Enciclopédia de Atos 24:10-10

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 24: 10

Versão Versículo
ARA Paulo, tendo-lhe o governador feito sinal que falasse, respondeu: Sabendo que há muitos anos és juiz desta nação, sinto-me à vontade para me defender,
ARC Paulo, porém, fazendo-lhe o presidente sinal que falasse, respondeu: Porque sei que já vai para muitos anos que desta nação és juiz, com tanto melhor ânimo respondo por mim.
TB Paulo, tendo-lhe o governador feito sinal que falasse, disse:
BGB Ἀπεκρίθη ⸀τε ὁ Παῦλος νεύσαντος αὐτῷ τοῦ ἡγεμόνος λέγειν· Ἐκ πολλῶν ἐτῶν ὄντα σε κριτὴν τῷ ἔθνει τούτῳ ἐπιστάμενος ⸀εὐθύμως τὰ περὶ ἐμαυτοῦ ἀπολογοῦμαι,
HD Paulo, acenando para o governador a fim de lhe falar, respondeu: Sabendo que és juiz desta nação há muitos anos, animadamente defendo-me a respeito destas {coisas}.
BKJ Então, Paulo, depois que o governador tinha acenado para ele falar, respondeu: Porque eu sei que tu és, há muitos anos, juiz desta nação, sinto-me à vontade para me defender;
LTT Respondeu, porém, Paulo, (depois de) havendo-lhe o governador feito sinal para falar: "Sabendo eu que desde muitos anos estás sendo tu juiz para esta nação, com melhor ânimo faço eu defesa das coisas concernentes a mim mesmo,
BJ2 Então, tendo o governador feito sinal para que falasse, Paulo respondeu:[o] Ciente de que há muitos anos és o juiz desta nação, de bom ânimo passo a defender a minha causa.
VULG Respondit autem Paulus (annuente sibi præside dicere) : Ex multis annis te esse judicem genti huic sciens, bono animo pro me satisfaciam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 24:10

I Samuel 2:25 Pecando homem contra homem, os juízes o julgarão; pecando, porém, o homem contra o Senhor, quem rogará por ele? Mas não ouviram a voz de seu pai, porque o Senhor os queria matar.
Lucas 12:14 Mas ele lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?
Lucas 18:2 dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava homem algum.
Atos 12:17 E, acenando-lhes ele com a mão para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão e disse: Anunciai isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo, partiu para outro lugar.
Atos 13:16 E, levantando-se Paulo e pedindo silêncio com a mão, disse: Varões israelitas e os que temeis a Deus, ouvi:
Atos 18:15 mas, se a questão é de palavras, e de nomes, e da lei que entre vós há, vede-o vós mesmos; porque eu não quero ser juiz dessas coisas!
Atos 19:33 Então, tiraram Alexandre dentre a multidão, impelindo-o os judeus para diante; e Alexandre, acenando com a mão, queria dar razão disto ao povo.
Atos 21:40 E, havendo-lho permitido, Paulo, pondo-se em pé nas escadas, fez sinal com a mão ao povo; e, feito grande silêncio, falou-lhes em língua hebraica, dizendo:
Atos 23:24 e aparelhai cavalgaduras, para que, pondo nelas a Paulo, o levem salvo ao governador Félix.
Atos 26:1 Depois, Agripa disse a Paulo: Permite-se-te que te defendas. Então, Paulo, estendendo a mão em sua defesa, respondeu:
I Pedro 3:15 antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 24 : 10
acenando
Lit. “acenar (com a cabeça)”.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 24 do versículo 1 até o 27
J. CESARÉIA, Atos 24:1-26.32

Depois de uma semana muito agitada em Jerusalém, pressionado pelos cristãos e perseguido pelos judeus, Paulo passou dois anos tranqüilos na prisão em Cesaréia, se-guidos por dois anos de prisão em Roma. É tentador imaginar se o grande apóstolo teria cometido um erro ao se recusar a atender as advertências dos profetas (Atos 20:22-24; 21.4,10-11) e os apelos dos amigos (20:12-14). Se não tivesse ido a Jerusalém, ele poderia ter escapado da perseguição e da prisão que ali sofreu. Supostamente, teria tido a possibili-dade de passar os quatro anos seguintes pregando, e não na prisão.

Mas talvez o Senhor considerasse que o seu zeloso apóstolo estivesse se dedicando além dos limites de suas forças, e precisasse de um descanso. Será que a observação de Paulo ao sumo sacerdote (Atos 23:3) teria revelado um homem cujos nervos estavam exaustos devido a uma agenda repleta de compromissos ligados à divulgação do Evangelho, às viagens e ao cuidado constante com as igrejas que ele tinha fundado (cf. 2 Co 11,28) ? Nada mais justo do que fazer esta pergunta. Pois Paulo, embora cheio do Espírito, era perfeitamente humano.

A nossa decisão quanto à atitude do apóstolo — se agiu corretamente ou não ao ir a Jerusalém — depende, de alguma maneira, de como traduzimos a expressão em 20.22 -"ligado pelo espírito" (KJV, ASV) ou "constrangido em espírito" (RSV) — cf. "sob a força impulsionadora do Espírito" (Moffatt) ; "o Espírito me obriga a ir até lá" (Goodspeed) ; "compelido pelo Espírito" (Phillips) ; "forçado pelo Espírito" (Berk.) ; "sob o impulso do Espírito" (NEB). É óbvio que a maioria dos tradutores modernos421 assume esta passa-gem como sendo o testemunho de Paulo de que o Espírito Santo o estava dirigindo para ir a Jerusalém, independentemente das conseqüências que haviam sido preditas. E pro-vavelmente faremos bem deixando as coisas assim.

Uma coisa devemos ter sempre em mente: destes quatro anos de inatividade física forçada, e conseqüente oportunidade para meditação tranqüila, surgiram os escritos mais ricos de Paulo. Se ele não tivesse sido aprisionado — pelo Espírito, como também pelo governo romano — não teríamos hoje as suas epístolas da prisão, com os seus profundos pensamentos e verdades espirituais. Foi por causa desta experiência que Paulo pôde escrever, "sou o prisioneiro de Jesus Cristo" (Ef 3:1), não apenas o prisioneiro de Roma. Como prisioneiro de Jesus Cristo, ele era mantido sob o controle do Espírito, em um relacionamento ainda mais íntimo com o seu Senhor do que em qualquer ocasião anteri-or. Assim, ele foi capaz de realizar o seu serviço mais perfeito.

1. Paulo perante Félix (Atos 24:1-27)

Em Cesaréia, Paulo aparece em três principais ocasiões: perante Félix (Atos 24), perante Festo (cap.
25) e perante Agripa (Atos 26). Este homem, que tinha a reputação de virar o mundo de cabeça para baixo (cf. Atos 17:6), não podia ser ignorado. Agora ele era trazido perante "governadores e reis" (Mt 10:16) em nome de Cristo, e por amor a Cristo.

Foakes-Jackson faz a seguinte observação a respeito deste incidente: "O relato do julgamento perante Félix é um relato modelo. Mesmo resumidos, os discursos da acusa-ção e da defesa incluem os pontos necessários e não deixam nada a desejar".'

a. A Apresentação da Acusação (Atos 24:1-9). Como historiador, Lucas gostava da crono-logia. Assim, aqui ele começa o relato dizendo cinco dias depois (1). Mas existe uma diferença de opinião sobre como estes deveriam ser computados. Knowling diz: "Mais provavelmente, os cinco dias devem ser contados a partir da chegada de Paulo a Cesaréia, e não da sua prisão em Jerusalém, nem da sua saída de Jerusalém a caminho de Cesaréia".423 Lake e Cadbury concordam,424 assim como muitos outros. Hackett entende que este significa o quinto dia depois que Paulo deixou Jerusalém. Ele escreve: "A fuga da conspiração dos judeus está mais próxima à mente aqui depois do que foi narrado; e, além disso, de acordo com o uso romano, um caso assim referido deveria ser julgado no terceiro dia, ou tão cedo quanto fosse possível".'

O sumo sacerdote, Ananias, desceu de Jerusalém, acompanhado por alguns anciãos e um certo Tértulo, orador. A palavra grega para orador significava, originalmente, alguém que falava em público (o grego sugere "retórico"). Mas ela veio a ser usada como sinônimo de "advogado" (Phillips) ou "procurador" (NASB). Não se sabe ao certo se Tértulo era judeu,' romano, ou grego. "Nos versículos 3:4-6, ele fala de si mesmo e de seus clientes como "nós", mas no versículo 2 ele fala de 'este povo', e no versículo 5, de 'os judeus"'.' A referência a "nossa lei" (6) e a linguagem do versículo 7 certamente implicam que Tértulo era um judeu. Mas a última frase do versículo 6, todo o versículo 7, e a primeira frase do versículo 8 são omitidas nos primeiros e melhores manuscritos. Assim, estas passagens não podem ser usadas como evidências. Os costumes daquela época suportam a idéia de que o advogado fosse um gentio. Knowling diz: "Tértulo, aparentemente, fazia parte do grupo de defensores contratados, freqüentemente empregados nas províncias por aqueles que não tinham conhe-cimento da lei romana".' O julgamento foi provavelmente conduzido em grego.

O termo compareceram (ou apresentaram, conforme algumas versões) aparece novamente em Atos 25:2-15. Knowling diz: "O verbo parece ser usado nestas passagens como um tipo de termo técnico que indica apresentar uma informação formal perante um juiz".' É usado desta maneira pelo contemporâneo Josefo.

Tértulo iniciou o seu discurso com uma eloqüente bajulação (2-3), que é ainda mais ofensiva por ser completamente falsa. Félix era odiado, não apreciado, pelos judeus. A história da sua vida pode ser tudo, menos digna de elogios. Nascidos como escravos, ele e a sua mãe aparentemente foram libertos por Antônia, a mãe do imperador Cláudio. O seu irmão tornou-se um grande favorito de Cláudio e, como resultado, Félix foi feito procurador da Judéia. Ele governava com mão pesada. Lumby escreve: "O caráter de Félix, segundo historiadores romanos e também judeus, é o de um governador mesqui-nho e devasso, e nem mesmo os tempos turbulentos em que ele viveu são suficientes para desculpar a severidade da sua conduta"." O único grão de verdade no que Tértulo disse foi a referência a tanta paz. Félix realmente extinguiu os grupos de ladrões da Judéia. Mas mesmo nisto ele agiu com excesso. Knowling comenta: "A sua severidade e cruelda‑

de eram tão grandes que ele somente adicionava lenha à fogueira da ira e das incitações para motins, Josefo, Ant., xx., 8, 6 B.J., ii., 13, 6, embora não hesitasse em empregar o Sicarii para livrar-se de Jônatas, o sumo sacerdote, que insistia em que ele fosse mais digno do seu cargo"." Schuerer chega a dizer: "O final do governo deste homem constitui provavelmente o momento-chave do drama que tinha se iniciado em 44 d.C. e que atin-giu o seu ponto máximo durante os conflitos sangrentos de 70 d.C.'" Durante a adminis-tração de outros procuradores, ocorreram levantes esporádicos contra Roma, mas "sob Félix a rebelião se tornou permanente"."

Muitos e louváveis serviços (2) é uma única palavra em grego, e literalmente quer dizer "reformas". A expressão é traduzida adequadamente como "reformas estão sendo executadas" (NASB/ NTLH).

A linguagem aqui está de acordo com os costumes daquela época. Para que te não detenha muito (4) é uma expressão que pode ser traduzida como "para não tomar muito do seu tempo" (NEB). Sobre eqüidade — "bondade, graça"' — Lake e Cadbury di-zem: "A palavra epieikeia é muito freqüente nos papiros em expressões complementares nos apelos aos oficiais"." Por pouco tempo ("umas poucas palavras", em algumas ver-sões) é um advérbio que significa "brevemente".

A seguir vem a primeira acusação: Temos achado que este homem é uma peste (5). A última expressão é uma única palavra em grego, e significa literalmente "pestilên-cia", assumindo o significado de "peste" quando se refere a uma pessoa."'

A segunda acusação era a de que Paulo era um promotor de sedições — "alguém que insufla os levantes" — entre todos os judeus, por todo o mundo (oikoumene, a terra habitada). Era exatamente isto o que o apóstolo não estava fazendo. Ao invés de agitar o povo e fazer com que se revoltasse contra o governo romano — que é o que implica esta falsa acusação — ele estava ensinando que os cristãos deveriam se sujeitar à autoridade governamental (cf. Rm 13:1-7).

A terceira acusação era a de que Paulo era o principal defensor da seita dos nazarenos. A palavra para principal defensor, protostates (somente aqui no NT) é usada "adequadamente com referência aos soldados, aquele que vem em primeiro lugar, alguém que está na linha de frente (Tucídides, Xenofonte) ; como conseqüência, metafori-camente, um líder".4" Seita é hairesis, de onde vem a palavra "heresia". Mas no Novo Testamento, como também em Josefo, esta palavra significa uma seita ou grupo. É usa-da para se referir aos fariseus (Atos 15:5) e aos saduceus (Atos 5:17) ; Os judeus consideravam que o cristianismo era apenas uma outra seita dentro do judaísmo, porém uma seita perigosa.

Esta é a única passagem no Novo Testamento onde a expressão os nazarenos é usada como uma designação para os cristãos. Em outras partes, a palavra aparece no singular, principalmente na expressão "Jesus, o Nazareno" (lit., "Jesus de Nazaré"). Pro-vavelmente, nazarenos aqui significa simplesmente "seguidores do Nazareno". Em uma observação especial em "Names for Christians and Christianity in Acts", Cadbury escre-ve: "O contexto do livro de Atos permite que suponhamos que se tratava de um termo de censura".' Concordando com isto, Knowling diz: "`O discípulo não está acima do Mes-tre', e o termo se aplica como uma expressão de desprezo aos seguidores de Jesus, como tinha acontecido com o próprio Jesus".' Outros nomes usados para designar os cristãos no livro de Atos são discípulos, irmãos, santos, crentes, cristãos, a igreja, a comunhão (koinonia) e aqueles do "Caminho".

A quarta acusação era que Paulo havia intentado — lit., "tentado" ou "feito uma tentativa de" — também profanar o templo (6). É interessante observar que os judeus não o acusaram de realmente ter feito isto, mas de tentar fazê-lo. Anteriormente, os judeus da província da Ásia tinham acusado o apóstolo de ter trazido ao Templo um gentio de Éfeso, chamado Trófimo (Atos 21:28-29). Mas esta falsa acusação se baseava no raciocínio ridículo de que, como eles tinham visto Trófimo com Paulo em uma das ruas da cidade, e como agora viam Paulo no Templo, conseqüentemente ele deveria ter trazi-do este gentio para dentro do recinto sagrado — um bom exemplo de como chegar à conclusão errada a partir de duas premissas verdadeiras. Mas aparentemente os líderes judeus admitiam que não havia evidências sólidas que corroborassem esta acusação, e assim eles a modificaram perante a corte.

É importante perceber que o assunto da entrada de um gentio além do assim cha-mado Pátio dos Gentios (ver o quadro A) era extremamente sério. Normalmente, os ju-deus não tinham a permissão dos romanos para levar ninguém à morte. "Mas uma lei dos judeus, a de que nenhum gentio deveria ter permissão para entrar na corte interior do templo, era reconhecida pelas autoridades romanas, e qualquer pessoa que a trans-gredisse era punida com a morte, mesmo que fosse um cidadão romano".' Assim, Paulo não estava isento. Mas se a acusação de Atos 21:28 fosse verdadeira (não o era), seria Trófimo, e não Paulo, quem deveria ser morto.

Como já foi observado (ver os comentários sobre o v. 1), a última frase do versículo 6, todo o versículo 7 e a primeira parte do versículo 8 são omitidas na maioria dos melhores manuscritos gregos. Macgregor escreve: "É necessário, no entanto, admitir que a leitura ocidental mais longa melhora o sentido, e muitos estudiosos a defendem como sendo genuína".442 Nenhum estudioso competente iria afirmar dogmaticamente que esta pas-sagem pertence ou não ao Novo Testamento. Mas a preponderância das evidências é contrária à sua colocação aqui.

Tértulo estava confiante de que quando Félix examinasse Paulo (8) — dele no singu-lar no texto grego — ele julgaria verdadeiras as acusações contra ele. E também os ju-deus o acusavam (9) — lit., "acompanhavam o ataque", dizendo — lit., "afirmando" -serem estas coisas assim. Parece que um caso forte tinha sido construído contra Paulo.

b. A Apresentação da Defesa (Atos 24:10-21). O advogado da acusação tinha apresentado o seu caso, e agora a oportunidade era dada para que a defesa respondesse. Paulo não tinha advogado, então ele fez autodefesa.

Em contraste com a excessiva adulação de Tértulo, Paulo fez uma introdução cortês, mas contida. Ele estava sinceramente agradecido por estar sendo julgado perante um oficial — que vai para muitos anos que desta nação és juiz (10), e assim estaria familiarizado com os costumes judeus. Josefo indica que Félix sucedeu Cumano como governador em 52 d.C.' Mas Tácito afirma que "a Galiléia era governada por Cumano e Samaria por Félix".4" Bruce comenta: "Podemos concluir, comparando os dois relatos, que Cumano foi o procurador da Judéia entre 48 e 52, enquanto Félix ocupava uma posição subordinada em Samaria. Quando Cumano caiu em desgraça em 52, Félix foi promovido à procuradoria de toda a província, uma honra sem precedentes para um escravo liberto"." Uma vez que o julgamento de Paulo aconteceu em 56 (ou possivelmen-te em 57), Félix já estava vivendo na Palestina por cerca de oito ou nove anos. Posterior-mente, o apóstolo (cap.
25) se encontraria em desvantagem perante Festo, que tinha acabado de chegar de Roma e não estava acostumado com os hábitos dos judeus.

Respondo por mim (apologeomai) significa literalmente: "faço a minha defesa". Este é um termo judicial técnico.

Pois bem podes saber (11) quer dizer "como podes verificar" (RSV). Félix poderia "facilmente verificar o fato" (Phillips) de que somente doze dias tinham se passado desde que Paulo subiu até Jerusalém para adorar. Isto significaria que ele tinha passado so-mente cerca de uma semana em Jerusalém (ver os comentários sobre o v. 1). O significa-do desta referência cronológica é assim explicado por Knowling: "A curta duração do período permitiria que Félix obtivesse o conhecimento exato dos eventos que tinham acontecido, e o apóstolo também pode estar indicando que o tempo foi muito curto para incitar uma multidão a um levante".' Lumby contabiliza assim os doze dias: "O dia da chegada de Paulo; o encontro com Tiago no segundo dia; cinco dias podem ser atribuídos à vida no Templo durante os votos; então a audiência perante o conselho, no dia seguinte à conspiração. No décimo dia, Paulo chegou a Cesaréia e no décimo terceiro dia (o que deixa cinco dias, 14.1, como os judeus contam a partir da conspiração até a audiência em Cesaréia) Paulo está diante de Félix".447

Paulo prosseguiu com uma negação completa da acusação de que ele era "promotor de sedições" (cf. 5). O versículo 12 tem uma seqüência de palavras incomum. Uma boa tradu-ção é: "E não me acharam no templo falando com alguém, nem amotinando o povo nas sinagogas, nem na cidade". Foram os judeus antagonistas que incitaram a multidão (cf. Atos 21:27). O prisioneiro desafiou os seus acusadores a provar as acusações contra ele (13).

Uma coisa Paulo confessou: conforme aquele Caminho, a que chamam seita (14) — em algumas versões, "heresia"; ver a mesma palavra no versículo 5 — assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na Lei e nos Profetas — lit., "todas as coisas que estão de acordo com a lei e que foram escritas pelos profetas". O que Paulo quer dizer é que era ele, e não os seus acusadores judeus, que era fiel às Escrituras hebraicas. Como diz Maclaren: "Ele afirma que eles não acreditam nem na lei nem nos profetas, caso contrário também seriam nazarenos".448 Além disso, ele sustentou a esperança da ressurreição de mortos, tanto dos justos como dos injustos (15). Esta era uma crença que ele partilhava com os fariseus, embora eles acreditassem mais fortemente na ressurreição dos justos do que na dos injustos.

A seguir, Paulo fez uma poderosa afirmação: por isso, procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens (16).

Alexander escreve: "Procuro ter (eu mesmo) — um verbo que denota originalmente al-gum tipo de trabalho pesado; mais tarde, aplicado especialmente ao treinamento dos atletas e então à disciplina moral, especialmente àquela do tipo mais severo".449 E acres-centa: "Aqui, a expressão denota não somente a prática constante e habitual, mas um esforço metódico e sistemático".

Os gregos talvez tenham sido os primeiros a desenvolver um conceito de consciên-cia. A palavra em português se origina do latim con (cum), que significa "com", e scio "saber". Portanto, significa "saber com" — "propriamente `co-conhecimento', uma segunda consciência reflexiva que um homem tem juntamente com a sua consciência original de um ato"."' A palavra grega syneidesis tem exatamente o mesmo sentido que a latina conscientia — "co-conhecimento". Primeiramente significava "consciência". Thorton-Duesbery afirma que a idéia moderna de uma consciência moral não é encontrada na filosofia grega clássica, mas aparece "quando os judeus e os gregos se encontram e tro-cam idéias nos três últimos séculos antes de Cristo".'

Sobre a expressão sem ofensa, Alexander faz este comentário auxiliar: "Em grego esta é uma única palavra, que sugere duas idéias, sem estar ofendido e sem ofender, ou seja, uma consciência que não está ferida por nenhuma transgressão, nem permite que eu seja o meio de ferir aos demais".' Paulo procurava evitar ofender e também ser ofendido. É interessante observar que, além do seu uso aqui no discurso de Paulo dian-te de Félix, este adjetivo só é encontrado no Novo Testamento nas epístolas de Paulo 1Co 10:32; Fp 1:10).

No texto grego, sempre vem bem ao final da frase. Knowling diz que a palavra é "enfática aqui no final da sentença, implicando que o objetivo da vida do apóstolo iria libertá-lo da suspeita que aquelas acusações tinham feito cair sobre ele".' Além disso, sempre é, no grego, uma expressão, "durante tudo/toda", e significa não apenas "em todos os tempos" — que é o seu sentido moderno — mas "de todas as maneiras", lit., "em meio a tudo". Paulo novamente insiste (cf. Atos 23:1) que ele era e sempre tinha sido um judeu consciente e coerente.

O ponto seguinte na defesa do apóstolo foi: Ora, muitos anos depois, vim tra-zer à minha nação esmolas e ofertas (17). Ele não tinha estado em Jerusalém durante quatro ou cinco anos — supondo que a "igreja" (Atos 18:22) signifique a igreja de Jerusalém, como Atos 18:21 implica definitivamente. E quando ele finalmente retornou, não foi por motivos egoístas nem maldosos. Ele tinha vindo para trazer esmolas a sua nação — aos cristãos judeus em Jerusalém. Este é o único lugar do livro de Atos onde se faz uma referência específica a esta oferta que Paulo reunira das igrejas gentias de Acaia, da Macedônia, da Ásia e da Galácia (Rm 15:25-26; 1 Co 16:1-4; 2 Co 8:1-4). Bruce expressa claramente as razões pelas quais o apóstolo fez isso, quando

escreve: "Paulo tomou isso muito a sério; não apenas aos seus olhos era uma retribuição, até certo ponto, da dívida espiritual que as igrejas gentílicas tinham para com aquela de onde se originou o Evangelho, mas uma maneira de conciliar os extremistas judaizantes na igreja de Jerusalém, e assim consolidar os judeus e os gentios na igreja em um único corpo, fazendo com que cada grupo se sentisse dependente do outro, e agradecido ao outro".455

Sobre ofertas, Lumby diz: "Estes eram os sacrifícios ligados ao voto que ele tinha assumido Eles precisavam ser oferecidos no Templo".456

O fato de que, em grego, esmolas esteja no início do versículo e ofertas no final apóia esta interpretação de que as duas palavras não se referem à mesma coisa. Isto é bem transmitido nas traduções literais das versões KJV e ASV, mas está muito suaviza-do na RSV. A idéia correta é a dada pela NEB: "Depois de uma ausência de muitos anos, voltei para trazer esmolas em dinheiro para a minha nação e para fazer ofertas".

Paulo prosseguiu: Nisto (18) — o texto grego sugere que isto foi quando ele estava oferecendo os seus sacrifícios (cf. Phillips, "foi durante estas atividades" — uns certos judeus da Ásia — me acharam já santificado — particípio presente de hagnizo, "purificado cerimonialmente" — no templo, não em ajuntamentos, nem com alvo-roços — "não contaminando o templo com a minha presença, nem reunindo uma multidão ou incitando um levante"."'Maclaren diz: "Eles o chamaram de 'nazareno', ele esta-va no Templo como um 'judeu ortodoxo'. Seria provável que, estando ali realizando tais atividades, ele as tivesse profanado?"'

No texto grego, a frase uns certos judeus da Ásia aparece no início do versículo 19, e não no 18 (cf. Phillips, "não havia multidão e nem havia perturbação até que chegaram estes judeus da Ásia"). Foram os judeus que incitaram um tumulto, e não Paulo.

Um travessão (—) seguindo a palavra Asia (ASV, RSV) representa a força do texto gre-go. Lumby encontra a implicação para isto: "Paulo estava prestes a falar destes judeus da Ásia, mas ele se examina e decide não dizer nenhuma palavra contra eles, somente que deveriam estar ali para explicar a ofensa pela qual ele estava sendo acusado".459 Os quais convinha que estivessem presentes perante ti e me acusassem, se alguma coisa contra mim tivessem (19). Este foi um dos pontos legais mais fortes que Paulo marcou no seu julgamento perante Félix. Por que os acusadores não trouxeram as suas testemunhas para provar a acusação? Não seria isto uma confissão tácita de que as acusações eram infundadas?

Então o apóstolo desafiou os judeus que estavam ali a citarem um único crime de que o julgassem culpado enquanto, dizia ele, compareci perante o conselho (20), a não ser estas palavras que, estando entre eles, clamei: hoje, sou julgado por vós acerca da ressurreição dos mortos! (21) Se ele fosse realmente culpado, por que o Sinédrio não o teria condenado? Por que Tértulo e os acusadores saduceus não disseram a Félix o que havia realmente acontecido naquela reunião do Sinédrio? Como observa Maclaren: "Os fariseus no Conselho o tinham absolvido quando ouviram a sua profissão de fé na ressurreição. Este era o seu verdadeiro crime, não a traição contra Roma nem a profanação do Templo".460

Algumas vezes, tem-se dito que neste versículo Paulo confessou que ele teria cometido um engano ao dizer o que disse no Sinédrio. Por exemplo, Farrar escreve: "Na observação de Paulo perante o tribunal de Félix I, parece-me ver — embora ninguém o tenha notado — um certo sentido de arrependimento quanto ao método com o qual ele se livrou de um perigo iminente".461 Inúmeros autores seguiram a sugestão de Farrar. Mas Lake e Cadbury declaram: "O significado é que se os judeus falassem a verdade, precisariam admitir que não tinham um caso sólido contra ele, exceto a diferença teológica, o que aos olhos de Félix não seria nada"."'Bruce concor-da com isto quando escreve: "Ele não se culpa... simplesmente insiste que a única acusação válida que pode ser feita contra si é teológica".463 Foi isto que Lísias escre-veu em sua carta (23.29).

A defesa de Paulo perante Félix é um modelo que os cristãos devem seguir hoje em dia, quando acusados falsamente ou perseguidos de qualquer maneira pelo mundo. Pau-lo foi 1. Justo (10) ; 2. Factual (11) ; 3. Firme (12) ; 4. Vigoroso (13) ; 5. Positivo (14-15).

c. Adiando o Julgamento (Atos 24:22-27). Félix,' "conhecendo mais acuradamente as coisas com respeito ao Caminho" (RSV) lhes pôs dilação (22). Arndt e Gingrich obser-vam que este verbo é um termo técnico legal que significa "adiar" um julgamento."' Félix afirmou que quando Lísias viesse de Jerusalém o caso seria encerrado. Mas Maclaren chama a atenção para o fato de que Lísias não tinha dito nada sobre descer de Jerusa-lém, e comenta sobre o adiamento do governador: "A pronta execução de qualquer obri-gação é a única segurança. A indulgência dada a Paulo, no seu leve confinamento, so-mente mostrou quão claramente Félix sabia estar agindo mal, mas os pequenos alívios não remediam uma grande injustiça".466

O procurador entregou o seu prisioneiro aos cuidados de um centurião, com ordens de que ele fosse tratado com brandura (23) — anesin, "alguma liberdade"' — e que a ninguém dos seus proibisse servi-lo ou vir ter com ele. Entre estes que poderiam ministrar as necessidades de Paulo, deixando-o tão confortável quanto possível, estava Filipe, o evangelista, e as suas quatro filhas donzelas que profetizavam (21.8). Também pode-se supor certamente que Lucas com freqüência visitasse o seu querido amigo, e sem dúvida atuava como o seu médico pessoal.

Depois de alguns dias, veio Félix com sua mulher Drusila, que era judia (24). Existe uma história por trás desta simples referência. Félix casou-se três vezes, em três famílias reais. Drusila era a filha de Herodes Agripa I (Atos 12:1) e irmã de Herodes Agripa II (Atos 25:13). Quando ela tinha dezesseis anos de idade — alguns dizem catorze — casou-se com o rei de Emesa. Schuerer assim descreve o que aconteceu: "Pouco tempo depois do seu casamento, Félix viu a bela rainha, sentiu-se inflamado pela paixão, e determinado a possuí-la. Com a ajuda de um mágico de Chipre, chamado Simão, ela foi obrigada a se casar com ele".

Provavelmente para satisfazer a curiosidade da sua esposa judia, Félix, acompa-nhado por Drusila, mandou chamar a Paulo e ouviu-o acerca da fé em Cristo. O mais antigo manuscrito grego acrescenta "Jesus" depois de Cristo. Lumby destaca o significado disto: "O que Paulo podia demonstrar não era somente uma fé no Cristo, cuja vinda todos os judeus esperavam, mas uma fé de que Jesus de Nazaré era o Messias que eles tinham esperado durante tanto tempo".'

Paulo tratou da justiça (25) — os princípios da justiça e as práticas na vida cotidi-ana — e da temperança — "autocontrole" — e do Juízo — lit., "o julgamento" -vindouro. Enquanto o apóstolo falava, Félix ficou "espavorido" (Phillips), e disse a Pau-lo: Por agora, vai-te, e, em tendo oportunidade, te chamarei.

Foi dito com freqüência que esta oportunidade — uma única palavra em grego, significando "tempo" ou "ocasião" — nunca surgiu. Mas este ponto de vista está em contradição com a afirmação de que ele muitas vezes, o mandava chamar e falava com ele (26). Paulo teve muitas outras oportunidades de falar com Félix sobre assun-tos morais e espirituais. Mas sem dúvida é verdade que Félix não se arrependeu das suas maldades.

A descrição de Félix no versículo 25 destaca a idéia do "Adiamento, o Ladrão das Almas": 1. Ele foi fielmente avisado; 2. Estremecia com convicção; 3. Desperdiçou a opor-tunidade de ser salvo.

A principal razão pela qual Félix manteve Paulo na prisão foi porque ele esperava, ao mesmo tempo, que Paulo lhe desse dinheiro. Assim, o apóstolo foi detido em custódia injustamente durante dois anos (27), até que Félix teve por sucessor a Pórcio Festo, ou seja, até que "Félix foi sucedido por Pórcio Festo" (NASB). Mesmo nesta ocasião, querendo Félix comprazer aos judeus — lit., para fazer aos judeus um favor pelo qual esperaria um retorno"' — deixou a Paulo preso. O fato de que os governadores romanos algumas vezes recebiam subornos para a libertação de prisio-neiros é evidenciado por Josefo. Ele conta como albino, o sucessor de Festo, "permitiu as relações daqueles que estavam na prisão por roubo... para redimi-los com dinheiro, e nenhum deles permaneceu na prisão como malfeitor, exceto aqueles que não lhe de-ram nada".'

Evidentemente, Félix estava motivado por dois desejos: o de garantir um suborno por parte de Paulo, e o de ficar em uma situação favorável com os judeus. Mas ele fracas-sou nos dois objetivos. Uma delegação de judeus levou acusações contra Félix perante o imperador em Roma. Assim, ele não obteve nada como retribuição pelo seu chocante erro judicial ao lidar com o caso de Paulo.

Pórcio Festo evidentemente tinha um caráter melhor do que o do seu predecessor, embora não se saiba muito sobre ele. Na verdade, Knowling afirma: "Não sabemos nada sobre ele, exceto as informações do Novo Testamento e de Josefo".4" Schuerer o descreve como "um homem que, embora disposto a agir com justiça, encontrava-se completamen-te incapaz de desfazer o engano resultante dos equívocos do seu antecessor"."


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 24 do versículo 1 até o 27
*

24.1 Tértulo. Como orador, Tértulo era um tipo de advogado, possivelmente um judeu (ele se refere à lei judaica como “nossa” lei, v.6).

* 24.5-7 Tértulo acusava Paulo de ser um encrenqueiro crônico, líder de uma seita religiosa de má reputação, e uma pessoa que ameaçava profanar o templo. Paulo respondeu a estas acusações em sua defesa perante Festo (vs. 10-21).

* 24.5 dos nazarenos. Os cristãos eram identificados como seguidores de Jesus de Nazaré. Nazaré pode ter sido um termo de desprezo (Jo 1:46).

* 24.14 eu sirvo... Deus. Paulo assegurava a Félix que, como judeu, ele seguia uma religião protegida por Roma. Como seguidor do “Caminho”, Paulo servia “ao Deus de meus pais” e cria na ressurreição dos mortos (Dn 12:1,2; 13 52:4-18'>1Ts 4:13-18; 2Ts 1:8).

*

24.21 ressurreição dos mortos. Paulo fez uma declaração crítica que não pertencia à esfera dos interesses políticos romanos, mas à teologia judaica e cristã.

* 24.23 conservasse a Paulo...com indulgência. Como cidadão romano cujo caso ainda estava pendente, a Paulo era dada certa liberdade (28.16).

* 24.24 Drusila. Filha de Herodes Agripa I (12.1-23) e irmã de Herodes Agripa II (25.13 26:3, nota) e de Berenice (25.13 nota), Drusila deixou Azizo, rei de Emesa na Síria, para se casar com Félix. Ela provavelmente morreu junto com seu filho Agripa na erupção do Vesúvio em Pompéia, em 79 d.C.

*

24.27 Pórcio Festo. Festo provinha de uma família nobre em Roma. Embora Felix tivesse sido ambicioso e mau, Festo era sábio e honrado.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 24 do versículo 1 até o 27
24:1 Os acusadores chegaram: Ananías, o supremo sacerdote; Tértulo, o orador; e vários líderes judeus. Viajaram noventa e cinco quilômetros de Jerusalém a Cesarea, o centro do governo romano, para apresentar sua falsa acusação contra Paulo. Seu plano de assassiná-lo falhou (23.12-15), mas seguiam persistindo em querer matá-lo. Seus intentos de assassinato foram premeditados e persistentes.

24.2ss Ao Tértulo o escolheram como orador principal para apresentar o caso diante do governador romano. Fez três acusações contra Paulo: (1) que era uma praga e promotor de rebeliões entre todos os judeus por todo mundo; (2) que era o cabeça de uma seita religiosa não reconhecida, que estava contra a lei romana; e (3) que tentou profanar o templo. Os líderes religiosos esperavam que estas acusações persuadiriam ao Félix para executar ao Paulo e assim manter a paz na Palestina.

24:5 A acusação de que Paulo era uma praga era um insulto para ele, tratava-se de algo muito vago para tomar-se como uma acusação legal. A seita dos nazarenos se referia aos cristãos, chamado assim depois que Jesus deixou de residir no Nazaret.

24.10ss Tértulo e os líderes religiosos aparentavam ter um argumento sólido contra Paulo, mas este refutou sua acusação ponto por ponto. Paulo também pôde apresentar a mensagem do evangelho através de sua defesa. Os acusadores foram incapazes de apresentar evidências específicas que sustentassem suas acusações gerais. Por exemplo, ao Paulo o acusaram de causar problemas entre os judeus na província da Ásia (24.18, 19), mas estes não estavam pressentem para confirmá-lo. Este é outro exemplo que Paulo usava em cada oportunidade que atestava de Cristo (veja-se 24.14, 24).

24:22 Fazia seis anos que Félix era governador e sem dúvida tinha informação a respeito dos cristãos (os do Caminho), um assunto de conversação entre os líderes romanos. A forma de vida pacífica dos cristãos mostrava a quão romanos os cristãos não foram pelo mundo procurando armar desórdenes.

24:25 A conversação do Paulo com o Félix chegou a ser tão pessoal que este último se sentiu convencido. Félix, como Herodes Antipas (Mc 6:17-18), tomou a mulher de outro homem. As palavras do Paulo foram interessantes até que enfocaram o tema "da justiça, do domínio próprio e do julgamento vindouro". Muitas pessoas se sentirão muito felizes ao falar sobre o evangelho, sempre e quando não se misturarem em sua vida pessoal. Quando isto aconteça, alguns resistirão ou fugirão. Mas assim é o evangelho: poder de Deus que troca vistas. O evangelho não é eficaz até que os princípios e a doutrina não troquem a vida do indivíduo. Quando alguém resiste ou foge de seu testemunho, sem dúvida você teve êxito em chegar à pessoa com o evangelho.

24:27 Félix foi destituído e enviado a Roma. Porcio Festo assumiu o cargo de governador a finais de 59 ou princípios do 60. Foi mais justo que Félix, quem manteve ao Paulo na prisão por dois anos, por um lado, com a esperança de que este tentasse suborná-lo, por outro lado, queria manter aos judeus contentes ao deixar ao Paulo no cárcere. Quando Porcio Festo assumiu seu cargo, ordenou imediatamente reiniciar o julgamento contra Paulo.

24:27 Os judeus eram maioria e os líderes políticos queriam lhes dar uma prorrogação a fim de manter a paz. Ao parecer, Paulo originava problemas contra os judeus por onde ia. Ao deixá-lo na prisão, Félix deixou seu cargo em boas relações com os judeus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 24 do versículo 1 até o 27
XX. O JULGAMENTO APÓSTOLO antes FELIX em Cesaréia (At 24:1)

Mais uma vez, como em Corinto diante do governador romano, o procônsul Galião (At 18:12 ), Paulo foi acusado perante um tribunal romano oficial presidida pelo Felix, o procurador da Judéia XI (AD 52-59 ou 60). Antes de Felix, como antes Gallio, seus acusadores eram os judeus que estavam enfurecidos porque ele pregou a Cristo como seu Messias e Salvador de todos os homens. Antes Gallio em Corinto, capital de uma província Gentile onde os judeus eram uma minoria odiado, ele foi absolvido, e do cristianismo foi, assim, dado o status legal como uma forma de judaísmo. Mas em Cesaréia Paulo estava sendo julgado pelo procurador romano da Judéia, que era predominantemente judaica e onde as leis e os costumes dos judeus foram cuidadosamente respeitadas pelos governantes romanos. Paulo estava mais ansioso para o status do Cristianismo na Judéia do que ele era para seu próprio bem-estar pessoal. No entanto, o cristianismo tinha deixado de ser considerada como uma forma de judaísmo na Judéia. A hostilidade crescente dos judeus contra os cristãos estava desenvolvendo. Dentro em breve Tiago, pastor da igreja de Jerusalém, com os outros, estava a sofrer o martírio nas mãos do Sinédrio na instigação de Ananias (ver comentário sobre At 23:1 ). Roma ainda não tinha uma atitude hostil para com os cristãos, mas a pressão judeu no procurador romano da Judéia era muito forte. Não havia nenhuma garantia de que Felix não cederia às suas demandas, assim como Pilatos tinha quando Cristo foi a julgamento diante de si (conforme Mt 27:23. ). A causa do cristianismo por todo o império romano dependia do resultado do julgamento de Paulo em Cesaréia. Nós só pode imaginar com que veemência Paulo deve ter orado antes de ir a julgamento para a defesa do cristianismo neste tribunal provincial romano mais estrategicamente situado da justiça. Também não foi a questão a ser finalmente resolvido, até que foi levado para o supremo tribunal de César em Roma.

1. As testemunhas contra Paulo (At 24:1 .

A persistência sanguinária de Ananias é eloquentemente evidenciado por sua aparição perante a corte de Felix para garantir, se possível, seja a condenação ou a custódia de Paulo. (Para o escritório e caráter de Ananias, ver notas em At 23:1 ). As certas anciãos eram sua delegação apoio do Sinédrio e certamente tal como tinha participado no ataque do Conselho sobre Paulo em Jerusalém (At 23:1 ), afigura-se que ele era um judeu ou na melhor das hipóteses um helenista. Tertullus é um dos dois advogados nomeados no Novo Testamento, o outro Zenos, um cristão convertido e trabalhador a quem Paulo enviou (Tt 3:13 ). Estes advogados não devem ser confundidos com os "escribas e doutores da lei" encontrado nos Evangelhos. Estes últimos eram eclesiásticos e teólogos. Os advogados da tribo Tertullus "eram muitos no primeiro século (ver notas em At 17:5)

2 E quando ele foi chamado, Tértulo começou a acusá-lo, dizendo: Visto que por ti gozamos de muita paz, e que por teus males providência são corrigidos por esta nação, 3 nós aceitá-la de todas as formas e em todos os lugares, mais excelente Felix, com toda a gratidão. 4 Mas, para que não seja mais tedioso a ti, peço-te para nos ouvir da tua clemência algumas palavras.

Com elogios eloquência e pessoais lisonjeiras, Tertullus pavimentou o caminho para sua acusação de Paulo. No que diz respeito 'palavras, Tertulo da tua clemência (v. At 24:4 ), ele reprimiu revoltas e banditismo sob a liderança de um Eliezer e uma perturbação grave entre os sírios e os judeus cesariana. Mas o outro lado da razão foi seriamente desequilibrou com desacredita. Ele era repreensível tanto mau caráter e má administração. Sua lascivo, mercenário, conduta opressiva, injusta e cruel foi muito bem conhecida por seus súditos judeus. (Para uma descrição de caráter e conduta de Félix, ver notas em At 23:25 .)

Reivindicação Tertullus "que os judeus aceitaram graciosamente e universalmente de Felix administração (v. At 24:3) foi hipocrisia flagrante. Na verdade, muitos dos saduceus o favoreceu, mas havia muito mais do que os legalistas sede de seu sangue.

Tertullus referência 'para a providência de Felix (v. At 24:2) levou Plumptre observar:

Homens falou então como agora da "providência de Deus", e a tendência de vestir os imperadores com atributos quase divinos levou ao surgimento desta palavra: "a providência de César" -em suas moedas e nas medalhas atingido em sua honra .Tertullus, desta maneira, vai um passo além, e estende o prazo para o procurador da Judéia.

Esta tendência a idolatrar governantes romanos foi evidenciado pela atribuição de divindade de Herodes Agripa I pelos povos de Tiro com seu julgamento divino resultante em morte em AD 44 (At 12:21 ). Robertson vê indícios de culto ao imperador romano na experiência de Paulo em Tessalônica:

Evidentemente, Paulo, enquanto em Tessalônica, havia sido incitado pelo culto do imperador romano e pode ter empregado linguagem que deu um pouco de cor ao cargo especioso de seus inimigos. Aqui em Tessalônica, Paulo começou a enfrentar o inevitável conflito entre Cristo e César. A sombra de Roma foi lançado sobre a Cruz. (Conforme 2Ts 2:3 ); a promessa foi mantida às vezes, às vezes não, mas foi calculada para garantir a boa vontade para o alto-falante, no início do seu discurso.

3. As acusações contra Paulo (24: 5-9)

5 Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo, e chefe da seita dos nazarenos; 6 que aliás analisados ​​para profanar o templo: em quem também fomos prendeu: 8 de quem tu hás de ser capaz, examinando-o a ti mesmo, para tomar conhecimento de todas estas coisas que o acusamos. 9 Os judeus também concordam na acusação, afirmando que estas coisas eram assim.

Embora Tertullus avança quatro coisas gerais contra Paulo, eles parecem resolver-se logicamente em três acusações específicas: Primeiro , ele é acusado de ser um agitador confirmada e promotor de atividades subversivas: uma peste ... promotor de sedições.Segundo , ele é cobrado de ser o chefe de auto-nomeado de um movimento revolucionário: um chefe da seita dos nazarenos . E terceiro , ele é acusado de intenção de profanar o templo judaico: que além disso analisados ​​para profanar o templo .

Primeiro , Tertullus astutamente apontou a acusação contra Paulo diante Felix quando ele alegou que tinha sido encontrado para ser uma peste , ou talvez por implicação um mortal, venenoso, perniciosa, desmoralizar, perturbador da paz, Sicarius infecciosa em geral no império que tinha chegado a Judéia com o objetivo de direcionar uma revolta contra Roma. Foi, como vimos, na supressão destes sicários da Judéia que Felix mais se orgulhava. Movimentos "messiânicos" eram muitos; e, ainda que começou como uma religião, eles às vezes se tornou político. A acusação de Tertullus contra Paulo parece implicar que ele foi chefe de tal movimento. Tertullus bem sabia que se os judeus poderiam garantir um veredicto contra Paulo nesta primeira carga, de sua execução por Felix do interesse do governo romano na Palestina estaria assegurada.

A segunda acusação foi projetado para ser cumulativo na sua importação. Nisto Paulo é retratado como o organizador e diretor de um movimento subversivo, política que, sob o falso pretexto da religião judaica legalizada no império, tinha furado o seu caminho em todas as partes do Império Romano. Tertullus é sutilmente desenho as linhas de demarcação entre o judaísmo eo cristianismo, com o objetivo de empurrar o último fora no reconhecimento desfavorável de Roma. Ele tinha conseguido, não só Paulo sofreram execução, mas o machado Roman teria caído sobre os cristãos da Judéia e, talvez, todo o império. Se ele falhar, o cristianismo viria em aviso prévio favorável e reconhecimento de Roma e iria atingir o status legal, como de fato o fez em AD 313, sob o imperador Constantino. Tertullus empregada nenhum novo dispositivo em sua tentativa de definir Caesar contra Cristo. Os judeus empregaram este dispositivo contra o próprio Cristo (Jo 19:12 ); foi empregada contra os apóstolos cristãos de Filipos (At 16:19 ); e novamente em Tessalônica (At 17:6 ); e em Corinto (At 18:12 , At 18:13 ).

Bruce observa que este é o único emprego Novo Testamento do nome de Nazareno em aplicação para os seguidores de Cristo. Como tal, eles são designados um partido ou organização (conforme At 5:17 ). A terceira acusação de tentativa de profanação do templo não tem o detalhe da acusação anterior contra Paulo, onde os judeus, na verdade, o acusou de fazê-lo tomando as Trophimus gentios no templo. Lá, eles o acusaram de o ato, mas aqui Tertullus, talvez seja por causa da dificuldade da prova ou por causa da descoberta de seu erro, recorre a uma acusação contra motivos de Paulo: ele analisados ​​para profanar o templo . É claro que se essa acusação poderia ter sido sustentada, os judeus teriam tido o direito legal de executar Paulo si. Talvez seja isso que eles mais esperava realizar no julgamento. Um veredicto aqui teria sido uma vitória final para eles sobre Paulo, se não sobre o cristianismo.

Tertullus fechou a acusação, comprometendo o processo ao juiz, com a garantia de cortesia que Felix iria, por exame, encontrar as acusações verdadeiras enquanto eles (v. Apresentara 8 ). A delegação judaica deu parecer favorável aos encargos apresentado pela Tertullus.

DEFESA B. PAULO ANTES DE FELIX (24: 10-21)

Que tanto a acusação ea defesa começou os seus endereços na acenando de Felix (conforme vv. At 24:2 e
10) deixa claro que este foi um julgamento formal.

Endereço 1. de Paulo aos Judge (At 24:10)

10 E quando o governador feito sinal-lhe dizer, Paulo respondeu: Porquanto sei que tu tens sido o de muitos anos és juiz sobre esta nação, com bom ânimo faço a minha defesa:

Há uma grande diferença entre o endereço da defesa (v. At 24:10) e que o Ministério Público (vv. At 24:2-4 ). Paulo é mais breve e menos ornamentado, e mais direto em sua abordagem. Ambos são cortesia do juiz, mas em vez de uma enumeração de realizações duvidosas atribuídas a Felix por Tertullus, Paulo, de uma forma simples, reconhece o conhecimento de Felix de assuntos judaicos, possivelmente adquirida em grande medida através de Drusilla e sua experiência como administrador e juiz de Judéia, critérios como favoráveis ​​para julgar o caso em questão. Plumptre diz: "Notamos uma vez a diferença entre masculinidade frank de São Paulo e da bajulação servil do advogado."

Responder 2. de Paulo para a primeira carga (24: 11-13)

11 vendo que tu podes tomar conhecimento de que não é mais de doze dias que subi a Jerusalém para adorar: 12 e nem no templo que não me acharam discutindo com alguém ou agitar-se uma multidão, nem nas sinagogas, nem na cidade. 13 Nem te podem provar a ti as coisas de que agora me acusam.

Paulo responde às três acusações de Tertullus em ordem (ver notas sobre vv. At 24:5-9 ). Em primeiro lugar , ele nega que ele tivesse qualquer intenção sediciosa em Jerusalém. Esta negação ele suporta por numerosas evidências. (V. Em relação ao problema levantado pelo 12 dia 11 ), Bruce observa:

As notas de tempo a partir da chegada de Paulo em Jerusalém (cap. At 21:1:.
- 17f) são dadas em grande detalhe. . Mas os sete dias da Ch At 21:27 . e os cinco dias de Ch At 24:1 , At 21:20 ; At 22:30 ; At 28:1 :. 11f , 23 , 30 . Temos, portanto, supor (com Rackham ...) que os cinco dias de Ch. At 24:1 menos bem do que o segundo se faz,

Em relação ao problema cronológica, Macgregor simplesmente afirma: "A verdade é que, provavelmente, Paulo está simplesmente falando em números-redondas como poderíamos dizer," cerca de quinze dias. " "

O propósito de Paulo em ir a Jerusalém não tivesse sido por agitação política como Tertullus alegada, mas sim para o culto religioso: Eu fui até a adoração (v. At 24:11 ). Nacionalidade e formação de Paulo apoiou esta reivindicação. Como judeu provincial era perfeitamente natural e certo que ele deveria ter ido a Jerusalém para adorar na festa Pentecostal. A brevidade do tempo que passei lá (12 dias) teria sido contra as atividades sediciosas, especialmente porque ele foi responsável por sua conduta durante esse tempo.

Ele faz um desmentido que os judeus tinham o encontraram discutindo com alguém ou recolhimento e agitando a seguinte, ou no templo, em uma sinagoga de Jerusalém, ou em qualquer outra parte da cidade (v. At 24:12 ). Tertullus tinha generalizado em suas acusações. Paulo negou categoricamente essas generalidades com suas implicações sutis. Quando alguém foi honesto na fala e na posição vertical em conduta, não será difícil dar uma explicação simples e satisfatória de suas palavras e ações. Esta negação categórica de atividades sediciosas Paulo rebita com um desafio simples para seus acusadores para oferecer provas satisfatórias de suas acusações (v. At 24:13 ).

Responder 3. de Paulo para a segunda carga (24: 14-16)

14 Mas confesso-te, que, após o caminho a que eles chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está de acordo com a lei, e que são escrito nos profetas; 15 Tendo esperança em Deus , como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição tanto dos justos e injustos. 16 Nisto eu também exercitar-me a ter uma consciência sem ofensa para com Deus e os homens sempre.

Enquanto ignorando sua suposta posição como chefe da seita dos nazarenos (v. At 24:5 ). Positivamente, ele orgulhosamente se identificou com o caminho a que eles chamam seita (v. At 24:14 ). Mas logo ele defendeu esta seita como um movimento perfeitamente legal e ortodoxa dentro do judaísmo. De forma sistemática Paulo afirma que ele (e essas pessoas) do Caminho adoração (v. At 24:11 ), ou o Jeová dos judeus. Além disso, ele afirma que eles acreditam que todas as coisas que estão de acordo com a lei e que são escrito nos profetas (v. At 24:14 ). Embora não tão afirmou, Paulo implica sutilmente que a fé cristã aceita a essência do judaísmo, rejeitando as adições orais e acréscimos dos judeus (conforme Mt 23:4 , Jo 1:12 ). Mais uma vez ele afirma sua fé, e que os cristãos, na ressurreição, tanto de justos e injustos (v. At 24:15. ; . 1Co 15:1 ).

Macgregor negaria que a referência à ressurreição no versículo 15 é Pauline, com o fundamento de que Paulo ensinou duas ressurreições separadas, para os justos e para os injustos, e que a fé de Paulo centrado na ressurreição de Cristo, que os judeus negado.Parece apropriado para responder, em primeiro lugar, que não há nenhuma boa razão aparente para negar que Paulo pode ter permitido para resurrections- separado tanto do justo e do injusto -em este enunciado. Ele não se encaixava seu propósito de lidar com eles separadamente no momento. Ele é combater a negação dos saduceus de qualquer ressurreição através da identificação de sua crença com a do judaísmo ortodoxo. Em segundo lugar, Paulo assumiu a ressurreição de Cristo como a condição e garantia da ressurreição dos mortos (conforme 1Co 15:12. ). Também não servem o propósito de Paulo afirmar ou discutir a ressurreição de Cristo neste momento. A continuidade da teologia ortodoxa e cristã era o propósito de Paulo aqui, com vista a reivindicar a causa cristã.

A menção da ressurreição aqui, como diante do Sinédrio em Jerusalém (At 23:6 ), que era conhecido por ser um saduceu, eram saduceus para a ocasião "escolhidos a dedo", como provavelmente era Tertullus, se de fato ele era judeu. Assim, a afirmação de Paulo de fé na ressurreição colocou os cristãos na posição da ortodoxia, deixando seus acusadores na posição de heterodoxia, um movimento sutil de defesa de facto da parte de Paulo. Poderia ter sido a de que Paulo sabia que a esposa de Felix Drusila, que era judia e evidentemente ouviu Paulo com grande interesse, era do partido ortodoxo e que as simpatias religiosas de Felix teria sido com ela, em vez de com os saduceus (conforme v . 24 )?

Paulo voltou (v. At 24:16 ), para a reafirmação de sua estrita consciência, uma proposição que ele havia afirmado perante o Sinédrio em Jerusalém e para o qual os judeus tinham tentado mob ele. (Ver At 23:1 , com notas sobre "consciência".)

Responder 4. de Paulo para a Terceira Charge (24: 17-21)

17 Agora, depois de alguns anos, vim trazer à minha nação esmolas e ofertas: 18 em meio à qual eles me acharam já santificado no templo, sem ajuntamento, nem com tumulto, mas havia alguns judeus da Ásia- 19 , que deveria ter estive aqui antes de ti, e para fazer a acusação, se tivessem alguma coisa contra mim. 20 Ou então deixar-se estes homens dizem o que injustiça que encontrei quando eu compareci perante o conselho, 21 não sendo por isso uma só voz, que eu chorei estando entre eles, acerca da ressurreição dos mortos que estou posta em causa antes de o dia de hoje.

Como mais uma prova de sua lealdade ao judaísmo ortodoxo, Paulo avança o propósito primordial de sua última visita a Jerusalém, a saber: "a coleção" (v. At 24:17 ). Aqui no entanto, Paulo judiciosamente se refere a ele como à minha nação esmolas e ofertas . Nem Paulo aqui diferenciar entre o cristão e judeus não cristãos em seu uso da palavra "nação". Mas é preciso lembrar que, em sua defesa que ele está tentando estabelecer que o cristianismo é a essência espiritual do judaísmo ortodoxo. Assim, não há sombra de verdade na sua declaração aqui. Em relação às esmolas Plumptre observações:

Os "esmola" eram, naturalmente, as grandes somas de dinheiro que São Paulo tinha vindo a recolher, desde a sua última visita, para os discípulos (possivelmente em parte, também, para aqueles que não eram discípulos) em Jerusalém. É de notar que esta é a única menção nos Atos dos que que ocupa um lugar tão proeminente nas epístolas deste período (ver Rm 15:25. ; 1Co 16:1. ; 2Co 8:1 ).

Plumptre vê uma "cortesia refinado" no uso que Paulo faz do termo nação em vez de o termo usual, "povo", para os judeus. "Nação" era comumente usado dos pagãos, mas ter que se refere aos judeus aqui como "povo" teria "implícita uma certa suposição de superioridade ao magistrado diante de quem ele estava." Tal teria enfraquecido a sua causa com Felix.

Em vez de profanar o templo, Paulo declara que ele foi encontrado purificado no templo, sem ajuntamento, nem com tumulto (v. At 24:18 ). A relação entre a purificação de Paulo no Templo (ver notas em At 21:23 , At 21:24) e "oferta" do versículo 17 parece ser inseparável. Na verdade, parece que os judeus descobriu-o no templo apresentando sua oferta durante a conclusão de seu voto Nazireu. Plumptre observa que "ele era, por assim dizer, ocupados com elas [as ofertas] quando os judeus da Ásia o encontrou, não profanar o templo, mas purificada com toda a integralidade que o voto Nazireu necessário." Macgregor concorda com esta posição.

As certos judeus da Ásia (v. At 24:18 , At 21:29 ). No entanto, esses judeus muito asiáticos, que foram responsáveis ​​por iniciar todo o assunto parece ter abandonado completamente a sua causa evadindo as consequências de suas cargas e, provavelmente, voltar para a Ásia depois de Pentecostes.Assim, os saduceus, abandonados por ambas as suas testemunhas judaicas asiáticos e do partido dos fariseus apoio do Sinédrio, foram deixados para exercer a acusação de uma suposta ofensa capital, sem testemunhas e com um Sinédrio divididos sobre a questão envolvida. Paulo assume a ausência das testemunhas como prova da insustentabilidade da sua causa (v. At 24:19 ). Ele, então, de forma inteligente transforma o ónus da prova sobre a acusação, que é, sem testemunhas ou provas (v. At 24:20 ). Em seguida, com um golpe fulminante de ironia, Paulo conclui sua defesa por uma alusão à doutrina da ressurreição, que tinha dividido tão drasticamente o conselho e derrotou a sua causa contra ele. Era como se dissesse: "A verdadeira questão em jogo é a doutrina da ressurreição, em que doutrina os judeus estão divididos e eu fico com o partido ortodoxo". E nesta conclusão Paulo não estava errado, pois a diferença entre o verdadeiro judeu como expresso na fé cristã, e o não-cristão judeu, foi a ressurreição dos mortos e um de Cristo e depois de Seus seguidores (1Co 15:20 ).

TRIAL C. PAULO diferido pela FELIX (24: 22-27)

Felix era astuto o suficiente para ver que os judeus tinham nenhum caso real contra Paulo. Para ter prestado um veredicto contra o apóstolo, à luz das provas teria sido uma violação do seu sentido de justiça romana e poderia tê-lo envolvido em sérios apuros com Roma. Para ter absolvido Paulo teria suportado por Felix do desfavor violenta da maioria dos saduceus no Sinédrio. Assim, sua posição era quase idêntico ao de Pilatos no julgamento de Jesus (Mt 27:20. ), mas Felix parece ter sido mais perspicaz do que Pilatos, em que ele escapou entre as pontas do dilema, adiando o julgamento, em vez de aceitar qualquer uma das alternativas de absolvição ou condenação de Paulo.

Motivo 1. de Felix para adiar o julgamento (At 24:22)

22 Félix, porém, ter um conhecimento mais exato a respeito do Caminho, adiou a questão, dizendo: Quando o comandante Lísias cairão, I irá determinar a sua matéria.

Deferência do julgamento de Paulo Felix parece ter sido o resultado de seu conhecimento mais exato a respeito do Caminho , nem a respeito do cristianismo. "O comparativo, [ mais exato ] implica uma referência a um padrão médio ", Plumptre pensa. De onde ele obteve seu conhecimento do cristianismo? Existem várias respostas possíveis. Em primeiro lugar , ele tinha governado a Judéia por alguns anos e tinha tido oportunidade de observar o cristianismo lá. Em segundo lugar , ele pode ter contactado os cristãos em Roma antes de vir para a Judéia como procurador. Terceiro cristianismo, ele pode muito bem ter observado a Jerusalém, especialmente durante as festas anuais que ele naturalmente tinha visitado, pelo menos no interesse de sua esposa, que era judia. Em quarto lugar , ele, sem dúvida, contactado e observados os cristãos em Cesaréia onde o cristianismo tinham invadido o próprio exército romano através da conversão de Cornélio e sua casa sob Pedro cerca de vinte e cinco anos antes (At 10:1)

23 E deu ordem ao centurião que ele deve ser mantido no cargo, e deve ter indulgência; e não para proibir qualquer um de seus amigos para o servirem.

A acusação de Felix relativa Paulo após o julgamento era triplo. Primeiro , ele ordenou ao centurião que Paulo no comando . Em outras palavras, Paulo era para ser mantido sob custódia. Macgregor diz da detenção de Paulo: "A custódia seria confinamento militar que iria salvaguardar o julgamento pendente acusado sem submetê-lo ao desconforto de uma cadeia pública. " Em segundo lugar , Paulo era ter indulgência . Isto parece implicar tal consideração, como seria de montagem de um cidadão romano que não tinha sido provado culpado de qualquer crime. Em terceiro lugar , ele estava a ter relações livre com seus amigos ou parentes que pode querer visitá-lo e ministrar ao seu conforto e necessidades (conforme At 23:16 ).

3. Conferências de Félix com Paulo (24: 24-26)

24 Mas, depois de alguns dias, vindo Félix com Drusila, sua esposa, que era judia, mandou chamar a Paulo, e ouviu-o acerca da fé em Cristo Jesus. 25 E, tratando ele da justiça, e auto-controle, eo julgamento vindouro, Félix ficou atemorizado e respondeu: Vai-te para este tempo; e quando eu tiver ocasião favorável, eu vou chamar-te a mim. 26 Esperava ao mesmo tempo que o dinheiro seria dado a ele de Paulo: portanto, também mandou buscá-lo o mais freqüentemente, e conversava com ele.

Que a defesa de Paulo perante Felix tinha definitivamente despertado interesse em sua mente na religião cristã é evidente pelo fato de que Felix e Drusilla, posteriormente, enviado para Paulo, e ouviu-o acerca da fé em Cristo Jesus (v. At 24:24 .) Drusilla era apenas seis anos de idade quando seu pai morreu em AD 44 (At 12:21 ). Assim Drusilla deve ter tido algum, possivelmente muito, familiaridade com a história e desenvolvimento do Cristianismo na Judéia. Ela teria sabido da execução de seu pai de Tiago, irmão de João e de sua prisão e planejado a execução de Pedro (At 12:1 ). Plumptre pensa que "Ela pode ter se conectado fim trágico de seu pai em Cesaréia com a parte que ele tinha tomado na perseguição à fé, da qual um dos principais pregadores foi agora trazido à sua frente." Assim ela renovou o interesse evidente no cristianismo parece ter influenciado seu marido, e, juntos, eles procuraram oportunidade de aprender mais da sua maneira de entrevistas privadas com Paulo. Aqui, como mais tarde em Roma, a prisão de Paulo tornou-se sua paróquia. Não é de admirar que Paulo passou a considerar-se o "prisioneiro de Cristo" (Ef 3:1 , Mc 6:18 ), tinha tomado a mulher de outro homem (ver notas em At 24:24) e, portanto, era repreensível pelo ideal ético grego, como também pelo cristão. Em segundo lugar , o ideal ético grego de auto-controle recebeu seu mais alto tratamento em Aristóteles summum bonum ou a via media-o meio dourado . Este conceito nobre de moderação no uso de todas as coisas atingiu diretamente na natureza sensorial e emocional de Felix. Assim, estabeleceu o princípio de que "as coisas" só pode ter valor instrumental ou utilitário e deve ser usado apenas como meios para fins dignos, a menos que eles estão a destruir seus próprios usuários. Virilidade Noble é, portanto, o final, enquanto as coisas são, mas meios (conforme Mt 6:1 e Fp 4:5 ). Não há evidências de que, para Felix da temporada conveniente já deu frutos em arrependimento e fé salvadora. Como tantos outros, já que, Felix tocou muito tempo para racionalizar-se fora do grave convicção que tomou conta de sua alma. Procrastinação tornou-se o inimigo que roubou sua alma de seu prêmio da salvação.

Mas Felix era claramente um homem de motivos mistos em relação ao seu interesse por Paulo. Esperava ao mesmo tempo que o dinheiro seria dado a ele de Paulo (v. At 24:26 ). Ramsay faz grande parte da suposta riqueza de Paulo.

Um contador sugestão digno para a hipótese de Ramsay pode ser que Paulo não era um homem rico, mas que Lucas era provavelmente um homem de posses e que, como o companheiro de missão e amigo do apóstolo, ele generosamente gasta seus recursos em prisões e julgamentos de Paulo.

Depois de desacreditar a teoria de que Paulo pode ter usado qualquer um dos "coleção" para a sua despesa pessoal, Ramsay afirma: "Parece que não há alternativa senão a de que a propriedade hereditária de Paulo foi usada ... devemos considerar Paulo como um homem de alguma riqueza durante estes anos. Seja ou não a hipótese de Ramsay relativa méritos riqueza respeito de Paulo (que parece bastante tensa), Paulo foi, no entanto, por alguma razão que Lucas não nos diz, considerado por Felix como uma perspectiva favorável para um suborno substancial. Possivelmente alusão de Paulo a esmola ... e ofertas (v. At 24:17 ), que ele havia trazido à sua nação, levou Felix para a noção equivocada de que se tratava de contribuições pessoais de Paulo e, portanto, que ele era um homem de meios financeiros.

As esperanças de Felix para um suborno de Paulo eram, mas a saída natural de seu caráter e de conduta pervertida. Plumptre observa: "Esta ganância de ganho no próprio ato de administrar a justiça foi o mal-raiz do caráter fraco e mau."

Entrevistas posteriores de Félix com Paulo são adequadamente sugerido por Plumptre da seguinte forma:

Não é difícil para representar a nós mesmos o caráter dessas entrevistas, os sugestivos promessas dicas meio e ameaças meio de procurador, a firme recusa do preso para comprar a liberdade que ele alegou como um direito, sua tentativa infrutífera para provocar uma mudança para melhor no caráter de seu juiz.

Novamente, há uma notável paralelo entre Paulo e o filósofo Sócrates, neste momento. Sócrates recusou-se a permitir que os seus discípulos para subornar o juiz ou guardas para sua libertação, quando ele foi condenado à morte pelo copo de cicuta para os princípios que ele ensinou em Atenas.

Gostaríamos de saber o efeito da vida e ministério de Paulo em Drusilla, mas Lucas passa esta over.

Eliminação 4. Felix de Paulo (At 24:27)

27 Mas, passados ​​dois anos, foram cumpridas, Felix foi sucedido por Pórcio Festo; e desejando ganhar o favor dos judeus, Félix deixou Paulo preso.

O que Paulo fez durante seus dois anos de prisão cesariana é ainda não contadas por Lucas, e não podemos fazer mais do que conjecturas. Que ele foi conferida circunstâncias confortáveis ​​e, possivelmente, um considerável grau de liberdade parece provável das circunstâncias do caso. Alguns especulam que ele escreveu a Epístola aos Hebreus durante este período (se é que foi escrito por Paulo); outros que as epístolas de Éfeso, Colossos e Filipos, com talvez Filemon, foram escritos aqui. No entanto, a prova está faltando para qualquer uma dessas hipóteses. Parece mais provável que ele teve contato e comunhão encorajadora com Lucas, Felipe, e outros cristãos em Cesaréia. Sem dúvida, eles ministravam perante o seu material, como também a sua espiritual, conforto.Parece possível que Lucas pode ter utilizado o tempo ea oportunidade em associação com Paulo para posterior recolha de materiais para suas histórias. Teria sido aqui, pelo menos em parte, que Paulo aprendeu o segredo do paciente resignação à vontade de Deus (Fp 4:11 ).

Os judeus multiplicado as queixas contra os abusos do governo de Felix, e, finalmente, ele foi convocado por Nero. Influência Seu irmão Pallas 'com o imperador salvou de punição mais grave. Porcius Festus conseguiu Felix como procurador da Judéia e morreu no segundo ano de sua administração. Josefo dá crédito Festus com suprimindo os assola Sicarii atividades do país e manter a paz, enquanto ele vivia.

Caracteristicamente paternalista, Felix, por ocasião de seu recall, deixou Paulo na prisão em Cesaréia como um favor para os judeus que possa ter acrescentado este às suas acusações contra ele diante de César tinha ele lançou Paulo. Covarde demais para condenar Paulo à morte ou liberá-lo para o Sinédrio, o que teria feito, e muito deferente aos grupos de pressão judeus para absolver e libertá-lo, Felix cometido a falácia lógica de "decisão pela indecisão" e deixou a Paulo para ser descartado de por seu sucessor.Plumptre observações de palavras de Lucas que desejam ganhar o favor dos judeus, Felix deixou Paulo em títulos (v. 27b ): "Foi, por assim dizer, um investimento na iniqüidade." Quantas vezes as pessoas deixam suas responsabilidades pessoais e oficiais para os outros para executar, enquanto eles, assim, tentar evitar as consequências de seus próprios atos!


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 24 do versículo 1 até o 27
  1. A acusação falsa (24:1-9)

A seguir, Paulo tem uma audiência diante de Félix, o governador. Félix era casado com Drusila (v. 24), sua terceira esposa. Ela era a filha mais moça de Herodes Agripa I e ainda não tinha 20 anos.

Os acusadores costumavam apresentar argumentos oratórios e tentavam bajular o juiz. Tértulo era esse tipo de orador legal, e suas pa-lavras de lisonja a Félix soam super-ficiais e falsas. No versículo 1, os "cinco dias" referem-se ao período desde a prisão de Paulo. Este seria o resumo das atividades de Paulo: 1fl dia — chegou a Jerusalém, 21:27; 2a dia — visitou Tiago 21:18-32 dia

  1. visitou o templo, 21:26; 4a, 5a e 66 dias — no templo com os votos sobre ele; 7a dia — preso no templo, 21:27; 8a dia — diante do conselho, 22:30—23:10; 9a dia — complô dos judeus e viagem de Paulo para Cesaréia, 23:12-31; 10a dia — apre-sentado a Félix, 23:32-35; 11a e 12a dias — espera em Cesaréia; 13a dia
  2. audiência diante de Félix. Por-tanto, como você pode perceber, há cinco dias (do 8a ao
    - 12a) entre a pri-são e o julgamento de Paulo.

Os judeus apresentaram três acusações contra Paulo: (1) uma pessoal: "Tendo nós verificado que este homem é uma peste"; (2) uma política: "Promove sedições"; e (3) uma religiosa: "O principal agitador da seita dos nazarenos". Compa-re com o julgamento de Cristo e as acusações apresentadas contra ele (Lc 23:22). Claro, eles não tinham nenhuma prova das acusações! Eles consideravam Paulo uma "peste" (v. 5), enquanto gerações de cristãos o vêem como o grande apóstolo de Deus para os gentios. Os descrentes de hoje não percebem que seus ami-gos verdadeiros são os "entediantes amigos cristãos". EmLc 16:19-42). Esses homens considera-vam a crença em Cristo uma sei-ta, um grupo de pessoas estranhas à verdadeira fé judaica. Em Israel, os cristãos eram vistos como uma seita, não como uma nova religião, porque os milhares de judeus que creram em Cristo ainda participa-vam da adoração no templo. O ter-mo "nazareno" tinha conotação de desdém. Natanael não perguntara: "De Nazaré pode sair alguma coisa boa?" (Jo 1:46)?

Tértulo mentiu mesmo a respei-to do corajoso comandante Lísias! Observe que ele também "ameni-zou" a história do tumulto no templo (v. 6), mas exagerou a atitude de Lí-sias (v. 7)! Nada pára os homens que se opõem à verdade; eles distorcem a verdade e chegam até a mentir. Os judeus odiavam Lísias, porque Deus usou-o para salvar Paulo. Os homens fingiam obedecer à lei, mas esses filhos do diabo (Jo 8:44) eram assassinos e mentirosos.

  1. A reposta fiel (24:10-21)

Os cristãos têm o direito de usar a lei (instituída por Deus) para proteger a si mesmos e ao evangelho. Obser-ve que Paulo não faz uso da lison- ja; veja I Tessalonicenses 2:1-6. Ele esperou até ter permissão do gover-nador e, a seguir, de forma calma e honesta, contou sua história.

De acordo com os registros da época, governar durante seis ou sete anos era o suficiente para ser consi-derado bastante tempo (v. 10), e Fél ix já governava por esse tempo. Paulo respondeu com fatos às acusações contra ele. Ele viera para Jerusalém a fim de adorar havia apenas 12 dias (lembre-se da agenda apresentada acima). Ele não teria como organi-zar uma revolta em tão pouco tem-po! Seus acusadores não tinham ne-nhum testemunho que provasse que ele causara problemas ou sequer levantara a voz no templo! A partir daí, o apóstolo usa a corte como um púlpito e dá testemunho de sua fé em Cristo. "Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita." Todavia, ele continua e afir-ma que, na verdade, essa "seita" é o cumprimento da fé judaica. Paulo acreditava na Lei e nos Profetas, isto é, em todo o Antigo Testamento. Ele acreditava (como os fariseus) que haveria ressurreição da morte. To-dos os dias, ele tentava não ofender os homens nem a Deus.

Paulo era anti-semita? Como ele poderia ser, se trazia uma dádiva de amor para sua nação a fim de aju-dá-la no momento de provação? No versículo 17, a expressão "depois de anos", provavelmente, refere-se a um período de três ou quatro anos. Paulo visitou Jerusalém em cinco ocasiões distintas: essas visitas estão registradas emAt 9:26 (39 d.C.); At 11:27-44 (45 d.C.); At 15:0 (53 d.C.) e At 21:17 (58 d.C.). Sua última vi-sita a Jerusalém ocorrera cinco anos atrás. Seus acusadores não tinham nenhuma testemunha para provar que ele causara qualquer problema; na verdade, foram eles que provoca-ram o tumulto no templo (21:27ss).

  1. A atitude insensata (24:22-27)

Félix recusou-se a tomar qualquer decisão, apesar de ter conhecido melhor o "Caminho" (a fé cristã). Ele adiou a decisão com a descul-pa de que aguardava a chegada do comandante romano. O governador foi gentil com Paulo ao permitir-lhe certa liberdade, até que seus amigos o visitassem.

Félix teve outra audiência com Paulo, dessa vez com sua espo-sa adolescente, Drusila, presente. Ela, não de forma distinta da famí-lia de Herodes, da qual provinha, já vivia em pecado, embora ainda fosse jovem. E provável que gos-tasse de toda a "pompa e circuns-tância" que cercavam a esposa do governador — até Paulo começar a pregar a Palavra! Paulo ficou em pé diante deles e falou, não a fa-vor de si mesmo, mas para que eles fossem salvos! Ele apresentou-lhes três argumentos de por que deviam aceitar a Cristo: (1) justiça — eles tinham de fazer alguma coisa a res-peito dos pecados passados; (2) do-mínio próprio (temperança) — eles tinham de superar as tentações de hoje; (3) juízo vindouro — tinham de estar preparados para o julga-mento futuro.
Félix ficou temeroso, tal o po-der da mensagem! Contudo, o go-vernador, apesar de Deus ter falado ao seu coração, teve uma atitude in-sensata: adiou a decisão por Cristo e, como tinha esperança de conse-guir dinheiro de Paulo, usou o após-tolo como "garantia política". Talvez Félix tenha pensado que o apóstolo tentaria suborná-lo para ficar iivre, pois admitira que trazia esmolas para os judeus (v. 17). Até ser subs-tituído por Pórcio Festo, dois anos depois, Félix deixou Paulo preso a fim de agradar os judeus.

Não podemos deixar de admi-rar a atitude de Paulo quando teve de enfrentar acusações falsas de ho-mens perversos. Ele é um exemplo magnífico para nós. Paulo apresen-tou os fatos com honestidade e exi-giu que a verdade fosse mostrada. Ele preocupava-se com a alma dos homens, não com sua segurança pessoal. Essa experiência cumpre a promessa que Deus lhe fizera de que ele testemunharia diante de gentios e de reis (9:15).
Hoje, muitos pecadores são como Tértulo: bajulam e recusam- se a enfrentar a verdade. Outros são como Félix: ouvem a verdade, com- preendem-na e até se convencem dela, mas se recusam a obedecer. Outros, ainda, são como Drusila: ela ouviu a Palavra, viu seu mari-do profundamente tocado por ela, porém não há registro da decisão pessoal dela. Sem dúvida, seus pe-cados juvenis já haviam endurecido seu coração. Os historiadores dizem que, 29 anos depois, ela morreu, na erupção do vulcão Vesúvio.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 24 do versículo 1 até o 27
24.1 Ananias. O sumo sacerdote, após o insulto lançado contra ele por Paulo no Sinédrio (23.2), transformou-se num inimigo feroz. Vai pessoalmente para pressionar uma: decisão desfavorável a Paulo. Tértulo. Era um advogado, orador profissional. Na introdução a seu discurso emprega um captatio benevolentíae, lisonja para criar uma atitude favorável ao seu lado no caso. Paulo por sua parte utiliza apenas a advocacia do Espírito Santo (conforme o texto Siríaco).

24.2 Paz perene. Contradiz frontalmente os fatos históricos.

24.5 A acusação contra Paulo:
1) Perturba a paz (também lançada em Filipos e Tessalônica);
2) É chefe dos nazarenos;
3) tentou profanar o templo (já era sabido que de fato não o profanou). Seita. Tértulo procura distinguir os cristãos dos judeus. Desta forma o cristianismo perderia a proteção da lei que o judaísmo gozava.

24.7,8 O trecho 6b-8a, posto entre colchetes, não consta nos melhores manuscritos.
24.10 Paulo... respondeu. Não emprega o título convencional "excelentíssimo" como Tértulo (2) porque não concorda. Mas sinceramente congratula o governador na sua longa experiência arbitrando questões complicadas entre os judeus. Contra as acusações, Paulo afirma que, longe de ser fomentador de rebelião, ele apenas há 12 dias subiu a Jerusalém em romaria para adorar (11).

4.14 Caminho... seita. Seguir o caminho da justiça e verdade era o alvo do melhor judeu. Foi isto que Paulo fazia seguindo o verdadeiro ensino da lei e dos profetas, agora cumprido em Cristo. Não abandonara o judaísmo: pelo contrário, negar o cristianismo seria rejeitar sua própria tradição.

24.15 Estes a têm. Percebe-se que entre os ouvintes (ou acusadores) havia fariseus. Injustos. A ressurreição destes acorrerá depois do milênio (Ao 20,5) seguida pelo julgamento final (Ap 20:12).

24.16 Consciência. Fazer um julgamento moral a respeito de si mesmo ou de um ato praticado (conforme NDB.,I, pp. 317,318). É uma testemunha independente (vinda de Deus) medindo a qualidade de um ato (Rm 2:15; Rm 9:1).

24.17 Esmolas. Refere-se às contribuições das igrejas, da Ásia e Europa (1Co 16:05ss; At 20:0).

24.26 Lhe desse dinheiro. As contribuições que Paulo trouxe para os cristãos de Jerusalém (24,17) teriam dado a Félix a idéia que na mesma fonte haveria fundos suficientes para um bom suborno.

24.27 Dois anos mais tarde. Deve referir ao tempo que Paulo está na prisão, período máximo que um acusado podia ser detido em julgamento. Pórcio Festo. Bem diferente de Félix, Festo era homem justo e honesto. Governou apenas dois anos antes de morrer. Apoio dos judeus. Félix muito carecia desse apoio depois dos tumultos em Cesaréia em que ele permitiu que suas tropas saqueassem as melhores casas judias. Foi deposto logo depois.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 24 do versículo 1 até o 27
XIV. O EMBAIXADOR EM CORRENTES: PARTE DOIS: EM CESARÉIA (24.1—26.32)

1) Paulo diante de Félix (24:1-27)
Um tempo de testemunho diante de governantes. Durante os dois anos que passou como prisioneiro em Cesaréia, Paulo daria o seu testemunho diante de Félix, Drusila, Festo, Herodes Agripa II, Berenice e também diante de uma grande variedade de altas autoridades, cumprindo, assim, o propósito do Senhor anunciado em 9.15.
A acusação (v. 1-9). A fim de exercer a maior pressão possível sobre o governador, o sumo sacerdote Ananias participou do julgamento pessoalmente, acompanhado de alguns conselheiros. Tértulo talvez fosse um judeu helenista, treinado em procedimentos legais romanos, e a ele foi atribuída a apresentação da acusação: (a) O preâmbulo (v. 2-4) foi hipocritamente lisonjeiro, pois o histórico de Félix era terrível, e os judeus o odiavam, (b) Chamar Paulo deperturbador era insultante, e a descrição de suas atividades era vaga demais para propósitos legais (v. 5). (c) Tértulo não conseguiu apresentar nenhuma evidência para provar que a acusação principal — a de profanação do templo — era um fato (v.

6). (d) Os v. 6b-8a (conforme nr. da NVI) são do texto ocidental, e, embora não tenham apoio nos melhores textos, parecem refletir uma tentativa de distorcer a ação de Lísias na hora de aprisionar Paulo — cp. a manipulação da evidência pelo próprio Lísias no sentido oposto
(23.27). Os judeus fizeram da acusação insatisfatória de Tértulo a sua própria (v. 9).

A defesa (v. 10-21). (a) O preâmbulo necessário (v. 10) foi breve, mas cortês, com a menção do único fato verdadeiro a favor de Félix — a duração do seu mandato de governador o tornava bem familiarizado com as questões dos judeus, (b) Em segundo lugar, Paulo mostra a ausência de provas de qualquer violação particular contra a ordem pública ou os costumes judaicos durante os poucos dias que esteve em Jerusalém (v. 11
13). (c) A terceira etapa transforma um aspecto da acusação em testemunho: de fato, era seguidor do Caminho, mas isso estava em concordância plena com a Lei e os Profetas. A esperança da ressurreição era também a de muitos judeus, daí que, em seu ministério, Paulo conservava uma consciência limpa diante de Deus e dos homens (v. 14-16). (d) A quarta etapa marca o retorno à acusação, destacando o propósito piedoso e patriótico da sua visita, sublinhando a sua adoração de acordo com as leis de purificação e colocando o seu dedo no ponto mais fraco de uma causa fraca — por que os judeus da Ásia, que o acusaram de profanar o templo, não estavam lá para provar a acusação que deu origem ao tumulto (v. 17-19)? (e) A etapa conclusiva deixou claro que o Sinédrio não tinha conseguido formular nenhuma acusação contra ele, visto que a crença na ressurreição também condenaria os fariseus (v. 21).

Paulo não estava tão interessado em se livrar — embora a sua defesa tenha sido muito bem conduzida — quanto em provar a fé cristã como interpretação legítima do AT, o livro sagrado dos judeus, e de fato o seu cumprimento devido. Gonseqüentemente, os cristãos deveriam compartilhar dos privilégios da religio licita concedidos aos judeus. O testemunho sábio e eficaz é evidente a todos.

A decisão de Félix (v. 22). As acusações do sumo sacerdote desmoronaram por falta de provas, e Félix deveria ter posto em liberdade o seu prisioneiro. A demora — as desculpas foram irrisórias — mostrou que ele desejava usar Paulo como um peão no jogo de suas intrigas com os judeus, imaginando também que o prisioneiro poderia render-lhe ganhos ilegais (v. 22,26).
O encarceramento de dois anos (v. 23-27). Félix estava interessado nesse prisioneiro incomum e o ouviu falar de sua fé em Cristo Jesus quando a sua mulher, Drusila, esteve em Cesaréia. Paulo destacou os grandes princípios da justiça e do domínio próprio
—    tão obviamente ausentes no caráter do seu juiz —, mostrando que haveria uma crise futura de julgamento. Félix ficou atemorizado, mas adiou o dia da reflexão e da decisão
—    que nunca chegou. A tradição conta que Drusila o influenciou contra a verdade, e isso é psicologicamente provável, visto que Félix a induzira a deixar o seu marido Azizo, rei de Emesa, a fim de se casar com ele. A aceitação do ensino severo e salutar do v. 25 teria significado romper com o estilo de vida personificado por Drusila. Paulo estava em custodia libera, acorrentado ao pulso de um soldado, mas no mais estava em condições de levar a sua própria vida (v. 23), de forma que continuaram as orações, cartas e conselhos a visitantes. Lucas, provavelmente, usou esse tempo para reunir o material para o seu evangelho e o livro de Atos.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 24 do versículo 1 até o 27
d) Paulo em Cesaréia (At 24:1-26.32)

1. PAULO E FÉLIX (At 24:1-27) -Félix, plebeu de nascimento e liberto, que galgou elevada posição mercê de seu irmão Palas, foi um favorito influente na corte imperial, tendo sido exposto ao sarcasmo público de todos os tempos num epigrama cortante de Tácito: "ele exerceu a autoridade de rei com a mentalidade de escravo". Sua atual esposa era Drusila, filha mais moça de Herodes Agripa I; ambos conheciam alguma coisa do Cristianismo, se bem que o interesse deles fosse estritamente acadêmico.

Poucos dias depois, uma delegação do Sinédrio, à frente o Sumo Sacerdote, e assistida pelos préstimos de um orador medíocre chamado Tértulo, desceu a Cesaréia para apresentar sua acusação contra Paulo. Tértulo começou seu discurso num estilo florido e pomposo, que se foi degenerando até acabar capenga. Paulo foi acusado apenas em termos gerais, não diferentes daqueles com que Jesus fora denunciado perante Pilatos (Lc 23:2).

A cada acusação de Tértulo, entretanto, Paulo opôs uma negativa categórica, dizendo exatamente o que foi que o trouxera a Jerusalém e o que fizera desde que aí chegara, insistindo outra vez que toda a controvérsia entre ele e os seus opositores girava em torno da questão da ressurreição, que não era uma idéia por ele inventada, mas que houvera sido recebida dos seus maiores. Se verificarmos o lugar central que a ressurreição ocupa no evangelho pregado por Paulo, não usaremos de evasivas ante esta declaração sua.

Félix adiou o prosseguimento da causa até que o comandante Lísias descesse de Jerusalém para dar seu depoimento. Nesse ínterim, ele e sua esposa Drusila aproveitaram-se da estada de Paulo em Cesaréia para chamá-lo freqüentemente à sua presença e com ele discutir algo de teologia. Apesar de ser acadêmico o interesse deles, o de Paulo não o era, donde o apóstolo aproveitar a oportunidade para discorrer sobre três assuntos a respeito dos quais aquele casal precisava muito ouvir, a saber-a justiça, o domínio próprio e o juízo vindouro-e tanto assim foi que Félix ficou trêmulo, não indo além daí. Continuou protelando uma decisão sobre o caso de Paulo, na esperança de receber dinheiro para soltá-lo, até que dois anos depois foi chamado a Roma. E sabendo que os judeus provavelmente, fosse como fosse, enviariam um relatório desabonador à sede do governo imperial sobre o exercício de seu cargo público, decidiu granjear as boas graças deles pelo menos não soltando Paulo, e deixando-o detido até que o seu sucessor Festo chegasse e tomasse conta do caso.

>At 24:2

Tendo nós, por teu intermédio, gozado de paz perene (2). A procuradoria de Félix foi assinalada por sérios esforços no sentido de serem eliminados bandos de insurretos, e tão grande foi o descontentamento que isso causou, que somente por cortesia podia-se chamar de "pacífica" a situação decorrente. Os judeus de Jerusalém, no entanto, haviam cooperado com Félix na captura do egípcio mencionado em At 21:38. Este homem é uma poste e promove sedições entre os judeus esparsos por todo o mundo (5). Tértulo apresenta Paulo como um perturbador da paz, em termos calculados a sugerir que se tratava de outro cabeça de rebelião, da marca daquele que Félix com tanta energia suprimira, porém mais perigoso que quaisquer outros em vista de suas atividades terem um âmbito maior. Era fácil pintar o messianismo espiritual do evangelho como uma forma de messianismo militante e político (cfr. At 17:6-7). A seita dos nazarenos (5). A explicação mais natural é que os cristãos receberam tal apelido do nome de Jesus Nazareno, mas há outras explicações, como a que dá o termo como significando "observantes". Em hebreu e árabe os cristãos ainda são conhecidos por "nazarenos". Nós o prendemos... que viessem a ti (6-8). Esta passagem é uma lição "ocidental" que entrou no Texto Recebido; embora não abonada pelas melhores autoridades, traz fortes indícios de genuinidade. A referência exprobratória à grande violência (7) com que Lísias arrebatara Paulo das mãos dos seus inimigos judeus, quando estes iam julgá-lo conforme sua lei, é uma adulteração grosseira dos fatos, maior do que aquela perpetrada pelo próprio Lísias na carta que escrevera a Félix (At 23:27). Doze dias (11). Das notas sobre tempos, que nesta parte dos Atos são bem abundantes (cfr. At 21:15-18,26-27; At 22:30-23:11-12,23-32; At 24:1) concluímos que os sete dias de At 21:27 apenas começavam quando Paulo foi preso. O caminho a que chamam seita (14). Os cristãos denominavam o seu movimento "o Caminho" porque, segundo entendiam, nele se cumpria verdadeiramente a fé de Israel e era o único caminho da salvação. Os não-cristãos chamavam-no "seita" uma facção do Judaísmo, (porém muito menos respeitável do que os partidos dos saduceus, fariseus e outros). A palavra grega é hairesis, empregada com relação à "seita dos saduceus" (At 5:17) e à "seita dos fariseus" (At 15:5). Tanto de justos como de injustos (15). Este é o único lugar do Novo Testamento em que Paulo se refere definidamente a uma ressurreição dos injustos (cfr. Jo 5:28-43; Ap 20:12 e segs.). Trazer esmolas à minha nação, e também fazer oferendas (17). O dinheiro contribuído pelas igrejas gentílicas em socorro dos cristãos de Jerusalém. Salvo estas palavras que clamei (21). Não está se culpando das palavras proferidas diante do Sinédrio (ele acabou de repetir o mesmo argumento perante Félix, vers. 14-15); mas sustenta que a única acusação que podem com propriedade formular contra ele é de natureza teológica. Conhecendo mais acuradamente as coisas com respeito ao Caminho (22) -possivelmente por intermédio de sua esposa Drusila, que era judia (24), filha de fato do "rei Herodes" de At 12:1. (Félix, apesar de plebeu, ligou-se pelo casamento a famílias distintas; suas três sucessivas esposas foram princesas, uma das quais neta de Antônio e Cleópatra. Drusila foi sua terceira esposa. Tiveram um filho, Agripa, que pereceu na erupção do Vesúvio do ano 79 A. D.). Quando eu tiver vagar, chamar-te-ei (25). Aliás fez isto freqüentemente, movido em parte pelo interesse teológico de natureza estritamente imparcial, e em parte por ambição financeira (26). As leis contra o suborno eram muito mais vezes violadas do que observadas pelos administradores das províncias romanas. Ramsay era de parecer que por essa época a situação financeira de Paulo melhorara muito; não há bastantes provas disso, mas sem dúvida recebera donativos em dinheiro das igrejas gentílicas por ele fundadas. Dois anos mais tarde Félix teve por sucessor Pórcio Festo (27). Félix foi demitido por causa de sua intervenção violenta mas ineficaz em distúrbios havidos entre judeus e gentios de Cesaréia.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 24 do versículo 1 até o 27

48. Paulo Sobre a provação 1: Antes de Felix ( Atos 24:1-27 )

Cinco dias depois, o sumo sacerdote Ananias desceu com alguns anciãos, com um certo advogado chamado Tértulo; e trouxeram os encargos para o presidente contra Paulo. E depois que Paulo havia sido convocado, Tértulo começou a acusá-lo, dizendo para o governador, "Desde que nós temos através de você alcançou muita paz, e uma vez que por suas reformas providência estão sendo realizados para esta nação, nós reconhecemos isso em todos os sentidos e em todos os lugares , ó potentíssimo Félix, com toda a gratidão. Mas, para que eu não cansá-lo ainda mais, peço-lhe que nos conceda, por sua bondade, uma breve audiência. Temos achado que este homem é uma verdadeira praga e um companheiro que desperta . dissensão entre todos os judeus, por todo o mundo, e chefe da seita dos nazarenos e ele ainda tentou profanar o templo; e então nós o prendemos E nós queríamos para julgá-lo de acordo com a nossa própria Lei Mas Lysias o comandante.. veio junto, e com muita violência levou-o para fora de nossas mãos, ordenando aos seus acusadores que viessem a ti. E, examinando-o a si mesmo sobre todas estas questões, você será capaz de conhecer as coisas de que nós acusamos ". E os judeus também se juntou no ataque, afirmando que estas coisas eram assim. E quando o governador acenou para ele falar, Paulo respondeu: "Sabendo que há muitos anos você tem sido um juiz para esta nação, com bom ânimo faço a minha defesa, uma vez que você pode tomar nota do fato de que não há mais de 12 dias atrás Eu subi a Jerusalém para adorar. E nem no templo, nem nas sinagogas, nem na cidade em si não me acharam carregando em uma discussão com alguém ou causando um tumulto. Nem podem provar as acusações de que eles agora me acusam Mas isso eu admito a você, que de acordo com o caminho a que eles chamam seita eu sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo o que está de acordo com a Lei, e que está escrito nos profetas;. ter um Espera em Deus, que esses homens valorizar a si mesmos, que não deve certamente ser uma ressurreição tanto de justos e os ímpios. Em vista disso, eu também faço o meu melhor para manter sempre consciência pura diante de Deus e diante dos homens. Agora, depois de vários anos, vim trazer à minha nação esmolas e apresentar oferendas; em que se encontravam me ocupada no templo, tendo sido purificado, sem qualquer multidão ou tumulto. Mas havia alguns judeus da Ásia-que deveria ter estado presente antes de você, e acusar, se eles devem ter alguma coisa contra mim. Ou então deixar-se estes homens dizer o que misdeed eles encontraram quando compareci perante o Conselho, com excepção para esta declaração que eu gritei para fora, enquanto estando entre eles, 'Para a ressurreição dos mortos sou julgado diante de vocês hoje. " Mas Felix, ter um conhecimento mais exato sobre o Caminho, colocá-los fora, dizendo: "Quando Lysias o comandante vem para baixo, eu vou decidir o seu caso." E ele deu ordens para o centurião para ele ser mantido sob custódia e ainda têm alguma liberdade, e não para impedir qualquer um de seus amigos de ministrar a ele. Mas alguns dias depois, Felix chegou com Drusila, sua esposa, que era judia, mandou chamar a Paulo, e ouviu-o falar sobre a fé em Cristo Jesus. E, como ele estava discutindo justiça, auto-controle e do juízo vindouro, Félix ficou assustado e disse: "Vá embora para o presente, e quando eu encontrar tempo, vou chamar-te." Ao mesmo tempo, também, ele estava esperando que o dinheiro seria dado a ele por Paulo; portanto, ele também usado para enviar para ele muitas vezes e conversar com ele. Mas depois de dois anos se passaram, Felix foi sucedido por Pórcio Festo; e que desejam fazer os judeus a favor, Felix deixou Paulo preso. ( 24: 1-27 )

Este capítulo apresenta um dos exemplos mais trágicos da oportunidade perdida em toda a Escritura. Felix, o governador romano da Judéia, tive o privilégio de passar muito tempo com o apóstolo Paulo. No entanto, infelizmente, ele deixou a oportunidade escapar, e não há nenhuma evidência que indique que ele não estava perdido eternamente.

A Bíblia dá muitos exemplos de oportunidade perdida a respeito da salvação. Alguns filósofos pagãos, depois de ouvir a defesa capaz de Paulo do cristianismo no Areópago de Atenas, demitiu-o com as palavras "Vamos ouvi-lo novamente a respeito deste" ( At 17:32 ). Mas Paulo logo deixou Atenas, para nunca mais voltar, e os filósofos nunca ouvi-lo novamente.

Lucas 9:57-62 registra as oportunidades perdidas de alguns pretensos discípulos do Senhor:

E como eles estavam indo ao longo da estrada, alguém lhe disse: "Eu te seguirei aonde quer que vá." E Jesus disse-lhe: "As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça." E ele disse a outro: "Segue-Me." Mas ele disse: "Deixa-me ir primeiro enterrar meu pai." Mas Ele disse-lhe: "Permitir que os mortos sepultem os seus próprios mortos;. Mas como para você, vá em todos os lugares e proclamar o reino de Deus" E outra também disse: "Eu te seguirei, Senhor, mas primeiro permita-me dizer adeus para os que estão em casa." Mas Jesus disse-lhe: "Ninguém, depois de colocar a mão no arado e olha para trás é apto para o reino de Deus."

A parábola das virgens prudentes e insensatas ( Matt. 25: 1-12 ) também ilustra a tragédia da oportunidade perdida. O mesmo acontece com a história dos israelitas rebeldes que morreram no deserto, e não conseguiram entrar na Terra Prometida ( He 3:7 ). Seu nome poderia ter sido em um dos doze fundamentos da Jerusalém celestial (Ap 21:14 ). Ele poderia ter sido um dos santos mais honrados em toda a história redentora. Em vez disso, Judas tornou-se um ladrão, hipócrita e traidor. Ele jogou fora a sua oportunidade para um reles trinta moedas de prata, suicidou-se, e foi condenado à danação eterna. Nosso Senhor resumiu a vida de Judas nas terríveis palavras de Mt 26:24 : "Ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído Teria sido bom para esse homem se não houvera nascido!".

Felix foi tragicamente semelhante a Judas. Judas viveu com o Senhor Jesus por mais de três anos; Felix teve Paulo em seu palácio para dois. Judas teve muitas oportunidades para falar com Jesus; Felix "usado para enviar para [Paulo], muitas vezes e conversar com ele" ( v. 26 ). Judas traiu o Filho de Deus por dinheiro; Felix "estava esperando que o dinheiro seria dado a ele por Paulo" ( v. 26 ). Judas traiu o Senhor às autoridades judaicas; Felix, temendo essas mesmas autoridades, traído Paulo, recusando-se a libertá-lo, apesar de sua inocência.

Audição de Paulo perante Felix, como qualquer julgamento, consistia em três partes: o Ministério Público, a defesa eo veredicto.

A acusação

Cinco dias depois, o sumo sacerdote Ananias desceu com alguns anciãos, com um certo advogado chamado Tértulo; e trouxeram os encargos para o presidente contra Paulo. E depois que Paulo havia sido convocado, Tértulo começou a acusá-lo, dizendo para o governador, "Desde que nós temos através de você alcançou muita paz, e uma vez que por suas reformas providência estão sendo realizados para esta nação, nós reconhecemos isso em todos os sentidos e em todos os lugares , ó potentíssimo Félix, com toda a gratidão. Mas, para que eu não cansá-lo ainda mais, peço-lhe que nos conceda, por sua bondade, uma breve audiência. Temos achado que este homem é uma verdadeira praga e um companheiro que desperta . dissensão entre todos os judeus, por todo o mundo, e chefe da seita dos nazarenos e ele ainda tentou profanar o templo; e então nós o prendemos E nós queríamos para julgá-lo de acordo com a nossa própria Lei Mas Lysias o comandante.. veio junto, e com muita violência levou-o para fora de nossas mãos, ordenando aos seus acusadores que viessem a ti. E, examinando-o a si mesmo sobre todas estas questões, você será capaz de conhecer as coisas de que nós acusamos ". E os judeus também se juntou no ataque, afirmando que estas coisas eram assim. ( 24: 1-9 )

Cinco dias depois de Paulo vieram a Cesaréia, o sumo sacerdote Ananias desceu de Jerusalém com alguns dos anciãos do Sinédrio. Não contente com apenas executando Paulo de Jerusalém, eles continuaram a busca da sua vida. Para colocar o seu caso em conjunto, encontrar um advogado, viajar as 65 milhas a Cesaréia, e fazer tudo em apenas cinco dias necessários ação rápida da sua parte. Talvez eles temiam Felix iria liberar Paulo se não se mover rapidamente para trazer acusações contra ele.

Ananias foi um dos sacerdotes mais corruptos da história de Israel. Ele viu Paulo como uma ameaça à sua posição, e alguém que deve ser eliminado. Também na comitiva havia vários anciãos, os principais líderes do Sinédrio. Que os líderes religiosos e políticos de Israel veio em pessoa para acusar Paulo mostra o quão sério a ameaça que ele representa para eles.

O sumo sacerdote e os próprios anciãos não discutiu o caso contra Paulo, no entanto. Para que eles contrataram um certo advogado chamado Tértulo e através dele trouxe encargos para o presidente contra Paulo . Se ele era um romano ou um judeu helenista não é conhecida, mas ele provavelmente foi escolhido porque ele era bem versado em direito romano. Não era incomum para os judeus para contratar esses especialistas para representá-los em juízo romanos.

A audiência começou depois que Paulo havia sido convocado. Antes Tértulo começou a acusá-lo, ele se dirigiu Felix com o tipo de florido, lisonjeiro, o discurso de cortesia (conhecido como obenevolentiae captatio ) habitual em tais situações. Infelizmente, não foi muito bem que poderia ser dito sobre Felix, procurador (governador) da Judéia de AD 52 a 59. A ex-escravo, Felix devia sua posição à influência de seu irmão Pallas, um dos favoritos do imperador Claudius. O historiador romano Tácito desdenhosamente o dispensou com o comentário "Ele exerceu o poder de um rei com a mente de um escravo" (FF Bruce, Paulo: Apóstolo do coração posto em liberdade [Grand Rapids: Eerdmans, 1977], 355).

Declaração de abertura do Tertullus para Felix, "Desde que nós temos através de você alcançou muita paz, e uma vez por suas reformas providência estão sendo realizados para esta nação, nós reconhecemos isso em todos os sentidos e em todos os lugares, ó potentíssimo Félix, com toda a gratidão", estendia-se a verdade ao ponto de ruptura. Felix conseguiu suprimir algumas das bandas itinerantes de sicários ("assassinos") — os terroristas anti-romanas ferozmente nacionalista (cf. capítulo 20 deste volume). Ele também derrotou o falso messias egípcio quem Lysias supôs errAdãoente Paulo para ser (cf. capítulo 20 deste volume). Mas seus métodos eram tão brutal que ele indignado e alienou os judeus, causando ainda mais inquietação. Se ele realizou quaisquer reformas, a história não gravá-los.Seu governo inepto levou ao seu afastamento do cargo por Nero dois anos após esta audiência ( 24:27 ). Apesar das palavras lisonjeiras de Tértulo, o povo judeu não teria se sentido muito gratidão para com Felix. Tertullus fechou suas observações introdutórias, com a promessa habitual para ser breve: "para que eu não cansá-lo ainda mais, peço-lhe que nos conceda, por sua bondade, uma breve audiência." Apesar de tais promessas foram muitas vezes quebrado, Tertullus foi forçado a manter a-uma vez que houve pouco de bom que ele poderia dizer sobre Felix e pouco ruim que ele poderia dizer sobre Paulo.

Voltando então ao caso contra Paulo, Tertullus trouxe três acusações: sedição (violação do direito romano), o sectarismo (violação da lei judaica), e sacrilégio (violação da lei de Deus).
A primeira carga, de sedição (revolta, rebelião), foi o mais grave para trazer contra Paulo em um tribunal romano e foi o único que realmente envolvido um crime contra a Roma. Os romanos tratados com firmeza e severamente com perturbadores da Pax Romana . Muitos dos líderes judeus presentes iria experimentar essa verdade em primeira mão, alguns anos depois, quando os romanos brutalmente esmagaram a revolta judaica de D.C 66-70. Antes de apresentar a acusação de sedição, Tertullus declarado Felix, "Temos achado que este homem é uma peste real." Essa descrição de Paulo reflete com precisão o ódio do Sinédrio para ele, mas não era uma taxa específica.

Tertullus seguida, apresentou a alegação específica, denunciando a "praga", Paulo, como "um sujeito que provoca dissensão contra Roma entre todos os judeus, por todo o mundo " (cf. At 17:7 ; Tito 3:1-7 ; 13 60:2-17'>1 Pe. 2: 13-17 ). A verdadeira questão, como Gallio corretamente percebida ( 18: 12-16 ), era a hostilidade judaica ao evangelho. Por causa de seu "conhecimento mais exato sobre a Way" ( v. 22 ), e avaliação de Lysias ( 23:29 ), Felix estava ciente dos motivos por trás encargos ilusórios do Sinédrio, e ele encontrou suas vagas, acusações infundadas inadmissíveis como prova.

A segunda acusação lançada contra Paulo era o sectarismo, ou heresia. Paulo era, de acordo com Tertullus, um chefe da seita dos nazarenos. Prōtostatēs ( líder ) é um termo militar que significa "aquele que está na linha de frente." Embora Tertullus certamente não quis dizer isso como um elogio, era verdade de Paulo. nazarenos foi um termo de escárnio para os seguidores de Jesus, que era de Nazaré e foi chamado de Nazareno (cf. 06:14 ; Jo 1:46 ; Jo 7:41 ). Embora pareça apenas em Atos, que o título deve ter sido utilizada, uma vez que Tertullus não explicar isso para Felix. A implicação de uma identidade, tais sectária foi que Paulo era o líder de uma seita messiânica problemático para Israel e, portanto, a Roma.

A terceira acusação, a que tinha originalmente levou à prisão de Paulo, foi que ele tentou profanar o templo. A tentativa de dar uma aparência de legalidade ao ataque selvagem da multidão, os judeus caiada seu esforço para matá-lo, alegando ter preso Paulo-se (embora os romanos tinham realmente feito isso para protegê-lo da multidão). Ao contrário do mob hotheaded que o havia acusado de vários blasfêmias ( 21:28 ), no entanto, o Sinédrio era cuidado para acusar Paulo só de tentar profanar o templo. Não havia nenhuma evidência de que ele tinha realmente feito isso; se tivesse, os judeus tinham o direito de lidar com o assunto a si mesmos, sem transportar Paulo perante um tribunal romano (conforme a discussão de 21: 28-29 no capítulo 20 deste volume). Mais uma vez, uma vez que não tinha provas para apresentar a Felix, contentaram-se com uma acusação geral.

Quanto mais distorção dos fatos por parte do advogado, dado na última frase do versículo 6 , todos versículo 7 , e a primeira parte do versículo 8 ( E nós queríamos para julgá-lo de acordo com a nossa própria Lei. Mas o comandante Lísias veio junto e com muita violência levou para fora de nossas mãos, ordenando aos seus acusadores que viessem a ti. ), é omitida por muitos manuscritos antigos.Se a passagem não está no texto original, em seguida, Tertullus está incitando Felix examinar Paulo. Seu recital de eventos, então, terminar abruptamente com a declaração e, depois, o prendeu . Mas uma vez que não é provável que Paulo teria confirmado as falsas acusações de Tertulo em análise, mas sim teria negado a eles, teria sido contraproducente para pedir Felix para examiná-lo ( v. 8 ). A única esperança do Sinédrio em fazer isso teria sido, dado corda suficiente, Paulo iria se enforcar-um evento extremamente improvável.

Por outro lado, se a passagem está incluído no texto, os representantes do Sinédrio estaria dizendo que já tinha feito todas as provas de coleta e análise de e estavam lá para apresentar um caso concluído. Eles estariam acusando falsamente Lysias de subverter procedimento legal adequado judaica ( "nós queríamos para julgá-lo de acordo com a nossa própria Lei" ) e abusando de sua autoridade. (Embora Paulo foi o único que foi espancado, os representantes do Sinédrio ignorou a verdade e se queixou de que "Lysias o comandante veio junto, e com muita violência levou-o para fora de nossas mãos". ) Eles estavam confiantes de que , examinando-o (Lysias, não Paulo) sobre todas estas questões, Felix iria ser capaz de conhecer as coisas de que eles acusados ​​lo . Isso ajudaria a explicar a decisão de Felix adiar um veredicto até que ele ouviu de Lysias ( v. 22 ). Os judeus também se juntaram no ataque, afirmando que as acusações feitas por seu advogado fosse verdade. Na mesma nota, o caso da acusação terminou.

A Defesa

E quando o governador acenou para ele falar, Paulo respondeu: "Sabendo que há muitos anos você tem sido um juiz para esta nação, com bom ânimo faço a minha defesa, uma vez que você pode tomar nota do fato de que não há mais de 12 dias atrás Eu subi a Jerusalém para adorar. E nem no templo, nem nas sinagogas, nem na cidade em si não me acharam carregando em uma discussão com alguém ou causando um tumulto. Nem podem provar as acusações de que eles agora me acusam Mas isso eu admito a você, que de acordo com o caminho a que eles chamam seita eu sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo o que está de acordo com a Lei, e que está escrito nos profetas;. ter um Espera em Deus, que esses homens valorizar a si mesmos, que não deve certamente ser uma ressurreição tanto de justos e os ímpios. Em vista disso, eu também faço o meu melhor para manter sempre consciência pura diante de Deus e diante dos homens. Agora, depois de vários anos, vim trazer à minha nação esmolas e apresentar oferendas; em que se encontravam me ocupada no templo, tendo sido purificado, sem qualquer multidão ou tumulto. Mas havia alguns judeus da Ásia-que deveria ter estado presente antes de você, e acusar, se eles devem ter alguma coisa contra mim. Ou então deixar-se estes homens dizer o que misdeed eles encontraram quando compareci perante o Conselho, com excepção para esta declaração que eu gritei para fora, enquanto estando entre eles, 'Para a ressurreição dos mortos sou julgado diante de vocês hoje. " ( 24: 10-21 )

Paulo começou sua defesa, após o governador acenou para ele falar. Não ter um advogado para representá-lo, ele respondeu para si mesmo para Felix: ". Sabendo que por muitos anos você tem sido um juiz para esta nação, com bom ânimo faço a minha defesa" Felix tinha sido governador por cerca de cinco anos e tinha servido sob Cumano, governador de Samaria, por vários anos antes disso. Ao contrário Tertullus, no entanto, a intenção de Paulo não era para lisonjear Felix (cf. 12 Ps:. 3 ; Pv 26:28. ; Pv 29:5. ; 1 Cor 16: 1-4. ; 2Co 8:1 ). Embora os líderes judeus denunciaram o cristianismo como uma perigosa seita, Paulo declarou enfaticamente, "Eu faço servir ao Deus de nossos pais" (o título histórico para o Deus de Israel, Gn 48:15 ; Ex 3:15. ; . Dt 26:7 ; Dn 2:23 ; At 3:13 ; At 5:30 ). Para ser um cristão, Paulo insistiu, não era a abandonar adorar o verdadeiro Deus, mas para ser dedicado a Ele.

Em contraste com os seus acusadores judeus (que eram na maior parte dos saduceus), Paulo cria tudo o que está de acordo com a Lei, e que está escrito nos profetas. Ele virou o jogo contra os seus adversários, apontando que eles eram os verdadeiros hereges. Eles não verdadeiramente adorar a Deus, uma vez que eles rejeitaram Seu Filho ( Jo 5:23 ). Paulo aceitou o plenário (full) inspiração do Escrituras do Antigo Testamento, acreditando que tudo escrito neles. Os saduceus aceito apenas o Pentateuco como divinamente inspirada, enquanto os fariseus aceito todo o Antigo Testamento. Mas ambos rejeitaram o testemunho claro da Lei e os Profetas para Jesus Cristo ( Jo 5:39 , Jo 5:46 ; cf. Lc 24:27 , Lc 24:44 ; Jo 1:45 ). Longe de ser um herege, Paulo era mais ortodoxo do que os seus acusadores, já que ele serviu a Deus de seus pais, que se acredita na inspiração de todo o Antigo Testamento, e aceito tudo o que ensinou.

A crença de Paulo, no Antigo Testamento o levou a ter uma esperança em Deus, que esses homens valorizar a si mesmos, que não deve certamente ser uma ressurreição tanto de justos e os ímpios. A ressurreição foi a esperança do povo judeu, que está sendo ensinado na Antigo Testamento ( 19:25-27 ; . Is 26:19 ; Dn 12:2 ; Ap 20:11— 15 ).

A crença de Paulo no julgamento ressurreição e vinda não era mera ortodoxia doutrinária, sem impacto sobre sua vida. Ele o levou a fazer o seu . melhor para manter sempre consciência pura diante de Deus e diante dos homens Na mesma linha, João escreveu:

Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos tal como Ele é. E todo aquele que tem esta esperança purifica-se a Ele, assim como Ele é puro. ( I João 3:2-3 )

Para refutar a alegação final contra ele (sacrilégio, a tentativa de profanar o templo), Paulo contou para Felix as circunstâncias de sua visita a Jerusalém: "Agora, depois de vários anos, vim trazer à minha nação esmolas e apresentar ofertas." Longe de buscando provocar problemas, Paulo chegou a Jerusalém em uma missão de misericórdia. Ele trouxe uma oferta para os carentes cristãos judeus, coletado nos igrejas dos gentios.

Depois de entregar a oferta para a igreja de Jerusalém, Paulo concordou em patrocinar quatro cristãos judeus que estavam a tomar os votos nazireu (cf. capítulo 19 deste volume). Como seu patrocinador, Paulo iria participar na marcando o fim de seus votos cerimônia. Tendo recentemente voltou para Israel a partir de regiões Gentil, ele precisava primeiro a passar pela purificação ritual. Foi ao fazer isso, Paulo informou Felix, que "eles encontraram me ocupada no templo, tendo sido purificado, sem qualquer multidão ou tumulto." Mais uma vez Paulo enfatizou que ele não tinha feito qualquer perturbação;ele estava apenas fazendo o que qualquer judeu devoto faria.

Paulo, então, virou-se para a causa real dos disturbance- certos judeus da província romana da Ásia. Sua falsa acusação de que Paulo profanou o templo provocou o tumulto que se seguiu. Assim, tal como Paulo lembrou Felix, os judeus da Ásia "deveria ter estado presente antes de você, e acusar, se eles devem ter alguma coisa contra mim" (cf. 25:16 ). Este foi um ponto de dizer em favor de Paulo, porque "o direito romano era muito forte contra acusadores que abandonaram seus encargos" (AN Sherwin-White, sociedade romana e direito romano no Novo Testamento [Oxford: Oxford University Press, 1963],
52) . Que as testemunhas oculares da alegada profanação do Paulo do templo não apareceu prejudicada caso do Sinédrio.

Pressionando casa o ponto, Paulo corajosamente desafiou o Sinédrio para "dizer o que misdeed eles encontraram quando compareci perante o Conselho, com excepção para esta declaração que eu gritei para fora, enquanto estando entre eles, 'Para a ressurreição dos mortos sou julgado . diante de vocês hoje " Desde testemunhas do Sinédrio havia falhado em mostrar-se, deixe-os dizer Felix que eles encontraram Paulo culpado de quando ele estava diante deles ( 23: 1-10 ). O único "crime" que eles poderiam acusá-lo de foi a declaração que ele gritou enquanto estando entre eles, 'Para a ressurreição dos mortos que estou sendo julgado diante de vocês hoje. " Mas a crença na ressurreição não foi um crime, mesmo sob a lei judaica (os fariseus aceitou), muito menos direito romano.Assim, Paulo refutou com sucesso todas as acusações contra ele. As questões foram teológica, e não civil ou criminal, e, portanto, não pertencia a um tribunal romano.

O Veredicto

Mas Felix, ter um conhecimento mais exato sobre o Caminho, colocá-los fora, dizendo: "Quando Lysias o comandante vem para baixo, eu vou decidir o seu caso." E ele deu ordens para o centurião para ele ser mantido sob custódia e ainda têm um pouco de liberdade, e não para impedir qualquer um de seus amigos de ministrar a ele. Mas alguns dias depois, Felix chegou com Drusila, sua esposa, que era judia, mandou chamar a Paulo, e ouviu-o falar sobre a fé em Cristo Jesus. E como ele estava discutindo justiça, auto-controle e do juízo vindouro, Félix ficou assustado e disse: "Vá embora para o presente, e quando eu encontrar tempo, vou chamar-te." Ao mesmo tempo, também, ele estava esperando que o dinheiro seria dado a ele por Paulo; portanto, ele também usado para enviar para ele muitas vezes e conversar com ele. Mas depois de dois anos se passaram, Felix foi sucedido por Pórcio Festo; e que desejam fazer os judeus a favor, Felix deixou Paulo preso. ( 24: 22-27 )

Felix enfrentou uma decisão difícil. Sua prisioneiro era um cidadão romano, contra a qual não há testemunhas oculares tinham vindo para a frente para verificar qualquer um dos alegados crimes. Nem teve o Sinédrio, a mais alta corte judaica, considerou-o culpado de nada específico. E Felix próprio tinha um conhecimento exacto mais sobre o Caminho (possivelmente de sua esposa judia, Drusilla). Ele sabia que os cristãos não eram revolucionários políticos e que as acusações contra Paulo eram infundadas. Portanto, o único veredicto possível sob a lei romana era inocente. No entanto, um tal veredicto iria enfurecer os líderes judeus e possivelmente levar a uma maior instabilidade. Felix não podia dar ao luxo de ter que acontecer.

Como muitos políticos antes e depois que foram presos entre a justiça e popularidade, Felix decidiu que seu mais sensato era evitar tomar uma decisão. Colocá-los off traduz uma forma do verbo anaballō , o prazo legal para adiar uma audiência. Ele justificou o atraso com o pretexto de precisar de mais informações de Cláudio Lísias (que os judeus lhe encorajamos a consultar, vv. 7-8 ). Portanto, ele informou as partes, "Quando Lysias o comandante vem para baixo, eu vou decidir o seu caso." Lysias já havia dado Felix um relatório escrito afirmando que o assunto era uma questão de lei judaica ( 23:29 ). Ele também afirmou claramente sua crença de que Paulo não era culpado de qualquer crime ( 23:29 ). É improvável que Lísias teve qualquer informação adicional para adicionar, e não há nenhuma evidência de que já fez Felix chamá-lo. Felix simplesmente usou essa intenção como uma desculpa para estagnar.

Enquanto isso, Felix deu ordens ao centurião por Paulo para ser mantido sob custódia. Ao fazê-lo, Felix esperava para aplacar as autoridades judaicas, já que ele havia se recusado a decidir a seu favor.Uma vez que Paulo era cidadão romano, que não tinha sido condenado por um crime, Felix ordenou o centurião para deixar o apóstolo ter alguma liberdade, e não para impedir qualquer um de seus amigos de ministrar a ele. Ele foi mantido sob guarda, mas não em confinamento .

Sua prisioneiro evidentemente intrigou, no entanto, para alguns dias mais tarde, Felix chegou com Drusila, sua esposa, que era judia, mandou chamar a Paulo, e ouviu-o falar sobre a fé em Cristo Jesus . Drusilla, a filha mais nova de Herodes Agripa I (Herodes de Atos 12 ), foi a terceira esposa de Felix (sua primeira tinha sido uma neta de Antônio e Cleópatra). Enquanto ainda na adolescência, Drusilla tinha sido dada em casamento ao rei de Emesa (localizado na província da Síria). Impressionado com sua beleza de renome, Felix artificial (com a ajuda de um mágico cipriota) para atraí-la longe de seu marido. Aos dezesseis anos de idade, ela se tornou sua esposa e lhe deu um filho, que foi morto na erupção do Monte Vesúvio ( AD 79). Neste momento, ela ainda não tinha 20 anos de idade. De acordo com alguns manuscritos, ele estava em sua insistência de que Felix enviado para Paulo. E, como mencionado acima, foi possivelmente através dela que Felix obteve seu conhecimento do cristianismo.

Paulo falou-lhes sobre a fé em Cristo Jesus (o artigo definido aparece no texto grego; cf. Jd 1:3 ; . I Pedro 1:15-16 .) O autocontrole é a resposta necessária do homem para levá-lo em conformidade com a lei de Deus. Julgamento é o resultado inevitável (para além da fé salvadora em Cristo) de não controlarem a si mesmo, a fim de viver de acordo com os padrões de Deus. Desde Felix estava vivendo com uma mulher que ele havia atraído longe de seu marido, é compreensível que Felix ficou assustado . Porque ele não tinha as duas primeiras virtudes, ele enfrentou julgamento divino inevitável.

O medo de Felix não o levou ao arrependimento, no entanto. Meramente alarmado, despediu Paulo, dizendo-lhe: "Vá embora para o presente, e quando eu encontrar tempo, vou chamar-te." Ele deixou a oportunidade passar, sem se importar com a verdade de que "agora é o tempo aceitável, eis agora é o dia da salvação "( 2Co 6:2 )

Todos os que são tentados, como Felix, para adiar uma decisão sobre Jesus Cristo faria bem em prestar atenção a séria advertência de Hebreus 3:7-8 um : "Portanto, assim como diz o Espírito Santo:" Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações. "


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Atos Capítulo 24 do versículo 1 até o 27

Atos 24

Um discurso adulador e uma acusação falsa — At 24:1-9

Tértulo começou seu discurso com uma passagem lisonjeira e repugnante; tanto ele como Félix sabiam que cada uma de suas palavras era uma mentira. E continuou afirmando coisas que eram igualmente falsas. Disse que os judeus tinham detido a Paulo. A cena no átrio do templo tinha estado mais perto de um linchamento que de uma detenção.

A acusação que lançou contra Paulo era sutilmente incorreta. Divide-se em três partes.

  • Paulo era um promotor de problemas e era uma peste. Isto o situava entre aqueles insurretos que continuamente inflamavam o povo em rebeliões irregulares. Tértulo sabia muito bem que a única coisa que a tolerante Roma não estava disposta a suportar era a desordem civil. Um império tão vasto não podia permiti-lo, porque qualquer faísca podia converter-se em uma labareda.
  • Paulo era um líder da seita dos nazarenos. Isto localizava a Paulo dentro dos movimentos messiânicos; e os romanos sabiam que estes falsos messias podiam causar desastres e envolver as pessoas em levantamentos histéricos que só se dominavam com sangue. Roma tampouco podia deixar de levar em conta uma acusação como esta, e mais uma vez Tértulo sabia que estava mentindo; mas se tratava de uma acusação eficaz.
  • Paulo tinha profanado o templo. Os sacerdotes eram saduceus; estes conformavam o partido colaboracionista; profanar o templo era violar os direitos e as leis dos sacerdotes; e os romanos, assim o esperava Tértulo, ficariam do lado do partido que os apoiava. A acusação era muito perigosa; tratava-se de uma série de meias verdades e de atos tergiversados que em si eram piores que uma mentira.
  • A DEFESA DE PAULO

    Atos 24:10-21

    Ao começar com a passagem: “e foi nesta prática que alguns judeus da Ásia...” (v. At 24:18), Paulo perde o fio de seu discurso. Começa a relatar uma coisa, e de repente muda de tema e a sentença está bastante desconectada. Mas justamente este detalhe nos mostra quão grande era a agitação e tensão da cena. A defesa de Paulo é a de um homem que tem a consciência clara: simplesmente relata os atos. O trágico foi que foi preso quando estava trazendo as contribuições das Igrejas para os pobres de Jerusalém e quando estava observando meticulosamente a Lei judia. Uma das grandes coisas que podemos notar a respeito de Paulo é que se defende com força, com vigor e às vezes com um brilho de indignação, mas nunca vemos surgir nele a autocompaixão nem a amargura, que teriam sido muito naturais em qualquer homem cujas melhores ações fossem tão cruel e deliberadamente mal interpretadas e tergiversadas.

    FALANDO FRANCAMENTE A UM GOVERNADOR CULPADO

    Atos 24:22-27

    Félix foi amável com Paulo, mas este com sua conversação e admoestações aterrorizaram seu coração. Acompanhava-o sua esposa Drusila. Já vimos que Drusila era filha de Herodes Agripa I. Foi casada com Azizus, Rei de Emesa. Mas Félix com a ajuda de um mago chamado Átomos a tinha seduzido e persuadido para que se unisse a ele. Não deve nos surpreender, pois, que tivesse medo quando Paulo lhe falava das elevadas exigências morais de Deus. Paulo, esteve encarcerado por dois anos, e Félix não soube administrar o poder como era devido e foi chamado por Roma.
    Existia uma antiga discussão a respeito de se Cesaréia era uma cidade judia ou grega e judeus e gregos estavam em pé de guerra. Houve um estalo de violência no qual os judeus saíram vitoriosos. Félix enviou suas tropas para que ajudassem os gentios. Morreram milhares de judeus, e as tropas, com o consentimento e apoio de Félix, saquearam as casas dos judeus mais ricos da cidade. Os judeus fizeram o que todas as províncias romanas tinham direito a fazer: enviaram um relatório a respeito de seu governador a Roma. Por essa razão Félix deixou Paulo preso. Estava tentando ganhar o favor dos judeus. Mas em realidade não tinha sentido. Foi separado de sua acusação e só a influência de seu irmão Palas o salvou da execução. De modo que Félix passa à história com vergonha, e deixa as páginas do Novo Testamento com um último ato de injustiça, devido a que deixou Paulo na prisão para congraçar-se com os judeus quando sabia bem que teria que tê-lo libertado.


    Dicionário

    Anos

    ano | s. m. | s. m. pl.
    masc. pl. de ano

    a·no 1
    (latim annus, -i)
    nome masculino

    1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

    4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

    5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

    6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


    anos
    nome masculino plural

    7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


    ano bissexto
    Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

    ano civil
    Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

    ano comum
    Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

    ano de safra
    Ano abundante.

    ano económico
    Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

    ano escolar
    Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

    ano lectivo
    Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

    ano natural
    O mesmo que ano civil.

    ano novo
    Ano que começa.

    Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

    ano planetário
    [Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

    ano sabático
    Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

    Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

    ano secular
    Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

    ano sideral
    [Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

    fazer anos
    Completar mais um ano de existência.

    muitos anos a virar frangos
    [Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

    verdes anos
    A juventude.


    a·no 2
    (latim anus, -i, ânus)
    nome masculino

    O mesmo que ânus.


    ano | s. m. | s. m. pl.
    masc. pl. de ano

    a·no 1
    (latim annus, -i)
    nome masculino

    1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

    4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

    5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

    6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


    anos
    nome masculino plural

    7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


    ano bissexto
    Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

    ano civil
    Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

    ano comum
    Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

    ano de safra
    Ano abundante.

    ano económico
    Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

    ano escolar
    Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

    ano lectivo
    Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

    ano natural
    O mesmo que ano civil.

    ano novo
    Ano que começa.

    Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

    ano planetário
    [Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

    ano sabático
    Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

    Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

    ano secular
    Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

    ano sideral
    [Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

    fazer anos
    Completar mais um ano de existência.

    muitos anos a virar frangos
    [Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

    verdes anos
    A juventude.


    a·no 2
    (latim anus, -i, ânus)
    nome masculino

    O mesmo que ânus.


    Es

    Es | símb.
    ES | sigla
    es- | pref.
    Será que queria dizer és?

    Es 1
    símbolo

    [Química] Símbolo químico do einstêinio.


    Ver também dúvida linguística: plural de siglas, acrónimos, abreviaturas e símbolos.

    ES 2
    sigla

    Sigla do estado brasileiro do Espírito Santo.


    es-
    prefixo

    Indicativo de extracção (esbagoar), separação (escolher).


    Governador

    substantivo masculino Aquele a quem se confia o governo de alguma colônia, região etc.
    [Brasil] Chefe do poder executivo de cada um dos Estados da Federação.
    Diretor ou membro da junta governativa de um grande estabelecimento financeiro público: governador do Fundo Monetário Internacional.

    substantivo masculino Aquele a quem se confia o governo de alguma colônia, região etc.
    [Brasil] Chefe do poder executivo de cada um dos Estados da Federação.
    Diretor ou membro da junta governativa de um grande estabelecimento financeiro público: governador do Fundo Monetário Internacional.

    Governador Aquele que governa um país ou uma PROVÍNCIA como representante do rei (Gn 42:6); (Dn 2:48); (Mt 27:2).

    Governador Nos evangelhos e no Livro dos At, o termo designa o funcionário da administração romana encarregado de uma província. Não deve ser confundido com o procônsul — título que especifica os legados (províncias senatoriais), prefeitos ou procuradores como Quirino ou Pilatos (Mt 10:18; 27,2-28.14; Lc 2:2; 3,1; 20,20).

    C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, Los esenios...; C. Saulnier e B. Rolland, Palestina en tiempos de Jesús, Estella 1983; J. Comby e J. P. Lémonon, Roma frente a Jerusalén, Estella 101994.


    Juiz

    Juiz
    1) Pessoa que tem o poder de julgar causas, dando sentenças (Ex 18:13-26; Sl 82).


    2) Líder militar, libertador e governador das tribos do povo de Israel. Desde a morte de Josué até a escolha de Saul como rei, o povo de Israel foi governado por estes juízes: OTNIEL, EÚDE, SANGAR, DÉBORA, BARAQUE, GIDEÃO, ABIMELEQUE, TOLA, JAIR, JEFTÉ, IBSÃ, ELOM, ABDOM, SANSÃO, ELI e SAMUEL.


    Em tempos primitivos, e quando osisraelitas estavam ainda no Egito, tinham eles as suas próprias leis, que os anciãos faziam cumprir. Teve Moisés as suas mais antigas comunicações com o povo por meio dos anciãos (Êx 4:29), que sem dúvida eram chefes de tribos ou de famílias dos israelitas (Dt 29:10Js 23:2), sendo esse um sistema por muito tempo em voga, e existindo ainda, em paralelo com outros, no tempo de Davi (Nm 7:2-10Js 22:14). os primeiros magistrados regulares foram nomeados por conselho de Jetro (Êx 18:14-26), tendo este observado que a força de um só homem não era proporcional à tarefa de julgar uma nação inteira. A escolha dos juizes recaiu em indivíduos dotados de bom caráter, e que ao mesmo tempo ocupavam na sua tribo um lugar de consideração (Dt 1:15-16). Foi reconhecida nessa eleição a lei de primogenitura, sendo provada a outros respeitos a sua capacidade, e além disso deviam os eleitos, ser chefes de tribos, ou de famílias. Estes juizes tinham a seu cargo tratar de casos civis e criminais, excetuando-se aqueles que eram de maior importância. Quanto à própria Lei, era ela ensinada pelos levitas, que de certo modo vieram a ser os jurisconsultos do povo. Não sabemos como eram nomeados estes juizes, a maneira de sua sucessão, e quais os seus particulares poderes, mas é evidente que possuíam considerável autoridade, e que, no cumprimento da sua missão podiam os negócios públicos prosseguir sem haver rei, ou tribunal supremo, ou qualquer corpo legislativo. Havia, também, um conselho de setenta membros para auxiliar Moisés, mas essa instituição não era ao princípio um tribunal judicial (Nm 11:24-25). Foi depois do cativeiro na Babilônia que esse conselho, com o nome de Sinédrio, governava a nação. (*veja Sinédrio.) Além do sumo sacerdote, o governador eclesiástico, por meio do qual tinha o povo comunicação com a Divindade, havia um supremo magistrado para os negócios civis, ao qual até a primeira autoridade sacerdotal estava subordinada. Foi Moisés o primeiro desses magistrados civis, e depois Josué (Nm 27:18). Em lugar inferior, os anciãos que formavam o seu conselho exerciam o governo. Depois da morte de Josué e dos anciãos, a quem ele tinha nomeado, veio uma situação anárquica, em que não havia obediência aos mandamentos divinos (Jz 2:12-15). E em conseqüência disso certas pessoas eram escolhidas por intervenção divina, para governarem a nação como juizes ou libertadores. (*veja Juízes, Livro dos.) Não tinham o poder de fazer novas leis, mas somente o de julgarem em conformidade com a lei de Moisés. Havia neles, também, o poder executivo, embora a sua jurisdição se estendesse somente algumas vezes a certa parte do país. Não tinham estipêndio estabelecido, mas o povo estava acostumado a levar-lhes presentes, ou oferendas. Esta forma de governo durou desde a morte de Josué até à escolha de Saul para ser rei, compreendendo um espaço de 460 anos. Foi Samuel o mais notável dos juizes, parecendo que na última parte da sua vida ele se limitava a exercer principalmente a missão de profeta. Sendo Saul rei, terminou a forma teocrática de governo (1 Sm 8.7). A pessoa do juiz era considerada santa e sagrada, de modo que consultá-lo era o mesmo que ‘consultar a Deus’ (Êx 18:15). Era ele divinamente dirigido, não temendo então a face de ninguém, ‘porque o juízo é de Deus’ (Dt 1:17-18 – cf. Sl 82). Além dos juizes supremos, havia os anciãos da cidade. Cada cidade do país tinha os seus anciãos, que constituíam um tribunal de justiça, com o poder de resolver as pequenas causas da localidade (Dt 16:18). Para juizes de menor responsabilidade eram escolhidos indivíduos de mais idade ou levitas, ou chefes de família, ou mesmo aqueles cujas riquezas os punham em situação de não serem tentados nos seus julgamentos, porque os hebreus eram sensíveis com respeito à administração da justiça. Estes juizes locais eram chamados ‘príncipes’, se pertenciam às classes superiores, e ‘anciãos’, se eram das classes inferiores (Êx 2:14Jz 8:14Ed 10:829:9). Havia certos chefes de família para os auxiliarem, indivíduos que eram reconhecidos como cabeças entre os seus. Eram estes os juizes, que se sentavam às portas das cidades, homens de reconhecida influência e juízo (Jz 8:14-15). (*veja Boaz, Rute.) Além disto, por todas as tribos estavam espalhados os levitas, de maneira que poucas eram as povoações que se achavam muito distantes de uma cidade levítica. Por costume, eram os juizes escolhidos entre os membros da tribo de Levi, pelo fato de serem homens muito versados na lei (2 Cr 19.5 a 11 – e 35.3). Ainda que se podia apelar em última instância para o sumo sacerdote (Dt 17:12), tal apelação, contudo, era raras vezes feita, certamente porque ele não gostava de proceder na qualidade de juiz. Sabe-se que, quando faziam uma petição ao rei, era no sentido de que precisavam do seu ‘juízo’, e não do seu auxílio contra os adversários (1 Sm 8.5,20). os principais juizes foram quinze: otniel, Eúde, Sangar, Débora e Baraque, Gideão, Abimeleque, Tola, Jair, Jefté, ibsã, Elom, Abdom, Sansão, Eli, e Samuel. Depois do governo dos juizes, veio o dos reis até ao tempo do cativeiro de Babilônia. Depois do cativeiro, Esdras nomeou duas classes de juizes (Ed 7:25) – mas os casos mais difíceis eram levados ao sumo sacerdote para serem resolvidos – e isto foi assim até que foi instituído o Sinédrio, o grande conselho. Este conselho supremo constava de setenta pessoas, havendo um presidente e um vice-presidente. Desde o tempo de Herodes, o cargo de presidente desse supremo tribunal era distinto do de sumo sacerdote, vindo a ser um lugar de considerável importância.

    substantivo masculino Funcionário público que tem por função ministrar a Justiça.
    Pessoa que serve de árbitro em alguma pendência ou competição.
    Aquele que pode ou sabe julgar e avaliar.
    [Esporte] Indivíduo que, numa competição ou jogo, é responsável por garantir que as regras sejam cumpridas; árbitro.
    Membro de um juri (comissão que analisa e julga questões judiciais).
    História Chefe supremo dos hebreus até a instituição da realeza.
    expressão Juiz de direito ou juiz togado. Magistrado que julga, em uma comarca, segundo as provas nos autos.
    Juiz de paz. Antigo magistrado eletivo a quem competia o julgamento das causas de pequena relevância, desavenças, cobranças de pequeno valor, realização de casamento, da alçada de um juízo de paz ou juízo conciliatório.
    Juiz de fora. Antigo magistrado no período colonial, atualmente o juiz de direito.
    Etimologia (origem da palavra juiz). Do latim judex.icis.

    Provém do latim judex, duas palavras unidas numa só: ius (o correto) + dex (relacionado com dizer), ou seja, o juiz é aquele que diz o que é justo e o que é certo. Quando é a favor do nosso time, claro...

    substantivo masculino Funcionário público que tem por função ministrar a Justiça.
    Pessoa que serve de árbitro em alguma pendência ou competição.
    Aquele que pode ou sabe julgar e avaliar.
    [Esporte] Indivíduo que, numa competição ou jogo, é responsável por garantir que as regras sejam cumpridas; árbitro.
    Membro de um juri (comissão que analisa e julga questões judiciais).
    História Chefe supremo dos hebreus até a instituição da realeza.
    expressão Juiz de direito ou juiz togado. Magistrado que julga, em uma comarca, segundo as provas nos autos.
    Juiz de paz. Antigo magistrado eletivo a quem competia o julgamento das causas de pequena relevância, desavenças, cobranças de pequeno valor, realização de casamento, da alçada de um juízo de paz ou juízo conciliatório.
    Juiz de fora. Antigo magistrado no período colonial, atualmente o juiz de direito.
    Etimologia (origem da palavra juiz). Do latim judex.icis.

    Melhor

    adjetivo Que está acima de bom; numa comparação, aquilo que é superior: este ano a agricultura foi melhor; dias melhores virão.
    Que contém o mais alto grau de qualidade para atender as exigências pessoais de: o melhor filme; melhor amigo.
    advérbio Que apresenta um ótimo estado de saúde física ou psicológica: está melhor.
    De um modo que satisfaça: preciso estudar melhor.
    De um modo mais correto: esta casa ficaria melhor com grades.
    substantivo feminino Vida que está após a morte: partiu para uma melhor.
    Prêmio; situação vantajosa: levou a melhor!
    substantivo masculino Algo ou alguém que está acima de todas as coisas ou pessoas: os melhores ficaram; o melhor virá.
    O que é mais correto e adequado: o melhor é voltar depois.
    Etimologia (origem da palavra melhor). Do latim melor.oris.

    Nação

    substantivo feminino Grupo de pessoas que estão ligadas por uma mesma religião, ou por possuirem costumes, origens, tradições em comum; povo: nação muçulmana.
    Comunidade ou agrupamento político independente, com território demarcado, sendo suas instituições partilhadas pelos seus membros.
    Extensão territorial ocupada por essa comunidade; país de nascimento; pátria, país.
    População que habita esse território: o Presidente discursou à nação.
    Sistema de governo de um país; Estado.
    Designação concedida a diversos grupos de indivíduos negros, de origem africana, que foram levados ao Brasil.
    Etnia indígena brasileira ou de qualquer outra nacionalidade.
    Etimologia (origem da palavra nação). Do latim natio.onis.

    substantivo feminino Grupo de pessoas que estão ligadas por uma mesma religião, ou por possuirem costumes, origens, tradições em comum; povo: nação muçulmana.
    Comunidade ou agrupamento político independente, com território demarcado, sendo suas instituições partilhadas pelos seus membros.
    Extensão territorial ocupada por essa comunidade; país de nascimento; pátria, país.
    População que habita esse território: o Presidente discursou à nação.
    Sistema de governo de um país; Estado.
    Designação concedida a diversos grupos de indivíduos negros, de origem africana, que foram levados ao Brasil.
    Etnia indígena brasileira ou de qualquer outra nacionalidade.
    Etimologia (origem da palavra nação). Do latim natio.onis.

    Nação é a transcendentalidade Espírito-moral e histórico-evolutiva de um conjunto significativo e substancial de seres espirituais afins, encarnados e desencarnados, solidários entre si, na constância da comunhão de idéias, pendores, sentimentos e responsabilidades quanto a culpas, méritos e compromissos do passado, que se estendem ao longo das existências (reencarnações) desses seres, abarcando os dois planos de vida estreitamente vinculados e em permanente interação e transposição de um plano para outro, através dos tempos, até alcançarem certo grau evolutivo superior.
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2


    Paulo

    Paulo [Pequeno] - Nome romano de SAULO, APÓSTOLO dos GENTIOS, o maior vulto da Igreja primitiva (At 13:9). Israelita da tribo de Benjamim (Fp 3:5) e FARISEU (At 23:6), era cidadão romano por ter nascido em TARSO. Foi educado em Jerusalém aos pés de GAMALIEL (At 22:3); 26:4-5). De perseguidor dos cristãos (At 8:3), passou a ser pregador do evangelho, a partir de sua conversão (At 9). De Damasco foi à Arábia (Gl 1:17). Voltando para Damasco, teve de fugir (At 9:23-25). Em Jerusalém os cristãos tinham receio dele (At 9:26-28), mas Barnabé o levou aos apóstolos. Foi enviado a Tarso (At 9:30), e dali Barnabé o levou a Antioquia da Síria (At 11:19-30). Com vários companheiros Paulo realizou três viagens missionárias (Act 13—20). Em Jerusalém enfrentou a fúria dos opositores, indo parar em Cesaréia (At 21:17—23:) 35), onde compareceu perante Félix, Festo e Herodes Agripa II (Act 24—26). Tendo apelado para o Imperador, viajou para Roma, onde permaneceu preso durante 2 anos (At 27—28;
    v. os mapas das viagens missioná rias de Paulo: PRIMEIRA VIAGEM DE PAULO, SEGUNDA VIAGEM DE PAULO, TERCEIRA VIAGEM DE PAULO, VIAGEM

    Pequeno. Paulo é o nome romano de Saulo de Tarso, que pela primeira vez se lê em At (13.9), quando ele resistiu a Elimas, o feiticeiro, principiando nessa ocasião o seu trabalho gentílico na corte de Sérgio Paulo. Pode presumir-se que ele já era assim chamado nas suas relações com os gentios – mas depois deste incidente é sempre esse nome que o Apóstolo tem nos Atos e nas suas epístolas. o nascimento e família do futuro apóstolo habilitaram-no a chamar-se a si próprio ‘hebreu de hebreus’. Era de puro sangue judaico, da tribo de Benjamim (Rm 11:1Fp 3:5) – e nasceu em Tarso, na Cilícia (At 9:11 – 21.39 – 22.3), pelo ano 2 antes de Cristo, quando estava no seu auge o poder do imperador romano César Augusto. A sua educação foi caracteristicamente judaica. Quando rapaz, foi mandado para Jerusalém a fim de ser instruído por Gamaliel ‘segundo a exatidão da lei de nossos antepassados’, dizia ele (At 22:3). Tanto Gamaliel, como a própria família de Paulo, pertenciam à seita dos fariseus. Do seu mestre, pois, era natural que Paulo obtivesse um firme conhecimento da doutrina da ressurreição (At 23:6 – 26.5 – Fp 3:5). Com Gamaliel aprendeu ele, também, aquelas estreitas doutrinas do farisaísmo, ‘sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais’ (Gl 1:14). Além disto, sabia Paulo a arte de fazer tendas (At 20:34 – 1 Ts 2.9). Como Tarso era, naquele tempo, notável centro de instrução, quase tão célebre como Atenas ou Alexandria, foi ali, sem dúvida, que Paulo estudou os antigos poemas e a filosofia do tempo – e isso se deduz de algumas citações que ele faz (At 17:28 – 1 Co 15.35 – Tt 1:12). A erudição de Paulo era, desta forma, notável. Pela sua cultura estava ele em contato com o mundo grego – pelos seus privilégios de cidadão estava ele em contato político com o mundo romano – e pelo fato de que essa prerrogativa de cidadão romano era hereditária, tinha por conseqüência a sua família vantagens sociais. os seus parentes estavam muito espalhados, porque alguns deles viviam em Jerusalém (At 23:16), e outros, segundo uma certa interpretação, em Roma (Rm 16:11), os quais tinham aceitado o Cristianismo antes dele (Rm 16:7). Paulo é mencionado pela primeira vez nos At, na descrição que ali se faz do apedrejamento de Estêvão. Embora ele não apedrejasse, é certo que esteve guardando as vestes dos que estavam praticando o ato (At 7. 58 a 60 – 8.1). Foi um incidente que manifestamente deixou profunda impressão no seu espírito (At 22:20). Paulo entrou abertamente na obra da perseguição. E neste seu procedimento julgava ele que estava trabalhando para Deus, segundo as tradições de seus pais (At 22:3 – 26.9 – Gl 1:14). Pouco tempo depois Jerusalém já não era campo suficiente para o seu zelo, pois que os cristãos que ali viviam estavam, ou na prisão, ou escondidos, ou em fuga (At 9:1-2). Com probabilidade se pode dizer que Paulo foi eleito membro do Sinédrio, depois da morte de Estêvão, se ele já não o era. Como ele mesmo disse, não só exercia o poder de lançar na prisão, por missão daquele tribunal, mas também dava o seu voto quando matavam os cristãos (At 26:10). A morte de Estêvão trouxe em conseqüência a conversão de Paulo. Naquela sua missão de servir a Deus, como ele supunha, tomou o caminho de Damasco. Foi então, quando se dirigia para aquela cidade, que o perseguidor se transformou em discípulo de Jesus Cristo. o zelo que tinha mostrado contra o Cristianismo se mudou em apoio e auxílio aos perseguidos. o miraculoso acontecimento acha-se narrado por Lucas (At 9:1-19), e por Paulo nos seus discursos feitos ao povo de Jerusalém, depois da sua prisão (At 2L4 a
    16) – e mais tarde na presença de Agripa e de Festo em Cesaréia (At 26:10-18). o primeiro efeito do milagre foi o alívio que tiveram os cristãos de Damasco. Era bem conhecido o fim da sua ida àquela cidade – e o terror, que inspirava aquele fariseu, pode deduzir-se da relutância de Ananias em aproximar-se dele (At 9:13-14), e da incredulidade dos discípulos, quando Saulo lhes apareceu como correligionário nas sinagogas (At 9:21). A cegueira de Paulo e a sua inquietação, que Lucas nota nos Atos (9.18,19), foram uma preparação para a visita de Ananias e para nova revelação da vontade de Deus. Dignas de nota, também, são as palavras dirigidas a Ananias ‘pois ele está orando’ (At 9:11).Elas nos mostram o homem que tinha por hábito levantar o pensamento a Deus, nos atos da sua vida (At 16:25 – 20.36 – 21.5). As próprias palavras de Paulo nos fazem ver isso mesmo (Gl 1:16-17). A natureza da revelação do Senhor a Paulo é por ele explicada. É evidente que não se trata de uma mera impressão na sua alma durante qualquer arrebatamento. Ele sentiu a visível presença de Jesus Cristo. isto é sustentado em várias passagens, quer de uma forma positiva, quer incidentalmente. Na sua primeira epístola aos Coríntios, quando ele sustenta a validade do seu próprio apostolado, ele argumenta assim: ‘Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, nosso Senhor?’ 1Co 9:1). E quando ele aduz, para prova, a verdade da ressurreição, o seu argumento é: ‘E apareceu a Cefas… depois foi visto por Tiago … e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo’ 1Co 15:5-8). Significativas são também, as palavras de Ananias: ‘Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas’ (At 9:17 – cp.com At 22:14). o direto e imediato caráter da sua chamada, sem a intervenção de qualquer agência humana, é outro ponto sobre o qual o próprio Paulo insistia muito, no decurso da sua vida apostólica. ‘Chamado para ser apóstolo’, ‘apostolo pela vontade de Deus’ (Rm 1:11Co 1:12Co 1:1Ef 1:1 – Cl l.1), são expressões que não usam os outros apóstolos, e com as quais Paulo se descreve a si próprio, quando a sua autoridade estava em perigo de ser contestada. Paulo foi aliviado da cegueira, de que tinha sido ferido por motivo da visão, pela oração de Ananias (At 9:18) – e, com a abertura dos seus olhos, nasceu na sua alma uma completa submissão à vontade de Deus, e o desejo de ser ‘Sua testemunha diante de todos os homens’ (At 22:14-15). Foi batizado, e

    Introdução e antecedentes

    Judeu, fariseu, encontrado pela primeira vez no livro de Atos com seu nome hebraico — Saulo (At 7:58-13.9). Nasceu em Tarso, Cilícia, cidade localizada na Ásia Menor (atualmente sul da Turquia). Provavelmente nasceu uns dez anos depois de Cristo, pois é mencionado como “um jovem”, na ocasião do apedrejamento de Estêvão (At 7:58). Seu pai sem dúvida era judeu, mas comprou ou recebeu cidadania romana. Por essa razão, Paulo mais tarde utilizou-se desse direito por nascimento. Por isso, apelou para ser julgado em Roma pelo próprio imperador César (At 22:25). A despeito de sua cidadania, ele foi criado numa família judaica devotada, da tribo de Benjamim. Recebeu uma instrução cuidadosa na lei judaica e tornou-se fariseu. Também descreveu a si mesmo como “hebreu de hebreus”. Foi criado de acordo com a judaísmo e circuncidado no oitavo dia de vida; portanto, era zeloso na obediência de cada ponto da lei mosaica (Fp 3:5-6).

    Paulo era tão zeloso da Lei e de sua fé que, em certa época de sua vida, provavelmente no início da adolescência, viajou para Jerusalém, onde foi aluno do mais famoso rabino de sua época. Posteriormente, disse aos líderes judeus: “E nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois” (At 22:3).

    Todos os mestres judaicos exerciam determinada função para sobreviver; por isso, não é de admirar que esse líder religioso altamente educado aprendesse também uma profissão com seu pai. Paulo era fabricante de tendas (At 18:3) e ocasionalmente a Bíblia menciona como exerceu essa função para se sustentar (1Co 4:12-2 Ts 3.8; etc.). Existem amplas evidências nessas e em outras passagens de que ele trabalhava, para não impor um jugo sobre as pessoas entre as quais desejava proclamar o Evangelho de Cristo (1Co 9:16-19). Além disso, dada a maneira como os professores itinerantes e filósofos esperavam ser sustentados pelas pessoas com alimentos e finanças, Paulo provavelmente não desejava ser considerado mais um aventureiro (1Ts 2:3-6).

    A vida e as viagens de Paulo

    Com a educação que possuía e a profissão de aceitação universal, é bem provável que Paulo já tivesse viajado bastante antes de se tornar cristão. Com certeza era fluente nas línguas grega, hebraica, latina e aramaica. É mencionado pela primeira vez em Atos, como responsável pelas vestes das multidões que apedrejaram Estêvão até à morte por causa da sua fé e seu compromisso com Cristo e o desejo de promover o Evangelho. “Também Saulo consentia na morte dele” (At 8:1).

    Perseguidor dos cristãos. A partir da morte de Estêvão, uma grande perseguição se levantou contra os seguidores de Cristo. As atividades zelosas de Saulo, como judeu, levaram-no a unir-se aos perseguidores. Não precisou ser forçado, mas ofereceu voluntariamente seus serviços aos líderes judaicos de Jerusalém. Sua perseguição foi tão violenta que a Bíblia diz: “Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão” (At 8:3-1 Co 15.9; Fp 3:6). Em Atos 9:1, lemos que: “Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor”, pediu ao sumo sacerdote que lhe desse cartas, para que as levasse às sinagogas de Damasco, na Síria, a fim de também estabelecer a perseguição naquela cidade.

    A conversão de Paulo. A caminho de Damasco, uma luz muito forte brilhou do céu ao redor dele, e fez com que ele caísse por terra e ficasse cego. Enquanto isso, uma voz lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Atônito, ele perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A resposta que recebeu deixou-o realmente surpreso e apavorado: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 9:4-5). Cristo então lhe disse que entrasse em Damasco e aguardasse outras instruções. Saulo esperou três dias, sem comer nem beber, na casa de Judas, onde aguardou a visita de Ananias (veja Ananias). Esse tempo sem comer nem beber provavelmente foi um jejum de arrependimento, pois a Bíblia diz que, quando o servo de Deus chegou, encontrou-o orando (v. 11).

    Ananias impôs as mãos sobre ele, ocasião em que sua visão foi restaurada. Imediatamente ele recebeu o Espírito Santo e foi batizado. Saulo ainda ficou vários dias na companhia dos cristãos de Damasco, sem dúvida para aprender o máximo que podia sobre Jesus. Entretanto, esse processo de aprendizado não demorou muito tempo: “E logo, nas sinagogas, pregava que Jesus era o Filho de Deus” (v. 20). Seu extraordinário entendimento teológico somado à mudança total de sua perspectiva sobre Cristo, permitiu que confundisse “os judeus que habitavam em Damasco, provando que Jesus era o Cristo” (v. 22). Provavelmente, depois de um tempo considerável como pregador naquela cidade, os judeus decidiram silenciar a mensagem dele, ao planejar assassiná-lo. Ele escapou durante a noite e voltou para Jerusalém, onde descobriu que era difícil unir-se aos demais discípulos de Cristo, pois naturalmente todos tinham medo dele. Barnabé levou-o à presença dos apóstolos, os quais lhe deram sua aprovação. Paulo pregava e discutia abertamente com os judeus, até que novamente sua vida foi ameaçada; os discípulos o levaram para Cesaréia, onde embarcou num navio para Tarso (At 9:29-30; Gl 1:18-24). A extraordinária rapidez da mudança no coração de Paulo e a velocidade com que entendeu as Escrituras sob uma nova luz e começou a pregar o Evangelho de Cristo proporcionam a mais dramática evidência da obra do Espírito Santo em sua vida, depois do encontro que teve com Cristo na estrada de Damasco. Ele próprio contou sobre sua experiência de conversão em duas ocasiões posteriores. Na primeira instância, em Atos 22, quando foi preso em Jerusalém e pediu para falar à multidão. Na segunda, em Atos 26, quando fazia sua defesa diante do rei Agripa.

    Chamado para os gentios. A rapidez com que Paulo dedicou-se a viajar pelos territórios gentílicos é mais uma indicação de que o Espírito Santo o guiava em direção ao seu chamado, ou seja, o de apóstolo entre os gentios. Ele menciona em suas cartas seu compromisso especial com Deus, para ser um ministro entre os povos (Rm 11:13; Gl 2:8-1 Tm 2.7). Embora Pedro fosse chamado para os judeus e Paulo para os gentios (Gl 2:8), sabemos que ambos pregavam em qualquer lugar onde tivessem uma oportunidade. Saulo, de fato, primeiramente visitava a sinagoga, em qualquer cidade em que chegasse. Ali ele pregava, onde havia muitas conversões, até ser expulso pelos judeus que se opunham (desta maneira, praticava o que ensinou em Romanos 1:16-2.9,10; etc.). Um dos primeiros trabalhos de Paulo entre os gentios, após ser aceito pelos apóstolos em Jerusalém (Gl 1), foi iniciado por Barnabé, o qual o levou de Tarso para a cidade de Antioquia, situada no norte da Síria. A igreja já estava estabelecida naquela cidade e sem dúvida o amigo o envolveu naquele trabalho, devido ao ensino que ele era capaz de ministrar (At 11:19-30). O trabalho da igreja ali iniciara-se entre os judeus e posteriormente espalhara-se aos gentios (gregos), e a habilidade de Paulo para debater e o que já fizera previamente sem dúvida o ajudaram. Enquanto estava em Antioquia, o profeta Ágabo advertiu sobre um iminente período de fome na região da Judéia, de maneira que aquela igreja local concordou em levantar fundos para ajudar os irmãos carentes em Jerusalém; enviaram o dinheiro por intermédio de Paulo e Barnabé (v. 30).

    É muito difícil estabelecer uma cronologia exata da vida de Paulo nessa época, pois Atos e Gálatas dão informações parciais; o ministério entre os gentios, contudo, já estava estabelecido e o papel principal de Paulo foi visto quase imediatamente no trabalho em Antioquia. Ele e Barnabé deixaram a cidade dirigidos pelo Espírito Santo (At 13:2). Desse momento em diante a vida dele é vista constantemente em pleno movimento por todo o império. Às vezes, permanecia mais tempo em certa cidade e em outras ocasiões ficava apenas por um período bem curto de tempo; na maioria das vezes viajava de acordo com sua própria vontade; entretanto, especialmente nas últimas viagens, freqüentemente era escoltado por guardas a caminho da prisão, dos julgamentos e finalmente de Roma.

    A primeira viagem missionária. As viagens de Paulo são geralmente chamadas de “viagens missionárias”. A primeira, realizada provavelmente entre os anos 47:48 d.C., iniciou-se na terra natal de Barnabé, a ilha de Chipre. Atravessaram todo o território, anunciando o Evangelho. Quando chegaram a Pafos, Paulo teve oportunidade de proclamar a Palavra de Deus ao procônsul romano Sérgio Paulo (veja Sérgio Paulo). “Então o procônsul creu, maravilhado da doutrina do Senhor” (At 13:12). Esta conversão representa a confirmação final para Paulo de que ele realmente contemplaria gentios influentes tornar-se cristãos por meio de seu ministério. Talvez seja significativo que a partir desse momento Saulo começou a ser chamado por seu nome latino, Paulo (At 13:9). De Chipre, ele e Barnabé navegaram para Perge, na Ásia Menor (atual Turquia). Quando chegaram lá, João Marcos, que estivera com eles desde Antioquia, deixou o grupo e retornou a Jerusalém. Dali viajaram para o Norte, e passaram por Antioquia da Pisídia e Icônio, a leste, e Listra e Derbe, ao sul. Voltaram pelo mesmo caminho e navegaram de volta para Antioquia da Síria, partindo de Atalia. Os resultados do trabalho deles durante essa viagem variaram de lugar para lugar; toda a viagem está registrada em Atos 13:14. Os benefícios, entretanto, foram consideráveis, pois a segunda viagem envolveu a visita às igrejas que haviam fundado, “confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé” (At 14:22). Também advertiram os novos cristãos “que por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus”. Paulo e seus companheiros experimentavam essas tribulações em suas viagens, por meio do antagonismo não somente por parte dos gentios, mas também dos judeus, os quais criavam sérios problemas e diversas dificuldades. Mesmo assim, as igrejas foram bem estabelecidas por Paulo e Barnabé, fortes o suficiente para nomear líderes em cada uma, à medida que os missionários seguiam adiante.

    Quando voltaram a Antioquia, alguns mestres chegaram da Judéia com o argumento de que a verdadeira salvação dependia da circuncisão. Paulo e Barnabé discutiram acaloradamente com eles sobre a questão. A igreja da Antioquia decidiu então enviar os dois a Jerusalém para se reunir com os outros apóstolos, onde a questão seria tratada.

    O Concílio de Jerusalém. Os apóstolos e os líderes cristãos compareceram a tal reunião, que ficou conhecida como o “Concílio de Jerusalém” (At 15:1-35). Primeiro ouviram os relatórios de toda a obra de evangelização que era desenvolvida na Ásia Menor, em Antioquia e entre os gentios de modo geral e houve muito louvor a Deus. Alguns cristãos, entretanto, que antes foram fariseus, argumentaram que os convertidos entre os gentios deveriam ser circuncidados (At 15:5). Seguiu-se demorada discussão, até que Pedro se levantou para falar à assembléia. Em sua declaração, presumivelmente bem aceita pelos líderes (Tiago e os demais apóstolos), ele fez algumas observações interessantes. Destacou que ele próprio foi o primeiro a levar o Evangelho para os gentios (ao referir-se ao episódio da visão que teve e da viagem à casa de Cornélio, At 10). Depois apelou para o fato de que “Deus, que conhece os corações, deu testemunho a favor deles, concedendo-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós” (At 15:8). Em outras palavras, assim como a presença do Espírito Santo fora “manifesta” aos apóstolos no dia de Pentecostes em Jerusalém, quando falaram em línguas e louvaram a Deus (At 2:4-47), assim a presença do Espírito foi “manifesta” novamente entre os gentios, quando também falaram em outras línguas e louvaram a Deus. Naquela ocasião, Lucas registrou especificamente que aquilo acontecera para surpresa de todos os crentes circuncidados (At 10:45-46). Para Pedro, esta evidência fora suficiente para se tomar a iniciativa de batizar esses novos cristãos, não como alguma forma de comunidade cristã de segunda classe, mas na fé cristã plena, na qual os próprios apóstolos foram batizados (At 10:47-48).

    Desde que Deus “não fez diferença alguma entre eles e nós”, argumentou Pedro (At 15:9-11), seria totalmente impróprio insistir em que os convertidos entre os gentios fossem circuncidados. A circuncisão claramente não era uma exigência para alguém ser um cristão, pois a real marca do crente era a possessão do Espírito Santo. A salvação operava inteiramente pela fé na graça do Senhor Jesus Cristo (v. 11). Paulo e Barnabé também participaram da discussão e destacaram a grande obra da graça que se manifestava entre os gentios e os milagres que Deus operava entre eles. Tiago, entretanto, teve a sublime felicidade de dar a palavra final.

    Tiago levantou-se, expôs as Escrituras e mostrou como os profetas falaram sobre o tempo em que os gentios se voltariam para Deus. Concordou que os novos convertidos não eram obrigados a circuncidar-se, mas deviam demonstrar seu amor pelos cristãos judeus, ao abster-se da carne sacrificada aos ídolos e da imoralidade sexual (At 15:13-21). Desde que essa decisão não envolvia qualquer questão de princípio, todos concordaram e uma carta foi enviada às igrejas gentílicas, a fim de informar sobre a decisão do concílio. O grande significado dessa reunião foi a maneira como se estabeleceu definitivamente a legítima aceitação dos gentios como filhos de Deus. A defesa de Paulo da universalidade da mensagem do Evangelho prevalecera.

    A segunda e a terceira viagens missionárias. A segunda viagem durou de 49 a 52 d.C. (At 15:36-18.22). Ela foi muito importante, pois espalhou a Evangelho de maneira ainda mais ampla, tanto pela Ásia Menor como pela Europa. Infelizmente, porém, começou com uma diferença de opinião entre Paulo e Barnabé. O segundo queria levar João Marcos novamente com eles. Talvez o jovem tenha retornado a Jerusalém na primeira viagem devido às suas dúvidas sobre a pregação entre os gentios, mas não podemos determinar com certeza. Paulo achava que não deviam levá-lo; por isso Barnabé e João Marcos foram para Chipre, a fim de consolidar o trabalho ali, e Paulo foi para o Norte. Na companhia de Silas, passou por Tarso, na Cilícia, e visitou novamente as igrejas recém-fundadas em Derbe, Listra e Icônio.

    Em Listra, Paulo foi apresentado a um jovem, convertido ao cristianismo, que se tornou um de seus melhores amigos — Timóteo. Seu pai era grego, porém sua mãe era judia. Os líderes da igreja em Listra insistiram para que Paulo o levasse consigo e “davam bom testemunho dele” (At 16:1-2). Pertencente a uma família grega, isso significava que Timóteo não era circuncidado. Devido ao fato de sua mãe ser judia, Paulo achou que seria melhor para o ministério de Timóteo entre as comunidades judaicas se ele fosse circuncidado. Sob a orientação do apóstolo, Timóteo passou pela cerimônia da circuncisão (At 16:3). Aqui não há conflito no pensamento de Paulo com o antagonismo que demonstrou para com a circuncisão em sua carta aos Gálatas. Um judeu ser circuncidado para alcançar melhor seu próprio povo era uma coisa, mas obrigar os gentios a se circuncidar com base num entendimento equivocado de que precisavam ser “judeus” para receber a salvação era outra coisa bem diferente!

    A próxima etapa da viagem foi em um território novo. Fizeram uma caminhada por terra até Trôade, onde foram orientados “pelo Espírito de Jesus” para não trabalhar naquela região (At 16:7). Enquanto pregavam naquela cidade, numa noite, Paulo contemplou numa visão alguém que o chamava para ministrar a Palavra de Deus na Macedônia. Concluindo que era uma direção divina para a próxima etapa da viagem, atravessaram de barco para a província grega da Macedônia, onde pregaram em Neápolis, Filipos, Tessalônica e Beréia. Dali, navegaram para o sul e pregaram em Atenas e Corinto (onde ficaram por 18 meses), antes de atravessarem de volta para Éfeso, na Ásia Menor, e de lá navegarem para Cesaréia, Jerusalém e finalmente Antioquia, local de partida.

    A obra de evangelização expandiu-se rapidamente durante esta viagem. As igrejas estabelecidas na primeira viagem estavam bem firmes e cresciam cada vez mais em número (At 16:19). Havia muito encorajamento, mas também muita perseguição. Paulo testemunhou o estabelecimento bem-sucedido de muitas outras igrejas. Também viu os resultados da mensagem do Evangelho na vida de homens e mulheres que, sem dúvida, tornaram-se amigos especiais da equipe de missionários. Em Filipos, conheceram uma mulher de negócios chamada Lídia, que se converteu e hospedou o grupo em sua casa. Também testemunharam a incrível conversão do carcereiro, quando foram presos em Filipos (veja Carcereiro Filipense). Em Tessalônica testemunharam conversões como a de Jasom, o qual foi preso pela causa do Evangelho. Apreciaram imensamente a recepção que tiveram dos “nobres” moradores de Beréia, “pois de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17:11). Paulo e seus companheiros viram como a mensagem do Evangelho tocava os corações e as vidas de pessoas de diferentes classes sociais, quando “creram muitos deles, e também mulheres gregas de alta posição, e não poucos homens” (v. 12).

    Em Atenas, Paulo testemunhou pelo menos algumas conversões, quando debateu com alguns dos maiores filósofos da época. De volta a Corinto, ele desenvolveu uma grande amizade com um casal de judeus que também fabricavam tendas e tornaram-se grandes cooperadores na obra de Cristo, ou seja, Áqüila e Priscila (At 18:1-3). Os dois o acompanharam na viagem de Corinto a Éfeso, onde ajudaram Apolo a entender mais claramente a verdade do Evangelho. Este então foi enviado à Grécia e desenvolveu seu ministério em Corinto. Enquanto isso, Paulo fez uma parada rápida em Éfeso e logo retornou a Cesaréia e Jerusalém, onde saudou a igreja e em seguida subiu para Antioquia.

    Em cada cidade em que pregava, Paulo encontrava severa resistência ao Evangelho. Em Filipos, foi preso junto com Silas por causa do antagonismo da multidão e só foram soltos depois da intervenção sobrenatural de Deus, a qual levou à conversão do carcereiro. Em Tessalônica outros irmãos foram presos porque o apóstolo não foi encontrado, quando o procuraram. Em Corinto, apesar da soltura imediata, Paulo foi atacado pelos judeus e levado diante do tribunal presidido por Gálio (veja Gálio).

    Paulo passou algum tempo em Antioquia antes de embarcar para a terceira viagem missionária, realizada no período entre os anos 53:57 d.C. (At 18:23-21.16). Nesta viagem, o apóstolo novamente dirigiu-se ao norte e oeste, por terra, e visitou outra vez as igrejas na Galácia e Frígia (Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia). Quando finalmente chegou em Éfeso, lemos que Paulo encontrou “alguns discípulos”. Eles tinham recebido apenas o batismo de João e, quando o apóstolo lhes falou sobre Jesus Cristo e o Espírito Santo, foram imediatamente batizados “em nome do Senhor Jesus” e o Espírito desceu sobre eles (At 19:1-7). Esse episódio dá uma indicação de que o trabalho do Batista tivera um alcance muito mais amplo do que o relato dos evangelhos poderia sugerir.

    Ao começar novamente a pregar na sinagoga, Paulo foi expulso e pregou para os gentios na cidade de Éfeso por dois anos (v. 10). Fica claro que muitos milagres acompanharam a proclamação do Evangelho, e uma breve menção disso é feita no
    v. 11. Um grande número de pessoas se converteu, quando muitos mágicos e pessoas adeptas da feitiçaria se converteram e entregaram seus livros de magia, os quais foram queimados publicamente. O
    v. 20 resume esse período de ministério: “Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente, e prevalecia”.

    Foi durante esse período que ocorreu um grande tumulto em Éfeso. A cidade era famosa pelo templo da deusa Ártemis (veja Ártemis e Alexandre). O livro de Atos não relata em detalhes a perseguição que Paulo experimentou ali, mas provavelmente foi considerável (veja Rm 16:3-4; 1 Co 15.32; 2 Co 1:8-11). O apóstolo então enviou Timóteo e Erasto adiante dele para a Macedônia. Expressou sua intenção de viajar para Jerusalém via Macedônia e Acaia (At 19:21) e informou às pessoas que desejava muito ir até Roma.

    Foi durante essa viagem que Paulo se preocupou em angariar dinheiro para ajudar os crentes mais pobres de Jerusalém. Deu instruções às igrejas para que se unissem a ele nessa campanha, pois observava nisso um sinal de unidade da igreja e especialmente entre os convertidos judeus e gentios (Rm 15:25-32).

    Paulo navegou para a Macedônia e repetiu seu trajeto anterior por Filipos, Tessalônica e Beréia, a fim de encorajar os crentes. Uma rápida estadia na Grécia, talvez em Atenas, levou a mais perseguições; por isso, ele retornou à Macedônia antes de embarcar e navegar novamente para Trôade, onde continuou a pregar. Num antigo exemplo de reunião e culto no primeiro dia da semana (domingo), lemos que Paulo pregou depois que partiram o pão juntos. Ensinou até tarde da noite, pois partiria no dia seguinte. Devido ao calor da sala lotada e à hora avançada, um jovem chamado Êutico adormeceu sentado numa janela e caiu do terceiro andar, sendo levantado morto. Paulo o restaurou novamente à vida e continuou sua pregação (At 20:7-12).

    Na manhã seguinte Paulo viajou e passou por várias cidades portuárias no caminho para o sul, inclusive Mileto, onde se encontrou com os líderes da igreja em Éfeso. Ali, falou-lhes sobre os perigos dos falsos ensinos e a necessidade de vigiarem por si mesmos e pelo rebanho. Encomendou-os a Deus e disse-lhes que era compelido pelo Espírito Santo a ir até Jerusalém. A tristeza da despedida é descrita dramaticamente, quando todos se ajoelharam para orar juntos e perceberam que não veriam novamente o amado apóstolo (vv. 36-38). O restante da jornada é descrito rapidamente por Lucas em Atos 2:1-17. A única parada mais significativa foi em Cesaréia, onde o profeta Ágabo advertiu Paulo de que a perseguição o esperava em Jerusalém. Talvez seja importante notar que a declaração anterior de Paulo, que era compelido pelo Espírito Santo a visitar a cidade santa, teve prioridade sobre a advertência de Ágabo para não ir. Ao que parece, embora a profecia estivesse correta, sua interpretação estava equivocada. O profeta claramente esperava que Paulo desistisse de ir a Jerusalém, mas foi para lá que o apóstolo se dirigiu, o que culminou com sua prisão. Ao fazer isso, o apóstolo mostrou que estava pronto a morrer por Cristo, se fosse necessário (v. 13).

    Essa terceira jornada contemplou muitas pessoas convertidas e experimentou muito mais oposições e perseguições; mas também foi um tempo de grande encorajamento. Paulo teve oportunidade de conhecer muitos jovens envolvidos no ministério da Palavra de Deus. Entre os que foram mencionados durante essa viagem, estavam pessoas como “Sópatro de Beréia, filho de Pirro; e dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo; Gaio de Derbe e Timóteo; e dos da Ásia, Tíquico e Trófimo” (At 20:4). Apesar de o apóstolo nunca mais retornar a muitos daqueles lugares, sabia que o trabalho continuaria nas mãos da nova geração de missionários e pastores fiéis ao Senhor.

    A prisão e o julgamento. Assim que Paulo chegou a Jerusalém, a profecia de Ágabo se cumpriu. Os judeus instigaram a oposição e o apóstolo foi preso para sua própria proteção, no meio de um tumulto contra ele que quase levou-o à morte (At 21:27-36). Paulo pediu permissão ao comandante romano para falar à multidão e aproveitou a oportunidade para mais uma vez pregar o Evangelho de Jesus, quando falou sobre sua própria conversão e chamado ao ministério para os gentios. Quando mencionou a salvação dos povos, novamente a turba se alvoroçou e o apóstolo foi conduzido com segurança à fortaleza. Foi obrigado a apelar para sua cidadania romana, a fim de não ser chicoteado. No dia seguinte o comandante romano convocou o Sinédrio e Paulo defendeu-se diante de seus acusadores (At 23). Inteligentemente, o apóstolo causou uma divisão entre seus acusadores, ao alegar que era julgado porque acreditava na ressurreição. Os fariseus, que também acreditavam, discutiram com os saduceus, que não aceitavam tal doutrina. Novamente, para sua própria proteção, o apóstolo foi levado à fortaleza. Naquela noite o Senhor lhe apareceu e o encorajou, ao dizer-lhe que deveria ir a Roma para testificar do Evangelho (At 23:11).

    Foi descoberto um complô para matar Paulo e o comandante do destacamento romano, Cláudio Lísias, decidiu transferi-lo para Cesaréia, onde seu caso seria examinado pelo governador Félix. O capítulo 24 de Atos descreve o julgamento do apóstolo diante de Félix, que pareceu interessado no que ouviu de Paulo acerca do “caminho”, mas que, em deferência aos judeus, manteve o apóstolo preso por mais dois anos. Quando Pórcio Festo assumiu o governo da província, os líderes judaicos lhe pediram que cuidasse do caso de Paulo. O novo governador fez menção de entregá-lo aos judeus, mas o apóstolo, sabedor de que não teria um julgamento justo em Jerusalém considerando a palavra do Senhor de que deveria ir a Roma, apelou para ser julgado pelo imperador César. Essa atitude de fato livrou-o totalmente do sistema legal judaico. Logo depois o rei Agripa visitou Cesaréia e Festo pediu-lhe que ouvisse o caso de Paulo. Novamente o apóstolo contou sobre sua conversão e testemunhou do Evangelho de Jesus Cristo. Enquanto Festo pensava que Paulo estivesse louco, Agripa pareceu tocado pelo que o apóstolo dissera, e até mesmo insinuou que por pouco não se tornara cristão (At 26:28). A conclusão de Agripa foi que Paulo tinha tudo para ser solto, se não tivesse apelado para Roma (v. 32).

    Paulo foi então transportado para Roma na condição de prisioneiro, sob a custódia de um centurião chamado Júlio (para mais detalhes, veja Agripa, Festo, Félix e Júlio). Depois de um naufrágio na ilha de Malta, o qual Paulo usou como uma oportunidade para pregar o Evangelho, finalmente o grupo chegou a Roma, onde o apóstolo foi colocado num regime de prisão domiciliar e tinha permissão para receber visitas (At 28). Durante dois anos vivendo nesse sistema (provavelmente por volta de 61—63 d.C.), Paulo continuou “pregando o reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum” (At 28:31).

    A morte de Paulo. Existem poucas indicações sobre o que aconteceu depois desse período de prisão domiciliar em Roma. É claro que Paulo aproveitou a oportunidade da melhor maneira possível para pregar o Evangelho, mas Lucas encerra seu livro neste ponto, ao estabelecer o direito legal para que a Palavra de Deus fosse pregada na capital do império. Existe muita discussão entre os estudiosos sobre o que aconteceu. Desde que as epístolas pastorais (veja abaixo) referem-se a eventos na vida do apóstolo que não são mencionados em Atos, pressupõe-se que Paulo realmente as escreveu. Então, muitos chegam à sublime conclusão de que o apóstolo foi declarado inocente das acusações e colocado em liberdade. Ele próprio dá a entender isso em Filipenses 1:19-25; 2.24. Provavelmente após sua absolvição ele acalentou o desejo de ir à Espanha (veja Rm 15:24-28). Este período também seria a época em que as cartas a Timóteo e Tito foram escritas. Quando o cristianismo foi considerado ilegal, Paulo foi preso novamente e levado de volta a Roma, onde escreveu II Timóteo. Seu período de liberdade provavelmente durou até por volta de 62 a 66 d.C. II Timóteo 4 é então o triste relato do que certamente foi o julgamento final do apóstolo, no qual foi condenado à morte (v. 18). Mesmo nesse triste capítulo, entretanto, percebe-se que Paulo aproveita todas as oportunidades para pregar (2Tm 4.17,18). A tradição diz que morreu em Roma, como mártir nas mãos do imperador Nero, por volta do ano 67 d.C.

    Os escritos de Paulo

    O legado de Paulo para o mundo é enorme. Além do fato de ter levado a verdade do Evangelho a praticamente todo o mundo conhecido daquela época, também escreveu cartas muito significativas, as quais chegaram até nós como parte do cânon do Novo Testamento. Tais documentos são cheios de exposições sobre Jesus, o pecado, a salvação, a vida cristã, o futuro e a natureza da Igreja. Suas cartas não podem ser examinadas detalhadamente aqui e o resumo apresentado a seguir não faz justiça à profundidade dos ensinamentos que cada uma contém, mas talvez aguce o apetite do leitor e o leve a examiná-las mais detidamente. Em muitos aspectos as epístolas paulinas têm proporcionado o perfil para a Igreja através dos séculos. Embora sempre haja alguns críticos que questionem se o apóstolo realmente escreveu todas as epístolas atribuídas a ele, existem 13 escritas por Paulo no Novo Testamento. Por conveniência, vamos dividi-las em três grupos.

    As epístolas maiores e mais antigas. Incluem Gálatas, 1 e II Tessalonicenses, 1 e II Coríntios e Romanos. A primeira é a única carta na qual Paulo não tinha quase nada de positivo a dizer aos destinatários. Escreveu devido à sua grande preocupação, pois muitos gálatas já seguiam “outro evangelho”. O apóstolo temia pela salvação deles e pela pureza da doutrina da vida eterna somente pela graça, por meio da fé. Ao que parece, os que argumentavam que o cristão precisava primeiro tornar-se judeu para ser salvo tinham grande sucesso na difusão de suas ideias. Defendiam a necessidade da circuncisão, a guarda da Lei de Moisés e do sábado. Esses ideais iam diretamente contra o ensino de Paulo de que os gentios tornavam-se cristãos e eram “justificados” (declarados não culpados diante de Deus) por meio da fé em Jesus Cristo e ainda continuavam gentios (Gl 3:8-11,24; 5.4). Paulo disse aos gálatas: “Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gl 1:9). Declarava que eles eram todos filhos de Deus “pela fé em Cristo Jesus... desta forma não há judeu nem grego, não há servo nem livre, não há macho nem fêmea, pois todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendentes de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gl 3:26-29). Jesus livra da letra da lei e da sua punição, pois assim declarou Paulo: “Estou crucificado com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:20). Esta existência em Jesus é uma vida composta de uma nova natureza, agora dirigida pelo Espírito de Cristo e conduzida ao objetivo da vida eterna (Gl 5:16-22,25; 6.8). Paulo afirmava que essas verdades eram para todos os que creem em Jesus Cristo, qualquer que fosse a nacionalidade, sexo ou classe social. O cristianismo nunca seria meramente uma facção do judaísmo. O fato de que as decisões do Concílio de Jerusalém não fazem parte das argumentações e do ensino de Paulo leva alguns a crerem que provavelmente a carta aos Gálatas foi escrita antes desta reunião (talvez em 49 d.C.). Outros colocam a data bem depois.

    As epístolas de 1 e II Tessalonicenses são bem conhecidas pelos ensinos que contêm sobre a segunda vinda de Cristo. De fato, na primeira das duas Paulo gasta um tempo considerável encorajando os cristãos na fé, na vida cristã e no testemunho (1Ts 4). Dá graças a Deus por eles, especialmente pela maneira como aceitaram a pregação no início, “não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que credes” (1Ts 2:13). O apóstolo apelou para que continuassem na fé, principalmente à luz da vinda de Cristo, a qual lhes proporcionaria grande esperança e alegria. Deveriam encorajar uns aos outros (1Ts 4:18) com a certeza de que Jesus voltaria e não deveriam lamentar pelos que morressem, como se fossem iguais ao resto do mundo sem esperança (1Ts 4:13). A segunda epístola provavelmente foi escrita durante a permanência de Paulo na cidade de Corinto. Novamente dá graças a Deus pela perseverança dos cristãos, pela fé e pelo amor que demonstravam uns aos outros (2Ts 1:3-12). Parte da carta, entretanto, é escrita para corrigir algumas ideias equivocadas sobre a volta de Cristo. Um fanatismo desenvolvera-se, o qual aparentemente levava as pessoas a deixar de trabalhar, a fim de esperar a iminente volta do Senhor (2Ts 2). Paulo insistiu em que os irmãos deveriam levar uma vida cristã normal, mesmo diante das dificuldades e perseguições. O fato de que Deus os escolheu e salvou por meio da operação do Espírito os ajudaria a permanecer firmes na fé (2Ts 2:13-15).

    As epístolas aos Coríntios provavelmente foram escritas durante a longa permanência de Paulo na cidade de Éfeso. A primeira carta trata de uma variedade de problemas que a igreja enfrentava. O apóstolo demonstrou preocupação pela maneira como os cristãos se dividiam em facções (1Co 1:12). Lembrou que não deveriam ir diante dos tribunais seculares para resolver suas diferenças (1Co 6). Ensinou-os sobre a importância de uma vida moralmente pura e lembrou que seus corpos eram santuário de Deus e o Espírito de Deus habitava neles (1Co 3:16-5:1-13). Tratou da questão prática sobre se deveriam ou não comer carne previamente oferecida a divindades pagãs e também discutiu sobre a maneira como os dons espirituais deviam ser usados na 1greja, ou seja, para a edificação e a manifestação do verdadeiro amor cristão no meio da comunidade (1Co 12:14). A ressurreição física de Cristo também é amplamente discutida em I Coríntios 15.

    Na época em que Paulo escreveu a segunda carta aos Coríntios, as supostas divisões na igreja estavam cada vez mais patentes. Ele, porém, preocupou-se com o seu próprio relacionamento com a igreja e discutiu sobre isso. É claro que alguns irmãos da comunidade o desrespeitavam, talvez mediante o argumento de que não era mais espiritual do que os líderes locais, os quais Paulo chama de “excelentes apóstolos” (2Co 11:5).

    Nesta carta, Paulo demonstrou como deveria ser a vida do verdadeiro cristão. Ao tomar sua própria vida como exemplo, mostrou que sofreu terríveis perseguições e dificuldades por causa de Cristo (2Co 10:12). Talvez não fosse o mais eloqüente dos oradores, mas fora chamado para o ministério do Evangelho e Deus tinha honrado seu trabalho. Muitas vezes sentiu-se enfraquecido e derrotado, mas a fé no Senhor Jesus Cristo e o desejo de completar seu chamado fizeram-no seguir adiante (veja especialmente 2 Co 4 e 5; 7). Lembrou os leitores sobre a glória do Evangelho (2Co
    3) e os encorajou a serem generosos na oferta para os pobres de Jerusalém (2Co 8).

    A carta aos Romanos provavelmente foi redigida na década de 50 d.C. É uma epístola escrita a uma igreja que o apóstolo nunca visitara. É cheia de louvores pela fé e pelo compromisso deles com Cristo. Seu tema principal enfatiza que a justificação se opera pela fé em Jesus, tanto para os judeus como para os gentios. Existe alguma discussão sobre o motivo que levou Paulo a escrever esta carta. Alguns dizem que estava consciente das divergências entre os convertidos judeus e gentios na igreja e a necessidade que tinham de uma ajuda pastoral. Outros alegam que a carta formou a base teológica para sua estratégia missionária de levar o Evangelho aos gentios e que o apóstolo esperava o apoio dos cristãos de Roma no seu projeto de viajar à Espanha. Existem outros motivos alegados. A própria carta enfatiza que todas as pessoas, tanto judeus como gentios, têm pecado (Rm 1:18-3.10,11; etc.). A salvação, entretanto, veio para todo o que tem fé em Jesus Cristo, “sem distinção”. Embora todos tenham pecado, os que crêem “são justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:23-24). A razão para esta possibilidade de salvação para todos é vista na natureza vicária da morte de Cristo (Rm 3:24-26; veja Jesus). Judeus e gentios igualmente são herdeiros das ricas bênçãos da aliança de Deus, porque o Senhor é fiel em cumprir suas promessas. A justiça de Deus é vista na absolvição dos que são salvos pela graça, mas também na maneira como cumpriu as promessas feitas a Abraão, o grande exemplo de justificação pela fé (Rm 4). Nesta epístola, Paulo discutiu também sobre a vida cristã debaixo da direção do Espírito Santo, ou sobre o privilégio da adoção de filhos de Deus e a segurança eterna que ela proporciona (Rm 8). Paulo mencionou também como a nação de Israel encaixa-se no grande plano de salvação de Deus (Rm 9:11) e enviou instruções sobre como os cristãos devem viver para Cristo, como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12:1-2).

    As epístolas da prisão. Essas cartas foram redigidas na prisão. Há alguma discussão sobre se todas foram escritas durante o tempo em que Paulo esteve preso em Roma ou durante um período em que ficou detido em Cesaréia. Se todas são do tempo da prisão na capital do império, elas foram elaboradas entre 62 e 63 d.C. Aqui estão incluídas as cartas aos Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom (para mais detalhes sobre Filemom, veja Filemom e Onésimo).

    A carta aos Efésios se inicia com uma das mais gloriosas passagens das Escrituras, pois descreve as grandes bênçãos que os cristãos experimentam por estarem “em Cristo”. Tais promessas foram planejadas por Deus desde antes da criação do mundo. Incluem o perdão dos pecados, a adoção para os que se tornam filhos de Deus, a alegria da glória de Deus e a posse do Espírito Santo como garantia da redenção e da plena herança da vida eterna (Ef 1). A epístola medita sobre essas bênçãos e o maravilhoso amor de Deus por seu povo, amor este que leva à grande demonstração da graça na salvação dos que têm fé em Jesus (Ef 2). A Igreja é o Corpo de Cristo, unida no chamado e no propósito (Ef 2:11-12). Portanto, o povo de Deus deve viver como filhos da luz, andar cheios do Espírito Santo, ser imitadores de Deus e testemunhas dele no meio das trevas do mundo ao redor (Ef 4:1-5.21). Paulo prossegue e expõe como certos relacionamentos específicos refletiriam o amor de Deus por seu povo (Ef 21. a 6.10). Depois insistiu em que os cristãos permanecessem firmes na fé e colocassem toda a armadura de Deus, liderados pelo Espírito e obedientes à Palavra do Senhor (Ef 6:1-18).

    Filipenses é uma carta de agradecimento. O apóstolo escreveu para agradecer aos cristãos de Filipos pela recente ajuda financeira que lhe enviaram (especialmente Fl 1 e 4:10-20). Os crentes daquela cidade aparentemente eram mantenedores fiéis do ministério de Paulo, e sua gratidão a Deus pela vida deles brilha por toda a carta. Os comentários pessoais sobre Epafrodito e sua enfermidade refletem o relacionamento pessoal que o apóstolo mantinha com esses irmãos. Paulo advertiu-os com relação aos judaizantes (Fl 3:1-11) e os desafiou a permanecer firmes e continuar a viver vidas “dignas de Cristo”, qualquer que fosse a situação que tivessem de enfrentar (Fl 1:27-30; 2:12-18; 3.12 a 4.1). A passagem teológica mais notável pode ser encontrada em Filipenses 2:1-11. O texto fala sobre a humildade de Cristo, uma característica que ninguém no mundo antigo e muito menos no moderno realmente aspira! Esta humildade demonstrada por Jesus, que acompanhou seu chamado até a cruz, proporciona a base e o exemplo ao apelo de Paulo para que os filipenses continuassem unidos em humildade, sem murmurações, enquanto cumpriam o próprio chamado. Esta vocação é resumida por Paulo em Filipenses 2:14-17. Deveriam resplandecer “como astros no mundo, retendo a palavra da vida”.

    Os cristãos de Colossos provavelmente eram, na maioria, gentios; portanto, foram os primeiros a se converter ao Evangelho por intermédio do ministério de Epafras (Cl 1:7-2.13). Pelo que Paulo diz, os eruditos inferem que, ao escrever esta carta, ele estava preocupado com algumas doutrinas falsas que haviam entrado na igreja. Talvez o ensino herético tenha diminuído a importância de Cristo, pois enfatizava demais a sabedoria humana. Talvez insistissem na adoção de certas práticas judaicas como a circuncisão e a guarda do sábado. A adoração de anjos provavelmente fazia parte das ideias, e possivelmente havia também uma ênfase no misticismo e nas revelações secretas. Em resposta a tudo isso, Paulo falou sobre a preeminência de Jesus sobre todas as coisas. Somente Ele é o cabeça da Igreja. É o Criador preexistente e o primeiro a ressuscitar dentre os mortos (Cl 1:15-23). Foi em Cristo que aquelas pessoas haviam morrido para o pecado e ressuscitado por Deus para uma nova vida. Foi “nele” que foram perdoadas. “Em Cristo” as leis do sábado e sobre comidas e bebidas foram consideradas redundantes, pois eram apenas “sombras” que esperavam a manifestação do Filho de Deus (Cl 2:16-19). O desafio para esses cristãos era que não se afastassem de Jesus, em busca de experiências espirituais por meio de anjos ou da obediência a preceitos legais; pelo contrário, conforme Paulo diz, “pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra. Pois morrestes, e a vossa vida está oculta com Cristo em Deus” (Cl 3:2-3). Deveriam viver como escolhidos de Deus e filhos consagrados, a fim de que a palavra de Cristo habitasse neles abundantemente (Cl 3:15-17).

    As epístolas pastorais. Essas cartas são 1 e II Timóteo e Tito. São tradicionalmente chamadas de “pastorais” porque incluem instruções para os jovens pastores Timóteo e Tito, na liderança da igreja primitiva. Paulo desafiou esses líderes a estar vigilantes contra o falso ensino que rapidamente surgiria nas igrejas (1Tm 1:3-20; 2 Tm 3; Tt 1:1016; etc.). O apóstolo os exortou quanto à oração pública e deu instruções sobre o tipo de pessoa adequada para ocupar cargos de liderança nas igrejas (1Tm 3:1-13; Tt 1:6-9). Paulo também desejava que eles soubessem o que ensinar e como lidar com diferentes grupos de pessoas. O ensino deveria ser de acordo com as Escrituras e não comprometido por causa de pessoas que nem sempre gostavam do que ouviam (2Tm 3.14 a 4.5; Tt 2; etc.) A mensagem também precisava exortar contra as dissensões e a apostasia que seriam os sintomas dos “últimos dias” (1Tm 4:1-16; 6:3-10; 2 Tm 2.14 a 3.9; etc.).

    O ensino de Paulo

    Apenas alguns dos ensinamentos de Paulo foram mencionados aqui. O que motivou o apóstolo em seu ensino foi sua experiência pessoal na estrada de Damasco. Enquanto refletia sobre o que acontecera ali, chegara à conclusão de que aquela luminosidade o deixara cego a fim de que pudesse contemplar o poder de Deus. Jesus tinha essa glória; portanto, era Senhor, um ponto que enfatiza várias vezes, inclusive ao aplicar a Cristo declarações e ideias atribuídas a Yahweh no Antigo Testamento. O apóstolo reconheceu que, embora fosse judeu, precisava de salvação e perdão do pecado, e tais dádivas só podiam ser encontradas no sacrifício de Cristo, que morrera em seu lugar na cruz. Esta grande mensagem era para todas as pessoas, independentemente de raça ou antecedentes.

    Todos pecaram. Esse assentimento da situação difícil do homem serve como base da grande convicção que Paulo tinha de que todas as pessoas precisavam ouvir o Evangelho. Em Romanos 1:3 ele demonstra que os gentios (os pagãos) serão considerados culpados de rejeição para com Deus com base em sua revelação por meio da criação. O apóstolo argumenta assim: “Visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis” (Rm 1:19-20). O pecado tem levado a mais transgressões, pois as pessoas se afastam de Deus em rebelião, de maneira que o Senhor as entrega a práticas infames que desejam realizar. O fim delas está claramente determinado: “Mas, segundo a tua dureza de coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus” (Rm 2:5). Para o apóstolo, entretanto, falar de tal profundidade do pecado entre os gentios era uma coisa; mas ele prossegue e argumenta que os judeus estão na mesma situação, pois “para com Deus não há acepção de pessoas” (Rm 2:11). A Lei de Moisés não pode salvar e Paulo argumenta que o verdadeiro judeu é o que o é interiormente: “Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra, e cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus” (v. 29). A vantagem do judeu reside no fato de que tem a Palavra de Deus, a Lei e as Escrituras do Antigo Testamento (Rm 3:2), ainda que essa mesma Lei aponte para a justiça de Deus e o juízo sobre o pecado. A Lei revela como os homens e as mulheres realmente são pecadores (Rm 3:20). As conclusões de Paulo, baseadas no que é ensinado nesses capítulos, são resumidas numa citação de vários livros da própria Lei na qual os judeus achavam que podiam confiar: “Não há um justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Rm 3:10-12; veja Sl 14:1-3; 53:1-3). Portanto, o resultado desse pecado universal é claro, pois ninguém escapará da ira (do justo julgamento) de Deus. Por isso, o problema enfrentado por toda a humanidade é temível. Seja judeu ou gentio, o Senhor não fará distinção entre os pecadores.

    Cristo crucificado. Para o apóstolo, havia apenas uma resposta para essa questão, e ele a encontrara na pessoa de Jesus. Aonde quer que fosse, Paulo proclamava a Cristo. O Filho de Deus era a resposta para a situação de todas as pessoas, não somente para os judeus, mas também os gentios. Todos estão debaixo do julgamento de Deus e precisam de salvação, redenção e perdão. O Senhor, entretanto, jamais ignoraria sua justiça, ou seja, não expressaria amor por meio da supressão da justiça (veja Deus, Jesus). Deus é amor, mas é também justiça. Paulo aprendera que, em Cristo, a justiça perfeita de Deus foi revelada, mas a grande bondade, o amor, a misericórdia e a graça do Senhor também se manifestam em Jesus.

    Em Romanos 3:21-26 Paulo expôs que essa justiça de Deus é “pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem” (v. 22). Precisamente porque o Senhor não tem favoritismo, “pois todos pecaram”, homens e mulheres de todas as raças são “justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (v. 24). Jesus foi apresentado por Deus como sacrifício. A fé em Cristo significa entender que sua vida foi dada como um sacrifício de expiação pelos pecados e que, desta maneira, Deus permanece justo — o castigo pelo pecado foi pago na cruz. Paulo refere-se a esse sacrifício de maneiras diferentes em outros textos. Por exemplo, viu o sacrifício como “aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21). Também contemplou Jesus da seguinte maneira: “Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co 5:7).

    O argumento de Paulo de que judeus e gentios encontravam a salvação da mesma maneira está baseado no fato de que “há somente um Deus” para todos. Portanto, desde que Ele é justo e não faz distinção, a salvação será pela fé em Jesus Cristo para todo o que crer (Rm 3:29-30).

    Para o apóstolo, o advento de Cristo cumpriu o propósito de Deus para a salvação: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4:4-5). Sob a Lei, Cristo recebeu a punição sobre si e resgatou as pessoas da “maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3:13). O sacrifício de Jesus na cruz e a redenção que pagou para nós com seu próprio sangue tornaram-se o ponto principal da pregação de Paulo. Essas eram as boas novas: Jesus trouxe o perdão e recebeu a punição pelo pecado. O apóstolo assim resume sua pregação: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado” (1Co 1:23). Sua mensagem era “a palavra da cruz” (1Co 1:18).

    Justificação pela graça por meio da fé. O aceso a essa obra salvadora de Cristo na cruz era, para o apóstolo, inteiramente pela graça de Deus. Se a redenção fosse alcançada por meio da obediência à Lei, seria possível que as pessoas se orgulhassem de ter alcançado a própria salvação; Paulo, porém, tinha plena convicção de que era obra de Deus por seu povo e uma demonstração da sua graça (seu amor e misericórdia imerecidos) em favor do seu povo (Ef 2:9). Várias vezes o apóstolo insiste em que todos terão de comparecer diante do trono de Deus, e a única esperança do veredicto de “não culpado” (de justificado), quando enfrentassem o julgamento justo de Deus, estava na sua graça. Assim, a redenção vem pela graça e o indivíduo pode apropriar-se dela pela fé, que envolve um compromisso com a justiça de Deus e com seus caminhos justos em Cristo. A fé olha somente para Deus em busca da salvação e, desta maneira, o homem admite a própria incapacidade diante do Senhor, reconhece o pecado e a necessidade de perdão, e olha para Deus como o único que o pode perdoar.

    Essa justificação é conquistada à custa da morte de Cristo, e o pagamento da dívida foi confirmado por Deus na ressurreição de seu Filho (Rm 4:25-5.16,18; etc.). Nenhum outro custo é exigido. Os pecadores são justificados “gratuitamente pela graça”; “Pois é pela graça que sois salvos, por meio da fé — e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Rm 3:24; Ef 2:5-8; etc.). Desde que a obediência à Lei não proporcionou a salvação, novamente Paulo mostra que os gentios também estão incluídos. Eles podem ter fé: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro a evangelho a Abraão, dizendo: Em ti serão benditas todas as nações” (Gl 3:8). Paulo não ensina somente sobre a justificação pela fé em Cristo como meio para alguém se tornar cristão. Deus salva a todos pela graça com um propósito: “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos” (2Tm 1.9). Essa justificação pela graça significa que os que crêem têm acesso a todas as bênçãos que o Senhor prometeu ao seu povo, resumidas nas palavras “vida eterna”: “A fim de que, justificados por sua graça, sejamos feitos seus herdeiros segundo a esperança da vida eterna” (Ti 3.7).

    A vida no Espírito. De acordo com os escritos de Paulo, a operação do Espírito Santo permeia cada área da vida cristã e da Igreja. Ele primeiramente se manifesta na proclamação do Evangelho do Cristo crucificado. A pregação do apóstolo levava as pessoas à conversão porque, segundo ele, “a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1Co 2:4). Esta obra do Espírito, segundo Paulo, era para que a fé se apoiasse inteiramente no poder de Deus (v. 5), “de sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10:17-1 Ts 1.5). O Espírito, entretanto, está ativo também na vida da pessoa que ouve a mensagem, pois “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, pois lhe parecem loucura, e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2:14). Assim, o Espírito de Deus está ativamente presente na pregação do Evangelho e na vida do que ouve e se volta para Cristo.

    Os que exercem a fé são redimidos e justificados e sabem que não são mais condenados por Deus. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1). A evidência que eles têm da obra de Deus em suas vidas, segundo Paulo, está na posse do Espírito Santo. A vida no Espírito desta maneira traz ao crente muitas bênçãos e muitos desafios. Todos os que pertencem a Jesus possuem o Espírito de Cristo, e isso significa que são controlados pelo Espírito (Rm 8:9). É Ele quem garante a uma pessoa que ela pertence a Deus. De fato, este é o “selo de posse” de Deus, “o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações” (2Co 1:22). Esse aspecto da função do Espírito como “um selo de garantia” é mencionado em numerosas ocasiões, especialmente quando Paulo pensa sobre o futuro, quando teria de enfrentar a morte, ou sobre a herança que um dia os cristãos receberão do Senhor (2Co 5:4-5; Ef 1:14; etc.).

    O Espírito Santo auxilia as pessoas na oração e leva as súplicas dos crentes fracos e falíveis diante do Pai (Rm 8:26-27). Desde que a vida cristã é vivida em comunidade, o Espírito também ajuda na vida corporativa da Igreja. Segundo Paulo, cada cristão recebe algum “dom do Espírito” com o qual ajuda outros crentes em seu progresso espiritual. Esses dons serão úteis na edificação de outras pessoas na fé, de maneiras variadas. O apóstolo não dá uma lista exaustiva de tais dons, mas menciona diversos, como demonstrar hospitalidade, falar em línguas, ensinar, repartir com liberalidade, profetizar e administrar (1Co 12:4-11; Rm 12:6-8). Intimamente ligado a esse trabalho que capacita todos os crentes a ter uma plena participação na vida da Igreja está o trabalho de promover a unidade cristã. Freqüentemente Paulo enfatiza essa tarefa do Espírito Santo. A unidade entre os crentes não é um acessório opcional, mas a essência da fé cristã, pois ela é proveniente da própria natureza de Deus: “Pois todos nós fomos batizados em um só Espírito, formando um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1Co 12:13). Desta maneira, é tarefa de cada cristão procurar “guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz”, porque “há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos” (Ef 4:3-6).

    Um importante aspecto da operação do Espírito Santo na vida do crente é o de produzir a consciência do pecado, a necessidade do perdão e ajudar o indivíduo a viver em santidade e integridade para a glória de Deus. Esse processo efetuado pelo Espírito leva ao crescimento e é chamado de “santificação”. É papel do Espírito separar o crente da pecaminosidade e operar nele, para que ele produza uma existência cada vez mais semelhante à de Cristo. Em II Tessalonicenses 2:13 Paulo diz: “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (veja também 1 Co 6.11). É esse trabalho do Espírito que os cristãos ignoram, para a própria perdição. O apóstolo insiste em que todos devem “viver no Espírito” e dessa maneira serão protegidos do mal que os cerca e do pecado: “Digo, porém: Andai no Espírito, e não satisfareis à concupiscência da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à carne. Estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gl 5:16-17; Rm 8:13-15).

    Quando lemos os escritos de Paulo, observamos que é difícil encontrar uma obra do Espírito que nos deixe tão empolgados do que a que concede ao crente o direito de ser “filho de Deus”. Isso claramente tem que ver com o fato de sermos herdeiros de todas as bênçãos do Senhor, mas também com o relacionamento novo e pessoal com o Pai: “Porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” (Gl 4:6; veja Aba). Essa convivência é maravilhosamente libertadora: “Pois não recebestes o espírito de escravidão para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8:15). De acordo com Paulo, o Espírito Santo é essencial para a própria existência do cristão. Ele inicia, confirma e desenvolve a fé, estabelece a unidade, vive no interior do crente, promove a santificação, garante o futuro, possibilita a vida em comunidade e cumpre muitas outras tarefas além dessas. Seu objetivo é cumprir a plena vontade de Deus na vida do cristão individualmente e na vida da Igreja de Deus.

    A vida depois da morte. Paulo tinha plena convicção da vida após a morte. Pressupunha que um dia todas as pessoas testemunhariam a volta do Senhor e enfrentariam seu julgamento (Rm 2:5-14.10; Fp 2:10). Naquele dia haverá uma separação entre as pessoas, que não dependerá de suas boas obras ou más ações, mas da experiência da graça de Deus que tiveram em suas vidas, pela fé (Rm 5:1-8.1). Uma das maiores alegrias que Paulo demonstrava como cristão era o fato de não temer a morte, pois cria que Jesus conduziu seus pecados sobre si na cruz, onde pagou por eles (Rm 8:1517). De fato, o apóstolo tinha plena confiança no futuro. Se morresse ou permanecesse vivo, estaria com o Senhor e continuaria a glorificá-lo (2Co 5:6-9). De todas as pessoas, Paulo estava consciente da fragilidade da vida humana. Em muitas ocasiões esteve próximo da morte e muitas vezes foi espancado e apedrejado (2Co 11:23-29). Falou em “gemer” e carregar um fardo nesse corpo, mas mesmo assim perseverava, ciente de que um dia o que é mortal será absorvido pela vida (2Co 5:4). Novamente o apóstolo voltou-se para o Espírito Santo dentro dele para a confirmação e a garantia dessas promessas futuras (v. 5).

    Embora Paulo deixasse claro que preferia estar com o Senhor do que sofrer perseguições por causa da fé, nunca se preocupou com o que viria depois da morte. Pelo contrário, sua absoluta convicção de que um dia, como Cristo, ele ressuscitaria dentre os mortos e herdaria a vida eterna deu-lhe um propósito para a existência. Deus o chamara para proclamar as boas novas de que Jesus morrera no lugar de todo o que cresse nele e ressuscitara dentre os mortos, sendo “as primícias” dos que dormem. A volta de Cristo e a ressurreição dos mortos levarão a uma mudança radical do corpo (1Co 15:20-35-44). Isso levou o apóstolo a declarar: “Mas a nossa pátria está nos céus, de onde esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo de humilhação, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3:20-21).

    Existe muita discussão sobre o que Paulo imaginava a respeito do tempo da morte e o da ressurreição geral, na vinda de Cristo. Será que o apóstolo acreditava em alguma forma de “sono da alma”, no qual as pessoas entrariam em um tipo de inconsciência, no aguardo da vinda de Cristo? Ou será que acreditava na possibilidade de o espírito humano ir imediatamente à presença do Senhor? Não temos espaço aqui para examinar o ensino de Paulo detalhadamente, mas existem passagens que deixam claro o seu ponto de vista: após a morte, o homem interior (alma e espírito) é imediatamente conduzido à presença do Senhor. Ao falar novamente sobre seu desejo de servir a Deus, ao mesmo tempo em que desejava estar com Ele na eternidade, Paulo disse: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1:23; veja também 2 Co 5.3).

    Apesar de todas as suas implicações, para o apóstolo a morte significava “glória eterna”; “estar com o Senhor”; “vida”; “da parte de Deus um edifício, uma casa... eterna, nos céus” (2Co 4:17-5.1,4,8). Não é de estranhar, portanto, que pudesse declarar: “Portanto, nós não atentamos nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem. Pois as que se vêem são temporais, e as que não se vêem são eternas” (2Co 4:18).

    Conclusões

    Certamente Paulo foi o maior mestre da fé cristã depois do próprio Senhor Jesus Cristo. Chamado e dirigido pelo Espírito Santo para proclamar o Evangelho aos gentios, esse grande teólogo expôs as profundidades da fé cristã de uma maneira que se mostra fundamental para a Igreja de Jesus através dos séculos. Seu total compromisso com o Evangelho do Cristo crucificado permanece como um exemplo para todos os crentes de todas as épocas. Seu desejo de preservar a verdade contra todas as heresias ou qualquer coisa que tentasse desfazer o direito à salvação somente pela graça brilha através de todos os seus escritos. Seu profundo zelo pela aplicação da verdade do Evangelho na vida do crente levou-o a escrever páginas sobre como se deve viver o autêntico cristianismo no meio de uma sociedade pagã. Tudo isso só seria alcançado por meio do Espírito Santo, que vive no interior do crente para realizar os propósitos do Pai. Seu profundo amor pelos irmãos na fé e a maneira como sofria e entristecia-se com os pecados e sofrimentos deles são vistos não somente no modo como escreveu sobre os crentes, ou seja, com grande carinho e encorajamento, mas também em suas repetidas referências às orações que fazia por eles.

    Sua profunda convicção de que todos pecaram e estão debaixo do julgamento de Deus e sua preocupação para que homens e mulheres ao redor do mundo encontrassem a salvação de que precisavam tão desesperadamente levaram Paulo a responder ao chamado para pregar o Evangelho aos gentios. Para o apóstolo, Cristo era a única resposta.

    Ele era o foco e o poder da vida de Paulo e, acima de tudo, aquele que morreu para que ele recebesse o perdão e encontrasse a justificação e a vida eterna no último dia. P.D.G.


    Paúlo

    substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.
    Cerrado para o gado.

    substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.
    Cerrado para o gado.

    Responder

    verbo transitivo direto e transitivo indireto Dar resposta ao que é dito, escrito ou perguntado: respondeu o que lhe ocorreu; respondeu ao professor a questão.
    Contestar uma pergunta; replicar: respondeu bem.
    verbo intransitivo Questionar em vez de obedecer; resmungar: vá e não responda!
    Repetir o som: o cão latiu e os vizinhos responderam.
    verbo transitivo indireto Fazer-se sentir por repercussão: a dor do braço me responde na cabeça.
    Apresentar razões contra; revidar: responder a uma objeção.
    Enviar resposta: responder a uma pessoa, a uma carta.
    Oferecer em troca de; retribuir: responder a uma gentileza.
    Assumir uma responsabilidade; responsabilizar-se: responde pelo irmão.
    Ter uma ação contrária, oposta a; reagir: responder à dor.
    Etimologia (origem da palavra responder). Do latim respondere.

    responder
    v. 1. tr. dir. Dizer ou escrever em resposta. 2. tr. ind. e Intr. Dar resposta. 3. tr. ind. Ser respondão. 4. tr. ind. Aduzir argumentos contra. 5. tr. ind. Pôr em contraposição. 6. Intr. Repetir a voz, o so.M 7. tr. ind. Ficar por fiador de alguém; responsabilizar-se por. 8. tr. ind. Estar em harmonia; ser igual; condizer. 9. tr. ind. Retribuir equivalentemente. 10. tr. ind. Defrontar, opor-se. 11. tr. ind. Estar defronte; opor-se.

    Sei

    1ª pess. sing. pres. ind. de saber

    sa·ber |ê| |ê| -
    (latim sapere, ter sabor, conhecer)
    verbo transitivo

    1. Possuir o conhecimento de. = CONHECERDESCONHECER

    2. Não ignorar. = CONHECERDESCONHECER, IGNORAR

    3. Estar habilitado para.

    4. Ser capaz de. = CONSEGUIR

    5. Ter experiência.

    6. Ter consciência de.

    verbo intransitivo

    7. Ter conhecimento.IGNORAR

    8. Estar certo.

    9. Ter sabor ou gosto.

    verbo pronominal

    10. Ter consciência das suas características (ex.: o professor sabe-se exigente).

    11. Ser sabido, conhecido.

    nome masculino

    12. Conjunto de conhecimentos adquiridos (ex.: o saber não ocupa lugar). = CIÊNCIA, ILUSTRAÇÃO, SABEDORIA

    13. Experiência de vida (ex.: só um grande saber permite resolver estes casos).

    14. Figurado Prudência; sensatez.

    15. Malícia.


    a saber
    Usa-se para indicar em seguida uma lista ou um conjunto de itens. = ISTO É

    sabê-la toda
    [Informal] Ter artes e manhas para enganar qualquer um ou ter resposta para tudo; ser astucioso, habilidoso.

    Confrontar: caber.

    Ver também dúvida linguística: regência do verbo saber.

    Sinal

    substantivo masculino Expressão, gesto ou qualquer outra manifestação, feita com o intuito de avisar, advertir, mostrar ou conjecturar alguma coisa: sinal com a mão; sinal de trânsito; sinal de chuva.
    Movimento de quem quer comunicar alguma coisa; aceno: fiz sinal, mas ela não me viu.
    Qualquer indício de; vestígio, prova: não ficou sinal do crime.
    Vestígio do aparecimento de alguma coisa: sinal da presença de dinossauros.
    Particularidade física; mancha, cicatriz: tem um sinal na testa.
    Signo convencionado, usado como meio de comunicação à distância: sinal de fumaça.
    Marca deixada em razão da presença de algo ou alguém; impressão: isso é sinal de que ele esteve aqui!
    Firma, rótulo, letreiro, etiqueta feita para avisar ou indicar algo; indicação.
    Ato de provar, de demonstrar; prova, demonstração: em sinal de agradecimento.
    Presságio do que está por vir; prenúncio: mau sinal.
    Anúncio sobre alguma coisa; aviso: deu o sinal na hora certa.
    Toque de campainha; sineta: não ouvimos o sinal do recreio.
    [Comércio] Valor pago como garantia de um contrato ou ajuste; penhor, arras: tive deixar um sinal da metade do valor de compra.
    [Linguística] Associação arbitrária de um significado e um significante.
    [Linguística] Signos, grafemas de qualquer linguagem: sinais algébricos; sinais ortográficos.
    [Medicina] Sintoma que indica o aparecimento de alguma doença: sinal de pneumonia.
    Poste de sinais que indica aos maquinistas ou motoristas se a via está livre ou não; semáforo.
    [Popular] Corte na orelha do animal, que serve de marca.
    expressão Avançar o sinal. Dar partida ao carro antes de o sinal abrir, no sentido figurado: antecipar-se, atrever-se: avançou o sinal comigo e já levou um fora!
    Dar sinal de si. Tornar manifesta a existência de algo ou de alguém; manifestar-se.
    Fazer sinal. Exprimir por gestos convencionais.
    Não dar sinal de vida. Parecer morto; não dar notícia, não aparecer (onde devia estar ou costuma estar).
    Etimologia (origem da palavra sinal). Do latim signalis.

    Sinal Milagre que mostra o poder de Deus (Ex 4:30); (1Co 1:22).

    Sinal Ver Milagre.

    Vai

    3ª pess. sing. pres. ind. de Ir
    2ª pess. sing. imp. de Ir

    Ir 2
    símbolo

    [Química] Símbolo químico do irídio.


    ir 1 -
    (latim eo, ire)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Passar ou ser levado de um lugar para outro, afastando-se.VIR

    verbo transitivo

    2. Deslocar-se até um lugar para lá permanecer (ex.: foi para Londres quando tinha 10 anos).VIR

    3. Deslocar-se a um local para fazer algo (ex.: amanhã quero ir ao cinema).

    4. Andar, caminhar, seguir.

    5. Ter certo lugar como destino (ex.: o avião vai para Casablanca).

    6. Ser usado com determinado propósito (ex.: o dinheiro do subsídio de férias irá para a revisão do carro).

    7. Formar um conjunto harmonioso (ex.: essas cores vão bem uma com a outra). = COMBINAR, DAR

    8. Abranger, estender-se (ex.: o parque vai até ao outro lado da cidade).

    9. Investir, chocar (ex.: o carro foi contra o poste).

    10. [Informal] Tomar parte em. = PARTICIPAR

    11. Ter decorrido ou passado (ex.: já lá vão cinco anos desde que a acção foi posta em tribunal).

    12. Seguir junto. = ACOMPANHAR

    13. Agir de determinada maneira (ex.: ir contra as regras).

    14. Escolher determinada profissão ou área de estudos (ex.: ir para engenharia; ir para dentista).

    15. Frequentar; ingressar (ex.: o menino já vai à escola). = ANDAR

    verbo pronominal

    16. Desaparecer, gastar-se (ex.: o salário foi-se; a minha paciência vai-se rápido).

    17. Deixar de funcionar (ex.: o telemóvel foi-se). = AVARIAR

    verbo intransitivo e pronominal

    18. Morrer.

    19. Deixar um local (ex.: os alunos já se foram todos). = PARTIRCHEGAR

    verbo intransitivo

    20. Ser enviado (ex.: a carta já foi).

    verbo copulativo

    21. Evoluir de determinada maneira (ex.: o trabalho vai bem). = DESENROLAR-SE

    22. Dirigir-se para algum lugar em determinado estado ou situação (ex.: os miúdos foram zangados).

    verbo auxiliar

    23. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, para indicar tempo futuro ou passado (ex.: vou telefonar; onde foste desencantar estas roupas?).

    24. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, ou seguido de um verbo no gerúndio, para indicar duração (ex.: o cão ia a saltar; o tempo vai passando).


    ir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio foi abaixo com a explosão). = VIR ABAIXO

    ir-se abaixo
    Ficar sem energia ou sem ânimo.

    ir dentro
    [Portugal, Informal] Ser preso.

    ou vai ou racha
    [Informal] Expressão indicativa da determinação de alguém em realizar ou concluir algo, independentemente das dificuldades ou do esforço necessários. = CUSTE O QUE CUSTAR


    ânimo

    substantivo masculino Condição do espírito; alma ou espírito.
    Excesso de determinação diante de uma circunstância perigosa; coragem.
    Que diz respeito ao temperamento; inerente à índole; gênio: ânimo pacífico.
    Ação de manifestar sua própria vontade e/ou desejo; intento.
    interjeição Em que há força; que expressa excesso de coragem; força: é preciso ânimo para superar as dificuldades.
    Etimologia (origem da palavra ânimo). Do latim animus.i.

    A palavra ânimo vem do latim animus, que significa a alma, os pensamentos.

    és

    Es | símb.
    ES | sigla
    es- | pref.
    Será que queria dizer és?

    Es 1
    símbolo

    [Química] Símbolo químico do einstêinio.


    Ver também dúvida linguística: plural de siglas, acrónimos, abreviaturas e símbolos.

    ES 2
    sigla

    Sigla do estado brasileiro do Espírito Santo.


    es-
    prefixo

    Indicativo de extracção (esbagoar), separação (escolher).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Παῦλος νεύω αὐτός ἡγεμών νεύω λέγω ἀποκρίνομαι ἐπίσταμαι ἐκ πολύς ἔτος σέ ὤν κριτής τούτῳ ἔθνος εὔθυμος περί ἐμαυτοῦ ἀπολογέομαι
    Atos 24: 10 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Então, Paulo, depois que o governador tinha acenado para ele falar, respondeu: Porque eu sei que tu és, há muitos anos, juiz desta nação, sinto-me à vontade para me defender;
    Atos 24: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    60 d.C.
    G1484
    éthnos
    ἔθνος
    multidão (seja de homens ou de animais) associados ou vivendo em conjunto
    (Gentiles)
    Substantivo - neutro genitivo plural
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G1683
    emautoû
    ἐμαυτοῦ
    a ama de Rebeca que a acompanhou desde a casa de Betuel
    (Deborah)
    Substantivo
    G1987
    epístamai
    ἐπίσταμαι
    pôr atênção em, fixar os pensamentos em, mudar a si mesmo ou a sua mente para,
    (understand)
    Verbo - presente indicativo médio ou passivo - 1ª pessoa do singular
    G2094
    étos
    ἔτος
    admoestar, avisar, ensinar, brilhar, iluminar, ser claro, ser brilhoso
    (And you shall teach)
    Verbo
    G2115
    eúthymos
    εὔθυμος
    (Qal) pressionar, apertar, espremer, esmagar
    (and thrust)
    Verbo
    G2232
    hēgemṓn
    ἡγεμών
    semear, espalhar semente
    (yielding)
    Verbo
    G2923
    kritḗs
    κριτής
    um lugar em Judá onde Saul reuniu suas forças antes de atacar Amaleque; localização
    (in Telaim)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3506
    neúō
    νεύω
    um edomita, filho de Disã, um horeu, e provavelmente um líder de uma tribo dos horeus
    (and Ithran)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G3972
    Paûlos
    Παῦλος
    Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas
    (Paulus)
    Substantivo - masculino dativo singular
    G4012
    perí
    περί
    um dos soldados das tropas de elite de Davi
    (Mebunnai)
    Substantivo
    G4183
    polýs
    πολύς
    um habitante de Moresete
    (the Morasthite)
    Adjetivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5037
    τέ
    um homem do Carmelo que rejeitou os mensageiros de Davi, e morreu de choque quando
    (Nabal)
    Substantivo
    G611
    apokrínomai
    ἀποκρίνομαι
    respondendo
    (answering)
    Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
    G626
    apologéomai
    ἀπολογέομαι
    defender-se, apresentar defesa própria
    (you shall reply in defense)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) subjuntivo médio - 2ª pessoa do plural
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἔθνος


    (G1484)
    éthnos (eth'-nos)

    1484 εθνος ethnos

    provavelmente de 1486; TDNT - 2:364,201; n n

    1. multidão (seja de homens ou de animais) associados ou vivendo em conjunto
      1. companhia, tropa, multidão
    2. multidão de indivíduos da mesma natureza ou gênero
      1. a família humana
    3. tribo, nação, grupo de pessoas
    4. no AT, nações estrangeiras que não adoravam o Deus verdadeiro, pagãos, gentis
    5. Paulo usa o termo para cristãos gentis

    Sinônimos ver verbete 5927


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    ἐμαυτοῦ


    (G1683)
    emautoû (em-ow-too')

    1683 εμαυτου emautou

    caso genitivo composto de 1700 e846; pron

    1. Eu, me, eu mesmo

    ἐπίσταμαι


    (G1987)
    epístamai (ep-is'-tam-ahee)

    1987 επισταμαι epistamai

    aparentemente voz média de 2186 (com 3563 subentendido); v

    1. pôr atênção em, fixar os pensamentos em, mudar a si mesmo ou a sua mente para, concentrar o próprio pensamento em algo
      1. estar familiarizado com, entender
      2. conhecer

    Sinônimos ver verbete 5825


    ἔτος


    (G2094)
    étos (et'-os)

    2094 ετος etos

    aparentemente, uma palavra primária; n n

    1. ano

    Sinônimos ver verbete 5843


    εὔθυμος


    (G2115)
    eúthymos (yoo'-thoo-mos)

    2115 ευθυμος euthumos

    de 2095 e 2372; adj

    bem disposto, amável

    de bom ânimo, de boa disposição


    ἡγεμών


    (G2232)
    hēgemṓn (hayg-em-ohn')

    2232 ηγεμων hegemon

    de 2233; n m

    1. qualquer líder, guia, governador, prefeito, presidente, chefe, general, comandante, soberano
      1. um “legatus Caesaris”, um oficial que administra uma província em nome e com a autoridade do imperador romano
        1. governador de uma província
      2. procurador, oficial vinculado a um procônsul ou a um proprietário e a cargo do fisco imperial
        1. em causas relacionadas a estes impostos, ele administrava a justiça. Também nas províncias menores, que eram por assim dizer apêndice das maiores, desempenhava as funções de governador da província. Tal era a relação do procurador da Judéia com o governador da Síria.
      3. primeiro, líder, chefe
      4. de uma cidade principal, tal como a capital da região

    κριτής


    (G2923)
    kritḗs (kree-tace')

    2923 κριτης krites

    de 2919; TDNT - 3:942,469; n m

    1. alguém que profere sentença ou arroga de si mesmo, julgamento sobre algo
      1. árbitro
      2. de um procurador romano administrando a justiça
      3. de Deus proferindo julgamento sobre os homens
      4. dos líderes ou governantes dos israelitas

    Sinônimos ver verbete 5838


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    νεύω


    (G3506)
    neúō (nyoo'-o)

    3506 νευω neuo

    aparentemente, palavra raiz; v

    fazer um sinal

    explicar por um sinal (de algo que alguém deseja que seja feito)



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    Παῦλος


    (G3972)
    Paûlos (pow'-los)

    3972 παυλος Paulos

    de origem latina; n pr m Paulo = “pequeno ou menor”

    Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas paulinas

    Paulo era representante ou procônsul de Chipre. É conhecido como homem prudente tanto na administração dos afazeres quanto como governador


    περί


    (G4012)
    perí (per-ee')

    4012 περι peri

    da raiz de 4008; TDNT - 6:53,827; prep

    1. a respeito de, concernente a, por causa de, no interesse de, em torno de, junto a

    πολύς


    (G4183)
    polýs (pol-oos')

    4183 πολυς polus

    que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj

    1. numeroso, muito, grande

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τέ


    (G5037)
    (teh)

    5037 τε te

    partícula primária (enclítica) de conecção ou adição; partícula

    não apenas ... mas também

    tanto ... como

    tal ... tal


    ἀποκρίνομαι


    (G611)
    apokrínomai (ap-ok-ree'-nom-ahee)

    611 αποκρινομαι apokrinomai

    de 575 e krino; TDNT - 3:944,*; v

    1. responder a uma questão proposta
    2. começar a falar numa situação onde algo já aconteceu (dito ou feito) e a cujo acontecimento a fala se refere

    ἀπολογέομαι


    (G626)
    apologéomai (ap-ol-og-eh'-om-ahee)

    626 απολογεομαι apologeomai

    voz média de um composto de 575 e 3056; v

    1. defender-se, apresentar defesa própria
    2. defender uma pessoa ou uma coisa
    3. prestar relatório completo de
      1. calcular ou considerar bem

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo