Enciclopédia de Êxodo 6:6-6

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 6: 6

Versão Versículo
ARA Portanto, dize aos filhos de Israel: eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas do Egito, e vos livrarei da sua servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes manifestações de julgamento.
ARC Portanto dize aos filhos de Israel: Eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, vos livrarei da sua servidão e vos resgatarei com braço estendido e com juízos grandes.
TB Pelo que dize aos filhos de Israel: Eu sou Jeová, e vos hei de tirar de debaixo das cargas do Egito, vos hei de livrar do seu jugo, e vos hei de remir com braço estendido e com grandes juízos.
HSB לָכֵ֞ן אֱמֹ֥ר לִבְנֵֽי־ יִשְׂרָאֵ֘ל‪‬ אֲנִ֣י יְהוָה֒ וְהוֹצֵאתִ֣י אֶתְכֶ֗ם מִתַּ֙חַת֙ סִבְלֹ֣ת מִצְרַ֔יִם וְהִצַּלְתִּ֥י אֶתְכֶ֖ם מֵעֲבֹדָתָ֑ם וְגָאַלְתִּ֤י אֶתְכֶם֙ בִּזְר֣וֹעַ נְטוּיָ֔ה וּבִשְׁפָטִ֖ים גְּדֹלִֽים׃
LTT Portanto, dize aos filhos de Israel: Eu sou o SENHOR, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, e vos livrarei da servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes juízos.
BJ2 Portanto, dirás aos filhos de Israel: Eu sou Iahweh, e vos farei sair de debaixo das cargas do Egito, vos libertarei da sua escravidão e vos resgatarei com mão estendida[q] e com grandes julgamentos.
VULG Ideo dic filiis 1sraël : Ego Dominus qui educam vos de ergastulo Ægyptiorum, et eruam de servitute, ac redimam in brachio excelso et judiciis magnis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 6:6

Êxodo 3:17 Portanto, eu disse: Far-vos-ei subir da aflição do Egito à terra do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do ferezeu, e do heveu, e do jebuseu, a uma terra que mana leite e mel.
Êxodo 6:2 Falou mais Deus a Moisés e disse: Eu sou o Senhor.
Êxodo 6:8 e eu vos levarei à terra, acerca da qual levantei a mão, que a daria a Abraão, e a Isaque, e a Jacó, e vo-la darei por herança, eu, o Senhor.
Êxodo 6:29 falou o Senhor a Moisés, dizendo: Eu sou o Senhor; dize a Faraó, rei do Egito, tudo quanto eu te digo a ti.
Êxodo 7:4 Faraó, porém, não vos ouvirá; e eu porei a mão sobre o Egito e tirarei os meus exércitos, o meu povo, os filhos de Israel, da terra do Egito com grandes juízos.
Êxodo 15:13 Tu, com a tua beneficência, guiaste este povo, que salvaste; com a tua força o levaste à habitação da tua santidade.
Deuteronômio 4:23 Guardai-vos de que vos esqueçais do concerto do Senhor, vosso Deus, que tem feito convosco, e vos façais alguma escultura, imagem de alguma coisa que o Senhor, vosso Deus, vos proibiu.
Deuteronômio 7:8 mas porque o Senhor vos amava; e, para guardar o juramento que jurara a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito.
Deuteronômio 15:15 E lembrar-te-ás de que foste servo na terra do Egito e de que o Senhor, teu Deus, te resgatou; pelo que te ordeno hoje esta coisa.
Deuteronômio 26:8 E o Senhor nos tirou do Egito com mão forte, e com braço estendido, e com grande espanto, e com sinais, e com milagres;
II Reis 17:36 Mas ao Senhor, que vos fez subir da terra do Egito com grande força e com braço estendido, a este temereis, e a ele vos inclinareis, e a ele sacrificareis.
I Crônicas 17:21 E quem há como o teu povo de Israel, única nação na terra, a quem Deus foi remir para seu povo, fazendo-te nome com coisas grandes e temerosas, lançando as nações de diante do teu povo, que remiste do Egito?
Neemias 1:10 Estes ainda são teus servos e o teu povo que resgataste com a tua grande força e com a tua forte mão.
Salmos 81:6 Tirei de seus ombros a carga; as suas mãos ficaram livres dos cestos.
Salmos 136:11 E tirou a Israel do meio deles; porque a sua benignidade é para sempre.
Isaías 9:12 Pela frente virão os siros, e por detrás, os filisteus, e devorarão a Israel com a boca escancarada; e nem com tudo isto se apartou a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão.
Isaías 9:17 Pelo que o Senhor não se regozijará com os seus jovens e não se compadecerá dos seus órfãos e das suas viúvas, porque todos eles são hipócritas e malfazejos, e toda boca profere doidices. Com tudo isto não se apartou a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão.
Isaías 9:21 Manassés a Efraim, e Efraim a Manassés, e ambos eles serão contra Judá. Com tudo isto não se apartou a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão.
Ezequiel 20:7 Então, lhes disse: Cada um lance de si as abominações dos seus olhos, e não vos contamineis com os ídolos do Egito; eu sou o Senhor, vosso Deus.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Egito

do quarto milênio a 332 a.C.
A DÁDIVA DO NILO

Nas palavras do historiador grego Heródoto (Histórias, 2.5), o Egito é "uma dádiva do Nilo". Sem dúvida, se o Nilo não existisse, o Egito seria praticamente um deserto e não teria dado origem a uma das civilizações mais antigas do mundo. Com 6.670 km de extensão, o Nilo é o rio mais longo do mundo. Nasce de riachos como o Kagera que desemboca no lago Vitória, na Tanzânia. No Sudão, se junta aos seus principais afluentes, o Nilo Azul e o Atbara, dos planaltos da Etiópia. Cerca de 20 km ao norte da atual cidade do Cairo, o rio se divide em dois braços principais. Entre eles, estende-se o Delta plano e pantanoso. Antes da conclusão da represa de Assuá em 1968, o Nilo chegava ao seu nível mais baixo no mês de maio. Avolumado pela neve derretida das regiões mais altas e pelas chuvas de monção da África, as águas do rio subiam até setembro, depositando mais de cem milhões de toneladas de sedimentos na terra ao redor. As sementes plantadas depois da chia anual produziam uma safra em março.
O Nilo servia de calendário natural, dividindo o ano em três estações de quatro meses: a cheia, o "aparecimento" (quando a terra reaparecia à medida que as águas baixavam) e o calor intenso do verão. Também era uma via natural de transporte, pois sua correnteza levava os barcos rio abaixo, enquanto os ventos os impeliam rio acima. O deserto, por sua vez, protegia a terra do Egito de invasores estrangeiros.

O PERÍODO ARCAICO
Por volta de 3100 a.C., uma sucessão de culturas pré- históricas deu lugar a um governo unificado sore todo o Egito. Fontes gregas atribuem essa ocorrência a Menes. A pedra encontrada em Hierakonpolis, conhecida como "Paleta de Narmer" parece mostrar a união do Alto e Baixo Egito sob um único governante. Um lado mostra o rei, precedido de seus estandartes, usando a coroa vermelha do Baixo Egito e saindo para inspecionar os inimigos mortos. Na parte inferior, pode. se ver telinos de pescoços longos entrelaçados e o rei, representado na forma de um boi selvagem derrubando a porta de um povoado fortificado. O outro lado mostra o rei usando a coroa branca alta e de formato cônico do Alto Egito e ferindo um inimigo ajoelhado. Foi nesse período que surgiram os primeiros textos escritos, a saber, breves legendas indicativas inscritas em pedra e cerâmica. Essa ocorrência é aproximadamente contemporânea com a aparição da escrita cuneiforme (em formato de cunha) na Mesopotâmia. A relação entre as duas (caso exista) é controversa.
A escrita desenvolvida no Egito é chamada de hieroglífica (hieróglifo é um termo grego que significa "escrita sagrada").



O ANTIGO IMPÉRIO (OU REINO ANTIGO)
Os reis do Antigo Império são lembrados principalmente pela construção das pirâmides, tetraedros gigantescos de pedra usados para abrigar as múmias desses reis. A pirâmide mais antiga é a de Djoser (2691-2672 a.C.), um rei da terceira dinastia, construída em Sacara. Atribuída tradicionalmente ao arquiteto Imhotep, essa pirâmide tem uma base de 124 m por 107 m e 60 m de altura e apresenta seis estágios desiguais, daí ser chamada "A pirâmide escalonada".

Na quarta dinastia, três pirâmides colossais, as construções mais bem preservadas dentre as Sete Maravilhas do Mundo Antigo, foram levantadas em Gizé. Ao invés de serem escalonadas, apresentam suas laterais lisas, em forma de rampa. A maior das três é a Grande Pirâmide de Quéops (ou Khufu) (2593-2570 a.C.), com 230 m de cada lado da base e 146 m de altura. Ocupa uma área de 5.3 hectares e suas laterais possuem uma inclinação de quase 52 graus. Calcula-se que seja formada por cerca de 2,5 milhões de blocos de pedra, cada um pesando, em média, 2,5 toneladas, mas alguns com até 15 toneladas. Os blocos originais de pedra calcária usados como revestimento e os 9 m finais da pirâmide não existem mais.
A pirâmide de Quéfren (Khafre) (2562-2537 a.C.) é quase do mesmo tamanho, com 143 m de altura. A terceira pirâmide, de Miquerinos (Menkaure) é bem menor, com 66 m de altura. Perto das pirâmides, também se encontra a famosa esfinge, uma rocha esculpida pelos artífices de Quéfren com cabeça humana e corpo na forma de um leão deitado. Mede 73 m de comprimento por 23 m de altura e pouco mais de 4 m de largura máxima no rosto.

O PRIMEIRO PERÍODO INTERMEDIÁRIO
Entre c. 2136 e 2023 a.C., o Egito passou por seu primeiro período "intermediário", um período de conturbação social e infiltração de asiáticos, talvez decorrente de uma grave escassez de alimentos causada por várias estações sem chias no Nilo.


O MÉDIO IMPÉRIO (OU REINO MÉDIO)
De 1973 a 1795 a.C., o Egito foi governado pela poderosa décima segunda dinastia do Médio Império. Quatro reis chamados Amenemés e três chamados Sesóstris trouxeram grande prosperidade à terra. Sua capital era Mênfis e o subúrbio vizinho chamava-se Ithet-Tawy. As pirâmides da décima segunda dinastia são todas feitas de tijolos de barro e revestidas de pedra calcária. A de Sesóstris 1 em Lisht media 105 m quadrados, com 61 m de altura e laterais com 49 graus de inclinação.

O SEGUNDO PERÍODO INTERMEDIÁRIO
Entre 1795 e 1540 a.C., o Egito passou por mais um período "'intermediário" durante o qual foi governando pelos hicsos asiáticos que escolheram como capital a cidade de Avaris, na região leste do Delta.

O NOVO IMPÉRIO (OU NOVO REINO)
Em 1540 a.C., Ahmose I expulsou os hicsos e fundou a décima oitava dinastia. Tutmósis 3 (1479-1425 .C.) realizou dezoito campanhas militares na Síria-Palestina. Durante a décima oitava dinastia, a capital foi transferida para Tebas, no Alto Egito, onde foram construídos templos colossais, como o grande templo funerário da rainha Hatshepsut (1479-1457 aC.), a co-regente de Tutmósis, nas colinas a oeste de Iebas, em Deir-el- Bahri. Amenófis 4 (1353-1337 a.C.), também conhecido como Akhenaton, despertou grande interesse dos estudiosos devido à fé monoteísta instituída por ele e simbolizada pela adoração do disco solar (Aton). Também fundou uma nova capital, Akhetaton, conhecida hoje como Tell el- Amarna, cuja arte se caracterizava pelo realismo, abandonando as convenções antigas. Depois da morte de Amenófis 4, porém, Amarna e a adoração a Aton foram abandonados e os deuses e convenções tradicionais, bem como a supremacia de Teas foram restaurados.

