Enciclopédia de Números 24:8-8

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

nm 24: 8

Versão Versículo
ARA Deus tirou do Egito a Israel, cujas forças são como as do boi selvagem; consumirá as nações, seus inimigos, e quebrará seus ossos, e, com as suas setas, os atravessará.
ARC Deus o tirou do Egito; as suas forças são como as do unicórnio: consumirá as gentes, seus inimigos, e quebrará seus ossos, e com as suas setas os atravessará.
TB Deus, que o tirou do Egito,
HSB אֵ֚ל מוֹצִיא֣וֹ מִמִּצְרַ֔יִם כְּתוֹעֲפֹ֥ת רְאֵ֖ם ל֑וֹ יֹאכַ֞ל גּוֹיִ֣ם צָרָ֗יו וְעַצְמֹתֵיהֶ֛ם יְגָרֵ֖ם וְחִצָּ֥יו יִמְחָֽץ׃
BKJ Deus o trouxe do Egito; as suas forças são como as do unicórnio; ele consumirá as nações, seus inimigos, e quebrará seus ossos, e os perfurará com as suas flechas.
LTT Deus o tirou do Egito; as suas forças são como as do unicórnio ①; consumirá as nações, seus inimigos, e quebrará seus ossos, e com as suas setas os atravessará.
BJ2 Deus o tirou do Egito, e é para ele como os chifres do búfalo. Devora[o] o cadáver dos seus adversários o quebra os seus ossos.
VULG Deus eduxit illum de Ægypto, cujus fortitudo similis est rhinocerotis. Devorabunt gentes hostes illius, ossaque eorum confringent, et perforabunt sagittis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Números 24:8

Números 14:9 Tão somente não sejais rebeldes contra o Senhor e não temais o povo desta terra, porquanto são eles nosso pão; retirou-se deles o seu amparo, e o Senhor é conosco; não os temais.
Números 21:5 E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito, para que morrêssemos neste deserto? Pois, aqui, nem pão nem água há; e a nossa alma tem fastio deste pão tão vil.
Números 23:22 Deus os tirou do Egito; as suas forças são como as do unicórnio.
Números 23:24 Eis que o povo se levantará como leoa e se exalçará como leão; não se deitará até que coma a presa e beba o sangue de mortos.
Deuteronômio 7:1 Quando o Senhor, teu Deus, te tiver introduzido na terra, a qual passas a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu;
Deuteronômio 32:23 Males amontoarei sobre eles; as minhas setas esgotarei contra eles.
Deuteronômio 32:42 Embriagarei as minhas setas de sangue, e a minha espada comerá carne; do sangue dos mortos e dos prisioneiros, desde a cabeça, haverá vinganças do inimigo.
Salmos 2:9 Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.
Salmos 21:12 Portanto, tu lhes farás voltar as costas; e com tuas flechas postas nas cordas lhes apontarás ao rosto.
Salmos 45:5 As tuas flechas são agudas no coração dos inimigos do rei, e por elas os povos caíram debaixo de ti.
Isaías 38:13 Eu sosseguei até à madrugada; como um leão, quebrou todos os meus ossos; desde a manhã até à noite, me acabarás.
Jeremias 50:9 Porque eis que eu suscitarei e farei subir contra a Babilônia uma congregação de grandes nações da terra do Norte, e se prepararão contra ela; dali, será tomada; as suas flechas serão como de valente herói; nenhuma tornará sem efeito.
Jeremias 50:17 Cordeiro desgarrado é Israel; os leões o afugentaram. O primeiro a devorá-lo foi o rei da Assíria; e, por último, Nabucodonosor, rei da Babilônia, lhe quebrou os ossos.
Daniel 6:24 E ordenou o rei, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado Daniel e foram lançados na cova dos leões, eles, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao fundo da cova quando os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
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Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

Egito

do quarto milênio a 332 a.C.
A DÁDIVA DO NILO

Nas palavras do historiador grego Heródoto (Histórias, 2.5), o Egito é "uma dádiva do Nilo". Sem dúvida, se o Nilo não existisse, o Egito seria praticamente um deserto e não teria dado origem a uma das civilizações mais antigas do mundo. Com 6.670 km de extensão, o Nilo é o rio mais longo do mundo. Nasce de riachos como o Kagera que desemboca no lago Vitória, na Tanzânia. No Sudão, se junta aos seus principais afluentes, o Nilo Azul e o Atbara, dos planaltos da Etiópia. Cerca de 20 km ao norte da atual cidade do Cairo, o rio se divide em dois braços principais. Entre eles, estende-se o Delta plano e pantanoso. Antes da conclusão da represa de Assuá em 1968, o Nilo chegava ao seu nível mais baixo no mês de maio. Avolumado pela neve derretida das regiões mais altas e pelas chuvas de monção da África, as águas do rio subiam até setembro, depositando mais de cem milhões de toneladas de sedimentos na terra ao redor. As sementes plantadas depois da chia anual produziam uma safra em março.
O Nilo servia de calendário natural, dividindo o ano em três estações de quatro meses: a cheia, o "aparecimento" (quando a terra reaparecia à medida que as águas baixavam) e o calor intenso do verão. Também era uma via natural de transporte, pois sua correnteza levava os barcos rio abaixo, enquanto os ventos os impeliam rio acima. O deserto, por sua vez, protegia a terra do Egito de invasores estrangeiros.

O PERÍODO ARCAICO
Por volta de 3100 a.C., uma sucessão de culturas pré- históricas deu lugar a um governo unificado sore todo o Egito. Fontes gregas atribuem essa ocorrência a Menes. A pedra encontrada em Hierakonpolis, conhecida como "Paleta de Narmer" parece mostrar a união do Alto e Baixo Egito sob um único governante. Um lado mostra o rei, precedido de seus estandartes, usando a coroa vermelha do Baixo Egito e saindo para inspecionar os inimigos mortos. Na parte inferior, pode. se ver telinos de pescoços longos entrelaçados e o rei, representado na forma de um boi selvagem derrubando a porta de um povoado fortificado. O outro lado mostra o rei usando a coroa branca alta e de formato cônico do Alto Egito e ferindo um inimigo ajoelhado. Foi nesse período que surgiram os primeiros textos escritos, a saber, breves legendas indicativas inscritas em pedra e cerâmica. Essa ocorrência é aproximadamente contemporânea com a aparição da escrita cuneiforme (em formato de cunha) na Mesopotâmia. A relação entre as duas (caso exista) é controversa.
A escrita desenvolvida no Egito é chamada de hieroglífica (hieróglifo é um termo grego que significa "escrita sagrada").



O ANTIGO IMPÉRIO (OU REINO ANTIGO)
Os reis do Antigo Império são lembrados principalmente pela construção das pirâmides, tetraedros gigantescos de pedra usados para abrigar as múmias desses reis. A pirâmide mais antiga é a de Djoser (2691-2672 a.C.), um rei da terceira dinastia, construída em Sacara. Atribuída tradicionalmente ao arquiteto Imhotep, essa pirâmide tem uma base de 124 m por 107 m e 60 m de altura e apresenta seis estágios desiguais, daí ser chamada "A pirâmide escalonada".

Na quarta dinastia, três pirâmides colossais, as construções mais bem preservadas dentre as Sete Maravilhas do Mundo Antigo, foram levantadas em Gizé. Ao invés de serem escalonadas, apresentam suas laterais lisas, em forma de rampa. A maior das três é a Grande Pirâmide de Quéops (ou Khufu) (2593-2570 a.C.), com 230 m de cada lado da base e 146 m de altura. Ocupa uma área de 5.3 hectares e suas laterais possuem uma inclinação de quase 52 graus. Calcula-se que seja formada por cerca de 2,5 milhões de blocos de pedra, cada um pesando, em média, 2,5 toneladas, mas alguns com até 15 toneladas. Os blocos originais de pedra calcária usados como revestimento e os 9 m finais da pirâmide não existem mais.
A pirâmide de Quéfren (Khafre) (2562-2537 a.C.) é quase do mesmo tamanho, com 143 m de altura. A terceira pirâmide, de Miquerinos (Menkaure) é bem menor, com 66 m de altura. Perto das pirâmides, também se encontra a famosa esfinge, uma rocha esculpida pelos artífices de Quéfren com cabeça humana e corpo na forma de um leão deitado. Mede 73 m de comprimento por 23 m de altura e pouco mais de 4 m de largura máxima no rosto.

O PRIMEIRO PERÍODO INTERMEDIÁRIO
Entre c. 2136 e 2023 a.C., o Egito passou por seu primeiro período "intermediário", um período de conturbação social e infiltração de asiáticos, talvez decorrente de uma grave escassez de alimentos causada por várias estações sem chias no Nilo.


O MÉDIO IMPÉRIO (OU REINO MÉDIO)
De 1973 a 1795 a.C., o Egito foi governado pela poderosa décima segunda dinastia do Médio Império. Quatro reis chamados Amenemés e três chamados Sesóstris trouxeram grande prosperidade à terra. Sua capital era Mênfis e o subúrbio vizinho chamava-se Ithet-Tawy. As pirâmides da décima segunda dinastia são todas feitas de tijolos de barro e revestidas de pedra calcária. A de Sesóstris 1 em Lisht media 105 m quadrados, com 61 m de altura e laterais com 49 graus de inclinação.

O SEGUNDO PERÍODO INTERMEDIÁRIO
Entre 1795 e 1540 a.C., o Egito passou por mais um período "'intermediário" durante o qual foi governando pelos hicsos asiáticos que escolheram como capital a cidade de Avaris, na região leste do Delta.

O NOVO IMPÉRIO (OU NOVO REINO)
Em 1540 a.C., Ahmose I expulsou os hicsos e fundou a décima oitava dinastia. Tutmósis 3 (1479-1425 .C.) realizou dezoito campanhas militares na Síria-Palestina. Durante a décima oitava dinastia, a capital foi transferida para Tebas, no Alto Egito, onde foram construídos templos colossais, como o grande templo funerário da rainha Hatshepsut (1479-1457 aC.), a co-regente de Tutmósis, nas colinas a oeste de Iebas, em Deir-el- Bahri. Amenófis 4 (1353-1337 a.C.), também conhecido como Akhenaton, despertou grande interesse dos estudiosos devido à fé monoteísta instituída por ele e simbolizada pela adoração do disco solar (Aton). Também fundou uma nova capital, Akhetaton, conhecida hoje como Tell el- Amarna, cuja arte se caracterizava pelo realismo, abandonando as convenções antigas. Depois da morte de Amenófis 4, porém, Amarna e a adoração a Aton foram abandonados e os deuses e convenções tradicionais, bem como a supremacia de Teas foram restaurados.

Os reis do Novo Império foram sepultados no Vale dos Reis, nas colinas a oeste de Tebas, na margem oeste do Nilo. Todos os túmulos, exceto um, foram saqueados na antiguidade, mas túmulo de Tutankamon (1336-1327 a.C.), um faraó comparativamente menos importante, foi encontrado intacto pelo arqueólogo inglês Howard Carter em 1922. O túmulo continha um conjunto extraordinário de arcas, estátuas, carros, leitos funerários, vasos, jóias, uma adaga de ouro, arcos, uma trombeta e três tabuleiros de jogos. Sem dúvida, os objetos mais espetaculares são os relicários de madeira revestida de ouro, o sarcófago de ouro puro e a máscara funerária de ouro do rei, engastada com vidro azul e pedras semipreciosas.
A décima nona dinastia foi dominada por Ramsés I (1279-1213 a.C.), que realizou campanhas militares na Síria contra os hititas da região central da Turquia por vinte anos, período durante o qual foi travada a batalha inconclusiva de Qadesh (Tell Nebi Mend), em 1275 a.C. Essa batalha foi seguida, por fim, de um tratado de paz com os hititas em 1259 a.C.A capital de Ramsés era Pi-Ramesse, a atual Qantir, no Delta, da qual restam poucos vestígios. Sabe-se, porém, que muitas de suas pedras foram reutilizadas na construção de Tânis (a cidade de Zoã no Antigo Testamento), cerca de 20 km ao norte. O templo funerário gigantesco de Ramsés em Tebas, conhecido como Ramesseum e seu hipostilo em Karnak são testemunhas eloquentes do esplendor de seus projetos de construção. Em Abu Simbel, 280 km ao sul de Assuà, Ramsés I mandou esculpir em pedra maciça quatro estátuas enormes, cada uma com mais de 20 m de altura. Atrás delas, foi escavado na rocha um templo mortuário com um conjunto de saguões e câmaras. Devido à construção da represa de Assuà para criar o lago Nasser, entre 1964 e 1968, o templo foi dividido em mais de dois mil blocos gigantescos e transportado para outro local 65 m mais alto, a 210 m de distância do local original, hoje coberto de água.

O TERCEIRO PERÍODO INTERMEDIÁRIO (OU ÚLTIMO PERÍODO)
O Novo Império chegou ao fim com a morte de Ramsés IV em 1070 a.C. Daí em diante, o Egito passou por mais um período "intermediário", sendo governando, entre outros, por líbios, cuxitas (norte do Sudão) e assírios (norte do Iraque).

ACONTECIMENTOS POSTERIORES
Em 535 a.C., o Egito foi conquistado pelos persas, sob o comando de Cambises II. Em 322 a.C., foi tomado por Alexandre, o Grande, que fundou a cidade de Alexandria na foz do Nilo. Uma dinastia de fala grega, os ptolomeus, governou o Egito até que este foi incorporado a Império Romano em 30 a.C, e o grego se tornou a língua administrativa. A pedra de Roseta, um decreto de Ptolomeu V (196 .C.) lavrado em escrita hieroglífica e grego, foi a chave usada por J. F. Champollion para decifrar os hieróglifos em 1822.

 

Por Paul Lawrence

Quadro cronológico da história egípcia
Quadro cronológico da história egípcia
Egito Antigo: Principais cidades da civilização egípcia
Egito Antigo: Principais cidades da civilização egípcia

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

EGITO

Atualmente: EGITO
País do norte da África, com área de 1.000.250 km2. A região mais importante do Egito é o fértil vale do Nilo, que situa-se entre dois desertos. O país depende do rio Nilo para seu suprimento de água. A agricultura se concentra na planície e delta do Nilo, mas não é suficiente para suprir a demanda interna. Turismo é uma importante fonte de renda para o país, da mesma forma, o pedágio cobrado pela exploração do Canal de Suez. A civilização egípcia é muito antiga, e ocorreu nas proximidades do delta do Nilo. Quando Abraão entrou em contato com os egípcios por volta de 2100-1800 a.C., essa civilização já tinha cerca de 1000 anos. José e sua família estabeleceram-se no Egito provavelmente por volta de 1720 a.C. e o êxodo aconteceu por volta de 1320 a.C. O uso de armas e ferramentas de cobre aumentou a grandeza do Egito e tornou possível a construção de edifícios de pedra lavrada. Nesta época foram reconstruídas as pirâmides, ato que deu aos reis construtores de tumbas, o título de faraó ou casa grande. No fim desse período a difusão da cultura alcançou proporções consideráveis, porém, a medida que se melhoravam as condições de vida. As disputas internas e a invasão dos hicsos, povos que vieram da Síria e de Israel, interromperam a expansão egípcia. As descobertas arqueológicas de fortificações desse período, apresentam etapas de expansão dos hicsos na região. Somente após a expulsão dos hicsos, os egípcios se aventuraram na conquista de territórios da Mesopotâmia, Síria, Israel, Chipre, Creta e ilhas do Mar Egeu. O Egito também sofreu pressão e invasão dos gregos, filisteus, etíopes, assírios, persas, macedônios e romanos.
Mapa Bíblico de EGITO



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Números Capítulo 24 do versículo 1 até o 25
E. A TERCEIRA PROFECIA, 23:27-24.13

  1. O Prelúdio (23:27-24,2)

"Aí Balaque levou Balaão até o alto do monte Peor [outro lugar alto], no lado que dá para o deserto" (28, NTLH; cf. ARA). Fizeram o mesmo padrão de sacrifícios (29).

Porém, vendo Balaão que bem parecia aos olhos do SENHOR que abençoasse a Israel (1), não se afastou, como fizera anteriormente, mas olhou para a "planície de Moabe onde Israel estava acampado" (VBB, nota de rodapé). Vendo a organização metódica e harmo-niosa das tendas de Israel "tribo por tribo" (NTLH; cf. NVI), veio sobre ele o Espírito de Deus' (2).

  1. O Homem do Oráculo (24.3,4)

Este poema é menos regular que os outros e contém dificuldades que os estudiosos não conseguiram solucionar. É diferente dos primeiros dois no ponto em que não é dirigido a Balaque, mas assume a forma de verdadeira "profecia" (NTLH) ou "oráculo" (NVI). Balaão começa apresentando suas credenciais: "São estas as palavras [o orácu-lo] do homem que pode ver claramente" (3, NTLH; cf. NVI; "agora capaz de ver os propósitos e a vontade de Deus", ATA). Era a "palavra [o oráculo] daquele que ouve as palavras de Deus, daquele que vê a visão que vem do Todo-poderoso" (4, NVI). Balaão reivindicou autoridade divina para o que ia dizer, assumindo a postura dos profetas de dias posteriores.

  1. O Quadro de Israel (24:5-9)

Balaão, vendo as carreiras das tendas de Israel ordenadamente acampadas na pla-nície de Moabe, descreveu a cena em linguagem poética. Que boas são as tuas tendas, ó Jacó! Que boas as tuas moradas, ó Israel! (5). Comparou o alinhamento em ordem do acampamento com os ribeiros (6; "vales", ARA), uma série de amplas planícies fér-teis, jardins ao pé dos rios. Na mente de Balaão, este quadro era como os pomares do seu país nativo que se estendem ao longo do rio Eufrates, onde a árvore de aloés ou babosa era símbolo de magnificência verdejante. Mas, o que estava diante dele era a plantação do Senhor, não do homem. Havia uma fonte perpétua de vida, como as árvo-res de sândalo que têm as raízes junto às águas.

Em seguida, temos uma descrição do Israel do futuro. "Águas manarão de seus bal-des' (ARA) e a sua semente estará em muitas águas (7). Esta é indicação óbvia de prosperidade bem como de virilidade. A força da nação é ilustrada por sua supremacia sobre os inimigos: O seu rei se exalçará mais do que Agague, e o seu reino será levantado.

Balaão, então, continua com uma repetição aproximada de sua segunda profecia. Descreve a grandeza da nação que o Senhor tirou do Egito, "cujas forças são como as do boi selvagem" (ARA), que consumirá as nações, seus inimigos, e quebrará seus ossos, e com as suas setas os atravessará (8).

O quadro aqui retrata Israel como leão adormecido — sono do qual ninguém ousa despertá-lo —, satisfeito com sua incursão de caça. Esta descrição está em con-traste com 23.24, que mostra o grande poder do leão em tempos de guerra. Longe de ser afetado por maldições ou bênçãos de outrem, Israel é que é o padrão: Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem (9). A história con-firmou o fato de que Deus, de maneira muito incomum, manteve a mão sobre este povo.

  1. O Despertar da Raiva de Balaque (24:10-13)

Ao término da profecia, a ira de Balaque (10) ardeu. Como indicação de desprezo, bateu palmas (27,23) e aconselhou Balaão que fugisse para casa (11). Trata-se de insight impressionante da parte de Balaque, o fato de ter creditado ao SENHOR a obstrução de Balaão receber a honra que os moabitas queriam lhe dar. Mas Balaão não se deixou abater. Manteve-se fiel ao compromisso inicial: Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e ouro, não posso traspassar o mandado do SENHOR (13).

F. A QUARTA PROFECIA, 24:14-25

1. Uma Palavra de Despedida (24,14)

Antes de ir embora, de voltar a seu povo, Balaão fez uma profecia final, dizendo a Balaque o que este povo (Israel) fará ao teu povo (Moabe) nos últimos dias. Esta palavra veio sem os elaborados sacrifícios preliminares ou atos de adivinhação que tinham precedido as profecias anteriores. Avisar-te-ei é simplesmente "deixa-me te dizer" (Moffatt).

