Enciclopédia de Josué 24:23-23

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

js 24: 23

Versão Versículo
ARA Agora, pois, deitai fora os deuses estranhos que há no meio de vós e inclinai o coração ao Senhor, Deus de Israel.
ARC Deitai pois agora fora aos deuses estranhos que há no meio de vós: e inclinai o vosso coração ao Senhor Deus de Israel.
TB Agora, disse Josué, deitai fora os deuses estranhos que estão no meio de vós e inclinai os vossos corações para Jeová, Deus de Israel.
HSB וְעַתָּ֕ה הָסִ֛ירוּ אֶת־ אֱלֹהֵ֥י הַנֵּכָ֖ר אֲשֶׁ֣ר בְּקִרְבְּכֶ֑ם וְהַטּוּ֙ אֶת־ לְבַבְכֶ֔ם אֶל־ יְהוָ֖ה אֱלֹהֵ֥י יִשְׂרָאֵֽל׃
BKJ Agora, portanto, colocai de lado, disse ele, os deuses estranhos que estão no meio de vós, e inclinai o vosso coração ao SENHOR Deus de Israel.
LTT Agora, pois, deitai fora os deuses estrangeiros que no meio de vós, e inclinai o vosso coração ao SENHOR Deus de Israel.
BJ2 "Lançai fora, pois, os deuses estrangeiros que estão no meio de vós e inclinai o vosso coração para Iahweh, Deus de Israel."
VULG Nunc ergo, ait, auferte deos alienos de medio vestri, et inclinate corda vestra ad Dominum Deum Israël.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Josué 24:23

Gênesis 35:2 Então, disse Jacó à sua família e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes.
Êxodo 20:23 Não fareis outros deuses comigo; deuses de prata ou deuses de ouro não fareis para vós.
Josué 24:14 Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade, e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao Senhor.
Juízes 10:15 Mas os filhos de Israel disseram ao Senhor: Pecamos; faze-nos conforme tudo quanto te parecer bem aos teus olhos; tão somente te rogamos que nos livres neste dia.
I Samuel 7:3 Então, falou Samuel a toda a casa de Israel, dizendo: Se com todo o vosso coração vos converterdes ao Senhor, tirai dentre vós os deuses estranhos e os astarotes, e preparai o vosso coração ao Senhor, e servi a ele só, e vos livrará da mão dos filisteus.
I Reis 8:58 inclinando a si o nosso coração, para andar em todos os seus caminhos e para guardar os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos que ordenou a nossos pais.
Salmos 119:36 Inclina o meu coração a teus testemunhos e não à cobiça.
Salmos 141:4 Não inclines o meu coração para o mal, nem para se ocupar de coisas más com aqueles que praticam a iniquidade; e não coma eu das suas delícias.
Provérbios 2:2 para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido, e para inclinares o teu coração ao entendimento,
Oséias 14:2 Tomai convosco palavras e convertei-vos ao Senhor; dizei-lhe: Expulsa toda a iniquidade e recebe o bem; e daremos como bezerros os sacrifícios dos nossos lábios.
Oséias 14:8 Efraim dirá: Que mais tenho eu com os ídolos? Eu o tenho ouvido e isso considerarei; eu sou como a faia verde; de mim é achado o teu fruto.
I Coríntios 10:19 Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa?
II Coríntios 6:16 E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
Hebreus 12:28 Pelo que, tendo recebido um Reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente com reverência e piedade;

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A OCUPAÇÃO DA TRANSJORDÂNIA PELOS ISRAELITAS

A Transjordânia era relativamente pouco povoada no ponto onde Israel entrou na terra; contudo, parece ter sido ocupada por edomitas, moabitas, amonitas, amorreus e outras tribos. A Bíblia apresenta os três primeiros desses grupos como parentes distantes de Israel (Gn 19:37-38; 36.1,9; Dt2.2-23). Ao que parece, num primeiro momento não houve confronto entre esses grupos e os israelitas. No entanto, os temíveis reinos amorreus de Siom e Ogue representaram um desafio diferente.
A área dominada por Siom se estendia a leste do Jordão, desde o rio Jaboque, no norte, até Hesbom, a capital, no sul, abarcando uma região com muitas cidades grandes e pequenas. Mas, na época do Exodo, Siom havia ampliado seu domínio ainda mais para o sul, até o rio Arnom (Iz 11:18-20), e avancando assim em território moabita. De acordo com a narrativa bíblica, o itinerário dos israelitas os levou até o deserto de Quedemote e o lugar conhecido como Matana (Nm 21:18-19). Ao entrarem no território de Siom.
foi entregue ao monarca amorreu uma mensagem pedindo para passarem com segurança (Nm 21:21-22; Dt 2:26-29). Além de rejeitar firmemente o pedido, Siom reuniu suas tropas e as conduziu até Jaaz. Seguiu-se uma batalha em que suas forças foram totalmente destruídas e o próprio Siom foi morto (Nm 21:23-26; Dt 2:32-36). Como consequência, Israel assumiu o controle do território entre o rio Arnom e a região de Hesbom.
Após essa vitória, um contingente de tropas israelitas foi enviado ao norte para combater os amorreus que viviam em Jazer (Nm 21:32); as tropas conquistaram a cidade e avançaram mais para o norte, na direção de Basã. Essas manobras devem ter preocupado Ogue, rei de Basã, que enviou seu exército até Edrei, uma cidade-fortaleza da fronteira sul de seu reino (Nm 21:33-35; Dt 3:1-11; cp. Is 12:4). Mas de novo o exército israelita prevaleceu, destruindo Ogue e capturando seu território de 60 cidades e muitas aldeias sem muros. Assim, a maior parte do restante da Transjordânia - de Hesbom até o monte Hermom, no norte - foi subjugada pelas forças israelitas, que agora voltaram para acampar na planície de Moabe, em frente de Jericó. As vitórias sobre Siom e Ogue foram de grande importância. Do ponto de vista geográfico, o território transjordaniano conquistado entre o Arnom e o monte Hermom seria entregue às tribos israelitas de Rúben, Gade e Manassés do Leste (Is 13:8-33). Teologicamente, mais tarde as duas vitórias seriam descritas como um lembrete da identidade de aliança de Israel e da fidelidade de Deus em guardar a aliança (Dt 29:7-9; Ne 9:22: SI 135.11: 136.19,20). E, em termos estratégicos, o efeito dessas vitórias foi plantar medo no coração de alguns dos povos que restavam nas proximidades, mesmo antes de qualquer outro combate (Is 2:10-9.10).
Sem dúvida, essa perturbadora sequência de acontecimentos levou Balaque, rei de Moabe, a solicitar o serviço de Balaão, um vidente originário da longínqua Alta Mesopotâmia (Nm 22:1-6; cf. Dt 23:4). O rei queria obter dele um oráculo poderoso que diminuísse significativamente a ameaça israelita. Quando por fim Balaão consentiu, foi levado a vários cumes nas proximidades do monte Nebo (Nm 22:41-23.14.28). De um ponto assim elevado, que dava vista para as planícies de Moabe e os israelitas embaixo, Balaão tentou repetidas vezes pronunciar sua maldição, porém não conseguiu. Ao invés disso, pronunciou uma bênção sobre Israel (Nm 22:24)
A OCUPAÇÃO DA TRANSJORDÂNIA PELOS ISRAELITAS
A OCUPAÇÃO DA TRANSJORDÂNIA PELOS ISRAELITAS

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Josué Capítulo 24 do versículo 1 até o 33
3. A Fidelidade de Deus (24:1-13)

A acústica de Siquém parecia ser favorável à reunião de grandes multidões. Ajuntou Josué todas as tribos de Israel (1). Ele lhes fez uma revisão da história nacional (2-13). Esta retrospectiva cobriu o período desde a chamada de Abraão até os dias do próprio Josué, que enfatizam os atos salvadores de Deus. A recitação dos milagres que acontece-ram foi planejada para inspirar fé no poder do Senhor. Pelo fato de Deus ter fielmente suprido todas as necessidades até aquele momento, Israel deveria estar seguro de que o Senhor estava disposto e era capaz de satisfazer todas as necessidades do futuro.

A graça de Deus é magnificada durante todo este resumo. Foi Ele quem tomou a Abraão, vosso pai, dalém do rio e o fiz andar por toda a terra de Canaã; tam-bém multipliquei a sua semente e dei-lhe Isaque (3). A expressão dalém do rio, também encontrada nos versículos 2:14-15, é uma referência a Ur dos caldeus, além do rio Eufrates. Foi Ele quem tirou vossos pais do Egito (6). Ele lhes deu a terra dos amorreus (8). Libertou-os das mãos de Balaque (10). Depois de cruzarem o Jordão, os israelitas encontraram muitos inimigos, mas Deus os deu na vossa mão (11).

Dois fatos foram enfatizados nesta recitação dos eventos passados. Em primeiro lugar, estes feitos se tornaram realidade não com a tua espada, nem com o teu arco (12). Israel não tinha base para se gloriar da bravura de seus guerreiros (cf. Dt 9:5). Tudo isso aconteceu "não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos" (Zc 4:6). Por todo o relato fica claro que Deus é o agente por meio de quem o sucesso é alcançado. Qualquer derrota sofrida pelo povo foi resultante de se ignorar o plano de Deus.

Hugh J. Blair3 chama a atenção para a interpretação que Garstang faz da expressão enviei vespões diante de vós (12). Ele identifica os vespões com o símbolo sagrado dos faraós. Ele argumenta que Tutmose III saqueou Megido em 1479 a.C. e que a política de devastação teve prosseguimento por 60 anos. Imediatamente, após o período de espolia-ção os israelitas surgiram diante dos muros de Jericó.

Este argumento tem algum mérito, mas também apresenta alguns problemas. O texto de Êxodo 23:28 faz a primeira menção aos vespões que são usados em favor de Israel. O contexto dessa referência (Êx 23:26-30) enfatiza que a ação de lançar fora "os heveus, os cananeus e os heteus" (Êx 23:28) seria um processo longo (cf. Êx 23:29-30). A outra referência aos vespões afirma que o Senhor "mandará vespões, até que pereçam os que ficarem e se escondam de diante de ti" (Dt 7:20). Esta afirmação dificilmente se presta à idéia de que a obra dos vespões deveria ser realizada antes da presença de Israel na terra. Não se pode ser dogmático neste ponto. A afirmação deve ter sido feita com o propósito de ser interpretada figurativamente. É possível que Deus tenha usado o inseto conhecido pelo nome científico de Vespa Orientalis, muito conhecido na Palestina.