Os reis do Novo Império foram sepultados no Vale dos Reis, nas colinas a oeste de Tebas, na margem oeste do Nilo. Todos os túmulos, exceto um, foram saqueados na antiguidade, mas túmulo de Tutankamon (1336-1327 a.C.), um faraó comparativamente menos importante, foi encontrado intacto pelo arqueólogo inglês Howard Carter em 1922. O túmulo continha um conjunto extraordinário de arcas, estátuas, carros, leitos funerários, vasos, jóias, uma adaga de ouro, arcos, uma trombeta e três tabuleiros de jogos. Sem dúvida, os objetos mais espetaculares são os relicários de madeira revestida de ouro, o sarcófago de ouro puro e a máscara funerária de ouro do rei, engastada com vidro azul e pedras semipreciosas.
A décima nona dinastia foi dominada por Ramsés I (1279-1213 a.C.), que realizou campanhas militares na Síria contra os hititas da região central da Turquia por vinte anos, período durante o qual foi travada a batalha inconclusiva de Qadesh (Tell Nebi Mend), em 1275 a.C. Essa batalha foi seguida, por fim, de um tratado de paz com os hititas em 1259 a.C.A capital de Ramsés era Pi-Ramesse, a atual Qantir, no Delta, da qual restam poucos vestígios. Sabe-se, porém, que muitas de suas pedras foram reutilizadas na construção de Tânis (a cidade de Zoã no Antigo Testamento), cerca de 20 km ao norte. O templo funerário gigantesco de Ramsés em Tebas, conhecido como Ramesseum e seu hipostilo em Karnak são testemunhas eloquentes do esplendor de seus projetos de construção. Em Abu Simbel, 280 km ao sul de Assuà, Ramsés I mandou esculpir em pedra maciça quatro estátuas enormes, cada uma com mais de 20 m de altura. Atrás delas, foi escavado na rocha um templo mortuário com um conjunto de saguões e câmaras. Devido à construção da represa de Assuà para criar o lago Nasser, entre 1964 e 1968, o templo foi dividido em mais de dois mil blocos gigantescos e transportado para outro local 65 m mais alto, a 210 m de distância do local original, hoje coberto de água.

O TERCEIRO PERÍODO INTERMEDIÁRIO (OU ÚLTIMO PERÍODO)
O Novo Império chegou ao fim com a morte de Ramsés IV em 1070 a.C. Daí em diante, o Egito passou por mais um período "intermediário", sendo governando, entre outros, por líbios, cuxitas (norte do Sudão) e assírios (norte do Iraque).

ACONTECIMENTOS POSTERIORES
Em 535 a.C., o Egito foi conquistado pelos persas, sob o comando de Cambises II. Em 322 a.C., foi tomado por Alexandre, o Grande, que fundou a cidade de Alexandria na foz do Nilo. Uma dinastia de fala grega, os ptolomeus, governou o Egito até que este foi incorporado a Império Romano em 30 a.C, e o grego se tornou a língua administrativa. A pedra de Roseta, um decreto de Ptolomeu V (196 .C.) lavrado em escrita hieroglífica e grego, foi a chave usada por J. F. Champollion para decifrar os hieróglifos em 1822.

 

Por Paul Lawrence

Quadro cronológico da história egípcia
Quadro cronológico da história egípcia
Egito Antigo: Principais cidades da civilização egípcia
Egito Antigo: Principais cidades da civilização egípcia

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

O nome divino nas Escrituras Hebraicas

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas antes do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas antigas, usadas antes do exílio babilônico

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas depois do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas usadas após o exílio babilônico

O nome divino, representado pelas consoantes hebraicas יהוה, ocorre quase 7 mil vezes nas Escrituras Hebraicas. Nesta tradução, essas quatro letras, chamadas de Tetragrama, são vertidas como “Jeová”. Esse é de longe o nome que mais aparece na Bíblia. Embora os escritores inspirados se refiram a Deus usando muitos títulos e termos descritivos, como “Todo-Poderoso”, “Altíssimo” e “Senhor”, o Tetragrama é o único nome pessoal usado por eles para identificar a Deus.

O próprio Jeová Deus orientou os escritores da Bíblia a usarem seu nome. Por exemplo, ele inspirou o profeta Joel a escrever: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” (Joel 2:32) Deus também inspirou um salmista a escrever: “Que as pessoas saibam que tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Salmo 83:18) Só nos Salmos — um livro de escritos poéticos que eram cantados e recitados pelo povo de Deus —, o nome divino ocorre cerca de 700 vezes. Então, por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por que esta tradução usa a forma “Jeová”? E o que significa o nome divino, Jeová?

Várias ocorrências do Tetragrama no livro de Salmos

Trechos dos Salmos num Rolo do Mar Morto, datado da primeira metade do primeiro século d.C. O texto tem o estilo das letras hebraicas usadas após o exílio babilônico, mas o Tetragrama ocorre várias vezes nas letras hebraicas antigas

Por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por várias razões. Alguns acham que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico para identificá-lo. Outros provavelmente foram influenciados pela tradição judaica de evitar usar o nome de Deus por medo de profaná-lo. Ainda outros acreditam que, como ninguém pode saber com certeza a pronúncia exata do nome de Deus, é melhor usar um título, como “Senhor” ou “Deus”. No entanto, esses argumentos não têm base sólida pelos seguintes motivos:

Os que afirmam que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico desconsideram o fato de que existem cópias antigas de Sua Palavra que trazem o nome pessoal de Deus; algumas dessas cópias são datadas de antes da época de Cristo. Conforme já mencionado, Deus inspirou os escritores de sua Palavra a incluir nela seu nome cerca de 7 mil vezes. Fica claro que ele quer que conheçamos e usemos o seu nome.

Os tradutores que removem o nome de Deus por respeito à tradição judaica se esquecem de um fato muito importante: embora alguns escribas judeus tenham se recusado a pronunciar o nome de Deus, eles não o removeram de suas cópias da Bíblia. Nos rolos antigos descobertos em Qumran, perto do mar Morto, o nome de Deus ocorre muitas vezes. Alguns tradutores da Bíblia dão uma indicação de onde o nome divino aparecia no texto original colocando em seu lugar o título “SENHOR”, em letras maiúsculas. Mas a questão é: Se esses tradutores reconhecem que o nome ocorre milhares de vezes nos textos originais, o que os faz pensar que podem substituir ou remover da Bíblia o nome de Deus? Quem eles acham que lhes deu autoridade para fazer essas alterações? Somente eles podem responder a essas perguntas.

Os que afirmam que o nome divino não deve ser usado porque não se sabe a pronúncia exata, não se importam em usar o nome Jesus. No entanto, os discípulos de Jesus no primeiro século pronunciavam o nome dele de uma forma bem diferente do modo como a maioria dos cristãos o pronuncia hoje. Entre os cristãos judeus, o nome de Jesus provavelmente era pronunciado Yeshúa‛, e o título “Cristo” era pronunciado Mashíahh, isto é, “Messias”. Os cristãos que falavam grego o chamavam de Iesoús Khristós; e os cristãos que falavam latim, Iésus Chrístus. Sob inspiração, foi registrada na Bíblia a tradução grega desse nome. Isso indica que os cristãos do primeiro século faziam o que era razoável: usavam a forma do nome mais comum em seu idioma. De modo similar, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia considera razoável usar a forma “Jeová”, mesmo que ela não tenha exatamente a mesma pronúncia que o nome divino tinha no hebraico antigo.

Por que a Tradução do Novo Mundo usa a forma “Jeová”? Em português, as quatro letras do Tetragrama (יהוה) são representadas pelas consoantes YHWH. O Tetragrama não tinha vogais, assim como todas as palavras escritas no hebraico antigo. Na época em que o hebraico antigo era o idioma do dia a dia, era fácil os leitores saberem que vogais deviam ser usadas.

Cerca de mil anos após as Escrituras Hebraicas terem sido completadas, eruditos judeus desenvolveram um sistema de sinais ou pontos que indicavam as vogais que deveriam ser usadas na leitura do idioma hebraico. Mas, naquela época, muitos judeus tinham a ideia supersticiosa de que era errado falar em voz alta o nome de Deus e por isso pronunciavam outras expressões em seu lugar. Assim, ao copiarem o Tetragrama, parece que eles combinavam as vogais dessas expressões com as quatro consoantes que representam o nome divino. É por esse motivo que os manuscritos com esses sinais vocálicos não ajudam a determinar como o nome de Deus era originalmente pronunciado em hebraico. Alguns acham que era pronunciado “Iavé” ou “Javé”, enquanto outros sugerem outras possibilidades. Um Rolo do Mar Morto que contém um trecho, em grego, de Levítico translitera o nome divino como Iao. Além dessa forma, antigos escritores gregos também sugerem a pronúncia Iae, Iabé e Iaoué. Mas não há motivos para sermos dogmáticos. Simplesmente não sabemos como os servos de Deus no passado pronunciavam esse nome em hebraico. (Gênesis 13:4; Êxodo 3:
15) O que sabemos é o seguinte: Deus usou seu nome muitas vezes ao se comunicar com seus servos, eles também o usavam ao se dirigir a ele e esse nome era usado sem restrição quando eles conversavam com outros. — Êxodo 6:2; 1 Reis 8:23; Salmo 99:9.

Então, por que esta tradução usa a forma “Jeová” do nome divino? Porque essa forma tem uma longa história em português.

O nome de Deus, Jeová

O nome de Deus em Gênesis 15:2 na tradução do Pentateuco de William Tyndale, 1530

A primeira edição da Bíblia completa em português em um só volume, a versão Almeida publicada em 1819, empregou milhares de vezes o nome de Deus na forma “JEHOVAH”. A comissão tradutora da Versão Brasileira (1
917) também decidiu usar a forma “Jehovah”, e na sua edição de 2010 a grafia foi atualizada para “Jeová”. A nota de rodapé de Êxodo 6:3 na tradução Matos Soares (oitava edição) declara: “O texto hebreu diz: ‘O meu nome Javé ou Jeová.’”

Formas similares do nome divino também são encontradas em outros idiomas. Por exemplo, a primeira ocorrência, em inglês, do nome pessoal de Deus em uma Bíblia foi em 1530, na tradução do Pentateuco de William Tyndale. Ele usou a forma “Iehouah”. Com o tempo, o idioma sofreu mudanças, e a grafia do nome divino foi modernizada.

Em sua obra Studies in the Psalms (Estudos dos Salmos), publicada em 1911, o respeitado erudito bíblico Joseph Bryant Rotherham usou o nome “Jehovah” em vez de “Yahweh”. Explicando o motivo, ele disse que queria empregar uma “forma do nome que fosse mais conhecida (e perfeitamente aceitável) aos leitores da Bíblia em geral”. Em sua obra Apostilas aos Dicionários Portugueses, de 1906, o filólogo e lexicógrafo português Gonçalves Viana declarou: “A forma Jeová, porém, já está tão usual, que seria pedantismo empregar Iavé, ou Iaué, a não ser em livros de pura filologia semítica ou de exegese bíblica.”

O Tetragrama

O Tetragrama YHWH: “Ele faz com que venha a ser”

 O verbo “vir a ser; tornar-se” em hebraico

O verbo HWH: “vir a ser; tornar-se”

O que significa o nome Jeová? O nome Jeová, em hebraico, é derivado de um verbo que significa “vir a ser; tornar-se”. Muitos eruditos acreditam que esse nome reflete a forma causativa desse verbo hebraico. Assim, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia entende que o nome de Deus significa “Ele faz com que venha a ser”. Visto que a opinião dos eruditos varia, não podemos ser dogmáticos sobre esse significado. No entanto, essa definição reflete bem o papel de Jeová como o Criador de todas as coisas e o Cumpridor do seu propósito. Ele não só fez com que o Universo e as criaturas inteligentes existissem, mas, com o desenrolar dos acontecimentos, ele também continua fazendo com que a sua vontade e o seu propósito se realizem.

