Enciclopédia de I Samuel 2:3-3

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1sm 2: 3

Versão Versículo
ARA Não multipliqueis palavras de orgulho, nem saiam coisas arrogantes da vossa boca; porque o Senhor é o Deus da sabedoria e pesa todos os feitos na balança.
ARC Não multipliqueis palavras de altíssimas altivezas, nem saiam cousas árduas da vossa boca: porque o Senhor é o Deus da sabedoria, e por ele são as obras pesadas na balança.
TB Não continueis a falar tão orgulhosamente;
HSB אַל־ תַּרְבּ֤וּ תְדַבְּרוּ֙ גְּבֹהָ֣ה גְבֹהָ֔ה יֵצֵ֥א עָתָ֖ק מִפִּיכֶ֑ם כִּ֣י אֵ֤ל דֵּעוֹת֙ יְהוָ֔ה [ולא] (וְל֥וֹ) נִתְכְּנ֖וּ עֲלִלֽוֹת׃
BKJ Não faleis mais com tamanha soberba; não deixeis que a arrogância saia da vossa boca; pois o -SENHOR é um Deus de conhecimento, e por ele as ações são medidas.
LTT Não multipliqueis o falar com altíssima altivez, nem saiam coisas arrogantes da vossa boca; porque o SENHOR é o Deus de conhecimento, e por Ele são as obras pesadas na balança.
BJ2 Não multipliqueis palavras altivas, nem brote dos vossos lábios a arrogância, pois 1ahweh é Deus sapientíssimo: cabe a ele pesar as ações.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 2:3

I Samuel 16:7 Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.
I Reis 8:39 ouve tu, então, nos céus, assento da tua habitação, e perdoa, e faze, e dá a cada um conforme todos os seus caminhos e segundo vires o seu coração, porque só tu conheces o coração de todos os filhos dos homens.
Jó 31:6 (pese-me em balanças fiéis, e saberá Deus a minha sinceridade);
Salmos 44:21 porventura, não conhecerá Deus isso? Pois ele sabe os segredos do coração.
Salmos 94:4 Até quando proferirão e dirão coisas duras e se gloriarão todos os que praticam a iniquidade?
Salmos 94:7 E dizem: O Senhor não o verá; nem para isso atentará o Deus de Jacó.
Salmos 147:5 Grande é o nosso Senhor e de grande poder; o seu entendimento é infinito.
Provérbios 8:13 O temor do Senhor é aborrecer o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa aborreço.
Provérbios 16:2 Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos, mas o Senhor pesa os espíritos.
Provérbios 24:12 Se disseres: Eis que o não sabemos; porventura, aquele que pondera os corações não o considerará? E aquele que atenta para a tua alma não o saberá? Não pagará ele ao homem conforme a sua obra?
Isaías 26:7 O caminho do justo é todo plano; tu retamente pesas o andar do justo.
Isaías 37:23 A quem afrontaste e de quem blasfemaste? E contra quem alçaste a voz e ergueste os olhos ao alto? Contra o Santo de Israel!
Jeremias 17:10 Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações.
Daniel 4:30 falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder e para glória da minha magnificência?
Daniel 4:37 Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, e exalço, e glorifico ao Rei dos céus; porque todas as suas obras são verdades; e os seus caminhos, juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba.
Daniel 5:27 Tequel: Pesado foste na balança e foste achado em falta.
Malaquias 3:13 As vossas palavras foram agressivas para mim, diz o Senhor; mas vós dizeis: Que temos falado contra ti?
Hebreus 4:12 Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
Judas 1:15 para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade que impiamente cometeram e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele.
Apocalipse 2:23 E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
d. O cântico de louvor de Ana (2:1-10). Então, orou Ana (1) na forma de um salmo de ação de graças. Esta é uma poesia de grande beleza e profundidade, e é o modelo do "Magnificat" de Maria no Novo Testamento (Lc 1:46-55). O meu poder (1) — melhor na ARA, "minha força". A minha boca se dilatou — anteriormente sem palavras por causa das provocações de sua rival, a boca de Ana agora se abre em louvor a Deus. Na tua salvação — do hebraico yeshuah, "segurança, bem-estar, salvação" — é usada de muitas maneiras por toda a Bíblia: em vitória política ou militar, alívio do sofrimento ou enfer-midade, mas principalmente na libertação do pecado.'

Rocha nenhuma há como o nosso Deus (2) — Deus é freqüentemente descrito como uma rocha (e.g., 2 Sm 22.2,3; S118.2; 28.1; 62.2,6; etc.), tanto no sentido de refúgio como de alicerce. Não multipliqueis palavras (3) — "não fale mais", dirigido à adversária de Ana. Até a estéril teve sete filhos (5) — pode ser a profecia da família subseqüente de Ana, apesar de a quantidade de seus filhos parecer ser seis (21). O número poderia ser usado em seu significado secundário ou relacionado à perfeição ou inteireza.

E dará força ao seu rei, e exaltará o poder do seu ungido (10). Apesar de Israel não ter tido um rei durante muitos anos após estas palavras terem sido ditas, a idéia era familiar, pois as pessoas quiseram que Gideão se tornasse um monarca (Jz 8:22). Sem dúvida, mesmo naquela época, a nação sentia que precisava de um governo forte e centralizado, o que raramente foi alcançado com os juízes. Seu ungido (mashiac, de onde vem a palavra "Messias") é usado pela primeira vez aqui. Isto se tornou tanto um título como um nome para Jesus ("Cristo" é o termo grego para o hebraico mashiach). A expectativa da vinda do Messias cresceu muito durante a era profética posterior em Israel e é a base do cumprimento neotestamentário em Cristo, tanto em sua primeira vinda como em seu retorno.

2. No Tabernáculo com Eli (2:11-36)

Samuel ficou servindo ao Senhor, perante o sacerdote Eli (11). A natureza das atividades de Samuel não é explicada, a não ser pelo fato de ele estar à disposição de Eli (3.5,
8) e de abrir os portões do Tabernáculo pela manhã (3.15).

a. Os filhos maus de Eli (2:12-17). Hofni e Finéias são descritos como filhos de Belial e não conheciam o Senhor. (12) Veja os comentários de 1.16 sobre os filhos de Belial. Nas Escrituras, "conhecer" ou "não conhecer" o Senhor normalmente se refere a um conhecimento pessoal de Deus em adoração e obediência. Os hebreus não considera-vam o conhecimento primeiramente como algo intelectual, mas sim como algo completa-mente pessoal. O termo usado significava "ter proximidade de", em vez de simplesmente "conhecer". 5Mesmo treinados no ritual e nas cerimônias do Antigo Testamento e, sem dúvida, familiarizados com as exigências da lei, esses dois jovens eram maldosos e inescrupulosos em caráter pessoal.

A lei prescrevia cuidadosamente a natureza das ofertas que deveriam ser trazidas ao altar do Senhor, juntamente com a maneira pela qual o sustento dos sacerdotes era provido (cf. Lv 7:28-34). A iniqüidade dos filhos de Eli residia em suas exigências mag-nânimas e pouco razoáveis de receberem sua porção antes de o sacrifício ser formal-mente dedicado ao Senhor. O resultado foi que os homens desprezavam a oferta do Senhor (17).

Por todo o texto dos capítulos 1:4 o autor inspirado estabelece um contraste entre a maldade dos filhos naturais de Eli com a espiritualidade crescente e o discernimento de Samuel, filho adotivo do sumo sacerdote. Sem dúvida, o ambiente do início da vida desempenha um papel importante no caráter moral e na experiência espiritual das cri-anças. Contudo, uma das mais certas evidências de liberdade e autodeterminação da alma humana é vista em situações como as apresentadas aqui.

  • As Visitas de Ana a Samuel (2:18-21). A visita anual de Elcana e sua família a Siló tinha um duplo significado agora, pois, além da adoração religiosa, havia a alegria de se reunir com o filho que fora dedicado ao serviço do Senhor. O éfode de linho (18) era um traje cerimonial usado por aqueles que serviam em um local religioso. É provável que ele cobrisse apenas a parte frontal do corpo e, por isso, às vezes era chamado de avental. Ana também trazia para Samuel, a cada ano, uma túnica feita por ela. A família de Elcana foi abençoada com mais três filhos e duas filhas (21), todos de Ana.
  • O desconsolo de Eli (2:22-26). A razão do fracasso de Eli em lidar com a imoralida-de de seus filhos pode ser explicada parcialmente em função de sua idade avançada. Tal imoralidade era agravada por ser cometida no próprio Tabernáculo. A presença de mu-lheres ligadas ao funcionamento do Tabernáculo é expressa em Êxodo 38:8. O escândalo era evidente (24).
  • A advertência de Eli a seus filhos abrangia tanto o efeito da conduta deles sobre os outros — fazeis transgredir o povo do Senhor (24) — como as conseqüências sobre eles mesmos (25). A conduta ética imprópria — o pecado de um homem contra outro — poderia ser julgado nas cortes da lei; mas o pecado religioso contra Deus seria punido pelo pró-prio Senhor. Pelo fato de o termo hebraico traduzido como juiz ser ha-Elohim, que tam-bém significa "Deus", a ARA e outras traduções modernas trazem: "Pecando o homem contra o próximo, Deus lhe será o árbitro", ou "Deus o julgará". Em vista do mal agrava-do, a repreensão de Eli parece ser muito branda.' Para pecados "com alta mão" — desafio e rebelião contra o próprio Deus — o Antigo Testamento não apresenta uma solução. Somente Cristo pode ser o mediadór entre o homem e Deus (1 Tm 2.5,6).

    Porque o Senhor os queria matar — a partícula primitiva hebraica kee, porque, é usada em relações causais de todos os tipos, antecedentes ou conseqüentes. Também pode ser apresentada como "portanto". Os homens não eram pecaminosos porque Deus desejava matá-los, mas, porque eles se tornaram ímpios, o Senhor os julgaria e traria uma morte dolorosa e prematura.

    Mais uma vez, a piedade de Samuel é contrastada com a pecaminosidade dos filhos de Eli. No mesmo ambiente, o jovem Samuel ia crescendo e fazia-se agradável, assim para com o Senhor como também para com os homens (26). Uma declara-ção similar é feita em relação ao menino Jesus (Lc 2:52). Isso demonstra aprovação com-pleta, tanto em sua conduta ética como religiosa.

  • É profetizado julgamento contra a casa de Eli (2:27-36). E veio um homem de Deus a Eli e disse-lhe: Assim diz o Senhor (27) — homem de Deus e assim diz o Senhor são as credenciais do profeta, como o ofício se desenvolveu mais tarde em Israel. Mesmo nestes primórdios havia aqueles que o Senhor mandava juntamente com sua palavra. Aparentemente foi um homem de Deus não identificado que confron-tou o sacerdote Eli. A casa de teu pai — Moisés e Arão eram ambos da tribo de Levi, da qual Eli também fazia parte. Todos os levitas eram dedicados ao serviço do Senhor para tomar o lugar dos primogênitos, que foram poupados durante a última praga antes do êxodo (cf. Nm 3:41-45).
  • Os sacerdotes eram tomados da descendência de Arão. Para trazer o éfode pe-rante mim (28), cf.comentário de 2.18. Deus provera generosamente as necessidades dos levitas e dos sacerdotes. Apesar disto, os filhos de Eli não estavam satisfeitos. Por que dais coices (...) ? (29) ; a Septuaginta traz "Por que tratais isso com desprezo?".

    O fato da eleição condicional na Bíblia é claramente mostrado aqui (30). Deus esco-lheu a casa de Levi e prometeu que ela seria estabelecida para sempre. Portanto, diz o Senhor — as promessas estavam sujeitas às condições de obediência e fidelidade em con-fiar. Tanto no Antigo como no Novo Testamento a eleição não é designação para o privilé-gio, mas para a responsabilidade. É um dom de Deus e, portanto, não pode ser conquis-tada ou merecida; mas pode ser perdida pela rebelião e pela descrença (cf. Rm 9 — 11).

    Porque aos que me honram honrarei (30). Dentro da liberdade do homem, Deus colocou a opção entre a honra e a humilhação, entre a glória e a vergonha. Serão envilecidos — hebraico qalal, "ser humilhado", "ser desprezado", "ser menosprezado". Cortarei o teu braço (31) — isto é, "sua força, sua eminência ou sua liderança". Para que não haja mais velho algum — uma vida longa e idade madura eram considerados sinais da bênção especial de Deus. (cf. Sl 91:16).

    O versículo 32 é difícil de ser traduzido. Ele pode significar que um sacerdote rival ministraria no santuário. Moffatt traduz: "Então, em sua necessidade você olhará com inveja toda a prosperidade que dou a Israel"; Berk: "Em minha casa você testemunhará a escassez dentre todas as bênçãos que eu darei a Israel"; ARA: "E verás o aperto da morada de Deus, a um tempo com o bem que fará a Israel".

    O homem citado no versículo 33 refere-se a Abiatar, o único que escapou do massa-cre dos sacerdotes em Nobe, evento no qual esta horrível profecia se cumpriu (1 Sm 22:18-23; I Reis 2:26-27). Ambos morrerão no mesmo dia (34) — cf. 4.11. E eu suscita-rei para mim um sacerdote fiel (35) — parcialmente cumprido em Samuel, e talvez também em Zadoque (2 Sm 8.17; 15.24). Meu ungido — o rei, mas ultimamente o Mes-sias. Todo aquele que ficar de resto (36) — os poucos descendentes de Eli que restas-sem procurariam sustento em Samuel e nos principais sacerdotes dos dias posteriores.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    *

    2.1-10 Tendo recebido a resposta à sua oração, Ana entoa um cântico jubiloso de ação de graças. Focalizando a soberania do Senhor e a sua graça aos humildes, Ana antecipa os temas principais dos livros de Samuel. Os mesmos temas de soberania, graça, e da libertação são reiterados no cântico de Davi de ação de graças perto do fim de 2 Samuel (cap. 22). Os dois cânticos fornecem um arcabouço poético para 1 e II Samuel. O cântico de louvor (mais breve) de Maria (o Magnificat, Lc 1:46-55) parece ter seguido o modelo de Ana. Os dois cânticos iniciam-se com regozijo por causa do livramento pelo Senhor (v. 1; Lc 1:46-48), exaltam a incomparabilidade e santidade do Senhor (v. 2; Lc 1:49, 50), condenam a jactância orgulhosa (v. 3; Lc 1:51), indicam mudança da sorte humana como resultado de intervenções pelo Senhor soberano (vs. 4-8; Lc 1:52, 53), e expressam o cuidado fiel que o Senhor dedica aos seus (v. 9; Lc 1:54, 55). O cântico de Ana termina com a asseveração de que o próprio Senhor dará forças ao seu rei, ao seu ungido (vs. 9-10).

    * 2:1

    força. Lit. "chifre," palavra esta que [em hebraico] é usada figuradamente no Antigo Testamento para significar orgulho e força. É Deus quem exalta a força dos justos e abate as forças dos ímpios (Sl 75:10). Davi exalta o Senhor como "o meu escudo, a força da minha salvação" (v. 10, nota; 2Sm 22:3).

    * 2:2

    Rocha. Como metáfora para Deus, esse termo está concentrado nos trechos poéticos tais como o cântico de Moisés em Dt 32; o cântico de Davi em 2Sm 22; Salmos; e Isaías. A metáfora sugere a força e a soberania de Deus, e a segurança daqueles que confiam nele. Aqui recai o enfoque na incomparabilidade do único Deus verdadeiro, em oposição às falsas fontes de segurança (compare o contraste com os falsos deuses, também chamados "rocha," em Dt 32:31, 37; Is 44:8).

    * 2:5

    tem sete filhos. O número sete expressa o que é idealmente completo (Rt 4:15).

    * 2:9

    porque o homem não prevalece pela força. As narrativas subseqüentes confirmam que não é a proeza física, mas a presença de Deus, que traz a vitória. Na narrativa da arca nos caps. 4–6, o Senhor faz os filisteus sentirem a sua mão sem a ajuda de agentes humanos (5.6). Outros exemplos desse tipo são a vitória do Senhor através de Samuel no cap. 7; os resultados contrastantes de Saul e Jônatas nos caps. 13 e 14; a escolha de Davi, o mais jovem dos filhos de Jessé, no cap. 16; e a vitória de Davi sobre Golias no cap. 17.

    * 2:10

    seu rei. A referência aqui ao rei do Senhor antevê o evento central dos livros de Samuel, a saber: a instituição de uma monarquia, e subentende que a idéia de uma monarquia, corretamente cogitada, não é errada. Que Israel teria um rei é previsto em vários trechos do Pentateuco (Gn 49:10; Nm 24:7, 17-19; Dt 17:14-20).

    seu ungido. Numerosos objetos e pessoas estavam sujeitos à unção religiosa no Israel antigo (Êx 30:22-33), mas era o rei que, em última análise, tinha o título de "ungido do SENHOR" ou simplesmente de "ungido." As pessoas escolhidas para servir a Deus eram ungidas para simbolizar que essa era a sua vocação, que eram autorizadas para realizá-la, e que Deus lhes daria a ajuda da qual necessitassem. As referências ao rei como o ungido do Senhor predominam nos livros de Samuel (v. 35; 12.3. 5; 16.6; 24,6) e nos Salmos (Sl 2:2; 18:50). O presente trecho é a primeira referência a um rei de Israel como o "ungido" de Deus, embora a idéia de ungir um rei já se encontre na fábula de Jotão (Jz 9:8, 15). A palavra "messias" em português representa a palavra "ungido" em hebraico. No Novo Testamento, "Cristo" representa a palavra grega Christos, que também significa "ungido."

    * 2:12

    os filhos de Belial. Assim se traduz uma expressão em hebraico que conota pessoas vis, sem valor [que é a tradução literal de belial]. É usada a respeito daqueles que incitam à idolatria (Dt 13.13) ou à insurreição (10.27; 2 Sm 16.7; 20:1); que são sexualmente imorais (Jz 19:22); ou que são mentirosos (1Rs 21:10, 13). Infelizmente, a expressão podia ser aplicada aos filhos de Eli.

    não se importavam. Lit. "não conheciam," o que forma um contraste irônico entre os filhos de Eli e Samuel (3.7, nota).

    * 2:13

    o costume daqueles sacerdotes. A prática descrita nos vs. 13, 14 é diferente dos preceitos de Lv 7:28-36 e Dt 18:3. A cobiça dos filhos de Eli levou os israelitas a desprezarem a oferta do SENHOR (v. 17).

    * 2:15

    antes de se queimar a gordura. Deste os tempos em que Abel ofereceu a gordura dos primogênitos do seu rebanho (Gn 4:4), as partes gordurosas eram consideradas as melhores, e por isso mesmo, reservadas para o Senhor. Os sacerdotes tinham o dever de queimar a gordura no altar, como oferenda ao Senhor (Lv 3:16; 7:31). Assim como o sangue, a gordura era rigorosamente proibida para o consumo humano, e quem a comesse seria expulso do meio do povo de Deus (Lv 3:17; 7.23-25).

    * 2:18

    Samuel. O comportamento de Samuel, que ministra fielmente diante do Senhor, e também o de Eli, que regularmente abençoa Elcana com sua esposa (v. 20), está em nítido contraste com os abusos dos filhos de Eli.

    estola sacerdotal de linho. Algum tipo de roupa interna curta, associada ao serviço sacerdotal (22.18), que também foi usada pelo rei Davi quando trouxe a arca para Jerusalém (2Sm 6:14). Ver também 2.28, nota.

    * 2:19

    túnica. Uma roupa externa, que deveria ser usada por cima da estola sacerdotal de linho.

    * 2.20 filho que devolveu. As palavras de Eli relembram as de Ana em 1.27, 28. As palavras "dádiva" e "pedir" em hebraico são derivadas da mesma palavra que o nome "Saul" (1.20, nota).

    * 2:21

    diante do SENHOR. Ou: "com o SENHOR"; a mesma expressão em hebraico é usada no v. 26.

    * 2:22

    Eli. Novamente, assim como no v. 12, o enfoque muda do menino Samuel para a casa de Eli.

    ouvia. Eli tinha que ser informado a respeito daquilo que ele já deveria ter observado e controlado por sua própria iniciativa. Mas seus delitos são muito mais profundos do que a simples falta de atenção (v. 29).

    se deitavam com as mulheres. Quanto à "tenda," ver nota em 1.9; quanto às "mulheres que serviam," ver Êx 38:8. A prostituição cultual, embora fosse explicitamente condenada pela Lei (Dt 23:17, 18), era praticada pelos cananeus e se constituía em perigo constante para os israelitas (1Rs 15:12; 2Rs 23:7; Os 4:14).

    * 2.25 Deus lhe será o árbitro. O argumento de Eli é que, embora possa haver alguma mediação nas disputas entre as pessoas, ninguém que poderá intervir quando o delito for contra o próprio Deus. Os filhos de Eli pecaram, antes de mais nada, contra o Senhor (v. 17), e selaram o seu destino ao se recusar a prestar atenção à advertência de Eli.

    o SENHOR os queria matar. Essa declaração clara da soberania de Deus sobre o destino dos ímpios não diminui a responsabilidade das pessoas pelas suas próprias ações. Um exemplo do relacionamento entre a soberania divina e a responsabilidade humana acha-se no endurecimento do coração de Faraó nos primeiros capítulos do Êxodo. Em cerca de metade das ocasiões, é declarado que Faraó endureceu seu próprio coração (Êx 8:15); nas demais ocasiões, é declarado que Deus o endureceu (Êx 4:21; Rm 9:17, 18). Deus pode castigar o pecado persistente e deliberado removendo a capacidade de a pessoa se arrepender (Js 11:20; Rm 1:24, 26, 28).

    2:26

    no favor do SENHOR. A gravidade da recusa dos filhos de Eli de prestarem atenção aos homens ou a Deus é enfatizada pelo contraste marcante com Samuel, que cresce no favor de Deus e dos homens. A ênfase dada ao crescimento de Samuel como sendo mais do que meramente físico prenuncia um tema que é posteriormente desenvolvido nas figuras contrastantes de Saul e de Davi. A expressão no v. 6 é usada por Lucas para descrever a infância de Jesus (Lc 2:52; ver Pv 3:4).

    * 2.27-36 As palavras do homem de Deus a Eli exibem características típicas dos discursos proféticos de juízo. Há uma acusação (expressa aqui através das perguntas acusadoras que enfatizam o contraste entre a graça do Senhor e a desobediência de Eli) e uma proclamação de juízo, confirmada por um sinal. Outros exemplos de discursos proféticos desse tipo acham-se nos caps. 13; 15; em 2Sm 12:7-12.

    * 2:27

    homem de Deus. No Antigo Testamento, esse título é freqüentemente empregado de modo intercambiável com "profeta" (9.8-11; 13 15:11-13.18'>1Rs 13:15-18; 2Rs 5:8; 6.10-12).

    casa de teu pai... no Egito. Embora a genealogia de Eli não esteja registrada em nenhuma parte do Antigo Testamento, o v. 28 subentende que ele era um descendente de Arão. A asseveração de que o Senhor se revelou e selecionou a casa de Eli já nos tempos da servidão de Israel no Egito ressalta a ingratidão grosseira da casa de Eli.

    * 2.28 trazer a estola sacerdotal. A estola sacerdotal mencionada aqui não é a roupa mencionada no v. 18, mas a estola do sumo sacerdote, que continha o "peitoral do juízo" e o "Urim e o Tumim," através dos quais se podia descobrir a vontade do Senhor (Êx 28:4-30).

    e dei... as ofertas. Tanto no Antigo Testamento (Nm 18:8; Dt 18:1) quanto no Novo (1Co 9:13, 14; 1Tm 5:17, 18) Deus providencia o sustento daqueles que estão no seu serviço.

    *

    2:29

    honras. Embora os delitos dos filhos de Eli fossem mais atrevidos, ele próprio não fica sem culpa. Como pai e sumo sacerdote, não deveria ter se limitado a confrontar seus filhos somente com palavras (vs. 23-25). Ter deixado de agir firmemente equivaleu a honrar seus filhos acima do Senhor (v. 30). A palavra hebraica traduzida por "honrar" é uma palavra-chave nos relatos subseqüentes da queda da família de Eli e da captura e devolução da arca (caps. 4–7); ver notas em 4.21; 6.5, 6.

    *

    2:30

    perpetuamente. Contínua ou indefinidamente.

    * 2:31

    não haja mais velho nenhum em tua casa. A dizimação da casa de Eli começa com a morte dos seus filhos (4,11) e a sua própria (4.18). Ela continua com o massacre dos sacerdotes de Nobe por Saul (22.17-19) e culmina quando Salomão remove Abiatar do sacerdócio (1Rs 2:26, 27).

    * 2:32

    o aperto da morada de Deus. Ou: “um inimigo em minha morada”. O termo em hebraico é difícil, e partes dos vs. 31, 32 faltam na Septuaginta e nos Rolos do Mar Morto. Se for correta a tradução "o inimigo na morada de Deus", o versículo aludiria à captura da arca (4.1-11), à destruição da morada do Senhor em Siló (Jr 7:12-14), e à sua recolocação em Nobe (21.1).

    * 2.34 sinal. Pronunciamentos proféticos eram freqüentemente confirmados por sinais (2.27-36, nota; conforme 10.7, 9; 1Rs 13:3, 5; 2Rs 19:29; 20:8, 9).

    * 2:35

    sacerdote fiel. Embora a declaração em 3.20 de que Samuel foi "confirmado" como um profeta do Senhor sugira que Samuel possa ter sido o cumprimento dessa predição, o cumprimento mais claro vem na pessoa de Zadoque, que serviu como sumo sacerdote lado a lado com Abiatar no reinado de Davi (2Sm 8:17, nota) e que chegou à preeminência no reinado de Salomão (1Rs 2:35). Os descendentes de Zadoque mantiveram-se no sumo sacerdócio desde o reinado de Salomão até aos tempos de Antíoco Epifânio e dos macabeus (para os detalhes, ver Introdução ao Período Interbíblico).

    meu ungido. Essa é a segunda alusão neste capítulo ao rei vindouro (v. 10 nota).

    *

    2.36 um pedaço de pão. Os juízos proféticos eram caracterizados pela correspondência entre o crime e o castigo. A fome ameaçada nesse versículo corresponde com a satisfação da gula descrita nos vs. 12-27 e 29.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    2.1-10 Ana elogiou a Deus pela resposta a sua oração por um filho. O tema de sua oração poética foi sua confiança na soberania de Deus e seu agradecimento por suas bênções. María, a mãe do Jesus, utilizou a oração da Ana como modelo de sua própria canção de louvor chamada Magnificat (Lucas 1 2Rs 46:55). Como Ana e María, devemos confiar em que Deus tem o controle último sobre os fatos de nossas vidas, e devemos estar agradecidos pela maneira em que nos benzeu. Ao elogiá-lo por todas as coisas boas, estamos reconhecendo seu controle definitivo sobre todos os assuntos da vida.

    2:2 Ana elogia a Deus por ser uma Rocha firme, forte e imutável. Em nosso agitado mundo, os amigos vão e vêm e as circunstâncias trocam. É difícil encontrar uma base sólida que não troque. Aqueles que dedicam suas vidas a obter causas ou posses tenham a segurança que são coisas finitas e transitivas. As posses pelas que trabalhamos tão duro perecerão. Mas, Deus sempre está presente. Espere no. O nunca falha.

    2:3 Pela forma em que Ana diz estas palavras, não há dúvida que se refere à arrogância e os repreensões da Penina. Entretanto, Ana não tinha que lhe pagar com a mesma moeda, já que ela sabia que Deus sabe tudo, e que julgará todo pecado e orgulho. Sabiamente, Ana deixou a Deus o julgamento. Resista a tentação de fazer justiça por sua própria mão. Deus julgará suas obras, assim como as daqueles que lhe têm feito mal.

    2:10 Viver em um mundo onde a ameaça de um holocausto nuclear sempre está presente e onde o mal abunda pode nos fazer esquecer que Deus é soberano sobre todas as coisas. Ana viu deus (1) sólido como uma rocha (2.2); (2) como um que vê o que fazemos (2.3); (3) soberano sobre todos os assuntos da gente (2.4-8); e (4) o juiz supremo que administra justiça perfeita (2.10). Recorde que o controle soberano de Deus nos ajuda a pôr em perspectiva os fatos do mundo e as circunstâncias pessoais.

    2:11 Samuel "ministraba ao Jeová diante do sacerdote Elí". Em outras palavras, Samuel era o ajudante ou assistente do Elí. Nesse rol, as responsabilidades do Samuel deveram ter incluído abrir todas as manhãs as portas do tabernáculo (3,15) e limpar o mobiliário e varrer os pisos. Quando cresceu, Samuel deveu ter ajudado ao Elí a oferecer os sacrifícios. O fato de que usasse um efod de linho (uma vestimenta usada pelos sacerdotes) significa que era um aprendiz de sacerdote (2.18). devido a que Samuel era o ajudante do Elí, também era ajudante de Deus. Quando a gente serve a outros, inclusive em tarefas ordinárias, está servindo a Deus. Já que em última instância servimos a Deus, todo trabalho tem sua dignidade.

    Ana

    A oração da Ana nos mostra que tudo o que temos e recebemos é um empréstimo de Deus. Ana pôde ter tido muitas razões para ser uma mãe possessiva. Mas quando Deus respondeu sua oração, ela cumpriu sua promessa de dedicar ao Samuel ao serviço do.

    Ela descobriu que o gozo maior em ter um filho é retornar-lhe total e livremente a Deus. Ela entrou na maternidade preparada para fazer o que todas as mães deverão fazer à larga: deixar ir a seus filhos.

    Quando os meninos nascem, são completamente dependentes de seus pais para todas suas necessidades básicas. Isto faz que alguns pais se esqueçam que esses mesmos meninos crescerão por volta da independência dentro de uns poucos anos. Estar consciente das diferentes etapas deste saudável processo fortalecerá em grande maneira as relações familiares;este processo ocasionará grande dor. Gradualmente devemos deixar ir a nossos filhos para poder lhes permitir que cheguem a ser adultos amadurecidos e interdependentes.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Mãe do Samuel, o maior juiz do Israel

    -- Fervente crente; eficaz na oração

    -- Disposta a cumprir um muito custoso compromisso

    Debilidades e enganos:

    -- Lutou com sua auto-estima porque não podia ter filhos

    Lições de sua vida:

    -- Deus escuta e responde as orações

    -- Nossos filhos são presentes de Deus

    -- Deus está preocupado pelo oprimido e o aflito

    Dados gerais:

    -- Onde: Efraín

    -- Ocupação: Dona-de-casa

    -- Familiares: Marido: Elcana. Filho: Samuel. Mais tarde, outros três filhos e duas filhas

    -- Contemporâneos: Elí, o sacerdote

    Versículos chave:

    "E ela disse: OH, meu senhor! Vive sua alma, meu senhor, eu sou aquela mulher que esteve aqui junto a ti orando ao Jeová. Por este menino orava, e Jeová me deu o que lhe pedi. Eu, pois,

    dedico-o também ao Jeová; todos os dias que viva, será do Jeová. E adorou ali ao Jeová"

    (1Sm 1:26-28).

    Sua história se relata em 1 Smamuel 1-2.

    2.12ss A lei estipulava que todas as necessidades dos levita fossem satisfeitas por meio dos dízimos do povo (Nu 18:20-24; Js 13:14, Js 13:33). Já que os filhos do Elí eram sacerdotes, deviam usar este meio para satisfazer suas necessidades. Mas os filhos do Elí se aproveitaram de sua posição para satisfazer sua luxúria de poder, de posses e de controle. Seu desprezo e arrogância para o povo e o culto escavaram a integridade de todo o sacerdócio.

    Elí sabia que seus filhos eram maus, mas fez muito pouco para corrigi-los ou detê-los, inclusive quando a integridade do santuário de Deus se via ameaçada. Como supremo sacerdote, Elí deveu ter executado a seus filhos (Número 15:22-31). Como era de esperar, Elí não quis enfrentar a situação. Ao ignorar suas ações egoístas, Elí permitiu que seus filhos arruinassem suas vidas e as de muitos outros. Há momentos nos que devemos enfrentar os problemas sérios, mesmo que as conseqüências possam ser dolorosas.

    2:13, 14 Este garfo era um utensílio usado no tabernáculo para oferecer os sacrifícios. Feito de bronze (Ex 27:3) usualmente tinha três dentes para engarfiar a carne que seria oferecida no altar. Os filhos do Elí usavam o garfo para tirar mais carne do caldeirão do que deviam.

    2.13-17 O que era o que estavam fazendo mal os filhos do Elí? Estavam tomando partes do sacrifício antes de que fossem oferecidas a Deus no altar. Além disso estavam comendo carne antes de que se queimasse a grosura. Isto era contra a lei de Deus (Lv 3:3-5). Em efeito, os filhos do Elí estavam tratando com desprezo as oferendas de Deus. As oferendas se ofereciam para expressar a Deus honra e respeito enquanto se buscava o perdão pelos pecados, mas os filhos do Elí estavam pecando enquanto faziam as oferendas, demonstrando a Deus uma irreverência descarada. E como se esses pecados não fossem suficientes, deitavam-se com as mulheres que serviam ali (Lv 2:22).

    Como os filhos do Elí, atualmente algumas pessoas tratam a fé que outros têm em Deus e suas "oferendas" com desprezo. Deus julga severamente a aqueles que desencaminham ao povo ou menosprezam o que se dedica ao (Nu 18:32).

    2:18 Samuel usava um efod de linho. Um efod era um colete comprido sem mangas feito de linho puro que usavam os sacerdotes. O efod do supremo sacerdote tinha um significado especial. Estava bordado com uma variedade de cores brilhantes. Unido a ele estava o peitoral, uma peça parecida com um babador com ombreiras bordadas em ouro. Havia doze pedras preciosas unidas ao peitoral, as que representavam a cada uma das tribos do Israel. Unido ao efod havia um saquito que continha o Urim e o Tumim, dois pequenos objetos que se usavam para determinar a vontade de Deus em certos assuntos nacionais.

    2:21 Deus honrou os desejos da fiel Ana. Nunca mais voltamos ou seja da Penina nem de seus filhos, mas Samuel foi utilizado poderosamente Por Deus. Além disso, Deus deu a Ana outros cinco filhos além do Samuel. Freqüentemente Deus nos benze em formas que não esperamos. Ana nunca esperou ter um filho a sua idade, muito menos seis! Não se resienta pelo tempo que Deus se toma em responder. Possivelmente as bênções de Deus não sejam imediatas, mas chegarão se formos fiéis ao que O diz em sua Palavra.

    2.23-25 Os filhos do Elí sabiam o que deviam fazer, mas continuaram desobedecendo a Deus deliberadamente ao enganar, seduzir e roubar ao povo. portanto, Deus planejou lhes tirar a vida. Qualquer pecado é mau, mas o pecado realizado deliberada e enga�osamente é da pior classe. Quando pecamos por ignorância, merecemos castigo, mas quando pecamos intencionalmente, as conseqüências serão mais severas. Não ignore as advertências de Deus sobre o pecado. Abandone o pecado antes que este se converta em um estilo de vida.

    2:25 Acaso um Deus amoroso faz planos para matar às pessoas? Observe a situação que havia no tabernáculo. Uma pessoa oferecia uma oferenda para o perdão de seus pecados, e os filhos do Elí roubavam as oferenda e faziam uma farsa da atitude de arrependimento dessa pessoa. Deus, em seu amor pelo Israel, não podia tolerar esta situação. Por isso permitiu que eles morreram como resultado de sua própria presunção jactanciosa. Levaram o arca à batalha, pensando que os protegeria. Mas Deus retirou seu amparo e morreram os malvados filhos do Elí (4.10, 11).

    2:29 Elí teve muitos problemas ao tratar de criar a seus filhos. Quando se deu conta de sua maldade, aparentemente não aplicou nenhuma ação disciplinadora forte a seus filhos. Mas Elí não era sozinho um pai tratando das ver-se com filhos rebeldes. Era o supremo sacerdote que passava por cima o pecado dos sacerdotes que estavam sob sua jurisdição. Por isso, o Senhor tomou medidas disciplinadoras necessárias que Elí evadiu.

    Elí foi culpado por honrar a seus filhos por cima de Deus ao lhes permitir que continuassem em pecado. Há algo em sua vida, família ou trabalho que você segue permitindo que aconteça mesmo que sabe que está mau? Se for assim, pode ser tão culpado como aqueles que estão envoltos nessa má ação.

    2:31, 35, 36 Para o cumprimento desta predição veja-se 1Rs 2:26-27. Esta é quando Salomão tirou ao Abiatar de sua posição, terminando assim com a linha do Elí. Depois Deus levantou o Sadoc, um sacerdote sob o reinado do Davi e logo supremo sacerdote sob o Salomão. A linha do Sadoc provavelmente continuou em seu lugar até os dias do Esdras.

    2:35 "Meu ungido" se refere ao rei (veja-se 2.10). Deus estava dizendo que seu fiel sacerdote serviria a seu rei para sempre.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36

    B. A CANÇÃO DE HANNAH (


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    1. Seu filho (2:1-11)

    Enquanto Elcana adorava (1:28), sua esposa orava e louvava a Deus.

    Compare essa passagem com o cân-tico de Maria, emLc 1:46-42. Nos dois casos, as mulheres louvam a Deus peía vitória dele e por honrar as orações dos humildes. Em 2:10, observe os dois nomes de Cristo — "seu rei" e "seu ungido" (Messias, Cristo) —, pois o fardo de Ana era para a glória do Senhor entre seu povo. Com certeza, Ana exemplifica a mãe piedosa, pois ela põe Cristo em primeiro lugar; e como ela acre-ditava na oração, guarda seus votos e dá a Deus toda a glória.

    1. Eli — um pai negligente (2:12-36)
    2. Os filhos pecadores (vv. 12-21)

    E trágico quando um servo do Se-nhor (nesse caso, um sumo sacer-dote) não consegue trazer os pró-prios filhos em sujeição a Deus! Os filhos de Eli eram egoístas, pois punham os próprios desejos antes da Palavra do Senhor e das neces-sidades das pessoas; eles eram do-minadores e concupiscentes (2:22). Fp 3:1 Fp 3:7-50), e, depois, Salo-mão substituiu a família de Eli pela de Zadoque (1Rs 2:26-11,1Rs 2:35). Obvia-mente, o versículo 35, quando cita o "sacerdote fiel", refere-se diretamente a Samuel, mas, em última instância, a Cristo. O versículo 34 prevê a morte de dois filhos de Eli; para constatar o cum-primento da previsão, veja 4:17-18.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    2:1-10 O cântico de Ana é uma poesia de maravilhosa perfeição, cheia de ricos pensamentos. Compõe-se de paralelismos sinonímicos e sintéticos e é regido pelo ritmo em que se mesclam os compassos Dt 2:0, 2Co 12:10).

    2.5 Sete filhos. Sete, o símbolo da perfeição e da plenitude, representa uma família numerosa e feliz.

    2.6 Não diz: "Dá a vida e tira-a", o que seria a morte, mas sim: Tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz subir, são dois paralelos que expressam o mesmo pensamento: a ressurreição, Sepultura (heb sheol, "além"), o desconhecido para onde vão os mortos e não apenas uma simples cova.

    2.8 Princípio cosmogônico. Colunas, para os gregos teriam o seu sentido real; para os hebreus, cuja linguagem é pitoresca, as colunas têm um sentido abstrato; simbolizam os princípios que regem o mundo.

    2.10 O Senhor julga as extremidades da terra, significa ser juiz de tudo e de todos (Sl 98:9, Lc 2:42, Lc 2:49);
    2) A criança deve ser encaminhada à salvação (2.26; 3.7; Mc 10:14, Mc 10:15);
    3) Deus chama as crianças para servirem (3.4);
    4) A criança pode servir a Jesus (18; 3.1; Jo 6:9).

    2.17 Grande o pecado. Era um pecado tríplice: contra Deus, por quebrarem a Sua lei (16; Lv 9:10); contra o templo, por profanarem-no; contra o povo, por privarem-no do perdão divino, conspurcando os sacrifícios de propiciação.

    2.18 Estola (Éfode). Uma espécie de sobrepeliz aberta no meio, usada pelos sacerdotes (28, conforme Êx 39:22-26). A estola do Sumo Sacerdote se distinguia desta, por levar duas pedras de ônix nas ombreiras e um peitoral com o Urim e o Tumim (ÊX 28.3, 9, 29).

    2.19 Túnica pequena (heb meil). Uma capa, sobre a estola, para indicar a posição hierárquica dos sacerdotes e príncipes (18.4).

    • N. Hom. 2.21 "Bênção do voto cumprido".
    1) Ana tez um voto (1.11);
    2) Ana cumpriu o voto (1:24-28); 3 A bênção do voto cumprido: lucrou 500% (21).
    2.24 Estais fazendo transgredir... No texto grego (LXX) e na Siríaca se lê: "Impedis o povo do Senhor de adorá-lo".

    2.25 Deus... o árbitro. Alguns traduzem a palavra "Deus" (Eloim) por "juízes" (Êx 21:6), "juízes o julgarão", A palavra Eloim ainda é traduzida por "deuses" (Sl 82:6), "anjos" (Sl 8:5) e "grande" (1Sm 14:15, "terror de Deus" por "grande terror").

    2.26 Conforme 3.19, Lc 2:52.

    2.27 Homem de Deus. Sinônimo de profeta (Js 14:6; 1Sm 9:6; 1Rs 17:18). Deus (Eloim), no AT; se manifesta nas relações públicas, gerais e universais, enquanto Senhor (Yahweh) se manifesta nas relações pessoais, particulares e salvíficas e era impronunciável para os hebreus (Êx 20:7).

    2.30 Vê-se que no tempo de Eli, a doutrina da responsabilidade pessoal e do livre arbítrio eram claramente ensinadas.
    2.31 Cortarei o teu braço. Acabarei com o teu poder. Os descendentes. de Eli, da casa de Itamar (1Cr 6:3), perderam os seus direitos (1Rs 2:27) para com os da casa de Eleazar (1Rs 2:35).

    2.32 Aperto (heb çar "calamidade"). Alguns traduzem por "êmulo" rival" e "inimigo". A Vulgata diz: "E verás o teu êmulo no templo". O texto grego (LXX) omite a frase.

    2.33 Morrerão na flor do idade. Indica que todos morrerão moços e de modo violento (4.11; 22.18).

    2.35 Sacerdote fiel Refere-se a Zadoque, que tipifica a Cristo da "ordem de Melquisedeque" (Sl 110:4). Diante do meu ungido. O Talmude traduz por "Diante do meu Messias" e o texto grego (LXX) por "Diante do meu Cristo".

    2.36 Os descendentes de Eli chegaram a mendigar por um emprego no templo, para não morrerem de fome.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    2:1-11. O cântico de gratidão e adoração de Ana é importante tanto por Sl só quanto por ser uma prefiguração do cântico de Maria em Lc 1:46-42. Como Mauchline (p.
    50) observa: “Poucos comentários são necessários acerca do texto ou do significado desse salmo”.


    2) Samuel com Eli no templo (2.12— 4.1a)
    a) Eli e sua família (2:12-36)

    A família de Eli está em forte contraste com a de Elcana. As observações piedosas e carinhosas Dt 1:21ss estão completamente ausentes. Hofni e Finéias eram ímpios (ARA e ARC: “filhos de Belíal”); não se importavam com o Senhor (v. 12). Eles tomavam a carne oferecida para os sacrifícios, selecionavam a melhor parte e ordenavam desobediência às claras orientações levitas acerca dos sacrifícios (Lv 7.3lss). Não havia tolerância alguma com os que se opunham (v. 16). Em resumo, estavam tratando com desprezo a oferta do Senhor (v. 17).

    v. 18. Samuel, [...] ainda menino, ministrava perante o Senhor, vestindo uma túnica de linho-, parece que ele é introduzido na narrativa para destacar o contraste entre as duas famílias. A sua posição sacerdotal é caracterizada pela túnica, o manto sacerdotal, que no AT era ou um colete que cobria a cintura e era usado pelos sacerdotes, ou um objeto sagrado (22.18; Jz 8:27; 17.15 etc.). Ana e Elcana o visitavam anualmente levando-lhe uma túnica e recebendo a bênção de Eli. No devido tempo, mais três filhos e duas filhas nasceram a eles. v. 21. o menino Samuel crescia na presença do Senhor: nota-se o crescimento do menino assim como no evangelho de Lucas nota-se o crescimento de João Batista (1,80) e Jesus (2.40,52).

    A falta de piedade e a imoralidade dos filhos de Eli tornaram-se um escândalo público, mas a indignação de Eli em idade avançada ficou sem efeito após uma vida inteira de inércia disciplinar. Ele os questionou com os boatos e os advertiu acerca do julgamento inevitável de Deus, mas com poucos resultados, pois o Senhor queria matá-los (v. 25); como no caso do faraó do Egito, seus corações foram endurecidos.

    v. 27. E veio um homem de Deus a Eli: um mensageiro anônimo de Deus ocorre também em outros lugares do AT; v. Jz 6:8-7; lRs 13 passim; lRs 20.13ss etc.; quase lembrando o coro de uma tragédia grega. Em nome de Javé, esse profeta desafiou os israelitas a declarar a bondade dele (v. 27,28), perguntou-lhes por que agiam daquela maneira (v. 29,30), advertiu-os acerca do julgamento iminente (v. 31-33) e, acima de tudo, avisou que os dois filhos de Eli morreriam em um mesmo dia (v. 34) e que ele seria sucedido por um sacerdote fiel, que agirá de acordo com o meu coração e o meu pensamento (v. 35). Este seria seguido por uma dinastia permanente de sacerdotes, enquanto a família de Eli seria relegada à humilhação (v. 36).

    O sacerdote fiel à primeira vista poderia parecer Samuel, mas ele não fundou nenhuma dinastia sacerdotal. Alguns eruditos vêem uma interpretação messiânica no v. 35, embora nesse caso seja difícil entender o v. 36. A maioria dos eruditos vê aí uma referência ao sacerdócio de Zadoque (2Sm 8:17; 2Sm 15:24 etc.); alguns vão além e dizem que o texto deve ter sido escrito no tempo dos zadoquitas e em apoio a eles. Mas esse é um raciocínio puramente subjetivo, que não está fundamentado em evidência textual. Mauchline (p.
    55) resume isso da seguinte forma: “Precisa ser dito que o v. 35 por Sl pode ser prontamente interpretado como uma referência a Samuel como o sacerdote fiel e a sua casa como a que seria escolhida para a sucessão do ofício sacerdotal. Até a referência ao meu rei ungido (v. 35; a palavra “rei” não está no heb.) não exclui a referência a Samuel. Mas o estado lastimável e sem recursos dos membros da casa de Eli descrito no v. 36 e que os faz vir ao santuário para serem aceitos como pensionistas ou simplesmente para receberem esmolas deve significar que o sacerdote ftel é Zadoque, meu rei ungido é Davi, e que os sem recursos são ou os familiares de Abiatar após a sua expulsão do ofício sacerdotal (cf. 2Rs 2:26-27), ou os levitas que Dt 18:6-5 autorizou a servir no altar do santuário de Jerusalém e a receber uma provisão...”.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    1Sm 2:1

    4. O CÂNTICO DE ANA (1Sm 2:1-9). Este cântico enfileira ao lado dos de Miriã, Débora e de Maria. Exprime o triunfo e a gratidão de Ana, profetizando ao mesmo tempo o reino de Cristo e os caminhos da Providência. Alguns comentadores vêem nele apenas um cântico de vitória na guerra.

    Deus é o único autor do triunfo (1-2). NEle o coração de Ana exulta, enquanto a sua boca, normalmente fechada em presença do inimigo, se abre agora para louvar a Deus. Os que contendem com o Senhor serão quebrantados (10). O Senhor vencerá os Seus inimigos, e o instrumento dessa vitória irá ser ungido por Samuel, a apontar a unção dum outro Rei ainda longínquo-O Messias. Certos críticos, em presença destas referências a um rei, consideram o texto como uma inserção posterior, esquecendo que essa idéia era familiar aos israelitas, já no tempo de Gideão (cfr. Jz 8:22), e que a idéia ia crescendo de que Israel precisava dum rei. O seu ungido (10). Pela primeira vez se dá a Cristo o título de Ungido (em heb. Mashiah = Messias; em grego "Cristo"). O termo é muito freqüente em Samuel e nos Salmos. Compare-se ainda este cântico ao de Maria (Lc 1:46-42) e ao Sl 113:0, onde obviamente se vê a semelhança.

    >1Sm 2:11

    5. O CRIME DOS FILHOS DE ELI (1Sm 2:11-9). Filhos de Belial (12). À letra: "Filhos da indignidade". Apesar de investidos numa missão sagrada, eram na verdade pecadores inveterados. O costume daqueles sacerdotes... era (13). O cultuador devia dar ao sacerdote a gordura, o peito e as espáduas (Lv 7:29-34) da vítima, sendo a gordura oferecida ao Senhor em holocausto (Lv 3:3-5). Hofni e Finéias extorquiam ao oferente aquilo que deviam sacrificar, ofendendo a Deus por anteporem a sua vontade à do Senhor. Cfr. Lv 8:31; 2Cr 35:13.

    >1Sm 2:18

    6. O MINISTÉRIO DE SAMUEL NO TABERNÁCULO (1Sm 2:18-9). Com um efod de linho (18). Esta peça de vestuário que Samuel trazia era uma túnica que cingia com um cinto (2Sm 6:14). Uma túnica pequena (19). Era o me’il usado normalmente pelos sacerdotes, reis, príncipes e profetas, e consistia numa peça interior tecida de lã sem costura que quase tocava no chão (cfr. 1Cr 15:27; 1Sm 15:27; 2:12; 2Sm 13:18). Numa das suas visitas, Eli abençoou Elcana e Ana novamente, e tiveram mais cinco filhos "pela petição que fizeram ao Senhor" (20).

    >1Sm 2:22

    7. ELI CENSURA O PROCEDIMENTO DOS FILHOS (1Sm 2:22-9). A imoralidade dos descendentes do Sumo-Sacerdote mais se agravava pelo fato de pecarem com mulheres que serviam no Tabernáculo (cfr. Êx 38:8), profanando assim um lugar sagrado (22). Mas, apesar do escândalo e do mau exemplo (24), não foi bastante enérgica a censura que lhes dirigiu o pai. Porque o Senhor os queria matar (25). Compare-se com o caso de Faraó (Êx 10:1-2). Abandonados por Deus porque antes O abandonaram a Ele.

    >1Sm 2:27

    8. DEUS CASTIGA A CASA DE ELI (1Sm 2:27-9). Não obstante esses dias tão tristes, encontrou ainda o Senhor um homem de Deus (isto é, um profeta) para enviar a Eli (27), a fim de informar que o privilégio que lhe fora concedido do sacerdócio arônico (Êx 4:14-16) acabava de ser profanado, ao defraudar o povo de Israel no que tinha de mais sagrado (29). Deus cortaria, pois, a força do seu braço (31) na catástrofe de Nobe (1Sm 22:18-9). O sumo-sacerdócio passaria para outra casa (32), embora Deus fosse misericordioso, a ponto de não extinguir completamente a casa de Eli (33). O vers. 35 refere-se totalmente a Cristo, e só em parte a Samuel. A miséria ainda um dia irá levar os descendentes de Eli a bater à porta da generosidade de Samuel.


    Dicionário

    Balança

    substantivo feminino Instrumento que serve para comparar massas, formado de um travessão móvel e de pratos, pondo-se num o corpo a pesar, no outro os pesos marcados.
    Emblema da Justiça.
    Equilíbrio em geral: balança das forças.
    Constelação zodiacal do hemisfério austral. Ver libra.
    Balança automática, aparelho de um só prato, cujo travessão comanda uma agulha que indica num quadrante o peso.
    Balança comercial, conta das importações e exportações de mercadorias de um país.
    Balança de mão, aparelho em que a distensão de uma mola movimenta o ponteiro indicador do peso.
    Balança romana, aparelho em que o peso é indicado pelo deslocamento de um cursor num braço alongado.
    Figurado Fazer pender a balança para um lado, fazer que a questão se decida favoravelmente para esse lado.

    substantivo feminino Instrumento que serve para comparar massas, formado de um travessão móvel e de pratos, pondo-se num o corpo a pesar, no outro os pesos marcados.
    Emblema da Justiça.
    Equilíbrio em geral: balança das forças.
    Constelação zodiacal do hemisfério austral. Ver libra.
    Balança automática, aparelho de um só prato, cujo travessão comanda uma agulha que indica num quadrante o peso.
    Balança comercial, conta das importações e exportações de mercadorias de um país.
    Balança de mão, aparelho em que a distensão de uma mola movimenta o ponteiro indicador do peso.
    Balança romana, aparelho em que o peso é indicado pelo deslocamento de um cursor num braço alongado.
    Figurado Fazer pender a balança para um lado, fazer que a questão se decida favoravelmente para esse lado.

    instrumento de pesar – julgar. Freqüentemente vê-se empregada esta palavra na Sagrada Escritura no sentido de uma atitude mental ou valor moral. Foi assim no caso de Belsazar (Dn 5:27). Em is 40:15 emprega-se a expressão ‘pó na balança’ no sentido de qualquer coisa inteiramente insignificante. Honra e integridade são comparadas a balanças certas (Pv 11:1). Também havia a idéia de equilíbrio, ou de perfeição de forma, como se vê em 37:16. A balança constava de uma barra a prumo, tendo no alto uma travessa, de cujas extremidades pendiam ganchos ou sustentantes para os pesos e mercadorias (Pv 16:11Ap 6:5). A balança de braços desiguais parece não ter sido conhecida até ao tempo dos romanos. o profeta Miquéias (6,11) refere-se a esta fraude vulgar: havia negociantes desonestos que tinham duas espécies de pesos, sendo os mais pesados para quando compravam, e os mais leves para quando vendiam. Estes pesos, geralmente de pedra, eram levados em sacos de um sítio para o outro.

    Boca

    substantivo feminino Cavidade anatômica que compõe a parte inicial do tubo digestivo, através da qual é possível ingerir alimentos.
    Por Extensão Parte externa dessa cavidade composta pelos lábios.
    O que se assemelha a uma boca (cavidade): boca de vulcão.
    Abertura de uma superfície, objeto, recipiente: boca de garrafa.
    Buraco através do qual a bala é lançada (numa arma de fogo): boca de fuzil.
    Abertura do fogão por meio da qual o fogo é expelido: fogão de 4 bocas.
    Parte inicial de uma rua: boca da avenida, de rua.
    Figurado Pessoa que depende de outra: lá em casa são 6 bocas famintas!
    [Popular] Excelente oportunidade, com benefícios.
    [Gíria] Local onde é possível comprar e vender drogas.
    Geografia Embocadura de rio.
    Geografia Parte inicial de uma baía, canal etc.
    Abertura por onde sai o ar (num órgão, instrumento etc.).
    interjeição Modo usado para pedir ou dar uma ordem de silêncio.
    Etimologia (origem da palavra boca). Do latim buccam.

    Coisas

    coisa | s. f. | s. f. pl.

    coi·sa
    (latim causa, -ae, causa, razão)
    nome feminino

    1. Objecto ou ser inanimado.

    2. O que existe ou pode existir.

    3. Negócio, facto.

    4. Acontecimento.

    5. Mistério.

    6. Causa.

    7. Espécie.

    8. [Informal] Qualquer pessoa do sexo feminino cujo nome se ignora ou não se quer nomear.

    9. [Informal] Órgão sexual feminino.

    10. Qualquer objecto que não se quer ou não se consegue nomear (ex.: essa coisa não serve para nada).

    11. [Informal] Órgão sexual masculino. = COISO

    12. [Brasil: Nordeste] Cigarro de haxixe ou marijuana. = BASEADO


    coisas
    nome feminino plural

    13. Bens.


    aqui há coisa
    [Informal] Expressão que indica que algo levanta suspeitas ou dúvidas. = AQUI HÁ GATO

    coisa alguma
    O mesmo que nada.

    coisa de
    [Informal] Aproximadamente, cerca de.

    coisa nenhuma
    Usa-se para negar a ausência total de objectos, coisas, ideias, conceitos, etc. (ex.: não se lembrou de coisa nenhuma para dizer; coisa nenhuma lhe parecia interessante). = NADA

    coisas da breca
    [Informal] Coisas inexplicáveis, espantosas.

    coisas do arco-da-velha
    [Informal] Histórias extraordinárias, inverosímeis.

    coisas e loisas
    [Informal] Grande quantidade de coisas diversificadas.

    [Informal] Conjunto de coisas indeterminadas.

    como quem não quer a coisa
    [Informal] Dissimuladamente.

    fazer as coisas pela metade
    [Informal] Não terminar aquilo que se começou.

    mais coisa, menos coisa
    [Informal] Aproximadamente.

    não dizer coisa com coisa
    [Informal] Ter um discurso desconexo; dizer disparates, coisas sem sentido.

    não estar com coisas
    [Informal] Agir prontamente, sem hesitar.

    não estar/ser (lá) grande coisa
    [Informal] Não estar/ser particularmente bom ou extraordinário.

    ou coisa que o valha
    [Informal] Ou algo parecido.

    pôr-se com coisas
    [Informal] Arranjar problemas ou dificuldades onde não existem.

    que coisa
    [Informal] Exclamação que se usa para exprimir espanto, desagrado ou irritação.

    ver a
    (s): coisa
    (s): malparada(s)
    [Informal] Prever insucesso ou perigo aquando da realização de algo.


    Sinónimo Geral: COUSA


    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Multiplicar

    verbo transitivo Matemática Fazer uma multiplicação.
    Aumentar o número, a quantidade, a intensidade.
    verbo pronominal Produzir seres semelhantes a si mesmo; reproduzir-se.
    Desenvolver extraordinária atividade.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Obras

    2ª pess. sing. pres. ind. de obrar
    fem. pl. de obra

    o·brar -
    (latim operor, -ari, ocupar-se em, trabalhar, levar a efeito, exercer, praticar)
    verbo transitivo e intransitivo

    1. Fazer um trabalho, uma tarefa. = TRABALHAR

    2. Pôr em obra. = FAZER, REALIZAR

    3. Operar.

    4. Causar.

    verbo intransitivo

    5. Proceder.

    6. Expulsar os excrementos pelo ânus. = DEFECAR, EVACUAR


    o·bra
    (latim opera, -ae, trabalho manual)
    nome feminino

    1. Produto de um agente.

    2. Produção intelectual.

    3. Manifestação dos sentimentos.

    4. Edifício em construção.

    5. Compostura, conserto.

    6. Qualquer trabalho.

    7. [Informal] Tarefa ou empresa difícil e custosa (ex.: acabar isto foi obra!).

    8. [Popular] Tramóia; malícia.


    obra de
    Cerca de (ex.: o caminho até lá é obra de 7 quilómetros). = APROXIMADAMENTE, QUASE

    obra de arte
    Artefacto, objecto ou construção que é considerado com valor estético ou artístico.

    [Pouco usado] Designação dada a pontes, aquedutos, viadutos, túneis ou qualquer outro tipo de estrutura necessária à construção de estradas.

    obra de fancaria
    Trabalho pouco esmerado, feito à pressa, tendo-se apenas em vista o lucro.

    obras mortas
    [Náutica] Parte de uma embarcação que não se encontra submersa, acima da linha de água.

    obras vivas
    [Náutica] Parte de uma embarcação que se encontra submersa, entre o lume de água e a quilha.


    As obras que construímos na Terra são raízes profundas de nossa alma, retendo nosso coração no serviço.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


    Obras A obra fundamental de Jesus é sua morte na cruz em favor dos homens (Jo 17:4) e através da qual o Pai se revela (Jo 14:9ss.). Jesus deixa bem claro quais são as boas obras e quais não são (Jo 3:19-21). A obra de Deus — que exige de cada pessoa para sua salvação — é que creia em Jesus (Jo 6:29. Comp.com Jo 12:36ss.; 3,16-17; 5,24 etc.).

    Palavras

    fem. pl. de palavra

    pa·la·vra
    (latim parabola, -ae)
    nome feminino

    1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

    2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

    3. Afirmação ou manifestação verbal.

    4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

    5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

    6. Doutrina, ensinamento.

    7. Capacidade para falar ou discursar.

    interjeição

    8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


    dar a sua palavra
    Prometer, comprometer-se.

    de palavra
    Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

    de poucas palavras
    Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

    palavra de ordem
    Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

    palavra de honra
    Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

    Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

    palavra gramatical
    Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

    palavra primitiva
    Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

    palavras cruzadas
    Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

    passar a palavra
    Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

    retirar a palavra
    Retractar-se.

    Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

    sem palavra
    Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

    tirar a
    (s): palavra
    (s): da boca de alguém
    Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

    última palavra
    Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

    voltar com a palavra atrás
    Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

    Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE


    fem. pl. de palavra

    pa·la·vra
    (latim parabola, -ae)
    nome feminino

    1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

    2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

    3. Afirmação ou manifestação verbal.

    4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

    5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

    6. Doutrina, ensinamento.

    7. Capacidade para falar ou discursar.

    interjeição

    8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


    dar a sua palavra
    Prometer, comprometer-se.

    de palavra
    Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

    de poucas palavras
    Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

    palavra de ordem
    Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

    palavra de honra
    Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

    Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

    palavra gramatical
    Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

    palavra primitiva
    Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

    palavras cruzadas
    Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

    passar a palavra
    Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

    retirar a palavra
    Retractar-se.

    Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

    sem palavra
    Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

    tirar a
    (s): palavra
    (s): da boca de alguém
    Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

    última palavra
    Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

    voltar com a palavra atrás
    Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

    Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE


    Pesadas

    fem. pl. part. pass. de pesar
    fem. pl. de pesado

    pe·sar -
    (latim penso, -are, pesar, ponderar)
    verbo transitivo

    1. Determinar o peso de.

    2. Tomar o peso a.

    3. Sopesar.

    4. Manifestar ou acusar o peso de.

    5. Figurado Examinar com atenção e prudência. = PONDERAR

    verbo intransitivo

    6. Ter gravidade ou peso.

    7. Exercer pressão.

    8. Ter estima ou valor.

    9. Influir; actuar no ânimo (a razão ou motivo de alguma coisa).

    10. Servir de encargo ou ónus.

    11. Arrepender-se ou doer-se de alguma coisa.

    12. Tornar-se incómodo.

    verbo pronominal

    13. Suspender-se, equilibrar-se no ar.

    14. Fazer verificar o seu próprio peso.

    15. Figurado Avaliar-se com imparcialidade.

    16. Conhecer-se.

    17. Meter a mão na consciência.

    nome masculino

    18. Sentimento ou dor interior.

    19. Mágoa, desgosto.

    20. Arrependimento.

    21. Remorso.


    em que pese a
    Ainda que lhe custe, mau grado seu.

    o dinheiro pesa-lhe
    Diz-se de um pródigo que se apressa em o gastar.

    pesa (montes de) ouro
    Diz-se de pessoa que é muito rica.

    pesar as palavras
    Falar com gravidade, pausada e reflectidamente.

    pesar na balança
    Ter influência.

    pese embora
    Apesar de, não obstante.

    Confrontar: pecar.

    pe·sa·do
    (particípio de pesar)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que pesa muito; grave.

    2. Intenso; profundo.

    3. Denso de humores, fumos, vapores, etc. = CARREGADO

    4. Cheio, enfartado.

    5. Tardo, que é muito lento.

    6. Obeso.

    7. Incómodo, molesto, enfadonho, impertinente.

    8. Grosseiro, ofensivo; sensível.

    9. Duro, áspero e insofrível; forte; violento; danoso.

    10. Que tem excesso de ornamentos.

    11. [Automóvel] Diz-se de ou veículo que tem peso bruto superior a 3500 quilos ou lotação superior a nove lugares.

    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    12. [Desporto] Diz-se de ou categoria de peso mais alta no boxe e em outros desportos com categorias de peso.


    pesado a ouro
    Diz-se do que tem custado muito caro.

    pesado de anos
    Que é muito idoso.

    pesado de cuidados
    Cheio de cuidados.

    ser pesado a alguma pessoa
    Ser-lhe importuno ou incómodo; causar-lhe despesa.

    ter a mão pesada
    Castigar duramente, com severidade.

    Confrontar: pecado.

    Sabedoria

    substantivo feminino Qualidade da pessoa sábia, com muitos conhecimentos: a sabedoria das suas ações aos demais comovia.
    Excesso de conhecimento; erudição: o físico foi premiado por sua sabedoria.
    Conhecimento adquirido pela experiência: não frequentou a escola, mas tinha a sabedoria do trabalho.
    Em que há ou demonstra sensatez, reflexão: o líder era a expressão da sabedoria.
    Excesso de conhecimento que se acumula; ciência.
    [Popular] Habilidade excessiva; artimanha ou esperteza.
    Religião Capacidade de compreender as revelações divinas: a sabedoria do bispo.
    Etimologia (origem da palavra sabedoria). Sabedor + ia.

    substantivo feminino Qualidade da pessoa sábia, com muitos conhecimentos: a sabedoria das suas ações aos demais comovia.
    Excesso de conhecimento; erudição: o físico foi premiado por sua sabedoria.
    Conhecimento adquirido pela experiência: não frequentou a escola, mas tinha a sabedoria do trabalho.
    Em que há ou demonstra sensatez, reflexão: o líder era a expressão da sabedoria.
    Excesso de conhecimento que se acumula; ciência.
    [Popular] Habilidade excessiva; artimanha ou esperteza.
    Religião Capacidade de compreender as revelações divinas: a sabedoria do bispo.
    Etimologia (origem da palavra sabedoria). Sabedor + ia.

    Sabedoria Hipóstase de Deus. Já em Pv 8:22ss. Aparece esta personagem como filho amado de Deus, nascido antes de todas as criaturas e artífice da criação. Essa figura alcançará no judaísmo posterior uma considerável importância (Ec 1:9ss.; 24,3ss.). O Livro da Sabedoria descreve-a como “sopro da força de Deus”, “efusão pura do fulgor do Todo-Poderoso” e “imagem de sua bondade” (Sb 7:7-8,16), “companheira de sua vida” (a de Deus) (8,3), companheira de seu trono (9,4), enviada sob a figura do Espírito de Deus (9,10; 7,7) e protagonista ativa no curso da história de Israel (7,27). Em Filón, a Sabedoria é a “filha de Deus” (Fuga 50ss.; Virt
    62) e “filha de Deus e mãe primogênita de tudo” (Quaest. Gn 4:97). Em alguns textos rabínicos, será identificada com a Torá preexistente, “filha de Deus”, mediadora da criação e hipóstase. Em Q — e como aparece no evangelho de Lucas — Jesus se apresenta como essa Sabedoria. Isso explica, pelo menos em parte, por que se declarou como alguém maior do que Salomão (Mt 12:42).

    C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; m. Gilbert e J. N. Aletti, La sabiduría y Jesucristo, Estella 51990; E. “Cahiers Evangile”, En las raíces de la sabiduría, Estella 51990.


    Sabedoria
    1) Qualidade que inclui bom senso e atitudes e ações corretas (Pv 4:7); (Jc 1:5); 3.17). Em (Pro
    8) a Sabedoria é uma pessoa, apontando para Cristo (1Co 1:30)

    2) Conhecimento secular, humano

    [...] significa [...] tanto a superioridade intelectual quanto moral. Indica, ainda, que, na ausência desse valor nos investidos de autoridade, a subordinação estaria comprometida, não seria legítima e, por isso mesmo, não exigível [...].
    Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -

    [...] é o conhecimento divino, puro e inalienável, que a alma vai armazenando no seu caminho, em marcha para a vida imortal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 197

    [...] Toda sabedoria, sem a bondade, é como luz que não aquece, ou como flor que não perfuma [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 23

    [...] [A sabedoria espiritual] é filha das grandes e abençoadas revelações das almas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


    -

    substantivo feminino Qualidade da pessoa sábia, com muitos conhecimentos: a sabedoria das suas ações aos demais comovia.
    Excesso de conhecimento; erudição: o físico foi premiado por sua sabedoria.
    Conhecimento adquirido pela experiência: não frequentou a escola, mas tinha a sabedoria do trabalho.
    Em que há ou demonstra sensatez, reflexão: o líder era a expressão da sabedoria.
    Excesso de conhecimento que se acumula; ciência.
    [Popular] Habilidade excessiva; artimanha ou esperteza.
    Religião Capacidade de compreender as revelações divinas: a sabedoria do bispo.
    Etimologia (origem da palavra sabedoria). Sabedor + ia.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    São

    adjetivo Que se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são.
    Que não está estragado: esta fruta ainda está sã.
    Que contribui para a saúde; salubre: ar são.
    Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã.
    Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são.
    Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo.
    Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs.
    Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs.
    substantivo masculino Parte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém.
    Aquele que está bem de saúde; saudável.
    Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca).
    Condição do que está completo, perfeito.
    expressão São e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo!
    Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um.
    substantivo masculino Forma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito!
    Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.

    adjetivo Que se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são.
    Que não está estragado: esta fruta ainda está sã.
    Que contribui para a saúde; salubre: ar são.
    Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã.
    Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são.
    Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo.
    Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs.
    Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs.
    substantivo masculino Parte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém.
    Aquele que está bem de saúde; saudável.
    Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca).
    Condição do que está completo, perfeito.
    expressão São e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo!
    Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um.
    substantivo masculino Forma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito!
    Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.

    são adj. 1. Que goza de perfeita saúde, sadio. 2. Completamente curado. 3. Salubre, saudável, sadio. 4. Que não está podre ou estragado. 5. Reto, justo. 6. Impoluto, puro; sem defeitos. 7. Ileso, incólume, salvo. 8. Justo, razoável. 9. Inteiro, intacto, sem quebra ou defeito (objeto). Sup. abs. sint.: saníssimo. Fe.M: sã. S. .M 1. Indivíduo que tem saúde. 2. A parte sã de um organismo.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Samuel 2: 3 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Não multipliqueis o falar com altíssima altivez, nem saiam coisas arrogantes da vossa boca; porque o SENHOR é o Deus de conhecimento, e por Ele são as obras pesadas na balança.
    I Samuel 2: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1100 a.C.
    H1364
    gâbôahh
    גָּבֹהַּ
    alto, exaltado
    (high)
    Adjetivo
    H1696
    dâbar
    דָבַר
    E falou
    (And spoke)
    Verbo
    H1844
    dêʻâh
    דֵּעָה
    ()
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3318
    yâtsâʼ
    יָצָא
    ir, vir para fora, sair, avançar
    (And brought forth)
    Verbo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H408
    ʼal
    אַל
    não
    (not)
    Advérbio
    H410
    ʼêl
    אֵל
    deus, semelhante a deus, poderoso
    (unto God)
    Substantivo
    H5949
    ʻălîylâh
    עֲלִילָה
    devassidão, feito, obra
    (occasions)
    Substantivo
    H6277
    ʻâthâq
    עָתָק
    prepotente, corajoso, arrogante
    ([not] let arrogance)
    Adjetivo
    H6310
    peh
    פֶּה
    boca
    (her mouth)
    Substantivo
    H7235
    râbâh
    רָבָה
    ser ou tornar-se grande, ser ou vir a ser muitos, ser ou tornar-se muito, ser ou vir a ser
    (and multiply)
    Verbo
    H8505
    tâkan
    תָּכַן
    regular, medir, estimar, ponderar, equilibrar, igualar, nivelar, pesar, ser igual, ser pesado,
    (are weighed)
    Verbo


    גָּבֹהַּ


    (H1364)
    gâbôahh (gaw-bo'-ah)

    01364 גבה gaboahh ou (forma completa) גבוה gabowahh

    procedente de 1361; DITAT - 305a adj

    1. alto, exaltado
      1. alto, alto (tamanho)
      2. alto (em posição)
      3. orgulhoso, arrogante n m
    2. soberba

    דָבַר


    (H1696)
    dâbar (daw-bar')

    01696 דבר dabar

    uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

    1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
      1. (Qal) falar
      2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
      3. (Piel)
        1. falar
        2. prometer
      4. (Pual) ser falado
      5. (Hitpael) falar
      6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

    דֵּעָה


    (H1844)
    dêʻâh (day-aw')

    01844 דעה de ah̀

    procedente de 1843; DITAT - 848b; n f

    1. conhecimento (de Deus)

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יָצָא


    (H3318)
    yâtsâʼ (yaw-tsaw')

    03318 יצא yatsa’

    uma raiz primitiva; DITAT - 893; v

    1. ir, vir para fora, sair, avançar
      1. (Qal)
        1. ir ou vir para fora ou adiante, ir embora
        2. avançar (para um lugar)
        3. ir adiante, continuar (para ou em direção a alguma coisa)
        4. vir ou ir adiante (com um propósito ou visando resultados)
        5. sair de
      2. (Hifil)
        1. fazer sair ou vir, trazer, liderar
        2. trazer
        3. guiar
        4. libertar
      3. (Hofal) ser trazido para fora ou para frente

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    אַל


    (H408)
    ʼal (al)

    0408 אל ’al

    uma partícula negativa [ligada a 3808]; DITAT - 90; adv neg

    1. não, nem, nem mesmo, nada (como desejo ou preferência)
      1. não!, por favor não! (com um verbo)
      2. não deixe acontecer (com um verbo subentendido)
      3. não (com substantivo)
      4. nada (como substantivo)

    אֵל


    (H410)
    ʼêl (ale)

    0410 אל ’el

    forma contrata de 352, grego 2241 ηλι e 1664 ελιουδ; DITAT - 93a; n m

    1. deus, semelhante a deus, poderoso
      1. homens poderosos, homens de posição, valentes poderosos
      2. anjos
      3. deus, deus falso, (demônios, imaginações)
      4. Deus, o único Deus verdadeiro, Javé
    2. coisas poderosas na natureza
    3. força, poder

    עֲלִילָה


    (H5949)
    ʻălîylâh (al-ee-law')

    05949 עלילה ̀aliylah ou עללה ̀alilah

    procedente de 5953 no sentido de efetuar; DITAT - 1627c; n f

    1. devassidão, feito, obra
      1. devassidão
      2. feito
      3. práticas, ações perversas

    עָתָק


    (H6277)
    ʻâthâq (aw-thawk')

    06277 עתק ̀athaq

    procedente de 6275 no sentido de licenciar; DITAT - 1721a; adj.

    1. prepotente, corajoso, arrogante
      1. referindo-se à fala

    פֶּה


    (H6310)
    peh (peh)

    06310 פה peh

    procedente de 6284; DITAT - 1738; n. m. peh

    1. boca
      1. boca (referindo-se ao homem)
      2. boca (como órgão da fala)
      3. boca (referindo-se aos animais)
      4. boca, abertura (de um poço, rio, etc.)
      5. extremidade, fim pim
    2. um peso equivalente a um terço de um siclo, ocorre somente em 1Sm 13:21

    רָבָה


    (H7235)
    râbâh (raw-baw')

    07235 רבה rabah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2103,2104; v.

    1. ser ou tornar-se grande, ser ou vir a ser muitos, ser ou tornar-se muito, ser ou vir a ser numeroso
      1. (Qal)
        1. tornar-se muitos, tornar-se numeroso, multiplicar (referindo-se a pessoas, animais, objetos)
        2. ser ou tornar-se grande
      2. (Piel) alargar, aumentar, tornar-se muitos
      3. (Hifil)
        1. tornar muito, tornar muitos, ter muitos
          1. multiplicar, aumentar
          2. fazer muito para, fazer muito a respeito de, transgredir grandemente
          3. aumentar sobremaneira ou excessivamente
        2. tornar grande, aumentar, fazer muito
    2. (Qal) atirar

    תָּכַן


    (H8505)
    tâkan (taw-kan')

    08505 תכן takan

    uma raiz primitiva; DITAT - 2511; v.

    1. regular, medir, estimar, ponderar, equilibrar, igualar, nivelar, pesar, ser igual, ser pesado, examinar, provar
      1. (Qal) estimar (particípio)
      2. (Nifal)
        1. ser estimado
        2. ser feito direito ou reto, estar ajustado ao padrão
      3. (Piel) pesar, medir
      4. (Pual)
        1. ser pesado, ser medido
        2. medido (particípio)