Em segundo lugar, Deus deu a terra em que não trabalhastes (13). Tanto o pre-sente como o passado era testemunho do cuidado amoroso do Senhor para com seu povo. Deus lhes deu a terra, as cidades e a produtividade do solo que eles cultivavam. Tudo ao seu redor era um constante testemunho de sua total dependência de Deus.

Estes fatos deveriam ter estimulado uma reação de gratidão àquele que lhes dera tudo gratuitamente. As pessoas receberam tanto não tinham razão para murmurar con-tra Deus. Elas deveriam expressar-lhe plena confiança e esperança. A história da fideli-dade ao Senhor tinha o propósito de servir com uma reserva de fé para o futuro.

4. O Desafio de Renovar o Concerto (24.14,15)

À luz da óbvia grandeza e bondade de Deus, Josué faz este apelo: Agora, pois, temei ao Senhor (14). Deus fizera uma aliança com Abraão, ao afirmar que favoreceria de maneira especial a ele e aos seus descendentes. Este acordo foi renovado tanto com Isaque como com Jacó. Se tudo mostrava que era preciso a geração de Josué continuar como o povo de Deus, então eles deveriam escolher hoje a quem sirvais (15). A implica-ção era que somente se eles mesmos ratificassem este concerto é que poderia haver espe-rança de receber o favor de Deus.

Se não queriam servir a Deus a alternativa seria adorar os deuses que anteriormen-te foram abandonados e derrotados (15). Estes mostraram-se sem poder para ajudar. Eles sempre exerceram uma influência desmoralizante sobre a vida humana. Os israelitas testemunharam que esses deuses fizeram com que o povo dissipasse sua força de alma e destruísse as consciências e o intelecto das pessoas.

Josué sabia que seu povo deveria fazer uma escolha definitiva em relação a quem serviria. Ele insistiu para que eles afirmassem claramente Aquele em quem colocavam todas as suas esperanças. A quem eles seriam leais? Seria tal devoção entregue àqueles a quem já haviam derrotado? A indecisão seria um erro fatal, uma causa certa de fracas-so. Portanto, escolhei hoje (15).

Josué já fizera sua escolha. Ele já havia estabelecido o tipo de exemplo que queria que os outros seguissem. Ele exerceria toda a influência de que dispunha para ajudá-los a fazer a escolha certa: eu e a minha casa serviremos ao Senhor (15).

Josué estava disposto a dar a qualquer pessoa a liberdade de escolher ou rejeitar a Deus. Ele concluiu que os méritos do Senhor eram tão bem conhecidos que nenhuma pessoa com um mínimo de discernimento deixaria de fazer a escolha certa.

Aquelas pessoas foram confrontadas com uma escolha que faz paralelo à proposição apresentada pelo cristianismo. (1) A gama de motivos e razões para escolher a Cristo é a mais razoável. (2) A escolha envolve vida e morte. (3) A escolha envolve o bem-estar da pessoa. (4) Ela desafia nossas aspirações por uma vida boa. (5) O amor de Deus torna-se um intenso fator motivador para se escolher o caminho divino.

Deste modo, o cristianismo apresenta uma exibição concreta de tudo o que é bom e verdadeiro. Ele oferece a segurança substancial de uma imortalidade bendita. Robert Hall afirmou corretamente quando disse que "as proposições de Cristo são tão supremas e inquestionáveis que ser neutro diante delas é o mesmo que ser hostil".

5. Israel Renova a Aliança (24:16-28)

No momento em que Josué chamou o povo a fazer uma escolha, os sentimentos das pessoas pareciam ter sido chocados por até mesmo uma alusão à apostasia. Nun-ca nos aconteça que deixemos o Senhor para servirmos a outros deuses (16). Eles, reconheceram que realmente fora o Senhor quem realizara todos aqueles atos poderosos em favor deles. Eles não tinham um desejo consciente de rejeitar a Deus. Eles reconheciam que foi o Senhor que nos guardou por todo o caminho em que andamos (17). Eles dependeram de Deus para todos os feitos; conseqüentemente, não tinham um incentivo para deixá-lo. Sua experiência pessoal lhes testificava que Deus sempre lhes fizera bem; também nós serviremos ao Senhor, porquanto é nosso Deus (18).

Josué desafiou a sinceridade daquelas pessoas. Ele temia que as promessas que elas faziam fossem apenas superficiais. Parece que ele tem o pressentimento de um futuro fracasso por parte do povo. Não podereis servir ao Senhor (19) sem mostrar um grau mais elevado de dedicação de mente e lealdade do que aquele que o povo já havia mostra-do. A expressão: não podereis servir, tem o mesmo sentido lógico de "não pode ser meu discípulo" de Lucas 14:26-27. Josué queria que o povo reconhecesse que as declarações de Deus para a nação eram exclusivas. O Senhor seu Deus jamais ficaria satisfeito com algum tipo de rompante ou entusiasmo temporário. Ele é um Deus santo (19) ; conse-qüentemente, os homens pecadores não podem se colocar diante dele. Ele é um Deus zeloso; portanto, outros não podem receber a afeição nem os direitos que são somente dele. Ele não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados. Deus não vai fechar os olhos à meia lealdade e nem tolerará a falsidade. Pessoas que vivem uma existência dúbia não podem servir ao Senhor.

Durante sua associação com os israelitas, Josué conscientizou-se da tendência que eles tinham de entrar em situações comprometedoras e de contemporizar. Eles faziam promessas de lealdade com muita facilidade. Josué queria que sua devoção fosse genuí-na. Deveriam saber com profunda convicção que o comprometimento com outras coisas não era nem praticável e nem possível neste concerto.

Josué advertiu que, se Israel violasse esta troca de promessas, Deus se tornará, e vos fará mal, e vos consumirá, depois de vos fazer bem (20). Ele queria que aquele povo se lembrasse que o Senhor desejava lealdade total e genuína devoção.

Jesus Cristo também ensinou que "ninguém pode servir a dois senhores" (Mt 6:24). Tiago enfatizou esta verdade ao dizer que "o homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos" (Tg 1:8).

A prática da falsa lealdade ao Senhor, mais tarde, resultou no afastamento de Israel da fonte de bênção. O plano de Deus insistia para que o povo erradicasse as nações ímpias de seu meio. Pelo fato de terem se recusado a seguir este preceito, o Senhor deixou que eles fizessem uma colheita do mal. Deste modo, o povo foi ferido e consumido por seus inimigos Quando a inquestionável fonte de benefícios de Deus foi eliminada da programação de vida do povo, o Senhor não teve mais oportunidades de lhe fazer bem. O concerto com o Deus vivo é o mais sério tipo de relacionamento que o homem pode experimentar.

O povo foi ainda mais enfático, ao insistir que antes, ao Senhor serviremos (21). Josué solenemente advertiu aquelas pessoas que sois testemunhas contra vós mesmos de que vós escolhestes o Senhor, para o servir (22). Eles fizeram a escolha de servir ao Senhor incondicionalmente. Peloubet faz a seguinte observação: "Nossas profissões religio-sas são testemunhas permanentes contra nós no caso de nos esquecermos de Deus". 5

Josué pediu que Israel evidenciasse sua sinceridade, ao colocar fora os deuses estranhos que há no meio de vós (23). Não se tem conhecimento do quão presentes esses deuses estavam entre o povo. O fato de Josué pedir que o povo se livrasse dos deuses é uma confirmação de que ele estava consciente da existência deles (cf. Jz 17:5). Josué estava certo de que antes de poderem inclinar o vosso coração ao Senhor (23) todas as outras lealdades deveriam ser eliminadas. O registro não indica que qualquer um dos deuses estrangeiros foi eliminado (cf. Gn 35:2-4).

Pela terceira vez naquela reunião o povo declarou: Serviremos ao Senhor, nosso Deus (24; cf. 18, 21). Aparentemente o povo brincava com os elementos da apostasia, sem perceber o extremo risco de permitir aquilo que Deus denunciava. A erradicação de tudo o que desagradasse ao Senhor era o preço para obter o seu favor. Antes de poderem realmente servir, precisavam fazer uma rendição incondicional ao programa completo que Deus tinha para suas vidas.

Depois dessa declaração de proposta de lealdade, fez Josué concerto, naquele dia, com o povo (25). Isto envolvia a oferta de sacrifício, com a solene declaração de que a idolatria não seria tolerada em Israel.'

Josué fez dessa reunião pública uma ocasião solene. Ele pôs por estatuto e direi-to... escreveu estas palavras no livro da Lei de Deus; e tomou uma grande pe-dra e a erigiu ali (25, 26). Josué utilizou-se de todo o expediente disponível para garan-tir a lembrança de Deus nas mentes das pessoas. Esta pedra nos será por testemu-nho (27). Ela marcava o local onde o concerto fora estabelecido entre Deus e o povo. Assim, não apenas o ouvido, mas também o olho era convocado para registrar em sua memória o pacto renovado. Ele até mesmo registrou este evento por escrito (26) para ajudar o povo a ter em sua mente uma lembrança viva. Eles deveriam tomar todas as precauções para que não mintais a vosso Deus (27).

Josué lançou mão de todas os apelos conhecidos pelos quais ele pudesse persuadir o seu povo a dar a Deus a sua lealdade. Ele fora diligente para fazer de sua própria vida um exemplo digno. Nada era mais desejado por ele do que a profunda devoção de Israel ao Senhor seu Deus.

Josué despediu o povo, cada um para a sua herdade (28). A multidão se dissi-pou. Ele ficou sozinho com seus pensamentos. Josué havia carregado aquele povo em seu coração por vários anos. As lembranças do povo passavam por sua mente de maneira tão livre quanto o vento tocava seus cabelos prateados. Todo pensamento estava permeado de uma consciência do grande amor que Deus tinha pelo povo. Israel seria purificado por este amor se verdadeiramente deixasse que o Deus da santidade realizasse seu progra-ma em suas vidas. Fariam eles isso?

A hora de sua partida aproximava-se e ele precisava deixar o futuro com seu Co-mandante.
Mais uma vez as palavras que haviam passado por sua mente com freqüência durante os últimos anos eram o ponto crucial de sua atenção: "Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares" (1.9).

C. O SEPULTAMENTO DE TRÊS GRANDES LÍDERES, 24:29-33

  • Josué (24:29-31)
  • Sepultaram-no no termo da sua herdade (30). Josué começou sua carreira como "sel:vo de Moisés" (1.1). Concluiu sua obra na posição de "servo do Senhor" (29). A fideli-dade caracterizou toda sua vida. Algumas das conseqüências de uma vida assim estão implícitas na afirmação de que serviu, pois 1srael ao Senhor todos os dias de Josué e todos os dias dos anciãos que ainda viveram muito depois de Josué (31). Ao que parece, Israel não produziu outra geração que tivesse sido igualmente fiel ao Senhor. Ao refletir sobre a influência da vida de Josué, Hervey diz: "Seu peso e influência sobre a nação israelita foi tamanho que, por um período de pouco menos de meio século, ele fez com que um povo inconstante ficasse firme em sua lealdade ao Deus de seus pais".