Portanto, o significado do nome Jeová não se limita ao sentido transmitido pelo verbo relacionado encontrado em Êxodo 3:14, que diz: “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar”, ou “Eu Mostrarei Ser O Que Eu Mostrar Ser”. Essas palavras não descrevem o pleno sentido do nome de Deus. Na verdade, elas revelam apenas um aspecto da personalidade dele: o de se tornar o que for necessário, em cada circunstância, para cumprir seu propósito. Então, embora o nome Jeová inclua essa ideia, não está limitado ao que ele decide se tornar. O nome Jeová inclui também a ideia de que ele causa, ou faz acontecer, o que ele decidir em relação à sua criação e ao cumprimento de seu propósito.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

EGITO

Atualmente: EGITO
País do norte da África, com área de 1.000.250 km2. A região mais importante do Egito é o fértil vale do Nilo, que situa-se entre dois desertos. O país depende do rio Nilo para seu suprimento de água. A agricultura se concentra na planície e delta do Nilo, mas não é suficiente para suprir a demanda interna. Turismo é uma importante fonte de renda para o país, da mesma forma, o pedágio cobrado pela exploração do Canal de Suez. A civilização egípcia é muito antiga, e ocorreu nas proximidades do delta do Nilo. Quando Abraão entrou em contato com os egípcios por volta de 2100-1800 a.C., essa civilização já tinha cerca de 1000 anos. José e sua família estabeleceram-se no Egito provavelmente por volta de 1720 a.C. e o êxodo aconteceu por volta de 1320 a.C. O uso de armas e ferramentas de cobre aumentou a grandeza do Egito e tornou possível a construção de edifícios de pedra lavrada. Nesta época foram reconstruídas as pirâmides, ato que deu aos reis construtores de tumbas, o título de faraó ou casa grande. No fim desse período a difusão da cultura alcançou proporções consideráveis, porém, a medida que se melhoravam as condições de vida. As disputas internas e a invasão dos hicsos, povos que vieram da Síria e de Israel, interromperam a expansão egípcia. As descobertas arqueológicas de fortificações desse período, apresentam etapas de expansão dos hicsos na região. Somente após a expulsão dos hicsos, os egípcios se aventuraram na conquista de territórios da Mesopotâmia, Síria, Israel, Chipre, Creta e ilhas do Mar Egeu. O Egito também sofreu pressão e invasão dos gregos, filisteus, etíopes, assírios, persas, macedônios e romanos.
Mapa Bíblico de EGITO


ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 6 do versículo 1 até o 30
2. A Renovação da Promessa e da Ordem (6:1-13)

Deus não deixou Moisés na mão. A demora na libertação não significava renúncia da promessa. Deus estava trabalhando em seus propósitos. Smith-Goodspeed traduz o versículo 1 assim: "Agora verás o que farei a Faraó; forçado por um grandioso poder ele não só os deixará ir, mas os expulsará da terra". Outras dificuldades tinham de vir sobre Israel (5.19), mas a promessa de Deus ainda era certa.

O valor da promessa estava no fato de Deus endossá-la: Eu sou o SENHOR (2). Os antepassados de Israel conheciam o Deus Todo-poderoso (3), o Deus de poder e "força dominante". "Aqui a idéia primária de Jeová concentra-se, pelo contrário, em sua exis-tência absoluta, eterna, incondicional e independente."' Ambos os nomes eram muito antigos e amplamente conhecidos (Gn 4:26-12.8; 17.1; 28.3), mas Deus se manifestou principalmente pelo nome de El Shaddai, Deus Todo-poderoso. Para este grande li-vramento, o próprio Deus revelou o pleno significado de Yahweh, "o Senhor". Esta não é outra narrativa do chamado de Moisés, diferente da anterior, como advogam muitos estudiosos liberais,' mas trata-se de uma renovação das promessas a Moisés com maior destaque a um povo desanimado.'

A nova revelação neste nome retratava que Deus se ligara com seu povo por concer-to (4). Este concerto começou com os patriarcas e incluía a promessa da terra de Canaã, por onde, durante muitos anos, vaguearam como peregrinos e estrangeiros (Gn 15:18). Deus se lembrou do concerto quando ouviu o gemido dos filhos de Israel por causa da escravidão (5). Ele não esqueceu; somente esperara até que os filhos estivessem pron-tos para cumprir sua parte no concerto.

Deus ordenou que Moisés renovasse a confiança dos israelitas. Ele tinha de lhes dizer que seriam libertos da servidão egípcia, que Deus os resgataria com braço es-tendido ("ação especial e vigorosa", ATA) e com juízos grandes (6) sobre os opressores. Israel seria o povo especial de Deus e lhe daria a terra da promessa por herança (7,8). Estas palavras tranqüilizadoras foram apoiadas pela declaração: Eu, o SENHOR.

Embora a promessa fosse feita com firmeza, os líderes de Israel não ouviram a Moisés, por causa da ânsia do espírito e da dura servidão (9). Embora tivessem crido antes (4.31), o aumento da crueldade os abatera tanto que meras palavras de pro-messa não bastariam. Às vezes Deus tem de operar para que creiamos em suas promes-sas. Mais tarde, nos lembraremos das palavras da promessa.

Quando Moisés (10) não pôde convencer Israel, duvidou que pudesse convencer Faraó (11), a quem agora Deus o dirigia. Se Israel não lhe dava ouvidos, por que Faraó escutaria? Incircunciso de lábios (12), de acordo com a expressão idiomática em hebraico, seria um defeito que interfere com a eficiência.' O ouvido incircunciso era um ouvido que não ouvia (Jr 6:10), e o coração incircunciso era um coração que não entendia. A boca de Moisés não podia falar com clareza. Mas a despeito da debilidade humana, Deus falaria. Ele daria mandamento para os filhos de Israel e para Faraó, e o assunto seria resolvido (13).

Encontramos em 5.22 a 6.13, certos "Problemas para a Fé":

1) A demora de Deus em agir, 22,23;

2) Espíritos desanimados e abatidos, 9;

3) Pessoas indiferentes, 12;

4) Enfer-midades físicas, 9.
Nos versículos 1:8, temos estas "Garantias para a Fé":

1) O poder de Deus, 1;

2) O nome de Deus, 3;
3) A resposta de Deus, 5;

4) 0 relacionamento de Deus, 7;
5) A promessa de Deus, 8.

3. A Genealogia de Ardo e Moisés (6:14-27)

Neste ponto, o autor de Êxodo chegou ao fim de uma narrativa preliminar sobre a libertação dos israelitas da terra do Egito. O drama da vitória estava a ponto de começar. Seu desejo, como também o de Deus, era manter o relato nitidamente relacionado com a história, e sobretudo com a história do povo de Deus. A tarefa de Moisés e Arão era tirar esse povo da terra do Egito (13). O autor escrevia sobre estes dois homens (26,27) e seus nomes achavam-se na genealogia oficial. Por esta razão, o autor inclui essa porção da genealogia aqui.

A lista começa com Rúben (14) e Simeão (15), os dois irmãos mais velhos de Levi. Estes dois personagens e seus descendentes foram, primeiramente, mencionados para mostrar onde Levi se encaixava na lista e, também, para indicar que é freqüente a esco-lha de Deus deixar de lado o primogênito.' Estes eram chefes de famílias, ou "clãs", e além dos nomes da primeira geração nenhum outro é dado para os filhos destes dois irmãos mais velhos.

A preocupação primária aqui era o relato da família de Levi, da qual descendiam Moisés e Arão. As idades de Levi (16), Coate (18) e Anrão (20) não são dadas por razões cronológicas, mas para mostrar a boa providência de Deus revelada a esta família antes mesmo que a tribo fosse escolhida para prestar serviços sacerdotais." Pela primeira vez, a genealogia da tribo de Levi é apresentada em detalhes (cf. Gn 46:9-11; Nm 3:18-33).

O Anrão do versículo 18 não pode ser o mesmo do versículo 20, porque várias gera-ções se interpõem entre eles. Este método de registro genealógico não era incomum para os hebreus.' O autor deu os descendentes dos parentes de Moisés e Arão (19,21,22,24), mas seu interesse primário fixava-se nestes dois líderes. Corá (24), primo de Moisés, é mencionado mesmo que depois seja narrada sua morte; ele é incluído porque seus filhos sobreviveram (ver Nm 16:1-26.11).

Joquebede (20, mãe de Moisés) era tia de Anrão, sendo provavelmente da mesma idade. Esse tipo de casamento não era raro antes da lei (Lv 18:12)." Aqui, o autor não menciona os descendentes de Moisés, mas relaciona o filho e o neto de Arão, respectiva-mente, Eleazar (23) e Finéias (25). O nome da esposa de Arão, Eliseba (23), é mais conhecido em sua forma grega "Elisabete".

O autor quer que os leitores saibam quem eram Moisés e Arão. Ninguém deveria se equivocar com a identidade desses servos de Deus. Estes são Arão e Moisés (26) que receberam as palavras de Deus e as falaram a Faraó, rei do Egito (27). Segundo os seus exércitos (26) não significa necessariamente exércitos de homens armados; diz respeito à organização sistemática por tribos e famílias quando Israel se punha em or-dem para marchar.

4. A Segunda Visita a Faraó (6:28-7,13)

a) A mensagem para Faraó (6:28-7.7). Os versículos 28:29 repetem a ordem de Deus para que estes dois líderes fossem à presença de Faraó. Moisés ainda relutava, por causa do seu defeito de fala (30; cf. v. 12 e comentários ali), dando outra vez destaque ao plano de Deus usar Arão.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Êxodo Capítulo 6 versículo 6
Vos resgatarei com braço estendido:
O verbo traduzido habitualmente por “resgatar” evoca a ação pela qual uma pessoa privada da sua liberdade ou dos seus meios de existência se vê libertada dessa situação, graças à intervenção de um parente próximo (goel) que defende a sua causa. Aplicado a Deus, esse verbo expressa o vínculo estreito que une 1srael ao seu Deus e o compromisso divino de ir em socorro do seu povo em tempo de desgraça. Conforme Lv 25:25,Lv 25:47-49.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 6 do versículo 1 até o 30
*

6:1

lançará fora. O poder do Senhor mais do que prevaleceria, pois Faraó não somente deixaria irem-se os filhos de Israel, mas também os lançaria fora do Egito.

* 6.2-8

Note o uso repetido da fórmula da revelação (autoridade) "Eu sou o SENHOR", nestes versículos (vs. 2:6-8). O uso do nome do Deus da aliança sublinha a certeza das promessas e da fidelidade da aliança (3.15 e notas).

* 6:3

Deus Todo-poderoso. Deus se tinha revelado aos patriarcas como o Deus Todo-poderoso (no hebraico, El-Shaddai, Gn 17:1; 28:3; 35:11). No livro de Gênesis, entretanto, o nome Yahweh é muito mais comumente usado, talvez somente para identificar o Deus dos patriarcas como Yahweh, o SENHOR. Não obstante, enquanto que algumas passagens parecem deixar implícito o uso da palavra Yahweh desde os tempos mais remotos (ver Gn 4:26; 9:26; 12:8; 24:12), ele não se encontra como um elemento formativo de nomes pessoais (Ja- ou Jo-) antes dos dias de Moisés, com a possível exceção de Joquebede (6.20). Seja como for, Deus identifica-se como El Shaddai, o Deus dos patriarcas, mas revelou-se novamente como Yahweh, o Deus da aliança, que reivindicou e redimiu a Israel, de acordo com seu propósito gracioso.

* 6:4

minha aliança. Yahweh é também El Shaddai, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Suas promessas da aliança, feitas àqueles antigos patriarcas formam o seu propósito quanto a Israel. A continuidade da aliança é afirmada nos vs. 4 e 5.

* 6:5

me lembrei da minha aliança. Quando o verbo "lembrar" é usado em relação a Deus, quer dizer que ele está disposto a agir com base em suas promessas, e não simplesmente que as estava relembrando. Esta narrativa afirma a inclusão de todo o povo de Israel na Aliança abraâmica.

* 6:6

vos tirarei... vos resgatarei. A resposta de Deus à queixa de Moisés, em 5.22,23. Esse é o âmago da presente seção, uma solene garantia da redenção e da reafirmação da aliança.

resgatarei. Normalmente, esse termo refere-se à restauração dos direitos a um membro da família em desvantagem, mediante o pagamento de um preço ou resgate; tal redenção normalmente era efetuada pelo parente mais chegado (Lv 25:25; cf Rt 4). Israel, como filho primogênito de Yahweh (4,22) foi remido do Egito para ser o próprio povo de Deus. Livramento, redenção e relacionamento pactual são as palavras-chave desta passagem. O âmago da aliança é a reivindicação de Deus sobre seu povo bem como a reivindicação recíproca que ele permitia que eles fizessem dele.

* 6:7

meu povo. Isso antecipa 19.5,6.

* 6.9-13

Deus renovou aqui a sua exigência de que Israel fosse libertado. O desencorajamento de Israel e de Moisés mostra-nos que o livramento teria que ser obra de Deus do princípio ao fim. A despeito da promessa renovada de Deus, o povo de Israel não queria ouvir, e o próprio Moisés teve dificuldades em acreditar que sua missão lograria bom êxito.

* 6.14-27

Nessa seção de transição, Moisés e Arão são formalmente identificados, e a história do trabalho deles é passada em revista e reiniciada, como preparação para a descrição das dez pragas. A identificação formal é realizada através de uma genealogia que começou por Rúben, filho mais velho de Israel, e então passa para Simeão, seu segundo filho, e, finalmente, chega a Levi. A genealogia de Levi estabeleceu o elo com Moisés e Arão. Entre os levitas, Anrão foi selecionado, e então Arão e Moisés. Os nomes subseqüentes constituem a linhagem sacerdotal de Israel (Nm 25:10-13; 26.57-62). Quanto a Coré, ver Nm 16:1-35.

* 6:20

O registro do casamento de Anrão com sua tia paterna seria extremamente improvável em uma genealogia fictícia. Esse tipo de casamento foi mais tarde proibido na Lei (ver Lv 18:12). Três mulheres são mencionadas no acompanhamento dessa linhagem: Joquebede, Eliseba e uma filha de Putiel.

* 6:23

lhe deu à luz. Nenhum descendente de Moisés é mencionado, mas os descendentes de Arão continuam, pelas duas gerações seguintes, a estabelecer a sucessão sacerdote de Arão através de seu sucessor, Eleazar. A genealogia abrange somente quatro gerações durante a permanência no Egito, e é claramente seletiva (Gn 5:3-32, nota).

* 6:25

Putiel... Finéias. Tal como no caso de "Merari", no v. 16, esses nomes provavelmente são egípcios, de ocorrência freqüente entre os levitas.

* 6.28—7.7

Esta seção passa em revista e reafirma a comissão de Moisés, após a sua hesitação inicial (6.12,30). A verdadeira exigência agora evidencia-se: não uma ausência temporária, mas a saída definitiva do Egito.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 6 do versículo 1 até o 30
6:6 Os problemas pequenos só necessitam respostas pequenas. Mas quando enfrentamos a problemas grandes, Deus tem a oportunidade de exercitar seu grande poder. Conforme os problemas dos hebreus foram de mal em pior, Deus planejou intervir com seu grande poder e realizar grandes milagres para liberá-los. Quão grandes som seus problemas? Os grandes problemas o põem na posição perfeita para observar a Deus dar grandes respostas.

6.6-8 As promessas de Deus que há nestes versículos se cumpriram ao pé da letra quando os hebreus saíram do Egito. O os liberou da escravidão, chegou a ser seu Deus e os aceitou como seu povo. Logo os guiou à terra que lhes tinha prometido. Quando os hebreus foram resgatados da escravidão, também nos estavam exemplificando a todos nós o drama da salvação. Quando Deus nos redime do pecado nos libera, aceita-nos e chega a ser nosso Deus. Logo nos guia para uma nova vida conforme vamos seguindo.

6.9-12 Quando Moisés lhe deu a mensagem de Deus ao povo, este estava muito desalentado para escutá-lo. Os hebreus já não queriam ouvir nada mais a respeito de Deus e de suas promessas porque a última vez que escutaram ao Moisés, tudo o que obtiveram foi mais trabalho e maior sofrimento. Algumas vezes uma mensagem clara de Deus vai seguido de um período no que não há nenhuma mudança aparente na situação. Durante esse tempo, os aparentes problemas podem fazer que a gente se afaste e não queira escutar nada a respeito de Deus. Se está guiando, não se renda. Continue lhes dando a mensagem de Deus como o fez Moisés. Ao nos concentrar no Deus que se deve obedecer e não nos resultados que se devem alcançar, os bons líderes podem ver além dos problemas e quedas temporárias.

6.10-12 Pense quão difícil pôde ter sido para o Moisés levar a mensagem de Deus a Faraó quando seu próprio povo não podia acreditá-lo. Finalmente, os hebreus estiveram seguros de que Deus tinha enviado ao Moisés. Mas por um tempo, deveu haver-se sentido muito sozinho. Entretanto, Moisés obedeceu a Deus e olhem a diferença! Quando parecerem fracos as oportunidades de êxito, recorde que qualquer pode obedecer a Deus quando a tarefa é fácil e todos andam detrás dela. Só aqueles que contam com uma fé persistente podem obedecer quando a tarefa parece impossível.

6.14-25 Esta genealogia ou árvore da família foi colocado aqui para identificar mais firmemente ao Moisés e Arão. As genealogias eram utilizadas para estabelecer créditos e autoridade, ao igual a para riscar a linha histórica de uma família.

6:26 Tirar os israelitas do Egito por seus exércitos significa que sairiam por tribos, clãs ou grupos familiares.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 6 do versículo 1 até o 30
c. A Comissão de Divine (6: 1-13)

1 E disse o SENHOR a Moisés: Agora verás o que hei de fazer a Faraó; porque por uma mão forte se ele deixá-los ir, e por uma poderosa mão os lançará de sua terra.

2 E Deus falou a Moisés, e disse-lhe: Eu sou o Senhor: 3 e eu apareci a Abraão, a Isaque, e Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome Jeová, não lhes fui conhecido. 4 E eu tenho também estabeleci a minha aliança com eles, para lhes dar a terra de Canaã, a terra de suas peregrinações, na qual foram peregrinos. 5 E também tenho ouvido o gemido dos filhos de Israel, aos quais os egípcios vêm escravizando; e lembrei-me da minha aliança. 6 Portanto dize aos filhos de Israel, eu sou o Senhor, e eu farei sair de debaixo das cargas dos egípcios, e eu vou livrá-lo fora de sua servidão, e vos resgatarei com braço estendido, e com grandes juízos: 7 e eu vou levá-lo para meu povo, e eu serei o vosso Deus; e sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus, que te faz sair de debaixo das cargas dos egípcios. 8 E eu vou trazê-lo na terra que jurei dar a Abraão, Isaque e Jacó; e eu vo-lo concederá em herança: eu sou o Senhor. 9 E Deste modo falou Moisés aos filhos de Israel, mas eles não deram ouvidos a Moisés, por causa da angústia de espírito e da dura servidão.

10 E o Senhor disse a Moisés, dizendo: 11 Vai, fala a Faraó, rei do Egito, que deixe os filhos de Israel sair da sua terra. 12 E disse Moisés perante o Senhor, dizendo: Eis que os filhos de Israel não tem me deram ouvidos; Como, então, ouvirá Faraó a mim, que sou incircunciso de lábios? 13 E o Senhor disse a Moisés ea Arão, e deu-lhes mandamento para os filhos de Israel, e para Faraó, rei do Egito, para trazer os filhos de Israel para fora do terra do Egito.

O Senhor já tinha advertido Moisés como as coisas iriam. Mas com paciência divina Ele assegurou-lhe mais uma vez que se ele pacientemente confiar e obedecer, ele ainda ver como Jeová usaria Faraó para cumprir o Seu propósito. Ele lembrou a Moisés que Ele era o Senhor, e pela primeira vez que ele é gravado, a que se refere a Moisés que o convênio que tinha estabelecido com os patriarcas. E deu-lhe em maior plenitude a mensagem que Ele tinha falado pessoalmente a Moisés (3: 7-9) e lhe instruiu a proclamar a Israel (3: 15-17 ). É possível que Moisés não tinha feito uma proclamação geral deste anúncio reconfortante antes desta. Mas agora que ele fez, mas as pessoas estavam em tão amargo cativeiro que eles se recusaram a encontrar conforto em suas palavras.Mais uma vez o Senhor falou a Moisés que ele suportar a mensagem divina a Faraó. Moisés, porém, observou que, se Israel não iria ouvi-lo, o que ele poderia ter esperança de impressionar Faraó? Mas o Senhor pressionado Seu mandato, a Moisés e Arão, dando-lhes uma carga em relação a Israel e Faraó que eles trazem a Israel. Sua tarefa era uma das responsabilidades mais solenes possíveis.

No processo de comunicação do Senhor com Moisés, Ele disse que Ele era o Senhor, que Ele apareceu aos três patriarcas como El Shaddai (Deus Todo-Poderoso , ver Gn 17:1 ; Gn 43:14 ; Gn 48:3 ), mas ele não tinha sido conhecido por eles, ou como é mais bem traduzida, não fez conhecido a eles, pelo seu nome Javé ou Jeová . Isto levanta um problema desconcertante. Para o nome Jeová aparece cerca de sessenta e uma vezes em Gênesis. Estes incluem não apenas as referências a ele por esse nome na narrativa, mas declarações específicas que o nome foi usado na adoração, tanto para trás como o tempo de Sete (Gn 4:26 ), que Abraão adorou-o por este nome (Gn 12:8 ), que Isaqueadoraram por este nome (Gn 26:22 , Gn 26:25 ), que Ele chamou a Si mesmo Jeová ao conversar com Abraão (Ex 18:14) e quando primeiro se revelando a Jacó em Betel (Ex 28:13 ), que o nome foi usado em provérbios extremamente antigos (Ex 10:9 ), que Abraão usou este nome em nomear o lugar onde ele amarrou a Isaque (Ex 22:14 ), e inúmeros casos em que um anjo o chamou Jeová ou os patriarcas ou membros das suas famílias que se referiam a Ele sob esse nome.

Existem três possíveis explicações para essa aparente contradição. Estudiosos críticos têm aproveitado este verso como a chave para a chamada "hipótese documentária," a divisão do Pentateuco e do livro de Josué em vários documentos independentes e contraditórias que, eventualmente, foram tecidas de maneira pouco rigorosa conjuntamente pelos editores que temiam a mexer para qualquer grande medida, com os documentos já sagrados, e que consequentemente não eliminou as contradições. Segundo esta teoria, os casos em que Jeová é usado antes da Êxodo são quase inteiramente a partir do documento chamado J para Jehovistic, por isso é considerado uma das suas principais características. Outro documento importante é suposto ser E que normalmente usa Elohim ou "Deus" como o nome para a divindade. A passagem em Ex 3:13 é suposto ser a primeira utilização independente do E do nome de Jeová e para conter a implicação de que não tinha sido previamente conhecida. A presente passagem é suposto ser de ainda um terceiro documento conhecido como P por causa de seus interesses sacerdotais e ênfase. Nesse ambiente, ele faz a afirmação positiva de que o nome Jeová não era conhecido nem utilizado entre o povo escolhido até depois que o Senhor apareceu a Moisés. (Para discussão das fraquezas inerentes dessa teoria e as razões para a rejeição do presente do escritor do mesmo, ver a Introdução Geral ao Pentateuco na frente deste volume e também " Autoria "em" Introdução "ao Êxodo.)

A segunda possibilidade é que Jeová ou Javé não era conhecido como o nome de Deus antes do tempo de Moisés, e que suas ocorrências anteriores em Gênesis são simplesmente o resultado de conhecimento do autor de Deus por esse nome. Mas isso exigiria uma grande quantidade de liberdade na gravação de discursos tanto de Jeová e dos patriarcas. Atua-se sobre declarações específicas que os homens invocou o nome do Senhor, os provérbios de usá-lo, e o nome da cidade de Abraão, que a incluiu. E isso envolve o autor do Pentateuco, de tal auto-contradição flagrante, usando o nome nas primeiras narrativas e, em seguida, a gravação de sua introdução mais tarde e a negação de que ele tinha sido previamente conhecida, assim como a tornar praticamente impossível conceber que um inteligente escritor poderia ter seguido esse caminho. O presente escritor não se sente, é claro, que a precisão histórica depende de cada discurso registrado em Gênesis reproduzindo a palavra declarações originais por palavra. Uma comparação entre os quatro evangelhos do Novo Testamento em relação às palavras de Jesus e Seus contemporâneos deixa bem claro que tal exatidão não é uma característica necessária da escrita inspirada. Mas isso é pedir demais a propor que Moisés ou quem escreveu Gênesis incorporou tudo o que está lá dito sobre o nome do Senhor a partir de seu próprio conhecimento mais tarde do mesmo nome.

A terceira explicação é a quase universalmente adotada entre os estudiosos evangélicos. Como foi referido em conjunto com a mudança de nome de Jacó para Israel (Gn 32:27 ), e em conjunto com a cena na sarça ardente (Ex 3:1 e ss ), os nomes foram mais de etiquetas de identificação para Hebreus. Eles revelaram personagem assim como a identidade. O nome Jeová está intimamente relacionado com o outro nome que foi revelado pela primeira vez a Moisés na queima bucha Eyeh , tradicionalmente traduzido: "Eu sou." Jeová é a terceira forma pessoal, em vez do que o primeiro, que significa "ele é" ou "Ele vai ser", e, como um nome, "aquele que é", "a única absoluta e imutável", "aquele que nunca vindo à manifestação", ou mesmo, "aquele que traz a passar" ou "o performer de suas promessas. "Agora, enquanto o próprio nome era muito mais velho do que Abraão, e era conhecido e usado por ele como o nome de identificação do seu Deus, Deus nunca chamou a atenção para o significado do nome quando se revelando aos três patriarcas, nem explicou. Ele fez revelar o nome El Shaddai ou Deus Todo-Poderoso a Abraão, e seguiu-o com promessas que exigiriam o poder de Deus para a realização. Mas era impossível para os patriarcas de saber o significado completo de Jeová, pois ressaltou Sua eternidade, seu desempenho de suas promessas. Ele reuniu em torno de si os conceitos de "existência pessoal de Deus, a continuidade de sua relações com o homem, a imutabilidade de suas promessas, e toda a revelação da Sua misericórdia redentora." Como tal, o Senhor só poderia fazer o personagem por trás do nome conhecido para os descendentes dos patriarcas-a os filhos de Israel na época do Êxodo. Connell tem chamado a atenção para o fato de que os homens tão tarde como o tempo de Jeremias e Ezequiel, que com toda a certeza sabia o nome Jeová, ainda precisava de saber o nome , no sentido mais verdadeiro de um conhecimento pessoal do personagem por trás dele.

