Enciclopédia de Gálatas 2:21-21

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gl 2: 21

Versão Versículo
ARA Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão.
ARC Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde.
TB Não faço nula a graça de Deus; pois, se a justiça vem mediante a lei, então, morreu Cristo sem necessidade.
BGB οὐκ ἀθετῶ τὴν χάριν τοῦ θεοῦ· εἰ γὰρ διὰ νόμου δικαιοσύνη, ἄρα Χριστὸς δωρεὰν ἀπέθανεν.
BKJ Não negligencio a graça de Deus, pois se a justiça vem pela lei, então Cristo morreu em vão.
LTT Não anulo a graça de Deus; porque, se através da lei vem a justiça, então o Cristo em vão morreu.
BJ2 Não invalido a graça de Deus;[f] porque, se é pela Lei que vem a justiça, então Cristo morreu em vão.
VULG Non abjicio gratiam Dei. Si enim per legem justitia, ergo gratis Christus mortuus est.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gálatas 2:21

Salmos 33:10 O Senhor desfaz o conselho das nações; quebranta os intentos dos povos.
Isaías 49:4 Mas eu disse: Debalde tenho trabalhado, inútil e vãmente gastei as minhas forças; todavia, o meu direito está perante o Senhor, e o meu galardão, perante o meu Deus.
Jeremias 8:8 Como, pois, dizeis: Nós somos sábios, e a lei do Senhor está conosco? Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas.
Marcos 7:9 E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição.
Romanos 8:31 Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Romanos 10:3 Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus.
Romanos 11:6 Mas, se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça.
I Coríntios 15:2 pelo qual também sois salvos, se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se não é que crestes em vão.
I Coríntios 15:14 E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.
I Coríntios 15:17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.
Gálatas 2:16 Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.
Gálatas 2:18 Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo-me a mim mesmo transgressor.
Gálatas 3:21 Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque, se dada fosse uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei.
Gálatas 5:2 Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará.
Hebreus 7:11 De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gálatas Capítulo 2 do versículo 1 até o 21
3. O Evangelho de Paulo e o Concílio de Jerusalém (2:1-10)

a) O relatório de Paulo (2.1,2). Quatorze anos depois, Paulo, com Barnabé, foi a Jerusalém para transmitir reservadamente o seu evangelho aos líderes da igreja. Estes homens proeminentes não acrescentaram nada à mensagem de Paulo. Apesar de alguns terem espionado Paulo, eles não exigiram que o seu cooperador Tito fosse circuncidado. Pelo contrário, deram a bênção a Paulo e Barnabé, reconhecendo que sua comissão aos gentios era comparável ao ministério que os outros apóstolos tinham aos judeus.

Catorze anos depois, Paulo foi outra vez a Jerusalém com Barnabé, e levou Tito com ele (1). Não está claro a que se refere este depois. Foi depois de sua conversão ou depois de sua visita anterior, ocorrida no período de três anos após sua conversão? A questão tem pouca ligação com o relato do incidente, mas está significativamente relaci-onada à cronologia da vida de Paulo. A probabilidade é que os 14 anos marcam o tempo entre as visitas a Jerusalém.

A associação de Barnabé com Paulo começou quando ele apoiou o fariseu, recente-mente convertido, que desejava unir-se aos discípulos em Jerusalém (At 9:26-27). Mais tarde, Barnabé deu a Saulo a chance de começar um ministério em Antioquia (Act 12:22--25). Não temos informação detalhada sobre como Tito se associou com o apóstolo. É fato que este cristão grego foi um dos primeiros convertidos de Paulo (Tt 1:4). Ao término da segunda viagem missionária, Tito já era líder na novel igreja. A referência aqui indica que ele estava entre os "alguns" obreiros de Antioquia escolhidos para representá-los nesta conferência histórica (Atos 15:1-2).

A viagem à assembléia em Jerusalém foi feita por revelação (2). Isto é para enfatizar que Paulo estava sob direção divina. Quando os visitantes judeus tentaram forçar a circuncisão na igreja, predominantemente gentia, em Antioquia, Paulo e Barnabé opu-seram-se com veemência (cf. At 15:1-2). O relato em Atos indica que a igreja em Antioquia deu a Paulo e Barnabé a incumbência de representar sua causa em Jerusalém, mas aqui, Paulo enfatiza que a diretiva foi de origem superior. O plano humano e a orienta-ção divina não são mutuamente excludentes (cf. At 15:28).

Paulo lhes expôs o evangelho que pregava entre os gentios (2). A mensagem do evangelho que Paulo colocou diante' deles era que Jesus Cristo fora crucificado, ressuscita-ra e viria outra vez; e que havia justiça para todos os homens pela fé em Cristo sem as obras da lei. De acordo com Atos 15:4, Paulo e seu grupo prestaram informações a toda a igreja em Jerusalém, ao passo que o texto aqui em Gálatas declara especificamente que o relató-rio foi feito particularmente. Isto indica que a sessão pública foi precedida por uma confe-rência particular, o que certamente seria de bom senso (ver comentários em Act 15:4-12).

Aos que estavam em estima (2) é tradução livre do que parece uma frase ou pen-samento interrompido, talvez em virtude de ansiedade ou agitação na mente de Paulo." Reflete sua preocupação em não falar demais — nem de menos! Ele referia-se ao fato de que fora aos líderes da igreja para elucidar uma questão crucial; mas, ao mesmo tempo, não queria demonstrar submissão total ao julgamento deles, nem negar sua própria autoridade dada singular e divinamente. Por isso, refere-se a Tiago, Cefas (Pedro) e João como aqueles que "pareceu-lhe ocuparem certa posição" (6) e "pareceu-lhe serem colu-nas" (9). Estavam em estima no sentido de que deram a impressão de serem bem-vistos aos olhos da igreja. Por trás da hesitação de Paulo, estava a crença de que a auto-ridade suprema deve vir de Deus e não do homem.

Uma das metáforas familiares de Paulo é a que descreve a vida cristã como uma corrida (cf. 5.7; 1 Co 9:24-26; Fp 2:16). Ele refere-se à sua vida e ministério entre os gentios como uma corrida, e estava preocupado com receio de que de alguma maneira... corresse ou... tivesse corrido em vão (2). Ele percebeu que se os reconhecidos líderes da igreja em Jerusalém se opusessem ao seu evangelho, todo o trabalho que ele fizera seria destruído pelos emissários da igreja e não haveria obra a realizar no futuro. A certeza da origem divina de sua mensagem não o deslumbrou ao ponto de provocar divisão e divergência na igreja.

  1. A recusa em circuncidar Tito (2:3-5). No versículo 3, temos a primeira menção efetiva sobre a questão específica em debate nesta carta — a circuncisão dos gentios convertidos. Era necessária? Paulo escreve: Mas nem ainda Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se (3). O propósito do apóstolo em rela-tar este incidente era mostrar que, até na igreja em Jerusalém, seu companheiro grego não fora forçado a submeter-se à lei cerimonial. Diante desta verdade, que base seus oponentes teriam para insistir na circuncisão na pátria dos gentios?

Os versículos 4:5 são parentéticos, repreendendo as pessoas que exerciam pressão para obrigar a circuncisão. A pressão veio por causa dos falsos irmãos que por des-cuido trouxeram para a igreja, os quais secretamente entraram a espiar a nos-sa liberdade que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão (4). A expressão falsos irmãos sugere que eram companheiros crentes, mas a insistência`na necessidade da lei constituía, na opinião de Paulo, uma negação a Cristo (ver comentári-os em 2.21). Estes homens por descuido intrometeram-se, ou seja, "infiltraram-se sorrateiramente" (CH; cf. BAB, BJ, NVI). A intenção expressa era beneficiarem-se -conseguir evidências reais — da liberdade da lei que estes gentios convertidos desfruta-vam em Cristo. Tudo constituía esforços para forçar a lei sobre eles e escravizá-los nova-mente (ver comentários em 4:1-10). Lógico que o elemento sigiloso refere-se às intenções. Indubitavelmente, bancaram irmãos em Cristo para, na confiança desta irmandade, ob-servarem a liberdade dos gentios convertidos. Eles se aproveitariam desta informação e procurariam obrigar a circuncisão.

Paulo não se intimidou em vista destas pessoas ou por suas táticas. Ele escreve: Aos quais, nem ainda por uma hora, cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós (5). Diante da igreja em Jerusalém, estes falsos irmãos procuraram forçar Paulo a conformar o seu evangelho à lei. Foi contra esta pres-são que Paulo declara que não "cedemos em submissão" (lit.; BAB; cf. ACF, BJ, CH), nem ainda por uma hora. Nem sequer Tito, a despeito dos argumentos e exigências dessa gente, foi obrigado a ser circuncidado. Talvez seja este o ponto específico do qual Paulo não abriria mão. Nem por um momento. A razão por que se recusou a "ceder uma polegada" foi porque se tratava de uma defesa da verdade do evangelho que fora pregado aos seus gentios convertidos. Não havia como esta mensagem da verdade cristã continuar se Paulo fracassasse. Caso se submetesse à circuncisão dos gentios converti-dos, o evangelho que lhes pregara não poderia ser verdade.

  1. O reconhecimento do ministério de Paulo (2:6-10). Paulo refere-se novamente aos "apóstolos-coluna", dizendo que pareciam ser algo (6). Aqui, ele entra em deta-lhes sobre essa resistência em reconhecê-los. Quais tenham sido noutro tempo é, literalmente, "de que tipo eles eram antigamente". É alusão indubitável ao fato de que estes homens estavam associados com Jesus em seu ministério terreno. Até este fato não fazia diferença para Paulo, por uma boa razão: Deus não aceita a aparência do homem é, literalmente, "Deus não recebe a face de um homem". Isto significa que, para Deus, a aparência exterior não é importante.

Aqui, Paulo está lidando com um problema que fugia rapidamente ao controle da igreja primitiva, sobretudo nas regiões gentias. Aqueles que tinham estado com Jesus durante seu ministério terreno possuíam lugar de distinção que poderia ter conseqüências desastrosas. Os judeus tinham uma desconfiança nata contra a idolatria, mas os convertidos gentios de Paulo poderiam facilmente cair nessa armadilha. Com sua formação idólatra bastava um movimento para passar da reverência aos discípulos terrenos de Jesus a um culto da divin-dade. Na realidade, a reivindicação de Paulo ao apostolado já estava sendo desafiada por seus inimigos neste ponto, pois ele não fora um dos discípulos originais. Ao escrever aos gentios convertidos sobre sua relação com estes líderes, ele mostra enfaticamente que com Deus a aparência não é elemento importante. A autoridade na igreja vem de Deus. Não vem com base na relação exterior de um passado com Jesus na terra, mas com a luz da experiên-cia interior de um presente com Cristo. Isto não significava que Paulo não tivesse respeito por estes líderes, ou que não os considerasse em alta estima. O fato de ele estar em Jerusa-lém para a conferência demonstra o contrário. Trata-se, portanto, de uma reflexão de sua preocupação de que a verdadeira base de autoridade seja observada.

Os líderes da igreja não só desistiram de obrigar Tito a ser circuncidado, mas eles, digo, que pareciam ser alguma coisa," nada acrescentaram. Este é o propósito central de Paulo mencionar o incidente. Na defesa da afirmação de que sua autoridade viera de Deus, ele expõe que até os líderes da igreja nada acrescentaram a sua mensagem.

Pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o" da circuncisão (7). Tal ação positiva foi fundamentada sobre importante vislumbre de amplas conseqüências. Como Pedro era o líder reconheci-do daqueles que ministravam o evangelho no mundo judaico, assim perceberam que a Paulo fora confiado (lit.) um ministério semelhante para os gentios.

Este reconhecimento da liderança, que Paulo chama apostolado, estava baseado na evidência clara da mesma atividade' divina em Paulo como em Pedro. Aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios (8). O mesmo Deus capacitou com seu poder a ambos.

O resultado feliz desta conferência foi que, conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que se me havia dado, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé (9). Pela primeira vez Paulo iden-tifica os líderes da igreja em Jerusalém, a quem ele se referira nos versículos anteriores. A menção do nome de Tiago (o irmão de Jesus) como primeiro da lista sugere que ele era o líder da igreja — talvez na administração —, ao passo que Pedro era o líder da obra missionária aos judeus. Estes homens tomaram ação positiva. Paulo e Barnabé recebe-ram a garantia reconhecida de comunhão e concordância de opinião: as destras, em comunhão (i.e., "Tiago, Cefas e João [...] estenderam, a [Paulo] e a Barnabé, a destra de comunhão", RA; cf. BAB). Levando em conta esta aprovação total e incontestada, como a autoridade de Paulo poderia ser questionada?

Em conseqüência disso, Paulo e Barnabé foram enviados aos gentios, e eles à circun-cisão. Há incerteza se esta divisão era racial ou geográfica. Havia gentios na Palestina e judeus no mundo greco-romano-asiático. A solução mais óbvia é que Paulo recebeu autoridade indiscutível no território onde estivera trabalhando — fora da Palestina. Esta era a verdadeira questão em debate. Também era óbvio que a decisão afetava diretamente as exigências a serem feitas aos gentios convertidos, onde quer que residissem.

Os líderes da igreja em Jerusalém estipularam apenas uma cláusula na aprovação, que Paulo não se esquecesse dos pobres (10). Isto ele procurou fazer com diligência (spoudazo, "com zelo" [BAB] ou "com avidez" [cf. BV]), fato comprovado por suas atividades conseqüentes (cf. Rm 15:31-2 Co 8-9).

4. A Defesa e Explanação do Evangelho de Paulo (2:11-21)

Em visita a Antioquia, Pedro comia livremente com os gentios até que chegou um grupo de judeus proveniente de Jerusalém; diante disso, ele se afastou dos gentios. Esta atitude influenciou tanto os irmãos judeus em Antioquia (até Barnabé) que eles compor-taram-se hipocritamente ao lado de Pedro. Paulo enfrentou publicamente o companhei-ro apóstolo por esta conduta, visto que era contrária à verdade do evangelho. Ele pergun-tou a Pedro como ele, sendo judeu de nascimento, que por vezes vivia como gentio, podia obrigar os gentios a viverem como judeus. Pedro e Paulo, que aprenderam que o homem não é justificado pela lei, mas somente pela fé em Cristo, tinham eles mesmos crido assim em Cristo. Embora considerados pecadores pelos judeus, eles se tornariam mesmo pecadores aos olhos de Deus se reconstruíssem essa estrutura legalista que eles já havi-am destruído. Paulo testemunhou que ele morrera para a lei a fim de viver para Deus. Tendo sido crucificado com Cristo, agora ele não vivia mais para si, e a vida que ele vivia na carne era pela fé em Jesus Cristo. Desta forma, a graça de Deus não era anulada.
Este episódio é mais uma prova da autoridade de Paulo como apóstolo. Ocorreu depois do Concílio de Jerusalém, quando Pedro' fora a Antioquia (11), igreja dominada por cris-tãos gentios. Talvez, Paulo tivesse ficado sabendo que judeus e gentios participavam da mesma refeição. Lá, Paulo o resistira na cara. Em sua opinião, este confronto público era justificável, porque Pedro se tornara repreensível (lit., "se tornou condenado"; cf. NVI).

Acerca de seu companheiro apóstolo, Paulo escreve que antes que alguns tives-sem chegado da parte de Tiago, Pedro comia com os gentios (12). Quando Pedro chegou a Antioquia e observou a mesa comum entre judeus e gentios, ele se juntou a eles, sem problema de consciência. Não é surpreendente que Pedro tenha se comportado as-sim depois da experiência com Cornélio e sua subseqüente defesa diante da igreja em Jerusalém.' Mas quando os visitantes de Jerusalém chegaram a Antioquia, eles critica-ram o que viram — talvez seja por isso que tivessem ido. Em conseqüência disso, Pedro se afastou e se apartou deles. O significado literal é que ele "retirou-se gradualmen-te"' (cf. BAB, CH, RA), temendo os que eram da circuncisão.

Nos versículos 11:21, verificamos "Os Elementos da Covardia Moral". A história da conferência em Jerusalém forma a introdução de fundo:

1) O medo de nossos amigos pode fazer com que transijamos nossas convicções, 11,12;
2) A transigência pessoal influ-encia os outros a fazerem a coisa errada, 13;

3) A repreensão honesta é necessária e não deve ser levada a mal, 14-19; 4). A dedicação e esforço honestos em permitir Cristo viver em nós é a cura eficaz para a covardia, 20,21 (A. F. Harper).

a) Insinceridade e influência errônea (2:12-19). A conseqüência séria foi que os ou-tros judeus também dissimulavam do mesmo modo que ele (13). Paulo denomina isto hipocrisia". O problema era de insinceridade básica — quer na participação da mesa comum, quer no afastamento dessa comunhão segundo os interesses da lei. Paulo con-clui que nesta ou naquela situação a ação era uma impostura. Como Paulo nos dirá mais adiante, o maior erro era este fingimento e não a mera recusa dos judeus em tomar parte da mesa comum com os gentios. Se desde o início Pedro se recusasse a participar de tal comunhão talvez o assunto nunca tivesse surgido.

No sentido estritamente bíblico, hipocrisia é o oposto direto de sinceridade. Hipocri-sia é duplicidade, e sinceridade é pureza ou singeleza de motivo. Portanto, a confissão é hipócrita somente na medida em que reflete insinceridade. Desde que as palavras ou ações de alguém não sejam sinceras ela está sendo hipócrita.

O poder de influência, para o bem ou para o mal, é assustador para as pessoas bem-intencionadas. Quando Barnabé se deixou levar por sua dissimulação (13), deve ter sido tremendo golpe contra Paulo. É difícil imaginar alguém da estatura espi-ritual de Barnabé agindo assim, mas o fato destaca o extraordinário poder da influên-cia. Até os grandes homens — sem falar nos menos importantes — muitas vezes se levantam ou caem quando vêem e ouvem outra pessoa. Uma das maiores responsabili-dades da liderança é o poder da influência e, nesta questão, nada causa maior dano que a hipocrisia.

Há quem pergunte sobre quando (14) Paulo viu isto acontecer. Poderia ele ter esta-do em Antioquia e, mesmo assim, não ter visto o que estava acontecendo antes que tais conseqüências trágicas se desenvolvessem? É possível que, embora estivesse vendo, Paulo hesitasse em tomar uma atitude drástica; mas este procedimento não se ajusta à sua personalidade. A hipótese é que ele estava ausente de Antioquia quando a situação ocorreu e só viu quando voltou. Paulo estava convencido que Pedro, e os demais judeus a quem ele influenciou, não andavam bem e direitamente (orthopodeo, "andavam retamente", BAB, BJ) confirme a verdade do evangelho.

Paulo confrontou Pedro na presença de todos (14). Sua intenção primária era defender a verdade do evangelho, mas também queria que a hipocrisia fosse claramente exposta. Para isso, era necessário repreender publicamente Pedro, o líder reconhecido e altamente respeitado da igreja. Esta ação era medida audaciosa, mas Paulo tinha certe-za que a enormidade do erro a justificava. Agora, neste momento posterior ao fato, ele podia rememorar o acontecimento como prova de que possuía autoridade divina para o evangelho que ora pregava."

O desafio que Paulo apresentou a Pedro foi: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?

  1. O assunto diz respeito inquestionavelmente a viver de acordo com os costumes dos respectivos grupos, com ênfase específica nos hábitos alimentares. Embora Pedro fosse judeu, suas crenças permitiam-lhe viver como gentio e não como judeu, como foi brilhan-temente ilustrado por sua conduta antes que os visitantes de Jerusalém chegassem. Ao se afastar e influenciar os outros judeus crentes a fazerem o mesmo, a única base de comunhão teria de ser nas condições judaicas. As ações de Pedro tiveram o efeito prático de obrigar os gentios a viverem como os judeus — sob a lei.

Pedro e Paulo eram judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios

  1. Este contraste é basicamente de origem racial e não de caráter moral, embora am-bos os aspectos estejam relacionados. O termo pecadores (hamartoloi) é usado em referência aos gentios, porque era a maneira típica de os judeus se referiam a eles. Paulo está ressaltando que Pedro e ele eram judeus de nascença e não de origem gentia.

Mas, embora fossem judeus e treinados para observar as leis de Moisés, eles vieram a saber que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo (16). Esta é a tese que Paulo discutirá nos capítulos 3:4-22 Aqui, ele quer somen-te observar que esta verdade fora aceita por ambos. Esta é a primeira menção em Gálatas da importante palavra lei (nomos), sendo usada aqui com seu significado limitado de obras humanas. Este significado forma a base para a repreensão de Paulo. Pedro sub-metera-se aos requerimentos da lei, embora tivesse sabido e experimentado o fato de que a justificação só ocorria pela fé em Jesus Cristo. A frase final do versículo é obviamen-te referência às Escrituras para apoio do argumento. Porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada é alusão ao Salmo 143:2. Acompanhando a Septuaginta, Paulo esclarece o versículo citado e faz "uma reinterpretação em forma mais clara da doutrina já ensinada pelos profetas judeus"."

Em seguida, o apóstolo observa que nós, que procuramos ser justificados em Cristo," nós mesmos também somos achados' pecadores (17). Esta última fra-se é interpretada de muitas maneiras.' Seu significado não é o significado habitual bíblico. O termo "pecadores" já foi usado neste contexto com nítida conotação legalista (cf. 15). Paulo enfatizara categoricamente (16) que Pedro e ele foram justificados pela fé em Cristo — desconsiderando as obras da lei. Embora fossem judeus de nascimen-to, seus oponentes judeus concluiriam que eram "pecadores" da mesma forma que os gentios que estavam fora do escopo da lei. Não há indício de que Paulo negaria esta premissa dos seus inimigos. Eles eram "pecadores" neste sentido legalista de apartar-se da lei cerimonial.

A conclusão implícita nessa premissa foi colocada na forma de pergunta retórica:' É, porventura, Cristo ministro do pecado? (17). Se a fé em Cristo os levou a serem "pecadores legalistas", então Cristo não é a causa do pecado? Há aqui uma mudança crucial de conceito; agora pecado (hamartia) não é um termo legalista, mas moral. No Novo Testamento, o termo grego hamartia não significa violar a lei, mas desobedecer a Deus, o que produz culpa e condenação.' O homem de fé — embora "pecador" em relação à lei — está vivendo sob a condenação e culpa do pecado? É isso que Cristo ministra ao homem? A resposta de Paulo é enfática: De maneira nenhuma (me genoito, lit, "não seja"; cf. NTLH, RA).' Tal pensamento era detestável para Paulo e imitação grotesca do seu Deus. Ao invés de pecado, Cristo traz perdão e paz ao homem de fé.

Paulo leva seu argumento um pouco mais adiante. Afastar-se das obras da lei não o tornou pecador. O oposto é que é a verdade; porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo-me a mim mesmo transgressor (18). Se ele tivesse de voltar às observâncias da lei, estaria remontando uma falsa estrutura que destruíra anterior-mente. A referência é claramente às ações de Pedro em Antioquia, mas Paulo graciosa-mente o declara na primeira pessoa. Com esse retorno à lei, ele se constituiria (lit., de-monstraria) transgressor. Para referir-se à transgressão em si, Paulo usa um termo que não dá margem à ambigüidade (cf. Rm 2:25-27). E significativo que o homem mostre-se a si mesmo como transgressor, no lugar de ser isto um pronunciamento de Deus.

Veremos nos capítulos seguintes que a lei teve função temporária, que foi substitu-ída pela vinda de Cristo. Paulo está falando de reedificar o que fora derrubado, porque era temporário. Joseph Agar Beet compara esta idéia inteligentemente com o andaime que é erguido para ajudar a construir uma estrutura permanente.' No edifício da vida cristã, o andaime temporário do dever tem de dar lugar à estrutura permanente do amor.

Quando Paulo argumenta que é a obediência à lei, e não a desobediência, que lhe mostra que é transgressor, os leitores judeus identificariam um paradoxo. Mas ele ofere-ce sua experiência como prova do paradoxo. A indicação está no uso do pronome pesso-al:31 Eu, pela lei, estou morto para a lei (19). A idéia não é surpreendente, pois sua morte com Cristo, assunto que ele continua discutindo no versículo seguinte, resulta em sua morte para a lei e na conseqüente libertação do controle servil que ela exercia (cf. Rm 7:1-6). Por morrer para algo, Paulo quer dizer logicamente cortar todas as relações de forma a não poder mais ter influência ou controle sobre ele. Ele foi tão completamente cortado da lei como alguém que está morto (ver comentários em 5.24; 6.14). É muito mais que uma figura de linguagem.

O que é surpreendente é que foi pela própria lei que Paulo ganhou a libertação da lei. Claro que isto não significa que foi a lei o meio de libertação, porque o apóstolo deixa claro que a libertação só veio pela morte com Cristo (20). O que ele quer dizer é que foi pelas obras da lei, e a conseqüente frustração, que ele percebeu a necessidade de abandoná-la. É o que ele alude aqui (16) e descreve em detalhes em Romanos 7. Este é o argumento central: Se ele voltasse para as obras da lei depois que percebesse a necessidade de abandoná-la, estaria fazendo-se transgressor.

O resultado positivo é viver para Deus (19). Tendo sido libertado da lei pela morte, agora ele estava livre para viver para Deus. Assim, vemos a maior objeção ao legalismo. Não só não livra do pecado, mas é também um verdadeiro obstáculo à devoção total que deveria caracterizar a vida do cristão.

b) A nova vida em Cristo (2.20,21). Esta nova vida em Deus, livre dos obstáculos da lei, foi possibilitada somente porque Paulo fora' crucificado com Cristo (20). Este é um dos conceitos teológicos paulinos mais importantes. Quando o homem entra em Cristo, ele entra na sua morte. Ele morre com Cristo." É mais que uma figura de linguagem, descrevendo uma separação psicológica ou libertação do pecado. Significa que pela fé o homem faz sua a morte de Cristo. O resultado futuro é que ele não enfrenta a morte eterna por seus pecados.

Há também um benefício presente. O poder do pecado é interrompido na vida do homem, porque ele morreu para o pecado com Cristo. De significação particular para este contexto é o fato de que a morte com Cristo é o único meio de os escravizados pela lei terem a liberdade (ver comentários em 5.1).

É imperativo que a morte do pecador com Cristo não seja confundida com a cruci-ficação da personalidade essencial da pessoa ou com o que se denominou autocrucificação. É o velho eu interior irremediável e desesperadamente depravado pelo pecado que mor-re. A terminologia de Paulo é estranha ao modo de pensar da atualidade, mas descreve uma verdade que é bem conhecida na experiência humana.

O crente, porém, não fica morto. E vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim (20). A correlação da morte com Cristo sempre é a ressurreição e a nova vida nele. O ho-mem de fé "[anda] em novidade de vida" (Rm 6:4), "na semelhança [...] da sua ressurreição" (Rm 6:5) e "[vive] para Deus" (Rm 6:11). Ele "[dá] fruto para Deus" (Rm 7:4), e o "[serve] em novidade de espírito" (Rm 7:6). É vital entendermos o pleno impacto desta verdade maravilhosa. A morte para o pecado é significativa, só porque torna a nova vida possível. A libertação do pecado é a abertura de porta para uma nova vida gloriosa em Cristo.

A ordem do texto grego é surpreendente quando traduzido literalmente: "E eu vivo, não mais eu [ego], mas vive em mim Cristo" (na ACF, BAB e RC somente a palavra "Cristo" não está conforme a ordem no original grego [na BAB falta a palavra "e"]). O pronome enfático da primeira pessoa do singular eu (ego) enfatiza o aspecto pessoal da declaração, podendo ser traduzido assim: "E eu mesmo não vivo mais" (cf. BV, BJ). Mas, levando em conta a frase que vem a seguir, mas Cristo vive em mim, há um significado muito maior. O apóstolo está dizendo: "Eu não vivo mais como outrora eu vivia, mas de uma nova maneira — não mais eu. Agora Cristo vive em mim — ele é o Senhor de minha nova vida". Paulo vive "não mais eu", porque em uma crise de capitulação ele entregara sua soberania — ele era "não mais eu"! Por isso escreveu em outra carta: "Para mim o viver é Cristo" (Fp 1:21). Paulo também denomina esta experiência de viver no Espírito (ver comentários em 5:16-26).

Quando pregou sobre Gálatas 2:20, W. G. Coltman34 usou o tema "A Vida Vitoriosa". Ele mostrou que esta vida envolve três segredos maravilhosos:

1) Cristo em vez de mim; (2) Fé em vez de sentimento;

3) "Agora" em vez de "outrora".

Entre a velha vida no pecado e este novo modo de vida, há a "terra de ninguém" da vida no eu. Embora o crente tenha sido liberto das garras do pecado, ele ainda é senhor de sua vida. Paulo usa o seu exemplo pessoal para apresentar o ideal que Deus esperava dos gálatas. Essa vida acarreta numa crise de capitulação, quando o crente rende sua soberania a Deus." Trata-se de devolver a Deus o que o homem usurpou no jardim do Éden. Em outra carta, Paulo descreve graficamente a imagem do "amor de escravo" que se apresenta voluntariamente ao seu senhor (Rm 6:19), e a do sacerdote que apresenta seu sacrifício no altar (Rm 12:1). A implicação desta crise capitulante deve ser vivenciada em um processo vitalício, referido por Paulo como andar ou marchar pelo Espírito.

E a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus (20). A vida nova no Espírito é vivida na carne que, aqui, significa neste corpo terreno com todas as suas limitações, fraquezas e tentações. Também é vivida na fé ("pela fé", BAB, BJ, NTLH, NVI, RA). Paulo testifica que, como ele foi justificado pela fé, assim ele vive a vida nova do Espírito pela no Filho de Deus. Em todo o tempo, a vida do crente tem de ser uma vida de dependência total a Cristo, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim. Este é o reconhecimento de que tudo na vida do crente tem sua fonte no amor de Jesus, esse amor que levou Jesus a morrer por nós. Não há outra motivação da graça. Este foco no amor tornou-se a verdadeira confissão de credo."

Tendo dado seu testemunho pessoal, Paulo conclui que sua vida de fé não aniquila a graça de Deus (21).

E. W. Martin37 pergunta: "O que é Santidade?" No versículo 20, ele acha três respos-tas:

1) Mortificação: Estou crucificado com Cristo (cf. tb. 6.14; Rm 6:6-7; Hb 13:12-13) ;

2) Vitalização: A vida que agora vivo... vivo-a pela (cf. Act 1:18) ;

3) Manifestação: Cristo vive em mim.

A próxima declaração está no típico estilo paulino, quando faz a transição em suas argumentações. Porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde (21). Esta conclusão bem poderia servir de seu texto. Se o homem pode obter a justiça pelas obras da lei, então Cristo morreu em vão. Tendo concluído sua defesa da autoridade divina do seu evangelho, agora ele passa a tratar do assunto que o preocupa-va concernente às igrejas gálatas.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Gálatas Capítulo 2 do versículo 1 até o 29
2:1 Quando sentirmos cólera justificada pelo pecado de alguém, devêssemos tomar cuidado. Devemos falar em contra do pecado, mas devemos fazê-lo com espírito de humildade. Freqüentemente os pecados que vemos com mais claridade em outros são os que têm raízes em nós. Se nos olharmos com cuidado, descobriremos que cometemos o mesmo pecado nas mais diversas formas socialmente aceitáveis. Por exemplo, um fofoqueiro possivelmente critique com obstinação a outros que fofocam em seu contrário.

2.1ss Quando a carta do Paulo se leu na igreja de Roma, sem dúvida muitas cabeças assentiram ao condenar o culto idolátrico, as práticas homossexuais e a violência. Mas quão surpreendidos se haverão sentido quando se voltou para eles e lhes disse: "Não têm desculpa. Vocês são tão maus cone eles!" Paulo afirmava enfaticamente que ninguém é suficientemente bom para salvar-se a si mesmo. Se desejamos evitar o castigo e viver com Cristo para sempre, todos -não importa se formos homicidas, desrespeitosos, nem se formos cidadãos honestos, trabalhadores, excelentes- devemos depender por completo da graça de Deus. Paulo não discute se alguns pecados são piores que outros. Qualquer pecado é suficiente para nos levar a depender de Cristo quanto à salvação e a vida eterna. Não há outro caminho, além de Cristo, por meio do qual alguém pode ser salvo do pecado e suas conseqüências, e todos pecamos reiteradamente.

2:4 Em sua bondade, Deus retarda seu julgamento para lhe dar tempo às pessoas para que se arrependa. É muito fácil confundir a paciência de Deus com a aprovação da forma equivocada em que vivemos. A auto avaliação é difícil, e mais difícil ainda é nos justificar com Deus e lhe permitir que nos diga no que devemos trocar. Entretanto, como cristãos devemos orar sempre a fim de que Deus nos assinale nossos pecados e nos cure. É lamentável, mas é mais fácil nos surpreender da paciência que Deus tem com outros, que nos humilhar ante a que O tem conosco.

2.5-11 Apesar de que pelo general não recebemos o castigo imediato por cada pecado, o julgamento final de Deus é certo. Não sabemos com exatidão quando ocorrerá, mas sabemos que ninguém escapará do encontro final com o Criador. se desejar mais informação sobre o julgamento, veja-se Jo 12:48 e Ap 20:11-15.

2:7 Paulo diz que os que com paciência e perseverança fazem a vontade de Deus terão vida eterna. Não contradiz sua declaração anterior de que a salvação é sozinho por fé (1.16, 17). As boas obras não nos salvam, mas quando entregamos nossa vida por completo a Deus, queremos lhe agradar e fazer sua vontade. portanto, nossas boas obras são uma demonstração de agradecimento pelo que Deus tem feito, não um prerrequisito para obter sua graça.

2.12-15 A gente se condena não pelo que desconhece, mas sim pelo que faz com o que sabe. Quem conhece a Palavra escrita de Deus e sua Lei serão julgados por elas. Quem nunca tem visto uma Bíblia sabem diferenciar entre o bom e o mau, e lhes julgará por não ter tomado em conta nem sequer as normas que sua consciência lhes ditava. Freqüentemente, o julgamento de Deus se vê obstaculizado por nosso sentido moderno do processo legal e os direitos do indivíduo. Mas recorde que as pessoas revistam violar as normas que criaram para elas mesmas.

2.12-15 Se viajasse ao redor do mundo, descobrirá em cada sociedade evidências da Lei moral de Deus. Par exemplo, todas as culturas prohíben o homicídio e mesmo assim em todas as sociedades essa lei se quebranta. Pertencemos a um gênero teimoso. Sabemos o que é bom, mas insistimos em fazer o mau. Admita ante você e ante Deus que encaixa no molde humano e que freqüentemente não cumpre com as normas estabelecidas (muito menos com as de Deus). Esse é o primeiro passo para o perdão e a santidade.

2.17ss Paulo continua desenvolvendo seu argumento no sentido de que todos somos culpados diante de Deus. depois de descrever o fim dos incrédulos, os gentis pagãos, ocupa-se dos religiosos privilegiados. A pesar do conhecimento que têm da vontade de Deus, também têm culpa por não viver o que acreditam. Quem tem crescido em lares cristãos são os religiosos privilegiados de hoje. A condenação do Paulo é aplicável a eles se não chegarem a viver conforme ao que sabem.

2:21, 22 Paulo indica a quão judeus necessitavam autojuzgarse pela Lei e não julgar a outros. Conheciam muito bem a Lei e sabiam como justificar suas ações enquanto criticavam a outros. Mas a Lei é mais que a "letra". É uma pauta para viver de acordo à vontade de Deus e também é uma advertência de que não podemos viver rectamente sem manter uma relação com Deus. Como Jesus destacou, reter o que pertence a alguém é roubar (Mc 7:9-13) e olhar a outra pessoa para cobiçá-la é adultério (Mt 5:27-28). antes de acusar a outros, devemos nos olhar e verificar se esse pecado, em qualquer de suas formas, está em nós.

2.21-27 Estes versículos são uma crítica mordaz à hipocrisia. É muito mais fácil dizer a outros como comportar-se que viver como é devido. É mais fácil dizer as palavras boas que lhes permitir que joguem raízes em nós. Aconselha a outros que façam algo que você não está disposto a fazer? Procure que suas palavras as avalizem suas ações.

2:24 Se você diz formar parte do povo de Deus, sua vida deve refletir a Deus. Quando lhe desobedece, desonra seu nome e por isso a gente incluso pode falar mal de Deus. O que pensa de Deus a gente ao contemplar sua vida?

2.25-29 A palavra circuncisão se refere ao sinal do pacto de Deus com seu povo. requeria-se que todos os varões judeus se submetessem a este rito (Gn 17:9-14). Para o Paulo, ser judeu (circuncidado) não significava nada se a pessoa não obedecia as leis de Deus. Por outro lado, os gentis (incircuncisos) podiam receber o amor e a aprovação de Deus se guardavam seus mandamentos. Paulo passa a nos explicar que o verdadeiro judeu (um que tem o favor de Deus) não é a pessoa circuncidada (um judeu "exteriormente"), a não ser aquele cujo coração é reto diante de Deus e lhe obedece (um judeu "no interior").

2:28, 29 Ser judeu significava formar parte da família de Deus e herdar todas suas promessas. Entretanto, Paulo esclarece que a membresía na família de Deus se apóia em qualidades internas, não externas. Todos os que tenham corações retos são judeus na verdade, ou seja, membros da família de Deus (veja-se também Gl 3:7). Assim como a circuncisão não era suficiente para os judeus, tampouco o é assistir à igreja, ser batizado, confirmado ou aceito como membro. Deus procura nossa sincera entrega e obediência. (se desejar mais informação a respeito da circuncisão do coração, vejam-se também Dt 10:16; Jr 4:4.)


Matthew Henry - Comentários de Gálatas Capítulo 2 do versículo 1 até o 21
2:1 Paulo se converteu mais ou menos pelo 35 D.C. Os quatorze anos que menciona, provavelmente, foram calculados do momento de sua conversão. Entretanto, este viaje a Jerusalém não era o primeiro. Muitos pensam que fez sua primeira viagem a Jerusalém ao redor do 38 D.C. (veja-se At 9:26-30) e outras viagens aproximadamente em 44 D.C. (At 11:29-30; Gl 2:1-10), 49/50 D.C. (Feitos 15), 52 D.C. (At 18:22, onde a igreja que se menciona se refere à igreja de Jerusalém) e 57 D.C. (At 21:15ss). Assim, é possível que Paulo tenha visitado Jerusalém em outras ocasiões também.

2:1 Bernabé e Tito eram dois amigos muito próximos do Paulo. Bernabé e Paulo visitaram juntos Galacia em sua primeira viagem missionária. Paulo escreveu uma carta pessoal ao Tito, um crente fiel e líder da igreja, que servia na ilha de Giz (veja o livro do Tito). Para maior informação relacionada com o Bernabé, veja-se seu perfil em Feitos 13. Para dados adicionais vinculados com o Tito, veja-a carta que Paulo lhe escreveu, a que se acha no Novo Testamento.

2:1 depois de sua conversão, Paulo empregou muitos anos preparando-se para seu ministério, ao qual Deus o tinha chamado. Este período de preparação incluiu um tempo a sós com Deus (1.16,
17) como também um tempo de consulta com outros crentes. Com freqüência os cristãos novos, em seu ardor, querem começar um ministério a tempo completo sem investir tempo no estudo da Bíblia e sem receber classes de professores qualificados. Não é necessário que esperemos para falar de Cristo, mas será necessário um treinamento adequado para empreender um ministério especial, seja como voluntários ou a tempo completo. Enquanto esperamos o tempo de Deus, devêssemos continuar com nosso estudo, aprendizagem e crescimento.

2:2, 3 Apesar de que Deus tinha enviado especialmente ao Paulo aos gentis (At 9:15-16), esteve disposto a discutir sua mensagem com os líderes da igreja em Jerusalém (Feitos 15). Esta reunião acautelou um maior resquebrajamiento na igreja e esta formalmente reconheceu a aprovação dos apóstolos a predicación do Paulo. Algumas vezes evitamos consultar com outros porque tememos que os problemas ou argumentos possam desenvolver-se. Não obstante, devêssemos discutir abertamente nossos planos e ações com amigos e conselheiros. A boa comunicação permite que todos entendam a situação melhor, reduz os comentários e contribui à edificação da unidade na igreja.

2:2 Deus disse ao Paulo, por revelação, que consultasse com os líderes de Jerusalém sobre a mensagem que estava pregando aos gentis, logo eles entenderiam e aprovariam o que ele estava fazendo. A essência da mensagem do Paulo, tanto a judeus como a gentis, foi que a salvação de Deus é oferecida a todos sem importar a raça, sexo, nacionalidade, riqueza, nível social, educação ou qualquer outra coisa. O perdão vem por meio da confiança em Deus (veja-se Rm 10:8-13).

2.3-5 Quando Paulo levou ao Tito, um cristão grego, a Jerusalém, os judaizantes (falsos irmãos) disseram que devia circuncidar-se. Paulo rechaçou de plano suas demandas. Os apóstolos estiveram de acordo em que a circuncisão era um rito desnecessário para aplicar-se aos gentis convertidos. Vários anos depois, Paulo pessoalmente circuncidou ao Timoteo, outro cristão grego (At 16:3). A diferença do Tito, entretanto, Timoteo era meio judeu. Paulo não negou aos judeus o direito a circuncidar-se, simplesmente ele estava dizendo que os gentis não devessem ser obrigados a ser judeus antes de chegar a ser cristãos.

2:4 Estes falsos irmãos se pareciam com o partido dos fariseus (At 15:5). Estes foram os estritos líderes religiosos do judaísmo, algum dos quais se converteram. Não sabemos se eram representativos dos convertidos bem intencionados ou se tratavam de perverter o cristianismo. A maioria dos comentaristas estão de acordo em que nem Pedro nem Santiago formavam parte desta conspiração.

2:5 Normalmente pensamos tomar uma posição contra aqueles que poderiam nos guiar a uma conduta imoral, mas Paulo tinha tomado uma linha dura contra os mais "morais". Não devem ceder ante aqueles que fazem guardar as normas feitas pelo homem como uma condição para a salvação, inclusive quando tais pessoas são de moralidade brilhante ou de posição respeitável.

2:6 É fácil classificar às pessoas sobre a base de demandas hierárquicas e ser intimidados por gente poderosa. Mas Paulo não foi intimidado pelos que tinham reputação de ser algo" porque todos os crentes são iguais em Cristo. Devêssemos respeitar a nossas líderes espirituais mas nossa lealdade final é a Cristo. Devemos lhe servir com todo nosso ser. Deus não nos classifica de acordo a nosso nível social, O olhe a atitude de nossos corações (1Sm 16:7).

2.7-9 Os líderes da igreja ("colunas") -Jacóo, Cefas e João- deram-se conta de que Deus estava usando ao Paulo para alcançar aos gentis, assim como Pedro era usado para alcançar aos judeus. depois de ouvir a mensagem do Paulo e Bernabé eles lhe deram sua aprovação ("a mão direita em sinal de companheirismo") para continuar trabalhando entre os gentis.

2:10 Aqui os apóstolos se referiam aos pobres em Jerusalém. Enquanto muitos gentis convertidos desfrutavam de folga econômica, a igreja em Jerusalém sofria os efeitos de uma fome severo na Palestina (veja-se At 11:28-30). Foi por isso que neste viaje Paulo arrecadou recursos para os cristãos judeus (At 24:17; Rm 15:25-29, 1Co 16:1-4; 2 Corintios 8). A necessidade de que os crentes cuidem dos pobres é um tema permanente na Bíblia, mas com freqüência não fazemos nada por tomá-lo em conta. fomos apanhados no interesse egoísta de satisfazer nossos desejos e necessidades. Talvez não vemos muita pobreza para recordar as necessidades dos pobres. O mundo está cheio de pobres, aqui e em outros países. O que pode você fazer para lhes ajudar?

2:11 Antioquía de Síria (diferente da Antioquía da Pisidia) era o centro principal de tráfico comercial no mundo antigo. Densamente povoada por gregos, em sua oportunidade chegou a ser um centro importante do cristianismo. Na Antioquía os crentes foram chamados pela primeira vez cristãos (At 11:26). Antioquía de Síria se converteu no centro de operações da igreja gentil e a base das operações do Paulo.

2.11ss Os judaizantes acusaram ao Paulo de diluir o evangelho e fazê-lo mais fácil para que o aceitassem os gentis, ao mesmo tempo Paulo acusou aos judaizantes de anular a verdade do evangelho, lhe adicionando condições a esta. A base da salvação foi o tema: obtém-se a salvação por meio de Cristo somente, ou se alcança por meio de Cristo e além se adere à lei? O argumento emergiu quando Pedro, Paulo, os judaizantes e alguns dos cristãos gentis se juntaram na Antioquía para desfrutar de uma comida juntos. Pedro, provavelmente, pensou que mantendo-se longe dos gentis, promoveria harmonia, ele não queria ofender ao Santiago e os cristãos judeus. Santiago tinha uma posição muito proeminente e presidiu o concílio em Jerusalém (Feitos 15). Mas Paulo criticou a ação do Pedro de ter violado o evangelho. Ao reunir-se Pedro com os judaizantes, de forma implícita apoiava sua declaração de que Cristo não era suficiente para oferecer salvação. Fazer concessões é um elemento importante para levar-se bem com outros, mas nunca devêssemos comprometer a verdade da Palavra de Deus. Se nós sentirmos que devemos trocar nossas crenças cristãs, para estar de acordo com nossos acompanhantes, caminhamos em um terreno perigoso.

2:11, 12 Embora Pedro foi um líder da igreja atuou como um hipócrita. Sabia o que devia fazer, mas se deixou levar pelo temor do que pudessem pensar Santiago e os outros. Pv 29:25 diz: "O temor do homem porá laço". Paulo sabia que tinha que enfrentar-se ao Pedro antes de que suas ações machucassem à igreja. portanto, Paulo enfrentou publicamente ao Pedro. Note, entretanto, que não foi aos outros líderes, não escreveu às outras Iglesias indicando que não seguissem o exemplo do Pedro. Em troca, enfrentou-se ao Pedro cara a cara. Algumas vezes cristãos, ainda líderes honestos, cometem enganos; sendo necessária a participação de outros cristãos sinceros para lhes fazer repensar. Se está convencido que alguém está fazendo-se machuco a si mesmo ou à igreja, tente uma aproximação direta. Não há lugar no corpo de Cristo para manter-se à margem.

2:15, 16 Se as leis judias não podem nos salvar por que devemos seguir obedecendo os Dez Mandamentos e as outras leis do Antigo Testamento? Paulo não dizia que as leis eram más, em outra carta que escreveu manifestou: "A lei à verdade é Santa e o mandamento santo, justo e bom" (Rm 7:12). Em troca, dizia que por meio da lei nunca poderemos ser aceitáveis diante de Deus. A lei ainda joga um papel importante na vida de um cristão. A lei: (1) protege-nos do pecado nos dando normas para nossa conduta; (2) convence-nos de pecado, nos dando a oportunidade de pedir o perdão de Deus; (3) leva-nos a confiar na suficiência de Cristo porque nós nunca poderemos cumprir os Dez Mandamentos à perfeição. Pela lei é impossível nos salvar, mas depois de que chegamos a ser cristãos, a lei pode ser uma valiosa guia para viver como Deus requer.

2.17-19 Ao estudar o Antigo Testamento. Paulo se precaveu de que não podia obter salvação por meio da obediência às leis de Deus. Os profetas sabiam que o plano de salvação não estava apoiado no cumprimento da lei (para referências veja o quadro no capítulo 4). Porque nós podemos ser infectados pelo pecado, não podemos cumprir as leis de Deus perfeitamente. Felizmente, Deus há provido um caminho de salvação que depende do Jesucristo, não de nossos próprios esforços. Embora conheçamos esta verdade, devemos nos guardar da tentação de usar o serviço, as boas obras, as dádivas ou qualquer outro esforço como um substituto da fé.

2:20 Como fomos crucificado com Cristo? Legalmente, Deus nos vê como se tivéssemos morrido com Cristo, porque nossos pecados morreram com O, já não estamos mais condenados (Cl 2:13-15). Quanto à relação, chegamos a ser um com Cristo e suas experiências são nossas. Nossa vida cristã começa quando, em unidade com O, morremos à vida velha (veja-se Rm 6:5-11). Em nossa vida diária, em repetidas ocasiões tivemos que crucificar nossos desejos pecaminosos que trataram que impedir que sigamos a Cristo. Esta também é uma forma de morrer com O (Lc 9:23-25). Embora o enfoque do cristianismo não é a morte a não ser a vida. Porque fomos crucificado com Cristo, também ressuscitamos com O (Rm 6:5). Legalmente, fomos reconciliado com Deus (2Co 5:19) e somos livres para poder crescer à semelhança de Cristo (Rm 8:29). E em nossa vida diária, ao continuar com nossa batalha contra o pecado, o poder da ressurreição de Cristo está disponível (Ef 1:19-20). Não estamos sozinhos, Cristo vive em nós, esta é nossa razão para viver e nossa esperança para o futuro (Cl 1:27).

2:21 Os crentes de hoje ainda estão em perigo de atuar como se Cristo tivesse morrido em vão. Como? Ao substituir o legalismo judeu por suas próprias marcas de legalismo cristão, estão-lhe dando às pessoas leis extras para obedecer. Ao acreditar que eles podem ganhar a aceitação de Deus por meio do que fazem, não confiam plenamente na obra de Cristo na cruz. Ao tratar de apropriar o poder de Deus para trocar a si mesmos (santificação), não confiam no poder de Deus para salvá-los (justificação). Se pudéssemos nos salvar por ser bons, então não teria sido necessária a morte de Cristo. Mas a cruz é o único caminho para a salvação.

CARACTERISTICAS DE UM EVANGELHO VERDADEIRO E DE UM EVANGELHO FALSO

Características de um evangelho falso

2:21: Trata a morte de Cristo sem lhe dar importância

3:12: Diz que devem obedecer a lei a fim de ser salvos

4:10: Trata de ganhar o favor de Deus ao cumprir com certos ritos

5:4: Confia em que ao guardar as leis se apagarão seus pecados

Características de um evangelho verdadeiro

1:11, 12: Insígnia que a fonte do evangelho é Deus

2:20: Sabe que a vida se obtém por meio da morte, confiamos no Deus que nos ama e morreu, de maneira que possamos morrer para o pecado e viver para O

3:14: Explica que todos os crentes têm ao Espírito Santo pela fé

3:21, 22: Declara que não podemos ser salvos por guardar a Lei; o único caminho de salvação é pela fé em Cristo, a que está a disposição de todos

3.26-28: Diz que todos os crentes são um em Cristo, de modo que não há possibilidade de discriminação

5:24, 25: Proclama que somos livres do domínio do pecado e que o poder do Espírito Santo nos enche e guia


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Gálatas Capítulo 2 do versículo 1 até o 21
B. reconhecido pelos Apóstolos (2: 1-10)

1 Depois, passados ​​catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo a Tt 2:1 E subi por uma revelação; e lhes expus o evangelho que prego entre os gentios, mas em particular aos que eram de destaque, para que de algum modo não deve estar em execução, ou não tivesse corrido em vão. 3 Mas nem mesmo Tito, que estava comigo, sendo um grego, foi constrangido a circuncidar- 4 e que, por causa dos falsos irmãos privily trazidos, que vieram em segredo a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para que pudessem nos escravizar: 5 a quem cedemos na forma de sujeição, não, nem por uma hora; que a verdade do evangelho permanecesse entre vós. 6 Ora, daqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido, ele arrisca, não importa para mim: Deus não aceita a aparência do homem não) -eles, digo, que pareciam ser transmitida nada para mim: 7 antes, pelo contrário, quando viram que eu tinha sido confiada com o evangelho da incircuncisão, assim como Pedro com o evangelho da circuncisão 8 (porque aquele que operou por Pedro até o apostolado da circuncisão, operou para mim também aos gentios); 9 e quando conheceram a graça que me fora dada, Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, deram a mim ea Barnabé as destras de comunhão, para que nós fôssemos para os gentios , e eles à circuncisão; 10 só eles que nos lembrássemos dos pobres; que muito coisa que eu também procurei fazer com diligência.

O terceiro evento ao qual Paulo chama a atenção em seus contatos com Jerusalém é importante porque inaugura uma nova fase de relacionamento. O sucesso de Paulo e outros em gentios evangelizadoras tinha levantado problemas que perturbavam os judeus mais conservadores. Até que ponto, se houver, deve gentios adaptar às práticas judaicas, a fim de ser aceito como irmãos na 1greja? Isto tornou-se a prova de fogo do ministério independente de Paulo. Será que ele tem que deixar de pregar o evangelho?Ou será que ele tem que se tornar mais Judaistic em sua perspectiva e trazer seus convertidos em pelo estágio intermediário de prosélitos? A resposta foi não. Os apóstolos reconhecido e aprovado o seu ministério.

1. Autorizada em Jerusalém Entrevistas (Gl 2:1 ). Alguns fariseus tomaram a mesma posição em Jerusalém (At 15:5 ) . O parecer da reunião, na verdade, balançou bastante para a opinião contrária. Em vez de censurar Paulo e Barnabé para a admissão de gentios na igreja sem judaizantes eles, os pilares reconhecida uma verdadeira obra de Deus no ministério de Paulo. Assim como Cristo havia encomendado Pedro e levou-o em um ministério, em grande parte nos círculos onde a circuncisão era tida como certa, então Paulo tinha sido confiada com o evangelho da incircuncisão . Estes não eram dois evangelhos, mas sim duas esferas em que o evangelho foi pregado e duas aplicações feitas da mensagem.

Não só os líderes observar comissão de Paulo, eles também viu que o Espírito Santo operou por Paulo para os gentios . É difícil criticar uma verdadeira obra de Deus, onde vidas estão sendo transformadas e milagres de graça são a ordem do dia. Por parte dos líderes que conheciam Jesus melhor, Tiago, Pedro e João, observação passado para condenação (idontes para gnontes ). Convencidos da graça que foi dado a Paulo, apesar de sua própria prática rigorosa e conservadores inclinações, eles deram a ele as destras de comunhão . Que isso era mais do que um gesto de amizade é visto nas palavras subseqüentes que sugerem uma aliança descansando em reconhecimento recíproco de parceria na mesma causa. Procedimentos e esferas pode ser diferente e, na verdade, deveria.Cada um deve salientar a sua própria vocação e função. Mas eles proclamaram o mesmo evangelho e fizeram parte da mesma Igreja.

Acompanhando esta aprovação pelos apóstolos e pelo conselho montado foi apenas um pedido: para lembrar os santos pobres da Judéia como o trabalho prosperou entre os gentios. Judéia sofrido muitas vezes de fome nos tempos apostólicos ea minoria cristã aparentemente sofreu pior, como resultado do ostracismo social e econômico. Parecia apropriado que os gentios mais prósperas que se beneficiaram com o evangelho e as bênçãos espirituais de Israel deve, por sua vez, partilhar as bênçãos materiais com seus benfeitores. Paulo aceitou a lógica e sentiu a compaixão. Embora muitas vezes ele apoiou-se por seu próprio trabalho, ele tomou sistematicamente ofertas no campo missionário para o alívio das igrejas domésticas.

Há omissões interessantes na conta de Paulo. Nenhuma menção é feita das "coisas necessárias" colocadas sobre as igrejas dos gentios, de acordo com At 15:29 . Paulo aparentemente não viu nada de novo na proibição de alimentos oferecidos aos ídolos, do sangue, que é sufocado e da prostituição. A última delas, ele sublinhou, durante todo não como regra judaica, mas como um princípio moral. Os outros ele observou sempre que a caridade cristã exigia ou sempre que ele estava trabalhando perto o suficiente para a pátria judaica a necessidade de se proteger contra o mal-entendido. Tendo aprovação ganhou de seu ministério, Paulo não estava com disposição para discutir sobre coisas pequenas.

C. validou contra COMPROMISSO (2: 11-21)

11 Mas, quando Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe na cara, porque era repreensível. 12 Pois antes de chegarem alguns da parte de Tiago, ele comia com os gentios; mas quando eles chegaram, se foi retirando e se apartava deles, temendo os que eram da circuncisão. 13 E o resto dos judeus também dissimularam com ele; de modo que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação. 14 Mas, quando vi que eles não andou retamente conforme a verdade do evangelho, disse a Cefas perante eles todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como os judeus, como é que obrigas os gentios a viverem como judeus? 15 Nós, judeus por natureza, e não pecadores dentre os gentios, 16 sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, mas por meio de fé em Jesus Cristo, temos também crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei:., porque pelas obras da lei nenhuma carne será justificada 17 Mas, se nós, procurando ser justificados em Cristo, nós mesmos também achados pecadores, é Cristo ministro do pecado? Deus me livre. 18 Porque, se eu criar novamente as coisas que eu destruídas, eu me provar um transgressor. 19 Pois eu pela lei morri para a lei, para que eu pudesse viver para Dt 20:1 ) . O teste veio. PedroPaulo visitou a igreja e misturado em Antioquia, onde alguns eram da "circuncisão" de fundo e alguns dos ". Incircuncisão" Quando deixou a clínica privada de suas próprias convicções, Pedro agiu em harmonia com a sua visão missionária (At 10:15 ) . Era preciso pensar nas implicações da justificação pela fé em Cristo. A salvação não pode vir pela fé sem um está admitindo o fracasso de sua justiça legal. Esta confissão do pecado por parte do judeu colocou-o na mesma categoria como o gentio. Ambos são pecadores. Nem tem esperança da justiça pela lei. O que isto significa? Será que Cristo, em seguida, acabar com a justiça? Será que Ele se tornou um pecado dispensando ministro? "Como é impensável!", Grita Paulo, sem sequer parar para explicar. É a salvação, não o pecado, que vem através de Cristo. Transgressão não vem admitindo a verdade e vir a Cristo para a salvação. Ele vem quando eu negar a salvação pela fé e começar a construir novamente um legalismo com a sua falsa esperança de justificação pelas obras da lei. Não é obra de Cristo, mas a minha quando eu me tornar um transgressor. A salvação pela fé implica uma admissão do pecado, mas é por causa da libertação do pecado.Justificação pelas obras, por outro lado, nega o Salvador e restaura um para os fracassos e terrores de uma lei quebrada. É através da construção de novo uma estrutura de confiança nos trabalhos que eu me provar um transgressor .

Em um sentido muito real, a libertação do pecado torna-se também uma libertação do direito como uma escravidão legalista. Ambos são realizados pela graça mediante a fé. Paulo ilustra por sua própria experiência. Quando Cristo falou na estrada para Damasco, Paulo teve que escolher. Embora nos termos da lei (como Rendall bem traduz-lo), a palavra de Cristo, ele atirou de lado seu escritório e renunciou ao serviço da lei por causa de Cristo. Como sujeição à lei impediu a dedicação sem reservas de sua vida a Deus, ele morreu para a lei para que pudesse viver para Deus . Como Ridderbos diz: "A lei não pode salvar, vivifica, mas apenas matar o pecador". Tendo assim morreu, através da lei, ele poderia viver com Cristo. É, naturalmente, importante lembrar o sentido em que "lei" é aqui utilizado, como um meio de salvação pelas obras. Há um outro sentido em que Cristo não veio para destruir, mas para cumprir a lei (Mt 5:17. ; . Gl 5:14 ).

5. cumprida na vida de Cristo (Gl 2:20 , 21 ) . Aquilo que foi tratado no lado negativo, no versículo 19 está agora elaborado em uma afirmação maravilhosa de triunfo através de Cristo. A crucificação de Cristo não era apenas algo feito por mim. I participar dele pela fé, tornando-se identificado na Sua morte e ressurreição subseqüente. O tempo perfeito indica que minha crucificação com Ele foi concluída e tem resultados contínuos para o presente. Uma vez que esta morte é real (conforme Rom. 6: 6 ), já não está em meus próprios esforços débeis e vacilantes que eu estou. É Cristo que vive em mim com a Sua graça incomparável e poder. Por isso a vida que agora vivo como um ser humano não é uma luta sob a servidão de direito, mas está perto e na fé do Filho de Deus (como o genitivo do objeto indica), que me amou e se entregou por mim . Por meio de Seu amor redentor e graça agora tenho a vida em vez da morte, a vitória em vez de derrota, e beleza, em vez de cinzas. Tudo isso é o que Cristo morreu para fornecer. Confiando em Cristo, eu não tornar sem efeito a graça de Deus, como eu faria se eu confiei nas minhas próprias obras ao abrigo da lei. Redenção em Cristo faz a lei desnecessária como um meio de salvação. Da mesma forma, se a justiça fosse feita pela lei, não haveria necessidade de Cristo ter morrido. Paulo toma sua posição com Cristo.

Assim termina o argumento para a validade do evangelho de Paulo. Contra a depreciação daqueles que se opunham Paulo e exaltado Pedro e os apóstolos de Jerusalém, Paulo provou que seu evangelho ficou em primeiro lugar, independentemente de Pedro, depois em pé de igualdade com Pedro no Concílio de Jerusalém, e, finalmente, até mesmo em oposição a Pedro quando há foi inconsistência em Antioquia. Em cada ponto onde os inimigos faria um impulso fatal, Paulo mostra que o evangelho como ele pregava é a única resposta para o pecado e fracasso do homem. Em Cristo é a plenitude da vida.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Gálatas Capítulo 2 do versículo 1 até o 21
No primeiro capítulo, Paulo prova que seu evangelho e seu apostola- do vêm diretamente de Cristo, in-dependente dos Doze. Seria natu-ral que seus leitores perguntassem: "Então, qual a relação de Paulo com os Doze e a igreja de Jerusalém?". Nesse capítulo, ele responde a essa pergunta.

  • Os apóstolos aprovam o evangelho dele (2:1-10)
  • Quatorze anos após sua visita (At 9:26-44), Paulo retorna à "cidade santa" para participar de uma reu-nião sobre o problema da graça e da Lei (At 15:0); (2) um en-contro particular de Paulo com os líderes (Gl 2:2); (3) o debate público relatado em At 15:5 e em Gála-tas 2:3-5; e (4) uma sessão do con-selho em que, por fim, decidiram o assunto (At 15:0)1 Paulo conclui que o fato de os líde-res da igreja não obrigarem Tito a se circuncidar prova que a circuncisão não diz respeito à salvação. Entre eles, havia falsos irmãos que que-riam tirar a gloriosa liberdade que os crentes tinham em Cristo. Tal-vez esse grupo tenha argumentado a favor da circuncisão de Tito, mas Paulo "derrotou-o". O grupo estava dividido: alguns eram a favor do le- galismo, outros, da liberdade, e ain-da outros, a favor de que houvesse concessões dos dois lados. Ainda hoje, a igreja está dividida. Alguns ensinam a salvação por meio de ri-tuais, e outros insistem na mistura de Lei e graça. A minoria defende o evangelho da graça de Deus prega-do por Paulo.

    Os líderes da igreja concorda-ram que a mensagem e o ministério de Paulo eram de Deus e que ele deveria ministrar aos gentios, en-quanto Pedro e Dn 12:0). Atos 10 relata que Deus ensinou claramen-te a Pedro que não há alimentos nem pessoas imundas; no entanto, o apóstolo voltou ao legalismo da mesma forma. Em sua primeira vi-sita a Antioquia, Pedro misturou-se com os gentios e fez refeições com eles, mas, após a visita de algumas pessoas de Jerusalém, ele afastou-se e levantou de novo as velhas barrei-ras judaicas entre ele e os gentios. Para espanto de Paulo, até Barnabé, seu companheiro de ministério, dei-xou-se enredar nessa armadilha (v. 13. A razão desse erro dos dois foi o temor (v. 12), pois "quem teme ao homem arma ciladas" (Pv 25:29).

    Pedro e Barnabé não caminha-vam em retidão. A crença determina o comportamento. Pedro e Barnabé não conseguiam andar em linha reta porque estavam confusos em rela-ção às verdades espirituais. Temos de praticar a "verdade do evange-lho" (v. 14), e não apenas defendê-la (v. 5). Os versículos 14:21 resumem a repreensão de Paulo a Pedro. Sem dúvida, Paulo disse muito mais a Pe-dro, porém a síntese a seguir resume muito bem o assunto:
    "Sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?".
    Nos versículos 15:17, sem dú-vida, o "nós" refere-se aos judeus. "Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios." Con-tra nossa expectativa, Paulo reverte a ordem e não diz: "Eles devem ser salvos da mesma forma que somos". A salvação não quer dizer que os gentios têm de se tornar como os judeus, mas que os judeus têm de chegar ao patamar dos gentios pe-cadores e condenados! Paulo argu-menta: "Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cris-to Jesus, para que fôssemos justifi-cados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado".

    Nos versículos 17:18, Raulo mos-tra a Pedro a insensatez de voltar para a Lei. "Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também achados pecado-res, dar-se-á o caso de ser Cristo mi-nistro do pecado? Certo que não!" Voltar à Lei nega a obra de Cristo na cruz. Paulo prossegue e menciona Atos 10: "Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, a mim mesmo me constituo transgressor". Em ou-tras palavras, Paulo mostrou a Pedro a inconsistência de suas ações e de suas crenças.

    "Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus" (v. 19). A seguir, acres-centa: "Estou crucificado com Cris-to; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão."

    Sabemos que a repreensão de Paulo alcançou seu objetivo, embo-ra nem Gálatas nem Atos registrem a resposta de Pedro. Na verdade, uma das últimas admoestações que Pe-dro escreveu foi para que os crentes lessem as cartas de Paulo a fim de conhecer a verdade de Deus para a presente era (2Pe 3:16-61).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gálatas Capítulo 2 do versículo 1 até o 21
    2.1 Catorze anos. Não se sabe se são contados a partir da sua conversão ou da sua primeira visita (1.18). Parece corresponder com a visita de socorro de At 11:29, At 11:30 (conforme v. 10). Tito não é mencionado em Atos. Não sabemos, portanto, quando foi convertido, ainda que possamos pensar ser ele fruto do ministério de Barnabé e Paulo em Antioquia da Síria.

    2.4 Falsos irmãos. São os judaizantes (conforme At 15:1), judeus que tinham aceitado o batismo cristão, mas no fundo permaneciam "legalistas militantes” e que só foram abafados no concílio de Jerusalém (At 15:0; 1Jo 3:17).

    2:11-14 Cefas (Pedro), que tinha experimentado a liberdade que há em Cristo depois da visão em At 10:10-44, começou a comer com os gentios em Antioquia. Quando vieram os judaizantes de Jerusalém, Pedro, hipocritamente deixou de seguir o principio dado pelo próprio Deus. Será que devemos aceitar este apóstolo mais do que qualquer outro como infalível?! sendo, como afirmam alguns, o primeiro papa?

    2:15-21 É uma declaração da diferença fundamental entre a lei e o evangelho, concluindo com uma afirmação da fé viva e pessoal do apóstolo.
    2.15 Pecadores dentre os gentios. Do ponto de vista de um judeu consciente, todos que não guardavam a lei eram "pecadores" (conforme Mt 11:19; Mc 2:15-41; Mc 14:41; Lc 15:1, Lc 15:2). Este é também o sentido de "pecadores" no v. 17.

    2.16 Justificado... mediante a fé em Cristo. O tema desta epístola aparece aqui pela primeira vez. O resto da epístola é um comentário sobre o mesmo.

    2.18 Edificar. Significa deixar Cristo e voltar para a lei. Isso seria muito pior do que comer com um gentio e, consequentemente, ser visto com um "pecador".

    2.19 Mediante... lei. Paulo conheceu a impotência total desse meio de ganhar a justificação. A nova vida da ressurreição, a autêntica vida de Cristo, outorgada pelo Espírito Santo, cancela de uma vez a relação com a lei. • N. Hom. O caminho da liberdade é ser capacitado para fazer aquilo que devo fazer. Isto é viver para Deus.
    1) É possível morrendo para á lei como meio de salvação.
    2) É possível se realmente consideramos que fomos crucificados quando Cristo morreu por nós. 3) É possível se Cristo (pelo Espírito), viver em mim; o que também é possível para mim, pela fé, viver nEle (conforme Jo 15:1-43).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gálatas Capítulo 2 do versículo 1 até o 21
    2:1-10. Nessa seção, chegamos a uma questão que é crucial para a compreensão do lugar dessa carta na história do NT. Em que visita de Paulo a Jerusalém ocorreram esses incidentes?
    A segunda visita registrada em Atos aparece em 11.30 e 12.25. A história dos contatos de Paulo com Jerusalém e seus colegas apóstolos é essencial na argumentação dele, e por isso não podemos esperar que ele omita nenhuma de suas visitas a Jerusalém. A julgar pela aparência, então, descrevemos incidentes da visita associada à fome em At
    11.30 e 12.25. Calvino, aliás, diz no seu comentário desses versículos que “com qualquer outra suposição, essas afirmações de Paulo e Lucas não podem ser harmonizadas”.
    No entanto, surgem duas dificuldades:

    1)    Em primeiro lugar, está a dificuldade da cronologia. Uma leitura rápida de At 12 sugere que a visita da fome ocorreu antes da morte de Herodes Agripa em 44 d.C. A tradução de G1 2.1 na NVI sugere que catorze anos se passaram desde a primeira visita de G1 1.18; e isso aconteceu três anos depois da conversão de Paulo. Nenhum sistema cronológico verossímil poderia justificar isso, como percebeu Lightfoot (Commentary, p. 
    124) (embora tenha sido sugerido que “catorze” poderia ser um erro de copista no lugar de “quatro”).


    2)    Há algumas semelhanças aparentes entre At 15 e esse capítulo, o que levou à identificação tradicional da visita de G1 2 com a de At 15.
    Esse dilema é tão sério quanto parece? Estudos mais detalhados mostram que esse dilema não existe e que a visita de G1 2 é, afinal, a visita da fome em At 11:30-12.25.

    1) Sabemos com base em Josefo (Antiguidades xx.5,2) que a fome registrada em At

    11:28-30 ocorreu durante governos romanos posteriores à morte de Herodes, e a data mais provável para a visita da fome é 46 d.C. O relato da perseguição realizada por Herodes e da sua morte em At 12 é de fato um retrospecto inserido no relato, retomando o relato do que tinha acontecido em Jerusalém enquanto estavam ocorrendo os eventos de At 11:19-25. (Conforme F. F. Bruce, The Book ofActs, p. 257-8.) Além disso, os catorze anos de G1 2.1 de forma nenhuma precisam ser contados necessariamente a partir da visita anterior — é justamente tão provável que ambos os períodos (os três anos Dt 1:18 e os catorze Dt 2:1) sejam datados a partir do mesmo ponto de partida, a conversão de Paulo.

    Agora, catorze anos contados para trás a partir de 46 d.C., com base no antigo sistema inclusivo de cálculo do tempo, nos levaria ao ano 33 d.C., uma data para a conversão de Paulo que de forma nenhuma está fora de questão.

    2) As semelhanças aparentes entre esse relato e At 15 tendem a desaparecer sob exame mais detalhado, e então as discrepâncias se tornam mais evidentes. A sugestão de Calvino de que eram irreconciliáveis não foi leviana.
    Apoio adicional a essa identificação com a visita anterior da época da fome é fornecido por indicações como as que o trecho contém da situação na igreja de Jerusalém. Na época de At 15, os anciãos tinham assumido uma posição muito mais destacada nos conselhos das igrejas do que se pode deduzir aqui — um desenvolvimento explicado pelas viagens de Pedro (e possivelmente de João) a partir de Jerusalém nesse intervalo (conforme o v. 11 adiante).
    Se G1 2 de fato descreve eventos durante a visita de At 15, não poderíamos de forma alguma sustentar a posição de que a carta foi escrita antes daquela visita, e as dificuldades já descritas em qualquer outro ponto de vista surgiriam novamente (v. a Introdução). Se, por outro lado, identificamos G1 2 com a visita da fome, todas as peças do quebra-cabeça se encaixam de forma convincente. Aliás, a revelação do v. 2 poderia ser a profecia de Agabo de At 11:28, embora isso não esteja em harmonia completa com o tom do texto de Gálatas. E mais fácil pressupor que uma revelação pessoal a Paulo, que coincidiu com a profecia de Agabo, o tenha levado a aceitar uma delegação para a cidade que ele tinha todas as razões para evitar. (V. uma combinação semelhante de eventos em At 9:30-22.18.)

    Podemos, agora, voltar ao tema principal da carta. Nessa visita, ocorreram dois eventos importantes para a argumentação de Paulo. Em primeiro lugar, ele expôs aos líderes da igreja o evangelho que ele estava pregando, para não correr ou ter corrido inutilmente. Não temos certeza de que essa frase sugere um desejo de garantir para si a completa comunhão dos líderes de Jerusalém na mensagem que lhe fora confiada, agora que tinha sido profundamente testada no evangelismo prático na sua província natal (v. Lightfoot in loco)\ ou que ele desejava prevenir a destruição da sua obra por parte de uma facção de Jerusalém. Em qualquer caso, o resultado para o seu presente argumento era semelhante. Até aí, ele tinha tratado com uma ponta do dilema e destacado sua isenção de influências humanas. Agora ele podia mostrar que o seu evangelho havia sido reconhecido e validado por seus colegas apóstolos.

    O segundo evento da visita não havia sido planejado. Um dos companheiros de Paulo na visita era Tito, um grego, que assim aparece como um dos primeiros colaboradores, como também seria um dos últimos coope-radores de Paulo. A questão da circuncisão de Tito havia sido levantada evidentemente por um grupo chamado de falsos irmãos (v. 4). Parece que os líderes, “homens influentes” (v. 6) (F. F. Bruce — não há nada necessariamente depreciador na expressão) hesitaram. Paulo, que em certas ocasiões estava disposto a se tornar judeu para ganhar os judeus (1Co 9:20) e que mais tarde circuncidaria, ele mesmo, Timóteo, filho de mãe judia e, portanto, aos olhos judeus, um judeu (At 16:3), e estava disposto a se submeter às exigências dos rituais judaicos (At 21:20-26), percebeu que nessa exigência aplicada a um gentio residia a questão crucial do futuro do evangelho (v.comentário Dt 1:6-5). De maneira firme e inflexível, ele havia defendido a sua posição e, tendo como apoio os fatos incontestáveis do seu próprio ministério (v. 7,8), tinha vencido a causa. A confusão, quase incoerência, da sua linguagem nesse trecho (um fenômeno que ocorre novamente na carta) é evidência do que essa batalha lhe havia custado e quão profundamente isso o agitava para que lutasse novamente a mesma batalha. Hoje, olhando para trás, para a longa história da igreja, podemos perceber um pouco da imensidão das questões pelas quais ele lutou e admirar novamente a amplitude e a profundidade da sua visão.

    Para o propósito da sua presente argumentação, Paulo já disse o suficiente. Um fato irrefutável enfrentava qualquer cético: a graça que me fora concedida. Com essa evidência da aprovação de Deus, Paulo, diretamente autorizado por Deus, também havia recebido a mão direita [...] em sinal de comunhão dos líderes de Jerusalém. Dessa liberdade concedida pelos líderes de Jerusalém, surgiriam grandes coisas!

    O zelo com que Paulo cumpriu a outra parte do acordo (que nos lembrássemos dos pobres) está evidente nas outras cartas; e isso não era exatamente o propósito da sua visita a Jerusalém (At 11:29-30)?

    [Observação: A leitura variante do v. 5 pouco atestada, que omite a negativa, é certamente incrível. Isso exigiria que o destaque do v. 3 fosse colocado em “ser obrigado”, sugerindo que Tito foi circuncidado, mas voluntariamente, como uma concessão à consciência dos fracos.]
    v. 11-21. Nas declarações dos judaizan-tes, era usado o nome de Pedro; Pedro, que tinha ele mesmo sofrido com o antagonismo dos que eram da circuncisão, e cujas experiências em Jope e Cesaréia tinham feito dele um simpatizante natural de Paulo. O que estava por trás disso?

    E provável que o incidente descrito nesses versículos tenha ocorrido uns dois ou três anos após o encontro dos versículos precedentes. Pedro havia visitado Antioquia, aparentemente na mesma época do retorno de Paulo e Barnabé da sua primeira viagem missionária, para logo ser seguido pela facção da circuncisão, que suspeitava dele como nunca antes (At 15:1). Esses judaizantes reivindicavam a autoridade de Tiago (G12.12), mas, evidentemente, sem fundamento (At 15:24). O breve e infeliz incidente que se seguiu é verdadeiro ainda hoje na experiência de todos que viram ser colocados em risco os frutos do trabalho pelo espírito de divisão de homens marcados pela inveja e pela crítica. Tanto Pedro quanto Barnabé evocam a nossa aprovação, pois uma preocupação exagerada com a disputa dogmática da parte de pessoas inferiores sempre vai refestelar-se com os mais honrados. Se a malícia consegue levar pessoas como essas à tergiversação, é necessário que reconheçamos o espírito de caça às heresias e que o evitemos pela praga que é, por mais ortodoxos que sejam os seus adornos. At 15:2 mostra que Barnabé foi logo recuperado por seu companheiro mais forte, enquanto Pedro levou a sério os comentários que Paulo havia feito, levando-os e aplicando-os de forma decisiva em Jerusalém logo depois (cf. v. 14 com At 15:10).

    O conteúdo da referência de Paulo a Barnabé indica que este era conhecido das igrejas da Galácia, o que é mais um sinal de que eram igrejas da primeira viagem missionária.
    A revista histórica acabou, e Paulo pode agora voltar-se a assuntos mais apropriados. Se os últimos versículos do capítulo representam a essência da discussão com Pedro ou se foram acrescentados em virtude do propósito da carta, é de pouca importância. Neles, Paulo consegue reafirmar o evangelho básico, não em termos da exposição teológica que vem logo em seguida, mas em termos de experiência pessoal.
    Está claro que os oponentes de Paulo compartilhavam a posição comum da justificação pela fé, mas a força da repetição do v. 16 sugere que a prática da Lei (não simplesmente os seus aspectos cerimoniais) foi acrescentada como um agente adicional da justificação. Assim, Paulo repete a sua própria experiência. v. 16. nós também cremos em Cristo Jesus para...\ o aoristo grego corresponde ao Dt 3:6. Foi um ato deliberado e permanente, surgindo de forma consciente e do conhecimento fundamentado; uma entrega pessoal a Cristo, eis Christon Ièsoun, e não um simples assentimento mental (que pode, portanto, existir em companhia de uma grande quantidade de confusão ou dúvida mental). A terceira repetição, que encerra o v. 16, olha para trás para Sl 143:2. A expressão gentios pecadores no v. 15, ironicamente, usa a terminologia-padrão dos judeus.

    Os versículos que seguem são confusos e têm sido tratados de diferentes maneiras nas diferentes versões. O termo pecadores (v. 17) parece referir-se à mesma palavra do v. 15. Se o evangelho esvaziou os privilégios que os judeus tinham com a lei, reduzindo-os à posição de gentios sem a lei, não foi Cristo o agente da redução deles à posição de pecadores? Paulo responderia a essa pergunta em Rm 3:0). Tentar justificar a mim mesmo pela lei é reconstruir o mesmo padrão de juízo que pelo meu pecado eu destruí e que me condena (v. 18). Na verdade, eu recebi a sentença de morte da própria lei: e, por meio dessa sentença, a lei me removeu da sua jurisdição (v. 19). Pois a sentença de morte foi executada — mas foi executada no corpo de Cristo na cruz (conforme Rm 7:4). Por isso, se agora vivo, isso só pode ser pela força de Cristo, e livre da condenação da lei. A minha vida agora não pode ser nada, a não ser a vida de Cristo, mantida pela continuação daquele ato de fé nele exercido de uma vez por todas (v. 20).

    Será que temos aqui, então, o início daquele desenvolvimento do pensamento de Paulo acerca da identificação com o corpo de Cristo que mais tarde leva à doutrina da igreja como o corpo de Cristo? Compare o elo com a morte de Cristo como ela é expressa na ceia do Senhor (1Co 10:15-46).

    Para concluir a seção, Paulo vira o argumento dos seus oponentes contra eles mesmos. Eles haviam sugerido que o evangelho dele esvaziava a lei do seu significado. Ele mostra que a doutrina deles, ao reter a lei e acrescentar a ela a fé em Cristo, simplesmente esvaziava a cruz do seu significado. De que maneira a cruz de Cristo havia mudado a situação? Se isso fosse aceito como base, a cruz era uma excrescência inútil no esquema da salvação (v. 21).
    [Observação: O comentário de Calvino dos v. 17-20 é de grande importância e deveria ser consultado.]


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Gálatas Capítulo 2 do versículo 11 até o 21

    D. Sua Autoridade Independente Vindicada no Encontro com Pedro em Antioquia. Gl 2:11-21.

    Esta é a terceira ocasião na qual Paulo entrou em contato com Pedro. A primeira vez ele simplesmente ficou conhecendo Pedro; na outra ele descobriu a unidade e igualdade que havia entre eles; desta vez ele foi levado a discordar dele e a repreendê-lo. Isto confirma o fato de que o propósito de Paulo em toda a epístola aos gálatas foi o de demonstrar seu apostolado independente.


    Moody - Comentários de Gálatas Capítulo 2 do versículo 19 até o 21

    19-21. A Lei prestara um serviço a Paulo, mesmo se não lhe proporcionou a justificação. Pela Lei ele morreu para a própria Lei, pois a Lei criara uma consciência do pecado que o preparara para aceitar Cristo. Ela também levara Cristo à cruz a fim de redimir aqueles que infringiram a Lei. Cristo era o representante de Paulo nessa morte para a Lei. O resultado foi uma vida nova para Deus.

    Estou crucificado com Cristo. O tempo perfeito enfatiza ambos, o acontecimento passado e seus efeitos contínuos. Essa morte produziu vida, embora não a mesma vida velha na fragilidade do homem natural, mas uma vida totalmente nova; não apenas vida divina impessoalmente garantida, mas antes o próprio Cristo vivo passando a habitar no redimido. Nesse arranjo, entretanto, não há submersão da personalidade humana. A nova vida é vivida sobre o princípio da fé em Cristo (cons. Gl 2:16), em lugar da obediência legal. Esta fé constrói sobre o fato do amor pessoal do Salvador por aqueles em cujo benefício Ele morreu (cons. Ef 5:2). Não confiar em Cristo desse modo seria aniquilar (pôr de lado) a graça de Deus. Se a justificação podia ser obtida pela lei, a morte de Cristo seria inexplicável; teria sido um gesto inútil.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gálatas Capítulo 2 do versículo 15 até o 21
    f) Justificação e União com Cristo mediante a fé (Gl 2:15-48).

    >Gl 2:17

    O argumento dos vers. 17 e 18 é muito condensado. Paulo está ali respondendo a uma suposta objeção, de que a fé em Cristo não torna os judeus melhores que os pecadores gentios, e que, portanto, Cristo é um agente do pecado. Escreve o apóstolo: "Longe de nós tal pensamento! Pelo contrário, eu me constituiria transgressor se retornasse à lei como meio de justificação". Certo que não (17); jamais seja assim! Por dez vezes, em suas epístolas, Paulo emprega essa poderosa expressão como a repelir, impelido por grande horror, alguma sugestão feita; cfr. tais passagens como Rm 3:4; Rm 6:2; Rm 7:7. Porque (19); essa palavra estabelece a declaração prévia: "Ao abandonar a lei como origem da justificação, tão somente eu seguia a orientação da própria lei. Pois a própria lei, por suas minuciosas exigências que eu nunca poderia cumprir, convenceu-me que é totalmente impossível que eu seja justificado por ela. Assim, morri para a lei, para que pudesse viver para Deus, o qual me justifica gratuitamente por Sua graça, à base do que Cristo fez por mim e em meu lugar".

    >Gl 2:20

    Alguém já afirmou que quando chegamos ao vers. 20 é como se subitamente tivéssemos passado de um campo de batalha devastado para um lindo jardim. Esse versículo, entretanto, está indissoluvelmente ligado com o anterior. Paulo explica como e onde ele morreu, e igualmente esclarece a natureza e a fonte da vida que agora possuía. Estou crucificado (19); melhor, "tenho sido crucificado". Trata-se de um tempo verbal perfeito, o que sugere uma morte cujos efeitos permanecem perpetuamente. Já não sou eu (ênfase sobre a palavra "eu") quem vive, mas Cristo vive em mim. "A melhor exposição sobre esta passagem é a feita pelo próprio Cristo, em Sua declaração acerca da vinha e seus ramos (Jo 15:0, acima. Se entregou (20). O amor é eterno; a suprema exibição e a prova desse amor é a cruz. Ali o Filho de Deus (cfr. Gl 4:4) se entregou a Si mesmo à morte que envolvia uma maldição (cfr. Gl 3:13). Por mim. Temos aqui um tocante exemplo de fé apropriadora. "Lembrai-vos, sou o pecador a quem Jesus veio salvar". A vida de que Paulo agora desfrutava era uma doação do favor desmerecido de Deus (21). Trata-se de uma vida aceitável aos olhos de Deus, na qualidade de justo em Cristo. Não anulo (21). Paulo deixa subentendido que aqueles que anulam a graça de Deus, são os que pensam que poderão ser aceitos por Deus por intermédio de suas próprias boas obras; pois, se assim fosse "Cristo morreu em vão", ou, como diz Lightfoot, "inutilmente, sem causa suficiente".


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Gálatas Capítulo 2 do versículo 1 até o 21

    4. Reconhecimento Apostólico ( Gálatas 2:1-10 )

    Em seguida, após um intervalo de 14 anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também Tito comigo. E foi por causa de uma revelação que eu subi; e eu submeti-lhes o evangelho que prego entre os gentios, mas eu fiz isso em particular para aqueles que eram de destaque, por medo de que eu possa estar em execução, ou não tivesse corrido em vão.Mas nem mesmo Tito, que estava comigo, embora ele era um grego, foi constrangido a circuncidar-se. Mas foi por causa dos falsos irmãos que se furtivamente a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos escravizar. Mas não deu em sujeição a eles por até uma hora, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós. Mas daqueles que eram de alta reputação (o que eles estavam não faz diferença para mim, Deus não faz acepção) —bem, aqueles que eram de destaque não contribuiu em nada para mim. Mas, ao contrário, vendo que eu tinha sido confiada com o evangelho para os não circuncidados, assim como Pedro tinha sido à circuncisão (para aquele que efetivamente trabalhou para Pedro no seu apostolado da circuncisão efetivamente trabalhou para mim também aos gentios), e reconhecendo a graça que tinha sido dado a mim, Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, deram a mim ea Barnabé as destras de comunhão, para que possamos ir aos gentios, e eles à circuncisão. Eles só nos lembrássemos dos pobres, a mesma coisa que eu também estava ansioso para fazer. ( 2: 1-10 )

    Como Jesus deixou claro na parábola do joio e do trigo ( 13 24:40-13:30'>Mat. 13 24:30 ), onde e sempre que a boa semente da verdade de Deus é semeada Satanás vai estar lá para semear a sua semente de falsidade. Era, portanto, inevitável que, como Paulo fielmente e poderosamente plantou a verdade do evangelho, os falsos mestres de Satanás seria nos saltos do apóstolo plantando mentiras.

    Paulo advertiu os anciãos de Éfeso para "estar em guarda para vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue. Eu sei que depois da minha partida, lobos selvagens entrarão no meio de vós, que não pouparão o rebanho, e que dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si "( Atos 20:28-30 ). Ele alertou a Timóteo: "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, ea doutrinas de demônios, por meio da hipocrisia de mentirosos cauterizada a sua própria consciência, como com um ferro em brasa" ( 1 Tim. 4: 1-2 ).

    Ao longo de seu ministério de amplitude e duração Paulo lutou contra os emissários de Satanás, que sempre procuram desacreditar tanto a verdade e os seus representantes. Em Gálatas 2:1-10 ele continua defendendo-se contra a sua acusação de que ele era um auto-nomeado apóstolo proclamar uma mensagem de auto-concebida de que era diferente da de Pedro e os outros apóstolos em Jerusalém. Ele devastadoramente argumenta que, apesar de ter recebido a mensagem de forma independente dos outros apóstolos, ele pregou uma mensagem idêntica à deles, um fato que todo o coração reconhecido. Seu evangelho era independente em termos de revelação, mas idênticos em termos de conteúdo.

    Contando sua viagem mais significativa a Jerusalém depois de sua conversão, Paulo mostra com a sua vinda, seu companheiro, sua comissão, e seu elogio que ele era de uma verdade e um só espírito com os outros doze apóstolos.

    Vinda de Paulo

    Em seguida, após um intervalo de 14 anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também Tito comigo. E foi por causa de uma revelação que eu subi; e eu submeti-lhes o evangelho que prego entre os gentios, mas eu fiz isso em particular para aqueles que eram de destaque, por medo de que eu possa estar em execução, ou não tivesse corrido em vão. (2: 1-2 )

    Paulo já tinha estabelecido que seu contato com os outros apóstolos era quase nula durante os primeiros anos após a sua conversão. Ele não viu nenhum deles até três anos após o seu encontro na estrada de Damasco com o Senhor, e, em seguida, apenas brevemente. Ele tinha ficado com Pedro para 15 dias em Jerusalém e conheceu Tiago, meio-irmão de Jesus ( 1: 18-19 ; cf. Atos 9:26-28 ). Mais tarde, ele foi para Jerusalém pela segunda vez para, provavelmente, um período ainda mais breve, que ele não se refere no presente texto, uma vez que não tinha relação direta com a questão do apostolado. Durante esse breve segunda visita ele ajudou Barnabé levar a coleção para Jerusalém, a igreja de Antioquia para alívio dos crentes atingida pela fome na Judéia ( Atos 11:27-30 ; 12: 24-25 ).

    Em seguida, após um intervalo de 14 anos desde a primeira visita, quando ele conheceu Pedro e Tiago, ele voltou a subir a Jerusalém . Durante os 17 anos anteriores, ele havia pregado o evangelho sem qualquer instrução humana, a sua mensagem ter sido dado a ele inteiramente por revelação direta de Deus ( Gal. 1: 11-12 , 16-17 ).

    Paulo e Barnabé tinham completado sua primeira viagem missionária ( 13 1:44-14:28'>Atos 13:1-14: 28 ) e voltou a Antioquia para relatar os milagres de conversão Gentil pela graça mediante a fé. Legalistas judeus na Judeia ficaram chateados quando ouviram o relatório e foi para Antioquia para ensinar que um gentio tinha de se tornar um judeu antes de se tornar um cristão.

    Parece provável, como muitos estudiosos acreditam que esta viagem de Paulo para Jerusalém foi para o conselho ( Atos 15 ), chamado para resolver o problema, e que mais uma vez não linguisticamente denotar uma segunda visita. (Para um tratamento completo da viabilidade de que a visão de Atos 15 em comparação com a visão de que este texto refere-se a segunda visita de Paulo a Jerusalém para combater a fome registrado em Atos 11:27-30 ; 12: 24-25 , ver de William Hendricksen Nova Comentário Testamento: Exposição de Gálatas [Grand Rapids: Baker, 1971], pp 69-77)..

    De acordo com Atos 15 , aqueles que professam cristãos judeus da Judéia foi para Antioquia, onde Paulo e Barnabé estavam ministrando ", e começou a ensinar os irmãos," não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos. " E quando Paulo e Barnabé teve grande dissensão e debate com eles, os irmãos resolveram que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, sobre esta questão "( Atos 15:1-2 ). Todo o debate era para ser resolvido em Jerusalém .

    Além do líder Paulo e seu amigo judeu íntimo e companheiro Barnabé, ... Tito , um filho espiritual de Paulo e sua colega de trabalho ( Tito 1:4-5 ), foi junto também , estar entre os "certos outros" mencionado por Lucas. Tito, como um gentio incircunciso e um produto do próprio ministério os judaizantes estavam atacando, era um participante adequado para tomar junto ao Conselho. Coerente com seus fraudulentos, métodos de auto-serviço de operação, o judaizantes provável alegaram que enviou a delegação de Antioquia a Jerusalém para ter a doutrina de que Paulo e Barnabé corrigido. Mas ambos Lucas e Paulo deixam claro que tal não era o caso. Lucas afirma que eles foram "mandados embora pela igreja" em Antioquia ( v. 3 ). Embora possa ter havido alguma relutância por parte de Paulo em aceitar a tarefa de ir a Jerusalém, uma direta revelação de Deus afirmou sua obrigação. Paulo diz mais especificamente que foi por causa de uma revelação que eu subi . É possível que o Espírito Santo falou com os líderes da igreja de Antioquia, junto com Paulo, assim como havia feito quando Paulo e Barnabé foram encomendados para sua primeira aventura missionária ( At 13:2 ). Em completo acordo com o que Pedro estava a dizer, Paulo e Barnabé declararam, primeiro em particular e, em seguida, publicamente, que Deus tinha guardado gentios onde quer que havia proclamado o evangelho e que a sua mensagem e essas conversões foram atestados pelo próprio Deus através de meios de sinais miraculosos " e maravilhas ". Esta prova foi conclusivo, porque Deus não confirma a falsidade. Quando o Senhor atestada pregação e conversão com sinais e prodígios, não havia maior prova de que a pregação foi de acordo com a verdade divina e as conversões eram pelo poder do Seu Espírito.

    Que a Igreja de Jerusalém, e, provavelmente, a maior parte da igreja em geral, não tinha sido seriamente devastada pelo ensino herético dos judaizantes é visto no fato de que o assunto foi rápida e decisivamente resolvida no Concílio de Jerusalém. O corpo inteiro "se manteve em silêncio" quando Pedro terminou seu discurso, e imediatamente depois de Paulo e Barnabé, falando, Tiago resumiu suas mensagens e propôs que a substância do que eles disseram ser enviado como uma diretriz para todas as igrejas. Depois de Pedro, Paulo, e Barnabé, falando que não havia mais debate (cf. v. 7 ). A proposta de Tiago "pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja", e uma carta dizendo que sua decisão foi enviada para "os irmãos em Antioquia, Síria e Cilícia, que são dos gentios" ( vv. 12-22 ). Os crentes em Antioquia, tendo sido completamente fundamentado no verdadeiro evangelho por Paulo e Barnabé ", regozijou-se por causa de seu encorajamento" quando a carta do conselho foi lido para eles (vv. 30-31 ).

    Paulo está se referindo aos apóstolos com quem ele falou em privado, como os que eram da reputação refletiu a atitude geral da Igreja em direção a esses líderes Cristo equipados. A frase descrevendo-os é usado de autoridades e implica uma posição de honra. Mas o fato de que ele se refere a eles, desta forma quatro vezes em oito versos ( Gal. 2: 2-9 ) sugere um tom de sarcasmo. Não é, porém, dirigida aos apóstolos, mas aos judaizantes que tinham sido reivindicam aprovação apostólica de suas perversões legalistas do evangelho. Na carta enviada pelo conselho os judaizantes fraudulentos são descritos como "alguns de nossos a quem nos deu nenhuma instrução" que tinham sido perturbar as igrejas e "inquietantes [suas] almas" ( At 15:24 ).

    Embora os judaizantes não proclamar o mesmo evangelho ensinado pelos Doze, eles sabiam que precisavam de confirmação apostólica, a fim de ser levado a sério. Eles, portanto, fabricado a mentira de que a sua mensagem foi aprovado pelos apóstolos em Jerusalém e que eles estavam entre os seus representantes reconhecidos. Mas essa alegação foi absolutamente negado pelos apóstolos e anciãos no Conselho em Jerusalém.
    O fato de que Paulo provavelmente escreveu Gálatas alguns anos após o Concílio de Jerusalém mostra que a decisão eo D.C que o conselho não tinha parado os judaizantes ou de pregar suas doutrinas falsas ou de reivindicar a aprovação pelos apóstolos, os que eram da reputação . Paulo, obviamente, não era de qualquer reputação, disseram aos crentes da Galácia, pois o seu evangelho em conflito com o deles e dos apóstolos.

    Mas quando Paulo a Tito a Jerusalém e apresentou seu evangelho antes que esses homens de reputação, ele foi absolvido e os judaizantes foram denunciados. Ele não tinha procurado vindicação por duvidar da validade de sua pregação. Ele havia acabado de declarar enfaticamente que a sua mensagem foi por revelação direta de Deus e que ele não tem e não precisa de qualquer esclarecimento humano ou confirmação ( Gal. 1: 11-19 ). Ele foi para Jerusalém para provar que o evangelho que ele pregava era idêntica à pregada pelos outros apóstolos, depois de ter sido revelado diretamente a ele, embora separAdãoente, pelo próprio Senhor Jesus. Paulo não ir para confirmar a apostolicidade da sua mensagem em sua própria mente, mas na mente dos crentes gálatas que estavam sendo confundidos e enganados pelos judaizantes.

    Os ensinamentos judaizantes não eram simplesmente interpretações erradas ou erro de aplicação do verdadeiro Evangelho, mas a própria antítese disso. Foi por medo que eles possam comprometer com o ensino dos judaizantes e seu evangelho perverso que Paulo procurou em particular para ter certeza de que os professores em Jerusalém concordou com sua revelação do evangelho e não seria suave no legalismo. Caso contrário, ele pode descobrir que ele era como um atleta que foi executado, ou não tivesse corrido em vão por ver que todo o esforço espiritual em seu ministério passado e presente estava em conflito com eles e era inútil. Os apóstolos afirmou o evangelho de Paulo e não acrescentou nada para ele ( Gl 2:6 ). Tito, um verdadeiro cristão, estava vivendo e provas irrefutáveis ​​de que a circuncisão e regulamentos mosaicos não são necessárias para a salvação. O Concílio de Jerusalém recusou-se a aderir às exigências dos judaizantes ter Tito e todos os outros crentes Gentios circuncidados, determinando que eles "não perturbar aqueles que estão se voltando para Deus, dentre os gentios", obrigando-os a ser circuncidado ( At 15:19 ). Ele não estava fazendo uma concessão para os judaizantes, mas estava dando Timoteo identidade mais próxima com os judeus a quem eles possam testemunhar. Timoteo foi circuncidado como um não como judeu cristão. Sua circuncisão não tinha relação com a sua salvação, mas simplesmente lhe deu entrada para sinagogas judaicas, a partir do qual ele de outra forma teriam sido excluídos.

    Tito , no entanto, era um gentio completo, e ter o circuncidou teria rebaixo o evangelho da graça e fez dele um monumento de vitória para os judaizantes. Paulo pode ter intencionalmente trouxe Tito a Jerusalém para confundir os judaizantes falsos irmãos que tinha furtivamente a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos escravizar. Paulo estava perfeitamente confiante no resultado do Concílio de Jerusalém e sabia que depois ele teria um companheiro que seria prova pessoal que seu evangelho da graça sem a lei era válida. Ele estava confiante de que Tito teria permissão para sair de Jerusalém incircunciso, assim como ele tinha entrado, com as bênçãos dos apóstolos e anciãos. E se os crentes gentios não eram obrigados a ser circuncidados, em Jerusalém, que ainda era base para a maioria dos apóstolos, como eles poderiam ser obrigados a ser circuncidados em seus países de origem? Doravante Tito era um verificação viva de que os judaizantes ensinou um evangelho apócrifo que foi rejeitado pelo resto da igreja.

    Os judaizantes foram marcados como falsos irmãos ( pseudadelphos ), uma frase que também tem sido traduzida como "falsos cristãos" ( NEB ) e "pseudo-cristãos" (Phillips). Aqueles que professam crentes judeus tinham desenvolvido uma fé híbrida que era verdade nem ao judaísmo tradicional (porque ele alegou fidelidade a Cristo), nem ao cristianismo apostólico (porque ele exigiu a circuncisão e obediência à lei mosaica para a salvação).

    É impossível ser um legalista e um cristão. "Se você receber a circuncisão, Cristo não será de nenhum benefício para você", declara Paulo mais tarde na carta. "Todo homem que recebe a circuncisão ... é obrigado a guardar toda a lei Você foi separado de Cristo, você que está procurando ser justificados pela lei; de ter caído em desgraça." ( Gal 5: 2-4. ) . Para fazer uma única coisa para ganhar a salvação é para viciar graça.

    Alguns dos judaizantes, sem dúvida, acreditava sinceramente seu evangelho legalista foi correto e que eles eram os únicos cristãos genuínos. Mas Paulo se refere àqueles que tinha furtivamente para espiarliberdade dos verdadeiros crentes em termos que sugerem inimigos que entram em um acampamento às escondidas com o objetivo de sabotagem. Aqueles homens não podem sequer ter sido judaizantes honestos. Alguns estudiosos acreditam que eles foram plantadas nas igrejas por fariseus ou sacerdotes, a fim de corromper esta ameaça ao judaísmo tradicional. Em qualquer caso, Satanás, como sempre, foi o instigador principal do subterfúgio. Os judaizantes foram os primeiros de todos os agentes do diabo, independentemente das suas associações humanas e lealdades.

    Seu propósito específico era minar a liberdade que os verdadeiros crentes têm em Cristo Jesus, a fim de trazer -los para a escravidão do legalismo. O verbo ( katadouloō ) é um composto e transmite o forte escravo de um sistema de obras. Os judaizantes não podia tolerar um evangelho que não foi amarrado a Mosaic ritual e lei porque sua visão de salvação foi centrada no que podiam hipocritamente executar para ganhar o favor de Deus, em vez de no que Deus pode fazer por eles.

    Em Cristo Jesus crentes têm liberdade da lei como o caminho da salvação e da liberdade de suas cerimônias e regulamentos como o modo de vida externos. Porque Cristo tomou sobre si essa maldição (03:13 ), eles também têm a liberdade da maldição por desobediência da lei que Deus exige que todos os homens a obedecer, mas que nenhum homem é capaz de manter perfeitamente. Os cristãos estão sob um tipo totalmente diferente de lei, "a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus [que define-los] livre da lei do pecado e da morte" ( Rm 8:2 ). "Se, pois, o Filho vos libertar," Jesus disse: "você verdadeiramente sereis livres" ( Jo 8:36).

    Liberdade cristã não é licença. Quando nos tornamos livres em Cristo perdemos nossa liberdade para o pecado, de que fomos uma vez um escravo. Em Cristo, "tendo sido libertados do pecado, [que] se tornam escravos da justiça" ( Rm 6:18 ). "Porque fostes chamados à liberdade, irmãos", explica Paulo; "Só não vire sua liberdade em uma oportunidade para a carne" ( Gl 5:13 ). Pedro expressa a mesma verdade nas seguintes palavras: "Aja como homens livres, e não usem a liberdade como uma cobertura para o mal, mas usá-lo como bondslaves de Deus" ( 1Pe 2:16. ).

    Paulo não deu em sujeição a escravidão legalista dos judaizantes por até uma hora, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós crentes gálatas (e todos os outros), imaculado e puro.Permanecer é de diamenō e enfatiza um estado permanente . No que diz respeito aos métodos de ministério e questões sem importância espiritual, Paulo tornou-se "todas as coisas para todos os homens, que [ele poderia] por todos os meios chegar a salvar alguns ( 1Co 9:22 ). Mas em questões doutrinárias, especialmente as relativas à o coração do evangelho, ele foi intransigente. Ele faria concessões consideráveis, a fim de acomodar os cristãos fracos, mas ele não cedeu um centímetro de verdade para acomodar falsos cristãos. E os líderes da igreja em Jerusalém, foram de todo o coração, de acordo com Paulo evangelho, como as suas declarações no conselho indicado ( 13 44:15-21'>Atos 15:13-21 ).

    Comissão de Paulo

    Mas daqueles que eram de alta reputação (o que eles estavam não faz diferença para mim, Deus não faz acepção) —bem, aqueles que eram de destaque não contribuiu em nada para mim. Mas, ao contrário, vendo que eu tinha sido confiada com o evangelho para os não circuncidados, assim como Pedro tinha sido à circuncisão (para aquele que efetivamente trabalhou para Pedro no seu apostolado da circuncisão efetivamente trabalhou para mim também aos gentios), e reconhecendo a graça que tinha sido dado a mim, ( 2: 6-9 a)

    Novamente Paulo se refere aos outros apóstolos como aqueles que foram de alta reputação , aparentemente, uma frase favorita dos judaizantes. Em indo a dizer, o que eles estavam não faz diferença para mim , ele não estava se desvalorizando esses homens piedosos. Respeitava-los ou ele não teria procurado uma audiência privada com eles, nem que ele teria procurado sua confirmação pública para que as pessoas sabem que ele não estava correndo em vão. Ele sim estava a defender-se contra a depreciação dos judaizantes, que o acusaram de não comparar com os apóstolos de Jerusalém e de ser um apóstolo falsa, auto-nomeado, e inferior. Seu ponto aqui foi que, embora esses doze homens foram pessoalmente nomeado apóstolos por Jesus Cristo, ele também estava. Ele não precisava de sua aprovação para a sua própria confiança, nem ele precisa procurar a sua confirmação para convencer a si mesmo e, a este respeito quem ou o que eles estavam feito nenhuma diferença para ele e seu ministério. Ele não tinha dúvidas sobre sua vocação e revelações.

    Pode ser que os judaizantes colocar Paulo para baixo, lembrando-lhe que os Doze haviam estado com Jesus para todo o curso de seu ministério terreno, ao passo que ele não tinha (cf. 01:19 ). Os doze foram também os líderes da igreja de Jerusalém, que, compreensivelmente, foi tido em alta consideração pelos cristãos como o primeiro e principal congregação. Mas, Paulo continua a dizer, Deus não faz acepção , como Pedro tinha aprendido com alguma dificuldade ( Atos 10:9-48 ). Os privilégios exclusivos dos doze, portanto, não fazem o seu apostolado mais legítimo ou autoritário do que Paulo.

    Paulo não estava sendo orgulhoso ou arrogante, mas estava simplesmente declarando uma verdade. Ele sabia que tudo o que ele era e tinha era inteiramente pela graça de Deus ( Gl 2:9 ) e "o menor dos apóstolos, que não [era] digno de ser chamado apóstolo, porque [ele tinha] persegui a Igreja de Deus" ( 1 Cor . 15: 9 ). Mas, sob a graça de Deus ele era igual a todos os outros crentes, e em seu chamado, ele era igual a todos os outros apóstolos. Em 2Co 11:5 ).

    Porque algumas versões, como a Rei Tiago, uma tradução "o evangelho da incircuncisão o "e" de a circuncisão, "muitos intérpretes liberais sugeriram (por esta e outras razões) que Pedro e Paulo pregou mensagens diferentes. Mas essa ideia é refutada por Gálatas 1:6-9 , pela decisão do Concílio de Jerusalém, e por gramática grega. O artigo grego ( TES ) é aqui um genitivo objetivo e não indica definição ("de"), mas a direcção ( a ), como no nosso texto e traduções mais modernas.

    Para Ele, que efetivamente trabalhou para Pedro no seu apostolado da circuncisão , Paulo continua, efetivamente trabalhou para mim também aos gentios . O mesmo Espírito Santo ( Ele ) que energizado ( trabalhou , desde energeo , que estar no trabalho, para produzir resultados) e com poderes Pedro energizado e fortalecido Paulo , e do Espírito tem apenas um evangelho. Quando Paulo voltou a Jerusalém, vários anos depois, "os irmãos receberam [ele e os que com ele] de bom grado", e quando ele "começou a relatar uma por uma as coisas que Deus fizera entre os gentios através de seu ministério", Tiago e os outros anciãos "começaram a glorificar a Deus" ( Atos 21:17-20 ). Depois do Concílio de Jerusalém nunca houve uma pergunta sobre a mensagem ou o apostolado de Paulo. Em sua segunda carta Pedro Paulo muito elogiado como um irmão sábio e amado e classificou as cartas de Paulo com "o resto das Escrituras" ( 2 Pe. 3: 15-16 ).

    Reconhecendo a graça que tinha sido dado a Paulo, os outros apóstolos e da Igreja em geral só poderia concluir que este homem era um instrumento divinamente comissionados e abençoado por Deus. Só de Deus graça -His bênção-poderia livre, soberano e imerecida representam o poderoso propagação do evangelho e edificação da igreja que o Senhor tinha realizado através desta mortal.

    Comenda de Paulo

    Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, deram a mim ea Barnabé as destras de comunhão, para que possamos ir aos gentios, e eles à circuncisão. Eles só nos lembrássemos dos pobres, a mesma coisa que eu também estava ansioso para fazer. ( 2: 9, b-10)

    Ainda novamente Paulo refere-se à reputação de Tiago, Cefas (Pedro) e João -os que eram reputados colunas (um termo judaico usado para se referir a grandes mestres). Como já mencionado, a referência tanto sarcástico não reflete contra estes homens, mas contra os judaizantes. Porque esses falsos mestres aparentemente usou o termo pilares (enfatizando o seu papel no estabelecimento e apoio da igreja) quando se refere aos três líderes de Jerusalém, Paulo lança o termo de volta em seus rostos. Ele demonstra para eles e para os crentes gálatas que eles estavam tentando se virar contra ele que ele estava em harmonia perfeita com doutrinal esses três pilares e com todos os outros apóstolos e anciãos em Jerusalém.

    Ele não só estava em doutrinal harmonia com eles, mas em harmonia pessoal com eles também. Há apenas um evangelho, e aqueles cinco homens (que escreveram 21 dos 27 livros do Novo Testamento) demonstrar que a verdade. Eles deram a mim ea Barnabé a mão direita de companheirismo, Paulo diz como ele continua a confundir as falsas alegações dos judaizantes. No Oriente Médio, para apertar a mão direita de uma pessoa era fazer um voto solene de amizade e era uma marca da comunhão, ou parceria. Os "pilares" em Jerusalém Paulo reconhecido não só como um verdadeiro pastor e professor do evangelho, mas também como um parceiro amado com eles no serviço de Cristo. Eles tinham diferentes áreas de serviço de Paulo e Barnabé ministrado principalmente para os gentios e os líderes de Jerusalém, principalmente para os circuncidados -mas eles proclamaram o mesmo evangelho e serviu o mesmo Senhor no poder do Seu Espírito. Esse ato de afirmação tanto de Paulo e de sua mensagem foi um golpe devastador para os judaizantes. Na verdade, o apostolado de Paulo aos gentios foi reconhecida como a igualdade de apostolado de Pedro aos judeus.

    O único pedido de Paulo e Barnabé em Jerusalém era que lembrássemos dos pobres . O pedido não foi doutrinal, mas prático, um lembrete sobre as necessidades especiais dos crentes na Judéia, especialmente Jerusalém. Mesmo antes da fome generalizada (veja At 11:28 ) para os quais Paulo foi chamado para trazer alívio, a igreja de Jerusalém enfrentou um grave problema de alimentação e cuidar de seus membros. As suas fileiras foram inchados por centenas, talvez milhares, de crentes que haviam se convertido ao visitar a cidade e que, então, decidiu ficar em vez de voltar para casa. Muitos tinham pouco dinheiro, e eles logo descobriram que, porque eram cristãos, às vezes era difícil encontrar emprego. Nos primeiros dias da igreja aqueles que tinham dinheiro e outros pertences generosamente compartilharam o que eles tinham "com tudo, como que alguém tinha necessidade" ( At 2:45 ). Mas esses recursos foram esgotados rapidamente como o número de convertidos cresceu. Por muitos anos, portanto, a igreja em Jerusalém tinha sido economicamente pressionado.

    Para cuidar dos pobres não é apenas uma prática, mas uma responsabilidade espiritual, porque a abandonar essa responsabilidade é desobedecer a Palavra de Deus. "Aquele que tiver bens deste mundo", declara João ", e, vendo o seu irmão necessitado, lhe fechar o seu coração contra ele, como é que o amor de Deus permanecer nele?" ( 1Jo 3:17 ). Tiago diz que é um crente sham que diz a "um irmão ou irmã ... sem roupa e na necessidade de alimento de cada dia, ... 'Ide em paz, ser aquecido e ser preenchido", e ainda assim [faz] não dar —lhes o que é necessário para o seu corpo "( Tiago 2:15-16 ; cf. Ex. 23: 10-11 ; Ex 30:15 ; Ex 19:10 Lev. ; Deut. 15: 7-11 ; . Jr 22:16 ; Amos 2:6-7 ; Lc 6:36 , Lc 6:38 ; 2 Cor 8-9. ).

    Paulo era, portanto, ansioso para fazer todo o possível para atender a solicitação de Tiago, Pedro e João, como suas numerosas e constantes coleções para os santos pobres da Judéia atestada. Seu comando que "se alguém não quer trabalhar, também não coma" ( 2Ts 3:10 ) referiam-se à preguiça, não os desamparados e necessitados. Ele continuamente incentivados crentes que estavam mais próspero para dar ajuda financeira a outros crentes que estavam em necessidade; e ele cordialmente elogiou aqueles que foram generosos ( Atos 11:29-30 ; At 24:17 ; Rm 15:25-26. ; 1 Cor 16: 1-4. ; 2 Cor 8: 1-6. ; 9: 1— 5 , 2Co 9:12 )."Porque, se os gentios foram participantes em seus [os santos de Jerusalém '] as coisas espirituais", Paulo explicou à igreja romana ", eles estão em dívida para ministrar-lhe também em coisas materiais" (Rm 15:27 ).

    5. A justificação pela fé (Gálatas 2:11-21)

    Mas quando Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe na cara, porque era repreensível. Para antes da vinda de certos homens de Tiago, ele comia com os gentios; mas quando eles chegaram, ele começou a retirar-se e mantenha-se afastado, temendo o partido da circuncisão. E o resto dos judeus se juntou a ele na hipocrisia, com o resultado que até Barnabé se deixou levar pela sua hipocrisia. Mas, quando vi que não eram simples sobre a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: "Se tu, sendo judeu viver como os gentios, e não como os judeus, como é que você obrigar o ? gentios a viverem como judeus Nós somos judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios, no entanto, sabendo que o homem não é justificado por obras da lei, mas pela fé em Cristo Jesus, temos também crido em Cristo Jesus, que fôssemos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei, uma vez que pelas obras da lei nenhuma carne será justificada Mas se, procurando ser justificados em Cristo, nós mesmos também foram achados pecadores,. é Cristo ministro do pecado? De modo nenhum! Porque, se eu reconstruir o que eu tenho uma vez destruído, eu provar a mim mesmo para ser um transgressor. Por meio da Lei que eu morri para a lei para que eu pudesse viver para Deus. Estive crucificado com Cristo, e já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim; ea vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. Não anulo a graça de Deus; se a justiça vem mediante a lei, logo Cristo morreu em vão "(2: 11-21).

    A culpa é uma praga universal da humanidade pecadora. Cada pessoa se sente culpada. Consequentemente cada pessoa tenta de alguma forma a aliviar a sua culpa. Membros de tribos primitivas procuram amenizar sua culpa por apaziguar os deuses imaginários que são supostamente com raiva deles. , Pessoas sofisticadas em cultura pode tomar a rota de fuga da psicanálise ou alguma outra forma de aconselhamento humano. Algumas pessoas tentam aplacar sua culpa pelo pensamento positivo e auto-confiante, vida auto-indulgente. Outros tentam escapar através do sexo, álcool ou drogas.

    Milênios antes de Jesus Cristo veio ao mundo e morreu para o pecado do homem, Deus prenunciou Seu sacrifício perfeito por meio da oferta de animais mortos. Ele, aparentemente, começou instruindo Adão para oferecer sacrifícios de sangue como símbolos que apontam para a verdadeira e eficaz derramamento do sangue de Cristo na cruz. O sacrifício de um carneiro, cabra, carneiro ou outro animal nunca tinha poder para perdoar e limpar pecado nem nunca foi a intenção. Tais sacrifícios eram só de ida, atos simbólicos de obediência que, a menos que acompanhado por um coração humilde e contrito, não eram aceitáveis ​​a Deus. Sem confiança reverente no Deus a quem ele ofereceu o sacrifício, o ofertante envolvida apenas em ritual sem sentido (Is 29:13).

    Quando Caim ofereceu seu sacrifício de grãos para o Senhor, ele pecou tanto por desobedientemente trazendo o tipo errado de oferta e oferecendo-lhe no espírito errado. Em vez de trazer um sacrifício de animais como Deus havia ordenado, obviamente, ele trouxe o fruto de seu próprio trabalho, orgulhosamente supondo que esta oferta de desobediência era tão aceitável a Deus como o que ele tinha prescrito.Sua foi o primeiro ato de retidão de obras, o precursor de todos os tal ato desde seu tempo. Todas as pessoas de todas as épocas que tentou chegar a Deus com base em seus próprios méritos e obras, ou por algumas prescrições religiosas humanamente concebidas, seguiu os passos, que rejeita a graça incrédulos de Cain. Ao rejeitar o sacrifício de animais prescrito de Deus, Caim rejeitou oferta de salvação substitutiva de Deus em Seu Filho para que essa oferta de sangue apontou.
    Abel, por outro lado, através da oferta de obedientemente o sacrifício de sangue Deus exigia, na fé saltou através dos séculos e tocou a cruz. Deus aceitou a sua oferta não porque tinha qualquer benefício espiritual em si, mas porque ele foi apresentado em fé e obediência.
    Desde a época de Caim e Abel as duas linhas divergentes de obras e fé têm caracterizado a vida religiosa do homem. A pessoa que segue o caminho do homem, seja ele qual for, segue a mentira de Satanás e pelo caminho de Caim. A pessoa que segue o caminho de Deus segue o caminho de Abel, o caminho da graça e do perdão.
    Essas duas linhas de aproximação a Deus pode ser seguido em todo o Antigo Testamento. Os construtores da torre de Babel seguido o caminho descrente e rebelde de Caim, enquanto que Noé e sua família seguiram a acreditar e obediente caminho de Abel. A grande maioria do mundo antigo seguido o caminho ímpio de Caim, enquanto Abraão e sua família seguiu o caminho divino de Abel. Dentro da nação de Israel foram sempre as mesmas duas linhas de realização humana e realização divina, de confiar no que o homem pode fazer para Deus ou de confiar em que Deus fez para o homem. Aqueles que seguem o caminho estreito da fé são sempre uma minoria, mas para isso remanescente fiel, as bênçãos de Deus nunca cessam e as Suas promessas nunca falham.
    Na época de Jesus, nasceu o remanescente crente incluída Maria, José, Isabel, Zacarias, Anna, Simeão, e muitos outros cujos nomes são desconhecidos para nós. Eles colocaram a sua confiança no Deus de Israel para a sua salvação e, implicitamente, acreditava que o Antigo Testamento como a Sua Palavra divinamente revelado. Eles fielmente e de bom grado conformado seu comportamento para cerimônias e os padrões prescritos de Deus, ao mesmo tempo demonstrando que a sua confiança estava no próprio Senhor, não na manutenção dessas cerimônias e padrões, importantes como tal testemunho externo de obediência estava sob a Antiga Aliança.
    Mas quando Jesus nasceu a grande maioria dos israelitas, seja na Palestina ou em outras partes do Império Romano, continuou a perverter e adicionar a revelação do Antigo Testamento e de colocar a sua confiança em si mesmos, procurando a sua própria bondade e realizações para torná-los aceitáveis a Deus. A grande massa de tradições rabínicas foi fundamentada na retidão de obras, na idéia de alcançar mérito diante de Deus através estrita observância de uma lista quase infinita de regulamentos e cerimônias artificiais. A maioria dos líderes judeus, exemplificados pelos escribas e fariseus hipócritas, orgulhosamente acreditavam que suas obras religiosas colocou em favor especial de Deus e ganhou-lhes perdão por seus pecados.

    Foi entre esse vasto grupo de judeus legalistas que os judaizantes surgiu, afirmando a seguir a Cristo, mas ensinando que um gentio tinham que ser circuncidados e seguir a lei mosaica antes que ele pudesse ser salvo e que todos os crentes, judeus e gentios, teve de continuar cumprimento dessa lei, a fim de manter a sua relação com Deus. Seu ensino não só corrompeu o evangelho, mas também o ensino do Antigo Testamento, em que o caminho da salvação foi sempre e somente pela fé obediente em Deus. Em nenhum momento na história, uma pessoa foi salva por seu próprio mérito. Antes e durante o tempo dos homens Pacto Mosaico foram salvos somente pela fé. Abel, Enoque, Noé, Abraão, Sara, Isaque, Jacó, José, Moisés, Raabe, os juízes piedosos, reis profetas, e todos os outros santos do Antigo Testamento foram salvos apenas na base da fé. Todas essas pessoas, seja homem ou mulher, judeu ou gentio ", obteve a aprovação através de sua fé" (conforme Heb. 11: 1-39).

    Os judaizantes, portanto, não estavam ensinando a doutrina do Antigo Testamento, mas a doutrina cardeal de Satanás, que uma pessoa pode, por sua própria bondade e trabalha ganho graça diante de Deus. É por isso que Paulo se refere aos judaizantes como "cães, ... maus obreiros, ... a falsa circuncisão" (Fp 3:2). Desde a vinda de Cristo os cristãos só podem ser "coração circuncidado." "Nós somos a verdadeira circuncisão," Paulo explicou aos crentes de Filipos, "que adoram no Espírito de Deus, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne" (Fp 3:3.).

    Os judaizantes reconheceu Jesus como o Messias, mas porque a sua visão do Messias era corrupto assim era sua visão de Jesus. Eles não olhar para o Messias como o Cordeiro de Deus que tira o pecado deles, porque eles não acreditavam que eles tinham pecado que exigia tal sacrifício, a fim de ser perdoado. Como circuncidados, judeus cerimoniais eles estavam convencidos de que já tinha o pleno favor de Deus e estavam espiritualmente e moralmente aceitável a Ele, assim como eles eram. Essa visão judaica comum é refletido no argumento do livro de Hebreus, em que o escritor vai para grandes comprimentos para convencer seus leitores judeus que o Messias (Cristo) é superior aos profetas, aos anjos, e até mesmo a Moisés (Heb. 1: 1-3: 6). Ele não era simplesmente um outro grande líder judeu. Ele era de uma ordem completamente diferente; o próprio Filho de Deus e Salvador do mundo, cuja economia sacrifício era necessário para que todos possam estar bem com Deus.

    Em Gálatas 2:11-21, a cena muda de Jerusalém e do conselho lá para Antioquia da Síria, onde a primeira igreja em uma área Gentil foi criado e onde Paulo e Barnabé serviu como co-pastores, com a ajuda de outros três homens (veja At 13:1). Estes homens eram de o partido da circuncisão e não só ensinou um evangelho falso, mas também fez falsas alegações de apoio por parte dos apóstolos e anciãos em Jerusalém. Como Pedro, Tiago , por vezes, tinha dificuldade em abrir mão de sua adesão ao longo da vida para os rituais e regulamentos mosaicos (ver Atos 21:18-26), e ele talvez ainda tinha resquícios de preconceito contra os gentios. Mas ele dificilmente teria enviado uma delegação de hereges a Antioquia para minar o verdadeiro evangelho e fazer com que a igreja há nada além de problemas. Ele nunca teria sido a causa da discórdia e do caos em que houve o exercício dessa harmonia e unidade induzida pelo Espírito.

    O imperfeito do verbo grego indica que comer de Pedro com os gentios foi contínuo, ou seja, habitual e regular durante um certo período de tempo. Ele comia o que lhe estava proposta, com quem estava sentado ao lado dele. Ele não tinha nenhuma dúvida participou de inúmeras festas de amor com os crentes gentios e se juntou a eles na Ceia do Senhor. Até os homens de Tiago veio a Antioquia, ele estava participando com a igreja em um modelo de comunhão de crentes judeus e gentios que livremente expressa e profundamente acarinhados seu amor e liberdade em Cristo.

    É apenas uma pequena digressão dentro dos amplos limites de nossa discussão para dizer que a igreja cristã não pode ser o que é chamado a ser quando ritual, raça, classe ou outras distinções membros separados uns dos outros. Os rótulos os homens colocam sobre si mesmos e sobre os outros são irrelevantes para Deus, e também deve ser irrelevante para o seu povo. Antes de salvação, cada pessoa é igualmente separado de Deus, e depois de salvação cada pessoa é igualmente reconciliados com Deus. Crentes "todos sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus ... Não há judeu nem grego, não há escravo nem homem livre, não há homem nem mulher, porque [eles] todos são um em Cristo Jesus" (Gl 3:26., Gl 3:28). Porque os crentes são todos filhos de Deus, eles são todos irmãos e irmãs, sem exceções ou distinções.

    A reivindicação de alguns grupos cristãos que a Bíblia proíbe a mistura de raças é totalmente falsa, e tal afirmação é uma chaga sobre a igreja, uma ofensa diante de Deus, e até mesmo de opróbrio diante do mundo. É a antítese do ensino do Novo Testamento. Se Paulo estivesse vivo hoje ele estaria tão firmemente contra tal, ensino antibíblico preconceituoso como ele fez contra Pedro e os outros em Antioquia que permitiram que seus preconceitos e medos para comprometer a verdade de Deus.

    Melhor do que qualquer outro apóstolo, Pedro deveria ter sabido que em Cristo todos os alimentos eram limpos e todos os crentes iguais. Ele tinha ouvido Jesus explicar que "tudo o que vai para o homem do lado de fora não pode contaminar, porque não entrar em seu coração" (Marcos 7:18-19). Ele havia experimentado a visão única e dramática dos animais imundos eo encontro relacionado com o gentio Cornélio, depois que ele declarou: "Eu certamente entendo agora que Deus não é um para mostrar parcialidade" (At 10:34). No Concílio de Jerusalém Pedro força opõe os judaizantes, dizendo: "Deus, que conhece os corações, testemunhou a eles [os gentios, v. 7] dando-lhes o Espírito Santo, assim como ele também fez para nós, e Ele não fez nenhum distinção entre nós e eles, purificando os seus corações pela fé. Agora, pois, por que você colocar Deus à prova, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar? Mas nós acreditamos que somos salvos pela graça do Senhor Jesus, do mesmo modo como eles também são "(Atos 15:8-11).

    No entanto, quando os judaizantes chegaram a Antioquia, Pedro começou a retirar e mantenha-se afastado dos gentios, temendo o partido da circuncisão. Recesso é de hupostellō , um termo usado para a retirada militar estratégico. Polibius usou para descrever tropas desenho retirar do inimigo, a fim de garantir abrigo e segurança. O imperfeito pode indicar que a retirada de Pedro foi gradual e, em caso afirmativo, sugere a idéia de retiro sorrateira. Aquiescer tanto para o ritualismo eo racismo dos judeus, ele começou a afastar-se de seus irmãos gentios e parou de aceitar os convites para jantar. Ele encontrou desculpas para não se juntar a eles em outras atividades e, finalmente, realizou -se afastado deles completamente.

    O velho Pedro-fraco, medroso, e vacilante-viera à tona novamente. Aqui era o mesmo Pedro que sob inspiração divina declarou Jesus para ser "o Cristo, o Filho do Deus vivo", mas que um pouco mais tarde repreendeu seu Senhor para dizer que Ele tem que sofrer e morrer (Mt 16:16, Mt 16:22) . Aqui é o mesmo Pedro que ousAdãoente declarou que ele iria morrer em vez de negar o seu Senhor, mas que, antes da noite foi para fora, havia negado três vezes (Marcos 14:29-31, 66-72). Aqui era o mesmo Pedro que foi chamado para pregar, mas que desobedientemente voltou para a pesca, mesmo depois de ter encontrado o Cristo ressuscitado (Jo 21:3). Muitas vezesBarnabas tinha ouvido Paulo pregar o evangelho da salvação pela fé e pregou muitas vezes ele mesmo. Mas mesmo que ele foi levado por o legalista hipocrisia de Pedro e dos outros. Pode ter sido a hipocrisia de Barnabas nesta ocasião que começou a eventual racha com Paulo que um pouco mais tarde resultou em sua separação, tendo mais de João Marcos na próxima jornada (Atos 15:37-40).

    Pedro era um líder natural, e sua ação pública invariavelmente levou outros com ele. Quando ele agiu em sua própria sabedoria o resultado foi trágico, e quando outros fiéis depositam sua fé nele como um homem a tragédia foi agravada. O efeito sobre a igreja de Antioquia foi desastroso.
    O termo grego atrás de hipocrisia originalmente se referia a um ator usando uma máscara para indicar um estado de espírito ou o tipo de caráter particular. Um hipócrita é alguém que, como um ator grego, máscaras de seu verdadeiro eu.

    Pedro e os outros crentes judeus que se retirou com ele sabia que o que eles estavam fazendo era errado, mas eles foram intimidados pelos judaizantes em ir contra a verdade de suas convicções e as consciências. Na tentativa de agradar aqueles hipócritas eles se tornaram hipócritas si mesmos, e ao fazê-lo mágoa trouxe a seus irmãos gentios e ao seu Senhor.
    Desde o fracasso de Pedro em Antioquia várias verdades importantes podem ser aprendidas. A primeira é que até ministros excepcionalmente talentosos do evangelho pode cometer transgressões graves, às vezes tornando-se culpado de os próprios erros e pecados que outrora fortemente pregadas contra.
    A fim de manter a doutrina da infalibilidade dos papas, que são requeridas pelo sistema romano para ser sucessores de Pedro, alguns teólogos católicos têm insistido que o Pedro em Antioquia não era o apóstolo. Mas ele era o mesmo Pedro que pregava o sermão capacitado pelo Espírito Santo no dia de Pentecostes e por meio de quem o homem aleijado fora do Templo foi curada. Apesar de sua vocação divina e superdotação, manifestou pés de barro.
    Em segundo lugar, aprendemos que a fidelidade envolve mais do que crer na doutrina correta. Doutrina certa, sem comportamento correto sempre produz hipocrisia.

    Em terceiro lugar, aprendemos que a verdade é mais importante do que a harmonia e paz para fora. Comunhão e unidade entre os cristãos são construídos sobre a verdade, nunca falsidade. Não importa o que a perspectiva benéfica pode parecer ser a partir de uma perspectiva humana, o compromisso pode fazer nada além de enfraquecer a igreja. Paz que é preservada por comprometer a verdade de Deus é o pseudo-paz do mundo e não é de Deus. "O vínculo da paz" (Fp 4:3).

    Doutrina de Paulo

    Mas, quando vi que não eram simples sobre a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: "Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como os judeus, como é que obrigas ? os gentios a viverem como judeus Nós somos judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios, no entanto, sabendo que o homem não é justificado por obras da lei, mas pela fé em Cristo Jesus, temos também crido em Cristo Jesus, que fôssemos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei, uma vez que pelas obras da lei nenhuma carne será justificada Mas se, procurando ser justificados em Cristo, nós mesmos também foram achados pecadores. , é Cristo ministro do pecado? De maneira nenhuma! Porque, se eu reconstruir o que eu tenho uma vez destruído, eu provar a mim mesmo para ser um transgressor. Por meio da Lei que eu morri para a lei, para que eu pudesse viver para Deus. I Já estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; ea vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou, e se entregou a si mesmo por me. Não anulo a graça de Deus; se a justiça vem mediante a lei, então Cristo morreu em vão "(2: 14-21).

    As ações de Pedro, Barnabé, e os outros crentes judeus em Antioquia não fosse simplesmente uma questão de hipocrisia pessoal. Sua capitulação aos judaizantes, por exemplo, se não por doutrina, foi fraturando a igreja. O fato de que Pedro e Barnabé eram líderes espirituais fez a matéria infinitamente pior. Durante anos eles tinham ensinado a salvação somente pela fé, e eles tinham exemplificou que o ensino em suas vidas. A igreja de Antioquia havia se tornado um modelo de judaico-Gentil companheirismo e harmonia, e quase de noite tornou-se o oposto.

    Sua reação

    Mas, quando vi que não eram simples sobre a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: "Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como os judeus, como é que obrigas os gentios a viverem como judeus Nós somos judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios (2: 14-15).

    Como já mencionado, a retirada dos crentes judeus dos gentios era provável gradual; mas assim que Paulo percebeu o que estava acontecendo, ele reagiu imediatamente contra ele. Quando [ele] viu que não eram simples sobre a verdade do evangelho, ele nitidamente repreendeu a Pedro ( Cefas ). Como um apóstolo Pedro foi o mais responsável, e foi o seu mau exemplo que tinha desenhado os outros para a hipocrisia destrutivo.

    Simples é de orthopodeō , um composto de orthos (em linha reta) e pous (pé), que significa andar em linha reta, ou na retidão. Um estudioso traduz o versículo 14 a como: "Eles não estavam andando no caminho reto para a verdade do evangelho." Na retirada de seus irmãos gentios, Pedro e os outros não estavam vivendo paralelo à Palavra de Deus, não andando um curso espiritual reta.

    Porque ofensa de Pedro era público, Paulo repreendeu-o na presença de todos, desmascarando sua hipocrisia diante de toda a congregação. Todo crente em Antioquia, e, sem dúvida, muitos incrédulos bem, sabia que Pedro não era mais a associação com os gentios como ele havia feito livre e abertamente. Agostinho disse: "Ele não é vantajoso para corrigir em segredo um erro que ocorreu ao público." A menos que o pecado público de um crente é tratada publicamente, as pessoas vão pensar que a igreja não leva a sério o pecado e, portanto, dá aprovação tácita do mesmo. A igreja que não disciplinar os membros pecadores (incluindo os membros mais proeminentes) perde sua credibilidade, porque não levar a sério as suas próprias doutrinas e padrões. Uma criança que não é disciplinado quando ele faz errado logo conclui que os padrões de seus pais não são realmente muito importante, porque elas não são aplicadas.

    Depois de tomar o cuidado de determinar por várias testemunhas que a acusação contra um ancião é verdade, Paulo disse a Timóteo, o mais velho deve ser repreendido "na presença de todos, para que também os outros tenham temor" (1Tm 5:20).

    Martin Luther disse que, se o artigo da justificação pela fé for perdida, toda a doutrina cristã é perdida. Nesta última seção do capítulo 2 Paulo foi inspirado a introduzir essa doutrina mais essencial na epístola, uma doutrina que ele havia pregado e explicou aos Gálatas, em muitas ocasiões. Ele usa a forma verbal de justificação ( dikaioo ) quatro vezes nos versículos 16:17 e a forma substantiva (dikaiosune ) uma vez no versículo 21, onde é traduzida por "justiça". No Novo Testamento, essas e outras formas de o mesmo termo grego são variAdãoente traduzido por tais palavras inglesas como justificar, a justificação, a justiça, assim, justos e justificados.

    O termo básico foi originalmente usado forense de um juiz de declarar um arguido não é culpado e direito perante a lei. Era o oposto de ser declarado culpado e condenado. Ao longo de justificação Escritura refere-se a Deus, que declara um pecador para ser inocente com base na fé Nele. É o ato livre e gracioso pelo qual Deus declara um pecador justo consigo mesmo, perdoar, perdoar, restaurar, e aceitá-lo com base em nada, mas a confiança na pessoa e obra de Seu Filho, Jesus Cristo.

    Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da Lei, mas pela fé em Cristo Jesus, Paulo continua, temos também crido em Cristo Jesus, para que possamos ser justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; uma vez que pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.

    Nenhuma quantidade de observância da lei pode fazer uma pessoa justa, porque a raiz do pecado está na caída do coração do homem, e não em ações. Problema básico do homem é no que ele é, e não no que ele faz. Atos pecaminosos são apenas a expressão externa de uma natureza depravada que contém pensamentos pecaminosos. Uma pessoa que odeia é interiormente um assassino, ou não, ele sempre leva a vida de outra pessoa (Mt 5:22). Um homem que tem pensamentos imorais sobre as mulheres é um adúltero, ou não, ele nunca comete o ato físico de adultério (05:28).

    Por conseguinte, nenhuma quantidade de obras da lei pode salvar uma pessoa, porque até mesmo o melhor dos trabalhos humanos não pode mudar a natureza da pessoa fazê-las. "Sabemos que tudo o que a lei diz, fala para aqueles que estão debaixo da Lei, que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus; porque pelas obras da lei nenhuma carne será justificada diante dele sight "(Rom. 3: 19-20). A lei é importante como um espelho para nos mostrar nossa pecaminosidade; mas só pode revelar o pecado, não removê-lo. "Mas agora, sem lei, a justiça de Deus se manifestou, tendo o testemunho da lei e dos profetas, mas a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e ficam aquém da glória de Deus, sendo justificados como um presente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus ... pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei "(3: 21— 24, 28).

    Só a fé em Cristo Jesus pode trazer uma pessoa do dom da graça da justiça que oferece perdão e salvação. A fé em Cristo não é mero assentimento intelectual para o fato de que Jesus morreu e ressuscitou por causa do pecado do homem, mas é a confiança pessoal em sua morte para remover e perdoar os próprios pecados. É compromisso total com a submeter-se a Ele como Senhor (conforme Jc 4:7 Paulo declara que a salvação é somente pela fé em Cristo e não por lei. A primeira afirmação é geral: o homem não é justificado por obras da lei, mas pela fé em Cristo Jesus .A segunda é pessoal: temos também crido em Cristo Jesus, para que possamos ser justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei . O terceiro é universal: pelas obras da lei nenhuma carne será justificada (conforme Sl 143:2). Através da visão dos animais imundos e a conversão dramática e unção de Cornélio, o Senhor dado Pedro evidência direta de que os crentes gentios são em todos os sentidos igual a crentes judeus (Atos 10). Em muitas outras ocasiões e de muitas outras maneiras Jesus havia ensinado que todos aqueles que pertencem a Ele é um com Ele e, portanto, um com o outro. Pouco antes de sua prisão, julgamento, crucificação e, Jesus sinceramente e repetidamente orou ao Pai que os que creram nele "todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles sejam em nós ... para que sejam um, como nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade "(João 17:21-23).

    Mas se os judaizantes estavam certos, Paulo apontou, Jesus estava errado; se eles ensinaram a verdade, ele havia ensinado falsidade e foi, assim, um ministro do pecado ! Tal acusação deve ter abalado Pedro para seus ossos. Para ser chamado de hipócrita picou o suficiente, mas para ser chamado de pecador era impensável, e ser acusado de fazer Jesus ministro do pecado foi chocante e repugnante. No entanto, a lógica do argumento de Paulo era inevitável. Por suas ações, Pedro tinha em efeito condenou Jesus Cristo. Ele, portanto, teve que abandonar suas simpatias judaizantes ou continuar a fazer o seu Senhor um mentiroso.

    Para sua própria pergunta Paulo respondeu imediatamente, De modo nenhum! Deve ter sido doloroso para Paulo sugerir até mesmo hipoteticamente que Cristo poderia participar, muito menos promover, pecado. Mas o perigo drástica de Judaistic legalismo exigiu tal lógica drástica. Ele não conhecia nenhuma outra maneira de trazer Pedro e os outros para os seus sentidos.

    Ao usar o termo que nos versículos anteriores, Paulo havia graciosamente se identificou com os conciliadores, até certo ponto. Agora, ele ainda mais graciosamente e com amor suaviza o golpe para seus amigos usando-se como um exemplo hipotético. Porque, se eu reconstruir o que eu tenho uma vez destruído, ele disse, eu provar a mim mesmo para ser um transgressor. Em outras palavras, se alguém, incluindo eu mesmo, tenta reconstruir um sistema de legalismo depois de ele ter uma vez destruído ele crendo e pregando o evangelho da graça poderosa de Deus e desamparo pecaminosa do homem, ele prova a si mesmo , não a Cristo, para ser um transgressor. Ele prova-se a ser um hipócrita e um pecador, abandonando a graça para a lei.

    "Eu nunca poderia fazer uma coisa dessas", Paulo afirma, por meio da Lei que eu morri para a lei para que eu pudesse viver para Deus. A idéia de confrontos legalismo com mais clara a verdade de Deus e minhas próprias convicções mais profundas. Agora que eu aceitei graça e morri para a lei, eu nunca poderia voltar ao seu sistema de rituais e ordenanças. Caso contrário, eu não poderia viver para Deus. A lei não é dono do crente; Deus é. Não é a sua relação com a lei que o salva, mas sua relação com Deus.

    "Não sabeis vós, irmãos," Paulo perguntou aos crentes em Roma, "que a lei tem jurisdição sobre uma pessoa, desde que ele vive para a mulher casada está ligada pela lei a seu marido enquanto ele vive;? Mas se ela marido morrer, ela está livre da lei relativa ao marido ... Portanto, meus irmãos, vocês também foram feitos para morrer para a lei pelo corpo de Cristo, que você pode estar se juntou a outro, àquele que foi ressuscitado dentre os mortos que demos fruto para Deus "(Rom. 7: 1-2, Rm 7:4).

    Que diremos, pois? Será que devemos continuar no pecado para que a graça pode aumentar? De maneira nenhuma! Como havemos de quem morreu para o pecado ainda viver nele? Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com Ele, que o corpo do pecado seja desfeito, que não deve mais ser escravos do pecado; para aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele, sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, para nunca mais morrer de novo é; a morte já não tem domínio sobre ele. Para a morte que Ele morreu, Ele morreu para o pecado uma vez por todas; mas a vida que Ele vive, Ele vive para Deus. Mesmo assim vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus.

    Portanto, não deixe que o pecado reine em vosso corpo mortal que você deve obedecer às suas concupiscências, e não ir em apresentar os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade;mas oferecei-vos a Deus, como vivos dentre os mortos, e os vossos membros como instrumentos de justiça de Deus. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. (Rom. 6: 1-14)

    Em ambos os Romanos e aos Gálatas, Paulo está se referindo ao fato de que quando uma pessoa exerce fé no Senhor Jesus Cristo, ele é colocado em união espiritual transcendente com Cristo no evento histórico de Sua morte e ressurreição, em que a pena do pecado era pago na íntegra.
    Se um homem é condenado por um crime capital e é condenado à morte, a lei obviamente não tem mais direito sobre ele. Ele pagou sua dívida com a sociedade. Portanto, mesmo se ele fosse para ressuscitar dentre os mortos, ele ainda seria inocente perante a lei, que não teria nenhum direito sobre sua nova vida. Assim é com o crente que morre em Cristo a subir na vida nova. Ele é livre para sempre de qualquer reivindicação da lei sobre ele. Ele pagou a demanda da lei, quando ele morreu em Cristo. Sua morte física não é punição, apenas uma liberação para a glória fornecida em sua união com Cristo.
    Efeito mais destrutivo do legalismo é que ele cancela o efeito da cruz. Já estou crucificado com Cristo , Paulo testifica, e já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim . Para voltar ao abrigo da lei seria para cancelar a união de um com o sacrifício de Cristo na cruz e, portanto, para voltar sob o pecado.

    Eu morri para a Lei Paulo explica, porque eu estava crucificado com Cristo , e já não sou eu que vivo . O velho, o velho homem está morto, crucificado com Cristo, e do novo homem vive (conforme Cl 3:9-10). Agora eu ... viver para Deus , porque Cristo vive em mim (conforme Rm 8:9; Rm 5:1; Ef 2:5).

    Os dois pilares do evangelho são a graça de Deus e da morte de Cristo, e esses são os dois pilares que, por sua própria natureza, o legalismo destrói. A pessoa que insiste que ele pode ganhar a salvação por seus próprios esforços mina o próprio fundamento do cristianismo e anula a morte precioso de Cristo em seu nome.



    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Gálatas Capítulo 2 do versículo 1 até o 21

    Gálatas 2

    Um homem que não se intimida — Gl 2:1-10

    Na passagem precedente Paulo demonstrou a independência de seu evangelho: demonstrou que não o devia a homem alguém mas sim o tinha recebido diretamente de Deus. Neste nova passagem lhe preocupa demonstrar que essa independência não era anarquia e que seu evangelho não tinha nada de cismático ou sectário, mas sim, em realidade, não era outra coisa senão a fé entregue à Igreja. Depois de quatorze anos de trabalho subiu a Jerusalém levando consigo a Tito, um jovem amigo e seguidor seu de origem grega. Esta visita não era de maneira nenhuma singela. Justamente ao escrever estas palavras sua memore encontra-se confusa. No texto grego há uma desordem que não é possível reproduzir totalmente na tradução. Tratava-se de um problema pessoal do apóstolo: não podia reduzir-se ao mínimo sem dar a impressão de abandonar seus princípios; nem podia dizer muito sem que parecesse que estava em aberta discrepância com os líderes da Igreja. Como resultado, suas frases se entrecortam e desconectam. Seu escrito reflete a ansiedade e a preocupação de sua mente.

    Os verdadeiros líderes da Igreja tinham aceito sua posição desde o começo; mas havia outros que pretendiam dominar a ferocidade de seu espírito. Havia aqueles que, como vimos, aceitavam o cristianismo, mas criam que Deus jamais daria algum privilégio a alguém que não fosse judeu, e, que portanto, antes de alguém tornar-se cristão era preciso circuncidar-se e carregar sobre si a totalidade da Lei. Estes judaizantes, como eram chamados, aproveitaram para fazer de Tito um caso de prova. Há toda uma luta atrás desta passagem; até parece provável que os líderes da Igreja tenham insistido para que Paulo transigisse e cedesse em homenagem à paz. Mas Paulo permaneceu firme como uma rocha. Sabia que estava diante de uma prova, e em nenhum momento cederia um palmo. Ceder teria significado aceitar a escravidão da Lei e dar as costas à liberdade cristã que se encontra em Cristo. No final a determinação de Paulo teve êxito. Aceitou-se em princípio que a obra de Paulo dirigia-se ao mundo não judeu, enquanto que a de Pedro e Tiago ao mundo judeu. Deve-se advertir com cuidado que não se trata de pregar dois evangelhos diferentes; trata-se do mesmo evangelho que tem que ser levado a dois âmbitos diferentes e por pessoas diferentes e especialmente capacitadas para fazê-lo.
    Neste quadro ressaltam com claridade algumas características de Paulo.

    1. Paulo tratava a autoridade com o devido respeito. Não seguia seu próprio caminho. Veio, viu e falou com os líderes da Igreja, apesar de todas as suas diferenças. É uma lei de vida, importante mas esquecida que apesar de toda a razão que possamos ter, nada ganharemos com a rudeza. Não há nenhuma razão para que a cortesia e a vontade tenaz não possam ir juntas.
    2. Paulo não se deixava intimidar. Menciona repetidamente a reputação de que desfrutavam os dirigentes e colunas da Igreja. Respeitava-os, tratava-os com toda cortesia; mas permanecia inflexível. Há uma atitude de respeito mas também outra vil, rasteira ou de estudada condescendência para com aqueles aos quais o mundo ou a Igreja rotulam como grandes. Mas Paulo tinha sempre a absoluta certeza de que não buscava a aprovação dos homens mas sim a de Deus.
    3. Paulo tinha consciência de sua missão especial. Sentia que Deus lhe tinha encomendado uma tarefa e nada poderia detê-lo em sua carreira: nem a oposição de fora nem o desalento interior. Sempre se dará o caso de que o homem que sabe que recebeu uma missão de Deus descobrirá que Deus lhe dá forças para levá-la a cabo.

    A UNIDADE ESSENCIAL

    Gálatas 2:11-13

    Mas as dificuldades não tinham chegado a seu fim. Na Igreja primitiva uma parte da vida era a comida em comum que chamavam agape: festa do amor. Toda a comunidade se congregava nesta festa para desfrutar de uma comida para o qual todos contribuíam com o que tinham. Para muitos que eram escravos devia tratar-se da única comida decente da semana; e de uma maneira muito especial assinalava o companheirismo e a participação comunitária dos cristãos.

    À primeira vista, isto parece algo encantado. Mas devemos lembrar o rígido exclusivismo do judeu curto de idéias. A rigidez do judeu fazia considerar seu povo como o escolhido e em tal medida que implicava o rechaço das outras nações. As demais nações eram impuras “Porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre” (Sl 100:5). "Mas sua graça é só para os israelitas; para as outras nações Deus é terrível". "As outras nações são restolho ou palha para o fogo ou felpa que dispersa o vento". "Se um homem se arrepender, Deus o aceita, mas isto só se aplica a Israel, não às demais nações". "Ama a todos mas odeia aos hereges".

    Este exclusivismo era parte da vida diária. Um judeu rígido até tinha proibido negociar com um pagão; não podia viajar com ele; não podia lhe brindar hospitalidade nem aceitar sua hospitalidade. Em Antioquia pois, surgiu um problema tremendo. Sendo assim as coisas, podiam judeus e pagãos sentar-se juntos numa comida comunitária? Se tinham que observar as leis e costumes antigos, era completamente impossível.

    Pedro chegou a Antioquía e, esquecendo em princípio os tabus antigos pela glória da nova fé, participou das comidas comunitárias com judeus e gentios. Mas então chegaram alguns de Jerusalém pertencentes ao partido judeu. Invocavam o nome de Tiago ainda que com toda segurança não representavam as opiniões do apóstolo. Estes influíram tanto sobre Pedro que conseguiram separá-lo das comidas em comum. Os outros judeus se retiraram junto com ele e finalmente o próprio Barnabé participou desta separação. Foi então quando Paulo falou com toda a força de que era capaz sua natureza apaixonada. Ele via certos pontos com clareza meridiana.

    1. Uma Igreja cristã não pode continuar sendo cristã se der lugar nela a qualquer diferença de classes. Os títulos que os homens ostentam entre seus semelhantes carecem de importância na presença de Deus. Perante Deus o homem não é nem judeu nem pagão, nem nobre nem plebeu, nem rico nem pobre: é simplesmente um pecador por quem Cristo morreu. Se os homens participarem de uma filiação comum devem ser irmãos; agora possuem um novo parentesco que lança por terra toda barreira terrena porque são filhos de um Pai que é Deus.
    2. Paulo viu a necessidade de uma intervenção enérgica para rebater a corrente que se tinha produzido. Não aguardou; atacou primeiro. Não se importava absolutamente que essa corrente desviada se relaciona com o nome e o proceder de Pedro. Era equivocada, e isso era o mais importante para ele. Um nome famoso jamais poderá justificar uma ação infame. Paulo é o exemplo vivo do homem enérgico que por sua firmeza pode conter uma corrente desviada de seu leito normal antes que se transforme numa onda incontível.

    O FIM DA LEI

    Gálatas 2:14-17

    Finalmente se toca aqui a própria raiz do assunto. É necessário urgir uma solução que não pode ser dilatada muito tempo. A questão era que a solução de Jerusalém tinha sido um compromisso, e como todo compromisso abrigava a semente da contradição. Com efeito a decisão de Jerusalém tinha estabelecido que os judeus seguiriam vivendo como judeus — observando a circuncisão e a Lei — mas que os gentios ficariam livres destas observâncias. Evidentemente as coisas não podiam continuar assim porque o resultado inevitável seria produzir duas categorias de cristãos e duas classes completamente diferentes na 1greja. A argumentação de Paulo é algo assim: Disse a Pedro: "Você compartilhou a mesa com os gentios pagãos; comeu e viveu da maneira como eles o fazem; agindo assim aprovou em princípio que há um só caminho para judeus e gentios. Como pode mudar agora toda essa decisão? Estava totalmente disposto a viver como os gentios; mas agora você deu uma volta completa, e pretende que os gentios sejam circuncidados, assumam a Lei e se tornem judeus". Para Paulo isto carecia de sentido.
    E agora devemos nos assegurar o significado de uma palavra. Quando o judeu usava o termo pecadores com respeito aos gentios não pensava de maneira nenhuma em qualidades morais: referia-se à observância da Lei. Para tomar um exemplo, Levítico 11 estabelece as leis alimentares judaicas e enumera e classifica os animais que podem e não podem usar para comer. Aquele que comia lebre ou porco quebrantava as leis e se fazia pecador neste sentido do termo.

    Então Pedro tinha respondido a Paulo: "Mas se como com os gentios as coisas que eles comem me faço pecador". A resposta de Paulo é dupla. Em primeiro termo diz: "Já faz tempo que estamos de acordo em que nenhuma medida de observância da Lei pode tornar o homem justo perante Deus. Isto é coisa da graça. Um homem não pode merecer, deve aceitar o oferecimento generoso do amor de Deus. É a confiança suprema no amor de Deus em Jesus o que torna o homem justo perante Deus. Portanto, toda a questão da Lei carece de importância" Logo emprega outra argumentação com a qual abandona a seu competidor sem possibilidade de escape. "Você mantém", diz, "que o esquecimento de toda esta questão de leis, normas e prescrições fará de você pecador. Mas isto é precisamente o que Jesus Cristo disse para você fazer. Não lhe disse que tentasse merecer a salvação comendo este animal e se privando do outro. Disse-lhe que se lançasse sem reservas na graça de Deus. Diria então, que Jesus Cristo lhe ensinou a se tornar pecador?" É obvio que aqui só cabe uma resposta; e a resposta significa que as leis antigas simplesmente foram anuladas.

    Este é o ponto a que tinha que chegar. Não era justo que os gentios tivessem acesso a Deus pela graça e os judeus pela Lei. Para Paulo havia uma só realidade, que era a graça. E todos deviam ir pelo caminho da entrega a essa graça.

    Há duas grandes tentações na vida cristã, e em certo sentido, quanto melhor seja alguém, mais exposto encontra-se às mesmas. Em primeiro termo, está a tentação de tentar ganhar o favor de Deus e a Deus ninguém pode dar nada; o homem sempre tem que receber dele. Em segundo lugar vem a tentação de que o homem que obteve algum pequeno êxito pretenda comparar-se com seu próximo para sua própria vantagem e desvantagem do outro. O cristianismo ao qual fica bastante do "eu" para pensar que por seus próprios esforços pode agradar a Deus, e que com seus próprios logros pode mostrar-se superior aos homens comuns, não tem nada de verdadeiro cristianismo.

    UMA VIDA CRUCIFICADA E RESSUSCITADA

    Gálatas 2:18-21

    O que Paulo expressa aqui surge de sua profunda experiência pessoal. Para ele a nova ereção de toda a fábrica da Lei tivesse significado um suicídio espiritual. Diz que por meio da Lei tinha morrido à Lei para poder viver para Deus. O alcance desta afirmação é o seguinte: tinha tentado o caminho da Lei; com toda a terrível intensidade de seu ardente coração tinha pretendido ganhar o favor de Deus, ficar em boas relações com ele, vivendo uma vida que tentava obedecer cada cláusula da Lei. Tinha chegado a dar-se conta de que esse intento não o conduzia a outra coisa senão a uma sensação cada vez mais profunda de fracasso, à convicção cada vez mais profunda de que jamais poderia corrigir sua relação com Deus mediante nada que pudesse fazer. Tudo o que tinha feito a Lei era lhe mostrar sua própria impotência. Depois desta experiência tinha abandonado bruscamente o caminho da Lei e se lançou, pecador como era, na misericórdia de Deus. A Lei o tinha conduzido a Deus. Retornar agora à Lei teria significado simplesmente voltar a enredar-se no miasma mortal do sentido de afastamento de Deus. Tão grande era essa mudança que a única maneira de descrevê-lo era dizendo que tinha sido crucificado com Cristo e que o homem que ele próprio tinha sido tinha morrido. E agora a vida que o animava não era outra coisa senão o poder de Cristo mesmo. "Se puder por mim mesmo regularizar minha situação perante Deus mediante a obediência meticulosa da Lei, que necessidade há então da graça? Se posso ganhar minha própria salvação, então por que Cristo teve que morrer?"

    Paulo possuía a absoluta certeza de que Jesus Cristo fazia por ele o que ele jamais poderia fazer por si mesmo. Martinho Lutero foi um homem que viveu em carne própria a experiência de Paulo. Lutero foi um exemplo de disciplina e penitência, de renúncia e mortificação. "Se alguma vez", disse "alguém pudesse salvar-se pela vida monástica, esse teria sido eu". Tinha viajado a Roma. Pensou aqui que era um ato de muito mérito subir de joelhos a Scala Sancta, a grande escada sagrada da paixão. Na fatigante ascensão buscava ganhar méritos; mas de repente uma voz do céu lhe disse: "O justo viverá pela fé". A vida em paz com Deus não podia obter-se mediante esse esforço fútil, inacabável e fracassado: só se conseguia a pessoa lançando-se ao amor e à misericórdia de Deus revelados por Jesus Cristo ao homem. A paz chega quando o homem abandona uma luta que o orgulho do eu pensa que pode ganhar, mas que sempre perde, e quando se entrega ao amor perdoador de Deus.

    Quando Paulo tomou a palavra a Deus, a noite escura da frustração da Lei se tornou para ele num amanhecer de graça.


    Dicionário

    Aniquilar

    A palavra aniquilar vem do latim annihilare, que significa destruir até ser nada.

    aniquilar
    v. tr. dir. e pron. Reduzir(-se) a nada; destruir(-se), nulificar(-se).

    Reduzir a nada; destruir, nulificar.

    Aniquilar Destruir (Sf 2:11); (1Co 1:19).

    Cristo

    substantivo masculino Designação somente atribuída a Jesus que significa ungido, consagrado; deve-se usar com as iniciais maiúsculas.
    Por Extensão A representação de Jesus Cristo na cruz, crucificado.
    Uso Informal. Quem sofre muitas injustiças ou maus-tratos.
    Antes de Cristo. a.C. Designação do que ocorreu antes da era cristã.
    Depois de Cristo. d.C. Designação do que ocorreu após a era cristã.
    Ser o cristo. Uso Popular. Sofrer com os erros de outra pessoa: sempre fui o cristo lá de casa!
    Etimologia (origem da palavra cristo). Do grego khristós.é.on.

    Ungido , (hebraico) – Messias.

    (Veja o artigo principal em Jesus e Senhor). O nome “Cristo”, quando se refere a Jesus, é usado numerosas vezes no NT. O vocábulo combinado “Jesus Cristo” ocorre apenas cinco vezes nos evangelhos, mas, no restante do NT, torna-se a designação principal usada para o Filho de Deus (127 vezes). Em algumas passagens bíblicas, o termo “Cristo” indica que se tornou pouco mais do que um sobrenome para Jesus. Supor, entretanto, que este nome nunca signifique mais do que isso é perder a maior parte da mensagem do NT sobre o Filho de Deus.


    [...] o Mestre, o Modelo, o Redentor.
    Referencia: KARDEC, Allan• A prece: conforme o Evangelho segundo o Espiritismo• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O Cristo [...] é o Redentor do mundo, mas não o único Messias de cujas obras há sido testemunha a Terra. Uma multidão de Espíritos superiores, encarnados entre nós, havia ele de ter por auxiliares na sua missão libertadora. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 24a efusão

    Cristo, pedra angular da civilização do porvir. [...]
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

    [...] arquétipo do Amor Divino [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

    [...] modelo, paradigma de salvação.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

    [...] médium de Deus [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 8

    Cristo é o mensageiro da Eterna Beleza, gravando, ainda e sempre, poemas de alegria e paz, consolação e esperança nas páginas vivas do coração humano.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem a Hernani

    Para nós, calcetas deste mundo, Cristo é a luz Espiritual que nos desvenda a glória da vida superior e nos revela a Paternidade Divina. Em razão disso Ele foi e é a luz dos homens, que resplandece nas trevas da nossa ignorância, para que nos tornemos dignos filhos do Altíssimo.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - A criação da Terra

    O Cristo é o candeeiro de ouro puríssimo e perfeito, e esse ouro foi estendido a martelo na cruz, que se tornou o símbolo da nossa redenção. Sua luz é a vida, a alegria e a graça que nos inundam as almas. Façamos do nosso coração um tabernáculo e essa luz brilhará nele eternamente.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] Cristo é o leme nas tempestades emocionais, o ponto de segurança em toda crise da alma.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Ao encontro da paz

    [...] Cristo Jesus é e será o alfa e o ômega deste orbe que hospeda a família humana.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alfa e ômega

    Cristo é o Sol Espiritual dos nossos destinos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 1

    O Cristo, porém, é a porta da Vida Abundante.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 172

    [...] Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma Moisés, quando recomenda o amor a Deus acima de todas as coisas, de todo o coração e entendimento, acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou. [...] [...] O Cristo é vida, e a salvação que nos trouxe está na sagrada oportunidade da nossa elevação como filhos de Deus, exercendo os seus gloriosos ensinamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5

    [...] O Cristo é o amor vivo e permanente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 6

    [...] O Cristo é um roteiro para todos, constituindo-se em consolo para os que choram e orientação para as almas criteriosas, chamadas por Deus a contribuir nas santas preocupações do bem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 9

    [...] Divino Amigo de cada instante, através de seus imperecíveis ensinamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    O Cristo é o nosso Guia Divino para a conquista santificante do Mais Além...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Definindo rumos


    Cristo V. JESUS CRISTO e MESSIAS.

    Cristo Literalmente, ungido. Palavra grega equivalente ao hebraico messias. Aparece 531 vezes no Novo Testamento, das quais 16 estão em Mateus, 7 em Marcos, 12 em Lucas e 19 em João.

    Os discípulos de Jesus reconheceram-no como tal (Mc 8:27ss.) e o mesmo aconteceu com muitos de seus contemporâneos judeus. A razão de tal comportamento provém, primeiramente, da autoconsciência de messianidade de Jesus e de tê-la transmitido às pessoas que o rodeavam.

    As fontes ressaltam igualmente que tanto as palavras de Jesus como suas ações denotam que ele tinha essa pretensão: reinterpretar a Lei (Mt 5:22.28.32.34 etc.); designar seus seguidores como os do Cristo (Mt 10:42); distinguir-se como o verdadeiro Cristo entre os falsos (Mc 13:6; Mt 24:5); aplicar a si mesmo títulos messiânicos (Mc 10:45 etc.); a insistência no cumprimento das profecias messiânicas (Lc 4:16-30; Mt 11:2-6 etc.); a entrada triunfal em Jerusalém; virar as mesas no Templo; a inauguração da Nova Aliança na Última Ceia etc.

    Não é estranho, por isso, ser executado pelos romanos por essa acusação. Deve-se ainda ressaltar que sua visão messiânica não era violenta, mas se identificava com a do Servo sofredor de Isaías 53, razão pela qual refutou outras interpretações da missão do messias (Jo 6:15), que os discípulos mais próximos apresentavam (Mt 16:21-28; Lc 22:23-30).

    O termo ficou associado de forma tão estreita ao nome de Jesus, que é usado como uma espécie de nome pessoal e daí procede o popular termo Jesus Cristo.

    J. Klausner, o. c.; D. Flusser, o. c.; O. Cullmann, Christology of the New Testament, Londres 1975; R. P. Casey, “The Earliest Christologies” no Journal of Theological Studies, 9, 1958; K. Rahner e W. Thüsing, Cristología, Madri 1975; César Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; m. Gourgues, Jesús ante su pasión y muerte, Estella 61995; E. “Cahiers Evangile”, Jesús, Estella 41993.


    Debalde

    Debalde Em vão; inutilmente (1:9).

    Em vão; inútil

    advérbio De modo inútil; que não apresenta resultado; que ocorre em vão; sem utilidade; inutilmente: todo aquele esforço para salvar o país foi debalde.
    Etimologia (origem da palavra debalde). De + balde.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Graça

    [...] Chamamos graça aos meios dados ao homem para progredir, a luz que, sob qualquer forma e seja qual for o nome com que a designem, lhe é enviada e que ele tem a liberdade de aceitar ou de rejeitar, no uso da sua vontade pessoal.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    [...] é a suprema expressão do amor de Deus.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Três grandes símbolos


    Graça
    1) O amor de Deus que salva as pessoas e as conserva unidas com ele (Sl 90:17); (Ef 2:5); (Tt 2:11); (2Pe 3:18)

    2) A soma das bênçãos que uma pessoa, sem merecer, recebe de Deus (Sl 84:11); (Rm 6:1); (Ef 2:7). 3 A influência sustentadora de Deus que permite que a pessoa salva continue fiel e firme na fé (Rm 5:17); (2Co 12:9); (He 12:28).

    4) Louvor; gratidão (Sl 147:7); (Mt 11:25).

    5) Boa vontade; aprovação MERCÊ (Gn 6:8); (Lc 1:30); 2.52).

    6) Beleza (Pv 31:30).

    7) Bondade (Zc 12:10).

    8) “De graça” é “sem

    Anos atrás, quando alguém perguntava "Qual é a sua graça?", o outro respondia dizendo o nome. O costume, porém, caiu em desuso. Experimente perguntar hoje a alguém, sobretudo jovem, qual é a graça dele. Talvez o rapaz ou a moça exiba alguma habilidade pessoal como dar uma de equilibrista, fazer-se de vesgo ou imitar Ademilde Fonseca cantando, em altíssima velocidade, a letra de Brasileirinho, a música adotada na coreografia de nossa campeã de ginástica Dayane dos Santos. Em tempos idos e vividos, a palavra graça significava nome na imposição do sacramento do batismo, que, segundo os católicos, cristianiza a pessoa concedendo-lhe a graça divina. Com ela, viria o próprio nome. Uma graça.

    No A.T. significa favor, especialmente na frase ‘achar graça’ (Gn 6:8, etc.). No N.T. é aquele favor que o homem não merece, mas que Deus livremente lhe concede – algumas vezes é posta em contraste com a lei (Rm 6:14) – e também exprime a corrente de misericórdia divina, pela qual o homem é chamado, é salvo, é justificado, e habilitado para viver bem e achar isso suficiente para ele (Gl 1:15Ef 2:8Rm 3:24 – 1 Co 15.10 – 2 Co 12.9).

    substantivo feminino Oferta ou favor que se oferece ou se recebe de alguém; dádiva.
    Por Extensão De graça. Aquilo que se faz ou se recebe de modo gratuito, sem custos; cujo preço não é alto; que não possui motivo nem razão: fui ao cinema de graça; comprei um computador de graça; bateram-me de graça!
    Religião De acordo com o Cristianismo, ajuda que Deus oferece aos homens para que eles alcancem a salvação; bênção divina: a graça do perdão.
    Religião Condição da pessoa desprovida de pecados; pureza.
    Religião A compaixão divina que presenteia os indivíduos com favores: refez sua vida com a graça de Deus.
    Por Extensão Que é engraçado; em que há divertimento: o palhaço faz graça.
    Por Extensão Equilíbrio e delicadeza de formas, ações: ela atua com graça.
    Por Extensão Qualidade atrativa: este rapaz é uma graça.
    Gramática Tipo de tratamento formal: Vossa Graça.
    Etimologia (origem da palavra graça). Do latim gratia.ae.

    Justiça

    substantivo feminino Particularidade daquilo que se encontra em correspondência (de acordo) com o que é justo; modo de entender e/ou de julgar aquilo que é correto.
    O ato de reconhecer o mérito de (algo ou de alguém): a polícia vai fazer justiça neste caso.
    Reunião dos organismos que compõem o poder judiciário.
    Conjunto de indivíduos que fazem parte da prática da justiça: a justiça precisa buscar melhores condições de trabalho.
    Cada uma das seções responsáveis pela administração da justiça; alçada, foro ou instância: Justiça Eleitoral.
    Etimologia (origem da palavra justiça). Do latim justitia.ae.

    Cumprimento das exigências de um relacionamento correto com ele, apagando a culpa deles e lhes creditando justiça (Rm 3:21-22), ajudando-os assim a dedicar-se em prol daquilo que ele declara justo (Rm 6:11-13).

    A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais. [...] o critério da verdadeira justiça está em querer cada um para os outros o que para si mesmo quereria e não em querer para si o que quereria para os outros, o que absolutamente não é a mesma coisa. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 875 e 876

    Educado, o sentimento de justiça será o sentimento salvador do indivíduo. Sentimento superior por excelência, no ser humano, ele sobrepuja a todos os outros e, por ser o que se apresenta com maior energia para a ação do indivíduo, é que na justiça procuram apoiar-se todas as injustiças que se cometem.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    J J [...] é o santo nome e a senha que desde o princípio dos tempos vêm escritos em todos os espaços e até na mais diminuta criação do Altíssimo. [...] é a Lei Suprema da Criação, sem que deixe de ser, do mesmo modo, o amor, formando com a justiça um todo perfeito.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] A justiça é, acima de tudo, amor que corrige e sabedoria que educa.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

    [...] É a força harmônica, uma coordenação funcional, adequada da sociedade.
    Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -

    A verdadeira justiça não é a que pune por punir; é a que castiga para melhorar. Tal a justiça de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva. Por o terem compreendido assim, foi que os nossos jurisconsultos chegaram a formular estes magníficos axiomas: É imoral toda pena que exceda a gravidade do delito. – É imoral toda pena que transpira vingança, com exclusão da caridade. – É imoral a pena quando, por sua natureza, não tende a fazer que o culpado se emende.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 17a efusão

    [...] o sentimento de justiça [...] é [...] o pensamento correto refletindo a eqüidade e a misericórdia que fluem de Cima.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 44

    Na definição da Doutrina Espírita, a justiça consiste em respeitar cada um os direitos dos demais. Não somente os direitos consagrados nas legislações humanas, mas todos os direitos natu rais compreendidos no sentido amplo de justiça.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    [...] é fundamento do Universo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 17

    [...] a justiça é sempre a harmonia perfeita.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] a justiça, por mais dura e terrível, é sempre a resposta da Lei às nossas próprias obras [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima

    A justiça é uma árvore estéril se não pode produzir frutos de amor para a vida eterna.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

    [...] a justiça esclarecida é sempre um credor generoso, que somente reclama pagamento depois de observar o devedor em condições de resgatar os antigos débitos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    Todos nós precisamos da justiça, porque a justiça é a lei, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a iniqüidade é capaz de premiar o banditismo, em nome do poder. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    Justiça Divina [...] a Justiça de Deus [...] é a própria perfeição.
    Referencia: Ó, Fernando do• Almas que voltam• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Epíl•

    [...] A Justiça do Pai é equânime e ninguém fica impune ou marginalizado diante de suas leis, mas, ela é, sobretudo, feita de amor e misericórdia, possibilitando ao faltoso renovadas ensanchas de redenção [...].
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 11


    Justiça
    1) Atributo pelo qual, ao tratar com as pessoas, Deus age de acordo com as normas e exigências da perfeição de sua própria natureza (Sl 119:142). Por isso Deus castiga tanto os incrédulos (Dt 33:21); (Sl 96:13) como o seu próprio povo (Sl 50:5-7); (Is 28:17) e, com imparcialidade, socorre os necessitados (Dt 10:17-18); (Sl 72:2)

    2) Ato pelo qual Deus, em sua graça e em conformidade com a sua ALIANÇA, selada com o sofrimento, morte e ressurreição de Cristo, perdoa as pessoas fracas, perdidas e sem justiça própria, aceitando-as através da fé (Rm 3:21-26); (1Co 1:30); (2Co 5:21). 3 Qualidade que leva os cristãos a agirem corretamente, de acordo com os mandamentos de Deus (Mq 6:8); (Rom 6:13,19); Ef

    Justiça Nos evangelhos, o termo se reveste de vários significados:

    1. A ação salvadora de Deus (Mt 3:15; 21,32), que se manifesta gratuita e imerecidamente (Mt 20ss.).

    2. A justificação que Deus faz do pecador, em virtude da fé em Jesus (Mt

    9,13; Mc 2:17; Lc 5:32).

    3. O comportamento justo de uma pessoa (Mt 6:1ss.), que não deve ter finalidades exibicionistas, que caracteriza os seguidores de Jesus (Mt 6:33) e é fruto do arrependimento. Tal como a praticam certos religiosos — como os escribas e fariseus — é insuficiente para se entrar no Reino dos Céus (Mt 5:20).

    Ela parte realmente não do desejo de se ganhar a salvação pelos próprios méritos, mas da gratuidade porque nós já a recebemos.

    K. Barth, o. c.; J. Driver, Militantes...; C. Vidal Manzanares, De Pentecostés...


    Lei

    Lei Ver Torá.

    Lei
    1) Vontade de Deus revelada aos seres humanos em palavras, julgamentos, preceitos, atos, etc. (Ex 16:28); (Sl 119:2)

    2) PENTATEUCO (Lc 24:44). 3 O AT (Jo 10:34); 12.34).

    4) Os DEZ MANDAMENTOS (Ex 20:2-17); (Dt 5:6-21), que são o resumo da vontade de Deus para o ser humano. Cumprindo a lei, os israelitas mostravam sua fé em Deus. Jesus respeitou e cumpriu a lei e mostrou seu significado profundo (Mt 5:17-48). Ele resumiu toda a lei no amor a Deus e ao próximo (Mt 22:37-39). A lei mostra a maldade do ser humano, mas não lhe pode dar a vitória sobre o pecado (Rom 3—7). Assim, o propósito da lei é preparar o caminho para o evangelho (Gal

    [...] a lei é o amor, que há de continuamente crescer, até que vos tenha levado ao trono eterno do Pai. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] A lei é uma força viva que se identifica conosco e vai acompanhando o surto de evolução que ela mesma imprime em nosso espírito. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão

    A lei é a consciência do delito. [...]A lei [...] é um freio para coibir o mal.[...] A lei personifica a justiça [...].
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Três grandes símbolos

    A lei é conjunto eterno / De deveres fraternais: / Os anjos cuidam dos homens, / Os homens dos animais.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Os animais


    A palavra Torah, traduzida por lei, significa propriamente uma direção, que era primitivamente ritual. Usa-se o termo, nas Escrituras, em diversas acepções, segundo o fim e conexão da passagem em que ele ocorre. Por exemplo, algumas vezes designa a revelada vontade de Deus (Sl 1:2 – 19.7 – 119 – is 8:20 – 42.12 Jr 31:33). Também significa a instituição mosaica, como distinta do Evangelho (Mt 11:13 – 12.5 – Jo 1:17At 25:8), e por isso freqüentes vezes se considera a lei de Moisés como sendo a religião dos judeus (Mt 5:17Hb 9:19 – 10.28). outras vezes, num sentido mais restrito, significa as observâncias rituais ou cerimoniais da religião judaica (Ef 2:15Hb 10:1). É neste ponto de vista que o apóstolo S. Paulo afirma que ‘ninguém será justificado diante dele por obras da lei’ (Rm 3:20). A ‘lei gravada nos seus corações’, que Paulo menciona em Rm 2:15, é o juízo do que é mau e do que é justo, e que na consciência de cada homem Deus implantou. (*veja Justificação.) o princípio predominante da lei era a teocracia. o próprio Senhor era considerado como Rei – as leis foram por Ele dadas – o tabernáculo (e depois o templo) era considerado como Sua habitação – ali houve visíveis manifestações da Sua glória – ali revelou a Sua vontade – era ali oferecido o pão todos os sábados – ali recebeu os Seus ministros, e exerceu funções de Soberano. Com Deus tinham relação a paz e a guerra, questões estas determinadas sob todos os governos pela suprema autoridade (Dt 1:41-42Js 10:40Jz 1:1-2 – 1 Rs 12.24). A idolatria era uma traição. Por conseqüência, em relação aos judeus, era Jeová ao mesmo tempo Deus e Rei. (*veja Rei.) A teocracia tinha as suas externas manifestações. Deste modo, o tabernáculo, onde se realizou o culto público desde o Êxodo até ao reinado de Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível. Era a ‘Sua santa habitação’ – era o lugar em que encontrava o Seu povo e com ele tinha comunhão, sendo portanto ‘o tabernáculo da congregação’. (*veja Tabernáculo.) Depois do tabernáculo veio o templo, harmonizando-se a suntuosidade do edifício e os seus serviços com as determinações divinas, e com o aumentado poder da nação.(*veja Templo.) Mas o Senhor, como Rei, não só tinha o Seu palácio, mas também tinha os Seus ministros e funcionários do Estado. Sacerdotes e levitas eram apartados para o Seu serviço. (*veja Sacerdote, Levitas.) Este governo de Deus era reconhecido por meio dos sacrifícios de várias espécies, realizados sob condições cuidadosamente definidas, exprimindo a propiciação, consagração e comunhão. (*veja Sacrifício.) os direitos divinos eram ainda reconhecidos por meio de certas festividades, que na sua variedade eram o sábado de todas as semanas, as três grandes festas anuais, o ano sabático, e além disso o jubileu, tudo isto levado a efeito com os seus fins espirituais e morais (*veja Festa (Dias de) Sabático (ano), Jubileu.) As especificadas determinações promulgadas em nome de Deus alcançavam plenamente a vida individual e nacional, mas não foi tudo decretado de uma só vez e num só lugar. Houve ordenações feitas no Egito (Êx 12:13) – no Sinai (Êx 19:20) – em Parã (Nm 15:1) – e nas planícies de Moabe (Dt 1:5). As enunciações vinham por vezes do tabernáculo (Lv 1:1). Que as prescrições da Lei tinham caído em desuso, pode provar-se não só pela decadência da religião e da moral no tempo dos reis, porém mais particularmente pela descoberta, no 18? ano do rei Josias, do ‘livro da Lei na casa do Senhor’ (2 Rs 22.8), e pelas reformas que se seguiram. (*veja Deuteronômio.) o sumário das ordenações desta Lei formava para toda a nação um código que, embora rigoroso, era salutar (Ne 9:13Ez 20:11Rm 7:12), e além disso agradável a uma mentalidade reta (Sl 119:97-100). As instituições cerimoniais, por exemplo, estavam maravilhosamente adaptadas às necessidades, tanto espirituais como materiais, de um povo nas condições do israelita. Porquanto
    (1). eram, até certo ponto, regulamentos sanitários. E era isto um dos fins daquelas disposições, referentes às várias purificações, à separação dos leprosos, e à distinção de alimentos, etc.
    (2). Serviam para perpetuar entre os israelitas o conhecimento do verdadeiro Deus, para manter a reverência pelas coisas santas, para a manifestação de sentimentos religiosos na vida de todos os dias, e em todas as relações sociais. Dum modo particular eram as festas sagradas fatores de valor para a consecução destes fins.
    (3). Tinham, além disso, o efeito de evitar que os israelitas se tornassem estreitamente relacionados com as nações circunvizinhas (Ef 2:14-17). E assim deviam tantas vezes ter guardado o povo israelita da idolatria e corrupção, que campeavam em todo o mundo: deste modo conservou-se a nação inteiramente distinta dos outros povos, até que veio o tempo em que esta barreira já não era necessária.
    (4). Estas observâncias tinham outros usos na sua simbólica significação. Em conformidade com o estado moral e intelectual do povo que não tinha ainda capacidade para prontamente alcançar as verdades divinas, eram as coisas espirituais representadas por objetos exteriores e visíveis. E assim, as idéias de pureza moral e de santidade divina eram comunicadas e alimentadas pelas repetidas abluções das pessoas e moradas – pela escolha de animais limpos para o sacrifício – pela perfeição sem mácula, que se requeria nas vítimas oferecidas – e pela limitação das funções sacerdotais a uma classe de homens que eram especialmente consagrados a estes deveres, e que se preparavam com repetidas purificações. Além disso, pela morte da vítima expiatória, para a qual o pecador tinha simbolicamente transferido os seus pecados pondo as mãos sobre a cabeça do animal e oferecendo a Deus o sangue que representava a vida, ensinava-se a importante verdade de que o pecado merecia um castigo extremo, que somente podia ser desviado sacrificando-se outro ser em substituição. E desta maneira, por meio de símbolos impressivos, lembravam-se constantemente os piedosos israelitas da justiça e santidade da violada Lei, da sua própria culpa, e de quanto necessitavam da misericórdia divina – e quando eram efe

    substantivo feminino Regra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei.
    [Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei.
    [Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei.
    [Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos.
    Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez.
    Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor.
    expressão Lei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação.
    Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra.
    Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas.
    Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal.
    Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade.
    Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional.
    Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".

    substantivo feminino Regra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei.
    [Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei.
    [Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei.
    [Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos.
    Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez.
    Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor.
    expressão Lei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação.
    Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra.
    Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas.
    Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal.
    Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade.
    Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional.
    Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".

    Morrer

    verbo intransitivo Cessar de viver, perder todo o movimento vital, falecer.
    Figurado Experimentar uma forte sensação (moral ou física) intensamente desagradável; sofrer muito: ele parece morrer de tristeza.
    Cessar, extinguir-se (falando das coisas morais).
    Diz-se de um som que pouco se vai esvaecendo até extinguir-se de todo.
    Desmerecer, perder o brilho; tornar-se menos vivo (falando de cores).
    Aniquilar-se, deixar de ser ou de ter existência.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Provir

    verbo transitivo indireto Possuir a procedência em; proceder: animais que provieram de lugares exóticos.
    Possuir origem ou derivar de: a farinha provém do trigo.
    Ser originário de; descender ou originar: provém de uma família alemã.
    Ser a consequência de: algumas patologias provêm de problemas mentais.
    Etimologia (origem da palavra provir). Do latim provenire.

    Provir
    1) Vir de; ter origem (Jo 17:7)

    2) Acontecer (Lc 1:43).

    Segar

    verbo transitivo direto e intransitivo Colher; fazer cortes com foice ou colher alguma coisa com instrumentos cortantes: o funcionário segava os cereais; tempo propício para segar.
    verbo transitivo direto Por Extensão Separar em pedaços menores, fatias: segou as frutas da refeição.
    Por Extensão Finalizar; colocar fim em: segou um casamento de anos.
    Não confundir com: cegar.
    Etimologia (origem da palavra segar). Do latim secare.

    Ceifar; cortar

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gálatas 2: 21 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Não anulo a graça de Deus; porque, se através da lei vem a justiça, então o Cristo em vão morreu.
    Gálatas 2: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    54 d.C.
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G114
    athetéō
    ἀθετέω
    pôr de lado, desprezar, negligenciar
    (to refuse)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1343
    dikaiosýnē
    δικαιοσύνη
    justiça
    (righteousness)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G1432
    dōreán
    δωρεάν
    excelente / grande
    (great)
    Adjetivo
    G1487
    ei
    εἰ
    se
    (If)
    Conjunção
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3551
    nómos
    νόμος
    lei
    (law)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G5485
    cháris
    χάρις
    graça
    (favor)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G5547
    Christós
    Χριστός
    Cristo
    (Christ)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G599
    apothnḗskō
    ἀποθνήσκω
    estar irado, estar descontente, respirar de forma ofegante
    (was angry)
    Verbo
    G686
    ára
    ἄρα
    guardar, poupar, acumular
    (have laid up in store)
    Verbo


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    ἀθετέω


    (G114)
    athetéō (ath-et-eh'-o)

    114 αθετεω atheteo

    de um composto de 1 (como partícula negativa) e derivado de 5087; TDNT - 8:158,1176; v

    1. pôr de lado, desprezar, negligenciar
    2. opor-se à eficácia de alguma coisa, anular, tornar sem efeito, frustrar
    3. rejeitar, recusar, fazer pouco caso

    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    δικαιοσύνη


    (G1343)
    dikaiosýnē (dik-ah-yos-oo'-nay)

    1343 δικαιοσυνη dikaiosune

    de 1342; TDNT - 2:192,168; n f

    1. num sentido amplo: estado daquele que é como deve ser, justiça, condição aceitável para Deus
      1. doutrina que trata do modo pelo qual o homem pode alcançar um estado aprovado por Deus
      2. integridade; virtude; pureza de vida; justiça; pensamento, sentimento e ação corretos
    2. num sentido restrito, justiça ou virtude que dá a cada um o que lhe é devido

    δωρεάν


    (G1432)
    dōreán (do-reh-an')

    1432 δωρεαν dorean

    caso acusativo de 1431 como advérbio; TDNT - 2:167,166; adj

    1. gratuitamente, não merecido

    εἰ


    (G1487)
    ei (i)

    1487 ει ei

    partícula primária de condicionalidade; conj

    1. se

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    νόμος


    (G3551)
    nómos (nom'-os)

    3551 νομος nomos

    da palavra primária nemo (parcelar, especialmente comida ou pasto para animais); TDNT - 4:1022,646; n m

    1. qualquer coisa estabelecida, qualquer coisa recebida pelo uso, costume, lei, comando
      1. de qualquer lei
        1. uma lei ou regra que produz um estado aprovado por Deus
          1. pela observância do que é aprovado por Deus
        2. um preceito ou injunção
        3. a regra de ação prescrita pela razão
      2. da lei mosaica, e referindo-se, de acordo ao contexto, ao volume da lei ou ao seu conteúdo
      3. a religião cristã: a lei que exige fé, a instrução moral dada por Cristo, esp. o preceito a respeito do amor
      4. o nome da parte mais importante (o Pentateuco), é usado para a coleção completa dos livros sagrados do AT

    Sinônimos ver verbete 5918



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    χάρις


    (G5485)
    cháris (khar'-ece)

    5485 χαρις charis

    de 5463; TDNT - 9:372,1298; n f

    1. graça
      1. aquilo que dá alegria, deleite, prazer, doçura, charme, amabilidade: graça de discurso
    2. boa vontade, amável bondade, favor
      1. da bondade misericordiosa pela qual Deus, exercendo sua santa influência sobre as almas, volta-as para Cristo, guardando, fortalecendo, fazendo com que cresçam na fé cristã, conhecimento, afeição, e desperta-as ao exercício das virtudes cristãs
    3. o que é devido à graça
      1. a condição espiritual de alguém governado pelo poder da graça divina
      2. sinal ou prova da graça, benefício
        1. presente da graça
        2. privilégio, generosidade

          gratidão, (por privilégios, serviços, favores), recompensa, prêmio


    Χριστός


    (G5547)
    Christós (khris-tos')

    5547 Ξριστος Christos

    de 5548; TDNT - 9:493,1322; adj Cristo = “ungido”

    Cristo era o Messias, o Filho de Deus

    ungido


    ἀποθνήσκω


    (G599)
    apothnḗskō (ap-oth-nace'-ko)

    599 αποθνησκω apothnesko

    de 575 e 2348; TDNT - 3:7,312; v

    1. morrer
      1. de morte natural do ser humano
      2. de morte violenta de seres humanos ou animais
      3. perecer por meio de algo
      4. de árvores que secam, de sementes que apodrecem quando plantadas
      5. de morte eterna, estar sujeito ao sofrimento eterno no inferno

    ἄρα


    (G686)
    ára (ar'-ah)

    686 αρα ara

    provavelmente de 142 (devido a idéia de tirar uma conclusão); part

    1. portanto, assim, então, por isso