Enciclopédia de Romanos 9:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

rm 9: 14

Versão Versículo
ARA Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum!
ARC Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? de maneira nenhuma.
TB Que diremos, pois? Há, porventura, em Deus injustiça? De modo nenhum!
BGB Τί οὖν ἐροῦμεν; μὴ ἀδικία παρὰ τῷ θεῷ; μὴ γένοιτο·
BKJ O que diremos então? Há em Deus injustiça? De forma alguma!
LTT Que diremos, pois? Que há injustiça associada- ao- lado de Deus? Nunca seja assim!
BJ2 Que diremos então? Que há injustiça por parte de Deus? De modo algum.
VULG Quid ergo dicemus ? numquid iniquitas apud Deum ? Absit.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Romanos 9:14

Gênesis 18:25 Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti seja. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?
Deuteronômio 32:4 Ele é a Rocha cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos juízo são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é.
II Crônicas 19:7 Agora, pois, seja o temor do Senhor convosco; guardai-o e fazei-o, porque não há no Senhor, nosso Deus, iniquidade, nem acepção de pessoas, nem aceitação de presentes.
Jó 8:3 Porventura, perverteria Deus o direito, e perverteria o Todo-Poderoso a justiça?
Jó 34:10 Pelo que vós, homens de entendimento, escutai-me: longe de Deus a impiedade, e do Todo-Poderoso, a perversidade!
Jó 34:18 Ou dir-se-á a um rei: Oh! Belial? Ou, aos príncipes: Oh! Ímpios?
Jó 35:2 Tens por direito dizeres: Maior é a minha justiça do que a de Deus?
Salmos 92:15 para anunciarem que o Senhor é reto; ele é a minha rocha, e nele não há injustiça.
Salmos 145:17 Justo é o Senhor em todos os seus caminhos e santo em todas as suas obras.
Jeremias 12:1 Justo serias, ó Senhor, ainda que eu entrasse contigo num pleito; contudo, falarei contigo dos teus juízos. Por que prospera o caminho dos ímpios, e vivem em paz todos os que cometem o mal aleivosamente?
Romanos 2:5 Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus,
Romanos 3:1 Qual é, logo, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão?
Romanos 3:5 E, se a nossa injustiça for causa da justiça de Deus, que diremos? Porventura, será Deus injusto, trazendo ira sobre nós? ( Falo como homem.)
Apocalipse 15:3 E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor, Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos!
Apocalipse 16:7 E ouvi outro do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor, Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33

C. A JUSTIÇA DE DEUS NA HISTÓRIA, Rm 9:1-11.36

Esta seção da Epístola aos Romanos tem sido interpretada de diversas maneiras. Ela tem sido chamada de uma teodicéia, uma justificativa do tratamento que Deus dis-pensa ao homem. Existe alguma verdade nesta opinião, pois Paulo está lutando aqui com o problema do motivo pelo qual Deus aparentemente "colocou de lado" o seu povo Israel. Teriam falhado o chamado e a promessa de Deus? E com isto, Ele teria provado ser injusto? Mas chamar isto de uma teodicéia é imaginar que nós podemos justificar a Deus, quando na verdade Deus não responde aos homens; as coisas funcionam ao con-trário. Os objetivos e os caminhos de Deus transcendem a razão humana (Is 55:9) e, se não fosse assim, Deus não seria Deus. "Um Deus compreendido não é Deus" (Tersteegen).' Ao concluir esta seção, Paulo apropriadamente sobe às alturas da adoração diante do mistério divino (Rm 11:33-36).

Outros chamaram esta seção de a filosofia da história de Paulo. No entanto, não temos aqui nenhuma visão histórica sobre como Deus controla o mundo e o conduz ao seu objetivo final, mas sim "uma disputa devota com o próprio Deus". Ao invés de nos dar um relato minucioso do objetivo revelado de Deus na história, estes capítulos traçam uma "auto-revelação detalhada de Deus pela fé".

Uma terceira corrente interpreta esta seção como sendo a doutrina da predestinação de Paulo. Mas, como destaca Nygren, o tratamento clássico da predestinação é encontra-do em Rm 8:28-30. "Se adotarmos Rm 9:10-11 como ponto de partida para estudarmos a visão da predestinação de Paulo, terminaremos com uma falsa impressão dela".' Brunner diz: "A respeito de uma dupla lei (predestinação), na qual uma parte conduz à vida eterna e a outra à condenação eterna, esta passagem ensina tanto quanto qualquer outra parte das Sagradas Escrituras".4" A chave para a compreensão das afirmações de Paulo sobre a soberania e a escolha divinas é

1) colocá-las dentro dos limites de Rm 8:28-30 (veja os comentários), e

2) entender claramente que nestes capítulos "ele está falando da conversão nacional, e não da salvação individual".478 A questão é: Por que Deus aparente-mente afastou Israel e escolheu a igreja para ser o novo povo de Deus?

Adicionalmente, é um equívoco interpretar estes capítulos como sendo independen-tes ou sem relação com o resto da Epístola. Dodd opina que eles constituem um sermão que o apóstolo pregou e incorporou aqui "para poupar o tempo de um homem ocupado e evitar a dificuldade de escrever novamente sobre o assunto".' É ainda mais difícil en-tender a argumentação de Barth, de que os Rm 9;10; 11 "não podem ser simplesmente uma continuação da discussão de Rm 1:18-8.39".' Antes, eles parecem ser exatamente isto. O tema continua sendo "a justiça de Deus" (como Paulo já desenvolveu anterior-mente, cf. esp. Rm 9:30-10.4), que se torna ainda mais claro e mais seguro com o desdobrar desta argumentação. A visão final da justiça de Deus em Rm 11 é tão gloriosa que Paulo desabafa numa adoração extasiada e em louvor às inescrutáveis "profundidades das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus!" (Rm 11:33).481

Embora estes capítulos integrem a doutrina de Paulo sobre a justiça de Deus, eles constituem uma unidade. "Os três capítulos formam uma trilogia: o primeiro trata da soberania divina, o segundo, da responsabilidade humana e o terceiro, da bênção univer-sal; o primeiro, da 'escolha', o segundo, da 'rejeição' e o terceiro, da 'restauração'; o pri-meiro, do passado, o segundo do presente e o terceiro do futuro".482

Além disto, estes capítulos representam a Palavra de Deus para nós tanto quanto os capítulos anteriores. Israel é representante daqueles que, em todas as épocas, procura-ram a salvação pela lei, ou seja, pelos seus próprios méritos e justiça. A proclamação de que os homens são "justificados pela fé, sem as obras da lei" (Rm 3:28) atinge aqui, de manei-ra coerente, o seu clímax final. O perigo e os apuros de Israel são exatamente os mesmos de todo homem que recusa a salvação gratuitamente oferecida por Cristo. Apesar disto, a maravilhosa misericórdia de Deus se estende a todos os filhos da raça de Adão, pois Ele "encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia" (Rm 11:32).

1. A Questão da Fé (9:1-5)

O apóstolo vai abordar um tema que ele evita anunciar diretamente. A forte afirma-ção que encontramos nos versículos 1:2 indicam tanto a seriedade dos seus próprios sentimentos e da sua convicção, quanto o conhecimento de que os seus companheiros podem duvidar da sua sinceridade. Com muito tato e delicadeza, ele aborda o assunto. Em Cristo (en Christo, "como alguém unido a Cristo"; cf. 2 Co 2.17; 12,19) digo a ver-dade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito San-to) : tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração (1-2).

O grito de alegria de Paulo tornou-se um soluço de compaixão. Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne (3). É um paradoxo da experiência cristã o fato de que "um alto grau de tristeza espiritual e de alegria espiritual possam existir conjuntamente".' Ao declarar a sua tristeza pelos seus parentes sem fé, Paulo iria dissuadir as suas mentes de estar falando com algum preconceito. Ele está sofrendo no Espírito (cf. Rm 8:26-27) pela salvação deles (cf. Mt 9:36). Paulo emprega o enfático eu mesmo (autos ego) para enfatizar a sua disposição para o sacrifício pessoal. Estas palavras adquirem ainda mais força quando nos lembramos de que ele acabou de afirmar que nada no céu ou na terra pode "nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus" (Rm 8:39).

Ele diz: Porque eu mesmo poderia desejar ser separado (anathema, "destina-do à destruição"; cf. 1 Co 16.22; Gl 1:8-9) de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne (kata sarka). Esta oração é similar à de Moisés: "Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro" (Êx 32:32). Esta é a linguagem de agape (cf. Rm 5:8), mas é uma oração impossível de ser respondida a ho-mens finitos. Somente o Infinito e Santo poderia realmente se tornar maldição por nós, e portanto efetivar a nossa salvação (Gl 3:13-14). Mas agape no coração do cristão faz com que ele "cumpra" as aflições de Cristo (cf. 2 Co 5:18-21; Cl 1:24).

Paulo fornece duas razões para a sua profunda compaixão A primeira: estes são os seus parentes segundo a carne. O apóstolo nunca perdeu o seu sentimento de identi-dade com os seus irmãos israelitas. Ele sofria interiormente "o conflito entre a condição espiritual atual de Israel e a sua história divina".484

O segundo motivo para a compaixão de Paulo consiste nos privilégios divinamente concedidos que foram dados ao povo escolhido (cf. Rm 3:1-3). Eles são os israelitas (4), os participantes das promessas feitas a Jacó, a quem foi dado o nome "Israel". Nos capítulos 1:8 Paulo fala dos "judeus"; mas nos capítulos 9:11, ele fala de "Israel". Os israelitas são o povo de Deus, "o povo que fazia parte de sua aliança, e que fora chamado para a salvação de Deus".' "Pois 1srael é uma nação santa para Deus, uma nação de herança do seu Deus, uma nação de sacerdócio e realeza, e uma possessão" (Livro dos Jubileus 33.18; cf. Dt 7:6-9; I Reis 8:51-53).

Deles é a adoção (huiothesia, "a condição de um filho adotado"; cf. 8.15, com comen-tários). Aqui a palavra implica no relacionamento com Deus descrito em Êxodo 4:22; Deuteronômio 32:6; Jeremias 31:9; Oséias 11:1.

Deles é a glória (he doxa), "a presença visível de Deus no meio do seu povo", o Shekinah. "Nenhuma outra nação jamais foi tão favorecida".'

Deles são os concertos (hai diathekai). O plural não se refere aos concertos antigo e novo, mas provavelmente aos concertos com os patriarcas e com Moisés (Gn 6:18-9.9; 15.18; 17.2,7,9; Êx 2:24-19.5; etc.), freqüentemente repetidos e que os unia como o povo de Deus. Alguns manuscritos apresentam a forma singular, "concerto", que neste caso faria referência ao concerto feito no Monte Sinai.

Deles é a lei (he nomothesia), o que significa "a dignidade e a glória de ter uma lei comunicada pela revelação expressa, e em circunstâncias tão cheias de assombro e es-plendor"."'

Deles é o culto a Deus (he latreia, "o serviço no templo", NASB), e também são as promessas (hai epangeliai, as promessas do Messias no Antigo Testamento).

Deles são os pais (5; hoi pateres, "os patriarcas"; cf. Atos 3:13-32), que, como santos ancestrais deixaram uma herança sagrada para Israel.

Finalmente, o supremo privilégio deles é que, através dos seus pais e segundo a carne veio Cristo, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém! O texto grego apresenta: Kai ex hon ho Christos to kata sarka ("de quem é o Cristo segundo a carne"), ho on epi panton ("Aquele que está sobre todos"), theos eulogetos eis tous aionas, amen ("Deus bendito por todos os tempos. Amém"). Sanday e Headlam fornecem um extenso resumo da interpretação do versículo 5, um versículo que "provavelmente foi mais comentado do que qualquer outro do Novo Testamento". Eles vêem quatro possíveis interpretações:488

  1. A colocação de uma vírgula depois de sarka, o que faz de Cristo a referência de toda a passagem (ERV, Phillips, RSV).
  2. A colocação de um ponto final depois de sarka, e a tradução "Aquele que é Deus sobre todos seja bendito para sempre", ou "é bendito para sempre" (ASV, RSV, NEB, Moffatt).
  3. Com a mesma pontuação, traduzir: "Aquele que é sobre todos é Deus bendito para sempre" (ASV, marg.).
  4. A colocação de uma vírgula depois de sarka, e um ponto final depois de panton, "que é sobre todos. Deus seja (ou é) bendito para sempre" (ASV, marg.).

É difícil escolher uma destas possibilidades. Os manuscritos originais não apresen-tam nenhum tipo de pontuação. Pode ser significativo que "uma imensa maioria dos escritores cristãos dos oito primeiros séculos opine que esta passagem se refere a Cris-to"' embora não exista nenhuma evidência de que eles tenham chegado a esta conclu-são com alguma base dogmática; o versículo raramente é citado em controvérsias. A linguagem da passagem aparentemente indicava este significado.

A evidência gramatical parece favorecer a possibilidade (a),' a menos que as pala-vras ho on epi panton theos contenham em si mesmas um contraste muito vivo com a frase anterior. Se adotarmos esta interpretação, a frase to kata sarka contrastada com theos corresponde a um paralelo com o contraste em Rm 1:3-4, entre kata sarka e kata pneuma hagiasunes (veja os comentários). O rumo do discurso de Paulo levou-o a enfatizar o nascimento humano de Cristo como um israelita; esta ênfase unilateral deve ser corrigida. To kata sarka nos leva a esperar uma antítese, e nós encontramos exatamente o que esperamos em ho on epi panton theos. No entanto, embora Paulo considere Cristo como estando sobre toda a criação 1Co 11:3-15.25; Fp 2:5-11; Cl 1:13-20), ele normalmente prefere se referir a Ele como "Senhor", e não como Deus (1 Co 8.6; Ef 4:5-6; 1 Tm 1:1-2; 5.21; Tt 1:4; mas cf. Tt 2:13, NASB, RSV). Não obstante, aqui Paulo pode ter optado por theos porque ele "deseja dizer que Cristo era, em termos humanos, um judeu; mas, na realidade, Ele é Deus".491 Paulo assim estaria dizendo " 'Segundo a carne',kata sarka, Cristo pertence a Israel; mas 'segundo o Espírito', kata pneuma, Ele é 'Deus, o qual é sobre todos, bendito eternamente' 74.92

2. A Primeira Resposta: A Promessa de Deus Somente aos Crentes (Rm 9:6-29)

Nesta seção, o apóstolo dá a sua primeira resposta clara à pergunta implícita no versículo 6: A palavra de Deus fracassou? "Não", diz Paulo; "A palavra de promessa de Deus, desde o princípio, destinava-se somente àqueles que foram eleitos pela livre graça de Deus".493

a) Os filhos da promessa são os filhos de Deus (Rm 9:6-13). No versículo 6, Paulo afirma que Não é que (ouch hoion de hoti, "não é o caso de que") 494 a palavra de Deus (no sentido do objetivo declarado de Deus) haja faltado (ekpeptoken, "caído ao chão", Wesley). Se Israel foi interpretado em um sentido físico ou mecânico, não se pode negar que a maioria de Israel se afastou da Palavra de Deus, que, conseqüentemente, "caiu ao chão". Mas Israel não é um termo como Grécia ou Roma; Israel não foi criado pelo sangue e pelo solo, mas pela promessa de Deus. Deus é livre para declarar quem é Israel, e nem todos os que são de Israel são israelitas. "Ou seja, Deus aceita todos os crentes, e somente eles; e isto não é, de maneira alguma, contrário à sua Palavra. Não, Ele decla-rou na sua Palavra, tanto por tipos quanto por testemunhos expressos, que os crentes são aceitos como os 'filhos da promessa', ao passo que os incrédulos são rejeitados, embo-ra sejam 'filhos segundo a carne' "

No versículo 7, Paulo está negando um ponto de vista universalmente aceito, de que todos os que parecem ou reivindicam ser Israel, na realidade sejam descendência (ou semente) de Abraão (cf. Jo 8:39). Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos. É essencial que compreendamos a idéia de Paulo da "descendência de Abraão" (cf. Rm 4:13-16, 18; Gl 3:16-19, 29). As passagens da Epístola aos Gálatas são particularmente importantes, porque elas mostram que "descendência" — ou posteridade — é uma palavra coletiva que se concentra em um Descendente de Abraão, Cristo. Por-tanto, esta passagem é Cristológica. Cristo é a "posteridade" da promessa (Gl 3:16), mas

isto inclui aqueles que, pela fé, estão "em Cristo" (Rm 4:13-16, 18; Gl 3:29). "É em Cristo que as promessas de Deus se cumprem. Assim, a idéia do versículo 4 recebe uma severa qualificação: as promessas realmente pertencem a Israel; mas... a qual Israel?"'

O apóstolo cita Gênesis 21:12 para exemplificar este ponto: Em Isaque será cha-mada a tua descendência. Isto obviamente significa que: não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência (8). Embora Abraão tenha tido muitos filhos além de Isaque (Gn 25:1-4), aqui se faz referência a Ismael (cf. Gl 4:21-31). A palavra contados (logizetai) é uma das palavras importantes da Epístola; a comparação mais proveitosa aqui é com Rm 4:3: "Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado [elogisthe] como justiça" (citado de Gn 15:6). "Isto apon-ta para a liberdade criativa de Deus, que cria a lustica "imputando-a', e anula o pecado não 'imputando-o' (6.6, 8). Ele pode suscitar filhos a Abraão a partir de pedras (Mt 3:9; Lc 3:8) e determinar livremente o que é 'descendência' e o que não é". É evidente que descendência (ou semente) é algo que está ligado à promessa. Ismael era um filho legítimo de Abraão, mas o seu nascimento se deu por geração natural. Isaque, por outro lado, nasceu como resultado da palavra criativa da promessa de Deus (cf. Rm 4:19). Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho (9).

A frase E não somente esta (ou monon de; cf. Rm 5:3, para um uso ainda mais forte desta expressão) tem o seguinte significado: "Você pode encontrar alguma falha no exemplo anterior. Afinal, a mãe de Ismael era a escrava Agar, ao passo que a mãe de Isaque era a princesa Sara (Gl 4:21-31). Você pode até mesmo argumentar que, como descendentes de Isaque, todos os israelitas são os filhos da promessa. O exemplo que eu vou dar agora garantirá a minha argumentação contra estas falsas conclusões". Também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai; porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá ao menor. Como está escrito: Amei Jacó e aborre-ci Esaú. (10-13). A última sentença é uma expressão idiomática hebraica que significa "eu preferi Jacó a Esaú".

De um (ex henos) é enfático. Jacó e Esaú não somente têm o mesmo pai; eles tam-bém têm a mesma mãe, e a sua origem remonta ao momento da concepção. Assim, as condições imperfeitas que poderiam ser encontradas no exemplo anterior são superadas. A diferença entre Jacó e Esaú é um problema de escolha divina e não de ascendência humana nem mérito. Deus é absolutamente livre; o que quer que aconteça se deve ao seu objetivo soberano, que opera no processo da escolha: para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama. "Chamado" e "fé" são palavras correspondentes: a fé é urna resposta afirmativa ao chamado de Deus, como fica claro a partir do exemplo de Abraão (cf. Gn 12:1-4; Hb 11:8). Obras e "chamado" se relacionam aqui da mesma maneira como obras e fé foram relacionadas anteriormente (cf. Rm 4:4-5, com comentários). "Não são as obras, mas sim a fé, que leva à justificação; não são as obras, mas sim o chamado de Deus, que dá acesso à promessa. Estas são maneiras diferentes de expressar a mesma verdade".' Obviamen-te, Paulo ainda está desenvolvendo a sua doutrina da justificação pela graça (gratuita) de Deus.

Quando ele declara que O maior servirá o menor (12), a sua referência não é aos dois irmãos, mas sim à sua posteridade. Esaú nunca esteve sujeito a Jacó, mas os edomitas (os seus descendentes) sempre estiveram sujeitos a Israel. O profeta Malaquias (Ml 1:2-5) está de acordo com estas palavras de Gênesis 25:23Amei Jacó (Israel) e aborreci (comparativamente) Esaú (Edom). O contexto em Malaquias deixa claro que são as nações de Israel e Edom que são consideradas aqui. Este é um exemplo da oscila-ção comum no pensamento bíblico (e particularmente no Antigo Testamento) entre a personalidade individual e a coletiva (cf. Rm 5:12-21). "Israel era a nação escolhida, e Edom incorreu na ira de Deus por causa da sua conduta não fraternal com relação a Israel no dia da calamidade de Israel".' "Observem", diz Wesley, "
1) Isto não está relacionado com a pessoa de Jacó nem com a de Esaú;

2) isto não está relacionado com o estado eterno de nenhum deles, ou da sua descendência. Até agora o apóstolo estava provando a sua pro-posição, ou seja, de que a exclusão de uma grande parte da descendência de Abraão, e da de Isaque, das promessas especiais de Deus, estava tão longe de ser impossível que, segundo as próprias Escrituras, já tinha verdadeiramente acontecido"."

A essência da argumentação de Paulo é que Deus opera com base no seu propósito de eleição. Ao detalhar a sua argumentação, ele usa descendência (ou semente) de duas maneiras:
a) para definir os descendentes naturais de Abraão (7a), e b) os filhos da promessa (7b). Como vimos, no sentido espiritual a descendência de Abraão se res-tringiu até tornar-se Cristo (Gl 3:16) e posteriormente se expandiu para incluir aqueles que estão em Cristo (Gl 3:29). "Isto quer dizer que a escolha não acontece (como poderia parecer à primeira vista, a partir dos exemplos de Paulo) arbitrariamente nem casual-mente, mas sempre e somente em Cristo. Aqueles que estão nele são os eleitos; aqueles que são os eleitos estão nele"."' Foi a falta de compreensão deste ponto essencial que causou a confusão sobre a doutrina da predestinação e da eleição de Paulo. A seção se-guinte esclarecerá esta idéia.

b) Deus é soberano na misericórdia e na ira (Rm 9:14-29). Paulo acaba de mostrar que tudo depende do propósito e da eleição de Deus, e não das nossas obras (11). O fato de Deus ter escolhido Abraão, Isaque e Jacó não dependeu deles em nada; Jacó nem mesmo tinha nascido quando Deus o escolheu e estabeleceu a sua promessa para ele. A escolha dependeu unicamente da vontade graciosa de Deus. Mas esta é a natureza da graça e da promessa. Se dependesse de qualquer outra coisa, a graça não seria graça, e a promessa não seria promessa.5"

Se tudo depende do propósito de Deus na eleição, uma aparente conclusão poderia ser que Deus é injusto. Que diremos, pois, em vista do argumento anterior... Que há injustiça da parte de Deus? Paulo está tão ansioso quanto nós para negar esta idéia. De maneira nenhuma! Deus é sempre justo, e absolutamente justo! Mas como pode-mos refutar as objeções?"

Paulo começa com uma citação do Antigo Testamento. Pois ele diz a Moisés: Com-padecer-me-ei de quem me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia (15; Ex 33:19). Ele simplesmente desqualifica a objeção. Deus é soberano ao conceder a misericórdia."' A misericórdia não é conquistada; ela só pode ser recebida em fé e gratidão. Se um homem merecesse esta graça, ela na verdade não seria misericórdia (cf. Rm 4:2-4). Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece (16). Deus, e não o homem, define os termos nos quais Ele irá nos receber na sua graça. "Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar". Imediatamente, o Senhor acrescenta: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus cami-nhos, diz o Senhor" (Is 55:7-8). Na plenitude dos tempos, aquelas palavras se tornaram fé em Cristo como meios para a justiça de Deus (Rm 3:21-28; cf. Rm 9:30-10.4). Que direito tem aquele que quer (cf. Rm 7:14-25) pensar que pode trazer Deus aos seus próprios termos (cf. vs. 31-32) ? Ou seguimos os termos de Deus, ou não encontraremos misericórdia. Mas isto não é um ato de arbitrariedade divina; a nossa redenção em Cristo é o derramamen-to da sua misericórdia. Pelo fato de Deus ser misericordioso é que nós podemos ser justificados pela fé; e Deus está determinado a nos tratar com base na misericórdia. Na verdade, se Ele nos tratasse de outra maneira, quem sobreviveria? (Cf. Sl 130:3-4)."

Mas Deus também é soberano na ira. Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para em ti mostrar o meu poder e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Logo, pois, compadece-se de quem quer e endurece a quem quer (17-18). A citação que Paulo faz aqui é uma tradução livre de Êxodo 9:16. Esta citação possibilita dois novos pontos. Faraó foi erguido:

1) como uma oportunidade para a demonstração do poder de Deus, e

2) para que o nome de Deus fosse anunciado em toda a terra. Se não tivesse existido o "Faraó da opressão", não teria existido o Êxodo, com uma demonstração tão grande do poder de Deus."

Barrett faz um comentário apropriado: "Na época atual, Israel (como o Faraó, na dele) existe com um duplo objetivo, (i) o de proporcionar a oportunidade ou o contexto para um ato divino de libertação – no qual os homens são libertados da lei, e, portanto, do pecado e da morte; (ii) o de agir como causa para a propagação do ato de libertação de Deus em todo o mundo – o que ocorreu precisamente porque Israel rejeitou o evangelho (Rm 11:11-15, 19,
25) ".' Desta maneira, Deus anula a vontade própria da humanidade e faz com que a ira dos homens redunde em louvor a Ele.

Existem dois lados para a questão da soberania divina. "Ele se compadece de quem quer" (NASB), é um lado. O outro lado é: "Ele endurece a quem quer". Embora não devamos suavizar esta verdade, "endurecer" não implica numa rejeição final. Nós já encon-tramos este pensamento em Rm 1:24-26, 28, onde está dito que Deus entrega os homens ao pecado. "Quando o homem se volta para o pecado, ele o faz pela sua própria vontade; mas ao mesmo tempo a ira de Deus o obriga a isto"." Existe uma passagem paralela em outra Epístola. Para aqueles que crêem, e que estão sendo salvos, o evangelho é "o cheiro de vida para vida", mas para aqueles que estão morrendo na falta de fé, "o cheiro de morte para morte" (cf. 2 Co 2:15-16). Todos os objetivos de Deus, desde o primeiro até o último, são governados pela misericórdia. Apesar disso, "endurecer" é uma palavra ofen-siva, e Paulo imagina o seu interlocutor levantando outra objeção, a que vem a seguir.

Dir-me-ás, então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem resiste à sua vontade? (19) Se Deus trata os homens como Paulo explicou, eles não têm respon-sabilidade moral. Deus não tem o direito de condenar um pecador a quem Ele mesmo endureceu. Mas Paulo levanta esta questão não para respondê-la, mas sim para eliminá-la. Em vão procuramos a resposta de Paulo ao problema da relação entre a soberania divina e a liberdade humana. Ele afirma ambas as verdades ao mesmo tempo, sem ne-nhuma tentativa de fazer especulações teológicas. A base da rejeição de Israel está no objetivo de Deus, mas na próxima resposta ele acusa Israel da responsabilidade de rejei-tar o chamado de Deus. A única resposta que ele dá é que Deus é Deus e que o homem não tem nenhum direito de responsabilizá-lo de nada." Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura, a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? (20-21).

Deus não responde ao homem. Pois a criatura julgar o Criador é um orgulho pecami-noso, uma tentativa de ultrapassar o eterno abismo que separa Deus de toda a existên-cia criada. "Mas Deus merece que se confie nele, como agindo coerentemente com o seu caráter, que foi supremamente revelado em Cristo. Com um Deus assim em quem confi-ar, por que qualquer pessoa do seu povo questionaria os seus métodos?"' Paulo insiste em que, exatamente como um oleiro pode moldar o seu barro na forma do vaso que ele escolher, também Deus tem toda a liberdade para fazer o que Ele quiser com a humani-dade que Ele criou para a sua glória, e o homem não tem mais direito de retrucar, do que tem o barro do oleiro.' "Mas o problema é que o homem não é um vaso; ele vai pergun-tar: "Por que você me fez assim?", e ele não será silenciado".5" "Naturalmente, o homem não é um vaso", completa Barrett, "e perguntas obstinadas surgem na sua mente. É pelo fato de a mente humana fazer tantas perguntas sobre a lei divina relacionada ao univer-so, que obras como a Epístola aos Romanos são escritas. Ressaltar este poder, no entan-to, é enfatizar um detalhe na analogia, ao invés da comparação principal, que é feita entre a responsabilidade final do oleiro pelo que ele produz, e a responsabilidade final de Deus pelo que Ele faz na história. `Tudo depende, não de um homem que realize a sua vontade... mas do Deus misericordioso' (v. 16) ".'

O que Paulo acaba de dizer sobre o Faraó agora se transfere a Israel. E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição, para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? (20-24). Da mesma maneira como Deus... suportou com muita paciência a maldade de Faraó, Ele também suportou a falta de fé de Israel. Da mesma maneira como a obstinação e a falta de fé de Faraó proporcionaram a oportunidade para uma demonstração do poder de Deus e a propaga-ção do seu Nome por toda a terra, também a obstinação e a desobediência de Israel proporcionaram a oportunidade para uma exibição das riquezas da sua glória ao sal-var aqueles que crêem em Cristo, e para a propagação do evangelho pelo mundo inteiro.

Nos versículos 22:24 temos a seguinte seqüência:
a) Deus... suportou; b) porque ele estava querendo isto; c) Para que. Tudo o que Deus fez, Ele o fez para que desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, isto é, aqueles a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os genti-os. A parte (a) não é muito difícil. A resistência e o sofrimento de Deus se referem ao fato de que Ele ainda não chegou ao seu dia da ira (Rm 2:5) ; ele deseja levar os homens ao arrependimento (Rm 2:4). Entre estas duas, a frase (b) parece querer dizer que Deus desejava revelar tanto a sua ira contra o pecado quanto o seu poder salvador (cf. Rm 3:26). "E se este for o objetivo que está por trás da escolha de Deus? Na glória e na ira, ele está manifes-tando a sua justiça, e todas as suas ações têm raízes na misericórdia, que é tudo o que ele vai usar para lidar com os homens".514

Nos versículos 25:29 aparece uma série de citações do Antigo Testamento para mostrar que, ao chamar a sua Igreja entre os judeus e os gentios, Deus cumpriu a sua palavra de promessa, como tinha sido a intenção desde o princípio. Como também diz em Oséias: Chamarei meu povo ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada (25; Os 2:23; cf. 1 Pe 2.10). Paulo a seguir cita um versículo anterior da mesma profecia: E sucederá que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo, aí serão chamados filhos do Deus vivo (26; Os 1:10). Embora Paulo sem dúvida esteja pensando no chamado dos gentios, é possível que ele também esti-vesse pensando (como foi o caso de Oséias) no lapso temporário de Israel, e na sua subseqüente salvação (cf. Rm 11:25-26).

Seguem-se duas passagens de Isaías. Também Isaías clamava acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo. Porque o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, completando-a e abreviando-a (27-28; Is 10:22-23). O remanescente (to hypoleimma) significa Paulo e seus compatriotas (3) que vieram a crer em Cristo. O fato de este remanescente existir testemunha perfeitamente a misericórdia de Deus, pois, Se o Senhor dos Exércitos nos não deixara descendência, teríamos sido feitos como Sodoma e seríamos semelhantes a Gomorra (29; Is 1:9). Uma vez mais, encontramos a pala-vra descendência que aqui foi identificada com o remanescente da graça, ou seja, aqueles que crêem em Cristo.

As citações anteriores testemunham o fato de que Deus cumpriu plenamente a sua promessa. Elas fornecem o suporte do Antigo Testamento para o evangelho da graça de Paulo. A Igreja de Jesus Cristo, composta tanto por judeus quanto por gentios que crêem, foi escolhida pela livre graça de Deus, e constitui o remanescente prometido.'

3. A Segunda Resposta: Israel é Rejeitado Por Causa da Incredulidade (Rm 9:30-10.
21) Tendo considerado o problema da rejeição de Israel do ponto de vista da escolha divina, Paulo agora considera o problema do ponto de vista da responsabilidade humana. O seu objetivo, nesta seção, é de destacar a culpa de Israel. Deus rejeitou Israel porque Israel rejeitou o Messias (Rm 9:30-33). No seu zelo pela justiça sob a lei, eles rejei-taram a justiça de Deus (Rm 10:1-13). A sua culpa parece ser imperdoável. Deus chamou Israel à salvação pela palavra da sua promessa, mas Israel se recusou — para a sua própria culpa (Rm 10:14-21).

a) Por que Israel tropeçou (Rm 9:30-33). Que diremos, pois? Significa: Que podemos concluir de tudo o que já foi dito? A resposta é: Que os gentios (ethne, não todos os gentios, nem os gentios como um todo, como em 11.25, mas sim alguns entre os gentios), que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé. Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da lei (30-32).

Da mesma maneira como os coletores de impostos e as prostitutas entraram no Reino de Deus nos dias do ministério terreno de Jesus, também os gentios que criam, os quais nunca tinham mostrado interesse em serem justos diante de Deus, agora estavam sendo perdoados e recebidos na graça de Deus. Mas a nação de Israel, que constante-mente lutava para ser justa, estava sendo julgada como injusta. Por quê? Porque Israel pensava que a justiça podia ser obtida "pelas obras" (ex ergon).' Por mais que Israel lutasse pela justiça, não conseguiria atingi-la porque a justiça que Deus exige e concede é pela fé (ek pisteos). A "exigência justa da lei" não pode ser satisfeita por aqueles que seguem o caminho da justiça legal, mas somente por aqueles que "não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito" (8.4, RSV; cf. Rm 2:25-29, com comentários).

Paulo disse, na sua primeira resposta, que "isto não depende do que quer, nem do que corre,' mas de Deus, que se compadece" (v. 16). Isto está confirmado aqui. "Se dependesse da vontade ou do empenho do homem, o resultado teria sido o oposto. Então, os judeus, que procuravam a justiça, a teriam encontrado; e os gentios, que não a procu-ravam, teriam sido rejeitados. Mas Deus agiu da maneira inversa".' Assim vemos quão intimamente relacionadas estão as duas respostas. Israel, lutando pela justiça, deixou de alcançá-la; os gentios, ouvindo o evangelho, descobriram a fé e conseqüentemente tropeçaram de forma inesperada na justiça divina, assim como o homem na parábola de Jesus sobre o tesouro escondido (Mt 13:44).

Se os crentes gentios tropeçaram inesperadamente no tesouro da justiça de Deus, Israel "tropeçou na PEDRA DE TROPEÇO (Is 8:14, LXX). Tropeçou (prosekopsan) não significa "tropeçar por descuido", mas sim "ficar aborrecido com", "mostrar irritação com".'

Para os judeus, a Cruz do Messias era um escândalo (skandalon, 33), que os irritava e os aborrecia com indignação. "Assim como nós nos zangamos com algum obstáculo no nosso caminho, em que tropeçamos e machucamos os nossos pés... também se diz que os judeus... proskopsai to litho tou proskommatos, ou seja, rejeitaram a Jesus como aquele que deixou de satisfazer os ideais que tinham em relação ao Messias"."'

Deus tinha previsto isto: como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo; e todo aquele que crer nela não será confundido (33). Isto é uma fusão de Isaías 28:16 com as palavras de Isaías 8:14, ambas da Septuaginta.' Paulo insere ep auto para fazer com que a profecia se aplique pessoalmente ao Messias: "Todo aquele que crer nele não será envergonhado". Em Rm 10:11, ele insere novamente a mesma expressão para enfatizar a referência pessoal à fé. Não serão envergonhados (kataischynthesetai) provavelmente se baseia numa leitura hebraica diferente de Isaías 28:16.' O texto hebraico aceito é: "Aquele que crer não será confun-dido", ou seja, "o homem que permanecer alicerçado em Deus 'conservará a sua cabeça quando todos à sua volta estiverem perdendo a sua'. Ele não se confundirá, mas confiará em Deus, certo de que o seu objetivo será cumprido no seu próprio tempo".'

Barrett distingue aqui três pontos:

(i) É o homem que tem fé que não será confundido. Esta sola fide era, falando histo-ricamente, a fonte original de escândalo para os judeus (cf. 1 Co 1.22ss.). Eles preferiam o método da lei, por meio do qual esperavam estabelecer a sua própria justiça, e evitar se submeterem à de Deus (Rm 10:3). Aqui somos levados de volta ao tema da misericórdia de Deus, pois somente a fé é a resposta adequada para a misericórdia.

  1. A pedra é o próprio Senhor Jesus Cristo, que tem o duplo efeito de criar tanto a ofensa quanto a fé (veja 1 Co 1.18; 2 Co 2.15). Ele mesmo é a "descendência de Abraão"; tanto a escolha quanto a rejeição estão nele, e é impossível para os homens obter uma visão dos objetivos eternos de Deus, exceto por Ele.
  2. Todas estas verdades, como a própria citação mostra, têm a autoridade das Es-crituras. A própria Bíblia dos judeus proclama o Cristo ofensivo, cuja obscuridade e cujo sofrimento escandalizaram o seu próprio povo (v. 5), como também elogia, mesmo atra-vés da lei, o caminho da fé."'

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33
*

9.1-5

O próprio Paulo agora explica a rejeição da maioria de seus compatriotas judeus ao evangelho.

* 9:1

testemunhando... a minha própria consciência. Em parte alguma as Escrituras definem a "consciência". Aqui, como em 2.15 e 13.5, Paulo pensa claramente sobre a consciência como um autoconhecimento moral, comunicado pela revelação divina. Paulo estava fazendo um juramento legal, acerca de sua sinceridade.

* 9:3

eu mesmo desejaria ser anátema. Embora Paulo seja o apóstolo dos gentios, ele reverbera os sentimentos de Moisés em face da incredulidade dos judeus (Êx 32:30-32). Eles são seus próprios compatriotas, e Paulo agoniza por eles (v. 2). Estar disposto a sofrer a maldição divina, por eles, é uma fortíssima declaração de amor.

* 9:4

Pertence-lhes a adoção. A incredulidade de Israel é destacada pelas inúmeras bênçãos por eles experimentada. Nesses oito privilégios que Paulo alistou nos vs. 4 e 5, ele confirma sua anterior declaração em 3.1,2.

* 9:5

Cristo... Deus bendito para todo o sempre. O texto corretamente traduz as palavras de Paulo como atribuição direta da deidade a Cristo. Ver "Jesus Cristo, Deus e Homem", em Jo 1:26.

* 9:6

a palavra de Deus. A promessa e o plano de Deus de que seria o Deus da descendência de Abraão (Gn 17:7,8), estão aqui em foco. Na era do Antigo Testamento, a descendência natural não garantia automaticamente a herança da promessa. Deus escolhera quem a herdaria. Esse princípio é evidente nas famílias de Abraão e de Isaque.

* 9:11

os gêmeos. O caso de Jacó e Esaú confirma o argumento de três maneiras: (a) Por serem gêmeos e por terem natrurezas tão semelhantes quanto seria possível; (b) porque o propósito de Deus reverteu até a minúscula distinção que existia, levando o irmão mais velho a servir ao mais jovem; (c) porque o propósito de Deus foi declarado antes dos gêmeos terem nascido (e, portanto, não dependia de seus atos). A eleição não se alicerça sobre atos previstos, obras ou fé. Pelo contrário, ela se alicerça sobre a graça predestinadora e soberana de Deus.

* 9:13

Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú. Esse propósito distintivo de Deus na eleição (v. 11) foi também confirmado pelas palavras de Ml 1:2,3, que explica que o amor de Deus por Israel está arraigado em Sua livre escolha de Jacó, e não de Esaú. "Aborreci de", neste caso, não pode ser reduzido a "amou menos", conforme o contexto de Ml 1:3,4 deixa claro. Antes, deve transmitir o sentido de rejeição e antipatia.

* 9:14

Que diremos, pois. Conforme 8.31. Paulo reconhece que a sua declaração prévia não podia ficar sem outro comentário. Poderia o propósito soberano e distinguidor de Deus colocar em jogo o seu atributo de retidão perfeita? A idéia é claramente inconcebível — "De modo nenhum" (6.2,15; 7.7). Paulo explica por quê, ao citar dois textos bíblicos (Êx 33:19; 9:16) nos vs. 15 e 17, de onde ele conclui que Deus é justo ao demonstrar misericórdia para com alguns, ao mesmo tempo em que endurece o coração de outros. Quando Deus usa de misericórdia, isso não aponta para uma pessoa que recebe um galardão adquirido pelos seus próprios esforços, mas é a graça livre e soberana que ele oferece a pessoas moralmente incapazes de qualquer esforço aceitável (1.18—3.20). Deus não deve misericórdia a ninguém, pelo que não há qualquer injustiça quando a misericórdia não é demonstrada. A misericórdia é uma prerrogativa divina; repousa sobre o beneplácito de Deus. Quando Deus "endureceu" o coração de Faraó (v. 18), ele não criou nenhum mal, mas entregou Faraó aos seus maus desejos já existentes, como um ato de julgamento, o que, eventualmente, resultou na manifestação divina de "poder" (v. 22), na destruição do exército de Faraó (Êx 14:17,18,23-28).

* 9:17

a Escritura diz a Faraó. Foi Deus quem assim falou a Faraó, pela boca de Moisés (Êx 9:16); mas para o apóstolo Paulo, as palavras das Escrituras e a voz e a autoridade de Deus são uma só coisa.

* 9:18

de quem quer. Ver a nota teológica "Eleição e Reprovação", índice.

* 9:19

De que se queixa ele ainda. Com que direito Deus pode fazer cair a culpa dos pecados sobre aqueles a quem ele endureceu contra si mesmo? Paulo responde parcialmente em termos da experiência humana (vs. 20,21). É insensato e irreverente alguém questionar a retidão dos caminhos de Deus. Os oleiros têm o direito de fazer o que bem entenderem do barro (Is 64:8). Todos os seres humanos pertencem à "mesma descendência" (conforme vs. 10-13) da humanidade caída em Adão (5.12-14); todos pecam ativamente antes mesmo de Deus endurecê-los no pecado (1.18-28). Que Deus demonstre misericórdia para qualquer um da descendência adâmica, a fim de criar vasos de honra, é a benevolência da graça divina; que outros se tornem vasos menos úteis é uma questão de sua prerrogativa divina, sendo, por si mesma, uma questão de perfeita justiça para com eles.

* 9:23

que para glória preparou de antemão. Ver "O Propósito de Deus: Predestinação e Pré-Conhecimento", em Ml 1:2. Paulo não elabora sobre a preparação em vista. A adição das palavras "de antemão", em conexão com os vasos de misericórdia, pode estar apontando para a misericórdia que se originou no beneplácito de Deus desde a eternidade (8.29,30), ao passo que a ira em vista é uma reação direta à impiedade e à injustiça já existentes (conforme 1:18-32). A distinção entre os eleitos e os réprobos não jaz em qualquer coisa neles existente (todos são merecedores da ira divina), mas exclusivamente, depende da vontade de Deus. Dentro desse contexto, entretanto, os que são destinados para a destruição experimentam a ira que é a única retribuição justa e possível contra o pecado.

* 9:30

Que diremos, pois. Ver o v. 14. Tendo explicado a incredulidade dos judeus em termos da soberania divina, Paulo agora diagnostica essa incredulidade como devida a um anterior e fatal comprometimento com um falso caminho de retidão. A soberania divina e a culpa da voluntariedade humana eram, para Paulo, dois aspectos da realidade. Mediante a graça e a soberania de Deus, os gentios, que não buscavam a retidão de Deus, agora a tinham recebido, mediante a fé em Cristo, mas Israel, como um povo, tinha deixado de recebê-la, porquanto buscavam a retidão de Deus por meios legais, onde ela não poderia jamais ser encontrada. Cristo tinha sido para os judeus como uma pedra de tropeço (a imagem foi extraída de Is 8:14; 28:16), sobre a qual eles tinham caído (vs. 32,33; 1Pe 2:8).

* 9:31

lei de justiça. Mui provavelmente, Paulo tem em mira, uma vez mais, a lei mosaica. O engano no qual os judeus incorriam jazia não no que eles buscavam, mas na maneira como o buscavam ("não decorreu da fé, e, sim, como que das obras", v. 32 e referência lateral).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33
V. A VERDADE SOBRE ISRAEL (Rom. 9-11)

Em certo sentido, a principal seção doutrinária de Romanos capítulo terminou com 8 . O evangelho já foi demonstrado que é o poder de Deus para a salvação. A doença do pecado foi claramente exposta e tratada em termos de justificação e santificação, juntamente com todos os benefícios daí resultantes e evidências de acompanhamento de amor e cuidado de Deus.

Mas há uma grande questão que permanece, tal como sugerido nas palavras "primeiro do judeu" no versículo chave (Rm 1:16 ). Em que sentido o judeu pode ainda ser o primeiro? Será que não a salvação, como esta epístola imagens de TI, violar o privilégio de o judeu e fazer promessa vazio de Deus para Seu povo escolhido? Para os judeus a esta pergunta foi grave o suficiente para inclinar-los a rejeitar mais do que Paulo disse na epístola. Eles passaram a acreditar que a sua eleição como uma corrida foi o maior certeza. Se eles devem mostrar os sinais físicos da aliança (circuncisão), era a prova concreta de sua salvação. Se Deus é fiel à Sua aliança, o problema foi resolvido para o judeu, bastante independentemente das doutrinas do pecado, a justificação, santificação e da obra do Espírito. A lei tornava desconfortável às vezes, mas eles racionalizado-lo como um símbolo nacional para provar a sua eleição. Se alguém queria salvação, que ele aplica a eles e tornar-se um prosélito de ganhar uma participação no estouro religiosa da sua situação especial. Seu raciocínio reivindicou o monopólio da salvação para os judeus. Mas, ao contrário, a Epístola insiste que a salvação é apenas de uma forma não viajou pela maioria dos judeus. Por isso a maioria dos judeus são perdidas. Este paradoxo deve ser explicado.

Paulo lida com a rejeição do povo eleito em três etapas. Em 9: 1-29 , ele mostra que a rejeição de Israel é possível e razoável. De lá até o capítulo 10, ele mostra que a culpa pela rejeição pode ser ligada diretamente à responsabilidade humana. Finalmente, o capítulo 11 mostra que o propósito de Deus é um dos misericórdia e salvação. Mesmo depois de tudo o que foi dito, não há filho de Israel precisa de ser perdido.

Em vindicar a justiça de Deus em Seu trato com o povo eleito, Paulo estabelece os princípios com os quais Deus opera a ordem moral em relação a todas as pessoas. Ele expõe as responsabilidades e condições que sempre vão com privilégio espiritual e explode o mito da salvação em nenhum fundamento que não seja a conformidade com a justiça de Deus. Além disso, ele deixa claro que a ignorar a preocupação de Deus para todos os homens é não compreender o Seu amor para qualquer homem. Deus não afastar procedimento moral som para salvar Israel. Ao contrário, Ele faz a salvação de Israel uma exibição do seu caminho de salvação para toda a humanidade.

EQUIDADE A. DEUS PARA ISRAEL (9: 1-29)

1 Digo a verdade em Cristo, não minto, a minha consciência dando testemunho comigo, no Espírito Santo, 2 que tenho grande tristeza e incessante dor no meu coração. 3 Pois eu poderia desejar que eu mesmo separado de Cristo, para o meu amor dos irmãos, que são meus parentes segundo a carne: 4 os quais são israelitas; quem é a adoção, ea glória, e os pactos, ea promulgação da lei, eo serviço de Deus , e as promessas; 5 de quem são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, , Deus bendito eternamente. Amém.

6 Mas ele é e não como se a palavra de Deus haja falhado. Porque nem todo o Israel, que são de Israel: 7 nem por serem descendência de Abraão são todos filhos;. mas: Em Isaque será a tua descendência ser chamado Dt 8:1 Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus; mas os filhos da promessa são contados como descendência. 9 Pois esta é a palavra da promessa, De acordo com este tempo virei, e Sara terá um filho. 10 E não somente isso; mas também Rebeca, que havia concebido de um,até mesmo pelo nosso pai Isaque, 11 para os filhos ainda não ter nascido, nem tendo feito nada de bom ou ruim, que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por obras, mas por aquele que Um abismo chama outro, 12 , foi dito a ela: O maior servirá o menor. 13 Como está escrito: Amei a Jacó, mas rejeitei Esaú.

14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? Deus me livre. 15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão. 16 Assim, pois, não é do que quer, nem do que corre, mas de Deus que se compadece. 17 Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo fiz eu levanto-te, para que eu possa mostrar meu poder em ti, e que o meu nome seja anunciado em toda a terra. 18 Portanto, tem misericórdia de quem quer, ea quem quer endurece.

19 Dirás então para mim, Por que se queixa ele ainda se queixa? Pois, quem resiste à sua vontade? 20 Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? 21 Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? 22 O que se Deus, querendo mostrar a sua ira e tornar conhecido o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição: 23 e que ele desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que de antemão preparou para a glória , 24 até mesmo nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? 25 Como também diz em Oséias:

Chamarei meu povo ao que não era meu povo;

E amada à que não era amada.

26 E será que, que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo,

Lá eles serão chamados filhos do Deus vivo.

27 Também Isaías exclama acerca de Israel: Se o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo: 28 para o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, terminá-lo e cortá-lo curto . 29 E, como Isaías disse antes.

Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado descendência,

Tínhamos nos tornado como Sodoma, e que tinha sido feito semelhante a Gomorra.

Capítulo 9 trata de lidar com a questão central: Como Deus poderia rejeitar Israel depois de ter selecionado uma vez ela? Esta edição dá Paulo grande dor. Os israelitas são seus parentes. Certa vez, ele compartilhou sua visão. Ele tem incessante dor como ele percebe que eles estão perdidos. Não há rancor no que ele diz. Mas ele deve buscar a verdade implacavelmente se ele espera responder à pergunta.

Ele começa por admitir e análise de Israel vantagens (vv. Rm 9:1-5 ). Em seguida, ele discute o princípio da selecção (vv. Rm 9:6-13 ). Ele estabelece claramente a liberdade de Deus para escolher e rever a sua escolha por motivos adequados (vv. Rm 9:14-24 ). Finalmente, ele mostra que a rejeição de Israel foi conhecido e predito nas Escrituras (vv. Rm 9:25-29 ).

1. Vantagens de Israel (9: 1-5 ) . A dor de Paulo é intensificado como ele pensa dos privilégios e vantagens que têm sido derramado sobre seus parentes perdidos. É uma pena que essas pessoas favorecidas deve vir tão mal! Em vista de sua própria ligação emocional com seus parentes e tendo em vista o enorme potencial que estava nos israelitas, Paulo viu-se inclinado (imperfeito tendencial) para desejar que ele poderia aceitar seu destino e dar a eles a sua própria salvação e oportunidade de serviço .

Como descendentes de Israel, o príncipe de Deus, eles tinham seis privilégios de natureza menos pessoal (v. Rm 9:4 ), além das relações pessoais enumerados (v. Rm 9:5 ). Deles foi a adoção -a posição como filhos de Deus. Eles tiveram a glória aparência visível do -Deus como a glória shekinah no meio deles. Os convênios , acordos juramentado especiais -Deus relativas à salvação e bem-estar-se deles. A lei foi dada a eles para orientar e instruir no caminho da vida. Eles haviam divinamente instituído ordens de serviço com o qual a adorar a Deus corretamente. E as promessas de Deus pertencia a eles em um sentido peculiar. Em seguida, a tudo isso foi adicionado um ainda maior privilégio. Os pais -a grandes líderes que Deus tinha dado ao longo dos séculos, foram todos para a sua inspiração e instrução. Mas o mais importante de tudo, Cristo mesmo teve sua origem humana do mesmo estoque de Israel. Todavia, neste último caso, os turnos de construção. O Cristo não é a posse de Israel no sentido de que os outros são. Ele é a partir deles (segundo a carne ), mas Ele está acima de tudo. Na verdade, ele é Deus que é bendito eternamente. Reverently, Paulo acrescenta Amém. Embora seu coração é esmagado com o peso do pecado e da ruína de Israel, Paulo leva profunda satisfação em parte de seu país como o instrumento de trazer o Redentor.

2. O princípio da seleção (9: 6-13 ) . O que é este princípio de seleção pelo qual Deus escolhe seu povo? Será que, como os judeus assumido, para ser dado como certo nos privilégios em circulação, a linha distinta, ea relação racial ao Redentor que Israel alegou? Paulo examina primeiro a questão da hereditariedade (vv. Rm 9:6-8 ), em seguida, discute a questão de promessa (vv. Rm 9:8 , Rm 9:9 ), e finalmente chega a uma conclusão a respeito da habilidade de Deus para escolher (vv. Rm 9:10-13 ).

Primeiro de tudo, Paulo diz claramente que a hereditariedade não é suficiente para garantir a salvação. Falando em termos do espiritual e da salvação, eles não são todos 1srael que saiu dos lombos de Israel. Não é acidente de nascimento que determina a aceitação de Deus. Não é como se a palavra de Deus haja falhado (v. Rm 9:6 ). Em vez disso, o judeu foi à procura de salvação em um princípio errado.

O mesmo argumento é elaborado em relação a Abraão. Não é todos os descendentes físicos de Abraão que são reivindicados como crianças. Não Ishmael nem qualquer um dos seis filhos de Quetura foi contado. Mas em Isaque será chamada a tua descendência. A princípio, então, não era a hereditariedade, filhos da carne, mas os filhos da promessa. O que quer que decepções e problemas que isso pode fazer, a conclusão deve ser aceito. Certamente os judeus não estavam prontos a aceitar seus inimigos, os descendentes de Ismael, como co-herdeiros da salvação sobre o princípio da hereditariedade.

Então exatamente o que há sobre Isaque que é diferente de Ismael? Ismael não era uma criança de amor e promessa. Ele nasceu por um velho arranjo caldeu de conveniência. Hereditariedade e carne desempenharam o seu papel, mas não havia nenhuma união espiritual mais elevado ou a promessa de Deus. O resultado foi contenda, tristeza e decepção. No entanto, ele era da descendência de Abraão. Com Isaque foi diferente. Sua própria existência era uma resposta à oração-a vitória espiritual. Deus interveio com uma promessa e um cumprimento. A palavra da promessa é uma palavra que tinha o caráter livre de uma promessa e não era um reconhecimento de um direito que alguém poderia reivindicar. O princípio da seleção era espiritual-a promessa. Para rejeitar a promessa é, naturalmente, para se tornar novamente carnal (conforme Esaú na próxima geração).

Paulo pressiona para elaborar o funcionamento do princípio espiritual da escolha de Deus (vv. Rm 9:10-13 ). Ele é ilustrado no caso de Jacó e Esaú, os dois filhos de Isaque e Rebeca. Antes que os filhos nasceram, e independentemente de qualquer mérito ou culpa que resultem para os de sua conduta, Deus escolheu entre eles. Assim, a seleção não estava na base das obras, mas com base em Deus, que a chamou. É prerrogativa de Deus para escolher e até mesmo de anunciar antecipadamente sua escolha e preferências. Deus nunca se rendeu essa liberdade. Isso não é afirmar que Deus é caprichosa, egoísta e irracional em suas escolhas. Nem se afirmar que Deus ignora atitudes e respostas do homem. Os versos finais deste capítulo e no capítulo 10 irá revelar o contrário. Mas Paulo faz defender Deus contra as exigências descabidas de judeus para a salvação na base da hereditariedade e privilégios especiais. Deus ainda está livre para prometer e cumprir Suas promessas em princípios espirituais. E ao fazê-lo não é responsável perante os articulados especiais de supostas prerrogativas humanas.

3. Liberdade de Deus para Escolha (9: 14-24 ) . Muito tem sido dito em defesa da liberdade do homem. Paulo aqui defende a liberdade de Deus. Na visão judaica, Deus tinha-se comprometido com o judeu e não era mais livre. Paulo lembra-lhes que Deus é livre para escolher (vv. Rm 9:14-16 ), livre para escolher e, em seguida, rejeitar (vv. Rm 9:17 , Rm 9:18 ), de uso livre para uma finalidade (vv. Rm 9:19-23 ), e livre para incluir os gentios (v. Rm 9:24 ). Tudo isto deve ser assumido sem debate. Mas o judeu tinha racionalizado suas vantagens em uma falsa segurança e irracional.

Primeira Paulo responde a acusação de que Deus é injusto e desleal em deixar o judeu descrente ser perdida. Ele não se inclinar para uma análise das razões para os atos de Deus, mas simplesmente defende o direito de Deus para ter suas próprias razões e agir sobre eles. Depois de uma expressão de horror à idéia de que Deus é injusto, ele cita a Escritura para provar seu ponto. É uma questão de registro que Deus disse a Moisés: Terei misericórdia, de quem eu tiver misericórdia e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão. Essa liberdade de Deus é um fato final. Prerrogativas Humanos suportar menos peso, especialmente desde que o homem é pecador. O homem não pode reivindicar a salvação como um direito. É de Deus que se compadece.

Escritura novamente ilustra a liberdade de Deus pelo caso do grande inimigo de Israel, o Faraó. Embora seja claro que Faraó não foi finalmente salvo, Deus fez exercer sua prerrogativa de mostrar misericórdia e da concessão de bênção, bem como de infligir julgamento. Deus disse: Para isto mesmo te levantei: para, para que eu possa mostrar meu poder em ti, e que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Isto foi à direita de Deus. Ele optou por fazê-lo. E ele conseguiu isso sem chamar um conselho de seu povo para decidir o seu decoro. Deus é livre para mostrar misericórdia de quem quer, ea quem quer endurece. Ele ofendeu ninguém. E, presume-se, Ele agiu em princípios morais dignos. Em qualquer caso, ele estava livre para selecionar para benefícios e, em seguida, para rejeitar e destruir. Como ele poderia ser Deus? As bênçãos que Faraó apreciado não corrigiu o seu destino.

