Proverbio

Dicionário Comum

Fonte: Priberam

Provérbio: substantivo masculino Frase, ou ditado curto de origem popular, que resume um conceito moral, uma norma social: "só percebemos o valor da água depois que a fonte seca".
Cristianismo Segundo os textos bíblicos, frase que possui o intuito de educar ou aconselhar; pensamento.
substantivo masculino plural Provérbios. Refere-se ao livro bíblico, Livro dos Provérbios, do Antigo Testamento, cujos textos têm o propósito de educar ou aconselhar.
Etimologia (origem da palavra provérbio). Do latim proverbium.ii.
Proverbioso: adjetivo Que está repleto de provérbios; proverbial.
Etimologia (origem da palavra proverbioso). Provérbio + oso.

Dicionário Bíblico

Fonte: Dicionário Adventista

Provérbio: Objeto de zombaria e de ridícula, termo de insulto (17:6).
Provérbios: Era o nome dado pelos hebreus às sentenças morais, máximas, vigorosas comparações, ditos breves, e enigmas. Salomão chama sábios àqueles que estudavam os provérbios (Pv 1:6). A palavra, na sua significação mais simples, significa certas ilustrações da vida, tiradas das coisas materiais (Pv 10:15 – 22.1).
Provérbios (livro dos): Este livro é umexemplo de literatura hebraica, que trata da sabedoria, ou, com se diz agora, de filosofia. A esta mesma classe pertencem o Eclesiastes, Jó (embora único em certos respeitos), e alguns dos Salmos – e também os livros apócrifos da Sabedoria de Salomão e o Eclesiástico. Estes livros distinguem-se claramente da literatura profética de israel. São mais práticos do que especulativos: apresentam mais a expressão filosófica de almas refletidas do que as formais mensagens do Senhor. Não se encontra a frase ‘assim diz o Senhor’, nas dissertações da experiência humana e problemas da existência. As suas vistas são mais largas do que as da raça judaica: são mais humanas e cosmopolitas, do que nacionais. Todas as fases da vida humana são nesses livros consideradas pelos autores. Mas o Espírito Divino que operou nas almas desses escritores fez que os seus pensamentos servissem os mais altos desígnios. Muitas vezes eles publicaram, como os profetas, verdades mais profundas do que o seu conhecimento, e proferiram palavras que esperaram pelos tempos futuros a sua interpretação. A palavra ‘provérbios’, aplicada ao que o livro dos Provérbios contém, deve ser tomada num sentido lato, incluindo o discurso de introdução (caps. 1 a 9), e uma parábola, ou alegoria (24.30 a 34). Na forma, são os provérbios geralmente apresentados em coplas, dispostas segundo os vários métodos de paralelismo, característicos da poesia hebraica. A autoria do livro foi, desde tempos muito remotos, atribuída a Salomão. No prefácio à introdução há estas palavras: ‘Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de israel’ (1,1) – aquela seção que principia em 10.1 tem o título de ‘Provérbios de Salomão’ – e a que começa em 25.1, abre com estas palavras: ‘São também estes provérbios de Salomão, os quais transcreveram os homens de Ezequias, rei de Judá’. Mas outros discursos são atribuídos a diferentes fontes: ‘as palavras dos sábios’ (22,17) – ‘provérbios dos sábios’ (24,23) – ‘Palavras de Agur, filho de Jaque’ (30,1) – ‘Palavras do rei Lemuel’ (31.1). Por conseqüência, é possível que a principal coleção (10.1 a 22.16), e a seção 25 a 29, com a introdução, tenham sido a obra do próprio Salomão, constituindo uma parte somente dos ‘três mil provérbios’, que lhe são atribuídos em 1 Rs 4.32 – e que as outras partes do livro fossem acrescentadas. o livro pode dividir-se em cinco partes:
i. Dissertação sobre o valor e o alcance da verdadeira sabedoria, caps. 1 a 9.
ii. Provérbios, assim estritamente chamados, compostos, emparelhadamente, de uma forma muito enérgica e simples, caps. 10 a 22.16. Tem a epígrafe de ‘Provérbios de Salomão’.
iii. Renovadas advertências sobre o estudo da sabedoria, como na parte i – 22.17 a 24.A designação desta série de sentenças acha-se em 22.17 – e é assim: ‘as palavras dos sábios.’ iV. Provérbios de Salomão, escolhidos pelos ‘homens de Ezequias’, caps. 25 a 29. *veja As sábias instruções de Agur, filho de Jaque, aos seus discípulos itiel e Ucal, e as lições ensinadas ao rei Lemuel pela sua mãe, caps 30 a 31. os provérbios do cap. 30 são principalmente enigmáticos – e os vers. 10 a 31 do cap. 31, em acróstico alfabético, dão um quadro da excelência da mulher virtuosa em conformidade com aquele tempo e com o país. Ainda que a maior parte das regras de Salomão é principalmente baseada em considerações de prudência, é certo que motivos estritamente religiosos são pressupostos ou expressamente prescritos. As descrições da Sabedoria, em 1.20 a 33, e 8, e 9.1 a 6, aplicam-se expressivamente à sabedoria de Deus, revelada e personificada no Seu Filho, e ao próprio Filho, como sendo a Palavra Eterna. Cp. o cap. 8 com Jo 1:1-14.10. Avisos prévios sobre a imortalidade também nos são dados em 4.18, 12.28, 14.32 e 15.24. A natureza e conseqüências do pecado subentendem-se nos próprios termos, que descrevem a santidade (1.20 com 9.3,14). Aquela santidade que é dom de Deus está plenamente implicada em 1.23.

Dicionário da Bíblia de Almeida

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Provérbio: Provérbio Afirmação breve, freqüentemente em linguagem figurada, a respeito de verdades e fatos da vida comum (Pv 1:1); (Lc 4:23).
Provérbios, livro de: Provérbios, Livro De Livro de sabedoria prática. Ensina que a religião está ligada aos problemas comuns da vida. Começa lembrando que, “para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o SENHOR” (1.7, NTLH). Trata também de assuntos de moral, de bom senso e de boas maneiras. Os provérbios revelam a sabedoria dos antigos mestres sobre o que a pessoa sábia deve fazer em certas situações. Alguns provérbios são a respeito das relações de família; outros, sobre o comportamento nos negócios. Alguns tratam de boa educação nas relações sociais; e outros, da necessidade de a pessoa saber se controlar. Entre outras coisas, eles ensinam a humildade, a paciência, o respeito pelos pobres e a lealdade para com os amigos.

Pequeno Abc do Pensamento Judaico

Criação: Que Deus criou o universo é um artigo básico indiscutível na crença judaica; a maneira da criação não tem uma versão definitiva, autorizada ou categórica. A maneira como o universo veio à existência é apresentada na literatura judaica sob várias formas e é expressa por diferentes maneiras. Os primeiros capítulos do Gênesis dão-nos a história da criação na forma de um drama divino, desenrolando-se em seis importantes atos, no curso de seis dias; O Salmo civ apresenta uma descrição poética; Provérbios VII I apresenta ainda um outro quadro do nascimento da Natureza. Desde o começo, quando Deus expressou a Sua vontade no ser, o cosmos reteve as sementes do seu próprio desenvolvimento futuro. Os cientistas podem explicar somente como o potencial tornou-se real. O porque pertence ao âmbito da religião. A ciência não pode e não nega a crença que o Universo é a criação de Deus. (RIIB)
Hagiógrafo (gr): Terceira parte do Velho Testamento, compreendendo Psalmos, Provérbios. Job, Cântico dos Cânticos, Ruth, Lamentações, Eclesiates, Ester, Daniel, Ezra, Nehemias e Crônicas.
Ketuvim (hebr): Terceira parte da Bíblia, em termo grego: HAGIÓGRAPHOS. Abrange os Salmos, Provérbios, Job, Cânticos dos Cânticos, Ruth, Livro das Lamentações, Kohelet, Ester, Daniel, Ezra, Nehemi e Crônicas.
Livro dos provérbios: Veja: MISHLEI
Mishlei (hebr): Livro dos Provérbios. Este livro pertence nitidamente ao período em que os reis já não eram, na Judeia, mais do que uma recordação romântica. As suas secções mais antigas talvez remontem ao ano de 400; as mais recentes, mais ou menos a 200 antes de Cristo. Infere-se isto da espécie de problemas que neles se discutem e mais ainda, dos que estão mencionados. Não se encontram referências ao perigo de idolatria, tão frequentes nos profetas. Não se gastou tempo em discutir assuntos puramente nacionais o nome de Israel nem sequer aparece nos Provérbios e os alvitres são de índole universal. Há uma apreciação franca das coisas boas desta terra as suas recompensas, honras, riquezas e prazeres e conselhos muito sagazes quanto ao modo de as conseguir. A monogamia é admitida; o comércio sobreleva a agricultura; a prudência, a economia, a iniciativa - virtudes caracteristicamente urbanas são louvadas sem restrições. Tudo isso indica uma vida social relativamente adiantada. O tom fundamental, porém, ainda é o que se encontra nos livros hebraicos mais antigos. Embora, neste documento, a salvação seja quase o equivalente da prosperidade, o meio de a alcançar ainda é a equidade. (LB)
Mulher: Toda véspera de sábado, a família praticante recita o último capítulo dos Provérbios, como tributo à esposa e à mãe, ideais do Judaísmo. As virtudes exaltadas naqueles vinte e dois versos resumem os dotes de uma perfeita esposa: um ser humano reverente, eficiente, compreensivo, de um otimismo alegre, de coração aberto para socorrer os necessitados que lhe batem à porta e, acima de tudo, a pessoa sobre quem toda a família pode apoiar-se. Desde o bíblico livro dos Provérbios até as modernas baladas populares judaicas, a esposa e a mãe tem sido descritas como a encarnação da terna dedicação, do altruísmo e da fidelidade à própria crença. A mãe impõe o tom espiritual à vida familiar, é a principal responsável pelo desenvolvimento do caráter dos filhos, e mantém a família unida em face da adversidade. A tradição judaica impõe poucas obrigações rituais à mulher na vida da sinagoga, mas atribui-lhe a responsabilidade total em relação à atmosfera de piedade do lar e à preservação dos ideais judaicos. Ela reúne os filhos em torno de si na véspera do sábado para ouvirem-na pronunciar a bênção das velas, prepara a casa para cada festa e para os Grandes Dias Santos, e cria um ambiente de jubilosa expectativa. Nas velhas comunidades judaicas, a educação das crianças até a idade de seis anos cabia às mulheres, a fim de que, naquele período impressionável, pudessem ensinar a seus filhos os valores eternos. Mais importante, porém, era o tradicional papel da conselheira da família inteira desempenhado pela esposa e pela mãe. Diz o Talmude: "Não importa a pequena estatura de tua mulher, irnclina-te e pede-lhe conselho", (MNK)
Tanah (hebr): Bíblia. Segundo a tradição judaica, a Bíblia se compõe da: TORÁ (cinco livros sagrados), NEVIIM (Profetas) e KETUVIM (Hagiógrafos). Daí surge o nome TANAh, formado pelas letras iniciais das três partes de que se compõe a Bíblia. Os Ketuvim abrangem as escrituras poéticas (Salmos, Provérbios e Jó) os Rolos e as Escrituras Históricas. Do ponto de vista histórico a BÍBLIA é uma obra de muitos autores e de diversas épocas. As partes mais antigas datam a 1200 a. C. e as mais recentes foram escritas no ano 100 da EC. Veja também: TOHÁ - NEVIIM - KETUVIM

Strongs


αἶνος
(G136)
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aînos (ah'-ee-nos)

136 αινος ainos

aparentemente uma palavra primária, propriamente, uma estória, mas usado no sentido de 1868; TDNT - 1:177,27; n m

  1. um dito, provérbio
  2. louvor, discurso laudatório

κέντρον
(G2759)
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kéntron (ken'-tron)

2759 κεντρον kentron

de kenteo (picar); TDNT - 3:663,427; n n

  1. picada, com aquela de abelhas, escorpiões, gafanhotos, etc. Como estes animais ferem com a sua ferroada, e até matam, Paulo personifica a morte como um aguilhão, isto é, uma arma letal
  2. aguilhão de ferro, para mover o gado, cavalos e outros animais de carga
    1. daí o provérbio “chutar contra o aguilhão”, i.e., oferecer resistência vã, perigosa ou danosa

μαργαρίτης
(G3135)
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margarítēs (mar-gar-ee'-tace)

3135 μαργαριτης margarites

de margaros (uma ostra perolífera); TDNT - 4:472,564; n m

pérola

provérbio, i.e., palavra de grande valor


παραβολή
(G3850)
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parabolḗ (par-ab-ol-ay')

3850 παραβολη parabole

de 3846; TDNT - 5:744,773; n f

  1. ato de colocar algo ao lado de outro, justaposição, como de navios em batalha
  2. metáf.
    1. comparação de algo com outro, semelhança, similitude
    2. um exemplo pelo qual uma doutrina ou preceito é ilustrado
    3. uma narrativa, fictícia, mas apropriada às leis e usos da vida humana, pela qual os deveres dos homens ou as coisas de Deus, particularmente a natureza e história do reino de Deus são figurativamente retratados
    4. parábola: estória terrena com o sentido celeste
  3. dito expressivo e instrutivo, envolvendo alguma semelhança ou comparação e tendo força preceptiva ou repreensiva
    1. aforismo, máxima

      provérbio

      ato pelo qual alguém expõe a si mesmo ou suas posses ao perigo, aventura, risco


παροιμία
(G3942)
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paroimía (par-oy-mee'-ah)

3942 παροιμια paroimia

de um composto de 3844 e talvez um derivado de 3633; TDNT - 5:854,790; n f

  1. dito fora do curso usual ou que se desvia da forma usual de falar
    1. dito corrente ou muito usado, provérbio
  2. qualquer dito enigmático que representa uma verdade didática
    1. esp. um dito simbólico ou figurativo
    2. fala ou discurso no qual algo é ilustrado pelo uso de símiles e comparações
    3. alegoria
      1. metáfora estendida e elaborada

σοφία
(G4678)
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sophía (sof-ee'-ah)

4678 σοφια sophia

de 4680; TDNT - 7:465,1056; n f

  1. sabedoria, inteligência ampla e completa; usado do conhecimento sobre diversos assuntos
    1. a sabedoria que pertence aos homens
      1. espec. conhecimento variado de coisas humanas e divinas, adquirido pela sutileza e experiência, e sumarizado em máximas e provérbios
      2. a ciência e o conhecimento
      3. o ato de interpretar sonhos e de sempre dar os conselhos mais sábios
      4. inteligência evidenciada em descobrir o sentido de algun número misterioso ou visão
      5. habilidade na administração dos negócios
      6. seriedade e prudência adequada na relação com pessoas que não são discípulos de Cristo, habilidade e discrição em transmitir a verdade cristã
      7. conhecimento e prática dos requisitos para vida devota e justa
    2. inteligência suprema, assim como a que pertence a Deus
      1. a Cristo
      2. sabedoria de Deus que se evidencia no planejamento e execução dos seus planos na formação e governo do mundo e nas escrituras

Sinônimos ver verbete 5826 e 5894


אִיתִיאֵל
(H384)
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ʼÎythîyʼêl (eeth-ee-ale')

0384 איתיאל ’Iythiy’el

talvez procedente de 837 e 410; n pr m Itiel = “Deus está comigo”

  1. o discípulo que recebeu provérbios de Agur
  2. um benjamita do tempo de Neemias

לְמוּאֵל
(H3927)
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Lᵉmûwʼêl (lem-oo-ale')

03927 למואל L emuw’el̂ ou למואל L emow’el̂

procedente de 3926 e 410; n pr m Lemuel = “para Deus”

  1. o nome de um rei desconhecido a quem sua mãe dedicou as máximas de prudência contidas em alguns dos Provérbios
    1. talvez seja o próprio rei Salomão

מָשַׁל
(H4911)
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mâshal (maw-shal')

04911 משל mashal

denominativo procedente de 4912; DITAT - 1258,1258b; v

  1. representar, comparar, ser semelhante a
    1. (Nifal) comparar, ser semelhante, ser similar
    2. (Hifil) comparar
    3. (Hitpael) tornar-se como
  2. falar em provérbios, usar um provérbio, falar em parábolas, falar em sentenças poéticas
    1. (Qal) usar um provérbio, enunciar uma parábola ou provérbio
    2. (Piel) fazer uma parábola
      1. criador de parábolas (particípio)

מָשָׁל
(H4912)
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mâshâl (maw-shawl')

04912 משל mashal

aparentemente procedente de 4910 em algum sentido original de superioridade em ação mental; DITAT - 1258a; n m

  1. provérbio, parábola
    1. provérbio, dito proverbial, enigma
    2. provérbio
    3. símile, parábola
    4. poema
    5. sentenças de sabedoria ética, máximas éticas

מְשֹׁל
(H4914)
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mᵉshôl (mesh-ol')

04914 משול m eshowl̂

procedente de 4911; DITAT - 1258d; n m

  1. provérbio

שְׁלֹמֹה
(H8010)
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Shᵉlômôh (shel-o-mo')

08010 שלמה Sh elomoĥ

procedente de 7965, grego 4672 σολομων; DITAT - 2401i; n pr m Salomão = “paz”

  1. filho de Davi com Bate-Seba e terceiro rei de Israel; autor de Provérbios e Cântico dos Cânticos