Enciclopédia de Lucas 7:21-21

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lc 7: 21

Versão Versículo
ARA Naquela mesma hora, curou Jesus muitos de moléstias, e de flagelos, e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos.
ARC E, na mesma hora, curou muitos de enfermidades, e males, e espíritos maus, e deu vista a muitos cegos.
TB Na mesma hora, curou Jesus a muitos de moléstias, de flagelos e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos.
BGB ἐν ⸀ἐκείνῃ τῇ ὥρᾳ ἐθεράπευσεν πολλοὺς ἀπὸ νόσων καὶ μαστίγων καὶ πνευμάτων πονηρῶν, καὶ τυφλοῖς πολλοῖς ⸀ἐχαρίσατο βλέπειν.
HD Naquela hora, curou muitos das {suas} doenças, flagelos e espíritos maus; e a muitos cegos concedeu a graça de ver.
BKJ E, na mesma hora, ele curou a muitos de suas enfermidades, e males, e espíritos malignos, e a muitos que eram cegos ele deu a visão.
LTT E, naquela mesma hora, Ele (Jesus) curou muitos homens para longe de suas enfermidades, e açoitamentos- de- doença, e espíritos maus; e a muitos cegos concedeu ver.
BJ2 Nesse momento, ele curou a muitos de doenças, de enfermidades, de espíritos malignos, e restituiu a vista a muitos cegos.
VULG (In ipsa autem hora multos curavit a languoribus, et plagis, et spiritibus malis, et cæcis multis donavit visum.)

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lucas 7:21

I Reis 8:37 Quando houver fome na terra, quando houver peste, quando houver queima de searas, ferrugem, gafanhotos e pulgão, quando o seu inimigo o cercar na terra das suas portas ou houver alguma praga ou doença,
Salmos 90:7 Pois somos consumidos pela tua ira e pelo teu furor somos angustiados.
Mateus 4:23 E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
Marcos 3:10 porque tinha curado a muitos, de tal maneira que todos quantos tinham algum mal se arrojavam sobre ele, para lhe tocarem.
Marcos 5:29 E logo se lhe secou a fonte do seu sangue, e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal.
Marcos 5:34 E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e sê curada deste teu mal.
I Coríntios 11:30 Por causa disso, há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem.
Hebreus 12:6 porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho.
Tiago 5:14 Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Lucas 7 : 21
flagelos
Lit. “açoite, flagelo; castigo, punição”.

Lucas 7 : 21
maus
Lit. “mal; mau, malvado, malevolente; maligno, malfeitor, perverso; criminoso, ímpio”. No grego clássico, a expressão significava “sobrecarregado”, “cheio de sofrimento”, “desafortunado”, “miserável”, “indigno”, como também “mau”, “causador de infortúnio”, “perigoso”. No Novo Testamento refere-se tanto ao “mal” quanto ao “malvado”, “mau”, “maligno”, sendo que em alguns casos substitui a palavra hebraica “satanás” (adversário).

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 1)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

30

Galileia

Jesus anuncia pela primeira vez que “o Reino dos céus está próximo”

Mt 4:17

Mc 1:14-15

Lc 4:14-15

Jo 4:44-45

Caná; Nazaré; Cafarnaum

Cura filho de funcionário; lê o rolo de Isaías; vai para Cafarnaum

Mt 4:13-16

 

Lc 4:16-31

Jo 4:46-54

Mar da Galileia, perto de Cafarnaum

Chama quatro discípulos: Simão e André, Tiago e João

Mt 4:18-22

Mc 1:16-20

Lc 5:1-11

 

Cafarnaum

Cura sogra de Simão e outros

Mt 8:14-17

Mc 1:21-34

Lc 4:31-41

 

Galileia

Primeira viagem pela Galileia, com os quatro discípulos

Mt 4:23-25

Mc 1:35-39

Lc 4:42-43

 

Cura leproso; multidões o seguem

Mt 8:1-4

Mc 1:40-45

Lc 5:12-16

 

Cafarnaum

Cura paralítico

Mt 9:1-8

Mc 2:1-12

Lc 5:17-26

 

Chama Mateus; come com cobradores de impostos; pergunta sobre jejum

Mt 9:9-17

Mc 2:13-22

Lc 5:27-39

 

Judeia

Prega em sinagogas

   

Lc 4:44

 

31 d.C., Páscoa

Jerusalém

Cura homem em Betezata; judeus tentam matá-lo

     

Jo 5:1-47

Retorno de Jerusalém (?)

Discípulos colhem espigas no sábado; Jesus “Senhor do sábado”

Mt 12:1-8

Mc 2:23-28

Lc 6:1-5

 

Galileia; mar da Galileia

Cura mão de um homem no sábado; multidões o seguem; cura muitos

Mt 12:9-21

Mc 3:1-12

Lc 6:6-11

 

Mte. perto de Cafarnaum

Escolhe os 12 apóstolos

 

Mc 3:13-19

Lc 6:12-16

 

Perto de Cafarnaum

Profere Sermão do Monte

Mt 5:1–7:29

 

Lc 6:17-49

 

Cafarnaum

Cura servo de oficial do exército

Mt 8:5-13

 

Lc 7:1-10

 

Naim

Ressuscita filho de viúva

   

Lc 7:11-17

 

Tiberíades; Galileia (Naim ou proximidades)

João envia discípulos a Jesus; verdade revelada às criancinhas; jugo é suave

Mt 11:2-30

 

Lc 7:18-35

 

Galileia (Naim ou proximidades)

Pecadora derrama óleo nos pés de Jesus; ilustração dos devedores

   

Lc 7:36-50

 

Galileia

Segunda viagem de pregação, com os 12

   

Lc 8:1-3

 

Expulsa demônios; pecado imperdoável

Mt 12:22-37

Mc 3:19-30

   

Não dá sinal, exceto o de Jonas

Mt 12:38-45

     

Sua mãe e seus irmãos chegam; diz que discípulos são seus parentes

Mt 12:46-50

Mc 3:31-35

Lc 8:19-21

 

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

lc 7:21
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 4
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 11:2-19


2. Como João, no cárcere, tivesse ouvido falar das obras de cristo, mandou dois de seus discípulos perguntar-lhe:


3. "És tu o que vem, ou devemos esperar outro"?


4. Respondeu-lhes Jesus: "Ide contar a João o que estais ouvindo e observando:


5. os cegos vêem de novo; os coxos andam; os leprosos ficam limpos; os surdos estão ouvindo; os mortos se levantam e aos mendigos é dirigida a boa-nova;


6. e feliz aquele que não tropeça em mim".


7. Ao partirem eles, começou Jesus a falar ao povo a respeito de João: "Que saístes a ver no deserto? Uma cana sacudida pelo vento?


8. Mas que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Os que vestem roupas finas residem nos palácios dos reis.


9. Mas que saístes a ver? Um profeta? Sim, digo-vos, e muito mais que um profeta.


10. É dele que está escrito: "Eis que envio ante tua face meu mensageiro, que preparará teu caminho diante de ti".


11. Em verdade vos digo que não apareceu entre os nascidos de mulher outro maior que João, o Batista (o que mergulha); mas o reino dos céus é maior que ele.


12. Desde os dias de João, o Batista, até agora, o reino dos céus é assaltado, e os assaltantes o conquistam,


13. porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.


14. E se quereis aceitar (isto), ele mesmo é Elias que estava destinado a vir.


15. O que tem ouvidos, ouça.


16. Mas a que hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos sentados nas praças, que gritam aos companheiros:


17. "nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes".


18. Porque veio João não comendo nem bebendo, e dizem: "ele recebeu um espírito desencarnado".


19. Veio o filho do homem comendo e bebendo, e dizem: "eis um homem glutão e bebedor de vinho, amigo de cobradores de impostos e pecadores"! E contudo, a sabedoria é justificada por seus filhos". zaram a vontade de Deus quanto a eles, não tendo sido mergulhados por ele.


LC 7:19-35


19. Chamando dois deles (de seus discípulos), João enviou-os a Jesus, para perguntar: "És tu o que deve vir, ou esperaremos outro"?


20. Quando esses homens chegaram a ele, disseram: "João, o Batista, enviou-nos para te perguntar: "és tu o que vem, ou esperaremos outro"?


21. Na mesma hora curou Jesus a muitos de moléstias, de flagelos, e de obsessores, e concedeu vista a muitos cegos.


22. Então respondeu-lhes: "Indo embora, relatai a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem de novo, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos estão ouvindo, os mortos se levantam, e aos mendigos é dirigida a boa-nova.


23. E feliz é o que não tropeça em mim".


24. Tendo ido os mensageiros de João, começou a falar ao povo a respeito de João: "Que saístes a ver no deserto? Uma cana sacudida pelo vento?


25. Mas que saístes a ver? Um homem vestido com roupas finas? Os que se vestem ricamente e vivem no luxo, estão nos palácios dos reis.


26. Mas que saístes a ver? Um profeta? Sim, digo-vos, e muito mais que profeta.


27. É dele que está escrito: "eis que envio ante tua face meu mensageiro, que preparará teu caminho diante de ti".


28. Eu vos digo: entre os nascidos de mulher, não há nenhum maior que João; mas o menor no reino de Deus, é maior que ele".


29. Ao ouvir isto, todo o povo e até os cobradores de impostos reconheceram a justiça de Deus, sendo mergulhados com o mergulho de João;


30. mas os fariseus e 0s doutores da lei desprezaram a vontade de Deus quanto a eles, não tendo sido mergulhados por ele.


31. "A que, pois, compararei os homens desta geração, e a que são eles semelhantes?


32. São semelhantes a meninos que se sentam na praça e gritam uns para os outros: "nós tocamos flauta e não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes".


33. Pois veio João, o Batista, não comendo pão nem bebendo vinho e dizeis: "ele recebeu um espírito desencarnado".


34. Veio o filho do homem comendo e bebendo, e dizeis: "eis um homem glutão e bebedor de vinho, amigo de cobradores de impostos e pecadores!"


35. Entretanto, a sabedoria é justificada por todos os seus filhos.


João estava na prisão de Maquérus (veja vol. 2). Daí acompanhava com grande interesse todo o desenvolvimento do ministério de Jesus, sobre o qual é constantemente informado por seus discípulos, que o visitam com frequência. O que mais lhe contam são os prodígios operados pelo novo taumaturgo de Nazaré. João jamais perdeu de vista sua tarefa de precursor e todos os seus atos destinam-se a "preparar o caminho diante dele" (vol. 1).


Que Jesus era o Messias, não havia dúvida para João, que O reconhecera desde o ventre materno (LC 1. 41. vol. 1); era consciente de ser ele o precursor (MT 3:1-6; vol. 1); declarou mesmo que não era digno de desatar-lhe as correias das sandálias (MT 3:11-12; vol 1); declarou até peremptoriamente ser o precursor predito (JO 1:19-28; vol. 1); não queria, mergulhar Jesus, porque se julgava indigno (MT 3:13-15; vol. 1); durante o ato do mergulho viu o sinal do Espírito (MT 3:16-17; vol 1); designou Jesus como o "cordeiro que resgata o carma do mundo " (JO 1:29-33) e taxativamente declara" eu vi e testifiquei que Ele é o escolhido de Deus" (JO 1:34; vol. 1); além de tudo isso, influi nos discípulos que sigam Jesus, declarando-o "o messias" (JO 1:35-37; vol. 1); e quando seus discípulos se queixam de que Jesus está atraindo multidões, João lhes dá a entender que Jesus é o Messias e acrescenta "é necessário que ele cresça e que EU diminua" (JO 3:25-30; vol. 2).


No entanto, apesar de tudo isso, os discípulos de João não viam Jesus com bons olhos e, por ciúmes escandalizavam-se dele". Observe-se que o verbo grego skandalízô en significa literalmente "tropeçar em". Assim o substantivo skándalon era, na armadilha, a peça-chave (o alçapão ou trava), que a fazia detonar. Então, escandalizar era tropeçar na trava, ficando preso na armadilha.


Mas, dizíamos, os discípulos de João tinham ciúmes do êxito crescente de Jesus (coisa tão comum entre espiritualistas!), especialmente quando viram seu próprio mestre na prisão. Observamos que eles criticaram Jesus na questão do jejum (MT 9:14) unindo-se aos piores inimigos de Jesus; vimos que eles foram queixar-se de Jesus ao próprio João, quando então o Batista se limita a recordar-lhes o que lhes havia afirmado a respeito de Jesus (vol. 2).


Na prisão, João percebia que seu fim estava próximo e preocupava-se, em primeiro lugar, em conseguir mais uma oportunidade de exercer oficialmente sua tarefa de precursor; mas além disso, queria aproximar de Jesus seus discípulos, a fim de que estes não prosseguissem, após seu desencarne, no culto de um precursor, ao invés de seguir o verdadeiro Mestre. Para isso, era indispensável uma definição pública de Jesus. E João resolve provocá-la, mas com delicadeza, deixando-lhe o caminho aberto para que Jesus respondesse como julgasse mais oportuno.


Daí a pergunta confiada aos dois mensageiros : "és tu o que vem (ho erchómenos, no particípio presente) ou deverá ser esperado outro"?


Anote-se, para fixar o sentido em que era usada a palavra "anjo" naquela época, que Lucas dá, aos dois discípulos de João que foram mandados a Jesus, o título de "anjos", isto é, mensageiros.


Jesus responde-lhes com fatos, e, na presença deles, realiza as obras preditas pelos antigos profetas de Israel como típicas "daquele que viria"; e depois de fazer, passa a citar as realizações por eles antevistas: quanto aos mortos, IS 26:19; quanto aos surdos e mendigos, IS 29:18; quanto aos cegos e surdos, IS 35:5 e quanto aos infelizes, IS 61:1.


Após as obras e citações, Jesus conclui "feliz o que não tropeça em mim" (makários hoi eàn mé skandaIisth êi), ou seja, o que não se recusar a aceitá-lo, por não compreender Sua missão. A advertência dirige-se abertamente aos discípulos de João que criticavam Jesus. Eles, de mentalidade estreita, fazendo questão fechada de ser vegetarianos e abstêmios de vinho e sexo, "tropeçaram" num Missionário verdadeiro (Jesus), e não no quiseram aceitar, por ser Ele "comilão e beberrão de vinho" (cfr. MT 11:18-19 e LC 7 : 33-34).


Quanto a Jesus, sempre preferiu confirmar Sua missão por meio de Suas obras e de Seus exemplos.


Jesus espera que os discípulos de João se retirem, e então tece o panegírico do precursor, talvez para que os apóstolos e outros seguidores Seus não viessem a pensar que a pergunta de João fora provoca da por alguma dúvida real do precursor. Tanto que a primeira pergunta se refere à falta de fé, à vacilação nas atitudes: a cana sacudida pelo vento. João não é um homem qualquer sem convicções, não é um "grande do mundo", rico e poderoso; e nessa série de perguntas repetidas, a eloquência se exalta: um profeta? sim, diz Jesus, e muito mais do que profeta: o precursor do Messias. Isso é afirmado através da citação de Malaquias (Malaquias 3:11).


Subindo mais ainda, Jesus chega ao clímax, afirmando categoricamente com solenidade: "em verdade vos digo, entre os nascidos de mulher ninguém é maior que João". Já explicamos (vol. 1) o sentido da expressão "filho do homem". Recordemos.


Os gnósticos distinguiam dois graus de evolução: os "nascidos de mulher" ou "filhos de mulher" e os" filhos do homem".


Os "filhos de mulher" são os que ainda estão sujeitos à reencarnação cármica, obrigados a renascer através da mulher, sejam eles involuídos ou evoluídos. Neste passo declara Jesus que dentre todos os que estão ainda sujeitos inevitavelmente ao kyklos anánke (ciclo fatal) da reencarnação, o Batista é o maior de todos.


Já os "filhos do homem" (dos quais Jesus se cita como exemplo logo abaixo, versículo 19) são os que não estão mais sujeitos à reencarnação, só reencarnando quando o querem para determinada missão; e são assim chamados como significando aqueles que já superaram o estágio hominal, sendo, o resultado ou "filho" da evolução humana. Na realidade, Jesus era um dos "filhos do homem", como também outros avatares que vieram à Terra espontaneamente para ajudar à humanidade (tais Krishna, Buda, etc.) .


João, o Batista, cujo Espírito animara, na encarnação anterior a personalidade de Elias o Tesbita, estava sujeito à reencarnação para resgatar o assassinato dos sacerdotes de Baal, junto à torrente de Kishon (cfr. 1RS 18:40 e 1RS 18:19:1), mortos à espada por ordem dele; e por isso a personalidade de João também teve a cabeça decepada à espada (cfr. MT 14:10-11). A Lei de Causa e Efeito é inapelável.


João, portanto, ainda pertencia ao grau evolutivo dos "nascidos de mulher", embora fosse o maior de todos naquela época.


Entretanto, todos aqueles que tenham conquistado o "reino dos céus", isto é, que hajam obtido a união hipostática com o Cristo Interno, são maiores do que ele, no sentido de terem superado essa fase do ciclo reencarnatório: e portanto de haverem atingido o grau de "filhos do homem". Tão importante se revela essa união definitiva com a Divindade!


Surgem depois dois versículos que os comentadores ansiosamente buscam penetrar quanto ao sentido profundo, mas, de modo geral, permanecem na periferia, dizendo que "só os que se esforçam violen tamente conseguem o reino dos céus"; e, na segunda parte, que Jesus colocou aqui João como "marco divisório a encerrar o Antigo Testamento ("toda a Lei e os Profetas até João", como diz Agostinho: videtur Joannes interjectus quidam limes Testamentorum duorum, Patrol. Lat. vol. 38, col. 1328).


E finalmente a grande revelação, irrecusável sob qualquer aspecto: "se quereis aceitar isso (se fordes capazes de compreendê-lo) ele mesmo é Elias, o que devia vir... quem tem ouvidos, ouça (quem puder, compreenda!).


A tradução do vers. 14 não coincide com as comuns. Mas o grego é bem claro: kai (e) ei (se) thélete (quereis) decsásthai (aceitar, inf. pres. ) autós (ele mesmo) estin (é) Hêlías (Elias) ho méllôn (part.


presente de mellô, destinado", "o que estava destinado") érchesthai (inf. pres. : a vir).


A Vulgata traduziu: "et si vultis recipere, ipse est Elias qui venturus est", em que o particípio futuro na conjunção perifrástica dá o sentido de obrigação ou destino do presente do particípio méllôn; acontece que o latim ligou num só tempo de verbo (venturus est) o sentido dos dois verbos gregos (ho méllôn érchesthai). Com essa tradução, porém, o sentido preciso do original ficou algo "arranhado". Se a tradução fora literal, deveríamos ler, na Vulgata (embora com um latim menos ortodoxo): "ipse est Elias debens venire", o que corresponde exatamente à nossa tradução: "ele mesmo é Elias que devia (estava destinado) a vir". Levados pela tradução da Vulgata, os tradutores colocam o futuro do presente (que deverá vir), quando a ação é nitidamente construída no futuro do pretérito.


A previsão do regresso de Elias à Terra (cfr. MT 3:23-24) "eis que vos envio Elias, o profeta, antes que chegue o dia de YHWH grande e terrível: ele reconduzirá o coração dos pais para os filhos e dos filhos para os pais" ... é confirmada no Eclesiástico (48:10) ao elogiar Elias "tu, que foste designado para os tempos futuros como apaziguador da cólera, antes que ela se inflame, conduzindo o coração do pai para o filho".


Alguns pensam tratar-se "do último dia do juízo final", mas Jesus mesmo dá a interpretação autêntica, quando diz: "eu vos declaro que Elias já veio mas não foi reconhecido" ... "e os discípulos entenderam que Ele lhes falava de João Batista" (MT 17:12-13).


Então, não pode restar a mínima dúvida de que Jesus confirma, autoritária e inapelavelmente, que João Batista é a reencarnação de Elias. Embora sejam duas personalidades diferentes, o Espírito (ou individualidade)


é o mesmo. Gregório Magno compreendeu bem o mecanismo quando, ao comentar o passo em que João nega ser Elias (JO 1:21) escreveu: "em outro passo o Senhor, interrogado pelos discípulos sobre a vinda de Elias, respondeu: Elias já veio (MT 17:12) e, se quereis aceitá-lo, é João que é Elias (MT 11:14). João, interrogado, diz o contrário: eu não sou Elias... É que João era Elias pelo Espírito (individualidade) que o animava, mas não era Elias em pessoa (na personalidade). O que o Senhor diz do Espírito de Elias, João o nega da pessoa" (Greg. Magno, Hom. 7 in Evang., Patrol. Lat. vol. 76, col. 1100).


Jesus não precisava entrar em pormenores sobre a reencarnação, pois era essa uma crença aceita normalmente entre os israelitas dessa época, sobretudo pelos fariseus, só sendo recusada pelos saduceus.


Em Lucas há dois versículos próprios a ele, distinguindo amassa e os publicanos, que aceitaram o mergulho de João, e os fariseus e doutores da lei, que não aceitaram a oportunidade da mudança de vida, que Deus lhes oferecia por intermédio de João.


E Jesus prossegue propondo uma parábola, na qual ilustra a contradição de Seus contemporâneos ("desta geração"), que não aceitam a austeridade da pregação de João nem a bondade alegre dos ensinos de Jesus. Ao verem a penitência e abstinência do Batista,, disseram que "estava obsidiado", que" tinha espírito desencarnado"; e ao observarem a leveza de atitudes do Nazareno, taxaram-no de comilão e beberão.


Cabe notar en passant que a obsessão é sempre atribuída em o Novo Testamento a um daímon (espírito desencarnado), em hebraico dibbuck, e jamais ao diábolos (cfr. vol. 1).


Definida a posição de dúvidas e hesitações da humanidade daquela época, (da qual pouco difere a atual) o Mestre conclui com um aforismo: a sabedoria é justificada por seus filhos, ou seja, por seus resultados. Com efeito, o que é produzido pelo sábio é que lhe justifica a sabedoria.


Há fatos que trazem lições preciosas. Aqui temos um.


O intelecto (João) no "cárcere" da carne, ouve as teorias a respeito da individualidade (Jesus) mas, como é de seu feitio raciocinador, quer provas. Não se contenta em ouvir afirmativas de outrem: exige confirmação do próprio. E o meio mais rápido é pedir à própria individualidade que se defina, que apareça, que se declare de origem divina.


Evidentemente, de nada adiantaria mais uma assertiva, embora proveniente da própria individualidade: o intelecto continuaria na dúvida. Inteligentemente a individualidade não responde com palavras, mas com fatos. O intelecto manda dois de seus discípulos, (faculdades de percepção e de observação) para apurar. E a resposta consiste em fatos: "veja, diz a individualidade, como se te modificam as coisas: a cegueira intelectual se abriu para a luz; os ouvidos da compreensão, antes surdos, estão atentos à voz interior; os passos incertos na caminhada evolutiva se tornaram firmes; os resgates cármicos que enfeavam a personalidade vão sendo limpos; a morte da indiferença às coisas espirituais se torna vida entusiástica e, apesar de toda a pobreza dos veículos físicos e do "espírito" é a ele que se dirige a ótima notícia do "reino" ... mas, coitado daquele que, apesar de todas as evidências, não crê e tropeça no conhecimento da individualidade... feliz, porém, aquele que compreende e aceita".


O intelecto recebe as lições e os testemunhos, que lhe comprovam a realidade dos fatos, e retira-se para meditação.


Entretanto, além da lição extraída dos fatos, temos outra, surgida com a Palavra: o Verbo de Deus que se manifesta dentro de nós (JO 1:14).


Em primeiro lugar, com as perguntas insistentes, temos avisos repetidos do que procura o Espírito: nem coisas fúteis (uma cana sacudida pelo vento), nem luxo (homem vestido de roupa, finas) nem mesmo um profeta (médiuns e videntes), mas algo maior que isso: o Espírito quer descobrir o caminho para encontrar seu único Mestre, o Cristo Interno. Para isso, está sempre alerta, a fim de entrar em contato com o "mensageiro" (pequeno mestre) que vem mostrar o caminho e aplainá-lo, para facilitar a busca e o Encontro. A tarefa desse "precursor" e mestre humano (intelecto =, João) é "aplainar as veredas", abaixar os outeiros e elevar os vales e levar o coração dos pais aos filhos e vice-versa (ou seja, harmonizar a mente com todos os veículos que a carregam na jornada evolutiva). O intelecto, portanto, PREPARA o caminho da personalidade, para que ela possa encontrar o Cristo Interno. Ent ão, o intelecto iluminado é o precursor do Cristo Interno, seja esse intelecto o da própria criatura, seja o de criaturas outras que se disponham a "servir" à humanidade. E esses precursores tem vindo várias vezes à Terra, sendo alguns reconhecidos como avatares de lídima estirpe.


Ocorre, entretanto, que muitos dos discípulos desses precursores do Cristo Interno tomam a si, tamb ém, a tarefa de indicar a senda, quer falando, quer escrevendo, quer sobretudo exemplificando.


E aqui temos o exemplo que Jesus dá, de João, o intelecto que preparou realmente o caminho para o Cristo, e que, por isso, foi destacado como "o maior" dentre os que vivem ainda na personalidade.


Não obstante, aquele que tiver dado o Mergulho em profundidade na Consciência Cósmica, dentro de si mesmo, esse será, em sua individualidade, como "filho do homem", maior que qualquer das maiores personalidades. E por isso João é apresentado como "o mergulhador" (o Batista), "o que mergulha", isto é, "o que prepara, através" do mergulho que ele ensina, o caminho para o Encontro com o Cristo Interno".


Jesus, a individualidade, não podia deixar de elogiar esse intelecto iluminado, a fim de chamar nossa atenção a respeito de como processar a aproximação da meta gloriosa. E o evangelista, que aprendera o mergulho de João e por isso encontrara Jesus (a individualidade), comenta que os humildes (povo e publicanos) haviam correspondido ao ensino de João e haviam mergulhado, descobrindo o Cristo em si, mas os orgulhosos (fariseus e doutores) haviam rejeitado esse ensino, desprezando a oportunidade que a Vida (Deus) lhes oferecera, e não tinham aceito o mergulho.


Jesus confirma ainda que a representação do intelecto iluminado (Buddha) em o Novo Testamento é a mesma que fora apresentada, como protótipo no Antigo: Elias.


Depois, numa parábola, avisa a quem possa compreender, que jamais haja decepção, porque a geração que está na Terra ainda não sabe o que quer, por imaturidade mental. Se um dirigente vem com penitências, é rejeitado; e se vem com alegria, também o é. Desde que não concordem com seus pontosde-vista terrenos, os "profetas" ou "precursores" são recusados e levados ao ridículo por qualquer das facções já existentes.


Todavia, são os resultados obtidos que justificam a sabedoria, e não as palavras proferidas, nem as aparências, nem o êxito entre as criaturas, nem o poder, nem a força, nem a santificação externa, proveniente dos outros. O que vale é o resultado íntimo, ou seja, o Encontro Místico, oculto, que se dá n "quarto a portas fechadas", atuando assim "nos céus que estão no secreto, onde habita o Pai".


lc 7:21
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lucas Capítulo 7 do versículo 1 até o 50
  1. O Servo do Centurião é Curado (7:1-10)

Este episódio também é encontrado no texto de Mateus. Para uma argumentação mais detalhada, veja os comentários sobre Mateus 8:5-13. Lucas omite o material en-contrado nos versículos 11:12 de Mateus, que contêm a passagem onde Jesus diz: "Muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó... E os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores". Esta é uma omissão característica, pois Lucas raramente inclui as passagens que dizem respeito exclusiva-mente aos judeus.

Lucas também dá uma contribuição significativa para essa história. No relato de Mateus está registrado que chegou junto dele (de Jesus) um centurião. Na verdade, se tivéssemos somente o relato de Mateus, poderíamos concluir que o centurião foi diretamente até Jesus. Lucas nos diz que o primeiro contato, nesta ocasião, foi feito pelos anciãos dos judeus que foram até Jesus com o pedido do centurião, e que também disse-ram que ele era digno da consideração do Senhor. A alta estima que eles dedicavam ao centurião se baseava no fato de que ele lhes havia construído uma sinagoga. Lucas tam-bém nos informa que quando Jesus se aproximou da casa, e o centurião viu que Ele estava chegando, enviou servos para dizer a Jesus que não era digno de tê-lo em sua casa. No relato de Lucas, Jesus e o centurião não tiveram contato direto. Isto não repre-senta uma contradição ao relato de Mateus. Mateus simplesmente está seguindo o cos-tume antigo de omitir, sem comentar, todo o material que não é útil aos seus objetivos.

  1. A Ressurreição do Filho da Viúva de Naim (7:11-17)

Este episódio só consta do texto de Lucas. Naim ficava na planície de Esdraelom, a cerca de três quilômetros do monte Tabor, aproximadamente trinta quilômetros a sul-sudoeste de Cafarnaum, e a uns dez quilômetros ao sul de Nazaré. Pertencia à tribo de Issacar. Naim significa "agradável" ou "formosura".
Este milagre é uma das três ocasiões registradas no Novo Testamento em que Jesus ressuscitou os mortos, embora haja clara evidência de que outras pessoas, não informa-das, tenham sido ressuscitadas.' Dois destes três milagres são narrados em somente um dos Evangelhos. A ressurreição de Lázaro é encontrada somente no texto de João (11.44). O evento mencionado aqui só é encontrado no texto de Lucas. A ressurreição da filha de Jairo é apresentada nos três Sinóticos.9

Aconteceu... ir ele à... Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos e uma grande multidão (11). A multidão não se limitava a ficar ao seu redor nas cidades, mas o seguia de uma cidade a outra. Esta multidão se compunha de três grupos: os Doze, muitos dos seus discípulos, e grande multidão.

Levavam um defunto, filho único de sua mãe... viúva (12). O Evangelho de Lucas é o Evangelho dos pobres, dos oprimidos, dos infelizes. O rapaz era o filho único e a mulher era viúva. Assim, ele era a sua única fonte de sustento, assim como a sua alegria e o seu orgulho. Jesus demonstrava interesse pelas necessidades econômicas do homem, e também pelas suas necessidades físicas e espirituais.

O Senhor é um título encontrado freqüentemente no texto de Lucas e peculiar a este Evangelho. Moveu-se de íntima compaixão por ela (13). Observamos, antes de mais nada, que o motivo deste milagre foi a compaixão. Sem dúvida, Jesus realizou milagres para confirmar a sua divindade. Mas a sua maravilhosa compaixão nunca estava ausente quando o milagre tinha algo a ver com os problemas humanos ou com o sofri-mento humano, e algumas vezes esta compaixão parece ser o único motivo envolvido.

Além disso, vemos que a compaixão era relacionada à viúva. Não há indicação de que Jesus tenha se comovido pela condição do filho morto, exceto pelo fato de que a sua morte trouxe dificuldades e tristeza para a mãe. Cristo não vê a morte como uma tragédia, a menos que seja a morte de um pecador. Não chores. Estas amáveis palavras, vindas do grande coração amoroso de Jesus, trariam um pouco de conforto à mulher.

Tocou o esquife (e os que o levavam pararam) (14). O esquife não era um cai-xão como os usados pelos egípcios, mas uma estrutura plana, semelhante a uma cama, na qual o cadáver era colocado embrulhado em um tecido." O toque de Jesus no esquife produziu uma reação imediata naqueles que o levavam. A fama de Jesus era tão grande que eles, sem dúvida, sabiam quem Ele era, e não estavam totalmente despreparados para um milagre.

Jovem, eu te digo: Levanta-te. Quando Jesus pronunciou estas palavras, elas pareciam ser uma simples ordem ou um pedido que certamente seria seguido por algum resultado imediato. O Criador, Aquele que dá a vida, está ali, falando, e o seu poder de dar a vida fica claramente demonstrado; pois o defunto assentou-se e começou a falar (15).

De todos se apoderou o temor (16). O efeito do milagre sobre a multidão foi tremendo. Literalmente, "o temor dominou a todos". Uma evidência tão inconfundível da presença e do poder de Deus produz um medo em todos — no santo, produz um temor reverente; no pecador, um medo da punição. Mas todos eles glorificavam a Deus. Eles justificavam o milagre de duas maneiras:
a) Um grande profeta se levantou entre nós, e b) Deus visitou o seu povo. A segunda explicação parece implicar o Messias. Como aqueles que ouviram a história da Natividade ou que viram o menino Jesus, eles sabiam que Deus estava trabalhando, mesmo que não compreendessem inteiramente a evidência que tinham diante de si.

E correu dele esta fama (literalmente, "este relato") por toda a Judéia e por toda a terra circunvizinha (17). Nenhuma obra conhecida de Jesus até este ponto criou tanta agitação, e nenhum relato se espalhou com tanto entusiasmo, alcançando uma distância tão grande.

  1. João Batista Procura Certificar-se (7:18-23) Veja os comentários sobre Mateus 11:2-6.
  2. Jesus Fala Sobre João (7:24-30)

Para uma ampla e detalhada argumentação, veja os comentários sobre Mateus 11:7-15. Embora Lucas omita alguns detalhes que aparecem no texto de Mateus, ele acrescenta algo significativo nos versículos 29:30. Uma leitura casual poderia dar a entender que esta passagem é um comentário de Lucas e não uma parte das palavras de Jesus. Alguns estudiosos assumiram esta opinião, mas a maior parte dos estudiosos do Novo Testamento rejeita este ponto de vista. Esta passagem parece, definitivamen-te, ser uma parte das palavras do Mestre sobre João. Se este fosse um comentário de Lucas, isto não teria precedente nos seus escritos; em nenhuma outra parte ele inter-rompe um discurso com os seus comentários. Observe que o versículo seguinte (31) prossegue com o discurso de Jesus sem nenhuma introdução ou qualquer outra indica-ção de que o discurso tenha sido interrompido.

Todo o povo... e os publicanos, tendo sido batizados com o batismo de João, justificaram a Deus (29). Nos versículos anteriores (24-28) Jesus comentara a pessoa de João Batista. Agora Ele aponta para a recepção diversa dos seus ensinos pelos dois maiores grupos de israelitas. Justificar a Deus significa declarar por palavras e atos a garantia, a justiça e a excelência dos atos e palavras de Deus. O povo comum e os publicanos, que se convenciam com mais facilidade da sua característica pecadora e das suas necessidades espirituais, aceitavam a mensagem de João, se arrependiam, recebi-am o batismo e apoiavam a sua obra.

Mas os fariseus e os doutores da lei rejeitaram o conselho de Deus contra si mesmos, não tendo sido batizados por ele (30). Literalmente, "anularam" ou "reser-varam para si mesmos o conselho ou o decreto de Deus". Eles não podiam frustrar o plano de Deus, mas pela rejeição e rebelião deles podiam invalidar ou limitar os seus benefícios, naquilo que lhes dizia respeito. Assim, vemos que qualquer pessoa que se oponha a Deus, está somente interrompendo o fluxo das bênçãos divinas sobre si mesma.

  1. Uma Geração Infantil (7:31-35) Veja os comentários sobre Mateus 11:16-19
  2. Jesus, Uma Mulher Penitente e um Fariseu (7:36-50)

Este evento só é mencionado por Lucas. É semelhante ao relato da refeição de Jesus na casa de "Simão, o leproso," em Betânia,11 mas as diferenças são numerosas demais para permitir a suposição de que sejam, na verdade, o mesmo evento. Entre outras coisas, as atitudes dos dois fariseus em relação a Jesus são diferentes; as duas mulheres são diferentes — a de Betânia não tinha uma sombra de vergonha sobre si; a época é diferente — este evento acontece no início do ministério de Jesus, o outro está próximo ao final; e os lugares são diferentes — o evento atual ocorre na Galiléia e o outro na Judéia (Betânia).

Rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele (36). Embora muitos dos fariseus estivessem ficando cada vez mais desgostosos em relação a Jesus, a separação pública e declarada ainda não havia ocorrido. Não era de surpreender, portanto, que um fariseu o convidasse para jantar. Ele provavelmente tinha muitos amigos ou pessoas que o queriam bem nessa seita.

Uma mulher da cidade, uma pecadora (37). Uma expressão como esta, na ter-minologia do Novo Testamento, significa uma prostituta. A palavra pecadora tinha um estigma muito maior na época do Novo Testamento do que hoje em dia, e isto se deve a três causas: a) Os fariseus usavam a palavra em um sentido muito restritivo e condenatório, para referir-se àquelas que eles consideravam as pessoas mais inferiores (moral e espiritualmente) ; b) Jesus removeu grande parte do ódio e do sarcasmo da pala-vra por meio das suas bonitas histórias de compaixão pelos pecadores; e c) O uso moder-no tendeu a remover da palavra grande parte do sentido de vergonha, de erro e de rebe-lião que ela transmitia no seu significado original.

Sabendo que ele estava à mesa. Ela tinha ouvido muitas coisas sobre Jesus, como todos na Galiléia. Consciente do peso do seu pecado e da sua fome por alívio, ela veio até a casa. Era costume que os não convidados a um banquete ou a um jantar se colocassem em pé junto às paredes e falassem com os convidados. Mas certamente não se esperaria que uma mulher como esta entrasse na casa de um fariseu. Ela levou um vaso de alabastro com ungüento. O alabastro é um tipo muito fino de gipsita, ou gesso natural, normalmente branco, mas não tão duro quanto o mármore, e desta forma ele pode mais facilmente ser esculpido em forma de recipiente. Normalmente os perfu-mes eram transportados nesse tipo de "vasos" de alabastro.

Estando por detrás, aos seus pés, chorando (38). Na Palestina, à época de Jesus, o costume era reclinar-se junto a uma mesa sobre um sofá. Os pés se esticavam na direção oposta à da mesa. Assim, foi fácil para a mulher chegar aos pés de Jesus. As suas lágrimas podiam ter sido lágrimas de arrependimento, motivadas pela lembrança da sua vergonhosa vida passada, em contraste com a santidade que era evidente no caráter de Jesus. Mas as afirmações do nosso Senhor, nos versículos 44:50, parecem sugerir que ela já havia sido convertida em um contato anterior com Ele; que essas lágrimas eram lágrimas de alegria, e que o ungüento tinha a finalidade de demonstrar a sua gratidão. Na sua profissão vergonhosa ela estava acostumada a comprar perfu-mes, e alguns pensam ser possível que este fosse originalmente destinado para propó-sitos relacionados ao pecado. Mas agora o seu coração estava afastado do pecado e da vergonha e voltado para o Salvador. Assim como o seu corpo e a sua alma, este ungüento estava dedicado a Cristo.

A sua intenção era ungir Jesus. Mas quando ela se colocou junto aos seus pés, o seu coração se comoveu, as lágrimas começaram a correr e a cair sobre os pés de Jesus. Não tendo nada para enxugá-las, ela soltou os seus cabelos e usou-os para isso.

Se este fora profeta, bem saberia... (39). Toda a cena foi vergonhosa para Simão, o fariseu. Sem dúvida ele tinha alguma afeição por Jesus, mas como Jesus não repreen-deu esta mulher pecadora, isso pareceu provar que Ele não percebia que tipo de mulher ela era. Simão não estava falando em voz alta, ele falava consigo. Mas é interessante notar que enquanto Simão estava meditando sobre as limitações da visão profética de Jesus — o Seu suposto desconhecimento do verdadeiro caráter da mulher — Jesus tam-bém estava lendo os pensamentos de Simão. Logo Ele revelou que não somente tinha um perfeito conhecimento do caráter da mulher, mas também do de Simão.

Simão, uma coisa tenho a dizer-te (40). Aqui Jesus profere a sua parábola dos dois devedores. Nesta parábola e na sua aplicação vemos um excelente exemplo da força e da persuasão irresistíveis dos argumentos do Mestre. Jesus não está simplesmente tentando convencer Simão de que Ele o conhece e entende; Ele quer ajudar Simão a conhecer e entender a si mesmo. Simão é cortês com Jesus e responde: dize-a, Mestre (literalmente, "Professor").

Um certo credor tinha dois devedores (41). Jesus sabia o que a maioria de nós ignora: que sempre podemos parecer melhores quando olhamos para outra pessoa. Um dos devedores de quem Jesus estava falando era Simão. Em breve ele iria saber qual deles, e iria conhecer mais sobre si mesmo. Um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro, cinqüenta. O termo dinheiro é uma tradução do termo originalmente empre-gado para esta moeda — "denário" (o plural é "denarii"). Cinqüenta denarii corresponderiam a cerca de dez dólares americanos, e 500 somariam cerca de 100 dóla-res americanos (uma quantia muito elevada para a época).

Não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos (42). No campo espiritu-al, todos os homens estão nesta situação difícil, pois ninguém consegue pagar a sua dívida moral e espiritual. Na época de Jesus, havia duas maneiras de libertar um deve-dor que não pudesse pagar a sua dívida: o perdão ou a escravidão. Assim, o perdão envol-via uma grande dívida de gratidão. Qual deles o amará mais? A resposta é óbvia.

Quando Simão diz: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou (43), ele está hesitante, mas não por ter dúvidas quanto à resposta para a pergunta de Jesus, mas porque ele já percebe aonde Jesus o está conduzindo. Aceitando a resposta de Simão como correta, Jesus dá início a uma aplicação clara e muito eficiente da parábola para Simão e para a mulher.

Vês tu esta mulher? (44) Ele quer que Simão veja o que ainda não viu. Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta... ele tinha negligenciado uma cortesia habitual, esperada de todos os anfitriões naquela região. O calor e a poeira da Palestina, aliados ao fato de que os sapatos ou as sandálias eram meras solas atadas aos pés com correias de couro, faziam da lavagem dos pés ao entrar em uma casa tanto uma cortesia quando uma necessidade. A mulher compensou a falta de consideração de Simão ao lavar os pés de Jesus com as suas lágrimas.

Não me deste ósculo, mas esta... (45). Outro costume tinha sido quebrado por Simão; mas a mulher, com pureza e verdadeira humildade, tinha mais do que suficiente para compensar — ela não parava de beijar os seus pés.

Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta... (46). Parece que Simão tinha negligenciado todas as cortesias que eram o costume e até mesmo o prazer de um anfi‑

trião atencioso. Mas a mulher tinha ungido os seus pés. Simão tinha provado, pelo trata-mento que ele mesmo dispensou ao seu Convidado, — e um Convidado a quem ele aparen-temente não dedicava nenhum antagonismo — que ele não era atencioso e praticamente não tinha amor para dar.

Por isso, te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados (47). Estas são algumas das palavras mais preciosas que Jesus pronunciou — palavras que muitos pecadores já ouviram e com as quais muitas almas pecadoras se alegraram.

Os teus pecados te são perdoados (48). As palavras do versículo anterior foram pronunciadas a respeito da mulher, mas Jesus agora se voltou para ela. A tradução literal aqui é: "Os teus pecados foram perdoados". Isto pode dar a entender que a mulher havia conhecido anteriormente o Senhor e se convertido, e nesta ocasião ela estava sim-plesmente demonstrando gratidão. Também é coerente com a parábola e a sua aplicação, pois na parábola o amor se segue ao perdão, e na aplicação a mulher demonstrou amor antes que fosse mencionada a garantia do perdão. Parece que Jesus está dando à mulher uma nova garantia, a completa certeza do perdão.

Quem é este, que até perdoa pecados? (49) Para alguns daqueles que faziam esta pergunta, o fato de Jesus perdoar pecados era possivelmente uma demonstração da sua natureza divina, e para outros era, sem dúvida, um obstáculo. Mas Jesus nunca permitiu que o perigo de ser mal interpretado o impedisse de demonstrar misericórdia ou de expressar o seu amor.

A tua fé te salvou (50). Se, como parece, esta mulher converteu-se anteriormente, a fé a que Jesus se refere também foi anterior. Mas como a mulher confirmou o seu arrependimento e o seu amor, e como Jesus confirmou o seu perdão, a mulher demonstrou uma renovação da sua fé viva em Cristo. Certamente, a coragem que os seus atos demonstraram e a sua profunda sinceridade confirmam uma robusta fé, sem a qual aquelas ações não teriam sido possíveis.

Sob o título "A Fé do Pecador" (texto, 50), Charles Simeon oferece a seguinte esquematização: Primeiro, As marcas e as evidências da fé dela;

1) o seu zelo;

2) a sua humildade;

3) a sua contrição;

4) o seu amor;

5) a sua confiança. Segundo, os frutos e as conseqüências da sua fé:

1) o perdão dos seus pecados;

2) uma garantia de que ela era aceita;

3) a felicidade e a glória eternas.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Lucas Capítulo 7 do versículo 1 até o 50
*

7:2

servo. A palavra grega significa “escravo”. Este centurião era humanitário no que se referia a seus escravos.

de um centurião. Nominalmente estava no comando de cem homens, ainda que o número real pudesse variar. Os centuriões, no Novo Testamento, eram todos homens de bom caráter (7.4; 23.47; At 10:2-27.43).

* 7:3

anciãos dos judeus. Que líderes entre os judeus tenham ido pleitear por ele mostra o respeito com que o centurião era tido.

* 7:5

é amigo do nosso povo. Este comportamento era incomum num conquistador.

nos edificou a sinagoga. O centurião estava interessado no culto judaico. Ele pode mesmo ter sido um “temente a Deus”, um gentio que se tenha ligado à sinagoga e cultuado a Deus, porém, sem ser circuncidado e sem se tornar um judeu prosélito.

* 7.6-8

Em Mt 8:6, o centurião vem em pessoa. Mateus parece significar que aquilo que um homem faz através de um agente, faz por si mesmo. Para Lucas, os mensageiros eram importantes por mostrarem a humildade do centurião (vs.6,7).

* 7:8

sujeito à autoridade. O centurião estava familiarizado com a autoridade exercida à distância.

* 7:9

admirou-se. Só duas vezes se diz que Jesus “se admirou” ou “se maravilhou”: aqui, diante da fé demonstrada por um estrangeiro (conforme Mt 8:10) e em Mc 6:6, diante da descrença em Nazaré.

* 7:13

Vendo-a. A mãe devia estar andando diante do caixão; assim Jesus teria encontrado-a primeiro. Ninguém lhe pediu para ajudar, porém, movido de misericórdia, ele tomou a iniciativa.

* 7:15

O primeiro dos três milagres de Jesus em ressuscitar mortos (8.40-56; Jo 11:1-44). Tais milagres foram poderosos sinais messiânicos (v.22). Entretanto, estas “ressurreições” diferem da ressurreição de Cristo porque estes três foram reunidos aos seus corpos mortais, somente para morrerem uma vez mais. Sendo o primeiro a ser revestido de um imperecível corpo espiritual (1Co 15:42-44), Jesus é, na verdade, “o primogênito de entre os mortos” (Cl 1:18 conforme 1Co 15:20).

* 7:16

Grande profeta. Inadequado, porém, era o mais alto título que eles conheciam. Reconheceram a presença do poder de Deus entre eles.

* 7:18-19

João tinha nascido como testemunha de Jesus (3.16,17), de modo que perguntas como estas eram inesperadas. Alguns pensam que sua fé tinha fracassado devido às duras condições no cárcere de Herodes; outros pensam que sua paciência tinha chegado ao fim e ele estava sugerindo que Jesus devia introduzir ativamente o reino. Mais provavelmente ele esperava que Jesus trouxesse julgamento, um tema que João tinha enfatizado no seu próprio ministério. Ele não podia entender por que Jesus não punia os pecadores, mas realizava constantemente obras de misericórdia. Viria outro para cumprir as ameaças de julgamento?

* 7.21-23

Ver Is 35:5,6; 61:1.

* 7.24-28

Jesus destaca João como o maior dos homens, seguindo os moldes dos profetas de Israel, que não andava segundo oportunismos e luxos. Contudo, como um profeta ele pertencia a uma era que estava acabando, enquanto o reino de Deus estava sendo introduzido. Neste sentido, ele era menor do que os que estavam no reino.

* 7:32

semelhantes a meninos. Jesus compara aquela geração com crianças brincando, que às vezes rejeitam qualquer brincadeira que alguém pode sugerir.

* 7:37-38

Num jantar como este, a casa estava aberta e as pessoas podiam vir e observar. Uma mulher pecadora (talvez uma prostituta) não teria sido bem-vinda; ela precisou de coragem para vir. Os convidados no jantar reclinavam-se em divãs. Inclinando-se do lado esquerdo, eles tomavam o alimento com a mão direita.

* 7:37

alabastro. Uma pedra translúcida usada para fazer recipientes de perfumes caros.

* 7:38

chorando. As lágrimas da mulher e a unção que ela fez nos pés de Jesus demonstraram arrependimento e humildade.

* 7:39

Se este... bem saberia. O fariseu não teria contato com gente pecadora e estava certo de que nenhum profeta consentiria com tal contato. Como Jesus não despediu a mulher, Simão pensou que ele ou não sabia que ela era uma pecadora ou não se preocupava com isto. Em qualquer dos casos, do ponto de vista de Simão, Jesus não podia ser um profeta.

* 7.44-46

Simão tinha omitido a cortesia normalmente manifestada para com os convidados. Porém, a mulher se incumbiu desta cortesia.

* 7:47

porque. A mulher foi perdoada por causa da fé (v.50). Seu amor mostrou que ela compreendeu o que o perdão de Deus significava para ela.

* 7.48-50

Outra vez Jesus, com autoridade, declara perdoados os pecados, uma declaração que provoca comentários (conforme 5.20,21). Porém, a preocupação de Jesus é com a mulher.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Lucas Capítulo 7 do versículo 1 até o 50
7:2 Um centurião era o encarregado de cem homens no exército romano. Veio ao Jesus não como último recurso nem amuleto mágico, mas sim porque acreditava que Deus enviou ao Jesus. Ao parecer, reconheceu que os judeus tinham uma mensagem de Deus para a humanidade. narra-se que amava à nação e que construiu uma sinagoga. De maneira que lhe resultou natural recorrer ao Jesus em sua necessidade.

7:3 por que o centurião enviou ao Jesus uns anciões dos judeus em vez de ir ele mesmo? Informado do ódio dos judeus aos soldados romanos, possivelmente não quis interromper a reunião judia. Como um capitão do exército, cada dia delegava tarefas e enviava grupos em missão, daí que escolheu esta maneira de enviar sua mensagem ao Jesus.

7:3 Mt 8:5 diz que o centurião romano visitou pessoalmente ao Jesus, enquanto que Lc 7:3 diz que enviou a uns anciões dos judeus para apresentar sua petição ao Jesus. No trato com os mensageiros, Jesus tratava com o mesmo centurião. Para sua audiência judia, Mateus enfatizou a fé do homem. Para sua audiência gentil, Lucas destaca as boas relações entre os anciões judeus e o centurião romano.

7:9 O centurião não foi ao Jesus nem tampouco esperava que Jesus fora a ele. Assim como não precisava estar presente para que suas ordens se levassem a cabo, tampouco Jesus precisou estar presente para saná-lo. A fé do centurião foi em especial surpreendente, porque era um gentil que ainda não conhecia o amor de Deus.

7.11-15 A situação da viúva era séria. Perdeu a seu marido e agora a seu filho único, seu meio de sustento. O grupo de enfermos voltaria para seu lar e ela ficaria abandonada sem dinheiro nem amigos. Talvez tinha passado a idade de procriar e não voltaria a casar-se de novo. A menos que algum familiar viesse para lhe ajudar, seu futuro carecia de esperanças. Seria uma presa fácil de estelionatários e poderia terminar pedindo esmola para alimentar-se. Mais ainda, como Lucas enfatiza, era o tipo de pessoa que Jesus veio para ajudar e foi o que fez. Jesus tinha poder para dar esperança em meio de qualquer tragédia.

7.11-17 Esta história ilustra a salvação. O mundo inteiro estava morto em pecado (Ef 2:1), assim como o filho da viúva o esteve. Ao estar mortos, nada pudemos fazer por nós mesmos, nem sequer pudemos pedir ajuda. Mas o coração de Deus superabundou em compaixão e enviou ao Jesus para nos dar vida com O (Ef 2:4-7). O filho morto não ganhou sua segunda oportunidade à vida, nós tampouco ganhamos a nova vida em Cristo. Mas podemos aceitar o presente de Deus, elogiá-lo por isso e usar nossas vidas para cumprir sua vontade.

7:12 Honrar ao defunto era importante na tradição judia. Uma procissão fúnebre, os familiares do falecido seguiam o corpo que se envolto e levado em uma espécie de maca, atravessava o povo e se esperava que os espectadores se unissem ao grupo. Além disso, as chorosas (que recebiam dinheiro por isso) choravam em voz alta e atraíam a atenção. O luto familiar continuava durante trinta dias.

7:16 A gente pensava que Jesus era um profeta porque, como os profetas do Antigo Testamento, proclamou com audácia a mensagem de Deus e algumas vezes ressuscitou mortos. Tanto Elías como Eliseu ressuscitaram meninos (1Rs 17:17-24; 2Rs 4:18-37). A gente não se equivocou ao pensar que Jesus era profeta, mas O é mais que isso: é Deus mesmo.

7.18-23 João estava confundido porque os informe recebidos relacionados com o Jesus eram inesperados e incompletos. Suas dúvidas eram naturais e Jesus não o repreendeu por isso; em troca, respondeu de maneira que João compreendesse, ao lhe explicar que O cumpria as coisas que se esperava que fizesse o Messías. Deus também pode resolver nossas dúvidas e não rechaça nossas perguntas. Tem perguntas a respeito do Jesus, a respeito de quem é O ou que espera de você? as admita ante si e ante Deus, e comece a procurar respostas. Solo na medida que em frente suas dúvidas de uma maneira sincera poderá começar a resolver.

7.20-22 As provas enumeradas aqui para demonstrar que Jesus é o Messías são importantes. Consistem de feitos evidentes, não teorias, ações que os contemporâneos do Jesus viram e anotaram para que as leiamos hoje. Os profetas manifestaram que o Messías seria capaz de fazer estas coisas (vejam-se Is 35:5-6; Is 61:1). Estas provas físicas ajudaram ao João e nos ajudarão para saber quem é Jesus.

7:28 De todas as pessoas, ninguém cumpriu melhor o propósito dado Por Deus que João. Mais ainda, no Reino de Deus tudo o que viesse depois dele teria uma maior herança espiritual porque sabe mais do propósito da morte e ressurreição do Jesus. João foi o último profeta do Antigo Testamento, o último em preparar às pessoas para a era messiânica. Jesus não fazia um contraste entre o João homem com cristãos particulares, a não ser a oposição entre a vida antes de Cristo com a vida na plenitude de seu Reino.

7.29, 30 Os coletores de impostos (quem encarnava a maldade nas mentes de muitos) e as pessoas comuns ouviram a mensagem do João e se arrependeram. Em contraste, os líderes religiosos rechaçaram suas palavras. Queriam viver a sua maneira, negaram-se a emprestar atenção a outras idéias. antes de tentar impor seus planos a Deus, procure descobrir seu plano para você.

7.31-35 Os líderes religiosos odiavam a qualquer que falasse a verdade e desmascarasse a hipocrisia, e não se incomodaram em ser lógicos em suas críticas. Criticaram ao João o Batista porque jejuava e não tomava vinho, criticaram ao Jesus porque comia em abundância e tomava vinho com os coletores de impostos e "pecadores". Sua objeção real para ambos, é obvio, não tinha nada que ver com seus hábitos de dieta. O que fariseus e peritos na Lei não suportavam era que lhes descobrissem sua hipocrisia.

7.33, 34 Aos fariseus não preocupava sua atitude ilógica com o João o Batista e Jesus. Eram muito bons para justificar sua "sabedoria". A maioria podemos encontrar razões muito válidas para fazer ou acreditar algo que encaixe com nossos propósitos. Entretanto, se não examinarmos nossas idéias à luz de Deus, chegaremos a ser tão auto-suficientes como os fariseus.

7:35 Os filhos da sabedoria seguiam ao Jesus e João. Tinham vistas trocadas. Seu estilo de vida reto demonstrava a sabedoria que Jesus e João ensinavam.

7:36 Um incidente similar ocorreu mais tarde no ministério do Jesus (vejam-se Mt 26:6-13; Mc 14:3-9; Jo 12:1-11).

7:37 Os copos de alabastro eram esculpidos, caros e formosos.

7:38 Apesar de que não convidaram à mulher, de algum modo entrou na casa e se ajoelhou ante o Jesus. Na época do Jesus, acostumava-se recostar-se enquanto se comia. Os convidados se recostavam sobre leitos com suas cabeças perto da mesa, lhes permitindo apoiar-se em um cotovelo e estirar seus pés. A mulher pôde com facilidade ungir os pés do Senhor sem ter que aproximar-se da mesa.

7.44ss Lucas compara de novo aos fariseus com os pecadores e de novo estes tomam a dianteira. Simón cometeu vários enganos sociais ao passar por cima lavar os pés do Jesus (uma cortesia que se estendia aos convidados, já que com o uso das sandálias os pés se sujavam muito), ungir sua cabeça com azeite e lhe oferecer o beijo de bem-vinda. Pensou possivelmente que era muito bom para tratar ao Jesus como igual? A mulher pecadora, por contraste, derramou lágrimas e perfume custoso e beijou a seu Salvador. Nesta história a prostituta é generosa, e não o avaro líder religioso, quem obtém o perdão de seus pecados. Embora seja a graça de Deus mediante a fé o que nos salva e não atos de amor nem de generosidade, os fatos desta mulher demonstraram sua verdadeira fé, a qual Jesus honrou.

7:47 O amor se transborda como reação natural ao perdão e ao efeito apropriado da fé. Mas solo os que reconhecem a profundidade de seu pecado podem apreciar todo o perdão de Deus que lhes oferece. Jesus resgata a todos seus seguidores da morte eterna, seja que alguma vez fossem malvados em extremo ou que fossem convencionalmente bons. Valora a infinita misericórdia de Deus? Está agradecido por seu perdão?

7.49, 50 Os fariseus pensavam que só Deus podia perdoar pecados, de maneira que se admiravam que este homem, Jesus, dissesse que os pecados da mulher eram perdoados. Não viam o Jesus como Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Lucas Capítulo 7 do versículo 1 até o 50
F. CURA MINISTÉRIO (7: 1-17)

1. Cura de Slave da Centurion (7: 1-10)

1 Depois de ter terminado todas as suas palavras aos ouvidos do povo, entrou em Cafarna1. 2 E o servo de um certo centurião, a quem muito estimava, estava doente e no ponto de morte. 3 E, quando ouviu a respeito de Jesus, enviou-lhe uns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo. 4 E, quando chegaram a Jesus, rogavam-lhe com sinceridade, dizendo: Ele é digno que deves fazer isso por ele; 5 para ele ama a nossa nação, e ele mesmo nos edificou a sinagoga. 6 E Jesus foi com eles. E quando já estava perto da casa, enviou o centurião amigos para ele, dizendo-lhe: Senhor, não te incomodes; pois eu não sou digno de que entres debaixo do meu telhado: 7 por isso nem ainda me julguei digno de ir ter contigo; mas dizer a palavra, eo meu servo será curado. 8 Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, e me soldados; e digo a este: Vai, e ele vai; ea outro: Venha, e ele vem; e servo ray, Faça isso e ele o faz. 9 E quando Jesus ouviu isto, admirou-se dele, e virou-se e disse para a multidão que o seguia, eu vos digo, eu não encontrei tão grande fé, não , não em Israel. 10 E os que foram enviados, voltando para casa, encontraram o servo.

Este milagre é registrado também em Mt 8:5 (veja as notas lá). Ambos os Evangelhos indicam que ela teve lugar em Cafarnaum, na costa noroeste do lago da Galiléia, onde Jesus, evidentemente, fez Sua sede, em casa de Pedro.

A palavra grega para centurião (v. Lc 7:2) é um composto que significa "governante de uma centena." O centurião era um oficial no comando de um "século", Roman composto de cem soldados de infantaria.

A palavra servo é doulos ; literalmente, "escravo" (v. Lc 7:2 ). Mateus usa um termo diferente, pais , o que pode significar tanto "criança" ou "servo". Estranhamente, nesta passagem Lucas não especifica a natureza da doença, enquanto que Mateus faz. Mas Lucas descreve o escravo como querida -honored, valorizado preciosos a seu mestre, e também como no ponto de morte , literalmente, "prestes a chegar ao fim."

Quando o centurião ouviu falar sobre Jesus e os milagres de cura Ele estava realizando, enviou-lhe uns anciãos dos judeus -leaders do que Ele venha e pedindo sinagoga local salvar seu escravo. Esse verbo é sozo , que é usado freqüentemente nos Evangelhos para a cura física e nas Epístolas para a salvação espiritual; isto é, a cura da alma. Basicamente, significa " para salvar de perigo, lesão ou sofrimento. "

Os anciãos veio a Jesus, sinceramente pleiteando o caso do centurião. Eles disseram: Ele é digno que deves fazer isso por ele; Porque ama a nossa nação, e ele mesmo nos edificou a sinagoga (v. Lc 7:4 ). É um fato interessante que centuriões são sempre falado de uma forma favorável no Novo Testamento. Tudo o que há a fazer para verificar esse fato é verificar as passagens listadas em "centurião" em uma concordância.

Jesus foi com eles (v. Lc 7:6 ); literalmente, "ia", ou "começou a ir" com eles. Mas antes que ele chegou a casa do homem, Ele foi recebido por uma outra delegação, desta vez da do centurião amigos. É óbvio que este soldado romano foi conceituado na comunidade judaica. Os amigos trouxeram a mensagem de que o centurião não se considerava digno de ter o Mestre entrasse em sua casa; por isso nem ainda me julguei digno de ir ter contigo (v. Lc 7:7 ).

Quando comparamos isso com o relato de Mateus, nós imediatamente correr em uma dificuldade. Mateus diz que o centurião veio a Jesus, suplicando a Ele (Mt 8:5 ), que este recurso não pode ser questionada. Então aqui Mateus simplesmente diz que o centurião veio , rogando , e respondeu , enquanto Lucas explicita os detalhes, mostrando que o centurião fez tudo isso por meio de seus amigos. Isto é perfeitamente adequada e compreensível.

O raciocínio do centurião era lógico. Ele sabia o que era para exercer autoridade sobre seus soldados e escravos (v. Lc 7:8 ). Ele acreditava que Jesus tinha autoridade total sobre a doença. Então, tudo o que era necessário era: Diga a palavra, eo meu servo será curado (v. Lc 7:7 ).

A palavra grega para servo é diferente do utilizado anteriormente. No versículo 2 foi doulos , "escravo". Mas aqui é pais , o que pode significar tanto "criança" ou "servo". Aqui ele é usado da mesma forma que um funcionário em uma família britânica seria chamado de "menino".

Jesus maravilhou-se em forte fé do centurião, inteligente. Ele disse: Eu não encontrei tão grande fé, não, não em Israel (v. Lc 7:9 ). Apenas uma outra hora está registrado que Jesus maravilhou-se, e que estava na incredulidade de Seu próprio povo da cidade (Mc 6:6)

11 E aconteceu que, logo depois, que ele foi para uma cidade chamada Naim; e os seus discípulos foram com ele, e uma grande multidão. 12 Agora, quando ele chegou perto da porta da cidade, eis que foi realizado um que estava morto, o filho único de sua mãe, e ela era viúva; e grande multidão da cidade estava com ela. 13 E quando o Senhor a viu, encheu-se de compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores. 14 E chegou perto e tocou no esquife, e os portadores ficaram parados. E ele disse: Jovem, eu te digo: Levanta-te. 15 E aquele que estava morto sentou-se e começou a falar. E deu-lhe a sua Mt 16:1 E o medo tomou conta de todos, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós:. e: Deus visitou o seu Pv 17:1 E este relatório saiu a seu respeito em toda da Judéia, e toda a circunvizinhança.

Este incidente é registrado apenas por Lucas. É um quadro típico de compaixão de Cristo, como Lucas adora pintar.

Nos Evangelhos existem três casos de Jesus levantando alguém dentre os mortos. A fim de clímax eles seriam: (1) a filha de Jairo, que tinha acabado de morrer; (2) o filho da viúva de Naim, que estava morto há algumas horas e estava a caminho para o cemitério; (3) Lázaro, que estava no túmulo por quatro dias. Estes, em certo sentido, prefigurado própria ressurreição de Cristo.

Nain é hoje uma aldeia árabe chamado Nein. É na encosta inferior de uma colina chamada "Little Hermon", localizado entre o Monte Gilboa e Monte Tabor na planície de Esdrelon (que forma uma fronteira natural entre a Galiléia e Samaria). Ele está a cinco ou seis milhas ao sudeste de Nazaré e cerca Dt 25:1 , onde Dorcas sentou-se quando de volta à vida. Hobart escreve: "Neste sentido intransitivo seu uso parece, com algumas exceções, a ser quase totalmente confinada aos escritores médicos, que empregam para descrever pacientes sentada na cama."

O fato de que o jovem começou a falar foi a prova plena de que ele era agora vivo. Seria interessante saber o que suas primeiras palavras foram, quando de volta à vida. Jesus deu o jovem para sua mãe. Ele não pediu este homem a segui-lo, porque sua mãe precisava dele. Deus não excessivamente ignorar a responsabilidade humana quando Ele chama um para serviço de tempo integral.

Uma vez mais temos a reação dupla da multidão: em primeiro lugar, o medo; em seguida, glorificavam a Deus (v. Lc 7:16) -a expressão típica de Lucas (conforme Lc 5:25 , Lc 5:26 ). O povo disse: Deus vos visitou o seu povo. Plummer observa: "O verbo foi usado especialmente das" visitas "de um médico", e acrescenta este comentário: "Depois dos séculos cansados ​​durante o qual nenhum Profeta tinham aparecido, ele era de fato um prova de Jeová visitando o seu povo que aquele que se destacou dos maiores profetas estava entre eles. "

Este relatório (logos , "palavra") saiu em toda a Judéia. Gilmour diz: "Judéia, como em Lc 1:5 ; e Lc 6:17 , é toda a Palestina. " Toda a região em redor levaria na Síria e Fenícia.

G. Jesus e João Batista (7: 18-35)

1. A preocupação de João (7: 18-23)

18 E os discípulos de João anunciaram-lhe todas estas coisas. 19 E João, chamando dois dos seus discípulos, enviou-os ao Senhor, dizendo: És tu aquele que vem, ou havemos de esperar outro? 20 E quando os homens chegaram a ele, disseram: João Batista nos enviou a ti, dizendo: És tu aquele que vem, ou havemos de esperar outro? 21 Naquela mesma hora, curou muitos de doenças e pragas e espíritos malignos; e em muitos cegos deu vista. 22 E ele, respondendo, disse-lhes: Ide contar a João o que vistes e ouvistes; os cegos recuperam a vista, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, os pobres têm boas novas pregou a eles. 23 E bem-aventurado é aquele que se encontrar nenhum motivo de escândalo em mim .

Esta seção é encontrada somente aqui e em Mt 11:2 (ver notas de lá para uma discussão mais aprofundada).

Os discípulos de João -que evidentemente ainda eram leais a ele, apesar de seguir a Jesus, enquanto João estava na prisão, informou ao seu mestre de todas estas coisas . Este relatório refere-se principalmente para os dois incidentes de cura apenas observou.

João chamou dois dos seus discípulos e enviou-os para o Senhor (a designação favorita de Lucas novamente). Eles deveriam perguntar: ? És tu aquele que vem, ou havemos de esperar outro (v. Lc 7:19 ). A última palavra é heteros ", outro de um tipo diferente."

Aquele que vem é uma frase com uma longa história. Mowinckel fez-lhe o título de sua obra monumental sobre o conceito Messias no Antigo Testamento e, mais tarde Judaísmo. Seria impossível resumir em uma breve bússola seus mais de quinhentas páginas de material de perto por escrito. Basta dizer que as esperanças dos séculos focada em "o que vem" -primeiro concebido como uma figura política e, finalmente, também, como um Filho sobrenatural do homem.

O relato de Lucas é mais completa do que a de Mateus. Os versículos 20:21 são encontrados somente aqui. O versículo 21 formas um prelúdio lógico ao versículo 22 , que se encontra quase na íntegra no Mt 11:4 .

O versículo 22 revela o valor que Jesus colocou em evangelismo. Depois de enumerar os vários tipos de milagres que Ele realizava-cura do cego, coxo, leprosos, surdos e ressuscitar os mortos-Ele gozou tudo com o que era mais importante de tudo: os pobres têm boas novas pregou a eles (literalmente, " estão sendo evangelizados "). Este foi um milagre maior do que todo o resto. Aqui era sua verdadeira missão messiânica (conforme Lc 4:18 ). Esta foi a maior prova de que Ele era o Messias.

Então Jesus soou uma nota que foi, talvez, um pouco de aviso para João: E bendito é aquele que se encontrar nenhum motivo de escândalo em mim (v. Lc 7:23 ). O verbo é skandalizo ("escandalizar"), encontrado comumente em Mateus e Marcos, mas raramente em Lucas (somente aqui e Lc 17:2 ; Mt 18:6 . Plummer diz: "O verbo combina as noções de 'tropeçar' e 'aprisionar', e no Novo Testamento é sempre usado no sentido figurado de" causando a pecar. " "

Houve várias sugestões a respeito de porque João esta pergunta. Crisóstomo pensou que a pergunta foi feita por causa dos discípulos de João, e não para seu próprio bem. Esta ideia foi aprovada por Lutero e Calvino, assim como outros mais tarde. Alguns sugeriram que a própria fé de João estava falhando. Plummer prefere um terceiro ponto de vista: que era a sua paciência, não a sua fé, que estava falhando. Ele estava ansioso para o Reino a ser criado e para os judeus a ser libertada do cativeiro romano. É preciso confessar que a forma da pergunta de João parece favorecer a segunda visão, que sua fé estava falhando. Mas gostaríamos de preferir o terceiro.

2. A Comenda da João (7: 24-35)

24 E quando os mensageiros de João, Jesus começou a dizer às multidões a respeito de João: Que fostes ver no deserto para ser visto? uma cana agitada pelo vento? 25 Mas, então que fostes ver? um homem ricamente vestido? Eis que aqueles que trajam roupas preciosas, e em delícias, estão nos paços reais. 26 Mas, então que fostes ver? um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais do que um profeta.

27 Este é aquele de quem está escrito:

Eis que eu envio o meu mensageiro diante de ti,

Quem preparará o teu caminho diante de ti.

28 Digo-vos que, entre os que são nascidos de mulher não há ninguém maior do que João; mas aquele que é o menor no reino de Deus é maior do que ele. 29 E todo o povo, quando eles ouviram, e os publicanos, justificada Deus, tendo sido batizados com o batismo de Jo 30:1 ), nem um homem vestido com roupas finas (v. Lc 7:25 ).Ele era um profeta? Sim ... muito mais do que um profeta (v. Lc 7:26 ). Ele era de Deus mensageiro, previu em Ml 3:1 , Mt 21:32 . Tem havido muita discussão sobre se estas palavras são uma parte do discurso de Jesus, ou se eles são uma observação histórica pelo escritor do Evangelho. No primeiro caso, isso significa que todas as pessoas quando ouviram a pregação de João Batista. Esta é a visão de Geldenhuys. Ele diz: "Estas palavras fazem parte do que Jesus disse nesta ocasião. Então, temos um endereço ligado de nosso Senhor em execução a partir do versículo 24b ao versículo 35 "Plummer concorda:".. Um comentário inserido no meio das palavras de Cristo, e sem indicação de que ele é um comentário, é sem paralelo e improvável "

As pessoas comuns e os publicanos, como o resultado de ouvir a pregação de João, justificaram a Deus, ser batizado. Ou seja, eles ", admitiu a justiça de Deus (em fazer estas reivindicações sobre eles e concedendo-lhes estas oportunidades) por ser batizado.Seu batismo aceitar foi um reconhecimento de Sua justiça. ".

Por outro lado, os fariseus e os doutores da lei rejeitaram por si mesmos o conselho de Deus , recusando-se a ser batizado-melhor, "Eles frustrado o conselho de Deus a respeito de si mesmos. "conselho de Deus, ou propósito, foi a sua salvação. Por sua rejeição de João pregação de arrependimento de João Batista eles negaram o propósito de Deus para salvá-los.

A palavra advogados é quase um termo de Lucas. Ele usa-lo seis vezes. Em outra parte do Novo Testamento ocorre apenas três vezes (Mt 22:35. ; Tt 3:9 ). O termo não se refere a advogados, no sentido moderno, mas para mestres da lei mosaica.Lucas frequentemente usa a palavra no lugar de "escribas", evidentemente temendo que seus leitores gentios pode não saber que a principal função dos escribas, que foi para ensinar a Lei.

Os então (ou, "portanto") do versículo 31 liga-se com a interpretação dada apenas para os versos Lc 7:29 e Lc 7:30 . Os fariseus e os advogados eram como crianças que ficam de mau humor sobre as linhas laterais e se recusam a jogar casamento (a oferta de Jesus do evangelho) ou funeral (acidentada arrependimento-pregação de João). A aplicação é feita de forma muito clara aqui. João Batista era um asceta; de modo que os fariseus diziam que ele estava possuído pelo demônio. Jesus era sociável e gostava de comer com as pessoas; Então, ele era, Seus inimigos disse, um homem comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores (v. Lc 7:34 ). É impossível agradar a críticos antagônicas. Jesus está dizendo: "João não conseguiu através de sua austeridade; Vou deixar por minha mansidão; nem sob uma forma ou outra você vai obedecer a Deus. No entanto, há aqueles cuja conduta, condenando você justifica a Deus. "

H. JESUS ​​E arrependida mulher (7: 36-50)

36 E um dos fariseus que ele iria comer com ele. E ele entrou em casa do fariseu, e sentou-se à mesa. 37 E eis que uma mulher que estava na cidade, um pecador; e quando soube que ele estava sentado à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com perfume, 38 e de pé atrás em seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e mos enxugou com os cabelos da a cabeça, e beijou seus pés, e ungindo-os com perfume. 39 Agora, quando o fariseu que o havia mandado viu, falava consigo, dizendo: Este homem, se ele fosse um profeta, saberia quem e de que maneira é essa mulher que o toca, pois é uma pecadora. 40 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Simão, tenho uma coisa a dizer-te. E ele disse: Mestre, falai. 41 Certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários eo outro, cinqüenta. 42 Quando não tinha com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles o amará mais? 43 Respondeu-lhe Simão, Ele, suponho eu, a quem mais perdoou. E ele disse-lhe: Tu justamente julgado. 44 E voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas ela tem molhado meus pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos. 45 me deste nenhum beijo, mas ela, desde o momento em que entrei, tem não deixou de me beijar os pés. 46 A minha cabeça com óleo tu os não ungir: mas ela ungiu-me os pés com perfume. 47 Por isso eu te digo, seus pecados, que são muitos, são perdoados; porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado, o mesmo pouco Loveth. 48 E disse-lhe: Os teus pecados te são perdoados. 49 E os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa ? pecados 50 E ele disse à mulher: A tua fé te salvou; vai em paz.

Que motivo o fariseu teve em convidar Jesus para o jantar, não sei. Do jeito rude, descortês ele tratou seu convidado, parece que ele não foi gentilmente disposto para com Cristo. sentou-se para a carne deve ser "reclinou-se à mesa." Nas melhores casas da época, era costume para reclinar em sofás em volta da mesa, enquanto se come, com os pés descalços na borda externa do sofá.

Durante a refeição, uma mulher que era um pecador (street-walker) na cidade (v. Lc 7:37) entrou na sala de jantar. Para alguns isso pode parecer estranho, mas em que o clima quente que era habitual ter a área de alimentação aberta ao exterior para uma melhor ventilação.

A mulher trouxe um vaso de alabastro com perfume . Chorando de penitência e gratidão amorosa, ela lavou os pés com lágrimas, e mos enxugou com seus próprios cabelos, beijando seus pés, e ungindo-os com perfume. Talvez o próprio perfume que ela tinha usado antigamente na exercendo seu comércio, ela derramou agora no amor puro, como ela estava a seus pés e continuou chorando (particípio presente de ação contínua).

Era uma cena para fazer anjos de chorar de alegria (conforme Lc 15:10 ), mas o fariseu que se reuniu com o frio, a crítica cruel. Ele argumentou a si mesmo que se Jesus fosse um profeta, saberia que era um pecador que estava tocando ele (v. Lc 7:39 ). Em seu próprio pensamento que chamou de Jesus este homem . O grego tem simplesmente "um presente." A expressão nos Evangelhos é frequentemente utilizado como um epíteto de desprezo por parte de Jesus 'enemies- "esse sujeito".

O anfitrião farisaico foi particularmente revoltado que esta mulher lhe toca . De acordo com os rabinos não é bom homem jamais em discurso público para uma mulher não mesmo a sua própria esposa, mãe ou irmã, ou deixar uma mulher chegar no prazo de seis metros dele. Jesus estava violando as duas regras. Ao deixar esta mulher tocar seus pés, ele rendeu-se impuro. Assim, o pensamento, o fariseu. Mas, em vez Jesus fez a mulher pecadora limpo. O toque do poder divino traz pureza.

Logo Jesus estava respondendo pensamentos de Simon. Como Agostinho bem expressou, "Ele ouviu o fariseu pensando." Para ter certeza de que seu anfitrião tem o ponto, Jesus colocou a verdade na forma de uma parábola-a parábola dos dois devedores (vv. Lc 7:41-42 ). Um certo credor ("agiota") tinha dois devedores. Um lhe devia 500 denários, ou cerca de uma centena de dólares, e os outros 50 denários, ou cerca de dez dólares.

Quando eles foram incapazes de pagar, o emprestador de dinheiro livremente perdoou a ambos. O verbo é construído sobre a raiz charis , significando Plummer bem observa "graça.": "Em echarisato ', ele fez-lhes um presente "do que lhe devia, traçamos a doutrina paulina da livre graça e salvação para todos."

Em seguida, Jesus fez a seguinte pergunta: "Qual deles, portanto, o amará mais" (v. Lc 7:42 ). Simon respondeu: Ele, suponho , a quem mais perdoou (v. Lc 7:43 ). Jesus assegurou-lhe que ele tinha respondido corretamente, e em seguida, fez o pedido. Em primeiro lugar, perguntou a seu hospedeiro para olhar para a mulher a quem ele vinha tratando com desprezo de desprezo. Quando Cristo entrou na casa do fariseu, foi oferecido água para seus pés. Este foi um verdadeiro insulto a um convidado. Naqueles dias, os homens usavam sandálias abertas e sem meias. Nas estradas empoeiradas quentes pés do viajante se tornaria encardido com sujeira e suor. A primeira coisa que qualquer host pensativo fiz foi ter um servo lavar os pés dos convidados, ou pelo menos a oferecer-lhe água para o efeito (conforme Gn 18:3 ; 19: 2 ). Mas Simon mostrou a sua verdadeira atitude para com Jesus omitindo esta cortesia com1. A mulher tinha feito esta falta lavando seus pés com as suas lágrimas. Também era costume para o acolhimento de cumprimentar cada um somente para convidados homens comiam juntos nestes jantares-com um beijo. Simon não teve coragem de beijar alguém a quem ele aparentemente desprezado em seu coração. Mas a mulher agradecida, penitente , desde o tempo que entrei, não tem cessado de me beijar os pés (v. Lc 7:45 ). Um terceiro costume era a cortesia adicional de derramar um pouco de óleo na cabeça de um convidado favorecida. Simon deliberadamente omitido isso também, mas a mulher tinha ungiu os pés de Jesus com perfume, o que seria mais caro do que o azeite utilizado habitualmente.

Então o Mestre fez a sua conclusão. Os muitos pecados da mulher são perdoados -o grego diz, "foram perdoados" - porque ela muito amou (v. Lc 7:47 ). Esta última afirmação tem causado um grande debate. Ele parece dizer que a mulher foi perdoado porque muito amou-que é o que os comentaristas católicos romanos sustentam. Plummer aponta a falácia deste ponto de vista: "É completamente em desacordo (a) com a parábola que antecede; (B) com a segunda metade do verso ...; (C) com o ver. 50 , que afirma que foi a fé , não o amor, que tinha sido o meio de salvação; uma doutrina que atravessa todo o Novo Testamento ".

Adão Clarke pensa que hoti , para , aqui é equivalente a dioti , "portanto". Talvez uma solução mais simples é o proposto por Godet. Ele ilustra-o assim: "Pode-se dizer, é leve, pois o sol se levantou; mas também podemos dizer, O sol vai nascendo, para (eu digo. isso porque) ele é leve. "Isto é," para "pode ​​ser usada para introduzir o resultado, bem como a causa. Então aqui. Porque a mulher ama muito que você pode facilmente perceber que seus pecados foram perdoados.

Então Jesus virou-se para a mulher e disse: Os teus pecados te são perdoados (v. Lc 7:48) -mais ", foram perdoados." Aparentemente Cristo ignorou as críticas do outro hóspedes- Quem é este que até perdoa pecados? (v. Lc 7:49) -para Ele acrescentou uma bênção fechando à mulher: A tua fé te salvou; vai em paz (v. Lc 7:50 ). Isto responde à pergunta dos críticos; era sua fé que salva. Vá em paz é uma bela bênção hebraico.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Lucas Capítulo 7 do versículo 1 até o 50
A forma como esse capítulo re-gistra o ministério de nosso Senhor ilustra as graças cristãs da fé, da es-perança e do amor (1Co 13:13).

  1. Fé (7:1-10)

O centurião romano comandava cem soldados. Os quatro menciona-dos no Novo Testamento eram ho-mens de caráter (Mt 27:54; At 10:0); em Ca- farnaum, da grande fé (v. 9; veja Mt 15:28). O fato de ter curado o me-nino a distância foi apropriado, pois ministrava aos gentios (Ef 2:11-49). Esse soldado gentio, que não tem todos os privilégios espirituais dos judeus, é uma censura à nossa pou-ca fé.

  1. Esperança (7:11-35)

Jesus encorajou duas pessoas desespe-rançadas: uma viúva solitária cujo filho único morrera (vv. 11 -18) e um profeta desanimado que achou que fracassara em seu ministério (w. 19-35).

  1. A viúva (vv. 11-18)

Naim ficava a cerca de 40 quilô-metros de Cafarnaum, e Jesus via-jou essa grande distância a fim de confortar uma viúva pesarosa. Pro-vavelmente, o rapaz morrera ha-via um dia e, quando Jesus e seus acompanhantes se encontram com ela e seu cortejo, era de tarde. O Autor da vida (At 3:15) está para se encontrar com o último inimigo, a morte (1Co 15:26), e vencê-la. O rapaz estava em um esquife aberto e provavelmente enrolado em pa-nos com perfumes por causa do sepultamento. Imagine o espanto dos pranteadores quando ele se sentou e começou a falar!

Os evangelhos registram três milagres de ressurreição: o desse ra-paz morto talvez havia um dia, da menina Dt 12:0 ss). Em todos esses casos mencionados aqui, Jesus trouxe vida pelo poder de sua palavra Jo 5:24).

  1. O profeta (vv. 19-35)

João Batista tinha discípulos que lhe serviam e traziam relatos do ministério de Jesus. João anunciara que o ministério do Messias seria de julgamento (3:7-9,16-17), toda-via escutava apenas relatórios de um ministério de misericórdia. João deveria rememorar Is 29:18-23 e 35:5-6 e agradecer a Deus que o Messias realizava os propósitos de Deus; contudo, naquele momento, ele caminhava pela visão, não pela fé. Seria muito fácil João sentir-se desencorajado, afinal era um ho-mem de vida ao ar livre que foi confinado em uma prisão por um rei perverso. Hoje, sentimo-nos de-sencorajados em situações muito melhores que a dele!

Jesus louvou João, embora os mensageiros deste não estivessem presentes para ouvir suas palavras e relatá-las ao mestre. João não era um "caniço agitado pelo vento"ou uma celebridade popular; ele era o maior de todos os profetas (Is 40:1-23; Ml 3:1). No entanto, hoje, o crente mais humilde tem uma posição mais elevada em Cristo que João teve como profeta, por-que ele pertencia à antiga dispen- sação da Lei. Os crentes de hoje sentam-se com Cristo nos céus (Ef 2:1-49), privilégio que nunca foi dado a João.

João pensa que fracassou em seu ministério, mas Jesus mencio-na que foram os líderes judeus (vv. 29-30) e o povo (vv. 31-35) que fracassaram. Os líderes rejeitaram a Palavra de Deus enviada a eles por intermédio de João (20:1-8), e o povo era infantil. Nada agradava a ele: nem a austeridade de João nem a sociabilidade de Jesus. As pessoas realmente sábias demonstram sabe-doria em sua vida (vv. 29-30).

  1. Amor (7:36-50)

Não sabemos por que Simão, o fa-riseu, convidou Jesus para jantar em sua casa. Talvez ele quisesse conhe-cê-lo melhor ou esperasse conseguir uma nova evidência para acusá-lo. Com certeza, Simão sentiu-se emba-raçado quando uma prostituta entrou em sua casa para ungir Jesus! Essa podería ser uma experiência trans-formadora de vida para Simão, po-rém ele estava cego demais para ver as verdades envolvidas nesse ato.

E uma lástima que estudiosos descuidados confundam essa mu-lher com Maria Madalena (8:
2) e com Maria de Betânia (Mt 26:6-40), e é provável que essa pecadora, na-quele momento, respondeu a Jesus e creu nele. Ela foi transformada; assim, publicamente, foi a Cristo e deu-lhe seu amor e adoração. Ela expressou seu amor ao tomar o jugo dele.

Simão disse consigo mesmo: "Ela é uma pecadora"; ele, con-tudo, é quem precisava dizer: "Eu sou um pecador". Em sua parábo-la, Jesus deixa claro que todos nós temos uma dívida com Deus e não podemos pagá-la, porque estamos falidos espiritualmente. As duas dí-vidas (500 denários versus 50 dená- rios) representam não o montante de pecados, mas a consciência da culpa. A mulher sabia que pecara contra Deus, mas Simão não tinha convicção de seu próprio pecado. Todavia, ele também precisava mui-to ser perdoado! E teria sido perdoa-do se tivesse se humilhado e crido em Jesus.

De forma afável, Jesus mencio-nou o pecado de omissão de Simão, pois não tratara nosso Salvador com amabilidade e hospitalidade. A mulher era culpada de pecados carnais, mas Simão era culpado de pecados do espírito: atitude crítica e coração duro (2Co 7:1). O versí-culo 47 não ensina a salvação por meio de obras, pois o versículo 50 deixa claro que a mulher foi salva pela fé. Suas obras eram a prova de sua fé (Jc 2:14-59; Tt 3:4-56) e foram motivadas pelo amor (Gl 5:6).

Mais uma vez, seus inimigos acusam-no de blasfêmia por per-doar pecados (5:21), porém a mu-lher sabia que fora perdoada, por-que ele lhe disse isso. Como sabe-mos que somos perdoados? Temos a garantia da Palavra de Deus (Is 55:6-23; Rm 4:7-45; He 8:12). A mu-lher conseguiu "paz com Deus", porque foi justificada pela fé (v. 50; Rm 5:1). Jesus ofereceu-lhe descanso (Mt 11:28-40), e ela re-cebeu-o pela fé.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Lucas Capítulo 7 do versículo 1 até o 50
7.1 Suas Palavras. Nunca houve outro, senão Jesus, que promulgasse um padrão tão alto para governar o pensamento e a ação do homem em relação a Deus e ao seu próximo.

• N. Hom. 7.8,9 A fé que opera Milagres: os elementos da fé do centurião eram:
1) Profunda humildade e
2) Absoluta confiança no poder de Cristo sobre todas as forças invisíveis que flagelam a humanidade. Como a presença do chefe não é necessária para se executar uma ordem, Cristo, que é superior a todas as criaturas, poderia com maior facilidade ordenar e realizar milagres a distância. Fé como esta, que não demanda a presença corporal de Jesus, é que torna a oração eficaz (Jc 5:15-59). Lucas relata o incidente para nos lembrar que a fé do gentio é aceitável a Jesus.

7.11 Naim. Ficava a três quilômetros a oeste de En-Dot, cerca de um dia, a pé, de Cafarnaum.

7.13 Senhor. Gr kurios. Jesus é descrito como aquele que, de fato, tem o poder de banir a morte e a tristeza (conforme 1Co 15:55-46). O Senhor se compadeceu. O motivo para ressuscitar ao filho único da viúva, não foi outro, senão o própria amor compassivo de Cristo. É impossível saber quantas vezes recebemos um beneficio imerecido, devido apenas ao amor de Deus (conforme Mt 5:45).

7.14,15 Que Jesus levantou mortos, isto é testemunho na apologia de Quadrato endereçada a Adriano (125 d.C.). Afirma que os restaurados continuaram vivos além dos dias de Jesus, até aos próprios tempos do autor. Sua mãe. É de se notar que os mortos

restaurados, na Bíblia, são milagres operados quase que exclusivamente entre mulheres (conforme 1Rs 17:23; 2Rs 4:36; Jo 11:22, Jo 11:32; At 9:41; He 11:35).

7.16 Temor - Profeta. Durante 400 anos 1srael esperou por um homem que falasse da parte de Deus. A ressurreição do defunto foi prova suficiente de que Deus visitara Seu povo.

7.17 Judéia. Refere-se à terra dos judeus ou a toda a Palestina.

7.22 Que vistes e ouvistes. A confirmação de que Jesus era o Messias tornou-se evidente no comprimento das profecias de At (cf.Is 35:5, Is 35:6; Is 61:1). Atualmente esta confirmação vem no poder transformador que opera no novo nascimento.

7.23 Tropeço. Gr skandolizõ, "preparar armadilha; causar tropeço”. É sempre usado no NT com o sentido figurado de "levar alguém, a pecar".

7.28 Ninguém é maior do que João. Entre os profetas, porque ele foi escolhido como o precursor imediato de Cristo. Além de falar a respeito dele, revelou-o ao mundo. O menor no Reino. Com todos os privilégios de um filho de Deus, é maior que qualquer membro da Velha Aliança.

7.29 Justificação. Reconheceram a justiça de Deus ao oferecer-lhes a oportunidade e a responsabilidade do arrependimento.

7.30 Desígnio de Deus. "O livre arbítrio capacita o homem a anular o propósito divino de dar-lhe a salvação" (Plummer).

7.31 Presente geração. Na maioria seguiu aos líderes que rejeitaram o convite divino por meio de João e de Jesus.

7.33 Tem demônio. Assim era explicado o comportamento não convencional. Depois acusaram a Jesus de ser endemoninhado (Jo 7:20; Jo 8:48; Jo 10:20).

7.34 Bebendo. Vivendo a vida normal, e não a ascética do nazireu como João Batista.

7.35 A sabedoria é justificada. Tem o sentido de manifestar sabedoria divina, como os discípulos de João e de Cristo o fizeram (conforme 29n).

7.36 Lugar à mesa. Era costume reclinarem-se sobre divãs à mesa, com os pés para trás. Assim, seria fácil para a mulher regá-los com lágrimas e ungi-los.

7.37 Pecadora. No sentido de mulher de má reputação, uma prostituta. Fica subentendido que, depois tenha abandonado sua velha vida (Jo 8:11). • N. Hom. Amor sem palavras:
1) Sua fonte - contrição, arrependimento, fé e humildade


2) Sua prova - uma oferta preciosa como sacrifício de ação de graça (Sl 50:23) e a emoção das lágrimas (22.62).

7.39 Se este fora profeta. Simão ouvira que Jesus era profeta, mas a maneira acolhedora de Jesus o decepcionou. Para a mulher, Jesus era mais do que profeta, era o Salvador, o único que podia perdoá-la e purificar sua vida. Jesus praticou aquilo que Jc 2:1-59 ordena.

7.45 Beijar os pés. Era sinal de humildade da mulher e de honra para Jesus.

7.46 Em contraste com o óleo de oliva, que era muito comum, um frasco de ungüento valia até 300 denários (conforme Jo 12:5; o denário representava o ordenado de um dia de trabalho de um lavrador).

7.47 Perdoados... muito amou. A doutrina católica romana afirma que o tributo de amor, merece o perdão (contritio caritate forata). Mas é ao contrário - a parábola ensina que reconhecer o perdão é que produz o amor. Não foi o amor que salvou a mulher, mas a sua fé (50).

7.50 Vai-te em paz. O presente do indicativo, no gr, descreve um estado de permanente paz com Deus e no próprio coração.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Lucas Capítulo 7 do versículo 1 até o 50

8) Diversos incidentes (7.1—8.3)
A seção 7:1-8 registra quatro incidentes que não são narrados por Marcos: a cura do servo do centurião, a ressurreição do filho da viúva, a resposta à perplexidade de João Batista e a unção de Jesus. G. B. Caird lhes confere o feliz título de “Amor em ação — o gentio; a viúva; o prisioneiro; o penitente”. O primeiro e o terceiro se encontram também em Mateus, e assim supostamente vêm de Q; o segundo e o quarto aparecem somente em Lucas.
a) O servo do centurião (7:1-10). Um centurião envia uma mensagem por meio de um grupo de judeus responsáveis, pedindo que Jesus venha e cure seu escravo. Os judeus têm esse gentio em alta estima, especialmente em virtude de sua generosidade para com eles; Jesus se propõe a atender ao seu pedido. Já a caminho, Jesus se encontra com outra delegação, que traz a sugestão de que não precisa nem visitar a casa; uma palavra dele, assim crê o centurião, vai curar mesmo a distância. O centurião expressa o seu sentimento de indignidade e não quer importunar o mestre, pois está consciente de seu lugar como gentio e tem uma percepção aguçada da disciplina e do decoro hierárquicos. Jesus não somente pronuncia a palavra de cura, mas também elogia fortemente o requerente: Eu lhes digo que nem em Israel encontrei tamanha fé (v. 9).

Essa é a única narrativa, ausente em Marcos, que Mateus e Lucas têm em comum; o restante do material de Q contém exclusivamente ensino. Nesse incidente, o diálogo nas duas versões é praticamente idêntico, mesmo que as duas narrativas sejam muito diferentes, indicando, assim se sugere, que a versão Q continha somente diálogos.

O milagre tem diversas características em comum com a cura da filha da mulher siro-fenícia (Mc 7:24-41; Mt 15:21-40) que Lucas não registra. Em ambos, o requerente é um gentio, pai ou responsável pelo paciente; em ambos, as palavras apropriadas obtêm a cura na ausência do paciente.

v. 2. um centurião: Um oficial não-co-missionado, provavelmente das forças de Herodes Antipas. o servo [...] a quem seu senhor estimava muito: Em Mt 8:5-40, o paciente é chamado pais (palavra grega assim pronunciada), que significava escravo ou filho. Em Lucas, ele é um escravo, embora no v. 7 seja novamente um pais. João tem uma história semelhante, em que o moço é “filho” (Jo

4,46) sem qualificativo. A expressão estimava muito significa “era precioso”, ou amado como filho ou “de valor” como escravo. A evidência não é conclusiva, mas tanto no caso de filho quanto de escravo o retrato é de alguém a quem o centurião era completamente dedicado, v. 5. ama a nossa nação e construiu a nossa sinagoga-, Foram feitas tentativas de identificar essa sinagoga com a de Tell-Hum, o lugar famoso de Gafarnaum.

Muito trabalho arqueológico tem sido feito nesse sítio durante os últimos cem anos, e os resultados foram amplamente divulgados, e.g., na primeira das palestras de E. L. Sukenik em 1930 (“the Schweich Lectures”), Ancient Synagogues in Palestine and Greece (1934). Embora não se possa dizer com certeza que essa sinagoga específica foi erigida em tempo para ser a oferecida pelo centurião, E. M. Blaiklock diz: “a sinagoga escavada ali [i.e., em Tell-Hum] pelos alemães em 1904 provavelmente [é] o lugar de encontro mencionado por Lucas” (Out of the Earth, 1957, p. 20). O ponto de vista mais geral, no entanto, a localiza no século II, embora possa bem ter sido construída no lugar da sinagoga conhecida do nosso Senhor.

b) O filho da viúva (7:11-17)
Ao prosseguir para Naim seguido de uma grande multidão, nosso Senhor depara com um cortejo fúnebre. O luto da mãe viúva desse jovem que havia morrido suscita a compaixão do Senhor, como aconteceu evidentemente com muitas pessoas da vila. Ele faz parar o cortejo, traz o moço à vida e o devolve àquela que o pranteia. Ele é saudado como um grande profeta: Deus interveio em favor do seu povo!.

Esse é um de três milagres de ressurreição realizados por Jesus nos Evangelhos, sendo os outros a ressurreição da filha de Jairo e a de Lázaro. É notável que em obras em que o aspecto miraculoso era tão importante o número de ocorrências fosse tão pequeno; a limitação é certamente um testemunho significativo a favor da confiabilidade do relato. Levantar os mortos era um dos sinais messiânicos cumpridos para os quais o nosso Senhor chamou a atenção (7.22).

A história automaticamente lembra os filhos que foram ressuscitados e devolvidos às suas mães por Elias (lRs
17) e Eliseu (2Rs 4:0. Em algumas versões (NIV e RSV em inglês), eles são colocados entre parênteses. Todo o povo, até os publicanos, ouvindo as palavras de Jesus, reconheceram que o caminho de Deus era justo, sendo batizados por João. Mas os fariseus e os peritos na lei rejeitaram o propósito de Deus: Eles “frustraram” (nr. da VA) o propósito de Deus. Essas atitudes contrastantes são associadas por Lucas com o batismo de João; em 3.12, ele registra a preocupação e o batismo dos cobradores de impostos, mas não faz menção dos fariseus. Conforme Mt 3:7. V.comentário dessa seção muito importante em Mt 11:2-40.

d)    Jesus é ungido (7:36-50)
Jesus aceita o convite de um tal Simão, um fariseu, para uma refeição, durante a qual uma mulher da rua entra e expressa sua gratidão a Jesus ao molhar os pés dele com suas lágrimas, enxugá-los com seus cabelos e, ainda, ungi-los com o perfume de um frasco caro que ela havia trazido. O seu anfitrião fica bastante surpreso diante do fato de que Jesus tolera essa expressão de emoções procedente de uma fonte tão manchada; Jesus, com uma parábola acerca de dois devedores, mostra que, na profundidade do seu amor e devoção, ela demonstrou ser consideravelmente superior a Simão.

Há tentativas de identificar esse incidente com a unção realizada por Maria de Betânia durante a semana da Páscoa (Mt 26:6; Mc 14:3), mas é difícil reconhecer nessa penitente sem nome a Maria com cuja personalidade Lucas estava, na verdade, familiarizado (Lc 10:39,Lc 10:42). Parece bem claro que houve de fato dois incidentes desse tipo; há muitas diferenças entre a história de Lucas, por um lado, e os outros três evangelhos, por outro. Balmforth os esboça da seguinte maneira (Clarendon Bible, p. 173):

Lucas

Marcos/Mateus João

Pessoa

um pecador

uma mulher

Maria de

Betânia

Lugar

Cafarnaum (?)

Betânia, na casa

Betânia,

na casa do

de Simão, o

aparentemen

fariseu Simão

Leproso

te na casa de

Lázaro

Tempo

durante o

semana santa

seis dias

ministério na

antes da

Galiléia

Páscoa

Objeção

não um profeta

desperdício de

desperdício

verdadeiro

dinheiro

de dinheiro

Realizada

Simão

alguns dos

Judas

por

presentes

Iscariotes

Pode-se ver que os relatos de Mateus/Mar-cos e de João concordam em muitos detalhes em contraste com Lucas. Aliás, o único ponto importante em que um dos outros toma o partido de Lucas é no nome do anfitrião; Lucas e Mateus/Marcos o chamam de Simão. Mas Simão era um nome tão comum que na realidade nada se pode dizer acerca de sua dupla aparição aqui.

v. 37. certa mulher daquela cidade, uma “pecadoraEla não tem nome no relato ou por causa do tato e da discrição de Lucas, ou simplesmente porque ele não sabia o nome dela. v. 39. Simão é o típico fariseu, absolutamente seguro do que a Lei exige dele e completamente incapaz de discernir que há circunstâncias em que a lei do amor

—    “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”
—    transcende as minúcias das observâncias e regulamentos prescritos. Assim, ele atribui o fato de Jesus não denunciar a mulher por aquilo que ela é a um defeito no discernimento espiritual dele. O ponto importante da parábola dos dois devedores é que não é a ação da mulher que a torna merecedora do perdão; antes, é a devoção espontânea de alguém que está consciente de já ter sido perdoado (v. 47). Como diz Geldenhuys (p. 236), a parábola ensina que “a remissão de dívidas produz grande amor, e não vice-versa”.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Lucas Capítulo 4 do versículo 16 até o 50

IV. O Ministério Ativo do Salvador. 4:16 - 9:50.

A primeira parte do ministério de nosso Senhor ocupou cerca de dois anos e meio. Inclui a escolha dos apóstolos, a maior parte dos seus ensinamentos e curas, e alcança o seu clímax na Transfiguração. Lucas estava empenhado em mostrar a Teófilo o caráter divino de Jesus, e a natureza profética de sua missão.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Lucas Capítulo 7 do versículo 1 até o 50
Lc 7:1

3. DOIS TRABALHOS DE PODER (Lc 7:1-42) -Após ter sido feito o sermão aos discípulos, Jesus retornou a Capernaum (1), e lá um centurião apelou a Ele relativamente a seu empregado que estava a ponto de morrer, sendo que Jesus o curou. Vide também as notas em Mt 8:5-40. A história de Lucas com respeito a esse milagre é mais completa do que o relato condensado dado por Mateus, o qual representa o centurião fazendo para si o que Lucas narra ter ele feito através de uma deputação de anciãos judeus (2-5). Quando Jesus Se aproximou da casa foi encontrado por amigos do centurião, o qual havia mandado os mesmos a fim de expressarem seu próprio imerecimento em receber o Senhor ou mesmo aproximar-se dEle, bem como a convicção de que uma só palavra dEle seria o suficiente, pois que sua experiência da autoridade de um comandante militar levava-o a encarar a autoridade de Jesus como semelhante em seu alcance (6-8). Quando Jesus ouviu isto, Ele Se maravilhou e declarou que a fé que esse gentio demonstrara ultrapassava de longe qualquer outro tipo de fé que Ele havia encontrado entre os judeus. Quando os amigos voltaram à casa, encontraram o criado completamente restabelecido (9-10). A quem este muito estimava (2). Era característico de Lucas anotar tal coisa. Todos os centuriões mencionados em o Novo Testamento têm algo registrado a seu crédito. (Mt 27:54; At 10:1; At 22:26; At 27:43). Meu rapaz (7); um termo de afeição.

>Lc 7:11

A ressurreição do filho da viúva de Naim é registrado somente em Lucas (11-17). Naim ficava a cerca de quarenta e cinco quilômetros de Capernaum, fora, na planície na parte sulina da Galiléia. O estado desolador da viúva, a qual havia perdido o seu único filho, tocou a compaixão de Jesus. Parou Ele a procissão fúnebre, chamou novamente à vida aquele jovem e restabeleceu-o, devolvendo-o à sua mãe. O milagre deixou o povo atônito e a fama de Jesus foi espalhada ainda mais. O Senhor (13). Parece que Lucas usa esse título propositadamente aqui: o Senhor da vida vai ao encontro da morte.

>Lc 7:18

4. A MENSAGEM DE JOÃO, O BATISTA (Lc 7:18-42) -Esta passagem é paralela a Mt 11:2-40, onde se podem fazer referências às notas. João enviara dois de seus discípulos a Jesus, indagando se Ele seria Aquele que estava sendo esperado. Justamente naquela hora Jesus realizou muitos milagres de cura e Ele enviou os discípulos de João de volta a fim de narrarem a seu mestre tudo quanto haviam visto e ouvido (18-23). Quando já haviam ido, Jesus falou ao povo com respeito a João e pronunciou os maiores elogios relativamente a ele. Era ele muito mais do que um profeta, pois que tinha tido a honra ímpar de ter sido escolhido por Deus a fim de introduzir o Messias. Como tal, João é o maior de todos os homens e, no entanto, o menor membro do reino de Deus é maior do que ele (24-28). A esta altura, Jesus fez um resumo do resultado do ministério de João como sendo duplo, um movimento geral entre o povo comum e uma oposição aberta da parte dos governantes (29-30). Depois, continuou Ele a comparar o povo de Sua própria geração com crianças que estão na praça de mercado, achando defeitos em seus companheiros, porque não conseguem que brinquem com qualquer tipo de brincadeira, Chamam a João um demoníaco em vista dele praticar o ascetismo, e chamam Jesus de glutão e beberrão porque Ele não age daquela outra maneira (31-35).

>Lc 7:19

És Tu aquele que estava para vir? (19). A pergunta não implica em uma completa derrota na fé que João demonstrara; no entanto, com toda a probabilidade ele esperara que Jesus seguisse um método diferente quando deu testemunho dEle como sendo o Messias. Ide, e anunciai a João (22). Jesus descreve as obras que os discípulos de João viram-No fazer usando as próprias palavras que o profeta Isaías havia usado relativamente à idade messiânica, (Is 35:5-23); João, sendo ele mesmo um profeta, compreenderia o que Jesus estava dizendo. Ninguém é maior do que João (28); ou antes, não há maior profeta do que João. Jesus não está comparando o Batista com todos os outros profetas, mas, sim, com todos os outros membros da raça humana. Assim fazendo, Ele revela o verdadeiro padrão da grandeza-proximidade de inter-relação conSigo mesmo. O significado do vers. 35 é que a Sabedoria divina é vindicada por seus próprios filhos, a minoridade fiel que acolheu a João, o Batista e o Messias, e não pela maioria descrente que os rejeitou.

>Lc 7:36

5. NA CASA DE SIMÃO, O FARISEU (Lc 7:36-42) -Este incidente é registrado por Lucas somente. A unção de Jesus feita pela mulher pecadora (36-38) deve ser diferenciada da unção em Betânia, registrada pelos outros evangelistas (cfr. Mt 26:6-40; Mc 14:3-41; Jo 12:1-43), Jesus respondeu ao pensamento não expresso do fariseu orgulhoso e arrogante, contando a parábola dos dois devedores (39-43), e aplicando-a depois para seu caso e o da mulher. Sua indiferença com relação a seu hóspede e sua derrota como hospedeiro contrastavam agudamente com a afeição e o comportamento da mulher (44-47). A palavra final que Jesus lhe deixou indica que o amor que ela lhe demonstrou surgiu de sua fé nEle e esta fé implicava no perdão dos pecados dela (47-50).

>Lc 7:39

Por detrás, a Seus pês (38). As sandálias eram removidas para as refeições e os hóspedes reclinavam em seus respectivos divãs, com seus pés esticados, por detrás. Quinhentos denários... cinqüenta (41). Um denário era então relativamente muito mais valioso: era o salário de um dia. Vês esta mulher? (44). Nos vers. 44-46, Jesus menciona três atos de cortesia com que o hospedeiro geralmente recebia seu convidado. Simão os havia ignorado a todos e a mulher os havia executado. Ao estabelecer o contraste entre Simão e a mulher, as palavras de Jesus surgem como o paralelismo rítmico da poesia hebraica. Ela muito amou (47). A prova de seu perdão e não a razão dele.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Lucas Capítulo 7 do versículo 1 até o 50

42. O homem que impactou Jesus (Lucas 7:1-10)

Quando Ele havia completado todo o Seu discurso na audiência do povo, Ele foi para Cafarnaum. E escravo um centurião, de quem era muito bem visto por ele, estava doente e prestes a morrer. Quando ele ouviu falar de Jesus, enviou alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe para vir e salvar a vida de seu escravo. Quando eles chegaram a Jesus, eles sinceramente implorou-lhe, dizendo: "Ele é digno de que conceder isso com ele; pois ama a nossa nação e foi ele quem nos edificou a sinagoga "Agora Jesus começou a caminho com eles.; e quando Ele não estava muito longe da casa, enviou o centurião amigos, dizendo-lhe: "Senhor, não te incomodes mais, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; por esta razão eu nem sequer me considero digno de ir ter contigo, mas apenas dizer uma palavra, eo meu servo será curado. Pois também eu sou homem sujeito à autoridade e com soldados sob o meu comando; e eu digo a este: 'Vai!' e ele vai; a outro: 'Vem!' e ele vem, e ao meu servo: 'Faça isso!' e ele o faz. "Jesus, ouvindo isto, admirou-se dele, e voltando-se para a multidão que o seguia" Eu digo a você, nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé. "Quando aqueles que tinham sido enviados voltaram para casa, encontraram o escravo de boa saúde. (7: 1-10)

Não há dúvida de que Jesus Cristo é a pessoa mais incrível que já viveu. Os evangelhos gravar repetidamente que as pessoas ficaram espantados, surpreendido, ainda traumatizada pelas palavras que Ele falou e os milagres que realizou. Seu conhecimento divino e poder sobrenatural excede todo o entendimento.

Depois de ouvir o Sermão da Montanha ", as multidões estavam maravilhados com o seu ensino" (Mt 7:28). No próximo capítulo do Evangelho de Mateus, Jesus acalmou a tempestade no Mar da Galiléia, que era tão intensa que os discípulos temeram por suas vidas (Mt 8:25). Mas depois da constatação de que o Deus encarnado estava no barco com eles aterrorizava-los ainda mais do que a tempestade fora do barco tinha. Versículo 27 fichas que eles "ficaram maravilhados, e disse:" Que tipo de homem é este, que até os ventos eo mar lhe obedecem? '"Depois Ele expulsou um demônio de um homem mudo" as multidões ficaram maravilhados, e diziam: 'Nada como isso já foi visto em Israel "(Mt 9:33;. conforme Mc 7:37). Quando Jesus ensinou na sinagoga em sua cidade natal de Nazaré ", eles ficaram surpresos, e disse: 'Onde é que este homem esta sabedoria e estes poderes milagrosos?'" (Mt 13:54;. Conforme Lc 4:22). Aqueles que ouviram ensinar na sinagoga de Cafarnaum (Mc 1:22) e no templo (João 7:14-15) tiveram reações semelhantes.

As multidões que se reuniram para Jesus ao longo da costa do Mar da Galiléia "ficou maravilhado ao verem a mudos falavam, os aleijados restaurada, ea curta coxos e os cegos a ver; e glorificavam ao Deus de Israel "(Mt 15:31). Depois que o jovem rico rejeitaram, o Senhor disse aos discípulos: "Em verdade vos digo que, é difícil para um rico entrar no reino dos céus" (Mt 19:23). Uma vez que na cultura judaica os ricos foram pensados ​​para ter a trilha interna para o céu ", quando os discípulos ouviram isto, eles foram muito surpreso e disse:" Então, quem pode ser salvo? "(V. 25). "Vendo uma figueira solitário à beira da estrada, [Jesus] veio a ele e não encontrei nada sobre ele, exceto apenas folhas; e Ele disse a ela: 'Já não deve haver sempre qualquer fruto de ti.' E, uma vez que a figueira secou "(Mt 21:19). Apesar de todos os milagres que testemunharam durante o seu tempo com Jesus ", os discípulos ficaram espantados e perguntou: 'Como é que a figueira secou tudo de uma vez?" (V. 20).

Inúteis tentativas dos líderes religiosos judeus para prender Jesus falhou, deixando tanto a eles (Mt 22:22). E as multidões (v 33;. Conforme Mc 11:18) assombrada com suas respostas. Ao contrário daqueles que ficaram espantados com o que Jesus disse, Pilatos ficou surpreendido com o que Ele não disse. O governador estava acostumado a ouvir os prisioneiros acusados ​​levada até ele quer protestar veementemente sua inocência ou desesperAdãoente implorar por clemência. Por isso, ele foi "bastante surpreendido" quando Jesus manteve uma calma majestosa e permaneceu em silêncio (Mt 27:14). Os discípulos, compreensivelmente, ficaram maravilhados quando viram o Cristo ressuscitado (Lc 24:12, Lc 24:41).

Mas, enquanto Jesus as pessoas freqüentemente espantados, existem apenas duas vezes nos evangelhos, quando Ele se diz ter sido surpreendido. Como mencionado acima, as pessoas em Jesus 'terra de Nazaré foram os primeiros espantado, então irritado com o ensinamento de Jesus. Em resposta, como Marcos registros, Jesus "se perguntou em sua incredulidade" (Mc 6:6) e sede para o Seu ministério na Galiléia, foi localizado na costa noroeste do Mar da Galiléia, a uma curta distância da encosta onde o Senhor entregou o Sermão da Montanha. Seu nome significa "cidade de Nahum," mas se ele foi nomeado para o Antigo Testamento profeta Naum não é conhecido. Cafarnaum era a principal cidade na costa norte do Mar da Galiléia, e era uma cidade importante o suficiente para ter tido esse centurião com seu destacamento de soldados estacionados lá. Um funcionário real (provavelmente a serviço de Herodes Antipas) também viveu lá (Jo 4:46). Em Lc 10:15, Jesus repreendeu seu povo para a sua visão exaltada de importância da sua cidade: "E tu, Cafarnaum, não será elevada até o céu, você vai? Você será levado ao Hades! "Em cumprimento da palavra do Senhor, Cafarnaum acabou por ser destruído tão completamente que a sua localização precisa é desconhecida.

Referência de Lucas para o centurião fornece o cenário para esta história biográfica. Centurions, assim chamados porque eles estão a cargo de cerca de cem soldados, eram a espinha dorsal do exército romano. A legião romana com força total consistiu de 6.000 homens, e foi dividido em dez coortes de 600 homens cada. Um centurião ordenou 100 desses homens e, portanto, uma legião tinha 60 centuriões, cada um dos quais relataram a um dos seis tribunas da Legião (conforme Atos 22:25-26). O historiador romano Políbio descrito como centuriões "não tanto aventureiros ousados ​​como líderes naturais de um espírito firme e tranqüilo, não tanto os homens que irão iniciar ataques e abrir a batalha como os homens que mantenham sua terra quando penteada e duramente pressionado e estar pronto para morrer em seus postos "( Histórias . vi xix-xlii, citado em Naftali Lewis e Meyer Reinhold, eds. civilização romana: Sourcebook 1: A República [New York: Harper & Row, 1966], 435).

Desde Galiléia estava sob o domínio de Herodes Antipas, durante a vida de Cristo, as tropas romanas não eram normalmente ali estacionados. Este centurião pode ter sido supervisionar alguns dos soldados de Herodes, ou um pequeno destacamento de tropas romanas pode ter sido atribuído a Cafarnaum (Leon Morris, O Evangelho Segundo São Lucas , Tyndale Comentários do Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1975], 136). Ele provavelmente não era um italiano, mas um nativo de um dos territórios próximos, como a Síria. Que ele era um Gentil resulta do versículos 4:5. Ele era um soldado de carreira, tendo subido a partir das fileiras por revelar-se um responsável, homem de confiança forte e um lutador corajoso, leal e qualificado. Suas responsabilidades incluíam manter a ordem, fazer cumprir a lei, e fiscalizar a cobrança de impostos.

Como todos os outros centuriões mencionados no Novo Testamento (Mc 15:39; Atos 10:1-2; 22: 25-26; 23: 17-18; At 27:1), ele se tornou um crente em Jesus Cristo.

O CONTEÚDO DA FÉ SURPREENDENTE DA CENTURION

slave um centurião, de quem era muito bem visto por ele, estava doente e prestes a morrer. Quando ele ouviu falar de Jesus, enviou alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe para vir e salvar a vida de seu escravo. Quando eles chegaram a Jesus, eles sinceramente implorou-lhe, dizendo: "Ele é digno de que conceder isso com ele; pois ama a nossa nação e foi ele quem nos edificou a sinagoga "Agora Jesus começou a caminho com eles.; e quando Ele não estava muito longe da casa, enviou o centurião amigos, dizendo-lhe: "Senhor, não te incomodes mais, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; por esta razão eu nem sequer me considero digno de ir ter contigo, mas apenas dizer uma palavra, eo meu servo será curado. Pois também eu sou homem sujeito à autoridade e com soldados sob o meu comando; e eu digo a este: 'Vai!' e ele vai; a outro: 'Vem!' e ele vem, e ao meu servo: 'Faça isso!' e ele o faz. "Jesus, ouvindo isto, admirou-se dele, e voltando-se para a multidão que o seguia" Eu digo a você, nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé. "Quando aqueles que tinham sido enviados voltaram para casa, encontraram o escravo de boa saúde. (7: 2a-10)

Quatro aspectos da fé exemplar do centurião se destacar na narrativa: seu grande amor, sua grande generosidade, sua grande humildade, e sua grande confiança.

Seu grande amor

slave um centurião, de quem era muito bem visto por ele, estava doente e prestes a morrer. Quando ele ouviu falar de Jesus, enviou alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe para vir e salvar a vida de seu escravo. Quando eles chegaram a Jesus, eles sinceramente implorou-lhe, dizendo: "Ele é digno de que conceder isso com ele; pois ama a nossa nação (7: 2a-5-A)

O amor do centurião pode ser visto pela primeira vez em sua atitude para com seu escravo . Doulos (escravo) é um termo específico que descreve uma pessoa compra, propriedade e completamente sujeito à vontade e controle de seu mestre. O centurião também se referiu ao seu escravo usando o termo pais (v. 7) que, apesar de muitas vezes usado de escravos (conforme 01:54, 69; 15:26; Mt 14:2 Paulo usou para descrito Epafrodito e outros homens que estavam para ser homenageado na igreja, enquanto que Pedro usou para descrever o Senhor Jesus Cristo (1Pe 2:4). Significa que o centurião tinha um extraordinário nível de afeto por seu escravo.

O amor do centurião para seu escravo estava em contraste com a visão típica de escravos no mundo greco-romano. Aristóteles descreveu um escravo como uma ferramenta de estar ( Ética , 1161b). O jurista Gaio notou que foi universalmente aceito que mestres possuía o poder de vida e morte sobre seus escravos ( Institutos , 1,52). O escritor romano Varro insistiu que a única diferença entre um escravo, um animal, e um carrinho foi a de que o escravo falou ( Agricultura , 1,17). Os escravos eram muitas vezes abusado, meninos, em particular, uma vez que a pedofilia não era incomum.

Por causa de sua afeição por seu escravo, o centurião estava profundamente preocupado com ele quando ele estava doente e prestes a morrer . Lucas não descrever a sua doença ou sintomas, mas Mateus observou que o jovem estava paralisado e com dor grave (Mt 8:6.) e foi muito conhecido naquela região (Lc 4:14, Lc 4:37; Mt 4:23-25.). Em algum lugar ao longo do caminho que ele tinha ouvido falar mais do que a conversa superficial habitual sobre os milagres de Jesus. No desenrolar da história, torna-se claro que ele sabia o suficiente sobre Jesus para reconhecer quem ele realmente era.

Acreditando que ele não era digno de ir ter com Jesus pessoalmente (veja a discussão sobre sua humildade abaixo), o centurião enviou alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe para vir e salvar a vida de seu escravo . Que esses líderes da comunidade judaica teria autorização para fazê-lo para um soldado Gentil é incrível, e demonstra a alta consideração que tinha por ele. Em contraste com a humilde sentido do centurião de indignidade que de acordo com seu sistema religioso obras de justiça própria, defendeu a dignidade. Quando eles chegaram perto de Jesus, eles sinceramente implorou-lhe, dizendo: "Ele é digno de que conceder isso a ele." Seu mérito pessoal, eles argumentaram, obrigado Jesus para ajudá-lo, exatamente como em seu sistema religioso sua justiça própria obrigado Deus para salvá-los.

A razão pela qual o centurião era digno, eles disseram a Jesus, era que ele ama a nossa nação . Apesar de não ser meritório no sentido de obrigar Deus a fazer qualquer coisa para ele, o amor do centurião para o povo de Deus foi surpreendente e louvável. Judeus e gentios geralmente odiado e desprezado o outro. "Anti-semitismo não é uma coisa nova", escreve William Barclay "Os romanos chamavam os judeus uma raça imunda; eles falaram do Judaísmo como uma superstição bárbara; eles falaram do ódio judeu da humanidade; eles acusaram os judeus de adorar uma cabeça de jumento e, anualmente, sacrificando um estranho Gentil para o seu Deus "( O Evangelho de Lucas , A Bíblia de Estudo Nova diário [Louisville: Westminster João Knox, 2001], 101). Por seu lado, os judeus se recusaram a associar-se com os gentios (conforme Atos 10:25-28; 11: 2-3.; Gl 2:11-13). Mas esse centurião superou esses preconceitos, reconheceu os judeus como povo escolhido de Deus, e os amava.

Sua grande generosidade

e foi ele quem nos edificou a sinagoga. (7: 5b)

O amor do centurião não era mero sentimentalismo abstrato; ele se expressou praticamente construindo os judeus de Cafarnaum uma sinagoga . O uso do pronome autos , além da terceira pessoa do singular do verbo traduzido construído , enfatiza o papel pessoal do centurião. Os anciãos judeus lhe deu crédito exclusivo para a construção de sua sinagoga. Centurions eram bem pagos, ganhando entre 3.750 e 7.500 denários, em contraste com os soldados mais mal pagos, que ganhou uns meros 75 denários (Darrell L. Bock, Lucas 1:1-9: 50 , Baker Exegetical Comentário ao Novo Testamento [Grand Rapids: Baker, 1994], 635), por isso ele foi capaz de financiar a construção.

A função principal da sinagoga era ensinar a palavra de Deus, e seu edifício da sinagoga refletido amor do centurião para a verdade. Como Cornélio (Atos 10:1-2), ele era um verdadeiro temente a Deus. De alguma forma, apesar da condição geralmente apóstata do judaísmo de sua época (conforme Mt 23:13, Mt 23:15;.. Rm 2:24), o centurião tinha ouvido falar e acreditava que a verdade de que Jesus Cristo era o Messias, Salvador e Senhor .

Sua grande humildade

Agora Jesus começou a caminho com eles; e quando Ele não estava muito longe da casa, enviou o centurião amigos, dizendo-lhe: "Senhor, não te incomodes mais, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; por esta razão eu nem sequer me considero digno de ir ter contigo, (7: 6-7a)

Uma das marcas de um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo é o reconhecimento da falência espiritual (6:
20) e que acompanha a humildade que o centurião exibido. Sua visão de si mesmo era radicalmente diferente da dos anciãos judeus. Depois de concordar em curar o servo do centurião (Mt 8:7).

Assim, o centurião enviou uma segunda delegação a Jesus, este consiste de seus amigos, dizendo a Ele através deles, "Senhor, não te incomodes mais . Skullo (problemas) significa "ser incomodado", "irritado", ou "agitado". Ele entendeu que o seu pecado era uma afronta à santidade de Jesus, mas não entendeu ainda totalmente Sua provisão de graça e misericórdia. Tudo o que sabia era que ele eraindigno para o Senhor a vir sob seu teto . Na verdade, foi por causa de seu senso de pecado e indignidade que ele fez nem mesmo considerar -se digno de vir a Jesus em primeiro lugar. Ele era um verdadeiro penitente, com um coração quebrantado e contrito que o Senhor não desprezaria (Sl 51:17).

Sua Grande Confiança

Mas dize apenas uma palavra, eo meu servo será curado. Pois também eu sou homem sujeito à autoridade e com soldados sob o meu comando; e eu digo a este: 'Vai!' e ele vai; a outro: 'Vem!' e ele vem, e ao meu servo: 'Faça isso!' e ele o faz. "Jesus, ouvindo isto, admirou-se dele, e voltando-se para a multidão que o seguia" Eu digo a você, nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé. "Quando aqueles que tinham sido enviados voltaram para casa, encontraram o escravo de boa saúde. (7: 7-B-10)

Em vez de ter Jesus entrar em sua casa, o centurião propôs que ele acabou de dizer a palavra, e seu servo iria ser curado .

Ele estava absolutamente confiante de que o Senhor falou com poder e autoridade divina, como a ilustração deu revela: Pois eu também sou homem sujeito à autoridade e com soldados sob o meu comando; e eu digo a este: 'Vai!' e ele vai; a outro: 'Vem!' e ele vem, e ao meu servo: 'Faça isso!' e ele o faz. " Como comandante militar, o centurião estava sob a autoridade de seus oficiais superiores e acostumada a obedecer suas ordens. Ele também sabia o que isso significava para dar ordens aos soldados que servem sob a ele, bem como sua escrava , e tê-los obedecido. Ele compreendeu que Jesus tinha a mesma autoridade sobre a vida ea morte.

Quando Jesus ouviu essa expressão notável de humilde a fé do centurião, admirou-se dele . Aqui está um vislumbre da verdadeira humanidade de Jesus, pois como Deus, Ele é onisciente e não pode ser surpreendido por nada. Mas, assim como em Sua humanidade, Ele tornou-se cansado (Jo 4:6; conforme Jo 4:7.). Confiando em sua justiça própria e ceremonialism externo, o povo judeu não tinham genuíno, a fé salvadora. Mesmo os discípulos de Cristo possuía apenas fraco, "pouco" fé (Mt 6:30; Mt 8:26; Mt 14:31; Mt 16:8). Como o Apóstolo Paulo escreveria mais tarde: "Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, mas não de acordo com o conhecimento. Para não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus "(Rom. 10: 2-3).

O epílogo da história fornece uma homenagem a notável a fé do centurião. Mateus observou que, compelido por sua desesperada preocupação, loving para seu escravo, ele finalmente não aguentava esperar mais. Seu grande amor superou seu senso de indignidade, e que saiu ao encontro de Jesus. Ele reafirmou pessoalmente a mensagem que ele havia enviado através de seus amigos que ele era indigno de ter Jesus entrar em sua casa, e sua crença de que o Senhor poderia curar seu servo meramente falar uma palavra. Se ele voltou com os que tinham sido enviados ou permaneceram com Jesus não é declarado.Mas quando seus amigos voltaram para casa, encontraram o servo de boa saúde . O Senhor honrou a fé incomum do homem através da concessão de seu pedido.

43. O poder de Jesus sobre a morte (Lucas 7:11-17)

Logo depois, ele foi a uma cidade chamada Naim; e Seus discípulos estavam indo junto com Ele, acompanhado por uma grande multidão. Agora, como Ele se aproximou da porta da cidade, um homem morto estava sendo realizado, o filho único de sua mãe, e ela era uma viúva; e uma multidão considerável da cidade estava com ela. Quando o Senhor a viu, sentiu compaixão por ela, e disse-lhe: "Não chore." E Ele veio e tocou no caixão; e os portadores chegou a um impasse. E Ele disse: "Jovem, eu te digo, levanta-te!" O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. O medo tomou conta de todos eles, e eles começaram a glorificar a Deus, dizendo: "Um grande profeta se levantou entre nós!", E: "Deus visitou o seu povo!" Este relatório a respeito Dele saiu toda a Judeia e em todo o distrito circundante. (7: 11-17)

Sem dúvida, Jesus Cristo é a pessoa mais bem conhecido na história da humanidade. Todas as grandes civilizações do mundo sabe alguma coisa dele; apenas pessoas isoladas grupos e indivíduos desconhecem-Lo. Mas, paradoxalmente, ao passo que Jesus é mais conhecida figura da história, Ele é ao mesmo tempo a sua menos conhecida. Por enquanto a maioria está familiarizado com o seu nome e alguns dos fatos de sua vida e sua influência através da história, poucos compreendem que Ele realmente é. Opiniões a respeito de Jesus Cristo são diversas, e vistas errada sobre ele não faltam. O Islã vê-lo como simplesmente um profeta, que na verdade não morreu na cruz; no panteão Mórmon Jesus é um ser criado, o irmão espírito de Satanás; para as Testemunhas de Jeová Ele é Miguel, o arcanjo encarnado;musicais de rock blasfemas retratá-lo como um herói da contracultura, mas apenas um homem; pseudo-eruditos reinventar-Lo como um filósofo cínico, crítico social, politicamente correta sábio, libertador dos oprimidos, e mártir equivocada. A lista de pontos de vista errantes continua ad infinitum, ad nauseam.

Mas, enquanto há uma infinidade de pontos de vista falsos satanicamente-desovado de Jesus, há apenas uma correta revelada nas Escrituras. Pedro articulada quando ele declarou: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16:16), e Tomé afirmou que quando ele exclamou: "Meu Senhor e meu Deus!" (Jo 20:28) . Jesus Cristo é o Filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade encarnada, e para aqueles que rejeitam que a verdade não pode haver salvação. Como Jesus avisou solenemente o escárnio, judeus incrédulos: "Se você acredita que eu sou Ele [Deus; cf. Ex 3:14; conforme v 58; 05:18; 10: 30-33.). Aqueles que pregam um falso Cristo (2Co 11:4; Gal. 1: 8-9.). A divindade do Senhor Jesus Cristo é a verdade fundamental da fé cristã.

Enquanto "ninguém jamais viu a Deus a qualquer momento" Jesus Cristo ", O Filho unigênito, que está no seio do Pai, Ele o fez conhecer" (Jo 1:18). "Explicação" traduz uma forma do verbo exēgeomai , a fonte da palavra Inglês "exegese" (o método e prática da interpretação das Escrituras). Só Jesus pode interpretar Deus ao homem, uma vez que "ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar "(Mt 11:27). Quando até mesmo os discípulos não conseguiram perceber que a verdade, Jesus repreendeu por sua obtusidade:

"Se você me tivesse conhecido, teria conhecido a meu Pai; a partir de agora o conheceis, eo tendes visto "Filipe disse-lhe:" Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. "Jesus disse-lhe:" Estou há tanto tempo convosco, e ainda assim você não vim para me conheces, Felipe? Quem me vê a mim vê o Pai; ? Como você pode dizer: 'Mostra-nos o Pai "(João 14:7-9)

Como observado no capítulo 9 deste volume, como Lucas se desenrola a história da vida e ministério de Jesus, ele (assim como os outros evangelistas) demonstra continuamente sua divindade e igualdade absoluta da natureza, com Deus. Esta passagem é uma das muitas ocasiões em que Jesus se manifesta a Sua divindade, desta vez levantando um jovem dentre os mortos. A passagem revela três evidências implícitas da divindade de Cristo, seguido por uma uma explícita e incontestável, e conclui, informando a resposta daqueles que testemunharam o milagre.

PROPÓSITO DIVINO

Logo depois, ele foi a uma cidade chamada Naim; e Seus discípulos estavam indo junto com Ele, acompanhado por uma grande multidão. (7:11)

A frase logo em seguida aponta de volta para a cura do servo do centurião registrado na passagem anterior (7: 1-10). É uma designação tempo indefinido, mas sugere um intervalo de poucos dias, no máximo. Nain foi uma pequena aldeia a cerca de 20 milhas ao sudoeste de Cafarnaum, e seis quilômetros a sudeste da cidade de Nazaré Jesus. Do outro lado da colina sobre a qual Nain ficou foi a aldeia de Suném, onde Eliseu levantou um rapaz dentre os mortos (II Reis 4:8-37). Cerca de três quilômetros de distância foi a aldeia de Endor, onde Saul visitou um médium (1 Sam. 28: 7-25). Jesus, junto com seus discípulos e acompanhado por uma grande multidão , fez o dia inteiro de viagem de Cafarnaum a esta pequena cidade, indefinido.

Deus age sempre com um objetivo fixo, nunca caprichosamente, e não há contingências inesperadas ou coincidências para Ele. O plano soberano de Deus é liquidada, imutável e infalível levou a cumprimento. Em Isaías 46:9-10 Deus declarou: "Eu sou Deus, e não há outro; Eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim, que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que não foram feitas, dizendo: 'Meu objetivo será estabelecido, e farei toda a minha vontade. " Em Is 55:11 Ele acrescentou: "Minha palavra ... que sair da minha boca ... não voltará para mim vazia, sem realizar o que eu desejo, e sem conseguir o assunto para que a enviei."

Como o Deus encarnado, Jesus também agiu com determinação inalterável para realizar os propósitos divinos. Em seu caminho da Judéia para a Galiléia, Jesus "teve que passar por Samaria" (Jo 4:4). Em Lc 13:33 Ele reafirmou sua determinação de seguir o calendário divino quando Ele disse: "No entanto, caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte; por isso não pode ser que um profeta pereça fora de Jerusalém. "Jesus sabia exatamente onde e quando sua morte foi ordenado no plano de Deus para acontecer.

Uma das idéias blasfemas defendidos por alguns que falsamente se dizem evangélicos é Open teísmo. De acordo com esse ponto de vista, Deus nem infalivelmente conhece e nem soberanamente planeja o futuro. Jesus, no entanto, não só conhecia o futuro, mas agiu para ter certeza de que os propósitos de Deus se desenrolou exatamente como o planejado.
Circunstâncias que talvez ainda não tinha acontecido quando Jesus e sua comitiva começou o dia de viagem de Cafarnaum para Nain estaria no lugar de criar uma exposição surpreendente do poder divino de Jesus. Quando eles saíram, nem os apóstolos, o resto dos discípulos de Jesus, nem a emoção que procuram multidão sabia por que eles estavam indo para Nain, ou o que eles iriam ver quando eles chegaram lá. Na verdade, o jovem pode ainda não ter morrido, já que o costume judaico ditou que o funeral e sepultamento ocorrerá logo após a morte. Mas Jesus sabia, e fez esta viagem para um "fora do caminho batido" aldeia porque era o plano de Deus que Ele encontra um cortejo fúnebre lá.

DIVINA PROVIDÊNCIA

Agora, como Ele se aproximou da porta da cidade, um homem morto estava sendo realizado, o filho único de sua mãe, e ela era uma viúva; e uma multidão considerável da cidade estava com ela. (7:12)

Controle superintende de Deus sobre todos os humanos escolhas, ações e eventos para efetuar Seus propósitos predeterminados é conhecida como Sua providência. Ao contrário de um milagre, quando Deus sobrenaturalmente interrompe ou suspende o curso natural dos acontecimentos, Sua providência envolve eventos naturais perfeitamente controladores para trazer infalivelmente sobre Seus propósitos. Dada a complexidade escalonamento envolvidos na coordenação até mesmo eventos relativamente simples, a providência de Deus é, em alguns aspectos ainda mais imponente do que os milagres que Ele realiza.

Controle providencial de Deus sobre os eventos flui diretamente de Sua soberana autoridade, onipotência e onisciência. "A mente do homem traça o seu caminho", diz Pv 16:9.)!

Embora Deus não é o autor do mal (. Hc 1:13), mesmo calamidades estão sob seu controle, como o profeta Amós observa: "Se uma calamidade ocorre em uma cidade não tem o Senhor fez isso?" (Am 3:6. ; Rute 4:1-11; Is 29:21).. Em tempo providencial de Deus, Jesus e sua comitiva se aproximou da porta da cidade após a viagem de Cafarnaum, assim como um homem morto estava sendo realizado . O funeral terminou, e as pessoas estavam retirando o cadáver em um caixão ou maca para o local do enterro fora da cidade.

Aumentando o pathos deste funeral foi a realidade que o homem morto era o único filho de sua mãe (conforme 08:42; 09:38). Fazendo a trágica perda ainda pior, que era viúva . Já destituído de seu marido, que ela teve com a morte de seu filho perdido seus últimos meios de apoio. Sua passagem também marcou o fim da linha de família. A morte de um filho único simbolizava o epítome da dor no Antigo Testamento. Jr 6:26 exortou Israel a "chorar como por um filho único, um pranto de grande amargura." Em Am 8:10 Deus advertiu de um julgamento que virá sobre Israel que seria "como um momento de luto por um filho único, eo final do que será como um dia amargo "Zc 12:10 compara o futuro de Israel de luto sobre sua rejeição de Jesus Cristo, para que pela morte de um filho único.:

Eu derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito de graça e de súplicas, para que eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem pranteia por um filho único, e chorarão amargamente por Ele como o choro amargo ao longo de um primogênito.
Esta mulher e bier de seu filho estavam à frente de uma multidão considerável da cidade que compunham o cortejo fúnebre. Ele teria incluído os amigos e entes queridos da família enlutada, os outros da aldeia, e os músicos e profissionais mulheres chorando que faziam parte de cada enterro judaico. Esta mais triste de todas as cenas tristes na vida familiar judaica definir o cenário para o Senhor do céu para revelar-se no poder divino.

COMPAIXÃO DIVINA

Quando o Senhor a viu, sentiu compaixão por ela, e disse-lhe: "Não chore." (7:13)

Examinando o triste, cena caótica, o coração do Senhor saiu para a viúva e Ele sentiu compaixão por ela. Piedade traduz uma forma do verbo splagchnizomai , que está relacionada com um substantivo que descreve as partes internas do corpo. Como o uso moderno do "coração" ou "gut", as partes internas do corpo eram vistos em sentido figurado como a sede das emoções, devido aos efeitos físicos tais emoções têm sobre o corpo.

Uma das interpretações equivocadas mais perversos da Escritura é a idéia de que o Deus do Antigo Testamento é irritado, irado, vingativo e, enquanto o Senhor Jesus Cristo é manso, compassivo e amoroso.Mas o Velho Testamento revela a compaixão de Deus, graça e misericórdia, enquanto no Testamento Cristo New limpou o templo (Mateus 21:12-13; 13 43:2-17'>João 2:13-17.)., Alertou para a condenação eterna no inferno (Mt 5:22 , Mt 5:29, Mt 5:30; Mt 18:9; Mt 25:41; Jo 8:24), estava zangado com o pecado (Mc 3:5.)

Em contraste com as falsas divindades de outras religiões, é a natureza do Deus vivo e verdadeiro a sentir compaixão pelos que sofrem os pecadores. Mesmo depois de dar a Sua lei e julgar os idólatras que fizeram o bezerro de ouro, Ele disse a Moisés: "Eu vou ter misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e terá compaixão de quem eu quiser mostrar compaixão" (Ex 33:19), e mais tarde descreveu a si mesmo como

O Senhor, o Senhor Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se, e grande em benignidade e em verdade; que mantém misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão eo pecado;Ele ainda não tem por deixar impunes os culpados, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos e nos netos, até a terceira e quarta gerações. (Ex. 34: 6-7)

De acordo com o Sl 103:8; 2 Crônicas 30:.. 2Cr 30:9; Ne 9:17, Ne 9:31; Sl 111:1:... Sl 111:4; Lm 3:22; Jl 2:13, Jn 4:2.); "Ele, sendo compassivo, perdoou a sua iniqüidade, e não destruí-los; e muitas vezes Ele conteve sua ira e não despertou toda a sua ira "(Sl 78:38).

O Novo Testamento retrata o Senhor Jesus Cristo como um "misericordioso e fiel sumo sacerdote" (He 2:17). Ele não era "um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas Aquele que foi tentado em todas as coisas como nós somos, mas sem pecado" (He 4:15). Ele repetidamente sentiu compaixão por perdido, sofrendo pecadores (conforme Mt 9:36;. Mt 14:14; Mt 15:32; Mt 20:34; Mc 1:41). Foi Sua compaixão que levou o Senhor, fiel à sua natureza como misericordioso, para confortar essa mulher devastada, e dizer a ela tranqüilizador, "Não chore."

PODER DIVINO

E Ele veio e tocou no caixão; e os portadores chegou a um impasse. E Ele disse: "Jovem, eu te digo, levanta-te!" O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe.(7: 14-15)

A atuação de Cristo com o propósito divino, providencial organização de contingências para trazer o plano de Deus, e compaixão para com aqueles que sofrem todos levam à conclusão de que Ele é Deus.Sua impressionante exibição de poder, no entanto, demonstra diretamente a Sua divindade.
Que Jesus veio e tocou no caixão revela Seu poder sobre o pecado. De acordo com Números 19:11-22, qualquer um que tocou uma pessoa morta ou qualquer coisa associada a essa pessoa se tornou impuro.Mas Jesus, como santo Deus encarnado, não foi contaminada por tocar o homem morto caixão (ou maca); Ele permaneceu "santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e elevado acima dos céus" (He 7:26).

Este incidente também revela o poder de Jesus sobre as pessoas. Normalmente, a tentativa de pôr fim a uma procissão fúnebre e tocar o cadáver teria produzido indignação, e a pessoa que fez isso mesmo poderia ter sido agredidos fisicamente pelos choros de raiva. Mas por causa do comandante do Senhor, a presença de autoridade, os portadores chegou a um impasse .

Mas mais importante, Jesus demonstrou seu poder sobre a morte. Como o criador (Jo 1:3), Ele simplesmente disse: "Jovem, eu te digo, levanta-te!" (conforme 8: 54— 55; Jo 11:43). Naquele momento a vida surgiu no corpo do homem morto, exatamente como ele vai por todos os mortos no dia em que "todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz, e sairão; aqueles que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida, aqueles que fizeram o mal para a ressurreição da condenação "(João 5:28-29).

Note-se que uma vez que ninguém perguntou a Jesus para levantar o morto, este milagre não depende da fé de ninguém. A fé não é um pré-requisito para o poder de Deus para operar; Deus soberanamente ativa seu poder de acordo com a Sua vontade. Algumas das curas de Jesus envolveu fé, outros não. Mas para ver a fé humana como princípio operativo em vez da vontade soberana de Deus é, um erro ainda blasfema flagrante. A fé sempre esteve presente na salvação, mas nem todos os milagres.
Ao comando de Jesus o morto sentou-se e começou a falar . Como sempre foi o caso, Jesus curou imediatamente e completamente. Não havia um período prolongado de terapia pós-ressurreição para este homem. Ele foi imediatamente restaurado com força total, e Jesus o entregou à sua mãe .

O RESPONSE

O medo tomou conta de todos eles, e eles começaram a glorificar a Deus, dizendo: "Um grande profeta se levantou entre nós!", E: "Deus visitou o seu povo!" Este relatório a respeito Dele saiu toda a Judeia e em todo o distrito circundante. (7: 16-17)

Escusado será dizer que o aumento do homem morto trouxe um fim abrupto, inesperado e chocante para o funeral. Medo ( Phobos ; a fonte do Inglês palavra "fobia") agarrou ... tudo que tinha testemunhado. Eles estavam traumatizadas, sobrecarregado com terror na manifestação da presença e do poder de Deus (conforme Ex 3:6; Is 6:5; Mt 17:1; Ap 1:17).Em resposta, eles começaram a glorificar a Deus (conforme 2: 13 14:20-05:26; 13 13:17-18; 18:43), e afirmando que Deus tinha visitado o seu povo . No Antigo Testamento, essa frase se refere a Deus está chegando para ajudar o seu povo (Rt 1:1; 1Sm 2:211Sm 2:21; Sl 106:1:. Sl 106:4; Zc 10:3, Lc 1:78). O povo de Israel tinha sido anseio por uma tal visitação durante quatro séculos, durante os quais Deus havia ficado em silêncio. Agora eles perceberam que Deus havia de fato os visitou, pois somente o criador pode dar vida aos mortos.

A ponto de o milagre era para confortar essa mulher de coração, não para angariar publicidade para Jesus. No entanto este relatório (que Deus visitou o seu povo) a respeito dele saiu muito (toda a Judeia,representando aqui toda a terra de Israel) e próximo (todo o distrito circundante ao redor Nain).

Mas a triste realidade é que eles perderam o ponto que Deus estava realmente presente na pessoa de Jesus Cristo. Para eles, Ele não era nada mais do que um grande profeta que haviam surgido entre eles, como Elias e Eliseu, tanto de quem levantou uma pessoa morta pelo poder de Deus (I Reis 17:17-24; 2 Reis 4:18-36 ). Ao contrário das ressurreições realizadas por Jesus, no entanto, essas ressurreições não foram resultado dos profetas 'próprio poder, mas veio em resposta aos profetas' orações (I Reis 17:20-22; 2Rs 4:332Rs 4:33). Eles falharam em ver a verdade de que Jesus era o profeta final de quem Moisés falou em Deuteronômio 18:15-18, o Messias, Deus em carne humana.

No final do Seu ministério terreno, Jesus lamentou a oportunidade Israel havia perdido ao não reconhecer que Ele realmente é:

Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: "Se você tivesse conhecido neste dia, mesmo que você, as coisas que servem para a paz! Mas agora eles têm sido escondido de seus olhos.Para os dias virão em que os seus inimigos vão deitar-se uma barricada contra você, e cercá-lo e hem você de todos os lados, e eles vão nivelar-lo para o chão e seus filhos dentro de você, e eles não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visitação "(Lucas 19:41-44).

Como resultado da rejeição de Israel, Deus tomou ", dentre os gentios um povo para o seu nome" (At 15:14), enquanto Israel continua em grande parte cegos espiritualmente (Rm 10:1-3; 2Co 3:152Co 3:15..).

Em contraste com aqueles que testemunharam a ressurreição de Naim naquele dia, Marta, irmã de Lázaro, entendeu a implicação da ressurreição iminente de seu irmão. Depois que Jesus declarou: "Eu sou a ressurreição ea vida; quem crê em mim viverá ainda que morra, e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá "Ele perguntou a ela:" Você acredita que este "(João 11:25-26)?. Marta afirmou sua convicção de que Ele era realmente o Messias: "Sim, Senhor; Tenho crido que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que vem ao mundo "(v. 27).

Isso por si só é a visão correta de Jesus Cristo, que Ele é o Filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade encarnada, que veio à Terra "para dar a sua vida em resgate por muitos" (Mt 20:28) e "salvar Sua povo dos seus pecados "(Mt 1:21), que" foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitou para nossa justificação "(Rm 4:25). Aqueles que rejeitam a verdade irão morrer em seus pecados (Jo 8:24), pois "não há salvação em nenhum outro; pois não há outro nome debaixo do céu, que tenha sido dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos "(At 4:12).

15.  Você é o esperado ? (Lucas 7:18-23)

Os discípulos de João anunciaram-lhe sobre todas essas coisas. Convocando dois dos seus discípulos, João enviou-os ao Senhor, dizendo: "Você é o esperado, ou havemos de esperar outro?" Quando os homens aproximaram-se dele, disseram ", João Batista enviou-nos a Ti , para perguntar: 'Você é o esperado, ou havemos de esperar outro?' "Naquele exato momento Ele curou muitas pessoas de doenças e aflições e espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos. E ele, respondendo, disse-lhes: "Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, os pobres têm o evangelho pregado a eles. Bem-aventurado é aquele que não se ofender com Me "(7: 18-23).

O escritor de hinos do século XVIII, observou Charles Wesley compôs mais de 7000 hinos em sua vida, incluindo o magnífico hino de Natal "Vinde, ó Deus tão esperado Jesus." As letras expressam rico verdade teológica a respeito da Encarnação do Senhor Jesus Cristo:

 

Vem, tu longa espera Jesus,
Nascido para definir o teu povo livre;
A partir de nossos medos e pecados nos libertar;
Vamos encontrar o nosso descanso em Ti.
Força e consolação de Israel,
A esperança de toda a terra Tu és;
Caro Desejado de todas as nações, alegria de cada coração saudade.

 

Nascido teu povo para entregar,
Nascido de uma criança e ainda um rei.
Nascido a reinar em nós para sempre,
Agora o teu reino gracioso trazer.
Por Tua própria espírito eterno
Regra em sozinhas todos os nossos corações;
Por Tua todo o mérito suficiente,
Elevar-nos o teu trono glorioso.

 

Identificação de Wesley de Jesus como "a uma longa espera" reflete João questão do Batista, nesta passagem, Você é o esperado (ou seja, o Messias; Sl 40:7.]; 118.: 26; Mc 11:9, Jo 1:27)?

Jesus repetidamente afirmado ser o esperado prometido no Antigo Testamento. Ele disse que Abraão alegremente esperava por Ele (Jo 8:56), Moisés escreveu sobre Ele (Jo 5:46), e Davi chamou de Senhor (Matt. 22: 41-45). Ele repreendeu dois de Seus discípulos no dia da Sua ressurreição por serem "homens insensatos e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram!" A respeito dele (Lc 24:25), e "E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras "(v. 27).

O Antigo Testamento está cheio de referências ao esperado que apontam, inequivocamente, para Jesus Cristo.

  • O esperado, juntamente com o Pai eo Espírito, criou tudo (Gn 1:1; conforme Jo 1:1-3).
  • Sua vinda foi prometido primeiro a Adão e Eva imediatamente após a queda. Deus assegurou-lhes que Satanás, que havia enganado e devastou eles, seria o próprio ser destruída por o esperado (Gn 3:15; cf.1Jo 3:8).
  • O esperado era para ser um descendente de Abraão (Gn 22:18; conforme At 3:25;. Gl 3:16), da tribo de Judá (Gn 49:10;. Conforme He 7:14 ).
  • O padre Velho Testamento Melquisedeque ("rei de justiça"; He 7:2).
  • Oferta de seu filho Isaque (Gn 22:1-14) de Abraão simboliza o sacrifício de o esperado; assim como Deus providenciou um carneiro como um substituto para Isaque, assim também é Jesus, o sacrifício pelos pecadores (I João 2:1-2).
  • José, desprezado e rejeitado por seus irmãos, no entanto, tornou-se o seu libertador. Da mesma maneira que Jesus "veio para os Seus, e aqueles que foram os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome "(João 1:11-12).
  • Arca de Noé, um lugar de refúgio da ira de Deus, imagens de Jesus-a verdadeira arca da segurança em quem crentes andar com segurança acima das ondas do julgamento divino.
  • O anjo do Senhor (Gênesis 16:7-13; 22: 11-18; 31: 11-13; Ex 3:2-6; Jz 6:1; conforme 1 Pedro 1: 18-19).
  • O maná no deserto prefigurava a vinda do esperado, o verdadeiro pão da vida (João 6:31-58).
  • Arão e todos os sumos sacerdotes que o sucedeu na foto do Senhor Jesus Cristo, o grande sumo sacerdote (He 2:17; 3:. He 3:1; 4: 14-15; He 6:20), que estava para vir.
  • A serpente de bronze no deserto, a quem os pecadores mordidas por cobras venenosas olharam e foram curados, simboliza Jesus, que declarou: "Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado; para que todo aquele que crê será Nele tenha a vida eterna "(João 3:14-15).
  • O esperado era para ser o profeta final de quem Moisés falou (Deut. 18: 15-19; conforme Atos 3:22-23; At 7:37).
  • Boaz, resgatador de Rute (Rute 4:1-12) era um tipo de Cristo, o redentor do seu povo (Mt 1:21.).
  • Como Davi, o rei pastor, o Messias viria como um pastor (Jo 10:11) e Rei (Mt 27:11;. Jo 1:49; Ap 17:14).
  • O enchimento do templo com a glória de Deus (I Reis 8:10-11), desde um vislumbre da glória de Jesus (Jo 1:14).
  • O esperado é o Filho de Deus e Rei do Salmo 2, o ressuscitado um dos Salmos 16, o crucificado do Salmo 22, o pastor do Salmo 23, e o traiu um dos Salmos 41.
  • Isaías predisse que o Messias seria uma luz sobre aqueles que andam em trevas (9: 2), nasceria de uma virgem (7:14), urso exaltado títulos (9: 6), ser Deus conosco (7:14 .; conforme Mt 1:23), ser um descendente de Davi (11: 1), e sentar-se no seu trono (9: 7). Isaías também descreveu a crucificação do Messias e suas implicações teológicas profundas no capítulo 53.
  • O resto dos profetas preenchidos outros detalhes a respeito de Jesus, o esperado. Micah previu Seu nascimento em Belém (5: 2); Jeremias, o abate de Herodes dos bebês do sexo masculino inocentes (31:15; conforme Mt 2:17-18.); Oséias, a fuga de José, Maria e Jesus para o Egito (11:. 1; conforme Mt 2:15); Joel viu que pela vinda do esperado o Espírito de Deus seria derramado (2: 28-32; conforme Atos 2:16-18); Daniel previu sua morte (09:26);Zacarias previu a entrada triunfal (9: 9), a quantidade exata Judas receberia por trair Jesus (11: 12-13), o piercing de Jesus 'side (12:10), e os discípulos' abandono de Deus (13: 7).
  • Mas, apesar do claro testemunho do Antigo Testamento que Jesus foi o esperado-testemunho confirmado por Zacharias, Elisabete, o anjo Gabriel, os anjos que anunciaram o nascimento de Cristo aos pastores, João Batista, do Pai e do Espírito Santo em Jesus ' batismo, e surpreendente, ensino sem precedentes de Jesus e poder sobre a doença, os demônios, e morte-mais não acreditava nele. Seu ensino público generalizado e visíveis, milagres inegáveis ​​foram recebidos com críticas, a indiferença, a rejeição, o ódio, e finalmente assassinato.

    Dúvida honesto, por outro lado, não é um ponto de partida má, mas é um ponto de chegada má. Mesmo o mais nobre dos santos, como Abraão (Gn 17:17), Sara (Gn 18:12), Moisés (Ex. 3: 10-15), Gideon (Jz 6:1), e os apóstolos (Mt 6:30; Mt 8:26; Mt 14:31; Mt 16:8.; Lc 12:28; Lc 24:38; João 20:24-25) tiveram seus momentos de dúvida. A capacidade de duvidar é um aspecto da racionalidade que faz parte da imagem de Deus no homem. A ceticismo saudável, ser capaz de discernir a verdade do erro, é criticamente importante. Por exemplo, a Bíblia elogia os nobres de espírito Bereans, que "receberam a palavra" pregado por Paulo e Silas "com grande avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se estas coisas eram assim" (At 17:11).

    Até mesmo o maior homem que já viveu até o seu tempo (Mt 11:11), João Batista, lutou com a dúvida. Ele acreditava que Jesus era o Messias. Ele tinha testemunhado o testemunho de Sua identidade do Pai e do Espírito Santo, quando ele batizou Jesus. João havia declarado que Jesus era "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!" (Jo 1:29), e testemunhou sobre sua identidade para os líderes judeus (vv. 26-27). Mas apesar de seu poderoso testemunho de Jesus como o Messias, dúvidas surgiram na mente de João sobre sua identidade. Esta passagem dá as razões para a dúvida de João, e resposta de Jesus a essa dúvida.

    DÚVIDA DE JOÃO

    Os discípulos de João anunciaram-lhe sobre todas essas coisas. Convocando dois dos seus discípulos, João enviou-os ao Senhor, dizendo: "Você é o esperado, ou havemos de esperar outro?" Quando os homens aproximaram-se dele, disseram ", João Batista enviou-nos a Ti , para perguntar: 'Você é o esperado, ou havemos de esperar outro?' "(7: 18-20)

    João cumpriu sua missão de preparar o povo para a vinda do Messias e para apontá-lo quando ele chegou. Ele, então, desapareceu de cena, como ele mesmo havia previsto que aconteceria (Jo 3:30). Uma vez que Jesus foi introduzido, os escritores dos evangelhos inspirados colocar os holofotes sobre ele. Como esta passagem começa, João tinha estado na prisão por muitos meses, talvez enquanto um ano.Mateus (14: 1-12) e Marcos (6: 14-29) dão a história de sua prisão e eventual execução por Herodes Antipas, filho de Herodes, o Grande e governador da Galiléia e Perea (Lc 3:1). Enfurecido, Herodias procurou fazer com que João condenado à morte. Herodes, no entanto, impressionado com caráter justo e santo de João (v 20). E com medo das multidões que o reverenciado como um profeta (Mt 14:5.) e manteve João informado com relatórios (Mt 11:2). Dúvida de João, como Jó, surgiu, em parte, a sua incapacidade de entender por que Deus havia permitido que suas circunstâncias negativas, uma vez que, com razão, percebeu-se como um servo leal, de sacrifício do Senhor. Sua situação era o oposto do que a do ladrão arrependido na cruz, que livremente reconheceu que suas circunstâncias terríveis eram exatamente o que ele merecia (Lc 23:41). Cada situação que os crentes se encontram é sujeita ao propósito soberano de Deus se ela é percebida como merecia ou imerecido.

    A segunda causa de dúvida de João era influência popular. Ele era, em parte, uma vítima de equívocos atuais sobre o Messias. Judaísmo contemporâneo ignorado as profecias do sofrimento (Sl. 22) e trabalho pecado-bearing (Isa. 53) do Messias, concentrando-se em Sua vinda para esmagar os inimigos de Israel e estabelecer Seu reino glorioso. Tão profundamente enraizada foi que a percepção entre o povo judeu que, mesmo depois de Jesus ressuscitou dos mortos, os apóstolos perguntaram-Lhe: "Senhor, é nesse momento que você está restaurando o reino de Israel?" (At 1:6). Nem poderia entender os discípulos previsão do Senhor repetida de sua morte (por exemplo, Matt. 16: 21-23; 17: 22-23; 20: 18-19; Lucas 24:6-7, Lc 24:46). Tal comportamento foi intrigante para muitos dos seguidores de Jesus, incluindo João. Ilegítimos, expectativas não bíblicas só pode levar à dúvida e à perda de alegria quando eles não são cumpridas.

    A tradição judaica também realizou-sem-mandado que bíblica uma série de profetas reapareceria, culminando com o Messias. Isso levou a uma confusão e dúvidas sobre Jesus. Ele era o Messias, ou um desses profetas ressuscitado (Lc 9:19)? É por isso que, em resposta à pergunta do Senhor: "Quem é que as pessoas dizem que o Filho do homem é" (Mt 16:13) Os discípulos responderam: "Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; mas outros ainda, Jeremias ou um dos profetas "(v. 14). Pergunta de João a Jesus, Você é o esperado, ou havemos de esperar outro? reflete esse equívoco popular.

    Em terceiro lugar, a dúvida de João resultou da revelação incompleta. Falta de informação gera dúvida (conforme Mt 22:29), e João estava faltando uma peça crucial de informação não claramente revelado no Antigo Testamento. É verdade que o Antigo Testamento implica dois adventos de Messias, um como o servo sofredor, eo outro como o rei conquistador. Mas o Velho Testamento não revela explicitamente o gap já 2.000 anos entre esses dois adventos. Durante esse tempo, o Senhor iria se converter dos desobedientes, rejeitando Israel (Mateus 23:37-39.) Para os gentios e estabelecer a igreja, que é composta de judeus e gentios. Não até que termine o período e todo o Israel será salvo (Rm 11:26) irá retornar Jesus, estabelecer o Seu glorioso reino, e cumprir todas as promessas dos convênios abraâmicas e davídicos. Foi a sua incapacidade de compreender que a verdade que solicitado pós-ressurreição pergunta dos apóstolos ao Senhor sobre o estabelecimento de Seu reino mencionado acima.

    A cura para essa dúvida é para ler, estudar, entender e meditar sobre a revelação de Deus nas Escrituras, como as palavras do livro de Salmos revelar abertura:

     

    Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios,
    Nem se detém no caminho dos pecadores,
    Também não se sentar no banco dos escarnecedores!
    Mas o seu prazer está na lei do Senhor,
    E na sua lei medita de dia e de noite.
    Ele será como uma árvore plantada junto a ribeiros de águas,
    Qual dá o seu fruto na estação própria
    E sua folhagem não murcha;

    E em tudo o que ele faz é bem sucedido. (Sl 1:1-3.)

     

    Para manter Josué de duvidar de sua capacidade de liderar Israel na conquista de Canaã, Deus lhe ordenou: "Este livro da lei não se aparte da tua boca, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer de acordo com tudo o que nele está escrito; para, em seguida, você vai fazer o seu caminho próspero, e então você vai ter sucesso "(Js 1:8; conforme Jo 5:39). Como mencionado anteriormente, os bereanos virou-se para as Escrituras para verificar o ensino que receberam. Uma vez que contém a mente de Cristo (1Co 2:16.) E revela "tudo o que pertence à vida e piedade" (2Pe 1:3), a Escritura fornece a cura para a dúvida.

    A razão última e talvez mais significativo para a dúvida de João era sua expectativa errada. João era um pregador ardente, aviso do julgamento iminente de Deus e chamando para o arrependimento (conforme Lucas 3:3-17). Sua advertência do juízo pegou onde o Antigo Testamento terminou (Ml 4:1), Jesus tratou gentilmente com a dúvida de João. Pelo o muito tempo que os dois mensageiros de João chegou, Ele curou muitas pessoas de doenças e aflições e mal espíritos; e deu vista a muitos cegos . Esta foi uma exibição especial de Seu poder miraculoso especialmente para seu benefício e João. Jesus havia rejeitado os pedidos dos fariseus semelhantes (conforme Mt 12:38-42; 16: 1-4.), Porque eles pediram, na incredulidade. João, no entanto, estava à procura de ter sua fé fortalecida e concluída.

    Após a exibição de Jesus disse para os mensageiros, "Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, os pobres têm o evangelho pregado a eles. " Os sinais que Jesus tinha realizado eram prova inequívoca de que o reino havia sido inaugurado (apesar de não estar presente em seu sentido mais amplo, até a volta de Cristo e estabelece o Seu reino terreno milenar) eo rei estava presente. João, imerso no Velho Testamento, sabia que as passagens como Is 26:19 e Dn 12:2 associados cura do cego, coxo , esurdo com o reino messiânico, enquanto Is 61:1). Em seguida, Jesus disse aos mensageiros para lembrá-João, "Bem-aventurado é aquele que não se ofender com Me." Ele precisava subir acima de sua tragédia pessoal, os pontos de vista populares do dia da sua falta de revelação completa, e suas expectativas erradas e colocou a completa fé e confiança na evidência convincente de que Jesus era o Messias.

    Como é que a história de João acabar? A resolução de sua dúvida pode ser inferida a partir evangelhos de Marcos Mateus e. Como mencionado acima, a mulher de Herodes Herodias odiava João e queria que ele morto. Eventualmente, em uma festa de aniversário de gala para Herodes, a filha de Herodias (Salome, de acordo com Josephus) realizaram uma dança lasciva por Herodes e seus convidados.Cativado por seu desempenho e buscando impressionar seus convidados, Herodes impulsivamente prometeu a moça o que ela quisesse. Quando ela perguntou à mãe o que pedir, Herodias prontamente respondeu: "A cabeça de João Batista" (Mc 6:24). Preso por sua promessa tola e sem vontade de perder a face perante os seus convidados, Herodes o seu pedido concedido e teve João decapitado.

    Depois que João foi decapitado, os seus discípulos vieram e levaram seu corpo para o enterro. Então, de forma significativa, "eles foram e contaram a Jesus" (Mt 14:12). Claramente, João havia superado suas dúvidas e estava convencido de que Jesus era o Messias, ou os seus discípulos não teria procurado Jesus a dizer-lhe da morte de João.

    Apesar de não ser imune a ela, os verdadeiros crentes, como João, ser levantada pela verdade acima de sua dúvida e reafirmar sua fé em Jesus como Senhor, Messias e Salvador. Eles serão levados a confiar em sua sabedoria acima da sabedoria humana, acredita sem reservas tudo o que a Bíblia ensina sobre Ele, ouvir e obedecer a Sua palavra com alegria confiam suas vidas a Ele, agora e para a eternidade, dar suas vidas para proclamar Seu evangelho da salvação, desejo sempre para fazer o que Lhe agrada, reverenciar, adorar e obedecer a Ele, confie em Seu propósito para as suas vidas, ter confiança em Seu controle soberano dos acontecimentos, ser grato a Ele como a fonte de toda a sua boa e agradeço a Ele por isso, a renúncia corpo, mente, espírito, tempo, habilidades e posses ao seu controle, vivem suas vidas para Ele não importa o que lhes é exigido, e, se solicitado, disposto a morrer por Ele.
    Aqueles que fazê-lo vai encontrar Jesus para ser tudo o que poderia precisar ou querer-Salvador, Pão da vida, Luz do mundo, pastor de suas almas, a ressurreição ea vida, o caminho, a verdade ea vida, o único caminho para Deus, e aquele que um dia voltar para a Sua própria para inaugurar-los para a gloriosa presença de Deus, onde a fé se tornará vista e todas as dúvidas para sempre desaparecem.

    45. O Maior Homem Que Já Viveu (Lucas 7:24-30)

    Quando os mensageiros de João havia deixado, Ele começou a falar às multidões a respeito de João, "O que você vai para o deserto para ver? Uma cana agitada pelo vento? Mas o que você vai ver? Um homem vestido com roupas finas? Aqueles que estão esplendidamente vestido e viver no luxo são encontrados em palácios reais! Mas o que você vai ver? Um profeta? Sim, eu digo a você, e aquele que é mais do que um profeta. Este é aquele de quem está escrito: Eis que eu envio o meu mensageiro à tua frente, que preparará o teu caminho diante de ti. " Eu digo que, entre os nascidos de mulher não há ninguém maior do que João; mas aquele que é o menor no reino de Deus é maior do que ele. "Quando todas as pessoas e os cobradores de impostos, ouvindo isto, reconheceram a justiça de Deus, tendo sido batizados com o batismo de João. Mas os fariseus e os doutores da lei rejeitaram o propósito de Deus para si mesmos, não tendo sido batizado por João. (7: 24-30)

    O principal objetivo do ministério de Jesus foi demonstrar que Ele era o Messias prometido, Rei e Redentor, que iria cumprir as promessas do Abraão, Davi, e da Nova Aliança. Portanto Seu objetivo nesta passagem não era apenas para homenagear João Batista, embora ele era merecedor de honra. Principal ponto de Cristo em discutir João era mostrar como o seu ministério revelou e estabeleceu Jesus para ser o esperado (conforme a discussão desse termo no capítulo anterior deste volume).

    A maioria das pessoas em Israel inicialmente aceita João como profeta de Deus que falava por Deus como todos os verdadeiros profetas fizeram no passado. Este foi monumental, já que não tinha sido um para quatro séculos. Todos os três Evangelhos sinópticos referem-se as vastas multidões que acorriam ao rio Jordão para ouvi-lo (Mat. 3: 5-6; Mc 1:5; Mc 11:32.).

    O que torna a crença do povo que João era um profeta ainda mais notável é a natureza da sua mensagem. João Batista havia flatterer-agradável homem, mas pregou uma mensagem de fogo do juízo vindouro e da necessidade de arrependimento. Ele denunciou tanto as multidões (Lc 3:7). Nesta passagem, Jesus enumera três características que marcam a grandeza de João; seu caráter pessoal, chamada privilegiada, e contribuição poderosa.

    CARÁTER PESSOAL DE JOÃO

    Quando os mensageiros de João havia deixado, Ele começou a falar às multidões a respeito de João, "O que você vai para o deserto para ver? Uma cana agitada pelo vento? Mas o que você vai ver? Um homem vestido com roupas finas? Aqueles que estão esplendidamente vestido e viver no luxo são encontrados em palácios reais! (7: 24-25)

    Como observado no capítulo 15 deste volume, João foi preso e incapaz de chegar a Jesus em pessoa. Aparentemente experimentando algumas dúvidas, com base no que estava acontecendo com ele e não acontecendo com Jesus, João enviou dois dos seus discípulos para lhe perguntar se ele era realmente o Messias. Em resposta, o Senhor colocou sobre uma exposição convincente do seu poder divino para seu benefício e mandou de volta para João (7: 21-23). Depois de os mensageiros de João havia deixado, Ele começou a falar às multidões sobre ele. Jesus levou para casa seu ponto que era inconsistente para o povo a aceitar João como um profeta, mas rejeitá-lo como Messias. Três perguntas retóricas formar sua resposta. Os primeiros dois sublinham o caráter pessoal de João.

    Primeira pergunta do Senhor, "O que você vai para o deserto para ver? Uma cana agitada pelo vento? " salienta que João Batista não era um vacillator, balançando aqui e ali nas brisas de opinião popular, mas um homem de firmes, inabaláveis ​​convicções. Essas convicções o levaram a enfrentar sem medo Herodes Antipas, que resultou na prisão de João e eventual execução. Era a sua ousadia e intransigente compromisso apaixonado com a verdade que causou milhares de pessoas a viajar até quarenta ou cinquenta milhas ou mais para o deserto , onde João gastou todo o seu ministério (Mt 3:1), o que sugere que ele tinha feito um voto Nazireu (conforme Nm. 6: 2-4). Integridade profética de João soou verdadeiro com as pessoas por causa de seu caráter pessoal irrepreensível.

    CHAMADO PRIVILEGIADO DE JOÃO

    Mas o que você vai ver? Um profeta? Sim, eu digo a você, e aquele que é mais do que um profeta. Este é aquele de quem está escrito: Eis que eu envio o meu mensageiro à tua frente, que preparará o teu caminho diante de ti. " (7: 26-27)

    Tão nobre como o personagem de João era, um elemento ainda mais significativo de sua grandeza era sua vocação privilegiada. Quando o povo caminhou para o deserto para ver João, todos sabiam que eles estavam indo para fora para ver um profeta . Como observado acima, João era muito bem visto pelas pessoas, tanto que eles até me perguntei se ele próprio poderia ser o Messias (Lc 3:15). João tinha todas as marcas de um profeta; ele poderosamente anunciavam a palavra de Deus, diante do pecado, advertiu do juízo vindouro, chamado para o arrependimento, e viveu uma vida de abnegação.

    Mas Jesus foi além de mera identificação de João como um profeta, declarando que ele seja aquele que é mais do que um profeta . João não era apenas um próprio profeta, mas também aquele que foi profetizado por vir. Parafraseando Ml 3:1; Lucas 3:4-6). Era seu privilégio único de ser precursor do Messias que ele separou para a grandeza incomparável. Enquanto os outros profetas do Antigo Testamento predisse que o Messias viria; João anunciou que tinha chegado. Para eles era uma questão de fé;para João foi vista. Ele teve o privilégio de não só ver o Messias, mas também de falar com Ele, e ouvir o testemunho audível do Pai a respeito dele.

    Identificação de Malaquias desta vinda profeta como Elias (Ml 4:5). A verdadeira interpretação da profecia de Malaquias foi bem claro antes de João nasceu. Em seu anúncio do nascimento milagroso de João a seu pai Zacarias, o anjo Gabriel disse a respeito dele: "É ele quem vai como um precursor diante dele [Messias] no espírito e poder de Elias" (Lc 1:17). Assim, quando João negou que ele era Elias, ele quis dizer que ele não era aquele profeta Testamento muito velho voltou do céu, e esclareceu que os judeus errAdãoente esperados (ver Lc 9:8, no capítulo 15 deste volume).

    A verdade é que tinha os judeus acreditavam em Jesus, João Batista teria se tornado o cumprimento do profeta Elias-like de quem Malaquias escreveu. Em relato paralelo de Mateus sobre esta passagem, Jesus observou: "Se você estiver disposto a aceitá-la [a verdade de que Ele era o Messias], o próprio João é o Elias que havia de vir" (Mt 11:14). Quando os apóstolos lhe perguntou: "Por que é que os escribas dizem que Elias deve vir primeiro?" (Mc 9:11) Jesus respondeu:

    Que Elias venha primeiro e restaurará todas as coisas. E ainda como é que está escrito do Filho do homem que ele vai sofrer muito e ser tratado com desprezo? Mas eu digo-vos que Elias [João Batista] tem já veio, e fizeram-lhe tudo o que quiseram, como está escrito a seu respeito. (Vv. 12-13)

    Desde que Israel rejeitou Messias e Seu reino, deve haver outro profeta Elias-like, que virá em cumprimento da profecia de Malaquias, pouco antes do retorno de Cristo para estabelecer o Seu glorioso, terrestre, reino milenar. Alheios ao profeta para vir, que têm alguma semelhança com o ministério de Elias, há também aparece duas testemunhas que irão ministrar durante a tribulação (Apocalipse 11:3-12), uma das quais pode ser realmente Elias.

    Mas a incredulidade de Israel não diminui a estatura de João. Ele foi o precursor do Messias, o cumprimento da de Malaquias (Ml 3:1). Ao contrário das pessoas, elas não foram de todo disposto a reconhecer que eram pecadores.

    As pessoas comuns estavam emocionados por um tempo pelo ministério de João. Eles foram animado para ter um profeta entre eles novamente após quatro séculos sem qualquer palavra de Deus. As pessoas ansiosamente aguardado a chegada do tão desejado Messias, de quem João foi o precursor. Mas a identificação de João de Jesus como o Messias colocá-los em um dilema. Por incrível que pareça, em vez de aceitar o testemunho do único quem haviam saudado como grande profeta de Deus, o povo se recusou a abraçar Jesus. Alguns até mesmo escolheu para escapar de seu dilema, uma revisão da sua visão de João para acomodar sua rejeição de Jesus. Alguns disseram que o pior de acordo com Lc 7:33, onde o Senhor disse: "Para João Batista veio não comendo pão, nem bebendo vinho, e dizeis: Tem demônio! '" Outros, de acordo com Jo 5:35 , foram temporariamente impressionado com João. Nas palavras de Jesus: "Ele era a lâmpada que ardia e brilhava e você quisestes alegrar-vos por um tempocom a sua luz "(grifo nosso).

    Toda a euforia em torno João e seu ministério foi de curta duração. Awed e traumatizados pela poderosa pregação de João e apanhados na mentalidade multidão, muitas pessoas fizeram superficiais, compromissos emocionais. Mais tarde, sob a influência dos líderes religiosos, que se afastou de João e seu ensino. Eles começaram a negar o que já havia afirmado em relação a João para justificar sua rejeição de Jesus. Tão completamente que eles abandonar João que não houve clamor público corrupto quando Herodes o executaram. Muitos semelhante foram varridos na excitação da entrada triunfal de Jesus. Mas a mesma multidão frenética que gritaram "Hosana", nessa ocasião, teria apenas alguns dias depois gritar: "Crucifica-O!" Como os solos rochosos e espinhosos (conforme Lucas 8:6-7), o seu compromisso era rasa, superficial e desaparecendo rapidamente.

    Mas, apesar de seu caráter pessoal exemplar, exclusivamente vocação privilegiada, e contribuição inegavelmente poderoso, a verdade chocante é, Jesus disse aos seus ouvintes, que, embora "entre os nascidos de mulher não há ninguém maior do que João; mas aquele que é o menor no reino de Deus (a esfera da salvação, onde Deus reina sobre o seu povo) é maior do que ele. " Essa declaração surpreendente pode ser entendido de duas maneiras. Em primeiro lugar, o reino de Deus é, uma realidade espiritual eterna, enquanto o ministério de João era um um terreno, temporal (embora o próprio João, é claro, também estava no reino). Assim, embora nunca ninguém tinha uma função terrena mais significativo do que João, todos no reino tem mais privilégios espirituais. A salvação eterna ultrapassa de longe o maior privilégio terrena.

    Mas há um outro sentido em que as palavras do Senhor pode ser compreendido. O reino de Deus assume várias formas distintas. Ela já existia no Antigo Testamento, onde Deus reinou como rei de Israel (conforme 1Sm 8:7; Is 33:22.). Era um reino baseado na promessa da vinda do Messias. Mas não havia outra forma de o reino que tanto João Batista (Mat. 3: 1-2) e Jesus (Mt 4:17) disse era iminente, inaugurada com a vinda do Messias. Esta não era uma esfera diferente da salvação, mas sim o cumprimento do reino prometido no Antigo Testamento. Todos os crentes na época de realização desfrutar de privilégios maiores do que até mesmo João, o maior homem da era da promessa, gostei.

    Tendo inaugurou a era do cumprimento com a Sua vinda, Jesus poderia dizer a seus discípulos: "Bem-aventurados os olhos que vêem o que vós vedes, pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes, e não vê-los, e para ouvir as coisas que você ouve, e não ouvi-los "(Lucas 10:23-24). O escritor de Hebreus diz que "todos estes [os heróis da fé da era da promessa], tendo ganho a aprovação através de sua fé, não receberam o que foi prometido, porque Deus tinha alguma coisa melhor para nós, de modo que, além de nós, eles não seriam aperfeiçoados "(Heb. 11: 39-40).

    Em contraste com João e os outros na era da promessa, crentes na época de realização tem o registro completo da vida de Cristo nos evangelhos, a expansão do evangelho pelo poder do Espírito em Atos, a explicação da pessoa de Cristo e trabalhar e o propósito de Deus na salvação nas epístolas, e os detalhes da vinda gloriosa de Cristo para estabelecer o Seu reino terreno eo estado eterno que o segue no livro do Apocalipse. Os crentes na época de realização também têm a habitação do Espírito Santo para capacitar (At 1:8, 1Jo 2:27). Como resultado, nós entendemos verdades não compreendidas por aqueles que, na era da promessa, nem mesmo pelo seu maior profeta, João Batista. . Paulo identifica essas verdades como mistérios, escondido no Antigo Testamento, mas revelado no Novo Eles incluem:

  • O mistério da encarnação de Cristo (Colossenses 2:2-3); que Ele seria Deus e homem, uma verdade sugerida no Antigo Testamento (por exemplo 07:14, Isa; 9: 6.), mas não deixou claro.
  • O mistério da incredulidade de Israel (Rom. 11: 25-29).
  • O mistério da salvação Gentil (Rom. 16: 25-26).
  • O mistério de judeus e gentios unidos em um só corpo (Ef. 2: 11-22).
  • O mistério da habitação de Cristo nos crentes (Colossenses 1:25-27).
  • O mistério da iniqüidade contido no futuro anticristo (2 Ts. 2: 7-8).
  • O mistério do arrebatamento da igreja (1Co 15:51).
  • O mistério da síntese de todas as coisas em Cristo (Ef. 1: 9-10).
  • Aqueles na era do cumprimento ter a revelação completa sobre a depravação do homem, expiação substitutiva de Cristo, ressurreição, ascensão e futuro retorno na glória, o céu eo inferno, a justificação, santificação e glorificação dos crentes; em suma, temos na palavra de Deus a revelação da mente de Cristo (1Co 2:16) e o pleno propósito de Deus (Atos 20:17-20, At 20:27).

    A cruz ea tumba vazia marcar o ponto em que se tornou promessa realização. Os crentes deste lado da ressurreição são maiores do que João Batista, não em termos de caráter pessoal ou influência, mas porque eles têm o privilégio de proclamar a plenitude do evangelho. João pregou que os pecadores precisavam se arrepender e se reconciliar com Deus para se prepararem para vinda do Messias. Mas, para os crentes na época de realização, Deus "cometeu ... a palavra da reconciliação" (2Co 5:19), enviando-nos como embaixadores de Cristo, suplicando com os pecadores para ser reconciliados com Deus por meio dele (v. 20 ; conforme Mt 28:19-20).. Nossa mensagem é para proclamar a verdade integral da morte e ressurreição do Salvador.

    46. A Parábola das crianças: Estilo Versus Substancia (Lucas 7:31-35)

    "Para o que, em seguida, vou comparar os homens desta geração, e quem são semelhantes? Eles são como crianças que se sentam no lugar de mercado e chamam um ao outro, e eles dizem, 'Nós tocamos flauta para você, e você não dançar; cantamos uma canção triste, e você não chorou. ' Para João Batista veio não comendo pão, nem bebendo vinho, e dizeis: Tem demônio! ' O Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: Eis que um homem comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores! ' Mas a sabedoria é justificada por todos os seus filhos "(7: 31-35).

    O termo "brat" é uma palavra grosseira, simples e ainda carregada de significado vivas. É um termo pejorativo que chama a atenção para as crianças que são indisciplinados, desobedientes, censurável, obstreperous, refratários, recalcitrante, incorrigível, obstinado, e intratável. A Bíblia descreve-os como aqueles que desonram seus pais, insensatos, que rejeitam a disciplina de seu pai (Pv 15:5). (Pv 19:26), vergonhoso e crianças vergonhosas que rejeitam seus pais, e egoísta crianças que trazem vergonha para seus pais (Pv 29:15). Sendo desobedientes a pais e aparece na lista de pecados graves que marcam aqueles que rejeitam a Deus (Rm 1:30; 2Tm 3:22Tm 3:2; Prov . 30:
    17) —inclusive sendo executada (Ex 21:15; Dt. 21: 18-21.).

    Jesus dirigiu esta parábola dos pirralhos para as pessoas de sua sociedade, em especial, os presentes naquela ocasião. Ele comparou a sua resposta ao evangelho ao das crianças-beligerantes malcriado, ingratos, e impossíveis de satisfazer. No entanto, o princípio é atemporal. Em todas as épocas, haverá pessoas que respondem à mensagem do evangelho do arrependimento, fé, perdão e salvação como os pirralhos daquela geração fez.

    Note-se que, em contraste com ênfase politicamente correto de hoje sobre a tolerância, nem João Batista nem Jesus hesitou em enfrentar e pessoas repreensão em linguagem forte e ofensivo. Quando os líderes judeus veio vê-lo, João cumprimentou-os abruptamente com o desafio decididamente não-candidato amigável, (Mt 3:7, Mt 6:5, Mt 6:16; Mt 23:13, Mt 23:15, Mt 23:23, Mt 23:25, Mt 23:27, Mt 23:29), guias de cegos (Mt 15:14; Mt 23:16, Mt 23:24), filhos do inferno (Mt 23:15.), tolos (Mt 23:17.), ladrões (Jo 10:8.) e serpentes (Mt 23:33.).

    A mensagem do evangelho tinha até este ponto da história foi pregado por apenas dois homens, João Batista e Jesus. O Doze ainda não tinham sido enviados a pregar (Lucas 9:1-2), nem teve a setenta (Lc 10:1). Eles haviam reconhecido João para ser um verdadeiro profeta de Deus, o precursor de Messias predito por Malaquias (3 Mal:. 1).

    A elite religiosa, por outro lado, com altivez se recusou a confessar os seus pecados, arrepender-se, ou ser batizado por João Batista (Lc 7:30). Presunçosamente seguro em seu legalismo hipócrita, eles viram as pessoas comuns que estavam interessados ​​em João com desprezo (conforme Jo 7:49). Eles não tinham nenhum uso para o pregador deserto; que indeferiu o seu pedido de arrependimento, eles foram incomodados por sua advertência do juízo vindouro, e enfurecido por sua denúncia corajosa deles como uma "raça de víboras" (Mt 3:7; Lucas 15:1-2; Jo 9:34) os levou a rejeitar como ridícula a promessa do evangelho de perdão, mesmo para os pecadores mais miseráveis.

    Eventualmente, as pessoas comuns, sob a influência dos religiosos apóstatas, começou a ter dúvidas sobre Jesus. Embora surpreso com sua pregação incomparável (Mt 7:28-29.; Conforme Jo 7:46) e os milagres que realizou (Jo 2:23; Jo 3:2). Como observado no capítulo anterior deste volume, tornando-se desconfortável com Jesus levou muita gente a repensar sua visão de João Batista. João tinha inequivocamente declarou que Jesus era o Messias. Se eles continuaram a acreditar que ele era precursor do Messias, eles enfrentaram o dilema de como conciliar essa crença com sua negação das reivindicações de Jesus. No final, a maioria rejeitou tanto João (Lc 7:33; Jo 5:35) e Jesus (Jo 6:66). Desde que João era por esta altura um prisioneiro, o peso de sua oposição e hostilidade foi dirigido a Jesus.

    Esta parábola pode ser dividido em quatro seções: a introdução, a ilustração, a aplicação, ea conclusão.

    A INTRODUÇÃO

    "Para o que, em seguida, vou comparar os homens desta geração, e quem são semelhantes? (07:31)

    Após o comentário entre parênteses (provavelmente por Lucas) nos versículos 29:30, Jesus continuou falando, como havia sido desde 07:22. Esta frase é um hebraísmo, comumente utilizado no Midrash para introduzir uma analogia explicar uma realidade espiritual A parábola ou analogia que se segue vai dar a avaliação do Senhor de os homens desta geração . O termo geração refere-se às pessoas da época de Jesus, em particular, os fariseus e os escribas e aqueles que os seguiram em rejeitar João Batista e Jesus (vv. 29-30). Genea (geração) é usado com freqüência no evangelho de Lucas em um negativo sentido como um termo de condenação. Em 9:41 Jesus falou desta geração como uma "geração incrédula e perversa", e em 11:29 descreveu como uma "geração perversa" culpados de todo o sangue dos profetas assassinados (vv. 50-51) e, acima de tudo de rejeitar o Senhor Jesus Cristo (17:25). Por extensão, o termo pode se referir a qualquer geração perversa e infiel (conforme Dt 32:5; 07:29 Jer; At 2:40; At 2:15 Phil...). Ilustração intemporal do Senhor que se segue aplica-se a qualquer pessoa em qualquer geração que rejeita o evangelho.

    A ILUSTRAÇÃO

    Eles são como crianças que se sentam no lugar de mercado e chamam um ao outro, e eles dizem, 'Nós tocamos flauta para você, e você não dançar; cantamos uma canção triste, e você não chorou. ' (07:32)

    Apesar de uma cena, como o Senhor descreveu, crianças brincando, é familiar ao longo da história humana, esta é a única referência na Bíblia para as crianças que jogam um jogo. Ao contrário de cidades modernas, cidades e aldeias da Palestina do primeiro século não tinha parques ou playgrounds designados. A maioria deles, no entanto, teve uma ágora , uma grande área aberta perto do centro da cidade usada como um lugar de mercado . Ele também era o lugar para as reuniões públicas e tornou-se um parque infantil conveniente para as crianças. Jesus imagens de uma época em que a ágora não estava sendo usado como um lugar de mercado e as crianças estavam jogando nele.

    Quando eles jogam, as crianças frequentemente imitar comportamentos adultos. Aparentemente, as crianças nos dias de Jesus muitas vezes jogou dois jogos que refletiam os acontecimentos mais significativos na vida social judaica: casamentos e funerais. Historicamente, casamentos e funerais têm marcado e ocasiões mais felizes da vida mais tristes. Casamentos em Israel eram ornamentadas, casos elaborados, muitas vezes com duração de uma semana e envolvendo procissões pelas ruas, bem como festa (conforme Mt 25:1). Funerais destacados elementos de luto público e uma procissão pública para o enterro, juntamente com o jejum (Lucas 7:11-16), para que as crianças teriam sido familiarizados com ambos.

    Na história de Jesus algumas crianças tinham sido tentando organizar um jogo. Sentaram-se no mercado e chamou a algumas das outras crianças que se recusaram a jogar, "Nós tocamos flauta para você, e você não dançou." Isso sugere que essas crianças tinham tentado envolver os outros em um jogo de faz-de-casamento, uma vez que a música ea dança eram partes integrantes de uma festa de casamento.Mas os convidados não iria se juntar no jogo; eles eram teimosos, indiferente, e grosseiro. Recusando-se a ser feliz e participar da dança e canto, eles preferiram não fazer beicinho e mau humor.

    O primeiro grupo de crianças, em seguida, tentou envolver os outros em um funeral simulado. Mas eles se recusaram a jogar esse jogo, quer, o que levou os filhos que os convidou para reclamar, "Nós cantamos uma canção triste, e você não chorou." Sua frustração é compreensível, uma vez que não importa o jogo que eles concebido, os outros não iria jogar. A natureza do jogo não era o problema, uma vez que os pirralhos peevish não iria jogar ou o feliz ou triste do jogo. Eles servem como uma ilustração apt do povo de que os descontentes temperado de geração do mal.

    O APLICATIVO

    "Para João Batista veio não comendo pão, nem bebendo vinho, e dizeis: Tem demônio! ' O Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: Eis que um homem comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores! '"(7: 33-34)

    Tendo dado seus ouvintes uma ilustração simples, Jesus aplicou a Si mesmo e João. Em primeiro lugar, Ele comparou o ministério de João para o jogo funeral. Comendo o pão e bebendo o vinho simboliza o padrão normal da vida social. No Sermão do Monte Jesus disse aos seus ouvintes que quando Ele voltar a vida vai ser continuar normalmente, assim como nos "dias antes do dilúvio [quando] comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca "(Mt 24:38). Estilo de vida radicalmente ascética de João era uma total desconexão da condenação e da sociedade judaica;Em vez de comer pão , de João "alimentar-se de gafanhotos e mel silvestre"; em vez de roupas elegantes, ele usava "uma peça de roupa de pêlos de camelo e um cinto de couro na cintura" (Mt 3:4). Mesmo depois que ele começou seu ministério, João permaneceu no deserto desolado, perto do Jordão (Mt 3:1), e sua dieta, uma espécie de jejum, isolado ainda João do curso normal da vida. Tendências culturais e os modismos da sociedade não tinha influência sobre ele.

    O ministério de João era um sombrio, canto fúnebre grave soando um aviso do juízo vindouro e proclamando aos pecadores a necessidade de arrependimento e de luto sobre o pecado. O tom de sua pregação era terrível, assustador, e de confronto; A mensagem de João era um severo, com pouca ênfase na graça e misericórdia. Seu foco era a ira e vingança de Deus, e ele desafiou seus ouvintes a se arrepender ou ser consumida pelo julgamento de fogo que estava por vir (Lc 3:8, Lc 3:17). Ele não tinha nenhuma utilidade para rasas, hipócritas superficiais, denunciando-os como uma "raça de víboras" (v. 7), tentando desesperAdãoente escapar das chamas do julgamento.

    A reação dos pirralhos espirituais para João austera abnegação e mensagem de julgamento do Batista foi chocante. No início, eles o tinham saudado como um verdadeiro profeta de Deus, o precursor do Messias profetizado por Isaías e Malaquias. Mas logo depois que eles desdenhosamente demitiu-o como tendo um demônio . O presente do indicativo do verbo traduzido você diz indica que alguns dos que ouvir Jesus falar estavam entre os mesmos que haviam denunciado João como sendo possuído pelo demônio. A razão para essa conclusão surpreendente foi que o comportamento bizarro foi frequentemente associada a possessão demoníaca. O endemoninhado geraseno, por exemplo, viveu em um cemitério, não usava roupas, foi extremamente violenta, gritava constantemente, e mutilado a si mesmo (Mt 8:28; Mc 5:1). O comportamento de João era tão diferente, único e anti-social que alguns concluíram que ele só poderia ser explicada como a loucura associada com possessão demoníaca. Muitos teriam chegado à mesma conclusão blasfemo sobre Jesus (conforme Lc 11:19; Jo 7:20; Jo 8:48; Jo 10:20).

    Motivação das pessoas para assim rotular João era o seu ódio de sua mensagem. Seus corações estavam duros e impenetrável, levando-os a rejeitar o diagnóstico divina de sua condição de que ele proclamou.Ser orgulhoso e hipócrita, que odiava a condenação deles de João, como pecadores, precisando desesperAdãoente de arrependimento e perdão. Eles atacaram pessoa de João, a fim de justificar a sua rejeição da sua mensagem. Eles se recusaram a se juntarem a ele.
    Mas a rejeição do evangelho dos pirralhos espirituais não parou com João. O termo Filho do Homem , um título messiânico tomado de Dn 7:13, foi a designação favorita do Senhor de Si mesmo, que ele usou mais de oitenta vezes. Ao contrário de João Batista, Jesus veio comendo e bebendo, isto é, Ele participou dos prazeres normais e ocasiões da vida social, incluindo casamentos (João 2:1-11), bem como os funerais (Lucas 7:11-16; João 11:1-44). O ministério de João ocorreu no deserto, mas Jesus viajou extensivamente através das cidades e aldeias de Israel (conforme Mt 9:35; Mc 6:1, Mc 6:56; Mc 8:27; Lc 8:1). Se o ministério de João era uma reminiscência de um funeral, o ministério de Jesus mais parecia um casamento. Na verdade, o Senhor comparou Seu ministério a um casamento, imaginando-se como o noivo e os discípulos como atendentes do noivo (Mt 9:15;. Conforme Jo 3:29).

    Porque João estava distante e não se associou com as pessoas, que o denunciou como possesso por demônios. Mas porque Jesus interagia com as pessoas, até mesmo os párias da sociedade, os seus inimigos com desdém denunciou-o como um homem comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores . Que Jesus freqüentemente associada com aqueles que eles viram como a escória da sociedade nunca deixou de enfurecer os líderes religiosos judeus. Quando o Senhor participou de um banquete oferecido pelo ex-cobrador de impostos Mateus depois de seu chamado para segui-Lo, os fariseus confrontado Seus discípulos e perguntou: "Por que é o vosso Mestre come com os publicanos e pecadores?" (Mt 9:11). Lucas registra mais tarde, em seu evangelho que "todos os cobradores de impostos e pecadores estavam chegando perto dele para ouvi-Lo" (Lc 15:1.). Ambos os termos referem-se ao produto da verdadeira sabedoria espiritual, que é a salvação (2Tm 3:15). Apesar dos pirralhos espirituais caluniadores, o evangelho sempre produzirá resultados; sempre haverá alguns que aceitá-lo. Suas vidas vão demonstrar o poder da salvação sabedoria .

    Ilustração magistral do Senhor revela que existem dois tipos de filhos espirituais em todas as gerações: pirralhos da loucura e filhos da sabedoria. Os moleques são tolos desprovidos da verdadeira sabedoria e marcadas por um ódio da verdade e da rejeição de quem proclamá-la. Por outro lado, as crianças da sabedoria, remidos, são conhecidos pelos atos justos suas vidas transformadas produzem (Ef 2:10;. Conforme 2Co 5:17). O estilo do pregador não é o fator determinante; "O evangelho", não a esperteza do mensageiro ", é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê" (Rm 1:16). A mesma "palavra da cruz", que "é loucura para os que estão perecendo" é para aqueles "que estão sendo salvos ... o poder de Deus" (1Co 1:18).

    47. Um Pecador Transformado (Lucas 7:36-50)

    Agora, um dos fariseus estava pedindo-lhe para jantar com ele, e ele entrou na casa do fariseu, reclinou-se à mesa. E havia uma mulher na cidade que era um pecador; e quando ela soube que ele estava reclinado à mesa em casa do fariseu, trouxe um frasco de alabastro com perfume, e de pé atrás dele a seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e manteve limpá-los com o cabelos de sua cabeça, e beijando seus pés e ungindo-os com o perfume. Agora, quando o fariseu que o convidara Ele viu isso, disse para si mesmo: "Se este homem fosse profeta, saberia quem e que tipo de pessoa é essa mulher que o toca, pois é uma pecadora." E Jesus respondeu ele, "Simão, tenho uma coisa a dizer-te." E ele respondeu: "Diga, professor". "Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e outro cinquenta. Quando eles foram incapazes de pagar, perdoou a ambos.Então, qual deles o amará mais? "Simão respondeu:" Suponho que aquele a quem mais perdoou. "E disse-lhe:" Você julgou corretamente. "Voltando-se para a mulher, disse a Simão:" Vês esta mulher? Entrei em tua casa; não me destes de água para os pés, mas ela tem molhado meus pés com lágrimas e enxugou-os com os seus cabelos. Não me deste ósculo; mas ela, desde o momento em que entrei, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas ela ungiu-me os pés com perfume. Por esta razão, eu digo a vocês, seus pecados, que são muitos, foram perdoados, porque muito amou; mas quem se perdoa pouco, pouco ama. "Então disse a ela:" Seus pecados foram perdoados. "Aqueles que foram reclinado à mesa com Ele começou a dizer entre si:" Quem é este homem que até perdoa pecados? "E Ele disse à mulher:" A tua fé te salvou; vai em paz "(7: 36-50).

    Muitas evidências para a veracidade da fé cristã pode ser acumulado a partir de áreas como ciência, história, filosofia e profecia cumprida. No entanto, a verdade do evangelho também é evidenciado pelo testemunho das vidas transformadas dos redimidos.

    A profunda em conta a transformação de Saul de zelo, fariseu-to Paulo-apostólica missionária-levou, direta ou indiretamente, para a conversão de milhões de pessoas ao longo dos séculos perseguindo-cristã.As vidas transformadas dos crentes de Corinto (1 Cor. 6: 9-11) forneceu um testemunho poderoso naquela cidade debochado. Em I Pedro 4:3-4 Pedro descreveu o impacto da vida dos crentes sobre os infiéis;

    Para o tempo já passado é suficiente para você ter realizado a vontade dos gentios, tendo prosseguido um curso de sensualidade, concupiscências, embriaguez, orgias, festas e abomináveis ​​idolatrias potável.Em tudo isso, eles são surpreendidos que você não correr com eles nos mesmos excessos de dissipação, e eles difamam você.

    A mudança dramática na vida do odiado cobrador de impostos Levi (Mateus) foi imediatamente evidente para aqueles que participaram da recepção que ele deu em honra de Jesus (Lucas 5:27-29). Ainda mais surpreendente foi a reviravolta na vida de Zaqueu. Como um chefe dos publicanos (Lc 19:2). Uma transformação igualmente milagroso e exclusivamente impressionante foi operada no geraseno homem possuído por um demônio, que deixou de ser, um maníaco nu mortal para um missionário sane (Lucas 8:26-39).

    A ideia principal desta passagem aparece na superfície a ser a vida transformada da mulher pecadora. Mas ela era apenas um elemento da história, que se concentra principalmente no Senhor evangelizando um fariseu. Jesus usou-a como um testemunho para ele e os outros presentes da verdade e do poder do evangelho. Ironicamente, Jesus demonstrou seu poder de perdoar os pecados e transformar vidas usando o mesmo tipo de pessoa os fariseus desprezavam a mais. Na realidade, os líderes religiosos hipócritas, hipócritas eram os piores pecadores possíveis; pessoas que eles acreditam que não são perdidos e acho que eles não precisam de redenção não pode ser salvo.

    O Senhor Jesus Cristo veio para buscar e salvar o penitente e acreditando perdido (Lc 19:10) —os membros hipócritas da instituição religiosa, bem como a Raff pária riff da sociedade. De acordo com essa verdade, Lucas registra duas outras ocasiões em que Jesus tinha uma refeição na casa de um fariseu (11: 37-54; 14: 1-24). Em ambos os casos, os fariseus não tinha interesse genuíno em Jesus. Tendo já rejeitaram e Sua mensagem, eles estavam apenas tentando reunir provas que poderiam usar para condená-Lo. Em 14: 1 Lucas observa que os fariseus presentes foram "ver [Jesus] de perto", enquanto que após a refeição registrada no capítulo 11, "os escribas e os fariseus começaram a ser muito hostil e questioná-lo de perto em muitos assuntos, conspirando contra Ele para pegá-lo em alguma coisa que dissesse "(vv. 53-54).

    Este incidente não deve ser confundida com a unção depois de Jesus por Maria, irmã de Marta e Lázaro (Matt. 26: 6-13; Marcos 14:3-9; João 12:1-8). A história registrada nesta passagem ocorreu na Galiléia, não Betânia; a mulher sem nome era um pecador (provavelmente uma prostituta, como observado abaixo) não Maria; esta unção aconteceu muito mais cedo no ministério do Senhor, e não durante a semana da Paixão, na casa de Simão, o fariseu, não Simão, o leproso. A única semelhança superficial é que os proprietários de ambas as casas foram nomeados Simon. No entanto Simon era um nome muito comum em Israel. O Novo Testamento apresenta vários outros homens por esse nome, incluindo dois dos apóstolos, Simão Pedro e Simão, o Zelote, (Lucas 6:14-15) (Mt 13:55), um dos irmãos de Jesus, um homem de Cirene forçada pelos romanos a carregar a cruz de Jesus (Mc 15:21), o pai de Judas 1scariotes (Jo 6:71), o falso profeta Simão, o mágico (Atos 8:9-24), e Simão, o curtidor, em cujas casa em Jope Pedro ficou (At 9:43).

    Quando a história começa, um dos fariseus estava pedindo ao Senhor para jantar com ele . Sempre que este incidente ocorreu não é conhecido, exceto que ele estava na Galiléia durante o ministério de Jesus da Galiléia, que Lucas descreve em 4: 14-9: 50. Como os outros fariseus que convidaram Jesus para uma refeição, este fariseu não tinha interesse pessoal nele. Ele não era um investigador de mente aberta, mas não tinha como a maioria dos fariseus, já decidiu que Jesus era um blasfemo, arrogando para si o direito de perdoar os pecados que pertence a Deus somente (Lc 5:21). Estes auto-indicados guardiões de legalista, externo, religião ritualística odiava a mensagem de Jesus de graça, arrependimento e perdão, e ao Seu chamado para o amor sincero de Deus de coração. Eles também odiavam para incisivamente repreender seu hipócrita auto-justiça (Mat. 23), e para a associação com os excluídos da sociedade (Lc 7:34). Depois de já ter chegado a uma conclusão a respeito de Jesus, eles estavam ocupados acumulando provas contra ele. Este convite do fariseu para Jesus era parte desse processo de coleta de provas. No que se preze fariseu convidaria qualquer associação com um blasfemo, a não ser para fazer-lhe mal.

    Jesus, é claro, estava bem ciente do motivo deste homem por convidá-lo. Apesar do fato de que convidar alguém para um banquete normalmente era um sinal de amizade e honra, Ele entendeu que o fariseu era um hipócrita e que suas intenções para com Ele eram más. No entanto, graciosamente Jesus estendeu a mão para este pecador perdido, expondo-o ao poder que Ele tem para transformar vidas. O Senhorentrou na casa do fariseu e , como era costume, reclinou-se à mesa . Desde estradas eram ou empoeirado ou lamacento, foi prudente manter os pés dos convidados para o mais longe da mesa possível.Deitada apoiado em uma de cotovelo foi tanto um sanitário e uma posição confortável para a conversa prolongada que acompanhou tal uma refeição.

    Não era incomum para convidar um rabino visita a uma refeição sábado ou um banquete especial, dando aos presentes a oportunidade de discutir questões teológicas, culturais e sociais com ele. Há alguma evidência de que em tais ocasiões as portas foram muitas vezes deixados em aberto para que aqueles não foi convidada para a refeição poderia ficar em torno do perímetro da sala e ouvir sobre o diálogo.Essa é, sem dúvida, o que aconteceu nesta ocasião.
    A história gira em torno de dois personagens principais: a mulher pecadora, e o homem hipócrita.

    A MULHER PECADORA

    E havia uma mulher na cidade que era um pecador; e quando ela soube que ele estava reclinado à mesa em casa do fariseu, trouxe um frasco de alabastro com perfume, e de pé atrás dele a seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e manteve limpá-los com o cabelos de sua cabeça, e beijando seus pés e ungindo-os com o perfume. (7: 37-38)

    O texto grego do versículo 37 diz literalmente: "e eis" ( kai idou ), enfatizando que, uma coisa chocante surpreendente estava prestes a acontecer. O que foi chocante foi que essa mulher era bem conhecidona cidade como um pecador , um termo para as pessoas mais desprezados da sociedade (conforme Pv 11:31; Matt. 9: 10-13.; Lc 19:7; Lc 17:29; Jc 5:17; Ap 11:6). Mas o que teria chocado os espectadores ainda mais do que lavar os pés de Jesus da mulher era o seu deixando os cabelos. Para uma mulher judia a fazê-lo em público foi considerada indecente, mesmo imoral. Mas dominado pela emoção, ela não estava preocupado com a vergonha que ela poderia enfrentar.

    Depois de terminar de lavá-las, a mulher começou a beijar os pés de Jesus. Kataphileō (beijar) é uma palavra intensa. Em Lc 15:20 descreve o beijo do filho pródigo em seu retorno para casa do pai.Lucas usou em At 20:37 para descrever como os anciãos da igreja de Éfeso beijou Paulo quando ele se despediu deles. Beijos de pés de Jesus da mulher era uma expressão marcante de afeto. Então, queiram ou não possam esperar mais, ela fez o que tinha vindo a fazer e ungiu os pés do Senhor com o perfume . Esta foi uma exibição impressionante de honra prestada a Jesus no meio daqueles que buscavam apenas para desonrá-Lo.

    O HOMEM HIPÓCRITA

    Agora, quando o fariseu que o convidara Ele viu isso, disse para si mesmo: "Se este homem fosse profeta, saberia quem e que tipo de pessoa é essa mulher que o toca, pois é uma pecadora." E Jesus respondeu ele, "Simão, tenho uma coisa a dizer-te." E ele respondeu: "Diga, professor". "Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e outro cinquenta. Quando eles foram incapazes de pagar, perdoou a ambos. Então, qual deles o amará mais? "Simão respondeu:" Suponho que aquele a quem mais perdoou. "E disse-lhe:" Você julgou corretamente. "Voltando-se para a mulher, disse a Simão:" Vês esta mulher? Entrei em tua casa; não me destes de água para os pés, mas ela tem molhado meus pés com lágrimas e enxugou-os com os seus cabelos. Não me deste ósculo; mas ela, desde o momento em que entrei, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas ela ungiu-me os pés com perfume. Por esta razão, eu digo a vocês, seus pecados, que são muitos, foram perdoados, porque muito amou; mas quem se perdoa pouco, pouco ama. "Então disse a ela:" Seus pecados foram perdoados. "Aqueles que foram reclinado à mesa com Ele começou a dizer entre si:" Quem é este homem que até perdoa pecados? "E Ele disse à mulher:" A tua fé te salvou; vai em paz "(7: 39-50).

    As ações da mulher que poderia ter colocado Jesus em uma luz muito ruim. Afinal de contas, ela era uma pecadora notória. Deixando os cabelos, lavar, beijo, abraço, e unção Seus pés era uma grave violação do decoro. Isso pode ter levado alguns a perguntar por que ela sentiu a liberdade de ser tão familiarizados com ele e chegar a um óbvio, mas errado, conclusão. Sem pecado, caráter sem mácula do Senhor (Jo 8:46) impedia qualquer pensamento de impropriedade por parte dele, mesmo por parte de seus inimigos.

    O fariseu, desenhou um igualmente falsa conclusão: ele riscado até a reação do Senhor não para o mal, mas a ignorância. Isso, no entanto, foi a prova para ele que Jesus não poderia ser quem dizia ser, pois, o fariseu fundamentado, "Se este homem fosse profeta, saberia quem e que tipo de pessoa é essa mulher que o toca, que ela é um pecador. " Como Jesus poderia dizer-lhes coisas que não sabia se ele nem mesmo sabia o que eles próprios sabiam sobre essa mulher? Afinal nenhum professor religioso sensato, muito menos um que afirma ser o Messias, jamais iria permitir que uma mulher que o tocasse. O fariseu, era ao mesmo tempo revoltado com a cena que ele estava testemunhando, e ao mesmo tempo satisfeito, porque confirmou sua crença de que a ignorância da maldade dessa mulher de Jesus foi a prova de que Ele não era um verdadeiro profeta.

    As palavras do Senhor para o fariseu, agora introduzidas como Simon , injetar um toque de ironia na história. Simon tinha assumido que Jesus não sabia o verdadeiro caráter da mulher e, portanto, não era um verdadeiro profeta. Mas, apesar de Simon não tinha verbalizado sua pergunta, ele respondeu-lhe . Seu conhecimento dos pensamentos de Simon provou que Jesus era de fato um verdadeiro profeta (conforme Lc 5:22). Interromper qualquer conversa que pode ter ocorrido, Jesus lhe disse: "Simão, tenho uma coisa para te dizer." Respeitosamente educada, mas frio, Simon respondeu: "Diga, professor". O Senhor comunicou o ponto Ele pretendia fazer por meio de uma parábola simples ou analogia: "A credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e outro cinquenta . Suas dívidas diferiram dramaticamente (quinhentos denários era cerca de um ano e meio para o salário de um trabalhador comum; cinqüenta cerca de dois salários do mês), mas também não poderia pagar sua dívida.Felizmente, tanto para o credor tinha misericórdia deles, e quando eles foram incapazes de pagar, perdoou a ambos . Além de seu uso aqui em um sentido do negócio, (graciosamente perdoou)charizomai , é usado em um sentido teológico para descrever o perdão que Deus concede os crentes em Cristo (Rm 8:32; Ef 4:32; Cl 2:13).

    O que fez o ato do agiota tão generoso é que ao perdoar as dívidas dos dois indivíduos, sofreu essas dívidas na íntegra. Paulo entendeu que o princípio, quando ele magnanimamente ofereceu para assumir a dívida Filemon de outra forma teria incorrido quando ele perdoou seu escravo fugitivo Onésimo: "Mas, se te fez algum dano, de qualquer forma ou te deve alguma coisa, cobrar que a minha conta; Eu, Paulo, estou escrevendo isso com a minha própria mão, vou pagá-lo "(Fm. 18-19). Da mesma forma, quando Deus perdoa os pecados dos crentes Ele incorre a sua dívida, e Jesus Cristo morreu para pagá-la.

    Então, o Senhor chegou a um ponto de sua ilustração pedindo Simon, "Então, qual deles o amará mais?" hesitando em dar uma resposta simples Simon respondeu: "Suponho que aquele a quem mais perdoou." Ele pode ter foi sendo sarcástico, uma vez que a resposta à pergunta do Senhor era óbvio, ou cauteloso, desconfiado de que de alguma forma Jesus a intenção de constrangê-lo, se ele deu a resposta errada. Mas ele tem razão, e Jesus disse-lhe: "Você julgou corretamente." O princípio era simples e óbvio: quem é perdoado o mais vai amar quem perdoa a mais; grande amor vem do grande perdão.

    Voltando-se para a mulher , Jesus, então, aplicado o princípio ilustrado na parábola para ela e Simon. Dirigindo-Simon, o Senhor contrastou seu amor óbvio para Ele com sua fria indiferença. "Vês esta mulher? Entrei em tua casa; não me destes de água para os pés, mas ela tem molhado meus pés com lágrimas e enxugou-os com os seus cabelos. Não me deste ósculo; mas ela, desde o momento em que entrei, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas ela ungiu-me os pés com perfume ". Sua demonstração de amor por Jesus deu provas claras de sua vida transformada; ela muito amou, porque ela foi muito perdoada. Em contraste, Simon havia insultado Jesus ao não oferecer a cortesia normal de fornecimento de água para os seus pés (conforme Gn 18:4; Gn 43:24; Jz 19:21; 13 4:43-13:5'>João 13.: 4-5) ou cumprimentá-lo com o habitual beijo (conforme Gn 29:13; Gn 45:15; Ex 4:27; Ex 18:7).. E enquanto ele não tinha conseguido ungir do Senhor cabeça comazeite barato óleo, ela tinha ungido Seus pés com dispendioso perfume .

    Continuando a abordar Simon, o que ele procurou chegar, Jesus disse: "Por isso eu digo a você, seus pecados, que são muitos, foram perdoados, porque muito amou; mas quem se perdoa pouco, pouco ama. " O tempo verbal perfeito (descrevendo ação concluída no passado com contínuos resultados no presente) traduzidos foram perdoados indica que a mulher já tinha sido perdoado antes que ela chegou lá naquele dia. Esta era sua oportunidade de mostrar sua gratidão e amor a quem tinha graciosamente perdoado. Depois, dirigindo a mulher, Jesus reafirmou o que já tinha sido perdoado (novamente o verbo está no tempo perfeito), dizendo -lhe: "Os seus pecados foram perdoados." Sua demonstração de amor pelo Salvador foi a marca de sua transformada vida.

    Essa transformação foi evidente para aqueles que estavam reclinados à mesa com Cristo e eles começaram a dizer entre si: "Quem é este homem que até perdoa pecados?" Que Jesus tomou sobre si mesmo para perdoar os seus pecados, em vez de dizer que Deus havia perdoado ela, não foi perdido sobre eles. As últimas palavras de Cristo para a mulher ", tua fé te salvou; vai em paz ", deixou claro que o seu amor e as boas ações que ela tinha feito para ele eram o resultado de sua salvação, não a sua causa (Ef 2:10). A salvação é pela  sozinho (Jo 5:24; Jo 6:40; Rm 3:28; 5:.. Rm 5:1; Gl 2:16; Gl 3:24; Efésios 2:8-9; Fp 3:1; 2 . Tim 3:15), e produz eterna paz (At 10:36; Rm 15:13;. Ef 2:14; Cl 1:20).

    É o seu amor pelo Senhor Jesus Cristo, que é o mais poderoso testemunho dos crentes ao mundo perdido. Um ingrato, sem amor cristão enfraquece o testemunho do evangelho e tais atitudes são incompatíveis com gracioso perdão de Deus.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Lucas Capítulo 7 do versículo 1 até o 50

    Lucas 7

    Um soldado com fé — Luc. 7:1-10

    A compaixão de Cristo — Luc. 7:11-17 A prova final — Luc. 7:18-29

    A perversidade dos homens — Luc. 7:30-35

    O amor de uma pecadora — Luc. 7:36-50

    UM SOLDADO COM FÉ

    Lucas 7:1-10

    O personagem principal nesta história é um centurião romano. Este centurião não era um homem comum.

    1. Primeiro e acima de tudo, era um centurião, e nenhum centurião

    era um homem comum. Equivalente a sargento, em uma companhia; os centuriões eram a espinha dorsal do exército romano. Em qualquer lugar do Novo Testamento que se fala de centuriões, se fala bem (Lc 23:47; At 10:22; At 22:26; At 23:17, At 23:23, At 23:24; At 24:23; At 27:43).

    Políbio, o historiador, descreve as qualidades que devia ter um centurião. Deviam ser: "nem tanto homens que procurem o perigo, como dotados do dom do mando, seguros na ação e de confiança; não devem

    estar ansiosos por entrar na luta; mas em circunstâncias difíceis devem estar dispostos a manter seu lugar e morrer em seus postos." O centurião deve ter sido um homem entre muitos ou nunca poderia ter conservado

    seu posto.

    1. Tinha uma atitude completamente pouco comum para com seu escravo. Amava a esse escravo e estava disposto a enfrentar qualquer

    dificuldade com o fim de salvá-lo. Para a lei romana um escravo era uma ferramenta viva; não tinha direitos; seu dono podia maltratá-lo e até matá-lo se assim o desejava.

    Um escritor romano sobre administração de bens recomenda ao camponês que examine seus implementos todos os anos e despreze aqueles que estão velhos e quebrados e que faça o mesmo com seus

    escravos. Normalmente quando um escravo se tornava velho era abandonado para que morresse. Portanto a atitude deste centurião para com seu escravo não era nada comum.

    1. Era claramente um homem profundamente religioso. Um homem tem que estar mais que levianamente interessado para chegar a

    construir uma sinagoga. É certo que os romanos apoiavam a religião pelo motivo cínico de manter o povo tranqüilo. Viam-na como o ópio dos povos. Augusto recomendou que se construíssem sinagogas por essa

    mesma razão.

    Como disse Gibbon em uma sentença famosa: "Todas as formas religiosas que existiam no mundo romano eram consideradas igualmente

    verdadeiras pelas pessoas, falsas pelos filósofos, e muito úteis pelos magistrados." Mas este centurião não era um cínico; era um homem sinceramente religioso.

    1. Tinha uma atitude pouco comum para com os judeus. Se os judeus desprezavam os gentios, estes os odiavam. O anti-semitismo não é algo novo. Os romanos consideravam os judeus como uma raça

    imunda, falavam do judaísmo como uma superstição bárbara, do ódio que os judeus tinham pela humanidade, acusavam-nos de adorar a cabeça de um asno e de sacrificar anualmente um estrangeiro gentio a seu Deus.

    É verdade que muitos gentios, cansados dos deuses e da moral do paganismo, tinham aceito a doutrina judaica do Deus único e a austera ética judaica. Mas toda a atmosfera desta história implica um laço de amizade entre este centurião e os judeus.

    1. Era um homem humilde. Sabia muito bem que a Lei proibia a um judeu estrito entrar na casa de um gentio (At 10:28). Sabia também que um judeu estrito não permitiria que um gentio entrasse em sua casa,

    nem podia ter nenhum tipo de comunicação com ele. Nem sequer se animou a aproximar-se de Jesus. Pediu a seus amigos judeus que fossem falar com o Mestre. Este homem que estava acostumado a mandar tinha

    uma surpreendente humildade em presença da verdadeira grandeza.

    1. Era um homem de . Sua fé estava baseada no melhor dos argumentos. Partia do aqui e agora para alcançar o lá e depois. Partia de sua própria experiência para com Deus. Se sua autoridade produzia resultados, quanto mais a autoridade de Jesus? Chegou com essa confiança perfeita que olha e diz: "Senhor, eu sei que podes fazer isto." Se só tivéssemos uma fé como esta também ocorreria um milagre para nós e a vida começaria de novo.

    A COMPAIXÃO DE CRISTO

    Lucas 7:11-17

    Nesta passagem, e na imediatamente anterior, fala novamente Lucas o médico. No versículo 10 a palavra traduzida curado é um termo médico que significa em perfeita saúde. No versículo 15 o termo traduzido sentou-se significa tecnicamente que um doente está sentado

    na cama.

    Este incidente teve lugar em Naim, que está a um dia de caminho do Cafarnaum. Naim está entre o En-dor e Suném, onde Elias, como o

    relata a velha história, ressuscitou o filho de uma viúva (II Reis 4:18-37). Até o dia de hoje, a uns dez minutos a caminho de Naim sobre o caminho a En-dor, há um cemitério de tumbas de pedra onde os mortos

    são sepultados.

    Em muitos sentidos esta é a mais bela história dos evangelhos.

    1. Fala-nos a respeito do triste e lastimável que é a vida humana. A procissão fúnebre era encabeçada por um grupo de choronas

    profissionais com suas flautas e címbalos, lançando em uma espécie de frenesi seus agudos gritos de pesar. Na simples expressão: "filho único

    de sua mãe, a qual era viúva", está condensado toda a dor imemorial do mundo.

    Virgílio, o poeta romano, em uma frase imortal falou de "as lágrimas dos objetos" – sunt lacrimae rerum. É da natureza das coisas o

    viver em um mundo de corações quebrantados.

    1. Mas à tristeza da vida humana, Lucas agrega a compaixão de Jesus. Comoveu-se até o mais profundo de seu coração. No idioma grego não há outra palavra mais forte que signifique piedade, simpatia e sentimento que a que se utiliza uma e outra vez nos evangelhos ao falar de Jesus (Mt 14:14; Mt 15:32; Mt 20:34; Mc 1:41; Mc 8:2). Isto para o mundo antigo deve ter sido algo surpreendente. A fé mais nobre da antiguidade era a dos estóicos. Criam que a principal característica de Deus era a apatia. Esta significava incapacidade de sentir. Se alguém pode fazer que outro seja feliz ou tenha tristeza, esteja alegre ou contente, significa que, ao menos por um instante, pode influir na outra pessoa. Se pode fazê-lo, quer dizer que ao menos por um momento, é maior e superior que ela. Agora, ninguém pode ser maior que Deus; portanto, ninguém pode influir em Deus; logo, pela natureza das coisas, Deus deve ser incapaz de sentir. E aqui os homens estavam em face da assombrosa concepção de que o Filho de Deus se havia comovido até as profundezas de seu ser.

    Para muitos esta é a coisa mais apreciada de Deus que era o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

    1. Mas à compaixão de Jesus, Lucas acrescenta seu poder. Jesus se aproximou e tocou o féretro. Não se tratava de um ataúde, já que no

    oriente não eram utilizados. Utilizavam-se ataúdes feitos de vime para levar o corpo à tumba. Era um momento dramático. Como disse um grande comentarista: "Jesus reclamou como seu o que a morte tinha tomado como sua presa." Bem pode ser que nos encontremos diante de

    um milagre do diagnóstico; que Jesus com sua vista penetrante visse que o jovem estava sob um transe cataléptico e o salvou de ser enterrado vivo, como acontecia a muitos na Palestina. Não interessa; o fato é que

    Jesus pediu a vida para um jovem que estava marcado pela morte. Jesus não é somente o Senhor da vida; é também o Senhor da morte que triunfou Ele próprio sobre ela e que prometeu que, porque Ele vive, nós

    também viveremos (Jo 14:19).

    A PROVA FINAL

    Lucas 7:18-29

    Um dia João mandou emissários a Jesus para perguntarem se Ele era realmente o Messias, o Rei Ungido de Deus, ou se deviam procurar a

    outro.

    1. Este incidente preocupou a muitos pensadores porque a aparente dúvida na mente do João os surpreendeu.

    Deram-se várias explicações.

    1. Sugere-se que João deu esse passo, não sua causa, mas sim por causa de seus discípulos. Ele estava tinha certeza; mas eles tinham suas

    dúvidas e ele desejava que enfrentassem uma prova indisputável.

    1. Sugere-se que João queria que Jesus se apressasse, que ele pensava que já era tempo de Jesus agir decisivamente.
      1. A explicação mais simples é a melhor. Pensemos no que

    acontecia a João. O filho do deserto e o ar livre, estava confinado em uma pequena cela no castelo do Macário.

    Uma vez um dos MacDonalds, um chefe dos Highlands escoceses,

    esteve detento em uma cela no Castelo de Carlisle. A cela tinha uma janela pequena. Até o dia de hoje se podem ver no arenito as marcas dos pés e as mãos deste homem que se levantava e se pendurava da sacada da janela, contemplando dia a dia com infinitas ânsias as colinas e os vales ao redor, pelos quais não poderia andar nunca mais. Encerrado em sua cela, afogado pelas estreitas paredes, João expôs esta pergunta porque seu cruel cativeiro tinha posto dúvidas em seu coração.

    1. Notemos a prova que Jesus ofereceu. Apontou os fatos. O doente, que sofria e o pobre humilde estavam experimentando o poder e

    ouvindo a palavra das Boas Novas. Aqui há algo que poucas vezes se levou em conta – esta não é a resposta que João esperava. Se Jesus era o Ungido de Deus, João teria esperado que a resposta fosse: "Meus exércitos se estão reunindo. Cesaréia, a sede do governo romano, está

    para cair. Os pecadores são destruídos. O juízo começou." Teria

    esperado que Jesus dissesse: "A ira de Deus está em marcha." Mas Jesus disse: "A misericórdia de Deus está aqui." Recordemos que onde a dor é consolada e a tristeza se converte em alegria, onde se vence a tristeza, o sofrimento e a morte, lá está o Reino de Deus. A resposta de Jesus foi: "Voltem e digam a João que chegou o amor de Deus."

    1. Depois que se foram os emissários de João, Jesus lhe rendeu uma homenagem. O povo se reuniu no deserto para ver e ouvir a João. Não tinha saído a ver uma cana levada pelo vento. Isto pode significar

    duas coisas.

    1. Nada era mais comum nas margens do Jordão que as canas sacudidas pelo vento. Tratava-se em realidade de um provérbio que se

    utilizava para referir-se às coisas mais comuns. Pode significar então que as pessoas não saíam para ver algo comum.

    1. Pode ser que signifique inconstância. Os homens não saíam para

    ver uma pessoa vacilante e cambiável, como uma cana que se movia, e sim a uma pessoa firme como uma árvore. Não saíam para ver um ser suave e efêmero, como os cortesãos vestidos de seda dos palácios reais.

    Então, o que tinham saído a ver?

    1. Em primeiro lugar, Jesus honra a João. Todos esperavam que antes que o Ungido de Deus viesse ao mundo, Elias retornaria à Terra

    para preparar o caminho e ser seu arauto (Ml 4:5). João era o arauto do Santíssimo.

    1. Em segundo lugar, Jesus estabelece claramente as limitações do João. O menor no Reino dos Céus era maior que ele. Por que? Alguns

    têm dito que a razão é que João titubeou em sua fé em um momento. Mas não era por isso. A razão era que João tinha marcado uma linha divisória na história. Da proclamação de João tinha chegado Jesus; a

    eternidade tinha invadido o tempo; o céu tinha invadido a Terra; Deus tinha chegado em Jesus; e portanto a vida jamais poderia ser igual.

    Nosso calendário se divide em antes de Cristo e depois de Cristo,

    Jesus é a linha divisória. E, portanto, todos os que vêm depois dele e o recebem, alcançam necessariamente uma bênção maior que os que

    vieram antes que ele. A entrada de Jesus no mundo dividiu o tempo em dois; e a entrada dele em nossas vidas também as divide em dois. Qualquer pessoa que esteja em Cristo é uma nova criatura (2Co 5:17). É criado de novo.

    Como disse Bilney, o mártir: "Quando leio que Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, é como se o dia irrompesse de repente na noite."

    A PERVERSIDADE DOS HOMENS

    Lucas 7:30-35

    Esta passagem contém duas grandes advertências:

    1. Fala-nos a respeito dos perigos do livre-arbítrio. Os escribas e os fariseus tinham conseguido frustrar os propósitos de Deus para com eles. A tremenda verdade do cristianismo é que a coerção de Deus não é a da

    força, mas a do amor. Aqui é precisamente onde podemos ver a dor de Deus. A tragédia maior do amor é olhar a um ser querido e ver que tomou o caminho errado e considerar o que deveria ter sido, o que

    poderia ter sido e o que se queria que fosse. É a angústia maior da vida.

    É certo que:

    "De todas as tristes palavras da língua e a pena, as mais tristes são estas: 'Poderia ter sido'."

    A tragédia de Deus também é o que poderia ter sido da vida. Como disse G. K. Chesterton "Deus não tinha escrito um poema, e sim uma

    peça de teatro; uma obra que planejou como perfeita, mas que tinha ficado necessariamente em mãos de atores e diretores humanos, que

    fizeram dela um grande desastre."

    Deus nos salva de levar nossa vida ao fracasso e de angustiá-lo utilizando nosso livre-arbítrio para frustrar seus propósitos.

    1. Fala-nos da perversidade dos homens. Tinha vindo João,

    vivendo com a austeridade de um ermitão, e os escribas e fariseus disseram que era um louco excêntrico, que algum demônio tirara sua

    razão. Veio Jesus, vivendo como outros homens e tomando parte em todas as suas atividades, e o vituperavam dizendo que amava muito os prazeres da Terra. Conhecemos bem os dias em que um menino protesta diante de tudo; conhecemos nosso humor quando nada vai bem para nós. O coração humano pode perder-se em uma perversidade na qual qualquer chamado que Deus nos faça seja enfrentado com um obstinado e volúvel descontentamento infantil.

    1. Mas há uns poucos que respondem e a sabedoria de Deus é finalmente justificada por aqueles que são seus filhos. O homem pode

    abusar de seu livre-arbítrio para frustrar os propósitos de Deus: em sua perversidade pode estar cego e surdo aos chamados de Deus. Se Deus

    tivesse usado a força da coerção e preso o homem com laços de ferro a uma vontade que não teria podido negar, então teria havido um mundo de autômatos e sem problemas. Mas Deus escolheu o caminho perigoso

    do amor, e este no final vencerá.

    O AMOR DE UMA PECADORA

    Lucas 7:36-50

    Esta história é tão vívida que nos faz crer que Lucas bem poderia ter sido um artista.

    1. A cena ocorre no pátio da casa de Simão o fariseu. As casas dos ricos estavam construídas ao redor de um pátio quadrado. Nesse pátio muitas vezes havia um jardim e uma fonte; e quando fazia calor se comia

    ali.

    No oriente era costume que, quando um rabino concorria a uma comida em uma dessas casas, entravam nela todo tipo de pessoas –

    estavam livres para fazê-lo – para ouvir as pérolas de sabedoria que saltam de seus lábios. Isto explica a presença da mulher. Quando um hóspede entrava na casa sempre eram feitas três coisas. O anfitrião punha sua mão no ombro de sua hóspede e lhe dava o beijo da paz. Este

    era um sinal de respeito que nunca se omitia no caso de um rabino

    famoso. Os caminhos eram só rastros de terra e os sapatos consistiam em solas que se mantinham no lugar por meio de tiras que cruzavam o pé. De modo que sempre se punha água fresca sobre os pés do hóspede para limpá-los e aliviá-los. Queimava-se um pingo de incenso sobre sua cabeça ou se colocava uma gota de água de rosas. As boas maneiras ordenavam que se cumprissem estas coisas, e neste caso não aconteceu nada disto.

    No oriente, as visitas não se sentavam à mesa, elas se reclinavam. Faziam-no em leitos baixos, apoiando-se sobre o cotovelo esquerdo e

    deixando livre o braço direito, com os pés para trás; e durante a comida tiravam as sandálias. Isto explica como a mulher podia estar de joelhos

    aos pés de Jesus.

    1. Simão era um fariseu, um dos separados. Por que tinha convidado Jesus à sua casa? Há três respostas possíveis.
    2. É possível que fosse um admirador e simpatizasse com Jesus, porque nem todos os fariseus eram seus inimigos (Lc 13:31). Mas a atmosfera de falta de cortesia torna isso pouco provável.
    3. Poderia ser que o teria convidado a sua casa com a intenção deliberada de persuadi-lo a falar ou atuar de tal maneira que desse a base de uma acusação contra ele. Simão pôde ter sido um agente provocador.

    Mais uma vez, não é factível, porque no versículo 40 ele dá a Jesus o título de rabino.

    1. O mais provável é que Simão colecionasse celebridades; e que com um orgulho de patrocinador tenha convidado a esse surpreendente

    jovem galileo a comer com ele. Isto explicaria melhor a estranha

    combinação de certo respeito com a omissão das cortesias que deviam prestar-se na ocasião. Simão era um homem que buscava patrocinar a Jesus.

    1. A mulher tinha uma má reputação notória. Era uma prostituta. Sem dúvida tinha visto Jesus falando com a multidão e tinha visto nele a

    mão que a levantaria do lodo de sua vida. Levava ao redor de seu pescoço, como todas as mulheres judias, um pequeno frasco com perfume concentrado; chamavam-se alabastros e eram muito caros. Quis

    derramá-lo sobre seus pés porque era tudo o que tinha para oferecer. Mas ao vê-lo, chorou e caiu a seus pés. Para uma mulher judia aparecer com o cabelo solto era um ato de grave falta de modéstia. Ao casar uma jovem se atava o cabelo e jamais voltaria a aparecer com ele solto novamente. O fato de que esta mulher soltasse o cabelo em público demonstra como se esqueceu de todos menos de Jesus.

    Toda a história mostra o contraste entre duas atitudes da mente e do coração.

    1. Simão estava consciente de que não necessitava nada e portanto não sentia amor. A impressão que tinha de si mesmo era que se tratava de uma boa pessoa aos olhos de Deus e dos homens.
    2. A mulher tinha consciência nada mais que de sua necessidade, e portanto estava cheia do amor por aquele que podia dar-lhe de modo que recebeu o perdão.

    A auto-suficiência fecha a porta entre o homem e Deus. E o estranho é que quanto melhor é o homem, mais sente seu pecado. Paulo podia falar dos pecadores "dos quais eu sou o primeiro" (I Timóteo

    1Tm 1:15). Francisco de Agarram podia dizer: "Em nenhum lugar há um pecador mais desgraçado e miserável que eu." É certo dizer que o maior dos pecados é não estar consciente de pecado; mas sentir a necessidade

    abrirá as portas ao perdão de Deus, porque Deus é amor, e a maior glória do amor é que precisamos dele.


    O Evangelho em Carne e Osso

    Flávio Gouvêa de Oliveira, Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
    O Evangelho em Carne e Osso - Comentários de Lucas Capítulo 7 do versículo 18 até o 23

    29   . O antídoto para a dúvida

    Lucas 7:18-23

     

    Uma grande característica do evangelho de Jesus é quanto ao cumprimento de antigas profecias, realizações de esperanças e também da formação de novas expectativas.

    João Batista era o anunciador do Messias, ele estava vivendo para ver o que anunciava, mas ele mesmo chegou a ter dúvidas, as quais só foram sanadas por Jesus.

     

    A dúvida

     

    João apresentava o Messias como alguém poderoso que viria trazer juízo a todo o mal que estava sendo praticado em e contra Israel (3:15-20). Mas agora ele mesmo estava preso e ouvia que aquele que ele identificou como o Messias somente pregava e curava, aparentemente sem falar sobre o juízo. Inclusive havia curado o servo de um centurião romano, o que talvez fosse bem diferente do que João estava esperando e pregando. Isso levou João a questionar a Jesus se ele era o que estava pra vir ou se deveriam esperar outro.

    Embora ele fosse o profeta com a incumbência de preparar o caminho do Senhor, ainda mantinha os conceitos antigos que esperavam uma ação imediata de salvação e julgamento. Talvez tivesse a expectativa de que essa ação os livrasse da religiosidade hipócrita e do domínio romano, salvando os sinceramente arrependidos que ele batizava. Entretanto, ele ainda estava preso por ter dito verdades sobre o governador romano da região e só ouvia sobre ações de ensino e cura – inclusive de a um gentio.

    A pergunta dele poderia até não revelar dúvida propriamente, mas ao menos uma impaciência com relação àquilo que ele esperava e cria.

    Também temos nossas expectativas com relação a Jesus e ao que ele vai fazer em nossa vida e no mundo. Expectativas que muitas vezes não sabemos nem de onde vêm – ou que aprendemos de modo equivocado sem nunca procurar saber mais - mas que queremos que Jesus as satisfaça.

    É comum também não termos paciência para vermos as coisas se realizarem, e assim passamos a duvidar, ainda que intimamente, de nossa fé. Isso demonstra nossa dificuldade com a esperança e com os processos.

     

    O antídoto: experiência da fé

     

    Mas João não guardou sua desconfiança – ou apenas impaciência - para si mesmo; e nem passou a semear dúvidas entre seus seguidores, mandou-lhes que perguntassem diretamente a Jesus (mesmo que fosse uma pergunta um tanto provocativa).

    A resposta de Jesus não foi retórica, não se deu em argumentos, discussões ou apologia de si mesmo, mas fez com que os próprios discípulos de João vissem e ouvissem o que estava acontecendo por eles próprios. Pois não há resposta maior que a experiência.

    O que eles estavam ouvindo e vendo era o cumprimento da promessa em Isaías 61, a qual Jesus já havia declarado sobre si (em Lc 4:16-21). O mesmo texto que falava sobre a obra do salvador, apresentada também em termos de juízo, mostrava antes as ações de boas-novas, curas e libertação aos oprimidos, assim como a proclamação do tempo da graça.

    João questionou porque enfatizava o juízo ao invés da graça; o que, em sua experiência, era o que mais desejava que acontecesse. Mas Jesus, naquele momento, enfatizava a graça, deixando o juízo para sua segunda vinda, conforme anunciaria em seus sermões proféticos.

    Mas Jesus sabia que João era fiel e grande conhecedor das profecias, por isso mandou apenas que seus discípulos relatassem o que ouviam e viam, pois certamente João reconheceria a resposta de sua pergunta e, assim fortaleceria sua fé e de seus discípulos.

    Respondendo a questão com facilidade, deixa ainda um alerta para todos os que ali estavam e também para os discípulos de João: “E bem-aventurado aquele que não achar em mim motivo de tropeço”; pois dar crédito a Jesus - sua obra, seu caminho e ensinamentos – nos leva à bem-aventurança, enquanto a dúvida e a desconfiança apenas nos paralisam.

    Como encontramos resposta para nossas dúvidas? Para quem perguntamos? Para onde olhamos?

    Quando temos dúvidas de nossa fé, é comum nos distanciarmos da Palavra, da igreja, dos irmãos e das próprias respostas que não queremos ouvir. É como se buscássemos as respostas lá fora para depois voltarmos.

    Mas a resposta está na experiência da vida cristã, a qual dificilmente recebe atenção da mídia. Vidas ainda estão sendo restauradas, esperanças têm sido restauradas e expectativas têm sido geradas.

    O que você vê e ouve? O que você prega?

    Quais as suas dúvidas? Onde você busca as respostas?


    Dicionário

    Cegos

    masc. pl. de cego

    ce·go |é| |é|
    (latim caecus, -a, -um)
    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    1. Que ou quem está privado do sentido de visão ou tem uma visão muito reduzida. = INVISUAL

    2. Que ou quem não percebe o que é perceptível para quase todos.

    adjectivo
    adjetivo

    3. Que tem a visão perturbada.

    4. Figurado Que tem o raciocínio perturbado (ex.: cego de raiva). = ALUCINADO, DESVAIRADO

    5. Deslumbrado.

    6. Que não tem em conta todas as circunstâncias ou consequências (ex.: medidas cegas).

    7. Que não sabe discernir o bem do mal.

    8. Estúpido, ignorante.

    9. Que não tem limites ou restrições (ex.: obediência cega). = ABSOLUTO, INCONDICIONAL

    10. Que está tapado, entupido ou entulhado (ex.: cano cego).

    11. Que não se conhece bem.

    12. Que não recebe luz.

    13. [Portugal, Informal] Que está sob o efeito do álcool ou de drogas.

    14. [Arquitectura Construção] [Arquitetura Construção] Que não tem janelas ou aberturas (ex.: empena cega; parede cega).

    15. Em que há escuridão (ex.: noite cega). = ESCURO, TENEBROSO

    16. Diz-se do alambique que tem só um cano.

    17. [Náutica] Diz-se do baixio ou escolho que está sempre debaixo de água.

    nome masculino

    18. [Anatomia] O mesmo que ceco.


    Curar

    verbo transitivo Livrar de doença; debelar um sintoma; medicar.
    Secar ao fumeiro ou ao sol.
    Branquear ao sol.
    verbo intransitivo Exercer a medicina.
    Tratar, cuidar.
    verbo pronominal Aplicar remédios para tratar-se.
    Emendar-se de hábito prejudicial ou defeito.

    Déu

    substantivo masculino Usa-se na locução andar de em: andar à procura de alguma coisa, de casa em casa, de porta em porta.

    Espíritos

    Espíritos Ver Alma, Anjos, Demônios, Espiritismo.

    Hora

    substantivo feminino Cada uma das 24 partes em que se divide o dia (1/24), com duração de 60 minutos (h), usada para marcar o tempo.
    Oportunidade, ensejo: esperar a hora propícia.
    Momento favorável: o dinheiro chegou bem na hora.
    Momento de importância ou de destaque: o Modernismo teve sua hora.
    Qualquer espaço de tempo marcado; horário: você chega a que horas?
    Carga horária a ser cumprida por um funcionário: você fez quantas horas?
    Antigo Na Antiguidade, a duodécima parte do dia, excluindo-se a noite.
    expressão Hora de aperto. Momento difícil.
    Hora extra. Hora de trabalho prestada além do expediente ou do tempo contratado.
    Horas contadas. Pouco tempo de vida que se supõe restar a alguém.
    Hora extrema. Hora da morte de alguém.
    Hora h. Momento oportuno.
    Hora legal. Hora oficial adotada pela vida civil.
    Hora local ou do lugar. Hora referida ao meridiano do lugar.
    Hora solar. Hora calculada pelo movimento do Sol.
    Hora santa. Devoção da vigília de preces diante do Santíssimo Sacramento.
    Horas canônicas. Horas regulares em que padres e freiras devem rezar o Ofício Divino.
    Horas mortas. Diz-se das altas horas da noite ou da madrugada.
    Hora civil, hora solar média ou verdadeira. Aquela contada de zero a 24 (meia-noite).
    Militar Hora H. Hora marcada para determinada operação.
    Estar pela hora da morte. Estar muito caro.
    Hora da onça beber água. Momento crítico ou hora perigosa.
    Etimologia (origem da palavra hora). Do grego horas.as.

    substantivo feminino Cada uma das 24 partes em que se divide o dia (1/24), com duração de 60 minutos (h), usada para marcar o tempo.
    Oportunidade, ensejo: esperar a hora propícia.
    Momento favorável: o dinheiro chegou bem na hora.
    Momento de importância ou de destaque: o Modernismo teve sua hora.
    Qualquer espaço de tempo marcado; horário: você chega a que horas?
    Carga horária a ser cumprida por um funcionário: você fez quantas horas?
    Antigo Na Antiguidade, a duodécima parte do dia, excluindo-se a noite.
    expressão Hora de aperto. Momento difícil.
    Hora extra. Hora de trabalho prestada além do expediente ou do tempo contratado.
    Horas contadas. Pouco tempo de vida que se supõe restar a alguém.
    Hora extrema. Hora da morte de alguém.
    Hora h. Momento oportuno.
    Hora legal. Hora oficial adotada pela vida civil.
    Hora local ou do lugar. Hora referida ao meridiano do lugar.
    Hora solar. Hora calculada pelo movimento do Sol.
    Hora santa. Devoção da vigília de preces diante do Santíssimo Sacramento.
    Horas canônicas. Horas regulares em que padres e freiras devem rezar o Ofício Divino.
    Horas mortas. Diz-se das altas horas da noite ou da madrugada.
    Hora civil, hora solar média ou verdadeira. Aquela contada de zero a 24 (meia-noite).
    Militar Hora H. Hora marcada para determinada operação.
    Estar pela hora da morte. Estar muito caro.
    Hora da onça beber água. Momento crítico ou hora perigosa.
    Etimologia (origem da palavra hora). Do grego horas.as.

    A palavra hora vem do latim hora, que, nesta língua, tinha o sentido amplo de tempo, época, estação. Anterior ao latim e ao grego, havia a raiz iora, com este mesmo sentido, da qual vem a palavra inglesa year, isto é, ano.

    os antigos contavam o tempo desdeo nascer ao pôr do sol. o dia estava dividido em doze horas, que eram mais ou menos longas segundo a estação: e desta maneira a hora do verão era maior que a hora do inverno. Era, também, conhecida uma divisão do dia em três partes: manhã, meio-dia, e tarde (Sl 55:17). Entre os hebreus dividia-se a noite em primeira, segunda, e terceira vigília (Jz 7:19) – mas entre os romanos eram quatro as vigílias, e a estas se refere o N.T. (Mc 13:35). No N.T. temos também a divisão do dia em doze horas ou período’ (Mt 20:1-10Jo 11:9At 23:23), que começavam ao nascer do sol. (*veja Tempo.) Em muitas passagens emprega-se o termo hora para exprimir uma curta duração de tempo, ou mesmo uma determinação de tempo (Dn 3:6-15 – 4.33 – Mt 8:13 – 10.19). A freqüente frase ‘na mesma hora’ significa ‘imediatamente’ (Dn 5:5At 16:18).

    Hora 1. Curto espaço de tempo que não deve ser identificado com nossa atual divisão do tempo (Jo 5:35).

    2. Momento concreto em que se dá um acontecimento (Mt 8:13; 9,22; Jo 4:21-23). Em sentido paradigmático, refere-se ao sacrifício de Jesus (Mt 26:45; Mc 14:35.41; Jo 2:4; 7,30; 8,20; 12,23.27; 13,1;17,1) ou à consumação da história por suas mãos (Mt 24:36.44.50; 25,13; Jo 5:25.28).

    3. Divisão do dia. Do nascer do sol ao seu ocaso, contavam-se dez horas que, logicamente, variavam na duração, de acordo com o período do ano, podendo ser aumentada ou diminuída em onze minutos. A primeira hora correspondia às 6h (Mt 20:1; Lc 24:1; Jo 8:2); a terceira, às 9h (Mt 20:3; Mc 15:25); a sexta, às 12h (Mt 20:5; 27,45; Mc 15:33; Lc 23:44; Jo 4:6; 19,14); a nona, às 15h (Mt 27:46). Nos evangelhos, também se faz referência à sétima hora (
    - 13h) (Jo 4:52); à décima (
    - 18h) (Jo 1:39) e à undécima (
    - 17h) (Mt 20:9).


    Males

    malês | adj. s. m.
    masc. pl. de mal

    ma·lês
    (Mali, topónimo + -ês)
    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    O mesmo que maliano.

    Plural: maleses.

    mal
    (latim male)
    nome masculino

    1. O que é mau, ilícito e não é recomendável (ex.: fazer o mal).BEM

    2. Conjunto de malefícios ou de coisas que provocam consequências negativas (ex.: se tivesse consciência, reparava o mal que fez). = DANO, DESVANTAGEM, PREJUÍZOBEM, PROVEITO, VANTAGEM

    3. Situação desagradável do corpo e do espírito; situação de desconforto ou de insatisfação (ex.: o stress faz um mal terrível).BEM

    4. Sofrimento psicológico ou moral (ex.: males de amor). = AFLIÇÃO, ANGÚSTIA, INQUIETAÇÃO, PESAR, TORMENTO

    5. Facto ou acontecimento negativo (ex.: estou a ler os males do mundo nos jornais). = DESGRAÇA, INFELICIDADE, INFORTÚNIO

    6. Grande desgraça ou conjunto de desgraças (ex.: afirmou que o mal do século eram as drogas). = CALAMIDADE

    7. Qualidade negativa ou prejudicial (ex.: o mal dele é ser tão intransigente; o mal da equipa foi ter desistido de lutar). = DEFEITO, IMPERFEIÇÃO, INCONVENIENTE, PROBLEMAPERFEIÇÃO, VIRTUDE

    8. O que desabona; conjunto de qualidades negativas (ex.: dizer mal; eu já estava a pensar mal dele, mas estava enganado).BEM

    9. Doença (ex.: diz que a mezinha lhe curou o mal do fígado; mal incurável). = ENFERMIDADE, MOLÉSTIA

    10. Lesão.

    11. Ofensa.

    advérbio

    12. De forma indevida, inconveniente ou desapropriada (ex.: acho que reagi mal; o assunto foi mal resolvido). = INCONVENIENTEMENTEBEM, DEVIDAMENTE

    13. De forma imperfeita ou defeituosa (ex.: cantar mal; ser mal avaliado). = IMPERFEITAMENTEBEM

    14. De maneira que desagrada ou não satisfaz (ex.: a reunião correu mal; ficou mal servido).BEM

    15. Com rudeza ou de forma desagradável (ex.: foi despedido por tratar mal os clientes; falar mal).BEM

    16. Com pouca saúde ou com a saúde em perigo (ex.: ele está mal e foi internado).BEM

    17. De forma negativa ou desfavorável (ex.: o público recebeu mal o novo trabalho da artista; ficou mal impressionado com o grupo de trabalho). = DESFAVORAVELMENTE, NEGATIVAMENTE, SEVERAMENTEBEM, POSITIVAMENTE

    18. Com pouca precisão ou certeza (ex.: conheço mal esse assunto).

    19. De modo ligeiro ou em grau baixo (ex.: este ano mal choveu). = ESCASSAMENTE, LIGEIRAMENTE, POUCOBASTANTE, BEM, EXTREMAMENTE

    conjunção

    20. Usa-se para indicar uma sequência imediata de acções ou situações (ex.: mal ele abriu a boca, foi mandado calar). = ASSIM QUE, LOGO QUE


    a mal
    À força.

    cortar o mal pela raiz
    Ter uma acção preventiva para evitar consequências negativas ou mais negativas.

    dividir o mal pelas aldeias
    Partilhar por várias pessoas, grupos ou instituições um conjunto de resultados negativos, de tarefas difíceis ou de responsabilidades (ex.: tentamos dividir o mal pelas aldeias).

    distribuir o mal pelas aldeias
    O mesmo que dividir o mal pelas aldeias.

    do mal, o menos
    Expressão que indica que, apesar de se estar numa situação problemática, o facto de haver algo mais positivo ou favorável torna a situação mais suportável ou animadora.

    fazer mal a
    Danificar; prejudicar.

    fazer o mal e a caramunha
    Fazer alguma coisa que causa prejuízo e depois queixar-se.

    mal dos pezinhos
    [Medicina] Doença crónica e progressiva, hereditária, que se caracteriza por falta de sensibilidade e paralisia dos membros inferiores e superiores, caquexia e alteração de funcionamento dos aparelhos digestivo, respiratório e circulatório, podendo também ocorrer perturbações oculares. [Manifesta-se habitualmente na idade adulta, entre os 25 e os 40 anos, embora possa surgir posteriormente.] = PARAMILOIDOSE

    mal e porcamente
    [Informal] De maneira imperfeita, apressada e atabalhoada (ex.: o trabalho foi feito mal e porcamente).

    mal elefantino
    Elefantíase.

    mal francês
    Veneno.

    mal por mal
    O mesmo que do mal, o menos.

    trocar de mal
    [Brasil, Informal] Zangar-se.

    Confrontar: mau.

    Ver também dúvidas linguísticas: superlativo absoluto sintético de mal e comparativo de superioridade: melhor e mais bem.

    Maus

    masc. pl. de mau

    mau
    (latim malus, -a, -um)
    adjectivo
    adjetivo

    1. De qualidade fraca ou insuficiente (ex.: mau texto).BOM

    2. Que não presta; que não serve para a sua função ou propósito (ex.: má qualidade).BOM

    3. Que não cumpre os seus deveres ou não desempenha bem as suas funções (ex.: actriz; mau funcionário).BOM, COMPETENTE, CUMPRIDOR

    4. Que demonstra inabilidade ou incapacidade na realização de alguma coisa (ex.: ele é mau a fazer bolos, mas os salgados são deliciosos). = DESAJEITADO, DESASTRADO, INÁBILBOM, HÁBIL, HABILIDOSO, DESTRO

    5. Que tem defeito ou apresenta falhas. = DEFEITUOSO, DEFICIENTE, MALFEITOBOM, PERFEITO

    6. Que é ética ou moralmente pouco correcto no seu comportamento ou nas suas atitudes (ex.: ele não é má pessoa; mau carácter). = RELES, VILBOM

    7. Que apresenta estado desfavorável (ex.: o avião não pode aterrar devido às más condições atmosféricas).BOM

    8. Que traz prejuízos ou desvantagens (ex.: fumar é mau para a saúde; a compra de acções foi um mau investimento). = DANOSO, PREJUDICIALBENÉFICO, BOM, VANTAJOSO

    9. Que tem consequências muito negativas (ex.: má experiência; mau resultado). = DESASTROSO, FUNESTO, NOCIVOBOM, FAVORÁVEL

    10. Que apresenta dificuldades ou obstáculos (ex.: o caminho é mau, mas vale a pena). = DIFÍCILFÁCIL

    11. Que foi pouco produtivo ou pouco rentável (ex.: má safra; o balancete apresenta um ano mau).BOM

    12. Que se caracteriza pela indelicadeza ou rispidez (ex.: ela tem mau feitio; hoje está de mau humor).AFÁVEL, BOM, CORTÊS

    13. Que não agrada aos sentidos (ex.: mau cheiro; mau sabor).BOM

    nome masculino

    14. Conjunto de coisas, qualidades ou acontecimentos considerados negativos ou prejudiciais. = MAL

    15. Pessoa mal-intencionada ou que se considera ter uma postura moral incorrecta (ex.: considerou maniqueísta tentar distinguir os bons e os maus).BOM

    16. Pessoa que pouco valor em alguma coisa ou que tem um desempenho sem qualidade em determinada actividade (ex.: a tarefa permitiu excluir os maus).BOM

    17. Aquilo que tem qualidades negativas; lado negativo de alguma coisa (ex.: ele só consegue ver o mau deste acontecimento).BOM

    interjeição

    18. Expressão designativa de reprovação ou de desgosto.

    Superlativo: malíssimo ou péssimo.
    Confrontar: mal.

    Vista

    substantivo feminino Ato ou efeito de ver(-se).
    A faculdade de ver; o sentido da visão.
    O aparelho visual; os olhos.
    Extensão ou área que se pode ver de um lugar qualquer; panorama: a casa tem uma bela vista.
    Quadro ou fotografia de um panorama: uma vista de Roma.
    Janela, fresta ou qualquer abertura que permite ver ou estender a visão.
    Tira de fazenda de cor viva, que se cose sobre algumas partes do vestuário.

    vista s. f. 1. Ato ou efeito de ver. 2. O sentido da visão. 3. Órgão visual. 4. Os olhos. 5. Aquilo que se vê; paisagem, panorama, quadro. 6. Estampa, fotografia. 7. Desígnio, intenção, mira. 8. Pequena acha que iluminava os fornos. 9. Parte do capacete em que há duas fendas correspondentes aos olhos. 10. Cenário teatral. 11. Modo de julgar ou apreciar um assunto. 12. Tira de cor contrastante com a do vestuário debruado com ela.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    ἔν αὐτός ὥρα θεραπεύω πολύς ἀπό νόσος καί μάστιξ καί πνεῦμα πονηρός καί χαρίζομαι βλέπω πολύς τυφλός
    Lucas 7: 21 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E, na mesma hora, ele curou a muitos de suas enfermidades, e males, e espíritos malignos, e a muitos que eram cegos ele deu a visão.
    Lucas 7: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Agosto de 28
    G1565
    ekeînos
    ἐκεῖνος
    duro, estéril, ríspido, frio
    (solitary)
    Adjetivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2323
    therapeúō
    θεραπεύω
    servir, realizar o serviço
    (healing)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3148
    mástix
    μάστιξ
    superioridade, vantagem, excesso adv
    (more)
    Substantivo
    G3554
    nósos
    νόσος
    queimar, ressecar, marcar
    (do be burned)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4151
    pneûma
    πνεῦμα
    terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    ([the] Spirit)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G4183
    polýs
    πολύς
    um habitante de Moresete
    (the Morasthite)
    Adjetivo
    G4190
    ponērós
    πονηρός
    cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
    (evil)
    Adjetivo - neutro acusativo singular
    G5185
    typhlós
    τυφλός
    cego
    (blind [men])
    Adjetivo - nominativo Masculino no Masculino no Plurak
    G5483
    charízomai
    χαρίζομαι
    andorinha, andorinhão
    (in exchange for the horses)
    Substantivo
    G5610
    hṓra
    ὥρα
    hora
    (hour)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G991
    blépō
    βλέπω
    ver, discernir, através do olho como orgão da visão
    (looking upon)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo


    ἐκεῖνος


    (G1565)
    ekeînos (ek-i'-nos)

    1565 εκεινος ekeinos

    de 1563; pron

    1. ele, ela, isto, etc.

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    θεραπεύω


    (G2323)
    therapeúō (ther-ap-yoo'-o)

    2323 θεραπευω therapeuo

    do mesmo que 2324; TDNT - 3:128,331; v

    servir, realizar o serviço

    sarar, curar, restaurar a saúde


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μάστιξ


    (G3148)
    mástix (mas'-tix)

    3148 μαστιξ mastix

    provavelmente da raiz de 3145 (pela idéia de contato); TDNT - 4:518,571; n f

    1. chicote, açoite
    2. metáf. flagelo, praga
      1. calamidade, infortúnio, esp. enviado por Deus para disciplinar ou punir

    νόσος


    (G3554)
    nósos (nos'-os)

    3554 νοσος nosos

    de afinidade incerta; TDNT - 4:1091,655; n f

    1. doença, enfermidade


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πνεῦμα


    (G4151)
    pneûma (pnyoo'-mah)

    4151 πνευμα pneuma

    de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

    1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
      1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
      2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
      3. nunca mencionado como um força despersonalizada
    2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
      1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
      2. alma
    3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
      1. espírito que dá vida
      2. alma humana que partiu do corpo
      3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
        1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
        2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
    4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
      1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
    5. um movimento de ar (um sopro suave)
      1. do vento; daí, o vento em si mesmo
      2. respiração pelo nariz ou pela boca

    Sinônimos ver verbete 5923


    πολύς


    (G4183)
    polýs (pol-oos')

    4183 πολυς polus

    que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj

    1. numeroso, muito, grande

    πονηρός


    (G4190)
    ponērós (pon-ay-ros')

    4190 πονηρος poneros

    de um derivado de 4192; TDNT - 6:546,912; adj

    1. cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
      1. pressionado e atormentado pelos labores
      2. que traz trabalho árduo, aborrecimentos, perigos: de um tempo cheio de perigo à fidelidade e à fé cristã; que causa dor e problema
    2. mau, de natureza ou condição má
      1. num sentido físico: doença ou cegueira
      2. num sentido ético: mau, ruim, iníquo

        A palavra é usada no caso nominativo em Mt 6:13. Isto geralmente denota um título no grego. Conseqüentemente Cristo está dizendo, “livra-nos do mal”, e está provavelmente se referindo a Satanás.

    Sinônimos ver verbete 5908


    τυφλός


    (G5185)
    typhlós (toof-los')

    5185 τυφλος tuphlos

    de 5187; TDNT - 8:270,1196; adj

    cego

    mentalmente cego


    χαρίζομαι


    (G5483)
    charízomai (khar-id'-zom-ahee)

    5483 χαριζομαι charizomai

    voz média de 5485; TDNT - 9:372,1298; v

    1. fazer algo confortável ou agradável (a alguém), fazer um favor a, agradar
      1. mostrar-se generoso, bom, benevolente
      2. conceder perdão, perdoar
      3. dar graciosamente, dar livremente, entregar
        1. perdoar
        2. graciosamente restaurar alguém a outro
        3. cuidar de uma pessoa em perigo para alguém

    ὥρα


    (G5610)
    hṓra (ho'-rah)

    5610 ωρα hora

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 9:675,1355; n f

    1. certo tempo definido ou estação fixada pela lei natural e que retorna cada ano
      1. das estações do ano, primavera, verão, outono, inverno

        as horas do dia (limitadas pelo erguer e pôr do sol), um dia

        a décima segunda parte das horas do dia, uma hora, (as doze horas do dia são contadas do nascer até o pôr do sol)

        qualquer tempo definido, momento


    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    βλέπω


    (G991)
    blépō (blep'-o)

    991 βλεπω blepo

    um palavra primária; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver, discernir, através do olho como orgão da visão
      1. com o olho do corpo: estar possuído de visão, ter o poder de ver
      2. perceber pelo uso dos olhos: ver, olhar, avistar
      3. voltar o olhar para algo: olhar para, considerar, fitar
      4. perceber pelos sentidos, sentir
      5. descobrir pelo uso, conhecer pela experiência
    2. metáf. ver com os olhos da mente
      1. ter (o poder de) entender
      2. discernir mentalmente, observar, perceber, descobrir, entender
      3. voltar os pensamentos ou dirigir a mente para um coisa, considerar, contemplar, olhar para, ponderar cuidadosamente, examinar
    3. sentido geográfico de lugares, montanhas, construções, etc.: habilidade de localizar o que se está buscando

    Sinônimos ver verbete 5822