Enciclopédia de João 8:34-34

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 8: 34

Versão Versículo
ARA Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.
ARC Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado.
TB Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.
BGB Ἀπεκρίθη αὐτοῖς ὁ Ἰησοῦς· Ἀμὴν ἀμὴν λέγω ὑμῖν ὅτι πᾶς ὁ ποιῶν τὴν ἁμαρτίαν δοῦλός ἐστιν τῆς ἁμαρτίας·
HD Respondeu-lhes Jesus: Amém , amém vos digo que todo aquele que pratica o pecado é escravo do pecado.
LTT Respondeu-lhes Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que está cometendo pecado, escravo é do pecado.
BJ2 Jesus lhes respondeu: "Em verdade, em verdade, vos digo: quem comete o pecado é escravo.[i]
VULG Respondit eis Jesus : Amen, amen dico vobis : quia omnis qui facit peccatum, servus est peccati.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 8:34

I Reis 21:25 Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do Senhor, porque Jezabel, sua mulher, o incitava.
Provérbios 5:22 Quanto ao ímpio, as suas iniquidades o prenderão, e, com as cordas do seu pecado, será detido.
Mateus 5:18 Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.
João 3:3 Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
Atos 8:23 pois vejo que estás em fel de amargura e em laço de iniquidade.
Romanos 6:6 sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado.
Romanos 6:12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;
Romanos 6:16 Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?
Romanos 6:19 Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia e à maldade para a maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.
Romanos 7:14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.
Romanos 7:25 Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas, com a carne, à lei do pecado.
Romanos 8:21 na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.
Efésios 2:2 em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência;
Tito 3:3 Porque também nós éramos, noutro tempo, insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros.
II Pedro 2:19 prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.
I João 3:8 Quem pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


André Luiz

jo 8:34
Ação e Reação

Categoria: Livro Espírita
Ref: 4426
Capítulo: 15
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Os problemas do lar de Ildeu ofereciam-nos ensanchas a preciosos estudos no terreno puro da alma.

Em razão disso, de volta à Mansão em companhia do Assistente, valíamo-nos do tempo para buscar-lhe a opinião clara e sensata, acerca de momentosas questões que nos esfervilhavam a mente.

Hilário foi o primeiro a quebrar a longa pausa, indagando:

— Meu caro Silas, não temos ali, no caso de Roberto e Marcela, um quadro autêntico do chamado complexo de Édipo, que a psicanálise freudiana pretende encontrar na psicologia infantil?

Nosso amigo sorriu e obtemperou:

— O grande médico austríaco poderia ter atingido respeitáveis culminâncias do espírito, se houvesse descerrado uma porta aos estudos da lei de reencarnação. Infelizmente, porém, atento à pragmática científica, não teve bastante coragem para ultrapassar a observação do campo fisiológico, rigidamente considerado, imobilizando-se, por isso, nas zonas obscuras da inconsciência, em que o “eu” enclausura as experiências que realiza, automatizando os próprios impulsos. Marcela e Roberto não poderiam trair, na condição de mãe e filho, as simpatias carreadas do pretérito ao presente, tanto quanto Ildeu, Sônia e Márcia não conseguiriam fugir à predileção que os ligava desde o passado. O problema é de afinidade em sua estrutura essencial. Afinidade com dívidas, exigindo resgate.

Lembrei-me, então, dos exageros que podemos atribuir à teoria da libido, a energia através da qual, segundo a escola de Freud, o instinto sexual se revela na mente, e teci alguns comentários alusivos ao assunto, detendo-me, de maneira especial, na amnésia infantil, a que o famoso cientista empresta a maior importância para explicar as operações do inconsciente.

Silas, atencioso, completou sem hesitar:

— Bastaria compreender na encarnação terrestre um Espírito usando um corpo para entender que as amnésias decorrem naturalmente da inadaptação temporária entre a alma e o instrumento de que se utiliza. Na infância, o “ego”, em processo de materialização, externará reminiscências e opiniões, simpatias e desafetos, através de manifestações instintivas, a lhe entremostrarem o passado, do qual mal se lembrará no futuro próximo, de vez que estará movimentando a máquina cerebral em desenvolvimento, máquina essa que deverá servi-lo, tão só por algum tempo e para determinados fins, ocorrendo idêntica situação na idade provecta quando as palavras como que se desprendem dos quadros da memória, traduzindo alterações do órgão do pensamento, modificado por desgaste.


— E a tese da libido como fome sexual característica em todos os viventes? — insisti, curioso.

— Freud — considerou Silas — deve ser louvado pelo desassombro com que empreendeu a viagem aos mais recônditos labirintos da alma humana, para descobrir ás chagas do sentimento e diagnosticá-las com o discernimento possível. Entretanto, não pode ser rigorosamente aprovado, quando pretendeu, de certo modo, explicar o campo emotivo das criaturas pela medida absoluta das sensações eróticas.

Confiou-se o Assistente a ligeira pausa e prosseguiu:

— Criação, vida e sexo são temas que se identificam essencialmente entre si, perdendo-se em suas origens no seio da Sabedoria Divina. Por isso, estamos longe de padronizá-los em definições técnicas, inamovíveis. Não podemos, dessa forma, limitar às loucuras humanas a função do sexo, pois seríamos tão insensatos quanto alguém que pretendesse estudar o Sol apenas por uma réstia de luz filtrada pela fenda de um telhado. Examinado como força atuante da vida, à face da criação incessante, o sexo, a rigor, palpitará em tudo, desde a comunhão dos princípios subatômicos à atração dos astros, porque, então, expressará força de amor, gerada pelo amor infinito de Deus. O ajuste entre o oxigênio e o hidrogênio decorrerá desse princípio, no plano químico, formando a água de que se alimenta a Natureza. O movimento harmonioso do Sol, equilibrando a família dos mundos, na imensidade sideral, além de nutrir-lhes a existência, resultará dessa, mesma energia no plano cósmico. E a própria influência do Cristo, que se deixou crucificar em devotamento a nós outros, seus tutelados na Terra, para fecundar de luz a nossa mente, com vistas à divina ressurreição, não será, na essência, esse mesmo princípio, estampado no mais alto teor de sublimação? O sexo, pois, não poderia ausentar-se do reino espiritual que nos é conhecido, por ser de substância mental, determinando mentalmente as formas em que se expressa. Representa, desse modo, não uma energia fixa da Natureza, trabalhando a alma, e sim uma energia variável da alma, com que ela trabalha a Natureza em que evolve, aprimorando a si mesma. Apreciemo-la, assim, como sendo uma força do Criador na criatura, destinada a expandir-se em obras de amor e luz que enriqueçam a vida, igualmente condicionada à lei de responsabilidade, que nos rege os destinos.

Hilário, que ouvia atenciosamente as elucidações expostas, considerou:

— Semelhante argumentação dá-nos a entender que a força sexual não se destina simplesmente a gerar filhos…

Não me calou agradavelmente a ponderação que julguei de todo inoportuna, ante a elevação e a transcendentalidade a que Silas projetara o tema em estudo, mas o Assistente sorriu bem-humorado e respondeu:

— Hilário, meu amigo, na Terra, é vulgar a fixação do magno assunto no equipamento genital do homem e da mulher. Contudo, é preciso não esquecer que mencionamos o sexo como força de amor nas bases da vida, totalizando a glória da Criação. Foi ainda Segismundo Freud quem definiu o objetivo do impulso sexual como procura de prazer… Sim, a assertiva é respeitável, em nos reportando às experiências primárias do Espírito, no mundo físico; entretanto, é indispensável dilatar a definição para arredá-la do campo erótico em que foi circunscrita. Pela energia criadora do amor que assegura a estabilidade de todo o Universo, a alma, em se aperfeiçoando, busca sempre os prazeres mais nobres. Temos, assim, o prazer de ajudar, de descobrir, de purificar, de redimir, de iluminar, de estudar, de aprender, de elevar, de construir e toda uma infinidade de prazeres, condizentes com os mais santificantes estágios do Espírito. Encontramos, desse modo, almas que se amam profundamente, produzindo inestimáveis valores para o engrandecimento do mundo, sem jamais se tocarem umas nas outras, da ponto de vista fisiológico, embora permutem constantemente os raios quintessenciados do amor para a edificação das obras a que se afeiçoam. Sem dúvida, o lar digno, santuário em que a vida se manifesta, na formação de corpos abençoados para a experiência da alma, é uma instituição venerável, sobre a qual se concentram as atenções da Providência Divina; entretanto, junto dele, dispomos igualmente das associações de seres que se aglutinam uns aos outros, nos sentimentos mais puros, em favor das obras da caridade e da educação. As faculdades do amor geram formas sublimes para a encarnação das almas na Terra, mas também criam os tesouros da arte, as riquezas da indústria, as maravilhas da Ciência, as fulgurações do progresso… E ninguém amealha os patrimônios da evolução a sós. Em todas as empresas do acrisolamento moral, surpreendemos Espíritos afins que se buscam, reunindo as possibilidades que lhes são próprias, na realização de empreendimentos que levantam a Humanidade, da Terra para o Céu…

Após breve pausa, acentuou:

— O próprio Cristo, Nosso Senhor, para cimentar os alicerces do seu apostolado de redenção, chamou a si os companheiros da Boa Nova que, embora a princípio não lhe compreendessem a excelsitude, dele se fizeram apóstolos intimoratos, selando com o Mestre Inesquecível um contrato de coração para coração, por intermédio do qual lançaram os fundamentos do Reino de Deus na Terra, numa obra de abnegação e sacrifício que constitui, até hoje, o mais arrojado cometimento do amor no mundo.


Nesse ponto das elucidações que lhe fluíam do verbo afetuoso, permitiu-se o Assistente mais longo intervalo. Percebendo, porém, que estimaríamos ouvi-lo mais

amplamente sobre o sexo, qual é concebido entre os homens, de forma a enfileirar conclusões adequadas aos nossos estudos de causa e efeito, voltou a dizer:

— Tais considerações que expendemos, acerca de um tema assim tão vasto, externando-nos do ângulo mais elevado que a nossa mente é suscetível de abarcar, não nos dispensam do dever de exaltar a necessidade de sublimação da experiência emotiva entre as criaturas. Sabemos que o sexo, analisado na essência, é a soma das qualidades femininas ou masculinas que caracterizam a mente, razão por que é imprescindível observá-lo, do ponto de vista espiritual, enquadrando-o na esfera das concessões divinas que nos cabe movimentar com respeito e rendimento na produção do bem. Entendo que vocês desejariam efetuar mais longa digressão educativa nesse domínio, entretanto, cremos desnecessário minudenciar particularidades ao redor do assunto, porque conhecem de sobejo que, quanto mais amplo o discernimento do Espírito, mais imperiosas se lhe fazem as obrigações, perante a vida. O sexo no corpo humano é assim como um altar de amor puro que não podemos relegar à imundície, sob pena de praticar as mais espantosas crueldades mentais, cujos efeitos nos seguem, invariáveis, depois do túmulo…

Meu colega, que ardia no anseio de intensificar indagações, inquiriu, respeitoso:

— Silas amigo, assistimos no mundo a todo um acervo de conflitos sentimentais que, por vezes, culminam em pavorosa delinquência… Homens que renegam os sagrados compromissos do lar, mulheres que desertam dos deveres nobilitantes para com a família… Pais que abandonam os filhos… Mães que rejeitam rebentos mal nascidos, quando os não assassinam covardemente… Tudo isso em razão da sede dos prazeres sexuais que, não raro, lhes situam os passos nas sendas tenebrosas do crime… Todas essas falhas acompanham o Espírito, além da armadura de carne que a morte consome?

— Como não? — respondeu o Assistente, tristonho. — Cada consciência é uma criação de Deus e cada existência é um elo sagrado na corrente da vida em que Deus palpita e se manifesta. Responderemos por todos os golpes destrutivos que vibramos nos corações alheios e não nos permitiremos repouso enquanto não consertarmos, valorosos, o serviço de reajuste.

Impressionado, meu companheiro persistiu:

— Imaginemos que um homem tenha conduzida uma jovem à comunhão sexual com ele, à caça de mero prazer dos sentidos, prometendo-lhe matrimônio digno, para abandoná-la vilmente ao próprio desencanto, depois de saciado em seus desejos… A pobre criatura, desenganada, sem recursos para refugiar-se no trabalho respeitável, entrega-se ao meretrício. O homem é responsável pelos desatinos que a infelicitada companheira venha a praticar, compreendendo-se que ele não terá marchado sozinho para semelhante aventura?

— É preciso reconhecer que todos responderemos pelos atos que efetuamos — explicou o interlocutor —; contudo, no caso em foco, se o homem não é responsável pelos delitos em que venha a falir a mulher desventurada, é ele, inegavelmente, o autor da desdita em que ela se encontra. E, em desencarnando com o remorso da traição praticada, quanto mais luz se lhe faça no entendimento mais agudo lhe será o pesar de haver cometido a falta. Trabalhará, naturalmente, para levantá-la do abismo a que ela se arrojou por segui-lo, confiante, e reconduzi-la-á à reencarnação, em cujos liames se demorará, aceitando-a por esposa ou filha, de modo a entregar-lhe o puro amor prometido, sofrendo para regenerar-lhe a mente em desequilíbrio e resgatando a sua consciência entenebrecida pela culpa.

— Da mesma forma — aduziu Hilário —, notamos na sociedade terrestre homens arruinados por mulheres desleais que os precipitaram na criminalidade e no vício…

— O processo da reparação é absolutamente o mesmo. A mulher que lançou o companheiro nas sombras do mal, em despertando à luz do bem, não descansará, enquanto não o reerguer para a dignidade moral, diante das Leis de Deus. Quantas mães vemos no mundo, engrandecidas pela dificuldade e pela renúncia, morrendo cada dia, entre a aflição e o sacrifício, para cuidar de filhos monstruosos que lhes torturam a alma e a carne? Em muitos desses quadros terríveis e emocionantes, oculta-se, divino, o labor da regeneração que só o tempo e a dor conseguem realizar.

— Tudo isso, meu amigo — tornou Hilário com manifesta amargura —, nos obriga a reconhecer que, nas falhas do campo genésico, temos a considerar, acima de tudo, a crueldade mental que praticamos em nome do amor…

— Isso mesmo — aprovou o Assistente. — Na perseguição ao prazer dos sentidos, costumamos armar as piores ciladas aos corações incautos que nos ouvem… Contudo, fugindo- à palavra empenhada ou faltando aos compromissos e votos que assumimos, não nos precatamos quanto à lei de correspondência, que nos devolve, inteiro, o mal que praticamos e em cuja intimidade as bênçãos do conhecimento superior nos agravam as agonias, de vez que, no esplendor da luz espiritual, não nos perdoamos pelas nódoas e chagas que trazemos na alma. Isso, para não falar dos crimes passionais, perpetrados na sociedade humana, todos os dias, pelos abusos das faculdades sexuais, destinadas a criar a família, a educação, a beneficência, a arte e a beleza entre os homens. Esses abusos são responsáveis não apenas por largos tormentos nas regiões infernais, mas também por muitas moléstias e monstruosidades que ensombram a vida terrestre, porquanto os delinquentes do sexo, que operaram o homicídio, o infanticídio, a loucura, o suicídio, a falência e o esmagamento dos outros, voltam à carne, sob o impacto das vibrações desequilibrantes que puseram em ação contra si próprios, e são, muitas vezes, as vítimas da mutilação congênita, da alienação mental da paralisia, da senilidade precoce, da obsessão enquistada, do câncer infantil, das enfermidades nervosas de variada espécie, dos processos patogênicos inabordáveis e de todo um cortejo de males, decorrentes do trauma perispirítico que, provocando desajustes nos tecidos sutis da alma, exige longos e complicados serviços de reparação a se exteriorizarem com o nome de inquietação, angústia, doença, provação, desventura, idiotia, sofrimento e miséria. Aliás, muito antes da pompa terminológica das escolas psicanalíticas modernas, que se permitem arrojadas conjeturas em torno das flagelações mentais, há quase vinte séculos ensinou-nos Jesus  que “todo aquele que comete o mal é escravo do mal” (Jo 8:34) e podemos acrescentar que, para sanar o mal, a que houvermos escravizado o coração, é imprescindível sofrer a purgação que o extirpa.

A conversação como que esmorecia, no entanto, Hilário, interessado em dirimir as dúvidas que lhe escaldavam a cabeça, tomou novamente a palavra e indagou, sem preâmbulos:


— E os problemas inquietantes da inversão?

Silas deu-se pressa em aclarar:

— Não será preciso alongar elucidações. Considerando-se que o sexo, na essência, é a soma das qualidades passivas ou positivas do campo mental do ser, é natural que o Espírito acentuadamente feminino se demore séculos e séculos nas linhas evolutivas da mulher, e que o Espírito marcadamente masculino se detenha por longo tempo nas experiências do homem. Contudo, em muitas ocasiões, quando o homem tiraniza a mulher, furtando-lhe os direitos e cometendo abusos, em nome de sua pretensa superioridade, desorganiza-se ele próprio a tal ponto que, inconsciente e desequilibrado, é conduzido pelos agentes da Lei Divina a renascimento doloroso, em corpo feminino, para que, no extremo desconforto íntimo, aprenda a venerar na mulher sua irmã e companheira, filha e mãe, diante de Deus, ocorrendo idêntica situação à mulher criminosa que, depois de arrastar o homem à devassidão e à delinquência, cria para si mesma terrível alienação mental para além do sepulcro, requisitando, quase sempre, a internação em corpo masculino, a fim de que, nas teias do infortúnio de sua emotividade, saiba edificar no seu ser o respeito que deve ao homem, perante o Senhor. Nessa definição, porém, não incluímos os grandes corações e os belos caracteres que, em muitas circunstâncias, reencarnam em corpos que lhes não correspondem aos mais recônditos sentimentos, posição solicitada por eles próprios, no intuito de operarem com mais segurança e valor, não só o acrisolamento moral de si mesmos, como também a execução de tarefas especializadas, através de estágios perigosos de solidão, em favor do campo social terrestre que se lhes vale da renúncia construtiva para acelerar o passo no entendimento da vida e no progresso espiritual.

Compreendemos que Silas se desincumbira brilhantemente da tarefa de esclarecer-nos, condensando, em palavras singelas, luminosa síntese de vasto assunto que, decerto, em nossa conceituação exigiria vários compêndios para ser devidamente analisado.


Meu colega, contudo, como quem desejava estudar todas as questões tangentes, voltou a interrogar:

— Já que nos detemos, em matéria de sexologia, na lei de causa e efeito, como interpretar a atitude dos casais que evitam os filhos, dos casais dignos e respeitáveis, sob todos os pontos de vista, que sistematizam o uso dos anticoncepcionais?

Silas sorriu de modo estranho e falou:

— Se não descambam para a delinquência do aborto, na maioria das vezes são trabalhadores desprevenidos que preferem poupar o suor, na fome de reconforto imediatista. Infelizmente para eles, porém, apenas adiam realizações sublimes, às quais deverão fatalmente voltar, porque há tarefas e lutas em família que representam o preço inevitável de nossa regeneração. Desfrutam a existência, procurando inutilmente enganar a si mesmos, no entanto, o tempo espera-os, inexorável, dando-lhes a conhecer que a redenção nos pede esforço máximo. Recusando acolhimento a novos filhinhos, quase sempre programados para eles antes da reencarnação, emaranham-se nas futilidades e preconceitos das experiências de sub-nível, para acordarem, depois do túmulo, sentindo frio no coração…


— E o aborto provocado, Assistente? — inquiriu Hilário, sumamente interessado. — Diante da circunspeção com que a sua palavra reveste o assunto, é de se presumir seja ele falta grave…

— Falta grave?! Será melhor dizer doloroso crime. Arrancar uma criança ao materno seio é infanticídio confesso. A mulher que o promove ou que venha a coonestar semelhante delito é constrangida, por leis irrevogáveis, a sofrer alterações deprimentes no centro genésico de sua alma, predispondo-se geralmente a dolorosas enfermidades, quais sejam a metrite, o vaginismo, a metralgia, o enfarte uterino, a tumoração cancerosa, flagelos esses com os quais, muita vez, desencarna, demandando o Além para responder, perante a Justiça Divina, pelo crime praticado. É, então, que se reconhece rediviva, mas doente e infeliz, porque, pela incessante recapitulação mental do ato abominável, através do remorso, reterá por tempo longo a degenerescência das forças genitais.

— E como se recuperará dos lamentáveis acidentes dessa ordem?

O Assistente pensou por momentos rápidos e acrescentou:

— Imaginem vocês a matriz mutilada ou deformada, na mesa da cerâmica. Decerto que o oleiro não se utilizará dela para a modelagem de vaso nobre, mas aproveitar-lhe-á o concurso em experimentos de segunda e terceira classe… A mulher que corrompeu voluntariamente o seu centro genésico receberá de futuro almas que viciaram a forma que lhes é peculiar, e será mãe de criminosos e suicidas, no campo da reencarnação, regenerando as energias sutis do perispírito, através do sacrifício nobilitante com que se devotará aos filhos torturados e infelizes de sua carne, aprendendo a orar, a servir com nobreza e a mentalizar a maternidade pura e sadia, que acabará reconquistando ao preço de sofrimento e trabalho justos…

Inexplicavelmente, Hilário emudeceu e, à face da lógica em que se baseavam as anotações de Silas, não tive coragem de prosseguir perguntando, absorvido então pelo temor de aprofundar em excesso num terreno em que terminaria por esbarrar nos detritos de meus próprios erros, preferindo, assim, o silêncio para reaprender e pensar.



Evangelho de João, 8:34. — (Nota do Autor espiritual.)



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

jo 8:34
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 16
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 8:31-59


31. Disse, então, Jesus aos judeus que nele tinham crido: "Se permanecerdes no meu ensino, verdadeiramente sois meus discípulos,

32. e tereis a gnose da verdade e a verdade vos libertará".

33. Responderam-lhe eles: "Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém, como dizes vos tornareis livres"?

34. Replicou-lhes Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo: todo o que faz o erro é escravo do erro,

35. e o escravo não permanece na casa para a imanência, mas o filho permanece para a imanência.

36. Se, pois, o filho vos libertar sereis realmente livres 37. Sei que sois descendentes de Abraão; mas procurais matar-me, porque meu ensino não penetra em vós.

38. Falo o que vi junto ao meu Pai, mas vós fazeis o que escutastes de vosso pai".

39. Responderam-lhe eles e disseram: "Nosso pai é Abraão". Disse-lhes Jesus: "Se sois filhos de Abraão, fazei as obras de Abraão.

40. Mas agora procurais matar-me a um homem que vos disse a verdade que ouviu de Deus: isso Abraão não fez.

41. Fazeis as obras de vosso pai". Responderam: "Não nascemos de prostituição: temos um Pai, que é Deus".

42. Replicou-lhes Jesus: "Se Deus fosse vosso Pai, vós me amaríeis, porque vim de Deus e estou aqui; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.

43. Por que não conheceis a minha linguagem? Porque não podeis ouvir meu ensino.

44. Vós sois filhos do Adversário, e quereis fazer a vontade de vosso pai. Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele. Quando fala o mentira fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso como o pai dele 45. Mas porque digo a verdade, não me credes.

46. Quem de vós me argui de erro? Se digo a verdade, porque não me credes?

47. Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; vós não me ouvis por isso, porque não sois de Deus".

48. Responderam os judeus e disseram-lhe. "Não falamos certo que és samaritano e tens espírito"?

49. Retrucou Jesus: "Eu não tenho espírito, mas honro meu Pai e vós me desprezais.

50. Não busco a minha reputação: há quem a busque e decida.

51. Em verdade, em verdade vos digo: se alguém praticar meu ensino, de modo algum verá a morte para a imanência".

52. Disseram-lhe os judeus: "Agora conhecemos que tens espírito. Abraão morreu e os profetas, e tu dizes: se alguém praticar meu ensino de modo algum provará a morte para a imanência;

53. acaso és maior que nosso Pai Abraão, que morreu? E os profetas morreram; quem pretendes ser"?

54. Respondeu Jesus: "Se eu tiver uma opinião sobre mim, minha opinião nada é; quem me julga é meu Pai, o que vós dizeis que é nosso Deus.

55. E não o conhecestes, mas eu o sei, e se disser que não o sei, serei semelhante a vós, mentiroso; mas o sei e pratico seu ensinamento.

56. Abraão, vosso Pai, alegrou-se esperando ver meu dia; viu-o e regozijou-se".

57. Disseram-lhe" então. "Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão"?

58. Respondeu-lhes Jesus: "Em verdade em verdade vos digo: antes de Abraão ter nascido, EU SOU".

59. Pegaram, então, em pedras para atirar sobre ele, mas Jesus escondeu-se e saiu do templo.



Esta terceira palestra de Jesus - já agora no pátio do templo (único lugar que, por não estar terminada sua construção tinha pedras no chão para serem apanhadas) - dirige-se aos que nele acreditaram, convidandoos amorosamente a confiar Nele e a segui-Lo. Mas é rapidamente tumultuada pelos cépticos que só se fiam no próprio saber e alargam cada vez mais o abismo entre eles e o Mestre, que amorosamente lhes oferece a maior oportunidade de suas vidas. Neste trecho também fomos obrigados a afastar-nos das traduções comuns. Vejamos os versículos em que isso ocorre, procurando justificar nossa opinião.


Vs. 31 - Traduzimos logos por "ensino", e não "palavra", expressão fraca para corresponde, à força da frase e do resultado que promete.


Vs. 32 - Em lugar de "conhecereis", que dá ideia de simples informação intelectual externa que realmente e insuficiente para produzir o resultado prometido preferimos a expressão técnica "tereis a gnose", que exprime o conhecimento profundo e experimental-prático, vivido pela criatura (cfr. vol. 4). Só com a experiência viva é possível a libertação, jamais obtida com as simples leituras informativas, por mais claras e profundas que sejam.


Vs. 34 - A maioria dos códices adota a frase: "quem faz o erro, é escravo do erro". Esse final, todavia, não aparece em D, b, na versão siríaca sinaítica nem em Clemente de Alexandria, que tem apenas: "Quem faz o erro é escravo". Parece que o acréscimo foi trazido por comparação de RM 6:17-20. No encanto, só se desorienta quem ainda é escravo do Antissistema, ao passo que os filhos, unificados com o Cristo não mais se desorientam: são livres.


Vs. 35 - Preferimos traduzir tòn aiôna por "imanência" (cfr. vol 2), pois aqui não se trata de "tempo" nem de "duração", e sim de essência, de modo-de-ser. Deixamos de lado, então, tanto o "eterno", quanto o "para sempre" (que não são o sentido de aiôn), não entendendo mesmo nem o "ciclo" ou" eon". A distinção é feita entre a vida imanente na casa do coração, e a vida material voltada para fora: o escravo sai da casa do coração e fica na rua, vagueando ou errando de léu em léu. Disso foi imagem simbólica o fato narrado em Gênesis, nos cap. 16 e 21, quando também distingue Ismael, filho da escrava egípcia Hagar de Isaac, filho da livre Sarah. Embora fossem ambos da semente de Abraão, o filho livre, Isaac, permaneceu com o pai em casa, enquanto Ismael, filho da escrava (e portanto escravo) foi expulso para o deserto.


Vs. 37 - Em vez de traduzirmos hóti ho logos ho emós ou chôrei en humin, como em geral, por "porque minha palavra não cabe em vós" - expressão que, analisada, não tem sentido - preferimos dar a logos o significado de "ensino" e interpretar chôrei como "penetrar". Há, então, um sentido lógico e racional na frase: o ensino crístico não consegue atravessar a carapaça do conhecimento egoístico do intelecto para penetrar no coração dos ouvinte.


Vs. 38 - Há aí uma distinção sutil no original: a mesma preposição para é usada com o dativo tôi patrí, quando Jesus se refere a Seu Pai (vi junto a meu Pai), e com o genitivo toú patrós, quando fala do pai dos judeus (ouvistes de vosso pai) exprimindo proveniência. Os adjetivos "meu (Pai)", omitido em B, C L, e W, aparece em aleph, D, gama, delta, theta, a, b, c, e, f, ff2, na Vulgata e na versão siríaca curetoniana; assim "vosso (pai)", omitido em E eL, aparece em aleph, C, D, gama, delta, e vulgata.


Vs. 40 - Jesus se diz homem (e não Deus): "Quereis matar-me, a um homem que vos disse a verdade" (nyn dè zêteite me apokréinai ánthrôpon hòs tén alêtheian humin lelálêka).


Vs. 41 - Os ouvintes tomam a acusação como de idolatria, quando arguídos de terem outro pai (outro elohim), coisa que merecia o epíteto de filhos da prostituição" (cfr. Hoséa. 1:2 e 2:4).


Vs. 43 - Não tendo a capacidade iniciática de "ouvir a palavra" (akouein tòn logon), isto é, de perceber o ensino, nem sequer podem compreender a linguagem (ginôskein tên lalían) de Jesus. Era. com efeito, uma linguagem esotérica e alegórica simbólica e mística, só entendida dos preparados para recebê-la.


Vs. 44 - Ainda aqui diábolos é "o adversário" (cfr. vol. 1 e vol. 4). Este é um dos versículos aduzidos como defesa do ensino dualista de Jesus. No entanto, o dualismo aí é apenas aparente, constituindo simplesmente a distorsão causada pelo nosso mergulho na matéria, que interpreta as exterioridades da superfície como sendo a essência. Pelo que vimos estudando até aqui, verificamos que o ensino real de Jesus é MONISTA. O que aparece neste versículo é a teoria "dos opostos", pela qual todo polo positivo tem também seu polo negativo; mas a barra do ímã é uma só, UNA, embora de cada um de seus lados haja um polo: o positivo, o Sistema, Deus; e o negativo, o Antissistema, que é o adversário (Diabo) ou antagonista (Satanás); este porém, não é uma entidade à parte, com substância própria individual, mas somente a projeção do próprio Espírito na matéria. Então, a matéria é o próprio Espírito que se congelou, ao baixar as vibrações e adquirir um peso específico elevado, ficando prisioneiro dela, que lhe é o verdadeiro adversário. Opostos de qualidade, mas uma só substância; opostos de posições mas uma só essência; opostos de realidade; opostos de aparência, mas um só ser; opostos de pontos-devista, mas uma só verdade. A matéria e um prisma que bifurca num dualismo superficial e ilusório, o monismo essencial e verdadeiro do Espirito.


Afirma Jesus que o adversário (isto é, a matéria) é homicida desde o princípio. Realmente, sendo eterno, o Espírito não sabe o que seja morte nem desfazimento, características próprias da matéria. Então, desde o princípio (ap"archés) a matéria é homicida, porque faz o homem morrer fisicamente, fá-lo experimentar a desagradável sensação de perda e dissolução. E além de homicida, é mentiroso, porque na matéria não está a verdade, já que a matéria e ilusão (máyá) transitória, modificando-se constantemente, num equilíbrio instável de todas as suas células, que vivem em contínuas trocas metabólicas.

Vs. 48 - Traduzimos daimómon por "espírito" desencarnado. Era comum atribuir-se à influência de um espírito (geralmente obsessor, sentido constante de daimónion no Novo Testamento, cfr. vol. l) quaisquer incongruências no falar e conceitos que soassem absurdos. A acusação volta no vers. 52, como já fora feita anteriormente (JO 7:20).


Vs. 50 - Traduzimos dóxa como "reputação" (cfr. vol. 1), único sentido que encaixa perfeitamente no contexto. As palavras de Jesus valeram-Lhe a má reputação de obsidiado e samaritano (a esta Jesus não respondeu), e Ele limita-se a dizer que não Lhe interessa Sua reputação vinda de homens, pois só vale a opinião divina do Pai. O que realmente Lhe interessa é dizer a verdade, pensem os ouvintes o que quiserem a Seu respeito. Como vemos, traduzir aqui dóxa por "glória", não caberia absolutamente: Jesus nunca pareceu importar-se com essas vaidades humanas, próprias dos seres involuídos, que afanosamente buscam famas e glórias.


Vs. 51 - Aqui também nos afastamos das traduções vulgares. Achamos sem sentido a expressão "guardar minha palavra". Muito mais razoável "praticar meu ensino", perfeitamente justificado pelo original grego: tòn emòn lógon têrêsêi. A segunda parte: thánaton ou mê theôrêsêi eis tòn aiôna, "de modo algum verá a morte para a imanência". O sentido é real e lógico. O que não pode admitir-se é que o Mestre, que vem dando ensinamentos espirituais tão profundos, venha aqui prometer que, quem cumprir seus ensinos, não morrerá fisicamente! Que importa ao Espírito a morte do corpo? Lembramo-nos de Paulo a dizer (Filp. 1:21): "para mim, viver é Cristo, e morrer, uma vantagem"! Jesus jamais acenaria como prêmio a alguém, o ficar preso à matéria grosseira e inimiga durante toda a eternidade... Não sabemos como possa alguém perceber tão mal seus ensinos.


Vss. 52-53 - Mas os ouvintes entenderam exatamente isso: para eles o verdadeiro "eu" era o corpo físico.


Vs. 54 - Ainda aqui dóxa tem o mesmo sentido do vs. 50: reputação, opinião. Esse mesmo significado tem o verbo daí derivado, doxázô, que é opinar, estimar, avaliar, julgar". Não cabe aqui o sentido "glória".


O sentido é racional e claro: à pergunta deles "quem pensas ser" (literalmente, "quem te fazes", tína seautòn poieís), Jesus responde que não tem opinião a Seu respeito, que não se julga (doxázô) porque uma opinião Dele sobre Si mesmo de nada vale: o Pai é quem opina ou julga a Seu respeito.


Esse Pai, é Aquele exatamente que eles dizem ser nosso Deus.


Vs. 55 - Deixamos a oída o sentido real de "saber", isto é, "ter informação plena e correta de quem é o Pai". Mas, além desse saber, Jesus sublinha com ênfase: "e pratico seus ensinamentos" (kaì tón lógon autoú têrô). A tradução usual "guardo sua palavra" é fraca e sem sentido, nada diz de concreto. Essa que Ele tem, é uma certeza iniludível: se dissesse o contrário seria mentiroso como eles.


Vs. 56 - O original apresenta uma construção estranha: égalliásato hína ídêi tên hêméran tên emên, isto é, "alegrou-se para que visse meu dia". O sentido à essa cláusula final, iniciada por hína só pode ser interpretada por tratar-se de uma ação posterior, tanto que é repetida, logo a seguir, no passado: "viu e regozijou-se". Por isso traduzimo-la pelo sentido lógico: "alegrou-se na esperança de ver". O verbo agalliáô, só usado no presente e no aoristo, é um hápax do grego escriturístico (LXX e Novo Testamento). Essa "alegre esperança de ver" baseava-se, certo, na promessa (GN 12:3 e GN 22:18) de uma descendência de reis e nações.


Vs. 57 - "Ainda não tens cinquenta anos" significa cálculo por exagero (Jesus devia contar mais ou menos 36 anos) e não, como opinava Irineu, repetindo os presbíteros de Papias, que ele "tinha" mais ou menos 50 anos (cfr. adv. Haer. 2, 22, 5, 6; Patrol. Graeca vol. 6 col. 781 ss). Os dados de Lucas (3:23) são mais precisos. O verbo usado, eôrakas (em A, C, D) ou eôrakes (em B, W, theta) é lição melhor que eôrake (em aleph e na versão siríaca sinaítica). Com efeito, é mais compreensível a admiração de que Jesus, que ainda não tinha cinquenta anos, tivesse visto Abraão, do que este ter visto Jesus, o que poderia ter ocorrido na vida espiritual (opinião de Maldonado).


Vs. 58 - As traduções correntes trazem "antes que Abraão fosse (feito) eu sou". Ora, o original diz: prin Abraàm genésthai egô eimi, literalmente: "antes de Abraão nascer EU SOU" (genésthai é infinitivo presente da voz média). Há profunda diferença filosófica entre "ser feito" e "nascer": é feito ou criado aquilo que não existe; nasce na carne o espírito que já existe. Jesus declara categoricamente SER, antes que Abraão nascesse na matéria. Mas com isso confirma in totum sua asserção de ser YHWH.


Vs. 59 - Isso mesmo é que os ouvintes entendem, pois está escrito nos Salmos (Salmos 90:2) e nos provérbios, que YHWH é antes da constituição da Terra. E, segundo a prescrição do Levítico (Levítico 24:16) estava "blasfemando o nome de YHWH", merecendo por isso, a lapidação aí prescrita. Ora, o pátio do templo pelo testemunho de Flávio Josefo (Ant. JD 17, 9, 3) ainda não estava terminado, havendo pelo chão muitas pedras. Fácil apanhá-las para fazer cumprir a lei com as próprias mãos. Mas Jesus esconde-se (ekrybê) e sai do templo: não chegara ainda sua hora.


Nesta terceira palestra aos que Nele haviam acreditado, o Mestre lança amorável mas veemente convite para que viessem fazer parte de Sua "Assembleia do Caminho". A lição anterior é continuada, aprofundando-se os conceitos. Ocorreu, no entanto, que outros "judeus" (elementos religiosos, mas filiados a credos ortodoxos) se achavam presentes e começaram a lançar suas objeções de incredulidade, às quais o Cristo responde carinhosamente. Mas a Voz Espiritual proveniente da pureza diáfana do Sistema não consegue romper a armadura materialística dos que ainda pertenciam ao Anti Sistema. E, como é de hábito nesse pólo negativo, estes encerram qualquer discussão com a violência, e tentam apedrejá-Lo... Típico modo de agir de seres involuídos que, não tendo argumentos, recorrem à força física.


Vejamos o teor dos novos ensinamentos.


Inicialmente, garante que, só permanecendo na realização de Seus ensinos, é que se tornarão realmente Seus discípulos (cfr. JO 15:4 - JO 15:7 - 1JO 2:6 - 1JO 2:24 - 1JO 2:27 e 1JO 2:1JO 3:24); por esse caminho experimental, conseguirão a gnose da Verdade e esta os libertará do peso da matéria na roda das encarnações indefinidamente repetidas. A afirmativa constitui uma garantia que inclui uma promessa. Compreender e realizar o ensino do Cristo, quer manifestado em Jesus há dois mil anos, quer expresso por outros avatares, quer - e sobretudo - falando dentro de nós mesmos: essa é a condição do discipulato perfeito. Ninguém pode dizer-se "discípulo" se não tiver adotado o espírito de Sua Escola e de Seu Mestre (cfr. vol. 4). O aluno pode só aprender intelectualmente as teorias de uma doutrina e até retransmitílas bem aos outros, sem que, no entanto, essa doutrina se torne nele um modo-de-viver. O Discípulo, porém, é o que vive a doutrina, tendo a mesma vivência que o Mestre. Para ser discípulo de Cristo, indispensável é, pois, viver permanentemente, PERMANECER, em Seus ensinos, sem acréscimos nem omissões.


Essa vivência permanente levará à união e, portanto, à gnose experimental da Verdade, possibilitando dessa forma a progressiva libertação do kyklos anánké. É a "salvação" pelo conhecimento, pela sabedoria e pela experiência vivida, conceito fundamental da gnose. O mosaísmo apresenta a salvação por meio da obediência à lei; Paulo substitui a lei pela fé, tornando esta a base e a condição da salvação; mas através do místico João, sabemos que o Cristo, embora não tenha vindo abolir a lei, mas completála (MT 5:17; cfr. vol. 2); e ainda que exija a fé (MT 17:20; vol. 4), coloca acima de tudo uma condição mais elevada: a gnose, a experiência iniciática superior, como última fase para a salvação dos seres evoluídos. São três estágios que o homem atravessa em sua ascensão: a LEI do primarismo da hominização rebelde, onde predomina a sensação (2. º plano, lei da verdade); a FÉ no passo seguinte, onde a supremacia cabe às emoções (3. º plano, lei da justiça); e agora a gnose no plano do intelecto desenvolvido (4. ° plano lei da liberdade). Caminho longo, ascensão lenta, mas estrada segura e infalível. No entanto, os que ainda se encontram no primeiro estágio lutarão contra os do segundo, assim como estes e os do primeiro se unirão contra os que já estão no terceiro estágio. O catolicismo, sucessor direto do judaísmo, exige a obediência a suas determinações e preceitos dogmáticos, e anatematiza o protestantismo que atingiu o nível paulino da fé e do livre exame; mas os dois condenam as "heresias gnósticas" dos espiritualistas, que buscam a salvação pelo Estudo e pela compreensão da Verdade e pela prática experimental.


No campo iniciático, a frase do Cristo assume profundidade excepcional, pois constitui a garantia específica de que, estudando e praticando os ensinos do Deus em-nós (Immanu-El) e permanecendo na vivência de Sua mística, o iniciado atingirá a gnose plena da Verdade que é a unificação permanente com Deus, e se libertará totalmente das injunções do pólo negativo do Antissistema. E outro meio não existe, pois o Cristo - 3. º aspecto da Divindade - é o único Caminho da Verdade (que é o Pai) e da Vida (que é o Espírito Santo), como Ele mesmo o revelou (JO 14:16).


Como sempre ocorre nos agrupamentos humanos, os profanos, por estarem em seu ambiente, são mais audaciosos, porque donos da situação, e levantam mais a voz, ousando contradizer qualquer afirmativa que, pela aferição do gabarito intelectual puramente materialista de sua ignorância ultrapasse a capacidade de seu raciocínio. Senhores absolutos do terreno que lhes pertence (os do Sistema é que aqui na Terra estão fora de seu ambiente) não admitem autoridade maior que a sua, nem julgam possa haver ciência superior à que conhecem. Não entendem a lição, mas torcem o verdadeiro sentido das palavras espirituais para adaptá-las à sua concepção materializada da vida. Neste caso, interpretam a liberdade espiritual de que o Cristo falava, como oposição à escravidão dos corpos físicos; e, como descendentes de Abraão (valor máximo atribuído à personagem na herança do sangue) sabem que jamais foram escravos fisicamente.


Em seu teor elevado, vem o esclarecimento da palavra "liberdade" e daquilo que constitui a verdadeira escravidão, que não é a dos corpos materiais, mas a espiritual, causada pelo desvio do rumo correto, pela perda da rota pela desorientação que faz sair do caminho verdadeiro para a floresta das miragens e ilusões: todo aquele que se desvia da estrada-mestra se torna escravo das ilusões do caminho (sensações, emoções, intelectualismo superficial), pois "vagueia" (veja acima) por sendas que o prendem em seus tentáculos enganadores, desvirtuando a luz da verdade, que lhes aparece fracionada pelo prisma defeituoso da matéria.


A consequência é inevitável: quem vagueia por atalhos, não permanece na casa (na estrada-mestre segura) que é o coração onde habita o Cristo Imanente. Mas o filho, aquele que está permanentemente unido ao Pai, esse vive na imanência divina, sem jamais perder o Contato Sublime. Ora, se o filho, isto é, o Cristo, terceira manifestação divina existente dentro de cada um de nós, conseguir libertarnos dos desvios da ilusão, para trazer-nos ao caminho certo, no imo do coração, então haverá a conquista da liberdade espiritual (embora presos à matéria). Só é realmente livre das injunções satânicas (antagônicas, materiais) aquele que se unificar com o filho, numa total e perfeita simbiose (no sentido etimológico).


Volta-se, então, novamente para a objeção, respondendo agora à primeira parte. Admite saber que, fisicamente, eles são descendentes de Abraão por consanguinidade. Mas espiritualmente não o são, já que tem o senso do homicídio, típico do pólo negativo, procurando destruir o corpo material de seu emissário, Jesus, só porque o ensino crístico não consegue penetrar a capa grosseira de seus intelectos dominados pelo negativismo atrasado do Antissistema.


Aqui percebemos um "alerta" para todos nós, confirmando o "não deis pérolas aos porcos nem coisas santas aos cães" (MT 7:6; vol. 2): se Jesus, trazendo aos homens diretamente, numa filtragem perfeita, o ensino do Cristo de Deus, não conseguiu convencer seus ouvintes, não haveremos de ser nós a pretender convencer as massas da realidade. Aprendemos que, para sermos entendidos, não é mister evolução de nossa parte (podemos ser entendidos mesmo se involuídos), mas é essencial a evolução da parte dos ouvintes, pois só nesse estágio superior sentirão em si o eco daquilo que enunciamos. Portanto, também quando convencemos certas pessoas, com as nossas palavras ou exemplos, e as elevamos evolutivamente - mesmo nas Escolas iniciáticas isso não é obtido em virtude de nosso merecimento, porque sejamos evoluídos, mas porque os ouvintes, eles sim, estão maduros para sintonizar com as verdades que enunciamos, das quais somos meros intérpretes, e quantas vezes imperfeitos!


Vem então o testemunho do próprio Cristo: só fala o que viu junto ao Pai, vivendo a Seu lado, UNO com Ele; enquanto os que O contradizem obedecem a voz do pai deles, que é o adversário. O protesto é imediato e enérgico: "nosso pai é Abraão". E a resposta contundente: "se sois filhos de Abraão agi como vosso pai Abraão. Ora, pensais em destruir meu corpo, só porque falo a verdade. Abraão não faria jamais coisa semelhante", pois agia de conformidade com o sistema, ao passo que eles agem na tônica do Antissistema. Querem matar o "corpo" - Cristo o salienta com palavras claras - destruir "a um homem", não a Ele, o Cristo.


Feridos pela alusão a uma filiação espúria, reclamam para si também a paternidade divina, ao que o Mestre retruca com um argumento ad hominem: se filhos fossem de Deus, ouviriam a palavra de Deus. Mas a sintonia é diferente. A prova é de que, como personagens, são filhos do Antissistema (do adversário), tanto que nem podem entender a linguagem crística. Não há neles, ainda escravos dos elementos do quaternário inferior, a capacidade de instruir-se pelo "ensino ouvido" (lógos akoês).


Concluindo a argumentação, vem a declaração taxativa: "vós sois filhos do adversário".


Se houvesse necessidade de um texto evangélico para confirmar a revelação ubaldiana em "A Grande Síntese", em "Deus e Universo", em "O Sistema" e em "Queda e Salvação", nenhum outro melhor serviria que este. Cristo, a Centelha Divina dentro de cada criatura, provém diretamente de Deus, Pai do Espírito, de onde parte para construir a evolução dele, mergulhando na matéria; ai chegando, a Centelha se envolveu no corpo físico (átomo) e, de seu interior, provocou e impeliu a evolução da matéria, através do inorgânico, do orgânico (células), do vegetal, do animal, até chegar ao hominal e conquistar o intelecto racional; então, verdadeiramente as personagens, com seus corpos físico, etérico, astral e intelectual são filhos do adversário, isto é, filhos da matéria, antagônica (satânica, diabólica) ao Espirito, embora seja da mesma essência que este. O Espírito, filho do Sistema, de Deus; a personagem, com seus veículos, filha da matéria, do adversário. Exatamente como explicado com pormenores nos livros acima citados de Pietro Ubaldi.


Mas o Cristo continua com a mesma lógica irrespondível: "vosso pai era homicida desde o princípio".


De fato, a "morte", isto é, o desfazimento da forma, só se dá na matéria e nos planos inferiores a ela inerentes. O Espírito, filho ou procedente do Sistema, jamais morre. Os veículos inferiores e a personagem de que se reveste o Espírito (filhos ou provenientes do Antissistema) é que estão sujeitos às mutações, ao desfazimento e reconstruções intermitentes. Mais uma vez se confirma a tese: o Antisistema, adversário do sistema é homicida, porque coage o homem a submeter-se a morte.


Outro argumento reafirma a mesma tese: "não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele". Realmente, a Verdade é eterna e imutável: tudo o que é variável e mutável, está no pólo oposto da verdade, que se chama "mentira" (verdade invertida). Diz o Cristo: "Quando fala a mentira fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso como seu pai". Eis aí a teoria completa em poucas palavras incisivas e contundentes, embora com o linguajar possível naquela recuada época. Toda personagem, adversária da individualidade, fala a mentira, porque é mentirosa como seu pai, o Antissistema. E é mentirosa, porque sendo, se faz passar por coisa real; sendo mortal, busca uma imortalidade que não possui; sendo transitória, arroga-se uma perenidade falsa; sendo negativa, pretende ser juiz da positividade do Espírito, chegando por vezes ao cúmulo e negá-lo; sendo ignorante, julga-se dona do conhecimento. "Mentirosa como seu pai".


Mentirosa, também, porque em mutação contínua: o organismo vivo é um conjunto de variações e modificações no ritmo veloz dos segundos, em constantes trocas metabólicas internas e externas, com o ambiente que a circunda: nasce, alimenta-se, cresce, expele excrementos, multiplica-se ou divide-se e finalmente morre para logo adiante renascer, tudo ininterruptamente, sem parada nem repouso.


Nesse equilíbrio instável permanece a Vida estável (o Espírito); nessa matéria orgânica mutabilíssima (mentirosa) vive o Espírito permanente (verdadeiro). A personagem, filha do Antissistema adversário, é "mentirosa como seu pai". E "quando se lhe diz a verdade, não crê".


Por que não crer quando surge alguém que pode desafiar a humanidade a arguir-Lo de erro, e traz a Verdade? Precisamente porque, não sendo de Deus, do Sistema - mas ao invés filho do Antissistema, do adversário - jamais poderão as personagens "ouvir a palavra" de Deus. Posições contrárias.


Qualidades inconciliáveis. Verdade e mentira. Positivo e negativo. Amor e Ódio. Deus e adversário.


O inciso seguinte consiste num desaforo ilógico e na resposta insofismável. Não há obsessão: há a consciência da honra prestada ao Pai; ao passo que o fruto do Antissistema é desonrar ou desprezar o Espírito e tudo o que a ele se refira. Mas, para o Espirito, que importa a reputação, opinião ou o julgamento que dele façam as personagens ignorantes ainda? Basta-lhe a consciência tranquila e a aprovação divina. O recado estava dado até ai. Mas havia necessidade de entregar mais um ensino àqueles que confiavam, mais presentes, ou que confiariam, mais tarde.


"Em verdade, em verdade vos digo" - fórmula solene que sublinha ensinamento profundo e iniciático.


Ei-lo: "quem praticar meu ensino, de modo algum verá a morte para a imanência". A prática dos ensinamentos, a vivência da gnose, é sempre frisada pelo Cristo (cfr. JO 14:15-21, JO 14:23; 15:20 e 17:6).


Morte para a imanência, isto é, morte espiritual, que bem pode assim qualificar-se a separação do Contato Sublime com o Cristo. Quem puser rigorosamente em prática todos os ensinos do Cristo, com Ele se unificando na casa do coração, numa imanência perfeita, esse de modo algum experimentará a perda dessa prerrogativa da imanência, porque já foi absorvido totalmente pelo Cristo de Deus. Esse sentido espiritual procede. Absurdo seria, como anotamos acima, supor que o Cristo se referisse ao desfazimento sem importância de uma forma material transitória por sua própria natureza e constituição íntima. Interpretação mesquinha e materialista de uma sublime verdade espiritual. E esses intérpretes sempre esquecem que o Cristo avisou: "o Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita" (JO 6:63), acrescentando logo a seguir: "As palavras que vos digo, são espírito e são vida".


Essa interpretação falsa e grosseiramente materialista, aceita por muitos hermeneutas, foi justamente a que deram aqueles ouvintes ignaros das grandes verdades espirituais. Tanto que eles desafiam o Cristo de Deus, ao perguntar-Lhe: "quem pensas ser"?


A resposta é uma lição de humildade para todos nós, que nos julgamos gênios, santos, iniciados, adeptos, reencarnação de figuras notáveis do passado, "qualquer opinião que eu tenha sobre mim mesmo nada vale: o Pai é Quem me julga". Quem é afinal esse Pai? o mesmo "que vós dizeis ser nosso Deus". Deus que eles não conhecem, pois o único deus que adoram são eles mesmos. Mas o Cristo SABE, tem a gnose do Pai, e cumpre na pratica todos os Seus ensinos.


Chega, neste ponto, o caso de Abraão, que em sua personagem viveu alegre na expectativa de ver a luz do Cristo. O testemunho de que o conseguiu é dado: "viu e regozijou-se". Também aqui os hermeneutas e exegetas só sabem ver a matéria, e imaginam que dia será esse: o da encarnação (Agostinho, Tomás de Aquino)? o da morte na matéria (João Crisóstomo, Amônio)? Ora, dia é LUZ: é o dia da realização interna, o dia do Encontro Sublime, o dia da unificação total. Abraão sai de sua terra e de sua gente (desliga-se de seus veículos inferiores, de seu corpo) e segue em frente para obedecer à vontade divina; cegamente cumpre a ordem da intuição (Sarah) e expulsa de si os vícios próprios da personagem (o filho de Hagar, a escrava); dispõe-se a sacrificar seu filho (que é sua alegria, Isaac) matando-o (destruindo seu corpo, seu filho único), mas é-lhe explicado que deve apenas sacrificar a parte animal de si mesmo (o cordeiro); tem o maravilhoso Encontro com Melquisedec, o rei do mundo, depois que consegue vencer os quatro reis (os quatro elementos inferiores: físico, etérico, astral, intelectual) que haviam aprisionado os cinco reis, por meio dos três aliados, e se prosterna diante do Rei do Mundo; depois da unificação, até o nome muda, de Abrão para Abraão; e tantos outros símbolos que aparecem nas entrelinhas do Gênesis. Realmente, Abraão viu o DIA, ou seja, a LUZ do Cristo.


A interpretação dos ouvintes volta a ser chã: entendem como sendo idade do corpo físico. Temos a impressão de que o Cristo se cansa dessas criancices e resolve acabar com as tolices das personagens ignorantes lançando-lhes uma resposta que as perturba e descontrola. Mas é a Verdade: "antes de Abraão nascer, EU SOU". É a eternidade sempre presente, diante da transitoriedade temporal de uma vida terrena; é o infinito que não pode comparar-se com o finito; é o ilimitado que não se prende em fronteiras; é a onisciência que anula a ignorância; é o Cristo de Deus, Deus Ele mesmo, que É, perante uma criatura que existiu.


Isso eles compreendem bem. Isso o Cristo falou claro. Mas como reação surge a violência que quer destruir... a matéria, mas que jamais atingirá o Espírito; quer aniquilar a forma, mas sem poder destruir a substância: quer fazer calar a voz produzida pelas cordas vocais, mas sem ter capacidade de eliminar o SOM (Lógos, Verbo, Palavra) que cria e movimenta os universos. Pigmeus impotentes que esbravejam contra o gigante; crianças pretensiosas que desejam apagar o sol com baldes d"água; seres humanos que pretendem fazer desaparecer a Divindade, destruindo-Lhe um templo; trevas que buscam eliminar a Luz, apagando uma vela; meninos da espiritualidade, sem conhecimento, nulos diante do sábio e filósofo, julgando acabar com a Sabedoria ao queimar um livro.


O Cristo esconde-se e sai do templo. Ainda aqui, há uma lição magnífica. Tentemos expô-la.


Assistimos ao trabalho da Individualidade para fazer evoluir a personagem, com seus veículos rebeldes, produto do Antissistema. A figuração do Cristo diante da multidão simboliza bem a individualidade a falar através da Consciência, para despertar a multidão de pequenos indivíduos, representados pelo governo central, que é o intelecto. Imbuído de todo negativismo antagônico, o intelecto leva a rejeitar as palavras da Verdade que para ela, basicamente situada no pólo oposto, soam falsas e absurdas.


O Espirito esforça-se por explicar, responde às dúvidas, esclarece os equívocos, todavia nada satisfaz ao intelecto insaciável de noções de seu plano, onde vê tudo distorcido pela refração que a matéria confere à ideia espiritual, quando esta penetra em seu meio de densidade mas pesada. Quando verifica que não tem argumentos capazes para rebater o que ouve, rebela-se definitivamente e interrompe qualquer ligação com o Eu interno, voltando-se para as coisas exteriores, supondo que a matéria (as pedras) possam anular a força do Espírito. Diante de tal atitude violenta e inconquistável, a individualidade esconde-se, isto é, volta a seu silêncio, abandonando a si mesma a personagem, e saí do templo, ou seja, larga a personagem e passa a viver no Grande-Todo, no UNO, indivisível, sem deixar contudo de vivificar e sustentar a vida daquela criatura mesma que a rejeitou com a violência.


Um dos casos, talvez, em que, temporária ou definitivamente, a Individualidade pode desprender-se da personagem que, por não querer aceitar de modo algum o ensino, continuará sozinha a trajetória (cfr. vol. 4), tornando-se "psíquica", mas "não tendo Espírito" (Judas, 19).


NOTA DO AUTOR


A partir deste ponto, podemos oferecer a nossos leitores bases mais seguras em nossa tradução do texto uriginal grego.


Até a página anterior, seguimos o NOVUM TESTAMENTUM GRAECE, de D. Eberhard Nestle e D. Erwin Nestle; o NOVI TESTAMENTI BIBLIA GRAECA ET LATINA, de J . M.


Bover; a "S. Bible Poliglotte" de Vigouroux; as versões da Escola Bíblica de Jerusalém, da Abadia de Maredsous, a "Versão Brasileira" a Vulgata de Wordsworth e White, e a Análise de Max Zerwick, que eram os textos mais bem informados (só nos faltava o texto de Merck, mas a edição de Bover o colaciona).


Agora, todavia, conseguimos receber o recentíssimo volume THE GREEK NEW TESTAMENT, de Kurt Aland (da Univ. de Munster, Westfalia), Matthew Black (da Univ. de St. Andrews), Bruce M. Metzger (da Univ. de Princeton) e Allen Wikgren (da Univ. de Chicago), com larga colaboração de especialistas de cada setor, de forma a ser um texto realmente autorizado.


A publicação foi feita em 1967, pelo United Bible Sccieties, de Londres (que reúne as Soc.


Bíblicas Americana, Inglesa Estrangeira, Escocesa, Neerlandesa e de Wurttemberg). Traz todas as variantes dos papiros, dos códices unciais, dos minúsculos, da ítala e da vulgata, dos lecionários, das versões antigas (siríacas, coptas, góticas, armênias, etiópicas, georgianas, núbias), dos Pais da Igreja, e de todos os editores, trazendo até as descobertas mais recentes nesse campo. Isso permite ao tradutor apoiar-se com maior segurança em seu trabalho, podendo analisar as variantes e avaliar os pesos de cada manuscrito ou tradução, tirando conclusões mais fiéis ao original.


daqui em diante, pois, seguiremos o texto grego dessa edição. E comprometemo-nos a REVER, à sua luz, e com os dados mais recentes, tudo o que até agora foi traduzido e publicado: qualquer novo testemunho que nos leve a modificar nossa opinião expendida, honestamente a divulgaremos oportunamente, para que continue, neste trabalho audaciosamente iniciado, a mesma qualidade básica essencial: honestidade sincera.


A tradução que sozinho empreendemos do original grego, sob nossa responsabilidade pessoal única, não se filia a nenhuma corrente religiosa antiga ou moderna. O que pretendemos é conseguir penetrar o sentido real, dentro do grego, transladando-o para o português, sem preocupação de concordar nem de discordar com quem quer que seja.


Também não pretendemos ser dogmáticos nem saber mais que outros, mas honestamente dizemos o que pensamos, como estudiosos, trazendo mais uma achega depois de quase cinquenta anos de estudos especializados nesta existência. Mas estamos dispostos a aceitar qualquer crítica e rever qualquer ponto que nos seja provado que foi mal interpretado por nós.


Só pedimos uma coisa: que nos seja reconhecida a honestidade com que trabalhamos e a sinceridade pessoal com que sentimos e nos expressamos.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 8 do versículo 1 até o 59
F. A SEÇÃO SOBRE O ADULTÉRIO, Jo 7:53-8.11

Os doze versículos desta seção não são encontrados em nenhum dos mais antigos manuscritos unciais, exceto Bezae (D), um manuscrito do século VI. Dois manuscritos (L e Delta) dos séculos 8 e IX os omitem, mas deixam um espaço em branco. Eles apare-cem na 5ulgata de Jerônimo (do final do século IV) e em algumas versões posteriores siríacas e cópticas. No entanto, nenhum dos comentaristas gregos, durante mil anos depois de Cristo, faz menção a eles. Entre eles estão Orígenes e Crisóstomo. Uma análise cuidadosa do vocabulário e do estilo parece mostrar que eles não são de João. Parece também evidente que o texto foi mal transmitido no processo de cópia; nos textos onde esses versículos aparecem, "as várias leituras são mais numerosas do que em qualquer outra parte do Novo Testamento"." Em diferentes manuscritos, eles se encontram depois de Jo 7:36-21.24 e Lucas 21:38. No texto grego de Nestle, eles estão em uma nota de rodapé, como também na versão RSV em inglês.

Entretanto, não há nada na narrativa que coloque em dúvida a autenticidade ou a historicidade desta seção. Como diz Bernard, "se parece com as histórias dos Sinóticos sobre Jesus; a sua ternura e seriedade indicam que representa fielmente o que Jesus disse e fez quando uma mulher, que havia pecado contra a castidade, foi trazida à sua presença"." Assim, o evento pode muito bem ser usado com propósitos homiléticos.
Vamos ao episódio. E cada um foi para sua casa (53). As divisões e as diferenças tinham sido tão profundas que agora, em um sentido muito literal, cada um tomou o seu caminho Isto fica evidente pelo fato de que Jesus foi para o monte das Oliveiras (1). Aqui é feita a única referência a este monte no quarto Evangelho.

E, pela manhã cedo, voltou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava (2). A palavra usada aqui para cedo (orthrou) não é característica de João. Além disso, este é o único ponto no Evangelho de João onde Jesus é visto sentado enquanto ensina o povo. O verbo ensinava está no imperfeito, e poderia ser melhor traduzido como "estava ensinando", indicando que esta era uma ação habitu-al e costumeira para Jesus.

E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adulté-rio. E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato (3-4). Somente aqui João menciona os escribas, embora a expressão escribas e fariseus apareça com freqüência nos Sinóticos. O quadro é ilustrativo. Jesus e muitas pessoas estavam sentados enquanto Ele ensinava no Templo; no meio deles, estes pom-posos personagens chegaram com uma criatura desprezível e a puseram no meio. A sua ação não tinha interesse na justiça, nem há um fio de evidência de que tivesse nascido da compaixão. Eles não estavam preocupados se esta demonstração pública traria embara-ço tanto à mulher pecadora quanto ao Jesus sem pecado. Os acusadores prosseguiram: Na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? (5) "A mulher não foi trazida perante Jesus para um julgamento formal, mas para fazer com que Ele expressasse a sua opinião sobre um aspecto da Lei Mosaica, que poderia posteriormente ser usada contra Ele...79' Um exame do código mosaico indica que o apedrejamento como punição para o adultério era exigido somente nos casos em que uma virgem noiva ou uma mulher casada fosse considerada culpada (Dt 22:21-24).

João deixa claro que o único objetivo dos escribas e fariseus que trouxeram a mulher era o de fazer Jesus cair em uma armadilha: Isso diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar (6, "alguma base de acusação"). A armadilha foi armada sob a forma de um dilema. Se Jesus tivesse dito que ela era culpada e eles tivessem executa-do o castigo, eles o teriam levado perante os romanos por incitar um assassinato. Mas se Ele tivesse se inclinado a um tratamento misericordioso "os seus críticos o teriam decla-rado um blasfemador que não aceitava os decretos da lei sagrada"."

Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra [como se não os tives-se ouvido] (6). O fato de que Jesus se inclina não é estranho aqui, pois Ele estava sentado para ensinar (2) ; Ele simplesmente se inclinou para frente para escrever no chão. Este é o único registro feito de alguma ocasião em que Jesus escreveu, e o que Ele escreveu foi logo apagado pelos passos, ou pelo vento. Assim é inútil tentar determinar com segurança o que Ele escreveu, embora tenham surgido muitas hipóteses interessantes. Alguns dizem que Ele não escreveu nenhuma mensagem, mas somente estava tirando a atenção da mulher para si mesmo; daí se justificam as palavras, muito certamente um comentário posterior, como se não os tivesse ouvido. Outros dizem que Ele se inclinou para escre-ver por causa do seu constrangimento tanto pela mulher quanto por si mesmo. Outros ainda dizem que a palavra traduzida como escrevia (kategraphen) também pode signi-ficar "registrar", e com base nisto opinam que:
a) Ele estava registrando a queixa contra a mulher, que não seria mais permanente (perante Ele) do que escrever na areia; ou
b) Ele estava registrando os pecados daqueles que tinham feito a acusação. A última hipó-tese se reflete em um comentário do manuscrito U e algumas observações em itálico que dizem "o pecado de cada um deles". Outros, ainda, argumentam que esta era a maneira de Jesus declarar que não seria dada nenhuma resposta. Diz-se que T. W. Manson afir-mou: "O Senhor, pelo seu ato, diz na verdade: 'Vocês estão me convidando para usurpar as funções do procurador. Muito bem, eu vou fazer isso; e foi fazer isso da maneira nor-mal romana'. Então, Ele se inclina e parece escrever no chão a sentença, e em seguida Ele diz: 'Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela'. O Senhor derrota os seus adversários adotando a forma de pronunciar a sentença à maneira romana, mas por atos e palavras Ele assegura que ela não pode ser executada".'

E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que den-tre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra (7-8). A insistência persistente dos escribas e fariseus evocou de Jesus as suas únicas palavras para eles nessa ocasião. A sua resposta foi o coup de grace (golpe de misericórdia) •para o cuidadoso plano e para a sutil armadilha daqueles homens. A resposta do Senhor é um excelente exemplo de argumentação ad hominem (i.e., Ele atacou os seus oponentes ao invés de lidar com a questão do que fazer com a mulher). As palavras-chave na resposta são sem pecado (anamartetos).

Esta é uma referência à absoluta falta de pecado, ou a pecados de algum tipo especi-al? Não é provável a segunda possibilidade, adotada por muitos, a qual implica que todos os homens eram culpados do pecado do adultério em pensamentos ou em ações. É mais provável uma alusão ao fato de que somente aquele que era sem pecado naquele grupo poderia pronunciar uma sentença. "A única questão levantada pela resposta de Jesus é a capacidade dos homens pecadores de agir como os agentes de Deus, lidando com os ho-mens e as mulheres".'" Estes homens não serviam para ser agentes de Deus, porque eles mesmos morreriam pelos pecados que praticaram (cf. Jo 8:15-21,24). E para separar-se da arrogância hipócrita deles, tornando a inclinar-se [Jesus] escrevia na terra (8).

Quando ouviram isso, saíram um a um, a começar pelos mais velhos... fica-ram só Jesus e a mulher, que estava no meio (9). As duas frases, "acusados pela própria consciência" (que só consta em algumas versões) e até os últimos, são clara-mente intercalações, indicadas em parte pelo itálico na versão KJV em inglês. A ordem de saída, começando pelos mais velhos, provavelmente nada mais era do que uma ques-tão de respeito por parte dos mais jovens.

E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, dis-se-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? [lit. "onde estão eles?"] Nin-guém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais (10-11; cf. 5.14). Aqui não há indica-ção de que a misericórdia é a permissão para o pecado! A graça nunca é aumentada ou exaltada pela multiplicação do pecado. Ao contrário, o Cristo da cruz possibilita que o homem se abstenha dos pecados que Ele ordena que o homem abandone. Para esta mulher, havia agora uma porta aberta. "A sua palavra final não é de condenação nem de perdão, mas uma ordem de abandonar o seu antigo modo de vida".101 Na análise final deste relato, fica claro que a lei é inadequada para as necessidades tanto do ho-mem quanto dos seus acusadores.

G. UMA SÉRIE DE CONTROVÉRSIAS, 8:12-59

1. "Eu Sou a Luz do Mundo" (Jo 8:12-20)

Os escribas e os fariseus saíram rapidamente do Templo, enquanto Jesus continuou a ensinar ali. Ele disse: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida (12). Nesta ocasião, a sua afirmação de ser a luz do mundo é melhor compreendida quando lembramos que os grandes candelabros eram acesos no Templo durante a Festa dos Tabernáculos. Isto era feito para lembrar a coluna de fogo que orientou os filhos de Israel durante a noite nas suas peregrinações no deserto (Êx 13:21). Da mesma maneira como Jeová era o seu Guia e Iluminador naquela ocasião, assim também Jesus é o Eu sou, sempre presente, sempre iluminando, dispersando a escuridão (cf. Jo 1:5-9; 3.19; 9.5; 12.46; também 4.26; 6.35,48; 10:7-9; 11.25; 13 19:14-6; 15.1; 18:5-6,8). C. H. Dodd diz: "O fato determinante do Evangelho... é que o arquétipo da luz se manifestou na pessoa de Jesus Cristo. Ele é a Luz na qual vemos a luz... Assim, quando João fala da luz vinda ao mundo, ele está sempre pensando na aparição de Jesus Cristo na história".102 Quem me segue não andará em trevas [i.e., na ignorância, no pecado, na limitação, e na morte], mas terá a luz da vida. A luz e a vida andam juntas (cf. Jo 1:4) e é a vida eterna o que Ele veio trazer aos homens (3.16; 20.31).

A afirmação de Jesus a respeito de si mesmo define o cenário para a controvérsia. Disseram-lhe, pois, os fariseus: Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro (13). Em determinado sentido, o que eles diziam era certo, pois a certificação do caráter, em uma maneira legal ou formal, não se busca da pessoa em questão, mas sim de outra; e foi neste ponto que Jesus deu'a sua resposta em duas partes. Primeiramente, o julgamento que fizeram dele estava errado, porque não conheciam a sua verdadeira natureza. Vós não sabeis de onde vim, nem para onde vou (14). Além disso, o julgamento deles só se baseava na aparência. Vós julgais segundo a carne (15). Jesus disse: Eu a ninguém julgo, i.e., segundo a carne, como vocês fazem. Em segundo lugar, em contraste com a ignorância dos fariseus sobre a sua verdadeira natureza, Je-sus tinha perfeito conhecimento de si mesmo. Sei de onde vim e para onde vou (14).

O julgamento rápido deles, baseado somente nas aparências, também interpretou mal a verdadeira missão de Jesus, que era "não de condenação, mas de salvação (Jo 3:17-12.47; 20.31). E, ainda assim, uma vez que a rejeição dos judeus envolve a atual (3,18) e definitiva (12,48) condenação, a obra da salvação é também inevitavelmente uma obra de condenação; e se Ele condena, a sua condenação é também verdadeira e genuína; não há como escapar dela".'" Finalmente, o Senhor respondeu a objeção a sua autocertificação mostrando que, na verdade, Ele tem outro Testemunho adequado. E, se, na verdade, julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai, que me enviou. E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai, que me enviou (16-18).

Quando Jesus reivindicou o seu Pai como Testemunha, os fariseus levantaram a questão: Onde está teu Pai? (19) Como não conheciam a verdadeira natureza de Jesus, os inquisidores também não começaram a compreender a sua inseparável união com o Pai. Não me conheceis a mim, nem a meu Pai; se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai (19; cf. Jo 14:7-9).

Neste ponto, João deixa claro que a reivindicação de Jesus de união com o Pai foi feita no lugar do tesouro, quando o Senhor estava ensinando no templo (20). Embora a afirmação de Jesus fosse uma grande ofensa para os judeus, ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora (20; cf. Jo 2:4-7.30; 12.23; 13.1). É bom lembrar que nenhum homem pode frustrar definitivamente o plano divino!

2. "Para Onde Eu Vou Não Podeis 1r" (Jo 8:21-30)

Esta seção apresenta, ao mesmo tempo, uma declaração da divindade de Jesus (24,28) e do maior pecado do homem — o pecado da falta de fé, que resulta na morte (21,24). O abismo entre Deus e o homem pecador não pode ser transposto pelo homem. Eu retiro-me ["eu vou embora"], e buscar-me-eis e morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou não podeis vós ir (21; cf. Jo 7:34-36; 13 33:36-37; 14.6). Westcott diz: "A busca era a busca do desespero sob a pressão da calamidade opressora; e o resultado não era somente o fracasso, mas a morte, e a morte em pecado, pois a busca sob falsos motivos, com falsos resultados, era por si mesma um pecado, um abandono declarado da vontade divi-na".1" A pergunta dos judeus, quererá matar-se a si mesmo? (22), era uma profecia involuntária da morte sacrificial voluntária de Jesus (10.18; cf. Jo 11:51-12:24-25).

Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo (23), Contrastes vívidos — de baixo e de cima, deste mundo e não... deste mundo — são características do Evangelho de João (cf. luz, trevas; verdade, falsidade; vida, morte; visão, cegueira; dia, noite). Eles sempre ilustram — como aqui — que o homem separado de Deus está desesperadamente perdido: vos disse que morrereis em vossos pecados (24). No versículo 21, a palavra pecado está no singular, mostran-do o pecado como único na sua essência; aqui, o termo está no plural, pecados, e é desdobrado nas suas manifestações.105 O que separou o homem de Deus e o mantém separado de Deus tem somente um antídoto. Jesus disse literalmente: "se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados" (24). "A afirmação absoluta de Jesus se carac-teriza pelo majestoso Eu sou: majestoso e espantoso por causa do seu contexto, o Antigo Testamento"." O único caminho da morte para a vida é através da fé em Cristo, que é completamente Deus, e completamente homem.

A persistência dos judeus em perguntar Quem és tu? (25) indicava a contínua igno-rância daqueles homens em relação a sua verdadeira natureza. A resposta de Jesus é uma daquelas passagens que, por alguma mudança de pontuação nos manuscritos ou nas versões posteriores, podem ser lidas com diferentes significados. Ela pode ser inter-pretada corretamente como Isso mesmo que já desde o princípio vos disse (25), ou "Por que afinal estou falando com vocês?" (RSV, nota de rodapé), ou "Basicamente, Eu Sou o que estou dizendo a vocês"?' Muito tenho que dizer e julgar de vós (26) signi-fica: "Há muita coisa em vocês sobre o que eu poderia falar e que eu poderia condenar" (Phillips). O que Jesus tinha a dizer era verdade porque Ele falou ao mundo as coisas que ouvira do Pai, que o enviou, e que é verdadeiro. Mas não entenderam que ele lhes falava do Pai (27).

Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do Homem, então, conhecereis quem eu sou e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou (28). Esta é a exaltação por meio da cruz, uma cruz preparada pelos judeus. Mas esta veio a ser a ocasião para que todos os homens conhecessem a verdadeira natu-reza de Cristo. Embora sendo Filho do Homem, Ele é o eterno Eu sou. Oh, o glorioso mistério e significado da Encarnação, com a sua inevitável cruz!

Embora a encarnação significasse, sob certo sentido, uma separação entre o Pai -aquele que me enviou (29) — e o Filho, ainda assim o Filho tem a certeza da presença do pai: [Ele] ... está comigo; o Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada. "O Pai estava pessoalmente presente com o Filho... permanecia uma comunhão perfeitamente intacta"?' Dizendo ele essas coisas, muitos creram nele (lit. "muitos puseram a sua fé nele", 30). "A fé em Cristo se deve mais ao que Ele disse, do que aos 'sinais' que Ele operou"."

3. "A Verdade Vos Libertará" (8:31-38)

Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na mi-nha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos (31). Não é acidental que João aqui descreva a reação dos judeus que criam nele de modo diferente da reação mencionada no versículo 30 (veja as versões NASB, NEB em inglês). Esta distinção aponta para os níveis da fé. Crer nele (31) implica uma impressão favorável, uma concordância com o que Jesus dizia, mas não necessariamente uma decisão de comprometimento com o discipulado. Crer nele (30) significa depositar a fé nele pelo que Ele é, mais do que pelo que Ele faz, e este é o caminho para o verdadeiro discipulado. Assim, enquanto uma pessoa permanecer na Palavra de Jesus, será verdadeiramente seu discípulo. Este rela-cionamento é de verdade e de liberdade. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (32). O que é que torna um homem verdadeiramente livre? Uma interessante combinação de fatores importantes é dada aqui, em 30-32. Crer nele (30), permanecer na sua palavra (32), o verdadeiro discipulado (31), e o conhecimento da verdade (32) — tudo isto torna um homem livre. A verdade que gera a liberdade é viva e pessoal e não pode ser outra, senão a verdade encarnada, o Filho (36).

A menção de Jesus à liberdade evocou nos judeus uma pergunta. Responderam-lhe [os que criam nele (31) ]: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres? (33) Sem saber, os judeus estavam em uma escravidão, que era do pior tipo. O que é que faz um homem escravo? Três coisas são evidentes: 1. Pecado — todo aquele que comete pecado é servo do pecado (lit., "é um escravo do pecado"; o artigo definido em grego sugere a personificação do pecado como um senhor,
34) ; 2. A separação da única fonte verdadeira de liberdade — o servo não fica para sempre em casa (35) ;110 i.e., o servo do pecado (34), pela sua própria situação de servo, não tem direito a nenhum dos privilégios que pertencem a um filho, por exemplo, a herança, a permanência na residência, a liberdade; 3. Uma motivação completamente errada — contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós (lit., "A minha palavra não obtém progresso em vocês", 37). Aqui está a "Imagem dos homens que crêem nele, que reconhecem o poder da personalidade e da mensagem, mas se ressentem enormemente quando descobrem que a defesa da moralidade convencional e tradicional que apresentam é inspirada por motivos pecami-nosos. Eles são levados a pensar, de forma equivocada, que uma profunda preocupação pela elevada moralidade traz consigo a libertação do pecado".'

A última e definitiva diferença entre a liberdade e a escravidão pode ser rastreada até a fonte de cada uma delas. Eu falo do que vi junto de meu Pai, e vós fazeis o que também vistes [ou "o que ouvistes", conforme algumas versões] junto de vosso pai (38). "A revelação perfeita, por meio do Filho, se baseia no conhecimento perfeito e direto".i" Sem dúvida, a alusão a vosso pai não é a Abraão, mas sim ao "pai deles, o diabo", explicitada no versículo 44.

Nunca servimos a ninguém era a falsa afirmação dos judeus e de muitos outros espíritos orgulhosos e pecadores. Nesta seção (29-36), Alexander Maclaren destaca: 1. A nossa escravidão (34) ; 2. A nossa ignorância em relação à escravidão (33) ; 3. A conse-qüente indiferença à oferta de Cristo de liberdade (33).

4. "Antes Que Abraão Existisse, Eu Sou" (8:39-59)

a. A Verdadeira Paternidade (8:39-47). Os judeus não tinham dúvida sobre a sua filiação.' Nosso pai é Abraão (39). Isto era verdade, no que se refere à sua descendência física. Mas, como filhos de Abraão, a vida deles deveria ter sido caracterizada pela obediência à verdade, à fé em Deus e à verdade absoluta. Jesus disse-lhes: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão (39). Uma boa tradução, também base-ada em firmes evidências de manuscritos, seria: "Se vocês fossem filhos de Abraão esta-riam fazendo as obras de Abraão". Mas, agora, procurais matar-me a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido (40). Este é o único ponto em que Jesus aplica o título homem em relação a si mesmo. A expressão é de particular interesse aqui, porque nesta seção o argumento básico é que Jesus é o Enviado de Deus (42), Deus é o seu Pai (49), e Ele próprio é a Divindade (58). Assim, de uma maneira dramática, o leitor vê o Verbo que tornou-se carne (1,14) enfrentando os iníquos no terre-no deles (41,44), e também tendo um completo confronto com a iniqüidade cósmica que se manifesta na pessoa do Diabo (44). A bendita verdade — Ele é completamente Deus e completamente homem! A última afirmação, Abraão não fez isso (40), significa que Abraão dava as boas-vindas aos mensageiros celestiais que vinham com a verdade na qual se devia acreditar (Gn 18:1-8). Mas estes homens, pretendendo ser filhos de Abraão, procuravam matar aquele que Deus tinha enviado (42). Na realidade, faziam as obras do pai deles (41), que era o Diabo (44).

Os judeus, agora começando a entender que Jesus estava falando da paternidade espiritual, disseram: Nós não somos nascidos de prostituição; temos um Pai, que é Deus (41). Eles estavam dizendo, usando uma metáfora do Antigo Testamento: "Nós não devemos a nossa posição à deserção idólatra em relação a Jeová".' Jesus respondeu: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente, me amaríeis (42). Tal seria o caso por causa da inseparável unidade entre o Pai e o Filho. Eu saí e vim de Deus [lit., "Eu estou aqui"]; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou (42). A rejeição ao Filho é a rejeição ao Pai (cf. 15.23).

Jesus, vendo a falta de compreensão daqueles homens, fez a pergunta: Por que não entendeis a minha linguagem? (43) Então passou a respondê-la sistematicamente. Existem cinco razões. 1. "Por não poderdes ouvir a minha palavra" (43). "A incapacidade deles era... uma surdez espiritual, e não uma mera estupidez intelectual".1" 2. Sem dúvi-da, era um problema de linhagem espiritual. Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai (44). Para reforçar isto, Jesus deu uma nítida descrição do pai deles. Ele foi homicida desde o princípio — sem dúvida uma alusão à morte espiritual de Adão e Eva (Gn 2:17) ; ele é incapaz de dizer a verdade porque ele não se firmou na verdade (44) ; e ele fala "do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira" (44). 3. Eles eram incapazes de encarar a verdade. Mas porque vos digo a verdade, não me credes (45). 4. Devido à perversa natureza que tinham, eles só podiam estar cegos pelo puro brilho da revelação da santidade de Jesus. Quem den-tre vós me convence [ou, pode provar que eu sou culpado] de pecado? (46; cf. Hb 4:15). 5. Finalmente, como um tipo de resumo, Jesus encerrou todo o assunto com uma pergunta que Ele mesmo respondeu. E, se vos digo a verdade, por que não credes? Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso, vós não as escutais, por-que não sois de Deus (46-47).

b. Vida Verdadeira (8:48-59). Como Jesus declarou o seu verdadeiro relacionamen-to com o Pai (38), Ele agora faz saber aos judeus a sua verdadeira natureza (58) e o que Ele veio dar aos homens (51). Os judeus não aceitaram o julgamento de Jesus de que eles não eram de Deus (47), e retrucaram: Não dizemos nós bem que és samaritano e que tens demônio? (48) Evidentemente, Jesus era com freqüência chamado de samaritano como um epíteto depreciativo. Como se isso não fosse suficientemente se-vero, eles também o acusaram de estar possuído por um espírito mau. Eu não tenho demônio (49). Mas Ele não respondeu à acusação de ser um samaritano. Às vezes é melhor ignorar algumas coisas. "Ele não reconhecia o significado que eles atribuíam a uma diferença de raça".116 Antes, honro a meu Pai, e vós me desonrais. Eu não busco a minha glória; há quem a busque e julgue (49-50). Pai e Filho são um só. Desonrar um deles é desonrar o outro. Jesus não tomou o insulto como dirigido a Ele, porque não estava procurando a sua própria glória. Em última análise, o julgamento equivocado daqueles homens não resultou em nada, porque Deus é aquele que pode buscar e julgar (50). O ódio e a desonra dos homens não valem nada quando algo ou alguém é aprovado por Deus.

A expressão em verdade, em verdade do versículo 51 é usada no texto de João sempre que uma nova e importante idéia vai ser proferida. Aqui está a promessa da vitória sobre a morte: vos digo que, se alguém [lit. "qualquer homem"] guardar a minha palavra, nunca verá a morte (51). O oposto disso foi estabelecido em 8.24, pois a falta de fé em Jesus significa morrer nos próprios pecados. Esta falta de fé era a posi-ção constante dos judeus durante a conversa. Eles até podiam confiar em Abraão... mas aceitar a Jesus, jamais! Apesar disso, a promessa é para todos os homens, judeus ou gentios, que guardarem a Palavra de Jesus. Guardar aqui transmite a idéia de uma vigilância intencional, "a observância de toda a revelação na sua plenitude orgânica".' A "palavra" (observe o singular) a ser guardada é o próprio Cristo (cf. Jo 1:1-18; 14.23). "As palavras e a personalidade devem ser tomadas como um todo que tem vida".118 Obvia-mente, a frase nunca verá a morte (51) não se refere à continuação da existência biológica, mas sim à vida eterna, que tem início quando a pessoa crê.

Eles agora declaravam como um fato garantido aquilo que anteriormente fora ape-nas uma opinião equivocada dos judeus a respeito de Jesus (48). Agora, conhecemos que tens demônio (52). Eles baseavam o seu julgamento na declaração de Jesus de que aquele que guarda a sua Palavra nunca verá a morte. Disseram: Morreu Abraão e os profetas; e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra, nunca provará a mor-te (52). Na verdade, Jesus tinha dito "nunca verá a morte" (51). Ou eles não entenderam Jesus ou o citaram mal. Ou ainda, como uma simples provocação, usaram a expressão que é quase equivalente em significado. Eles já tinham pronunciado o seu julgamento final a respeito de Jesus — Tens demônio (52), mas ainda fizeram outra pergunta. Era mais uma zombaria do que uma inquisição sincera, pois a forma da pergunta implicava que só poderia haver uma resposta negativa. "Es tu maior do que Abraão, o nosso pai, que morreu? [cf. Jo 4:12] E também os profetas morreram; quem te fazes tu ser?" (53, trad. lit.). A resposta de Jesus para a sua pergunta final está centrada na idéia de que o seu Pai que o glorifica é precisamente aquele que os judeus dizem ser o seu Deus (54). Mas ambos não podem ser a verdade. Então Jesus disse: E vós não o conheceis, mas eu conheço-o; e, se disser que não o conheço, serei mentiroso como vós; mas co-nheço-o e guardo a sua palavra (55). A veracidade da afirmação de Jesus baseia-se na sua natureza, e é expressa na sua própria atividade pessoal. Conheço-o e guardo.

Estas são as mesmas exigências para que o crente tenha a vida eterna (cf. Jo 5:1-17.3). Se Jesus tivesse negado o seu conhecimento do Pai, Ele teria traído a sua própria natureza. Ele não poderia fazer outra coisa; deveria falar daquilo que conhecia.

Se os judeus tivessem realmente sido como o seu pai Abraão, teriam conhecido o Pai (55) e teriam honrado o Filho (49, 54). Jesus disse: Abraão, vosso pai, exultou por ver meu dia, e viu-o, e alegrou-se (56). Que grande contraste existe entre a blasfêmia dos judeus e o reconhecimento de Jesus por Abraão! Existem dois pontos de vista sobre Abraão... exultou... viu... alegrou-se. Alguns dizem que, tendo em vista os três passados (aoristos), este é um fato histórico e se refere ao ato de fé de Abraão pelo qual ele viu cumprimento das promessas que o Senhor Deus lhe fizera. Outros argumentam que esta é a rejeição de Jesus à afirmação dos judeus de que Abraão estava morto (52-53) ; ao contrário, Abraão está vivo, como Moisés e Elias (cf. Mt 17:3; Mac 9.4; Lc 9:30) e é uma alegre testemunha do cumprimento das promessas que o Senhor Deus lhe fez.

Os judeus, literais até um final amargo, disseram: Ainda não tens cinqüenta anos e viste Abraão? (57) A última frase, com base em variadas leituras textuais, poderia ser traduzida da seguinte forma: "Abraão viu você?" (RSV, nota de rodapé). Esta leitura poderia tender a substanciar a segunda interpretação do versículo 56 expressa acima. Os judeus tinham entendido que Jesus se referiu a Abraão como se o patriarca ainda estivesse vivo.

A resposta de Jesus também foi a sua suprema auto-revelação. Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou (58). Os dois verbos, existir e ser, são palavras diferentes em grego. A palavra traduzida aqui como existis-se significa literalmente "entrasse na história" e tem uma conotação temporal. O verbo ser não transmite uma idéia temporal, mas se refere a um sentido definitivo. Daí o vívido contraste entre Abraão e Jesus (cf. Jo 1:1 ; 1.6, onde existe o mesmo contraste entre a Palavra e João Batista).

Então, pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou (59). O comentário de Strachan é muito adequado: "É como se as ondas iradas se afastassem para lançar as estrelas"


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de João Capítulo 8 versículo 34
Conforme Rm 6:16; 2Pe 2:19.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de João Capítulo 8 do versículo 1 até o 59
*

7.53—8.11

Estes versículos não constam de alguns manuscritos gregos e, em outros, aparecem em lugares diferentes, tal como depois de 7.36 ou mesmo em Lucas.

* 8:5

na lei. A punição que a lei preceitua para o adultério é a morte (Lv 20:10; Dt 22:22). O apedrejamento não era especificado exceto num caso (Dt 22:24).

* 8:6

tentando-o. Se Jesus lhes dissesse que levassem adiante o apedrejamento, violaria a lei romana pela qual os Romanos se reservavam para si mesmos a execução da pena de morte em terras ocupadas (18.31). Se Jesus lhes dissesse que liberassem a mulher, daria a impressão de tolerar o adultério, e violaria a lei de Moisés.

escrevia. Esta é a única passagem onde se diz que Jesus escreveu. Nada é dito a respeito do que ele escreveu.

* 8:7

O desafio de Jesus mostrou que os acusadores da mulher estavam desqualificados como juízes. O propósito deles não era fazer valer a lei de Moisés, mas armar uma cilada para Jesus, e usaram esta mulher como um joguete para conseguir seu ímpio desígnio.

* 8:11

condeno. Este é um termo legal que se refere à sentença de um tribunal. Jesus indica que nenhum procedimento legal foi observado, e, portanto, não há base para a pena capital proposta. Jesus admoestou a mulher para que não pecasse mais.

* 8:12

Eu sou a luz do mundo. Nos tempos de Jesus os candeeiros eram usados como parte da celebração da Festa dos Tabernáculos. Durante esta Festa, a rocha da qual jorrou água no deserto e a coluna de fogo que propiciava luz e servia de guia eram lembradas (Êx 13:21). A rocha apontava para Jesus (1Co 10:4) e ele também é a luz que a coluna de fogo prefigurava, como um tipo. Desde que Deus é luz (1Jo 1:5), as palavras de Jesus redundam em reivindicação de divindade. Outra vez o "Eu sou" relembra Êx 3:14 (6.35, nota).

