Enciclopédia de Gênesis 3:20-20

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 3: 20

Versão Versículo
ARA E deu o homem o nome de Eva a sua mulher, por ser a mãe de todos os seres humanos.
ARC E chamou Adão o nome de sua mulher, Eva; porquanto ela era a mãe de todos os viventes.
TB Chamou o homem à sua mulher Eva, porque era a mãe de todos os viventes.
HSB וַיִּקְרָ֧א הָֽאָדָ֛ם שֵׁ֥ם אִשְׁתּ֖וֹ חַוָּ֑ה כִּ֛י הִ֥וא הָֽיְתָ֖ה אֵ֥ם כָּל־ חָֽי׃
BKJ E Adão chamou o nome de sua mulher Eva, porque ela foi a mãe de todos os viventes.
LTT E Adão chamou o nome de sua esposa Eva ‹Vida›; porquanto era a mãe de todos os viventes.
BJ2 O homem chamou sua mulher "Eva", por ser a mãe de todos os viventes.[m]
VULG Et vocavit Adam nomen uxoris suæ, Heva : eo quod mater esset cunctorum viventium.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 3:20

Gênesis 2:20 E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
Gênesis 2:23 E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
Gênesis 5:29 E chamou o seu nome Noé, dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o Senhor amaldiçoou.
Gênesis 16:11 Disse-lhe também o Anjo do Senhor: Eis que concebeste, e terás um filho, e chamarás o seu nome Ismael, porquanto o Senhor ouviu a tua aflição.
Gênesis 29:32 E concebeu Leia, e teve um filho, e chamou o seu nome Rúben, dizendo: Porque o Senhor atendeu à minha aflição. Por isso, agora me amará o meu marido.
Gênesis 35:18 E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu), chamou o seu nome Benoni; mas seu pai o chamou Benjamim.
Êxodo 2:10 E, sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e chamou o seu nome Moisés e disse: Porque das águas o tenho tirado.
I Samuel 1:20 E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque, dizia ela, o tenho pedido ao Senhor.
Mateus 1:21 E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
Mateus 1:23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel. (Emanuel traduzido é: Deus conosco).
Atos 17:26 e de um só fez toda a geração dos homens para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO

Como parte do processo de distribuição territorial, membros da tribo de Levi viajaram a Siló, onde a questão de sua herança foi tratada à parte e detalhadamente. Levi não recebeu nenhuma porção determinada e independente de terra tribal (Js 13:14-33; 14.36,4; 18.7; cp. Js 21). Em vez disso, um total de 48 cidades e respectivas pastagens ao redor foram dadas aos levitas mediante sorteio e ocupadas de acordo com suas linhagens (Is 21:41; cp. Nm 35:7). As genealogias bíblicas atribuem três filhos a Levi: Gérson, Coate e Merari (Gn 46:11; Ex 6:16; Nm 3:17-26.57; 1Cr 6:16-23.6). Contudo, como a genealogia de Coate incluía Arão e Moisés, o registro bíblico se aprofundou na denominada "linhagem araônica" e lhe concedeu status sacerdotal mais elevado (1Cr 6:2-15). Como consequência, a narrativa de losué 21 e o texto sinótico de 1 Crônicas 6 dividiram os levitas em quatro famílias identificáveis, em vez de três, e a classificação das cidades foi feita basicamente no sentido horário, começando em Judá:

Uma análise do mapa deixa claro que algumas cidades levíticas estavam situadas em território que ficava fora da área controlada permanentemente por Israel e que só veio a ser dominado pelos israelitas na época de Davi e Salomão (e.g., Gezer, Taanaque, Ibleão, Naalal e Reobe [Jz 1]). Além disso, umas poucas cidades levíticas situadas dentro da área controlada permanentemente por Israel não revelam indícios arqueológicos claros de ocupação antes da época da monarquia israelita (e.g., Gola, Mefaate, Hesbom, Estemoa [?]) 16 Isso talvez indique uma propensão editorial por detalhes e por registro de dados do tipo que se vê claramente no período monárquico. Ou, à semelhança da distribuição territorial encontrada logo antes, nos capítulos 13:19, essa lista de cidades reflita talvez uma perspectiva ideal/ utópica daquilo que, em termos abstratos, foi atribuído às várias tribos e no devido tempo iria ocorrer na nação de Israel.161 Em vista do papel central e influente dos sacerdotes, em particular na história pré-monárquica de Israel, é talvez surpreendente que algumas cidades ligadas a atividades sacerdotais de uma época mais antiga não tenham sido identificadas como cidades levíticas e não tenham sido incluídas nessa lista. Lugares excluídos foram, por exemplo, Betel (Gn 12:8-35.
7) e Berseba (Gn 26:23), que são os primeiros lugares citados nos textos bíblicos em que os patriarcas de Israel erigiram altares em Canaa e adoraram lahweh. Gilgal (Js 4:19), Siló (Js 18:1-19.51; Jz 18:31-1Sm 2.14b; 4,4) e Betel (Jz 20:26), locais em que a arca da alianca esteve abrigada no Israel antigo, estão ausentes da lista. Também faltam Ramá e Mispá de Benjamim (1Sm 7:15-17), locais associados ao vidente Samuel, que ofereceu sacrifícios pelo povo de Israel (1Sm 9:9), ungiu Saul e Davi (1Sm 10:1-16.
13) e desempenhou um papel pioneiro na ordem eclesiástica pré-monárquica de Israel (1Sm 7:9-9.13 10:8-16:1-5). Por fim, seis cidades levíticas também foram separadas para serem "cidades de refúgio/asilo" (Is 20:2; Nm 35:6). Essa era uma terra em que a justiça era, em grande parte, ministrada no nível local. O derramamento de sangue "profanava a terra" e requeria vingança (Nm 35:33-34) - a qual era de responsabilidade do parente mais próximo ou então de um representante dos anciãos de determinada cidade, designado "vingador do sangue" (Nm 35:12; Dt 19:6-12; Js 20:3-5,9). 162 Por isso, era preciso também tratar da questão de proteger quem era realmente inocente. Começando já na legislação sinaítica, Israel mantinha uma clara distinção entre assassínio premeditado (Êx 21.12,14,15) e homicídio inocente (Èx 21.13). Como consequência, nesse aspecto a lei cuidou de criar um "espaço seguro" (Nm 35:6-9- 15; Dt 4:41-43; 19:1-10), que eram essas seis cidades que Josué separou para ministração da justiça no caso de homicídio acidental (bishgaga, "por engano") ou sem intenção (bli-daat, "sem conhecimento"). A pessoa responsável pelo homicídio tinha acesso à justiça. Uma vez que todos esses seis lugares eram cidades levíticas, ocupadas por aqueles incumbidos dos deveres sacerdotais de adoração e instrução na lei (Nm 1:47- 54; 3:5-10; Dt 10:8-33:8-10), é razoável supor que os ensinos da aliança sinaítica a respeito do assunto tenham sido conhecidos e praticados naqueles lugares. Três cidades de refúgio foram escolhidas em ambos os lados do rio Jordão, localizadas em pontos de fácil acesso. Os seis locais, dentro de regiões diferentes sob o controle de Israel (Js 20:7-9), propiciavam acesso razoavelmente igual para todas as tribos (v. a localização de Quedes (T. Qedesh), em Naftali; Siquém (T. el-Balata), em Manassés do Oeste; Hebrom (j. er-Rumeida), em Judá; Gola (Sahm el-Jaulan), em Manassés do Leste; Ramote-Gileade (T. ar-Ramith), em Gade; e Bezer (Umm al-'Amad), em Rúben].

AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO
AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24
5. A Mulher que a Serpente Iludiu (Gn 3:1-5)

A serpente (1) se enfiou sorrateiramente no jardim tranqüilo como um visitante sinistro. Por todo o antigo discurso semítico, os répteis estavam relacionados com influ-ências demoníacas e este versículo descreve que a criatura era mais astuta que todas as alimárias do campo. À medida que a história progride, a serpente é apresentada em todos os lugares como instrumento de certo poder espiritual oculto. No Novo Testa-mento, Jesus relaciona a serpente ao diabo (Jo 8:44), como também o faz Paulo (Rm 16:20; cf. 2 Co 11.3; 1 Tm 2,14) e João (Ap 12:9-20.2). Em todos estes exemplos, a fonte da tentação é objetivamente distinta de Deus ou do ser humano. Em nenhum caso, a ser-pente é considerada apenas a "personificação da tentação"' ou a "representante do poder da tentação"."

A serpente começou a conversa com uma expressão de surpresa: Não comereis de toda árvore do jardim?, e passou a citar erroneamente a ordem original de Deus, tornando-a absurda. A proibição original estava relacionada só com uma árvore, mas a serpente disse de toda árvore, frase que em 2.16 é encontrada na ordem permissiva e não na ordem negativa (2.17). A serpente pôs em dúvida a bondade de Deus: Ele foi muito restritivo, retendo desnecessariamente benefícios de grande valor.

Esta primeira pergunta era aparentemente inocente, mas enganou a mulher (2), fazendo com que ela também citasse erroneamente a ordem. Ela tornou a proibição mui-to mais forte do que realmente era. Deus não dissera: Nem nele tocareis (3). Mas Ele fizera a ameaça de castigo muito mais forte do que para que não morrais. Ela tornou, sem perceber, a ordem irracional e o castigo mera possibilidade, em vez de ser um resul-tado inevitável. A mulher perdeu a oportunidade de ouro de derrotar a sugestão da ser-pente. Tivesse ela citado a ordem corretamente e se aferrado a ela, o inimigo não teria podido prosseguir com seu intento.

A serpente percebeu a vantagem e passou a negar categoricamente a verdade da declaração punitiva de Deus, declarando positivamente: Certamente não morrereis (4). Ele concentrou seu ataque incitando ressentimento contra a restrição e suscitando desejo de poder. Deus não estava usando a finalidade da morte como dispositivo para sonegar ao gênero humano a descoberta de algo — se abrirão os vossos olhos (5) ? Ele não estava impedindo o homem de possuir um bem que o homem tinha o direito de ter? A serpente estava acusando Deus de motivo impróprio, de egoisticamente manter o homem em nível de existência inferior. O verdadeiro destino do homem, a serpente indicou, era ser como Deus. A característica principal do ser divino era o poder de saber o bem e o mal.' Este saber não era conhecimento abstrato, mas a habilidade prática de saber todas as coisas, inclusive a inteligência de inventar e estabelecer pa-drões éticos.

Engenhosamente, a serpente sugerira que desobedecer a ordem de Deus ocasiona-ria, não a morte, mas uma vida completa e rica para o homem. Não foram feitas promes-sas positivas, só a sugestão de possibilidades que eram fascinantes e misteriosas. Este era o apelo nuclear do paganismo, a crença de que grandes realizações, pensamento profundo ou ritual cuidadosamente observado introduziriam a pessoa no reino divino. Este também é o pecado básico do homem, alcançar o estado de ser absolutamente livre e auto-suficiente.

Em Gn 3:1-6, ternos "O Apelo da Serpente".

1) Ao desejo físico, 6ab;

2) À curiosidade intelectual, 5;

3) À disposição de auto-afirmação, 1,3 (G. B. Williamson).

  • O Ato de Violação (3:6-8)
  • Os argumentos da serpente atraíram três facetas da natureza da mulher, cada uma parte legítima de sua natureza de criatura. A fome física foi estimulada, pois aquela árvore era boa para se comer (6). O apetite estético foi provocado, pois era agradá-vel aos olhos. E a capacidade de sabedoria e poder foi atiçada, pois era árvore desejá-vel para dar entendimento, o que incluía a habilidade de dominar os outros (cf. a tentação de Jesus, Mt 4:1-11; Lc 4:1-13; 1 Jo 2:16).

    Na verdade, há muito que a mulher fora derrotada e sua contemplação logo resultou em ação. A ordem de Deus foi desobedecida e, incrivelmente, seu marido a seguiu na desobediência. Depois de terem comido, foram abertos os olhos de ambos (7), mas não do modo em que a serpente indicou. Em vez de passarem para um nível de existência superior, eles caíram a um nível inferior. Eles conheceram que estavam nus. Em vez de ficarem unidos com Deus, alcançando essência igual com Ele, eles foram alienados um do outro pela consciência de que seu ato não produziu o que esperavam.18 A frustra-ção estava relacionada com o novo conhecimento de nudez. A desobediência gerou culpa e vergonha. Em reação ao sentimento de vergonha, os dois apanharam folhas de fi-gueira, com as quais fizeram para si aventais (ou "cintas"). Eram tangas simples e transpassadas.

    O homem e a mulher estavam familiarizados com a voz do SENHOR Deus (8), como se deduz pela comunhão freqüente com o Criador. A viração do dia é expressão idiomática para aludir à noite, pois no Oriente Próximo sopra um vento fresco sobre a terra ao pôr-do-sol. Desta vez, o casal não estava preparado para encontrar-se com Deus. A expressão a presença é caracteristicamente vívida em hebraico. Não é uma influên-cia vaga e indefinível, mas uma confrontação direta, bem definida e pessoal. O casal culpado escondeu-se, mas de nada adiantou.

  • A Intimação para Comparecer na Presença de Deus (3:9-13)
  • A pergunta: Onde estás? (9), não foi feita por Deus não saber o paradeiro deles, mas porque Ele queria induzir a resposta e fazer o homem e a mulher saírem do esconde-rijo pela própria confissão.

    A resposta de Adão: Temi (10), esclarece o motivo de terem se escondido. Participar do fruto da árvore não o fez semelhante a Deus, como sugeriu a serpente, mas compro-meteu sua verdadeira essência de ser homem diante de Deus.

    Deus conhece o bem e o mal da perspectiva da bondade divina e soberana. Mas o homem, sendo homem e dependente de Deus, só pode conhecer o bem e o mal da perspec-tiva da obediência à vontade de Deus ou da perspectiva da desobediência, que é a rejei-ção da vontade expressa de Deus. O alcance do homem ao estado divino só o lançaria no papel da desobediência; por conseguinte, seu conhecimento do bem e do mal estava mis-turado com culpa e medo.

    A primeira pergunta foi feita diretamente ao homem: Comeste tu? (11). Adão não tinha desculpa, porque ele sabia qual era a ordem. Tratava-se de uma proibição simples e clara. Mas Adão não enfrentou sua responsabilidade; ele passou a culpa para a esposa — ela me deu (12) — e Deus não a deu para ele? Certamente, ela era digna de confiança como guia para a ação.

    A mulher (13) também tentou evadir-se da responsabilidade, dizendo: A serpente me enganou. Então ela se deu conta de que a serpente "a fez de boba".

    Em 3:6-11, G. B. Williamson destaca "Deus e o Pecador".

    1) O pecado causa culpa pessoal, 7,10,11;

    2) O pecado separa Deus e o homem, 8b;

    3) Deus busca o homem peca-dor, 8a,9;

    4) Deus perdoa a culpa do homem, 21.

    8. O Pronunciamento dos 5eredictos (3:14-19)

    Os pecados cometidos estão refletidos nas punições, as quais foram aplicadas em partes. A serpente (14) foi amaldiçoada. Mais que é tradução incorreta, pois sugere que outros animais também foram amaldiçoados. O sentido correto é "à parte" ou "separado de entre". Moffatt traduz: "Uma maldição em ti de todas as criaturas!" A serpente posou como supremamente sábia, mas sua maneira de se locomover sempre seria símbolo de sua humilhação. A frase sobre o teu ventre não significa que a serpente tinha original-mente pernas e as perdeu no momento em que a maldição foi imposta, mas que seu modo habitual de locomoção tipificava seu castigo.

    A frase pó comerás é idiomaticamente equivalente a "tu serás humilhado" (cf. Si 72.9; Is 49:23; Mq 7:17, onde a frase "lamberão o pó" tem claramente este significado).

    O castigo envolveria inimizade (15), hostilidade entre pessoas. A semente da ser-pente, que Jesus relaciona aos ímpios (Mt 13:38-39; Jo 8:44), e a semente da mulher, têm ambas sentido fortemente pessoal.' Deus disse à serpente: A Semente da mulher te ferirá a cabeça. Compare a referência de Paulo a isto em Romanos 16:20. A serpente só poderia ferir o calcanhar da Semente da mulher. De fato, ferir não é forte o bastante para traduzir o termo hebraico, que pode significar moer, esmagar, destruir. Uma cabeça esmagada que leva à morte é contrastada com um calcanhar esmagado que pode ser curado. O versículo 15 é chamado "proto-evangelho", pois contém uma promessa de espe-rança para o casal pecador. O mal não tem o destino de ser vitorioso para sempre; Deus tinha em mente um Vencedor para a raça humana. Há um forte caráter messiânico neste versículo.

    Em 3.14,15, vemos "O Calcanhar Ferido".

    1) O Salvador prometido era a Semente da mulher — o Deus-Homem;

    2) Esta Semente Santa feriria a cabeça da serpente -conquistar o pecado;

    3) A serpente feriria o calcanhar do Salvador — na cruz, ele morreu (G. B. Williamson).
    O castigo da mulher seria o oposto do "prazer" que ela procurou no versículo 6. Ela conheceria a dor (16) no parto, que é bem diferente do novo tipo de vida que ela tentou alcançar pela desobediência. Igualmente, a futura ligação do seu desejo ao seu marido era repreensão à sua decisão de buscar independência. Ela sempre seria dependente dele.

    Em 3:1-15, Alexander Maclaren vê "Como o Pecado Entrou".

    1) O induzimento ao mal, 1-5;

    2) A entrega ao tentador, 6;

    3) As conseqüências fatais 7:15.
    Deus pôs uma maldição diretamente na terra em vez de colocá-la no homem. Adão foi comissionado a trabalhar com a terra (2.15), mas já não seria por puro prazer. O homem se submeteu tão facilmente ao apelo da mulher que ele comeu o fruto proibido. Agora seu trabalho na terra seria misturado com dor (17). De todos os lados, ele seria confrontado por competidores: espinhos e cardos (18), que crescem profusamente sem cultivo e não produzem comida para o homem. Em Oséias 10:8, estas plantas aparecem como símbolos de julgamento e desolação no lugar da adoração. Compare também com Juízes 8:7-16; II Samuel 23:6; Salmo 118:12; Isaías 32:13-33.12; Jeremias 4:3-12.13 e Ezequiel 28:24. Em todo caso, uma conotação ruim é ligada à natureza destas plantas (ver tb. Mt 13:7; Hb 6:8).

    A morte física não seria imediata, mas seria inevitável, porquanto és pó e em pó te tornarás (19). O tipo imediato de morte que o homem sofreu foi espiritual: separação de Deus.

    Em 3:14-19, encontramos retratada "A Maldição Causada pelo Pecado".

    1) Na ser-pente, 14;

    2) Na mulher, 15,16;

    3) Em Adão, 17,19.

    4) Na terra, 17b,18 (G. B. Williamson).

    9. A Expulsão do Jardim do Éden (3:20-24)

    Na melancolia sombria do julgamento havia raios de esperança e misericórdia. O homem podia ver a possibilidade de um futuro através de sua esposa. Agora ele a chama Eva (20), que significa "vida", pois dela viria uma posteridade.

    Misericordioso, Deus providenciou para eles túnicas de peles (21). Estas indumentárias podem ter vindo de animais sacrificados, ainda que o texto não o diga especificamente.

    Há um toque de ironia na observação divina de que este casal humano é como um de nós (22). A preposição de (min) destaca uma nítida distinção entre Deus e o homem em vez de mostrar identidade. Está em contraste com como um, que denota unidade. O homem e a mulher tinham buscado ser como Deus, que sabe o bem e o mal, como seres que são soberanos. Mas nunca poderiam alcançar este status. Eles só possuíam o fôlego (2,7) e a imagem (1.26,27) de Deus. Por conseguinte, sua intrusão em um âmbito que não era deles foi uma negação do seu estado de criatura e uma rebelião contra a singularida-de do Criador. O homem tinha de ter o acesso impedido à árvore da vida para que ele não se fixasse na rebelião.

    Os querubins (24) são seres angelicais que representam o poder de Deus e estão relacionados com seu trono. Duas figuras de querubins estavam na tampa da arca (Êx 25:18-22; 37:7-9), e muitos estavam entretecidos nas cortinas do tabernáculo (Êx 26:1-31; 36.8,35) e esculpidos nas paredes e portas do templo (1 Rs 6:23-35; 2 Cr 3:10-13). Ezequiel os descreveu com a combinação de quatro faces: um leão, um boi, uma águia e um ho-mem, com mãos de homens, pés de bezerros e quatro asas (cf. as quatro criaturas de Ap 4:6-8). Estas criaturas foram incumbidas com a tarefa de deter o acesso do homem à árvore da vida enquanto este estiver carregado com o fardo do pecado.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 19 até o 24

    A Expulsão do Jardim (Gn 3:20-24)

    Gn 3:20

    E deu o homem o nome de Eva à sua mulher. Adão havia dado nomes ao reino animal, e agora deu o nome à princesa, a mãe de todos os seres humanos. (Gn 2:19).

    Eva

    Esboço
    I. O Nome
    II. Seu Relacionamento com Adão
    III. Participação de Eva na Queda
    IV. Comparação com o Relato sobre o Deus Sumério Enki
    V. Eva no Novo Testamento

    I. O Nome

    No hebraico, Hawwah, com freqüência definido como “doadora da vida", embora outros significados tenham sido sugeridos. A derivação é incerta, a tal ponto que um certo léxico fala em nove possibilidades. O relato do livro de Gênesis conecta o nome dessa mulher com a própria existência da raça humana. Adão chamou sua companheira de Eva, palavra que, no hebraico, aparentemente está relacionada ao termo hebraico hayyah, que significa “viver”. Ela foi chamada assim porque se tomaria a mãe de todos os seres humanos. O nome lhe foi dado por Adão, após a queda no pecado (Gn 3:20).

    II. Seu Relacionamento com Adão

    O trecho de Gn 2:21,Gn 2:22 revela que Deus fez Eva, partindo de uma costela extraída de Adão. Alguns intérpretes aceitam o relato literalmente, mas outros só o aceitam simbolicamente Neste último caso, estariam em foco a intimidade entre homem e mulher, a dependência da mulher ao homem, e, no caso ae Eva, a dependência de toda a vida humana a essa primeira mulher. A Bíblia também ensina a subordinação da mulher ao homem (1Tm 2:12,1Tm 2:13). Tudo isso indica uma lição geral da vida, que nos instrui sobre o fato de que dependemos uns dos outros, o que nos ensina a amar e a ser amados, que é a maior das lições da vida.

    Os eruditos liberais salientam que a questão da costela pertence às lendas tipicamente mesopotâmícas sobre a criação. Ver sobre Cosmogonia e sobre Criação. Ver também o artigo separado sobre o Jardim do Éden. Esses vários artigos ilustram como um fundo comum de informações foi aproveitado pelo autor do livro de Gênesis, tanto quanto pelos autores das histórias da criaçáo, dentro da cultura da Mesopotâmia. O trecho de Gn 1:28 mostra-nos que um dos principais propósitos do casamento é a procriação. Alguns intérpretes modernos têm-se valido desse fato para sustentar que ter filhos é uma obrigação moral em Iodos os casamentos. Mas contra essa opinião, outros estudiosos têm salientado que em um mundo superpovoado como o nosso, é quase impossível que se pense ser necessário que cada casal seja como foram Adão e Eva, procriadores. Muitos pensam que a propagação da raça humana não requer que todos os casais participem do processo. Na verdade, seria melhor se houvesse mais casais que deixassem outros casais encarregar-se de gerar filhos, em um mundo já tão envolvido no problema da superpopulação.

    III. Participação de Eva na Queda

    A serpente esteve envolvida na tentação de Eva e alguma fruta não dentificada foi o objeto de tentação. O fruto era capaz de fazer o homem distinguir entre o bem e o mal, como uma espécie de fruto de conhecimento limitado. Saber distinguir entre o bem e o mal, em certo sentido, guindou o homem à categoria de ser divino (Gn 3:22). E assim, para impedir que o primeiro casal se divinizasse ainda mais, tomando-se permanentemente imortal, se comesse do fruto da árvore da vida, Adão e Eva foram expulsos do jardim do Éden,

    A história geral da tentação aparece no terceiro capitulo do livro de Gênesis. Temos ali alguns paralelos das lendas mesopotâmicas. Os artigos sobre o Jardim do Éden e sobre Cosmogonia fornecem detalhes a respeito. Os pais alexandrinos viam esses relatos como parábolas. Ver sobre a Interpretação Alegórica. Os evangélicos fundamentalistas continuam a crer literalmente no relato bíblico, pensando que a ingestão de algum fruto poderia conferir conhecimento especial, e até mesmo a imortalidade. Porém, parece melhor extrair desses relatos lições espirituais, não interpretando literalmente tudo quanto está contido nesses relatos bíblicos. Seja como for, porém, o fato é que dali veio a queda. Portanto, temos nas primeiras páginas do Gênesis uma explicação singela de como o mal penetrou neste mundo. Muitos teólogos gostam de extrair lições dessa história, mas crendo que está envolto em mistérios como foi que o mal teve início neste mundo. Origenes e os pais alexandrinos em geral supunham que a alma do homem é preexistente, já tendo caído na eternidade (talvez junto com a rebelião dos anjos que acompanharam a Lúcifer). Somente bem mais tarde é que essa queda foi transferida para a cena terrestre. Isso faria a queda no pecado tornar-se inevitável Dotadas de corpos humanos, as almas vieram a envolver-se em um lipo de dupla existência Naturalmente, esse ponto de vista é platônico. Aprecio essa conjectura porque ela promete uma maneira mais frutífera de se pensar sobre o pecado verdadeiramente original (um pecado cósmico, e não somente edênico). Os teólogos que aceitam essa conjectura, usualmente associam a queda da alma humana à queda original dos anjos, conforme dissemos linhas acima Também tem sido conjecturado que não houve, dentro da criação dos seres inteligentes, apenas uma, ou mesmo apenas duas quedas; antes, várias ordens de seres estariam envolvidos em suas respectivas e independentes quedas Por outra parte há estudiosos que acreditam que essas muitas ordens de se^es já eram más desde o principio, e que o que realmente sucedeu foi uma melhoria em face do estado original de maldade e degradação. Grandes mistérios circundam essas questões e coisa alguma que digamos é capaz de dar-lhes solução, porquanto a Bíblia faz silêncio sobre o ponto, como uma daquelas coisas que Deus não nos quis revelar. “As cousas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus...” (Dt 29:29a).

    Seja como for, o relato de Gênesis diz-nos que toda espécie de resultado negativo sobreveio imediatamente após a queda no pecado: a maldição contra a serpente, que proveu o pano de fundo para a pnmeira promessa messiânica (Gn 3:15); a maldição contra a terra; o começo do iabor árduo; a dificuldade da mulher, no parto; a submissão da mulher ao homem. E, de modo algum a coisa menor, a tendência de uma pessoa lançar a culpa sobre outra, por suas más ações. Adão por assim dizer, disse a Deus: “Foi esla mulher, que Tu (Deus) me deste, que causou toda essa dificuldade”. Ver Gn 3:12. Eva, por sua parte, lançou a culpa sobre a sutileza da serpente. Portanto, tomou-se tradicional afirmar (e talvez com razão) que as mulheres fazem coisas más por serem seduzidas a praticá-las, enquanto que os homens, de olhos bem abertos, fazem coisas más visando à sua própria vantagem,

    São dados os nomes de apenas três dos filhos de Eva, todos homens: Caim (Gn 4:1), Abel (Gn 4:2) e Sete (Gên, Gn 5:3), embora seja dito que ela teve filhos e filhas (Gn 5:4). E este último ponto resolve muita objeção tola, como aquela que indaga onde Caim foi buscar mulher.

    IV. Comparação com o Relato sobre o Deus Sumério Enki

    Nos mitos sumérios sobre o deus Enki, é-nos dito que ele sofria de certo número de mazelas, Na tentativa de curar essas enfermidades, a deusa Ninhursague produziu uma deusa especial. Quando ele disse: "Dói em minha costela”, ela replicou que fizera a deusa Ninti (que significa “senhora da costela”) nascer para curá-lo e restaurá-lo à vida. Ora, Ninti também pode significar “senhora que transmite vida".

    Os paralelos entre Eva e Ninti, tanto no tocante à definição de nomes, como no que concerne às funções, são por demais evidentes para negarmos qualquer conexão entre elas. Por esse motivo, alguns estudiosos têm dito que a narrativa bíblica mostra dependência aos mitos mesopotâmicos. Outros asseguram que o contrário é que está com a verdade. Porém, o mais provável é que ambos os relatos tenham tido uma origem comum, com modificações. E, se tomarmos a narrativa bíblica como uma parábola religiosa, então não teremos de enfrentar nenhum problema com a questão da inspiração. Por outra parte, se insistirmos em uma interpretação literal, então surgirão problemas nesse setor.

    V. Eva no Novo Testamento

    No trecho 2Co 11:3, Paulo refere-se ao relato da tentação, por meio da serpente, com o propósito de mostrar quão fácil é o ser humano cair no erro, com sérias consequências. A passagem de 1 Tim. 2:11-14 ensina que Eva pecou porque tomou as circunstâncias em suas próprias mãos. Em seguida, Paulo recomenda que as mulheres crentes façam silêncio nos cultos, proibindo-as de trazer mensagens, por estarem sujeitas à autoridade dos homens. Presumivelmente, visto que facilmente são enganadas, não deveríam comunicar a outros a mensagem divina. Nessa conexão, tomou-se uma tradição salientar que muitos dos cultos estranhos de nossos dias foram iniciados por mulheres.

    Dentro da teologia cristã, vale a pena lembrar que ela é um tipo da Igreja, a Noiva de Cristo (Efé. 5:28-32).

    Maternidade. Este versículo contém a primeira menção na Bíblia a esse ofício e privilégio. Eva foi a autora dos “ais" do homem; mas ela também foi a origem da vida biológica humana. A Bíblia é rica quanto a histórias de mães. Lembremo-nos da mãe de Samuel e de sua suprema dedicação. Também podemos pensar na mulher egípcia que salvou e criou Moisés. Ela não perderá a sua recompensa. Se a mãe de Jesus, Maria, tem sido erroneamente transformada em objeto de adoração, ninguém poderá arrebatar-lhe a exaltada posição e missão como mãe de Jesus. Paulo tinha duas mães; sua própria e a bondosa mãe de Rufo (ver Rm 16:13). Algumas mulheres queixam-se das responsabilidades domésticas, e saem pelo mundo para serem escravas assalariadas de alguém. E equivocadamente ainda chamam isso de senso de realização. O trabalho mais nobre de todos, para a mulher, está em seu próprio lar, onde ela cria e serve a crianças preciosas. Qualquer coisa que seus filhos possam ser ou fazer, devem-no às suas mães, em grau significativo. Algumas crianças fracassam, porque suas mães não lhes transmitem nenhuma visão da vida. Outras obtêm êxito porque suas mães tinham uma visão grandiosa das coisas. Ver no Dicionário o artigo intitulado Mãe.

    Gn 3:21
    Fez o Senhor Deus vestimenta de peles. Esse é o décimo quarto passo na vereda descendente da tentação. Apesar da queda do homem no pecado, há a provisão divina. A fim de ocultar sua nudez, o homem preparou inadequadas vestes de folhas de figueira, símbolo de boas obras. Em contraste com isso, Deus produziu vestimentas substanciais, feitas de peles de animais. O sacrifício de alguns animais foi necessário para essa provisão. Para os intérpretes cristãos, isso significa a provisão por meio de Cristo, em face de Sua obra expiatória, além da retidão que Ele oferece como resultado de Sua obra (Rom. 3:21-26). As vestimentas recebidas por Adão e Eva foram-lhes supridas divinamente. Agora estavam de novo aptos a estar na presença de Deus. Ver no Dicionário o artigo intitulado Expiação. Notemos que as vestimentas foram uma provisão notável. Serviram para encobrir a nudez dos dois, além de servirem para proteger contra as intempéries. Assim também a missão de Cristo é uma provisão geral de tudo quanto é bom

    Há mitos acerca de como o homem foi vestido com peles de animais. Os gregos atribuíam isso à obra de Pelasgo, ao qual chamavam de primeiro homem (Pausânias em Arcadicis, sive 1,8 pars. 455, 456).

    O Primeiro Sacrifício. Os comentadores observam sobre como esse primeiro sacrifício, realizado pelo próprio Deus, lançou a base para o sistema sacrifícial da fé dos hebreus.

    Gn 3:22
    Eis que o homem se tornou como um de nós. Neste ponto, os críticos estão certos de que esse elemento do relato remonta diretamente ao mito babilónico da criação. Os deuses ficaram preocupados com o homem, sentindo que deveríam limitá-lo para não ir longe demais. Por isso teriam dito aqui “nós”, e o autor sacro descuidou-se de ocultar sua fonte informativa politeista. O versículo dá a entender que duas árvores tinham sido proibidas: a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Os eruditos conservadores retrucam dizendo que a preocupação de Deus a respeito da árvore da vida não ocorreu senão depois da queda no pecado. Deus não queria permitir que o homem se tomasse imortal em seu estado de degradação. Pois o Senhor tinha um outro plano: a imortalidade por meio do espírito. Assim, na palavra nós, esses eruditos não vêem nenhum reflexo do politeísmo. Antes, sena a aplicação, neste ponto, do termo plural Elohim, de Gn 1:1, onde ele é explicado. Alguns continuam vendo aqui uma referência trinitariana. Ver também Gn 1:26 quanto a uma explicação sobre a palavra nós.

    Alguns intérpretes, como Crisóstomo e Agostinho, aludiram a essa declaração divina em um sentido irônico e sarcástico: Vejam esse homem tolo! Pensa ele que pode tornar-se como Deus? A serpente disse que ele poderia tomar-se como Deus. Mas olhem agora para ele!
    A imagem de Deus foi implantada no homem, mas este, mediante outro ato impensado, poderia danificar mais ainda a obra divina, tomando-se o tipo errado de ser imortal. O homem remido deverá ser como Deus, mas somente da maneira aprovada pelo Senhor. Ver o artigo intitulado Imagem de Deus, o Homem Como, nas notas sobre Gn 1:26.

    Se o homem viesse a viver para sempre, isso impediría que ele viesse a sofrer o resultado final da maldição divina, a morte. Por conseguinte, a expulsão do jardim do Éden tomou-se necessária, a fim de evitar isso.

    Gn 3:23
    O Senhor Deus,.. o lançou fora do jardim. Foi executada assim a severa sentença contra a desobediência. O homem perdeu seu belo local de residência. Agora o homem estava reduzido a dedicar-se a um trabalho árduo “em algum lugar lá fora”. A terra foi amaldiçoada; e agora o homem era um ser mortal. Adão faz-me lembrar de certo homem que foi condenado a servir por vários anos em uma detenção, e que comentou então: “Não sei se poderei suportar isso!”. Uma terrível expectação, realmente. A prisão. Foi assim que Adão chegou ao seu novo meio ambiente: trabalho árduo e suor, preso em um corpo que havería de debin-tar-se no decorrer dos anos. Ele saiu do paraíso em alienação, e essa é uma verdade universalmente ilustrada. Não é fácil fracassar. O homem havia falhado na tarefa simples que Deus lhe dera para fazer. John Gill (in loc.) consolava-se no fato de que Deus não enviou o homem diretamente para o inferno! Antes, Adão estaria cultivando um soio relutante, infestado de cardos e abrolhos.

    Há tolas especulações acerca de para onde ele foi expulso. O Targum de Jonathan localizava-o no monte Moriá. Mas outros preferem pensar em algum lugar perto de Damasco. No entanto, todas essas idéias são vãs. O homem estava “fora” do paraíso, e isso é tudo quanto precisamos saber.
    Encontramos aqui o décimo quinto passo no caminho da tentação. A sentença foi executada. O homem estava expulso do jardim. Não devemos olvidar, entretanto, que o décimo quarto (vs. Gn 3:21) passo fala sobre uma contínua provisão divina, que, finalmente, haverá de reverter as várias maldições que brevieram ao homem. Ver um sumário sobre esses passos nas notas no fim do vs. Gn 3:24.

    Gn 3:24

    E, expulso o homem. A descrição mostra a severidade da medida. Deus era agora o Deus da ira.

    E expulsou o homem de Sua presença, sem nenhum vestígio evidente de misericórdia. Era o Seu filho que Éle expulsava e barrava-lhe a aproximação da árvore da vida.


    Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 3 versículo 20
    Em hebraico, o nome Eva e a palavra que significa vida ou vivente têm pronúncias bem semelhantes.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24
    *

    3.1-24 Os guardiães do santuário (2.15 nota) são agora testados quanto à sua fidelidade ao seu Rei. O teste é administrado sob um pacto de obras: a obediência lhes dá direito à vida com Deus; a desobediência resulta em morte. O fracasso deles indica a sua necessidade de justificação e santificação através do cumprimento de Cristo do pacto da graça.

    * 3.1 a serpente. No mundo bíblico as cobras simbolizavam, de modo variado, a vida, a sabedoria, e o caos; o deus do caos é as vezes assemelhado a uma cobra (26:12, 13; Is 27:1). Esta serpente é uma encarnação de Satanás, o Adversário. Ver v. 15, nota; “Satanás”, índice.

    mais sagaz. A opção feita por Satanás dessa forma física era um instrumento oportuno para sua malévola inteligência (conforme 13 47:11-15'>2Co 11:13-15). Suas palavras devem ser cuidadosamente escrutinadas. Ele só pode ser resistido com a ajuda da esplêndida armadura de Deus (Mt 4:1-11; Ef 6:10-20).

    mulher. Satanás subverte a instituição do casamento ao deixar de lado o homem, tentando a mulher para usurpar sua autoridade (1Tm 2:12, 14). Mesmo assim, o marido é tido por culpado porque a obedeceu (vs. 9, 17).

    * 3.2-5 A serpente tenta Eva ao: enfatizar a proibição de Deus, e não a sua provisão; reduzir a ordem de Deus a uma pergunta; lançar dúvida quanto à sinceridade de Deus e difamar os seus motivos; e negar a realidade da sua ameaça. A mulher gradualmente dá lugar às negações e meias-verdades de Satanás ao menosprezar os seus próprios privilégios, aumentando a proibição (“nem tocareis nele,” v. 3) e minimizando a ameaça (v. 6).

    * 3:5

    do bem e do mal. Ver 2.9 e nota.

    * 3:6 O pecado é essencialmente a falha do homem em confiar em Deus, um ato ou estado de descrença, uma afirmação de autonomia (2.9 e nota). A verdadeira religião consiste na comunhão com Deus baseada em confiança que leva a obediência (Jo 14:15). Ver a nota teológica “A Queda”, índice.

    árvore … entendimento. A decisão da mulher foi baseada em valores práticos, apreciação estética e gratificação intelectual.

    tomou-lhe do fruto. Neste ato, ela selou uma aliança com o príncipe da morte e das trevas. A eleição amorosa de Deus e o plano da redenção são sua única esperança (v. 15 e notas).

    e ele comeu. O homem se torna um rebelde: rodeado de motivos suficientes para confiar e obedecer a Deus, ele escolhe a desobediência contra Deus (6.5; 8.21). A salvação depende totalmente do Senhor, não do rebelde. Por indicação de Deus Adão representava toda a raça como sendo seu cabeça e trouxe morte sobre todos (Rm 5:12-19). Ele também representa, como modelo e protótipo, a hostilidade da humanidade contra Deus (2.4—3.24 e nota).

    * 3.7-11 A sua morte espiritual (2.17 e nota) é mostrada por sua alienação mútua, simbolizada no coser as folhas de figueira para se cobrirem, e sua separação de Deus é expressa em se esconderem por entre as árvores.

    * 3.7 nus. A nudez no Antigo Testamento sugere fraqueza, necessidade e humilhação (Dt 28:48; 1:21; Is 58:7). A palavra hebraica para “nus” soa como a palavra “sagaz” em 3.1. A intimidade do casamento é despedaçada (conforme 2.21, 24 e notas); a confiança é substituída pela desconfiança. A primeira experiência de culpa foi expressa em termos de tomar consciência da nudez. A redenção está ligada à provisão de Deus de algo para cobrir o pecado humano (v. 21 e notas; conforme Êx 25:17 e nota).

    *

    3.8 esconderam-se. Suas consciências os condenavam, eles se retraíram da intimidade com Deus que anteriormente gozavam no jardim (Rm 2:12-16). Sua expulsão do mesmo condiz com suas atitudes e ações.

    * 3.9 Onde. Embora onisciente, Deus ajusta a sua linguagem às limitações humanas. Aqui a pergunta os induz a vir a ele (conforme 4.9; 11.5).

    * 3.10 Ouvi a tua voz. Ironicamente, a palavra traduzida como “ouvi” é também a palavra para “obedeci” — precisamente o que Adão não fez.

    * 3.11 Quem. Ver nota em 11.5. As perguntas (v. 13) incitaram-nos a confessar sua culpa. Deus não faz perguntas a Satanás, simplesmente o destina a julgamento (v.14).

    *

    3.12, 13 Eles mostram sua fidelidade a Satanás ao distorcer a verdade, acusando um ao outro, e finalmente acusando a Deus (conforme Tg 1:13). Seus esforços para esconder seu pecado apenas o expõe.

    * 3:13

    enganou. Esta palavra sublinha o ensinamento de Paulo em 1Tm 2:12, 14.

    * 3.14-20 O pesado juízo de Deus sobre Satanás (vs. 14-15), a mulher (v. 16), e o homem (vs. 17-19), ainda inclui a promessa de salvação para o povo de Deus (v. 15).

    * 3.14, 15 A linguagem aqui tem uma referência dupla, referindo-se tanto à serpente quanto a Satanás.

    * 3.14 maldita. Maldita, o oposto de abençoada (1.22 e nota), denota a quebra dos poderes da serpente.

    comerás pó todos os dias. Pó é o símbolo de humilhação abjeta (Sl 44:25; 72:9), uma indignidade que dura para sempre. A derrota final de Satanás sob o calcanhar do Messias (v. 15) é retardada para que o programa de redenção de Deus através do descendente prometido da mulher pudesse ser realizado.

    *

    3.15 Porei inimizade. Deus graciosamente converte a afeição depravada da mulher por Satanás para si mesmo.

    a tua descendência e o seu descendente. A humanidade é agora convertida em duas comunidades: os remidos, que amam a Deus, e os réprobos, que amam a si mesmos (Jo 8:33, 44; 1Jo 3:8). A divisão é imediatamente expressa na hostilidade de Caim contra Abel (cap. 4). Esta profecia encontra seu cumprimento no triunfo do Segundo Adão, e da comunidade unida a ele, sobre as forças do pecado, morte e o mal (Dn 7:13, 14; Rm 5:12-19; 16:20; 1Co 15:45-49; Hb 2:14, 15).

    ferirá ... ferirás. Antes da sua gloriosa vitória, o Descendente da mulher deve sofrer para conquistar a nova comunidade do domínio da serpente (Is 53:12; Lc 24:26, 46; 2Co 1. 5-7; Cl 1:24; 1Pe 1:11).

    cabeça ... calcanhar. O sofrimento de Cristo é vitorioso. Ele já alcançou a vitória na cruz, provendo expiação para os santos (13 51:2-15'>Cl 2:13-15) e o consumará na sua segunda vinda (2Ts 1:5-10).

    * 3.16-19 A mulher é frustrada no seu relacionamento natural dentro do lar: um parto doloroso para ter filhos e a subordinação ao seu marido. O homem é frustrado na sua atividade para prover alimento. Cada um experimenta a dor nestes reveses.

    * 3.16 em meio a dores darás a luz. A dor é experimentada até num momento de grande realização para a mulher. Ainda assim, no seu papel de dar a luz e criar os filhos da promessa em Cristo Jesus, a mulher é privilegiada em participar do plano de Deus em criar um povo para si mesmo (v. 15; conforme 1 Tm 2.15).

    desejo. A expressão “e ele te governará” e as palavras paralelas em 4.7 sugerem que o desejo da mulher é o de dominar. A ordenança do casamento continua, mas é frustrada na batalha entre os sexos.

    ele te governará. A harmonia, intimidade e a complementaridade do relacionamento marital antes da queda (2.21-24 e notas) são corrompidos pelo pecado, e distorcidos pelo domínio e submissão forçada. A restauração destes relacionamentos se dá através da nova vida em Cristo (Ef 5:22-23).

    * 3.17 terra. O relacionamento natural do homem com a terra, dominando sobre a mesma, é revertido; ao invés de se submeter a ele, esta o resiste e finalmente o engole (2.7 e nota). A terra, frustrada por ter sido designada pelo Criador à desarmonia, espera por restauração (Rm 8:20-22).

    em fadigas. O trabalho em si é uma bênção porque o trabalho do homem reflete a atividade do Deus que trabalha (2.2, nota). Porém, o objeto do trabalho do homem, a terra, é maldita e se torna uma fonte de frustração.

    *

    3:19

    tu és pó. O corpo terreno do homem torna a morte física possível.

    ao pó tornarás. A morte física é ao mesmo tempo julgamento e bênção. Ela torna toda a atividade vã, porém ela livra o redimido da frustração terrena e abre o caminho para uma salvação eterna, que perdura além do sepulcro (Sl 73:24; Pv 14:32).

    * 3:20

    E deu … o nome. Ver 1.5, 2.23 e notas.

    mãe de todos os seres humanos. A escolha por Adão do nome de Eva demonstra a sua fé na promessa de Deus de que a mulher daria luz a filhos, incluindo o Descendente que derrotaria a Satanás.

    * 3.21 vestimenta de peles. As “cintas” de folha de figo do v. 7 eram somente para os quadris. As “vestimentas” duráveis de Deus se contrastam com a tentativa inadequada de Adão e Eva de encobrir sua vergonha. A provisão de Deus também implicava a morte de um animal, talvez sugerindo um sacrifício pelo pecado (3.7 nota; Lv 17:11).

    *

    3:22

    nós. Ver nota em 1.26.

    viva eternamente. Adão e Eva são protegidos de uma eterna escravidão ao pecado e desgraça que resultaria se eles comessem da árvore da vida (v. 19 e nota).

    3.24 expulso. Deus purifica o seu jardim templo (2.8, nota; conforme Lc 10:18; Jo 2:12-17; Ap 21:27).

    oriente. Ver 2.8 e nota. O tabernáculo de Israel e também o templo, como as catedrais medievais eram voltadas para o oriente.

    querubins. Estes seres celestiais resguardam a santidade de Deus, proibindo que os pecadores tenham acesso a ele (Êx 25:18; 2Cr 3:7).

    para guardar. O vindouro Adão celestial, que carrega sobre si a maldição da fadiga, suor, espinhos, conflito, morte no madeiro e desce ao pó, vai reaver o jardim, rasgando o véu do templo no qual os querubins eram costurados (2.8 e nota; Êx 26:1; Mt 27:51; Hb 6:19; 9:3; Ap 21:1-3, 14). A espada flamejante é a primeira arma de governo ou de coação à lei.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24
    3:1 Disfarçado como uma ardilosa serpente, Satanás deveu tentar a Eva. Alguma vez, Satanás foi um ser angélico que se rebelou contra Deus e foi jogado do céu. Satanás é um ser criado e portanto tem limitações. Mesmo que Satanás está tratando de tentar a todos para afastar os de Deus, não terá a vitória final. Em Gn 3:14-15 Deus promete que Satanás será esmagado por um da semente da mulher, o Messías.

    3.1-6 por que Satanás nos prova? A tentação é um convite de Satanás para nos entregar a seu estilo de vida e renunciar ao estilo de vida de Deus. Satanás tentou a Eva e obteve que pecasse. Após se mantém ocupado tratando de conseguir que a gente peque. Inclusive tentou ao Jesus (Mt 4:11), mas Jesus não pecou!

    De que maneira poderia ter resistido Eva a tentação? Seguindo os mesmos princípios que nós podemos seguir. Primeiro, devemos nos dar conta de que ser tentados não é um pecado. Não pecamos até que nos rendemos ante a tentação. portanto, para resistir a tentação, devemos: (1) orar pedindo forças para resisti-la, (2) fugir (algumas vezes literalmente), e (3) dizer não quando enfrentarmos a algo que nos consta que não é correto. Jc 1:12 fala das bênções e recompensas para aqueles que não se rendem ante a tentação.

    3.1-6 A serpente (Satanás) tentou a Eva fazendo-a duvidar da bondade de Deus. O sugeriu que Deus era estrito, mísero e egoísta já que não queria que Eva tivesse como O conhecimento do bem e do mal. Satanás fez que Eva se esquecesse de tudo o que Deus lhe tinha dado e que centrasse sua atenção na única coisa que não podia ter. Também, nos metemos em problemas quando insistimos em emprestar atenção às poucas coisas que não temos em lugar de olhar o muito que Deus nos deu. A próxima vez que sinta lástima de si pelo que não tem, considere tudo o que sim tem e agradeça a Deus. Logo suas dúvidas não o farão cair em pecado.

    3:5 Adão e Eva obtiveram o que queriam: um conhecimento íntimo tanto do bem como do mal. Mas o obtiveram através do caminho equivocado e o resultado foi desastroso. Às vezes temos a ilusão que liberdade é fazer o que a um agrada. Deus diz que a verdadeira liberdade provém da obediência e de saber o que não devemos fazer. As restrições que O nos deu são para nosso próprio benefício, nos ajudando a evitar o mal. Temos a liberdade de caminhar de frente a um automóvel que vem para nós a alta velocidade, mas não é necessário que sejamos atropelados para nos dar conta de que se o fazemos seria algo realmente tolo. Não escute as tentações de Satanás. Não é necessário que faça o mau para obter maior experiência e aprender mais a respeito da vida.

    3:5 Satanás utilizou um motivo sincero para tentar a Eva: "Chegará a ser como Deus!" Não estava mal que Eva queria ser como Deus. Parecer-se mais a Deus é a meta suprema da humanidade. É o que se supõe que devemos fazer. Mas Satanás enganou a Eva no que respeita ao modo apropriado de obter este objetivo. Disse-lhe que ela poderia parecer-se mais a Deus ao desafiar sua autoridade, tomando seu lugar e decidindo por si mesmo o que era melhor para sua vida. Em efeito, disse-lhe que se convertesse em seu próprio deus.

    Mas chegar a ser como Deus não é o mesmo que tratar de ser Deus. Mas bem, é refletir suas características e reconhecer sua autoridade sobre sua vida. Ao igual a Eva, freqüentemente temos uma meta muito valiosa mas tratamos de alcançar a de um modo equivocado. Comportamo-nos como um candidato político que lhe paga ao encarregado da recontagem de votos para ganhar as eleições. Quando faz isto, servir ao povo deixa de ser sua meta principal.

    A exaltação do eu conduz à rebelião contra Deus. logo que começamos a tirar deus de nossos planos, estamo-nos colocando nós mesmos por cima do. Isto é exatamente o que Satanás quer que façamos.

    ADAN

    É difícil imaginar como se sentiria Adão sendo primeira e única pessoa na terra. Uma coisa é que nos sintamos sozinhos; para o Adão, que nunca tinha conhecido a outro ser humano, era outra coisa. O se perdeu de muitas coisas que nos fizeram como somos agora: não teve infância, nem pais, nem família, nem amigos. Teve que aprender a ser humano por sua conta. Felizmente, Deus não permitiu que lutasse muito tempo antes de lhe apresentar uma ajuda e companheira idônea: Eva. Formaram uma unidade completa, inocente e aberta, sem um pingo de vergonha em nada.

    Uma das primeiras conversações do Adão com seu agradabilísima e bela companheira deveram ter sido as regras do horta. antes de que Deus criasse a Eva, já lhe tinha dado ao Adão completa liberdade no horta, junto com a responsabilidade de vigiá-lo e cuidá-lo. Entretanto, uma árvore estava fora dos limites: a árvore do conhecimento do bem e do mal. Adão deveu ter falado com a Eva sobre tudo isto. Ela sabia, quando Satanás lhe aproximou, que o fruto dessa árvore não se devia comer. Entretanto, decidiu comer o fruto proibido. Mais tarde o ofereceu ao Adão. Nesse momento, o destino da criação esteve em perigo. Tristemente, Adão não se deteve considerar as conseqüências. Seguiu adiante e o comeu.

    Nesse momento de pequena rebelião algo grande, formoso e puro se rachou: a perfeita criação de Deus. O homem se viu separado de Deus por querer atuar por sua conta. Seja que se lance um calhau ou uma pedra grande para uma janela de vidro, o efeito é o mesmo. Nunca poderão voltar a reuni-los milhares de fragmentos.

    Entretanto, no caso do pecado do homem, Deus já tinha posto em marcha um plano para vencer os efeitos da rebelião. A Bíblia inteira é a história de como se desenvolve esse plano, com a visita de Deus à terra através de seu Filho Jesus como parte essencial. A vida sem pecado do Jesus e sua morte fizeram possível que Deus oferecesse o perdão a todos os que o quisessem. Nossas ações de rebelião, já sejam pequenas ou grandes, demonstram que somos descendentes do Adão. Unicamente o pedir o perdão do Jesucristo nos faz filhos de Deus.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Foi o primeiro zoólogo: deu-lhe nome aos animais

    -- Foi o primeiro desenhista de jardins, a cargo de vigiar e cuidar dele

    -- É o pai da raça humana

    -- Foi a primeira pessoa feita à imagem de Deus e primeiro humano que teve uma relação íntima e pessoal com O

    Debilidades e enganos:

    -- Fugiu da responsabilidade e culpou a outros; preferiu esconder-se a enfrentar-se; desculpou-se em lugar de confessar a verdade

    -- Seu maior engano: fazer-se cúmplice da Eva para trazer o pecado ao mundo

    Lições de sua vida:

    -- Como descendentes do Adão, todos refletimos até certo grau a imagem de Deus

    -- Deus quer que as pessoas, embora tenham liberdade de fazer o mal, optem por amá-lo ao.

    -- Não devemos culpar a outros de nossas próprias faltas

    -- Não podemos nos esconder de Deus

    Dados gerais:

    -- Onde: Horta de Éden

    -- Ocupação: Guardião, jardineiro e granjeiro

    -- Familiares: Esposa: Eva. Filhos: Caím, Abel, Set e muitos outros filhos mais. O único homem que nunca teve pai nem mãe terrestres

    Versículos chave:

    "A mulher que me deu por companheira me deu da árvore, e eu comi" (Gn 3:12).

    "Porque assim como no Adão todos morrem, também em Cristo todos serão vivificados" (1Co 15:22).

    A história do Adão se relata em Gênese 1:26-5.5. Também lhe menciona em 1Cr 1:1; Lc 3:38; Rm 5:14; 1Co 15:22, 1Co 15:45; 1Tm 2:13-14.

    3:6 Satanás tratou de que Eva pensasse que o pecado era bom, prazenteiro e desejável. O conhecimento tanto do bem como do mal parecia inofensivo a ela. Pelo general, a gente decide fazer coisas más porque se convenceu de que essas coisas são boas, ao menos para eles mesmos. Nossos pecados não sempre nos parecem horríveis, e os pecados que dão prazer são os que nos custa mais trabalho evitar. Assim prepare-se para as atrativas tentações que possam surgir a seu passo. Mesmo que não sempre possamos acautelar a tentação, sempre há uma saída (1Co 10:13). Recorra à Palavra de Deus e a seu povo para permanecer firme ante a tentação.

    3:6, 7 Observe com atenção o que fez Eva: olhou, tomou, comeu e deu. Freqüentemente a batalha está perdida ao primeira olhada. A tentação começa simplesmente ao olhar algo que queremos. Está você lutando com a tentação porque não aprendeu que olhar é o primeiro passo para o pecado? Sairemos vitoriosos da tentação mais freqüentemente se seguirmos o conselho do Paulo de fugir daquelas coisas que nos produzem maus pensamentos (2Tm 2:22).

    3.6, 7 Uma das realidades do pecado é que seu efeito se estende. depois de que Eva pecasse, envolveu ao Adão em sua má ação. Quando fazemos algo mau, freqüentemente nosso primeiro alívio da culpa vem quando envolvemos a alguém mais. Como desperdício tóxico derramado em um rio, o pecado se estende rapidamente. Reconheça e confesse seu pecado a Deus antes de que seja tentado e polua aos que estão a seu redor.

    3.7, 8 depois de pecar, Adão e Eva se sentiram culpados e envergonhados por sua nudez. Seus sentimentos de culpabilidade os fizeram fugir de Deus e trataram de esconder-se. Uma consciência culpado é um sinal de advertência que Deus colocou dentro de você que se acende quando tem feito o mau. Quão pior pode fazer é eliminar os sentimentos de culpabilidade sem eliminar a causa. É como utilizar um analgésico sem detectar a enfermidade. Alegre se de que esses sentimentos estejam aí, fazem-no estar consciente de seu pecado para que assim possa pedir o perdão de Deus e corrigir suas más ações.

    3:8 Resulta graciosa a imagem de dois humanos talheres com folhas de figueira tratando de esconder do Deus que todo o vê e todo sabe. Como puderam ser tão parvos de pensar que podiam esconder-se? Entretanto, nós fazemos o mesmo quando tratamos de lhe ocultar coisas a Deus. lhe conte tudo o que faz e pensa e não trate de esconder-se, é impossível. A sinceridade fortalecerá sua relação com Deus.

    3.8, 9 Este versículo mostra o desejo de Deus de ter amizade conosco. Também mostra por que temos medo de ter uma relação com O. Adão e Eva se esconderam quando escutaram que se aproximava. Deus queria estar com eles, mas por causa de seu pecado, Adão e Eva tinham medo de mostrar-se ante O. O pecado tinha quebrado sua comunhão com Deus, assim como tem quebrado nossa comunhão com Deus. Mas por meio do Jesucristo, o Filho de Deus, aberto-se o caminho para que renovemos nossa amizade com O. Deus deseja estar conosco. O nos oferece totalmente seu amor incondicional. Nossa resposta natural é o temor, já que sabemos que não podemos viver sob suas normas. Mas o reconhecer que O nos ama, apesar de nossas faltas, pode-nos ajudar a tirar esse temor.

    3.11-13 Adão e Eva não fizeram caso à advertência de Deus em 2.16, 17. Eles não entenderam as razões deste mandamento, assim decidiram atuar da forma que lhes parecia mais apropriada. Todos os mandamentos de Deus são obviamente para nosso próprio benefício, mas pode que não sempre entendamos as razões. O povo que confia em Deus lhe obedecerá porque Deus o pede, seja que entenda ou não o porquê de seus mandamentos.

    3.11-13 Quando Deus perguntou ao Adão sobre seu pecado, Adão culpou a Eva. Logo Eva culpou à serpente. Quão fácil é desculpar nossos pecados culpando a outra pessoa ou às circunstâncias. Mas Deus sabe a verdade. E O nos faz responsáveis a cada um de nós pelo que fazemos (veja-se 3:14-19). Admita seu pecado e peça desculpas a Deus. Não trate de escapar de seu pecado culpando a outro.

    3.14ss Adão e Eva escolheram seu curso de ação (desobediência) e logo Deus escolheu o seu. Como Deus santo só podia responder de uma maneira coerente com sua natureza moral perfeita. Não podia permitir passar por cima o pecado, devia castigá-lo. Se as conseqüências do pecado do Adão e Eva lhe parecem extremas, recorde que o pecado que cometeram pôs em ação a tendência do mundo à desobediência a Deus. Este é o motivo pelo qual ainda pecamos hoje: Todo ser humano que jamais tenha nascido, com a exceção do Jesus, possui a herança da natureza pecaminosa do Adão e Eva (Rm 5:12-21). O castigo do Adão e Eva reflete com que seriedade Deus vê o pecado de qualquer classe.

    3.14-19 Adão e Eva aprenderam por meio de uma experiência dolorosa que, já que Deus é justo e odeia o pecado, deve castigar aos pecadores. O resto do livro de Gênese relata histórias dolorosas de vistas arruinadas pela queda. A desobediência é pecado e rompe nossa relação com Deus. Felizmente, quando desobedecemos, a vontade de Deus é nos perdoar e restaurar nossa relação com O.

    3:15 Satanás é nosso inimigo, ele fará todo o possível para fazer que sigamos seu caminho de maldade e morte. A frase "Você lhe ferirá no calcanhar" se refere aos intentos constantes de Satanás de derrotar a Cristo durante sua vida na terra. "Esta te ferirá na cabeça", anuncia a derrota de Satanás quando Cristo se levantou da morte. Um golpe ao talão não é mortal, mas a gente atirado na cabeça sim. Já Deus estava revelando seu plano para derrotar a Satanás e oferecer salvação ao mundo por meio de seu Filho Jesucristo.

    3.17-19 A desobediência do Adão e Eva, e a queda da graça de Deus afetou a toda a criação, incluindo o meio ambiente. Anos atrás a gente não se preocupava da contaminação dos rios com desperdícios químicos e lixo. Isto parecia tão insignificante, tão corriqueiro. Agora sabemos que só duas ou três partes por milhão de certas substâncias químicas podem danificar a saúde humana. O pecado em nossas vidas é extra�amente similar aos desperdícios tóxicos. Até as quantidades mais pequenas são letais.

    3.22-24 A vida no horta do Éden era como viver no céu. Tudo era perfeito, e se Adão e Eva tivessem obedecido a Deus, poderiam ter vivido ali por sempre. Mas depois de desobedecer, Adão e Eva já não mereciam viver no paraíso, assim Deus lhes disse que se fossem. Se tivessem contínuo vivendo no horta e comendo da árvore da vida, teriam vivido para sempre. Mas a vida eterna em um estado de pecado significaria tratar de esconder-se eternamente de Deus. Como Adão e Eva, todos nós pecamos e estamos separados de Deus. Entretanto, nós não temos que permanecer separados. Deus está preparando uma nova terra como paraíso eterno para todo seu povo (veja-se Apocalipse 22).

    3:24 Os querubins eram poderosos anjos do Senhor.

    3:24 Assim é como Adão e Eva romperam sua relação com Deus: (1) chegaram a estar convencidos de que seu caminho era melhor que o de Deus; (2) coibiram-se e se esconderam; (3) trataram de desculpar-se e defender-se. Para construir uma relação com Deus devemos reverter esses passos: (1) abandonar as desculpas e a autodefesa; (2) deixar de nos esconder de Deus; (3) nos convencer de que o caminho de Deus é melhor que o nosso.

    PLANO DO SATANAS

    Dúvida: Faz-nos questionar a Palavra de Deus e sua bondade

    Desalento: Faz-nos dirigir o olhar para nossos problemas e não para Deus

    Confusão: Faz que as coisas más nos pareçam atrativas para que as desejemos mais que as coisas boas

    Derrota: Faz-nos nos sentir fracassados

    Demora: Faz-nos pospor as coisas para que nunca as façamos


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24
    B. A QUEDA (3: 1-4: 26)

    1. A introdução do pecado (3: 1-6)

    1 Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. ? E ele disse à mulher, assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim 2 E a mulher disse à serpente, Do fruto das árvores do jardim podemos comer: 3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. 4 E a serpente disse à mulher, Ye Certamente não morrereis: 5 Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem eo mal. 6 E quando a mulher viu que a árvore era boa para se comer, e que era um agradável aos olhos, e que a árvore era desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu; e ela deu também a seu marido com ela, e ele comeu.

    Muitas interpretações diferentes foram feitas deste capítulo. Alguns estudiosos liberais dizem que é uma coleção de mitos, ou uma revisão deles, originalmente transmitida de geração a geração dos povos primitivos. Alguns comentaristas faria dela uma alegoria, algo como as parábolas de Jesus, em que uma narrativa ficcional é usado para retratar as verdades espirituais e eternas. Alguns gostaria de salientar que o aceitam como história literal, mas que, apesar disso, ver na serpente mais de uma serpente e no fruto mais do que mero fruto. A grande maioria dos comentadores antigos judeus, os pais da igreja, e os estudantes evangélicos da Palavra nos tempos modernos concordam com a interpretação de H. Orton Wiley dele "como um registro inspirado de fatos históricos, ligadas a um simbolismo profundo e rico." Esta interpretação é a que é assumida pelas Escrituras divinamente inspiradas (ver 31:33 ; Dn 6:7. ; 1Co 15:22. ; 2Co 11:3 ).

    A serpente é retratado como o instrumento da tentação. Ele é descrito como mais sutil do que todos os animais do campo , como tendo o poder da palavra, e não há uma possível implicação mais tarde que ele não estava rastejando em cima de sua barriga antes da queda, mas talvez ereto ou, pelo menos, andando sobre pernas (Gn 3:14 ). Nada é dito em Gênesis sobre algum ser celestial ou demoníacas aproximando Eve. Mas o Novo Testamento deixa claro que Satanás era o verdadeiro tentador (Jo 8:44 ; 2Co 11:3 ), o resto da explicação tradicional repousa sobre o fundamento tênue de uma passagem altamente simbólica (Ap 12:3 , Ap 12:7) e na leitura de um significado mais profundo em duas denúncias poéticas dos reis de Babilônia e Tiro (Is 14:12 ; Ez 28:12-17. ). Uma quase suspeita que a teoria deve tanto aos detalhes adicionados por João Milton em Paradise Lost , como o que a Bíblia realmente diz. Na principal, no entanto, a teoria parece ser o melhor que pode ser oferecido com base escassa disponível para interpretação. Ele está de acordo com o que sabemos sobre a natureza de Deus, a natureza do mal, e as atividades de Satanás.

    Palavras do tentador mostrar uma progressão de três etapas. (1) O seu primeiro discurso gravado parece expressar incredulidade: Será que Deus realmente proibiu de comer de uma das árvores? A injeção de a ideia de surpresa ou espanto e dúvida em um dos mandamentos de Deus na mente de Eva foi a tentativa de Satanás para estabelecer uma cabeça de praia a partir do qual ele pudesse completar sua obra de destruição. (2) Ele seguiu este com um desmentido do aviso divino, Ye Certamente não morrereis .Enquanto a resposta de Eva para a serpente deu pouca indicação de seu mordendo a isca, ele seguiu até sua primeira sugestão sutil, com um ataque ousado que a deixou poucas dúvidas quanto à sua opinião de Deus. (3) Em seguida, para a insídia da dúvida e o sacrilégio de tentar roubar a Deus de Sua veracidade, acrescentou a blasfêmia do que sugere que a ordem de Deus era devido a motivos ocultos e egoístas, Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, em seguida, seus olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem eo mal .

    Mesmo para Eva em seu estado de inocência, o verdadeiro caráter do tentador e efeito deve ter sido imediatamente claro. Ela e Adão tinha experimentado o suficiente da bondade de Deus para desmentir tudo Satanás disse. Sua resposta inicial ao tentador realizada promessa de bom. Ele perguntou a ela sobre o mandamento de uma forma negativa, disse Deus, não vos? Ela respondeu-lhe da mesma maneira em que Deus tinha dado a ordem, primeiro referindo positivamente ao seu livre acesso a todas as outras árvores, dando assim a proibição da sua perspectiva como qualquer outra coisa, mas dura ou cruel. O mandamento tinha sido, evidentemente, dado a Adão sozinho, uma vez que era antes da criação de Eva, e até mesmo a forma do verbo é singular (2: 16-17 ).Mas Eve sabia sobre ele e reconheceu como obrigatória para ela também, e ela fielmente respondeu a Satanás com quase as palavras exatas que o Senhor tinha usado.

    Erro de Eva não é aparente em sua resposta inicial, mas em seu continuar a ouvir o tentador e seguir suas palavras, a ponto de olhar para o fruto proibido à luz do que ele disse. Três razões são dadas para sua rendição final: a árvore era (1) boa para se comer , (2) um deleite para os olhos , e (3) desejado para fazer um sábio . Tem sido frequentemente salientado que esses três desejos, tudo natural e legítimo, desde que limitada à esfera para a qual Deus criou-os, agora passou para o que um escritor mais tarde chamado de "a concupiscência da carne, a concupiscência dos os olhos ea soberba da vida "( 1Jo 2:16 ). Ela tinha ouvido a Satanás por muito tempo, tanto tempo que seus desejos eram despertou e ela cedeu, para ela tomou do seu fruto, e comeu; e ela deu também a seu marido . Satanás obteve uma dupla vitória: Eve tinha rendido à sua tentação, e Eva, por sua vez tornou-se o instrumento de tentação para Adão.

    As Escrituras deixam bem claro que Eva era a pessoa que foi enganada por Satanás (1Tm 2:14 ). O partilhar real da fruta, no entanto, deve ter sido quase simultânea. Tal é indicado pela estreita ligação de comer e deu , as palavras com ela , eo fato de que a consciência de culpa foi vivido juntos (v. Gn 3:7 ). E seja qual for a escolha de Eva pode ter sido, foi a Adão que Deus havia dado diretamente o mandamento e foi na escolha de Adão que o destino de toda a humanidade descansou (Rm 5:12 ), e foi Adão, que deve aceitar a responsabilidade final para sua própria queda e que de toda a raça humana.

    Muitas tentativas foram feitas para explicar a árvore do conhecimento do bem e do mal e identificar os seus frutos. Por alguma razão inexplicável pontos tradição popular para a maçã. E muitos foram convencidos de que a árvore e seu fruto só poderia ser um símbolo de algum ato que envolveu a escolha moral de alguma forma envolvidos na relação sexual entre homem e mulher. Mas a Bíblia em nenhum lugar imagens de sexo dentro do relacionamento conjugal como intrinsecamente mau. Deus teve de fato criou o primeiro casal humano do sexo masculino e feminino e ordenou-lhes a se multiplicar e encher a terra (1: 27-28 ), e causou-los a unir juntos como uma só carne (Gn 2:24 ). Que esta árvore e seus frutos eram únicos, que só existia no Éden, e que suas propriedades místicas excedeu em importância as suas propriedades físicas parece muito clara, de fato. A árvore ficou como um lembrete constante da soberania de Deus e de Seu desejo de obediência amorosa do homem. Deus havia projetado homem para a comunhão com Ele, mas que a comunhão não poderia ser realizado na plenitude e riqueza Deus propôs, se o homem não chegou a entrar em-lo livremente e com amor, não pela necessidade de sua origem, mas por sua própria escolha. Isto requeria um teste de algum tipo, e esta fornecida a árvore. Era um dom da graça de Deus, destinados à melhoria do homem, mas virou por artimanhas de Satanás e rebelião do homem nos meios de destruição do homem.

    Algumas interessantes bits de provas que sustentam o relato bíblico da queda foram transformadas por arqueólogos. Na chamada epopéia de Gilgamesh, um antigo conto babilônico, o herói depois de uma missão longa e difícil obtém a planta da vida só para tê-lo roubado por uma serpente. E nas imediações de Nínive foram encontrados dois selos, que data de 3000 aC, e mais cedo, o que descreve um homem, uma mulher, e uma serpente, o outro uma árvore no centro, um homem à direita, uma mulher na deixou arrancar frutos, e uma posição ereta serpente atrás dela. No entanto, as nações pagãs pode ter torcido os detalhes, é evidente que grande parte da verdade sobre a origem do homem e do pecado permaneceu conhecimento generalizado nos tempos antigos.

    2. As conseqüências do pecado (3: 7-4: 26)

    1. As conseqüências espirituais (3: 7-8)

    7 E os olhos de ambos foram abertos, e eles sabiam que estavam nus; e eles costuraram folhas de figueira juntos, e fizeram para si aventais. 8 E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia: o homem e sua mulher esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim.

    Duas consequências internas da queda são imediatamente aparentes. Adão e Eva sentiu vergonha e medo . O primeiro foi aparente em sua consciência súbita de sua nudez e sua tentativa de cobrir-se com aventais de folhas de figueira . O segundo foi aparente em sua tentativa de cobrir-se ainda mais por esconder entre as árvores quando Deus veio para o Seu período diário de comunhão com eles. H. Orton Wiley resume essas consequências, em termos teológicos, quando ele diz: "Externamente, foi um afastamento de Deus e uma escravidão a Satanás; internamente, foi a perda da graça divina pela qual o homem tornou-se sujeito à corrupção física e moral. "A vergonha que sentia era devido à sua perda de graça, o medo ao seu afastamento de Deus.

    A serpente tinha prometido a Eva que o fruto da árvore iria abrir os olhos e torná-los como Deus, conhecendo o bem eo mal. A promessa foi cumprida na medida em que seus olhos se abriram, mas o novo conhecimento não era aquele que exaltou mas o que humilhado. Eles sempre soubera que havia uma diferença entre certo e errado, mas a distinção tinha sido limitada ao uso ou não uso da árvore. Agora eles tinham ido além distinguir entre certo e errado para saber o mal experimentalmente. E tudo o que esse conhecimento adicional foi o peso da culpa. Sua vergonha não tinha nada a ver com sexo. Em vez disso, a nudez que causou sua invenção frenético de roupa era sua súbita consciência de que eles haviam perdido a glória divina que tinha envolto-los previamente.A imagem de Deus no sentido de, uma personalidade racional consciente foi mantido, mas a glória da santidade divina, à semelhança moral completa a Deus, tinha ido embora. Adão e Eva ficavam expostos ao mundo ao seu redor de plantas, mundo animal, espiritual mundialmente como nunca tinha sido antes. E quando o som da voz de Jeová chamando-os para o que tinha sido a sua visita diária e amado ecoou por entre as árvores, eles descobriram que eles tinham não só perdeu sua posição elevada no mundo criado, mas eles tinham perdido o seu direito de íntima comunhão com o Deus que os haviam concebido para o efeito. Ao chegar para o que eles sentiam que era um nível mais elevado de vida que tinham perdido a maior e caiu para o menor.

    b. As consequências físicas (3: 9-21)

    9 E o Senhor Deus chamou ao homem, e disse-lhe: Onde estás? 10 E ele disse: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me. 11 E ele disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? 12 E o homem disse: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e eu comi. 13 E o Senhor Deus disse: à mulher: Que é isto que fizeste? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. 14 E o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita és acima de todos os animais domésticos, e dentre todos os animais do campo; sobre o teu ventre tu ir, e pó comerás todos os dias da tua vida: 15 e porei inimizade entre ti ea mulher, entre a tua descendência ea sua descendência: ele te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. 16 E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, ea tua conceição; em dor darás à luz filhos; eo teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. 17 E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: não deves comer dela, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela todos os dias da tua vida; 18 espinhos e abrolhos ele deve trazer diante de ti; e tu comerás a erva do campo, 19 com o suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra; porque dela foste tomado; porque tu és pó, e em pó te voltar. 20 E o homem chamou o nome de sua mulher Eva; porque ela era a mãe de todos os viventes. 21 E o Senhor Deus fez para Adão e sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.

    Os versículos 9:13 delinear a série de perguntas, através da qual Deus procura a verdade sobre a queda. Adão se recusou a enfrentar a sua responsabilidade pessoal e culpou seu pecado sobre a mulher que me deste por companheira me , implicando, assim, que o próprio Deus foi parcialmente a culpa. Eve se recusou a enfrentar sua responsabilidade pessoal e apontou o dedo acusador para a serpente. Assim, temos o primeiro registro do dispositivo familiar conhecido como projectionism psicológico. Ambos, no entanto, foram forçados a admitir, eu comi . Qualquer que seja o papel desempenhado por outros, o fato do pecado não poderia ser evitado.

    Nenhuma menção é feita da tentativa da serpente para evitar a responsabilidade. Em qualquer caso, Deus começou Seu pronunciamento do juízo com a serpente. O julgamento sobre a serpente, a mulher, o homem, e até mesmo a própria Terra é composta principalmente de mudanças não-físicos ou externos, necessariamente, a introdução de novos fatores, mas a modificação ou exagero das já existentes. A serpente era a rastejar no pó e ao ser confrontado com inimizade contínua por parte do homem. É duvidoso dos princípios manifestados em outros julgamentos que esta foi uma mudança total de estrutura corporal e estilo de vida para a serpente, mas sim uma intensificação da sua postura geralmente abjeta e da tentativa do homem de controlar ou matá-lo. A mulher tinha sido nomeado ajudante do homem e portador de crianças, mas ela foi rebaixado na medida em que seu marido era o seu mestre, e ao maior cumprimento de seu destino estava envolvido na dor e risco. O homem sempre foi esperado para o trabalho, mas agora o seu trabalho deveria ser intensificado. Ele não era mais para ser rápida e facilmente o mestre do seu mundo, mas estava a ser forçado a trabalhar duro para obter as necessidades da vida, lutando contra os espinhos e cardos a terra iria produzir, enfrentando apenas a perspectiva de voltar para a terra de que ele originalmente tinha sido tomada.

    Mas, no momento do julgamento, a soberania ea graça de Deus foram claramente revelada. Deus realmente havia projetado homem para a comunhão com Ele e até mesmo a transgressão eo pecado não estavam indo para frustrar o grande projeto. Deus amou o homem desde o início e de Seu amor não abandonou Adão agora. Mesmo quando se fala à serpente, Deus declarou: Porei inimizade entre ti ea mulher, entre a tua descendência ea sua descendência: ele te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar .Embora a referência à mulher semente hematomas da serpente cabeça refere-se, em parte, para a inimizade do homem para a serpente, ele também deve significar que Deus providenciou para o triunfo final do homem sobre o tentador. Quando este versículo é visto à luz do evangelho cristão, é impossível não ver uma referência velada a Cristo, o Deus-homem, que era de fato a semente da mulher, e por cuja morte e ressurreição e intercessão homem é redimido e Satanás derrotado. Essa impressão é agravada quando se observa que semente é singular e o pronome pessoal referindo-se é ele . E um certamente não vê conflito entre a previsão de que esta vitória vem através da semente da mulher (em vez de a semente do homem e da mulher) e o fato de que Cristo foi concebido da virgem Maria, sem a anuência de um homem.

    A graça de Deus foi ainda revelada quando Ele substituiu as fig-leaf inadequados aventais Adão e Eva tinham feito para se com casacos de pele. É possível que Deus instituiu, assim, o sacrifício de sangue como a única esperança do homem de acesso a Deus. É certo que o sangue foi derramado neste ato gracioso para atender a necessidade do homem. E a lição é claramente revelado que as tentativas do homem para cobrir sua vergonha nunca são suficientes. A única cobertura para vergonha e culpa, a única esperança de perdão e restauração deve vir através de Deus e o remédio que ele inventa e fornece. Assim, na hora mais escura do homem, quando o pecado tinha prejudicado a imagem divina nele, quando o julgamento tinha sido pronunciada contra ele, quando todo o seu mundo estava mudando, mesmo assim, a graça ea misericórdia de Deus foram revelados como na promessa velada e ato simbólico Ele predisse o vinda do Salvador e Sua obra redentora.

    c. As Conseqüências Dispensational (3: 22-24)

    22 E o Senhor Deus disse: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecendo o bem eo mal; e agora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva em constante 23 , portanto, o Senhor Deus o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de onde ele foi levado. 24 Então ele expulsou o homem; e ele colocou no leste do jardim do Éden os querubins, e uma espada flamejante que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.

    O ato final de Deus em julgamento sobre Adão envolveu uma conferência divina, aparentemente dentro da Trindade, do mesmo tipo que o que resultou em sua criação: Eis que o homem se tornou como um de nós (conforme Gn 1:26 ). Deus enfrentou a possibilidade de que agora desde que o homem pecou, ​​se o homem manteve constante acesso à árvore da vida, ele poderia perpetuar o seu Estado independente, rebelde e pecaminosa sempre. Então Deus empurrou Adão e Eva do jardim, cumprindo, assim, o aviso de que se eles comeram do fruto da árvore que iam morrer. Por enquanto eles foram cortadas a partir da fonte da vida e da mortalidade inerente em seus corpos de poeira começou a se afirmar. Assim, os meios de distribuição de vida de Deus ao homem foi alterado em consequência da queda. Antes que ele tinha acesso livre e pronto para a fonte da vida. Agora ele só poderia ser obtida se Deus providenciou alguns novos meios-que Ele havia de fato prometeu fazer, mas que seria tão cercada de condições que para cumprir o propósito original de Deus de amor, companheirismo dispostos.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24
    Gênesis 3 Tentação (3:1-6)

    O tentador

    Deus não é o autor do pecado nem tenta as pessoas para que pequem; esse é o trabalho do demônio (Jc 1:13). Já vimos que Satanás caiu em pecado antes da obra de Gêne-Sf 1:0); em Gênesis 4, ele é o mentiroso homicida (Jo 8:44). Temos de ter cuidado para evitar os caminhos enganosos dele.

    1. O alvo

    Satanás mira a mente de Eva (2Co 11:1-47; 1Tm 2:9-54) e consegue enganá-la. A mente do homem é uma parte de seu ser que foi cria-da à imagem de Deus (Cl 3:9-51).

    Assim, Satanás ataca Deus quando ataca a mente humana. Satanás usa mentiras. Ele é mentiroso, o pai da mentira Jo 8:44).

    1. A tática

    Satanás não pode vencer se a mente se apega à verdade de Deus; mas, se a mente duvida da Palavra de Deus, ela abre espaço para que as men-tiras do demônio se instalem. Sata-nás questiona a Palavra de Deus (v. 1), nega a Palavra de Deus (v. 4) e, depois, a substitui por suas próprias mentiras (v. 5). Observe que Satanás tenta minar nossa fé na bondade de Deus — ele sugere a Eva que Deus resistia a eles ao mantê-los afastados da árvore do conhecimento do bem e do mal. Quando questionamos a bondade de Deus e duvidamos de seu amor, favorecemos diretamente Satanás. Este faz com que a tenta-ção soe maravilhosa ao dizer: "Se-reis como Deus" (ARC). O próprio Satanás quis ser "semelhante ao Al-tíssimo" (Is 14:14), e, séculos mais tarde, ele ofereceu a Cristo "todos os reinos do mundo", se Cristo o adorasse (Mt 4:8).

    1. A tragédia

    Eva não devia ter dado "lugar ao diabo" (Ef 4:27); ela devia ter se apegado à Palavra de Deus e resis-tido ao diabo. Nós nos pergunta-mos onde estava Adão durante essa conversa. De qualquer forma, Eva

    afastou-se da Palavra de Deus ao negligenciá-la livremente (v. 2); ela acrescentou "nem tocareis" à Pa-lavra (v. 3); e ela mudou a Palavra de Deus de "certamente morrerás" para "para que não morrais" (v. 3). No versículo 6, vemos a trágica ação da cobiça da carne ("boa para se comer"), dos olhos ("agradável aos olhos") e da vaidade ("desejá-vel para dar entendimento") — veja 1Jo 2:15. É difícil pecar sozi-nho. Há algo em nós que nos faz querer compartilhar o pecado com os outros. Adão pecou deliberada- mente e mergulhou o mundo em julgamento (1Tm 2:14).

    1. Condenação (3:7-19)
    2. Interna (vv. 7-13)

    De imediato, veio a perda da ino-cência e da glória e o sentimento de culpa. Eles tentaram cobrir a nudez com vestimentas feitas por eles mesmos, as quais Deus não aceitou (v. 21). Além disso, vemos a perda do desejo de ter amizade com Deus EÍes se escondem quan-do ouvem Deus se aproximando! A culpa, o temor e a vergonha que-bram a amizade que usufruíam com Deus antes da desobediência. Observe que também cresce uma atitude de autodefesa: o homem culpa a mulher, a mulher culpa a serpente. Vemos aqui o trágico efeito interior do pecado.

    1. Externa (vv. 14-19)

    É provável que a serpente que Sa-tanás usou não seja a criatura ras-tejante que conhecemos hoje. O nome sugere brilho e glória, mas a criatura foi julgada e condenada a uma vida vil na poeira, porque se rendeu a Satanás e tomou parte na tentação. O julgamento da mulher envolveu concepções múltiplas e dor no parto. Ela teve que se sujei-tar a seu marido. Observe que Pau-lo sugere que as mulheres cristãs que casam com homens não-salvos correm perigo especial ao dar à luz crianças (1Tm 2:8-54). O julgamen-to do homem envolveu seu traba-lho: o deserto substituiu o paraíso, e o suor e a exaustão do trabalho pesado no campo substituíram a alegria de ministrar no jardim. Deus não puniu o trabalho, pois o traba-lho não é pecaminoso (2:15). São o suor, a exaustão e os obstáculos da natureza que nos lembram a queda do homem. Toda a criação foi amal-diçoada e está em servidão por cau-sa do pecado (Rm 8:15-45).

    1. Eterna (v. 15)

    Esse foi o primeiro evangelho decla-rado na Bíblia: a boa-nova de que, no fim, a semente da mulher (Cristo) vencería Satanás e sua semente (Gl 4:4-48). O curso divide-se desse pon-to em diante: Satanás e sua família (semente) opõem-se a Deus e sua família. Deus mesmo põe a inimiza-de (hostilidade) entre eles, e a guer-ra chega a seu ápice quando Deus expulsa Satanás para o inferno (Ap 20:10). Reveja a parábola do joio, em Mt 13:0 informa-nos que Caim "era do Maligno" — um filho do demônio. O Antigo Testamento é o relato das duas sementes em con-flito; o Novo Testamento é o registro do nascimento de Cristo e de sua vitória sobre Satanás por intermédio da cruz.

    1. Salvação (3:20-24)

    O único evangelho que Adão conhe-cia era o que Deus disse em 3:15, contudo ele acreditou e foi salvo. Como sabemos que ele acreditou no que Deus disse? Porque deu o nome de Eva, que significa "vida", ou "doadora de vida", a sua mulher. Deus disse que Adão e Eva morre-ríam, e Adão morreu fisicamente de-pois de 930 anos. Contudo, ele tam-bém morreu espiritualmente, pois ficou separado de Deus por causa do pecado. Deus prometeu que o Salvador nascería por intermédio da mulher, e Adão acreditou nessa pro-messa e se salvou. Deus não mudou as conseqüências físicas do pecado, mas ele cancelou a conseqüência espiritual — o inferno.

    No versículo 21, a vestimenta de peles retrata a salvação que temos em Cristo. É o derramar de sangue, a oferenda de uma vida inocente por causa da culpa. Adão e Eva tentaram cobrir o pecado e a vergonha com folhas (3:7), mas Deus não aceitou essas boas obras. Ele também não aceita essas obras hoje!

    A Bíblia, com freqüência, usa as vestimentas para retratar a salva-ção (veja Is 61:10 e Zc 3:0). À vista de Deus, as vestimentas de auto-retidão e as boas obras são trapos imundos (Is 64:6). Note que Deus quer que Adão e Eva se cubram, ele apro-va esse sentimento de vergonha. A pessoa abolir isso e voltar à nudez é sempre um sinal de degeneração. O padrão de Deus é sempre a vesti-menta modesta (1Tm 2:9).

    Os versículos 22:24 mostram uma ação singular da graça de Deus: ele expulsou o homem e a mulher do jardim! Eles perderam o direito à árvore da vida ao desobedecer a Deus. Eles, se tivessem comido des-sa árvore, viveríam para sempre em seu estado pecaminoso. Isso signi-ficaria que o Salvador, o segundo Adão, não poderia vir para morrer a fim de salvar a humanidade do pecado. Por isso, Deus, ao expulsar Adão e Eva do paraíso, mostrou sua graça e misericórdia em relação a toda a raça humana. A espada que Deus pôs no jardim barrava a pas-sagem. Pode-se traduzir essa "espada flamejante" (NVI) por "fogo de Deus", uma referência à sua santi-dade (He 12:29).

    O contraste entre o primeiro Adão e o último Adão, Cristo, é ex-plicado em Rm 5:0).

    Observe que em Romanos 5 temos muito mais afirmações (9, 15,17,20) indicando que a morte de Cristo não nos trouxe apenas de volta à posição em que Adão esta-va, mas ela também nos deu muito mais que Adão já teve. Somos reis e sacerdotes para Deus e reinare-mos com Cristo para sempre!


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24
    • N. Hom. 3.1 Nem Deus nem o homem é autor do pecado, pois este é algo que vem de fora, mediante a serpente (Satanás, conforme 2Co 11:14; Ap 12:9 ; Ap 20:2). Observe-se que a tentação está associada à dúvida relativa à Palavra de Deus, "Deus disse". São estes os estágios da tentação:
    1) A curiosidade e a desconfiança despertadas em Eva (v. 1),
    2) Insinuação de tríplice dúvida com referência a Deus: sua bondade no tocante à restrição; sua retidão relativamente à afirmação de que morreriam (v. 4); e, por fim, sua santidade quando Satanás assevera que, ao contrário de morrerem, "como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal" (v. 5) - esta tríplice dúvida conduz à
    3) Incredulidade, que por seu turno se desfecha na
    4) Desobediência (v. 6).

    3.10 A consciência despertada com relação ao pecado e, em conseqüência, a vergonha, leva ao temor e à tentativa de esconder-se, mostrando claramente a natureza decaída da humanidade, desde então, até a presente.
    3.12,13 Sintomático do estado impenitente reinante nos corações de Adão e Eva é a maneira como procuram lançar a culpa um sobre o outro.

    3.15 Aqui está que se denomina de Proto-evangelho, isto é, a primeira referência feita ao necessário Redentor, capaz de efetuar a purificação pelo pecado, bem como pagar a horrenda pena que este acarreta. Observe-se que o termo "descendente" encontra-se no singular, portanto, uma referência clara feita a certa pessoa (Cristo) descendente de Eva, e não a toda a raça humana (conforme Gl 3:16).

    3.20 Eva quer dizer vida. A linguagem primitiva não era a hebraica mas, à medida que os pensamentos se transmitem de uma para outra língua, os nomes vão se ajustando para manterem a significação original.

    3.21 A tentativa feita pelo homem de cobrir-se com folhas (7), era tão inadequada como o desejo de desculpar-se pelo pecado. A provisão de Deus, fazendo-lhes vestimentas de peles é o primeiro vestígio da exigência divina de uma vítima sacrificial que ofereça uma cobertura (propiciação: heb caphar) capaz de promover a reconciliação.

    3.22 Foi devido à misericórdia de Deus que não se permitiu ao homem comer da "árvore da vida", de modo a perpetuar e agravar ainda mais a sua condição pecaminosa.

    3.23 A separação é o resultado inevitável do pecado (conforme Is 59:2). O pecado e o paraíso (significando o lugar onde Deus pode ser encontrado para com Ele manter-se Comunhão) são realidades incompatíveis.

    3.24 Querubins, uma categoria de anjos; têm a tarefa de zelar pela santidade de Deus. Por isso Deus mandou que, no Santo dos Santos, Moisés colocasse dois querubins de ouro, simbolizando o local da presença sagrada e gloriosa de Deus no tabernáculo (Êx 37:7-10).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24

    2) a) A queda do homem (3:1-24)

    v. 1. a serpente: cobra (BLH) seria uma tradução melhor, pois trata-se da palavra hebraica normal nãhãs. Embora o elo com Satanás esteja implícito no v. 15 e explícito no NT, não é explicado aqui. Ela é apresentada como o mais esperto e inteligente (Leupold) entre os animais selvagens — não há conotação negativa na palavra. A tentação é retratada como que vindo não de um ser superior, mas de um ser inferior, sobre o qual a mulher deveria ter exercido domínio. Como a mulher ouviu o réptil, não é explicado no texto.

    Deve ter sido algo inerentemente natural, senão o choque a teria levado a se precaver. Parece claro que a voz foi a expressão dos seus pensamentos e desejos mais profundos. O castigo da cobra (v. 14) não deve ser entendido como se em alguma época ela tenha tido pernas. Antes, o que antigamente tinha parecido normal e belo seria agora um lembrete perpétuo do que ela havia feito.
    Será que Deus realmente é bom? (v. 1-5). As primeiras palavras da cobra podem ser traduzidas assim: “Deus certamente não disse a vocês que não poderiam comer de nenhuma árvore do jardim, certo?”. Ela falou como se tivesse ouvido um boato terrível. A resposta da mulher foi impecável, mas o seu tom de voz deve ter traído a sua disposição de duvidar da bondade perfeita de Deus. O fato de ela mencionar o tocar nas árvores deve provavelmente ser colocado sob a responsabilidade do homem, pois ele pensou que havia uma cilada no presente de Deus; assim, era melhor que ele fosse cuidadoso. Com a dúvida, veio a negação: não morrerão; Deus quer evitar que vocês se tornem como ele mesmo. A tradução “como deuses” (BJ, VA, NEB) é possível, mas não tão adequada como “como Deus”. A tentação era optar pela independência. A atratividade da árvore (v. 6) provavelmente era só subjetiva. Deus não fizera a tentação mais difícil de ser vencida. O mau desejo sempre irradia uma atratividade falsa sobre o que não é certo.

    Nudez (v. 6,7). Não é sugerida motivação alguma para a mulher dar o fruto a seu marido nem para a aceitação dele. A afirmação categórica de Paulo em lTm 2.14 de que Adão não foi enganado coloca a culpa maior sobre ele e implica que ele agiu de olhos abertos. Podemos deduzir disso que ele já havia tido a intenção de comer o fruto, ou que ele tinha a intenção de compartilhar do destino da sua esposa em vez de confiar em Deus, mas, se foi esse o caso, ele logo se esqueceu disso (v. 12). Aqui o sentimento de nudez (v. 7) assume um significado simbólico ainda mais profundo. Os dois buscavam a independência, mas só se pode desfrutar dela completamente quando há subordinação a um centro comum de autoridade, que no final das contas é Deus. Ao se “libertarem” de Deus, entraram em conflito um com o outro. Quanto mais próximo o relacionamento, tanto mais prejudicial é o pecado.

    Os resultados do pecado (v. 8-24). O medo da nudez na presença de Deus (v. 9) dificilmente era uma questão física; eles sabiam que o que haviam feito não podia ser escondido dele. O maior problema gerado por essa história à medida que ela se desenrola é por que não há sugestão de perdão por parte de Deus, “Deus compassivo e misericordioso, paciente, cheio de amor e de fidelidade [...] e perdoa a maldade, a rebelião e o pecado” (Ex 34:7). Por que não houve uma segunda oportunidade? A resposta certamente está nas respostas do homem e da mulher; não há o menor sinal de que eles quisessem voltar à completa dependência do seu Criador. Vemos isso nos castigos que atingem o orgulho dos que estavam envolvidos no problema. A oferta de Satanás sempre é glória e poder (Mt 4:8,Mt 4:9) para os que o seguem, mas o resultado no final é sempre vergonha, como é simbolizado pela forma de se locomover e o alimento da cobra. Não há sugestão alguma de que o corpo da cobra foi modificado, e sim que assumiu um novo significado (conforme o arco-íris 9:11-15).

    O proto-evangelho (v. 15). A anunciação germinal do evangelho. Conta-se por antecipação aqui a história do longo conflito entre os filhos de Deus e os filhos do maligno, que é um dos temas principais do AT. Até o Nascimento Virginal, não se conseguiu entender todas as implicações dessa promessa (conforme Is
    7.14). A tradução infeliz da Vulgata, “ela ferirá a tua cabeça”, contribuiu muito para uma valorização exagerada da Virgem Maria. Precisamos observar aqui que, em contraste com a representação medieval errônea da mulher, atribuindo a culpa principal da Queda a ela (isso já aparece em Eclesiástico 25,24) — uma atitude que infelizmente foi perpetuada em certa medida nas igrejas da Reforma — a promessa de Deus vê a mulher exercendo um papel fundamental no conflito que estava por vir. A glória principal do homem é a sua habilidade de exercer domínio, assim ele é humilhado pela rebeldia do solo. Apesar dos avanços da ciência, o homem nunca foi capaz de controlar a natureza, suas secas e pestes. A glória da mulher é que a vida nova precisa vir por intermédio dela. Isso não está ligado, a partir daí, somente com sofrimento, mas também com um desejo profundo e irresistível (a mesma palavra ocorre em 4.6) “para o seu marido” (v. 16), algo que está por trás de tantos casamentos destruídos. Além disso, ela fica sabendo que o seu marido vai tirar vantagem disso e dominá-la. Isso não é uma ordem, como é traduzido em algumas versões; a NVI está certa ao traduzir “e ele a dominará”.

    Está amplamente difundida na tradição cristã a idéia de que o v. 21 se refere à instituição divina do sacrifício animal (conforme comentário Dt 4:3). Se este é o caso, então é difícil explicar por que algo tão fundamental não é ensinado de forma mais explícita.

    Adão e Eva são expulsos do paraíso (v. 22-24). A expulsão de Adão e Eva do paraíso é retratada como um ato de graça. A vida interminável, que em todas as épocas da história humana tem sido o sonho de tantos, seria um peso intolerável, se não tivesse um alvo alcançável, pois isso depende da comunhão viva entre o ser humano e seu Deus (conforme Ec 1:0, argumentamos que a função das árvores era “sacramental”, caso em que comer ocasionalmente, em contraste com o comer intencional, não teria maiores consequências. A árvore da vida nunca é explicada, nem aqui nem em Ap 22:2. Observe que em contraste com a árvore do conhecimento do bem e do mal, não havia proibição para comer dela.

    Os querubins (v. 24). No tabernáculo, eles eram o trono de Deus (Ex 37.7ss). Além disso, estavam bordados no véu que separava o Santo dos Santos (Ex 36:35), simbolizando a sua função de guardiões do trono de Deus, e é nessa função que eles aparecem em Ez 1.5ss; lO.lss; e Ap 4.6ss. A melhor forma de compreendê-los é considerá-los representantes da criação. Eles são os guardiões da árvore da vida, pois sabem que sem a morte do Senhor da Vida não haveria salvação para o mundo (Rm 8:18-45). Observe que a espada flamejante (v. 24), não mencionada em outra passagem, não era empunhada pelos querubins.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24

    Gênesis 3

    B. A Tentação e a Queda. Gn 3:1-24.

    O autor do Gênesis faz aqui uma lista dos passos que levaram à entrada do pecado nos corações daqueles indivíduos divinamente criados, que começaram suas vidas com corações tão puros e tantas promessas. A desobediência e o pecado obscureceram o quadro. Embora estes seres fossem moralmente honestos, receberam o poder da escolha; e estavam sujeitos ao poder do tentador a qualquer momento. Por isso o teste foi inevitável. O jardim era uma criação primorosa, cheia de provisões abundantes. O meio ambiente do homem nada deixava a desejar. Uma proibição, contudo, fora feita ao homem e à mulher. Todas as árvores, arbustos e guloseimas seriam deles, com exceção do fruto da "árvore do conhecimento do bem e do mal". Esta proibição parece que formou a atmosfera na qual as mentes humanas acolheram o apelo do tentador.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24
    c) A entrada do pecado no mundo (Gn 3:1-4.26)

    1. TENTAÇÃO E QUEDA DO HOMEM (Gn 3:1-7). Em porção alguma a Bíblia provê um relato filosófico ou especulativo sobre a raiz, a origem, do mal. Na qualidade de livro da redenção, a Bíblia descreve o modo pelo qual o pecado entrou na esfera da experiência humana. Trata-se de um relato histórico sobre a queda do homem. Alguns expositores invocam o conceito de mito ao explicarem essa passagem: mas mito, mesmo em seu sentido técnico e legítimo, não é requerido na narração de acontecimentos históricos. A idéia do fruto proibido é familiar nas histórias antigas, mas essas histórias podem ser consideradas como memórias sobre o modo como ocorreu a queda do homem. O ponto teológico importante, neste registro, é que ele ensina que a tentação veio do exterior e que o pecado foi um intruso na vida do homem. Portanto, o pecado não pode ser considerado como latentemente bom: pelo contrário estragou um mundo que foi criado como "bom" (Gn 1:31).

    A serpente (1). Em parte alguma do relato do livro de Gênesis o tentador é chamado de diabo ou Satanás. É impossível, entretanto, não ver mais do que a serpente aqui, pois o evento envolve muito mais do que poderia ser praticado por uma criatura irracional sozinha. A identificação com o diabo é feita em Jo 8:44; 2Co 11:3, 2Co 11:14; Ap 12:9; Ap 20:2. O maligno empregou o caráter excepcional da serpente para alcançar seu propósito destruidor. Astuta (1). Cfr. "prudentes como as serpentes" (Mt 10:16). Essa sagacidade já devia ter sido observada pela mulher, pois não demonstrou sinais de alarma quando a serpente realmente falou com ela. Disse (1). Cfr. Nu 22:28. O fato do jumento ter falado a Balaão foi um milagre divino; o fato da serpente ter falado à mulher foi um milagre diabólico. Deus disse...? (1). Uma dúvida e uma insinuação. Sereis como Deus (5). No original hebraico, a palavra para "Deus" é ’ el que, na qualidade de substantivo comum, tem forma análoga em todas as línguas semíticas. O plural, ’ elohim, portanto, pode significar "deuses", como em Gn 31:30, ou "Deus" (Gn 1:1).

    A mentira incluía certo elemento de verdade, o que a tornava ainda mais enganosa (ver versículo 22). É verdade que o participar da fruta proibida levaria à fixidez moral, no qual estado, naturalmente, Deus existe; porém, a semelhança com Deus, nesse caso, era de espécie contrária àquela que Deus tencionava para o homem. Da posição de contrapeso moral, embora esta palavra seja um tanto insuficiente, visto que o homem foi criado em retidão e com tendências inclinadas para Deus, o homem, supostamente, avançaria para uma posição avançada de perfeição moral e seria confirmado em seu caráter, num caráter santo. Quanto a esse respeito, a intenção divina é que o homem fosse como Deus. Mediante o pecado, porém, o homem atingiu uma diferente espécie de fixidez moral: foi confirmado em caráter, mas esse caráter era mau em sua qualidade.

    >Gn 3:6

    VENDO A MULHER QUE AQUELA ÁRVORE ERA BOA PARA SE COMER (6). O tentador desviara então a mente da mulher do propósito de Deus envolvido na proibição. A palavra divina ensinara que a proibição visava a proteger o homem do mal; o pensamento de dúvida, na mente da mulher, era agora que o fruto proibido não era danoso, afinal de contas. A psicologia da queda da mulher é significativamente demonstrada em 1Jo 2:16. Foram abertos os olhos de ambos (7). Até aquele instante não passavam de crianças, mas agora o estado adulto lhes sobreviera num momento.

    >Gn 3:8

    2. DEUS INTERROGA OS PRATICANTES DO MAL (Gn 3:8-13). Deus, que passeava no jardim (8). A descrição, neste ponto, não deve ser considerada como inteiramente antropomórfica. Havia algum modo sem igual de intercurso entre Deus e o homem, que o jardim do Éden pressupõe e que a subseqüente encarnação de nosso Senhor até certo ponto confirma. Onde estás? (9). "Deus o busca, não porque ele esteja separado de Seu conhecimento, mas de Sua comunhão" (Delitzsch).

    >Gn 3:14

    3. O JULGAMENTO DIVINO CONTRA O PECADO (Gn 3:14-24). O castigo é primariamente, retributivo: somente em certo sentido secundário é correto falar do castigo como algo corretivo ou restringente. O castigo é uma retidão vindicativa, e não uma paixão vindicativa, e é a reação da santidade de Deus contra toda violação a esta. O pecado e o castigo não estão arbitrariamente ligados mas estão entrelaçados pelas leis espirituais segundo as quais o homem foi divinamente constituído. O castigo, todavia, não é simplesmente o processo natural que é posto em movimento por uma ação pecaminosa; em outras palavras, é mais que uma penalidade natural, como o dano que um homem recebe se colocar sua mão no fogo. O sofrimento por causa do pecado é uma penalidade judicial, uma penalidade infligida pelo julgamento divino, e pertence ao terreno moral.

    À serpente (14). Faz parte da ordem divina que, embora um animal não seja moralmente responsável por suas ações, este deve sofrer por qualquer dano que venha a fazer ao homem. Ver Gn 9:5; Êx 21:28. Tudo foi criado para contribuir para a perfeição moral do homem, e sempre que a criação animal ou inanimada deixa de atingir essa finalidade, fica sujeita ao julgamento de Deus. Note-se a maldição contra a "terra", no versículo 17, e ver Rm 8:21-45. Sobre o teu ventre andarás (14). A degradação da forma da serpente fez parte da maldição que lhe foi imposta. Inimizade (15). Isso explica, no terreno natural, a profunda hostilidade que parece haver entre as serpentes e o homem, mas certamente se liga ao conflito que também pertence ao terreno espiritual.

    >Gn 3:15

    Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar (15). Há uma sugestividade natural na figura aqui empregada. A serpente mata ferindo o calcanhar do homem, mas o homem destrói a serpente esmagando-lhe a cabeça. Mas, a sentença divina ultrapassa o animal e atinge o próprio diabo. Essas palavras proclamam que a vitória estará do lado do homem: visto que foi o homem que foi vencido, assim será o homem que efetuará o triunfo. Essas palavras contêm, em primeiro lugar, um sentido coletivo; é a raça humana que esmaga o maligno. Mas também contêm uma significação individual. Note-se a transição da "semente" da serpente para a própria "serpente", e igualmente o fato que a "semente" da mulher está no singular. Somente em Cristo, "a semente da mulher" é que essa vitória poderia ser realizada (ver 1Jo 3:8), e daí haverá de tornar-se uma realidade para a humanidade que está n’Ele (Rm 16:20; 1Co 15:57). É digno de nota o fato que a promessa foi precisamente verdadeira em relação ao seu cumprimento. A palavra é proferida especificamente a respeito da mulher, e quando o Redentor veio, Ele foi "nascido de mulher" (Gl 4:4) de forma exclusivamente miraculosa. Não é correto inferir o nascimento virginal do Proto-evangelho, mas certamente é perfeitamente legítimo olhar, do ponto de vista do nascimento virginal e verificar quão maravilhosamente próximas foram as palavras da promessa do modo de sua realização. Não deve passar despercebido o fato que o Proto-evangelho, como são chamadas essas palavras, não foi dirigido aos pecadores, mas ao tentador. A obra de Cristo, em sua base, é a vindicação e a vitória de Deus sobre o maligno.

    >Gn 3:16

    À mulher (16). O castigo particular da mulher é duplo. Primeiramente, sua vida sexual já não seria uma alegria para ela, porém, um motivo de sofrimento; e, em segundo lugar, ela foi posta em sujeição a seu marido. A verdadeira subordinação que se deriva do fato da mulher ter-se originado do homem, tornou-se em sujeição. Uma das bênçãos do Evangelho às mulheres dos países ocidentais é a mitigação dessa sujeição.

    >Gn 3:17

    A Adão (17). No julgamento imposto a Adão foi chamada atenção particular ao caráter de seu pecado como uma transgressão contra o mandamento de Deus. Ver 1Jo 3:4. Se foi o incidente do pecado que foi tratado no caso da mulher, foi o princípio do pecado que foi posto em consideração no caso de Adão, na qualidade de cabeça da raça. O julgamento foi: "Porquanto...comeste da árvore de que te ordenei dizendo: "Não comerás dela". Maldita é a terra (17). Trata-se de um relato sobre o pecado de Adão. Não é possível, por conseguinte, julgar pelo presente estado da terra como seriam as coisas quando saíram da mão do criador. Com dor (17). No hebraico é a mesma palavra do versículo 16. Com o fim do pecado chegará ao fim a dor. Ver Ap 21:4. És pó, e em pó te tornarás (19). Por ocasião de sua criação, o homem foi feito glorioso, com semelhança moral com Deus. Quando o pecado entrou em sua vida a glória o deixou, e o homem passou a ser considerado em termos dos aspectos materiais de sua constituição. Isso não significa, naturalmente, que o homem deixou de ser um espírito vivo, ou que ele tenha perdido qualquer "parte" de sua natureza, e, sim, que agora ele passaria a viver de conformidade com o que é material e terreno, e não de conformidade com o que deveria ter sido seu alto destino. Eva (20). Esse nome significa "viva" ou "vida". Assim como Adão foi rebaixado sob a sentença de morte, a presença da mulher, que era sua esposa, era o penhor da vida. Através da mulher é que a semente conquistadora haveria de vir e que a vida seria restaurada. Túnicas de peles (21). É possível que, oculta por detrás deste versículo, esteja alguma indicação sobre a origem divina do sacrifício. Ou mediante algum mandamento direto, ainda que não registrado, ou talvez mediante uma convicção divinamente inspirada dentro dele, é possível que Adão tenha sido impelido a oferecer a vida de um animal em sacríficio, de cuja pele ele e sua mulher foram orientados para usar como cobertura de sua vergonha. É impossível, contudo, dogmatizar a maneira pela qual o Senhor "fez" as túnicas de peles, ou ser dogmático sobre se esta passagem provê ou não um relato sobre a origem do princípio de holocausto.

    >Gn 3:22

    É como um de nós (22). Isso significa que o homem tinha adquirido um estado de determinação moral. Para que não estenda... (22). A sentença foi retoricamente deixada por terminar. E tome também da árvore da vida (22). Existe quem pense que a árvore era alguma espécie de meio sacramental para transferir o homem a um estágio mais elevado de vida física, sem passar pela morte: porém, o reaparecimento dessa árvore, no livro de Apocalipse, não encoraja essa interpretação. Não há a menor indicação, em parte alguma da narrativa, que Adão e Eva soubessem qualquer coisa quanto à existência dessa árvore como uma das árvores do jardim. Note-se com atenção o que Eva diz, nos versículos 2:3. A despeito do fato que o argumento baseado no silêncio é notoriamente perigoso, parece haver alguma significação na ausência de alusão a essa árvore, na narrativa das ações e pensamentos de Adão e Eva. A interpretação sobre o caráter dessa árvore constitui um dos pontos obscuros das Escrituras. Em Ap 22:2 reaparece "a árvore da vida", mas desta vez numa passagem altamente simbólica (conf. Ap 2:7). É possível que essa árvore tenha sido qualquer árvore, tão somente simbólica da "vida" que o homem, se não tivesse pecado, poderia ter desfrutado em comunhão com Deus. E coma e viva eternamente (22). O tomar e comer são expressões simbólicas da maneira de como desfrutamos da vida eterna. Mas dessa vida não podia Adão agora desfrutar; por conseguinte, em figura, a "árvore" é posta fora do alcance do homem, ainda que ela, durante sua inocência, tivesse sido símbolo de sua bênção.

    >Gn 3:23

    O Senhor Deus, pois, o lançou fora (23). Qualquer que seja a verdadeira explicação sobre a árvore, não há dúvida sobre a significação da ação de Deus ao remover o homem do jardim. O homem estava agora cortado de Deus e, portanto, no sentido mais real estava cortado da "vida": isso foi simbolizado mediante a separação entre ele e a "árvore da vida". Somente quando a redenção aparece consumada é que a árvore da vida reaparece dentro do alcance do homem. Note-se que a "árvore da vida" era símbolo do estado abençoado do homem; enquanto que a "árvore da ciência do bem e do mal" simbolizava o teste a que foi sujeitado o homem. Querubins (24). O assunto dos querubins é um estudo à parte por si mesmo, mas parece razoavelmente verdadeiro afirmar que não são anjos. Noutras passagens Deus aparece a cavalgar sobre eles (ver, por exemplo, Sl 18:10). Melhor é considerá-los como figuras simbólicas, ainda que não de natureza estática, pois sempre são representados como ativos e em movimento. Podem ser definidos como o "símbolo animado da proposital atividade de Deus". E uma espada inflamada (24). Dessa maneira, por causa do pecado, o homem é mantido fora do Paraíso, de conformidade com o propósito de Deus e em execução à Sua ira. Note-se que o caráter simbólico e pictórico da árvore da vida, dos querubins, e da espada, se verifica no fato que não temos registro histórico a respeito de sua remoção deste mundo.


    Dicionário

    Adão

    Nome Hebraico - Significado: Homem da terra vermelha (solo da Palestina).

    Adão personifica a Humanidade [...]. Está hoje perfeitamente reconhecido que a palavra hebréia haadam não é um nome próprio, mas significa: o homem em geral, a Humanidade, o que destrói toda a estrutura levantada sobre a personalidade de Adão.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12, it• 16

    O homem, cuja tradição se conservou sob o nome de Adão, foi dos que sobreviveram, em certa região, a alguns dos grandes cataclismos que revolveram em diversas épocas a superfície do globo, e se constitui tronco de uma das raças que atualmente o povoam. As Leis da Natureza se opõem a que os progressos da Humanidade, comprovados muito tempo antes do Cristo, se tenham realizado em alguns séculos, como houvera sucedido se o homem não existisse na Terra senão a partir da época indicada para a existência de Adão. Muitos, com mais razão, consideram Adão um mito ou uma alegoria que personifica as primeiras idades do mundo.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 51


    Adão [Terra, Solo] -

    1) O primeiro homem criado por Deus (Gn 1:27—5:5). É uma FIGURA de Cristo, que é o segundo Adão (Rm 5:14-19); (1Co 15:22)

    2) Nome genérico do ser humano, incluindo o homem e a mulher (Gn 5:1-2).

    Originariamente significa “homem”, de forma genérica, embora comece logo a ser empregado como nome próprio do primeiro homem. São Paulo faz notar o paralelismo entre Adão e Cristo. O primeiro Adão é pai do homem caído; o Novo Adão – Cristo – é a origem da humanidade redimida (cf. Rm 5:12-21).

    Adão 

    Adão no Antigo Testamento

    Alguns estudiosos sugerem que o vocábulo adão vem do hebraico, e significa “solo”; mas não se pode ter certeza disso. Esse termo é usado na Bíblia para referir-se à primeira pessoa criada (Gn 5:1-1Cr 1:
    1) e, regularmente, para significar “humanidade” ou “homem”. Em certos textos, nos capítulos iniciais de Gênesis, existe algum debate sobre se este vocábulo seria traduzido como o nome próprio “Adão” ou simplesmente como “humanidade”. A primeira ocorrência deste termo encontra-se em Gênesis 1:26-27. A Versão Contemporânea registra ali: “façamos o homem”, no que concorda a maioria dos comentaristas. Em Gênesis 2:20 algumas traduções trazem “mas para Adão não se achava adjutora...”, acrescentando uma nota de rodapé na qual se explica que o vocábulo pode também sugerir “homem”.

    Adão, feito por Deus, tornou-se o primeiro ser humano a habitar a recém-criada Terra. Os primeiros capítulos de Gênesis descrevem a criação. O homem distingue-se claramente de todo o resto. Feito “à imagem de Deus”, recebeu domínio sobre toda a criatura terrena (Gn 1:26). Ele tinha em si o sopro do Senhor (Gn 2:7) e foi colocado no Jardim do Éden (Gn 2:8-17), para obedecer aos mandamentos de Deus, principalmente o de não comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:17). Adão trabalharia e cuidaria desse paraíso e Deus fez-lhe a mulher, para ajudá-lo a cumprir as tarefas para as quais fora criado. Ele descreveu sua esposa como “osso dos meus ossos, e carne da minha carne” (Gn 2:23). Ambos foram feitos sem pecado e viviam na inocência.

    A maneira como a Bíblia descreve Adão nesses primeiros capítulos ajuda o leitor a entender a comunhão entre Deus e sua obra-prima. Nosso primeiro pai não era como os animais. O domínio sobre o resto da criação que lhe fora confiado no princípio seria também exercido por seus descendentes, enquanto a Terra existisse. O Senhor conversava com Adão (Gn 1:28-30). Além dessa comunhão íntima, os dois primeiros capítulos servem também para reforçar a completa dependência que o homem tinha de seu Criador. Adão precisava de que Deus criasse a mulher para ele, pois necessitava de alguém para servir-lhe de companhia (Gn 1:29-30) no Jardim do Éden (Gn 2:15).

    Não se observa Adão ter suas próprias reações ao que Deus fazia por ele. Ele começou a exercer seu domínio sobre a criação (Gn 1:26), quando deu nome a todos os animais (Gn 2:19-20); mas aqui fica claro que esse poderio era secundário. No entanto, ele mostrou claramente que apreciara sua companheira e suas palavras em Gênesis 2:23 podem muito bem ter suscitado a ideia que o apóstolo Paulo usou em Efésios 5:28-29, quando disse: “quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo”.

    Gênesis 3 descreve o pecado de Adão. A comunhão com Deus e a sujeição ao Criador, mostradas nos dois primeiros capítulos, são repentinamente destruídas. Eva foi tentada pela “serpente” (Satanás) e comeu o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Além disso, ofereceu-o a Adão. A pureza da criação foi imediatamente corrompida. Nus, sem nenhum constrangimento (Gn 2:25), de repente seus olhos foram “abertos”, ficaram envergonhados, e buscaram meios de se cobrir (Gn 3:7). O desejo de se vestirem foi um reflexo de tentar se esconder da presença de Deus, a quem sabiam que desobedeceram. Assim, antes estavam felizes em caminhar com o Senhor e obedecer aos seus mandamentos; agora se escondem de Deus, quando Ele passeia pelo Jardim (Gn 3:8). A única conversa entre o Senhor e Adão registrada na Bíblia é aquela em que ele tenta jogar a culpa sobre a mulher por tudo o que acontecera.

    A punição de Deus para o pecado de Adão é declarada em termos bem claros. As duas áreas em que ele era tão claramente distinto dos animais foram afetadas pelo castigo. O trabalho que Adão recebeu para fazer, para a glória de Deus, como parte do seu domínio sobre a criação, agora seria doloroso (Gn 3:17-19). A partir daquele instante, nosso primeiro pai teria dificuldades em cultivar o solo e exercer o domínio sobre os animais. Esta seria sua tarefa, mas mediante um esforço cansativo e doloroso, que continuaria até a morte — quando então retornaria ao pó, de onde fora formado (Gn 3:19). Adão também experimentou o castigo da separação de Deus, ao ser expulso do Jardim do Éden (Gn 3:23-24) e ao ver a manifestação física do que agora era sua realidade espiritual — a morte. Ele contemplou, constrangido, Caim, seu primogênito, matar Abel, seu segundo filho (Gn 4:8).

    Adão preparou o palco para a humanidade e apresentou a cena em que as verdadeiras origens da humanidade, como única, em toda a criação de Deus é claramente revelada; contudo, é também o espetáculo no qual o que recebeu tanto domínio do Criador tentou negar sua dependência do Senhor. Naquela negação, naquele pecado, Adão fixou seu olhar num tipo de vida que ignoraria ou mesmo negaria ao Todo-poderoso. Por meio daquela transgressão, o homem colocou a si mesmo no lugar de Deus. Por intermédio de Adão, o pecado entrou no mundo e trouxe o castigo e a maldição do Criador sobre toda a criação.

    É importante notar que, após o castigo e a exclusão do Jardim do Éden, Adão continuou o mesmo. Ele não regrediu a um estado no qual não seria melhor que os animais. Ele possuía a imagem de Deus; possuía o sopro do Criador dentro dele. Agora, contudo, era um ser pecaminoso e, conforme a narrativa bíblica prossegue, fica claro que cada aspecto da vida do homem foi permeada pelo pecado e pelo desejo de negar a Deus, em pensamentos, palavras e obras.

    O Antigo Testamento não faz muitas outras referências nominais a Adão. A criação é mencionada freqüentemente e a condição da humanidade como seres criados foi lembrada pelos que eram fiéis e adoravam a Deus (veja Sl 8:3-5). Abraão recebeu mais atenção na história judaica, porque foi o pai da nação israelita. No entanto, na época do Novo Testamento, Adão novamente assumiu a posição proeminente nas discussões sobre como Deus trata com a humanidade.

    Em Lucas 3:38, Adão encabeça a genealogia que leva até Jesus. A diferença entre essa relação e a de Mateus (Mt 1:1), que retorna até Abraão, é notável e provavelmente indica o cuidado deste escritor em mostrar a relação de Cristo com toda a humanidade e não somente com o povo judeu. Há outra referência direta a Adão em Judas 14. Jesus mencionou Gênesis 1:27-2:4, quando falou do casamento como uma instituição indissolúvel. Deus criou Adão e Eva para permanecerem juntos e este deveria ser o padrão para o matrimônio e a vida familiar. Paulo usa os mesmos textos de forma similar em Efésios 5:31. Ali, contudo, o apóstolo acrescenta mais um significado ao relacionamento entre homem e mulher, ao indicar que na própria convivência conjugal havia uma alusão à comunhão entre Cristo e sua Igreja (cf. 1Co 6:16-17). O amor, a durabilidade e a intimidade desse relacionamento com Jesus foram mostrados por Paulo, quando ele fez a comparação com o casamento.

    Paulo também apelou para o relacionamento de Adão com Eva, para apoiar seu argumento sobre o lugar da esposa na família e na igreja. As mulheres exercem funções diferentes das dos homens, porque Adão “foi formado primeiro” e Eva foi enganada primeiro (1Tm 2:13; cf. 1Co 11:8-9).

    Foi também nos escritos de Paulo que uma clara descrição foi formulada sobre o lugar teológico que Adão ocupa nos assuntos relacionados com o homem. Em Romanos 5, o apóstolo apresenta sua visão da comunhão entre Adão e Cristo. Adão (Rm 5:14), “um homem” (v.12), trouxe o pecado a toda a humanidade. Ele, portanto, “é a figura daquele que havia de vir” (v. 14). Paulo provavelmente viu nisso uma “figura”, mas o interesse do apóstolo era, na verdade, demonstrar o quanto Adão e Cristo são diferentes.

    O argumento de Paulo baseava-se em seu entendimento de que Adão era realmente um personagem histórico. Ele trouxe o pecado ao mundo, o qual é reafirmado diariamente na vida de cada indivíduo (Rm 5:12): “porque todos pecaram”. Então, no v.15, começa o contraste com: “mas não é assim o dom gratuito como a ofensa”. O apóstolo queria que as pessoas vissem sua ênfase em duas coisas nesta passagem. Primeiro, ele fala repetidamente em “um homem”, ao referir-se tanto a Adão como a Cristo (a palavra “um/uma” é repetida dez vezes nos vv. 15-19). Segundo, queria que todos entendessem plenamente o significado de sua expressão “muito mais”. Os crentes aprendem sobre a graça de Deus em Cristo, quando observam que ela se torna “muito mais” superabundante para as pessoas depois que muitas transgressãos são cometidas, quando comparada com o castigo que seguiu apenas um pecado (vv.15-17). Dessa maneira, Adão foi superado por Jesus. Cristo obedeceu a Deus quando Adão não o fez. Cristo trouxe justiça — Adão, juízo. Cristo trouxe vida eterna (v. 21) — Adão, morte.

    Paulo mostrou que a humanidade tem diante de si duas alternativas: ser representada por Adão ou Cristo, como seu líder; receber a graça da salvação de Deus mediante a fé em Jesus (Rm 5:2) ou alcançar o castigo, como filhos de Adão. Dessa maneira, nosso primeiro pai é visto como o que foi desobediente e trouxe o pecado, o juízo e a morte para todas as pessoas (v. 18), enquanto Cristo traz a salvação desse juízo, da ira de Deus.

    Esse contraste entre Adão e Cristo foi desenvolvido em linhas similares em I Coríntios 15, na discussão de Paulo sobre a morte e a ressurreição. O
    v. 22 diz: “Pois assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo”. O contraste que o apóstolo fez foi entre a pessoa natural e a que, pela fé, é espiritual. Paulo fala sobre isso de forma mais vívida em I Coríntios 15:45-47, onde faz um contraste entre o “primeiro homem, Adão, (que) foi feito alma vivente”, e o “último Adão, espírito vivificante”. O primeiro era o Adão de Gênesis, “sendo da terra”, e o segundo “é do céu”.

    O vocábulo “todos” de I Coríntios 15:22 tem sido exaustivamente discutido pelos comentaristas. Ele se refere a dois grupos diferentes de “todos”: o primeiro, os que estão “em Adão”, seres humanos naturais que morrem devido ao juízo de Deus sobre o pecado de nosso primeiro pai e sobre suas transgressões diárias; o segundo, todos os que estão “em Cristo”, os quais têm fé nele e são representados por Ele, receberão sua natureza — “a imagem do celestial” (1Co 15:49) e isso redundará em vida eterna e ressurreição.

    A passagem, contudo, da morte para vida, por meio da fé em Cristo, começou primeiro com o próprio Jesus que se tornou “homem”. Cristo estava preparado para receber a maldição do juízo de Deus e morrer, para tornar-se “as primícias” dos que ressuscitariam, conforme Paulo fala em I Coríntios 15:21: “Pois assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem”. É nesse sentido que Jesus é realmente “Adão” — o último Adão (1Co 15:45), ou o segundo homem (v. 47). Cristo teve sucesso onde Adão fracassou e Ele só poderia fazer isso como um verdadeiro homem. O “homem do céu” viveu, sofreu e morreu como aconteceu com Adão e sucede com toda a humanidade, para trazer vida aos que crêem.

    Em sua morte, Jesus identificou-se com Adão e toda a humanidade, que está debaixo do juízo de Deus por causa do pecado. Ao fazer isso, Ele ofereceu a si mesmo como sacrifício pelo pecado, um ato que foi aceito por Deus quando Ele levantou o segundo Adão dentre os mortos e dessa maneira reverteu em Cristo a maldição do juízo colocado sobre Adão. P.D.G.


    Era

    substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
    Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
    Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
    Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
    expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
    Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
    Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

    outro

    Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

    Erã

    Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


    Eva

    Nome Hebraico - Significado: Viver.

    Vivente. Foi o nome dado por Adão à primeira mulher (Gn 3:20). Foi tentada pela serpente a comer do fruto proibido, dando-o em seguida a Adão (Gn 3). Eva teve três filhos: Abel, Caim e Sete. (*veja Gn 5:4.) Depois do nascimento de Sete, desaparece da narração bíblica o seu nome, havendo apenas meras referências (2 Co 11.3 – e 1 Tm 2. 13).

    Eva, a primeira mulher, é uma figura central na história da redenção do homem, tanto durante o seu tempo de vida como além dele. Seu significado pode ser visto nos vários desígnios que lhe foram destinados e as circunstâncias que os cercaram. Ela é primeiro mencionada como parte da noção corporativa de “homem” (adam, Gn 1:26-28; Gn 5:2). Isso significa que também compartilhava a imagem de Deus, a fonte de toda a dignidade humana que nos diferencia de todo o restante do reino animal. Nesse sentido, a identidade da mulher derivou diretamente de Deus. Como “mulher” (isha, Gn 2:22-23) Eva foi criada a partir de Adão e formada com o propósito de ser “uma adjutora” que lhe correspondesse (Gn 2:18). Nesse sentido, sua identidade era derivativa do primeiro homem. O termo traduzido como “adjutora”, não tem em si mesmo a ideia de subordinação. É um vocábulo usado até mesmo com relação a Deus em outros textos (Gn 49:25).

    Esse caráter duplo da natureza derivativa de Eva — imagem de Deus tirada do homem — proporciona a base para que todas as mulheres possam entender a si mesmas, desde que Eva foi a progenitora do seu gênero. Sua função com relação a Adão, entretanto, é a base do entendimento sobre o gênero masculino. A intenção de Deus na criação da mulher era que complementasse Adão, o que significa que havia algo de incompleto no primeiro homem sem ela. Em vez de ser uma serva, compartilharia com ele uma reciprocidade baseada tanto nas similaridades como nas desigualdades. Eva era feita à imagem de Deus; portanto, co-recipiente do mandato cultural para encher a terra e dominá-la, por meio da multiplicação dessa imagem (Gn 1:28). A ausência da mulher na criação, na verdade, causou a declaração de Deus de que algo não estava bom (Gn 2:18). Quando foi apresentada ao homem, este cantou o primeiro hino encontrado nas Escrituras, a fim de exaltá-la e chamá-la de “mulher” (isha, Gn 2:23). Adão viu nela um espelho idêntico, embora oposto: percebeu que era totalmente feita à imagem de Deus e ele não tinha o que somente ela podia proporcionar. Nesse aspecto, a identidade de Adão derivava de Eva.

    A caracterização louvável que Eva recebeu de seu marido proporcionou o pano de fundo necessário para sua tentação pela serpente. A leitura de Gênesis 3 sem ter esse contexto em mente produziria uma visão distorcida da mulher. A decisão de Satanás de tentar Eva não parece, de maneira alguma, refletir algo que seja inerente à natureza feminina, a despeito da interpretação tradicional. Se houve qualquer base racional por parte da serpente, seria em seus métodos subversivos. Havia uma forte implicação de hierarquia no relacionamento entre o homem e a mulher e Satanás provavelmente escolheu tentar a mulher a fim de subverter essa estrutura.

    Ao ceder à tentação de Satanás, a mulher tomou sobre si o papel de determinar o bem e o mal. A autonomia humana na esfera complementar da verdade e da moral iniciou-se a partir dali. Num esforço para justificar, Eva conseguiu a participação de Adão na rebelião. O retrato da mulher aqui, como suscetível à tentação, estabelece uma dimensão de seu caráter na Bíblia; mas essa imagem deve ser vista dentro do contexto de sua caracterização total.

    É digno de nota, nesse ponto, que Adão é visto como praticante de uma falta primária no ato da desobediência. Ele não só foi colocado como cabeça sobre toda a criação, mas também era sua tarefa específica “guardar” o Jardim (Gn 2:15). O verbo hebraico usado aqui, além do sentido de conservar, pode conotar uma proposta militar, de “ficar de guarda”, o que é o caso do próximo capítulo (Gn 3:24). Se usarmos como pano de fundo os soldados do templo no Antigo Oriente Médio, Adão deveria guardar o Jardim Santo de Deus da presença do mal ou de intrusos impuros. A presença satânica no Éden, personificada na serpente, foi uma indicação direta do fracasso do homem nesse aspecto. Esse entendimento corrige a noção equivocada de que Eva era mais fraca moralmente e de que ela própria era uma tentadora.

    Eva compartilhou totalmente com Adão a vergonha dessa rebelião e sentiu com ele a quebra do que antes fora a cobertura suficiente deles — a glória, o Espírito e a imagem de Deus (Gn 3:7). O Senhor colocou sobre ela a maldição relacionada com a gravidez e o parto, os quais eram talhados para sua identidade e função (Gn 3:16). Essa maldição, entretanto, não é totalmente merecida. Certamente as dores do parto serviriam para lembrar a mulher e seus descendentes do sexo feminino sobre a rebelião daquele dia. Também a lembraria do perigo que seria associado ao nascimento dos filhos. Na maldição, porém, podemos ver a bênção de Deus, pois a habilidade da mulher conceber foi preservada. Eva continuaria a ser uma geradora de vida, a despeito da morte ser o castigo para a rebelião dela e do homem.

    Como conseqüência de seu pecado, Eva teria seu desejo natural substituído pelo de seu marido: “O teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará” (Gn 3:16 b). Alguns comentaristas encontram aqui a base para a liderança masculina e a submissão feminina, ao atribuir esse arranjo exclusivamente à queda. Não é, contudo, a origem do desejo que se vê aqui, pois com certeza Eva desejava seu marido antes do pecado. Parece que sua vontade se tornaria desproporcional ou distorcida. Assim, seria estabelecida por meio do domínio do homem sobre ela. Isso não quer dizer que não havia hierarquia conjugal antes desse momento, mas, sim, que ela seria modificada de alguma maneira. A preservação de Eva como fonte de vida, entretanto, não é limitada apenas à esfera biológica. Na maldição sobre a serpente Deus incluiu a promessa da redenção humana: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e o seu descendente; este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15). Esta passagem geralmente é chamada de “o primeiro evangelho”, porque antecipou a derrota final de Satanás, a qual Cristo, como a semente da mulher, conquistaria. Fica evidente que Adão entendeu a esperança abençoada da esposa, pela resposta que deu à promessa de Deus, quando a chamou “Eva, porque era a mãe de todos os viventes” (Gn 3:20). Essa declaração reflete a relação entre o nome e a palavra hebraica hayah, que significa “viver”. Não se sabe ao certo se estão ligadas etimologicamente, mas no mínimo Adão fazia um jogo de palavras.

    A última caracterização direta de Eva ocorre em sua declaração no nascimento de Caim: “Alcancei do Senhor um homem” (Gn 4:1). Essas palavras revelam a consciência que tinha de Deus, para gerar a vida. Foi a “profissão de fé” pessoal de Eva, a qual expressou uma atitude fundamental de alguém cuja esperança estava na semente prometida.

    Eva não é mais mencionada explicitamente no AT. Como veremos posteriormente no NT, entretanto, ela serve como um personagem-modelo em episódios subseqüentes. Eva é o protótipo da mulher que busca sua libertação por meio da geração de filhos. É a mãe das dores do parto. O filho que nasce desse modelo é visto como o resultado direto da intervenção divina em favor da mãe. Visto desta maneira, Sara, Rebeca, Raquel, Ana e Isabel seguem o padrão de Eva, embora ela própria não tenha experimentado a esterilidade. Aquela sobre quem o Senhor demonstra seu favor experimentará a alegria de Eva (Is 54:1).

    O NT faz duas referências explícitas a Eva. Em II Coríntios 11:3, Paulo citou a maneira como ela foi enganada pela serpente, como uma advertência do que um falso mestre poderia fazer na igreja em Corinto. O ponto da analogia é a astúcia da serpente, comparada com a falsa sabedoria dos que pregavam um evangelho diferente daquele que o apóstolo anunciou. Há uma analogia no casamento de Cristo e a Igreja (2Co 11:2). O
    v. 3, se tomado como uma extensão dessa, analogia, lança mais luz sobre o episódio da tentação no Éden. Se o interesse da igreja em Corinto por um falso evangelho é análoga à infidelidade conjugal, então a tentação de Eva pode ser vista dessa maneira. Isso estaria de acordo com uma analogia usada com muita freqüência no AT, a qual descreve a idolatria como uma infidelidade conjugal para com Deus (cf. Ez 16; Oséias).

    Efésios 5:22-23, embora não mencione os nomes de Eva ou Adão, cita Gênesis 2:23-24. Este é o primeiro lugar na Bíblia onde a analogia é feita entre Cristo e a Igreja e o casamento. Assim como o propósito de Jesus é santificar a Igreja, o dever do marido para com a esposa é separá-la como objeto exclusivo de seu amor.

    A outra referência explícita a Eva no NT é encontrada em I Timóteo 2:13. Nos conselhos que Paulo dá a seu filho na fé sobre o cuidado com a igreja em Éfeso, deu instruções particulares para cada gênero de pessoas. O apóstolo exortou a mulher a manter uma postura submissa diante do marido, em duas bases — a ordem da criação e a da tentação. Adão, criado primeiro; Eva, enganada primeiro. Alguns comentaristas declaram que o que Paulo disse não é mais pertinente, de acordo com pelo menos um dos seguintes princípios, ou mesmo com todos eles:
    (1). vivemos num época em que a redenção já resolveu o problema da queda;
    (2). as palavras de Paulo foram dirigidas a um problema particular em Éfeso;
    (3). ele refletia um chauvinismo comum entre os rabinos, com relação a Eva; e
    (4). o apóstolo falava com base no entendimento cultural comum daquela época. Outros destacam que a ordem da criação é a base para o entendimento de Paulo dos papéis no relacionamento conjugal — e não a queda; e essa hierarquia deve permanecer no mínimo até a consumação deste mundo, quando a redenção será completa.

    O aspecto mais relevante desta passagem de I Timóteo 2, para o entendimento de Eva, é visto no
    v. 15. O apelo de Paulo é concluído com a esperança de que a mulher “salvar-se-á, dando à luz filhos”. Embora obviamente essa não seja uma garantia automática de que a reprodução biológica resultará em salvação espiritual, é uma reflexão sobre a grande promessa dada a Eva — que ela era a “mãe de todos os viventes”. Apesar de Eva não ser mencionada diretamente como a mãe da semente que destruiria a serpente, provavelmente ela é o modelo em outros contextos do NT. Maria, a mãe de Jesus, é o recipiente da revelação divina de que conceberia um filho, o qual seria o foco central da redenção e lutaria contra as forças do mal (Lc 1:33ss; 2:34-35). Sobre esse aspecto, notemos o fato de que Lucas traçou a genealogia de Jesus até Adão (Lc 3:38). Outra possível alusão a Eva no NT é a mulher que dá à luz em Apocalipse 12. Ali, o descendente dela está associado com a batalha cósmica entre as forças de Deus e as de Satanás.

    Em resumo, a menção de Eva é muito limitada na Bíblia; entretanto, a atenção cuidadosa dos meios de caracterização revela muito sobre a fonte e a natureza de sua identidade. Além da menção explícita, ela pode proporcionar o pano de fundo para o entendimento de outros personagens bíblicos, bem como de alguns aspectos da obra redentora de Cristo. M.J.G.


    Eva [Vida]

    A primeira mulher, esposa de Adão e mãe da humanidade (Gn 3:20). Junto com Adão foi enganada por Satanás, começando assim o pecado no mundo (Gn 3). Adão e Eva tiveram filhos e filhas (Gn 5:4), mas na Bíblia são mencionados apenas os nomes de três: Caim, Abel e Sete (Gn 4:1-2:25).


    Mulher

    [...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

    [...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

    A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

    [...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


    Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

    Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

    Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

    Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

    A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    Mãe

    substantivo feminino Aquela que gerou, deu à luz ou criou um ou mais filhos.
    [Zoologia] Fêmea de animal que teve sua cria ou oferece proteção ao filhote que não é seu.
    Figurado Quem oferece cuidado, proteção, carinho ou assistência a quem precisa.
    Figurado Razão de algo ou o que dá origem a alguma coisa; causa: a preguiça é a mãe do ócio.
    Figurado Lugar a partir do qual algo tem seu início e onde começa a se desenvolver ou difundir: a Grécia foi a mãe da civilização ocidental.
    Figurado O que há de mais importante e a partir do qual os demais se originaram; principal.
    Figurado Num jogo de futebol, jogador que favorece o time adversário: o goleiro foi uma mãe para o time oponente.
    Borra que, no vinho ou vinagre, fica no fundo do recipiente; madre.
    expressão Mãe do rio. Leito do rio cujas águas transbordam, alagando suas regiões ribeirinhas.
    Etimologia (origem da palavra mãe). Do latim mater.

    substantivo feminino Aquela que gerou, deu à luz ou criou um ou mais filhos.
    [Zoologia] Fêmea de animal que teve sua cria ou oferece proteção ao filhote que não é seu.
    Figurado Quem oferece cuidado, proteção, carinho ou assistência a quem precisa.
    Figurado Razão de algo ou o que dá origem a alguma coisa; causa: a preguiça é a mãe do ócio.
    Figurado Lugar a partir do qual algo tem seu início e onde começa a se desenvolver ou difundir: a Grécia foi a mãe da civilização ocidental.
    Figurado O que há de mais importante e a partir do qual os demais se originaram; principal.
    Figurado Num jogo de futebol, jogador que favorece o time adversário: o goleiro foi uma mãe para o time oponente.
    Borra que, no vinho ou vinagre, fica no fundo do recipiente; madre.
    expressão Mãe do rio. Leito do rio cujas águas transbordam, alagando suas regiões ribeirinhas.
    Etimologia (origem da palavra mãe). Do latim mater.

    de matrem, caso acusativo do latim mater, pronunciado madre no português dos primeiros séculos, de onde veio comadre, pela formação cum matre, com a mãe; depois commatre, segunda mãe, madrinha, diminutivo de madre, em relação aos afilhados, isto é, aqueles que são tratados como filhos verdadeiros por quem cumpre a função da maternidade, como fazem a madrinha e a mãe adotiva, na falta da mãe biológica. Os étimos mata, em sânscrito; máter, em grego dórico; méter, no grego jônico e no ático; e as formas latinas mamma, seio, e mammare, mamar, revelam possível influência na sílaba inicial das palavras que designam a mãe em vários idiomas.

    Esta palavra é, algumas vezes, usada na significação de metrópole, a ‘mãe’ ou cidade principal de um país ou de uma tribo – e outras vezes emprega-se compreendendo o povo todo (2 Sm 20.19 – is 50:1Gl 4:26Ap 17:5). ‘Mãe em israel’ foi um nome dado a Débora (Jz 5:7), querendo dizer a mulher que serviu a Deus na libertação do povo de israel.

    [...] é síntese de carinho, de abnegação, de ternura, de sacrifício, de labor sagrado, de imolação voluntária... é fragmentar o coração por diversos seres, continuando integral para o amor que consagra a todos eles.
    Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2

    Mãe! aquela que ama o ser que Deus lhe enviou qual dádiva celeste, e a quem ela concede o atributo divino – a vida – olvidando todos os sofrimentos pelo amor que consagra a quem lhos fez padecer! Mãe! amiga incomparável dos arcanjos que quebram as asas ao deixar o Infinito constelado, para caírem no tétrico abismo da Terra – a mais extensa de todas as jornadas! – e os acolhe em seu generoso seio, beijando-os, desejando-lhes todas as venturas, todas as bênçãos celestiais, todas as alegrias mundanas! Mãe! aquela que padece as ingratidões dos filhos, chorando, suplicando ao Céu sempre e sempre auxílio, proteção para que sejam encaminhados ao bem e às venturas! Mãe! aquela que, na Terra, representa o próprio Criador do Universo, pois ela é quem nucleia eatrai a alma – fragmento divino, átomodo Pai Celestial – para torná-la movi-mentada, consciente pelo cérebro
    Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2

    [...] é a excelsa criatura que, na Terra,representa diretamente o Criador doUniverso [...].[...] Mãe é guia e condutora de almaspara o Céu; é um fragmento da divin-dade na Terra sombria, com o mesmodom do Onipotente: plasmar seres vi-vos, onde se alojam Espíritos imortais,que são centelhas deíficas!
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7,cap• 20

    Mãe, é o anjo que Deus põe junto aohomem desde que ele entra no mundo[...].
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 20

    Mãe, que é mãe? É um ser todo amor,todo ternura, todo meiguice, todosuavidade.Um ser que não tem vida própria, poisa sua vida é a do filho. Um ser que reú-ne todos os amores da Terra. Um serque, qual divina vestal, sabe sustentarsempre vivo o fogo sagrado do amor
    Referencia: SURIÑACH, José• Lídia• Memórias de uma alma• Romance real de Adriano de Mendoza• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - Reminiscências

    Mãe é alguém que se dilui na existênciados filhos, vendo o paraíso através dosseus olhos e existindo pelo ritmo dosseus corações, para elas transfigurados emsantuário de amor.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• De coração para coração• Pelo Espírito Maria Celeste• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 36

    Mãe quer dizer abnegação, desvelo, ca-rinho, renúncia, afeto, sacrifício – amor – numa palavra. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mãe

    [...] A mãe, em sua perfeição, é o verdadeiro modelo, a imagem viva da educação. A perfeita educação, na essência de sua natureza, em seu ideal mais completo, deve ser a imagem da mãe de família. [...]
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 1, cap• 14

    Um coração materno, em toda parte, é um celeiro de luz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Porque, ser mãe, minha irmã, / É ser prazer sobre as dores, / É ser luz, embora a estrada / Tenha sombras e amargores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Ser mãe é ser anjo na carne, heroína desconhecida, oculta à multidão, mas identificada pelas mãos de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Ser mãe é ser um poema de reconforto e carinho, proteção e beleza.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    Mãe possui onde apareça / Dois títulos a contento: / Escrava do sacrifício, / Rainha do sofrimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 48

    Dizem que nosso Pai do Céu permaneceu muito tempo examinando, examinando... e, em seguida, chamou a Mulher, deu-lhe o título de Mãezinha e confiou-lhe as crianças. Por esse motivo, nossa Mãezinha é a representante do Divino Amor no mundo, ensinando-nos a ciência do perdão e do carinho, em todos os instantes de nossa jornada na Terra. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Mãezinha

    [...] E olvidaste, porventura, que ser mãe é ser médium da vida? [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

    Pela escritura que trago, / Na história dos sonhos meus, / Mãe é uma estrela formada / De uma esperança de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    Minha mãe – não te defino, / Por mais rebusque o abc... / Escrava pelo destino, / Rainha que ninguém vê.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Trovadores do Além: antologia• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 1, cap• 51


    Mãe Os evangelhos reúnem numerosas referências à mãe relacionadas com a concepção (Lc 1:24.31.36; 2,21), a gravidez (Mt 1:18-23; Lc 2:5), o parto (Lc 1:13.57; 23,29), com a preocupação pelo futuro dos filhos (Mt 20:20) ou com sua dor pela morte deles (Mt 2:18). A atitude de Jesus com as mães foi muito positiva e as considerava — como o judaísmo de sua época — dignas de receber os benefícios oferecidos pela Lei de Deus e que eram, muitas vezes, omitidos, recorrendo-se a subterfúgios legalistas (Mt 15:4ss.; Mc 7:10-12).

    É compreensível, pois, que Jesus expressasse sua compaixão pelas mães que estivessem amamentando quando acontecesse a destruição de Jerusalém (Mt 24:19; Mc 13:17; Lc 21:23). Mesmo tendo a maternidade em tão grande estima, não deixa de ser relevante que destacasse como mais importante do que sua mãe Maria tê-lo dado à luz cumprir a Palavra de Deus (Lc 11:27ss.). Jesus a manteve discretamente à parte de seu ministério (Lc 2:48; Jo 2:4) e afirmou que “sua Mãe” era aquela que punha em prática a vontade do Pai (Mt 12:46-50; Mc 3:31-35; Lc 8:19-21).

    Em seu ensinamento, Jesus recorreu freqüentemente a símbolos extraídos da função materna. Assim, Deus é como uma mãe que deseja proteger e reunir seus filhos (Lc 19:41-44) e as dores do parto são símbolo da presente era, durante a qual os discípulos sofrem tribulação, mas que terminará com o triunfo do messias (Jo 16:21).


    Nome

    substantivo masculino Denominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém.
    A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria.
    Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome.
    Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome.
    Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade.
    Apelido; palavra que caracteriza alguém.
    Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo.
    Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura.
    Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos.
    Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.

    Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24Êx 2:22Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.

    Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18
    v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).

    Porquanto

    conjunção Porque; visto que: não foi ao casamento, porquanto perdeu o avião.
    Gramática Utilizada para unir orações ou períodos que possuam as mesmas características sintáticas.
    Gramática Tendo em conta o sentido, pode ser utilizada como conjunção explicativa, explicando ou justificando aquilo que havia sido dito ou escrito anteriormente.
    Etimologia (origem da palavra porquanto). Por + quanto.

    Viventar

    -

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    ‹Vida›
    Gênesis 3: 20 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E Adão chamou o nome de sua esposa Eva ‹Vida›; porquanto era a mãe de todos os viventes.
    Gênesis 3: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes de 4000 a.C.
    H120
    ʼâdâm
    אָדָם
    homem / ser humano / marido / peão
    (man)
    Substantivo
    H1931
    hûwʼ
    הוּא
    ele / ela / o / a
    (it)
    Pronome
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H2332
    Chavvâh
    חַוָּה
    cidade famosa e populosa, situada no Golfo Thermaico, capital do segundo distrito da
    (Thessalonica)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    H2416
    chay
    חַי
    vivente, vivo
    (life)
    Adjetivo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H517
    ʼêm
    אֵם
    mãe
    (his mother)
    Substantivo
    H7121
    qârâʼ
    קָרָא
    E liguei
    (And called)
    Verbo
    H802
    ʼishshâh
    אִשָּׁה
    mulher, esposa, fêmea
    (into a woman)
    Substantivo
    H8034
    shêm
    שֵׁם
    O nome
    (The name)
    Substantivo


    אָדָם


    (H120)
    ʼâdâm (aw-dawm')

    0120 אדם ’adam aw-dawm’

    procedente de 119; DITAT - 25a; n m

    1. homem, humanidade (designação da espécie humana)
      1. homem, ser humano
      2. homem (como indivíduo), humanidade (sentido intencionado com muita freqüência no AT)
      3. Adão, o primeiro homem
      4. cidade no vale do Jordão

    הוּא


    (H1931)
    hûwʼ (hoo)

    01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

    uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

    1. ele, ela
      1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
      2. retomando o suj com ênfase
      3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
      4. (antecipando o suj)
      5. (enfatizando o predicado)
      6. aquilo, isso (neutro) pron demons
    2. aquele, aquela (com artigo)

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    חַוָּה


    (H2332)
    Chavvâh (khav-vaw')

    02332 חוה Chavvah

    causativo procedente de 2331, grego 2096 Ευα; n pr f

    Eva = “vida” ou “vivente”

    1. a primeira mulher, esposa de Adão

    חַי


    (H2416)
    chay (khah'-ee)

    02416 חי chay

    procedente de 2421; DITAT - 644a adj

    1. vivente, vivo
      1. verde (referindo-se à vegetação)
      2. fluente, frescor (referindo-se à água)
      3. vivo, ativo (referindo-se ao homem)
      4. reflorecimento (da primavera) n m
    2. parentes
    3. vida (ênfase abstrata)
      1. vida
      2. sustento, manutenção n f
    4. ser vivente, animal
      1. animal
      2. vida
      3. apetite
      4. reavimamento, renovação
    5. comunidade

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    אֵם


    (H517)
    ʼêm (ame)

    0517 אם ’em

    uma palavra primitiva; DITAT - 115a; n f

    1. mãe
      1. referindo-se a seres humanos
      2. referindo-se ao relacionamento de Débora com o povo (fig.)
      3. referindo-se a animais
    2. ponto de partida ou divisão

    קָרָא


    (H7121)
    qârâʼ (kaw-raw')

    07121 קרא qara’

    uma raiz primitiva [idêntica a 7122 com a idéia de dirigir-se a uma pessoa ao encontrála]; DITAT - 2063; v.

    1. chamar, clamar, recitar, ler, gritar, proclamar
      1. (Qal)
        1. chamar, gritar, emitir um som alto
        2. chamar, gritar (por socorro), invocar (o nome de Deus)
        3. proclamar
        4. ler em voz alta, ler (para si mesmo), ler
        5. convocar, convidar, requerer, chamar e encarregar, designar, chamar e dotar
        6. chamar, nomear, colocar nome em, chamar por
      2. (Nifal)
        1. chamar-se
        2. ser chamado, ser proclamado, ser lido em voz alta, ser convocado, ser nomeado
      3. (Pual) ser chamado, ser nomeado, ser evocado, ser escolhido

    אִשָּׁה


    (H802)
    ʼishshâh (ish-shaw')

    0802 אשה ’ishshah

    procedente de 376 ou 582; DITAT - 137a; n f

    1. mulher, esposa, fêmea
      1. mulher (contrário de homem)
      2. esposa (mulher casada com um homem)
      3. fêmea (de animais)
      4. cada, cada uma (pronome)

    שֵׁם


    (H8034)
    shêm (shame)

    08034 שם shem

    uma palavra primitiva [talvez procedente de 7760 com a idéia de posição definida e conspícua; DITAT - 2405; n m

    1. nome
      1. nome
      2. reputação, fama, glória
      3. o Nome (como designação de Deus)
      4. memorial, monumento