  • José (24,32)
  • Também enterraram em Siquém os ossos de José (32). Este evento retrata a reverência com a qual era tratado o nome de José em Israel. Embora tivessem saído do Egito apressadamente, conseguiram levar consigo o corpo embalsamado deste homem honrado. José dera uma ordem explícita com relação aos seus restos mortais, ao afirmar que eles deveriam ser levados do Egito quando seu povo saísse dali (cf. Gn 50:25; Êx 13:19; Hb 11:22). Essas relíquias foram carregadas durante todo o tempo no deserto e possivelmente durante o período das conquistas. "Muitos comentaristas têm afirmado que este sepultamento aconteceu muito antes da morte de Josué". 80 momento do sepul-tamento não tem importância especial. O evento em si é significativo pelo fato de servir como outro meio de sustentar a fé que José tinha em relação aos propósitos de Deus para seus irmãos (Gn 50:25).

    O cuidado com o qual os registros familiares eram mantidos é revelado na afirmação enterraram... os ossos de José... naquela parte do campo que Jacó comprara (32; cf. Gn 33:19).

    Esta compra acontecera havia mais de 500 anos. Aparentemente as fronteiras da-quele campo ainda podiam ser identificadas.

  • Eleazar, Filho de Arão (24,33)
  • Eleazar realizou suas atividades debaixo dos dois maiores líderes de Israel: Moisés e Josué. Ele foi apontado como o líder dos principais dos levitas (cf. Nm 3:32). Pouco antes da morte de Arão, seu pai, ele foi vestido no monte Hor com as vestes sagradas para o ofício de sumo sacerdote (cf. Nm 20:28). Ele participou com Josué da distribuição da terra (14.1). Sua sepultura localizava-se numa colina (outeiro) que pertencia a Finéias, seu filho (33).

    As vidas desses grandes homens trazem à mente as palavras de Henry Wadsworth Longfellow em Um salmo de vida:

    As vidas de grandes homens nos lembram Que podemos tornar nossas vidas sublimes.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Josué Capítulo 24 do versículo 1 até o 33
    *

    24.1-28

    Já perto do fim de sua vida, Josué liderou o povo de Israel a uma reafirmação da aliança, mais ou menos aquilo que Moisés fizera pouco antes de sua morte (Dt 32:46). Tal como no caso do livro de Deuteronômio, pode haver uma analogia entre essa renovação da aliança e o tipo de tratado que era usado, tipicamente, para formalizar as relações entre as nações soberanas poderosas e as nações mais fracas, das quais eram suseranas (ver Deuteronômio: Introdução). Esses tratados, chamados de "tratados de suserania", comumente incluíam elementos como aqueles que se acham em Js 24, tais como um prólogo histórico passando em revista os cuidados tomados pela parte mais forte em relação ao seu país cliente (vs. 2-13): uma proibição a qualquer aliança externa (vs. 14,23), e também a necessidade da existência de um documento escrito (vs. 25 e 26). Também existem diferenças significativas entre esses tratados antigos e Js 24.

    * 24:1

    reuniu Josué todas as tribos. Ver 8:33-35; 23.2 e nota.

    Siquém. O próprio lugar onde Deus tinha prometido, pela primeira vez, a terra aos descendentes de Abraão (Gn 12:6,7), foi o lugar onde os seus descendentes se reuniram, depois de terem recebido a terra. Ver nota em 8.30.

    diante de Deus. Isso não implica, necessariamente, a mudança do tabernáculo de Silo (Js 19:51) para Siquém, naquela ocasião. A presença de Deus não estava restrita ao tabernáculo (conforme 1Rs 8:27), assim como a sua presença também não era garantida pela possessão física da arca (1Sm 4:3-11).

    * 24:2

    Assim diz o SENHOR. Josué fala com a autoridade de Moisés (Dt 5:27) e de um profeta (Dt 18:15-19).

    dalém do Eufrates. Presumivelmente a referência aqui é a Ur (Gn 11:28) ou Harã (Gn 11:31).

    outros deuses. Esse aspecto pagão sublinha a graça de Deus, da qual essa história testifica, e provê o pano-de-fundo para a exortação no v. 14.

    * 24.3-13

    A palavra de Deus ao povo de Israel nessa oportunidade, não representou uma palavra nova. Os livros de Gênesis (vs. 2-4), Êxodo (vs. 5-7), Números (vs. 8-10) e Josué (vs. 11-13) são passados em revista por meio de reiterações do trato do Senhor com o povo de Israel desde os tempos de Abraão, enfocando a dádiva da Terra Prometida a Abraão, e agora recebida pelos seus descendentes. A recapitulação começa com a condensação da promessa feita a Abraão, passando pela saída do Egito (Gn 11—50).

    * 24:3

    Eu, porém. Deus é o sujeito dominante dos verbos nos vs. 3-13.

    lhe multipliquei a descendência. A promessa de muitos descendentes a Abraão é uma consideração preeminente no livro de Gênesis (Gn 12:2; 15:5; 17:2 e notas), e está relacionada à bênção de Deus sobre a humanidade, em Gn 1:26-28 (conforme Êx 1:7, nota).

    * 24:4

    Jacó e Esaú. O princípio da eleição divina ficou clara na escolha de Jacó sobre Esaú (Gn 25:23; Rm 9:11 e nota). Assim também fica clara a realidade de que as promessas de Deus estão em aparente conflito com o curso imediato da história. Jacó precisou ir ao Egito.

    * 24.5-7

    O relato de Josué acerca do êxodo é notável por não ter ele mencionado a outorga da lei no monte Sinai. O relato concentra-se nas ações que levaram diretamente à ocupação da Terra Prometida.

    * 24:6

    mar Vermelho. Ver nota em Êx 13:18.

    * 24:7

    vossos olhos viram. O povo dos dias de Josué é referido como tendo participado dos eventos remidores do passado. Isso enfatiza que eles deviam ver a bondade de Deus para com eles, não somente em sua experiência pessoal, mas também na história mais ampla de seu povo. Ver nota em 4.23,24.

    no deserto por muito tempo. Algumas poucas palavras resumem tudo desde a travessia do mar Vermelho até à chegada na Terra Prometida. Ver nota nos vs. 5-7.

    * 24.8-10

    O resumo de Josué do livro de Números não menciona as rebeliões que tiveram lugar no deserto (Nm 14:25), provavelmente por que a ênfase, em sua recapitulação, esteja nos feitos de Deus.

    * 24:8

    amorreus. Ver nota em 2.10.

    * 24:9

    Balaão. Ver Nm 22—24; nota em Js 13:22.

    * 24:10

    e ele teve de vos abençoar. Balaão ilustra o completo poder de Deus sobre aqueles que quiseram prejudicar seu povo.

    * 24:11

    amorreus... jebuseus. Ver 3.10 e nota.

    * 24:12

    vespões. Provavelmente temos aqui uma metáfora que indica um pânico súbito (2.9; 5.1; Êx 23:28; Dt 7:20).

    não com a tua espada. Os israelitas receberam a terra como uma dádiva que não devia ser considerada sua própria realização (1.2, nota; conforme Ef 2:8).

    * 24:14

    temei ao SENHOR. Ver Js 4:24. Essa reação positiva é requerida pela história da fidelidade de Deus às suas promessas, nos vs. 2-13. O temor ao Senhor é associado ao conhecimento de sua graça e é plenamente compatível com o amor a ele (Dt 10:12,13; Sl 130:4). Contrastar com 2.9, onde os cananeus temeram a Deus por causa de seu julgamento vindouro, e com 7.5, onde os israelitas experimentam a ira do Senhor.

    deitai fora os deuses. Isso pode referir-se, literalmente, aos ídolos, ou, metaforicamente, aos deuses que esses ídolos representavam, ou a ambas as coisas. A bondade de Deus para com Israel (vs. 2-13) requer uma lealdade exclusiva, resumida pelo primeiro mandamento (Êx 20:3).

    Eufrates. Ver nota no v. 2.

    no Egito. A idolatria de Israel no Egito seria lembrada por Ezequiel (Ez 20:7-10; 23.3-8,19-21,27).

    * 24:15

    escolhei, hoje, a quem sirvais. Há uma certa ironia em oferecer uma espécie de escolha, depois que o Senhor fora rejeitado. A escolha foi entre os deuses que Abraão deixara para trás (vs. 2,3) e os deuses dos amorreus que tinham sido expulsos da Terra Prometida (vs. 12; 2.10, nota).

    Eu e a minha casa. Ver 6.25; 7.24; At 16:15.

    * 24.16-18

    Em resposta à chamada do v. 14, o povo de Israel repudiou os outros deuses (v. 16), reconheceu a bondade do Senhor desde o êxodo até à conquista, e concluiu prometendo obediência ao Senhor.

    * 24:19

    Não podereis servir ao SENHOR. Essa declaração paradoxal em breve mostraria ser verdadeira (v. 31, nota; 7:1-26, nota; 23.12,13, nota; Jz 2:7,10-13; 2Rs 17:7-23; Dt 31:16). Ela se baseia na santidade de Deus, da qual ninguém pode aproximar-se descuidadosamente (Sl 15:1,2; Ec 5:1,2). Ademais, Josué advertiu o povo de Israel por conhecer pessoalmente a rebeldia deles (22.17 e nota).

    santo. Somente um povo separado dos caminhos pagãos (Lv 18:3; 20:26) pode servir o Deus que é santo, inteiramente separado de outros deuses (Lv 19:2).

    zeloso. Ver Êx 20:5 e nota.

    não perdoará. As transgressões em vista, aqui, equivalem à apostasia descrita no versículo seguinte.

    * 24:20

    se voltará. A maneira de Deus tratar com o povo mudaria da graça para o juízo (Gn 6:7). Em um outro sentido, Deus nunca muda (1Sm 15:29), visto que a sua promessa sempre incluía a ameaça de castigo (23.15; Gn 6:6 e notas).

    * 24:21

    serviremos ao SENHOR. O povo de Israel rejeita a possibilidade imaginada ou predita, no v. 20.

    * 24:22

    testemunhas contra vós mesmos. Quando eles foram acusados de abandonar o Senhor, a causa contra eles seria ratificada pela decisão deles naquele momento.

    * 24:23

    deitai fora. Ver nota no v. 14.

    * 24:25

    fez Josué aliança. Josué formalizou o relacionamento (conforme Gn 15:18; Dt 4:23; 29:1; ver também notas em 3.3 e 9.6).

    estatuto e direito. Esse estatuto especificaria o conteúdo da obediência de Israel ao Senhor.

    * 24:26

    livro da lei de Deus. Provavelmente, deve ser identificado com o livro da lei em 1.8; 8.31 e 23.6.

    carvalho. Conforme Gn 12:6; 35:4 e Jz 9:6.

    * 24:27

    testemunha. Compare com as pedras em Gilgal que deviam prover um testemunho do que Deus tinha feito (4.20-24, nota).

    * 24:28

    cada um para a sua herança. Essas palavras são uma nota apropriada de conclusão ao livro que fala sobre a dádiva divina da herança prometida a Israel. Palavras semelhantes ocorrem, após um período consideravelmente diferente, no fim do livro de Juízes (Jz 21:24). Ver nota em 1.6.

    * 24.29-33

    As mortes de Josué e Eleazar assinalam o fim do período tratado neste livro. Seus sepultamentos, juntamente com o sepultamento dos ossos de José, na terra que agora estava sob a posse de Israel, simbolizam o cumprimento fiel das promessas feitas por Deus aos patriarcas.

    * 24:29

    servo do SENHOR. Ver nota em 1.1.

    cento e dez anos. Essa também era a idade de José quando ele morreu (Gn 50:22 e nota). Vidas longas assim indicavam as bênçãos de Deus (conforme Dt 34:7).

    * 24:30

    sua própria herança. Ver 19.49,50. Diferente de Abraão, que tivera que comprar terras para obter um lugar de sepultamento (Gn 23:4; conforme Gn 33:19), Josué foi sepultado em sua própria terra.

    * 24:31

    Serviu, pois 1srael ao SENHOR todos os dias de Josué. A fidelidade da geração de Josué e dos anciãos serviu de testemunho ao poder do Senhor em tudo quanto ele havia feito por Israel. O fato de que tal fidelidade seria de breve duração dá apoio à declaração de Josué, nos vs. 19 e 20 (notas; Jz 2:7,10-13).

    * 24:32

    Os ossos de José. A promessa que foi crida por José (Gn 50:24,25 e notas) agora alcança o seu cumprimento.

    Jacó comprara. Ver Gn 33:19. A nova situação de possuir a terra é novamente contrastada com os tempos dos patriarcas, que tinham apenas a promessa de que a receberiam.

    * 24:33

    Eleazar. Ver nota em 14.1.

    Finéias. Ver nota em 22.13.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Josué Capítulo 24 do versículo 1 até o 33
    24:15 A gente tinha que decidir se obedecia a Deus, que tinha comprovado sua fidelidade, ou se obedecia aos deuses locais, que solo eram ídolos feitos pelos homens. É fácil cair em uma rebelião silenciosa, seguindo com nossa vida a nossa própria maneira. Mas chega o momento em que temos que decidir quem ou o que nos controlará. A eleição é seu Será Deus, sua própria personalidade limitada ou outro substituto imperfeito? Uma vez que decidiu ser controlado pelo Espírito de Deus, deve reafirmar esta decisão todos os dias.

    24:15 Ao declarar-se definitivamente do lado do Senhor, Josué de novo demonstrou sua qualidade de líder espiritual. Não importa o que outros tivessem decidido, Josué teve que fazer um compromisso com Deus e estava disposto a dar o exemplo de viver de acordo com essa decisão. A maneira em que vivemos demonstra a outros a seriedade de nosso compromisso para servir a Deus.

    24.16-18, 21 Toda a gente da nação proclamou corajosamente que nunca abandonaria ao Senhor. Mas não cumpriram essa promessa. Muito em breve Deus lhes acusaria de violar seu próprio pacto com O (Jz 2:2-3). Falar é fácil. É fácil dizer que seguiremos a Deus, mas é mais importante cumpri-lo com nossas vidas. Entretanto, a nação seguiu a Deus ao longo da vida do Josué, o qual foi um grande tributo à fé em Deus do Josué e sua liderança poderosa.

    24:23 Josué mandou aos israelitas a desprezar os deuses estrangeiros ou ídolos. Seguir a Deus exige a destruição de algo que límpida nossa adoração ao. Nós temos nossa própria versão de ídolos em nossas vidas -avareza, prioridades equivocadas, ciúmes, prejuízos- que impedem nossa adoração a Deus. Deus não está satisfeito se simplesmente escondermos estes ídolos. Temos que eliminá-los totalmente de nossas vidas.

    24.24-26 O pacto entre o Israel e Deus era que o povo adoraria e obedecia só ao Senhor. O propósito deles era converter-se em uma nação Santa que teria uma influência para Deus no resto do mundo. A conquista do Canaán representava um meio para obter este propósito, mas o Israel se preocupou com a terra e perdeu de vista a seu Senhor e Deus.

    O mesmo pode acontecer em nossas vidas. Podemos gastar tanto tempo nos meios que nos esquecemos do fim que perseguimos: glorificar a Deus. As Iglesias também cometem este engano. Por exemplo, a congregação pode investir todas suas energias em um novo edifício e voltar-se satisfeitos de si mesmos ou temerosos de deixar que outros grupos o usem. Se isto acontecer, concentraram-se no edifício e perderam que vista seu propósito: trazer para outros a Deus.

    24.29-31 O livro do Josué começa com um novo líder que recebe uma tarefa que parece impossível: possuir a terra do Canaán. Ao seguir a Deus muito de perto, Josué guiou ao povo por meio de vitórias militares e de uma obediência e fidelidade espiritual. Em 24.16 lemos que o povo estava seguro de que nunca abandonaria ao Senhor. A resposta de toda a nação durante estes largos anos é um tributo tanto à liderança do Josué como ao Deus ao qual serve com tanta fidelidade.

    24:33 Josué e Eleazar tinham morrido, mas não antes de lhe expor ao povo os fundamentos do que significa ter fé em Deus. Devemos temer e servir só ao Senhor (24.14). Isto se apóia em uma decisão: de lhe obedecer ao em lugar de seguir a outros ídolos (24.15). Somos incapazes, entretanto, de adorar o de maneira apropriada por causa de nossa rebelião e pecado (24.19). Ao escolher a Deus como Senhor entramos em um pacto com Deus (24,25) no qual O promete não só nos perdoar e nos amar, mas também nos dar o poder de seu Espírito para fazer sua obra aqui na terra. Também significa que devemos renunciar aos princípios e costumes da cultura que nos rodeia que se opõem ao plano de Deus (24.23). Isto não o devemos fazer sozinhos sem apoio, mas sim por meio de nos unir com outros que possuem nossa mesma fé em Deus. (Veja-se Dt 30:15-20 para uma mensagem similar do Moisés.)

    O DISCURSO FINAL DO JOSUE: Josué chamou a todos os israelitas ao Siquem para ouvir suas palavras finais. Desafiou ao povo a fazer uma decisão consciente de lhe servir a Deus sempre. Pouco tempo depois, Josué morreu e foi sepultado na cidade do Timnat-sera.

    NOMES DE DEUS

    Elohim Deus Gn 1:1; Nu 23:19; Sl 19:1 Se refere ao poder de Deus. O é o único Deus verdadeiro e supremo.

    Yavé O Senhor Gn 2:4; Ex 6:2-3 O nome apropriado da divindade.

    O Elyon Muito alto Gn 14:17-20; Nu 24:16; Sl 7:19; Is 14:13-14 O está por cima de todos os deuses. Nada é mais sagrado na vida.

    O Roi Deus o que vê Gn 16:13 Deus fiscaliza toda a criação e o que acontece às pessoas.

    O Shadday Deus Todo-poderoso Gênese 17.1 Smalmo 91.1 Deus é todo-poderoso.

    YHWH (Yavé) Yire O Senhor proverá Gn 22:13-14 Deus proverá para nossas verdadeiras necessidades.

    Yavé Nisi O Senhor é meu estandarte Ex 17:15 Devemos recordar a Deus por nos haver ajudado.

    Adonai Senhor Dt 6:4 Só Deus é máxima autoridade.

    YHWH (Yavé) Eloe o Israel Senhor Deus do Israel Jz 5:3; Sl 58:5; Is 17:6; Sf 2:9 O é o Deus da nação.

    YHWH (Yavé) Shalom O Senhor é paz Jz 6:24 Deus nos dá paz, de modo que não precisamos temer.

    Qedosh o Israel Santo do Israel Is 1:4 Deus é moralmente perfeito.

    YHWH (Yavé) Sabaot Senhor dos exércitos. refere-se não só à tropa que briga, mas também também aos poderes nos lugares celestiales. 1Sm 1:3; Is 6:1-3 Deus é nosso salvador e protetor.

    O OLAM Deus eterno Is 40:28-31 Deus é eterno. Nunca morrerá.

    YHWH (Yavé) Tsidkenu O Senhor é nossa justiça Jr 23:6; Jr 33:16 Deus é nosso modelo de justiça. Só O pode nos fazer justos.

    YHWH (Yavé) Shama O Senhor está ali Ez 48:35 Deus sempre está presente conosco.

    Atiq Yomin Ancião de dias Dn 7:9; Dn 13:12 Deus é a autoridade suprema. Um dia julgará a todas as nações.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Josué Capítulo 24 do versículo 1 até o 33
    XV. ALIANÇA em Siquém (Js 24:1)

    1 Depois Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém, e chamou os anciãos de Israel, e os seus cabeças, os seus juízes e os seus oficiais; . e eles se apresentaram diante de Deus 2 Então Josué disse a todo o povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel, seus pais habitaram antigamente, além do Rio, Tera, pai de Abraão e pai de Naor; e serviram a outros deuses. 3 E eu tomei a vosso pai Abraão dalém do Rio, e levou-o por toda a terra de Canaã, e multipliquei a sua descendência, e dei-lhe Isaque. 4 E eu dei a Isaque Jacó e Esaú, e eu dei- ao monte Esaú Seir, para a possuir; e Jacó e seus filhos desceram para o Egito. 5 E enviei Moisés e Arão, e feri o Egito, de acordo com aquilo que fiz no meio dele; e depois vos tirei de lá. 6 E eu tirei a vossos pais do Egito e vós viestes ao mar; e os egípcios perseguiram a vossos pais com carros e com cavaleiros, até o Mar Vermelho. 7 E, quando eles clamaram ao Senhor, ele pôs uma escuridão entre vós e os egípcios, e trouxe o mar sobre eles, e os cobriu; e os vossos olhos viram o que eu fiz no Egito; e vós, morando no deserto muitos dias. 8 E eu vos trouxe à terra dos amorreus, que habitavam além do Jordão, os quais pelejaram contra vós; e eu dei-los em sua mão, e vós possuíam suas terras; e eu destruí-los de diante de vós. 9 Balac, filho de Sefor, rei de Moab, e pelejou contra Israel, que mandou chamar a Balaão, filho de Beor, para te amaldiçoar; 10 , mas eu não quis ouvir a Balaão; portanto, que ele vos abençoou grandemente e eu vos livrei da sua Mc 11:1 E vós, passando o Jordão, e vindo a Jericó e os homens de Jericó pelejaram contra vós, e os amorreus, e os perizeus, e os cananeus, e os hitita, e os girgaseus, os heveus, e os jebuseus; e entreguei-o em sua Mc 12:1 E enviei vespões adiante de vós, que os expulsaram de diante de vós, até mesmo os dois reis dos amorreus; . não com a tua espada nem com o teu arco 13 E eu vos dei uma terra em que tu não tivesses trabalharam, e cidades que não construídas, e vós nele habitam; de vinhas e olivais que não plantastes que comeis.

    14 Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade; e pôr de lado os deuses que serviram vossos pais além do rio e no Egito; e servi o Senhor. 15 E, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; mas, quanto a mim ea minha casa serviremos ao Senhor.

    Este capítulo é um dos mais importantes em todo o Antigo Testamento. Aqui é dada a conta de um conjunto importante de Israel em Siquém, estrategicamente localizado entre o monte Garizim e Monte Ebal. Na presença dos israelitas Josué acontecimentos marcantes montados relacionados em sua história. Ele começou com o período patriarcal (vv. Js 24:1-4) e mudou-se para os eventos do Êxodo (vv. Js 24:5-7) ea conquista (vv. Js 24:8-13 ).

    Com base nesta revisão de eventos, Josué chamou Israel para a decisão. Escolhei hoje a quem quereis servir (v. Js 24:15 ). Ou servir as deidades tribais das nações vizinhas ou temer ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade (v. Js 24:14 ). Quanto a mim ea minha casa serviremos ao Senhor (v. Js 24:15 ).

    RESPOSTA B. ISRAEL PARA A REVISÃO DO atos poderosos DEUS (24: 16-24)

    16 E o povo respondeu e disse: Longe de nós que devemos abandonar o Senhor para servirmos a outros deuses; 17 para o Senhor nosso Deus, esse é o que nos trouxe e nossos pais subir da terra do Egito, da casa da servidão, e que fez estes grandes sinais aos nossos olhos, e nos preservou por todo o caminho que andamos, e entre todos os povos pelo meio dos quais passamos, 18 e Jeová expulsou de diante de nós a todos esses povos, mesmo os amorreus, que habitavam na terra; por isso nós também serviremos ao Senhor; pois ele é o nosso Deus.

    19 E Josué disse ao povo: Não podereis servir ao Senhor; pois ele é um Deus santo; ele é um Deus ciumento; que não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados. 20 Se vós, deixarem o Senhor, e servir a deuses estranhos, então ele se tornará, e vos fará o mal, e vos consumirá, depois de vos ter feito o bem. 21 E disse o povo a Josué: Nay; mas nós serviremos ao Senhor. 22 E Josué disse ao povo: Sois testemunhas contra vós mesmos de que escolhestes o Senhor, para o servir. E eles disseram: Somos testemunhas. 23 Agora, pois, pôr de lado, disse ele , os deuses estranhos que há no meio de vós, e inclinai o vosso coração ao Senhor, o Deus de Israel. 24 E disse o povo a Josué, o Senhor nosso Deus servir, e a sua voz obedeceremos.

    O povo de Israel respondeu com fé: Nós também serviremos ao Senhor; pois ele é o nosso Deus (v. Js 24:18 ). Aqui é o reconhecimento sincero de que nenhuma outra explicação suficiente para explicar a história do passado de Israel e presente em pé do que os atos poderosos de Deus vivo. Aqui era um povo, com base na experiência pessoal e coletiva de Deus, declarando a sua intenção de servir a Ele e nenhum outro.

    A resposta de Josué repudiou a decisão meramente entusiasmado e exuberante. A alegação do Deus santo exige mais do que a decisão dos lábios . Deve haver decisão da vida . Mais de lealdade conveniente é necessária. Não deve ser consagrado, obediência firme. As pessoas afirmaram a sua determinação genuína de servir ao Senhor (v. Js 24:21 ).

    PACTO C. DE ISRAEL COM O SENHOR RENOVADA (24: 25-28)

    25 Então Josué fez um pacto com o povo naquele dia, e pôs por estatuto e direito em Siquém. 26 E Josué escreveu estas palavras no livro da lei de Deus; e ele tomou uma grande pedra, e pôs ali debaixo do carvalho que estava junto ao santuário do Senhor. 27 Então Josué disse a todo o povo: Eis que esta pedra será por testemunho contra nós; pois ela ouviu todas as palavras do Senhor, que ele nos falou: será, portanto, um testemunho contra vós, para que não vos negar o seu Dt 28:1)

    29 E sucedeu que, depois destas coisas, que Josué, filho de Num, servo do Senhor, morreu, tendo cento e dez anos de idade. 30 E sepultaram-no no termo da sua herança, em Timnate-Sera, que é na região montanhosa de Efraim, para o norte do monte Gaás. 31 E Israel serviram ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que sobreviveram a Josué, e que tinha conhecido em toda a obra do Senhor, que ele fizera a Israel.

    32 E os ossos de José, que os filhos de Israel trouxeram do Egito, foram enterrados em Siquém, naquela parte do campo que Jacó comprara aos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de prata, e tornaram-se a herança dos filhos de José. 33 E Eleazar, filho de Arão morreu; eo sepultaram no outeiro de Finéias, seu filho, que lhe fora dado na região montanhosa de Efraim.

    O livro de Josué termina com a conta de três enterros, que de Josué, José e Eleazar.

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    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Josué Capítulo 24 do versículo 1 até o 33
    1. O apelo de Josué ao povo (24:1 -28)

    Josué, depois de exortar os líderes, chamou todo o povo em Siquém, um lugar caro ao coração de Isra-el, já que foi ali que Deus prometeu a terra a Abraão pela primeira vez (Gn 12:6-7). Também nesse local, Jacó construiu um altar (Gn 33:20) e exortou a família a lançar fora seus ídolos (Gn 35:1-4). Ao mesmo tem-po em que não há "lugares santos" na terra, há locais que despertam lembranças sagradas nos crentes.

    Josué preocupava-se que o povo caísse em idolatria por causa da influência das nações pagãs que viviam entre ele. Israel era propen-so à adoração de ídolos, e Josué sabia que a idolatria faria com que perdesse sua herança. Portanto, ele usou diversos argumentos a fim de encorajá-lo a devotar-se totalmente ao Senhor.

    1. A bondade de Deus no passado (vv. 2-13)

    Josué fez todo o caminho de volta ao nascimento da nação no cha-mado de Abraão. Abraão e seu pai eram idólatras até que Deus, em sua graça, os chamasse. O chamado de Abraão não se deveu a sua bonda-de, pois era pagão, mas à graça e ao amor de Deus. O Senhor deu a terra a Abraão, Isaque e Jacó. O Senhor protegeu os judeus no Egito e, de-pois, libertou-os com sua mão po-derosa. Ele guiou-os e proveu para eles no deserto. Ele derrotou nações por causa deles. Ele os fez passar o Jordão, trouxe-os à terra prometida e expulsou os inimigos que tinham diante deles. O que mais Deus po-dería ter feito por seu povo? Agora, eles tomavam posse de sua herança e desfrutavam das bênçãos da terra. Como eles deviam amar e servir ao Senhor!

    1. O exemplo do próprio Josué (vv. 14-15)

    Israel tinha de servira algum deus — os deuses dos pagãos ou o verdadei-ro Deus, Jeová. Josué disse: "Eu e a minha casa serviremos ao Senhor". Não é apenas encorajador, mas es-sencial, que líderes piedosos dêem o bom exemplo na própria casa.

    C O perigo da disciplina (vv. 16-21)

    Por três vezes, o povo garante a Josué que servirá ao Senhor (vv. 16,21,24). Ele sabia que o que os israelitas diziam com os lábios nem sempre era verdade no coração. Ele adverte: "Não podereis servir ao Senhor, porquanto é Deus san-to, Deus zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados. Se deixardes o Senhor e servirdes a deuses estranhos". Ele advertiu-os de que a idolatria traria punição e disciplina e a perda da terra.

    1. A aliança com Deus (vv. 22-28)

    No Sinai, Deus fez uma aliança com Israel (veja Êx 20), e, em Deuteronô- mio, a nova geração, sob a lideran-ça de Moisés, renovou essa aliança. Contudo, cada geração tinha de rea-firmar sua fidelidade a Deus, portanto Josué renovou a aliança com o povo. Ele escreveu as palavras no Livro da Lei e, depois, as pôs sobre uma pe-dra para lembrá-los de sua promessa. Isso traz à mente as pedras assenta-das quando Israel atravessou o Jordão (cap. 4). Somos tão propensos ao es-quecimento que Deus precisa usar lembretes (como a ceia do Senhor) a fim de manter seu povo no caminho da obediência. Nos anos seguintes, os judeus, mesmo com os lembretes, não mantiveram sua aliança com o Senhor. Rara o relato dessa tristeza, leia Jz 21:25.

    1. As realizações de Josué para o Senhor (24:29-33)

    O versículo 31 é um grande teste-munho desse homem de Deus — por causa de sua liderança, a na-ção serviu ao Senhor e continuou servindo-lhe mesmo depois de sua morte. Deus usou Josué para fazer muitas coisas por Israel. Ele guiou os israelitas na travessia do Jordão, levou-os de uma vitória a outra na terra, deu-lhes sua herança. Com certeza, para Israel, o túmulo de Jo-sué era outro lembrete do poder e da misericórdia do Senhor. O povo de Deus age com acerto quando se lembra de guias piedosos e imita a fé que tiveram (He 13 7:58).

    Esses versículos registram três sepultamentos: o de Josué, o de José e o de Eleazar. Os irmãos de José tinham prometido sepultar seus restos em Canaã (Gn 50:25), portanto os judeus levaram seus ossos do Egito (Êx 13:19). Isso é um retrato de nossa futura ressur-reição, pois, como o corpo de José foi redimido do Egito, também nosso corpo, um dia, não apenas descansará em sua moradia de di-reito, como também se transforma-rá para ser igual ao corpo de Jesus Cristo (Fp 3:20-50). É fácil acre-ditar que também a sepultura de

    José era um lembrete para o povo da fidelidade de Deus. O Senhor usara José para manter o povo vivo durante a fome, e ele foi-lhe fiel mesmo na terra pagã do Egito.

    Lembremo-nos, ao terminar esse livro, que Cristo é nosso Salvador e que ele luta nossas batalhas por nós e ajuda-nos a tomar posse de nossa herança.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Josué Capítulo 24 do versículo 1 até o 33
    24.2 Vossos pais... serviram... deuses. Terá, o pai de Abraão, habitava na cidade de Ur dos Caldeus, onde o povo servia a vários deuses. O monumento principal da cidade era dedicado ao deus da lua, o padroeiro da cidade. Também foi reconhecido Sumas, o deus-Sol e Nana (ou Astarte), a: filha do deus da lua, e outros deuses.

    24.3 Eu... o fiz percorrer. O Senhor Deus dirigiu a história de Israel desde o início. Foi pela graça e providência de Deus que Abraão foi tirado do meio dos falsos deuses e mandado para a terra da Palestina. Lhe dei Isaque (conforme Gn 21:1-3). Isaque significa "gargalhada" (cf. Gn 17:17; 18:12-15).

    24.4 Dei Jacó e Esaú (conforme Gn 25:24-26). Montanhas de Seir. Deus providenciou esta região para Esaú (Dt 2:5), assim também, Jacó e seus filhos tinham o exclusivo direito à Palestina (conforme 12.7; Gn 14:6; 36:6-8).

    24.5 Feri o Egito. Uma referência às pragas, no livro de Josué, uma vez que o Pentateuco estava nas mãos do povo (conforme 23.6).

    24.6 Tirando eu... do Egito. Este é um dos principais temas do Antigo Testamento. O fato que Deus tirou o Seu povo do Egito é um dos temas mais importantes que mostra que Deus Jeová é o Salvador de Israel (conforme Êx 12:17; 16:32; Lv 11:45; Nu 24:8; Dt 16:1; Jz 6:8; Sl 81:10; Jr 2:6; Jr 11:4; etc.). Viestes ao mar, i.e., ao Mar Vermelho (Êx 14:16-31).

    24.7 No deserto por muito tempo. Por 40 anos, conforme Êx 16:35.

    24.8 Terra dos amorreus. Ainda que os amorreus fossem um dos sete povos da terra de Canaã, o termo também se estende num sentido genérico, aos cananitas (cf. Gn 48:22; Js 24:15 é chamado de adivinho, com o sentido daquele que prediz o futuro e o influencia. No Novo Testamento, o seu nome é símbolo de avareza (2Pe 2:15, Jd 1:11).

    24.12 Enviei vespões (ou vespas). Deus prometeu enviar tais insetos semelhantes às abelhas para expulsar aos cananeus (Êx 23:28; Dt 7:20). Pode-se entender literalmente ou alegoricamente. Os arqueólogos descobriram que "vespas" eram o símbolo nacional do Egito e os exércitos dessa nação penetraram na terra de Canaã antes que os de Israel.

    • N. Hom. 24.14,15 "Responsabilidades do Povo Escolhido":
    1) Temer ao Senhor - i.e., honrar e respeitar Sua vontade em tudo;
    2) Servir ao Senhor - i.e., dar-lhe honestamente, com toda a fidelidade, aquilo que Ele quer;
    3) Escolher ao Senhor - i.e., dar-lhe o primeiro lugar na vida (conforme Cl 1:18).

    24.16 A geração de israelitas que havia conquistado a Terra Prometida, agora aceita uma aliança com o Senhor, semelhante àquela que seus pais se comprometeram a cumprir no Sinai (Êx 24:7-18; 34:27-28). Ainda que o povo tivesse achado ser impossível abandonar a Jeová, seu Deus, por tudo que Ele tinha feito em seu favor, a história de Israel, logo no livro de Juízes, indica que um reconhecimento das fraquezas, e humildade teriam sido mais recomendáveis. A falta de perseverança no caminho do Senhor, em grande parte, se deve ao fato de que os pais deixaram de praticar e ensinar a seus filhos, dentro de seus lares. Isto Josué prometeu fazer (v. 15), sabendo que o culto verdadeiro começa em casa.

    24.17 Aos nossos olhos. Os milagres de Deus precisam ser reconhecidos e lembrados. Racionalizar e esquecer os grandes sinais do Senhor sempre tem sido a causa do abandono de Deus.

    24.19 Não podereis servir ao Senhor. Este versículo não quer dizer que é impossível servir ao Senhor. Josué está simplesmente advertindo a Israel a não entrar numa aliança com um Deus tão santo e zeloso como é Jeová sem a devida atenção e seriedade. Além disso, Josué quer indicar que os requisitos para servir ao Senhor são definidos e inflexíveis. Sem "deitar fora” os deuses pagãos seria absolutamente impossível servir ao Senhor devidamente.

    24.23 Inclinai o coração ao Senhor. Além da decisão de servir ao Senhor (v. 21; conforme a decisão de aceitar a Cristo, Jo 1:12; etc.), uma nova atitude de humildade e sujeição a Ele precisa caracterizar o crente durante toda a sua vida (1Pe 5:6).

    24.25 Siquém. O deus cananita, cultuado em Siquém, era chamado Baal ou Baal-Berith, "deus da aliança" (Jz 9:4, Jz 9:46). Talvez fora escolhido para a renovação da Aliança por causa das velhas associações e para que fosse ainda mais fácil lembrar-se dela durante os séculos vindouros. Neste versículo, parece que é Josué que está fazendo a aliança com os israelitas, mas a fato é que está agindo no nome do Senhor, como seu representante (conforme Paulo em 2Co 5:20).

    24.31 O ponto forte de Josué se nota na semelhança de um bom pastor que cuida bem de seu rebanho durante todos os dias de sua liderança. A falha de Josué e dos anciãos parece ter sido não pensar na necessidade de um ou mais líderes para continuar a direção do povo nos caminhos do Senhor como fez Moisés.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Josué Capítulo 24 do versículo 1 até o 33

    2) A aliança em Siquém (24:1-28)
    a)    Assembléia (24.1)
    Esse capítulo não está necessariamente ligado ao anterior (Então é uma dedução). Alguns eruditos acham que pertence à mesma cerimônia que 8:30-35, mas os v. 13,28 parecem sugerir um estágio adiantado de ocupação. O relato está aqui para mostrar o cumprimento essencial da missão de Josué. Os representantes do povo aparecem diante de Deus — mesmo que a tenda já estivesse em Siló (18.1), a Presença foi reconhecida no carvalho de Siquém (24.26; conforme Gn 33:20; 35.4); ali Josué fala em nome do Senhor.

    b)    O discurso de Josué — a forma em que o Senhor os conduziu (24:2-13)

    Essa narrativa de eventos é característica do preâmbulo de uma aliança (assim, muito mais breve, Ex 19:4; 20:2). Israel devia a sua existência a Deus, que tomou Abraão, conduziu-o, tirou os seus pais e os libertou e finalmente lhes deu uma terra. Aqui está um Deus que consegue atingir o seu objetivo, que é fiel ao seu propósito a longo prazo; e que se importa com o seu povo. Por todas essas razões, eles podem confiar num futuro com ele. Mas há mais; após ter feito tanto, Deus, o seu criador, lhes ordena que sirvam ao propósito dele, embora não consigam enxergar ainda aonde isso vai levar — a Cristo.

    v. 11. assim como não está no hebraico; alguns eruditos pensam que amorreus [...] je-buseus é uma glosa (assim a NEB). v. 12. pânico-, versões tradicionais e o grego trazem “vespões”; somente aqui e em Êx 23:28Dt 7:20. Uma palavra semelhante significa “lepra”. A referência de Garstang ao emblema do Egito é incerta; até mesmo expedições punitivas tinham o propósito de tornar Canaã segura como um Estado-escudo contra os hititas. dois reis-, LXX; “doze”; parece pouco provável que seja uma referência a Ogue e Seom (conforme o v. 8).

    c)    O discurso de Josué — “Sirvam somente ao Senhor” (24.14,15)
    Aqui está um mistério: o Deus que cria e ordena não quer simplesmente compelir. Ele lhes oferece a escolha, proporcionando-lhes a possibilidade de se negarem a fazê-lo. A não ser que se faça essa escolha livremente e se sirva ao Senhor com integridade e fidelidade, não vai significar nada para Deus, que é o “Pai de todos”. Se Deus é tão aberto para a escolha, o agente dele tampouco pode compelir os seus ouvintes, mas somente exortá-los e conduzi-los (“Mas, eu”), hoje uma escolha será feita; se for por omissão, os deuses locais serão os vitoriosos.

    d)    A resposta de Israel (24:16-18)

    A resposta dada com base na razão não pode ser questionada. A força para viver de acordo com ela seria tragicamente abalada durante a antiga aliança (Rm 8:3; He 8:7); mas todo o ministério dos juízes e profetas testemunha o fato de que houve um compromisso genuíno que, nos seus melhores momentos 1srael reconheceu.

    e)    Confirmação solene (24:19-24)

    O propósito desse aparente desencoraja-mento é prevenir contra uma resposta motivada por mero entusiasmo. Josué enfrenta o dilema do pastor; é tarefa dele persuadir, mas uma decisão tomada meramente por seu poder de persuasão evapora como o orvalho. Ele pode somente lembrá-los do que está incluído nesse compromisso e com quem estão lidando (v.comentário Dt 23:14ss), e tornar o ato o mais solene (v. 22) e honesto (v. 23) possível, v. 14. temam é um termo técnico hebraico para a adoração, mas expressa um aspecto que não podemos esquecer (He 12:28,He 12:29), por mais que o mundo o rejeite ou interprete erroneamente.

    f) A confirmação da aliança (24:25-28)

    Independentemente do que tentarmos adivinhar ou inferir acerca de uma cerimônia regular de renovação da aliança, os verbos aqui se referem ao estabelecimento original da aliança, decretos e leis (singular no heb.) talvez seja referência a um coletivo (como em Êx 15:25; Ed 7:10) ou ao próprio compromisso da aliança, v. 26. Grande Arvore. TM 'allâ, somente aqui, mas semelhante a ’allôn, “carvalho” (assim BJ); NEB e LXX lêem ’êlâ e traduzem por “terebinto”. v. 27. caso sejam infiéis-, “para evitar que abandonem” (NTLH). O verbo kihês significa “enganar” (7.11, “mentiram”, NTLH); “mentir”, conforme Is 59:13Jr 5:12. Afastar-se de Deus começa com o medo, com a consciência culpada e com o engano (Gn 3:10). Um lembrete tangível tem testemunhado em silêncio a favor da aliança; é o que tem feito, ao longo dos séculos, o pão partido (1Co 11:26).


    3) A morte dos líderes (24:29-33)
    a) A morte de Josué e o seu sepulta-mento (24:29-31)

    Os v. 28-31 no hebraico são praticamente iguais a Jz 2:6-7, palavra por palavra, mas ordenados de forma diferente; em pequena escala, isso ilustra um aspecto da inspiração nas Escrituras históricas em relação ao uso de fontes, servo do Senhor-, v.comentário de

    1.1. Somente aqui Josué recebe esse título, v. 30. Conforme 19.49. O v. 31 conclui e resume a mensagem do livro. O sucesso é uma dádiva de Deus, com a reação obediente e perseverante do homem. A invasão de Canaã por parte dos israelitas nunca foi um sucesso completo, e muitas vezes perderam a visão e a determinação; mas o livro testifica que Josué concluiu a sua missão.
    b) O sepultamento de José e de Elea-zar (24.32,33)

    Duas notas de rodapé: o v. 32 registra o cumprimento do desejo de José na hora de sua morte (Gn 50:24,25; Êx 13:19). O v. 33 registra o sepultamento de Eleazar, que, como filho e sucessor de Arão, havia compartilhado com Josué a responsabilidade pela ocupação, prata-, conforme Gn 33:19; assim At 7:16, mas qrsitã foi traduzido pela LXX por “ovelha”. Gibeá pode simplesmente significar “colina”; “cidade” seria uma dedução razoável. Seria natural que a família de Arão tivesse vivido perto de Siló até o reinado de Davi (v.comentário do cap. 21).

    BIBLIOGRAFIA
    Comentários
    Boling, R. G. & Wright, G. E. Joshua. AB. Garden City, N.Y., 1982.

    Bright, J. Joshua. IB II., Abingdon Press, New York, 1953.

    Gray, J. Joshua, Judges and Ruth. NcentB. Nelson, 1967.

    Miller, J. M. & Tucker, G. M. Joshua. CBC. Cambridge, 1974.

    Soggin, J. A. Joshua. Old Testament Library. SCM Press, 1972, trad, da ed. francesa del970. Woudstra, M. H. The Book of Joshua. NICOT. Grand Rapids, 1981.

    Análises históricas
    Albright, W. F. Archaeology and the Religion of Israel.

    Johns Hopkins Press, 4. ed., 1956.
    Bright, J. A History of Israel. SCM, 1960, p. 97-160 [História delsrad. Editora Paulus, 2004]. Bright, J. Early Israel in Recent History Writing. SCM Studies in Biblical Theology 19,1956; uma avaliação equilibrada das tendências recentes. Garstang, J. Joshua-Judges. Constable, 1932; deve ser usado com cuidado em vista dos últimos desenvolvimentos na arqueologia.

    Harrison, R. K. A History of Old Testament Times. Zondervan, 1957.

    Kaufmann, Y. The Biblical Account of the Conquest of Palestine. Magnes Press, trad, do hebraico, 1953.

    Yeiyin, S. The Israelite Conquest of Canaan. Netherlands Near-East Institute, Leiden, 1971.

    Geografia

    Abel, F. M. Géographie de la Palestine. Gabalda, Paris; v. 1, 1933; v. 2, 1938, 2. ed„ 1966.

    Aharoni, Y. TheLand of the Bible. Burns Oates, 1967;

    trad, da ed. hebraica de 1962.
    Baly, D. The Geography of the Bible. Lutterworth, 1974; uma descrição sistemática da região. Baly, D. Geographical Companion to the Bible. Lutterworth, 1963); artigos sobre aspectos específicos.

    Simons, J. Geographical and Topographical Texts of the Old Testament. Leiden, 1959.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Josué Capítulo 24 do versículo 1 até o 28

    Js 24:1). Aqui Deus pela primeira vez prometeu dar Canaã a Abraão; aqui o patriarca levantou seu primeiro altar na terra (Gn 12:6,Gn 12:7). Aqui também Jacó construiu um altar (Gn 33:20) e exortou a sua casa a deixar os seus ídolos (Gn 35:1-4).

    George E. Mendenhall lucidamente revelou a natureza da aliança e da renovação da aliança em Israel no tempo de Moisés e Josué (Law and Covenant in Israel and the Ancient Near East, págs. 24 -44 ). Na forma, a aliança mosaica parece-se mais com os tratados de suserania através dos quais um grande monarca obrigava seus vassalos a servi-lo com fidelidade e obediência. Tais tratados encontram-se nas alianças internacionais do Império Heteu com seus estados vassalos, entre 14501200 A.C., mas não depois do final do segundo milênio A.C. Ambos, a aliança mosaica e os tratados de suserania, são essencialmente unilaterais. "As estipulações do tratado implicam em obrigatoriedade apenas da parte do vassalo e só o vassalo fazia um juramento de obediência" (Mendenhall, pág. 30). Enquanto o vassalo era obrigado a confiar na benevolência e ajuda protetora do monarca, este último mantinha "seu exclusivo direito de autodeterminação e soberania" (ibid), não se obrigando a compromissos específicos. No caso da aliança mosaica, os israelitas e a multidão mista (cons. Nu 11:4) estavam na posição dos povos vassalos, enquanto Jeová era o seu divino soberano. Assim Deus empregou uma forma padrão de aliança conhecida na Ásia ocidental daquele tempo.

    A aliança da qual Moisés era o mediador não foi em nenhum lugar proclamada como aliança eterna; por isso tinha de ser periodicamente renovada - pelo menos em cada geração. Semelhantemente, desde que os tratados heteus "não continham obrigatoriedade perpétua desde o principio, uma renovação da aliança tornava-se necessária de tempos em tempos" (ibid, págs. 40, 41), como quando o herdeiro tomava o poder após a morte do rei vassalo. Do mesmo modo havia necessidade de uma leitura pública periódica da aliança, tanto no Império Heteu como em Israel (veja observação sobre 8: 33-35). Exigia-se do vassalo que comparecesse diante do soberano uma vez por ano a fim de pagar o tributo (cons. Js 24:1).

    A maior parte dos elementos encontrados nos textos dos tratados heteus podem ser averiguados nesta renovação da aliança em Siquém conforme se constata no esboço abaixo:


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Josué Capítulo 24 do versículo 1 até o 28
    b) Segunda exortação de Josué (Js 24:1-28).

    No meio do cenário religioso de Siquém e, pela segunda vez, lembra Josué a fidelidade do Senhor, apresentando numa espécie de "balanço" ou recapitulação as grandes dividas que tinham os israelitas para com Jeová: a vocação de Abraão; a libertação do Egito; a vitória sobre os amorreus; o plano frustrado de Balaão; a travessia do Jordão; a tomada de Jericó e, por fim, o extermínio dos cananeus. Bênçãos sem conta!

    >Js 24:12

    Enviei vespões... que os expeliram de diante de vós (12). Que magnífica prova da proteção especial de Jeová! Muitos comentadores consideram estes vespões como um símbolo do terror que os israelitas infundiam no espírito dos seus inimigos. Garstang, porém, (que aceita a data mais recuada para o Êxodo) identifica aquele inseto com o emblema sagrado dos faraós, acrescentando que a devastação de Canaã pelos egípcios desolara todo o país. Após o saque de Megido por Tutmose III em 1479 a.C., o Egito lançou-se no que podemos chamar "uma política deliberada de devastação" durante mais de 60 anos, precisamente até que subiu ao trono o monarca Amenhotep III em 1411 a.C. Depois disso, "durante 50 anos, nenhum exército egípcio foi enviado à Síria," diz Garstang, por razão de problemas no Egito. No início desse período, apareceu Josué e os israelitas em frente das muralhas de Jericó (1406 a.C.), invadindo um território enfraquecido pelos ataques dos egípcios, que assim se tornaram poderosos instrumentos nas mãos de Jeová. Isto, no dizer de alguns comentadores, a quem se pode objetar com o fato de que em Êx 23:28 e Dt 7:20 (40 anos mais tarde) o envio dos vespões é considerado ainda como um acontecimento futuro. (Mesmo assim, as conseqüências que importavam, realmente eram futuras). Em Js 24:12 cumpriu-se a promessa e foram enviados os vespões, cujo ataque deve coincidir exatamente com a altura da invasão e conquista da Terra Prometida por Josué. Quanto às conseqüências que daí poderiam advir para os israelitas, relacionadas com os textos de Êx 23:28 e Dt 7:20, não se pode duvidar que é possível admitir o acontecimento como uma verdadeira praga de vespões, que contribuíram para o despovoamento das terras que os israelitas iam invadindo.

    >Js 24:14

    Em presença da intervenção de Jeová na história do povo eleito, Josué insistiu na lealdade que era devida a esse Ser soberano, a Quem deviam servir "com sinceridade e com verdade" (14). O vers. 15 é um desafio à fé dos israelitas, que podiam recorrer, em caso de insatisfação, aos deuses "dalém do rio", isto é, aos caldeus, cujo território ficava situado para além do Eufrates. Como não podia deixar de ser, o povo respondeu que jamais trocaria o seu Deus por qualquer outro. Josué insistiu, mas o povo não se deixou vencer: "Não, antes ao Senhor serviremos" (21). Josué então, convencido, renovou solenemente a aliança com o povo e, como testemunho, "tomou uma grande pedra, e a erigiu ali debaixo do carvalho que estava junto ao Santuário do Senhor" (26).


    Dicionário

    Agora

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    Coração

    Do latim cor, cordis, que significa “coração” ou “órgão que bombeia o sangue para o corpo”.

    os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13:2os 7:11Lc 8:15At 16:14).

    [...] O coração, por exemplo, é o recanto por onde flui o calor suave e generoso das boas impressões que ele guarda acerca da vida e das esperanças por tempos melhores. É o espaço interior propício a que se realize sua capacidade de acolher em plenitude a lei do Amor e suas manifestações.
    Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O coração é o meu templo

    [...] O coração é o terreno que mais deveremos cultivar, pois é dele que nascem as forças de nossa vida. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Espontaneidade do sentimento nos nossos atos, nas idéias e em sua expressão.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mediunidades diversas

    [...] o coração é mais do que a bomba que impulsiona o sangue por todo o organismo. Sendo o órgão fisiológico mais resistente que se conhece no ser pensante, porquanto começa a pulsar a partir do vigésimo quinto dia de vida do feto, continua em ação palpitando cem mil vezes diariamente, no que resultam quarenta milhões de vezes por ano, e quando cessa a vida se desorganiza, advindo a morte dos equipamentos orgânicos com a sua conseqüente degenerescência. A pouco e pouco, alguns cientistas dão-se conta de que ele é portador de uma energia vital, que o mantém e o impulsiona ininterruptamente. Essa energia seria permutável, podendo ser intercambiada com outros indivíduos que se beneficiariam ou não, conforme o teor de que se constitua, positiva ou negativa, cálida ou fria, estimuladora ou indiferente. Seguindo essa linha de raciocínio, estão concluindo que esse órgão é portador da faculdade de pensar, tornando afirmativa a tradicional voz do coração a que se referem poetas, escritores, artistas, amantes e... Jesus.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cérebro e coração

    Nosso coração é um templo que o Senhor edificou, a fim de habitar conosco para sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18


    Coração
    1) Órgão que bombeia o sangue (Ex 28:29).

    2) Em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto (Gn 6:5), dos sentimentos (1Sm 1:8) e da vontade (Sl 119:2).

    Coração Nos evangelhos, a palavra tem um conteúdo simbólico, servindo para designar os sentimentos (Jo 16:6.22), o íntimo da personalidade (Mt 15:8; Mc 7:6), a origem do pensamento (Mc 2:6.8; Lc 3:15) e do entendimento (Lc 24:25). Também em sentido figurado, afirma-se que o coração é o lugar das decisões morais (Mt 22:37; Mc 12:30; Lc 10:27) e, por isso, onde se opta pela fé e se acolhe Jesus (Lc 24:32) ou ainda onde acontece a incredulidade (Mc 6:52). Quem decidiu seguir Jesus tem um coração puro (Mt 5:8) e nele reina a paz (Jo 14:1.27).

    substantivo masculino Órgão torácico, oco e muscular, que funciona como o motor central da circulação do sangue.
    Figurado Parte anterior do peito em que se sente as pulsações cardíacas.
    Objeto com a forma estilizada desse órgão: corrente um coração de prata.
    Figurado Conjunto das faculdades emocionais; sede da afetividade; caráter, índole: tem um bom coração.
    Figurado O que se traz na memória: trago seu nome gravado em meu coração.
    Figurado Demonstração de afeição; amor: conquistaste meu coração.
    Figurado Parte central de alguma coisa; objeto situado no centro: sua casa fica no coração da cidade.
    expressão Coração duro. Coração de pedra; pessoa sem sentimentos.
    Coração de leão. Grande coragem.
    Coração mole. Predisposição para se comover ou se emocionar.
    Coração de ouro. Generosidade, grande bondade.
    Abrir o coração. Fazer confidências.
    Cortar o coração. Causar grande dor ou constrangimento.
    Com o coração nas mãos. Com toda a sinceridade.
    De coração ou de todo o coração. Com o máximo de empenho; com toda a boa vontade; com toda a sinceridade.
    Sem coração. Diz-se da pessoa insensível.
    [Medicina] Coração de atleta. Hipertrofia do coração por excesso de exercício.
    [Medicina] Coração artificial. Aparelho destinado a assegurar a circulação do sangue, quando necessário isolar do circuito sanguíneo do coração natural, para uma intervenção cirúrgica.
    Etimologia (origem da palavra coração). Pelo espanhol corazón.

    Deitar

    verbo transitivo Estender ao comprido; dispor horizontalmente: deitar um caixote.
    Exalar, trescalar: deitar um perfume.
    Escorrer, segregar: a ferida deita pus.
    Meter na cama: deitar o bebê.
    Pôr, botar: deitar a língua de fora.
    Atirar, arremessar.
    verbo pronominal Meter-se na cama: deitou-se bem cedo.

    Deus

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Deuses

    masc. pl. de deus

    deus
    (latim deus, dei)
    nome masculino

    1. Religião Ser supremo. (Com inicial maiúscula.)

    2. [Religião católica] Cada um dos membros da Trindade. (Com inicial maiúscula.)

    3. Religião Divindade do culto pagão ou de religião não derivada do mosaísmo.

    4. Figurado Homem heróico ou de superioridade incontestável.

    5. Objecto que exerce grande influência ou grande poder.


    meu deus
    Interjeição designativa de grande espanto, medo ou surpresa.

    por deus
    Interjeição designativa de juramento.

    santo deus
    O mesmo que meu deus.

    um deus nos acuda
    Situação aflitiva, confusa ou complicada.

    Plural: deuses.

    Fora

    advérbio Na parte exterior; na face externa.
    Em outro local que não aquele em que habitualmente se reside.
    Em país estrangeiro; no exterior: minha irmã vive fora.
    interjeição Voz áspera para expulsar alguém de um recinto, vaiar ou patear interpretação teatral ou musical, discurso político etc.
    preposição Com exclusão de; além de; exceto: deram-lhe todo o dinheiro, fora os lucros, que foram depositados.
    substantivo masculino Erro grosseiro; rata, fiasco: aquele erro foi o maior fora da minha vida.
    Expressão de ignorância: não fala nada interessante, é um fora atrás do outro.
    Não aceitação de; recusa.
    locução prepositiva Fora de. Sem: fora de propósito.
    Distante de: fora da cidade.
    Do lado externo: fora de casa.
    expressão Dar fora em. Não aceitar ficar com alguém; romper namoro.
    Dar um fora. Cometer um erro grosseiro.
    Levar um fora. Ser rejeitado; sofrer recusa.
    Etimologia (origem da palavra fora). Do latim foras.

    Ha

    hebraico: calor, queimado

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Inclinar

    verbo transitivo e intransitivo Desviar da verticalidade.
    Abaixar, pender levemente: o vento inclina a copa das árvores.
    Dar declive, obliquidade a.
    Predispor, tornar propenso: inclinar a alma ao exercício da virtude.
    Dirigir, fazendo ângulo ou curva: inclinaram a escada para a direita.
    Ter declive: ali o terreno começa a inclinar.
    verbo pronominal Curvar-se, abaixar-se: inclinar-se diante de alguém.
    Tomar declive, pendor ou obliquidade.
    Figurado Submeter-se: inclinou-se diante daquele argumento.
    Confessar-se reverente: diante de tão grande feito, inclino-me respeitoso.

    Inclinar
    1) Ficar de joelhos (Jz 2:10)

    2) Curvar (Ex 18:7); (Jo 19:30). 3 Ter queda para (1Sm 8:3); (Rm 8:5).

    4) Figuradamente: dar atenção (ouvidos - (Is 32:9); voltar-se para (coração - (Js 24:23).

    Israel

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Meio

    numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
    substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
    O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
    Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
    Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
    Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
    O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
    Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
    substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
    adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
    advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
    Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
    Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

    numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
    substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
    O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
    Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
    Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
    Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
    O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
    Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
    substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
    adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
    advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
    Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
    Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Josué 24: 23 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Agora, pois, deitai fora os deuses estrangeiros que no meio de vós, e inclinai o vosso coração ao SENHOR Deus de Israel.
    Josué 24: 23 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1375 a.C.
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H3824
    lêbâb
    לֵבָב
    homem interior, mente, vontade, coração, alma, inteligência
    (of my heart)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H430
    ʼĕlôhîym
    אֱלֹהִים
    Deus
    (God)
    Substantivo
    H5186
    nâṭâh
    נָטָה
    e armado
    (and pitched)
    Verbo
    H5236
    nêkâr
    נֵכָר
    estrangeiro, estranho, estrangeirice, aquilo que é estrangeiro
    (who is a foreigner)
    Substantivo
    H5493
    çûwr
    סוּר
    desviar-se, afastar-se
    (and removed)
    Verbo
    H6258
    ʻattâh
    עַתָּה
    agora / já
    (now)
    Advérbio
    H7130
    qereb
    קֶרֶב
    meio, entre, entranha, centro
    (in herself)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    לֵבָב


    (H3824)
    lêbâb (lay-bawb')

    03824 לבב lebab

    procedente de 3823; DITAT - 1071a; n m

    1. homem interior, mente, vontade, coração, alma, inteligência
      1. parte interior, meio
        1. meio (das coisas)
        2. coração (do homem)
        3. alma, coração (do homem)
        4. mente, conhecimento, razão, reflexão, memória
        5. inclinação, resolução, determinação (da vontade)
        6. consciência
        7. coração (referindo-se ao caráter moral)
        8. como lugar dos desejos
        9. como lugar das emoções e paixões
        10. como lugar da coragem

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    אֱלֹהִים


    (H430)
    ʼĕlôhîym (el-o-heem')

    0430 אלהים ’elohiym

    plural de 433; DITAT - 93c; n m p

    1. (plural)
      1. governantes, juízes
      2. seres divinos
      3. anjos
      4. deuses
    2. (plural intensivo - sentido singular)
      1. deus, deusa
      2. divino
      3. obras ou possessões especiais de Deus
      4. o (verdadeiro) Deus
      5. Deus

    נָטָה


    (H5186)
    nâṭâh (naw-taw')

    05186 נטה natah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1352; v

    1. estender, esticar, estirar, armar, dobrar, perverter, inclinar, curvar, abaixar-se
      1. (Qal)
        1. esticar, estender, estirar, oferecer
        2. esticar, armar (tenda)
        3. curvar, virar, inclinar
          1. virar para o lado, inclinar, declinar, curvar-se
          2. curvar, abaixar
          3. estender, esticar (fig.)
      2. (Nifal) ser estendido
      3. (Hifil)
        1. estender
        2. espalhar
        3. virar, inclinar, influenciar, abaixar, estender, esticar, empurrar para o lado, repelir

    נֵכָר


    (H5236)
    nêkâr (nay-kawr')

    05236 נכר nekar

    procedente de 5234; DITAT - 1368b; n m

    1. estrangeiro, estranho, estrangeirice, aquilo que é estrangeiro
      1. estrangeirice, deuses estrangeiros
      2. alheio, estrangeiro
      3. estrangeiro (vaidades)

    סוּר


    (H5493)
    çûwr (soor)

    05493 סור cuwr ou שׁור suwr (Os 9:12)

    uma raiz primitiva; DITAT - 1480; v

    1. desviar-se, afastar-se
      1. (Qal)
        1. desviar-se do rumo, entrar
        2. partir, afastar-se do caminho, evitar
        3. ser removido
        4. chegar ao fim
      2. (Polel) desviar
      3. (Hifil)
        1. fazer desviar, causar afastamento, remover, tomar, separar, depor
        2. pôr de lado, deixar incompleto, retirar, rejeitar, abolir,
      4. (Hofal) ser levado embora, ser removido

    עַתָּה


    (H6258)
    ʻattâh (at-taw')

    06258 עתה ̀attah

    procedente de 6256; DITAT - 1650c; adv.

    1. agora
      1. agora
      2. em expressões

    קֶרֶב


    (H7130)
    qereb (keh'-reb)

    07130 קרב qereb

    procedente de 7126; DITAT - 2066a; n. m.

    1. meio, entre, entranha, centro
      1. parte interna
        1. sentido físico
        2. como sede do pensamento e da emoção
        3. como faculdade do pensamento e da emoção
      2. no meio, entre, dentre (um grupo de pessoas)
      3. entranhas (de animais sacrificados)

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo