Enciclopédia de I Samuel 2:20-20

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1sm 2: 20

Versão Versículo
ARA Eli abençoava a Elcana e a sua mulher e dizia: O Senhor te dê filhos desta mulher, em lugar do filho que devolveu ao Senhor. E voltavam para a sua casa.
ARC E Eli abençoava a Elcana e a sua mulher, e dizia: O Senhor te dê semente desta mulher, pela petição que fez ao Senhor. E voltavam para o seu lugar.
TB Eli abençoou a Elcana e a sua mulher e disse: Jeová te dê semente desta mulher em lugar da que foi pedida a Jeová. Então, voltaram para sua casa.
HSB וּבֵרַ֨ךְ עֵלִ֜י אֶת־ אֶלְקָנָ֣ה וְאֶת־ אִשְׁתּ֗וֹ וְאָמַר֙ יָשֵׂם֩ יְהוָ֨ה לְךָ֥ זֶ֙רַע֙ מִן־ הָאִשָּׁ֣ה הַזֹּ֔את תַּ֚חַת הַשְּׁאֵלָ֔ה אֲשֶׁ֥ר שָׁאַ֖ל לַֽיהוָ֑ה וְהָלְכ֖וּ לִמְקֹמֽוֹ׃
BKJ E Eli abençoava Elcana e sua esposa, e dizia: Que o -SENHOR te dê semente desta mulher pelo empréstimo que é emprestado ao -SENHOR. E eles seguiam para a sua própria casa.
LTT E Eli abençoava a Elcana e a sua esposa, e dizia: O SENHOR te dê semente desta mulher, em lugar da cessão que ela cedeu do SENHOR. E voltavam para o seu lugar.
BJ2 Eli abençoava Elcana e sua esposa e dizia: "Que Iahweh te dê descendência por meio desta mulher, em pagamento do empréstimo que ela fez a Iahweh", e eles voltavam para sua casa.[t]

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 2:20

Gênesis 14:19 E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra;
Gênesis 27:27 E chegou-se e beijou-o. Então, cheirou o cheiro das suas vestes, e abençoou-o, e disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o Senhor abençoou.
Números 6:23 Fala a Arão e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo-lhes:
Rute 2:12 O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.
Rute 4:11 E todo o povo que estava na porta e os anciãos disseram: Somos testemunhas; o Senhor faça a esta mulher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Leia, que ambas edificaram a casa de Israel; e há-te já valorosamente em Efrata e faze-te nome afamado em Belém.
I Samuel 1:11 E votou um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, mas à tua serva deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha.
I Samuel 1:27 Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a minha petição que eu lhe tinha pedido.
Lucas 2:34 E Simeão os abençoou e disse à Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel e para sinal que é contraditado

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
d. O cântico de louvor de Ana (2:1-10). Então, orou Ana (1) na forma de um salmo de ação de graças. Esta é uma poesia de grande beleza e profundidade, e é o modelo do "Magnificat" de Maria no Novo Testamento (Lc 1:46-55). O meu poder (1) — melhor na ARA, "minha força". A minha boca se dilatou — anteriormente sem palavras por causa das provocações de sua rival, a boca de Ana agora se abre em louvor a Deus. Na tua salvação — do hebraico yeshuah, "segurança, bem-estar, salvação" — é usada de muitas maneiras por toda a Bíblia: em vitória política ou militar, alívio do sofrimento ou enfer-midade, mas principalmente na libertação do pecado.'

Rocha nenhuma há como o nosso Deus (2) — Deus é freqüentemente descrito como uma rocha (e.g., 2 Sm 22.2,3; S118.2; 28.1; 62.2,6; etc.), tanto no sentido de refúgio como de alicerce. Não multipliqueis palavras (3) — "não fale mais", dirigido à adversária de Ana. Até a estéril teve sete filhos (5) — pode ser a profecia da família subseqüente de Ana, apesar de a quantidade de seus filhos parecer ser seis (21). O número poderia ser usado em seu significado secundário ou relacionado à perfeição ou inteireza.

E dará força ao seu rei, e exaltará o poder do seu ungido (10). Apesar de Israel não ter tido um rei durante muitos anos após estas palavras terem sido ditas, a idéia era familiar, pois as pessoas quiseram que Gideão se tornasse um monarca (Jz 8:22). Sem dúvida, mesmo naquela época, a nação sentia que precisava de um governo forte e centralizado, o que raramente foi alcançado com os juízes. Seu ungido (mashiac, de onde vem a palavra "Messias") é usado pela primeira vez aqui. Isto se tornou tanto um título como um nome para Jesus ("Cristo" é o termo grego para o hebraico mashiach). A expectativa da vinda do Messias cresceu muito durante a era profética posterior em Israel e é a base do cumprimento neotestamentário em Cristo, tanto em sua primeira vinda como em seu retorno.

2. No Tabernáculo com Eli (2:11-36)

Samuel ficou servindo ao Senhor, perante o sacerdote Eli (11). A natureza das atividades de Samuel não é explicada, a não ser pelo fato de ele estar à disposição de Eli (3.5,
8) e de abrir os portões do Tabernáculo pela manhã (3.15).

a. Os filhos maus de Eli (2:12-17). Hofni e Finéias são descritos como filhos de Belial e não conheciam o Senhor. (12) Veja os comentários de 1.16 sobre os filhos de Belial. Nas Escrituras, "conhecer" ou "não conhecer" o Senhor normalmente se refere a um conhecimento pessoal de Deus em adoração e obediência. Os hebreus não considera-vam o conhecimento primeiramente como algo intelectual, mas sim como algo completa-mente pessoal. O termo usado significava "ter proximidade de", em vez de simplesmente "conhecer". 5Mesmo treinados no ritual e nas cerimônias do Antigo Testamento e, sem dúvida, familiarizados com as exigências da lei, esses dois jovens eram maldosos e inescrupulosos em caráter pessoal.

A lei prescrevia cuidadosamente a natureza das ofertas que deveriam ser trazidas ao altar do Senhor, juntamente com a maneira pela qual o sustento dos sacerdotes era provido (cf. Lv 7:28-34). A iniqüidade dos filhos de Eli residia em suas exigências mag-nânimas e pouco razoáveis de receberem sua porção antes de o sacrifício ser formal-mente dedicado ao Senhor. O resultado foi que os homens desprezavam a oferta do Senhor (17).

Por todo o texto dos capítulos 1:4 o autor inspirado estabelece um contraste entre a maldade dos filhos naturais de Eli com a espiritualidade crescente e o discernimento de Samuel, filho adotivo do sumo sacerdote. Sem dúvida, o ambiente do início da vida desempenha um papel importante no caráter moral e na experiência espiritual das cri-anças. Contudo, uma das mais certas evidências de liberdade e autodeterminação da alma humana é vista em situações como as apresentadas aqui.

  • As Visitas de Ana a Samuel (2:18-21). A visita anual de Elcana e sua família a Siló tinha um duplo significado agora, pois, além da adoração religiosa, havia a alegria de se reunir com o filho que fora dedicado ao serviço do Senhor. O éfode de linho (18) era um traje cerimonial usado por aqueles que serviam em um local religioso. É provável que ele cobrisse apenas a parte frontal do corpo e, por isso, às vezes era chamado de avental. Ana também trazia para Samuel, a cada ano, uma túnica feita por ela. A família de Elcana foi abençoada com mais três filhos e duas filhas (21), todos de Ana.
  • O desconsolo de Eli (2:22-26). A razão do fracasso de Eli em lidar com a imoralida-de de seus filhos pode ser explicada parcialmente em função de sua idade avançada. Tal imoralidade era agravada por ser cometida no próprio Tabernáculo. A presença de mu-lheres ligadas ao funcionamento do Tabernáculo é expressa em Êxodo 38:8. O escândalo era evidente (24).
  • A advertência de Eli a seus filhos abrangia tanto o efeito da conduta deles sobre os outros — fazeis transgredir o povo do Senhor (24) — como as conseqüências sobre eles mesmos (25). A conduta ética imprópria — o pecado de um homem contra outro — poderia ser julgado nas cortes da lei; mas o pecado religioso contra Deus seria punido pelo pró-prio Senhor. Pelo fato de o termo hebraico traduzido como juiz ser ha-Elohim, que tam-bém significa "Deus", a ARA e outras traduções modernas trazem: "Pecando o homem contra o próximo, Deus lhe será o árbitro", ou "Deus o julgará". Em vista do mal agrava-do, a repreensão de Eli parece ser muito branda.' Para pecados "com alta mão" — desafio e rebelião contra o próprio Deus — o Antigo Testamento não apresenta uma solução. Somente Cristo pode ser o mediadór entre o homem e Deus (1 Tm 2.5,6).

    Porque o Senhor os queria matar — a partícula primitiva hebraica kee, porque, é usada em relações causais de todos os tipos, antecedentes ou conseqüentes. Também pode ser apresentada como "portanto". Os homens não eram pecaminosos porque Deus desejava matá-los, mas, porque eles se tornaram ímpios, o Senhor os julgaria e traria uma morte dolorosa e prematura.

    Mais uma vez, a piedade de Samuel é contrastada com a pecaminosidade dos filhos de Eli. No mesmo ambiente, o jovem Samuel ia crescendo e fazia-se agradável, assim para com o Senhor como também para com os homens (26). Uma declara-ção similar é feita em relação ao menino Jesus (Lc 2:52). Isso demonstra aprovação com-pleta, tanto em sua conduta ética como religiosa.

  • É profetizado julgamento contra a casa de Eli (2:27-36). E veio um homem de Deus a Eli e disse-lhe: Assim diz o Senhor (27) — homem de Deus e assim diz o Senhor são as credenciais do profeta, como o ofício se desenvolveu mais tarde em Israel. Mesmo nestes primórdios havia aqueles que o Senhor mandava juntamente com sua palavra. Aparentemente foi um homem de Deus não identificado que confron-tou o sacerdote Eli. A casa de teu pai — Moisés e Arão eram ambos da tribo de Levi, da qual Eli também fazia parte. Todos os levitas eram dedicados ao serviço do Senhor para tomar o lugar dos primogênitos, que foram poupados durante a última praga antes do êxodo (cf. Nm 3:41-45).
  • Os sacerdotes eram tomados da descendência de Arão. Para trazer o éfode pe-rante mim (28), cf.comentário de 2.18. Deus provera generosamente as necessidades dos levitas e dos sacerdotes. Apesar disto, os filhos de Eli não estavam satisfeitos. Por que dais coices (...) ? (29) ; a Septuaginta traz "Por que tratais isso com desprezo?".

    O fato da eleição condicional na Bíblia é claramente mostrado aqui (30). Deus esco-lheu a casa de Levi e prometeu que ela seria estabelecida para sempre. Portanto, diz o Senhor — as promessas estavam sujeitas às condições de obediência e fidelidade em con-fiar. Tanto no Antigo como no Novo Testamento a eleição não é designação para o privilé-gio, mas para a responsabilidade. É um dom de Deus e, portanto, não pode ser conquis-tada ou merecida; mas pode ser perdida pela rebelião e pela descrença (cf. Rm 9 — 11).

    Porque aos que me honram honrarei (30). Dentro da liberdade do homem, Deus colocou a opção entre a honra e a humilhação, entre a glória e a vergonha. Serão envilecidos — hebraico qalal, "ser humilhado", "ser desprezado", "ser menosprezado". Cortarei o teu braço (31) — isto é, "sua força, sua eminência ou sua liderança". Para que não haja mais velho algum — uma vida longa e idade madura eram considerados sinais da bênção especial de Deus. (cf. Sl 91:16).

    O versículo 32 é difícil de ser traduzido. Ele pode significar que um sacerdote rival ministraria no santuário. Moffatt traduz: "Então, em sua necessidade você olhará com inveja toda a prosperidade que dou a Israel"; Berk: "Em minha casa você testemunhará a escassez dentre todas as bênçãos que eu darei a Israel"; ARA: "E verás o aperto da morada de Deus, a um tempo com o bem que fará a Israel".

    O homem citado no versículo 33 refere-se a Abiatar, o único que escapou do massa-cre dos sacerdotes em Nobe, evento no qual esta horrível profecia se cumpriu (1 Sm 22:18-23; I Reis 2:26-27). Ambos morrerão no mesmo dia (34) — cf. 4.11. E eu suscita-rei para mim um sacerdote fiel (35) — parcialmente cumprido em Samuel, e talvez também em Zadoque (2 Sm 8.17; 15.24). Meu ungido — o rei, mas ultimamente o Mes-sias. Todo aquele que ficar de resto (36) — os poucos descendentes de Eli que restas-sem procurariam sustento em Samuel e nos principais sacerdotes dos dias posteriores.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de I Samuel Capítulo 2 versículo 20
    Te dê: Segundo versões antigas; hebr. te ponha.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    *

    2.1-10 Tendo recebido a resposta à sua oração, Ana entoa um cântico jubiloso de ação de graças. Focalizando a soberania do Senhor e a sua graça aos humildes, Ana antecipa os temas principais dos livros de Samuel. Os mesmos temas de soberania, graça, e da libertação são reiterados no cântico de Davi de ação de graças perto do fim de 2 Samuel (cap. 22). Os dois cânticos fornecem um arcabouço poético para 1 e II Samuel. O cântico de louvor (mais breve) de Maria (o Magnificat, Lc 1:46-55) parece ter seguido o modelo de Ana. Os dois cânticos iniciam-se com regozijo por causa do livramento pelo Senhor (v. 1; Lc 1:46-48), exaltam a incomparabilidade e santidade do Senhor (v. 2; Lc 1:49, 50), condenam a jactância orgulhosa (v. 3; Lc 1:51), indicam mudança da sorte humana como resultado de intervenções pelo Senhor soberano (vs. 4-8; Lc 1:52, 53), e expressam o cuidado fiel que o Senhor dedica aos seus (v. 9; Lc 1:54, 55). O cântico de Ana termina com a asseveração de que o próprio Senhor dará forças ao seu rei, ao seu ungido (vs. 9-10).

    * 2:1

    força. Lit. "chifre," palavra esta que [em hebraico] é usada figuradamente no Antigo Testamento para significar orgulho e força. É Deus quem exalta a força dos justos e abate as forças dos ímpios (Sl 75:10). Davi exalta o Senhor como "o meu escudo, a força da minha salvação" (v. 10, nota; 2Sm 22:3).

    * 2:2

    Rocha. Como metáfora para Deus, esse termo está concentrado nos trechos poéticos tais como o cântico de Moisés em Dt 32; o cântico de Davi em 2Sm 22; Salmos; e Isaías. A metáfora sugere a força e a soberania de Deus, e a segurança daqueles que confiam nele. Aqui recai o enfoque na incomparabilidade do único Deus verdadeiro, em oposição às falsas fontes de segurança (compare o contraste com os falsos deuses, também chamados "rocha," em Dt 32:31, 37; Is 44:8).

    * 2:5

    tem sete filhos. O número sete expressa o que é idealmente completo (Rt 4:15).

    * 2:9

    porque o homem não prevalece pela força. As narrativas subseqüentes confirmam que não é a proeza física, mas a presença de Deus, que traz a vitória. Na narrativa da arca nos caps. 4–6, o Senhor faz os filisteus sentirem a sua mão sem a ajuda de agentes humanos (5.6). Outros exemplos desse tipo são a vitória do Senhor através de Samuel no cap. 7; os resultados contrastantes de Saul e Jônatas nos caps. 13 e 14; a escolha de Davi, o mais jovem dos filhos de Jessé, no cap. 16; e a vitória de Davi sobre Golias no cap. 17.

    * 2:10

    seu rei. A referência aqui ao rei do Senhor antevê o evento central dos livros de Samuel, a saber: a instituição de uma monarquia, e subentende que a idéia de uma monarquia, corretamente cogitada, não é errada. Que Israel teria um rei é previsto em vários trechos do Pentateuco (Gn 49:10; Nm 24:7, 17-19; Dt 17:14-20).

    seu ungido. Numerosos objetos e pessoas estavam sujeitos à unção religiosa no Israel antigo (Êx 30:22-33), mas era o rei que, em última análise, tinha o título de "ungido do SENHOR" ou simplesmente de "ungido." As pessoas escolhidas para servir a Deus eram ungidas para simbolizar que essa era a sua vocação, que eram autorizadas para realizá-la, e que Deus lhes daria a ajuda da qual necessitassem. As referências ao rei como o ungido do Senhor predominam nos livros de Samuel (v. 35; 12.3. 5; 16.6; 24,6) e nos Salmos (Sl 2:2; 18:50). O presente trecho é a primeira referência a um rei de Israel como o "ungido" de Deus, embora a idéia de ungir um rei já se encontre na fábula de Jotão (Jz 9:8, 15). A palavra "messias" em português representa a palavra "ungido" em hebraico. No Novo Testamento, "Cristo" representa a palavra grega Christos, que também significa "ungido."

    * 2:12

    os filhos de Belial. Assim se traduz uma expressão em hebraico que conota pessoas vis, sem valor [que é a tradução literal de belial]. É usada a respeito daqueles que incitam à idolatria (Dt 13.13) ou à insurreição (10.27; 2 Sm 16.7; 20:1); que são sexualmente imorais (Jz 19:22); ou que são mentirosos (1Rs 21:10, 13). Infelizmente, a expressão podia ser aplicada aos filhos de Eli.

    não se importavam. Lit. "não conheciam," o que forma um contraste irônico entre os filhos de Eli e Samuel (3.7, nota).

    * 2:13

    o costume daqueles sacerdotes. A prática descrita nos vs. 13, 14 é diferente dos preceitos de Lv 7:28-36 e Dt 18:3. A cobiça dos filhos de Eli levou os israelitas a desprezarem a oferta do SENHOR (v. 17).

    * 2:15

    antes de se queimar a gordura. Deste os tempos em que Abel ofereceu a gordura dos primogênitos do seu rebanho (Gn 4:4), as partes gordurosas eram consideradas as melhores, e por isso mesmo, reservadas para o Senhor. Os sacerdotes tinham o dever de queimar a gordura no altar, como oferenda ao Senhor (Lv 3:16; 7:31). Assim como o sangue, a gordura era rigorosamente proibida para o consumo humano, e quem a comesse seria expulso do meio do povo de Deus (Lv 3:17; 7.23-25).

    * 2:18

    Samuel. O comportamento de Samuel, que ministra fielmente diante do Senhor, e também o de Eli, que regularmente abençoa Elcana com sua esposa (v. 20), está em nítido contraste com os abusos dos filhos de Eli.

    estola sacerdotal de linho. Algum tipo de roupa interna curta, associada ao serviço sacerdotal (22.18), que também foi usada pelo rei Davi quando trouxe a arca para Jerusalém (2Sm 6:14). Ver também 2.28, nota.

    * 2:19

    túnica. Uma roupa externa, que deveria ser usada por cima da estola sacerdotal de linho.

    * 2.20 filho que devolveu. As palavras de Eli relembram as de Ana em 1.27, 28. As palavras "dádiva" e "pedir" em hebraico são derivadas da mesma palavra que o nome "Saul" (1.20, nota).

    * 2:21

    diante do SENHOR. Ou: "com o SENHOR"; a mesma expressão em hebraico é usada no v. 26.

    * 2:22

    Eli. Novamente, assim como no v. 12, o enfoque muda do menino Samuel para a casa de Eli.

    ouvia. Eli tinha que ser informado a respeito daquilo que ele já deveria ter observado e controlado por sua própria iniciativa. Mas seus delitos são muito mais profundos do que a simples falta de atenção (v. 29).

    se deitavam com as mulheres. Quanto à "tenda," ver nota em 1.9; quanto às "mulheres que serviam," ver Êx 38:8. A prostituição cultual, embora fosse explicitamente condenada pela Lei (Dt 23:17, 18), era praticada pelos cananeus e se constituía em perigo constante para os israelitas (1Rs 15:12; 2Rs 23:7; Os 4:14).

    * 2.25 Deus lhe será o árbitro. O argumento de Eli é que, embora possa haver alguma mediação nas disputas entre as pessoas, ninguém que poderá intervir quando o delito for contra o próprio Deus. Os filhos de Eli pecaram, antes de mais nada, contra o Senhor (v. 17), e selaram o seu destino ao se recusar a prestar atenção à advertência de Eli.

    o SENHOR os queria matar. Essa declaração clara da soberania de Deus sobre o destino dos ímpios não diminui a responsabilidade das pessoas pelas suas próprias ações. Um exemplo do relacionamento entre a soberania divina e a responsabilidade humana acha-se no endurecimento do coração de Faraó nos primeiros capítulos do Êxodo. Em cerca de metade das ocasiões, é declarado que Faraó endureceu seu próprio coração (Êx 8:15); nas demais ocasiões, é declarado que Deus o endureceu (Êx 4:21; Rm 9:17, 18). Deus pode castigar o pecado persistente e deliberado removendo a capacidade de a pessoa se arrepender (Js 11:20; Rm 1:24, 26, 28).

    2:26

    no favor do SENHOR. A gravidade da recusa dos filhos de Eli de prestarem atenção aos homens ou a Deus é enfatizada pelo contraste marcante com Samuel, que cresce no favor de Deus e dos homens. A ênfase dada ao crescimento de Samuel como sendo mais do que meramente físico prenuncia um tema que é posteriormente desenvolvido nas figuras contrastantes de Saul e de Davi. A expressão no v. 6 é usada por Lucas para descrever a infância de Jesus (Lc 2:52; ver Pv 3:4).

    * 2.27-36 As palavras do homem de Deus a Eli exibem características típicas dos discursos proféticos de juízo. Há uma acusação (expressa aqui através das perguntas acusadoras que enfatizam o contraste entre a graça do Senhor e a desobediência de Eli) e uma proclamação de juízo, confirmada por um sinal. Outros exemplos de discursos proféticos desse tipo acham-se nos caps. 13; 15; em 2Sm 12:7-12.

    * 2:27

    homem de Deus. No Antigo Testamento, esse título é freqüentemente empregado de modo intercambiável com "profeta" (9.8-11; 13 15:11-13.18'>1Rs 13:15-18; 2Rs 5:8; 6.10-12).

    casa de teu pai... no Egito. Embora a genealogia de Eli não esteja registrada em nenhuma parte do Antigo Testamento, o v. 28 subentende que ele era um descendente de Arão. A asseveração de que o Senhor se revelou e selecionou a casa de Eli já nos tempos da servidão de Israel no Egito ressalta a ingratidão grosseira da casa de Eli.

    * 2.28 trazer a estola sacerdotal. A estola sacerdotal mencionada aqui não é a roupa mencionada no v. 18, mas a estola do sumo sacerdote, que continha o "peitoral do juízo" e o "Urim e o Tumim," através dos quais se podia descobrir a vontade do Senhor (Êx 28:4-30).

    e dei... as ofertas. Tanto no Antigo Testamento (Nm 18:8; Dt 18:1) quanto no Novo (1Co 9:13, 14; 1Tm 5:17, 18) Deus providencia o sustento daqueles que estão no seu serviço.

    *

    2:29

    honras. Embora os delitos dos filhos de Eli fossem mais atrevidos, ele próprio não fica sem culpa. Como pai e sumo sacerdote, não deveria ter se limitado a confrontar seus filhos somente com palavras (vs. 23-25). Ter deixado de agir firmemente equivaleu a honrar seus filhos acima do Senhor (v. 30). A palavra hebraica traduzida por "honrar" é uma palavra-chave nos relatos subseqüentes da queda da família de Eli e da captura e devolução da arca (caps. 4–7); ver notas em 4.21; 6.5, 6.

    *

    2:30

    perpetuamente. Contínua ou indefinidamente.

    * 2:31

    não haja mais velho nenhum em tua casa. A dizimação da casa de Eli começa com a morte dos seus filhos (4,11) e a sua própria (4.18). Ela continua com o massacre dos sacerdotes de Nobe por Saul (22.17-19) e culmina quando Salomão remove Abiatar do sacerdócio (1Rs 2:26, 27).

    * 2:32

    o aperto da morada de Deus. Ou: “um inimigo em minha morada”. O termo em hebraico é difícil, e partes dos vs. 31, 32 faltam na Septuaginta e nos Rolos do Mar Morto. Se for correta a tradução "o inimigo na morada de Deus", o versículo aludiria à captura da arca (4.1-11), à destruição da morada do Senhor em Siló (Jr 7:12-14), e à sua recolocação em Nobe (21.1).

    * 2.34 sinal. Pronunciamentos proféticos eram freqüentemente confirmados por sinais (2.27-36, nota; conforme 10.7, 9; 1Rs 13:3, 5; 2Rs 19:29; 20:8, 9).

    * 2:35

    sacerdote fiel. Embora a declaração em 3.20 de que Samuel foi "confirmado" como um profeta do Senhor sugira que Samuel possa ter sido o cumprimento dessa predição, o cumprimento mais claro vem na pessoa de Zadoque, que serviu como sumo sacerdote lado a lado com Abiatar no reinado de Davi (2Sm 8:17, nota) e que chegou à preeminência no reinado de Salomão (1Rs 2:35). Os descendentes de Zadoque mantiveram-se no sumo sacerdócio desde o reinado de Salomão até aos tempos de Antíoco Epifânio e dos macabeus (para os detalhes, ver Introdução ao Período Interbíblico).

    meu ungido. Essa é a segunda alusão neste capítulo ao rei vindouro (v. 10 nota).

    *

    2.36 um pedaço de pão. Os juízos proféticos eram caracterizados pela correspondência entre o crime e o castigo. A fome ameaçada nesse versículo corresponde com a satisfação da gula descrita nos vs. 12-27 e 29.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    2.1-10 Ana elogiou a Deus pela resposta a sua oração por um filho. O tema de sua oração poética foi sua confiança na soberania de Deus e seu agradecimento por suas bênções. María, a mãe do Jesus, utilizou a oração da Ana como modelo de sua própria canção de louvor chamada Magnificat (Lucas 1 2Rs 46:55). Como Ana e María, devemos confiar em que Deus tem o controle último sobre os fatos de nossas vidas, e devemos estar agradecidos pela maneira em que nos benzeu. Ao elogiá-lo por todas as coisas boas, estamos reconhecendo seu controle definitivo sobre todos os assuntos da vida.

    2:2 Ana elogia a Deus por ser uma Rocha firme, forte e imutável. Em nosso agitado mundo, os amigos vão e vêm e as circunstâncias trocam. É difícil encontrar uma base sólida que não troque. Aqueles que dedicam suas vidas a obter causas ou posses tenham a segurança que são coisas finitas e transitivas. As posses pelas que trabalhamos tão duro perecerão. Mas, Deus sempre está presente. Espere no. O nunca falha.

    2:3 Pela forma em que Ana diz estas palavras, não há dúvida que se refere à arrogância e os repreensões da Penina. Entretanto, Ana não tinha que lhe pagar com a mesma moeda, já que ela sabia que Deus sabe tudo, e que julgará todo pecado e orgulho. Sabiamente, Ana deixou a Deus o julgamento. Resista a tentação de fazer justiça por sua própria mão. Deus julgará suas obras, assim como as daqueles que lhe têm feito mal.

    2:10 Viver em um mundo onde a ameaça de um holocausto nuclear sempre está presente e onde o mal abunda pode nos fazer esquecer que Deus é soberano sobre todas as coisas. Ana viu deus (1) sólido como uma rocha (2.2); (2) como um que vê o que fazemos (2.3); (3) soberano sobre todos os assuntos da gente (2.4-8); e (4) o juiz supremo que administra justiça perfeita (2.10). Recorde que o controle soberano de Deus nos ajuda a pôr em perspectiva os fatos do mundo e as circunstâncias pessoais.

    2:11 Samuel "ministraba ao Jeová diante do sacerdote Elí". Em outras palavras, Samuel era o ajudante ou assistente do Elí. Nesse rol, as responsabilidades do Samuel deveram ter incluído abrir todas as manhãs as portas do tabernáculo (3,15) e limpar o mobiliário e varrer os pisos. Quando cresceu, Samuel deveu ter ajudado ao Elí a oferecer os sacrifícios. O fato de que usasse um efod de linho (uma vestimenta usada pelos sacerdotes) significa que era um aprendiz de sacerdote (2.18). devido a que Samuel era o ajudante do Elí, também era ajudante de Deus. Quando a gente serve a outros, inclusive em tarefas ordinárias, está servindo a Deus. Já que em última instância servimos a Deus, todo trabalho tem sua dignidade.

    Ana

    A oração da Ana nos mostra que tudo o que temos e recebemos é um empréstimo de Deus. Ana pôde ter tido muitas razões para ser uma mãe possessiva. Mas quando Deus respondeu sua oração, ela cumpriu sua promessa de dedicar ao Samuel ao serviço do.

    Ela descobriu que o gozo maior em ter um filho é retornar-lhe total e livremente a Deus. Ela entrou na maternidade preparada para fazer o que todas as mães deverão fazer à larga: deixar ir a seus filhos.

    Quando os meninos nascem, são completamente dependentes de seus pais para todas suas necessidades básicas. Isto faz que alguns pais se esqueçam que esses mesmos meninos crescerão por volta da independência dentro de uns poucos anos. Estar consciente das diferentes etapas deste saudável processo fortalecerá em grande maneira as relações familiares;este processo ocasionará grande dor. Gradualmente devemos deixar ir a nossos filhos para poder lhes permitir que cheguem a ser adultos amadurecidos e interdependentes.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Mãe do Samuel, o maior juiz do Israel

    -- Fervente crente; eficaz na oração

    -- Disposta a cumprir um muito custoso compromisso

    Debilidades e enganos:

    -- Lutou com sua auto-estima porque não podia ter filhos

    Lições de sua vida:

    -- Deus escuta e responde as orações

    -- Nossos filhos são presentes de Deus

    -- Deus está preocupado pelo oprimido e o aflito

    Dados gerais:

    -- Onde: Efraín

    -- Ocupação: Dona-de-casa

    -- Familiares: Marido: Elcana. Filho: Samuel. Mais tarde, outros três filhos e duas filhas

    -- Contemporâneos: Elí, o sacerdote

    Versículos chave:

    "E ela disse: OH, meu senhor! Vive sua alma, meu senhor, eu sou aquela mulher que esteve aqui junto a ti orando ao Jeová. Por este menino orava, e Jeová me deu o que lhe pedi. Eu, pois,

    dedico-o também ao Jeová; todos os dias que viva, será do Jeová. E adorou ali ao Jeová"

    (1Sm 1:26-28).

    Sua história se relata em 1 Smamuel 1-2.

    2.12ss A lei estipulava que todas as necessidades dos levita fossem satisfeitas por meio dos dízimos do povo (Nu 18:20-24; Js 13:14, Js 13:33). Já que os filhos do Elí eram sacerdotes, deviam usar este meio para satisfazer suas necessidades. Mas os filhos do Elí se aproveitaram de sua posição para satisfazer sua luxúria de poder, de posses e de controle. Seu desprezo e arrogância para o povo e o culto escavaram a integridade de todo o sacerdócio.

    Elí sabia que seus filhos eram maus, mas fez muito pouco para corrigi-los ou detê-los, inclusive quando a integridade do santuário de Deus se via ameaçada. Como supremo sacerdote, Elí deveu ter executado a seus filhos (Número 15:22-31). Como era de esperar, Elí não quis enfrentar a situação. Ao ignorar suas ações egoístas, Elí permitiu que seus filhos arruinassem suas vidas e as de muitos outros. Há momentos nos que devemos enfrentar os problemas sérios, mesmo que as conseqüências possam ser dolorosas.

    2:13, 14 Este garfo era um utensílio usado no tabernáculo para oferecer os sacrifícios. Feito de bronze (Ex 27:3) usualmente tinha três dentes para engarfiar a carne que seria oferecida no altar. Os filhos do Elí usavam o garfo para tirar mais carne do caldeirão do que deviam.

    2.13-17 O que era o que estavam fazendo mal os filhos do Elí? Estavam tomando partes do sacrifício antes de que fossem oferecidas a Deus no altar. Além disso estavam comendo carne antes de que se queimasse a grosura. Isto era contra a lei de Deus (Lv 3:3-5). Em efeito, os filhos do Elí estavam tratando com desprezo as oferendas de Deus. As oferendas se ofereciam para expressar a Deus honra e respeito enquanto se buscava o perdão pelos pecados, mas os filhos do Elí estavam pecando enquanto faziam as oferendas, demonstrando a Deus uma irreverência descarada. E como se esses pecados não fossem suficientes, deitavam-se com as mulheres que serviam ali (Lv 2:22).

    Como os filhos do Elí, atualmente algumas pessoas tratam a fé que outros têm em Deus e suas "oferendas" com desprezo. Deus julga severamente a aqueles que desencaminham ao povo ou menosprezam o que se dedica ao (Nu 18:32).

    2:18 Samuel usava um efod de linho. Um efod era um colete comprido sem mangas feito de linho puro que usavam os sacerdotes. O efod do supremo sacerdote tinha um significado especial. Estava bordado com uma variedade de cores brilhantes. Unido a ele estava o peitoral, uma peça parecida com um babador com ombreiras bordadas em ouro. Havia doze pedras preciosas unidas ao peitoral, as que representavam a cada uma das tribos do Israel. Unido ao efod havia um saquito que continha o Urim e o Tumim, dois pequenos objetos que se usavam para determinar a vontade de Deus em certos assuntos nacionais.

    2:21 Deus honrou os desejos da fiel Ana. Nunca mais voltamos ou seja da Penina nem de seus filhos, mas Samuel foi utilizado poderosamente Por Deus. Além disso, Deus deu a Ana outros cinco filhos além do Samuel. Freqüentemente Deus nos benze em formas que não esperamos. Ana nunca esperou ter um filho a sua idade, muito menos seis! Não se resienta pelo tempo que Deus se toma em responder. Possivelmente as bênções de Deus não sejam imediatas, mas chegarão se formos fiéis ao que O diz em sua Palavra.

    2.23-25 Os filhos do Elí sabiam o que deviam fazer, mas continuaram desobedecendo a Deus deliberadamente ao enganar, seduzir e roubar ao povo. portanto, Deus planejou lhes tirar a vida. Qualquer pecado é mau, mas o pecado realizado deliberada e enga�osamente é da pior classe. Quando pecamos por ignorância, merecemos castigo, mas quando pecamos intencionalmente, as conseqüências serão mais severas. Não ignore as advertências de Deus sobre o pecado. Abandone o pecado antes que este se converta em um estilo de vida.

    2:25 Acaso um Deus amoroso faz planos para matar às pessoas? Observe a situação que havia no tabernáculo. Uma pessoa oferecia uma oferenda para o perdão de seus pecados, e os filhos do Elí roubavam as oferenda e faziam uma farsa da atitude de arrependimento dessa pessoa. Deus, em seu amor pelo Israel, não podia tolerar esta situação. Por isso permitiu que eles morreram como resultado de sua própria presunção jactanciosa. Levaram o arca à batalha, pensando que os protegeria. Mas Deus retirou seu amparo e morreram os malvados filhos do Elí (4.10, 11).

    2:29 Elí teve muitos problemas ao tratar de criar a seus filhos. Quando se deu conta de sua maldade, aparentemente não aplicou nenhuma ação disciplinadora forte a seus filhos. Mas Elí não era sozinho um pai tratando das ver-se com filhos rebeldes. Era o supremo sacerdote que passava por cima o pecado dos sacerdotes que estavam sob sua jurisdição. Por isso, o Senhor tomou medidas disciplinadoras necessárias que Elí evadiu.

    Elí foi culpado por honrar a seus filhos por cima de Deus ao lhes permitir que continuassem em pecado. Há algo em sua vida, família ou trabalho que você segue permitindo que aconteça mesmo que sabe que está mau? Se for assim, pode ser tão culpado como aqueles que estão envoltos nessa má ação.

    2:31, 35, 36 Para o cumprimento desta predição veja-se 1Rs 2:26-27. Esta é quando Salomão tirou ao Abiatar de sua posição, terminando assim com a linha do Elí. Depois Deus levantou o Sadoc, um sacerdote sob o reinado do Davi e logo supremo sacerdote sob o Salomão. A linha do Sadoc provavelmente continuou em seu lugar até os dias do Esdras.

    2:35 "Meu ungido" se refere ao rei (veja-se 2.10). Deus estava dizendo que seu fiel sacerdote serviria a seu rei para sempre.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36

    B. A CANÇÃO DE HANNAH (


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    1. Seu filho (2:1-11)

    Enquanto Elcana adorava (1:28), sua esposa orava e louvava a Deus.

    Compare essa passagem com o cân-tico de Maria, emLc 1:46-42. Nos dois casos, as mulheres louvam a Deus peía vitória dele e por honrar as orações dos humildes. Em 2:10, observe os dois nomes de Cristo — "seu rei" e "seu ungido" (Messias, Cristo) —, pois o fardo de Ana era para a glória do Senhor entre seu povo. Com certeza, Ana exemplifica a mãe piedosa, pois ela põe Cristo em primeiro lugar; e como ela acre-ditava na oração, guarda seus votos e dá a Deus toda a glória.

    1. Eli — um pai negligente (2:12-36)
    2. Os filhos pecadores (vv. 12-21)

    E trágico quando um servo do Se-nhor (nesse caso, um sumo sacer-dote) não consegue trazer os pró-prios filhos em sujeição a Deus! Os filhos de Eli eram egoístas, pois punham os próprios desejos antes da Palavra do Senhor e das neces-sidades das pessoas; eles eram do-minadores e concupiscentes (2:22). Fp 3:1 Fp 3:7-50), e, depois, Salo-mão substituiu a família de Eli pela de Zadoque (1Rs 2:26-11,1Rs 2:35). Obvia-mente, o versículo 35, quando cita o "sacerdote fiel", refere-se diretamente a Samuel, mas, em última instância, a Cristo. O versículo 34 prevê a morte de dois filhos de Eli; para constatar o cum-primento da previsão, veja 4:17-18.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    2:1-10 O cântico de Ana é uma poesia de maravilhosa perfeição, cheia de ricos pensamentos. Compõe-se de paralelismos sinonímicos e sintéticos e é regido pelo ritmo em que se mesclam os compassos Dt 2:0, 2Co 12:10).

    2.5 Sete filhos. Sete, o símbolo da perfeição e da plenitude, representa uma família numerosa e feliz.

    2.6 Não diz: "Dá a vida e tira-a", o que seria a morte, mas sim: Tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz subir, são dois paralelos que expressam o mesmo pensamento: a ressurreição, Sepultura (heb sheol, "além"), o desconhecido para onde vão os mortos e não apenas uma simples cova.

    2.8 Princípio cosmogônico. Colunas, para os gregos teriam o seu sentido real; para os hebreus, cuja linguagem é pitoresca, as colunas têm um sentido abstrato; simbolizam os princípios que regem o mundo.

    2.10 O Senhor julga as extremidades da terra, significa ser juiz de tudo e de todos (Sl 98:9, Lc 2:42, Lc 2:49);
    2) A criança deve ser encaminhada à salvação (2.26; 3.7; Mc 10:14, Mc 10:15);
    3) Deus chama as crianças para servirem (3.4);
    4) A criança pode servir a Jesus (18; 3.1; Jo 6:9).

    2.17 Grande o pecado. Era um pecado tríplice: contra Deus, por quebrarem a Sua lei (16; Lv 9:10); contra o templo, por profanarem-no; contra o povo, por privarem-no do perdão divino, conspurcando os sacrifícios de propiciação.

    2.18 Estola (Éfode). Uma espécie de sobrepeliz aberta no meio, usada pelos sacerdotes (28, conforme Êx 39:22-26). A estola do Sumo Sacerdote se distinguia desta, por levar duas pedras de ônix nas ombreiras e um peitoral com o Urim e o Tumim (ÊX 28.3, 9, 29).

    2.19 Túnica pequena (heb meil). Uma capa, sobre a estola, para indicar a posição hierárquica dos sacerdotes e príncipes (18.4).

    • N. Hom. 2.21 "Bênção do voto cumprido".
    1) Ana tez um voto (1.11);
    2) Ana cumpriu o voto (1:24-28); 3 A bênção do voto cumprido: lucrou 500% (21).
    2.24 Estais fazendo transgredir... No texto grego (LXX) e na Siríaca se lê: "Impedis o povo do Senhor de adorá-lo".

    2.25 Deus... o árbitro. Alguns traduzem a palavra "Deus" (Eloim) por "juízes" (Êx 21:6), "juízes o julgarão", A palavra Eloim ainda é traduzida por "deuses" (Sl 82:6), "anjos" (Sl 8:5) e "grande" (1Sm 14:15, "terror de Deus" por "grande terror").

    2.26 Conforme 3.19, Lc 2:52.

    2.27 Homem de Deus. Sinônimo de profeta (Js 14:6; 1Sm 9:6; 1Rs 17:18). Deus (Eloim), no AT; se manifesta nas relações públicas, gerais e universais, enquanto Senhor (Yahweh) se manifesta nas relações pessoais, particulares e salvíficas e era impronunciável para os hebreus (Êx 20:7).

    2.30 Vê-se que no tempo de Eli, a doutrina da responsabilidade pessoal e do livre arbítrio eram claramente ensinadas.
    2.31 Cortarei o teu braço. Acabarei com o teu poder. Os descendentes. de Eli, da casa de Itamar (1Cr 6:3), perderam os seus direitos (1Rs 2:27) para com os da casa de Eleazar (1Rs 2:35).

    2.32 Aperto (heb çar "calamidade"). Alguns traduzem por "êmulo" rival" e "inimigo". A Vulgata diz: "E verás o teu êmulo no templo". O texto grego (LXX) omite a frase.

    2.33 Morrerão na flor do idade. Indica que todos morrerão moços e de modo violento (4.11; 22.18).

    2.35 Sacerdote fiel Refere-se a Zadoque, que tipifica a Cristo da "ordem de Melquisedeque" (Sl 110:4). Diante do meu ungido. O Talmude traduz por "Diante do meu Messias" e o texto grego (LXX) por "Diante do meu Cristo".

    2.36 Os descendentes de Eli chegaram a mendigar por um emprego no templo, para não morrerem de fome.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    2:1-11. O cântico de gratidão e adoração de Ana é importante tanto por Sl só quanto por ser uma prefiguração do cântico de Maria em Lc 1:46-42. Como Mauchline (p.
    50) observa: “Poucos comentários são necessários acerca do texto ou do significado desse salmo”.


    2) Samuel com Eli no templo (2.12— 4.1a)
    a) Eli e sua família (2:12-36)

    A família de Eli está em forte contraste com a de Elcana. As observações piedosas e carinhosas Dt 1:21ss estão completamente ausentes. Hofni e Finéias eram ímpios (ARA e ARC: “filhos de Belíal”); não se importavam com o Senhor (v. 12). Eles tomavam a carne oferecida para os sacrifícios, selecionavam a melhor parte e ordenavam desobediência às claras orientações levitas acerca dos sacrifícios (Lv 7.3lss). Não havia tolerância alguma com os que se opunham (v. 16). Em resumo, estavam tratando com desprezo a oferta do Senhor (v. 17).

    v. 18. Samuel, [...] ainda menino, ministrava perante o Senhor, vestindo uma túnica de linho-, parece que ele é introduzido na narrativa para destacar o contraste entre as duas famílias. A sua posição sacerdotal é caracterizada pela túnica, o manto sacerdotal, que no AT era ou um colete que cobria a cintura e era usado pelos sacerdotes, ou um objeto sagrado (22.18; Jz 8:27; 17.15 etc.). Ana e Elcana o visitavam anualmente levando-lhe uma túnica e recebendo a bênção de Eli. No devido tempo, mais três filhos e duas filhas nasceram a eles. v. 21. o menino Samuel crescia na presença do Senhor: nota-se o crescimento do menino assim como no evangelho de Lucas nota-se o crescimento de João Batista (1,80) e Jesus (2.40,52).

    A falta de piedade e a imoralidade dos filhos de Eli tornaram-se um escândalo público, mas a indignação de Eli em idade avançada ficou sem efeito após uma vida inteira de inércia disciplinar. Ele os questionou com os boatos e os advertiu acerca do julgamento inevitável de Deus, mas com poucos resultados, pois o Senhor queria matá-los (v. 25); como no caso do faraó do Egito, seus corações foram endurecidos.

    v. 27. E veio um homem de Deus a Eli: um mensageiro anônimo de Deus ocorre também em outros lugares do AT; v. Jz 6:8-7; lRs 13 passim; lRs 20.13ss etc.; quase lembrando o coro de uma tragédia grega. Em nome de Javé, esse profeta desafiou os israelitas a declarar a bondade dele (v. 27,28), perguntou-lhes por que agiam daquela maneira (v. 29,30), advertiu-os acerca do julgamento iminente (v. 31-33) e, acima de tudo, avisou que os dois filhos de Eli morreriam em um mesmo dia (v. 34) e que ele seria sucedido por um sacerdote fiel, que agirá de acordo com o meu coração e o meu pensamento (v. 35). Este seria seguido por uma dinastia permanente de sacerdotes, enquanto a família de Eli seria relegada à humilhação (v. 36).

    O sacerdote fiel à primeira vista poderia parecer Samuel, mas ele não fundou nenhuma dinastia sacerdotal. Alguns eruditos vêem uma interpretação messiânica no v. 35, embora nesse caso seja difícil entender o v. 36. A maioria dos eruditos vê aí uma referência ao sacerdócio de Zadoque (2Sm 8:17; 2Sm 15:24 etc.); alguns vão além e dizem que o texto deve ter sido escrito no tempo dos zadoquitas e em apoio a eles. Mas esse é um raciocínio puramente subjetivo, que não está fundamentado em evidência textual. Mauchline (p.
    55) resume isso da seguinte forma: “Precisa ser dito que o v. 35 por Sl pode ser prontamente interpretado como uma referência a Samuel como o sacerdote fiel e a sua casa como a que seria escolhida para a sucessão do ofício sacerdotal. Até a referência ao meu rei ungido (v. 35; a palavra “rei” não está no heb.) não exclui a referência a Samuel. Mas o estado lastimável e sem recursos dos membros da casa de Eli descrito no v. 36 e que os faz vir ao santuário para serem aceitos como pensionistas ou simplesmente para receberem esmolas deve significar que o sacerdote ftel é Zadoque, meu rei ungido é Davi, e que os sem recursos são ou os familiares de Abiatar após a sua expulsão do ofício sacerdotal (cf. 2Rs 2:26-27), ou os levitas que Dt 18:6-5 autorizou a servir no altar do santuário de Jerusalém e a receber uma provisão...”.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    1Sm 2:1

    4. O CÂNTICO DE ANA (1Sm 2:1-9). Este cântico enfileira ao lado dos de Miriã, Débora e de Maria. Exprime o triunfo e a gratidão de Ana, profetizando ao mesmo tempo o reino de Cristo e os caminhos da Providência. Alguns comentadores vêem nele apenas um cântico de vitória na guerra.

    Deus é o único autor do triunfo (1-2). NEle o coração de Ana exulta, enquanto a sua boca, normalmente fechada em presença do inimigo, se abre agora para louvar a Deus. Os que contendem com o Senhor serão quebrantados (10). O Senhor vencerá os Seus inimigos, e o instrumento dessa vitória irá ser ungido por Samuel, a apontar a unção dum outro Rei ainda longínquo-O Messias. Certos críticos, em presença destas referências a um rei, consideram o texto como uma inserção posterior, esquecendo que essa idéia era familiar aos israelitas, já no tempo de Gideão (cfr. Jz 8:22), e que a idéia ia crescendo de que Israel precisava dum rei. O seu ungido (10). Pela primeira vez se dá a Cristo o título de Ungido (em heb. Mashiah = Messias; em grego "Cristo"). O termo é muito freqüente em Samuel e nos Salmos. Compare-se ainda este cântico ao de Maria (Lc 1:46-42) e ao Sl 113:0, onde obviamente se vê a semelhança.

    >1Sm 2:11

    5. O CRIME DOS FILHOS DE ELI (1Sm 2:11-9). Filhos de Belial (12). À letra: "Filhos da indignidade". Apesar de investidos numa missão sagrada, eram na verdade pecadores inveterados. O costume daqueles sacerdotes... era (13). O cultuador devia dar ao sacerdote a gordura, o peito e as espáduas (Lv 7:29-34) da vítima, sendo a gordura oferecida ao Senhor em holocausto (Lv 3:3-5). Hofni e Finéias extorquiam ao oferente aquilo que deviam sacrificar, ofendendo a Deus por anteporem a sua vontade à do Senhor. Cfr. Lv 8:31; 2Cr 35:13.

    >1Sm 2:18

    6. O MINISTÉRIO DE SAMUEL NO TABERNÁCULO (1Sm 2:18-9). Com um efod de linho (18). Esta peça de vestuário que Samuel trazia era uma túnica que cingia com um cinto (2Sm 6:14). Uma túnica pequena (19). Era o me’il usado normalmente pelos sacerdotes, reis, príncipes e profetas, e consistia numa peça interior tecida de lã sem costura que quase tocava no chão (cfr. 1Cr 15:27; 1Sm 15:27; 2:12; 2Sm 13:18). Numa das suas visitas, Eli abençoou Elcana e Ana novamente, e tiveram mais cinco filhos "pela petição que fizeram ao Senhor" (20).

    >1Sm 2:22

    7. ELI CENSURA O PROCEDIMENTO DOS FILHOS (1Sm 2:22-9). A imoralidade dos descendentes do Sumo-Sacerdote mais se agravava pelo fato de pecarem com mulheres que serviam no Tabernáculo (cfr. Êx 38:8), profanando assim um lugar sagrado (22). Mas, apesar do escândalo e do mau exemplo (24), não foi bastante enérgica a censura que lhes dirigiu o pai. Porque o Senhor os queria matar (25). Compare-se com o caso de Faraó (Êx 10:1-2). Abandonados por Deus porque antes O abandonaram a Ele.

    >1Sm 2:27

    8. DEUS CASTIGA A CASA DE ELI (1Sm 2:27-9). Não obstante esses dias tão tristes, encontrou ainda o Senhor um homem de Deus (isto é, um profeta) para enviar a Eli (27), a fim de informar que o privilégio que lhe fora concedido do sacerdócio arônico (Êx 4:14-16) acabava de ser profanado, ao defraudar o povo de Israel no que tinha de mais sagrado (29). Deus cortaria, pois, a força do seu braço (31) na catástrofe de Nobe (1Sm 22:18-9). O sumo-sacerdócio passaria para outra casa (32), embora Deus fosse misericordioso, a ponto de não extinguir completamente a casa de Eli (33). O vers. 35 refere-se totalmente a Cristo, e só em parte a Samuel. A miséria ainda um dia irá levar os descendentes de Eli a bater à porta da generosidade de Samuel.


    Dicionário

    Abençoar

    verbo transitivo direto Transmitir uma bênção, lançá-la sobre algo ou alguém: o padre abençoou seus fiéis.
    Almejar o bem: a mãe é capaz de amar e abençoar seus filhos.
    Glorificar algo ou alguém: abençoou o herói por sua coragem.
    Dar proteção, converter em algo benéfico, providenciar auxílio: os bons abençoam os que buscam a paz.
    verbo pronominal Fazer em si próprio o sinal da cruz: abençoou-se.
    Etimologia (origem da palavra abençoar). A + bênção - sob a forma sem nasalização - benço + ar.

    Quando Moisés abençoou os filhos de israel (Dt 33), ele profetizou uma contínua progressão de prosperidades para eles, no auxilio de Deus. Era essa uma forma patriarcal de bênção e ao mesmo tempo uma cerimônia religiosa, em conformidade com a maneira de abençoar do Pai celestial, que está sempre, na realidade, a derramar benefícios sobre as Suas criaturas. Quando se diz no Sl 103 que os homens bendizem ao Senhor, isto significa pertencer ao Criador o louvor e a honra que são igualmente o dever e a alegria das Suas criaturas prestar-lhe. Mas quando é Deus que abençoa o Seu povo, como acontece em Gn 1:22 e em Ef 1:3, isto quer dizer que Ele distribui sobre os Seus filhos toda espécie de benefícios, temporais e espirituais, e desta forma comunica-lhes alguma parte daquela infinita bem-aventurança que Nele existe (1 Tm 1.11). A bênção era costume que muitas vezes se observava entre os hebreus, e é freqüentemente mencionada nas Sagradas Escrituras. Assim, Jacó abençoou os seus filhos (Gn 49), e Moisés os filhos de israel (Dt 33). Abraão foi abençoado por Melquisedeque. Tão importante lugar ocupava o ato da bênção na religião e vida dos judeus, que o próprio método da sua concessão fazia parte do ritual israelita (Nm 6:23). A bênção era dada em pé, com as mãos levantadas ao céu. (*veja Bênção.)

    bendizer, benzer, louvar; bendito, abençoado, bento, benção, benzimento. – Do verbo latino benedicere formaram-se – diz Roq. – três verbos portugueses (bendizer, benzer, abençoar) que, posto que concordem na ideia principal, têm entre si alguma diferença. O primeiro, bendizer, significa propriamente “dizer bem, louvar, exalçar”. O segundo, abençoar (ou abendiçoar), significa “deitar a benção, ou benções”. O terceiro, benzer, significa “lançar benções acompanhando-as de preces e ritos apropriados à coisa que se benze. Bendizer e abençoar confundem-se muitas vezes na significação extensiva de “desejar, pedir bens e prosperidades para alguém”. Benzer não é hoje usado senão para indicar as benções eclesiásticas ou supersticiosas. “O justo bendiz (ou louva) ao Senhor tanto na prosperidade como na desgraça”. “Os pais abençoam os filhos para que sejam felizes”. “Os sacerdotes benzem tudo que é consagrado ao culto divino”; e também “abençoam a assistência ao fim da missa”. O que se diz de bendizer aplica-se a louvar; com esta diferença: louvar se diz em relação a Deus, a santos e a homens; bendizer pode referir-se também a coisas. Bendizemos a hora, o instante em que nos vem alguma felicidade; e não – louvamos; porque louvar é mais “fazer elogios” do que “dizer bem e dar graças”. Esta diferença – diz Roq. – (entre bendizer, benzer e abençoar) torna-se mais sensível nos particípios destes verbos. – Bendito ou abençoado se diz para designar a proteção particular de Deus sobre uma pessoa, uma família, uma nação, etc. Nossa Senhora é bendita entre todas as mulheres. Todas as nações foram abençoadas em Jesus Cristo. – Bento designa a benção da Igreja, dada pelo sacerdote com as cerimônias do costume. Pão bento, água benta, etc. – Vê-se, pois, que bendito, e às vezes abençoado, se pode dizer no sentido moral e de louvores, e bento no sentido legal e de consagração. “As bandeiras militares, bentas com grande pompa na 1greja, nem sempre são abençoadas do Céu nos campos de batalha”. – Também se sente a distinção nos derivados benção e benzimento (ou benzedura). Benção é tanto o ato de abençoar como de benzer. Dizemos – a benção do pão, como dizemos – a benção dos pais. Benzimento é também ato de benzer, não já de abençoar; e mesmo como significando “ato de benzer, já não 28 Rocha Pombo se pode mais aplicar a cerimônias de culto, nem mesmo nos casos em que se aplica o verbo benzer. O sacerdote benze o fogo, a água, o óleo; mas a benzimento do fogo preferimos dizer – a benção do fogo. Benzimento ou benzedura ficou tendo aplicação quase exclusiva a “coisas de cabala, a gestos ou figurações de supersticiosos”.

    Abençoar V. BÊNÇÃO.

    De

    preposição Estabelece uma relação de subordinação entre palavras.
    Expressa uso, propósito, cargo, atividade, obrigação ou utilidade: creme de cabelo; escola de crianças; trabalho de especialistas.
    Expressa condição, estado, circunstância: você está de repouso; andar de pé; estou de bem com ela.
    Expressa origem, razão ou causa: dormiu de exaustão; morreu de fome.
    Expressa um comportamento ou maneira de agir: não se arrepende de se exercitar.
    Expressa valor, quantidade, preço: celular de 500 reais; apartamento de 100 metros; porta de trás.
    Expressa maneira, recurso: viajamos de avião.
    Expressa o conteúdo ou material usado para: blusa de lã; sapato de couro.
    Expressa relação com: não me fale de seu passado.
    Expressa uma qualidade própria de: comportamento de criança educada.
    Expressa uma condição temporal, o tempo: morreu de manhã.
    Gramática Numa comparação, destaca o segundo termo: gosta mais dela do que dele.
    Gramática Formas contraídas da preposição "de": do, da, dele, dela, dum, duma, disto, disso, deste, desta, desse, dessa, daquele, daquela, daquilo, doutro, doutra, doutrem, daí, daqui, dali, dacolá e donde.
    Não confundir com: .
    Etimologia (origem da palavra de). Do latim de.

    preposição Estabelece uma relação de subordinação entre palavras.
    Expressa uso, propósito, cargo, atividade, obrigação ou utilidade: creme de cabelo; escola de crianças; trabalho de especialistas.
    Expressa condição, estado, circunstância: você está de repouso; andar de pé; estou de bem com ela.
    Expressa origem, razão ou causa: dormiu de exaustão; morreu de fome.
    Expressa um comportamento ou maneira de agir: não se arrepende de se exercitar.
    Expressa valor, quantidade, preço: celular de 500 reais; apartamento de 100 metros; porta de trás.
    Expressa maneira, recurso: viajamos de avião.
    Expressa o conteúdo ou material usado para: blusa de lã; sapato de couro.
    Expressa relação com: não me fale de seu passado.
    Expressa uma qualidade própria de: comportamento de criança educada.
    Expressa uma condição temporal, o tempo: morreu de manhã.
    Gramática Numa comparação, destaca o segundo termo: gosta mais dela do que dele.
    Gramática Formas contraídas da preposição "de": do, da, dele, dela, dum, duma, disto, disso, deste, desta, desse, dessa, daquele, daquela, daquilo, doutro, doutra, doutrem, daí, daqui, dali, dacolá e donde.
    Não confundir com: .
    Etimologia (origem da palavra de). Do latim de.

    Elcana

    Possessão de Deus. l. (Êx 6:24) 2. Pai de Samuel (1 Sm 1.1 a 23 – 1 Cr 6.27,34). Ele viveu no tempo de Eli, e era casado com duas mulheres – uma delas, chamada Ana, em resposta às suas orações, teve um filho ao qual foi dado o nome de Samuel. 3. Um levita, que deve ser o mesmo que 1, e um dos primitivos antepassados de 2 (1 Cr 6.23). 4. Também antepassado mais próximo de 2 (1 Cr 6.26). 5. (1 Cr 9.16). 6. Um coraíta, que se juntou a Davi em Ziclague (1 Cr 12.6). 7. Um levita (1 Cr 15.23). 8. Um oficial do rei Acaz (2 Cr 28.7).

    (Heb. “Deus tem protegido”).


    1. Levita, descendente de Coate e um dos filhos de Corá. Foi líder de clã (Ex 6:24).


    2. Neto de Corá, listado em I Crônicas 6:23. Se uma geração foi omitida ou colocada fora de ordem na genealogia, então essa pessoa provavelmente é a mesma do item no 1.


    3. Dois outros homens com o mesmo nome são listados entre os descendentes de Coate (1Cr 6:25-26, 35,36). Um terceiro (v. 27) talvez seja o mesmo do item nº 4.


    4. Pai de Samuel (1Cr 6:27-34). Veio de Ramataim-Zofim, da região montanhosa de Efraim, e era filho de Jeroão. Servo fiel ao Senhor, tinha duas esposas: Penina e Ana. Anualmente levava sua família para adorar e fazer sacrifícios em Silo, onde Eli era sacerdote (1Sm 1:1-4). Amava profundamente a Ana, embora esta fosse estéril. Obviamente preocupava-se muito com ela, a qual sentia-se desprezada e era ridicularizada por Penina. Seu amor e cuidado por Ana é descrito em I Samuel 1:8, onde ele a conforta com as palavras: “Por que choras? Por que não comes? Por que está triste o teu coração? Não te sou eu melhor do que dez filhos?”. Depois de orar ao Senhor e obter dele a resposta, Ana ficou grávida e nasceu Samuel (1Sm 1:19-20). Elcana foi gracioso e permitiu que ela o dedicasse ao serviço do Senhor, no santuário em Silo (1Sm 1:23-1Sm 2:11-20). A fidelidade de Ana e Elcana foi recompensada por Deus com mais cinco filhos.


    5. Levita, ancestral de um grupo de judeus que regressaram do exílio babilônico e se estabeleceram em Jerusalém. Era o pai de Asa (1Cr 9:16).


    6. Um dos soldados que desertaram do exército de Saul para juntar-se a Davi em Ziclague. Ele fazia parte de um grupo de guerreiros ambidestros no uso do arco e da funda. Era da tribo de Benjamim (1Cr 12:6).


    7. Levita, apontado pelo rei Davi para servir no Tabernáculo e posteriormente no Templo. Era “porteiro da Arca” (1Cr 15:23).


    8. O segundo no comando, no reinado de Maaséias, filho do rei Acaz. Foi morto por Zicri, um guerreiro da tribo de Efraim (2Cr 28:7). P.D.G.


    Elcana [Deus Possui]

    Pai de Samuel (1Sm 1:1—2.20).


    Eli

    -

    Engrandecido. Sumo sacerdote e juiz de israel. Foi o antecessor de Samuel, e descendia de Arão por itamar (cp. 2 Sm 8.17 com 1 Rs 2.27, e 1 Cr 24.3). Como resultado da sua fraca influência sobre os seus dois filhos, Hofni e Finéias, foi-lhe dito que Deus o castigaria, sendo eles diretamente atingidos. A mensagem foi-lhe comunicada por meio do menino Samuel (1 Sm 3). Esta profecia foi cumprida vinte e sete anos mais tarde, sendo mortos Hofni e Finéias, quando combatiam os filisteus, em cujas mãos caiu a arca nessa mesma ocasião. Eli, que era então da idade de noventa e oito anos, ficou tão sucumbido com as más notícias que lhe foram trazidas do campo da batalha pelos corredores, que caiu da cadeira para trás, e, quebrando o pescoço, expirou (1 Sm 4). Este sumo sacerdote tinha sido juiz de israel por quarenta anos (1 Sm 4.18). Eli foi o primeiro da sua família que exerceu as funções de sumo sacerdote, sendo-lhe predito por Samuel que aquele alto oficio sacerdotal havia de passar de novo para a família de Eleazar. Sendo então mortos os seus filhos, foi investido o seu neto Aitube (1 Sm 14,3) do sumo sacerdócio, mas Abiatar, o neto de Aitube, foi expulso ‘para que não mais fosse sacerdote do Senhor’ (1 Rs 2.27), visto que se tinha juntado à rebelião de Adonias contra Salomão. Zadoque foi feito sumo sacerdote em seu lugar (1 Rs 2.35).

    (Heb. “o Senhor é levantado alto”). Descendente de Arão e de Itamar, tornou-se sumo sacerdote no centro de adoração em Silo, no final do período dos Juízes. Combinava a tarefa de sumo sacerdote com a de juiz, pois “havia ele julgado a Israel quarenta anos” (1Sm 4:18). Estava presente no Tabernáculo quando Ana veio e orou por um filho (1Sm 1:3-17).

    Embora a princípio pensasse que a mulher estivesse embriagada, quando ouviu a verdadeira causa de suas orações, ele a confortou e a despediu com uma bênção (v. 17). Foi ao próprio Eli que Ana e seu marido Elcana retornaram depois que o pequeno Samuel desmamou. Trouxeram uma oferta e deixaram o menino para servir ao Senhor no santuário, junto com o velho sacerdote (1Sm 1:25-1Sm 2:11). Todos os anos, quando o casal voltava para visitar o filho, Eli os abençoava e orava para que Ana tivesse outros filhos no lugar de Samuel, o qual ela dedicara ao serviço do Senhor (1Sm 2:20).

    A despeito da confiança e da fé que Eli tinha no Senhor, ele não foi bem-sucedido na formação de sua família; seus filhos, Hofni e Finéias, abusaram seriamente da posição que ocupavam. Provavelmente a gravidade dos pecados deles só foi descoberta quando Eli já estava com idade bastante avançada. O velho sacerdate soube o que acontecia e tolerou as transgressões deles (para mais detalhes, veja Hofni e Finéias). Eli era um homem fraco; por isso, perdeu o controle da família e suas advertências caíam em ouvidos surdos (1Sm 2:22-24). Como resultado, a Palavra do Senhor veio ao jovem Samuel, o qual, em contraste com os filhos de Eli, “crescia em estatura e em graça diante do Senhor e dos homens” (1Sm 2:26). Essa profecia reforçou uma palavra anterior do Senhor contra Eli e sua família (1Sm 2:27-36; 1Sm 3:11-20).

    As palavras de condenação contra Eli cumpriram-se em pouco tempo. Os filisteus atacaram e capturaram a Arca da Aliança. Derrotaram os israelitas e mataram Hofni e Finéias. Quando o velho sacerdote recebeu a notícia da captura da Arca e da morte dos dois filhos, caiu da cadeira onde estava sentado e morreu.

    Mesmo durante a última parte de sua vida, sua fé era evidente. Quando ouviu a profecia de Samuel, estava preparado para dizer: “É o Senhor; faça o que bem parecer aos seus olhos” (1Sm 3:18). E quando o mensageiro chegou da batalha, foi mais a notícia da captura da Arca, e não a morte dos filhos, que o fez cair para trás (1Sm 4:12-18).

    A vida de Eli foi trágica em muitos aspectos. Ele conhecia e amava ao Senhor, mas sua fraqueza de caráter e a tolerância que tinha para com o pecado ao seu redor eram atitudes diretamente apostas ao que o Senhor requeria dos líderes do povo (cf Lv 22:1-3). Quando Salomão removeu Abiatar do sacerdócio, a palavra do Senhor contra a casa de Eli cumpriu-se literalmente (1Rs 2:27). Daquele momento em diante, o sumo sacerdócio foi ocupado pelos descendentes de Eleazar. P.D.G.


    Eli [Altura]


    1) Juiz e sumo sacerdote. Não soube educar seus filhos e por isso teve sérios problemas (1Sm 1—4; 1Rs 2:27-35).


    2) Pai de José, o marido de Maria (Lc 3:23).


    3) Palavra hebraica que quer dizer “meu Deus” (Mt 27:46;
    v. ELOÍ).


    Lugar

    substantivo masculino Espaço que ocupa ou pode ocupar uma pessoa, uma coisa: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
    Cargo que se ocupa em; emprego: perder seu lugar.
    Posição final numa competição, concurso etc.: colocação, ordem: tirou o primeiro lugar no concurso.
    Posição que uma pessoa ou uma coisa deve ocupar: esse homem não conhece seu lugar.
    Qualquer local; localidade: lugar fresco.
    Situação em circunstâncias especiais: em seu lugar, eu teria protestado.
    Circunstância favorável para o desenvolvimento de; ocasião, ensejo: não me deu lugar para ficar zangado.
    Maneira como alguma coisa está disposta num dado período; condição, situação, posição.
    expressão Ter lugar. Ter cabimento, vir a propósito: seu comentário não tem lugar aqui.
    Lugares santos. Na Palestina, os lugares onde viveu Jesus Cristo.
    Etimologia (origem da palavra lugar). Do latim localis, de locus.

    substantivo masculino Espaço que ocupa ou pode ocupar uma pessoa, uma coisa: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
    Cargo que se ocupa em; emprego: perder seu lugar.
    Posição final numa competição, concurso etc.: colocação, ordem: tirou o primeiro lugar no concurso.
    Posição que uma pessoa ou uma coisa deve ocupar: esse homem não conhece seu lugar.
    Qualquer local; localidade: lugar fresco.
    Situação em circunstâncias especiais: em seu lugar, eu teria protestado.
    Circunstância favorável para o desenvolvimento de; ocasião, ensejo: não me deu lugar para ficar zangado.
    Maneira como alguma coisa está disposta num dado período; condição, situação, posição.
    expressão Ter lugar. Ter cabimento, vir a propósito: seu comentário não tem lugar aqui.
    Lugares santos. Na Palestina, os lugares onde viveu Jesus Cristo.
    Etimologia (origem da palavra lugar). Do latim localis, de locus.

    Mulher

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

    [...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

    [...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

    A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

    [...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


    Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

    Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

    Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

    Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

    A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Petição

    substantivo feminino Requerimento; pedido efetuado de modo escrito.
    Súplica; pedido feito com muito afinco e insistência.
    [Jurídico] Solicitação feita por escrito para pedir um favor, sendo fundamentada por um juiz ou pelo órgão competente.
    Petição inicial. Exposição dirigida ao juiz pelo advogado quando se quer dar prosseguimento à causa.
    Ação ou consequência de pedir.
    Etimologia (origem da palavra petição). Do latim petitio.onis.

    Semente

    substantivo feminino Qualquer substância ou grão que se deita à terra para germinar: semente de trigo.
    O grão ou a parte do fruto próprio para a reprodução: semente de melancia.
    Esperma, sêmen.
    Figurado Coisa que, com o tempo, há de produzir certos efeitos; germe; origem: a semente do ódio.
    Ficar para semente, ser reservado ou escolhido para a reprodução, ou, p. ext., ser a última pessoa, ou coisa, restante de um grupo (por não ter sido escolhido, por não ter morrido ou desaparecido).

    [...] A semente é a palavra de Deus. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 4

    Apesar de pequenina, a semente é a gota de vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 10


    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    élcana

    -

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Samuel 2: 20 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E Eli abençoava a Elcana e a sua esposa, e dizia: O SENHOR te dê semente desta mulher, em lugar da cessão que ela cedeu do SENHOR. E voltavam para o seu lugar.
    I Samuel 2: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1100 a.C.
    H1288
    bârak
    בָרַךְ
    abençoar, ajoelhar
    (and blessed)
    Verbo
    H1980
    hâlak
    הָלַךְ
    ir, andar, vir
    (goes)
    Verbo
    H2063
    zôʼth
    זֹאת
    Esse
    (This)
    Pronome
    H2233
    zeraʻ
    זֶרַע
    semente, semeadura, descendência
    (seed)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H4480
    min
    מִן
    de / a partir de / de / para
    (from)
    Prepostos
    H4725
    mâqôwm
    מָקֹום
    Lugar, colocar
    (place)
    Substantivo
    H511
    ʼElqânâh
    אֶלְקָנָה
    pai de Samuel
    (and Elkanah)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5941
    ʻÊlîy
    עֵלִי
    um descendente de Arão através de Itamar e sumo sacerdote e juiz de Israel quando
    (of Eli)
    Substantivo
    H7592
    shâʼal
    שָׁאַל
    perguntar, inquirir, pedir emprestado, pedir esmola
    (And I asked)
    Verbo
    H7596
    shᵉʼêlâh
    שְׁאֵלָה
    solicitação, coisa solicitada, demanda
    (a request)
    Substantivo
    H7760
    sûwm
    שׂוּם
    pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
    (and he put)
    Verbo
    H802
    ʼishshâh
    אִשָּׁה
    mulher, esposa, fêmea
    (into a woman)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H8478
    tachath
    תַּחַת
    a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde,
    ([were] under)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בָרַךְ


    (H1288)
    bârak (baw-rak')

    01288 ברך barak

    uma raiz primitiva; DITAT - 285; v

    1. abençoar, ajoelhar
      1. (Qal)
        1. ajoelhar
        2. abençoar
      2. (Nifal) ser abençoado, abençoar-se
      3. (Piel) abençoar
      4. (Pual) ser abençoado, ser adorado
      5. (Hifil) fazer ajoelhar
      6. (Hitpael) abençoar-se
    2. (DITAT) louvar, saudar, amaldiçoar

    הָלַךְ


    (H1980)
    hâlak (haw-lak')

    01980 הלך halak

    ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

    1. ir, andar, vir
      1. (Qal)
        1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
        2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
      2. (Piel)
        1. andar
        2. andar (fig.)
      3. (Hitpael)
        1. percorrer
        2. andar ao redor
      4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

    זֹאת


    (H2063)
    zôʼth (zothe')

    02063 זאת zo’th

    irregular de 2088; DITAT - 528; pron demons f / adv

    1. este, esta, isto, aqui, o qual, este...aquele, este um...aquele outro, tal
      1. (sozinho)
        1. este, esta, isto
        2. este...aquele, este um...aquele outro, uma outra, um outro
      2. (aposto ao subst)
        1. este, esta, isto
      3. (como predicado)
        1. este, esta, isto, tal
      4. (enclítico)
        1. então
        2. quem, a quem
        3. como agora, o que agora
        4. o que agora
        5. a partir de agora
        6. eis aqui
        7. bem agora
        8. agora, agora mesmo
      5. (poético)
        1. onde, qual, aqueles que
      6. (com prefixos)
        1. aqui neste (lugar), então
        2. baseado nestas condições, por este meio, com a condição que, por, através deste, por esta causa, desta maneira
        3. assim e assim
        4. como segue, tais como estes, de acordo com, com efeito, da mesma maneira, assim e assim
        5. daqui, portanto, por um lado...por outro lado
        6. por este motivo
        7. em vez disso, qual, donde, como

    זֶרַע


    (H2233)
    zeraʻ (zeh'-rah)

    02233 זרע zera ̀

    procedente de 2232; DITAT - 582a; n m

    1. semente, semeadura, descendência
      1. uma semeadura
      2. semente
      3. sêmem viril
      4. descendência, descendentes, posteridade, filhos
      5. referindo-se a qualidade moral
        1. um praticante da justiça (fig.)
      6. tempo de semear (por meton.)

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    מִן


    (H4480)
    min (min)

    04480 מן min

    ou מני minniy ou מני minney (construto pl.) (Is 30:11)

    procedente de 4482; DITAT - 1212,1213e prep

    1. de, fora de, por causa de, fora, ao lado de, desde, acima, do que, para que não, mais que
      1. de (expressando separação), fora, ao lado de
      2. fora de
        1. (com verbos de procedência, remoção, expulção)
        2. (referindo-se ao material de qual algo é feito)
        3. (referindo-se à fonte ou origem)
      3. fora de, alguns de, de (partitivo)
      4. de, desde, depois (referindo-se ao tempo)
      5. do que, mais do que (em comparação)
      6. de...até o, ambos...e, ou...ou
      7. do que, mais que, demais para (em comparações)
      8. de, por causa de, através, porque (com infinitivo) conj
    2. que

    מָקֹום


    (H4725)
    mâqôwm (maw-kome')

    04725 מקום maqowm ou מקם maqom também (fem.) מקומה m eqowmaĥ מקמה m eqomaĥ

    procedente de 6965; DITAT - 1999h; n m

    1. lugar onde permanecer, lugar
      1. lugar onde permanecer, posto, posição, ofício
      2. lugar, lugar de residência humana
      3. cidade, terra, região
      4. lugar, localidade, ponto
      5. espaço, quarto, distância
      6. região, quarteirão, direção
      7. dar lugar a, em lugar de

    אֶלְקָנָה


    (H511)
    ʼElqânâh (el-kaw-naw')

    0511 אלקנה ’Elqanah

    procedente de 410 e 7069; n pr m

    Elcana = “Deus possuiu” ou “Deus criou”

    1. pai de Samuel
    2. um governante em Jerusalém no período do rei Acaz
    3. um dos soldados valentes de Davi
    4. filho de Corá
    5. diversos levitas

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עֵלִי


    (H5941)
    ʻÊlîy (ay-lee')

    05941 עלי Èliy

    procedente de 5927, grego 2242 Ηλι; n pr m

    Eli = “ascensão”

    1. um descendente de Arão através de Itamar e sumo sacerdote e juiz de Israel quando Samuel passou a servir ainda como criança

    שָׁאַל


    (H7592)
    shâʼal (shaw-al')

    07592 שאל sha’al ou שׂאל sha’el

    uma raiz primitiva; DITAT - 2303; v.

    1. perguntar, inquirir, pedir emprestado, pedir esmola
      1. (Qal)
        1. perguntar, pedir
        2. pedir (um favor), emprestar
        3. indagar, inquirir de
        4. inquirir, consultar (referindo-se à divindade, oráculo)
        5. buscar
      2. (Nifal) perguntar-se, pedir licença para ausentar-se
      3. (Piel)
        1. indagar, indagar cuidadosamente
        2. pedir esmolas, praticar a mendicância
      4. (Hifil)
        1. ser dado mediante solicitação
        2. conceder, transferir para, permitir que alguém peça (com êxito), conceder ou emprestar

          (mediante pedido), conceder ou transferir para


    שְׁאֵלָה


    (H7596)
    shᵉʼêlâh (sheh-ay-law')

    07596 שאלה sh e’elaĥ ou שׂלה shelah (1Sm 1:17)

    procedente de 7592; DITAT - 2303a; n. f.

    1. solicitação, coisa solicitada, demanda
      1. solicitação, pedido
      2. coisa solicitada

    שׂוּם


    (H7760)
    sûwm (soom)

    07760 שום suwm ou שׁים siym

    uma raiz primitiva; DITAT - 2243; v.

    1. pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
      1. (Qal)
        1. pôr, colocar, depositar, pôr ou depositar sobre, deitar (violentamente) as mãos sobre
        2. estabelecer, direcionar, direcionar para
          1. estender (compaixão) (fig.)
        3. pôr, estabelecer, ordenar, fundar, designar, constituir, fazer, determinar, fixar
        4. colocar, estacionar, pôr, pôr no lugar, plantar, fixar
        5. pôr, pôr para, transformar em, constituir, moldar, trabalhar, fazer acontecer, designar, dar
      2. (Hifil) colocar ou fazer como sinal
      3. (Hofal) ser posto

    אִשָּׁה


    (H802)
    ʼishshâh (ish-shaw')

    0802 אשה ’ishshah

    procedente de 376 ou 582; DITAT - 137a; n f

    1. mulher, esposa, fêmea
      1. mulher (contrário de homem)
      2. esposa (mulher casada com um homem)
      3. fêmea (de animais)
      4. cada, cada uma (pronome)

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    תַּחַת


    (H8478)
    tachath (takh'-ath)

    08478 תחת tachath

    procedente da mesma raiz que 8430; DITAT - 2504; n. m.

    1. a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde, conquanto n. m.
      1. a parte de baixo adv. acus.
      2. abaixo prep.
      3. sob, debaixo de
        1. ao pé de (expressão idiomática)
        2. suavidade, submissão, mulher, ser oprimido (fig.)
        3. referindo-se à submissão ou conquista
      4. o que está debaixo, o lugar onde alguém está parado
        1. em lugar de alguém, o lugar onde alguém está parado (expressão idiomática com pronome reflexivo)
        2. em lugar de, em vez de (em sentido de transferência)
        3. em lugar de, em troca ou pagamento por (referindo-se a coisas trocadas uma pela outra) conj.
      5. em vez de, em vez disso
      6. em pagamento por isso, por causa disso em compostos
      7. em, sob, para o lugar de (depois de verbos de movimento)
      8. de sob, de debaixo de, de sob a mão de, de seu lugar, sob, debaixo

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo