Enciclopédia de João 21:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 21: 11

Versão Versículo
ARA Simão Pedro entrou no barco e arrastou a rede para a terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, não obstante serem tantos, a rede não se rompeu.
ARC Simão Pedro subiu e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes, e, sendo tantos, não se rompeu a rede.
TB Simão Pedro entrou na barca e puxou a rede à terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede.
BGB ἀνέβη ⸀οὖν Σίμων Πέτρος καὶ εἵλκυσεν τὸ δίκτυον ⸂εἰς τὴν γῆν⸃ μεστὸν ἰχθύων μεγάλων ἑκατὸν πεντήκοντα τριῶν· καὶ τοσούτων ὄντων οὐκ ἐσχίσθη τὸ δίκτυον.
HD Então, Simão Pedro entrou {no barco} e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; mesmo sendo tantos, a rede não se rompeu.
BKJ Simão Pedro subiu, e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de serem tantos, não se rompeu a rede.
LTT Subiu Simão Pedro (para a praia) e puxou a rede para sobre a terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes. E, embora tantos sendo, não foi rompida a rede.
BJ2 Simão Pedro subiu então ao barco e arrastou para a terra a rede,[d] cheia de cento e cinqüenta e três peixes grandes; e apesar de serem tantos, a rede não se rompeu.
VULG Ascendit Simon Petrus et traxit rete in terram, plenum magnis piscibus centum quinquaginta tribus. Et cum tanti essent, non est scissum rete.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 21:11

Lucas 5:6 E, fazendo assim, colheram uma grande quantidade de peixes, e rompia-se-lhes a rede.
Atos 2:41 De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
João 21 : 11
entrou {no barco}
Lit. “embarcar no barco”.


Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

três (3)

A união dos significados do 1 com o 2. A ligação entre a criatura e o Criador objetivando a excelência no mundo.

Também é o equilíbrio dos elementos na criação. O processo constante de evolução de uma pessoa. Muitas leis, tradições e costumes judaicos são embasados neste número, de forma que sua conexão com a leitura e escrita da Torá é ressaltada. É conhecido também como a confirmação de um fato que se completou.



Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Cairbar Schutel

jo 21:11
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 99
Página: -
Cairbar Schutel

“No dia seguinte a multidão, que ficara do outro lado do mar, notou que não havia ali senão uma barca e que Jesus não tinha entrado nela com seus discípulos, mas que estes tinham partido sós; chegaram, porém, outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde comeram pão, depois de o Senhor ter dado graças. Quando, pois, a multidão viu que Jesus não estava ali, nem seus discípulos, entraram nas barcas e foram a Cafarnaum em procura de Jesus. Depois de o terem achado no outro lado do mar, perguntaram-lhe: Mestre, quando chegaste aqui? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Vós me procurais, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e vos fartastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a Vida Eterna, a qual o Filho do Homem vos dará, porque sobre ele imprimiu o seu selo o Pai, que é Deus. "


(João, VI, 22-27.)


Há pão do Céu, assim como há pão da Terra; há alimento para a alma, assim como o há para o corpo; o alimento do corpo acaba, entretanto, como o corpo; o da alma permanece para a Vida Eterna.


Quem somente trabalha pelos manjares da Terra, não tem a comida do Céu; quem trabalha pela comida do Céu tem o pão da Terra e o pão que permanece para a Vida Eterna.


Há muitas espécies de trabalho da mesma forma que há diversas qualidades de trabalhadores; trabalhos da Terra, trabalhos do Céu na terra.


Aqueles jazem como túmulos bem ornados nas necrópoles, que desabam ao rugir das tempestades; os do Céu aparecem nas alturas, iluminados pelo fulgir dos astros e brilho das estrelas.


O que é da Terra, na Terra permanece; o que é do Céu, persiste na Vida Eterna.


No trabalho exclusivamente terreno, os membros cansam, o suor goteja, o cérebro se aniquila, a vida se extingue.


No trabalho do Céu, a fronte se eleva, a alma se engrandece, o corpo se fortalece, a mente se aclara, e a vida se eterniza.


Quem só trabalha para o que é da Terra, trabalha para o que perece.


Quem trabalha para o que é do Céu, trabalha para o engrandecimento moral e espiritual de si próprio e de seus semelhantes, trabalha pela comida que permanece para a Vida Eterna.


Há Trabalho e trabalho; assim como há Pão e pão; assim como há tesouros na Terra e Tesouros no Céu.


Quem vive do Espírito busca as coisas do Céu; quem vive da carne busca as coisas da Terra; a carne para nada serve, o Espírito é que continua a viver. “Trabalhai, não pela comida que perece, mas sim pela comida que permanece para a Vida Eterna. "



Wesley Caldeira

jo 21:11
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11470
Capítulo: 30
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
Cada evangelho é muito próprio ao apresentar os eventos ocorridos depois que o túmulo de Jesus foi encontrado vazio. Eles concordam que Maria de Magdala foi ao túmulo, no terceiro dia após a crucificação, e o encontrou vazio. Quanto ao resto, discordam em quase tudo.
Quantas foram as aparições? Onde e em que circunstâncias se verificaram?
Elas podem ser aglomeradas em três momentos: as aparições próximas da sepultura; aquelas produzidas em Jerusalém e suas cercanias; e as ocorridas na Galileia.
Mateus e Marcos ordenaram com brevidade as aparições.
No texto mateano, um Espírito elevado — pois “seu aspecto era como o do relâmpago e a sua roupa, alva como a neve” (MATEUS, 28:3) — provocou um abalo sísmico, quando se materializou e removeu a pedra que cerrava o túmulo de Jesus; aterrorizou os guardas e revelou às mulheres que o crucificado não estava mais ali, havia ressuscitado; e exortou-lhes a levarem a boa-nova aos apóstolos, acrescentando que Jesus esperaria por eles na Galileia.
Jesus, então, procura pessoalmente as mulheres (Maria de Magdala e Maria de Cléofas, a irmã de sua mãe) e reforça o convite para que os apóstolos se dirijam à Galileia.

Os discípulos partem para a montanha indicada pelo ressurrecto. No reencontro, em solo galilaico, alguns se prostram diante dele, outros duvidam, e recebem o mandato de cristianização dos povos.
Marcos acrescenta Salomé — mãe de Tiago e João — ao grupo de mulheres que caminhava para o túmulo, e chama a entidade espiritual de jovem, em vez de anjo, destacando a brancura de sua túnica. Situa esse Espírito à direita do interior do túmulo, atribuindo a ele o anúncio da ressurreição e a mensagem de reencontro na Galileia.
A tradição marcana propõe que Jesus apareceu somente a Maria de Magdala, que não foi acreditada.
Após, Jesus manifestou-se aos dois caminheiros de Emaús.
Por fim, em lugar não mencionado, Ele tornou-se visível aos onze apóstolos reunidos, censurou-lhes a incredulidade perante os testemunhos de sua ressurreição, convocou-os à evangelização das massas, outorgando- lhes, para isso, aptidões como a xenoglossia26 e a imunização a venenos, a cura de obsidiados e outras enfermidades.
Verificados esses acontecimentos, Jesus “foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus”. (MARCOS, 16:19.)
Lucas ofereceu um relato nas mesmas linhas, porém, mais minucioso e registrando maior número de aparições.
Maria de Magdala, Joana de Cusa e Maria de Cléofas, diante da sepultura violada, entraram no túmulo, perplexas. Dois homens de vestes fulgurantes surgiram: “Por que procurais aquele que vive entre os mortos? Ele não está aqui, ressuscitou”. (LUCAS, 24:5 e 6.)
A narrativa lucana não diz se as entidades espirituais incumbiram as mulheres de transmitir alguma orientação aos apóstolos. Mas registra que elas contaram aos apóstolos o que viram e ouviram.
O episódio de Emaús é detalhadamente historiado no terceiro evangelho [Lucas].

Ignora-se, hoje, a correta localização de Emaús, a 60 estádios de Jerusalém, cerca de 12 quilômetros.
Séculos depois, o episódio era comemorado na cidade de Emaús Nicópolis, a 160 estádios de Jerusalém. No tempo das cruzadas, descobriram-se duas possíveis candidatas a Emaús: El-Qubeibeh e Abu Ghosh, construídas nas margens das estradas do período romano que levavam ao Mar Mediterrâneo.
Cléofas e outro seguidor de Jesus caminhavam tristes em direção a Emaús. Um estranho os abordou na estrada, indagando-lhes sobre o que conversavam. Os caminheiros, lamentosos, apresentaram singelo resumo daqueles três dias, da crucificação do profeta de Nazaré até o desaparecimento de seu corpo. Eles esperavam em Jesus o redentor político de Israel. Com Ele, os dois caminheiros pareciam ter sepultado suas esperanças. (LUCAS, 24: 13 a 24.) O estranho, então, censurou-os:
— “Insensatos e lerdos de coração para crer em tudo o que os profetas anunciaram! Não era preciso que o Cristo sofresse tudo isso e entrasse em sua glória?” (LUCAS, 24:25.)
Em seguida, Ele se pôs a interpretar, desde Moisés, as predições sobre o Messias.
Chegando a Emaús, Cléofas e o amigo rogaram:
— “Permanece conosco, pois cai a tarde e o dia já declina”. (LUCAS, 24:29.)
Apenas quando, à mesa, viram o convidado abençoar o pão e parti-lo é que nele reconheceram Jesus, que se desmaterializou no mesmo instante.
— “Não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras?” (LUCAS, 24:32.)
Jesus apareceu aos apóstolos no momento em que os dois caminheiros retornavam de Emaús e relatavam a visita do Mestre. Ele se identificou, comeu diante de todos, abriu-lhes as mentes para que entendessem as Escrituras. Em vez de partirem para a Galileia, Jesus lhes determinou a permanência em Jerusalém, até serem “revestidos da força do Alto”. (LUCAS, 24:49.)
Em profunda comoção, os discípulos acompanharam Jesus até Betânia, de onde ascendeu aos céus.
Os apóstolos regressaram a Jerusalém com alegria e estiveram no Templo continuamente, em louvor a Deus. O ciclo de aparições de Lucas, como se vê, desenvolve-se apenas em Jerusalém e suas imediações.
A narrativa de João é abrangente. Enfoca, nos primeiros momentos, Maria de Magdala e nenhuma outra mulher. Maria é a verdadeira protagonista daquela manhã. A ex-obsidiada encontrou a sepultura vazia e alertou os apóstolos. Depois que João e Pedro testificaram o desaparecimento do corpo, Maria ficou a sós, e chorava, até que se inclinou para dentro do túmulo e viu dois anjos, um à cabeceira e outro aos pés do lugar onde o corpo estivera.
— “Mulher, por que choras?”
— “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. (JOÃO, 20:13.)
Foi quando ela, voltando-se para fora do jazigo, viu alguém que lhe repetiu a pergunta, sem nele reconhecer Jesus (novamente transfigurado), como aconteceu aos caminheiros de Emaús. Ela supôs no estranho um empregado de José de Arimateia, responsável pelo jardim que adornava o sepulcro familiar:
— “Senhor, se foste tu que o levaste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar!”
— “Maria!”
Ante a inconfundível e dulçorosa inflexão de voz, ela o reconhece e exclama:
— “Rabunni!”
Isto é, Mestre. E se atira aos pés do Cristo, abraçando-os.

— “Não me retenhas, pois ainda não subi ao Pai. Vai, porém, a meus irmãos e dize-lhes: Subo a meu Pai e vosso Pai; a meu Deus e vosso Deus”. (JOÃO, 20: 15 a 17.)
Embora João e Pedro também tivessem visitado o sepulcro, Ele a escolheu.
Disse o Espírito Emmanuel (XAVIER, 2013g, cap. 11, p. 31-32):
Para muita gente, Maria de Magdala era mulher sem qualquer valor pela condição de obsidiada em que se mostrava na vida pública; no entanto, Ele via Deus naquele coração feminino ralado de sofrimento e converteu-a em mensageira da celeste ressurreição.
Ao cair da tarde, naquele domingo, dez apóstolos, temendo represálias dos líderes judeus e do povo, guardavam-se a portas fechadas. Ignora-se a quem pertencia e onde se situava essa residência. Como as mulheres e os apóstolos foram do sepulcro a ela em brevíssimo tempo, sua localização certamente era em Jerusalém. Passados alguns minutos, Jesus apareceu entre eles e disse:
— “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. (JOÃO, 20:21.)
Paulo propôs uma aparição especial a Pedro (1 CORÍNTIOS, 15:5). Essa aparição foi confirmada por Lucas: “O Senhor ressuscitou e apareceu a Simão”. (LUCAS, 24:34.)
João prossegue informando que Ele lhes mostrou as marcas dos cravos nas mãos e o golpe no lado. Num gesto simbólico, soprou sobre eles, esclarecendo:
— “Recebei o Espírito Santo”.
Tomé não estava presente e se recusou a crer nos fatos relatados.
— “Se eu não vir em suas mãos o lugar dos cravos e se não puser meu dedo no lugar dos cravos e minha mão no seu lado, não crerei!”
Com seu espírito crítico, Tomé procurou reduzir a magnitude do fato, porque ele não estava presente.

O Espírito Emmanuel observou (XAVIER, 2013e, cap. 100):
Tomé descontente, reclamando provas, por não haver testemunhado a primeira visita de Jesus, depois da morte, criou um símbolo para todos os aprendizes despreocupados das suas obrigações.
Ocorreu ao discípulo ausente o que acontece a qualquer trabalhador distante do dever que lhe cabe.
[...]
Tomé não estava com os amigos quando o Mestre veio. Em seguida, formulou reclamações, criando o tipo do aprendiz suspeitoso e exigente.
Nos trabalhos espirituais de aperfeiçoamento, a questão é análoga.
Matricula-se o companheiro, na escola de vida superior, entretanto, em vez de consagrar-se ao serviço das lições de cada dia, revela-se apenas mero candidato a vantagens imediatas.
Em geral, nunca se encontra ao lado dos demais servidores, quando Jesus vem; logo após, reclama e desespera.
Oito dias mais tarde, Jesus se materializou mais uma vez.
Conta Amélia Rodrigues que, enquanto os onze apóstolos meditavam na mesma sala com as portas fechadas, “uma aragem perfumada invadiu o recinto e uma claridade diamantina vestiu as sombras que ali pairavam com delicada luz, dentro da qual, esplendente e nobre, Ele surgiu”. (FRANCO, 2000, p. 158.)
Não houve censura, somente compaixão ao se dirigir ao apóstolo incrédulo.
— “Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!”
“Os pulsos dilacerados derramavam sulferina luz, que também jorrava da cabeça antes de espinhos, do peito ferido e dos pés destroçados. O dídimo acercou-se, transfigurado, e O tocou”. (FRANCO, 2000, p. 158.)

— “Tu creste, Tomé, porque me viste; bem-aventurados os que não viram e creram”. (BÍBLIA, 1965, JOÃO, 20:29.)
Era a última bem-aventurança.
JOÃO, 20:30 ainda informa que Jesus ofereceu muitos outros sinais, não mencionados em seu livro. E não somente isso.
“Há, porém, muitas outras coisas que Jesus fez e que, se fossem escritas uma por uma, creio que o mundo não poderia conter os livros que se escreveriam.” (JOÃO, 21:25.)
Lucas, em ATOS DOS APÓSTOLOS, 1:3 informou que Ele apareceu ainda várias vezes, “com muitas provas incontestáveis: durante quarenta dias apareceu-lhes e lhes falou do que concerne ao Reino de Deus”.
Paulo, além de ressalvar uma aparição especial a Pedro, acrescentou outras: “apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez [...] apareceu a Tiago e, depois, a todos os apóstolos”. (1 CORÍNTIOS, 15:6 e 7.)
Daí, é preciso compreender que cada evangelista focalizou, do universo de aparições, aquelas mais expressivas à sua óptica, a seus propósitos e público destinatário. Os quatro escritores canônicos não fizeram história, ou relatos cronológicos, ao relacioná-las; compuseram textos de divulgação, baseados em fatos reais, em arranjos cuja seleção de materiais e ordem respeitou também o toque da inspiração superior. Unidade na diversidade, produzindo harmonia, como num quarteto de vozes.
A última voz, ou o Evangelho de João, é concluído com o relato da aparição de Jesus às margens do lago de Genesaré.
Sete apóstolos estavam presentes: Pedro, Tomé, Natanael, João e Tiago, seu irmão, e dois não especificados.
Pedro quis pescar, e os demais o acompanharam. Nada pescaram, no entanto. Amanhecia, e da praia alguém lhes sugeriu:
— “Lançai a rede à direita do barco e achareis”. (JOÃO, 21:6.)

Eles não reconheceram Jesus, mas atenderam ao estranho, e faltaram forças para puxar a rede, tal a quantidade de peixes apanhada.
Só aí João reconhece Jesus transfigurado. Simão atira-se no lago, em direção à praia, seguido pelos outros apóstolos, no barco. Era o terceiro reencontro coletivo desde sua morte.
Quando chegam à praia, Jesus os aguarda e os convida para comer. Permanecia transfigurado, porque João comenta que ninguém ousava perguntar Quem és tu? — todavia, sabiam tratar-se de Jesus.
A narrativa está repleta de símbolos. Não que Jesus os desejasse; mas é bem provável que tenha sido uma necessidade dos que interferiram no texto, introduzindo e moldando elementos até sua configuração final, no término do século I.
Certos intérpretes presumem, mesmo, que todo o capítulo 21 seja um acréscimo dos discípulos da escola de João; um acréscimo muito próximo ao tempo de João, pois que consta em todos os manuscritos.
Os fatos são apresentados de modo a transmitir as mensagens com que os redatores querem impregnar os acontecimentos, a fim de que aos episódios da aparição se sobrepusessem as ideias teológicas dos narradores.
A vocação e a missão de Pedro, bem como dos apóstolos, são realçadas.
“Simão Pedro lhes disse:
— ‘Vou pescar’.
Eles lhe disseram:
— ‘Vamos nós também contigo’.” (JOÃO, 21:3.)
O apostolado é representado na pesca, enquanto a quantidade de peixes salienta a fecundidade do trabalho apostólico. O número de peixes, 153 (JOÃO, 21:11), por certo não é fruto da contagem dos peixes, mas exercício de gematria — “sistema criptográfico que consiste em atribuir valores numéricos às letras”. Cento e cinquenta e três: o valor somado das letras das palavras hebraicas dggym gdwlym, utilizadas para a menção aos peixes. A rede que não se rompe propõe a coesão, a unidade a ser buscada a fim de propiciar o êxito da tarefa apostólica junto às comunidades cristãs.
Finda a ceia, Jesus volta-se para Pedro (JOÃO, 21:15):
— “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?”
— “Sim, Senhor, tu sabes que te amo.”
— “Apascenta os meus cordeiros.”
Duas outras vezes Pedro foi questionado, para ouvir de Jesus: “apascenta as minhas ovelhas”. (JOÃO, 21:16 e 17.)
Pedro tinha negado Jesus por três vezes, em torno de uma fogueira; novamente, em torno de uma fogueira, ele o reafirma três vezes.
O texto joanino relata que, ante a terceira indagação, Pedro se entristeceu. Natural que Simão visse ali uma alusão às três negações. Ele respondeu:
— “Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que te amo”. (JOÃO, 21:17.)
Aqui Simão evoca, com o tu sabes tudo, os dons de Jesus. Se Jesus sabe tudo, Pedro sente que nada pode ocultar, e é transparente e sincero: tu sabes que te amo — o amor consciente.
À tríplice negação, dá-se a tríplice profissão de amor, como forma de superação do conflito psicológico do apóstolo.
Por isso, São João da Cruz,27 o grande místico, com profunda sabedoria, afirmou: “ao entardecer sereis examinados no amor”.
Luís Alonso Schökel, com beleza, observou:
“Se Mateus propõe a confissão de fé como fator de sua consistência ‘pétrea’, João propõe o amor a Jesus como condição e garantia de sua ação pastoral. Pedro amadureceu no amor”. (BÍBLIA, 2000, JOÃO, 21:15-nota.)
Aquela primavera nunca será esquecida.

As aparições deixaram um legado de fé imperecível, e marcaram o fim da história de Jesus; não, porém, o fim de sua presença na história.
— “E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!” (MATEUS, 28:20.)
26 N.E.: É o uso de uma língua (escrita ou falada) que se não aprendeu e que se não conhece em condições normais. O médium, influenciado por um Espírito, fala uma língua estrangeira que lhe é por inteiro desconhecida. Dicionário de filosofia espírita, J. Palhano Jr., Editora Léon Denis.
27 N.E.: Religioso e escritor espanhol (1542–1591). Aos 25 anos conheceu Santa Teresa e juntos decidiram reformar as ordens carmelitas.

Fénelon disse inspirado:
Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo. Depois da luz viva, voltaram as trevas. Após alternativas de verdade e obscuridade, o mundo novamente se perdia.[...] (KARDEC, 2013c, cap. I, it. 10.)
O homem não havia alcançado o apogeu de sua maturidade ao tempo de Jesus. Logo, a revelação também não havia chegado ao apogeu.
Compreendendo isso, Jesus prometeu:
Se me amais, observai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito de Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conhecereis, porque habitará convosco, e estará em vós. (BÍBLIA, 1965, JOÃO, 14:15 a 17.)
Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará todas as coisas, e vos recordará tudo o que vos tenho dito. (BÍBLIA, 1965, JOÃO, 14:26.)
A revelação seria futuramente completada.
Durante quase trezentos anos, o Cristianismo primitivo educou corações para a vivência de uma religiosidade superior.
Cerca de um milhão de cristãos foram perseguidos, sendo a grande maioria levada ao martírio.

Contudo, no ano 313 se iniciaria uma etapa nova para a mensagem do Cristo.
Naquela data, o Édito de Milão reconhecia o direito e a liberdade de ser cristão, que Cláudio Domício Nero havia retirado desde o ano de 64, num total de 249 anos de perseguições, às vezes intensificadas, às vezes amenizadas.
Abandonadas as catacumbas, os catecúmenos passaram, aos poucos, da condição de perseguidos a perseguidores, à medida que se enfronhavam nos gabinetes da política humana e ajuntavam riquezas.
Consciências lúcidas do Cristianismo constataram o fenômeno, impotentes.
A corrupção do ideal cristão eclipsava a essência do Evangelho, que foi sempre um chamado à transformação pessoal.
Introduziram-se reformas e hábitos que foram distanciando a mensagem de seu autor. No ano de 320, iniciou-se o uso das velas no culto; em 375, iniciou-se a devoção aos santos. Em 394, a missa foi instituída; em 528, surgiu a extrema-unção. (FRANCO, 1995, p. 89.)
Logo depois, Justiniano I — o imperador do Oriente (527–565), que já havia mandado fechar a escola neoplatônica de Atenas em 529 d.C., herdeira das tradições reencarnacionistas de Platão — conseguiu, em 553, que as teses de Orígenes fossem consideradas heréticas, no V Concílio Ecumênico de Constantinopla II. Orígenes, um dos fundadores da teologia da Igreja, ao lado de outros padres primitivos, defendia a preexistência da alma e sua transmigração, isto é, sua existência em corpos sucessivos.
Philotheus Boehner e Etienne Gilson (2007, p. 49) afirmaram, na História da filosofia cristã:
A controvérsia acerca de Orígenes, sinceramente admirado também por muitos varões de grande santidade, levou à ruptura das relações amistosas entre São Jerônimo e Rufino, e, finalmente, à solene condenação de Orígenes no 5o Concílio Ecumênico de Constantinopla, no ano 553.

No ano 660, Bonifácio III se declarou bispo universal, papa (do grego páppas, “pai”), embora Jesus houvesse recomendado: “A ninguém na Terra chameis ‘Pai’, pois um só é o vosso Pai, o celeste”. (MATEUS, 23:9.) Em 763, surgiu o impositivo da adoração às imagens e relíquias, contrariando o segundo mandamento do Décalogo; em 993, começou a canonização dos santos; em 1070, foi imposta a infalibilidade da Igreja, que culminou na infalibilidade papal em 1870. (FRANCO, 1995, p. 89.)
Ou seja, o mosaísmo fixou o monoteísmo, mas prosseguiu fomentando o ritualismo, e ofereceu a prece como linha de interação entre o homem e Deus.
Com Jesus, o ritualismo é substituído pelas ações enobrecedoras, no culto ao amor. O amor e a prece são revelados como as mais poderosas expressões de comunhão com Deus.
A chegada do Catolicismo restabeleceu o papel do rito, e a Igreja se transformou, no lugar da prece, na intermediária entre o homem e Deus.
Encarcerada nos claustros monásticos, a árvore do Evangelho foi sacrificada e, sem a liberdade e sem o sol da verdade, definhou.
Em 1184, instituiu-se a “Santa Inquisição” e, logo depois, em 1190, a venda das indulgências. (FRANCO, 1995, p. 89.)
Surgem templos resplandecentes na noite medieval.
No começo do século XVI, era inevitável a Reforma, com Martinho Lutero (1483–1546).
A paciência de Lutero com o clero romano saturou quando o papa Júlio II ofereceu indulgências aos europeus, concedendo perdão aos pecados daqueles que mandassem dinheiro para a reconstrução da Catedral de São Pedro, em Roma. Este e outros abusos levaram Lutero a protestar publicamente, fazendo-o à moda da época, afixando suas ideias em local público para provocar o debate. Em 31 de outubro de 1517, amanheceram pregadas na porta da igreja do castelo de Wittenberg as famosas 95 teses.

Posteriormente, os discípulos e seguidores de Lutero se separaram, criando correntes, apresentando interpretações variadas do Evangelho.
A Renascença, então, abriu novo horizonte cultural na Terra.
A Ciência e a Filosofia foram-se libertando lentamente da mordaça e das imposições das religiões dominantes.
O século XVIII inaugurou a Era da Razão,28 preparando, assim, para um século mais tarde, a chegada da Terceira Revelação, o Consolador prometido por Jesus.
A Reforma luterana29 veio ao mundo com a missão especial de exumar a “letra” dos evangelhos, enterrada nos seminários e conventos. Após essa tarefa, cumpria ao Consolador, pela voz do Espiritismo, esclarecer o “espírito” das lições do Cristo.
José Petitinga esclarece que:
O Espiritismo é a Doutrina de Jesus em espírito e verdade, sem fórmulas nem ritos, sem aparências nem representantes, sem ministros. [...] “É a religião da Filosofia, a Filosofia da Ciência e a Ciência da Religião”, conforme predicou Vianna de Carvalho em nossa Casa, com justas razões.” (FRANCO, 2011, cap. 16, p. 271.)
Num momento histórico de avanço do materialismo, de insurreição da ciência e da filosofia contra a religião, a Doutrina Espírita surge como a ciência que pergunta, investigando e confirmando a imortalidade; a filosofia que equaciona os enigmas do comportamento humano; a religião que expressa a necessidade do amor para a união dos homens.
Religiões deformadas pelos dogmas, escravizadas pelos interesses políticos e econômicos, não conseguiam fazer oposição ao alastramento do materialismo.
O Espiritismo surge como união entre a fé e a razão; uma culminância da revelação e uma convergência das revelações.
Moisés revelou o princípio da justiça. Jesus revelou o principado do amor.

O papel do Espiritismo é reviver os ensinamentos do Cristo, convocar as criaturas ao melhoramento pessoal e completar os conhecimentos essenciais ao progresso do Espírito, que alicerçam a ética formulada por Jesus.
“[...] Moisés abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá [...]” (KARDEC, 2013c, cap. I, it. 9, p. 47.), pois o Espiritismo é uma revelação progressiva em si mesma, dada em circuito aberto, e não fechado, como uma revelação permanente.
A revelação de Jesus, entretanto, ocupa o centro das três revelações. O amor é a síntese da lei divina, é a própria lei em sua expressão máxima. A justiça aplaina os caminhos do amor, e a verdade lhe dá amplitude e grandeza, mas o amor é a maior força de comunhão entre Deus e o homem.
Hoje a coletividade humana se encontra outra vez num período crítico de angústias diante do problema da dor, enclausurada ainda no conflito entre a razão e a animalidade.
As ideias espíritas coordenarão lenta transição para o homem, esclarecendo-o com a verdade e firmando Jesus nas bases do comportamento humano, como modelo e guia.
Jesus, o Cristo, foi crido e venerado. Jesus, o guia e o modelo, além disso, deverá ser compreendido e aplicado.
Seu régio vulto expandiu a majestade do amor, dividindo a história.
Sua voz inundou os campos da razão com a libertadora perspectiva do reino de Deus.
Suas mãos, embaixadoras da paz, estenderam-se para o mais consolador convite já endereçado aos corações:
— “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”. (MATEUS, 11: 28 a 30.)

28 N.E.: Surgiu imediatamente depois do misticismo, da religião e da superstição da Idade Média. A Era da Razão representou uma gênese no modo como o homem via a si próprio, a busca do conhecimento e o universo. Neste período de tempo, os conceitos de conduta e pensamento que o homem anteriormente tinha, agora podiam ser contestados verbalmente e por escrito. Medos como ser proclamado herege ou queimado na fogueira foram descartados. Este foi o início de uma sociedade aberta em que os indivíduos eram livres para buscar a felicidade individual e a liberdade.
29 N.E.: Movimento religioso europeu do séc. XVI inspirado por Martinho Lutero e Jean Calvino, que deu origem às igrejas protestantes que não se sujeitaram às ordens da Igreja Católica de Roma.

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Referências em Outras Obras


Huberto Rohden

jo 21:11
Nosso Mestre

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 194
Huberto Rohden
De improviso, aparece Jesus na praia do lago de Genesaré e manda os apóstolos lançar a rede. Apanham abundância de peixe. Almoçam e conversam com o Mestre. E Jesus torna a desaparecer misteriosamente.
Mais tarde, tornou Jesus a manifestar-se aos discípulos à margem do lago de Tiberíades.
Foi do seguinte modo que apareceu: Achavam-se reunidos Simão Pedro, Tomé, apelidado o gêmeo, Natanael, natural de Cana da Galileia, os filhos de Zebedeu, mais outros dois dos seus discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: "Vou pescar".
Responderam-lhe os outros: "Vamos também nós contigo". Saíram, pois, e embarcaram.
Mas não apanharam coisa alguma naquele dia.
Ao romper da manhã estava Jesus na praia. Os discípulos, porém, não sabiam que era Jesus. Disse-lhes Jesus: "Filhos, não tendes nada que comer?"
"Nada" - responderam-lhe.
Disse-lhes ele: "Lançai a rede à direita do barco, e apanhareis alguma coisa".
Lançaram, pois, a rede, e já não a podiam tirar para fora, de tantos que eram os peixes.
Observou então a Pedro o discípulo a quem Jesus amava: "É o Senhor!" - Assim que Pedro ouviu que era o Senhor, cobriu-o com o manto - pois estava nu - e lançou-se ao mar. Os outros discípulos foram seguindo-o no barco, arrastando a rede com os peixes; não estavam distantes da terra senão uns duzentos côvados. Saltaram em terra, e viram um braseiro com um peixe em cima, e pão. Disse-lhes Jesus: "Trazei os peixes que acabais de apanhar".
Entrou Simão Pedro no barco e puxou à terra a rede repleta de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, com serem tantos, não se rompeu a rede.
"Vinde almoçar" - disse-lhes Jesus. Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe quem era; porque sabiam que era o Senhor. Tomou Jesus o pão e serviu-lho, e igualmente o peixe.
Foi esta a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos depois de ressuscitado dentre os mortos. (Jo. 21, 1-14).
Refeição à moda dos orientais. Jesus, certamente, comeu muitas vezes assim, com os seus discípulos (capítulo 194)

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 21 do versículo 1 até o 25
  1. A APARICAO PESSOAL NO MAR DE TIBERÍADES, Jo 21:1-23

A maioria das autoridades sustenta que o último capítulo do texto de João é um apêndice ou epílogo. Alguns argumentam que ele não foi escrito pelo mesmo homem a quem se atribui a autoria dos vinte primeiros capítulos. Outros vêem evidências claras, tanto na linguagem quanto em conteúdo, de que o autor é o mesmo.

Entre os comentaristas modernos, Hoskyns representa uma minoria que afirma que o capítulo é uma parte integrante do Evangelho, e que foi escrito pelo mesmo autor. Ele comenta: "Por meio de duas cenas curtas, os leitores recebem total confiança na universa-lidade e no poder da Igreja. A captura de 153 peixes, e o cuidado apostólico paciente com as ovelhas e os cordeiros formam o clímax do Evangelho, não da fé de Tomé"." Westcott, que considera que é um epílogo, mas do mesmo autor, diz: "A manifestação do Senhor, que é descrita com detalhes, tem a intenção de exemplificar a sua atuação na sociedade".'

1. Os Discípulos 5ão Pescar (Jo 21:1-14)

Antes da crucificação, Jesus dissera aos seus discípulos que, depois da sua ressur-reição, Ele iria antes deles para a Galiléia (Mt 26:32; Mac 14.28). As cenas posteriores à ressurreição nos Evangelhos Sinóticos também fazem referência a um encontro ali, com Senhor ressuscitado (Mt 28:7-10,16; Mac 16.7). Mas somente João detalha a cena no mar de Tiberíades,' onde Jesus manifestou-se [ephanerosen, lit., "apareceu, se reve-lou"]... outra vez aos discípulos (1). Esta linguagem indica que "ele não era continua-mente visível entre a sua ressurreição e a sua partida final"." Ele se revelava somente segundo a sua vontade, em termos das necessidades dos seus seguidores (ver o quadro C).

A cena é iniciada com a expressão e manifestou-se assim (1), que, traduzida lite-ralmente, significa "ele se revelou desta maneira". Depois disso seria depois das apari-ções posteriores à ressurreição, registradas no capítulo 20.

Estavam juntos sete dos discípulos. O primeiro mencionado é Simão Pedro (cf. Jo 1:40--41), indicando a sua posição de liderança entre os discípulos. Quatro outros são também mencionados: Tomé, Natanael e os filhos de Zebedeu [Tiago e João] (2).' Havia outros dois dos discípulos presentes, mas seus nomes não são fornecidos.

Apesar do fato de que estes homens tinham visto o seu Senhor ressuscitado, e ti-nham falado com ele em duas ocasiões diferentes (Tomé, somente em uma), eles ainda eram como ovelhas sem um pastor. Nada mais natural para eles do que pensar em termos da sua profissão anterior. Pedro, Tiago e João tinham sido pescadores. Assim, Pedro disse: Vou pescar (3, lit., "vou sair para pescar"). Ele encontrou pronta aceitação da sua proposta pelos outros seis, que disseram: "Também nós vamos contigo" (Weymouth). Westcott sugere: "Os discípulos pareciam ter continuado com o seu trabalho normal, esperando calmamente pelo sinal que iria determinar o seu futuro"."

Eles subiram logo" para o barco (3).47 A melhor pescaria acontecia durante a noite. Mas, mesmo durante as horas favoráveis naquela noite, nada apanharam (cf. Jo 9:4-11.10). Se a noite e a escuridão eram a ocasião do fracasso, uma hora onde a verdadeira obra da vida não pode ser realizada, o antídoto deve ser encontrado quando vem a luz. Não é meramente uma questão de estilo que leva João a colocar a chegada da luz ‑sendo já manhã — em um contexto imediato com a chegada da "Luz verdadeira" (1,9)

— Jesus se apresentou na praia (4). Jesus não foi reconhecido imediatamente. Os discípulos não conheceram que era Jesus (cf. Jo 20:14; Lc 24:16-31). Alguns comentam que o não reconhecimento por parte dos discípulos deveu-se à distância da praia (cerca de noventa metros, "duzentos côvados", 8), à insuficiência de luz no amanhecer, ou a um nevoeiro no lago. Mas nenhuma dessas explicações é necessária em vista do fato de que Jesus se revelava somente segundo a sua vontade, de acordo com as necessidades dos seus seguidores. Bernard diz: "O Senhor ressuscitado não era reconhecível, a menos que Ele decidisse "se manifestar"." Westcott sugere que eles estavam "preocupados com o seu trabalho... de modo que a visão do divino ficou obscurecida"."

Jesus iniciou a conversa com uma pergunta. Uma tradução literal seria: "Rapazes, vocês não pescaram nada, não é mesmo?' Responderam-lhe: Não (5). Como resposta, Jesus deu instruções específicas aos seus desapercebidos discípulos: Lançai a rede à direita do barco e achareis (6). Seguindo a sugestão (na verdade, era uma ordem) do Estranho não reconhecido na praia, lançaram-na, pois, e já não a podiam tirar, pela multidão dos peixes. Alguns pensam que a grande quantidade de peixes não foi milagrosa. Bernard diz: "O mar da Galiléia ainda abunda em peixes". Além disso, "essa gran-de pescaria não é descrita como um semeion (sinal, milagre), nem se sugere que possa ter sido milagrosa".' No entanto, Trench debate o assunto sob o título "A segunda pesca milagrosa de peixes" (cf. Lc 5:5-11).' À vista do fato de que o autor do Evangelho, o discípulo amado, recorda este momento como o momento do reconhecimento, quando disse: É o Senhor (7), ele deve ter presenciado na pescaria mais do que uma grande quantidade de peixes.

Neste episódio, João e Pedro são vistos nas suas verdadeiras personalidades. Foi João, um homem muito perspicaz, "um gênio espiritual"' (cf. 20.8), quem viu Jesus no milagre. Foi Pedro, "um líder fervoroso, impulsivo, afetuoso",' quem partiu para a praia (cf. Jo 18:10-20.6). Ele vestiu as suas roupas,' pois estava nu, para trabalhar, e mergulhou no mar (7, RSV).

Em uma mensagem sobre Jo 21:1-7, Alexander Maclaren usa como texto e assunto a descoberta e a exclamação de João, É o Senhor (7) : 1. Só vê corretamente aquele que vê Cristo em tudo (3-4) ; 2. Somente aqueles que amam podem ver a Cristo (7) ; 3. Aqueles que amam sabem que Cristo os ama (5-6).

Seguindo Pedro, os outros discípulos foram com o barco (barco pequeno, barco a remo) levando a rede cheia de peixes (8). O barco maior (ploion) não podia se aproxi-mar da praia por causa da pouca profundidade, assim os seis homens pegaram o barco a remo, que eles usavam para trazer a pesca até à praia.

Na praia, viram... brasas, e um peixe posto em cima, e pão (9). Jesus os convi-dou: Trazei dos peixes que agora apanhastes (10). Pedro assumiu a liderança, subiu e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes (11). As interpretações deste número (153) têm sido variadas e numerosas. Alguns exemplos são: três elementos simples, 100 + 50 + 3, representando "a tolice dos gentios", "os remanes-centes de Israel" e "a Santíssima Trindade", respectivamente (Cirilo de Alexandria) ; dez é a Lei, sete é a graça, desta forma dezessete é o cumprimento da divina revelação, e os números de 1 a 17 somados resultam em 153, o que "significa todos aqueles que estão incluídos na operação de salvação da graça divina (Agostinho) "." Outra interpretação sugerida com freqüência é a de que os gregos acreditavam que havia 153 tipos de peixes. Assim, "os discípulos realizaram a pesca perfeita",57 simbolizando a universalidade do Evangelho. A maioria dos comentaristas modernos assume que se trata simplesmente de um registro do número de peixes apanhados. Hoskyns comenta: "Não existe um signi-ficado simbólico no número por si mesmo; é importante como um número, e deve ter sido interpretado assim pelos gregos instruídos e, portanto, pode ser usado, em transferên-cia, para simbolizar uma pescaria única e perfeita"."

Mesmo com esta pescaria incomum, não se rompeu a rede. É claro que todo o episódio é um retrato da igreja trabalhando para reunir homens — homens de todos os "tipos". A rede intacta, um item observado pelo ex-pescador João, acrescenta algo a este quadro. "Os recursos da igreja, com Cristo no seu meio, nunca recebem uma ten-são excessiva"."

Por um lado, a cena é bastante casual; como exemplo, temos a pergunta de Jesus do versículo 5, e aqui (12), quando Ele disse: "Venham, tomem o café da manhã" (trad. lit.)." Por outro lado, não havia essa facilidade de comunicação que tinha caracterizado as perguntas e respostas dos capítulos 13:14. Nenhum dos discípulos ousava [tinha a coragem de] perguntar-lhe: Quem és tu? Porque sabiam que era o Senhor (12).

Como era o seu costume, Jesus presidiu a refeição. Ele tomou o pão, deu-lho, e, semelhantemente, o peixe (13). Embora alguns tenham tentado encontrar aqui a re-feição eucarística, não há evidências suficientes de que o autor tivesse esta intenção (cf. Jo 6:11). Como para enfatizar o objetivo de todo o evento, João observa que esta era a terceira vez que Jesus se manifestava [revelava] aos seus discípulos depois de ter ressuscitado dos mortos (14). Para uma lista completa das aparições posteriores à ressurreição do nosso Senhor, veja o quadro B.

2. Jesus e Pedro (Jo 21:15-19)

Imediatamente depois do final do café da manhã, Jesus dedicou-se à segunda prin-cipal preocupação daquela manhã. Ele dirigiu-se a Pedro. Simão, filho de Jonas [João], amas-me [agapas] mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor; tu sabes que te amo (philo) (15). Duas perguntas devem ser consideradas. A primeira, qual era a comparação que Jesus tinha em mente quando disse mais do que estes? A linguagem e a sintaxe admitem três possíveis comparações. 1. Você me ama mais do que você ama estes discípulos? 2. Você me ama mais do que você ama barcos, redes e pescarias? 3. Você me ama mais do que estes discípulos me amam? (Cf. Mac 14.29; Lc 22:33; Jo 13:37). Pode ser que aquilo que parece ser uma ambigüidade na verdade pretenda ser uma implica-ção de consagração completa. O Mestre queria deixar clara uma exclusão geral de tudo o que pudesse interferir no amor de Pedro pelo seu Senhor. É abundantemente verdadeiro que o amor cristão por Jesus deve ser exclusivo, e é a única atitude em que nunca houve um excesso conhecido. Em última análise, "a pergunta se refere somente a uma coisa, e essa é o amor de Pedro por Jesus... se ele ama, já é suficiente. Esta é a única condição essencial para o serviço e o ministério apostólico".' A segunda pergunta colocada aqui é debatida depois (17). Qual é a diferença significativa, se houver, no uso de palavras diferentes (agapao e phileo) significando amor?

É instrutivo observar que Pedro, mesmo na sua primeira resposta, estava desejoso de submeter toda a sua intenção ao escrutínio do seu Senhor — tu sabes. "Com a lem-brança da sua negação, Pedro não pode apelar para a sua própria história, mas pode apelar para a compreensão do seu Mestre"." Sem nenhuma indicação direta de qualquer aceitação ou rejeição da resposta de Pedro, Jesus disse: Apascenta [boske] os meus cordeiros [arnia] (15).

Uma segunda vez Jesus fez a mesma pergunta, somente omitindo o comparativo mais do que estes, e usando sinônimos na tarefa, Apascenta [poimaine, tomar conta] as minhas ovelhas [probatia] (16). Jesus coloca a pergunta pela terceira vez. A maioria dos comentaristas concorda que as três perguntas quase idênticas foram feitas porque Pedro tinha negado o Senhor, quase da mesma maneira, três vezes (18.17,25-26). As barreiras erigidas pelas negações pessoais ao Senhor não são destruídas rapidamente. Enquanto se aquecia junto ao fogo feito pelos inimigos de Jesus, Pedro o negou três vezes. Agora, junto ao fogo acendido pelo seu Senhor, que o ama, Pedro deve afirmar o seu amor três vezes.

A terceira pergunta e a terceira resposta assumem uma forma ligeiramente diferen-te. Simão, filho de Jonas, amas-me [phileis]? Com esta terceira pergunta, Pedro en-tristeceu-se ("magoou-se profundamente", Phillips) e disse: Senhor, tu sabes [oidas] tudo; tu sabes [ginoskeis] que eu te amo [philo] (17). Não era apenas uma questão de intuição divina, de conhecimento absoluto (oidas) sobre Pedro; o conhecimento de Jesus também se baseava no relacionamento pessoal (ginoskeis) vivido com ele. Uma vez mais, o Senhor disse: Apascenta [boske] as minhas ovelhas [probatia].

A maioria dos comentaristas modernos afirma que os dois verbos gregos que signifi-cam "amar" (agapao e phileo) são usados como sinônimos por João não somente aqui, mas também em outras partes do seu Evangelho.' No entanto, Westcott argumenta que a alternância no uso das palavras' tem o seu significado. Ele comenta: "Então, Pedro entristeceu-se não somente porque a pergunta foi feita mais uma vez, mas porque nesta terceira vez a frase foi mudada...como para suscitar uma dúvida se ele realmente pode-ria afirmar corretamente aquele amor modificado que ele tinha professado"."

Nesta segunda parte do episódio na praia do mar da Galiléia, duas coisas se desta-cam claramente. A primeira é que o amor, o amor puro, é a única base adequada para o serviço — apascenta as minhas ovelhas (cf. Jo 13:8-9, 34). A segunda é que aqueles que recebem a responsabilidade pela tarefa (Jo 20:21) têm um mandamento dado por Deus, de serem pastores do rebanho, o que significa, basicamente, alimentar e cuidar das ovelhas.

Jesus tinha alguma coisa a mais a dizer a Pedro. Quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias: mas, quando já fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde tu não queiras (18). Era chegado o momento final da irresponsabilidade moral para Pedro. Hoskyns diz: "A liberdade irresponsável e impetuosa da juventude agora chegou ao fim. Ele não mais pode agir como tinha acabado de agir, quando se vestiu e deixou os peixes no meio da pescaria e nadou sozinho até à praia"." As palavras estenderás as mãos eram "uma predição inequívoca do martírio na cruz".' Certamente João entendeu assim. Jesus dis-se isso significando com que morte havia ele de glorificar a Deus (19). Segundo Westcott, "a crucificação de Pedro em Roma é confirmada por Tertuliano e por autores posteriores. Orígenes afirmou, adicionalmente, que ele foi crucificado de cabeça para baixo, atendendo ao seu próprio pedido"." Antes da crucificação de Jesus, Pedro tinha valentemente afirmado a sua vontade de morrer pelo seu Senhor, mas Jesus tinha decla-rado a incapacidade de Pedro em segui-lo, e tinha predito as suas negações (Jo 13:36-38). Agora o teste tinha sido o do amor — um teste em três partes (cf. Jo 13:34-35). Aparente-mente, a capacidade de seguir Jesus "por todo o caminho" é determinada não somente pela vontade ou disposição de alguém, mas muito mais pela qualidade do amor desse alguém — o amor perfeito. Por isso, agora Jesus diz a Pedro: Segue-me (19). O fato de que esta ordem está no presente no texto grego indica uma ação que será contínua, habitual, costumeira. Não haverá mais negações.

3. Jesus e João (Jo 21:20-23)

Tendo recebido a ordem, e disposto a seguir Jesus, Pedro, voltando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava (20). Podemos interpretar essa pala-vra — seguia — de duas maneiras. João estava andando com Jesus e Pedro na praia. Mas isso parece improvável, pois não há nenhuma indicação de que estivessem indo a algum lugar. Mais provável, em vista do que acabara de acontecer (18-19), é que Pedro soubesse que João era espiritualmente perspicaz (cf. Jo 20:8-21.7), e aquele que no sentido mais elevado e verdadeiro estava seguindo Jesus.

Em vista do fato de que seguir Jesus significaria, para Pedro, a morte pela crucifica-ção (18), a curiosidade natural o dominou. Ele perguntou: Senhor, e deste que será? (21). Jesus respondeu: "Se a minha vontade thelo é que ele fique menein até que eu venha, o que você tem com isso, Pedro? Você deve me seguir" (22, Phillips). Sofrer o martírio como um seguidor de Jesus era o destino de Pedro. Mas a glória de um homem não é o martírio. É a realização da vontade de Deus — Se eu quero que ele fique (23). Assim, não é uma questão de como um seguidor morre, mas sim de como ele vive, de como ele cumpre a vontade de Deus.

G. A CONCLUSÃO, Jo 21:24-25

A conclusão do Evangelho de João é uma confirmação da autoria — Este é o discípu-lo que testifica dessas coisas e as escreveu (24) ; também é uma confirmação da vera-cidade dos registros — sabemos que o seu testemunho é verdadeiro (24). A primeira afirmação, segundo os estudiosos conservadores, se refere a João. O nós sabemos que a segunda afirmação se refere às testemunhas da comunidade cristã. Quimby afirma: "So-bre a verdade do seu livro, estávamos tão certos quanto o nascer do sol... vinte séculos de experiência cristã substanciaram o seu testemunho. Vinte séculos de vida cristã, o único lugar onde a verdade do Evangelho pode ser provada, confirmaram isso"."

A afirmação da conclusão é o que Hoskyns chama de "uma expressão muito apropri-ada de insuficiência literária"." Como é verdadeira a afirmação de que a Palavra Viva jamais pode ser expressa em palavras escritas! Neste sentido, nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem (25).

APARIÇÕES DE JESUS

APÓS A RESSURREIÇÃO

  1. A MARIA MADALENA

(Marcos 16:9-11; João 20:11-18)

  1. A OUTRAS MULHERES

(Mateus 28:9-10; Lucas 24:9-11)

  1. A DOIS DISCÍPULOS no CAMINHO DE EMAÚS

(Marcos 16:12-13; Lucas 24:13-35)

  1. A SIMÃO PEDRO

(Lucas 24:33-35; I Coríntios 15:5)

  1. Aos DISCÍPULOS (na ausência de Tomé)

(Marcos 16:14; Lucas 24:36-48; João 20:19-25)

  1. A TOMÉ e OUTROS DISCÍPULOS

(João 20:26-31; I Coríntios 15:5)

  1. A SETE DISCÍPULOS no MAR DA GALILÉIA

(João 21:1-23)

  1. A MAIS DE QUINHENTAS PESSOAS

(1 Corintios 15:6)

  1. A TIAGO

(I Coríntios 15:7)

  1. Aos ONZE (A Grande Comissão)

(Mateus 28:16-20; Marcos 16:15-18)

  1. Aos DISCÍPULOS no MONTE DAS OLIVEIRAS (Marcos 16:19-20; Lucas 24:50-53; Atos 1:9-12)
  2. Ao APÓSTOLO PAULO

(I Coríntios 15:8)


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de João Capítulo 21 versículo 11
Notar a semelhança deste relato com Lc 5:1-11.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de João Capítulo 21 do versículo 1 até o 25
*

21.1-25

Este capítulo parece ser um pós-escrito preparado pelo mesmo autor, como o resto do Evangelho, com a possível exceção dos vs. 24,25.

* 21:3

Vou pescar. Talvez Pedro, por ter negado o Senhor, pensou que tivesse perdido o privilégio de ser uma testemunha da ressurreição de Jesus.

e, naquela noite, nada apanharam. Pescar à noite não era incomum. As circunstâncias são uma reminiscência da pesca maravilhosa registrada em Lc 5:4-11 e associada com a chamada de Pedro e outros discípulos.

* 21:4

os discípulos não reconheceram que era ele. Ver nota em 20.14.

* 21:7

Aquele discípulo a quem Jesus amava. Ver nota em 13.23. Ele foi rápido em reconhecer Jesus.

cingiu-se com sua veste. Isto pode parecer estranho para alguém que estava para pular na água. Parece ser um gesto de reverência para com Jesus, diante de quem Pedro não queria aparecer despido.

* 21:14

a terceira vez. Não o terceiro aparecimento absolutamente, mas a terceira a um grupo de apóstolos (conforme 20:19-23,24-28).

* 21:15

Simão, filho de João. Jesus usou este nome no começo de sua solene declaração, em resposta à confissão de Pedro (Mt 16:17).

amas-me mais do que estes outros. É possível construir esta pergunta de vários modos: “Amas-me mais do que estes outros me amam?” “Amas-me mais do que amas a estes outros?” “Amas-me mais do que amas a esta rede e à pesca?” (conforme v.3, nota). O verbo grego traduzido "amas-me", na pergunta de Jesus muda quando a pergunta é feita pela terceira vez (v.17, referência lateral), e a resposta de Pedro tem este segundo verbo em todas as suas respostas. Alguns têm pensado que há uma diferença intencional no uso destes dois verbos. É possível, mas não necessário, por duas razões: João alterna estes dois verbos em outras partes de seu Evangelho; em segundo lugar, outras diferenças de palavras nesta conversação não parece indicar uma diferença de propósito. Por exemplo: "apascenta os meus cordeiros", "pastoreia as minhas ovelhas", "apascenta as minhas ovelhas", são todas expressões equivalentes.

Apascenta os meus cordeiros. “Apascenta” ou “alimenta”. "Minhas ovelhas" e "meus cordeiros" correspondem "à minha Igreja" (10.14; 26,27; Mt 18:18). Quando Pedro escreve a seus companheiros presbíteros (1Pe 5:1,2), ele os incita a "pastorear o rebanho de Deus, que está entre vós", aparentemente tendo levado a sério as palavras de Jesus.

* 21:17

Pela terceira vez. Pedro ficou triste, não por causa da mudança de palavras nesta última pergunta, mas porque Jesus repetiu a mesma pergunta três vezes. Talvez Pedro se tivesse lembrado das três vezes em que negou a Cristo (13 38:18-27). Se Jesus pretendeu lembrar ou não aquele episódio, ele estava dando a Pedro uma oportunidade de confessar o seu amor e reafirmar sua vocação para seguir a Cristo. Com este conhecimento, Pedro chama a Jesus de "Supremo Pastor" (1Pe 5:4).

* 21:19

que gênero de morte. Uma tradição antiga diz que Pedro foi martirizado crucificado de cabeça para baixo.

Segue-me. Isto é como a chamada original feita por Jesus a seus apóstolos (Mt 4:19; Lc 5:27; conforme Jo 21:22). Todo este incidente restaura Pedro ao seu lugar como um apóstolo, lugar que a sua negação ameaçou tirar dele.

* 21:20

o discípulo a quem Jesus amava. Esta adicional referência, combinada com 13 23:25, deixa pouca dúvida de que este discípulo era João, filho de Zebedeu.

* 21:24

o discípulo que dá testemunho. Ver v. 20; 13.23 e notas.

e sabemos. Esta é a confirmação de um contemporâneo que estava em condições de conhecer João pessoalmente. Portanto, todo o Evangelho, incluido o cap. 21, foi aceito imediatamente pela igreja primitiva.

* 21:25

nem no mundo inteiro caberiam. O autor usa hipérbole (exagero), para acentuar o fato de que os escritores dos Evangelhos tinham de ser seletivos em relação aos fatos e detalhes incluídos em suas narrativas.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 21 do versículo 1 até o 25
21.1ss Este capítulo se ocupa de como Jesus comissionou ao Pedro. Talvez Pedro necessitava um estímulo especial depois de negá-lo já que se haverá sentido totalmente indigno. Os versículos 1:14 preparam o cenário da conversação do Jesus com o Pedro.

21:7 Unicamente João ("aquele discípulo a quem Jesus amava") reconheceu ao Jesus, sem lugar a dúvida porque Jesus levou a cabo um milagre similar antes (Lc 5:1-11).

21.15-17 Nesta cena junto ao mar, Jesus conduziu ao Pedro através de uma experiência que removeria a nuvem da negação. Pedro o fez três vezes. Três vezes lhe perguntou Jesus se o amava. Quando Pedro respondeu afirmativamente, Jesus então lhe disse que devia apascentar a seus cordeiros. Uma coisa quer dizer que ama ao Jesus, mas outra é que a verdadeira prova radica na disposição para lhe servir. Pedro se arrependeu e agora Jesus lhe pede que dedique sua vida. A vida do Pedro trocou quando ao fim soube quem era Jesus. Sua ocupação trocou de pescador a evangelista, sua identidade trocou de impetuosa a "rocha" e sua relação com o Jesus trocou. Era perdoado e compreendeu o significado das palavras do Jesus a respeito de sua morte e ressurreição.

21.15-17 Jesus perguntou ao Pedro três vezes se o amava. A primeira vez Jesus disse: "Ama-me mais que estes?" (em grego, emprega-se a palavra ágape. Significa amor volitivo, autosacrificial). A segunda vez, Jesus se centra sozinho no Pedro e volta a empregar a palavra grega ágape. A terceira, Jesus usa a palavra grega fileo (que significa afeto, afinidade ou amor filial) e em efeito lhe perguntava: "É seriamente meu amigo?" Sempre Pedro tinha respondido com a palavra fileo. Jesus não aceitou precipitadamente respostas superficiais. Sabe chegar aonde tem que chegar. Pedro teve que enfrentar seus motivos e sentimentos verdadeiros quando Jesus o confrontou. O que responderia você se Jesus lhe perguntasse: "Ama-me?" Realmente ama ao Jesus? É você seu amigo?

21.18, 19 Esta era uma predição da morte do Pedro por crucificação. A tradição indica que ao Pedro o crucificaram por sua fé com a cabeça para abaixo porque não se considerou digno de morrer como seu Senhor. Sem tomar em conta o que seu futuro lhe proporcionava, Jesus disse ao Pedro que o seguisse. Podemos enfrentar com temor e incerteza o futuro, mas podemos estar seguros de que Deus tem o controle e lhe seguir com fé.

21.21, 22 Pedro perguntou ao Jesus como morreria João. Jesus lhe respondeu que não devia preocupar-se por isso. Tendemos a comparar nossa vida com outros, seja para racionalizar nosso nível de devoção a Cristo ou para questionar a justiça de Deus. Jesus nos responde na forma que o fez ao Pedro: "O que a ti? me siga você!"

21:23 A tradição diz que João, logo depois de passar vários anos exilado na ilha do Patmos, voltou para o Efeso, onde morreu a uma idade muito avançada, ao final do primeiro século.

21:25 João estabelece que seu propósito ao escrever seu Evangelho era mostrar que Jesus é o Filho de Deus. Apresentou com claridade e de maneira sistemática evidencia que respaldavam as declarações do Jesus. Quando uma evidência se apresenta no palácio de justiça, os que a ouvem devem tomar uma decisão. Os que lêem o Evangelho do João também devem tomar uma decisão: É Jesus o Filho de Deus? Você é o jurado. A evidência se apresentou com claridade. Você deve decidir. Leoa o Evangelho do João e dita-se.

APARIÇÕES DO Jesus DESPUES DE SEU RESURRECCION

María Madalena: Mc 16:9-11; Jo 20:10-18

As outras mulheres na tumba: Mt 28:8-10

Pedro em Jerusalém: Lc 24:34; 1Co 15:5

Os dois viajantes no caminho: Mc 16:12-13

Dez discípulos detrás portas fechadas: Mc 16:14; Lc 24:36-43; Jo 20:19-25

Com Tomam, todos os discípulos (menos Judas 1scariote): Jo 20:26-31; 1Co 15:5

Sete discípulos enquanto pescavam: Jo 21:1-14

Onze discípulos na montanha: Mt 28:16-20

Uma multidão de quinhentos: 1Co 15:6

Seu irmão Santiago: 1Co 15:7

Os que o viram subir ao céu: Lc 24:44-49; At 1:3-8

A verdade do cristianismo descansa com firmeza na ressurreição. Se Jesus ressuscitou da tumba, quem o viu? Quão confiáveis foram as testemunhas? Quem declarou havê-lo visto ressuscitado puseram de cabeça ao mundo inteiro. Muitos, inclusive, morreram por seguir a Cristo. É estranho que a gente mora por uma verdade pela metade. Estas foram pessoas que viram o Jesus ressuscitado.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de João Capítulo 21 do versículo 1 até o 25
F. O epílogo (cap. 21)

1 Depois destas coisas, Jesus manifestou-se outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e ele manifestou -se desta maneira. 2 Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos. 3 Simão Pedro disse-lhes: I ir um pesca. Eles disseram-lhe: Nós também vamos contigo. Saíram e entraram no barco; e naquela noite nada apanharam. 4 Mas quando o dia já estava quebrando, Jesus se apresentou na praia.: todavia os discípulos não sabiam que era Jesus 5 Jesus, pois, lhes disse: Filhos, tendes alguma coisa para comer? Responderam-lhe: Não. 6 E disse-lhes. Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis. Lançaram pois, e já não a podiam tirar, pela multidão dos peixes. 7 Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor. Então, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, ele cingiu seu casaco sobre ele (porque estava nu) e lançou-se ao Mc 8:1 Mas os outros discípulos vieram no barco pequeno (porque não estavam distantes da terra , mas cerca de duzentos côvados), levando a rede cheia de peixes. 9 Então, quando eles saíram sobre a terra, eles vêem um ali brasas, e um peixe posto em cima, e pão. 10 Jesus disse-lhes: Traga de . o peixe que vós já fizeram 11 Então Simão Pedro subiu e puxou a rede para terra, cheia de grandes peixes, cento e cinqüenta e três por todas eram tantos, a rede não se rompeu. 12 Jesus disse-lhes: Vinde e quebrar o seu jej1. E nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? sabendo que era o Senhor. 13 Chegou Jesus, tomou o pão e deu-lho, e semelhantemente o peixe. 14 Esta é a terceira vez que Jesus se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.

15 Então, quando eles tinham quebrado o jejum, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Disse-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros. 16 Disse-lhe segunda vez: Simão,filho de João, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas. 17 Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Pedro entristeceu-se por ele, disse-lhe terceira vez: Amas-me? E ele disse-lhe: Senhor, tu sabes que te amo. . Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas 18 verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu girdest ti mesmo, e andavas por onde tu wouldest; mas, quando fores velho, tu Estende a tua mão, e outro te cingirá e te levará para onde tu não queres. 19 Agora, isto ele disse, significando com que morte havia de glorificar a Deus. E quando ele tinha falado isso, disse-lhe: Segue-me. 20 Pedro, voltando-se, viu que o discípulo a quem Jesus amava; que também se inclinou para trás em seu peito durante a ceia, e disse: Senhor, que é o que te trai? 2I Pedro, pois, vendo-o, disse a Jesus: Senhor, e deste que será fazer? 22 Jesus disse-lhe: Se eu quiser que ele fique até que eu venha, o que é que a ti? Segue-me tu. 23 Este dizer, portanto, saiu entre os irmãos, que aquele discípulo não morreria: Jesus ainda não disse a ele, que ele não deve morrer; mas, Se eu quero que ele fique até que eu venha, que é que a ti?

24 Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu essas coisas e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.

25 E também há muitas outras coisas que Jesus fez, o que se eles devem ser escritas uma por uma, creio que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem.

Este capítulo provavelmente foi adicionado ao Evangelho na sua forma inicial pelo autor, a fim de apresentar algumas aparições pós-ressurreição de Jesus na Galiléia, assim como em Jerusalém, onde a maior parte do material para o Evangelho de João foi originado. Ele pode ter sentido essa necessidade, em reconhecimento da ênfase galileu, nos sinóticos. Os discípulos e sete de pesca-los-ia no lago da Galiléia, a convite de Pedro. Jesus apareceu para eles, pela terceira vez, depois da Ressurreição (v. Jo 21:14) (as outras ocasiões são os da Jo 20:19-23. ;) assim, a cento e vinte foram sendo preparado para o grande dia. Devido a essas primeiras aparições, a atmosfera entre o pequeno grupo que foi pescar tinha mudado visivelmente, e vamos encontrá-los em um quadro mental mais relaxado.

Na lista de sete discípulos Pedro foi nomeado primeiro e segundo Tomé. Com exceção do próprio João, estes foram os dois homens mais proeminentemente envolvidos na paixão e ressurreição de Jesus. Além disso, o autor mencionado dois discípulos não identificados, nenhum deles sendo João. Esta referência a pessoas não identificadas segue um padrão familiar encontrada no Evangelho de João. Sua ausência prolongada do barco e custo líquido Pedro e seus companheiros muito de sua habilidade dos velhos tempos; eles trabalharam durante toda a noite, sem sucesso. A miraculosa dos peixes que eles tomaram após a aparição de Jesus serviu para revelar-lhes a sua identidade; e, ao mesmo tempo, que contém certas verdades simbólicas. Nenhum significado deve ser colocado sobre o vazamento do líquido no lado direito do barco , e não de qualquer outro local. O fato de que eles seguiram as instruções serve para mostrar a sua obediência a Jesus; isto é, se o tivessem reconhecido imediatamente. Ou ele só pode mostrar que eles foram abertos para sugestões, o que seria bastante revelador, já que Pedro era o líder da expedição. Foi a sua grande captura de peixes que confirmou o seu reconhecimento do homem sobre a terra como sendo Jesus. Por este milagre Jesus procurou mostrar-lhes o que isso significaria para eles serem "pescadores de homens." O seu sucesso dependeria de Deus e homem-nem poderia pegar peixe sozinho. O objetivo da Encarnação é visto nesta necessidade de Deus e do homem que trabalha em conjunto para a salvação do mundo. O número de peixes (153) pode representar uma contagem real, mas o grande número representa um grande sucesso, e promete sucesso para a Igreja. A rede não se alugar -e assim a Igreja será capaz de suportar a maior tensão que pode ser colocado sobre ele: "as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16:18. ). O número de peixes também pode representar a natureza universal do Evangelho, para o mundo antigo acreditava que havia 153 espécies de peixes.

Pedro e João foram novamente emparelhado nesta narrativa. João imediatamente percebeu que era Jesus sobre a terra, e com a notícia Pedro espirrou seu caminho de cem metros para chegar até ele. Como de costume, João foi rápido para ver enquanto Pedro foi rápido para agir. O objetivo principal de Jesus em aparecer aos sete discípulos não parece ser o grande captura de peixes. Depois Ele disse a Pedro para voltar para o barco e ajudar a trazer a captura, os peixes são esquecidos na narrativa. Jesus já tinha peixe fritura sobre as brasas, e todos eles tinham conhecimento de que era Jesus no momento em que Ele os convidou para compartilhar café da manhã com ele. A porção de pão e peixe é sugestivo da Ceia do Senhor. O café da manhã tornou-se o cenário para mais um comissionamento dos discípulos que Jesus fez Pv 1:1 ). E agora três vezes ele foi convidado a reconhecer a sua lealdade para com Ele. Simão, filho de João [ Joanes, bar ], amas-me mais do que estes? (v. Jo 21:15 ). É concebível que Jesus queria dizer: "mais do que os barcos e redes", mas não provável. A questão refere-se a jactância antes de Pedro: "Se todos se escandalizem em ti, eu nunca vou ser ofendido" (Mt 26:33. ), e Jesus foi "perguntando-lhe se ele agora professa a ter mais lealdade e devoção do que o resto . "O episódio que se seguiu foi, em primeiro lugar, uma restauração completa de Pedro ao seu antigo lugar de favor e discipulado na presença dos outros discípulos. A negação pública devem ser anuladas por uma declaração pública de lealdade. Em segundo lugar, Jesus estava dizendo que o cristão tem de estar vinculado ao seu Senhor por laços de amor. E, em terceiro lugar, que o amor e lealdade a Cristo deve encontrar a sua expressão na obediência à comissão para ganhar outros para Ele.

Muita ênfase foi colocada sobre o fato de que Jesus, ao falar com Pedro, usado duas palavras diferentes gregas que são traduzidas amor- ágape e phileo . Sábios gregos não estão de acordo sobre se um é mais forte do que o outro, e alguns pensam que não há nenhum significado na mudança de um para o outro, porque ambos os termos foram usados ​​por João para o amor de Deus (Jo 14:23 ; Jo 16:27 ), e por amar o mundo pecaminoso (. 1Jo 2:15 ): Também, o Discípulo Amado é tanto Agapa hon e hon ephile . Barrett acredita que o uso de duas palavras gregas no Evangelho de João mostra que eles são sinônimos. Aqueles que insistir sobre a mudança de significado no uso das duas palavras muitas vezes não conseguem notar que a mudança também é feita em palavras de cordeiros para ovinos e de alimentação para tendem (ou pastor); também, que há três palavras usadas para peixes neste capítulo. Para ser totalmente coerente, deve-se encontrar significado em todas essas mudanças de palavras. Ao mesmo tempo, deve-se reconhecer (e americanos modernos deveria saber isso melhor) que as distinções devem ser feitas entre o amor como uma virtude, o amor como afeto e amor como paixão. Há palavras disponíveis para tais distinções, mas eles são pouco usados ​​no discurso popular. Não é certo que os escritores do Novo Testamento sempre usou palavras com distinções sutis de significado. Westcott, juntamente com outros, tem motivos legítimos para a sua interpretação desta passagem. É assim:

Jesus usou ágape , o termo mais forte, e duas vezes Pedro respondeu com phileo , o mais fraco prazo. Então Jesus acomodados sua pergunta a Pedro, não exigindo o maior amor de Pedro, porque ele ainda não era capaz de dar-lhe. Pedro era, por sua vez exortados a alimentar cordeiros, cuidar das ovelhas , e apascentar as ovelhas . O chefe da necessidade de pequenos cordeiros é para ser alimentado, enquanto ovelhas adultas precisam ser cuidadas ou cuidada pelo pastor; mas ovelhas também precisam ser alimentados.Isso, para mim, é a interpretação mais satisfatória que pode ser colocado sobre esta passagem. No entanto, é bem observar que essas diferenças podem ser facilmente levada muito longe. Jesus encontrar tanta razão para mudar de ágape para phileo como Ele teve de mudar de cordeiros para ovinos e de alimentação para cuidar? Certamente não é correto dizer que ágape significa o amor divino e phileo significa amor humano.

Esta mensagem de demonstrar o seu amor era para todos aqueles que ouviram e todos aqueles que iria ler; mas, em particular, Jesus disse a Pedro, para imediatamente Ele disse a Pedro o que seria seu fim como um homem de tamanha devoção a Cristo e Sua causa, ele seria crucificado como Jesus tinha sido. Siga-me à cruz, Jesus estava dizendo. A expressão cinge-te parece referir-se à maneira de ser ligado à cruz por cordas ao invés de ser preso por picos. Este foi mais torturante do que pregar porque um foi deixado mais tempo para morrer no sol e calor, com fome e sede. O convite para seguir a Cristo tinha tomado um significado infinitamente mais rico do que tinha quando pela primeira vez os discípulos foram chamados. A tradição diz que Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, porque ele não se sentia digno de ser crucificado na posição vertical, como foi Jesus.

Não é de admirar que Pedro hesitou antes de responder. Ele queria saber o que pode ser exigido dos outros discípulos, e o que eles pensavam sobre ele. Ele que sempre correu em frente agora se tornou muito deliberada. A vida tem uma maneira de fazer isso para todos nós, de uma forma ou de outra. Pedro queria saber se João seria necessária a mesma medida de devoção. Havia quase uma nota de crítica em sua voz, tanto quanto implicar que João pode ser necessário menos sacrifício, porque ele era o discípulo que Jesus amava . "Senhor, o que acontece com este homem?" (V. 21 , RSV), perguntou a Pedro. A resposta de Jesus foi hipotético como João explicou mais tarde. Ele respondeu neste sentido: "Se João vive até que eu volte novamente enquanto você tem que morrer na cruz não é o problema real. Apenas uma questão é envolver-vontade de seguir-me onde quer que eu possa levar. "Não há nenhuma maneira de equalizar as demandas que a devoção cristã faz de vários cristãos. Em um sentido muito real, cada homem determina o quanto ele está disposto a sacrificar ou dar, a fim de ser um testemunho de Cristo. Também não é possível avaliar a contribuição de qualquer um homem contra o da outra. Cálculos humanos e as normas não pode analisar ou pesar amor. A fidelidade é a medida do amor.

Após afirmando ser uma testemunha ocular ao que ele havia escrito, talvez para os primeiros vinte capítulos, assim como o capítulo 21 -João fechou sua escrita em uma nota alta de louvor a Cristo. Ele estava pensando não só da sua vida terrena e ministério, mas também do efeito da Sua vida e morte sobre o mundo. O que ele e os Synoptists-tinha escrito era apenas uma gota em um balde. "Os homens sempre continuar escrevendo sobre Jesus, porque Ele será sempre fazendo história. O Jesus da história é o Jesus de toda a história desde a sua vinda. O 'gesta Christi, "as realizações de Cristo, ainda não terminaram." O mundo, e além-todo o tempo e espaço estão cheios de que Jesus fez, e está fazendo, e continuará a fazer, para todo o sempre, Amém !

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Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de João Capítulo 21 do versículo 1 até o 25
O capítulo final mostra Cristo como o Mestre de nosso serviço e o Ami-go dos pecadores. Se não houvesse esse capítulo, não saberiamos o que aconteceu entre Pedro e o Senhor e se real mente resolveram ou não a questão a respeito da desobediên-cia dele.

  1. Uma noite de derrota (20:1-3)

Pedro, sem receber nenhuma ordem nesse sentido, voltou à pescaria. Ele abandonou de vez o seguir Cristo (Lc 5:1-42) e, agora, voltava à an-tiga vida. Tudo nessa cena fala de derrota: (1) está escuro, o que indi-ca que não caminhavam na luz; (2) eles não tiveram uma palavra dire-ta do Senhor; (3) não conseguiram nada com seu esforço; (4) eles não reconheceram a Cristo quando este apareceu, o que indica que a visão espiritual deles estava obscureci- da. Pedro, ao tomar uma decisão precitada, fez com que outros seis homens também errassem. A má in-fluência é algo muito ruim. Temos de lembrar que Deus nos abençoa apenas quando permanecemos em Cristo e obedecemos à Palavra. "Sem mim nada podeis fazer" (15:5). Mui-tos cristãos empreendem atividades que contrariam a Bíblia, embora sejam bem-intencionados, e só per-dem tempo, dinheiro e energia por nada. Sejamos pacientes. É melhor esperar a orientação do Senhor e, assim, receber sua bênção, que nos envolvermos por conta própria em atividades inúteis.

  1. Uma manhã de decisões (21:4-17)

A luz começa a brilhar quando Cris-to entra em cena. Da praia, ele os instrui, e, assim, eles pegam uma quantidade enorme de peixe! Pou-cos minutos de atividade sob o con-trole de Cristo realizam muito mais que uma noite inteira de esforço carnal! E interessante comparar esse milagre com o do início da carreira de Pedro relatado em Lc 5:0). A localização — mar da Gali- léia — lembrou-o de várias experiên-cias passadas com Cristo: a alimenta-ção dos 5 mil, o caminhar sobre as águas, o peixe com a moeda, a tem-pestade que foi acalmada, etc.

Como Pedro negou Cristo três vezes em público, ele tinha de corri-gir isso publicamente. Observe que Cristo alimentou Pedro antes de li-dar com o pecado dele. Só o Senhor é capaz de nos abençoar primeiro, para depois lidar conosco! A ques-tão era o amor de Pedro por Cristo.

A vida do homem que realmente ama Cristo é devotada e dedicada. Veja que Cristo dá um novo comis-sionamento a Pedro: agora, além de ser um pescador de homens, ele é um pastor. (Veja 1 Pe 5.) Agora, ele é o pastor das ovelhas e alimenta- as com a Palavra de Deus. Espera-se que todos os cristãos sejam pesca-dores de homens (ganhadores de almas), mas alguns são chamados para o ministério especial de pasto-rear o rebanho. Não há nada de bom em ganhar o perdido se não houver uma igreja que possa alimentá-lo e cuidar dele.

  1. Um dia de dedicação (21:18-25)

Há uma grande diferença entre filia-ção (ser salvo) e discipulado (seguir o Senhor). Nem todos os cristãos são discípulos. Pedro não perdeu sua fi-liação quando pecou, mas afastou-se de seu discipulado. Por isso, Cristo repetiu seu chamado: "Segue-me". Cristo também confronta Pedro com a cruz (v. 18), uma indicação de que Pedro também seria crucifica-do. (Veja 2Pe 1:12-61.) Temos de tomar a nossa cruz antes de seguir a Cristo. Essa ordem assume um novo significado quando lembramos que, antes, Pedro tentara afastar Cristo da cruz (Mt 16:21-40).

Mais uma vez, Pedro come-te um erro trágico: ele desvia seus olhos do Senhor e começa a olhar os outros, nesse caso João. Devemos manter nosso olhar apenas em Cristo se quisermos segui-lo (He 12:1-58). Não é "da nossa conta" como Cristo lida com os outros co- operadores; nossa tarefa é seguir a Cristo e lhe obedecer. (Veja Rm 14 para saber como devemos nos rela-cionar com os outros cristãos.)

João termina seu evangelho com a afirmação de que, se escre-vesse tudo que Cristo fez na vida, o mundo seria pequeno para a quanti-dade de livros necessários para o re-lato. Os quatro evangelhos não são "vidas de Cristo", mas quatro retra-tos de Jesus com ênfase em aspectos distintos. João diz que seria impossí-vel relatar sua vida completa.

Não leriamos a respeito de Pe-dro em Atos 1, se, em João 21, ele não tivesse se encontrado com Cris-to, confessado seu pecado e afirma-do seu amor. Mais tarde, Deus pôde usar Pedro, porque se endireitou com o Senhor. Cristo abençoa e usa os que o seguem.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 21 do versículo 1 até o 25
Cap. 21, é evidentemente um pós-escrito. Pelo es tilo podemos estar seguros que o autor foi João, o autor do evangelho.
21.1 Tiberíades, i.e., o Mar de Galiléia.

21.3 Vou pescar. Esta narrativa ilustra a ineficácia de pescar homens (Mt 4:19) sem o Cristo ressuscitado estar presente (15.5). Logo que Ele veio e os discípulos obedeceram às Suas ordens, o sucesso foi imediato, e tremendo (6).

21.5 Filhos (gr paidia). Termo só usado por João aqui e em1Jo 2:12, 1Jo 2:18.

21.7 É o Senhor. O discípulo amado foi o primeiro a reconhecer que era Cristo (conforme 20.8, 16n). Despido, i.e., apenas as vestes de baixo.

21.8 Duzentos côvados eram cerca Dt 9:0; Jo 13:1-43).

21.14 Terceira vez. Isto é, que Jesus apareceu a grupos (20.19ss; 20.26ss). Durante os quarenta dias entre a ressurreição e a ascensão os quatro evangelhos relatam dez encontros de Jesus com:
1) Maria, Mc 16:9-41; Jo 20:11-43);
2) as mulheres (Mt 28:8-40);
3) Pedro (Lc 24:34; 1Co 15:5);
4) dois discípulos (Lc 24:13-42);
5) dez discípulos (Lc 24:36-42);
6) os onze apóstolos (Jo 20:26-43; 1Co 15:5);
7) a sete no Mar de Galiléia (Jo 21:0);
9) Tiago (1Co 15:7);
10) quando Jesus subiu ao céu (Lc 24:44-42; At 1:3-44).

21.15 Estes outros tem sentido duplo:
1) coisas da profissão e
2) pessoas. Pedro amaria a Cristo mais que os outros discípulos?

21.17 Me amas (gr phileõ "ser amigo”). Após usar agapaõ "amar desinteressadamente", duas vezes, Jesus passa a usar a palavra que Pedro usou três vezes.

21.18,19 Eras mais moço. I.e., quando o discípulo pensava apenas em sua própria vontade. Velho, seria quando Deus dirigiria a vida até a morte. Estenderás as mãos. Jesus profetizou a morte de Pedro pela crucificação; o que aconteceu entre 64-67 d.C. por ordem de Nero.

21.21 Este. Trata-se, aqui, do discípulo amado que deu testemunho neste evangelho (24). 21.22,23. Uma das razões principais pelo acréscimo deste pós-escrito era para desmentir este mal entendido. Cristo não quer que Sua vinda seja motivo de especulações (At 1:7; 2Pe 3:10).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 21 do versículo 1 até o 25
IV. APÊNDICE (21:1-25)

Os dois últimos versículos do cap. 20, provavelmente, constituíam o fim original do evangelho. O presente capítulo deve ter sido acrescentado como um apêndice, para esclarecer um mal-entendido que havia surgido com relação às palavras de Jesus com respeito ao futuro do discípulo amado (v. 20-23) e para registrar a restauração de Pedro a uma posição de responsabilidade singular dentro da Igreja (v. 15-19).

v. 3. Vou pescar (gr. hypagõ alyein): A construção significa um retorno à ocupação anterior da pessoa. Visto que cada uma das aparições pós-ressurreição transmitiu alguma verdade espiritual (conforme comentário Dt 20:19), assim, aqui, o Senhor ressurreto torna conhecido o seu poder nas ocupações diárias. Que os homens não pescaram nada, não surpreende, pois tinham ficado afastados da pesca durante anos! v. 5. Filhos (gr. paidia): Uma expressão coloquial, v. 6. Lancem a rede do lado direito: Sejam quais forem as implicações mais profundas dessa ordem, a lição principal é a de completa obediência ao Mestre, v. 7. E o Senhor!: Só isso já seria suficiente para sugerir que o evento ocorreu depois das aparições anteriores, e, além disso, serve para sugerir que as aparições pós-ressurreição Dt 20:1,9,11,14,20,24,

26). Além disso, a Palavra de Deus nunca retornou a ele como um eco infiel, mas sempre cumpriu o propósito para o qual tinha sido falada (Is 55:11), preeminentemente como poder de gerar vida (Is 55:3) e como uma compulsão sobre os seus mensageiros (Jr

23.29). Essa é uma pressuposição básica do AT. No entanto, sempre que certos trechos do AT sugeriam que algo de Deus pudesse ser visto pelos homens (e.g. Ex 33:22,23; Is 6:1; Is 48:13 etc.), ou que ele possuísse partes humanas, os targuns aramaicos posteriores removeram essas referências, inserindo circunlocuções no lugar delas, geralmente memra, “a palavra”, que poderia estar por trás do emprego do logos de João. Deus agora foi visto na Palavra que se tornou carne. Devese lembrar, também, que o livro de Provérbios, junto com outros livros da literatura sapiencial, personifica a Sabedoria e a representa como associada com Deus na criação do mundo (conforme Pv 8:22-20).

Para a mente grega, logos era também um termo significativo. A partir de Heráclito, quando pensadores começaram a formular uma doutrina do controle criativo intrínseco no Universo, o logos passou a ser um termo técnico entre os filósofos, particularmente os estóicos (como também Fílon).

Essa autoridade, escreve João, expressando a exata natureza da divindade e sua sabedoria na criação e salvação, é revelada em Cristo. Ele domina o poder eterno em virtude de sua divindade. Mas os seus atos são racionais e por isso reveladores. Ele é Deus. Ele é Cristo. Ele é Senhor. Por isso, ele pode da mesma forma fazer afirmações incomparáveis e promessas inigualáveis (cf. He 1:1; Cl l.lóss). E principalmente essa idéia de Deus, ativo e imanente no mundo criado e revelado nos eventos na história, que está implícita no uso que João faz de “a Palavra”. Mas, sem dúvida, ele reconhece a concepção grega como a que comunica a racionalidade do Universo e que sugere uma mente pensante e intencional. João acrescenta a personalidade distinta às duas idéias, embora possa haver alusões à personalidade nos trechos de Provérbios. Embora a Palavra não seja especificamente mencionada após o prólogo, não devemos perder de vista que sempre que Jesus fala ou age ele é a Eterna Palavra Encarnada. E como o testemunho de Apocalipse (conforme Ap 19:13) dessa Palavra, João lembra os seus leitores de que o seu livro não é somente um tratado teológico, mas um testemunho de Cristo como aquele que é o único digno de receber glória e honra. “Adore a Deus! O testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (Ap 19:10).

COMENTÁRIO ADICIONAL II

A mulher flagrada em adultério (7.53—8.11)

E certo que esses versículos são uma inserção posterior na obra original. São omitidos pelas melhores autoridades do texto, embora um grupo de manuscritos os coloque após Lc 21:38. Eles quebram completamente a seqüência dos caps. 7 e 8, e os versículos contíguos têm fluência perfeita sem o trecho em questão. Eles podem ter sido inseridos para dar uma ilustração das palavras de Jesus: “Vocês julgam por padrões humanos; eu não julgo ninguém” (8.15). Mas a história tem um toque de autenticidade e descreve adequadamente o equilíbrio perfeito que Jesus sempre mantinha entre a verdade, por um lado, em que ele condena o pecado da mulher, e a graça, por outro lado, com a qual ele anula a condenação da mulher em si.

O dilema da situação em que os escribas e fariseus trouxeram essa mulher a Jesus estava no fato de que, se Jesus dissesse que ela não deveria ser apedrejada, então ele seria suscetível à acusação de se opor à autoridade da lei judaica; mas, se ele dissesse que ela poderia ser apedrejada, poderia ser acusado sob a lei romana de incitação ao assassinato, visto que as autoridades judaicas não tinham jurisprudência sobre a pena capital. O ato de Jesus escrever no chão com o dedo tinha o propósito de desviar da mulher os olhos insensíveis deles e dar-lhes uma oportunidade de recuarem. A sua resposta: Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela transporta toda a questão de um patamar legal para o nível moral.

Jesus, então, se volta para a mulher e se nega a pronunciar um juízo contra ela, mesmo que tenha o direito de fazê-lo. Pois a condição essencial para o tratamento que ele dá a essa mulher está na certeza da sua própria impecabilidade.

BIBLIOGRAFIA

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Stauffer, E. New Testament Theology. T.I. London, 1955.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 21 do versículo 1 até o 14
XI. EPÍLOGO Jo 21:1-43 não implica necessariamente que João aproveitou a narrativa de Lucas. Seguindo a sugestão de Pedro, seis discípulos, inclusive Tomé, Natanael, os filhos de Zebedeu e mais dois cujos nomes não são mencionados, passam a noite toda pescando no mar de Tiberíades sem apanhar coisa alguma. De madrugada, Jesus aparece na praia e dirige-se afetuosamente aos discípulos: "Filhos, tendes aí alguma cousa de comer?" (5). Quando respondem que não, Ele manda lançar a rede à direita do barco. A mera obediência à Sua palavra produz resultados além das expectativas. Com isto, o "discípulo amado" reconhece o Senhor e informa Pedro, que logo lança-se ao mar (7). Os outros chegam para achar uma refeição já pronta, e recebem a ordem de trazer dos peixes apanhados. Pedro arrasta a rede para a praia e Jesus convida-os, dizendo: Vinde, comei (12). Esta era a terceira vez que Jesus se manifestou aos discípulos. As duas outras ocasiões são citadas em Jo 20:19 e segs. e Jo 20:26 e segs. O milagre da pesca tem o objetivo de ensinar as condições únicas em que os discípulos, como pescadores de homens, poderão fazer a obra.

John Gill

Adicionados os Comentário Bíblico de John Gill, Ministro Batista
John Gill - Comentários de João Capítulo 21 do versículo 11 até o 12

21:11 - Simão Pedro subiu,… Ou ao mar, sendo mais elevado do que a terra, ou ao barco que estava na praia: ele entrou abordo e...

Puxou a rede para a terra cheia de grandes peixes;… Não sozinho, mas os outros dos discípulos com ele; embora só ele seja mencionado; um emblema do número completo dos escolhidos de Deus sendo trazidos a salvos para a praia, a Cristo, e aos céus, através de várias tribulações e aflições no mundo, que apropriadamente significa as ondas do mar. Cujo número é um mistério, que eu, deveras, não sei. A conjectura de Grotius é que seja uma figura dos prosélitos nos dias de Davi e Salomão, o que parece sem fundamento; visto que eles não eram assim muitos milhares, mas uns seiscentos. E muita pouca consideração deve ser dada aos pensamentos de outros, que dizem que o grande número, cem, diz respeito aos convertidos entre os Gentios, e o menor entre os Judeus; bem melhor é a observação de outros, de que significa a coleta de todas as sortes de pessoas a Cristo, e sua Igreja.

E havendo tantos;… Em número, e esses tão grandes e pesados. A versão Siríaca lê כלה יוקרא בהנא, “com toda a sua força”, ou “carga”, e assim também a versão Persa; mas a Árabe, “com tão grande número”; tanto as idéias de número e peso devem ser preservadas, para fazer o que se segue mais observável:

Ainda assim a rede não se rompeu;… Que deve ser atribuído ao pode divino de Cristo; e é um emblema do poder de Deus em assistir o Evangelho, a regeneração, conversão, e a salvação do seu povo, e da grande utilidade dele, mesmo que desprezível aos olhos dos homens, e de sua permanência e duração, até que todo o eleito de Deus seja reunido.[1]

21:12 - Jesus disse-lhes, vinde e jantem,... Uma pessoa poderia pensar que seria mais apropriado ele ter dito, vinde e tomai o desjejum do que vinde e tomai a janta, visto que era assim cedo de manhã: mas Grotius observou de Homer, que a palavra αριστον, é usada para comida ingerida de manhã; de forma que ela pode significar aqui, não o que nós chamamos janta, mas a alimentação feita em uma manhã; e pode ser um emblema do revigoramento que os crentes desfrutam com Cristo em sua casa e ordenanças, e desses prazeres perpétuos que eles participarão com ele na manhã da ressurreição: e deve ser observado que ele não diz ide e jantem, mas venham e jantem; ou seja, junto com ele: ele não envia os seus discípulos para outro lugar para comida, mas os convida a vir a ele, para ouvir a sua palavra que é alimento para a fé, para esperar na sua casa, onde bastante provisão é feita, e para assistir-lhes em suas ordenanças, e em tudo alimentar-se nele; do qual todos eles são muito bem-vindos.

E nenhum dos discípulos dizia-lhe: quem és? Sabendo que era o Senhor: pois fazer essa pergunta era desnecessário, e seria impertinente, e eles poderiam ser apropriadamente repreendidos e censurados: iria parecer insolência, ou descrença, ou ambos, e seria grandemente agravado, quando era tão claro que era o Senhor; que podia ser conhecido pela sua voz e pessoa, especialmente quando eles se aproximaram dele, e também pelos milagres que ele operou: assim, ao último dia, quando todo olho o verá vindo com as nuvens dos céus, ninguém perguntará quem ele é; pois todos saberão que é ele.

______________
Notas
[1] Conforme Ap 7:3. N do T.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de João Capítulo 21 do versículo 1 até o 25

75. Epílogo-Parte 1: Auto-esforço ou Poder Espiritual? (João 21:1-14)

Depois destas coisas, Jesus manifestou-Se outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades, e Ele Se manifestou dessa forma. Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos. Simão Pedro disse-lhes: "Eu vou pescar". Eles disseram-lhe: «Nós também vamos contigo." Saíram e entraram no barco; e naquela noite não apanharam nada. Mas, quando o dia já estava quebrando, Jesus se apresentou na praia; todavia os discípulos não sabiam que era Jesus. Então Jesus disse-lhes: "Filhos, você não tem nenhum peixe, não é?" Responderam-lhe: "Não." E disse-lhes: "Lançai a rede para o lado direito do barco e você vai encontrar uma pegadinha." E lançaram, em seguida, eles não foram capazes de transportá-lo por causa da grande quantidade de peixes. Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: "É o Senhor."Então, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, ele colocou sua roupa exterior em (pois ele foi despojado para o trabalho), e atirou-se ao mar. Mas os outros discípulos vieram no barquinho, para que eles não estavam longe da terra, mas cerca de cem metros de distância, arrastando a rede cheia de peixes. Então, quando eles saíram em terra, viram umas brasas já está posto e peixes colocados sobre ele, e pão. Jesus disse-lhes: "Trazei alguns dos peixes que agora apanhastes." Simão Pedro subiu e puxou a rede para terra, cheia de peixes de grande porte, cento e cinqüenta e três; e apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Jesus disse-lhes: "Vinde comer". Nenhum dos discípulos se aventurou a interrogá-lo, "Quem é você?" sabendo que era o Senhor. Jesus veio e tomou o pão e deu-lho, e semelhantemente o peixe. Esta é a terceira vez que Jesus se manifestou aos seus discípulos, depois que Ele ressuscitou dos mortos. (21: 1-14)

A seção principal do evangelho de João terminou no final do capítulo 20 com súmula do apóstolo de seu propósito por escrito. Seu objetivo era que seus leitores "creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo [eles], tenhais vida em seu nome" (v 31).. Capítulo 21 é um epílogo que, junto com o prólogo (1: 1-18), suportes de livros a parte principal do evangelho.
Alguns argumentam que João não escrever este apêndice, mas insistem em que ele foi adicionado mais tarde por um dos seus colaboradores mais próximos. Entretanto, não há evidências de que o evangelho de João nunca circulou sem o capítulo 21; todos manuscritos existentes incluí-lo. Nem é o epílogo supérfluo; ele serve como uma conclusão adequada para este evangelho inspirado por responder uma série de questões levantadas nas mentes dos leitores.
Em primeiro lugar, ele responde à questão de quem iria cuidar dos discípulos depois que Jesus voltou para o Pai, e já não era fisicamente presente.
Em segundo lugar, ele encerra a história de Pedro. Ele tinha negado Cristo na noite de sua prisão e estava longe de ser encontrada na cena da crucificação. Mesmo depois de ver o túmulo vazio, ele estava incerto sobre o que realmente tinha acontecido. O epílogo revela que a negação e dúvida de Pedro não fosse o fim de sua história, relacionando a sua reconciliação com Jesus eo recomissionamento por Ele.
Em terceiro lugar, ele aborda um falso rumor de que o apóstolo João não morreria antes do retorno do Senhor.
Em quarto lugar, ele explica por que João não incluiu os "muitos outros sinais Jesus também realizados" (20:30), em seu evangelho.
Em quinto lugar, ele aborda a questão do futuro dos discípulos, agora que eles seria sem o seu Mestre. Será que Ele ainda protegê-los do mundo?
Em sexto lugar, reforça-se a verdade de que o discípulo amado não era outro senão o próprio João.
Por fim, "A presença de um epílogo parece exigido pelo prólogo de abertura, a fim de preservar o equilíbrio e simetria de structure__ Daí tanto prólogo e epílogo enquadrar o Evangelho, de tal maneira que eles fazem parte integrante do tecido teológica e literária de toda a narrativa "(Andreas J. Köstenberger, João, Baker Exegetical Comentário sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Baker, 2004], 583-84).

Os primeiros catorze versos do capítulo 21 de responder à primeira pergunta, que foi superior nas mentes dos discípulos. Pela primeira vez em mais de três anos, eles enfrentaram ter de cuidar de si mesmas, uma vez que Jesus tinha fornecido para todas as suas necessidades, enquanto ele estava com eles. O Senhor deixou claro que iria continuar a fazê-lo. Desta vez, ele demonstrou sua compromisso de atender às suas necessidades através de uma ilustração viva. Mas antes que os discípulos aprenderam a lição que Cristo iria continuar a fornecer para eles, que primeiro teve que ser trazido face-a-face com a sua própria inadequação Como resultado, a passagem ilustra duas dependências contrastantes a partir do qual eles poderiam escolher. Os discípulos podia depender de seus antigos comércios e pegar na vida como as pessoas tinham deixado antes de Jesus chamou-os, ou poderiam continuar no ministério evangélico dependente de Seu poder e disposição. Estas duas opções de enfrentar aqueles que pertencem a Cristo: estamos por nossa conta, ou vamos seguir a Cristo? A resposta é dada aqui.

Fraqueza humano e falha

Depois destas coisas, Jesus manifestou-Se outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades, e Ele Se manifestou dessa forma. Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos. Simão Pedro disse-lhes: "Eu vou pescar". Eles disseram-lhe: «Nós também vamos contigo." Saíram e entraram no barco; e naquela noite não apanharam nada. Mas, quando o dia já estava quebrando, Jesus se apresentou na praia; todavia os discípulos não sabiam que era Jesus. Então Jesus disse-lhes: "Filhos, você não tem nenhum peixe, não é?" Responderam-lhe: "Não." (21: 1-5)

A frase , depois destas coisas refere-se a um tempo indeterminado depois dos eventos registrados no capítulo 20. Os discípulos tinham deixado Jerusalém e fizeram o seu caminho para o norte para a Galiléia, como Jesus lhes ordenara (Mt 28:10; Mc 14:28; Mc 16:7).. Uma vez que "não há ninguém que busque a Deus" (Rm 3:11), era necessário que "o Filho do Homem [para] veio buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19:10). Além de tal busca, o evangelho continua loucura (1Co 1:1,30-31).

O mar de Tiberíades é mais conhecido como o Mar da Galiléia. A Bíblia também se refere a ele como o mar de Quinerete;, o Mar de Quinerote (Js 12:3 Js 13:27..), E do Lago de Genesaré (Lc 5:1), mas tinha ido até o lago. Simão Pedro , evidentemente, ficou impaciente esperando que o Senhor a aparecer e impulsivamente disse para o outro seis, "Vou pescar." Pedro era um homem impulsivo de ação, nem dado ao pé de braços cruzados por muito tempo. Ele não estava sugerindo que eles fazem alguma pesca recreativa para passar o tempo, mas sim estava declarando que estava retornando ao seu antigo modo de vida.Três linhas de evidência apoiam essa conclusão. Em 16:32 Jesus havia predito que os discípulos o abandonariam: ". Eis que vem a hora, e já chegou, para você ser espalhados cada um para a sua própria casa" A palavra "casa" foi acrescentada pelos tradutores; o texto grego diz simplesmente: "sua própria", que abrange um lar de família, propriedade, posse, e os assuntos (conforme 1Ts 4:11, onde a mesma frase grega é traduzida como "o seu próprio negócio"). A previsão de Cristo implica, portanto, mais do que isso, os discípulos voltavam às suas próprias casas. Em segundo lugar, o uso do artigo definido com o substantivo traduzido barco sugere um barco específica, provavelmente, um pertencente a um dos discípulos (ou até mesmo o próprio Pedro). Finalmente, o desafio do Senhor a Pedro no versículo 15: "Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?" é melhor interpretado quando "estes" é visto como uma referência para os barcos, redes e outros apetrechos associado com o seu negócio de pesca. O Senhor estava chamando Pedro para virar as costas para o seu antigo modo de vida e estar totalmente comprometidos com servi-Lo. (Veja a discussão sobre v. 15 no capítulo 35 deste volume.)

Obediente seguindo o exemplo regressiva de Pedro, o resto dos discípulos disseram-lhe: "Nós também vamos contigo." Certamente sentindo-se inadequados para exercer qualquer ministério espiritual em nome do reino de Deus, eles tinham certeza de pesca era algo que poderia fazer O sucesso de sete saiu e entrou no barco e começou a pesca. Como os pescadores experientes, eles sabiam que a noite era o melhor para a captura de peixes no Mar da Galiléia (conforme Lc 5:5.), E tendo "deixaram as suas redes eo seguiram" (v 20;. Conforme Lc 9:23), não havia como voltar atrás.

Depois de uma noite inútil de pesca, quando o dia já estava quebrando, os discípulos voltaram para a praia, onde Jesus se apresentou na praia esperando por eles. Como observado acima, ninguém poderia reconhecer o Senhor depois de sua ressurreição, a menos que Ele Se revelou a eles. Assim, os discípulos não sabiam que era Jesus.

Em uma repreensão suave destacando o fracasso de sua expedição de pesca, Jesus lhes disse: "As crianças, você não tem nenhum peixe, não é?" Reconhecendo que a sua tentativa de voltar para prover suas próprias necessidades haviam falhado, Responderam-lhe: "Não." Eles não conseguiram contar bastante com o plano de Jesus para sua vida e sua capacidade de dificultar sobrenaturalmente os seus esforços. É como se ele dissesse: "Faça qualquer outra coisa e eu vou ver que você não!"

Fracasso dos discípulos através dessa longa noite estabeleceram a sua incapacidade de dar-se com sucesso a qualquer outra empresa do que servir o seu Senhor. Não só tinham sido drasticamente trouxe face-a-face com a sua própria incapacidade e da soberania divina, mas eles também foram mostrados a seguir um ato criativo milagrosa, demonstrando que Jesus iria continuar a fornecer as suas necessidades.

Poder e sucesso Divino

E disse-lhes: "Lançai a rede para o lado direito do barco e você vai encontrar uma pegadinha." E lançaram, em seguida, eles não foram capazes de transportá-lo por causa da grande quantidade de peixes. Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: "É o Senhor." Então, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, ele colocou sua roupa exterior em (pois ele foi despojado para o trabalho), e atirou-se ao mar. Mas os outros discípulos vieram no barquinho, para que eles não estavam longe da terra, mas cerca de cem metros de distância, arrastando a rede cheia de peixes. Então, quando eles saíram em terra, viram umas brasas já está posto e peixes colocados sobre ele, e pão. Jesus disse-lhes: "Trazei alguns dos peixes que agora apanhastes." Simão Pedro subiu e puxou a rede para terra, cheia de peixes de grande porte, cento e cinqüenta e três; e apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Jesus disse-lhes: "Vinde comer". Nenhum dos discípulos se aventurou a interrogá-lo, "Quem é você?" sabendo que era o Senhor. Jesus veio e tomou o pão e deu-lho, e semelhantemente o peixe. Esta é a terceira vez que Jesus se manifestou aos seus discípulos, depois que Ele ressuscitou dos mortos. (21: 6-14)

O Senhor começou a segunda lição, chamando para fora para eles, "Lançai a rede para o lado direito do barco e você vai encontrar uma pegadinha." Os discípulos foram, sem dúvida, exausto e frustrado após a sua expedição de pesca falhou, e não o fez saber em primeira quem estava falando. Eles devem ter sido tentados a dizer esse estranho negrito à mente o seu próprio negócio. Afinal, eles eram experientes pescadores; quem era ele para dizer-lhes o que fazer? E ele acha que o peixe sabia a diferença entre um lado do barco e outro?

Mas havia algo de autoridade na voz que permitiu nenhum argumento ou hesitação, de modo que eles obedeceram Seu comando. Para sua surpresa, eles lançaram sua rede, e em seguida, eles não foram capazes de transportá-lo por causa da grande quantidade de peixes. Assim como Ele tinha reencaminhado todos os peixes de distância de seu barco por toda a noite, Jesus agora redirecionado uma escola enorme para o lado direito do mesmo. Como resultado, a rede estava tão cheia que todos os sete deles não podia transportá-lo em.

O paralelo entre este incidente, o que levou os discípulos "(especialmente de Pedro) recomissionamento, e sua chamada original para ser discípulos de Jesus é impressionante:

Ora, aconteceu que, enquanto a multidão estava pressionando em torno dele e da escuta da Palavra de Deus, Ele estava de pé à beira do lago de Genesaré; e viu dois barcos que estão na beira do lago; mas os pescadores tinham saído deles e estavam lavando as redes. E Ele entrou em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra. E sentou-se e começou a ensinar o povo a partir do barco. Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao águas profundas e lança as redes para a pesca". Simon respondeu, e disse: "Mestre, nós trabalhamos duro durante toda a noite, nada apanhamos, mas vou fazer o que você diz e lançarei as redes". Depois de terem feito isso, eles juntaram uma grande quantidade de peixes, e as redes começaram a quebrar; para que um sinal para seus parceiros no outro barco para eles virem e ajudá-los. E eles vieram e encheram ambos os barcos, de modo que eles começaram a afundar. (Lucas 5:1-7)

discípulo que Jesus amava (João; conforme a discussão Dt 21:20 no capítulo 35 deste volume) reconheceu imediatamente que o estranho era e disse a Pedro: "É o Senhor." Só Ele tinha esse conhecimento e poder sobrenatural. Impulsivo como sempre, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, ele colocou sua roupa exterior em (pois ele foi despojado para o trabalho, provavelmente vestindo apenas uma tanga na temporada quente de primavera), e atirou-se ao mar. Tão intenso foi seu desejo de estar com Jesus que Pedro não podia esperar para o barco para chegar à costa. Caracteristicamente, João foi mais rápido para perceber; Pedro foi mais rápido para agir.

Enquanto isso, os outros discípulos, faltando impulsividade de Pedro, veio lutando em direção à costa no pequeno barco, para que eles não estavam longe da terra, mas cerca de cem metros de distância. Uma vez que eles não foram capazes de transportá-lo, eles foram arrastando a rede cheia de peixe por trás deles.

Quando todos chegaram à costa e saiu na terra, viram umas brasas já está posto e peixes colocados sobre ele, e pão. Mostrando Seu cuidado compassivo para os cansados, famintos discípulos, Jesus tinha preparado café da manhã para eles, talvez milagrosamente criação de peixes como Ele tinha feito antes (6: 11-13). Ele lhes dissera antes, "Eu estou entre vós como aquele que serve" (Lc 22:27), e Ele lhes lavou os pés, como um exemplo de serviço humilde (13 1:43-13:15'>João 13:1-15). Agora, o Senhor ressuscitado mostrou que Ele ainda serviria os discípulos que foram fiéis a Ele pela satisfação das suas necessidades, que tinham sido incapazes em desobediência a cumprir-se. Aqui era uma ilustração prática das palavras de Jesus no Cenáculo:

Tudo o que pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. (13 43:14-14'>João 14:13-14)

 

Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito para você. Meu Pai é glorificado por este, em que deis muito fruto, e assim sereis meus discípulos. Assim como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecereis no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. Estas coisas vos tenho falado com você, para que a minha alegria esteja em vós, ea vossa alegria seja completa. (João 15:7-11)

 

Você não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei para que você iria e deis fruto, eo vosso fruto permaneceria, de modo que tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele pode dar a você. (Jo 15:16;. Conforme Fm 1:4; cf. João 1:11, A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 2006], 5-6). Para a questão de por que os peixes foram contados, DA Carson responde:

Não é surpreendente que alguém contou-as, seja como parte de dividindo-os entre os pescadores, em preparação para a venda, ou porque um dos homens era tão estupefato pelo tamanho das capturas que ele disse algo assim: "Dá para acreditar ? Eu me pergunto quantos são? " ( João, 672)

Surpreendentemente, apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Este novo é o tipo de detalhe que uma testemunha ocular iria notar, especialmente um pescador como João. Que o Senhor providenciou muito mais peixe do que eles poderiam comer em uma refeição é mais uma prova de sua provisão para eles. Os discípulos poderia ter preservado e comido o peixe ao longo dos próximos dias, ou vendeu-os e vivia dos rendimentos.

O convite do Senhor para eles, "Venha tomar café da manhã," foi uma chamada à comunhão plena. Sentindo-se culpado por sua desobediência na tentativa de retornar ao seu ex-comércio e intimidado pela presença sobrenatural de seu Mestre ressuscitado, no entanto, eles eram certamente inquieto, hesitante, e incerto. Mas nenhum dos discípulos se aventurou a interrogá-lo, "Quem é você?" Eles suprimiram a sua pergunta, sabendo que ele só poderia ser o Senhor.

Evidentemente, os discípulos ficaram muito sobrecarregado para aceitar o convite de Jesus e começar a comer. Agindo como um excelente anfitrião, Jesus veio e tomou o pão e deu-lho, e semelhantemente o peixe, começando assim a refeição. João não deu detalhes sobre o que aconteceu durante a refeição; ele pegou a narrativa depois no versículo 15, com a história de Jesus 'restaurar de Pedro. O apóstolo concluiu esta conta, observando que esta é a terceira vez que Jesus se manifestou aos seus discípulos, depois que Ele ressuscitou dos mortos, isto é, pela terceira vez registrada no Evangelho de João (conforme 20: 19-23,26 —29).

Assim como sua desobediência resultou em fracasso, a obediência dos discípulos trouxe grande sucesso. A pesca milagrosa ea refeição Ele forneceu para eles demonstraram aos discípulos que Jesus podia e ainda satisfazer as suas necessidades. Esta história também lembra a todos os crentes que a obediência sempre traz bênção (conforme Gn 22:18; Ex 19:5; Deut. 28: 1-14; Sl 19:11; 119.: . 1-2; Is 1:19; Jr 7:23; Jo 13:17; Jc 1:25; Ap 22:7; 1 Cor. 1: 26-31; 2Co 12:72Co 12:7; 1 Tm 1: 12-15)..

76. Epílogo-Parte 2: Como ser um cristão comprometido (João 21:15-25)

Então, quando eles tinham acabado de pequeno-almoço, Jesus perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?" Ele disse-lhe: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo." Ele disse-lhe: "Apascenta as minhas ovelhas". Ele disse-lhe segunda vez: "Simão, filho de João, amas-me?" Ele disse-lhe: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo." Ele lhe disse: "Pastor minhas ovelhas." Ele disse-lhe terceira vez: "Simão, filho de João, amas-me?" Pedro entristeceu-se por Ele disse-lhe terceira vez: "Você me ama?" E ele disse-lhe: "Senhor, tu sabes todas as coisas;. Você sabe que eu te amo" Jesus disse-lhe: "Apascenta as minhas ovelhas verdade, em verdade vos digo que, quando era mais jovem, você usou para cingir-se e andar onde querias;. Mas quando você envelhecer, você estenderá as mãos e outra pessoa te cingirá, e trazê-lo para onde você não deseja ir. " Ora, isto ele disse, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E, havendo dito isto, Ele lhe disse: "Siga-me!" Pedro, virando-se, viu o discípulo a quem Jesus amava-los; aquele que também havia se recostou em seu seio durante a ceia e disse: "Senhor, quem é aquele que te trai?" Então, vendo Pedro disse a Jesus: "Senhor, e que sobre este homem?" Jesus disse-lhe: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que é isso para você? Você segue-me!" Portanto, este ditado saiu entre os irmãos que aquele discípulo não morreria; Ainda Jesus não disse a ele que ele não morreria, mas apenas: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que é isso para você?" Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e escreveu estas coisas, e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. E também há muitas outras coisas que Jesus fez, que se fossem escritas em detalhe, penso que nem mesmo o próprio mundo não poderia conter os livros que seriam escritos. (21: 15-25)

O chamado do evangelho verdadeiro para seguir Jesus Cristo é uma chamada para a auto-negação. Não é uma chamada centrada no homem para a auto-realização; não há "lite cristianismo." O evangelho chama os pecadores a submeter totalmente a Jesus Cristo, para encontrar suas vidas por perdê-los, para ganhar a vida, abandonando-os, para viver a vida ao máximo por esvaziar-se. Nossa mensagem do Senhor, francamente, não era de fácil utilização; não foi muito reconfortante como ameaçador. Ele não fez a salvação fácil, mas é difícil; A pregação de Cristo, enquanto motivado pelo amor e compaixão, cheio de graça e misericórdia, e oferecendo perdão, paz e alegria agora e para sempre, ainda estava exigindo ao extremo. Jesus nunca foi culpado de fazer as coisas mais fáceis para os pecadores, e contribuindo assim para uma falsa confiança, uma falsa certeza da salvação. "Ninguém", declarou Ele, "depois de colocar a mão no arado e olha para trás é apto para o reino de Deus" (Lc 9:62). Ele advertiu que aqueles que iria segui-Lo deve estar disposto a morrer para si mesmos, e Ele ressaltou a importância de contar o custo de compromisso com Ele:

Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai e mãe e esposa e filhos, irmãos e irmãs, e até sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo. Para que um de vós, quando ele quer construir uma torre, não se senta primeiro a calcular o custo para ver se tem com que a acabar? Caso contrário, quando ele estabeleceu uma base e não a podendo acabar, todos os que observam que começam a zombar dele, dizendo: "Este homem começou a construir e não pôde acabar." Ou qual é o rei, quando ele sai ao encontro de outro rei na batalha, não se senta primeiro a considerar se ele é forte o suficiente com dez mil homens ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, enquanto o outro ainda está longe, ele envia uma delegação e pede condições de paz. Então, nenhum de vocês pode ser meu discípulo que não desistir de todos os seus bens próprios. (Lucas 14:26-33)

Em 13 40:7-14'>Mateus 7:13-14 o Senhor exortou: "Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e o caminho é largo que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela Porque a porta é pequena e o caminho. é estreito que conduz à vida, e poucos há que a encontrem. " Jesus não oferecer pecadores uma reforma superficial para satisfazer seu desejo de auto-aperfeiçoamento; Ele chama-os a apresentar a uma aquisição completa de suas vidas para a Sua glória, com benefícios eternos.

Como observado no capítulo anterior deste volume, o capítulo 21 formas um apêndice ou epílogo do Evangelho de João, trazendo o fechamento a ele por resolver algumas perguntas deixadas sem resposta no final do capítulo 20. Os primeiros catorze versos tratados questão de saber se os discípulos Jesus ainda daria para eles agora que ele estava subindo para o Pai. Ele ainda iria satisfazer as suas necessidades, como Ele ilustrou com o incidente dos peixes, e proporcionando-lhes o pequeno-almoço. Isso estabelece uma preocupação enorme divino cuidado. O restante do capítulo se concentra principalmente na restauração de Pedro, o líder dos apóstolos tão críticos para o ministério do evangelho depois da ascensão de Cristo e do envio do Espírito Santo outra preocupação-Jesus. Ele era o escolhido de Deus para ser a voz mais significativa para o evangelho aos judeus nos dias iniciais da igreja. Como tal, ele é a figura principal nos capítulos de Atos (12/
02) a abertura, e os outros apóstolos necessário para continuar a seguir a sua liderança. No processo de amarrar as coisas com Pedro, os crentes podem ver um exemplo dos meios essenciais para ser um cristão comprometido: por amar a Cristo mais do que tudo o resto, por estar disposto a sacrificar tudo por Cristo e por seguir a Cristo.

Os cristãos devotos do amor a Cristo mais que qualquer outra coisa

Então, quando eles tinham acabado de pequeno-almoço, Jesus perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?" Ele disse-lhe: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo." Ele disse-lhe: "Apascenta as minhas ovelhas". Ele disse-lhe segunda vez: "Simão, filho de João, amas-me?" Ele disse-lhe: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo." Ele lhe disse: "Pastor minhas ovelhas." Ele disse-lhe terceira vez: "Simão, filho de João, amas-me?" Pedro entristeceu-se por Ele disse-lhe terceira vez: "Você me ama?" E ele disse-lhe: "Senhor, tu sabes todas as coisas;. Você sabe que eu te amo" Jesus disse-lhe: "Apascenta as minhas ovelhas." (21: 15-17)

A marca principal dos redimidos sempre foi o amor a Deus. O Shema, a grande confissão de fé do Antigo Testamento, declara: "Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma e com todas as tuas forças" (Dt 6:5). Em 1Co 8:3). Somente aqueles que amam a Deus a vida eterna (Jc 1:12) e herdar o reino (Jc 2:5).

Pedro aprendeu da maneira mais difícil que significa amar a Jesus Cristo. Ele havia vociferously declarou sua devoção inabalável a Ele mais do que uma vez. Na Última Ceia ", disse a Simão Pedro que [Jesus]: ​​'Senhor, para onde vais?' Jesus respondeu: 'Para onde eu vou, você não pode seguir-me agora;. Mas você seguirá mais tarde' Pedro disse-lhe: 'Senhor, por que não posso seguir-te agora eu dou a minha vida para você?' "(13 36:43-13:37'>João 13:36-37). Pouco tempo depois, ele corajosamente proclamou: "Mesmo que todos podem cair por causa de você, eu nunca cairão" (Mt 26:33). No entanto, quando as fichas foram para baixo, amor confesso de Pedro falhou e ele abertamente negou três vezes que ele mesmo conhecia Jesus. Sua coragem alardeada provou ser apenas conversa vazia diante de uma situação ameaçadora.

Falha de Pedro destaca a verdade bíblica de que a obediência é a prova essencial do amor genuíno. Em Jo 14:15 Jesus colocá-lo claramente: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos." No versículo 21, Ele acrescentou: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda é aquele que me ama" (conforme 15:10). Em 1Jo 5:3). O Senhor tinha, evidentemente, já apareceu a Pedro privada (Lc 24:34; conforme 1Co 15:51Co 15:5), mas às vezes se referiu a ele como "Simon" quando Pedro fez algo que precisava de repreensão ou correção (por exemplo, Mt 17:25;. Mc 14:37; Lc 22:31). "Nenhum servo pode servir [ser um escravo para] a dois senhores:" Ele lhes havia dito anteriormente, "porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro "(Lc 16:13). Jesus desafiou Pedro a abandonar permanentemente a sua antiga vida e ser exclusivamente dedicado a segui-lo, com base em seu amor.

Pedro respondeu -lhe: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo." Há um jogo de palavras interessante no texto grego. A palavra que Jesus usou para amor é ágape , o amor mais elevado da vontade, o amor que implica um compromisso total (conforme 13 4:46-13:8'>1 Cor. 13 4:8). Pedro, dolorosamente consciente de sua desobediência e fracasso, se sentia muito culpado para afirmar que tipo de amor. Os pronunciamentos ousadas eram uma coisa do passado; quebrada e humilhado e plenamente consciente de que a sua acção se opunha à uma reclamação crível para o maior amor, Pedro respondeu usando a palavra phileo , um termo menos Sublime, que significa afeto. Ele também apelou para a onisciência de Jesus, lembrando-lhe, "Você sabe que eu te amo."

Aceitando humilde reconhecimento de Pedro que seu amor era menos do que ele tinha reclamado e Cristo mereceu, Jesus ainda recommissioned ele, gentilmente dizendo-lhe: "Apascenta as minhas ovelhas". Tendem traduz uma forma do verbo Bosko , um termo usado de pastores que pastam e que alimentam o gado. O presente do indicativo do verbo denota ação contínua. De acordo com a metáfora Ele introduziu em 10: 7-16 (conforme Sl 95:7; Ez 34:31), Jesus descreveu os crentes como os seus cordeiros, enfatizando não só a sua imaturidade, vulnerabilidade e necessidade , mas também que eles são Seus (conforme Mateus 18:5-10.). É a mesma responsabilidade dada a cada pastor, como Paulo apontou em At 20:28 e, como o próprio Pedro exortou em 1Pe 5:2; 1Pe 5:21Pe 5:2.) e graciosamente cobrado Pedro para cuidar de seu rebanho, dizendo -lhe: ". Apascenta as minhas ovelhas" restauração de Pedro foi, assim, completa.Como observa Andreas Köstenberger,

Talvez finalmente Pedro aprendeu que ele não pode seguir a Jesus em sua própria força e percebeu o vazio de afirmar sua própria lealdade de uma forma que confia mais na sua própria força de vontade do que na capacitação de Jesus .... Da mesma forma, deveria promessas de auto-serviço sadia desconfiança da lealdade hoje que traem a auto-suficiência ao invés de um humilde consciência das próprias limitações em agir sobre as melhores intenções de um [cf. 2 Cor. 12: 9-10]. ( João, Baker Exegetical Comentário ao Novo Testamento [Grand Rapids: Baker, 2004], 598)

Pedro permaneceu obediente a comissão do Senhor para o resto de sua vida. Seu ministério a partir daquele momento os envolvidos não apenas proclamar o evangelho (Atos 2:14-40; 3: 12-26), mas também alimentar o rebanho do Senhor lhe havia confiado (conforme At 2:42). Chegando ao fim de seu ministério, muitos anos depois, Pedro escreveu,

Portanto, exorto os anciãos entre vós, como seu colega mais velho, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que há de ser revelada, pastorear o rebanho de Deus no meio de vós, exercer a fiscalização não por força, mas voluntariamente , de acordo com a vontade de Deus; e não por torpe ganância, mas com ânsia; nem como dominadores dos que lhes ao seu cargo, mas servindo de exemplo ao rebanho. (I Pedro 5:1-3)

Os cristãos devotos estão dispostos a sacrificar tudo por Cristo

"Em verdade, em verdade vos digo que, quando era mais jovem, você usou para cingir-se e andar onde querias; mas, quando você envelhecer, você estenderá as mãos e outro te cingirá você, e trazê-lo onde você não deseja ir. " Ora, isto ele disse, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. (21: 18-19a)

Profecia do martírio de Pedro de Jesus ressalta a verdade de que compromisso com Ele pode exigir o pagamento do preço final. "Quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim", Jesus disse aos discípulos quando eles comissionado. Então, Ele advertiu: "Quem acha a sua vida a perderá, e quem perder a sua vida por minha causa a encontrará" (Mt 10:38-39; conforme 16:. 24-26; Rm 14:8).

Como faz em todo o evangelho de João, a frase solene verdade, em verdade introduz uma verdade significativa (1:51; 3: 3,5,11; 5: 19,24,25; 6: 26,32,47, 53; 8: 34,51,58; 10: 1,7; 12:24; 13 16:20-21,38; 14:12; 16:. 20,23) Quando ele era mais novo, Pedro usado para cingir -se e andar sempre ele desejava; em outras palavras, ele estava no controle de suas ações. "Mas", Jesus disse a ele, "quando você envelhecer, você estenderá as mãos e outro te cingirá você, e trazê-lo para onde você não deseja para ir. " Há que chegaria um momento, Jesus alertou, quando os outros iria aproveitar Pedro, se ligam a ele, e não o leva a ser executada. A morte de Pedro, como a frase estenderá as mãos implica, seria por crucificação.

Nota de rodapé de João, Ora, isto ele disse, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus, deixa isso claro.

Pedro passou os últimos três décadas de sua vida servindo ao Senhor e antecipando seu martírio. No entanto, ele enfrentou essa perspectiva com confiança, confortado por saber que ele não negaria o Senhor novamente, mas ao invés de glorificar a Ele em sua morte (conforme I Pedro 4:14-16). Segundo a tradição, Pedro foi crucificado, mas pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, porque ele sentia indigno de ser crucificado como seu Senhor (Eusébio, História Eclesiástica III.1).

Comprometida cristãos Focus on Seguindo Leading de Cristo

E, havendo dito isto, Ele lhe disse: "Siga-me!" Pedro, virando-se, viu o discípulo a quem Jesus amava-los; aquele que também havia se recostou em seu seio durante a ceia e disse: "Senhor, quem é aquele que te trai?" Então, vendo Pedro disse a Jesus: "Senhor, e que sobre este homem?" Jesus disse-lhe: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que é isso para você? Você segue-me!" Portanto, este ditado saiu entre os irmãos que aquele discípulo não morreria; Ainda Jesus não disse a ele que ele não morreria, mas apenas: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que é isso para você?" Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e escreveu estas coisas, e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. E também há muitas outras coisas que Jesus fez, que se fossem escritas em detalhe, penso que nem mesmo o próprio mundo não poderia conter os livros que seriam escritos. (21: 19-B-25)

Seguindo Jesus Cristo é a condição sine qua non da vida cristã. Em João 0:26 Jesus colocá-lo simplesmente: "Se alguém me serve, siga-Me." É a marca de Suas ovelhas que segui-Lo (Jo 10:27; conforme Jo 8:12), não importa o que o custo (Mt 16:24; Mt 19:27; Lc 5:11; Lc 18:28). Seguir Jesus significa não só estar disposto a sacrificar tudo em submissão à Sua vontade, mas também para obedecer aos Seus mandamentos (Mt 7:21; Lc 6:46.) E imitá-Lo (1Ts 1:61Co 11:1). Obviamente, como essa referência indica, ele foi um dos círculo interno dos seguidores de Jesus. No entanto, ele não pode ter sido Pedro, já que os dois são distinguidas neste texto e outros. Ele também não pode ter sido Tiago, que foi martirizado muito cedo (At 12:2 , A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 2006], 6-7).

Evidentemente previsão do martírio de Pedro de Cristo solicitado preocupação com o que aconteceria com seu amigo íntimo, João. Por isso, ele perguntou a Jesus: "Senhor, e que sobre este homem?"abrupta e censurar a resposta de Jesus "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que é isso para você?" Não era uma resposta, mas era uma repreensão que deixou claro a Pedro que o que estava a acontecer com João era nenhum de seus negócios. Se João viveu até a segunda vinda, não tinha qualquer influência sobre a sua responsabilidade. Reiterando seu comando a partir do versículo 19, Jesus disse enfaticamente: "Você segue-me!" atenção de Pedro não era para ser de ninguém, mas por sua própria devoção e dever de Jesus Cristo. Todos os crentes vai fazer bem para abraçar essa verdade que o Senhor tem um plano único para cada um de Seus seguidores.

João terminou o evangelho inspirada, respondendo a algumas perguntas finais que encerrar seu relato. Resposta hipotética do Senhor a Pedro causou um rumor de ir para fora entre os irmãos que aquele discípulo não morreria. João foi rápido a desmentir esse boato, para que sua morte causar alguns a acreditar que o Senhor fez uma falsa previsão: No entanto, Jesus não disse para —lhe que ele não morreria, mas apenas: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que é isso para você?"

João lembrou seus leitores de que ele é o discípulo que dá testemunho destas coisas e escreveu estas coisas, e nós (ou os apóstolos, ou mais provavelmente um dispositivo editorial referindo apenas a João) sabe que o seu testemunho é verdadeiro. João foi uma testemunha ocular os eventos registrados em seu evangelho, e seu testemunho a respeito deles é verdadeiro (cf. MNTC João 1:11, 5-6). Mas, enquanto o que ele escreveu era verdade, era de nenhuma maneira exaustiva. Existem, o apóstolo observou, também muitas outras coisas que Jesus fez, que se fossem escritas em detalhe, penso que nem mesmo o próprio mundo não poderia conter os livros . que seria escrito Sob a inspiração do Espírito Santo, João tinha escolhido seletivamente o seu material de acordo com seu propósito declarado de apresentar Jesus Cristo como o Messias e Filho de Deus (20: 30-31). Sua afirmação de que Jesus fez mais obras do que os livros do mundo poderia realizar provas de que mesmo nos quatro Evangelhos não é dada apenas um registro muito limitada e seletiva de eventos. Isso faz com que o ponto mais forte a respeito de como a incredulidade de Israel e grande culpabilidade subseqüente realmente era, uma vez que ela negou seu Messias em face de uma exposição tão grande de poder divino. À luz da vasta evidência de Sua divindade rejeição do Senhor Jesus de Israel torna-la sujeita ao julgamento severo. Isso era especialmente verdadeiro para os líderes, a quem o Senhor disse:

Portanto, eis que eu vos envio profetas e homens sábios e escribas; alguns deles você vai matar e crucificar, e alguns deles você vai açoitarão nas suas sinagogas, e perseguirão de cidade em cidade, de modo que em cima de você pode cair a culpa de todo o sangue justo derramado na terra, desde o sangue do justo Abel ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o templo eo altar. Em verdade vos digo que todas essas coisas hão de vir sobre esta geração. (Mateus 23:34-36; conforme Lucas 11:49-52.)

Isso foi simbolizado na destruição de Jerusalém em AD 70:

Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: "Se você soubesse a este dia, mesmo você, as coisas que servem para a paz! Mas agora eles têm sido escondido de seus olhos. Para os dias virão em que os seus inimigos vão deitar-se uma barricada contra você, e cercá-lo e hem você de todos os lados, e eles vão nivelar-lo para o chão e seus filhos dentro de você, e eles não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visitação. " (Lucas 19:41-44)

Jesus havia desafiado Pedro amá-Lo acima de tudo. Diante da perspectiva de sacrificar tudo por Cristo, a partir de agora Pedro não recuou. Ele aprendeu a lição que seguir Jesus era para ser o objetivo singularmente suprema do seu amor. Pedro e seus companheiros apóstolos, pelo poder do Espírito Santo, virou o mundo de cabeça para baixo com o seu testemunho destemido de Jesus Cristo (conforme Atos 17:6), e em quase todos os casos morreram como mártires por amor a Cristo e à verdade da evangelho.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de João Capítulo 21 do versículo 1 até o 25

João 21

Por que João 21?

O Senhor ressuscitado — Jo 21:1-14

Sem dúvida a pessoa que escreveu este relato conhecia os pescadores do Mar da Galiléia. A noite era o melhor momento para a pesca.
W. M. Thomson em The Land and the Book descreve a pesca noturna:

"Há certos tipos de pesca que sempre são feitas de noite. É um belo espetáculo. Com uma luz brilhante o bote se desliza sobre o mar e os homens, de pé, observam com atenção as profundidades até que vêem sua presa. Nesse momento, rápidos como o raio, lançam a rede ou a lança. Freqüentemente se vêem pescadores cansados que chegam ao porto afligidos pela manhã depois de ter trabalhado toda a noite em vão.”
Aqui não se descreve a pesca como um milagre e não o era. A descrição que temos aqui se refere a algo que acontece com freqüência até o dia de hoje no lago. Recordemos que o barco só estava a uns cem metros da margem.
H. V. Morton descreve dois homens que viu pescando sobre a margem do lago. Um deles se posicionou da costa, caminhando, e tinha lançado uma rede na água.
"Mas a rede saía vazia algumas vezes. Era bonito vê-lo lançar a rede. Em cada ocasião, a rede cuidadosamente dobrada se abria no ar e caía com tanta precisão que os pequenos pesos de chumbo golpeavam todos ao mesmo tempo desenhando um círculo sobre a superfície. Enquanto esperava para atirar outra vez, Abdul lhe gritou da margem que lançasse à esquerda coisa que fez num instante. Desta vez teve êxito... Lançou a rede e víamos como se debatiam os peixe dentro dela... Ocorre com muita freqüência que a pessoa que tem a rede deve confiar nos conselhos de alguém que está na costa. Este lhe diz que lance a rede à direita ou à esquerda porque pode ver um cardume que é invisível a quem está no meio da água.”
Jesus agia como guia de seus amigos pescadores, tal como se faz na atualidade.

Pode ser que não o tenham reconhecido porque estava escuro. Entretanto, os olhos do discípulo a quem Jesus amava eram agudos. Sabia que era o Senhor e quando Pedro se deu conta de quem se tratava saltou à água. Pedro não estava nu, em realidade. Estava vestido com uma túnica tal como estavam acostumados a usar os pescadores quando trabalhavam. A Lei judia estabelecia que a ação de saudar era um ato religioso e para levá-lo a cabo era preciso estar vestido. De maneira que antes de dirigir-se a Jesus, Pedro ficou sua túnica de pescador porque queria ser o primeiro em saudar o Senhor.

A REALIDADE DA RESSURREIÇÃO

João 21:1-14 (continuação)

Agora chegamos à grande razão pela qual se adicionou este capitulo estranho ao Evangelho concluído. Foi acrescentado para demonstrar de uma vez por todas a realidade da ressurreição. Havia muitas pessoas que afirmavam que as aparições do Cristo ressuscitado não eram mais que visões dos discípulos. Muitos estavam dispostos a reconhecer o caráter real das visões mas só como visões e nada mais. Alguns foram ainda mais longe até dizer que não se tratava de visões mas sim de alucinações.

Agora, os Evangelhos se preocupam de maneira especial em afirmar que o Cristo ressuscitado não era uma visão, nenhuma alucinação, nem sequer um espírito mas uma pessoa real. Insistem que o sepulcro estava vazio. Afirmam que o Cristo ressuscitado tinha um corpo real com os sinais dos pregos e da lança que lhe atravessou o lado.

Não obstante, este relato faz algo mais. Não é provável que uma visão ou um espírito aponte um cardume de peixes a um grupo de pescadores. Tampouco acenderia um fogo na margem de um lago. Nem é provável que uma visão ou um espírito prepare uma comida e a compartilhe com outros. Entretanto, tal como se apresenta este relato, isso foi o que fez o Cristo ressuscitado. Quando João nos diz que Jesus voltou para seus discípulos quando as portas estavam fechadas, diz: “Mostrou-lhes as mãos e o lado” (Jo 20:20).

Quando Inácio escreveu à Igreja de Esmirna, relata uma tradição ainda mais definitiva. Diz: “Sei e creio que estava na carne inclusive depois da ressurreição e quando voltou com Pedro e seu grupo disse: ‘Tomem, me toquem e vejam que não sou um demônio sem corpo’. E o tocaram imediatamente e creram porque estavam firmemente convencidos de que tinha carne e sangue... E depois da ressurreição comeu e bebeu com eles como alguém que tem corpo”.

O primeiro e fundamental objetivo deste relato é deixar estabelecida com toda clareza a realidade da ressurreição. Não se tratava de uma visão, nem do produto da imaginação emocionada de alguns discípulos; não se tratava da aparição de um fantasma ou espírito: era Jesus que venceu a morte e que agora retornava.

A UNIVERSALIDADE DA IGREJA João 21:1-14 (continuação)

Não obstante, nesta passagem aparece outra grande verdade. Todo o conteúdo do Quarto Evangelho está pleno de sentido; portanto, é pouco provável que João dê o número dos peixes, cento e cinqüenta e três, sem uma intenção deliberada. Sugeriu-se, em realidade, que os peixes forame contados porque era preciso reparti-los entre vários companheiros e a tripulação do barco e que se menciona o número porque era excepcionalmente elevado. Entretanto, quando lembramos o costume de

João de dar duplo sentido às palavras para aqueles que têm olhos para ver o oculto, devemos pensar que esta cifra tem um sentido ulterior.

Deram-se muitas interpretações engenhosas sobre esta cifra.

  1. Cirilo de Alexandria afirmou que o número 153 está composto por três coisas. Em primeiro lugar, o 100 que representa "a totalidade dos gentios". O 100 — afirma — é o número mais completo. O rebanho completo do pastor são 100 ovelhas (Mt 10:12). A fertilidade total da semente é 100 por cento. De maneira que o 100 representa à totalidade dos gentios que se reunirão em torno de Cristo. Em segundo lugar, está o 50. Este número representa o resto de Israel que se aproximará de Cristo. Por último, temos o 3: representa a Trindade para cuja glória se fazem todas as coisas. Trata-se, ao menos, de uma explicação engenhosa e interessante.
  2. Agostinho dá outra explicação engenhosa. Diz que o 10 é o número da Lei pois há dez mandamentos. O 7 é o número da graça pois os dons do Espírito são sete.

Você é o Espírito que unge,
E reparte seus sete dons.

Agora 7 + 10 são 17 e 153 é a soma de todas as cifras, 1 + 2 + 3 + 4..., até 17. De maneira que 153 representa a todos aqueles que, já seja pela Lei ou pela graça, foram impelidos a aproximar-se de Jesus Cristo.

  1. A explicação mais singela é a de Jerônimo. Afirma que no mar há 153 espécies de peixes e que a pesca representa a inclusão de todas as classes de peixes. De maneira que o número simboliza o fato de que algum dia os homens de todos os países se reunirão em Jesus Cristo.

Entretanto, podemos assinalar outro elemento. Esta grande pesca se reuniu na rede que os manteve a todos sem romper-se. A rede representa a Igreja. Nela há lugar para os homens de todas as nações. Inclusive se entrarem todos, a Igreja é o suficientemente grande para contê-los.

Aqui João nos diz com seu estilo muito sutil que a Igreja é bastante grande para incluir em seus braços os homens de todas as nações. Fala— nos da universalidade da Igreja. Não há nenhum exclusivismo nela, não há barreiras impostas pela cor nem nada por estilo. O abraço da Igreja é tão universal como o amor de Deus em Jesus Cristo. Levar-nos-á a outra grande razão pela qual se acrescentou este capítulo se notarmos que foi Pedro quem levou a rede à terra (Jo 21:11).

O PASTOR DAS OVELHAS DE CRISTO

João 21:15-19

Esta é uma cena que deve ter ficado gravada para sempre na mente de Pedro.
(1) Em primeiro lugar, devemos notar a pergunta que Jesus fez a Pedro: “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros?” No que respeita à linguagem, essa frase pode ter dois sentidos.

  1. Pode ser que Jesus estendeu o braço abrangendo o barco, suas redes, sua equipe e a pesca e disse a Pedro: "Simão, ama-me mais que estas coisas? Está disposto a renunciar a elas, a abandonar todas as esperanças de fazer uma carreira bem-sucedida, a abandonar um trabalho estável e uma comodidade razoável a fim de entregar você para sempre aos meus filhos e à minha obra?" Pode ter sido um desafio a Pedro para que tomasse a decisão final de entregar toda a sua vida à pregação do evangelho e ao cuidado do rebanho de Cristo.
  2. Pode ser que Jesus visse o resto do grupo e tenha perguntado a Pedro: "Simão, você me ama mais que seus companheiros?" Pode ser que Jesus voltou seu olhar de noite quando Pedro disse: “Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei” (Mt 26:33). Não importa o que outros façam, eu te amo o suficiente para ser fiel para sempre. Pode ser que Jesus lembrasse a Pedro, com todo amor, de que maneira uma vez pensou que só ele podia ser leal e sua coragem lhe tinha aprontado uma. O mais provável é que a segunda interpretação seja a correta porque em sua resposta Pedro já não faz comparações, sente-se satisfeito limitando-se a dizer: “Tu sabes que eu te amo”.
  3. Devemos ter em conta quantas vezes Jesus formulou a pergunta. Ele o fez três vezes e havia uma razão para isso. Pedro negou a seu Senhor três vezes e este lhe deu a oportunidade de afirmar seu amor outras três vezes. Em seu perdão amoroso, Jesus deu a Pedro a oportunidade de apagar a lembrança da triple negação mediante uma triple declaração de amor.
  4. Devemos notar o que o amor fez por Pedro.
  5. Deu-lhe uma tarefa. "Se me amas", disse Jesus, "entrega tua vida a apascentar as ovelhas e os cordeiros de meu rebanho". Só podemos demonstrar que amamos a Jesus amando a outros. O amor é o maior privilégio do mundo mas também conduz a maiores responsabilidades.
  6. O amor deu uma cruz a Pedro. Jesus lhe disse: “Quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres”. Chegou o dia quando Pedro, estando em Roma, morreu por seu Senhor. Ele também foi à cruz e quando estavam para pregá-lo nela pediu que o pusessem com a cabeça para baixo pois não se sentia digno de morrer como seu Senhor. O amor lhe proporcionou uma tarefa e uma cruz. O amor sempre implica responsabilidades e sacrifícios. E não amamos a Cristo de verdade a menos que estejamos dispostos a enfrentar sua tarefa e a carregar sua cruz.

João não anotou este incidente para mostrar-se como melhor. Ele o fez para mostrar a Pedro como o grande pastor do povo de Cristo. É possível. De fato, é inevitável que as pessoas da Igreja primitiva estabelecessem comparações. Alguns diriam que João era o mais importante porque seus pensamentos eram mais profundos que os de outros. Outros afirmariam que esse lugar pertencia a Paulo porque viajou até os limites do mundo por Cristo. Mas este capítulo diz que Pedro também tinha seu lugar. Possivelmente não escrevia nem pensava como João, tampouco viajava e vivia as mesmas aventuras que Paulo mas tinha a enorme honra e a preciosa tarefa de ser o pastor das ovelhas de Cristo.

E aqui é onde podemos seguir os passos de Pedro. Podemos não ser capazes de pensar como João nem podermos viajar por todo o mundo como Paulo mas cada um de nós pode evitar que outro vá pelo mau caminho e cada um de nós pode nutrir os cordeiros de Cristo com o alimento da palavra de Deus.

A TESTEMUNHA DE CRISTO

João 21:20-24

Esta passagem estabelece claramente que João deve ter vivido até uma idade muito avançada; comentou-se que viveria até que Jesus voltasse. Agora, assim como a passagem anterior outorga a Pedro seu lugar no esquema das coisas, esta passagem outorga a João o seu lugar. A função de João, antes de mais nada, era a de ser testemunha de Cristo. Mais uma vez, o povo da Igreja primitiva deve ter estabelecido comparações. Devem ter assinalado que Paulo viajava até os limites da Terra. Devem ter recalcado que Pedro ia de um lugar a outro cuidando do povo. E então se devem ter perguntado qual era a função de João que tinha vivido durante tanto tempo em Éfeso e era tão ancião que não podia desempenhar nenhuma atividade. Aqui temos a resposta: Paulo podia ser o pioneiro de Cristo, Pedro podia ser seu pastor, mas João era a testemunha. João era o homem que podia dizer: "Eu vi estas coisas e sei que são verdadeiras".
Até o dia de hoje o argumento final do cristianismo é a experiência cristã. Até o dia de hoje o cristão é quem pode dizer: "Conheço Jesus Cristo e sei que estas coisas são verdadeiras". De maneira que, no final, este Evangelho toma a duas das grandes figura da Igreja: Pedro e João. Jesus deu uma função a cada um deles. A tarefa de Pedro era pastorear as ovelhas de Cristo e morrer por Ele. A tarefa de João era dar testemunho da história de Cristo, viver até uma idade avançada e morrer em paz. Isso não os convertia em rivais e competidores quanto à honra e o prestígio, não fazia a um maior ou menor que o outro; fazia de ambos os servos de Cristo.

Cada um deve servir a Cristo onde Ele o destina. Como disse Jesus a Pedro: "Não se preocupe pela tarefa que se encomenda a outro. Sua tarefa é me seguir". E isso é o que ainda diz a cada um de nós. Nossa glória não se mede pela comparação com outros homens mas pelo serviço a Cristo no lugar que ele nos destina.

O CRISTO ILIMITADO

Jo 21:25

Neste último capítulo o autor do Quarto Evangelho estabeleceu certas grandes verdades para a Igreja para a qual escrevia. Recorda-lhe a realidade da ressurreição e a universalidade da Igreja; recorda-lhe que Pedro e João não são rivais quanto à honra mas sim Pedro é o grande pastor e João a grande testemunha.

E agora chega ao final pensando mais uma vez no esplendor de Cristo. Seja o que for que sabemos de Cristo só vimos uma fração. Seja quais forem as maravilhas que experimentamos são como nada comparadas com as que virão. As categorias humanas não conseguem descrever a Cristo e os livros humanos não o podem conter. Assim João termina seu Evangelho com as vitórias inumeráveis, o poder ilimitado e a graça sem fim de Jesus Cristo.

NOTAS SOBRE A DATA DA CRUCIFICAÇÃO

No Quarto Evangelho há um problema muito importante que não assinalamos ao estudá-lo. Só o mencionaremos brevemente pois em realidade não está resolvido e a bibliografia sobre o tema é muito extensa.
Não há dúvida de que o Quarto Evangelho e outros dão distintas datas para a crucificação e têm pontos de vista diferentes sobre a Última Ceia.

Nos Evangelhos Sinóticos aparece claramente que a Última Ceia foi a páscoa e que Jesus foi crucificado no dia de páscoa. Devemos lembrar que o dia judeu começa às seis da tarde do que para nós é no dia anterior. A páscoa caiu em 15 de Nisã mas esse dia começava no que para nós seria o 14 de Nisã, às seis da tarde. De maneira que o dia de páscoa ia das seis da tarde de um dia até a mesma hora do dia seguinte. Marcos é muito claro; diz: “E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, quando se fazia o sacrifício do cordeiro pascal, disseram-lhe seus discípulos: Onde queres que vamos fazer os preparativos para comeres a Páscoa?” Jesus lhes dá as instruções. E Marcos continua: “Prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, foi com os doze” (Marcos 14:12-17). Sem dúvida alguma, Marcos quis mostrar a Última Ceia como a ceia pascal e quis assinalar que Jesus foi crucificado no dia de páscoa. Mateus e Lucas, é óbvio, seguem a Marcos.

Por outro lado, João deixa bem estabelecido que Jesus foi crucificado no dia antes da páscoa. Começa seu relato da Última Ceia: “Antes da Festa da Páscoa...” (Jo 13:1). Quando Judas abandonou o cenáculo creram que tinha ido preparar a páscoa (Jo 13:29). Os judeus não queriam entrar no recinto do juízo para não poluir-se e não poder comer a páscoa (Jo 18:28). O juízo se desenvolve durante a preparação para a páscoa (Jo 19:14).

Encontramo-nos diante de uma contradição para a qual não há solução de compromisso. Um dos dois, os evangelhos sinóticos ou João, devem estar certos. Os especialistas não estão de acordo. Entretanto, pareceria mais provável que os Evangelhos Sinóticos estivessem corretos. João sempre buscava sentidos ocultos. Em seu relato, crucificam a Jesus perto da sexta hora (Jo 19:14). O que acontecia esse momento? Nesse mesmo momento se matavam os cordeiros pascais no templo. O mais provável é que João tenha ordenado os atos de maneira tal que a crucificação de Jesus acontecesse exatamente no mesmo momento em que se matavam os cordeiros pascais para que se visse Jesus como o grande Cordeiro pascal que salvou a seu povo e tirou os pecados do mundo. Parece que os Evangelhos Sinóticos são corretos quanto aos fatos e o Evangelho de João é correto quanto à verdade e a João sempre interessou mais a Verdade eterna que o puro dado histórico.

Não há uma explicação definitiva sobre esta discrepância evidente mas esta nos parece a mais aceitável.


Dicionário

Cento

substantivo masculino Noventa mais dez (100); cem.
Grupo de cem objetos; centena, cem.
Diz-se desse número: ela vive na casa cento e dois.
Que representa ou equivale essa quantidade: cento de quarenta gramas.
Que ocupa a centésima posição: estou na página cento e vinte do livro.
Gramática Usada em expressões de valor indeterminado, que não se pode numerar; inumerável: fiquei ouvindo a mesma história umas cento e cinquenta vezes!
Etimologia (origem da palavra cento). Do latim centum.

Cheia

inundação, enchente, dilúvio. – De cheia e inundação diz Roq.: “Posto que no uso comum da língua se confundam estes dois vocábulos, são eles contudo distintos quanto à etimologia, e designam duas coisas que se não devem confundir. Quando as águas alteiam nos rios, e transbordam nalguns sítios que alagam, chama-se a isto com propriedade cheia. Quando os rios saem da madre, não conhecem limites, estendem suas águas pelas veigas, e inundam os campos e prados vizinhos, diz-se que há inundação. Às grandes cheias do Tejo deveria chamar-se inundações, porque muito se parecem com as do Nilo. Distingue-se ainda cheia de inundação em que aquela só se diz de rios ou ribeiras; e esta, inundação pode dizer-se também do mar, de depósitos de água, etc. Cheia tem só a significação reta; e esta, além da natural, a figurada de – multidão excessiva. Diz-se – inundação de bárbaros, e não se pode dizer – cheia de bárbaros”. – Enchente diz no sentido próprio – abundância, crescimento, fase em que alguma coisa se avoluma: daí a acepção particular de – cheia, em que pode ser tomada. É também o contrário de vazante; e, por isso, nem sempre a enchente é cheia. Há rios que enchem e vazam em época certa; e então quando a respeito desses se diz – enchente – não se quer dizer – cheia. É muito comum, no entanto, o emprego de enchente por cheia. – Dilúvio é “grande inundação, que parece alagar todo um continente”. Usa-se, também, como inundação, no sentido translato: dilúvio de gente, dilúvio de misérias, dilúvio de alegrias.

substantivo feminino Enchente de rio; inundação.
Figurado Invasão, multidão, grande quantidade.
adjetivo Feminino de cheio.

Cinquenta

adjetivo Outra fórma de cincoenta, usada por Garrett, mas pouco diffundida, embora exacta.

Grandes

masc. e fem. pl. de grande

gran·de
(latim grandis, -e)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

1. Que tem dimensões maiores do que o habitual (ex.: saco grande). = AVANTAJADOMIÚDO, PEQUENO, REDUZIDO

2. Cuja extensão é maior do que a média (ex.: rio grande). = COMPRIDO, EXTENSO, LONGOCURTO, PEQUENO

3. Que é maior do que aquilo que devia ser (ex.: o chapéu não me serve, é muito grande).PEQUENO

4. Que é de estatura acima da média (ex.: criança grande).PEQUENO

5. Que se desenvolveu oui cresceu (ex.: planta grande). = CRESCIDO, DESENVOLVIDO, MEDRADOPEQUENO

6. Que atingiu a maioridade (ex.: as pessoas grandes podem ser muito complicadas). = ADULTO, CRESCIDO

7. Que se prolonga no tempo; que dura bastante (ex.: dias grandes; férias grandes). = COMPRIDOBREVE, CURTO, EFÉMERO, FUGAZ

8. Que apresenta grande quantidade de algo (ex.: família grande). = NUMEROSO, QUANTIOSOPEQUENO

9. Que tem importância ou influência (ex.: um grande banqueiro). = IMPORTANTE, INFLUENTE, PODEROSO, PRESTIGIOSODESIMPORTANTE, INSIGNIFICANTE, IRRELEVANTE, PEQUENO

10. Difícil, grave (ex.: um grande problema).INSIGNIFICANTE, IRRELEVANTE, SIMPLES

11. Que é intenso, forte (ex.: um grande amor).FRACO, LEVE

12. [Pejorativo] Que é ou existe em elevado grau (ex.: grande mentiroso).

13. Que se destaca ou sobressai positivamente em relação a outros (ex.: grandes nomes do cinema). = EMINENTE, ILUSTRE, RESPEITÁVELDESCONHECIDO, IGNOTO, MODESTO

14. Que revela coragem, heroísmo (ex.: foi um grande bombeiro). = CORAJOSO, HERÓICO, VALENTECOBARDE, FRACO

15. Que mostra bondade ou generosidade (ex.: um grande coração). = BOM, BONDOSO, GENEROSO, MAGNÂNIMOMAU, MESQUINHO, RUIM, TORPE, VIL

16. Que é excessivo, exagerado (ex.: fugiram a grande velocidade). = ALTOBAIXO, REDUZIDO

17. Que tem muita qualidade ou muito valor (ex.: um grande filme). = EXCELENTE, EXTRAORDINÁRIO, FABULOSO, MAGNÍFICO, ÓPTIMOMAU, PÉSSIMO, RUIM

18. Que é considerável, importante (ex.: grande satisfação).

19. Que é composto por muitos elementos (ex.: grande comunidade de pescadores). = NUMEROSOPEQUENO, REDUZIDO

20. Que é relativo a uma cidade e às suas zonas periféricas (ex.: mapa da Grande São Paulo; região da Grande Lisboa). [Geralmente com inicial maiúscula.]

nome de dois géneros

21. Pessoa alta.

22. Indivíduo adulto. = CRESCIDOPEQUENO

23. Indivíduo com poder e influência.


à grande
Com largueza.

à grande e à francesa
De modo grandioso; com grande ostentação ou esplendor.


Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Pedro

Nome Grego - Significado: Rocha, pedra.

pedra, rocha

Originalmente chamado de Simão, era filho de João (Jo 1:42) e irmão de André (Mt 4:18; Jo 6:8). Pedro era casado e sua esposa o acompanhou em suas viagens (Mt 8:14-1Co 9:5). Antes de ser chamado por Jesus, trabalhava com seu pai como pescador (Mc 1:16-20).

Pedro não fora educado religiosamente e possuía forte sotaque da região da Galiléia (Mt 26:33). Era, portanto, considerado como ignorante e sem estudos pelos líderes judaicos de Jerusalém (At 4:13).

A vocação de Pedro

Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, não porque tenha sido o primeiro a ser chamado, mas — como as discussões nas seções seguintes indicarão — devido ao fato de ser líder entre os discípulos. Em Mateus 10:2 lemos: “O primeiro, Simão, chamado Pedro” (também em Mc 3:16; Lc 6:14). Fazia parte do círculo mais íntimo dos discípulos de Cristo, no qual encontravam-se também Tiago e João (Mc 5:37; Mc 9:2; Mc 13:3; Lc 8:51).

Pedro era um discípulo dedicado, que buscava exercitar a fé, embora demonstrasse um pouco de volubilidade, como revelou o incidente em que Jesus andou sobre a água (Mt 14:28). Ele admitia sua ignorância e a própria pecaminosidade (Mt 15:15; Lc 5:8; Lc 12:41) e, quando tinha dúvidas, fazia muitas perguntas (Jo 13:24). Apesar de receber uma revelação divina a respeito da identidade de Jesus, rejeitou qualquer noção quanto à sua morte, uma atitude que Cristo atribuiu ao próprio diabo. A motivação dele foi considerada de origem terrena, isto é, seu conceito do Messias era que se tratava de um governador terreno, em cujo reino talvez imaginasse a si mesmo no desempenho de um papel importante (Mt 16:23; Mc 8:33). Esteve presente com Tiago e João na Transfiguração (Mc 9:7; Lc 9:28) e ouviu a voz de Deus confirmando que Jesus era seu Filho amado (um incidente do qual deu testemunho em 2Pe 1:18) e exigindo obediência aos ensinos de Cristo (Mt 17:1-6). Pedro aprendeu a importância de os discípulos de Jesus pagarem os impostos aos reis terrenos, não porque tivessem a obrigação, mas porque o não pagamento causaria uma dificuldade para a promoção do Evangelho (Mt 17:27). Questionou sobre o perdão e foi advertido a respeito do que aconteceria com o discípulo que não perdoasse e a tortura que experimentaria (Mt 18:21-35). Foi rápido ao lembrar a Jesus que os discípulos abandonaram tudo para segui-lo e recebeu a promessa de que os doze se sentariam em tronos para julgar Israel (Mt 19:27-30; Mc 10:28; Lc 18:28). Inicialmente não permitiu que Jesus lavasse seus pés e depois pediu que banhasse também suas mãos e sua cabeça, como sinal de limpeza (Jo 13:6-10).

Pedro é lembrado por contradizer Jesus quando este falou que os discípulos o negariam. Assim como os outros, replicou que estava disposto a morrer e jamais negaria o Mestre (Mt 26:33-35; Mc 14:29; Lc 22:34; Jo 13:36-38). Falhou em vigiar e orar junto com Jesus, apesar do aviso de que o espírito estava preparado, mas a carne era fraca (Mt 26:37-44; Mc 14:33-41). No momento da prisão de Cristo, numa atitude impetuosa, cortou a orelha de Malco, empregado do sumo sacerdote (Jo 18:10). No pátio da casa de Caifás, a determinação de Pedro entrou em colapso, não diante de um tribunal, mas da pergunta de uma jovem empregada. A enormidade de sua negação, em cumprimento à profecia de Jesus de que ela aconteceria antes do amanhecer do dia seguinte, fez com que ele chorasse amargamente (Mt 26:58-69-75; Mc 14:54-66-72; Lc 22:54-62; Jo 18:15-18-25-27). Diante do túmulo vazio, as mulheres receberam instruções de dizer aos discípulos e a Pedro que veriam Jesus na Galiléia (Mc 16:7). Foi ele que a seguir correu ao túmulo vazio e teve dúvida sobre o que tudo aquilo significava (Lc 24:12; Jo 20:2-10). Quando estava no lago de Genesaré, com alguns dos outros discípulos, Jesus apareceu-lhes e mostrou que estava vivo. Pedro, que na ocasião estava no mar, lançou-se na água quando João identificou que era o Senhor e foi em direção ao Mestre. A instrução que Jesus deu da praia sobre o local onde deveriam atirar as redes resultou numa pesca abundante. Depois da refeição, Cristo questionou Pedro sobre o nível de seu amor por ele. Diante da afirmação de sua lealdade, Pedro recebeu a ordem de cuidar do povo de Deus e alimentá-lo espiritualmente. Na mesma ocasião ele foi informado sobre a forma de sua própria morte — por meio da qual Deus seria glorificado (Jo 21:19). Segundo a tradição, tal fato ocorreu em Roma.

O apostolado de Pedro

Depois da pergunta feita por Jesus, sobre como as pessoas o viam e o que os próprios discípulos pensavam dele, Pedro foi o primeiro a confessar que Cristo era o Messias prometido no Antigo Testamento. Além disso, reconheceu que era o Filho do Deus vivo e que tinha as palavras de vida eterna (Mt 16:16; Jo 6:68). Essa verdade não se desenvolveu por dedução ou por algum meio humano, mas como revelação do Deus Pai. De acordo com Jesus, esse entendimento de Pedro seria uma grande bênção não somente porque constituía a verdadeira base do Evangelho para entender quem é Jesus, mas também porque esta seria a mensagem que ele proclamaria (Mt 16:17-19). Num jogo de palavras, Cristo disse a Simão que seu nome seria mudado para “Pedro”, para descrever seu papel como apóstolo. Jesus disse que seria “sobre esta pedra” que sua Igreja seria edificada (“Sobre esta pedra” é uma tradução equivocada da frase. Na construção original em grego o verbo é seguido por um particípio que, neste caso, é usado no sentido de construir algo em frente de e não sobre algo). Seria “diante desta pedra” (petros) que Jesus edificaria sua Igreja (assembléia). Israel havia-se reunido numa assembléia solene diante do monte Sinai para ouvir a Palavra de Deus, isto é, “o Livro da Aliança”, lido por Moisés. Os israelitas endossaram a leitura e foram formalmente constituídos como povo de Deus, depois da salvação do Egito (Ex 24:1-11). Assim também a Palavra de Deus, isto é, o Evangelho na boca de Pedro, seria o meio pelo qual os judeus que abraçassem a salvação oferecida por Jesus constituiriam o povo de Deus naquela assembléia. Jesus, entretanto, disse a Pedro que “as portas do inferno”, isto é, as hostes malignas, jamais prevaleceriam contra a Igreja, pois tal é o poder concedido por Jesus. Pedro foi o apóstolo dos judeus na Palestina, possivelmente em Corinto (1Co 1:12) e também na Babilônia [que a tradição diz ser Roma] (2Pe 5:13).

De fato vemos esta promessa de Jesus cumprir-se em Atos, pois foi Pedro quem proclamou o Evangelho no dia de Pentecostes, quando aproximadamente 3:000 judeus de Jerusalém e da diáspora foram salvos. Seu discurso demonstrou seu conhecimento do Antigo Testamento, quando citou Joel 2:28-32 como explicação para o fenômeno de judeus de diferentes partes do Império Romano ouvirem as “grandezas de Deus”, isto é, o Evangelho, proclamadas em sua própria língua materna. No mesmo discurso, ele mencionou também o Salmo 16:8-11, para mostrar que a morte jamais alcançaria vitória sobre Jesus e que o derramamento do Espírito Santo era a prova de que Jesus fora exaltado como Senhor, conforme o Salmo 110:1 dizia que Ele seria (At 2:1-42).

Novamente Pedro foi o pregador que explicou à multidão que o milagre da cura do coxo na Porta Formosa não fora operado por ele, mas pelo poder do Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Foi esse Senhor que glorificara seu servo Jesus cujo sofrimento fora predito por todos os profetas. Pedro proclamou que Jesus era aquele sobre o qual Moisés falou em Deuteronômio 18:15-19 e que os que se recusassem a aceitá-lo seriam destruídos. Ele declarou que a bênção sobre todas as famílias da Terra, conforme predito na promessa abraâmica em Gênesis 12:3, agora realizara-se na morte e ressurreição de Cristo. Os judeus, portanto, eram os primeiros a ter a oportunidade de receber essa bênção, por meio dos arrependimento dos pecados. Em face do interrogatório por parte dos líderes judaicos, Pedro declarou que o milagre fora operado no nome do Senhor Jesus, o Messias ressurrecto, a pedra rejeitada que é mencionada no Salmo 118:22, a única em que a salvação estava alicerçada. A tentativa dos líderes de silenciar Pedro e João falhou quando ambos declararam que não podiam ficar em silêncio, pois o papel deles como apóstolos os compelia a dar testemunho do que tinham visto e ouvido (At 3:1-4:22).

Cornélio, um homem temente a Deus, foi o primeiro gentio a ouvir o Evangelho, por meio da pregação de Pedro. Tal palavra foi declarada como a mensagem da paz enviada por Jesus, o Messias, que se tornou Senhor de todos, após sua morte e ressurreição. Cristo deu aos discípulos a tarefa de testemunhar que Ele era o que Deus apontou como juiz dos vivos e dos mortos. Jesus tinha assegurado a remissão dos pecados para todo aquele que cresse nele, como todos os profetas testificaram que aconteceria (At 10:34-44).

Foi Pedro também quem declarou aos líderes da Igreja na Judéia que Deus concedera a salvação também aos gentios mediante a pregação da Palavra de Deus, oferecida por Jesus Cristo. Sua relutância natural em levar-lhes o Evangelho, pois era judeu, foi vencida pela visão divina e as circunstâncias miraculosas pelas quais os mensageiros de Cornélio foram dirigidos até a casa onde ele estava hospedado (At 10:1-23; At 11:1-18). Aconselhou a assembléia reunida em Jerusalém a discutir a questão polêmica da circuncisão dos novos cristãos e da obediência deles às leis judaicas. Segundo Pedro, não deviam tentar a Deus, ao colocar sobre os gentios convertidos o jugo da Lei que nem os próprios judeus conseguiam carregar. Declarou que os gentios foram salvos pela graça de Deus, da mesma maneira que os judeus cristãos (At 15:7-11).

Foi Pedro quem liderou os procedimentos para a eleição de Matias (At 1:15-26). O livro de Atos mostra também que ele tomou a iniciativa e falou contra a fraude de Ananias e Safira (At 5:1-4). Foi liberto da prisão e da morte certa de maneira sobrenatural em Atos 12:1-20; na cidade de Jope, um milagre foi operado por meio dele, ou seja, a ressurreição de Dorcas (At 10:36-43).

Os escritos de Pedro

De acordo com Papias, um escritor cristão do século II, o evangelho de Marcos reflete o ensino de Pedro. Realmente, de acordo com a tradição, este jovem evangelista [Marcos] atuou como escriba, pois registrou tudo o que este apóstolo ensinou. Certamente existem incríveis paralelos entre este evangelho e as linhas gerais da vida e do ministério de Jesus na pregação de Pedro ao centurião Cornélio. Em Marcos, o Evangelho de Jesus começa na Galiléia, depois da pregação de João Batista e da unção do Espírito Santo. O ministério de Cristo foi descrito a Cornélio em termos de fazer o bem, curar os oprimidos pelo diabo, a crucificação e a ressurreição (At 10:36-43). Certamente o sermão de Pedro, o qual é apenas um resumo geral em Atos, forma um paralelo surpreendente com os eventos narrados no evangelho de Marcos.

I Pedro descreve seu autor como “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo” e “testemunha das aflições de Cristo” (1Pe 1:1-1Pe 5:1); a carta é endereçada aos cristãos dispersos na região que atualmente é o norte da Turquia. Foi escrita por Silvano (1Pe 5:12; para mais detalhes, veja Silas, Silvano).

Uma das características dessa carta é o uso do Antigo Testamento; Pedro não somente citou passagens específicas como escolheu situações idênticas àquelas enfrentadas pelos cristãos, para apoiar seus argumentos. Ele faz a mesma coisa em seus discursos em Atos. De fato, ao começar esta carta, declara que os cristãos são os “eleitos” de Deus dispersos, não na Babilônia, como os israelitas ficaram enquanto aguardavam o retorno para Jerusalém, mas espalhados pelas províncias do Império Romano, até que recebessem a herança eterna no céu.

Numa forte introdução trinitariana, Pedro descreveu a obra do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, que assegurava a salvação (1Pe 1:2). Depois, explicou sistematicamente a maneira como cada membro da Trindade contribuía nessa obra (1Pe 1:3-12). Esse fundamento da fé capacitaria os cristãos a esperar com confiança pela herança no céu.

Pedro falou ao povo disperso de Deus sobre o modus vivendi, em face da suspeita e do antagonismo. Assim como Jeremias 29:7 descreve em uma situação similar, jamais deviam ser autoindulgentes, mas sim buscar o bem-estar da cidade em que vivessem. Se fizessem isso, apresentariam um estilo de vida de boas obras, o qual confirmaria o Evangelho quando fosse pregado para os outros (1Pe 2:11-12). Com esse tema principal, Pedro examinou sistematicamente várias esferas da vida, e em cada uma delas exortou os crentes a fazer o bem — ou seja, na vida civil, nas situações domésticas, no casamento e na sociedade em geral (1Pe 2:13-3:12).

Pedro deu grande ênfase à obra de Cristo como exemplo de amor e vida cristã (1Pe 1:18ss). Baseou-se nos sofrimentos de Jesus, a fim de demonstrar que ninguém deve desistir diante das presentes adversidades, mas, sim, sempre fazer o bem, o verdadeiro significado da vida cristã (1Pe 3:14-4:2). Era a vontade de Deus que assim fosse, ou seja, que silenciassem as acusações sem fundamento lançadas contra eles e encomendassem a alma ao Todo-poderoso (1Pe 2:15-1Pe 4:19).

Num mandamento que lembrava a comissão de Jesus — “apascenta minhas ovelhas” (Jo 21:15-17), semelhantemente Pedro convocou os líderes cristãos a exercer o ministério, não contra a vontade ou por ganância, nem como um meio de dominar outras pessoas, mas, sim, liderar pelo exemplo e ser assim recompensados pelo sumo Pastor (1Pe 5:1-4). Os membros mais jovens, bem como toda a congregação, foram exortados a se humilhar sob a poderosa mão de Deus, a fim de receber a promessa de que a ansiedade e o sofrimento são dessa maneira suportados. O Senhor sempre usa tais adversidades para desenvolver maior estabilidade em suas vidas cristãs (1Pe 5:5-11).


1. Pedro é referida como a carta que fala sobre a verdadeira graça de Deus (cf At 15:11) na qual os cristãos são exortados a permanecer firmes (1Pe 5:12), a despeito das dificuldades e da discriminação que sofriam. Não deviam ceder às indulgências da natureza humana, porque tais atividades no final seriam julgadas com imparcialidade pelo Pai (1Pe 1:17-1Pe 2:11; 1Pe 4:3-4).


2. Pedro foi escrita para os cristãos descritos como os que obtiveram uma fé idêntica à dos apóstolos, por meio da “justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 1:1). Os destinatários foram os mesmos da primeira carta, conforme Pedro diz: “Esta é a segunda carta que vos escrevo” (2Pe 3:1). Sua ênfase é sobre o crescimento na vida cristã e a importância do registro do seu testemunho nos eventos da vida de Cristo para refutar o falso entendimento. A declaração feita sobre a morte sugere que sua vida terrena estava próxima do fim (2Pe 1:14-15; cf. Jo 21:19-20).

A confiabilidade das “grandíssimas e preciosas promessas de Deus” seria a base da confiança dos cristãos na salvação (2Pe 1:2-4). Pedro declarou que o desenvolvimento da vida cristã não era automático, mas exigia fé nas promessas do Senhor. Bondade, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade e fraternidade eram virtudes que deviam abundar dentro do contexto essencial da fé, para que o conhecimento de Jesus como Senhor não fosse improdutivo. A abundância de tais atributos garantiria a entrada jubilosa do cristão no céu (2Pe 1:4-11)..

A ênfase na lembrança do testemunho apostólico da transfiguração e a palavra do próprio Deus a respeito de seu Filho tinha como objetivo refutar as fábulas inventadas, semelhantemente ao uso que Pedro fazia das Escrituras do Antigo Testamento. Havia falsos mestres na comunidade cristã cujo estilo de vida e a maneira como exploravam os cristãos eram detalhadamente descritos com a ajuda dos incidentes tirados do Antigo Testamento (2Pe 2). Os falsos mestres perturbavam os cristãos com zombarias sobre a demora da vinda de Cristo, o ensino-padrão sobre a certeza dela e a necessidade de vigilância (2Pe 3:1-13; cf. Mc 13).

Existe uma importante referência aos ensinos de Paulo como textos canônicos, pois Pedro indicou que eram mal empregados, assim como as “outras Escrituras” (2Pe 3:14-16). A despeito do incidente em Antioquia, quando evitou comer junto com os gentios depois da chegada de outros judeus, Pedro não alimentou nenhum ressentimento contra o apóstolo Paulo pela maneira justificada como repreendeu sua atitude. De fato, referiu-se a ele como “nosso amado irmão Paulo”, o qual falava segundo a sabedoria divina que lhe fora dada (2Pe 3:15; cf. Gl 2:11-14; cf. At 10:9-16; At 11:1-8).

Como um apóstolo que recebera a responsabilidade de apascentar as ovelhas do Senhor, Pedro permaneceu fiel à sua tarefa e concluiu sua última carta com a exortação para que os cristãos crescessem na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Pe 3:18).

Pedro foi indicado por Jesus como o principal apóstolo entre os judeus, papel que desempenhou ao estabelecer a Igreja de Cristo por meio da pregação do Evangelho e apascentar fielmente o rebanho de Deus até o final de sua vida. B.W.


Pedro [Pedra] - APÓSTOLO (Mc 3:13-19), também chamado de Simão e Cefas (Jo 1:42). Era pescador (Mc 1:16). Episódios de sua vida são mencionados em (Mc 1:16-18); (Lc 5:1-11); 8:40-56; (Mt 8:14-15); 14:28-33; 16:13 23:17-1-13 26:36-46,69-75; (Lc 24:34); (Jo 18:10-18), 25-27; 21:1-23; At 1:13—5.42; 8:14-25; 10.1—11.18; 12:1-19; 15:1-11; (1Co 9:5); (Gl 1:18); 2:6-14. Segundo a tradição, foi morto entre 64 e 67 d.C., no tempo de NERO. V. PEDRO, P

Pedro Tradução grega da palavra aramaica Kepha (rocha). Discípulo de Jesus também chamado Simão ou Simeão (At 15:14; 2Pe 1:1). Filho de João (Jo 1:42) ou Jonas (Mt 16:17), com seu irmão André, dedicava-se à pesca na Galiléia (Mt 4:18).

Natural de Betsaida (Jo 1:44), residia com sua família em Cafarnaum (Mc 1:29ss.; Mt 8:14; Lc 4:38). Esteve ligado a João Batista (Jo 1:35-42) antes de seguir Jesus. Fez parte do grupo dos Doze e, mais especificamente, dos três discípulos mais próximos de Jesus (Mt 17:1; Mc 5:37; 9,2; Lc 8:51 etc.). Convencido da messianidade de Jesus (foi essa a confissão que levou Jesus a falar de sua Igreja edificada sobre a fé em sua pessoa como messias e Filho de Deus), Pedro resistiu, no entanto, à visão do messias sofredor que Jesus tinha (Mt 16:18ss.) e chegou mesmo a negar seu Mestre no momento de sua prisão (Mt 26:69ss. e par.). A princípio, Pedro não acreditou no anúncio da ressurreição de Jesus (Lc 24:11), mas ver o túmulo vazio (Lc 24:12; Jo 20:1-10) e a aparição de Jesus no domingo da ressurreição (Lc 24:34; 1Co 15:5), assim como aparições de que outros discípulos falavam mudaram radicalmente sua vida.

Apenas algumas semanas depois da morte de Jesus, Pedro convertera-se em uma pessoa disposta a confrontar-se com as autoridades judias que, durante a época de Herodes Agripa, estiveram a ponto de executá-lo (At 12).

Embora a comunidade judeu-cristã de Jerusalém fosse dirigida por todos os apóstolos em seus primeiros tempos, não há dúvida de que Pedro atuava como porta-voz da mesma (At 2:4). Juntamente com João, foi ele quem legitimou a evangelização fora da Judéia (Samaria, At 8; o litoral, At 9:32ss.) e deu o primeiro passo para a evangelização dos não-judeus (At 10:11). Parece ter sido bom seu relacionamento com Paulo (Gl 1:2), exceto um incidente em Antioquia em que Pedro agiu contra as suas convicções para não causar escândalo aos judeus.

Durante os anos 40:50, a Igreja de Jerusalém esteve sob a direção de Tiago e não de Pedro (At 12:17; 15,13 21:18; Gl 2:9.12), mas este estava presente no Concílio de Jerusalém, no qual apoiou as idéias de Paulo.

Temos muito poucos dados sobre esse período final de sua vida: quase um quarto de século. Com segurança, desenvolveu um ministério missionário (1Co 9:5), durante o qual, possivelmente, trabalhou em Corinto (1Co 1:12) para, logo mais, concluí-lo com o martírio (Jo 21:19). Considera-se a possibilidade de ter visitado Roma, embora não seja provável que fosse ele o fundador da comunidade dessa cidade. Mais plausível é a tradição que considera sua execução durante a perseguição empreendida por Nero. Das obras que se lhe atribuem, é sua — sem dúvida — a primeira epístola que leva seu nome. Tem-se questionado a autenticidade da segunda, mas o certo é que o livro do Novo Testamento com o qual tem maiores coincidências é exatamente a primeira carta de Pedro. As lógicas diferenças entre ambas as obras não devem ser levadas a extremo, pois dependem não tanto da diversidade de autores como de gênero literário: a primeira é uma epístola e a segunda, uma forma de testamento. Tampouco pode ser descartada a possibilidade de a segunda ser de Pedro, mas ter recebido sua forma final da escrita de um copista.

Quanto aos Atos de Pedro, o Apocalipse de Pedro e o Evangelho de Pedro não são, realmente, de sua autoria. Tem-se ressaltado a possibilidade de o evangelho de Marcos apresentar, substancialmente, o conteúdo da pregação de Pedro, já que João Marcos aparece como seu intérprete em algumas fontes.

C. P. Thiede, o. c.; W. H. Griffith Thomas, El apóstol...; f. f. Bruce, Acts...; Idem, New Testament...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; O. Cullmann, Peter, Londres 1966; R. f. Brown e outros, Pedro...; R. Aguirre

(ed.), Pedro en la Iglesia primitiva, Estella 1991.


Peixes

peixe | s. m. | s. m. pl. | s. 2 g. 2 núm.

pei·xe
(latim piscis, -is)
nome masculino

1. [Zoologia] Animal vertebrado que nasce e vive na água e que respira por guelras.

2. [Informal] Mulher vistosa.

3. [Brasil, Informal] Pessoa que é privilegiada por ser protegida de outra. = PEIXINHO


peixes
nome masculino plural

4. [Astronomia] Constelação zodiacal. (Geralmente com inicial maiúscula.)

5. [Astrologia] Signo do Zodíaco, entre Aquário e Carneiro. (Geralmente com inicial maiúscula.)

nome de dois géneros e de dois números

6. [Astrologia] Indivíduo desse signo. = PISCIANO


falar aos peixes
[Informal] Vomitar.

pregar aos peixes
[Informal] Perder tempo a dar conselhos a quem não presta atenção ou falar a quem não percebe ou quem despreza o que se lhe diz. = PREGAR NO DESERTO


Puxar

verbo transitivo direto Mover para perto de si: puxar uma cadeira para se sentar.
Mover depois de si; arrastar, tirar: quatro cavalos puxavam a carruagem.
Estender com força; esticar: puxar uma corda.
Fazer uso de; exigir, consumir: esse motor puxa muita corrente.
Ser a causa, a razão de; provocar, suscitar: palavra puxa palavra.
Fazer aparecer; avivar: puxar o lustre aos sapatos.
Requerer grande despesa: automóvel com motorista puxa dinheiro.
Dar início a; levar adiante; começar: puxar com um projeto, uma empresa.
Culinária Ferver bastante para engrossar e acentuar o sabor de; apurar: puxar bastante o doce.
Carregar grandes quantidades de coisas: puxar sacos de cimento.
Absorver excessivamente alguma coisa; chupa: terra puxa água.
verbo transitivo indireto Ocasionar algo com estímulo; estimular: puxar por um aluno.
Expressar determinada capacidade, talento: puxa para a música.
Fazer com que tenha validade; pugnar: puxar pelos direitos das minorias.
verbo bitransitivo Figurado Herdar qualidades de ascendente: puxou o sorriso do avô.
verbo transitivo direto e bitransitivo Fazer o ajuste perfeito de algo ao corpo: puxar o vestido pela manga.
verbo intransitivo Apresentar uma crise de asma: o menino puxava muito enquanto tossia.
[Gíria] Fumar maconha: puxar um baseado.
Etimologia (origem da palavra puxar). Do latim pulsare.

puxar
v. 1. tr. dir. Atrair a si com força. 2. tr. dir. Lançar mão de. 3. tr. dir. Exercer tração e.M 4. tr. dir. Mover após de si; tirar, arrastar. 5. tr. dir. Tirar com esforço; arrancar. 6. tr. dir. Fazer esforços para arrancar. 7. tr. dir. Esticar, estirar. 8. tr. dir. Arrepelar. 9. tr. dir. Sorver. 10. tr. ind. Promover o adiantamento de algué.M 11. tr. ind. Obrigar a fazer ou produzir mais do que pode ou costuma. 12. tr. dir. e tr. ind. Herdar qualidades de, sair semelhante a, ter as taras hereditárias de. 13. tr. dir. Provocar, suscitar. 14. tr. ind. Fazer valer; pugnar. 15. tr. dir. Encaminhar, promover. 16. tr. ind. Fazer instâncias; exigir, obrigar. 17. tr. dir. Começar, presidir a. 18. tr. dir. Apurar. 19. tr. dir. Apertar, estimular, incitar. 20. tr. dir. Servir-se à mesa de (comida). 21. tr. dir. Excitar ou promover o apetite de beber. 22. tr. dir. Jogar de mão (uma carta). 23. tr. dir. Transportar (coisas em grande quantidade).

Rede

Rede Fios trançados em forma de MALHA, usada para caçar (Is 51:20), enfeitar (Jr 52:23) ou pescar (Mt 4:18). Figuradamente, CILADA (Sl 57:6).

substantivo feminino Tecido de malha com aberturas regulares.
É feita pelo entrelaçamento de fibras que são ligadas por nós ou entrelaçadas nos pontos de cruzamento. As redes podem ser feitas de algodão, raiom, náilon ou outras fibras. A rede de trançado simples é mais comum, mas a rede de trançado duplo é mais resistente.

os egípcios faziam as suas redes de fio de linho, usando uma farpa própria, de madeira – e, como as redes do Egito eram bem conhecidas dos primitivos judeus (is 19:8), é possível que a forma e material fossem os mesmos nos dois países. As redes que se usavam para as aves no Egito eram de duas espécies: armadilhas e laços. (*veja Caçador.) A rede emprega-se como uma imagem dos sutis artifícios dos inimigos de Deus (Sl 9:15 – 25.15 – 31.4), significando, também, o inevitável castigo da Providência (Lm 1:13Ez 12:13os 7:12). Usa-se igualmente o termo a respeito da obra, que de um modo semelhante à corda, enfeita o capitel da coluna (1 Rs l.17).

Romper

verbo transitivo e intransitivo Abrir à força; arrombar: as águas romperam a barragem.
verbo transitivo direto e pronominal Partir violentamente; fender, despedaçar, quebrar, arrebentar: romper as cadeias, as amarras; o telhado rompeu-se com a chuva.
Fazer um furo, buraco; rasgar, destroçar: romper o calçado; a caminhada rompeu-me os pés.
Interromper algo ou ser a causa da interrupção de alguma coisa; suspender-se: romper o silêncio; a chuva rompeu-se com o sol.
verbo transitivo direto Interromper a realização de alguma coisa; infringir, violar: romper o silêncio; romper a paz.
Arrotear; sulcar: romper a terra; romper os mares.
Abrir caminho por entre: romper a multidão.
Surgir inesperadamente; irromper: gargalhadas rompiam a audiência.
Abrir penetrando; fender: o machado rompeu-lhe o crânio.
Divulgar-se, vir a público: rompeu a terrível nova.
Atacar algo ou alguém; investir, agredir: romper em invectivas contra alguém.
verbo transitivo indireto e intransitivo Deixar de ter uma boa relação com alguém ou com alguma coisa: romper com os pais; o governo rompeu com países xenófobos.
Entrar com violência; irromper; arremessar-se: romper contra os manifestantes; o carro rompeu velozmente pela avenida.
verbo transitivo direto e intransitivo Dar princípio a algo; começar: romper a marcha; romper a valsa; na infância sua inteligência rompia.
verbo transitivo indireto Sair com ímpeto; estourar, jorrar: romper em pranto.
Não se subordinar; rejeitar, repelir: romper com ideias preconceituosas.
verbo intransitivo Começar a aparecer; despontar, mostrar-se: rompia a aurora.
Surgir do nada; brotar: as lágrimas romperam.
verbo pronominal Quebrar-se, partir-se, destruir-se: romper-se contra os rochedos.
Fender-se, abrir-se: romper-se o solo sob os pés de alguém.
Gastar-se até o fim; rasgar-se: rompeu-se-lhe o vestido.
substantivo masculino Ação de aparecer, de se mostrar, de romper; aparição: o romper da aurora.
expressão Romper lanças. Combater, lutar, pugnar, duelar.
Romper relações. Brigar, separar-se, desentender-se.
Romper a trégua. Recomeçar a luta.
Etimologia (origem da palavra romper). Do latim rumpere.

Romper Arrebentar (Sl 2:3; Lc 5:37).

Simão

substantivo masculino [Popular] Macaco.

ouvindo. l. irmão de Jesus (Mt 13:55Mc 6:3). (*veja irmãos do Senhor.) 2. (Mt 4:18, etc.). (*veja Pedro.) 3. o Zelote, um apóstolo de Jesus Cristo. Nada sabemos dos seus atos como apóstolo (Mt 10:4Mc 3:18Lc 6:15At 1:13). *veja Cananita. 4. Leproso que vivia em Betânia, e em cuja casa foi a cabeça do Salvador ungida com óleo (Mt 26:6Mc 14:3). Como ele estava vivendo na sua própria casa e entre o povo, devia já estar livre da lepra, sendo, provavelmente, um dos curados por Jesus Cristo. Lázaro, Maria e Marta estavam presentes como hóspedes (Jo 12:2). 5. Um cireneu, que foi obrigado a prestar auxílio ao Redentor, levando também a cruz ao lugar da crucificação (Mt 27:32Mc 15:21Lc 23:26), pois Jesus, pela Sua fadiga, não a podia levar para mais longe. Era pai de Alexandre e Rufo (Mc 15:21) – e talvez o cristão de Roma, de quem se fala em Rm 16:13. 6. Um fariseu, em cuja casa foi ungido Jesus pela mulher, que era uma pecadora (Lc 7:36-50). 7. o pai de Judas iscariotes (Jo 6:71 – 12.4 – 13 2:26). (*veja Judas iscariotes.) 8. Um mágico de Samaria, geralmente chamado Simão Mago, o qual procurou comprar por dinheiro o dom do Espírito Santo (At 8:9-24). Ao seu ímpio oferecimento de dinheiro, para receber o dom do Espírito Santo, chamou-se ‘simonia’. A posterior tradição cristã encontra muito que dizer da sua vida depois daquele acontecimento. 9. Simão, o curtidor, um cristão de Jope em cuja casa esteve Pedro hospedado (At 9:43 – 10.6,17,32).

Usado como forma grega do nome hebraico Simeão, que significa “ouvindo”. Existem nove personagens com esse nome no Novo Testamento.


1. Irmão de André, um dos doze discípulos e apóstolos de Jesus. Veja Pedro.


2. Irmão de Jesus, é mencionado pelo nome apenas em Marcos 6:3 e na passagem paralela em Mateus 13:55. Nessa narrativa, Cristo havia chegado à cidade de Nazaré, onde fora criado, e começou a pregar na sinagoga. Ambos os evangelhos revelam a surpresa da multidão em face da sabedoria que Jesus manifestava. As pessoas ficaram particularmente espantadas, porque todos conheciam sua família, que estivera presente na cidade o tempo todo. Numa bela retórica, perguntaram: “Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde, pois, lhe veio tudo isto? E escandalizavam-se nele” (Mt 13:55-57). Lamentavelmente, devido à falta de fé deles, Jesus não fez muitos milagres na cidade e declarou que o profeta não tem honra no meio de seu próprio povo.

Em outro texto os irmãos de Jesus manifestam o desejo de que Ele fosse mais explícito em seu ministério público, sem de fato acreditar nele (Jo 7:3-5). Mais tarde, porém, claramente passaram a crer no Senhor e foram mencionados no grupo que “orava constantemente” antes do dia de Pentecostes, em Atos 1:14. Pelo menos alguns tornaram-se missionários na 1greja primitiva e são mencionados em I Coríntios 9:5.

Durante toda a história da Igreja, a palavra “irmão”, referente aos irmãos de Jesus, tem sido interpretada de várias maneiras. Alguns argumentam que deveriam ser filhos apenas de José, de um casamento anterior, a fim de manter a ideia que mais tarde tornou-se conhecida como a doutrina da virgindade perpétua de Maria. Agostinho e outros notáveis escritores católicos romanos argumentavam que a palavra significava simplesmente “parentes” ou “primos”. Os textos onde a frase aparece, entretanto, dão muito mais a ideia de referir-se a irmãos literais de Jesus, nascidos de Maria, depois que teve seu filho “primogênito”, Jesus (Lc 2:7; cf. Mt 1:25).


3. Simão, um fariseu, é mencionado apenas em Lucas 7. Jesus aceitou um convite para jantar em sua casa. Quando estavam à mesa, uma mulher que morava na mesma cidade, “uma pecadora”, entrou na casa e “estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas. Então os enxugava com os próprios cabelos, beijava-os e os ungia com ungüento” (v. 38). Claramente ela reconhecia seus pecados e buscava seu perdão e sua bênção. Como fariseu, Simão logo ficou preocupado com o fato de uma “pecadora” tocar em Jesus, deixando-o, desta maneira, cerimonialmente contaminado. Desde que Cristo parecia não se preocupar com isso, Simão concluiu que ele não era um verdadeiro profeta, pois se assim fosse entenderia o que ocorria naquela atitude da pecadora. Jesus respondeu aos pensamentos silenciosos de Simão com uma parábola, na qual contrastou duas pessoas que tinham uma dívida com um agiota. Uma devia uma grande soma e a outra, pouco dinheiro; ambos os débitos foram perdoados. Jesus perguntou a Simão qual das duas pessoas amaria mais o agiota. Desta maneira o fariseu foi apanhado pela parábola, ao ter de aplicá-la aos seus próprios pensamentos. Respondeu que a pessoa que fora perdoada do maior débito. Cristo então aplicou a parábola a Simão e à mulher. Ele cumprira suas obrigações legais de hospitalidade para com Jesus, mas ela mostrara seu amor pelo Senhor desde que entrara na casa dele. “Ela amou mais” porque seus “muitos pecados” foram perdoados. Por outro lado, por implicação, Simão amava menos, pois tinha experimentado pouco do perdão de Deus (v. 47).

Lucas enfatiza dois pontos importantes neste incidente nos vv. 49 e 50. Primeiro, prossegue com um tema de seu evangelho, a fim de mostrar como os outros convidados foram forçados a perguntar: “Quem é este que até perdoa pecados?” Queria que seus leitores também fizessem essa mesma pergunta, pois assim conheceriam melhor a Jesus Cristo (veja também Lc 4:22-41; Lc 5:21; Lc 7:16-19; Lc 8:26-9:18-20; etc.). Segundo, Lucas conclui a seção, a fim de revelar que a resposta da mulher a Cristo foi fundamental para o seu perdão: “A tua fé te salvou; vai-te em paz”. Portanto, por implicação, essa deveria ser a resposta dos leitores a Jesus, a qual os levaria ao perdão e à salvação. P.D.G.


4. Simão, o zelote, é um dos apóstolos menos conhecidos de Jesus. Seu nome é registrado na Bíblia somente nas listas dos apóstolos nos três primeiros evangelhos e na cena do Cenáculo, em Atos 1.

Provavelmente existem duas razões pelas quais o nome dele é sempre especificado como “o zelote”, ou uma palavra semelhante. A primeira razão seria para que não houvesse confusão com Simão Pedro. Ambos tinham o mesmo nome e, assim, era necessário fazer uma distinção entre eles. Jesus deu ao mais proeminente deles o apelido de Pedro (Mt 10:2; Mt 16:18). Não sabemos quem começou a chamar o outro de “zelote”.

A segunda razão, sem dúvida, é que esse nome descrevia seu caráter ou sua lealdade, tanto no passado como no presente. Além dos nomes de família, tais designações eram comuns entre os apóstolos. Tiago e João, os filhos de Zebedeu, eram conhecidos como “filhos do trovão” (Mc 3:17), claramente um comentário sobre suas personalidades impetuosas. Mateus era chamado de “o publicano” (Mt 10:3), para lembrar seu passado antes de tornar-se discípulo de Cristo.

Provavelmente a melhor explicação a respeito de Simão, o zelote, seja devido à sua personalidade — caráter ou atividades passadas. A descrição dele como “o zelote” numa passagem que relata uma situação posterior à ressurreição de Cristo (At 1:13) implica que qualquer que fosse o motivo da designação, ele continuou o mesmo. Se essa ideia estiver correta, seria entendido como “o zeloso”, talvez pelo seu zelo geral ou especificamente em relação a Jesus Cristo.

Por outro lado, as passagens nos evangelhos sinópticos (Mt 10:4; Mc 3:18; Lc 6:15) ocorrem exatamente no início do ministério de Jesus. Nesse aspecto, é muito mais provável que “zelote” refira-se ao partido político nacionalista que existia no judaísmo, naquela época. Essa hipótese é apoiada pela palavra grega traduzida como “zelote”, em Mateus 10:4 e Marcos 3:18. A palavra é cananaios, que é outro termo para a seita judaica dos zelotes. É claro que é bem possível que o antigo zelo nacionalista de Simão tenha-se transformado numa lealdade intensa a Jesus, caso em que ambos os nomes estariam presentes. Qualquer que seja o motivo, o papel de Simão, o zelote, como apóstolo de Cristo é um exemplo magnífico da graça transformadora de Deus e também como o Senhor usa pessoas drasticamente diferentes para realizar seus propósitos.

A.B.L.


5. Simão, o leproso, é mencionado apenas em Mateus 26:6 e Marcos 14:3. É a única pessoa acometida de lepra citada pelo nome, no Novo Testamento. Veja Lepra. Ele nos proporciona um interessante exemplo de como Jesus era totalmente capaz de aceitar aquelas pessoas marginalizadas pela sociedade. Em Marcos 14, Cristo fora à casa de Simão, em Betânia, para uma refeição. Enquanto alimentavam-se, uma mulher entrou e derramou um perfume caríssimo sobre a cabeça dele. Alguns na sala consideraram a ação dela um grande desperdício de dinheiro e “murmuravam contra ela” (Mc 14:5). Jesus lembrou aos presentes que os pobres sempre estariam com eles, mas o Filho de Deus não se encontraria entre eles por muito tempo. Tomou o perfume como um indicador profético de sua morte, quando seu corpo seria preparado com essências aromáticas para o sepultamento (v. 8). João 12:1-8 aparentemente relata o mesmo evento ocorrido em Betânia. A mulher é identificada como Maria, mas nenhuma menção é feita a Simão, o leproso.


6. Simão Iscariotes é mencionado apenas no evangelho de João. Era pai de Judas 1scariotes, o discípulo que traiu Jesus (Jo 6:71; Jo 13:2-26). Veja Judas 1scariotes.


7. Simão de Cirene foi forçado pelos guardas romanos a carregar a cruz para Jesus até o Gólgota, local onde Cristo foi crucificado (Mt 27:32; Lc 23:26). Marcos 15:21 acrescenta que ele era “pai de Alexandre e de Rufo” e que “por ali passava, vindo do campo”. Isso pode significar que seus filhos posteriormente aderiram à fé em Cristo e eram conhecidos na 1greja primitiva.

Cirene ficava no norte da África (moderna Líbia) e parece que ali havia uma grande comunidade judaica (At 6:9). É possível que Simão estivesse em Jerusalém para a festa da Páscoa. Posteriormente, no dia de Pentecostes, visitantes de Cirene ouviram o evangelho em sua própria língua e se converteram (At 2:10). Pessoas desse país também são mencionadas em conexão com a pregação do evangelho aos gentios (At 11:20) e um certo Lúcio de Cirene era mestre na igreja em Antioquia (At 13:1).


8. Simão, o mágico, vivia em Samaria e suas artes mágicas eram bem conhecidas na comunidade (At 8:9). Ele tinha prazer na aclamação do povo da cidade, o qual achava que ele tinha poderes divinos (vv. 10,11). Filipe, o evangelista, pregou a palavra de Deus em Samaria e muitas pessoas creram e foram batizadas. Ele realizou milagres em nome de Jesus e expeliu os demônios; toda a cidade foi afetada (vv. 4-8). O próprio Simão ficou maravilhado com o que acontecia por intermédio de Filipe e ele mesmo creu e foi batizado (v. 13). Pedro e João foram a Samaria para ver por si mesmos quantas pessoas tinham crido em Cristo e impuseram as mãos sobre os novos convertidos, para que recebessem o Espírito Santo (vv. 14-17). “Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, ofereceu-lhes dinheiro, dizendo: Dai-me também esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo” (vv. 18,19).

Acostumado a ser pago por seus serviços de magia, provavelmente Simão nada viu de errado em oferecer dinheiro para adquirir um pouco do poder que os apóstolos possuíam. O pedido, entretanto, revelou seu pecado e sua falta de entendimento. Pedro o olhou fixamente e lhe disse sem preâmbulos: “O teu coração não é reto diante de Deus”. Exortou-o então a se arrepender, a buscar perdão e uma mudança no coração: “Pois vejo que estás em fel de amargura e em laço de iniqüidade”. Simão pediu a Pedro que orasse por ele, para que não sofresse o juízo de Deus (vv. 23,24).

O texto não deixa claro até que ponto a conversão de Simão foi genuína. Certamente ele foi atraído pela operação de sinais e maravilhas, como acontece com tantas pessoas através dos séculos. Pedro precisou de maturidade espiritual para ver que a atração aos sinais e a crença neles não representava uma conversão genuína. A implicação no final da passagem é que, embora a fé de Simão não fosse genuína no princípio, no final ele realmente buscou o perdão do Senhor.


9. Simão, o curtidor, vivia perto do mar, em Jope (At 9:43;10:6-32). Sua casa provavelmente ficava à beira-mar, para que o curtume das peles de animais não causasse contaminação cerimonial à comunidade judaica. Pedro permaneceu em sua casa “por muitos dias”. O apóstolo chegara a Jope procedente de Lida, chamado por alguns discípulos, pois Tabita, uma discípula conhecida por suas boas obras, havia morrido. Pedro orou e ela ressuscitou dentre os mortos (At 9:40). Quando estava no terraço, na casa de Simão, o curtidor, Pedro teve a visão na qual foi encorajado a comer dos assim chamados animais “impuros”. Por meio desta revelação, o Senhor o preparava para o trabalho entre os gentios e especificamente para encontrar-se com o centurião Cornélio, cujos empregados já estavam a caminho de Jope, para pedir-lhe que os acompanhasse a Cesaréia. P.D.G.


Simão [Ouvinte] -

1) PEDRO (Mt 4:18)

2) Iscariotes, pai de JUDAS 1, (Jo 13:26), RA).

3) O leproso (Mc 14:3).

4) CIRENEU (Mt 27:32).

5) CURTIDOR (At 10:6).

6) FARISEU (Lc 7:40).

7) MÁGICO (At 8:9-24).

8) ZELOTE ou CANANEU 3, (Mt 10:4).

9) Ir

Simão 1. O apóstolo Pedro (Mt 16:17; Jo 1:42; 21,15).

2. O zeloso. Um dos discípulos de Jesus. Não se deve equivocar e identificá-lo, como já se fez, com um zelote (Mt 10:4; Mc 3:18; Lc 6:15).

3. Um dos irmãos de Jesus (Mt 13:55; Mc 6:3).

4. Um fariseu (Lc 7:40.43);

5. Um personagem de Betânia, afligido pela lepra (Mt 26:6; Mc 14:3). Às vezes, é identificado com o 4.

6. O Cireneu. Personagem — possivelmente gentio — que foi obrigado a ajudar Jesus a levar a cruz (Mt 27:32; Mc 15:21; Lc 23:26);

7. Simão Iscariotes, pai de Judas 1scariotes (Jo 6:71; 13 2:26).


Terra

substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).

terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.

[...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

[...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

[...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

[...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

[...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

[...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

[...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

[...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

[...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

[...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o nosso campo de ação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

[...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

[...] é a vinha de Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

[...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

[...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

[...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

A Terra é também a grande universidade. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

[...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

[...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13


Três

numeral Dois mais um; quantidade que corresponde a dois mais um (3).
Que ocupa a terceira posição; terceiro: capítulo três.
substantivo masculino O número três: escrevam um três.
Terceiro dia de um mês: o 3 de julho.
Representação gráfica desse número; em arábico: 3; em número romano: III.
locução adverbial A três por dois. A cada instante: eles brigam a três por dois.
Etimologia (origem da palavra três). Do latim tres.tria.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Σίμων Πέτρος ἀναβαίνω καί ἑλκύω δίκτυον ἐπί γῆ μεστός ἑκατόν πεντήκοντα τρεῖς μέγας ἰχθύς καί οὐ ὤν τοσοῦτος δίκτυον σχίζω
João 21: 11 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Simão Pedro subiu, e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de serem tantos, não se rompeu a rede.
João 21: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

de 17 de Abril. até Maio de 30
G1093
γῆ
terra arável
(land)
Substantivo - vocativo feminino no singular
G1350
díktyon
δίκτυον
redimir, agir como parente resgatador, vingar, reivindicar, resgatar, fazer a parte de um
(who redeemed)
Verbo
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G1540
hekatón
ἑκατόν
descobrir, remover
(and he was uncovered)
Verbo
G1670
helkýō
ἑλκύω
puxar, arrancar
(draws)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Active - 3ª pessoa do singular
G2486
ichthýs
ἰχθύς
()
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G305
anabaínō
ἀναβαίνω
ascender
(went up)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G3173
mégas
μέγας
só, só um, solitário, um
(only)
Adjetivo
G3324
mestós
μεστός
filho de Coate, neto de Levi, tio de Moisés e Arão, e pai de Corá; progenitor dos isaritas
(and Izhar)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G3767
oûn
οὖν
portanto / por isso
(therefore)
Conjunção
G4004
pentḗkonta
πεντήκοντα
()
G4074
Pétros
Πέτρος
um povo descendente do filho de Jafé que também habitou o território da Média n pr loc
(and Madai)
Substantivo
G4613
Símōn
Σίμων
Pedro era um dos apóstolos
(Simon)
Substantivo - acusativo masculino singular
G4977
schízō
σχίζω
um sacerdote de Baal em Jerusalém na época de Atalia
(Mattan)
Substantivo
G5118
tosoûtos
τοσοῦτος
de quantidade: tão grande, tantos
(so great)
Pronome demonstrativo - feminino acusativo singular
G5140
treîs
τρεῖς
fluir, destilar, escorrer, gotejar, pingar
(the floods)
Verbo


γῆ


(G1093)
(ghay)

1093 γη ge

contraído de um palavra raíz; TDNT - 1:677,116; n f

  1. terra arável
  2. o chão, a terra com um lugar estável
  3. continente como oposto ao mar ou água
  4. a terra como um todo
    1. a terra como oposto aos céus
    2. a terra habitada, residência dos homens e dos animais
  5. um país, terra circundada com limites fixos, uma área de terra, território, região

δίκτυον


(G1350)
díktyon (dik'-too-on)

1350 δικτυον diktuon

provavelmente de um verbo primário diko (lançar); n n

  1. rede (de pesca)

Sinônimos ver verbete 5808


εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

ἑκατόν


(G1540)
hekatón (hek-at-on')

1540 εκατον hekaton

de afinidade incerta; n indecl

  1. cem

ἑλκύω


(G1670)
helkýō (hel-koo'-o)

1670 ελκυω helkuo ou ελκω helko

provavelmente semelhante a 138; TDNT - 2:503,227; v

  1. puxar, arrancar
  2. metáf., puxar por um poder interno, arrastar, impelir

ἰχθύς


(G2486)
ichthýs (ikh-thoos')

2486 ιχθυς ichthus

de afinidade incerta; n m

  1. peixe

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

ἀναβαίνω


(G305)
anabaínō (an-ab-ah'-ee-no)

305 αναβαινω anabaino

de 303 e a raiz de 939; TDNT - 1:519,90; v

  1. ascender
    1. subir
    2. elevar, escalar, ser sustentado, surgir

μέγας


(G3173)
mégas (meg'-as)

3173 μεγας megas

[incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj

  1. grande
    1. da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
      1. em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
        1. massa e peso: grande
        2. limite e extensão: largo, espaçoso
        3. medida e altura: longo
        4. estatura e idade: grande, velho
    2. de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
    3. de idade: o mais velho
    4. usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
  2. atribuído de grau, que pertence a
    1. pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
    2. coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
    3. algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
  3. esplêndido, preparado numa grande escala, digno
  4. grandes coisas
    1. das bênçãos preeminentes de Deus
    2. de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus

μεστός


(G3324)
mestós (mes-tos')

3324 μεστος mestos

de derivação incerta; adj

  1. cheio
    1. com referência a pessoas, cujas mentes estão como se preenchidas com pensamentos e emoções, sejam boas ou ruins


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

οὖν


(G3767)
oûn (oon)

3767 ουν oun

aparentemente, palavra raiz; partícula

  1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

πεντήκοντα


(G4004)
pentḗkonta (pen-tay'-kon-tah)

4004 πεντηκοντα pentekonta

multiplicativo de 4002; adj

  1. cinqüenta

Πέτρος


(G4074)
Pétros (pet'-ros)

4074 πετρος Petros

aparentemente, palavra primária; TDNT - 6:100,835; n pr m

Pedro = “uma rocha ou uma pedra”

  1. um dos doze discípulos de Jesus

Σίμων


(G4613)
Símōn (see'-mone)

4613 σιμων Simon

de origem hebraica 8095 שמעון; n pr m

Pedro = “rocha ou pedra”

Pedro era um dos apóstolos

Simão, chamado Zelote ou Kanaites

Simão, pai de Judas, o traidor de Jesus

Simão Mago, o mágico samaritano

Simão, o curtidor, At 10

Simão, o fariseu, Lc 7:40-44

Simão de Cirene, que carregou a cruz de Cristo

Simão, o primo de Jesus, o filho de Cleopas

Simão, o leproso, assim chamado para distingui-lo dos outros do mesmo nome


σχίζω


(G4977)
schízō (skhid'-zo)

4977 σχιζω schizo

aparentemente, verbo primário; TDNT - 7:959,1130; v

partir, rachar em partes, rasgar

dividir ao rasgar

dividir em pedaços, ser dividido


τοσοῦτος


(G5118)
tosoûtos (tos-oo'-tos)

5118 τοσουτος tosoutos

de tosos (tanto, aparentemente de 3588 e 3739) e 3778 (inclue suas variações); adj

de quantidade: tão grande, tantos

de tempo: tão longo


τρεῖς


(G5140)
treîs (trice)

5140 τρεις treis neutro τρια tria ou τριων trion

número primário (plural); TDNT - 8:216,1188; n f

  1. três