  1. Suas Credenciais (24.15,16)

Numa repetição da terceira profecia, Balaão falou de si mesmo. Disse que era al-guém cujos olhos são "perfeitos" (RSV, nota de rodapé; "vêem claramente", NVI; cf. NTLH), que "ouve as palavras de Deus", "possui o conhecimento do Altíssimo" e "vê a visão que vem do Todo-poderoso" (16, NVI).

  1. A Estrela que Vem de Jacó (24:17-19)

Balaão teve a visão de uma estrela que procederá de Jacó (17), o Rei que reinará em Israel no futuro — não agora... não de perto. No decorrer dos séculos, esta profe-cia foi considerada como visão do Messias, cujo nascimento seria marcado pelo apareci-mento de uma estrela do oriente (Mt 2:2). Balaão viu o surgimento de um cetro que "esmagará as frontes"' (NVI) dos moabitas, destruirá todos os filhos de Sete (17, "os filhos do orgulho"
15) e dominará (19) sobre seus inimigos.

  1. Os Oráculos Contra Certas Nações (24:20-25)
  2. A primeira nação mencionada nas visões de Balaão foi Edom (18), que se tornaria possessão de Israel. Esta profecia se cumpriu no tempo de Davi.
  3. Acerca dos amalequitas,' ele profetizou que este povo seria "destruído para sem-pre" (20, NTLH).
  4. Quanto aos queneus, embora a habitação fosse firme (21), a profecia diz que este povo seria consumido, até que Assur17 o levasse prisioneiro (22; "cativo", ARA).
  5. E, por fim, a respeito de Assur e Héber, profetizou Balaão que eles, por sua vez, pereceriam (24, ARA). Seriam destruídos para sempre (NTLH) sob o poder de um povo que, proveniente das costas de Quitim, viria em naus.

Com o término desta profecia, Balaão foi-se... ao seu lugar (25). Balaque se foi pelo seu caminho, abandonando, finalmente, o plano que tramara para trazer maldi-ção sobre Israel.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Números Capítulo 24 versículo 8
Ver Nu 23:22,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Números Capítulo 24 do versículo 1 até o 25
*

24.1-9

O terceiro oráculo de Balaão retrata as bênçãos que Deus planeja para Israel, terminando com uma maldição extraída da promessa feita a Abraão contra aqueles que o amaldiçoassem (v. 9; Gn 12:3).

* 24:4

a visão do Todo-Poderoso. A palavra hebraica traduzida por "Todo-Poderoso" (também no v. 16) é a palavra hebraica Shaddai, um nome divino associado com as narrativas patriarcais (Gn 17:1; 28:3; 35:11; 43:14; 48:3; 49:25) que também ocorre com frequência no livro de Jó.

* 24:7

Agague. 1Sm 15:32,33 relata a morte de um rei amalequita que tinha esse nome. Aqui Balaão pode referir-se a um antigo rei proeminente dos amalequitas que tinha esse mesmo nome. Também é possível que "Agague" fosse um título, assim como o título "Faraó" era usado por muitos governantes egípcios.

* 24:10-11

Balaque recusou-se a pagar ao profeta contratado o seu "salário de injustiça" — a "honra" que ele estava esperando (22.7; 2Pe 2:15).

* 24.15-19

Em seu quarto oráculo, Balaão predisse o futuro advento de um conquistador real que triunfaria sobre Moabe e Edom. Um cumprimento inicial dessas predições acha-se em 2Sm 8:2-14, que descreve a vitória de Davi sobre os moabitas e os edomitas. Mas essas realizações prefiguram as conquistas maiores de Cristo (p.ex., Cl 2:15; 1Co 15:25,26; Ap 20:10,14).

* 24.20-25

Em seus oráculos finais, Balaão predisse a queda das outras nações da região.

* 24:20

Amaleque. Ver notas em Êx 17:8,16.

* 24:21

queneus. Uma tribo nômade de trabalhadores em metal, encontrados na Palestina, do período patriarcal em diante (Gn 15:19). O sogro de Moisés é identificado tanto como um midianita quanto como sendo um queneu (Êx 2:16; Jz 1:16). Os recabitas em Jr 35 são também considerados descendentes dos queneus (13 2:55'>1Cr 2:55; Ne 3:14).

* 24:22

Assur. Na época, os assírios do norte da Mesopotâmia já eram considerados um importante poder militar, mas suas maiores conquistas seriam feitas séculos mais tarde (conforme Is 36).

* 24:24

Quitim. Ver referência lateral. O nome hebraico para a ilha de Chipre veio a representar a região mediterrânea a oeste da Palestina. Em Dn 11:30, essa palavra é usada para predizer os efeitos do poder marítimo de Roma.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Números Capítulo 24 do versículo 1 até o 25
24:1 Como Balaam era feiticeiro, procurava agouros ou sinais que o ajudassem a predizer o futuro. Nesta situação, entretanto, era claro que Deus mesmo era quem falava, de modo que Balaam não necessitava outros sinais, nem reais nem imaginadas.

24:7 Quem foi Agag? Agag era o título que lhe dava ao rei dos amalecitas, assim como Faraó era o título que lhe dava ao soberano do Egito. Saul, o primeiro rei do Israel, venceu ao Agag (1Sm 15:8). Balaam tinha profetizado corretamente a ruína dos velhos inimigos do Israel (Ex 17:14-16).

24:11 Apesar de que os motivos do Balaam não eram os corretos, neste momento atuou com integridade. A mensagem de Deus o tinha cheio de tal maneira que Balaam teve que falar a verdade. Ao fazê-lo, perdeu a recompensa que o tinha induzido a falar. O permanecer fiéis à Palavra de Deus pode nos custar promoções e vantagens a curto prazo. Mas os que escolhem a Deus e não ao dinheiro algum dia adquirirão a riqueza celestial infinita (Mt 6:19-21).

24.15-19 A estrela do Jacó se interpreta freqüentemente como uma referência ao Messías que teria que vir. Foi possivelmente esta profecia a que convenceu aos magos para que viajassem ao Israel em busca do menino Jesus (Mt 2:1-2). Parece estranho que Deus utilizasse a um feiticeiro como Balaam para predizer a vinda do Messías. Mas isto nos ensina que Deus pode utilizar algo ou qualquer pessoa para levar a cabo seus planos. Ao utilizar a um feiticeiro, Deus não está sugiriendo que a feitiçaria fora aceitável. A Bíblia a condenação em várias ocasiões (Ex 22:18; 2Cr 33:6; Ap 18:23). Entretanto, mostra que Deus é soberano sobre o bem e o mal.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Números Capítulo 24 do versículo 1 até o 25
SACRIFÍCIO F. Balaão terço (23: 27-24: 14)

27 Então disse Balaque a Balaão: Ora vem, eu te levar a outro lugar; porventura ele vai agradar a Deus para que possas amaldiçoa-o dali. 28 E Balaque levou Balaão ao cume de Peor, que dá para baixo em cima do deserto. 29 E Balaão disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me aqui sete novilhos e sete carneiros. 30 E Balak fez como dissera Balaão, e ofereceu um novilho e um carneiro sobre cada altar. 1 Vendo Balaão que isso agradava a Jeová que abençoasse a Israel, não foi, como das outras vezes, a encontro dos encantamentos, mas voltou o rosto para o deserto. 2 E, levantando Balaão os olhos, e viu Israel acampado segundo as suas tribos; eo Espírito de Deus veio sobre Ec 3:1 E ele tomou a sua parábola, e disse:

Balaão, filho de Beor,

E o homem cujos olhos estavam fechados disse;

4 Ele aquele que ouve as palavras de Deus,

Quem vê a visão do Todo-Poderoso,

Caindo, e se lhe abrem os olhos:

5 Quão formosas são as tuas tendas, ó Jacó,

Os teus tabernáculos, ó Israel!

6 Como vales, elas se estendem;

Como jardins ao lado do rio, o,

Como lign-aloés que o Senhor plantou,

Como madeira de cedro junto às águas.

7 Água decorrem seus baldes,

E sua semente estará em muitas águas,

E o seu rei será maior do que Agag,

E o seu reino será exaltado.

8 Deus leva-o sair do Egito;

Ele tem como se fosse a força do boi selvagem;

Ele devorará as nações, seus adversários,

E deve quebrar os ossos,

E ferir -los completamente com suas flechas.

9 Agachou-se, deitou-se como um leão,

E, como uma leoa; quem o despertará?

Bem-aventurados sejam os que te abençoarem,

E amaldiçoados sejam os que te amaldiçoarem.

10 E a ira de Balaque se acendeu contra Balaão, e feriu as mãos; e Balac disse a Balaão, chamei-te para amaldiçoar os meus inimigos, e eis que já tens os abençoaste três vezes. 11 Agora, pois, refugia-te ao teu lugar: Eu pensei que para promover-te-ei uma grande honra; mas eis que o Senhor te privou dessa honra. 12 E Balaão disse a Balaque: Não falei eu também aos teus mensageiros, que me enviaste, dizendo: 13 Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não posso ir além da palavra do Senhor, para fazer bem ou mal de meu próprio coração; ? o que o Senhor falar, isso falarei 14 E agora, eis que eu vou ao meu povo: vir, e eu vou anunciar-te o que este povo deve fazer para o teu povo nos últimos dias.

A fim de quebrar esta corrente de pensamento, Balak induz Balaão para visitar outro lugar alto (Mt. Peor), pensando que o Senhor pode mudar de idéia e permitir Balaão para amaldiçoar Israel. Mais uma vez, sete altares são construídas e os sacrifícios oferecidos. Parece que Balaão está agora convencido de que o Senhor quer que Israel abençoou, e ele não faz mais esforços para verificar se o Senhor mudou de idéia. Mais uma vez Balaão evita qualquer confronto direto com Balak recitando uma parábola poética descrevendo a favor Israel goza com o Senhor. Israel é comparado a um jardim by-side rio, e é forte e poderoso como uma leoa (vv. Nu 24:3-9 ). Depreende-se declarações proféticas de Balaão relativos a vitória de Israel sobre seus inimigos, que ele tinha idéias obtidas diretamente de Jeová. A força oculta, aparentemente, levou Balaão para dizer e fazer coisas que ele não quer fazer.

Balak tornou-se completamente revoltado com Balaão (v. Nu 24:10) e claramente diz a ele que ele tem abençoado Israel três vezes em vez de fazer o que ele havia sido condenado a fazer-maldição Israel. Balak diz Balaão para remover-se fora de seu país e ir para casa (v. Nu 24:11 ). Balaão diz Balak que ele não quis ir contra a palavra do Senhor para uma "casa cheia de prata e ouro."

PROFECIA G. Balaão AT PEOR (24: 15-25)

15 E, tomando a sua parábola, e disse:

Balaão, filho de Beor,

E o homem cujos olhos estavam fechados disse;

16 Ele diz, que ouve as palavras de Deus,

E conhece o conhecimento do Altíssimo,

Quem vê a visão do Todo-Poderoso,

Caindo, e se lhe abrem os olhos:

17 Eu o vejo, mas não agora;

Eu o contemplo, mas não de perto;

Porque brotará uma estrela procederá de Jacó,

E um cetro subirá de Israel,

E ferirá através das têmporas de Moabe

E destruirá todos os filhos de Sete.

18 E Edom será uma possessão,

Seir também será uma possessão, que eram seus inimigos;

Enquanto Israel faz proezas.

19 E de Jacó um dominará,

E destruirá os sobreviventes da cidade.

20 E ele olhou em Amaleque e proferiu a sua parábola, e disse:

Amaleque era a primeira das nações;

Mas o seu fim será a destruição.

21 E ele olhou sobre o queneu, e proferiu a sua parábola, e disse:

Forte é a tua habitação,

E o teu ninho está situado no rock.

22 No entanto Kain deve ser desperdiçado,

Até que Assur te leve por prisioneiro.

23 E, tomando a sua parábola, e disse:

Ai, quem viverá, quando Deus fizer isto?

24 Naus virão das costas de Quitim

E eles afligirão a Assur, e será afligida Eber;

E ele também será a destruição.

25 Então Balaão levantou-se, partiu e voltou para o seu lugar; e Balak também seguiu o seu caminho.

E ele tomou a sua parábola (v. Nu 24:15 ). Pela quarta vez Balaão encobre a questão de uma parábola poética em que ele prevê a queda de Moab, Edom, os amalequitas, Assur. É evidente que Balaão atinge uma nota messiânica nesta parábola (v. Nu 24:17 ). O episódio Balaão-Balak terminou agora e o profeta volta para casa. Clarke diz:

1. Parece ... que Balaão sabia e adoraram o Deus verdadeiro.

2. Que ele tinha sido um verdadeiro profeta ...

3. Que ele fez praticar alguns ramos ilícitas de conhecimento.

4. Que, embora ele era um crente no Deus verdadeiro, mas ele era avarento ", ele amou o prêmio da injustiça".

5. Que não parece que ... ele desejava para amaldiçoar Israel, quando ele descobriu que eles eram os servos do Deus verdadeiro.

6. Que é possível que ele não sabia esta em primeiro lugar. Balak lhe tinha dito que havia um povo numeroso que saiu do Egito ... saqueadores, hordas errantes, freeboaters.

7. Que assim que ele descobriu isso desagradou a Deus ele alegremente se ofereceu para devolver e não avançou até que ele não tinha apenas a permissão, mas a autoridade de Deus para prosseguir.

8. Que quando ele veio em vista do acampamento dos israelitas que ele não tentou fazer uso de qualquer meio de feitiçaria.

A verdade, no entanto, que Israel sofreu com a influência de Balaão. É evidente que o maior dano que Balaão trouxe sobre Israel estava em convencê-los a se casar entre os moabitas. Ao fazer isso, eles estabeleceram laços de sangue com os incrédulos e por sua vez, foram atraídos para sacrificar aos deuses moabitas. Foram as mulheres moabitas e não Balaão que realmente influenciou os israelitas a se extraviar.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Números Capítulo 24 do versículo 1 até o 25
  • A terceira visão — Israel e Canaã (Nu 24:1-4)
  • Dessa vez, Balaão não usou nenhum de seus encantamentos; em vez dis-so, o Espírito de Deus veio sobre ele e abriu-lhe os olhos. Essa visão descreve Israel desfrutando suas bênçãos na terra prometida, depois de derrotar as outras nações. Nes-sa visão, observe a ênfase sobre a água, um item precioso no deserto. Essa visão era mais do que Balaque podia suportar. Ele ameaça Balaão e afirma que "o Senhor" o impedira de receber riquezas e honra (vv. 10-11). Então, o profeta tem uma quar-ta visão.

  • A quarta visão — a glória futura de Israel (Nu 24:10-4)
  • Provavelmente, há duas formas de vermos essa mensagem simbólica. Com certeza, o rei Davi ajusta-se à descrição, já que derrotou os moabitas, os edomitas e outros povos (veja 2Sm 8:2,2Sm 8:14). Contudo, o cumprimento máximo está em Cristo, o Messias, a Estrela de Jacó e o Cetro de Israel. Israel domina-rá quando Cristo retornar e esta-belecer o Reino milenar. Os vários inimigos de Israel serão vencidos. VejaLc 1:68-42.

    Em suas quatro visões, Ba- laão apresenta uma bonita história de Israel, todo o caminho desde a eleição dele como nação até a exal-tação dele no Reino. Claro que po-demos transferir essas verdades para os crentes do Novo Testamento: es-colhidos por Deus, justificados (para que sejamos aceitos no amado), os quais receberam uma herança mag-nífica em Cristo e a quem lhes foi prometida a glória futura.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Números Capítulo 24 do versículo 1 até o 25
    24:1-14 Nesta terceira profecia, o próprio Balaão se deixou convencer, v. 1, dispensou a magia e começou a ter uma experiência mais profunda da vontade divina, profetizando com grande fervor, mas aquilo que serve para inspirar os fiéis sempre é um tropeço e uma ofensa aos pagãos, como se vê na reação de Balaque, v. 10. • N. Hom. O vigésimo quarto capítulo nos ensina:
    1) Quanta relutância há em reconhecer a verdade, v. 1;
    2) Palavras finas com desejos baixos acompanham ações indignas;
    3) O julgamento bíblico desses acontecimentos se lê em Dt 23:5; Js 13:22 e 24.10; Mq 6:5; 2Pe 2:15-61; Jd 1:11; Ap 4:0) Os característicos do Messias, vv. 17-19: o esplendor (a estrela); a realeza (o cetro), ,v. 17; a vitória (ferirá); a possessão, v. 18; e a autoridade ("o dominador") v. 19.

    24.9 Benditos os que te abençoarem. Israel faz parte da bênção dada a Abraão, Gn 12:3, e tudo se cumpre finalmente em Cristo (Gl 3:16). • N. Hom. Esta terceira bênção (vv. 3-9) nos ensina:
    1) O poder do Espírito Santo em inspirar até os desobedientes a levarem avante os propósitos divinos, v. 2 e Jo 11:49-43; Jo 2:0) Esta inspiração vem em palavras ditadas pelo próprio Deus, v. 4, que é o caso da Bíblia inteira;
    3) Aquilo que faz que uma pessoa ou uma nação seja considerada boa é o fato de estar viajando no caminho que Deus lhe indica, v. 5;
    4) O reino eterno de Deus é a herança dos fiéis, Ez 7:22; Ez 5:0) Aos fiéis pertence a bênção de Deus que vale para o tempo e para a eternidade, v. 9.

    24.16 Porém de olhos abertos. Muitos profetas pagãos caíram em transe, mas Balaão ainda conservava seus poderes mentais neste dado momento.

    24.17 Esta visão se refere à vinda de um Personagem num futuro distante: uma estrela é Cristo, que ilumina todo o sentido da vida e da religião, 2Pe 1:19. Um cetro. Primeiramente, é Davi, cuja vitória sobre Edom se descreve em 2Sm 8:2, 2Sm 8:14, mas depois, é o Filho de Davi de Quem Davi não passa de um mero precursor, Jesus Cristo, Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. • N. Hom. O vigésimo quinto capítulo nos ensina:
    1) Os Aspectos do Pecado: a) a vitória. que se ganha no setor material pode causar a derrota no aspecto espiritual: Israel venceu o direito de morar nas campinas de Moabe (22.124.25), mas logo sucumbiu às tentações do ambiente pagão, 25.1; b) associação significativa entre os pecados da prostituição e da idolatria vv. 1-2; 1Co 6:13-46; c) As terríveis possibilidades do pecado espalhar-se, mesmo entre o povo de Deus; d) "O salário do pecado é a morte", Rm 6:23; Rm 2:0) Os aspectos da Expiação: a) Tem por base um zelo pela glória de Deus, v. 13;He 10:5-58; b) revela a retidão de Deus Rm 3:21-45; c) demonstra a atitude de Deus para com o pecado; d) é a própria Redenção, a Salvação por intermédio de um Substituto.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Números Capítulo 24 do versículo 1 até o 25
    g)    O terceiro oráculo de Balaão (24:1-9)
    Balaão desiste de sua magia (v. 1; conforme 23.23)
    e olha para o deserto, onde Israel está acampado nas campinas de Moabe (conforme 22.1). Ele vê Israel acampado, tribo por tribo (v. 2; cf. cap.
    2) e o Espírito de Deus veio sobre ele. E interessante observar que somente após ele abandonar a sua adivinhação se diz que o Espírito de Deus veio sobre ele, como se fosse um verdadeiro profeta de Israel. Em

    23.5,16, se diz simplesmente que o Senhor colocou uma mensagem na sua boca. Acerca de outros exemplos de homens indignos profetizando, conforme 1Sm 19:20-9; Jo 11:15. v. 3. oráculo', uma palavra em geral associada com o nome de Javé. vêem claramente: a palavra ocorre somente aqui e no v. 15 e o seu significado é incerto. Alguns estudiosos acham que os olhos dele estavam fechados em estado de êxtase, mas conforme o v. 4. A BJ traz: “oráculo do homem de olhar penetrante”, v. 4. Deus: hebraico ’El. Conforme 23.22,23. Todo-poderoso: hebraico shaddai, um nome pelo qual Deus se deu a conhecer aos patriarcas e que é especialmente encontrado em Jó (conforme Gn 17:1Ex 6:3; 5:17 etc.). Os tempos verbais no v. 4 talvez sugiram um costume, cai prostrado: conforme Ez 1:28; Ez 8:17,Ez 8:18; Ap 1:17. que vê com clareza: BJ: “os seus olhos se abrem”; cremos que se refere aqui à visão interior (cf. Ef 1:18). v. 6. corno vales: a NTLH escolhe um sentido raro da palavra, traduzindo: “fila de palmeiras”. jardins: conforme Is 1:30; Is 44:4; Is 58:11aloés: muito conhecido em virtude de sua fragrância (conforme Sl 45:8). plantados pelo Senhor: como o jardim do Éden (Gn 2:8). v. 7. Seus reservatórios de água transbordarão: “O povo é personificado como um homem carregando dois baldes transbordantes de água [...] aquela fonte principal de todas as bênçãos e prosperidade no oriente escaldante” (Keil). maior do que Agague-, parece que Agague era um nome genérico para o rei dos amalequi-tas, assim como “faraó” o era para os egípcios. A LXX traz “Gogue” (conforme Ez 38:1). Conforme o versículo 20 e 1Sm 15:8. Acerca de rei, conforme Gn 17.6; 35:11. A primeira parte do v. 8 repete

    23.22, e a segunda parte conduz ao leão do v. 9. flechas provavelmente se refere a armas de guerra em geral.

    h) Balaque dispensa Balaão (24:10-14)

    Balaque bate as palmas de suas mãos, o que era um sinal de raiva, desprezo ou desespero (conforme 27:23; Lm 2:15; Ez 21:17;

    22.13), e ordena que Balaão volte para casa. Balaão lembra Balaque das palavras Dt 22:18 e expressa a sua intenção de voltar para casa, mas antes disso ele vai pronunciar mais um oráculo acerca do que Israel vai fazer com Moabe nos últimos dias, ou dias futuros, expressões usadas constantemente na literatura bíblica posterior a respeito da época do Messias, mas épocas anteriores podem ser incluídas entre as que apontavam para aquela época.

    i) O quarto oráculo de Balaão (24.15
    24)
    O oráculo não trata somente de Moabe. E dividido em quatro partes que começam com as palavras pronunciou este oráculo (v. 15,20,

    21,23). A primeira trata de Moabe e Edom; a segunda, de Amaleque; a terceira, dos que-neus; e a quarta, de grandes potências mundiais. “Temos aqui uma série de profecias, começando com a aparição do Messias e terminando com a destruição do anticristo. Não há paralelo disso nas Escrituras, com exceção das visões de Daniel” (A. Edersheim, Bible History, v. 1, 1875, p. 31). Os v. 15,16 são iguais aos v. 3,4, a não ser pela palavras que possui o conhecimento do Altíssimo: conforme Gn

    14:19-22 e Dt 32:8. Balaão afirma que teve acesso aos conselhos secretos de Deus (cf. 15:8).

    (1) Uma estrela e um cetro (v. 17-19)

    A menção principal desses versículos pode ser referente a Davi, que derrotou Moabe e subjugou os idumeus (conforme 2Sm 8:2,2Sm 8:11-10Sl 60:8), mas, como o próprio Davi aponta para o filho maior do grande Davi, a profecia da estrela e do cetro também aponta para ele (conforme Gn 49:10; Sl 45:6; Mt 2:2; Ap 2:28; Ap 22:16). “Essa interpretação estava tão difundida entre os judeus que o pseudomessias que se levantou na época de Adriano, em quem até o rabi Akiba acreditou, assumiu o nome de Bar Cochba (Filho de uma Estrela) em con-seqüência dessa profecia” (Keil). A NTLH provavelmente está correta em interpretar cetro (lit. “vara”) como “cometa”. Moabe é naturalmente mencionado primeiro em virtude do desejo de Balaque de amaldiçoar Israel e depois Edom, o seu vizinho ao sul, porque também se opunha a eles (conforme 20.20,

    21). v. 17. frontes: ou “cantos” (da cabeça);

    conforme Jr 48:45. Se a tradução descendentes de Sete é aceitável, a referência é aparentemente a uma tribo desconhecida, aparentada dos moa-bitas. Alguns comentaristas judeus entendiam que se referia aos filhos de Sete, filho de Adão, i.e., a humanidade, mas isso não é adequado. Melhor é a expressão na nota de rodapé da NVI: “arrogantes” (conforme Jr 48:45), ou NEB: “filhos da discórdia”, “com o que se entende, de acordo com a analogia de Jacó e Israel (v. 17), Edom e Seir (v. 18), que os moabitas são homens que causam confusão e brigas” (Keil). Seir (v. 18), ou monte Seir, era o nome antigo de Edom (conforme Gn 32:3; 36:8Dt 2:1). Na época de Moisés, Israel não teve permissão para lutar contra Edom (conforme 20.21; Dt 2:4,Dt 2:5), mas no futuro isso será diferente. No v. 19, Balaão ainda está pensando principalmente em Edom, mas as palavras podem ter um significado mais amplo referindo-se ao domínio de Israel em geral e à destruição de todos os seus inimigos. A NEB traz: “ele destruirá o último sobrevivente de Ar” (v. comentário de 22.36), mas já se tratou de Moabe no v. 17. Albright traduziu de forma semelhante, mas ele pressupôs uma transposição e colocou as palavras após o v. 17.

    (2)    Amaleque (v. 20)

    De Peor, Balaão conseguia enxergar a região dos amalequitas que se localizava ao sul (conforme 13.29). o primeiro entre as nações\ Keil entendeu isso no sentido de que Amaleque foi a primeira nação a atacar Israel (conforme Ex 17:8


    16) — uma interpretação questionável. Balaão prediz a ruína final de Amaleque, destacando-se aqui o contraste entre primeiro e fim.

    (3)    Os queneus (v. 21,22)

    Da forma como está a tradução, aparentemente o significado é que, apesar da sua segurança aparente, os queneus serão arruinados e levados ao cativeiro pelos assírios ou simplesmente pelos “assuritas” (Gn 25:3). Outra tradução, no entanto, apoiada pelo Targum Palestino e por Keil diz: “Caim não será devastado até que Assur o leve cativo”. Ressalta-se que os queneus de que lemos em Juízes eram descendentes de Hobabe e amistosos com Israel (conforme Nu 10:29; Jz 1:16; Jz 4:11). Assim, podemos entender as palavras como predição de segurança longa e duradoura para eles em contraste com os amalequitas. Em ninho, há um jogo de palavras, pois qên em hebraico significa “ninho” (conforme Am 1:4). firmado na rocha\ não temos certeza de que fortaleza nas montanhas se fala aqui. Os altos de En-Gedi são uma possibilidade, como Sela, mais tarde Petra. “A palavra significa ‘ferreiro’, e a presença de cobre a sudeste do golfo de Acaba, a região dos queneus e midianitas, confirma essa interpretação” (J. A. Motyer, NBD).

    A referência a Assur nos v. 22,24 tem sido muito contestada. Em geral, se crê que se refira à Assíria, a forma grega de Assur. Albright eliminou a referência ao entender a palavra como um verbo, “eu olho”, evidentemente influenciado pelo seu desejo de limitar as referências a povos que estavam ativos nessa região no século XIII a.C. A NEB elimina a palavra no v. 22, mas não no v. 24. Alguns eruditos a têm associado a uma tribo local (conforme Gn 25:3), mas, como N. H. Snaith observou, “essa tribo é pequena demais aqui” (.NCentB); isso é verdade em relação ao v. 24, mas não ao v. 22. M. Noth aceitou a referência à Assíria, mas datou as palavras de época muito posterior à de Moisés. Se, no entanto, admitimos o elemento da profecia genuína, que os discursos de Balaão certamente afirmam ser, não vemos razão por que a referência à Assíria não pudesse ter validade aqui, mas há alguma incerteza na interpretação desses oráculos.

    (4) Juízos distantes (v. 23,24)

    Balaão enxerga juízos tão universais que ele duvida de que alguém vá sobreviver a eles (v. 23). A BJ traz: “Os povos do Mar se reúnem ao norte”; a NEB: “Ah, quem são esses que se reúnem no norte...?” Isso está baseado em reposicionamento dos sinais dia-críticos e em emenda textual, v. 24. Quitim: conforme Gn 10:4. “Parece que o nome veio a ser atribuído a toda a ilha de Chipre (Is 23:1,Is 23:12) e depois de forma mais geral à região costeira do Mediterrâneo Oriental. Na quarta visão de Daniel [...] ‘os navios de Quitim’ deve se referir a Roma” (T. C. Mitchell, NBD;

    conforme Ez 11:30). O Targum Onqelos traz “romanos” aqui; a Vulgata tem “trirremes da Itália”. Em IMacabeus 1.1; 8.5 Quitim é usado para se referir à Grécia. Héber, de onde se deriva “hebreu”, pode ser uma designação poética de Israel (conforme Gn 10:21,25; 11:14ss). A profecia pode estar se referindo à derrota dos assírios diante dos gregos e romanos, à aflição de Israel infligida por essas potências e à destruição subseqüente dos impérios grego e romano.

    E importante observar que o v. 23 não diz que Balaão viu Assur como viu Amaleque (v. 20) e os queneus (v. 21), pois os assírios ainda estavam no futuro distante. A referência da LXX a Ogue, retomada pela JB (a BJ em inglês), também é estranha. A NEB, seguindo a LXX, traz “invasores”, em vez de navios (v. 24); conforme NTLH: “inimigos nos seus navios”.

    j) Balaão e Balaque se separam (24.25)
    v. 25. voltou para casa: 31.16 sugere que ele não o fez imediatamente, mas permaneceu entre os midianitas. As palavras talvez signifiquem simplesmente que ele partiu em direção à sua terra, ou casa.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Números Capítulo 24 do versículo 3 até o 9
    f) O terceiro discurso (Nm 24:3-9).

    Maior ênfase se atribui agora às boas qualidades de Jacó (5) e às suas futuras vitórias (8). Agague (7) era provavelmente um nome comum aos reis dos amalequistas, como Faraó aos dos egípcios.


    Dicionário

    Atravessar

    verbo transitivo Pôr de través ou obliquamente: atravessou o caminhão na estrada.
    Passar através de; transpassar: o punhal atravessou-lhe o coração.
    Passar além de; cruzar, transpor: atravessar um rio.
    Passar, sofrer: atravessar dificuldades.
    Resistir, subsistir a (o tempo): atravessar os anos.
    Comprar (mercadorias ou gêneros), para monopolizar o mercado e obter grandes lucros na venda.

    A palavra atravessar vem do latim transversus, que significa transversal.

    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Consumir

    verbo transitivo direto Gastar; utilizar-se de alguma coisa: o televisor consumia muita energia: consumiu muito tempo naquele emprego.
    Ingerir; fazer a ingestão de algum alimento: consumia muitas vitaminas.
    Utilizar até o final: consumiu o xampu em algumas semanas.
    verbo transitivo direto e pronominal Acabar por completo: a tempestade consumiu a plantação; a plantação consumiu-se em água.
    Debilitar; prejudicar a saúde de: consumiu os nervos naquele emprego; consumia-se lentamente com a doença.
    Aborrecer; sentir ou causar aborrecimento: consumia o professor com ofensas; consumia-se pelas críticas.
    Figurado Estar repleto de sentimentos reprimidos, como: ciúme, raiva.
    Etimologia (origem da palavra consumir). Do latim consumire.

    Consumir
    1) Gastar ou corroer até a destruição; destruir (Ex 3:2); (Gl 5:15), RC).

    2) Acabar com (Gn 31:40).

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Egito

    Egito Nação onde os pais de Jesus se refugiaram (Mt 2:13-19), a fim de salvá-lo das ameaças de Herodes. O Talmude cita também a notícia de uma estada de Jesus nesse país, relacionando-a com a realização de seus milagres, os quais atribui à feitiçaria.

    Egito 1. País situado no nordeste da África. É também chamado de CAM (Sl 105:23). Suas terras são percorridas pelo maior rio do mundo, o Nilo. Foi um império poderoso no tempo do AT. Os hebreus viveram ali e ali foram escravizados, sendo libertados por intermédio de Moisés (Gn 46—Êx 19). A nação israelita sempre manteve contato com o Egito. Salomão se casou com a filha do FARAÓ (1Rs 3:1). V. o mapa O EGITO E O SINAI.

    2. MAR DO EGITO. V. VERMELHO, MAR (Is 11:15).


    Por toda a história da Bíblia, desde que Abraão desceu ao Egito para ali habitar (Gn 12:10) por causa da grande fome que havia em Canaã, até àquele dia em que José, a um mandado do Senhor, se levantou às pressas, e, tomando de noite o menino e sua mãe (Mt 2:14), partiu para o Egito, achamos estarem em constante comunicação os israelitas e os egípcios. Na Sagrada Escritura o nome genérico do Egito é Mizraim: o Alto Egito é algumas vezes chamado Patros (Cp is 11:11Jr 44:1Ez 29:14 com Dt 2:23Jr 47:4Ez 30:14-16). Uma designação poética do Egito é Raabe (Sl 87:4-89.10 – is 51:9). (*veja Raabe.) Na sua parte física é o Egito limitado ao norte pelo mar Mediterrâneo – ao noroeste pelo ribeiro El-Aris (o rio do Egito em Nm 34. 5), a fronteira da Palestina, e pelo deserto sírio ou arábico até ao golfo de Suez, e deste ponto para o sul tem por limite a costa ocidental do mar Vermelho, ficando a oeste das terras egípcias o deserto da Líbia. Desde os tempos mais remotos têm sido marcados os seus limites meridionais nas cataratas de Assuã, a antiga Siene. o comprimento do Egito está em grande desproporção com a sua largura, visto que sendo aquele de 800 km, esta varia entre 8 km pouco mais ou menos (terra cultivável) e cerca de 130 km, que é toda a largura da fronteira marítima do Delta. A bem conhecida e afamada fertilidade do solo do Egito provinha, e ainda hoje provém, da fertilizadora influência das inundações anuais do rio Nilo, fato que já é notado no Dt (11.10 a 12), quando ali se faz referência ao sistema de cultivar as terras por meio da irrigação. A Palestina, diz-nos a mesma passagem, era um país regado pelas chuvas, ao passo que o Egito tinha de ser laboriosamente regado pelo próprio homem – porquanto neste pais as chuvas não são freqüentes, dependendo a fertilidade do solo da cheia anual do Nilo. E tira-se todo o proveito possível desta cheia, para a rega das terras, por meio de canais e abertura de regos. Fazer canais e limpá-los era uma das formas da ‘dura servidão, em barro e em tijolos’ (Êx 1:14), com que eram amarguradas as vidas dos israelitas no Egito. Não somente dependiam das cheias do Nilo a prosperidade, as riquezas e a fertilidade do Egito, mas também a sua própria existência é devida à mesma causa. o limo é trazido nas correntes que descem das montanhas e planaltos da Abissínia e de sítios que estão muito para o interior da África, e durante as inundações anuais deposita-se ele nas terras. No período das cheias, todo o país parece um conjunto de lagos, canais, reservatórios, estando tudo isto separado por diques e estradas alteadas. E não é tanto a saturação do solo, como o que nele se deposita, que produz tão largas colheitas. Logo que baixam as águas, começa a lavoura. A semente é lançada no chão umedecido, ou mesmo sobre a água que ainda cobre um pouco a terra, e sob a ação do quentíssimo sol aparecem com tal rapidez a vegetação e os frutos que se pode fazer uma série de colheitas. A transformada aparência do país em virtude das cheias anuais é simplesmente assustadora. o que era seco deserto de areia e pó converte-se, num curto espaço de tempo, em belos campos cobertos de verdura. Tão inteiramente estavam os egípcios dependentes do rio Nilo, que eles o adoravam, prestando-lhe honras divinas, como sendo o primeiro de todos os seus deuses. Foi este culto pelo seu rio que tornou terrivelmente impressionante a praga das rãs e a da conversão das águas em sangue (Êx 7:15-25 – 8.1 a 15). o Egito, nas suas divisões políticas, achava-se dividido, desde tempos muito remotos, em nomos, ou distritos. Estes eram, outrora, praticamente reinos separados, sujeitos a um supremo governador, contando-se primitivamente trinta e seis, tendo cada um deles os seus especiais objetos de culto. Estes nomos foram diminuindo em número até que, no tempo de isaías, não havia, provavelmente, mais do que dois. Somente duas das divisões se acham mencionadas na Sagrada Escritura, Patros e Caftor. Com respeito a uma certa divisão, a terra de Gósen, era, pelo que se dizia, uma das mais ricas terras de pastagem do Baixo Egito. A significação do nome é desconhecida, mas talvez seja derivado de Guse, palavra árabe que significa ‘o coração’, querendo dizer o que é escolhido, ou o que é precioso (Gn 45:18 – e 47.11). Foi esta a província que José escolheu para ali estabelecer os seus parentes. Gósen ficava entre o braço mais oriental do Nilo, e a Palestina, e a Arábia. Fazia parte do distrito de Heliópolis, do qual era capital a notável om das Escrituras. (Vejam-se Gósen, e om.) Como era de esperar num país tão populoso como o Egito, havia muitas cidades, grandes e prósperas, dentro dos seus limites. Pouco sabemos das mais antigas povoações, a não ser o que tem sido respigado nos monumentos e inscrições dispersos. Tebas, uma das mais notáveis dessas cidades, era a antiga capital do Egito. Diz-se que esta famosa cidade foi edificada por Mizraim, filho de Cão, e neto de Noé. Foi também chamada Nô (Ez 30:14), Nô-Amom, e Dióspolis. Estava situada nas margens do Nilo, e era a sede do culto prestado ao deus Amom, achando-se enriquecida de magníficos templos e outros edifícios públicos. Quão grandiosa e forte era a cidade de Tebas, atesta-o a História, e a Sagrada Escritura o confirma (Na 3.8 a 10), quando a compara com Nínive, mas dando-lhe preeminência sobre essa cidade (*veja Nô). outras importantes cidades eram Zoã (Sl 78:12) – om, ou Heliópolis (Gn 41:45) – Pitom e Ramessés (Êx 1:11) – Sim (Ez 30:15) – Pi-Besete ou Bubastes (Ez 30:17) – Tafnes, ou Hanes (Jr 43:8is 30:4) – Migdol (Jr 46:14) – Mênfis ou Nofe, cuja riqueza e fama são atestadas por antigos escritores, que chegaram a marcar-lhe um lugar superior ao de Tebas, sendo ela a maior cidade dos Faraós, a mais bem conhecida dos hebreus, com grande número de referências na Bíblia – Seveno (Ez 29:10) – e Alexandria. os egípcios já haviam alcançado um alto grau de prosperidade, quanto à vida luxuosa e aos seus costumes num tempo em que todo o mundo ocidental se achava ainda envolto no barbarismo, antes mesmo da fundação de Cartago, Atenas e Roma. o seu sistema de governo era uma monarquia, que

    do grego antigo "Aígyptos", que de acordo com Estrabão deriva de ("Aegeou yptios" - "a terra abaixo do Egeu). Isso se torna mais evidente na variação "Aeg'yptos". Alternativamente, deriva do nome egípcio para Memphis, significando "templo da alma de Ptah", uma das divindades egípcias.

    substantivo masculino Designação da República Árabe do Egito localizada às margens do Rio Nilo, no continente Africano, sendo banhada tanto pelo Mar Vermelho quanto pelo Mediterrâneo.
    Etimologia (origem da palavra Egito). De egipto; do grego aígypto; pelo latim aegyptus.

    substantivo masculino Designação da República Árabe do Egito localizada às margens do Rio Nilo, no continente Africano, sendo banhada tanto pelo Mar Vermelho quanto pelo Mediterrâneo.
    Etimologia (origem da palavra Egito). De egipto; do grego aígypto; pelo latim aegyptus.