* 8:13

o teu testemunho não é verdadeiro. Ver referência lateral. Esse debate, que continua no v. 19, dá ênfase à questão do testemunho válido. Os fariseus dizem que o testemunho de Jesus não era legalmente aceitável, porque lhe falta corroboração (Dt 17:6; 19:15).

* 8:14

sei donde vim. Uma vez que Jesus sabe de onde veio (do céu), ele sabe que o seu testemunho é válido e verdadeiro. A origem de Jesus é outra vez o ponto de conflito (7.41-43, 52 e notas).

* 8:16

porque não sou eu só. Desde que o Pai é sua testemunha, o testemunho de Cristo é legalmente aceitável. Em qualquer caso, aquele que tem o testemunho de Deus, não precisa de mais nada.

* 8:19

Os fariseus entenderam mal a reivindicação de Jesus, pois a entenderam como uma referência a seu pai físico ou natural, e podiam estar ansiosos para desafiá-lo como um filho alegadamente ilegítimo. Ao falar de seu Pai, contudo, Jesus não está falando a respeito de José, mas a respeito de Deus. O conhecimento do Pai vem através do Filho (1.18; 14.9; 1Jo 5:20). A cegueira dos fariseus quanto a Jesus, mostra que o conhecimento técnico que eles tinham da lei não lhes deu o conhecimento de Deus.

* 8:21

Vou retirar-me. Jesus fala de sua morte, ressurreição e ascenção.

perecereis no vosso pecado. Jesus afirma claramente dois destinos da humanidade. Nem todos serão salvos; alguns não podem ir onde Jesus está indo. O único caminho da salvação é crer (v. 24; 3.16,18).

* 8:24-28

EU SOU. Aqui Jesus aplica a si mesmo a linguagem do Antigo Testamento que trata de Yahweh (Êx 3:14; Is 43:10), uma identificação que se torna clara no v. 58.

* 8:28

levantardes. Ver nota em 3.14.

* 8:30

muitos creram nele. Daquilo que disseram posteriormente (vs. 33,37,39) infere-se que sua profissão de fé era superficial. Os verdadeiros crentes são aqueles que permanecem em sua palavra (v. 31). A perseverança distingue aqueles que verdadeiramente são nascidos de Deus (15.2,6; 1Jo 2:19).

* 8:32

e conhecereis a verdade. Sustentar o ensino de Cristo que é a verdade (14,6) conduz à verdade que torna uma pessoa livre da escravidão ao pecado. A salvação não é obtida por meio de conhecimento intelectual, como imaginavam os gnósticos, mas por meio de um relacionamento vital com Jesus Cristo e do compromisso com a verdade que ele revelou (18.37).

* 8:33

e jamais fomos escravos. Os judeus tinham sido escravos no Egito e, posteriormente, foram governados pelos filisteus, pelos assírios e outros. Uma vez que dificilmente podiam negar isto, eles, provavelmente, estariam dizendo que tinham sido uma nação governada por Deus desde o Êxodo, não importando o que lhes tivesse acontecido. É possível também que eles estivessem falando a respeito do tempo dos romanos, quando gozavam de certas liberdades, inclusive do reconhecimento oficial de sua religião.

* 8:34

todo o que comete pecado é escravo do pecado. Jesus descreve a gravidade do pecado e a situação difícil da humanidade sob o pecado. Seus ouvintes não entenderam a liberdade que ele lhes ofereceu como não entendiam a escravidão sob a qual viviam. Ver "Liberdade e Escravidão da Vontade", em Jr 17:9.

* 8:36

Se... o Filho vos libertar. A regeneração (o novo nascimento) é a obra do Espírito Santo (3.3-8), realizada à base da morte e ressurreição de Cristo em nosso favor (3.14-16).

verdadeiramente sereis livres. Jesus não está falando de liberdade política, nem meramente de uma liberdade que nos torna livres de uma escravidão física. A verdadeira liberdade consiste em servir a Deus e cumprir os propósitos dos que foram especialmente criados à imagem de Deus. O pecado priva-nos desta realização porque perturba nossas mentes, degrada nossos sentimentos e escraviza nossa vontade. É isto que os Reformadores chamaram de "depravação total" e seu único remédio é a graça de Deus através do novo nascimento espiritual (3.3). Ver "Liberdade Cristã", em Gl 5:1.

* 8:37

descendência de Abraão. Deus está interessado mais em descendência espiritual do que em linhagem física. Não importa quão bons tenham sido os antepassados de uma pessoa, se ela está trilhando o caminho da desobediência (Ez 18). Do mesmo modo não importa quão maus tenham sido os antepassados de uma pessoa, se ela é renovada pelo Espírito de Deus e anda no caminho da fé.

* 8:40

assim não procedeu Abraão. Abraão foi obediente à orientação de Deus, mesmo quando isto foi doloroso para ele. Os ouvintes de Jesus reivindicaram ser descendentes de Abraão, mas Jesus lhes mostra que eles não são semelhantes ao seu antepassado na matéria essencial de obediência. O verdadeiro filho não se define em termos biológicos, mas em termos de obediência.

* 8:41

não somos bastardos. Esta pode ter sido uma sugestão sarcástica de que Jesus seria filho ilegítimo.

pai... Deus. Os judeus raramente se dirigiam a Deus como "Pai". A paternidade de Deus é uma característica dominante do ensino de Cristo. Deus é Pai dos que são salvos e recebidos na sua casa por adoção. Deus é o Pai do Filho num sentido incomparável (1.14, nota; 3.16; 20.17).

* 8:42

certamente, me havíeis de amar. A unidade entre o Pai e o Filho é tão profunda que ninguém pode pertencer ao Pai e rejeitar o Filho. Outra vez a origem de Jesus é uma questão de contenda (7.41-43, nota).

* 8:44

Vós sois do diabo, que é o vosso pai. A relação entre a verdade e a justiça tem sido proeminente neste Evangelho. O povo ama as trevas (o erro) mais do que a luz (a verdade), porque suas obras são más (3.10). Um espantoso contraste aparece aqui; existem somente duas opções: Deus ou Satanás. Pela graça de Deus, Abraão andou nos caminhos da fé (vs. 39-41) e da obediência. Os que rejeitaram a Jesus estavam fazendo o oposto.

e quereis. Os pecadores desejam fazer aquilo que é mau. Somente um ato sobrenatural da graça pode redirecionar a vontade de uma pessoa e levá-la a desejar o bem.

Ele foi homicida... nele não há verdade. Entre todos os pecados que poderiam ser mencionados como características de Satanás, o assassinato e a mentira são destacados: a mentira porque é diretamente oposta à verdade, que é a ênfase central desta seção (vs. 32-47); o assassinato, porque eles desejam matar a Jesus (v. 40). Satanás contrasta-se vivamente com Jesus, que é a "verdade e a vida" (14,6) e o doador da vida (10.10,28).

* 8:46

Quem dentre vós me convence de pecado. Ninguém pode convencer Jesus de pecado ou provar qualquer acusação contra ele. Jesus está livre de todo pecado (2Co 5:21), "santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores" (Hb 7:26), fazendo sempre aquilo que agrada ao Pai (v.29).

* 8:47

não me dais ouvidos. O pecado paraliza nossos sentidos espirituais. Só um ato da graça capacita o pecador a ouvir a voz de Deus (conforme v.43; 10.3,4,16,27).

* 8:48

és samaritano. Um termo insultuoso, provavelmente implicando que Jesus era nascido fora do relacionamento do casamento (v. 41, nota).

e tens demônio. Quando encurralados pela verdade, os inimigos de Jesus se voltam para a blasfêmia (Mt 12:24,31).

* 8:49

Eu não tenho demônio. A conduta de Jesus em honrar ao Pai e não buscar a própria glória é oposta àquilo que uma pessoa endemoninhada faria. Jesus não tem medo de entregar o assunto ao juízo de Deus (conforme 17.4).

* 8:51

se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte. A morte, como separação eterna da comunhão com Deus, é a punição judicial do pecado (Rm 6:23). Uma vez que Jesus morreu como substituto de seu povo, os que pertencem a ele estão livres da penalidade do pecado, porque Cristo pagou a penalidade por eles.

eternamente. Ao estender a promessa para além desta vida, Jesus reivindica uma prerrogativa divina. Os judeus entenderam a afirmação como uma promessa de que a morte física seria evitada (v.52). Afirmações anteriores tornam claro o que Jesus quis dizer (5.24-29).

* 8:53

És maior do que Abraão, o nosso pai. Abraão e os profetas, grandes como foram na História da Redenção, não puderam vencer a morte. Só Cristo triunfou sobre a sepultura.

* 8:54

minha glória. Nos dias de seu ministério terreno, Jesus não buscou glória ou honra, ainda que a glória pertencesse a ele como Filho de Deus. A glória de Cristo era visível àqueles que tinham olhos para ver (1.14). Essa glória apareceu na sua ressurreição e ascensão (1Tm 3:16) e será vista plenamente na sua Segunda Vinda.

* 8:56

Abraão... viu-o e regozijou-se. Abraão viu o dia de Cristo quando abraçou, pela fé, as promessas que Deus lhe fez, promessas que exigiam a vinda de Cristo para serem cumpridas. Uma vez que o contexto da discussão tinha sido Satanás, como um assassino, e Jesus como aquele cuja morte livra da morte, pode haver referência especial à provisão do carneiro por Deus, como substituto de Isaque quando Abraão se preparava para sacrificá-lo. Esta afirmação mostra claramente que mesmo nos tempos do Antigo Testamento, os crentes eram salvos por meio da fé em Cristo, que lhes foi prefigurado por Deus, para revelar seu plano redentivo (conforme At 4:12).

* 8:57

não tens cinqüenta anos. Jesus estava mais perto dos trinta (Lc 3:23).

* 8:58

antes que Abraão existisse, EU SOU. Esta é uma clara referência à pré-existência eterna de Jesus. Uma vez que este atributo pertence só a Deus, este texto é uma poderosa afirmação da divindade de Jesus. O tempo presente do verbo sugere o presente eterno da eternidade de Deus. "EU SOU" também relembra o nome de Deus em Êx 3:14 (vs. 24,28, nota). Ver "Jesus Cristo, Deus e Homem", em 1.14.

* 8:59

pegaram em pedras. Os judeus não aceitaram a reivindicação de Cristo como Deus, mas a consideraram como blasfêmia o que, segundo a lei, exigia apedrejamento (Lv 24:16; cf. Jo 10:31; Mt 26:65).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 8 do versículo 1 até o 59
8.3-6 Os líderes judeus menosprezaram a Lei ao prender sozinho à mulher. A Lei exigia que se apedrejassem ambas as pessoas envoltas no adultério (Lv 20:10; Dt 22:22). Os líderes usaram à mulher como uma armadilha para fazer cair ao Jesus. Se dizia que não devia apedrejar-se à mulher, acusariam-no de violar a Lei do Moisés. Se os insistia a executá-la, acusariam-no frente aos romanos, que não permitiam aos judeus levar a cabo suas próprias execuções (Dt 18:31).

8:7 Esta é uma declaração significativa no que respeita a julgar a outros. Como Jesus ratificou o castigo aplicável ao adultério, não foi possível acusar o de estar contra a Lei. Mas ao dizer que solo quem estivesse livre de pecado podia arrojar a primeira pedra, destacou a importância da compaixão e o perdão. Quando tira o chapéu a outros em pecado, é você rápido para emitir um julgamento? Fazê-lo equivale a atuar como se nunca tivesse pecado. É Deus o que deve julgar, não nós. nos toca mostrar perdão e compaixão.

8:8 Não fica claro se Jesus ao escrever em terra simplesmente fazia caso omisso dos acusadores ou se fazia uma lista dos pecados ou escrevia os Dez Mandamentos.

8:9 Quando Jesus disse que solo quem não tivesse pecado podia arrojar a primeira pedra, os líderes se afastaram em silêncio, dos mais velhos até os mais jovens. Era evidente que os homens mais adultos tinham major conscientiza de seus pecados que os mais jovens. A idade e a experiência freqüentemente moderam a atitude de acreditar-se muito justo típica da juventude. Mas seja qual for sua idade, jogue um sincero olhar a sua vida. Reconheça sua natureza pecaminosa e procure maneiras de ajudar a outros em lugar de machucá-los.

8:11 Jesus não condenou à mulher acusada de adultério, mas tampouco passou por cima seu pecado. Disse-lhe que abandonasse sua vida de pecado. Jesus está disposto a perdoar qualquer pecado que haja em sua vida, mas a confissão e o arrependimento implicam uma mudança de coração. Com a ajuda de Deus podemos aceitar o perdão de Cristo e pôr fim a nossas más obras.

8:12 Para compreender o que quis dizer Jesus com a luz do mundo, veja-a nota a 1.4, 5.

8:12 Jesus falava no lugar do templo onde ficavam as oferendas (8.20), onde se acendiam abajures que simbolizavam a coluna de fogo que guiou ao povo do Israel pelo deserto (Ex 13:21-22). Neste contexto, Jesus disse ser a luz do mundo. A coluna de fogo representava a presença, o amparo e a direção de Deus. Jesus traz a presença, o amparo e a guia de Deus. É O a luz de seu mundo?

8:12 O que significa seguir a Cristo? Assim como um soldado segue a seu capitão, nós devemos seguir a Cristo, nosso Capitão. Como um escravo segue a seu amo, nós devemos seguir a Cristo, nosso Senhor. Da mesma maneira que seguimos a sugestão de um conselheiro de confiança, devemos seguir os mandatos que nos dá Jesus nas Escrituras. Do mesmo modo que obedecemos as leis de nossa nação, devemos obedecer as leis do reino dos céus.

8.13, 14 Os fariseus pensavam que Jesus era um lunático ou um mentiroso. Jesus lhes ofereceu uma terceira alternativa: que lhes dizia a verdade. Como a maioria dos fariseus se negou a considerar a terceira alternativa, nunca o reconheceram como Messías e Senhor. Se você procura saber quem é Jesus, não fechamento nenhuma porta antes de olhar sinceramente o que há detrás dela. Unicamente com uma mente aberta poderá conhecer a verdade de que O é Messías e Senhor.

8.13-18 Os fariseus argumentavam que o que declarava Jesus não tinha validez legal porque não contava com outras testemunhas. Jesus respondeu que a testemunha que o confirmava era Deus mesmo. Jesus e o Pai somavam duas testemunhas, o número requerido pela Lei (Dt 19:15).

8:20 O tesouro do templo se localizava no átrio das mulheres. Ali se colocavam treze arcas ou urnas para receber o dinheiro das oferendas. Sete delas eram para o imposto do templo; as outras seis eram para oferendas voluntárias. Em outra ocasião, uma viúva colocou seu dinheiro em uma destas arcas e Jesus ensinou uma profunda lição a partir dessa ação (Lc 21:1-4).

8:24 A gente morrerá em seus pecados se rechaçarem a Cristo, porque desprezam o único caminho que os resgata do pecado. É lamentável, mas muitos estão tão apanhados pelos valores deste mundo que ficam cegos ante o presente de incalculável valor que oferece Cristo. Para onde olhe você? Não concentre sua atenção nos valores deste mundo perdendo assim o que é de mais valor: a vida eterna com Deus.

8:32 Jesus mesmo é a verdade que nos liberta (8.36). É a fonte da verdade, a norma perfeita do que é bom. Liberta-nos das conseqüências do pecado, do autoenga�o e do engano de Satanás. Mostra-nos claramente o caminho à vida eterna com Deus. Jesus não nos dá liberdade de fazer o que quisermos, a não ser liberdade para seguir a Deus. Ao procurar servir a Deus, a verdade perfeita do Jesus nos liberta para que sejamos tudo o que Deus quis que fôssemos.

8.34, 35 O pecado procura a maneira de nos escravizar, nos controlar, nos dominar e ditar nossos atos. Jesus pode liberar o dessa escravidão que lhe impede de ser a pessoa que Deus teve em memore ao criá-lo. Se o pecado o limitar, domina-o ou o escraviza, Jesus pode destruir o poder que o pecado tem sobre sua vida.

8:41 Jesus faz distinção entre os filhos da carne e os filhos legítimos. Os líderes religiosos descendiam do patriarca Abraão (fundador da nação judia) e portanto afirmavam ser filhos de Deus. Mas suas ações demonstravam que eram verdadeiros filhos de Satanás, porque viviam sob a direção deste. Os verdadeiros filhos do Abraão (fiéis seguidores de Deus) não se comportavam como eles o faziam. Nem o fato de que seja membro de uma igreja nem suas relações familiares o fazem um verdadeiro filho de Deus. Seu verdadeiro pai é ao que imita e obedece.

8:43 Os líderes religiosos não eram capazes de entender porque não queriam escutar. Satanás utilizou sua obstinação, seu orgulho e seus prejuízos para lhes impedir que acreditassem no Jesus.

8:44, 45 As atitudes e ações destes líderes claramente os identifica como seguidores de Satanás. É possível que não tenham tido consciência disto, mas seu desprezo pela verdade, suas mentiras e suas intenções homicidas indicavam quanto controle tinha o diabo sobre eles. Eram suas ferramentas para levar a cabo seus planos; falavam o mesmo idioma de mentiras. Satanás segue usando às pessoas para obstruir a obra de Deus (Gn 4:8; Rm 5:12; 1Jo 3:12).

8:46 Ninguém podia acusar ao Jesus de pecado algum. A gente que o odiava e desejava vê-lo morto esquadrinhou seu comportamento, mas não pôde achar nada mau. Por sua vida livre de pecado, Jesus provou que era Deus encarnado. O é o único exemplo perfeito que podemos seguir.

8:46, 47 Em vários lugares Jesus desafiou com toda intenção a seus ouvintes a pô-lo a prova. Aceitava gostoso aos que desejavam questionar suas declarações e seu caráter, sempre e quando tivessem disposição de obrar em apóie ao que descobriam. O desafio do Jesus tirava a luz as duas razões mais freqüentes que as pessoas passam por cima quando se encontram com O: (1) nunca aceitam seu desafio de pô-lo a prova, ou (2) põem-no a prova mas não estão dispostos a acreditar o que descobrem.cometeu você algum destes dois enganos?

8:51 Guardar a palavra do Jesus significa escutar suas palavras e as obedecer. Quando Jesus diz que o que a guarda não morrerá, refere-se à morte espiritual, não à física. Entretanto, inclusive a morte física ao final se vencerá. Os que seguem a Cristo ressuscitarão para viver eternamente com O.

8:56 Deus prometeu ao Abraão, o pai da nação judia, que todas as nações seriam benditas por ele (Gn 12:1-7; Gn 15:1-21). Abraão pôde vê-lo mediante os olhos da fé. Jesus, um descendente do Abraão, benzeu a todas as pessoas através de sua morte, ressurreição e oferta de salvação.

8:58 Esta é uma das declarações mais capitalistas que Jesus expressou. Quando disse que existia desde antes do nascimento do Abraão, sem dúvida proclamava sua divindade. Não só disse que existia desde antes do Abraão, também adotou o nome santo de Deus (Eu sou: Ex 3:14). Esta declaração exige uma resposta. Não pode acontecer-se por alto. Os líderes judeus trataram de apedrejá-lo por blasfêmia porque declarava ser igual a Deus. Mas Jesus é Deus. Como respondeu ao Jesus, o Filho de Deus?

8:59 Em obediência à Lei (Lv 24:16), os líderes religiosos estavam dispostos a apedrejar ao Jesus por declarar que era Deus. Entendiam à perfeição o que Jesus declarava e, como não acreditavam que fosse Deus, acusaram-no de blasfêmia. O irônico é que os verdadeiros blasfemos eram eles, já que amaldiçoavam e atacavam ao mesmo Deus que declaravam servir!


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de João Capítulo 8 do versículo 1 até o 59
P. JESUS ​​E a mulher adúltera (7: 53-8: 11)

53 [E cada um foi para sua casa: 1 , mas Jesus foi para o Monte das Oliveiras. 2 E de manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele; e ele sentou-se, e lhes ensinou. 3 E os escribas e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; e pondo-a no meio, 4 . eles disseram-lhe: Mestre, esta mulher tem sido apanhada em adultério, no próprio At 5:1 E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas: o que então dizes de seu 6 E Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, e escrevia com o dedo na terra. 7 Mas, como insistissem em perguntar-lhe, ergueu-se e disse-lhes: Aquele que estiver sem pecado entre vós, seja o primeiro que atire pedra contra Ec 8:1 E, tornando a inclinar para baixo, e escrevia com o dedo na terra. 9 E, ouvindo eles isto, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, até aos últimos; e ficou só Jesus ea mulher, onde ela estava, no meio. 10 E Jesus, levantando-se, e disse-lhe: Mulher, onde estão eles? se ninguém te condeno? 11 E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse Jesus: Nem eu te condeno: vai-te; de agora em diante não mais pecar.]

É de consenso geral que esta porção do Evangelho de João não era parte do original; ele não pode ser suportado com evidência textual suficiente. No entanto, a história é fiel ao espírito do Evangelho e que se encaixa naturalmente na narrativa neste ponto.Os escribas (não principais sacerdotes como na última história) e os fariseus definir o cenário para enganar Jesus em comprometendo-se a respeito de uma interpretação da lei de Moisés. Havia a mulher adúltera, seus acusadores (e dele), ea questão pontas, Na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas: o que, em seguida, dizes tu dela? (Jo 8:5)

12 Mais uma vez, portanto, Jesus falou-lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo.: quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida 13 pois, os fariseus disseram-lhe: Tu dás testemunho de ti mesmo ; o teu testemunho não é verdadeiro. 14 Jesus respondeu, e disse-lhes: Ainda que eu dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro; pois eu sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis donde venho, nem para onde vou. 15 Vós julgais segundo a carne; Eu julgo ninguém. 16 Yea e se eu julgue, o meu juízo é verdadeiro; porque não sou eu só, mas eu eo Pai que me enviou. 17 Yea e na vossa lei está escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. 18 Eu sou aquele que dá testemunho de mim mesmo, e que o Pai que me enviou dá testemunho de mim. 19 Disseram-lhe: Onde está teu pai? Jesus respondeu, porque não sabeis nem de mim, nem a meu Pai: se não me conhecia, vós quereis saber também a meu Pai. 20 Estas palavras disse ele no lugar do tesouro, ensinando no templo, e ninguém o levou; porque a sua hora ainda não tinha chegado.

A controvérsia entre Jesus e os judeus, especialmente os fariseus, continuou. Esta fase do que foi introduzido pela afirmação de Cristo, que Ele era a luz do mundo, e que ele poderia dispensar a luz a todos os que creram nele. Isto é semelhante à instrução Prólogo: "Nele estava a vida; ea vida era a luz dos homens "( Jo 1:4)

21 Disse, pois, de novo para eles, eu ir embora, e vós me buscar, e morrereis no vosso pecado: para onde eu vou, vós não podeis ir. 22 , portanto, diziam os judeus: Será que ele vai se matar, que diz: Para onde eu ? vou, vós não podeis ir 23 E disse-lhes: Vós sois de baixo; Eu sou de cima; vós sois deste mundo; Eu não sou deste mundo. 24 Eu disse-vos, portanto, que morrereis em vossos pecados, porque, exceto credes que eu sou ele , morrereis nos vossos pecados. 25 Disseram-lhe, pois: Quem és? Jesus disse-lhes: Ainda que eu também vos falei desde o início. 26 Muitas coisas tenho que dizer e julgar acerca de vós; Todavia ele que me enviou é verdadeiro; e as coisas que dele ouvi, isso falo ao mundo. 27 Eles não perceberam que lhes falava do Pai. 28 , portanto, Jesus disse: Quando tiverdes levantado o Filho do homem, então sabereis que eu sou ele , e que nada faço por mim mesmo, mas como o Pai me ensinou, assim falo. 29 E aquele que me enviou está comigo; ele não me tem deixado só; porque eu faço sempre as coisas que são do seu agrado. 30 Dizendo ele estas coisas, muitos creram nele.

Jesus parecia determinado a continuar a polêmica com os judeus. Ele colocou-se contra os líderes morais e religiosos arraigados de Seus dias. Eles não conseguiam chegar a um entendimento da verdade espiritual através da lei ou por processos lógicos, porque eles não conseguiam entendê-lo. Eles não tinham nenhum padrão pelo qual julgá-lo. Ele estava entre eles, o Deus encarnado, a tentar tocar algo neles que iria responder-acender alguma faísca, para tocar algum desejo latente, ou, talvez, para criar uma atitude de respeito e vontade de ouvir. Seu desconhecimento total da Sua pessoa real, sua cegueira à luz, e sua insensibilidade ao seu próprio Estado amoral, estavam em miniatura do mundo que "não conhecia" e "não o receberam" (1: 10-11 ). Havia uma certa intemporalidade sobre a luta; foi uma luta cósmica sendo travada na arena deste mundo. Foi o Deus redentor dando a Si mesmo em total dedicação aos que escolheu para resistir ao presente. Foi uma competição de vontades, mas era mais do que isso. Pela Encarnação, por esta intrusão de Deus sobre a pecaminosidade complacente do homem, Deus imprimiu algo de Sua imagem sobre o homem de uma forma não conhecida na criação original, e o homem nunca pode ser o mesmo novamente. A marca está lá por causa daquele que se fez homem, a fim de tornar Deus conhecido. Ela se tornou a marca do destino do homem. Sua analogia é luz: a luz é rejeitado trevas e da morte; luz abraçou é a vida. Sua analogia é água e pão-recusa traz fome e da morte; aceitação traz a vida eterna. Porque Deus se fez homem em Jesus homo sapiens exerce sobre ele a marca do Redentor do mundo, assim como divindade foi marcado por tomar a forma humana. Instintivamente o homem reconhece essa marca em cima dele. Essa marca é a marca do amor; onde o amor não é a base dos relacionamentos, pessoais e nacionais, o homem destrói a si mesmo. Essa marca é a justiça; onde a justiça não é feita a norma para as atividades da vida, o homem se vitimiza. Essa marca é a santidade; onde a santidade de caráter e propósito não prevalecer, o homem degenera por suas próprias doenças morais. Essa marca é um voice- "este é o ye caminho, andai por ele." Essa marca é o sinal da cruz-o inocente morrendo pelo culpado, que sua culpa pode ser tirado. Essa marca é a regra de ouro; é todo impulso nobre; é o medo do pecador de punição; é a oração espontânea em momentos de necessidade ou perigo. Se alguém quiser, mas atender a lei da consciência, ele iria encontrá-lo um mestre-escola que iria levá-lo a Cristo.

Em termos mais simples, Jesus Cristo é o fator determinante para o destino final do homem. Pela Encarnação, Deus os homens designados para sermos Seus filhos; pela Encarnação, as alternativas de escolhas do homem está escrito por dentro e pronunciado sem. Ele continua a lutar contra a escolha que Deus fez (Ef 1:5) só podia significar a morte física, talvez por suicídio. Sua afirmação de origem sobrenatural mistificado-los. Depois das muitas vezes em que o tinham ouvido falar e tinha visto os sinais (milagres), que Ele realizou, eles ainda não viu nenhuma conexão entre Jesus e Deus, como eles sabiam que Ele desde o Antigo Testamento. A razão para isso foi que eles queriam saber antes que iria acreditar, e isso não seria fé. A fé deve sempre o pioneiro o caminho para a garantia dos conhecimentos adquiridos. Porque eles não acreditam, não daria um passo na fé, eles morreriam em seus pecados. Quando Jesus falou de sua morte que vem, também dizendo muito claramente que seus esforços contínuos para encontrar uma causa contra ele traria que a morte, muitos deles cedeu e deu parecer favorável ao que Ele tinha sido dizendo- muitos creram nele (v. Jo 8:30) . Esta expressão não denota o que sabemos teologicamente como a fé salvadora. Isso significa que a fé dessas pessoas foi colocado em Jesus como aquele que disse a verdade, e que eles estavam dispostos a deixar de lado suas próprias opiniões; sobre as matérias controversas enquanto eles aprenderam melhor o que era a verdade. É mais forte do que a crença de que só significava a aceitação do que Jesus disse.

S. A VERDADE vos libertará (8: 31-59)

31 , portanto, Jesus disse aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, então sois verdadeiramente meus discípulos; 32 . e sabereis a verdade, ea verdade vos libertará 33 Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e ainda nunca fomos escravos de qualquer homem: como dizes tu: Sereis livres 34 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. 35 E o escravo não fica na casa para sempre: o filho fica para sempre. 36 Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. 37 Eu sei que sois descendência de Abraão, contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra tem claro que não livre em você. 38 I falar das coisas que eu vi com meu Pai, e vós também fazeis o que ouvistes desde o seu . pai 39 Responderam, e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão. 40 Mas agora procurais matar-me, um homem que vos falei a verdade que ouvi de Deus: Abraão não fez isto. 41 Ye fazer as obras de seu pai. Eles disseram-lhe: Nós não somos nascidos de prostituição; temos um Pai, até mesmo Dt 42:1 ). O autor da Epístola aos Hebreus fala de um grupo semelhante que, quando deveriam se tornaram professores de outros, ainda estavam em necessidade de serem ensinados os princípios básicos da fé cristã (He 5:12. ). Em pelo menos duas ocasiões diferentes Jesus disse: "Aquele que perseverar até o fim, esse será salvo" (Mt 10:22. ; Mt 24:13 ; Mc 13:13 ).

Os judeus, a quem Jesus estava falando eram típicos daqueles cristãos que sempre argumentam com a nova verdade. Eles alegaram ser homens livres e, pelo menos, por inferência, já em posse da verdade, porque eles eram descendentes de Abraão e eram do povo escolhido de Deus (v. Jo 8:33 ). Sua alegação de nunca ter sido escravizados por qualquer homem foi desmentida pela história da nação judaica. Se eles eram sinceras, e não falando apenas para efeito, eles podem ter tido em mente a independência nativa dos judeus, que não aceitaria o fato de escravidão como seu lote. O "dia do Senhor" sempre apareceu em sua mais escuro horizonte, e que era para ser o seu dia de libertação e vitória. É claro que Jesus estava falando de liberdade da escravidão do pecado. O fato de que eles, descendentes de Abraão, procuravam matá-lo era prova suficiente dessa escravidão. Na verdade, eles não estavam realmente e verdadeiramente filhos de Abraão, mas eram escravos em sua casa. Jesus também era filho de Abraão, mas Ele era livre, porque Ele também era o Filho de Deus. Nesta base Ele lhes ofereceu a liberdade da escravidão (vv. Jo 8:34-36 ).

A retaliação dos judeus foi apontado e grave, e um câmbio mais interessante se seguiu. Eles expressaram a sua pretensão de ser a semente de Abraão, foi além ao dizer que tinha apenas um pai, Deus, e depois acusou Jesus de ser o produto de um nascimento ilegítimo (v. Jo 8:41 ). Jesus respondeu que, a julgar por suas ações, o diabo era o seu pai; ele era um assassino, o pai de todas as mentiras, e porque eram como ele, não podiam acreditar Jesus (v. Jo 8:44 ). Para um mentiroso todos os homens são mentirosos. Se os inimigos de Jesus tinha sido verdadeiramente filhos de Deus, teriam acreditado nas palavras de Jesus. Por isso Jesus negou-lhes o estatuto de verdadeiros crentes. Que fé eles podem ter tido Nele se transformou em descrença em face do aumento da verdade.Crença inicial não os fez filhos de Deus no sentido do termo do Evangelho, e eles estavam rejeitando a verdade que só poderia fazê-los filhos de Deus. Jesus definiu um filho de Deus como alguém que tinha sido libertados do pecado, sabendo que uma liberdade que era moral e espiritual, em contraste com a falsa liberdade que os judeus alegaram na base da raça.

A essa altura, os judeus estavam dispostos para o combate completo. Ele quem tinham pouco professavam crer, eles agora acusado de ser um samaritano (não judeu puro) e ou mentalmente perturbado possuído pelo demônio. Anteriormente as pessoas na festa da Páscoa tinha feito a mesma acusação, mas não com a deliberação crescimento evidenciado no momento. Esta é em resposta direta a sua acusação de que eles eram os filhos do diabo. A sua maneira de falar, nós não Diga bem que és ..., ou "Não somos nós finalmente certo ..." (Westcott), parece indicar que os epítetos Samaritano e demônio entrou em uso mais ou menos com1. O pior calúnia possível de um judeu era a chamá-lo um samaritano demente. Jesus passou a observação com a simples declaração: "Eu não estou fora da minha mente, mas tudo o que eu faço e digo molas do meu desejo de honrar meu Pai, enquanto para a sua parte e nesta mesma conta desonrar-me" (v. Jo 8:49 ). A acusação registrados nos sinóticos, de que Jesus estava na liga com Belzebu-deu origem a um longo, refutação fundamentado por parte dele (Mt 10. ; Marcos 3 ; Lucas 10 ).

Em seguida, Jesus introduziu uma nova idéia: aqueles que guardam a sua palavra (permanecer em fé continuação) não verá a morte (v. Jo 8:51 ). Desde a morte física seria na mente dos seus ouvintes (que falou depois da morte de Abraão), a expressão provavelmente deve ler: "certamente não verei a morte para sempre", o que significa que os judeus entenderam que Ele "a morte não deve ser eterno." dizer que os verdadeiros crentes nunca teria que morrer, ou talvez eles foram deliberadamente deturpar Ele (v. Jo 8:52 ). Por tal afirmação Ele estava fazendo-se superior a Abraão como um líder religioso, e isso um judeu não podia tolerar. Qualquer pessoa que faça essa afirmação foi certamente mentalmente desequilibrado, eles pensavam. Além disso, Abraão e todos os profetas morreram. Quem ou o que foi Jesus tentando fazer de si mesmo?

A resposta a esta consulta tinha sido dada muitas vezes como Jesus falou com vários grupos. Ele foi encontrado em seu relacionamento com Deus, o Pai. Para negar o que estava ensinando ao longo de todo o faria tão grande mentiroso como eram (v. Jo 8:55 ).(Um estremece um pouco de esta expressão de Jesus.) Por causa deste fato, porque Ele era o Filho eterno de Deus, Ele era ao mesmo tempo superior a Abraão e à sua frente no tempo. Além disso, Ele e Abraão foram contemporâneos (v. Jo 8:56 ). Claro que isso foi incrível para seus ouvintes, que tinha sido incapaz de levantar seu pensando um pouquinho acima do temporal. Tu ainda não são 50 anos de idade , eles disseram, e viste Abraão ("Abraão e tem visto você", como alguns manuscritos permitir)? Esta observação relativa a idade de Jesus no momento levou alguns estudiosos a acreditar que Ele era muito mais do que os cerca de trinta anos de idade no momento da Sua crucificação. Os judeus estavam falando sobre um homem velho, para a expectativa de vida naqueles dias foi, provavelmente, a menos de 50 anos. A situação já tinha chegado a um impasse. Jesus e os judeus foram ficando cada vez mais distante. Sua declaração de coroação, em suas mentes, foi o mais demoníaco de todos: antes que Abraão existisse, eu sou (v.Jo 8:58 ). Na verdade, foi uma das declarações mais claros de sua divindade-a alegação de preexistência. Fora de si com zelo religioso e raiva, e esquecendo-se de buscar uma prisão e julgamento, pegaram em pedras para lhe atirarem . Mas Jesus escondeu-se deles por um tempo e depois saiu do Templo. Sua ação erupção pode ter sido indicativo de sua compreensão repentina de que Jesus quis dizer, eo prod repentina à sua consciência levou-os à ação drástica. A história de Saulo de Tarso na estrada para Damasco fornece uma ilustração deste tipo de histeria com ciúmes: luz resistiu resulta em maior escuridão; verdade rejeitou abre espaço para erro adicional; justiça desrespeitada abre a porta para a expressão de más paixões. Se isto é assim, quanto maior foi a condenação dos judeus do que se tivessem rejeitado Jesus por ignorância simples.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de João Capítulo 8 do versículo 1 até o 59
Esse capítulo apresenta Cristo em conflito com os líderes judeus e mostra uma série de contrastes im-portantes.

  1. Luz e trevas (8:1-20)

Os escribas e fariseus trouxeram essa mulher até Jesus no lugar do gazo- filácio do templo (v. 20). Eles que-riam testá-lo (v. 6) e deixá-lo em um dilema. Ele violaria a Lei mosaica se deixasse a mulher livre (Lv 20:10; Dt 22:22), e não poderia aclamar- se como perdoador de pecados se mandasse apedrejá-la. Arthur Pink sugere que Cristo escreveu duas ve-zes na terra com os dedos a fim de lembrá-los das duas tábuas da Lei escritas à mão por Deus (Êx 31:18; 32:15-18; 34:1). Moisés quebrou as duas primeiras tábuas de pedra no chão quando os judeus pecaram, contudo Deus perdoou o pecado deles, providenciou holocausto e deu-lhes outro conjunto de tábuas. Cristo morreu pelos pecados dessa mulher e podia perdoá-la.

No versículo 12, Jesus faz a grande afirmação: "Eu sou", logo depois desse incidente. Cristo afir-ma ser Deus ao dizer que é a luz do mundo, pois Deus é luz (1Jo 1:5). As trevas falam de morte, de igno-rância e de pecado; a luz, de vida, de conhecimento e de santidade. A luz se aborrece com o pecado (Jo 3:20). O pecador perdido vive nas trevas (Ef 2:1-49; Ef 4:17-49). Os escravos são libertados quando re-cebem a verdade em Cristo.

Claro que os oponentes de Je-sus apelaram para suas vantagens humanas:

"Somos descendência

de Abraão". Eles disseram a mesma coisa a João Batista (Mt 3:8-40). Jesus faz distinção entre a semente carnal de Abraão (v. 37) e seus filhos espiri-tuais (v. 39). Em Rm 2:28-45, Rm 4:9-45, Pau-lo faz a mesma distinção.

As pessoas rejeitam Jesus por-que confundem o físico e o espiri-tual. Jesus falou com Nicodemos a respeito do nascimento espiritual, mas este perguntou do nascimen-to físico (Jo 3:4). Cristo ofereceu a vida eterna (água viva) à mulher que estava ao lado do poço, mas ela falava de água física (4:15). A salvação é uma experiência espiri-tual, e o nascimento físico não diz respeito a ela.

  1. Filhos de Deus e filhos de Satanás (8:41 -47)

A Bíblia fala de quatro tipos dife-rentes de "filhos espirituais". Por causa da nossa natureza, nascemos filhos da ira (Ef 2:3). Quando atingi-mos a idade de responsabilidade e pecamos deliberadamente, nos tor-namos filhos da desobediência (Ef 2:2). Tornarmo-nos filhos de Deus quando cremos em Cristo Oo 1:12). Todavia, a pessoa que, no fim, rejei-ta o Salvador e escolhe a hipocrisia (o substituto do demônio) torna-se filho do diabo. (Veja Mt 13:24-40 e 36—43, que retratam o filho do diabo como uma imitação dos cris-tãos.) Jesus menciona as caracterís-ticas dos filhos do diabo:

  1. Eles não dão espaço para a Palavra de Deus (v. 37).
  2. Eles confiam na carne — nascimento humano, obras (v. 39).
  3. Eles odeiam a Cristo e tentam matá-lo (vv. 40,44).

Satanás é um homicida, e seus fi-lhos o imitam.

  1. Eles não amam a Cristo ou as coisas dele (v. 42).
  2. Eles não compreendem a Palavra — Satanás cegou-os (v. 43).
  3. Eles são mentirosos e amam mais a mentira que a verdade (v. 44).
  4. Eles não ouvem a Palavra de Deus; odeiam-na (v. 47).

Lembre-se que esses filhos do diabo não eram totalmente imorais, pois eram pessoas religiosas autocon- fiantes que rejeitaram Cristo. Hoje, Satanás engana muitas pessoas com uma forma exterior de santidade em que falta o poder do evangelho; contudo, essas pessoas pensam que estão verdadeiramente salvas e vão para o céu.

  1. Honra e desonra (8:48-59)

Deus honra seu Filho, mas homens hipócritas o desonram. Eles o de-sonram verbalmente ao chamá-lo de samaritano e ao dizer que está possuído pelo demônio. (Os sa- maritanos eram a escória na terra dos judeus.) Jesus conta-lhes que Abraão viu o dia dele e regozijou-se com isso. Como Abraão viu o dia de Cristo? Pela fé (He 11:8-l 6). Ele viu a obra redentora de Cristo quando ofereceu Isaque sobre o altar (Gn 22). Deus compartilhou muitos se-gredos com seu amigo Abraão por causa de sua fé e de sua obediência (Gn 18:16-22).

O homem deve aceitar a clara luz da Palavra de Deus quando ela brilha em seu coração e ser salvo, ou rejeitá-la e perder-se. Veja como esses líderes religiosos odiavam a Cristo e tentavam matá-lo! Na ver-dade, isso prova que eram filhos de Satanás, o homicida. Jesus afirma ser Deus Jeová quando diz: "Antes que Abraão existisse, eu sou" (veja v. 58; também Ex 3:14). No versícu-lo 24, ele também afirma: "Se não crerdes que eu sou, morrereis nos vossos pecados". No versículo 28, ele declara: "Quando levantardes [na cruz] o Filho do Homem, en-tão, sabereis que eu sou". Satanás mente ao dizer que Jesus Cristo não é o Filho de Deus (veja 1Jo 2:22; 1Jo 4:1-62). É impossível honrar a Deus e, ao mesmo tempo, desonrar a seu Filho (5:23).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 8 do versículo 1 até o 59
8.6 Tentando-o. Era um dilema. Se Jesus discordasse estaria contra Moisés; concordando, seria um subversivo (a pena capital cabia a Roma) e também séria contra os pecadores que Ele veio salvar. Escrevia. Conforme v. 8. Manuscritos de pouca importância dizem que Jesus revelou "os pecados de cada um" dos acusadores.

8.7 primeira que lhe atire. Conforme Dt 17:7.

8.10,11 O caso contra a mulher deu em nada por falta de acusadores impecáveis. Cristo que nunca pecara (8,46) a perdoou porque tomava os pecados dela em Si mesmo (Rm 8:1). Não peques mais. O perdão livre nunca dá licença para pecar (Rm 6:0).

8.24 Eu Sou. Cristo faz alusão a Êx 3:14; Dt 32:39 onde a LXX tem esta idêntica frase (ego eimi). Veladamente, Ele reivindica Sua divindade (conforme 6.20; 8.28, 13 19:18-6) essencialmente um com Deus.

8.25 Desde o princípio. O original grego que dizer: "desde o inicio de meu ministério público”, ou, "desde o começo de meu contato com o povo" (há outras interpretações).

8.28 Levantardes. Pela crucificação. Conforme 3.14n; 12,32. Nada faço por mim mesmo. Cf. 5.19n. Falo... ensinou. Conforme He 1:1.

8.29 Agrada. Define-se a genuína santidade como agradar sempre a Deus. Somente Cristo agrada ao Pai sempre (conforme Cl 1:10).

8.30 Creram. Eram crentes nominais (no parágrafo seguinte mostram que deixaram de crer - "haviam crido",
31) Conforme 2.23ss; 6.60ss.

8:31-59 Novo debate com os "muitos" que abandonaram sua "fé". • N. Hom. Um Discipulado Genuíno.
1) O que é - submissão obediente (31) à palavra de Cristo;
2) o resultado - conhecimento progressivo da verdade (32);
3) seu benefício - libertação do jugo do pecado (36), e direitos de filhos no lar de Deus (35).
8.32 Conhecereis a verdade, i.e. Cristo, a Verdade pessoal (14.6). O escravo de Cristo experimenta a liberdade real do espírito nos propósitos de Deus (36; Rm 8:2-45).

8.34 Escravo do pecado. • N. Hom. "Reflexões de Jesus sobre a Queda do Homem.
1) Quem comete pecado mostra que é escravo do pecado;
2) mas não reconhece essa escravidão (9.41).
3) Torna-se incapaz de compreender a palavra de Deus (43);
4) sua! fonte de satisfação de valores é o diabo que incute os próprios desejos, a mentira (44), o homicídio (40) e a próprio glória (50.5, 44). A conseqüência da queda - a morte (51s; Rm 5:12). Tanto Abraão como os profetas morreram (52). Mas Cristo, o Segundo Adão, anula os efeitos da Queda sendo glorificado pelo Pai (54, na ressurreição). Quem guarda a palavra de Cristo compartilhará de Sua vitória sobre a Queda (
- 51s) e experimentará a verdade, liberdade e pureza.

8.35 Escravo... filho. O não convertido e o genuíno crente.

8.39,40 Jesus nega que os judeus são verdadeiros filhos de Abraão porque o filho reflete qualidades do seu pai. As obras de Abraão eram de ouvir e obedecer a palavra de Deus (He 11:0; Fp 3:3).

8.48 Samaritano. Raça mista e hostil aos judeus e sua religião (4.9). Tens demônio. Os fariseus acharam que o poder de expulsar demônios veio do próprio diabo (Mt 12:24ss). Igualmente explicaria para eles a operação de qualquer milagre.

8.53 Maior do que... Abraão. Conforme 4.12. Abraão morreu - Cristo ressuscitou e dá vida. Abraão foi pai dos judeus. Cristo é Autor e Consumador da fé dos fiéis, inclusive, de Abraão (He 12:2)

8.55 Conhecido (gr egnõkate "conhecer progressivamente", 3.10). Conheço (gr oida "conhecer essencialmente, por natureza").

8.56 Ver o meu dia, i.e., quando Abraão vivia no mundo, ou pela fé ou por uma visão, segundo uma tradição rabínica.

8.58 Eu Sou (gr ego eimi, conforme 24n). Novamente Jesus se identifica com o eterno "Eu Sou" de que se deriva o nome Jeová (heb Yahweh, Êx 3:4; 6:3). Os judeus bem entenderam Sua reivindicação de deidade e por isso concluíram que deviam apedrejá-lo (59).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 8 do versículo 1 até o 59
[A mulher surpreendida em adultério (7.53—8,11) é tratada no Comentário Adicional 2; v. p. 1.264],

2) A verdadeira luz e suas implicações (8:12-59)
Nessa seção, chegamos à segunda grande auto-revelação do Senhor que é levada ao clímax pela discussão que segue. v. 12. Eu sou a lu% do mundo'. A divisão entre os judeus (conforme 7,43) se devia à cegueira. Jesus declara que ele é a luz da qual a vida é a fonte e que brilha no caminho para uma experiência mais completa com Deus. No início, Deus se manifestou ao trazer a luz (conforme Gn 1:2). A festa das cabanas, além disso, trazia à memória a orientação divina para Israel por meio da coluna de fogo, e uma cerimônia de luzes era realizada que provia iluminação em todo o templo. Na escuridão, Deus é desconhecido. Aquele que segue Jesus emerge da escuridão caótica como o mundo, no princípio, v. 15. eu não julgo ninguém-. Embora ele tenha autoridade para executar julgamento como Filho do homem (conforme 5.27), Jesus o retém (conforme 17.2). A afirmação, provavelmente, explicava a inserção do trecho do adultério que precede essa passagem. E significativo também que o incidente tratava de uma transgressão capital que só era imputável com base no testemunho de diversas testemunhas (conforme Dt 17:6). Mas, embora o testemunho de Jesus seja irrefutável, eles respondem que não se pode exigir corroboração da evidência de Deus como se ele fosse uma testemunha terrena (conforme v. 19). v. 20. perto do lugar onde se colocavam as ofertas'. A área que continha as caixas de ofertas, provavelmente no pátio das mulheres (conforme Mc 12:41) perto da câmara do Sinédrio, a sua hora\ Conforme 7.30. v. 21. Eu vou embora-. Conforme 7.33. Agora Jesus explica que a sua partida para o Pai vai ter conseqüências terríveis para alguns (conforme 16:8-11).

v. 22. Será que ele irá matar-se?-. Uma interpretação grosseira das palavras de Jesus. Mas elas são inconscientemente irônicas, pois ele iria, de fato, entregar a sua vida (conforme 10.17). v. 23. Vocês são daqui de baixo'. Ambos os domínios, “o de baixo” e “o de cima”, se encontram na terra, que é, de fato, o cenário do seu conflito. A terminologia pode ser a de um Universo em três patamares, mas é usada no sentido ético para distinguir os domínios do bem e do mal. v. 25. Exatamente o que tenho dito o tempo todo: gr. ho ti kai lalô hymin poderia ser traduzido pelas palavras iniciais “Por que será que eu estou falando com vocês?” (assim a NEB), que se encaixariam com o restante do trecho, v. 28. Quando vocês levantarem o Filho do homem: Embora a idéia de “levantar” esteja geralmente carregada de implicações teológicas (v.comentário Dt 3:14), aqui isso é menos intenso. Jesus se refere ao ato da crucificação pelos homens, que traria, não obstante, a sua exaltação. A sua morte vai evidenciar a sua obediência. Sua exaltação vai endossar suas declarações messiânicas. Tão diretas e francas foram as palavras de Jesus aqui que muitos creram nele (v. 30). v. 31. Se vocês permanecerem firmes na minha palavra'. Alguns judeus tinham crido nele (gr. pepis-teukotas autõ) de uma maneira que aceitava formalmente o seu ensino. Outros (conforme v. 30, gr. episteusan eis auton) tinham exercido a fé dinâmica e verdadeira nele.

v. 32. e a verdade os libertará'. Somente ao colocar de lado todos os preconceitos, a tradição e a vontade própria, pode um homem ver toda a verdade, especialmente a verdade acerca de si mesmo. v. 33. nunca fomos escravos de ninguém: Esses judeus não estavam negando os fatos evidentes da sua história. Antes, estavam afirmando que a liberdade religiosa sempre lhes tinha sido garantida de alguma forma. v. 35. O escravo não tem lugar permanente na família: Jesus fala, no entanto, de servidão sob o pecado (conforme Rm 6:17). Um filho sempre é livre; um escravo não pode se libertar a si mesmo (conforme Gn 21:9-14). Isaque permaneceu na casa de seu pai, ao passo que Ismael, filho de Hagar, foi posto para fora. v. 36. Portanto, se o Filho os libertar. João reserva o substantivo hyos em relação a Deus somente para Cristo, v. 39. Se vocês fossem filhos de Abraão: Há diversas leituras variantes sugeridas para essa frase. A alternativa principal diz: “Se vocês são filhos de Abraão, então façam as obras de

Abraão”. (Mas conforme v. 42, que se encaixa melhor com a formulação anterior.) “Filhos” implica relacionamento de sangue (conforme 1.12), embora João use o plural tekna, e não hyioi, independentemente de implicações mais sutis. v. 40. Abraão não agiu assim: Talvez Jesus esteja pensando na recepção que Abraão deu aos mensageiros de Deus (conforme Gn 18). v. 42. Se Deus fosse o Pai de vocês: Conforme v. 39. Jesus nega aos judeus o direito definitivo de reivindicarem descendência espiritual de Abraão. E tem mais: se alguma nação poderia reivindicar o direito de chamar Deus de Pai, essa nação seria Israel (conforme Dn 11:1; Ml

2.10). Mas Jesus se nega a reconhecer até mesmo esse direito, visto que os judeus rejeitaram o único Filho de Deus. Agora seguem duas perguntas severas e irrespondíveis, v. 43. Por que a minha linguagem não é clara para vocês?: É porque eles não conseguem ouvir a mensagem dele. A dificuldade deles é moral, e não intelectual. Assim, o silêncio dos judeus evoca uma das mais severas de todas as censuras de Jesus (v. 44). v. 46. Qual de vocês pode me acusar [gr. elenchei\ de algum pecado?: Ninguém! Então, ele de fato fala a verdade, e o peso da culpa está de forma clara e severa do lado deles pelo que ele disse. Aliás, o Espírito vai convencê-los de pecado mais tarde (conforme 16.8). Mas os ouvidos deles estão moucos porque não pertencem a Deus (v. 47). v. 48. você é samaritano: O forte repúdio às palavras de Jesus os conduziu a sugerir que o fato de ele negar o parentesco dos judeus com Abraão estava fundamentado no preconceito samaritano, e pode bem ser que as palavras de Jesus os lembraram da terminologia de teólogos samaritanos. O termo “samaritano”, no entanto, é mais provavelmente um simples termo de insulto (conforme v. 41).

v. 51. jamais verá a morte: Isso já é loucura, pois Abraão morreu (v. 52). Jesus, no entanto, fala da morte como separação final e irrevogável de Deus. v. 56. Abraão [...] regozijou-se porque veria (gr. êgaliasato hina) o meu dia: Abraão esperou o cumprimento da promessa inicial de Deus (conforme Gn 22:18). ele o viu e alegrou-se-. Alguns comentaristas antigos criam que essa era a visão de Abraão (conforme Gn 15:17-21) da extensão da sua posteridade. Fílon interpretou o riso de Abraão (conforme Gn 17:17) como alegria, e não incredulidade. Outros têm sugerido que Abraão viu a obra de Cristo lá do paraíso. Certamente é antes uma referência àquela penetração no propósito de Deus, pela qual Abraão se alegrou na Palavra de Deus, que agora se tornou carne para que os homens a vissem. Mas como, perguntam os judeus, pode ele saber tanto acerca de Abraão? v. 58. antes de Abraão nascer, Eu Sou!: Isso é uma reivindicação clara de existência eterna. Que correspondência com o nome inefável foi pretendida no uso que Jesus fez da expressão Eu Sou, precisa permanecer aberto a questionamento. Precisamos lembrar que Jesus está primordialmente respondendo ao sofisma dos judeus concernente à duração da sua vida. Mas que eles viram implicações blasfemas no que ele disse está claro (v. 59); talvez eles discerniram um eco de “Eu, o [...] que sou” em Is 41:4 etc. Assim, a conclusão a que o argumento conduziu foi que o tempo de privilégios especiais para os descendentes físicos de Abraão já passara (conforme Mt 3:9). A palavra eterna veio em carne para fundar uma nova comunidade. O povo escolhido é agora constituído de seguidores de Jesus, e as prerrogativas da semente de Abraão passaram para esse novo povo.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de João Capítulo 8 do versículo 12 até o 59

L. A Auto-revelação de Jesus. Jo 8:12-59.

Do lado dos oponentes de Jesus havia a pergunta: "Quem é você?" (v. Jo 8:25), que era perene. Do ponto de vista do próprio Cristo, Ele era a luz do mundo, embora não fosse deste mundo, Aquele que viera para libertar os homens dos seus pecados, o eterno "EU SOU". Sob todos os aspectos Ele era um agudo contraste com seus oponentes. O cenário continuou sendo o Templo (v. Jo 8:20).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 8 do versículo 12 até o 59
VI. MAIS OUTROS ENSINOS E A CRESCENTE OPOSIÇÃO DOS JUDEUSJo 8:12-43) -Jesus continua ensinando no templo, como se vê no vers. 20. Reivindica o grande direito de declarar-se a Luz do Mundo (12). A luz e a água eram características da festa dos tabernáculos. A coluna de fogo que guiava o povo no deserto foi comemorada na festa pela cerimônia de acender-se quatro imensos candelabros, no Pátio das Mulheres. A cerimônia serviu perfeitamente para apresentar as reivindicações do Mestre. Os escritores do Velho Testamento falavam muitas vezes de luz, metaforicamente, e possivelmente Jesus tinha isto em mente na ocasião. O Messias seria "luz dos gentios" (Is 42:6). A metáfora abrange as duas idéias de iluminação e testemunho. Jesus Cristo é a luz do mundo, banindo as características maléficas das trevas e testemunhando da revelação final de Deus aos homens. Quem me segue (12); talvez uma referência à coluna de fogo; a associação de luz e vida relembra o Sl 36:9.

>Jo 8:13

Os fariseus contestam a validade do testemunho de Jesus, que dá de si mesmo (13). Jesus aceita o princípio envolvido quanto à evidência, mas lembra-lhes certos fatos relativos à sua origem e destino que fazem do seu caso algo excepcional (14). O testemunho de si mesmo provém de sua singular autoconsciência. Eles julgam segundo a carne (15). A palavra "julgar" admite diferentes interpretações, abrangendo testemunhar condenar e conhecer. Seu julgamento a respeito de Jesus é superficial (15). Eu a ninguém julgo (15). Esta declaração não nega que o Senhor era juiz. Aqui Ele salienta o fato que sua missão atual não é a de julgar. Entretanto, sua presença no mundo representa um desafio, e os homens são condenados quando o rejeitam (cfr. Jo 3:19). Desta maneira, o seu julgamento é finalmente autoritário e justo, satisfazendo a todos os requisitos legais (Dt 17:6). Sua identidade se firma na boca de duas testemunhas, Ele e Seu Pai (16,18). A petulância dos fariseus em exigir que Jesus revele a outra testemunha demonstra a cega ignorância deles (19). A vida e missão de Jesus atestam a união do Pai e do Filho. Os judeus não tentam prendê-lo, porque sua obra ainda não está completa (20; Cfr. Jo 7:8, Jo 7:30).

>Jo 8:21

2. CONSEQÜÊNCIAS DA INCREDULIDADE (Jo 8:21-43) -De outra feita (21) a frase une este discurso ao que precede. Jesus desenvolve as implicações de suas reivindicações, revelando a verdadeira natureza da incredulidade e seu destino: perecereis no vosso pecado (21). Os judeus continuam incrédulos e desdenhosos. Jesus reafirma que não poderão encontrá-Lo quando for e os judeus supõem que tenta suicidar-se. Que não podem segui-Lo se explica no fato que, "quanto à origem, afinidades e ponto de vista, pertencem a dois reinos diferentes" (Mac Gregor).

>Jo 8:23

Cristo é o eterno eu sou (23) e fé nEle é o fator vivificante que determina o nosso destino. Segue-se, mais uma vez, a solene declaração: Morrereis em vossos pecados (24). Perguntam-lhe, quem és tu? Ele lhes responde: Que é que desde o princípio vos tenho dito? (25). O grego permite várias interpretações desta resposta. "Eu sou Deus, o princípio de todas as coisas, eu que vos Falo"(m. Soares). "Isso mesmo que já desde o princípio vos disse" (ARC).

>Jo 8:26

Jesus tem muitas cousas para dizer a vosso respeito e vos julgar (26). É preciso que pronuncie julgamento. Falou já da sorte dos que morrem em seus pecados (cfr. o vers. 21). O discurso continua o tema do vers. 16. Seu julgamento é verdadeiro, sendo o do seu Pai (26). Mas os judeus não entendem quando Jesus faz alusões a seu Pai (27) nem poderão entender até que Ele seja levantado (28). Refere-se à próxima consumação do seu ministério, que terminará pela sua morte. Assevera outra vez a sua consciente união com o Pai e sua obediência à vontade do Pai (29). A crassa ignorância espiritual dos judeus é mitigada pela fé dos muitos que creram nele (30).

>Jo 8:31

3. A VERDADEIRA LIBERDADE DOS 5ERDADEIROS FILHOS (Jo 8:31). Não reconhecem Aquele que está no seu meio, como expressão visível da vontade e verdade divinas; ao contrário, querem matá-Lo. Nisto estão de pleno acordo com a massa incrédula da nação: a minha palavra não está em vós (37). Suas palavras encontram oposição. Ele segue o exemplo do Seu Pai e eles seguem o do pai deles. A ênfase é colocada na diferença de origem, meu Pai... vosso pai (38). Os judeus ainda insistem que Abraão é seu pai, o que leva Jesus a comparar as duas paternidade. As ações dos judeus revelam que praticam as obras de seu verdadeiro pai, as quais não correspondem à natureza de Abraão (39-40).

>Jo 8:52

4. CRESCENTE HOSTILIDADE DOS JUDEUS (Jo 8:52-43) -Agora os judeus estão plenamente convencidos de que Jesus está possesso de um demônio. Interpretam literalmente as suas palavras não verá a morte (51). Porventura, é Jesus maior do que Abraão e os profetas? (52-53). Jesus nega a acusação de autoglorificação e reafirma que seu único motivo é o de cumprir a vontade do pai (54, cfr. vers. 50; Jo 5:31 etc.). Ele conhece o Pai; eles nem o reconhecem (55). Deus será glorificado nEle, através do seu conhecimento incomparável do Pai. Caso negasse isto negaria também a validade de Sua missão. Ele guarda a palavra de Deus pela lealdade que mostra à sua comissão (55).

>Jo 8:56

Abraão alegrou-se por ver o meu dia (56) -o dia do Messias. Abraão antecipou a vinda de Cristo, tendo certeza do cumprimento das promessas. Não somente previu o advento de Cristo; agora, regozija-se no Seu dia. É implícito que Abraão ainda goza de uma existência consciente que permite sua alegria no dia de Cristo. Os judeus perguntam se Jesus já viu Abraão, porque o Mestre ainda não tinha cinqüenta anos (57). A dramática resposta de Cristo contém a reivindicação empolgante de sua pré-existência: Antes que Abraão existisse, eu sou (58). Eu sou: no original grego, ego eimi. Note-se o contraste entre os verbos ginomai e eimi, entre o ser criado e o eterno. Jesus se declara o eterno "eu sou". Sua vida tem a característica divina de não ser sujeita ao tempo. Os judeus compreendem o sentido da sua afirmação: pré-existência absoluta significa igualdade com Deus. Isto, para eles, é blasfêmia, de sorte que pegam em pedras para matá-Lo, mas Jesus se esconde e sai do meio deles. A frase passando pelo meio deles, e assim se retirou (59, ARC) é omitida na ARA, pois parece ser um acréscimo posterior.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de João Capítulo 8 do versículo 1 até o 59

Sua humildade

Todo mundo foi para a sua casa. Mas Jesus foi para o Monte das Oliveiras. No início da manhã Ele tornou para o templo, e todo o povo vinha a Ele; E sentou-se e começou a ensiná-los. (7: 53-8: 2)

Uma vez que este incidente tem autenticidade discutível, é obviamente impossível saber com certeza onde ele pode se encaixar no cronologia da vida de Cristo. Porque estes três versos introdutórios perto paralelo Lucas 21:37-38, o evento pode ter ocorrido durante a Semana da Paixão. Jesus era, evidentemente, em Jerusalém, uma vez que, quando todos os outros foi para sua casa, ele foi para o Monte das Oliveiras para passar a noite. Se o Senhor dormiam na encosta da montanha, ou se hospedaram na casa de Maria, Marta e Lázaro de Betânia (na encosta oriental do Monte das Oliveiras), é desconhecido.

Que Jesus, o Criador de todas as coisas, não tinha lugar de Sua própria para ficar notavelmente ilustra a humilhação e condescendência da Encarnação, quando Ele "se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens. Ser achado na forma de homem, humilhou-se, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz "(Fil. 2: 7-8). No Seu nascimento Sua mãe "envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria" (Lc 2:7). Jesus Cristo, Deus em carne humana, não foi dada a recepção até mesmo o dignitário humano mais menor teria recebido (conforme 1,11).

O texto observa que, de forma simples e sem alarde, no início da próxima manhã, ele voltou ao templo para ensinar. Sem arauto Angelicalal anunciou a chegada de Jesus, nem ele fazer nenhum milagre sensacionais para atrair uma multidão. Mas tal era o poder do Seu ensinamento (conforme 7:46; Mt 7:28-29.; Lc 4:22), que todas as pessoas vinham a Ele (conforme Mc 2:13; Lc 21:38). Em sua humildade, o Senhor usou sem truques de comercializar ou promover a si mesmo, mas ofereceu Seu ensino gratuitamente a todos que quisessem ouvir. Em estilo típico rabínica, ele simplesmente sentou-se em algum lugar no complexo do templo e começou a ensinar o povo.

Durante todo o ministério de Jesus Expôs este tipo de humildade. Isso está em contraste gritante com sua segunda vinda, que será marcado por sua exaltação e glória. Quando Ele voltar, Ele virá "com poder e grande glória" (Mt 24:30; conforme Mt 16:27; Mc 8:38; Lc 9:26.), "Sobre as nuvens do céu" (Mt 26:1), e "todo olho O verá" (Ap 1:7;. Conforme 19:28), e Ele vai governar as nações com majestade e poder (conforme Ap 19:15).

Sua Sabedoria

Os escribas e os fariseus trouxeram uma mulher apanhada em adultério, e pondo-a no centro da quadra, eles disseram-lhe: "Mestre, esta mulher foi apanhada em adultério, no próprio ato. Agora na Lei Moisés ordenou —nos apedrejar tais mulheres, o que, em seguida, se diz "? Eles estavam dizendo isso, tentando-o, para que eles possam ter motivos para acusar. Mas Jesus, inclinando-se e escrevia com o dedo no chão. Mas quando eles persistiram em perguntar-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: "Aquele que estiver sem pecado entre vós, que ele seja o primeiro a atirar uma pedra contra ela." Novamente Ele abaixou-se e escreveu no chão. (8: 3-8)

De repente, o ensinamento do Senhor foi interrompido por escribas e os fariseus. Como observado acima, estes dois grupos aparecem juntos com frequência nos Evangelhos Sinópticos, mas em nenhum outro lugar no Evangelho de João (João não menciona os escribas). Os escribas (às vezes chamados advogados) eram os especialistas na interpretação da Lei. Eles eram normalmente, mas nem sempre,fariseus, que junto com os saduceus, zelotes e essênios eram uma das quatro principais seitas religiosas no judaísmo do primeiro século. Os fariseus foram notadas, principalmente por sua estrita observância à Lei mosaica e suas tradições orais. Embora em número reduzido (cerca de 6.000 na época de Herodes, o Grande, de acordo com o historiador judeu do primeiro século Josephus), eles foram a influência religiosa dominante entre o povo judeu.

Com a exceção de Nicodemos (3: 1 e ss .; 7: 50-51; 19: 39-40), os fariseus são sempre hostis a Jesus no Evangelho de João (4: 1; 07:32, 45-52; 8:13 ; 9: 13 16:40-41; 11: 46-53, 57; 12:19, 42; 18: 3). (Mais tarde, alguns chegaram a acreditar n'Ele [conforme At 15:5.] Saulo de Tarso.) Os fariseus viram a popularidade de Jesus com alarme. Eles temiam tanto a perder a sua influência sobre o povo, e retaliação pelos romanos se seguidores de Jesus começou uma revolta (João 11:47-48; conforme Jo 6:15). (Para mais informações sobre os fariseus, ver a exposição Dt 3:1; Dt 5:18..), E Lv 20:10 prescreve a pena de morte para aqueles que o cometem: "Se há um homem que adulterar com a mulher de outro homem, aquele que adulterar com a mulher de seu amigo, o homem ea mulher adúltera, certamente será morto. " O próprio Jesus confirmou a condenação do Antigo Testamento de adultério (Mt 5:27;. Mt 19:18).Na verdade, Ele fez a proibição mais forte, condenando não apenas o ato físico, mas também a atitude luxurioso que o concebe (Mt 5:28).

Do ponto de vista puramente legal, então, esses homens estavam corretos em dizer que a mulher merecia morrer. Mas as circunstâncias sugerem que eles tinham outra coisa em mente. Por sua própria natureza, o adultério é um pecado que envolve duas pessoas-contudo os fariseus estavam acusando apenas a mulher. A pergunta óbvia foi: Onde estava o homem? Aqueles que tinham apreendido a mulher tinha certamente visto ele também, já que ela havia sido apreendido no próprio ato. Por que eles não também o prenderam eo levaram Jesus, uma vez que a lei exigia que ambas as partes culpadas ser executado (Lv 20:10) ou um membro do Sinédrio. Também não houve qualquer dificuldade legal que exigiria consultar um rabino; era um caso open-and-shut.

Motivo dos fariseus era óbvia: eles estavam apenas usando a mulher na tentativa de prender Jesus. Havia algo muito mais importante para eles do que ver a justiça ser feita; . eles estavam testando a Ele, para que eles possam ter motivos para o acusar , como tantas vezes o caso, eles estavam tentando forçar Jesus a dizer algo que eles poderiam usar para destruir Ele (conforme Mt 12:10; 16:. Mt 16:1; Mt 19:3; Mc 8:11; Lc 10:25; 11: 53-54; 20: 20-40).

Acusadores da mulher pensava que tinha o Senhor entre uma rocha e um lugar difícil proverbial. Se ele se opôs ao apedrejamento ela, ele seria culpado de se opor à lei mosaica, e, portanto, desacreditar a sua pretensão de ser o Messias. Por outro lado, se Ele concordou com seus acusadores que ela deveria ser apedrejada, sua reputação para a compaixão para com os pecadores (conforme Mt 9:11; Lc 7:34; 15:. Lc 15:2; Lc 19:7).

O desafio trazido pelos escribas e fariseus também levantou uma questão mais profunda, ou seja, como a justiça e misericórdia divina devem ser harmonizados. Deus é santo (Lv 11:44-45; 19:. Lv 19:2; 1Sm 2:2), e Sua "Lei é santa, eo mandamento é santo , justo e bom "(Rm 7:12). A Lei não sabe nada de perdão (Rm 3:20 e 8:. 3; Gl 2:16; Gl 3:11; Jc 2:10.). Ele declara: "A alma que pecar, essa morrerá" (Ez 18:4), porque "todos os que pecaram sob a Lei serão julgados pela lei", "pois a lei opera a ira" (4:15). Como, então, Deus perdoar os pecadores sem violar sua santa lei?

A resposta é, por meio do Senhor Jesus Cristo. Sua morte sacrificial satisfez plenamente as exigências da justiça de Deus; como Paulo escreveu aos Romanos: "Porque o que a lei não podia fazer, fraco como era pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado e como oferta pelo pecado, condenou o pecado na carne "(Rm 8:3), porque " Ele mesmo os nossos pecados em Seu corpo na cruz, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados "(1Pe 2:24; conforme 1Pe 3:18; Is 53:4; Mt 20:28; Jo 10:11; Rm 4:25; 5: 8-10.; 1Co 15:3, 2Co 5:21; Gl 1:4; Gl 3:13; Ef 1:7; 1 Tm. 2: 5-6; Tt 2:14; He 9:28; 10: 11-12.; 1Jo 2:2; 4: 9-10; Ap 1:5.); Nele "benignidade e em verdade se encontraram; a justiça ea paz se beijaram" (Sl 85:10).. Deus derramou a Sua ira contra o pecado em Jesus para que Ele possa derramar Sua graça e misericórdia sobre aqueles que crêem. E Jesus foi o cordeiro "que foi morto desde a fundação do mundo" (Ap 13:8: "Aqueles que afastar-me devem ser escritos sobre a terra, porque abandonam o Senhor, a fonte das águas vivas "( NVI ). Outros sugerem que Ele escreveu as palavras que ele diria no versículo 7, ou parte da Lei (tais como a proibição de ser uma testemunha malicioso em Ex 23:1]).

Resposta magistral de Jesus nem minimizada culpa da mulher, nem negou a santidade da Lei. Mas cortar o chão debaixo dos escribas e fariseus, revelando que eles eram incapazes de ser seus juízes e carrascos. Eles eram culpados de hipocrisia que o apóstolo Paulo condenou em Rm 2:1.).

Sua Acusação

Quando ouviram isso, eles começaram a sair, um a um, a começar pelos mais velhos, (8: 9-A)

Após ter ouvido resposta devastadora do Senhor, os escribas e fariseus atordoados começou a sair um por um. Alguns manuscritos acrescentam, "ser condenado por sua consciência", que é, certamente, implícita. Que os acusadores saiu começando com os mais velhos oferece uma visão interessante sobre a natureza humana. Pode ser que eles foram os primeiros a perceber que eles tinham sofrido uma derrota humilhante, e que era inútil continuar. Mas eles também podem ter sido mais bem consciente de seus pecados e da impossibilidade de cumprir o desafio de Jesus '. Os mais velhos também tinha mais pecado de lembrar.

Ironicamente, aqueles que chegou a colocar Jesus à vergonha deixou envergonhado; aqueles que vieram para condenar a mulher foi embora condenado. Infelizmente, a sua acusação e sentimento de culpa não levá-los ao arrependimento e à fé em Cristo. Como muitos que ouvir e sentir a verdade de condenação da lei, eles endureceram o coração e se afastaram Dele, nem mesmo aberto Evangelho perdão.

Seu Perdão

e Ele foi deixado sozinho, ea mulher, onde ela estava, no centro da quadra. Endireitando-se, Jesus disse-lhe: "Mulher, onde estão eles? Será que ninguém condená-lo?" Ela disse: "Ninguém, Senhor." E Jesus disse: "Eu não te condeno, quer ir a partir de agora não peques mais..." (8: 9b-11)

Após a saída dos escribas e fariseus, Jesus ficou sozinho com a mulher, que permaneceu de pé onde estava, no centro da quadra. O texto não diz se a multidão que estava ouvindo o ensinamento de Jesus (v. 2) também tinha deixado. Se eles ainda estavam lá ou não, o foco da narrativa é no Senhor e da mulher.

Pela primeira vez, alguém se dirigiu à mulher. Ajeitando-se de Sua postura de inclinar-se para escrever, Jesus disse-lhe: "Mulher, onde estão eles? Será que ninguém condená-lo?" O termo mulher era uma forma educada, respeitosa de endereço (conforme Mt 15:28; Lc 13:12; Lc 22:57.), aquele com o qual Jesus se dirigiu Sua mãe (Jo 2:4), a mulher samaritana no poço (4:21), e Maria Madalena (20:13, 15). Com seus acusadores foi, não foi ninguém da esquerda para condená -la. Exercitar sua prerrogativa divina para perdoar pecados (Mt 9:1; conforme Jo 3:17; Jo 12:47), Jesus disse: "Eu não te condeno, quer ir a partir de agora não mais pecar..."

O perdão não significa licença para pecar. Jesus não a condenou, mas Ele fez comandar a abandonar seu estilo de vida pecaminoso. Gerald L. Borchert escreve:
Veredicto de Jesus: "Nem eu te condeno", no entanto, não foi processado como uma absolvição simples ou um noncondemnation. O veredicto foi de fato uma carga rigorosa para ela viver a partir deste ponto ( apo tou freira ) de maneira muito diferente, a não mais pecar ( hamartane mēketi ). A obra libertadora de Jesus não quis dizer a desculpar do pecado. O encontro com Jesus sempre exigiu a transformação da vida, a afastar-se do pecado .... Pecado não foi tratado com ligeireza por Jesus, mas os pecadores, foi oferecida a oportunidade de começar uma nova vida. ( João 1:11, O New Commentary americano [Nashville: Broadman & Holman, 2002], 376)

Como Paulo escreveu em Romanos 6:1-2: "Que diremos, pois somos nós para continuar no pecado, para que a graça aumente Mas longe esteja Como havemos que morreu para o pecado ainda viver nele?!?"

Esta história é muito mais do que um campo de batalha para os críticos textuais. Ele pinta um quadro maravilhoso do Senhor Jesus Cristo, cuja graciosa humildade, sabedoria infinita, o discurso de condenação, e concurso perdão são os seus temas centrais. Todos os cristãos devem ser gratos a Deus por soberanamente preservá-la.
28. Jesus: A luz do mundo (João 8:12-21)

Então Jesus novamente falou-lhes, dizendo: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida." Por isso, os fariseus disseram-lhe: "Você está testemunhando sobre você mesmo; Seu testemunho não é verdadeiro." Jesus respondeu, e disse-lhes: "Ainda que eu dou testemunho de mim mesmo, meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim e para onde vou;. Mas você não sabe de onde eu venho, nem para onde vou Você juiz segundo a carne, eu não estou julgando ninguém Mas mesmo que eu julgue, o meu juízo é verdadeiro;. porque eu não estou sozinho nisso, mas eu eo Pai que me enviou Mesmo na vossa lei está escrito que o. testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou Aquele que dá testemunho de mim mesmo, e que o Pai que me enviou dá testemunho de mim ". Então eles estavam dizendo-lhe: "Onde está o seu pai?" Jesus respondeu: "Você sabe que nem eu nem meu pai, se você soubesse Me, você saberia também a meu Pai." Estas palavras que Ele falou no tesouro, quando ensinava no templo; e ninguém aproveitou-lo, porque a sua hora ainda não havia chegado. Então Ele disse novamente a eles: "Eu vou embora, e você vai procurar-me, e morrereis no vosso pecado, onde eu vou, vós não podeis ir." (8: 12-21)

Vivemos em um mundo em um mundo escuro eclipsado pela longa sombra de pecado. Em desespero, as pessoas perdidas em torno de nós procurar freneticamente pela verdade, sem a possibilidade de encontrá-lo. Por causa de sua cegueira espiritual, eles só tropeçar mais profundo do pecado sem esperança-gloom encontrando-se totalmente preso nas armadilhas da imoralidade, idolatria e todas "as obras infrutuosas das trevas" (Ef 5:11).

A Bíblia descreve os pecadores como "aqueles que deixam as veredas da retidão, para andarem pelos caminhos das trevas" (Pv 2:13.); conseqüentemente, "O caminho dos ímpios é como a escuridão; eles não sabem sobre o que eles tropeçam" (4:19). No entanto, aqueles que tolamente "escuridão substituto para a luz e da luz trevas" (Is 5:20) são indesculpáveis ​​", pois mesmo tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes, se tornaram nulos em seus próprios especulações, eo seu coração insensato se obscureceu "(Rm 1:21.); eles são "obscurecidos no entendimento, separados da vida de Deus por causa da ignorância que há neles, por causa da dureza do seu coração" (Ef 4:18). Como resultado do que a ignorância ", o louco anda em trevas" (Ec 2:14), e "aquele que anda nas trevas não sabe para onde vai" (Jo 12:35).

A este mundo escurecido pelo pecado veio Jesus Cristo como "a Luz [que] brilha nas trevas" (1: 5); "A luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todo homem" (v. 9). Quando ele era criança, Simeon o chamou de "uma luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo Israel" (Lc 2:32), enquanto Mateus registra que o seu ministério na Galiléia era "para cumprir o que foi dito por intermédio de Isaías o profeta: "A terra de Zabulon ea terra de Neftali, pelo caminho do mar, além do Jordão, a Galiléia dos gentios, as pessoas que estavam sentados nas trevas viu uma grande luz, e aqueles que estavam sentados na terra e sombra da morte, sobre eles uma luz raiou "(4 Matt 14:16.). Jesus Cristo é, como Ele declarou, a Luz do mundo (v 12; conforme 3:. 19-21; 9: 5; 12: 35-36, 46).

Alguém poderia pensar que os pecadores, irremediavelmente perdidos na escuridão, se reuniriam para a Luz. No entanto, em um estranho paradoxo, as pessoas adoram a própria escuridão que os rodeia.Como um homem agonizante que preza sua doença mortal, eles apreciam o pecado que produz a morte espiritual e eterna. Em 3:19 Jesus explicou: "Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más."

Mas aqueles que por meio do arrependimento e da fé em Jesus Cristo ", por sua vez, das trevas para a luz, e do domínio de Satanás a Deus ... receber o perdão dos pecados e herança entre aqueles que foram santificados pela fé em [Deus]" (At 26:18), tornando-se "filhos da luz e filhos do dia," já não "de noite nem das trevas "(1Ts 5:5; Lucas 21:1-4).

Desde o átrio das mulheres era um local público ocupado, era ideal para Jesus para ensinar lá. O Sinédrio reuniu-se em uma sala próxima, quase ao alcance da voz com a voz do Senhor, mas não o prendeu, porque a sua hora ainda não havia chegado. Jesus estava sempre sob o controle soberano de seu pai e a programação divina, de modo que seus inimigos estavam impotentes para prejudicá-Lo antes da hora marcada (conforme a discussão deste ponto nos capítulos 23:25 deste volume).

A afirmação

Então Jesus novamente falou-lhes, dizendo: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida." (8:12)

Como observado no capítulo anterior deste volume, a palavra de novo aparece para conectar esta passagem com 7: 37-52, em vez de 7: 53-8: 11, provavelmente não no original. Mais importante, este é o segundo dos sete "eu sou" declarações no Evangelho de João que revelam diferentes facetas da natureza de Cristo como Deus e Sua obra como Salvador (conforme a discussão de 6:35 no capítulo 20 deste volume). João já tinha usado a metáfora da luz para descrever Jesus (1: 4, 8-9; conforme Ap 21:23), e foi uma rica em alusões do Antigo Testamento (conforme 13 21:2-13:22'>Ex. 13 21:22; 14 : 19-20; Ne 9:12, Ne 9:19; Sl 27:1; Sl 36:9, Sl 119:130; Pv 6:23; Is 60:19-20; Ez 1:1, Ez 1:13, 26-28; Mq 7:8; Zc. 14: 5b-7).

Afirmando ser a Luz do mundo Jesus foi claramente afirmando ser Deus (conforme Sl 27:1; 1 Jo 1:1; Ml 4:2). As pessoas, até mesmo os líderes da dançavam mais dignas exuberantemente ao redor do candelabro com a noite, segurando tochas em chamas em suas mãos e cantando canções de louvor. Foi contra o pano de fundo dessa cerimônia que Jesus fez o anúncio surpreendente de que Ele é a verdadeira luz do mundo.

Mas ao contrário do candelabro temporária e estacionário, Jesus é uma luz que nunca se apaga e uma luz a ser seguido. Assim como Israel seguiu a coluna de fogo no deserto (Ex. 40: 36-38), assim que Jesus chamou homens para segui-Lo (Jo 1:43; Jo 10:4; Jo 12:26; Jo 21:19, Jo 21:22; Mt 4:19; Mt 8:22; 9:. Mt 9:9; Mt 10:38; Mt 16:24; Mt 19:21). Aquele que segue a Ele, Jesus prometeu, não andará nas trevas do pecado, o mundo e Satanás, mas terá a luz espiritual que produz vida (conforme 1:. 4; Sl 27:1; 2 Cor 4: 4-6; Ef 5:14; 1 Jo 1:1; Ef 5:1; Fp 2:15; 1Ts 5:51Ts 5:5; 8:. Mt 8:1; Mt 12:15; Mc 2:15; Mc 3:7). Nesse contexto, tem a conotação de completa submissão a Jesus como Senhor. Deus não aceita a halfhearted seguimento de Cristo-de recebê-Lo como Salvador, mas não segui-Lo como Senhor. A pessoa que vem a Jesus vem a Ele em Seus termos, ou ele não vem de todo-a verdade Jesus ilustrado em Mateus 8:18-22:

Vendo Jesus uma multidão ao redor de si, deu ordens para partir para o outro lado do mar. Em seguida, um escriba aproximou e disse-lhe: "Mestre, eu te seguirei aonde quer que vá." Jesus disse-lhe: "As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça." Outro dos discípulos disseram-lhe: "Senhor, permita-me ir primeiro enterrar meu pai" Mas Jesus disse-lhe: "Segue-Me, e permitir que os mortos sepultem os seus próprios mortos."
Uma ilustração ainda mais impressionante do que a princípio se encontra no diálogo de Jesus com o jovem rico:

A governante questionou, dizendo: "Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" E Jesus disse-lhe: "Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus. Sabes os mandamentos:" Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra teu pai e mãe. "E ele disse:" Todas essas coisas que eu tenho observado desde a minha juventude ". Ao ouvir isso, Jesus disse-lhe: "Uma coisa que você ainda não têm; vende tudo o que possui e distribuí-lo aos pobres, e terás um tesouro no céu;. Depois, vem e segue-me" Mas quando ele tinha ouvido falar dessas coisas, ele ficou muito triste, porque era extremamente rica. E Jesus olhou para ele e disse: "Como é difícil para quem é rico entrar no reino de Deus! Pois é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos Deus ". Eles que ouviu dizer: "Então, quem pode ser salvo?" Mas Ele disse: "As coisas que são impossíveis com as pessoas são possíveis para Deus." (Lucas 18:18-27)

Em uma contradição chocante de princípios evangelísticas contemporâneos, Jesus realmente virou uma perspectiva ansioso. Mas o Senhor não estava interessado em fazer salvação artificialmente fácil para as pessoas, mas genuíno. Ele queria que a sua absoluta fidelidade, obediência e submissão. Em Lucas 9:23-24 Ele disse: "Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, mas quem perder a sua vida. por amor de mim, ele é o único que vai salvá-lo. " (Para uma discussão sobre a visão bíblica do senhorio de Cristo, ver John Macarthur, O Evangelho Segundo Jesus, rev ed.. [Grand Rapids: Zondervan, 1994], e O Evangelho Segundo os Apóstolos [Nashville: Tomé Nelson, 1993.)

Seguir a Cristo não é onerosa, como caminhar na luz ilustra. É muito mais fácil do que tropeçando no escuro (conforme Jr 13:16).

A acusação

Por isso, os fariseus disseram-lhe: "Você está testemunhando sobre você mesmo; Seu testemunho não é verdadeiro." (8:13)

Não surpreende que os fariseus reagiram negativamente à afirmação de Jesus. No que foi provavelmente uma referência de zombaria com as próprias palavras do Senhor em 5:31 (". Se só dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro"), eles disseram-lhe: "Você está testemunhando sobre você mesmo; O seu testemunho não é . Verdadeiro " De acordo com a Lei do Antigo Testamento, todos os fatos em questão legal teve que ser confirmada pelo depoimento de mais de uma testemunha (Nu 35:30; Dt 17:1; Dt 19:15; conforme Mt 18:16; He 10:28).... De maneira típica, os fariseus se recusou a considerar a possibilidade de que a reivindicação de Jesus pode ser verdade. Em vez disso, eles arbitrariamente lhe negou provimento a uma tecnicalidade jurídica.

Na realidade, é claro, havia outros que poderiam atestar que a veracidade das declarações de Jesus (por exemplo, João Batista [1: 7-8, 19-27, 34, 36; 03:26; 05:33], o Doze [1:49; 6:69; Mt 14:33;. Mt 16:16], a mulher samaritana [Jo 4:39], Marta [11:27], aqueles que testemunharam a Sua ressurreição de Lázaro [12:17] , obras de Jesus [05:36; 10:25], as Escrituras [05:39], e, acima de tudo, o pai [ver a discussão de vv 17-18 abaixo.]). Assim, não há contradição entre as declarações de Jesus aqui e em 5:31; Ele não era, como os fariseus alegado, a única testemunha que poderia verificar suas afirmações.

Resposta cética dos fariseus ilustra o quão obtuso descrença é; ele nunca está convencido não importa o quão convincente a evidência. Jesus realizou milagres sem paralelo na história da humanidade (15:24).No entanto, "ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, ... eles não estavam acreditando nele" (12:37; conforme Mt 11:20-24.). No entanto, para aqueles que sinceramente buscam a verdade Jesus prometeu: "Se alguém está disposto a fazer [o pai] vai, ele vai saber do ensino, se é de Deus ou se eu falo de mim mesmo" (Jo 7:17) .

O Answer

Jesus respondeu, e disse-lhes: "Ainda que eu dou testemunho de mim mesmo, meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim e para onde vou;. Mas você não sabe de onde eu venho, nem para onde vou Você juiz segundo a carne, eu não estou julgando ninguém Mas mesmo que eu julgue, o meu juízo é verdadeiro;. porque eu não estou sozinho nisso, mas eu eo Pai que me enviou Mesmo na vossa lei está escrito que o. testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou Aquele que dá testemunho de mim mesmo, e que o Pai que me enviou dá testemunho de mim ". Então eles estavam dizendo-lhe: "Onde está o seu pai?" Jesus respondeu: "Você sabe que nem eu nem meu pai, se você soubesse Me, você saberia também a meu Pai." (8: 14-19)

Em resposta à questão do único testemunho dos fariseus, Jesus respondeu, e disse-lhes: "Ainda que eu dou testemunho de mim mesmo, meu testemunho é verdadeiro." Obviamente, o testemunho de uma pessoa pode ser verdade, mesmo que não seja corroborada por qualquer outra pessoa . A demanda por duas ou três testemunhas era um meio de estabelecer a verdade em um tribunal de direito. O que Jesus disse foi a verdade na perfeição absoluta, uma vez que Deus é verdadeiro (Rm 3:4). Ainda assim, ele deu seus inimigos três evidências para apoiar a sua auto-testemunho, como a verdade, cada uma relacionada a Sua divindade-a mesma coisa que eles escandalizou a mais.

Em primeiro lugar, Jesus apoiado o seu pedido, referindo-se sua origem divina e destino, enquanto os fariseus eram ignorantes de ambos. Por isso, Ele foi qualificado para testemunhar sobre si mesmo, mas eles não estavam. "Porque eu sei de onde eu vim e para onde vou", Ele lhes disse, "mas você não sabe de onde eu venho, nem para onde estou indo." O Senhor estava sempre consciente de sua origem celestial e destino; em 16:28 Ele disse: "Saí do Pai e vim ao mundo; eu estou deixando o mundo de novo e vou para o Pai" (conforme 3: 11-13 5:36-37; 6: 38; 7: 28-29, 33; 08:42; 10:36; 13 3:14-28; 16: 5; 17: 5, 8, 13, 18). Seu auto-conhecimento e onisciência divina (conforme 02:25; 16:30; 21:
17) completamente confirmou seu testemunho.

Seus adversários, por outro lado, não tinha esse conhecimento; eles também não sabia de onde veio ou para onde estava indo. Como a multidão (07:27), eles pensaram que eles sabiam, mas estavam terrivelmente enganado. Na verdade, eles não tinham consciência de seu lugar de nascimento terrestre (7: 41-42, 52), deixando de lado sua origem celestial.
Jesus expôs ainda mais a sua ignorância quando Ele lhes declarou: "Você julga segundo a carne;" de acordo com os padrões terrestres; homens como pecadores em um mundo decaído. Eles não só não entendia nada de Sua origem celestial, mas mesmo o que eles achavam que sabiam sobre Ele estava incorreta. Assim, o seu julgamento dele era limitado, superficial, e errado. Orgulhoso, arrogante e hipócrita, eles tinham falhado atender à admoestação antes de Jesus: "Não julgueis segundo a aparência, mas julgai com julgamento justo" (7:24). Como os pagãos de quem Paulo escreveu em 1Co 1:21, também eles, "a [sua] sabedoria não veio a conhecer a Deus aos judeus era Jesus." Pedra de tropeço "(1Co 1:3) Eles eram o oposto do apóstolo Paulo, que escreveu a esses mesmos Corinthians ", portanto a partir de agora nós reconhecemos ninguém conhecemos segundo a carne; embora tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já conhecê-Lo desta forma já não "(2Co 5:16). Porque os crentes têm entendimento espiritual, vemos Cristo, para que Ele verdadeiramente é, e até mesmo ver tudo outras pessoas como almas espirituais e eternos.

Há duas maneiras de entender a declaração de Jesus, "Eu não estou julgando ninguém." Ele pode ter significado que Ele não julgar segundo a carne (superficialmente, externamente), como fizeram os fariseus (conforme DA Carson, O Evangelho Segundo o João, O Pillar New Testament Commentary [Grand Rapids: Eerdmans, 1991], 339). Ou o Senhor pode ter significado que Ele não julgou ninguém, uma vez que "Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele" (03:17; conforme 12:47 ; Lc 9:56). No futuro, porém, Jesus irá julgar: "Porque nem mesmo o Pai a ninguém julga, mas deu todo o julgamento ao Filho" (5:22;. Conforme v 27; 09:39; 16:27 Matt.; 25: 31-46; At 10:42; At 17:31; Rm 2:16; 2Tm 4:12Tm 4:1.). Reforçando a afirmação de que muito mais indignado Seus inimigos, o Senhor, então, desde que essas duas testemunhas, declarando: "Eu sou Aquele que dá testemunho de mim mesmo, e que o Pai que me enviou dá testemunho de mim." De acordo perfeito, do Pai e do Filho urso testemunhar a verdade as declarações de Jesus (conforme v 29 e a discussão de 5: 31-32., 37-38, no capítulo 17 deste volume). Ele pediu que Deus como testemunha da validade do seu crédito, uma vez que "se Jesus realmente está no relacionamento com Deus em que ele diz que, em seguida, um mero homem está em uma posição para dar testemunho. Nenhuma testemunha humano pode autenticar um divino relacionamento "(Morris, O Evangelho Segundo João, 443).

Previsivelmente, mesmo que não preenchia os fariseus. Pensando em termos puramente humanas (conforme 3: 4; 06:42, 52), eles estavam dizendo-lhe: "Onde está o seu pai" Estavam pedindo para ver José, que provavelmente havia morrido por esta altura, para provar Jesus teve um pai terreno? À luz do versículo 41, eles estavam com a intenção de insultá-Lo como ilegítimo? Em qualquer caso, eles rejeitaram.A resposta de Jesus foi simples e devastador: "Você sabe que nem eu nem meu pai, se você soubesse Me, você saberia também a meu Pai." O próprio fato de que eles pensavam como eles fizeram prova que eles não sabiam o Pai. Em Mt 11:27 Jesus disse: "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar Ele ". Aqueles que rejeitam o Filho dar prova irrefutável de que eles não sabem o eterno Pai (conforme 1:18; 14: 6-9). Embora eles se orgulhavam de conhecê-Lo, os fariseus-cegos pela sua própria dureza de coração, eram, na verdade, ignorante da realidade espiritual (Mt 15:14;. Mt 23:16, Mt 23:24).

O Anúncio

Então Ele disse novamente a eles: "Eu vou embora, e você vai procurar-me, e morrereis no vosso pecado, onde eu vou, vós não podeis ir." (08:21)

. Em 7: 33-34 Jesus tinha avisado à multidão: "Por um pouco de tempo estou convosco, e depois vou para aquele que me enviou Você vai buscar-me, e não me achareis; e onde eu estou, você não pode vir. "Aqui Ele disse novamente que Ele vá embora (uma referência a sua morte iminente, ressurreição e ascensão ao Pai). Mas desta vez o Senhor acrescentou a advertência de que aqueles que rejeitam vai morrer em seu pecado e não estar com Ele na presença do Pai na glória do céu. Mais tarde nesse diálogo Ele reitera que o aviso em termos ainda mais fortes (v. 24). A realidade desta verdade sóbria, que se repete ao longo da Bíblia, é que aqueles que rejeitam a Cristo sofrerá as conseqüências de sua separação-pecado eterna de Deus. Ao recusar-se a Luz do mundo, eles condenam-se à escuridão eterna do inferno (Mt 8:12;. Mt 22:13; Mt 25:30).

29. Como morrereis nos vossos pecados (João 8:22-30)

Então os judeus estavam dizendo: "Certamente ele não vai matar, vai Ele, pois Ele diz: 'Para onde eu vou, vós não podeis ir'?" E ele estava dizendo-lhes: "Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo Portanto eu disse a você que você vai morrer em seus pecados;. Para a menos que você acreditar que eu sou, morrereis nos vossos pecados. " Então eles estavam dizendo a Ele: "Quem é você?" Jesus disse-lhes: "O que eu tenho vindo a dizer a você desde o início eu tenho muitas coisas para dizer e julgar acerca de vós, mas aquele que me enviou é verdadeiro;? E as coisas que eu ouvi dele, estes eu falar com o mundo. " Eles não perceberam que ele estava falando com eles sobre o Pai. Então Jesus disse: "Quando você levantar o Filho do Homem, então sabereis que eu sou, e que nada faço por mim mesmo, mas falo destas coisas como o Pai me ensinou. E aquele que me enviou está Me; Ele não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que é agradável a Ele ". Ao falar essas coisas, muitos passaram a acreditar nEle. (8: 22-30)

A vida em um mundo decaído está cheio de oportunidades perdidas e lamenta-as pessoais conseqüências dolorosas e, por vezes devastadores de pobres, escolhas pecaminosas. A oportunidade perdida original, a partir do qual todo o fluxo de resto, veio no Jardim do Éden. Ao comer o fruto que Deus havia proibido, Adão (e Eva) violou diretamente a ordem do Senhor. O pecado de Adão custou-lhe (e toda a raça humana) o privilégio de continuar em comunhão ininterrupta com Deus (Gn 3:6-8). Como resultado, "o Senhor Deus mandou-o para fora do jardim do Éden, para cultivar a terra, de que fora tomado E havendo lançado fora o homem,. E, ao oriente do jardim do Éden Ele estacionados os querubins e os Flaming espada que transformou todas as direções para guardar o caminho da árvore da vida "(vv. 23-24).

Moisés e Arão também sofreu as consequências dolorosas de uma escolha pecaminosa. Sua desobediência em Meribá custar-lhes a oportunidade de entrar na Terra Prometida:

E o Senhor falou a Moisés, dizendo: "Toma a vara;. E você e seu irmão Aaron ajunta a congregação e falar à rocha perante os seus olhos, que podem produzir sua água Você deve, portanto, trazer água para eles fora do balançar e deixar a congregação e os seus animais beber. " Então, Moisés tomou a vara de diante do Senhor, assim como Ele lhe tinha ordenado; e Moisés e Arão reuniram a assembléia diante da rocha. E ele lhes disse: "Ouça agora, você rebeldes;? Vamos trazer água para você sair dessa rock" Então Moisés levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com a sua vara; e saiu água copiosamente, ea congregação e os seus animais beberam. Mas o Senhor disse a Moisés ea Arão: "Porque você não creram Me, para tratar-me como santo aos olhos dos filhos de Israel, por isso não deve trazer esta congregação na terra que lhes tenho dado." (Num. 20: 7-12)

Salomão, também, enfrentou as consequências que as decisões pobres trazer. Embora ele era o rei mais sábio e mais rica de Israel, ele perdeu a oportunidade de desfrutar plenamente as bênçãos que Deus lhe tinha concedido ", pois quando Solomon era velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para longe após outros deuses, e seu coração não foi totalmente dedicado ao Senhor seu Deus, como o coração de Davi, seu pai tinha sido "(1Rs 11:4.) E traiu Jesus (26: 47-50). Por nunca se arrepender de sua traição horrível, Judas condenado a sua alma para sempre (At 1:25;. Conforme Mt 26:24).

Judas foi o mais notório exemplo de alguém que viu obras de Jesus, ouviu suas palavras, observou Sua vida sem pecado, e ainda rejeitaram. Mas ele certamente não foi o único. Até o momento o diálogo gravado nesta passagem ocorreu, todos em Israel estavam bem cientes do ministério de Jesus. Durante os últimos três anos, ele havia realizado inúmeros milagres. Ele havia praticamente banido doença de Israel, alimentou milagrosamente milhares de pessoas, com autoridade expelimos demônios, e instantaneamente acalmou uma tempestade furiosa, no Mar da Galiléia (e mais tarde até mesmo orientado através dele). Aqueles surpreendente e sem precedentes (15:24; conforme 9:32; Mt 9:33; Mc 2:12.) Milagres demonstrar claramente que Jesus era o Filho de Deus (Jo 10:25; conforme v 38; 3.: 2; 05:36; 07:31; 14:11; At 2:22) —como fez afirmações surpreendentes do Senhor (Jo. 4: 25-26; Jo 5:18) e profunda de ensino (conforme Mt 7:28— 29; Mt 13:54; Lc 4:32; Lc 19:48; Jo 7:46).

À luz da evidência esmagadora, a descrença em Jesus é indesculpável. Aqueles que ouvem o evangelho e rejeitá-lo vai ser eternamente punido-sem ninguém para culpar além de si mesmos. (Deve-se notar que mesmo aqueles que não ouviram o evangelho ainda são culpados por rejeitar a verdade que lhes tenha sido dada. Essa verdade inclui aspectos da existência e do caráter de Deus, como revelado por meio tanto da ordem criada [Rom. 1 : 18-21] ea consciência [Rom. 2: 14-15.]) Assim, todos os que rejeitam Jesus Cristo é totalmente responsável por escolher a morrer em seus pecados (Jo 3:19).

Esta passagem revela quatro maneiras as pessoas podem garantir uma morte tão trágica e eterna: por ser hipócrita, mundana, incrédulos, ou ignorantes.

Seja hipócrita

Então os judeus estavam dizendo: "Certamente ele não vai matar, vai Ele, pois Ele diz: 'Para onde eu vou, vós não podeis ir'?" (08:22)

Em 8:21 Jesus tinha avisado os líderes religiosos hipócritas que sua falta de vontade para crer nEle significava que eles iriam morrer em seus pecados. Unforgiven, não redimido, e despreparados para o encontro com Deus, eles tinham acumulado uma vida de culpabilidade que resultaria em uma eternidade de castigo. O Senhor repetiu o que havia dito anteriormente para a multidão (7: 33-34), que Ele estava indo para um lugar onde aqueles que se recusam a crer Nele pode nunca vir. Em resposta a essa declaração antes, seus inimigos tinham especulado que ele poderia estar planejando a deixar Israel para a Diáspora (07:35). Aqui, no entanto, eles ofereceram uma sugestão mais sinistro.
Confrontado com o pronunciamento surpreendente de Jesus no versículo 21, a resposta dos judeus (os líderes em particular, estão em vista aqui) era transformar Sua séria advertência em uma piada venenosa. "Certamente ele não vai se matar, vai?" perguntaram sarcasticamente. Ironicamente, aqueles que estavam conspirando para tomar Sua vida perguntou se ele pretendia cometer suicídio. Eles entenderam que, quando Ele disse: "Para onde eu vou, você não pode vir", Jesus estava falando de sua morte. Os judeus abominou suicídio, e acreditava que aqueles que se matou foi para a parte mais escura do inferno. Refletindo essa crença convencional, o historiador judeu do primeiro século Josephus escreveu: "As almas daqueles cujas mãos agiram loucamente contra si mesmos são recebidos pelo lugar mais escuro no Hades" ( As Guerras dos judeus, iii. viii. 5). Desde que assumiu que eles estavam indo para o céu, os judeus ironicamente sugeriu que Jesus deve estar falando de se matar, caso em que Ele iria para o inferno.

Presunçosamente confiantes em sua auto-justiça, eles não eram apenas surdo às palavras de Jesus, mas ironicamente, blasfemando torcido o seu significado. É verdade que Jesus, embora não cometer suicídio, iria desistir de sua vida de forma voluntária. Em João 10:17-18 Ele disse:

"Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para que eu possa levá-la novamente. Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e eu tenho autoridade para retomá-la Este mandamento recebi de meu Pai. "(conforme 6:51; Mt 20:28.).

Mas ele não iria morrer por sua própria mão, mas sim nas mãos desses mesmos homens que agora zombavam dele (At 2:23). E o lugar para o qual Ele se referia-onde ele iria, mas eles não poderiam seguir-não era o inferno, mas o céu.

A justiça própria é um engano fatal, e totalmente contrária à salvação genuína. O judaísmo do tempo de Jesus era um sistema legalista intrincado da salvação pela realização humana. As pessoas baseiam sua esperança de salvação em realizar boas obras, observando cerimônias e rituais, e, acima de tudo, manter a Lei (pelo menos aparentemente). Como o apóstolo Paulo escreveu: "Não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus" (Rm 10:3), que mais tarde veio a entender que "pelas obras da lei nenhuma carne será justificada diante [ ] olhos de Deus "(Rm 3:20), porque a quebrar a lei em um lugar, uma vez, é ser culpado de todos (Jc 2:10).

A verdade que a salvação não pode ser alcançada através da auto-justiça deveria ter vindo como nenhuma surpresa para qualquer pessoa familiarizada com o Antigo Testamento. . No Salmo 14:2-3 Davi escreveu: "O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus Eles todos se extraviaram, à uma se fizeram corrupto, não há ninguém que faça o bem, não há sequer um. " "Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos," Salomão observou, "mas o Senhor pesa os motivos" (Pv 16:2 adverte: "Há um tipo que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia." "Eu vou declarar o seu [falso, externo] justiça e vossas obras", declarou Deus para desobediente Israel, "mas eles não vos aproveitará" (Is 57:12). Alguns capítulos depois 1saías expressou a total incapacidade dos pecadores para salvar-se: "Pecamos ... e nós precisamos ser salvos Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia." (Isa. 64: 5-6 NVI ).

O Novo Testamento também ensina que ninguém pode ser salvo por justiça própria. Em Mt 5:20 Jesus disse aos seus ouvintes: "Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos céus." Cumprimento externo com a Lei vai salvar ninguém; a salvação vem somente da justiça de Cristo imputada àqueles que crêem (2Co 5:21). Essa justiça genuína ultrapassa de longe a justiça exterior, legalista dos escribas e fariseus. Embora este último impressiona os homens, não resultará em salvação (Mt 6:1; conforme Rm 3:20.). O Senhor scathingly denunciou os fariseus como aqueles que "por fora parecem justos aos homens, mas por dentro ... estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade" (Mt 23:28;.. Conforme vv 23, 25).

Em Mt 9:11 os fariseus exigiam dos discípulos de Jesus: "Por que é o vosso Mestre come com os publicanos e pecadores?" Eles não aprovam sua interação com a ralé da sociedade judaica. Resposta devastadora do Senhor foi: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os que estão doentes, porém, vai e aprendei o que significa: '. Eu desejo a compaixão, e não sacrifício", pois eu não vim chamar os justos, mas os pecadores "(vv 12-13; conforme Lc 15:7). Mais tarde, no evangelho de Lucas, Jesus

esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos que eram justos, e viram os outros com desprezo: "Dois homens subiram ao templo para orar: um, fariseu, o outro cobrador de impostos O fariseu, de pé e estava orando isso. íntimo: 'Deus, eu te agradeço porque não sou como as outras pessoas:. roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano Jejuo duas vezes por semana, dou o dízimo de tudo quanto ganho. " Mas o publicano, estando em pé de distância, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! " Digo-vos que este homem foi justificado para sua casa, e não aquele;. Para todos que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado " (Lucas 18:9-14)

Aos filipenses, Paulo escreveu que a salvação vem "não [de] ter uma justiça de [sua] próprias derivada da Lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus com base na fé" (Fp 3:9).. Em Tt 3:5)

Os escribas e fariseus foram a epítome da empreendedores humanos hipócritas. Aqueles que seguem seu exemplo e confiança nas boas obras, a moralidade ea atividades religiosas para salvá-los; que se recusam a admitir sua incapacidade de contribuir em nada para salvar-se e gritar: "Ó Deus, sê propício a mim, pecador!" (Lc 18:13), será igualmente morrem em seus pecados. O hipócrita nunca vai ver o céu.

Seja Mundano

E ele estava dizendo-lhes: "Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo." (8:23)

Jesus se recusou a reconhecer a sugestão de zombaria dos judeus que iria cometer suicídio e, portanto, condena a si mesmo para o inferno (conforme 1Pe 2:23). Em vez disso, ele elaborou sobre Sua advertência no versículo 21 que eles morreriam em seus pecados e não ir para onde estava indo (céu). O Senhor salientou que a sua origem, como o seu destino, era completamente diferente do que o Seu. Eles eram de um reino completamente diferente; eles eram de baixo; ou seja, eles faziam parte deste mundo.

Kosmos ( mundo ) é um termo importante Novo Testamento. Refere-se, neste contexto, o sistema espiritual invisível do mal que se opõe ao reino de Deus, compreende "toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus" (2Co 10:5; Jo 16:11; 1Jo 5:191Jo 5:19). O mundo não reconhecer a verdadeira identidade de Jesus (1:10), ou que de crentes (1Jo 3:1). Como resultado, eles são totalmente cegos para a verdade espiritual (2Co 4:4; Jo 12:1.) —com Preenchida —se com ódio por Jesus (e seus seguidores; João 15:18-19; Jo 17:14; 1Jo 3:131Jo 3:13) para enfrentar seu pecado (Jo 7:7). Porque ele odeia a Deus, o mundo se alegra com a morte de Seu Filho (16:20; conforme Mt 21:37-39.).

Materialismo, o humanismo, a imoralidade, orgulho e selfishness— "a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos ea soberba da vida" (1Jo 2:16) —são marcas do mundo. Ele é totalmente oposta à verdade divina, justiça, virtude e santidade. Suas opiniões estão erradas; os seus objectivos são egoístas; seus prazeres são pecadores; suas influências são desanimadores; sua política são corruptos; suas honras estão vazias; seus sorrisos são falsos; seu amor é falso e inconstante.

A fonte de antagonismo dos judeus e hostilidade para com Cristo era o próprio inferno; eles eram, como Jesus teria forçosamente declarar no versículo 44, filhos do diabo, anda "de acordo com o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência "(Ef 2:2).

Em nítido contraste com os seus adversários, Jesus é a partir de cima (céu) e, portanto, não faz parte deste mundo sistema. Como observado na discussão Dt 8:14 no capítulo 28 deste volume, o Senhor estava sempre consciente de sua origem celestial (3: 11-13 5:36-37; 6:33, 38, 50-51, 58; 15 conforme 1 Cor, 5, 8, 13 18:18-36, 7: 28-29, 33; 08:42; 10:36; 13 3:14-28;:; 16 5, 28 17. : 47; Ef 4:10)..

Embora uma vez que "sem Deus no mundo" (. Ef 2:12), os crentes não fazem mais parte do sistema do mundo (conforme Cl 1:13; 1 João 4:5-6). "Se você fosse do mundo", disse Jesus aos seus discípulos: "o mundo amaria o que era própria, mas porque não sois do mundo, mas eu vos escolhi do mundo, por isso o mundo vos odeia" (Jo 15:19). Eles "não são do mundo, assim como [Jesus é] não são do mundo" (17:14, 16). Quando eles foram resgatados, eles "escapado da corrupção que há no mundo pela concupiscência" (2Pe 1:4). Na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento), que é a mesma frase ( ego eimi ) Jesus usou aqui (a Septuaginta usa semelhante ego eimi de Deus em Dt 32:39; Is 41:1; Is 43:10 , Is 43:25; Is 45:18; Is 46:4)..

A palavra , a menos que introduz a única esperança de escapar da ira e juízo de Deus sobre o pecado. RCH Lenski observa,

Os pecados desses homens vai destruí-los, roubando-lhes a vida eterna somente se eles se recusam a acreditar em Jesus. A cláusula "se" [na KJV ] é puro Evangelho, estendendo o convite abençoado de novo. No entanto, é mais uma vez combinado com o aviso sobre a morte em pecados. Esta nota de alerta com sua terrível ameaça persiste porque esses judeus tinham escolhido o curso de incredulidade. No entanto, o "se" abre a porta da vida no muro do pecado. ( A Interpretação de St. João ' s Evangelho [Reprint; Peabody, Mass .: Hendrickson, 1998], 614)

Indisposição persistente a acreditar que a verdade sobre Jesus Cristo, pela sua própria natureza, exclui a possibilidade de perdão, pois a salvação vem somente através da fé Nele (3: 15-16, 36; 06:40, 47; At 16:31; Rom . 10: 9-10; Gl 3:26; 1 João 5:10-13.). Aqueles que permanecerem na incredulidade, recusando-se a acolher na fé tudo o que Jesus é e tem feito, vai morrer em seus pecados e se perder para sempre (conforme 03:18, 36; He 2:3; Lc 24:47; At 1:8.) e as repetidas declarações Ele já tinha feito (conforme 5: 17ss .; 6: 35ff .; 7: 28-38; 8:12). Pode ter havido uma tendência de mais zombaria na questão; eles podem ter sido, na verdade, perguntando sarcasticamente uma pergunta retórica: "Quem é você para dizer-nos que vamos morrer em nossos pecados" Mas a consulta em qualquer caso, reflete seu teimoso, ignorância intencional (conforme Mt 15:14; 23:. 16-26). A esmagadora evidência tornou óbvio quem era Jesus, para que Ele simplesmente respondeu que era quem tinha sido alegando ser desde o início de seu ministério. Ele não tinha nada mais a dizer para a ignorância voluntária da descrença de coração duro.

No entanto, Jesus tinha muitas coisas que dizer e julgar a respeito deles. Eles haviam recebido mais de revelação suficiente para ser considerado responsável; sua ignorância foi imperdoável. Seu julgamento deles estaria em perfeita harmonia com a vontade do Pai, pois foi o Pai que o enviou Ele, e Jesus falou apenas as coisas que Ele ouviu falar dele (conforme vv 28, 40;. 3:32, 34; 5 : 30; 07:16; 08:16; 15:15; 17: 8).

Por incrível que pareça, apesar do fato de que Jesus havia falado tão claramente a eles, eles ainda não perceberam que ele estava falando com eles sobre o Pai. Tal era o poder enganador de sua incredulidade deliberada. Eles não tinham ouvidos para ouvir.

Não estava vindo um dia, no entanto, quando a verdade de suas reivindicações seriam confirmadas, de modo a tornar-se inegável. Por isso Jesus disse: "Quando vocês levantarem o Filho do Homem (uma referência a sua crucificação e que implica a sua ressurreição; conforme 03:14; 12: 32-33), então você vai saber que eu sou, e eu não faço nada por mim mesmo, mas falo destas coisas como o Pai me ensinou " (conforme 03:34; 05:19, 30; 06:38). Morte e ressurreição de Cristo vindicado cada pedido já feito para Jesus pelos profetas e apóstolos, e apagou todas as dúvidas a qualquer mente aberta como a sua divindade.Aquele grande e gloriosa obra provou que Ele realmente falou as coisas que o pai ensinou -lo, para que o Pai era um com Ele e poderia não deixá-lo sozinho, e que Ele sempre fez as coisas que são agradáveis ​​ao Pai, pois Ele poderia fazer nada mais em sua perfeição divina (He 7:26).

Alguns dos judeus que rejeitaram Jesus viria a perceber que eles tinham sido terrivelmente equivocada sobre Ele. No dia de Pentecostes, sozinho, cerca de 3.000 judeus viria para recebê-Lo como o Messias (Atos 2:36-37, At 2:41, At 2:47). Mesmo nesta ocasião, seis meses antes da cruz, Suas palavras eram tão poderoso que , como Ele falou estas coisas, muitos passaram a acreditar nele, pelo menos exteriormente (conforme a exposição de 8: 31-36, no capítulo 30 deste volume ). Mas a maioria, apesar das evidências, se recusou a acreditar-preferindo permanecer hipócrita, mundana, aos incrédulos, e ignorantes até o fim.Como resultado, eles condenaram-se a morrer em última análise, em seus pecados e nunca mais ver o céu, mas a ira eterna.

30. A verdade vos libertará (João 8:31-36)

Então, Jesus estava dizendo aos judeus que haviam crido nele: "Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, ea verdade vos libertará." Responderam-lhe: "Nós somos descendentes de Abraão e nunca ter sido ainda escravizados a ninguém;? Como é que você diz, 'Você vai se tornar livre'" Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado O escravo não fica para sempre em casa;. O filho não permanecerá para sempre Portanto, se o Filho vos libertar, você vai. verdadeiramente sereis livres. " (8: 31-36)

Ao longo da história as pessoas sempre procuraram saber a verdade sobre a realidade, sobre o que é certo e errado, e sobre o que é significado e propósito na vida. Como resultado, as filosofias intermináveis, visões de mundo e sistemas religiosos têm surgido ao longo dos séculos, cada um pretendendo ensinar a verdade absoluta, e cada um por sua vez, anulando as verdades "absolutas" daqueles que vieram antes dele.
A crença de que a humanidade, por conta própria, poderia formular o sistema filosófico-um perfeito que poderia explicar plenamente todas atingiu-realidade o seu pico durante o Iluminismo. A razão humana, pensava-se, acabaria por descobrir as respostas para todas as questões da vida, e, assim, resolver todos os problemas da sociedade. A suposição era de que, por meio de realizações intelectuais e crescente corpo de conhecimento científico, a humanidade acabaria por trazer uma Utopia. Assim, não houve necessidade de religião, que havia pessoas no sufocante escuridão durante séculos. Não houve interesse na revelação divina ou a salvação, desde que o homem acreditava que poderia salvar-se de seus problemas.

Mas o otimismo do Iluminismo se desvaneceu ao preto nos últimos tempos. O abate inimaginável de duas guerras mundiais, o mal insondável do Holocausto, ea realidade aterrorizante da guerra nuclear rapidamente quebrou o idealismo irrealista dos séculos 18 e XIX. Em seu lugar, o ceticismo e pessimismo começou a se firmar, como sentimentos de incerteza (sobre a vida e até mesmo a realidade) tornou-se cada vez mais generalizada. Cada vez mais, o próprio conceito de verdade ficou sob fogo, especialmente a possibilidade de conhecer a verdade absoluta. Pecadors quer fazer o mal e não sente culpa, por isso a falta de absolutos acomoda o coração humano perverso (Jr 17:9). O cristianismo bíblico rejeita, assim, tanto o viés anti-sobrenatural do modernismo e do ceticismo e do relativismo do pós-modernismo.

Enquanto o mundo se apega à sua própria sabedoria incerto, que a Escritura descreve como "terrena, natural, demoníaca" (Jc 3:15), os crentes foram dadas nas Escrituras a rocha sólida verdade do próprio Deus. Ele declara que Deus é o "Deus da verdade" (Sl 31:5); Jesus é "cheio de ... verdade" (Jo 1:14; conforme v 17; Ef 4:21..) E "o caminho, ea verdade, ea vida" (Jo 14:6; Jo 15:26; Jo 16:13; 1Jo 5:61Jo 5:6.); como Jesus orou ao Pai: "Consagra-os na verdade; a tua palavra é a verdade" (Jo 17:17; conforme 2Sm 7:282Sm 7:28; Sl 119:1:.. Sl 119:43, Sl 119:142, Sl 119:151, Sl 119:160). Como o próprio Deus, a Sua verdade é eterna (Sl 117:2; conforme 1 Tm 2:... 1Tm 2:4; 2Tm 2:252Tm 2:25), portanto, os remidos são "aqueles que crêem e conhecem a verdade" (1 Tim . 4: 3). Em contraste, os incrédulos são aqueles que estão "privados da verdade" (1Tm 6:5.); são "sempre aprendendo e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade" (2Tm 3:7).

Os crentes, por outro lado, são para adorar a Deus em verdade (João 4:23-24) (Pv 23:23)., Estar comprometido com a verdade, obedecer à verdade (1Pe 1:22; conforme Rm 2:8), falar a verdade em amor (Ef 4:15), e andar na verdade (Sl 26:1; Sl 86:11). Na verdade, a verdade é fundamental para a existência e missão da Igreja, que é o de ser "o pilar e apoio da verdade" (1Tm 3:15). Comando de Paulo repetiu a Timóteo: "Ó Timóteo, guarda o que foi confiado a você .... Guarda, através do Espírito Santo que habita em nós, o tesouro que foi confiada a vós" (1Tm 6:20; 2Tm 1:142Tm 1:14), reflete a responsabilidade da igreja para proteger as preciosas verdades da Escritura.

A verdade que traz a liberdade espiritual é o tema desta breve mas poderosa passagem. O diálogo grava ocorreu nos meses finais do ministério terreno do Senhor. Jesus tinha apresentado repetidamente sua afirmação de ser o Filho de Deus e Messias, e tinha realizado inúmeros milagres para verificar essa afirmação (conforme 10:25, 37-38; 14:11; 15:24). No entanto, o povo e os líderes tinham rejeitaram. Sua hostilidade crescente resultou em crescente oposição, culminando em um complô para assassiná-lo (conforme 5:18; 7: 1, 19,
25) —a trama que viria a ser concretizadas na cruz, agora menos de seis meses de distância.
Mas nem todo mundo era hostil a Jesus. O versículo 30 diz que "como falou estas coisas, muitos passaram a acreditar n'Ele" (conforme 4:39, 41, 50, 53; 07:31). Sua crença, como em breve se tornará evidente, não foi a fé salvadora, mas era apenas o primeiro passo em direção a ela. Assim, o objetivo do Senhor nesta seção foi apontar-lhes a fé salvadora completo nEle-o tipo de fé que seria realmente libertá-los do pecado, a morte, Satanás e do inferno. Para o efeito, Ele começou por explicar o caminho para a liberdade passos-O necessário que levam à liberdade de salvação genuína. Então, Ele expôs a pretensão de liberdade-as falsas noções que esses judeus enganados a pensar que eles já estavam genuinamente salvo. Finalmente, Ele estendeu a promessa de liberdade, a garantia absoluta da verdadeira liberdade para todos que vêm a verdadeira fé salvadora.

O Caminho para a Liberdade

Então, Jesus estava dizendo aos judeus que haviam crido nele: "Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, ea verdade vos libertará." (8: 31-32)

Por meio de Sua resposta a aqueles que professavam a fé nEle, o Senhor delineou o programa que traz a verdadeira liberdade espiritual: crer nEle, continuando em Sua Palavra, sabendo a verdade, e que está sendo feito gratuitamente.

Acreditar em Cristo

Então, Jesus estava dizendo aos judeus que haviam crido nele: (8:31)

"Esta seção do discurso", escreve Leon Morris ", é dirigida para aqueles que crêem, e ainda não acredito. É evidente que eles estavam inclinados a pensar que o que Jesus disse era verdade. Mas eles não estavam preparados para dar-lhe o de longo alcance fidelidade que verdadeira confiança nele implica "( O Evangelho Segundo João, A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 454). Morris passa a cautela: "Este é um estado de espírito mais perigoso. Para reconhecer que a verdade está em Jesus e não fazer nada sobre isso significa que, em um efeito varia-se com os inimigos do Senhor" (Ibid., 454).

A crença é o ponto inicial de contato com Cristo. Mas a Bíblia adverte que nem toda a fé é fé salvadora. Jesus viria a descrever esses mesmos judeus que haviam crido como aqueles que ainda eram escravos do pecado (v. 34). Eles realmente não amam Jesus (v. 42), mas, na verdade, filhos do diabo (vv. 38, 41,
44) que se recusaram a crer nEle (vv. 45-46), blasfemava dele (vv. 48, 52 ), e procuravam matá-lo (vv. 37, 40, 59). No início de seu evangelho João observado,

Agora, quando Ele estava em Jerusalém na Páscoa, durante a festa, muitos creram no seu nome, observando os sinais que ele estava fazendo. Mas Jesus, de sua parte, não estava confiando-se a eles, pois Ele sabia que todos os homens, e porque Ele não precisava de ninguém para testemunhar a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem. (2: 23-25)

No capítulo 6, muitos daqueles que animAdãoente queria coroar Jesus rei (. Vv 14-15) em breve "retirou-se e não estavam andando mais com ele" (v 66;.. Conforme v 60). Jo 12:42 registra a notícia encorajadora que "muitos mesmo dos governantes creram nele." Sua crença não chegou a fé salvadora, no entanto, uma vez que "por causa dos fariseus não estavam confessando-O, por medo de que eles seriam expulsos da sinagoga" (conforme Rom. 10: 9-10). Na parábola do semeador, Jesus descreveu "aqueles em solo rochoso" como "aqueles que, ao ouvirem, recebem a palavra com alegria; e estes não têm raiz firme, pois eles acreditam por algum tempo, e no tempo da tentação queda away "(Lc 8:13).

O apóstolo Paulo alertou contra semelhante acreditando em vão: e exortou seus leitores: "vós teste para ver se você está na fé; examinar-vos!" (1Co 15:2 Deus declarou: "o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele", tornando, assim, uma distinção clara entre "aqueles que retrocedem para a perdição" porque sua fé é não genuíno e "aqueles que têm [verdadeiro] fé para a conservação da alma" (v. 39). Jc 2:17 diz que "a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma por" (conforme v. 20). Mere parecer favorável aos fatos faz fé não é igual a poupança, uma vez que até mesmo os demônios têm esse tipo de fé (v. 19). Mas a fé genuína se manifesta em mudou a vida de uma pessoa (18 v.), Bem como um amor duradouro e devoção a Cristo. Falando de tal perseverança, o apóstolo João escreveu: "Saíram de nós, mas não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; mas eles saíram, de modo que seria mostrado que todos eles não são de nós "(1Jo 2:19).

A fé salvadora é composto por três elementos, vulgarmente designado por teólogos com a Latin termos notitia , assensus e fiducia . Notitia (conhecimento) é o componente intelectual da fé. Trata-se de uma compreensão dos fatos bíblicos básicas a respeito da salvação. assensus (parecer favorável) vai um passo além notitia e confiantemente afirma esses fatos para ser verdade. Fiducia (confiança) põe em prática por apropriar-se pessoalmente Jesus Cristo como a única esperança de salvação.

A definição bíblica clássica da fé em Hebreus 11 abraça todos esses três elementos: notitia (. "Pela fé entendemos"; v 3); assensus ("a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam"; v. 1), e fiducia ("[a fé é] a convicção de fatos que se não vêem"; v. 1). Em fé salvadora toda a pessoa do intelecto (conhecimento), as emoções (parecer favorável), ea vontade (confiança) —embraces Jesus Cristo como Salvador e Senhor. O escritor de Hebreus se passa no resto do capítulo 11 para dar exemplos de pessoas cuja fé salvadora nunca vacilou, apesar do sofrimento, perseguição e morte. O padrão de suas vidas reforça a verdade que uma genuína fé salvadora envolve confiança e compromisso, não apenas conhecimento e assentimento. (Para uma discussão mais aprofundada sobre a natureza da fé salvadora, ver meus livros O Evangelho Segundo Jesus, rev ed [Grand Rapids: Zondervan, 1994].., O Evangelho Segundo os Apóstolos [Nashville: Tomé Nelson, 1993, 2000] e difícil de acreditar [Nashville: Tomé Nelson, 2004]).

Continuando na Palavra

"Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos" (8: 316)

Aqueles cuja fé é o verdadeiro, confiança poupança; aqueles que são verdadeiramente (na verdade, na realidade) discípulos de Jesus Cristo vai continuar (permanecer, respeitar) em fé e obediência à Suapalavra. O tempo presente do verbo eimi ( são ) sugere que Jesus não estava dizendo a eles os requisitos para tornando-se um discípulo; Ele não disse: "Se vós permanecerdes na minha palavra que você vai se tornar meus discípulos verdadeiros. " Em vez disso, ele declarou que a natureza do verdadeiro discipulado consiste em obediência continuada à Sua Palavra. As Escrituras afirmam repetidamente que apenas aqueles que obedecer a Cristo são verdadeiramente Seus discípulos:

"Pois quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe." (Mt 12:50)

 

"Se me amais, guardareis os meus mandamentos." (Jo 14:15)

 

"Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei, e divulgará-me a ele .... Se alguém me ama, ele vai guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos nele morada Quem não me ama não guarda as minhas palavras;. ea palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que Me enviou. " (Jo 14:21, 23-24)

 

"Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor." (Jo 15:10)

 

"Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando." (Jo 15:14)

 

Aquele que diz: "Eu vim a conhecê-lo", e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, ea verdade não está nele; mas qualquer que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus tem realmente sido aperfeiçoado. Nisto conhecemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou. (I João 2:4-6)

 

Aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus nele. (1Jo 3:24)

 

Porque este é o amor de Deus, que guardemos os Seus mandamentos. (1Jo 5:3). O Novo Testamento menciona discípulos de João Batista (Mt 9:14; 11:. Mt 11:2; Mt 14:12; Jo 3:25), os fariseus (Mateus 22:15-16; Mc 2:18), Moisés (Jo 9:28), para além dos de Jesus. Todos os cristãos são discípulos ("discípulos" é usado como sinônimo de "crentes" em Atos 6:1-2, At 6:7; At 9:1, At 9:38; At 11:26; At 13:52; 14: 20-22, At 14:28 ; At 15:10; At 18:23, At 18:27; At 19:9); No entanto, nem todos os discípulos são cristãos (Jo 6:66; 1Jo 2:191Jo 2:19; conforme 13 20:40-13:21'>Mt 13:20-21.; Jo 15:2). Eles entendem a importância de ser "cumpridores da palavra e não somente ouvintes que se iludem" (Jc 1:22). Os verdadeiros crentes são "como bebês recém-nascidos, [ndo] para o leite puro da palavra, para que por ele [eles] podem crescer em relação a salvação" (1Pe 2:2:. Sl 119:97), "Com todo o meu coração eu vou observar os seus preceitos" (v. 69), "a tua lei é o meu deleite," (v. 77), e, "a lei da tua boca é melhor me do que milhares de peças de ouro e prata "(v. 72).

Conhecer a verdade

"E você vai saber a verdade" (8:32)

A bênção inevitável de crer em Jesus e continuar a obedecer a Sua Palavra é para saber a verdade. "A graça ea verdade vieram por Jesus Cristo" (1:17), Ele é "o caminho, ea verdade, ea vida" (14: 6), e "a verdade está em Jesus" (Ef 4:21).. Em um mundo pós-moderno, onde a esperança de descobrir a verdade absoluta tem sido abandonada, tal conhecimento é revolucionário. Como Pilatos, que fez a pergunta cínica: "Que é a verdade?" (18:38), os céticos modernos são deixados com nada além de sua própria ignorância e desespero-o fruto de sua busca fútil de verdade à parte de Deus.

A verdade vem não só de conhecer a revelação da Escritura a respeito de Cristo, mas também de ser ensinado pelo Espírito Santo, o "Espírito da verdade" (14:17; 15:26; 16:13; 1Jo 5:6, quando escreveu: "Quanto a vós, a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a Sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é uma mentira, e assim como ela vos ensinou, você permanecer nele. "

Escritura é a revelação da verdade divina. Nele Jesus Cristo, a verdade encarnada, é revelada, e por meio dela o Espírito Santo ensina a verdade aos crentes. Assim, Jesus orou: "Consagra-os na verdade; a tua palavra é a verdade" (Jo 17:17; conforme Sl 119:142, Sl 119:151, Sl 119:160.). O todo-suficiente Escritura é "inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Tim. 3: 16— 17). E não apenas o "homem de Deus", o pregador, mas todos os que são ensinados por ele.

, Libertados

"Ea verdade vos libertará." (8:32)

A realidade de crer em Jesus, obedecendo à Sua Palavra, e sabendo a verdade traz a liberdade espiritual. Essa liberdade é multifacetada e inclui a liberdade da escravidão da mentira, Satanás (Jo 17:15; 2Co 4:42Co 4:4.), A condenação:, julgamento (Jo 3:18 (Rm 8:1). Na sinagoga em sua cidade natal de Nazaré, o Senhor aplicou as seguintes palavras de Isaías para o seu ministério: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para pregar o evangelho aos pobres enviou-me para proclamar a libertação. aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para libertar os oprimidos "(Lc 4:18). Aqueles que são libertados em Cristo deve atender à admoestação de Paulo aos Gálatas:; (. Gl 5:1; conforme Lc 3:8). Para ser um escravo é ser totalmente sob o controle de outra e incapaz de se libertar de si mesmo. O pecado, como um tirano cruel, controla todos os aspectos da vida de um descrente, escravizando essa pessoa "a várias paixões e prazeres" (Tt 3:3). Embora estes judeus pensavam sua religião e sua relação com Abraão uniu a Deus, Jesus apontou que não tinham relação com Deus. Como escravos do pecado, e enganado sobre isso, eles precisavam desesperAdãoente para se libertar da escravidão espiritual.

A única maneira para os pecadores para ser liberado de aderência e penalidade do pecado é estar unidos pela fé com Jesus Cristo, que na Sua morte e ressurreição fornece libertação (Rom. 6: 1-7). Tendo, portanto, morreu para o pecado em Cristo (Rm 6:2; 2 Gal.: 19-20; 1Pe 2:24)., Que deixará de ser seu mestre (Rm 6:14, Rm 6:18 , Rm 6:20, Rm 6:22; conforme Rm 8:2;. 1Pe 2:161Pe 2:16).

A promessa de liberdade

"O escravo não fica para sempre em casa; o filho não permanecerá para sempre Então, se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.". (8: 35-36)

O Senhor usou a analogia da escravidão novamente nestes dois versículos, mas para diferentes fins. Sua afirmação de que o escravo não fica para sempre em casa, mas o filho não permanecerá para sempre foi um aviso. O filho tem direito permanente no domicílio; o escravo não. Mesmo que os judeus eram os descendentes de Abraão (e, portanto, parte da nação escolhida de Deus), eles eram como escravos, não filhos, e em perigo de perder eternamente os privilégios que tinham recebido. Em Mateus 8:11-12 o Senhor advertiu: "Eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e reclinar-se à mesa com Abraão, Isaque e Jacó, no reino dos céus, mas os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; naquele lugar haverá choro e ranger de dentes ". Só os que recebem Jesus Cristo como o Filho de Deus (seja descendente de Abraão ou não) que são verdadeiramente filhos de Deus (01:12 é; Rm 8:14; Gl 3:26; 4:.. Gl 4:6; 1 João 3:1-2).

No versículo 36 Jesus reiterou sua promessa do versículo 32, declarando que aqueles a quem o Filho livre, verdadeiramente sereis livres. Como o Filho que governa sobre a casa de Deus (He 3:6; Gl 4:5). Como magnífico hino de Charles Wesley "e pode ser" tão maravilhosamente resume:

 

Longo meu espírito aprisionado leigos
Rápido vinculada no pecado e na noite da natureza;
O teu olho difundido um raio quick'ning,
Eu acordei, o calabouço inflamado com a luz;
Minhas correntes caíram, meu coração estava livre;
Levantei-me, fui para trás e te seguimos.

 

31. Filhos de Abraão, ou Satanás? (João 8:37-47)

"Eu sei que vocês são descendentes de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós eu falar das coisas que eu vi com meu Pai;., Portanto, você também fazer as coisas que você ouviu de seu pai. " Responderam-lhe: "Nosso pai é Abraão." Jesus disse-lhes: "Se vocês são filhos de Abraão, fazeis as obras de Abraão, mas como ela é, você está procurando matar-me, um homem que lhe disse a verdade, o que eu ouvi de Deus;. Este Abraão não fez . Você está fazendo as obras de vosso pai. " Eles disseram-lhe: "Nós não nascemos da prostituição; temos um Pai: Deus." Jesus disse-lhes: "Se Deus fosse o vosso Pai, você me ama, porque eu saí e vim de Deus, por que eu não vim mesmo por mim mesmo, mas ele me enviou. Por que você não entende o que eu estou dizendo? É porque você não pode ouvir a minha palavra. Vós tendes por pai ao diabo, e você quer fazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas, porque vos digo a verdade, você não acredita em mim. Qual de vocês Me convence de pecado? Se eu falar a verdade, por que você não acredita em mim Quem é de Deus ouve as palavras de Deus;? por esta razão que você não ouvi-los, porque não sois de Deus. " (8: 37-47)

Em um mundo cheio de problemas e turbulências, e com a realidade inevitável da morte e da vida após a morte, as pessoas anseiam por segurança. Eles buscam conforto, estabilidade, uma perspectiva positiva para o futuro, um senso de propósito, e espero que após a morte. Além disso, se eles estão conscientes disso ou não, eles anseiam para aliviar a carga de esmagamento do pecado que domina a vida.A Palavra de Deus dá ampla instrução sobre a loucura da busca de segurança nas coisas erradas. A consideração geral sobre esta questão irá definir o cenário para o nosso texto e o verdadeiro e único de segurança.

Alguns olham para a riqueza e os bens para garantir a segurança e eliminar a ansiedade. Mas "as riquezas não duram para sempre" (Pv 27:24.); assim Provérbios 23:4-5 conselhos: "Não cansar-se para ganhar riqueza, cessar de sua consideração dele Quando você coloca seus olhos sobre ele, ele é ido para a riqueza certamente se faz asas como uma águia que voa em direção ao.. céus ". Em Mateus 6:19-21 Jesus disse:

Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça ea ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça ea ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem roubam; para onde o seu tesouro, aí estará o seu coração também.

Em Lc 12:15 Ele advertiu: "Cuidado, e estar no seu guarda contra toda forma de ganância, pois nem mesmo quando se tem uma abundância que sua vida consistem de seus bens." Então, nos versículos 16:21 o Senhor contou uma parábola que ilustra a loucura daqueles que tentam encontrar segurança em riquezas:

"A terra de um homem rico foi muito produtivo. E ele começou a raciocinar para si mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho lugar para guardar minhas colheitas? ' Então ele disse: 'Isto é o que vou fazer:. Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali recolherei todos os meus cereais e os meus bens e direi à minha alma: "Alma, tens muitos bens para muitos anos; levar a sua vontade, comer, beber e ser feliz "" Mas Deus lhe disse: 'Insensato Esta mesma noite a sua alma é exigido de você;.!? e agora quem será o proprietário o que você preparou' Assim é o homem que armazena um tesouro para si mesmo, e não é rico para com Deus ". (Conforme 16:25; 21:13; Sl 52:7; Sf 1:18). ", Aquele que confia nas suas riquezas cairá" (Pv 11:28 ; conforme Jc 1:11). E, claro, a riqueza material não tem nenhuma ligação com, nem pode fazer qualquer contribuição para a eternidade.

Outros, que são igualmente míope, olhar para a segurança em poder pessoal. Perguntou a Jó: "Por que o ímpio ainda vivem, continuar, também se tornou muito poderoso?" (21:7)

Aqueles que pensam que podem acalmar a angústia de seus corações, encontrando segurança em sua posição social e prestígio será igualmente decepcionado. Os escribas e fariseus "Amor [d] o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas" (Mt 23:6; conforme Lc 20:46). Eles ignoraram sábio conselho de Salomão: "Não reivindicar honra na presença do rei, e não ficar no lugar dos grandes homens, pois é melhor que se pode dizer a você:" Venha até aqui ", do que para você ser colocado mais baixo na presença do príncipe, a quem seus olhos viram "(Pv 25:6-7; conforme Lc. 14: 7-11). Apesar de sua imagem religiosa impressionante, os fariseus do tempo de Jesus eram, na realidade, filhos do inferno (Mt 23:15).

Há também aqueles que procuram narcisicamente segurança em sua aparência física e aparência, não percebendo que "Enganosa é a graça e beleza é vã" (Pv 31:30;. Conforme 11:22). Saul, por exemplo, foi "uma escolha e belo homem, e não havia outro mais belo do que ele entre os filhos de Israel" (1Sm 9:2). Filho de Davi, Absalão também foi muito marcante. Segundo Samuel 14: 25-26 registros que

em todo o Israel havia ninguém tão bonito como Absalão, tão louvado; desde a planta do pé até o alto da cabeça não havia defeito nele. Quando ele cortou o cabelo da sua cabeça (e foi no final de cada ano a cortá-la, pois era pesado sobre ele para que ele cortá-lo), ele pesava o cabelo da sua cabeça em 200 shekels por peso do rei.

Mas, apesar de sua bela aparência, Absalão também sofreu uma morte vergonhosa, pegou impotente nos galhos de uma árvore pelo próprio cabelo ele tão inutilmente premiado (2 Sam. 18: 9-14). Como ambos Saul e Absalão ilustrar, a aparência física não pode fornecer segurança duradoura, uma vez que "o nosso homem exterior está se deteriorando" (2Co 4:16), e, mais importante, "Deus não vê como vê o homem, pois o homem olha para o exterior aparência, mas o Senhor olha para o coração "(1Sm 16:7).

Satanás, é claro, reconhece o desejo humano inato para a segurança, e sabe que somente o evangelho prevê-lo. Portanto, ele oferece em seu lugar a última fonte de esperança falsificada: religião falsa. A religião falsa é a sua estratégia mortal (conforme 2 Cor 4: 3-4; 13 47:11-15'>11: 13-15.), Porque ele engana as pessoas a pensar que eles estão bem com Deus, quando na realidade não o são. Essa sensação artificial de segurança encontra-se e entorpece suas consciências, cegando-os para a sua necessidade desesperada para a verdade do evangelho.

Nesta seção, que continua o diálogo que começou no versículo 31, o Senhor confrontou a falsa segurança de que os judeus procuravam em seu legalismo farisaico. Como ele fez isso, os líderes judeus a quem ele se dirigiu cresceu cada vez mais hostil para com Ele. Na verdade, o seu ódio era tão intenso que eles já estavam planejando assassiná-lo (vv 37, 40; 5:. 16-18; 7: 1, 19, 25). Mas, em vez de recuar ou suavizando sua mensagem, o Senhor tornou-se ainda mais direto e contundente em sua condenação, a tal ponto que ele abertamente identificados Seus inimigos como filhos do diabo (v 44;.. Conforme vv 38,
41) .
Jesus demolido falsa segurança dos judeus para a vida eterna com Deus por refutar cada uma das três reivindicações em que basearam-lo: sua pretensão de ser crianças físicos de Abraão, a sua pretensão de ser filhos espirituais de Abraão, e sua pretensão de ser filhos de Deus.

A alegação de que de Abraão Física Crianças

"Eu sei que vocês são descendentes de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós eu falar das coisas que eu vi com meu Pai;., Portanto, você também fazer as coisas que você ouviu de seu pai. " (8: 37-38)

Jesus reconheceu a validade da reivindicação dos judeus, feito em verso 33, para ser de Abraão físicas descendentes (conforme Lc 13:16; Lc 19:9; At 7:2; Rm 11:1).. Ele também sabia que eles basearam a sua segurança em grande parte, esse fato, acreditando que eles eram garantidos entrada no reino de Deus, simplesmente porque eles são filhos de Abraão. O apologista cristão do século II Justino Mártir disse ao seu adversário judaica: "Eles [os professores judeus] enganar-se e você, supondo que o reino eterno será seguramente dada àqueles da dispersão que são de Abraão segundo a carne, embora eles pecadores, e infiel, e desobedientes a Deus "( Diálogo com Trifão , 140).

Mas o Novo Testamento que se estilhaça falsa esperança de segurança:

Mas se você levar o nome "judeu" e contar com a Lei e te glorias em Deus, e conhece a Sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei ... você, que te glorias na lei, através de sua quebra da Lei, você desonrar a Deus? Para "O nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de você", assim como está escrito. Porque, na verdade a circuncisão tem valor se você praticar a Lei; mas se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão. Portanto, se a incircuncisão guardar os preceitos da lei, não sua incircuncisão ser considerada como circuncisão? E aquele que é fisicamente incircunciso, se cumpre a lei, ele não vai te julgar que apesar de ter a letra da lei e circuncisão és transgressor da lei? Para ele não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne.Mas ele é um judeu que é interiormente; e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra; e seu louvor não provém dos homens, mas de Deus. (Rom. 2: 17-18, 23-29)

Descendência étnica de Abraão e circuncisão física não contam para nada além da "circuncisão ... que é do coração" (conforme Dt 10:16; 30:. Dt 30:6; Jr 4:4); a purificação do pecado que é operada "pelo Espírito" na salvação. Para além de que todas as bênçãos prometidas e vantagens do povo judeu, de que há muitos (conforme Rom 3: 1-2; 9: 4-5.), Em última análise, não significam nada.

Em Rm 9:6.). Aos Gálatas, ele escreveu: "Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Portanto, certifique-se de que é os que são da fé são filhos de Abraão .... sorte que os que são da fé são abençoados com Abraão, o crente "(Gal. 3: 6-7, Gl 3:9).

As ações dos adversários de Jesus, no entanto, mostrou que eles não estavam entre o remanescente crente. "Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia", Jesus lhes disse: "e viu-o e ficou feliz" (v 56;. Conforme He 11:13.). Abraão aguarda com expectativa a vinda do Messias, que seria o cumprimento final das promessas de Deus para ele. No entanto, os judeus procuravam matá- Jesus-o próprio Messias, para quem Abraão esperava. E ao contrário de Abraão, que creu na palavra de Deus (Gn 15:6; 1Co 2:141Co 2:14.). O termo Choreo ( não tem lugar ) pode significar "para avançar", "fazer progressos", ou "ir para a frente." Embora eles ouviram a palavra de Jesus eles não acatá-la, e, portanto, nunca deu frutos neles. Ele penetrou seus corações endurecidos não mais profundo do que a semente que caiu ao lado da estrada, na parábola do semeador (Mt 13:4). Em contraste, "a palavra de Deus ... realiza o seu trabalho em [aqueles] que crêem" (1Ts 2:13).

O Senhor continuou explicando a implicação lógica de sua dureza de coração: "Eu falo as coisas que eu vi com meu Pai, portanto, você também fazer as coisas que você ouviu de seu pai." Jesus falou-lhes de realidades celestes, de a verdade divina que somente Ele poderia revelar porque Ele ouviu do Pai (conforme v 26;. 03:11, 31-32, 34; 06:46; 12:49; 14:10, 24; 15:15; 17: 8). Mas rejeitaram "palavras e em vez disso que Jesus as coisas que eles ouviram de seu pai. Da mesma forma que Jesus 'conduta provou Seu Pai era Deus, o comportamento dos inimigos de Jesus provou que seu pai não era Deus, mas foi realmente o diabo (conforme v. 44).

Assim, eles não realmente conhecê-Lo, nem eles entendem as palavras que Ele falou. E porque não o conhecia, não sabia Seu Pai quer. Como ele já havia lhes disse: "Você sabe que nem eu nem meu pai, se você soubesse Me, você saberia também a meu Pai" (08:19).

A alegação de que de Abraão Espirituais Crianças

Responderam-lhe: "Nosso pai é Abraão." Jesus disse-lhes: "Se vocês são filhos de Abraão, fazeis as obras de Abraão, mas como ela é, você está procurando matar-me, um homem que lhe disse a verdade, o que eu ouvi de Deus;. Este Abraão não fez . Você está fazendo as obras de vosso pai. " (8: 39-41)

Os judeus resposta, "Abraão é nosso pai", indica que mais uma vez eles não conseguiram captar a importação de as palavras de Jesus. Eles amargamente insistiu que eles também eram filhos espirituais de Abraão; ou seja, que eles estavam seguindo seu padrão de fé em Deus. A resposta de Nosso Senhor indica isso porque Ele chama por eles para demonstrar a justiça que marcou Abraão. O desafio de Jesus, Se você é filho de Abraão, fazeis as obras de Abraão, destacou a grande discrepância entre suas ações e as de seu patriarca.

Abraão era um homem de fé extraordinária. Gn 15:6)

O escritor de Hebreus também elogiou a fé de Abraão, definindo-o para trás como um exemplo a ser seguido (Heb. 11: 8-12, 17-19).

Em contraste com Abraão, no entanto, os adversários de Jesus eram hipocritamente tentando ganhar o favor de Deus por suas próprias boas obras. Eles não seguir o exemplo de Abraão, uma vez que é "aqueles que são da fé [que] são abençoados com Abraão, o crente" (Gl 3:9); e, "há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (1Tm 2:5). Mas os adversários de Jesus estavam procurando matar -Lo (conforme v. 37), um homem que disse a eles a verdade, o que ele ouviu de Deus. Tais intenções assassinas foram muito longe de obediência de Abraão. Sua desobediência e rejeição de Deus, o Filho provado conclusivamente que eles não eram filhos espirituais de Abraão, já que, escusado será dizer, este Abraão não fez.

O contraste entre opositores e Abraão de Jesus foi tirado bruscamente: Abraão não era um assassino, mas eles tentaram assassinar Jesus; Abraão obedeceu e amado a verdade, enquanto eles rejeitaram veementemente-la; Abraão acolheu Deus (Gn 18:1). Não admira que Jesus disse-lhes de novo, "Você está fazendo as obras de vosso pai." A implicação clara, como no versículo 38, foi que seu pai não era nem Abraão, nem Deus, mas Satanás (v. 44).

A alegação de que os Filhos de Deus

Eles disseram-lhe: "Nós não nascemos da prostituição; temos um Pai: Deus." Jesus disse-lhes: "Se Deus fosse o vosso Pai, você me ama, porque eu saí e vim de Deus, por que eu não vim mesmo por mim mesmo, mas ele me enviou. Por que você não entende o que eu estou dizendo? É porque você não pode ouvir a minha palavra. Vós tendes por pai ao diabo, e você quer fazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas, porque vos digo a verdade, você não acredita em mim. Qual de vocês Me convence de pecado? Se eu falar a verdade, por que você não acredita em mim Quem é de Deus ouve as palavras de Deus;? por esta razão que você não ouvi-los, porque não sois de Deus. " (8: 41b-47)

Enfurecido pela contínua insistência de Jesus de que eles não eram filhos espirituais de Abraão, os judeus atacou-o com um insulto vicioso. Sua zombando declaração, "Nós não somos nascidos de prostituição", foi, sem dúvida, uma referência depreciativa à controvérsia em torno do nascimento de Jesus. Em outras palavras, eles estavam dando a entender que o Seu nascimento, ao contrário deles, era ilegítimo (conforme v. 48).

Os líderes judeus passou a insistir, "Nós temos um Deus Pai." Não há dúvida de que eles tinham em mente essas passagens do Antigo Testamento como Ex 4:22: "Assim diz o Senhor:" Israel é meu filho, meu primogênito "e Jr 31:9.). Era verdade que Deus era o Pai de todos 1srael em um sentido nacional. Mas, espiritualmente falando, Ele era o Pai apenas daqueles que tinham realmente vir a fé salvadora (conforme a discussão do v. 37).

Talvez neste momento adversários de Jesus começou a entender o que ele estava querendo dizer e logo dizer-que eles eram filhos de Satanás (vv. 38, 41). Em resposta, eles sustentavam que sua religião era puro, não contaminado pelo idólatra religião falsa. Portanto, eles não poderiam ser filhos de Satanás, porque ele era o pai espiritual das nações. Assim, eles afirmaram com confiança, eles devem ser filhos de Deus.
Mas sua glória orgulhoso era visivelmente falsas; como Jesus lhes disse: "Se Deus fosse o vosso Pai (e a implicação é que Ele não era), você iria me amam, porque eu saí e vim de Deus, por que eu não vim mesmo por mim mesmo, mas Ele me enviou. " Aqueles que professam o amor a Deus ainda rejeitar Aquele que saí e veio a partir Ele não pode ser verdadeiros filhos de Deus. Ao recusar-se a abraçar Jesus, os líderes judeus minou completamente a alegação de que Deus era seu Pai. Como Jesus lhes havia dito anteriormente: "Aquele que não honra o Filho não honra o Pai que o enviou" (5:23); Mais tarde, ele iria avisá-los: "Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai" (15:23). Verdadeiros filhos de Deus são inerentemente caracterizada por um amor de Seu Filho.

O Senhor, então, a pergunta retórica, "Por que você não entende o que estou dizendo?" A resposta óbvia, como Jesus passou a apontar, foi porque eles não podiam ouvir a Sua palavra. Como observado anteriormente na exposição do verso 38 , sua incapacidade de ouvir e entender Ele provou que eles não eram filhos de Deus. Em vez disso, ele demonstrou que eles eram verdadeiramente de seu pai, o diabo. O que ele tinha implícita nos versículos 38:41 Jesus já declarou sem rodeios: fisicamente, seus oponentes eram filhos de Abraão, mas espiritualmente e moralmente eles eram filhos de Satanás (Mt . 13:38; At 13:10; 1Jo 3:121Jo 3:12). Por isso, não foi surpresa que eles queriam para fazer as más desejos de seu pai. Da mesma forma que as crianças físicas naturalmente tomar após seus pais terrenos, esses indivíduos tinham uma semelhança espiritual para o próprio Satanás. Como o conhecido adágio diz, "Tal pai, tal filho".

Dois maus desejos em particular caracterizar Satanás: assassinato e mentira. Ele era, Jesus disse, um homicida desde o princípio. A referência é à queda, quando a tentação de Adão e Eva de Satanás provocou sua morte espiritual e que de toda a raça humana (Gn 2:17; Rm 5:12 ; 1 Cor 15: 21-22).. A referência também pode abranger o primeiro assassinato da história humana, a de Abel por Caim (Gn 4:1-8). Desde a queda, o ódio de Satanás para a humanidade o levou para a rondar "ao redor como um leão que ruge procurando alguém para devorar" (1Pe 5:8; conforme Ap 12 (2Co 4:4.):. 9; 20: 2 3, 10). Ao rejeitar a verdade encarnada (01:17; 14: 6.; Ef 4:21), os líderes judeus unarguably-se marcado como filhos de Satanás. "Porque eu falo a verdade", Jesus declarou: "você não acredita em mim. " Como filhos do pai da mentira eles foram incapazes e sem vontade de receber a verdade.

Estes judeus incrédulos não foram, é claro, os únicos membros da família espiritual de Satanás; em sua primeira epístola João escreveu que qualquer "aquele que pratica o pecado é do diabo" (1Jo 3:8; At 16:14; 2 Cor. 3: 14-16), nenhum incrédulo vai ouvi-la. Em vez disso, "querendo ter comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências, e desviarão os ouvidos da verdade e voltando às fábulas" (2 Tim. 4: 3-4). Tendo sido enganados por esquemas de Satanás (2Co 2:11; 4:.. 2Co 4:4; Ef 6:11), e ter participado de seu trabalho, todos os pecadores não arrependidos compartilharão a condenação de seu pai (1Tm 3:6 que Ele "foi tentado em todas as coisas como nós somos, mas sem pecado"; He 7:26 O descreve como "santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores"; e 1Pe 2:22 afirma que Ele "não cometeu pecado." Somente o One perfeitamente santo, em comunhão íntima com o Pai, poderia ousar para emitir tal desafio. Embora Seus inimigos erroneamente acreditavam que ele era culpado de pecado, não podiam provar que era culpado de nada. Em seu julgamento diante de Anás Jesus lançou um desafio semelhante: "Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se bem, por que me feres?" (18:23). Lá, como aqui, o desafio ficou sem resposta.

Segunda pergunta retórica do Senhor pressionado o ponto incansavelmente: "Se eu falar a verdade, por que você não acredita em mim?" Se Ele não era culpado do pecado, Ele devia estar falando a verdade. Que motivos, portanto, que eles tinham para rejeitá-Lo?

Quando Seus adversários atordoados não deu qualquer resposta, Jesus respondeu à sua própria pergunta: "Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por esta razão que você não ouvi-los, porque não sois de Deus." O silogismo é clara; lógica do Senhor irrefutável: Ele que é de Deus ouve as palavras de Deus; eles fizeram não ouvi-los; portanto, eles eram não de Deus.

Como João Batista antes dele (Lc 3:8)

Os judeus, respondendo, disse-lhe: "Não dizemos nós bem que és samaritano, e que tens demônio?" Jesus respondeu: "Eu não tenho demônio, antes honro a meu Pai, e você desonrar-me mas eu não busco a minha glória;. Há Alguém que procura e juízes verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar. A minha palavra, nunca verá a morte. " Os judeus disseram-lhe: "Agora sabemos que tens demônio Abraão morreu, e também os profetas;. '. Se alguém guardar a minha palavra, nunca provará a morte" e Você diz: Certamente você não é maior do que o nosso pai Abraão, que morreu Os profetas morreram também,? Quem te fazes tu por ser " Jesus respondeu: "Se eu glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada, é meu Pai, que me glorifica, de quem você diz:" Ele é o nosso Deus '; e você não vim a conhecê-lo, mas eu conheço-o, e se Eu digo que eu não conheço, serei um mentiroso como vocês, mas eu sei que Ele e manter sua palavra. O seu pai Abraão exultou por ver o meu dia, e viu-o e alegrou-se. " Então os judeus disseram-lhe: "Você ainda não são cinqüenta anos, e viste Abraão?" Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou." Por isso, eles pegaram em pedras para lhe atirarem, mas Jesus escondeu-se e saiu do templo. (8: 48-59)

Desde sua rebelião inicial (conforme Is 14:12-14; Ez 28:1), Satanás tem incansavelmente travou uma guerra contra Deus e Seus servos. O conflito, que começou no reino angélico (Dn 10:13, Dn 10:20; Ef 6:12; Ap 12:1, 7-9), foi trazida para a Terra quando Satanás tentou Adão e Eva no Jardim do Éden (Gn 3:1-19). Desde então, o Diabo tem feito tudo dentro de sua extensa, embora limitado, poder de impedir os propósitos de Deus e mensagem obscura de Deus. Embora a vitória completa e total de Deus é absolutamente certo (1 Cor. 15: 24-25; Ap 20:10), no presente a batalha espiritual continua a raiva (2 Cor 4: 3-4; Ef 6:12.. —18).

Enquanto a guerra cósmica das eras tem desempenhado no palco da história humana, homens de Deus têm consistentemente confrontou os inimigos satânicos de Verdade divina, homens como Moisés, que exigiam que o faraó deixou o povo de Deus ir (Ex 5:1); Elias, que desafiou os profetas de Baal (I Reis 18:19-40); João Batista, que reprovou os fariseus e saduceus corruptos (Mat. 3: 7-10); Estevão, que confrontou o Sinédrio e pagou por isso com a sua vida (Atos 7:51-53); Pedro e João, que denunciou o feiticeiro Simon (Atos 8:9-24); e Paulo e Barnabé, que condenou o falso profeta Bar-Jesus (13 9:44-13:11'>Atos 13:9-11).

Mas, acima de todos os heróis humanos da fé, o Senhor Jesus Cristo enfrentou os exércitos do inferno. João escreveu em 1Jo 3:8; Mc 1:24; Cl 2:15; He 2:14).

Os Evangelhos Sinópticos estão repletas de confrontos entre as forças de Cristo e Satanás, tanto demoníaca (por exemplo, Mt 8:31; 17: 14-18.; Marcos 7:25-30; Lucas 4:33-35, Lc 4:41; Lc 9:42; Lc 11:14; Lc 13:32) e humano. No plano humano, a instituição religiosa judaica (que consistia principalmente de falsos mestres hipócritas) recebeu Seus ataques mais severos. Como hipócritas apóstatas, os líderes judeus eram realmente os inimigos do Deus que pretendiam servir-e Jesus foi rápido para expor sua verdadeira condição espiritual.

Quando os escribas e fariseus insistiu que ele execute um sinal para eles (Mt 0:38; conforme 16: 1-4.), Jesus ", respondendo, disse-lhes: Uma geração má e adúltera pede um sinal, e ainda não sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas "(Mt 12:39). Quando quis saber por que os discípulos não manter a tradição dos anciãos (Mat. 15: 1-2), Jesus denunciou-os como hipócritas, seu coração estava distante de Deus, cujo (v. 7) (v. 8) culto foi em vão (v. 9), e cujo ensino era falsa (v. 9). Quando desafiado Seu ensinamento sobre o divórcio (Mt 19:3). Quando os líderes religiosos resmungou na Sua comer com publicanos e pecadores (Lc 5:30), Jesus sarcasticamente condenou sua arrogante auto-justiça (vv. 31-32). Quando eles expressaram surpresa que o Senhor não cerimonialmente lavar antes de comer (Lucas 11:37-38), Ele os acusou de serem exteriormente justos, mas interiormente ímpios (vv 39-40.). Quando um chefe da sinagoga ficou indignado porque Jesus curava no sábado (Lc 13:14), o Senhor o expôs como um hipócrita, mais preocupado com o bem-estar dos animais do que pessoas (vv 15-16; conforme 14: 1. —6). E para "algumas pessoas que confiavam em si mesmos que eram justos, e viram os outros com desprezo" (Lc 18:9). Quando os samaritanos se ofereceu para ajudar a reconstruir o templo após o exílio, os judeus se recusaram e os samaritanos foram insultados (Esdras 4:1-3). A rivalidade entre os dois grupos só se intensificou ao longo do período intertestamental. Nos dias de Jesus a animosidade mútua era tão grande que os judeus evitou lidar com os samaritanos completamente (Jo 4:9). Jesus, no entanto, não tinha preferência por barreiras raciais. Ele primeiro se revelou como o Messias para a mulher samaritana (João 4:25-26), e também usou um samaritano para ilustrar um bom vizinho (Lucas 10:33-35). (Para uma discussão mais aprofundada dos samaritanos, ver a exposição Dt 4:9). Esta não foi a primeira vez que eles tinham feito essa alegação ultrajante sobre Ele. Em Mc 3:22: "Os escribas que tinham descido de Jerusalém diziam: 'Ele está possuído por Belzebu" (Satanás), e "Ele expulsa os demônios pelo príncipe dos demônios" (conforme 03:30; Mt 10:25). Jo 7:20 registra que "a multidão respondeu [Jesus]: ​​'Você tem um demônio que tenta matar você!'?" Mais tarde no evangelho de João, a carga seria feita novamente: "Muitos de [os judeus] estavam dizendo, "Ele tem um demônio e é insano. Por que você ouvi-lo?" (10:20). Para dizer que alguém estava possuído pelo demônio era o mesmo que dizer que ele era louco, já que as pessoas possuídas por demônios muitas vezes agiu irracionalmente (por exemplo, Lc 8:27, Lc 8:29, Lc 8:35; 9: 38-39). Em uma clara demonstração de sua cegueira espiritual, eles processado tudo Jesus disse e fez para a conclusão de que um demônio tinha o enlouqueceu. É este tipo de decisão, em face da revelação plena, que é descrito em Hebreus 6:4-8:

Pois, no caso daqueles que uma vez foram iluminados e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram , é impossível renová-los novamente para arrependimento, visto que novamente crucificando para si mesmos o Filho de Deus e colocá-lo para abrir vergonha. Por terra que embebe a chuva que muitas vezes cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição, e isso acaba sendo queimado.

Mas Jesus não respondeu em espécie para suas acusações maliciosas; "Embora sendo injuriado, não revidava com ultraje" (1Pe 2:23; conforme Pv 15:1; Mt 17:5).Assim, é só aqueles que honram o Filho a quem as honras da casa do pai, em troca (12:26; conforme 1Co 12:3), Jesus se não buscar a Sua própria . glória Se isso tivesse sido seu desejo, ele poderia mantiveram-se no céu e continuou na glória divina que tinha sido Sua desde toda a eternidade (Jo 17:5). Cristo, porém, não veio à Terra em busca de sua própria elogios, mas "para buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19:10); para "tirar os pecados de muitos" (He 9:28; conforme Is 53:11-12..); e para "salvar o seu povo dos seus pecados" (Mt 1:21). O Criador onipotente (Jo 1:3; He 1:2; He 1:3.) E na Sua transfiguração (Mt 17:5.)

Em uma contrapartida Antigo Testamento para que a passagem, o salmista descreveu glorificação do Pai do Filho:

 

Mas, quanto a mim, eu tenho o meu Rei
Após a Sião, meu santo monte.
Eu certamente irá contar do decreto do Senhor:
Ele me disse: "Tu és meu Filho,
Hoje te gerei.
Pede-me, e eu te darei as nações por herança,
E o próprio confins da Terra como sua posse.
Você deve quebrá-los com uma vara de ferro,
Você deve quebrar-los como barro. "
Agora, pois, ó reis, mostrar discernimento;
Tome aviso, juízes da terra.
Adorar o Senhor com reverência
E se alegrar com tremor.
Faça homenagem ao Filho, que Ele não fica com raiva, e você perecer no caminho,
Para a sua ira em breve poderá ser acesa.

Bem-aventurados todos os que nele se refugiam! (Sl. 2: 6-12)

 

Nessa mesma linha, o Sl 110:1, o Pai declarou do Filho "Eis o meu servo prosperará, Ele será alto e elevado e muito elevado." . Depois de Sua morte e ressurreição, Cristo ascendeu ao lugar de suprema honra na mão direita do Pai (Mt 26:64; Atos 2:33-35; At 5:31; 7: 55-56; Rm 8:34; Ef. . 1:20; Cl 3:1; He 1:3; He 12:2).

Para aqueles que honram e glorificam pela obediência à Sua chamada para a salvação, Jesus prometeu: "Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte." Amém, amém ( verdade, em verdade), como ele sempre faz no Evangelho de João (conforme vv 34, 58; 1:51; 3:. 3, 5, 11; 05:19, 24-25; 6:26, 32, 47, 53; 10: 1, 7 ; 12:24; 13 16:20-21, 38; 14:12; 16:20, 23; 21:18), introduz uma declaração de grande importância. Aquele que mantém sua palavra (ou seja, obedece;. conforme v 55; 14:15, 21, 23-24; 15:10, 20; Mt 5:19) é um verdadeiro filho de Deus (Jo 1:12 ), em Seu reino (3: 3-5), e é o Seu verdadeiro discípulo (8:31), que nunca vai experimentar a separação eterna de Deus (Ap 2:11; Ap 20:6; Ap 21:8). Em 5:24 Ele reiterou que a verdade: "Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. " Jesus é "o pão que desce do céu, para que se possa comer dele e não morrer" (06:50). Consolando Marta após a morte de seu irmão Lázaro, o Senhor declarou: "Eu sou a ressurreição ea vida; quem crê em mim viverá ainda que morra, e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá" (11: 25-26).

A declaração de Jesus aqui é apenas outra maneira de expressar a verdade de que a vida resultados eternos de humilde e obediente, crendo na Sua Palavra e segui-Lo (Mt 19:29; Mt 25:46; João 3:15-16., Jo 3:36; Jo 4:14 ; Jo 5:24; Jo 6:27, Jo 6:40, Jo 6:47, Jo 6:54, Jo 6:63, Jo 6:68; Jo 10:10, Jo 10:28; 17:.. 2-3; Rm 5:21; Rm 6:23; 1Tm 1:161Tm 1:16; 1 João 5:11-12). Mesmo para estes que desdenhosamente rejeitaram Seu evangelho e desonrado Ele, Jesus ainda graciosamente oferecido a vida eterna: uma outra oferta que se intensificou a gravidade de sua sentença eterna, se eles o rejeitaram (Lucas 12:47-48).

O Duvidando

Os judeus disseram-lhe: "Agora sabemos que tens demônio Abraão morreu, e também os profetas;. '. Se alguém guardar a minha palavra, nunca provará a morte" e Você diz:Certamente você não é maior do que o nosso pai Abraão, que morreu Os profetas morreram também,? Quem te fazes tu por ser " Jesus respondeu: "Se eu glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada, é meu Pai, que me glorifica, de quem você diz:" Ele é o nosso Deus '; e você não vim a conhecê-lo, mas eu conheço-o, e se Eu digo que eu não conheço, serei um mentiroso como vocês, mas eu sei que Ele e manter sua palavra. O seu pai Abraão exultou por ver o meu dia, e viu-o e alegrou-se. " Então os judeus disseram-lhe: "Você ainda não são cinqüenta anos, e viste Abraão?" Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou." (8: 52-58)

Ao ouvir as palavras de Jesus em um sentido estritamente literal e terrestre, os incrédulos judeus retrucou, "Agora sabemos que tens demônio Abraão morreu, e também os profetas;. E você diz que, se alguém guardar a minha palavra, nunca provará a morte. ' Certamente você não é maior do que o nosso pai Abraão, que morreu Os profetas morreram também,? Quem te fazes tu por ser "Nem o patriarca reverenciado Abraão nem nenhum dos profetas tinham o poder de derrotar a morte, uma vez que todos eles tinham morrido . Arremessando próprias palavras de Jesus para ele, se alguém guardar a minha palavra, nunca provará a morte, os líderes judeus, indignada exigiu, "Certamente você não é maior do que o nosso pai Abraão ou os profetas que morreram; quem te fazes tu fora para ser? " Ou: "Quem você pensa que é?" O tom de seu questionamento é obviamente abusiva; eles tinham certeza de que apenas uma pessoa possuída pelo demônio poderia fazer uma reivindicação tão estranho.

Com calma e pacientemente, Jesus repetiu a verdade Ele tinha declarado nos versículos 49:50". Se eu glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; ele é o meu Pai, que me glorifica" Ele não estava procurando a sua própria glória, mas foi seguro no conhecimento de que o Pai ... glorifica -Lo. A afirmação de Jesus não eram os de um endemoninhado ou um maníaco, porque a glória Ele possui não era mau ou satânico, mas divina. Foi Sua por Sua eterna relação a Seu Pai (17:
24) —o muito Uma das quais os líderes judeus disse: "Ele é o nosso Deus." Para eles piamente afirmam conhecer a Deus, enquanto blasfemando e rejeitando o Seu Filho foi ridícula. Por isso Jesus, apontar o óbvio, novamente, claramente lhes disse: Você não veio a conhecê-lo. Apesar de sua pretensão exterior, que não conhecem a Deus; eles eram filhos de Satanás (v. 44). Sua ilusão era que eles eram filhos de Deus e que Jesus estava em aliança com o diabo (conforme Mt 12:24).

Apesar da oposição feroz dos seus adversários e o desfecho iminente, Jesus se recusou a voltar para baixo ou negar que Ele sabia que o Pai. "Eu o conheço", afirmou, "e se eu disser que eu não conheço, eu serei Um mentiroso como você, mas eu sei Ele e manter a sua palavra ". Eles eram mentirosos porque eles afirmaram conhecer a Deus quando na verdade não o fez; Jesus teria sido um mentiroso se ele havia negado conhecer a Deus, a quem Ele sabia em uma unidade profunda e eterna (conforme 1:18; 07:29; 10:15; 11:27 Matt.). O Senhor manteve a verdade de seu conhecimento divino de Seu Pai, como um em natureza com Ele, porém, tornou-se o problema para o qual eles tentaram assassiná-lo (conforme João 19:6-7).

Em contraste com a sua rejeição dEle, o Senhor lhes disse: "Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o e alegrou-se." He 11:13 registros que Abraão viu e congratulou-se o dia de Cristo.Ele viu em seu filho Isaque o início do cumprimento da Sua aliança com ele de Deus (Gn 12:1-3; 15: 1-21; 17: 1-8), que culminaria na vinda do Messias. Mais uma vez (conforme vv. 39-40), Jesus contrastou o comportamento dos seus adversários com a de seu patriarca, provando que eles não eram filhos espirituais de Abraão. Eles queriam matar o próprio Um em cuja vinda Abraão alegrou-se (conforme v. 37).

Teimosamente persiste em sua incompreensão das palavras de Jesus, os judeus disseram-lhe: "Você ainda não são cinqüenta anos, e viste Abraão?" Abraão tinha vivido mais de dois milênios antes;Jesus não poderia tê-lo visto. Eles também torceu Suas palavras; o Senhor não tivesse dito que tinha visto Abraão, mas que Abraão teve (profeticamente) visto. Note-se que 'declaração de que Jesus era os judeus Ainda não tens cinquenta anos não especifica de Jesus idade exata, mas sim coloca um limite superior sobre ele. O Senhor teria sido apenas em seus trinta anos, uma vez que Ele era de cerca de trinta anos quando começou Seu ministério (Lc 3:23).

Resposta culminante de Jesus, "Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, eu sou", era nada menos do que uma reivindicação de plena divindade. O Senhor levou mais uma vez para si o nome sagrado de Deus (veja a discussão sobre 08:24 no capítulo 29 do presente volume). Obviamente, como o Deus eterno (João 1:1-2), Ele já existia antes da época de Abraão. Homer Kent explica: "Ao utilizar o intemporal 'eu sou' em vez de 'eu era,' Jesus transmitida não só a idéia da existência antes de Abraão, mas intemporalidade-a própria natureza do próprio Deus (Ex 3:14)" ( Luz nas Trevas [Grand Rapids: Baker, 1974], 128-29).

O Desafio

Por isso, eles pegaram em pedras para lhe atirarem, (08:59)

Os líderes judeus entendida a afirmação de Jesus perfeitamente. Em resposta, o seu ódio inflamado em violência. Enfurecido pelo que percebiam como uma blasfêmia (conforme 10:33), eles tomaram a lei em suas próprias mãos e pegaram em pedras para lhe atirarem (conforme Lv 24:16).

Aqui é o aperto de incredulidade tão poderosa que, em face de evidências irrefutáveis ​​que eles não estavam dispostos a aceitar que, como Deus em carne humana, Jesus foi incapaz de cometer blasfêmia; em vez todas as Suas reivindicações, não importa o quão surpreendente, eram absolutamente verdadeiro. É irônico que os líderes religiosos judeus, aparentemente tão apaixonados pela honra de Deus que eles estavam prontos para atirar pedras em um blasfemador, eram, na verdade, acusando o próprio Deus de blasfemar contra Deus.

O Desaparecimento

mas Jesus escondeu-se e saiu do templo. (8: 59b)

Significativamente, o Senhor não protestou que ele tinha sido mal interpretado. Claramente, ele estava afirmando ser Deus. Desde a sua hora de morrer ainda não tinha chegado (Jo 7:30; Jo 8:20; Jo 13:1 ). (Descrição breve e simples de João desta fuga milagrosa é uma reminiscência de como ele registra outros eventos sobrenaturais em seu evangelho-conforme Jo 6:11, Jo 6:19.) Assim termina esse diálogo trágico entre Jesus e os líderes religiosos judeus condenados.

Como nesta ocasião, por isso sempre é que existem apenas duas respostas possíveis para as pretensões de Jesus. Uma delas é a aceitá-los como verdadeiros, e se prostrarão diante Dele em humilde e fé arrependido, confessando-O como Senhor e Salvador. A outra resposta, ilustrado por adversários de Jesus nesta passagem, é a de endurecido, amarga rejeição. O trágico resultado, com medo de que a resposta será a condenação eterna no inferno. Como Jesus alertou sobriamente ", eu disse isso, para que você vai morrer em seus pecados, pois se não crerdes que eu sou, morrereis nos vossos pecados" (08:24).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de João Capítulo 8 do versículo 1 até o 59

João 8

Desgraça e piedade — Jo 8:1-11

Os escribas e fariseus tinham proposto encontrar alguma acusação com a qual pudessem desacreditar a Jesus. E neste incidente criam que o tinham posto entre a cruz e a espada. Na época de Jesus, quando surgia algum problema legal difícil se acostumava levá-lo perante algum rabino para que este tomasse uma decisão. De maneira que os escribas e fariseus se aproximaram de Jesus como a um rabino. Trouxeram-lhe uma mulher surpreendida em adultério.

Diante da Lei judia, o adultério era um crime muito grave. Os rabinos diziam: "Todo judeu deve morrer antes que cometer idolatria, assassinato ou adultério." O adultério era um dos três pecados mais graves. A Lei era muito clara neste aspecto. Existiam algumas diferencia a respeito da forma em que se devia cumprir a pena de morte; mas no caso do adultério a Lei estabelecia tal pena. Lv 20:10 diz: “Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera”. Ali não se fala da forma em que diziam morrer. Deuteronômio 22:23-24 estabelece a pena no caso de uma mulher que já está desposada. Nesse caso, era preciso tirar a mulher e o homem que a seduziu fora das portas da cidade "e os apedrejarão, e morrerão".

O Mishna, quer dizer a Lei escrita judaica, afirma que o castigo para o adultério é o estrangulamento e até estabelece a forma em que o deve levar a cabo.

"O homem deve ser enterrado em esterco até os joelhos, e se deve pôr uma toalha suave dentro de uma mais grossa ao redor de seu pescoço (para que não fique marca, porque se trata de um castigo de Deus). Depois um homem atira para um lado, e outro ao lado contrário, até o homem morrer."

O Mishna reitera que para a mulher desposada que comete adultério, o castigo é morrer apedrejada. Do ponto de vista puramente legal, os escribas e fariseus tinham toda a razão do mundo. Esta mulher merecia a pena de morte.

Quando os escribas e fariseus confrontaram Jesus com esta decisão, quiseram embarcá-lo no seguinte dilema: Se Jesus decidia que era preciso apedrejar a mulher, ocorriam duas coisas. Em primeiro lugar, perdia para sempre a fama que se granjeou por seu amor e sua misericórdia, e jamais o voltaria a chamar amigo dos pecadores. Se dizia que devia morrer chocaria com a lei romana pois os judeus não tinham poder para impor a pena de morte sobre ninguém. De maneira que se Jesus dizia que a mulher devia morrer, perderia o amor e a devoção da maioria das pessoas simples, e se tornaria em um criminoso perante o governo romano. Se Jesus decidia que era preciso perdoá-la, imediatamente se afirmaria que ensinava os homens a desobedecer a Lei de Moisés, e que fomentava e até alentava as pessoas a cometer adultério. Essa era a armadilha em que escribas e fariseus pretendiam fazer Jesus cair. Mas Jesus inverteu seu ataque de tal forma que se voltou contra eles mesmos.
Em primeiro lugar, Jesus girou e escreveu o chão. O que significa isso, em realidade? Por que Jesus fez semelhante coisa? Pode haver quatro razões.

  1. Jesus pode ter querido ganhar tempo, e não tomar uma decisão apressada. Nesse breve instante pode ter pensado o assunto e pode tê-lo apresentado perante Deus.
  2. Alguns manuscritos adicionam, "Como se não os ouvisse." Pode ser que Jesus tenha obrigado os escribas e fariseus a repetir suas acusações para que, ao fazê-lo, pudessem dar-se conta da crueldade sádica que escondiam. Possivelmente queria que tomassem consciência do que estavam dizendo.
  3. Em Ecce Homo, Seeley sugere algo interessante. "Jesus experimentou um sentimento de vergonha intolerável. Não podia enfrentar a multidão, os acusadores e possivelmente, nesse momento, a quem menos pudesse enfrentar fosse a mulher... Em sua vergonha e confusão se reclinou para esconder o rosto e começou a escrever no chão com os dedos." Pode ser que o olhar malicioso e lascivo dos escribas e fariseus, a curiosidade ofegante da multidão, a vergonha da mulher, combinaram-se para encher o coração de Jesus de agonia e piedade, de maneira que escondeu seu olhar.
  4. Sem dúvida as sugestões mais interessantes são as que propõem alguns dos manuscritos posteriores. A versão armênia do Novo Testamento traduz esta passagem da seguinte forma: "Ele mesmo, reclinando a cabeça, escrevia com o dedo sobre o chão para declarar os pecados desses homens e eles viam seus distintos pecados sobre as pedras." O que sugere é que Jesus escrevia no chão os pecados dos homens que acusavam à mulher.

Pode haver algo de verdade nisto. A palavra grega com que se expressa escrever é grafein; mas a palavra que se emprega aqui é katagrafein, que pode significar escrever uma acusação contra alguém. (Um dos significados de kata é contra.) Em 13:26, ele diz: “Escreves (katagrafein) contra mim coisas amargas.” Pode ser que Jesus enfrentasse a esses sádicos tão seguros de si mesmos com a lista de seus pecados.

Seja como for, os escribas e fariseus insistiram em obter uma resposta, e a conseguiram. Com efeito, Jesus disse: "Muito bem! Apedrejem! Mas o homem que esteja sem pecado seja o primeiro em atirar a pedra." Não seria difícil que a palavra sem pecado (anamartétos) signifique não só sem pecado, mas também sem um desejo pecaminoso.

O que dizia Jesus era o seguinte: "Sim, podem apedrejá-la, mas só se vós mesmos nunca quiseram fazer o mesmo." produziu-se um silêncio, e logo, lentamente, os acusadores se foram afastando.

Assim, Jesus e a mulher ficaram sozinhos. Como o expressa Agostinho: "Ficou uma grande miséria e uma grande misericórdia." Jesus perguntou à mulher: "Ninguém te condenou?" "Ninguém, Senhor", respondeu. Jesus disse: "No momento eu tampouco te julgarei. Vai, comece mais uma vez, e não voltes a pecar."

DESGRAÇA E PIEDADE

João 8:1-11 (continuação)

A grande contribuição desta passagem é a forma em que mostra as distintas atitudes para com as pessoas. Mostra-nos duas coisas a respeito da atitude dos escribas e fariseus.

  1. Mostra-nos sua concepção da autoridade. Os escribas e fariseus eram os eruditos legais da época. Quando surgia um problema se recorria a eles e como autoridade em matéria legal. Toda sua atitude manifesta com clareza que para eles a autoridade era algo essencialmente crítico, e condenatório. Jamais lhes ocorreu pensar que a autoridade deve basear— se na compreensão, que o objetivo da autoridade deveria ser recuperar o criminoso e o pecador. Concebiam sua função como algo que lhes dava o direito de erguer-se sobre outros como vigilantes lúgubres, estar atentos a qualquer engano ou separação da Lei e dar a cada quebrantamento da Lei com um castigo selvagem e desumano. Consideravam que sua função lhes dava o direito de aniquilar o pecador; nunca lhes passou pela cabeça que talvez estavam na obrigação de curá-lo. Ainda existem pessoas que crêem que a posição de autoridade lhes dá o direito de condenar e a obrigação de castigar. Concebem a autoridade como algo que não implica mais que castigo e condenação. Crêem que a autoridade que possuem lhes dá o direito de ser cães guardiães treinados para fazer migalhas ao pecador. Toda autoridade autêntica se baseia na compreensão.

Quando George Whitefield viu o criminoso a caminho ao cadafalso, pronunciou essa frase famosa: "Aí vou eu, se não fosse pela graça de Deus."
O primeiro dever da autoridade é tentar compreender por que atuou de uma forma determinada o homem que cometeu um engano, tratar de entender a força das tentações que o incitaram a pecar, tratar de compreender quais foram as circunstâncias que converteram ao pecado em um pouco tão fácil e atrativo. Ninguém pode julgar a outro se, pelo menos, não buscar compreender o que viveu essa pessoa. O segundo dever da autoridade é buscar recuperar a quem agiu mal. Qualquer autoridade que só se preocupa com o castigo é uma autoridade má. Qualquer autoridade que, ao cumprir sua função, leva o pecador já seja ao desespero ou a um ressentimento amargo e triste, é um fracasso. A função da autoridade não consiste em apartar o pecador de toda sociedade decente, menos ainda aniquilá-lo; sua função consiste em converter o pecador em um homem bom. O homem que está em uma posição de autoridade deve ser como um médico sábio; seu único desejo deve ser curar a outros.

  1. Este incidente mostra com toda clareza e crueldade a atitude dos escribas e fariseus com relação ao povo. Estes escribas e fariseus não olhavam à mulher como uma pessoa; só a viam como uma coisa, como um instrumento mediante o qual pudessem fazer uma acusação a Jesus. Estavam-na usando, como a gente faria com uma ferramenta, para seus próprios fins. Para eles, essa mulher não tinha nome, personalidade, coração, sentimento, nem emoções; não era mais que uma peça no jogo com o qual buscavam destruir a Jesus. Sempre é errado ver as pessoas como coisas; sempre é algo mau, desumano e anticristão ver as pessoas como coisas.

A respeito de Beatrice Webb, que logo se converteu no Lady Passmore, a famosa economista, dizia-se que "via os homens como espécimes que caminhavam". Para ela o homem não era uma pessoa, mas uma instância, um caso, um espécime de algo.
O Dr. Paul Tournier, em seu livro A Doctor's Casebook, refere-se ao que ele denomina "o personalismo da Bíblia". Assinala o interesse que a Bíblia demonstra pelos nomes. Deus diz a Moisés: “Eu te conheço pelo teu nome” (Ex 33:17). Deus disse ao Ciro: “Eu sou o SENHOR... que te chama pelo teu nome” (Is 45:3). Na Bíblia há páginas inteiras com nomes. O Dr. Tournier sustenta que isto demonstra que a Bíblia pensa nas pessoas em primeiro lugar, não como partículas de uma massa, abstrações ou idéias, mas sim como pessoas. “O nome próprio”, escreve o Dr. Tournier. “é o símbolo da pessoa. Se me esqueço os nomes de meus pacientes, se me disser, ‘Ah! Aí está esse ulceroso ou esse tuberculoso que vi outro dia’, estou-me preocupando mais por suas úlceras ou seus pulmões que por eles como pessoas”. Insiste que um paciente sempre deve ser uma pessoa, nunca um caso.

É pouco provável que os escribas e fariseus soubessem o nome dessa mulher. Para eles, essa mulher não era mais que o caso de alguém que tinha cometido adultério na forma mais desavergonhada e a quem podiam usar como instrumento e ferramenta para cumprir os seus propósitos. No preciso momento em que as pessoas se transformam em coisas, morre o espírito do cristianismo.

Deus faz uso de sua autoridade para amar os homens a fim de convertê-los em pessoas boas; para Deus ninguém jamais se converte em uma coisa. Devemos usar qualquer tipo de autoridade que tenhamos para compreender e ao menos tentar curar, guiar e ajudar a pessoa que cometeu um engano. E não poderemos fazer nada a menos que lembremos que toda mulher e todo homem é uma pessoa, não uma coisa.

DESGRAÇA E PIEDADE

João 8:1-11 (continuação)

Além disso, este incidente diz muito a respeito de Jesus e sua atitude para com o pecador.

(1) Jesus sustentava como princípio fundamental que só o homem que está livre de falta tem o direito de manifestar seu juízo sobre a falta de outros. “Não julgueis”, disse Jesus, “para que não sejais julgados” (Mt 7:1). Disse que o homem que pretendia julgar a seu irmão era como um homem que tinha uma trave no olho e tentava tirar uma palha do olho do outro (Mateus 7:3-5). Um dos enganos mais comuns é que somos muitos os que exigimos atitudes em outros que nós mesmos jamais poderíamos cumprir. Muitos de nós condenamos em outros faltas que são mais que evidentes em nossas próprias vidas. Mais de um pai desafia e castiga a seu filho por algo que ele mesmo faz uma e outra vez.

Mais de um membro da Igreja critica a outro por faltas das quais ele mesmo é tão culpado como seu próximo. A qualidade que nos permite julgar não é o conhecimento: isso é algo que todos temos; é a realização da bondade: nenhum de nós podemos nos gabar de possuí-la. A própria realidade da situação humana significa que Deus é o único que tem o direito de julgar, pela simples razão de que nenhum homem é suficientemente bom para julgar a outro homem.

  1. Jesus sustentava como princípio dirigente que nosso primeiro sentimento para com alguém que cometeu um engano deveria ser a misericórdia. Afirmou-se que o dever do médico é "às vezes, curar; muito freqüentemente, aliviar e sempre, consolar". Quando se leva uma pessoa que padece uma enfermidade a um médico, ou cirurgião, o homem com experiência médica não contempla o doente com asco, inclusive se sofrer de uma enfermidade que produz essa sensação. De fato, guarda-se a repulsão física natural que em alguns casos é inevitável graças ao grande desejo de ajudar e curar.

Quando nos deparamos com alguém que cometeu um engano, nosso primeiro sentimento não deve ser "Eu me ocuparei de que sofra pelo que tem feito; não terei nada que ver com alguém que pôde agir como o fez", mas sim, "O que posso fazer para ajudar esta pessoa? Que posso fazer para restituí-lo ao bom caminho? O que posso fazer para apagar as conseqüências deste engano?" Em poucas palavras, sempre devemos oferecer a outros a mesma piedade compassiva que gostaríamos que nos oferecessem se nos encontrássemos em uma situação similar.

  1. É muito importante que compreendamos como Jesus tratou esta mulher. É fácil usar esta passagem para extrair dele a lição inadequada e para dar a impressão de que Jesus perdoava com facilidade e ligeireza, como se o pecado não tivesse a menor importância. O que Jesus disse foi o seguinte: "Não condenarei você neste momento; vá, e não volte a pecar.” De fato, Jesus não anulava o juízo nem dizia: "Não se preocupe, está bem." Para expressá-lo em termos humanos, o que fez foi diferir a sentença. Disse, "Não farei um juízo definitivo nem condenarei Jesus agora; vai, e demonstra que você pode se comportar melhor. Você pecou, vá, e não volte a pecar e eu a ajudarei todo o tempo. No fim do dia veremos como você viveu." A atitude de Jesus para com o pecador implicava determinados aspectos.
  2. Implicava uma segunda oportunidade. É como se Jesus tivesse dito à mulher: "Eu sei que você fez coisas muito más, mas a vida não acabou; dou-lhe outra oportunidade, a de se redimir." Alguém escreveu estes versos:

Como desejaria que existisse um lugar maravilhoso,
Que seria o País para Voltar a Começar,
Onde todos nossos enganos e todas nossas tristezas E toda nossa dor egoísta
Pudessem ser abandonadas como um saco velho na porta,

E não o voltássemos a usar jamais.

Em Jesus encontramos o evangelho da segunda oportunidade. Jesus sempre manifestava um interesse intenso, não só no que tinha sido uma pessoa, e sim no que podia chegar a ser. Não dizia que o que tinham feito carecia de importância; as leis quebrantadas e os corações destroçados sempre importam, mas Jesus estava convencido de que todos os homens têm tanto um futuro como um passado.

  1. Implicava a piedade. A diferença fundamental entre Jesus e os escribas e fariseus era que estes queriam condenar; Jesus desejava perdoar. Se lermos as entrelinhas fica resulta evidente que estes escribas e fariseus queriam apedrejar esta mulher e que se alegrariam ao fazê-lo. Conheciam a emoção de exercer o poder para condenar; Jesus conhecia a emoção de exercer seu poder para perdoar. Jesus contemplava ao pecador com uma piedade que emanava de seu amor; os escribas e fariseus contemplavam o pecador com desagrado que emanava de sua auto-suficiência.
  2. Implicava um desafio. O desafio com o qual Jesus confrontou a esta mulher foi o de uma vida livre de pecado. Não disse: "Está bem, não se preocupe, continue fazendo o mesmo que tem feito até agora." Pelo contrário, disse: "Está mal; saia e lute; mude sua vida de princípio a fim; vá, e não volte a pecar.'' Não se trata de um perdão fácil. Trata-se de um desafio que encaminhava o pecador a alturas de bondade com as quais jumas tinha sonhado. Jesus enfrenta a vida má com o desafio da vida boa.
  3. Implicava a confiança na natureza humana. Quando nos pomos a pensar, parece esmagador o fato de Jesus dizer a uma mulher descoberta em adultério, a uma mulher de moralidade muito duvidosa: "Vai e não peque mais." O que surpreende e alenta em Jesus é sua confiança nos homens e nas mulheres. Quando se encontrava com alguém que tinha cometido um pecado, não dizia: "Você é uma criatura desgraçada e sem esperança." O que dizia era o seguinte: "Vá e não peque mais." Indubitavelmente cria que com sua ajuda, o pecador se podia converter num santo. O método de Jesus não consistia em queimar os homens com o reconhecimento de sua qualidade de pecadores miseráveis, coisa que sabiam muito bem, e sim lhes inspirar o descobrimento não imaginado de que eram santos em potencial.
  4. Implicava uma advertência. Aqui nos deparamos com uma advertência que não se explicita mas que se percebe com clareza. Aqui nos deparamos com a situação eterna do evangelho, a opção eterna. Jesus enfrentou a essa mulher com uma opção: podia voltar para seus velhos hábitos ou podia inclinar-se para com uma vida nova, em união com Jesus. O relato não está terminado, porque nenhuma vida chegou a seu fim até que se confronta com Deus.

(Devemos assinalar que este relato da mulher descoberta em adultério implica uma série de complicadas questões textuais. No final do livro se pode encontrar uma análise dessas questões.)

A LUZ QUE OS HOMENS NÃO RECONHECERAM

João 8:12-20

O cenário desta discussão de Jesus com as autoridades judias é o tesouro do templo. O tesouro do templo estava no Pátio das mulheres que era o segundo pátio do templo. O primeiro era o Pátio dos gentios; o segundo era o Pátio das mulheres. Chamava-se assim porque as mulheres não tinham autorização para atravessá-lo a menos que fossem oferecer um sacrifício no altar que estava no Pátio dos sacerdotes. Ao redor do Pátio das mulheres havia uma colunata ou peristilo. Nessa colunata, contra a parede, havia treze arcas nos quais as pessoas deixavam cair suas ofertas. Estas arcas eram chamadas As trombetas, porque tinham a forma de trombetas, estreitos na boca e mais largos no fundo.

Cada uma das treze arcas tinha atribuídos valores da oferta. Nos dois primeiros lançavam as ofertas de meio siclo que todo judeu devia pagar para a manutenção do templo. No terceiro e no quarto se depositava o dinheiro para adquirir as duas pombas que devia a mulher oferecer para sua purificação depois do nascimento de um filho (Lv 12:8). No quinto ficavam as contribuições para resolver o pagamento da madeira necessária para manter aceso o fogo do altar. No sexto se depositavam as contribuições para pagar o incenso empregado nos cultos do templo. No sétimo se depositavam as ofertas para a manutenção dos vasos de ouro que se empregavam nos cultos do templo.

Às vezes um homem ou uma família separava uma soma determinada para fazer uma oferta de gratidão ou por alguma falta cometida. Nas outras seis trombetas o povo depositava qualquer dinheiro extra que ficasse depois de ter comprado a oferta, ou qualquer outro dinheiro que queriam oferecer. Fica evidente que o tesouro do templo devia ser um lugar muito ocupado, com um desfile constante de fiéis, porque sempre havia uma quantidade de judeus devotos que queriam fazer suas ofertas a Deus. Não podia haver um lugar melhor para reunir um público piedoso e para lhes repartir ensinos que o tesouro do templo.

Nesta passagem Jesus faz sua afirmação fundamental: "Eu sou a luz do mundo." E é muito provável que o ambiente no qual Jesus pronunciou esta frase a tenha feito particularmente eloqüente e impressionante. João relaciona estes discursos e discussões com a festa dos tabernáculos (Jo 7:2). Já vimos (Jo 7:37) de que maneira as cerimônias dessa festa fazem mais patéticas as afirmações de Jesus a respeito de que Ele daria aos homens a água viva. Mas havia outra cerimônia relacionada com esta festa. No entardecer do primeiro dia da festa havia uma cerimônia chamada a Iluminação do Templo. Desenvolvia-se no Pátio das mulheres. O pátio estava rodeado por profundas galerias, construídas para dar localização ao público. No centro do pátio se preparavam quatro grandes candelabros.

Quando chegava o anoitecer se acendiam os candelabros e, conforme se contava, enviavam um resplendor tão patente por toda Jerusalém que todos os pátios da cidade ficavam iluminados por seu brilho. E depois, durante toda a noite, até que o cantar do galo na manhã seguinte, os homens mais destacados, mais sábios e mais santos de todo o Israel dançavam perante o Senhor e entoavam salmos de alegria e de louvor a Deus enquanto o povo os observava. De maneira que durante a festa dos tabernáculos o resplendor das luzes do templo iluminava a cidade e transpassava a escuridão de suas praças, pátios e ruas.

O que Jesus diz é o seguinte: "Viram que o resplendor das luzes do templo atravessa a escuridão da noite. Eu sou a Luz do mundo e para o homem que me siga haverá luz, não só durante uma noite de festa, mas também durante todo o trajeto de sua vida. A luz do templo é brilhante, mas ao final se debilita e desaparece. Eu sou para os homens a luz que permanece para sempre."

A LUZ QUE OS HOMENS NÃO RECONHECERAM

João 8:12-20 (continuação)

Jesus disse: “quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.” A frase a luz da vida significa duas coisas. Em grego pode querer dizer a luz que surge da fonte de vida ou a luz que dá vida aos homens. Nesta passagem tem ambos os sentidos. Jesus é a própria luz de Deus que chegou aos homens: e Jesus é a luz que dá vida aos homens. Assim como a flor não pode florescer quando não recebe a luz do Sol, nossas vidas tampouco podem florescer com a graça e a beleza

que deveriam fazê-lo até que não as penetra a luz da presença de Jesus Cristo.

Nesta passagem Jesus fala de segui-lo. Falamos com freqüência de seguir a Jesus, freqüentemente insistimos aos homens a que sigam a Jesus. O que queremos dizer quando falamos de seguir a Jesus? A palavra grega que significa seguir é akolouthein, e quando a analisamos, seus sentidos se combinam para lançar uma corrente de luz sobre o que significa seguir a Jesus e converter-se em seu seguidor. Akolouthein tem cinco sentidos diferentes mas relacionados entre si.

  1. É usado freqüentemente para referir-se a um soldado que segue a seu capitão e líder. O soldado segue a seu capitão nas longas marchas pelas estradas, na batalha, nas campanhas a terras estranhas, segue-o em qualquer lugar que o leve. O cristão é o soldado cujo líder é Cristo.
  2. É usado com freqüência com relação ao escravo que acompanha a seu amo. Em qualquer lugar que vá o amo o escravo está a seu lado para atendê-lo. O escravo sempre está disposto a ir a serviço de seu amo e a cumprir as tarefas que este o encomenda. O cristão é o escravo cuja alegria consiste em servir sempre a Cristo.
  3. É usado freqüentemente com referência à aceitação da opinião, veredicto ou juízo de um conselheiro sábio. Quando um homem tem uma dúvida, dirige-se ao homem sábio e experiente, ao que tem conhecimento, ao perito, e, se for prudente, aceita o juízo e a opinião que recebe. O cristão é o homem cujo conselheiro e perito é Cristo. O cristão é aquele que dirige sua vida e sua conduta segundo o conselho de Cristo.
  4. Costuma-se empregar a respeito da obediência às leis de uma cidade ou de um Estado. Se um homem tiver que converter-se em um membro aceitável e útil de qualquer sociedade ou em um cidadão de alguma comunidade, deve aceitar as leis dessa sociedade ou comunidade e deve obedecê-las. O cristão é o cidadão do Reino dos céus, e aceitou a lei do Reino e a lei de Cristo como lei que regerá sua vida.
  5. Costuma-se empregar a respeito de alguém que segue a linha argumentativa de um professor ou o tema principal de um discurso. O cristão é o homem que compreendeu o significado do ensino de Cristo. Não ouviu com uma incompreensão tola; não ouviu sem prestar maior atenção; não ouviu de maneira tal a mensagem entra por um ouvido e sai pelo outro. Escuta, leva a mensagem à sua mente e compreende, recebe as palavras em sua memória e as recorda, esconde-as em seu coração e obedece.

Ser seguidor de Cristo significa entregar seu corpo, sua alma e seu espírito à obediência do Mestre. E entrar nesse caminho significa avançar na luz. Quando caminhamos sozinhos estamos condenados a tropeçar e andar tateando porque são muitos os problemas da vida que estão além de nossa possibilidade de solução e, se tentarmos arrumá-los por nossa conta fracassaremos sem remédio. Quando partimos sozinhos estamos condenados a tomar o caminho equivocado porque não temos um mapa da vida seguro. Necessitamos a sabedoria do céu para seguir o caminho da Terra. O homem que tem um guia seguro e um mapa correto sem dúvida chegará ao destino são e salvo. Jesus Cristo é esse guia; ele é o único que possui o mapa da vida. Segui-lo significa transitar a salvo pela vida e depois entrar na glória.

A LUZ QUE OS HOMENS NÃO RECONHECERAM

João 8:12-20 (continuação)

Quando Jesus afirmou que era a luz do mundo, os escribas e fariseus reagiram com hostilidade. Para eles essa afirmação devia parecer bem mais surpreendente que para nós. Apareceria como uma afirmação, o que era correto, por parte de Jesus a respeito de que era o Messias e, além disso, a respeito de que cumpriria a tarefa que só Deus podia levar a cabo. No pensamento e no idioma judeus se associava em forma muito especial a palavra luz com Deus. “O SENHOR é a minha luz” (Sl 27:1). “O SENHOR será a tua luz perpétua” (Is 60:19). “Quando eu, guiado por sua luz, caminhava pelas trevas” (29:3). “se morar nas trevas, o SENHOR será a minha luz” (Mq 7:8). Os rabinos sustentavam que o nome do Messias é luz. Quando Jesus afirmou que era a luz do mundo estava fazendo a maior afirmação que podia pronunciar.

O tema desta passagem é difícil, complicado e sintético, mas inclui três linhas argumentativas.

  1. Os judeus insistiram, em primeiro lugar, que não se podia considerar correta uma afirmação como a que Jesus fez porque o testemunho sobre o qual se baseava era insuficiente. Segundo o ponto de vista deles, fundamentava-se somente na palavra do próprio Jesus. Agora, a Lei judia requeria que qualquer afirmação estivesse baseada sobre o testemunho de duas testemunhas para considerá-la verdadeira. “Uma só testemunha não se levantará contra alguém por qualquer iniqüidade ou por qualquer pecado, seja qual for que cometer; pelo depoimento de duas ou três testemunhas, se estabelecerá o fato” (Dt 19:15). "Por dito de duas ou de três testemunhas morrerá aquele que tiver que morrer; não morrerá pelo dito de uma só testemunha" (Dt 17:6). “Uma só testemunha não deporá contra alguém para que morra” (Nu 35:30). A acusação dos judeus se baseava em que não se podia aceitar a afirmação de Jesus porque não era sustentada por nenhuma testemunha fora dele próprio.

A resposta que Jesus dá é dupla. Em primeiro lugar, responde que seu testemunho é suficiente. Era tão consciente de sua própria autoridade, de sua estreita relação com Deus, que não necessitava nenhum outra testemunha. Não se trata de orgulho ou confiança em si mesmo. Não é mais que a instância suprema do que acontece todos os dias na vida cotidiana. Um grande cirurgião ou médico confia em sua opinião; não necessita que ninguém o apóie, seu testemunho é sua própria habilidade.
Um advogado importante ou um juiz de renome está seguro de sua própria interpretação e aplicação da lei. Não quer dizer que está orgulhoso de seu conhecimento; é consciente de que sabe.
Jesus estava tão seguro e era tão consciente de sua estreita relação com Deus que não necessitava nenhuma outra autoridade para apoiar suas afirmações fora dessa relação com Deus.
Mas, em segundo lugar, Jesus diz que em realidade tem uma segunda testemunha, e essa testemunha é Deus. Como podemos afirmar que Deus dá testemunho da autoridade suprema de Jesus?

  1. O testemunho de Deus está nas palavras de Jesus. Ninguém podia falar com tal sabedoria a menos que Deus lhe tivesse dado o conhecimento.
  2. O testemunho de Deus está nas ações de Jesus. Ninguém podia fazer essas coisas a menos que Deus estivesse com ele e agisse através dele.
  3. O testemunho de Deus está no efeito de Jesus sobre os homens. Cristo produz mudanças nos homens que estão claramente muito além do poder de qualquer ser humano. Nenhum poder humano pode fazer com que o homem mau se converta em alguém bom; portanto, o poder de Jesus é divino. O próprio fato de que Jesus pode fazer pelos homens o que os homens jamais podem fazer por si mesmos é a prova definitiva de que seu poder não é meramente o poder de um homem. É o poder de Deus.
  4. O testemunho de Deus está na reação dos homens para com Jesus. Em qualquer lugar e quando quer que Jesus se apresentou aos homens em todo seu esplendor, em qualquer lugar que se pregou a cruz em toda sua grandeza e em todo seu esplendor, houve uma resposta imediata e assustadora no coração dos homens.

O que foi que despertou esta resposta? Essa resposta é o Espírito Santo de Deus que opera e dá testemunho nos corações dos homens. É o Deus que está em nossos corações que nos permite ver a Deus em Jesus. Assim foi como Jesus enfrentou o argumento dos escribas e fariseus no sentido de que não se podiam aceitar suas palavras porque o testemunho que o apoiava não era adequado. Suas palavras estavam baseadas em um testemunho duplo: o testemunho de sua própria consciência de autoridade e o testemunho de Deus.

  1. Em segundo lugar, Jesus, refere-se a seu direito de julgar. Sua vinda ao mundo não propõe como primeira missão emitir um juízo; sua vinda ao mundo propõe o Amor. Foi porque Deus amou tanto o mundo que Jesus veio. Entretanto, ao mesmo tempo, a reação do homem para com Jesus é um juízo em si mesmo. Se não ver nenhuma beleza em Jesus, mediante essa mesma reação se condenou. Aqui Jesus estabelece um contraste entre dois tipos de juízo.
  2. Existe o juízo que se baseia sobre o conhecimento e os padrões humanos, o juízo que nunca vê além da superfície. Esse era o juízo dos escribas e fariseus. E, em última instância esse é o juízo humano porque os homens não podem ver além da superfície das coisas.
  3. Existe o juízo que se baseia no conhecimento, não no conhecimento superficial, e sim naquele que conhece todos os fatos, inclusive os mais recônditos, e esse juízo só pode corresponder a Deus, porque Ele é o único que tem esse conhecimento. Agora, Jesus afirma que qualquer juízo que Ele emite, não é um juízo humano; é o juízo de Deus; porque Ele é em tal medida um com Deus. Ali se encontra tanto nosso consolo como nossa advertência. Jesus é o único que conhece todos os fatos. Isso o faz misericordioso como ninguém pode sê-lo jamais; mas ao mesmo tempo lhe permite ver pecados que estão escondidos aos olhos dos homens. O juízo de Jesus é perfeito porque está baseado no conhecimento que pertence a Deus.
  4. Por último, Jesus disse com toda franqueza aos escribas e fariseus que eles não tinham um conhecimento real de Deus. O fato de que não reconheciam quem e o que era Jesus demonstrava que em realidade não conheciam a Deus. A tragédia era que toda a história de Israel estava criada para que os judeus reconhecessem o Filho de Deus quando este chegasse: toda sua História apontava a essa vinda. Mas se comprometeram tanto com suas próprias idéias, estavam tão evoltos em seu próprio caminho, tão seguros de sua idéia do que era a religião que se haviam feito cegos para com Deus, a tragédia dos judeus era que criam que sabiam mais que Deus.

A INCOMPREENSÃO FATAL

João 8:21-30

Esta é uma das passagens controversas tão característicos do Quarto Evangelho que são tão difíceis de explicar e de entender. Nesta passagem há várias linhas argumentativas cruzadas.
Jesus começa dizendo a seus inimigos que vai embora; e que, depois que for, eles se darão conta do que perderam, eles o buscarão e não o encontrarão, e descobrirão seu engano quando já for muito tarde. Esta é a verdadeira nota profética.
Recorda-nos três coisas.

  1. Há certas oportunidades que vêm uma vez e não voltam a repetir nunca. Todos os homens recebem a possibilidade de decidir-se por Cristo e aceitá-lo como Salvador e Senhor. Mas essa é uma oportunidade que se pode rechaçar e perder.
  2. Neste argumento de Jesus está implícito que a verdade e a vida são limitadas. Ninguém tem todo o tempo do mundo; ninguém tem uma vida ilimitada: nossa duração e nossa vida têm, necessariamente, um limite. Devemos tomar essa decisão durante o tempo que nos foi adjudicado. O tempo que temos para nos decidir por Jesus é limitado, e ninguém sabe qual é seu limite. Portanto, temos todas as razões possíveis para tomar a decisão já mesmo.
  3. Justamente porque temos uma oportunidade na vida também existe o juízo. A oportunidade perdida implica o juízo. Quanto maior era essa oportunidade, quanto mais freqüentemente vinha, quanto mais clara e evidente era, maior era o juízo se a rechaçava e a deixava passar. Esta passagem nos enfrenta com a glória de nossa oportunidade, e a limitação do tempo que temos para aceitá-la.

Quando Jesus falou de sua partida, referia-se a sua volta a seu Pai e sua glória. Isso era exatamente o que não podiam compreender seus inimigos, porque mediante sua constante desobediência e sua negativa a aceitá-lo, fecharam-se a si mesmos da presença de Deus. Jesus disse que não podiam segui-lo ao lugar aonde ia, e eles sugeriram que possivelmente se ia suicidar. O que acontece é que, segundo o pensamento judeu, o inferno estava reservado aos suicidas, a aqueles que tiravam suas próprias vidas. De maneira que, com uma espécie de blasfêmia lúgubre e terrível, o que diziam estes judeus a respeito de Jesus era o seguinte: "Possivelmente pensa tirar a vida, possivelmente se dirige para as profundezas do inferno; é muito certo que não podemos segui-lo até ali e não o faremos."
Jesus disse que se persistiam em rechaçá-lo, morreriam em seus pecados. Trata-se de uma frase profética (ver Ez 3:18; Ez 18:18). Isto implica duas coisas.

  1. A palavra com que se designa o pecado é hamartia. Originariamente esta palavra estava relacionada com a caça e seu significado literal é errar o alvo. O homem que se nega a aceitar a Jesus como Senhor e Salvador errou o alvo da vida. Morre com a vida frustrada, inacabada, incompleta, sem realizar; portanto, morre havendo— se inabilitado para entrar na vida superior com Deus.
  2. A essência do pecado é que separa o homem de Deus. Quando, no antigo relato, Adão cometeu o primeiro pecado, seu primeiro instinto foi esconder-se de Deus (Gênesis 3:8-10). O homem que morre em pecado morre em estado de inimizade e terror de Deus. O homem que aceita a Cristo já caminha com Deus, e a morte não faz mais que lhe abrir as portas para caminhar em forma mais íntima. Rechaçar a Cristo significa ser um estranho para Deus; aceitar a Cristo é ser um amigo de Deus; e nessa amizade fica banido para sempre o terror à morte.

A INCOMPREENSÃO FATAL

João 8:21-30 (continuação)

Jesus enumera uma série de contrastes. Seus inimigos pertencem à Terra; ele pertence ao céu. Eles pertencem ao mundo, Ele não é do mundo.
João fala com freqüência do mundo; a palavra grega com que se designa o mundo é kosmos. Emprega a palavra em forma muito pessoal.

  1. O kosmos, o mundo, é o contrário do céu. Jesus veio do céu ao mundo (Jo 1:9). Deus o enviou ao mundo (Jo 3:17). Ele não é do mundo, seu inimigos são do mundo (Jo 8:23). O kosmos é a vida cambiante, passageira, transitiva que vivemos; o kosmos é todo o humano por oposição ao divino.
  2. E entretanto, o kosmos, o mundo, não está separado de Deus. Primeiro e principal, o mundo é criação de Deus (Jo 1:10). O mundo de Deus foi criado por sua palavra. Apesar da diferença entre o mundo e o céu, embora a gente é divino e o outro humano, entretanto não há entre eles um abismo infranqueável.
  3. E o mais importante, é que o kosmos, o mundo, é o objeto do amor de Deus. Deus amou o mundo de tal maneira que enviou o seu Filho (Jo 3:16). Por mais diferente que seja o mundo de tudo o que é divino, Deus jamais o abandonou. É o objeto de seu amor e o receptor de seu dom supremo.
  4. Mas ao mesmo tempo há algo que anda mal no kosmos. Há uma cegueira no mundo; quando o criador do mundo veio a ele, este não o reconheceu (Jo 1:10). O mundo não pode receber o Espírito da Verdade (Jo 14:17). O mundo não conhece a Deus (Jo 17:25). No mundo existe uma cegueira terrível e trágica que não reconhece a Deus, nem a sua verdade nem a seu Filho. No kosmos se manifesta uma hostilidade para com Deus. O mundo é hostil a Deus e a seus filhos. O mundo odeia a Cristo e a seus seguidores (João 15:18-19). Os seguidores de Cristo só podem encontrar problemas e tribulações no mundo (Jo 16:33).
  5. Aqui nos encontramos com uma estranha seqüência de acontecimentos. O mundo está separado de Deus; e entretanto, não existe entre Deus e o mundo nenhum abismo infranqueável. Deus criou o mundo, Deus ama o mundo, Deus enviou o seu Filho ao mundo. E entretanto, encontramos esta cegueira e esta hostilidade para com Deus.

Só se pode extrair uma conclusão. G. K. Chesterton disse em uma ocasião que há uma só coisa indubitável sobre o homem: que não é aquilo que estava destinado a ser. Há uma só coisa inegável sobre o kosmos, do mundo: o kosmos não é aquilo para o qual foi criado. Algo mau lhe aconteceu. O que? O pecado. Foi o pecado o que separou o mundo de Deus. É o pecado o que faz que o mundo seja cego com respeito a Deus. O pecado é quem se manifesta hostil para com Deus.

Agora, a este mundo que tomou um caminho equivocado chega Cristo; e chega com o remédio. Traz o perdão para os pecados; traz a purificação do pecado, traz o poder e a graça para que o homem viva como deve fazê-lo e para converter o mundo no que deve ser. Mas o homem pode rechaçar um remédio. Um médico pode oferecer a seu doente um remédio que o curará, pode lhe dizer que um tratamento ou uma operação lhe devolverá a saúde e as forças. Até pode dizer que se não aceitar esse tratamento, só lhe espera a morte. Isso é exatamente o que diz Jesus. "Se não crêem que sou quem sou, morrerão em seus pecados." Se os homens não aceitarem o remédio que Jesus traz, eles morrem.
Há algo que anda mal no mundo. Qualquer o pode comprovar. O remédio consiste em reconhecer a Jesus Cristo como Filho de Deus, reconhecer que a única coisa que pode salvar o mundo é obedecer sua sabedoria perfeita, e que a única coisa que pode curar a alma individual é aceitá-lo como Salvador e Senhor.

Somos perfeitamente conscientes do mal que espreita e arruína ao mundo; o remédio está baixo nossos olhos. Nós carregaremos com a responsabilidade se nos negarmos a aceitá-lo.

A INCOMPREENSÃO FATAL

João 8:21-30 (continuação)

Não há nenhum versículo mais difícil de traduzir no Novo Testamento que Jo 8:25. Ninguém pode estar completamente seguro do significado das palavras gregas. Poderia significar: “Isso mesmo que já desde o princípio vos disse”, que é o sentido que escolhe a versão Almeida Corrigida (1995). Outras traduções que se sugeriram são: "Em primeiro lugar, em essência, sou o que lhes estou dizendo." "Declaro— lhes que eu sou o princípio." “Que é que desde o princípio vos tenho dito?” (RA, 1993). Nós sugerimos que pode significar o seguinte: "Tudo o que lhes estou dizendo não é mais que um começo." Se tomarmos nesse sentido, a passagem diz a seguir que os homens verão o verdadeiro significado de Cristo de três formas.

  1. Vê-lo-ão na cruz. Vemos o que é Jesus em realidade quando é elevado na cruz. Aí é onde vemos o amor que não deixa os homens sozinhos e que os ama até o fim.
  2. Vê-lo-ão no Juízo. Ainda tem que fazer muitos juízos. No momento, pode aparecer como o carpinteiro de Nazaré que está fora da Lei; mas chegará o dia em que o verão como Juiz e saberão o que é.
  3. Quando isso acontecer verão nele a personificação da vontade de Deus. "Sempre faço as coisas que lhe agradam", disse Jesus. Os outros homens, por melhores que sejam, não obedecem continuamente a Deus. A obediência de Jesus é contínua, perfeita e completa. Deve chegar o dia em que os homens vejam e reconheçam que em Jesus está corporificada a própria mente de Deus.

O DISCÍPULO AUTÊNTICO

João 8:31-32

Há poucas passagens do Novo Testamento que descrevam em forma tão completa as características do discípulo como estes dois versículos.

  1. Para ser um discípulo, em primeiro lugar deve-se crer. A gente começa a ser um discípulo quando aceita como verdadeiro o que Jesus diz. Quando o homem aceita tudo o que Jesus diz sobre o amor de Deus, tudo o que afirma sobre o terror do pecado, quando aceita tudo o que diz sobre o verdadeiro significado da vida, nesse momento o homem começa a ser um discípulo de Jesus.
  2. Ser um discípulo significa permanecer constantemente na palavra de Jesus. O que significa permanecer na palavra de Jesus? Implica quatro coisas.
  3. Ouvir em forma constante a palavra de Jesus. Conta-se que John Brown de Haddington costumava deter-se de vez em quando enquanto pregava como se ouvisse uma voz. O cristão é o homem que ouve a voz de Jesus durante toda sua vida. É o homem que não toma nenhuma decisão sem ouvir antes o que Jesus diz a respeito.
  4. Implica aprender constantemente de Jesus, Em seu sentido literal, o discípulo (mathetes) é aquele que aprende, porque isso é o que a palavra grega significa. O cristão deve aprender durante toda sua vida mais e mais a respeito de Jesus. A mente que se fecha põe fim ao discípulo.
  5. Implica penetrar constantemente na verdade com que estão carregadas as palavras de Jesus. Ninguém pode ouvir as palavras de Jesus de uma vez para sempre, ninguém as pode ler uma só vez, e dizer que entende todo seu sentido. A diferença entre um grande livro e um livro frívolo radica justamente em que ao segundo lemos uma vez e nunca voltamos a sentir desejos de relê-lo; enquanto que o livro transcendente o lemos várias vezes e voltamos a abri-lo de vez em quando. Permanecer na palavra de Jesus significa estudar e pensar continuamente no que disse e no que nos continua dizendo, até que cada vez fazemos mais nosso o significado de suas palavras.
  6. Implica obedecer em forma constante a palavra de Jesus. Não estudamos a palavra de Jesus para obter uma satisfação acadêmica ou uma estima intelectual, mas para descobrir o que Deus quer de nós. O discípulo é aquele que aprende para poder agir. A verdade que trouxe Jesus aponta rumo à ação.
  7. Do ser discípulo surge o conhecimento da verdade. Aprender de Jesus é aprender a verdade. "Conhecereis a verdade", disse Jesus. E qual é a verdade que conheceremos? Essa pergunta tem muitas respostas possíveis, mas a forma mais sintética de expressá-lo quer dizer que a verdade que nos traz Jesus nos mostra os verdadeiros valores da vida. Há uma pergunta fundamental a que todo homem deve responder já seja em forma consciente ou inconsciente: "A que dedicarei minha vida?" "Vou dedicá-la a uma carreira? Vou dedicá-la a acumular posses materiais? Vou dedicá-la ao prazer? Vou dedicá-la à obediência e ao serviço a Deus?" A verdade que nos traz Jesus permite estabelecer corretamente nossa escala de valores. É em sua verdade onde vemos quais são as coisas que têm importância e quais carecem dela.
  8. O ser discípulo proporciona a liberdade. “A verdade vos libertará.” "No serviço a Deus está a liberdade perfeita." O fato de ser discípulos nos outorga quatro liberdades.
  9. Liberta-nos do temor. O homem que é discípulo jamais volta a caminhar sozinho. Caminha para sempre em companhia de Jesus, e, com Ele, o temor desaparece.
  10. Liberta-nos de nosso eu. Muitos homens reconhecem que seu maior obstáculo e seu inimigo mais acérrimo é seu próprio eu. E são muitos os que exclamam se desesperados: "Não posso trocar. tratei, mas é impossível." O poder e a presença de Jesus podem recriar ao homem até que se converte em alguém novo.
  11. Liberta-nos de outros. A vida de muita gente está dominada pelo que podem pensar e dizer outros.

H. G. Wells disse em uma oportunidade que a voz de nosso próximo soa com maior vigor em nossos ouvidos que a de Deus. O discípulo é aquele homem que já não se preocupa com o que os outros dirão porque só pensa no que diz Deus.

  1. Liberta-nos do pecado. São muitos os homens que chegaram ao ponto em que não pecam porque querem fazê-lo mas sim porque não podem evitá-lo. Seus pecados, seus hábitos, suas debilidades, sua irritabilidade chegaram a dominá-los de tal forma que já não podem livrar-se deles. O ser discípulos rompe as cadeias que atam a nossos pecados e nos permitem ser a pessoa que deveríamos ser.

Que surja em mim um homem Para deixar de ser quem sou.

Essa é a oração cuja resposta receberá o discípulo de Cristo.

LIBERDADE E ESCRAVIDÃO

João 8:33-36

Quando Jesus falava de liberdade os judeus se sentiam irritados. Asseguravam que jamais tinham sido escravos de ninguém. Sem a menor duvida, em certo sentido isto não era verdade. Tinham sido cativos durante o exílio em Babilônia, e nesse momento estavam sujeitos à autoridade romana. Mas os judeus davam um valor imenso à liberdade que, segundo eles, era um direito que todo judeu tinha pelo simples fato de pertencer a esse povo.

A Lei estabelecia que nenhum judeu, por pobre que fosse, devia denegrir-se até o ponto de converter-se em escravo. “Também se teu irmão empobrecer, estando ele contigo, e vender-se a ti, não o farás servir como escravo. ... Porque são meus servos, que tirei da terra do Egito; não serão vendidos como escravos” (Levítico 25:39-42). A cada momento surgiam rebeliões e insurreições entre os judeus porque aparecia algum líder fogoso que insistia que os judeus não podiam obedecer a nenhum governante da Terra, porque seu único Rei e Senhor era Deus.

Josefo, ao falar dos seguidores de Judas da Galiléia, que organizou uma famosa rebelião contra os romanos, escreve: "Sentem um apego inviolável com relação à liberdade e dizem que Deus deve ser seu único Líder e Senhor" (Josefo, Antiguidades dos judeus, Jo 18:1, Jo 18:6). Quando os judeus afirmavam que não tinham sido escravos de ninguém expressavam algo que era um artigo fundamental de seu credo. E embora era certo que houve épocas durante as quais tinham estado sujeitos a outras nações, e que nesse momento estavam debaixo do jugo dos romanos, nem por isso deixava de ser verdade que mantinham uma independência de espírito que significava que podiam ser escravos no corpo mas jamais no espírito.

Cirilo de Jerusalém escreveu sobre José: "Venderam José para ser escravo, entretanto era livre, radiante na nobreza de sua alma." O mero fato de sugerir a um judeu que podia ser considerado escravo era um insulto feroz.

Mas Jesus se referia a outra escravidão. “Todo o que comete pecado é escravo do pecado”, disse. Todo o que pratica o pecado é um escravo. Aqui Jesus reiterava um princípio que os sábios judeus tinham afirmado uma e outra vez. Os estóicos diziam "Só o sábio é livre; o néscio é um escravo." Sócrates tinha perguntado: "Como podem dizer que um homem é livre quando os prazeres o dominam?" Mais tarde, Paulo agradeceria a Deus pelo fato de o cristão estar livre da escravidão do pecado (Romanos 6:17-20).

Aqui encontramos algo muito interessante e sugestivo. Às vezes, quando se observa um homem por fazer algo mau, ou quando lhe faz uma advertência a respeito, diz: "Farei o que queira. Sem dúvida posso fazer o que ocorre com minha própria vida." Mas o assunto é que o homem que peca não faz o que quer; faz o que o pecado quer. Um homem pode permitir que um hábito o domine de tal maneira que não possa desfazer-se dele. Pode deixar que um prazer o domine até o ponto de não poder viver sem ele. Pode permitir que suas paixões o dominem de tal forma que não possa desprender-se delas. Pode chegar a um estado tal que, como disse Sêneca, odeia e ama seus pecados ao mesmo tempo. De maneira que, em vez de fazer o que quer, o pecador perdeu toda possibilidade de agir de acordo com sua própria vontade. É um escravo dos hábitos, das paixões, dos maus prazeres que o dominaram. O que Jesus destaca é justamente que o homem que peca nunca pode considerar-se livre. De fato, é um escravo do pecado.

E logo Jesus pronuncia uma ameaça velada, mas que os judeus que o ouviam entenderiam muito bem. A palavra escravo lhe recorda algo. Em qualquer casa havia uma diferença entre o escravo e o filho. O filho era alguém que vivia sempre na casa, nada o podia tirar dela. Mas o escravo podia ser mandado embora a qualquer momento. O amo podia prescindir dele a qualquer instante e podia lhe dizer que fosse embora. Nenhum homem pode desnaturalizar a um filho; um filho sempre é um filho. Mas o escravo pode ser tirado a qualquer momento.

O que Jesus diz aos judeus é o seguinte: "Vocês crêem que são os filhos na casa de Deus; crêem que nada lhes pode separar da presença de Deus; tenham cuidado: por meio de sua conduta vocês se estão tornando escravos; e o escravo pode ser expulso da presença de seu amo a qualquer momento." Eis aí uma ameaça. É algo terrível negociar com a misericórdia e o favor de Deus; e isso era o que os judeus faziam. Aqui há uma ameaça que não corresponde só aos judeus.

O FILHO AUTÊNTICO

João 8:37-41a

Nesta passagem Jesus atira um golpe mortal a uma afirmação que era fundamental para os judeus. Para o judeu, Abraão era a figura mais importante de toda a história religiosa; e o judeu se considerava a salvo e protegido no favor de Deus simplesmente porque descendia de Abraão.

O salmista podia dirigir-se ao povo como, “Vós, descendência de Abraão, seu servo, vós, filhos de Jacó, seus escolhidos” (Sl 105:6). Isaías disse ao povo: “Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo” (Is 41:8). A admiração que os judeus dispensavam a Abraão era perfeitamente legítima porque Abraão é um gigante na história religiosa da humanidade, mas as deduções que extraíam da grandeza de Abraão eram bastante equivocadas.

Os judeus consideravam que Abraão tinha obtido tanto mérito por seu bondade que esse mérito era suficiente, não só para si mesmo, mas também para toda seu descendência. Consideravam que a bondade de Abraão foi tão imensa que construiu uma espécie de tesouro de mérito do qual podiam dispor todos os seus descendentes. O crédito de Abraão com Deus era tão imponente que todos os seus descendentes podiam continuar servindo-se dele sem temor que se esgotasse.
Justino Mártir manteve uma discussão com o judeu Trifo a respeito da religião judia e chegaram à seguinte conclusão: "O reino eterno será entregue àqueles que são descendentes de Abraão pela carne, embora sejam pecadores, não creiam e desobedeçam a Deus" (Justino Mártir, Diálogo com Trifo, 140). No mais estrito sentido literal, o judeu cria que estava a salvo porque descendia de Abraão.

É impossível viver às custas de certas coisas, embora sejam muitos os que tentam fazê-lo. A atitude dos judeus não carece de paralelos na vida atual.

  1. Ainda existem pessoas que tentam viver de uma ascendência de um nome. Em algum momento da história de seu família alguém de seus membros desempenhou um papel preponderante na 1greja ou no Estado, e a partir de então outros membros da família exigem um lugar de privilégio. Um grande nome jamais deveria ser desculpa para uma cômoda inação; pelo contrário, sempre deveria ser uma fonte de inspiração e um impulso para uma nova grandeza e um novo esforço.
  2. Há aqueles que tentam viver de uma história e de uma tradição. Há muitas Igrejas que têm um sentimento inadequado a respeito de sua própria importância porque alguma vez tiveram um ministério famoso. Há mais de uma congregação que vive do capital espiritual do passado; mas se sempre se fazem extrações desse capital e nunca adicionam nada, infalivelmente chegará o dia em que dito capital se esgotará.

Nenhum homem, nenhuma Igreja, nenhum país podem viver dos lucros do passado. Isso era o que os judeus tentavam fazer.

Jesus foi muito claro a respeito. Declarou que o verdadeiro descendente de Abraão era o homem que agia como Abraão agiu. Isso era exatamente o mesmo que João Batista expressou. Jesus disse ao povo com toda clareza que se aproximava o dia do juízo e que não adiantaria nada dizer que descendiam de Abraão porque Deus podia fazer surgir descendentes de Abraão das próprias pedras se Ele quisesse (Mt 3:9; Lc 3:8). Este era um argumento que Paulo empregaria até o cansar. O que convertia o homem em descendente de Abraão não era a carne e o sangue, mas a qualidade moral e a lealdade espiritual.

Neste caso em particular, Jesus o relaciona com uma coisa. Estão buscando uma meio de matá-lo, isso é exatamente o oposto ao que fez Abraão. Quando chegou um mensageiro de Deus à casa de Abraão, este lhe deu as boas-vindas com toda alegria e respeito (Gênesis 18:1-8). Abraão deu as boas-vindas ao mensageiro de Deus, os judeus da época de Jesus tentavam matar o mensageiro. Como se animavam a proclamar— se descendentes de Abraão quando seu conduta era tão diferente?

Aqui está implícita uma grande afirmação da parte de Jesus. Pelo simples fato de lembrar o relato de Gênesis 18, Jesus está dizendo que ele também é o mensageiro de Deus. Logo afirma de maneira explícita: “Eu falo das coisas que vi junto de meu Pai.” O que é fundamental a respeito de Jesus é que não trouxe para os homens suas próprias opiniões, mas uma mensagem de Deus. Jesus não era simplesmente um homem que dizia a outros o que pensava a respeito das coisas. Era o Filho de Deus que dizia aos homens o que Deus pensava a respeito delas. No melhor dos casos, os homens podem contar a outros como eles vêem a verdade: Jesus contou aos homens a verdade tal como Deus a vê.

Logo, ao final desta passagem, temos uma afirmação surpreendente. "Vocês", disse Jesus, "fazem as obras de seu pai". Logo acaba de dizer que Abraão não é seu pai. Quem é seu pai, então? Por um momento se retém o impacto.

Chega no versículo 44: seu pai o diabo. Os mesmos homens que se orgulharam ao afirmar que eram os filhos de Abraão, vêem-se diante da devastadora acusação de que são os filhos do demônio. Suas obras tinham demonstrado de quem eram filhos em realidade, porque o homem só pode demonstrar sua lealdade para com Deus mediante sua conduta.

OS FILHOS DO DIABO

João 8:41b-45

Jesus logo disse aos judeus que mediante seu vida, seu conduta e seu reação para com Ele tinham demonstrado com toda clareza que não eram filhos autênticos de Abraão. A resposta dos judeus foi afirmar algo ainda mais fundamental. Disseram que seu pai era Deus e que eles eram filhos de Deus.

Ao longo de todo o Antigo Testamento se repete a afirmação de que Deus era, de maneira especial, o Pai de seu povo, Israel. Deus ordenou a Moisés que dissesse a Faraó: “Assim diz o SENHOR: Israel é meu filho, meu primogênito” (Ex 4:22). Quando Moisés censurou o povo por sua desobediência, seu clamor foi o seguinte: “É assim que recompensas ao SENHOR, povo louco e ignorante? Não é ele teu pai, que te adquiriu, te fez e te estabeleceu?” (Dt 32:6). Isaías se refere a sua confiança em Deus: “Mas tu és nosso Pai, ainda que Abraão não nos conhece, e Israel não nos reconhece; tu, ó SENHOR, és nosso Pai; nosso Redentor” (Is 63:16). “Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai” (Is 64:8). Perguntou Malaquias: “Não temos nós todos o mesmo Pai? Não nos criou o mesmo Deus?” (Ml 2:10). De maneira que os judeus afirmavam que seu Pai era Deus.

"Nós — disseram com orgulho — não somos nascidos de fornicação." Pode haver dois elementos nesta frase.

Uma das descrições mais formosas do povo de Israel no Antigo Testamento é a que se refere a ele como a Prometida de Deus. Por isso se diz que quando Israel abandonou a Deus e foi atrás de deuses estranhos, fornicou com eles. Quando a nação incorreu nessa conduta infiel, chamou-se o povo de apóstata "filhos de prostituição" (Os 2:4). De maneira que quando os judeus disseram a Jesus que não eram filhos de uma união adúltera, queriam dizer que não pertenciam a um povo de idólatras; sempre tinham adorado ao Deus verdadeiro. Estavam afirmando que jamais se afastaram de Deus — afirmação tremenda que só se podiam animar a pronunciar aqueles que estavam muito seguros de seu própria bondade. Mas possivelmente quando os judeus pronunciaram essas palavras, referiam-se a algo muito mais pessoal. Não há a menor dúvida de que nos últimos tempos, os judeus fizeram correr o rumor mais malicioso e perverso contra Jesus. Os cristãos proclamaram, desde os primeiros tempos, o nascimento milagroso de Jesus. Os judeus o torceram e disseram que Maria foi infiel a José; que seu amante ilícito foi um soldado romano, Pantera, e que Jesus era o fruto dessa união adúltera. É pelo menos possível que os judeus atirassem na cara de Jesus um insulto sobre seu nascimento, como querendo dizer: "Que direito tem você de falar com gente como nós da maneira como o faz?"

A resposta de Jesus à afirmação dos judeus é que se trata de uma falsidade. A prova é que se Deus tivesse sido realmente seu Pai, teriam amado e recebido a Jesus. Aqui voltamos a encontrar a idéia central do Quarto Evangelho. A prova do homem é sua reação com respeito a Jesus. Se um homem vir em Jesus o absolutamente amoroso, tem algo nele que lhe permite chegar a ser um verdadeiro filho de Deus. Aquele que não vê nada amoroso em Jesus e cujo único desejo é eliminá-lo da vida, não é um filho de Deus. Jesus é a pedra de toque de Deus mediante a qual todos os homens são julgados.
E segue a acusação de Jesus. Pergunta, "por que os judeus não podem entender e reconhecer a verdade do que diz?" A resposta é tremenda: não é que sejam intelectualmente incapazes, mas sim são espiritualmente surdos. Não é que não sejam capazes de ouvir, que não sejam capazes de entender; é que se negam a ouvir e se negam a entender. Um homem pode fazer ouvidos surdos a qualquer advertência; pode negar-se a ouvir a voz da consciência de maneira deliberada. Se o faz durante bastante tempo, torna-se uma pessoa espiritualmente surda.
Em última instância, cada um ouve o que quer ouvir. E se durante um período bastante longo afina seus ouvidos para que escutem seus próprios anelos e desejos e as vozes equivocadas, ao final já não poderá sintonizar a voz de Deus. Isso era o que tinham feito os judeus. Logo vem a acusação aterradora. O verdadeiro pai dos judeus é o diabo. Jesus escolhe duas características do demônio.

(1) O próprio do demônio é ser um homicida. Jesus pode estar pensando em duas coisas. Pode ter presente a velha história de Caim e Abel. Caim foi o primeiro homicida e recebeu sua inspiração do diabo. Mas possivelmente Jesus se refere a algo ainda mais sério. Foi o diabo quem tentou pela primeira vez o homem, no antigo relato do Gênesis. O pecado entrou em mundo pelo demônio, e pelo pecado chegou a morte (Rm 5:12). Se não tivesse havido tentação, não existiria o pecado, e se não tivesse havido pecado, não existiria a morte. De maneira que, em certo sentido, o diabo é o homicida de toda a raça humana.

Além disso, além dos relatos antigos, subsiste o fato de que Cristo conduz à vida e o diabo à morte. O diabo mata a bondade, a castidade, a honra, a honestidade, a beleza, tudo o que converte a vida em algo bonito. O demônio destrói a paz do espírito, a felicidade e até o amor. A essência do mal é a destruição, a essência de Cristo é trazer a vida.
Nesse preciso momento, os judeus faziam acertos e planos para matar a Cristo. Tentavam converter-se em homicidas bem-sucedidos. Tomavam o caminho do diabo.
(2) O que caracteriza o diabo é o amor à mentira. A palavra falsa, o pensamento falso, a distorção da verdade, a mentira, pertencem ao demônio. Toda mentira é concebida e inspirada pelo demônio e faz seu obra. A falsidade sempre odeia a verdade e tenta destruí-la. É por isso que os judeus odiavam a Jesus. Quando se defrontaram com Jesus, o caminho falso se encontrou com o verdadeiro e, inevitavelmente o falso tentou aniquilar o verdadeiro.

Jesus acusou os judeus de ser filhos do diabo porque seus pensamentos se inclinavam a destruir o bom e manter o falso. Todo homem que busca destruir a verdade, faz a obra do diabo.

A GRANDE ACUSAÇÃO E A FÉ BRILHANTE

João 8:46-50

Esta é uma das passagens nas quais devemos buscar ver como se desenvolve a cena sob nossos olhos. Aqui há uma tragédia e não está só nas palavras mas também nos silêncios. Jesus começa com uma afirmação tremenda. "Há alguém entre vós que me possa acusar de algum pecado?" pergunta. "Há alguém que possa apontar alguma ofensa em minha vida?" Então deve ter-se produzido um silêncio durante o qual Jesus passeou o olhar pela multidão a espera de que alguém aceitasse o desafio extraordinário que tinha lançado. Seguiu-se silêncio e ninguém pôde responder ao desafio. Por mais que falassem e escrutinassem não havia ninguém que pudesse formular alguma acusação contra esta pessoa surpreendente que era Jesus. Logo, uma vez que lhes tinha dado uma oportunidade, Jesus voltou a falar. Disse: "Reconhecem que não podem encontrar nenhuma acusação contra mim. Então por que não aceitam o que lhes digo?" Outro silêncio molesto. E Jesus responde sua própria pergunta. "Não aceitam minhas palavras", disse, "porque não são de Deus e em seus corações não há nada do Espírito de Deus."
O que quis Jesus dizer ao formular esta acusação contra os judeus? Devemos pensar da seguinte maneira: não pode entrar nenhuma experiência na mente ou o coração de ninguém a menos que haja neles algo para responder a essa experiência. E pode acontecer que um homem em particular careça desse elemento essencial que lhe permitiria viver a experiência. Um homem que não tem ouvido musical jamais poderá experimentar o deleite da música. Um homem que é cego às cores não pode apreciar um quadro. O homem que carece de todo sentido do ritmo e os compassos não pode apreciar jamais o balé ou a dança.
Agora, os judeus tinham uma forma muito bonita de pensar no Espírito de Deus. Criam que o Espírito de Deus tinha duas funções. Revelava a verdade de Deus aos homens e os fazia capazes de reconhecer e compreender essa verdade quando se deparavam com ela. Isso quer dizer, com toda clareza, que a menos que o Espírito de Deus esteja no coração do homem, este não pode reconhecer a verdade de Deus quando a tem diante de si. E também significa que se o homem fechar a porta de seu coração contra o Espírito de Deus, se seguir seus próprios desejos, então, apesar de que a verdade apareça com toda clareza diante de seus olhos é incapaz de vê-la, de reconhecê-la, de compreendê-la e de fazê-la sua.

O que Jesus dizia aos judeus era o seguinte: "Vocês seguiram o seu próprio caminho, obedeceram suas próprias idéias, construíram um deus próprio, o Espírito de Deus não pôde entrar em seus corações. É por isso que não me podem reconhecer e não querem aceitar minhas palavras."
Os judeus se consideravam um povo religioso; mas como se aferravam a sua idéia da religião antes que à idéia de Deus tinham terminado por afastar-se tanto de Deus que se transformaram num povo sem deus. Encontravam-se na posição terrível de servir, sem deus, a Deus. Quando lhes disse que eram estranhos perante Deus, os judeus reagiram como se lhes tivessem cravado um aguilhão. Lançaram seus insultos contra Jesus. Tal como nos chegam suas palavras, acusaram-no de ser samaritano e louco.
O que quiseram dizer ao chamá-lo samaritano? Se foi isso o que disseram, sua intenção foi afirmar que era um inimigo de Israel, porque existia uma inimizade mortal entre judeus e samaritanos. Também significava que desobedecia a Lei porque não a observava e, sobretudo, que era um herege, porque samaritano e herege se tornaram sinônimos. Seria extraordinário que se acusasse de heresia o Filho de Deus. E sem dúvida alguma, voltaria a acontecer se voltasse a este mundo e a suas Igrejas. Mas é ao menos possível que a palavra samaritano seja uma corrupção de outra coisa.
Em primeiro lugar, devemos assinalar que Jesus respondeu à acusação que o qualificava de louco, de que tinha demônio, mas não respondeu nada à acusação de que era samaritano. Isso nos faz duvidar de que a acusação dos judeus nos tenha chegado como eles formularam. No aramaico original, a palavra que designa samaritano seria Shomeroni. Agora, a palavra Shomeron também era um dos títulos do príncipe dos demônios, que recebe os nomes do Ashmedai, Sammael e Satanás. De fato, o Corão, a bíblia dos maometanos, afirma que foi Shomeron, o príncipe dos demônios, quem seduziu aos judeus e os conduziu à idolatria. De maneira que é possível que a palavra Shomeroni signifique uma criatura do diabo.

É muito possível que o que os judeus disseram a Jesus tenha sido o seguinte: "Você é uma criatura do diabo, você tem demônio, está louco com a loucura do Maligno."
A resposta de Jesus foi que, longe de ser um servo do demônio, seu objetivo principal era honrar a Deus, enquanto que a conduta dos judeus era uma desonra contínua a Deus. Diz então: "Não sou eu quem tem demônio, são vocês." Não é minha obra a que é essencialmente má, é a sua."

Logo vem o brilho da fé suprema de Jesus. Diz: "Não busco a glória neste mundo. Sei que serei insultado, rechaçado, desonrado e crucificado. Mas há alguém que um dia dará às coisas sua valor verdadeiro, que um dia atribuirá aos homens sua verdadeira honra, esse alguém é Deus e Ele me dará a glória que é real porque é de Deus." Jesus estava seguro de uma coisa: em última instância, à luz da eternidade,

Deus protegerá a honra do que é dele. Jesus via diante dele, no tempo, nada mais que pena, desonra e rechaço. Na eternidade só via a glória que receberá algum dia aquele que obedece a Deus. Browning, o poeta inglês, escreveu no Paracelso:

Se descendo
Ao mar escuro e tremendo das nuvens,
É por um tempo; junto a meu peito
Levo a luz de Deus; seu esplendor, mais cedo ou mais tarde, Atravessará as trevas: um dia surgirei.

Jesus tinha o otimismo supremo que nasce da fé suprema, o otimismo que tem suas raízes em Deus.

A VIDA E A GLÓRIA

João 8:51-55

Este é um capítulo que salta de um raio de surpresa a outro. Jesus faz uma afirmação após a outra, cada uma mais tremenda que a anterior. Aqui assegura que se alguém guarda suas palavras não conhecerá a morte. Isto escandalizou os judeus. Zacarias havia dito: “Vossos pais, onde estão eles? E os profetas, acaso, vivem para sempre?” (Zc 1:5). Abraão estava morto, os profetas estavam mortos e acaso não tinham guardado em seu momento e em sua geração, a palavra de Deus? Quem era Jesus para colocar-se acima dos grandes homens da fé? O que bloqueava a inteligência dos judeus era o sentido literal em que tomavam as palavras. Jesus não estava pensando na vida ou a morte físicas. O que queria dizer era que não existia a morte para aquele que o aceitava plenamente. A morte tinha perdido seu caráter final. O homem que entra em comunhão com Jesus, entra em uma comunidade que é independente do tempo. O homem que aceita a Jesus, entra em uma relação com Deus que nem o tempo nem a eternidade podem quebrar. Esse homem não passa da vida à morte mas sim da vida à vida. A morte não é mais que a introdução à presença mais íntima de Deus.

E Jesus passa a fazer uma afirmação muito séria: toda glória verdadeira deve proceder de Deus. Não é difícil vangloriar-se a si mesmo. A pessoa pode rodear-se com toda facilidade com uma espécie de halo artificial. É bastante fácil, de fato, é tragicamente fácil, lançar-se ao descanso à luz da própria aprovação. Não é muito difícil obter a honra dos homens. O mundo honra o homem que tem êxito e ambição. Mas a verdadeira honra é aquela que só a eternidade pode revelar e os veredictos da eternidade não são os do tempo.

Logo Jesus faz duas afirmações essenciais que são o próprio fundamento de sua vida.

  1. Afirma que possui um conhecimento único de Deus. Assegura que conhece a Deus de um modo como ninguém o conheceu antes nem chegará a conhecê-lo jamais. Tampouco tenta minimizar tal afirmação, porque se o fizesse estaria mentindo. A única via para acessar a um conhecimento tal do coração e da mente de Deus é por meio de Jesus Cristo. Com nossas próprias mentes só podemos alcançar fragmentos do conhecimento de Deus. Só em Jesus Cristo encontramos a totalidade da verdade, porque só nele vemos como é Deus.
  2. Afirma que obedece de maneira única a Deus. Guarda a palavra de Deus. Olhar a Jesus é ser capaz de dizer: "Assim é como Deus quer que eu viva." Observar sua vida significa dizer: "Isto é servir a Deus."

Só em Jesus vemos o que Deus quer que conheçamos e o que Deus quer que sejamos.

A TREMENDA AFIRMAÇAO

João 8:56-59

Todos os raios esclarecedores que vimos antes empalidecem e adquirem significado à luz deslumbrante desta passagem. Quando Jesus disse que Abraão alegrou-se por ver o seu dia, empregava uma linguagem que o judeu podia compreender. Os judeus tinham uma quantidade de crenças a respeito de Abraão que lhes permitiria perceber o que implicava Jesus. Eram cinco as maneiras pelas quais os judeus podiam interpretar esta passagem.

  1. Abraão vivia no Paraíso e podia ver o que acontecia na Terra. Jesus usou essa idéia na parábola do rico e Lázaro (Lucas 16:22-31). Essa é a forma mais simples de interpretar estas palavras.
  2. Entretanto, não é a interpretação correta. Jesus disse que Abraão se alegrou por ver o seu dia. Usa o tempo passado. Agora, os judeus interpretavam muitas passagens das Escrituras de uma maneira que explica isto. Tomavam a grande promessa feita a Abraão em Gn 12:3: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”, e diziam que quando se fez essa promessa, Abraão soube que queria dizer que o Messias de Deus nasceria em sua família e se alegrou diante da magnificência da promessa.
  3. Alguns rabinos sustentavam que na visão que se relata em Gênesis 15:8-21, fez-se ver a Abraão todo o futuro do povo de Israel. Portanto, teve uma visão antecipada da época quando viria o Messias.
  4. Alguns rabinos consideravam que Gn 17:17. que conta como riu Abraão quando ouviu que teria um filho, não significa que riu porque não cria o que ouvia mas sim pela alegria que lhe produziu saber que dele nasceria o Messias.
  5. Certos rabinos faziam uma interpretação um tanto fantástica de Gn 24:1. A versão Cipriano da Valera (1
    960) diz que Abraão era "velho" e acrescenta "avançado em anos", que é o significado literal da palavra hebraica. Alguns rabinos sustentavam que o sentido dessas palavras era que em uma visão que Deus lhe tinha dado. Abraão tinha entrado nos dias que jaziam adiante e que tinha visto toda a história do povo e a vinda do Messias.

Com todos estes dados vemos com toda clareza que os judeus criam que, de algum modo, enquanto ainda estava vivo, Abraão tinha tido uma visão da história de Israel e da vinda do Messias. De maneira que quando Jesus disse que Abraão vira o seu dia. estava afirmando com deliberação que ele era o Messias. O que dizia era o seguinte: "Vocês crêem que

Deus deu uma visão a Abraão na qual viu a vinda do Messias. Era este dia, era a mim, a quem viu Abraão".

Imediatamente depois dessa afirmação, Jesus se refere a Abraão dizendo: “Viu-o (meu dia) e regozijou-se.” Alguns dos primeiros cristãos faziam uma interpretação muito fantástica destas palavras. Em 1Pe 4:18-22 e 1Pe 5:6 encontramos as duas passagens que conformam a base da doutrina que se denomina a Descida aos infernos. Essa doutrina se incorporou ao Credo na frase, "Desceu aos infernos." Devemos assinalar que a palavra inferno dá uma idéia errônea, deveria falar-se do Hades. A idéia não é que Jesus foi ao lugar dos torturados e dos condenados tal como sugere a palavra inferno. Hades era a região das trevas onde foram todos os mortos, tanto os bons como os maus.

O Hades era a região escura na qual o povo cria antes de que recebessem a crença total na imortalidade. A obra apócrifa chamada o Evangelho de Nicodemos e os Atos de Pilatos tem uma passagem onde se afirma que Abraão se alegrou ao ver a luz de Cristo no dia que Jesus baixou à região dos mortos. A passagem diz assim:

“Ó Senhor Jesus Cristo, ressurreição e vida do mundo, dê-nos a graça de que possamos relatar sua ressurreição e suas obras maravilhosas, as que fez no Hades. Nós estávamos no Hades junto com todos aqueles que caíram dormidos desde o começo. E na hora da meia-noite surgiu nesses escuros lugares uma luz semelhante a do Sol e brilhou e todos fomos iluminados e nos vimos uns aos outros. E imediatamente nosso pai Abraão, junto com os patriarcas e os profetas, encheram-se de alegria e diziam uns aos outros: ‘Esta luz provém da grande iluminação’.”

Assim é como esta estranha história relata de que forma os mortos viram Jesus e receberam a oportunidade de crer e arrepender-se. E ao ver isso, Abraão alegrou-se.
Estas idéias nos resultam estranhas. Entretanto, para o judeu eram algo muito normal porque cria que Abraão já tinha visto o dia quando chegaria o Messias.
Mas apesar de que sabiam todo isso, os judeus preferiram tomar estas palavras ao pé da letra. Perguntaram, "Como você pode ter visto

Abraão se você ainda não cumpriu cinqüenta anos?" Por que cinqüenta anos? Essa era a idade em que os levitas se retiravam de seu serviço (Nu 4:3). O que os judeus dizem a Jesus é o seguinte: "Você é um homem jovem, na plenitude da vida, nem sequer tem idade suficiente para se retirar do serviço. Como é possível que você tenha visto Abraão? Você está louco." Foi nesse momento que Jesus pronunciou a afirmação esmagadora. “Antes que Abraão existisse, EU SOU.”

Devemos ter muito cuidado e assinalar que Jesus não disse: "Antes que Abraão fosse, eu era”, mas sim "Antes que Abraão existisse, eu sou." Aqui se afirma que Jesus é atemporal. Não houve um momento quando chegou a ser; não haverá jamais um tempo no qual não seja. Não podemos dizer que Jesus foi. Devemos dizer sempre, é. O que quis dizer? É evidente que não quis dizer que Ele, a figura humana chamada Jesus, existiu sempre. Sabemos que Jesus nasceu neste mundo em Belém. Aqui se busca algo mais que isso.

Pensemo-lo deste modo. Há uma só pessoa no universo que está fora do tempo. Há uma só pessoa que está acima e mais à frente do tempo e que sempre pode dizer, Eu sou. E essa única pessoa é Deus. O que Jesus diz aqui não é nada menos que a vida que está nele é a vida de Deus; que nele a eternidade atemporal de Deus irrompeu no tempo do homem. Diz, como o expressou com toda simplicidade o autor de Hebreus, que é o mesmo ontem, hoje e sempre. Em Jesus não vemos só um homem que veio, viveu e morreu. Vemos o Deus atemporal, que foi o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, que era antes do tempo e que será depois do tempo, que sempre é. Em Jesus, o Deus eterno se manifestou aos homens.


Dicionário

Cometer

verbo transitivo Perpetrar; fazer, praticar um ato: cometer um erro.
Confiar, encarregar.
Acometer, atacar, investir contra.

praticar, perpetrar, fazer. – Todos estes verbos enunciam a ação de levar a efeito, realizar alguma coisa; não podendo, porém, aplicar-se, nem todos, indistintamente a todos os casos: é o gênero da ação que lhes regula a propriedade. Ninguém dirá, por exemplo, que F.cometeu atos de abnegação, ou de caridade; nem que perpetrou ações valorosas. Podemos, portanto, distinguir os quatro verbos em dois subgrupos: 1º.) cometer e perpetrar; e 2º.) praticar e fazer. – Entre cometer e perpetrar há esta diferença: cometer enuncia a espécie de ação; perpetrar, o gênero. Tudo que se perpetra também se comete; mas nem tudo que se comete poder-se-ia dizer que se perpetra. Meu filho cometeu no colégio uma falta (não perpetrou). Perpetram-se crimes, violências, barbaridades, sacrilégios, horrores, etc. – e também pode dizer-se que se cometem. Quer isto dizer que perpetrar só se aplica nos casos em que a ação é anormal porque infringe grandes princípios de direito, de moral, de justiça, etc., e sempre indicando que a ação subjetiva se converteu em ato. Por isso não seria próprio dizer – que se perpetram pecados – salvo figuradamente, quando se quer aludir à enormidade dos pecados. O que se comete pode ficar conosco; o que se perpetra supõe-se que é sempre contra alguém e que se manifesta por fato. – Perpetrar, no sentido próprio e natural, só se aplica no sentido físico, portanto, concreto; cometer, quer no sentido físico, quer no moral ou translato. – Entre fazer e praticar, o primeiro designa a espécie de ação; o segundo, o gênero. – Fazer tem predicação mais vaga, menos precisa, e, portanto, mais geral e complexa. Muita coisa se faz que não se pratica. Fazem-se casas, muros, estradas, etc.; mas, não se praticam. Pouco haverá que se pratique, e que se não possa também dizer que se faz. Praticam-se crimes, erros, desatinos, injustiças, crueldades, etc.; e tudo isso também se pode dizer que se faz. Há casos, no entanto, em que o objeto da ação excluiria a propriedade do verbo fazer. Dizemos: praticar belas ações, ou ações condenáveis; praticar grandes virtudes, atos de bravura (e não seria muito próprio empregar nestes casos o verbo fazer, pois uma ação, uma virtude não se fazem – praticam-se). Por outro lado, como se viu já, dizemos: fazer uma casa, fazer um nome (e não – praticar). – Fazer enuncia, pois, uma ação que se aplica tanto no sentido moral como no físico: a ação de “criar, de dar existência”. – Praticar é “pôr em prática, em atividade, reduzir a ato”; e não se aplica a coisas concretas, senão a ações. Ambos podem ser empregados tanto no bom como no mau sentido; enquanto que cometer e perpetrar, só no mau sentido. – Entre cometer e praticar há esta diferença essencial: o primeiro só se usa no mau sentido; e praticar, tanto num como noutro. Mesmo no mau sentido, porém, há casos em que só é admissível o verbo cometer. Cometem-se, ou praticam-se indiscrições; mas – cometer indiscrições – é uma coisa, e – praticar indiscrições – é outra. Quem toma, diante de uma pessoa de respeito, ou num lugar de cerimônia, uma postura indiscreta ou faz um gesto pouco delicado – pratica, ou comete uma indiscrição (mais propriamente – pratica); mas aquele que faz uma pergunta indiscreta, não – pratica, mas – comete uma indiscrição. Propriamente – cometem-se pecados, e não – praticam-se; pois pecado é “falta cometida de consciência, infração de lei moral”; e estas coisas não se praticam: – cometem-se. Entre estes dois verbos há esta diferença ainda: praticar denota sempre in- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 289 tencionalidade; cometer, não; pelo menos nem sempre. Uma falta que se cometeu por inadvertência não se diz que se praticou. Indica isto que cometer sugere uma ideia da responsabilidade do agente: noção que nem sempre se inclui em praticar. Uma criança pratica desatinos; um homem alcoolizado pratica despropósitos. Em nenhum desses dois exemplos caberia – comete.

E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Jesus

Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

[...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

[...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

[...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

[...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

[...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

[...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

[...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

[...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

J [...] é o guia divino: busque-o!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

[...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

[...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

[...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

[...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

[...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

[...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

[...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

[...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

[...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

[...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

[...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

[...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

[...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

Jesus é a história viva do homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

[...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

[...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

[...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

[...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

[...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

[Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

[...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

Jesus é também o amor que espera sempre [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

[...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

[...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

[...] é a única porta de verdadeira libertação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

[...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o salário da elevação maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

[...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

[...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

[...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

[...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

[...] é a verdade sublime e reveladora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

[...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

[...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92


Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.


Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)

interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
Ver também: Jesus.
Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.

Pecado


i. Um dos grandes objetivos da Bíblia é tratar dos fatos da vida humana, estabelecer a sua significação e efeito, e algumas vezes derramar luz sobre a sua causa. No caso do pecado há dois fatos principais: primeiro, que o homem é pecador – segundo, que todos cometem pecado. Pode, portanto, esperar-se que a Bíblia derramará luz sobre o sentido da palavra pecado e sobre os seus efeitos – e nos fará conhecer a causa da sua influência universal nos homens e o remédio para esse grande mal.
ii. Segundo a Bíblia, a causa dos pecados encontra-se de uma maneira definitiva (tanto quanto se considera a vida terrestre) no pecado dos nossos primeiros pais, com as suas conseqüências, transmitidas à posteridade. A este fato se chama a Queda. Basta dizer-se aqui, que, por mais baixo que estivesse o primeiro homem na escala da Humanidade, se ele era homem devia ter tido, na verdade, algum conhecimento rudimentar do bem ou do mal – e depois da sua primeira voluntária desobediência ao que lhe dizia a consciência, devia ter ficado numa situação moral inferior à dos tempos passados. A primeira transgressão feita com conhecimento do mal não pôde deixar de ser uma queda moral, por maior que fosse a sua sabedoria adquirida no caminho da vida. Além disso, há razão para acreditar que as crianças, nascidas após a queda, haviam certamente de participar da natureza dos seus pais, a ponto de ficarem mais fracas com respeito à moralidade do que não tendo os seus pais transgredido. Esta crença muito razoável apresenta-se como sendo o pensamento central da narrativa de Gn 3. o escritor bíblico está, evidentemente, revelando mais do que a simples enunciação do pecado de Adão e Eva como tal. Ele deseja fazer ver que a pena alcançou toda a Humanidade. Todos entram no mundo com a tendência original de uma modificada natureza para o mal. Não é, por conseqüência, para admirar que cada pessoa realmente caia no pecado. Nos capítulos seguintes são plenamente expostos os terríveis e profundos efeitos daquele primeiro pecado.
iii. os diferentes aspectos do pecado, que se apresentam aos escritores bíblicos, podem ver-se do modo mais próprio nos vários nomes que lhe dão. Porquanto a Bíblia é muito rica em termos que significam o pecado, o mal, a iniqüidade, a maldade, podendo ser mencionados neste lugar os mais importantes: 1. Palavras que têm o sentido de ‘falta, omissão, erro no fim em vista’, etc. Em hebraico há chêt e termos cognatos (Sl 51:9) – em grego, hamartia (Rm 3:9), hamartêma 1Co 6:18). 2. A perversão, a deturpação, implicando culpa, são faltas designadas pelo termo hebraico avon (1 Rs 17.18). 3. Há várias palavras que indicam a transgressão de uma lei, ou a revolta contra o legislador. Em hebreu peshã (Pv 28:13 – is õ3,5) – em grego parabasis (‘transgressão’, Rm 4:15), paraptoma (‘delito’, Ef 2:5), anômia (‘iniqiiidade’, 1 Jo 3:4, onde se lê: ‘hamartia é anômia’), asebeia (‘impiedade’, 2 Tm 2.16). 4. imoralidade, o hábito do pecado, e muitas vezes violência, se indicam com o hebraico rêshã (1 Sm 24.13), e o grego adikia (Lc 13:27). 5. A infidelidade, e a deslealdade para com Deus e o homem, são significadas pelo hebraico má”al (Js 22:22). 6. A culpa, que pede sacrifício expiatório, acha-se indicada pela palavra ãshãm (Pv 14:9). 7. o pecado é considerado como uma dívida na oração dominical, õpheilèma (Mt 6:12). iV Entre os grandes efeitos do pecado podem mencionar-se: l. o medo de Deus em contraste com o temor reverencioso e filial (Gn 3:10). 2. o endurecimento gradual da vontade contra o bem e as boas influências (Êx 7:13). A consunção da força e vida da alma, assemelhando-se à lepra que vai consumindo o corpo. 4. E tudo isto atinge o seu maior grau na separação de Deus (Gn 3:24Lv 13:46 – 2 Ts 1.9). *veja Na Bíblia, porém, o remédio para o pecado é, pelo menos, tão proeminente como a sua causa, a sua natureza, e o seu efeito. Freqüentes vezes, na realidade, se apela para os pecadores, a fim de que deixem os seus pecados, fazendo-lhes ver os grandes males que caem sobre eles – e ao mesmo tempo há as promessas de serem amavelmente recebidos por Deus todos os que se arrependem (notavelmente em 2 Sm 12.13), sendo os meios humanos o arrependimento e a fé. Mas tanto o A.T.como o N.T. claramente nos ensinam que é preciso mais alguma coisa. No cap. 53 de isaias, o sacrifício do Servo ideal nos patenteia os meios pelos quais se curam os pecados, pois que esse Servo é a pessoa que carregou com as nossas iniqüidades. outros sacrifícios eram apenas tipos deste particular sacrifício. *veja também Jo 1:29Cl 1:21-22. Este remédio torna efetiva a restauração de um direito divinamente estabelecido (Rm 5:1 – 1 Jo 1:9), para a remoção da mancha que caiu, inclusive, sobre os mais altos lugares por motivo do pecado, tocando a honra de Deus, e o seu templo (Hb 9:23-26) – e não só para a remoção dessa mancha, mas também para a gradual eliminação do pecado no crente (1 Jo 1:7-9), embora, enquanto exista neste mundo, nunca ele estará inteiramente livre da sua influência (Rm 7:23Gl 5:17 – 1 Jo 1:10). Não admira que o Filho de Deus tenha recebido o nome de Jesus, ‘porque ele salvará o seu povo dos pecados deles’ (Mt 1:21).

Pecar contra o Espírito Santo significa [...] empregarmos conscientemente qualquer forma de manifestação em discordância com as normas éticas que já tenhamos conseguido assimilar.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 45

[...] Entendamos a palavra pecado de forma ampla e mais completa, como sendo todo e qualquer desrespeito à ordem, atentado à vida e desequilíbrio moral íntimo. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 10

[...] Pecado é toda a infração à Lei de Deus. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão

[...] O pecado é moléstia do espírito. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3


Pecado Falta de conformidade com a lei de Deus, em estado, disposição ou conduta. Para indicar isso, a Bíblia usa vários termos, tais como pecado (Sl 51:2); (Rm 6:2), desobediência (He 2:2), transgressão (Sl 51:1); (He 2:2), iniqüidade (Sl 51:2); (Mt 7:23), mal, maldade, malignidade (Pv 17:11); (Rm 1:29), perversidade (Pv 6:14); (At 3:26), RA), rebelião, rebeldia (1Sm 15:23); (Jr 14:7), engano (Sf 1:9); (2Ts 2:10), injustiça (Jr 22:13); (Rm 1:18), erro, falta (Sl 19:12); (Rm 1:27), impiedade (Pv 8:7); (Rm 1:18), concupiscência (Is 57:5), RA; 1(Jo 2:16), depravidade, depravação (Eze 16:27,43), 58, RA). O pecado atinge toda a raça humana, a partir de Adão e Eva (Gn 3; (Rm 5:12). O castigo do pecado é a morte física, espiritual e eterna (Rm 6:23). Da morte espiritual e eterna

pecado s. .M 1. Transgressão de qualquer preceito ou regra. 2. Culpa, defeito, falta, vício.

Pecado No judaísmo da época de Jesus — e no pensamento deste — é qualquer ofensa contra Deus, ação contrária à sua vontade ou violação a algum de seus mandamentos. Transgredir um preceito da Torá é pecado e tem também conseqüências negativas sobre a pessoa, afastando-a de Deus (Mt 9:13; 19,17-19).

Jesus enfatiza, principalmente, a necessidade de se eliminar as raízes profundas do pecado (Mt 5:27ss.; 6,22ss.; 15,1-20) e chama o pecador à conversão (Lc 11:4; 15,1-32; 13,1ss.; 18,13), porque Deus perdoa todo pecado, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo, isto é, a atitude de resistência ao perdão de Deus, a única atitude que impede a pessoa de recebê-lo. Por amor ao pecador, Jesus acolhe-o (Mt 11:19; Lc 15:1ss.; 19,7) e se entrega à morte expiatória (Mt 26:28; Lc 24:47). Quem recebe esse perdão deve também saber perdoar os pecados dos outros (Mt 18:15.21; Lc 17:3ss.).

R. Donin, o. c.; Y. Newman, o. c.; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...


Responder

verbo transitivo direto e transitivo indireto Dar resposta ao que é dito, escrito ou perguntado: respondeu o que lhe ocorreu; respondeu ao professor a questão.
Contestar uma pergunta; replicar: respondeu bem.
verbo intransitivo Questionar em vez de obedecer; resmungar: vá e não responda!
Repetir o som: o cão latiu e os vizinhos responderam.
verbo transitivo indireto Fazer-se sentir por repercussão: a dor do braço me responde na cabeça.
Apresentar razões contra; revidar: responder a uma objeção.
Enviar resposta: responder a uma pessoa, a uma carta.
Oferecer em troca de; retribuir: responder a uma gentileza.
Assumir uma responsabilidade; responsabilizar-se: responde pelo irmão.
Ter uma ação contrária, oposta a; reagir: responder à dor.
Etimologia (origem da palavra responder). Do latim respondere.

responder
v. 1. tr. dir. Dizer ou escrever em resposta. 2. tr. ind. e Intr. Dar resposta. 3. tr. ind. Ser respondão. 4. tr. ind. Aduzir argumentos contra. 5. tr. ind. Pôr em contraposição. 6. Intr. Repetir a voz, o so.M 7. tr. ind. Ficar por fiador de alguém; responsabilizar-se por. 8. tr. ind. Estar em harmonia; ser igual; condizer. 9. tr. ind. Retribuir equivalentemente. 10. tr. ind. Defrontar, opor-se. 11. tr. ind. Estar defronte; opor-se.

Servo

substantivo masculino Quem não é livre; privado de sua liberdade.
Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus.
História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo.
Quem oferece ou realiza serviços; criado.
Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência.
adjetivo Que não é livre; cuja liberdade foi retirada.
Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo.
Que realiza ou oferece serviços; serviçal.
Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.

Por esta palavra se traduzem duas palavras hebraicas, que ocorrem freqüentemente no A.T., e que significam rapaz, pessoa de serviço, ou um escravo. A palavra é, algumas vezes, empregada a respeito de pessoas humildes (Gn 32:18-20), e também com relação a altos oficiais da corte (Gn 40:20 – 2 Sm 10.2,4). Uma terceira palavra implica aquele que está às ordens de alguém para o ajudar (Êx 33:11). Mas, pela maior parte das vezes, no A.T., trata-se de um escravo. De igual modo, no N.T., a palavra ‘servo’ aparece como tradução das indicadas palavras hebraicas, significando criada da casa (como em Lc 16:13), ou um rapaz (como em Mt 8:6), ou ainda um agente (como em Mt 26:58) – mas na maioria dos casos o termo refere-se a um escravo (Mt 8:9, etc.). Esta palavra aplicavam-na os apóstolos a si mesmos, como sendo os servos de Deus (At 4:29Tt 1:1Tg 1:1) e de Jesus Cristo (Rm 1:1Fp 1:1 – Jd 1). (*veja Escravidão.)

Servo
1) Empregado (Mt 25:14, NTLH).


2) ESCRAVO (Gn 9:25, NTLH).


3) Pessoa que presta culto e obedece a Deus (Dn 3:26; Gl 1:10) ou a Jesus Cristo (Gl 1:10). No NT Jesus Cristo é chamado de “o Servo”, por sua vida de perfeita obediência ao Pai, em benefício da humanidade (Mt 12:18; RA: At 3:13; 4.27).


substantivo masculino Quem não é livre; privado de sua liberdade.
Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus.
História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo.
Quem oferece ou realiza serviços; criado.
Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência.
adjetivo Que não é livre; cuja liberdade foi retirada.
Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo.
Que realiza ou oferece serviços; serviçal.
Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.

Verdade

substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
[Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.

Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

[...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

[...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

[...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

[...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

[...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

[...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

[...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

[...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

[...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

[...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

A verdade é a essência espiritual da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21


Verdade
1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).


Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
João 8: 34 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

">Respondeu-lhes Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que está cometendo pecado, escravo é do pecado.
João 8: 34 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Dezembro de 29
G1401
doûlos
δοῦλος
escravo, servo, homem de condição servil
(servant)
Substantivo - masculino dativo singular
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G2424
Iēsoûs
Ἰησοῦς
de Jesus
(of Jesus)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G266
hamartía
ἁμαρτία
pecados
(sins)
Substantivo - Feminino no Plural genitivo
G281
amḗn
ἀμήν
neto de Finéias
(And Ahiah)
Substantivo
G3004
légō
λέγω
terra seca, solo seco
(the dry land)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G4160
poiéō
ποιέω
fazer
(did)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G611
apokrínomai
ἀποκρίνομαι
respondendo
(answering)
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


δοῦλος


(G1401)
doûlos (doo'-los)

1401 δουλος doulos

de 1210; TDNT - 2:261,182; n

  1. escravo, servo, homem de condição servil
    1. um escravo
    2. metáf., alguém que se rende à vontade de outro; aqueles cujo serviço é aceito por Cristo para extender e avançar a sua causa entre os homens
    3. dedicado ao próximo, mesmo em detrimento dos próprios interesses
  2. servo, atendente

Sinônimos ver verbete 5928


εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

Ἰησοῦς


(G2424)
Iēsoûs (ee-ay-sooce')

2424 Ιησους Iesous

de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

Jesus = “Jeová é salvação”

Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


ἁμαρτία


(G266)
hamartía (ham-ar-tee'-ah)

266 αμαρτια hamartia

de 264; TDNT - 1:267,44; n f

  1. equivalente a 264
    1. não ter parte em
    2. errar o alvo
    3. errar, estar errado
    4. errar ou desviar-se do caminho de retidão e honra, fazer ou andar no erro
    5. desviar-se da lei de Deus, violar a lei de Deus, pecado
  2. aquilo que é errado, pecado, uma ofença, uma violação da lei divina em pensamento ou em ação
  3. coletivamente, o conjunto de pecados cometidos seja por uma única pessoa ou várias

Sinônimos ver verbete 5879


ἀμήν


(G281)
amḗn (am-ane')

281 αμην amen

de origem hebraica 543 אמן; TDNT - 1:335,53; partícula indeclinável

  1. firme
    1. metáf. fiel
  2. verdadeiramente, amém
    1. no começo de um discurso - certamente, verdadeiramente, a respeito de uma verdade
    2. no fim - assim é, assim seja, que assim seja feito. Costume que passou das sinagogas para as reuniões cristãs: Quando a pessoa que lia ou discursava, oferecia louvor solene a Deus, os outros respondiam “amém”, fazendo suas as palavras do orador. “Amém” é uma palavra memorável. Foi transliterada diretamente do hebraico para o grego do Novo Testamento, e então para o latim, o inglês, e muitas outras línguas. Por isso tornou-se uma palavra praticamente universal. É tida como a palavra mais conhecida do discurso humano. Ela está diretamente relacionada — de fato, é quase idêntica — com a palavra hebraica para “crer” (amam), ou crente. Assim, veio a significar “certamente” ou “verdadeiramente”, uma expressão de absoluta confiança e convicção.

λέγω


(G3004)
légō (leg'-o)

3004 λεγω lego

palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

  1. dizer, falar
    1. afirmar sobre, manter
    2. ensinar
    3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
    4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
    5. chamar pelo nome, chamar, nomear
    6. gritar, falar de, mencionar


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


ποιέω


(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)

4160 ποιεω poieo

aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

  1. fazer
    1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
    2. ser os autores de, a causa
    3. tornar pronto, preparar
    4. produzir, dar, brotar
    5. adquirir, prover algo para si mesmo
    6. fazer algo a partir de alguma coisa
    7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
      1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
      2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
    8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
    9. levar alguém a fazer algo
      1. fazer alguém
    10. ser o autor de algo (causar, realizar)
  2. fazer
    1. agir corretamente, fazer bem
      1. efetuar, executar
    2. fazer algo a alguém
      1. fazer a alguém
    3. com designação de tempo: passar, gastar
    4. celebrar, observar
      1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
    5. cumprir: um promessa

Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

ἀποκρίνομαι


(G611)
apokrínomai (ap-ok-ree'-nom-ahee)

611 αποκρινομαι apokrinomai

de 575 e krino; TDNT - 3:944,*; v

  1. responder a uma questão proposta
  2. começar a falar numa situação onde algo já aconteceu (dito ou feito) e a cujo acontecimento a fala se refere

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo