Enciclopédia de Gênesis 24:40-40

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 24: 40

Versão Versículo
ARA Ele me disse: O Senhor, em cuja presença eu ando, enviará contigo o seu Anjo e levará a bom termo a tua jornada, para que, da minha família e da casa de meu pai, tomes esposa para meu filho.
ARC E ele me disse: O Senhor, em cuja presença tenho andado, enviará o seu anjo contigo, e prosperará o teu caminho para que tomes mulher para meu filho da minha família e da casa de meu pai:
TB Ele me disse: Jeová, diante de quem ando, enviará o seu Anjo contigo e tornará próspero o teu caminho; e da minha parentela e da casa de meu pai tomarás mulher para meu filho.
HSB וַיֹּ֖אמֶר אֵלָ֑י יְהוָ֞ה אֲשֶׁר־ הִתְהַלַּ֣כְתִּי לְפָנָ֗יו יִשְׁלַ֨ח מַלְאָכ֤וֹ אִתָּךְ֙ וְהִצְלִ֣יחַ דַּרְכֶּ֔ךָ וְלָקַחְתָּ֤ אִשָּׁה֙ לִבְנִ֔י מִמִּשְׁפַּחְתִּ֖י וּמִבֵּ֥ית אָבִֽי׃
BKJ E ele me disse: O SENHOR, diante de quem eu ando, enviará seu anjo contigo, e prosperará o teu caminho; e tu tomarás uma mulher para meu filho da minha parentela, e da casa de meu pai.
LTT E ele me disse: O SENHOR, em cuja presença tenho andado, enviará o Seu Anjo contigo, e prosperará o teu caminho, para que tomes esposa para meu filho da minha família e da casa de meu pai;
BJ2 e ele me respondeu: "Iahweh, na presença de quem eu ando, enviará seu Anjo contigo, ele te dará êxito, e tomarás para meu filho uma mulher de minha família, de minha casa paterna.
VULG Dominus, ait, in cujus conspectu ambulo, mittet angelum suum tecum, et diriget viam tuam : accipiesque uxorem filio meo de cognatione mea, et de domo patris mei.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 24:40

Gênesis 5:22 E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Metusalém, trezentos anos e gerou filhos e filhas.
Gênesis 5:24 E andou Enoque com Deus; e não se viu mais, porquanto Deus para si o tomou.
Gênesis 6:9 Estas são as gerações de Noé: Noé era varão justo e reto em suas gerações; Noé andava com Deus.
Gênesis 17:1 Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito.
Gênesis 24:7 O Senhor, Deus dos céus, que me tomou da casa de meu pai e da terra da minha parentela, e que me falou, e que me jurou, dizendo: À tua semente darei esta terra, ele enviará o seu Anjo adiante da tua face, para que tomes mulher de lá para meu filho.
Gênesis 48:15 E abençoou a José e disse: O Deus, em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou, desde que eu nasci até este dia,
Êxodo 23:20 Eis que eu envio um Anjo diante de ti, para que te guarde neste caminho e te leve ao lugar que te tenho aparelhado.
Êxodo 33:2 E enviarei um Anjo adiante de ti (e lançarei fora os cananeus, e os amorreus, e os heteus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus),
I Reis 2:3 E guarda a observância do Senhor, teu Deus, para andares nos seus caminhos e para guardares os seus estatutos, e os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus testemunhos, como está escrito na Lei de Moisés, para que prosperes em tudo quanto fizeres, para onde quer que te voltares.
I Reis 8:23 e disse: Ó Senhor, Deus de Israel, não há Deus como tu, em cima nos céus nem embaixo na terra, que guardas o concerto e a beneficência a teus servos que andam de todo o seu coração diante de ti;
II Reis 20:3 Ah! Senhor! Sê servido de te lembrar de que andei diante de ti em verdade e com o coração perfeito e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo.
Salmos 1:3 Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará.
Salmos 16:8 Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim; por isso que ele está à minha mão direita, nunca vacilarei.
Salmos 91:11 Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
Daniel 3:28 Falou Nabucodonosor e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar os seus corpos, para que não servissem nem adorassem algum outro deus, senão o seu Deus.
Hebreus 1:14 Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?
Apocalipse 22:8 E eu, João, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar.
Apocalipse 22:16 Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a resplandecente Estrela da manhã.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

O nome divino nas Escrituras Hebraicas

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas antes do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas antigas, usadas antes do exílio babilônico

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas depois do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas usadas após o exílio babilônico

O nome divino, representado pelas consoantes hebraicas יהוה, ocorre quase 7 mil vezes nas Escrituras Hebraicas. Nesta tradução, essas quatro letras, chamadas de Tetragrama, são vertidas como “Jeová”. Esse é de longe o nome que mais aparece na Bíblia. Embora os escritores inspirados se refiram a Deus usando muitos títulos e termos descritivos, como “Todo-Poderoso”, “Altíssimo” e “Senhor”, o Tetragrama é o único nome pessoal usado por eles para identificar a Deus.

O próprio Jeová Deus orientou os escritores da Bíblia a usarem seu nome. Por exemplo, ele inspirou o profeta Joel a escrever: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” (Joel 2:32) Deus também inspirou um salmista a escrever: “Que as pessoas saibam que tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Salmo 83:18) Só nos Salmos — um livro de escritos poéticos que eram cantados e recitados pelo povo de Deus —, o nome divino ocorre cerca de 700 vezes. Então, por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por que esta tradução usa a forma “Jeová”? E o que significa o nome divino, Jeová?

Várias ocorrências do Tetragrama no livro de Salmos

Trechos dos Salmos num Rolo do Mar Morto, datado da primeira metade do primeiro século d.C. O texto tem o estilo das letras hebraicas usadas após o exílio babilônico, mas o Tetragrama ocorre várias vezes nas letras hebraicas antigas

Por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por várias razões. Alguns acham que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico para identificá-lo. Outros provavelmente foram influenciados pela tradição judaica de evitar usar o nome de Deus por medo de profaná-lo. Ainda outros acreditam que, como ninguém pode saber com certeza a pronúncia exata do nome de Deus, é melhor usar um título, como “Senhor” ou “Deus”. No entanto, esses argumentos não têm base sólida pelos seguintes motivos:

Os que afirmam que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico desconsideram o fato de que existem cópias antigas de Sua Palavra que trazem o nome pessoal de Deus; algumas dessas cópias são datadas de antes da época de Cristo. Conforme já mencionado, Deus inspirou os escritores de sua Palavra a incluir nela seu nome cerca de 7 mil vezes. Fica claro que ele quer que conheçamos e usemos o seu nome.

Os tradutores que removem o nome de Deus por respeito à tradição judaica se esquecem de um fato muito importante: embora alguns escribas judeus tenham se recusado a pronunciar o nome de Deus, eles não o removeram de suas cópias da Bíblia. Nos rolos antigos descobertos em Qumran, perto do mar Morto, o nome de Deus ocorre muitas vezes. Alguns tradutores da Bíblia dão uma indicação de onde o nome divino aparecia no texto original colocando em seu lugar o título “SENHOR”, em letras maiúsculas. Mas a questão é: Se esses tradutores reconhecem que o nome ocorre milhares de vezes nos textos originais, o que os faz pensar que podem substituir ou remover da Bíblia o nome de Deus? Quem eles acham que lhes deu autoridade para fazer essas alterações? Somente eles podem responder a essas perguntas.

Os que afirmam que o nome divino não deve ser usado porque não se sabe a pronúncia exata, não se importam em usar o nome Jesus. No entanto, os discípulos de Jesus no primeiro século pronunciavam o nome dele de uma forma bem diferente do modo como a maioria dos cristãos o pronuncia hoje. Entre os cristãos judeus, o nome de Jesus provavelmente era pronunciado Yeshúa‛, e o título “Cristo” era pronunciado Mashíahh, isto é, “Messias”. Os cristãos que falavam grego o chamavam de Iesoús Khristós; e os cristãos que falavam latim, Iésus Chrístus. Sob inspiração, foi registrada na Bíblia a tradução grega desse nome. Isso indica que os cristãos do primeiro século faziam o que era razoável: usavam a forma do nome mais comum em seu idioma. De modo similar, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia considera razoável usar a forma “Jeová”, mesmo que ela não tenha exatamente a mesma pronúncia que o nome divino tinha no hebraico antigo.

Por que a Tradução do Novo Mundo usa a forma “Jeová”? Em português, as quatro letras do Tetragrama (יהוה) são representadas pelas consoantes YHWH. O Tetragrama não tinha vogais, assim como todas as palavras escritas no hebraico antigo. Na época em que o hebraico antigo era o idioma do dia a dia, era fácil os leitores saberem que vogais deviam ser usadas.

Cerca de mil anos após as Escrituras Hebraicas terem sido completadas, eruditos judeus desenvolveram um sistema de sinais ou pontos que indicavam as vogais que deveriam ser usadas na leitura do idioma hebraico. Mas, naquela época, muitos judeus tinham a ideia supersticiosa de que era errado falar em voz alta o nome de Deus e por isso pronunciavam outras expressões em seu lugar. Assim, ao copiarem o Tetragrama, parece que eles combinavam as vogais dessas expressões com as quatro consoantes que representam o nome divino. É por esse motivo que os manuscritos com esses sinais vocálicos não ajudam a determinar como o nome de Deus era originalmente pronunciado em hebraico. Alguns acham que era pronunciado “Iavé” ou “Javé”, enquanto outros sugerem outras possibilidades. Um Rolo do Mar Morto que contém um trecho, em grego, de Levítico translitera o nome divino como Iao. Além dessa forma, antigos escritores gregos também sugerem a pronúncia Iae, Iabé e Iaoué. Mas não há motivos para sermos dogmáticos. Simplesmente não sabemos como os servos de Deus no passado pronunciavam esse nome em hebraico. (Gênesis 13:4; Êxodo 3:
15) O que sabemos é o seguinte: Deus usou seu nome muitas vezes ao se comunicar com seus servos, eles também o usavam ao se dirigir a ele e esse nome era usado sem restrição quando eles conversavam com outros. — Êxodo 6:2; 1 Reis 8:23; Salmo 99:9.

Então, por que esta tradução usa a forma “Jeová” do nome divino? Porque essa forma tem uma longa história em português.

O nome de Deus, Jeová

O nome de Deus em Gênesis 15:2 na tradução do Pentateuco de William Tyndale, 1530

A primeira edição da Bíblia completa em português em um só volume, a versão Almeida publicada em 1819, empregou milhares de vezes o nome de Deus na forma “JEHOVAH”. A comissão tradutora da Versão Brasileira (1
917) também decidiu usar a forma “Jehovah”, e na sua edição de 2010 a grafia foi atualizada para “Jeová”. A nota de rodapé de Êxodo 6:3 na tradução Matos Soares (oitava edição) declara: “O texto hebreu diz: ‘O meu nome Javé ou Jeová.’”

Formas similares do nome divino também são encontradas em outros idiomas. Por exemplo, a primeira ocorrência, em inglês, do nome pessoal de Deus em uma Bíblia foi em 1530, na tradução do Pentateuco de William Tyndale. Ele usou a forma “Iehouah”. Com o tempo, o idioma sofreu mudanças, e a grafia do nome divino foi modernizada.

Em sua obra Studies in the Psalms (Estudos dos Salmos), publicada em 1911, o respeitado erudito bíblico Joseph Bryant Rotherham usou o nome “Jehovah” em vez de “Yahweh”. Explicando o motivo, ele disse que queria empregar uma “forma do nome que fosse mais conhecida (e perfeitamente aceitável) aos leitores da Bíblia em geral”. Em sua obra Apostilas aos Dicionários Portugueses, de 1906, o filólogo e lexicógrafo português Gonçalves Viana declarou: “A forma Jeová, porém, já está tão usual, que seria pedantismo empregar Iavé, ou Iaué, a não ser em livros de pura filologia semítica ou de exegese bíblica.”

O Tetragrama

O Tetragrama YHWH: “Ele faz com que venha a ser”

 O verbo “vir a ser; tornar-se” em hebraico

O verbo HWH: “vir a ser; tornar-se”

O que significa o nome Jeová? O nome Jeová, em hebraico, é derivado de um verbo que significa “vir a ser; tornar-se”. Muitos eruditos acreditam que esse nome reflete a forma causativa desse verbo hebraico. Assim, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia entende que o nome de Deus significa “Ele faz com que venha a ser”. Visto que a opinião dos eruditos varia, não podemos ser dogmáticos sobre esse significado. No entanto, essa definição reflete bem o papel de Jeová como o Criador de todas as coisas e o Cumpridor do seu propósito. Ele não só fez com que o Universo e as criaturas inteligentes existissem, mas, com o desenrolar dos acontecimentos, ele também continua fazendo com que a sua vontade e o seu propósito se realizem.

Portanto, o significado do nome Jeová não se limita ao sentido transmitido pelo verbo relacionado encontrado em Êxodo 3:14, que diz: “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar”, ou “Eu Mostrarei Ser O Que Eu Mostrar Ser”. Essas palavras não descrevem o pleno sentido do nome de Deus. Na verdade, elas revelam apenas um aspecto da personalidade dele: o de se tornar o que for necessário, em cada circunstância, para cumprir seu propósito. Então, embora o nome Jeová inclua essa ideia, não está limitado ao que ele decide se tornar. O nome Jeová inclui também a ideia de que ele causa, ou faz acontecer, o que ele decidir em relação à sua criação e ao cumprimento de seu propósito.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
  • Em Busca da Moça Certa (24:1-67)
  • Como patriarca do clã, Abraão tinha a responsabilidade de providenciar uma noi-va para Isaque. A história que narra esta busca é uma das narrativas mais bem escri-tas e mais atraentes da vida de Abraão. O cenário é apresentado nos versículos 1:9.

    Em seguida, temos a busca e seu sucesso (10-27), depois a cena de negociação (28-61) e, por último, o casamento (62-67).

    De acordo com os costumes do seu tempo, e ainda vigentes nas famílias menos ocidentalizadas do Oriente Próximo, o idoso pai tinha um importante dever a fazer pelo filho.' Abraão nunca ficou favoravelmente impressionado com o caráter moral dos povos no meio dos quais estava em Canaã. Seus pensamentos retrocederam à pátria onde seus parentes ainda viviam. Ele queria uma moça com formação religiosa seme-lhante a de Isaque.

    O texto não deixa claro se o servo, o mais velho da casa (2), era o Eliezer menci-onado em 15.2, mas certos comentaristas percebem ser esta a situação.' A importância que Abraão dava ao projeto de achar uma esposa pode ser medida pelo fato de exigir um voto solene do servo. A forma descrita era habitual no Oriente. A pedido de Abraão, o homem colocou a mão debaixo da coxa do seu senhor e recebeu instruções.' A esposa de Isaque não devia ser dos cananeus (3), mas de sua parentela (4). Se a moça se recusas-se a ir para Canaã, Isaque não deveria ser levado de volta para o norte, porque Deus deu a promessa de que a semente de Abraão (7) receberia esta terra. Abraão estava certo de que Deus providenciaria uma esposa enviando seu Anjo adiante da face do servo. Abraão dependia de Deus para cumprir o que prometeu. Se a moça se recusasse a ir, o servo estaria livre do juramento (8).

    Os detalhes da preparação para a viagem e a própria viagem são passados por alto apenas com a menção de que dez camelos (10) compunham a caravana. Nesta época, havia a cidade de Naor, talvez em honra do avô de Abraão (11:22-26). O idoso servo escolheu um lugar junto a um poço de água (11) onde havia a possibilidade de mulhe-res aparecerem.

    A fé religiosa de Abraão exerceu nítida influência no servo que também era homem profundamente piedoso. Parado junto ao poço, imediatamente antes da hora em que as moças saíam a tirar água, ele ergueu a voz em oração. Seu maior desejo era que a escolha da esposa para Isaque não fosse decisão sua, mas que fosse escolha de Deus. Conhecendo suas próprias dificuldades em discernir a vontade de Deus, ele pediu que o SENHOR, Deus (12), mostrasse sua vontade mediante uma série de acontecimentos. Estes acontecimentos também serviriam a um propósito secundário, ou seja, revelar o caráter da moça. Tinha de ser uma jovem que mostrasse boa vontade pelo estranho, alguém que estivesse disposta a fazer a tarefa extra que denotava generosidade. Da parte de Deus, a série de acontecimentos mostraria a fidelidade às promessas do concer-to. A palavra é traduzida por beneficência (12, chesed), mas tem o significado mais amplo de lealdade a promessas feitas e de misericórdia em tempos de dificuldades. A oração de Eliezer era de extrema confiança e de alta expectativa.

    O servo estava no lugar certo, no momento certo, e submeteu suas necessidades a Deus. Antes que ele acabasse de falar (15), a resposta à oração começou a se desenrolar diante dos seus olhos. Rebeca, sobrinha de Abraão, apareceu junto ao poço. Ela satisfazia todas as exigências fisicas e legais, mas não era o bastante; assim, o servo fez a pergunta-chave. Sem hesitação, ela lhe serviu água (18) e depois, espontaneamente, começou a tirar água (20) para os camelos. Boquiaberto, Eliezer viu seu pedido ser cumprido ao pé da letra.

    Recompondo-se, o idoso homem deu um pendente de ouro (22) de grande peso e duas pulseiras de ouro. Esbaforido, ele perguntou pela família da moça. Ao saber que ela pertencia à linhagem de Abraão expressou muita alegria, de forma que sem se per-turbar inclinou-se (26) e fez uma oração de louvor. O Deus do seu senhor confirmou as promessas, mostrando beneficência (27, chesed; também aparece nos vv. 12,14) e ver-dade (emet). As ações de Deus na vida dos que o seguem se correlacionavam com as promessas feitas a eles. Mas havia outra razão para este resultado surpreendente. O servo comportou-se no caminho de modo obediente e totalmente aberto para ser guiado pelo SENHOR. A preocupação de Abraão por seu filho, a obediência completa do servo e a generosidade sincera da moça combinaram com a orientação do Senhor para ocasionar um pleno cumprimento de maravilhas da promessa divina.

    As notícias sobre o estranho puseram a família de Rebeca em movimento. Labão (29), um dos irmãos dela, correu ao encontro do homem junto à fonte (30), levou-o para casa e deu comida aos camelos (32). Antes que o servo de Abraão se sentasse para comer (33), ele insistiu que tinha de contar por que viera.

    Contou uma história comovente sobre a riqueza de Abraão e tudo que seria passado para Isaque. Repetiu o teor do juramento ao qual seu senhor o fez jurar; e depois revisou os detalhes do incidente junto ao poço, inclusive a oração e a série de ações que coincidi-ram com seu pedido a Deus. Por fim, o assunto foi colocado francamente diante da famí-lia: Eles deixariam Rebeca voltar com ele para ser a esposa de Isaque? A principal dife-rença entre as palavras finais do servo para a família e as palavras de sua oração junto à fonte de água (13,27) é que as palavras beneficência (chesed) e verdade (emet) são trocadas de Deus para a família (49). Até este ponto, Deus havia sido fiel às suas promes-sas. Agora a família tomaria parte do pleno cumprimento da promessa dada com respei-to a Isaque? Muito dependia da resposta que dessem, pois se recusassem, o cumprimento da promessa se frustraria.

    A resposta foi positiva. Labão e Betuel (50) reconheceram os procedimentos do Senhor e puseram de lado sua própria autoridade humana. Esta era decisão de tamanha importância que o servo de Abraão inclinou-se à terra diante do SENHOR (52) nova-mente. Depois deu ricos presentes a cada membro da família.

    Pela manhã (54), o servo tinha notícias inesperadas para a família. Ele desejava começar imediatamente a viagem de volta para Canaã. Sua missão estava completa e ele queria entregar a moça a Isaque o mais cedo possível. A família protestou dizendo que deveriam passar uns dias com a amada Rebeca antes da viagem, mas deixaram que ela decidisse por si. E se ela recusasse o pedido do servo? Mas não recusou. Deu uma resposta pronta: Irei (58). Assim uma série de decisões pessoais cruciais, cuja negativa poderia ter impedido a vontade de Deus, foi feita em obediência ao propósito divino, levando a aventura a um final feliz.

    Com a bênção da família (60) soando nos ouvidos, Rebeca viajou para o sul com a caravana de camelos. Ao término da viagem, a corajosa moça teve o primeiro vislumbre do homem que ela escolheu inteiramente pela fé, e não ficou desapontada. Modestamen-te, tomou ela o véu e cobriu-se (65). Um casamento sem namoro, mas com muita orientação do Senhor, foi consumado com amor e carinho.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
    *

    24.1-9

    Ver “Linguagem Honesta, Juramentos e Votos”, índice.

    * 24.2 mais antigo servo. Abraão designou esta importante tarefa apenas ao seu servo mais confiável, talvez a Eliézer, o damasceno (15.2, 3).

    Põe a mão por baixo da minha coxa. As coxas eram vistas como a fonte de poder vital e procriativo (Dt 33:11; 40:16 — traduzido como “lombos”; Hb 7:10). Tal juramento era inviolável, até mesmo depois da morte daquele a quem havia sido jurado (47.29-31).

    * 24.3 SENHOR, Deus do céu e da terra. Ver 14.22.

    não tomarás… das filhas dos cananeus. Abraão dá um exemplo aos seus descendentes para que tomem esposas da linhagem semita que fora abençoada e não dos cananeus que foram amaldiçoados (9.24-27; Dt 7:1-4).

    * 24.6 Não faças voltar para lá meu filho. Ver nota em 23.19.

    *

    24.7 darei… enviará. Reivindicando a promessa de Deus segundo a aliança (12.7), Abraão espera que Deus continue a guiar e prover. Abraão aprendeu de sua experiência com Hagar a não confiar na carne para garantir a promessa mas a confiar na provisão sobrenatural de Deus (cap. 16).

    * 24.12 Ó SENHOR, Deus. O encontro do servo de Abraão e Rebeca foi planejado em oração (vs. 26, 27).

    bondade. A palavra hebraica (hesed) significa lealdade ao relacionamento pactual (Êx 15:13, nota).

    * 24.14 e nisso verei. O pedido de um sinal era apropriado em conexão com a missão do servo de promover a linhagem messiânica (conforme Is 7:10-14).

    * 24.15 Rebeca. Ver nota em 22.23.

    *

    24.16 virgem. A virgindade da moça era importante para assegurar que a descendência seria realmente de Isaque.

    * 24.27 o SENHOR me guiou. Deus dirige seus santos através de atos providenciais (conforme 50.20). Mais adiante no Pentateuco a expressão é usada para relatar a direção especial de Deus ao seu povo pelo deserto em direção à terra prometida (Êx 13:17, 21; 15:13).

    * 24.29 Labão. Labão assumiu a responsabilidade sobre a família provavelmente porque Betuel era incapacitado (v. 50 e nota).

    * 24.33 Não comerei enquanto não expuser. O servo relata a história (vs. 34-48) em detalhe a fim de que Rebeca e sua família reconheçam a mão do Senhor (v. 50).

    *

    24.36 a este deu ele tudo quanto tem. Um detalhe importante tendo em vista a riqueza considerável de Abraão (conforme 25.5, 6).

    * 24.50 Labão e Betuel. A seqüência irregular mencionando o filho antes do pai sugere que Betuel era incapacitado. No v. 55 apenas o irmão e a mãe são mencionados (conforme v. 28).

    Isto procede do SENHOR. Eles reconheceram a providência de Deus no assunto.

    * 24.60 mãe de milhares… possua a porta. Ver 13 16:15-5; 22.17.

    * 24.64, 65 Rebeca apeou do animal como um sinal de respeito para com seu novo marido (conforme 1Sm 25:23). O costumeiro véu de noiva cobria o rosto dela do marido até a consumação do casamento (conforme Ct 4:1).

    *

    24.66 contou a Isaque. Abraão viveu ainda 35 anos depois do casamento de Isaque (21.5; 25.7, 9, 20). Como a narrativa muda sua atenção para Isaque, o relatório do servo a Abraão é omitido e passa-se a tratar diretamente acerca do futuro patriarca.

    *

    24.67 conduziu… tomou… amou. Deus garantiu completo sucesso à jornada. Em obediência a Deus, tanto Isaque quanto Rebeca encontraram realização.

    até à tenda de Sara, mãe dele. Rebeca tomou o lugar de Sara como matriarca da família.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
    24.2, 9 Na cultura do Abraão, pôr uma mão debaixo da coxa era a forma em que se selava ou ratificava um pacto. Para fazer o mesmo nos estreitamos a mão, juramos ou assinamos documentos ante um notário público.

    24:4 Abraão queria que Isaque se casasse com alguém da família. Isto era aceitável nesses tempos para evitar que se casassem com vizinhos pagãos. Pelo general, os pais escolhiam a esposa do filho. Era uma prática comum que uma mulher se casasse nos começos de sua adolescência, embora Blusa de lã era provavelmente maior.

    24:11 O poço, a fonte principal de água do povo, estava pelo general aos subúrbios da cidade no caminho principal. Muitas pessoas tinham que caminhar um ou dois quilômetros pela água. Só podiam usar o que podiam levar a casa. Os granjeiros e pastores foram dos campos próximos a tirar água para seus animais. Era o melhor lugar para cercar amizades e praticar com os velhos amigos. Blusa de lã deve ter ido ao poço duas vezes ao dia a extrair água para sua família.

    BLUSA DE LÃ

    Algumas pessoas são empreendedoras. Ajudam a pôr-se a andar as coisas. Blusa de lã se distinguiria muito facilmente neste grupo. Sua vida se caracterizava pela iniciativa. Quando via uma necessidade punha mãos à obra, mesmo que a ação não fora sempre a correta.

    Foi a iniciativa de Blusa de lã o que primeiro chamou a atenção do Eliezer, o servo que Abraão enviou para procurar esposa para o Isaque. Era uma cortesia comum dar de beber a um estranho, mas se requeria de caráter para ir procurar água para dez camelos sedentos. Mais tarde depois de escutar os detalhes da missão do Eliezer, Blusa de lã esteve disposta imediatamente a ser a esposa do Isaque.

    Alguns sucessos posteriores nos ajudam a ver como uma iniciativa pode ir mal encaminhada. Blusa de lã estava consciente de que o plano de Deus seria canalizado através do Jacó, não do Esaú (Gn 25:23). Assim não só converteu ao Jacó em seu favorito, mas também até planejou a forma de assegurar que este fora mais importante que seu irmão gêmeo major. Isaque preferia ao Esaú. Isto criou um conflito no casal. Blusa de lã se sentiu com direito a enganar a seu marido quando chegou o momento de benzer a seus filhos, e seu engenhoso plano se executou à perfeição.

    Quase sempre tratamos de justificar nossas ações. Freqüentemente tratamos de acrescentar a aprovação de Deus a nossas ações. Embora é certo que nossas ações não obstaculizam o plano de Deus, também é certo que somos responsáveis por nossas ações e sempre devemos tomar cuidado com nossos motivos. Quando medita em um plano de ação, está você simplesmente procurando o selo da aprovação de Deus em algo que já decidiu fazer, ou está disposto a declinar esse plano se os princípios e mandamentos da Palavra de Deus se contrapõem a essa ação? A iniciativa e a ação são admiráveis e corretas quando são controladas pela sabedoria de Deus.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Quando via uma necessidade, atuava imediatamente

    -- Sempre estava orientada à perfeição

    Debilidades e enganos:

    -- Sua iniciativa não sempre se encontrava balançada com sua sabedoria

    -- Favoreceu a um de seus filhos

    -- Enganou a seu marido

    Lições de sua vida:

    -- Nossas ações devem ser guiadas pela Palavra de Deus

    -- Deus utiliza em seus planos até nossos enganos

    -- O favoritismo dos pais machuca à família

    Dados gerais:

    -- Onde: Farão, Canaán

    -- Ocupação: Esposa, mãe, dona-de-casa

    -- Familiares: Avós: Nacor e Milca. Pai: Betuel. Marido: Isaque. Irmão: Labán. Filhos gêmeos: Esaú e Jacó

    Versículos chave:

    "E a trouxe Isaque à loja de sua mãe Sara, e tomou a Blusa de lã por mulher, e a amou; e se consolou Isaque depois da morte de sua mãe" (Gn 24:67). "E amou Isaque ao Esaú, porque comia de sua caça; mas Blusa de lã amava ao Jacó" (Gn 25:28)

    A história de Blusa de lã se relata em Gênese 24-29. Também se menciona em Rm 9:10.

    24:14 Era correto que o servo do Abraão pedisse a Deus uma prova tão precisa? O "sinal" que pediu não era fora do comum. A hospitalidade que se acostumava nessa época ditava que as mulheres que estivessem no poço deviam oferecer água aos cansados viajantes, mas não aos animais. Eliezer simplesmente lhe estava pedindo a Deus que mostrasse a uma mulher que tivesse uma verdadeira atitude de serviço, alguém que fora além do que se esperava. O oferecimento de dar de beber a seus camelos indicaria esta classe de atitude. Eliezer não pediu uma mulher de grande beleza ou riqueza. Sabia da importância de ter um coração justo. E sabia a importância de pedir ajuda a Deus para realizar sua tarefa.

    24.15, 16 Blusa de lã era bela fisicamente, mas o servo estava procurando um sinal que lhe revelasse a beleza interior. A aparência é importante para nós, e gastamos tempo e dinheiro tratando de melhorá-la. Mas quanto esforço fazemos para desenvolver a beleza interior? A paciência, a bondade e o gozo constituem tratamentos de beleza que produzem a verdadeira formosura: a interior.

    24.18-21 O espírito de serviço de Blusa de lã se demonstrou de maneira clara quando rapidamente e de boa vontade deu de beber ao Eliezer e a seus camelos. Os baldes utilizados para tirar água eram grandes e pesadas. Um camelo necessita muita água para satisfazer sua sede (quase 100 litros por camelo depois de uma semana de viagem). Eliezer compreendeu que aquela era uma mulher que ia mais à frente do dever. Possui você um espírito de servo? Quando lhe pedirem ajuda ou quando vir uma necessidade, faça mais do imprescindível.

    24.26, 27 logo que o servo do Abraão soube que sua oração foi respondida, agradeceu a Deus sua bondade e guia. Também Deus nos pode usar e guiar a nós, se é que estamos ao seu dispor como Eliezer. E nossa primeira reação deverá ser ação de obrigado por nos haver escolhido para seu serviço.

    24.42, 48 Quando Eliezer contou sua história ao Labán, falou-lhe abertamente de Deus e sua bondade. Muitas vezes nós fazemos o contrário, temerosos de ser mau interpretados ou rechaçados por ser muito religiosos. Entretanto, deveríamos anunciar abertamente o que Deus está fazendo por nós.

    24:60 "Possuam seus descendentes a porta de seus inimigos" significa "você Possa triunfar sobre seus inimigos".

    24.64, 65 Quando Blusa de lã soube que o homem que tinha ido receber a era Isaque, seu futuro algemo, seguiu dois costumes orientais. Desceu de seu camelo em sinal de respeito e se cobriu o rosto com um véu, como uma noiva.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
    B. A HISTÓRIA DE ISAQUE (Gn 24:27)

    1 E Abraão era velho, e de idade avançada:. E o Senhor o havia abençoado em todas as coisas 2 E disse Abraão ao seu servo, o mais antigo da casa, que tinha o governo sobre tudo o que tinha, Put, peço-te, o teu mão debaixo da minha coxa, 3 e eu te faça jurar pelo Senhor, o Deus dos céus e Deus da terra, que tu não tomarás mulher para meu filho das filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito; 4 mas . que irás à minha terra e à minha parentela, e tomarás mulher para meu filho Isaque 5 E o servo disse-lhe: Se porventura a mulher não estarão dispostos a seguir-me a esta terra, deve I precisa tornar teu filho para a terra donde saíste? 6 E Abraão lhe disse: Guarda-te, que não faças lá meu filho. 7 o Senhor, Deus do céu, que me tirou da casa de meu pai e da terra do meu nascimento, e quem me falou, e que me jurou, dizendo: À tua semente darei esta terra; ele enviará o seu anjo diante de ti, e tomarás mulher para meu filho de lá. 8 E se a mulher não quiser seguir-te, serás livre deste meu juramento; só tu não trazer para lá meu filho. 9 Então pôs o servo a sua mão debaixo da coxa de Abraão seu senhor, e jurou-lhe sobre este assunto.

    10 E o servo tomou dez camelos, dos camelos do seu senhor, e partiu, tendo todas as coisas formosas de seu mestre em sua mão, e ele se levantou, e foi para a Mesopotâmia, à cidade de Naor. 11 E ele fez os camelos ajoelhar-se fora da cidade, junto ao poço de água no momento da noite, o tempo que as mulheres saíam a tirar água. 12 E ele disse: O Senhor, Deus do meu senhor Abraão, envie-me, peço-te, bom acelerar este dia, e mostrar bondade ao meu senhor Abraão. 13 Eis que eu estou em pé junto à fonte de água; e as filhas dos homens desta cidade vêm saindo para tirar água: 14 e deixá-lo vir a passar, que a donzela a quem eu disser: Abaixa o teu cântaro, peço-te, para que eu beba; e ela disser: Bebe, e darei os teus camelos também de beber: deixe que o mesmo seja aquela que tu nomeado para o teu servo Isaque; e, assim, saberei que tu mostrou bondade ao meu senhor. 15 E sucedeu que, antes que ele acabasse de falar, eis que Rebeca saía, que nasceu de Betuel, filho de Milca, mulher de Naor, Abraão irmão, com o seu cântaro sobre o ombro. 16 E a donzela era muito formosa à vista, virgem, a quem varão não havia conhecido; ela desceu à fonte, encheu o seu cântaro e subiu. 17 E o servo correu-lhe ao encontro, e disse: Dá-me de beber, peço-te, um pouco de água do teu cântaro. 18 E ela disse: Bebe, meu senhor: e ela se apressou, e abaixou o seu cântaro sobre a mão e deu- -lhe de beber. 19 E quando ela acabou de lhe dar de beber, disse, eu tirarei água para os teus camelos também, até que acabem de beber. 20 E apressou-se, e despejou o seu cântaro no bebedouro e, correndo outra vez ao poço para desenhar, e chamou a todos os seus camelos. 21 E o homem com os olhos fitos na dela, segurando sua paz, para saber se o Senhor tinha feito próspera a sua jornada ou não. 22 E aconteceu que, como os camelos acabaram de beber, que o homem tomou um anel de ouro de meio siclo de peso, e duas pulseiras para as mãos dela peso de dez siclos de ouro, 23 e disse: De quem és filha? diga-me, peço-te. Há espaço em casa de teu pai para nós pousarmos? 24 E ela disse-lhe: Eu sou filha de Betuel, filho de Milca, o qual ela deu a Naor. 25 Disse-lhe mais: Temos palha e forragem bastante, e lugar para pousar. 26 E o homem abaixou a cabeça, e adoraram ao Senhor. 27 E ele disse: Bendito seja o Senhor, o Deus de meu senhor Abraão, que não abandonou a sua benignidade e da sua verdade para com o meu mestre: como para mim: O Senhor levou-me no caminho para a casa dos irmãos de meu senhor.

    28 E a donzela correu, e relatou a casa da mãe de acordo com estas palavras. 29 E Rebeca tinha um irmão, cujo nome era Labão:. e Labão correu ao encontro daquele homem até a fonte 30 E sucedeu que, quando ele viu o anel, e as pulseiras sobre as mãos de sua irmã, e quando ouviu as palavras de sua irmã Rebeca, dizendo: Assim falou aquele homem me; que ele veio ao homem; e eis que ele estava em pé junto aos camelos na fonte. 31 E disse: Entra, bendito do Senhor; portanto estás tu sem? . pois eu já preparei a casa, e lugar para os camelos 32 E o homem entrou na casa, e desataram os camelos; e ele deu palha e forragem para os camelos e água para lavar os pés e os pés dos homens que estavam com ele. 33 E foi-fixados alimentos antes de ele comer: mas ele disse, eu não vou comer, até que eu tenha a minha incumbência. E ele disse: Fala. 34 E ele disse: Eu sou o servo de Abraão. 35 E o Senhor abençoou muito o meu senhor; e ele tornou-se grande, e ele deu-lhe rebanhos e gado, prata e ouro, e servos e servas, e camelos e jumentos. 36 E minha esposa Sara master 's deu à luz um filho a meu senhor, quando ela era idade:. e lhe deu-a ele tudo o que ele tem 37 E meu senhor me fez jurar, dizendo: Não tomarás mulher para meu filho das filhas dos cananeus, em cuja terra habito; 38 mas que irás para a casa de meu pai, e à minha parentela, e tomarás mulher para meu filho. 39 E eu disse ao meu senhor: Porventura a mulher não me siga. 40 E disse-me, Senhor, diante do qual eu ando, enviará o seu anjo contigo, e prosperará o teu caminho; e tomarás mulher para meu filho da minha família e da casa de meu pai: 41 então serás livre do meu juramento, quando vieres à minha parentela; e se eles dão-lhe que não a ti, tu serás do meu juramento. 42 E hoje cheguei até a fonte, e disse: Ó Senhor, Deus do meu senhor Abraão, se é que agora prosperas o meu caminho que eu vou : 43 eis que eu estou em pé junto à fonte de água; e deixá-lo vir a passar, que a donzela que procede a desenhar, a quem eu disser: Dá-me, peço-te, um pouco de água do teu cântaro; 44 e ela me disser: Bebe tu, e também tirarei água para os teus camelos: deixe o mesmo ser a mulher que o Senhor designou para o filho de meu senhor. 45 E antes que eu acabasse de falar no meu coração, eis que Rebeca saía com o seu cântaro sobre o ombro; e ela desceu até a fonte, e chamou: e eu disse-lhe: Deixa-me beber, peço-te. 46 E ela se apressou, e abaixou o seu cântaro do ombro, e disse: Bebe, e eu darei a tua camelos também de beber: assim que eu bebi, e ela deu de beber aos camelos também. 47 E eu perguntei-lhe, e disse: De quem és filha? E ela disse: Filha de Betuel, filho de Naor, que Milca deu a ele:. E eu coloquei o anel em seu nariz, e as pulseiras sobre as mãos 48 E eu abaixei a cabeça, e adoraram ao Senhor, e bendito o Senhor, . Deus do meu senhor Abraão, que me havia conduzido o caminho certo para tomar a filha do irmão de meu senhor para seu filho 49 E agora se vos de benevolência e verdade a meu senhor, diga-me: e se não, me diga; para que eu vá para a direita, ou para a esquerda.

    50 Então responderam Labão e Betuel e disse: Isto procede da parte do Senhor: não podemos falar-te mal ou bem. 51 Eis que Rebeca está diante de ti, toma-a e vai, e seja ela a mulher de teu filho do mestre, como o Senhor falado. 52 E sucedeu que, que, quando o servo de Abraão ouviu as palavras deles, prostrou-se para a terra ao Senhor. 53 E tirou o servo jóias de prata, e jóias de ouro, e vestidos, e deu-lhes a Rebekah: ele também deu a seu irmão e à sua mãe as coisas preciosas. 54 E eles comeram e beberam, ele e os homens que estavam com ele, e passaram a noite; E levantaram-se pela manhã, e disse: Deixa-me ir ao meu senhor. 55 e seu irmão e sua mãe disse: Fique a donzela conosco alguns dias, pelo menos dez dias; depois que ela deve ir. 56 E ele lhes disse: Não me detenhas, visto que o Senhor me tem prosperado o meu caminho; me mande embora para que eu possa ir para o meu mestre. 57 E eles disseram: Vamos chamar a donzela, e perguntaremos a ela mesma. 58 E chamaram a Rebeca, e disse-lhe: Queres ir com este homem? E ela disse: Eu irei. 59 Então despediram a Rebeca, sua irmã, e sua ama e ao servo de Abraão, e os seus homens. 60 E abençoaram a Rebeca, e disseram-lhe: A nossa irmã, sê tu a mãe de milhares de dez milhares, e que a tua descendência possuirá a porta dos que os odeiam.

    61 E Rebeca se levantou com as suas moças, e subiram sobre os camelos, seguiram o homem; eo servo, tomando a Rebeca, e seguiu seu caminho. 62 , Isaque vinha de caminho de Beer-Laai-Roi; ele habitava na terra do Sul. 63 E Isaque saiu para meditar no campo à tarde, e ele levantou os olhos, e vi, e eis que vinham camelos. 64 Rebeca também levantou os olhos , e quando ela viu Isaque, ela desceu do camelo. 65 E ela disse ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? E disse o servo: É meu senhor: e ela tomou o véu e se cobriu. 66 E o servo contou a Isaque todas as coisas que ele tinha feito. 67 E Isaque trouxe-a em tenda de sua mãe Sara, e tomou a Rebeca, e ela se tornou sua esposa; e ele a amava, e Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe.

    Enquanto Isaque é regularmente listado com Abraão e Jacó como um dos três patriarcas do qual o povo escolhido de Deus tomou o seu início, em Gênesis, ele é na maior parte apenas um elo de ligação entre os dois homens mais proeminentes. O livro não precisa nem ser dividida de modo a ter uma seção dada à história de Isaque, para a fixação da esposa de Isaque no capítulo 24 foi iniciada por Abraão. A primeira parte do capítulo 25 trata de Abraão dias de fechamento e outros filhos, ea última parte de 25 e todos os 27 realmente lidar mais com Jacó e Esaú que com Isaque. Isso deixa apenas o capítulo 26 que se concentra em Isaque. Ele parece ter sido um tipo neutro de personalidade, havia pouco o que o fez se destacar como um indivíduo. Mas não há valor no estudo da vida religiosa de um homem, pois ele é muito parecido com a pessoa média. A pessoa média pode ler sobre Abraão e Jacó e ser admirado com a grandeza de suas experiências religiosas, mas sinto que isso está além dele. Mas quando se lê a respeito de Isaque, seus caminhos tranquilos, suas tragédias não anunciados, sua fidelidade, e a preocupação de Deus para ele e para o uso dele, torna-se convencido de que há um lugar no plano de Deus mesmo para a conexão de links!

    Como Abraão se aproximava o fim da vida, ele chamou o seu servo de maior confiança, o cabeça de toda a sua casa. (Este pode ter sido o próprio Eliezer a quem Abraão esperava mais cedo para deixar a sua riqueza, Gn 15:2 , quando Jacó estava à beira da morte. O servo implícita no versículo 41 , quando se relaciona o seu voto para a família de Rebeca, que uma maldição repousou sobre ele, se ele não cumprir sua promessa. Em qualquer caso, a promessa solene foi que ele não iria tomar uma esposa para Isaque entre os cananeus, nem que ele iria tomar Isaque de volta para a casa da família, mas que ele iria e trazer uma mulher da terra natal para Isaque. Abraão garantiu-lhe que Deus iria prosperar seus esforços.

    Assim, o servo tomou dez camelos e tais disposições e presentes que precisava, e partiu em uma viagem que teria levado pelo menos um mês. Ele veio para a Mesopotâmia , ou como o hebraico, na verdade expressa, "o Aram dos dois rios", para a cidade de Naor , que era ou casa de Naor ou a cidade com o nome de Naor. Ele veio para o bem fora da cidade à noite, e fez com que os camelos a ajoelhar-se em apenas sobre o tempo as mulheres da cidade estavam saindo para a água. Ele orou e pediu a Jeová por um sinal sobrenatural que designa a menina Deus tinha escolhido para Isaque. Ele mal tinha desista de orar quando Rebekah, neta de Naor, irmão de Abraão, veio e cumpriu o sinal de que ele havia designado ao pé da letra. O servo produzido imediatamente presentes para ela, perguntou quanto à sua identidade, e, em seguida, revelou o nome de seu mestre, agradecendo ao Senhor por Sua orientação e assistência. Rebekah correu para a casa de sua mãe (aparentemente seu pai, Betuel, havia morrido) com a notícia. Quando seu irmão Labão viu as jóias que ela tinha recebido, ele também se interessou e convidou o servo de Abraão para a casa. Lá, o servo relatou sua missão e da maneira em que Deus tinha escolhido Rebekah como o objeto designado de sua missão. A expressão mais sugestivo ocorre na KJV render neste momento: "Eu estar no caminho, o Senhor me levou." Há sempre a garantia da orientação divina quando há obediência à vontade divina.

    De acordo com as leis do país, quando um pai morreu, o filho mais velho se tornaria o negociador de liderança nos arranjos de casamento para as filhas. Assim, Laban é retratado como assumindo autoridade nesta transação. A Betuel é mencionado no versículo 50 , mas não pode ser o pai ou o seu nome teria sido em primeiro lugar; ele pode ter sido um irmão mais novo. Quando o irmão atuou no lugar do pai, o contrato de casamento veio sob o título de um Isto envolveu normalmente as seguintes especificações "documento sistership.": (1) os diretores, no caso, (2) natureza da operação, (3) detalhes de pagamentos, (4) a declaração da menina de concordância, (5) cláusula penal. Um estudo minucioso dos versos Gn 24:50-60 revela que aqui é praticamente uma reafirmação em forma literária de tal documento, omitindo apenas a cláusula penal.

    A transação foi concluída satisfatoriamente. Rebeca e suas escravas acompanhou o servo de volta a Canaã, onde conheceu Isaque próximo local memorável de Hagar, Beer-Laai-Roi . Isaque tomou como sua esposa e foi consolado sobre a morte de sua mãe. Mais uma vez a providência divina tinha cumprido o propósito divino na escolha do ancestress adequada do povo escolhido.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
    1. O exemplo de dedicação de Abraão (Gn 24:1-9)

    Nessa época, Abraão tinha 140 anos de idade (veja 25:20 e 21:5). Deus o abençoou espiritual e materialmen-te, mas ele quer certificar-se de es-colher a noiva certa para Isaque. É claro que aqui vemos uma imagem do Pài celestial escolhendo a noi-va (a igreja) para seu Filho (Cristo). Como Abraão sabia que Deus pro-videnciaria a mulher certa para seu filho? Ele confiava nas promessas de Deus! Isaque era posse de Deus. Anos antes, Abraão deitara-o no al-tar e sabia que Deus supriria o ne-cessário. De outra forma, a semente prometida nunca nasceria.

    A mulher deveria vir de uma família de Deus; ela não deveria ser pagã. Não há dúvida de que havia entre as filhas de Canaã muitas mu-lheres bonitas e talentosas que fica-riam felizes em se casar com Isaque e compartilhar sua riqueza, mas não era essa a vontade de Deus. Nos versícu-los 6:8, Abraão enfatiza isso; e pre-cisamos enfatizar isso hoje. Primeira aos Coríntios 7:39-40 admoesta: "So-mente no Senhor" (veja também 2Co 6:14-47). É uma tragédia quando os pais forçam seus filhos a se casarem "em sociedade" e fora da bênção do Senhor! Abraão preferiría que seu fi-lho ficasse solteiro a voltar a Ur, em busca de uma esposa, ou a se casar com alguém da nação de Canaã.

    1. O exemplo de devoção do servo (Gn 24:10-49)

    Em um sentido espiritual, o servo é a imagem do Espírito Santo cujo trabalho é trazer o perdido a Cristo e, assim, suprir uma noiva para ele. O relato não fornece o nome do servo, pois o ministério do Espírito é apontar para Cristo e glorificá- lo. Observe a freqüência com que o servo menciona seu senhor e o filho do seu senhor. Ele vivia para agradar seu senhor, pois encontra-mos a palavra "senhor" 22 vezes nesse capítulo. Enviou-se o Espírito para representar Cristo e para fazer a vontade do Salvador aqui na ter-ra. O servo carrega consigo uma parte da riqueza de seu senhor (vv. 10,22,30,53), da mesma forma que hoje o Espírito Santo "é o penhor da nossa herança" (Ef 1:14), comparti-lhando conosco uma pequena por-ção da grande riqueza que um dia usufruiremos em glória.

    Em acréscimo a isso, o servo é um exemplo para quando procura-mos servir ao Senhor. Como já men-cionamos, o servo pensa apenas em seu senhor e na vontade deste. Na verdade, ele estava tão ansioso para completar sua tarefa que não carregou nenhum alimento (v. 33; Jo 4:31-43). Muitas vezes, passamos as coisas físicas à frente das espiri-tuais. O servo recebeu ordens de seu senhor e não as mudou nem um pouco. Ele acreditava na oração (Is 65:24) e sabia como esperar no Se-nhor. Não há espaço para impaciên-cia apressada no serviço de Cristo.

    O servo sabia como confiar na orientação do Senhor: "Quanto a mim, estando no caminho, o Senhor me guiou" (v. 27). Veja a afirmação deJo 7:17. Uma vez que ele to-mou conhecimento da vontade de Deus, não tardou, mas apressou- se em cumprir sua tarefa (v. 1 7). A hospitalidade da casa era agradável, mas ele tinha um trabalho a fazer para seu senhor e tudo o mais po-dia esperar. Observe também que o servo, quando voltou para casa, prestou contas ao seu senhor (v. 66), exatamente como devemos fazer quando vemos Cristo. É interessante conjeturar se o servo ensinou a noi-va durante a jornada deles e se falou sobre o esposo para ela. Cristo, em relação ao Espírito Santo, disse: "Ele me glorificará" Jo 16:14).

    1. O exemplo de decisão de Rebeca (Gn 24:50-67)

    Vemos, de novo, o retrato de Cristo e sua igreja. Rebeca era uma noiva virgem, exatamente como a igreja será quando acontecer o casamen-to no céu (Ap 19:7-66). Observe que Rebeca se identifica com o rebanho, da mesma forma que a igreja é am-bos, a noiva de Cristo e o rebanho (Jo 10:7-43).

    Rebeca tem de tomar uma de-cisão importante: ela ficaria em casa com a família e continuaria a ser uma serva, ou acreditaria, pela fé, nas palavras do servo e iria com ele para ficar com Isaque, um homem que nunca vira? Com certeza, havia obstáculos no caminho: seu irmão queria que ela ficasse por pouco tempo (v. 55); a viagem seria longa e difícil; Isaque era um peregrino sem casa estabelecida; e ela teria de deixar os entes queridos.
    Com freqüência, o mundo aconselha o pecador a esperar, exa-tamente como Labão recomendou a sua irmã. (Entretanto, observe que Labão, quando se trata de conseguir coisas materiais, apressa-se [vv. 28-31]. Perguntamo-nos se ele convi-dou o servo para entrar na casa por cortesia ou por cobiça!) Em geral, os pecadores não têm pressa na salvação de sua alma. Até esse pon-to, Rebeca fora apressada (vv. 18-20,28), mas agora eles querem que ela vá com calma. "Buscai o Senhor enquanto se pode achar" (Is 55:6).

    Não podemos deixar de admi-rar a decisão dela: "Irei". Esse ato de fé ("A quem, não havendo vis-to, amais" [1Pe 1:8]) mudou a vida dela. Ela mudou de serva para noi-va, abandonou a solidão do mun-do para a felicidade do amor e do companheirismo, deixou a pobreza dela para a riqueza de Isaque. Ela viu toda a riqueza de Isaque? É cla-ro que não! Isso seria impossível!

    Ela sabia tudo sobre ele? Não. Mas o que viu e ouviu convenceu-a de que devia ir. De forma semelhante, o Espírito fala e mostra aos pecado-res perdidos de hoje as coisas de Cristo, o suficiente para que tomem a decisão certa.

    Deixamos 1saque (até onde diz respeito ao relato) no monte Moriá, pois Gn 22:19 menciona apenas Abraão. Isaque retrata o nosso Senhor que foi ao Calvário a fim de morrer por nós e depois retornou ao céu para esperar por sua noiva. No capítulo 24, o servo (o Espírito Santo) continuou a busca pela noiva. Depois 1saque, quando a noiva se aproxima, apareceu para recebê-la. Que cena! Ela pode acon-tecer hoje! Eles se encontraram justo quando anoitecia, portanto será noite neste mundo quando Cristo retornar para sua noiva.

    A fé de Rebeca foi recompen-sada. Registrou-se o nome dela na Palavra de Deus; ela compartilhou o amor e a riqueza de Isaque e tornou- se uma parte importante do plano de Deus. Ela seria uma mulher des-conhecida se tivesse se recusado a ir. "Aquele [...] que faz a vontade de Deus permanece eternamente" (1Jo 2:17).

    Isaque era filho de um pai famoso (Abraão) e pai de um filho famoso (Jacó), e, às vezes, as pessoas o "per-dem" quando estudam Gênesis. Ao mesmo tempo que viveu mais que qualquer outro patriarca, sua vida foi menos empolgante. Infelizmen-te, ele não parece ser tão forte em sua fé no fim de sua vida quanto o foi no início dela.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
    24.2 O servo não é chamado pelo nome, aqui, mas usualmente é admitido que seja Eliezer (15.2). O juramento descrito tem sido designado como "juramento pela posteridade", que significa a vingança relativamente a qualquer transgressão do juramento exercida pelos descendentes que procedessem de sua coxa.

    24.3 Este mandamento de Abraão corresponde à proibição feita pela Senhor no sentido de impedir que os crentes se casem com descrentes (2Co 6:1).

    • N. Hom. 24.7 Por que seria que Deus abençoara a Abraão em todas as coisas? (1).
    1) Porque ele era homem de fé, que depositara absoluta confiança na palavra de Deus em todas, as fases de sua vida.
    2) Ele se mostrara fiel (Gl 3:9) com Deus. Sua vida consistira num equilíbrio entre a temor reverente que leva à obediência (22:1-14), e a comunhão que resulta na confiança (18:22-23).

    24.10 A referência feita à existência de camelos no período patriarcal (séc. 19 a.C.) tem sido apresentada como evidência de inexatidão do relato bíblico. Esta objeção, porém, já foi dissipada pelas descobertas arqueológicas que indicam a existência de camelos domesticados desde o ano 3.000 a.C. Há referências especificas a camelos, em certo tablete oriundo do Norte da Síria, datado do séc. 18 a.C., bem como em um texto procedente de Ugarite, do séc. 19 a.C. (conforme v. 35). Naor, ou se refere a Harã, cidade de Naor, irmão de Abraão, (15), ou seria a cidade de Nakhur, mencionada nos tabletes de Mari, que existia naquele tempo e naquela região.

    24:12-14 Esta oração nos fornece admirável evidência da fé que Abraão depositava na providência de Deus, a qual ele comunicava à família e aos servos. Suplicando, para que lhe fosse dada orientação, o servo de Abraão não ficava na expectativa de que algo de sobrenatural ocorresse, mas revelava profunda certeza de que Deus haveria de empregar fatos comezinhos como veículos de sua soberania.
    24.21 O servo era homem de fé em Deus, leal a seu dono e dotado de suficiente paciência para obter a conclusão de que Rebeca seria, com efeito, a eleita de Deus para tornar-se esposa de Isaque e mãe da semente prometida.
    24.22 O peso do siclo, na época, era cerca de doze gramas. O pendente era um anel que se pendurava ao nariz (47). Tais dádivas deveriam ser reconhecidas pela jovem como presentes de noivado.

    • N. Hom. 24.27 "Estando no caminho, o Senhor me guiou”:
    1) Estar no caminho ordenado pelo Senhor, o caminho do dever e da boa consciência, é coisa para obter a orientação divina. Ele nos conduz passo a passo;
    2) Podemos estar certos de sua orientação, tão-somente quando tivermos correspondido aos princípios de sua palavra e, mediante a fé no valor da oração (12-14), procuramos vislumbrar-lhe a mão entre as circunstâncias da existência cotidiana;
    3) É-nos dado aceitar a orientação de Deus com ações de graças (26) e com plena segurança mesmo que o diabo se esforce por dissuadir-nos desta confiança posteriormente O servo de Abraão não relutou em declarar sem reservas: "Jeová me conduziu" (conforme Dt 8:2).

    24.33 Não comerei. Muito mais urgente, para o servo fiel, do que os costumes demorados da hospitalidade do antigo Médio Oriente, é a missão que ele tem de cumprir. Os servos do Senhor não devem mostrar menos urgência em cumprir sua missão de divulgar as boas novas do evangelho para o mundo (conforme Lc 10:4 2Tm 4:2; Mc 13:10).

    24.49 Ou para a direito ou para a esquerda, isto significa que o servo de Abraão se dispunha a procurar esposa para Isaque entre outras famílias aparentadas a Abraão.

    24.50 Labão e Betuel reconheceram a mão do Senhor Jeová, que tinha chamado a Abraão, seu parente, com quem estabelecera uma aliança, na orientação providencial ministrada àquele servo de Abraão. Este reconhecimento do Senhor como Deus vivo foi a razão primordial por que Abraão se fizera tão insistente em que Isaque não se casasse com uma mulher idólatra de entre os cananeus.
    24.53 Os presentes oferecidos à mãe e ao irmão (parece que Betuel já era muito idoso ou estava enfermo; portanto, Labão estaria no seu lugar como responsável por Rebeca, o que estava compreendido em seus direitos de primogênito que era), eram conhecidas como o Mohar, isto é, espécie de compensação à família pela perda da moça.

    24.58 Irei. Eis a resposta sucinta de Rebeca, em face da pergunta a respeito de seu desejo de acompanhar ou não o servo de Abraão. Aquela sua disposição decidida de ânimo demonstra-se mais uma vez, mais tarde, quando já era mãe de Jacó e de Esaú.

    24.62 A fonte chamada de Beer-Laai-Roi é a mesma que fora indicada por Deus a Agar para salvar a vida de Ismael (conforme Gn 16:14). Isaque ali viveria após a morte, de Abraão (25.11).

    24.63 A palavra traduzida como "meditar" também pode ser traduzida como "orar" (foi como Lutero traduziu).

    24.67 Era costume, então, que o noivo levasse a noiva para a tenda, a fim de que ali se consumasse o casamento. Sara já havia morrido. • N. Hom. Este capítulo é um dos relatos mais belos que deparamos a respeito de como Deus providencia o encontro, em qualquer parte, da esposa. Além disto, outros elementos contidos no relato servem para ilustrar verdades espirituais:
    1) O propósito do pai - procurar uma noiva para seu filho (cf. Mt 22:2);
    2) A posição do filho - pensamento único do pai no qual todos os seus propósitos se cumprem (conforme Ef 1:20-49);
    3) A preocupação pela noiva - objeto de pensamento antes que ela o conhecesse (conforme Ef 1:4);
    4) A missão do servo: a anunciação do propósito do pai, prestar esclarecimentos a respeito do filho e persuadir a noiva, em perspectiva, a que viesse (Jo 16:14-43);
    5) O poder da mensagem. "Evidente na aceitação da proposta por parte de Rebeca (conforme Jo 12:32 e Rm 1:16.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
    n) Uma noiva para Isaque (24:1-67)
    Este é o capítulo mais longo de Gênesis. E dedicado a um único tema, a escolha de uma noiva para Isaque. A história é idílica e apresentada com extraordinária habilidade literária; mas é muito mais do que um conto romântico relatado de maneira cativante. Já a sua extensão contribui para equilibrar a longa narrativa que conduziu ao nascimento de Isaque; assim como Deus havia sido soberano naquela questão, excluindo qualquer outro possível herdeiro de Abraão, ele agora é soberano em muitos pequenos detalhes na escolha da “única” esposa do “único” filho (em contraste com Abraão e Jacó). Podemos considerar esse capítulo, então, como uma lição ilustrada de como Deus dirige os acontecimentos; ele também mostra que sinais e até mesmo milagres podem ser vistos nos menores detalhes da vida. Há quatro cenas na história: o diálogo entre Abraão e o servo (v. 1-9), o encontro do servo com Rebeca (v. 10-27), a conversa na casa de Rebeca (v. 2
    860) e o encontro de Isaque com Rebeca (v. 61-67).
    v. 1-9. A pressuposição da história é que Abraão tinha o direito, e na verdade a tarefa, como homem rico, de decidir quem seria a noiva adequada para o seu filho. Dois motivos determinavam essa forma de pensar: Isaque não deveria deixar Canaã e, por outro lado, não deveria casar com uma moça da terra de Canaã. (Se Isaque tivesse voltado para a região de Harã, ele teria, por assim dizer, atrasado o relógio da história.) A determinação de manter pura a linhagem étnica contrasta com a escolha que Hagar fez de uma mulher egípcia para Ismael (21.21).
    O servo (v. 2) — provavelmente o Eliézer Dt 15:2 — concordou com as condições de seu senhor, fazendo um juramento na forma mais solene (v. 2,9).

    v. 10-27. O cenário muda agora para o norte da Mesopotâmia; o autor tem em mente a região de Harã (conforme 11.31), embora o nome da cidade não seja mencionado (houve de fato uma cidade chamada Naor, mas supõe-se que aqui seja um nome de pessoa; conforme v. 15). A oração do servo lembra a promessa de Deus a Abraão (a referência a ser bondoso no v. 12 denota lealdade a uma promessa). Ao pedir um sinal (v. 14), ele estava na verdade procurando por uma mulher “que estivesse disposta a ajudar, tivesse bondade no seu coração e carinho pelos animais” (Von Rad) — o que não era uma má escolha!

    Deus rapidamente fez prevalecer a sua vontade na pessoa de Rebeca, cujo exato parentesco com Abraão é informado; pode-se observar que Betuel (v. 15), o pai dela, tem papel de importância menor na história, o que sugere que ele era de idade muito avançada e que seu filho Labão havia se tornado o chefe do clã. Rebeca mostrou ser o tipo de pessoa que o servo estava procurando, e, além disso, muito bonita (v. 16). A sua hospitalidade imediata (v. 25) fechou a questão para ele, e ele reconheceu que o Senhor o conduzira “diretamente” (NTLH; NVI diz na jornada) para a casa certa.

    v. 28-60. As palavras de hospitalidade foram colocadas em prática (v. 28-33), e o servo explicou a sua missão em todos os detalhes (v. 34-41) e também relatou como a sua oração tinha sido respondida (v. 42-48). Em face disso, nem Labão nem o pai de Rebeca poderiam fugir dos fatos, e a permissão para o casamento foi prontamente concedida (v. 49ss); além disso, Labão era um homem avarento, como o v. 30 já indicou. Tendo recebido o consentimento deles e também lhes dado presentes valiosos (v. 53), o servo expressou o seu desejo de partir muito antes do que era costume no Oriente “sem pressa” daquela época. A disposição de Rebeca de quebrar as convenções da época e partir logo foi mais uma confirmação da soberania de Deus.

    v. 61-67. Mais uma vez, o narrador não se fixa na demora da viagem; toda a ênfase desse capítulo está nas ações e reações pessoais. Isaque agora é introduzido na história, e, do outro lado, Abraão sai dela. A cena é novamente o Neguebe, provavelmente perto de Berseba. Aqui um homem e uma mulher se encontram pela primeira vez, e a escolha de Deus foi ratificada pelo fato de que, sem esperar ou questionar, Isaque a amou. O v. 67 no texto hebraico se refere à tenda de sua mãe Sara-, essa é, provavelmente, a leitura correta, destacando que Rebeca agora toma o lugar de Sara como a mãe da família eleita.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67

    Gênesis 24


    14) Elíézer, Isaque e Rebeca. Gn 24:1-67.

    O velho patriarca estava avançado em anos (heb., entrado em dias). Isaque continuava solteiro. Abraão estava preocupado com a possibilidade de seu herdeiro vir a se casar com uma cananita e não com uma moça do seu próprio povo. Mandou Eliézer, o seu servo de confiança, fazer a longa viagem até a Mesopotâmia em busca de uma noiva para Isaque.


    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 34 até o 48

    34-48. Elíézer contou com alguns detalhes a surpreendente resposta que recebeu à sua oração quando pediu orientação e certeza. O homem de Deus sabia que o Senhor o orientara e que Rebeca era a escolha de Deus para o seu jovem senhor.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
    Gn 24:1

    8. A QUESTÃO DE UMA ESPOSA PARA ISAQUE (Gn 24:1-60). Era Abraão já velho (1). Ele tinha cerca de 140 anos de idade. Conf. Gn 21:5 com Gn 25:20. Seu servo, o mais velho da casa (2). Provavelmente o mesmo Eliezer referido em Gn 15:2. Põe tua mão debaixo da minha coxa (2). Abraão fez Eliezer prestar uma forma especialmente solene de juramento, cujo simbolismo era, provavelmente, conclamar os descendentes de um homem para que providenciassem a fim de que qualquer quebra de juramento fosse vingada. Talvez também possa ser considerado como um "juramento pela posteridade", e no presente caso foi um juramento muito apropriado, porque foi feito no interesse de preservar uma santa posteridade. Senhor Deus dos céus e Deus da terra (3). É engraçado, após ler alguns dos hipotéticos relatos sobre os pontos de vista a respeito de um Deus "limitado", que Abraão supostamente tinha, e então retornar às próprias palavras de Abraão e ouvi-lo falar. Conf. Gn 14:22. Não tomarás para meu filho mulher (3). Abraão deve ter sido fortemente induzido a casar seu filho com a filha de um dos chefes locais, assim entrando em aliança com um deles, e também conquistar alguma base na terra; mas sua obediência e fé brilharam com esplendor. À minha terra e à minha parentela (4). Eliezer foi a Harã conf. Gn 27:43; Gn 29:4). Isso não significa, entretanto, que Harã tenha sido o lugar do nascimento de Abraão, como alguns contendem aqui. Há duas maneiras perfeitamente francas de entendermos essa enfática expressão: ou podemos considerar que o ultimo termo define o primeiro, cujo ponto principal é que a noiva de Isaque deveria vir de seu próprio povo; ou podemos considerar que Abraão dizia a Eliezer que se ele falhasse em sua missão, em Harã, então deveria dirigir-se a Ur onde Abraão provavelmente contava com muitos parentes. A primeira é a mais compreensível, e a última é a menos provável.

    >Gn 24:10

    Tomou dez camelos (10). Eliezer desejava apresentar-se como representante de um rico senhor. Mesopotâmia (10). Essa era a terra entre os dois rios, o Tigre e o Eufrates. Seja a quem designaste (14). A oração de Eliezer e sua maneira de desincumbir-se da tarefa mostram que ele estava consciente de uma grande responsabilidade espiritual. Não teria sido difícil para Eliezer perguntar diretamente ao primeiro homem com quem se encontrasse, onde moravam os parentes de Abraão. Mas parece que ele sentiu que a escolha deveria ser feita por Deus, e assim propôs o sinal a Deus. Tirarei também água para os teus camelos (19). Tratava-se de uma generosidade excepcional, mas, para Eliezer, vinha "do senhor". Imediatamente Eliezer começou a perceber que estava próximo do objetivo de sua viagem. A linguagem do versículo 21 mostra que ele suspeitava que perante ele estava justamente aquela que deveria ser a esposa de Isaque; e a resposta à sua pergunta, dada no versículo 24, lhe deu a prova convincente. Adorou ao Senhor (26). Que outra coisa poderia ter feito Eliezer?

    >Gn 24:29

    Labão (29). Parece que Betuel, o pai, ou era muito idoso ou estava muito enfermo para tomar tal responsabilidade nas mãos; o peso da responsabilidade recaiu sobre Labão, que estava mais que disposto a aceitá-lo. Isso transparece também no versículo 50. O discurso de Eliezer à família (34-39) foi extremamente comovedor; quase é possível sentir a contida tensão na família de Betuel, enquanto escutavam a narrativa. Mal ou bem (50). Simplesmente não havia coisa alguma a ser dita. Não me detenhais (56). Em expressões como esta o caráter consciencioso e expedito de Eliezer se torna conspícuo. Irei (58). Esta resposta demonstra algo do caráter decidido da mulher que seria a mãe de Jacó e Esaú.

    >Gn 24:61

    9. REBECA É APRESENTADA A ISAQUE (Gn 24:61-67). Lançou-se do camelo (54). Tratava-se de um sinal costumeiro de respeito e era observado mesmo quando se estava a alguma distância de uma pessoa de nobreza. Tomou ela o véu (65). De conformidade com os costumes orientais, a noiva não devia ser vista sem o véu pelo noivo, enquanto os rituais do matrimônio não estivessem terminados. A missão de Eliezer tem sido considerada como um notável quadro do trabalho do Espírito Santo, em Sua busca de uma noiva para Cristo.


    Dicionário

    Anjo

    substantivo masculino Religião Ser puramente espiritual que, segundo algumas religiões, transmite mensagens espirituais às pessoas na Terra, especialmente aquelas enviadas por Deus.
    [Artes] Modo de representação desse ser através da arte.
    Figurado Criança muito tranquila, calma, serena.
    Figurado Pessoa dotada de uma qualidade eminente, que se destaca em relação aos demais por suas boas características.
    Etimologia (origem da palavra anjo). A palavra anjo deriva do grego "ággelos"; pelo latim tardio "angelus, i", com o sentido de "mensageiro de Deus".

    Mensageiro. Anjos, na qualidade de assistentes de Deus, mensageiros da Sua vontade, é doutrina que corre por toda a Bíblia. l. A sua natureza. Pouco se acha dito sobre isto. os anjos geralmente aparecem na figura de homens (Gn 18 – At 1:10), e algumas vezes revestidos de glória (Dn 10:5-6 e Lc 24:4). os serafins de isaías (6.2), e os querubins de Ezequiel (1.6), têm asas: assim também Gabriel (Dn 9:21), e o anjo do Apocalipse (14.6). Em Hb 1:14 são eles espíritos ministradores (cp.com Mc 12:25). 2. As suas funções. Primitivamente eram mensageiros de Deus para em Seu nome dirigir os homens, guiá-los, guardá-los, fortalecê-los, avisá-los, censurá-los e puni-los. *veja as narrações de Gn 18:19-22,28,32 – Jz 2:6-13 – 2 Sm 24.16,17 – 2 Rs 19.35: e cp.com Sl 34:7-35.5,6 e 91.11. Nas mais antigas referências o anjo do Senhor não se acha bem distinto do próprio SENHoR. É Ele quem fala (Gn 22:16Êx 3:2-16Jz 13:18-22). Há, também, a idéia de uma grande multidão de anjos (Gn 28:12 – 32.2), que num pensamento posterior são representados como o exército de Deus, a Sua corte e conselho (Sl 103:20-21 – 89.7 – is 6:2-5, etc. – cp.com Lc 2:13Mt 26:53Lc 12:8-9Hb 12:22Ap 5:11, etc.). Eles são guardas, não só de indivíduos mas de nações (Êx 23:20Dn 10:13-20): cada igreja cristã tem o seu ‘anjo’, representando a presença divina e o poder de Deus na igreja – é ele garantia divina da vitalidade e eficácia da igreja (*veja Ap 2:1-8). Uma expressão de Jesus Cristo parece apoiar a crença de que cada pessoa tem no céu o seu anjo da guarda, e de que o cuidado das crianças está a cargo dos mais elevados seres entre os ministros de Deus (Mt 18:10 – cp.com Lc 1:19). Em conformidade com tudo isto é que os anjos servem a Jesus (Mc 1:13Lc 22:43), manifestam interesse pelo decoro nas reuniões da igreja 1Co 11:10), e pela salvação dos homens (Lc 16:10 – 1 Pe 1,12) – tiveram parte na grandiosa revelação do Sinai (At
    v. 53 – Gl 3:19Hb 2:2), e executarão o Juízo final (Mt 13:41). São de diferente ordem. Dois são especialmente mencionados: Miguel, um dos principais príncipes angélicos (Dn 10:13), ‘o arcanjo’ (Jd 9), e Gabriel (Dn 8:16Lc 1:19). Nos livros apócrifos outros nomes aparecem, especialmente Rafael e Uriel. Há, também, referências a estes seres celestiais em Ef 1:21Cl 1:16 – 2.16 – e na epístola aos Colossenses condena-se de modo especial a idéia de interpô-los entre Deus e o homem, tirando assim a Jesus a honra de único Mediador, que lhe pertence (Cl 1:14-20, 2.18, etc.). Algumas passagens (Jd 6 – 2 Pe 2,4) referem-se misteriosamente a anjos caídos – e em Ap 12:9 Satanás tem o seu exército de anjos.

    Anjo Mensageiro de Deus (1Rs 19:5-7). Os anjos são espíritos que servem a Deus e ajudam os salvos (Hc 1:14). Foram criados santos, mas alguns se revoltaram contra Deus (Jd 6; 2Pe 2:4). Em algumas passagens bíblicas Deus e o Anjo do SENHOR (de Javé) são a mesma pessoa (Gn 16:7-13; 22:11-18; Ex 3:2-22; Jz 6:11-24). V. TEOFANIA.

    Anjo Palavra derivada do grego “ággelos” (mensageiro), que na Septuaginta traduz o hebreu “malaj”. Com essa missão de mensageiros divinos é que aparecem principalmente nos evangelhos (Mt 11:10; Mc 1:2; Lc 7:24-27; 9,52). Somente em situações excepcionais são mencionados por um nome (Lc 1:19.26). Estão relacionados à missão de Jesus (Mt 4:11; Mc 1:13; Lc 22:43; Jo 1:51) e à sua parusia (Mt 13:39.41.49; 16,27; 24,31; 25,31). Presentes na corte celestial (Lc 12:8ss.; 16,22), alegram-se com a conversão dos pecadores (Lc 15:10) e cuidam das crianças (Mt 18:10). Seu estado de vida permite compreender qual será a condição futura dos que se salvam (Mt 22:30; Mc 12:25; Lc 20:36). Os evangelhos indicam também a existência do Diabo, um anjo decaído ao qual seguiram outros anjos, como um ser pessoal e real que governa os reinos deste mundo (Lc 4:5-7) e o mundo em geral. Jesus deu a seus discípulos a autoridade para derrotá-lo (Lc 10:19-20) e, no fim dos tempos, tanto ele como seus sequazes serão vencidos (Mt 25:41) e confinados no fogo eterno.

    A. Cohen, o. c.; f. J. Murphy, The Religious...; ERE IV, pp. 578, 584, 594-601; C. Vidal Manzanares, Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...


    Caminho

    substantivo masculino Faixa de terreno para trânsito de pedestres ou de veículos; estrada.
    Figurado Meio de alcançar um resultado; direção: o caminho do sucesso.
    Espaço a percorrer de um lugar para outro: a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos.
    Roteiro de viagem; itinerário: vou pelo caminho mais curto.
    Modo como uma sequência de acontecimentos ocorre; tendência: neste país a educação segue pelo caminho errado.
    Antigo Rumo marítimo: o caminho das Índias.
    expressão Caminho de ferro. Via de comunicação que utiliza veículos sobre trilhos de ferro entre cidades, países etc.; estrada de ferro.
    Etimologia (origem da palavra caminho). Do latim camminus; de origem celta.

    Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn 16:7Nm 14:25 – Mc 10. 32). Muitas vezes o termo ‘caminho’ significa os simples hábitos da vida – ‘endireitai os vossos caminhos’ – ‘todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra’ (Gn 6:12 – 19.31 – Jr 32:19). ‘Caminho do Senhor’ quer dizer o que Ele é em relação a nós: ‘os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos’ (is 55:8). ir ‘pelo caminho de todos os da terra’ (Js 23:14) significa estar para morrer, na sua viagem para a sepultura. Caminho duro representa o caminho dos pecadores (Jz 2:19). Jesus Cristo é chamado o Caminho (Jo 14:6), pois que é por Ele somente que os crentes obtêm a comunicação com o Pai. Estas expressões ‘o Caminho’, ‘este Caminho’, usavam-se a respeito da crença e prática cristãs (At 9:2 – 19.9,23 – 22.4 – 24.14,22), talvez para contrastar com o sistema judaico de regras para a vida diária, chamadas Halacote ou Caminhos.

    estrada, via, trilha, raia, vicina, carreiro, azinhaga, picada, senda, vereda, atalho. – Todas estas palavras têm de comum a propriedade de designar “espaço aberto conduzindo de um lugar a outro”. – Caminho não sugere mais que a ideia de “espaço ou trilho livre entre dois pontos”. – Estrada é “caminho largo, construído com mais ou menos arte, e de modo que se preste ao tráfego de veículos”. Há estradas de rodagem, estradas de ferro, etc. Por influência do francês, já se diz também – caminho de ferro. – Via só dá ideia do meio de comunicação entre um e outro ponto. É assim que tanto dizemos – via terrestre, como – via marítima, ou fluvial (e não – estrada, nem mesmo caminho). – Trilha (ou trilho) é caminho estreito, aberto por entre obstácu- 248 Rocha Pombo lo. Nesta acepção, trilha é vocábulo mais próprio e mais usado do que trilho, pois este designa melhor o sulco, a passagem rápida para transpor um embaraço. – Raia é, aqui, “uma curta trilha destinada a jogos de corrida”. – Vicina é termo pouco usado, empregando-se, em vez dele, a locução – caminho vicinal – para indicar os “pequenos caminhos, que levam de um caminho geral ou de uma estrada, para os lugares vizinhos”. – Carreiro é “caminho estreito, aberto pelo tráfego de carros”. – Azinhaga é também “caminho estreito”, mas sugere a ideia de “complicado e escuso”. – Picada é “trilha mal aberta em floresta, cortando-se apenas as árvores, numa certa direção”. – Senda, se se atende à respetiva origem (do latim semita de semis + iter) deve significar “meio caminho”, ou caminho muito estreito por onde mal pode passar-se. Não se compreende como é tão usada esta palavra na frase – a senda..., e até – “a larga” senda do progresso... Talvez só se explique isso pela beleza fônica do vocábulo. – Vereda é “trilha tão maldistinta que apenas parece marcar o rumo seguido”. – Atalho é “caminho estreito, trilha, azinhaga por onde se evitam as longas curvas do caminho geral”.

    O caminho celeste é o dia que o Pai nos concede, quando aproveitado por nós na prática do bem. Cada hora, desse modo, transforma-se em abençoado trecho dessa estrada divina, que trilharemos até o encontro com a grandeza e a perfeição do Supremo Criador, e cada oportunidade de bom serviço, durante o dia, é um sinal da confiança de Deus, depositada em nós. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O caminho oculto• Pelo Espírito Veneranda• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 19


    Caminho CAMINHO DO SENHOR

    Nomes dados à religião dos primeiros cristãos e ao seu modo de vida (At 19:9; 22.4).


    Caminho A estrada que conduz à vida eterna. Jesus ensinou que não existia uma pluralidade de caminhos; apenas que ele era o único que levava ao Pai (Jo 14:4-6). Em termos humanos, esse caminho é tão estreito que segui-lo é impossível sem uma prévia conversão (Mt 7:13ss.; Mt 5:20; 18,8ss.; 25,21.23).

    Casa

    Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.

    [...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10


    No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)

    morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Enviar

    verbo transitivo Fazer partir com uma finalidade: enviar uma criança à escola.
    Fazer chegar a, expedir, remeter, endereçar: enviar uma carta.
    Arremessar, lançar: enviar a bola.

    remeter, mandar, despachar, expedir. – Enviar é “dirigir, pôr a caminho”. – Remeter é “fazer chegar às mãos, à posse daquele a quem se envia”. – Mandar é “enviar alguém para algum fim, ou expedir alguma coisa pelas próprias mãos”. – Despachar é “desimpedir, deixar sair”. – Expedir é “fazer seguir”. – Enviam-se encomendas; enviam-se representantes, ou empregados; enviam-se cumprimentos, ou felicitações, ou saudades, ou pêsames. Remetemos a um amigo o que ele nos pede; a um freguês, a fatura de gêneros de sua ordem. Remetem-se também os presos escoltados. Manda-se uma pessoa cumprimentar os noivos; manda-se um presente ao menino aniversariante. Despachou logo o “próprio” com a solução do negócio. Expedem-se ordens, principalmente; mas também se expedem mercadorias, cartas, veículos, etc.

    Família

    substantivo feminino Grupo das pessoas que compartilham a mesma casa, especialmente os pais, filhos, irmãos etc.
    Pessoas que possuem relação de parentesco.
    Pessoas cujas relações foram estabelecidas pelo casamento, por filiação ou pelo processo de adoção.
    Grupo de pessoas que compartilham os mesmos antepassados.
    Figurado Grupo de indivíduos ligados por hábitos, costumes, comportamentos ou interesses oriundos de um mesmo local.
    Grupo de indivíduos com qualidades ou particularidades semelhantes.
    [Biologia] Uma das categorizações científicas dos organismos vegetais, animais ou minerais, composta por inúmeros gêneros que compartilham características semelhantes: a violeta é da família das violáceas.
    [Gráficas] Reunião de tipos em que o desenho demonstra qualidades básicas iguais.
    [Química] Localização dos elementos que compõem as colunas, sendo reunidos pela semelhança de suas propriedades; grupo.
    expressão Em família. Em casa, entre os seus, na intimidade.
    Família de palavras. Grupo de palavras que procedem de uma raiz comum.
    Família real. O rei, a rainha, seus filhos e parentes do mesmo sangue.
    Santa Família. Quadro que representa a Virgem Maria, São José e o Menino Jesus.
    Etimologia (origem da palavra família). Do latim familia.ae.

    substantivo feminino Grupo das pessoas que compartilham a mesma casa, especialmente os pais, filhos, irmãos etc.
    Pessoas que possuem relação de parentesco.
    Pessoas cujas relações foram estabelecidas pelo casamento, por filiação ou pelo processo de adoção.
    Grupo de pessoas que compartilham os mesmos antepassados.
    Figurado Grupo de indivíduos ligados por hábitos, costumes, comportamentos ou interesses oriundos de um mesmo local.
    Grupo de indivíduos com qualidades ou particularidades semelhantes.
    [Biologia] Uma das categorizações científicas dos organismos vegetais, animais ou minerais, composta por inúmeros gêneros que compartilham características semelhantes: a violeta é da família das violáceas.
    [Gráficas] Reunião de tipos em que o desenho demonstra qualidades básicas iguais.
    [Química] Localização dos elementos que compõem as colunas, sendo reunidos pela semelhança de suas propriedades; grupo.
    expressão Em família. Em casa, entre os seus, na intimidade.
    Família de palavras. Grupo de palavras que procedem de uma raiz comum.
    Família real. O rei, a rainha, seus filhos e parentes do mesmo sangue.
    Santa Família. Quadro que representa a Virgem Maria, São José e o Menino Jesus.
    Etimologia (origem da palavra família). Do latim familia.ae.

    Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 14, it• 8

    [...] A família deve ser considerada como alavanca poderosa que auxilie o Espírito, elevando-o às divinas aspirações, reconduzindo de modo permanente ao caminho do bem os pobres desgarrados dele pelos seus maus instintos sempre funestos, se não houvesse guias visíveis e invisíveis para sustá-los à borda do abismo.
    Referencia: BOURDIN, Antoinette• Entre dois mundos• Trad• de M• Quintão• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 11

    A família é uma instituição divina cuja finalidade precípua consiste em estreitar os laços sociais, ensejando-nos o melhor modo de aprendermos a amar-nos como irmãos.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A família

    [...] A família é o estado natural de uma existência honesta e regular. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 52

    A família é a base da sociedade, que não pode ficar relegada a plano secundário. Viver em família com elevação e dignidade, é valorização da vida, na oportunidade que Deus concede ao Espírito para crescer e atingir as culminâncias a que está destinado.
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 17

    Grupamento de raça, de caracteres e gêneros semelhantes, resultado de agregações afins, a família, genericamente, representa o clã social ou de sintonia por identidade que reúne espécimes dentro da mesma classificação. Juridicamente, porém, a família se deriva da união de dois seres que se elegem para uma vida em comum, através de um contrato, dando origem à genitura da mesma espécie. Pequena república fundamental para o equilíbrio da grande república humana representada pela nação. [...] A família [...] é o grupo de espíritos normalmente necessitados, desajustados, em compromisso inadiável para a reparação, graças à contingência reencarnatória. [...] [...] A família é mais do que o resultante genético... São os ideais, os sonhos, os anelos, as lutas e árduas tarefas, os sofrimentos e as aspirações, as tradições morais elevadas que se cimentam nos liames da concessão divina, no mesmo grupo doméstico onde medram as nobres expressões da elevação espiritual na Terra.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

    [...] oficina onde se forjam os lídimos heróis da renúncia e os apóstolos da abnegação para os tempos atuais [...].
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Antelóquio

    A verdadeira família, não o esqueçamos, compõe-se das almas puras que se compreendem e atraem, sentindo-se feitas para se amarem. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 31a efusão

    [...] A família é, pois, um grupo que caminha, oferecendo mútuo amparo, revezando-se aqui na Terra e no Além, uns na carne, outros em espírito. [...]
    Referencia: MARCUS, João (Hermínio C• Miranda)• Candeias na noite escura• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] o símbolo dos laços eternos do amor [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 62

    [...] A família consangüínea na Terra é o microcosmo de obrigações salvadoras em que nos habilitamos para o serviço à família maior que se constitui da Humanidade inteira. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39

    A família consangüínea é uma reunião de almas em processo de evolução, reajuste, aperfeiçoamento ou santificação. O homem e a mulher, abraçando o matrimônio por escola de amor e trabalho, honrando o vínculo dos compromissos que assumem perante a Harmonia Universal, nele se transformam em médiuns da própria vida, responsabilizando-se pela materialização, a longo prazo, dos amigos e dos adversários de ontem, convertidos no santuário doméstico em filhos e irmãos. A paternidade e a maternidade, dignamente vividas no mundo, constituem sacerdócio dos mais altos para o Espírito reencarnado na Terra, pois, através delas, a regeneração e o progresso se efetuam com segurança e clareza. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

    [...] O instituto da família é cadinho sublime de purificação e o esquecimento dessa verdade custa-nos alto preço na vida espiritual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

    A família é uma reunião espiritual no tempo, e, por isto mesmo, o lar é um santuário. Muitas vezes, mormente na Terra, vários de seus componentes se afastam da sintonia com os mais altos objetivos da vida; todavia quando dois ou três de seus membros aprendem a grandeza das suas probabilidades de elevação, congregando-se intimamente para as realizações do espírito eterno, são de esperar maravilhosas edificações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

    [...] Devemos ter nosso agrupamento familiar como sagrada construção, mas sem esquecer que nossas famílias são seções da família universal, sob a Direção Divina. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 6

    Todas as disciplinas referentes ao aprimoramento do cérebro são facilmente encontradas nas universidades da Terra, mas a família é a escola do coração, erguendo seres amados à condição de professores do espírito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - A escola do coração

    De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 17

    Grupo consangüíneo a que você forçosamente se vincula por remanescentes do pretérito ou imposições de afinidade com vistas ao burilamento pessoal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 40

    O estudo da família pertence ao âmbito da Sociologia e estudiosos dessa ciência consideram a fase atual como um processo de transformação por que passa esse agrupamento humano, para adequar-se a um novo contexto social. Enquanto, no passado, a família era vista como agrupamento de pessoas ligadas pelos laços da consangüinidade, o conceito hoje se ampliou, considerando os sociólogos que se podem aceitar como família um casal e seus filhos, um casal sem filhos, ou mesmo pessoas que se unem por afinidade [KOENING, Samuel. Elementos da Sociologia, cap. 11. “A Família”]. O conceito atual aproxima-se bastante da idéia espírita, já que em O Evangelho segundo o Espiritismo, aprendemos que os verdadeiros laços de família não são os da consangüinidade, mas os da afinidade espiritual. [Cap. 14, it. 8] Devemos tranqüilizar, pois, os nossos corações, porque a família não está em extinção, o processo é de transformação. A vulnerabilidade do bebê humano e sua dependência dos cuidados do adulto são indícios muito fortes de que a família é uma necessidade psicofísica do homem e, portanto, será difícil imaginar um sistema social sem essa instituição básica.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Juventude – tempo de fazer escolhas


    Família No judaísmo, a preocupação com a família revestia-se de relevante importância. Honrar pai e mãe é um dos Dez mandamentos e constitui até mesmo o primeiro que apresenta junto uma promessa de bênção divina (Ex 20:12; Dt 5:16).

    Esse mandamento implicava a obrigação de sustentar economicamente os pais quando necessitassem. Considerava-se gravíssima ofensa injuriar os pais (Lv 20:9). O matrimônio era considerado o estado ideal do ser humano. A esterilidade era vista como uma grande desgraça (1Sm 1:5ss.), enquanto a fecundidade era considerada uma bênção (Sl 127:3; 128,3). Os primogênitos

    deviam ser consagados a Deus (Ex 13:1ss.) e todos os filhos tinham de submeter-se aos pais e obedecer-lhes (Pv 13:1), sendo que o filho rebelde poderia ser até mesmo executado (Dt 21:18ss.), o que se julgava uma terrível desventura (Pv 17:25). Os pais tinham a obrigação de instruir seus filhos espiritualmente (Dt 4:9ss.; 6,7ss.) e educálos, aplicando, se preciso fosse, um castigo corporal moderado (Pv 19:18; 29,17). Deviam também se mostrar compassivos com os filhos (Sl 103:13). Os irmãos deviam ajudar-se mutuamente, principalmente em meio às dificuldades (Pv 17:17; 18,19) e, em caso de um irmão falecer sem deixar descendência, a instituição do levirato (Dt 25:5ss.) era aplicada. O judaísmo rabínico jamais chegou a aplicar a norma contida em Dt 21:18ss. e até expressou suas dúvidas quanto à existência de algum filho que merecesse esse castigo. Mas, em termos gerais, foi fiel às normas apresentadas pelo Antigo Testamento, embora se saiba de alguns recursos jurídicos — o corban, por exemplo — para esquivar-se da obrigação de sustentar economicamente os pais. Jesus manifestou uma visão da vida familiar que é, em boa parte, herdeira do pensamento judeu.

    As exceções mais enfatizadas foram sua negação da poligamia — que, por outro lado, já era muito excepcional na época — e sua oposição ao divórcio. De acordo com o pensamento do Antigo Testamento, Jesus expressou sua contrariedade diante do mecanismo jurídico do corban, que permitia aos filhos eximirem-se de ajudar os pais, se os bens tivessem sido consagrados a Deus (Mt 15:1ss. e par.). Contudo, relativizou consideravelmente os vínculos familiares ao antepor a relação com ele a qualquer outra (Mt 8:21; 10,37 e par.). Parece ter tido uma clara atitude de distanciamento de sua mãe e de seus irmãos, a ponto de considerar como tais somente aqueles que escutavam a Palavra de Deus e obedeciam a ela (Lc 8:19-21 e par.; Jo 2:1-4). Jesus previu que aqueles que o seguissem enfrentariam problemas causados por seus familiares (Mc 13:12ss.). É possível que o círculo íntimo de seus seguidores igualmente tenha deixado seus familiares mais próximos para seguir Jesus (Mc 10:28ss.), embora esse fato não seja totalmente seguro. Também parece que adveio do ensinamento de Jesus o costume de os primeiros cristãos tratarem-se entre si por irmãos (Mt 23:8), simbolizando uma nova relação familiar — de sentido espiritual — na qual se recebe como Pai o próprio Deus, quando se aceita seu Filho Jesus (Jo 1:12). Nem todos os seres humanos serão, porém, filhos de Deus, mas somente aqueles que receberam o Cristo como seu Salvador e Senhor.

    P. Bonnard, o. c.; K. Barth, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...; Y. Kaufmann, o. c.; H. W. Wolf, Antropología del Antiguo Testamento, Salamanca 1975.


    Filho

    Filho
    1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

    2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

    4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

    5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

    6) Tratamento carinhoso (1

    Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

    O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    [...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

    Os filhos são doces algemas de nossa alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

    Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

    [...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

    [...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    Mulher

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

    [...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

    [...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

    A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

    [...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


    Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

    Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

    Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

    Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

    A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Pai

    Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

    Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

    [...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16


    Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.

    Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm

    Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    Presença

    substantivo feminino Fato de uma pessoa estar num lugar específico; comparecimento.
    Existência de uma coisa em um lugar determinado: presença de mosquitos.
    Fato de existir, de ter existência real num local; existência: a presença de índios na Amazônia.
    Participação em alguma coisa: sua presença trouxe glamour ao evento.
    Figurado Manifestação de uma personalidade forte capaz de chamar a atenção dos demais: sempre foi um sujeito sem presença.
    Figurado Algo ou alguém que não se consegue ver, mas que se sente por perto: sinto sua presença sempre comigo.
    Etimologia (origem da palavra presença). Do latim praesentia.ae.

    presença s. f. 1. Fato de estar presente. 2. Existência, estado ou comparecimento de alguém num lugar determinado. 3. Existência de uma coisa em um dado lugar. 4. Aspecto da fisionomia. 5. Modos, porte. 6. Juízo, opinião, parecer, voto.

    Prosperar

    verbo intransitivo e pronominal Progredir; melhorar de condição; ocasionar o crescimento ou a melhoria em: o país prosperou no último ano; as vendas prosperaram-se.
    verbo transitivo direto e intransitivo Desenvolver-se; obter um resultado melhor: o estudo prospera o aluno; a padaria prosperava.
    verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Enriquecer; melhorar financeiramente: o trabalho prospera o homem; o presidente prospera todo ano; o comerciante prosperava-se rapidamente.
    Etimologia (origem da palavra prosperar). Do latim prosperare.

    Prosperar Aumentar; progredir; enriquecer (1Cr 27:23).

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Tomés

    2ª pess. sing. pres. conj. de tomar

    to·mar -
    (origem duvidosa)
    verbo intransitivo

    1. Dirigir-se, encaminhar-se.

    verbo transitivo

    2. Pegar em.

    3. Segurar, agarrar.

    4. Conquistar.

    5. Confiscar.

    6. Comprar, ficar com.

    7. Tirar, arrematar, roubar.

    8. Lançar a mão de, servir-se de, utilizar.

    9. Acometer, invadir, assaltar.

    10. Adoptar.

    11. Ocupar.

    12. Atingir, alcançar.

    13. Fazer perder.

    14. Atacar.

    15. Observar.

    16. Surpreender.

    17. Aceitar.

    18. Comer, beber.

    19. Usar, gastar.

    20. Aspirar.

    21. Alugar.

    22. Entrar em.

    23. Contrair.

    24. Ter em conta de.

    25. Receber.

    26. Prover-se de.

    27. Assumir, dar mostras de, apresentar em si.

    28. Encarregar-se de.

    29. Escolher, preferir.

    30. Interpretar.

    31. Considerar.

    32. Atalhar, tolher.

    33. Ser assaltado por.

    verbo pronominal

    34. Agastar-se, ofender-se.

    35. Ser assaltado, ser invadido.

    36. Deixar-se dominar ou persuadir.

    verbo intransitivo e pronominal

    37. [Regionalismo] Ingerir bebida alcoólica em excesso (ex.: o sujeito não parece bem, eu acho que ele tomou; tomar-se de rum). = EMBEBEDAR-SE, EMBRIAGAR-SE


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 24: 40 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E ele me disse: O SENHOR, em cuja presença tenho andado, enviará o Seu Anjo contigo, e prosperará o teu caminho, para que tomes esposa para meu filho da minha família e da casa de meu pai;
    Gênesis 24: 40 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    2026 a.C.
    H1
    ʼâb
    אָב
    o pai dele
    (his father)
    Substantivo
    H1004
    bayith
    בַּיִת
    casa
    (within inside)
    Substantivo
    H1121
    bên
    בֵּן
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H1870
    derek
    דֶּרֶךְ
    o caminho
    (the way)
    Substantivo
    H1980
    hâlak
    הָלַךְ
    ir, andar, vir
    (goes)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3947
    lâqach
    לָקַח
    E levei
    (And took)
    Verbo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4397
    mălʼâk
    מֲלְאָךְ
    o anjo
    (the angel)
    Substantivo
    H4940
    mishpâchâh
    מִשְׁפָּחָה
    clã, família
    (after their kinds)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H6440
    pânîym
    פָּנִים
    o rosto
    (the face)
    Substantivo
    H6743
    tsâlach
    צָלַח
    (Qal) apressar
    (had made prosperous)
    Verbo
    H7971
    shâlach
    שָׁלַח
    enviar, despedir, deixar ir, estender
    (he put forth)
    Verbo
    H802
    ʼishshâh
    אִשָּׁה
    mulher, esposa, fêmea
    (into a woman)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H854
    ʼêth
    אֵת
    de / a partir de / de / para
    (from)
    Prepostos


    אָב


    (H1)
    ʼâb (awb)

    01 אב ’ab

    uma raiz; DITAT - 4a; n m

    1. pai de um indivíduo
    2. referindo-se a Deus como pai de seu povo
    3. cabeça ou fundador de uma casa, grupo, família, ou clã
    4. antepassado
      1. avô, antepassados — de uma pessoa
      2. referindo-se ao povo
    5. originador ou patrono de uma classe, profissão, ou arte
    6. referindo-se ao produtor, gerador (fig.)
    7. referindo-se à benevolência e proteção (fig.)
    8. termo de respeito e honra
    9. governante ou chefe (espec.)

    בַּיִת


    (H1004)
    bayith (bah'-yith)

    01004 בית bayith

    provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m

    1. casa
      1. casa, moradia, habitação
      2. abrigo ou moradia de animais
      3. corpos humanos (fig.)
      4. referindo-se ao Sheol
      5. referindo-se ao lugar de luz e escuridão
      6. referindo-se á terra de Efraim
    2. lugar
    3. recipiente
    4. lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
    5. membros de uma casa, família
      1. aqueles que pertencem à mesma casa
      2. família de descendentes, descendentes como corpo organizado
    6. negócios domésticos
    7. interior (metáfora)
    8. (DITAT) templo adv
    9. no lado de dentro prep
    10. dentro de

    בֵּן


    (H1121)
    bên (bane)

    01121 בן ben

    procedente de 1129; DITAT - 254; n m

    1. filho, neto, criança, membro de um grupo
      1. filho, menino
      2. neto
      3. crianças (pl. - masculino e feminino)
      4. mocidade, jovens (pl.)
      5. novo (referindo-se a animais)
      6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
      7. povo (de uma nação) (pl.)
      8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
      9. um membro de uma associação, ordem, classe

    דֶּרֶךְ


    (H1870)
    derek (deh'-rek)

    01870 דרך derek

    procedente de 1869; DITAT - 453a; n m

    1. caminho, estrada, distância, jornada, maneira
      1. estrada, caminho, vereda
      2. jornada
      3. direção
      4. maneira, hábito, caminho
      5. referindo-se ao curso da vida (fig.)
      6. referindo-se ao caráter moral (fig.)

    הָלַךְ


    (H1980)
    hâlak (haw-lak')

    01980 הלך halak

    ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

    1. ir, andar, vir
      1. (Qal)
        1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
        2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
      2. (Piel)
        1. andar
        2. andar (fig.)
      3. (Hitpael)
        1. percorrer
        2. andar ao redor
      4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    לָקַח


    (H3947)
    lâqach (law-kakh')

    03947 לקח laqach

    uma raiz primitiva; DITAT - 1124; v

    1. tomar, pegar, buscar, segurar, apanhar, receber, adquirir, comprar, trazer, casar, tomar esposa, arrebatar, tirar
      1. (Qal)
        1. tomar, pegar na mão
        2. tomar e levar embora
        3. tomar de, tirar de, pegar, carregar embora, tirar
        4. tomar para ou por uma pessoa, procurar, pegar, tomar posse de, selecionar, escolher, tomar em casamento, receber, aceitar
        5. tomar sobre si, colocar sobre
        6. buscar
        7. tomar, liderar, conduzir
        8. tomar, capturar, apanhar
        9. tomar, carregar embora
        10. tomar (vingança)
      2. (Nifal)
        1. ser capturado
        2. ser levado embora, ser removido
        3. ser tomado, ser trazido para
      3. (Pual)
        1. ser tomado de ou para fora de
        2. ser roubado de
        3. ser levado cativo
        4. ser levado, ser removido
      4. (Hofal)
        1. ser tomado em, ser trazido para
        2. ser tirado de
        3. ser levado
      5. (Hitpael)
        1. tomar posse de alguém
        2. lampejar (referindo-se a relâmpago)

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מֲלְאָךְ


    (H4397)
    mălʼâk (mal-awk')

    04397 מלאך mal’ak

    procedente de uma raiz não utilizada significando despachar como um representante; DITAT - 1068a; n m

    1. mensageiro, representante
      1. mensageiro
      2. anjo
      3. o anjo teofânico

    מִשְׁפָּחָה


    (H4940)
    mishpâchâh (mish-paw-khaw')

    04940 משפחה mishpachah

    procedente de 8192 [veja 8198]; DITAT - 2442b; n f

    1. clã, família
      1. clã
        1. família
        2. tribo
        3. povo, nação
      2. sociedade
      3. espécies, tipo
      4. aristocratas

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    פָּנִים


    (H6440)
    pânîym (paw-neem')

    06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

    procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

    1. face
      1. face, faces
      2. presença, pessoa
      3. rosto (de serafim or querubim)
      4. face (de animais)
      5. face, superfície (de terreno)
      6. como adv. de lugar ou tempo
        1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
      7. com prep.
        1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

    צָלַח


    (H6743)
    tsâlach (tsaw-lakh')

    06743 צלח tsalach ou צלח tsaleach

    uma raiz primitiva; DITAT - 1916,1917; v.

    1. (Qal) apressar
    2. avançar, prosperar, progredir, obter sucesso, ser proveitoso
      1. (Qal) prosperar
      2. (Hifil)
        1. tornar próspero, conduzir a um bom resultado, fazer prosperar
        2. mostrar ou experimentar prosperidade, prosperar

    שָׁלַח


    (H7971)
    shâlach (shaw-lakh')

    07971 שלח shalach

    uma raiz primitiva; DITAT - 2394; v

    1. enviar, despedir, deixar ir, estender
      1. (Qal)
        1. enviar
        2. esticar, estender, direcionar
        3. mandar embora
        4. deixar solto
      2. (Nifal) ser enviado
      3. (Piel)
        1. despedir, mandar embora, enviar, entregar, expulsar
        2. deixar ir, deixar livre
        3. brotar (referindo-se a ramos)
        4. deixar para baixo
        5. brotar
      4. (Pual) ser mandado embora, ser posto de lado, ser divorciado, ser impelido
      5. (Hifil) enviar

    אִשָּׁה


    (H802)
    ʼishshâh (ish-shaw')

    0802 אשה ’ishshah

    procedente de 376 ou 582; DITAT - 137a; n f

    1. mulher, esposa, fêmea
      1. mulher (contrário de homem)
      2. esposa (mulher casada com um homem)
      3. fêmea (de animais)
      4. cada, cada uma (pronome)

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אֵת


    (H854)
    ʼêth (ayth)

    0854 את ’eth

    provavelmente procedente de 579; DITAT - 187; prep

    1. com, próximo a, junto com
      1. com, junto com
      2. com (referindo-se a relacionamento)
      3. próximo (referindo-se a lugar)
      4. com (poss.)
      5. de...com, de (com outra prep)