    Forças

    2ª pess. sing. pres. ind. de forçar
    fem. pl. de força
    Será que queria dizer forças?

    for·çar -
    (força + -ar)
    verbo transitivo

    1. Exercer força contra.

    2. Imprimir maior força a.

    3. Entrar à força em.

    4. Abrir caminho por meio de.

    5. Obrigar, constranger.

    6. Violentar.

    7. Estuprar.

    8. Interpretar mal.

    9. Desviar da propensão ou da vocação.

    verbo pronominal

    10. Actuar contra vontade; fazer esforço, violentar-se.


    for·car -
    (forca + -ar)
    verbo transitivo

    Revolver ou levantar (palha, feno) com o forcado.


    for·ça |ô| |ô|
    (latim tardio fortia, do latim fortis, forte, forte)
    nome feminino

    1. Faculdade de operar, de executar, de mover, etc.

    2. Fortaleza.

    3. Rijeza.

    4. Poder da musculatura.

    5. Violência.

    6. Poder.

    7. Solidez.

    8. Energia.

    9. Resistência.

    10. Viveza.

    11. Firmeza.

    12. Impulso.

    13. Esforço.

    14. Motivo, causa.

    15. Grande porção; abundância.

    16. O grosso ou a parte principal de alguma coisa.

    17. Troço (de gente armada).

    18. Auge, pino; ocasião em que mais se faz sentir.

    19. Número, quantidade.

    20. [Popular] Hérnia, quebradura.

    21. [Mecânica] Potência, causa motriz.


    à fina força
    Sem atender a razões.

    à força
    Contra vontade; com violência.

    à força de
    Por meio de.

    à viva força
    Violentamente, pela força.

    de força maior
    Que se sobrepõe a tudo o resto, geralmente de forma urgente ou imprevista (ex.: invocou um motivo de força maior; há excepção para casos de força maior).

    em força
    Com força.

    força aérea
    [Militar] Ramo das forças armadas que tem como principal missão a defesa aérea de uma nação. (Geralmente com inicial maiúscula.)

    força de expressão
    Maneira de falar difundida que não toma o sentido literal de cada uma das palavras.

    força de vontade
    Capacidade para fazer voluntariamente um conjunto de acções que permitam atingir um objectivo.

    força electromotriz
    [Electricidade] [Eletricidade] Força que pode produzir corrente elétrica num circuito (abreviatura: f.e.m.).

    força plástica
    A que se supõe presidir aos fenómenos de nutrição e reprodução.

    forças armadas
    [Militar] Conjunto dos organismos que constituem o poder militar de um país.

    por força
    Constrangidamente.

    Confrontar: forca.

    for·ca |ô| |ô|
    (latim furca, -ae, forcado de dois dentes, pau bifurcado, forca, escora, desfiladeiro)
    nome feminino

    1. Instrumento de suplício por estrangulação. = PATÍBULO

    2. Morte causada por esse instrumento. = ENFORCAMENTO

    3. Corda usada por quem se enforca.

    4. [Agricultura] Utensílio agrícola composto por um longo cabo de madeira com dentes de ferros compridos, finos e bem separados, na extremidade. = FORCADO, FORQUILHA

    5. O mesmo que desfiladeiro.

    6. Figurado Situação crítica.

    7. Figurado Ardil, cilada, laço.

    8. [Jogos] No jogo do botão, distância entre a ponta do dedo polegar e a do indicador quando afastados. = FURCA, FURCO

    9. [Jogos] Jogo que consiste na tentativa de adivinhar uma palavra e em que cada letra erradamente sugerida corresponde ao desenho de uma parte do corpo de um enforcado, começando pela cabeça. = ENFORCADO


    forcas caudinas
    Humilhação, vexame (ex.: passar pelas forcas caudinas).

    Confrontar: força.

    Nações

    nação | s. f. | s. f. pl.
    Será que queria dizer nações?

    na·ção
    nome feminino

    1. Conjunto de indivíduos habituados aos mesmos usos, costumes e língua.

    2. Estado que se governa por leis próprias.

    3. Casta, raça.

    4. Naturalidade, pátria.


    nações
    nome feminino plural

    5. Religião Gentio, pagão (em relação aos israelitas).


    direito das nações
    Direito internacional.


    Nações Designação geral dos povos não-israelitas (Ex 34:24; Lc 24:47). “Nação”, no singular, é usado também para Israel (Gn 12:2; Ex 19:6).

    Nações Ver Gentios.

    Ossos

    osso | s. m. | s. m. pl.

    os·so |ô| |ô|
    (latim ossum, -i)
    nome masculino

    1. Parte dura e sólida que forma a armação do corpo dos vertebrados.

    2. Cada um dos fragmentos ou partes dessa armação.

    3. Figurado Dificuldade, contrariedade.

    4. [Brasil, Informal] Namorada, amante ou esposa.

    5. O que há de desagradável em alguma coisa.


    ossos
    nome masculino plural

    6. Restos mortais.

    7. [Informal] As mãos (ex.: deixe-me apertar esses ossos).

    8. [Informal] O corpo.


    em osso
    Em pêlo; sem arreios.

    Que só tem as paredes.

    osso da sorte
    [Informal] Osso em forma de forquilha pequena, que corresponde, no esqueleto das aves, à fusão das duas clavículas. = FÚRCULA

    osso de correr
    Osso de tutano.

    osso duro de roer
    Coisa ou pessoa muito difícil.

    osso inominado
    Osso ilíaco.

    osso marsupial
    [Anatomia] Lâmina óssea no fundo da cavidade cotilóide do osso ilíaco.

    ossos da suã
    Os ossos do espinhaço do porco.

    ossos do ofício
    Conjunto dos problemas ou desvantagens inerentes a uma função ou a uma actividade.

    osso zigomático
    [Anatomia] Cada um dos dois ossos salientes da face, abaixo dos olhos, que forma a zona da bochecha e parte da órbita ocular; cada um dos dois ossos das maçãs do rosto. = MALAR, ZIGOMA

    Plural: ossos |ó|.

    Quebrar

    verbo transitivo e intransitivo Reduzir a pedaços, por efeito de choque ou golpe.
    Partir, romper, fragmentar.
    Virar, dobrar, fazer ângulo (mudando de direção): quebrar à esquerda, na próxima esquina.
    Tornar dócil (às rédeas), amansar (o animal).
    Abalar, comover, causar pena: coisa de quebrar o coração da gente.
    Interromper, pôr fim a, romper (o silêncio, a calma, o encanto).
    Não obedecer a normas ou convenções: quebrar o protocolo.
    Falir, abrir falência: a "Casa da Noiva" quebrou.
    Figurado Quebrar a cabeça, empenhar-se, esforçar-se mentalmente por encontrar solução, por vencer uma dificuldade; ter aborrecimentos, ser incomodado.
    Quebrar a cara, esbofetear, esmurrar (um desafeto); gír. sentir-se frustrado, decepcionado por não ter conseguido o que esperava; dar-se mal, malograr.
    Quebrar a castanha (a alguém), humilhar, vencer (a obstinação, o orgulho de alguém).
    Quebrar lanças por, pelejar em prol de.
    Quebrar o jejum, comer ou beber estando em obrigação de jejum; fazer a primeira refeição do dia.

    quebrar
    v. 1. tr. dir., Intr. e pron. Separar (-se) em partes, violentamente (por efeito de queda ou pancada); reduzir(-se) a pedaços, fragmentar(-se), despedaçar(-se). 2. Intr. e pron. Partir-se, fender-se, rachar; romper-se, estalar. 3. tr. dir. Fraturar. 4. tr. dir. Fazer dobras em; vincar. 5. Intr. Desviar-se para; dobrar a esquina para . Pron Dobrar o corpo; requebrar-se aracotear-se. 7. Intr. Dar quebra, faltar no peso ou na medida. 8. Intr. Refletir-se, refratar-se (a luz ou o som). 9. tr. dir. Quebrantar, amansar, domar. 10. tr. ind. Perder o impulso, diminuir a violência do ímpeto (as ondas, o mar, o vento et)C. 11. tr. dir. Acabar com, destruir, fazer cessar, pôr termo a: Quebrar os laços ou vínculos de amizade. 12. tr. dir. Cortar as relações com algué.M 13. tr. dir. Infringir, violar. 14. tr. dir. Faltar ao cumprimento de (palavra ou promessa). 15. Intr. Abrir falência; falir.

    São

    adjetivo Que se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são.
    Que não está estragado: esta fruta ainda está sã.
    Que contribui para a saúde; salubre: ar são.
    Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã.
    Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são.
    Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo.
    Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs.
    Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs.
    substantivo masculino Parte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém.
    Aquele que está bem de saúde; saudável.
    Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca).
    Condição do que está completo, perfeito.
    expressão São e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo!
    Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um.
    substantivo masculino Forma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito!
    Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.

    adjetivo Que se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são.
    Que não está estragado: esta fruta ainda está sã.
    Que contribui para a saúde; salubre: ar são.
    Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã.
    Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são.
    Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo.
    Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs.
    Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs.
    substantivo masculino Parte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém.
    Aquele que está bem de saúde; saudável.
    Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca).
    Condição do que está completo, perfeito.
    expressão São e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo!
    Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um.
    substantivo masculino Forma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito!
    Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.

    são adj. 1. Que goza de perfeita saúde, sadio. 2. Completamente curado. 3. Salubre, saudável, sadio. 4. Que não está podre ou estragado. 5. Reto, justo. 6. Impoluto, puro; sem defeitos. 7. Ileso, incólume, salvo. 8. Justo, razoável. 9. Inteiro, intacto, sem quebra ou defeito (objeto). Sup. abs. sint.: saníssimo. Fe.M: sã. S. .M 1. Indivíduo que tem saúde. 2. A parte sã de um organismo.

    Tirar

    verbo transitivo direto e bitransitivo Extrair algo de algum lugar; extirpar: tirou as amígdalas; tirou as plantas do vaso.
    Puxar com muita força: os bois tiram o arado; tirou a cobertura do telhado.
    Diminuir do valor da conta corrente; ver o extrato bancário: tirar dinheiro do banco; tirar o extrato.
    Retirar algo de alguém; privar, perder: os problemas tiravam-lhe o sossego.
    Direcionar para outro caminho: tirar o carro da frente do caminhão.
    Comer alguma coisa: tirar um pedaço da torta.
    verbo transitivo direto Tirar a roupa, o sapato etc.; despir, descalçar: tirou a roupa e os sapatos.
    Arrancar algo do lugar onde estava; sacar, arrancar: tirou a espada.
    Alcançar como efeito; receber, colher: tirar os frutos do seu trabalho.
    Deixar como estava antes: tirar as manchas do tecido.
    Finalizar um curso: tirar o mestrado, o doutorado.
    Passar a possuir algo que não lhe pertence; roubar: tirar doces de crianças.
    Fazer a captação de fotos, imagens; fotografar: tirar fotos.
    Realizar a cópia de algo ou reproduzir algo a partir do original: tirar cópias de documentos.
    Fazer um convite de dança para alguém: tirar alguém para dançar.
    Deixar de ter um costume, hábito ou vício: tirar o álcool da sua vida.
    Estar sujeito a torturas, punições, castigos etc.: tirou a vida inteira pelo assassinato.
    Passar para o papel; transcrever: tirar uma letra de música.
    verbo bitransitivo Retirar, fazer sair de um lugar: tirou o objeto daquela mesa.
    Ser capaz de usar, de usufruir de algo: tirar proveito de uma situação.
    Fazer sair intensa e violentamente: o vento tirou as roupas do varal.
    Privar de; espoliar, usurpar: tirou-lhe a casa e tudo que tinha.
    Fazer desaparecer por completo; limpar, eliminar: tirar a sujeira do chão.
    Medir alguma coisa: tirar a temperatura da água.
    Entender por dedução, pelo raciocínio: tirar conclusões dos testemunhos.
    verbo bitransitivo e pronominal Mandar para longe: tirar alguém de uma festa; o policial me tirou do casamento.
    verbo transitivo indireto Assemelhar-se a; ter o mesmo aspecto, aparência: o sapato tira para o castanho.
    Ter uma tendência para; ser direcionado para: minha filha tira para as artes.
    verbo pronominal Sair-se de; livrar-se: tirou-se daquele lugar terrível.
    Desviar-se do caminho: a bicicleta tirou-se da estrada.
    Etimologia (origem da palavra tirar). Do latim tirare.

    Unicórnio

    substantivo masculino Mitologia Animal descrito na mitologia grega e romana, representado por uma forma semelhante a de um cavalo com corpo de veado, possuindo um chifre único, espiralado e torcido na ponta da testa, simboliza pureza e força.
    [Zoologia] Tipo de rinoceronte indiano, do gênero Rhinocecros unicornis; substância extraída de seus chifres e usada na fabricação de enfeites e fantasias.
    Etimologia (origem da palavra unicórnio). Do latim unicornis, "um chifre" + io.

    Unicórnio BESTA de um só chifre (39:9-10, RC; NTLH, touro selvagem).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    אֵל יָצָא מִצרַיִם תּוֹעָפָה רְאֵם אָכַל גּוֹי צַר גָּרַם עֶצֶם חֵץ מָחַץ
    Números 24: 8 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    DeusH410 אֵלH410 tirouH3318 יָצָאH3318 H8688 do EgitoH4714 מִצרַיִםH4714 a Israel, cujas forçasH8443 תּוֹעָפָהH8443 são como as do boi selvagemH7214 רְאֵםH7214; consumiráH398 אָכַלH398 H8799 as naçõesH1471 גּוֹיH1471, seus inimigosH6862 צַרH6862, e quebraráH1633 גָּרַםH1633 H8762 seus ossosH6106 עֶצֶםH6106, e, com as suas setasH2671 חֵץH2671, os atravessaráH4272 מָחַץH4272 H8799.
    Números 24: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1407 a.C.
    H1471
    gôwy
    גֹּוי
    nação, povo
    (of the Gentiles)
    Substantivo
    H1633
    gâram
    גָּרַם
    cortar, reservar, pôr de lado, deixar, preservar
    (shall break)
    Verbo
    H2671
    chêts
    חֵץ
    uma maldição
    (a curse)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    H3318
    yâtsâʼ
    יָצָא
    ir, vir para fora, sair, avançar
    (And brought forth)
    Verbo
    H398
    ʼâkal
    אָכַל
    comer, devorar, queimar, alimentar
    (freely)
    Verbo
    H410
    ʼêl
    אֵל
    deus, semelhante a deus, poderoso
    (unto God)
    Substantivo
    H4272
    mâchats
    מָחַץ
    golpear, quebrar, ferir gravemente
    (pierce through)
    Verbo
    H4714
    Mitsrayim
    מִצְרַיִם
    um território ao nordeste da África, adjacente à Palestina, no qual flui o Nilo
    (and Mizraim)
    Substantivo
    H6106
    ʻetsem
    עֶצֶם
    osso, essência, substância
    (bone)
    Substantivo
    H6862
    tsar
    צַר
    estreito, apertado
    (your enemies)
    Adjetivo
    H7214
    rᵉʼêm
    רְאֵם
    provavelmente os grandes bisões ou touros selvagens agora extintos. O significado exato
    (of a unicorn)
    Substantivo
    H8443
    tôwʻâphâh
    תֹּועָפָה
    eminência, chifres imponentes, cimo
    (he has as it were the strength)
    Substantivo


    גֹּוי


    (H1471)
    gôwy (go'-ee)

    01471 גוי gowy raramente (forma contrata) גי goy

    aparentemente procedente da mesma raiz que 1465; DITAT - 326e n m

    1. nação, povo
      1. nação, povo
        1. noralmente referindo-se a não judeus
        2. referindo-se aos descendentes de Abraão
        3. referindo-se a Israel
      2. referindo-se a um enxame de gafanhotos, outros animais (fig.) n pr m
      3. Goim? = “nações”

    גָּרַם


    (H1633)
    gâram (gaw-ram')

    01633 גרם garam

    uma raiz primitiva; DITAT - 382b; v

    1. cortar, reservar, pôr de lado, deixar, preservar
      1. (Qal) reservar
    2. (Piel) quebrar ossos, roer ossos, quebrar

    חֵץ


    (H2671)
    chêts (khayts)

    02671 חץ chets

    procedente de 2686; DITAT - 721b; n m

    1. flecha

    יָצָא


    (H3318)
    yâtsâʼ (yaw-tsaw')

    03318 יצא yatsa’

    uma raiz primitiva; DITAT - 893; v

    1. ir, vir para fora, sair, avançar
      1. (Qal)
        1. ir ou vir para fora ou adiante, ir embora
        2. avançar (para um lugar)
        3. ir adiante, continuar (para ou em direção a alguma coisa)
        4. vir ou ir adiante (com um propósito ou visando resultados)
        5. sair de
      2. (Hifil)
        1. fazer sair ou vir, trazer, liderar
        2. trazer
        3. guiar
        4. libertar
      3. (Hofal) ser trazido para fora ou para frente

    אָכַל


    (H398)
    ʼâkal (aw-kal')

    0398 אכל ’akal

    uma raiz primitiva; DITAT - 85; v

    1. comer, devorar, queimar, alimentar
      1. (Qal)
        1. comer (tendo o ser humano como sujeito)
        2. comer, devorar (referindo-se aos animais e pássaros)
        3. devorar, consumir (referindo-se ao fogo)
        4. devorar, matar (referindo-se à espada)
        5. devorar, consumir, destruir (tendo coisas inanimadas como sujeito - ex., peste, seca)
        6. devorar (referindo-se à opressão)
      2. (Nifal)
        1. ser comido (por homens)
        2. ser devorado, consumido (referindo-se ao fogo)
        3. ser desperdiçado, destruído (referindo-se à carne)
      3. (Pual)
        1. fazer comer, alimentar
        2. levar a devorar
      4. (Hifil)
        1. alimentar
        2. dar de comer
      5. (Piel)
        1. consumir

    אֵל


    (H410)
    ʼêl (ale)

    0410 אל ’el

    forma contrata de 352, grego 2241 ηλι e 1664 ελιουδ; DITAT - 93a; n m

    1. deus, semelhante a deus, poderoso
      1. homens poderosos, homens de posição, valentes poderosos
      2. anjos
      3. deus, deus falso, (demônios, imaginações)
      4. Deus, o único Deus verdadeiro, Javé
    2. coisas poderosas na natureza
    3. força, poder

    מָחַץ


    (H4272)
    mâchats (maw-khats')

    04272 מחץ machats

    uma raiz primitiva; DITAT - 1183; v

    1. golpear, quebrar, ferir gravemente
      1. (Qal)
        1. destroçar
        2. destruição (particípio)

    מִצְרַיִם


    (H4714)
    Mitsrayim (mits-rah'-yim)

    04714 מצרים Mitsrayim

    dual de 4693; DITAT - 1235;

    Egito ou Mizraim = “terra dos Cópticos” n pr loc

    1. um território ao nordeste da África, adjacente à Palestina, no qual flui o Nilo

      Egípcios = “dificuldades dobradas” adj

    2. os habitantes ou nativos do Egito

    עֶצֶם


    (H6106)
    ʻetsem (eh'tsem)

    06106 עצם ̀etsem

    procedente de 6105; DITAT - 1673c; n. f.

    1. osso, essência, substância
      1. osso
        1. corpo, membros (do corpo), corpo externo
      2. osso (de animal)
      3. substância, o próprio ser

    צַר


    (H6862)
    tsar (tsar)

    06862 צר tsar ou צר tsar

    procedente de 6887; DITAT - 1973a,1973b,1974a,1975a; adj.

    1. estreito, apertado
    2. dificuldades, aflição
    3. adversário, inimigo, opressor
    4. pedra dura, pederneira

    רְאֵם


    (H7214)
    rᵉʼêm (reh-ame')

    07214 ראם r e’em̂ ou ראים r e’eym̂ ou רים reym ou רם rem

    procedente de 7213; DITAT - 2096a; n. m.

    1. provavelmente os grandes bisões ou touros selvagens agora extintos. O significado exato não é conhecido.

    תֹּועָפָה


    (H8443)
    tôwʻâphâh (to-aw-faw')

    08443 תועפה tow aphah̀

    procedente de 8039 [veja 8048]; n. pr. m.

    1. eminência, chifres imponentes, cimo
      1. eminência (referindo-se aos chifres altos, picos das montanhas, prata)