Além disso, Deus mostrou-Se a ser livres para usar suas criaturas para um fim (vv. Rm 9:19-23 ). Esta idéia é trazido em resposta à reclamação rasa que se tudo o que foi dito é verdade, o homem é um mero fantoche agitado por vontade de Deus e, portanto, não deve ser punido (v. Rm 9:19 ). Paulo responde primeiro que o homem é insolente e fora do lugar de responder, assim, para o seu Criador. O prato de negar o direito do oleiro para escolher o desenho e finalidade (v. Rm 9:20 )? Deus realmente tem o poder, direito, e compreensão para moldar o padrão humano e de fazer uso da sua criatura. Isso não quer dizer que Deus age sem pé nem cabeça. Ele ainda pode levar em consideração a escolha moral do homem e qualquer reino da liberdade que é própria do homem. Deus é grande o suficiente para adaptar-se a liberdade humana ou Ele nunca teria feito o homem à Sua própria imagem. Mas Deus é soberano. Se um pedaço de barro não é adequado para Haviland china, o oleiro tem a liberdade de fazer um prato pesado do que ele ou um prato de cachorro. Da mesma forma que é errado para o homem para reclamar contra a sabedoria e poder de Deus. Deus realmente fez o melhor que podia com os materiais disponíveis. Mesmo Deus não irá violar os princípios de ordem moral para se certificar ou Suas criaturas. vasos de ira não são transformados em vasos de misericórdia por atos de força. Pelo contrário, Deus suportou com muita paciência os vasos da ira , a fim de que ele desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que de antemão preparou para a glória. Ele de fato tem a liberdade de usar o homem segundo o seu propósito. Mas, na prática, é um propósito gracioso. Ele trata o homem melhor, não pior, do que o homem merece.

Finalmente, Paulo afirma que Deus é livre para incluir em seu chamado gracioso não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios (v. Rm 9:24 ). O que é para dificultar a Deus se Ele assim o desejar? Tem Paulo não mostrado que muitos judeus não se qualificar? E não tem Deus a liberdade de mostrar misericórdia de quem Ele quer? Então é prerrogativa de Deus para escolher gentios se Ele assim o desejar.

Na verdade, essa preocupação mais ampla de Deus para as nações é inerente à própria esboço do livro de Gênesis, como Johannes Blauw nos lembra. Os primeiros capítulos do Gênesis são uma pré-história de Israel como povo de Deus de uma forma que dá sentido à história da própria Israel. Na chamada de Abraão (Gn 12:3 ) . Não só era Deus livre para chamar os gentios e para rejeitar os judeus. Ele realmente tinha declarado em seus profetas Sua intenção de fazer exatamente isso. Paulo primeiro aplica-se a profecia de Oséias para os gentios. Chamarei meu povo ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada. E será que, no lugar onde se dizia-lhes: Vós não sois meu povo, aí serão chamados filhos do Deus liivng. Em seguida, com o mesmo vigor, ele cita a previsão de perda de Israel de Isaías. Embora Israel como uma nação que se multiplicam e se tornar inumerável como a areia do mar , apenas o remanescente ia ser salvo. Aqueles que rejeitam a Deus seria rejeitado. O Senhor deseja executar sua palavra sobre a terra, consumando-a e o curto. Apenas como Deus deixou uma semente seriam eles diferem de Sodoma e Gomorra , que foram totalmente destruídos. Não há segurança no pecado. Isto não é porque Deus falhou ou mostrou-se infiel. É porque o homem se recusou a graça.

B. responsabilidade humana e da culpa (9: 30-10: 21)

30 Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça, mas a justiça que vem da fé: 31 mas Israel buscando a lei da justiça, não chegou a esse direito. 32 Pelo que? Porque eles buscaram isso não foi pela fé, mas como que pelas obras. Eles tropeçaram na pedra de tropeço; 33 como está escrito:

Eis que eu assentei em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo:

E aquele que nele crê não será confundido.

1 Irmãos, o desejo do meu coração ea minha súplica a Deus é para eles, para que possam ser salvos. 2 Para lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento. 3 Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Dt 4:1 ), a substituição de Israel dos esforços humanos (10: 1-11 ), e negligência de suas amplas oportunidades de Israel (10: 12-21 ).

Rejeição 1. de Israel do Messias (9: 30-33 ) . A declaração mais ampla do tema seria "Por que Israel perdeu a justiça". Deles é um erro triplo: um fracasso para alcançar o propósito da lei, uma rejeição do método de salvação de Deus, e uma rejeição de Salvador de Deus. Ele inclui um paradoxo incompreensível. Os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça, mas a justiça que vem da fé, mas Israel, buscando a lei da justiça, não chegou a isso . legislação A resposta é muito simples. A falha é baseada em duas rejeições fundamentais. Eles recusaram o método de Deus e Redentor de Deus.

Método da justiça de Deus é a fé, como tem sido demonstrado uma e outra vez por Paulo. Israel definir isso de lado e inventou seus próprios abordagem de obras. Mesmo aqui Paulo não reconhece este método alternativo como tendo realidade objetiva. Oshos , traduzidos em dizer, só concede qualidade subjetiva com o método de obras. Com nenhuma base objetiva de pensar assim, eles supuseram que obras da lei poderia salvá-los. Deus nunca tinha assim o declarou por meio dos profetas, nem tinha havido qualquer exemplo nas Escrituras. É puramente uma idéia gratuita por parte de Israel, uma perversão da religião do Antigo Testamento, que foi certamente tão estranha ao Novo. Embora Israel perseguiu a lei, ela nunca poderia chegar a não ser mais do que a lei entrou na pesquisa. Não deve ser a capacitação para cumprir a lei. Isto vem pela fé, não pelo esforço humano nu.

Em abandonando o método que também deixou o Redentor. Eles tropeçaram na pedra de tropeço. Se Jesus tivesse vindo como um líder militar exigindo heroísmo e patriotismo, Israel teria subido para a ocasião. Este teria preservado e fortalecido auto-justiça de Israel e teria dado o orgulho de realização. Quando o Cristo foi definido claramente diante dos israelitas como uma pedra no caminho, eles perderam-Lo. Em vez de construir sobre ele, tropeçaram. Eles acharam mais difícil de crer nEle que se esforçar em suas próprias obras. Mas, para rejeitá-Lo estava a falhar. E a falhar na busca da justiça está a ser perdido. Então, Israel foi perdido por causa da incredulidade.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33
Os três capítulos seguintes abordam a história espiritual de Israel: passada (cap. 9), presente (cap.
10) e futura (cap. 11). O objetivo de Paulo é ex-plicar por que Deus pôs de lado seu povo escolhido e como, em alguma data futura, restaurará essa nação.

  1. Descrição da eleição de Israel (9:1-13)
  2. A bênção da eleição (vv. 1-5)

Não podemos deixar de admirar a preocupação de Paulo com Israel. Suas palavras lembram-nos Moisés, em Êxodo 32:31-32. Temos esse tipo de preocupação pelas almas perdi-das? Cristo nos amou tanto que se fez maldição por nós.

  1. A adoção — Deus, por cau-sa de seu amor, escolheu seu povo (veja Is 43:20-23).
  2. A glória — a presença de Deus no tabernáculo (Êx 24:16-1 7).
  3. As alianças — Deus, por in-termédio de Moisés e de Davi, deu alianças imutáveis a seu povo, Israel.
  4. A doação da Lei — Deus nunca lidou com os gentios dessa forma. Israel ouviu a voz do Senhor e recebeu dele as leis que deveriam reger a vida da nação.
  5. O serviço de Deus — no tabernáculo, o serviço sacerdotal era um privilégio concedido pelo Senhor.
  6. As promessas — cumpri-ram-se muitas promessas do Antigo Testamento, e ainda há muitas de-las, feitas para os judeus, a serem cumpridas.
  7. Os pais — Abraão, Isaque, Jacó e os doze filhos de Jacó são a fundação da nação.
  8. O Messias — Cristo era ju-deu, da tribo de Judá, e nasceu de acordo com a Lei. No versículo 5, Paulo chama Cristo de "Deus ben-dito para todo o sempre".

Nenhuma outra nação recebeu essas bênçãos magníficas, porém Israel tomou-as como certas e, no fim, rejeitou a justiça de Deus. Os cristãos de hoje também pertencem aos eleitos de Deus e usufruem de bênçãos semelhantes: adoção (Ef 1:5); glória (Ef 1:6-49); a nova aliança no sangue de Cristo (Hb 9—10); a lei escrita no coração (2Co 3:0); e Abraão como pai dos crentes (Gl 3:7) — tudo porque temos Cristo.

  1. O fundamento para a eleição (vv. 6-13)

Por escolha, Deus exerce sua von-tade soberana para realizar seu plano perfeito. Lembre-se que Ro-manos 9:10-11 fala de eleição nacio-nal, não individual. Perderemos to-talmente a mensagem se tentarmos aplicar as verdades desses capítulos à salvação ou à segurança do crente individual. Na verdade, Paulo tem o cuidado de mencionar que se refe-re ao povo judeu e ao gentio, não a pecadores individuais.

  1. Abraão — foi escolhido para ser o pai da nação hebraica, embora Paulo afirme que nem todo israeli-ta seja mesmo filho de Israel. (Veja tambémRm 2:25-45.) Abraão teve mui-tos filhos (Gn 25:1-6), mas apenas um filho escolhido, Isaque, o filho da promessa obtida pela fé.
  2. Isaque — ele era o filho da promessa de fé (veja Gl 4:21-48), e Ismael era filho da carne por meio de obras. Todos os crentes são a ver-dadeira "semente de Abraão", não apenas os que têm sangue judeu.
  3. Jacó — Deus escolheu Jacó, mesmo antes de nascer, em detri-mento de Esaú, o primogênito. Por quê? Para mostrar que se cumpri-ría o propósito de Deus de eleger sua nação. Esaú escolheu rebelar- se contra o Senhor, mas os propó-sitos de Deus não dependem das decisões do homem. Sabemos que tanto a escolha do homem como o propósito de Deus são verdades e ensinados na Palavra, mas não po-demos explicar a relação que há entre eles.
  4. A defesa da eleição de Israel (9:14-33)

A doutrina da eleição nacional de Israel levanta diversas questões teo-lógicas cruciais:

  1. Deus é injusto? (vv. 14-18)

E claro que não! Pois a eleição não diz respeito à justiça, mas, antes, à graça gratuita. Muitas vezes, pesso-as ignorantes afirmam: "Deus é in-justo se escolhe um e deixa outro!". Contudo, o propósito do Senhor vai além da justiça, pois, se fizesse apenas o que é justo, teria de con-denar todos nós! Paulo, ao usar os exemplos de Moisés (Êx 33:19) e do faraó (Êx 9:16), comprova que Deus pode dispensar sua misericórdia e sua graça como quiser. Ninguém merece a misericórdia de Deus ou pode condená-lo por escolher Israel e deixar de lado as outras nações.

  1. Por que Deus se queixa se ninguém pode resistir à sua vontade? (vv. 19-29)

Paulo responde com uma parábola sobre o oleiro, provavelmente em-prestada deJr 18:1-24. Deus é o oleiro, e as nações do mundo (com seus governantes), os vasos. Alguns são de ira, e Deus suporta- os com longanimidade até chegar o momento de destruí-los (Gn 15:16). Os outros são vasos de misericórdia que revelam a glória do Senhor. A seguir, Paulo cita Dn 2:23 e 1:10 a fim de mostrar que Deus prome-teu chamar um "povo" dentre os gentios, um povo para ser chama-do de "filhos do Deus vivo". Esse povo é a igreja (veja 1Pe 2:9-60). Ele, ao citar Is 10:22-23 (veja Is 1:9; Is 28:1 Is 28:6; Mt 21:42;

  1. Cl 1:23 e 1Pe 2:6-60). Eles não podiam crer em um Cristo cruci-ficado, pois queriam um Messias que trouxesse liberdade política e glória para a nação.

Nesse capítulo, Paulo tenta ex-plicar a posição de Israel no plano de Deus. Israel fracassou terrivel-mente em seguir o projeto do Se-nhor de abençoar o mundo, apesar de ser uma nação eleita e ter rece-bido privilégios que nenhuma outra recebeu. O capítulo todo exalta a graça soberana de Deus, mas não minimiza a responsabilidade de ho-mens e de mulheres de tomarem a decisão certa. A palavra do Senhor prevalecerá, apesar da desobediên-cia humana, mas os pecadores de-sobedientes perderão as bênçãos. Nenhuma mente humana consegue sondar ou explicar a sabedoria de Deus (veja Rm 11:33-45), mas sabemos que não há salvação sem a graça so-berana do Senhor.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33
Caps. 9-11 Ainda que pareçam a nós um parêntese, não eram para o apóstolo Paulo. Era um paradoxo, para não dizer um escândalo, que a descendência de Abraão, aquele que foi justificado pela fé, não tenha aceitado o cumprimento da promessa feita a Abraão o Messias, Jesus o Senhor. É a solução deste problema que agora Paulo nos dirige. Poderíamos chamar esta seção de "A justiça de Deus na História".
9.3 Desejaria ser anátema. É um paralelo da súplica de Moisés depois do pecado do bezerro de ouro (Êx 32:32) É tal tipo de amor que levaria a Igreja a evangelizar o mundo inteiro.

9.4 A glória. Refere-se a glória da presença de Deus no templo e no tabernáculo, chamada shekiná. As alianças. Bons manuscritos apóiam o singular, o que seria uma referência à aliança do monte Sinai (Êx 34:8).

9.7 Seus filhos. Aqui é feita a distinção entre o Israel segundo a carne e o remanescente de israelitas que através da fé são os filhos espirituais de Abraão. No pensamento de Paulo Isaque é um tipo de Cristo, que é, portanto, o verdadeiro filho de Abraão. Através de Cristo somos os filhos da promessa feita a Abraão.

9.12 Esta profecia não se refere aos indivíduos mas às nações que surgiriam deles. Os edomitas estiveram, por longos períodos, sujeitos a Israel (conforme 2Sm 8:14; 1Rs 22:47; etc.).

9.15 Estas palavras citadas de Êx 33:19 têm à força de declarar que a compaixão e a misericórdia de Deus não estão sujeitas a qualquer causa fora de sua livre graça e vontade.

9.17 Cita Êx 9:16, ao passo que 8.15 afirma como Faraó endurecera o seu coração. Êx

7.3 atribui esse endurecimento a Deus. Deus manteve Faraó em circunstâncias que ele próprio criara, as quais mantiveram sua resistência. Todo esforço de fazer o mal é permitido por Deus. Isto não quer dizer que Faraó foi criado para ser endurecido, mas nas circunstâncias que o deveriam ter levado ao arrependimento, ele, por livre vontade se endureceu.
9.22 Muito longanimidade. Ainda que não seja tolerado queixar-se contra o direito que Deus tem de fazer o que Ele bem entender com os Seus, a ênfase desta passagem es na misericórdia de Deus que agüenta a maldade dos homens diferindo Sua ira por muito tempo (conforme 2Pe 3:7-61).

9.25,26 Esta aplicação da profecia de Oséias aos gentios não parece limitar-se a Paulo. É possível que tivesse sido um testimonium de uso geral na 1greja primitiva (conforme 1Pe 2:10).

9.30 Tendo discutido o problema da rejeição de Israel do ponto de vista da eleição divina, Paulo agora o considera no aspecto da responsabilidade humana. Estas duas verdades, a soberania de Deus e a responsabilidade do homem, devem ser firmemente cridas, proclamadas claramente e a nossa vida vivida à luz delas.
9.33 Uma pedra de tropeço. Este verso é uma citação de Is 28:16 combinado corri Is 8:14. Originalmente o profeta falava do remanescente justo, a esperança do futuro, incorporado pessoalmente no Messias da casa de Davi É mais um testimonium (passagens do AT usadas apologeticamente na 1greja primitiva para apoiar a fé no Senhor Jesus Cristo) semelhantemente usado em 1Pe 2:6-60.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33
IV. O EVANGELHO PARA O MUNDO NO PLANO DE DEUS (9.1—11.36)

A exclamação de triunfo Dt 8:31ss desvaneceu, e no silêncio que se segue outra sombra se projeta sobre a mente de Paulo, exigindo, como tudo mais, que seja dissipada pela luz de Deus em Cristo. Por que os judeus não tinham se juntado a esse rebanho no Reino dele? Por que o próprio povo de Cristo não o tinha recebido quando ele voltara para casa (Jo 1:11)? Por que a missão cristã aos judeus havia declinado de forma tão miserável? No AT, parecia que Israel seria o grande missionário apontado para evangelizar o mundo todo. Na experiência presente, a reação judaica ao seu Messias era uma paródia desprezível do que tinha sido prometido. Era uma frustração amarga, e o que era ainda pior, abria a porta para todo tipo de dúvidas. “A sua infidelidade anulará a fidelidade de Deus?” (3.3). Se Deus abandonou Israel de tal forma, então... “De maneira nenhuma!” (3.4): Paulo não podia aceitar essa premissa, muito menos tirar a conclusão de que Deus abandonaria a igreja.

Mas era um problema que vinha atormentando a mente de Paulo havia anos, especialmente porque surgia diretamente da sua experiência missionária. Ele tinha visto a sinagoga rejeitar o evangelho repetidas vezes. Mas o problema era maior do que isso: visto que tudo estava debaixo do controle de Deus, o próprio Paulo tinha se envolvido pessoalmente em produzir a rejeição de Deus por parte dos judeus. Qual era a estratégia por trás da tática de Deus? Depois de investigar no AT, em que Deus havia revelado parte dos seus planos, Paulo chega às conclusões dos caps. 9—11, convicções baseadas tanto nas reflexões acerca de sua experiência missionária quanto no seu conhecimento do AT. Esses capítulos são o produto não de um teólogo sistemático, mas de um missionário experiente e maduro pensando em voz alta e interpretando os fatos de acordo com princípios bíblicos. Paulo queria que os v. 33,34 do cap. 11 fossem levados a sério. Ele não afirmava saber as respostas todas de A a Z. Mas afirmava ter encontrado indícios importantes que eram suficientes para o homem saber acerca dos desígnios insondáveis de Deus. E importante entender o ponto de vista do qual Paulo está escrevendo. Ele não tinha intenção nenhuma de responder àqueles que estavam questionando ou eram curiosos acerca das verdades da soberania e da eleição divinas, e da responsabilidade e da reação humanas. Antes, ele está interpretando a situação missionária do século I em termos que ele compartilhava tanto com os seus contemporâneos judeus quanto com os cristãos. Junto com eles, Paulo adotou o ponto de vista do AT, e não lhe passou pela cabeça questioná-lo. Os seus críticos judeus só faziam objeções à sua aplicação das doutrinas do AT, e não às doutrinas em si.
Paulo encontrou três diferentes indícios que ajudaram a resolver o seu problema. O primeiro é uma série veterotestamentária de precedentes e promessas do controle divino sobre a história do povo de Deus para os seus propósitos designados. Ele destacou a soberania de Deus com o fim de atacar a noção absolutamente segura dos judeus de que Deus tinha de salvá-los, obrigado pelos vínculos da lei, da circuncisão e das boas obras. Paulo insiste fortemente em que Deus é livre e bondoso. Lado a lado com o primeiro indício, ele coloca o segundo sem tentar harmonizar os dois. Os judeus tinham se negado a trilhar o caminho de Deus e, enquanto não crerem, colocam-se fora do alcance salvífíco de Deus. O terceiro indício, mais uma vez sem harmonizá-lo com os anteriores, é a fidelidade de Deus. Aquele que nunca quebra uma promessa é confiável para levar Israel à salvação. A tática presente de Deus talvez seja pró-gentios e anti-judeus, mas a sua estratégia mais ampla no final é para o benefício dos judeus e vantagem e crescimento da igreja.


1) A trágica rejeição de Cristo por parte dos judeus (9:1-5)
v. 1,2. Paulo está de coração dilacerado porque a maior parte dos seus patrícios judeus ainda está fora do Reino de Deus. Ele expressa de forma solene a sinceridade da sua tristeza, v. 3. Os seus sentimentos são tão fortes que, se fosse possível, ele se tornaria anathema (termo gr. traduzido por amaldiçoado-, conforme Dt 7:26) e teria a sua união com Cristo cortada se o seu povo amado pudesse assim tomar o seu lugar. O servo revela aqui quão profundamente absorveu o espírito de auto-sacrifício do seu Senhor-Servo (conforme ljo

3.16). v. 4,5. Que anticlímax para uma herança tão gloriosa é a presente reação hostil dos judeus aos propósitos de Deus! Compare adoção de filhos com 8.15 e comentário e Ex 4:22. glória-, é a glória shekinah, quando Deus localiza a sua presença de forma singular em Israel (conforme Êx 24:16; 29:43). as alianças: (conforme Ef 2:12) é uma referência às alianças básicas feitas com Abraão e às suas ampliações e confirmações posteriores na história de Israel, a adoração-, é o ritual detalhado do tabernáculo e do templo. Compare as promessas Ct 1:2; Ct 3:2; Ct 4:13. No final do v. 5, o texto é uma versão mais natural do grego do ponto de vista da sintaxe do que a alternativa na nota de rodapé. Em vista da negação geral pelos judeus do fato de que Jesus era o Messias, Paulo é levado, como reação, a declarar francamente o seu próprio reconhecimento de Jesus em termos mais fortes do que ele tende a usar em outros textos. Veja mais a respeito em A. W. Wainwright, The Trinity in the New Testament, 1962, p. 54ss.


2) O plano atual de Deus para judeus e gentios (9.6—10.21)
Os propósitos de Deus foram revelados (9:6-29)
v. 6-23. O AT traz evidências de um afunilamento preliminar nos propósitos de Deus, e é nessa luz que a situação presente deve ser explicada. A rejeição de Jesus por parte da maioria dos judeus não é surpresa para Deus, e, pensando bem, não precisa ser surpresa para a igreja, visto que está alinhada com um princípio divino. Deus está de fato cumprindo a sua palavra. Como no início da história de Israel, o hábito de Deus era escolher apenas um ramo da árvore genealógica para os seus propósitos especiais, assim se projetou que no início a igreja teria somente certo número de judeus. Nem sangue nem comportamento qualificam o judeu para a aceitação divina, v. 6-9. Paulo argumenta novamente (conforme 2.25ss) que a percepção dos judeus de si mesmos como uma nação automaticamente escolhida é uma falácia. O seu slogan de segurança: “Abraão é nosso pai” (Lc 3:8; Jo 8:33,Jo 8:39) é historicamente irreal, visto que a linhagem escolhida não incluiu Ismael, de acordo com Gn 21:12. A escolha de Deus não depende de um processo hereditário, mas da sua promessa, como prova Gn 18:10. Na mente de Paulo, a promessa é a antítese de devotar-se à lei (4.13ss). v. 10

13. Por outro lado, a escolha de Deus também não pode se fundamentar em obras, nem em outra suposta reivindicação com a qual o homem exija arrogantemente um lugar no propósito redentor de Deus. Deus não esperou para ver o que seria de Jacó e Esaú para escolher um deles (Gn 25:23; Ml 1:2,Ml 1:3). O seu próprio chamado foi a questão decisiva, sem levar em consideração méritos ou deméritos individuais. Paulo volta ao ataque contra a justificação pelas obras defendida pelos judeus (caps. 2 e 3).

v. 14-29. O judeu não-cristão não pode dar ordens a Deus acerca dessa questão. Paulo veta a possibilidade de que alguém possa acusar Deus de ser injusto e que consiga convencê-lo a agir de outra forma. Ele dá três razões. (a) As Escrituras revelam o princípio da vontade livre de Deus (v. 15-18). (b) Isso seria equivalente a afirmar ser igual a Deus, em vez de criatura dele (v. 19-24). (c) As Escrituras revelam a promessa de que ocorreriam exatamente as coisas que estão acontecendo — o fato de Deus ter limitado o seu povo a um remanescente dos judeus e de ter ampliado o seu povo para incluir os gentios (v. 25-30). (a) v. 15-18. Deus é livre. v. 15,16. Ex 33:19 implica que a graça de Deus não pode ser forçada a caminhar por um trilho criado pelo homem. Quando Deus se dignou a se revelar a Moisés, não foi nem mesmo porque Moisés tinha algum direito ao favor de Deus em virtude de seu serviço. A intenção era estabelecer um princípio para o futuro (,terei...), como também para Moisés, v. 17. Ex 9.16 mostra que Deus é livre também para empregar os meios que aparentemente se opõem aos seus propósitos, mas cujo uso vai conduzir à glória final dele e à bênção sobre o mundo todo. Como Paulo deixa claro mais tarde (v. 22,23; 11.7), ele enxerga o judaísmo do seu tempo no papel do faraó. O Êxodo foi reencenado na história cristã, sendo que Israel representou a parte do faraó. A oposição e perseguição por parte dos judeus só serviram para promover os propósitos de Deus (cf. 11.12; At 8:1-4). v. 18. Os judeus não podem excluir levianamente os gentios do território de Deus e se considerar possuidores da reivindicação indisputável da graça de Deus. Assim como Deus permitiu que o faraó fosse endurecido em relação à sua palavra (conforme Êx 8:329:12), assim fez com os judeus, (b) v. 19-24. O homem é criatura de Deus. v. 19-21. Ainda está ecoando nos ouvidos de Paulo a conclusão tirada da discussão por um oponente judeu, como por Jó em 9:0, em que “formou” (heb. yãtsur) é a atividade do oleiro (heb. yõtsêr). Há um eco claro de Is 29:16 no v. 20 e de Jr 18:6 no v. 21. O Artífice divino poderia pôr o barro da humanidade para qualquer uso providencial de que houvesse necessidade, sem primeiro ter de pedir a permissão do homem. v. 22-24. Deus havia demonstrado o seu poder ao cortar os judeus incrédulos da sua herança, e havia feito uma declaração de condenação contra eles (cf. Mt 10:14,Mt 10:15; At 13:46-51). querendo mostrar... deve significar “porque ele quis mostrar...”, e não “embora quisesse mostrar...”, em vista da comparação com o faraó (conforme v. 17). Eles haviam se mostrado “adequados apenas para a destruição” (Knox), “maduros e prontos para serem destruídos” (Moffatt), mas Deus não os havia destruído; antes, suportara a sua dureza de coração para que fossem exemplos da sua ira (contraste Ct 2:4,Ct 2:5, em que a sua paciência é atribuída à sua bondade; as duas idéias são complementares). Lado a lado com esse juízo severo, e fortalecida por ele, estava a forma gloriosa de Deus usar a sua graça para com a igreja. 10.1 e o cap. 11 mostram que há algo latente na mente de Paulo, que é a esperança de que os vasos da ira (uma expressão tomada de Jr 50:25 na LXX) algum dia seriam remoldados, quando os propósitos presentes de Deus fossem cumpridos (conforme Jr 18:4,Jr 18:82Tm 2:20,2Tm 2:21). (c) v. 25-29. Isso é profecia cumprida, v. 25,26. Paulo cita Dn 2:23 e 1.10 como prenúncios de que a igreja, o instrumento eleito dos propósitos de Deus, seria constituída em grande parte de gentios, O AT revela o plano de Deus segundo o qual os gentios se tornariam o seu povo, a sua amada, seus filhos. Conforme SI 87; Is 19:25. lugar, significa para Paulo todo o mundo dos gentios, v. 27-29. Em segundo lugar, o ensino de Isaías acerca de um remanescente (Is 10:22,Is 10:23; Is 1:9) sinalizava para a situação da época de Paulo, quando uma minoria judaica formava o núcleo da igreja. Não era que algo tinha dado errado no plano de Deus; o AT nos assegura disso.

A reação dos judeus e dos gentios ao evangelho (9.30—10.21)
O plano de Deus está centralizado no evangelho universal da justificação pela fé (conforme 1.16,17; 3.2lss). Os gentios estão na igreja simplesmente porque aceitaram o evangelho. A maioria dos judeus está fora da igreja simplesmente porque o rejeitou. A referência ao AT prova a validade dessa avaliação. Antes Paulo já havia analisado a situação contemporânea em termos do controle geral de Deus sobre tudo. Agora paradoxalmente, mas de forma resoluta, ele afirma a responsabilidade da escolha do homem quando confrontado com o evangelho. “Se estamos lidando com duas afirmações contrárias categóricas e mensuráveis, ambas no mesmo plano, precisamos rejeitar a contradição, visto que uma afirmação definitiva e a sua negação não podem ambas ser verdadeiras; mas a questão muda quando estamos tratando de mistérios do humano e do divino que se interceptam. A consciência declara a liberdade do homem, e a fé, a liberdade de Deus; as Escrituras asseveram ambas; e Paulo fundamenta a sua argumentação nas Escrituras” (G. O. Griffith). Primeiro, Paulo apresenta brevemente a explicação humana da situação nos v. 30-33; então, no cap. 10, ele desenvolve a sua tese em mais detalhes.
v. 30-33. A posição dos judeus é culpa deles. E tristemente irônico que o alvo que os judeus erraram os gentios tenham acertado sem tentar. Os judeus tinham lidado com essa questão da forma errada. Eles tentaram acertar o seu relacionamento e sua situação com Deus com base nas obras, fundamentando a sua esperança de salvação na lei, que não conseguiam cumprir. Os gentios que agora estavam na igreja não tinham feito essa tentativa, mas tinham aceito a justificação pela fé, já pronta, oferecida por Deus por meio da obra na cruz. Para os judeus, um Messias crucificado era uma pedra de tropeço (1Co 1:23), mas para aqueles que liam o AT com olhos cristãos isso não era surpresa, visto que Is 8:14 vislumbra exatamente essa situação. Cristo é a pedra, como ele mesmo afirmou de si mesmo (Mt 21:42; conforme At 4:11). Is 28:16, citado a partir da LXX, apresenta um ensinamento positivo acerca da pedra: Deus certamente salvará o homem que fizer dele (Cristo) o objeto da sua fé. Paulo está citando de uma coleção de citações do AT de ampla circulação na igreja primitiva (conforme IPe 2.6ss).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 36

III. Israel e os Gentios no Plano de Deus. 9:1 - 11:36.

Paulo considera o plano de Deus em relação às duas divisões da humanidade, que ele via, na qualidade de judeu – Israel ou o povo judeu e os gentios.


Moody - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 6 até o 29

B. Deus é Livre, Justo e Soberano no Seu Trato com Israel e com Todos os Homens. Rm 9:6-29) de que somos o povo eleito de Deus. Membros do povo eleito de Deus não perecerão. Portanto, nós não pereceremos". Evidências rabínicas provam que esta era a atitude da maioria dos judeus no tempo de Paulo. Hermann L.Strack e Paul Billerbeck prepararam um Commentary on the New Testament no qual reuniram paralelos do Talmude e do Midrashim que lançam luz sobre o N.T. No Vol. IV, Parte 2, devotaram uma dissertação inteira (nº
31) ao assunto do Sheol, Geena (lugar de castigo) e ao Jardim Celestial do Éden (Paraíso). As citações abaixo incluem títulos de tratados de escritos rabínicos, da qual foram extraídas as idéias sobre esses lugares, como também indicam a localização no Strack Bilerbeck.

O Rabi Levi disse: No futuro (do outro lado – o que os gregos chamam de mundo dos espíritos) Abraão está assentado à entrada do Geena e ele não permite que os israelitas circuncidados entrem ali (isto é, no Geena). [Midrash Rabba Gênesis, 48 (30a,
49) SBK, IV, ii, pág. 1066]

Nesse mesmo contexto faz-se a pergunta: O que acontecerá àqueles que pecam excessivamente? A resposta é: Retornam ao estado da incircuncisão quando entram no Geena. A citação seguinte trata da questão do que acontece depois da morte a um israelita.

Quando um Israelita penetra em sua casa eterna (sepultura), um anjo está assentado do outro lado do jardim do Éden, que recebe cada filho de Israel que está circuncidado, com o propósito de introduzi-lo no jardim celestial do Éden (paraíso). (Midrash Tanchum, Sade, waw, 145a, 35; SBK, IV, Parte ii, pág. 1066)

Novamente surge a pergunta: E os israelitas que adoram ídolos? Tal como acima a resposta é: Retornarão ao estado de incircuncisão no Geena. Eis aqui uma citação que encara os israelitas como um grupo:

Todos os israelitas circuncidados entram no jardim celestial do Éden (paraíso). (Midrash Tanchum, Sade, waw, 145a, 32; SBK, IV, Parte ii, pág,1067)

Está claro destas citações, que a maior parte dos judeus cria e ensinava que todos os israelitas circuncidados, que morreram estão no paraíso e que não há nenhum circuncidado no Geena.

Diante da declaração que o Senhor não poderia rejeitar o Seu povo eleito, Paulo em primeiro lugar replica enfatizando a liberdade divina, Sua justiça e soberania. Deus age livremente, age com justiça, e age soberanamente porque Ele é livre, justo e soberano no Seu ser eterno.


1) Deus Escolheu Isaque em lugar dos Outros Filhos de Abraão. Rm 9:6-9.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 29
V. O PROBLEMA DOS DIREITOS E PRIVILÉGIOS JUDAICOSRm 9:1; Ml 1:2-39). Além disso, "amor" e "aborrecimento" não são fundamentos de eleição, como nós entendemos estes sentimentos subjetivos. Deus não é arbitrário em Sua escolha e não pode ser acusado de favoritismo irracional. Os termos sentimentais indicam antes uma função e um destino nacionais. Judá, e não Edom, foi eleito para revelação progressiva na história. Esta significação pode ser mantida pelo seguinte modo de traduzir: "Amei a Jacó, porém a Esaú amei menos" (cfr. Gn 29:30-33; Mt 10:37; Lc 14:26; Jo 12:25).

>Rm 9:14

3. DEUS NÃO É INJUSTO NO SEU MODO DE TRATAR (Rm 9:14-45) -O judeu impugnador (real ou imaginário) prossegue na acusação dizendo que, se o Evangelho de Paulo é verdadeiro, então Deus tem sido injusto. O apóstolo enfrenta primeiro a insinuação de que Deus é injusto nas escolhas que faz (vers. 14-18). E expressa veemente e categoricamente sua contestação: De modo nenhum (14). Ninguém afirme tal coisa! Misericórdia e compaixão pertencem de todo a Deus. Tanto assim é que não podemos compreender, mas só aceitar a incidência delas como sendo Sua vontade. Não é nova esta doutrina. Foi revelada na antigüidade a Moisés (Êx 33:19, LXX). Nem o propósito nem o esforço humano entra na eleição divina. Não depende de quem quer, ou de quem corre (16). Deus sozinho age sozinho. É isto e ninguém pode impedi-lo! Faraó (17) é apenas um instrumento que dá oportunidade a que Deus manifeste nele Seu poder e publique Seu santo nome em toda a parte. Absolutamente porque quer, Deus mostra misericórdia; e, igualmente porque quer, Ele endurece os homens. Note-se que no vers. 18 o verbo querer é thelo e não boulomai. Este último denota vontade firme, determinação de propósito. Paulo usa-o com parcimônia e prefere a primeira palavra, como aqui, o que permite ver por trás do caráter divino mais do que simples volição (cfr. Ef 1:5-49). E Deus, como nosso Pai em Cristo Jesus que quer de uma forma ou de outra; não se trata de um querer divino rígido, frio. Numa palavra, é Deus e não uma Vontade desconhecida que quer.

>Rm 9:19

Prossegue Paulo e agora enfrenta a acusação de que, se o que ele diz é verdade, então Deus é injusto e merece censura (vers. 19-24). Se Deus é absolutamente livre para eleger no sentido do melhor ou do pior, como Paulo acaba de demonstrar, que é da responsabilidade humana? Visto como ninguém pode resistir a essa vontade divina onipotente, o pecado deixa de ser voluntário (19); decorre daí que o pecador não merece censura. Responde Paulo que tal argumento não procede. A criatura não pode achar falta no Criador, embora que o contrário se dê. Quem é que discute com Deus? A coisa formada simplesmente não pode altercar com Deus sobre como se formou (20). O apóstolo introduz a ilustração do oleiro e do barro (cfr. Is 29:16; Is 45:9-23; Is 64:8; Jr 18:6). É prerrogativa do oleiro fazer do mesmo barro um vaso para honra e outro para desonra (21), uma obra primorosa de arte e outra para uso doméstico. (Cfr. 2Tm 2:20). "Que resposta tens agora a dar?" Paulo desafia o seu opositor. Se Deus quer, por um lado, revelar Sua ira e manifestar Seu poder, a Vontade é Sua e Ele aguarda a Sua oportunidade para revelá-la. Se por outro lado, Deus quer publicar Sua misericórdia em eleger alguns para a salvação, ainda é isso uma questão de Seu bom querer.

>Rm 9:22

O contraste é expresso vividamente com os termos vasos de ira (22) e vasos de misericórdia (23). A vontade soberana de Deus em relação com estes últimos é uma eterna preparação para a glória. Pode-se interpretar igualmente que os primeiros são predestinados, antes de o mundo existir, para a destruição? Os vasos de ira são os desobedientes, com quem Deus está justamente irado e sobre quem desce o castigo por causa do pecado. Foram eles também de antemão preparados para a perdição eterna? Note-se, em primeiro lugar, que os dois verbos são diferentes. Os vasos de misericórdia são preparados de antemão (23), gr. proetoimasen, ao passo que os vasos de ira são adaptados, apropriados (22), gr. katertismena; lit. tornar "adequados" ou "completos", com o particípio perfeito dando o sentido de "equipados", ou "aperfeiçoados". Não se declara que Deus é o agente dessa "adaptação". A condição se declara apenas como fato histórico. Daí vem que alguns prefeririam a tradução "apropriados para a destruição", isto é, "maduros e prontos para a destruição" (Moffatt). Em segundo lugar, note-se que os prefixos dos dois verbos paralelos são diferentes-pro, significando antecipação, e kata, significando intensidade da ação do verbo. É legítimo deduzir do fato que no caso dos desobedientes falta a ênfase do aspecto eterno. O mistério da predestinação deve ser mantido, todavia não parece haver aqui nenhum apoio para se dogmatizar acerca da predestinação para a condenação, enquanto que a pré-ordenação paralela para a glória é declarada sem sombra de dúvida. Em terceiro lugar, parece claro da linguagem e do pensamento de Paulo que, enquanto no caso dos vasos de misericórdia a ação de Deus consistiu em preparar de antemão, no caso dos vasos da ira Ele não empreendeu nenhuma ação, mas suportou com muita longanimidade (22). Ele foi ativo de um lado e passivo do outro. "Deus tem tolerado muito pacientemente os objetos de sua ira" (Moffatt). Paulo deixa deste modo seus oponentes sem poder responder, porquanto nenhum mortal pode replicar ao direito que Deus tem de eleger, ou ao exercício desse direito. Não há réplica, não obstante o caráter de Deus permanece irrepreensível.

>Rm 9:25

4. A ELEIÇÃO DIVINA É CONFIRMADA PELAS ESCRITURAS (Rm 9:25-45) -Em toda esta seção, que trata da questão judaica, é provável que o apóstolo tenha em mira mais particularmente os judeus cristãos de Roma. Por isso, reporta-se naturalmente à lei e ao testemunho, para confirmação do que acaba de declarar. Para corroborar sua conclusão de que a divina vontade é absolutamente livre para incluir gentios e rejeitar judeus (25-26), e para fazer uma eleição dentre os eleitos, Paulo cita livremente, primeiro, Dn 2:23 (LXX) e Dn 1:10 (LXX) e depois Is 10:22-23 (LXX) e Rm 1:9. Aqui se introduz a doutrina do "remanescente", que voltará a ser referida em Rm 11:1-45 (ver as notas respectivas).


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33

37. A Tragica incredulidade de Israel ( Romanos 9:1-5 )

Eu estou dizendo a verdade em Cristo, não minto, a minha consciência me dá testemunho do Espírito Santo, que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque eu poderia desejar que eu mesmo fosse amaldiçoado e separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne, que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, a glória, as alianças ea promulgação da Lei eo culto, e as promessas, quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente.Amém. ( 9: 1-5 )

Romanos 9:11 é uma das passagens mais fascinantes do Novo Testamento, cheio de doutrina essencial e muito prático e focado em Israel, o povo escolhido de Deus.

Ao longo da história da igreja, no entanto, esta passagem tem sido muitas vezes muito mal compreendido. Alguns comentaristas e expositores todos, mas ignorá-la. Outros tratá-lo como um parênteses que tem pouca, se alguma, ligação ao resto da carta. Eles levam isso como um aparte em que Paulo expressa preocupações pessoais e insights sobre seus companheiros judeus. De acordo com esses intérpretes, a mensagem central da justificação pela fé é interrompido no início do capítulo 9 e retoma no início do capítulo 12 . Eles argumentam que belo e culminante hino de Paulo de louvor, esperança e de convicção em 8: 38-39 flui naturalmente em 12: 1 .

É verdade que, se Paulo tivesse deixado de fora capítulos 9:11 , o argumento e o fluxo da carta seria ainda parecem ininterrupta. Mas, como se verá, é também verdade que estes três capítulos são integralmente relacionada com o resto da carta. Paulo não queria continuar a sua doutrina sobre a justificação pela fé até que ele esclareceu algumas verdades relacionados referentes Israel e israelitas. Como parte desse esclarecimento, o apóstolo necessário contradizer algumas falsidades que prevalecem sobre as quais muitos cristãos, especialmente aqueles que eram judeus, foram tropeço.

Paulo, sem dúvida, tinha ensinado as verdades básicas de Romanos 9:11 muitas vezes, e, embora ele ainda tinha que visitar Roma em pessoa ( 01:13 ), numerosos crentes havia conhecido Paulo pessoalmente e tinha ouvido falar essas verdades faladas de seus próprios lábios . É possível que algumas das suas cartas a outras igrejas tinha sido lido por cristãos em Roma. E porque Paulo havia recebido oposição anterior a essas verdades, ele antecipou as perguntas e argumentos que alguns dos membros da igreja romana tinham certeza de levantar e responde-los nas palavras inspiradas desses capítulos. Um olhar inicial para estas questões e uma breve sugestão de suas respostas podem fornecer um começo útil a esta seção.

Primeiro, ele antecipou o argumento de que, se o evangelho de Jesus Cristo ofereceu a salvação a todos os gentios, então Deus deve ter abandonado Seu antigo povo de Israel. Judeus que ouviram o evangelho concluiu que a doutrina da justificação pela fé era uma nova idéia que era válida apenas para os gentios e que os cristãos acreditavam que as cerimônias e que faz a justiça do judaísmo não tinha mérito diante de Deus. Eles tinham certeza do evangelho implícita de que os judeus já não tinha um lugar único ou propósito no plano de redenção de Deus.
Esses judeus foram muito bem, é claro, que o evangelho descontos ritual judeu e que faz a justiça como um meio de salvação. Mas ritualismo e legalismo, mesmo a guarda da lei divinamente revelado de Deus, tinha nunca foi um meio de salvação, só um meio de expressar ou simbolizando a obediência a Deus. Como Paulo deixa claro no início desta carta (ver especialmente caps. 3-5 ), Deus nunca justificou qualquer pessoa, judeu ou gentio, nem mesmo Abraão-em qualquer outra base de Sua graça efetivada pela fé pessoal. Também era verdade que a Nova Aliança no sangue de Cristo tinha substituído a Antiga Aliança e que Deus o estava chamando um novo povo para o Seu nome, de entre todas as nações e povos.

Em sua introdução a esta carta, Paulo afirma inequivocamente que Cristo lhe havia dado um apostolado única para os gentios ( 1: 1-5 ; cf. Gl 1:16. ). Mas o livro de Atos indica claramente que ele também foi chamado para levar o evangelho para "os filhos de Israel" ( 09:15 ). Portanto, não é estranho que, sempre que possível, este apóstolo dos gentios começou um novo ministério pela primeira pregação do evangelho para os judeus, em uma sinagoga ou outro local de encontro (ver, por exemplo, At 9:20 ; At 13:5 ; At 14:1 ; 17: 1-2 ; At 19:8. ; Is 27:9 ). Paulo era, sem dúvida familiarizado com essa declaração através de seu Senhor, e ele garante que os romanos que é inconcebível que Deus poderia rejeitar e esquecer o Seu povo Israel. O verdadeiro cristianismo e anti-semitismo, portanto, são termos contraditórios no sentido mais absoluto.

Paulo antecipou e respondeu a uma segunda pergunta que ele sabia que iria surgir na mente de muitos de seus leitores, ou seja, "Se a salvação é de os judeus e está em primeiro lugar para os judeus, por que Israel, incluindo seus maiores líderes religiosos, rejeitam Jesus como seu Messias, Salvador e Rei? " Se, como Paulo disse: "... o evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" ( Rm 1:16 ), e se Deus concede "glória e honra e paz a todo aquele que faz o bem, primeiro do judeu e também do grego "( 2:10 ), por que a maioria dos judeus ainda na incredulidade? Porque é que a nação exclusivamente escolhido e abençoado de Israel, que conhece a lei e os profetas tão bem, não só rejeitando o evangelho de Jesus Cristo, mas zelosamente perseguindo colegas judeus que acreditam que ele? "

Como iremos estudar em detalhe em um capítulo posterior, a resposta de Paulo para tal pensamento foi: "Que diremos, então, que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça, mas a justiça que é pela fé, mas Israel, que buscava um? lei da justiça, não chegou a essa lei Por Porque não foi pela fé, mas como se fosse por obras e tropeçaram na pedra de tropeço "da salvação pela fé (.?. 9: 30-32 ).Continuando sua explanação, o apóstolo diz: "Irmãos, o desejo do meu coração ea minha súplica a Deus por eles [colegas judeus] é para sua salvação. Para lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, mas não de acordo com o conhecimento. Para não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus Pois Cristo é o fim da lei para justiça de todo aquele que crê "(. 10: 1-4 ).

Porque Paulo bem entendido que a maioria de seus compatriotas judeus confiou em sua descendência de Abraão e em suas boas obras, ele afirma em termos inequívocos que "ele não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas ele é um judeu que é no interior, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra, e seu louvor não provém dos homens, mas de Deus "( Rm 2:28-29. ) . Em outras palavras, o verdadeiro judeu é judeu espiritual, um judeu cujo coração e mente foram limpos e purificado ("circuncidado") pelo Espírito e que, portanto, pertence a Deus pela fé. Nem a circuncisão física nem linhagem física de Abraão pode salvar uma pessoa. Eles podem, de fato, tornar-se facilmente as barreiras para a salvação, dando uma falsa sensação de segurança espiritual. Confiando em tais coisas humanas mantidas judeus de receber Jesus Cristo.

Porque o evangelho é claro que ambos os judeus e gentios são salvos pela fé, os judeus devem se converter da sua confiança em sua própria realização religioso, humilhando-se, rejeitando a pressão intimidante da tradição que viveu. Eles rejeitaram o evangelho e assim rejeitaram o seu Messias.

Esta salvação não era nova. "Além de a lei a justiça de Deus se manifestou", diz Paulo, "tendo o testemunho da lei e dos profetas, mas a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; porque não há distinção" ( Rom. 3: 21-22 ). O indivíduo judeu nunca foi salvo de qualquer outra forma que a fé pessoal em Deus, não importa o quão puro e bem documentada a sua descendência física de Abraão. "Afirmamos que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei. Ou Deus é o Deus de apenas judeus? Não é Ele o Deus dos gentios também? Sim, também dos gentios, já que de fato Deus, que vai justificar a circuncisão por fé e os não circuncidados por meio da fé é um "( 3: 28-30 ). Deus cria tanto judeus como gregos, e Ele salva-los da mesma forma, na fé, independentemente das obras e rituais. Os judeus não foram salvas porque as barreiras de cerimônias, tradições e legalismo em geral bloqueado seu caminho.

O apóstolo depois pergunta retoricamente: "Digo, porém: eles [Israel] não tropeçar, de modo a cair, eles De modo nenhum Mas, pela sua salvação transgressão veio aos gentios, para torná-los com ciúmes?!" ( 11: 11 ). Em outras palavras, o fracasso de Israel para vir a Jesus Cristo na fé, trágico como tem sido, não é permanente e irreversível. Na verdade, porque o fracasso de Israel abriu a porta do evangelho aos gentios, o ciúme dos gentios, eventualmente, terá uma parte em levar Israel a voltar-se para o Deus Salvador pela fé em Cristo, para receber finalmente o Messias que eles rejeitaram em Sua primeira vinda.

Não só isso, o apóstolo diz, mas, "se a transgressão deles é a riqueza do mundo e seu fracasso é a riqueza dos gentios, quanto mais a sua realização ser!" ( v. 12 ). Se incredulidade de Israel trouxe tantos gentios ao Senhor, quantas mais serão levados a Ele quando Israel finalmente acredita. João revela que o número será incalculável. "Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações e todas as tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos "( Ap 7:9 , Rm 4:11 )

Em outras palavras, um grande número de judeus rejeitam o evangelho de Cristo, porque eles confiam no rito da circuncisão para fora e, como já mencionado, em sua descendência física de Abraão, e não na fé sem reservas em Deus que trouxe a salvação a Abraão e fez ele "o pai de todos os que acreditam sem ser circuncidado ", Gentil, bem como judeu ( v. 11 , grifo do autor).

Paulo sabia que um terço e intimamente relacionado questão também surgem na mente dos judeus: "É verdade que os judeus individuais devem ser salvos pela fé pessoal, o que dizer da nação ? Será que Deus de Israel descartado Sua nação escolhida antiga? " A resposta de Paulo a essa pergunta é dada no capítulo 9 . São os "israelitas", explica ele, "a quem pertence a adoção de filhos, a glória, as alianças ea entrega da Lei, eo culto, e as promessas, cujas são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente Amém "(. 9: 4-5 ). Ela sempre foi uma bênção única e um privilégio ser um judeu, e da nação de Israel sempre teve "estatuto favorecido" diante de Deus entre as nações do mundo.

Mas essa posição favorecida não tem impedido Deus de disciplinar que nação ou de colocá-lo temporariamente de lado "até que a plenitude dos gentios haja entrado" ( Rm 11:25 ). Uma vez que isso tenha ocorrido, o Senhor "Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito de graça e de súplicas, para que eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem chora por um filho único, e chorarão amargamente por ele, como o choro amargo ao longo de um primogênito "( Zc 12:10 ). Então, "a soberania, o domínio, ea grandeza de todos os reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão "( Dn 7:27 ).

Nesta seção, Paulo mostra que a nação de Israel foi temporariamente de lado por Deus por causa de sua impenitência continuada e incredulidade, mais especialmente para sua rejeição do Messias. Em Sua soberania gracioso, no entanto, e com certeza divina, Deus vai preservar para si um remanescente de Israel. Essa nação, sob a forma de um remanescente ordenado do seu povo, será trazido pela fé, não só no reino purificada e restaurada de "Filho de Davi maior", mas no reino eterno de Deus.

Paulo também lembra a seus leitores que, assim como Isaías profetizou: "Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo" ( Rm 9:27. ; . Is 10:22 ).Através de Seus profetas que Deus deixou claro que apenas um remanescente da nação acabaria por vir a Ele com fé genuína. Por meio de Isaías Ele havia prometido que "nos últimos dias, então isso vai acontecer no mesmo dia que o Senhor voltará a recuperar o segundo tempo com a mão o restante do seu povo, que permanecerão, da Assíria, Egito, Patros, Cush, Elam, de Sinar, de Hamate, e das ilhas do mar. E ele arvorará um estandarte para as nações, e vai reunir os exilados de Israel, e vai reunir os dispersos de Judá dos quatro cantos da terra "( Isaías 11:11-12. ; cf. v. 16 ). Por meio de Jeremias Ele prometeu: "Então, eu mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas, de todos os países onde os tenho lançado e deve trazê-los de volta para seu pasto; e eles serão fecundos e multiplicai-vos" ( Jr 23:3. ; Zc. 8: 11-12 ). E porque "os dons ea vocação de Deus são irrevogáveis" ( Rm 11:29 ), Israel tem a garantia divina que este remanescente, o que representa a nação, vai ser salvo. O plano de Deus desde a eternidade passada tem sido sempre que rejeição dEle de Israel seria ao mesmo tempo parcial e temporária.

Nessas respostas para companheiros judeus, Paulo também respondeu a uma pergunta que ele sabia que surgem na mente de muitos crentes gentios. "Se Deus não cumprir as promessas que o seu povo escolhido de Israel," eles se perguntam: "como podemos esperar que Ele cumprir as promessas que nós, como crentes gentios?" O problema, é claro, é em questão. Deus não falhou em suas promessas de Israel ou para os judeus individuais. Suas promessas foram dadas aos fiéis Israel e aos fiéis, crentes judeus, para aqueles que eram espirituais, não apenas física, descendentes de Abraão. Porque ele era um tal modelo de fidelidade, Abraão não só foi o pai dos fiéis que viviam atrás dele, mas, em certo sentido prevenient, o pai mesmo dos fiéis que viveram antes dele. A fé de Abraão chegou à frente, como o próprio Senhor Jesus Cristo nos diz que: "Abraão exultou por ver o meu dia, e viu-o e ficou feliz" ( Jo 8:56 ).

Como veremos, estas e muitas outras perguntas são respondidas com profunda sabedoria e razão santo.
Então ele é sobrecarregado com o que o Senhor lhe deu para escrever, Paulo termina esta seção três capítulo sobre Israel ( Romanos 9:11 ), com um majestoso doxologia, triunfante de louvor e agradecimento a Deus: "Ó profundidade da riqueza tanto da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis ​​são os seus juízos e inescrutáveis ​​os seus caminhos! Para quem conheceu a mente do Senhor, ou quem se tornou seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele que ele pode ser pago de volta para ele ? novamente Porque dele, e por meio dele e para ele são todas as coisas A ele seja a glória para sempre Amém "(.. Rom. 11: 33-36 ).

No primeiro desses três capítulos, Paulo se concentra em primeiro lugar na tragédia da incredulidade de Israel ( Rm. 9: 1-5 ). Ele, então, declara que este incredulidade faz parte do plano eterno de Deus de redenção ( vv. 6-13 ) e demonstra que este plano divino para a incredulidade de Israel não é caprichoso ou injusto, mas é perfeitamente justo ( vv. 14-29 ).

Ao expressar o seu profundo pesar pela condição espiritual de Israel, o apóstolo declara primeiro o seu amor por seu povo como companheiros judeus.

Conexão pessoal de Paulo com Israel descrente

Eu estou dizendo a verdade em Cristo, não minto, a minha consciência me dá testemunho do Espírito Santo, que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque eu poderia desejar que eu anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne, ( 9: 1-3 )

Como acabamos de observar, Paulo começa nesta seção sobre Israel, declarando seu pesar pessoal sobre a incredulidade de seus queridos parentes. Ele acaba de apresentar oito capítulos de verdades divinas que são emocionante para aqueles que acreditam, mas devastador para todos os incrédulos, particularmente para judeus incrédulos, que sentiram totalmente seguros em sua herança racial de Abraão, em seu desempenho legalista de cerimônia, e na sua adesão às tradições rabínicas. Um judeu descrente que levou a sério as palavras de Paulo em capítulos 1:8 provavelmente sentir que o evangelho lhe rendeu um pária total, baixado por Deus.

Paulo já tinha sido o mais zeloso perseguidor de judeus que nomeou o nome de Cristo, incansavelmente "ameaças de respiração e assassinato contra os discípulos do Senhor" ( At 9:1 ).Paulo, um ex-fariseu ( At 23:6 ; 9: 1-2 ), foi agora considerado o traidor de traidores de seu povo, mais desprezado do que um pagão Gentil. Ele foi o grande traidor, o Judas do judaísmo e o arquiinimigo de Israel (ver, por exemplo, At 9:23 ; At 13:50 ; At 20:3. ).

Ainda hoje, os judeus consideram o cristianismo como inerentemente anti-semita. Quando ouvem Jesus proclamado como seu longamente aguardado Messias, o grande Salvador e Libertador de Israel, eles se tornam altamente indignado. Em vez de ver o evangelho como o cumprimento perfeito e conclusão do judaísmo, eles vêem isso como uma ameaça destrutiva. Infelizmente, suas muitas perseguições ao longo da história nas mãos de cristãos professos que exacerba ressentimento.
Paulo teve grande preocupação não apenas para Israel como uma nação, mas um amor incrivelmente profunda para israelitas como indivíduos. E ele sabia que antes de judeus incrédulos iria ouvir qualquer outra coisa que ele tinha a dizer, que primeiro teria de ser convencido de que ele realmente se preocupava com eles e estava longe de liderar uma conspiração anti-judeu. Em sua pregação e os escritos do apóstolo irrefutavelmente neutralizaram os dois pilares básicos do judaísmo popular, descendência física de Abraão e que faz a justiça sob a lei. Como Jesus durante Seu ministério terreno, Paulo despida a farsa hipócrita e legalista do judaísmo rabínico. Também como Jesus, ele sabia que tinha que assegurar judeus incrédulos de seu verdadeiro amor para eles. Ele tinha que convencê-los de que ele proclamou o evangelho como um amigo que queria proteger e resgatá-los, não como um inimigo que procurou condenar e destruí-los. Ele teve que mostrar-lhes o seu coração antes que ele pudesse dar-lhes a sua teologia.
Ele começa por assegurando-lhes a sua honestidade e integridade pessoal, dizendo, eu estou dizendo a verdade em Cristo, não minto. Paulo certificada a sua autenticidade, declarando que esta verdade foi dito em Cristo. Ele chamou o seu Senhor e Salvador, Jesus Cristo , como uma testemunha indiscutível. Ele estava dizendo que tudo o que ele pensou ou fez ou sentiu foi feito para e por meio de Seu Senhor.União de Paulo com Cristo era a órbita dentro do qual suas emoções e se mudou a fonte de onde fluiu. Em outras palavras, Cristo, que foi muito a vida do apóstolo e respiração, que atestam a veracidade do que ele estava prestes a ensinar. Sua onisciente, justo, soberano e gracioso Senhor, que sabia perfeitamente coração e os motivos de Paulo, afirmaria a veracidade do amor sem limites do apóstolo para seus companheiros judeus. Nas palavras do comentarista suíço do século XIX e teólogo Frederic Godet, "aos olhos de Paulo há algo tão santo em Cristo, que na atmosfera pura e luminosa da Sua presença senti nenhuma mentira, e nem mesmo qualquer exagero, é possível "( Comentário sobre a Epístola de São Paulo aos Romanos [New York: Funk & Wagnalls de 1883], p 338.).

Paulo freqüentemente chamado de Deus como sua testemunha. Na abertura desta carta, assegurou a igreja romana que "Deus, a quem sirvo em meu espírito, no pregação do evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como incessantemente faço menção de vós, nas minhas orações" ( 1: 9-10 ). Para Paulo, uma promessa feita foi uma promessa cumprida. Em sua segunda carta a Corinto, ele escreveu: "Invoco a Deus como testemunha de minha alma, que para poupá-lo eu vim não mais a Corinto" ( 2Co 1:23 ). Mais tarde, na mesma carta, ele novamente garantiu a seus leitores de sua veracidade, declarando: "O Deus e Pai do Senhor Jesus, Ele que é bendito eternamente, sabe que não estou mentindo" ( 11:31 ).

Dando a mesma garantia em 9: 1 , Paulo insistiu que eu não estou mentindo. O apóstolo não dizer ou fazer nada simplesmente por uma questão de conveniência ou para fazer uma impressão favorável. Ele não estava tentando seduzir seus leitores judeus a aceitar o que ele disse bajulando-os ou fazendo reivindicações insinceros e exageradas para si mesmo. Ele não quis dizer nada que fosse falsa ou hipócrita, a fim de ganhar a sua atenção ou o seu acordo. Suas palavras exatamente expressou sua mente e coração.

Em seguida, ele chama a sua própria consciência como uma testemunha. Enquanto se defender perante o Sinédrio em Jerusalém, "Paulo, olhando fixamente para o Conselho, disse: 'Irmãos, eu vivi minha vida com um perfeitamente boa consciência diante de Deus até o dia de hoje" "( At 23:1 ).

Ao contrário do que o conselho comum, "Deixe sua consciência ser seu guia," a consciência natural do ser humano está longe de ser um guia confiável. Ele pode ser "cauterizada" ( 1Tm 4:2 ). Por negligência de comunhão com Deus e desobediência à Sua Palavra, a consciência mesmo de um crente pode se tornar insensível e não confiável. É por isso que Paulo não permite que os crentes violentar consciência, mesmo em relação a coisas não-morais. Para fazê-lo é o de treinar-se para rejeitar consciência (cf. Rom. 14: 20-23 ). Todos os crentes devem ser capazes de dizer com Martin Luther, "Minha consciência é cativa da Palavra de Deus."

A consciência se rendeu a Palavra de Deus é uma consciência que está sujeita a do Espírito Santo, a quem Paulo próximo invoca como testemunha de sua veracidade e à confiabilidade de sua consciência.

A consciência humana por si só é neutro. É activado e de acordo com a natureza da pessoa a quem pertence. A consciência, um homem não regenerado mal há guarda contra pensamentos e ações pecaminosas. A consciência de um crente fiel, por outro lado, é de confiança, porque ele é ativado pelas verdades e padrões da Palavra de Deus e é energizado pelo poder de habitando de Deus Espírito Santo. Quando vivemos no Espírito, andar no Espírito e obedecer ao Espírito, podemos confiar em nossa consciência, pois está sob controle divino. O Espírito perfeito levando vão quer louvar ou condenar o que estamos fazendo ou estão planejando fazer.

Porque o que ele está prestes a dizer parece tão inacreditável-no melhor dos casos, altamente exagerados-Paulo tem uma razão importante para convocar uma tal variedade de testemunhas.
Sua declaração introdutória é crível o suficiente. Poucos cristãos que conheceram Paulo duvidaria que ele tinha grande tristeza e constante angústia em seu coração para seus companheiros judeus incrédulos. Como mencionado acima, embora ele fosse um apóstolo especialmente designado para os gentios, ele também foi contratado para proclamar o evangelho para "os filhos de Israel" ( At 9:15 ).Como deixa claro no presente passagem, ele teria arrancado seu coração se ele não ter oportunidade de proclamar o caminho da salvação a seus companheiros filhos e filhas de Israel. Mesmo com a oportunidade de testemunha, ele não podia amenizar o grande tristeza e contínua dor que sentia por aqueles judeus que se recusaram a acreditar.

Foi esse mesmo tipo de dor que o profeta Samuel tinha por Saul. Lemos que "Samuel não viu a Saul até ao dia da sua morte, pois Samuel se entristeceu com Saul E o Senhor se arrependeu de haver posto a Saul rei sobre Israel." ( 1Sm 15:35. ). Por sua própria arrogância e desobediência, Saul havia se tornado um pária diante de Deus e seu povo. Mas fora de profundo amor pelo Senhor do ungido, Samuel nunca mais parou de luto em nome do rei. No salmo maciça que tão altamente exalta a Palavra de Deus, o escritor confessa: "Meus olhos derramam rios de água, porque eles [Israel] não manter a tua lei" ( Sl 119:1:. Sl 119:136 ).

Jeremias é chamado profeta chorando por causa do seu profundo pesar pela incredulidade e maldade do seu povo. "Oh, que minha cabeça se tornasse em águas", ele lamentou, "e os meus olhos numa fonte de lágrimas, para que eu chorasse de dia e de noite os mortos da filha do meu povo!" ( Jr 9:1 ).

Rejeição de seu Messias de Israel pesou tão fortemente no coração de Paulo, que ele pediu aos dois membros da Trindade para atestar a sua angústia implacável. E ele sabia disso, mas para a intervenção da graça de Deus no caminho de Damasco, ele não apenas ainda estariam entre os judeus incrédulos, mas ainda estaria conduzindo-os em perseguir aqueles que tinha reconhecido o seu Messias.
A profundidade e autenticidade da dor de Paulo é expresso na sua declaração, quase inacreditável que eu poderia desejar que eu anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne . Como indicado por seu qualificador de abertura, eu poderia desejar, Paulo sabia que não podia rejeitar a sua salvação e voltar a ser amaldiçoada (devotado à destruição no inferno eterno) e, assim, para sempre separado de Cristo.

Foi para a salvação de seus irmãos judeus que Paulo se expressa em uma hipérbole, dizendo que ele estava disposto até mesmo a perder a sua salvação, se, de alguma forma, que poderia salvá-los da condenação de Deus. Ninguém, é claro, sabia melhor do que Paulo que a salvação é o tesouro mais precioso de um crente e que só a morte sacrificial de Cristo tem o poder de salvar. Mas aqui ele estava falando emocionalmente, não teologicamente, e não há nenhuma razão para duvidar de que sua declaração impressionante de auto-sacrifício era a expressão de um coração completamente honesto. Paulo sentiu tanto amor que ele estava disposto a abrir mão de sua própria salvação e passar a eternidade no inferno, se de alguma forma que poderia trazer seus companheiros judeus à fé em Cristo! Ele sabia, é claro, que, mesmo que tal coisa fosse possível, o seu ser separado de Cristo não teria nenhum poder em si mesmo para trazer uma única pessoa a Cristo. O apóstolo também sabia que a impossibilidade óbvia e inutilidade de tal sacrifício causaria alguns de seus críticos a acusá-lo de oferecer segurança a sacrificar aquilo que ele sabia que era impossível perder. Foi, sem dúvida, para combater essas acusações de que ele havia chamado de Cristo e do Espírito Santo para testemunhar sua sinceridade.

Paixão para oferecer um sacrifício tão definitiva de Paulo refletiu o coração misericordioso de Deus, que amou o mundo de desamor e do mal que Ele enviou Seu Filho unigênito para garantir a sua redenção ( Jo 3:16 ). Ele também refletiu o coração igualmente gracioso do Filho, que, em obediência ao Pai, deu a Sua vida para que outros pudessem viver. Paulo tinha acabado de júbilo em toda a segurança do crente em Cristo, da qual "nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem coisas presentes, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criado coisa "pode" separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor "( Rom. 8: 38-39 ). No entanto, seu amor pelos perdidos em Israel deu-lhe a vontade de entregar essas bênçãos íntimas, inestimáveis, e eternas, se isso traria seus irmãos judeus a Cristo.

Era exatamente o grande amor de Paulo para os perdidos que fez dele um instrumento tão poderoso nas mãos de Deus. Evangelismo tem pouco efeito se o evangelista tem pouco amor pelos perdidos. João Knox refletiu o grande amor de Paulo quando ele orou: "Dê-me a Escócia ou eu morro", Henry Martyn, quando disse: "O que eu fosse uma chama de fogo na mão de Deus", e Davi Brainerd, que rezou para que ele possa queimar a Deus, o que ele fez antes de ele tinha trinta anos.

Moisés amava os israelitas volúveis, ingratos, desobedientes e, da mesma forma que Paulo amava séculos mais tarde. Intercedendo por eles depois que eles construíram e adoraram o bezerro de ouro durante a muito tempo ele estava no Monte Sinai recebendo as tábuas da lei de Deus, Moisés suplicou ao Senhor em seu nome ", Agora, se quiseres, perdoarei os seus pecados e— se não, risca-me do teu livro, que tens escrito! " ( Ex 32:32 ).

Alguns anos atrás, uma jovem mulher em nossa área foi esfaqueado e morto enquanto fazia jogging perto de seu apartamento. Tanto a mulher e seu marido eram cristãos, mas os pais da mulher não eram, e ela teve um grande peso para a sua salvação. Pouco antes de ser morta, ela tinha confiado ao seu marido que ela estaria disposto a morrer se sua morte poderia ser usado por Deus para ganhar seus pais a Si mesmo. Após o serviço memorial, no qual o evangelho foi proclamado, a mãe dela, de fato, receber a Cristo como Senhor e Salvador.
Só próprio amor misericordioso de Cristo nos corações daqueles que pertencem a Ele pode produzir tanta devoção abnegado. Quanto mais obedecer à Sua Palavra e se entregar à Sua vontade, mais vamos amar como Ele ama.

Conexão pessoal de Deus com Israel descrente

os quais são israelitas, a quem pertence a adoção de filhos, a glória, as alianças ea entrega da Lei, eo culto, e as promessas, quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém. ( 9: 4-5 )

Paulo próxima expressa seu profundo pesar pela incredulidade de Israel por causa de sua ligação pessoal com Deus. Ele não só amava os judeus porque eram seus parentes físicos, mas ainda mais porque eles são o povo escolhido de Deus. Ele amava quem Deus ama, e porque Deus ama Israel exclusivamente, Paulo amava Israel de forma exclusiva.
Nestes dois versículos o apóstolo coloca diante nove privilégios maravilhosos que pertencem a Israel, graciosamente concedido a eles por um Deus amoroso.
Primeiro, eles são privilegiados simplesmente para ser israelitas, descendentes de Abraão através de Isaque e, em seguida, através de Jacó, cujo nome foi mudado para Israel ( Gn 32:28 ).

Ao longo da história, os israelitas (ou judeus, uma vez que veio a ser chamado após o exílio na Babilônia) distinguiram-se em praticamente todos os campos do esforço humano em ciência, das artes, música, negócios, educação, liderança política, e inúmeras outras áreas . Eles sempre foram um povo nobre e produziram uma parcela desproporcional dos gênios do mundo. Quando Deus preparou Sua vinha terrena especial: "Ele plantou-a de excelentes vides", ou seja, Israel ( Is 5:2 ). Por intermédio de Oséias, o Senhor declarou que "quando Israel era um jovem que eu o amei, e do Egito chamei o meu filho" ( Os 11:1. ).

Em terceiro lugar, Deus abençoou Israel por revelar a ela sua própria presença na glória Shekinah. Dessa forma única e inexplicável, Deus habitou no meio de Seu povo. No deserto, "a glória do Senhor apareceu [de Israel] na nuvem" ( Ex 16:10 ). Foi em Sua glória que Ele apareceu a Israel no Sinai ( Ex. 24: 16-17 ), e Sua glória estava presente na tenda da congregação, onde Ele falou "com os filhos de Israel" ( Ex. 29: 42— 43 ; . Lv 9:23 ). Sua glória era extremamente presente no Santo dos Santos no Tabernáculo e depois o Templo, que se manifesta na luz entre as asas dos querubins na arca da aliança (veja Ex 25:22. ; Ex 40:34 ; 1Rs 8:111Rs 8:11 ).

Em quarto lugar, Israel teve o privilégio de ter sido dado os convênios. O primeiro pacto foi com Abraão, o pai físico de todos os judeus ( Gn 12:15-17 ) e o pai espiritual de todos os que crêem ( Rm 4:11.). Através de Moisés, Israel foi dado o pacto da lei no Monte Sinai ( Ex 19:31. ; cf. Dt 29:30. ). Através de Davi Israel foi dado o pacto de um reino eterno ( 2 Sam. 7: 8-16 ). Seria mesmo através de Israel que a aliança suprema de redenção de Deus através de Seu Filho viria ( Jer. 31: 31-34 ; . Ez 37:26 ). Nenhuma outra nação tem nem nunca será abençoado com esses convênios. Como disse um comentarista observou, nenhum aspecto da história de Israel apontou sua singularidade como os destinatários de revelação redentora mais do que esses convênios.

Em quinto lugar, Israel foi privilegiado pela promulgação da Lei de Deus a eles através de Moisés. Nesse Lei Israel não só foi ensinado os Dez Mandamentos, mas inúmeros outros princípios e normas, o obediência de que honram a Deus e trazer bênção sobre o povo. Eles mostraram o caminho de bênção e prosperidade, não apenas moral e espiritualmente, mas também materialmente. Desobedecer era para ser amaldiçoado (cf. Deut. 27-28 ).

Como Israel estava acampado nas planícies de Moab, pouco antes de entrar na Terra Prometida, Moisés lembrou ao povo:

Veja, eu tenho ensinado estatutos e juízos Assim como o Senhor meu Deus me ordenou, para que você deve fazer assim na terra onde você está entrando para a possuir. Portanto, manter e fazer-lhes, porque essa é a sua sabedoria e seu entendimento perante os olhos dos povos que ouvirão todos estes estatutos e dizer: "Certamente este grande povo é gente sábia e inteligente." Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a ele como é o Senhor, nosso Deus, sempre que o invocamos? Ou que grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje ponho diante de vocês hoje? (Deut. 4: 5-8 )

Como Paulo já havia dito a seus leitores, Israel teve o privilégio incomparável de ser guardião dos "oráculos de Deus" ( Rm 3:2. ).

Em sétimo lugar, Israel recebeu as promessas de Deus de uma forma distinta e única. Embora Paulo não explica a natureza de promessas, parece provável que ele estava se referindo ao Messias prometido, que iria sair de Israel, e ao Seu reino prometido, bem como para a vida eterna. Essa é a promessa de que Pedro lembrou sua audiência em Jerusalém no dia de Pentecostes, dizendo: "Pois a promessa é para vós e vossos filhos, e para todos os que estão longe, tantos quantos o Senhor nosso Deus chamar para si mesmo" ( At 2:39 ). Mais tarde, no livro de Atos, Lucas relata a mensagem de Paulo aos judeus na Galácia: "Nós pregamos a você a boa notícia da promessa feita aos pais, Deus a cumpriu esta promessa aos nossos filhos em que Ele ressuscitou a Jesus, como ele Também está escrito no Salmo segundo, 'Tu és meu Filho, hoje te gerei ". E quanto ao fato de que Ele ressuscitou dentre os mortos, para nunca mais tornar à decadência, Ele falou assim: 'Eu te darei as santas e fiéis bênçãos de Davi' "( 13 32:44-13:34'>Atos 13:32-34 ; cf. 2 Sam. 7: 8-17 ).

Em oitavo lugar, Paulo lembra seus leitores que era de Israel que Deus levantou os pais, começando com as primeiras grandes patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó / Israel. Foi por meio desses homens que as fundações de todas as bênçãos foram definidas.

Em nono lugar, e, finalmente, Israel teve o privilégio de fornecer a linhagem de Cristo segundo a carne. Cristo não foi, aliás, nascido judeu, mas foi predestinado a ser um descendente humano de Abraão e de Davi. É por essa razão que Mateus dá a genealogia de pai adotivo de Jesus, José ( 1: 1-17 ) e que Lucas dá a genealogia de sua mãe natural, Maria ( Lucas 3:23-38 ). Como observado acima, o próprio Jesus disse à mulher samaritana que "a salvação vem dos judeus" e que Ele era o Messias prometido judeu que iria oferecer a salvação a toda a humanidade ( João 4:22-26 ).

Para encerrar este abreviado, mas abrangente conta de bênçãos especiais de Israel, Paulo declara que Jesus Cristo, de longe seu maior bênção, a bênção em quem todos os outros a encontrar a sua plena de significado é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém.

Essas palavras não são tanto uma bênção como uma afirmação de majestade e soberania divina de Cristo. Sem exceção nas Escrituras, tanto em hebraico o Antigo Testamento e Novo Testamento em grego, uma doxologia sempre coloca a palavra "abençoado" antes do nome de Deus. Aqui, Paulo usa a forma inversa, Deus os abençoou, indicando além de qualquer dúvida que o apóstolo equivale intencionalmente Cristo com Deus. O antecedente de Deus é que, e o antecedente de que é Cristo.

Ele foi a bênção suprema, mas eles rejeitaram! Descrença trágico que entristeceu o coração de Paulo e entristece o coração do próprio Deus.

38. A incredulidade de Israel está de acordo com o Plano de Deus — parte 1: É consistente com suas promessas ( Romanos 9:6-13 )

Mas não é como se a palavra de Deus falhou. Porque nem todos os israelitas que são descendentes de Israel; também não são todas as crianças, porque eles são descendentes de Abraão, mas: "através de Isaque seus descendentes serão nomeados." Ou seja, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência. Porque esta é uma palavra de promessa: "Neste momento eu virei, e Sara terá um filho." E não só isso, mas não havia Rebeca também, quando ela tinha concebido gêmeos por um homem, o nosso pai Isaque; pois, embora os gêmeos ainda não nasceram, e não tinha feito nada de bom ou mau, a fim de que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama, foi dito a ela: "O mais velho servirá ao mais jovem. " Assim como está escrito: "Amei a Jacó, mas rejeitei Esaú." ( 9: 6-13 )

Embora o tema principal capítulos 9:11 é tratamento de Deus com o Seu povo eleito, o tema subjacente, especialmente do capítulo 9 , é a soberania de Deus em fazê-lo. Ele exige mais do que uma compreensão superficial. E, no entanto, quando o significado e as implicações desta passagem mais profunda são cuidadosamente considerado, especialmente sua declaração inequívoca do poder soberano absoluto e irrestrito de Deus, mesmo o crente mais devotado fica com alguns mistérios profundos.

Em 1948, os judeus restabeleceu a nação de Israel em parte da antiga terra que Deus lhes havia prometido por meio de Abraão. Na Guerra dos Seis Dias de 1967, adquiriram mais de que a terra, incluindo o controlo total sobre a sua cidade santa de Jerusalém.
Mas o moderno Estado de Israel não é uma teocracia, com Deus como seu Senhor soberano, ou até mesmo uma nação governada por líderes que servem a Deus. Embora contenha grupos religiosos grandes e influentes, que é, como a maioria das nações de hoje, um estado secular.
Alguns israelenses são abertamente ateu. Outros valorizam sua, herança bíblica religiosa e vê-lo como a chave para justificar o seu direito à terra. Alguns até acreditam que o Estado de Israel em si é o Messias falado de figurativamente, no Antigo Testamento, o libertador prometido que iria recuperar os direitos dos judeus e influência em um mundo onde a nação tem sido assim por muito tempo perseguidos e reprimidos.
Um desses grupos ainda traça paralelos entre esse ponto de vista nacional e as reivindicações dos cristãos de que a pessoa histórica de Jesus Cristo é o Messias. Alega-se, por exemplo, que, assim como Jesus Cristo, a nação de Israel foi chamado soberanamente, ou com destino, a existir como o seu próprio messias. Essa nação enfrentou destruição pela fome e era protegido no Egito, assim como o menino Jesus enfrentou a destruição por Herodes e foi levado por José e Maria para o Egito para a proteção. Essa nação / Messias tornou-se desprezada e odiada pelo mundo e foi crucificado, por assim dizer, pelos romanos em UM . D . 70, assim como Jesus havia sido crucificado pelos romanos cerca de quarenta anos antes. Finalmente, assim como Jesus ressuscitou para a vida no terceiro dia, a nação / messias de Israel foi ressuscitado para a vida nacional no terceiro milênio (o calendário geral de 1948-1976).

Por outro lado, muitos judeus religiosos em Israel ainda estão aguardando a primeira vinda de seu rei prometido, o Messias. No entanto, eles olham para a frente a um homem que virá como seu libertador da opressão humana, não do pecado. Eles acreditam que ele um dia vai triunfante entrar no portão oriental de Jerusalém e que ele vai estabelecer o seu trono na cidade, pondo em colocar a supremacia de seu país a partir do qual ele vai dominar o mundo.
Na terra da própria promessa de Deus para eles, alguns judeus reconhecer o verdadeiro Messias. Eles vivem, onde os profetas viveram e caminhar por onde Jesus andou, mas eles realmente não acreditam que os profetas (honrando apenas suas memórias) e, muito pior, eles rejeitam a verdade do sacrifício da própria vida do Messias fez para o pecado.
Muitos israelenses pragmaticamente apreciar os cristãos evangélicos que apoiam fortemente o estado de Israel. Mas gratidão judaica para esse tipo de expediente cristã é baseada principalmente em seu poder para ajudá-los a alcançar seus próprios objetivos econômicos e políticos.
Perguntas que os judeus em todos os lugares possam representar para os cristãos poderiam ser formuladas algo como estes: "Se, como você diz, Deus enviou o Seu Filho ao mundo como o prometido Rei e Salvador para redimir Israel e para o mundo a si mesmo, como poderia Seus antigos povo escolhido possivelmente não ter reconhecido e aceito-Lo? Como poderia judeus-que os cristãos reconhecem como sendo de Deus eleger exclusivamente race-concebivelmente ter rejeitado a sua esperança prometida e tão esperada e até mesmo colocá-Lo à morte? Se os líderes judeus do tempo de Jesus, bem como a grande maioria dos outros judeus daquela época e de todas as idades, já que, não o reconheceu como seu próprio Messias, então é totalmente irracional acreditar que Jesus de Nazaré era, muito menos ainda, que os cristãos afirmam que ele seja. "
Porque eles assumem que aqueles muito dilemas-se refutar que Jesus poderia ter sido o Messias, os judeus concluem que o cristianismo não é nada mais do que uma perversão da verdade dada por Deus religião, do judaísmo.
Duas razões mais que os judeus não aceitam o cristianismo é que ela substitui a Antiga Aliança de Moisés e que abre a porta para os gentios para ir diretamente a Deus nos mesmos termos que os judeus e, assim, tornar-se membros de pleno direito e não qualificados da família de Deus, sem passando pelo vestíbulo do judaísmo. Para aceitar a Nova Aliança em Jesus Cristo foi reconhecer que cumpriu e substituiu a Antiga Aliança, que completamente anulado as cerimônias e todas as tradições rabínicas feitas pelo homem, e que anule Israel como nação escolhida exclusivamente de Deus, a fim de chamar a um novo povo de os gentios, que foram assim oferecidos igualdade de acesso à graça e favor de Deus.

Nas mentes da maioria dos judeus de Jesus 'e dias de Paulo, o cristianismo, já que logo passou a ser chamado (ver At 11:26 ), era nada menos do que um movimento herético que tentou revogar aliança e promessas feitas por meio de Abraão antigo de Deus e reiterou aos outros patriarcas, bem como a aliança e lei que Ele deu através de Moisés e Davi. A maioria dos judeus, portanto, considerado o cristianismo é a difamação total de integridade e fidelidade de Deus.

Porque o judaísmo de sua época foi tão profundamente mergulhado na obras legalistas justiça de tradições rabínicas, e porque o plano de Deus para oferecer a salvação em igualdade de condições para os gentios era um mistério não revelado plenamente no Velho Testamento, Paulo dedica capítulos 9:11 de Romanos para esclarecer o lugar de Israel na presente era da igreja.

Como o apóstolo explicou à igreja de Éfeso,

Por revelação não foi dado a conhecer-me o mistério, como escrevi antes em breve. E referindo-se a isso, quando você lê, você pode entender a minha compreensão do mistério de Cristo, que em outras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito; para ser mais específico, que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho. ( Ef. 3: 4-6 )

Em Romanos 9:6-33 Paulo dá quatro razões básicas para que o evangelho de Jesus Cristo não é uma heresia blasfema e, em particular, por que a sua rejeição pela maioria dos judeus individuais e por Israel como uma nação não impugna caráter reto e justo de Deus, não pode viciar Sua revelação dada nas Escrituras judaicas (o Antigo Testamento), não altera os meios de salvação, e não abandona o lugar de Israel em seu plano final de redenção.

Primeiro, Paulo declara que a incredulidade de Israel está de acordo com as promessas de Deus ( 9: 6-13 ); segundo, que é consistente com a Sua Pessoa ( vv 14-24. ); terceiro, que é consistente com a revelação profética de Deus ( vv 25-29. ); e em quarto lugar, que é consistente com pré-requisito de salvação de Deus pela fé ( vv. 30-33 ).

Mas não é como se a palavra de Deus falhou. Porque nem todos os israelitas que são descendentes de Israel; também não são todas as crianças, porque eles são descendentes de Abraão, mas: "através de Isaque seus descendentes serão nomeados." Ou seja, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência. Porque esta é uma palavra de promessa: "Neste momento eu virei, e Sara terá um filho." E não só isso, mas não havia Rebeca também, quando ela tinha concebido gêmeos por um homem, o nosso pai Isaque; pois, embora os gêmeos ainda não nasceram, e não tinha feito nada de bom ou mau, a fim de que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama, foi dito a ela: "O mais velho servirá ao mais jovem. " Assim como está escrito: "Amei a Jacó, mas rejeitei Esaú." ( 9: 6-13 )

Conforme discutido no capítulo anterior , Paulo começou sua correção da falsa crença judaica sobre o evangelho de Jesus Cristo, declarando seu amor inequívoca para descrente Israel ( Rm. 9: 1-5 ). Quase inconcebivelmente, chamando o Espírito Santo como testemunha, ele declarou que, por causa de sua "constante angústia" sobre sua alienação eterna de Deus, ele ficaria feliz em sacrificar sua própria salvação, se isso poderia resgatar seus companheiros judeus, seus "irmãos, [ seus] parentes segundo a carne "( vv. 1-3 ). Além de declarações do próprio Jesus durante sua encarnação, há maior testemunho humano de compaixão e sacrifício voluntário para o bem dos outros é registrada em toda a Escritura.

O apóstolo não poderia, é claro, realizar tal coisa, mas ele foi obrigado a assegurar judeus incrédulos de seu grande amor por eles e seu desejo para a sua salvação, antes que ele declarou-lhes a mais do que desagradável notícia de que todo o seu gracioso e exclusivo dadas por Deus vantagens e bênçãos de nada valeram diante Dele se eles rejeitaram o Seu próprio Filho como Salvador e Senhor ( vv. 4-5 ). Por implicação ele estava dizendo que, ao rejeitar Jesus Cristo, Israel rejeitou a Deus e perdeu seu status como favorecido, nação divinamente abençoado de Deus. Ela já não seria a menina dos olhos de Deus, já não ser o povo a quem Deus iria derramar o Seu grandes bênçãos de cuidado e proteção. A pergunta é: "O que não esta rejeição por Deus, constituem uma violação de suas promessas e, assim, sacrificar sua integridade?" Foi com base em tal raciocínio de que os judeus rejeitaram a Jesus como o Messias e sentiu-se justificado em que a rejeição porque concluiu-se com base na defesa som do caráter de Deus. E, eles fundamentado, tal rejeição quase unânime tinha de provar que Jesus não era o Messias.

A primeira das razões mencionadas acima, que Paulo dá para contradizer a idéia judaica prevalente que a rejeição de Jesus de Israel provou que ele não poderia ter sido o verdadeiro Messias é que a incredulidade de Israel como uma nação era perfeitamente consistente com as antigas promessas de Deus.
Ele começa por declarar: Não é como se a palavra de Deus falhou (ou, mais literalmente, "caiu"). Paulo estava se referindo a "adoção de filhos, a glória, as alianças ea entrega da Lei, eo culto, e as promessas" de Israel ( v. 4 ). O Senhor não tinha revogado ou de qualquer forma invalidado o cumprimento final de suas promessas incondicionais para os judeus. Por meio de Jeremias, Ele tinha há muito tempo assegurou o seu povo que, "assim como eu trouxe todo este grande mal sobre este povo, por isso estou indo para trazer-lhes todo o bem que eu estou prometendo-lhes" ( Jr 32:42 ). Por meio de Isaías Ele disse: "Minha palavra ... que sair da minha boca ... não voltará para mim vazia, sem realizar o que eu desejo, e sem conseguir o assunto para que a enviei" ( Is 55:11 no volume do comentário anterior ).

Porque os judeus eram tão familiarizado com eles, Paulo escolhe textos familiares do Antigo Testamento para apoiar seu ponto de vista. O primeiro descendente masculino de Abraão foi Ismael, a quem ele tinha por Hagar, a escrava egípcia de sua esposa Sara. Descrendo a promessa de Deus que Abraão teria um herdeiro através dela, a Sara estéril deu Hagar a Abraão como outra esposa e insistiu em que seu marido seria pai de um herdeiro do sexo masculino através de seu ( Gen. 16: 1-3 ). Assim que Hagar engravidou, porém, Sara tornou-se ressentido e com ciúmes. No devido tempo, Ismael nasceu, e, se ele tivesse sido o único filho de Abraão, teria se tornado o único herdeiro. Sara logo exigiu que Hagar e seu filho recém-desmamados ser expulsos da casa ( vv. 4-6 ).

Embora Ismael era filho de Abraão, e apesar de Sara foi passado da idade de procriar normal, foi através dela, a verdadeira esposa de Abraão, que Deus deu a garantia de que o verdadeiro filho de Sua promessa iria nascer: "Sara, tua mulher, dará dará um filho, e lhe porás o nome de Isaque; e eu estabelecerei a minha aliança com ele para uma aliança perpétua para a sua descendência depois dele ... a minha aliança, estabelecerei com Isaque, o qual Sara te dará à luz nesta estação no próximo ano "( 17:19 , 21 ; cf. 18: 10-14 ).

Foi a essa passagem específica que Paulo se refere quando ele lembrou seus leitores da declaração de Deus a Abraão que através de Isaque seus descendentes serão nomeados. Como filho de Abraão, Ismael receberia suas próprias bênçãos especiais de Deus ( Gn 17:18 ), mas ele não é e nunca foi poderia ter sido o herdeiro da promessa de Deus. Após a morte de Sara, Abraão teve outros seis filhos, por uma nova esposa, Quetura ( 25: 1-2 ); mas, como Ismael, nenhum deles poderia ter sido o herdeiro da promessa.

Não só poderiam os descendentes desses filhos não ser os filhos da promessa de Deus, mas mesmo os descendentes privilegiados de Sara através de Isaque não poderia tornar-se herdeiros de pleno direito da promessa apenas por sua linhagem física.
Deus sempre soube que os judeus seriam mortos espiritualmente e cortado da promessa e da salvação. Nem são todos filhos porque eles são descendentes de Abraão afirma a mesma verdade. Porque alguns judeus rejeitam Jesus não provar que ele não é o Messias, nem denegrir a integridade de Deus. Ele sabia que haveria judeus incrédulos ao longo da história toda de Israel.

Para ilustrar essa realidade, Paulo se volta para Isaque. Porque Isaque era o único filho do divino de Abraão promessa de Gênesis 17:19-21 , Paulo aqui refere-se a crianças de Isaque como descendentes de Abraão (os judeus) e, portanto, os únicos verdadeiros filhos de Deus num sentido racial. Toda a nação de Israel foi eleito e levado para privilégio divino.

Não era os filhos da carne, de Abraão outras crianças por Hagar e Quetura, mas os filhos de Isaque, o filho da promessa, que eram os descendentes da promessa. O ponto é que, não apenas como todos os filhos físicos de Abraão são para herdar a promessa de pertencer ao povo de Deus fisicamente, apenas os de Isaque, de modo que nem todos os filhos de Abraão por meio de Isaque pertencem ao povo de Deus espiritualmente. A incredulidade, o pecado, rejeição e hostilidade de Israel em direção a Cristo não é prova de que ele não é o Messias. Ao contrário, eles se encaixam perfeitamente com a promessa de Deus, que antecipou que nem todos os judeus acreditam em Jesus e será salvo.

Essa verdade foi notavelmente ilustrado durante o tempo de Elias. Devido às constantes ameaças contra a sua vida, não só por parte dos sacerdotes de Baal, mas por também por o rei Acabe e da rainha Jezebel de Israel, Elias tornou-se convencido de que todo o Israel tinha se tornado apóstata. Mais tarde no livro de Romanos, Paulo lembra aos seus leitores da queixa com medo do profeta e de resposta assegurando de Deus: "Senhor, mataram os teus profetas, eles rasgaram os teus altares, e só eu fiquei, e eles estão buscando o meu vida. " Mas qual é a resposta divina para ele "que eu tenho guardado para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal" (? Romanos 11:3-4. ; cf. 1Rs 19:101Rs 19:10 , 1Rs 19:18 ). Em outras palavras, mesmo durante o ministério de que grande profeta que opera milagres, a grande maioria de Israel era completamente e abertamente pagã.

Desde o momento da queda, muito antes de a aliança de Deus com Abraão, Deus estabeleceu que a única maneira que uma pessoa pode se tornar justo diante dEle é pela fé. O escritor de Hebreus explica que, no que diz respeito a suas próprias filhos de Adão, o sacrifício de Abel foi aceito por Deus, porque foi feita com fé e que o sacrifício de Caim foi rejeitada porque não foi feita com fé: "Pela fé, Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho sobre seus dons, e por meio da fé, mesmo depois de morto, ainda fala "( He 11:4 ). "De fato" traduz alēthōs , o que significa genuíno. Em outras palavras, dos milhares multiplicados de judeus em Israel na época, Jesus identificou Nathaniel como um verdadeiro, genuíno israelita-declarar implicitamente que a maioria dos outros judeus não eram, não importa o quão impecável sua genealogia de Abraão. Nathaniel estava espiritualmente sem "dolo", sem dolo ou simulação, um descendente espiritual de Abraão que confiava em Deus e não em sua linhagem humana ou obras.

Em contraste com Nathaniel, os líderes religiosos que enfrentaram Jesus enquanto Ele estava ensinando no tesouro do Templo ( Jo 8:20 ) se irritam por Sua declaração de que eles precisavam para receber a Sua verdade, a fim de ser livre. "Somos descendência de Abraão", responderam eles, "e nunca ter sido ainda escravizados a ninguém;? Como é que você diz, 'Você deve se tornar livre'" Quando Jesus explicou que ele estava falando de liberdade do pecado, do qual só Ele, o Filho de Deus, poderia livrá-los, eles indignado apelou para a justiça presumida com base na sua descendência física de Abraão. Mas Jesus disse-lhes: "Se vocês são filhos de Abraão, fazeis as obras de Abraão, mas como ela é, você está procurando matar-me, um homem que lhe disse a verdade, o que eu ouvi de Deus;. Este Abraão não fez não "(ver vv. 8: 32-40 ). Alguns momentos depois, chamou esses incrédulos líderes judeus filhos de seu "pai o diabo" e denunciou que, por sua rejeição a Ele e Seu evangelho, que eles não eram "de Deus" (ver vv. 43-47 ).

Afirmação de Paulo em Romanos 9 ecoa o que Jesus disse aos judeus incrédulos no templo e que ele mesmo havia enfatizado alguns anos antes em sua carta às igrejas da Galácia: "Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça Portanto. , certifique-se de que é os que são da fé são filhos de Abraão "( Gal. 3: 6-7 ).

O argumento de Paulo em Romanos 9:6-33 é que a rejeição de Israel de Jesus como o Messias não provou Jesus não é de Deus, mas era, ao contrário, que Israel descrente e israelitas não eram de Deus. Sua rejeição não revogar a promessa de Deus, mas simplesmente deu mais uma prova de que a promessa tinha sido sempre para aqueles que acreditavam como Abraão creu, não para aqueles que eram apenas sua descendência física. No final do capítulo em Gálatas já referido, Paulo reitera que "se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa" ( Gl 3:29 ).

Caráter justo e reto de Deus não permite a possibilidade de Sua falha em qualquer uma das suas promessas. Além dos problemas primários de amor do pecado e da falta de fé, o grande obstáculo para os judeus da época de Paulo, como acontece com a grande maioria dos judeus de hoje, foi incapacidade de compreender o verdadeiro significado das promessas de Deus.

Os profetas repetidamente deixou claro que, assim como só Isaque, filho de Abraão eleito, seria o herdeiro da promessa física, portanto, apenas um remanescente divinamente eleito se qualificaria como os destinatários da promessa de Deus a Abraão. Perto do fim de Romanos 9 , Paulo escreveu que "assim como Isaías profetizou:" Se o Senhor dos exércitos não nos deixara a posteridade [um remanescente], que teria se tornado como Sodoma, e teria se assemelhava Gomorra "( Rm 9:29 ).

Como mencionado acima, a referência de Paulo a de Deus palavra de promessa era a Sua declaração a Abraão que neste momento eu virei, e Sara terá um filho (ver Gn 18:10 , Gn 18:14 ). Como visto anteriormente, em sua declaração anterior de que a promessa, o Senhor disse a Abraão, mesmo que o nome do filho seria Isaque ( 17:19 , 21 ).

Deus sempre levanta, no momento e no lugar certo, aqueles que Ele escolhe para usar em Seu plano divino. O Senhor levou Rute para voltar a Judá com Naomi, sua mãe-de-lei, a fim de que ela poderia tornar-se um ancestral do rei Davi. Mordecai percebeu que a verdade quando disse a sua sobrinha, Esther, "Quem sabe se você não tiver atingido a realeza para um momento como este?" ( Et 4:14 ).

Suprema soerguimento de Deus de a pessoa certa no momento certo foi o envio de seu próprio Filho para trazer a salvação para Israel e para o mundo: "Quando a plenitude do tempo veio", Paulo lembrou aos Gálatas: "Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, a fim de que pudesse resgatar os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de filhos "( Gl 4:4-5. ).

E não só isso, Paulo continua com uma segunda ilustração desta verdade, mas havia Rebeca também, quando ela tinha concebido gêmeos por um homem, o nosso pai Isaque. Embora ela viveu na terra de Padan-Aram, Deus escolheu especificamente Rebekah não apenas para se tornar a esposa de Isaque, mas para suportar ele filhos gêmeos. No entanto, em vez de permitir que aqueles gêmeos herdeiros iguais de Isaque, o Senhor soberanamente escolheu Jacó acima Esaú, mesmo quando os gêmeos ainda não nasceram, e não tinha feito nada de bom ou mau, a fim de que o propósito de Deus, segundo a Sua escolha pode firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama, foi dito a ela: "O mais velho servirá ao mais novo."

Deus não escolheu os dois filhos para continuar a linha física da promessa, mas soberanamente eleitos Jacó e Esaú passou antes de terem nascido. E assim como Ele os escolheu, sem qualquer consideração para o que eles fariam em suas vidas, mas puramente que o propósito de Deus ... pode ficar sem se importar com qualquer trabalho humano, por isso Deus escolheu alguns judeus, não todos, para a salvação.

Incondicionalmente, e completamente à parte de qualquer consideração de mérito humano, Deus elege aqueles que se tornarão Seus herdeiros da promessa. Jacó e Esaú não só tinham o mesmo pai e mãe, mas nasceram ao mesmo tempo. Tecnicamente, Esaú nasceu um pouco à frente de Jacó, mas Deus propositAdãoente desconsiderado esse fato, dizendo a sua mãe que, ao contrário do costume daqueles dias,o mais velho servirá ao mais novo (cf. Gn 25:23 ).

A própria vida de Esaú e as vidas de seus descendentes dão provas claras de que rejeitaram a Deus. E a afirmação de Deus que Esaú serviria seu irmão mais novo estendido aos seus descendentes também.Não há nenhum registro bíblico de Esaú ser pessoalmente subserviente a Jacó, mas muitas evidências de que a nação de Edom, que descendem de Esaú, foi muitas vezes em subserviência, direta ou indireta para e em conflito com a nação de Israel, que derivou de Jacó, cujo nome mais tarde foi mudado para Israel.

O edomitas logo se tornou idólatra, e séculos mais tarde, o profeta Amós declarou-lhes: "Assim diz o Senhor: 'Por três transgressões de Edom e por quatro, não retirarei o castigo, porque perseguiu a seu irmão à espada, enquanto ele sufocou sua compaixão, sua raiva também rasgou continuamente, e ele manteve sua fúria sempre Então porei fogo a Temã, e ele consumirá os palácios de Bozra [a antiga capital de Edom] '"(. Amos 1:11-12 ). Obadiah avisou que, "por causa da violência para o seu irmão Jacó, você será coberto de vergonha, e você vai ser cortado para sempre" ( Ob 1:10 e parece chocante e completamente ao contrário da opinião de imparcialidade de Deus da maioria das pessoas: Assim como está escrito: "Amei a Jacó, mas rejeitei Esaú. " Mas, assim como a previsão de Deus que o mais velho Esaú serviria o Jacó mais jovem não se aplicam diretamente a esses dois indivíduos, mas sim para os seus descendentes, de modo a declaração do Senhor, aqui, parece aplicar-se da mesma forma. O livro de Gênesis menciona nenhum ódio divina de si mesmo Esau. A declaração de Obadiah que Deus odiou Esaú foi escrito mais de mil anos depois de Esaú viveu, e a interpretação mais razoável da declaração do profeta parece indicar que o ódio do Senhor é contra os descendentes de Esaú idólatras. Da mesma forma, o amor do Senhor de Jacó remete para os descendentes de Jacó, que, apesar de muitas vezes as pessoas eram seus rebeldes e, por vezes, idólatras, soberanamente eleitos por meio do qual o Redentor do mundo viriam.

De forma análoga, através das ilustrações de Isaque e Jacó, Paulo mostra que, dos lombos de Abraão, Isaque e Jacó viria um remanescente eleito de judeus resgatados e que os outros permanecem na incredulidade e, assim, perder as promessas espirituais de Deus .
Mas Paulo já declarou de forma inequívoca que a justificação de Deus para a escolha de Jacó sobre Esaú não foi baseado em suas características pessoais ou obras, mas unicamente na base da sua prerrogativa divina e infalível ( v. 13 ) —a mistério que nossas mentes humanas finitas não conseguem compreender. Fora de seus lombos veio duas nações, um dos quais Deus escolheu para a bênção divina e da protecção e do outro a quem Ele escolheu para o julgamento divino.

Paulo já estabeleceu a necessidade absoluta de fé humana na salvação, Abraão é o pai espiritual de todos aqueles que confiam em Deus ( Rm 4:11 ). Mas o poder da salvação é inteiramente de graça de Deus, eo propósito primário da salvação é dar-Lhe glória.

Homem rebeldes auto-centrado em tal noção, e até mesmo muitos cristãos vão tentar explicar a verdade claro que Deus é Deus e que, por definição, tudo o que Ele faz pode ser nada, mas apenas e justiça. Ele não precisa de justificação para qualquer coisa que Ele faz, inclusive chamando alguns homens para a salvação e não chamar os outros. Ele sempre agiu assim.

Nós só podemos reconhecer com Paulo, com plena convicção, mas com longe de plena compreensão, de que "Deus é fiel, por quem [que] foram chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor" ( 1Co 1:9 )

Que diremos, pois? Não há injustiça com Deus, não é? De maneira nenhuma! Pois ele diz a Moisés: "Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia, e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão." Assim, pois, não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia. Porque a Escritura diz ao faraó: "Para isto mesmo te levantei, para demonstrar o meu poder em ti, e que o meu nome seja anunciado em toda a terra." Portanto, tem misericórdia de quem ele quer, e endurece a quem ele deseja. Dir-me então: "Por que se queixa ele ainda? Pois, quem resiste à sua vontade?" Pelo contrário, quem é você, ó homem, para questionar a Deus? A coisa moldada não vou dizer para o modelador: "Por que me fizeste assim", será? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso? E se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a destruição? E fê-lo a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que preparou de antemão para a glória, até mesmo nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios. ( 9: 14-24 )

Segundo o ponto de Paulo em explicar que a incredulidade de Israel não é inconsistente com o plano revelado de Deus é que a sua incredulidade não reflete contra ou avilta a pessoa de Deus, em particular o seu poder soberano e justiça. Nesta passagem, o apóstolo responde a duas questões antecipadas que muitas vezes são levantadas sobre o Deus de eleger algumas pessoas para a salvação enquanto outros são deixados à condenação.

A primeira pergunta respondida Antecipado

Que diremos, pois? Não há injustiça com Deus, não é? De maneira nenhuma! Pois ele diz a Moisés: "Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia, e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão." Assim, pois, não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia. Porque a Escritura diz ao faraó: "Para isto mesmo te levantei, para demonstrar o meu poder em ti, e que o meu nome seja anunciado em toda a terra." Portanto, tem misericórdia de quem ele quer, e endurece a quem ele deseja. ( 9: 14-18)

A questão subjacente a este número é uma questão de justiça de Deus. Se Ele só escolheu alguns para serem herdeiros da promessa, e não outras, as pessoas vão dizer que Ele é injusto. Paulo tinha acabado lembrou seus leitores judeus que Deus soberanamente escolheu Isaque acima Ismael e Jacó acima seu irmão gêmeo Esaú antes de eles nascerem ( Rm. 9: 6-13 ). Eles não foram escolhidos ou rejeitados por causa de quem eles eram ou seriam, ou por causa do que eles tinham feito ou iria fazer ", mas por causa daquele que chama de" ( v. 11 ), ou seja, totalmente em função da vontade soberana de Deus . Isaque e Jacó foram "os filhos da promessa" ( v 8. ); Ismael e Esaú não foram. Assim, no sentido da salvação espiritual, Deus escolheu alguns a acreditar.

A resposta natural do ser humano é afirmar que Deus estava injustamente arbitrária na escolha de um sobre o outro, muito antes que eles teriam oportunidade de confiar ou rejeitá-lo ou ser obediente ou desobediente. Essa resposta natural, no entanto, é o mesmo que dizer que não há injustiça com Deus. Assim, Paulo pergunta retoricamente, se temos o direito de acusar Deus de ser injusto.

Essa acusação foi levantada em toda a história da igreja e ainda é ouvida hoje, quando a eleição e predestinação de Deus são proclamados. Como Deus pode eleger uma pessoa e rejeitar outro antes mesmo que elas nasceram? À luz da sabedoria humana e as normas, especialmente em sociedades democráticas, onde todas as pessoas são consideradas iguais perante a lei, as ideias de eleição e predestinação são repulsivas e inaceitável. Essas doutrinas, alega-se, não poderia caracterizar um Deus que é verdadeiramente justo e reto. Para a mente salvos, mas ignorante ou imaturo, Deus simplesmente não poderia fazer tal coisa, e não salvo para a mente, como um deus que não seria digno de reconhecimento, muito menos culto.

Logo após suas grandes aflições começou, a esposa de Jó aconselhou-o a "Maldição Deus e morre!" ( 2:9 ).

Porque o próprio Deus é a medida de retidão e justiça, Ele não tem capacidade para a injustiça ou a injustiça. É a Sua própria natureza de ser gracioso, compassivo, misericordioso e amoroso. Os salmistas declarou repetidamente que a verdade cardeal. Davi afirmou que "o Deus justo tenta os corações e mentes" ( Sl 7:9 ). Por sua própria natureza, Deus sempre foi e sempre será justo e correto. Como Ele revela através de Malaquias: "Eu, o Senhor, não mudo" ( Ml 3:6 , declarando: Por Ele [Deus] diz a Moisés: "Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia, e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão."

Moisés tinha acabado de passar por uma experiência muito dificil. Enquanto ele estava no Monte Sinai recebendo as duas tábuas do testemunho de Deus, o seu irmão Arão, o sumo sacerdote, levou as pessoas impacientes de Israel a derreter suas jóias de ouro para fazer um bezerro para adorar como se representasse o verdadeiro Deus ( Ex. 32: 2-6 ). Em resposta a essa grande apostasia, Deus ordenou que "cerca de três mil homens" ser condenado à morte ( v. 28 ). Ele teria sido perfeitamente justificado em matar todos os israelitas que tinham participado na idolatria, mas Ele soberanamente escolheu para executar apenas aqueles três mil como um aviso para os outros e para preservar Sua nação testemunha.

Horrorizada com que "grande pecado", Moisés intercedeu pelo seu povo, Orando: "Agora, se quiseres, perdoarei os seus pecados, e se não, risca-me do teu livro, que tens escrito!" ( vv. 30-31 ). O Senhor respondeu: "Aquele que tiver pecado contra mim, a este riscarei do meu livro Mas ir agora, levar as pessoas onde eu lhe disse: Eis que o meu anjo irá adiante de ti;.. No entanto, no dia em que eu punir, eu vai puni-los por seus pecados "( vv. 33-34 ).

Apesar da garantia de Deus de que Ele iria levar e proteger o seu povo como eles entraram e conquistou a Terra Prometida ( 33: 1-3 ), e apesar de sua proximidade de Moisés ao Senhor, que falou com ele ", assim como um homem fala com seu amigo "( v. 11 ), este homem leal de Deus sentiu profundamente sua própria inadequação para uma tarefa tão formidável e sua própria necessidade e de seu povo para a contínua presença, orientação e poder do Senhor ( vv. 12-13 ). Em resposta a esta súplica adicional, Deus deu a garantia, temperada pela declaração de Sua prerrogativa divina: "Eu mesmo a passar toda a minha bondade diante de ti, e proclamarei o nome do Senhor diante de ti; e eu serei gracioso para quem eu tiver misericórdia, e vai mostrar compaixão de quem eu quiser mostrar compaixão "( v. 19 ). Em outras palavras, Sua poupando as pessoas e continuar a orientar e protegê-los era puramente reflexo de Sua misericórdia e graça. Ele tinha o direito absoluto de condenar ou para salvar como Ele divinamente bem entendesse. A soberania de Deus e Sua graça, não só são compatíveis, mas são inseparáveis.

Porque todos os homens são pecadores e merecem a condenação de Deus, nenhuma pessoa é injustiçado ou tratado injustamente, se Deus escolhe para condená-lo. Isso é justiça. Sua misericórdia para com qualquer pessoa é puramente por Sua graça.

Misericórdia e compaixão são essencialmente sinônimas, mas misericórdia refere-se principalmente à ação, ao passo que a compaixão se refere mais ao sentimento ou alienação por trás dessa ação.

Continuando simplesmente a declarar a verdade de Deus, ao invés de inutilmente tentando explicar a lógica do que está além da compreensão humana, Paulo continua a dizer, Assim, pois, não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que tem misericórdia. Não é a escolha do homem ou o seu exercício, mas Deus, que dá início a misericórdia para o pecador. Salvação nunca é iniciada pela escolha humana ou merecido pelo esforço humano zeloso. Ele sempre começa na vontade soberana, gracioso, e eterna de Deus. Aqueles que recebem de Deus a misericórdia recebê-lo unicamente por Sua graça. Ishmael desejar a bênção, mas não conseguiu recebê-lo. Esaú correu para a bênção, como se fosse, mas também não conseguiu recebê-lo (veja Gn 27 ).

Como o escritor de Hebreus explica: "Pela fé, Abraão, quando foi provado, ofereceu Isaque; e aquele que recebera as promessas oferecia o seu Filho unigênito, era aquele a quem foi dito:" Em Isaque seus descendentes serão chamados '"( Heb. 11: 17-18 ).

O mesmo autor também deixa claro, no entanto, que a escolha de Deus deve ser confirmada pela fé do homem. "Pela  Isaque abençoou Jacó e Esaú, acerca de coisas para passar por aqui.  Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José "( Heb. 11: 20-21 , grifo do autor). Esaú recebeu uma bênção de seu pai, mas não a bênção ele procurou em lágrimas, porque ele era descrente e buscou a bênção sem arrependimento ou fé ( 12: 16-17 ).

Em seguida, Paulo cita outra passagem de apoio a partir de Êxodo, desta vez do capítulo 9 , versículo 16 : Porque a Escritura diz ao faraó: "Para isto mesmo te levantei, para demonstrar o meu poder em ti, e que o meu nome seja anunciado por toda a terra. " Sendo um monarca absoluto, o faraó do princípio de que, certamente, dentro de seu próprio reino, tudo o que ele disse e fez foi por sua própria escolha livre para servir a seus próprios propósitos humanos. Mas o Senhor deixou claro através de Moisés que o faraó foi divinamente levantados para servir a um propósito divino, a fim de que o rei não estava ciente.

Exegeirō ( levantou-se ... ) carrega a idéia de trazer para a frente ou levantar-se e foi usado da ascensão de figuras históricas para posições de destaque. A palavra é usada várias vezes na Septuaginta.Falando do Messias, Balaão declarado Balac, rei de Moab, "Um de Jacó terá domínio, e destruirá os sobreviventes da cidade "( Nu 24:19 ). Por meio do profeta Natã, o Senhor disse a Davi que, por causa de seu assassinato de Urias, e tendo sua mulher, Bate-Seba, para si mesmo: "Eu vou levantar-se contra o mal de sua própria casa "( 2Sm 12:11 ). Um dos "consoladores" de Jó disse acertAdãoente de Deus, que "Ele define em alta aqueles que são humildes, e os que choram são levantados para a segurança "( 5:11 ). Da mesma forma que Ele levantou Faraó, o Senhor também levantou "caldeus" para fazer a Sua vontade ( Hc 1:6 ).

Faraó de quem Moisés e Paulo estavam falando era provavelmente Amenhotep II, a quem o Senhor soberanamente elevado a proeminência e poder. Para este fim, Deus declarou, te levantei, para demonstrar o meu poder em ti, e que o meu nome seja proclamada por toda a terra. " O Senhor de toda a história que o rei colocou em uma posição de grande autoridade, a fim de demonstrar seu poder muito maior autoridade divina e que iria trazer glória ao Seu nome ... por toda a terra.

É que o poder redentor muito divina que os judeus têm celebrado há milênios na Páscoa, lembrando gracioso poder libertador do Senhor, como mostrado por Sua salvá-los da mão opressivo de Faraó. Essa festa é a referência do Antigo Testamento de resgate a libertação física de Israel da escravidão humana, e prenunciou infinitamente maior libertação espiritual de Cristo de homens da escravidão espiritual do pecado.
Usando orgulhosa altivez do Faraó, o Senhor demonstrou que seu poder milagroso era muito maior do que os milagres Satan-habilitadas de magos de Faraó. Ele fez um caminho através do Mar Vermelho para libertar Seu povo e, em seguida, trouxe de volta que mesmo mar que correr mais e afogar todo o exército de Faraó. Comemorando que a libertação gracioso,

Moisés e os filhos de Israel cantaram este cântico ao Senhor, e disse: "Cantarei ao Senhor, porque Ele é exaltado;. O cavalo e seu cavaleiro Ele lançou no mar O Senhor é a minha força e canção, e Ele é a minha salvação; este é o meu Deus, e eu o louvarei;. Deus de meu pai, e eu vou exaltar-lhe o Senhor é um guerreiro; o Senhor é o seu nome carros de Faraó e seu exército Ele já lançado no. mar;. e as mais seletas de seus oficiais foram submersos no Mar Vermelho Os abismos cobri-los;. desceram às profundezas como pedra mão direita Tua, ó Senhor, é majestoso em poder, a tua destra, ó Senhor, estilhaça o inimigo. " ( Ex. 15: 1-6 )

A música continua até o versículo 18 , declarando misericórdia soberana de Deus em favor do seu povo e sua ira divina contra os seus inimigos. Israel cantaram: "Os povos o ouviram e estremeceram; angústia tomou conta dos habitantes de Philistia Então os príncipes de Edom se pasmaram;. Os líderes de Moabe, tremores apertos eles, todos os habitantes de Canaã ter derretido away" ( Ex. 15 : 14-15 ).Assim como o Senhor havia predito, que causou grande livramento Seu nome [para] ser proclamada por toda a terra. Ele ficou conhecido mesmo pelos pagãos como o Deus maravilhoso e com medo que entregou Israel do Egito (cf. Js 9:9 )

Sl 105:1 , 106 e 136 todos celebrar manifestação soberana de Deus de Seu poder e glória, entregando o Seu povo do Egito. Como disse um comentarista observou, Faraó era o adversário aberto de Deus, um inimigo declarado seguindo seus próprios projetos; ainda um propósito divino estava sendo cumprida em sua vida. Só esse fim, e nada mais, pode explicar de Faraó próprio ser.

Esse ato poderoso de Deus demonstrou duas grandes verdades. Ele libertou a Israel para expor Sua soberana misericórdia de [aqueles] quem ele quer, e Ele levantou-se e destruiu o Faraó para expor a verdade corolário de que Ele endurece aqueles a quem ele quer. Só Seu desejo divino determina qual será.

Moisés era um judeu, enquanto o Faraó era um gentio; mas ambos eram pecadores. Ambos eram assassinos, e ambos testemunharam milagres de Deus. No entanto, Moisés foi redimido e Faraó não era. Deus levantou Faraó a fim de revelar a sua própria glória e poder, e Deus teve misericórdia de Moisés, a fim de usá-lo para libertar Seu povo Israel. Faraó era um governante, ao passo que o povo de Moisés eram escravos sob Faraó. Mas Moisés recebeu misericórdia e compaixão de Deus, porque essa era a vontade de Deus. A obra do Senhor é soberano, e Ele age inteiramente de acordo com a sua vontade para alcançar seus próprios objetivos. A questão não era os direitos presumidos de ambos os homens, mas sim a vontade soberana de Deus.

Endurece traduz sklērunō , o que significa, literalmente, fazer duro e metaforicamente significa tornar teimoso e obstinado. O relato do Êxodo do confronto de Moisés com o Faraó fala dez vezes de Deus endurecendo o coração daquele governante (ver, por exemplo, 4:21 ; 7: 3 , 13 ). Essa mesma passagem também nos informa que Faraó endureceu seu próprio coração (ver, por exemplo, 08:32 ; 09:34 ), confirmando o ato de Deus por seu próprio. Tais passagens apontam-se a tensão humanamente irreconciliáveis ​​entre a soberania de Deus e vontade do homem. Esaú foi rejeitado antes de ele nascer, e, ainda antes de ele nascer, Judas foi nomeado para trair Cristo (ver At 1:16 ; João 6:70-71 ). No entanto, ambos os próprios homens escolheram seguir pecado e incredulidade.

Durante Sua encarnação, Jesus revelou claramente que a escolha dos homens de Deus precede sempre a sua escolha Dele. Ele disse a um grupo de judeus incrédulos: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia" ( Jo 6:44 ). Em uma ocasião posterior, Ele explicou aos seus discípulos: "Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei" ( Jo 15:16 ). Mas ele também disse aos judeus incrédulos: "Você morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados" ( Jo 8:24 ). Nas palavras familiares de Jo 3:18 , Jesus disse que "aquele que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus." Por causa da incredulidade natural e dispostos dos homens, Deus é justo em condenar aqueles que já merece.

A segunda questão respondida Antecipado

Portanto, tem misericórdia de quem ele quer, e endurece a quem ele deseja. Dir-me então: "Por que se queixa ele ainda? Pois, quem resiste à sua vontade?" Pelo contrário, quem é você, ó homem, para questionar a Deus? A coisa moldada não vou dizer para o modelador: "Por que me fizeste assim", será? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso? E se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a destruição? E fê-lo a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que preparou de antemão para a glória, até mesmo nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios. ( 9: 18-24 )

A segunda questão, ou objeção, que Paulo antecipa e responde a é: Por que Deus, em seguida, ainda nos culpa? Pois, quem resiste à sua vontade? Em outras palavras, se Deus soberanamente tem misericórdia de quem quer e endurece a quem ele quer, como os seres humanos podem ser responsabilizados? Como eles podem ser culpados por sua incredulidade e pecado, quando o seu destino já foi divinamente determinado? Mais uma vez, tal raciocínio desafia justiça e justiça de Deus.

Como Israel foi conquistando Canaã, "Josué travou uma guerra de um longo tempo com todos esses [cananeus] reis Não havia uma cidade que fizesse paz com os filhos de Israel, senão os heveus que vivem em Gibeão. Que os levou a todos na batalha para ele. era do Senhor a endurecer o coração, ao encontro de Israel no campo de batalha, a fim de que ele poderia destruir totalmente, para que recebessem nenhuma piedade, mas que ele pode destruí-los, assim como o Senhor tinha ordenado a Moisés "( Josh 11.: 18-20 ).

Tais ordens de Deus, com o qual o Antigo Testamento abunda, parecem totalmente caprichoso e cruel para, mentes carnais mundanos, que aceitam apenas o que se adapta às suas idéias preconcebidas sobre o certo eo errado, justiça e injustiça. Consequentemente, eles julgam até mesmo Deus por sua própria finito, tendenciosa, e as normas manchada pelo pecado.
Vontade totalmente soberana de Deus é tão claramente ensinada no Novo Testamento. Mais tarde, esta carta para Roma, Paulo diz aos seus leitores: ("O que Israel está buscando, não tenha obtido, mas aqueles que foram escolhidos alcançaram, e os outros foram endurecidos" . Rm 11:7 ). Essa é a escolha da vontade do homem, que Deus aderir graciosamente para para todos os que crêem no Seu Filho.

Continuando simplesmente para proclamar a justiça eo direito soberano de Deus ao invés de tentar explicar, Paulo vira uma questão de volta para aqueles que iria questionar o Senhor. Pelo contrário, ele diz,quem é você, ó homem, para questionar a Deus? Em Ou seja, é uma blasfêmia, mesmo a questionar, para não mencionar negar, o direito de Deus para manter os homens responsáveis ​​quando estão cativos de sua vontade soberana.

É óbvio a partir formulação de Paulo de que os que poderiam ser fazer tais perguntas não estaria buscando a verdade de Deus, mas sim auto-justificação. A tentativa de desculpar a sua própria incredulidade, pecaminosidade, ignorância e rebelião espiritual, eles estariam aptos a acusar Deus de injustiça.
Mas, por causa da compreensão humana é tão limitado, mesmo perguntas sinceras sobre eleição e predestinação soberana de Deus, em última análise deve ficar sem resposta. Como já foi referido, é uma das muitas verdades sobre Deus que devemos aceitar pela fé, simplesmente porque Ele revelou em Sua Palavra.
Mais uma vez tendo o apoio do Antigo Testamento, Paulo continua sua repreensão dos incrédulos presunçosos, mostrando o absurdo de alguém está questionando os direitos de Deus. A coisa moldada não vou dizer para o modelador: "Por que me fizeste assim", será? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso?

Muitos séculos antes, o profeta Isaías tinha usado essa analogia:

Para todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchar como uma folha, e as nossas iniqüidades, como o vento, nos arrebatam. E não há quem invoque o teu nome, que se desperta para tomar posse de ti; Pois tu tens escondido teu rosto de nós, e livraste-nos em poder de nossas iniqüidades. Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu o nosso oleiro; e todos nós obra das tuas mãos. ( Isaías 64:6-8. )

Também usando essa figura, Jeremias escreveu,

Então eu fui até a casa do oleiro, e lá estava ele, fazendo algo no volante. Mas o vaso, que ele fazia de barro, se estragou na mão do oleiro; então ele refez-lo em outro navio, como aprouve ao oleiro fazer.Em seguida, a palavra do Senhor veio a mim, dizendo: "Posso não, ó casa de Israel, tratá-lo como este oleiro faz?" diz o Senhor. "Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel." ( Jer. 18: 3-16 )

Embora seja a um grau infinitamente maior, Deus é o criador dos homens tanto quanto um oleiro é o criador de seus vasos de barro. E não é mais racional, e muito mais arrogante e tolo é, para os homens a questionar a justiça ea sabedoria de Deus que, se tal fosse possível, para uma tigela de barro para questionar os motivos e propósitos do artesão que o fez.
Para seu amigo humanista Erasmo, Martin Luther disse:
Razão humana Mere jamais poderá compreender como Deus é bom e misericordioso; e, portanto, você faz a si mesmo um deus de sua própria fantasia, que endurece ninguém, condena ninguém, se compadece de todos. Você não pode compreender como um Deus justo pode condenar aqueles que nascem em pecado, e não podem ajudar a si mesmos, mas devem, por uma necessidade de sua constituição natural, continuar no pecado, e continuam a ser filhos da ira. A resposta é, Deus é incompreensível por toda parte, e, portanto, sua justiça, assim como seus outros atributos, deve ser incompreensível. É nesta mesma terra que São Paulo exclama: "Ó profundidade da riqueza, tanto o conhecimento de Deus! Quão insondáveis ​​são os seus juízos, e os seus caminhos insondáveis!" Agora, os seus juízos, não seria passado descobrindo, se pudéssemos sempre percebê-los para ser apenas. (Veja Martin Luther no Cativeiro da Vontade, trans JI Packer e OR Johnston [Westwood, NJ: Revell, 1957].., pp 314-15)

Para entender plenamente a Deus, teria que ser igual a Deus, que nos-a noção ainda mais absurdo do que uma panela de barro de ser igual ao oleiro que moldou-lo feito.

Seja qual for a soberania de Deus pode significar em sua plenitude, isso não significa e não pode significar que Ele escolheu para os homens para se tornar pecaminoso. O Deus perfeitamente santo e justo não é responsável no menor caminho para o pecado de Suas criaturas. Fazendo essa verdade simples, Tiago declara: "Que ninguém diga quando é tentado, 'Estou sendo tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo não tenta ninguém" ( Jc 1:13 ). "Teus olhos são tão puros para aprovar o mal", disse Habacuque do Senhor ", e Tu não podes olhar para maldade com favor" ( Hc 1:13 ).

Como no resto do Romanos 9 -indeed, como no resto da Escritura-o fechamento de três versos desta passagem não tente mostrar a fonte ou origem do mal ou tentar explicar a consistência humanamente inexplicável da justiça de Deus com a Sua justiça . O apóstolo simplesmente faz uma declaração na forma de uma pergunta retórica: E se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a destruição?

Paulo, então, dá duas razões para, embora não seja uma explicação completa de, permitindo que o pecado de Deus para entrar e contaminar o seu universo. O termo grego para trás dispostos é muito mais forte do que esta palavra tem a conotação de Inglês. A palavra grega carrega a idéia de determinada intenção, não é indiferente ou aquiescência impotente.

Em primeiro lugar, diz Paulo, Deus determinou para permitir que o pecado em Sua criação, porque lhe deu a oportunidade de mostrar a sua ira. Deus é glorificado em exibir a sua ira, da mesma forma como na exibição de Sua graça, porque ambos esses atributos, juntamente com todos os outros, compreender sua natureza divina e de caráter, que são perfeitamente e de forma permanente auto-consistente e é digno de adoração e culto. Mesmo raiva, vingança e retribuição de Deus derramado sobre os pecadores são gloriosos, porque eles exibem Sua santidade majestosa.

Em segundo lugar, Deus permitiu que o pecado entrasse no mundo, a fim de fazer conhecer o seu poder. Seu poder se manifesta em seu julgamento e castigo do pecado. Os eventos vivas e sóbrias encontradas nos capítulos finais de Apocalipse descrevem final ira de julgamento de Deus. As pragas, o julgamento de fogo, e todas as outras maldições do apocalipse não deixam dúvida de que o Senhor julgará e remover todo o pecado e os pecadores da terra antes que Ele estabelece o Seu reino milenar. Quando Cristo vem do céu em suas vestes manchadas de sangue, montando um cavalo branco e carregando uma espada, ele vai derrotar o Anticristo e todos os seus seguidores ímpios. De Deus poder, originalmente exibida na criação, será igualmente glorioso em destruição. Será impressionante manifesta na Sua vingativo, mas totalmente justos e justificados, a conquista de todos os inimigos que tentariam conquistá-Lo.

Deus tem todo o direito de agir gloriosamente por tal decisão, mas ele tem, pela Sua misericórdia, suportou com muita paciência um mundo de pecadores. Ele suportou sua incredulidade, a rejeição, o ódio, a blasfêmia, e iniqüidade, enquanto pacientemente dando tempo para o arrependimento (cf. Sl 103:8 ).

O corolário dessa verdade sóbria sobre os incrédulos é a verdade reconfortante sobre os crentes: E Ele fez isso a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que preparou de antemão para a glória, até mesmo nós, a quem também chamou , não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios.

Deus permitiu que o pecado entrasse no mundo, não só para manifestar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, mas também para demonstrar as riquezas da sua glória por conceder Sua graça nos vasos de misericórdia (cf. Ef. 2: 6-7 ). Estas são as pessoas que Ele preparou de antemão para a glória. Neste caso, o verbo grego traduzido preparada na voz ativa, e o assunto fazendo a ação é especificamente Deus ( Ele ). A grande obra que Deus fez para salvar os eleitos coloca a Sua glória em exibição antes de todos os anjos e todos os homens (cf. Ap 5:9-14 ). Ele tem o direito absoluto de revelar e demonstrar Seu caráter em qualquer maneira que Ele escolhe, seja por Sua justa condenação dos incrédulos ou por Sua redenção graciosa de crentes.

As Escrituras deixam claro que nenhuma pessoa é salva sem a fé em Cristo, porque Deus soberanamente requer que a resposta humana à Sua graça. Mas o objetivo principal da salvação não é o benefício que ela traz para aqueles que são salvos, mas sim a honra que ela traz para o Deus que os salva, ao dar a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia. Os crentes são salvos sem qualquer mérito ou trabalho de seus próprios, a fim de que Deus possa ter um meio de mostrar a sua glória, que é visto na graça, a misericórdia, a compaixão e perdão que só Ele concede àqueles que vêm a Cristo.

Paulo encerra essa passagem, identificando -nos , isto é, ele mesmo e todos os outros crentes-tal como predeterminado de Deus vasos de misericórdia. Cada crente está entre aqueles a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios. Esse é o glorioso verdade da oferta universal da graça de Deus.

A verdade insondável que Deus escolhe alguns homens para a salvação e outros para a destruição não é revelado para nos confundir ou perturbar-nos, e certamente não para tentar-nos a questionar o caráter da pessoa de Deus. Essa verdade é dado para demonstrar glória e soberania de Deus a todos os homens. Ele também é dado a fazer crentes grato que Ele nos escolheu, que, em nós mesmos, não foram e não são mais dignos de salvação do que aqueles que continuam perdidos.

Ao mostrar misericórdia e em julgar o pecado, Deus não faz distinções com base na raça, etnia, nacionalidade, inteligência, ou mesmo mérito moral ou religiosa. Ele distingue apenas entre aqueles que Ele escolheu e aqueles a quem não tem. Essa é uma verdade difícil de aceitar, porque contraria directamente inclinações e padrões naturais do homem. Para o homem natural parece manifestamente abusiva, e até mesmo o crente best-ensinado e mais fiel não pode explicá-la totalmente. Mas a verdade é totalmente bíblico e está entre as verdades ensinadas por Paulo que Pedro diz que são "difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis ​​distorcem, como eles também fazem o resto das Escrituras, para sua própria perdição" ( 2Pe 3:16. ), e não tem nenhum desejo de que mesmo uma pessoa deve pereça ( 2Pe 3:9 ).

E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, eo cântico do Cordeiro, dizendo: "Grandes e maravilhosas são as tuas obras, ó Senhor Deus, o Todo-Poderoso; justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações. Quem não temerá, ó Senhor, e não glorificará o teu nome para Thou sozinho arte santos, porque todas as nações virão e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos foram revelados (?.Rev. 15: 3-4 )




40. A incredulidade de Israel é consistente com o Plano de Deus — partes 3-4: é coerente com sua Profético Apocalipse e Sua Pré-requisito da Fé ( Romanos 9:25-33 )

Como também diz em Oséias: "Chamarei aqueles que não eram meu povo, meu povo ', e ela que não era amada,' amado '". "E será que, no lugar onde foi dito a eles "Você não é meu povo, aí serão chamados filhos do Deus vivo." E Isaías exclama acerca de Israel: "Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo;. Para o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, completamente e rapidamente" E, assim como Isaías profetizou: "Se o Senhor dos exércitos não nos deixara a posteridade, que teria se tornado como Sodoma, e teria se assemelhava Gomorra."
Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça, mas a justiça que é pela fé; mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou a essa lei. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como se fosse pelas obras. E tropeçaram na pedra de tropeço, como está escrito: "Eis que eu assentei em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nele crê não se decepcionarão" ( 
9: 25-33 )

Continuando o seu argumento de que a incredulidade de Israel não é inconsistente com a aliança prometida de Deus de redenção, Paulo passa a dar mais duas características do Antigo Testamento que apoiar a integridade divina. Ele confirma a verdade que a incredulidade de Israel é perfeitamente coerente com a revelação de Deus através dos profetas do Antigo Testamento. Ele, então, confirma que a incredulidade de Israel é consistente com pré-requisito eterno de Deus de fé por parte daqueles que Ele salva.

A incredulidade de Israel é consistente com a revelação profética de Deus

Como também diz em Oséias: "Chamarei aqueles que não eram meu povo, meu povo ', e ela que não era amada,' amado '". "E será que, no lugar onde foi dito a eles "Você não é meu povo, aí serão chamados filhos do Deus vivo." E Isaías exclama acerca de Israel: "Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo;. Para o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, completamente e rapidamente" E, assim como Isaías profetizou: "Se o Senhor dos exércitos não nos deixara a posteridade, que teria se tornado como Sodoma, e teria se assemelhava Gomorra." ( 9: 25-29 )

Paulo usa duas citações de Oséias e dois de Isaías para mostrar que a incredulidade de Israel e da rejeição do Messias e Seu evangelho caber o que os profetas haviam predito.
Parafraseando o profeta, Paulo declara que Ele, que é Deus, diz também em Oséias: "Chamarei aqueles que não eram meu povo, meu povo ', e ela que não era amada,' amado '" (ver Os 2:23 ).

Para entender o significado completo de que a verdade é necessário olhar para o primeiro capítulo de Oséias, onde lemos: "O Senhor disse a Oséias: Vai, toma por esposa de prostituição, e têm filhos de prostituição, porque o terra comete prostituição flagrante, abandonando o Senhor '"( Os 1:2 , Os 1:6 , 8-9 )

Infidelidade moral de Gomer a Oséias proporcionou uma profunda analogia a infidelidade espiritual de Israel de Deus. Por Seu projeto soberano e disposição, ela teria Oséias um filho cujo nome significa "Deus semeia" (referindo-se a dispersão de sementes, bem como ao local onde Jeú assassinado filhos de Acabe). Oséias em seguida, teve uma filha, cujo nome significa "não tinha pena" ou "não ter obtido compaixão", e um outro filho, cujo nome significa "não meu povo." Esses três nomes representados atitude de Deus para Israel, o seu povo escolhido, mas desobedientes. Por um período de tempo determinado por Deus, eles seriam espalhados como sementes semeadas, unpitied pelo mundo, e abandonado por Deus.

O Senhor continua a promessa, no entanto, que o seu povo não será permanentemente abandonado. Aplicando a analogia com infiel e espiritualmente adúltera Israel Deus diz: "Eu a atrairei, trazê-la para o deserto, e falar gentilmente com ela", e falando com Israel, Ele acrescenta: "E desposar-te a mim para sempre; Sim , desposar-te a Mim em retidão e em justiça, em benignidade e em compaixão "( Os 2:14 ,Os 2:19 ). Assim como Oséias protegido e apoiado Gomer, mesmo durante as suas prostituições, e um dia comprou-lhe como um escravo no bloco no mercado aberto, nu e cheio de vergonha, assim que Deus um dia vai resgatar Israel.

Até esse momento, Deus não só irá tratar Israel como não sendo Seus filhos, mas vai tratar os gentios, que não eram o seu povo, como o Seu povo. É verdade que converse, encontrado em Os 2:23 , que Paulo paráfrase: "Vou chamar aqueles que não eram meu povo, meu povo ', e ela que não era amada,' amado '. E será que, no lugar onde se dizia-lhes: "Vocês não são meu povo ', lá eles serão chamados filhos do Deus vivo."

Oséias já havia testemunhado a conquista assíria e devastação do reino do norte de Israel, o que ocorreu em 722 B . C ., alguns doze anos antes, o profeta escreveu seu livro. Essa nação pagã tornou-se a vara da ira de Deus (ver Is 10:5 ). Deus promete através de Oséias e através de Paulo que aqueles que tinham se tornado, por um longo tempo, não o meu povo iria, por Seu plano gracioso, um dia tornar-se mais uma vez o meu povo.

Desenho de a mesma passagem em Oséias e referindo-se a essa mesma graça divina, o Senhor diz através de Pedro: "Para você, uma vez não éreis povo, mas agora sois povo de Deus, você não tinha recebido misericórdia, mas agora que você recebeu misericórdia "( 1Pe 2:10 ). Aqui as palavras se referem à igreja, escolhido de Deus as pessoas desta idade atual.

O foco de Paulo, no entanto, é Israel. Quando os judeus rejeitaram a Deus e tornou-se dispersos, unpitied, e não o meu povo, que se tornou assim como os gentios, tanto quanto sua relação com Deus estava em causa, dispersos e não salvo.

Paulo continua a explicar que será que no lugar onde se dizia-lhes: "Você não é meu povo", lá eles serão chamados filhos do Deus vivo. Paulo cita novamente a partir de Oséias, mas desta vez não parafrasear , usando as próprias palavras do profeta quase textualmente (ver Os 1:10 ). O lugar do qual Oséias falou foi todo lugar a que os judeus tinham sido espalhados. Nesses locais foram chamadosnão o meu povo, mas um dia eles vão nos mesmos lugares ser chamados filhos do Deus vivo.

Como Oséias fez com sua esposa, após a dispersão do povo de Deus nos dias de Oséias, Deus finalmente, trouxe-os de volta. E após a sua dispersão presente, Ele voltará a trazê-los de volta, não apenas para sua própria terra, mas o seu verdadeiro Senhor, como filhos do Deus vivo. A redenção de Israel virá.

Mas a ênfase de Paulo nesta passagem não é restauração final de Israel a Deus, mas sua alienação presente de Deus. Como já mencionado, o principal ponto do apóstolo é que a incredulidade de Israel que causou sua alienação e dispersão não era incompatível com o plano soberano de Deus para o Seu povo. Pelo contrário, historicamente e no que diz respeito ao tempo do Messias, Deus previu e previu rejeição judaica e as suas consequências a longo antes que ocorresse.
Paulo próximo cita um outro profeta, um contemporâneo de Oséias, dizendo: Isaías exclama acerca de Israel: "Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo." (ver Is 10:22 ). O termo grego krazō ( grita ) atrás citação de Paulo de Isaías tem o sentido de clamar com grande emoção, a partir de medo ou dor, e foi muitas vezes utilizado de um grito de desespero e agonia. A verdade ele foi divinamente chamados a proclamar cortou o coração do profeta. Quando ele proferiu que a verdade triste, ele sem dúvida chorou por seus irmãos. Do vasto número de descendentes humanos de Abraão através Isaque-a número tão grande quanto a areia do mar -apenas o remanescente, um pequeno remanescente em que, será salvo.

Começando cerca de 760 B . C ., Isaías profetizou para o reino do sul de Judá para alguns 48 anos. Assim como Oséias, ele recebeu a revelação divina que o povo de Deus em Judá, assim como aqueles em Israel, seria conquistada, disperso, e temporariamente abandonado por Deus por causa da incredulidade deles. É provável que Isaías, como Oséias, pessoalmente entendido que a verdade como relativa a um julgamento que viria em sua própria idade, quando a rejeição de Deus de Judá levaria a sua conquista e exílio por Nabucodonosor, rei da Babilônia.

Paulo está dizendo que tão importante e trágico como aqueles dois espalhamentos foram, eles eram apenas previews de incomensuravelmente maior e mais trágico rejeição do Messias de Israel, e da conquista posterior, abate, e espalhamento de judeus que se seguiram.

Citando o seguinte verso em Isaías 10 , Paulo declara: Porque o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, completamente e rapidamente (ver Is 10:23 ). Quando Deus usou os babilônios para julgar Israel por sua incredulidade e infidelidade, a Sua justiça foi minuciosa e rápida, e apenas alguns, o remanescente de verdadeiros crentes, escapou. Assim também foi com a destruição de Jerusalém e devastação da Palestina em UM . D . 70.

O profeta Amós, que profetizou em Judá pouco antes de Isaías, declarou: "Assim diz o Senhor Deus: 'Um inimigo, mesmo um em torno do terreno, vai puxar para baixo a sua força a partir de você e suas cidadelas serão saqueadas.' Assim diz o Senhor: "Assim como o pastor arranca da boca do leão um par de pernas ou um pedacinho da orelha, assim será dos filhos de Israel que habitam em Samaria ser arrebatada, com o canto de uma cama e uma capa de couch "(! Amós 3:11-12 ).

Se um pastor não poderia resgatar uma ovelha de um predador, ele faria todos os esforços para arrebatar pelo menos uma parte da carcaça para levar para o proprietário como prova de que a ovelha estava realmente atacado e devorado por um animal selvagem, e não roubado ou vendido pelo pastor.
Assim como um pastor arrebata uma pequena parte de uma ovelha da boca de um leão, Deus vai arrebatar para si mesmo, por assim dizer, apenas uma pequena parte de Israel de incredulidade e condenação.
Para mais press casa a verdade, ele está declarando, Paulo cita novamente a partir de Isaías, que predisse, "Se o Senhor dos Exércitos não nos deixara a posteridade, que teria se tornado como Sodoma, e teria se assemelhava Gomorra" (ver Is 1:9 ). Como Paulo estabelece explicitamente no início desta carta, Abraão, "o pai de todos os que crêem", foi salvo por sua fé, que Deus "contada como justiça" —antes Ele requereu o rito da circuncisão e muito antes que deu o seu direito através de Moisés ( Rom. 4: 1-11 ).

Paulo não está dizendo, é claro, que os gentios pagãos naturalmente procuraram a justiça de Deus mediante a fé. Seja judeu ou gentio, o homem natural não busca a Deus por sua própria escolha independente. "A mentalidade da carne é hostil a Deus, pois ele não sujeitar-se à lei de Deus, pois não é mesmo capaz de fazê-lo, e os que estão na carne não podem agradar a Deus" ( Rom. 8: 7-8 ; cf. Rm 5:10). Apesar de seu ser chamado como povo escolhido de Deus e terem recebido Sua revelação divina por meio de Moisés, os salmistas, os profetas, e outros homens inspirados por Deus, os judeus não mais naturalmente inclinados a procurar ou a obedecer a Deus do que foi o Gentil mais pagã foram .

Na verdade, quando o evangelho veio através de Cristo, muito mais do que os judeus acreditavam gentios. O maior obstáculo para a salvação é a justiça própria. A pessoa que pensa que já é justo e agrada a Deus não verá necessidade de salvação. Como observado acima, porque a maioria dos judeus achavam que tinham Deus satisfeito por seu judaísmo ou suas obras justiça, não sentiam necessidade de o evangelho da graça por meio da fé.
Consequentemente, Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou a essa lei. Que comentário trágica em um esforço desperdiçado. A justiça de Deus não pode ser alcançado por obras do homem, porque eles estão sempre manchada pelo pecado e ficam aquém do padrão perfeito e santo de Deus. Por seu próprio esforço, nenhuma pessoa pode chegar a essa lei.

Por que os judeus hipócritas falhar? Porque eles não persegui-lo pela fé, mas como se fosse pelas obras. E tropeçaram na pedra de tropeço. A única coisa que qualquer pessoa, judeu ou gentio, pode fazer para ser salvo é crer que ele não pode fazer nada para merecer a salvação e lançou-se aos pés de Deus pela sua misericórdia por amor de Cristo. Judeus foram irritado com o evangelho da graça efetivada por  porque anulou todas as boas obras por que eles pensaram que poderiam agradar a Deus. Vários anos antes, ele escreveu a carta a Roma, Paulo lembrou a igreja em Corinto que "Porque, na verdade judeus pedem sinais e os gregos procurar a sabedoria; mas nós pregamos Cristo crucificado, para os judeus uma pedra de tropeço, e aos gentios loucura" ( 1 Cor. 1: 22-23 ).

Novamente citando Isaías, Paulo explica que, Assim como está escrito: "Eis que eu assentei em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nele crê não se decepcionarão" (ver Is 28:16 ; cf. Is 8:14 ; 1Pe 2:81Pe 2:8 ).

Mas a boa notícia do evangelho é que, ao contrário daqueles que O rejeitam, aquele que nele crê -a quem tem fé no Senhor Jesus Cristo, a pedra de tropeço e rocha de divino offense- não irá se decepcionar.

A questão sobre o lado humano é a fé, a única que pode trazer a salvação que a graça de Deus provê. O homem é justificado pela graça mediante a fé. Mas a incredulidade de Israel, sua falta de fé, não surpreendeu o Senhor ou anular o Seu plano. Pré-requisito da fé de Deus tem sido sempre o mesmo, e sua escolha de um remanescente de Israel para a salvação estava em perfeita harmonia com a Sua consciência onisciente que poucos acreditariam em Seu Filho, e sereis salvos. Essa é a maneira que Deus sabia que seria e planejado que seja, e isso, é claro, é a forma como acabou por ser.



Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33

Romanos 9

Introdução — O Problema dos judeus O trágico fracasso — Rm 9:1-6

Com esta passagem Paulo inicia seu intento de explicar o rechaço de Jesus Cristo pelos judeus. Começa, não com ira, mas sim com tristeza. Não há aqui um estalo de ira, nenhuma erupção de colérica condenação; há a aguda tristeza de um coração dolorido. Paulo era como o Deus a quem amava e servia — odiava o pecado, mas amava o pecador. Nunca ninguém tentaria salvar os homens a menos que os amasse primeiro. Paulo vê os judeus, não como um povo que deve ser castigado com ira, mas sim como um povo pelo qual se tem que suspirar com ofegante amor.

Paulo teria posto voluntariamente sua vida se com isso tivesse podido ganhar os judeus para Cristo. Pode ser que seus pensamentos tenham retrocedido a um dos maiores episódios da história judia. Quando Moisés subiu à cúpula da montanha para receber a Lei das mãos de Deus, o povo que tinha ficado embaixo pecou fazendo o bezerro de ouro e o adorando. Deus se irou com eles; e então Moisés pronunciou a grande oração: “Perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste.” (Ex 32:32). Paulo diz que por causa de seus irmãos consentiria em ser maldito, se com isso obtivesse algum bem. O termo que ele utiliza é anathema e este é um termo terrível. Uma coisa que era anátema estava sob excomunhão. Era entregue a Deus para sua total destruição. Quando uma cidade pagã era tomada todas as coisas nela eram dedicadas à total destruição porque todas as coisas nela estavam contaminadas (Dt 3:6; Dt 2:34; Js 6:17; 7:1-26). Se alguém tentava induzir a Israel a separar-se do culto ao verdadeiro Deus, então era condenado sem piedade e sem misericórdia à total destruição (13 8:5-13:11'>Deut. 13 8:11).

O mais querido em toda a vida era para Paulo o fato de que nada podia separá-lo do amor de Deus em Cristo Jesus; mas se podia fazer algo para salvar a seus irmãos, teria aceito até ser afastado de Deus. Aqui outra vez está a grande verdade; o homem que quer salvar o pecador deve amá-lo. Quando um filho ou uma filha fez algo mau e incorre em castigo, muitos pais e mães sofreriam prazerosamente o castigo se tão somente pudessem.
Isto é o que sentiu Deus; isto é o que sentiu Paulo: e isto é o que nós devemos sentir.
Paulo não nega nem por um momento o lugar dos judeus no plano de Deus. Enumera seus privilégios.

  1. Em um sentido especial eles eram filhos de Deus, especialmente escolhidos, especialmente adotados na família de Deus. “Filhos sois do SENHOR, vosso Deus” (Dt 14:1). “Não é ele teu pai, que te adquiriu, te fez?” (Dt 32:6)k "Israel é meu filho, meu primogênito" (Ex 4:22). “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho” (Os 11:1). Toda a Bíblia está cheia desta idéia da especial filiação de Israel e do rechaço de Israel a aceitá-la em seu sentido pleno.

Boreham em algum lugar relata uma visita, quando era jovem, à casa de um amigo. Havia uma peça à qual estava proibido entrar. Um dia estava diante do quarto quando se abriu a porta e viu dentro um jovem da mesma idade que a sua, mas em um espantoso estado de idiotice animal. Viu a mãe do sua aproximar-se dele. Ela devia ter visto o jovem Boreham com toda sua saúde e vigor e ter visto logo a seu próprio filho, e a comparação devia ter feito em pedaços o seu coração. Viu-a ajoelhada junto à cama de seu filho idiota e gritar com certa angústia: "Eu te alimentei e te vesti e te amei, e você nunca me conheceu."
Isto é o que Deus podia ter dito a Israel; só que neste caso era pior, porque o rechaço de Israel tinha sido deliberado e lúcido. É terrível romper o coração de Deus.

  1. Israel tinha a glória. A shekinah ou kaboth aparece várias vezes na história de Israel. Era o divino esplendor luminoso que descia quando Deus visitava seu povo (Ex 16:10; Ex 24:16, Ex 24:17; Ex 29:43; 33:18-22). Israel tinha contemplado a glória de Deus e tinha rechaçado a Deus. Foi-nos dado contemplar a glória do amor de Deus e da misericórdia de Deus no rosto de Jesus Cristo. É algo terrível contemplar a glória de Deus e logo escolher os caminhos da Terra.
  2. Israel tinha as alianças. Uma aliança é uma relação contraída entre duas pessoas. É um convênio para o proveito mútuo; um compromisso de amizade mútua. Na história de Israel várias vezes Deus se aproximou do povo de Israel e entrou numa relação especial com ele. Assim o fez com Abraão, com Isaque, com Jacó e sobre o Monte Sinai quando deu a Lei.

Irineu distingue quatro grandes ocasiões em que Deus entrou neste acordo com os homens. A primeira aliança foi a aliança com Noé depois do dilúvio, e seu sinal foi o arco íris no céu que confirmava a promessa de Deus de que não voltaria a haver outro dilúvio. A segunda aliança foi a aliança com Abraão e seu sinal foi o sinal da circuncisão. A terceira aliança foi a aliança com a nação, lavrado no Monte Sinai e sua base foi a Lei. A quarta aliança é a nova aliança em Jesus Cristo.
É uma coisa maravilhosa pensar que Deus se aproxima dos homens e entra com eles em uma relação jurada. É a simples verdade que Deus nunca deixou os homens sozinhos. Deus não se aproximou dos homens e depois os abandonou. Realizou aproximação após aproximação aos homens; e até realiza aproximação após aproximação à alma humana individual. Ele está à porta e chama; e a tremenda responsabilidade da vontade humana é que o homem pode rechaçar a Deus.

  1. Tinham a Lei. Israel nunca poderia alegar ignorância da vontade de Deus; Deus lhes havia dito o que ele desejava que fizessem. E se eles pecavam, pecavam conscientemente e não por ignorância, e o pecado consciente é o pecado contra a luz, que é o pior de todos.
  2. Tinham o culto do templo. A adoração é em essência a aproximação da alma a Deus; e no culto do templo Deus tinha dado aos judeus um caminho especial para aproximar-se dEle. Se estava fechada a porta a Deus, eles mesmos a tinham fechado.
  3. Tinham as promessas. Israel nunca poderia ter dito que não conhecia seu destino. Deus lhes tinha falado a respeito da tarefa e do privilégio que tinha destinados para eles em seu propósito. Eles sabiam o que no plano de Deus estavam escolhidos para grandes coisas.
  4. Tinham os patriarcas. Tinham uma tradição e uma história; e é um pobre homem aquele que se atreve a falsear suas tradições e afrontar a herança na qual entrou.
  5. Logo vem a culminação. Deles saiu o Ungido de Deus. Todo o resto tinha sido uma preparação para isto. Tudo tinha estado levando a isto; e contudo, quando Ele veio, eles o rechaçaram. A maior aflição que um homem pode ter é dar a seu filho todas as oportunidades de êxito, sacrificar-se e economizar e trabalhar para dar uma oportunidade ao filho, e logo encontrar que este, por sua própria desobediência ou rebeldia ou negligência, fracassou no intento. Nisto há uma tragédia, porque nisto está o desperdício da obra do amor e da destruição dos sonhos do amor. A tragédia de Israel foi que Deus o tinha preparado para o dia da vinda de seu Filho — e toda a preparação foi destruída e frustrada. Não era porque tivesse sido quebrantada a Lei de Deus; era que tinha sido menosprezado o amor de Deus. Não é a ira, mas o coração quebrantado de Deus, o que jaz atrás das palavras de Paulo.

A ELEIÇÃO DE DEUS

Romanos 9:7-13

Se, pois, os judeus rechaçaram e crucificaram a Jesus, o Filho de Deus, significa isto que o propósito de Deus foi frustrado e anulado o plano de Deus? Paulo elabora um estranho argumento para provar que não é assim. De fato nem todos os judeus rechaçaram a Jesus; alguns deles o aceitaram, porque é obvio, todos os primeiros seguidores de Jesus foram judeus, antes que o Evangelho chegasse aos gentios, e Paulo mesmo era judeu. Agora — diz Paulo — se retrocedermos na história de Israel veremos agir várias vezes um processo de seleção. Várias vezes vemos que não foram todos os judeus os que entraram no propósito e desígnio de Deus. Alguns estavam e outros não estavam. A linha da nação através da qual Deus operava, e na qual levava a cabo seu plano, não esteve em nenhum momento integrada por todos aqueles que podiam pretender uma descendência física de Abraão.

No fundo de todo o plano não está meramente a descendência física; há seleção, a eleição de Deus. Para provar seu caso, Paulo cita dois exemplos da história judia e os apóia com textos de prova. Abraão teve dois filhos — Ismael que era filho da serva Agar, e Isaque que era filho de sua esposa Sara. Tanto Ismael como Isaque eram verdadeiros descendentes de sangue de Abraão. Fisicamente ambos eram seus filhos. Sara era muito anciã quando teve a seu filho, tanto que, humanamente falando, era uma impossibilidade. Quando Isaque nasceu e cresceu, chegou um dia em que Ismael escarneceu de Isaque. Sara se ressentiu, e exigiu que Agar e seu filho Ismael fossem expulsos e que só Isaque herdasse. Abraão não tinha muita vontade de expulsar Agar e Ismael, mas Deus lhe disse que o fizesse, seus descendentes preservariam seu nome em Isaque (Gn 21:12).

Agora, Ismael tinha sido o filho de um processo humano natural e normal e de um desejo humano; mas Isaque tinha sido o filho da promessa de Deus, nascido quando, do ponto de vista humano, teria sido impossível que nascesse (Gênesis 18:10-14). O direito de descendência foi dado ao filho da promessa. Aqui está pois, a primeira prova de que nem todo descendente físico de Abraão deve ser considerado como judeu, como escolhido. Dentro da nação a seleção e eleição de Deus tinha continuado

Logo Paulo procede a citar outro exemplo. Quando Rebeca, a esposa de Isaque, esperava um menino, foi dito por Deus que em seu seio levava dois meninos que seriam os pais de duas nações; mas que nos dias por vir o mais velho serviria e estaria sujeito ao mais novo (Gn 25:23). Assim nasceram os gêmeos Esaú e Jacó, e Esaú foi de fato o gêmeo mais velho, e com todo a eleição de Deus recaiu em Jacó, e foi pela linha de Jacó que teria que realizar a vontade de Deus. Para reforçar o argumento Paulo cita Malaquias 1:2-3, onde Deus é representado dizendo ao profeta: “Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.”

O argumento de Paulo é que o caráter de judeu é mais que a descendência de Abraão, que o povo eleito não era simplesmente a soma total de todos os seus descendentes físicos, que dentro dessa família havia um processo de eleição através de toda a história. Um judeu podia compreender e aceitar totalmente o argumento até aqui. Os árabes eram descendentes de Ismael que era filho de carne e sangue de Abraão, mas nunca teriam sonhado dizer que os árabes pertenciam ao povo eleito. Os edomitas foram os descendentes do Esaú — o que de fato é o que Malaquias quer dar a entender — e Esaú era filho legítimo de Isaque, mais ainda irmão gêmeo de Jacó, mas nenhum judeu jamais teria dito que os edomitas tinham alguma participação no povo eleito.
Do ponto de vista judeu, Paulo demonstrou seu ponto; havia eleição dentro da família dos descendentes físicos de Abraão. Paulo formula o seguinte ponto no sentido de que esta seleção não tem nada que ver com atos e mérito e merecimento humano disso. A prova disto é que Jacó foi eleito e Esaú rechaçado antes de ter nascido. A eleição foi feita enquanto eles eram ainda fetos no seio de sua mãe.

Inevitavelmente nossas mentes vacilam com este argumento. Enfrenta-nos com a figura de um Deus que aparentemente com total arbitrariedade escolhe a uns e rechaça a outros. Para nós não é um argumento válido, porque faz Deus o responsável por uma ação que não nos parece estar eticamente justificada. Mas subsiste o fato de que, embora nos seja estranho e inaceitável, era um argumento familiar para um judeu. E até para nós, no coração deste argumento, permanece uma grande verdade. Tudo é de Deus; atrás de tudo está a ação de Deus; até as coisas que parecem arbitrárias e fortuitas se remetem a Deus. Não há nada neste mundo que se mova sem propósito.

A SOBERANA 5ONTADE DE DEUS

Romanos 9:14-18

Paulo começa agora a refutar os mesmos argumentos e objeções que surgem em nossas próprias mentes. Estabeleceu que em toda a história de Israel o processo de seleção e eleição foi contínuo; além disso acentuou o fato de que esta eleição não estava baseada em mérito ou merecimento algum da pessoa escolhida; dependia nada mais que da vontade do próprio Deus.
O impedimento pergunta: "Mas, é isso razoável? É isso justo? É justo que Deus pratique uma política de seleção totalmente arbitrária, como se fosse totalmente por cima das cabeças dos homens?" A resposta de Paulo, para pô-la simplesmente, é que Deus pode fazer o que quer. Nos dias terríveis do Império Romano, quando ninguém tinha a vida segura, quando qualquer um podia morrer pelo capricho de um imperador irresponsável e malicioso, Galba, um dos imperadores, disse, quando chegou a ser imperador, que agora "ele podia fazer o que queria e a quem queria". Honestamente, isto é o que Paulo está dizendo a respeito de Deus nesta passagem.
Novamente Paulo cita dois exemplos para provar este ponto e o reforça com citações das Escrituras.

O primeiro exemplo é de Ex 33:19. Neste exemplo Moisés pede alguma prova real de que Deus está verdadeiramente com o povo de Israel. A resposta de Deus é que Ele terá misericórdia daqueles de quem quiser ter misericórdia. A seleção da nação e a atitude de amante misericórdia de Deus para com a nação depende só de Deus.

O outro exemplo é da luta de Israel por libertar-se do Egito e do poder de Faraó. Quando Moisés foi pela primeira vez a pedir a libertação, preveniu a Faraó que Deus havia trazido para Faraó o cenário da história simplesmente para demonstrar o poder divino, e tornar claro o que aquele poder divino faria ao homem que se opusesse. Faraó foi introduzido na história para servir de exemplo a todos os homens do que acontece ao homem que se opõe a Deus (Êxodo 9:16).

Mais uma vez, a mente vacila perante este argumento. Certamente, em nenhum sentido se pode dizer que Deus pode fazer qualquer coisa. Deus não pode fazer nada que contradiga sua própria natureza. Não pode ser responsável por qualquer ato que seja injusto e que, de fato, quebrante suas próprias leis. Encontramos difícil, e até impossível, conceber um Deus que irresponsavelmente dá misericórdia a uns e não a outros, e que levanta um rei para ser mero boneco ou manequim por meio do qual possa ser demonstrado o poder reivindicativo de Deus. Outra vez, o argumento seria válido e convincente para um judeu, porque novamente, em essência, significa que Deus está por trás de todas as coisas.

E contudo, quando chegamos à raiz deste argumento, ele conserva uma grande verdade. É impossível pensar a respeito da relação entre Deus e o homem em termos de justiça. O homem não tem direito algum sobre Deus. A criatura não tem direito algum sobre o Criador. Quando seja que entre a justiça, a resposta é que o homem não merece nada de Deus e não pode pretender nada. O argumento esclarece que, na relação de Deus com os homens, o essencial nunca pode ser o direito do homem sobre Deus, senão somente a vontade de Deus e a misericórdia de Deus.

O OLEIRO E O BARRO

Romanos 9:19-29

Nas passagens anteriores Paulo esteve mostrando que através de toda a história de Israel houve um contínuo processo de seleção e eleição por parte de Deus. Surge uma objeção muito natural: Se no fundo de todo processo está a eleição e o rechaço de Deus, como pode Deus condenar os homens que a rejeitaram? A falta não é deles absolutamente; é realmente de Deus. A responsabilidade não recai sobre eles; recai sobre Deus.

A resposta de Paulo é simples, quase próxima da crueldade. Sua resposta é que ninguém tem direito de discutir com Deus. Quando um oleiro faz uma vaso, este não pode replicar ao oleiro; o oleiro tem absoluto poder sobre ele; do mesmo montão de barro pode fazer um vaso para um propósito honroso e outro para um propósito desonroso, e o barro não tem nada que ver com isso e nem sequer tem direito a protestar. Quanto a isto Paulo toma a figura de Jeremias (Jer. 18:1-6).

Terá que dizer duas coisas sobre isto.

  1. É uma má analogia. Um grande comentarista do Novo Testamento disse que esta é uma daquelas poucas passagens que desejaríamos que Paulo não tivesse escrito. Há uma diferença entre um montão de barro e um ser humano. O ser humano é uma pessoa e o montão de barro uma coisa. Pode ser que alguém possa fazer o que quiser com uma coisa, mas não pode fazer o que quiser com uma pessoa. O barro não deseja replicar; o barro não deseja questionar. O barro não pode sentir nem pensar; o barro não pode ser angustiado, nem afligido e torturado. Se alguém padeceu inexplicavelmente alguma tristeza tremenda, que lhe rompe o coração e lhe entristece a alma, não seria de muita ajuda dizer-lhe que não tem direito a lamentar-se, porque Deus pode fazer o que quiser. Este é o sinal de um tirano, não de um Pai amante. É um fato básico do Evangelho que Deus não trata os homens como o oleiro trata o montão de barro; trata-os como um pai amante trata a seu filho.
  2. Mas uma vez dito isto, devemos recordar uma coisa: esta passagem surgiu de um coração angustiado. Paulo estava diante do fato entristecedor de que o próprio povo de Deus, seus próprios parentes, tinham rechaçado e crucificado o próprio filho de Deus. Não era que Paulo queria dizer isto; viu-se forçado a dizê-lo. A única explicação possível que pôde encontrar foi que, para seu próprio propósito, Deus tinha tido que cegar de algum modo a seu próprio povo.

De qualquer maneira, Paulo não deixa o argumento aqui. Continua dizendo que este rechaço dos judeus aconteceu para que pudesse ser aberta a porta aos gentios. Agora, mais uma vez, o argumento de Paulo não é satisfatório. Uma coisa quer dizer que Deus usou uma situação pecaminosa para curar dela algo bom; mas é uma coisa completamente diferente dizer que Deus elaborou uma situação pecaminosa para tirar algo bom dela. De fato quer dizer que Deus fez o mal para que pudesse surgir o bem. O que Paulo está dizendo é que Deus obscureceu deliberadamente as mentes, e cegou os olhos, e endureceu os corações, da massa do povo judeu para que se pudesse abrir o caminho de entrada aos gentios. Novamente, devemos recordar que este não é o argumento de um teólogo tranqüilamente sentado pensando em seu estudo; é o argumento de um homem cujo coração estava desesperado por encontrar alguma razão para uma situação completamente incompreensível. Enfim a única resposta que Paulo pode encontrar é que Deus o fez.

Agora, Paulo estava argüindo com judeus, e sabia que a única maneira em que podia sustentar seu argumento era reforçá-lo com citações de suas próprias Escrituras. Assim, pois, continua citando textos para provar que este rechaço dos judeus e esta aceitação dos gentios tinha sido realmente antecipada pelos profetas. Oséias havia dito que Deus faria seu povo de um povo que não era seu povo (Os 2:23). Disse que um povo que não era o povo de Deus seria chamado filhos de Deus (Os 1:10). Mostra como Isaías tinha previsto uma situação na qual Israel teria sido consumido se não tivesse ficado um remanescente (Isaías 10:22-23, Is 13:10). O argumento de Paulo é que Israel teria previsto sua destruição se só a tivesse compreendido.

É fácil criticar a Paulo nesta passagem; mas a única coisa que terá que lembrar é que Paulo, em sua desesperada angústia por seu próprio povo, aferrava-se ao fato que de algum modo tudo é obra de Deus. Para ele isto era a única coisa que ficava por dizer.

O ERRO DOS JUDEUS

Romanos 9:30-33

Aqui Paulo traça um contraste entre duas maneiras de sentir para com Deus. Havia a maneira judia. O propósito do judeu era ficar ele próprio em correta relação com Deus. Seu ponto de vista era que podia conseguir isso por meio da estrita obediência à Lei. Os judeus consideravam a correta relação com Deus como algo que podia ganhar. Agora, há outra maneira de expressar isto que mostrará o que realmente significa. Fundamentalmente, a idéia judia era que, por meio da estrita obediência à Lei, a pessoa podia finalmente acumular um crédito a seu favor. Uma vez adquirido esse saldo favorável Deus era seu devedor; Deus lhe devia a salvação.
Essencialmente, o judeu considerava a amizade com Deus como algo que podia ser merecido e ganho e conseguido pelo mérito humano. Era obviamente uma batalha perdida, porque a imperfeição do homem nunca pode satisfazer a perfeição de Deus; o pecado do homem nunca pode merecer o direito de satisfazer a santidade de Deus; nada que possa fazer o homem jamais pode nem mesmo começar a recompensar o que Deus tem feito por ele. Este foi precisamente o achado de Paulo. Como ele disse, os judeus passavam a vida na busca de uma lei, a obediência a qual pudesse colocá-los como justos diante de Deus, e nunca a encontraram porque não existe tal lei.
Os gentios nunca se dedicaram a essa busca. Mas quando, repentina e inesperadamente, foram confrontados com o incrível amor de Deus em Jesus Cristo, simplesmente se entregaram a este amor com total confiança. Foi como se os gentios ao ver a cruz de Cristo tivessem dito: "Se Deus me ama desta maneira, posso confiar nEle com toda mim vida e com toda minha alma." Os judeus tentaram fazer de Deus seu devedor; os gentios se contentavam em ser devedores de Deus. O judeu cria que podia ganhar a salvação fazendo coisas para Deus; o gentio se maravilhava perante o que Deus tinha feito por ele. O judeu tentava encontrar o caminho a Deus pelas obras; o gentio chegava pelo caminho da confiança. Paulo estava convencido de que ninguém podia ganhar o favor de Deus.

No final desta passagem temos a referência à pedra. Esta é uma das referências características dos primitivos escritores cristãos. No Antigo Testamento há uma série de referências mas bem misteriosas à pedra. Em Gn 49:24 se descreve a Deus como o pastor e a pedra (rocha) de Israel. Em Is 8:14 se diz que Deus será por pedra de tropeço e por rocha de escândalo para armadilha às casas de Israel. Em Is 28:16 Deus diz que pôs no Sião por fundamento uma pedra, pedra preciosa angular, de alicerce estável. Em Daniel 2:34-35, 44-45 há uma referência a uma misteriosa pedra. No Sl 118:22 o salmista escreve: "Apedra que desprezaram os edificadores veio a ser cabeça de esquina."

Agora, quando os cristãos começaram a buscar no Antigo Testamento prenúncios de Cristo, encontraram-se com essas referências a essa maravilhosa pedra. E nelas identificaram a Jesus. Sua justificação para fazê-lo assim foi que o relato do Evangelho mostra a Jesus mesmo fazendo esta identificação e tomando o versículo do Sl 118:22 para aplicá-lo a si mesmo. O representa fazendo-o assim ao final da parábola dos lavradores maus (Mt 21:42). Os cristãos pensaram a respeito da pedra maravilhosa, que era o fundamento firme, a pedra que era a pedra angular que sustentava unida a totalidade do edifício, a pedra que tinha sido rechaçada e tinha chegado a ser a pedra principal, como a figura de Cristo mesmo.

A entrevista que Paulo usa aqui é uma combinação de Is 8:14 e Is 28:16. Os cristãos, inclusive Paulo, tomaram para significar isto: Deus tem proposto a seu Filho para ser o fundamento da vida de todo homem, mas quando ele veio os judeus o rechaçaram, e porque o rechaçaram este dom de Deus que tinha sido proposto para sua salvação chegou a ser causa de sua condenação. Esta figura da pedra fascinava os cristãos. Encontramo-la várias vezes no Novo Testamento (At 4:11; Ef 2:20; 1 Pedro 2:4-6).

A verdade eterna atrás desta idéia é esta: Jesus Cristo foi enviado a este mundo para ser o Salvador dos homens. Mas Jesus Cristo é também a pedra de toque pela qual todos os homens são julgados. Se o coração do homem transbordar amor e submissão a Jesus, Jesus é para ele salvação. Se o coração de um homem é inteiramente insensível ou totalmente rebelde, Jesus é para ele condenação. Jesus veio ao mundo para nossa salvação, mas por sua atitude para com Jesus um homem pode obter a salvação ou merecer a condenação.


Dicionário

Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


Ha

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

hebraico: calor, queimado

Injustiça

Injustiça
1) Ato que não é justo nem direito, e que uma pessoa pratica contra alguém (Dt 25:16); (1Co 6:8)

2) Decisão de juiz contrária àquilo que seria justo e direito (Lv 19:5).

injustiça s. f. 1. Falta de justiça. 2. Ação injusta.

Maneira

substantivo feminino Modo ou método particular de fazer alguma coisa; jeito.
Caráter pessoal que o artista atribuí à sua obra.
Abertura lateral ou posterior das saias, permitindo que elas passem pelos ombros ou pelos quadris.
Aparência externa; feição.
substantivo feminino plural Modos corteses, educados de proceder ou de falar em sociedade; compostura e afabilidade no trato: boas maneiras.
locução prepositiva À maneira de. Do mesmo modo que: ele filmou os acontecimentos à maneira de uma câmera fotográfica.
locução conjuntiva De maneira que. Do modo como: podemos esculpir essa massa da maneira que quisermos.
Etimologia (origem da palavra maneira). Do latim manaria, manuaria; feminino de manuarius.a.um.

Parte

substantivo feminino Porção; qualquer parcela de um todo: parte poluída da floresta.
Quinhão; porção atribuída a cada pessoa na divisão de algo: dividiu a herança em duas partes.
Local; território não determinado: gosta de caminhar em toda parte.
Lado; região ou área demarcada: a criminalidade está na parte afastada da cidade.
Responsabilidade; tarefa a cumprir: a parte do chefe é pagar os salários.
Cada um dos lados de um acordo ou litígio: não houve acordo entre as partes; as partes formaram uma empresa.
Aviso; anúncio feito oral ou verbalmente: deram parte da sociedade aos familiares.
Queixa; delação de um crime ou irregularidade: deram parte da empresa à polícia.
[Música] Cada elemento que compõe a estrutura de uma composição: parte de uma melodia.
Não confundir com: aparte.
Etimologia (origem da palavra parte). Do latim pars.tis.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Romanos 9: 14 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Que diremos, pois? Que há injustiça associada- ao- lado de Deus? Nunca seja assim!
Romanos 9: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

57 d.C.
G1096
gínomai
γίνομαι
o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
(Belteshazzar)
Substantivo
G2046
eréō
ἐρέω
()
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3767
oûn
οὖν
portanto / por isso
(therefore)
Conjunção
G3844
pará
παρά
de / a partir de / de / para
(of)
Preposição
G5101
tís
τίς
Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
(who)
Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
G93
adikía
ἀδικία
injustiça, de um juiz
(of unrighteousness)
Substantivo - Feminino no Singular genitivo


γίνομαι


(G1096)
gínomai (ghin'-om-ahee)

1096 γινομαι ginomai

prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

  1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
  2. tornar-se, i.e. acontecer
    1. de eventos
  3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
    1. de homens que se apresentam em público
  4. ser feito, ocorrer
    1. de milagres, acontecer, realizar-se
  5. tornar-se, ser feito

ἐρέω


(G2046)
eréō (er-eh'-o)

2046 ερεω ereo

provavelmente um forma mais completa de 4483, uma alternativa para 2036 em determinados tempos; v

  1. expressar, falar, dizer

θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὖν


(G3767)
oûn (oon)

3767 ουν oun

aparentemente, palavra raiz; partícula

  1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

παρά


(G3844)
pará (par-ah')

3844 παρα para

palavra raiz; TDNT - 5:727,771; prep

  1. de, em, por, ao lado de, perto

τίς


(G5101)
tís (tis)

5101 τις tis

τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

ἀδικία


(G93)
adikía (ad-ee-kee'-ah)

93 αδικια adikia

de 94; TDNT 1:153,22; n f

  1. injustiça, de um juiz
  2. injustiça de coração e vida
  3. uma profunda violação da lei e da justiça, ato de injustiça