Enciclopédia de I Coríntios 11:12-12

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1co 11: 12

Versão Versículo
ARA Porque, como provém a mulher do homem, assim também o homem é nascido da mulher; e tudo vem de Deus.
ARC Porque, como a mulher provém do varão, assim também o varão provém da mulher, mas tudo vem de Deus.
TB pois, assim como a mulher foi formada do homem, assim também é o homem nascido da mulher; mas todas as coisas vêm de Deus.
BGB ὥσπερ γὰρ ἡ γυνὴ ἐκ τοῦ ἀνδρός, οὕτως καὶ ὁ ἀνὴρ διὰ τῆς γυναικός· τὰ δὲ πάντα ἐκ τοῦ θεοῦ.
BKJ Porque, como a mulher é do homem, assim também é o homem da mulher, mas todas as coisas de Deus.
LTT Porque, assim como a mulher é proveniente- de- dentro- do varão, assim também o varão é através da mulher; mas todas as coisas são provenientes- de- dentro- de Deus.)
BJ2 Pois, se a mulher foi tirada do homem, o homem nasce da mulher, e tudo vem de Deus.
VULG Nam sicut mulier de viro, ita et vir per mulierem : omnia autem ex Deo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Coríntios 11:12

Provérbios 16:4 O Senhor fez todas as coisas para os seus próprios fins e até ao ímpio, para o dia do mal.
Romanos 11:36 Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!
I Coríntios 8:6 todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.
Hebreus 1:2 a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34
Paulo era um líder na experiência da liberdade em Cristo. Mas era também um servo dedicado e autodisciplinado em sua abordagem da conduta pessoal. Ele se recusa-va a fazer qualquer coisa que pudesse ser um tropeço para os homens que estivessem fora da igreja, ou alienar aqueles que já tinham sido salvos. Por esta razão, ele disse: Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio provei-to, mas o de muitos, para que assim se possam salvar. Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo (1Co 10:33-11.1). Cristo veio como um Servo. Ele era o Sobe-rano do universo, no entanto aceitou o papel de um escravo. A lição é bastante clara. Não é o exercício da liberdade pessoal que atrai os homens, mas sim a submissão do cristão a Deus, e o exercício da "liberdade de servir" aos semelhantes.

As "Diretrizes para uma Vida Cristã" de Paulo são:

1) Reconhecer o poder destruidor do pecado, 1 Co 10:1-12;
2) Aceitar as possibilidades vitoriosas da graça, 10.13;

3) Viver no poder consistente da comunhão, 1 Co 10:15-17;
4) Escolher a liberdade inspiradora do amor, 1 Co 10:23-24, 31-33; 11:1.

SEÇÃO VII

A NOVA FÉ E O CULTO PÚBLICO

I Coríntios 11:2-34

Nos dez capítulos iniciais Paulo discute uma série de assuntos relacionados com a vida moral e espiritual do cristão. Agora ele passa a fazer considerações sobre o culto público.

A. APARÊNCIA DAS MULHERES NO CULTO PÚBLICO, 11:2-16

  1. Recomendações Preliminares (11,2)

Em uma introdução a essa discussão, Paulo expressa sua opinião: Louvo-vos, ir-mãos, porque em tudo vos lembrais de mim e retendes os preceitos como vo-los entreguei. Embora a igreja tivesse questionado algumas instruções de Paulo, seus mem-bros não haviam se rebelado contra ele e ainda o consideravam como seu conselheiro espiritual. Por essa razão, Paulo estava muito agradecido. Além disso, os coríntios, em sua maioria, ainda observavam os preceitos que haviam recebido de Paulo. Um preceito, de acordo com o uso de Paulo, "é qualquer sentença, qualquer fração de instrução, qual-quer princípio e qualquer regra de conduta que Paulo ensinou aos coríntios enquanto esteve entre eles":

  1. Uma Questão de Prioridades Práticas (11:3-6)

Geralmente, as mulheres que se mostravam publicamente usavam um véu sobre a cabeça para mostrar modéstia e subordinação. A questão de as mulheres cristãs continua rem a observar esse costume oriental é o ponto a ser discutido nessa seção. Não está claro como surgiu esta questão, embora ela possa ter tido sua origem nos próprios ensinamentos do apóstolo. Ele mesmo havia dito que em Cristo todas as coisas são feitas novas: Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus (G1 3.28). Com o espírito da liberdade prevalecente na igreja, alguns podem ter entendido que não havia mais necessidade de observar o costume de usar o véu. Além disso, se uma mulher estivesse inspirada para falar em público, o "fato da sua inspiração não a libertaria daquela obrigação, tornando adequado que abandonasse o véu, para que se apresentasse como os oradores públicos faziam entre os homens?"' Mas Paulo sentia fortemente que as mulheres deviam cobrir a cabeça durante o culto público, portanto ele limitou essa liberdade por causa de algumas prioridades práticas.

  1. Uma tripla hierarquia de relacionamentos (11.3). Para confirmar seu ensino de que as mulheres deviam usar véu durante o culto público, Paulo sugere três níveis de relacionamentos. O menor nessa escala é o relacionamento humano entre marido e mu-lher — o varão, [é] a cabeça da mulher. Em seguida, aparece um relacionamento mais elevado — Cristo é a cabeça de todo varão — e, enfim, vem o supremo relacionamento, Deus, [é] a cabeça de Cristo. Duas idéias estão envolvidas nessa escala: "a vida em comunidade, e a desigualdade dentro dessa comunidade'? Dessa forma, Cristo, o Salva-dor, também é o Senhor daqueles que o servem. O marido é igual à esposa, mas é tam-bém o chefe da casa. Mesmo nesse relacionamento salvador, Cristo se subordinou a Deus e foi obediente em todas as coisas.
  2. O homem com a cabeça descoberta (11.4). Os judeus sempre costumavam cobrir a cabeça no Templo ou na Sinagoga como sinal de respeito. Entre os gregos, somente os escravos cobriam a cabeça, enquanto a cabeça descoberta era sinal de liberdade. Sobre esse ponto, Paulo simplesmente diz aos homens de Corinto que eles devem obedecer ao seu costume, que era aparecer em público com a cabeça descoberta. Para eles, orar com a cabeça descoberta indicava respeito e reverência para com Deus, o Supremo Governante e Rei.
  3. A mulher com a cabeça coberta (11:5-6). Pelo fato de o Rei do homem ser Cristo, o homem pode comparecer ao culto com a cabeça descoberta. Mas o oposto é verdadeiro para as mulheres. Como o marido é a cabeça da mulher, se ela aparecer em público sem o véu isso seria um ato de rejeição ou rebelião contra o marido. Além disso, havia uma tradição entre os antigos de que uma mulher de bom caráter não aparecia em público sem estar com a cabeça coberta por um véu. Baseado nesses dois costumes, Paulo deter-minou que se uma mulher orasse ou expressasse uma revelação de Deus em público, ela deveria manter a cabeça coberta.

O apóstolo estava preocupado com a atitude de conservar um relacionamento ade-quado nos lares, e com o sustento da boa reputação da mulher cristã. Dessa forma, ele compara a mulher que aparece em público com a cabeça descoberta àquela que tem a cabeça rapada (5). A cabeça rapada "nunca foi encontrada entre os gregos, exceto no caso de mulheres que eram escravas; entre os judeus, somente no caso da mulher acusa-da de adultério pelo marido (Nm 5:18) ".4 Para tornar o seu ensino ainda mais enfático, Paulo elabora um preceito para o caso da mulher que não se cobre com véu (6). Aqui o verbo tem um duplo sentido que não aparece na tradução em nosso idioma. Ele está no tempo presente contínuo e sugere uma atitude habitual de indiferença à modéstia e à tradição. Também está na terceira pessoa, indicando que este ato é persistente e delibe-rado. Nesse caso, Paulo iria aplicar um rigoroso castigo: tosquie-se também. Como isso seria uma desgraça à qual nenhuma mulher estava disposta a se submeter, todas con-cordariam com o uso do véu.

  1. Prioridades na Criação (11:7-10)

A aparência do homem em público, com a cabeça descoberta, reflete uma prioridade de origem divina. Segundo a criação, ele é a imagem e glória de Deus (7). A palavra imagem significa uma representação visível. Assim sendo, "o homem foi designado para ser um representante do seu Criador a fim de exibir os atributos de Deus".5 Além disso, como o homem é a imagem de Deus, ele é soberano sobre toda a criação, portanto "reflete visivelmente a soberania do invisível Criador sobre todas as coisas".6 Por ser a imagem e a glória de Deus, a cabeça do homem deve estar descoberta — "porque é a parte mais nobre do corpo e a mais expressiva da sua personalidade":

No caso da mulher, a situação é diferente, pois a mulher é a glória do varão. Ela foi criada para ser a ajudante do homem (8-9). Por causa da seqüência da criação do homem e da mulher, todos os costumes que simbolizam esses fatos devem ser obedecidos no culto a Deus. Por essa razão a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos (10). O termo poderio se refere ao véu ou à cobertura como "um símbolo [ou sinal] de autoridade" (NASB). Como a mulher foi formada a partir do homem e para o homem, ela era obrigada a usar publicamente um símbolo da sua subordinação ao marido. A frase por causa dos anjos reflete a crença de Paulo de que toda a criação de Deus participa, de alguma forma, da verdadeira adoração. Qualquer ato impróprio poderia ofender esses participantes invisíveis, e macular este serviço a Deus.

  1. A Igualdade Prática (11:11-12)

O apóstolo é cuidadoso ao eliminar qualquer motivo para maltratar a mulher sob a desculpa de um ensino religioso. O papel da mulher é o de um ser subordinado na ordem da criação e esse papel deve ser desempenhado por meio de um modesto e discreto uso do véu em público. Na prática e em particular, entretanto, o homem e a mulher são iguais e interdependentes. Eles são um no Senhor (11).

Além disso, do ponto de vista natural, o homem não pode ser independente da mu-lher. Porque, como a mulher provém do varão, assim também o varão provém da mulher (12). Vine explica: "O homem é a causa inicial da existência da mulher, e ela é a causa instrumental da existência dele".8 Em uma base pessoal, o homem e a mulher são iguais, embora para propósitos administrativos a mulher seja subordinada ao ho-mem. Por fim, tudo é de Deus; portanto, todas as classificações e todos os níveis desa-parecem na sua graça e no seu serviço.

  1. Lições Pessoais e Naturais (11:13-16)

Um outro ponto foi apresentado para completar a discussão relacionada com a co-bertura da cabeça das mulheres durante o culto. Paulo havia apresentado a questão do ponto de vista da divina autoridade e da criação natural. Agora ele faz um apelo ao instintivo bom senso dos coríntios ao dizer: Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? (13). Em uma reunião pública, "quando a voz da mulher está pronunciando as mais profundas impressões e as mais santas emoções de adoração e amor, um sentimento de santa modéstia deve forçá-la a se resguardar contra qualquer olhar profano e indiscreto".9

Por outro lado, é desonra para o varão ter cabelo crescido (14). Geralmente, ter cabelos longos era considerado inapropriado para um homem. Especialmente com a perversão sexual que havia em Corinto, "o cabelo longo faria um homem se parecer muito com uma mulher e traria, dessa forma, uma correspondente 'desonra' sobre ele".' A situação é exatamente oposta em relação à mulher: Ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu (15). Por natureza, a mulher recebeu uma cobertura que, na verdade, é um véu. Godet comenta que o cabelo longo e farto "é um símbolo natural da reserva e da modéstia, o mais belo orna-mento da mulher".

Um outro fator é que havia em Corinto um costume social que dava apoio à opinião de Paulo sobre a modéstia cristã. Sendo assim, o cristão devia se conformar com este costume a fim de manifestar seu caráter cristão. Paulo termina a discussão fazendo referência à prática geral da igreja. Àqueles que poderiam discordar dele sobre esse assunto, ele simplesmente declara: Nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus (16). O apóstolo está "dizendo que nem ele, nem os cristãos formados por ele, nem todas as igrejas de Deus em geral, nem mesmo aquelas que ele não tinha fundado ou aquelas que eram particularmente suas"," tinham o costume de permitir às mulheres orar sem qualquer tipo de véu. Sobre esta questão deveria ser observado que o compri-mento exato dos cabelos de uma mulher não seria determinado, e que Paulo estava san-cionando um costume daquela época.

B. DISSENSÕES NA CEIA DO SENHOR, 11:17-34

O problema da modéstia feminina, em relação ao culto público, representava um assunto de pouca importância quando comparado a alguns problemas que haviam sur-gido na prática da Ceia do Senhor. A rejeição de uma cobertura para a cabeça das mulheres pode ter se originado de falta de conhecimento ou de um mal-entendido sobre a natureza da liberdade cristã. Mas a deliberada perversão do sagrado serviço da Ceia do Senhor revelou uma indiferença pelos ensinamentos cristãos básicos. Dessa forma, Paulo adotou um tom severo ao denunciar a gula e as discussões associadas a esse símbolo de fraternidade.

1. Uma Rigorosa Censura (11:17-22)

No versículo 2, Paulo havia elogiado os coríntios por sua lealdade geral aos ensi-nos e práticas que o apóstolo lhes havia transmitido. Agora ele escreve: Não vos louvo (17). A situação era grave. O verbo declarar (parangello) que consta em algumas ver-sões significa impor uma ordem com autoridade. Ele lhes ordena que resolvam o as-sunto. A ocasião dessa rigorosa censura de Paulo representa um dos fatos mais chocantes que podem ocorrer a um grupo que está realizando um culto de adoração: Por-quanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior. Ao invés de edificar a vida espiritual, a Ceia do Senhor havia se tornado, para aquela igreja, um momento de declínio espiritual.

  1. Dissensões na igreja (11:18-19). Paulo escreve: Ouço que... há entre vós dis-sensões (18). A palavra para dissensões (schismata) foi usada anteriormente (1,10) para descrever o espírito que estava dividindo a igreja. Quando as pessoas se reuniam para adorar a Deus elas revelavam um espírito de divisão e de exclusividade, até mesmo no ritual cristão mais sagrado.

A palavra heresias (19) deriva de um termo que reforça a idéia de escolher entre alternativas. Na linguagem bíblica e da igreja, essa palavra geralmente significa uma escolha errada, portanto uma falsa doutrina. Ela pode ser uma das "obras da carne" (Gl 5:20). Aqui seu significado parece ser semelhante às dissensões do versículo 18. A ver-são RSV traduz a expressão como "divisões entre vós". O significado da última parte do versículo 19 parece ter a forma de uma sátira. Em outras palavras: Vocês devem manter as dissensões entre si, a fim de que aqueles que insistem que estão certos possam prová-lo separando-se do restante da igreja.

  1. Abusos na Ceia do Senhor (11:20-21). As dissensões em Corinto eram tão graves que quando as pessoas se reuniam para cultuar a Deus não era para comer a Ceia do Senhor (20). Suas divisões pessoais (e carnais) haviam realmente transformado o cul-to em uma espécie de dissipação, que o tornava algo bem diferente de um culto ao Senhor. Em Corinto, a Ceia do Senhor não era simplesmente um símbolo da ingestão de alimentos e bebidas. Era uma verdadeira refeição. Aparentemente, cada membro levava alimentos ao culto. Nas festas religiosas das religiões pagãs, a divisão dos ali-mentos era muito comum, e recebia o nome de eranio. Na Igreja Primitiva, seus mem-bros aparentemente também participavam, em certas ocasiões, de uma refeição co-mum que recebia o nome de festa (ou banquete) do amor, ou agape (2 Pe 2.13; Jd 12). Entretanto, em Corinto essa refeição não representava o amor cristão, e nem mesmo a aparente boa vontade das festas pagãs. A esse respeito, Paulo escreve: Porque, co-mendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome, e outro embriaga-se (21).

Na Santa Ceia de Corinto parece que cada pessoa colocava o alimento à sua frente e começava a comer sua própria ceia. O quadro é de briga e gula para comer as provisões antes que fosse possível "fazer uma distribuição geral dos alimentos, para não precisar dividi-lo com os demais irmãos"." Como conseqüência, os pobres que não podiam levar muito, ou aqueles que nada podiam levar ou chegavam tarde, sairiam com fome. Dessa forma, um tem fome, e outro embriaga-se. O verbo em-briaga-se (methuein) geralmente significa "ficar intoxicado". Mas também significa comer e beber até à completa satisfação, e este pode ser o seu significado aqui. De qualquer maneira, os coríntios haviam deturpado completamente o significado da Santa Ceia. A Ceia do Senhor é o símbolo do sacrifício, do amor e da fraternidade. Mas em Corinto representava egoísmo, intemperança e indiferença às necessidades dos outros.

c) Pecados no Abuso da Ceia do Senhor (11.22). Paulo descreve três pecados específi-cos cometidos pelos coríntios. Em primeiro lugar, eles haviam mudado o preceito espiritual em uma espécie de cerimônia festiva. A finalidade da Ceia do Senhor era lembrar aos crentes a morte de Cristo e o resultado redentor do seu sofrimento. Se os membros da igreja queriam satisfazer sua fome ou celebrar uma refeição festiva, poderiam escolher uma outra ocasião. Em segundo lugar, os coríntios haviam mostrado falta de respeito e de reverência pela igreja de Deus. Transformar a igreja em um lugar de celebração festiva "é

  1. mesmo que aviltá-la, portanto, desprezá-la, rebaixá-la".' E, por último, através do egoís-mo deles, os membros mais abonados perturbavam e humilhavam os pobres entre os cren-tes. Esta combinação de pecados levou Paulo a fazer a mais simples, porém a mais comple-ta, declaração condenatória: Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisso não vos louvo.
  2. O Significado da Ceia do Senhor (11:23-26)

O entendimento de Paulo a respeito da Ceia do Senhor se originava de uma revela-ção direta de Deus. O apóstolo apresenta a autoridade da sua narrativa "fundamentada em um alicerce imutável".15 Quando Paulo recebeu o evangelho diretamente de Cristo (Gl 1:11-12), e não do homem, ele também recebeu instruções relativas à Ceia do Senhor. Além disso, ele havia transmitido estas informações à igreja de forma cuidadosa e fiel. Assim, o apóstolo podia afirmar com segurança e autoridade: Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei (23).

A Ceia representava a inauguração de um novo pacto de graça, e deveria ser obser-vada como um memorial. Tanto o "corpo partido" quanto o "sangue derramado" deveri-am ser considerados como símbolos e não como referências literais ao corpo de Cristo. Quando Jesus disse, isto é o meu corpo que é partido por vós (24), ele não estava fisicamente sentado à mesa. Qualquer idéia sobre uma transformação milagrosa, tanto no pão quanto no vinho, é contrária ao relato bíblico. Finalmente, a Ceia do Senhor deveria ser celebrada como um memorial ou lembrança, e não como meio de salvação. As afirmações: Fazei isto em memória de mim e Anunciais a morte do Senhor, até que venha (26) confirmam a idéia de que a Ceia é uma lembrança espiritual ou um símbolo da morte de Cristo.

  1. Celebração da Ceia do Senhor (11:27-34)

A Ceia do Senhor é uma recordação espiritual do ato de redenção de nosso Senhor, e um testemunho público da nossa fé em Jesus Cristo. Portanto, ela deve ser celebrada como um agradecimento solene.

a) Participação indigna (11.27). Paulo afirma que é possível comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente. O advérbio indignamente se refere à diferença de pesos; portanto ele significa "pesos diferentes" ou "indevidamente equilibrados". A atitude de uma pessoa pode não estar equilibrada com a importância da ocasião. Se ela participar da Ceia do Senhor de forma frívola e descuidada, sem respeito ou gratidão, ou mesmo se estiver em pecado ou manifestando amargura contra outro irmão crente, esta-rá participando indignamente.

Participar indignamente é ser culpado do corpo e do sangue do Senhor. A palavra culpado (enochos) significa "ser passível do efeito penal de um ato; aqui a palavra... [envolve] a culpa pela morte de Cristo"." Ao invés de se apresentar à mesa com uma atitude imprópria ou pecadora, o crente deve comparecer "na fé, e com o devido comportamento em relação a tudo aquilo que é apropriado a este ritual solene".'

  1. Exame espiritual (11.28). Antes de participar desse serviço sagrado, examine-se o homem por meio de uma análise rigorosa. Essa palavra significa testar; portanto, o crente deverá examinar seus motivos e seus atos. Certamente ninguém poderá ganhar, como um pagamento, a graça e o perdão de Deus. Mas, por outro lado, um sincero exame irá indicar se a pessoa compareceu à mesa sagrada levada por motivos sinceros e uma obediência ativa ao Senhor. O ensino de Paulo é totalmente positivo. Ele não diz que alguém deva fazer um auto-exame, e deixar a mesa do Senhor em uma situação de de-sespero. Pelo contrário, ele aconselha o homem a examinar seu coração e, em seguida, cheio de uma fé sincera, coma deste pão, e beba deste cálice.
  2. Os perigos da irreverência (11:29-30). A versão ARA traduz o versículo 29 da se-guinte forma: "Quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si". A palavra krima, que a versão ARA traduz como juízo, significa condenação, como na versão ARC. Paulo não tem a intenção de afirmar que a pessoa que comparece à mesa sem a qualificação espiritual adequada será eternamente amaldiçoada. Ele quer dizer que tal ato irá trazer a condenação e a culpa. Não discernindo o corpo do Senhor significa que o crente não foi capaz de distinguir entre o memorial sagrado da Ceia de Senhor e outros tipos de refeição.

O apóstolo indica que como resultado do abuso da Ceia do Senhor... há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem (30). É muito grave declarar que o abuso da Ceia do Senhor resulta na maldição eterna, mas Paulo adverte que o castigo de Deus poderia acontecer, trazendo enfermidades e até a morte física. A palavra fracos (asthenes) está relacionado a enfermidades; o termo doentes (arrostos) quer dizer enfer-midade e decadência, enquanto a palavra dormem (koimaomai) é usada freqüentemente no NT para indicar a "morte daqueles que pertencem a Cristo".18 Godet diz que Paulo está descrevendo um "julgamento prévio, especificamente infligido por Deus, como aque-le que Ele envia para despertar o homem para a salvação".'

  1. Participação reverente (11:31-34)

A maneira de evitar o castigo de Deus é nos julgarmos a nós mesmos de modo volun-tário e sincero (31). Mas, quando Deus envia seu julgamento para o crente, este é repre-endido pelo Senhor (32). Nesses casos, os castigos de Deus não são severos, mas sím-bolos do seu amor. "Eles são enviados para nos livrar dos caminhos do pecado e para não participarmos da condenação do mundo".'

A maneira adequada de observar o sacramento é esperar uns pelos outros (33). Os membros devem esperar até que todos estejam reunidos e depois, com afeição fraterna e respeito, conduzir a festa do amor. A determinação final do versículo 34 é novamente uma advertência para não considerar a Ceia do Senhor uma refeição co-mum. Se um homem estiver com fome, coma em casa. A finalidade da Ceia é lem-brar aos crentes a obra redentora de Cristo e despertar na igreja um espírito de unidade e amor.

Alguns outros pontos relativos a este assunto ainda exigem alguma atenção. Sobre eles Paulo escreve: Quanto às demais coisas, ordena-las-eis quando for ter convosco (34). Esses problemas estavam afetando seriamente a vida da igreja e podiam ser adiados para uma outra ocasião. Quais eram as demais preocupações que Paulo tinha em mente? Talvez ele quisesse separar completamente a idéia da festa do amor da celebração da Ceia do Senhor. Sabemos que por volta do ano 150 d.C. o costume de fazer uma refeição junto com a Ceia do Senhor havia sido abandonado.

Para os cristãos existe "Força Através das Ordenanças".

1) Elas foram instituídas pelo Senhor, 23a;

2) Elas são memoriais do sacrifício de Cristo, 23b-26;

3) Elas exigem um auto-exame, 27-29;

4) Elas produzem a preocupação pelos outros 33:34.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 versículo 12
Conforme Gl 3:28. Aqui, reconhecendo a reciprocidade dos sexos, Paulo esclarece o dito em 1Co 11:8-9.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34
*

11:1

O apóstolo não se exibia como um exemplo absoluto; ele só deveria ser imitado conforme ele estivesse imitando a Cristo.

* 11:3

o cabeça. A significação dessa metáfora desde longo tempo tem sido discutida pelos estudiosos — ela pode indicar liderança e autoridade, ou então fonte e origem. A evidência extraída da literatura grega é ambígua, e o presente contexto não resolve o problema. Essas duas idéias provavelmente não devem ser consideradas como excludentes uma da outra. Em dois outros contextos, onde Paulo fala de Cristo como sendo o cabeça (Ef 4:15; Cl 2:19), a noção da "origem" pode estar presente (conforme v. 8). Em outros lugares, Paulo usa a metáfora com uma referência explicita à autoridade ou à submissão (Ef 1:22; 5:23,24; Cl 1:18; 2:10). Neste ponto, Paulo provavelmente salientava mais a autoridade do que origem (conforme v. 10).

* 11:4

a cabeça coberta. Diante da parca evidência que existe, parece-nos que, com poucas exceções, os homens do século I da era cristã ficavam de cabeças descobertas enquanto adoravam. O costume judaico dos homens cobrirem a cabeça, quando oram, provavelmente não remonta ao período do Novo Testamento.

desonra a sua própria cabeça. Provavelmente uma referência a Cristo como o cabeça (v. 7). Nem a Bíblia e nem outros documentos explicam por que tal prática desonra a Cristo (conforme v. 10, nota).

* 11:5

com a cabeça sem véu. Dado o contraste com o versículo anterior, este comentário sugere que as mulheres do século I d.C. adoravam com a cabeça coberta. Alguns estudiosos acham que Paulo se referia a um certo estilo de penteado (em Nm 5:18, soltar os cabelos de uma mulher fazia parte do teste para uma esposa infiel). Ver nota no v. 15.

porque é como se a tivesse rapada. No sexto versículo, rapar a cabeça de uma mulher é comparado com ter seus cabelos cortados curtos, provavelmente como se fossem os cabelos de um homem. Parece que Paulo estava se opondo a uma tendência de obliterar a distinção entre os sexos. Possivelmente, a controvérsia reflete a idéia de alguns coríntios de que eles já haviam atingido a perfeição, e não estavam mais sujeitos às regras normais (Introdução: Data e Ocasião).

* 11:7

mulher é glória do homem. Ver "A Imagem de Deus", em Gn 1:27.

* 11:9

a mulher, por causa do homem. Ver "Corpo e Alma, Macho e Fêmea", em Gn 2:7.

* 11:10

por causa dos anjos. Têm sido sugeridas muitas interpretações dessa frase, mas todas elas são meras especulações. O argumento de Paulo está ligado intimamente a uma situação histórica específica, e devemos ter cautela ao aplicar universalmente todos os seus detalhes (vs. 4, 16, notas).

* 11:11-12

Estes dois versículos parecem ser uma qualificação dos comentários anteriores. Com uma referência específica de nosso relacionamento "no Senhor", homens e mulheres são mutuamente dependentes, visto que somos um nele (Gl 3:28).

* 11:14

natureza. Os intérpretes diferem quanto ao significado desses termos. Alguns acreditam que haja aqui uma referência à ordem criada. Outros argumentam que o apóstolo estava apelando para as práticas comuns em seus dias.

* 11:15

em lugar de mantilha. Paulo pode ter pretendido dizer que visto que os longos cabelos de uma mulher lhe foram dados como cobertura, é igualmente apropriado que ela use um véu. Alguns argumentam que os cabelos lhe foram dados "em lugar de mantilha". Isso apoiaria o ponto de vista que diz que Paulo não se refere a véus, mas a um estilo particular de penteado (v. 5, nota).

* 11:16

nós não temos tal costume. Paulo não usa exatamente esse tipo de argumento em qualquer de suas epístolas. Tal conclusão a uma passagem difícil pode dar apoio à contenção de que o apóstolo não estava prescrevendo formas permanentes de adoração, mas antes, tratava com questões de propriedade cultural. Certamente, porém, tais questões se revestem de implicações teológicas (v. 5, nota).

* 11:17

não vos louvo. O contraste entre essas palavras e o v. 2 indica a seriedade do problema a que Paulo agora se reportava.

* 11:19

até mesmo importa que haja partidos entre vós. Paulo reconheceu aqui que nada ocorre fora da vontade divina, e que Deus pode usar o pecado humano para promover os seus próprios propósitos. Ou então, Paulo estava usando de ironia, tentando fazer os crentes de Corinto perceberem que suas lutas internas tinham como motivo indigno ver quem era capaz de argumentar melhor.

* 11:20

não é a ceia do Senhor. O uso deturpado dessa observância transformou a Ceia em algo absolutamente diferente do que deveria ser.

* 11:21

quem tenha fome... quem se embriague. A preocupação de Paulo, quanto a este ponto, não era com a embriaguez em si, mas com a humilhação sofrida pelos pobres. A Ceia do Senhor simboliza, entre outras coisas, a unidade do povo de Deus (10.17). Aqueles crentes de Corinto que eram mais abastados, segundo tudo indica, não compartilhavam com os menos afortunados dentre eles, quando a Ceia do Senhor era celebrada. Esse comportamento egoísta contradizia abertamente o sentido da cerimônia.

* 11.23-25

O relato de Paulo sobre a instituição da Ceia do Senhor em tudo acompanha os mesmos pontos essenciais do que dizem os evangelhos (Mt 26:26-29; Mc 14:22-25; Lc 22:17-20).

* 11:23

o Senhor Jesus... tomou o pão. Ver nota teológica "A Ceia do Senhor", índice.

* 11:26

anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. Note a conexão existente entre a pregação do evangelho e a celebração da Ceia do Senhor. A Ceia estabelece a Palavra de Deus através de meios visíveis, e não através de meios verbais. Note também que a celebração da Ceia exprime nossa firme esperança no retorno do Senhor.

* 11.27-34

É importante tomar esta seção inteira como uma unidade, e os vs. 33 e 34 deixam claro que Paulo ainda tem em mente os abusos mencionados nos vs. 21 e 22. Frases como "indignamente" (v. 27) e "examine-se, pois, o homem a si mesmo" (v. 28) podem ser ampliadas e aplicadas a muitas circunstâncias, mas devemos ter o cuidado de não separá-las de seu contexto. Seria compreender erroneamente o v. 30 pensar que Deus rotineiramente castiga os crentes com a enfermidade e com a morte, se eles, a despeito de suas falhas espirituais, participarem da Ceia. O problema em Corinto era muito mais específico e sério. Alguns coríntios estavam derrubando por terra a unidade do corpo cristão, representado pelo único pão (10.17). A advertência do v. 29, acerca do "discernir o corpo" quase certamente se refere a essa falha em manter a unidade da igreja como o corpo de Cristo (ver referência lateral; 12.12, nota). Visto que alguns dos crentes de Corinto estavam celebrando a Ceia de uma maneira que destruía a unidade que ela representa, Deus tinha imposto julgamentos contra a comunidade. O propósito de Deus ao julgar aqueles crentes, porém, era impedi-los de serem "condenados com o mundo" (v. 32).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34
11:1 por que diz Paulo: "Sigam meu exemplo"? O não era arrogante, não se acreditava uma pessoa sem pecado. Neste momento, os crentes em Corinto não sabiam muito a respeito da vida e o ministério de Cristo. Paulo não podia lhes dizer que imitassem a Cristo porque os evangelhos ainda não tinham sido escritos, portanto não tinham idéia de como era Jesus. A melhor maneira de guiar a estes novos cristãos era lhes mostrando a um Cristo em quem confiassem (vejam-se também Gl 4:12; Fp 3:17; 1Ts 1:6; 1Ts 2:14; 2Ts 3:7, 2Ts 3:9). Paulo esteve em Corinto quase dois anos e pôde estabelecer uma relação de confiança com muitas destas pessoas.

11.2ss Nesta seção a preocupação principal do Paulo é a irreverência na adoração. Devemos ler esta parte tomando em conta a situação que se vivia em Corinto. O assunto de usar véu ou cobrir a cabeça, apesar de parecer sem importância, chegou a ser um problema muito sério porque o trasfondo cultural estava em conflito. Os feijões sempre cobriam suas cabeças na adoração. Uma mulher que não cobrisse sua cabeça em público refletia que tinha perdido seu moral. Por outro lado, as gregas não acostumavam cobrir suas cabeças para a adoração.

Nesta carta Paulo já se ocupou das divisões na igreja e dos desórdenes. Ambos tema estavam envoltos em todo isso. A solução do Paulo vem de seu desejo de que exista unidade entre os membros da igreja e que se renda um culto apropriado. Aceitou a soberania de Deus na criação de regras para todo tipo de relações.

11.2-16 Esta seção enfoca uma atitude para a adoração, não tem que ver com o matrimônio ou o papel das mulheres na igreja. Embora as instruções específicas do Paulo pudessem ser culturais (as mulheres usando véu na adoração), os princípios atrás de suas instruções específicas são eternos, e incluem o respeito pelo cônjuge, a reverência e atitude apropriada na adoração, e um enfoque de vida dependente de Deus. Se fizer algo que ofenda facilmente a outros membros e possa dividir a igreja, então troque sua forma de promover a unidade nela. Por isso Paulo disse às mulheres que não se cobriam a cabeça que o fizessem, não porque fora um mandato das Escrituras, mas sim porque liberava à igreja de dividir-se quanto a um assunto insignificante que só servia para apartar a mente da gente de Cristo.

11:3 Na frase "o varão é a cabeça da mulher", cabeça não se usa para indicar controle ou supremacia, a não ser "a fonte de". devido a que o homem foi criado primeiro, a mulher deriva sua existência do homem, como o homem de Cristo e Cristo de Deus. Evidentemente Paulo estava corrigindo alguns excessos que as mulheres casadas corintias estavam requerendo.

11:3 Submissão é o elemento chave para o funcionamento sem asperezas de todo negócio, governo ou família. Deus ordenou a submissão em certas relações para acautelar o caos. É essencial compreender que submissão não é rendição, privação ou apatia. Tampouco significa inferioridade, porque Deus criou a todas as pessoas a sua imagem e semelhança e todas têm o mesmo valor. Submissão é dedicação mútua e cooperação.

Deus chama à submissão a todos por igual. Não fez ao homem superior, facilitou as coisas para que o homem e a mulher trabalhassem juntos. Jesucristo que é igual com o Pai, submeteu-se para levar adiante o plano de salvação. De igual modo, na forma como o homem se submete a Deus, a esposa devesse submeter-se a seu marido pelo bem de seu matrimônio e sua família. Submissão entre iguais é submissão voluntária, não forçada. Servimos a Deus nestas relações atuando com submissão a outros em nossa igreja, a nosso cônjuge e a nossas autoridades.

11.9-11 Deus criou graus de autoridade a fim de que sua criação funcionasse normalmente, entretanto devem existir graus de autoridade, até no matrimônio, não devem existir graus de superioridade. Deus criou homens e mulheres com características únicas e complementares. Um sexo não é melhor que o outro. Não devemos permitir que o assunto da autoridade e a submissão se converta em uma arma para destruir a unidade matrimonial. Em troca, devemos usar nossos dons únicos para fortalecer nossos matrimônios e glorificar a Deus.

11:10 "A mulher deve ter sinal de autoridade sobre sua cabeça, por causa dos anjos" pode significar que a mulher deveria cobrir seu cabelo como um sinal de que está sob a autoridade de um homem. Este é um fator que os anjos tanto entendem como observam no louvor cristão. Veja-a nota a 11.2ss como uma explicação quanto a cobri-la cabeça.

11.14, 15 Paulo, ao se referir a cobri-la cabeça e ao comprido do cabelo, diz que os crentes devessem atuar de tal maneira que honrem a cultura a que pertencem. Em muitas culturas o cabelo comprido nos homens é apropriado e masculino. Em Corinto, considerava-se como um signo de prostituição masculina nos templos pagãos. E as mulheres com o cabelo curto eram consideradas prostitutas. Paulo está dizendo que na cultura corintia as mulheres deveriam ter seus cabelos largos. Se para a mulher ter o cabelo curto era signo de prostituição, significava que uma com o cabelo assim teria maior dificuldade para apresentar um testemunho acreditável em favor de Cristo. Paulo não está dizendo que devêssemos adotar todas as práticas de nossa cultura, mas sim deveríamos evitar aparências e conduta que nos separem de nossa meta, que é oferecer um testemunho acreditável de Cristo, e demonstrar nossa fé cristã.

11.17-34 O ceia do Senhor (11,20) é uma representação visível da morte de Cristo por nossos pecados. Recorda-nos a morte de Cristo e a esperança gloriosa de sua volta. Nossa participação fortalece nossa fé através da comunhão com Cristo e o companheirismo com outros crentes.

11:19 Paulo reconhece que pudessem existir diferenças entre os membros da igreja. Quando se transformam em divisões resultam destrutivos à congregação. Aqueles que causam divisão só servem para destacar aos crentes genuínos.

11.21, 22 Quando se celebrava a ceia do Senhor na igreja primitiva, esta incluía uma festa ou um jantar de companheirismo seguida pela celebração da comunhão. Na igreja de Corinto chegou a converter-se em um tempo de gulodice e de beber em excesso enquanto outros estavam famintos. Incluía muito pouco a caridade e o companheirismo. Certamente não era uma demonstração da unidade e o amor que deve caracterizar à igreja, não era tampouco uma preparação para a comunhão. Paulo condenou estas ações e recordou à igreja o verdadeiro propósito da ceia do Senhor.

11:24, 25 O que significa a ceia do Senhor? A igreja primitiva recordou que Jesus a instituiu na noite da Páscoa (Lc 22:13-20). Assim como na Páscoa se celebrava a liberação da escravidão no Egito, na ceia do Senhor se recorda a liberação de nossos pecados pela morte de Cristo.

Os cristãos têm várias opções quanto ao que Cristo quis dizer com Este palavras é meu corpo": (1) Alguns acreditam que o vinho e o pão, realmente, devem ser o corpo e o sangue de Cristo. (2) Outros acreditam que o pão e o vinho permanecem invariáveis, mas que Cristo está espiritualmente presente no pão e o vinho. (3) Até outros acreditam que o pão e o vinho simbolizam o corpo e o sangue de Cristo. Os cristãos estão de acordo, entretanto, que a participação na ceia do Senhor é um elemento importante na fé cristã e naquela presença de Cristo, entretanto, entendemos que nos fortalece espiritualmente.

11:25 O que é o novo pacto? Com o acordo antigo, a gente podia aproximar-se de Deus só por meio dos sacerdotes e o sistema de sacrifícios. A morte de Cristo na cruz trouxe consigo um novo pacto entre Deus e nós. Agora todos sem exceção podemos nos aproximar de Deus e nos comunicar com O. O povo do Israel entrou primeiro neste acordo depois de seu êxodo do Egito (Exodo
24) e isto foi designado para assinalar o dia quando Jesucristo voltaria. O novo pacto completa, mais que substituir, o pacto antigo, cumprindo tudo o que o acordo anterior assinalou (veja-se Jr 31:31-34). Comer o pão e beber a taça mostra que estamos recordando a morte de Cristo por nós e renovando nosso pacto de lhe servir.

11:25 Jesus disse: "Façam isto todas as vezes que a beberem em memória de mim". Como devemos recordar a Cristo na ceia do Senhor? Pensando no que fez e por que o fez. Se a ceia do Senhor só se converter em um ritual nada mais ou em um hábito piedoso, deixou que nos recordar a Cristo e perdeu seu significado.

11.27ss Paulo dá instruções específicas relacionadas com a forma em que devesse celebrá-la ceia do Senhor. (1) Deveríamos participar da ceia do Senhor com uma atitude de arrependimento porque recordamos que Cristo morreu por nossos pecados (11.26). (2) Deveríamos tomá-lo dignamente, com reverência e respeito (11.27). (3) Deveríamos nos examinar a nós mesmos para ver se tivermos algum pecado sem confessar ou alguma atitude de ressentimento (11.28). Estamos preparados e preparados solo quando acreditam no e o amamos. (4) Deveríamos considerar a outros (11.33), esperando até que todos estejam pressentem e participando dela em ordem e em unidade.

11.27-34 Quando Paulo diz que ninguém deve tomar indignamente a ceia do Senhor, estava dirigindo-se aos membros da igreja que estavam participando dela sem pensar no que realmente significava. Todo aquele que atua assim "será culpado do corpo e do sangue do Senhor". Em lugar de honrar seu sacrifício estavam participando da culpa dos que tinham crucificado a Cristo. Em realidade, ninguém é digno de participar da ceia do Senhor. Todos somos pecadores salvos por graça. Esta é a razão pela que deveríamos nos preparar para a comunhão por meio de uma introspecção saudável, confissão de pecado e o acerto de diferenças com outros. Estas ações removerão as barreiras que afetam nossa relação com Cristo e com outros crentes. Não permita que o reconhecimento de seu pecado o afaste da comunhão, procure ser dirigido a participar dela.

11:29 "Sem discernir o corpo do Senhor" significa não entender o que a ceia do Senhor representa e não distinguir a de uma comida normal. Os que fazem isto se condenam a si mesmos (veja-se 11.27).

11:30 "Muitos dormem" é outra forma de descrever a morte. Que algum deles morrera pode ser um julgamento sobrenatural sobre a igreja em Corinto. Este tipo de disciplina ressalta a seriedade do serviço de comunhão. O ceia do Senhor não deve tomar-se com ligeireza, este novo pacto custou ao Jesus sua vida. Não é um ritual sem significado, a não ser um sacramento dado por Cristo para nos ajudar a fortalecer nossa fé.

11:34 As pessoas devem vir à a Santa janta desejando a comunhão com outros crentes e preparados, não para saciar-se com uma grande janta. "Se algum tuviere fome, coma em sua casa" significa que podiam jantar de antemão e vir à comunhão com suas mentes postas no marco adequado.

COMO TOMAR DECISÕES EM ASSUNTOS DELICADOS

Se escolher um curso de ação,

-- ajuda meu testemunho por Cristo? (9.19-22)

-- sou motivado em meu desejo de ajudar a outros para que conheçam cristo? (9.23; 10.33)

-- ajuda-me a fazer o melhor? (9.25)

-- vai contra algum mandamento específico das Escrituras e motiva a que peque? (10.12)

-- é o melhor e o mais benéfico curso de ação? (10.23, 33)

-- estou pensando só em mim ou realmente me preocupam as outras pessoas? (10.24)

-- estou atuando com carinho ou egoístico? (10.28-31)

-- glorifica a Deus? (10.31)

-- motiva isto a que alguém peque? (10.32)

Todos nós tomamos centenas de decisões cada dia. Muitas delas não têm ataduras corretas ou incorretas: como o que veste ou o que come. Mas com freqüência enfrentamos decisões que têm um pouco mais de peso. Não queremos fazer o incorreto e não queremos ser causadores de que outros o façam então como podemos tomar essas decisões?


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34
O Apóstolo exorta seus leitores a imitar o seu espírito e comportamento (1Co 11:1)

Não é de admirar que os cristãos primitivos em Corinto necessária instrução especial em conceitos próprios de, e comportamento em, adoração. Eles foram em grande parte da extração de pagão e conhecia apenas as práticas apaixonados e egoístas que caracterizaram essa adoração. Eles eram ignorantes de tais tradições cristãs como são conhecidos na igreja hoje. Dois principais abusos que estavam na necessidade de correção foram o comportamento das mulheres na casa de culto e o comportamento dos cristãos na Ceia do Senhor.

1. A boa conduta no culto (11: 2-16)

2 E louvo-vos que me lembre-se em todas as coisas, e guarda-as tradições, assim como eu-los entreguei. 3 Mas eu gostaria que você soubesse, que o cabeça de todo homem é Cristo; ea cabeça da mulher é o homem; . e a cabeça de Cristo é Deus 4 Todo homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua cabeça. 5 Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça; pois é uma ea mesma coisa como se estivesse rapada. 6 , se a mulher não é velada, deixá-la também ser tosquiado: mas se é uma vergonha para uma mulher ser tosquiada ou rapada, cubra-se com véu. 7 Para um homem, na verdade, não deve cobrir a cabeça, porquanto ele é a imagem e glória de Deus.: mas a mulher é a glória do homem 8 Porque o homem não é da mulher; mas a mulher do homem: 9 nem foi o homem criado por causa da mulher, mas a mulher para o homem: 10 para esta causa, a mulher deve ter um sinal de . autoridade sobre sua cabeça, por causa dos anjos 11 Não obstante, nem é a mulher sem o homem, nem o homem é sem a mulher, no Senhor. 12 Porque, como a mulher veio do homem, assim também o homem pela mulher; mas todas as coisas são de Dt 13:1 ). Há, no entanto, alguma incerteza sobre alusão do Apóstolo aqui. Como quer que seja, ele segue imediatamente o seu elogio com castigos severos e instruções para a correção de certos abusos que acompanham sua adoração.

Paulo tinha, evidentemente, aprendi que algumas das mulheres cristãs emancipados estavam usando a sua liberdade em um inconveniente, se não vergonhoso, forma durante o culto público. A cultura pagã e costumes de Corinto colocado certas exigências muito rígidas sobre as mulheres se quisessem ser consideradas casto por sua sociedade. Uma dessas exigências era que uma mulher usar o véu em público. Só as mulheres de moral frouxa seria tão ousado a ponto de desconsiderar essa exigência. No entanto, algumas das mulheres cristãs de Corinto foram ostentando este costume no culto público e lançando assim se propensos a mal-entendidos e expondo a igreja a desgraça. Cada país e idade tem seus costumes peculiares e devem ser levados em consideração pela igreja se ele é influenciar as pessoas para Cristo. Pode parecer paradoxal que Corinth deve ter suas mil prostitutas dedicado ao culto de Afrodite, e ao mesmo tempo ter uma preocupação con para a modéstia ea pureza da feminilidade. Mas tal não é incomum em certos países até hoje. Existem atualmente Europeia, para não falar de cidades asiáticas, onde seria preso a uma mulher se ela deve aparecer em público em pijamas de rua, ou na praia em um maiô americana contemporânea. Em algumas das mesmas cidades, no entanto, a prostituição é legalizada e licenciada. Tal é a inconsistência da humanidade. Esta prática de culto com a cabeça descoberta sugere que as mulheres de Corinto foram considerando-se praticamente igual com os homens que não cobrem suas cabeças.

Essas mulheres podem considerar-se como emancipado dos costumes restritivas de pagão e da sociedade judaica, mas Paulo lembra-lhes que, como cristãos, eles são responsáveis ​​por sua conduta a Cristo através de seus maridos.

A cabeça (v. 1Co 11:3) definitivamente sugere uma relação de autoridade, mas é uma autoridade parceria (v. 1Co 11:11 ), na qual a mulher é o parceiro subordinado com o marido que é cabeça de sua casa (conforme Ef 5:22 ; Ef 4:15 ; Ef 5:23 ; Cl 1:18 , Cl 1:2:19 ; Gn 3:16 ; 1Co 3:23. ). A posição de superioridade do homem se deve ao fato de que ele foi criado, e que à imagem de Deus, a mais alta de todas as criaturas. Mulher por sua vez foi feita a partir de homem, e é, portanto, subserviente a ele. Deus decretou esta ordem através da natureza; e não existe evidência substancial de que alterou essencialmente, ou que vai fazê-lo. Um estadista observou americano que é um defensor da igualdade total de mulheres com os homens em todas as áreas da vida, declarou recentemente que a maior barreira da mulher para a realização de sua igualdade é a própria mulher. Ela não está disposto a abrir mão de seu papel de dependência do homem que ela poderia ser igual a ele. É sério duvidoso se ele nunca vai ser de outra forma. Isso não quer dizer que Paulo considerava a mulher como inferior ao homem, ou que ela deve ser assim considerado. É, antes, uma questão de subordinação posicional para o homem, e não um de essencial ou qualitativa na igualdade. É sabido que, em todas as áreas de emprego das mulheres preferem os superiores do sexo masculino para mulheres superiores.

Paulo escreveu aos Gálatas, que declara que "não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus "( Gl 3:28. , NVI). Com isso, ele ensinou a igualdade entre homens e mulheres em sua poupança de relacionamento com Cristo e as suas posições espirituais no corpo de Cristo. Mas essas mulheres tinham evidentemente entendido que ele quer dizer que eles não eram mais socialmente subordinadas aos homens. Dummelow diz:

Mas, assim como no caso da escravidão (ver em 1Co 7:21 ), o cristianismo não veio abolir as condições sociais existentes. Tem clonar muito para melhorar a condição da mulher, mas fê-lo de forma gradual. E quando tudo está dito, ainda há uma subordinação natural das mulheres para os homens; e a conduta dessas mulheres nas actuais circunstâncias da época era susceptível de trazer opróbrio sobre o cristianismo.

Paulo parece dizer no versículo 4 que a cobertura da cabeça era um sinal de submissão à autoridade de outro. Desde que o homem é a mais elevada criatura de Deus, ele está sob autoridade para nenhuma outra criatura. O homem é criado à imagem e glória de Deus (v. 1Co 11:7) e, portanto, a rezar com a cabeça coberta desonraria Deus. Paulo argumenta o contrário para a mulher, no entanto. Para ela a orar ou profetizar com a cabeça descoberta, seria para ela a desonrar o homem a quem ela está subordinada. Se ela não cumprir esta regra, Paulo argumenta, é bem a mesma coisa como se estivesse rapada (v. 1Co 11:5 ). Se ela rejeita a um, Paulo afirma que ela deve aceitar o outro, deixá-la ser desonrado por uma cabeça raspada (v. 1Co 11:6 ). É bastante evidente que Paulo queria dizer para subjugar e subordinar essas mulheres da igreja de Corinto que estavam abusando de seus privilégios sociais.

Por causa de sua posição suprema na criação de Deus, o homem é "a imagem e glória de Deus" (NVI; conforme Gn 1:26 , Gn 1:27 ), e ele, portanto, idealmente reflete a glória de Deus para além de qualquer outra criatura. Assim, ele não está subordinado a qualquer coisa criada, e está subordinado apenas a Deus. O lugar da mulher é a mais alta de todos na criação ao lado do homem. Assim, ela é considerada como a glória do homem.

Nos versículos 8:9 Paulo argumenta o propósito de mulher e que a prioridade do homem no plano divino. O homem foi criado pela primeira vez e, portanto, ele não se originou de mulher. Por outro lado, de acordo com a mulher história do Gênesis foi feita a partir de homem (Gn 2:1ff ). Nem foi o homem criado por causa da mulher, mas a mulher para o homem (Gn 2:18 ). Assim, em nenhum aspecto pode a prioridade reivindicação da mulher sobre o homem, como, evidentemente, algumas mulheres em Corinto estavam tentando fazer.

Referência aos anjos no versículo 10 tem intrigado muitos. Deve ser lembrado que os anjos foi dado um grande lugar no pensamento cristão e judeu cedo mais tarde. Eles foram pensados ​​para estar presente nos cultos de adoração dos fiéis. Portanto, Paulo acrescenta este peso extra para seu argumento para decoro feminino adequada nos cultos de adoração. O soberano Deus está presente, a Sua mediação Filho, que é o próximo na posição para Ele está presente. O homem, a glória da imagem de Deus está presente. E os santos anjos estão presentes. Portanto adorando mulheres, que são subordinados a todas as outras pessoas presentes, deve ter cuidado para não fazer nada indecente ou irregular.

Como é tudo desse argumento, muito do que parece estranho para os caminhos de cristãos ocidentais, a ser entendida e aplicada hoje? Em primeiro lugar, deve-se reconhecer que a antiga Corinto tinha a sua própria cultura e circunstâncias peculiar, que não eram a cultura e circunstância do homem ocidental moderno. O cristianismo é uma religião do espírito, a vida interior do homem (Lc 17:20 , Lc 17:21 ). Cristianismo aceita a cultura de cada povo e, em seguida, trabalha de dentro para mudar e transformá-lo gradualmente. Paulo estava escrevendo aos cristãos de Corinto cultura, para não modernos cristãos americanos. Os princípios que ele previstas são as mesmas para todos os cristãos de todos os tempos. As aplicações desses princípios são tão flexíveis e variados como as condições dos homens. Os princípios de modéstia feminina e subordinação posicional para o homem permanecer inalterados. A maneira ou métodos pelos quais ela expressa nestes princípios dependem em grande medida, em seu contexto cultural. Por exemplo, quando Paulo diz que uma mulher "cabelo ... é uma glória para ela" (v. 1Co 11:15 , NVI), como uma cobertura para a cabeça, ele está indicando um princípio. Ele não diz que a glória de seu cabelo depende da maneira particular em que ela usa-lo, se soltos pelas costas, em um pão francês, trançado, esmagados, se separaram, ou topete. Estas são questões que são relevantes para a cultura de um povo ou um determinado momento. O que é modesto ou tornar-se em uma única sociedade pode ser bastante imodesto em outro. Por exemplo, cabelos compridos soltos usado em algumas sociedades é propositadamente destinado a sedução e às vezes significa prostituição. Barclay cita uma antiga tradição rabínica no sentido de que era a beleza de cabelos compridos da mulher que levou os anjos para conviver com eles (Gn 6:2 ; Ef 5:22 ; 1Tm 2:8. ). Ele está no princípio e ele tem o apoio de toda a Igreja para sustentar sua posição.

2. Distúrbios da Ceia do Senhor (11: 17-22)

17 Mas em dar-lhe essa cobrança, eu te louvo não, para que não vos juntos para melhor, mas para pior. 18 Porque, antes de tudo, quando vos reunis na igreja, ouvi dizer que há entre vós dissensões; e eu acredito que em parte dela. 19 Para deve haver entre vós facções, para que os que são aprovados se tornem manifestos entre vós. 20 Quando, pois, vos ajuntai-vos juntos, não é para comer a ceia do Senhor: 21 no seu comeis, cada um toma antes de outro a sua própria ceia; e um fica com fome e outro se embriaga. 22 Não tendes porventura casas para comer e beber? Ou desprezais a igreja de Cod, e colocá-los à vergonha que não tem? O que devo dizer a você? hei de louvar-te? Neste Eu te louvo não.

Os cristãos de Corinto tinha pedido para obter instruções sobre a forma e significado de sua festa de amor e / ou a Ceia do Senhor. A passagem diante de nós constitui a resposta de Paulo a suas perguntas sobre essas questões. Muito evidentemente festa de amor da Igreja e da Ceia do Senhor ou eram duas ocasiões distintas ou dois aspectos de uma mesma ocasião. Estudiosos divergem em suas opiniões sobre o assunto.

1. Desaprovação de Paulo dos Transtornos Corinthian Fellowship (1Co 11:17)

A instrução que o Apóstolo oferece aos Coríntios sobre o assunto em questão é dado sob a forma de uma carga de autoridade. A sua situação é extremamente grave e que exige correção por alguém que está em condições de compreender, informar e pedir as reformas necessárias. Antes destas reformas pode ser instituída, é necessário fortemente para reprovar e até mesmo repreender os abusos existentes. A estrutura social feio existente deve ser demolida para dar lugar para a bela nova ordem social cristã que o apóstolo iria construir na igreja de Corinto. Ele já havia elogiado o Corinthians para manter outras tradições que ele tinha entregue a eles (1Co 11:2)

As causas dos seus distúrbios vergonhosas foram ambos negativos e positivos. O antigo mundo Oriental foi extremamente social e hospitaleiro, tanto do Oriente é para o tempo presente. Da mesma forma a mesma disposição caracteriza a maioria das sociedades primitivas contemporâneas. As pessoas freqüentemente se reuniu para as refeições comuns. Eles estavam compartilhando-ocasiões, quando cada participante contribuiu para a refeição de acordo com seus meios e capacidade. Suas contribuições foram agrupados para o bem comum de todos.

A Igreja Cristã assumiu e continuou este costume social dos pagãos, santificando-o com o seu reconhecimento da presença e bênção de Cristo entre eles. Foi uma ocasião beneficente e abençoado. Ele era conhecido como o agape festa ou amor. Ele proporcionou oportunidade para aqueles de maior meios materiais para contribuir para o bem-estar dos pobres e necessitados, sem a impressão de ostentação ou condescendência. Por outro lado, houve provavelmente muitos membros pobres e escravos da igreja para quem estes jantares da igreja foram as únicas refeições reais que teriam em toda a semana. Todo o caso parece ter sido a perpetuação do belo espírito que animou os cristãos em Jerusalém logo após Pentecostes (At 2:41 ).

Houve, no entanto, muitas distinções de classe e as diferenças de posição na sociedade pagã do primeiro século. Barclay diz:

O mundo antigo era muito rigidamente dividido; havia os homens livres e os escravos; havia os gregos e os bárbaros-as pessoas que não falavam grego; não usava os judeus e os gentios; havia os cidadãos romanos e as raças menores sem a lei; havia o culto e os ignorantes.

A Igreja de Jesus Cristo foi a única instituição que proporcionou um ponto de encontro comum para todas as classes da sociedade redimida. Paulo é cedo para elaborar este grande princípio (ver 12: 12-14 ). Foi, no entanto, apenas neste momento de sua maior oportunidade que os cristãos de Corinto mais vergonhosamente falhou. Eles permitiram que a antiga glória da sua fé a desvanecer-se e, consequentemente, revertido para a prática anticristão e anti-social de categorizar sua sociedade igreja, segundo o costume pagão. Esta não é a primeira evidência de tal apostasia encontrado no início da Igreja. Até Pedro e Barnabé participou de uma divisão de classes da igreja de Antioquia, uma prática que Paulo condenou severamente (Gl 2:11 ). Barclay diz da situação de Corinto: ". O que deveria ter sido uma bolsa havia se degenerado em uma série de cliques com consciência de classe" Assim, a igreja de Corinto não mais miseravelmente apenas onde ele deve ter conseguido mais gloriosamente, logo no agape amor -a banquete.

Paulo tinha ouvido falar de suas divisões (schismata ; conforme 1Co 1:10) nas festas de amor. Um pouco sarcasticamente ele comenta que essas divisões formais visíveis do partido foram bastante necessário para distinguir as classes sociais, como se quisesse dizer que "ninguém seria naturalmente notar as diferenças entre os highbrows e os lowbrows entre vós, senão para as tags do partido que você usa em (vv. igreja 18 , 19 ). Aparentemente Paulo aceitou apenas em parte os relatórios sobre essas divisões em Corinto, mas ele estava suficientemente convencido da sua existência para considerar o assunto digno de atenção apostólica (v. 1Co 11:18 ).

No versículo 19 , o Apóstolo cobra que já não se encontram para amor de festa comunhão cristã, mas para a igreja Snob-partes o que poderia ser mais bem marcados. Categoricamente Paulo nega que o tipo de coisa que estão fazendo é a Ceia do Senhor. É a sua festa-jantar, mas não a Ceia do Senhor.

O versículo 20 parece apoiar a posição assumida aqui, que com a igreja de Corinto, se não com todas as igrejas do primeiro século, a festa do amor e da Ceia do Senhor, mas eram dois aspectos da mesma instituição, este último provavelmente seguinte e culminando o ex- . Assim considerado, as palavras de Paulo aqui deixar claro que a Ceia do Senhor não foi uma mera refeição simbólica, pois é com a gente hoje. Além disso, ele era uma espécie de carry-in refeição em que cada contribuiu como ele foi capaz. Este tipo de refeição não era incomum nas religiões pagãs do dia. Foi chamado eranoi por eles. O agape festa ou o amor parece ter sido continuou na prática na 1greja primitiva como uma característica ou aspecto da Ceia do Senhor por algum tempo (2Pe 2:13. ; Jd 1:12 ). A realização destes dominada pelo partido pessoas da igreja havia descido ao nível das festas religiosas pagãs, onde cada pessoa ávida comemos e bebemos sem levar em conta qualquer outra pessoa e, em seguida, seguiu seu próprio caminho egoísta. Que as divisões partidárias estavam na linha de riqueza e posição social parece evidente. Aqueles que seriam seus amor festa se tornou uma caricatura sobre o cristianismo.

No versículo 22, Paulo castiga severamente esses egoísta, glutões intolerantes com uma série de perguntas afiadas, mordendo, a importação de que pode ser parafraseada da seguinte forma: (1) Por que você não comer as suas refeições em casa em vez de levá-los à igreja fazer um show de sua abundância? (2) Você busca para desgraçar a igreja com sua conduta escandalosa? (3) É a sua intenção de colocar a outros vergonha na igreja, mostrando-lhes como se ninguéns pobres? (4) Você acha que vou me tornar um participante de sua culpa, dando-lhe a minha sanção? Na verdade eu não vou! Eu não tenho nada, mas a culpa e condenação por tal conduta imprópria de cristãos professos.

3. Significado e boa administração da Ceia do Senhor (11: 23-26)

23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; 24 e, havendo dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é por vós; fazei isto em memória de mim. 25 Do mesmo modo também o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, quantas vezes vós beber -lo , em memória de mim. 26 Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, vos anunciamos a morte do Senhor até que ele venha.

Se eu Corinthians foi escrito mais cedo do que qualquer um dos evangelhos, como parece mais provável, então o versículo 23 seria o mais antigo relato bíblico da instituição da Comunhão Cristã do Senhor. Vale ressaltar que nesta conta apenas Paulo inclui a continuação do sacramento até a volta do Senhor. Como ou quando Paulo recebeu do Senhor essa ordenança ele não diz, e não se sabe ao certo. Os verbos utilizados para recebidos e entregues sugerem fortemente que esta já era uma tradição na 1greja primitiva.Texto de Paulo, no entanto, aponta para uma revelação direta, pessoal da portaria com ele a partir de Cristo.

Nos versículos 23:25, Paulo reitera determinado aspecto da Comunhão que anteriormente tratada no capítulo 10 . Aqui pode-se notar que os fatores que o apóstolo enfatiza na administração da Comunhão Cristã são as seguintes: (1) O pão (um único pão) é tomada pela primeira vez pelo ministro oficiante. Isso ocorre porque o corpo de Cristo foi ferido em primeiro lugar e quebrado antes Seu sangue foi derramado. (2) O pão é consagrado com uma oração de ação de graças. (3) É quebrado em preparação para a distribuição. (4) O pão é identificado como tipificando o corpo e substitutivos sofrimentos quebrados de Cristo para os homens pecadores para que se tornasse seu Salvador. (5) A eficácia da morte de Cristo é personalizado na Comunhão pelas palavras, que é para você. (6) A comunhão é um memorial da morte e obra redentora de Cristo na cruz para a salvação do crente, fazei isto em memória de mim. (7) A taça é feita em seguida, após o jantar ou festa de amor (como parece ser o significado dessas palavras), e consagrado da mesma maneira como o pão. (8) A taça é explicado como sendo "a nova aliança no meu sangue" (NVI). Este cálice é a contraparte cristã da Páscoa judaica Festa taça de agradecimento no final do que festa. Cristo é a nossa Páscoa. Estas palavras parecem claramente fazer a representante xícara de algo diferente de si, eliminando assim os motivos para tanto a transubstanciação, ou as teorias consubstanciação da Ceia do Senhor. A antiga aliança foi um pacto da lei e promessa. A nova aliança é uma aliança de graça e realização. (9) O copo, como o pão, é um memorial a obra redentora de Cristo na vida do comungante, uma vez que representa a vida do Salvador dada para os pecados do crente. (10) A Comunhão tipifica a salvação do crente que se estende desde a cruz para a Segunda Vinda de Cristo; de fé salvadora inicial do crente até o retorno de Cristo. A Comunhão olha para trás para a morte de Cristo, à frente com a promessa de Sua volta, e até o presente experiência do crente. Assim, é totalizante da salvação do homem.

4. Julgamento em Ceia do Senhor (11: 27-32)

27 Portanto, qualquer que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. 28 Mas deixe um homem provar a si mesmo, e assim coma do pão, e beba do cálice. 29 Porque o que come e bebe, come e bebe juízo para si mesmo, se não discernir o corpo. 30 Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem. 31 Mas, se discernem nós mesmos, não deve ser julgado. 32 Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para que não sejamos condenados com o mundo.

33 . Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, espere uns pelos outros 34 Se alguém tem fome, coma em casa; que a sua aproximação não ser para o juízo. E o resto eu vou colocar em ordem whensoever que eu venha.

Os versículos 27:29 constituem uma advertência solene a todos os comungantes contra participando indignamente da Comunhão. Não há ato mais sagrado ou solene de adoração do que a de participar da Ceia do Senhor. Se ela é tratada de forma hipócrita, descuidado, ou irreverente, os pecados participantes gravemente contra o Senhor que os símbolos representam. Seu ato irreverente é o mesmo que o re-crucificação de Cristo. Assim, ele é o "culpado do corpo e do sangue do Senhor" (NVI).

Exame preparatório do comunicante comandou no versículo 28 é duplo. Primeiro, ele deve considerar cuidadosamente o significado mais profundo do rito em relação a sua esperança de salvação pessoal. Em segundo lugar, ele deve diligentemente, em espírito de oração, e considerar honestamente seu pessoal motivações, atitudes, comportamento e compromisso com o seu Senhor. Se o arrependimento ou recommitment é necessário, ele deve dar muita atenção a eles antes de participar. Referência para o pão e a taça nesta passagem apontam claramente para o significado simbólico ou típico dos elementos, em vez de quaisquer teorias transubstanciação ou consubstanciação.

A importância da advertência anterior torna-se mais clara no versículo 29 . Se o participante não entender corretamente o significado do ritual e distinguir claramente entre uma refeição comum e da Ceia do Senhor, que ele traz sobre si a condenação (e não "condenação") ou julgamento punitivo. Esta não é uma decisão definitiva até a condenação de sua alma, mas o julgamento projetado para trazer o infrator ao arrependimento e reforma moral.

Paulo parece sugerir, no versículo 30, que muitos cristãos de Corinto sofrem males físicos, e alguns já morreram, como resultado dos efeitos da condenação mental e espiritual em suas vidas. Que os males espirituais não raro causado efeitos físicos graves é bem conhecido tanto a psiquiatria moderna e da ciência médica. Uma autoridade afirma que, apesar de cerca de metade dos pacientes nas instituições mentais da América estão aflitos com transtornos mentais que têm uma base mais ou menos orgânica,

a outra metade dos pacientes mentais institucionalizados estão aflitos com desarranjos as fontes de que não podem ser divulgados por quaisquer dispositivos mecânicos, até agora, artificial. ... Uma vez que nenhum defeito orgânico ou lesão é detectável, presume-se que as origens desses distúrbios são o que chamamos psicológico.

Essa mesma autoridade indica que uma grande percentagem dessas pessoas que estão vivendo em irrealidade pode ser devolvido para a sociedade como indivíduos normais se eles poderiam ser levados à praça com a realidade. Que não seja que muitos em Corinto que estavam aflitos (fracos e doentes) sofriam de suas próprias doenças físicas psicologicamente superinduced resultantes da auto-condenação que estar errado produz? Esta sugestão não tem a intenção de afastar a condenação ou condenação que o Espírito de Deus traz diretamente para a mente e alma do homem para a ilegalidade. É provável que ambos os fatores estavam envolvidos na má conduta de alguns dos cristãos de Corinto na Ceia do Senhor.

Não há uma causa para julgamento de Deus sobre os da sociedade, ou de auto-julgamento, no sentido da condenação, na vida de qualquer pessoa que se julga corretamente e ordens a sua conduta em conformidade (v. 1Co 11:31 ).

O versículo 32 deixa claro que o propósito de Deus na administração de julgamento, seja por imposição direta ou através de meios naturais, é corretiva, com o objectivo de salvar o indivíduo de que o julgamento irreparável que será o destino final dos incrédulos.

Nos versículos 33:34 Paulo retorna diretamente para o problema central de toda esta discussão. Trata-se de conduta irregular do leitor na Ceia do Senhor. Uma vez mais o uso de Paulo de irmãos suaviza qualquer aspereza ou lesões que suas críticas severas pode ter deixado. Sua admoestação final é que eles corrigir os abusos, de forma a tornar-se. Se a fome parece excluir esperando por membros tardias, como escravos, que deve vir tarde, então deixe-o faminto comer em casa antes de vir para a igreja, que não pode cair em condenação por conduta imprudente. Além disso instrução é prometido quando ele visita-los.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34
Nos capítulos 11—14, Paulo lida com a desordem na congregação pú-blica de Corinto. Certos problemas tornam-se evidentes à medida que lemos esses capítulos: as reuniões desorganizadas e antibíblicas deles, as mulheres lideravam os homens, muitos membros competiam pela li-derança e pela oportunidade de falar e, em geral, havia confusão, e eles da-vam um testemunho pobre diante do perdido. O capítulo 11 preocupa-se especificamente com a desorganiza-ção na ceia do Senhor, e os capítu-los 12—14 discutem a adoração pú-blica na congregação e os princípios que devem reger os cultos.

  1. A causa da desorganização na ceia do Senhor (11:1-22)
  2. A falta de submissão das mulheres (vv. 1-16)

Não é verdadeira a acusação fre- qüente que fazem a Paulo de que critica as mulheres e as põe em uma posição inferior. Ele percebia que Deus gostava de ordem e que havia confusão e perda de poder quando qualquer coisa parecia acontecer de forma desorganizada. Em mo-mento algum, Paulo ensina que, aos olhos de Deus, as mulheres são inferiores aos homens, mas que o Senhor estabeleceu o princípio da liderança (não de despotismo) em que Cristo é o Cabeça do homem, e este o cabeça da mulher. Corin-to violava esse importante princí-pio. As mulheres competiam com os homens pela liderança pública na igreja. Além disso, as mulheres não mantinham a posição adequa-da a elas na celebração da ceia do Senhor e vinham com a cabeça descoberta; esse é o problema que Paulo discute nessa passagem.

Lembre-se: Corinto era uma cidade imoral que tinha prostitutas cultuais, as "sacerdotisas" do tem-plo. Um sinal da mulher pecadora era o cabelo curto. Essas mulheres, com freqüência, andavam pela ci-dade sem o véu na cabeça. Mesmo hoje, as mulheres não saem em pú-blico sem véu na cabeça em alguns países orientais. Não usar o véu é um sinal de desrespeito ao marido e pode ser interpretado como um convite ao pecado. Na verdade, mesmo entre os judeus, a cabeça raspada era sinal de imoralidade (veja Nu 5:11-4, em especial o v. 18). Por isso, Paulo adverte as mu-lheres da igreja contra não perde-rem seu testemunho ao adorar em público com a cabeça descoberta. Esse véu (ou cobertura) era um si-nal de submissão ao Senhor e ao marido e da aceitação do princípio de liderança.

Mesmo hoje, os judeus ortodoxos usam solidéu de oração na ado-ração em suas sinagogas, mas essa é uma prática que Paulo proíbe na igreja local. Cristo é o Cabeça do homem. Assim, se um homem põe um chapéu na adoração, ele deson-ra seu Cabeça. Se uma mulher não usa o véu na cabeça, desonra o ma-rido porque a mulher foi criada "por causa do homem" (v. 9). É claro que o simples fato de vestir (ou não) uma peça de vestuário não muda o cora-ção. Paulo presume que essas cristãs cumpriam o princípio da liderança no coração, apenas não o estavam respeitando externamente.

Paulo apresenta diversas razões por que a mulher deve conservar seu lugar apropriado na igreja: (1) para honrar o marido; (2) para honrar a Cristo, o Cabeça da igreja; (3) para concordar com o próprio plano da criação, pois Deus fez a mulher para o homem; (4) porque os anjos vi-giam nossa adoração e sabem o que fazemos (v. 10); (5) porque a própria natureza deu cabelos longos às mu-lheres e curtos para os homens, en-sinando, dessa forma, a submissão; (6) porque todas as igrejas adotam essa prática (v. 16). Como se aplica a nós, hoje, essa regra de usar chapéu e ter cabelo curto? Temos de admitir que um homem ou uma mulher fora de lugar sempre é um obstáculo ao trabalho de Deus, embora hoje não tenhamos a mesma situação com que Paulo lidava. A igreja local deve ter modéstia tanto no vestir como no agir. Não ousemos nos conformar ao mundo a fim de não perder nosso testemunho.

  1. A divisão na igreja (vv. 17-19)

As divisões e os partidos (heresias) da igreja se evidenciam nas reuni-ões públicas, mesmo quando são mantidas em segredo. A ceia do Se-nhor fala da união dos crentes, e a divisão na igreja nega essa mensa-gem maravilhosa.

  1. Os motivos egoístas (vv. 20-22)

A igreja primitiva, com freqüência, fazia uma "festa de amor", uma refeição de confraternização, em conjunto com a ceia do Senhor. O rico trazia alimentos em fartura, enquanto o pobre, sentado ao seu lado, tinha uma casca de pão. Pau-lo pergunta-lhes: "Não tendes, por-ventura, casas onde comer e beber? Ou menosprezais a igreja de Deus?" (v. 22). Os crentes não podem com-partilhar a ceia do Senhor e ser abençoados se não amarem uns aos outros.

  1. As conseqüências dessa desorganização (11:23-30)
  2. Eles eram julgados> em vez de abençoados (vv. 23-29)

Aparentemente, Cristo deu pesso-almente instruções a Paulo a res-peito da ceia do Senhor, pois o apóstolo não estava no cenáculo quando se instituiu essa prática.

Paulo fala do corpo dilacerado e do derramamento do sangue de Cristo por sua igreja, o que é um lembre-te constante do amor do Senhor e de seu retorno. Lembramos a cruz e aguardamos o retorno. Por causa dos abusos ocorridos na igreja de Corinto, a ceia do Senhor deixou de ser uma bênção para seus mem-bros e trouxe julgamento. As reuni-ões deles eram "não para melhor, e sim para pior" (v. 1 7)! Esta é a for-ma em que os assuntos espirituais operam: tudo o que é para ser uma bênção torna-se uma maldição se seu coração não for correto.

  1. Eles foram disciplinados (v. 30)

Deus mandou doença e até morte à igreja de Corinto, porque compar-tilhava a ceia do Senhor de forma indigna. Paulo não determina que temos de ser "dignos" para comer à mesa do Senhor, pois, se esse fosse o caso, ninguém poderia compar-tilhar da mesa do Senhor. Embo-ra não sejamos dignos, podemos compartilhar de forma digna ao compreender o que a ceia signi-fica: ter um coração sem pecado, estar cheio de amor por Cristo e por seu povo, estar disposto a obe-decer à Palavra dele. Muitas vezes, os cristãos pensam que seu com-portamento negligente pode passar despercebido na igreja, mas isso é impossível. Se nosso coração não for correto diante de Deus,ele tem de nos disciplinar a fim de nos tra-zer ao lugar de bênção.

  1. A correção da desorganização (11:31-34)
  2. Autojulgamento (vv. 31-32)

Se encaramos nossos pecados, se os julgamos e confessamos, então Deus não nos disciplina. No versí-culo 28, Paulo ordena: "Examine- se, pois, o homem a si mesmo". Te-mos de examinar três "aspectos" na ceia do Senhor: examinarmos nosso interior e confessarmos nossos pe-cados; examinarmos nosso passado e relembrarmos o Calvário; exami-narmos o futuro e aguardarmos com ansiedade o retorno dele. O princí-pio é claro: se não julgarmos nossos pecados, Deus terá de julgar-nos.

  1. Amor mútuo (v. 33)

Paulo escreve: "Assim, pois, irmãos meus, quando vos reunis para comer, esperai uns pelos outros!". Com isso, quis dizer o seguinte: "Não pense apenas em você mesmo, pense nos outros". Esse é o amor cristão: pôr os outros adiante de nós mesmos. Pou-cos cristãos obedecem a esse prin-cípio no que se refere à adoração. Perguntamo-nos, quando vamos à igreja: "Será que conseguirei alguma coisa com o culto de hoje?", quando deveriamos perguntar: "O que posso fazer ou dizer que seja uma bênção para alguém?".

  1. Discernimento espiritual (v. 34)

O lugar de fazer refeições é em casa, embora não haja nada de errado com as refeições de confraterniza-ção da igreja. É necessário ter dis-cernimento espiritual para manter a igreja em sua atividade correta e não deixá-la se desviar de seu propósito. A finalidade do ministério da igreja local não é entreter nem alimentar os santos, mas edificar uns aos ou-tros a fim de que todos possam le-var outras pessoas a Cristo. Deve-se estipular como um princípio básico que a igreja local não deve fazer o que Deus estipulou que a família e o governo fizessem. Não faz parte dos propósitos da igreja educar crian-ças, embora muitas pessoas, quan-do seus filhos agem errado, culpem a igreja e a escola dominical!

Se seguirmos esses princípios, então nossa congregação se reunirá para bênção, não para juízo ("con-denação", vv. 29,32,34).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34
11.1 Pertence a 10:23-33. Quem imita a Cristo deve ser imitado.
11.2 As tradições (gr pardoseis). A instrução cristã fundamental transmitida oralmente ou por escrito (2Ts 2:15; 2Ts 3:6; 1Co 15:3).

11.3 O cabeça, i.e., autoridade. Todo. Homens cristãos em particular (Cl 1:18). Mulher. Refere-se às casadas. Cristo. Conforme 15:24-28.

11:4-6 Rapada. Como mulheres adúlteras.

11:7-9 O homem é o auge da criação de Deus (Gn 1:26s). Ele manifesta a glória de Deus.

11.10 Do anjos. Eles observam e auxiliamos cristãos (He 1:14). Véu (gr exousia, "autoridade"). Com o véu a esposa protegia sua própria dignidade e mostrava submissão ao marido. Os bons anjos aceitam sua subordinação (Is 6:2; 2Pe 2:4; Jd 1:60s). Aprovados (gr dokimos). Eram os convertidos. É o contrário do adokimos em 9.27; 10.12; 2Co 13:5.

11.20 Vos reunis... para adoração. Não havia templos (At 1:15; At 2:1, At 2:44; At 3:1; Gl 2:12). A ceia. Era a refeição principal da noite, seguida pela eucharistia. Deixava de ser do Senhor, se deturpada.

11.22 Menosprezais a igreja, i.e., sua unidade, seus valores, normas, propósitos, e sua relação com Cristo como Cabeça.

11.23,24 Esta carta foi escrita antes dos evangelhos. É, portanto, o primeiro relato da Ceia do Senhor e a mais antiga citação de Jesus. Recebi do Senhor. É uma citação de Jesus (Mt 26:26ss). Contraste a solene tristeza da primeira Ceia com a dos coríntios. Dado graças (gr eucharistesas). Meu corpo. Se for literal, também o devem serJo 8:12; Jo 10:7; Jo 15:1; 1Co 10:4 Dado por vós. Morte vicária. Fazei isto, i.e., continuamente. Em memória. Feito em comemoração não como sacrifício (He 9:27s). De mim. O culto é cristocêntrico.

11.25 Não afirma: "é meu sangue" ("que ainda não se derramara"; mas sim que é "a nova aliança" (gr diatheke) (Jr 31:31-24) ratificada no sangue.

11.26 Anunciais (gr katangello). Proclamais um sermão dramatizado em palavra e símbolo como era a Páscoa (conforme 13 3:2'>Êx 13:3-10).

11.27 Por isso. Quer dizer que é uma ordenança sagrada, instituída pelo Senhor mesmo. Cálice do Senhor. Oferecido por Ele.

11.28 Examine-se (gr dokimazeto). Testar como a metais. Um rigoroso auto-exame (19;2Co 13:5; Jc 5:16; 1Jo 1:0; At 5:1-44; Jc 5:13-59).

11.31 Nos julgássemos (gr diakrino). Julgamento habitual para descobrir como realmente vamos e somos.

11.32 Deus se encarrega de nos disciplinar para nossa santificação, sem a qual não há salvação eterna (Rm 6:22; He 12:14). Mundo. No sentido moral, alienado de Deus.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34
11.1. Tornem-se meus imitadores: Nessa atitude de auto-sacrifício pela salvação de outros (10,33) que caracterizava Paulo e Cristo. Acerca de imitar Paulo, v. 4.16; Fp 3:17. Acerca de imitar Cristo, o supremo exemplo, v. Rm 15:2,Rm 15:3; 2Co 8:7-47; Ef 5:2; 2Ts 3:6) — tinham sido cuidadosamente obedecidas. O fato de eles terem escrito a Paulo com respeito aos seus problemas indica o desejo de se conformar com as instruções dele. v. 3. cabeça: Símbolo de autoridade, supremacia. homem: Aqui não no sentido genérico de humanidade, mas homem em contraste com mulher, o cabeça de todo homem é Cristo: Conforme Ef 1:22; Ef 4:15; Ef 5:21-49; v. tb. 1Co 5:3-46), mesmo que inclua enfermidade e morte, mundo (kosmos): Aqui significa tudo que está em inimizade com Deus, destinado a ser condenado; conforme ljo 5:19. v. 33,34. O remédio prático está com eles. esperem uns pelos outros: Satisfaça a sua fome em casa; essas são orientações corretivas que, junto com o auto-exame já exigido, vão criar a atmosfera adequada para a ceia do Senhor, instruções: Provavelmente em conexão com questões da carta dos coríntios que ainda não tinham sido respondidas, além de detalhes menos importantes concernentes às festas de amor e o culto de memória.

Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 2 até o 16

C. O Conselho Referente ao Uso do Véu pelas Mulheres nos Cultos Públicos. 1Co 11:2-16.

Nos capítulos 1Co 11:1 a 14 Paulo volta-se para discutir assuntos que se relacionam especialmente com o culto público da igreja. A parte dos dons espirituais (12:1 - 14:40) foi escrita em resposta a uma pergunta da igreja (com s.1Co 12:1, peri de). O capítulo que dá início ao assunto é o resultado de um relatório pessoal (1Co 11:18). A primeira questão a ser discutida é o véu, ou cobertura, da cabeça das mulheres, e Paulo orienta que cubram as cabeças durante a reunião. Ele considerava a inovação dos coríntios (ao que parece algumas estavam presentes às reuniões com as cabeças descobertas) como "irreligiosa mais do que indecorosa" (MNT, pág. 150), mostrando assim que suas objeções nada tinham a ver com os costumes sociais. (Alguns comentadores apelaram para o costume social a fim de se livrarem da decisão de Paulo.) Aqui só está em exame o culto. O apóstolo apresenta diversos motivos para defesa do seu ponto de vista.


Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 7 até o 12


2) Razões Bíblicas. 1Co 11:7-12.

Os fatos da criação (vs. 1Co 11:7-9, 1Co 11:12, 1Co 11:13) e á presença de anjos no culto (v. 1Co 11:10) são trazidos à baila.


Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 11 até o 12

11,12. Aqui Paulo apresenta o outro lado da verdade. O homem e a mulher são necessários, um para o outro, no Senhor; na verdade, o homem deve sempre se lembrar que ele existe porque provém da mulher. E ambos de Deus.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 2 até o 34
c) Culto público-os princípios em jogo (1Co 11:2-46) -Nesta seção Paulo dá instruções a respeito da conduta própria dos cristãos, homens e mulheres. Embora à primeira vista algumas de suas declarações sejam difíceis de compreender (veja-se v. g. vers. 10), todavia, se refletirmos na passagem, podemos ver a importância do seu ensino geral e sua necessidade hoje. Os costumes sociais que fornecem o fundo de cena para o pensamento dele são, naturalmente, diferentes dos nossos; mas os fatores envolvidos são os mesmos, a saber, modéstia, propriedade, ordem.

>1Co 11:3

Cristo é o cabeça de todo homem (3). Este vers. coloca a matéria toda em sua perspectiva própria. Paulo enuncia um princípio, grande e básico, da ordem da criação, e aplica-o na solução da matéria em apreço. Cabeça coberta (4). Cobrir a cabeça é sinal de sujeição. O homem, criado à imagem de Deus (7), não precisa "cobrir-se" na presença das outras criaturas (talvez inclusive os anjos), mas é apropriado às mulheres fazerem assim, visto que, por desígnio de Deus, ela é sujeita ao homem. Rapada (6). Uma mulher rapar a cabeça naqueles tempos, era sinal de vergonha ou desgraça, indicativo de que a tal era adúltera. A mulher para o homem (9). O conceito que a Escritura faz do casamento é tal que, apesar de a mulher dever obediência a seu marido, os deveres deste para com sua esposa defendem-na de ser dominada arbitrariamente por ele (veja-se v. g. 1Pe 3:7).

>1Co 11:10

Portanto deve a mulher trazer véu na cabeça (10), como "sinal de autoridade" (ARA). Tem havido muitas interpretações para este vers. difícil. A mais simples parece também ser a mais natural. O vers. precedente declarou que a mulher se originou do homem e foi criada por causa dele. Cobrir a cabeça era um modo de reconhecer (ou era um "sinal" de) esta ordem divina na obra da criação, símbolo da autoridade do seu marido. Por causa dos anjos (10). Para nós é uma frase de sentido obscuro, mas provavelmente era bem compreendida pelos cristãos coríntios da época. Alguns relacionam este vers.com a narrativa da união dos "filhos de Deus" com "as filhas dos homens" em Gn 6 (onde a Septuaginta tem angeloi pelos "filhos de Deus"), mas a razão de tal referência aqui não é muito clara. Uma interpretação mais simples é a que vê aqui uma referência ao fato de os judeus e a Igreja Cristã primitiva pensarem que os anjos estavam presentes em suas reuniões de culto. Onde estiverem reunidos, santa e ordeiramente, cada adorador deve mostrar que reconhece a ordem da criação divinamente estabelecida. Paulo reforça seu argumento apelando para o costume natural e o senso comum. Não vos ensina a própria natureza (14). Devemos pois traduzir seu conselho em termos aplicáveis aos costumes de hoje em dia, a fim de garantirem condições que, semelhantemente, produzam modéstia, propriedade e ordem.

>1Co 11:17

2. A OBSERVÂNCIA DA CEIA DO SENHOR (1Co 11:17-46) -Paulo agora passa ao importante assunto do modo de observar a Ceia do Senhor na 1greja. Nos tempos apostólicos era, com regularidade, precedida da "festa do amor" (gr. agape), a fim de, sem dúvida, estabelecerem um confronto mais estreito com a última Ceia. Como era de praxe, cada membro levava sua comida. Contrastando com as reuniões sociais costumeiras, ricos e pobres se juntavam nessas festas cristãs, de modo que tinha de haver considerável disparidade nas quantidades de alimento que uns e outros forneciam. Mas, ao invés do repartirem os alimentos com todos, cada qual conservava para si a parte que tinha levado, com o vergonhoso resultado descrito no vers. 21. E assim as tais festas, que tinham o intuito de fomentar sociabilidade, falhavam inteiramente neste objetivo, e o apóstolo a bem dizer aconselhou a suspensão delas (veja-se o vers. 22).

Por causa desses abusos, Paulo declara que não pode louvar os coríntios nesse particular (17), em contraste com o elogio que lhes fez por observarem as ordenanças (tradições) que lhes entregara (veja-se o vers. 2). Volta a referir à existência de partidos entre eles (18), acrescentando: até mesmo importa que haja partidos (heresias) entre vós para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio (19). Heresia não é somente sustentar uma opinião errônea, mas é escolhê-la definitivamente e tomar posição a seu lado. O propósito de Deus, consentindo essas facções, é tornar manifestos aqueles que são aprovados por Ele. Paulo então declara: o que eles fazem, quando se reúnem, não é absolutamente celebrar com propriedade a Ceia do Senhor (20). Permitindo excessos, deixando que, alguns saiam dali com fome, e envergonhando os membros mais pobres da congregação, com isto menosprezam a Igreja de Deus (22). Esta frase pode ser relacionada com o vers. 29, tendo-se em mente que estoutra vos reunis na 1greja (18) não se refere, naturalmente, a ajuntamento num templo, mas descreve a natureza especial e solene dessa reunião. O que se condena em toda esta passagem é deixar de discernir ou formar opinião sobre o corpo (isto é, a Igreja) quanto ao seu verdadeiro valor.

>1Co 11:23

A narrativa completa que o apóstolo faz da instituição da Ceia do Senhor (note-se que ele declara tê-la recebido do Senhor) é a fórmula que a Igreja desde então tem usado na celebração desse rito (23-25). O vocábulo "eucaristia" vem da palavra grega que significa dar graças (24) e às vezes se emprega em lugar de Santa Comunhão. Isto é o meu corpo (24). Toda idéia "carnal" de participação fica excluída pelo fato de o Senhor estar vivo quando disse essas palavras, isto é, foi antes de sua morte. O corpo e o sangue de Cristo são recebidos de uma maneira espiritual. Fazei isto (24). Estas palavras não estão em Mateus e Marcos; a ordem fundamenta-se, pois, no testemunho de Paulo. Suas palavras pressupõem que a prática vigorava na 1greja e compreende-se que procederam do próprio Senhor. Em memória de mim (24-25). A repetição é impressionante e nos dá a razão escriturística para a observância da Ceia do Senhor. Sua finalidade é fazermos recordação do Salvador, em todos os eventos de sua vida, mas principalmente de sua morte por nós na cruz; e, em recordá-lo, sentirmos sua presença conosco. A santa Ceia é, pois, uma "recordação" de Cristo e uma "comunhão" com Ele. Testamento (25) é o mesmo que "concerto". Os termos "Velho Testamento" e "Novo Testamento" derivam-se deste versículo. Anunciais (26). É o mesmo verbo usado em 1Co 9:14. A celebração desta ordenança é, portanto, o "grande anúncio da morte de Cristo" e um testemunho ao mundo a respeito da devoção dos cristãos ao seu Senhor, e da confiança deles na Sua morte até que Ele venha (26). Réu do corpo... (27). Este vers. é um solene aviso contra os que participam irrefletidamente da Ceia do Senhor. Essas palavras significam que esses tais são réus de um crime cometido contra a santidade do corpo e do sangue do Senhor, colocando-se destarte do lado dos inimigos de Cristo, que o crucificaram. Este memorial nos foi dado pelo próprio Cristo; o abuso dele leva à condenação (29) ou "juízo". Deve-se notar que indignamente (27-29) é uma coisa, "indignos" é outra, e tais nunca deixaremos de ser. O sentido exato do vers. 30 é obscuro. Pode ser interpretado metaforicamente, como a descrever a incompetência espiritual deles, coríntios; ou pode relacionar-se com o "juízo" do vers. 29 e interpretar-se como descrição dos males físicos que resultam dos excessos deles, sendo sinais externos do juízo de Deus. O vers. 31 urge que estejamos atentos sobre nós mesmos-nossos motivos e pensamentos-sendo castigados (disciplinados), porém não condenados (32). O apóstolo termina exortando que dirijam aquelas reuniões da Igreja de um modo decente e ordeiro, prometendo-lhes que discutirá ainda o assunto quando da próxima visita que lhes fizer (33-34).

O fato de Paulo ter dedicado tanto espaço à doutrina concernente à Ceia do Senhor mostra sua importância na vida cristã. Ao mesmo tempo, façamos dela uma idéia justa, sem exagero. Fora dos Evangelhos e desta Epístola, há muito poucas referências a esta ordenança. Sua instituição por nosso Senhor e o mandamento para que a celebremos em sua memória leva-nos a colocá-la no centro da nossa vida cristã. Contudo, concentrar nela nossa vida devocional é subverter o equilíbrio espiritual e, como sabemos da história da Igreja, isso conduz a erro grave e superstição.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34

26. A subordinação e Igualdade das Mulheres ( I Coríntios 11:2-16 )

Agora eu te louvarei, porque se lembra de mim em tudo, e segure firmemente as tradições, assim como eu-los entreguei. Mas eu quero que você entenda que Cristo é a cabeça de todo homem, eo homem é a cabeça de uma mulher, e Deus é a cabeça de Cristo. Todo homem que tem algo na cabeça, enquanto que ora ou profetiza, envergonha a sua cabeça. Mas toda mulher que tem a cabeça descoberta, ao orar ou profetizar, envergonha a sua cabeça; pois ela é uma ea mesma coisa com ela, cuja cabeça está raspada. Porque, se uma mulher não cobre a cabeça, deixe-a também seu cabelo cortado; mas se é vergonhoso para uma mulher para ter seu cabelo cortado ou raspado a cabeça, deixe-a cobrir a cabeça. Para um homem não deveria ter a cabeça coberta, já que ele é a imagem e glória de Deus; mas a mulher é a glória do homem. Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem; pois na verdade o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. Portanto, a mulher deve ter um símbolo de autoridade em sua cabeça, por causa dos anjos. No entanto, no Senhor, nem a mulher é independente do homem, nem o homem é independente da mulher. Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem tem o seu nascimento até a mulher; e todas as coisas provêm de Deus. Julguem vocês mesmos: é apropriado para uma mulher orar a Deus com a cabeça descoberta? O que não ensina a própria natureza que se o homem tiver cabelo comprido, é uma desonra para ele, mas se uma mulher tem o cabelo comprido, é uma glória para ela? Para o cabelo dela é dado a ela de véu. Mas se alguém está inclinado a ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus. ( 11: 2-16 )

O papel das mulheres tornou-se um campo de batalha na sociedade durante as últimas décadas. A luta pelos direitos das mulheres tem aumentado a um lugar de desequilíbrio na sociedade, que ameaça o futuro. Em nossos dias, os esforços do inimigo começou com a sociedade secular e trabalhou de volta para a igreja, que tantas vezes pega doenças do mundo e adota o espírito da época. Alguns líderes e escritores, em nome do cristianismo, têm ido tão longe como para ensinar os princípios que tentam redefinir, ou até mesmo alterar, as verdades bíblicas para acomodar os padrões de pensamento contemporâneo no mundo. Para fazer isso, é claro, eles têm que acreditar que Paulo, Pedro, e outros escritores bíblicos adicionou algumas de suas próprias opiniões a verdade revelada de Deus ou que os apóstolos, por vezes, ensinou culturalmente determinadas costumes ao invés de padrões divinamente revelado. Quando essa abordagem é adoptada, o homem deve decidir por si mesmo o que parte da Escritura é revelada e que é não-fazendo dele o juiz sobre a Palavra de Deus. Satanás febrilmente tenta perturbar a ordem divina de qualquer maneira que puder, e uma maneira fundamental é pervertendo os papéis e as relações homem-mulher.
A igreja de Corinto enfrentou uma situação semelhante à que enfrentamos hoje, e os crentes que escreveu Paulo ( 7: 1 ), aparentemente, tinha pedido a sua palavra sobre a submissão das mulheres. O apóstolo estava satisfeito que eles buscavam a revelação de Deus neste e nos outros, que eles amavam e respeitavam-no, e que, basicamente, eles realizaram a sã doutrina. Agora eu te louvarei, porque se lembra de mim em tudo, e segure firmemente as tradições, assim como eu-los entreguei. O termo lembrar significa ser lembrando continuamente, como indicado pelo tempo perfeito. Apesar de sua imaturidade e seus muitos problemas, eles respeitavam Paulo autoridade apostólica e da sabedoria divina, e em algumas áreas da doutrina estavam buscando conhecer e seguir a vontade do Senhor.

Tradições ( paradosis ) significa "aquilo que é repassada pelo ensino" e é usado de forma negativa no Novo Testamento, quando se refere a ideias ou práticas feitas pelo homem (como é Matt 15:2-6. ; Gl 1:14 ; Ef 4:15 ; Cl 1:18 ; etc.). Ele redimiu e comprou com seu próprio sangue ( 1Co 6:20 ; 1 Pe 1: 18-19. ; Ap 5:9 ). A maioria da humanidade nunca reconheceu a autoridade de Cristo, mas todas as coisas foram colocadas "em sujeição debaixo de seus pés" ( He 2:8. ). Aqueles que se submetem voluntariamente à sua autoridade constituem a igreja, e aqueles que se rebelam contra a Sua autoridade constituem o mundo. Em Sua paciência e tolerância Deus permitiu incrédulos rebeldes ignorar o senhorio de Cristo, mas um dia, mesmo que eles vão reconhecer a sua sujeição a Ele. Ele está no controle total de todos os homens, agora e para sempre.

Em segundo lugar, o homem é a cabeça de uma mulher . O princípio de subordinação e autoridade aplica-se a todos os homens e todas as mulheres, não só para maridos e esposas. Ele se estende para além da família a todos os aspectos da sociedade. Essa é a ordem básica da criação, como Paulo explica mais tarde ( vv. 8-9 ). Essa é a maneira que Deus planejou e criou a humanidade; é a maneira que Ele nos fez.

Parece que a maioria dos modismos e equívocos do mundo, eventualmente, encontrar o seu caminho para a igreja. Cristãos mundanos continuamente tentar encontrar maneiras de justificar seu mundanismo, se possível, com base das Escrituras. Feministas cristãs apelar para tais passagens como Gl 3:28 ("não há homem nem mulher") e 1Pe 3:7 . Isaías falou julgamento sobre sua geração, porque eles permitiram que as mulheres dominam sobre ele ( Is 3:12 ).

Em terceiro lugar, Deus é a cabeça de Cristo . Jesus fez nada mais claro do que o fato de que Ele submeteu-se à vontade de Seu Pai ( Jo 4:34 ; Jo 5:30 ; Jo 6:38 ; cf. 1Co 3:231Co 3:23. ; 15: 24-28 ; etc.). Cristo nunca foi, antes, durante ou depois da sua encarnação, de qualquer forma inferior em essência com o Pai. Mas, em sua encarnação Ele voluntariamente se subordinou ao Pai, em Seu papel como Salvador e Redentor. Ele amorosamente sujeitou-Se totalmente à vontade de Seu Pai, como um ato de humilde obediência no cumprimento do propósito divino.

Paulo gravatas inseparavelmente os três aspectos do princípio juntos. Como Cristo é submisso ao Pai e cristãos devem ser submissa a Cristo, as mulheres devem ser submissas aos homens. Você não pode rejeitar uma parte sem rejeitar os outros. Você não pode, por exemplo, rejeitar o princípio da submissão da mulher ao homem, sem rejeitar também a apresentação de Cristo ao Pai e submissão dos crentes a Cristo. É claro que a cabeça estar do homem da mulher significa a mesma coisa que ser cabeça de Cristo pelo homem que é, a submissão liderança exigindo soberana que reconhece o benefício de tal liderança do amor.

A autoridade e submissão em cada um desses casos é baseado no amor, não a tirania. O Pai enviou Cristo por amor, não por obrigação, para redimir o mundo; eo Filho apresentou ao Pai por amor, não compulsão. Cristo ama a Igreja, tanto que Ele morreu por ele; e Ele governa a Igreja no amor, não na tirania. Em resposta, a igreja está sujeita a Ele no amor. Da mesma forma, os homens em geral e, em particular, os maridos devem exercer sua autoridade no amor, não na tirania. Eles não têm autoridade, porque de maior valor ou maior capacidade, mas simplesmente por causa do projeto de Deus sábio e amoroso vontade. As mulheres respondem em submissão amorosa como eles foram projetados para fazer (cf. 1 Tim. 2: 11-15 ). Esta não é uma questão de dignidade parente ou valor, mas de tarefa e responsabilidade.

O princípio aplicado

Todo homem que tem algo na cabeça, enquanto que ora ou profetiza, envergonha a sua cabeça. Mas toda mulher que tem a cabeça descoberta, ao orar ou profetizar, envergonha a sua cabeça; pois ela é uma ea mesma coisa com ela, cuja cabeça está raspada. Porque, se uma mulher não cobre a cabeça, deixe-a também seu cabelo cortado; mas se é vergonhoso para uma mulher para ter seu cabelo cortado ou raspado a cabeça, deixe-a cobrir a cabeça. ( 11: 4-6 )

É melhor entender que Paulo está aqui se referindo às atividades dos crentes no ministério diante do Senhor e ao público, onde um claro testemunho é essencial.
Nos sentidos mais gerais orar é falar com Deus sobre as pessoas, incluindo nós mesmos, e profetizar é falar com as pessoas sobre Deus. Um é vertical (o homem com Deus) e o outro é horizontal (de homem para homem), e eles representam as duas dimensões primárias do ministério dos crentes. É certo que o detalhe desta passagem relacionada com coberturas de cabeça é difícil por causa da escassez de dados históricos. Mas o conteúdo ajuda a esclarecer o princípio Paulo tem em mente, seja qual for a cobertura especial pode ter sido. Ele quer que a igreja a viver de acordo com os padrões divinos.

Quando Paulo disse que um homem envergonha a sua cabeça se ele tem algo em sua cabeça, enquanto que ora ou profetiza , ele tinha que estar se referindo ao costume local de Corinto. A frase tem algo na cabeça , literalmente, significa "ter-se da cabeça", e normalmente é tomado para se referir a um véu. O contexto aqui implica que em Corinto tal cobertura para a cabeça teria sido completamente ridículo para um homem e completamente adequado para uma mulher. Para os judeus, que vieram a usar revestimentos de cabeça, a prática parece ter chegado no século IV D.C , embora alguns possam ter tentado-lo no tempo dos apóstolos. Mas em geral, foi considerada como uma desgraça para um homem culto com a cabeça coberta.

Parece, portanto, que Paulo não está afirmando uma exigência universal divino, mas simplesmente reconhecer um costume local. O costume cristão local, no entanto, que se reflecte o princípio divino. Na sociedade Corinthian de um homem que ora ou profetiza sem uma cobertura para a cabeça era um sinal de sua autoridade sobre as mulheres, que eram esperados para ter suas cabeças cobertas nesses ministérios. Por conseguinte, para um homem deve cobrir a cabeça seria uma desgraça, porque sugeria uma inversão das relações adequadas. desgraças sua cabeça poderia se referir a sua própria cabeça, literalmente e metaforicamente a do marido.

Nos dias de Paulo numerosos símbolos foram usados ​​para indicar relação de subordinação da mulher ao homem, particularmente das esposas aos maridos. Normalmente, o símbolo era na forma de uma cobertura para a cabeça, e no mundo greco-romana de Corinto o símbolo aparentemente foi um véu de algum tipo. Em muitos países do Oriente Próximo hoje o véu de uma mulher casada ainda significa que ela não vai expor-se a outros homens, que sua beleza e encantos são reservados exclusivamente para o seu marido, que ela não se importa mesmo para ser notado por outros homens. Da mesma forma, na cultura do primeiro século Corinto vestindo uma cobertura para a cabeça enquanto ministrando ou adorando era a maneira de afirmar a sua devoção e submissão ao seu marido e de demonstrar seu compromisso com Deus de uma mulher.
Parece, no entanto, que algumas mulheres na igreja de Corinto não estavam cobrindo suas cabeças ao orar ou profetizar . Nós sabemos da história secular que vários movimentos de libertação e feminismo da mulher apareceu no Império Romano durante os tempos do Novo Testamento. As mulheres muitas vezes tiram os véus ou outros revestimentos de cabeça e cortar o cabelo, a fim de se parecer com os homens. Assim como em nossos dias, algumas mulheres estavam exigindo a ser tratados exatamente como os homens e eles atacaram matrimônio e da educação dos filhos como restrições injustas sobre os seus direitos. Eles afirmaram sua independência, deixando seus maridos e casas, recusando-se a cuidar de seus filhos, que vivem com outros homens, os empregos tradicionalmente ocupados por homens exigentes, vestindo roupas e penteados dos homens, e descartando todos os sinais de feminilidade. É provável que alguns dos crentes de Corinto foram influenciados por esses movimentos e, como um sinal de protesto e de independência, recusou-se a cobrir a cabeça em momentos apropriados.

Tal como acontece com a carne que tinha sido oferecida aos ídolos, não havia nada em como usar ou não usar da cabeça cobrindo-se de que era certo ou errado. É a rebelião contra papéis ordenados por Deus que está errado, e em Corinto que a rebelião foi demonstrada por mulheres orando e profetizando com a cabeça descoberta.
O vestido é em grande parte cultural e, a menos que uma pessoa usa é imodesto ou sexualmente sugestivo, não tem significado moral ou espiritual. Ao longo dos tempos bíblicos, como em muitas partes do mundo hoje, tanto homens como mulheres usavam algum tipo de robe. Mas sempre houve algumas distinções claras de vestido entre homens e mulheres, na maioria das vezes indicada por revestimentos comprimento do cabelo e da cabeça.
É o princípio da subordinação das mulheres aos homens, não a marca ou símbolo de que a subordinação particular, que Paulo está ensinando nesta passagem. O apóstolo não está, que estabelece um princípio universal de que as mulheres cristãs devem sempre cultos com as cabeças cobertas.
A menção aqui de mulheres do que ora ou profetiza às vezes é usado para provar que Paulo reconheceu o direito do seu ensino, pregação e liderança na adoração da igreja. Mas ele não faz nenhuma menção aqui da igreja em adoração ou no tempo de ensino formal. Talvez ele tem em vista que ora ou profetiza em locais públicos, ao invés de no culto da congregação. Isso certamente se encaixam com as directivas muito claras em I Coríntios ( 14:34 ) e em sua primeira carta a Timóteo ( 2:12 ). O Novo Testamento não tem restrições de testemunho de uma mulher em público para os outros, até mesmo para um homem. Também não proibir as mulheres de tomar nonleadership papéis de orar com os crentes ou para os incrédulos; e não há restrição de ensinar as crianças e outras mulheres (cf. Tito 2:3-4 ; 1Tm 5:161Tm 5:16. ). As mulheres podem ter o dom da profecia, assim como quatro filhas de Filipe ( At 21:9 ).

O homem também é criado exclusivamente para levar a imagem de Deus como uma régua, a quem é dada uma esfera de soberania. Nesse sentido, ele também foi criado para ser a glória de Deus . Deus deu ao homem o domínio sobre todo o mundo criado, para cuidar de acordo com o Seu plano divino. O homem foi dado domínio do mundo. Tanto homens como mulheres são criados à imagem de Deus, mas como Paulo assinala no versículo 8 , a criação original do "pó da terra" foi de apenas Adão ( Gn 2:7 indica, dizendo: "Seu desejo será para o teu marido, e ele te dominará." Então, o homem é representar Deus em autoridade e governo, sendo assim, a glória de Deus. Depois de regra do homem queda foi reforçada. Por conseguinte, ele é não usar qualquer símbolo de subordinação.

Porque alguns rabinos antigos tinha interpretado mal Êxodo 34:33-35 , que ensinou que os homens judeus devem cobrir a cabeça quando oravam porque Moisés velado o rosto na presença da glória de Deus.Mas foi na presença do povo, e não a presença de Deus, que Moisés usava o véu. Como Paulo explica em sua próxima carta a Corinto, Moses ", usada para colocar um véu sobre o rosto que os filhos de Israel não pode olhar fixamente para o fim do que foi desaparecendo" ( 2Co 3:13 ). Ele não quer que eles vejam a glória de Deus, que ele havia recebido na presença de Deus, desaparecendo de seu rosto. A tradição judaica, de homens que cobrem suas cabeças para orar é, portanto, uma tradição humana, não um divino.

Por outro lado, a mulher é a glória do homem . Mulher foi feita para se manifestar a autoridade do homem e como o homem foi feito para manifestar autoridade e vontade de Deus. A mulher é vice-regente, que governa no lugar de homem ou que exerce a vontade do homem, assim como o homem é vice-regente de Deus que governa em Seu lugar ou realiza a Sua vontade. A mulher não brilha tanto com a luz direta de Deus como com a luz derivado do homem. Homem é tanto a imagem e glória de Deus, enquanto a mulher é apenas a imagem de Deus ( Gn 1:27 ), e não a imagem do homem, ea glória do homem, e não a glória de Deus. O ponto é que o homem mostra como uma criatura magnífica Deus pode criar a partir de si mesmo, enquanto a mulher mostra como uma criatura magnífica Deus pode fazer de um homem ( Gênesis 2:21-22 ).

No entanto, tanto quanto poupar e graça santificante está em causa uma mulher vem como profundamente em comunhão com Deus como um homem. Ela foi feita igualmente à imagem de Deus, e essa imagem é igualmente restaurado por meio da fé em Jesus Cristo. Ela vai ser tão parecido com Jesus como qualquer homem quando vemos nosso Senhor face a face ( 1Co 13:12 ). Mas, ainda que a mulher é totalmente à imagem de Deus, ela não é diretamente a glória de Deus. Ela é diretamente a glória do homem, o resplendor da glória de indireta homem de Deus. Seu papel no mundo é a submeter-se a direção do homem, a quem é dado o domínio divino.

Para defender ainda mais que a verdade Paulo aponta que o homem não se origina da mulher, mas a mulher do homem. Adão foi criado pela primeira vez e foi dado o domínio sobre a terra antes que a mulher foi criada; e quando ela foi criada, ela foi criada a partir dele. Ela recebeu o nome muito Mulher, porque foi tirada do homem "( Gn 2:9-23 ; cf. 1 Tm 2: 11-13. ).

Mulher não só foi criado a partir de homem, mas para o homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. Ela não é intelectualmente, moralmente, espiritualmente, ou funcionalmente inferior ao homem. Ela é exclusiva dele. Seu papel é o de vir sob a liderança, proteção e cuidado do homem, e ela deve ser "uma ajudadora idônea" ( Gn 2:20).

No versículo 10, Paulo volta para a aplicação do princípio. Por isso, a mulher deve ter um símbolo de autoridade em sua cabeça, por causa dos anjos. O uso cultural de uma cobertura para a cabeça representa o princípio divino e universal de subordinação da mulher ao homem autoridade. símbolo de autoridade é uma palavra ( exousia ), no grego e significa "legítimo poder ou autoridade" A cabeça coberta era a autoridade da mulher ou para a direita para orar e adorar, já que demonstrou sua submissão. Symbol está implícito por causa do óbvio referência aqui à cabeça recobrimento mencionado emversos 4:7 . Naquela cultura, uma mulher estava a usar um tal símbolo como uma indicação de seu papel subordinado ao homem.

O significado básico de anjos é "mensageiro". Paulo aqui está falando dos santos anjos, anjos ministradores de Deus, cuja característica suprema é a obediência total e imediato a Deus. Ao longo de santos anjos de Deus Escritura são mostrados como criaturas de grande poder, mas é sempre derivada de energia e poder submisso. Satanás e os outros anjos que o seguiram foram expulsos do céu pela simples razão de que eles tentaram usar seu poder para os seus próprios fins egoístas e glória, em vez de Deus. Os santos anjos, por outro lado, são o exemplo supremo de subordinação creaturely adequada. Hebreus 1:4-2: 18 centra-se na superioridade de Cristo para os anjos e sua subserviência disposto a Ele.

Esses mensageiros são protetores de Deus da sua Igreja, sobre a qual eles ficam de guarda perpétua. É adequado para uma mulher para cobrir a cabeça em sinal de subordinação por causa dos anjos , a fim de que estes mais submisso de todas as criaturas não vai ser ofendido por nonsubmissiveness. Além disso, os anjos estavam presentes na criação ( 38:7 e Mt 18:10 . O Midrash ensinou que os anjos são os guardiões da ordem criada.

O Princípio Harmonizado

No entanto, no Senhor, nem a mulher é independente do homem, nem o homem é independente da mulher. Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem tem o seu nascimento até a mulher; e todas as coisas provêm de Deus. ( 11: 11-12 )

Se Satanás não pode fazer os homens para negar ou ignorar a Palavra de Deus que ele vai tentar fazer com que eles interpretam de maneira errada e levá-lo ao extremo o Senhor não tinha a intenção. Para que os homens abusam de sua autoridade sobre as mulheres, Paulo recorda-lhes a igualdade e dependência mútua. Autoridade do homem sobre a mulher é uma autoridade delegada e uma autoridade derivada, dada por Deus para ser usado para Seus propósitos e à Sua maneira. O homem como uma criatura companheiro não tem superioridade inata para mulher e não tem o direito de usar a sua autoridade tiranicamente ou egoisticamente. Machismo não é mais bíblica do que o feminismo. Ambos são perversões do plano de Deus.
Longe de mulheres que oprimem, a igreja tem sido o seu maior libertador. Nas sociedades gregas e romanas a maioria das mulheres eram pouco mais que escravos, as posses de seus maridos, que muitas vezes praticamente comprado e comercializado suas esposas à vontade. Foi em grande parte por causa deste tratamento desumano de mulheres que o feminismo se tornou tão popular no Império Romano.Em muitas comunidades judaicas situação da mulher não era muito melhor. O divórcio tornou-se fácil e banal, mas foi quase inteiramente uma prerrogativa do homem. Alguns homens judeus realizada mulheres em tão baixa estima que eles desenvolveram uma oração popular, em que agradeceu a Deus que eles não nasceram um escravo, um gentio, ou uma mulher.
Mas em Cristo todos os crentes, homens e mulheres, estão no Senhor, e são iguais sob o Senhor. Em seu trabalho as mulheres são tão importantes quanto os homens. Seus papéis são diferentes em função e relacionamentos, mas não na espiritualidade ou importância. Nem é mulher independente do homem, nem o homem é independente da mulher. Homens e mulheres são complementares em todos os sentidos na vida, mas particularmente na obra do Senhor é que eles funcionam juntos como uma equipe divinamente ordenado. Eles servem uns aos outros e eles servem uns com os outros. A este respeito "não há homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus" ( Gl 3:28 ). Esta igualdade é suportada em muitas passagens bíblicas. Nosso Senhor, por exemplo, elogiou ato de ouvir o discurso teológico sobre o trabalho de Marta na cozinha (de Maria Lucas 10:38-42 ), e as mulheres são dados dons espirituais ( 1 Cor. 12: 7-11 ).

Desde os primórdios da história do povo de Deus as mulheres tiveram um papel vital em Sua obra e ministério. O salmista declarou que "As mulheres que anunciam as boas novas são um grande host" ( Sl 68:11 ), o que indica que muitos dos maiores obreiros de Deus têm sido as mulheres. Imediatamente após a ascensão de nosso Senhor, cerca de 120 crentes, incluindo os apóstolos e um número de mulheres, reunidos no cenáculo de oração ( Atos 1:12-15 ). Todo o último capítulo de Romanos é dedicado a recomendação de Paulo e saudações a vários amigos na igreja em Roma, entre os quais oito mulheres honrados. Ele começa com um belo elogio da "nossa irmã Febe, que é serva da igreja que está em Cencréia" e o pedido "que recebe no Senhor de um modo digno dos santos, e que você ajudá-la em tudo o que importa que ela pode ter necessidade de você, pois ela mesma também tem sido o amparo de muitos, e de mim também "( Rm 16:1-2. ). Entre suas muitas outras obras, Phoebe ministrou até mesmo para um apóstolo. Maria, a mãe de João Marcos, abriu sua casa como um local de encontro para os crentes de Jerusalém ( At 12:12 ) e Lydia abriu sua casa da mesma forma para os crentes em Filipos ( At 16:40 ). Quando Apolo, "homem eloqüente ... poderoso nas Escrituras", começou a pregar em Éfeso, tanto Aquila e sua esposa, Priscilla ", levou-o de lado e explicou-lhe o caminho de Deus com mais precisão" ( Atos 18:24— 26 ).

Em muitas épocas e lugares, as mulheres fiéis têm mantido a igreja viva, com pouco ou nenhum apoio de homens. Muitos campos de missão não existiria se não fosse para as mulheres eleitos de Deus. Uma igreja sem mulheres piedosas não pode ser uma igreja forte e eficaz. Devida autoridade do homem não o torna independente da mulher, nem o seu bom subordinação fazê-la sozinho dependente. Nem é independente do outro; eles são mutuamente dependentes.
Deus criou homens e mulheres. A primeira mulher foi criada a partir do homem, mas uma vez que o tempo todo homem foi criado através de uma mulher. Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem tem o seu nascimento até a mulher. O mais importante, todas as coisas provêm de Deus . Homens e mulheres têm diferentes papéis, mas não diferente de importância. As mulheres são iguais aos homens no mundo, na igreja, e diante de Deus. Essa é a harmonia sábio e gracioso de Deus e da balança diferença de papéis, mas a igualdade na natureza, pessoalidade, trabalho e espírito. Ele criou tanto para seus propósitos gloriosos.

As mulheres não são para serem professores de homens, mas eles geralmente são os shapers mais influentes dos homens. Rolamento e nutrir as crianças dar às mulheres a salvação de qualquer pensamento de status inferior do que os homens ( 1Tm 2:15 ). Como as mães têm um papel único e indispensável na formação e desenvolvimento dos meninos, que são os homens na tomada de decisões. Desde a concepção até a idade adulta um homem é dependente e moldado por sua mãe de uma forma única e maravilhosa. E toda a vida adulta, seja casado ou solteiro, ele é dependente de mulheres em mais maneiras do que ele é muitas vezes dispostos a reconhecer. No casamento os homens não podem ser fiéis ao Senhor a menos que sejam de boa vontade e amor dependente da esposa que Ele lhes deu. Nos homens obra do Senhor não pode ser fiel a Ele, a menos que eles são dependentes das mulheres a quem ele deu a responsabilidade em Sua Igreja. Eles são perfeitos complementos e um na cabeça, líder, provedor, eo outro, o ajudante, torcedor, e companheiro.

O Princípio respondeu a

Julguem vocês mesmos: é apropriado para uma mulher orar a Deus com a cabeça descoberta? O que não ensina a própria natureza que se o homem tiver cabelo comprido, é uma desonra para ele, mas se uma mulher tem o cabelo comprido, é uma glória para ela? Para o cabelo dela é dado a ela de véu. Mas se alguém está inclinado a ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus. ( 11: 13-16 )

Paulo pergunta o Corinthians a ignorar a sua autoridade apostólica por um momento. Julguem por si próprios, ele lhes diz. O princípio da autoridade e de subordinação não só é dado por Deus à Sua revelação divina, mas é evidente a partir de sua própria criação. A prática cultural de uma mulher do cobrindo sua cabeça como um símbolo da subordinação ao homem é um reflexo da ordem natural. O que não ensina a própria natureza que se o homem tiver cabelo comprido, é uma desonra para ele, mas se uma mulher tem o cabelo comprido, é uma glória para ela.

Homens e mulheres têm fisiologias distintos em muitos aspectos. Um deles é no processo de crescimento de cabelo na cabeça. Cabelo desenvolve-se em três fases, formação e crescimento, repouso e precipitação. O hormônio masculino testosterona acelera o ciclo de modo que os homens alcançam a terceira fase mais cedo do que as mulheres. O hormônio feminino estrogênio faz com que o ciclo de permanecer na primeira fase por mais tempo, fazendo com que o cabelo das mulheres a crescer mais do que os homens. As mulheres são raramente careca porque alguns até atingir o estágio três. Esta fisiologia se reflete na maioria das culturas do mundo em o costume de mulheres que usam o cabelo mais longo do que os homens.
Natureza ( physis ) também carrega a idéia de instinto, um senso inato do que é normal e correto. Este é um apelo à consciência humana. Paulo está dizendo que como homem olha em torno de si, ele reconhece que, mas por raras exceções, a natureza e instinto humano testemunhar que é normal e adequado para o cabelo de uma mulher para ser mais longo que o do homem. Lindamente vestida de cabelo é uma glória para a mulher, o dom especial de Deus para mostrar a suavidade e ternura de uma mulher. A palavra grega ( Kome ) para o cabelo longo pode significar tanto o cabelo longo e um penteado arrumado.

O cabelo de uma mulher é em si dada a ela de véu. O cabelo dela é sua cobertura natural ou véu, e headwear é uma cobertura simbólica cultural, ambos representando seu papel subordinado. Ambos natureza e costume geral refletir princípio universal de Deus do homem no papel de autoridade e do papel da mulher de subordinação. A beleza original de uma mulher é gloriosamente manifesto na feminilidade distintivo retratado por seu cabelo e seu atendimento aos costumes femininos.
Nas culturas modernas, onde o uso de um chapéu ou véu não simboliza subordinação, essa prática não deve ser exigido dos cristãos. Mas o cabelo das mulheres e vestido das mulheres é ser distintamente feminino e demonstrar sua beleza feminina e submissão. Não deve haver confusão sobre identidades masculina e feminina, porque Deus fez os sexos distintos fisiologicamente e em papéis e relacionamentos. Ele quer que os homens a serem masculino, para ser responsável e amorosamente autoritário. Ele quer que as mulheres sejam feminino, para ser responsável e amorosamente submissa.
Como em quase todas as idades e de todas as igrejas, alguns dos crentes de Corinto não estavam satisfeitos com a maneira de Deus e queria ignorá-lo ou modificá-lo para atender a si mesmos. Paulo antecipou a sua oposição ao que ele tinha acabado de ensinar. Ele sabia que alguns estariam inclinados a ser contencioso, mas ele não podia dizer nada adicional para eles que seria mais convincente do que o que ele já tinha dito.
Ao resumir seu argumento, notamos que Paulo estabeleceu que as mulheres devem ser submissas aos homens por causa do relacionamento da Divindade ( v. 3 ), o projeto divino de homem e mulher ( v. 7 ), a ordem da criação ( v. 8 ), o papel da mulher ( v. 9 ), o interesse dos anjos ( 10 v. ), e as características da fisiologia natural ( vv. 13-15 ).

É por isso que ele declara que nem Deus, representada por seus apóstolos, nem das congregações fiéis de sua igreja vai reconhecer qualquer outro princípio ou seguir qualquer outro padrão de comportamento. O argumento é absolutamente convincente. "Se você quiser encontrar um ouvido simpático à sua dissidência", diz ele, "você não vai encontrá-lo entre os apóstolos ou nas igrejas." Nós não temos nenhuma outra prática, nem as igrejas de Deus. Os apóstolos e as outras igrejas foram firmemente comprometidos com a prática que as mulheres devem usar um cabelo mais longo do que os homens e deve ter penteados distintamente feminino. E onde o costume ditada-lo, eles devem usar coberturas de cabeça apropriados para distinguir-se como submissa.

27. Celebrando a Ceia do Senhor ( I Coríntios 11:17-34 )

Mas em dar essa instrução, eu não te louvo, porque você não se reúnem para melhor, mas para pior. Pois, em primeiro lugar, quando você vir junto como uma igreja, ouvi dizer que há entre vós dissensões; e, em parte, eu acredito nisso. Para deve haver também entre vós facções, para que aqueles que são aprovados possam ter sido evidente entre vós. Portanto, quando você se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor, pois em seu comendo, cada um toma a sua própria ceia primeiro; e um fica com fome e outro se embriaga. O Quê! Você não tem casas em que para comer e beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e de vergonha os que nada têm? o que devo dizer a você? Devo elogiar você? Neste eu não te louvarei.Porque eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, partiu-o e disse: "Este é o meu corpo, que é para você;. fazei isto em memória de mim" Do mesmo modo Ele tomou também o cálice, depois da ceia, dizendo: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazer isso, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim." Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha. Portanto, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Mas deixe um homem examine a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe, come e bebe juízo para si mesmo, se não julgar corretamente o corpo. Por esta razão, há entre vós muitos fracos e doentes, e vários já dormiram. Mas se nos julgássemos a nós mesmos, com razão, nós não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos disciplinados pelo Senhor a fim de que não sejamos condenados com o mundo. Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros. Se alguém tem fome, coma em casa, para que você não pode se reúnem para julgamento. E as restantes matérias vou arranjar quando eu chegar. ( 11: 17-34 )

Por instrução e pelo exemplo Cristo instituiu duas ordenanças, batismo e comunhão, portarias que aqueles que crêem nEle estão a seguir fielmente. Jesus ordenou aos seus discípulos: "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" ( Mt 28:19 ), seguindo o Seu próprio exemplo de ser batizado por João Batista ( 13 40:3-17'>Mateus 3:13-17. ). Durante sua última refeição da Páscoa no cenáculo Jesus iniciou a Comunhão (ou da Ceia do Senhor, como tem vindo a ser conhecido), dizendo aos discípulos para continuar a portaria como uma memória dele ( Lucas 22:19-20 ).

Paulo tinha sido fiel ao estabelecer essas ordenanças em Corinto. Embora ele não tenha pessoalmente batizar muitos dos crentes de lá ( 1 Cor. 1: 14-16 ), afirmou o batismo como um acto não opcional de obediência ao Senhor. A presente passagem deixa claro que o Corinthians comemorou regularmente a Ceia do Senhor, em que o apóstolo tinha compartilhado com eles muitas vezes.

Não foi por acaso que Cristo iniciou ritos Comunhão durante a refeição da Páscoa. Deus instituiu a Páscoa, quando Ele entregou o seu povo dos seus 400 anos de escravidão no Egito. A refeição comemorou a morte do anjo da morte sobre as casas daqueles cujos umbrais e vergas estavam manchadas com o sangue de cordeiro. O cordeiro em si foi assado e comido, juntamente com pães ázimos e ervas amargas."Agora, este dia será um memorial para você, e você deve celebrá-lo como uma festa ao Senhor; nas vossas gerações você é a celebrá-la como uma ordenança permanente" ( Ex 12:1-14. ). Ao longo de sua história, Israel comemorou esta refeição em memória da libertação suprema do Senhor deles, do Egito para a Terra Prometida. Ele ainda é o mais santo de festas judaicas.

Jesus transformou a ceia pascal na celebração do infinitamente maior libertação que Ele veio trazer, de que a Páscoa era apenas um prenúncio. Quando comemos o seu corpo e não beberdes o seu sangue, nos lembramos da redenção espiritual e eterna que Ele comprou com o sacrifício do corpo e que a oferta desse sangue. A Páscoa celebrava a libertação temporária, física da Antiga Aliança. A Ceia do Senhor comemora a libertação permanente e espiritual do Novo. "Este cálice, que é derramado por vós é a nova aliança no meu sangue" ( Lc 22:20 ). A mesa do Senhor lembra-nos da cruz de Jesus Cristo.

Lucas diz-nos que as quatro marcas da vida cotidiana dos primeiros cristãos eram obediência ao ensinamento dos Apóstolos, comunhão, no partir do pão, e de oração ( At 2:42 ). Podemos ter certeza de que a partir do pão incluído celebração freqüente de morte do Senhor, com o pão eo cálice. Alguns estudiosos e historiadores da igreja primitiva acredito que em algumas famílias Comunhão foi comemorado em cada refeição.

A igreja primitiva desenvolveu refeições comunhão especial que veio a ser chamado de amor festas ( Jd 1:12 ), que transformaram as refeições em guloso, bebedeiras. E quando a refeição foi conectado ao pão eo cálice lembrança, era uma profanação flagrante da santa ordenança.

Quando ele introduziu a discussão de cobrir a cabeça das mulheres, Paulo elogiou o Corinthians para segurar firmemente as doutrinas que ele lhes havia ensinado ( 11: 2 ). Agora, ele tem nenhum elogio. Mas em dar essa instrução, eu não te louvo, porque você não se reúnem para melhor, mas para pior.

Dando ... instrução ( parangellō ) significa "para comandar", especificamente para dar uma carga ou encomenda. A idéia básica da palavra é "para passar ao longo de um para outro." Foi usado especialmente para a ordem dada por um comandante militar e passou ao longo da linha por seus subordinados. Paulo deixou claro que o que ele estava prestes a dizer não era meramente conselhos pessoais.Era apostólica instrução que seus leitores foram ordenados a aceitar e seguir.

Teria sido muito melhor para aqueles Corinthians nunca ter tido uma festa de amor, e até mesmo nunca ter observado Comunhão do Senhor, do que ter tão abusado deles. Eles vieram juntos , não para melhor, mas para pior . O prazo para o pior é um comparativo de kakos , que representa o mal moral. Em vez de as celebrações momentos de comunhão amorosa e enriquecimento espiritual sendo eles envolvidos condescendência egoísta, envergonhando os irmãos mais pobres, zombando da morte sacrificial do Senhor, e escandalizando a igreja antes que o mundo descrente em torno deles.

Ao chamar o Corinthians para a santidade em sua observância da Ceia do Senhor, Paulo discute sua perversão dele, o propósito do Senhor para ele, e a preparação certa para isso.

A perversão da Ceia do Senhor

Pois, em primeiro lugar, quando você vir junto como uma igreja, ouvi dizer que há entre vós dissensões; e, em parte, eu acredito nisso. Para deve haver também entre vós facções, para que aqueles que são aprovados possam ter sido evidente entre vós. Portanto, quando você se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor, pois em seu comendo, cada um toma a sua própria ceia primeiro; e um fica com fome e outro se embriaga. O Quê! Você não tem casas em que para comer e beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e de vergonha os que nada têm? o que devo dizer a você? Devo elogiar você? Neste eu não te louvarei. ( 11: 18-22 )

Igreja ( ekklesia ) significa "assembléia" ou "congregação", e no Novo Testamento nunca é usado de um local de construção ou reunião, mas sempre de crentes. Aparentemente, onde e quando os cristãos de Corinto se reuniram eles discutiam e brigavam. Quando vocês se reúnem como igreja, ouvi dizer que há entre vós dissensões. Divisões ( schismata , da qual nós temos cisma), literalmente, refere-se a rasgar ou cortar, e metaforicamente a divisão ou discórdia. O Corinthians, aparentemente, não poderia concordar em nada, nem eles procuram servir uns aos outros. Em vez de compartilhar juntos em comunhão e adoração eles gastaram seu tempo em condescendência egoísta, argumentando e discutindo. Talvez porque ele suspeita que alguns dos relatórios tinha sido exagerada, o apóstolo quis dar-lhes o benefício da dúvida. Então, ele acrescentou, e em parte, eu acredito nisso.

No entanto, os relatórios não teria sido difícil de acreditar. Paulo começou esta carta repreendendo-os fortemente para suas divisões com base em lealdades partidárias ( 1: 10-17 ; 3: 1-3 ). Essas divisões inevitavelmente acabou em "brigas" ( v. 11 ). Os crentes também foram divididos socialmente, já que esta passagem indica. Aqueles que estavam bem de vida trouxe a sua comida e egoisticamente comeu-o antes que os membros mais pobres chegou. Longe de ter "todas as coisas em comum" e "partilha ...com tudo, como que alguém tinha necessidade", como fizeram os primeiros cristãos em Jerusalém ( At 2:44 ), a classe alta Corinthian desprezado até mesmo compartilhar em uma "festa americana ceia "com seus irmãos e irmãs menos favorecidos. Era cada um por si.

Primeiro apelo de Paulo para eles foi ", Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos concordam, e não haja divisões entre vocês, mas você ser feita completa na mesma mente e na mesmo parecer "( 1Co 1:10 ). "Como colegas seguidores de Cristo que você deve ter o mesmo entendimento, as mesmas opiniões, a mesma atitude, a mesma visão", ele dizia. As razões para a sua turma havia carnalidade, egoísmo e mundanismo. "Eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a homens de carne, como a crianças em Cristo" ( 3: 1 ). Eles estavam andando na carne, em vez de no Espírito e seguindo suas próprias vontades ao invés do Senhor.

Uma das coisas mais terríveis na igreja é a divisão, porque é um dos primeiros e mais seguros sinais de doença espiritual. Um dos primeiros sintomas de mundanismo e apostasia, muitas vezes antes de ele mostra-se na doutrina comprometida ou estilo de vida, é dissensão dentro de uma congregação.
Paulo estava bem consciente de que a divisão não pode ser totalmente evitada. Até a volta do Senhor, sempre haverá joio no meio do trigo, e os crentes desobedientes bem. Para deve haver também entre vós facções. Não ... deve ser traduz a única palavra dei , o que significa que "é necessário ou deve ser", e indica a necessidade ou compulsão de qualquer espécie. Quando Pedro e os outros apóstolos foram informados pelo Sinédrio a parar de pregar o evangelho, eles responderam: "Nós devemos [ dei ] obedecer a Deus do que aos homens "( At 5:29 ). A palavra é muitas vezes usada no Novo Testamento para representar necessidade divina. Jesus usou o termo em numerosas ocasiões em relação a determinados eventos scripturally previstos e divinamente designados, incluindo Sua crucificação e ressurreição (Mt 24:6 ; Jo 3:14 ; etc.). Ele mesmo disse: "Por que é inevitável que tropeços vir, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!" ( Mt 18:7 ).

As facções não são meramente perturbador; eles são destrutivos. Inicialmente, eles ajudam a revelar os líderes fortes e espirituais, mas, quando permaneceu inconteste eles vão minar qualquer grupo cristão e não devem ser tolerados. "Evita o homem faccioso, depois de um primeiro e segundo aviso", escreveu Paulo Tito ", sabendo que tal homem é pervertido e está pecando, sendo auto-condenado" ( Tito 3:10-11). Pelo próprio fato de que ele é faccioso e divisionista uma pessoa prova sua carnalidade e sua incapacidade de fazer parte da comunhão cristã. É necessário que as facções aparecer, mas não é necessário que eles sejam tolerados ou permissão para conduzir a divisão na igreja.

O ponto focal desse mal era a Ceia do Senhor. O termo deipnon (Ceia) foi a palavra normal utilizado para a refeição da noite. A adição do Senhor lhe dá significado especial e muito maior. Esta foi uma verdadeira refeição, onde a igreja se reuniam para comer a "festa do amor", uma refeição seguido da Comunhão. A Comunhão estava ligado a esta ceia na igreja de Corinto, mas abusos foram obscurecendo o seu propósito divino e destruindo a sua santidade. Na igreja primitiva a festa de amor e comunhão habitualmente foram realizadas em conjunto, mas os abusos, tais como aqueles em Corinto, eventualmente forçado os dois a serem separados, a fim de proteger a Comunhão. A festa de amor logo desapareceu completamente.

Os membros facciosos da igreja de Corinto tinha tão pervertido a congregação que a celebração da Comunhão era uma zombaria; na verdade não era a comunhão a todos. Portanto, quando você se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor. Eles não podiam corretamente dizer que foi dedicado ao Senhor. Nem a refeição nem a Comunhão estava honrando a Ele. Eles tiveram a cerimônia, mas não a realidade, a forma, mas não a substância. "Você pode estar quebrando um pouco de pão, passando o copo, e repetir algumas das palavras de Jesus", disse Paulo, com efeito, "mas o que você está fazendo não tem nada a ver com a ordenança do Senhor instituiu. Cristo não tem parte nisso. "

Pois em seu comer, cada um toma a sua própria ceia primeiro; e um fica com fome e outro se embriaga. Os crentes mais pobres veio para o jantar esperando para compartilhar a comida trazida pelos ricos, mas eles saíram com fome-fisicamente como espiritualmente. Aqueles que trouxe comida e bebida se fartaram e tornou-se bêbado. Eles zombaram o propósito da ocasião, que era para trazer harmonia e unidade entre aqueles que pertenciam a Cristo, como eles se lembraram de Seu sacrifício para torná-los um com Ele. ? "Não é o cálice de bênção que abençoamos uma participação no sangue de Cristo não é o pão que partimos uma participação no corpo de Cristo Uma vez que há um único pão, nós, embora sendo muitos, formamos um só corpo,? Para todos nós participamos do mesmo pão "( 1 Cor. 10: 16-17 ).

Em aparente frustração, como se estivesse tentando encontrar uma explicação racional, Paulo pergunta: O que! Você não tem casas em que para comer e beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e de vergonha os que nada têm? Se sua intenção de se locupletar de forma egoísta, eles não poderiam fazer isso em casa? Ou eles estavam realmente tentando destruir a comunhão por flagrantemente desprezando a igreja de Deus? Ou eles eram tão desdenhoso dos seus irmãos e irmãs pobres em Cristo que eles propositAdãoente embaraçado e envergonhado-los? Independentemente das razões pode ter sido, eles não poderiam justificar o dano que está sendo trazido para a igreja. Se eles não podiam mostrar o amor, por que tem uma festa de amor?
Novamente Paulo diz que ele não pode dizer nada em sua defesa. O que devo dizer a você? Devo elogiar você? Neste eu não te louvarei. "Você vai ter nenhuma aprovação de mim", disse ele. "E você certamente vai ter nenhum elogio."
Atitudes e motivações de um cristão deve ser puro em todos os momentos. Mas quando os crentes se à mesa do Senhor, partilhando o pão do seu corpo e do cálice do Seu sangue, é absolutamente necessário que eles deixam para trás todo o pecado, toda amargura, todo o preconceito racial e sexual, todo o orgulho de classe, e todos sentimentos de superioridade. De todos os lugares e ocasiões, essas atitudes são mais out lugar na Ceia do Senhor. Eles gravemente profano que santa ordenança, bonito, e unificadora de Deus.

A Proposito da Mesa do Senhor

Porque eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, partiu-o e disse: "Este é o meu corpo, que é para você;. fazei isto em memória de mim" Do mesmo modo Ele tomou também o cálice, depois da ceia, dizendo: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazer isso, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim." Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha. ( 11: 23-26 )

Estes versos são como um diamante caiu em uma estrada enlameada. Uma das mais belas passagens de toda a Escritura é dada no meio de uma forte repreensão do mundano, carnal, egoísta e atitudes insensíveis e comportamento. A repreensão, na verdade, é de cristãos que perverteram a própria cerimônia que estes versos tão comovente descrever.
Como sempre fazia quando prestes a apresentar uma verdade especialmente importante ou polêmico, Paulo deixa claro que o que ele está ensinando não é a sua própria opinião, mas Palavra revelada de Deus. Desde os tempos em versículo 23 , nós sabemos que ele está prestes a dizer aos crentes de Corinto não é novidade para eles. Ele é lembrá-los de que ele já havia ensinado a eles. Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei.

A maioria dos estudiosos conservadores concordam que uma Corinthians provavelmente foi escrito antes de qualquer um dos evangelhos. Se isso for verdade, o relato de Paulo aqui é o primeiro registro bíblico da instituição da Ceia do Senhor, e inclui citações diretas de Jesus. É perfeitamente coerente com os relatos evangélicos, mas a revelação de Paulo provavelmente foi recebido do Senhor diretamente, e não através dos outros apóstolos (cf. Gl 1:10-12. ), mesmo que os termos aqui falar de uma cadeia de tradição que viera do Senhor a Paulo e depois para o Corinthians.

Na noite em que foi traído, dá o cenário histórico, que muitos dos crentes pode não ter sabido, porque, como foi dito acima, provavelmente, nenhum dos evangelhos foi escrito ainda. Novamente, vemos uma jóia em um cenário imundo. Este é o mais belo e significativo das celebrações cristãs foi instituída na mesma noite em que o Senhor foi traído e preso. No meio do mal do mundo, Deus estabelece Seu bom; no meio da maldade de Satanás, Deus planta Sua santidade. Assim como, ao contrário, as facções carnais causar santos aprovadas pelo Senhor para "tornar-se evidente" ( 11:19 ), para que a traição de Jesus e prisão causar Seu sacrifício gracioso para tornar-se mais evidente. Em meio a de Satanás absoluta pior, a condenação do Filho de Deus na cruz, Deus realizou seu melhor absoluto, o sacrifício para a redenção do mundo através dessa cruz.

Embora Jesus estava celebrando a Páscoa com seus discípulos no cenáculo, nem os evangelhos, nem conta de Paulo aqui dar todos os detalhes da refeição. Concentram-se em instituição de Jesus da nova refeição, a nova ceia, que agora substitui o antigo.
A refeição da Páscoa começou com o anfitrião de pronunciar uma bênção sobre a primeira taça de vinho tinto e passá-la para os outros presentes. Quatro copos de vinho foram repassados ​​durante a refeição.Após a primeira taça foi ervas amargas bêbados mergulhados em um molho de frutas foram comidos e uma mensagem foi dada sobre o significado da Páscoa. Em seguida, a primeira parte de um hino, o Hallel (que significa "louvor" e está relacionada com a aleluia, "Louvai ao Senhor"), foi cantada. O Hallel é composta de 13 1:118-1'>Salmos 113:118 , ea primeira parte cantada era geralmente 113 ou 113 e 114. Depois do segundo copo foi aprovada, o anfitrião iria quebrar e passar em torno do pão sem fermento. Em seguida, a refeição adequada, que consistia do cordeiro sacrificial assado, foi comido. A terceira taça, após a oração, foi então passada e no resto do Hallel foi cantado. A quarta taça, que comemorou a vinda do reino, foi tomada imediatamente antes de sair.

Foi o terceiro cálice que Jesus abençoou e que tornou-se o cálice da comunhão. "E da mesma maneira que Ele tomou o cálice, depois de terem comido, dizendo: Este cálice, que é derramado por vós é a nova aliança no meu sangue '" ( Lc 22:20 ). Depois que Jesus deu algumas breves palavras de advertência, repreensão, e instrução ( vv. 21-38 ), a refeição foi concluído com o canto de um hino ( Mt 26:30 ).

Quando Ele, isto é, Jesus, tendo dado graças, partiu -o (cf. Jo 6:11 ). No grego , tendo dado graças é um particípio de eucharisteo , da qual nós temos Eucaristia, o nome pelo qual alguns cristãos referem-se a Ceia do Senhor.

pão que tinha representado o Exodus agora veio para representar o corpo de Jesus Cristo, o Messias. Para a mente judaica o corpo representava a pessoa como um todo, e não apenas o seu corpo físico. O corpo de Jesus representa o grande mistério de toda a sua vida encarnada, todo o seu ensino, ministério e trabalho, tudo que era e tudo o que Ele fez.

A palavra quebrada (como no KJV do versículo 24 ) não aparece nos melhores manuscritos ou na maioria das traduções modernas. Embora os romanos freqüentemente quebraram as pernas dos crucificados, a fim de acelerar a morte como um ato de misericórdia, João nos diz especificamente que as pernas de Jesus não foram quebrados. Em ordem "para que a Escritura se cumprisse, 'Não é um osso dele será quebrado" ( Jo 19:33 , Jo 19:36 ). Portanto, a melhor leitura é simplesmente Este é o meu corpo, que é para você.

Para você são duas das mais belas palavras em toda a Escritura. Jesus deu o seu corpo, toda a sua vida encarnada, para nós que cremos nEle. "Tornei-me um homem para você, eu dei o evangelho, a vós; eu sofri por você, e eu morri por você." Nossa,,, Deus misericordioso magnânimo amoroso gracioso se encarnou não para si, mas para nós. Se uma pessoa quer e recebe o benefício de que o sacrifício é a sua escolha; mas Jesus fez e oferece-lo para cada pessoa. Ele pagou o resgate por todos os que serão libertados.

copo que tinha representado o sangue do cordeiro nos umbrais untada e vergas agora veio para representar o sangue do Cordeiro de Deus, derramado para a salvação do mundo. A antiga aliança foi ratificada por várias vezes o sangue de animais oferecidos por homens; mas a Nova Aliança foi ratificada uma vez por todas, pelo sangue de Jesus Cristo ( He 9:28 ), que o próprio Deus tem oferecido. O velho libertação era apenas do Egito para Canaã. Então, Jesus tomou o cálice e disse que é a nova aliança no meu sangue . É importante perceber que este não era novo, no sentido de que era um pacto de graça substituindo uma das obras. Ele é novo na medida em que é o pacto de poupança a que todas as sombras do Antigo Testamento apontou. A nova libertação é do pecado para a salvação, da morte para a vida, do reino de Satanás para o céu de Deus. Páscoa foi transformado em Ceia do Senhor. Nós agora comer o pão e beber o cálice não se lembrar do Mar Vermelho e do Êxodo, mas para lembrar a cruz eo Salvador.

Fazei isto em memória de mim é um comando dos lábios de nosso Senhor. A participação na ceia do Senhor não é, portanto, uma opção para os crentes. Devemos ter comunhão em uma base regular, se quisermos ser fiéis ao Senhor que nos comprou por meio do ato, somos chamados a lembrar. Não participar da Ceia do Senhor é desobediência e um pecado.

Para o hebraico para lembrar significou muito mais do que simplesmente trazer algo à mente, apenas para lembrar que isso aconteceu. Para lembrar verdadeiramente é voltar na mente da pessoa e recuperar o máximo de realidade e da importância de um evento ou experiência como uma possível. Para lembrar de Jesus Cristo e seu sacrifício na cruz é para reviver com a vida dele, agonia, sofrimento e morte, tanto quanto é humanamente possível. Quando participamos da Ceia do Senhor nós não oferecemos um sacrifício de novo; lembramo-nos Seu uma vez por todas sacrifício por nós e nos dedicar ao Seu serviço obediente.

Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha. Todas as vezes que estamos dispostos a lembrar e para proclamar a morte de Cristo, vamos celebrar a Comunhão. Sem frequência é dada, mas é uma festa permanente. É mais do que uma lembrança para o nosso próprio bem; é também uma proclamação por amor do mundo. É um testemunho para o mundo que não temos vergonha de nosso Senhor ou de Seu sangue, que pertencemos a Ele e são obedientes a Ele.

Comunhão é também um lembrete de que o Senhor está vindo novamente, porque Ele nos diz para proclamar a Sua morte por este meio até que Ele venha . Ela ajuda a manter-nos ansiosos para o dia em que estaremos com Ele. É uma celebração de sua vida presente e do seu futuro retorno na glória.

Há muito envolvido nessa lembrança. Quando um crente vem à mesa do Senhor, lembra a obra de Cristo na cruz ( 11:25 ), ele participa da presença espiritual de Cristo na comunhão, e não os próprios elementos ( 10:16 ), ele comunga com os santos ( 10: 17 ), ele adora em santidade ( 10: 20-22 ), ele proclama a salvação em Cristo ( 11: 24-25 ), e ele antecipa o retorno do Senhor ( 11:26 ) e da vinda do Reino ( Mt 26:29 ; He 6:6 ).

Toda vez que ele vem para a Ceia do Senhor, portanto, uma pessoa deve examinar a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice . Antes de tomarmos estamos a dar-nos uma auto-análise aprofundada, procurando honestamente para nossos corações para qualquer coisa que não deveria estar lá e peneirar todo o mal. Nossos motivos, nossas atitudes para com o Senhor e Sua Palavra, para com seu povo, e para o próprio serviço Comunhão devem todos estão sob controlo privado diante do Senhor. O quadro torna-se, assim, um lugar especial para a purificação da igreja. Isso é um uso vital de Comunhão, e advertência de Paulo reforça que o ideal.

Uma pessoa que participa sem entrar no espírito certo come e bebe juízo para si mesmo, se não julgar corretamente o corpo. Acórdão ( krima ) aqui tem a idéia de castigo. Porque "não há, portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" ( Rm 8:1 ; e Estevão, At 7:60 ). Deus realmente condenado à morte um número ( hikanos , lit., "suficiente") dos crentes de Corinto, porque eles continuamente desprezados e corrompido a Ceia de Seu Filho, assim como ele tinha colocado a morte Ananias e Safira por mentir para o Espírito Santo ( Atos 5:1-11 ). Assim como no Antigo Testamento, tais execuções divinas deveriam servir como exemplos do que todos os pecadores merecem, e pode receber (cf. 13 1:42-13:5'>Lucas 13:1-5 ).

Há um remédio para a indignidade. Se nós julgássemos a nós mesmos, com razão, que não deve ser julgado. Isso envolve a discernir o que somos eo que devemos ser. Se confessarmos os nossos pecados, nossas atitudes e motivações erradas, Deus "é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" ( I João 1:9 ).

Como já foi mencionado, se chegarmos indignamente e são julgados por Deus, não é para a condenação. É para o extremo oposto. Mas, quando somos julgados, somos disciplinados pelo Senhor a fim de que não sejamos condenados com o mundo. Deus envia chastening indivíduo para empurrar os infratores de volta para o comportamento justo, e envia a morte para alguns em a igreja para incentivar aqueles que continuam a escolher a santidade em vez de pecado. Mesmo se o Senhor viesse a atacar-nos mortos para profanar Sua mesa, seria para nos disciplinar, para nos impedir de ser condenado. O pensamento é poderoso. Somos guardados da condenação, não só por decreto, mas também por intervenção divina. Deus nos castiga para nos impedir de cair de salvação, e até mesmo levar a nossa vida, se necessário, antes que isso pudesse acontecer.

Paulo fecha admoestando o Corinthians para obter suas vidas e suas atitudes endireitado, para descartar completamente seus preconceitos, seu egoísmo, e sua indiferença a santa vontade de Deus. O fato de que ele diz quando você se reúnem para comer assume que ele apoiou a idéia de sua refeição de confraternização, mas eles devem esperar um pelo outro antes de participar dele. Se algum só foram assistir a fim de satisfazer a sua fome física eles devem comer em casa . Caso contrário, eles perverter a festa de amor. Quando eles vêm para a festa de amor e, principalmente, para a mesa do Senhor, eles devem vir para satisfazer sua fome espiritual. Não há nenhum ponto na coleta para o pecado, porque isso é simplesmente se unindo para julgamento.

Porque eles são mencionados aqui, em vez de no final da carta, discurso de encerramento de Paulo nesta seção, as restantes matérias vou arranjar quando chegar, deve referir-se a outras questões relacionadas com a adoração, a Ceia do Senhor, ou ambos. Ele iria cuidar dessas questões, quando ele chegou em Corinto pessoalmente.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de I Coríntios Capítulo 11 do versículo 1 até o 34

I Coríntios 11

A modéstia necessária — 1Co 11:1-16

Estas é um das passagens que têm um significado puramente local e transitivo. À primeira vista pareceria que só poderiam interessar a um antiquário devido ao fato de que tratam uma situação que cessou de existir faz tanto tempo que já não tem importância para nós; e entretanto estas passagens são de muito interesse devido ao fato de que arrojam abundante luz sobre os assuntos e problemas domésticos da Igreja primitiva; e, para aquele que tem olhos para ver, têm grande importância devido ao fato de que Paulo resolve por meio de princípios que são eternos.
O problema era se na 1greja cristã uma mulher podia tomar parte do culto com a cabeça descoberta. A resposta de Paulo foi abruptamente a seguinte: o véu é sempre sinal de submissão; um inferior o leva na presença de um superior, a mulher é inferior ao homem no sentido de que o homem é a cabeça do lar; portanto não é correto que um homem concorra a um culto público com véu e que uma mulher o faça sem ele.

Até ali deviam manter seus lugares no esquema das coisas. É muito pouco provável que no século vinte aceitemos esta perspectiva de que a mulher é inferior e está subordinada. Mas devemos ler este capitulo não à luz do século XX mas à luz do século I; e ao fazê-lo devemos recordar três coisas,

  1. Devemos ter em conta o lugar que ocupava o véu no Oriente. Até o dia de hoje as mulheres orientais usam o yashmak que é um véu longo que deixa a frente e os olhos a descoberto mas que chega quase até os pés. Na época de Paulo o véu oriental escondia até mais. Cobria toda a cabeça com apenas uma abertura para os olhos e chegava até os pés. Uma mulher oriental que se considerasse respeitável nem sonhava aparecendo em público sem ele.

E. W. Davies diz ao escrever no Dictionary of the Bible, do Hasting:

"Nenhuma mulher respeitável em uma vila ou cidade oriental sai sem ele, e, se o fizer, corre o risco de ser julgada mal. Por certo vários missionários ingleses e americanos no Egito relataram ao que subscreve que suas próprias esposas e filhas freqüentemente acham que é melhor sair com véu."

O véu era duas coisas (a) Era um signo de inferioridade. (b) Mas também era uma grande proteção. O versículo 10 é muito difícil de traduzir. Traduzimo-lo "Por esta razão a mulher deve conservar sobre a cabeça o sinal de que encontra-se sob a autoridade de outra pessoa." Mas em grego em realidade significa que uma mulher tem que manter "sua autoridade sobre sua cabeça"
Sir William Ramsay o explica desta maneira:

"No Oriente o véu é o poder, a honra e a dignidade de uma mulher. Com o véu sobre sua cabeça pode ir a qualquer parte segura e com um profundo respeito. Não a vêem; é sinal de má educação olhar a uma mulher com o véu na rua. Está sozinha. A gente que a rodeia não existe para ela, assim como ela tampouco interessa. É soberana na multidão... Mas sem o véu a mulher carece de valor, qualquer um pode insultá-la... La autoridade e a dignidade de uma mulher desaparecem junto com o véu protetor que descarta."

No Oriente, pois, o véu é muito importante Não só assinala a posição de inferioridade da mulher, mas também é uma proteção inviolável de sua modéstia e castidade.

  1. Devemos recordar a posição das mulheres para os judeus. Sob a lei judia a mulher era muito inferior ao homem. Tinha sido criada da costela de Adão (Gn 2:22,Gn 2:23) para ser uma ajuda idônea para ele (Gn 2:18).

Havia uma parte de fantástica exegese rabínica que dizia:

"Deus não fez à mulher da cabeça para que não se orgulhasse; nem dos olhos, para que não desejasse, nem da orelha, para que não fosse curiosa, nem da boca, para que não fosse conversadora, nem dos pés para que não se convertesse em uma entremetida e andarilha, mas sim da costela que está sempre coberta; portanto a modéstia deve ser sua principal qualidade."

A triste verdade é que perante a lei judia uma mulher era uma coisa, parte da propriedade de seu marido sobre a qual ele tinha direitos totais. Na sinagoga, por exemplo, as mulheres não compartilhavam de maneira nenhuma a adoração e até as segregavam por completo dos homens em uma galeria à parte ou em qualquer outro lugar do edifício. Para a lei e os costumes judeus era impensável que a mulher reclamasse algum tipo de igualdade com os homens.

No versículo 10 nos encontramos com uma curiosa frase que diz que as mulheres devem usar véu "por causa dos anjos". Não se está muito seguro do isto que significa, mas provavelmente se remonte à estranha e velha história de Gn 6:1 e 2 que nos relata como os anjos caíram presa dos encantos das mulheres mortais e pecaram; bem pode ser que a idéia seja que uma mulher sem véu é uma tentação até para os anjos, devido ao fato de que uma velha tradição rabínica dizia que tinha sido a beleza dos longos cabelos femininos a que tinha tentado aos anjos.

  1. Devemos recordar sempre que esta situação surgiu em Corinto, provavelmente a cidade mais licenciosa do mundo, e o ponto de vista de Paulo era que em tal situação era muito melhor errar por muito modestos e estritos que fazer algo que desse aos pagãos uma oportunidade de dizer que os cristãos eram muito lassos, ou que pudesse ser causa de tentação para os mesmos cristãos. Seria muito equivocado pretender que esta passagem se aplicasse universalmente; era de imensa importância para a Igreja de Corinto mas não tem nada que ver com o fato de se as mulheres deverem ou não usar chapéu para ir à Igreja hoje em dia.

Mas apesar de todo seu significado local esta passagem contém três grandes verdades eternas.

  1. É preferível errar pelo lado da severidade que pelo da lassidão. É muito melhor abandonar direitos que poderiam ser pedras de tropeço para alguns, do que insistir neles. Está na moda desacreditar o convencional, mas a pessoa deve pensar duas vezes antes de desafiar o convencional e escandalizar a outros. Na verdade, nunca se deve ser escravo dos convencionalismos, mas estes existem por alguma razão.
  2. Mesmo depois de ter acentuado a subordinação das mulheres, Paulo continua assinalando mais diretamente ainda a comunhão essencial do homem e da mulher. Nenhum dos dois pode viver sem o outro. Se existir subordinação não é por ela em si, mas para que a comunhão seja mais frutífera e bela para ambos.
  3. Paulo termina a passagem com uma resposta ao homem que discute por discutir. Quaisquer que sejam as diferencia que surjam entre os homens, não há lugar na 1greja para o homem ou a mulher deliberadamente litigiosos Há momentos em que devem sustentar-se princípios mas nunca se deve discutir fragorosamente. Não há nenhuma razão para que as pessoas, embora tendo opiniões diferentes, não vivam em paz.

A FESTA MAL INTERPRETADA

I Coríntios 11:17-22

O mundo antigo era em muitos sentidos muito mais sociável que o nosso. Era um costume comum que grupos de pessoas se reunissem para comer juntos. Havia, em particular, uma festa chamada eranos na qual cada um dos participantes levava sua própria comida, juntava-se tudo e se fazia uma festa em comum. A Igreja primitiva tinha um costume; tratava-se de uma festa chamada Agape ou Festa de Amor. Todos os cristãos concorriam a ela, levando o que podiam, e quando se juntava todo o contribuído, sentavam-se e tinham uma comida em comum. Era um belo costume, e é uma lástima que se perdeu. Era uma maneira de produzir e alimentar a verdadeira comunhão cristã. Mas na 1greja de Corinto as coisas não tinham ido muito bem com a Festa de Amor. Na Igreja havia ricos e pobres; alguns podiam levar muito, e havia escravos que com muita dificuldade podiam colaborar com algo. Em realidade para muitos escravos pobres, a Festa de Amor deve ter sido a única comida decente que tinham em toda a semana. Mas em Corinto se perdeu a arte de compartilhar. Os ricos não compartilhavam seu mantimentos mas sim os comiam em pequenos grupos exclusivos, apurando-se para não ter que compartilhar, enquanto que os pobres virtualmente não tinham nada. O resultado era que a comida pela qual as diferenças sociais entre os membros da Igreja deviam ter desaparecido só servia para aumentar e agravar essas mesmas diferenças. O que teria que ter sido uma comunidade tinha degenerado em uma série de camarilhas com consciência de classe. Paulo reprova tudo isto sem vacilar e sem piedade.

(1) Bem pode ser que os distintos grupos estivessem formados por gente que sustentavam diferentes opiniões. Um grande erudito disse: ''Ter zelo religioso, sem converter-se em um sectário religioso, é uma grande prova de verdadeira devoção." Se pensarmos diferente de outro, com o tempo poderemos chegar a compreendê-lo e até simpatizar com ele se nos mantemos em comunhão com ele e conversamos; mas se nos fechamos e formamos nosso pequeno grupo enquanto essa pessoa permanece em seu pequeno grupo não haverá esperança alguma de chegar a um mútuo entendimento
(2) A Igreja primitiva era o único lugar em todo mundo antigo em que as barreiras que o dividiam tinham caído. O mundo antigo estava dividido rigidamente: havia os homens livres e os escravos, havia os gregos e os bárbaros — os que não falavam grego; havia os judeus e os gentios; havia os cidadãos romanos e as raças inferiores fora da lei; havia os cultos e os ignorantes. A Igreja era o único lugar em que todos os homens podiam reunir-se.
Um grande historiador da Igreja escreveu a respeito destas congregações cristãs primitivas:

"Dentro de seus próprios limites haviam resolvido quase de passagem os problemas sociais que desbaratavam a Roma e que ainda desconcertam a Europa. Tinham elevado a mulher ao lugar que lhe correspondia, restaurado a dignidade do trabalho, abolido a mendicidade, e tirado o aguilhão da escravidão. O segredo da revolução era que na Ceia do Senhor se esqueceu o egoísmo racial e de classe e se achou uma nova base para a sociedade no amor da imagem visível de Deus nos homens por aqueles que Cristo tinha morrido."

Uma igreja em que existem distinções sociais e de classe não é uma verdadeira igreja. A verdadeira igreja é um corpo de homens e mulheres unidos entre si devido ao fato de estarem unidos a Cristo. Até a palavra que se utiliza para descrever o sacramento é sugestiva. Nós a chamamos a Ceia do Senhor; mas a palavra ceia ou jantar pode conduzir a conclusões errôneas. Geralmente para nós o jantar não é a refeição principal do dia. Em grego a palavra é deipnon. Para os gregos o café da manhã era uma refeição em que tudo o que se consumia era um pequeno pedaço de pão molhado em vinho, o almoço se comia em qualquer parte, até na rua ou em uma praça; o deipnon era a principal refeição do dia, em que as pessoas se sentavam sem pressa e em que não só satisfaziam seu apetite, mas também passavam um longo momento juntos. A mesma palavra demonstra que a refeição cristã deveria ser uma refeição em que as pessoas passassem um longo tempo juntos.

  1. Uma igreja não é verdadeira se esqueceu a arte de compartilhar. Quando as pessoas desejam manter as coisas só para si mesmas ou para seu próprio círculo nem sequer estão começando a ser cristãos. O verdadeiro cristão não pode suportar ter muito enquanto outros têm pouco; encontra seu maior privilégio não em guardar zelosamente suas prerrogativas, mas em renunciar a elas.

A CEIA DO SENHOR

I Coríntios 11:23-34

Não há em todo o Novo Testamento outra passagem de maior interesse que esta. Por um lado nos dá o aval para o mais sagrado ato de adoração na 1greja, o sacramento da Ceia do Senhor e, pelo outro, como a Carta aos Coríntios é anterior a Marcos, o mais primitivo dos evangelhos, é em realidade o primeiro relato escrito que temos de palavras que Jesus pôde ter pronunciado.
O sacramento nunca pode significar o mesmo para todas as pessoas. Não precisamos compreendê-lo totalmente para recebermos o seu benefício. Como alguém disse: "Não precisamos compreender a química do pão para digeri-lo e ser alimentados por ele." Mas apesar de tudo faremos bem em tentar ao menos compreender algo do que Jesus quis dizer quando falou do pão e do vinho da maneira em que o fez. "Isto é meu corpo", disse sobre o pão. Um só fato nos impede de tomar isto com um cru literalismo. É que quando Jesus disse isto, ainda estava no corpo, e não havia nada tão claro quanto ao momento em que disse essas palavras sua corpo e o pão eram coisas totalmente distintas. Tampouco quis dizer simplesmente: "Isto representa meu corpo." Num sentido isto é certo. O pão partido do sacramento representa o corpo de Cristo, mas significa muito mais; para aquele que toma em suas mãos e o leva à sua boca com fé, amor e ardente devoção, é um meio não só de recordar, mas também de estar em contato vivo com Jesus Cristo. Para um estranho, para um não crente, para alguém que escarnece não significa nada; para alguém que ama a Cristo é o caminho à sua presença. A declaração de Jesus, “Este cálice é a nova aliança no meu sangue”, pode ser traduzido. "Esta taça é o novo pacto e custou o meu sangue."
A proposição grega em significa usualmente em, mas pode significar e regularmente significa a custo de ou pelo preço de, especialmente quando traduz a preposição hebraica be. Uma aliança é uma relação estabelecida entre duas pessoas. Havia uma velha aliança entre Deus e o homem, uma velha relação. Estava baseada na lei. Por meio dessa relação Deus escolheu o povo de Israel e se aproximou dele, convertendo-se em um sentido muito especial em seu Deus; mas havia uma condição e esta consistia em que, para sua relação ser duradoura, o povo de Israel devia guardar a lei de Deus (ver Êxodo 24:1-8). A continuidade da aliança dependia de que se guardasse a lei. Mas com Jesus o homem encontra-se perante uma nova relação, que não depende da lei, mas sim do amor. Não depende da habilidade que o homem tenha em guardar a lei — visto que ninguém pode fazê-lo — mas na graça livre do amor de Deus que se oferece a todos os homens. Isto muda toda a relação de Deus com o homem. Sob a velha aliança o homem não podia fazer mais que temer a Deus, pois se encontrava sempre em falta, já que não podia guardar a lei perfeitamente; sob a nova aliança o homem se aproxima de Deus como um filho a seu pai e não como um criminoso perante um juiz. E — seja qual for a forma em que olhemos as coisas — custou a vida de Jesus fazer com que esta nova relação fosse possível. "O sangue é a vida" diz a lei (Dt 12:23): custou a vida de Jesus — seu sangre, como diria um judeu — fazer com que esta relação fosse possível. De modo que o vinho escarlate do sacramento significa a própria vida e sangue de Cristo sem a qual a nova aliança, a nova relação do homem com Deus jamais teria sido possível.

Esta passagem continua falando a respeito de "comer e beber este pão e este vinho indignamente".

O que significa isto?
A indignidade consistia no fato de que o homem que o fazia "não discernia o corpo do Senhor". Isto pode significar duas coisas, e ambas são reais e importantes; em realidade ambas são tão reais e importantes que é muito provável que a frase se refira às duas.

  1. Pode significar que aquele que come e bebe indignamente não se dá conta do que representam e significam os símbolos sagrados. Pode referir-se também a que não percebe o grandioso significado do que está fazendo nem aprecia a santidade do que realiza. Pode ser que se refira ao que come e bebe sem reverência, sem perceber o amor que estes símbolos representam, nem a obrigação que recai sobre ele.
  2. Mas há outro significado possível. A frase o corpo de Cristo várias vezes representa a Igreja; isto acontece, como veremos, no capítulo 12. Paulo acabava de reprovar àqueles que com suas divisões e distinções de classe dividiam a Igreja; de modo que isto pode significar que o homem que come e bebe indignamente é aquele que nunca se deu conta de que toda a Igreja é o corpo de Cristo, e que se encontra em discórdia com seu irmão, que olhe a seu próximo com desprezo, e que, por qualquer outra razão, não é um com seus irmãos. O ritual da Igreja Escocesa para o sacramento convida à mesa àqueles que se encontram em uma relação de "amor e caridade" para com seu próximo. Todo homem em cujo coração haja ódio, amargura e desprezo contra seu irmão come e bebe indignamente se chegar com esse espírito à mesa de nosso Senhor. De modo que comer e beber indignamente é fazê-lo sem sentido de reverência e sem perceber a grandeza do que estamos fazendo, e fazê-lo quando estamos em discórdia com o irmão pelo qual Cristo morreu, como morreu por nós.

Paulo continua dizendo que as desgraças que têm caído sobre a Igreja de Corinto pode ser que tenham sua origem nada mais que no fato de que se aproximam da sacramento estando divididos entre si; mas estas desgraças não foram enviadas para destruí-los, mas para discipliná-los e trazê-los novamente ao caminho correto.
Devemos ter bem claro um fato. A frase que proíbe que o homem coma e beba indignamente não deixa fora o pecador que é consciente de sê-lo.

Um ancião pastor das altas montanhas escocesas ao ver que uma anciã duvidava antes de receber a taça, a alcançou, dizendo: "Toma-a mulher, é para pecadores; é para ti."

Se a Mesa de Cristo fosse só para gente perfeita ninguém jamais se poderia aproximar dela Nunca está fechada para o pecador penitente. Para o homem que ama a Deus e a seu próximo o caminho está sempre aberto, e seus pecados, embora sejam como escarlate ficarão brancos como a neve.


Dicionário

Assim

advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

Como

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


Mulher

[...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

[...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

[...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

[...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

[...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

[...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
Aquela que deixou de ser virgem.
Companheira do cônjuge; esposa.
Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
Aquela que deixou de ser virgem.
Companheira do cônjuge; esposa.
Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

Provir

verbo transitivo indireto Possuir a procedência em; proceder: animais que provieram de lugares exóticos.
Possuir origem ou derivar de: a farinha provém do trigo.
Ser originário de; descender ou originar: provém de uma família alemã.
Ser a consequência de: algumas patologias provêm de problemas mentais.
Etimologia (origem da palavra provir). Do latim provenire.

Provir
1) Vir de; ter origem (Jo 17:7)

2) Acontecer (Lc 1:43).

Varão

substantivo masculino Homem, sujeito adulto; pessoa do sexo masculino.
Por Extensão Aquele que é corajoso, esforçado; quem age sem medo; viril.
Por Extensão Quem é merecedor de respeito, de admiração; ilustre.
adjetivo Pertencente ao sexo masculino: filho varão.
Etimologia (origem da palavra varão). Do latim varro.onis.
substantivo masculino Vara grande feita em metal ou ferro: varão de cortina.
Armação de metal usada para proteger algo; grade: varão para portão.
Etimologia (origem da palavra varão). Vara + ão.

Varão Indivíduo do sexo masculino (Gn 2:23; Jo 1:30).

Vem

3ª pess. sing. pres. ind. de vir
2ª pess. sing. imp. de vir
Será que queria dizer vêm?

vir -
(latim venio, -ire, vir, chegar, cair sobre, avançar, atacar, aparecer, nascer, mostrar-se)
verbo transitivo , intransitivo e pronominal

1. Transportar-se de um lugar para aquele onde estamos ou para aquele onde está a pessoa a quem falamos; deslocar-se de lá para cá (ex.: os turistas vêm a Lisboa; o gato veio para perto dele; o pai chamou e o filho veio).IR

verbo transitivo

2. Chegar e permanecer num lugar (ex.: ele veio para o Rio de Janeiro quando ainda era criança).

3. Derivar (ex.: o tofu vem da soja).

4. Ser transmitido (ex.: a doença dela vem da parte da mãe).

5. Ser proveniente; ter origem em (ex.: o tango vem da Argentina). = PROVIR

6. Ocorrer (ex.: vieram-lhe à mente algumas memórias).

7. Emanar (ex.: o barulho vem lá de fora).

8. Deslocar-se com um objectivo (ex.: ele veio à festa pela comida).

9. Descender, provir (ex.: ela vem de uma família aristocrata).

10. Bater, chocar, esbarrar (ex.: a bicicleta veio contra o muro).

11. Expor, apresentar, aduzir (ex.: todos vieram com propostas muito interessantes).

12. Chegar a, atingir (ex.: o fogo veio até perto da aldeia).

verbo transitivo e intransitivo

13. Apresentar-se em determinado local (ex.: os amigos disseram que viriam à festa; a reunião foi breve, mas nem todos vieram). = COMPARECER

verbo intransitivo

14. Chegar (ex.: o táxi ainda não veio).

15. Regressar, voltar (ex.: foram a casa e ainda não vieram).

16. Seguir, acompanhar (ex.: o cão vem sempre com ela).

17. Nascer (ex.: os gatinhos vieram mais cedo do que os donos esperavam).

18. Surgir (ex.: a chuva veio em força).

19. Começar a sair ou a jorrar (ex.: abriram as comportas e a água veio). = IRROMPER

20. Acontecer, ocorrer, dar-se (ex.: a fama e o sucesso vieram de repente).

verbo copulativo

21. Aparecer, surgir (ex.: a caixa veio aberta).

verbo pronominal

22. [Portugal, Informal] Atingir o orgasmo (ex.: estava muito excitado e veio-se depressa). = GOZAR


vir abaixo
Desmoronar-se (ex.: o prédio veio abaixo com a explosão). = IR ABAIXO


Ver também dúvida linguística: vir-se.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
I Coríntios 11: 12 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Porque, assim como a mulher é proveniente- de- dentro- do varão, assim também o varão é através da mulher; mas todas as coisas são provenientes- de- dentro- de Deus.)
I Coríntios 11: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

54 d.C.
G1063
gár
γάρ
primícias da figueira, figo temporão
(as the earliest)
Substantivo
G1135
gynḗ
γυνή
esposa
(wife)
Substantivo - feminino acusativo singular
G1161
δέ
e / mas / alem do mais / além disso
(moreover)
Conjunção
G1223
diá
διά
Através dos
(through)
Preposição
G1537
ek
ἐκ
o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
(Gilgal)
Substantivo
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3779
hoútō
οὕτω
os habitantes da Caldéia, que viviam junto ao baixo Eufrates e Tigre
(to the Chaldeans)
Substantivo
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G435
anḗr
ἀνήρ
com referência ao sexo
(husband)
Substantivo - acusativo masculino singular
G5618
hṓsper
ὥσπερ
como / tão
(as)
Advérbio


γάρ


(G1063)
gár (gar)

1063 γαρ gar

partícula primária; conj

  1. porque, pois, visto que, então

γυνή


(G1135)
gynḗ (goo-nay')

1135 γυνη gune

provavelmente da raíz de 1096; TDNT - 1:776,134; n f

  1. mulher de qualquer idade, seja virgem, ou casada, ou viúva
  2. uma esposa
    1. de uma noiva

δέ


(G1161)
(deh)

1161 δε de

partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

  1. mas, além do mais, e, etc.

διά


(G1223)
diá (dee-ah')

1223 δια dia

preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

  1. através de
    1. de lugar
      1. com
      2. em, para
    2. de tempo
      1. por tudo, do começo ao fim
      2. durante
    3. de meios
      1. atrave/s, pelo
      2. por meio de
  2. por causa de
    1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
      1. por razão de
      2. por causa de
      3. por esta razão
      4. consequentemente, portanto
      5. por este motivo

ἐκ


(G1537)
ek (ek)

1537 εκ ek ou εξ ex

preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

  1. de dentro de, de, por, fora de

θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὕτω


(G3779)
hoútō (hoo'-to)

3779 ουτω houto ou (diante de vogal) ουτως houtos

de 3778; adv

  1. deste modo, assim, desta maneira

πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


ἀνήρ


(G435)
anḗr (an'-ayr)

435 ανερ aner

uma palavra primária cf 444; TDNT - 1:360,59; n m

  1. com referência ao sexo
    1. homem
    2. marido
    3. noivo ou futuro marido
  2. com referência a idade, para distinguir um homem de um garoto
  3. qualquer homem
  4. usado genericamente para um grupo tanto de homens como de mulheres

ὥσπερ


(G5618)
hṓsper (hoce'-per)

5618 ωσπερ hosper

de 5613 e 4007; adv

  1. assim como, da mesma forma que, mesmo que