Enciclopédia de Hebreus 4:9-9

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

hb 4: 9

Versão Versículo
ARA Portanto, resta um repouso para o povo de Deus.
ARC Portanto resta ainda um repouso para o povo de Deus.
TB Portanto, resta um sabatismo para o povo de Deus.
BGB ἄρα ἀπολείπεται σαββατισμὸς τῷ λαῷ τοῦ θεοῦ·
BKJ Portanto, ainda resta um repouso para o povo de Deus.
LTT Portanto, está deixado faltando ainda um usofruto- do- repousar ① para o povo de Deus.
BJ2 Por isso, ainda fica em perspectiva para o povo de Deus um repouso de sábado.
VULG Itaque relinquitur sabbatismus populo Dei.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 4:9

Salmos 47:9 Os príncipes dos povos se congregam para serem o povo do Deus de Abraão; porque os escudos da terra são de Deus; ele está muito elevado!
Isaías 11:10 E acontecerá, naquele dia, que as nações perguntarão pela raiz de Jessé, posta por pendão dos povos, e o lugar do seu repouso será glorioso.
Isaías 57:2 Ele entrará em paz; descansarão nas suas camas os que houveram andado na sua retidão.
Isaías 60:19 Nunca mais te servirá o sol para luz do dia, nem com o seu resplendor a lua te alumiará; mas o Senhor será a tua luz perpétua, e o teu Deus, a tua glória.
Mateus 1:21 E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
Tito 2:14 o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.
Hebreus 3:11 Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso.
Hebreus 4:1 Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para trás.
Hebreus 4:3 Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.
Hebreus 11:25 escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado;
I Pedro 2:10 vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.
Apocalipse 7:14 E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Apocalipse 21:4 E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

Gr. "sabbatismos".


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
D. O DESCANSO NECESSÁRIO, 4:1-16

Este capítulo poderia ser intitulado: "Entrando no seu Descanso". Este é o tema central do capítulo 4. O termo "descanso" ocorre nove vezes nestes dezesseis versículos, oito vezes como katapausis e uma vez como sabbatismos. A primeira palavra denota uma paz estabelecida ou um estado de descanso; e a segunda, encontrada somente aqui no NT, significa "repouso sabático". Este termo "entrar", nas suas várias formas, é encon-trado oito vezes neste capítulo, todos em conexão com "descanso".

Este repouso para o povo de Deus (9) freqüentemente é entendido como uma segunda obra da graça. Entre os Quacres a terminologia de Hebreus tem sido mantida e forma a base para a estrofe de Philip Doddridge:

Agora descanse, meu coração dividido há tanto tempo;

Fixado neste centro ditoso, descanse; Nunca se afastando do seu Senhor, Com Ele refletindo todo o bem.

Entre os wesleyanos, a terminologia paulina de santificação completa é comum. A urgência da entrada defmitiva é ressaltada nos versículos 1:6-11 e, em cada caso, a forma é o aoristo infinitivo, que é categórico em importância. Não há sinal de uma entra-da gradual ou parcial no repouso ou descanso de Deus. A lição central é que a história está sendo repetida; exatamente onde os israelitas estavam em Cades-Barnéia, estes cristãos Hebreus estão agora, exceto que a situação é mais grave.

1. Um Perigo Semelhante (4:1-3)

Por causa do exemplo histórico diante de nós, Temamos ("ter um temor ansioso", Mueller), pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para trás (1). Em relação a este repouso uma dispo-sição de ânimo casual, que é indiferente ou demasiadamente otimista, está completa-mente fora de cogitação. Este é um assunto de vida ou morte, por isso o cristão deveria estar profunda e intensamente preocupado, para que não "fique para trás" (Mueller). Os vagarosos estão em perigo bem como aqueles que rejeitam este repouso por completo.

Que esta promessa é deixada, ou "reservada", para nós (kataleipo, deixar para trás, reservar"; cf. Rm 11:4) é confirmado no versículo 2: Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles. Deveria constar literalmente: "Fomos evangelizados da mesma forma — ou tão completamente — quanto eles". Os israelitas, por meio de Moisés, ouviram as boas-novas da provisão e vontade de Deus para eles. Da mesma maneira, nós ouvimos as boas-novas de Deus por meio de Cristo. Mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou — não resultou em um beneficio completo e final — não porque não foi pregada de maneira adequada, mas porquanto não estava mis-turada com a fé naqueles que a ouviram. Ouvir a Palavra não é suficiente; ela deve ser crida e obedecida. Não importa a profundidade da fé do pregador, precisa haver fé voluntária no ouvinte. A fé deve estar associada à Palavra como um tipo de agente espi-ritual catalisador, para que o evangelho traga salvação.

O versículo 3 é obscuro na KJV, no entanto, podemos estar certos de que seu verdadei-ro significado o liga de maneira coerente ao pensamento iniciado no versículo 1. A idéia-chave está na expressão "parecem não ter alcançado" (ficar atrás). Novamente o autor está se referindo, por meio de uma breve frase, a Salmos 95:8-11. Ao harmonizar estas idéias aparentemente discrepantes do versículo 3, precisamos observar certos detalhes que ajudarão na compreensão deste texto. A ARC já corrigiu a tradução da KJV de Sal-mos 95:11, como segue: "Por isso, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso" (Salmos 95:11). É importante observar que as três cláusulas são coerentes e significati-vas, somente quando interpretadas à luz não somente do contexto imediato mas do contexto de todo o salmo da qual a citação foi tirada. Além do mais, para entender a idéia, é necessário sugerir que o verbo do presente do indicativo da cláusula principal, nós [...] entramos no... (eiserchometha) deveria ter uma construção futura: "entraremos no".

Quem? Os que temos crido (aoristo) entraremos no repouso. Nós que confessa-mos ser cristãos, tendo aceitado Cristo por meio da fé verdadeira, somos qualificados para entrar no repouso que resta para o "povo de Deus" (v. 9), desde que não percamos nossa qualificação ao endurecer os nossos corações. Porque, de acordo com o decreto divino, eles (os resistentes teimosos, os apóstatas) não entrarão no meu repouso (3b). Este ultimato, de que os crentes entrarão e os que rejeitam não entrarão, é verdadeiro, embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo. Como explica o versículo seguinte, meu repouso está relacionado com a cessação das obras criativas de Deus. A referência, deste ponto até a conclusão destas obras, implica que Deus desde o princípio desejou compartilhar seu repouso com o seu povo; mas eles não podem entrar sem a obediência da fé, e enquanto não obedecerem, estão excluídos, não importa quanto tempo Deus tem esperado.

Para percebermos a conexão possível entre esta referência às obras terminadas de Deus e a linha anterior de pensamento precisamos ler o Salmo 95 na sua totalidade. O salmista está exaltando a grandeza de Deus em seu trabalho de criação e desafiando seus ouvintes a adorá-Lo. Mas as obras de Deus não incluem coerção. Suas obras termi-nadas são evidência suficiente do seu poder para levar seu povo para dentro da Canaã deles. No entanto, isto não deve ser interpretado como garantia que, não importa o que façamos, Ele vai dar um jeito de nos levar até lá. Pelo contrário, esta evidência da gran-deza de Deus nos deixa completamente indesculpáveis em nossa descrença temerosa; ela justifica sua ira em declarar que, apesar de tudo o que tem feito até aqui, Ele não nos levará para dentro agora (cf. 1 Co 10:1-12).

Estes parágrafos intensos são uma forte tentativa de chacoalhar os cristãos hebreus em sua falsa segurança, ao mostrar-lhes que não possuem imunidade contra os perigos da cerca espiritual. O Salmo 95 é interpretado como uma advertência direta ao povo de Deus — incluindo os próprios hebreus — contra a rebelião da sua Cades-Barnéia.

2. Um Repouso Espiritual (4:4-10)

Ao usar o Salmo 95 como uma advertência contra a confiança falsa, e especialmente contra a rejeição da nova luz, o autor interpreta meu repouso como o plano e provisão de Deus para o seu povo. Este é um descanso tipificado por Canaã, e a crise da entrada é tipificada por Cades-Barnéia. As conseqüências desastrosas de fracassar em entrar nes-ta Canaã foram apresentadas. Agora, nestes próximos versículos, a natureza deste des-canso é revelada.

Já temos visto a relevância deste repouso em relação às obras concluídas de Deus no versículo 3. Isto é ampliado imediatamente. O autor cita Gênesis 2:2 (mas, como de costume, sem especificar a referência) : E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia (4). De alguma maneira este fato está relacionado com meu repouso (5). Que resta (6), i.e., para o seu povo entrar.

Visto que a geração dos dias de Moisés perdeu sua chance por causa da deso-bediência, Deus, em sua misericórdia, proclamou mais uma oportunidade por meio de Davi. Há mais um Hoje, mesmo muito tempo depois (7). O autor vê no Salmo 95 uma profecia especial para a época do evangelho — uma profecia que contém tanto uma promessa quanto uma ameaça.

Também não podia se dizer que o verdadeiro descanso de Deus tinha sido dado por Josué ("Jesus", na KJV; v. 8) quando levou a próxima geração para a Terra Prometida e os estabeleceu nas suas próprias casas, com suas vinhas e campos. Porque se este re-pouso nacional tivesse sido o que Deus queria, então não falaria (Deus, não Josué), depois disso, de outro dia. Josué deu aos israelitas descanso de um tipo (Js 22:4), como cumprimento de uma promessa (Dt 31:7) ; mas este repouso político, civil e materi-al em Canaã não era o repouso — era apenas uma tipificação daquele repouso. Resta ainda (ainda a ser experimentado) um repouso para o povo de Deus (9). O povo de Deus, no novo Hoje, tem a opção de um descanso que ainda não conhece por experiência, mas que pode conhecer — na verdade deve conhecer — ou deixar de ser o povo de Deus.

Observe os três fios que estão entrelaçados aqui. Fio número um: o repouso de Deus e suas obras acabadas estão relacionados. Fio número dois: o repouso de Deus é espiritual em natureza, não nacionalista. Fio número três: o repouso está agora dispo-nível neste novo Hoje. Mas a KJV deixa escapar o significado deste ponto crítico, porque o grego diz sabbatismos, "um repouso sabático" (ou "descanso sabático", NVI). O restante que permanece é o repouso sabático da alma — certamente não do corpo, porque o traba-lho diário continua sendo necessário. E certamente isto não é uma referência ao sétimo dia — o sábado, como os adventistas ensinam. Isto seria uma inversão da tipificação e uma interpretação completamente errada da realidade, semelhantemente aos judeus que não conseguiam enxergar nada além da prosperidade materialista e autonomia po-lítica em relação à Terra Santa. O significado está ligado à explanação subseqüente: Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas (10). Tudo nesta seção tem apontado para esta proposição conclu-siva. Isto representa o repouso sabático que é o repouso de Deus restante para o seu povo. Como uma declaração culminante, ela é habilmente devastadora à essência das suas inclinações judaicas. Quer tenha sido Paulo que escreveu esta epístola ou não, nada podia ser mais paulino (cf. Rm 10:1-11; Gl 3:16-4:9-31; Cl 2:20-23). A tendência muito forte de voltarem para Moisés, ou pelo menos de se ligarem a ele e a Jesus com sujeição compartilhada, era a evidência de uma relutância em abandonar todas as formas de esforço próprio e depender somente da obra terminada de Cristo.

Veja o significado exato. Deus não descontinuou sua obra de providência e redenção, mas apenas a da criação. O crente que desfruta o repouso perfeito também cessou das suas próprias obras de criação, não no sentido natural ou material, mas no sentido espi-ritual (Jo 6:62-63). Os israelitas de Cades-Barnéia calcularam sua probabilidade de en-trar em Canaã à luz dos seus recursos, e, é claro, se desesperaram. Então quando viram seu pecado, "tentaram subir", mas, novamente baseados em suas próprias forças, e aca-baram sendo derrotados pelos amalequitas (Nm 14:40-45). Desta forma, sempre ocorre-rá a falência do puramente humano no domínio espiritual. Não pode ser com base em fé e obras. Este é o caminho da ansiedade e frustração — não do repouso. Mas o lugar do "repouso tranqüilo, perto do coração de Deus" é o lugar da autocrucificação, da total entrega de si mesmo a Deus, do completo abandono dos nossos esforços vãos ou para criar o Reino de Deus na terra ou para criar santidade em nós mesmos. Não devemos apenas nos submeter, mas confiar. "Solte e entregue-se a Deus".

3. Um Dever Imediato (4:11-16) 25

a) Se uma queda final deve ser evitada (4.11). Existe um progresso distinto de pen-samento em Hebreus, com transições intercaladas, em vez de mudanças abruptas e radi-cais. Muitas vezes, um versículo de transição está ligado com aquilo que acabou de ser dito, como sua conclusão, e igualmente com a nova idéia que introduz. Além do mais, estes versículos de transição são repetitivos, quase cíclicos, em forma e idéia, ainda que cada um apresente uma idéia-chave sinalizando avanço. Como ocorre no versículo 11: Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. Tanto este versículo quanto o versículo 1 falam de entrar no repouso e apresentam uma construção semelhante: Procuremos ("Temamos") [...] para que ("pois, que").26

Mas no versículo 1, a exortação é "temer", e no versículo 11 é procurar "esforçar-se" (ARA). No versículo 1, a advertência era contra a possibilidade de ficar "para trás", i.e., contra o perigo da relutância e lentidão espiritual. No versículo 11, a advertência é con-tra o resultado inevitável e final desta lentidão (cf. 2,3) — uma queda final e irrevogável — tal como aconteceu com os israelitas no deserto. Mueller traduz a última cláusula da seguinte forma: "não cair no mesmo padrão de obstinação".
Há somente uma maneira de evitar este desastre, isto é, "ser zeloso, empenhar-se e lutar diligentemente" (NT Amplificado). Ninguém flutua indiferentemente para o repou-so. Ele deve ser visto como uma esfera indispensável de vivência,' um ingresso imediato que requer nossa completa concentração.
Pode parecer incongruente ter acabado de definir este repouso como uma cessação das obras (v. 10) e em seguida insistir para entrar por meio do esforço. De que maneira o esforço pode ser o meio para entrar no repouso que é o fim das obras? O NT nos assegura de uma coisa: É impossível que o significado seja que devemos trabalhar duro para asse-gurar nosso repouso no céu.

Uma resposta é dizer que o arrependimento é o labor espiritual, mas um labor que termina no repouso do perdão e um repouso da escravidão das obras da iniqüidade (Mt 11:28). Vamos observar que a consagração — a autocrucificação — também é uma obra (esforço) intensa e árdua, mas que prontamente se torna o repouso do poder da ressur-reição espiritual, de habitar em Jesus pelo Espírito Santo, e da libertação da tirania de um ego arrogante e inflexível. É o repouso de um sistema de valores materialistas e escravizantes; um repouso no qual nossas obras, nossa autonomia, nossos direitos, nos-sos planos e ambições e nossos esforços incansáveis são rendidos de forma determinada e habitual. Esta atitude pode ser tão habitual que a rendição se torna uma disposição de ânimo feliz e segura (Mt 11:29-30).

É importante salientar que o significado primário de spoudasomen, seguido de um infinitivo, não significa "esforço" mas "pressa, apressar", e é usado desta forma em II Timóteo 4:9-21 e Tito 3:12. Embora a idéia de esforço esteja incluída por inferência, o sentido temporal é provavelmente a ênfase pretendida aqui, de acordo com o tom do contexto. Este tom é o mesmo tipo de desafio imediato anunciado em alta voz por Josué e Calebe: "Subamos animosamente e possuamo-la" (Nm 13:30) ; e é o mesmo tom da urgência intensa e dever imediato que vez após vez caracteriza esta epístola. Aquele que está propenso a esperar até amanhã para entrar no repouso nunca entrará nele.

Em Hb 3:17-4.11, encontramos "O Repouso para o Povo de Deus":

1) Existe um repou-so prometido, 4.9.

2) Devemos fazer um esforço para entrar neste repouso, 4.11.

3) A fé no chamado de Deus é essencial, 4.2.

4) Alguns o deixaram escapar — falharam em entrar nele, Hb 3:17-4.1 (John Knight).

b) Porque a palavra de Deus continua exigindo resposta (4:12-13). Estes versículos que falam tão vividamente da penetrante palavra de Deus não se referem primeiramen-te à palavra escrita na Bíblia (embora a palavra escrita não esteja de forma nenhuma excluída) ; nem podem ser adequadamente entendidos sem estarem atrelados à discus-são anterior, como se constituíssem uma súbita digressão de pensamento. Eles são es-senciais para a exortação geral. O autor não quer ser entendido como estando excessiva-mente preocupado com as ações dos israelitas antigos. O ponto da lição objetiva é que eles estavam "brincando", não com a palavra de Moisés ou Josué, mas com a palavra de Deus (12). Este é precisamente o ponto desta exortação urgente. A palavra de Deus de acordo com Davi, e mais recentemente de acordo com Cristo e os apóstolos, não é uma carta morta, mas viva. Ela está em ação neste exato momento. Ela não é como uma linha de energia elétrica velha e obsoleta; ela é viva no momento em que Deus fala. A palavra particular ouvida pelos israelitas era a vontade de Deus para eles a respeito de Canaã, enquanto a palavra particular exigindo a atenção deles é a palavra de Deus a respeito de Jesus e o repouso que Ele deseja que encontrem nele.' Esta é a palavra que Deus falou ao mundo "nestes últimos dias, pelo Filho" (1,2) ; é a mensagem do evangelho da salvação eterna por meio de Cristo que Ele falou por intermédio dos ensinos do nosso Senhor, dos ensinos dos apóstolos e confirmada pela manifestação do seu poder em si-nais (2:3-4) ; esta mensagem do evangelho é a voz predita no Salmo 95 para este novo "Hoje" (3.15; 4:1-2, 7-8). Tudo isto está incluído na "Palavra que Deus fala" (NT Ampl.).

Esta palavra divina não está somente viva, mas é eficaz, i.e., ativa em convencer, examinar e descobrir. Como uma espada de dois gumes, a mensagem do evangelho penetra de tal forma no ouvinte que alma e espírito são divididos; i.e., nosso eu espiri-tual é separado do nosso eu alma. Podemos ser religiosos — mas não salvos. Podemos ser sensíveis ao homem, mas insensíveis para com Deus. Uma pessoa pode ser culta e atenta na mente e corpo, mas atrofiada e dormente no espírito.' Ela pode conhecer o êxtase estético, mas não a alegria espiritual. O mundo ao redor, com o qual se comunica por meio das janelas da alma, pode ser bastante real, e ainda assim o mundo de Deus e Cristo pode ser muito irreal. O evangelho descobre e chama a nossa atenção para este tipo de entorpecimento.

Este poder cortante e penetrante divide juntas e medulas, uma sugestão figurada, possivelmente, indicando que o evangelho nos encontra não só no nível da personalida-de, mas no nível do nosso eu invisível. É na medula que doenças do sangue se alojam muito antes que o mecanismo do corpo seja visivelmente afetado. As pessoas caminham eretas, no entanto seus ossos podem estar doentes por dentro, como uma árvore que está em pé até que uma tempestade violenta a derruba até o chão, revelando seu cerne apo-drecido. E nessa auto-revelação, o evangelho discerne os pensamentos e intenções do coração. Nós separamos as palavras e atos de uma pessoa; o evangelho é como quem discerne (um juiz), examina seus motivos e imaginações secretas e pronuncia a senten-ça. Na verdade, "não há coisa criada" (Mueller) encoberta diante dele; todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar (13). A expressão daquele refere-se Àquele que é o assunto do nosso discurso. Visto que não podemos esconder-nos de Deus, não podemos escapar do nosso Cades-Barnéia. Nosso fracasso em entrar no seu repouso não pode ficar escondido dele, nem mesmo nossas descrenças secretas ou nossos desejos ardentes pelas cebolas e alhos do Egito.

c) Porque Jesus nos ajudará (4:14-16). Estes versículos constituem uma continuação do discurso de exortação acerca do repouso e uma recapitulação e resumo dos quatro primeiros capítulos. Vamos primeiro considerar o discurso acerca do repouso.