Para conhecer a Deus pelo nome Jeová era a conhecê-Lo como o Deus que guarda o concerto. E foi dessa forma que esta revelação posterior, mais rico do Senhor a Moisés deu a conhecer. O Senhor agora menciona a aliança, que tinha feito com os patriarcas, pela primeira vez (Ex 6:4)

14 Estes são os cabeças das casas de seus pais. Os filhos de Rúben, o primogênito de Israel: Enoque e Palu, Hezrom e Carmi; estas são as famílias de Rúben. 15 E os filhos de Simeão: Jemuel, Jamim, Oade, Jaquim, Zoar, e Saul, filho de uma cananéia; estas são as famílias de Simeão. 16 E estes são os nomes dos filhos de Levi, segundo as suas gerações: Gérson, Coate e Merari; e os anos da vida de Levi foram cento e trinta e sete anos. 17 Os filhos de Gérson: Libni e Simei, segundo as suas famílias. 18 E os filhos de Coate: Anrão, Izar, Hebrom e Uziel; e os anos da vida de Coate foram cento e trinta e três anos. 19 E os filhos de Merari: Mali e Musi. Estas são as famílias dos levitas, segundo as suas gerações. 20 E Anrão tomou por Joquebede irmã de seu pai para a esposa; e ela deu-lhe Arão e Moisés; e os anos da vida de Anrão foram cento e trinta e sete anos. 21 E os filhos de Izar: Corá, Nefegue e Zicri. 22 E os filhos de Uziel: Misael, . Elzafã e Sitri 23 Arão tomou por mulher a Eliseba, filha de Aminadabe, irmã de Naasson, a esposa; e ela lhe deu Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. 24 E os filhos de Corá: Assir, Elcana e Abiasafe; estas são as famílias dos coraítas. 25 Eleazar, filho de Arão, tomou uma das filhas de Putiel a esposa; e ela lhe deu Finéias. Estas são as cabeças dos "pais casasdos levitas, segundo as suas famílias. 26 Estes são Arão e Moisés, aos quais o Senhor disse: Tirai os filhos de Israel da terra do Egito, segundo os seus exércitos. 27 Estes são os que falaram a Faraó, rei do Egito, para tirar os filhos de Israel do Egito: são que Moisés e Arão.

Neste ponto, o escritor de Êxodo procura identificar Moisés e Arão mais plenamente. Para fazer isso, ele começa a repetir quase palavra por palavra a lista genealógica dos filhos de Israel encontrados em Gn 46:8 ).Mas, como foi observado em comentando sobre essa passagem, "geração", provavelmente se refere ao "período de tempo", em vez de geração no sentido moderno. Pois o Senhor também disse a Abraão que a opressão duraria 400 anos (Gn 15:13 ), eo escritor do Êxodo dá o total de permanência no Egito, como 430 anos (12: 40-41 ). As idades de Levi, Coate e Amram são dadas nesta genealogia, e que de Arão e de Moisés, Lv 7:7 ), mas aparentemente aceitável neste momento. Corá, que mais tarde causou problemas para Moisés (N1. Ex 16:1 ). O Senhor respondeu com uma revelação mais completa de seu caráter (6: 1-8 ). Moisés tinha levado Sua mensagem a Israel, só para voltar mais deprimido do que nunca (6: 9-12 ). O Senhor respondeu com um comando renovado para realizar a missão (Ex 6:13 ), um comando mencionado apenas em termos gerais, até depois da linha lateral da genealogia foi cuidado (6: 14-27 ), e agora dada em detalhe . Como o escritor reintroduz esta cena, ele repete quase textualmente a conversa Dt 6:10 , exceto que ele se expande a carga para a sua plenitude inicial. Moisés ainda está preocupada com a sua inadequação como um mensageiro, referindo-se a si mesmo como um com lábios não circuncidados , como se seus lábios estavam cobertos com algo parecido com um prepúcio, de modo que abriu e fechou com dificuldade. Mas o Senhor tranquiliza-o que ele não tem necessidade de se sentir inferior a Faraó. Seu poder sobrenatural desde o fez como um deus de Faraó, e Arão é o seu profeta. Eles estão a falar as palavras que o Senhor lhes dará. O coração de Faraó será endurecido (ver comentários sobre Ex 4:21 ), mas isso só vai levar a uma multiplicação de sinais e maravilhas de Jeová. Quando Seus julgamentos do Egito estão completos, todos os egípcios saberão, assim como Israel, que Ele é o Senhor, que ele cumpre suas promessas. Na última Moisés está convencido. Ele e Arão sair para fazer a licitação do Senhor. Nunca houve novamente uma séria questão de saber se Moisés iria cumprir a sua missão. A paciência divina está além da nossa compreensão, mas foi só a paciência como este, que poderia ter tido sucesso com Moisés. Quantas vezes tanta paciência deve ser praticado com a gente! Sem dúvida, suas realizações em nossas vidas são mais do que sabemos.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 6 do versículo 1 até o 30
  1. "Mas eis que não crerão" (Ex 4:1-9)

Contudo, Deus acabara de dizer que acreditariam nele (3:18), portanto essa afirmação não era nada além de total descrença. Deus fez dois milagres para Moisés—o bordão transformou-se em serpente, e a mão dele ficou leprosa. Essas seriam suas credenciais diante do povo. Deus pega o que temos à mão e usa isso, se apenas confiarmos nele. O bordão, por si mesmo, não seria nada, mas nas mãos de Deus transformou-se em poder. A própria mão de Moisés matara um homem, mas, no segundo milagre, Deus mostrou a Moisés que pode curar a fraqueza da carne e usá- lo para sua glória. As mãos dele não eram nada, mas nas mãos de Deus po-diam fazer maravilhas! Depois, Deus acrescentou um terceiro sinal —trans-formar a água em sangue. Esses sinais convenceríam o povo de Deus (Ex 4:29- 31), mas eram apenas imitados pelos egípcios ímpios (Ex 7:10-25).

  1. "Eu nunca fui eloqüente" (Ex 4:10-17)

Deus disse: "Eu Sou" — e tudo que Moisés dizia era: "Eu não sou!". Ele olhava para si mesmo e para suas fraquezas, em vez de olhar para Deus e seu poder. Nesse caso, Moi-sés argumentou que não era eloqüente. Contudo, o mesmo Deus que fizera sua boca podia usá-la. Deus não precisa de eloquência nem de oratória: ele precisa ape-nas de um vaso puro que possa se encher ''cõmTTua mensagem. No 'versículo 13, Mõises“cTãTríãrT/Envia aquele que hás de enviar, menos a mim". Essa atitude de descrença enraiveceu Deus, contudo ele de-signou Arão para ser ajudante de Moisés. Infelizmente, Arão, mais de uma vez, foi mais um obstáculo que uma ajuda! Ele levou a nação à idolatria (32:15-28) e murmurou '^ontra~Moisés (Nu 12:0). Deus teve de disciplinar Moisés (talvez, pela doença) para lembrá-lo de sua obrigação. Como ele poderia guiar Israel se fracassava em guiar a própria família nas coisas espi-rituais? Mais tarde, Moisés manda, sua família de volta para Midiã (veja 18:2).

  1. A liderança do Senhor (vv. 27-28)

Deus prometera que Arão viria (v. 14) e, agora, cumpria sua promes-sa. Ao mesmo tempo que Moisés e Arão tinham suas fraquezas e que cada um deles fracassou mais de uma vez com Deus, era uma grande ajuda para Moisés ter o irmão a seu lado. Eles encontraram-se no "mon-te de Deus", local onde Moisés vira a sarça ardente (3:1).

  1. A aceitação do povo (vv. 29-31)

Isso também é o cumprimento da Palavra de Deus (3:18). Infelizmen-te, esses mesmos judeus que rece-beram Moisés e inclinaram a cabe-ça para Deus, depois o odiaram e o criticaram por causa do aumento de trabalho que tiveram (5:19-23). É sábio não pôr nossas esperanças na reação das pessoas, pois, com frequência, ‘as pessoas deixam de cumprir seus compromissos.

  1. A ordem

Sete vezes nesse capítulo, Deus diz ao faraó: "Deixa ir o meu povo" (veja 5:1; 7:16; 8:1,20; 9:1,13 10:3). Essa ordem revela que Israel estava na escravidão, mas Deus queria-o livre para servir-lhe. Essa é a condição de todo pecador perdi-do: escravização ao mundo, à car-ne e ao mal (Ef 2:1-49).

"Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel", foi a resposta do faraó à ordem de Deus (5:2). O mundo não respeita a Palavra de Deus, pois para ele são "palavras mentirosas" (5:9). Moisés e Arão apresentam a or-dem de Deus ao faraó, e o resulta-do foi mais escravidão para Israel! O pecador entrega-se à Palavra de Deus ou resiste a ela e endurece (veja 3:18-22 e 4:21-23). Em um sentido, Deus endureceu o co-ração do faraó ao apresentar-lhe suas reivindicações, mas o pró-prio faraó endureceu o coração ao resistir às reivindicações de Deus. O mesmo sol que derrete o gelo endurece o barro.

Infelizmente, o povo de Israel procurou o faraó em busca de aju-da, em vez de procurar o Senhor que prometera libertá-lo (5:15-19). Não é de admirar que os judeus não fossem capazes de concordar com Moisés (5:20-23) e o acusassem, em vez de encorajá-lo. Os crentes que não têm comunhão com Deus trazem pesar para seus líderes, em vez de ajuda. Com certeza, Moisés estava desencorajado, mas ele fez o que sempre é melhor — levou seu problema ao Senhor. No capítulo 6, Deus encorajou Moisés ao lem-brá-lo de seu nome (6:1-3), de sua aliança (6:4), de sua preocupação pessoal (6:
5) e de suas promessas fiéis (6:6-8). O "EU SOU" e "FAREI" de Deus são suficientes para derro-tar o inimigo! O propósito de Deus ao permitir que o faraó oprimisse Israel era fazer com que o mundo conhecesse o poder e a glória do Senhor (6:7; 7:5, 17; 8:10, 22; veja Rm 9:17).

Montou-se o cenário: o faraó recusou a ordem de Deus, e, ago-ra, o Senhor mandaria seu julga-mento sobre o Egito. Ele cumpriría sua promessa de Gênesis 12:3 de julgar as nações que perseguissem os judeus. Ele revelaria seu poder (9:16), sua ira (Sl 78:43-19) e sua grandeza, mostrando que os deuses do Egito eram falsos deuses, e que Jeová é o único Deus verdadeiro (12:12; Nu 33:4).

  1. O conflito

As dez pragas do Egito represen-tam muitas coisas: (1) eram um si-nal para Israel que lhe assegurava o poder e o cuidado de Deus, 7:3; (2) eram pragas de julgamento para o Egito a fim de punir seu povo por perseguir Israel e de mostrar a inu-tilidade dos deuses dele, 9:14; e (3) eram profecias de julgamentos por vir, conforme Apocalipse revela.

Observe a seqüência das pra-gas. Elas dividem-se em três grupos, com três pragas em cada grupo. A décima praga (morte dos primogê-nitos) foi a última:

  1. A água transforma-se em san-gue, Ex 7:14-25 (advertência em Ex 7:16)
  2. Rãs, 8:1 -15 (advertência em Ex 8:1)
  3. Piolhos, Ex 8:16-19 (sem adver-tência, e os magos não pude-ram copiar, Ex 8:1 8-19)
  4. Moscas, Ex 8:20-24 (advertência em Ex 8:20)
  5. Peste no gado, Ex 9:1-7 (adver-tência em Ex 9:1)
  6. Úlceras e tumores nas pesso-as, 9:8-12 (sem advertência, os magos foram afligidos, Ex 9:11)
  7. Chuva de pedras, fogo, 9:13- 35 (advertência em Ex 9:13)
  8. Gafanhotos, Ex 10:1-20 (adver-tência em Ex 10:3)
  9. Trevas espessas, Ex 10:21-23 (sem advertência, o faraó recusou-se a ver Moisés de novo, Ex 10:27-29)
  10. Morte dos primogênitos, Ex 11-.12 (o julgamento final).

Na verdade, as pragas eram uma declaração de guerra aos deuses do Egito (veja 12:12). Os egípcios adoravam o rio Nilo como um deus, porque esse rio era fonte de vida para eles (Dt 11:1 Dt 11:0-5); rãs (Ex 16:13); úlceras malignas e per-niciosas (16:2); chuva de pedras e fogo (Ex 8:7), gafanhotos (Ex 9:1 ss); e tre-vas (Ex 16:10).

Os magos egípcios consegui-ram copiar alguns dos milagres de Moisés — transformar o bordão em serpente (Ex 7:8-13), e a água, em san-gue (7:19-25), e fazer aparecer as rãs (Ex 8:5-7). Contudo, eles não con-seguiram transformar o pó em pio-lho (Ex 8:16-19). Em 2Tm 3:8-55, somos advertidos de que, nos últi-mos dias, falsos mestres se oporão a Deus ao imitar seus milagres. Veja II Tessalonicenses 2:9-10. Satanás é um falsificador que engana o mun-do perdido ao imitar o que Deus faz (2Co 11:1-47,2Co 11:13-47)

Deus exige separação total do mun-do, a amizade com o mundo é inimizade com Deus (Jc 4:4). Os egípcios poderiam se ofender se vissem os judeus sacrificar seu gado a Jeová, já que adoravam vacas. Os crentes devem sair "do meio deles" e separar-se (2Co 6:1 2Co 6:7, NVI).

  1. Não se afastar muito (Ex 8:28)

O mundo diz: "Não seja fanático!". "E bom ter religião, mas não leve isso a sério demais". Aqui, temos a tentação de ser "crentes limítrofes", os que tentam se manter próximos do mundo e de Deus ao mesmo tempo.

  1. Apenas os homens podem ir (Ex 10:7-11)

Isso significa deixar as mulheres e as crianças no mundo. A fé envolve toda a família, não apenas os ho-mens. É privilégio do marido e do pai liderar a família nas bênçãos do Senhor.

  1. Manter as posses no Egito (10:24-26)

Satanás ama segurar nossas rique-zas materiais para que não possa-mos usá-las para o Senhor. Tudo que temos pertence a Cristo. E Jesus disse-nos: "Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mt 6:21). Que tragédia roubar a Deus ao deixar nossos "rebanhos e gados" para Satanás usar (Ml 3:8-39).

Moisés recusou fazer cada uma das concessões, pois não podia fazer concessões a Satanás e ao mundo e ainda agradar a Deus. Podemos pensar que vencemos ao pacificar o mundo, mas estamos enganados. Deus exige obediência total, separa-ção completa do mundo. Realizou- se isso com o sangue do cordeiro e a travessia do mar Vermelho, retratos da morte de Cristo na cruz e de nossa ressurreição com ele, libertando-nos "deste mundo perverso" (Gl 1:4).

  1. ponto principal dessa seção é o cordeiro. A Páscoa marca o nasci-mento da nação de Israel e sua li-bertação da escravidão. Esse grande evento também retrata Cristo e sua obra na cruz Jo 1:29; 1Co 5:7-46; 1Pe 1:18-60).

Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 6 do versículo 1 até o 30
6.1 Agora verás. O impossível para a capacidade humana, e a oportunidade para Deus intervir com Seus planos de graciosa salvação.

6.3 Todo-poderoso. Em hebraico, El Shaddai; era o nome empregado por todos os povos do Oriente Médio para descrever a Deus, mesmo entre aqueles que tinham perdido a idéia monoteística da divindade. Senhor. O nome específico revelado para Moisés quando lhe foram dadas as promessas da Salvação (Êx 3:14). Normalmente na Bíblia, o nome "Senhor" descreve a Deus nas suas relações com a raça humana, sua revelação e sua graça, enquanto o nome "Deus" o aponta como criador Todo-poderoso dos céus e da terra, a origem de tudo.

6.5 Este versículo revela a misericórdia de Deus para com a raça humana e emprega mais uma vez a palavra Aliança, que é o conjunto das promessas imutáveis de Deus, que alcançam a gloriosa plenitude do seu cumprimento na pessoa de Jesus Cristo.

Depois de revelar Seu nome, Sua compaixão e Sua aliança, Deus promete uma poderosa e específica intervenção na situação atual.
6.7 Tomar-vos-ei. Esta é uma conclusão natural do ato de resgatar, mencionado no versículo anterior. É importante notar que o Antigo Testamento inteira baseia toda a ética, a moralidade; a política e a fé do povo de Israel no soberano ato de Deus em resgatar um povo particularmente Seu.

6.9 Ânsia de espírito. A escravidão é cruel, mas muito pior é a amargura com que o povo encara o sofrimento - é este estado mental que priva muitas pessoas do consolo das promessas de Deus. Os escolhidos rejeitaram a palavra (conforme Jo 1:11). Se o Faraó, um pagão, atender, é por um milagre da parte de Deus (v. 13).

6.14 Chefes dos famílias. Depois de Moisés ter fielmente testificado perante o Faraó e perante o povo de Israel, a respeito da mensagem de Deus, e depois de ter percebido as reações negativas de ambos, estava pronto, em sã consciência, a obedecer à voz de Deus e confiar nas suas promessas reiteradas nos versículos anteriores. Já que a decisão estava firmada, cabe agora, uma definição sobre quem era este Moisés, antes de proceder com a história.

6.16 Levi. O terceiro filho de Jacó, chamado de Israel. Mencionaram-se os dois primeiros, Rúben e Simeão, para chegar a Levi. Depois a genealogia segue a linha até Arão e Moisés, e aos parentes deles que haveriam de assumir trabalhos sacerdotais, sem descrever os outros nove filhos de Jacó. O que interessa em qualquer vida humana é que se converta para servir a Deus.

6.26 São estes. A pausa para definições e explicações é o prelúdio ao grande ato de salvação, que agora passará a ser descrito.

6.29 Eu sou. A mensagem dos servos de Deus vem da revelação que Deus lhes concede da sua própria natureza.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 6 do versículo 1 até o 30

3) Uma segunda revelação a Moisés (6:1-13)
Em resposta aos protestos de Moisés, vêm o lembrete da revelação especial que lhe foi dada e a repetição das promessas feitas a seus antepassados. Mas os oprimidos israelitas, que tiveram suas esperanças elevadas e depois cruelmente esmagadas, não dariam ouvidos aos devaneios de um Moisés. Para a discussão dos v. 2,3, conforme a introdução ao livro de Êxodo. v. 1. ele os expulsará', conforme 12.33,39. v. 2. Eu sou o Senhor: conforme v. 6,7,8, 29. v. 3. Deus todo-poderoso é a versão tradicional do hebraico ’El Shaddai. Mais provável é a ligação sugerida com a palavra acadiana shadü, “montanha”, especialmente se lembrarmos a origem mesopotâmica dos patriarcas. “Deus da Montanha” seria o análogo da designação “Rocha” para Deus no AT (assim Gole). Em Gn 17:1, Deus se apresenta a Abraão como ’El Shaddai e, de forma semelhante, a Jacó em Gn 35:11 (conforme 48.3). Fora do Pentateuco, o título ocorre principalmente em Jó, talvez como um arcaísmo propositado, v. 4. aliança-, estabelecida com Abraão (Gn 15:18ss; 17.1


14) e renovada com Isaque (Gn 26:3) e Jacó (Gn 35:12). v. 5. lembrei-me não sugere o esquecimento anterior, mas anuncia que o empreendimento da aliança está para ser concluído. Talvez essa seja a chave para entender o significado do texto obscuro Dt 4:27ss. O resgate é um dos temas principais na história de Rute e Boaz (Rt 4:1-8). A linguagem do resgate também é proeminente no desenvolvimento dos temas do “novo êxodo” em Is 40:55 (e.g„ 41.14; 43.1,14). v. 7. Conforme Gn 17:8; Êx 19.5,6. v. 8. jurek conforme Gn 22:15-18; 24:7. v. 12. não tenho facilidade para falar, “lábios incircuncisos”, no TM, dificilmente tem uma conotação moral como em expressões semelhantes em Jr 6:9 e 9.26. Moisés lamenta mais uma vez o fato de que não é um orador talentoso; as suas palavras não tinham tido nenhum poder de persuasão, nem mesmo diante do seu próprio povo.


4) A genealogia de Arão e Moisés (6:14-27)

Visto que a saga está para entrar em uma nova fase, e, do ponto de vista dos israelitas, uma fase mais gloriosa, apresenta-se agora a árvore genealógica de Moisés e Arão. Essa genealogia serve como um tipo de prefácio para o capítulo decisivo na história da libertação: “Foi a este Arão e a este Moisés [...]. Foram eles, Moisés e Arão, que falaram ao faraó...” (v. 26,27). Em virtude da importância subseqüente do grupo de Arão na família, a atenção se volta agora para Arão; nem mesmo o comportamento de alguns descendentes de Moisés mereceria interesse genealógico (conforme Jz 18:30). v. 14ss. São listados os primeiros três filhos de Jacó, seguindo a ordem de Gn 46:8-11, e depois se apresenta a árvore genealógica de Levi com algumas gerações, v. 20. Joquebede talvez signifique “o Senhor é glória”. Supondo que Moisés não mudou o nome de sua mãe (conforme Nu 13:16!), ele poderia ser usado como evidência de que o nome Jeová-Javé era conhecido antes da revelação a Moisés, ao menos por alguns israelitas. Mas v. a introdução a Êxodo. O casamento de Anrão com sua tia não seria permitido na legislação posterior (conforme Lv 18:12). Arão é mencionado pela primeira vez como o filho mais velho (conforme 7.7). v. 23. Como resultado da morte de Nadabe e Abiú (conforme Lv lO.lss), Eleazar sucedeu seu pai na função sacerdotal (conforme Dt 10:6). v. 25. Finéias (o “nú-bio”) e, provavelmente, Futiel são nomes egípcios. A incidência de nomes egípcios na tribo de Levi foi observada repetidas vezes por especialistas do AT. A genealogia apresenta um problema no fato de que a permanência no Egito cobre apenas quatro gerações, mas em outro trecho é dito que durou em torno de 400 anos (conforme Gn 15:13; Êx 12:40). Mas a seletividade como princípio de elaboração de genealogias bíblicas é bem conhecida. Kitchen (Ancient Orient and Old Testament, p. 54ss) argumenta que Anrão era o nome do grupo de famílias a que pertenciam Arão e Moisés; Nu 3:27,Nu 3:28, que apresenta os descendentes de Anrão como bastante numerosos já na época do êxodo, é citado em defesa desse ponto de vista.


5) O milagre da vara (6.28—7.13)

Esse milagre é bem distinto da série de pragas que logo se abateria sobre o Egito. Mesmo assim, introduz o tema do conflito que permeia os capítulos seguintes, à medida que Moisés e Arão demonstram a superioridade dos seus poderes dados por Deus diante da mágica do Egito. Uma proeza semelhante, para legitimação das afirmações de Moisés, já havia sido realizada diante dos olhos dos israelitas (4:2-5). v. 30. O protesto do v. 12 é repetido.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 5 do versículo 1 até o 7

D. A Missão de Moisés diante de Faraó. 5:1 - 7:7.

Moisés e Arão compareceram diante de Faraó pala revelar a vontade de Deus. Seu pedido foi asperamente recusado, e a tribulação de Israel foi aumentada por ordem do rei. Assim os israelitas chegaram ao seu mais baixo nível de desespero impotente e sortimento, para que a graça e o poder de Deus sozinhos pudessem se manifestar em sua redenção. A genealogia de Moisés e Arão foram inseridas nesta passagem para que se tomasse claro o seu relacionamento com Israel na qualidade de lideres credenciados.


Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 6 do versículo 1 até o 13

Ex 6:1. Sua suposição é inteiramente desnecessária; a promessa apresenta-se de modo inteiramente diferente, e a necessidade de maior certeza da parte de Moisés está mais do que evidente.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 6 do versículo 2 até o 13
e) As promessas e a comissão renovadas (Êx 6:2-13)

Eu sou o Senhor... (2,3). Contrariamente às afirmações da moderna crítica, Deus não estava aqui anunciando a Moisés um novo nome pelo qual Ele deveria ser chamado. Mas os versículos que seguem demonstram que Deus estava declarando que tinha chegado o tempo d’Ele cumprir a aliança feita com seus pais, e de fazer aquilo que Ele tinha prometido. Portanto, Ele fortaleceu a fé de Moisés e dos israelitas, reafirmando Seu caráter (ver anotação sobre Êx 3:14). Ele é o Deus observador de Suas alianças, e foi nesse aspecto de Seu caráter que Ele agora se revelava especialmente ao Seu povo, cumprindo as promessas do concerto feito com seus pais, pelo que também o nome "Jeová" deveria, dali por diante, ser associado à relação de aliança entre Deus e Seu povo. Seus pais também empregaram este nome, "Jeová", mas o aspecto de Seu caráter que Ele então revelara particularmente a eles foi o aspecto de Seu poder, no que tangia especialmente à multiplicação de sua descendência (Gn 17:1-2; Gn 28:3; Gn 35:11).

>Êx 6:3

Deus Todo-poderoso (3) não significa um nome de Deus (as palavras "pelo meu nome" não se encontram no original hebraico), mas trata-se de uma frase descritiva, "o Deus que é todo-poderoso". Os israelitas, nos dias de Jeremias e Ezequiel, continuavam conscientes do nome "Jeová", mas Jr 16:21, "saberão que o meu nome é o Senhor (Jeová)" -uma frase freqüentemente encontrada em Ezequiel -prova que era o caráter de Deus, subentendido por esse nome, que eles não conheciam. Assim, em Êx 6:7, o significado é que eles viriam a conhecer que Ele era Jeová, Deus deles, não por ouvir anunciado esse nome, mas por experimentar Seus atos de poder e amor. Outra maneira legítima de traduzir o versículo 3, mas que dá uma diferente significação, é, "Permiti-me aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como El Shaddai, e nem mesmo a eles me permiti ser conhecido pelo meu nome Jeová?" Ver também anotações sobre Gn 2:4; Gn 17:1; Dt 5:11.

>Êx 6:4

Meu concerto (4). Ver anotações sobre Gn 6:18; Gn 15:7-21; Dt 4:13. Resgatarei (6). Essa é a primeira instância do uso desta palavra na Bíblia, a qual expressa um dos elementos fundamentais do ato divino da salvação. A redenção de Israel, tirando-o do Egito, figura proeminentemente, nas Escrituras, como um tipo de nossa redenção do pecado. O termo heb. gaal, significa "reivindicar" ou "resgatar", especialmente como o parente resgatava a propriedade ou a pessoa de um parente incapaz de fazê-lo. Dessa maneira Deus, o divino Parente, cujos recursos são inexauríveis, resgata Seu povo incapacitado, ao custo do exercício de Seu poder sobrenatural tornando-o Sua própria propriedade peculiar (versículo 7). Conf. Is 43:1. Juízos (6). Os atos de poder eram um julgamento contra o opressor. Ver Dt 4:1 nota. Eu vos tomarei por meu povo (7). Conf. Êx 19:5-6, etc. Israel foi escolhido para ser o meio pelo qual Deus trouxe ao mundo a Sua revelação sobre Sua própria Pessoa e sobre Sua salvação. E serei vosso Deus (7). Ele tinha uma relação especial para com Israel; todavia não deixou de ser o Deus da terra inteira. Eu sou o Senhor (8). A mensagem se encerra com ás mesmas palavras com que teve início. É selada em ambas as extremidades com a autoridade do Deus vivo e fiel.

>Êx 6:11

Que deixe sair (11). Uma exigência maior que a primeira. Ver 3.18 nota. Incircunciso de lábios (12). Não se trata de qualquer admissão de pecaminosidade, mas uma repetição de sua queixa em Êx 4:10, que ele era pesado de língua. Semelhantemente a "os seus ouvidos estão incircuncisos" (Jr 6:10), que quer dizer alguém que "não pode ouvir". Conf. Lv 26:41.


Dicionário

Braço

substantivo masculino Primeira parte do membro superior do homem, situada entre a espádua e o cotovelo.
Por Extensão O membro superior inteiro.
Suporte lateral de um assento: braço de cadeira.
Figurado Trabalhador, operário: a construção necessita de braços.
Cada uma das hastes horizontais da cruz.
Ter o braço comprido, ter influência.
Receber de braços abertos, acolher com alegria.
Ficar de braços cruzados, nada fazer.
Dar o braço a torcer, mudar de opinião, reconhecendo que não tinha razão, que estava errado.

substantivo masculino Primeira parte do membro superior do homem, situada entre a espádua e o cotovelo.
Por Extensão O membro superior inteiro.
Suporte lateral de um assento: braço de cadeira.
Figurado Trabalhador, operário: a construção necessita de braços.
Cada uma das hastes horizontais da cruz.
Ter o braço comprido, ter influência.
Receber de braços abertos, acolher com alegria.
Ficar de braços cruzados, nada fazer.
Dar o braço a torcer, mudar de opinião, reconhecendo que não tinha razão, que estava errado.

Cargas

fem. pl. de carga

car·ga
(origem controversa)
nome feminino

1. O que é transportado por pessoa, animal, veículo ou barco.

2. Acto de carregar.

3. O que pesa sobre outra coisa. = PESO

4. Figurado Grande quantidade.

5. Camada.

6. Gravame, opressão, embaraço.

7. Responsabilidade, encargo.

8. [Informal] Conjunto de pancadas dado a alguém como castigo ou maus-tratos. = SOVA, SURRA, TAREIA, TUNDA

9. Movimento violento de forças de autoridade sobre manifestante ou pessoas consideradas insubordinadas, geralmente para repor a ordem ou para dispersão (ex.: carga policial).

10. [Militar] Movimento impetuoso de um corpo de tropas sobre o inimigo.

11. [Armamento] Conjunto de pólvora e projécteis que proporciona um tiro.

12. Quantidade de combustível que se deita de uma vez no lume.

13. Quantidade de minério, de tijolo, etc., que se deita no forno.

14. [Electricidade] [Eletricidade] Acumulação de electricidade.

15. Untura cáustica para animais.


carga cerrada
[Militar] Descarga de muitas armas simultaneamente.

carga de água
Chuvada forte.

carga de ossos
Pessoa muito magra.

carga eléctrica
[Electricidade] [Eletricidade] Grandeza que é uma das propriedades fundamentais das partículas subatómicas, nomeadamente dos electrões, que caracteriza a interação electromagnética.

carga fiscal
Conjunto de impostos e taxas que devem ser pagar por uma pessoa ou entidade num período determinado.

por que carga de água
[Informal] Usa-se para questionar qual a singular ou estranha casualidade, razão de algo.

por que cargas de água
[Informal] O mesmo que por que carga de água.


Debaixo

advérbio Que se encontra numa posição inferior (menos elevada) a (algo ou alguém): numa mesa, prefiro colocar as cadeiras debaixo.
Por Extensão Num estado inferior; em condição decadente: a depressão deixou-se um pouco debaixo.
Debaixo de. Em situações inferiores; sob: coloquei meus livros debaixo da mesa.
Gramática Não confundir o advérbio "debaixo" com a locução adverbial "de baixo": o escritório fica no andar de baixo.
Etimologia (origem da palavra debaixo). De + baixo.

Dize

2ª pess. sing. imp. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Egípcios

-

Filhós

substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

Grandes

masc. e fem. pl. de grande

gran·de
(latim grandis, -e)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

1. Que tem dimensões maiores do que o habitual (ex.: saco grande). = AVANTAJADOMIÚDO, PEQUENO, REDUZIDO

2. Cuja extensão é maior do que a média (ex.: rio grande). = COMPRIDO, EXTENSO, LONGOCURTO, PEQUENO

3. Que é maior do que aquilo que devia ser (ex.: o chapéu não me serve, é muito grande).PEQUENO

4. Que é de estatura acima da média (ex.: criança grande).PEQUENO

5. Que se desenvolveu oui cresceu (ex.: planta grande). = CRESCIDO, DESENVOLVIDO, MEDRADOPEQUENO

6. Que atingiu a maioridade (ex.: as pessoas grandes podem ser muito complicadas). = ADULTO, CRESCIDO

7. Que se prolonga no tempo; que dura bastante (ex.: dias grandes; férias grandes). = COMPRIDOBREVE, CURTO, EFÉMERO, FUGAZ

8. Que apresenta grande quantidade de algo (ex.: família grande). = NUMEROSO, QUANTIOSOPEQUENO

9. Que tem importância ou influência (ex.: um grande banqueiro). = IMPORTANTE, INFLUENTE, PODEROSO, PRESTIGIOSODESIMPORTANTE, INSIGNIFICANTE, IRRELEVANTE, PEQUENO

10. Difícil, grave (ex.: um grande problema).INSIGNIFICANTE, IRRELEVANTE, SIMPLES

11. Que é intenso, forte (ex.: um grande amor).FRACO, LEVE

12. [Pejorativo] Que é ou existe em elevado grau (ex.: grande mentiroso).

13. Que se destaca ou sobressai positivamente em relação a outros (ex.: grandes nomes do cinema). = EMINENTE, ILUSTRE, RESPEITÁVELDESCONHECIDO, IGNOTO, MODESTO

14. Que revela coragem, heroísmo (ex.: foi um grande bombeiro). = CORAJOSO, HERÓICO, VALENTECOBARDE, FRACO

15. Que mostra bondade ou generosidade (ex.: um grande coração). = BOM, BONDOSO, GENEROSO, MAGNÂNIMOMAU, MESQUINHO, RUIM, TORPE, VIL

16. Que é excessivo, exagerado (ex.: fugiram a grande velocidade). = ALTOBAIXO, REDUZIDO

17. Que tem muita qualidade ou muito valor (ex.: um grande filme). = EXCELENTE, EXTRAORDINÁRIO, FABULOSO, MAGNÍFICO, ÓPTIMOMAU, PÉSSIMO, RUIM

18. Que é considerável, importante (ex.: grande satisfação).

19. Que é composto por muitos elementos (ex.: grande comunidade de pescadores). = NUMEROSOPEQUENO, REDUZIDO

20. Que é relativo a uma cidade e às suas zonas periféricas (ex.: mapa da Grande São Paulo; região da Grande Lisboa). [Geralmente com inicial maiúscula.]

nome de dois géneros

21. Pessoa alta.

22. Indivíduo adulto. = CRESCIDOPEQUENO

23. Indivíduo com poder e influência.


à grande
Com largueza.

à grande e à francesa
De modo grandioso; com grande ostentação ou esplendor.


Israel

Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


Israel [O Que Luta com Deus] -

1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Livrar

verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Pôr em liberdade; soltar, libertar: livrar os alunos; livrar alguém da cadeia; livrou-se da pena com uma boa advogada.
verbo bitransitivo Defender, preservar, pôr ao abrigo de mal ou perigo: ninguém livrará o criminoso da culpa.
verbo bitransitivo e pronominal Retirar de alguém algo que o aborrece ou constrange; desembaraçar-se: ninguém me livrou do constrangimento de ter sido traído; livrou-se da vergonha e deu a volta por cima.
Safar-se de uma circunstância vergonhosa, perigosa, ruim, difícil: livrar o filho do bullying; livrou-se da demissão com o apoio do pai.
verbo transitivo direto Religião Pedir proteção a Deus ou a outras entidades espirituais, para que algum ruim não aconteça: Deus me livre de ficar doente!
verbo pronominal Tornar-se livre, libertar-se; desobrigar-se, eximir-se: livrou-se dos importunos.
locução interjeição Deus te livre! Usada para dissuadir alguém de uma ação ou para desejar que nada lhe aconteça.
Etimologia (origem da palavra livrar). Do latim liberare.

Resgatar

verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Libertar a preço de dinheiro ou concessões: resgatar prisioneiros; resgatar reféns dos cativeiros; os cães não se resgatam sozinhos!
verbo transitivo direto Recuperar algo cedido a outrem mediante pagamento do preço ou pagar uma dívida: resgatar um objeto.
Livrar-se de um fardo ou culpa: resgatou as obrigações e seguiu em frente.
Voltar a possuir; recuperar: resgatou sua dignidade e foi feliz.
Salvar do fracasso: resgatou a empresa da família.
Cumprir um compromisso: resgatar os compromissos do pai.
Etimologia (origem da palavra resgatar). De origem duvidável.

Resgatar REMIR 1, (1Pe 1:18).

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Servidão

servidão s. f. 1. Estado ou condição do servo ou escravo; escravidão, serventia. 2. Dependência, sujeição. 3. dir. Encargo, gravame sobre qualquer prédio para passagem, proveito ou serviço de outro prédio pertencente a dono diferente.

Tirar

verbo transitivo direto e bitransitivo Extrair algo de algum lugar; extirpar: tirou as amígdalas; tirou as plantas do vaso.
Puxar com muita força: os bois tiram o arado; tirou a cobertura do telhado.
Diminuir do valor da conta corrente; ver o extrato bancário: tirar dinheiro do banco; tirar o extrato.
Retirar algo de alguém; privar, perder: os problemas tiravam-lhe o sossego.
Direcionar para outro caminho: tirar o carro da frente do caminhão.
Comer alguma coisa: tirar um pedaço da torta.
verbo transitivo direto Tirar a roupa, o sapato etc.; despir, descalçar: tirou a roupa e os sapatos.
Arrancar algo do lugar onde estava; sacar, arrancar: tirou a espada.
Alcançar como efeito; receber, colher: tirar os frutos do seu trabalho.
Deixar como estava antes: tirar as manchas do tecido.
Finalizar um curso: tirar o mestrado, o doutorado.
Passar a possuir algo que não lhe pertence; roubar: tirar doces de crianças.
Fazer a captação de fotos, imagens; fotografar: tirar fotos.
Realizar a cópia de algo ou reproduzir algo a partir do original: tirar cópias de documentos.
Fazer um convite de dança para alguém: tirar alguém para dançar.
Deixar de ter um costume, hábito ou vício: tirar o álcool da sua vida.
Estar sujeito a torturas, punições, castigos etc.: tirou a vida inteira pelo assassinato.
Passar para o papel; transcrever: tirar uma letra de música.
verbo bitransitivo Retirar, fazer sair de um lugar: tirou o objeto daquela mesa.
Ser capaz de usar, de usufruir de algo: tirar proveito de uma situação.
Fazer sair intensa e violentamente: o vento tirou as roupas do varal.
Privar de; espoliar, usurpar: tirou-lhe a casa e tudo que tinha.
Fazer desaparecer por completo; limpar, eliminar: tirar a sujeira do chão.
Medir alguma coisa: tirar a temperatura da água.
Entender por dedução, pelo raciocínio: tirar conclusões dos testemunhos.
verbo bitransitivo e pronominal Mandar para longe: tirar alguém de uma festa; o policial me tirou do casamento.
verbo transitivo indireto Assemelhar-se a; ter o mesmo aspecto, aparência: o sapato tira para o castanho.
Ter uma tendência para; ser direcionado para: minha filha tira para as artes.
verbo pronominal Sair-se de; livrar-se: tirou-se daquele lugar terrível.
Desviar-se do caminho: a bicicleta tirou-se da estrada.
Etimologia (origem da palavra tirar). Do latim tirare.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
כֵּן אָמַר בֵּן יִשׂרָ•אֵל יְהוָה יָצָא סְבָלָה מִצרַיִם נָצַל עֲבֹדָה גָּאַל זְרוֹעַ נָטָה גָּדוֹל שֶׁפֶט
Êxodo 6: 6 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

PortantoH3651 כֵּןH3651, dizeH559 אָמַרH559 H8798 aos filhosH1121 בֵּןH1121 de IsraelH3478 יִשׂרָ•אֵלH3478: eu sou o SENHORH3068 יְהוָהH3068, e vos tirareiH3318 יָצָאH3318 H8689 de debaixo das cargasH5450 סְבָלָהH5450 do EgitoH4714 מִצרַיִםH4714, e vos livrareiH5337 נָצַלH5337 H8689 da sua servidãoH5656 עֲבֹדָהH5656, e vos resgatareiH1350 גָּאַלH1350 H8804 com braçoH2220 זְרוֹעַH2220 estendidoH5186 נָטָהH5186 H8803 e com grandesH1419 גָּדוֹלH1419 manifestações de julgamentoH8201 שֶׁפֶטH8201.
Êxodo 6: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1446 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H1350
gâʼal
גָּאַל
redimir, agir como parente resgatador, vingar, reivindicar, resgatar, fazer a parte de um
(who redeemed)
Verbo
H1419
gâdôwl
גָּדֹול
excelente / grande
(great)
Adjetivo
H2220
zᵉrôwaʻ
זְרֹועַ
braço, antebraço, ombro, força
(the arms)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3318
yâtsâʼ
יָצָא
ir, vir para fora, sair, avançar
(And brought forth)
Verbo
H3478
Yisrâʼêl
יִשְׂרָאֵל
Israel
(Israel)
Substantivo
H3651
kên
כֵּן
tão / assim
(so)
Adjetivo
H4714
Mitsrayim
מִצְרַיִם
um território ao nordeste da África, adjacente à Palestina, no qual flui o Nilo
(and Mizraim)
Substantivo
H5186
nâṭâh
נָטָה
e armado
(and pitched)
Verbo
H5337
nâtsal
נָצַל
tirar à força, salvar, resgatar, libertar, tirar, saquear
(Thus has taken away)
Verbo
H5450
çᵉbâlâh
סְבָלָה
()
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5656
ʻăbôdâh
עֲבֹדָה
trabalho, serviço
(for the service)
Substantivo
H589
ʼănîy
אֲנִי
E eu
(And I)
Pronome
H8201
shepheṭ
שֶׁפֶט
julgamento
(judgment)
Substantivo
H8478
tachath
תַּחַת
a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde,
([were] under)
Substantivo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

גָּאַל


(H1350)
gâʼal (gaw-al')

01350 גאל ga’al

uma raiz primitiva; DITAT - 300; v

  1. redimir, agir como parente resgatador, vingar, reivindicar, resgatar, fazer a parte de um parente
    1. (Qal)
      1. agir como parente, cumprir a parte de parente mais próximo, agir como parente resgatador
        1. casando com a viúva do irmão a fim de lhe conceber um filho para ele, redimir da escravidão, resgatar terra, realizar vingança
      2. redimir (através de pagamento)
      3. redimir (tendo Deus como sujeito)
        1. indivíduos da morte
        2. Israel da escravidão egípcia
        3. Israel do exílio
    2. (Nifal)
      1. redimir-se
      2. ser remido

גָּדֹול


(H1419)
gâdôwl (gaw-dole')

01419 גדול gadowl ou (forma contrata) גדל gadol

procedente de 1431; DITAT - 315d; adj

  1. grande
    1. grande (em magnitude e extensão)
    2. em número
    3. em intensidade
    4. alto (em som)
    5. mais velho (em idade)
    6. em importância
      1. coisas importantes
      2. grande, distinto (referindo-se aos homens)
      3. o próprio Deus (referindo-se a Deus) subst
    7. coisas grandes
    8. coisas arrogantes
    9. grandeza n pr m
    10. (CLBL) Gedolim, o grande homem?, pai de Zabdiel

זְרֹועַ


(H2220)
zᵉrôwaʻ (zer-o'-ah)

02220 זרוע z erowa ̂ ̀ ou (forma contrata) זרע z eroa ̂ ̀ e (fem.) זרועה z erow ̂ ah̀ ou זרעה z ero ̂ ah̀

procedente de 2232; DITAT - 583a; n f

  1. braço, antebraço, ombro, força
    1. braço
    2. braço (como símbolo de força)
    3. forças (políticas e militares)
    4. ombro (referindo-se ao animal sacrificado)

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יָצָא


(H3318)
yâtsâʼ (yaw-tsaw')

03318 יצא yatsa’

uma raiz primitiva; DITAT - 893; v

  1. ir, vir para fora, sair, avançar
    1. (Qal)
      1. ir ou vir para fora ou adiante, ir embora
      2. avançar (para um lugar)
      3. ir adiante, continuar (para ou em direção a alguma coisa)
      4. vir ou ir adiante (com um propósito ou visando resultados)
      5. sair de
    2. (Hifil)
      1. fazer sair ou vir, trazer, liderar
      2. trazer
      3. guiar
      4. libertar
    3. (Hofal) ser trazido para fora ou para frente

יִשְׂרָאֵל


(H3478)
Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

03478 ישראל Yisra’el

procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

Israel = “Deus prevalece”

  1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
  2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
    1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
    2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
    3. o nome da nação depois do retorno do exílio

כֵּן


(H3651)
kên (kane)

03651 כן ken

procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv

  1. assim, portanto, estão
    1. assim, então
    2. assim
    3. portanto
    4. assim...como (em conjunto com outro adv)
    5. então
    6. visto que (em expressão)
    7. (com prep)
      1. portanto, assim sendo (específico)
      2. até este ponto
      3. portanto, com base nisto (geral)
      4. depois
      5. neste caso adj
  2. reto, justo, honesto, verdadeiro, real
    1. reto, justo, honesto
    2. correto
    3. verdadeiro, autêntico
    4. verdade!, certo!, correto! (em confirmação)

מִצְרַיִם


(H4714)
Mitsrayim (mits-rah'-yim)

04714 מצרים Mitsrayim

dual de 4693; DITAT - 1235;

Egito ou Mizraim = “terra dos Cópticos” n pr loc

  1. um território ao nordeste da África, adjacente à Palestina, no qual flui o Nilo

    Egípcios = “dificuldades dobradas” adj

  2. os habitantes ou nativos do Egito

נָטָה


(H5186)
nâṭâh (naw-taw')

05186 נטה natah

uma raiz primitiva; DITAT - 1352; v

  1. estender, esticar, estirar, armar, dobrar, perverter, inclinar, curvar, abaixar-se
    1. (Qal)
      1. esticar, estender, estirar, oferecer
      2. esticar, armar (tenda)
      3. curvar, virar, inclinar
        1. virar para o lado, inclinar, declinar, curvar-se
        2. curvar, abaixar
        3. estender, esticar (fig.)
    2. (Nifal) ser estendido
    3. (Hifil)
      1. estender
      2. espalhar
      3. virar, inclinar, influenciar, abaixar, estender, esticar, empurrar para o lado, repelir

נָצַל


(H5337)
nâtsal (naw-tsal')

05337 נצל natsal

uma raiz primitiva; DITAT - 1404; v

  1. tirar à força, salvar, resgatar, libertar, tirar, saquear
    1. (Nifal)
      1. arrancar, salvar-se
      2. ser arrancado ou tirado, ser libertado
    2. (Piel)
      1. tirar, despojar
      2. salvar
    3. (Hifil)
      1. tirar, tirar à força
      2. resgatar, recuperar
      3. livrar (referindo-se aos inimigos ou problemas ou morte)
      4. salvar do pecado e da culpa
    4. (Hofal) ser tirado
    5. (Hitpael) desembaraçar-se

סְבָלָה


(H5450)
çᵉbâlâh (seb-aw-law')

05450 סבלה c ebalaĥ ou (plural) סבלות

procedente de 5447; DITAT - 1458c; n f

  1. fardo, trabalho forçado, serviço compulsório, transporte de cargas

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עֲבֹדָה


(H5656)
ʻăbôdâh (ab-o-daw')

05656 עבדה ̀abodah ou עבודה ̀abowdah

procedente de 5647; DITAT - 1553c; n f

  1. trabalho, serviço
    1. obra, trabalho
    2. trabalho (de servo ou escravo)
    3. trabalho, serviço (de cativos ou súditos)
    4. serviço (de Deus)

אֲנִי


(H589)
ʼănîy (an-ee')

0589 אני ’aniy

forma contrata de 595; DITAT - 129; pron pess

  1. eu (primeira pess. sing. - normalmente usado para ênfase)

שֶׁפֶט


(H8201)
shepheṭ (sheh'-fet)

08201 שפט shephet

procedente de 8199; DITAT - 2443a; n. m.

  1. juízo, julgamento (o ato de julgar)

תַּחַת


(H8478)
tachath (takh'-ath)

08478 תחת tachath

procedente da mesma raiz que 8430; DITAT - 2504; n. m.

  1. a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde, conquanto n. m.
    1. a parte de baixo adv. acus.
    2. abaixo prep.
    3. sob, debaixo de
      1. ao pé de (expressão idiomática)
      2. suavidade, submissão, mulher, ser oprimido (fig.)
      3. referindo-se à submissão ou conquista
    4. o que está debaixo, o lugar onde alguém está parado
      1. em lugar de alguém, o lugar onde alguém está parado (expressão idiomática com pronome reflexivo)
      2. em lugar de, em vez de (em sentido de transferência)
      3. em lugar de, em troca ou pagamento por (referindo-se a coisas trocadas uma pela outra) conj.
    5. em vez de, em vez disso
    6. em pagamento por isso, por causa disso em compostos
    7. em, sob, para o lugar de (depois de verbos de movimento)
    8. de sob, de debaixo de, de sob a mão de, de seu lugar, sob, debaixo

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo