Enciclopédia de Mateus 21:43-43

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 21: 43

Versão Versículo
ARA Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos.
ARC Portanto eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos.
TB Portanto, vos declaro que o reino de Deus vos será tirado e oferecido a uma nação que dará os frutos dele.
BGB διὰ τοῦτο λέγω ὑμῖν ὅτι ἀρθήσεται ἀφ’ ὑμῶν ἡ βασιλεία τοῦ θεοῦ καὶ δοθήσεται ἔθνει ποιοῦντι τοὺς καρποὺς αὐτῆς.
HD Por isso vos digo que o Reino de Deus vos será tirado e será dado a uma nação que produza seus frutos.
BKJ Portanto eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos.
LTT Por causa disso, vos digo que será tirado para longe de vós o reinar de Deus, e será dado a uma nação que esteja produzindo os devidos frutos dele (o reinar de Deus). ①
BJ2 Por isso vos afirmo que o Reino de Deus vos será tirado e confiado a um povo que produza seus frutos".
VULG Ideo dico vobis, quia auferetur a vobis regnum Dei, et dabitur genti facienti fructus ejus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 21:43

Êxodo 19:6 E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.
Isaías 26:2 Abri as portas, para que entre nela a nação justa, que observa a verdade.
Isaías 28:2 Eis que o Senhor mandará um homem valente e poderoso; como uma queda de saraiva, uma tormenta de destruição e como uma tempestade de impetuosas águas que trasbordam, violentamente a derribará por terra.
Mateus 8:11 Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus;
Mateus 12:28 Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o Reino de Deus.
Mateus 21:41 Dizem-lhe eles: Dará afrontosa morte aos maus e arrendará a vinha a outros lavradores, que, a seu tempo, lhe deem os frutos.
Lucas 17:20 E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o Reino de Deus, respondeu-lhes e disse: O Reino de Deus não vem com aparência exterior.
João 3:3 Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
João 3:5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
I Coríntios 13:2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
I Pedro 2:9 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

mt 21:43
A Gênese

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Página: 379
Allan Kardec
Tendo vindo à sua terra natal, Jesus os instruía nas sinagogas, de sorte que, tomados de espanto, diziam: De onde lhe vieram essa sabedoria e esses milagres? – Não é o filho daquele carpinteiro? Não se chama Maria, sua mãe, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Suas irmãs não se acham todas entre nós? De onde então lhe vêm todas essas coisas? – E assim faziam dele objeto de escândalo. Mas Jesus lhes disse: Um profeta só não é honrado em sua terra e na sua casa. – E não fez lá muitos milagres devido à incredulidade deles. (São Mateus, 13:54 a 58.)

Humberto de Campos

mt 21:43
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Humberto de Campos

Meus caros filhos. Venho falar-vos do trabalho em que agora colaborais com o nosso amigo desencarnado, no sentido de esclarecer as origens remotas da formação da Pátria do Evangelho a que tantas vezes nos referimos em nossos diversos comunicados. O nosso irmão Humberto tem, nesse assunto, largo campo de trabalho a percorrer com as suas facilidades de expressão e com o espírito de simpatia de que dispõe, como escritor, em face da mentalidade geral do Brasil.


Os dados que ele fornece nestas páginas foram recolhidos nas tradições do mundo espiritual, onde falanges desveladas e amigas se reúnem constantemente para os grandes sacrifícios em prol da humanidade sofredora. Este trabalho se destina a explicar a missão da terra brasileira no mundo moderno. Humboldt, visitando o vale extenso do Amazonas, exclamou, extasiado, que ali se encontrava o celeiro do mundo. O grande cientista asseverou uma grande verdade: precisamos, porém, desdobrá-la, estendendo-a do seu sentido econômico à sua significação espiritual. O Brasil não está somente destinado a suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres do planeta, mas, também, a facultar ao mundo inteiro uma expressão consoladora de crença e de fé raciocinada e a ser o maior celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro. Nestes tempos de confusionismo amargo, consideramos de utilidade um trabalho desta natureza e, com a permissão dos nossos maiores dos Planos elevados, empreendemos mais esta obra humilde, agradecendo a vossa desinteressada e espontânea colaboração. Nossa tarefa visa esclarecer o ambiente geral do país, argamassando as suas tradições de fraternidade com o cimento das verdades puras, porque, se a Grécia e a Roma da antiguidade tiveram a sua hora, como elementos primordiais das origens de toda a civilização do Ocidente; se o império português e o espanhol se alastraram quase por todo o planeta; se a França, se a Inglaterra têm tido a sua hora proeminente nos tempos que assinalam as etapas evolutivas do mundo, o Brasil terá também o seu grande momento no relógio que marca os dias da evolução da humanidade. (Mt 21:43)


Se outros povos atestaram o progresso, pelas expressões materializadas e transitórias, o Brasil terá a sua expressão imortal na vida do espírito, representando a fonte de um pensamento novo, sem as ideologias de separatividade, e inundando todos os campos das atividades humanas com uma nova luz. Eis, em síntese, o porquê da nossa atuação, nesse sentido. O nosso irmão encontra mais facilidade para vazar o seu pensamento em soledade com o médium, como se ainda se encontrasse no seu escritório solitário; daí a razão por que as páginas em apreço foram produzidas de molde a se aproveitarem as oportunidades do momento. Peçamos a Deus que inspire os homens públicos, atualmente no leme da Pátria do Cruzeiro e que, nesta hora amarga em que se verifica a inversão de quase todos os valores morais, no seio das oficinas humanas, saibam eles colocar muito alto a magnitude dos seus precípuos deveres. E a vós, meus filhos, que Deus vos fortaleça e abençoe, sustentando-vos nas lutas depuradoras da vida material.




Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 21:43
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 28
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 12:15-21


15. Sabendo disso, Jesus retirouse daquele lugar. E muitos o acompanharam, e ele curou todos,


16. advertindo-os de que não o dessem a conhecer,


17. para cumprir-se o que foi dito através do profeta Isaías:


18. "Eis meu servo que escolhi, meu amado, em quem minha alma se deleita; sobre ele porei meu espírito, e ele anunciará o certo às nações;


19. não discutirá nem gritará, e ninguém ouvirá sua voz nas praças.


20. Não esmagara a cana rachada, nem apagará o pavio que fumega, até que faça triunfar o certo.


21. E em seu nome esperarão as nações".


MT 4:24-25


24. Sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe todos os enfermos, acometidos de várias doenças e sofrimentos, obsedados, epilépticos e paralíticos, e ele os curou.


25. Muita gente o seguiu da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judeia e d"além Jordão.


MC 3:7-12


7. Jesus retirou-se com seus discípulos para o lado do mar: e da Galileia o seguiu grande multidão.


8. Também da Judeia, de Jerusalém, da Iduméia, d"além Jordão e das circunvizinhanças de Tiro e de Sidon, sabendo o povo quantas coisas fazia Jesus, foi ter com ele em grande número.


9. E ele recomendou a seus discípulos que tivessem um barquinho sempre à sua disposição, por causa da multidão, a fim de que não o apertasse,


10. porque curou muitos, de modo que todos os que padeciam qualquer doença, se arrojavam a ele, para que os tocasse,


11. e os espíritos atrasados, quando o viam, prostravamse diante dele e clamavam: "Tu és o Filho de Deus".


12. E muitas vezes os advertiu que não o dessem a conhecer.


Sabendo o que se passava, Jesus resolve retirar-se, afastando-se daquele lugar. E Mateus, segundo seu hábito, aproveita o fato para citar Isaías, (42. 1-4), embora algo modificado. Eis o texto do profeta na íntegra: Eis meu servo, que eu sustento, meu escolhido, em quem minha alma se alegra. Nele coloquei meu espírito. Ele exporá o certo às nações. Não o ouvirão gritar nem falar alto, nem elevar a voz nas praças; não quebrará a cana rachada nem apagará o pavio que fumega. Exporá fielmente o certo, não se cansar á, nem fatigará, até que tenha estabelecido o certo na Terra, e as ilhas esperarão sua doutrina".


O termo grego krísis, geralmente traduzido como "juízo" ou "julgamento", tem precisamente o sentido de triagem, isto é, separação do certo e do errado do bem e do mal, e, por extensão, "escolha" daquilo que é direito ou certo. Realmente a escolha, numa triagem, supõe um julgamento. Mas muito melhor se compreenderá o sentido traduzindo, aqui, como "o certo" do que se o fizéssemos com a palavra "julgamento" : o Emissário Divino ensinará "O CERTO", e não ensinará o julgamento, coisa que não faria sentido. Não se cansará até que O CERTO chegue à vitória, e não até que o julgamento chegue à vitória.


Sua fama se espalha com rapidez pela Síria (de fácil comunicação com a Palestina) e de lá também chegam doentes físicos e espirituais, e a todos Jesus cura. Com a má-vontade dos fariseus, contrasta o entusiasmo do povo que o procura e acompanha de diversas partes. A Decápole era uma confederação de dez cidades (segundo Plínio, Hist. Nat. 5,18,74, eram: Damasco, Filadélfia (Aman), Rafana, Citópolis (Beisan), Gadara, Hipos, Dion, Pela, Gelasa (Gerasa) e Canata). Todas, exceto Citópolis, ficavam além Jordão. Segundo Marcos, vinha gente de Jerusalém e da Judeia, da Iduméia (território que ia de Jerusalém até Betsur, chegando além do Hebron, e que era a terra dos Herodes). O além Jordão, segundo Josefo (Bel. Jud. 3. 2. 3) era a Peréia, território entre o Jabok e o Arnon, indo de Maquérus, a este do Mar Morto, até Pela. Mas também chegava gente do nordeste, da região de Tiro e de Sidon.


Realmente, as ruas estreitas de Cafarnaum não ofereciam segurança: muito melhor era pregar nos campos abertos, nas praias do lago, onde poderia falar abertamente, sem ser obrigado a discutir seus atos com os fariseus. De agora em diante, vemos que Jesus se afasta cada vez mais das sinagogas. E quanto mais o clero oficial o persegue, mais o povo o procura, e a maior satisfação de Jesus é, sem dúvida, descer aos pequeninos, abandonando os grandes e sábios que Lhe recusam ouvir os ensinamentos, cheios que estão de sua própria vaidade de "sabedores" de suas Escrituras e de "seguros" em suas tradições seculares e milenares. "Quem provou o vinho velho, não quer saber do novo". Todos os reformadores sempre tiveram que apoiar-se no povo menor, e sempre sofreram a perseguição das "autoridades" que jamais desejam perder seu prestígio de mando e sua "cotação" de senhores da situação e de "donos de Deus". Ainda hoje é assim.


Ao ver a impossibilidade de conseguir compreensão daqueles a quem falava e ensinava, ilustrando seu ensino com exemplos, a individualidade retira-se. É a aplicação da parábola "da vinha" (cfr. MT 21:33-46). Se aquelas personalidades se recusam a ouvi-Lo, Ele irá a outros mais acessíveis.


O texto de Isaias, aplicado por Mateus, diz claro que a misericórdia da Individualidade sabe aproveitar todos os menores indícios de possibilidade de aperfeiçoamento. Que, embora a cana já esteja rachada, a Individualidade não a acabará de partir. Que embora o pavio já esteja apenas fumegando, ela não o apagará de todo. Não. A individualidade, em união com o Cristo Interno, aproveita as mínimas possibilidades para "salvar", para levar ao bom caminho.


E só estará satisfeita e feliz, quando a personalidade tiver feito sua escolha definitiva. ainda que, para isso, tenha que esperar múltiplas encarnações, durante muitos séculos.


Claro que, com esse modo de agir, a individualidade atrairá a si multidões de sofredores, de todas as partes. Mas, para não deixar-se envolver pela multidão, terá sempre à mão, à sua disposição, u "barquinho", um meio de fuga, onde possa refugiar-se em prece, todas as vezes que se sentir "apertado", acossado pelas arremetidas das personalidades insatisfeitas.


E, não obstante desconhecido pelos encarnados, os desencarnados, que vêem sua aura, dirão sem pejo que ali está um Filho de Deus. Mas a individualidade, pela humildade e modéstia inerentes a seu próprio adiantamento, sempre há de pedir silêncio em torno de si.


Essa a razão pela qual, os que tiveram o Encontro Real, jamais o dizem; pois os que o dizem, pensam que encontraram o Cristo Interno, mas apenas realizaram o encontro com seu próprio eu ilusório e pequenino. E os primeiros, nem mesmo permitem que o digam aqueles que o sabem. A lição também é aproveitável para as sessões mediúnicas: cuidado com os espíritos que elogiam: não são elevados, são bajuladores: façamo-los calar-se!


mt 21:43
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 9
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 21:33-46


33. "Ouvi outra parábola. Havia um homem proprietário que plantou uma vinha, circundou-a com uma palissada, cavou nela um lagar e edificou uma torre, e entregou-a a uns lavradores e saiu do país.

34. Quando chegou a época dos frutos, enviou seus servos aos lavradores para receber seus frutos.

35. E os lavradores, recebendo os servos dele, feriram um, mataram outro e apedrejaram outro.

36. De novo enviou outros servos, mais numerosos que antes; e agiram com eles do mesmo modo.

37. Por último enviu-lhes seu filho, dizendo: respeitarão meu filho.

38. Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: este é o herdeiro; vinde, matemo-lo e tomemos sua herança.

39. E segurando-o, jogaram-no fora da vinha e o mataram.

40. Quando, pois, vier o senhor da vinda, que fará àqueles lavradores?

41. Disseram-lhe: "Perderá severamente os maus e entregará a vinha a outros lavradores, que lhe darão os frutos na época própria".

42. Disse-lhes Jesus: "Nunca lestes nas Escrituras: Uma pedra que os construtores reprovaram, essa se transformou em cabeça de ângulo; ela foi transformada pelo senhor e é maravilhosa a nossos olhos?

44. (E o que cai sobre essa pedra, será contundido; sobre quem ela cair, ela o peneirará). "

43. Por isso digo-vos que será tirado de vós o reino de Deus e será dado a um povo que faz os frutos dele.

45. E ouvindo os principais sacerdotes e fariseus as parábolas dele, compreenderam que falou a respeito deles,

46. E procurando apoderar-se dele, temeram o povo, porque o considerava profeta.

MC 12:1-12


1. E começou a falar-lhes em parábolas: "Um homem plantou uma vinha, circundou-a com uma cerca e cavou um lagar e edificou uma torre e entregou-a aos lavradores e saiu do país.

2. E enviou aos lavradores, na época, um servo para que dos lavradores recebesse dos frutos da vinha.

3. E recebendo-o, espancaram e (o) devolveram vazio.

4. E de novo enviou a eles outro servo; e a este feriram a cabeça e ofenderam.

5. E enviou outro, e a este mataram; e muitos outros, e a uns espancaram, a outros mataram.

6. Ainda tinha um, um filho amado; enviou-o por último a eles, dizendo: respeitarão meu filho.

7. Aqueles lavradores, porém, disseram entre si: este é o herdeiro; vinde, matemo-lo e nossa será a herança.

8. E recebendo-o, mataramno e o lançaram fora da vinha.

9. Que fará, então, o senhor da vinha? Virá e perderá os lavradores e entregará a vinha a outros.

10. Nem lestes esta Escritura: uma pedra que os construtores recusaram, essa se transformou em cabeça de ângulo,

11. ela foi transformada pelo senhor e é maravilhosa a nossos olhos"?

12. E procuravam apoderar-se dele, e temeram o povo, pois sabiam que a respeito deles disse a parábola. E deixando-o, retiraram-se

LC 20:9-19


9. Começou, pois, a dizer ao povo esta parábola: "Um homem plantou uma vinha e entregou-a a lavradores e viajou muito tempo.

10. Na época enviou aos lavradores um servo, para que lhe dessem do fruto da vinha; mas, espancando-o, os lavradores o devolveram vazio.

11. Resolveu enviar outro servo; a este, eles, espancando e ofendendo, devolveram vazio.

12. E resolveu enviar um terceiro; ferindo também este, expulsaram.

13. Disse então o senhor da vinha: Que farei? Enviarei meu filho amado; este, provavelmente, respeitarão.

14. Os lavradores, porém, vendo-o, raciocinavam entre eles: este é o herdeiro; matemo-lo para que a herança se torne nossa.

15. E lançando-o fora da vinha, mataram. Que fará a eles o senhor da vinha?

16. Virá e perderá esses lavradores, e entregará a vinha a outros". Ouvindo, porém, disseram: Não se faça!

17. Ele, contudo, olhando-os, disse: "Que é, então, este escrito: Uma pedra que os construtores recusaram, essa transformou-se em cabeça de ângulo?

18. Todo o que cair sobre a pedra, se contundirá; sobre quem ela cair, ela o peneirará.

19. E procuravam os escribas e principais sacerdotes pôr as mãos sobre ele, na mesma hora, e temeram o povo; pois sabiam que para eles disse esta parábola.



A parábola, comum aos três sinópticos (como a do "Semeador"), inicia com uma frase de Isaias 5:1-3, em que o profeta descreve a nação israelita como uma vinha cultivada por YHWH. Esse início esclarece com clareza insofismável que a parábola se referia aos judeus. A frase de Isaías é citada, por Mateus, literalmente.


Uma vez plantada a vinha, foram providenciadas as defesas e utilidades: a palissada em volta, para defendê-la contra as inundações das chuvas hibernais; o lagar (lat. tórcular, gr. lênós, hebr. yéqêb), que consistia numa pedra com inclinação, cavando-se, em planos mais baixos, locais para onde escorria o vinho que depois fermentava; a torre servia para que os encarregados da vinha pudessem subir para vigiá-la: era a torre de vigilância.


Tudo preparado, o proprietário entregou avinha a um grupo de lavradores, para que a cuidassem, e fez longa viagem fora do país (apedêmêsen, de apodêmô).


Na época da vindima, manda buscar "sua parte nos frutos", o que significa pretender receber não em dinheiro, mas in natura.


Ocorre que todos os servos que envia são mal recebidos, espancados e até mortos. A alusão também se torna explícita: os profetas enviados por YHWH, dono da vinha (Israel) regressavam de mãos vazias, e muitos sofreram ofensas, pancadas e até a morte (cfr. Elias, Eliseu, Jeremias, Daniel, Zacarias e até o Batista).


Daí Jesus passa a falar de si: por último, manda seu filho querido, dizendo: "a este respeitarão".


Na alegoria parabólica pode admitir-se. Na vida real, porém, é comportamento inconcebível. Se o proprietário tem força para castigar os lavradores, como o fez mais tarde, por que mandar o filho sozinho, e não com uma escolta para defendê-lo?


Os lavradores, que já se supunham donos da vinha (como o clero se julga dono da igreja e os sinedritas se achavam donos de Israel), decidem matar o herdeiro, para legitimar a posse dos bens materiais.


Matam-no e jogam o cadáver fora do cercado da vinha (Marcos). Em Mateus e Lucas, o filho é morto já fora, o que pode explicar-se pelo fato de ter Jesus sofrido a crucificação "fora da porta de Jerusalém" (HB 13:12) ou então por influência do que ocorria com o "bode expiatório", ou ainda do sucedido a Naboth (1RS, 21:13), que foi levado fora da vinha e lapidado. Parece, pois, que a lição original é a de Marcos.


Esta foi a primeira vez que Jesus falou em Seu sacrifício perante o público, fora do círculo restrito de Seus discípulos.


À pergunta: "Que fará o dono da vinha aos lavradores" temos, em Mateus, a resposta dada pelos ouvintes; em Marcos e Lucas, dada pelo próprio Jesus. Agostinho (Patrol, Lat. vol, 34, col. 1142/3, "De consensu") preocupa-se com essa divergência e dá uma explicação que não satisfaz, dizendo que "sendo os discípulos membros de Jesus, as palavras deles Lhe podem ser atribuídas" (mérito vox iílorum illi tribueretur, cujus membra sunt). Ora, não vemos importância maior em que a resposta seja colocada na boca deste ou daquele, pois se trata de simples questão de estilo literário.


O teor da resposta é óbvio e lógico: o dono da vinha castigará aqueles lavradores e entregará a vinha a outros honestos.


Lucas introduz um protesto popular, com uma expressão muito comum em latim ("absit!") e em grego ("mê génoito!"), que poderíamos dar com uma expressão bastante corrente entre nós: "Deus nos livre!".


Mas a alegoria foi tão clara, que todos os fariseus e sacerdotes perceberam que se referia a eles, embora não pegassem o sentido daquele "Filho que foi assassinado", pois jamais aceitariam que esse fosse Jesus. Nunca admitiriam que um operário-carpinteiro, que não pertencia ao clero sacerdotal "escolhido", pudesse ser enviado divino, tal como hoje o Vaticano não aceitaria, em hipótese alguma, um leigo, fora de seu quadro religioso, como emissário divino. Bastaria citar uma Joana d"Arc, um Lutero, um Giordano Bruno, e a lista cresceria muito mais. O clero (basta dizer que a palavra "clero", que eles se atribuem, significa exatamente "escolhidos") é sempre idêntico em todas as religiões, em todos os climas, em todas as épocas: são os "donos" de Deus, os únicos que sabem, que podem, que mandam...


Até que a vinha passe a outras mãos. Como a vaidade humana destrói as criaturas!


* * *

Mas o Mestre não pára aí. Prossegue na lição, com um adendo que confirma Sua parábola.


Por isso indaga ironicamente se eles "nunca tinham lido" as palavras do Salmo 117:22-3. Fazendo parte do hallel, haviam sido elas oficialmente cantadas dois dias antes.


Aqui traduzimos literalmente: "uma pedra (em grego sem artigo) que os construtores recusaram, essa se transformou em cabeça de ângulo". A expressão hebraica é

"eben pinnâh; o grego a exprime de diversas formas: líthos gôniaíos ("pedra angular"), akrogôniaíos ("ponta de ângulo") ou kephalê gônías ("cabeça de ângulo", como aqui). Aparece no Antigo Testamento em Job (ob 38:6), em Isaías (Isaías 28:16) e no Salmo citado; no Novo Testamento nestes três Evangelhos e mais em Atos (Atos 4:11), na carta aos Efésios (2:20) e na primeira de Pedro 2:6-3.


Depois Jesus continua citando livremente (cfr. IS 8:14-15 e IS 28:15 e DN 2:32-35): "o que cai sobre essa pedra, será contundido; sobre quem ela cair, ela o peneirará (likmêsei, de likmáô). As traduções correntes interpretam: "esmagará", mas o verbo tem sentido preciso: "peneirar", para que o vento carregue a palha e fique, sobre a peneira, apenas o grão.


Para lhe dar sequência ao pensamento, sem interrupções, invertemos a ordem dos versículos de Mateus, colocando o 44 antes do 43, concordando a ordem do texto com os de Marcos e Lucas.


No final, em Mateus, Jesus diz taxativamente: "Por isso será tirado de vós o Reino de Deus, e será dado a um povo que faz os frutos dele". O mesmo evangelista acrescenta (sem necessidade) que os sacerdotes e fariseus compreenderam que se referia a eles. Mas se foi dito categoricamente isso mesmo!


Todos os comentaristas concordam quanto à clareza meridiana da interpretação alegórica, dada pelo próprio Mestre, de que a autoridade hierática passaria dos judeus aos cristãos, chegando Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 26, col. 158) a escrever: Locata est autem nobis vinea, et locata ea conditione, ut reddamus Domino fructum tempóribus suis, et sciamus unoquoque témpore quid opórteat nos vel loqui vel fácere, isto é: "foi-nos arrendada, pois, a vinha, e arrendada com a condição de darmos ao Senhor o fruto nas épocas próprias, e de sabermos em qualquer tempo o que tenhamos que falar e que fazer".


Essa a evidente intenção do ensino para as personagens terrenas, para os sacerdotes de todas as épocas e nações, quando se arrogam a prerrogativa de serem os únicos privilegiados, com tal prestígio diante de Deus, que o Criador tem que pedir-lhes licença e obter o nihil obstat antes de agir entre os homens!


Mas há outras lições a transparecer da parábola, com grande clareza. Vejamos, inicialmente, no âmbito restrito da criatura humana.


O dono da vinha é o Espírito que planta, cerca, prepara, aprimora um corpo físico para, por meio dele, extrair frutos para seu aprendizado e sua evolução. Uma vez tudo pronto, entrega a vinha aos cuidados da personagem, sob o comando do intelecto, e ausenta-se para longa viagem a outro país, isto é, recolhe-se a seu plano, deixando que o intelecto dirija toda a produção dos frutos por sua conta.


No entanto, nas épocas próprias, o Espírito deseja recolher a parte que lhe toca dos frutos produzidos, e para isso manda mensageiros preparados, "cobradores" das dívidas cármicas, que vão experimentar se conseguem dobrar e comover o lavrador ao qual foi confiada a vinha.


Mas, não tendo havido progresso, esses obsessores (encarnados ou desencarnados) que se lhe aproximam e lhe entram no círculo ambiental, do parentesco ou das amizades ou da aura espiritual, ainda são repelidos com rebeldia e insubordinação. Outros e mais outros vão chegando, e por vezes cresce a irritação. Por vezes, não satisfeito com o maltrato infligido aos afins encarnados ou aos estranhos que encontra, chega até o homicídio.


O senhor da vinha, o Espírito, verifica que a personagem por ele criada e o intelecto a que a confiou, não tem condição de recuperação. Não atende às lições que lhe foram ensinadas: "ama a teu próximo como a ti mesmo" (MT 19:19); "harmoniza-te com o adversário enquanto estás no caminho com ele" (MT 5:25); "perdoa setenta vezes sete" (MT 18:22); "ama teus inimigos" (MT 5:44), etc. etc.


Ainda uma tentativa será feita: o Espírito enviará seu próprio filho amado, sua própria Mente, por meio de fortes intuições, de remorsos, por vezes até de quadros mentais e vozes que surgem, para chamar o intelecto à razão.


Mas, empedernido em sua maldade, ambiciosa e crente de que poderá tornar-se eterno como o Espírito, herdando a vida (a "vinha") que, de fato, não lhe pertence, mas apenas lhe foi confiada, a personagem expulsa de si mesmo todas essas vozes incômodas e mata-as, para procurar apoderar-se da vida.


Quando vê que tudo está perdido, o Espírito resolve solucionar pessoalmente o caso. Regressa, pois, junto dessa personagem e perde-a, fazendo-a desfazer-se pela "morte", para então entregar a vinha a outros lavradores: a outro intelecto, com a esperança de conseguir, então, colher os frutos de que necessita para seu progresso.


Embora totalmente nova e original, essa interpretação parece-nos válida, e confirma amplamente a doutrina da REENCARNAÇÃO, inclusive o processo utilizado pelo Espírito para plasmação das personagens que lhe são necessárias; o afastamento que o Espírito opera para deixar que a personagem tenha liberdade de ação, de tal forma que, os que ainda não se uniram ao Espírito, têm até dificuldade em reconhecê-lo e acreditam que seu verdadeiro EU seja apenas o eu personalístico; e deixa mesmo entrever a suposição de que, se a personagem, numa vida, conseguiu produzir para o Espírito, frutos opimos e valiosos, este poderá fazê-la reencarnar de novo, uma e mais vezes, a fim de aproveitar-lhe ao máximo as qualidades já desenvolvidas anteriormente.


Tentemos, agora, uma interpretação mais ampla, nos domínios dos símbolos.


A VINHA (cfr. vol. 1) representa a "sabedoria espiritual", ou seja, a interpretação simbólica dos ensinos dados. Então, a plantação da vinha exprime os ensinamentos superiores, cuidadosa e carinhosamente ministrados por Mensageiro Divino, com todas as atenções dispensadas aos pormenores: a palissada em volta, a fim de evitar penetração das águas (interpretações puramente alegóricas) vindas de fora; o lagar, onde a usa do conhecimento deve ser pisada, para dela extrair-se o vinho da sabedoria, abandonando sob os pés o bagaço da erudição; os poços (corações) onde deve a sabedoria ser guardada para fermentar pela meditação; e a torre de vigilância, onde o discípulo possa permanecer desperto, sem dormir, nas observações de tudo o que ocorre, para não se deixar surpreender por ataques inopinos e traiçoeiros que poderiam derrubá-lo.


Uma vez tudo pronto, os discípulos são deixados sós, a fim de executar, isto é, de VIVER os ensinos que receberam. Têm tudo perfeito e pronto: resta ver se renderão os frutos que deles se esperam.


De tempos a tempos chegam Mensageiros Superiores, para arrecadar os frutos que a Escola devia ter produzido.


Mas infelizmente ocorre que as Escolas todas sofrem do mesmo mal das criaturas que as constituem: entram em decadência. "A resistência de uma corrente se mede pelo elo mais fraco". E os Mensageiros não são reconhecidos, por falta de capacidade dos discípulos...


Estamos vendo que esta interpretação coincide, em parte, com a que é emprestada à parábola, mas em nível mais amplo e mais elevado: não mais se trata de poder físico, da constituição material eclesiástica de Israel ou do cristianismo, e sim do sistema doutrinário, dos princípios sapienciais.


Realmente Israel recebeu a vinda (a sabedoria); mas a interpretação que lhe foi dada foi literal (pedra), ou no máximo alegórica (água), não conseguindo manter a simbólica (vinha).


O Cristo diz que a vinha será dada a outro povo. Todos interpretam como sendo o Cristianismo. E é.


Mas ocorre que três séculos depois da partida de Jesus (o Espírito), o verdadeiro cristianismo (arianismo) foi violenta e sanguinariamente massacrado pelo que se intitulou "catolicismo romano", e tudo voltou ao mesmo ponto anterior em que estavam os judeus: interpretação literais ou no máximo alegóricas.


A sabedoria simbólica, o ensino espiritual e profundo, desapareceram. E o catolicismo passou a agir talqualmente o judaísmo: feriu, martirizou, ofendeu e matou todos os Emissários divinos que lhe vieram para cobrar os frutos dos ensinos simbólicos. Quando qualquer desses Mensageiros Celestes encarnados na Terra tentavam abrir-lhe os olhos e relembrar-lhe os ensinamentos profundos, as fogueiras da Inquisição ("santa"!) sufocavam-lhes a voz, o fogo queimava-lhes as carnes, "para maior glória de Deus"!


De tempos a tempos, "sempre que há um enfraquecimento da Lei e um crescimento da ilegalidade por todas as partes, ENTÃO EU me manifesto. Para salvação do justo e destruição dos que fazem o mal, para o firme estabelecimento da Lei, EU volto a nascer, idade após idade" (Bhagavad Gita, 4:7-8): é o FILHO AMADO que volta à Terra, para restabelecer os ensinos simbólicos da Lei.


Por isso encontramos as encarnações sublimes de Hermes, de Krishna, de Gautama, de Pitágoras, de Jesus o Cristo e, mais recentemente, de Bahá"u"lláh e de Gandhi, todos "Filhos Amados", além de talvez outros de que não temos conhecimento.
Mas todos são perseguidos e quase sempre assassinados. Não pelo povo, mas exatamente pelo clero, pelos sacerdotes, pelas autoridades eclesiásticas, justamente por aqueles que tinham o dever de recebê-

Los, de reconhecê-Los, de acatá-Los e beber-Lhes as lições, honrando-Os como Filhos do Dono da Vinha!


Quando terá a humanidade suficiente evolução para agir certo?


* * *

Mas a segunda parte traz outros esclarecimentos.


"Uma pedra, que foi recusada pelos construtores, transformou-se em cabeça de ângulo" - ou seja, um trecho literal, que não foi compreendido e foi mal interpretado (rejeitado) pelos construtores, isto é, pelos exegetas e autoridades, esse é transformado em base para construção futura do edifício evolutiSABEDORIA DO EVANGELHO vo, como "chave mística" para o crescimento espiritual da criatura. Por exemplo: todos os textos comprobatórios da reencarnação, rejeitados pelas autoridades eclesiásticas da igreja de Roma, já se tornaram hoje pedra angular, quase a ponto de serem comprovados cientificamente... " Essa transformação é operada pelo Senhor", pelo Espírito, o senhor da vinha, e é coisa que "se torna admirável a nossos olhos".


O chocar-se contra essa pedra, que se tornou "cabeça de ângulo", isto é, o combater as interpretações simbólicas e místicas, extraídas da primitiva pedra simples, contunde, machuca, os opositores. Mas se a interpretação nova cair sobre as criaturas, essa interpretação as peneirará. Realmente, a nova interpretação tem por objetivo peneirar os discípulos, deixando que o vento carregue os imaturos, os incapazes, os de má-vontade, ficando aproveitados aqueles que estiverem aptos para entender e praticar os ensinamentos apresentados com as interpretações novas.


Aí temos, pois, uma previsão de que os próprios trechos literais, os fatos narrados, as parábolas, tudo o que ficou cristalizado na letra das Escrituras, deve ser transformado pelo Espírito em "cabeças de ângulo", com interpretações profundas, pois só assim poderão produzir frutos na época própria.


Por isso não tememos fazer essas interpretações, inteiramente novas, que vimos fazendo nesta obra.


São tentativas de transformar as pedras rejeitadas em cabeças de ângulo.


Com isso, estamos tentando a seleção dos seres que, de futuro não muito longínquo, deverão receber o Cristo de volta entre nós, quando Sua Santidade o Espírito se dignar atender aos chamados que ansiosamente todos Lhe fazemos, repetindo com o Apocalipse (Apocalipse 22:20): "Vem, Senhor Jesus"! E também estamos tentando preparar as criaturas, já amadurecidas, para receber de volta o Cristo QUE NASCERÁ NELAS MESMAS. Essas criaturas que, sequiosas de Espírito, repetem as palavras proféticas do Vidente de Patmos. "Vem, Senhor Jesus"!


mt 21:43
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 3
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 15:1-17


1. "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor.

2. Todo ramo, em mim, não dando fruto, ele o tira; e todo o que produz fruto, purifica-o para que produza mais fruto.

3. Vós já estais purificados, por meio do Logos que vos revelei.

4. Permanecei em mim e eu em vós. Como o ramo não pode produzir fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim não podeis vós, se não permaneceis em mim.

5. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada.

6. Se alguém não permanece em mim, foi lançado fora como o ramo, e seca, e esses ramos são ajuntados e jogados ao fogo e queimam.

7. Se permaneceis em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos acontecerá.

8. Nisso se transubstancia meu Pai, para que produzais muito fruto e vos torneis meus discípulos.

9. Como o Pai me amou, assim eu vos amei: permanecei em meu amor.

10. Se executais meus mandamentos, permaneceis no meu amor, assim como executei os mandamentos de meu Pai e permaneço no amor dele.

11. Isso vos disse, para que minha alegria esteja em vós e vossa alegria se plenifique.

12. Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros assim como eu vos amei.

13. Ninguém tem maior amor que este, para que alguém ponha sua alma sobre seus amigos.

14. Vós sois meus amigos se fazeis o que vos ordeno.

15. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o senhor dele; a vós, porém, chamei amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai, vos fiz conhecer.

16. Não vós me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos pus, para que vades e produzais frutos e vosso fruto permaneça, a fim de que o Pai vos dê aquilo que lhe pedirdes em meu nome.

17. Isso vos ordeno: que vos ameis uns aos outros".



Entramos com os capítulos 16 e 17, antes de apresentar os versículos 27 a 31 do capítulo 15, pois essa distribuição de matéria satisfaz à crítica interna plenamente e à sequência das palavras. Com efeito, logo após dizer: "Levantemo-nos, vamos daqui" (14:31) João prossegue: "Tendo dito isso, Jesus saiu com Seus discípulos", etc. (18:1). Não se compreenderia que, após aquela frase de fecho, ainda fossem proferidos 86 versículos.


Alguns comentadores (Maldonado, Shanz, Calmes, Knabenbauer, Tillmann) opinam que, após a despedida e a ordem de saída, ainda permaneceu o Mestre no Cenáculo, de pé, a conversar com os discípulos.


Outros (Godet, Fillion, Wescott, Sweet) julgam que todo o trecho (inclusive a prece do cap. 17?) foi proferido durante o trajeto para o monte das Oliveiras.


Um terceiro grupo (Spitta, Moffat, Bernard) propõe a seguinte ordem:
cap. 13- 1 a 31a
cap. 15- todo
cap. 16- todo
cap. 13- 31b a 38
cap. 14- 1 a 31
cap. 17- todo

Essa ordem não satisfaz, pois a prece não cabe depois da palavra de ordem da saída.


Outros há (Lepin, Durand, Lagrange, Lebretton, Huby) que sugerem que os capítulos 15 e 16 (por que não o 17?) foram acrescentados muito depois pelo evangelista.


Nem a ordem original, nem as quatro propostas, nos satisfazem. O hábito diuturno com os códices dos autores clássicos profanos revela-nos que, no primitivo códice de João, com o constante manuseio, pode ter saído de seu lugar uma folha solta, contendo 5 versículos (27 a 31), que foi colocada, por engano,

17 folhas antes, pois 17 folhas de 5 versículos perfazem exatamente 85 versículos. O engano tornou-se bem fácil, de vez que o versículo último do cap. 17, é o 26. º, assim como é o 26. º o último do cap. 14. Tendo em mãos os vers. 27 a 31, ao invés de colocar a folha no fim do cap. 17, esta foi inserida erradamente no fim do cap. 14.


"Mas - objetarão - naquela época o Novo Testamento não estava subdividido em versículos"! Lógico que nossa hipótese não é fundamentada na "numeração" dos versículos. Pois embora os unciais B (Vaticano 1209) do século 4. º e o CSI (Zacynthius) do 6. º já tenham divisões em seções, que eram denominadas
иεφάλαια ("Capítulos") maiores, com seus τίτλοι (títulos) menores; em Amônio (cerca de 220 A. D.) em sua concordância dos quatro Evangelhos os tenha dividido também em seções (chamadas ora perícopae, ora lectiones, ora cánones, ora capítula) e essas fossem bastante numerosas (Mateus tinha 355; MC 235; LC 343 e JO 232); embora Eusébio de Cesareia tenha completado o trabalho de Amônio em 340 mais ou menos (cfr. Patrol. Graeca vol. 22, col. 1277 a 1299); no entanto, a divisão atual em capítulos foi executada pela primeira vez pelo Cardeal Estêvão Langton (+ 1288) e melhorada em 1240 pelo Cardeal Hugo de Saint-Cher; mas os versículos só foram colocados, ainda na margem, pelo impressor Roberto Estienne, na edição greco-latina do Novo Testamento em 1555; e Teodoro de Beza, na edição de 1565, os introduziu no próprio texto.
Acontece, porém, que a numeração dos versículos nos ajuda a calcular o número de linhas de cada folha. E existe um testemunho insuspeito que, apesar de sozinho, nos vem apoiar a hipótese. Trata-se do papiro 66, do 29 século, possívelmente primeira cópia do manuscrito original no qual, segundo nossa hipótese, já se teria dado a colocação errada da folha já muito manuseada. Ora, ocorre que nesse papiro, atualmente na Biblioteca de Genebra, Cologny, sob a indicação P. Bodmer II, nós encontramos o Evangelho de João em dois blocos:
1. º) o que vai de JO 1:1 até 14:26;
2. º) o que vai de JO 14:27 até 21:25.

Conforme vemos, exatamente nesse ponto, entre os versículos 26 e 27 do capítulo 14, ocorre algo de anormal, a ponto de ter estabelecido dúvida na mente do copista, que resolveu assinalá-la na cópia: era a folha que devia estar no final do cap. 17 e que caíra de lá, tendo sido colocada, por engano, no final do cap. 14.


Em vista desses dados que, a nosso espírito, se afiguraram como perfeitamente possíveis, intimamente afastamos qualquer hesitação, e apresentamos a ordem modificada.


* * *

Interessante notar-se que, nestes capítulos (14 a 17) algumas palavras são insistentemente repetidas, como άγάπη (amor) quatro vezes; иαρπός (fruto) oito vezes; e µήνω (habitar ou permanecer morando) onze vezes.

No cap. 14 firma-se a ideia da fidelidade em relação aos mandamentos; no 15, salienta-se a ideia da perfeita união e da absoluta unificação da personagem com o Eu e, em consequência, com o Cristo interno; a seguir, é chamada nossa atenção para o ódio, que todo o que se uniu ao Cristo, no Sistema, receberia da parte das personagens do Antissistema.


Não se esqueça, o leitor, de comparar este trecho com o ensino sobre o "Pão Vivo", em JO 6:27-56 (cfr. vol. 3) e sobre a Transubstanciação (vol. 7).


* * *

No Antigo Testamento, a vinha é citada algumas vezes como o protótipo de Israel (cfr. IS 5:1; JR 2:21; EZ 15:1ss e 19:10ss; SL 80:8-13).


Nos Sinópticos aparece a vinha em parábolas (cfr. MT 20:1-16 e MT 21:33-46) e também temos o vinho na ceia de ação de graças (cfr. MT 26:29; MC 14:21 e LC 22:18).


Nos comentários desses trechos salientamos que o vinho simboliza a Sabedoria; e ainda no vol. 6 e no 7 mostramos que Noé, inebriado de Sabedoria, alcançou o conhecimento total e desnudou-se de tudo o que era externo, terreno ou não, de tal forma que sua sabedoria ficou patente aos olhos de todos. Não tendo capacidade, por involução (por ser o mais moço, isto é, o menos evoluído) de compreende-lo, seu filho Cam riu do pai, julgando-o bêbado e louco. Mas os outros dois, mais velhos (ou seja, mais evoluídos, porque espíritos mais antigos em sua individuação), Sem e Jafet, encobriram com o véu do ocultismo a sabedoria do pai, reservando-a aos olhos do vulgo. E eles mesmos, não tendo capacidade para alcançá-la, caminharam de costas, para nem sequer eles mesmos a descobrirem. Daí dizer o pai, que Cam seria inferior aos dois, e teria que sujeitar-se a eles.


Aqui é-nos apresentada, para estudo e meditação, a videira verdadeira (he ámpelos he alêthinê), ou seja, a única digna desse nome, porque é a única que vem representar o símbolo em toda a sua plenitude.


A videira expande-se em numerosos ramos e o agricultor está sempre atento aos brotos que surgem, aos ramos e racemos, aos que começam a secar, aos que não trazem "olhos" promissores de cacho. Os inúteis são cortados, para não absorverem a seiva que faria falta aos outros, e os portadores de frutos, ele os limpa, poda e ajeita, para que o fruto surja mais gordo e mais doce e sumulento.


Depois desse preâmbulo parabolístico, vem o Mestre à aplicação: "vós já estais purificados por meio do Logos que vos revelei", muito mais forte no original, que nas traduções vulgares: "pela palavra que vos falei".


A união nossa com o Cristo, em vista da comparação, demonstra que três condições são exigidas, segundo nos diz Bossuet ("Méditations sur L’Évangile", 2. ª parte, 1. º dia):
a) "que sejamos da mesma natureza, como os ramos o são da vinha;
b) que sejamos um só corpo com Ele; e
c) que Ele nos alimente com Sua seiva".

Esse ensino assemelha-se à figura do "Corpo místico" de que nos fala Paulo (1CO 12:12,27; CL 1:18 e EF 4:15).


No vers. 16, as duas orações finais estão ligadas entre si e dependem uma da outra: "a fim de que vades
... para que o Pai vos dê" (ϊνα ύµείς ύπάγητε ... ϊνα ό τι άν αίτητε ... δώ ύµϊ

ν).


A lição sobre o Eu profundo foi de molde a esclarecer plenamente os discípulos ali presentes e os que viessem após e tivessem a capacidade evolutiva bastante, para penetrar o ensino oculto pelo véu da letra morta. Aqui, pois, é dado um passo à frente: não bastará o conhecimento do Eu: é absolutamente indispensável que esse Eu permaneça em união total com o Cristo interno, sem o Qual nada se conseguirá na vida do Espírito, na VIDA IMANENTE (zôê aiónios).


Magnífica e insuperável a comparação escolhida, para exemplificar o que era e como devia realizarse essa união.


Já desde o início, ao invés de ser trazida à balha qualquer outra árvore, foi apresentada como modelo a videira, produtora da uva (Escola de Elêusis), matéria-prima do vinho, símbolo da sabedoria espiritual profunda que leva ao êxtase da contemplação: já aí tem os discípulos a força do simbolismo que leva à meditação.


Mas um ponto é salientado de início: se o Cristo é a Lideira, o Pai é o viticultor, ao passo que o ramo que aí surge é o Eu profundo de cada um. Então, já aqui não mais se dirige o Cristo às personagens: uma vez explicada a existência e a essência do Eu profundo, a este se dirige nosso único Mestre e Senhor.


E aqui temos a base da confirmação de toda a teoria que estamos expondo nestes volumes, desde o início: o PAI, Criador e sustentador, o CRISTO, resultado da criação do Pai ou Verbo, e o EU PROFUNDO, individuação da Centelha Crística, como o ramo o é da videira.


Da mesma forma, pois, que o ramo aparentemente se exterioriza do tronco, mas com ele continua constituindo um todo único e indivisível (se se destacar, seca e morre), assim o Eu profundo se individua, mas tem que permanecer ligado ao Cristo, para não cair no aniquilamento. A vida dos ramos é a mesma vida que circula no tronco; assim a vida do Eu profundo é a mesma vida do Cristo.


O ramo nasce do tronco, como o Eu profundo se constitui a partir da individuação de uma centelha do Cristo, que Dele não se destaca, não se desliga: a força cristônica que vivifica o Cristo, é a mesma que dá vida ao Eu: é o SOM ou Verbo divino (o viticultor) que tudo faz nascer e que tudo sustenta com Sua nota vibratória inaudível aos ouvidos humanos.


Se houver desligamento, a seiva não chega ao ramo, e este se tornará infrutífero. Assim o Eu profundo, destacado do Cristo, se torna improdutivo e é cortado e lançado ao fogo purificador, para que sejam queimados seus resíduos pelo sofrimento cármico e regenerador.


No entanto, quando e enquanto permanecer ligado ao Cristo, ipso facto se purifica, já não mais pelo fogo da dor, mas pelas chamas do amor. E uma vez que é vivificado pela fecundidade do amor, muito mais fruto produzirá. Essa purificação é feita "por meio do Logos que cos revelei", ou seja, pela intensidade altíssima do SOM (palavra). Hoje, com o progresso científico atingido pela humanidade, compreende-se a afirmativa. Já obtemos resultados maravilhosos por meio da produção do ultrassom, a vibrar acima da gama perceptível pela audição humana; se isso é conseguido pelo homem imperfeito ainda, com seus instrumentos eletrônicos primitivos, que força incalculável não terá o Logos divino, o Som incriado, para anular todas as vibrações baixas das frequências mais lentas da gama humana! E, ao lado de Jesus, veículo sublime em Quem estava patente e visivelmente manifestado o Cristo, a frequência vibratória devia ser elevadíssima; e para medi-la, nenhuma escala de milimicra seria suficiente! Se o corpo de Jesus não estivera preparado cuidadosamente, até sua contraparte dos veículos físicos materiais poderia ter sido destruída.


O Cristo Cósmico, ali presente e falando, podia afirmar tranquilamente, pela boca de Jesus: "EU sou a videira, vós os ramos". Compreendamos bem: não se tratava de Jesus e dos discípulos, mas do CRISTO: o Cristo é a videira e cada "Eu profundo", de cada um de nós, é um ramo do Cristo único e indivisível que está em todos e em tudo. Então, o "vós", aqui, é genérico, para toda a humanidade.


Cada um de nós, cada Eu profundo, é um ramo nascido e proveniente do Cristo e a Ele tem que permanecer unido, preso, ligado, para que possa produzir fruto.


Realmente, qualquer ramo que venha a ser destacado do tronco, murcha, estiola, seca e morre, perecendo com ele todos os brotos e frutos a ele apensos. Assim, a personagem que por seu intelectualismo vaidoso e recalcitrante se desliga do Cristo interno, prendendo-se às exterioridades, nada mais proveitoso produzirá para o Espírito: é o caso já citado (vol. 4) quando a individualidade abandona a personagem que se torna "animalizada" e "sem espírito", ou seja, destacada do Cristo.

E didaticamente repete o Cristo a afirmativa, para que se fixe na mente profunda: "Eu sou a videira vós os ramos". E insiste na necessidade da união: "Quem permanece em mim e eu nele, produz muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada". Verificamos que, sem a menor dúvida, não há melhor alegoria para ensinar-nos a fecundidade vitalizante da Divindade em nós.


A vida, que a humanidade vive em seu ramerrão diário, na conquista do pão para sustentar o corpo, das comodidades para confortar o duplo, dos prazeres para saciar as emoções, do estudo para enriquecer o intelecto, leva o homem a permanecer voltado para fora de si mesmo, à cata de complementos externos que preencham seu vazio interno. Encontra mil coisas em seu redor, que o desviam do roteiro certo e o fazem esquecido e despercebido do Eu profundo que, no entanto, é o único "caminho da Verdade e da Vida". Com esse tipo de existência, nada podemos conseguir para o Espírito, embora possa haver progresso material. Em outros termos: desligados do Cristo, podemos prosperar no Anti-

Sistema, mas não no Sistema; podemos ir longe para fora, mas não daremos um passo para dentro; fácil será exteriorizar-nos, mas não nos interiorizamos: nenhum ato evolutivo poderá ser feito por nós, se não estivermos unidos ao Cristo.


Daí tanto esforço e tantas obras realizadas pelas igrejas "cristãs", durante tantos séculos, não terem produzido uma espiritualização de massas no seio do povo; ao invés, com o aprimoramento intelectual e o avanço cultural, a população da Terra filiada a elas, vem dando cada vez menos importância aos problemas do Espírito (excetuando-se, evidentemente, casos esporádicos e honrosos) e ampliando sua ambição pelos bens terrenos.


Ao contrário, ligando-nos ao Cristo, unidos e unificados com Ele, frutos opimos colhe o Espírito em sua evolução própria e na ajuda à evolução da humanidade. Aos que se desligam, sucede como aos ramos: secam e são ajuntados e lançados ao fogo das reencarnações dolorosas e corretivas.


Outro resultado positivo é revelado aos que permanecem no Cristo, ao mesmo tempo em que Suas palavras (ou seja, Suas vibrações sonoras) permanecem na criatura: tudo o que se quiser pedir, acontecerá. Não há limitações de qualquer espécie. E explica-se: permanecendo na criatura a vibração sonora criadora do Logos, tudo poderá ser criado e produzido por essa criatura, até aquelas coisas que parecem impossíveis e milagrosas aos olhos dos homens comuns. Daí a grande força atuante daqueles que atingiram esse degrau sublime no cimo da escalada evolutiva humana, com total domínio sobre a natureza, quer material, quer astral, quer mental. Em todos os reinos manifesta-se o poder dessa criatura unificada com o Cristo, pois nela se expressa a vibração sonora do Verbo ou SOM criador em toda a Sua plenitude.


E chegamos a uma revelação estupefaciente: "Nisso se transubstancia meu Pai, para que produzais muito fruto e vos torneis meus discípulos". Então, não é apenas a vibração sonora em toda a Sua plenitude: é a própria essência do Logos Divino que se transubstancia na criatura! Daí a afirmativa: "Eu e o Pai somos UM". Já não é apenas o Cristo, mas o próprio Pai ou Verbo, que passa a constituir a substância íntima e profunda da criatura, com o fito de multiplicar os frutos espirituais, de tal forma que a criatura se torna, de fato, um discípulo digno do único Mestre, o Cristo (cfr. MT 23:8-10) e não apenas um aluno repetidor mecânico de Seus ensinos (cfr. Vol. 4).


Coisa muito séria é conseguir alguém atingir o grau de "discípulo" do Cristo, e muito rara na humanidade.


Embora para isso não seja mister que se esteja filiado a qualquer das igrejas cristãs, muito ao contrário. Gandhi, o Mahatma, constitui magnífico exemplo de discípulo integral do Cristo, em pleno século vinte. E poucos mais. Pouquíssimos. Efetivamente raríssimos os que negam a si mesmos, tomam sua cruz e palmilham a mesma estrada, colocando seus pés nas pegadas que o Cristo, através de Avatares como Jesus, deixam marcadas no solo do planeta, como reais seguidores-imitadores, que refletem, em sua vida, a vida crística; verdadeiros Manifestantes divinos, discípulos do Cristo, nas quais o Pai se transubstancia, unificando-se com eles pelo amor divino e total.


O amor desce a escala vibracional até englobar em Si a criatura, absorvendo-a integralmente, em Si mesmo, tal como o SOM absorve o Cristo, e o Cristo nos absorve a nós. A nós bastará permanecer ligados, unidos, sintonizados, unificados com o Cristo, mergulhados nele (cfr. RM 6:3 e GL 3:27), como peixes no oceano. Permanecer no Cristo, morar no Cristo, como o Cristo mora em nós, e exe cutar, em todos os atos de nossa vida, externa e interna, em atos, palavras e nos pensamentos mais ocultos, todas as Suas ordens Suas diretrizes, Seus conselhos. Assim faz Ele em relação ao Pai, e por isso permanece absorvido pelo Amor do Pai; assim temos nós que fazer, permanecendo absorvidos pelo Amor do Cristo, vivendo Nele como Ele vive no Pai, sintonizados no mesmo tom.


Esse ensino - diz-nos o próprio Cristo - nos é dado "para que Sua alegria esteja em nós". Observemos que o Cristo deseja alegria e não rostos soturnos, com que muitos pintam a piedade. Devoto parece ser, para muitos, sinônimo de luto e velório. Mas o Cristo ambiciona que Sua alegria, que a alegria crística, esteja EM NÓS, dentro de nós, em vibração magnífica de euforia e expansionismo do Espírito.


Alegria esfuziante e aberta, alegria tão bem definida e descrita na Nona Sinfonia de Beethoven.


Nada de tristezas e choros, pois o Cristo é alegria e quer que "nossa alegria se plenifique": alegria plena, sem peias, sem entraves, luminosa, sem sombras: esfuziante, sem traves: vibrante, sem distorções; constante, sem interrupções; acima das dores morais e físicas, superiores às injunções deficitárias e às incompreenções humanas, às perseguições e às calúnias. Alegria plena, total, integral, ilimitada, que só é conseguida no serviço incondicional e plenamente desinteressado, através do amor.


E chega a ordem final, taxativa, imperiosa, categórica, dada às individualidade, substituindo, só por si, os dez mandamentos que Moisés deu às personagens. Basta essa ordem, basta esse mandamento, para que todas as dez sejam dispensados, pois é suficiente o amor para cobrir a multidão dos erros que as personagens são tentadas a praticar.


Quem ama, não furta, não desobedece, não abandona seus pais, não cobiça bens alheios, não tira nada de ninguém: simplesmente AMA. Esse amor é doação integral, sem qualquer exigência de retribuição.


O modelo é dado em Jesus, o Manifestante crístico: amai-vos "tal como vos amei". E o exemplo explica qual é esse amor: por sua alma sobre seus amigos. Já fora dita essa frase: "Eu sou o bom pastor... o bom pastor põe sua alma sobre suas orelhas" (JO 10:11). Já falamos a respeito do sentido real da expressão, que é belíssima e profunda: dedicação total ao serviço com disposição até mesmo para dar sua vida pelos outros (cfr. 2CO 4:14, 15; 1JO, 3:16 e 1PE 2:21).


A afirmação "vós sois meus amigos" é subordinada à condição: "se fazeis o que vos ordeno". Entendese, portanto, que a recíproca é verdadeira: se não fizerdes o que vos ordeno, não sereis meus amigos.


E que ordena o Cristo? Na realidade, uma só coisa: "que vos ameis uns aos outros". Então, amor-doação, amor-sacrifício, amor através do serviço. E explica por que os categoriza como amigos: "o servo não sabe o que faz o senhor dele, mas vós sabeis tudo o que ouvi do Pai". Realmente, a amizade é um passo além, do amor, já que o amor só é REAL, quando está confundido com a amizade.


Como se explica a frase: "tudo o que ouvi de meu Pai vos dei a conhecer", diante da afirmativa posterior: "muito tenho que vos dizer, que não podeis compreender agora" (JO 16:12)? Parece-nos que se trata de um sentido lógico: tudo o que ouvi de meu Pai para revelar-vos, eu vos fiz conhecer; mas há muita coisa ainda que não compreendeis, pois só tereis alcance compreensivo mais tarde, após mais alguns séculos ou milênios de evolução. Não adianta querer explicar cálculo integral a um aluno do primário, ao qual, entretanto, se diz tudo o que se tem que dizer sem enganá-lo, mas não se pode "avançar o sinal". A seu tempo, quando o Espírito verdadeiro, o Eu profundo, estiver amadurecido pela unificação com o Cristo, então será possível perceber a totalidade complexa e profunda do ensino.


A anotação da escolha é taxativa e esclarecedora: "não vós me escolhestes, mas eu vos escolhi". Não é o discípulo que escolhe o Mestre, mas este que o escolhe, quando vê que está apto a ouvir suas lições e a praticar seus ensinos. Muita gente, ainda hoje, pretende escolher seu Mestre: um quer seguir Ramakrishna, outro Râmana Maharshi, outro Yogananda, outro Rudolf Steiner, outro Max Heindel.


Livres de fazê-lo. Mas será que esses Espíritos os aceitam como discípulos? Será que estes estão à altura de compreender seus ensinamentos e imitar suas vidas, seguindo-os passo a passo na senda evolutiva? O Mestre nos escolhe de acordo com nossa tônica vibratória, com o Raio a que pertencemos, aceitando-nos ou rejeitando-nos segundo nossa capacidade, analisada por meio de sua faculdade perceptiva.


Essa é uma das razões da perturbação de muitos espiritualistas, que peregrinam de centro em centro, de fraternidade em fraternidade, perlustrando as bancas de muitas "ordens" e não se fixando em nenhuma: pretendem eles escolher seu Mestre, de acordo com seu gosto personalístico, e só conseguem perturbar-se cada vez mais.


Como fazer, para saber se algum Mestre nos escolheu como discípulos? e para saber qual foi esse Mestre? O caminho é bastante fácil e seguro: dedique-se a criatura ao trabalho e ao serviço ao próximo durante todos os minutos de sua vida, e não se preocupe. Quando estiver "maduro", chegará a mão do Mestre carinhosa e o acolherá em seu grupo: será então o escolhido. O mais interessante é que a criatura só terá consciência disso muito mais tarde, anos depois. E então verificará que todo o trabalho anteriormente executado, e que ele acreditava ter sido feito por sua própria conta, já fora inspiração de seu Mestre, que o preparava para recebê-lo como discípulo. Naturalidade sem pretensões, trabalho sincero sem esperar retribuições, serviço desinteressado e intenso, mesmo naqueles setores que a humanidade reputa humildes são requisitos que revelarão o adiantamento espiritual da criatura.


A esses "amigos escolhidos", o Mestre envia ao mundo, para que produzam frutos, e frutos permanentes que não apodrecem. Frutos de teor elevado, de tal forma que o Pai possa dar-lhes tudo o que eles pedirem em nome de Cristo.


Tudo se encontra solidamente amarrado ao amor manifestado através do serviço e ao serviço realizado por amor.


E para fixação na memória do Espírito, e para que não houvesse distorções de seu novo mandamento, a ordem é repisada categoricamente: "Isso VOS ORDENO: que vos ameis uns aos outros"! Nada de perseguições entre os fiéis das diversas seitas cristãs, nada de brigas nem de emulações, nem ciúmes nem invejas, nem guerras-santas nem condenações verbais: AMOR!
Amai-vos uns aos outros, se quereis ser discípulos do Cristo!
Amai-vos uns aos outros, católicos e evangélicos!
Amai-vos uns aos outros, espíritas e evangélicos!
Amai-vos uns aos outros, católicos e espíritas!
Amai-vos uns aos outros, hindus e budistas!
Amai-vos uns aos outros, espíritas e umbandistas!
Amai-vos uns aos outros, teósofos e rosacruzes!
Amai-vos uns aos outros, é ORDEM de nosso Mestre!
Amai-vos uns aos outros!

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46
B. A CONTROVÉRSIA, Mt 21:1-23.39

1. A Entrada Triunfal (Mt 21:1-11)

Esse evento marcou o início da Semana da Paixão.' Sua importância pode ser vista no fato de ter sido registrado nos quatro Evangelhos (cf. Mac 11:1-10; Lc 19:29-38; Jo 12:12-19). Até então, João tinha pouco material em comum com os Sinóticos, exceto na passagem em que o Senhor alimentou as cinco mil pessoas. Mas os quatro Evangelhos registram os eventos da Semana da Paixão com muito mais detalhes do que qualquer outro período da vida de Cristo.

A Entrada Triunfal aconteceu em um domingo. Depois de curar os dois cegos em Jericó (Mt 20:29-34), Jesus e os seus discípulos, acompanhados pelos peregrinos da Galiléia a caminho da festa da Páscoa, haviam caminhado pela estrada de Jericó em direção a Jerusalém. Isso aconteceu em uma sexta-feira.

Desde o pôr-do-sol da sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado (o sábado judaico) Jesus e os seus discípulos descansaram, talvez na casa de Marta e Maria em Betânia.
No domingo, eles foram para Jerusalém e, no caminho, evidentemente pararam em Betfagé. Essa vila não é mencionada no Antigo Testamento, mas somente em conexão com a Entrada Triunfal no Novo Testamento. O Talmude fala sobre ela como estando próxima a Jerusalém. Dalman diz, com base na literatura rabínica: "Este deve ter sido um distrito situado fora de Jerusalém (um subúrbio, mas não uma unidade independen-te), que começava na fronteira do santuário, isto é, antes do muro oriental de Jerusa-lém".' Isso pode sugerir um território que incluía o vale de Cedrom e a encosta ocidental do monte das Oliveiras.
Jesus enviou dois discípulos — teriam sido Pedro e João? (cf. Mac 14.13 com Lc 22:8) — com as instruções: Ide à aldeia que está defronte de vós, onde encontrariam uma jumenta presa e um jumentinho com ela (2) que deveriam ser levados ao Mestre. Se alguém protestasse, eles deveriam dizer: o Senhor precisa deles (3). É interessante notar que somente aqui e em uma passagem semelhante em Marcos 11:3 Jesus é chama-do de Senhor nos dois primeiros Evangelhos. Lucas, entretanto, emprega esse nome dezesseis vezes.

Como de costume, Mateus cita o cumprimento de uma profecia nesse evento da vida de Cristo. A citação corresponde a Zacarias 9:9 (cf. também Is 62:11) onde está previsto que o Rei-Messias viria humildemente, montado em um jumento (5). Este ato de Jesus mostrou que Ele estava se apresentando oficialmente à nação judaica como o Messias. Josefo registra a crença popular de que o Messias iria aparecer no Monte das Oliveiras.'

Os discípulos cumpriram a sua missão (6). Aparentemente, a procissão triunfal co-meçou perto do Monte das Oliveiras. Os discípulos colocaram as suas roupas sobre o jumento, em lugar da sela, para que o Mestre se sentasse.'

E muitíssima gente — "a maior parte da multidão" (Weymouth, Williams, Goodspeed, RSV) — estendia as suas vestes pelo caminho (8). Isso mostra o entusiasmo quase tumultuoso desses peregrinos da Galiléia, que tinham visto muitos milagres rea-lizados por Jesus. Agora, eles o aclamaram como o seu Messias (9). A linguagem usada aqui — Filho de Davi — é claramente messiânica.' Hosana significa "Salve" ou "Salve, nós pedimos". Aqui ela é provavelmente o mesmo que "Deus salve o Rei!" Hosana é a palavra de abertura do Salmo 118:25: "Um versículo que era cantado nas solenes procis-sões em volta do altar na Festa dos Tabernáculos, e também em outras ocasiões"."

Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou (10). Todos per-guntavam: Quem é este? A resposta da multidão foi: Este é Jesus, o Profeta de Nazaré da Galiléia (11).

Um sermão para o Domingo de Ramos intitulado "A Entrada Triunfal de Jesus" poderia ter o seguinte enfoque:

1) A preparação, 1-5;

2) A procissão, 6-8;

3) O louvor, 9.

2. A Purificação do Templo (21:12-13)

Esse episódio é contado por Mateus imediatamente após a Entrada Triunfal, como se tivesse acontecido no mesmo dia. Marcos 11:15-19 informa os detalhes, observando que a purificação aconteceu em uma segunda-feira. Esse é outro exemplo do hábito de Mateus descrever duas narrativas em conjunto, colocando-se na posição de um observa-dor. Nesse caso, Lucas acompanhou Mateus (Lc 19:45-48).

João registra uma purificação do Templo (Jo 2:13-17) em uma ocasião próxima ao início do ministério de Cristo. Os três Sinóticos (cf. Mac 11:15-19; Lc 19:45-48) descrevem um evento semelhante no início da Semana da Paixão. A maioria dos estudiosos entende que não houve duas purificações. Porém, Alfred Plummer diz: "Não há nada de incrível em duas purificações"." E Salmon escreve: "Estamos à vontade para aceitar o relato de João de que o nosso Senhor fez seu protesto contra a profanação do Templo em uma visita anterior àquela Casa Sagrada, e podemos acreditar que depois de uma ausência de um ano ou mais, ao retornar com um grupo de discípulos da Galiléia, Ele fizesse cumprir as suas exigências com ainda mais rigor".51

A purificação do Templo é descrita de forma vívida. Jesus expulsou todos os que vendiam e compravam no templo (12) — hieron, a "Área do Templo", compreendia cerca de vinte e cinco acres. No Pátio dos Gentios havia um mercado onde ovelhas e bois eram vendidos para os sacrifícios (cf. Jo 2:14). Como a Lei especificava que esses animais deveriam ser "sem mácula" (Êx 12:5) era mais seguro comprá-los no mercado do Templo que era dirigido por parentes do sumo sacerdote. Tudo que fosse comprado ali seria apro-vado. Da mesma forma, seria inconveniente para os peregrinos da Galiléia trazer ani-mais em uma viagem tão longa. Aqueles que eram demasiadamente pobres para ofere-cer uma ovelha tinham permissão de substituí-la por uma pomba (Lv 12:8). Todo o dia era realizada uma animada venda desses animais.

Os cambistas também colhiam seus frutos. Todo judeu adulto tinha que pagar uma taxa anual de meio siclo ao Templo (cf. Mt 17:24). Mas esse pagamento deveria ser feito com a moeda fenícia. Como o dinheiro que os judeus usavam habitualmente era grego ou romano, isso queria dizer que a maioria das pessoas precisava trocar o seu dinheiro. Os sacerdotes tinham permissão de cobrar algo em torno de 15 por cento para fazer essa troca. Edersheim acredita que somente essa taxa poderia alcançar uma soma entre 40.000 a 45.000 dólares por ano,' isto é, uma renda exorbitante naquela época.

Jesus lembrou aos transgressores o que estava escrito nas Escrituras (13) : A minha casa será chamada casa de oração (uma citação de Isaías 56:7). Mas vós a tendes convertido em covil de ladrões (citação de Jeremias 7:11) O texto grego diz "uma ca-verna de salteadores". Essa frase devia ser muito familiar aos judeus do primeiro século.

A condenação feita por Cristo aos comerciantes do mercado do Templo, chamando-os de "ladrões" ou "salteadores" encontra sólido suporte nos escritos rabínicos. Eles falam de "Bazares dos filhos de Anás" — o antigo sumo sacerdote que foi sucedido por cinco dos seus filhos, e cujo genro, Caifás, era o sumo sacerdote nessa época. Edersheim chama atenção para a declaração de que "o Sinédrio, quarenta anos antes da destruição de Jerusalém [isto é, no ano 30 d.C., o ano da Crucificação], transferiu seu local de reunião do Pátio das Pedras Lavradas (no lado sul do Pátio dos Sacerdotes) para os Bazares e, em seguida, para a Cidade"."

Pouco tempo depois, a "indignação popular, três anos antes da destruição de Jerusa-lém, destruiu os Bazares da família de Anás"." A gravidade da situação está refletida nessa declaração: "O Talmude também registra a maldição que um renomado rabino de Jerusalém (Abba Shaul) pronunciou sobre as famílias dos sumo sacerdotes (inclusive a de Anás) que eram 'eles mesmos os sumo sacerdotes, seus filhos os tesoureiros, seus genros tesoureiros auxiliares, enquanto os seus servos batiam no povo com varas".'

A purificação do Templo foi o segundo ato messiânico de Jesus na Semana da Pai-xão. Ela representava uma seqüência apropriada à sua recepção como o "Filho de Davi" na Entrada Triunfal, e era o cumprimento da profecia expressa em Malaquias 3:1-3.

Uma leitura cuidadosa dos quatro relatos sobre a purificação do Templo não dará qualquer suporte à idéia de que Jesus usou de violência física contra as pessoas, ou roubou-as de suas posses. Ele simplesmente fez com que os homens — com seus pertences — se retirassem da área sagrada.

  • O Louvor das Crianças (Mt 21:14-17)
  • Essa seção só é encontrada em Mateus. Depois que Jesus mandou os vis transgressores para fora do Templo, foram ter com ele ao templo cegos e coxos, e curou-os (14). Isso era algo completamente diferente das discussões entre comprado-res e vendedores, pois revelava a profunda preocupação de Deus com o sofrimento dos homens.

    Entretanto, essa mudança não agradou aos principais dos sacerdotes (15). Esse termo incluía, provavelmente, o sumo sacerdote, os antigos sumo sacerdotes, os mem-bros do sexo masculino de suas famílias e talvez os chefes dos vinte e quatro turnos sacerdotais. Quando estes (saduceus) e os escribas (fariseus) ouviram as crianças excla-mar: Hosana ao Filho de Davi, eles se indignaram. Essa é exatamente a mesma palavra que foi traduzida como "ficaram tomados de indignação" ou simplesmente "in-dignaram-se" em Mt 20:24. Em resposta à petulante reclamação deles: Ouves o que estes dizem? (16), Jesus citou uma parte do Salmo 8:2 da Septuaginta (8.3). Quando os líde-res religiosos se recusarem a louvá-lo, as crianças preencheram a lacuna.

    Esta é a primeira passagem nos Evangelhos Sinóticos onde os saduceus são men-cionados fazendo oposição direta a Jesus. Até esse ponto os fariseus eram aqueles com quem Ele havia entrado em conflito. Mas quando Jesus purificou o Templo, Ele atingiu não só o prestígio, como também o bolso dos sacerdotes e, por esta razão, eles nunca o perdoaram. Foram eles que dirigiram o ataque final contra Jesus (cf. 27.1, 12; Mc 14:55-15.10). E. F. Scott diz: "Ele os havia desafiado abertamente, e agora precisavam considerar que medidas haviam de ser tomadas para que o levassem à morte o mais rápido possível"."

    A atitude ciumenta e crítica dos fariseus e saduceus, bem na casa de Deus, sem dúvida entristeceu o Mestre. Ele os deixou (17) e foi para Betânia (a cerca de três quilômetros de distância, veja o mapa) onde passou a noite. Lá, provavelmente na casa de Marta, Maria e Lázaro — Ele encontrou amor e compreensão. Aquela família era um verdadeiro porto para a sua alma tão perturbada naqueles dias cruciais.

  • A Maldição da Figueira (Mt 21:18-22)
  • Esse episódio está registrado em Mateus e Marcos 11:12-14, 20-25). Como indicam essas duas referências, Marcos separa essa história em duas partes: a maldição da fi-gueira na manhã da segunda-feira, e seu definhamento na manhã da terça-feira. Nova-mente, Mateus reúne os dois episódios em uma única narrativa, sem nenhum intervalo cronológico.

    Aconteceu de manhã (18), quando Jesus estava retornando a Jerusalém vindo de Betânia. Sentindo fome — não sabemos porque nada havia comido naquela manhã — Ele viu uma figueira perto do caminho (19) — literalmente "no caminho". Quando se aproximou da árvore, encontrou apenas folhas. Geralmente, os figos estão escondidos sob as folhas, mas não havia nenhuma fruta. Então Jesus amaldiçoou a árvore como sinal do desgosto de Deus perante a hipocrisia.

    Mateus diz: E a figueira secou imediatamente. A palavra grega é bastante forte. Imediatamente neste texto é parachrema, que significa "naquele momento, em segui-da, instantaneamente"." Os discípulos perceberam a mudança na aparência da árvore e exclamaram: Como secou imediatamente a figueira? (20).

    Como isso pode se harmonizar com a clara indicação de Marcos, de que somente vinte e quatro horas mais tarde os discípulos observaram a morte da figueira? Já nota-mos o hábito de Mateus juntar os eventos. Mas ao empregar a palavra "imediatamente" ele introduziu uma questão real. A melhor solução seria considerar secou (19-20) como uma introdução de tempo indeterminado, isto é, "começou a murchar". Apenas um dia depois de Jesus ter pronunciado a maldição da árvore, os discípulos se surpreenderam ao ver que ela havia secado, e podem ter usado a palavra "imediatamente" para descre-ver essa rápida mudança.

    Alguns criticam Jesus por ter destruído a árvore, mas devemos entender que não se tratava de uma propriedade particular, ela estava "no caminho" Além disso, Trench faz uma saudável observação: "O homem é o príncipe da criação e todas as coisas existem para servi-lo; elas preenchem sua subordinação quando o servem – na vida ou na morte – produzindo-lhe frutos, ou advertindo através de uma forma figurada qual seria a mal-dição e o castigo pela infertilidade"." Ele acrescenta: "Cristo não atribuiu uma responsa-bilidade moral à árvore quando a castigou por causa de sua infertilidade, mas Ele real-mente lhe atribuiu a capacidade de representar qualidades morais"." Certamente valia a pena a perda de uma única árvore, que não pertencia a ninguém em particular, a fim de ensinar aos discípulos uma lição que impactaria milhões de pessoas.

    Qual era essa lição? Na verdade havia duas. A primeira era uma vívida advertência contra a hipocrisia – ter as folhas de uma falsa profissão de fé, mas nenhum fruto da graça de Deus. Uma aplicação específica dessa lição era a nação de Israel, cujo povo professava ser filho de Deus, mas que negava essa condição através de sua conduta pecaminosa (cf. Jo 8:33-47).

    A segunda lição está descrita nos versículos 21:22. Jesus declarou solenemente: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes podereis fazer não só o que acabei de fazer como também coisas muito maiores.' Depois, Ele deu uma das mais notáveis promessas da Bíblia relacionada à oração: E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis (22). Essa expressão pode parecer a concessão de uma autoridade incondicional; uma carta branca. Mas existe uma importante condição – crendo. Nin-guém pode realmente acreditar em alguma coisa que seja contra a vontade de Deus. Morison entendeu o sentido dessa passagem, quando escreveu: "O que você realmente desejar – se o seu desejo se fundiu ao desejo de Cristo e de seu Pai – você receberá desde que apresente esse desejo diante do trono da graça".'

    5. Controvérsias com os Líderes Judeus (Mt 21:23-22.
    46)

    a) Com que Autoridade? (Mt 21:23-27). Este episódio foi registrado nos três Evangelhos Sinóticos (cf. Mac 11:27-33; Lc 20:1-8). Quando Jesus chegou ao templo na manhã de terça-feira, Ele foi imediatamente desafiado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo (23). Esse último termo parece ser uma designação generalizada dos membros do Grande Sinédrio de Jerusalém. Eles perguntaram: Com que autoridade fazes isso? E quem te deu tal autoridade? Com a palavra isso eles se referiam à purificação do Templo no dia anterior. Tendo sido tomados de surpresa por ocasião da purificação do Templo, os líderes judeus não haviam recuperado totalmente seu entendi-mento naquele momento. Mas durante a noite haviam evidentemente decidido desafiar o direito de Cristo de fazer o que fez. Portanto, perguntaram: "Quem lhe deu autoridade para perturbar o regime estabelecido no Templo?"

    Muito sabiamente, Cristo respondeu dizendo que, por sua vez, ia lhes fazer uma pergunta. Se respondessem à sua questão, Ele responderia àquela que lhe fizeram

    Sua pergunta os atingiu como a explosão de uma bomba: O batismo de João donde,era? Do céu ou dos homens? (25) O raciocínio daqueles homens não demons-trava nenhuma preocupação ética. Não era uma questão de saber o que estava certo, mas o que era apropriado. Não disseram: "Qual é a verdade?". Mas, "Como esta respos-ta nos afetará?". Os interlocutores se encontraram no meio de um dilema do qual não havia como escapar. Eles não iriam dizer que vinha do céu e também não podiam, com medo do povo, dizer que vinha dos homens. Portanto, mentiram deliberadamente ao responderem: Não sabemos (27). Com toda razão, Jesus se negou a responder a per-gunta deles. Mas a resposta às duas questões é exatamente a mesma: a fonte da auto-ridade era o céu.

    b) A Parábola dos Dois Filhos (Mt 21:28-32). Essa parábola só é encontrada em Mateus. Jesus começou com uma pergunta para atrair a atenção: Mas que vos parece? (28). Uma história sobre dois meninos é sempre interessante. Essa parábola tem, de fato, muitas afinidades com a parábola do filho pródigo (Lc 15:11-32). Ambas começam com as mesmas palavras: Um homem tinha dois filhos. Mas aqui a palavra é literalmente "crianças".

    Ao primeiro, o pai disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Ele se recu-sou, mas, depois, arrependendo-se, foi (29). Esse não é o verbo grego mais comum metanoeo (trinta e quatro vezes no NT), mas o menos comum metamelomai (cinco vezes). Os dois sempre foram traduzidos como "arrepender" (na versão KJV em inglês) e parece que foram usados de forma intercambiável. Mas o verbo metamelomai também poderia ser traduzido como "lamentar".

    De imediato, o segundo filho concordou em ir. Mas, na verdade, não obedeceu à ordem do pai. Quando Jesus perguntou qual deles havia feito a vontade do pai, a respos-ta óbvia era: O primeiro (31). Então Jesus fez a seguinte aplicação: Os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus (31). Ele estava repreen-dendo os líderes judeus que se recusaram a acreditar em João Batista, e que não se arrependeram (metamelomai) depois. Proclamavam que estavam obedecendo a Deus, mas não estavam. Eram iguais ao menino que disse eu vou, mas não foi.

    No texto grego de Nestle, Westcott e Hort, a ordem dos dois filhos está invertida (entretanto, a versão RSV mantém a mesma ordem da versão KJV em inglês). Trench acredita que a ordem foi mudada pelo mesmo escriba que pensou que a aplicação era a Jesus (primeiro) e aos gentios (segundo). Ele diz: "Mas a parábola não se aplica princi-palmente aos judeus e aos gentios, mas se refere aos dois corpos dentro do povo judeu"' — os fariseus, de um lado, e os publicanos e as meretrizes, de outro.

    c) A Parábola dos Lavradores Maus (Mt 21:33-46). Da relação das trinta parábolas de Trench, somente três delas são encontradas nos três Evangelhos Sinóticos. As duas an-teriores são a parábola do semeador (Mt 13:3-9) e a parábola do grão de mostarda (13 31:32). Essa é a terceira (cf. Mac 12:1-12; Lc 20:9-19).

    Jesus falou sobre um pai de família (oikodespotes) que plantou uma vinha, algo extremamente comum na Palestina. Ele circundou-a — provavelmente com um muro de pedra — e construiu nela um lagar (33). Esse lagar seria uma depressão contornada com pedras ou argamassa onde o suco das uvas seria pisado. Esses lagares ainda podem ser encontrados hoje na Terra Santa. Para montar guarda na vinha — para ninguém roubar as uvas maduras, ele construiu uma torre — uma plataforma suspensa feita de madeira que, conforme a especificação dos rabinos, deveria ter 4,5 metros de altura e uma base de 1,80 x 1,80 m. Depois, ele alugou a vinha para uns lavradores e viajou para o exterior.

    E, chegando o tempo dos frutos (34) — setembro do quinto ano depois do plantio (Lv 19:23-25) — o proprietário enviou alguns servos para que recebessem a sua parte da colheita. Os lavradores feriram um, mataram outro e apedrejaram um terceiro (35).

    Finalmente, tomado de desespero, o proprietário enviou o seu filho, pensando que eles iriam ter respeito a meu filho (37). Mas eles o mataram, pensando de forma in-sensata que poderiam herdar a sua propriedade (38-39). Entretanto, eles foram destruídos, e a vinha foi transferida para lavradores mais dignos (41).

    Nos versículos 40:41, Jesus deixou que os seus inimigos julgassem os pecados que eles mesmos cometeram, e que pronunciassem a conseqüente sentença. Então Ele reve-lou a verdade contida na parábola, ao citar o Salmo 118:22-23. A pedra que os edificadores rejeitaram (42) — esse verbo significa "rejeitar (depois de examinar), de-clarar inútil"' — havia se tornado a cabeça do ângulo. Essa pedra se refere a uma pedra fundamental, ou à base de um arco.

    Jesus não deixou margem para dúvida em relação ao que Ele queria dizer com essa parábola. Ele disse que o Reino de Deus seria retirado dos líderes judeus e entre-gue a uma outra nação (43, somente em Mateus). Quem caísse sobre esta pedra (Cristo) ficaria despedaçado (cf. Is 8:14-15) e aquele sobre quem ela caísse ficaria re-duzido a pó (44). Parece que a primeira imagem está se referindo a alguém que, tropeçando em Cristo, ficaria "moído" (o significado literal de uma palavra pouco usa-da) como um jarro de água de cerâmica se despedaça ao cair sobre uma pedra. A segun-da imagem é, claramente, de juízo.

    Os príncipes dos sacerdotes e os fariseus não podiam deixar de ver que essa parábola falava deles (45). Eles eram os maus lavradores que representavam os anti-gos líderes da nação, que haviam matado os profetas (servos). Agora, eles mesmos esta-vam prestes a matar o Filho. O Reino seria dado aos gentios. Enfurecidos, eles queriam matar Jesus; mas temiam o povo, que acreditava que Ele era um profeta (46).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46
    *

    21.1-11

    Dos Evangelhos Sinóticos, só Mateus menciona a mãe do jumentinho, provavelmente para dar ênfase ao fato de que o jumento era um animal jovem e ainda não desmamado e, portanto, nunca montado (conforme Mc 11:2) e por causa da citação de Zc 9:9, que profetiza que o rei virá “montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta”. Jesus faz o cumprimento da profecia tornar-se inequívoco.

    A Entrada Triunfal é claramente um ato simbólico. Zc 9:9 era reconhecido pelos judeus como messiânico, e o clamor “Hosana ao Filho de Davi” (v. 9) bem como o estender dos mantos pelo caminho (conforme 2Rs 9:13) indicam que a multidão reconhece a reivindicação de Jesus ser o Messias. Notemos a proclamação de Salomão, por Davi, como seu herdeiro, quando o fez entrar na cidade montado na sua mula (1Rs 1:33, 38, 44).

    * 21:7

    e sobre elas Jesus montou. Jesus montou sobre o jumento (Mc 11:2). Neste caso, “elas” se refere às vestes.

    * 21:9

    Hosana. Uma expressão hebraica que significa “salve, agora”.

    * 21:12-13

    13 43:1-17'>João 1:13-17 fala da purificação do templo como tendo ocorrido no começo do ministério de Jesus e não durante o final da última semana. Muitos estudiosos, tanto liberais como conservadores, sugerem que ou João ou os Sinóticos mudaram a ocasião em função de motivos teológicos ou outras razões. Outros concluem que Jesus expulsou os cambistas do templo em duas ocasiões diferentes (Mc 11:15, nota).

    * 21:13

    covil de salteadores. A frase é de Jr 7:11. Através do profeta o Senhor denuncia a idéia de que o templo físico garantia suas bênçãos, a despeito da iniquidade de Judá. Esta mesma noção supersticiosa prevalecia no tempo de Jesus.

    * 21:16

    A citação que Jesus faz do Sl 8:2, para justificar o louvor das crianças, é espantosa porque o Sl 8 diz que Deus ordenou o culto para si mesmo, dos lábios das crianças. Aí, Jesus, indiretamente, reivindica a prerrogativa de divindade.

    * 21.18-20

    Mateus condensa um incidente que teve lugar em dois dias separados (conforme Mc 11:12-14, 20-26). A ligação destes incidentes com a purificação do templo sugere o iminente castigo de Deus sobre Israel, pela destruição da cidade e do templo (Jr 24:1-8).

    * 21.21-22

    Isto é semelhante a 17.20, porém, aqui a ênfase recai em não duvidar. Ficar livre de dúvidas surge da consciência de que algumas coisas são, verdadeiramente, da vontade de Deus. A verdadeira fé recebe aquilo que pede; a confiança em Deus não é a arrogância presunçosa, mas é submissão à vontade de Deus.

    * 21.33-46

    Esta parábola está baseada em Is 5:1-2 e, possivelmente, também no Sl 80:8-18. O significado é claro: o proprietário da terra é Deus, a vinha é o reino de Deus (v. 43), os servos são os profetas, o filho é Jesus, os lavradores são os judeus que se opõem a Jesus, a morte do filho é a crucificação, e a remoção dos lavradores é a transferência do reino para um novo povo de Deus, que inclui os gentios.

    * 21:42

    Em resposta ao desafio à sua autoridade (v. 23), Jesus cita o Sl 118:22-23, como evidência de que sua autoridade é dada por Deus, ao invés de derivada de instituições humanas.

    * 21:44

    Este dito combina as profecias de Is 8:14 e Dn 2:34, 44. Jesus se proclama o destruidor dos reinos da terra e o fundador do reino de Deus sobre a terra e, ao mesmo tempo, declara que os líderes judeus são, como foi profetizado, os opositores deste reino. A citação que Jesus faz do Sl 118, e a alusão a Is 8:14 e Dn 2, oferecem a base para a “pedra”, ser uma referência a Cristo, que aparece freqüentemente no Novo Testamento (At 4:11; Rm 9:33; 1Pe 2:6-8).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46
    21.2-5 Mateus cita a uma asna e um pollino, enquanto que os outros Evangelhos se referem só ao pollino. Era o mesmo acontecimento, mas Mateus assinala a profecia em Zc 9:9, onde um asno e um pollino são mencionados. Mostra a maneira em que as palavras do profeta se cumpriram por meio das ações do Jesus, provando que era o Messías. A chegada do Jesus a Jerusalém no pollino destaca sua realeza messiânica, como também sua humildade.

    21:8 Este é um dos poucos lugares nos Evangelhos onde a glória do Jesus é reconhecida na terra. Jesus audazmente declara ser Rei e a multidão com júbilo o aclama. Mas essa mesma gente cederia à pressão política e o abandonaria pouco depois. Este acontecimento se celebra No domingo do Ramos. Este dia nos deve recordar que devemos nos guardar de aclamar a Cristo em forma superficial.

    21:12 Esta foi a segunda vez que Jesus limpou o templo (veja-se Jo 2:13-25). Mercados e cambistas tinham seus postos no átrio dos gentis no templo, e o enchiam de mercadoria em lugar de deixá-lo para quão gentis foram adorar a Deus. Os mercados vendiam animais para o sacrifício a preços elevados, aproveitando-se dos que tinham chegado desde muito longe. Os cambistas trocavam a moeda corrente pela do templo, única moeda que os mercados aceitavam. Com freqüência enganavam a quão estrangeiros não sabiam o tipo de câmbio. Não só os mercados e cambistas eram desonestos, mas sim abusavam dos que tinham ido adorar a Deus. Seu comércio na casa de Deus irritava aos que tentavam adorar. Isto, naturalmente, irou ao Jesus. Qualquer prática que interfira com a adoração a Deus devesse proibir-se.

    21:19 por que Jesus amaldiçoou à figueira? Não foi um ato apressado motivado pela ira, a não ser uma parábola encenada. Jesus estava expressando sua irritação contra uma religião sem substância. Assim como a figueira tinha bom aspecto de longe mas ao examinar a de perto não tinha frutos, o templo impressionava a primeira vista mas seus sacrifícios e outras atividades eram vazios porque não se oferecia adoração sincera a Deus (veja-se 21.43). Se você só aparenta ter fé sem acompanhar a de obras, parece-se com a figueira que se secou e morreu porque não deu frutos. A fé genuína inclui o dar frutos para o Reino de Deus. se desejar mais informação sobre a figueira, veja-a nota em Mc 11:13-26.

    21:21 A muitos inquietam as afirmações do Jesus de que se tivermos fé e não duvidamos podemos mover montanhas. Jesus, é obvio, não estava sugiriendo a seus seguidores que usassem a oração como "magia" para mover montanhas a seu desejo. Mas bem estava assinalando com firmeza a falta de fé dos discípulos e nossa. Que classe de montanhas enfrenta você? O mencionou a Deus? Quão firme é sua fé?

    21:22 Isto não garante que podemos conseguir tudo o que queiramos simplesmente por pedir-lhe ao Jesus. Deus não atua como fiador de pedidos que poderiam nos ferir ou que violariam sua própria natureza ou vontade. A declaração do Jesus não é um cheque em branco. Nossa oração deve centrar-se na obra do Reino de Deus. Se acreditarem, nossas petições estarão sujeitas à vontade de Deus, e O se sentirá gostoso das responder.

    21.23-25 No mundo do Jesus, assim como no nosso, a gente procurava o sinal exterior de autoridade: educação, título, posição, conexões. Mas a autoridade do Jesus provinha de sua essência, pelo que era, e não de nenhum adorno exterior ou superficial. Como seguidores de Cristo, Deus nos deu autoridade: podemos falar e atuar confidencialmente em seu nome porque temos sua autorização.

    21.23-27 Os fariseus queriam saber de onde tinha Jesus autoridade. Se dizia que de Deus, acusavam-no de blasfêmia. Se dizia que atuava em sua própria autoridade, a multidão se convenceria de que os fariseus tinham uma autoridade superior. Mas Jesus lhes respondeu com uma pergunta que parecia não ter nada que ver com o assunto, mas que punha de manifesto seus verdadeiros motivos. Eles em realidade não queriam uma resposta a não ser apanhá-lo. Jesus demonstrou que os fariseus usavam a verdade só se esta apoiava seus pontos de vista e causas.

    21:25 se desejar mais informação sobre o João o Batista, veja-se Mateus 3 e o perfil no João 1.

    21.30 O filho que disse que obedeceria e não o fez representa ao Israel nos dias do Jesus. Diziam que queriam fazer a vontade de Deus, mas com freqüência desobedeciam. É perigoso fingir obedecer a Deus quando nossos corações estão longe Do, porque Deus conhece as intenções de nossos corações. Nossas palavras devem estar respaldadas por nossas ações.

    21.33ss Os personagens principais nesta parábola são (1) o dono: Deus, (2) a vinha: Israel, (3) os lavradores: os líderes religiosos judeus, (4) os agentes: os profetas e sacerdotes que permaneceram fiéis a Deus e pregaram ao Israel, (5) o filho: Jesus (21.38), (6) os outros lavradores: os gentis. Jesus estava pondo ao descoberto o complô assassino dos líderes (21.45).

    21:37 Em seu desejo de nos alcançar com seu amor, Deus enviou a seu Filho. Sua vida perfeita, suas palavras de verdade e seu sacrifício de amor foram para nos motivar a que o escutemos e sigamos como Senhor. Se rechaçarmos sua graça, rechaçamos a Deus.

    21:42 Jesus se refere a si mesmo como a pedra rechaçada pelos edificadores. Apesar de ter sido rechaçado por muitas pessoas, seria a cabeça do ângulo de seu novo edifício, a Igreja (vejam-se At 4:11 e 1Pe 2:7).

    21:44 Com esta metáfora o Senhor ensina que uma pedra pode afetar às pessoas em formas diversas, dependendo da maneira em que se relacionem com ela (vejam-se Is 8:14-15; Is 28:16; Dn 2:34, Dn 2:44-45). O ideal é edificar sobre a pedra, mas muitos podem tropeçar com ela. E no julgamento final esmagará aos inimigos de Deus. Cristo, "a cabeça do ângulo", ao final será a "pedra que esmiuçará". O oferece agora misericórdia e perdão, mas diz que depois oferecerá. Não esperemos para decidir!


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46
    L. SUA ÚLTIMA SEMANA (Mt 21:25)

    1. Entrada em Jerusalém (21: 1-11)

    1 E quando eles aproximaram de Jerusalém, e veio a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, 2 dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo achareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela: solta -los e trazê -los . a mim 3 E, se alguém falar qualquer coisa para vós, direis: O Senhor precisa deles; e logo os enviará. 4 Agora, este é vir a passar, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta:

    5 Dizei à filha de Sião:

    Eis que o teu rei vem a ti,

    Meek, e montado sobre um jumento,

    E sobre um jumentinho, filho de jumenta.

    6 E, indo os discípulos, e fazendo como Jesus lhes ordenara, 7 trouxeram a jumenta, e jumentinho, e sobre eles puseram os seus mantos; e ele sentou-se nela. 8 E a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho. 9 E as multidões que vieram antes dele, e que se seguiu, clamou, dizendo: Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor; Hosana nas alturas. 10 E, quando chegou em Jerusalém, toda a cidade foi agitada, dizendo: Quem é este? 11 E as multidões respondiam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia.

    O chamado Entrada Triunfal, que ocorre no domingo da Paixão Week, é registrado em todos os quatro Evangelhos, embora um pouco mais brevemente no Evangelho de João. A importância de que não pode ser desperdiçada. Jesus apresentou-se à nação como seu Messias. Os judeus foram dada a sua última oportunidade de aceitá-lo. Em vez disso, eles rejeitaram e condenaram à morte.

    No intervalo entre o último versículo do capítulo anterior e o primeiro verso de um presente, Jesus e seus discípulos, acompanhado por um numeroso grupo de peregrinos galileus em seu caminho para a Páscoa, tinha caminhado até a estrada íngreme e sinuosa de Jericó a Jerusalém. O Evangelho de João sugere que eles chegaram Betânia, duas milhas a leste de Jerusalém, na sexta-feira à tarde (Jo 12:1 . Marcos dá-lhes uma forte conotação messiânica, acrescentando uma referência ao "reino" (Mc 11:10 ). Lucas também identifica aquele que vem (um termo messiânico) como "o Rei" (Lc 19:38 ). Este foi realmente um cortejo triunfal, pelo menos em seu início.

    Somente Mateus relata que, quando Jesus chegou a Jerusalém, toda a cidade foi agitada (v. Mt 21:10 ). Pessoas chorou, Quem é este? Esta pergunta mais importante foi respondida por uma simples declaração de fato, sem interpretação: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia (v. Mt 21:11 ). Evidentemente, as pessoas tinham medo de dizer: "Este é o Messias".

    As multidões que deram Jesus uma recepção tão entusiasmado no Domingo de Ramos foi composta principalmente de peregrinos galileus em seu caminho para a Páscoa. Eles tinham anteriormente queria proclamá-lo como rei (Jo 6:15 ). Agora eles estavam praticamente fazendo isso. Mas os líderes religiosos de Jerusalém desdenhosamente rejeitaram. Ao fazê-lo, eles selaram o destino da cidade.

    b. A limpeza do Templo (21: 12-17)

    12 E Jesus entrou no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; 13 E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós fazer dela um covil de ladrões. 14 E os cegos e os coxos a ele no templo; e ele os curou. 15 Mas quando os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia, e as crianças que choravam no templo e dizendo: Hosana ao Filho de Davi; eles indignaram-se, 16 e disse-lhe: Ouves o que estes estão dizendo? E Jesus disse-lhes, sim:; nunca lestes, Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste o perfeito louvor? 17 E deixando-os, e saíram da cidade para Betânia, e ali.

    Marcos indica que Jesus pesquisou o templo no domingo à tarde e, em seguida, voltou para Betânia para a noite. Foi na segunda-feira que Ele limpou o templo (Mc 11:11 , Mc 11:12 , Mc 11:15 ). De acordo com seu costume, Mateus "telescópios" a Entrada Triunfal e da limpeza do templo em uma narrativa, como se tivessem acontecido no mesmo dia. Uma vez que este hábito dele é clara, não deve haver nenhuma dificuldade nisso.

    A limpeza do templo, um segundo ato messiânico, é descrito em todos os quatro Evangelhos, embora João coloca-lo no início do ministério de Jesus (Jo 2:13 ). Pode ser que João colocá-lo naquele momento para o efeito dramático, ou poderia ter havido duas limpezas. A possibilidade de este último não deve ser descartada muito levemente. Condições no templo certamente poderia ter revertido para o mesmo estado triste dentro de três anos.

    Jesus expulsou os que ali vendiam e compravam no templo -a palavra grega é hieron ", área do templo," não o edifício-e virou as mesas dos cambistas e as cadeiras de os vendedores de pombas . Este mercado foi localizado no Tribunal espaçoso dos gentios, no extremo leste da área do templo (cerca Dt 25:1 . A casa de Deus era para ser uma casa de oração. Mas eles tinham feito um covil de ladrões (v. Mt 21:13 ). A palavra para den literalmente significa "caverna" ou "caverna". Nesse dia ladrões na Palestina comumente viviam em cavernas. Há uma diferença técnica entre ladrões e "ladrões" (NVI), em Inglês, bem como grego. Um ladrão é aquele que leva à força. Um primeiro rabino do século cobrado que os servos do sumo sacerdote bater as pessoas com paus.

    Os principais sacerdotes e escribas e fariseus -Sadducees-se sentiram perturbados ao ouvir as crianças chorando Hosana no templo (v. Mt 21:15 ). Quando eles se queixaram a Jesus, Ele respondeu citando Sl 8:2)

    18 Ora, de manhã, ao voltar à cidade, teve fome. 19 E, vendo uma figueira à beira do caminho, dela se aproximou, e não achou nela senão folhas somente; E disse-lhe: Que não haja fruto de ti doravante para sempre. E imediatamente a figueira secou imediatamente. 20 E os discípulos, vendo isso, temeram, dizendo: Como é que a figueira secou imediatamente afastado? 21 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé, ea dúvida não, e vós não só fazer o que foi feito à figueira, mas mesmo que direis a este monte: Sê tu retomada e lançado no mar, assim será feito. 22 E todas as coisas, qualquer YE pedirdes na oração, crendo, recebereis.

    Este incidente é registrado tanto por Mateus e Marcos, embora, como já observado, os últimos lugares da purificação do templo após ele. Em vez deste evento Lucas inclui, em um ponto anterior (Lc 13:6-9 ), que é encontrada em todos os três Evangelhos sinópticos (adotando lista Dt 30:1 ​​) -O proprietário enviou agentes para obter a sua parte da cultura. Os inquilinos maltratado esses escravos, batendo um, matando o outro, e apedrejamento de um terço (v. Mt 21:35 ). Ele enviou mais escravos e eles foram tratados de maneira semelhante (v. Mt 21:36 ). Finalmente, ele enviou seu filho. Mas os inquilinos conspirou contra ele eo matou (vv. Mt 21:38-39 ). O resultado inevitável foi que os lavradores que eles mesmos ser destruídos, e vinha arrendada a outros (v. Mt 21:41 ).

    Jesus então citou o Sl 118:22 . rejeitados meios "deixam de lado depois de um exame cuidadoso." Chefe de canto significa tanto a pedra angular de um edifício ou a pedra fundamental de um arco.

    Cristo celebrado com uma aplicação definida, duplo. Em linha com sua parábola, Ele declarou que o reino de Deus seria tirado os líderes judeus e será dado a uma outra nação que iria devolver os frutos de justiça. Assim, Ele anunciou a fundação da igreja Gentile. Aplicando a citação de Salmos, Ele disse que quem quer que caiu sobre esta pedra (Cristo) seria quebrado (conforme Is 8:14 ), e quem quer que caiu em cima seria reduzido a pó (conforme Ez 2:34 ). Estes são fortes advertências do julgamento que aguarda aqueles que rejeitam a Jesus Cristo.

    Não é de surpreender que, quando os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, ouvindo estas duas parábolas que eles entenderam que falava deles (v. Mt 21:45 ). O ponto era completamente óbvio. Mas, em vez de se arrepender, eles procuraram prender Jesus.Somente o medo das multidões, que o segurou um profeta de Deus, os impediu de realizar seus desejos.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46
    Mc 10:46-41). Eles clamavam por Jesus, o único que pode abrir os olhos dos homens.

    Eles não foram salvos por causa de seu clamor e oração, mas pela misericórdia do Senhor. A multidão tentou impedi-los de chamar o Senhor, da mesma forma que hoje o mundo tenta impedir os pecadores de irem a Cristo. O toque de Jesus curou-os, e eles provaram a mudança que ocorreu na vida deles ao seguirem-no.

    A rejeição do Rei

    Mateus (21
    27) registra "a rejeição
    do Rei", e é importante que entendamos o escopo desses capítulos.

    Cristo encontra-se com seus inimigos no conflito final que leva à sua crucificação. Podemos esboçar esses capítulos desta maneira:

    l.Três sinais (Mt 21:1-40)

    A apresentação do Rei

    A cegueira espiritual de Israel.

    B. A purificação do templo (w. 12-16)

    A depravação interior de Israel.

    C. A maldição contra a figueira

    (vv. 17-22)

    A esterilidade exterior de Israel.

    II. Três parábolas (Mt 21:23-40)

    A. O tributo de César (vv. 15-22)

    Questão política dos herodianos.

    B. A ressurreição (vv. 23-33)

    Questão doutrinai dos saduceus.

    C. O grande mandamento (w. 34-46)

    Questões legais dos fariseus.

    1. Três discursos (Mt 23:1-40) e aponta para o tempo em que Cristo reinará sobre a terra como Rei.

      1. A maldição contra a figueira (vv. 17-22)

      Mt 24:32-40 e Lc 13:6-42 sugerem que a figueira simboliza Israel. Essa árvore tem folhas, mas não dá frutos, o que retrata a reli-giosidade aparente, porém estéril, sem frutos, de Israel. Lc 13:6-42). No versículo 41, os próprios judeus proferem sua sen-tença, e Deus fez exatamente o que eles disseram: destruiu Jerusalém e deu suas bênçãos aos gentios.

      Cristo cita Sl 118:22-19 e chama a si mesmo de "a pedra que os construtores rejeitaram" (v. 42; veja Is 28:16). Pedro chamou os líderes de Israel de "construtores" (At 4:11), e Rm 9:33 e 1 Pe-Dt 2:4-5 apontam Cristo como "pe-dra de tropeço" para Israel, não obs-tante ele ser a "pedra angular" para a igreja. O pecador que "cai sobre a pedra" em humildade se quebra e é salvo; porém, o rebelde que resiste a Cristo será esmagado pela pedra no julgamento.

      1. A festa de casamento (vv. 1-14)

      O Pai chamou os convidados (Israel) para usufruir das bênçãos por causa de seu Filho. Contudo, a nação des-prezou o convite: provavelmente, o versículo 3 indica o convite dos apóstolos enquanto o Senhor estava na terra; e os versículos 4:6, o con-vite durante os capítulos terrenos de Atos em que se ofereceu mais uma vez a mensagem aos judeus. Israel resiste ao Espírito (At 7:51-44), e isso acarreta julgamento nacional e a ruína de Jerusalém (v. 7). A seguir, o Rei volta-se para os gentios, como acontece em At 10:0). Não transfira essa cena para o céu, pois certamente ninguém entrará lá sem a justiça de Jesus. Esses versículos advertem os falsos mestres de não aceitarem o convite sem receber o Senhor em seu interior.

      Essas três parábolas contam a história espiritual de Israel. Ele foi escolhido por Deus para frutificar (a vinha e a figueira), mas fracas-sou em sua missão. Ele desobede-ceu ao Pai (os dois filhos), cruci-ficou o Filho (parábola da vinha) e resistiu ao Espírito (parábola da festa de casamento). Hoje, Israel foi posto de lado, e as bênçãos de Cristo são dadas à igreja até que se chegue à plenitude dos gentios (Rm 11:25ss).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46
    21.1 Betfagé. Significa "Casa do Figo", conforme Lc 19:29n. Começa aqui o relatório da última semana da vida humana de Jesus.

    21.2 Um jumentinho. A compaixão de Jesus não permitia que o filhote fosse apartado de sua mãe, a jumenta, que passaria a tomar parte da procissão. Não, é aceitável, porém, a sugestão de que Mateus tenha escrito intencionalmente o v. 5, como uma alusão a dois animais.

    21.3 O Senhor. Para os discípulos, era um título divino (9.28n). Depois da confissão de Pedro (16.18), Jesus o empregou como tal.

    21.5 A aplicação da profecia mostra que Jesus foi identificado como o Rei-Messias prometido; o povo compreendeu os acontecimentos dessa maneira,
    21.9 Hosana. Gr hõsanna, que translitera o heb hôshi ' â nã', "salva, por favor", que por fim veio a ser uma simples expressão do júbilo religioso.

    21.10 Em Jerusalém. Naquela tarde, Jesus, olhando ao redor, retirou-se e foi pernoitar em Betânia (Mc 11:11).

    21.12 Na manhã de segunda-feira (Mc 11:12), Jesus continua a obra da moralização do templo, que havia dado inicio ao 'Seu ministério em Jerusalém, três anos antes, (Jo 2:14).

    A profanação passou a invadir novamente o recinto sagrado. Era necessário haver certa transação financeira para se poderem vender sacrifícios e cambiar moedas do templo com os que vinham de longe. Não era, porém, correto ocupar o recinto inteiro com extorsionários que roubavam o dinheiro dos peregrinos. O culto estava tornando-se apenas uma desculpa para o comércio fraudulento: a venda dos animais cultualmente aceitáveis se realizava a preços bastante elevados. As moedas estrangeiras não eram aceitáveis nas umas.(caixa das ofertas), por serem cunhadas com imagens do imperador (que era tido por um deus) ou de várias divindades.
    21:14-17 No templo, muitos foram curados, e os sacerdotes ficaram indignados ao presenciar os milagres que Jesus operava e as aclamações que, recebia até mesmo de crianças. Se os sacerdotes imaginaram que as crianças eram treinadas para isto, foram rebatidos por Jesus, que mostrou ser, o louvor dos pequenos inocentes, o mais puro, pois que Deus os ilumina.

    21.18 Aqui, o incidente da figueira é narrado de uma só vez (conforme Mc 11:12, Mc 11:20). Segundo o Talmude, a figueira costumava produzir figos duas vezes ao ano, sendo a primeira colheita feita em abril. O incidente é uma ilustração dramática:
    1) Da maldição que cai sobre a hipocrisia (a aparência sem resultado, as folhas sem os frutos que, no caso da figueira, viriam antes); e
    2) Do poder da oração da fé. A figueira, aqui, simboliza a Israel, que tem a aparência, a tradição e o estofo religiosos, mas ao rejeitar seu Messias, será amaldiçoada.

    21:23-27 Jesus recusa este tipo de pergunta que não é feita com humildade e fé^mas como em um desafio, pois tinha, já, feito tudo para revelar a presença do Reino de Deus entre os homens. Uma revelação mais dramática não produziria a conversão, mas só a obediência provocada pelo terror. Jesus passa a vencer os sacerdotes com o mesmo tipo de lógica que estes praticavam.
    21.25 A pergunta foi feita a Jesus com o intuito de provocá-lo a declarar que era o próprio Messias (e os sacerdotes poderiam, então, prendê-lO e entregá-lO aos romanos), ou a negar que tivesse autoridade sobrenatural, passando, então, a perder o apoio popular, Jesus, por sua vez, os convocou a fazer uma declaração semelhante, acerca de João Batista, o que não ousaram fazer (27). Não acreditastes nele? João testemunhou claramente acerca de Jesus, declarando que era o Messias (Jo 1:32-43).

    21:28-32 Vem agora a resposta parabólica de Jesus, em contestação à pergunta dos sacerdotes citada no v. 23. A autoridade está com aqueles que realmente procuram e praticam a vontade de Deus, por mais ignorantes e pecaminosos que tenham sido no passado. Não está com aqueles que, apesar de terem sido estabelecidos como autoridades eclesiásticas, rejeitam a mensagem de Deus, o evangelho do Reino.
    21.33 Noutra parábola. Conforme Lc 20:9-42 n. Jesus continua apresentando, por parábola, Seu direito em responder à pergunta dos sacerdotes no v. 23. • N. Hom. "Os maus lavradores” revela:
    1) Acerca de Deus: a) Sua confiança nos homens; b):Sua paciência; c) Seu julgamento;
    2) Acerca dos homens: a) seu privilégio; b) sua liberdade de ação; c) sua responsabilidade, d) seu pecado egoísta;
    3) Acerca de Cristo: a) Seu direito; b) Seu sacrifício consciente o voluntário.

    21.34 Colheita. Simboliza o fruto da fé, virtudes religiosas.
    21.35 Os judeus sempre perseguiam os profetas que fossem requerer da mão deles, um comportamento moral e espiritual perante Deus.
    21.38 Sua herança. Seria loucura que os mordamos de uma vinha pudessem imaginar que, ao assassinar o herdeiro da mesma, pudessem passar a possuí-la. Esta, porém, ainda seria maior loucura, a dos sacerdotes que agiam como se a crucificação do Filho de Deus lhes deixaria a herança de Israel por conta deles.

    21.41 Os judeus que não quisessem, aceitar a verdadeira mensagem de Deus, ficariam sem herança espiritual. (Note a destruição do Templo e Jerusalém em 70 d.C.). A igreja redimida passa a ganhar a herança do povo de Deus.

    21:42-44 Jesus é a pedra fundamental para os que confessam o Seu nome, e edificam suas vidas nele, passando então a fazer parte do edifício de Cristo, pedras vivas da Igreja (conforme 16.18n; At 4:11n); para quem se recusa crer em Cristo, Ele deixa de ser a pedra que alicerça esta vida. Torna-se-lhe pedra de tropeço e condenação no julgamento (Is 8:1415; Lc 20:17n; Rm 9:32; 1Pe 2:8). Mais tarde, Pedro mostrou que Cristo era a sua pedra fundamental para operar milagres, pedra de cuja aceitação depende a salvação de cada um (At 4:11-44).

    21.46 Temeram Tinham medo de um tumulto e da opinião pública.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46
    A entrada em Jerusalém (21:1-9)

    V.comentário de Mc 11:1-41; Lc 19:2840; Jo 12:12-43. Betfagé-. Marcos e Lucas trazem “Betfagé e Betânia”. Visto que Dalman (p. 252ss) mostrou de maneira conclusiva que Betfagé fica mais perto de Jerusalém do que Betânia, parece provável que o jumento foi trazido da segunda localidade. Em vista da sua ligação com o povoado, Jesus provavelmente havia feito preparativos adiantados em segredo (conforme comentário Dt 26:18). v. 5. num jumento [...] jumentinho: “Dois animais somente em Mateus. Provavelmente, ‘Mateus’ ou sua fonte pensaram em dois animais em virtude de Zc 9:9. Nesse versículo poético, o profeta fala em linhas paralelas do animal que o rei iria montar; ambas as linhas se referem ao mesmo animal. Mas a referência dupla parece ter levado à suposição comum de que eram dois animais” (Filson). Esse é um exemplo típico de afirmações modernas acerca do trecho; os fatos estão corretos, as conclusões são por demais duvidosas. Um jumentinho não amansado seria acalmado pela presença de sua mãe. v. 7. sobre eles: Há evidência adequada nos manuscritos a favor da formulação “sobre ele” em harmonia com Lucas (M’Neile, Tasker). Jo 12:16) e estavam agora tentando coagi-lo. Muitos deles já tinham chegado a Jerusalém e estavam saindo ao encontro dele (Jo 12:12,Jo 12:13).

    Jesus no templo (21:10-17)

    V.comentário de Mc 11:15-41; Lc 19:4548; acerca dos v. 10,11, conforme Jo 12:19. Está claro que Mateus coloca a purificação do templo no domingo, e Marcos, na segunda-feira. Lucas é breve demais para que tiremos alguma conclusão. A história da figueira faz mais sentido se aceitarmos a ordem de Marcos. Seremos sábios, portanto, se virmos na ordem de Mateus um dos seus processos intencionais de inversão para ressaltar que o Rei de Israel é Senhor do templo. O retrato mais próximo do que estava acontecendo é imaginar um mercado de gado dentro da catedral mais próxima. O comércio havia sido permitido porque os que vendiam tinham de pagar aos sacerdotes o espaço locado, v. 13. covil de ladrões: As dependências sagradas certamente não tinham influência alguma sobre os princípios comerciais dos mercadores, e um peregrino que não tivesse trazido os seus animais de sacrifícios consigo estava completamente à mercê deles. Destaca-se com freqüência que Jo 2:13-43 deve representar o mesmo incidente, tendo sido deslocado de propósito ou por acidente. No entanto, há diferenças suficientes para considerá-lo um incidente distinto. Se não fosse, pareceria incrível que Mateus e Marcos não tivessem registrado Jo 2:19 como um preparo para 26.61 e Mc 14:58. v. 16. Não estás ouvindo o que estas crianças estão dizendo?-. As autoridades não conseguiram disciplinar e conter a multidão de crianças entusiasmadas com a chegada dos peregrinos e os eventos do dia, mas esperavam que Jesus se separasse delas. Ao sinalizar a sua aprovação com a citação de Sl 8:2, ele implicitamente reivindicou ser o Messias.

    Jesus amaldiçoa a figueira (21:18-22)

    V.comentário de Mc 11:12-41,Mc 11:20-41; Lc 20:18. Jesus não estava simplesmente se esquivando de uma pergunta e, assim, fugindo dos seus inquiridores. Ao confessarem que não eram capazes de julgar a autoridade de João Batista, eles confessaram ser incompetentes, embora representassem o Sinédrio, de julgar as declarações e reivindicações daquele que tinha sido proclamado por João como sendo muito maior do que ele (3.11).

    A parábola dos dois filhos (21:28-32)

    Essa é a primeira de três parábolas que ensinam a indignidade dos líderes religiosos; elas não precisam ser transferidas deles para os judeus em geral. Há duas dificuldades no texto. Há boas evidências para se colocar em primeiro lugar o filho que disse “Sim” e não foi. Isso coloca o representante dos líderes no seu devido lugar, i.e., o primeiro de todos (NEB, Phillips, M’Neile, Schlatter, Nestle, B. & F. B. S. Diglot). Depois, um grupo pequeno mas significativo de manuscritos, que seguem a ordem da NVI, traz “o segundo” no v. 31. Isso é tão absurdo e cínico que provavelmente esteja correto (Schniewind). Podemos imaginar um homem como Caifás dando esse tipo de resposta como quem se nega a ser incomodado por um artesão galileu. Quando as autoridades rejeitaram João Batista, confirmaram uma atitude adotada muito antes. Para os rejeitados e proscritos, o convite de João foi a primeira indicação de que sua rejeição da vontade de Deus poderia ser revertida.

    A parábola dos lavradores maus (21:33-46)

    V.comentário de Mc 12:1-41; Lc 20:919. A resposta cínica à parábola anterior fez Jesus voltar-se para o povo (Lc 20:9), embora os representantes do Sinédrio continuassem ali prestando atenção (v. 45). Montanhas teológicas foram construídas sobre o v. 43. Sem ele, a teoria britânico-israelense perderia uma de suas pedras fundamentais. Ele é também uma das principais escoras do ponto de vista tradicional, seja em forma patrística, seja em forma calvinista, segundo o qual a Igreja é Israel, ou o novo Israel, ou o verdadeiro Israel, ou assumiu as funções de Israel. Se fosse uma declaração significativa do final do papel de Israel, esperaríamos no mínimo que aparecesse nos outros sinópticos. Essas interpretações ignoram o ensino da parábola e equiparam os lavradores, em vez da vinha (Is

    5.7), a Israel; os lavradores são o sumo sacerdócio e os outros líderes religiosos. Aliás, como diz Filson: “O Reino será tomado dos desobedientes líderes judaicos; o fato de rejeitarem os profetas e o Filho os torna sujeitos ao julgamento”. A destruição de Jerusalém significou que toda a casta religiosa governante do judaísmo foi varrida do mapa. Até mesmo o Nasi, o representante reconhecido pelos romanos depois de 70 d.C., vinha da família de Hillel, um humilde homem do povo, mesmo que de origem davídica. Sejam quais forem as verdades dos pontos de vista teológicos mencionados, precisam buscar sua justificativa em outros textos.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 4 do versículo 12 até o 46

    III. O Ministério de Jesus Cristo. 4:12 - 25:46.

    A análise de Mateus do ministério de Cristo foi baseada sobre quatro áreas geográficas facilmente notáveis: Galiléia (Mt 4:12), Peréia (Mt 19:1), Judéia (Mt 20:17) e Jerusalém (Mt 21:1). Como os outros sinóticos ele omite o anterior ministério na Judéia, que ocorre cronologicamente entre Mt 4:11 e Mt 4:12 (confira com Jo 14:1)


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46

    D. Em Jerusalém. 21:1 - 25:46.

    Ao traçar os movimentos de Jesus a caminho de Jerusalém, Mateus omite a viagem de Jericó a Betânia, seis dias antes da Páscoa (Jo 12:1), que foi um dia antes da Entrada Triunfal (Jo 12:12).


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 33 até o 46

    33-46. Parábola dos Maus Lavradores. Esta parábola responde melhor a pergunta sobre a autoridade de Jesus mostrando-o como o Filho divino enviado pelo Pai. Embora as linhas principais da parábola sejam tão compreensíveis que os membros do Sinédrio não poderiam ter fugido ao seu significado, não se deve fazer a tentativa de forçar todos os detalhes. O pai de família certamente representa Deus, o Pai; entretanto seu otimismo leviano (v. Mt 21:37) não pode ser atribuído a Deus. Talvez possamos ver nas atitudes do pai de família a maneira pela qual Deus parece agir aos olhos dos homens.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 42 até o 44

    42-44. A citação que Jesus fez do Sl 118:22, Sl 118:23, apontava para o seu triunfo final após a rejeição. A mesma passagem também foi citada em At 4:11 e 1Pe 2:6,1Pe 2:7. Como resultado de seu triunfo, o reino de Deus vos será tirado da posse desses líderes (e da contemporânea nação de Israel, conforme indica a menção de outra nação). A um povo que produz os respectivos frutos. Uma referência à igreja (chamada por Pedro de "nação santa" em um contexto onde foi usada a mesma passagem do V.T.; 1Pe 2:7-9). Com o Pentecostes formou-se um novo corpo, a Igreja, que seria o núcleo espiritual do reino messiânico (medianeiro). Embora esses líderes judeus individuais fossem permanentemente removidos do Reino, Rm. 9-11 explica que a nação de Israel receberá novamente as bênçãos da salvação ao fim da presente dispensação com destaque dos gentios (Rm 11:25). Hoje em dia a Igreja desfruta de certos aspectos espirituais do Reino, visto que reconheceu Cristo como Rei (Cl 1:13), e está sendo preparada para participar do próximo reino. Este aspecto do reino medianeiro foi descrito nas parábolas de Mt. 13.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 23 até o 46
    d) Disputa com os fariseus, no templo (Mt 21:23-40.

    1. O SENHOR SILENCIA SEUS INTERROGADORES (Mt 21:23-40) - Aqui o Senhor raciocina que a pregação de João Batista foi feita sem a autoridade deles e que Ele podia ensinar do mesmo modo.

    >Mt 21:28

    2. A PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS (Mt 21:28-40) -Esta parábola está ligada aos vers. anteriores pela referência a João (32). Os sacerdotes e anciãos não tinham crido nEle (25), ao passo que o povo o considerava profeta (26). É notável que no vers. 32 o Senhor dá a resposta à pergunta que ele mesmo fizera. Reino de Deus (31). Ver notas sobre Mt 12:28. No caminho da justiça (32), quer dizer, João veio dirigi-los no caminho da justiça. Nem vos arrependestes (32). Os fariseus eram semelhantes ao filho que professou obediência sem praticá-la. Os publicanos se assemelham aos que primeiro desobedeceram e depois se arrependeram e foram aceitos por Deus.

    >Mt 21:33

    3. A PARÁBOLA DOS LAVRADORES MAUS (Mt 21:33-40) -Ver nota sobre Mc 12:1-41. Plantou uma vinha... edificou uma torre (33). Estas palavras são adaptadas dos LXX de Is 5:1-23. Os lavradores representam os chefes religiosos dos judeus; os servos são os profetas do Velho Testamento. Deste modo, a parábola descreve a perseguição e a rejeição dos profetas pelos dirigentes civis e eclesiásticos da nação, que dentro em breve iam rejeitar o próprio Filho de Deus.

    >Mt 21:42

    No vers. 42 o Senhor cita exatamente os LXX do Sl 108:0. A pedra é Jesus Cristo. Esta história ilustra sua rejeição pelos judeus, pela qual Ele se tornou a pedra angular da Igreja Cristã, quando Deus o ressuscitou dentre os mortos. Devido à incredulidade e desobediência os judeus são rejeitados e seu privilégio é dado a uma nação (i.e a Igreja Cristã) que dê os seus frutos (43). Há uma explanação do trecho em apreço em 1Pe 2:4-60.

    >Mt 21:44

    Uma interpretação do vers. 44 é a seguinte: A primeira frase refere-se aos que estão despedaçados, quando vieram a Cristo para serem reconstituídos novas criaturas nEle; a segunda frase refere-se àqueles que serão destruídos finalmente por Ele no dia do juízo.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46

    111. O coroação Humilde de Cristo (Mateus 21:1-11)

    E quando eles se aproximaram de Jerusalém e tinha vindo a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, dizendo-lhes: "Ide à aldeia em frente de você, e logo encontrareis uma jumenta presa lá e um jumentinho com ela ; desatar-los e trazê-los para mim e se alguém diz algo para você, você dirá: 'O Senhor precisa deles ", e imediatamente ele vai enviá-los.". Agora isso aconteceu que o que foi dito pelo profeta poderia ser cumprido, dizendo: "Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, cria de uma besta de carga. '"E os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta eo jumentinho, e puseram-lhes as suas vestes, em que estava sentado. E a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores, e espalhá-los na estrada. E as multidões, indo diante dEle, e aqueles que seguiram depois clamavam, dizendo: "Hosana ao Filho de Davi: bendito o que vem em nome do Senhor;! Hosana nas alturas!" E quando Ele entrou em Jerusalém, toda a cidade foi agitada, dizendo: "Quem é este?" E as multidões estavam dizendo: "Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia." (21: 1-11)

    A maioria das pessoas hoje em dia têm pouco conhecimento de primeira mão de uma verdadeira monarquia. Aqueles que detêm o título de rei ou rainha nas sociedades modernas são muitas vezes os governantes apenas no nome que têm pouco ou nenhum poder ou responsabilidade governamental. Uma coroação elaborada é muitas vezes o único aviso que nunca vai ter de qualquer conseqüência. Mas até os tempos modernos a coroação de um monarca envolveu a exibição de grande esplendor e pompa. O rei estaria vestido com as roupas mais caras e jóias e seria conduzido através de seu capital em uma carruagem puxada por cavalos ornamentado senhoriais. A acompanhá-lo seriam seus cortesãos e dignitários estrangeiros, e após isso seria uma grande comitiva de melhores soldados do país. Em muitos países de alta patente líderes religiosos também participar.
    No clímax dos eventos, o rei seria apresentado com um cetro ou estaria em uma pedra sagrada, ou participar de algum outro ritual significa a transferência de poder e autoridade em suas mãos. Músicos que tocam e cantam, e as multidões se quebrar em coros espontâneos de louvor a seu soberano. Cada parte da cerimônia foi projetado para realçar o poder glória majestade e dignidade do rei.
    Na sua coroação em 1838, a rainha Vitória da Inglaterra usava uma coroa incrustada com rubis e safiras gigantes em torno de um diamante de 309 quilates. Seu cetro foi tampado com um diamante ainda maior, cortado do Estrela da África e pesando 516 quilates 1/2.

    Mateus 21:1-11 retrata a coroação mais significativo que o mundo já viu, mas foi uma coroação em contraste marcante com o tipo que acabamos de descrever. Foi uma verdadeira coroação de um verdadeiro rei. Ele foi confirmado como Rei e foi, em certo sentido, inaugurado em Sua realeza. Mas não havia nenhuma pompa, sem esplendor, e uma espécie indescritível de pompa.

    Tradicionalmente, esta coroação foi chamado a entrada triunfal de Jesus. Foi sua última aparição pública antes de sua crucificação e foi um evento extremamente importante no seu ministério divino na Terra, um evento que é freqüentemente dramatizada, mas raramente estudados cuidadosamente ou compreendido por seu verdadeiro significado.

    O final da peregrinação

    E quando eles se aproximaram de Jerusalém e tinha vindo a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, (21: 1a)

    Depois de curar os dois cegos em Jericó e Zaqueu levando a Ele, o Senhor fez sua última viagem a Jerusalém . Assim como Ele se aproximou de Jerusalém , Ele também se aproximou o fim de seus três anos de ministério que tinha sido precedido por trinta anos de obscuridade. Ele estava prestes a alcançar a meta estabelecida final antes ele por seu pai celestial. Como as multidões seguiu junto com Ele para celebrar a Páscoa, mal sabiam eles que estavam acompanhando o Cordeiro pascal Si mesmo.

    Durante um censo realizado cerca de dez anos depois, desta vez, o número de cordeiros sacrificiais abatidos na Páscoa foi determinada como sendo algo como 260.000. Porque um cordeiro foi autorizado a ser oferecido para até dez pessoas, os adoradores em Jerusalém naquela semana poderia ter um número superior a 2.000.000. Não é provável que o número em seguida, teria sido muito maior do que durante esta última Páscoa que Jesus celebrou, indicando que a cidade estava repleta de pessoas.
    Mas antes que ele e os Doze entrou em Jerusalém, pararam na pequena aldeia de Betfagé . Exceto por sua está estreitamente associada ao Monte das Oliveiras e Bethany (ver Mc 11:1), nada mais se sabe sobre a cidade, não havendo outra evidência bíblica, histórica ou arqueológica de sua existência.

    João nos diz que Jesus visitou Maria, Marta e Lázaro de Betânia "Seis dias antes da Páscoa" (João 12:1-3), tornando-se, provavelmente, sábado, o sábado judaico. Como ele enfrentou na semana que vem da dor e da morte, Ele procurou o conforto e companheirismo desses três amigos queridos.

    Mas mesmo nesse curto espaço de tempo de descanso, as estocadas do inferno continuou a afligi-lo. Enquanto Maria ungiu os pés com perfume caro e os enxugou com os seus cabelos, o traidor Judas, que também era um ladrão, fez uma objeção hipócrita que belo ato fingindo preocupação com os pobres. Sem dúvida, com profunda angústia de coração para a incredulidade endurecido de Judas, Jesus repreendeu-o, dizendo: "Deixai-a, a fim de que ela pode mantê-lo para o dia da minha sepultura. Para os pobres que você sempre tem com você, mas você não faz sempre têm Me "(João 12:3-8).

    Provavelmente, no dia seguinte, que teria sido o primeiro dia da semana, ou no domingo um grande número de judeus a Betânia para ver Jesus e também para "ver a Lázaro, a quem ele ressuscitou dentre os mortos" (Jo 12:9), que Jesus veio a Betfagé e preparado para entrar em Jerusalém através do East Gate da cidade. De acordo com esta cronologia da entrada triunfal foi na segunda-feira, em vez de "Domingo de Ramos", como a tradição cristã tem mantido por muito tempo.

    Essa cronologia também elimina o problema do que é muitas vezes referida como "Quarta-feira silenciosa", assim chamada porque os relatos evangélicos teriam nenhum registro de atividades de Jesus na quarta-feira se a entrada triunfal tinha sido no domingo. No que foi, de longe, a semana mais importante do ministério de Jesus tal lacuna é difícil de explicar.

    Suporte adicional para a entrada triunfal de segunda-feira é encontrado na exigência Mosaic que bodes expiatórios para a Páscoa eram para ser selecionado no décimo dia do primeiro mês (originalmente chamado Abib, mas depois do exílio chamado Nisan) e mantido na casa até sacrificados no XIV (Ex. 12: 2-6).

    No ano de Jesus foi crucificado (seja tomado como AD 30 ou 33), o décimo de Nisan foi a segunda-feira da semana da Páscoa. Se Jesus entrou em Jerusalém triunfalmente na segunda-feira, foi recebido nos corações do povo judeu como uma nação tanto quanto a família recebeu o cordeiro sacrificial para a casa. Ao fazê-lo, nosso Senhor teria cumprido o simbolismo da Páscoa mesmo nesse pequeno detalhe, sendo recebido pelo Seu povo no dia dez de Nisan. Continuando que o cumprimento perfeito, Ele então foi crucificado na sexta-feira o décimo quarto de Nisan, como o verdadeiro Cordeiro pascal sacrificado pelos pecados do mundo.

    A exatidão da profecia

    em seguida, Jesus enviou dois discípulos, dizendo-lhes: "Ide à aldeia em frente de você, e logo encontrareis uma jumenta presa lá e um jumentinho com ela;. desatar-los e trazê-los para mim e se alguém diz algo a você, você dirá: 'O Senhor precisa deles ", e imediatamente ele vai enviá-los." Agora isso aconteceu que o que foi dito pelo profeta poderia ser cumprido, dizendo: "Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, cria de uma besta de carga. '"E os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta eo jumentinho, e puseram-lhes as suas vestes, em que estava sentado. (21: 7-1b)

    A partir deste texto e muitos outros, é claro que Jesus estava sempre no controle dos eventos que afetou sua vida. Ele iniciou sua própria coroação, quando Ele enviou dois discípulos para obter a montagem em que Ele iria entrar em Jerusalém. Desse modo, ele colocou em movimento uma série de eventos climáticos que culminaram no sacrifício gracioso voluntária de si mesmo na cruz que tinha sido divinamente planejada desde a eternidade passada. Do começo ao fim os evangelhos desmentem completamente a tese de muitos intérpretes liberais que Jesus foi levado pelo entusiasmo da multidão e ficou preso em uma teia de intriga trágica religiosa e política que o pegou de surpresa. Ele não era um professor de moral bem-intencionado que foi longe demais na rankling os líderes judeus e foi impotente varridos para uma execução prematura.

    Os dois discípulos disseram para ir para a aldeia em frente a eles, onde eles iriam imediatamente ... encontrareis uma jumenta presa ... e um jumentinho com ela . Embora a vila estava perto dos dois animais, obviamente, estavam fora de vista, ou Jesus teria simplesmente apontou para eles. A mãe de burro foi trazido, sem dúvida, a fim de induzir a sua prole a cooperar. O jovem colt não seria facilmente ter deixado sua mãe e teria sido ainda mais difícil de lidar do que normalmente são burros.

    Apenas em sua onisciência poderia Jesus ter sabido que o burro e seu potro que, naquele momento, ter sido onde estavam, esperando para ser encontrado pelos dois discípulos. Jesus também sabia que os discípulos seriam questionados sobre a tomada de animais. Ele, portanto, instruiu-los ainda mais, "Se alguém disser alguma coisa para você, você dirá: 'O Senhor precisa deles", e imediatamente ele vai enviá-los. "

    Marcos relata que "alguns dos espectadores", que Lucas diz que foram os proprietários, de fato, pediu: "O que você está fazendo, desamarrando o jumentinho? ' E falou-lhes, assim como Jesus lhes tinha dito, e eles lhes deu permissão "(Marcos 11:5-6; Lc 19:33). Porque os proprietários prontamente deu permissão para a utilização dos animais, quando disse que o Senhor havia necessidade deles , parece provável que eles eram crentes em Jesus. Nós também aprender com os outros dois evangelhos que o colt nunca tinha sido montado (Mc 11:2). Foi um gesto de respeito e honra de oferecer tal um animal para alguém, como se dissesse: "Este animal foi reservado especialmente para você.

    Agora isso aconteceu que o que foi dito pelo profeta poderia ser cumprido, Mateus explica. Vida e ministério inteiro de Jesus foram marcados por duas Propositos primordiais, para fazer a vontade do Pai celeste (Mt 26:39, Mt 26:42;. Jo 4:34; Jo 5:30) e para cumprir as profecias do Antigo Testamento sobre a primeira vinda do Messias (Mt 5:17; Lc 13:33; 24: 25-27., At 3:21).

    A filha de Sião refere-se aos moradores de Jerusalém, que foi por vezes referido como Sião , porque Monte Sião é mais alto e mais proeminente colina da cidade. A profecia citada no versículo 5 é a partirdo profeta Zacarias, que 500 anos antes havia previsto que o povo de Jerusalém coroaria o Messias como seu rei como Ele estava vindo para a cidade e que Ele seria gentil , ou humilde, e montado sobre um jumento, em um jumentinho, cria de animal de carga (ver Zc 9:9; conforme Ne 2:6).

    O epítome de Louvor

    E a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores, e espalhá-los na estrada. E as multidões, indo diante dEle, e aqueles que seguiram depois clamavam, dizendo: "Hosana ao Filho de Davi: bendito o que vem em nome do Senhor;! Hosana nas alturas!" (21: 8-9)

    Como Jesus começou a andar para a cidade na segunda-feira, a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo road . Era um costume antigo (ver 2Rs 9:13) para os cidadãos a jogar suas roupas na estrada para seu monarca a andar mais, simbolizando o seu respeito por ele e sua submissão à sua autoridade. Era como se dissesse: "Nós colocamo-nos aos seus pés, até mesmo para andar sobre se necessário"

    Enquanto as pessoas estavam colocando suas roupas no caminho de Jesus, outros cortavam ramos de árvores, e espalhá-los na estrada . De João 0:13 aprendemos que os ramos eram de palma árvores , símbolo da salvação e da alegria e retratando a magnífica homenagem que a "grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações e todas as tribos, povos e línguas" um dia vai apresentar "diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e ramos de palmeiras ... em suas mãos" (Ap 7:9). As expectativas de que o Messias traria libertação eram tão grandes que a multidão ficou totalmente apanhado em que, a partir de uma perspectiva humana, era um frenesi de mob histeria. No entanto, completamente de acordo com o plano de Deus, eles inconscientemente cumpriu a profecia assim como Caifás profecia involuntariamente cumprida quando, alguns dias antes, ele havia arrogantemente declarou aos colegas membros do Sinédrio: "Você sabe absolutamente nada, nem você levar em conta que Convém-lhe que um homem morra pelo povo, e que toda a nação não pereça ". Como João passou a explicar, Caifás não disse que "por sua própria iniciativa; mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação" (João 11:49-51).

    Aparentemente a uma só voz, toda a multidão estava gritando, dizendo: "Hosana ao Filho de Davi;! Bendito o que vem em nome do Senhor, Hosana nas alturas!" A palavra hebraica hosana é um apelo exclamatory significa " salvar agora "Mas a multidão naquele dia não estava interessado em Jesus 'salvar suas almas, mas apenas em sua economia de sua nação. Como os Doze, que há muito se perguntou por que se Jesus fosse verdadeiramente o Messias, Ele não tinha usado seus poderes sobrenaturais contra os romanos. Agora, finalmente, eles pensaram, Ele vai manifestar-se como conquistador.Eles estavam prestes a celebrar a Páscoa, que comemora libertação milagrosa do Senhor de Israel da escravidão do Egito. Que melhor ocasião poderia haver para o Ungido do Senhor, o Messias, para fazer a libertação final e final de Seu povo da tirania?

    As pessoas queriam uma conquista, reinando Messias que viria em grande poder militar para se libertar do jugo brutal de Roma e estabelecer um reino de justiça e de justiça, onde o povo escolhido de Deus teria favor especial. Mas Jesus não veio para conquistar Roma, mas para vencer o pecado ea morte. Ele não veio para fazer a guerra com Roma, mas para fazer a paz com Deus para os homens.
    Embora os gritos da multidão foram totalmente adequado e foram, de fato, cumprimento da profecia, o povo não tinha idéia do verdadeiro significado do que eles estavam fazendo, muito menos do que Jesus em breve iria fazer na cruz em seu nome. Eles não compreenderam o Senhor nem a si mesmos. Ele intencionalmente não entrar em Jerusalém com uma comitiva poderoso de soldados que iria lutar por ele até a morte. Ele entrou em vez com uma multidão desorganizado de pessoas comuns, a maioria dos quais, apesar de sua proclamação alto de sua grandeza, em breve iria se voltar contra ele, e nenhum dos quais ficaria com ele.
    A multidão reconheceu Jesus como o Filho de Davi , que era o título messiânico mais comum. Eles estavam clamando por libertação de Messias, implorando, com efeito, "Salva-nos agora grande Messias! Salva-nos agora!" Eles estavam citando um salmo louvor populares do Hallel (13 1:118-1'>Salmos 113:118), em particular o Salmo 118, que também foi um salmo de libertação, às vezes chamado de salmo do conquistador. Mais de uma centena de anos antes, os judeus tinham saudado Jonathan Macabeu com o mesmo salmo depois que ele entregou a Acra da dominação síria.

    A multidão sabia quem era Jesus, mas eles não entenderam ou realmente acredito que eles sabiam. Eles estavam certos em sua crença de que Ele era o Messias, o Filho de Davi , e que tinha vindo em nome do Senhor . Mas eles estavam errados em suas crenças sobre o tipo de Libertador Ele era. Eles sabiam que Ele era um rei, mas eles não entenderam a natureza da Sua realeza ou Seu reino. Eles não perceberam mais do que Pilatos que o reino Ele veio em seguida, para trazer não era deste mundo (Jo 18:36). É por isso que quando ficou claro para eles, alguns dias depois que Jesus não tivesse vindo para livrá-los dos romanos, eles se voltaram contra ele. Quando eles clamavam diante de Pilatos para a libertação de Barrabás em vez de Jesus (Jo 18:40), eles gritaram, com efeito, as palavras de Jesus tinha predito na parábola do nobre: ​​"Não queremos que este reine sobre nós" (Lc 19:14).

    As pessoas queriam Jesus em seus próprios termos, e não vai se curvar a um rei que não era do seu agrado, mesmo que Ele era o Filho de Deus. Eles queriam que Jesus para destruir Roma, mas não os seus pecados secretos ou a sua hipocrisia, religião superficial. Mas Ele não iria entregá-los em seus próprios termos, e não seria entregue à Sua. Ele não era um Messias que veio para oferecer uma panacéia de paz externa no mundo, mas para oferecer o infinitamente maior bênção da paz interior com Deus.
    Muitas pessoas hoje estão abertos a um Jesus que eles acham que vai dar-lhes a riqueza, saúde, sucesso, felicidade, e as outras coisas do mundo que eles querem. Como a multidão na entrada triunfal eles vão alto aclamar Jesus, enquanto eles acreditam Ele irá satisfazer seus desejos egoístas. Mas, como a mesma multidão, poucos dias depois, eles vão rejeitar e denunciar quando Ele não produzirem os resultados esperados. Quando a Sua Palavra confronta-los com o seu pecado e sua necessidade de um Salvador, que amaldiçoá-Lo e virar.
    Os romanos eram opressores ateus e cruéis, e que o Senhor não lhes permitiria sobreviver indefinidamente. Mas eles não eram o maior inimigo de seu povo. Seu maior inimigo era pecado, e de que eles se recusaram a ser entregue. Deus permitiria que o santo templo do Seu povo escolhido para ser destruído muito antes Deixou seus opressores pagãos para ser destruído. Ele, de fato, permitir que esses mesmos pagãos para destruir o Templo sagrado.

    No dia após a Sua entrada triunfal em Jerusalém Jesus "entrou no templo e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E Ele lhes disse: "Está escrito:" A minha casa será chamada casa de oração; "mas você está tornando-se um ladrões" den "(Mt 21:12-13.). Essa purificação do Templo era puramente simbólico e teve pouco efeito duradouro. Os moneychangers mercenários e vendedores de sacrifício eram, sem dúvida, de volta aos negócios do dia seguinte. Mas menos de 40 anos mais tarde, em AD 70, os romanos quiseram destruir totalmente o Templo, após o que, assim como Jesus predisse, nem uma pedra do que foi deixada sobre outra que não foi demolido (Mt 24:2). A primeira vez que Ele veio, Ele veio para oferecer a salvação dos homens. Mas quando Ele voltar, Ele virá para exibir sua soberania. Sua grande e última coroação em que dia é descrita por João:

    E, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro Anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. E cantavam um cântico novo, dizendo: "Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos; porque foste morto, e compra fizeste por Deus para com os teus homens de sangue de toda tribo, língua, povo e nação e mil. Fê-los a ser um reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra ". E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos seres viventes e dos anciãos; eo número deles era miríades de miríades e milhares de milhares, dizendo em alta voz: "Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, honra, glória e louvor." E a toda criatura que está no céu e na terra e debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, dizerem: "Àquele que está sentado no trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, honra e glória e poder pelos séculos dos séculos ".E os quatro seres viventes diziam: "Amém". E os anciãos prostraram-se e adoraram. (Apocalipse 5:8-14)

    O Element da Perplexidade

    E quando Ele entrou em Jerusalém, toda a cidade foi agitada, dizendo: "Quem é este?" E as multidões estavam dizendo: "Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia." (21: 10-11)

    Relato de Mateus sobre a entrada de Jesus termina com um elemento de perplexidade. Após as grandes gritos de aclamação tinha um pouco diminuiu e Jesus entrou Jerusalém , os moradores da cidade começaram a perguntar: " Quem é este? " A melhor resposta à multidão de celebrantes poderia dar era: " Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia . " Obviamente, a maioria deles tinha dado pouca atenção ao que eles tinham sido gritando tão veementemente. Mal tinham acabado proclamando Jesus como o Messias, o Filho de Davi, que veio em nome do Senhor. Mas eles não compreenderam o que eles disseram, e quando as emoções de massa diminuiu, eles eram difíceis put a dizer que Jesus realmente era, à excepção de um profeta que veio de Nazaré da Galiléia . Eles já não O chamou o Filho de Davi ou elogiou-o como o grande Libertador. Ele já não era mais do que um profeta .

    As pessoas sabiam, mas eles não acreditaram, e porque eles não acreditam que eles deixaram de saber. Tal como os seus antepassados ​​para quem Isaías pregou, eles ouviram, mas não percebem e serra, mas não entendia, porque seus corações eram insensíveis (Isa. 6: 9-10). Eles ouviram a mensagem de Jesus, eles atestaram Seus milagres, e eles ainda reconheceu a Sua divindade, mas eles rejeitaram Seu como Salvador e Seu senhorio. Eles foram totalmente terrestre, materialista, e auto-satisfeito Eles estavam interessados ​​apenas nos reinos deste mundo, e não o reino dos céus Eles teriam aceitado Jesus como um rei terreno, mas eles não teriam como seu Rei celestial.

    112. A Purificação do Templo pervertido (Mateus 21:12-17)

    E Jesus entrou no templo e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E Ele lhes disse: "Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração.», Mas você está fazendo covil de ladrões " E os cegos e os coxos a Ele no templo, e ele os curou. Mas quando os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que ele tinha feito, e as crianças que clamavam no templo e dizendo: "Hosana ao Filho de Davi", ficaram indignados, e disse-lhe: "Você Você ouve o que estes estão dizendo? " E Jesus lhes disse: "Sim, não lestes," fora da boca de crianças e bebês de enfermagem Tu tens louvor preparado para ti mesmo "? E Ele os deixou e saiu da cidade para Betânia, e ali. (21: 12-17)

    A entrada triunfal na segunda-feira tinha começado fora East Gate de Jerusalém, onde uma multidão seguiu Jesus na cidade e outro grande grupo saiu da cidade para encontrá-lo e, em seguida, abriu o caminho diante dele, espalhando roupas e ramos de palmeiras na estrada como eles fui (vv 8-9; conforme João 12:12-13.). "Ele entrou em Jerusalém e entrou no templo," Marcos nos diz; "E depois de olhar ao redor, ele partiu para Betânia com os doze, pois já era tarde" (Mc 11:11). Na terça-feira de manhã, depois de passar na noite de ontem, em Betânia, Ele voltou para Jerusalém.

    Como mencionado no capítulo anterior, na época da Páscoa na cidade de Jerusalém cresceu para talvez quatro ou cinco vezes o seu tamanho normal por causa dos peregrinos judeus que vieram de todo o mundo conhecido para comemorar esta grande festa. Tradição há muito tempo ditou que a Páscoa pode ser celebrada corretamente somente em Jerusalém. Mas porque a cidade não poderia acomodar o aumento das multidões que vieram para essa ocasião, os líderes religiosos declarou um decreto especial a cada ano que se estendeu temporariamente os limites da cidade para incluir uma área considerável do lado de fora dos muros, incluindo várias pequenas aldeias como Betfagé e de Betânia. Como muitos outros visitantes, Jesus e seus discípulos passaram o dia dentro da cidade murada adequada, mas passou a noite em uma comunidade próxima. Aqueles que não poderia encontrar o aluguer de alojamento e que não tinha amigos que vivem na área, muitas vezes acampados ao ar livre.
    Enquanto eles estavam em Jerusalém, muitos judeus foram para o templo para orar, para oferecer sacrifícios, para realizar rituais de limpeza e purificação ritual, e apresentar ofertas nas grandes recipientes em forma de trompete localizados no átrio das mulheres.

    Mas, como Jesus entrou no templo nessa terça-feira da semana da Páscoa, Ele veio com um propósito único: para dar mais uma demonstração de suas credenciais messiânicas. Para os milhares de celebrantes, aos líderes religiosos, e mais especificamente para os principais sacerdotes e escribas (ver Mt 20:18; Mt 21:15)., Ele ofereceu novamente testemunho claro para a natureza de Sua realeza e do Seu reino.

    Desde as primeiras manifestações dramáticas de Seu poder de operar milagres, a multidão queria levá-lo à força e fazê-Lo rei (Jo 6:15). Sua intenção, é claro, era para ele ser um rei do seu próprio gosto que iria cumprir as suas aspirações de libertação do jugo de Roma. Mas o Senhor sempre se recusou a ser que tipo de rei e realizar esse tipo de libertação. Sua coroação processional em Jerusalém no dia anterior foi marcada pela simplicidade ao invés de pompa e pela humildade em vez de esplendor. Ele não foi acompanhado por personalidades influentes e um exército poderoso, mas por desarmados, ninguéns impotentes. E como Ele havia predito (20: 18-19) e que logo demonstrar, que Ele não veio para reinar, mas para morrer, não para ser coroado, mas para ser crucificado, e não com a Proposito de entregar Israel a partir do poder de Roma, mas de entrega de todos os homens do poder do pecado.

    Mas Jesus já deu uma demonstração de realeza que estava em contraste marcante com seu humilde inauguração no dia anterior

    Ele mostrou que ele estava em uma missão divina

    E Jesus entrou no templo (21: 12a)

    Alguns manuscritos antigos de Mateus conter as palavras "de Deus", depois de o templo , e que a leitura parece ser autêntico. Como RCH Lenski comentou, "O templo de Deus nunca é usada no Novo Testamento como uma frase em qualquer lugar, mas aqui, por isso parece improvável que algum escriba iria colocá-lo. Mas se você entender o que Jesus está prestes a fazer, faz todo o sentido do mundo que [Mateus] teria afirmado que este era o templo de Deus, quando ele está prestes a descrever a impiedade total de suas atividades. " Ainda assim, a frase "de Deus" não acrescenta nada ao ensino básico da passagem, porque o templo em Jerusalém, obviamente, pertencia ao Deus dos judeus. Mas essas duas palavras não servem para ajustar o foco e intensificar a ênfase, destacando o fato de que Jesus estava lidando com o símbolo terreno sagrado da presença de Seu Pai celestial.

    Se Jesus fosse o Messias militar o povo queria, ele teria trazido um exército em Jerusalém e atacou o principal guarnição romana em Fort Antonius. Em vez disso, sozinho e desarmado, ele atacou um grupo de seus compatriotas que foram profanavam o templo . A questão suprema de Jesus não era o exército de Roma, mas o templo de Deus. O Messias não veio como um salvador econômico, político, social ou militar da injustiça e da opressão, mas como um salvador espiritual do pecado e da morte. Na sua segunda vinda Ele vai realmente fazer direito as injustiças e desigualdades que afligem a humanidade. Mas, antes que Ele volte como Rei dos reis e Senhor dos senhores para estabelecer o Seu reino milenar gloriosa e resolver todos os conflitos da humanidade caída, ele primeiro tinha que vir como Salvador para estabelecer Seu reino espiritual dentro aqueles que confiam nEle.

    Jesus começou o seu ministério em uma Páscoa assim como Ele agora terminou em uma Páscoa. Assim como no presente momento, "Encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e os cambistas sentados." E assim como ele estava prestes a fazer de novo, ele tinha feito antes, quando Ele "expulsou todos do templo, com as ovelhas e os bois; e Ele derramou as moedas dos cambistas e derrubou as mesas; e aos que vendiam as pombas Ele disse: 'Tirai daqui estas coisas; parar de fazer casa de meu Pai uma casa de comércio "(João 2:14-16).

    Durante os anos ocultos de sua adolescência e início da vida adulta, e, certamente, durante o seu ministério, Jesus tinha visto tanta injustiça social, a desigualdade econômica muito, muito privação e pobreza e muita opressão e crueldade pelos romanos. Mas sua missão nunca se para aquelas coisas, porque eles não são maiores problemas do homem. Foi o mais grave problema do pecado que Jesus tinha vindo a conquistar. Problema dos homens com Deus é infinitamente maior do que os seus problemas com outros homens. Eles não podem, de fato, resolver os seus problemas com o outro até que seu problema com ele é resolvido através da fé e obediência.
    Foi no templo erguido em seu próprio nome e pelas pessoas que Ele havia escolhido para si que o Senhor foi mais ofendido e negados. Foi, portanto, em sua própria casa que a limpeza começou. Enquanto as coisas estavam erradas com o culto de Israel, as coisas não poderiam estar bem no país. A adoração é sempre o ponto focal. O grande problema com a sociedade não é a injustiça, a desigualdade crime, ou mesmo imoralidade-penetrante e destrutivo como os males poderia ser. O mal da sociedade dos males sempre foi o seu abandono de Deus. E isso é tão verdadeiro hoje como era no antigo Israel que o povo de Deus deve-se ser revivido e renovado antes que eles possam ser Seus instrumentos para mudar o mundo ao seu redor.
    Jesus tinha limpou o templo, três anos antes, mas foi agora provavelmente mais profano e corrompido do que nunca. Por que, então, será que ele novamente deu ao trabalho de fazer esse gesto aparentemente fútil? Ele sabia que seu ato de limpeza seria temporária e não iria mudar os corações dos líderes religiosos. Mas Ele foi obrigado a deixar isso claro testemunho de santidade de Deus e para o juízo de Deus contra a profanação e religião falsa.
    Deus havia enviado repetidamente profetas para alertar seu povo de sua idolatria e outros pecados e de chamá-los de volta a Ele. Às vezes, não haveria a reforma, mas a reforma quase que invariavelmente seria degenerar em ainda pior idolatria do que antes. No entanto, Ele enviou os Seus profetas uma e outra vez para declarar a Sua verdade, Sua santidade, e seu julgamento. O Senhor nunca deixa de declarar sua vontade para o Seu povo, não importa quantas vezes ou quão perversamente eles rejeitam. A verdade revelada que não resulta em arrependimento torna-se a fonte de maior condenação.
    Como Jesus entrou no templo , foi, sem dúvida, repleta de milhares de fiéis judeus, moagem sobre o Tribunal exterior dos gentios, onde todos estavam autorizados a entrar. Talvez os líderes judeus argumentou que, se os gentios podiam estar lá para que pudesse de qualquer outra coisa. Dentro das últimas décadas a área passou a ser usado como um mercado religioso, operado sob os auspícios do sumo sacerdote Anás. Ele era um homem corrupto e vil, que viu o Templo e sua posição exaltada apenas como meio de poder pessoal e de riqueza. As empresas de negócios no Pátio dos Gentios veio a ser conhecido como o "Bazar de Anás," cujos sacerdotes e outros associados chefe supervisionou as franquias do Templo. Merchants iria comprar direitos a uma concessão para a venda de animais para o sacrifício, vinho, azeite, ou de sal, ou para a troca de dinheiro para a moeda e denominações adequada usado em ofertas do Templo. Além das taxas de franquia dos operadores, muitas vezes ser obrigado a pagar uma determinada percentagem dos seus lucros para Annas.

    De acordo com a lei levitical qualquer animal aprovado pelos sacerdotes poderiam ser oferecidos no Templo. Mas os principais sacerdotes a certeza de que os animais não compraram em uma de suas franquias seria julgado inaceitável, dando aos seus concessionários o direito de facto para fornecer todos os animais. De acordo com o historiador judeu-cristão Alfred Edersheim, uma pessoa que muitas vezes tem que pagar tanto quanto dez vezes mais do que um animal normalmente custo. Como se isso não bastasse extorsão, aqueles que precisavam ter moeda estrangeira trocados ou que teve de ter seu dinheiro convertido na quantidade exata para uma oferta foram cobrada uma taxa de vinte e cinco por cento. Jesus foi, portanto, falando literalmente quando Ele chamou o mercado Templo "covil de salteadores" (v. 13).
    Quando Ele foi obrigado a limpar a casa de Seu Pai de sacrilégio, Cristo demonstrou Ele estava em uma missão divina de Seu Pai celestial.

    Ele demonstrou Autoridade Divina

    e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. (21: 12b)

    O templo era o lugar supremo do culto judaico, o sumo sacerdote e príncipes dos sacerdotes eram, portanto, os mais poderosos líderes religiosos em Israel. Dentro dos limites do templo, os guardas do sumo sacerdote tinha um poder extraordinário. Como a lei judaica exigia a morte por qualquer não-judeu que foi mais longe no Templo do que o Pátio dos Gentios, os romanos tinham dado a aprovação para os guardas do Templo, para matar um criminoso no local.

    No entanto, Jesus confrontou o sumo sacerdote, os príncipes dos sacerdotes, os guardas do templo, e os mercadores do templo com a impunidade. Eles estavam prestes a se encontrar com alguém sobre o qual eles não tinham absolutamente nenhum poder. Embora muitos desses homens, mais tarde, ser um instrumento de prisão, julgamento e crucificação de Jesus, eles foram capazes de exercer esse poder apenas pelo subsídio do Pai. Como Pilatos, eles não tinham autoridade sobre Jesus que não tinha "sido dado de cima ..." (Jo 19:11). Como Jesus havia declarado aos fariseus incrédulos numa ocasião anterior, em Jerusalém, somente Ele tinha poder sobre a sua vida. "Por isso, o Pai me ama," Ele disse, "porque eu dou a minha vida para que eu possa levá-la novamente. Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la "(João 10:17-18).

    Em poucos dias, Jesus iria apresentar-se nas faixas de os líderes religiosos judeus para eles para fazer o que quisessem. Mas nesta ocasião eles não tinham poder para impedi-lo de fazer uma demonstração final de Sua autoridade divina. Sem aviso e sem resistência, Jesus expulsou ambos os comerciantes e seus clientes e derrubou as mesas dos cambistas . Antes que os milhares de fiéis, os comerciantes confusos, e os sacerdotes que passou a estar presente, Jesus fez uma confusão do bazar e declarou a vergonha de quem lucrou com isso. Toda a arena estava em confusão e desordem, com animais correndo solta, pombas voando ao redor, e dinheiro de todos os tipos de rolamento em frente ao pátio. Mas naquela época os comerciantes, cambistas e sacerdotes não fez e não podia levantar uma banda ou até mesmo uma voz contra Ele, mais do que os leões poderiam morder o profeta Daniel.

    Havia também razões humanas por que Jesus não foi rejeitada. Os sacerdotes e outros líderes religiosos estavam com medo do povo judeu, muitos dos quais acabava de proclamar Jesus como o Messias (conforme Lc 19:48). Os comerciantes também tinham medo do povo, a quem tinha enganado e extorsão por tantos anos. Registros históricos revelam que várias décadas depois, as pessoas fizeram de fato motim contra os seus exploradores Templo mercenários. Mas essas razões ficam aquém do totalmente explicar o que aconteceu com aqueles que foram profanar o templo. Eles não estavam simplesmente intimidado, mas foram impotentes e sem fala perante a autoridade deste professor Galileu quem desprezavam e se recusou a reconhecer como o Messias.

    Marcos relata que Jesus estava em tal controle poderoso que Ele não iria mesmo "permitir que ninguém o transporte de mercadorias através do Templo" (Mc 11:16). Porque o Templo estava perto do East Gate, o Pátio dos Gentios foi muitas vezes utilizado como passagem por aqueles que viajam de ou para o lado sudoeste da cidade. Jesus também colocar um fim imediato a esse desprezo pela santidade da casa de Deus. A implicação parece ser que Ele fez as pessoas abandonam o que eles estavam carregando e sair de mãos vazias. Aqui, também, não vemos qualquer indício de resistência ou oposição.Presença dominante de Jesus era tal que disseminou o medo e submissão em cada pessoa existe, independentemente do que eles pensavam dele ou do que ele estava fazendo.

    Jesus veio ao mundo em humilhação, como o Filho de Deus encarnado, mas nesta ocasião, como em vários outros, Ele manifesta ódio força divina contra o pecado, especialmente o pecado que profana o nome de Deus e sullies Sua santidade. Por esta exibição unresistable poderoso do poder Ele fez o Templo simbolicamente limpo. Com a grande confusão de animais, mesas, cadeiras, dinheiro e pessoas assustadas, ele estava longe de ser arrumado; mas foi por um breve tempo limpo de contaminação moral evidente.

    Foi em parte da grande ódio de Martin Luther de indulgências, a suposta compra da graça de Deus para o dinheiro que a Reforma Protestante nasceu. Os crentes de hoje devem clamar como Luther fez por Cristo para limpar a igreja de suas muitas contaminações modernas, incluindo a mercadoria do evangelho. Julgamento ainda deve "começar com a família de Deus" (1Pe 4:17).

    Ele revelou Compromisso com a Sagrada Escritura

    E Ele lhes disse: "Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração.», Mas você está fazendo covil de ladrões " (21:13)

    Como sempre fazia, Jesus vindicado o que estava fazendo, apelando para o Antigo Testamento, aqui citando Is 56:7). Mateus omite essas palavras provavelmente porque ele estava escrevendo principalmente para os judeus. Mas o ponto principal em ambas as contas é que purificação do Templo de Jesus foi consistente com a Palavra de Deus.

    O templo era para ser um lugar de adoração, meditação silenciosa, contemplação, louvor e devoção, um lugar onde o povo de Deus poderia se achegar a Ele em adoração, sacrifício, e as ofertas e poderia buscar a Sua vontade e bênção. Não era para ser um mercado combinação, curral, e banco, onde vendedores ambulantes e charlatães realizado em suas empresas gananciosas, sob o pretexto de servir e adorar ao Senhor.

    Na dedicação do Templo, Salomão orou: "Senhor, meu Deus, ... ouvir o clamor ea oração que o teu servo faz diante de Ti hoje, que os teus olhos estejam abertos sobre esta casa de noite e de dia para o lugar dos quais disseste: "O meu nome estará ali", para ouvir a oração que o teu servo fizer voltado para este lugar e ouvir a súplica do teu servo e do teu povo Israel, quando orarem neste lugar;. ouvir tu nos céus, lugar da tua habitação; ouvir e perdoar "(I Reis 8:28-30).

    Foi para o Tabernáculo, que precedeu o Templo como lugar central de Israel de culto, que Hannah foi quando ela estava sofrendo amargamente sobre sua esterilidade. Em que lugar santo do Senhor graciosamente concedido o seu pedido de um filho, cujo nome era Samuel e que se tornou um dos servos de escolha de Deus (1 Sm. 1: 9-20). Davi declarou: "Uma coisa pedi ao Senhor, que eu procuro: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e meditar no seu templo" (Sl 27:4. Em vez de ser um lugar onde as pessoas fiéis de Deus poderia vir e adoração sem serem molestados e protegido, o templo tornou-se um lugar onde eles foram extorquidos e seus roubadores foram protegidos. Esses ladrões religiosamente conectados encontraram refúgio no templo como highwaymen encontrou refúgio na cova dos ladrões . Mas ao contrário de ladrões normais, seu roubo era pública, e eles roubaram e refugiou-se no mesmo lugar. O santuário de Deus tornou-se um santuário para os ladrões.

    Ele manifestou Compaixão e Poder Divino

    E os cegos e os coxos a Ele no templo, e ele os curou. (21:14)

    Temerosos de Jesus, e incapaz de resistir a ele, os sacerdotes, os comerciantes, cambistas, sacrifício-compradores, e os viajantes que utilizam o pátio dos gentios como um atalho através da cidade, aparentemente tinha tudo disperso. Mas os cegos e os coxos , embora certamente impressionado com Jesus, não tinham medo dele. Mesmo imediatamente após a sua exibição dramática de indignação divina, aquelas almas carentes corretamente percebeu que a fúria do Senhor não era de forma direcionada a eles. Assim como os ímpios e impenitentes pode esperar a ira de Deus, aqueles que humildemente buscar a Sua verdade e Sua ajuda pode esperar Sua compaixão.

    O doente e os aleijados, a maioria dos quais eram necessariamente mendigos, continuamente se reuniram no templo, na esperança de, no mínimo, para o dom de alguns denários e, no máximo, por um milagre de cura. Eles eram desprezados e ignorados pela maioria de seus compatriotas, em grande parte porque eles foram considerados como estando a sofrer como resultado direto dos pecados que eles ou seus pais cometeram (ver Jo 9:2.).

    Os crentes sabem que Jesus Cristo algum dia vai vir a este mundo em juízo devastador, que todo o julgamento foi dado a Ele pelo Pai, e que somente Ele tem as chaves da morte e do inferno. Eles sabem que ele controla o destino de cada alma, e que Ele tem o soberano e apenas o direito de enviar homens e mulheres incrédulas para o inferno para sempre. Mas, como os cegos e os coxos que veio para Jesus no Templo, os cristãos vêm ao Senhor com temor, mas também com perfeita confiança, sabendo que Ele não vai desviá-los ou condená-los. Eles sabem que Ele ama seus filhos e que nunca lhes fazer mal, mas sempre fazer-lhes bem, mesmo quando eles experimentam que o bem através de seu grupo de disciplina (He 12:6). Os sumos sacerdotes e os escribas agora talvez pensou a mesma coisa sobre sua cura. Não somente Ele se opor a eles como os governantes do Templo, mas em seus olhos Ele realmente trabalhou contra Deus por arbitrariamente curar aqueles que pensaram estavam sendo divinamente punidos por seus pecados.

    Como os fariseus, os príncipes dos sacerdotes e os escribas senti tão hipocritamente superior ao homem comum, especialmente para os aflitos e pobres que foram pensados ​​para merecer o seu destino, que testemunhar nenhuma quantidade de sofrimento poderia provocar compaixão neles. E eles eram tão inflexível em sua rejeição de Jesus como o Messias que nenhuma quantidade de provas poderia provocar crença nelas.

    Em vez de reconhecer sua autoridade, Jesus condenou a sua auto-justiça. Em vez de louvar a sua santidade, Ele condenou a sua hipocrisia. Em vez de reconhecer suas obras religiosas como agradável a Deus, Ele os condenou como ofensivo a Deus e sem valor. Por conseguinte, estes homens se recusaram a reconhecer Jesus mesmo como um rabino legítimo, muito menos como o Filho prometido a Davi. O que era perfeitamente claro para a maioria do povo judeu comuns em Jerusalém foi perfeito disparate à elite Templo erudita e de auto-satisfação.
    Eles, portanto, lhe disse: "Você é ouvir o que estes estão dizendo?" Eles disseram que, com efeito, "Você não percebe que essas crianças, como o ontem ralé, estão chamando o Messias? Por que você não detê-los ? Como você pode ficar lá aceitar elogios que pertence somente a Deus? Como você pode tolerar tal blasfêmia? " O verdadeiro problema, é claro, foi a de que eles não podiam tolerar a piedade compassivo de Jesus, porque era uma acusação contundente de sua impiedade sobrecarregados.

    Deixando seus acusadores sei que Ele não era alheio ao que estava acontecendo, Jesus primeiro respondeu simplesmente Sim . Ele estava plenamente consciente do que estava sendo dito, e Ele tinha plena consciência do seu significado e importância. "Mas", ele passou a pedir aos homens instruídos, " você nunca leu, "fora da boca de crianças e bebês de enfermagem Tu tens louvor preparado para ti mesmo"? Assim como fez em diversas ocasiões, Jesus irritou os líderes judeus citando o Antigo Testamento contra eles, a especialistas em Escrituras aceito.

    Jesus estava citando o Sl 8:2).

    Mesmo rejeição de Jesus pelos principais sacerdotes e escribas e Sua aceitação voluntária de que a rejeição demonstrada Sua realeza divina. Deus sabia que o homem mau iria rejeitar o Seu Filho, e foi parte integrante do plano divino de que o Messias seria "desprezado, eo mais rejeitado entre os homens" (Is 53:3).

    Nas palavras simples, mas assombrando Ele os deixou há um volume de verdade. Jesus deixou os sacerdotes e escribas descrentes, porque eles não quiseram vir a Ele. Eles desafiou-o novamente no dia seguinte, perguntando: "Com que autoridade fazes estas coisas, e quem te deu tal autoridade?" Ele respondeu, pedindo-lhes: "O batismo de João era de que fonte, do céu ou dos homens? E começou a raciocinar entre si, dizendo: Se dissermos: "Do céu," Ele nos dirá: "Então por que você não acredita nele?" Mas, se dissermos: "A partir de homens", tememos o povo; porque todos consideram João como profeta. E respondendo Jesus, eles disseram: 'Nós não sabemos. " Ele também disse a eles: 'Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas' "(Mateus 21:23-27.).

    Em vez de atacar Roma, Jesus atacou judaísmo. Em vez de ser um conquistador, Ele era um confrontador. Em vez de promover a revolução, ele pregou a justiça. E, em vez de limpar o inimigo sem, Ele limpou o inimigo interno.
    Este não era o tipo de Messias judaísmo estava procurando, em seguida, ou está procurando. A maioria dos judeus, religiosos ou não religiosos, não têm interesse no Filho de justiça. Aqueles que olham para um Messias em tudo está procurando o mesmo tipo seus antepassados ​​procuraram nos dias de Jesus. Eles ainda estão à procura de um salvador militar, político e econômico que vai mudar o mundo em seu nome, mas que não vai mudá-los.
    Jesus não vai permanecer onde Ele é indesejada. Apesar de todo o homem é responsável perante Deus, Ele obriga-se em ninguém. E, embora a salvação é, antes de tudo pela iniciativa e poder soberano de Deus, nenhuma pessoa é salva a contragosto. Como os principais sacerdotes e escribas descrentes não recebê-Lo, Ele os deixou e saiu da cidade para Betânia, e lá , para ficar com sua queridos amigos Maria, Marta e Lázaro, e os outros discípulos fiéis que esperavam em e O amava.

    113. O Caminho da árvore de figo (Mateus 21:18-22)

    Agora pela manhã, quando ele voltou para a cidade, teve fome. E, vendo uma figueira solitário à beira da estrada, Ele veio a ele, e não encontrei nada sobre ele, exceto apenas folhas;e Ele disse a ela, "Não mais deve haver sempre qualquer fruto de ti." E, uma vez que a figueira secou. E, vendo isso, os discípulos se admiraram, dizendo: "Como é que a figueira secou imediatamente?" E Jesus, respondendo, disse-lhes: «Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidarem, você deve não só fazer o que foi feito à figueira, mas mesmo se você disser a este monte: 'Ser tomadas —se e lança-te no mar ', deve acontecer. E todas as coisas que pedirdes na oração, crendo, recebereis. " (21: 18-22)

    Na segunda-feira da semana da Páscoa Jesus entrou na cidade em um jumentinho burro para uma recepção de Messias e foi aclamado o Filho de Davi, como o povo gritou hosanas e roupas e ramos de palmeiras colocados na estrada antes dele (Matt. 21: 1— 11). Na terça-feira ele voltou para a cidade novamente e limpou o templo dos mercadores de sacrifício e moneychangers (vv. 12-17). Agora na quarta-feira, ele entrou em Jerusalém pela terceira vez desde que chegou-se a partir de Jericho.

    De Marcos ficamos a saber que o encontro com a figueira envolveu dois dias sucessivos. Jesus amaldiçoou a figueira, na manhã Ele entrou em Jerusalém para purificar o Templo, e era no dia seguinte, quarta-feira, que os discípulos notaram que a árvore estava "seca desde as raízes para cima" (Mc 11:14, Mc 11:20). Mateus condensa os dois eventos em uma única conta, o que Ele menciona apenas em relação à quarta-feira.

    À luz de Jesus "apenas ter sido aclamado pela população como grande Messias de Israel e Rei, a sua purificação do Templo e amaldiçoou a figueira eram do significado especial e monumental. A purificação do Templo foi uma denúncia da adoração de Israel, e da maldição da figueira foi uma denúncia de Israel como nação. Em vez de derrubar os inimigos de sua nação como o povo antecipado Ele pode, o recém-aclamado rei denunciou seu próprio povo.

    Era inconcebível para os judeus que o Messias seria condená-los, em vez de entregá-los, para que Ele iria atacar Israel em vez de Roma. É por isso que os elogios da entrada triunfal foram tão curta, transformando em poucos dias para chora pela morte de Jesus. Ele havia demonstrado conclusivamente que ambas as Suas palavras e suas ações tinham testemunhado o tempo todo, que ele não tinha vindo como um Messias político-militar para libertar Israel de Roma e estabelecer um reino terreno. Quando a verdade finalmente amanheceu sobre eles, o que mais Jesus fez se tornou irrelevante para a maioria dos judeus. Eles não tinham nenhum uso para tal Messias e certamente nenhum uso para tal um Rei. Juntando-se os seus líderes em pedir a morte de Jesus, o povo iria declarar em essência, o que Jesus tinha predito na parábola do nobre: ​​"Nós não queremos que este reine sobre nós" (Lc 19:14).

    Maldição da figueira Jesus não era tão poderosamente dramática como a purificação do Templo, mas foi igualmente significativo.

    O Predicament

    Agora pela manhã, quando ele voltou para a cidade, teve fome, e vendo uma figueira solitário à beira da estrada, Ele veio a ele, e não encontrei nada sobre ele, exceto apenas folhas;(21: 18-19a)

    Como observado acima, na manhã refere-se à quarta-feira, um dia depois da purificação do Templo e, dois dias depois da entrada triunfal. Jesus voltou para a cidade de Jerusalém, depois de passar a noite em Betânia, como ele vinha fazendo, sem dúvida, com Maria, Marta e Lázaro (ver Mc 11:11).

    Parece certo que os anfitriões de Jesus teriam preparado café da manhã para o tinha ele queria, mas ele pode ter saído muito cedo para Oração no Monte das Oliveiras, que Ele sempre fazia, e não tinha tempo para voltar a Betânia para comer . Ou pode ter sido a de que ele tinha comido pequeno-almoço muitas horas mais cedo e que a Sua oração intensa e Sua escalar o Monte das Oliveiras reacendeu Sua fome.Em qualquer caso, ele ficou com fome . Embora Ele era o Filho de Deus, em Sua encarnação Jesus tinha todas as necessidades físicas normais características dos seres humanos. Portanto, quando Ele viu uma figueira solitário à beira da estrada, Ele esperava encontrar fruto nela para comer.

    Figueiras eram comuns na Palestina e muito valorizada. Não era incomum para que cresçam a uma altura de 20 pés e igualmente tão ampla, tornando-os uma excelente árvore de sombra. Quando Jesus o chamou para o discipulado, Natanael estava sentado sob uma figueira, provavelmente em seu próprio quintal (Jo 1:48). Antes que os judeus tinham entrado na Terra Prometida, o Senhor descreveu-se a eles como "uma terra de trigo e cevada de vinhas e figueiras e romãs, uma terra de azeite e mel" (Dt 8:8). Um lugar favorito para as pessoas se reúnem estava sob uma figueira.

    Assim como a presença da figueira era um símbolo de bênção e prosperidade para a nação, a sua ausência se tornaria um símbolo de julgamento e privação. Em grande parte por causa das muitas conquistas da Palestina após a rejeição de Cristo, a terra tornou-se ganancioso desnudo e estéril. Alguns invasores usaram as árvores para construir suas máquinas de guerra e outros simplesmente para alimentar suas fogueiras. Quando as árvores madeireiras foram embora, frutas e árvores de sombra foram cortadas. Durante uma ocupação os governantes começaram a tributação de acordo com o número de árvores em um pedaço de propriedade com o resultado previsível que muitos proprietários cortar algumas de suas árvores remanescentes, a fim de reduzir seus impostos.
    Normalmente, uma figueira produzido fruta antes que brotaram folhas. Portanto, quando Jesus encontrou nada sobre ele, exceto folhas , Ele estava desapontado, porque uma árvore com folhas já deveria ter tido frutos. Figueiras deu frutos duas vezes por ano, pela primeira vez no início do verão. Na altitude muito menor e muito mais quente clima de Jericó, algumas plantas e árvores foram produtivas quase o ano todo. Mas, em abril, uma figueira na altitude de Jerusalém seria normalmente não têm ou frutas ou folhas, porque, como Marcos observa, "não era tempo de figos" (Mc 11:13).

    No entanto, se a árvore produziu folhas cedo que deveria ter produzido frutos cedo. Seja por causa da água demais ou muito pouco, o tipo errado de solo, doença ou outro motivo, não foi funcionando como deveria.
    Jesus usou muitos assuntos de pássaros-da-natureza, água, animais, clima, árvores, flores, e outros, para ilustrar seu ensinamento. Nesta ocasião Ele usou uma figueira estéril para ilustrar uma nação espiritualmente estéril. A ilustração era uma parábola visual projetado para retratar a nação espiritualmente degenerado de Israel.

    A Parábola

    e Ele disse a ela, "Não mais deve haver sempre qualquer fruto de ti." E, uma vez que a figueira secou. (21: 19b)

    Porque a figueira era estéril, quando deveria ter tido frutos, Jesus disse-lhe: "Já não deve haver sempre qualquer fruto de ti . " Com essas palavras ele pronunciou desgraça da árvore. Foi sob uma maldição divina (ver Mc 11:21) e seria perpetuamente improdutivo. No relato de Mateus parece que a figueira secou imediatamente. Mas, como já foi observado, embora a árvore pode ter morrido de uma só vez , o murchamento não foi evidente até a manhã seguinte, quando Jesus e os discípulos passaram por ela de novo e viu que "seca desde as raízes para cima" (Mc 11:20).

    A figueira representado morto espiritualmente Israel, suas folhas representado religiosidade externa de Israel, e sua falta de frutas representado aridez espiritual de Israel. Como Paulo mais tarde descreveu seus companheiros judeus, eles tinham "zelo por Deus, mas não de acordo com o conhecimento" (Rm 10:2). Na parábola dos solos, a boa terra é comprovada pelo fato de que ele produz uma cultura, às vezes cem vezes mais, às vezes sessenta e às vezes trinta, mas sempre uma colheita (Mt 13:8).

    Este incidente não foi a primeira vez que Jesus tinha usado uma ilustração de uma figueira estéril. Numa ocasião anterior Ele disse que durante três anos o proprietário de uma determinada figueira não tinha conseguido encontrar frutas sobre ele e, portanto, instruiu sua vinha-keeper para cortá-la para baixo. Mas o guarda-redes defendeu com o proprietário, "deixou-o sozinho, senhor, para este ano também, até que eu cave em derredor, e colocar em fertilizantes, e se der fruto no ano que vem, tudo bem; mas se não, cortá-la" (13 6:42-13:9'>Lc 13:6-9). Presumivelmente, o pedido foi deferido. Aqui, também, a figueira representa esterilidade de Israel, e da vontade do proprietário para esperar a árvore para dar frutos representa a paciência de Deus antes de trazer julgamento. Nosso Senhor não faz nenhuma comparação específica do que três anos para os três anos de seu ministério, mas foi três anos após Jesus apresentou pela primeira vez a Israel como seu Messias que as pessoas declararam sua rejeição final Dele, colocando-o à morte.

    Cerca de quarenta anos mais tarde, a maldição sobre a nação de Israel, ilustrado por maldição de Jesus na figueira, foi cumprida. Naquela época, Deus permitiu que os romanos para saquear Jerusalém e arrasar o Templo, destruindo tanto a nação e sua religião, porque Israel não tinha dado qualquer fruta, uma vez que não tem até hoje.

    Na limpeza do templo, a mensagem do rei foi que a adoração de Israel era inaceitável, e em amaldiçoar a figueira foi que Israel como uma nação foi condenado por sua pecaminosidade e esterilidade espiritual. Essas mensagens da desgraça do povo não toleraria. Eles não aceitaram chamado de João Batista ao arrependimento, em preparação para a vinda do reino ou a sua declaração de que o Messias estava vindo com "A sua pá ... na mão [para] bem claro a sua eira, e [para] recolherá o seu trigo no celeiro [e] queimará a palha em fogo inextinguível "(Mat. 3: 1-12). Nem tinham aceite mesmo chamado de Jesus para o arrependimento ou o Seu mandamento de vir a Deus em contrição humilde e uma verdadeira fome e sede de justiça (4:17; 5: 3-12). Eles estavam agora ainda mais mal disposto a aceitar a Sua palavra de julgamento.

    Quando o Senhor entregou a Israel do Egito, Ele declarou:

    Agora será que, se diligentemente obedecer ao Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, se você obedecer ao Senhor, teu Deus. Bendito serás na cidade e bendito fareis ele no país. Blessed é o fruto do teu ventre eo fruto da tua terra e os filhos de seus animais, o aumento do seu rebanho e os jovens do seu rebanho. Blessed será sua cesta e sua bacia de amassar. Bendito serás quando entrares, e bendito serás quando você sair. (Deut. 28: 1-6)

    Mas o Senhor também declarou,
    Deve acontecer, se você não vai obedecer ao Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos e os seus estatutos com a qual eu cobrar-lhe hoje que todas estas maldições virão sobre ti e te alcançarão. Maldito serás na cidade e maldito serás no país. Maldito sua cesta e sua bacia de amassar. Maldito o fruto do teu ventre eo fruto da tua terra, o aumento do seu rebanho e os jovens do seu rebanho. Maldito serás quando entrares, e maldito serás quando você sair. (Vv. 15-19)

    Por meio de Isaías, o Senhor lembrou Israel que Ele havia alimentado e cuidado para ela como um homem que planta uma vinha no melhor da terra e dá-lhe o melhor de cuidado e proteção. Mas vinha produziu nada, mas fruto imprestável, eo homem declarou que iria remover as suas cercas e muros de proteção, que seja colocado resíduos e tornar-se sufocada pelos espinhos e espinhos. Ele nem mesmo permitir que ele receba chuva. "A vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel", o profeta explica. ". E os homens de Judá Sua encantadora planta Assim ele procurou a justiça, mas eis que o derramamento de sangue, para a justiça, mas eis que um grito de angústia" (Is 5:1-7.). Depois segue-se uma longa série de desgraças, ou maldições, descrevendo as calamidades povo de Deus iria sofrer por causa de sua infidelidade e aridez espiritual (vv. 8-30).

    O povo de Israel ainda hoje estão sob a maldição de Deus, preservada, mas unblessed. Eles são preservados porque Deus ainda vai resgatá-los nos últimos dias por causa de sua promessa, mas eles são unblessed porque eles continuam a rejeitar seu Messias. "Ele veio para os Seus, e aqueles que foram os seus não o receberam" (Jo 1:11). Eles não teriam como Salvador para livrá-los do pecado ou como Senhor para governá-los na justiça.

    Nos tempos modernos, alguns dos judeus do mundo têm se reunido para a terra da Palestina e estabeleceu o estado de Israel. Mas eles ainda não foram regathered redentora, porque isso vai ser o de fazer o Messias quando Ele vier a eles novamente para estabelecer o Seu reino. Eles estão de volta na Terra Prometida, mas eles ainda têm de herdar as bênçãos prometidas por Deus. Eles vivem em contínua agitação, instabilidade e perigo. Eles estão longe de ser o reino de paz do Messias vai trazer, mas são sim um campo de guerra, constantemente sob a ameaça de ataque e invasão. A vida lá foi reduzido praticamente para o básico de sobrevivência e defesa.

    Israel não será destruída, porque Deus a protege. Mas também não é ela que está sendo abençoado, porque ela não vai tê-Lo como seu Deus. Ninguém vem ao Deus Pai, que não vem através de Deus o Filho (Jo 14:6), eles se admiravam, dizendo: "Como é que a figueira secou imediatamente?" A árvore doente pode levar várias semanas ou meses para morrer, e mesmo aquele que tinha sido salgados, seja por acidente ou de maldade, levaria vários dias para morrer. Para a figueirapara murchar durante a noite foi a fazê-lo praticamente de uma só vez .

    Nesse ponto, o Senhor mudou a partir da parábola visual da figueira para outra verdade Ele queria ensinar os discípulos. O princípio ensinado na parábola era que a profissão religiosa, sem a realidade espiritual é uma abominação para Deus e é amaldiçoado. O princípio Jesus estava agora prestes a ensinar relacionado com maravilhado dos discípulos sobre a rapidez com que a figueira secou. Eles sabiam por que se secou, ​​porque ouviram Jesus amaldiçoá-lo; eles simplesmente não conseguia entender como ela poderia murchar tão rápido. O Senhor aproveitou a oportunidade para ensiná-los sobre o poder da fé se juntou ao propósito e vontade de Deus, o que pode fazer muito mais do que murcham instantaneamente uma figueira.
    Em resposta a sua perplexidade, Jesus respondeu, e disse-lhes: «Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidarem, você deve não só fazer o que foi feito à figueira, mas mesmo se você disser a este monte: 'Levante-se e lança-te no mar', deve acontecer. "

    Jesus era obviamente falando figurativamente. Ele nunca usou o seu próprio poder, nem os apóstolos nunca usar os poderes milagrosos que Ele lhes deu, para realizar espetaculares, mas inúteis feitos sobrenaturais. Foi precisamente esse tipo de demonstração grandiosa que Ele se recusou a dar aos escribas e fariseus incrédulos que queriam ver um sinal de Deus (Mt 12:38). Jesus já tinha realizado inúmeros milagres de cura, muitos dos quais eles provavelmente haviam testemunhado. E Ele realizou muitos mais desses milagres que eles poderiam facilmente ter testemunhado. Mas o sinal que eles queriam era em grande escala, aquela em que o fogo teria descido do céu ou o sol estaria ainda como tinha por Josué. O casting literal de uma montanha ... no mar teria sido exatamente o tipo de sinal de que os escribas e fariseus queriam ver, mas nunca foram mostrados.

    A frase "rotor-se de montanhas" era uma metáfora utilizada na literatura judaica de um grande mestre ou líder espiritual. No Talmud babilônico, por exemplo, os grandes rabinos são chamados de "rotores acima das montanhas." Essas pessoas poderiam resolver grandes problemas e, aparentemente, fazer o impossível.
    Essa é a idéia que Jesus tinha em mente. Ele estava dizendo: "Eu quero que você saiba que você tem um poder inimaginável disponível para você através de sua fé em mim. Se você sinceramente acredito, sem dúvida, deve acontecer , e você vai ver grandes poderes de Deus no trabalho. " Na Última Ceia, Jesus disse aos Doze: "Tudo o que pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei." (13 43:14-14'>João 14:13-14). O requisito para o recebimento é pedir em nome de Jesus, isto é, segundo o seu propósito e vontade.

    Jesus não estava falando sobre a fé em fé ou a fé em si mesmo, sendo que ambos idéias tolas e não bíblicas são populares hoje. Ele estava falando sobre a fé no Deus verdadeiro e somente em Deus, e não a fé em seus sonhos, aspirações ou idéias sobre o que ele acha que deve ser. "Pedis e não recebeis," Tiago adverte ", porque pedis mal, para o que você pode gastar em seus prazeres" (Jc 4:3). Fé que move montanhas é altruísta, undoubting e confiança sem reservas em Deus.É crer na verdade de Deus e do poder de Deus, enquanto procuram fazer a vontade de Deus. A medida de tal fé é o desejo sincero e único que, como Jesus disse: "o Pai seja glorificado no Filho."

    A verdadeira fé é confiar na revelação de Deus. Quando um crente procura algo que é consistente com a Palavra e confia no poder de Deus para fornecê-la de Deus, Jesus lhe assegura que sua solicitação será atendida, porque honra Ele e Seu Pai. Quando os mandamentos de Deus são obedecidas Ele honrará que a obediência, e quando qualquer solicitação é feita na fé de acordo com a sua vontade, ele irá fornecer o que se procura. Para fazer o que Deus diz é fazer o que Deus quer e para receber o que Deus promete.

    Quando os discípulos perguntaram a Jesus por que eles não foram capazes de expulsar o demônio de um menino "Ele disse-lhes:" Por causa da pequenez da vossa fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: "Passa daqui para lá", e ele deve deslocar-se; e nada vos será impossível "(Mt 17:20).. Jesus não estava elogiando pequena fé. Foi a pequenez da fé dos discípulos que impediu seu sucesso em expulsar o demônio. Ele os repreendeu por ter pouca fé que ficou pequeno, mas exortou-os a ter fé que, embora comece pequeno, continua a crescer. O ponto da ilustração grão de mostarda não está na sua pequenez, mas em sua crescente de pequenez para a grandeza. Da mesma forma, a força da fé que move montanhas é o seu crescimento a partir de pequenez para a grandeza que Deus abençoa e fornece.

    Montanha-se movendo a fé é ativado por Pedido sincera de Deus . "Todas as coisas que pedirdes na oração, crendo, recebereis ", Jesus explicou. As parábolas do amigo que perguntou a seu vizinho para um favor à meia-noite e da viúva que pediu ao juiz injusto (Lucas 11:5-8; 18: 1-8), tanto ensinar a importância da persistente oração . A oração persistente é a oração que move montanhas, porque é verdadeiramente acreditar oração.

    Quaisquer que sejam nossas mentes finitas podem nos levar a pensar, não há inconsistência entre soberania e mans fé de Deus, porque a Palavra de Deus ensina claramente ambos. Não é responsabilidade do crente para sondar formas inescrutáveis ​​de Deus, mas para seguir obedientemente Seu ensinamento claro. Persistente oração que está acreditando a Palavra de Deus não pode ser incompatível com o funcionamento da própria vontade soberana de Deus, porque em Sua soberana sabedoria e graça Ele comanda essa oração e obriga-se a honrar.

    O crente que quer o que Deus quer que pode pedir a partir de Deus e receber dele. O jovem cristão que realmente quer o que Deus quer para a sua vida terá. A mulher que realmente quer o que Deus quer para a sua família terá. O pastor que realmente quer o que Deus quer para o seu ministério vai tê-lo.

    A vontade de Deus para Seus filhos não, é claro, sempre envolvem coisas que são agradáveis ​​para a carne ou as coisas que se pode naturalmente preferem. Sua vontade para Seus filhos inclui a sua disposição de sacrificar, sofrer e morrer por Ele, se necessário. Para o crente que procura a vontade de Deus, nunca é uma questão de sucesso ou fracasso, de prosperidade ou a pobreza de viver ou morrer, mas simplesmente de ser fiel (ver 1Co 4:2)

    E quando Ele havia entrado no templo, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo veio a ele como Ele estava ensinando, e disse: "Com que autoridade fazes estas coisas, e quem te deu tal autoridade?" E Jesus, respondendo, disse-lhes: "Eu vou te perguntar uma coisa, também, que se você dizer-me, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. O batismo de João era de que fonte, do céu ou dos homens ? " E começou a raciocinar entre si, dizendo: "Se dissermos: Do céu, ele nos dirá para nós, 'Então por que você não acredita nele?"Mas se dissermos: Dos homens, tememos o povo, porque todos eles consideram João para ser um profeta ". E respondendo Jesus, eles disseram: "Nós não sabemos." Ele também disse a eles: "Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas. Mas o que você acha? Um homem tinha dois filhos, e ele veio para o primeiro e disse: 'Filho, vai trabalhar hoje na vinha . ' E, respondendo ele, disse: "Eu vou, senhor", e ele não ir E ele veio para o segundo e disse a mesma coisa Mas ele respondeu e disse: 'Eu não vou. ». Entanto, ele depois se arrependeu e foi . Qual dos dois fez a vontade do pai? " Eles disseram: "O último." Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entrarão no reino de Deus antes de você Pois João veio a vós no caminho da justiça, e você não acreditou nele;. Mas os publicanos e as meretrizes acreditaram nele, e você, vendo isto, nem sequer sentir remorso depois de modo a acreditar nele ". (21: 23-32)

    Autoridade é uma palavra forte, poder e privilégio que denota. Uma pessoa com autoridade exerce controle sobre as vidas eo bem-estar de outras pessoas. A sociedade não pode operar sem ter algumas pessoas em posições de autoridade; a alternativa seria a anarquia e caos. Nos pais de família têm autoridade. Na escola, os professores e os administradores têm autoridade. Na comunidade, o prefeito, conselho municipal, polícia, bombeiros e todos têm esferas de autoridade. E assim também nos corpos maiores de governo.
    O conflito neste encontro entre Jesus e os líderes religiosos foi sobre a questão da autoridade, especificamente a autoridade de Jesus que eles questionado e que temiam ameaçaria suas próprias posições de autoridade

    A confrontação

    E quando Ele havia entrado no templo, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo veio a ele como Ele estava ensinando, e disse: "Com que autoridade fazes estas coisas, e quem te deu tal autoridade?" (21:23)

    Ele ainda era quarta-feira de manhã de semana de Páscoa. Depois de Jesus e os discípulos tinham passado a figueira Ele amaldiçoou o dia antes e achei que era completamente murcho (vv 18-22; conforme Mc 11:20-21.), Ele veio com eles no templo.

    O grupo de sumos sacerdotes e os anciãos podem ter incluído os sumos sacerdotes Anás e Caifás, que serviram simultaneamente por vários anos (Lc 3:2) e escribas (Lc 20:1).Parece certo que aqueles que Ele havia expulsado para fazer casa de Seu Pai um covil de ladrões (Mt 21:13) não havia retornado, e toda a Corte espaçoso dos gentios estava agora disponível para aqueles que vieram para o culto. Muitos deles, provavelmente, tinham seguido Jesus lá quando o viram entrar na cidade naquela manhã.

    Não nos é dito que Jesus estava ensinando nesta ocasião, mas ele era provavelmente reiterar algumas das verdades mais importantes que havia ensinado muitas vezes antes. Podemos ter certeza de que tudo o que Ele disse que estava relacionado com o Seu reino, o sujeito com o qual o Seu ministério começou (Mt 4:17.) E terminou (At 1:3; Lc 20:1).

    A principal questão os líderes judeus tinham-se agora para Jesus era o mesmo que tinha sido, desde o início, " Com que autoridade fazes estas coisas, e quem te deu tal autoridade? " (conforme Jo 2:18). Poressas coisas , eles provavelmente significava tudo o que Jesus estava ensinando e fazendo, mas particularmente tinha em mente Sua abrupta e, a seus olhos, totalmente limpeza presunçoso do Templo no dia anterior. Exceto por seu ato semelhante no início do seu ministério, Ele nunca tinha feito nada que mais claramente, devastada com força, e publicamente o estabelecimento religioso. Enquanto isso estava acontecendo, eles não tinham poder para detê-lo e, aparentemente, eram ainda sem palavras. Mas agora que eles haviam se recuperado do choque inicial, eles foram para a ofensiva e estavam exigindo uma explicação.

    Candidatos rabínicas originalmente havia sido ordenado por um rabino líder quem respeitado e sob cujo ensino é servido um tipo de aprendizagem. E assim como os ensinamentos dos principais rabinos variado muito assim fizeram suas ordenações. Por causa de abusos generalizados, e provavelmente também para centralizar a autoridade rabínica do Sinédrio, ou sumo conselho judaico, assumiu toda a responsabilidade para a ordenação.
    Na sua ordenação um homem foi declarado para ser rabino, mais velha, e juiz, e foi dado correspondente autoridade para ensinar, para expressar sua sabedoria, e de tomar decisões e veredictos em religiosa, assim como muitos assuntos civis. Durante o serviço de vários discursos e leituras foram dadas e hinos cantados. Uma vez ordenado, o homem teve o reconhecimento oficial como professor credenciado de Israel.
    Jesus não tinha tal ordenação e, portanto, não tinha esse reconhecimento. Com que autoridade , então, os líderes pediram, que Ele não apenas ensinar e pregar, mas até mesmo curar os enfermos, expulsar os demônios, e ressuscitar os mortos? Principalmente por que Ele presume a tomar sobre Si-an destreinado, não reconhecido, auto-nomeado rabino-a tarefa de lançar os comerciantes e cambistas do Templo?Embora nem os próprios líderes religiosos, aqueles homens estavam operando seus negócios sob os auspícios das autoridades do Templo . "Quem te deu ... autoridade para jogá-los fora? " essas autoridades perguntou Jesus.

    Apesar de não reconhecer a origem e legitimidade do poder de Jesus, eles nunca questionou que Ele tinha. Que sua autoridade era sem precedentes poderoso era incontestável. Ninguém nunca tinha curado tantas pessoas doentes, lançado fora, como muitos demônios, ou relevo pessoas da morte como Jesus tinha feito. Os milagres eram tão óbvios, numerosos e bem comprovado que os líderes religiosos nunca duvidou que Jesus realizou-los, depois de ter visto muitos deles com seus próprios olhos.

    Esses líderes sabiam que o poder como Jesus exibida tinha que ser de origem sobrenatural, e eles sabiam que Ele alegou que era de Deus, a quem Ele repetidamente chamado Seu Pai celestial. Quando Ele perdoou os pecados de um paralítico, alguns dos escribas presentes ", disse para si: 'Este homem blasfema." Saber o que eles estavam pensando, Jesus os acusou de terem corações maus e começou a curar a paralisia dos mans, a fim de mostrar o Seu críticos que Ele, o Filho do Homem, tinha "sobre a terra autoridade para perdoar pecados" (Mt 9:2-6.). A multidão de pessoas comuns que testemunharam o que ele fez fez a única resposta sensata: "Eles estavam cheios de temor, e glorificavam a Deus, que dera tal autoridade aos homens" (v. 8). Mas os escribas se recusou a aceitar o óbvio. Nenhuma quantidade de evidências poderiam penetrar sua incredulidade confirmada. E como os fariseus em ocasião anterior (Mt 12:24), as autoridades do Templo que agora confrontados Jesus sem dúvida preferia acreditar que o Seu poder veio de Satanás em vez Deus fina.

    Os chefes dos sacerdotes e os anciãos do Templo também sabia como as multidões, muitas vezes reconhecido com espanto, que Jesus ensinou com autoridade com uma clareza, definitividade, e de certeza que foi completamente desprovido de os pronunciamentos e interpretações dos escribas (Mt 7:29;. Mc 1:22). Como em muitos círculos da Igreja liberal hoje uma qualificação chave para a aceitação foi a falta de dogmatismo. Praticamente toda doutrina estava aberto a reinterpretação e revisão, e absolutos foram rejeitadas como presunçoso. A sabedoria humana há muito haviam substituído a revelação divina, e Escritura do Antigo Testamento foi citado principalmente para apoiar suas tradições religiosas humanamente-concebidas. Quando a Escritura em conflito com a tradição, a tradição prevaleceu (Mt 16:6). Seu Pai celestial "deu-lhe autoridade para julgar" (05:
    27) e "autoridade sobre toda a humanidade" para dar a vida eterna a todos aqueles Seu Pai Lhe deu (17: 2). Ele tinha autoridade sobre sua própria vida, "para colocá-lo para baixo", e sobre a sua própria ressurreição, "a tomar [Sua vida] de novo" (10:18).

    Em todas as coisas que ele disse e fez, Jesus nunca procurou a aprovação ou apoio das autoridades judaicas reconhecidas. Ele ignorou completamente o seu sistema para a ordenação de rabinos e aprovar doutrinas. Ele não pediu a aprovação de Seus ensinamentos, Suas curas, ou a sua expulsão de demônios, e certamente não para Seus perdoar os pecados.
    Jesus tinha tanto dunamis (poder) e exousia (autoridade). Dunamis se refere à capacidade e exousia para a direita. Jesus não só tinha grande poder, mas o direito de exercer esse poder, porque tanto o Seu poder e Sua autoridade eram de Seu Pai celestial. "Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida", disse Jesus, "mesmo assim também o Filho dá vida a quem ele quer", e "a luxúria como o Pai tem a vida em si mesmo, assim Ele deu ao Filho também ter a vida em si mesmo "(Jo 5:21, Jo 5:26)." Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou "(6:38;. conforme v 44 , 57; 07:16, 28; 08:18, 54).

    E porque Jesus tinha poder e autoridade do Pai, Ele procurou nenhuma autoridade, acreditação, ordenação, ou credenciais humanas. Ao fazê-lo, Ele opôs-se diretamente contra o sistema religioso judaico e incorridos sua ira implacável. Seus líderes eram chocado e escandalizado que Ele não só não conseguiu consultar o Sinédrio e as autoridades do Templo, mas teve a audácia de condená-los.

    Em pedindo a Jesus para identificar Sua autoridade, os líderes provavelmente esperava que ele iria dizer como Ele tinha muitas vezes antes, que Ele trabalhou sob o poder direto e autoridade de Deus, Seu Pai celestial. Isso lhes daria uma outra oportunidade para acusá-lo de blasfêmia, e, talvez, para ter sucesso em colocá-Lo à morte por ele, já que tinha tentado fazer antes, sem sucesso (Jo 5:18; Jo 10:31).

    O Counter Pergunta

    E Jesus, respondendo, disse-lhes: "Eu vou te perguntar uma coisa, também, que se você dizer-me, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. O batismo de João era de que fonte, do céu ou dos homens ? " E começou a raciocinar entre si, dizendo: "Se dissermos: Do céu, ele nos dirá para nós, 'Então por que você não acredita nele?" Mas se dissermos: Dos homens, tememos o povo, porque todos eles consideram João para ser um profeta "E respondendo Jesus, eles disseram:" Nós não sabemos "Ele também disse a eles:" Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas. " (21: 24-27)

    Jesus respondeu a questão de os príncipes dos sacerdotes e os anciãos com uma consulta de Sua própria. Ele não estava sendo evasivo e não tinha razão de ser, de ter dado a resposta à sua pergunta inúmeras vezes antes. E se eles respondi a sua pergunta agora, Ele responderia deles, dizendo-lhes de novo com que autoridade Ele fez essas coisas .

    Sua pergunta era simples: "? O batismo de João era de que fonte, do céu ou dos homens" Porque João O Baptist começou seu ministério em primeiro lugar, os líderes religiosos o havia rejeitado, mesmo antes de eles começaram a rejeitar Jesus. O batismo de João a que se refere a todo o seu ministério que se caracterizou por sua batizando aqueles que se arrependeram de seus pecados (Mt 3:6).

    Como os príncipes dos sacerdotes e os anciãos rapidamente percebeu, a pergunta de Jesus colocá-los sobre os chifres de um grande dilema. Como eles começou a raciocinar entre si , eles viram que estaria em apuros para qualquer resposta que eles deram. Se eles dizem: "Do céu , "Jesus, então, dizer-lhes:" Então por que você não acredita nele? " Não era simplesmente que eles haviam rejeitado o próprio João, mas que também tinham rejeitado claro testemunho de João sobre Jesus, quem o profeta tinha abertamente aclamado como "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" ea própria "Filho de Deus" (Jo 1:29, Jo 1:34). Para ter aceitado João como profeta do céu teria exigido aceitar Jesus como o Messias; e que eles absolutamente não faria.

    Nenhuma quantidade de depoimento de João ou de provas de Jesus iria levá-los a reconhecê-Lo como o Messias. Eles foram treinados para descontar ou explicar fatos, bem como verdades bíblicas que não estavam de acordo com as suas crenças e padrões religiosos humanamente-concebidas. O homem que nasceu cego a quem Jesus tinha curado disse a seus inquisidores fariseus: "Nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, Ele ouve Desde o início do tempo que nunca foi ouvido. que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença Se esse homem não fosse de Deus, Ele não podia fazer nada "(João 9:31-33).. Mas os fariseus eram insensível a essas verdades óbvias. Em vez disso, atacou o homem, ressentido de sua presunção em tentar ensinar os professores de Israel (v. 34). Quando incredulidade investiga a verdade espiritual, é predisposto a rejeitá-la.

    Como os líderes religiosos continuaram a discutir a pergunta de Jesus, eles perceberam que se eles responderam de forma oposta eles também estaria em apuros. Se eles disse o ministério de João e mensagem eram de homens , eles iriam perder o pouco de credibilidade que tinham com as pessoas e até mesmo incitar a sua ira, porque a multidão ainda considerou que João era profeta . Eles se acreditava firmemente que João não era um profeta , mas não se atreveu a afirmar que a crença em público. O único recurso, portanto, era a confessar com vergonha, não sabemos .

    Consequentemente Jesus respondeu: " Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas . " Como Jesus bem sabia que tinha Ele lhes dada uma resposta, que só teria usado contra ele. Eles não estavam interessados ​​em aprender a verdade sobre João nem Jesus. O seu único objectivo era induzir Jesus para novamente reclamar messianismo e divindade para que eles teriam motivos para colocá-Lo à morte por blasfêmia (conforme Jo 5:18;. 22:15 Matt).

    Os líderes religiosos persistiram em rejeitar a luz Cristo enviou-los, e Ele, portanto, transformaram. Ele não tinha mais o ensino para os escribas, fariseus, sacerdotes e outros cujo auto-satisfação cegou para a verdade do evangelho e sua própria necessidade. Para eles, não só seria mais alerta e condenação. Em uma longa série de desgraças, Jesus estava prestes a declarar o julgamento contra eles para fazer as suas obras para serem vistos pelos homens, por se recusar a entrar no reino si e para impedir que outros entrem, por ser guias religiosos cegos, por ser justos, mas para fora interiormente mau, para honrar os antigos profetas no nome, mas sendo da mesma mente como seus antepassados ​​que mataram os profetas, e por ser uma raça de víboras destinados ao inferno (Mt 23:5, Mt 23:16, Mt 23:27, Mt 23:30, Mt 23:33 ).

    Quando Ele estava em julgamento diante do sumo sacerdote Caifás, "Jesus ficou em silêncio", recusando-se a dar uma única palavra adicional de testemunho (Mt 26:63). E quando Pilatos perguntou-lhe para responder às acusações dos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, Jesus "não responder a ele em relação a mesmo uma única carga" (27:14).

    Quando uma pessoa se recusa a ouvir a verdade de Deus e receber a Sua graça, Deus pode optar por retirar a Si mesmo. Em face da maldade implacável da humanidade nos dias de Noé, o Senhor declarou: "Meu Espírito não se sempre no homem" (Gn 6:3.), E em relação a rebelde Judá ", virou-se para tornar-se seu inimigo, ele lutou contra eles" (Is . 63:10).

    Mesmo quando Jesus se aproximou de Jerusalém durante a Sua entrada triunfal, Ele chorou sobre a cidade; dizendo: "Se você tivesse conhecido neste dia, mesmo que você, as coisas que servem para a paz! Mas agora eles foram escondidos de seus olhos. Para os dias virão sobre ti os teus inimigos vomitar um banco antes de você, e surround você, e hem você de todos os lados, e vai nivelar-lo para o chão e seus filhos dentro de você, e eles não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visitação "(Lucas 19:41-44.) E logo depois escoriação grave Jesus 'dos ​​escribas e fariseus, Ele lamentou: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e não estavam dispostos. Eis que a vossa casa está sendo abandonada vos! Pois eu digo que, de agora em diante você não me vereis até que você diga "(Mt 23.: 37-39)" Bendito o que vem em nome do Senhor! ".

    A Caracterização

    Mas o que você acha? Um homem tinha dois filhos, e ele veio para o primeiro e disse: 'Filho, vai trabalhar hoje na vinha.' E, respondendo ele, disse: "Eu vou, senhor"; e ele não ir. E ele veio para o segundo e disse a mesma coisa. Mas ele respondeu e disse: 'Eu não vou "; no entanto, ele depois se arrependeu e foi. Qual dos dois fez a vontade do pai "Eles disseram:" O último "(21: 28-31a)?.

    Neste curto espaço de parábola Jesus caracteriza duas respostas contrastantes ao Evangelho. E mais uma vez ele dá Seus adversários a oportunidade de condenar-se fora de suas próprias bocas.
    Em primeira instância, o filho que foi convidado a trabalhar ... na vinha disse a seu pai : "Eu vou, senhor ", mas ele não ir . A implicação é que ele nunca teve a intenção de ir e mentiu para seu pai para dar a falsa impressão de obediência. O segundo filho no início se recusou a ir, dizendo , "Eu não vou ", mas depois se arrependeu e foi .

    Quando Jesus perguntou aos principais sacerdotes e pelos anciãos, " Qual dos dois fez a vontade do pai ? " eles deram a resposta óbvia: " O último . "

    A lição de Jesus nesta história é que fazer é mais importante do que o mero ditado. É, claro, melhor para uma pessoa a dizer que ele vai fazer a vontade de Deus e, em seguida, fazê-lo. Mas é incomensuravelmente melhor no primeiro recusar a Sua vontade e depois se arrepender e fazer isso do que concordar hipocritamente para fazê-lo, mas não. Neste contexto, a fazer a vontade de Deus se relaciona com a aceitação do evangelho, de receber Jesus como o Messias e como Salvador e Senhor.

    A Connection

    Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entrarão no reino de Deus antes de você Pois João veio a vós no caminho da justiça, e você não acreditou nele;. Mas os publicanos e as meretrizes acreditaram nele, e você, vendo isto, nem sequer sentir remorso depois de modo a acreditar nele "(21: 31b-32)

    Após Seus adversários deu a única resposta possível à sua pergunta, Jesus mostrou-lhes a sua ligação com a parábola. Ele informou que, embora a sua resposta à sua pergunta estava certo, a sua resposta a Ele e Seu ministério estava errado e perverso. Suas próprias palavras os condenou. Eles não correspondem à "última" filho, que fez a vontade do pai, mas, para o primeiro, que não fazê-lo. "Dizem que as coisas, e não fazê-las", disse Jesus em uma ocasião posterior (Mt 23:3).

    "Mas você não acreditou nele , "Jesus disse a eles. Os líderes judeus haviam sido céticos de João desde o início, tendo enviado um grupo de sacerdotes e levitas para interrogá-lo (João 1:19-25). E quando João "viu muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao batismo, disse-lhes:" Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira vindoura Portanto trazer frutos dignos de arrependimento;? E não supõem que você pode dizer a si mesmos: "Temos por pai a Abraão", porque eu digo a você, que Deus é capaz destas pedras suscitar filhos a Abraão "(Mt 3:7-9.).

    Mas os publicanos e as meretrizes acreditaram nele ", disse Jesus. Alguns dos publicanos tinha sido aberto para o evangelho mesmo em sua forma incompleta ministrado por João Batista. Como prova da sua sinceridade, sendo batizado para o arrependimento de seus pecados, eles perguntaram a João: "Mestre, o que devemos fazer?" (Lc 3:12). Embora nenhum exemplo específico é mencionado nos Evangelhos, Jesus deixa claro que entre as multidões que foram batizados por João havia também algumas prostitutas que acreditava nele e que, como os coletores de impostos, confessou seus pecados e foram perdoados (ver Matt. 3: 5-6).

    Concluindo a sua acusação. Jesus disse : "E você, vendo isto, nem sequer sentir remorso depois de modo a acreditar nele . " Eles não acreditavam que a mensagem de João, quando ouviram-lo eles mesmos e nem sequer acreditar nele quando viram as vidas transformadas dos publicanos e as meretrizes que haviam crido. Em outras palavras, eles não seriam condenados, quer pela verdade da mensagem ou seu poder de transformar os pecadores.

    Eles haviam sido expostas a plena luz do profeta de Deus e da ainda maior luz do Filho de Deus, mas eles se recusaram a ser iluminado. Eles tinham ouvido a mensagem do arauto do Rei e da mensagem do próprio Rei, mas não quiseram ouvir ou acreditar. Eles haviam testemunhado o poder de João e do poder de Cristo, mas não quiseram ser movido.

    115. A Sentença de rejeição de Cristo (Mateus 21:33-46)

    "Ouça a outra parábola Havia um proprietário de terras que plantou uma vinha e colocar um muro em torno dele e cavou um lagar nele, e construiu uma toalha;. E arrendou-a aos viticultores, e fui em uma viagem e quando. o tempo da colheita se aproximava, ele enviou seus escravos para os viticultores a receber seus produtos. E os viticultores levou seus escravos e feriram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro. Depois, enviou um outro grupo de escravos maior do que o primeiro, e eles fizeram a mesma coisa para eles, mas depois ele enviou-lhes seu filho, dizendo: '. Eles vão respeitar o meu filho. " Mas quando os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: 'Este é o herdeiro;. Venham, vamos matá-lo, e aproveitar a sua herança' E tomando-o, e lançaram-no fora da vinha e mataram-no. Por isso, quando o dono da vinha, que fará àqueles lavradores? " Eles disseram-lhe: "Ele vai trazer esses desgraçados a um fim desgraçado, e vai alugar a vinha a outros lavradores, que pagarão ele o produto nas épocas adequadas." Jesus disse-lhes: "Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, esta tornou-se a pedra angular, o que surgiu da parte do Senhor, e é maravilhoso aos nossos olhos '? Por isso eu digo a você, o reino de Deus vos será tirado de você, e será dado a uma nação que produza o fruto dela E quem cair sobre esta pedra será despedaçado;. mas aquele sobre quem ela cair, ele vai espalhar-lo como poeira ". E quando os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, ouvindo essas parábolas, entenderam que Ele estava falando sobre eles. E quando eles tentaram prendê-lo, mas temeram o povo, porque o considerava um profeta. (21: 33-46)

    Jesus continuou a responder à retaliação hostil pelos hipócritas, príncipes dos sacerdotes e os anciãos ameaçadas, que tinham exigiram que ele lhes dizer com que autoridade Ele carregava em seu ministério e, especialmente, com que autoridade Ele havia levado os comerciantes e cambistas do Templo. Depois de terem se recusou a dizer se o ministério de João Batista era de Deus ou os homens, Jesus indiciou-os por meio da parábola dos dois filhos e explicou que, ao declarar que publicanos e as meretrizes entrariam no reino antes que esses religiosos. Ele, então, ameaçou-os ainda mais com outra parábola , o segundo de uma trilogia de parábolas de julgamento (ver também 22: 1-14), o que ainda mais ilustrada sua rejeição deliberada de Deus.

    A Ilustração

    "Ouça a outra parábola. Havia um proprietário de terras que plantou uma vinha e colocar um muro em torno dele e cavou um lagar nele, e edificou uma torre, e arrendou-a aos viticultores, e foi em uma viagem. E quando o tempo da colheita se aproximava, ele enviou seus escravos para os viticultores a receber produtos. E os viticultores levou seus escravos e feriram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro. Depois, enviou um outro grupo de escravos maiores do que o primeiro ; e eles fizeram a mesma coisa para eles, mas depois ele enviou-lhes seu filho, dizendo: '. Eles vão respeitar o meu filho. " Mas quando os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: 'Este é o herdeiro;. Venham, vamos matá-lo, e aproveitar a sua herança' E tomando-o, e lançaram-no fora da vinha e mataram-no (21: 33-39).

    Como sempre no ensino parabólica, Jesus contou uma história simples e compreensível, incluindo muitas vezes um elemento chocante, para explicar uma verdade profunda que era desconhecido ou geralmente mal interpretado. A situação envolvida na parábola do proprietário de terras que plantou uma vinha era comum naquela sociedade agrária e foi fácil para seus ouvintes se identificar. Nos tempos do Novo Testamento, as encostas da Palestina foram cobertos de vinhas de uva, que foram um dos pilares da economia. Não era incomum para um homem rico para comprar um pedaço de terra e desenvolvê-lo para um vinhedo . Ele primeiro colocar uma parede de pedra ou uma sebe de espinhos ao seu redor para protegê-lo a partir de animais selvagens e ladrões. Ele, então, fazer um lagar , por vezes, ter que cortá-lo fora da terra firme. Na vasta bacia superior, raso, as uvas ser espremido, eo suco de correria para baixo através de uma calha em uma bacia inferior. De lá, o suco de uva seria derramado em odres ou vasos de barro para armazenamento. Muitas vezes, o proprietário poderia construir uma torre , que seria usado como um posto de vigia contra saqueadores, como abrigo para os trabalhadores, e como um local de armazenamento de sementes e ferramentas.

    Esses detalhes enfatizou a do proprietário grande cuidado no desenvolvimento da vinha. E quando tudo estava em ordem, ele arrendou-a aos viticultores que ele achava que eram cuidadores de confiança, fazendo um acordo com eles para pagar uma determinada percentagem das receitas a ele como aluguel. O restante pertenceria a eles, como pagamento pelo seu trabalho no cultivo da vinha. Ciente de que seu empreendimento estava em boas mãos, o proprietário fez uma viagem .

    Alguns meses mais tarde, quando se aproximou o tempo da colheita , o proprietário mandou seus escravos para os viticultores a receber o seu percentual acordado de produtos . Mas em vez de pagar o que deviam o proprietário, os viticultores levou sua escravos e calor a um, mataram outro, e apedrejaram um terceiro . Como fez com a história da figueira (21: 18-21; conforme Mc 11:12-14, 20-21), Mateus sob Espírito Santo inspiração, aqui condensado vários episódios em um só. A partir de relato de Marcos, aprendemos que Jesus disse que os três primeiros escravos chegaram separAdãoente, um após outro (Marcos 12:2-5). Os produtores de maus bater , ou açoitado, o primeiro escravo, deixando-o ferido e ensanguentado. O segundo escravo que matou a título definitivo e, em seguida, um terceiro apedrejado . Se o apedrejamento referido o tipo usado em execuções judaicas, que escravo provavelmente foi morto também. Depois disso, o proprietário enviou um outro grupo de escravos maiores do que o primeiro, e eles fizeram a mesma coisa para eles , "batendo alguns e matando outros" (Mc 12:5). Agora, a partir da mesma seção do salmo, Jesus lembrou aos líderes religiosos de a pedra que os construtores rejeitaram que se tornou a pedra angular .

    pedra fundamental foi a parte mais básica e essencial de um edifício, a partir do qual o posicionamento adequado e alinhamento de cada outra parte foi determinada. Se a pedra fundamental foi imperfeitamente cortar ou colocada, a simetria ea estabilidade de todo o prédio teria que ser adversamente afetados. Às vezes, os construtores rejeitaram uma série de pedras antes de a direita foi selecionada. Nesse relato, um tal rejeitado pedra eventualmente se tornou a pedra angular .

    Por muitos séculos 1srael tinha sido a pedra que os impérios construtores do mundo havia rejeitado como insignificante e desprezado, que só possam servir para a exploração e, em seguida, descartar. Mas no plano divino do Senhor, Israel foi escolhido para ser a principal pedra angular na história da redenção do mundo, a nação através do qual a salvação viria.

    Mas a figura tem uma importância ainda maior do que isso. Pedro declarou em Jerusalém antes de os líderes religiosos pouco depois de Pentecostes ", que seja conhecido por todos vocês, e para todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vocês crucificaram, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos ... Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, mas que se tornou a pedra muito canto E não há salvação em nenhum outro;. pois não há outro nome debaixo do céu, que tenha sido dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos "(Atos 4:10-12). A maior pedra de Israel é Jesus Cristo, e os construtores que rejeitaram nele, foram os líderes judeus, representando todo o Israel, e em um sentido mais completo de todo o mundo incrédulo. A pedra ... rejeitado foi o Cristo crucificado, eo restaurado canto chefe pedra é o Cristo ressuscitado.

    Jesus, assim, empatou o salmo messiânico com a parábola, a fim de reforçar o seu ponto. O Filho rejeitado e a pedra rejeitada ambos se referem a Cristo. O versículo do Salmo 118 vai além da parábola para aludir também à ressurreição do Filho, algo que a parábola não poderia cobrir e ainda manter sua naturalidade simples.

    Pedro reiterou a mesma verdade em sua primeira carta:. "Eis que eu assentei em Sião uma pedra de escolha, uma pedra preciosa de esquina, e aquele que nele crê não será desapontado Este valor precioso, então, é para você que acreditam Mas para. aqueles que não acreditam, a pedra que os construtores rejeitaram, esta tornou-se a pedra muito canto, 'e', ​​uma pedra de tropeço e rocha de escândalo ", pois eles tropeçam, porque são desobedientes à palavra, e, para o castigo que eles Foram também nomeados "(1 Ped. 2: 6-8). Paulo declarou aos crentes de Éfeso, "você não está mais estrangeiros e peregrinos, mas sois concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, o próprio Jesus Cristo sendo a pedra angular "(Ef. 2: 19-20).

    Quando eles disseram a Jesus que os viticultores miseráveis ​​seriam levados a um fim terrível (v. 41), os governantes do Templo-se julgados da mesma forma o próprio Davi tinha julgado antes de Nathan.Depois de ouvir a parábola comovente do profeta sobre o homem rico que tomou apenas cordeiro animal de estimação do homem pobre para alimentar um viajante visitar, "a ira de Davi queimado muito contra o homem, e ele disse a Natã:" Vive o Senhor, certamente o homem que tem feito isso merece morrer. E ele deve fazer a restituição para o quádruplo cordeiro, porque fez tal coisa e não teve piedade. "Nathan disse então a Davi: "Tu és o homem! '" (2 Sam 12:5-7.).

    Jesus, de fato, havia dito aos chefes dos sacerdotes e pelos anciãos, "Vocês são os homens! Vocês são os viticultores miseráveis ​​que, por sua própria declaração, merecem um final infeliz para bater e matar os servos do dono da vinha e, em seguida, matar seu filho. Você não percebe que o proprietário é Deus, a vinha é o Seu reino, os servos eram Seus profetas, e eu sou o Seu Filho? Você vós mesmos culpados de condenar à morte não só os profetas, mas até mesmo o próprio Filho de Deus apenas julgados . "

    Com relação ao que matas os profetas, mais tarde no mesmo dia Jesus disse aos líderes judeus incrédulos, em particular os escribas e fariseus: "Você constrói os túmulos dos profetas e adornam os monumentos dos justos, e dizer: 'Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido parceiros com eles para derramar o sangue dos profetas '. Conseqüentemente, você testemunhar contra vós mesmos que sois filhos dos que mataram os profetas Encha-se, em seguida, a medida da culpa de seus pais "(Mateus 23:29-31.)..

    Deus tinha preparado um lugar de grande beleza e bênção e, em seguida, graciosamente, deu a administração do mesmo para o povo de Israel. Era um lugar de promessa, esperança, libertação, salvação e segurança. Mas Israel desviados todas essas bênçãos para si mesma, roubando a Deus a gratidão, honra e glória que Lhe é devido. Ela perseguiram os profetas Ele com amor e paciência enviados para chamá-la ao arrependimento e perdão. A tradição judaica declarou que Isaías havia sido serrados ao meio com uma serra de madeira (conforme He 11:37). De Escritura sabemos que Jeremias foi jogado em um poço de lama, e tradição considerou que ele acabou sendo apedrejado até a morte. Ezequiel foi rejeitada, Elias e Amos tinha que correr por suas vidas, Micah foi esmagado no rosto por aqueles que se recusaram a ouvir sua mensagem (1Rs 22:24), e Zacarias foi realmente assassinado no próprio Templo de Deus (II Crônicas 24. : 20-22; conforme Mt 23:35).. Antigo Testamento história deu testemunho de seus corações assassinos, cuja maldade culminaria na morte do Filho de Deus.

    Através desta parábola e sua explicação Jesus apresentou um de seus mais claras afirmações de divindade. A parábola mesmo alude ao detalhe do seu ser crucificado fora da cidade de Jerusalém (conforme He 13:12), assim como o filho do proprietário da vinha foi lançado fora da vinha antes de ser assassinado.

    Jesus também deixou claro que os líderes judeus que rejeitaram foram indesculpáveis, que, como os viticultores do mal, eles sabiam que Ele era o Filho de Deus, mas recusou-se a aceitar e honrá-lo como tal.Eles queriam vê-lo morto, não porque Ele era mau e ímpio, mas porque Ele ameaçou seu controle mal e ímpio do Templo e de todo o sistema religioso judaico.
    Ao longo da história e ainda hoje muitas pessoas se recusam a receber Jesus Cristo como Salvador e Senhor não por causa da falta de provas, mas porque eles se recusam a acreditar na evidência. Eles não acreditam, simplesmente porque eles não querem acreditar.

    O Aplicativo

    Por isso eu digo a você, o reino de Deus vos será tirado de você, e ele dado a uma nação que produza o fruto dela. E quem cair sobre esta pedra será despedaçado; mas aquele sobre quem ela cair, ele vai espalhar-lo como poeira "(21: 43-44).

    Com essas palavras inequívocas, simples, Jesus removeu o que quer que a incerteza pode ter permanecido na mente dos príncipes dos sacerdotes e os anciãos sobre o que ele estava dizendo a eles. Na primeira metade do versículo 43 e no versículo 44, o Senhor reiterou a julgamento em Israel descrente e seus líderes ímpios; na segunda metade do versículo 43 Ele reiterou sua substituição por crentes gentios.

    Por isso eu digo a você ", declarou o Senhor, sem dúvida, olhando atentamente para os olhos dos seus adversários," o reino de Deus vos será tirado de você . " Em seu lugar o reino iria ser dado a uma nação que produza o fruto dela .

    Quando ele começou a pregar o reino, João Batista exigiu que os fariseus e saduceus que queriam ser batizado primeiro "dar frutos dignos de arrependimento" (Mt 3:8; Cl 1:10). Os líderes religiosos incrédulos não converterem dos seus pecados e arrepender-se, e, portanto, eles não poderiam produzir reino frutas (comportamento verdadeiramente justos). Eles estavam espiritualmente estéril, e por causa disso esterilidade voluntária eles foram amaldiçoados, como a figueira que tinha folhas, mas não há figos (21: 18-19).

    Pela graça mediante a promessa incondicional de Deus, Israel voltará um dia a Deus e dar frutos para o seu reino. "Deus não rejeitou o seu povo, que de antemão conheceu", Paulo afirmou a seus companheiros judeus. E quando "a plenitude dos gentios haja entrado, ... todo o Israel será salvo, como está escrito:" O Libertador virá de Sião, Ele irá remover a impiedade de Jacó "(Rm 11:2. —26).

    Mas, enquanto isso Deus escolheu outro povo para ser o seu próprio testemunho. Ele tinha há muito tempo declarou "Vou chamar aqueles que não eram meu povo, meu povo ', e ela que não era amada,' Amado '. E será que, no lugar onde se dizia-lhes: "Vocês não são meu povo, aí serão chamados filhos do Deus vivo" (Rm. 9: 25-26).

    Ethnos ( nação ) tem o significado básico de "povo" e parece ser melhor traduzido dessa forma neste verso, como em At 8:9).

    "Se alguém não ama o Senhor, seja anátema", declarou Paulo (1Co 16:22). Para colocar essa verdade na língua do texto, deixe essa pessoa ser quebrado em pedaços , esmagados em pó e espalhados como poeira, assim como o próprio Senhor Jesus Cristo tinha avisado. Os inimigos de Deus estão destinados a ser pulverizado em nada. Para tentar destruir Cristo é assegurar a própria destruição. Através de Daniel o Senhor previu a vinda de Cristo máximo em juízo contra os povos incrédulos e as nações do mundo, representada pela estátua magnífica e aparentemente invulnerável de ouro, prata; bronze, ferro e barro. Como a "pedra ... cortada sem mãos", Jesus um dia vai atacar a estátua da humanidade descrente, e "em seguida, o ferro, o barro o bronze, a prata eo ouro [serão] esmagado, tudo ao mesmo tempo e [se tornar] como a palha das eiras de verão; eo vento [levará] los para que nenhum vestígio deles [serão] encontrado "(Dan 2: 32-35.).

    A Reação

    E quando os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, ouvindo essas parábolas, entenderam que Ele estava falando sobre eles. E quando eles tentaram prendê-lo, mas temeram o povo, porque o considerava um profeta. (21: 45-46)

    Não havia dúvida de que estes líderes religiosos malignos, tipificados pelos príncipes dos sacerdotes e os fariseus , foram objeto de denúncia e condenação de Jesus. Além de qualquer dúvida, eles entenderam que ele estava falando sobre eles . Sabiam que eram o filho que falsamente disse a seu pai que ele iria trabalhar no campo, mas depois não ir e que eles eram os miseráveis ​​viticultores que desprezavam o proprietário da vinha e espancaram e mataram os seus servos e, eventualmente, matou seu filho. Sabiam que eram os construtores que tinham rejeitado a pedra que se tornaria a principal pedra da esquina e que, por causa dessa rejeição eles mesmos seria rejeitado por Deus e proibiu a entrada no Seu reino.

    Mas, como sempre, a despeito do que eles entenderam, os líderes judeus levaram nada Jesus disse para o coração. Eles ouviram, mas recusou-se a acatar. Eles sabiam que ele falou de sua impiedade e sua condenação, mas não demorar ainda um momento para considerar se sua acusação contra eles era verdade. Eles não iriam ser convencido, e, portanto, não poderia ser condenado. Eles não iriam se arrepender, e, portanto, não poderia ser perdoado. Eles sabiam a verdade gracioso sobre Jesus, mas não segui-Lo, e eles sabiam a verdade contundentes sobre o seu próprio pecado, mas não se desviará dele.
    Seus únicos pensamentos eram de auto-justificação e vingança, por isso sua reação foi de aproveitar Jesus e colocá-lo à morte, tal como tinham sido tramando desde o início de seu ministério. O obstáculo para isso acontecer foi que eles temiam a multidão, porque já defendeu que Jesus era um profeta . Os líderes tinham desprezo de Deus, mas sem temor a Ele. Eles também tinham desprezo pelamultidão , mas tinha medo de que eles poderiam fazer. Eles não eram Deus agradar-mas para agradar aos homens. Consequentemente, eles realizada fora de prender Jesus até que eles estavam convencidos de que poderia virar o povo contra ele, que, alguns dias depois, eles conseguiram fazer. Finalmente desiludido com o Messias, que não seria o seu tipo de salvador e com o Rei que não seria o seu tipo de senhor, a multidão deu os governantes não mais motivos para temê-los. Quando dada a escolha de libertar Jesus ou Barrabás o rebelde, eles escolheram Barrabás. E quando Pilatos perguntou o que deveria "fazer com Jesus, chamado Cristo", eles gritaram: "Seja crucificado!" (Mateus 27:21-22.).

    Esta passagem incrível retrata a provisão de Deus gracioso para os homens, a paciência com sua incredulidade e rejeição, e do Seu amor no envio mesmo seu único Filho para a sua redenção. Mas também mostra Seu julgamento justo que será executado quando Sua paciência divina tem o seu curso.
    A passagem também retrata a divindade de Jesus como o Filho de Deus, a Sua obediência à vontade de seu pai, sua vontade de vir à Terra e morrer para a redenção do homem, e Sua ressurreição. Mas também mostra a Sua vinda um dia como o instrumento do julgamento divino, para destruir e quebrar em pedaços aqueles que rejeitaram.
    E a passagem retrata a humanidade pecadora, suas grandes bênçãos e privilégios de Deus, a sua oportunidade de receber a verdade dos Seus profetas e vida eterna do Filho. Ela retrata sua responsabilidade e prestação de contas antes de um amoroso, mas apenas Deus, diante de quem eles vão ser resgatadas por causa da fé ou condenados por causa da incredulidade.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46

    Mateus 21

    O começo do último ato do drama — Mat. 21:1-11

    A intenção de Jesus — Mat. 21:1-11 (cont.)

    A afirmação do Rei — Mat. 21:1-11 (cont.)

    A cena no templo — Mat. 21:12-14

    A ira e o amor — Mat. 21:12-14 (cont.)

    A sabedoria dos simples de coração — Mat. 21:15-17 O caminho da figueira — Mat. 21:18-22 Promessa sem cumprir — Mat. 21:18-22 (cont.)

    A dinâmica da oração — Mat. 21:18-22 (cont.)

    A ignorância conveniente — Mat. 21:23-27 O melhor dos filhos maus — Mat. 21:28-32 A vinha do Senhor — Mat. 21:33-46 Privilégio e responsabilidade — Mat. 21:33-46 (cont.)

    O símbolo da pedra — Mat. 21:33-46 (cont.)

    O COMEÇO DO ÚLTIMO ATO DO DRAMA Mateus 21:1-11

    Com esta passagem penetramos no último ato do drama da vida de Jesus; e é, em realidade, um momento trágico. Era a época da Páscoa, e tanto Jerusalém como seus arredores estariam lotados de peregrinos. Trinta anos depois um governador romano fez um censo dos cordeiros que se sacrificaram em Jerusalém e descobriu que a cifra se aproximava do quarto de milhão. Agora, a regulamentação de Páscoa exigia que devia haver um grupo mínimo de dez pessoas para cada cordeiro. Se as cifras forem exatas, significa que durante a Páscoa mais de dois milhões e meio de pessoas se dirigiam a Jerusalém. A lei estabelecia que todo varão adulto que vivesse dentro de um raio de trinta quilômetros de Jerusalém devia assistir a Páscoa. Mas não eram só os judeus da Palestina quem assistia a maior das celebrações nacionais. Acudiam judeus provenientes de todos os rincões do mundo. Jesus não pôde ter escolhido um momento mais dramático; entrou em uma cidade que era um enxame de pessoas, cheias de expectativas religiosas.

    Tampouco se tratava de uma decisão repentina, tomada nesse momento. Era algo que Jesus tinha preparado de antemão. Todo o tom do relato demonstra que estava cumprindo planos que tinha preparado com antecedência. Enviou os discípulos à aldeia para buscar o jumento e seu jumentinho. Mateus só menciona a Betfagé. Mas Marcos menciona também Betânia (Mc 11:1). Sem dúvida a aldeia era Betânia. Jesus já teria conseguido que o jumento e o jumentinho o estivessem esperando, porque sem dúvida teria muitos amigos em Betânia. A frase "O Senhor precisa deles", era a contra-senha mediante a qual o dono sabia que tinha chegado a hora estabelecida por Jesus, certamente, com antecipação.

    Assim, pois, Jesus cavalgou para Jerusalém. O fato que jamais ninguém tivesse montado o jumentinho o fazia particularmente propício para fins sagrados. A "vaca alazã" que se empregava nas cerimônias de purificação devia ser um animal "sobre a qual não se pôs jugo" (Nu 19:2; Dt 21:3); o carro sobre o qual se transportava o arca do Senhor devia ser um vínculo que nunca se usou antes (1Sm 6:7). O caráter sagrado e peculiar do momento ficava sublinhado pelo fato de que ninguém tivesse cavalgado antes sobre o jumentinho.

    A multidão recebeu a Jesus como se fosse um rei. Tenderam seus mantos em seu caminho. Isso foi o que fizeram os amigos de Jeú quando foi proclamado rei (2Rs 9:13). Cortaram e agitaram os ramos de palmeiras. Isso foi o que fizeram quando Simão Macabeu entrou em Jerusalém depois de uma de suas vitórias mais notáveis (1 Macabeus 13:51).

    Deram-lhe as mesmas boas-vindas que a um peregrino porque a saudação "Bendito o que vem em nome do SENHOR" (Sl 118:26) era a saudação que se dava aos peregrinos quando chegavam para a festa.

    Exclamaram "Hosana!" Devemos estar seguros do que significa esta palavra. Hosana significa salve agora! E era o grito de desespero que usava o povo desamparado para dirigir-se a seu rei ou a seu deus. Em realidade, a exclamação do povo é uma espécie de citação do Sl 118:25: “Oh! Salva-nos, SENHOR, nós te pedimos.” A frase “Hosana nas maiores alturas!” deve significar "Que os anjos nas maiores alturas do céu exclamem a Deus, salva-nos agora!"

    Pode ser que a palavra hosana tenha perdido parte de seu significado original, e que, em certo sentido, converteu-se em uma exclamação de boas-vindas, como "Salve!" Mas originariamente é o clamor de um povo para obter sua liberação em momentos difíceis; é o clamor de um povo oprimido a seu salvador e a seu rei.

    A INTENÇÃO DE JESUS

    Mateus 21:1-11 (continuação)

    Podemos, pois, dar por sentado que as atitudes de Jesus nesta passagem estavam planejadas e as levou a cabo com premeditação. Ao agir como o fez seguia um método para despertar as consciências das homens que estava muito relacionado com o método dos profetas. Uma e outra vez na história religiosa de Israel quando um profeta sentia que suas palavras não faziam greta contra uma barreira de indiferença ou incompreensão, expressava sua mensagem por meio de uma ação simbólica que os homens não podiam deixar de ver e compreender.

    Dos numerosos exemplos que o Antigo Testamento oferece podemos escolher dois dos mais conspícuos. Quando ficou manifesto que o reino não toleraria os excessos e extravagâncias de Roboão, e que Jeroboão estava indicado como o poder nascente, o profeta Aías, o silonita escolheu uma forma muito dramática de predizer o futuro. Vestiu-se com uma capa nova, saiu da cidade e se encontrou a sós com Jeroboão, tomou a capa nova e a rompeu em doze pedaços. Deu dez pedaços a Jeroboão e guardou dois. Mediante esta atitude muito gráfica expressou com toda clareza que dez das doze tribos estavam preparando uma rebelião em favor de Jeroboão e que só duas delas permaneceriam leais a Roboão (I Reis 11:29-32). Aqui vemos a mensagem profética pronunciada por meio de uma ação dramática.

    Quando Jeremias se convenceu que Babilônia estava a ponto de conquistar a Palestina a pesar do otimismo do povo, fez correias e canzis e os enviou a Edom, a Moabe, a Amom, a Tiro e ao Sidom, e pôs uma canga de madeira sobre seu próprio pescoço para que todos pudessem vê-lo. Mediante esta atitude dramática deixou sentado em forma muito eloqüente que, segundo sua interpretação, a única coisa que os aguardava era a escravidão (Jeremias 27:1-6). E quando Hananias, o falso profeta com seu otimismo equivocado, quis demonstrar que considerava equivocada a pessimista profecia de Jeremias, tomou a canga de madeira do pescoço de Jeremias e a partiu (Jeremias 28:10-11). Os profetas tinham o costume de transmitir sua mensagem por meio de uma ação dramática quando consideravam que as palavras não eram suficientes. E não há dúvida que isso foi o que Jesus fez ao entrar em Jerusalém.

    Há duas imagens por trás da atitude de Jesus.

    1. A imagem de Zc 9:9 em que o profeta viu o rei entrando em Jerusalém, humilde e cavalgando sobre um jumento e o jumentinho. De maneira que, em primeiro lugar, a atitude de Jesus é uma afirmação messiânica deliberada. Aqui Jesus estava oferecendo-se ao povo em um momento em que Jerusalém estava cheia de judeus de todo o país e de todo o mundo, e se oferecia como o Ungido de Deus. Já veremos o significado que Jesus deu a essa afirmação, mas não há a menor dúvida de que a fez.
    2. Pode ter havido outra intenção na mente de Jesus. Esta intenção não nos é evidente, mas é quase certo que pareceria algo muito claro à mentalidade judaica e, tal como se apresentam os acontecimentos, é bem possível que tenha existido. Um dos maiores desastres da história judaica tinha sido a captura de Jerusalém por parte do Antíoco Epifanes ao redor do ano 175 A. C. Antíoco estava decidido a fazer desaparecer o judaísmo e a implantar a forma de vida e o culto dos gregos na Palestina. Profanou o templo com toda deliberação, oferecendo sangue de porco no altar, fazendo sacrifícios ao Zeus olímpico e até convertendo as câmaras do templo em bordéis públicos. Foi nesse momento quando os macabeus se rebelaram contra ele e por fim recuperaram sua terra natal. Depois de um tempo Jerusalém foi reconquistada, reivindicou-se o templo, foi restaurado, foi purificado e se voltou a oferecer a Deus.

    Em 2 Macabeus 10:7 lemos sobre o júbilo que imperava nesse dia: “Eis por que, trazendo tirsos e ramos vistosos, bem como palmas, entoavam hinos Àquele que de modo tão feliz os conduzira à purificação do seu Lugar.” Esse dia o povo levava palmas e entoava seus salmos; é uma descrição quase exata da atitude da multidão que deu as boas-vindas a Jesus. Pelo menos é possível que Jesus soubesse disso e que tenha entrado em Jerusalém com a intenção de purificar a casa de Deus, tal como o fizera Judas Macabeu duzentos anos antes. De fato, isso foi o que Jesus fez. Pode ser que esteja dizendo, por meio de um símbolo dramático, não só que era o Ungido de Deus, mas que Ele também tinha vindo para purificar a casa de Deus dos abusos que profanavam tanto o templo como seu culto. Acaso não havia dito Malaquias que o Senhor viria de repente a seu templo (Ml 3:1)? E, em sua visão do juízo, não tinha visto Ezequiel que o terrível juízo de Deus começava pelo santuário (Ez 9:6)?

    A AFIRMAÇÃO DO REI

    Mateus 21:1-11 (continuação)

    Para concluir nossa análise deste incidente, vejamos o que nos mostra de Jesus. Mostra-nos três coisas.
    (1) Mostra-nos a coragem de Jesus. Jesus sabia muito bem que entrava em uma cidade hostil. Por mais entusiasta que fosse a multidão, as autoridades o odiavam e tinham jurado eliminá-lo, e elas tinham a última palavra. Qualquer outro homem em sua posição teria considerado que a discrição era o melhor elemento de valor e, se tivesse decidido entrar em Jerusalém, o teria feito amparado pelas trevas da noite, e se teria mantido com toda prudência por ruas apartadas até chegar a um refúgio seguro. Mas Jesus entrou em Jerusalém em uma forma que o situava com toda intenção no próprio centro do cenário, e que para que todos os olhos se voltassem para ele. Cada uma das atitudes dos últimos dias de Jesus transparecem uma espécie de desafio magnífico e sublime. Aqui começa o último ato, com um aberto desafio às autoridades para que fizessem o pior.

    1. Mostra-nos a afirmação de Jesus sobre si mesmo. Mostra-nos sem dúvida alguma sua afirmação de que é o Messias de Deus, o Ungido de Deus; e muito provavelmente nos apresenta a afirmação de que é o purificador do templo e da casa de Deus. Se Jesus tivesse aceito afirmar que era um profeta, é muito possível que nunca teria tido que morrer. Mas ele só se sente satisfeito com o lugar supremo, quer tudo ou nada. Os homens devem reconhecê-lo como rei ou não recebê-lo absolutamente.
    2. Mas também nos mostra o chamado de Jesus. O que pedia não era o reinado do trono, e sim o do coração. Chegou em forma humilde e cavalgando sobre um asno. Devemos nos assegurar de que compreendemos o verdadeiro significado dessa ação. No Ocidente o asno é um animal desprezível, mas no Oriente pode ser um animal nobre. Os reis estavam costumavam cavalgar sobre asnos, mas quando o faziam sempre significava que chegavam em som de paz. O cavalo era sinal de guerra, o asno de paz. De maneira que quando Jesus afirmou que era rei, afirmou que era o rei da paz. Demonstrou que não devia destroçar, e sim amar; não a condenar, e sim ajudar; não com o poder das armas, e sim com a força do amor.

    De maneira que nesta mesma cena vemos a coragem de Jesus, sua afirmação sobre si mesmo e seu amor. Era o último chamado aos homens para que lhe abrissem, não seus palácios, e sim seus corações.

    A CENA NO TEMPLO

    Mateus 21:12-14

    Se a entrada em Jerusalém tinha sido um desafio, aqui vemos outro desafio acrescentado ao anterior. Para ver como se desenvolve esta cena ante nossos olhos devemos visualizar a imagem do templo. No Novo Testamento há duas palavras que se traduzem como templo, e é uma tradução correta, mas há uma diferença clara entre ambas.

    O templo mesmo se chama naos. Era um edifício relativamente pequeno e continha o lugar santo e o santíssimo ao qual só podia entrar o sumo sacerdote, e nada mais que no Dia da Expiação. Mas a naos estava rodeada por um amplo espaço ocupado por pátios sucessivos e ascendentes. Em primeiro lugar estava o Pátio dos gentios onde podia entrar qualquer um e mais à frente do qual não podia ir nenhum gentio sem tornar-se réu de morte. Depois vinha o Pátio das mulheres, ao qual se penetrava pela porta Formosa; qualquer israelita podia entrar ali. Depois desse existia o Pátio dos israelitas ao qual se entrava pela Porta de Nicanor, uma porta grande de bronze de Corinto que necessitava vinte homens para abri-la e fechá-la. Neste pátio eram onde se reunia o povo para o culto. Por último vinha o Pátio dos sacerdotes onde só podiam entrar os sacerdotes. Ali estava o grande altar das oferendas, o altar do incenso, o candelabro de sete braços, a mesa do pão da proposição e a bacia de bronze; e atrás do qual estava a naos. Toda esta superfície, incluindo todos os pátios recebe o nome de templo em nossas traduções; a palavra grega é hieron. É melhor manter a distinção entre as duas palavras, usar a palavra templo para o templo em si, quer dizer, a naos, e designar a toda a superfície os recintos do templo, quer dizer, o hieron.

    O cenário onde transcorre este incidente é o Pátio dos gentios ao qual podia entrar qualquer um. Sempre estava cheio de gente, mas na época da Páscoa, com peregrinos procedentes de todo o mundo, estaria lotado. Em qualquer momento se podiam ver gentios nesse lugar, porque o templo de Jerusalém era famoso no mundo inteiro até o ponto de que até escritores romanos o descreveram como um dos edifícios mais maravilhosos do mundo.

    Neste pátio dos gentios se desenvolviam dois tipos de comércio. Por um lado, havia i câmbio de moedas. Todos os judeus deviam pagar ao templo um imposto do meio siclo e o pagamento devia fazer-se perto da Páscoa. Um mês antes se armavam casinhas em todas as cidades e aldeias onde se podia pagar o imposto, mas depois de uma data determinada, só o podia pagar no próprio templo. E ali era onde o pagava a grande maioria dos peregrinos judeus do resto do mundo. Este imposto era preciso pagá-lo por um certo tipo de moedas, embora para qualquer outro fim todas as moedas eram aceitas na Palestina. Não se podia pagar em lingotes de prata, e sim em dinheiro selado; não se podia pagar com moedas de uma liga de qualidade inferior ou em moedas com defeitos, e sim em moedas de prata de alta qualidade. Podia-se pagar em siclos do santuário, nos meios siclos da Galiléia e, em especial em dinheiro de Tiro que tinha um valor muito alto. A tarefa dos cambistas era trocar o dinheiro que não servia como dinheiro apropriado para o pagamento do imposto.
    Aparentemente, tratava-se de uma tarefa muito necessária. Mas o problema era que estes cambistas cobravam o equivalente de um vigésimo de centavo de dólar por cambiar qualquer tipo de moeda, e se a moeda que recebiam equivalia a mais do meio siclo, cobravam outro vigésimo por entregar o câmbio. Quer dizer que o peregrino não só devia pagar seu meio siclo — que valia ao redor de dois centavos e meio de dólar — e sim outros dois vigésimos de centavo pelo imposto ao câmbio. E tudo isto deve avaliar-se tendo em conta que o salário de um trabalhador era de ao redor de quatro vigésimos de centavo de dólar por dia. Esta tarifa extra se chamava qolbon. Nem tudo ia para os bolsos dos cambistas: uma parte se classificava como oferendas voluntárias; outra parte servia para consertar as estradas; outra parte se destinava a comprar as pranchas de ouro com que se pensava recobrir todo o templo, a naos, e outra parte chegava de algum modo ao tesouro do templo. O procedimento em si não era necessariamente um abuso, mas o problema era que se prestava ao abuso. Prestava-se para a exploração dos peregrinos que chegavam ao templo para adorar a seu Deus, e não há a menor dúvida de que os cambistas tiravam uma grande vantagem de sua função.

    A venda de pombas era algo pior ainda. Para a maior parte das visitas ao templo se necessitava algum tipo de oferenda. As pombas, por exemplo, eram necessárias quando uma mulher ia purificar-se depois de ter dado à luz, ou quando um leproso ia fazer comprovar e certificar sua cura (Lv 12:8; Lv 14:22; 15:14-29). Era muito fácil comprar animais para o sacrifício fora do templo, mas qualquer animal que se oferecesse não devia ter o menor defeito. Havia inspetores oficiais para os animais e com certeza que rechaçariam o animal adquirido fora do templo e indicariam ao fiel que fosse comprá-los nos postos e casinhas do templo. Não haveria nenhum problema se os preços fossem os mesmos dentro e fora do templo, mas um casa de campo de pombas podia custar menos de um centavo de dólar fora do templo e quase um dólar e meio dentro do templo. tratava-se de um abuso muito antigo.

    Havia um rabino chamado Simon Ben Gamaliel a quem se recordava com gratidão porque "fazia com que se vendessem as pombas por moedas de prata e não de ouro." É evidente que atacou o abuso. Além disso, os postos em que se vendiam as vítimas para o sacrifício se chamavam Bazares de Anás, e pertenciam à família do sumo sacerdote Anás. Aqui tampouco se tratava de um abuso em si mesmo. Deve ter havido muitos comerciantes honestos e compreensivos. Mas o abuso surgia com facilidade e rapidez.

    Burkitt pode dizer que "o templo se converteu em um lugar de reunião de patifes", o pior tipo de monopólio comercial e de interesses criados. Sir George Adam Smith pode escrever: "Nessa época todos os sacerdotes devem ter sido comerciantes." Apresentavam-se todas as facilidades para que se desenvolvesse uma exploração desavergonhada e inescrupulosa dos peregrinos pobres e humildes; e essa exploração foi a que provocou a ira de Jesus.

    A IRA E O AMOR

    Mateus 21:12-14 (continuação)

    Para ser justos, há muito poucas passagens no relato evangélico em que devamos fazer um esforço mais consciente e deliberado do que nesta. É muito fácil esgrimir esta passagem para condenar em forma total todo o culto do templo. Devemos esclarecer duas coisas. Havia muitos comerciantes e homens ruins nos pátios do templo, mas também havia muitas pessoas com o coração posto em Deus. Nunca é justo tomar um sistema em sua pior manifestação e julgá-lo mal; como disse Aristóteles faz já muito tempo, os homens e as instituições devem ser julgados em seu melhor aspecto e não no pior. E a outra coisa que devemos dizer é o seguinte: que a pessoa, e a igreja que não tenha pecado atire a primeira pedra. Tampouco todos os comerciantes eram exploradores, e até os que aproveitavam a oportunidade de tirar um benefício fácil não eram todos agiotas.
    Aquele grande estudioso judeu, Israel Abraham, fez um comentário sobre o tratamento muito comum entre os cristãos desta passagem. Em tal comentário fala com dignidade sobre a fé de seu povo e menciona certas coisas que acontecem na atualidade na igreja cristã do Santo Sepulcro em Jerusalém. "Quando Jesus expulsou os cambistas e os vendedores de pombas do templo, fez um serviço ao judaísmo... Mas acaso eles eram os únicos que visitavam o templo? E todos os que compravam ou vendiam pombas eram meros formalistas? No ano passado visitei Jerusalém na Páscoa e ao longo da fachada da Igreja do Santo Sepulcro vi os quiosques dos vendedores de relíquias sagradas, de contas pintadas, cintas com inscrições, velas de cores, crucifixos decorados e garrafas com água do Jordão. Ali estes cristãos tagarelavam, gesticulavam e regateavam, uma multidão de compradores e comerciantes em frente da igreja consagrada à memória de Jesus. E eu pensei: Oxalá viesse Jesus para expulsar a estes falsos servos dEle como expulsou a seus falsos irmãos em Israel há muitos anos." Nestes assuntos, nem sequer a Igreja cristã está livre de culpa.

    Mas este incidente nos mostra certas coisas a respeito de Jesus.

    1. Mostra-nos que uma das manifestações mais furiosas de sua ira se dirigiu contra aqueles que exploravam a seu próximo, e em especial contra quem o fazia em nome da religião. Foi Jeremias quem disse que os homens tinham convertido o templo em um covil de ladrões (Jr 7:11). Jesus não podia ver a exploração das pessoas humildes para tirar algum benefício. Mais de uma vez, a Igreja permaneceu em silêncio em uma situação semelhante. A Igreja tem a obrigação de proteger àqueles que não podem fazê-lo por si mesmos em uma situação econômica altamente competitiva.
    2. Mostra-nos que sua ira se dirige de maneira particular contra aqueles que impedem as pessoas simples de adorar na casa de Deus. Isaías foi quem disse que a casa de Deus era uma casa de oração para todas os povos (Is 56:7). Devemos assinalar que, de fato, o Pátio dos gentios era a única zona do templo onde podiam entrar os gentios. Não devemos pensar que todos eles foram olhar com ânimo de turistas. Alguns, pelo menos, devem ter ido com um desejo profundo em suas almas de adorar e orar para chegar a encontrar a Deus. Mas a oração era impossível nessa barafunda de compra, venda e regateio e público leilão. Aqueles que procuravam a presença de Jesus encontravam o caminho obstaculizado pelo próprio povo da casa de Deus. Deus jamais considerará inocentes os que não permitem que outros adorem a Deus.

    E isso pode acontecer até agora. Um espírito de amargura, de discussão, de luta pode invadir uma igreja e fazer com que a oração seja impossível. Homens e dignitários podem chegar a preocupar-se tanto por seus enganos e acertos, sua dignidade, seu prestígio, suas práticas e procedimentos, que no final ninguém pode adorar a Deus na atmosfera que se cria. Inclusive os ministros de Deus podem chegar a preocupar-se mais por impor seu estilo e seus costumes a uma congregação do que por pregar o evangelho, e o resultado é um serviço com um clima no qual se torna impossível toda verdadeira adoração. A adoração de Deus e as disputas dos homens nunca podem ir junto. Lembremos da ira de Jesus contra aqueles que obstaculizaram a aproximação a Deus da parte de seu próximo.

    1. Resta uma coisa mais. Nossa passagem termina com a imagem de Jesus curando os cegos e coxos no Pátio do templo. Estando ainda ali, Jesus não expulsou a todos. Só aqueles que tinham uma consciência culpada escaparam diante da ira de Jesus. Os que precisavam dEle ficaram. Jesus nunca despede de mãos vazias os necessitados. E notemos um detalhe: a ira de Jesus nunca era exclusivamente negativa, sempre passava a ajudar em forma positiva àqueles que O necessitavam. No homem realmente grande a ira e o amor vão de mãos dadas. Exerce-se a ira contra aqueles que exploram os humildes e obstaculizam a quem procura a Deus; mas manifesta-se amor para com os muito necessitados. A força destrutiva do amor sempre deve ir de mãos dadas com o poder curativo do amor.

    A SABEDORIA DOS SIMPLES DE CORAÇÃO

    Mateus 21:15-17

    Alguns estudiosos encontraram dificuldades nesta passagem. Afirma-se que é pouco provável que tenha havido muitos meninos no pátio do templo e que se estavam ali, a polícia do templo se ocupou deles com rapidez e eficácia se tivessem ousado gritar como a passagem diz que o faziam. Agora, em um momento anterior deste relato Lucas fala de um incidente no qual aparecem os discípulos clamando com gritos alegres a Jesus e onde se diz que as autoridades tratam de fazê-los calar (Lucas 19:39-40). De fato, com freqüência era hábito chamar-se de meninos os discípulos de um rabino. Vemos, por exemplo, que a frase filhinhos aparece nos escritos de João. De maneira que se sugere que Lucas e Mateus relatam a mesma história, em realidade, e que os meninos ou jovens são os discípulos de Jesus.

    Mas essa explicação é desnecessária. O uso que Mateus faz da citação do Sl 8:2 deixa bem claro que está pensando em meninos em sentido literal e, de qualquer modo, nesse dia estavam acontecendo coisas que jamais tinham acontecido antes no pátio do templo. Nem todos os dias os cambistas e comerciantes tinham que sair correndo; tampouco se curava aos cegos e coxos todos os dias. Talvez

    normalmente fosse impossível que os meninos gritassem nessa forma, mas este não era um dia qualquer.

    Quando tomamos esta história tal como está e voltamos a ouvir as vozes claras e frescas dos meninos gritando seu louvor, deparamo-nos com uma grande verdade. Há verdades que só os simples de coração podem ver e que estão escondidas dos sábios, dos instruídos e dos sofisticados. Em mais de uma ocasião o céu está mais perto do menino que do mais sábio dos homens.
    Conta-se que em uma ocasião, o famoso escultor Thorwaldsen modelou uma estátua de Jesus. Querendo saber se sua obra provocaria a reação correta no coração de quem a visse, trouxe um garotinho, fê-lo contemplar a estátua e lhe perguntou: "Quem você crê que é?" O menino a olhou e disse: "É um grande homem." E Thorwaldsen soube que tinha fracassado. De maneira que desfez sua primeira estátua e voltou a começar. Quando terminou voltou a levar a menino, pediu-lhe que a olhasse e lhe fez a mesma pergunta: "Quem você crê que é?" E o menino sorriu e respondeu: “Esse é Jesus, que disse: ‘Deixem que os meninos venham a mim’.” E Thorwaldsen soube que desta vez tinha obtido seu objetivo. Submeteu a estátua ao juízo dos olhos de um menino.
    Tendo sido considerados todos os elementos, não se trata de um mau juízo. George Macdonald disse em uma ocasião que não dava nenhum valor ao suposto cristianismo de um homem em cuja porta ou jardim os meninos temiam jogar. Se um menino pensar que determinada pessoa é boa, o mais provável é que essa pessoa seja boa, e se um menino se afasta de alguém com temor, pode tratar-se de um personagem importante, mas por certo não se parece com Cristo.

    Em algum lugar Barrie desenha a uma mãe que faz dormir a seu pequeno e o contempla quando está quase adormecido com uma pergunta sem formular no olhar e no coração: "Meu filho, agi bem hoje?" A bondade que resiste ao olhar claro do menino e que passa na prova de sua simplicidade, é uma bondade autêntica. É muito natural que os meninos pudessem reconhecer a Jesus quando os eruditos estavam cegos.

    O CAMINHO DA FIGUEIRA

    Mateus 21:18-22

    Há poucos leitores honestos da Bíblia que se atreveriam a negar que esta é possivelmente a passagem mais incômoda e difícil do Novo Testamento. Se for tomada ao pé da letra, sem questioná-la, mostra a Jesus em uma atitude que se choca com toda a idéia que temos sobre Ele. Trata-se, pois, de uma passagem à qual devemos nos aproximar com um desejo autêntico de descobrir a verdade que há por trás e com autêntica coragem para elaborar nossa interpretação.

    Em primeiro lugar, devemos assinalar que Marcos também relata esta história em Marcos 11:12-14, 20-21. Em seguida notamos que há uma diferença fundamental entre as duas versões do relato. Na versão de Mateus a figueira se seca imediatamente: “E a figueira secou imediatamente.” Esse imediatamente significa em seguida. Por outro lado, na versão do Marcos não ocorre nada com a figueira em seguida; só na manhã seguinte, quando voltam a passar pelo mesmo caminho, os discípulos se dão conta de que se secou. Visto que existem estas duas versões do relato, pode-se deduzir que houve algum desenvolvimento e como a versão de Marcos é a mais antiga, deve ser a mais fiel aos fatos.

    A fim de compreender esta história, é necessário entender os hábitos de crescimento das figueiras e a forma em que dão fruto. Na Palestina, a figueira era a árvore favorita. A imagem da Terra Prometida era a de uma “terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e romeiras” (Dt 8:8). Romeiras e figos faziam parte do tesouro que levaram os espiões para demonstrar a fertilidade da terra (Nu 13:23). A imagem de paz e prosperidade que aparece a cada momento no Antigo Testamento é a imagem de uma época na qual cada homem se sentará debaixo de sua própria vinha e sua própria figueira (1Rs 4:25;

    Mq 4:4; Zc 3:10). A imagem da ira de Deus mostra o dia em que Deus queimará e destroçará as figueiras (Sl 105:33: Jr 8:13; Os 2:12).

    A figueira é o símbolo da prosperidade, da fertilidade e da paz. A árvore em si é bonita; o tronco pode alcançar um metro de diâmetro. Alcança uma altura de quatro metros e meio a seis; e os ramos se podem estender em um diâmetro de sete metros e meio a nove. De maneira que se apreciava muito sua sombra. No Chipre, as casas têm suas figueiras na frente da porta; e Tristão, o viajante, conta-nos que mais de uma vez se refugiou debaixo da sua sombra e desfrutou de sua frescura em um dia de calor. É muito comum que as figueiras cresçam num lado dum poço de maneira que no mesmo lugar há água e sombra. Com muita freqüência a sombra da figueira fazia as vezes de habitação particular para a meditação e a oração, e é por isso que Natanael se sentiu surpreso de que Jesus o tivesse visto debaixo da figueira (Jo 1:48).

    Mas o importante para a análise deste incidente é a forma em que a figueira dá seus frutos. A figueira é a única árvore que dá frutos duas vezes ao ano. A primeira colheita se forma sobre a madeira velha. A princípios da temporada os pequenos botões verdes aparecem nos extremos dos ramos. São denominados brotos e algum dia se converterão em figos, mas não podem ser comidos. Pouco a pouco as folhas e as flores vão se abrindo e o que é peculiar desta árvore é que está cheia de fruta, folhas e flores ao mesmo tempo; na Palestina isso acontece no mês de junho. Nenhuma figueira deu jamais frutos no mês de abril, pois é muito cedo. O processo se repete com a figueira nova, e a nova colheita aparece no mês de setembro.

    Neste relato há duas coisas muito estranhas. Em primeiro lugar fala de uma figueira que estava cheia de folhas em abril. Jesus estava em Jerusalém na páscoa; esta festa se celebra em 15 de abril e o incidente que relata o evangelho aconteceu uma semana antes. O segundo elemento também é muito claro: Jesus procurava figos em uma árvore onde não era possível que os houvesse. Marcos percebeu isso, porque diz: "Não era tempo de figos" (Mc 11:13).

    A dificuldade que apresenta esta história não é seu grau de probabilidade, e sim uma dificuldade moral, e se dá em dois sentidos. Em primeiro lugar, apresenta-se a Jesus condenando uma figueira por não fazer algo que não era capaz de fazer. A árvore não podia dar frutos na segunda semana de abril e, não obstante, vemos que Jesus a destrói por não fazer algo que era impossível que fizesse. Em segundo lugar, vemos que Jesus usa seu poder milagroso para seus próprios fins. Isso é justamente o que se negou a fazer definitivamente nas tentações do deserto. Não aceitou converter as pedras em pães para satisfazer sua fome. Jamais usaria seu poder em forma egoísta. A verdade nua é a seguinte: se tivéssemos lido a respeito de qualquer outra pessoa que condena uma figueira por não dar frutos em abril, teríamos dito que se tratava de uma atitude de irada petulância provocada por um desengano pessoal. Em Jesus, isso é inconcebível e incrível. De modo que deve haver uma explicação. Qual é?

    Alguns encontraram a seguinte explicação. Em Lucas achamos a parábola da figueira que não dava fruto. O jardineiro pediu misericórdia duas vezes, e as duas vezes lhe foi concedida; no fim a figueira continuou sem dar frutos e foi destruída (13 6:42-13:9'>Lucas 13:6-9). Ora, o curioso é que Lucas tenha a parábola da figueira estéril e não mencione este incidente da figueira que se secou. Mateus e Marcos registram este, mas não mencionam a parábola da figueira estéril. Tudo pareceria indicar que os evangelistas sentiram que se incluíam uma parte não era necessário incluir a outra. Não resta dúvida de que Lucas conhecia a parte em que se fala da figueira que se secou porque conhecia o evangelho de Marcos e o usou como apoio do dele. Portanto, sugere-se a parábola da figueira seca foi mal compreendida e ela foi transformada em um incidente quando deveria ter ficado como uma parábola. Houve uma confusão na qual se converteu uma história que Jesus contou em uma ação que fez.

    Isto não é de modo algum impossível, mas nos parece que se deve procurar a explicação em outro lado. E agora passaremos a procurá-la.

    PROMESSA SEM CUMPRIR

    Mateus 21:18-22 (continuação)

    Relembremos um costume profético judaico que Jesus conhecia e empregava. Quando estudamos a entrada de Jesus em Jerusalém vimos que os profetas estavam acostumados a recorrer a ações simbólicas. Quando sentiam que algo não seria assimilado, faziam algo dramático para que os homens compreendessem o ensino.

    Agora, suponhamos que há uma ação simbólica desse tipo por trás desta história. Suponhamos que Jesus ia a caminho de Jerusalém. De um lado do caminho viu uma figueira cheia de folhas. Era perfeitamente legítimo que arrancasse os figos, se houvesse. A lei judaica o permitia (Deut. 23:24-25); e Thomson em The Land and the Book nos diz que até na atualidade qualquer pessoa pode fazer uso das figueiras que estão à beira do caminho. Jesus se aproximou da figueira sabendo muito bem que não podia ter figos e que havia algo que andava mal com ela. Podiam ter acontecido duas coisas. A figueira podia ter voltado para seu estado selvagem, como acontece com as rosas. Essas coisas aconteciam. Ou a figueira pode ter tido alguma doença. Uma figueira que estava cheia de folhas nos primeiros dias de abril estava doente. De maneira que Jesus a olhou e disse: "Esta árvore nunca dará frutos, secar-se-á." Eram as palavras de alguém que conhecia a natureza porque tinha vivido com ela. E, de fato, no dia seguinte ficou demonstrado que seu diagnóstico era correto. Agora, se esta foi uma atitude simbólica, seu propósito era ensinar algo. O que era que queria ensinar? Propunha-se ensinar duas coisas ao povo judeu porque o choque frontal entre Jesus e esse povo era iminente.

    (1) Esta atitude simbólica ensinava que a inutilidade atrai o desastre. Essa é a lei da vida. Algo inútil, está no caminho da eliminação. Tanto as coisas como as pessoas só justificam sua existência quando cumprem o objetivo para o qual foram criadas. A figueira era inútil, portanto estava condenada. Ora, o povo de Israel tinha começado a existir por uma só e única razão: para que dele surgisse o Filho de Deus, o Ungido de Deus. Tinha chegado, o povo não o tinha reconhecido, mais ainda, estava a ponto de crucificá-lo. O povo tinha fracassado em sua missão que era dar as boas-vindas ao Filho de Deus, portanto estava condenado. O fato de não cumprir o propósito de Deus conduz ao desastre em forma inevitável. Cada ser humano deste mundo é julgado de acordo a sua utilidade. Mesmo que uma pessoa esteja imóvel na cama, pode ser da maior utilidade por seu paciente exemplo e oração. Ninguém tem por que ser inútil, e o que o é se dirige para o desastre.

    (2) Este incidente ensina que a profissão sem a prática está condenada. A árvore tinha folhas, isso indicava que teria figos, mas não os tinha, sua pretensão era falsa, de maneira que estava condenado. O povo judeu professava fé em Deus — acaso não era o povo escolhido e não era Deus seu Deus? Mas apesar de sua profissão de fé estava em busca do sangue do Filho de Deus, portanto, merecia a condenação.

    A profissão sem a prática não era a maldição só dos judeus. Durante séculos foi a maldição da Igreja. G. T. Bellhouse cita um exemplo surpreendente extraído da autobiografia de Gandhi. Durante a primeira época de sua estada na África do Sul, em Pretoria, Gandhi se interessou no cristianismo. Assistiu vários domingos a uma igreja cristã, mas escreve: "Não me pareceu que a congregação fosse particularmente religiosa, não era uma reunião de gente devota, antes parecia ser um grupo de pessoas frívolas que assistiam a igreja para distrair-se e para cumprir um costume." Portanto, chegou à conclusão de que não havia nada no cristianismo que ele não possuísse e a Igreja cristã perdeu de ganhar Gandhi com conseqüências incalculáveis para a Índia, o Império Britânico e o mundo.
    A profissão sem prática é algo do qual todos nós somos culpados, em maior ou menor grau. Faz um dano incalculável à Igreja cristã e está condenada ao desastre porque produz uma fé que não pode fazer mais que secar-se.

    Podemos crer que Jesus empregou a lição da figueira doente e degenerada para dizer aos judeus, e a nós, que a inutilidade atrai o desastre e que a profissão sem a prática está condenada. Sem dúvida esse é o sentido deste relato porque não podemos imaginar Jesus condenando em sentido literal e físico a uma árvore por não dar frutos em uma estação em que era impossível que os desse.

    A DINÂMICA DA ORAÇÃO

    Mateus 21:18-22 (continuação)

    Esta passagem conclui com algumas palavras de Jesus a respeito da dinâmica da oração. Trata-se de palavras que é imprescindível entender corretamente. Se não forem bem interpretadas, só podem provocar desgosto; se forem bem entendidas, não podem senão comunicar poder.
    Com essas palavras Jesus diz duas coisas. Diz que a oração pode mover montanhas e diz que se pedirmos com fé, receberemos. É evidente que não é preciso tomar estas promessas em sentido físico e literal. Nem Jesus mesmo nem nenhum outro removeu jamais uma montanha física, geográfica, por meio da oração. São inumeráveis as pessoas que oraram com uma fé apaixonada para que aconteça ou não aconteça algo, para que lhes seja concedido algo ou para que alguém não morra, e, no sentido literal do termo, sua oração não recebeu resposta. O que é então o que nos promete Jesus por meio da oração?
    (1) Jesus nos promete que a oração nos dá a capacidade de fazer. A oração nunca é a escapatória fácil, nunca significa passar as coisas a Deus para que Ele as faça por nós. A oração é poder. A oração não significa pedir a Deus que faça algo, e sim lhe pedir que, por meio de seu poder, nos faça capazes de fazê-lo. A oração não significa seguir o caminho fácil, mas sim é a forma de receber o poder para escolher o caminho mais difícil. A oração é o canal através do qual recebemos o poder para enfrentar e tirar as montanhas de dificuldades por nossos próprios meios, com a ajuda de Deus. Se a oração não fosse mais que um método para fazer com que alguém nos faça as coisas, seria alguma coisa muito má para nós porque nos converteria em seres preguiçosos, folgazões e ineficientes. A oração é o meio pelo qual recebemos o poder de fazer as coisas por nós mesmos. Portanto, ninguém pode orar e depois sentar-se e esperar; deve orar e levantar-se e trabalhar. Mas descobrirá que, quando orou e depois se entregou ao trabalho, uma nova dinâmica entra em sua vida e que em realidade para Deus tudo é possível, e que com Ele o impossível se converteu em algo que se pode obter.

    1. A oração é a capacidade de aceitar e, ao aceitar, de transformar. O objetivo da oração não é libertar a alguém de uma determinada situação, e sim dar a capacidade de aceitar a situação e transformá-la. Há dois grandes exemplos no Novo Testamento. Um deles é o exemplo do Paulo. Orou com desespero para que Deus o libertasse do aguilhão que tinha em seu corpo e da dor física que lhe provocava. Não foi libertado da situação, recebeu a capacidade de aceitá-la e nessa mesma situação encontrou a força que se aperfeiçoou em sua fraqueza e a graça suficiente para todas as coisas — e nessa força e nessa graça não só aceitou a situação, mas também a transformou em algo glorioso (II Coríntios 12:1-10). O outro exemplo é o próprio Jesus. No Getsêmani rogou que dEle fosse passado o cálice, que fosse liberado da agonizante situação em que se encontrava. Esse desejo não se pôde satisfazer, mas nessa oração encontrou a capacidade de aceitar a situação e ao aceitá-la a transformou, porque a agonia da cruz o conduziu em forma direta à glória da ressurreição. Sempre devemos lembrar que a oração não nos liberta de uma determinada situação, mas sim a conquista. A oração não é um meio para escapar de uma situação, a não ser um meio para enfrentá-la com valentia.
    2. A oração dá capacidade para suportar. É muito natural e inevitável que, em nossa necessidade e com nosso coração e fraqueza humanos, haja coisas que sentimos que não podemos suportar. Vemos que uma situação se desenvolve em uma determinada forma; vemos que algo trágico aproxima-se de maneira inevitável; vemos que se abate sobre nós uma tarefa que nos exigirá mais do que podemos dar. Em momentos assim, nosso sentimento inevitável é que não podemos suportar algo semelhante. A oração não faz desaparecer a tragédia, não nos dá uma escapatória, nem nos exime da tarefa, mas nos faz capazes de suportar o insuportável, de enfrentar o que nos é impossível, de passar o ponto de ruptura e não fracassar.

    Enquanto consideremos a oração como uma forma de evadir problemas, a única coisa que obteremos será um amargo desengano. Mas quando vemos a oração como o caminho para a conquista e como a dinâmica divina, então começam a acontecer coisas.

    A IGNORÂNCIA CONVENIENTE

    Mateus 21:23-27

    Quando pensamos nas coisas extraordinárias que Jesus esteve fazendo, não nos surpreende as autoridades judaicas lhe perguntarem que direito tinha de fazê-las. Perguntaram-lhe qual era sua autoridade e de onde a tinha recebido. Nesse momento, Jesus não estava disposto a lhes dar a resposta correta: que sua autoridade derivava do fato de que era o Filho de Deus. Se o tivesse feito, teria precipitado os acontecimentos. Havia coisas ainda por fazer e ensinos a repartir. Às vezes requer mais coragem medir o tempo e esperar o momento apropriado, que lançar-se sobre o inimigo e procurar o fim. Para Jesus, tudo devia ser feito no tempo de Deus; e o momento da crise final ainda não tinha chegado.
    De maneira que enfrentou a pergunta das autoridades judias com outra pergunta que os punha em um dilema. Perguntou-lhes se todo o ministério do João vinha do céu ou dos homens, se sua origem era humana ou divina. Aqueles que foram batizar-se no Jordão respondiam a um impulso meramente humano ou a um desafio divino? O dilema das autoridades judaicas era o seguinte. Se diziam que o ministério de João vinha de Deus, não tinham mais remédio que reconhecer que Jesus era o Messias, porque João tinha dado testemunho claro e inegável dessa realidade. Se Deus falava através de João, então não cabia a menor dúvida que Jesus era o Ungido de Deus. Por outro lado, se as autoridades negavam em forma clara que o ministério de João vinha de Deus, teriam que suportar a ira do povo, porque o povo estava convencido de que João era o mensageiro de Deus. Os sumos sacerdotes e anciãos judeus mantiveram silêncio por um momento. E depois deram a mais fraca das respostas. Disseram: "Não sabemos." Se alguma vez os homens se condenaram a si mesmos, foi nessa oportunidade. Deveriam ter sabido, tinham o dever de saber. Parte do dever do Sinédrio, do qual eram membros, era distinguir entre os falsos profetas e os verdadeiros, e nesse momento diziam que eram incapazes de estabelecer a diferença. Seu dilema os levou a uma humilhação vergonhosa.

    Aqui enfrentamos uma advertência muito séria. Há algo que se chama a ignorância deliberada dos covardes. Se um homem consultar a conveniência pessoal, em lugar do princípio, sua primeira pergunta não será: "Qual é a verdade?", e sim: "O que convém dizer? E uma e outra vez sua veneração pela segurança o submeterá no silêncio covarde. Dirá com voz fraca: "Não sei a resposta", quando sabe muito bem, mas teme expressá-la. A verdadeira pergunta não é: "O que convém dizer?" e sim: "O que é o correto?"

    A ignorância deliberada do medo, o silêncio covarde da conveniência, são coisas vergonhosas. Se a pessoa souber a verdade, tem a obrigação de dizê-la, embora caia o céu.

    O MELHOR DOS FILHOS MAUS

    Mateus 21:28-32

    O significado desta parábola é tão claro como a água. Os líderes judeus são os que haviam dito que obedeceriam a Deus e então não o fizeram. Os publicanos e as prostitutas são os que haviam dito que seguiriam seu próprio caminho e logo tomaram o caminho de Deus.

    A chave para se compreender em forma correta esta parábola, é que não elogia a ninguém. Apresenta-nos a imagem de dois grupos humanos muito imperfeitos, nenhum dos quais era melhor que o outro. Nenhum dos dois filhos da parábola era o tipo de filho que alegraria a vida de seu pai. Ambos eram seres muito imperfeitos, mas o que no final obedeceu era mil vezes melhor que o outro. O filho ideal seria aquele que aceita as ordens de seu pai com obediência e respeito e as obedece ao pé da letra, sem questioná-las. Mas nesta parábola há verdades que vão muito além da situação em que foi relatada pela primeira vez.
    Diz-nos que há duas classes de pessoas muito comuns neste mundo. Em primeiro lugar, está a pessoa cujas palavras são muito melhores que suas ações. São capazes de prometer algo, de fazer retumbantes afirmações de piedade e fidelidade, mas sua ação fica muito abaixo de suas palavras. Em segundo lugar estão aqueles cujas ações são muito superiores a suas palavras. Afirmam ser duros, severos e materialistas radicais, mas de algum modo são vistos fazer coisas amáveis e generosas, quase em segredo, como se sentissem vergonha. Afirmam não sentir nenhum interesse pela Igreja e a religião, e entretanto, quando eles são vistos de perto, têm visão mais cristãs que muitos cristãos militantes.
    Todos nós conhecemos este tipo de pessoas, aqueles cuja ação está muito longe da piedade santarrona que expressam suas palavras, e aqueles cuja ação está muito acima das afirmações às vezes cínicas e às vezes quase irreligiosas que fazem. O verdadeiro objetivo da parábola é assinalar que, enquanto se deve preferir mil vezes a segunda classe de pessoas, nenhuma das duas se aproxima nem remotamente da perfeição. O homem bom, em todo o sentido da palavra, é aquele cujas palavras e cuja ação estão de acordo.
    Mais ainda, esta parábola nos ensina que as promessas jamais podem ocupar o lugar da ação e que as palavras altissonantes nunca servem de substituto das ações corretas. O filho que disse que iria e não foi tinha toda a aparência externa da cortesia. Em sua resposta se dirigiu a seu pai com o título de "Senhor", com o maior respeito. Mas a cortesia que nunca vai além das palavras não deixa de ser uma ilusão. A verdadeira cortesia é a obediência, expressa com gentileza e boa vontade. Por outro lado, a parábola nos assinala que qualquer um pode arruinar com muita facilidade algo bom pela maneira como o faz. Pode fazer uma coisa correta com uma falta de bondade e amabilidade que arruína toda a ação.

    Aqui aprendemos que o caminho que o cristão deve seguir é a ação e não a promessa e que o que destaca o cristão é a obediência que se entrega com amabilidade e cortesia.

    A VINHA DO SENHOR

    Mateus 21:33-46

    De modo geral o princípio que se segue ao interpretar uma parábola é que cada parábola tem um só ensino e que se deve captar esse ensino sem sublinhar os detalhes. Em geral, quando se tenta buscar um sentido para cada detalhe cai-se no engano de tomar a parábola como se fosse uma alegoria. Mas no caso desta parábola acontece algo diferente. É uma parábola tão clara e transparente que os detalhes têm significado, e os sumos sacerdotes e fariseus sabiam muito bem o que Jesus lhes queria dizer com ela.

    Cada detalhe do relato se apóia em algo que era muito conhecido por quem o ouvia pela primeira vez. A imagem da nação judia como a vinha de Deus era algo que os profetas empregavam com freqüência. "A vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de Israel" (Is 5:7). A cerca era um cerco cheio de plantas espinhosas cujo objetivo era proteger a plantação dos animais selvagens que podiam destroçar as vinhas e dos ladrões que podiam roubar as uvas. Cada vinha tinha seu lagar. Este constava de dois locais que podiam ser escavados na rocha ou construídos com tijolos. Um era um pouco mais alto que o outro e estava conectado com o mais baixo por meio de um canal. As uvas se pisavam no local superior e o suco corria para o inferior. A torre tinha dois propósitos. Servia como observatório para cuidar para que não entrassem ladrões quando as uvas estavam por maturar, e também se usava para moradia de quem trabalhava na vinha.

    Todas as atitudes do dono da vinha eram muito normais. Na época de Jesus, a Palestina era um lugar convulsionado onde as pessoas podiam permitir-se poucos luxos. De maneira que era muito usual que houvesse senhores que não viviam nas vinhas mas sim arrendavam suas terras e só se interessavam em cobrar o arrendamento a tempo. A renda se podia pagar de três formas. Podia-se pagar com dinheiro, com uma quantidade determinada de frutos, qualquer que fosse a plantação; ou se podia estabelecer um tanto por cento da colheita como pagamento.

    A atitude dos lavradores tampouco era nada fora do comum. Na época de Jesus a Palestina fervia pelo descontentamento econômico. Os trabalhadores estavam desconformes e assumiam uma atitude rebelde e a atitude dos lavradores em tentar eliminar o filho não era algo impossível.

    Como já dissemos, aqueles que ouviam a parábola podiam fazer as identificações necessárias com toda facilidade. Antes de analisá-la em detalhe, estabeleçamos esses elementos. A vinha é o povo de Israel, e o proprietário é Deus. Os lavradores são os líderes religiosos de Israel que estavam a cargo, por assim dizer, do bem-estar da nação, tarefa imposta por Deus. Os mensageiros enviados são os profetas, enviados por Deus e que tantas vezes foram rechaçados e justiçados. O filho que foi no final não é outro senão o próprio Jesus. Assim, em um relato muito real, Jesus manifesta tanto a história como a condenação de Israel.

    PRIVILÉGIO E RESPONSABILIDADE

    Mateus 21:33-46 (continuação)

    Esta parábola tem muito que nos dizer em três aspectos.

    1. Diz muito a respeito de Deus.
    2. Fala-nos da confiança de Deus nos homens. O dono da vinha a confiou aos lavradores. Nem sequer exerceu sobre eles um controle policial. Foi e os deixou responsável pela tarefa. Deus concede aos homens a honra de lhes confiar sua tarefa. Cada tarefa que recebemos é algo que Deus nos manda fazer.
    3. Fala-nos da paciência de Deus. O senhor enviou um mensageiro após outro. Não chegou com uma vingança fulminante ao vexarem e maltratarem o primeiro mensageiro. Deu uma após outra oportunidade aos lavradores para responder a seu chamado. Deus tolera os homens em sua pecaminosidade e não os destrói.
    4. Fala-nos do juízo de Deus. No final, o senhor da vinha a tirou desses lavradores e a deu a outros. O juízo mais severo de Deus se manifesta quando nos tira das mãos a tarefa que queria que fizéssemos. O homem caiu ao nível mais baixo quando se converteu num inútil para Deus.
    5. Tem muito a nos dizer a respeito dos homens.
    6. Fala-nos do privilégio humano. A vinha estava equipada com todo o necessário — a cerca, o lagar, a torre — para aliviar a tarefa dos cultivadores. Isto lhes permitiria cumprir bem a tarefa. Deus não só nos dá uma tarefa para cumprir, também nos dá os meios para levá-la a cabo.
    7. Fala-nos da liberdade humana. O senhor deixou que os lavradores fizessem a tarefa como quisessem. Deus não é um senhor tirânico; é como um comandante sábio que encarrega uma tarefa e confia em que aquele a quem a encarregou a levará a cabo.
    8. Fala-nos da responsabilidade humana. A todos os homens chega o momento do balanço. Devemos responder pela forma em que cumprimos a tarefa que Deus nos confiou.
    9. Fala-nos sobre o caráter intencional do pecado humano. Na parábola, os lavradores praticam uma deliberada política de rebeldia e desobediência contra o senhor. O pecado é a oposição intencional contra Deus. É seguir nosso caminho com deliberação quando sabemos muito bem qual é o caminho de Deus.
    10. Tem muito a nos dizer sobre Jesus.
    11. Fala-nos do direito de Jesus. Esta parábola nos mostra a forma como Jesus se eleva com toda clareza acima da sucessão dos profetas. Quem veio antes dEle eram mensageiros de Deus, ninguém podia lhes negar essa honra, mas eram servos, mas Ele era o Filho. Esta parábola contém uma das afirmações mais claras de Jesus a respeito de seu caráter único e diferente, até dos maiores homens que o tinham precedido.
    12. Fala-nos sobre o sacrifício de Jesus. Esta parábola mostra com toda clareza que Jesus sabia o que tinha pela frente. No relato o filho morreu às mãos de homens perversos. Jesus jamais teve a menor dúvida a respeito do que tinha pela frente. Não morreu porque O obrigaram, encaminhou-se para a morte em forma voluntária e com os olhos bem abertos.

    O SÍMBOLO DA PEDRA

    Mateus 21:33-46 (continuação)

    Esta parábola termina com a imagem da pedra. Aqui nos encontramos com duas imagens.

    (1) A primeira é bem clara. Trata-se da imagem de uma pedra que os edificadores desprezaram e que se converteu na pedra mais importante de todo o edifício. A imagem pertence ao Sl 118:22: “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular.” Em sua origem, o salmista usou esta imagem para representar o povo de Israel. Israel era o povo descartado e rechaçado. Foram servos e escravos de muitas nações; entretanto, a nação que todos rechaçavam era o povo escolhido por Deus. Pode ser que os homens rechacem a Cristo, que tratem de eliminá-lo, mas, entretanto, verão que esse Cristo a quem desprezaram é a pessoa mais importante do mundo. O imperador romano Juliano quis fazer retroceder o relógio. Quis eliminar o cristianismo e voltar a trazer os antigos deuses pagãos. Fracassou em forma total e no final o dramaturgo lhe faz dizer: "Empurrar a Cristo fora do posto supremo não era algo que eu pudesse fazer." O homem, da cruz se converteu em Juiz e Rei do mundo inteiro.

    (2) Mas também temos aqui uma imagem mais difícil: a imagem de uma pedra que esmiúça o homem, se cair sobre ele, e que o quebranta se tropeçar contra ela. Trata-se de uma imagem composta.

    Há três imagens de uma pedra no Antigo Testamento com as quais se constrói esta passagem. A primeira está em 13 23:8-15'>Isaías 8:13-15: “Ao SENHOR dos Exércitos, a ele santificai; seja ele o vosso temor, seja ele o vosso espanto. Ele vos será santuário; mas será pedra de tropeço e rocha de ofensa às duas casas de Israel, laço e armadilha aos moradores de Jerusalém. Muitos dentre eles tropeçarão e cairão, serão quebrantados, enlaçados e presos” A segunda passagem pertence a Is 28:16: “Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular.” A terceira passagem está em Dn 2:34, Dn 2:44, Dn 2:45 onde há uma estranha imagem de uma pedra que não é cortada com mãos e que destroça os inimigos de Deus. A idéia que está por trás de tudo isto é que no Antigo Testamento estão estas imagens de uma pedra e que todas elas se resumem em Jesus Cristo. Jesus é a pedra basal sobre a que se constrói todo o resto e a pedra angular que mantém tudo em seu lugar. Rechaçar seu caminho significa bater a cabeça contra as paredes da lei de Deus. Desafiá-lo significa, em última instância, morrer esmagado. Por mais estranhas que nos sejam estas parábolas, tratava-se de figuras muito conhecidas para qualquer judeu que conhecesse os profetas.


    Dicionário

    Dado

    substantivo masculino Pequeno cubo de faces marcadas com pontos, de um a seis, ou com figuras, usado em diferentes jogos.
    Por Extensão Pequeno cubo de uma matéria qualquer.
    [Arquitetura] Base quadrangular de uma coluna; plinto.
    Etimologia (origem da palavra dado). De origem desconhecida.
    adjetivo Que não se precisa pagar; gratuito: isso me foi dado!
    Que se faz por hábito, costume; habituado: dado a más leituras.
    Figurado De fácil trato; comunicativo, afável: é uma criança muito dada.
    Datado: dado em Roma, aos 12 de maio.
    Que tende para; inclinado: sujeito dado a brigas.
    Que passa a obedecer em razão do cansaço, falando do cavalo: cavalo dado.
    substantivo masculino Ponto de partida em que se funda uma discussão.
    Mat. Elemento ou quantidade conhecida que serve de base à solução de um problema.
    Aquilo que está disponível para estudo ou análise, após ter sido alvo de investigação e pesquisa: pesquisa que se pautou em dados anteriores.
    O que caracteriza, que qualifica alguma coisa: o maior dado do sucesso é a disciplina.
    O que se faz habitualmente: escovar os dentes é um dado que compõe a vida da maioria das pessoas.
    substantivo masculino plural Conjunto de traços que caracterizam uma pessoa: preencha o formulário com seus dados.
    pronome indefinido De teor específico; determinado: em um dado momento, passou a gritar e não parou mais!
    locução conjuntiva Dado que. Suposto que, posto que.
    Etimologia (origem da palavra dado). Do latim datum.

    De

    preposição Estabelece uma relação de subordinação entre palavras.
    Expressa uso, propósito, cargo, atividade, obrigação ou utilidade: creme de cabelo; escola de crianças; trabalho de especialistas.
    Expressa condição, estado, circunstância: você está de repouso; andar de pé; estou de bem com ela.
    Expressa origem, razão ou causa: dormiu de exaustão; morreu de fome.
    Expressa um comportamento ou maneira de agir: não se arrepende de se exercitar.
    Expressa valor, quantidade, preço: celular de 500 reais; apartamento de 100 metros; porta de trás.
    Expressa maneira, recurso: viajamos de avião.
    Expressa o conteúdo ou material usado para: blusa de lã; sapato de couro.
    Expressa relação com: não me fale de seu passado.
    Expressa uma qualidade própria de: comportamento de criança educada.
    Expressa uma condição temporal, o tempo: morreu de manhã.
    Gramática Numa comparação, destaca o segundo termo: gosta mais dela do que dele.
    Gramática Formas contraídas da preposição "de": do, da, dele, dela, dum, duma, disto, disso, deste, desta, desse, dessa, daquele, daquela, daquilo, doutro, doutra, doutrem, daí, daqui, dali, dacolá e donde.
    Não confundir com: .
    Etimologia (origem da palavra de). Do latim de.

    preposição Estabelece uma relação de subordinação entre palavras.
    Expressa uso, propósito, cargo, atividade, obrigação ou utilidade: creme de cabelo; escola de crianças; trabalho de especialistas.
    Expressa condição, estado, circunstância: você está de repouso; andar de pé; estou de bem com ela.
    Expressa origem, razão ou causa: dormiu de exaustão; morreu de fome.
    Expressa um comportamento ou maneira de agir: não se arrepende de se exercitar.
    Expressa valor, quantidade, preço: celular de 500 reais; apartamento de 100 metros; porta de trás.
    Expressa maneira, recurso: viajamos de avião.
    Expressa o conteúdo ou material usado para: blusa de lã; sapato de couro.
    Expressa relação com: não me fale de seu passado.
    Expressa uma qualidade própria de: comportamento de criança educada.
    Expressa uma condição temporal, o tempo: morreu de manhã.
    Gramática Numa comparação, destaca o segundo termo: gosta mais dela do que dele.
    Gramática Formas contraídas da preposição "de": do, da, dele, dela, dum, duma, disto, disso, deste, desta, desse, dessa, daquele, daquela, daquilo, doutro, doutra, doutrem, daí, daqui, dali, dacolá e donde.
    Não confundir com: .
    Etimologia (origem da palavra de). Do latim de.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Frutos

    masc. pl. de fruto

    fru·to
    (latim fructus, -us, direito de receber e usar os produtos de bens próprios ou de outrem, gozos, delícias, colheita)
    nome masculino

    1. Botânica Órgão que, no vegetal, sucede à flor e corresponde ao desenvolvimento de um ou mais ovários. = CARPO

    2. Qualquer produto da terra.

    3. Figurado Filhos, prole.

    4. Efeito.

    5. Resultado.

    6. Vantagem.

    7. Produto, lucro.


    colher os frutos
    Figurado Ser recompensado pelo esforço e empenho dispensados (ex.: o governo começa a colher os frutos da nova política educativa).

    dar fruto
    Figurado O mesmo que dar frutos.

    dar frutos
    Figurado Ter resultados positivos, favoráveis (ex.: o investimento deu frutos a curto prazo).

    frutos do bosque
    O mesmo que frutos silvestres.

    frutos do mar
    Designação dada a um conjunto de crustáceos e moluscos usados na alimentação humana.

    frutos silvestres
    Designação dada a um conjunto de frutos, em geral bagas, de cor vermelha, azulada ou negra, originalmente sem necessidade de cultura, mas hoje já cultivados para comercialização (ex.: o cesto de frutos silvestres tinha amoras, mirtilos, framboesas e groselhas).


    Nação

    Nação é a transcendentalidade Espírito-moral e histórico-evolutiva de um conjunto significativo e substancial de seres espirituais afins, encarnados e desencarnados, solidários entre si, na constância da comunhão de idéias, pendores, sentimentos e responsabilidades quanto a culpas, méritos e compromissos do passado, que se estendem ao longo das existências (reencarnações) desses seres, abarcando os dois planos de vida estreitamente vinculados e em permanente interação e transposição de um plano para outro, através dos tempos, até alcançarem certo grau evolutivo superior.
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2


    substantivo feminino Grupo de pessoas que estão ligadas por uma mesma religião, ou por possuirem costumes, origens, tradições em comum; povo: nação muçulmana.
    Comunidade ou agrupamento político independente, com território demarcado, sendo suas instituições partilhadas pelos seus membros.
    Extensão territorial ocupada por essa comunidade; país de nascimento; pátria, país.
    População que habita esse território: o Presidente discursou à nação.
    Sistema de governo de um país; Estado.
    Designação concedida a diversos grupos de indivíduos negros, de origem africana, que foram levados ao Brasil.
    Etnia indígena brasileira ou de qualquer outra nacionalidade.
    Etimologia (origem da palavra nação). Do latim natio.onis.

    substantivo feminino Grupo de pessoas que estão ligadas por uma mesma religião, ou por possuirem costumes, origens, tradições em comum; povo: nação muçulmana.
    Comunidade ou agrupamento político independente, com território demarcado, sendo suas instituições partilhadas pelos seus membros.
    Extensão territorial ocupada por essa comunidade; país de nascimento; pátria, país.
    População que habita esse território: o Presidente discursou à nação.
    Sistema de governo de um país; Estado.
    Designação concedida a diversos grupos de indivíduos negros, de origem africana, que foram levados ao Brasil.
    Etnia indígena brasileira ou de qualquer outra nacionalidade.
    Etimologia (origem da palavra nação). Do latim natio.onis.

    Reino

    substantivo masculino Nação ou Estado governado por príncipe reinante que tem título de rei ou de rainha; monarquia, reinado: o reino da Dinamarca.
    Conjunto das pessoas cujas funções estão subordinadas à aprovação do rei ou da rainha.
    Figurado Domínio, lugar ou campo em que alguém ou alguma coisa é senhor absoluto: esta casa é o reino da desordem.
    Figurado Conjunto do que ou de quem compartilha particularidades essenciais compondo algo único e homogêneo: aquele habita o reino da mentira!
    [Biologia] Divisão que enquadra e agrupa seres, sendo considerada a mais elevada de todas as divisões taxonômicas: os reinos são Animalia, Plantae, Fungi, Monera e Protista .
    [Biologia] Divisão que enquadra seres e coisas por relação de semelhança: reino animal, vegetal, mineral.
    [Regionalismo: Nordeste] Mistura de aguardente.
    expressão Religião Reino de Deus. Expressão evangélica que significa a atualização da realeza eterna de Deus.
    Religião Reino celeste, Reino eterno, Reino dos céus. Paraíso cristão, o céu.
    Etimologia (origem da palavra reino). Do latim regnum.

    Reino Território politicamente organizado, governado por um rei ou por uma rainha (1Rs 2:12); 10.1; (2Cr 22:12).

    Reino O âmbito de soberania de Deus. No Antigo Testamento e na literatura intertestamentária, a idéia do Reino aparece relacionada à intervenção de Deus na história através de seu messias. Essa mesma idéia permaneceu no judaísmo posterior. A crença na vinda do Reino constitui uma das doutrinas básicas do ensinamento de Jesus, que — não poucas vezes — refere-se a esse Reino em suas parábolas. O Reino já se manifestara com a vinda de Jesus e evidenciou-se em seus milagres e expulsões de demônios (Lc 11:20; 10,8-9). Não é deste mundo (Jo 18:36) e, por isso, não segue seu procedimento. A ética do Reino apresentada, por exemplo, no Sermão da Montanha (Mt 5:7) é totalmente diversa de qualquer norma humana e tem sido considerada, com justiça, inaplicável em uma sociedade civil. Se é possível viver, é graças ao amor de Deus e à sua vivência entre pessoas que compartilham essa mesma visão. O início do Reino é pequeno (Mt 13:31-33), contudo, apesar das dificuldades provocadas pelo Diabo e seus sequazes (13 24:30-36'>Mt 13:24-30:36-43), terá um final glorioso na Parusia de Jesus, após um tempo de grande tribulação e da pregação desse mesmo Reino no mundo inteiro (Mt 24:14). Desaparecerá então o domínio do diabo sobre o mundo e acontecerá a ressurreição, a recompensa dos que se salvaram e o castigo eterno dos condenados (13 1:23-24'>Mt 13:1-23:24-43; Mt 25:41-46). É oportuno ressaltar que todos esses aspectos coincidem com idéias sustentadas pelo judaísmo do Segundo Templo. Desde então, toda a humanidade é convidada a entrar no Reino (Mt 13:44-46). O Reino não pode ser confundido com a Igreja — como o demonstraram desenvolvimentos teológicos posteriores —, ainda que nesta se deva viver a vida do Reino.

    G. E. Ladd, El evangelio del reino, Miami 1985; Idem, Theology...; Idem, Crucial questions about the kingdom of God, 1952; J. Grau, Escatología...; J. Bright, The kingdom...; C. H. Dodd, Las parábolas del Reino, Madri 1974; J. Jeremías, Teología..., vol. I; N. Perrin, The Kingdom of God in the teaching of Jesus, Londres 1963; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; Colectivo, Evangelio y Reino de Dios, Estella 1995.


    Sera

    abundância

    Será

    substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
    Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
    Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
    Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

    substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
    Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
    Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
    Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

    (Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).


    Tirado

    adjetivo Que se tirou.
    Que sofreu tiragem.
    Etimologia (origem da palavra tirado). Particípio de tirar.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    διά τοῦτο ὑμῖν λέγω ὅτι βασιλεία θεός ὑμῶν αἴρω καί δίδωμι ἔθνος ποιέω αὐτός καρπός
    Mateus 21: 43 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Portanto eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos.
    Mateus 21: 43 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    4 de Abril de 30. Terça-feira
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1325
    dídōmi
    δίδωμι
    bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
    (baths)
    Substantivo
    G142
    aírō
    αἴρω
    ser grande, ser majestoso, largo, nobre (poético)
    (has become majestic)
    Verbo
    G1484
    éthnos
    ἔθνος
    multidão (seja de homens ou de animais) associados ou vivendo em conjunto
    (Gentiles)
    Substantivo - neutro genitivo plural
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2590
    karpós
    καρπός
    embalsamar, condimentar, tornar temperado
    (to embalm)
    Verbo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G932
    basileía
    βασιλεία
    um rubenita que demarcou o limite entre Judá e Benjamim com uma pedra
    (of Bohan)
    Substantivo


    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    δίδωμι


    (G1325)
    dídōmi (did'-o-mee)

    1325 διδωμι didomi

    forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

    1. dar
    2. dar algo a alguém
      1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
        1. dar um presente
      2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
      3. suprir, fornecer as coisas necessárias
      4. dar, entregar
        1. estender, oferecer, apresentar
        2. de um escrito
        3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
          1. algo para ser administrado
          2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
      5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
      6. fornecer, doar
    3. dar
      1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
        1. dar, distribuir com abundância
      2. designar para um ofício
      3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
      4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
        1. como um objeto do seu cuidado salvador
        2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
        3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
        4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
    4. conceder ou permitir a alguém
      1. comissionar

    Sinônimos ver verbete 5836


    αἴρω


    (G142)
    aírō (ah'-ee-ro)

    142 αιρω airo

    uma raíz primária; TDNT - 1:185,28; v

    1. levantar, elevar, erguer
      1. levantar do chão, pegar: pedras
      2. erguer, elevar, levantar: a mão
      3. içar: um peixe
    2. tomar sobre si e carregar o que foi levantado, levar
    3. levar embora o que foi levantado, levar
      1. mover de seu lugar
      2. cortar ou afastar o que está ligado a algo
      3. remover
      4. levar, entusiasmar-se, ficar exaltado
      5. apropriar-se do que é tomado
      6. afastar de alguém o que é dele ou que está confiado a ele, levar pela força
      7. levar e utilizar para alguma finalidade
      8. tirar de entre os vivos, seja pela morte natural ou pela violência
      9. motivo para parar

    ἔθνος


    (G1484)
    éthnos (eth'-nos)

    1484 εθνος ethnos

    provavelmente de 1486; TDNT - 2:364,201; n n

    1. multidão (seja de homens ou de animais) associados ou vivendo em conjunto
      1. companhia, tropa, multidão
    2. multidão de indivíduos da mesma natureza ou gênero
      1. a família humana
    3. tribo, nação, grupo de pessoas
    4. no AT, nações estrangeiras que não adoravam o Deus verdadeiro, pagãos, gentis
    5. Paulo usa o termo para cristãos gentis

    Sinônimos ver verbete 5927


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καρπός


    (G2590)
    karpós (kar-pos')

    2590 καρπος karpos

    provavelmente da raiz de 726; TDNT - 3:614,416; n m

    1. fruta
      1. fruto das árvores, das vinhas; colheitas
      2. fruto do ventre, da força geratriz de alguém, i.e., sua progênie, sua posteridade
    2. aquele que se origina ou vem de algo, efeito, resultado
      1. trabalho, ação, obra
      2. vantagem, proveito, utilidade
      3. louvores, que sã apresentados a Deus como oferta de agradecimento
      4. recolher frutos (i.e., uma safra colhida) para a vida eterna (como num celeiro) é usado figuradamente daqueles que pelo seu esforço têm almas preparadas almas para obterem a vida eterna

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βασιλεία


    (G932)
    basileía (bas-il-i'-ah)

    932 βασιλεια basileia

    de 935; TDNT - 1:579,97; n f

    1. poder real, realeza, domínio, governo
      1. não confundir com um reino que existe na atualidade. Referência ao direito ou autoridade para governar sobre um reino
      2. do poder real de Jesus como o Messias triunfante
      3. do poder real e da dignidade conferida aos cristãos no reino do Messias
    2. um reino, o território sujeito ao governo de um rei
    3. usado no N.T. para referir-se ao reinado do Messias