Enciclopédia de Apocalipse 3:18-18

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ap 3: 18

Versão Versículo
ARA Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.
ARC Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas;
TB eu te aconselho que de mim compres ouro refinado no fogo, para te enriqueceres, vestes brancas, para te cobrires e para que a vergonha da tua nudez não seja manifesta e também colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.
BGB συμβουλεύω σοι ἀγοράσαι ⸂παρ’ ἐμοῦ χρυσίον⸃ πεπυρωμένον ἐκ πυρὸς ἵνα πλουτήσῃς, καὶ ἱμάτια λευκὰ ἵνα περιβάλῃ καὶ μὴ φανερωθῇ ἡ αἰσχύνη τῆς γυμνότητός σου, καὶ κολλούριον ⸀ἐγχρῖσαι τοὺς ὀφθαλμούς σου ἵνα βλέπῃς.
BKJ Aconselho-te comprar de mim ouro refinado no fogo, para que tu sejas rico; e vestes brancas, para que te vistas, e que a vergonha da tua nudez não apareça; e que unjas teus olhos com colírio, para que possas ver.
LTT Aconselho-te comprares de junto de Mim ouro tendo sido provado- refinado para- fora- do fogo, a fim de que sejas enriquecido; e vestes brancas, a fim de que te vistas e não seja feita manifesta a vergonha da tua nudez; e que com colírio untes os teus olhos, a fim de que vejas.
BJ2 Aconselho-te a comprar de mim[e] ouro purificado no fogo para que enriqueças, vestes brancas para que te cubras e não apareça a vergonha da tua nudez, e um colírio para que unjas teus olhos e possas enxergar.[f]
VULG Suadeo tibi emere a me aurum ignitum probatum, ut locuples fias, et vestimentis albis induaris, et non appareat confusio nuditatis tuæ, et collyrio inunge oculos tuos ut videas.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Apocalipse 3:18

Salmos 16:7 Louvarei ao Senhor que me aconselhou; até o meu coração me ensina de noite.
Salmos 32:8 Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos.
Salmos 73:24 Guiar-me-ás com o teu conselho e, depois, me receberás em glória.
Salmos 107:11 Como se rebelaram contra as palavras de Deus e desprezaram o conselho do Altíssimo,
Provérbios 1:25 antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão;
Provérbios 1:30 não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão.
Provérbios 19:20 Ouve o conselho e recebe a correção, para que sejas sábio nos teus últimos dias.
Provérbios 23:23 Compra a verdade e não a vendas; sim, a sabedoria, e a disciplina, e a prudência.
Eclesiastes 8:2 Eu digo: observa o mandamento do rei, e isso em consideração para com o juramento de Deus.
Isaías 47:3 A tua vergonha se descobrirá, e ver-se-á o teu opróbrio; tomarei vingança e não farei acepção de homem algum.
Isaías 55:1 Ó vós todos os que tendes sede, vinde às águas, e vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
Jeremias 13:26 Assim também eu descobrirei as tuas fraldas até ao teu rosto; e aparecerá a tua ignomínia.
Daniel 12:2 E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno.
Miquéias 1:11 Passa, ó moradora de Safir, com nudez vergonhosa; a moradora de Zaanã não saiu; o pranto de Bete-Ezel receberá de vós a sua morada.
Naum 3:5 Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos Exércitos, e te descobrirei na tua face, e às nações mostrarei a tua nudez e aos reinos, a tua vergonha.
Malaquias 3:3 E assentar-se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi e os afinará como ouro e como prata; então, ao Senhor trarão ofertas em justiça.
Mateus 13:44 Também o Reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem e compra aquele campo.
Mateus 25:9 Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós; ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós.
Lucas 12:21 Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.
João 9:6 Tendo dito isso, cuspiu na terra, e, com a saliva, fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego.
I Coríntios 3:12 E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha,
II Coríntios 5:3 se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus.
II Coríntios 8:9 porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis.
I Timóteo 6:18 que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente e sejam comunicáveis;
Tiago 2:5 Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?
I Pedro 1:7 para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo;
I João 2:20 E vós tendes a unção do Santo e sabeis tudo.
Apocalipse 2:9 Eu sei as tuas obras, e tribulação, e pobreza ( mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são, mas são a sinagoga de Satanás.
Apocalipse 3:4 Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso.
Apocalipse 3:17 Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu),
Apocalipse 7:13 E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram?
Apocalipse 16:15 (Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas.)
Apocalipse 19:8 E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A PROPAGAÇÃO DO CRISTIANISMO

33-337 d.C.
A PROPAGAÇÃO DO EVANGELHO
Em II Timóteo, sua última carta, Paulo observa acerca de seus colegas que Crescente to1 para a Galácia e Tito para a Dalmácia. A Galácia corresponde à região central da atual Turquia e, provavelmente, incluía as igrejas fundadas por Paulo nas imediações de Antioquia da Pisídia: Icônio, Listra e Derbe. A Dalmácia corresponde à atual Albânia e partes da Sérvia e Montenegro.
Fica evidente que os colegas de Paulo estavam dando continuidade à sua prática de pregar o evangelho onde Jesus ainda não era conhecido.
O Novo Testamento não revela onde vários dos apóstolos e outros líderes da igreja foram pregar evangelho. De acordo com tradições posteriores, o apóstolo João passou seus últimos anos em Efeso e o apóstolo Filipe, em Hierápolis (Pamukkale), na Turquia.
As tradições também associam os apóstolos Tomé e Bartolomeu à Índia, mas não se sabe ao certo a que região esse termo se refere, que era usado para qualquer terra próxima ao oceano Indico.
A Bíblia não relata de que maneira o cristianismo se espalhou por todo o Império Romano e além de suas fronteiras. Sem dúvida os 85:000 km de estradas imperiais e as rotas marítimas usadas pelos romanos facilitaram essa propagação. Os três exemplos a seguir ilustram aspectos diferentes da propagação do cristianismo:


PERSEGUIÇÃO E MARTÍRIO
Uma leitura superficial de Atos dos Apóstolos mostra que a igreja primitiva enfrentou períodos de perseguição. Pedro foi liberto da prisão por intervenção divina. Ao mesmo tempo, em 44 d.C., o apóstolo Tiago, filho de Zebedeu, foi morto por Herodes Agripa I. De acordo com tradições posteriores, André foi crucificado na Acaia (Grécia) e Pedro, em Roma. Nas cartas do Senhor ressurreto às sete igrejas em Apocalipse, cada uma dessas congregações é exortada a buscar a vitória. Algumas igrejas, como a de Esmirna, são advertidas acerca de uma perseguição específica e, de fato, grande parte do restante do livro de Apocalipse (não obstante sua interpretação) fala da igreja sob perseguição intensa. No final do livro a "Babilônia" semelhante à Roma em alguns aspectos, ma: provavelmente uma referência a sistema do mundo como um todo, cai e a nova jerusalém desce do céu, da parte de Deus. "Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima" (Ap 21:3b-40).
Essa esperança encheu os primeiros cristãos de coragem para enfrentar a morte. Ainda no período neotestamentário vários cristãos foram martirizados, mas essas ocorrências não se encontram registradas no texto bíblico. Em 64 d.C., quando grande parte de Roma foi destruída por incêndio, o imperador Nero culpou os cristãos. Realizou prisões em massa, e ordenou que suas vitimas tossem crucificadas, queimada: ou cobertas com peles de animas selvagens é despedaçadas por cães.° Outra perseguição irrompeu no governo do imperador Domiciano (81-96 .C.). A prisão de João na ilha de Patmos, durante a qual acredita-se que ele escreveu o livro de Apocalipse, ocorreu nesse período.
A perseguição aos cristãos continuou no governo dos imperadores romanos dos séculos 2 e III d.C. e pode ser esboçada pelo seguinte resumo extremamente sucinto:

O RECONHECIMENTO OFICIAL DO CRISTIANISMO

O reconhecimento oficial teve um papel importante na propagação do cristianismo. Abgar IX (179-216 .C.), monarca do reino de Edessa (atual cidade de Urfa, no sudeste a Turquia), se converteu ao cristianismo. Em 301 d.C., o rei Tiridates e sua família, da Armênia, na fronteira oriental do Império Romano, foram batizados ao abraçarem a fé cristã. Em 313 d.C., na cidade de Milão, o imperador romano Constantino publicou um édito de tolerância em favor dos cristãos. Apesar dessa medida não ter interrompido a perseguição de imediato, pelo menos conferiu reconhecimento oficial a cristianismo. O imperador foi batizado em 337 d.C., ano de sua morte. Alguns consideram que o reconhecimento imperial foi benéfico para o cristianismo, enquanto outros julgam que foi prejudicial. Não obstante, salvo raras exceções, essa medida fez cessar a perseguição aos cristãos promovida pelo Estado.
Até o final da perseguição o grande risco de destruição de manuscritos desestimulou a compilação dos livros bíblicos em um só volume. Assim, não é coincidência que os primeiros

 

Referências

II Timóteo 4.10

Romanos 15:20

Mateus 6:9

Atos 12:1-17

Apocalipse 2:7-26;

Apocalipse 3.5-21

Apocalipse 2:10

Apocalipse 18:1-24

Apocalipse 21:2

Nos quatro primeiros séculos, i cristianismo se expandiu por grande parte do Império Romano e além.
Nos quatro primeiros séculos, i cristianismo se expandiu por grande parte do Império Romano e além.
Relevo com temas cristãos primitivos, encontrado nas paredes da catacumba de Domitila, em Roma. Inscrições como estas são consideradas hoje como um tipo de "grafite" cristão primitivo, uma vez que eram produzidas às pressas em lápides já existentes.
Relevo com temas cristãos primitivos, encontrado nas paredes da catacumba de Domitila, em Roma. Inscrições como estas são consideradas hoje como um tipo de "grafite" cristão primitivo, uma vez que eram produzidas às pressas em lápides já existentes.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

ap 3:18
Caminho, Verdade e Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 135
Página: 285
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças.” — (Ap 3:18)


Sempre vulgares as aquisições de custo fácil.

Nada difícil ao homem comum perseguir as possibilidades financeiras, aliciar interesses mesquinhos, inventar mil recursos para atingir os fins inferiores; entretanto, os que adotam semelhante norma desconhecem o caráter sagrado do mais humilde patrimônio que lhes vai às mãos, abusando da posse para sentirem-se, depois, mais empobrecidos que nunca.

A recomendação divina é suficientemente clara.

Para que um homem se enriqueça, deve adquirir o ouro provado no fogo, fortuna essa que procede das mãos generosas do Altíssimo.

Somente essa riqueza espiritual, adquirida nas situações de trabalho árduo, de profunda compreensão, de vitória sobre si mesmo, de esforço incessante, conferirá ao Espírito a posição de ascendência legítima, de bem-estar permanente, além das transformações impostas pelo sepulcro, e apenas levará a efeito tão elevada conquista após entregar-se totalmente ao Pai para a grandeza do Divino Serviço.

O homem mobilizado pelo homem poderá, sem dúvida, receber volumosos salários. Convenhamos, porém, que esses bens se transformam sempre ou algum dia serão transferidos a outrem pelo detentor provisório. No entanto, quando o trabalhador gasta suas possibilidades nos trabalhos do bem, com esquecimento do egoísmo, desinteressado de si próprio, colocando acima dos caprichos da personalidade os objetivos da Obra de Deus, lutando, amando, sofrendo e entregando-se a Ele, adquire, indiscutivelmente, o ouro eterno e intransferível.



ap 3:18
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas Universais e ao Apocalipse

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 156
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças.” — (Ap 3:18)


Sempre vulgares as aquisições de custo fácil.

Nada difícil ao homem comum perseguir as possibilidades financeiras, aliciar interesses mesquinhos, inventar mil recursos para atingir os fins inferiores; entretanto, os que adotam semelhante norma desconhecem o caráter sagrado do mais humilde patrimônio que lhes vai às mãos, abusando da posse para sentirem-se, depois, mais empobrecidos que nunca.

A recomendação divina é suficientemente clara.

Para que um homem se enriqueça, deve adquirir o ouro provado no fogo, fortuna essa que procede das mãos generosas do Altíssimo.

Somente essa riqueza espiritual, adquirida nas situações de trabalho árduo, de profunda compreensão, de vitória sobre si mesmo, de esforço incessante, conferirá ao Espírito a posição de ascendência legítima, de bem-estar permanente, além das transformações impostas pelo sepulcro, e apenas levará a efeito tão elevada conquista após entregar-se totalmente ao Pai para a grandeza do Divino Serviço.

O homem mobilizado pelo homem poderá, sem dúvida, receber volumosos salários. Convenhamos, porém, que esses bens se transformam sempre ou algum dia serão transferidos a outrem pelo detentor provisório. No entanto, quando o trabalhador gasta suas possibilidades nos trabalhos do bem, com esquecimento do egoísmo, desinteressado de si próprio, colocando acima dos caprichos da personalidade os objetivos da Obra de Deus, lutando, amando, sofrendo e entregando-se a Ele, adquire, indiscutivelmente, o ouro eterno e intransferível.




Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Apocalipse Capítulo 3 do versículo 1 até o 22
E. CARTA À IGREJA DE SARDES, 3:1-6

  1. Destinatário (3.1a),

Continuando rumo ao sudeste de Tiatira, o mensageiro teria de viajar cerca de 50 quilômetros até Sardes, a antiga capital da Lídia (veja mapa 1). Ela era famosa pela sua fabricação de lã e afirmava ter sido a primeira cidade a descobrir a arte de tingir lã.
Sardes havia alcançado seu ápice de prosperidade sob o rico rei Croesus (ca. 560 a.C.). Conquistada por Ciro, ela permaneceu desconhecida durante o governo persa. No período romano, houve uma certa medida de restauração. Mas Charles diz que mesmo então "ne-nhuma cidade na Ásia apresentou um contraste mais deplorável entre o esplendor passado e o declínio inquietantemente atual"." Por esse motivo Ramsay chama Sardes de "a cidade da morte". Ele escreve: "Assim, quando as Sete Cartas foram escritas, Sardes era uma cidade do passado, que não tinha futuro"." Hoje existe uma pequena vila, chamada Sart.

O principal culto em Sardes era a depravada adoração de Cibele (ou Ártemis). Charles diz: "Seus habitantes tinham se destacado pela luxúria e libertinagem".' Isso dificultou a manutenção dos padrões cristãos de pureza.

  1. Autor (3.
    - 1b)

Aqui Cristo é identificado como o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas (cf. 2.1). Com sete Espíritos de Deus evidentemente se quer dizer o Espírito Santo e sua perfeição e sua obra por meio das sete igrejas, que representam a Igreja universal de Jesus Cristo (veja comentários em 1.4). As sete estrelas representam os mensageiros (pastores) das sete igrejas (cf. 1.20).

  1. Censura (3.1c,
    - 2b)

A expressão Eu sei ocorre no início de cada uma das sete cartas (2.2, 9, 13 19:3-1, 8, 15). Nada está escondido aos olhos do Cristo onisciente. Uma vez que Ele conhece perfeitamente, Ele é capaz de julgar com justiça.

Seria difícil imaginar uma censura mais avassaladora: tens nome de que vives e estás morto. Essa cidade arrasada não estava apenas morta, mas a igreja também estava morta. Ela tinha perdido sua vida espiritual. Smith comenta: "Sardes evidente-mente era conhecida como uma 'igreja viva' — em que havia muita atividade, mas Aque-le que não olha para a aparência exterior, mas vê o coração declara: Tu [..] estás morto".'

Erdman leva esse pensamento um passo adiante: "Provavelmente, seus cultos eram bem freqüentados e conduzidos de maneira correta. Podem ter havido comitês e aniver-sários e reuniões. No seu rol de membros podem ter havido líderes sociais notáveis. No entanto, ela estava morta"."

A igreja tinha obras, mas essas obras não eram perfeitas diante de Deus (2). Erdman comenta: "Ela não conquistou nada no reino espiritual: almas não estão sendo salvas; santos não são fortalecidos; ajuda não está sendo oferecida aos necessitados; seus cultos são formais, sem vida e sem sentido: 'Não achei as tuas obras aperfeiçoadas diante do meu Deus'

A palavra para perfeitas literalmente significa "suficientes" ou "cheias". Swete faz a seguinte sábia observação: "'Obras' são 'cheias' somente quando são avivadas pelo Es-pírito de vida".78 Precisamente, é isso que faz a diferença entre uma igreja morta e uma igreja viva. Uma sente a falta do Espírito Santo; a outra está cheia e capacitada pelo Espírito. Não será o número de atividades ou a organização eficiente que tirará o lugar da dinâmica poderosa do Espírito Santo.

4. Exortação (3.2a,
3)

Sê vigilante (2) é literalmente: "Esteja continuamente vigilante". Vigilante é o particípio presente do verbo gregoreo, que significa "esteja acordado" ou "vigie". Jesus usou essa palavra duas vezes no discurso do monte das Oliveiras (Mc 13:35-37), reque-rendo vigilância constante na preparação para sua segunda vinda.

A igreja de Sardes foi advertida da seguinte maneira: confirma o restante que estava para morrer. No meio dessa igreja morta havia alguns elementos de vida. Mas mesmo esses estão prestes a morrer — literalmente: "estavam prestes [verbo no imper-feito] a morrer". Swete comenta: "O imperfeito olha para trás do ponto de vista do leitor da época quando a visão foi recebida e, ao mesmo tempo, com um otimismo sensível ele expressa a convicção do escritor de que o pior logo teria passado".79 Isto é, os cristãos em Sardes podiam dizer: "Essas coisas estavam prestes a morrer; mas não vamos permitir que isso aconteça".

Ramsay destaca em pormenores o significado da ordem à igreja de Sardes de ser vigilante. A cidade tinha sido capturada duas vezes pelo inimigo por causa da falta de vigilância da parte do seu povo. A primeira vez foi quando o rico Croesus era rei. Ramsay descreve a situação da seguinte maneira:

O descuido e a falta de manter uma vigilância eficiente, decorrentes da confi-ança excessiva na evidente resistência da fortaleza foram as causas desse desastre, que arruinou a dinastia e causou o fim do império da Lídia e o domínio de Sardes. Os muros e portões eram extremamente fortes. A colina na qual a cidade alta havia sido erguida era íngreme e imponente. O único acesso à cidade alta era cuidadosa-mente fortificado para não oferecer chance alguma a um invasor. Mas havia um ponto fraco: em um lugar era possível que um inimigo ágil subisse a parede perpen-dicular da montanha imponente, se os defensores fossem negligentes e permitis-sem que ele a escalasse de maneira desimpedida."

Isso ocorreu em 549 a.C. Mas em 218 a.C. voltou a acontecer. Ramsay escreve:

Mais de três séculos depois, um outro caso semelhante ocorreu. Archaeus e Antíoco, o Grande, estavam lutando pelo domínio de Lídia e todo o império selêucida. Antíoco venceu seu rival em Sardes, e a cidade foi capturada novamente por uma surpresa do mesmo tipo: um mercenário de Creta mostrou o caminho, escalando a colina e entrando na fortaleza sem ser observado. A lição dos dias antigos não tinha sido aprendida; a experiência havia sido esquecida; os homens foram desatentos e negligentes; e quando veio o momento da necessidade, Sardes estava despreparada.81

O significado dessa lição para os cristãos é óbvio. Precisamos ter apenas um ponto fraco em nosso caráter, um lugar desprotegido em nossa vida espiritual, para ser vítima da astuta estratégia de Satanás. Continua sendo verdade que a "vigilância eterna é o preço da segurança".

A admoestação à igreja de Sardes continua: Lembra-te, pois, do que tens rece-bido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te (3). Há uma mudança freqüente do tem-po no grego que é difícil de reproduzir na tradução simples em português. Literalmen-te seria o seguinte: "Continue lembrando [presente], pois, como você [singular] tem recebido [e continua possuindo; perfeito] e ouviu [aoristo], e continue guardando [pre-sente], e arrependa-se [agora mesmo; aoristo]". Lenski observa: "O arrependimento imediato e verdadeiro é o único remédio para a morte que se estabeleceu ou quase se estabeleceu".' Esse arrependimento sempre quando lembramos da Palavra de Deus que temos recebido e ouvido.

Swete mostra bem a força dos tempos nesse versículo: "O aoristo [ouvido] volta para o momento em que a fé veio pelo ouvir (Rm 10:17) [...]; o perfeito [tens recebido] chama a atenção à responsabilidade permanente da confiança então recebida [...] 'guar-de aquilo que recebeu e imediatamente volte-se da sua negligência passada' "83

Os versículos 2:3 sugerem "Cinco Passos para um Avivamento":

1) Sê vigilante;
2) Confirma o restante que estava para morrer;
3) Lembra-te;
4) Guarda-o;
5) Ar-repende-te.

Mais uma advertência é anunciada: se não vigiares, virei sobre ti como um la-drão, e não saberás a que hora sobre ti virei. Esse é um claro eco de Mateus 24:42-44. Repetidas vezes somos advertidos de que Cristo virá num momento inesperado.

5. Aprovação (3,4)

Mesmo na igreja morta em Sardes havia um remanescente fiel — algumas pesso-as. Deissmann diz que a palavra grega (onoma) aqui tem "o significado de pessoa".' Ela é usada dessa forma na Septuaginta em Números 1:2-20; 3.40, 43, em que provavelmen-te traz o pensamento adicional de "pessoas reconhecidas pelo nome". Alguns estudiosos sentem que aqui a palavra significa "algumas pessoas cujos nomes estavam no rol de membros da igreja"."

Os fiéis não contaminaram suas vestes. Moffatt comenta: "A linguagem reflete registros de cumprimento de votos na Ásia Menor, onde roupas manchadas desqualificavam o adorador e desonravam o deus. A pureza moral nos qualifica para a comunhão espiritual"." Ir à presença de Deus com nossos pensamentos e sentimentos manchados com egoísmo é desonrá-lo. As vestes da nossa personalidade devem ser mantidas puras se desejamos ter comunhão com Deus.

Para aqueles que mantiveram sua pureza, a promessa é a seguinte: comigo anda-rão de branco. A última palavra está no plural no grego, indicando "roupas brancas".

Uma vez que mantiveram suas vestes limpas eles serão para sempre vestidos de bran-co, símbolo da santidade divina ou da justiça de Cristo. Aqueles que permaneceram brancos são dignos dessa honra.

  1. Recompensa (3,5)

A promessa ao vencedor em Sardes se encaixa com o que acabou de ser dito: O que vencer será vestido de vestes brancas. No melhor texto grego aparece a palavra "assim". O texto deveria ser traduzido da seguinte forma: "O que vencer, será assim vestido de vestes brancas" (referindo-se ao versículo anterior). Charles diz: "Essas ves-tes são os corpos espirituais com as quais o fiel será vestido na ressurreição".' Ele encontra apoio para isso em II Coríntios 5:1-4 e na literatura intertestamentária. Swete dá a essa expressão uma conotação mais ampla: "Nas Escrituras, vestuário branco denota
a) festividade... b) vitória... c) pureza... d) o estado celestial"." Ele acrescenta: "Todas essas associações convergem aqui: a promessa é de uma vida livre de contami-nação, radiante de alegria celestial, coroada com vitória finar." Essa parece ser a ex-plicação mais adequada.

Aquele que vencer, que permanece firme até o fim da vida, recebe a promessa: de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida. É isso que as palavras de Jesus querem dizer em Mateus 10:22: "aquele que perseverar até ao fim será salvo"; isto é, eternamente. Esse nome não só permanecerá seguro no registro celestial, mas Jesus promete: confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Cristo não se envergonhará em reconhecer aqueles que Lhe pertencem. A linguagem aqui lembra Mateus 10:32: "Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus".

  1. Convite (3,6)

Essa frase recorrente ressalta a responsabilidade do ouvir. Essas cartas eram lidas em voz alta nas igrejas.

F. CARTA À IGREJA DE FILADÉLFIA, 3:7-13

1. Destinatário (3.
- 7a)

Essa cidade distava de Sardes pouco menos de 50 quilômetros a sudeste (veja mapa 1). Ela recebeu o nome do seu fundador, Atalus II (Philadelphus), que reinou de 159 a 138 a.C. Muitas vezes sacudida por terremotos, ela foi destruída em 17 d.C., junto com Sardes e dez outras cidades no vale de Lídia. O medo fez com que grande parte da popu-lação deixasse de morar no interior dos seus muros. Aparentemente, tanto a cidade quanto a igreja eram pequenas nessa época.

A adoração principal era a Dionísio (mais tarde chamado de Baco). Mas a carta indica que a principal oposição veio dos judeus e não dos pagãos.

Quando os turcos conquistaram a Ásia Menor na 1dade Média, Filadélfia suportou o ataque por muito mais tempo do que outras cidades. Ramsay diz: "Ela exibia todas as qualidades nobres de perseverança, verdade e constância que são atribuídas a ela na carta de João"." Hoje há uma cidade relativamente grande lá, com uma estação ferroviária.

2. Autor (3.
- 7b)

Cristo se descreve como o que é santo — literalmente, "o Santo", um nome para a divindade. Ele também é o que é verdadeiro, "o Verdadeiro". A palavra grega para verdadeiro (alethinos) significa "verdadeiro, no sentido de real, ideal, genuino".91 Bultmann diz: "Em relação às coisas divinas ela tem o sentido daquilo que verdadeira-mente é, ou daquilo que é eterno"." Comentando a respeito desse título duplo de Jesus, Swete escreve: "O Cabeça da Igreja é descrito ao mesmo tempo como santidade absoluta [...] e como verdade absoluta; Ele é tudo aquilo que afirma ser, cumprindo os ideais que prega e as esperanças que inspira"." Charles entende que, no Apocalipse, não temos o sentido clássico do grego alethinos ("genuíno") como acontece no Evangelho de João. Em vez disso, é a ênfase hebraica na fidelidade de Deus. Ele diz: "Por isso, alethinos sugere que Deus ou Cristo, como verdadeiro, cumprirá a sua palavra".'

Jesus então se descreve como o que tem a chave de Davi, o que abre, e nin-guém fecha, e fecha, e ninguém abre. Essas palavras são citadas de Isaías 22:22. Ali

  1. Senhor fala de Eliaquim, servo fiel de Ezequias: "E porei a chave da casa de Davi sobre
  2. seu ombro, e abrirá, e ninguém fechará, e fechará, e ninguém abrirá". A chave é o símbolo de autoridade. Charles observa que a expressão a chave de Davi "evidente-mente tem um significado messiânico [...] As palavras ensinam que a Cristo pertence completa autoridade com respeito à admissão ou exclusão da cidade de Davi, a nova Jerusalém".' Mas já em 1.18, Jesus tinha declarado que Ele tinha as chaves da morte e do Hades. Assim, Ele exercita autoridade no céu, na terra, e mesmo no reino dos mortos.

3. Aprovação (3:8-10)

À igreja de Filadélfia, Cristo disse: eis que diante de ti pus uma porta aberta (8) — literalmente: "uma porta que foi aberta e permanece aberta". A figura de uma porta aberta era familiar para os cristãos do primeiro século. Os missionários pioneiros, Paulo e Barnabé, relataram em Antioquia que Deus "abrira aos gentios a porta da fé" (At 14:27). Em relação à sua obra em Éfeso, Paulo escreveu: "porque uma porta grande e eficaz se me abriu" 1Co 16:9). Pouco mais tarde, ele diz: "quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo [...] abrindo-se-me uma porta no Senhor" (2 Co 2.12). Ele pediu aos colossenses a orarem "para que Deus nos abra a porta da palavra" em Roma (Cl 4:3). Essas passagens das epístolas de Paulo parecem indicar o que significa uma porta aberta. Ela significa uma boa oportunidade para a obra missionária.

Ramsay denomina Filadélfia "a igreja missionária". Ele diz o seguinte dessa cidade:

A intenção dos seus fundadores era torná-la um centro da civilização greco-asiática e um meio de espalhar a língua grega e seus costumes na parte oriental da Lídia e da Frigia. Ela era uma cidade missionária desde o seu princípio [...] O seu ensinamento foi bem-sucedido. Antes de 19 d.C., a língua nativa tinha deixado de ser falada na Lídia e a língua grega era a única falada nesse país."

Mas agora a igreja de Filadélfia foi chamada para um tipo de obra missionária mui-to mais importante, que é a de espalhar o evangelho de Jesus Cristo. Para essa tarefa, ela estava num lugar apropriado. A estrada do esplêndido porto de Esmirna passava por Filadélfia. Além do mais, "a estrada imperial do correio de Roma até as províncias mais ao leste" passava por Trôade, Pérgamo, Tiatira, Sardes e Filadélfia. "Ao longo dessa grande rota a nova influência estava constantemente se movendo para o leste da Fila-délfia, na forte corrente de comunicação que saía de Roma, passava pela Frigia e ia em direção ao Oriente distante [...] Filadélfia, portanto, era a guardiã do portão para o pla-nalto; mas a porta tinha agora sido permanentemente aberta diante da Igreja, e a obra de Filadélfia era passar por ela e levar o evangelho para as cidades da Frígia".97

A igreja em Filadélfia se torna um símbolo da grande iniciativa de missões mundi-ais, a próxima etapa na história do cristianismo depois da Reforma Protestante. Nos primeiros 150 anos depois do início de missões modernas protagonizado por William Carey em 1792, provavelmente mais obras missionárias foram desenvolvidas do que nos 1500 anos anteriores.
Acerca dessa porta aberta Jesus disse: ninguém a pode fechar. A "chave de Davi" (v. 7) tinha destrancado a porta, e nenhum humano ou força demoníaca poderia fechá-la. Nunca antes, em 1900 anos de história cristã, o desafio da porta aberta de missões mundiais foi maior do que agora.

Parece surpreendente ler: tendo pouca força. Evidentemente, a igreja de Filadél-fia era pequena e talvez seus membros fossem na maioria da classe mais pobre. A decla-ração guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome deveria ser traduzida da seguinte forma: "E mesmo assim guardaste a Minha palavra e não negaste o meu nome". Evidentemente, a congregação tinha passado por um tempo de provação, mas permaneceu firme.

A frase a sinagoga de Satanás (9) já tinha aparecido em 2.9, na carta a Esmirna. Nessas duas cidades a oposição à igreja veio principalmente dos judeus. Mas eles não são verdadeiros judeus, porque não seguem os passos do Pai Abraão, nem guardam o espírito da lei de Moisés (veja comentários em 2.9).

Desses falsos judeus o Senhor diz: eis que eu farei que venham, e adorem pros-trados a teus pés," e saibam que eu te amo. Isso parece indicar que alguns judeus seriam convertidos ao cristianismo. Essa interpretação é fortalecida pela primeira frase do versículo: eu farei aos da sinagoga de Satanás. O grego traz: "eu darei da sinago-ga de Satanás [não eu farei]". Alguns seriam salvos.

Confirmação indireta disso é encontrada na carta de Inácio aos cristãos em Filadél-fia (ca. 120 d.C.), na qual ele os adverte para não darem ouvidos aos judaizantes. Eviden-temente, os judeus se tornaram influentes na congregação de Filadélfia.

Cristo elogiou a igreja porque ela tinha guardado a palavra da minha paciência (10), ou "resistência". Erdman diz que essa frase dá a impressão de significar: "A prega-ção dessa imutável resistência com a qual no meio de privações Cristo deve ser servi-do"." Mas é minha paciência. Trench está certo quando comenta: "Muito melhor, no entanto, é entender todo o evangelho como 'a palavra da paciência de Cristo', ensinando em toda parte, como está ocorrendo, a necessidade de uma espera paciente por Cristo, até que Ele, o esperado por tanto tempo, finalmente apareça".' Lenski vai mais longe e sugere que a frase deveria ser traduzida da seguinte forma: "a Palavra que trata da resistência do Senhor".' Talvez esses dois pensamentos deveriam ser combinados: é a resistência paciente de Cristo como um exemplo para permanecermos constantes.

Uma vez que a igreja em Filadélfia tinha guardado essa palavra de Cristo, Ele, por sua vez, a guardará da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo (terra habitada), para tentar os que habitam na terra. O substantivo grego para tenta-ção é peirasmos, e o verbo grego para tentar é peirazo. A conexão óbvia no grego também aparece na versão em português (o mesmo não ocorre na KJV). O verbo signi-fica "testar, colocar à prova". Uma tradução correta seria "provação [...] prova" (NVI) ou "teste [...] testa" (NASB).

O alcance mundial dessa prova mostra que a referência principal é ao período da chamada Grande Tribulação no tempo da Segunda Vinda. Mas há talvez uma aplicação secundária às perseguições romanas ao cristianismo, que se estendiam pela terra então conhecida — o Império Romano.

Tem havido uma discussão considerável se te guardarei da hora da tentação significa isenção do tempo da provação ou ser guardado nesse tempo. A palavra da no grego não é apo, "para longe de", mas ek, que significa "fora de". À luz disso, Carpenter escreve: "A promessa não significa ficar guardado longe da tribulação, mas ser guardado no meio dela" — da mesma forma que a cabeça de alguém é "mantida acima da água".' Swete escreve: "Para a igreja de Filadélfia a promessa era uma garantia de proteção em qualquer prova que lhe pudesse sobrevir".' Também é uma promessa para nós de que o nosso Senhor nos manterá em segurança em qualquer época de teste.

  1. Exortação (3,11)

Na carta para Filadélfia, como na carta para Esmirna, não há palavra de censura. Assim, passamos imediatamente para a exortação.
Ela começa com uma promessa misturada com advertência: Eis que venho sem demora.' O significado principal de sem demora (cf. 22,20) é que o Senhor não atrasa-rá a sua vinda além do tempo fixado. Mas, uma vez que não sabemos quando isso acon-tecerá, devemos estar constantemente preparados. Além disso, para o Senhor mil anos são como um dia (2 Pe 3.8). Assim, dois mil anos ainda seriam sem demora.

A conexão próxima desse versículo com o anterior sugere que a vinda de Cristo vai livrar os seus da hora da tribulação. Alguns têm sugerido que, da mesma forma que os israelitas tiveram de tomar parte das três primeiras pragas (sangue, sapos, piolhos) com os egípcios (Ex 8:22), assim a Igreja poderá passar pela primeira parte da Grande Tribu-lação antes de ser levada por Cristo.

A igreja de Filadélfia é admoestada: guarda o que tens. Swete sabiamente obser-va: "A promessa de proteção (v. 10) traz consigo a responsabilidade de um esforço contí-nuo".'" Coroa significa a "coroa da vitória" (veja comentários em 2.10). A advertência é contra fracassar na corrida da vida e, conseqüentemente, perder o direito à coroa da vida. Ou seja: "toma cuidado para que ninguém tome a tua coroa". Esse objetivo é alcançado ao correr com sucesso até o fim.

  1. Recompensa (3,12)

Para o vitorioso será erguida uma coluna no templo do meu Deus. Swete comen-ta: "Há uma dupla propriedade nessa metáfora: enquanto a coluna dá estabilidade à construção que se apóia sobre ela, ela mesma está firme e permanentemente estabelecida; e esse lado do conceito freqüentemente vem à tona [...] e é preeminente aqui".'"

Uma vez que ele esteja estabelecido, dele [do templo] nunca sairá. Quando o período da provação chegar ao fim e o vencedor tiver se tornado uma coluna no templo eterno de Deus, não haverá mais possibilidades de cair. O caráter dos santos glorificados será firmado para sempre.

A respeito do vencedor, Cristo disse que escreveria três nomes: o nome do meu Deus [...] o nome da cidade do meu Deus[...] e também o meu novo nome. O nome de Deus, significando sua posse, era colocado sobre os israelitas; porque logo após a bela bênção sumo sacerdotal (Nm 6:24-26), é acrescentada: "Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei" (Nm 6:27). A nova Jerusalém é descrita em mais detalhes nos capítulos 21:22. Aqui há apenas uma referência de passagem acerca dela.

O que significa o meu novo nome? Trench diz que é esse "nome misterioso e, na necessidade das coisas, não comunicado e, para o tempo presente, incomunicável, que, nessa mesma visão mais sublime, é mencionado como: 'e tinha um nome escrito que ninguém sabia, senão ele mesmo' (19,12) [...] Mas o mistério desse novo nome, que nenhum homem é capaz de descobrir, que nessa condição presente ele não é capaz de receber, será dado aos santos e cidadãos da nova Jerusalém. Eles conhece-rão como são conhecidos 1Co 13:12) ".1' Swete sugere que o novo nome de Cristo é "um símbolo para a glória mais completa de sua Pessoa e Caráter que aguardam revelação na sua Vinda".1"

Três pensamentos se destacam nessa "Promessa ao Vencedor":

1) Consagração com-pleta a Deus — o nome do meu Deus;
2) Cidadania intransferível na cidade celestial — o nome da cidade do meu Deus;
3) Conhecimento mais completo de Cristo na Segunda Vinda — meu novo nome.'"

6. Convite (3,13)

Ouça significa "preste atenção". É o que queremos comunicar quando dizemos: "Ago-ra, escute-me".

G. CARTA À IGREJA DE LAODICÉIA, 3:14-22

1. Destinatário (3.
- 14a)

A KJV traduz aqui: "à igreja dos Laodicenses". Essa tradução tem provocado uma série de comentários e interpretações. Mas ela praticamente não tem apoio dos manus-critos gregos. A tradução correta é: "à igreja que está em Laodicéia". Ela é similar em forma com os destinatários das outras igrejas.

Laodicéia distava cerca de 60 quilômetros a sudeste de Filadélfia. Ela se localizava junto ao rio Licos, 10 quilômetros ao sul de Hierápolis e 16 quilômetros a oeste de Colossos (veja mapa 1). Fundada por Antíoco II (267-246 a.C.), essa cidade foi chamada de Laodicéia em homenagem à sua esposa, Laodice. Visto que estava localizada na junção de três estradas importantes, tornou-se uma grande cidade comercial e administrativa. O fato de ser um centro financeiro, a tornou tão próspera que foi capaz de reconstruir-se depois do grande terremoto em 60 d.C. sem o subsídio imperial. Ela também era conhecida pela fabricação de roupas e tapetes de uma lã preta, brilhante e macia. Laodicéia também era famosa por causa da sua renomada escola de medicina.

A igreja de Laodicéia já existia quando Paulo estava preso em Roma. Ele escreveu uma carta a ela (cf. Cl 4:16) que evidentemente se perdeu.

A cidade foi conquistada pelos turcos. No lugar existe hoje uma série de ruínas, ainda não escavadas.

  1. Autor (3.
    - 14b)

Jesus aqui se identifica como o Amém. Isso pode ser um eco de Isaías 65:16, em que encontramos no hebraico: "o Deus do Amém" (ou "o Deus da verdade"). A palavra foi traduzida do hebraico para o grego e, tempos depois, para o inglês e outras línguas mo-dernas. Hoje, entre os cristãos de todos os países e línguas ouvimos o mesmo "Amém!".

Provavelmente há uma conexão próxima entre o uso freqüente desse termo por Je-sus como está relatado nos Evangelhos. Essa palavra aparece 51 vezes nos Sinóticos e 50 vezes no Evangelho de João. Ela é traduzida como "na verdade" (sempre duplo em João) na frase: "Na verdade vos digo".

O autor mais adiante se descreve como a testemunha fiel e verdadeira (veja comentários em 1.5; 3.7). Isso provavelmente é sinônimo de o Amém, que é colocado aqui "porque essa é a última das sete epístolas, para que possa confirmar o todo".'

O terceiro item na descrição é: o princípio da criação de Deus. Mestres heréticos têm se aproveitado dessa frase como prova de que Cristo não era eterno. Mas em Colossenses, em que Ele é designado "o primogênito de toda a criação" (1.15), é mencio-nado logo em seguida: "porque nele foram criadas todas as coisas [...] E ele é antes de todas as coisas" (1:16-17). Além disso, em seu Evangelho, João diz acerca do Logos: "To-das as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez" (Jo 1:3). A frase aqui deve ser interpretada à luz dessas outras passagens. Ela significa "a origem (ou `fonte original') da criação de Deus".'

  1. Aprovação (3:15-17)

No caso da igreja de Laodicéia não há palavras de aprovação ou recomendação. É um fato impressionante que não se diga nada aqui acerca dos nicolaítas ou qualquer outro grupo herético. Pelo que tudo indica, a igreja era ortodoxa. Mas era uma ortodoxia morta. O que estava errado com a igreja de Laodicéia não era um problema da cabeça, mas um problema do coração. Isso era muito mais sério.

A essa igreja o Senhor disse: Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras frio ou quente (15). A palavra grega para frio (psychros) é usada somente nos versículos 15:16 e em Mateus 10:42 — "um copo de água fria". Quente é zestos (somente nos vv. 15-16 no NT). Essa palavra significa "quente a ponto de ferver", assim frio aqui provavelmente significa "frio a ponto de congelar".1" A igreja não era nem friamente indiferente nem fervorosa no espírito (cf. Rm 12:11).

A reação do Cabeça da Igreja é expressa com palavras fortes: Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca (16). Alguns ali-mentos são gostosos somente quando estão frios, outros somente quando estão quentes. Alguns alimentos são gostosos tanto frios quanto quentes. A maioria das pessoas gosta de suco gelado e café ou chá quente; mas quem gosta de uma bebida morna? As palavras gregas para morno e vomitar (esta é emeo, no grego) são encontradas somente aqui no Novo Testamento.

A pior coisa a respeito da condição dessa igreja era sua autocomplacência: Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (17). A igreja evidentemente refletia o comportamento da comunidade (veja comentários no v. 14). Enriqueci-do significa literalmente: "acumulei riquezas" (mesma raiz de rico na frase anterior) ; em outras palavras: "Obtive minha riqueza com meu próprio esforço". A primeira frase expressa auto-satisfação; a segunda, orgulho.

Não existe um exemplo mais triste de orgulho insensível do que o que é exibido na declaração: de nada tenho falta. Que contraste com a humildade realista expressa nas palavras do hino "Preciso de Ti a toda hora". Esse é o verdadeiro espírito cristão de dependência.

A avaliação de Cristo acerca dessa igreja era bem diferente da avaliação que essa igreja fez dela mesma. Ele disse: e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu. O grego é consideravelmente mais vívido: "e não sabes que thou (enfático no gr. — tu que tens te vangloriado) és o desgraçado, e desprezível, e pobre, e cego e nu". Desgraçado é encontrado somente aqui e em Romanos 7:24 (no texto grego) : "Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?". Miserável ocorre somente aqui e em I Coríntios 15:19: "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens".

Swete resume o restante do versículo da seguinte forma: "Os três adjetivos se-guintes relatam os motivos para a comiseração; um pedinte cego [...] escassamente vestido (cf. Jo 21:7) não era mais merecedor de compaixão do que essa igreja rica e presunçosa".1" Pobre [...] cego [...] nu devem ser entendidos metaforicamente, des-crevendo a condição espiritual da igreja. No entanto, pode haver uma alusão indireta aos recursos ostentosos da cidade onde estavam localizados. A igreja era pobre em um centro financeiro opulento, cego em uma comunidade que tinha uma excelente escola de medicina, e nu em um lugar famoso pela fabricação de roupas feitas de uma lã de alta qualidade. É possível que a Igreja dos nossos dias prospere exterior-mente no meio de prosperidade material, e mesmo assim seja pobre, cega e espiritu-almente nu.

4. Exortação (3:18-20)

A essa igreja opulenta, que "não tinha falta de nada", Jesus disse: aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças (18). O termo compres é um eco de Isaías 55:1: "vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite". Essa é a única maneira de com-prarmos de Deus. De mim é enfático. Essas coisas necessárias podem ser adquiri-das somente de Cristo.

Provado no fogo ou "refinado no fogo", isto é, purificado pelo fogo. A mesma forma verbal ocorre na Septuaginta em Salmos 18:30 — "a palavra do Senhor é provada". Em Provérbios 30:5, lemos "pura" — "Toda palavra de Deus é pura". Assim, aqui significa que esse ouro é puro e genuíno.

Além disso, a igreja precisava de vestes brancas, para que te vistas, e não apa-reça a vergonha da tua nudez. A roupa branca e pura estava em contraste com a lã preta, pela qual Laodicéia era famosa.

Em terceiro lugar, Jesus aconselhou a igreja para que unjas os olhos com colírio, para que vejas. Acerca desse remédio, Charles diz: "Em nosso texto refere-se ao famoso pó da Frigia usado pela escola de medicina de Laodicéia".

Não se deve deixar de notar que as três partes do versículo 18 correspondem aos últimos três adjetivos do versículo 17: "pobre", "nu", "cego". A igreja de Laodicéia achava que não precisava de nada. Na verdade, ela sentia falta das necessidades mais básicas da vida espiritual.

Nesse versículo, vemos "O que é o Evangelho":

1) Riqueza divina para nossa pobreza espiritual;

2) Veste branca de justiça para nossa pecaminosidade;

3) Visão espiritual para nossa cegueira.

A exortação continua: Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te (19). O castigo é um sinal do cuidado amoroso de Deus como

nosso Pai celestial (cf. Hb 12:5-11). É interessante que o verbo amo aqui não é o costu-meiro agapao, mas phileo, que introduz um toque meigo e sentimental — para a igreja

que menos o merecia! Repreendo é "declarar culpado". Castigo é literalmente "educar uma criança". Tudo isso mostra a compaixão de Cristo em lidar com essa igreja como uma criança geniosa que precisava do amor e disciplina do Pai. Swete observa: "Talvez a condição deplorável da igreja de Laodicéia era devida à falta de correção; não há nenhu-ma palavra de quaisquer provas até aqui sofridas por essa igreja".115

Essa igreja tinha falta de "tempero" (veja comentários acerca de "quente", v. 15). Ela carecia de zelo. Assim, o Senhor disse: sê, pois, zeloso (imperativo presente, sê constan-temente zeloso). Arrepende-te está no aoristo, requerendo uma ação imediata em uma decisão crucial.

Pode parecer estranho que sê [...] zeloso preceda arrepende-te. Plumptre obser-va: "A raiz da maldade da igreja de Laodicéia e seus representantes era sua indiferença

e mornidão, a ausência de qualquer zelo, de qualquer seriedade. E o primeiro passo, portanto, para coisas mais elevadas era passar para um estado em que esses elementos de vida não mais seriam manifestos pela sua ausência".'

A esse chamado para arrependimento "Cristo acrescenta a mensagem mais terna encontrada nessas cartas":' Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha

voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo (20). Esse é um dos mais importantes textos do evangelho no Novo Testamento e deveria ser citado freqüentemente na evangelização pública e na abordagem pessoal. Por esse moti-vo, esse versículo deveria ser memorizado por todo cristão e ganhador de almas.

A simplicidade do evangelho é expressa de maneira singular nessa passagem. Cris-to está parado à porta do coração de cada pecador, batendo e esperando para entrar. Ele não vai demolir a porta e forçar a entrada, porque nos criou com vontade própria e não violará esse aspecto. Mas se o pecador abrir a porta, o que só ele pode fazer, o Salvador promete entrar. A grande tela de Holman Hunt, "A Luz do Mundo", é a evangelização tornada visual.
A idéia de "cear" é de comunhão, e mais especificamente de uma comunhão sem pressa ao redor da mesa do jantar, quando a agitação do dia passou. O pensamento é expresso belamente pela NEB: "e sentar para jantar com ele". Esse aspecto também antevê o banquete eterno com Cristo.
A comunhão é dupla. G. Campbell Morgan a descreve da seguinte forma: "Primeiro, serei seu Convidado, 'Eu cearei com ele'. Ele será o meu convidado, 'e ele comigo'. Senta-rei à mesa que o seu amor provê e satisfarei o meu coração. Ele sentará à mesa que o meu amor proverá e satisfará o seu coração".'

  1. Recompensa (3,21)

A promessa final é: Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono. Esse é um eco e extensão da promessa que Jesus fez aos seus doze apóstolos em Mateus 19:28 e Lucas 22:29-30. Jesus venceu todas as tentações e provações na sua vida na terra e recebeu sua recompensa. Para aqueles que o seguem plena e fielmen-te até o fim, uma recompensa igual o estará aguardando. Essa promessa obviamente antecipa a vida futura.

  1. Convite (3,22)

Mais uma vez os ouvintes dessas cartas são admoestados a ouvir o que o Espírito diz às igrejas. Todas as sete mensagens estão repletas de advertências e exortações salutares para os cristãos de hoje. Faríamos bem se prestássemos atenção a elas.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Apocalipse Capítulo 3 do versículo 1 até o 22
*

3.3 virei como ladrão. A aparentemente inatingível fortaleza de Sardes foi capturada de surpresa duas vezes em tempo de guerra, provavelmente à noite. Cristo adverte que experiência semelhante atingirá a igreja, a menos que seu povo desperte.

* 3.5 livro da vida. O rol celeste dos que são destinados à nova vida (13.8, nota).

* 3.9 sinagoga de Satanás. Ver nota em 2.9.

* 3.12 coluna no santuário. Filadélfia tinha sido atingida por terremotos. Isso tornava a promessa de segurança e estabilidade especialmente apropriada.

*

3.15 nem és frio nem quente. O suprimento de água de Laodicéia vinha duma fonte distante através de tubos. Em conseqüência, quando a água chegava à cidade era morna e pouco potável. Por outro lado, a cidade vizinha de Hierápolis possuía fontes térmicas medicinais, e a vizinha Colossos era abastecida por uma fonte de água fria vinda de montanha. Cristo pede à igreja para ser refrescante (fria) ou medicinalmente curativa (quente), e não como o abastecimento de água de Laodicéia.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Apocalipse Capítulo 3 do versículo 1 até o 22
3:1 A cidade opulenta do Sardis nesse momento estava conformada por duas seções. A seção antiga da cidade se achava na montanha e, quando aumentou excessivamente sua população, construiu-se uma nova seção no vale inferior.

3:1 Os "sete espíritos de Deus" é outro nome que lhe dá ao Espírito Santo. As "sete estrelas" são os mensageiros ou líderes das Iglesias (veja-se 2.1).

3:3 Se insiste à igreja do Sardis a obedecer a verdade cristã que tinha ouvido quando acreditou em Cristo, quer dizer, a voltar para os fundamentos da fé. É importante crescer em nosso conhecimento do Senhor, aprofundar nossa compreensão mediante um estudo cuidadoso. Mas por muito que aprendamos, nunca devemos abandonar as verdades fundamentais a respeito do Jesucristo. O sempre será o Filho de Deus, e seu sacrifício por nossos pecados é permanente. Nenhuma nova verdade de Deus irá contra esses ensinos bíblicos.

3:5 Vestido de "vestimentas brancas" significa posto à parte para Deus e feito puro. Cristo promete honra futuro e vida eterna a quem se mantém firmes em sua fé. Os nomes de todos os crentes estão registrados no livro da vida. Este livro simboliza que Deus conhece quem lhe pertence. Aos tais lhe garante a inscrição no livro da vida que se apresentará ante as hostes dos céus como pertença de Cristo (veja-se Lc 12:8-9).

3:7 Filadelfia foi fundada pelos cidadãos do Pérgamo. estabeleceu-se a comunidade em uma zona fronteiriça como uma entrada à meseta central do Ásia Menor. os da Filadelfia mantiveram aos bárbaros afastados da região e introduziram a cultura e o idioma grego. A cidade foi destruída por um terremoto em 17 D.C., logo do qual a gente ficou preocupada até o ponto de que a maioria vivia fora dos limites da cidade.

3:7 A chave do Davi representa a autoridade de Cristo para abrir a porta para seu reino futuro. Depois que se tem aberto, ninguém a pode fechar. Está assegurada a salvação. Uma vez que se fecha, ninguém a pode abrir. O julgamento é seguro.

3:10 Alguns acreditam que "te guardarei da hora da prova" significa que virá um tempo de grande tribulação no que os crentes serão liberados. Outros interpretam que a igreja viverá durante a época da tribulação e que Deus a manterá firme em meio dela. Outros acreditam que isso se refere a tempos de grande tribulação em geral, os sofrimentos da igreja através dos séculos. Qualquer que seja o caso, a ênfase está na obediência paciente a Deus sem que importe o que nos aconteça.

3:11 Os cristãos têm diferentes dons, talentos, experiências e níveis de maturidade. Deus não espera que todos sejamos iguais, mas sim está à expectativa de que usemos nossos dons para O. elogia-se aos da Filadelfia por seu esforço por obedecer (3,8) e lhes anima a que retenham com firmeza o que têm. Você poderia ser um crente novo e sentir que sua fé e fortaleza espiritual são pequenas. Use o que tenha para viver por Cristo e Deus o reconhecerá.

3:12 A nova Jerusalém é a residência futura do povo de Deus (21.22). Teremos uma nova cidadania no reino futuro de Deus. Tudo será novo, puro e seguro.

3:14 Laodicea era a cidade mais opulenta das sete que havia na Ásia. Lhe conhecia por sua banca industrial, a manufatura de lã e a escola de medicina que produzia um medicamento para os olhos. Mas a cidade sempre teve um problema com o fornecimento de água. Em certa oportunidade se construiu um aqueduto para transportar água à cidade desde mananciais de água quente. Mas quando a água chegava à cidade, não estava nem quente nem fria, solo morna. A igreja tinha chegado a ser tão insípida como a água morna que chegava à cidade.

3:15 A água morna é desagradável. A igreja da Laodicea se tinha voltado morna e portanto era desagradável e repugnante. Os crentes não adotavam uma posição firme. A indiferença os tinha conduzido à ociosidade. Ao deixar de fazer algo por Cristo, a igreja se endureceu e estava satisfeita de si mesmo. Estava destruindo-se. Não há nada mais desagradável que um cristão só de nome que é auto-suficiente. Não se de acordo com seguir a Deus pela metade. Permita que Cristo avive sua fé, e ponha-a em ação.

3:17 Alguns crentes supunham equivocadamente que a abundância de bens materiais eram indício da bênção espiritual de Deus. Laodicea era uma cidade rica e a igreja também o era. Mas o que a igreja pôde ver e comprar chegou a ser mais valioso para eles que o que não se vê e é eterno. A riqueza, o luxo e a comodidade podem converter às pessoas em confiadas e satisfeitas de si mesmos. Mas por muito que você tenha, não tem nada se não possuir uma relação vital com Cristo. De que forma influi seu nível econômico atual em sua vida espiritual? Em vez de concentrar-se na comodidade e o luxo, procure sua verdadeira riqueza em Cristo.

3:18 Aos da Laodicea lhes conhecia por sua grande riqueza, mas Cristo lhes disse que deviam comprar ouro do (o verdadeiro tesouro espiritual). A cidade estava orgulhosa de sua roupa e indústrias de tinturaria, mas Cristo lhes disse que deviam comprar vestimentas brancas do (sua justiça). Laodicea se orgulhava de seu ungüento precioso para os olhos que curava muitos problemas da vista, mas Cristo lhes disse que comprassem medicina do para curar seus olhos a fim de que vissem a verdade (Jo 9:39). Cristo lhes estava mostrando aos da Laodicea que os verdadeiros valores não radicam nos bens materiais a não ser em uma boa relação com Deus. Suas posses e lucros não tinham valor, comparados com o futuro eterno do reino de Cristo.

3:19 Deus castigaria a esta igreja morna a menos que se separasse de sua indiferença e se voltasse para O. Seu propósito ao disciplinar não é castigar a não ser atrair às pessoas para O. É você morno em sua devoção a Deus? Talvez Deus o discipline para lhe ajudar a sair de sua indiferença; mas o fará porque o ama. Você pode evitar a disciplina de Deus lhe buscando uma vez mais mediante a confissão, a oração, a adoração e o estudo de sua Palavra. Assim como a faísca de amor pode reacender se no matrimônio, de igual modo o Espírito Santo pode reavivar nosso ardor Por Deus quando lhe permitimos obrar em nosso coração.

3:20 A igreja da Laodicea era rica e se sentia satisfeita de si mesmo, mas não contava com a presença de Cristo. O estava batendo na porta do coração dos crentes, mas eles estavam tão ocupados desfrutando dos prazeres mundanos que nem se davam conta de que O tentava entrar. Os prazeres deste mundo -dinheiro, segurança, bens materiais- podem ser perigosos porque sua satisfação temporária nos pode voltar indiferentes ao oferecimento de Deus de nos dar satisfação eterna. Se descobrir que é indiferente à igreja, a Deus ou à Bíblia, começou a tirar deus de sua vida. Sempre lhe deixe aberta a Deus a porta de seu coração, e assim o ouvirá cada vez que chame. Deixar que entre é sua única esperança de satisfação total.

3:20 Jesucristo está batendo na porta de nosso coração cada vez que sentimos que devemos voltar para O. Deseja ter amizade conosco e quer que lhe abramos a porta. O é paciente e persiste em seu intento de chegar a nós, sem irromper e entrar, a não ser chamando. Permite-nos decidir se lhe entregamos ou não a vida ao. Mantém seu poder e presença transformadora intencionalmente ao outro lado da porta?

3:22 Ao final de cada carta a estas Iglesias se precatória aos crentes a que escutem e tomem a sério o que lhes tinha escrito. Embora a mensagem dirigida a cada igreja é diferente, contém advertências e princípios para todos. Qual das cartas fala mais diretamente a sua igreja? Qual tem a maior ênfase em sua própria condição espiritual neste momento? Como reagirá você?

AS CARTAS Às SETE Iglesias

Efeso: 2:1-7

Elogio:Árduo trabalho, paciência

Repreensão:Deixou o primeiro amor

Ação :Recorda e te arrependa

Esmirna 2:8-11

Elogio:Tribulação, pobreza

Repreensão:Nenhum

Ação :Não tema, sei fiel

Pérgamo : 2:12-17

Elogio:Fiéis à fé

Repreensão:Permissiva

Ação :te arrependa

Tiatira : 2:18-29

Elogio:Amor, fé, serviço

Repreensão:Imoralidade

Ação :te arrependa

Sardis 3:1-6

Elogio:Eficaz

Repreensão:Superficial

Ação :Sei vigilante e te arrependa

Filadelfia : 3:7-13

Elogio:Fiel

Repreensão:Nenhum

Ação :Reserva o que tem

Laodicea : 3:14-22

Elogio:Nenhuma

Repreensão:Morna

Ação :Sei ciumento e te arrependa

Este resumo das cartas às sete Iglesias nos ensina as qualidades que nosso Iglesias devem procurar e as que devemos evitar.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Apocalipse Capítulo 3 do versículo 1 até o 22
E. À IGREJA de Sardes (3: 1-6)

1 Ao anjo da igreja em Sardes escreve:

Estas coisas diz aquele que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. 2 Sê vigilante, e estabelecer as coisas que permanecem, que eram pronto para morrer, porque não tenho achado obras das tuas perfeitas diante do meu Dt 3:1 ). Em um contexto diferente, mas com significado igualmente pertinente para a situação de Sardes, Jesus disse: "... toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo" (Mt 3:10 ). Para a igreja de Sardes Ele disse: Se, portanto, não vigiares, virei como um ladrão .

As mensagens para os primeiros quatro igrejas foram dirigidas à maioria fiéis que representava cada igreja. Mas a mensagem de Sardes foi dirigida à maioria infiel como representante da igreja, porque os fiéis estavam em minoria. Mas foi uma minoria dedicada, digno de louvor especial, mas também digno de prêmios especiais. Eles se manteve isento da corrupção do pragas pagãos que havia infectado os outros membros. Em conseqüência eles iriam andar com Cristo, vestido de vestes brancas . Vestes brancas representava tanto a vitória e pureza, por vezes, para a alegria, e, por vezes, como um símbolo da ressurreição. Este é um pensamento abençoado em contraste com a morte em vida que os rodeava.

A minoria fiel também teriam seus nomes inscritos para sempre no livro da vida , uma promessa de comunhão eterna com Cristo. Finalmente, Cristo iria confessar seus nomes diante do Pai, a indicação de plena aceitação e companheirismo. Confissão deste tipo não tem nada a ver com o pecado. É o oposto de negar . Pedro negou seu Senhor, dizendo: "Eu não conheço o homem" (Mt 26:72 ). Cristo confessa Seus seguidores reconhece-los e afirma-los como Seus. "Todo aquele, pois, que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus" (Mt 10:32 ).

A minoria dedicada são disse a ser dignos da recompensa prometida. Dignidade é atribuída a Cristo em outras partes do Apocalipse (Ap 4:11 ; Ap 5:9)

7 Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve:

Estas coisas diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre e ninguém fechará, e que fecha e ninguém abre: 8 Conheço as tuas obras (eis que diante de ti pus uma porta aberta, que ninguém pode fechar), e tu tens um pouco de poder, e te guardará a minha palavra, e não negaste o meu nome. 9 Eis que farei aos da sinagoga de Satanás, dos que se dizem judeus, e eles não são, mas a mentira; eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo.10 Porquanto guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação, que hora , que é a vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. 11 venho:. retende o que tens, para que ninguém tome a tua coroa 12 Aquele que vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e ele sairá dali não mais; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, eo nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e as minhas próprias novo nome. 13 Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Filadélfia, a cidade do amor fraternal, foi localizado no vale do rio Cogamis, um afluente do Hermus. Ele guardava a estrada a partir do porto de Esmirna e de Lydia para o interior e no Oriente. The Imperial Post Road a partir de Roma para o Oriente passou por Filadélfia. Situada num planalto amplo, foi conhecido por suas uvas e vinhos ricos. A história da cidade está escrito na carta para a sua igreja. Ramsay enumera quatro de suas características. Foi a primeira de uma cidade missionário, fundado especialmente para o propósito de difundir a língua ea cultura grega. Em segundo lugar, as pessoas viviam constantemente com medo de um desastre de tremores de terra persistentes após um terremoto em AD 70. Em terceiro lugar, muitas das pessoas que escolheram viver fora da cidade em prol da segurança. E quarto, levou um novo nome a partir da imperial deus-Neo-Cesaréia para Tibério que reconstruiu a cidade após o terremoto.

Nesta carta, Cristo é falado como aquele que é santo, o verdadeiro , ter a chave de Davi , e aquele que abre e fecha . Ele é a santidade absoluta e veracidade, exatamente o que Ele afirmava ser. Estas são as qualidades da divindade. A chave de Davi refere-se a sua autoridade como o Filho de Davi, o cumprimento da esperança messiânica de Israel. Em contraste com Pedro, que recebeu as chaves do reino (Mt 16:19 ), uma autoridade limitada, Cristo mantém "o supremo poder de fechar e abrir em suas próprias mãos." Ele tem a autoridade final em relação a admitir e rejeitando a entrada no Reino de Deus, a Nova Jerusalém. Ele abre para aqueles que são fiéis a Ele, cujas obras Ele aprova; Ele fecha e contra aqueles que através de heresia ou descuido são culpados de más obras. Há sempre a porta aberta para a presença de Deus e ao Seu serviço a todos os que escolher.

Nenhuma queixa é feita contra a igreja de Filadélfia. Nunca tinha sido uma igreja muito forte, mas o que força que possuía foi utilizado na preservação do nome e da obra de Cristo. Ele tinha feito uma igreja missionária, e não para a disseminação da cultura grega, mas para a propagação do evangelho cristão. E não havia negligenciado a comissão. Tinha sido fiel à sua palavra e em troca é prometido proteção contra alguma grande tentação que deve vir sobre toda a humanidade. Se isto é uma referência para a Segunda Vinda de Cristo, que o evento é aqui interpretada como um tempo de tentação, sem dúvida, porque ele seria acompanhado por um tempo de prova e julgamento. A exortação é, retende o que tens, para que ninguém tome a tua coroa .

A carta para a Filadélfia, em muitos aspectos se assemelha a carta a Esmirna. Cada igreja ficou perturbado por aqueles que alegou ser judeus e não foram, cujas ações eram obra de Satanás. Cada igreja tinha que testar a sua lealdade a Cristo diante das autoridades romanas. Ambos são prometeu segurança espiritual como uma recompensa por sua fidelidade, o que é falado como uma coroa de vitória. "A igreja de Esmirna é pobre, que pelo Philadelphia fraco; em cada caso, a sua condição melhora o valor de suas realizações ".

Na Filadélfia havia nenhuma heresia interna como a dos nicolaítas em Éfeso e não há recurso externo, como as alianças comerciais em Tiatira. O problema veio de judeus que não podiam mais ser chamados de judeus, porque eles tinham rejeitado o Messias prometido e foram totalmente contra a Igreja, o novo Israel. No próprio tempo de Cristo estes "judeus" seria trazido a seus joelhos, feitos para dar reverência a Cristo, e trouxe para saber que Cristo ama a sua Igreja. Em contraste, os cristãos passarão a fazer parte integrante do novo Templo de Deus, eles sairão dali não mais , e eles levarão o nome (caráter) de Deus e do nome da nova Jerusalém. A porta desta nova cidade será aberta para os cristãos, mas fechou para os "judeus". Existem penalidades para rejeitar a Cristo, bem como recompensas para aceitá-Lo.

G. À igreja de Laodicéia (3: 14-22)

14 E ao anjo da igreja em Laodicéia escreve:

Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: 15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente: oxalá foras frio ou quente. 16 Então, porque és morno, e nem quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca. 17 Como dizes: Rico sou, e têm riquezas obtidos, e de nada tenho falta; e não sabes que tu és o miserável uma e miserável, pobre, cego e Nu 18:1 Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te tornar rico; e vestes brancas, para que possas vestir-te, e que a vergonha da tua nudez não seja manifestada; e colírio para ungir os teus olhos, para que vejas. 19 Tal como muitos como eu amo, eu repreendo e castigo: sê pois zeloso, e arrepende-te. 20 Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. 21 Aquele que vencer, eu lhe darei a ele para se sentar comigo no meu trono, assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono. 22 Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

A cidade de Laodicéia estava em três rotas comerciais que passaram por ela no Vale do Lico. Isso ajudou a torná-lo um centro comercial da Ásia Menor. Era uma cidade rica, com excelentes instalações bancárias. Ele também foi o lar de uma escola de medicina e uma fábrica de roupas. Seria de esperar que Laodicéia, como Filadélfia, teria sido uma cidade missionária, mas este não foi o caso. A cidade serviu como uma fortaleza no sistema de rotas comerciais, mas por causa de uma fonte de água restrito era muito vulnerável e cresceu para a fama em tempos de paz, e não por causa da guerra. Havia muitos judeus na cidade, era um centro para a religião imperial, e tinha um templo para a adoração a Zeus.

Laodicéia tinha poucas características distintas, o seu carácter sendo composto de força e fraqueza em proporções mais ou menos iguais. Sua capacidade de se adaptar a uma variedade de comércios, culturas e religiões sem intercorrências, causada Ramsay para chamá-lo à cidade de Compromisso. Esta mesma característica é evidente na igreja de Laodicéia, mas as características físicas da cidade não correspondia à sua história, como foi o caso com o resto das sete cidades.

Cristo é aqui descrito como o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus . Não é imediatamente claro como esses atributos são relevantes para o caráter da igreja de Laodicéia-se de fato o que é necessário. É duvidoso se a Amémtem qualquer referência a este ser o último dos sete cartas. "Jesus é o Amém, porque ele garante a verdade de qualquer afirmação, e a execução de qualquer promessa, feita por ele mesmo." Seu próprio caráter santo é essa garantia. O resto da descrição de Cristo é uma ampliação dos Amen . Assim, Ele é a testemunha fiel e verdadeira , os martys de todas as igrejas. A final attribute- o princípio da criação de Deus -parallels Jo 1:3 , sendo que ambos referem-se à atividade criadora de Cristo. Ele foi o agente de toda a criação de Deus desde o início.

Não há acusações de heresia ou de infidelidade são dirigidos contra esta igreja. Nem é qualquer elogio dado como no caso de todas as outras igrejas, com excepção de Sardes. O pecado de Laodicéia foi a de indiferença, expressa como sendo nem frio nem quente . Isso é essencialmente o egocentrismo, a retenção de compromissos sérios e lealdades, jogando ambas as extremidades contra o meio. Pagan, judeu, cristão-que diferença isso faz tanto tempo como um homem é religioso? Paz a qualquer preço é a maior virtude, mesmo ao preço de convicções teológicas e bíblicas. Nós o chamamos de tolerância religiosa, e às vezes ecumenismo. Não há virtude em ser diferente por causa da diferença; e da ortodoxia pode estar certo, sem ser à direita radical. No entanto, esta carta pretende dizer-nos que a igreja não é necessariamente fazer progressos quando ele aprendeu a fazer a paz com toda a gente. Diplomacia é a esposa de duplicidade, a prole de que é a hipocrisia.

Outro termo para caracterizar a igreja de Laodicéia é o materialismo. Própria prosperidade é nenhuma evidência de uma igreja morna; mas uma igreja que se torna morno tende a contar o seu sucesso em termos de números, orçamentos e do tamanho da planta da igreja. Sendo curto em recursos espirituais, alguma evidência tangível do progresso material torna-se necessário. Eu sou rico, e aumentou com a mercadoria, e não preciso de nada é o julgamento de cegueira, ignorância e insensibilidade espiritual. É auto-julgamento e auto-julgamento é raramente imparcial ou precisos. A tragédia é que não pode existir igrejas cristãs que estão satisfeitos com este tipo de avaliação. A reação de Deus é para vomitar-te da minha boca . Eles enjoar Ele, porque eles perderam o sabor dos verdadeiros cristãos. Eles merecem ser expulso, mas que seria ao contrário de Deus, e assim ele os trata como pecadores, para, na verdade, eles são miseráveis ​​, e miserável, pobre, cego e nu . Ele repreende e castiga-los, porque Ele os ama, tem um grande carinho (philia) para eles. E pela mesma razão que Ele pede a eles personally- que estou à porta e bato. Seja zeloso, portanto, e arrepende-te . Nele podem encontrar a verdadeira riches- ouro refinado pelo fogo; vestes brancas; e colírio . A lição parece ser que qualquer estado de graça da igreja e seus membros curto de zelo fervoroso com base em convicções valentes da verdade como ela está em Cristo é desagradável a Deus e deve se arrepender.

O que vencer . É bem neste momento para olhar para trás sobre as passagens paralelas nos outros letras. Dissemos anteriormente que todos eles falam em geral da mesma recompensa aguarda os justos. Até agora, tivemos a chance de ver algo da grande diversidade de bênçãos que o Reino de Deus oferece aos fiéis. A expressão culminante é encontrado aqui, os santos hão de ter conquistado e, portanto, ser tratada como conquistadores. Eles superaram da mesma maneira em que Cristo venceu, porque eles ganharam a vitória por meio dele. Cristo disse: vou dar a ele a sentar-se comigo no meu trono, assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono . O seu reinado com Cristo não será apenas por um milênio (cap. Ap 20:1 ), mas "eles reinarão para todo o sempre" (22: 5 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Apocalipse Capítulo 3 do versículo 1 até o 22
I. Sardes: a igreja morta (3:1-6)

A igreja de Sardes tinha obras, mas não vida. Ela já tivera a fama de ser viva, mas agora estava morta. Que descrição vivida de alguns ministé-rios históricos de hoje! G. Campbell Morgan chamou isso de "reputação sem realidade".

Cristo adverte os santos: (1) estejam vigilantes, alertas; (2) con-solidem as poucas coisas que têm; (3) lembrem-se da Palavra que rece-beram e ouviram; (4) permaneçam firmes e estejam preparados para quando eu voltar.

O versículo 5 tem preocupa-do as pessoas, pois sugere que o nome dos cristãos infiéis será tirado do Livro da Vida. O "Livro da Vida" contém o nome de todos os que nasceram de novo. Os que re-jeitam a Cristo terão o nome apa-gado do livro, porque estão mortos. Os verdadeiros cristãos têm o nome escrito no Livro da Vida do Cordeiro (13 8:21-27). Os que não tiverem o nome escrito no último Livro da Vida irão para o inferno (20:15). A pessoa pode ter o nome em uma lista da igreja e não ter sido salva. Que surpresas teremos quando "se abrir[e]m [os] livros" (20:12)! Hoje, as igrejas podem ter nomes "vivos" e, mesmo assim, estar mortas.

II. Filadélfia: a igreja servidora (3:7-13)

O nome "Liladélfia" significa "amor fraternal", portanto sabemos de ime-diato que lidamos com pessoas sal-vas e que amam umas às outras e ao Senhor. Essa igreja representa a igreja missionária dos últimos dias. As igre-jas da Idade Média fizeram muito pouco para propagar o evangelho por outras terras, a não ser por espo-rádicos empreendimentos missioná-rios. Elas gastaram mais tempo em guerras religiosas e no jogo político com os governantes civis. As igrejas não precisam ser grandes ou fortes (v.

  1. para ter a fé e o amor necessários para atravessar a porta de serviço que Cristo abriu à frente delas. A "chave de Davi" (v. 7) refere-se à autorida-de dele como Lilho de Davi; veja Is 22:22, que apresenta a chave como um símbolo de autoridade. É importante que a igreja esteja vigilan-te e pronta para aproveitar as opor-tunidades que Deus lhe apresenta, pois as portas se abrem e se fecham o tempo todo ao redor do mundo. Nin-guém pode interferir quando Cristo abre ou fecha uma porta.

Essa igreja sofre oposição da igreja falsa (sinagoga de Satanás), os impostores. Esses falsos irmãos afirmam ser a igreja e opõem-se ao ministério do povo de Deus, mas Cristo promete fazê-los prostrar-se. A igreja falsa tem popularidade, in-fluência e dinheiro; todavia, um dia, se curvará diante dos verdadeiros santos de Deus que levam a verda-de ao mundo.

O versículo 10 é uma das de-clarações mais vigorosas de que a igreja não passará pelo período da tribulação. Os verdadeiros crentes de hoje fazem parte da igreja de Filadélfia e não passarão pelos sete anos de terrível julgamento sobre a terra. Veja também 1 Tessalonicen- ses 5:8-9. O próprio texto de Apo-calipse é outra prova disso, pois não menciona a igreja até 22:16. Apo-calipse 22:20 apresenta uma ora-ção que não poderiamos fazer se o período de tribulação fosse anterior ao arrebatamento da igreja.

  1. Laodicéia: a igreja apóstata (3:14-22)

O nome "Laodicéia" significa "go-verno do povo" e sugere uma igre-ja democrática que não segue mais seus líderes espirituais ou a autori-dade da Palavra de Deus. A igreja é indiferente, nem fria nem quente. Nessa igreja, a verdade foi diluída no erro. A tragédia é que essa igreja é "rica", do ponto de vista material, e não sabe que é pobre, miserável, cega e nua. Que retrato da igreja apóstata de hoje, que tem prestígio, riqueza, poder político e pobreza espiritual.

Laodicéia era conhecida por sua lã, suas riquezas e seus remédios; por isso, no versículo 18, Cristo usa essas imagens para aconselhá-la. Ele quer dar-lhe a verdadeira riqueza da Palavra do Senhor, a vestimenta da graça e a capacidade de ver as coisas espirituais. Havia algo errado com os valores, a vestimenta e a visão de seus membros. Ele os disciplinaria em amor, se não se arrependessem.

Muitas vezes, usa-se o versícu-lo 20 como um convite ao evange-lho, uma boa aplicação. No entanto, a interpretação básica é que Cristo fica do lado de fora da igreja indife-rente. A igreja tem riqueza e poder, mas não tem Cristo. Ele está até dis-posto a entrar na vida de uma pessoa, desde que seja convidado a fazer isso. É trágico uma igreja se tornar tão indiferente e soberba a ponto de Cristo ter de sair e permanecer fora dela. Seus membros eram totalmente indiferentes em relação a Cristo. Eles o deixavam de fora dos planos, dos programas e do coração deles.

Hoje também existem esses sete tipos de igrejas da época de João. Temos igrejas ocupadas que aban-donaram o primeiro amor (Éfeso) e, muitas vezes, tornam-se indiferentes em relação a Cristo (Laodicéia). As doutrinas falsas começam aos pou-cos e, depois, crescem e infestam toda a congregação. Contudo, em cada igreja, há um remanescente de crentes verdadeiros (os vencedores) que são responsáveis na fidelidade a Cristo até o retorno dele.
Os estudiosos bíblicos suge-rem que as promessas aos vence-dores, apresentadas nesses capítu-los, assemelham-se às histórias do Antigo Testamento: a árvore da vida no Eden (2:7); o homem expulso do jardim para a morte (2:11); o maná do deserto (2:17); a era do reino de Israel (2:26-27); o ministério sa-cerdotal (3:5); o templo (3:
12) e o trono glorioso de Salomão (3:21). É como se Cristo reunisse a história de Israel e a aplicasse ao seu povo hoje.
Por fim, observe a importância da Palavra de Deus para as igrejas. Cristo chama sete vezes as igrejas para que escutem o que o Espírito diz. As igrejas começam a se des-viar da verdade quando deixam de ouvir a voz do Espírito, por intermé-dio da Palavra, e começam a ouvir as vozes dos falsos mestres. Não devemos negar a fé (2:23), mesmo que isso custe a nossa vida. Deve-mos guardar a Palavra dele (3:8,10) e não negar seu nome. Não há vida nem esperança para a igreja à parte da Palavra de Deus.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Apocalipse Capítulo 3 do versículo 1 até o 22
3.1 Sardes. A cidade orgulhava-se pelas indústrias dê lã e de tinturaria. O centro de culto a Cibele, deusa de religião de mistério, cuja imoralidade e degeneração eram notáveis. Morto. A igreja tinha o conceito de ser próspera espiritualmente por causa do início notável que a obra tivera, Mas Deus a analisa agora como espiritualmente fria e insensível.

3.3 Lembra-te. A igreja de Sardes precisava conservar uma viva lembrança de bênçãos anteriores (Conforme 2.5). Virei como ladrão. O simbolismo é de uma vinda súbita para julgar a igreja, quando menos se esperava. A figura aplica-se à segunda vinda de Cristo (16.15; Mt 24:43; Lc 12:34; 1Ts 5:2; 2Pe 3:10). Sardes já tinha sido capturada duas vezes porque os guardas confiaram demais na segurança dos penhascos ao derredor da cidade, dormindo sem preocupação.

3.4 Não contaminaram suas vestiduras. Poucos na igreja não mancharam sua fé, cristã pela contaminação do ambiente pagão.

3.5 Vestiduras brancas. Há contraste entre as roupas coloridas produzidas pelas indústrias locais, e a revestimento espiritual que Deus dará aos que, fiel e puramente, se mantêm livres da contaminação pagã. Livro do vida. O simbolismo foi (Êx 32:32) e o registro dos cidadãos do Império Romano (do qual um nome podia ser apagado). Quem possui a vida eterna, tem a graça da perseverança na terra (Mt 24:13; He 2:3).

3.7 Filadélfia. O nome significa "amor fraternal". Tanto a igreja como a cidade eram pequenas. Igreja pequena, não significa que é esquecida por Deus. Chave de Davi. Cristo tem o direito de admitir ou excluir as pessoas do Reino de Deus. Os judeus reivindicavam que só Israel tinha o privilégio de entrar no Reino. O poder das chaves é a autoridade exclusiva de Jesus Cristo, o Messias davídico (5.5; 22.16; conforme Mt 16:18).

3.10 Hora do provação. Deve ser uma alusão às "dores messiânicas”, sofrimento e perseguição que cairão sobre o povo de Deus antes da vinda de Cristo (Conforme Ez 12:1, Ez 12:2, Ez 12:10-27). A provação atingirá os crentes na perseguição do anticristo enquanto os pagãos, "os que habitam sobre a terra" sofrerão os julgamentos divinos (13 7:8-8:1-9.19; 16:1-20)

3.12 Coluna. Este simbolismo talvez se entenda pelo costume de honrar um sacerdote pagão com o acréscimo de uma coluna ao templo local. O crente fiel tem a segurança de ser estabelecido eternamente no reino e na comunhão com Deus (conforme Sl 27:4).

3.14 Laodicéia. Uma das cidades mais ricas da Ásia Menor, que orgulhosamente recusou a ajuda de Roma quando foi destruída por um terremoto em 60 d.C. Distava 160 km de Éfeso, e 80 km de Filadélfia, no encontro de três estradas importantes. O princípio do criação de Deus. Princípio significa, aqui, "fonte", "origem", descrevendo assim a Cristo, tanto na Sua atuação na Criação original (Jo 1:14; Cl 1:15-51), como na Sua obra ao suscitar a Nova Criação (2Co 5:17).

3.16 Vomitar-te. Perto de Laodicéia havia fontes de água mineral morna e emética, que o viajante sedento rejeitaria com nojo. Este é o desgosto que Cristo sente para com uma igreja espiritualmente morna. Qualquer outra condição espiritual seria mais promissora.

3.17 Estou rico. A igreja local da cidade rica já abraçara a acomodada atitude prevalecente da soberba das riquezas. Imaginava que possuía grandes riquezas espirituais e virtudes cristãs. As riquezas materiais produzem uma conformidade fatal com os padrões morais mundanos (cf.Dn 12:8; Lc 1:53).

3.18 Ouro refinado pelo fogo. Simboliza à verdadeira riqueza celestial, sem máculas nem tristezas (Mt 6:19-40; Lc 12:21). O versículo é uma mensagem para mostrar , atitude de Cristo ao encarar os jactanciosos de Laodicéia: "Seu centro bancário, seu colírio, sua lã preta não servirão para dar a riqueza, visão e decência espirituais". Estes eram os produtos locais.

3.20 Estou à porta. O contexto não sugere uma referência à segunda vinda e ao banquete messiânico; são boas-vindas à vivência de Cristo no seu meio. Seu culto, portanto, era uma fraude vazia. Se qualquer indivíduo, porém, quer abrir a porta do seu íntimo e ouvir a chamada de Cristo, então Cristo entrará para dirigir sua vida e lhe oferecer Sua convivência. Assim fica claro que é Cristo quem salva, não a Sua igreja; mostra que uma igreja pode existir como casca, mantendo seu culto formal, todavia faltando o coração que é a comunhão do Senhor.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Apocalipse Capítulo 3 do versículo 1 até o 22

5) A carta a Sardes (3:1-6)
Sardes era a capital do antigo reino da Lídia, conquistado por Ciro em 546 a.C. Na época dos romanos, tinha perdido sua antiga grandeza, e a cidade nunca se recuperou de um forte terremoto que a devastou em 17 d.C.
v. 1. que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas-, Conforme 1.4,16. você tem fama de estar vivo, mas está morto: A igreja participava da natureza da cidade, “cujo nome era quase sinônimo de pretensões injustificadas, promessas não cumpridas, aparência sem realidade, segurança que anunciava a ruína” (W. M. Ramsay). E bem evidente que a concessão que haviam feito ao seu contexto pagão tinha corroído de tal forma o testemunho da igreja em Sardes que ela era uma igreja cristã só de nome. O avivamento e o arrependimento são urgentes; do contrário, não há futuro para a igreja, v. 3. se você não estiver atento, virei como um ladrão e você não saberá a que hora virei contra você. Essa linguagem, descrevendo a subita-neidade da vinda de Cristo para julgar, aparece em algumas partes do NT (conforme 16.15; Mt 24:43; lTs 5.2; 2Pe 3:10); aqui ela é especialmente adequada em vista da história de Sardes, que tinha sido vencida repentinamente mais de uma vez, quando a sua elevada cidadela havia sido escalada em pontos em que se imaginava que esse acesso fosse impossível, v. 4. você tem aí em Sardes uns poucos-. Uma minoria na igreja tinha se negado a seguir os caminhos comprometedores da maioria; visto que na terra decidiram manter suas vestes não manchadas pelo mundo, sua recompensa serão vestes brancas na glória, apropriadas para os que andam na companhia do Senhor (talvez haja aqui uma alusão à atividade comercial principal de Sardes — a manufatura e tintura de roupas de lã). Esse é o incentivo oferecido nessa carta ao vencedor, junto com a promessa: Jamais apagarei o seu nome do livro da vida, mas o reconhecerei diante do meu Pai e dos seus anjos (v. 5). Essa promessa traz à memória Mt 10:32; Lc 12:8,Lc 12:9. O “livro da vida” parece incluir aqui, mas não nos outros lugares em que é mencionado (13 8:17-8; 20.12,15;

21.27), primeiramente todos aqueles cujos nomes estão na lista de membros da Igreja na terra, mas aqueles cuja qualidade de membro é apenas nominal tiveram os seus nomes apagados — i.e., o Senhor declara que nunca os conheceu (conforme Lc 13:25,Lc 13:27). Em outros trechos em Apocalipse, aqueles cujos nomes estão no livro da vida são os que resistem com firmeza à tentação da apostasia e que por isso sobrevivem no grande dia de Deus.


6) A carta a Filadélfia (3:7-13)

Filadélfia recebeu o seu nome em memória de Átalo II, rei de Pérgamo (159-138 a.C.), que foi chamado Filadelfo (“que ama seu irmão”) por causa de sua devoção ao irmão e predecessor, Eumenes II. O terremoto Dt 17:0. Aqui são designações de Cristo (conforme Mc 1:24Jo 6:69; At 3:14). que tem a chave de Davr. Em Is 22:22, a “chave do reino de Davi” é colocada sobre os ombros de Eliaquim, e assim “o que ele abrir ninguém conseguirá fechar, e o que ele fechar ninguém conseguirá abrir”. Isso quer dizer que Eliaquim é apontado como administrador principal ou grande vizir do palácio real de Jerusalém. Aqui, no entanto, a mesma linguagem é usada para designar Jesus como o Messias davídico — não como administrador principal, mas como Príncipe da casa de Davi (conforme He 3:2-58). v. 8. coloquei diante de você uma porta aberta-. Uma oportunidade de testemunho (conforme 1Co 16:92Co 2:12). v. 9. sinagoga de Satanás-, Conforme 2.9, na carta a Esmirna. Farei que se prostrem aos seus pés e reconheçam que eu o amei: Eles reconhecerão que a igreja desprezada de Filadélfia é a verdadeira congregação do povo de Deus nessa cidade, v. 10. a minha palavra de exortação à perseverança-, A “minha palavra” do v. 8 é aqui tornada mais específica como ordem de Cristo à perseverança por sua causa, um elemento essencial no evangelho (conforme 2.10b; Mt 10:22b; Mc 13:13b; Jo 15:18ss; 16.1ss,33). \a\ hora da provação que está para vir sobre todo o mundo, para pôr à prova os que habitam na terra'. Isso é a visitação retratada na série sucessiva de juízos a partir Dt 6:1, que é dirigida aos “que habitam a terra” — uma expressão recorrente em Apocalipse que exclui o povo de Deus, talvez porque este é constituído de cidadãos do céu, membros da nova Jerusalém. Conforme Lc 21:35. Os fiéis servos de Deus, entre os quais são claramente incluídos os membros da igreja de Filadélfia, são “selados” (7:2-8) contra essa visitação. Na interpretação de Apocalipse, é importante distinguir entre a tribulação que vem como juízo divino sobre os ímpios (como aqui) ou sobre cristãos infiéis (como em 2,22) ou a que vem sobre os fiéis (como em 2.10; 7.14). v. 11. Venho em breve. Como nas cartas aos de Éfeso (2.5), Pérgamo (2.16), Tiatira (2,25) e Sardes (3.3); mas para os de Filadélfia sua vinda traz bênçãos completas, desde que a expectativa da sua vinda os encoraje a manter a lealdade e que não abram mão da sua coroa (conforme 2.10b). Retenha o que você tem\ Conforme 2.25, em que as almas fiéis de Tiatira são exortadas de forma semelhante, v. 12. uma coluna no santuário do meu Deus, e dali ele jamais sairá-. A metáfora evidentemente passa por uma mudança repentina: a coluna que sustenta o telhado ou frontão se transforma em adorador ou ministro no santuário; mas o sentido pode ser que essa coluna nunca será movida da sua base, como tantas colunas na cidade de Filadélfia acometida pelo terremoto. Escreverei nele...'. Como vencedor, ele traz em si um nome triplo — o nome de Deus, que o tem por filho; o nome da cidade de Deus, entre cujos cidadãos está inscrito; o nome de Cristo, seu Senhor. Conforme 2.17; 14.1;

22.4. cidade do meu Deus, a nova Jerusalém...'. Isto é, a comunidade dos santos; conforme 21.2, 3,9ss, e cp.com SI 87 como pano de fundo do AT.


7) A carta a Laodicéia (3:14-22)

Laodicéia foi fundada pelo rei selêucida Antíoco II (261-246 a.C.) e recebeu esse nome em homenagem a sua mulher, Laodice. Essa igreja é mencionada em Cl 2:1; Cl 4:13ss como uma das igrejas do vale do Lico, junto com as de Colossos e Hierápolis; as três foram provavelmente fundadas por Epafras durante o ministério de Paulo em Éfeso. A igreja em Laodicéia não é marcada nem por lealdade e perseverança nem por deslealdade intencional, mas por uma auto-satisfação confortável que a tornava incapaz de dar o verdadeiro testemunho de Cristo.

v. 14. do Amém-. Aquele em quem a revelação de Deus encontra sua resposta e cumprimento perfeitos (conforme 2Co 1:19,2Co 1:20). Uma conexão com o hebraico ’amon em Pv 8:30 tem sido sugerida por alguns intérpretes porque a parte final desse título tríplice de Jesus, o soberano da criação de Deus (lit. “o início da criação de Deus”), vem do mesmo contexto em Pv 8:22 (conforme Cl 1:15ss). Jesus fala aqui na posição da Sabedoria Divina, a testemunha fiel e verdadeira: Conforme 1.5. v. 15. você não éfrio nem quente-, A escolha da figura da mornidão para caracterizar a ineficiência ou falta de zelo dos laodicenses pode ter sido sugerida pelo suprimento de água da cidade, que provinha das fontes termais de Denizli ao sul, que ainda estava morna depois de correr por oito quilômetros em canos de pedra — diferentemente da água fria que refrescava seus vizinhos em Colossos ou da água quente cujas propriedades terapêuticas eram muito apreciadas pelos habitantes de Hierápolis. Conforme M. J. S. Rudwick e E. M. B. Green, “The Laodicean Lukewarmness”, Exp T 69 (195758), p. 176. v. Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada'. A igreja de Laodicéia evidentemente refletia o caráter da cidade como um todo, que era famosa por sua riqueza. Quando foi destruída por um terremoto em 60 d.C., os cidadãos recusaram ajuda de Roma e reconstruíram a cidade com seus próprios recursos. Mas, por admirável que essa independência possa ser nas questões materiais, no domínio espiritual a auto-suficiência significa destruição; a verdadeira suficiência de uma igreja precisa vir de Deus (conforme 2Co 3:5), que é o único que supre riquezas, vestimentas e saúde espirituais (v. 18). v. 18. roupas brancas-, Laodicéia era famosa pela manufatura de mantos de lã preta chamados laodicia; as ovelhas pretas das quais a lã era obtida sobreviveram nessa região até os nossos dias.

Para cobrir a sua vergonhosa nudez-. Conforme 16.15. colírio para ungir os seus olhos-. Havia uma famosa escola médica perto de Laodicéia em que a “pedra da Frigia” era triturada para produzir colírio (gr. kollyrion), que parece que era misturado com óleo e aplicado aos olhos como ungüento. v. 19. Repreendo e disciplino aqueles que eu amo: Com base em Pv 3:12 (cf. He 12:6). seja diligente e arrependa-se: Esse é o quinto chamado ao arrependimento nessas cartas (conforme 2.5,16,21; 3.3); somente Esmirna e Filadélfia não são assim desafiadas. O arrependimento de Laodicéia substituiria a complacência pelo zelo e preocupação, v. 20. Eis que estou à porta e bato-. Cristo não tem lugar na vida da igreja de Laodicéia e quer entrar; mesmo que a igreja como um todo não dê atenção a esse chamado, os membros que o fizerem vão desfrutar da mútua comunhão com ele. A linguagem lembra 14:23. v. 21. darei o direito de sentar-se comigo em meu trono, assim como eu também venci e sentei-me com meu Pai em seu trono-, Conforme a promessa de Jesus em Lc 22:28-42 aos que tinham permanecido ao lado dele nas suas “provações”. A vitória deles, como a de Jesus, é conquistada por meio do sofrimento e da morte (5.5,6; 12.11); os que sofrem com ele reinam com ele (2Tm 2:12). A mesma promessa foi feita com outras palavras no final da carta a Tiatira (2:26-28). Cristo sentado no trono do Pai é sua exaltação à direita de Deus, da qual ele falou na sua resposta ao sumo sacerdote (Mc 14:62; Ef 1:20Cl 3:1; He 1:3 etc.; 1Pe 3:22). “O direito mais elevado que o céu oferece é dele, é dele por direito”; mas a participação na sua soberania é concedida a seu povo (cf Ef 2:6). v. 22. o que o Espírito diz às igrejas-, A outras igrejas além das sete, sendo as sete, sem dúvida, representantes de todas; e, com as devidas adaptações, às igrejas do século XXI tão claramente quanto às do século I.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Apocalipse Capítulo 3 do versículo 14 até o 22

Ap 3:14-22. A última carta é à Laodicéia, que não recebe nenhum elogio. As condições desfavoráveis desta igreja eram de mornidão: os membros não eram nem frios nem quentes (v. Ap 3:15). A pessoa morna não se perturba muito quando ouve ensinamentos heréticos, e não é vigorosa na defesa da verdade. Este espírito de indiferença é a coisa mais trágica que pode acontecer a urna igreja. O final desta carta é diferente da conclusão das outras seis pelo fato de fazer uma aplicação individual: se alguém ouvir a muna voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, etc.

(v. Ap 3:20).

Através dos séculos, os estudantes têm defendido quatro diferentes pontos de vista sobre as mais profundas implicações desta série de sete cartas. Primeiro, há a interpretação histórica – que estas igrejas existiram quando João escreveu e tinham as características aqui descritas. Segundo, há a opinião – sem dúvida correta – de que estas igrejas, além de serem históricas, são representantes dos diferentes tipos de igrejas através dos séculos. De acordo, manifestam as boas e as trágicas características nas igrejas, século após século. As advertências e as promessas, então, são para todas as épocas. Há uma terceira e um tanto fantástica opinião de que estas profecias devem ser interpretadas futuristicamente; isto é, que todas essas cidades serão restauradas no final dos tempos, e então as predições serão inteiramente cumpridas. Um quarto ponto de vista, defendido por muitos, é o de que estas sete igrejas representam sete períodos sucessivos da história da igreja, desde o primeiro século até o fim dos tempos. Eu pessoalmente não sigo esta interpretação, e o estudo das obras de seus proponentes revelam confusão sobre confusão. Virtringa, por exemplo identifica a sexta igreja com o primeiro século da Reforma, e a sétima com a igreja Reformada do seu tempo. Geralmente, os escritores que aceitam este ponto de vista proclamam que estão no período de Laodicéia. Parece que a mornidão e a indiferença marcará a igreja do final dos tempos, particularmente a indiferença quanto às grandes doutrinas da fé e a falta de vontade de defendê-las.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Apocalipse Capítulo 3 do versículo 14 até o 22
g) A carta à igreja em Laodicéia (Ap 3:14-66). Os vers. 17 e 18 formulam uma só afirmação: Pois dizes: ... Aconselho-te que compres... A pretensão dos laodicenses não é apenas que eles de nada carecem, mas que a sua riqueza, tanto moral como material se deve completamente aos seus próprios esforços. Revela-se a sua verdadeira condição de pobreza, apesar de possuir dinheiro; de nudez, a despeito da sua abundância de vestidos; de cegueira, embora haja nela muitos médicos. Esta igreja, portanto é a única de todas as sete, a ser chamada de miserável. O seu recurso é "comprar" (cfr. Is 55:1) de Cristo o ouro fino de um espírito regenerado, de pureza de coração, que possa levá-la à glória da ressurreição (Ap 7:13-66) e da graça pela qual possa apropriar as realidades espirituais (cfr. 1Co 3:0.

John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Apocalipse Capítulo 3 do versículo 1 até o 22

9  Filadélfia: A Igreja fiel ( Apocalipse 3:7-13 )

"Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Aquele que é santo, que é verdade, que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha e ninguém abre, diz o seguinte: 'Eu sei seus atos. Eis que ponho diante de ti uma porta aberta que ninguém pode fechar, porque você tem um pouco de poder, e ter mantido a minha palavra, e não negaste o meu nome. Eis que farei aos da sinagoga de Satanás , que se dizem judeus, e não são, mas mentem-I vai fazê-los vir e prostrar a seus pés, e fazê-los saber que eu vos amei. Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei .—lo da hora da provação, que horas, que está prestes a vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra, venho sem demora;. retende o que você tem, para que ninguém tome a sua coroa Aquele que vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e ele não vai sair dela mais; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, eo nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém , que desce do céu, do meu Deus, e meu novo nome. Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas "(. 3: 7-13 )

Às vezes eu sou perguntado por homens jovens que procuram uma igreja para pastor se eu sei de uma igreja sem quaisquer problemas. A minha resposta a eles é: "Se eu fiz, eu não diria a você, você iria lá e estragar tudo." A questão é que não há igrejas perfeitas. Igrejas lutam porque todos são feitos de imperfeitos, pecando pessoas. A igreja não é um lugar para as pessoas sem deficiências; ela é uma irmandade de pessoas que estão conscientes de suas fraquezas e longo prazo para a força ea graça de Deus para encher suas vidas. É uma espécie de hospital para aqueles que sabem que estão doentes e necessitados.
Como todas as igrejas, a de Filadélfia teve suas imperfeições. Contudo, o Senhor elogiou seus membros por sua fidelidade e lealdade. Eles ea congregação em Esmirna foram os dois únicos dos sete que não recebeu nenhuma reprovação do Senhor da igreja. Apesar de suas lutas carnais, os cristãos de Filadélfia foram fiéis e obedientes, servir e adorar ao Senhor. Eles oferecem um bom modelo de uma igreja fiel.
Para ajudar na compreensão da carta à igreja de Filadélfia, que pode ser dividida em seis categorias: o correspondente, a igreja, a cidade, o elogio, o comando, e com o advogado.

O Correspondente

Aquele que é santo, que é verdade, que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha e ninguém abre, diz o seguinte: ( 3: 7 c)

O Senhor Jesus Cristo, o autor divino das sete letras, que sempre apresenta-se com uma descrição refletindo Seu caráter. Nos cinco cartas anteriores, essas descrições tinha vindo da visão registrada em 1: 12-17 . Mas esta descrição dele é único e não retirados de que a visão anterior.Ele tem características distintamente do Antigo Testamento.

Aquele que é santo se refere a Deus, o único que possui santidade absoluta. O Antigo Testamento descreve repetidamente Deus como o Santo (eg, 2Rs 19:22 ; 6:10 ; Sl 71:22. ; Sl 78:41 ; Is 43:15. ; Is 54:5 um demônio apavorada gritou: "Que negócio é que temos uns com os outros, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: o Santo de Deus!"Ao anunciar o Seu nascimento de Maria, o anjo descreveu Jesus como "o Filho santo" ( Lc 1:35 ). Em Jo 6:69 Pedro afirmou: "Nós acreditamos e vim a saber que tu és o Santo de Deus." Mais tarde, ele repreendeu os judeus incrédulos porque "renegado o Santo e Justo, e pediu um assassino a conceder a [eles]" ( At 3:14 ).

Identificação do próprio Jesus como Aquele que é santo pode ser nada menos do que uma reivindicação direta com a divindade. O Senhor Jesus Cristo possui em inalterada, essência inalterada a natureza santa e sem pecado de Deus. Porque Cristo é santo, Sua igreja deve ser também. "Assim como o Santo que vos chamou", escreveu Pedro, "sejam santos vocês também em todo o seu comportamento" ( 1Pe 1:15 ). Que o Santo onisciente não deu nenhuma repreensão, advertência ou condenação à igreja Filadélfia fala muito bem deles, de fato.

Não só é Jesus Cristo, o Santo; Ele também descreve a si mesmo como Ele que é verdade. A verdade é usado em combinação com a santidade para descrever Deus em Ap 6:10 ; Ap 15:3 . alethinos ( verdadeiro ) denota o que é genuíno, autêntico e real. No meio da falsidade, perversão, e erro que enche o mundo, o Senhor Jesus Cristo é a verdade ( Jo 14:6. ). O termo a chave de Davi também aparece em Is 22:22 , onde se refere a Eliaquim, o mordomo ou primeiro-ministro ao rei de Israel. Por causa de seu escritório, ele controlava o acesso ao monarca. Como o titular de a chave de Davi, Jesus tem autoridade soberana para determinar quem entra Seu reino messiânico (cf. Jo 10:7 ; Jo 14:6 .) Ap 1:18 revela que Jesus tem as chaves da morte e do inferno; aqui Ele é retratado como tendo as chaves para a salvação e bênção.

Finalmente, Jesus identifica-se como Ele que abre, e ninguém fechará, e que fecha e ninguém abre. Essa descrição salienta a onipotência de Cristo; O que ele não pode ser derrubada por alguém mais poderoso. "Eu ajo e quem pode revertê-la?" declarou o Senhor em Is 43:13(cf. Isaías 46:9-11. ; Jr 18:6. ). Ninguém pode fechar as portas para o reino ou para abençoar se Ele os mantém aberta, e ninguém pode forçá-los aberto se Ele detém-los fechados. À luz da promessa no versículo 8 , Cristo também poderia ser referindo-se abrindo e fechando portas para o serviço. Em ambos os casos, a ênfase está no Seu controle soberano sobre Sua igreja.

Que Jesus Cristo, o santo, o verdadeiro, soberano, onipotente Senhor da igreja, não encontrou nada para condenar na igreja Filadélfia deve ter sido um incentivo alegria para eles.

A Igreja

a igreja em Filadélfia ( 3: 7 a)

Pouco se sabe sobre a igreja de Filadélfia para além desta passagem. Como a maioria dos outros sete igrejas, ele provavelmente foi fundada durante o ministério de Paulo em Éfeso ( At 19:10 ). Poucos anos depois de João escreveu o Apocalipse, a igreja pai cedo Inácio passou por Filadélfia em seu caminho para o martírio em Roma. Ele escreveu mais tarde a igreja uma carta de encorajamento e instrução. Alguns cristãos de Filadélfia foram martirizados com Policarpo de Esmirna (ver capítulo 5 deste volume). A igreja durou séculos. Os cristãos em Filadélfia manteve-se firme, mesmo depois de a região foi invadida pelos muçulmanos, finalmente sucumbir em meados do século XIV.

A Cidade

Filadélfia ( 3: 7 b)

A partir do vale do rio Hermus, onde Sardes e Esmirna foram localizados, um vale menor (a do rio Cogamis) ramifica para o sudeste. Uma estrada através deste vale desde o melhor meio de ascensão dos 2:500 metros do vale Hermus ao vasto planalto central. Neste vale, cerca de trinta quilômetros de Sardes, foi a cidade de Filadélfia.
Filadélfia era o caçula de sete cidades, fundada em algum momento após 189 AC , quer pelo rei Eumenes de Pérgamo ou seu irmão, Átalo II, que o sucedeu como rei. Em ambos os casos, a cidade seu nome deriva o apelido de Átalo II Filadelfo ("amante irmão"), que sua lealdade para com o seu irmão Eumenes lhe valera.

Embora esteja situado em um local facilmente defensável em uma colina de 800 metros de altura, com vista para uma estrada importante, Filadélfia não foi fundada principalmente como um posto militar (como Tiatira tinha sido). Seus fundadores pretendia que fosse um centro de cultura grega e da língua, um posto missionário para espalhar helenismo às regiões de Lídia e Frígia. Filadélfia sucedido em sua missão tão bem que por AD 19 a linguagem Lídio tinha sido completamente substituído pelo grego.

Filadélfia beneficiou da sua localização na junção de várias rotas comerciais importantes (como também de ser uma parada em Imperial Post Road), que lhe rendeu o título de "porta de entrada para o Oriente" (Robert H. Mounce, O Livro do Apocalipse, O Novo Comentário Internacional sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1977], 114-15). A cidade foi localizado na orla da Katakekaumene (a "terra queimada"), uma região vulcânica cujo solo fértil foi ideal para vinhas. Estar perto de uma região tão sismicamente ativa tinha suas desvantagens, no entanto. Em AD 17 um forte terremoto abalou Filadélfia, juntamente com Sardes e dez outras cidades próximas. Embora a destruição inicial era maior de Sardes, Filadélfia, estando mais perto do epicentro, experimentaram tremores secundários frequentes durante os próximos anos. Essa experiência enervante deixou cicatrizes psicológicas em habitantes da Filadélfia, como Sir William Ramsay, observa:

Muitos dos habitantes permaneceram fora da cidade que vivem em barracas e estandes sobre o vale, e aqueles que foram suficientemente corajoso (como o pensamento sóbrio) para permanecer na cidade, praticado vários dispositivos para apoiar e fortalecer as paredes e casas contra a choques recorrentes. A memória deste desastre vivido muito tempo ... as pessoas viviam em meio a sempre ameaçando perigo, com pavor sempre de um novo desastre; eo hábito de sair para o campo aberto, provavelmente, não tinha desaparecido quando os sete letras foram escritas.( As Cartas às Sete Igrejas da Ásia [Albany, Oreg .: ERAS Software; reimpressão da edição de 1904], 316-17)

Em gratidão por ajuda financeira de César Tibério na reconstrução de sua cidade, os Philadelphians juntou-se com várias outras cidades em erigir um monumento a ele. Indo além das outras cidades, Filadélfia, na verdade, mudou seu nome para Neocaesarea para um número de anos.Várias décadas depois, a cidade novamente mudou seu nome para Flavia, em homenagem à família imperial romana no poder. Ele seria conhecido por ambos os nomes, Filadélfia e Flavia, ao longo dos séculos 2 e III.

O elogio

Conheço as tuas obras. Eis que ponho diante de ti uma porta aberta que ninguém pode fechar, porque você tem um pouco de poder, e ter mantido a minha palavra, e não negaste o meu nome. Eis que farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem-I vai fazê-los vir e prostrar a seus pés, e fazê-los saber que eu vos amei. Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação, que horas, que está prestes a vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. Venho sem demora; ( 3: 8-11 um)

Não encontrando nada em seus atos que lhe causou preocupação, o Senhor Jesus Cristo passou para elogiar os cristãos em Filadélfia por quatro realidades que caracterizam a congregação.

Primeiro, a igreja Filadélfia teve um pouco de poder. Isso não foi um comentário negativo sobre a sua fraqueza, mas um elogio de sua força; a igreja de Filadélfia foi pequena em números (cf. Lc 12:32 ), mas teve um forte impacto sobre a sua cidade. A maioria de seus membros podem ter sido pobre, das classes mais baixas da sociedade (cf. 1Co 1:26 ). Mas com Paulo que eles poderiam dizer: "Eu estou muito contente com fraquezas, nas injúrias, nas angústias, nas perseguições, nas dificuldades, pelo amor de Cristo, pois, quando sou fraco, então é que sou forte" ( II Coríntios 0:10. ) . Apesar de seu pequeno tamanho, o poder espiritual fluiu na igreja Filadélfia. As pessoas estavam sendo resgatadas, vidas foram se transformando, e o evangelho de Jesus Cristo estava sendo proclamada.

Os crentes da Filadélfia também foram marcados pela obediência; eles mantidos de Cristo palavra. Como Jó, eles poderiam dizer: "Eu não abandonaram o comando dos seus lábios, dei mais valor às palavras de sua boca mais do que o meu alimento" ( 23:12 ). Como Martin Luther, em julgamento perante a Dieta imperial, eles poderiam dizer: "Minha consciência é cativa da Palavra de Deus." Eles não se desviar do padrão de obediência, comprovando assim a autenticidade de seu amor por Cristo ( João 14:23-24 ; 13 43:15-14'>15: 13-14 ).

Cristo elogiou ainda mais a congregação Filadélfia por ter não negou Seu nome, apesar das pressões que enfrentaram a fazê-lo. Eles permaneceram fiéis não importa o que custar-lhes. Ap 14:12 descreve os santos da tribulação que se recusaram a receber a marca da besta: "Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e sua fé em Jesus." Como eles, a igreja de Filadélfia não iria se retratar sua fé.

Finalmente, Cristo elogiou a Igreja Filadélfia , porque seus membros tinham guardaste a palavra da Sua perseverança. tradução da Nova Versão Internacional esclarece o significado de Cristo: "Você tem mantido meu comando de suportar com paciência." Os cristãos de Filadélfia perseverou fielmente através de todas as suas provações e dificuldades.

A resistência firme que marcaram a vida terrena de Jesus ( Heb. 12: 2-4 ), deve ser um modelo para todos os cristãos. Aos tessalonicenses Paulo escreveu: "Que o Senhor encaminhe os vossos corações no amor de Deus e na constância de Cristo" ( 2Ts 3:5 ).

Por causa de sua fidelidade, o Senhor Jesus Cristo fez a igreja Filadélfia algumas promessas surpreendentes. Primeiro, Ele colocou diante deles uma porta aberta que ninguém pode fechar. A salvação deles era seguro; sua entrada, tanto para as bênçãos da salvação pela graça e em futuro reino messiânico de Cristo estava garantida. A imagem de Cristo abrindo a porta também simboliza Sua dando os fiéis da igreja Filadélfia oportunidades para o serviço. Em outros lugares da Escritura uma porta aberta retrata liberdade de anunciar o evangelho. Explicando seus planos de viagem para o Corinthians, Paulo informou-lhes: "Vou permanecer em Éfeso até ao Pentecostes; para uma grande porta para o serviço eficaz se me abriu, e há muitos adversários" ( 1 Cor 16: 8-9. ). Em sua segunda carta a eles, ele escreveu: "Ora, quando cheguei a Trôade para o evangelho de Cristo e quando a porta foi aberta para me no Senhor" ( 2Co 2:12 ). Aos Colossenses, Paulo escreveu: "Dediquem-se à oração, mantendo alerta nele com uma atitude de ação de graças; orando ao mesmo tempo também para nós, que Deus vai nos abrir uma porta para a palavra" ( Col. 4: 2-3 ). Localização estratégica de sua cidade, desde que os cristãos de Filadélfia, com uma excelente oportunidade para divulgar o evangelho.

O versículo 9 registra uma segunda promessa feita por Jesus Cristo para a igreja de Filadélfia: Eis que farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem-I vai fazê-los vir e prostrar-nos a sua pés, e fazê-los saber que eu vos amei. Como foi o caso em Esmirna (cf. 2: 9 ), os cristãos em Filadélfia enfrentou a hostilidade dos judeus incrédulos. Inácio posteriormente debatido alguns judeus hostis durante sua visita a Filadélfia. Por causa de sua rejeição de Jesus Cristo como o Messias, eles não eram de todo uma sinagoga de Deus, mas uma sinagoga de Satanás. Embora eles alegaram que eles eram judeus, que a alegação era uma mentira. racial, cultural e cerimonial eram judeus , mas espiritualmente eles não estavam. Paulo define um verdadeiro judeu em Romanos 2:28-29 : "Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne, mas ele é um judeu que é interiormente, e circuncisão é a. que é do coração, no espírito, não na letra, e seu louvor não provém dos homens, mas de Deus "(cf. Rm 9:6-7. ).

Por incrível que pareça, Cristo prometeu que alguns dos próprios judeus que estavam perseguindo os cristãos em Filadélfia iria vir e prostrar-nos a seus pés, e saibam que Deus tinha amado -los. Curvando-se aos pés de alguém descreve abjeta, derrota total e submissão. Inimigos da Igreja Filadélfia seria completamente derrotado, humilhado e derrotado. Essa imagem deriva do Antigo Testamento, que descreve o dia ainda futuro, quando os gentios incrédulos se curvarão ao remanescente crente de Israel (cf. 45:14 Isa. ; 49:23 ; 60:14 ). Fidelidade da Igreja Filadélfia seria recompensado pela salvação de alguns dos próprios judeus que estavam perseguindo-o.

Outras igrejas fiéis ao longo da história também foram ativadas pelo Senhor para alcançar o povo judeu com o evangelho do Messias, Jesus Cristo. E, no futuro, o dia virá quando "todo o Israel será salvo" ( Rm 11:26 ), quando Deus "derramar sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito de graça e de súplicas, de modo que eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem pranteia por um filho único, e chorarão amargamente por Ele como o choro amargo ao longo de um primogênito "( Zc 0:10. ).

O versículo 10 contém uma promessa final para a igreja fiel Filadélfia: Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação, que horas, que está prestes a vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. Como os crentes em Filadélfia havia passado com êxito tantos testes, Jesus prometeu para poupá-los a partir do teste final. A natureza abrangente da promessa que se estende muito além da congregação de Filadélfia para abranger todas as igrejas fiéis ao longo da história. Este versículo promete que a Igreja será entregue a partir da Tribulação, apoiando assim a pretribulation Rapture. O Rapture é objecto de três passagens no Novo Testamento ( João 14:1-4 ; 1 Cor 15: 51-54. ; 13 52:4-17'>113 52:4-17'> Tessalonicenses 4: 13-17. ), nenhum dos quais falam de julgamento, mas sim da igreja que está sendo levado para o céu. Há três pontos de vista da cronologia do Arrebatamento em relação à tribulação: a de que se trata, no final da Tribulação (posttribulationism), no meio da Tribulação (midtribulationism), ea vista que parece ser apoiado por este texto , que o Arrebatamento ocorre antes da Tribulação (pretribulationism).

Vários aspectos dessa maravilhosa promessa pode ser notado. Em primeiro lugar, o teste ainda está no futuro. Em segundo lugar, o teste é para um tempo limitado definido; Jesus descreveu como a hora da provação. Terceiro, é um teste ou julgamento que irá expor as pessoas pelo que elas realmente são. Em quarto lugar, o teste é de âmbito mundial, uma vez que ele vai vir sobre o mundo inteiro. Por fim, e mais importante, o seu objectivo é a prova os que habitam sobre a terra frase —a usado como um termo técnico no livro de Apocalipse para os incrédulos (cf. 06:10 ; 08:13 ; 11:10 ; 13: 8 , 12 , 14 ; 14: 6 ; 17: 2 , 8 ). A hora da provação é Septuagésima Semana de Daniel ( Dan. 9: 25-27 ), o tempo de angústia de Jacó ( Jr 30:7 ; 7: 9-10 , Ap 7:14 ; Ap 14:4 ; Ap 9:20 ; Ap 16:11 ; e19: 17-18 descrever aqueles que se recusam a arrepender-se, falhando assim o ensaio, e são condenados.

Tem havido muito debate sobre o significado da frase tereo ek ( evitar ). Aqueles que argumentam que a igreja passará pela tribulação sustentam que esta frase significa preservação no meio de e emergência a partir. Eles acreditam que a igreja irá percorrer os juízos da Tribulação e que Deus irá preservá-lo no meio deles, de modo que a igreja vai, assim, emergir com sucesso no final da hora da provação. Essa visão é pouco provável, no entanto, tanto por razões linguísticas e bíblicos. O significado básico da preposição ek é "de", "para fora", ou "longe de". Se o Senhor pretende transmitir que a igreja seria preservado no meio da tribulação, as preposições en ("in") ou dia ("a") teria sido mais apropriado. En é usado três vezes com o verbo tereo em o Novo Testamento ( At 12:5 . Em Sua oração sacerdotal de alta, Jesus orou: "Eu não peço que os tires do mundo, mas para mantê-los do mal." Ele certamente não orou para que os crentes ser preservada dentro do poder de Satanás, para os crentes foram "resgatados ... a partir do domínio das trevas" e "transferido ... para o reino do Filho do seu amor" ( Cl 1:13 ). Os cristãos são aqueles que virou "das trevas para a luz, e do domínio de Satanás para Deus" ( At 26:18 ). Primeiro Jo 5:19 diz que é o mundo não regenerado que se encontra no poder de Satanás, e não crentes.

O significado de ek tereo em Jo 17:15 , para ser mantido completamente fora de, argumenta fortemente para um significado semelhante em Ap 3:10 . O apóstolo João escreveu ambas as passagens, e ambos são citações diretas do Senhor Jesus Cristo. Para interpretar tereo ek como uma promessa de preservação no meio da tribulação representa outra dificuldade: a igreja Filadélfia nunca esteve na tribulação, que ainda está no futuro.

Outra objeção óbvia para interpretar tereo ek como uma promessa de preservação no meio da tribulação é que os crentes em que o tempo terrível não será preservada. Na verdade, muitos serão martirizados ( 6: 9-11 ; 7: 9-14 ), o que leva à conclusão de que prometendo preservação não tem sentido se os crentes enfrentam o mesmo destino que os pecadores durante a Tribulação.

Alguns sustentam que a promessa de libertação é apenas da ira de Deus durante a Tribulação. Mas a promessa de que Deus não vai matar os crentes, mas permitirá que Satanás e do Anticristo para fazer isso proporcionaria um pequeno conforto à Igreja que Sofre, na Filadélfia.
vinda de Cristo que se refere a difere das prometeu outros das sete igrejas (por exemplo, 2: 5 , 16 ; 3: 3 ). Essas promessas anteriores eram advertências do julgamento temporal iminente pecando congregações (cf. Atos 5:1-11 ; 1 Cor 11: 28-30. ). A vinda falado aqui, no entanto, é trazer a hora da provação que culmina na de nosso Senhor segunda vinda. É a vinda de Cristo para entregar a Igreja (cf. 2Ts 2:1. ; Mt 24:13 ).

É verdade que os crentes estão eternamente seguros por causa do poder de Deus. No entanto, o meio pelo qual Ele os protege é fornecendo crentes com uma fé perseverante. Os cristãos são salvos pelo poder de Deus, mas não para além da sua constante, fé imortal. Paulo escreve emColossenses 1:22-23 que "Ele já reconciliou em Seu corpo carnal pela morte, a fim de apresentá-lo diante dele santos e imaculados e irrepreensíveis-se de fato você continuar na fé alicerçados e firmes, e não se afastou da esperança do evangelho que você já ouviu falar. " De acordo 1Jo 2:191Jo 2:19 , aqueles que abandonam a fé revelam que eles nunca foram verdadeiramente salvos, para começar: "Saíram de nós, mas não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permaneceu com a gente, mas eles saíram, para que ele iria ser demonstrado que todos eles não são de nós ".

A promessa de Cristo a quem persevera fielmente é ninguém tome a tua coroa (cf. Jc 1:12 ). Ap 2:10 define essa coroa como "a coroa da vida", ou como o texto grego diz literalmente: "a coroa que é a vida. " A coroa, ou recompensa, para aqueles que fielmente perseverar até o fim é a vida eterna com todas as suas recompensas atendente ( 2Jo 1:8 )

"Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus, diz o seguinte:" Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente, eu queria que você estivesse frio ou quente. Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca. Porque você diz: "Eu sou rico, e tornaram-se ricos, e não preciso de nada", e você não faz sei que és um coitado e miserável, pobre, cego e nu, eu aconselho que de mim compres ouro refinado pelo fogo para que você possa tornar-se rico, e vestes brancas, para que você pode vestir-se, e que a vergonha da tua nudez será não ser revelado;. e olho pomada para ungir os olhos, de modo que você pode ver aqueles a quem eu amo, eu repreendo e disciplina; portanto, ser zeloso e arrepende-te Eis que estou à porta e bato;. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo. O que vencer, eu lhe concederei que se lhe para se sentar comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono. Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas "(. 3: 14-22 )

Talvez o tema mais trágico de toda a história da redenção é a triste história de rebelde Israel. O povo judeu eram os beneficiários de privilégios espirituais sem precedentes: "a adoção de filhos, ea glória e os convênios e a entrega da Lei e do culto, e as promessas, quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente "( Rom. 9: 4-5 ). Deus escolheu-los de todos os povos do mundo, resgatou-os do Egito, trouxe para a Terra Prometida, os amava, e cuidada e protegida eles (cf. Dt 4:37. ; 7: 7-8 ).

No entanto, apesar desses privilégios, a história de Israel foi um dos rebelião contínua contra Deus. Após a sua libertação milagrosa do Egito, a rebelião dos israelitas trouxe juízo severo de Deus, como uma geração inteira pereceu no deserto. O ciclo do pecado de Israel, o julgamento de Deus, e do arrependimento e restauração de Israel, percorre todo o livro de Juízes. Orgulho pecaminoso do povo judeu levou-os a rejeitar a Deus como seu Rei e exigir um rei humano. Seu primeiro rei era o Saul desobedientes, e a nação estava em tumulto para muito do seu reinado. Após um período de relativa paz e obediência sob Davi e Salomão, dividir Israel em dois reinos. Todos os reis do norte (de Israel) ea maioria dos queridos do sul (de Judá) eram homens ímpios, que liderou seu povo para as abominações brutas de idolatria.

Tudo através de seus séculos de desobediência, rebelião e apostasia, Deus graciosamente chamou Israel de volta para si mesmo: "Desde o dia em que vossos pais saíram da terra do Egito até o dia de hoje", declarou Deus em Jr 7:25 : "Eu tenho enviou-lhe todos os meus servos, os profetas, dia madrugando e enviando-os. " Mas, em vez de se arrepender e voltar para Deus, os israelitas "não ouvir a [Ele], nem inclinaram os seus ouvidos, mas endureceram a sua cerviz, eles fizeram mais mal do que seus pais" ( Jr 7:26. ; cf. Jr 25:4 ; Jr 35:15 ; 44: 4-5 ; Zc 7:12. ).

Finalmente, Deus trouxe julgamento devastador sobre o seu povo rebelde e impenitentes. Primeiro Israel caiu para os assírios, em seguida, Judá foi levado para o cativeiro pelos babilônios e Jerusalém destruído. Segundo Reis 17:7-23 relata a triste ladainha de pecados que levaram o juízo de Deus sobre o seu povo:

Agora isso aconteceu porque os filhos de Israel tinham pecado contra o Senhor seu Deus, que os fizera subir da terra do Egito, de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito, e eles haviam temido a outros deuses, e andou nos costumes de as nações que o Senhor expulsara de diante dos filhos de Israel, e nos costumes dos reis de Israel que tinham introduzido. Os filhos de Israel fizeram secretamente coisas que não eram direita contra o Senhor seu Deus. Além disso, eles construíram para si altos em todas as suas cidades, desde a torre de vigia a cidade fortificada.Eles estabeleceram para si próprios pilares sagrados e aserins sobre todo alto outeiro e debaixo de toda árvore frondosa, e ali eles queimaram incenso em todos os altos, como as nações fez o que o Senhor tinha levado ao exílio diante deles; e eles fizeram coisas más provocando o Senhor. Eles serviram os ídolos, a respeito da qual o Senhor tinha dito a eles: "Você não deve fazer isso." Contudo, o Senhor advertiu Israel e Judá por meio de todos os seus profetas e de todos os videntes, dizendo: "Voltai de vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos, os meus estatutos de acordo com toda a lei que ordenei a vossos pais e que vos enviei por meus servos os profetas ". No entanto, eles não deram ouvidos, mas endureceram a sua cerviz, como fizeram seus pais, que não acreditavam no Senhor seu Deus. Eles rejeitaram os seus estatutos e seu pacto que fez com seus pais e suas advertências com que Ele os alertou. E eles seguiram a vaidade e tornaram-se vãos, como também seguiram as nações que os rodeavam, sobre o qual o Senhor lhes tinha ordenado que não fazer como eles. E, deixando todos os mandamentos do Senhor seu Deus, e fizeram para si imagens de fundição, dois bezerros, e fez uma Asera; adoraram todo o exército dos céus e serviram a Baal. Em seguida, eles fizeram os seus filhos e suas filhas passar pelo fogo, e criam em agouros, e venderam-se para fazer o mal aos olhos do Senhor, provocando-o. Então o Senhor muito se indignou contra Israel e os removeu de sua vista; Nada foi deixado exceto a tribo de Judá. Também Judá não guardou os mandamentos do Senhor seu Deus, mas andou nos costumes que Israel havia introduzido. O Senhor rejeitou todos os descendentes de Israel e os oprimiu e os entregou na mão de saqueadores, até que os expulsou da sua presença. Quando Ele tinha rasgado Israel, da casa de Davi, eles fizeram Jeroboão, filho de Nebate. Jeroboão levou Israel longe de seguir o Senhor e os fez cometer um grande pecado. Os filhos de Israel andou em todos os pecados que Jeroboão tinha cometido; eles não me desviei até que o Senhor tirou Israel da sua presença, como Ele falou através de todos os seus servos, os profetas. Então, Israel foi levado para o exílio de sua terra para a Assíria até o dia de hoje.

Apostasia de Israel trouxe tristeza ao coração de Deus. Na parábola do Isaías 5:1-3 , Israel é retratado como uma vinha bem atendidos-que, no entanto produziu apenas uvas sem valor. No versículo 4 , o Senhor disse em tom de queixa: "Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu não tenha feito? Por que, quando eu esperava que produzir boas uvas se ele produzir bravas?" Em Is 48:18 Ele exclamou: "Se você tivesse prestado atenção aos meus mandamentos! Então o seu bem-estar teria sido como um rio, ea tua justiça como as ondas do mar." NoSl 78:40 o salmista lamentou: "Quantas vezes se rebelaram contra ele no deserto, eo ofenderam no deserto!" Isaías ecoou esse mesmo pensamento: "Eles se rebelaram e contristaram o seu Espírito Santo, por isso virou-se para tornar-se seu inimigo, ele lutou contra eles" ( Is 63:10. ). Em Ez 6:9 ). Longa história de rejeição calejada da pessoa de Deus, comandos, e mensageiros dos judeus culminou alguns dias mais tarde, quando eles clamaram para a execução de seu Messias.

O apóstolo Paulo sentiu a tristeza de Deus sobre a incredulidade de seus compatriotas. Para os romanos, ele escreveu: "Irmãos, o desejo do meu coração ea minha súplica a Deus por eles é para sua salvação Para lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, mas não de acordo com o conhecimento." ( Rom. 10: 1 —2 ). Em Rm 9:2 , onde Deus é duas vezes chamado de "Deus da verdade [Heb. Amém ]. " Amen é uma transliteração de uma palavra hebraica que significa "verdade", "afirmação", ou "certeza". Ele se refere ao que é firme, fixo e imutável. Amen é muitas vezes usada na Bíblia para afirmar a veracidade de uma declaração (por exemplo, Nu 5:22. ; Ne 8:6. ; 16 Rom. : 27 ; 1Co 16:24. , e também Mt 5:18. ; Mt 6:2 ; Jo 1:51 ; Jo 3:3 , Jo 3:11 ; Jo 5:19 ; onde o grego subjacente amém é traduzida como "verdade" na KJV e "verdadeiramente" na NVI ). Tudo o que Deus diz é verdade e certo; portanto, Ele é o Deus da verdade.

Cristo é, certamente, o Amém , no sentido de que Ele é o Deus da verdade encarnada. Mas há mais neste título rico do que apenas uma afirmação da sua divindade. Em 2Co 1:20 Paulo escreve a respeito de Jesus Cristo, "Porque todos os que são as promessas de Deus, nele são yes;., portanto, também por meio dele é o nosso amém para a glória de Deus através de nós" É através da pessoa e obra de Cristo de que as promessas e convênios tudo de Deus são cumpridas e garantido. Todas as promessas do Antigo Testamento sobre perdão, misericórdia, bondade, benevolência, esperança e vida eterna estão ligados a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Ele é o Amém , porque Ele é o único que confirmou todas as promessas de Deus.

Cristo também se identificou como a testemunha fiel e verdadeira. Esse título ainda elucida o pensamento expresso no primeiro título. Não é só a Jesus Amen causa de seu trabalho, mas também porque tudo o que Ele fala é a verdade. Ele é totalmente confiável, perfeitamente precisos, e seu testemunho é sempre confiável. Jesus Cristo é "o caminho, ea verdade, ea vida "( Jo 14:6 ). Através de seu poder tudo foi criado ( Jo 1:3 ). Essa heresia, uma forma de gnosticismo incipiente (da palavra grega gnosis , "conhecimento"), ensinou que Cristo era um ser criado, um de uma série de emanações de Deus. Seus defensores alegaram também que não possuía um conhecimento espiritual secreto, mais acima e além das simples palavras da Escritura. A luta contra a heresia de que Paulo escreveu de Cristo,

Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Para por Ele todas as coisas foram criadas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou governantes ou autoridades, todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste. ( Colossenses 1:15-17 )

"Firstborn" ( prototokos ) não se limita ao primeiro nascido em ordem cronológica, mas refere-se ao supremo ou preeminente, aquele que recebeu a maior honra (cf. Sl 89:27 ). Cristo é, portanto, a fonte ( Arche ) da criação, e a pessoa suprema ( prototokos ) nele.

Essa heresia condenável sobre a pessoa de Cristo foi a razão da igreja de Laodicéia foi morto espiritualmente. Sua cristologia herética havia produzido uma igreja não regenerado. O ensino falso a respeito de Cristo, especificamente a negação de sua divindade, é uma característica dos cultos modernos também.

A Igreja

a igreja em Laodicéia ( 03:14 a)

O Novo Testamento não gravar nada sobre a fundação da igreja em Laodicéia. Como a maioria dos outros seis igrejas, foi provavelmente estabelecido durante o ministério de Paulo em Éfeso ( At 19:10 ). Paulo não encontrou, desde quando ele escreveu Colossenses alguns anos depois, ele ainda não tinha visitado Laodicéia ( Cl 2:1 ), ele pode muito bem ter fundado a igreja de Laodicéia também. Alguns sugeriram que o filho Archippus, de Filemon (Fm 1:2 ), desde o século IV- Apostólicas Constituições nomes Archippus como o bispo de Laodicéia (vii, 46).

A Cidade

Laodicéia ( 3:14 b)

Um de uma tríade de cidades (com Colossos e Hierápolis) na Lico vale, cerca de cem km a leste de Éfeso, Laodiceia foi o southeasternmost das sete cidades, cerca de 40 milhas de Filadélfia. As suas cidades irmãs foram Colossos, a cerca de 10 milhas a leste, e Hierapolis, cerca de seis quilômetros ao norte. Localizado em um planalto várias centenas de metros de altura, Laodicéia era geograficamente quase inexpugnável. A sua vulnerabilidade a ataques deveu-se ao fato de que ele tinha de tubo em sua água de vários quilômetros de distância por meio de aquedutos que poderiam ser facilmente bloqueadas ou desviados pelo sitiante forças.

Laodicéia foi fundada pelo rei selêucida Antíoco II e nomeado após sua primeira esposa. Desde que ele se divorciou dela em 253 AC , a cidade foi provavelmente fundada antes dessa data. Apesar de seus colonos originais eram em grande parte da Síria, um número significativo de judeus também se estabeleceram lá. Um governador local, uma vez proibiu os judeus de mandar o imposto do templo de Jerusalém. Quando eles tentaram fazê-lo, apesar da proibição, ele confiscou o ouro que eles sejam destinados a esse imposto. Do montante da transferência apreendidos, calcula-se que 7.500 homens judeus viviam em Laodicéia; não teria havido vários milhares de mulheres e crianças. Até mesmo o Talmud falou com desprezo da vida de facilidade e frouxidão vivido pelos judeus de Laodicéia.

Com a vinda do Pax Romana (que a paz sob o governo de Roma), Laodicéia prosperou. Ele foi estrategicamente localizado no cruzamento de duas estradas importantes: a estrada leste-oeste que leva de Éfeso para o interior, ea estrada norte-sul do Pérgamo para o Mar Mediterrâneo. Essa localização tornou uma importante cidade comercial. Que o primeiro século AC estadista e filósofo romano Cícero descontou suas cartas de crédito não revela Laodicéia ter sido um centro bancário estratégico. Então rico fez Laodicéia tornou que pagou por sua própria reconstrução após um terremoto devastador no D.C 60, rejeitando as ofertas de ajuda financeira de Roma.

A cidade também era famosa pela lã macia, preto que produziu. A lã foi feito em roupas e tecidos em tapetes, ambos muito procurado. Laodicéia também foi um importante centro de medicina antiga. O templo nas proximidades do frígio deus Homens Karou teve uma importante escola médica associada a ele. Essa escola era o mais famoso para um colírio que tinha desenvolvido, que foi exportado para todo o mundo greco-romano. Todas as três indústrias, finanças, lã e a produção de colírio, entram em jogo nesta carta à igreja de Laodicéia.

A Adevertência

Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; Eu queria que fosses frio ou quente. Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca. Porque você diz: "Eu sou rico, e tornaram-se ricos, e não preciso de nada", e você não sabe que você é infeliz e miserável, pobre, cego e nu, ( 3: 15-17 )

Como não havia nada para que elogiar esta igreja não regenerado, Cristo lançado diretamente em suas preocupações. Deeds sempre revelar verdadeiro estado espiritual das pessoas, como indicado por estas palavras do Senhor "os conhecereis pelos seus frutos" ( Mt 7:16. ; cf . . Romanos 2:6-8 ). Embora a salvação é inteiramente pela graça de Deus por meio da fé, atos confirmar ou negar a presença de salvação genuína ( Jc 2:1 : "Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome fizemos muitos milagres? ' E então eu lhes direi: 'Nunca vos conheci;. Afastar mim, vós que praticais a iniquidade' "Os morna são como os judeus incrédulos de quem Paulo lamentou:" Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus , mas não de acordo com o conhecimento "( Rm 10:2 ).

Infelizmente, essas igrejas mornas são comuns hoje em dia, tornando a carta a Laodicéia especialmente relevante. Como João RW Stott observa,
Talvez nenhum dos sete cartas é mais apropriado para a igreja do século XX do que isso. Ele descreve vividamente o sentimental, religiosidade respeitável, nominal à flor da pele, que é tão difundido entre nós hoje. Nosso cristianismo é flácido e anêmico. Nós parecem ter tomado um banho morno da religião. ( O que Cristo pensa da igreja [Grand Rapids: Eerdmans, 1980], 116)

Tibieza Laodicéia 'foi agravada pela sua auto-engano. Cristo repreendeu por sua auto-avaliação desastrosamente imprecisa: Porque você diz: "Eu sou rico, e tornaram-se ricos, e não preciso de nada", e você não sabe que você é infeliz e miserável, pobre, cego e nu. Seus feitos deu a mentira às suas palavras vazias. "Nem todo aquele que me diz 'Senhor, Senhor', entrará no reino dos céus", declarou Jesus, "mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu vai entrar" ( Mt 7:21 ). Como o jovem rico ( Mateus 19:16-22. ), eles foram enganados sobre a sua condição espiritual real.

Como observado anteriormente, Laodicéia era uma cidade muito rica. Essa riqueza deu aos membros da sua igreja uma falsa sensação de segurança como eles imaginavam que a sua riqueza espiritual espelhado riqueza material da sua cidade. Eles eram ricos em orgulho espiritual, mas à falência em graça salvadora. Acreditando que eram para ser invejado, eles eram de fato digno de pena. Sua gnosticismo incipiente, discutido anteriormente, levou-os a acreditar que tinham atingido um nível elevado de conhecimento. Eles, sem dúvida, olhou para as pessoas que não sofisticadas totalmente aceites e estavam satisfeitos com o ensino bíblico sobre a pessoa e obra de Jesus Cristo. Mas a realidade era, como Jesus disse, que eles eram espiritualmente miserável e miserável, pobre, cego e nu.

O Comando

Aconselho-vos que de mim compres ouro refinado pelo fogo para que você possa tornar-se rico, e vestes brancas, para que você pode vestir-se, e que a vergonha da tua nudez não será revelado; e colírio para ungir os olhos, para que vejas. Aqueles a quem eu amo, eu repreendo e disciplina; portanto, ser zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo. ( 3: 18-20 )

O Senhor Jesus Cristo poderia ter instantaneamente julgado e destruído esta igreja cheia de hipócritas não resgatados. Em vez disso, Ele graciosamente ofereceu-lhes a salvação genuína. Apelo tríplice de Cristo jogou sobre as três características da cidade de Laodicéia foi o mais notável para e orgulhoso: sua riqueza, a indústria de lã, e produção de colírio. Cristo ofereceu-lhes o ouro espiritual, roupas espirituais e visão espiritual.
O Senhor, é claro, não ensinava que a salvação pode ser conquistada através de boas obras; pecadores perdidos têm nada com que comprar a salvação ( Is 64:5-6. ). A compra aqui é a mesma que a do convite para a salvação em Is 55:1 ). Cristo ofereceu Laodicéia uma verdadeira salvação puro, que trazê-los para um relacionamento real com Ele.

Em segundo lugar, Cristo aconselhou-os a comprar roupas brancas para que eles possam vestir -se, e que a vergonha de sua nudez seria não ser revelado. famoso lã preta de Laodicéia simbolizavam os imundos, vestuário pecaminosas com que os não regenerados são revestidos ( Is 64:6. ). Em contraste, Deus roupas remidos com vestes brancas ( 3: 4-5 ; 4: 4 ; 6:11 ; 7: 9 , 13-14 ; cf. Is 61:10. ), simbolizando os atos de justiça que sempre acompanham genuíno fé salvadora ( 19: 8 ).

Finalmente, Cristo ofereceu-lhes colírio para ungir os seus olhos, para que eles possam ver. Embora eles se orgulhavam de seu conhecimento espiritual supostamente superior, Laodicéia eram de fato cegos espiritualmente pedra. Blindness representa falta de compreensão e conhecimento da verdade espiritual (cf. Mt 15:14. ; 23: 16-17 , Mt 23:19 , Mt 23:24 , Mt 23:26 ; Lc 6:39 ; João 9:40-41 ; 0:40 ; Rm 2:19 ). Como todas as pessoas não-regeneradas, Laodicéia desesperAdãoente necessários Cristo a "abrir os olhos para que eles [pode] convertam das trevas à luz, e do domínio de Satanás a Deus, para que possam receber o perdão dos pecados e herança entre aqueles que têm sido santificados pela fé [Nele] "( At 26:18 ; cf. 1Pe 2:91Pe 2:9 e Jo 3:16 revelam que ama também o não resgatados. Porque Laodicéia exteriormente identificado com a Igreja de Cristo e Seu reino, eles estavam na esfera de sua preocupação.Para reprovar meios para expor e condenar. É um termo geral para relações de Deus com os pecadores (cf. Jo 3:18-20 ; Jo 16:8 ; Tt 1:9 ) e é usada de convencimento de Deus dos incrédulos ( 2Tm 2:25 ). Assim, a terminologia do versículo 19 não exige que Cristo estar se referindo aos crentes. O Senhor compaixão, ternura chamou aqueles nesta igreja não regenerado para vir à fé salvadora, para que Ele presidiário e julgá-los (cf. Ez 18:30-32. ; Ez 33:11 ).

Mas, para que Laodicéia para ser salvo, eles teriam que . ser zeloso e arrepende-te Isso equivale à atitude de luto sobre o pecado ea fome e sede de justiça de que Jesus falou ( Mt 5:4 ). Enquanto o arrependimento não é uma obra meritória, chamada Novo Testamento para a salvação sempre inclui-lo (por exemplo, Mt 3:2 ; Mt 4:17 ; Mc 6:12 ; Lc 13:3 ; Lc 15:7 ; At 2:38 ; At 3:19 ; At 8:22 ; At 11:18 ; At 17:30 ; At 20:21 ; At 26:20 ; Rm 2:4. ; 2Tm 2:252Tm 2:25. ; 2Pe 3:92Pe 3:9 ).

O Senhor Jesus Cristo seguiu o chamado ao arrependimento no versículo 19 com uma proposta, gracioso convite no versículo 20 . O apóstata igreja de Laodicéia só poderia ter esperado Cristo para entrar em julgamento. Mas a realidade surpreendente, introduzido pela palavra prender eis que foi a de que Cristo estava na porta da igreja de Laodicéia , e bato ed; se alguém na igreja iria ouvir a Sua voz, e abrir a porta, Ele entrarei em sua casa e jantar com ele, e ele com Cristo.

Embora este versículo tem sido utilizado em inúmeros folhetos e mensagens evangelísticas para retratar de Cristo batendo na porta do coração do pecador, é mais amplo do que isso. A porta sobre a qual Cristo está batendo não é a porta para um coração humano único, mas para a igreja de Laodicéia. Cristo estava fora dessa igreja apóstata e queria vir em algo que só poderia acontecer se o povo se arrependeu.
O convite é, antes de tudo, uma questão pessoal, pois a salvação é individual. Mas Ele está batendo na porta da igreja, chamando a muitos a fé salvadora, para que Ele possa entrar na igreja. Se uma pessoa ( alguém ) abriu a porta, pelo arrependimento e fé, Cristo iria entrar naquela igreja por meio daquele indivíduo. A imagem de Cristo fora da igreja em busca de entrada de Laodicéia implica fortemente que, ao contrário de Sardes, não havia crentes ali.

A oferta de Cristo para jantar com a igreja arrependido fala de comunhão, a comunhão e intimidade. Compartilhar uma refeição em tempos antigos simbolizava a união de pessoas em comunhão amorosa. Crentes vai jantar com Cristo na ceia das bodas do Cordeiro ( 19: 9 ), e no reino milenar ( Lc 22:16 , 29-30 .) Dine é de deipneō , que remete para a refeição da noite, a última refeição do o dia (cf. Lc 17:8 ; 1Co 11:251Co 11:25 , onde o grego subjacente é processado "sup", "ceia" e "supped", respectivamente). O Senhor Jesus Cristo exortou-os a se arrepender e ter comunhão com Ele antes da noite de julgamento caiu e já era tarde demais para sempre.

O Conselho

O que vencer, eu lhe concederei que se lhe para se sentar comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono. Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. ( 3: 21-22 )

A promessa maravilhosa para o que vence (todos os crentes; 2: 7 , 11 , 26 ; 3: 5 , 12 ; 1Jo 5:5 ). Isso simboliza a verdade que nós reinaremos com Ele ( 2Tm 2:12. ;Ap 5:10 ; Ap 20:6 Cor. 6: 3 ).

O direito de sentar-se com Cristo em seu trono celeste é apenas uma das muitas promessas feitas aos vencedores nas cartas às sete igrejas. Vencedores são também prometeu o privilégio de comer da árvore da vida ( 2: 7 ), a coroa da vida ( 02:10 ), proteção contra a segunda morte (02:11 ), o maná escondido ( 02:17 ), um pedra branca com um novo nome escrito nele ( 2:17 ), a autoridade para governar as nações ( 2: 26-27 ), a estrela da manhã ( 02:28 ), roupas brancas, simbolizando a pureza e santidade ( 3: 5 ), a honra de ter Cristo confessar seus nomes diante de Deus Pai e os santos anjos no céu ( 3: 5 ), que deve ser um pilar no templo de Deus ( 3:12 ), e ter escrito sobre si o nome de Deus, da a nova Jerusalém, e de Cristo ( 03:12 ).

Como fizeram os outros seis letras, a carta aos laodicenses fechado com a exortação de Cristo, Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. A mensagem para a igreja apóstata é óbvia: se arrepender, e abrir-se a Cristo antes da noite de quedas de julgamento. A implicação para os verdadeiros crentes é que, como Cristo, devemos compaixão chamar aqueles na igreja apóstata para se arrepender e receber a salvação em Jesus Cristo (cf. Judas 23 ).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Apocalipse Capítulo 3 do versículo 1 até o 22

Apocalipse 3

A carta a Sardes

Sardes, esplendor no passado, decadência no presente - Ap 3:1-6). O salmista tem a esperança de ver o nome dos ímpios apagados do Livro da Vida (Sl 69:28). No dia do juízo, serão salvos os que estiverem inscritos no livro (Dn 12:1). Estão escritos no livro os nomes dos colaboradores fiéis do apóstolo Paulo (Fp 4:3). Aquele que não tem seu nome escrito no Livro da Vida será lançado no lago de fogo (Ap 20:15). Somente os que estão escritos no Livro do Cordeiro entrarão com Ele na bem-aventurança (Ap 21:27).

Na antigüidade os reis levavam um livro no qual se anotavam os nomes de todos os cidadãos. Se alguém cometia um crime contra o Estado, era apagado do livro, assim como era apagado, normalmente, ao morrer. Que nosso nome esteja escrito no Livro da Vida significa que somos cidadãos fiéis do Reino de Deus.

  1. Jesus Cristo confessará seus nomes diante de seu Pai e dos anjos. A promessa de Jesus é que se alguém confessar seu nome diante dos homens, Ele confessará o nome de sua testemunha diante de Deus; e se alguém o negar diante dos homens, Ele o negará diante de Deus

(Mateus 10:32-33; Lucas 12:8-9). Jesus Cristo será sempre fiel com os que sejam fiéis a Ele.

A

CARTA

A

FILADÉLFIA

FILADÉLFIA UMA CIDADE DIGNA DE LOUVOR

Apocalipse 3:7-13

Filadélfia era a mais jovem das sete cidades. Tinha sido fundada por colonos provenientes de Pérgamo sob o reinado de Átalo II (entre os anos 159:138 a.C).

Philadelphos, significa, em idioma grego, "aquele que ama a seu irmão". Tal era o amor de Átalo por seu irmão Eumenes que tinha o apelido "o philadelphos", e é lembrando esta circunstância que a cidade

de Filadélfia recebeu este nome.

Filadélfia foi edificada com um propósito especial. Estava localizada no lugar onde limitam Mísia, Lídia e Frígia. Era uma cidade

de fronteira. Mas não se teve a intenção de fazer dela uma cidade militar, porque havia muito pouco perigo nesse sentido. A idéia era convertê-la em missionária da cultura e do idioma grego entre os habitantes da Frígia

e Lídia. Tão bem desempenhou Filadélfia sua missão, que lá pelo ano 19 os lídios já tinham esquecido sua própria língua, tendo adotado completamente a cultura e o idioma dos gregos.

Sir W. M. Ramsay diz com relação a Filadélfia, que era "o centro da

difusão da língua e das letras gregas numa região pacífica, mediante modos pacíficos de penetração". É a isto que se refere o Cristo ressuscitado quando menciona a porta aberta que está diante de Filadélfia. Fazia três séculos os cidadãos dessa cidade tinham encontrado uma porta aberta para expandir a cultura grega na região circunvizinha; agora lhes tinha chegado a oportunidade de cumprir outra grande missão: a de levar a seres humanos que ainda não a conheciam a grande mensagem do amor de Jesus Cristo.

Mas Filadélfia tinha uma característica que marca sua rastro sobre esta carta. Filadélfia estava localizada à beira de uma grande meseta que se chamava Katakekaumene, (que significa "terra queimada"). Era uma zona onde ainda podiam ver-se os restos de lava e cinza vulcânica de erupções muito antigas. Esta característica tinha suas vantagens. A terra era muito fértil e Filadélfia era o centro de uma região que se dedicava ao cultivo da videira. Era famosa por seus vinhos. Mas tais vantagens tinham seus perigos, e estes perigos haviam marcado a Filadélfia mais que a nenhuma outra cidade de sua época.

No ano 17 tinha sobrevindo um terremoto, que destruiu a Sardes e mais outras 10 cidades. Nas outras cidades o terremoto tinha sido uma

experiência de um momento; em Filadélfia, entretanto, os tremores tinham seguido sacudindo a terra durante muitos anos. Estrabão descreve a Filadélfia como a "cidade cheia de abalos sísmicos".

Ocorre freqüentemente que se uma cidade for sacudida uma vez por um grande terremoto, a reação do povo chega a ser de grande heroísmo e valentia; mas se os tremores e terremotos se sucedem intermitentemente

durante um longo tempo cada novo movimento sísmico produz pânico na população. E isto é o que sucedia em Filadélfia.

Estrabão descreve a cena. Os tremores se sucediam quase todos os dias. Grandes gretas se abriam nas paredes das casas. Uma boa parte da cidade estava totalmente em ruínas. A maioria da população vivia fora da cidade, em choças, e temiam transitar pelas ruas da cidade pelo perigo de que lhes caísse em cima alguma parede ou pedra. Os que ainda se animavam a viver na cidade eram considerados loucos; passavam boa parte do tempo escorando as paredes e tetos das casas em que habitavam, e todo o tempo deviam interromper suas tarefas e sair ao ar livre, quando começava a tremer. Esta época terrível da cidade nunca foi totalmente esquecida. Seus habitantes todo o tempo se mantinham alertas ao menor movimento da terra, preparados para sair correndo às ruas ou a algum outro espaço descampado. Os habitantes de Filadélfia sabiam

perfeitamente bem quão bela podia ser a promessa de que "nunca mais terão que sair dali..." Essa era, precisamente, a segurança que seus corações mais desejavam.

Mas há mais da história de Filadélfia nesta carta. Quando o grande terremoto destruiu a cidade o imperador Tibério foi tão generoso com Filadélfia como com Sardes. Filadélfia demonstrou sua gratidão ao imperador mudando seu nome pelo de Nova Cesaréia, a Nova Cidade de César. Mais tarde, na época de Vespasiano, a cidade voltou a mudar seu nome, numa nova amostra de gratidão, pelo de Flávia, pois Flávio era o sobrenome do imperador Vespasiano. É verdade que nenhum destes nomes foi usado durante muito tempo, e todo mundo seguiu chamando-a Filadélfia. Mas os habitantes de Filadélfia, de toda maneira, sabiam muito bem o que significava receber um "novo nome". A história de Filadélfia aparece escrita entre as linhas desta carta.

Entre todas as cidades da Ásia, Filadélfia é a que recebe maiores louvores do Cristo ressuscitado. Com o tempo demonstraria ser

merecedora de tais louvores.

Em suas épocas posteriores Filadélfia chegaria a ser uma grande cidade. Mas então os invasores turcos e muçulmanos varreram a Ásia Menor. Quando todas as outras cidades tinham caído, Filadélfia ainda seguia em pé. Durante muitos séculos seguiu sendo uma cidade cristã rodeada por muçulmanos, um verdadeiro baluarte do cristianismo que só seria assimilada a mediados do século XIV. Até nossos dias Filadélfia tem seu bispo e uma população cristã de quase mil almas. Com exceção de Esmirna, todas as outras Igrejas cristãs da Ásia, fora a de Filadélfia, estão hoje em ruínas. Até hoje Filadélfia segue mantendo em alto a bandeira da fé cristã.

FILADÉLFIA TÍTULOS E DECLARAÇÕES

Apocalipse 3:7-13 (continuação)

Na introdução a esta carta o Cristo ressuscitado é nomeado com três grandes títulos, cada um dos quais implica uma tremenda declaração de

fé.

  1. É chamado "o Santo". O significado tremendo deste título é que "Santo" é o nome, título e descrição de Deus. "Santo, santo, santo,

Senhor dos Exércitos" foi o hino que Isaías ouviu os serafins cantarem (Is 6:3). “A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual?

  1. diz o Santo” (Is 40:25). “Eu sou o SENHOR, o vosso Santo, o

Criador de Israel, o vosso Rei” (Is 43:15). Em todo o Antigo Testamento Deus é o Santo, e agora este título é atribuído ao Ressuscitado. Devemos lembrar o significado da palavra "santo". Denota, em hebraico e em grego, aquele que está separado, aquele que é diferente. Deus é Santo porque é diferente com relação aos homens: possui como próprias essas qualidades de ser e de existência que os homens jamais poderiam ter por direito, que pertencem somente a Deus. Dizer que Jesus Cristo é Santo equivale nada menos que a dizer que Jesus Cristo compartilha a vida e o ser de Deus.

  1. É chamado "o Verdadeiro". Em grego há duas palavras para dizer "verdadeiro". Uma delas é alethés, que significa "verdadeiro" no

sentido em que uma afirmação pode ser verdadeira e outra falsa. O que é

alethés pode crer-se sem vacilações, E a outra é alethinós, que significa real ou autêntico, como oposto ao que está vazio, o que não é mais que

uma semelhança da realidade, o que é um substituto do real. A palavra que se usa no Apocalipse é a segunda. Jesus é alethinós. É autêntico,

real. Quando nos defrontamos com Jesus Cristo não nos estamos defrontando com uma sombra ou aparência da verdade, mas com a própria verdade. Não vemos nEle uma imitação da vida, mas com a Verdadeira Vida. NEle não temos um substituto da divindade, mas sim a

própria Divindade em pessoa. Ao nos encontrarmos com Jesus Cristo

chega ao fim nossa busca da verdade; os vagos perfis de Deus se convertem em algo do passado; nEle temos a verdade, a realidade, o próprio Deus.

  1. Ele é aquele que tem a chave de Davi, aquele que abre e ninguém pode fechar, aquele que fecha e ninguém pode abrir. Primeiro

veremos que a chave é um símbolo de autoridade. A figura de Jesus Cristo que nos pinta esta imagem é a dAquele que possui a autoridade final, a que nada nem ninguém pode questionar.

Mas atrás desta imagem também há uma idéia que encontramos no Antigo Testamento. Ezequias tinha um servo fiel que se chamava Eliaquim. Este Eliaquim tinha as chaves da casa do rei, e era o único que

podia abrir a porta para os que desejavam ver o rei. E diz-se de Eliaquim: “Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi; ele abrirá, e ninguém fechará, fechará, e ninguém abrirá” (Is 22:22). Esta é a imagem que

João tem em mente. Jesus, e somente Ele, tem plena autoridade para permitir o ingresso à nova Jerusalém, a nova cidade de Davi. Somente Ele pode nos permitir entrar na presença de Deus, tal como o servente

fiel da antigüidade tinha as chaves para abrir as portas aos que queriam ver o rei. Tal como se afirma no Te Deum: "Abriu o Reino dos Céus a todos os crentes". Ele é o novo e vivo caminho rumo à presencia de

Deus. É através de Jesus Cristo que se abre a porta do Reino dos Céus e da presença de Deus; Ele possui a chave que pode abrir ou fechar o acesso ao Céu.

FILADÉLFIA A PORTA ABERTA

Apocalipse 3:7-13 (continuação)

Antes de entrar no tema da "porta aberta" devemos assinalar que nos versículos 8:9 há um problema de pontuação. Nos manuscritos gregos antigos não se usava pontuação alguma e esta teve que ser acrescentada posteriormente. O problema aqui é que a oração “que tens

pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu

nome” pode juntar-se do mesmo modo com o que antecede que com o que segue no texto. Quer dizer, estas palavras podem expressar a razão pela qual a porta ainda continua estando aberta diante dos cristãos de Filadélfia, ou a razão pela qual lhes serão entregues os que pertencem à sinagoga de Satanás. Não podemos ter segurança sobre qual é a conexão correta; ambas são significativas. A tradução da Bíblia ao português a relaciona com as palavras que aparecem antes no texto, e o mesmo faz este Comentário; mas poderiam relacionar-se com igual correção, com as palavras que vêm depois, no versículo 9.

A grande promessa do Cristo ressuscitado aos cristãos de Filadélfia é que colocou diante deles uma porta aberta que ninguém poderá jamais

fechar. O que significa esta porta aberta?

  1. Pode ser a porta da oportunidade missionária. Paulo, escrevendo aos coríntios com relação à tarefa que o esperava no futuro, diz: “porque

uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu” (1Co 16:91Co 16:9). Quando Paulo chegou a Trôade, “uma porta se me abriu no Senhor” (2Co 2:12). Pede aos colossenses que roguem a Deus que

se lhe abra uma porta para pregar o evangelho (Cl 4:3). Quando Paulo voltou para Antioquia contou como Deus tinha aberto a porta da fé aos gentios (At 14:27). Este significado é particularmente

apropriado no caso de Filadélfia.

Vimos como Filadélfia era uma cidade de fronteira, que estava convocada no limite entre Lídia, Mísia e Frígia, e como nos tempos antigos fora fundada com a idéia de que fosse uma missionária da cultura

grega entre os povos bárbaros de mais além deste limite. Filadélfia estava no caminho que, saindo do porto de Esmirna, atravessava Frígia e alcançava as zonas mais longínquas da Ásia. Era o caminho que seguia o

correio imperial, via Pérgamo, Trôade, Tiatira e Sardes. Os grandes exércitos de César viajavam por essa rota. Transitavam-na as caravanas de mercadores. Agora, era uma porta aberta que chamava os

missionários cristãos a fim de alcançar as regiões mais longínquas.

Há duas coisas que surgem desta circunstância.

  1. Há uma porta aberta de oportunidade missionária diante de cada cristão. Não há necessidade de viajar a lugares longínquos para cumprir o mandamento de pregar o evangelho. Na própria família, no círculo das amizades mais íntimas, na própria paróquia há aqueles que necessitam de Cristo e a quem pode ser anunciado o evangelho salvador. Usar essa porta é ao mesmo tempo nosso privilégio e nossa oportunidade muito especiais.
    1. No caminho de Cristo a recompensa pelo trabalho bem feito é mais trabalho a fazer. Filadélfia tinha demonstrado sua fidelidade e a

recompensa por esta era ter maiores oportunidades para continuar servindo a Cristo. Não é a comodidade do descanso bem merecido, mas

sim mais fatiga e trabalhos o que Cristo nos dá como prêmio.

  1. Sugeriu-se que a porta aberta que está diante dos cristãos em Filadélfia é o próprio Jesus Cristo . Jesus disse "Eu sou a porta" (João

Ap 10:7, Ap 10:9). A porta que se abre diante dos cristãos de Filadélfia pode ser o próprio Cristo, como porta que se abre à presença de Deus.

  1. Sugeriu-se que a porta é a porta da comunidade messiânica.

Com Jesus Cristo chegou a nova era; foi inaugurado o novo reino de Davi. Do mesmo modo como no antigo reino Eliaquim tinha a chave para abrir a porta que conduzia à presença do rei, assim Jesus Cristo tem as chaves e é Ele mesmo a porta para todos aqueles que desejem entrar na presença de Deus.

  1. Independentemente de todas estas coisas, a porta da oração é uma entrada a Deus que está aberta em todo o tempo a todos os homens.

Qualquer pessoa pode entrar pela oração e encontrar-se na presença viva de Deus. E esta é, por certo, uma porta que ninguém jamais poderá fechar e que Jesus Cristo abriu ao dar seguranças aos homens com

relação ao amor de Deus o Pai.

Podemos estar seguros que tanto a porta da oportunidade missionária como a porta da oração são vias de ingresso que

permanecem sempre abertas para todos os cristãos.

FILADÉLFIA OS HERDEIROS DA PROMESSA

Apocalipse 3:7-13 (continuação)

No versículo 9 a promessa e profecia do Cristo ressuscitado é que algum dia os judeus, que naquela época caluniavam e perseguiam

tenazmente aos cristãos, virão e dobrarão seu joelho diante de Cristo. Este é o eco de uma expectativa muito velha dos judeus que encontramos já no Antigo Testamento.

A promessa aparece em repetidas oportunidades no livro de Isaías. “Também virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; prostrar-se-ão até às plantas dos teus pés todos os que te desdenharam”

(Is 60:14). “Reis serão os teus aios, e rainhas, as tuas amas; diante de ti se inclinarão com o rosto em terra e lamberão o pó dos teus pés; saberás que eu sou o SENHOR e que os que esperam em mim não serão envergonhados” (Is 49:23). Zacarias teve uma visão do dia quando

homens de todos os povos e idiomas irão a Jerusalém e “pegarão, sim, na orla da veste de um judeu e lhe dirão: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco” (Zacarias 8:22-23).

A crença dos cristãos era que o povo judeu, ainda como povo, tinha perdido seu lugar no plano divino, e que esse lugar tinha sido transferido à Igreja. O filho de Abraão no sentido que Deus outorgava ao termo, não

era somente aquele que podia demonstrar ser descendente direto daquele patriarca, mas sim qualquer homem que fosse capaz de empreender a mesma aventura de fé que ele tinha empreendido (Romanos 9:6-9). A

Igreja era o Israel de Deus (Gl 6:16). As promessas que Deus tinha feito a Israel tinham sido herdadas pela Igreja. Agora era à Igreja que todos os homens, algum dia, ofereceriam submissa obediência; e entre

eles estariam também os judeus. Isto é o inverso de tudo o que os judeus tinham alguma vez esperado; eles esperavam que todos os povos se humilhariam diante deles, mas agora todos os povos se humilhariam, chegado o momento, diante de Jesus Cristo.

Por essa razão a Igreja em Filadélfia devia cuidar para que todos os seus membros fossem fiéis, pelo menos no princípio. Até o momento tinham sido fiéis. Na expressão "guardaste minha palavra e não negaste o meu nome" ambos os verbos estão em tempo aoristo, modo que descreve uma ação completada em algum momento do passado; a idéia é que os cristãos de Filadélfia deveriam ter atravessado por alguma prova, da qual emergiram vitoriosos. Suas forças eram escassas, seus recursos irrisórios; mas se guardassem sua promessa de fidelidade a Cristo veriam algum dia amanhecer o Sol de seu triunfo em Cristo. A fidelidade do cristão deve alimentar-se da visão de um mundo para Cristo, porque esse mundo depende da fidelidade com que cada cristão viva sua fé.

FILADÉLFIA OS QUE GUARDAM SÃO GUARDADOS

Apocalipse 3:7-13 (continuação)

A promessa de Cristo é que aqueles que saibam guardar serão guardados. “Porque guardaste a palavra ... eu te guardarei”. Jesus Cristo não ficará em dívida com ninguém, e sem lugar a dúvida a lealdade

merece uma recompensa.

No versículo 10, a frase que diz "a palavra de minha paciência", é uma expressão fortemente concentrada. Significa que a promessa vai

dirigida aos quais tenham praticado a mesma classe de paciência que Jesus viveu na Terra. Quando somos chamados a demonstrar paciência, a paciência de Cristo significa três coisas para nós. Em primeiro lugar,

oferece-nos um exemplo. Em segundo lugar, é uma fonte de inspiração. Devemos andar posto nosso olhar nEle, quem, pela alegria que lhe tinha sido prometido suportou a cruz, desprezando toda vergonha (Hebreus

Ap 12:1-2).

Pedro adverte a seus leitores que terão que dar conta de suas ações perante Aquele que vem para julgar os vivos e os mortos (1Pe 4:51Pe 4:5). No Novo Testamento a idéia da vinda do Senhor serve para advertir aos que pensam que podem fazer o que desejam que o dia do acerto de contas vem, e que portanto sua perspectiva para o futuro é o juízo divino.

  1. Significa uma tranqüilidade para os oprimidos. Tiago recomenda aos destinatários de sua carta que tenham paciência, porque o dia da vinda do Senhor se aproxima (Jc 5:8). Muito em breve suas

penúrias passarão. O autor de Hebreus exorta à paciência, porque aquele que há de vir virá logo, sua vinda não vi demorar (He 10:37). A idéia é que se os cristãos podem suportar pacientemente um pouco mais,

o dia de seu resgate virá, e logo.

De modo que no Novo Testamento usa-se a idéia da vinda de Cristo como uma advertência aos despreocupados e como um consolo para os

oprimidos. É verdade que, num sentido literal, Jesus não veio para os que receberam estas palavras de advertência e exortação. O certo, entretanto, é que ninguém sabe quando a eternidade invadirá sua vida e quando

Deus o chamará a comparecer perante sua presença; e isto também deve ser uma advertência para os que vivem desatentamente, a se prepararem para encontrar-se com Deus, e um alento para os que sofrem, pois o dia

da recompensa aos que forem fiéis está "perto".

Mas aqui há outra advertência. O Cristo ressuscitado recomenda aos cristãos em Filadélfia que se aferrem ao que têm, para que outros não lhes tomem sua coroa (versículo 11). Não se trata de que alguém possa

lhes roubar a coroa que eles têm, mas sim Deus pode tirar-lhes assim como as deu, e entregá-la a outro, mais digno de levá-la.

R. C. Trench faz uma lista dos personagens bíblicos que perderam o

direito de ocupar o lugar que Deus lhes tinha atribuído, pois outro demonstrou ser mais digno desse privilégio. Jacó passou a ocupar o lugar de Esaú (Gn 25:34; Gn 27:36); Rúben, o primeiro filho de Jacó, instável como a água, perdeu o lugar para Judá (Gn 49:4, Gn 49:8). Saul foi substituído por Davi (1Sm 16:11Sm 16:1, 1Sm 16:13). Joabe e Abiatar foram postos

de lado e ocuparam seus lugares Benaia e Zadoque (1Rs 2:251Rs 2:25). Judas deixou de pertencer ao grupo dos apóstolos e seu lugar foi ocupado por Matias (At 1:25, At 1:26). Os judeus foram substituídos pelos gentios que creram em Jesus Cristo (Rm 11:11).

Há uma grande tragédia em tudo isto. Às vezes ocorre na vida que alguém recebe o encargo de desempenhar uma tarefa. Ele foi escolhido com grandes esperanças para a tarefa; mas logo fica evidente que a tarefa fica grande para ele, que não está à altura de sua responsabilidade. Não é digno da confiança que se depositou nele. Não é capaz de elevar-se à altura do desafio que essa tarefa representa. Quando isso ocorre, esse homem é deslocado da missão que devia cumprir, e esta é encomendada a outro. Isto também pode suceder com as tarefas que Deus nos encomenda. Deus tem algo para que cada um de nós fazermos; mas é possível que alguns demonstrem ser incapazes de desempenhar-se em sua responsabilidade; então a tarefa passa à mãos de outro; o primeiro perdeu sua coroa. É verdade que até no fracasso qualquer um pode fazer o necessário para redimir-se — mas isto somente se se lançar, arrependido, nos braços da misericórdia de Cristo. Somente quando andamos bem perto de Cristo podemos cumprir as tarefas Que Deus nos encomendou; e se em nossa tolice fracassamos, somente a graça perdoadora poderá converter esse tropeço em princípio de uma nova glória.

FILADÉLFIA MUITAS PROMESSAS

Apocalipse 3:7-13 (continuação)

No versículo 12 encontramos as promessas do Cristo ressuscitado

aos que permanecem fiéis a Ele; neste caso são muitas promessas, a maioria das quais representam imagens vividas que devem ter sido extremamente significativas para os cristãos em Filadélfia.

  1. O cristão fiel será uma coluna no Templo de Deus. Uma coluna

da Igreja é alguém que recebe a honra e o reconhecimento de ser um dos

elementos humanos em que a Igreja se apóia. Pedro, Tiago e João eram as colunas da Igreja em Jerusalém, nos tempos primitivos (Gl 2:9). Abraão — diziam os rabinos judeus — era a coluna do mundo. Como uma coluna poderosa, o cristão fiel passa a fazer parte da estrutura arquitetônica da Igreja de Deus.

  1. O cristão fiel "nunca mais sairá dali". É possível que esta expressão mescle partes de pelo menos dois significados.
  2. Pode ser uma promessa de segurança. Já vimos como, durante

muitos anos, os habitantes de Filadélfia viveram aterrorizados por constantes terremotos e como quando estes sobrevinham todo mundo tinha que sair correndo para fora, para evitar as paredes e tetos que caíam em cima do desprevenido. Uma vez terminado o terremoto, voltavam para suas casas, mas tinha chegado a dominá-los uma permanente incerteza. Para eles a vida era um constante sair e entrar, num clima de insegurança. A promessa é que com Cristo já não haverá mais saídas. Para o cristão fiel, existe a promessa de uma serenidade sedentária na paz que Jesus Cristo pode dar.

  1. Alguns estudiosos crêem que a promessa aqui, refere-se à firmeza do caráter moral. Nesta vida até os melhores às vezes agem bem, às vezes mal. Experimentamos todo o tempo recaídas no gosto pelas coisas proibidas. Há momentos dos quais estamos envergonhados. Mas aquele que for fiel chegará, em algum momento de sua evolução moral, a ser como uma coluna no Templo de Deus, que ninguém pode tirar de seu lugar, pois terá conquistado o mal e derrotado o tentador, convertendo a bondade e a justiça na atmosfera normal de sua vida. Se este for o significado, a imagem descreveria uma vida de constante serenidade moral, tal como a que conseguiremos viver quando, superadas as lutas deste mundo, desfrutemos de paz na presença de Deus.
  2. Jesus Cristo escreverá sobre o cristão fiel o nome de seu Deus. Há várias imagens que podem estar presentes aqui:
    1. Nas cidades da Ásia Menor, e em Filadélfia entre elas, quando um sacerdote tinha completado suas obrigações profissionais de maneira

fiel durante toda sua vida, os fiéis honravam sua memória, quando morria, erigindo uma nova coluna no templo onde oficiou, escrevendo nela seu nome e o nome de seu pai. Aqui se descreveria o reconhecimento permanente duradouro com que Jesus recompensa a fidelidade em seu serviço.

  1. Pode ser, também, que se faça referência ao costume de marcar ao escravo com o nome de seu dono. Do mesmo modo como o amo põe sua marca sobre o escravo, para demonstrar que este lhe pertence, ou o

boiadeiro sua marca sobre os animais que formam parte de seu rebanho, para distingui-lo de outros como deles, Deus porá sua marca sobre os que lhe forem fiéis. Seja qual for a imagem concreta que respalda esta

passagem, a verdade é que os fiéis, de uma maneira ou outra, levarão o distintivo inconfundível de que pertencem a Deus.

  1. Também é possível que tenhamos aqui uma imagem do Antigo

Testamento. Quando Deus ensinou a Moisés qual devia ser a bênção que Arão e seus filhos pronunciariam sobre o povo de Israel, disse: “Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel” (Números 6:22-27). Em realidade esta é a mesma imagem, ainda que neste caso numa referência direta ao Antigo Testamento. Israel levava a marca de Deus, para que todos os homens soubessem que pertencia a Ele.

  1. Sobre os cristãos fiéis também se inscreverá o nome da nova Jerusalém, a cidade de Deus. Este é o direito à cidadania na cidade de Deus que receberão os cristãos fiéis. Segundo Ezequiel o nome da cidade de Deus recriada seria: "O Senhor está ali" (Ez 48:35). Os cristãos fiéis serão cidadãos da cidade e do reino onde sempre se há de desfrutar da presença direta e pessoal de Deus.
  2. Cristo escreverá um novo nome sobre os cristãos fiéis. Os habitantes de Filadélfia sabiam muito bem o que era isso de tomar um

novo nome. Quando sua cidade foi devastada por um terremoto, no ano

17 d.C, Tibério, o imperador romano, foi muito generoso com eles, enviando-lhes ajuda para a reconstrução e libertando-os da obrigação de

pagar impostos durante um certo tempo; como amostra de gratidão

Filadélfia decidiu mudar seu nome pelo de Nova Cesaréia, a Nova Cidade de César; mais tarde, quando receberam novas amostras de bondade por parte de outro imperador, Vespasiano, voltaram a mudar o nome da cidade pelo de Flávia, pois este era o sobrenome de seu benfeitor. Do mesmo modo, Jesus Cristo marcará os que forem fiéis a Ele, com um nome novo; qual será esse nome é inútil sequer tentar imaginá-lo porque nenhum homem pode vir a sabê-lo (Ap 19:12). Mas no tempo futuro quando Cristo tiver vencido todos os seus inimigos definitivamente, seus seguidores fiéis levarão a marca distintiva dos que a Ele pertencem e portanto compartilham sua vitória e sua honra.

A

CARTA

A

LAODICÉIA

LAODICÉIA A IGREJA CONDENADA

Apocalipse 3:14-22

Laodicéia possui a triste distinção de ser a única Igreja com relação

à qual o Cristo ressuscitado não pode dizer nada bom.

No mundo antigo havia seis cidades que se chamavam Laodicéia, e a que se menciona no Apocalipse era, para distingui-la das outras,

Laodicéia sobre o Licus. Tinha sido fundada cerca do 250 a.C. por Antíoco da Síria, e o nome da cidade era o de seu esposa, Laodicéia. A importância de Laodicéia radicava exclusivamente em sua localização. O caminho que unia Éfeso com Síria era o mais importante de todos os que

percorriam a Ásia Menor. Este caminho bordejava a costa, saindo de Éfeso, mas logo se via obrigado a subir até a meseta central, que tinha quase 2.500 m de altura. Fazia-o indo pelo vale do rio Meandro, até

chegar ao que conhecemos como As Portas da Frígia. Mais além dessas "portas" encontrava o vale largo onde coincidiam as fronteiras da Frígia, Lídia e Caria. O caminho que subia até esse vale desde o Meandro era de

montanha, rochoso e com precipícios de um lado e do outro. As margens do Meandro, desde esse vale, eram intransitáveis, pois as águas se

precipitavam por uma garganta rochosa, muito profunda, esculpida pela erosão nas montanhas.

O caminho, então, fazia um desvio a essa altura, tomando o vale do Licus, outro rio, e subindo por este até a meseta. Nesse vale estava

Laodicéia. O caminho penetrava o vale pela porta de Éfeso, do Este, e o abandonava pela porta da Síria, sobre o Oeste. Isto, somente, teria bastado para que Laodicéia fosse um dos grandes centros comerciais e estratégicos do Oriente Médio. Originalmente a cidade tinha sido uma

fortaleza. Mas do ponto de vista militar sua grande fraqueza era que toda a água que precisava devia ser trazida desde uns dez quilômetros, por aquedutos subterrâneos, o que era muito perigoso em caso de sítio. Havia

outros dois caminhos que passavam pelas portas de Laodicéia. Eram os caminhos que iam desde Pérgamo e o vale do Hermus, até a Pisídia, Panfília e a costa, em Perga, e o caminho que ia caria a Frígia.

Tal como comenta Sir W. M. Ramsay, "somente a paz era necessária para que Laodicéia se convertesse num grande centro comercial e financeiro". E essa paz veio com o domínio romano. Nos

dias antigos de incerteza, Laodicéia nunca tinha passado de um povoado, mas quando Roma impôs sua paz no Mediterrâneo, chegou-lhe a grande oportunidade de converter-se no que Plínio qualifica de "uma distinguida

cidade".

Laodicéia tinha certas características que deixaram seus sinais na carta que lhe é dirigida.

  1. Era um grande centro de bancos e das finanças. Quando Cícero

viajou pelo oriente, foi em Laodicéia que converteu em dinheiro as letras de mudança que levava consigo. Laodicéia era uma das cidades mais ricas do mundo. O ano 61 de nossa era, Laodicéia foi devastada por um terremoto; mas seus cidadãos eram tão ricos e independentes que se negaram a receber ajuda do governo romano e reconstruíram a cidade com seus próprios recursos e esforço. Tácito, o historiador romano, escreve: "Uma das cidades mais famosas da Ásia, Laodicéia, foi demolida nesse ano por um terremoto, e sem nossa ajuda de classe

alguma, recuperou-se mediante seus próprios recursos" (Tácito, Anais, 14:27). Não é de maravilhar-se que Laodicéia se glorificasse de ser rica, de possuir grandes fortunas e de não precisar de nada. Era tão rica que nem sequer cria ter necessidade de Deus.

  1. Era um grande centro da indústria do vestido. As ovelhas que pastavam nos arredores de Laodicéia eram famosas no mundo inteiro por sua lã suave, de cor violeta escura. Produzia industrialmente mantos muito baratos. Uma de suas especialidades era uma túnica chamada trimita, pela qual alguns chamavam Trimitaria à cidade. Laodicéia estava tão orgulhosa da roupa que fabricava que não podia dar-se conta que a Deus a enfrentava desnuda.
  2. Era um centro médico de importância. Vinte quilômetros a oeste de Laodicéia, entre a cidade e a Porta da Frígia, estava o templo dos Homens-deuses de Caria. Numa época este templo tinha sido o centro comercial, administrativo e social de toda a região. Até começos de nossa era o costume era ter grandes mercados, em datas fixas, nos arredores do templo. Este lugar era o centro de uma importante escola de medicina. Mais tarde, a escola se transferiu à cidade de Laodicéia. Tão famosos eram seus médicos, que os nomes de alguns deles aparecem nas moedas da cidade. Dois deles, por exemplo, chamavam-se Xeusis e Alexandre Filaetes.

Havia duas coisas que contribuíam à fama desta escola de medicina: um ungüento para os olhos e outro para os ouvidos. Seu colírio, que se preparava na forma de pequenos pãezinhos da substância medicinal

(kollurion, em grego, significa pãozinho) exportava-se de Laodicéia a todos os centros povoados do mundo antigo. Laodicéia tinha tal consciência de suas habilidades médicas no tratamento da vista, que

nunca lhe ocorreu pensar que aos olhos de Deus podia ser cega.

As palavras do Cristo ressuscitado respondem de maneira direta à riqueza e às habilidades técnicas que caracterizavam e tornavam

Laodicéia famosa, e que a enchiam de tanto orgulho. Este orgulho, precisamente, tinha eliminado a necessidade de Deus na mente e no

coração de muitos de seus cidadãos e, aparentemente, até entre os membros da Igreja.

  1. Devemos agregar um fato mais com relação a Laodicéia. Estava numa região onde abundava a população judia. Tantos eram os judeus

que tinham emigrado para com essa região que os rabinos palestinenses tinham um dito contra os que buscavam os vinhos e os banhos de Frígia. O ano 62 a.C. Fraco, governador da província, alarmou-se pela quantidade de dinheiro que os judeus enviavam a Jerusalém em

conceito de imposto pelo Templo (uma obrigação de todo membro da comunidade judia mundial). Portanto, proibiu a exportação de dinheiro. Como resultado, num procedimento policial, seqüestrou-se um

contrabando de moedas de ouro, em Laodicéia, por um peso de 10 quilogramas, aproximadamente, e outro na Apameia, uma localidade próxima, por um peso de quase 50 quilogramas. Calculando a partir do

peso e valor do ouro contrabandeado nestes dois casos, pode chegar-se a estimar que na região viviam pelo menos 7:500 varões judeus, sem contar as mulheres e os meninos. Na cidade de Hierápolis, a uns dez

quilômetros de Laodicéia, havia uma "congregação de judeus" que tinha o direito de cobrar multas e impostos e possuía um arquivo de documentação legal onde se guardavam dados sobre toda a população

judia da zona. Havia poucas regiões no mundo onde os judeus, fora da Palestina, fossem tão ricos e influentes.

Tal, então, era Laodicéia, a cidade muito rica para preocupar-se por Deus ou sentir alguma necessidade dEle.

LAODICÉIA AS AFIRMAÇÕES DE CRISTO

Apocalipse 3:14-22 (continuação)

Entre as sete Igrejas da Ásia a de Laodicéia é a que recebe uma condenação mais drástica. Não há palavra de louvor que se mereça, nada nela que possa redimi-la. É interessante notar que em As constituições

apostólicas (8:
46) diz-se que Arquipo foi o primeiro bispo de Laodicéia.

Quando Paulo escreveu à Igreja vizinha em Colossos, dizia: “Também dizei a Arquipo: atenta para o ministério que recebeste no Senhor, para o cumprires” (Cl 4:17). Pareceria que Arquipo não cumpria sua responsabilidade e precisava que o apóstolo lhe chamasse a atenção. Isso ocorreu trinta anos antes de ser escrito o Apocalipse. Mas é possível que já nessa hora anterior a podridão se instalou na 1greja de Laodicéia, e que um pastor indigno e um ministério insatisfatório e indigno tinham semeado as sementes da degeneração.

Como em todas as outras cartas, a introdução começa com uma série de grandes títulos que se atribuem a Cristo.

  1. É o Amém. Este é um título muito estranho. Pode ter duas

origens.

  1. Em Is 65:16 Deus é chamado o Deus da verdade; em hebraico isto se diz "Deus do Amém". A palavra Amém é a que

normalmente se pronuncia ao terminar uma declaração ou afirmação solene para garantir e reafirmar a verdade do que se disse. Se diz-se de Deus que é o Deus do Amém, isto significa que pode confiar-se

totalmente nEle, que não pode duvidar-se de suas afirmações, que suas promessas são sempre verdadeiras. Nosso texto, então, quereria dizer que Jesus Cristo é Aquele cujas palavras e promessas são verdadeiras

além de toda possibilidade de dúvida.

  1. No evangelho de João as afirmações de Jesus muito freqüentemente começam dizendo "Em verdade, em verdade vos digo..." (por exemplo Jo 1:51, Jo 1:3:3, Jo 1:5, Jo 1:11, etc.). No texto original se lê: "Amém,

Amém lhes digo..." É possível que se chame "o Amém" a Jesus Cristo como reminiscência de sua própria maneira de falar. O significado, neste caso, seria o mesmo: Jesus Cristo é Aquele cujas afirmações são

verdadeiras, Aquele em cujas promessas pode ter-se uma confiança total.

  1. Ele é a testemunha em quem se pode confiar e que é fiel aos

fatos de que testemunha. R. C. Trench assinala, com justiça, que uma boa testemunha deve responder a três condições:

  1. Deve ter visto com seus próprios olhos o que testemunha.
    1. Deve ser totalmente honesto, deve repetir com exatidão o que viu e ouviu.
    2. Deve ter a habilidade de dizer o que viu e ouviu, de maneira que

seu testemunho produza a impressão correta nos que o ouvem. Jesus Cristo satisfaz de maneira perfeita estas condições. Pode nos falar com relação a Deus porque veio dEle. Podemos confiar em suas palavras porque é o Amém. É capaz de dizer o que viu porque ninguém jamais falou como Ele. Jesus é a testemunha perfeita das coisas de Deus.

  1. Conforme diz nossa versão, Jesus é o princípio da criação de Deus. Esta é uma expressão com relação à qual devemos tomar cuidado,

porque, tal como se traduziu para o português, fica extremamente ambígua. Dizer que Jesus é o princípio da criação pode interpretar-se no sentido de que Ele teria sido a primeira pessoa criada. Mas também pode

significar que foi a causa motriz de toda a criação, aquele que começou todo o processo da criação; tal como afirma R. C. Trench, "o princípio dinâmico". Não há dúvida que o segundo é o significado que o autor quis

dar à sua expressão. A palavra, em idioma grego, é arché. Nos escritos cristãos primitivos encontramos que Satanás foi o arché da morte, quer dizer, que a morte tomou dele seu princípio e origem. Também se afirma

que Deus é o arché de tudo o que existe, ou seja que é em Deus que todas as coisas têm seu princípio e origem.

No Novo Testamento encontramos muito freqüentemente relações entre o Filho de Deus e a criação. João inicia seu Evangelho dizendo que

“Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1:3). “Nele”, diz Paulo, “foram criadas todas as coisas” (Cl 1:15, Cl 1:18). A insistência sobre a parte que correspondeu

ao Filho na criação deve-se à aparição de hereges segundo a doutrina de quem o mundo não teria sido criado pelo verdadeiro Deus, mas por um deus secundário e falso, o que explicaria a existência do pecado e da

morte. O ensino cristão é que este mundo foi criado por Deus, e que o pecado e a morte não se devem a Ele, mas sim à desobediência do

homem. Para o cristão, o Deus da criação e o Deus da redenção são um e o mesmo Deus.

LAODICÉIA NEM UMA COISA NEM OUTRA

Apocalipse 3:14-22 (continuação)

A condenação de Laodicéia começa com uma imagem de crua vividez. Porque os laodicenses não são nem frios nem quentes possuem

essa qualidade nauseabunda que obrigará ao Cristo ressuscitado a vomitá-los de sua boca.

Deve tomar-se nota do significado exato destas palavras. A palavra

que se traduz "frio" é psujros, e pode significar frio ao ponto de congelamento. O Eclesiástico 43:20 fala do vento frio do norte que pode congelar a superfície da água estancada. A palavra que se traduz "quente" tsestos, significa quente até o ponto de ebulição. A palavra que se traduz para morno é jliaros. As coisas mornas em geral têm um efeito nauseabundo. A comida quente pode ser apetitosa, assim como a comida fria, mas a comida morna em geral nos revolve o estômago. O mesmo ocorria ao Cristo ressuscitado quando se fazia presente na 1greja em Laodicéia. Isto deve nos fazer pensar.

  1. A atitude que o Cristo ressuscitado condena de maneira sem misericórdia é a indiferença. Tem-se dito que um autor pode escrever

uma boa biografia se ama a seu personagem, mas também se o odiar. Mas ninguém pode escrever uma boa biografia se o personagem sobre o

qual esta versa lhe é indiferente. Entre todas as coisas a indiferença é a mais difícil de combater. Se alguém experimentar intensos sentimentos numa direção, pode ser convencido de mudar a direção de suas

inclinações. Mas se alguém perdeu a capacidade de experimentar sentimentos ardentes, é muito difícil fazer algo com ele. A indiferença é uma espécie de morte gelada, na qual tudo deixou de ter importância. O problema da evangelização na atualidade não é a hostilidade para com o

cristianismo; mas seria melhor se este fosse o caso. O problema é que o

cristianismo e a Igreja deixaram que ter importância para as pessoas, que os homens os contemplam com total indiferença, e a indiferença é a mais difícil das barreiras para demolir. Só é possível opor-se à indiferença uma demonstração clara de que o cristianismo é um poder capaz de fortalecer a vida e uma graça capaz de embelezá-la.

  1. A única atitude impossível em face do cristianismo é a neutralidade. Ser neutro com relação a Jesus Cristo é constituir-se num obstáculo para sua obra. Jesus Cristo opera através dos homens; e o

homem que é totalmente neutro com relação a Jesus Cristo negou-se a assumir a tarefa que constitui o propósito divino para sua vida. Portanto, não somente não está no caminho mas sim que se interpôs no caminho

de Cristo. Aquele que não esteja disposto a ajudar a Cristo é um estorvo para Cristo. Aquele que não se submete a Cristo oferece resistência. Se oferecermos a alguém amor e a resposta é que nosso amor lhe é

indiferente ou não se importa com ele, essa pessoa, querendo ou não, frustrou-nos.

  1. Por mais duro que pareça, o significado, desta terrível ameaça

do Cristo ressuscitado é que nos será preferível não nos termos iniciado no caminho cristão que ter aceito ao Senhor e Salvador e depois nos abandonarmos a uma prática religiosa convencional, formal e sem significado, aparente mas sem ardor no espírito. É melhor nem sequer nos lançar ao que Trench chama "o grande experimento do evangelho" que aceitá-lo para fazer dele uma religião respeitável e sem convicção profunda. Nenhum líder aceita seguidores que respondam a suas exortações com reservas; nenhum dirigente valoriza a lealdade que com o tempo se converte em indiferença. O fogo do primeiro amor deve seguir ardendo sempre com a mesma força. Há uma afirmação de Jesus que não faz parte de nosso Novo Testamento: "Aquele que está perto de mim está perto do fogo". O modo de manter o calor espiritual é permanecer sempre perto de Cristo.

LAODICÉIA A RIQUEZA QUE É POBREZA

Apocalipse 3:14-22 (continuação)

A tragédia de Laodicéia era que estava convencida de sua própria riqueza e que era cega com relação à sua verdadeira pobreza.

Humanamente falando, e a julgar segundo as pautas da época, ninguém poderia dizer que havia outra cidade mais rica que Laodicéia em toda a Ásia. Espiritualmente falando, e segundo as pautas divinas, o Cristo

ressuscitado afirma que não há comunidade mais açoitada pela pobreza que Laodicéia. Laodicéia se vangloriava de três coisas: cada uma destas é tomada, por turno, e mostrada em seu próprio verdadeiro valor.

  1. Laodicéia se orgulhava de sua riqueza financeira. Era o centro bancário da Ásia Menor; era tão rica que quando um terremoto a devastou no ano 61, negou-se a aceitar ajuda para sua reconstrução. Não necessitava nada de ninguém, ou pelo menos pensava isso. O Cristo

ressuscitado recomenda que compre ouro que tenha sido refinado no fogo. O ouro provado no fogo demonstra seu autêntico valor; é precisamente com essa imagem que Pedro descreve a fé verdadeira (1

Pedro Ap 1:7). A riqueza pode fazer muitas coisas, mas há coisas que por mais dinheiro que se tenha jamais poderão conseguir-se. A riqueza não pode comprar felicidade; nem pode dar a ninguém um corpo ou uma

mente sã; a riqueza não pode consolar quem sofre uma tristeza; a riqueza não pode comprar a amizade verdadeira para aquele que ficou sozinho. Se tudo o que tivermos para enfrentar a vida é nossa riqueza, somos

verdadeiramente pobres em recursos. Mas se alguém tem uma fé que foi provada e refinada no crisol do fogo da experiência, não há nada que não seja capaz de enfrentar e é, verdadeiramente, rico como ninguém.

  1. Laodicéia se orgulhava de sua indústria do vestido. A roupa que se fabricava em Laodicéia era famosa no mundo inteiro. Mas — diz o Cristo ressuscitado — Laodicéia está espiritualmente nua. Se quer cobrir sua nudez deve ir a Ele e receber dEle o que somente Ele pode dar. O

Cristo ressuscitado fala de "a vergonha da nudez" de Laodicéia. Isto

tinha um significado muito mais forte no mundo antigo que entre nós. Foi deste modo que Hanum tratou os servos de Davi (2Sm 10:4). A ameaça contra o Egito é que a Assíria levará nu a seu povo (Is 20:4). A advertência de Ezequiel a Israel era que seus inimigos o despiriam de sua roupa (Ezequiel 16:37-39; 23:26-29, veja-se Os 2:3,Os 2:9 e Mq 1:8,Mq 1:11). Deus disse Naum que advertisse ao povo desobediente que: “Mostrarei às nações a tua nudez, e aos reinos, as tuas vergonhas” (Na 3:5). Por outro lado, estar vestido com roupas finas era uma grande honra. Faraó honrou a José vestindo-o com roupa de linho fino (Gn 41:42). Daniel é vestido de escarlate por Belsazar (Dn 5:29). As vestimentas reais estão destinadas àqueles homens que o rei honra (Ester 6:6-11). Quando o filho pródigo retorna, é-lhe posto a melhor das túnicas (Lc 15:22).

Laodicéia se orgulhava da roupa que fabricava, mas espiritualmente está nua e a nudez é desonra e vergonha. O Cristo ressuscitado a exorta a

comprar dEle um vestido branco. O que significa este vestido branco? Pode muito bem representar as coisas belas da vida e o caráter que

somente Cristo pode oferecer aos homens. Tem muito pouco sentido que a pessoa adorne o corpo se não tem com o que adornar a alma. Nem todos os vestidos mais finos do mundo poderão embelezar o homem cuja

natureza está retorcida e cujo caráter foi afeado. O que o homem possa vestir jamais compensará o que Deus não deu para vestir sua interioridade espiritual.

  1. Laodicéia se orgulhava de seu famoso colírio; exportava-o para

todo o mundo como o remédio mais eficaz para as doenças dos olhos. Mas os fatos demonstram que Laodicéia era cega, visto que não via sua pobreza e sua nudez.

R. C. Trench diz: "O princípio de toda emenda verdadeira é nos ver tal como somos."

Laodicéia era muito cega para poder ver-se tal como era. Somente

Aquele que é a Luz do Mundo pode limpar nossa vista e nos torna

capazes de ver com clareza. Vê-lo em sua santidade e a nós em nosso pecado é o primeiro passo rumo à salvação.

LAODICÉIA O CASTIGO DO AMOR

Apocalipse 3:14-22 (continuação)

O ensino do versículo 19 aparece em todas as Escrituras. “Eu repreendo e disciplino a quantos amo.” Há algo muito belo na forma de

dizer estas palavras. Trata-se de uma citação de Pv 3:12. Mas João ao citar modifica uma palavra. Na Septuaginta a palavra que se traduz "amor" é agapan; agapan indica a atitude respeitosa de

benevolência e boa vontade que nada nem ninguém pode converter em ódio; mas na citação no lugar de agapan diz filein. Filein é a palavra que representa um amor verdadeiramente tenro e quente. Podemos perceber melhor o significado desta oração se lermos: "É com aqueles que me são

mais queridos que exerço a disciplina mais estrita." A Bíblia está cheia dessa disciplina que o amor deve exercer sempre em sua relação com os que ama.

Tomemos primeiro a palavra "repreendo". A palavra grega significa aquela classe de repreensão que obriga necessariamente a reconhecer o erro e corrigi-lo. Segundo Aristóteles trata-se da prova de que as coisas

não podem ser de outro modo senão como nós o recomendamos".

O exemplo mais vívido desta classe de repreensão é a forma como Natã enfrenta a Davi com seu pecado, quando Davi tinha arrumado a

morte do Urias para poder ficar com sua mulher, Bate-Seba (2 Samuel 12:1-14). Repreender um homem desta maneira não significa envergonhá-lo ou gritar com ele; não quer dizer descarregar sobre ele

uma chuva de palavras fortes, por mais justo que isto possa ser; significa falar com o pecador de tal maneira que este não tenha mais remédio que reconhecer o mal que tem feito, admitir seu erro e corrigir sua vida e sua conduta. A repreensão de Deus não é um castigo, mas uma iluminação.

Vejamos, agora, como aparece a idéia de "disciplina" em distintos lugares da Bíblia.

É muito característica no ensino dos Provérbios. “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina”

(Pv 13:24; veja-se também Pv 23:13-14). Aqui o amante é Cristo, que bate na porta dos corações dos homens. Nesta imagem percebemos algumas das verdades mais importantes da religião cristã.

  1. Vejamos os rogos de Cristo. Cristo está à porta do coração humano e roga. O único fato verdadeiramente único que o cristianismo

contribuiu ao mundo é seu conceito de Deus como Aquele que busca o homem. Não há nenhuma religião que possua esta noção.

Em seu livro Out of Nazareth Donald Baillie cita três testemunhas

do caráter verdadeiramente único desta surpreendente concepção.

Montefiore, o grande estudioso judeu da Bíblia, disse que "a única coisa que jamais ocorreu aos profetas ou aos rabinos judeus, foi a

concepção de um Deus que sai à busca do homem pecador que não estava buscando a Deus e que inclusive se afastou deliberadamente dEle." Era suficiente, para eles; pensar que Deus era misericordioso para

aceitar os homens que voltassem a Ele arrependidos; mas superava

totalmente sua fé a possibilidade de que Deus saísse em busca do pecador não arrependido.

O Conselho Nacional Cristão do Japão redigiu um documento no qual tentava estabelecer claramente a diferença entre o cristianismo e

outras religiões, e em um dos parágrafos que finalmente foram dados a conhecer, dizia: "A principal diferença é que não é o homem quem busca a Deus mas sim Deus que toma a iniciativa e sai para buscar o homem."

O barão von Hugel, um grande teólogo alemão, gostava muito de

repetir umas palavras que São Bernardo dizia sempre a seus monges: "Por mais cedo que vocês se levantem pela manhã para ir rezar na capela ou nas noites mais frias do inverno, creiam que Deus sempre estará acordado antes de vocês , esperando-os; sim, Ele é quem despertou em vocês o seu sonho para que busquem seu rosto."

Aqui temos a imagem do Deus que busca, do Cristo que chama, de Cristo amante que suplica, de Cristo que pede para entrar no coração do

homem pecador, até daquele que não quer recebê-lo. Por certo, nenhum amor poderia chegar tão longe.

  1. Vemos qual é a oferta de Cristo. A palavra que se traduz "cear" é muito significativa. Os gregos faziam três refeições por dia. O café da manhã consistia num pedaço de pão seco molhado em vinho. O almoço,

ou refeição do meio-dia, em geral não se tomava necessariamente na casa; consistia de algum bocado frio que se consumia ao estilo "piquenique", à beira do caminho ou em alguma colunata ou no lugar da cidade. A refeição da noite, ou jantar, era a principal do dia. Os

comensais participavam dela à vontade, tomando tempo para a observação, pois o trabalho do dia já havia terminado; não havia nada para fazer depois e portanto podia dedicar-se todo o tempo que se

quisesse à conversa amável entre amigos. A palavra que se usa em nossa passagem é a que designa a ação de participar desta ultima refeição do dia. Cristo participaria da ceia com aqueles que respondessem a seu

chamado. Não se tratava de uma comida rápida, de passagem, mas sim

de um momento de íntima fraternidade com Ele, sem apuros nem interrupções.

  1. Vemos a responsabilidade humana. Cristo bate na porta; a gente pode responder a esse chamado ou ignorá-lo. Cristo não entra sem que se

abra a porta. Deve ser convidado a fazê-lo. Até no caminho do Emaús “Fez ele menção de passar adiante” (Lc 24:28). Jesus Cristo nunca nos vai obrigar a que o recebamos ou aceitemos: espera até que nós estamos em condições de pedir-lhe para entrar.

Holman Hunt tinha razão quando ao representar esta cena num quadro que se tornou famoso (intitulado A luz do mundo), pintava a porta do coração humano sem maçaneta pelo lado de fora. Somente de dentro

ela pode ser aberta.

Tal como afirma R. C. Trench: "Cada homem é o senhor de seu próprio coração; este é sua fortaleza; ele próprio deve abrir suas portas,

quando deseja fazê-lo." Possui "a prerrogativa e o privilégio de negar-se a abrir". O homem que se nega a deixar Cristo entrar em seu coração "é cego com relação à sua própria bem-aventurança". É um "miserável

vencedor".

Cristo solicita. Cristo oferece. Mas tudo isto será em vão se nós não lhe abrirmos e o convidarmos a entrar.

LAODICÉIA ISTO SE REFERE A TI

Apocalipse 3:14-22 (continuação)

A promessa do Cristo ressuscitado ao que for vitorioso é que se sentará com Ele em seu próprio trono de vitória. Teremos uma imagem clara e correta se lembrarmos que no Oriente os tronos eram mais como

um divã que como uma poltrona. Aquele que for vitorioso na batalha da vida compartilhará o trono do Cristo vitorioso.

Cada uma das Cartas termina com as palavras: “Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” Estas palavras cumprem

duas funções:

  1. Individualiza a mensagem das cartas. Diz a cada homem que escuta as palavras do Cristo ressuscitado: "Isto se refere a ti." Muito freqüentemente ouvimos a mensagem que nos é transmitida através do pregador e o aplicamos a todos outros mas não a nós. Em nosso foro mais íntimo cremos que as palavras duras não podem referir-se a nós; ou que as promessas são muito belas para aplicar-se a nós. Mas esta frase nos diz, a cada um: "Isto se refere a ti."
  2. Generaliza a mensagem das cartas. Significa que a mensagem das Cartas não está confinado aos membros de cada uma das sete Igrejas

da Ásia Menor, faz muitas "centenas de anos. Através destas cartas o Espírito está falando com todos os homens de todas as idades.

Temos lido as cartas cuidadosamente sobre o pano de fundo da situação geográfica e histórica de cada uma das Igrejas e suas respectivas cidades; mas sua mensagem não é somente local e marcado pelo tempo;

é uma mensagem eterna. Nestas cartas o Espírito pode nos falar conosco, hoje. Suas críticas nos exigem esquadrinhar nossos próprios corações; suas promessas nos oferecem as possibilidades de levantar nossos

próprios ânimos; porque o Cristo que vivia naquela época é o mesmo Cristo que está vivo em todas as idades, inclusive a nossa.


Dicionário

Aconselhar

verbo regência múltipla Dar conselhos; pedir direcionamentos; recomendar, sugerir, orientar-se: a mãe aconselhada os filhos; aconselhar alunos da escola; aconselhou-se com o padre.
verbo bitransitivo Tentar persuadir, convencer uma pessoa a fazer algo; recomendar: aconselhar os funcionários; aconselhou o funcionário a mudar de profissão.
verbo pronominal Estar com alguém para debater pontos de vista: aconselhou-se sobre novas tecnologias.
Etimologia (origem da palavra aconselhar). A + conselho + ar.

sugerir, insinuar, guiar, inspirar, persuadir. – Aconselhar é “induzir alguém, por meio de razões insistentes e bons argumentos, a que faça alguma coisa que não faria de moto-próprio”; é também “encaminhar numa certa direção (num negócio, numa situação difícil, na vida, etc.).” Pode aconselhar-se bem ou mal, de boa ou de má-fé, benévola ou perversamente. – Sugerir é “fazer entrar no espírito de alguém, e muito subtilmente, ou por meios indiretos e vagos, alguma coisa que está no nosso interesse, ou mesmo na conveniência da pessoa a quem se sugere. É claro que, quando dizemos explicitamente a Pedro que levante cedo, a isso o aconselhamos; quando lhe fazemos sentir por meias palavras, ou por circunlóquios, a conveniência de ocultar-se às vistas da polícia, sugerimos a Pedro o que está no seu interesse. Ninguém diria que sugeriu a Pedro que levantasse muito cedo: salvo se quisesse mesmo fazer uma simples sugestão, em vez de dar um conselho”. – Insinuar está quase no mesmo caso de sugerir: é “introduzir, levar até o íntimo do espírito ou do Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 83 coração de alguém uma ideia, uma suspeita, um desejo etc.: convindo não esquecer que insinuar envolve ideia de má vontade ou de intuito ilegítimo de quem insinua”. – Guiar é dirigir alguém nalgum serviço, intento, marcha, etc.; é assistir com bons conselhos, para que a pessoa guiada não se afaste do reto caminho. Guiamos os nossos filhos; como guia o mestre os seus discípulos. – Também se pode guiar mal ou bem. – Inspirar, aqui, significa “sugerir mais diretamente, com mais energia; operar sobre o espírito ou o coração de alguém para que se oriente, se anime, se incenda, se recorde, etc. – Persuadir é “insistir em que alguém creia, aceite o que lhe propomos ou dizemos”. Não é convicção que leva uma pessoa a persuadir-se: é antes a autoridade de quem persuade.

Aparecer

verbo transitivo indireto e intransitivo Começar a ser visto, tornar-se visível, mostrar-se, surgir: a doença apareceu do nada; a aurora está prestes a aparecer.
verbo intransitivo Estar publicado: este livro apareceu este ano.
Surgir sem razão aparente; ocorrer, surgir: o sucesso não aparece sem esforço.
Figurado Brilhar, fazer-se notar: este daí só quer aparecer.
Manifestar-se: seu orgulho aparece em todas as ocasiões.
verbo transitivo direto e predicativo Sobressair-se por alguma qualidade ou característica positiva; revelar-se: sua inteligência aparece em seu comportamento.
Etimologia (origem da palavra aparecer). Do latim apparescere “ficar visível”.

Brancas

branca | s. f. | s. f. pl.
fem. pl. de branco

bran·ca
(feminino de branco)
nome feminino

1. Cabelo branco. (Mais usado no plural.) =

2. Mulher de pele clara.

3. Esquecimento passageiro. = CLARO

4. [Jogos] Uma das três bolas do bilhar.

5. [Numismática] Antiga moeda de prata.

6. Grilheta, braga.

7. [Portugal, Informal] Alcalóide extraído das folhas da coca. = COCAÍNA

8. [Brasil] Cachaça.

9. [Brasil] Navalha espanhola.


brancas
nome feminino plural

10. Idade avançada.

11. [Jogos] Conjunto das peças mais claras em jogos de tabuleiro com dois conjuntos de peças.


branca do ovo
Albumina que envolve a gema do ovo. = CLARA


bran·co
(germânico blank)
adjectivo
adjetivo

1. Que tem a cor da neve ou do leite.

2. Descorado, pálido.

3. Que tem cãs. = ENCANECIDO

4. Relativo a uma divisão da espécie humana caracterizada pela pele clara ou morena.

5. Figurado Que encerra todas as cores.

6. Que não teve prémio, geralmente bilhete de rifa ou lotaria.

7. [Versificação] Não rimado (ex.: verso branco). = LIVRE, SOLTO

nome masculino

8. Cor branca.

9. Roupa branca (ex.: estava de branco).

10. Tinta branca.

11. Espaço não preenchido num impresso ou num texto escrito. = CLARO

12. [Jogos] Pedra ou quadrado do dominó sem pinta marcada.

13. [Tipografia] Espaço maior que o entrelinhas ordinário (em impressos).

14. [Anatomia] Membrana externa branca do olho. = ESCLERÓTICA

15. Clara do ovo.

16. Alburno; alvo.

17. Boletim de voto sem qualquer preenchimento (ex.: contaram os brancos e os nulos).

18. [Brasil, Informal] Esquecimento passageiro. = CLARO

adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

19. Que ou quem pertence a uma divisão da espécie humana caracterizada pela pele clara ou morena.


branco do olho
[Anatomia] Membrana externa branca do olho. = ESCLERÓTICA

branco do ovo
Albumina que envolve a gema do ovo. = CLARA

em branco
Por preencher (na escrita).

Sem ter estudado, sem ter lido, sem ter tido conhecimento ou sem ter percebido.

Sem dormir (ex.: noites em branco). = EM CLARO


Colírio

substantivo masculino Remédio líquido que se aplica, em gotas, sobre a conjuntiva.

Colírio Remédio que é pingado no olho (Ap 3:18).

Enriquecer

verbo transitivo direto e intransitivo Tornar rico, repleto de bens, dinheiro e riquezas: enriquecer o filho; neste país, o pobre nunca enriquece.
verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Por Extensão Aumentar, desenvolver para melhor: enriquecer uma receita; melhorar o texto para enriquecer; o curso se enriqueceu com sua ajuda.
verbo transitivo direto Figurado Fazer ficar belo; embelezar: enriquecer o estilo.
Acrescentar algo para aumentar os nutrientes de um alimento.
Etimologia (origem da palavra enriquecer). En + rico - c + qu + ecer.

Fogo

substantivo masculino Desenvolvimento simultâneo de calor, de luz e de chama produzido pela combustão viva de certos corpos, como a madeira, o carvão etc.
Fogueira, incêndio, labareda, lume.
Fogão ou lugar onde se cozinha ou se faz fogo para qualquer fim; lareira: conversávamos junto ao fogo.
Calor intenso e molesto: o dia de hoje foi um fogo.
Figurado Veemência, ardor, paixão: o fogo da cólera.
Fuzilaria, guerra, combate.
Figurado Fogo de palha, entusiasmo passageiro ou aparente.
Figurado Excitação, ardência sexual: mulher de muito fogo.
Negar fogo, falhar, iludir, desanimar.
Pegar fogo, incendiar-se, inflamar-se.
Fazer fogo, acender.
Comer fogo, fazer alguma coisa com grande sacrifício ou passar dificuldades.
Figurado Atiçar fogo, açular, incitar.
Brincar com o fogo, expor-se ao perigo, arriscar-se.
Figurado Ser fogo, ser difícil, irredutível, indomável, intransigente.
A fogo lento, pouco a pouco.
Tocar fogo na canjica, animar.
Figurado Pôr as mãos no fogo (por alguém), responsabilizar-se, confiar em.
interjeição Voz de disparo em combate ou aviso de incêndio.
substantivo masculino plural Fogos de artifício, peças pirotécnicas fáceis de inflamar para festejos juninos e outras comemorações.

Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.

Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx 3:2), e desceu ao monte Sinai entre chamas e relâmpagos (Êx 19:18). Aquele fogo que desceu do céu, primeiramente sobre o altar do tabernáculo, e mais tarde sobre o altar do templo de Salomão, quando da sua dedicação, ali se conservou constantemente alimentado, e cuidadosamente sustentado de dia e de noite pelos sacerdotes. o fogo para fins sagrados, que não fosse obtido do altar, era chamado ‘fogo estranho’ – e por ser este usado por Nadabe e Abiú, foram estes sacerdotes mortos com fogo que veio de Deus (Lv 10:1-2Nm 3:4 – 26.61). o emprego do fogo para fundir metais já era conhecido dos hebreus no tempo do Êxodo (32.24). Em dia de sábado nenhum lume se acendia para qualquer fim doméstico (Êx 35:3Nm 15:32-36). os adoradores do deus Moloque, ou queimavam os seus filhos no fogo, ou os faziam passar por ele (2 Rs 16.3 – 21.6 – 2 Cr 33.6). o Espirito Santo é comparado ao fogo (Mt 3:11At 2:3), sendo a sua obra converter e purificar as almas, inflamando-as de amor a Deus e de zelo pela Sua Glória. A Palavra de Deus é, também, apresentada como semelhante ao fogo (Jr 23:29). Empregam-se, além disso, os termos ‘fogo’ e ‘chama’, para exprimir vivos sentimentos e a inspiração divina, e descrever calamidades temporais e futuros castigos (Sl 66:12Jr 20:9Jl 2:30Ml 3:2Mt 25:41Mc 9:43).

[...] No pensamento de Jesus, o fogo eterno não podia passar, portanto, de simples figura, pouco lhe importando fosse essa figura interpretada à letra, desde que ela servisse de freio às paixões humanas. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6, it• 7

Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade. [...] O homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta. Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar de amor, de ciúme, etc.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 974 e 974a

[...] A Teologia reconhece hoje que a palavra fogo é usada figuradamente e que se deve entender como significando fogo moral. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009

O fogo exprime emblematicamente a expiação como meio de purificação e, portanto, de progresso para o Espírito culpado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3


Fogo Um dos símbolos com o qual se descreve o castigo eterno: o inferno (Mt 5:22). Passagens como as de Lc 3:16 ou 12:49ss. referem-se, evidentemente, à dupla opção de vida diante da qual se coloca todo ser humano: ou aceitar o Evangelho de Jesus, o messias, e ser mergulhado (batizado) no Espírito Santo ou rejeitá-lo e ser lançado ao fogo eterno, destinado ao diabo e a seus anjos (Mt 25:41-46).

C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Las sectas frente a la Biblia, Madri 1992.


Nudez

Nudez
1) Estado de quem está sem roupa (Dt 28:48); (Rm 8:35)

2) “Descobrir a nudez” quer dizer “ter relações sexuais” (Lv 18:1-19);
v. NTLH).

substantivo feminino Estado de uma pessoa, de uma coisa nua.
Estado de um objeto desprovido de ornatos, enfeites.
Figurado Carência, falta.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Olhos

-

substantivo masculino Orgãos externos da visão: meus olhos enxergaram o pôr do sol.
Figurado Excesso de zelo, de cuidado, de atenção: estou de olhos nisso!
Figurado Aquilo que clarifica; luz, brilho.
locução adverbial A olhos vistos. De modo evidente, claro; evidentemente.
expressão Abrir os olhos de alguém. Dizer a verdade sobre alguma coisa.
Falar com os olhos. Mostrar com o olhar seus sentimentos e pensamentos.
Comer com os olhos. Olhar atenta e interesseiramente; cobiçar.
Custar os olhos da cara. Ser muito caro.
Ser todo olhos. Olhar muito atentamente.
Etimologia (origem da palavra olhos). Plural de olho, do latim oculus.i.

Ouro

substantivo masculino [Química] Elemento químico, metálico e de muito valor, com número atômico 79; representado por Au.
Esse metal precioso, brilhante e de cor amarela: moeda de ouro.
Figurado Demonstração de riqueza: aquela família é puro ouro!
Figurado Cor amarela e brilhante: rio que reluz a ouro.
substantivo masculino plural Um dos naipes do baralho, com forma de losango e cor vermelha.
expressão Coração de ouro. Coração generoso.
Nadar em ouro. Ser muito rico, viver na opulência.
Ouro de lei. Ouro cujos quilates são determinados por lei.
Ouro fino. Ouro sem liga.
Ouro branco. Liga de ouro, paládio e cobre; no Brasil, o algodão, considerado como fonte de riqueza.
Ouro vermelho. Liga de ouro e cobre.
Pagar a peso de ouro. Pagar muito caro.
Figurado Mina de ouro. Fonte de riquezas, de grandes benefícios, de negócios consideráveis e seguros.
Valor ouro. Valor de um objeto expresso numa unidade monetária conversível em ouro.
Nem tudo que reluz é ouro (provérbio). As exterioridades, as riquezas aparentes nem sempre correspondem à realidade.
Etimologia (origem da palavra ouro). Do latim aurum.i.

Do latim "aurum", ouro, radicado em "aur", palavra pré-romana que já designava o metal precioso. O gramático latino Sextus Pompeius Festus, que viveu no século I, já registra a forma popular "orum", praticada pelos funcionários do Império Romano em suas províncias, inclusive em Portugal e na Espanha. Isso explica que em português seja "ouro", em espanhol "oro", em francês "or", em italiano "oro". Apenas o latim clássico conservou a inicial "a". Todas as línguas-filhas apoiaram-se no latim coloquial.

o uso do ouro era comum entre os hebreus. Várias partes do templo, dos ornatos, e dos utensílios eram cobertos deste precioso metal (Êx 36:34-38 – 1 Rs 7.48 a
50) – e muitos vasos dos ricos, bem como os seus ornamentos pessoais e insígnias dos seus cargos, eram de ouro. ofir (28:16), Parvaim (2 Cr 3.6), Seba e Ramá (Ez 27:22-23), são mencionados como lugares que produziam ouro. Era abundante nos tempos antigos (1 Cr 22.14 – 2 Cr 1.15 – 9.9 – Dn 3:1 – Na 2.9), mas não era empregado na fabricação de moeda, nem usado como padrão de valor.

Ouro Metal precioso que Israel conhecia desde a Antigüidade. Mateus incluiu-o entre os presentes ofertados ao Menino pelos magos (Mt 2:11). Jesus ordena a seus discípulos que não o levem consigo (Mt 10:9) e censura os que o sobrepõem — por seu valor material — às coisas espirituais, pois só estas podem acompanhá-los (Mt 23:16ss.).

Provado

provado adj. 1. Demonstrado, confirmado. 2. Experimentado. 3. Sabido, reconhecido, incontestável.

Vergonha

substantivo feminino Ato de vexatório, que humilha, desonra; humilhação: perder assim é uma vergonha.
Sentimento penoso que resulta desse ato, por se ter cometido alguma falta ou pelo temor da desonra: corar de vergonha.
Ato indecoroso que provoca indignação: a corrupção é uma vergonha!
Insegurança efetivada pelo medo do julgalmento alheio; decoro.
Dor causada pelo sentimento de inferioridade.
Rubor das faces causado por acanhamento; timidez.
substantivo feminino plural As partes pudendas: cobrir as vergonhas com um pano.
expressão Perder toda a vergonha. Não ter pudor, ser insensível à desonra.
Ser a vergonha de alguém. Causar vexame pela prática de atos indecorosos.
Ter vergonha na cara. Ter dignidade; mostrar respeito: tenha vergonha na cara e pare de fazer papel de bobo!
Etimologia (origem da palavra vergonha). Do latim verecundia.ae.

Vergonha
1) Emoção de humilhação causada por consciência de culpa ou fracasso (Sl 44:7-9, RA; 44.15).


2) No plural, os órgãos sexuais (Dt 25:11; Is 47:3).


Vestes

Do Lat. vestes
Vestuário; fato; vestido; véstia; vestidura sacerdotal.

Vistas

2ª pess. sing. pres. conj. de vestir
fem. pl. part. pass. de ver
fem. pl. de visto
fem. pl. de vista

ves·tir -
verbo transitivo

1. Pôr no corpo uma peça de roupa.

2. Pôr no corpo de outrem a roupa que o deve cobrir; ajudar alguém a vestir-se.

3. Dar roupa a.

4. Cobrir, adornar, revestir.

5. Usar como vestuário.

6. Trazer ordinariamente.

7. Fazer roupa para.

8. Figurado Cobrir, revestir, atapetar, alcatifar, forrar.

9. Adornar.

10. Assumir.

11. Encobrir, disfarçar.

12. Dar realce a; embelecer.

13. Tingir; tingir-se de.

verbo intransitivo

14. Trajar.

verbo pronominal

15. Cobrir-se com roupa.

16. Pôr trajo de sair; preparar-se para.

17. Comprar roupa para seu uso.

18. Cobrir-se, revestir-se, encobrir-se.

19. Imbuir-se, impregnar-se.

20. Disfarçar-se.


ver |ê| |ê| -
(latim video, -ere)
verbo transitivo

1. Exercer o sentido da vista sobre.

2. Olhar para.

3. Presenciar, assistir a.

4. Avistar; enxergar.

5. Encontrar, achar, reconhecer.

6. Observar, notar, advertir.

7. Reparar, tomar cuidado em.

8. Imaginar, fantasiar.

9. Calcular, supor; ponderar, inferir, deduzir.

10. Prever.

11. Visitar.

12. Escolher.

13. Percorrer.

14. Provar.

15. Conhecer.

verbo pronominal

16. Olhar-se.

17. Encontrar-se.

nome masculino

18. Parecer; juízo; opinião (ex.: no ver dele, isto é inadmissível).

19. O acto de ver.


a meu ver
Na minha opinião.

até mais ver
Fórmula de despedida usada quando se pensa ou espera voltar a ver a
(s): pessoa
(s): a quem é dirigida.
= ATÉ À VISTA, ATÉ MAIS

a ver vamos
Expressão usada para indicar que se espera ou se deve esperar pelo desenrolar dos acontecimentos.

ver-se e desejar-se
Estar muito aflito, muito embaraçado (ex.: o tenista viu-se e desejou-se para ganhar ao adversário).


Ver também a dúvida linguística: ter a ver com / ter a haver.

vis·to
(particípio de ver)
adjectivo
adjetivo

1. Conhecido, notório, sabido; considerado, reputado; aceite, recebido, acolhido.

2. Versado, sabedor; ciente.

3. Atendendo, considerando, ponderando.

nome masculino

4. Fórmula ou assinatura que dá validade a um documento.

5. Autorização de entrada num país estrangeiro (ex.: foi à embaixada pedir o visto).

6. Sinal gráfico, geralmente semelhante à letra V, que indica que algo foi feito ou verificado.

preposição

7. Indica causa (ex.: visto haver muitas dúvidas, é necessário um esclarecimento). = DADO, POR


está visto que
É claro que, é óbvio que.

pelos vistos
A julgar pelo que se vê; ao que tudo indica; na aparência (ex.: pelos vistos, mudaram de planos). = APARENTEMENTE

pelo visto
O mesmo que pelos vistos.

visto que
Expressão que indica causa e introduz uma frase subordinada (ex.: visto que estamos atrasados, não vamos fazer uma pausa). = DADO QUE, POSTO QUE, UMA VEZ QUE


vis·ta
(feminino de visto)
nome feminino

1. Acto ou efeito de ver.

2. O que se vê; tudo o que os olhos alcançam desde um lugar.

3. O aspecto do que se vê.

4. Faculdade de ver e gradações dessa faculdade.

5. Aquele dos sentidos que nos dá a conhecer os objectos pelo aspecto.

6. Representação de um lugar pela pintura, pela gravura, pela fotografia, etc.

7. Presença.

8. Desígnio, intenção, mira.

9. Maneira de ver, de encarar uma questão.

10. Cavaco que se acende à entrada do forno para o iluminar interiormente.

11. Tira de fazenda, de cor viva, para guarnição de vestidos.

12. Parte da viseira do capacete onde há duas fendas correspondente aos olhos.

13. Cenário teatral.

14. Janela, abertura, por onde se pode ver o exterior.

15. Olho.


a perder de vista
Que se prolonga por grande distância (ex.: o sol banhava a planície a perder de vista).

à primeira vista
Segundo a aparência inicial; superficialmente (ex.: cada um de nós é mais do que aquilo que à primeira vista parece).

até à vista
Fórmula de despedida usada quando se pensa ou espera voltar a ver a
(s): pessoa
(s): a quem é dirigida.
= ATÉ MAIS, ATÉ MAIS 5ER

à vista
Visível; à mostra (ex.: os resultados estão à vista).

Com pagamento imediato em dinheiro no momento de compra ou de entrega (ex.: pagou à vista).

Num futuro próximo (ex.: ainda não há datas à vista para iniciar a restauro do quadro).

à vista armada
Com recurso a instrumentos ópticos.

à vista de
Diante de; perante (ex.: discutiram à vista de todos).

De acordo com; segundo (ex.: as conversações, à vista dos comentadores, foram um sucesso).

à vista desarmada
Sem uso de um instrumento óptico.

com vista
(s): a
Com a intenção de (ex.: abriu concurso público com vista à construção de uma nova escola; aprovaram a proposta com vistas ao melhoramento das instalações).

Usa-se para indicar que um requerimento ou pedido está à consideração de alguém ou de alguma entidade (ex.: as duas ações estão com vistas ao ministro; processo vai com vista ao Ministério Público).

correr a vista por
Ver superficialmente; passar a vista por.

curto de vistas
Que vê pouco ou que vê mal.

Figurado Que é pouco inteligente. = TACANHO

dar na
(s): vista(s)
Chamar a atenção.

de encher a vista
Que é muito agradável, bom ou atraente (ex.: organizou um banquete de encher a vista).

de vista
Sem relação de intimidade ou proximidade, apenas por ver ou encontrar socialmente (ex.: só os conheço de vista, nunca falei com eles).

de vistas curtas
Tacanho.

de vistas largas
Inteligente, perspicaz.

fazer vista
Fazer figura.

fazer vista
(s): grossa(s)
Ignorar deliberadamente; fingir que não se vê.

haja vista
Expressão usada para indicar que se considera algo referido a seguir; tendo em conta, tendo em vista (ex.: será necessário muito cuidado, haja vista a delicadeza do assunto).

navegar à vista
[Marinha] Navegar sem instrumentos de navegação.

[Por extensão] Agir sem um plano ou sem um rumo definido.

pasmar a vista
Fixar prolongadamente os olhos.

passar a vista por
Ver superficialmente; correr a vista por.

perder a vista
Perder a visão; ficar cego.

perder de vista
Deixar de ver, de acompanhar, de saber notícias de.

saltar à vista
Ser claro, evidente, óbvio. = SALTAR AOS OLHOS

ter vista para
Estar situado em determinado local, de maneira a permitir ver (ex.: o apartamento tem vista para o mar).

vista cansada
Presbitismo.

vista
(s): curta(s)
Dificuldade em ver bem ao longe.

Figurado Falta de inteligência, de entendimento (ex.: políticas de vistas curtas).

vista de lince
Figurado Acuidade visual; visão muito apurada. = OLHO DE LINCE

vista de olhos
Acto de ver de passagem; breve observação (ex.: demos uma última vista de olhos ao texto).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Apocalipse 3: 18 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Aconselho-teG4823 συμβουλεύωG4823 G5719 G4671 σοίG4671 que deG3844 παράG3844 mimG1700 ἐμοῦG1700 compresG59 ἀγοράζωG59 G5658 ouroG5553 χρυσίονG5553 refinadoG4448 πυρόωG4448 G5772 peloG1537 ἐκG1537 fogoG4442 πῦρG4442 para teG2443 ἵναG2443 enriqueceresG4147 πλουτέωG4147 G5661, vestidurasG2440 ἱμάτιονG2440 brancasG3022 λευκόςG3022 paraG2443 ἵναG2443 te vestiresG4016 περιβάλλωG4016 G5643, a fimG2532 καίG2532 de que nãoG3361 μήG3361 seja manifestaG5319 φανερόωG5319 G5686 a vergonhaG152 αἰσχύνηG152 da tuaG4675 σοῦG4675 nudezG1132 γυμνότηςG1132, eG2532 καίG2532 colírioG2854 κολλούριονG2854 para ungiresG1472 ἐγχρίωG1472 G5657 osG4675 σοῦG4675 olhosG3788 ὀφθαλμόςG3788, a fim de queG2443 ἵναG2443 vejasG991 βλέπωG991 G5725.
Apocalipse 3: 18 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

95 d.C.
G1132
gymnótēs
γυμνότης
()
G1472
enchríō
ἐγχρίω
um corpo (referindo-se a seres viventes)
(our bodies)
Substantivo
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G152
aischýnē
αἰσχύνη
um ídolo ou deus dos sefarvitas, introduzido em Israel por Salmaneser V
(to Adrammelech)
Substantivo
G1537
ek
ἐκ
o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
(Gilgal)
Substantivo
G2440
himátion
ἱμάτιον
vestimenta (de qualquer tipo)
(cloak)
Substantivo - neutro acusativo singular
G2443
hína
ἵνα
para que
(that)
Conjunção
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2854
kolloúrion
κολλούριον
()
G3022
leukós
λευκός
claro, brilhante, luminoso
(white)
Adjetivo - feminino acusativo singular
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3788
ophthalmós
ὀφθαλμός
sucesso, habilidade, proveito
(and in equity)
Substantivo
G3844
pará
παρά
de / a partir de / de / para
(of)
Preposição
G4016
peribállō
περιβάλλω
partes privadas, as partes íntimas dele, genitais masculinas
(by the secrets)
Substantivo
G4147
ploutéō
πλουτέω
ser rico, ter abundância
([those] being rich)
Verbo - particípio presente ativo - Masculino no Plurak acusativo acusativo
G4442
pŷr
πῦρ
rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo a quem Abrão deu o dízimo depois da batalha
(Melchizedek)
Substantivo
G4448
pyróō
πυρόω
falar, declarar, dizer
(would have said)
Verbo
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G4823
symbouleúō
συμβουλεύω
lugar de pisar, pisada
(trodden down)
Substantivo
G5319
phaneróō
φανερόω
tornar manifesto ou visível ou conhecido o que estava escondido ou era desconhecido,
(it should be made manifest)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Passivo - 3ª pessoa do singular
G5553
chrysíon
χρυσίον
rochedo, penhasco, rocha
(the rock)
Substantivo
G59
agorázō
ἀγοράζω
cidade do norte de Israel próximo a Bete-Maaca
(the [stone of] Abel)
Substantivo
G991
blépō
βλέπω
ver, discernir, através do olho como orgão da visão
(looking upon)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo


γυμνότης


(G1132)
gymnótēs (goom-not'-ace)

1132 γυμνοτης gumnotes

de 1131; TDNT - 1:775,133; n f

  1. nudez do corpo

ἐγχρίω


(G1472)
enchríō (eng-khree'-o)

1472 εγχριω egchrio

de 1722 e 5548; v

  1. esfregar, sujar, ungir
  2. ungir-se

ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

αἰσχύνη


(G152)
aischýnē (ahee-skhoo'-nay)

152 αισχυνη aischune

de 153; TDNT - 1:189,29; n f

  1. o embaraço de alguém que está envergonhado por alguma coisa, sentimento de vergonha
  2. ignomínia, vergonha, desonra
  3. algo do que se sente vergonha

Sinônimos ver verbete 5882


ἐκ


(G1537)
ek (ek)

1537 εκ ek ou εξ ex

preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

  1. de dentro de, de, por, fora de

ἱμάτιον


(G2440)
himátion (him-at'-ee-on)

2440 ιματιον himation

de um suposto derivado de ennumi (vestir); n n

  1. vestimenta (de qualquer tipo)
    1. vestimentas, i.e. a capa ou o manto e a túnica

      vestimenta exterior, capa ou o manto

Sinônimos ver verbete 5934


ἵνα


(G2443)
hína (hin'-ah)

2443 ινα hina

provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

  1. que, a fim de que, para que

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κολλούριον


(G2854)
kolloúrion (kol-loo'-ree-on)

2854 κολλ(ο)υριον kollourion

de um suposto derivado de kollura (um bolo - provavelmente semelhante a raiz de 2853); n n

  1. preparo composto de vários ingredientes e usado com remédio para as pálpebras sensíveis

λευκός


(G3022)
leukós (lyoo-kos')

3022 λευκος leukos

de luke (“brilhante”); TDNT - 4:241,530; adj

  1. claro, brilhante, luminoso
    1. brilhante de brancura, branco (ofuscante)
      1. das vestimentas de anjos, e daqueles exaltados ao esplendor do estado celestial
      2. vestes brilhantes ou brancas usadas em ocasiões festivas ou pomposas
      3. de vestes brancas como sinal de inocência e pureza da alma
    2. branco sem brilho
      1. da cor esbranquiçada da grão amadurecido

μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὀφθαλμός


(G3788)
ophthalmós (of-thal-mos')

3788 οφταλμος ophthalmos

de 3700; TDNT - 5:375,706; n m

olho

metáf. olhos da mente, faculdade de conhecer


παρά


(G3844)
pará (par-ah')

3844 παρα para

palavra raiz; TDNT - 5:727,771; prep

  1. de, em, por, ao lado de, perto

περιβάλλω


(G4016)
peribállō (per-ee-bal'-lo)

4016 περιβαλλω periballo

de 4012 e 906; v

  1. lançar ao redor, colocar em volta
    1. circundar uma cidade com um aterro (paliçada)
    2. de vestimentas, vestir alguém
      1. colocar algo em alguém
      2. vestir alguém com algo
    3. vestir ou vestir-se

πλουτέω


(G4147)
ploutéō (ploo-teh'-o)

4147 πλουτεω plouteo

de 4148; TDNT - 6:318,873; v

  1. ser rico, ter abundância
    1. de possessões materiais
  2. metáf. ser ricamente suprido
    1. ser afluente de recursos de modo que pode dar as bênçãos da salvação a todos

πῦρ


(G4442)
pŷr (poor)

4442 πυρ pur

palavra raiz; TDNT - 6:928,975; n n

  1. fogo

πυρόω


(G4448)
pyróō (poo-ro'-o)

4448 πυροω puroo

de 4442; TDNT - 6:948,975; v

  1. queimar com fogo, colocar fogo, pôr fogo
    1. estar no fogo, queimar
      1. ser inflamado, indignado
    2. fazer incandescer
      1. repleto de fogo, inflamável, incendiado
        1. de dardos, carregados com substâncias inflamáveis e colocados no fogo
      2. fundido pelo fogo e purgado de escórias

σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

συμβουλεύω


(G4823)
symbouleúō (soom-bool-yoo'-o)

4823 συμβουλευω sumbouleuo

de 4862 e 1011; v

dar conselho

tomar conselho com outros, aconselhar-se com, consultar, deliberar


φανερόω


(G5319)
phaneróō (fan-er-o'-o)

5319 φανεροω phaneroo

de 5318; TDNT - 9:3,1244; v

  1. tornar manifesto ou visível ou conhecido o que estava escondido ou era desconhecido, manifestar, seja por palavras, ou ações, ou de qualquer outro modo
    1. tornar atual e visível, perceptível
    2. tornar conhecido pelo ensino
    3. tornar manifesto, ser feito conhecido
    4. de uma pessoa
      1. expor à visão, tornar manifesto, mostrar-se, aparecer
    5. tornar-se conhecido, ser claramente identificado, totalmente entendido
      1. quem e o que alguém é

Sinônimos ver verbete 5812


χρυσίον


(G5553)
chrysíon (khroo-see'-on)

5553 χρυσιον chrusion

diminutivo de 5557; n n

  1. ouro, tanto aquele que se encontra na natureza como aquele que é extraído
  2. aquele que foi fundido ou forjado
    1. de uma moeda de ouro
    2. de ornamentos dourados
    3. de coisas preciosas feitas de ouro

ἀγοράζω


(G59)
agorázō (ag-or-ad'-zo)

59 αγοραζω agorazo

de 58; TDNT 1:124,19; v

  1. estar no mercado, ir ao mercado
  2. negociar lá, comprar ou vender
  3. de pessoas vadias: perambular pelo mercado, passear lá sem um destino certo.

βλέπω


(G991)
blépō (blep'-o)

991 βλεπω blepo

um palavra primária; TDNT - 5:315,706; v

  1. ver, discernir, através do olho como orgão da visão
    1. com o olho do corpo: estar possuído de visão, ter o poder de ver
    2. perceber pelo uso dos olhos: ver, olhar, avistar
    3. voltar o olhar para algo: olhar para, considerar, fitar
    4. perceber pelos sentidos, sentir
    5. descobrir pelo uso, conhecer pela experiência
  2. metáf. ver com os olhos da mente
    1. ter (o poder de) entender
    2. discernir mentalmente, observar, perceber, descobrir, entender
    3. voltar os pensamentos ou dirigir a mente para um coisa, considerar, contemplar, olhar para, ponderar cuidadosamente, examinar
  3. sentido geográfico de lugares, montanhas, construções, etc.: habilidade de localizar o que se está buscando

Sinônimos ver verbete 5822