Tendo chamado a atenção para a penetrante e inescapável luz da Palavra de Deus, o autor agora redireciona a atenção para a necessidade desesperadora de um Sumo Sacerdote — Jesus, o Filho de Deus. O Deus, a respeito de quem ele tem falado, é o mesmo Deus que rejeitou seus pais antigos na sua ira santa; Ele não pode ser menos-prezado e vai igualmente rejeitá-los. Portanto, eles deveriam estar alegres pelo seu Sumo Sacerdote, e rapidamente refugiar-se nele. A terrível e incriminadora revelação do seu coração pela Palavra de Deus é motivo de medo, mas o ministério sumo sacerdo-tal de Jesus é motivo de esperança. Portanto, retenhamos firmemente a nossa con-fissão (14). Vamos nos apegar à nossa fé pessoal e à confissão pública de Jesus como nosso Salvador. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compade-cer-se das nossas fraquezas (15). Literalmente, Jesus pode "sentir as nossas debili-dades" (Mueller).' A palavra fraquezas (astheneiais) tem uma conotação moral em Hebreus (cf. 5,2) e significa não apenas fraqueza física ou uma limitação humana, mas uma fraqueza consciente e instável na tentação. Nosso Senhor também nos entende nesta fraqueza, porque, como nós, em tudo foi tentado. Visto que foi tentado como nós, Ele sabe por experiência o que significa para nós ser tentado. Ele não foi tentado em todas as particularidades ou em cada situação possível; e.g., Ele não foi tentado como marido, ou pai, ou dono de uma propriedade, ou empregador, ou soldado, porque não exerceu nenhuma dessas funções. Mas Ele foi tentado em três áreas básicas da suscetibilidade humana: corpo, alma e espírito. Jesus conhecia a tentação no campo do apetite do corpo, no campo dos relacionamentos humanos e no campo dos relaciona-mentos espirituais. Eu — os outros — Deus: Ele foi tentado nestes três pontos. O que deveria governá-lo? Seu desejo por pão? Seu desejo por aceitação? Seu desejo por po-der? Ou sua lealdade a Deus? Estas são perguntas fundamentais da vida que cada pessoa deve responder. Certamente, nestes aspectos básicos as tentações do Senhor eram exatamente iguais (kath homoioteta) às nossas.

Mas sem pecado. Embora seja perfeitamente verdadeiro que Jesus não enfrentou a tentação com a desvantagem do pecado original, esta não é a idéia aqui. O que o autor de Hebreus ressalta neste texto é que Jesus não cedeu uma única vez à tentação. Ele foi perfeitamente triunfante. Se não fosse tentado como nós, não poderia compreender os nossos sentimentos em nossas muitas tentações; por outro lado, se não tivesse sido per-feitamente vitorioso, não poderia ajudar-nos, mas necessitaria Ele próprio de ajuda.

Parece que estava claro na mente do autor a tentação peculiar que estes cristãos hebreus estavam enfrentando. Eles foram tentados a voltar atrás, e desta forma, falhar em entrar no seu repouso prometido. Jesus também teve sua experiência de deserto -em certo sentido, seu Cades-Barnéia — e, portanto, sabia o que estavam passando. Ele entende o deserto do ataque satânico que segue a primeira emoção gloriosa da fé. Por isso, eles não devem permitir que a idéia de voltar atrás ocupe a mente, nem devem ficar envergonhados ou ceder à paralisia do desespero. Eles precisam chegar com confiança ao trono da graça, para que possam alcançar misericórdia (perdão pelo fato de vacilar) e achar graça, a fim de serem ajudados neste tempo oportuno (16).31

Estes versículos também são um resumo de toda a argumentação até aqui nesta epístola. Jesus é um grande sumo sacerdote, visto que não é um ser angélico nem está numa posição de igualdade com Moisés. Ele é o Filho de Deus, Aquele que "assentou-se à destra da Majestade, nas alturas" (1.3), ou, como está expresso aqui: que penetrou nos céus (14). O trono da graça ao qual somos convidados a vir com confiança em oração é o trono não só de Deus o Pai, mas de Deus o Filho — não só daquele cuja palavra é lei, mas daquele que se tornou Mediador e Intercessor. O Jesus da história recente e o Javé do AT se fundem em um Deus num único trono. Lá, no trono, nossos pecados são condenados e perdoados. Lá encontramos justiça e misericórdia. Lá encon-tramos acesso renovado para o restante do povo de Deus. Mas tudo isto é mediado por Jesus. Nossa ousadia só ocorre nele e por meio dele. Se Jesus não é o Filho de Deus, que está à destra do Pai, tendo cumprido plenamente e, desta forma, substituído a ordem mosaica, nossa ousadia não passa de uma arrogância insensata. É o Pai, por meio de Jesus, ou é o repouso por meio de Jesus, ou não é nada. É assim que o autor determina a finalidade da pessoa de Jesus Cristo.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
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4.1 Temamos. O juízo divino inspira medo (10.27,31; 12.21), contudo, não precisamos temer o que os homens possam nos fazer (11.27; 13.6).

* 4.2 a nós foram anunciadas as boas-novas. As boas-novas de libertação e do amor de Deus que Israel ouviu no Sinai não foram tão claras quanto a salvação anunciada agora por intermédio do Senhor (2.3), contudo, teria tido valor para seus ouvintes, e os teria introduzido no descanso de Deus, se as tivessem recebido com fé.

* 4.3-5 O tema básico destes versículos é que um "descanso" de Deus tem existido desde o sétimo dia da criação (v. 4; Gn 2:2), embora a geração desobediente não conseguisse entrar nele. O escritor entende que as promessas acerca da terra física, apontam, em última análise, para o descanso divino (3.11, nota), no qual somente aqueles que crêem podem entrar (v. 3).

* 4.7 Hoje. Os leitores já aprenderam que eles vivem no tempo que se chama "Hoje" (3.13), portanto, devem prestar atenção às promessas e advertências. Através de Davi, a oferta para entrar (e uma advertência sobre o perigo de não entrar) é continuada para uma nova geração, que deve "Hoje" responder à voz de Deus.

*

4:8 Mais uma indicação (conforme vs. 3-5) de que a terra física de Canaã não foi o cumprimento da promessa do descanso de Deus. Quando Davi escreveu, Israel tinha entrado na terra havia muito tempo sob a liderança de Josué. Se a terra em que entraram sob a direção de Josué tivesse sido o cumprimento da promessa acerca do descanso divino, a advertência do salmista para a sua própria geração teria sido sem sentido. A esperança do patriarca foi fundamentada sobre um país melhor, o celestial (11.16). Existem semelhantes argumentos do Antigo Testamento em 7.11; 8.7.

* 4.9 resta um repouso. A celebração sabática final pelo povo de Deus acontecerá no futuro.

* 4.10 descansou de suas obras. Provavelmente, a frase não se refere à conversão, na qual transferimos para Cristo a nossa confiança em obras; antes, se refere a nosso livramento final dos sofrimentos, tentações e fadigas (v. 11). Aqueles que morrem no Senhor descansam das suas fadigas (Ap 14:13).

* 4:12-13 O argumento que precedeu (3.7-4,11) tem ilustrado como o poder da Palavra de Deus revelou a infidelidade da geração que ficou no deserto e como as Escrituras (p.ex., Sl 95) penetra e julga aqueles que ela convida hoje, ao advertir sobre o engano do pecado (3,13) e sobre o perigo de falhar (v. 1).

*

4.12 dividir alma e espírito, juntas e medulas. Embora alguns descubram aqui base para apoiar a teoria de que o ser humano é basicamente uma tricotomia, composto de corpo, alma e espírito, o contexto não a permite. Ela enfatiza o poder da Palavra de Deus para entrar nos recônditos mais profundos do íntimo humano, e não um tipo de divisão entre as partes constituintes. Além disso, se a idéia de divisão tivesse sido pretendida, iríamos esperar que o autor dissesse "ossos e medula" em vez de "juntas e medulas".

* 4.14-16 O pensamento esclarecedor de que estamos totalmente desmascarados diante de Deus leva-nos ao misericordioso sumo sacerdote que, tendo sido tentado, pode nos auxiliar em nossas fraquezas (temas introduzidos em 2.17,18). Uma exortação para "conservarmos firmes a nossa confissão" (v. 14) encerra a seção anterior; e um convite para nos aproximarmos do trono de Deus, introduz as considerações sobre Cristo como o misericordioso sumo sacerdote.

* 4.14 O Filho de Deus. Ver nota em 1.5 (conforme 5.5).

penetrou os céus. Cristo ressuscitou, subiu e assentou-se à destra de Deus (8.1), de onde ele ministra como o nosso grande e eterno sumo sacerdote (7.26; 9.11,24).

* 4.15 tentado em todas as coisas. Esta é a uma reafirmação vívida de 2.17,18. Pelo fato de ser mencionado mais uma vez, o autor é cuidadoso de acrescentar que, apesar de seu conhecimento das nossas fraquezas, Cristo ficou "sem pecado". Ver nota teológica "A Impecabilidade de Jesus".

*

4.16 Acheguemo-nos, portanto, confiadamente. O acesso confiante a Deus é um privilégio sacerdotal, reservado para aqueles que têm sido purificados da contaminação do pecado pelo sacrifício de Jesus (7.19; 10.19,22), e por isso podem oferecer sacrifícios de louvor, agradáveis a Deus (12.28; 13 15:16). Sobre o privilégio sacerdotal dos crentes em Cristo, ver Rm 5:1,2; 13 49:2-22'>Ef 2:13-22; 1Pe 2:4-10.

misericórdia e... graça para socorro. A misericórdia fala da nossa necessidade de perdão quando caímos na tentação, e a graça nos traz auxílio oportuno para nos fortalecer no meio da tentação (2.18).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
4.1, 2 Para o Timoteo foi importante pregar o evangelho a fim de que a fé cristã pudesse difundir-se através do mundo. Nós acreditam em Cristo hoje porque pessoas como Timoteo foram fiéis a sua missão. Ainda hoje é de vital importância para os crentes difundir o evangelho. Hoje em dia estão vivas a metade das pessoas que viveram neste mundo, e a maioria não conhece cristo. O vem logo, e quer achar a seus fiéis crentes preparados para O. Possivelmente estar a favor de Cristo ou falar com outros de seu amor nos possa causar inconvenientes, mas pregar a Palavra de Deus é a responsabilidade mais importante que se deu à igreja. Mantenha-se preparado, corajoso e sensível às oportunidades que Deus lhe dê para contar as Boas Novas.

4:2 "A tempo e fora de tempo" significa estar preparados para servir a Deus em qualquer situação, seja ou não conveniente. Esteja alerta às oportunidades que lhe dá Deus.

4:2 Paulo disse ao Timoteo "replica, repreende, precatória". É difícil aceitar a correção, que nos diga que temos que trocar. Mas não importa quanto aduela a verdade, devemos estar dispostos a escutá-la de maneira que nossa obediência a Deus seja mais completa.

4:5 Para manter a calma quando é contrariado ou sacudido por pessoas e circunstâncias, não reaja apressadamente. Em qualquer trabalho ou ministério que realize, manter a mente clara lhe permitirá estar moralmente alerta ante a tentação, resistente ante a pressão, e vigilante quando confrontar grandes responsabilidades.

4.5-8 À medida que se aproximava o fim de sua vida, Paulo pôde dizer com segurança que tinha sido fiel a seu chamado. Por isso enfrentou a morte com calma, sabendo que seria premiado por Cristo. Está-o preparando sua vida para a morte? Possui a mesma segurança e expectativa do Paulo de encontrar-se com Cristo? As boas novas som que a recompensa celestial não é só para os gigantes da fé, como Paulo, mas também para todos aqueles que esperam com ânsias a segunda vinda de Cristo. Paulo disse estas palavras para animar ao Timoteo e a nós, de que não importa quão difícil pareça a briga, terá que seguir brigando. Descobriremos, quando estivermos com Cristo, que tudo terá valido a pena.

4:6 A libação consistia em vinho derramado em um altar como sacrifício a Deus (veja-se Gn 35:14; Ex 29:41). Sua fragrância era considerada agradável a Deus. Paulo via sua vida como uma oferenda a Deus.

4:8 Nos jogos atléticos romanos, dava-se uma grinalda de louro aos ganhadores. Símbolo de triunfo e honra, era o prêmio mais ansiado na antiga Roma. Isto é provavelmente o que Paulo tinha em mente quando falou de uma "coroa". Mas a sua seria uma coroa de justiça. Para maiores detalhes relacionados com as recompensas que nos aguardam por nossa fé e obras, veja-se 2Co 5:10 e a nota sobre Mt 19:27. Embora Paulo não recebe nenhuma recompensa terrestre, seria recompensado nos céus. O que seja que tenhamos que enfrentar, desânimo, perseguição ou morte, sabemos que nossa recompensa está com Cristo nos céus.

4:9, 10 Paulo estava sozinho e provavelmente se sentia sozinho. Ninguém tinha estado em seu julgamento para falar em sua defesa (4.16), e Demas tinha abandonado a fé (4.10). Só Lucas tinha retornado (4.11).

4:10 Demas tinha sido um dos colaboradores do Paulo (Cl 4:14; Fm 1:24), mas tinha abandonado ao Paulo "amando este mundo". Em outras palavras, Demas amava os valores e os prazeres deste mundo. Há duas formas de amar ao mundo. Deus ama ao mundo tal como o criou e como poderia ser se fosse resgatado do poder do maligno. Outros, como Demas, amam ao mundo tal como é, com pecado e tudo. Ama você ao mundo como seria se se fizesse justiça, se se saciasse ao faminto e a gente se amasse entre si? Ou ama você o que o mundo tem para lhe oferecer -riqueza, poder, prazer- apesar de que ganhá-lo signifique causar machuco a outros e descuidar a obra que Deus lhe confiou?

4:11 Crescente e Tito se foram, mas não pelas mesmas razões que Demas. Paulo não os critica nem os condena.

4:11, 12 Ao mencionar ao Demas vieram à mente do Paulo os nomes de outros colaboradores mais fiéis. Só Lucas estava com ele e Paulo se estava sentindo sozinho. Tíquico, um dos acompanhantes mais fiéis (At 20:4, Ef 6:21; Cl 4:7; Tt 3:12), já tinha partido rumo ao Efeso. Paulo sentia saudades a seus jovens ajudantes: Timoteo e Marcos. Marcos tinha abandonado ao Paulo e Bernabé em sua primeira viagem missionária e isto tinha aborrecido muito ao Paulo (At 13:13; At 15:36-41). Posteriormente, Marcos provou ser uma valiosa ajuda e Paulo o reconheceu como um bom amigo e um digno líder cristão (Cl 4:10, Fm 1:24). Marcos escreveu o Evangelho do Marcos.

4:13 É provável que a detenção do Paulo tenha sido tão sorpresivo que não foi possível retornar a sua casa para recolher seus efeitos pessoais. Porque estava prisioneiro em um calabouço úmido e frio, Paulo pediu ao Timoteo que lhe trouxesse sua capa. Mas mais que sua capa, ele queria seus pergaminhos. Estes possivelmente incluíam partes do Antigo Testamento, os Evangelhos, cópias de suas próprias cartas ou outros documentos importantes.

4:14, 15 Alejandro deve ter atestado contra Paulo em seu julgamento. Possivelmente tenha sido o Alejandro mencionado em 1Tm 1:20.

4:17 Com seu mentor na prisão e sua igreja em problemas, Timoteo provavelmente não se sentia muito animado. Paulo pôde lhe haver dito sutilmente que o Senhor o tinha chamado a pregar e O lhe daria o valor para continuar. Deus sempre nos dá a força para fazer o que nos encomenda. Entretanto, pode que esta força não seja evidente mas sim até que demos o passo de fé e comecemos a cumprir com a tarefa.

4:17 Alguns vêem isto como uma referência ao Nerón jogando aos cristãos aos leões no Coliseu. O mais provável é que seja a maneira do Paulo de descrever sua liberação em sua primeira defesa (veja-se, por exemplo, Sl 22:21; Dn 6:22).

4:18 Aqui Paulo afirma sua crença na vida eterna depois da morte. Sabia que o fim estava perto, e estava preparado. O confiava no poder de Deus até ao enfrentar a morte. Qualquer pessoa que tem que enfrentar uma luta entre a vida e a morte pode ser consolada ao saber que Deus trará com toda segurança a cada crente através da morte a seu reino eterno.

4:19, 20 Priscila e Aquila era um casal de líderes cristãos com quem Paulo tinha vivido e trabalhado (At 18:2-3). Onesíforo visitou e respirou ao Paulo quando estava preso. Erasto era um dos companheiros fiéis do Paulo (At 19:22) tal como foi também Trófimo (At 20:4; At 21:29).

4.19-22 Paulo finaliza o último capítulo de seu livro e de sua vida saudando aqueles que eram mais próximos a ele. Apesar de que tinha passado a maior parte de sua vida viajando, tinha desenvolvido amizades estreitas e duradouras. Com freqüência, vivemos nossos dias tão apressadamente, logo que tocando a vida de algum. Como fez Paulo, tome tempo para tecer sua vida em outros através de relações profundas.

4:22 À medida que Paulo chegava ao final de seus dias, pôde olhar atrás e saber que tinha sido fiel ao chamado de Deus. Era o momento de passar a tocha à próxima geração, preparando líderes para que ocupassem seu lugar de modo que o mundo seguisse ouvindo a mensagem do Jesucristo que troca a vida. Timoteo foi o legado vivente do Paulo, um produto de seu ensino fiel, de seu discipulado e exemplo. Graças ao trabalho do Paulo com muitos crentes, incluindo o Timoteo, o mundo está cheio de crentes hoje, que de igual maneira levam adiante a obra. O que legado deixará você? A quem está você treinando para que continue com sua obra? É nossa responsabilidade fazer tudo o que possamos para manter a mensagem do evangelho vivo para a próxima geração.


Matthew Henry - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
4.1-3 Alguns dos cristãos judeus que receberam esta carta puderam ter estado a ponto de voltar atrás do repouso prometido em Cristo, assim como a gente na época do Moisés deram as costas à terra prometida. Em ambos os casos, as dificuldades do momento presente escureceram a realidade da promessa de Deus, e o povo duvidou de que Deus cumprisse suas promessas. Quando pomos nossa confiança em nossos próprios esforços em lugar de pô-la em Cristo, nós também estamos em perigo de lhe dar as costas. Nossos esforços próprios nunca são suficientes; só Deus pode nos ver através da fé.

4:2 Os israelitas da época do Moisés exemplificam um problema que confrontam muitos dos que enchem nossos templos hoje. Sabem muito de Cristo, mas não o conhecem pessoalmente; não combinam seu conhecimento com a fé. Deixe que as boas novas a respeito de Cristo influam em sua vida. Cria no e lhe responda em obediência. Confie em Cristo e atue conforme ao que você conhece.

4:4 Deus repousou no sétimo dia, não porque estava cansado a não ser para indicar que tinha terminado a criação. O mundo era perfeito e Deus se achava muito satisfeito com ele. Este repouso é uma alegria antecipada de nosso gozo eterno quando for redimida a criação, quando se destruir todo indício de pecado e o mundo volte a ser perfeito. Nosso repouso em Cristo começa quando confiamos no para lhe permitir que faça sua obra perfeita e boa em nós (veja-a nota em 3.11).

4:6, 7 Deus deu aos israelitas a oportunidade de entrar no Canaán, mas eles fracassaram porque lhe desobedeceram (Números 14:15). Agora Deus nos dá a oportunidade de entrar no lugar supremo de repouso; O nos convida a ir a Cristo. Para entrar em seu repouso, deve acreditar que Deus tem esta relação em memore para você e que deve deixar de tratar de produzi-lo; deve confiar em Cristo para isso; deve determinar lhe obedecer. Hoje é o melhor momento para achar a paz com Deus. Amanhã pode ser muito tarde.

4.8-11 Deus quer que entremos em seu repouso. Para os israelitas da época do Moisés, este repouso foi a terra prometida. Para os cristãos, é paz com Deus agora e vida eterna em uma terra nova depois. Não precisamos esperar até a morte para desfrutar de do repouso e da paz de Deus. Podemo-los desfrutar de cada dia agora! Nosso repouso diário no Senhor não termina com a morte mas sim se aperfeiçoará em um repouso eterno no lar que Cristo está preparando para nós (Jo 14:1-4).

4:11 Se Jesucristo houver provido para nosso repouso mediante a fé, por que diz: "procuremos, pois, entrar naquele repouso"? Essa não é a luta de fazer bem a fim de obter salvação, nem tampouco é uma luta mística para obter vitória sobre o egoísmo. refere-se a que devemos nos esforçar por apreciar e nos beneficiar do que Deus já há provido. Não deve dar-se por sentado a salvação. O apropriar do dom que Deus oferece requer decisão e consagração.

4:12 A Palavra de Deus não é simplesmente a coleção de palavras delas, um meio de comunicar idéias; é vivente, troca a vida e é dinâmica ao obrar em nós. Com a acuidade do bisturi de um cirurgião, revela o que somos e o que não somos. Penetra a medula de nossa moral e vida espiritual. Discerne o que está dentro de nós, tanto o bom como o mau. Não só devemos ouvir a Palavra mas sim também devemos permitir que molde nossa vida.

4:13 Nada pode ocultar-se de Deus. O vê tudo o que fazemos e tem conhecimento de tudo o que pensamos. Mesmo que estejamos passando por cima sua presença, O está ali. Quando procuramos nos ocultar de Deus, O nos vê. Não podemos ter secretos para O. É consolador saber que, embora nos conhece intimamente, segue nos amando.

4:14 Cristo é superior aos sacerdotes e seu sacerdócio é superior ao dos sacerdotes. Para os judeus, o supremo sacerdote era a autoridade religiosa máxima na terra. Solo ele entrava no Lugar Muito santo uma vez ao ano para oferecer sacrifícios pelos pecados de toda a nação (Levítico 16). Assim como o supremo sacerdote, Jesucristo é o mediador entre Deus e nós. Como representante do homem, intercede por nós ante Deus. Como representante de Deus, assegura-nos o perdão de Deus. Jesucristo tem maior autoridade que os supremos sacerdotes judeus porque O é realmente Deus e homem. A diferença do supremo sacerdote que podia estar diante de Deus só uma vez ao ano, Cristo sempre está à mão direita de Deus, intercedendo por nós. O sempre está disposto a nos escutar quando oramos.

4:15 Jesucristo é como nós porque experimentou toda classe de tentações. Dá-nos consolo saber que Cristo foi tentado em tudo, e pode compadecer-se de nós. Anima-nos saber que foi tentado e não caiu em pecado. O nos mostra que não temos que pecar quando nos enfrentamos à tentação. Jesucristo é o único ser humano que viveu sem cometer pecado.

4:16 A oração é a forma em que nos aproximamos de Deus "confidencialmente". Alguns cristãos o fazem em forma total com a cabeça inclinada, temerosos de lhe pedir a Deus que supra suas necessidades. Outros o fazem com ligeireza, com pouca reflexão. Vá ao com reverência, porque O é seu Rei; mas acuda também com confiança absoluta porque O é seu Amigo e Conselheiro.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
VII. CRISTO JESUS ​​SUPERIOR a Josué (He 4:1 . Há que se referia a terra de Israel prometeu (Canaã), uma terra que, para os nômades e errantes do deserto, era de fato a Terra Prometida, "o resto" (Dt 12:9. ); (4) do crente consagração resto (conforme Mt 11:30. ); e (5) da alma descanse em céu . Tomé afirma ainda:

Mas nesta passagem o pensamento predominante não é o descanso de consciência por meio da redenção, mas resto do coração através da entrega e obediência. O crente já está fora do Egito e está caminhando para Canaã.

De acordo com William Barclay, a palavra resto é empregado neste capítulo, num sentido positivo triplo:

(I) Ele é usá-lo como seria usar a frase a paz de Deus . É o maior e mais precioso coisa do mundo para celebrar a paz de Deus. (Ii) Ele é usá-lo ... para dizer a terra prometida . Para os filhos de Israel que tinham perambulavam tanto tempo no deserto da Terra Prometida era de fato o resto de Deus, depois de suas longas peregrinações. (Iii) Ele é usá-lo de o resto de Deus após o sexto dia da criação, quando toda a obra de Deus foi concluído e feito. Esta maneira de usar uma palavra em duas ou três maneiras diferentes, de provocá-la até a última gota de significado foi extraído a partir dele, era típico do pensamento culto, acadêmico nos dias em que o escritor aos Hebreus escreveu esta carta.

A palavra aqui vai ser considerada nestes últimos três aspectos.

O tema da superioridade pessoal de Cristo sobre as pessoas famosas da história de Israel é continuado pelo autor de Hebreus. Josué foi dado o comando de Israel, depois da morte de Moisés, com instruções para liderar esta segunda geração para a Terra Prometida de descanso . Esta comissão Josué realizado com sucesso, e ele se tornou um dos líderes mais famosos de Israel. Assim, tornou-se o desafio do autor para demonstrar de que modo Cristo foi superior a este líder israelita reverenciado. Isso ele faz de duas maneiras; ele fala de Cristo prometeu descanso e Sua permanente resto .

A. JESUS ​​SUPERIOR a Josué, seu descanso prometido (4: 1-5)

1 Temamos, portanto, que nunca se ache, deixada a promessa de entrar no seu repouso, qualquer um de vós que pareça ter vindo curto dele. 2 Porque, na verdade, tivemos pregadas as boas novas de nós, assim como a eles; mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porque não estava unida pela fé com que a ouviram. 3 Porque nós, os que temos crido, é que entramos no descanso; até mesmo como ele disse,

Assim jurei na minha ira:

Eles não entrarão no meu repouso;

embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo. 4 Porque disse em algum lugar do sétimo dia nesta sábio. E Deus descansou no sétimo dia, de todas as suas obras; 5 e neste lugar novamente, eles não entrarão no meu repouso.

JB Phillips torna a passagem assim: "Agora ... a mesma promessa de resto nos é oferecido hoje ... para nós também temos um Evangelho pregado a nós, como aqueles homens tinham."

O resto Canaã, prometido a Israel por Deus, foi inaugurado sob a liderança de Josué. A maior parte da primeira geração libertados do Egito não conseguiu enfrentar esse descanso . Apesar de ter sido principalmente um descanso material ou físico, que tinha implicações sociais, psicológicas e espirituais. Quarenta anos de peregrinação no deserto, após a sua libertação milagrosa da escravidão egípcia, tinha sido uma cansativa e, em alguns aspectos, uma experiência mais desanimador. Eles haviam deixado o Egito em um grande espírito de alegria e com alto louvor a Deus por sua libertação poderosa da servidão insuportável e a pressão do inimigo. Eles tinham visto julgamento sobre seus inimigos determinados. Eles haviam partido das sombras escuras da escravidão egípcia, e eles confrontados com esperança e coragem inabalável do sol nascente de um novo dia que iluminou as suas perspectivas da Terra Prometida, onde eles devem viver em paz e prosperidade sob a proteção e providência do seu Deus (ver Ex 15:1 ).

Mas as experiências tristes e decepcionantes logo se abateu sobre eles. Houve um deserto vasto e árido para cruz que tentaram a sua fé e paciência para o ponto de ruptura. Houve um Marah de água raramente amargo. Havia dias de rações escassos quando vieram a odiar o maná do céu estranho. Havia inimigos pagãos assustadoras para obstruir o seu progresso. Havia tentadores memórias de bênçãos materiais deixados para trás no Egito com dias de debilitante saudade. Havia confiança perdida na capacidade e os motivos de seu líder. Havia desencorajando relatos trazidos de volta pelos espiões da Terra Prometida. Houve julgamentos divinos devastadores que caíram sobre as pessoas por sua falta de fé e desobediência. Estas e muitas outras experiências durante quarenta anos de peregrinação no deserto enfraqueceu a fé do povo e lhes roubou a esperança de atingir o cumprimento das promessas de Deus. Eles foram libertados da escravidão cruel do inimigo, mas eles não foram estabelecidas na Terra Prometida do plano e propósito para eles de Deus (conforme N1. 14: 12-23 ).

Agora, o resto da terra prometida, Canaã, era claramente o tipo Antigo Testamento da descanso espiritual para ser alcançado através da fé do povo de Deus, que haviam sido fornecidos por expiação de Cristo no Calvário. Que o cumprimento da promessa ... deixou de entrar no seu repouso deve ser identificado com as pregadas as boas novas nos torna-se evidente a partir das palavras explicativas assim como a eles . Que os israelitas experimentaram seu primeiro livramento, mas depois ficou desanimado e não conseguiu alcançar o resto da Terra Prometida, a história atesta claramente. Da mesma forma que esses cristãos hebreus tinham experimentado uma libertação inicial do pecado e havia sido levado para um relacionamento de salvação vital com Deus em Cristo, o registro traz evidências claras (conforme He 6:4. ). Que os antigos hebreus, em grande parte não conseguiu entrar em prometida de Deus descanso para eles, e, consequentemente, pereceram no deserto, o registro deixa claro. Que estes cristãos hebreus, a quem esta carta foi escrita, estava em grave perigo de perder o prometido descanso da fé fornecida por eles na expiação de Cristo, como também a sua experiência inicial da salvação, é igualmente evidente a partir desta carta. Promessa de Deus de descanso para a alma do cristão na era cristã foi tipificado pelo "Promised resto Land" para Israel. Aqui, novamente, vemos a continuidade entre a revelação do Antigo Testamento e da revelação do Novo Testamento em Cristo. A sombra projetada no Antigo Testamento é o reflexo da realidade revelada em Cristo, como registrado no Novo Testamento.

É interessante que o autor inclui a si mesmo em primeiro lugar na exortação, Temamos , e, portanto, estabelece um vínculo de simpatia e de parentesco com os seus leitores, antes de entregar toda a força de sua exortação para eles: para que não ... qualquer um de vós que pareça ter vêm curto dele . A pregação mais eficaz é sempre aquele que encontra a sua principal aplicação para a vida ea experiência do pregador (conforme 2Tm 2:6. ).

O autor, em seguida, dá a razão para o fracasso dos israelitas para entrar em sua prometida resto: a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porque não estava unida pela fé com que a ouviram (v. He 4:2-A ), porque este descanso espiritual é divinamente prometido, e é, portanto, uma realidade objetiva. A fé do crente na promessa de Deus une a realidade objetiva com o sujeito acreditar ea experiência de resto torna-se uma realidade pessoal para o crente. Negar tal alma resto é para não cancelar a sua realidade; que é, mas que perder seus benefícios para o incrédulo. Realidades objetivas de Deus ficar, independentemente da fé do homem (conforme Rm 3:3 ; . 2Tm 2:12 , 2Tm 2:13 ).

Em segundo lugar, o autor volta-se para a consideração de um significado diferente da palavra resto , do próprio Deus resto (vv. He 4:3 ). Aqui ele está preocupado com a de Deus resto e sua relação com o homem resto . Barclay observa que uma das concepções favoritos dos Rabinos se esconde por trás do argumento desta seção. É no sentido de que Deus descansou de suas obras, no dia após a conclusão de sua obra criadora, que era o sétimo dia. De acordo com o relato da criação nos capítulos He 1:1 e He 2:1 , "dia" e "noite" são predicados dos primeiros seis dias criativos. Em outras palavras, cada um desses seis dias criativos teve um começo e um fim. Mas relativa ao sétimo dia, o dia de descanso de Deus, não há nenhuma menção a noite. A partir deste fato, os rabinos feita a dedução de que, enquanto os seis primeiros dias teve um começo e fim, dia de descanso de Deus estava sem um ending- um dia e eterno . Portanto, apesar de os israelitas não conseguiram entrar de Deus resto , eles não o fizeram, por assim falhando, revogar 'Gods resto . É um descanso eterno que permanece e é atualmente acessível a qualquer e todos os que quiserem entrar nele. Descanso de Deus é alcançada pela relação pessoal do homem com Ele através da fé em Cristo.

Assim, o autor estabeleceu, por um argumento sutil, o fato de Deus restante disponibilizado para acreditar homem através da pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo, é superior ao resto em Canaã que Deus ofereceu a Israel através da liderança de Josué. Portanto, Cristo Jesus é superior a Josué no resto que Ele promete ao homem. Terceiro uso do autor desta palavra resto é adiada para a próxima seção.

B. JESUS ​​SUPERIOR a Josué, seu descanso fornecido (4: 6-10)

6 Visto, pois, restar que alguns entrem lá dentro, e que aqueles a quem as boas novas anteriormente foram pregadas não entraram por causa da desobediência, 7 determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois (mesmo Hath como foi dito antes),

Hoje, se ouvirdes a sua voz,

Não endureçais os vossos corações.

8 Porque, se Josué lhes houvesse dado descanso, não teria falado depois disso de outro dia. 9 Portanto resta ainda um repouso para o povo de Dt 10:1.) para mostrar que, embora Davi viveu cerca de cem anos após a entrada de Israel para o resto Canaã , Deus através de Davi estava exortando as pessoas para não endurecer o coração, mas crer que eles possam entrar em "Seu descanso." Por isso, o autor pode dizer que já não resta ... um descanso sabático para o povo de Deus hoje. Assim, a entrada de Israel no resto Canaã não esgotou as suas disposições. A importação desse argumento é que o verdadeiro descanso é descanso de Deus , que Ele dá aos Seus crentes e obedientes filhos que consagrar-se totalmente a Ele, em toda e qualquer geração da humanidade. Josué, como servo de Deus, levou a segunda geração de Israel para oresto Canaã que Deus havia prometido a seu povo. Este resto Canaã era mas um prenúncio ou um tipo desse verdadeiro descanso que ainda era futuro em Cristo. Em Cristo, Seu Filho, Deus providenciou para acreditar homem Seu verdadeiro descanso , o que era o cumprimento do resto típico previsto seu povo, sob Josué, Seu servo. Assim Cristo, o Filho, é maior em Sua disposição do verdadeiro ou descanso espiritual verdade para os cristãos que crêem que era Josué, o criado, em sua disposição, através de sua liderança, do resto Canaã , que era, mas um tipo de verdadeiro descanso de Deus . Esta conclusão é confirmada pela declaração do autor de que , se Josué lhes tinha dado [Israel] descansar [a verdadeira alma descanso de Deus], ​​ele não teria falado depois disso de outro dia (v. He 4:8 ). Deus, em Seu Filho, Jesus Cristo, prevista personalidade espiritual do homem nesse resto que caracterizou a sua própria personalidade, ou seja, a paz ea harmonia das funções intelectuais, volitivas e emocionais de sua personalidade auto-consciente perfeito. Foi por esse "bem maior" que os antigos gregos tão ardentemente se esforçou. Os estóicos chamavam apatia , enquanto os epicuristas chamou de ataraxia , ou "serenidade" -peace da mente e do corpo. Em ambos os casos foi o mesmo ideal para a qual eles se esforçavam. Platão procurou por ele na justiça como previsto na harmonia idealmente perfeito de A República . Aristóteles procurou por ele no meio dourado ou a Via Mídia onde todas as coisas foram equilibrado e assim harmonizado sem excesso em nada. Como o tutor de Alexandre, o Grande, Aristóteles foi creditado por aquele monarca de ter lhe ensinou a arte de conquistar e organizacionalmente harmonizar, fato que lhe deu o seu lugar na história. No entanto, Aristóteles totalmente deixado de ensinar o jovem príncipe a arte da auto-conquista e auto-harmonização.

Estes eram grandes ideais, na principal. Sua deficiência reside no fato de que o homem em divórcio de Deus simplesmente não tem a habilitação dentro de si mesmo para chegar ao ideal. Este ideal grego, com a sua incapacidade para realização humanista, ea resposta adequada do cristianismo, é habilmente e claramente tratados por Kilpatrick. Toda filosofia notável, sistema de ética, religião e da história humana tem se esforçado para a realização deste objetivo, descanso , através da paz harmoniosa. Alguns tê-lo encontrado em uma medida através harmonioso auto-realização pessoal ou individual. Na solidão pode pagar um grau de satisfação. Outros têm atingido-o em uma medida a nível humano, através da realização do auto social. Mas ninguém jamais atingido a realização do eu universal, que harmoniosamente se relaciona o homem a si mesmo, para a sociedade e para com Deus e Seu universo sem limites, a não ser por meio da fé pessoal e compromisso com Jesus Cristo, o único mediador entre Deus eo homem. Este é o descanso a que o autor de Hebreus convida a atenção e participação dos seus leitores, e dos cristãos de todas as idades. Para os gregos e latinos foi o summum bonum . Para o autor desta carta era de Deus descanso para a alma do homem. Para João Wesley foio amor perfeito . Ele só é alcançada através da eliminação dos fatores discordantes que perturbam a harmonia da personalidade, fatores que são estranhos à natureza de Deus e à personalidade do homem como criado à imagem de Deus. Foi para a eliminação desses fatores discordantes (fatores que a Bíblia chama de pecado), bem como a harmonização da personalidade do homem na auto-realização universal, que Jesus Cristo veio a humanidade em sua Encarnação e foi para a Cruz. João declarou que "para este fim era o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo" (1Jo 3:8 ). E foi para a santificação dos seus discípulos que Jesus orou em Sua oração sacerdotal que eles possam ser interiormente purificada da discordância do pecado e atingir este harmonioso resto (veja Jo 17:9 ; conforme He 13:12.) . Paulo designa este resto experiência "inteira santificação" e reza para que seus convertidos de Tessalônica pode alcançá-lo (I Tessalonicenses 5:23-25. ).

Em um dia antes, quando os cristãos estavam mais preocupados com "morrer por Jesus e ir para o céu" do que eram sobre a vida de Jesus e cumprir a Grande Comissão na evangelização do mundo, havia uma forma teológica de relegar este descanso para o vida futura exclusivamente-assim, tornando-se sinônimo de céu. Pode ser que esta noção é um carry-over de certos aspectos da teologia católica romana, segundo a qual não há e não pode haver qualquer certeza da salvação pessoal na vida presente. O homem deve aguardar o julgamento final geral para aprender o seu destino. Isso, é claro, tem sido um dispositivo teológica conveniente nas mãos da hierarquia da Igreja Romana para manter os leigos depende do clero para a sua esperança de salvação final e na manutenção do autoritarismo, bem como servir outros interesses da Igreja Romana.

Os spirituals negros da mesma forma refletem esse conceito do adiamento deste descanso espiritual para a vida futura. É perfeitamente compreensível que esse conceito deveria ter desenvolvido no pensamento religioso de um povo tão amplamente carentes das bênçãos temporais como eram os escravos negros na América. No entanto, ele reflete inequivocamente duas coisas, ou seja, um conceito excessivamente materialista dos benefícios do cristianismo, e um equívoco do elemento tempo na prestação de salvação do homem de Cristo.

Curiosamente, um ramo do protestantismo compreendido o significado de provisão de Cristo para a purificação ou santificação da natureza do homem como um pré-requisito para o céu, mas depois relegado a experiência para o artigo da morte para a sua execução, negando que Cristo é capaz de santificar o Christian na vida presente. Um velho ministro espirituoso respondeu este erro teológico assim: "O pecado é o filho do diabo, e da morte é o filho do pecado. Isso faz com que a morte do neto do diabo. Agora que jamais esperaria neto do diabo para santificar qualquer cristão? "Sem assinando o Evangelho Social, como tal, pode ser bastante admitiu que esta persuasão teológica deu um contributo valioso para o conceito cristão em trazer esperanças do homem para baixo de um céu futuro a uma prática ênfase deste mundo. As disposições completas de salvação de Cristo é para esta vida. Se eles são perdidas aqui, eles serão a seguir em falta. Se eles são apropriados aqui, eles vão ser apreciado a seguir.

A partir da delimitação de prestação de de Deus de Cristo descanso espiritual para a alma do homem, o autor procede a seu apelo final para a fé appropriative e ação por parte de seus leitores. Deus recorreu por meio de Seus líderes para os israelitas que eles entrar em Sua prometida resto, Canaã . A maior parte da primeira geração não conseguiu fazê-lo e pereceram no deserto entre o Egito e Canaã, porque eles endureceram o coração por causa da incredulidade e desobediência. Deus ainda apela para Seu povo para não endurecer o coração por incredulidade, mas para entrar em Sua paz e descanso pela fé. Hoje é dia de oportunidades de Deus. A porta de acesso ao Seu resto ainda está em aberto. Mas hoje de Deus não é amanhã. Não há amanhãs com Deus. Hoje é a eternidade de Deus. Um dos maiores pecados do homem é presunção (conforme Jc 4:13. ). Amanhã do homem é a vantagem do diabo. De Deus hoje é a oportunidade do homem de salvação. Por isso, o autor exorta seus leitores a entrar no descanso de Deus pela fé! NOW diz Tomé:

A palavra "descanso" ... é "descanso sabático" do homem; mas a idéia principal está preocupado com o presente e não com o futuro, com a vida do crente, aqui e agora, e só com o céu como o ponto de conclusão e culminando, o pensamento do sábado da Alma em comunhão com Deus. Sem dúvida, o futuro não pode ser excluída, mas é preciso tomar muito cuidado para concentrar a atenção sobre o presente. É um resto de lutar, um descanso através da crença, e refere-se à atitude da alma para Deus (cf.He 11:10 Is ).

Wiley aponta sucintamente se e resume esse descanso que resta ... para o povo de Deus da seguinte maneira:

Mas o que é esse descanso? É uma experiência presente, pessoal, espiritual e prático de descanso em Deus, e é marcado pelas seguintes características. (1) É um repouso para o povo de Deus . Não é para os pecadores, mas a rica herança de todo verdadeiro filho de Deus. Como no capítulo anterior, foi afirmado que nos tornamos "participantes de Cristo," isso aqui é dito que o povo de Deus entrar com ele para descanso. (2) É um Resto da fé . Com isto queremos dizer uma confiança plena em Deus através da obra redentora de Cristo. É um perfeito descanso em uma expiação terminado. Há alguns que parecem considerar a fé como uma auto-esforço, ou uma luta de acreditar; isso não é fé, mas uma forma sutil de obras. A fé é o descanso e repouso, não esforço e luta. É um descanso em Deus porque é a Sua bestowment. O forjado trabalho é toda dele. Não há mérito na fé. A fé não de si mesmo nos salvar; Cristo nos salva por meio da fé. O poder ea glória pertence a Ele. (3) É um resto de Sin . Que pecado inato ou depravação permanece no coração do regenerado é um fato geralmente admitido e, a partir dessa poluição para dentro do coração é purificado pelo batismo com o Espírito Santo (At 15:8 ). Este, portanto, é uma remoção do conflito entre a carne ou a mente carnal e do Espírito; para aqueles que são de Cristo, no sentido pacto novo cheio "crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências" (Gl 5:24 ). (4) É um descanso contínuo em Deus através da obra expiatória de Cristo. Só os puros de coração verão a Deus, e somente aqueles que andam na luz ter comunhão constante com Ele. Aqui, o "sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado", ou seja, limpa e continua a limpar ou manter limpo. Este descanso não é para além da expiação; em vez disso, é um descanso constante e contínua nos méritos do sangue derramado de Cristo. Com tais privilégios elevados nos proporcionou, não é de admirar que o escritor nos exorta a dar toda a diligência para celebrar este resto?

Ao concluir esta seção, pode-se observar que de Deus resto é um descanso prometido, um descanso desde que, um descanso espiritual, um descanso pessoal, um segundo de descanso, um descanso permanente, um certo descanso, e um presente de descanso.

VIII. Interlúdio: EXORTAÇÃO TERCEIRO E ATENÇÃO: Cuidado com Atrasar (He 4:11)

11 Vamos, portanto, dar diligência para entrar naquele descanso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. 12 Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. 13 E não há criatura que não seja manifesta na sua presença, mas todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos dele com quem temos de fazer.

Aqui está um dos paradoxos marcantes do Novo Testamento, e um que é bastante Pauline na tez. Enquanto o RSV deixa claro o sentido desse paradoxo: "Vamos nos esforçar para entrar naquele descanso", a KJV faz o paradoxo mais vivas: "Esforcemo-nos, pois, entrar naquele descanso." Trabalho para descansar! E, no entanto esta é exatamente de acordo com os outros exemplos de resto, que o autor anteriormente utilizados neste capítulo. Deus trabalhou seis dias para descansar no sétimo. Homens foram ordenados a trabalhar seis dias e descansar no sétimo. Os israelitas vagaram e preocupado pelo deserto durante quarenta anos, e, em seguida, aqueles que sobreviveram, juntamente com a segunda geração entrou em seu descanso Canaã . Agora, esses crentes cristãos são exortados a dar diligence , a "esforçar-se", ou "trabalho" de entrar no seu repouso divinamente providenciado e ordenado. Jesus fez uma exortação como quando Ele disse: "Esforçai-vos por entrar pela porta estreita" (Lc 13:24 ). Uma vez que Deus conhece o homem por completo, Ele está familiarizado com seus motivos, suas fraquezas, suas habilidades, sua ignorância, e seu conhecimento. Ele não pede o impossível do homem, mas Ele o obriga a usar a inteligência e capacidade que ele possui.Ainda é verdade que Deus não faz para o homem o que ele pode e deve fazer para si mesmo, e que Deus ajuda aqueles que se ajudam.

Por estas três razões: (1) exemplo do Antigo Testamento, (2) a natureza da palavra de Deus, e (3) a onisciência de Deus, o autor exorta os cristãos hebreus e todos os cristãos a dar diligência para entrar naquele descanso . Observações Tomé:

A salvação já mencionada (v. He 4:1-2) é descrito aqui sob a forma de "descanso", e mostra-se que nós, que cremos na verdade, entramos no repouso (v. He 4:3 ). É interessante observar o resto cinco vezes declarados ou implícitos nesta passagem (v. He 4:3-13 ): criação de repouso; entrada em Canaã; o resto da salvação (Mt 11:27 ); o resto da consagração (Mt 11:30 ); o resto do céu. Mas nesta passagem o pensamento predominante não é o descanso de consciência por meio da redenção, mas resto do coração através da entrega e obediência. O crente já está fora do Egito e caminhando para Canaã.

B. uma exortação para FIRMEZA (4: 14-15)

14 Tendo, portanto, um grande sumo sacerdote, quem atravessou os céus, Jesus, o Filho de Deus, retenhamos firmemente a nossa confissão. 15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; mas que em tudo foi tentado como nós, mas sem pecado.

Guardemos firme a nossa confissão (v. He 4:14 ). Sua Grande alta preparação Priestly não estava completa até que Ele foi restaurado para a Sua glória pré-encarnado, pela qual Ele orou em Sua oração sacerdotal (Jo 17:4 ). Assim, Ele que era Deus se fez homem, perfeitamente unidos em si mesmo a divindade ea humanidade, tornou-se o Deus-homem, passou por todas as experiências do homem, fez expiação pelo pecado do homem, a morte conquistou na Sua ressurreição, e depois subiu ao Pai em plena preparação e qualificação para a Sua Grande do alto cargo e função sacerdotal. Há Ele representa o interesse do homem diante de Deus. Mas é o próprio Deus, e assim como o homem-Deus no trono nos céus, Cristo é homem perfeitamente qualificado Grande Sumo Sacerdote.

Tentação de Cristo, enquanto na terra tem sido tratado no capítulo 4 , versículo 15 . A contribuição de Sua tentação de sua qualificação como do homem Grande Sumo Sacerdote tem sido tratado com percepção aguçada por Barclay:

Ele passou por tudo o que um homem tem que passar. Ele passou por nossa experiência humana. Ele é como nós em tudo, exceto que Ele surgiu de tudo completamente sem pecado. Agora, antes de voltar-se para examinar mais de perto o significado precioso disso, há uma coisa que devemos notar. O fato de que Jesus era sem pecado significa necessariamente que Ele sabia a profundidade e as tensões e agressões de tentação que a gente nunca sabe e nunca pode saber. Assim, longe de Sua batalha sendo mais fácil era imensamente mais difícil. Por quê? Por esta razão, nós caímos na tentação [exceto como somos sustentados pela graça de Deus] muito antes de o tentador colocou para fora toda a sua energia. Somos facilmente vencidos; nunca sabemos tentação no seu mais feroz e seu mais terrível, porque caímos [exceto para a graça de Deus] muito antes que esse estágio seja alcançado. Mas Jesus foi tentado como nós somos, e muito além do que nós somos. Pois em seu caso o tentador colocar tudo o que possuía para o ataque, e Jesus resistiu a ela. Pense nisso em termos de dor. Há um grau de dor que o corpo humano pode suportar e, em seguida, quando esse grau é atingido uma pessoa desmaia e perde a consciência; ele atingiu seu limite. Há agonias da dor que ele não conhece, porque não veio colapso. É assim com a tentação. Nós colapso antes tentação [exceto para a graça sustentadora de Deus], ​​mas Jesus foi para nosso estágio de tentação e muito além dele e ainda não entrou em colapso. É verdade que Ele foi tentado em todas as coisas como nós somos; mas também é verdade que nunca foi tentado como homem Ele era.

À luz destas disposições divinas e vantagens dos cristãos na Grã sumo sacerdócio de Cristo, os cristãos hebreus são exortados a manter firme a sua confissão. Eles foram provados, mas a sua vitória em Cristo estava certo. Para desistir significaria a sofrer o destino daqueles que pereceram no deserto. Para manter firme sua confissão significava que eles iriam manter a fé com Cristo. Isto assegurou sua vitória em Cristo.

C. uma exortação a ENTER (He 4:16)

16 Vamos, portanto, aproximar-se com ousadia ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça para ajudar -nos em tempo de necessidade.

Exortação final do autor é a relação pessoal com Cristo e apropriação de seus benefícios Sumo Sacerdote. Esta exortação implica, em primeiro lugar , uma relação pessoal clara e consciente entre o cristão e Cristo: Ter um grande sumo sacerdote (v. He 4:14-A ). Tal relacionamento pessoal é o único fundamento seguro para uma vida cristã bem sucedida. Em segundo lugar , implica propósito e persistência. A menos que a conclusão da vida cristã é o objetivo principal do crente, ele finalmente vai sacrificar Cristo por algum bem menor. Ele vai, como Paulo Tillich observa, fazer algo menos do que Deus em Cristo a sua preocupação final e, assim, tornar-se um idólatra. No terceiro exemplo, o autor reconhece a liberdade moral do homem e sua responsabilidade para empregar essa liberdade em seu acesso a provisões de Deus em Cristo: Vamos ... se aproximam com ousadia . Isso expressa uma atitude de temor reverencial que é produtiva de culto (conforme He 7:22. e He 11:6) é a garantia do homem da misericórdia divina. Misericórdia é a maior necessidade do homem pecador. Essa necessidade é satisfeita em Cristos trono da graça . O segundo homem benefício acha que ele se aproxima de sua grande sumo sacerdote, Jesus Cristo, é graça para ajudar ... em tempo de necessidade . O homem pecador recebe misericórdia quando ele vem para alta sacerdotal de Cristo trono da graça , mas ele acha graça quando ele se aproxima desse trono como um cristão. Um paralelo a este é visto em Mt 11:28 . Lá, o homem a pecar sobrecarregados Cristo promete: "Eu vos aliviarei" (v. Mt 11:28 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
Esse capítulo dá continuidade ao tema do descanso iniciado em 3:11. Essa seção usa a palavra "descanso" com cinco sentidos diferentes: (1) o descanso sabático de Deus em Gê-nesis 2:2 e emHe 4:4,He 4:12; (2) Canaã, o descanso de Israel depois de andar errante por quarenta anos (3:11, etc); (3) o presente descanso em Cristo do crente salvo (4:3,10); (4) o presente descanso de vitória (4:11); e (5) o futuro descanso eterno no céu (4:9). O descanso sabático de Deus é um tipo de nosso presen-te descanso da salvação depois de finalizada a obra de Cristo na cruz. Também é um retrato do eterno des-canso sabático de glória. O descan-so de Israel em Canaã é semelhante à vida de vitória e de bênçãos que desfrutamos quando andamos pela fé e declaramos nossa herança em Cristo. Esse capítulo apresenta qua-tro exortações em relação à vida de descanso.

I. Temamos (4:1-8)

Deus prometeu descanso ao povo de Israel, mas ele não pode desfru-tá-lo por causa da desobediência originada pela incredulidade. Hoje, Deus também promete descan-so a seu povo — paz em meio à provação e vitória, apesar de pro-blemas aparentemente insolúveis.

He 6:1 chama esse "descan-so" em nossa Canaã espiritual de deixar-se "levar para o que é perfei-to [maturidade]", 6:11, de "a plena certeza da esperança", e 6:12, de herdar "as promessas". Lembre-se que os leitores de Hebreus atra-vessavam um período de provação (10:32-39; 12:3-14; 13:
13) e esta-vam tentados, como o antigo Is-rael, a "voltar" à antiga vida. Deus prometera-lhes o descanso da vitó-ria, todavia eles corriam o risco de não atingir esse objetivo. O Senhor deu-lhes a Palavra, mas eles não a fizeram ser "acompanhada pela fé" (4:
2) e pela aplicação na vida de-les. Veja, mais uma vez, a impor-tância da Palavra do Senhor na vida do crente.

O argumento do autor é este: Deus prometeu descanso a seu povo (v. 1), porém Israel fracassou em entrar nesse descanso (4:6). A pro-messa dele ainda permanece válida, porque Josué (v. 8) não pôde dar-lhes descanso espiritual, embora os tenha liderado no descanso nacional (veja Js 23:1). Do contrário, Davi não te- ria, séculos mais tarde, falado sobre isso noSl 95:0 fala de um "descanso" de conclusão, de satisfação. É o "descanso sabá- tico da alma". Esse é o "descanso" de fé que Jesus promete em Ma-teus 11:28-30. Mt 11:28 fala do "descanso" (NVI) da salvação, e esse é um dom que recebemos pela fé; eMt 11:30, daquele que encon-tramos, dia a dia, quando tomamos o jugo dele e nos entregamos a ele. No versículo 1, a expressão "tema-mos, portanto", é a advertência de Deus para muitos de seus filhos que não conseguiram entrar na vida de descanso e de vitória.

II. Sejamos diligentes (4:9-12)

Nessa passagem, "obras" significa "ser diligente" — sejamos diligen-tes para entrar nesse descanso. "Ser diligente" é exatamente o oposto de "desviar-se" (2:1-3). Ninguém amadurece na vida cristã sendo descuidado ou preguiçoso. Veja as três exortações de Pedro para que os crentes sejam diligentes em 2 Pe-Dt 1:4-5 e 3:11-18. Repetiremos o fracasso de Israel e não entrare-mos no descanso nem na herança prometidos se não formos diligen-tes. (Lembre-se, isso não é salvação, mas vitória na vida cristã.)

Qual é o segredo para entrar nesse descanso? A Palavra de Deus. He 4:12 é a resposta para qual-quer condição espiritual. Não dei-xaremos de herdar a bênção se per-mitirmos que a Palavra nos julgue e exponha nosso coração. Israel pere-grinou por quarenta anos, porque se rebelou contra a Palavra e não con-seguia ouvir "a sua voz" (SI 95). A Pa-lavra do Senhor é uma espada (veja Ap 1:16; Ap 2:12-66; Ap 19:13; Ef 6:17). Ela discerne o coração (veja At 5:33 e 7:54, passagens em que, mais uma vez 1srael se recusa a entregar-se à Palavra). Muitos crentes perdem as bênçãos porque se recusam a ouvi- la e a prestar atenção a ela. O crente precisa aplicar fielmente a Palavra de Deus e ser diligente para alcançar a maturidade espiritual.

  • Conservemos firmes nossa confissão (4:14)
  • O versículo 14 não afirma: "Con-servemos firmes a nossa salvação". Nessa passagem, o autor refere-se realmente a "confissão — dizer a mesma coisa" (3:1; 10:23; 11:13). A "confissão" diz respeito ao teste-munho do crente de que tem fé em Cristo e à sua fidelidade em viver para Cristo e ganhar a bênção pro-metida. Leia 10:34-35. Os judeus que vaguearam pelo deserto per-deram sua confissão, embora ainda estivessem protegidos pela nuvem e libertos do Egito. Eles foram um tes-temunho infeliz do poder de Deus! O Senhor tirou-os do Egito, e eles não confiaram nele para fazê-los entrar na terra prometida. Eles per-deram as bênçãos de Deus por cau-sa da descrença.

    Isso explica por que o autor lembra seus leitores judeus dos grandes "heróis da fé" menciona-dos no capítulo 11. Todas essas pessoas enfrentaram dificuldades e provações, mas venceram-nas e mantiveram um bom testemunho. He 11:13 afirma que todas essas pessoas "confessaram" (a mesma palavra Dt 4:14) que eram "estrangeiros e peregrinos sobre a terra". Enoque deu um bom teste-munho antes de ser levado para o céu (11:5). No fim do capítulo, o autor resume tudo isso com as se-guintes palavras: "Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho" (11:39). Onde há fé, há bom tes-temunho; onde ela não existe, não há testemunho.

    De onde vem a fé? "E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo" (Rm 10:17). No Antigo Testamento, Israel não ouviu a Palavra, portanto não tinha fé. He 3:7,He 3:15 e 4:7 repetem a advertência: "Hoje, se ouvirdes a sua voz...". Os cristãos que ouvem a Palavra do Senhor e obedecem a ela mantêm uma boa confissão e não perdem seu testemunho diante do mundo.

  • Aproximemo-nos do trono da graça (4:15-16)
  • Esses versículos apresentam provas de que o crente não pode perder sua salvação. Temos um Sumo Sacerdo-te que conhece nossas fraquezas e as tentações que enfrentamos, pois passou pelos mesmos testes que nós passamos. Precisamos voltar-nos para o trono da graça quando che-gam os momentos de provação em busca da ajuda que apenas Cristo pode nos dar. Nos capítulos seguin-tes, o autor elabora mais esse tema, mas ele inclui essa exortação nesse ponto para que seus leitores não se sintam desencorajados por se senti-rem incapazes nem desistam. Claro que somos incapazes! Nenhum cris-tão tem força suficiente para cruzar o Jordão e derrotar o inimigo! No entanto, temos um grande Sumo Sacerdote que tem misericórdia e "graça para socorro em ocasião oportuna". (Esse é o sentido literal do versículo 1 6.)

    Por que, nesse ponto, o autor refere-se a um "trono"? Ele refere-se ao "propiciatório de ouro" de Êxo-Dt 25:1 7-22. A arca da aliança era uma caixa de madeira coberta de ouro. No topo da arca, Moisés pôs um "propiciatório" de ouro com um querubim em cada ponta. Esse propi-ciatório era o trono de Deus, em que ele se sentava em glória e governava a nação de Israel. Todavia, o propi-ciatório do Antigo Testamento não era um trono de graça, pois a nação estava sob o jugo da escravidão le-gal. "Porque a lei foi dada por inter-médio de Moisés; a graça e a verda-de vieram por meio de Jesus Cristo" (Jo 1:17). Cristo é o nosso Propicia- dor ("propiciação"; em 1Jo 2:2). E vamos a um trono de graça quando nos dirigimos a ele, não a um trono de julgamento, e ele se encontra co-nosco, fala conosco e nos fortalece.

    Leia esse capítulo mais uma vez e veja que o autor não nos ad-verte da perda de nossa salvação. Antes, ele encoraja-nos a viver na Palavra e em oração e a deixar que Cristo nos leve à nossa Canaã es-piritual, em que encontraremos repouso e bênção. O progresso espiritual é resultado da disciplina espiritual.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
    4.2 A palavra... Conforme Rm 10:16s e Is 53:1. A mensagem do evangelho exige a aceitação da fé. Acompanhada. Lit. "unida". A fé compromete o ouvinte com a mensagem; não se pode livrar da sua obrigação. Anunciadas as boas novas. Lit. "evangelizadas".

    4.4 Ao sétimo dia. O sábado cristão é guardado pela fé por aquele que descansa nas promessas de Deus em Cristo.

    4.5 Meu descanso. Deus compartilha conosco Seu próprio descanso (conforme Gn 2:3). Este descanso espiritual ficou à disposição dos homens desde o Éden, e o término da Criação, mas foi exposto claramente na Nova Criação.

    4.7,8 Sendo que Deus oferecia Seu descanso no tempo de Davi, fica patente que Ele não fala a conquista da terra da Palestina noSl 95:0). Este repouso é celestial, mas é usufruído nesta vida pela fé (conforme Jo 14:2, Jo 14:24). Descansou de suas obras. Quem confia na obra perfeita de Cristo que iniciou a Nova Criação não tentará ganhar a salvação por boas obras.

    • N. Hom. 4.12 O Potencial da Palavra de Deus.
    1) Sendo viva, concede a vida.
    2) Sendo eficaz, transforma o ouvinte fiel.
    3) Tendo dois gumes, corta primeiramente quem à usa e depois aqueles que recebem seu ministério.
    4) Sendo cortante, traz à luz os motivos obscuros do subconsciente (1Co 4:5).
    5) Apta para discernir (gr kritikos), julga os valores.

    4.13 Patentes. O gr tem o significado de um lutador que, tendo derrotado seu adversário, dobra o seu pescoço até a submissão total.

    4.14 Penetrou os céus. Cristo passou pelos céus para ocupar Sua suprema transcendência e autoridade (7,26; Ef 4:10; Fp 2:9-50).

    4.15 A divina majestade de Cristo, não nega em nada Sua humanidade. Ele simpatiza conosco porque sentiu o pleno poder da tentação.
    • N. Hom. 4.16 (vv. 1-16). A Poderosa Palavra de Deus.
    1) Ela nos adverte acerca dos perigos que enfrentamos (1-11).
    2) Revela o julgamento de Deus sobre a nossa natureza (12, 13).
    3) É a provisão divina para nossas necessidades (14-16).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
    O cap. 4 continua a mesma advertência iniciada em 3.6b acerca da possibilidade de se pôr a perder a entrada no descanso de Deus. Que há esse descanso o autor prova na sua forma típica de exegese por meio de uma citação de Gn 2:2: “ ‘No sétimo dia Deus descansou de toda a obra que realizara’ ” (v. 4). Que Deus deseja compartilhar esse descanso e que a promessa de entrada nesse descanso ainda é válida são fatos demonstrados por dois outros textos, ambos do Sl 95:0; conforme tb. A. C. Purdy, “Hebrews”, The Interpreter’s Bible, v. XI, p. 631). Se isso estava na mente do autor, então “descansa das suas obras” descreve a interrupção de atividade fútil feita em resistência a Deus, isto é, de obras mortas (conforme 9.14), para encontrar descanso numa vida de completa dependência dele — muito semelhante ao “contraste entre a vida de fé em Cristo e a vida de realização de obras da lei” em Paulo (Narborough, Comm., p. 95). Embora seja verdade que Deus não pode descansar de boas obras, mesmo assim o verbo hebraico (shãbath, do qual vem “sábado”) de fato significa “cessar, desistir, descansar”. “Deus descansou”, então, deve significar que Deus desistiu do (interrompeu o) que estava fazendo, i.e., de sua atividade na criação. E, quando um homem entra no seu descanso sabático, ele também deve desistir do que estava fazendo, nesse caso tentando atingir sua própria salvação. “De forma mais positiva, temos permissão para preencher a palavra com o significado derivado do desejo predominante do autor de uma adoração satisfatória a Deus. Esse descanso é paz na certeza do acesso a Deus que não é impedido por rituais que não podem tocar a consciência, e que se torna possível somente pela obra de Cristo da ‘purificação dos pecados’ que corrompem e nos impedem de atingir o alvo final da adoração” (Purdy, Comm., p. 631). Visto que isso agora está disponível, esforcemo-nos por entrar nesse descanso (v. 11).


    3) A impossibilidade de esconder de Deus a incredulidade (4.12,13)

    Visto que a incredulidade com frequência é uma questão do coração, muitas vezes ela escapa da observação dos homens, mas nunca de Deus, cuja palavra é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes (v. 12). Ela tem o poder de atingir diretamente as partes mais íntimas da nossa personalidade. Tem o poder de julgar (gr. kritikos) tanto os sentimentos quanto os pensamentos do coração (conforme Sabedoria 18.15ss). E capaz de discernir e decidir acerca do valor moral de um homem. A expressão “palavra de Deus” pode ser uma referência àquela mensagem falada pelos profetas, ou por Cristo e seus apóstolos, que em si mesma possui uma dinâmica tão intensa que quando ouvida e preservada cria algo novo (conforme Rm 1:16), ou pode simplesmente ser uma circunlocução para o próprio Deus, como às vezes se fazia. Observe que no v. 13 a “palavra” é deixada para trás, e aí estamos diante do próprio Deus — completamente expostos. O que realmente somos é exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.

    Com isso, o autor conclui a sua longa advertência e chega ao tópico que é mais precioso ao seu coração e que ele já mencionou duas vezes anteriormente (1.3b; 2.17,18) — isto é, o sacerdócio de Jesus.
    IV O SACERDÓCIO DE JESUS É APRESENTADO (4.14—5.10)


    1) Os sofrimentos do sacerdote e seu significado (4:14-16)

    Da advertência, o autor se volta agora para o consolo e encorajamento que ele associa inseparavelmente à obra sacerdotal de Cristo
    —    um tema que de forma muito real constitui o tema principal da carta. A vida de fé, embora difícil, não está privada de apoio exterior: temos um grande sumo sacerdote (v. 14) que pode nos ajudar (v. 16). E a grandeza desse sumo sacerdote é medida (a) pelo fato de que adentrou os céus para a presença de Deus, assim como o antigo sumo sacerdote passava pelo véu para o Lugar Santíssimo — o lugar do real serviço em favor dos homens, e (b) pelos nomes atribuídos a ele aqui: Jesus, o Filho de Deus. Esses nos contam que ele é tanto homem quanto Deus, tanto “compassivo quanto poderoso”. Portanto, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos (v.

    14). Essa exortação está fundamentada no fato de que o nosso sumo sacerdote também sofreu e foi tentado, pois essas experiências do Salvador têm grande importância para nós. Elas significam que há um incentivo para que perseveremos, pois embora Jesus tenha passado, como nós, [...] por todo tipo de tentação (v. 15), mesmo assim ele permaneceu fiel até o fim. Elas também significam que, porque ele sofreu e foi tentado, pode compreender de maneira compassiva o que estamos passando, pode ser sensível às nossas fraquezas e fazer algo para nos ajudar (v. 15,16). Portanto, aproximemo-nos [continuamente] do trono da graça [...] a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade (v. 16), e façamos isso com toda a confiança. Essa é a primeira afirmação, a ser repetida muitas vezes, indicando os resultados finais da obra sacerdotal de Cristo

    —    acesso livre à presença de Deus para todos que quiserem vir. A expressão “aproximar-se” (usada sete vezes em Hebreus) era um termo técnico empregado na LXX acerca dos sacerdotes que tinham permissão exclusiva de se aproximarem de Deus no serviço da adoração: Agora “o direito da aproximação sacerdotal é estendido a todos os cristãos” (Westcott, Comm., p. 108).

    O autor de Hebreus destaca o caráter divino desse novo sumo sacerdote começando com a descrição dele no seu papel cósmico como criador e Filho de Deus, mas ele também destaca a realidade da sua humanidade como nenhum outro autor do NT. Ele insiste, por exemplo, em que as tentações de Jesus não foram tentações forjadas — foram genuínas: passou por todo tipo de tentação, como nós. Gomo isso é possível se ao mesmo tempo ele era Filho de Deus? A sua natureza divina não o protegeria da possibilidade de pecar? Essa questão da possibilidade de Cristo pecar tem sido debatida por séculos, e ainda não há uma solução satisfatória para todos. Não pode ser discutida agora. Não obstante, pressupondo que era impossível para ele pecar, em virtude da natureza da sua pessoa, há também a possibilidade de se pressupor que ele não sabia que esse era o caso. Mc 13:32 sugere que o Filho, no seu papel encarnado, não era onisciente — há ao menos uma coisa registrada ali que ele não sabia. Se, então, havia uma coisa que ele não sabia, o desconhecimento de outros fatos também era possível, até mesmo com referência ao fato de ele saber ou não saber se podia pecar. De todo modo, embora Hebreus diga que ele viveu a sua vida sem pecado (v. 15; gr. chõris hamartias, lit. “à parte do pecado”, não significando “sem a capacidade de pecar”, mas “sem ter de fato pecado”), isso também deixa claro que Jesus experimentou tentações exatamente da mesma maneira que nós e que sua impecabilidade foi o resultado de “decisão consciente” da sua parte em meio a intensas lutas (conforme 5:7-9). Nunca podemos supor que sua vitória sobre o pecado foi “mera conseqüência formal da sua natureza divina”. Qualquer interpretação da pessoa de Cristo que de alguma forma diminua a força e genuinidade das suas tentações não pode ser correta.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 5 até o 18

    II. Os Argumentos Principais São Apresentados e Explicados. 1:5 - 10:18.

    A. Cristo "Maior que"; O Argumento da Superioridade. 1:5 - 7:28.

    O pensamento introduzido em He 1:4 estende-se agora através de uma sede de sete citações do V.T. Destas, cinco provam a superioridade de Cristo.


    Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 3 do versículo 7 até o 13


    5) A Superioridade do Descanso de Cristo contra o Descanso de Israel sob a Liderança de Moisés e Josué. 3:7 - 4:13.

    O princípio do descanso é a fé. Foi verdade para os israelitas quando entraram em Canaã, e é verdade para os crentes hoje em dia. O descanso da fé tem ambos, um significado presente e um significado futuro. Sl 95:7-11 foi usado para mostrar como ambas, advertência e promessa, foram relacionadas com o descanso de Israel em Canaã. A entrada na terra prometida estava condicionada à obediência.


    Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 10

    He 4:1 e 4. O exemplo da experiência do deserto aplica-se imediatamente às vidas dos crentes. A atitude do coração dos leitores passa a ser discutida em relação ao "descanso da fé", uma frase geralmente usada em relação a esta passagem das Escrituras. Duas opiniões básicas prevalecem quanto ao prometido descanso. A primeira coloca o descanso no futuro como sendo o descanso celestial, ou entrada no Reino de Deus (veja Gleason L. Archer, Jr., The Epistle to the Hebrews: A Study Manual, pág. 28, 29; Charles R. Erdman, The Epistle to the Hebrews, pág. 49, 50). A segunda opinião coloca mais ênfase sobre o descanso presente do que sobre o prometido descanso do futuro, embora este último não seja desprezado. Este "descanso da fé" é chamado de "plena submissão", a qual é considerada como uma experiência singular (Erdman, Ibid.). Esta segunda posição enfatiza a. presente realidade do "descanso da fé" como um cessar das nossas obras, o que coloca o crente em um relacionamento mais íntimo com Cristo.


    Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 5 até o 10

    5-10. Deus providenciou um descanso, e este descanso deve ser ocupado ou possuído. A incredulidade bloqueia a entrada no descanso de Deus enquanto a fé abre largamente a porta; e assim este descanso só está à disposição de verdadeiros cristãos. Josué não deu este descanso apenas a sua geração; portanto o descanso prometido continua à disposição. Portanto resta um repouso para o povo de Deus destinado para os crentes de hoje. É um repouso presente e também futuro que não depende de "obras", mas da fé dos crentes.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 13
    b) Exortação para entrar no descanso (He 4:1-58; He 12:15.

    Essa promessa de entrada no descanso de Deus é oferecida novamente aos homens mediante a pregação do Evangelho de Cristo (2). É isso que outorga aos homens de "Hoje" a oportunidade de "ouvir Sua voz". Mas, conforme as Escrituras do Antigo Testamento deixam claro, quando os homens escutam a Palavra proferida por Deus, podem usufruir das bênçãos que Ele promete somente quando se tornam vitalmente unidos a ela por meio da resposta positiva da fé (2); ou, seguindo um texto alternativo nos manuscritos, se confiadamente se associarem com aqueles que a obedecem (2). Embora Deus tivesse jurado que os israelitas incrédulos não entrariam em Seu descanso, fica claro, pela presente experiência dos crentes cristãos, que Cristo trouxe esse descanso até o alcance de Seu povo. Pois aqueles que se tornaram crentes em realidade estão entrando nesse mesmo descanso (3).

    >Hb 4:4

    Esse descanso de Deus tem existido, para os homens dele participarem, desde que a criação do mundo terminou; E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera (4). Esse descanso não consiste de mera inatividade; a palavra descreve a satisfação e o repouso da realização bem sucedida. Outrossim, as palavras das Escrituras que falam sobre esse assunto (Gn 2:2 e Sl 95:11) devem ser consideradas como a própria palavra e o testemunho de Deus sobre a questão. Essas palavras demonstram, primeiramente, que o próprio Deus descansou. Em segundo lugar, ainda que por implicação, indicam que Seu propósito claro é que os homens também entrem e compartilhem de Seu descanso. Sua palavra a respeito garante a sua certeza; Deus nunca profere palavras vãs. Em terceiro lugar, somos informados que aqueles para quem a oportunidade foi oferecida pela primeira vez, no deserto, falharam por não tê-la abraçado, em vista de sua incredulidade, e assim foram, pela palavra do mesmo Deus, solenemente proibidos de toda esperança de admissão ao Seu descanso: Não entrarão no meu descanso (3-5). Semelhantemente vemos que a herança até à qual o povo foi liderado por Josué não pode ser o descanso prometido, pois muito tempo depois de Josué, nos dias de Davi, Deus fala sobre uma nova oportunidade (Hoje) dos homens ouvirem Sua voz e entrarem em Seu descanso.

    >Hb 4:9

    É claro, por conseguinte, que Deus tenciona que Seu povo compartilhe de Seu próprio "repouso sabático" (9, margem). Essa é a recompensa que o Senhor tem reservado para eles. Entrada nesse repouso significa a cessação das próprias obras, tal como Deus descansou da obra da criação no Seu sábado de descanso. Portanto, tal alvo, em sua plenitude, é algo que jaz além desta existência. Não obstante, aqueles que encontram salvação e vida nova em Cristo, começam a experimentá-lo desde agora e nesta vida ainda. Assim, conforme o escritor sagrado já havia dito (3), aqueles que dão o passo decisivo e se tornam crentes cristãos, estão entrando no descanso de Deus. Já começaram a desfrutar de uma bênção que ainda não está consumada. Sua possessão é ao mesmo tempo atual e futura. Portanto, todos nós precisamos exibir zelo e intenso esforço para continuarmos nessa caminhada (11), a fim de que nem um só dentre nós venha a cair pelo caminho, tornando-se semelhante aos israelitas, que caíram no deserto (cfr. a esposa de Ló), outro exemplo de desobediência incrédula, ainda que semelhante. É algo muito solene tornar-se alguém uma testemunha negativa da verdade das promessas de Deus ao deixar-se "cair" ou "ficar para trás". É muito melhor ser uma testemunha positiva e entrar no descanso. Aqueles que têm ouvido a voz de Deus inexoravelmente se tornam uma coisa ou outra.

    >Hb 4:12

    É conveniente, nesse caso, considerar o caráter da Palavra com a qual somos confrontados, a palavra das Escrituras e do Evangelho, caso tenhamos de apreciar plenamente a responsabilidade sob a qual somos postos ao ouvi-la. Pois essa Palavra é a Palavra de Deus (12). Ela participa dos atributos do próprio Deus. Ela é viva e plena de atividade e poder de realização. Nela o próprio Deus acha-se ativo, pelo que ela jamais deixa de produzir resultado: traz salvação ou julgamento. Ela penetra até o mais íntimo do ser do homem, como se fosse um bisturi dissecador, e força uma aberta e radical divisão e distinção entre as coisas que diferem na vida humana. Põe sob juízo os pensamentos e as idéias da mente e da vontade humanas. Ela é o "crítico" (gr. kritikos) (aqui traduzida como apta para discernir) pelo qual somos julgados. Confrontado por ela, o homem é confrontado por Deus, perante Quem nada pode ser ocultado. De fato a Palavra de Deus nos deixa cônscios de que todas as coisas estão descobertas e patentes, plenamente expostas ao olhar perscrutador de Deus. E é justamente a Ele, o Deus onde se originou essa Palavra, que todos quantos ouvem-na (gr. logos) terão de finalmente dar uma resposta com sua própria palavra ou "prestação de contas" (gr. logos). Patentes (13). O termo grego significa "com a cabeça curvada para trás e o pescoço desnudo". Sugere a impossibilidade de ocultar o próprio rosto. Na prestação de contas final, todos deverão olhar para Deus e ser olhados por Ele, face a face.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16

    9. Entrando no descanso de Deus (Hebreus 4:1-13)

    Portanto, vamos temo que, enquanto uma promessa permanece de entrar em Seu descanso, qualquer um de vós que pareça ter vindo curto dele. Porque, na verdade, tivemos uma boa notícia pregou para nós, assim como a eles; mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porque não estava unida pela fé naqueles que a ouviram. Para nós, que acreditava que entramos no descanso, assim como Ele disse: "Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso", embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo. Pois Ele disse assim em algum lugar relativa ao sétimo dia, "E Deus descansou no sétimo dia, de todas as suas obras"; e mais uma vez nesta passagem: "Não entrarão no meu descanso." Desde, portanto, continua a ser para algumas pessoas a entrar nele, e aqueles que anteriormente tinha uma boa notícia pregou a eles não entraram por causa da desobediência, Ele novamente corrige um determinado dia, "Hoje", dizendo por Davi, depois de tanto tempo, assim como foi disse antes, "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações." Porque, se Josué lhes houvesse dado descanso, não teria falado de mais um dia depois disso. Portanto resta ainda um repouso sabático para o povo de Deus. Para aquele que entrou no descanso tem-se também descansou de suas obras, como Deus das suas. Vamos, portanto, ser diligente para entrar naquele descanso, para que ninguém caia, por seguir o mesmo exemplo de desobediência. Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, e de juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele, mas todas as coisas estão abertas e exposto aos olhos daquele com quem temos de fazer. (4: 1-13)

    Hebreus 4 continua o aviso para os judeus, mas que não respondem bem informadas, que começou em 3: 7. Esses judeus não só conhecia as verdades básicas do evangelho, mas tinha mesmo renunciou judaísmo. Ainda que eles não confiam em Cristo. O aviso, é claro, se aplica a qualquer um que está hesitando em comprometer-se totalmente a Jesus Cristo, e pode ser resumido: " Não endureçais os vossos corações , como Israel fez no deserto. " Os israelitas tinham deixado o Egito, mas que muitas vezes almejada para voltar. Eles se recusaram a confiar completamente no Senhor e, opressivo e decepcionante como era, a velha vida ainda tinha um apelo. Pararam no ponto crucial da decisão. Consequentemente, eles não foram autorizados a entrar na Terra Prometida e na de Deus resto . Assim é com muitos que são atraídos para Jesus Cristo. Forfeits UnFé resto, isto é pensamento do escritor.

    O significado da Rest

    O resto Inglês e da palavra grega ( katapausis ) que se traduz aqui têm significados semelhantes. A idéia básica é a de cessar de trabalho ou de qualquer tipo de ação. Você deixa de fazer o que você está fazendo. Ação, de trabalho, ou esforço é longo. Aplicado ao descanso de Deus, isso significa que não mais auto-esforço, tanto quanto a salvação está em causa. Significa o fim de tentar agradar a Deus pelos nossos, obras carnais débeis. Descanso perfeito de Deus é um descanso na livre graça.

    Rest, também significa liberdade de quaisquer preocupações ou perturba. Algumas pessoas não conseguem descansar mentalmente e emocionalmente, porque eles são tão facilmente irritado. Cada pequeno incômodo perturba-los e eles sempre me sinto incomodado. O resto não significa liberdade de todas as perturbações e dificuldades; isso significa que a liberdade de ser tão facilmente incomodado por eles. Significa ser interiormente tranquila, composto, pacífica. Para entrar no descanso de Deus significa estar em paz com Deus, para possuir a paz perfeita Ele dá. Que significa ser livre de culpa e até mesmo sentimentos de culpa desnecessários. Isso significa que a liberdade de se preocupar com o pecado, porque o pecado é perdoado. Descanso de Deus é o fim das obras legalistas e a experiência de paz no perdão total de Deus.
    Resto pode significar a deitar-se, ser resolvido, fixo, seguro. Não há mais está se deslocando sobre a frustração de um lado para o outro, não mais correndo em círculos. Em repouso de Deus estamos sempre estabelecido em Cristo. Estamos livres de correr da filosofia à filosofia, de religião para religião, de estilo de vida com o estilo de vida. Estamos livres de ser jogado por qualquer vento doutrinário, toda idéia ou modismo, que sopra em nossa direção. Em Cristo, estamos estabelecidos, enraizado, aterrada, inabaláveis. Isso é o descanso do cristão.
    Resto envolve restante confiante, mantendo a confiança. Em outras palavras, para descansar em alguma coisa ou alguém significa manter a nossa confiança nele ou ele. Para entrar no descanso de Deus, portanto, significa desfrutar da perfeita confiança, inabalável da salvação em nosso Senhor. Nós não temos mais razão para temer. Temos absoluta confiança e confiança no poder e cuidado de Deus.
    Descanso também significa que se apoiar. Para entrar no repouso de Deus significa que para o resto de nossas vidas e por toda a eternidade que possamos nos apoiar em Deus. Podemos ter certeza de que Ele nunca vai deixar de nos apoiar. Na nova relação com Deus, podemos depender dele para tudo e em apoio tudo-para, para a saúde, para a força, para que todos nós precisamos. É uma relação em que estamos confiantes e seguros de que nos comprometemos a nossa vida a Deus e que Ele o segura em perfeito, amor eterno. É uma relação que envolve ser resolvido e fixo. Não mais flutuando. Sabemos quem temos crido e estamos nEle.

    O resto falado em Hebreus 3 e 4 inclui todos esses significados. É cheio, abençoado, doce, gratificante, pacífica. É o que Deus oferece a cada pessoa em Cristo. É o resto retratado e ilustrado no resto Canaã que Israel nunca entendeu e nunca entrou em por causa da incredulidade. E assim como Israel nunca entrou resto Canaã por causa da incredulidade, então alma após alma desde aquela época, e mesmo antes, perdeu a salvação descanso de Deus por causa da incredulidade.

    Duas outras dimensões do descanso espiritual não serão encontradas em um dicionário-O Reino resto do Milênio e pelo descanso eterno dos céus. Estas são as expressões finais do novo relacionamento com Deus em Cristo, a relação que cuida de nós nesta vida, no Reino, e no céu para sempre.

    Hebreus 4:1-13 leva-nos mais profundamente esta verdade, ensinando quatro coisas sobre o descanso de Deus: a sua disponibilidade, os seus elementos, a sua natureza, e sua urgência.

    A disponibilidade de Descanso

    Portanto, vamos temo que, enquanto uma promessa permanece de entrar em Seu descanso, qualquer um de vós que pareça ter vindo curto dele. (4: 1)

    Por isso se refere, é claro, a incredulidade de Israel ea conseqüente falha em entrar no descanso de Deus Canaã. Como ilustrado pela sua experiência, não confiando em Deus é algo a ser temido. Jesus advertiu: "Não temais os que matam o corpo, mas são incapazes de matar a alma; temei antes aquele que é capaz de destruir a alma eo corpo no inferno" (Mt 10:28.). Somente Deus tem o poder para cometer uma pessoa para o inferno. Se Ele não acredita, Ele é o único, o único, a ser temido.

    O cristão não tem necessidade de temer , no sentido de dizer aqui. "Não tenhais medo, pequeno rebanho", disse Jesus, "porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino" (Lc 12:32). O único tipo de medo que um cristão deve ter é o de reverente temor (1Pe 2:17; Ap 14:7.; Conforme 13 26:42-13:27'>Lucas 13:26-27). O seu conhecimento e seu trabalho não estava unida com a fé. Judeus se orgulhavam do fato de que eles tinham a lei de Deus e ordenanças de Deus e os rituais de Deus. Eles foram especialmente orgulhosos de ser descendentes de Abraão. Mas Jesus advertiu que os verdadeiros filhos de Abraão acreditar e agir como Abraão fez (Jo 8:39). Paulo lembrou seus companheiros judeus que "Ele é judeu o que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra, e seu louvor não provém dos homens, mas de Deus" (Rm 2:29). Espiritualmente, um judeu descrente é uma contradição em termos.

    Se você executar uma luz vermelha e um policial puxa para cima e começa a dar-lhe um bilhete, você não mostrar-lhe sua cópia das leis de condução do Estado como sua defesa. Você não tenta estabelecer sua inocência, dizendo-lhe que você leu as livreto muitas vezes e sei que a maioria dos regulamentos de cor. Longe de fazer você inocente, isso faria você ainda mais responsável por viver de acordo com as leis e tudo o mais culpado por quebrá-los. Sabendo que a lei é uma vantagem somente se nós obedecê-la. "Porque, na verdade a circuncisão é de valor, se você praticar a lei", diz Paulo, "mas se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão" (Rm 2:25).

    Sendo um verdadeiro judeu sob a Antiga Aliança não era uma questão de ter a lei, mas de obedecê-la. Ser um verdadeiro cristão sob a Nova Aliança não é uma questão de saber o evangelho, mas de confiar nele. Ter uma Bíblia, lê-lo, conhecê-lo, levando-o à igreja todos os domingos, e até mesmo ensinando dela não nos fazem cristãos. Apenas confiando em Aquele a quem testemunha nos faz cristãos. "Você examinar as Escrituras, porque você acha que neles você tem a vida eterna", Jesus advertiu, "e são estes que dão testemunho de mim" (Jo 5:39). A questão não é o conhecimento ou de trabalho, mas a fé. Paulo estava feliz e grato para os cristãos de Tessalônica não simplesmente porque eles aceitaram o evangelho como a Palavra de Deus, mas porque acreditavam que (1Ts 2:13;.. Conforme 2Ts 2:13). Isso significa compromisso toda a vida ao Senhorio de Cristo.

    Ambos os lados positivos e negativos dessa verdade são categóricos, absoluta. Aqueles que acreditaram que entramos no descanso e aqueles que não acreditam que não entrarão no meu repouso . Crença e descrença são coisas muito sérias. Do lado humano, crença com nada mais vai nos salvar; descrença com tudo o resto vai nos condenar. Estes são os dois igualmente verdade lados do evangelho, que é boa notícia apenas para aqueles que aceitá-lo com todo o coração.

    Nossa Rest é descanso de Deus

    Um outro ponto deve ser feita aqui. O resto prometeu aos que acreditam que é meu repouso, ou seja, o descanso de Deus. Próprio descanso de Deus de Seu trabalho de criação, eo resto que Ele nos dá em Cristo, não são o resto causada por cansaço ou o resto de inatividade, mas são o resto da obra concluída. Suas obras foram acabadas desde a fundação do mundo. Deus terminou Sua obra. Deus fez tudo, e para quem quer entrar em Sua obra consumada e de participar do seu descanso, ele está disponível pela fé.

    Quando Deus terminou a criação, Ele disse (parafraseando brevemente Gen. 2): "Está feito. Eu fiz um mundo maravilhoso para homem e mulher. Eu dei-lhes tudo o terreno que eles precisam, incluindo um ao outro, para um completo .. e vida bela e gratificante Ainda mais importante, eles têm perfeita comunhão ininterrupta, unmarred Comigo agora posso descansar, e eles podem descansar em Mim ".

    Pois Ele disse assim em algum lugar relativa ao sétimo dia, "E Deus descansou no sétimo dia, de todas as suas obras." (4: 4)

    Sabbath resto foi instituído como um símbolo do verdadeiro descanso para vir em Cristo. É por isso que o sábado pode ser violada por Jesus, e completamente anulado no Novo Testamento. Quando o verdadeiro descanso Terra veio, o símbolo era inútil. "Portanto, que ninguém agir como seu juiz em relação a alimentos ou bebida, ou em relação a um festival ou uma lua nova ou um sábado dia-coisas que são uma mera sombra do que está por vir, mas a substância pertence a Cristo" (Colossenses 2:16-17).

    Adão e Eva eram completamente justo, quando foram criados. Eles andava e falava com Deus como regular e tão naturalmente como eles andaram e falaram um com o outro. Eles estavam em repouso, em seu original e seu sentido mais amplo. Eles confiaram em Deus para tudo. Eles não tinham ansiedades, sem preocupações, sem dor, sem frustrações, sem mágoas. Eles não precisam do perdão de Deus, porque não tinha pecado ser perdoado de. Eles não precisavam de Sua consolação, porque eles nunca estavam aflitos. Eles não precisavam de Sua incentivo, porque eles nunca falhou. Elas só precisavam de Sua comunhão, porque foram feitas por Ele. Este foi o seu "descanso" em Deus. Deus completou Sua obra perfeita e Ele descansou. Eles foram Sua obra perfeita e descansaram nEle.

    Mas algo terrível aconteceu. Quando Satanás começou a impugnar a Palavra de Deus e da integridade e amor, Adão e Eva escolheu acreditar Satanás. Eles confiavam nele e não a Deus. E quando eles perderam a confiança em Deus, eles perderam seu descanso. E a partir desse momento até agora, o homem sem Deus não foi apenas carne, mas inquieto. Todo o propósito da Bíblia e toda a obra de Deus na história humana tem um tema: trazer o homem de volta para seu descanso.
    Para conseguir isso, Deus teve que remover a barreira para seu descanso, a barreira que os separava Dele. Ele enviou Seu Filho para fazer exatamente isso, para fornecer novamente para o descanso do homem em seu Criador. Através de homens a morte de Cristo são novamente oferecidas vida. O descanso é um outro nome para a vida, a vida como Deus quis que fosse. Mesmo as pessoas que viveram antes de Jesus foram salvos com base em o que Deus iria fazer através do Seu Filho. Pecados furo Cristo passados ​​e futuros, e através de resto é ele Deus está disponível para qualquer um que acredita.
    Aqueles que pecou enquanto vagando no deserto, não só perdeu Canaã. A menos que eles exerceram fé pessoal em Deus em algum momento durante os 40 anos, que também perdeu eterna de vida que Canaã era apenas um símbolo.

    Decreto Divino

    E mais uma vez nesta passagem: "Não entrarão no meu descanso." Desde, portanto, continua a ser para algumas pessoas a entrar nele, e aqueles que anteriormente tinha uma boa notícia pregou a eles não entraram por causa da desobediência. (4: 5-6)

    Resto ainda permanece . Por quê? Porque Deus não poderia cortá-lo. Isso significaria Ele começou algo que não valia a pena completar. Mas Ele não faz essas coisas. Deus não estabeleceu descanso para a humanidade para nada. O resto Ele providenciou, alguém vai entrar: Resta alguma para entrar nele . Quando o homem perdeu o descanso de Deus, Deus começou imediatamente um processo de recuperação. Por meio de Seu Filho, Jesus Cristo, alguns seriam trazidos de volta. Ele criou o homem para a comunhão com Ele, e Seu plano não seria frustrada, seja por um arcanjo rebelde ou descrendo humanidade. Por decreto divino, portanto, sempre houve um remanescente de crentes, mesmo entre a maioria descrente Israel. (Rm 11:5, Jo 6:65). A fé pessoal é necessário antes que Deus possa aplicar Sua redenção para nós. Contudo, a nossa fé pessoal é eficaz porque o Pai nos desenhado pela primeira vez ao Filho. Porque Deus quer que sejamos salvos, nós podemos ser salvos. Apenas desobediência nos mantém fora.

    Ação Imediata

    Ele novamente corrige um determinado dia, "Hoje", dizendo por Davi, depois de tanto tempo, assim como já foi dito antes, "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações." (4: 7)

    O terceiro elemento do resto é a ação imediata. Deus corrige um determinado dia, "Hoje". Oportunidade para o descanso de Deus permanece, mas não permanecerá indefinidamente. Para cada indivíduo que vai acabar antes ou com a morte; e para toda a humanidade vai acabar no último dia. A era da graça não é para sempre. É por isso que uma ação imediata é uma base de entrar no descanso de Deus, de ser salvo. É por isso que Paulo disse: "Agora é" o tempo aceitável, "eis que agora é" o dia da salvação "(2Co 6:2). Há um descanso que resta para o povo de Deus, e em Israel do Antigo Testamento é designado o povo de Deus. Seu descanso espiritual é prometida primeiro a Israel, e Ele não será completamente com ela até que ela entra em seu descanso.

    Ele é o futuro

    Para aquele que entrou no descanso tem-se também descansou de suas obras, como Deus das suas. (04:10)

    De Deus resto também é futuro. Em sua visão na ilha de Patmos, o apóstolo João ouviu estas palavras bonitas do céu: "Escreve: Bem-aventurados os mortos que morrem no Senhor de agora em diante! "Sim", diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham "(Ap 14:13). Acredito He 4:10 antecipa que dia final quando deixamos de todo esforço e todo o trabalho e entrar na presença de Jesus Cristo. Ele inclui o resto prometido a Israel, o resto final quando ela e todas as outras pessoas de Deus deixará de trabalhar e descansar como Deus fez quando ele terminou sua criação. Essa é a realidade de descanso sabático.

    A urgência de Repouso

    Vamos, portanto, ser diligente para entrar naquele descanso, para que ninguém caia, por seguir o mesmo exemplo de desobediência. Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, e de juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele, mas todas as coisas estão abertas e exposto aos olhos daquele com quem temos de fazer. (4: 11-13)

    A necessidade de Deus resto é urgente. A pessoa deve diligentemente, com o propósito intensa e preocupação, prendê-lo. Não é que ele pode trabalhar o seu caminho para a salvação, mas que ele deveria procurar diligentemente entrar no descanso de Deus, pela fé, para que ele, como os israelitas no deserto, perder a oportunidade.

    Deus não pode ser tratada com leviandade. Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e ... capaz de discernir os pensamentos e intenções do coração. No contexto imediato esse versículo significa que os leitores que hesitam em confiar em Cristo, que estão considerando mesmo caindo de volta para o judaísmo, o melhor que seja urgente e diligente na busca de entrar no descanso de Deus, porque a Palavra de Deus é viva. Ele não é estático, mas ativo-ativo constantemente. Ele pode perfurar direita para dentro da parte mais interna do coração para ver se a crença é verdadeira ou não.

    Assim, a Palavra de Deus não é só salvar e reconfortante e nutritivo e cura, é também uma ferramenta de julgamento e execução. No dia do grande julgamento Sua Palavra vai penetrar e pôr a nu todos os corações que não confiaram nele. A farsa e hipocrisia será revelado e nenhuma profissão de fé, não importa o quão ortodoxo, e não existe uma lista de boas obras, não importa quão sacrificial, vai contar para nada diante dele. Apenas os pensamentos e intenções do coração vai contar. A Palavra de Deus é o discerner perfeito, os perfeitos Kritikos (da qual nós temos "crítico"). Ele não só analisa todos os fatos perfeitamente, mas todos os motivos e intenções e crenças, assim, que até mesmo o mais sábio dos juízes humanos ou críticos não podem fazer. A espada da Sua Palavra não fará erros de julgamento ou execução. Todos os disfarces será rasgado e só a pessoa real será visto.

    A palavra traduzida aberto teve dois usos distintos nos tempos antigos. Ele foi usado de um lutador de tomar o seu adversário pelo pescoço. Nesta posição, os dois homens eram inevitavelmente face a face. O outro uso foi em relação a um julgamento criminal. Um punhal afiado seria ligado ao pescoço do acusado, com o ponto logo abaixo do queixo, para que ele não podia abaixar a cabeça, mas teve que enfrentar o tribunal. Ambos os usos tinha a ver com situações graves face-a-face. Quando um descrente vem sob o escrutínio da Palavra de Deus, ele será inevitavelmente cara-a-cara com a verdade perfeita sobre Deus e sobre si mesmo.

    À luz de tais certo e perfeito juízo e de tal resto linda e maravilhosa, por que qualquer pessoa que endurecer o coração de Deus?

  • O nosso Grande Sumo Sacerdote (Hebreus 4:14-16)
  • Desde então, nós temos um grande sumo sacerdote que penetrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Para não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas aquele que foi ele tentado em todas as coisas como nós somos, mas sem pecado. Vamos, portanto, aproximar-nos com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna. (4: 14-16)

    O Espírito Santo continua a apelar aos judeus que ouviram o evangelho e virou do judaísmo, mas ainda não aceitou a Cristo. Ele vem dizendo, com efeito, "Você sabe que sua insatisfação com o judaísmo e com suas próprias vidas. Você sabe que a superioridade de Jesus aos profetas, anjos, e Moisés, e os perigos de não confiar em Cristo e de sua necessidade para Ele. O que está impedindo de tomar a decisão final? " Hebreus 4:1-13 foi um apelo urgente para não atrasar em aceitar a salvação de Deus, Seu descanso perfeito, em Jesus Cristo.

    Até agora, o recurso tem sido amplamente negativo: se você não acredita, você estará fadado-forever longe de Deus e Seu descanso. A Palavra de Deus tem sido demonstrado em seu tudo vê e papel crítico, como uma espada de dois gumes (4:12).
    O perigo do inferno é certamente real, e qualquer pregador, especialmente quando se tenta alcançar o não-não salvo é fiel ao evangelho se ele evita essa verdade. Porque é verdade, e porque é tão terrivelmente importante, que deve ser pregado e ensinado. Evitar não é apenas ser infiel à Palavra de Deus, mas também ser infiel às necessidades dos não salvos. Para chorar "Fogo!" num edifício lotado onde não há fogo não é apenas contra a lei, mas extremamente cruel e perigoso. Mas não para chorar "Fogo!" quando um edifício é em chamas é ainda mais cruel e perigoso. Feito no espírito e na forma correta, os incrédulos sobre os perigos do inferno aviso é um dos maiores Gentilzas podemos mostrá-los.

    A mensagem positiva

    A mensagem agora se volta para o lado positivo do evangelho. Salvação faz mais do que manter-nos para fora do inferno, infinitamente mais. Muitas pessoas têm uma caricatura do fundamentalismo, ou evAngelicalalismo, como não tendo nenhuma mensagem, mas "fogo e enxofre, inferno e da condenação."
    A salvação não só salva da morte espiritual, que traz vida espiritual. Deve ser procurada não só por causa do que vai acontecer com a gente, se não aceitá-lo, mas por causa do que vai acontecer com a gente, se fizermos. O que acontece conosco quando aceitamos que se baseia em quem é Jesus. Se não houvesse nenhuma outra razão no universo para ser salvo, quem é Jesus seria motivo suficiente. Entrando em uma relação viva com Ele é a maior experiência que uma pessoa pode ter. Para andar na comunhão de Cristo vivo seria uma coisa gloriosa, mesmo se não houvesse inferno para escapar. Portanto, temos razão para receber Jesus Cristo e entrar no descanso, não só por causa do medo do seu juízo de Deus, mas por causa de sua beleza, não só por causa da sua ira, mas também por causa de Sua graça, não só porque ele é um juiz, mas porque Ele é também um sumo sacerdote misericordioso e fiel.
    Três coisas fazem Jesus nosso grande Sumo Sacerdote-Seu sacerdócio perfeito, Sua Pessoa perfeito, e sua provisão perfeito. Porque Ele é perfeito nesses aspectos, Ele é único verdadeiro Sumo Sacerdote de Deus. Todos os outros, não importa quão fiel, mas eram símbolos do Seu sacerdócio.

    Seu Sacerdócio Perfeito

    Desde então, nós temos um grande sumo sacerdote que penetrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, retenhamos firmemente a nossa confissão. (4:14)

    Ao longo do livro de Hebreus o sumo sacerdócio de Jesus Cristo é exaltado. No capítulo 1 Ele é visto como aquele que fez "a purificação dos pecados" (v. 3). No capítulo 2 Ele é "misericordioso e fiel sumo sacerdote" (v. 17) e no capítulo 3 Ele é "o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão" (v. 1). Capítulos 7:9 foco quase que exclusivamente no sumo sacerdócio de Jesus. Aqui (4:14), ele é chamado um grande sumo sacerdote .

    Os sacerdotes da antiga Israel foi escolhido por Deus para ser mediadores entre Ele e Seu povo. Somente o sumo sacerdote podia oferecer o maior sacrifício sob a Antiga Aliança, e que ele fez apenas uma vez por ano, no Dia da Expiação (Yom Kippur). Todos os pecados do povo foram levados simbolicamente para o Santo dos Santos, onde o sangue era aspergido sobre o propiciatório como um sacrifício para expiar-los. Como nenhum outro instrumento humano podia, ele representava Deus perante o povo e as pessoas diante de Deus.

    À medida que aprendemos a partir de Levítico 16, diante do sumo sacerdote podia nem entrar no Santo dos Santos, e muito menos oferecer um sacrifício lá, ele teve que fazer uma oferta para si mesmo, uma vez que ele, assim como todos aqueles que ele representava, era um pecador.Não só isso, mas o seu tempo no Santo dos Santos era limitado. Ele foi autorizado a permanecer na presença da glória Shekinah de Deus só enquanto ele estava fazendo o sacrifício.

    Para entrar no Santo dos Santos, o padre teve que passar por três áreas no Tabernáculo ou do Templo. Ele tomou o sangue e atravessou a porta para o átrio exterior, através de outra porta para o Lugar Santo, e, em seguida, através do véu para o Santo dos Santos. Ele não se sentar ou atrasar. Assim que o sacrifício foi feito, ele saiu e não voltou por mais um ano.
    Todos os anos, ano após ano, outro Yom Kippur era necessário. Entre esses sacrifícios a todos os anuais dia, dia após dia-milhares de outros sacrifícios foram feitos, de produtos e de animais. O processo nunca foi terminado, nunca concluída, porque o sacerdócio não era perfeito e os sacrifícios não eram perfeitos.
    Jesus, nosso Sumo Sacerdote, depois de ter feito o one-time, o sacrifício perfeito na cruz, também passou por três áreas. Quando Ele atravessou os céus, ele passou o primeiro céu (a atmosfera), o segundo céu (espaço), e ao terceiro céu (morada de Deus; 2 Cor. 12: 2-4). Jesus foi até onde o próprio Deus, e não simplesmente a Sua glória, habita. Este é o mais sagrado de todos os santos. Mas Jesus não tinha que sair. Seu sacrifício foi feito uma vez por todas. O sacrifício foi perfeito eo Sumo Sacerdote foi perfeito, e sentou-se por toda a eternidade na mão direita do Pai (He 1:3).

    O nosso grande Sumo Sacerdote não passou pelo Tabernáculo ou do Templo. Ele atravessou os céus . Quando ele chegou lá Sentou-se, e Deus disse: "Eu estou satisfeito. Meu Filho, Jesus Cristo, realizada a expiação por todos os pecados de todos os tempos para todos aqueles que vêm a Ele pela fé e aceitar o que Ele fez por eles. " O apelo Dt 4:14, portanto, é para os judeus ainda não confirmadas para aceitar Jesus Cristo como seu verdadeiro Sumo Sacerdote. Eles devem demonstrar que sua confissão é verdadeira possessão por apegar-se-Lo como seu Salvador. Isso enfatiza o lado humano da segurança do crente. Os verdadeiros crentes se apegam , como Deus considera-los rapidamente.

    O Fim do Sacerdócio e sacrifícios judaicos

    Jesus foi crucificado menos de quarenta anos antes de Jerusalém foi destruída em AD 70. Com ele foi destruído o Templo, o único lugar onde poderiam ser feitos sacrifícios. De pouco depois da época de Cristo, portanto, não há sacrifícios judaicos foram feitas pelo mesmo até o presente momento. Consequentemente, não houve necessidade de um sacerdócio judeu desde aquela época. Yom Kippur ainda é comemorado como um dia santo, o maior santo dia, mas não há sacerdotes estão envolvidos e não há sacrifícios são oferecidos, porque não há sacerdotes para fazer os sacrifícios e nenhum templo em que para lhes oferecer.

    O fim de todas Sacerdócios ritualísticos e Sacrifícios

    No sacerdócio cristão foi estabelecido por Cristo ou os apóstolos. Pedro se refere à igreja, que é a todos os crentes, como um "sacerdócio santo" e um "sacerdócio real" (1Pe 2:5). Os cristãos, como Deus redimiu, são tipos de sacerdotes, no sentido geral de que somos responsáveis ​​por trazer Deus para outros homens através da pregação e ensino de Sua Palavra e para trazer os homens a Deus através do nosso testemunho. Mas nenhuma ordem especial de sacerdócio ou sistema de sacrifícios ou é ensinada ou reconhecida no Novo Testamento.Todos os pedidos de mediação sacerdotal especial entre Deus e os homens-em oferecer o perdão pelos pecados, fazendo expiação dos pecados por supostamente repetir o sacrifício de Cristo por meio de um ritual, ou qualquer outra reivindicação ou prática é totalmente anti-bíblica e pecaminoso. É aberto desafio da obra completa de Jesus Cristo.

    Qualquer sacerdócio religiosa formal na terra implica agora que a expiação final e perfeito para o pecado ainda não foi feita. É igual à rebelião de Corá, Datã e Abirão, a quem a terra engoliu, porque Deus estava com tanta raiva de sua presunção ímpios (Num. 16). Não há absolutamente nenhum lugar na economia do cristianismo para o sacerdócio. Qualquer que se estabelece é ilegítima e uma afronta direta ao sacerdócio total e definitiva de Jesus Cristo.

    Temos o nosso perfeito e grande Sumo Sacerdote e Ele já fez, uma vez por todas, o único sacrifício que nunca terá de ser feita para o pecado, o único sacrifício eficaz que poderia ser feito para o pecado. Qualquer outro padre que tenta reconciliar os homens e Deus é uma barreira ao invés de um mediador. Pela fé em Jesus Cristo, qualquer pessoa pode entrar diretamente na presença de Deus. Quando Jesus morreu, o véu do templo rasgou-se de cima para baixo. O acesso a Deus foi escancarada para quem viria em Seus termos.

    Sua Pessoa Perfeito

    Para não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas aquele que foi ele tentado em todas as coisas como nós somos, mas sem pecado. (4:15)

    No final do versículo 14 o nosso grande Sumo Sacerdote é novamente identificada como Jesus, o Filho de Deus . Aqui, juntos, são o seu nome humano, Jesus, eo Seu título divino, Filho de Deus. Estas duas partes de Sua natureza também se refletem no versículo 15.

    A humanidade de Jesus

    A maioria das pessoas parecem pensar em Deus como sendo distante da vida humana e preocupações. Jesus era o próprio Filho de Deus, mas a Sua divindade não o impediu de experimentar nossos sentimentos, nossas emoções, nossas tentações, nossa dor. Deus se fez homem, Ele tornou-se Jesus, para compartilhar triunfalmente a tentação e os testes e o sofrimento dos homens, a fim de que ele seja um Sumo Sacerdote solidário e compreensivo.
    Quando eu estou preocupado ou machucar ou desanimado ou fortemente tentado, queremos compartilhar nossos sentimentos e necessidades com quem entende. Jesus pode compadecer das nossas fraquezas . A frase "Ninguém entende como Jesus" no hino bem conhecido não é apenas bonita e encorajador, mas absolutamente verdadeiro. O nosso grande Sumo Sacerdote, não só é perfeitamente misericordioso e fiel, mas também perfeitamente entendimento. Ele tem uma capacidade inigualável para simpatizar com a gente em todos os perigos, em todas as provas, em qualquer situação que aconteça em nosso caminho, porque Ele tem sido por tudo isto. No túmulo de Lázaro corpo de Jesus balançou em luto. No Jardim do Getsêmani, pouco antes de sua prisão, ele suou gotas de sangue. Ele experimentou todo tipo de tentação e de testes, todo o tipo de vicissitude, todo tipo de circunstância que qualquer pessoa nunca irá enfrentar. E Ele está à direita do Pai agora intercedendo por nós.

    Jesus não só tinha todos os sentimentos de amor, preocupação, decepção, tristeza e frustração que nós temos, mas ele tinha muito mais amor, preocupações infinitamente mais sensíveis, as normas infinitamente superiores de justiça, e perfeita consciência do mal e os perigos do pecado . Assim, contrariamente ao que estamos inclinados a pensar, Sua divindade fez Suas tentações e provações incomensuravelmente mais difícil para ele de suportar do que os nossos são para nós.
    Deixe-me dar uma ilustração para ajudar a explicar como isso pode ser verdade. Nós sentir dor quando estamos feridos, dor, por vezes extrema. Mas se ela se tornar muito grave, vamos desenvolver uma dormência temporária, ou que pode até desmaiar ou entrar em choque. Eu me lembro que quando eu fui jogado para fora do carro e derrapou na minha volta na estrada, eu senti dor por algum tempo e depois não sentiu nada. Nossos corpos têm maneiras de desligar a dor quando ela se torna muito para aguentar. As pessoas variam muito em suas threshholds dor, mas todos nós temos um ponto de ruptura. Em outras palavras, a quantidade de dor que pode suportar não é ilimitada. Podemos concluir, portanto, que há um grau de dor que nunca vai experimentar, porque os nossos corpos se desligará a nossa sensibilidade, de uma forma ou de outra, talvez até mesmo por morte antes de chegar a esse ponto.
    Um princípio similar opera em tentação. Há um grau de tentação que nós nunca pode experimentar simplesmente porque, não importa o que a nossa espiritualidade, vamos sucumbir antes de alcançá-lo. Mas Jesus Cristo não tinha essa limitação. Desde que ele era sem pecado, Ele tomou toda a extensão de tudo o que Satanás poderia jogar para ele. Ele não tinha nenhum sistema de choque, sem limite de fraqueza, para desligar a tentação em um determinado ponto. Uma vez que Ele nunca sucumbiu, Ele experimentou todas as tentações ao máximo. E Ele experimentou-o como um homem, como um ser humano. Em todos os sentidos Ele foi tentado como nós somos, e muito mais. A única diferença era que ele nunca pecou. Por isso, quando chegamos a Jesus Cristo, podemos lembrar que Ele sabe tudo o que sabemos, e muita coisa que não sabemos, sobre a tentação, e testes, e dor. Nós não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas .

    Esta verdade foi especialmente surpreendente e inacreditável para os judeus. Eles sabiam que Deus era santo, justo, sem pecado, perfeito, onipotente. Eles sabiam que seus atributos divinos e natureza e não podia compreender sua dor experimentando, e muito menos a tentação. Não só isso, mas sob tratos de a Antiga Aliança Deus com o Seu povo estava mais indireto, mais distante. Com exceção de casos especiais e raros, mesmo os crentes fiéis não experimentar a Sua proximidade e intimidade na maneira que todos os crentes agora pode. Os judeus acreditavam que Deus era incapaz de compartilhar os sentimentos dos homens. Ele era muito distante, muito distante na natureza do homem, para ser capaz de se identificar com os nossos sentimentos e tentações e problemas.
    Se simpatia compreensão de Deus era difícil para os judeus, era ainda mais difícil para a maioria dos gentios daquele dia. Os estóicos, cuja filosofia dominou a maior parte da cultura grega e romana na época do Novo Testamento, acreditava que a principal atributo de Deus era a apatia. Alguns acreditavam que Ele era, sem sentimentos ou emoções, de qualquer tipo. Os epicuristas alegou que os deuses vivem Intermundia , entre os mundos físico e espiritual. Eles não participaram em qualquer mundo, e por isso não poderia ser esperado para compreender os sentimentos, problemas e necessidades dos mortais. Eles foram completamente separado da humanidade.

    A idéia de que Deus poderia e identificar-se com os homens em suas provações e tentações foi revolucionário para judeus e gentios. Mas o escritor de Hebreus está dizendo que temos um Deus, não só "quem está lá", mas um "que esteve aqui."

    Pontos Fracos não se refere diretamente ao pecado, mas a fraqueza ou enfermidade. Refere-se a todas as limitações naturais da humanidade, que, no entanto, incluir a responsabilidade para o pecado. Jesus sabia em primeira mão a unidade da natureza humana para o pecado. Sua humanidade era o Seu campo de batalha. É aqui que Jesus enfrentou e lutou pecado. Ele foi vitorioso, mas não sem a mais intensa tentação, sofrimento e angústia.

    Em todo esse esforço, no entanto, Jesus era sem pecado ( hamartia Choris ). Ele estava completamente além de, separado, o pecado. Estas duas palavras gregas expressar a absoluta ausência de pecado. Embora Ele foi impiedosamente tentados a pecar, não a menor mácula de ele nunca entrou em sua mente ou foi expresso em Suas palavras ou ações.

    Alguns podem se perguntar como Jesus pode identificar completamente com a gente, se Ele realmente não pecar como nós. Foi enfrentando o pecado de Jesus com Sua perfeita justiça e da verdade, no entanto, que o qualifica. Meramente experimentando algo não nos dá compreensão. Uma pessoa pode ter muitas operações de sucesso sem entender nem um pouco sobre a cirurgia. Por outro lado, o médico pode realizar milhares de operações complicadas e bem-sucedidas, sem nunca ter tido a si mesmo cirurgia. É o seu conhecimento da doença ou distúrbio e sua habilidade cirúrgica em tratá-la que o qualifica, não o fato de ter tido a doença. Ele tem grande experiência com a doença muito maior experiência com ele do que qualquer um de seus pacientes de ter confrontado-lo em todas as suas manifestações. Jesus nunca pecou, ​​mas Ele entende pecar melhor do que qualquer homem. Ele tem visto com mais clareza e lutou-lo mais diligentemente do que qualquer um de nós jamais poderia ser capaz de fazer.

    Impecabilidade sozinho pode estimar corretamente o pecado. Jesus Cristo não pecou, ​​não podia pecar, não tinha capacidade para o pecado. No entanto, suas tentações ainda mais terrível, porque Ele não iria cair e suportou-los ao extremo. Sua impecabilidade aumentou sua sensibilidade para com o pecado. ". Considerai, pois aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que você não se cansem nem desanimem Você ainda não resistiu ao ponto de sangue derramando em sua luta contra o pecado" (Hb 12:3-4. ). Se você quiser falar com alguém que sabe o que é pecado sobre, falar com Jesus Cristo. Jesus Cristo conhece o pecado, e Ele sabe e entende nossa fraqueza. O que quer que Satanás traz o nosso caminho, não há vitória em Jesus Cristo. Ele entende; Ele esteve aqui.

    Dr. João Wilson disse muitas vezes a seguinte história. Booth Tucker estava realizando reuniões evangelísticas na grande Citadel Exército de Salvação em Chicago. Uma noite, depois de ter pregado sobre a simpatia de Jesus, um homem aproximou-se e perguntou ao Sr. Tucker como ele poderia falar sobre um amor, compreensão, Deus simpático. "Se a sua esposa tinha acabado de morrer, como a minha tem", disse o homem, "e seus bebês estavam chorando por sua mãe que nunca mais voltaria, você não estaria dizendo o que você está dizendo."
    Poucos dias depois, a esposa do Sr. Tucker foi morto em um acidente de trem. Seu corpo foi trazido para Chicago e levado para a Citadel para o funeral. Após o culto, o pregador enlutada olhou para o rosto silencioso de sua esposa e, em seguida, virou-se para aqueles que estavam participando. "No outro dia, quando eu estava aqui", disse ele, "um homem me disse que, se a minha mulher tinha acabado de morrer e meus filhos estavam chorando por sua mãe, eu não seria capaz de dizer que Cristo era compreensivo e solidário, ou que Ele era suficiente para todas as necessidades. Se esse homem está aqui, eu quero dizer a ele que Cristo é suficiente. Meu coração está partido, ele é esmagado, mas tem uma música, e Cristo colocá-lo lá. Eu quero dizer que homem que Jesus Cristo fala conforto para mim hoje. " O homem estava lá, e ele veio e se ajoelhou ao lado do caixão enquanto Booth Tucker apresentou-o a Jesus Cristo.

    Nós temos um sumo sacerdote Simpático, cujo sacerdócio é perfeito e cuja Pessoa é perfeito.

    Sua perfeita provisão

    Vamos, portanto, aproximar-nos com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna. (4:16)

    Aquele que nos compreende perfeitamente também irá fornecer para nós perfeitamente. "Nenhuma tentação ultrapassou você, mas, como é comum ao homem, e Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além do que você é capaz, mas com a tentação, vos proverá livramento, de que você pode ser capaz suportá-lo "(1Co 10:13). Jesus Cristo conhece as nossas tentações e vai levar-nos para fora deles.

    Venha para o Trono da Graça de Deus

    Mais uma vez, o Espírito Santo atrai aqueles que ainda estão indecisos sobre a aceitação de Cristo como seu Salvador. Eles não devem apenas manter-se de voltar para o judaísmo, mas eles devem segurar a sua confissão de Cristo e, por fim, e necessariamente, passar a se aproximar com confiança ao trono da graça .

    A maioria dos antigos governantes foram inacessível pelas pessoas comuns. Alguns nem sequer permitem que seus funcionários mais alto nível, para vir diante deles sem permissão. Rainha Ester arriscou sua vida em que se aproxima o rei Assuero, sem convite, mesmo que ela era sua esposa (Ester 5:1-2). No entanto, qualquer pessoa penitente, não importa quão pecador e indigno, pode aproximar-se do trono de Deus, em qualquer momento de perdão e salvação, confiante de que ele será recebido com misericórdia e graça .

    Pelo sacrifício de Si mesmo de Cristo, o trono do juízo de Deus é transformado em um trono de graça para aqueles que confiam nEle. Como os sacerdotes judeus, uma vez por ano, durante séculos, polvilhado de sangue sobre o propiciatório para os pecados do povo, Jesus derramou Seu sangue uma vez por todas o tempo pelos pecados de todos os que nele crê. Essa é a Sua perfeita provisão.

    A Bíblia fala muito da justiça de Deus. Mas quão terrível para nós, se Ele fosse só agora, e não também gracioso. O homem pecador merece a morte, a sentença da justiça; mas ele precisa de salvação, o dom da graça. É para o próprio trono de esta graça de que qualquer pessoa pode agora vir com confiança e segurança. É o trono da graça porque a graça é dispensado lá.

    Como é que alguém pode rejeitar tal sumo sacerdote, como um Salvador-que não só nos permite vir diante do Seu trono da graça e ajuda, mas pede a nós para entrar em confiança? Seu Espírito diz: "Venha corajosamente todo o caminho para o trono de Deus, que foi transformado em um trono de graça por causa de Jesus. Vem todo o caminho até, receber a graça e misericórdia quando você precisar dele, antes que seja tarde demais e seu coração está árduo e de Deus "hoje" é longo. " O tempo de necessidade é agora.
    O que um Sumo Sacerdote que temos. Ele compaixão e salva. O que mais ele poderia fazer?


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16

    Hebreus 4

    O repouso que não devemos arriscar — He 4:1-10 O terror da palavra — He 4:11-13

    O sumo sacerdote perfeito - He 4:14-16

    O REPOUSO QUE NÃO DEVEMOS ARRISCAR

    Hebreus 4:1-10

    Numa passagem complicada como esta é melhor captar primeiro as grandes linhas do pensamento e da argumentação, antes de entrar nos detalhes. O autor de Hebreus usa aqui a palavra repouso (katapausis) em

    três diferentes sentidos.

    1. Usa-a como usaria a frase a paz de Deus. O maior e mais apreciado deste mundo é entrar nessa paz divina.
    2. Como já vimos em He 3:12, usa-a com o significado da terra prometida. Para os filhos de Israel que tinham vagado tanto tempo pelo deserto a terra prometida era de fato o descanso de Deus.
    3. Usa-a com referência ao descanso de Deus depois do sexto dia da criação, quando terminou toda sua obra. Esta forma de utilizar uma palavra em um, dois ou três sentidos, de insistir na mesma até extrair sua

    última gota de significado, caracterizava os ambientes de pensamento culto e acadêmico da época em que foi escrita a carta.

    Sigamos agora passo a passo a argumentação.

    1. Ainda permanece firme a promessa do repouso e da paz de Deus em favor de seu povo. A promessa não mudou; o perigo está em que a percamos e não consigamos alcançá-la.
    2. Antigamente os israelitas não tinham conseguido entrar no

    repouso de Deus. Aqui a palavra repouso usa-se no sentido de descanso,

    paz e possessão da terra prometida depois dos anos de perambular pelo deserto. Evidentemente é uma referência a Números 14:12-23. Ali se narra como os filhos de Israel chegaram aos limites da terra prometida e enviaram exploradores para inspecionar o país. Dez destes retornaram com a conclusão de que efetivamente tratava-se de uma terra boa, mas com dificuldades insuperáveis para a ocupação. Só Calebe e Josué estavam decididos a prosseguir a marcha na força do Senhor. O povo prestou ouvidos os covardes e por isso — por essa covardia e desconfiança — foi condenado a vagar pelo deserto até o fim de seus dias. Aquelas pessoas não entraram no repouso que teriam podido desfrutar, porque não tiveram fé em Deus, num Deus que teria enfrentado com eles todas as dificuldades. Não tinham confiança nem fé em Deus, e portanto nunca desfrutaram de do re-poso que tivessem podido ter.

    1. Agora o autor de Hebreus permuta o significado da palavra repouso. É certo que antigamente o povo tinha perdido o repouso que teria podido obter, mas apesar de tudo o repouso permanecia. Atrás deste argumento jaz uma das concepções rabínicas favoritas. No sétimo dia depois de terminar a obra da criação, Deus tinha descansado de seus trabalhos. Agora, no relato da criação de Gênesis 1 e 2 há um fato extraordinário e curioso. Nos primeiros seis dias da criação fala-se do sobrevir da manhã e da tarde; em outras palavras, cada dia tinha seu começo e seu fim. Mas no sétimo dia — o dia do descanso de Deus — não se menciona absolutamente o sobrevir da tarde. A partir daqui os rabinos argumentavam que enquanto os outros dias concluíam, o dia do descanso de Deus não tinha fim: era eterno e perdurável. O descanso de Deus não tem entardecer mas sim perdura para sempre. Portanto, ainda que na antigüidade os israelitas não tivessem podido entrar nesse repouso, este ainda permanecia, já que era um repouso eterno.
    2. Novamente o autor volta ao significado anterior de repouso

    como a terra prometida. Depois de quarenta anos de peregrinação pelo deserto chegou finalmente o dia em que o povo pôde entrar na terra

    prometida sob a direção de Josué. Agora, esta era a terra do repouso e portanto podia-se argumentar que então se cumpriu a promessa e que o povo tinha entrado em seu repouso. Sob Josué se tomou possessão da terra prometida. Não se cumpriu assim a promessa?

    1. De maneira nenhuma. No Sl 95:7 Davi ouve a voz de Deus dizendo a seu povo para que se não endurecerem seus corações entrarão em seu repouso. Quer dizer, que séculos depois que Josué tinha conduzido o povo ao repouso da terra prometida, Deus ainda os convida a entrar em seu repouso. Este repouso consiste em algo mais que na mera entrada na terra prometida.
    2. E agora vem a chamada final. Deus ainda chama os homens, dizendo-lhes que não endureçam seus corações, mas que entrem em sua

    paz e seu repouso. O "hoje" de Deus persiste; a promessa segue ainda aberta. Mas o "hoje" não dura eternamente; a vida chega a seu termo; a

    promessa pode desperdiçar-se; portanto "entrem mediante a fé na paz de Deus e conheçam o mesmo repouso de Deus".

    No primeiro versículo há uma questão de interpretação muito

    interessante. Nossa tradução pode interpretar-se assim: "Tomem cuidado, não seja que sua desobediência e sua falta de fé e de resposta possa significar que vocês mesmos excluam-se do repouso e da paz que Deus lhes oferece. Cuidem de que por sua desobediência e falta de confiança não se mostrem indignos até de entrar no repouso e na paz de Deus." Esta é uma tradução perfeitamente possível, e até poderia ser a correta.

    Mas existe ainda uma possibilidade muito mais interessante. A frase pode significar: "Tomem cuidado de não pensar que vocês chegaram muito tarde para entrar no repouso de Deus; de não acariciar a idéia de que vocês chegaram à história muito tarde para poder desfrutar alguma vez do repouso e da paz de Deus." Nesta segunda tradução se encerra uma advertência. É muito fácil pensar que a grande época da religião pertenceu ao passado; que a Igreja já passou sua época de ouro. Conta— se que quando narravam a um menino algumas das importantes histórias

    do Antigo Testamento exclamou pesarosamente: "Nesse então Deus era muito mais emocionante."

    Há na 1greja uma continuada tendência de olhar para trás; a pensar que as grandes manifestações de Deus pertencem ao passado; a crer —

    se tivéssemos a suficiente honestidade para lhe dizer — que o braço de Deus se cortou e seu poder diminuiu; que a época de ouro está no passado. O autor de Hebreus lança uma clarinada: Não pensem", diz, "que chegastes muito tarde à história, não pensem que os dias da grande

    promessa e os grandes êxitos são do passado. Este é ainda o 'hoje' de Deus. Há para vós uma felicidade tão grande como a dos santos, uma aventura tão grande como a dos mártires. Deus é tão grande 'hoje' como

    foi sempre."

    Nesta passagem encontram-se duas grandes verdades que sempre têm vigência.

    1. Uma palavra como grande, nobre e digna que seja, não é de nenhuma utilidade se não chegar a integrar-se pela fé na pessoa que a escuta. Há muitas maneiras de ouvir neste mundo: ouvir com

    indiferença, com desinteresse, criticamente, incredulamente, cínica e zombeteiramente. O que interessa é escutar com esforço, crer e agir. As promessas de Deus não são apenas belas peças literárias e declarações

    melífluas sem significado; são promessas pelas quais o homem deve arriscar sua vida e mediante as quais deve impulsionar sua ação.

    1. No primeiro versículo o autor de Hebreus exorta seus leitores a que tomem cuidado de não perder a promessa. A palavra traduzida

    temamos corresponde a fobeisthai que literalmente significa temer. Este temor cristão não é aquele que faz com que alguém evite uma tarefa, nem aquele que reduz a uma inação estéril, mas sim aquele que o leva a

    investir cada átomo de energia num grande esforço para não perder a única coisa que vale a pena.

    O TERROR DA PALAVRA

    Hebreus 4:11-13

    O argumento desta passagem é que a palavra de Deus veio aos homens e sua natureza é tal que não pode ser passada por alto. Os judeus

    possuíram sempre uma concepção muito particular sobre as palavras. Para o judeu, uma palavra, uma vez pronunciada, tinha uma existência independente; não era só um som com algum significado, mas sim uma

    força ou um poder que saía e fazia coisas. Isaías escutou de Deus que a palavra que saía de sua boca nunca careceria de efeito, mas sim ao contrário, realizaria sempre o que Ele propusesse. O judeu sempre

    considerou a palavra não como um som, mas sim como um poder. E isto se pode entender se pensamos no tremendo efeito das palavras na história. Um líder cunha uma frase que se converte num toque de trombeta ou num grito de batalha que inflama o povo para lançá-lo às

    cruzadas ou ao crime. Alguma personalidade publica um manifesto que provoca uma ação que pode construir ou destruir nações. É uma realidade indiscutível que a palavra pronunciada por algum grande líder

    ou pensador chega a ter importantes resultados. Se isto ocorre com as palavras dos homens, quando maior será o efeito da palavra de Deus?

    O autor de Hebreus descreve a palavra de Deus numa série de frases

    muito expressivas.

    A palavra de Deus é viva. Há publicações mortas e livros que carecem absolutamente de interesse; há palavras que são de sumo

    interesse mas só para um círculo determinado de pessoas. Platão foi um dos pensadores mais importantes da humanidade, mas não é provável que se reunissem muitos para um estudo diário de Platão. O grande da

    palavra de Deus, de seu requerimento e oferecimento, é que se trata de uma questão viva para todos os homens e para todos os tempos. Outras coisas podem facilmente passar ao esquecimento ou reter um interesse acadêmico ou de museu; mas a palavra de Deus dirigida ao homem

    significa vida. A exigência da palavra é algo que cada homem deve encarar; seu oferecimento é algo que cada qual deve aceitar ou rechaçar.

    A palavra de Deus é eficaz. Um dos atos interessantes da história é que cada vez que os homens tomam a sério a palavra de Deus sucedem

    acontecimentos de significação. Quando a Bíblia foi publicada numa linguagem clara ao alcance do homem da rua, ocorreu inevitavelmente a Reforma. Quando o povo toma a sério a palavra de Deus, dá-se conta de que ela não apenas é objeto de estudo, leitura ou dissertação, mas

    também é algo que deve levar-se a cabo.

    A palavra de Deus é penetrante. O autor acumula aqui frases para ilustrar isto. Penetra até partir a alma e o espírito. Em grego a psyque, a

    alma, é o princípio da vida. Todo ser vivente possui psyque – tanto os homens como os animais – porque se trata da vida física, enquanto que o pneuma, o espírito, é o característico do homem. Só o homem tem

    espírito, pneuma. Mediante o espírito o homem pensa, raciocina e contempla a Deus mais além da Terra. É como se o autor dissesse que a palavra de Deus põe à prova a vida terrena do homem e sua existência

    espiritual. Tanto a vida corporal como a espiritual são escrutinadas pela palavra de Deus. A palavra de Deus esquadrinha os pensamentos e as intenções do homem. Os pensamentos (enthymesis) são a parte

    emocional do homem: aquela que é governada pelos sentimentos, os instintos e as paixões. A intenção (ennoia) é a parte intelectual governada pelo intelecto e a vontade. É como se dissesse: "Sua vida emocional e intelectual devem estar submetidas de modo igual ao exame

    de Deus."

    Igualmente o autor faz um resumo. Diz que todas as coisas estão

    nuas e abertas aos olhos de Deus. Emprega duas palavras interessantes. Para nus a palavra é gymnos. O que quer dizer é que perante os homens

    podemos levar nossos disfarces e atavios externos; mas perante a presença de Deus somos despojados de todo isso e devemos nos

    apresentar tal como somos. A outra palavra é ainda mais gráfica.

    Estamos abertos aos olhos de Deus. Aqui usa-se a palavra

    tetraquelismenos. Trata-se de um termo não comum e cujo significado não é inteiramente certo. Parece ter-se aplicado em três sentidos diferentes.

    1. No jargão dos lutadores, para indicar que um deles agarra pelo pescoço a seu adversário até imobilizá-lo. Podemos escapar de Deus por

    um tempo mas no final nos agarra de tal maneira que não podemos evitar um encontro face a face.

    1. A palavra usa-se para a esfolamento de um animal; o animal é

    pendurado para tirar-se o couro. Os homens poderão nos julgar por nossa conduta e aparência externas mas Deus vê no segredo mais íntimo de nosso coração; os lugares mais recônditos de nosso coração e intelecto estão à vista de Deus.

    1. Parece que em certa época antiga, quando um delinqüente ia ser levado a juízo ou à execução, era colocado debaixo do queixo uma adaga

    com a ponta para cima para que não pudesse baixar a cabeça envergonhado, mas sim tinha que mantê-la erguida para que todos pudessem contemplar seu rosto e seu desonra. Um homem nessas

    condições estava tetraquelismenos. Portanto, significaria que no final deveremos enfrentar o olhar de Deus. Podemos evitar o olhar das pessoas perante as que nos envergonhamos, mas no final não poderemos

    agir assim perante Deus: estamos obrigados a olhá-lo face a face.

    Kermit Eby escreve em O Deus que em ti: "Sempre há um momento em que o homem deixa de escapar de si mesmo e de Deus, talvez porque já não fica lugar aonde escapar." Chega o momento em

    que cada um deverá encontrar-se com esse Deus de cujos olhos nada está oculto nem pode ocultar-se.

    O SUMO SACERDOTE PERFEITO

    Hebreus 4:14-16

    Aqui nos aproximamos mais da grande concepção típica do autor de

    Hebreus — a de Jesus como perfeito sumo sacerdote. Para cumprir

    perfeitamente sua função o sumo sacerdote devia estar plenamente em contato com os homens e com Deus. Sua tarefa consiste em levar a voz e a presença de Deus aos homens, e introduzir os homens à própria presença divina. O sumo sacerdote devia conhecer perfeitamente o homem e a Deus. Isto é o que esta Carta reclama para Jesus.

    1. Em primeiro termo esta passagem começa sublinhando a grandeza infinita e a divindade absoluta de Jesus. É grande por natureza, não em virtude dos honras que os homens lhe conferem ou das aparências externas. É grande por direito próprio e em seu ser essencial. Ele penetrou os céus. Isto pode significar uma de duas coisas. No Novo Testamento advertimos diferentes usos do substantivo céu; pode significar o firmamento estrelado; o céu dos anjos, e o supremo céu; o céu da presença de Deus. Isto poderia significar que Jesus passou através de todos os céus que possam existir e está na própria presença de Deus. Poderia ser o que quis dizer Cristina Rossetti: "Os céus não podem contê-lo." Poderia significar que Jesus é tão maravilhoso e grande que até o próprio céu é muito pequeno para Ele. Ninguém pôs jamais maior ênfase na infinita grandeza de Jesus que o autor de Hebreus.

    1. Mas agora se volta do outro lado. Ninguém esteve nunca mais convencido da identidade completa de Jesus com os homens. Ele suportou tudo o que um homem tem que suportar. Passou por todas as experiências humanas. É em tudo semelhante a nós — exceto em que de tudo isso emergiu sem pecado. Agora, antes de examinar mais de perto o valioso conteúdo desta afirmação devemos perceber algo. O fato de que Jesus fosse sem pecado significa necessariamente que conheceu abismos, tensões, assaltos e tentações que nós jamais conhecemos nem chegaremos a conhecer. Sua luta, longe de ser mais fácil, foi extremamente difícil. Qual é a razão? Nós cedemos à tentação antes que o tentador use todo seu poder; somos facilmente derrotados e jamais experimentamos a tentação em toda sua força e em seu embate mais

    terrível, porque nos desabamos muito antes de alcançar essa etapa. Mas Jesus foi tentado como nós — e muito mais além do que nós. Em seu caso o tentador usou todos os seus recursos, mas Jesus se manteve incomovível.

    Pensemos na dor. O organismo humano pode suportar certo grau de dor — mas quando se alcança esse ponto a pessoa desfalece e perde o sentido; chegou ao limite. Há agonias de sofrimento que não conhece devido ao fato de que sobreveio o colapso. O mesmo ocorre com a tentação. Sofremos um colapso perante a tentação. Mas Jesus sofreu tentações muito maiores que as nossas, sem desmaiar. Verdadeiramente, pois, foi tentado em tudo como nós o somos, e também é verdade que jamais ninguém foi tentado como Ele.

    1. Esta experiência de Jesus teve três efeitos.
    2. Deu-lhe o dom da simpatia. Aqui há algo que devemos entender, mas nos resulta difícil. A idéia cristã de Deus como um pai amante está entretecida na malha mesmo de nossa mente e coração; mas era uma idéia nova. Para o judeu Deus era santo. A palavra santo tinha o significado de diferente; a idéia fundamental de Deus é que era diferente, que pertencia a uma esfera da vida e do ser completamente diferente da que é a nossa; que não participava de nenhum sentido de nossa experiência humana. De fato era incapaz de tomar parte nela porque era Deus. Isto se acentuava ainda mais no pensamento grego. Os estóicos, os pensadores gregos de mais vôo, diziam que o atributo primário de Deus era a apatheia entendendo por isso a incapacidade essencial de sentir algo. Argumentavam que se uma pessoa pode sentir tristeza ou alegria isso se deve a que alguma outra pessoa pode influir nela; pode fazê-la feliz ou alegre; pode afetá-la.

    Agora, se pode afetá-la significa que ao menos nesse momento essa pessoa é superior à afetada. Os gregos sustentavam pois, que ninguém

    podia fazer nada a Deus; ninguém podia afetá-lo de algum modo; ninguém podia ser maior que Deus. Portanto Deus devia ser completa e

    essencialmente incapaz de sentir alegria ou tristeza, felicidade ou tristeza. Os estóicos sustentavam que a própria essência do ser e natureza divinos consistiam em que Deus estava mais além de todo sentimento. Outra escola importante estava formada pelos epicureus que afirmavam que os deuses viviam em perfeita felicidade e bem-aventurança. Viviam no que denominavam os intermúndio: os espaços entre os mundos. E ali em completo afastamento nem sequer eram conscientes do mundo.

    Os judeus tinham seu Deus diferente, os estóicos os deuses sem sentimento, os epicureus os deuses completamente separados. E neste

    mundo de pensamento se introduz a religião cristã com a concepção incrível de um Deus que deliberadamente suportou toda a experiência

    humana. Plutarco, um dos gregos mais religiosos, declarava que era blasfemo envolver a Deus nos assuntos deste mundo e o cristianismo veio com a surpreendente concepção de um Deus que não só está

    envolto, mas também identificado com o sofrimento deste mundo. É-nos quase impossível ter uma idéia da revolução que o cristianismo provocou nas relações do homem com Deus. Durante séculos se acariciou a idéia

    de um Deus intocável; agora se descobre a um Deus que se submete a tudo o que os homens devem submeter-se.

    1. Agora; isto conduz a dois resultados. Confere a Deus a

    qualidade da misericórdia. É fácil ver por quê: porque Deus entende. Alguns viveram uma vida protegida de todo ímpeto de tormenta; outros uma vida fácil sem as tentações que acossam àqueles para quem a vida não foi tão fácil; outros têm um temperamento e uma natureza fáceis de dominar; outros têm o coração ou as paixões ardentes, que fazem com que para eles a vida seja perigosa. O homem que vive protegido é de uma natureza não inflamável dificilmente entende por que os outros caem; sente-se vagamente aborrecido e contrariado; não pode senão condenar o que não é capaz de entender. Mas Deus conhece tudo. "Conhecer tudo é perdoar tudo": de ninguém é isto mais verdade que de Deus.

    John Foster narra em um de seus livros como certo dia ao voltar para casa encontrou a sua filha desfeita em lágrimas frente à rádio. Perguntou-lhe por quê. Soube que o informativo desse dia continha a oração: "Os tanques japoneses entraram hoje em Cantão". A maioria das pessoas terão ouvido esta notícia sem o mais mínimo sentimento de condolência. Os estadistas talvez a terão escutado com um sentimento de lúgubre pressentimento. Para a grande maioria terá sido indiferente. Por que, então, a filha do John Foster se desfazia em lágrimas? Porque justamente tinha nascido em Cantão. Para ela Cantão significava uma casa, uma ama, uma escola, uns amigos e um lugar muito querido. A diferença consistia em que ela tinha estado ali.

    O ter estado ali faz toda a diferença. E não há nenhum âmbito da experiência humana do qual Deus não possa dizer: "Eu estive ali". Quando temos uma história triste e lamentável que contar, quando a vida nos empapa nas lágrimas do sofrimento, não dirigimos a um Deus que seja absolutamente incapaz de entender o que nos aconteceu; vamos a um Deus que "esteve ali". Esta é a razão por que — se podemos expressar desta maneira — para Deus é fácil perdoar.

    1. Torna Deus capaz de ajudar. Ele conhece nossos problemas porque passou por eles. A pessoa melhor para nos brindar informação e

    ajuda numa viagem é a que já fez antes a travessia. A pessoa melhor para nos ajudar a suportar uma enfermidade é a que passou por ela. Deus pode ajudar porque conhece tudo.

    Eis aqui pois, a tremenda verdade. Jesus é o Sumo sacerdote

    perfeito porque é perfeitamente Deus e perfeitamente homem; porque conheceu nossa vida pode nos brindar simpatia, misericórdia e poder; Ele trouxe Deus aos homens e pode levar os homens a Deus.


    Dicionário

    Ainda

    advérbio Até este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou.
    Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá.
    Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos.
    Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando.
    Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso.
    Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes.
    No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou.
    De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros.
    Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Povo

    substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
    Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
    Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
    Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
    Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
    Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
    Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
    Público, considerado em seu conjunto.
    Quantidade excessiva de gente; multidão.
    [Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
    substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
    Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
    Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

    Repouso

    Sem dúvida. O repouso serve para a reparação das forças do corpo e também é necessário para dar um pouco mais de liberdade à inteligência, a fim de que se eleve acima da matéria.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 682

    [...] o repouso é uma Lei da Natureza, sendo uma necessidade para todo aquele que trabalha [...].
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O repouso

    Sendo o trabalho uma lei natural, o repouso é a conseqüente conquista a que o homem faz jus para refazer as forças e continuar em ritmo de produtividade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 11

    O repouso é conseqüência do trabalho. [...]
    Referencia: VALENTE, Aurélio A• Sessões práticas e doutrinárias do Espiritismo: organização de grupos, métodos de trabalho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 7

    O repouso é exigência natural do organismo a qual ninguém pode ignorar sem sujeitar-se a graves conseqüências. Por seu intermédio é que se acumulam as energias que serão utilizadas mais tarde. O sono, de todas as formas de repouso, é a mais completa. O metabolismo da organização física é reduzido, o sistema muscular pouco acionado e o Espírito, relativamente dispensado das exigências do corpo físico, pode, através da liberdade temporariamente reconquistada, readquirir forças que o impulsionarão diante dos desafios que a vida no plano material certamente colocará diante de si. A falta de períodos adequados de repouso – sono principalmente – pode desgastar de tal forma o organismo humano, a ponto de provocar reduções consideráveis no próprio período de vida corpórea, constituindo-se, conseqüentemente, numa forma de verdadeiro suicídio paulatino. O repouso exagerado é também totalmente inconveniente, pois caracteriza um desperdício do tempo colocado ao nosso dispor para vivenciarmos a experiência reencarnatória. A virtude, como sempre, está no equilíbrio.
    Referencia: GURGEL, Luiz Carlos de M• O passe espírita• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 3, cap• 3


    Repouso Descanso (Sl 132:4; Hc 4:9).

    Resta

    3ª pess. sing. pres. ind. de restar
    2ª pess. sing. imp. de restar

    res·tar -
    verbo intransitivo

    1. Ficar; sobreviver; subsistir.

    2. Ser devedor de.

    verbo transitivo

    3. Diminuir, subtrair.

    4. Faltar; ficar a dever.

    5. Sobejar.

    6. Ter ainda.


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Hebreus 4: 9 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    PortantoG686 ἄραG686, restaG620 ἀπολείπωG620 G5743 um repousoG4520 σαββατισμόςG4520 para o povoG2992 λαόςG2992 de DeusG2316 θεόςG2316.
    Hebreus 4: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    68 d.C.
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2992
    laós
    λαός
    (Piel) cumprir o casamento conforme o levirato, cumprir a função de cunhado
    (and marry)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4520
    sabbatismós
    σαββατισμός
    descendentes de Manassés, filho de José e neto de Jacó
    (for the Manassites)
    Adjetivo
    G620
    apoleípō
    ἀπολείπω
    um rei assírio que deportou outros povos para Samaria - provavelmente o rei
    (the Asnapper)
    Substantivo
    G686
    ára
    ἄρα
    guardar, poupar, acumular
    (have laid up in store)
    Verbo


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    λαός


    (G2992)
    laós (lah-os')

    2992 λαος laos

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 4:29,499; n m

    povo, grupo de pessoas, tribo, nação, todos aqueles que são da mesma origem e língua

    de uma grande parte da população reunida em algum lugar

    Sinônimos ver verbete 5832 e 5927



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    σαββατισμός


    (G4520)
    sabbatismós (sab-bat-is-mos')

    4520 σαββατισμος sabbatismos

    de um derivado de 4521; TDNT - 7:34,989; n m

    observância do sábado

    pleno e abençoado descanso do trabalho pesado e dos problemas desta vida esperado na era vindoura pelos verdadeiros adoradores de Deus e pelos cristãos sinceros


    ἀπολείπω


    (G620)
    apoleípō (ap-ol-ipe'-o)

    620 απολειπω apoleipo

    de 575 e 3007; v

    1. partir, deixar para trás
    2. desertar ou desistir de

    ἄρα


    (G686)
    ára (ar'-ah)

    686 αρα ara

    provavelmente de 142 (devido a idéia de tirar uma conclusão); part

    1. portanto, assim, então, por isso