era, no possível, por imersão total. Mostra que a pessoa batizada era submersa ou aspergida três vezes com água em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Mostra que o batismo era um batismo de instrução porque a fé e a vida cristãs tinham que repassar-se antes do sacramento do batismo. Mostra que o candidato ao batismo não só tem que preparar sua mente, mas também seu espírito porque jejuará previamente em preparação. Nos tempos primitivos ninguém se infiltrava na 1greja sem

    saber o que estava fazendo. Assim, pois, o autor de Hebreus diz: "No momento de seu batismo vocês foram instruídos nos fundamentos da fé cristã. Não há nenhuma necessidade de retroceder a tudo isto. Vocês devem construir uma fé plena sobre a base do que vocês já aprenderam".

    1. A imposição das mãos. Na prática judia a imposição das mãos tinha três significados.
      1. Significava a transferência de culpa. Aquele que sacrificava impunha suas mãos sobre a cabeça da vítima para simbolizar o fato de

    que transferia sua culpa ao animal que ia ser sacrificado.

    1. Significava a transferência de bênçãos. Quando um pai abençoava a seu filho impunha as mãos sobre a cabeça como objeto

    dessa bênção.

    1. Era o sinal de colocar à parte para uma acusação especial. Um homem era ordenado para uma função mediante a imposição das mãos.

    Na Igreja primitiva a imposição das mãos acompanhava sempre ao batismo e era o modo pelo qual o Espírito Santo se comunicava à pessoa recém batizada (At 8:17; At 19:6). Isto não se tem que pensar de maneira

    material. Naqueles dias os apóstolos eram tidos em toda reverência pelo fato de ter sido realmente os amigos de Jesus em sua passagem por esta Terra. Era algo emocionante ser tocado por um homem que

    verdadeiramente tinha tocado a mão de Jesus. O efeito da imposição de mãos depende não do cargo do homem que impõe as mãos mas sim de seu caráter e sua proximidade a Cristo.

    1. A ressurreição dos mortos. A princípio o cristianismo foi uma

    religião de imortalidade: brindava ao homem dois mundos em que viver; ensinava-lhe que o melhor estava no futuro e que por esta razão devia fazer deste mundo uma escola de preparação para a eternidade.

    1. A sentença que perdura por toda a eternidade. O cristianismo foi desde o princípio uma religião de juízo. Nenhum cristão tinha permissão de esquecer que no final deveria enfrentar-se face a face com

    Deus e que o que Deus pensava dele era imensamente mais importante

    que o que pensassem os homens. Em sua vida devia buscar sempre agradar, não aos homens, mas sim a Deus.

    CRUCIFICANDO DE NOVO A CRISTO

    Hebreus 6:4-8

    Esta é uma das passagens mais tremendas da Escritura. Começa com uma espécie de preparada de privilégios da vida cristã. O cristão foi

    iluminado. A idéia da iluminação é favorita do Novo Testamento. Sem dúvida se remonta à figura de Jesus como luz do mundo e a luz que ilumina a todo homem que vem a este mundo (Jo 1:9; Jo 9:5). Como

    dizia Bilney o mártir: “Quando ouvi as palavras ‘Jesus Cristo veio ao mundo para salvar aos pecadores’, foi como se de repente o dia tivesse irrompido em meio de uma noite tenebrosa”.

    A luz do conhecimento, a luz da alegria e a luz que guia irrompe

    num homem que está com Cristo. O cristianismo chegou a estar tão vinculado com a idéia da iluminação, que a palavra iluminação (fotismos) converteu-se em sinônimo de batismo e o verbo ser iluminado (fotizesthai) sinônimo de ser batizado. Esta é a maneira como muitos leram aqui o termo; por isso interpretaram esta passagem no sentido de que não há possibilidade de perdão dos pecados cometidos depois do batismo. E ocorreram épocas e lugares na 1greja em que o batismo era posposto até o momento da morte, para mais segurança. Exporemos esta idéia mais adiante.

    O cristão gostou do dom celestial. Somente em Cristo o homem pode estar em paz com Deus. O perdão não é algo que possa ganhar ou merecer, é um dom gratuito. Somente quando sobe à cruz deixa cair o peso de sua carga. O cristão é um homem que conhece o incomensurável alívio de experimentar o dom gratuito do perdão de Deus. Algo foi feito em seu favor, que ele jamais teria podido realizar por si mesmo.

    O cristão participa do Espírito Santo: é um homem que tem em sua vida uma nova diretiva, um novo poder e uma nova presença.

    Descobriu a presença de um poder que pode tanto lhe dizer o que deve fazer como capacitá-lo para que o realize; achou que a promessa do Espírito Santo se cumpriu.

    O cristão provou a boa palavra de Deus. Esta é outra maneira de dizer que descobriu a verdade. É característico que os homens sigam

    instintivamente a verdade como os cegos anseiam a luz; é parte da tristeza e do privilégio da condição humana que não nos demos por satisfeitos até termos compreendido o significado da vida. Na palavra de

    Deus encontramos a verdade e o sentido da vida.

    O cristão é um homem que provou os poderes do século vindouro. Tanto o judeu como o cristão dividiam o tempo em duas eras: a presente

    (jo nyn sion) que se considerava inteiramente má e inundada no pecado, e a futura (jo mellón aion) que se considerava absolutamente boa e toda de Deus. Algum dia Deus irromperia e interviria; então viria a

    desoladora destruição e o juízo terrível do dia do Senhor; então terminaria a era presente e começaria a futura. Mas o cristão é um homem que aqui e agora prova as alegrias, as bênçãos, a paz e o poder da

    era que é de Deus. Até estando no tempo prova de antemão a eternidade.

    Assim, pois, o autor de Hebreus expõe o luminoso catálogo das bênçãos cristãs; no fim do mesmo sua palavra soa como um lúgubre

    tangido de morte pelos que recaíram.

    O que quer dizer ao afirmar que é impossível para aqueles que recaíram ser renovados pelo arrependimento? Muitos pensadores tentaram encontrar saída na palavra impossível. Erasmo sustentava que a

    palavra impossível (adynaton) deve-se tomar no sentido de difícil; difícil quase até o ponto de ser impossível. Bengel sustentava que o que é impossível para o homem resulta possível para Deus e que devemos

    deixar aos que renegaram sacados à misericórdia do singular amor e a singular influência de Deus. Mas ao ler esta passagem lembremos uma coisa: foi escrito numa época de perseguição; e em tais circunstâncias a

    apostasia é o pecado supremo. Em toda época de perseguição o cristão pode salvar sua vida só negando a Cristo; mas cada pessoa que para

    salvar sua vida ou sua comodidade nega a Cristo, lança um duro golpe à Igreja porque antepõe sua vida e sua comodidade à sua religião. Para ele Jesus Cristo não é realmente o Senhor; significa que para ele há algo mais precioso. Este modo particular de expor as coisas surgiu sempre durante e depois das perseguições. Duzentos anos depois teve lugar a perseguição do imperador Diocleciano. Quando ao passar a tormenta sobreveio a paz, o único critério que alguns quiseram aplicar a cada membro sobrevivente da Igreja foi: "Negou a Cristo e salvou assim sua vida?". E se tinha negado a seu Senhor eles lhe fechavam as portas de uma vez para sempre.

    Kermit Eby conta de um eclesiástico francês que quando foi interrogado sobre o que tinha feito durante a Revolução Francesa,

    murmurou: "Sobrevivi". Esta é a condenação de um homem que amou mais a vida que a Cristo. Nunca teve o propósito de erigi-la numa

    doutrina ou uma teologia em que não haja perdão para o pecado cometido depois do batismo. Quem é um homem para dizer que outro está fora do perdão de Deus? A intenção é mostrar a seriedade terrível de

    escolher a existência em vez de escolher Cristo.

    O autor de Hebreus continua dizendo algo tremendo. Diz que os que recaíram, aqueles que negaram a Cristo, crucificam de novo a

    Cristo. Este é o argumento da grande lenda Quo vadis que nos narra como na perseguição de Nero Pedro se sentiu encurralado em Roma e perdeu o ânimo. Por isso fugiu para salvar sua vida. Partia descendo a via Appia completamente desanimado, quando de repente uma figura se

    interpôs em seu caminho. Pedro levantou a vista. Era o próprio Jesus. "Domine", disse Pedro, “quo vadis”, "Senhor, aonde vais?" Em seguida ouviu a resposta: "Pedro, volto para Roma para ser novamente

    crucificado; esta vez em teu lugar". Pedro se envergonhou até o heroísmo de dar meia volta, e retornar a Roma para morrer como mártir.

    Mais tarde na história de Roma houve um imperador que tentou

    fazer retroceder o relógio. Seu nome era Juliano. Quis destruir o cristianismo para voltar para as antigas crenças e aos antigos deuses. Seu

    intento terminou fracassado. Ibsen o faz dizer: "Onde está ele agora? Esteve agindo em outra parte depois que isso teve lugar no Gólgota?... Onde está ele agora? E o que dizer se o Gólgota, perto de Jerusalém, não foi senão algo feito à beira do caminho e de passada? E o que dizer se continuar e continuar, sofrer e morrer e vencer várias vezes, de mundo em mundo?"

    Há aqui uma verdade certa. No fundo do pensamento de Hebreus encontra-se uma das concepções mais tremendas de todo o pensamento

    cristão. Ele via a cruz como um acontecimento que abriu uma janela no coração de Deus: a cruz de Cristo mostrava num momento do tempo o que está acontecendo no ser de Deus por toda a eternidade; mostrava

    num momento do tempo o amor do coração de Deus que sofre para sempre jamais. A cruz dizia aos homens: "Assim é como os amei sempre e sempre os amarei. Isto é o que seus pecados me fizeram, fazem-me e

    me farão sempre. Este é o único caminho pelo qual poderei jamais redimir os homens. Os pecados dos homens sempre me fizeram isto e me continuarão fazendo isso até que deixem de pecar".

    Aqui há algo tremendo. No coração de Deus existe para sempre jamais, enquanto houver pecado, esta agonia do sofrimento e do amor que redime. Quando pecamos crucificamos de novo a Cristo. O pecado

    não só quebranta a Lei de Deus, mas também quebranta continuamente seu coração. É verdade que quando nos apartamos e quando pecamos, crucificamos de novo a Cristo.

    Além disso o autor de Hebreus diz que quando renegamos

    ridicularizamos a Cristo e o expomos ao vitupério. Como se explica isto? Quando pecamos o mundo dirá: "Pois bem, essa é toda a utilidade do cristianismo; isso é tudo o que Cristo pode fazer; isso é tudo o que já obteve a cruz". É um mal imenso quando um membro da Igreja cai num pecado que o envergonha e desacredita a sua Igreja; mas, o que é pior, faz recair sobre Cristo a recriminação, o escárnio e a zombaria dos homens. Envergonha a seu Senhor e faz com que os homens riam da cruz.

    Devemos notar uma última coisa. Assinalou-se que na Carta aos Hebreus há quatro coisas impossíveis. A impossibilidade referida nesta passagem. As outras três impossibilidades são: (1) é impossível que Deus minta (He 6:18); (2) é impossível que o sangue de ovelhas e bodes expie o pecado (He 10:4); (3) sem fé é impossível agradar a Deus (He 11:6).

    O ASPECTO MAIS LUMINOSO

    Hebreus 6:9-12

    Aqui há uma coisa que ressalta. Esta é a única passagem em toda a Carta em que o autor de Hebreus dirige-se a seus leitores como amados.

    Precisamente depois da passagem mais séria de todas é quando o autor usa este apelativo de amor. É como se lhes dissesse: "Se eu não amasse vocês tão não falaria com tanta severidade". Crisóstomo parafraseava o pensamento desta maneira: "É melhor que os assiste com palavras do

    que tenham que lamentar os fatos". Diz a verdade, mas por severa que esta possa ser, fala com amor.

    Além sua mesma forma de falar mostra quão individual é seu amor.

    "Esperamos", diz, "que cada um de vós mostre a mesma solicitude até o fim, para plena certeza da esperança". Não pensa neles como uma multidão, mas sim como homens e mulheres individuais a quem conhece e ama.

    O Dr. Paul Tournier tem em seu livro A Doctor's Casebook um parágrafo sobre o que ele chama o personalismo da Bíblia.

    “Deus diz a Moisés ‘Conheço teu nome’ (Ex 33:17). Diz ao Ciro ‘Eu sou o Senhor que te chamei por teu nome’ (Is 45:3). Estes textos expressam a essência do personalismo bíblico. Ao ler a Bíblia a pessoa fica assombrada pela importância que nela têm os nomes pessoais. Há capítulos inteiros que estão consagrados a longas genealogias. Quando era jovem costumava pensar que as seria melhor que as genealogias pudessem ter

    sido excluídas do cânon bíblico. Mas desde então me dei conta de que

    essas series de nomes próprios são o testemunho de que, na perspectiva bíblica, o homem não é nem uma coisa, nem uma abstração, nem uma

    espécie, nem uma idéia; que não é uma fração da massa, como o vêem os marxistas, mas sim uma pessoa".

    Quando o autor de Hebreus escrevia com severidade não repreendia a uma Igreja; suspirava por homens e mulheres individuais, porque isto é justamente o que Deus mesmo faz. Nesta passagem há implícitas duas coisas interessantes.

    1. Daqui aprendemos que mesmo quando as pessoas às quais escreve tinham fracassado em seu crescimento na fé cristã e no conhecimento e mesmo quando tinham deixado de lado o primeiro

    entusiasmo e o primeiro amor, jamais tinham abdicado de seu serviço e ajuda prática a outros cristãos. Tinham sido ativos e permanecem ainda ativos no serviço do povo consagrado a Deus. Aqui há uma grande

    verdade prática. Alguma vez na vida cristã chegamos a épocas que são áridas. Algumas vezes os cultos da Igreja não nos dizem nada. Algumas vezes o ensino que recebemos na escola dominical ou os cânticos que

    entoamos no coro ou o serviço que prestamos numa junta ou comissão ou comitê se torna um esforço carente de alegria. Em tais momentos podemos fazer duas coisas. Podemos deixar de assistir e abandonar nossa

    obra. Se agirmos assim estamos perdidos. Podemos continuar com muito empenho com eles, e o estranho é que se o fizermos, a luz e o romance e a alegria certamente retornarão. Nos momentos áridos o melhor é continuar os hábitos e a rotina da vida cristã e da Igreja. Agindo assim

    podemos estar seguros de que o Sol brilhará de novo.

    1. Diz a seus leitores que imitem àqueles que pela fé e paciência herdam a promessa. Em outras palavras, diz-lhes: "Vocês não são os

    primeiros em lançar-se às glórias e aos perigos da fé cristã; outros desafiaram perigos e suportaram tribulações antes de vocês e triunfaram." Diz-lhes que continuem lembrando que outros passaram por

    suas batalhas e ganharam suas vitórias; que outros ousadamente empreenderam a viagem e chegaram salvos a porto. O cristão não pisa

    em um caminho não pisado; põe seu pé sobre os rastros que os santos deixaram.

    A ESPERANÇA SEGURA

    13 58:6-20'>Hebreus13 58:6-20'> 13 58:6-20'>6:13-20

    Deus fez a Abraão mais de uma promessa. Gn 12:7 nos narra a promessa que fez quando o chamou do Ur e lhe deu o mandato de ir à

    desconhecida terra prometida. Gênesis 17:5-6 é a promessa de muitos descendentes que seriam benditos nele. Gn 18:18 é a repetição desta promessa. Mas a promessa que Deus jurou observar está em Gênesis 22:

    16-18. O sentido real desta primeira sentença é: "Deus fez muitas promessas a Abraão e no final fez realmente uma promessa que confirmou

    com

    um juramento". Esta era uma promessa, por dizê-lo assim duplamente obrigatória. A palavra de Deus por si só já faz com que uma coisa seja segura. Mas de fato foi confirmada por um juramento; Deus se

    fez sua própria testemunha e fiadora e por isso deu uma dupla segurança. Tratava-se de uma promessa imutável em duplo sentido.

    Agora, esta promessa consistia em que todos os descendentes de Abraão seriam benditos. Esta promessa tinha como destinatária a Igreja

    cristã porque esta é o verdadeiro Israel e a verdadeira semente de Abraão. A bênção se fez efetiva em Jesus Cristo. É verdade que Abraão teve que exercitar sua paciência antes de viver o cumprimento da

    promessa; só vinte e cinco anos depois que deixou Ur, nasceu Isaque seu filho. Abraão era velho e Sara era estéril. A emigração tinha sido muito longa. Mas Abraão jamais flutuou em sua esperança e sua confiança na

    promessa de Deus.

    No mundo antigo a âncora era o símbolo da esperança. Epicteto disse: "Uma nave nunca deveria depender de uma só âncora nem a vida

    de uma só esperança" e Pitágoras: "A riqueza é uma âncora fraca; a fama é ainda mais fraca. Quais são então as âncoras fortes? A sabedoria, a magnanimidade e o valor são as âncoras que nenhuma tormenta pode

    comover" O autor de Hebreus insiste em que o cristão possui a maior esperança do inundo.

    Qual é essa esperança? Diz que é uma esperança que penetra no santuário além do véu. Qual é o alcance nesta comparação? No templo o

    lugar mais sagrado de todos era o lugar Santíssimo. O véu era a cortina que o separava. Mantinha-se que dentro do Santíssimo habitava a própria presença de Deus. Neste lugar só podia entrar um homem de todo o mundo: o sumo sacerdote, e uma só vez ao ano, no dia da Expiação. E

    até esse dia estava estabelecido que não devia atrasar-se porque era terrível e perigoso entrar perante a presença do Deus vivo. Agora, o que o autor diz é o seguinte: "Sob a antiga religião judia ninguém podia

    entrar perante a presença de Deus, mas sim o sumo sacerdote e só num dia do ano; mas agora Jesus Cristo abriu a cada homem e em todo tempo o caminho à presença de Deus. O caminho que estava fechado foi aberto:

    todos têm acesso à presença de Deus". O autor de Hebreus aplica a Jesus uma palavra muito expressiva. Diz que entrou perante a presença de Deus como nosso precursor (pródromos).

    O termo tem três significados progressivos. (1) Indica alguém que se apressa. (2) Significa pioneiro. (3) Significa explorador, membro do corpo de reconhecimento de um exército, o guarda de avançada que vai à

    vanguarda para assegurar que o corpo das tropas siga com segurança. Jesus partiu à presencia de Deus para que todos pudessem segui-lo com segurança. Esta presença oculta e obstruída durante tanto tempo está agora aberta a todos.

    Expressemo-lo da maneira mais simples em outra forma. Antes da vinda de Jesus, Deus era o estranho distante a quem só pouquíssimos podiam aproximar-se e isso com perigo de suas próprias vidas. Mas por

    causa do que Jesus foi e fez Deus permutou-se no amigo de cada um. Os homens tinham pensado que Deus lhes fechava a porta; agora pensam que a porta em direção à presencia de Deus está totalmente aberta ao

    mundo inteiro.


    Dicionário

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Farar

    verbo transitivo direto [Gíria] Farejar; procurar, buscar, encontrar ou apanhar alguma coisa; tentar encontrar alguém através do faro.
    Etimologia (origem da palavra farar). Faro + ar.

    Permitir

    verbo transitivo direto e bitransitivo Dar o poder para dizer ou fazer; dar o consentimento ou a liberdade para; consentir: o estabelecimento não permite animais; o pai permitiu-lhe o casamento.
    verbo transitivo direto Autorizar; dar autorização para: o juiz não permite atrasos.
    Possibilitar; tornar possível: seu esforço permitiu o sucesso.
    verbo pronominal Assumir a responsabilidade por; tomar a liberdade: hoje é dia de festa, vamos nos permitir!
    Etimologia (origem da palavra permitir). Do latim permittere.

    Permitir Dar licença ou liberdade (Gn 20:6); (Mt 8:21).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Hebreus 6: 3 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    IssoG5124 τοῦτοG5124 faremosG4160 ποιέωG4160 G5692, seG1437 ἐάνG1437 G4007 πέρG4007 DeusG2316 θεόςG2316 permitirG2010 ἐπιτρέπωG2010 G5725.
    Hebreus 6: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    68 d.C.
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G2010
    epitrépō
    ἐπιτρέπω
    passar para, transferir, comprometer, instruir
    (allow)
    Verbo - Imperativo aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Ativo - 2ª pessoa do singular
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular


    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    ἐπιτρέπω


    (G2010)
    epitrépō (ep-ee-trep'-o)

    2010 επιτρεπω epitrepo

    de 1909 e a raiz de 5157; v

    passar para, transferir, comprometer, instruir

    permitir, consentir, dar permissão


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911