Enciclopédia de Marcos 11:12-12

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mc 11: 12

Versão Versículo
ARA No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome.
ARC E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome,
TB No dia seguinte, saindo eles de Betânia, teve fome.
BGB Καὶ τῇ ἐπαύριον ἐξελθόντων αὐτῶν ἀπὸ Βηθανίας ἐπείνασεν.
HD No dia seguinte, ao saírem de Betânia, teve fome.
BKJ E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, ele teve fome;
LTT E, no dia seguinte, havendo eles saído para longe de Betânia, Ele sofreu- fome.
BJ2 No dia seguinte, quando saíam de Betânia, teve fome.
VULG Et alia die cum exirent a Bethania, esuriit.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Marcos 11:12

Mateus 4:2 E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
Mateus 21:18 E, de manhã, voltando para a cidade, teve fome.
Lucas 4:2 E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome.
João 4:6 E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isso quase à hora sexta.
João 4:31 E, entretanto, os seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come.
João 19:28 Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.
Hebreus 2:17 Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Últimos dias do ministério de Jesus em Jerusalém (Parte 1)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

33 d.C., 8 de nisã

Betânia

Jesus chega seis dias antes da Páscoa

     

Jo 11:55Jo 12:1

9 de nisã

Betânia

Maria derrama óleo na cabeça e nos pés de Jesus

Mt 26:6-13

Mc 14:3-9

 

Jo 12:2-11

Betânia–Betfagé–Jerusalém

Entra em Jerusalém montado num jumento

Mt 21:1-11, Mt 14:17

Mc 11:1-11

Lc 19:29-44

Jo 12:12-19

10 de nisã

Betânia–Jerusalém

Amaldiçoa figueira; purifica o templo novamente

Mt 21:18-19; Mt 21:12-13

Mc 11:12-17

Lc 19:45-46

 

Jerusalém

Principais sacerdotes e escribas tramam matar Jesus

 

Mc 11:18-19

Lc 19:47-48

 

Jeová fala; Jesus profetiza sua morte; descrença de judeus cumpre profecia de Isaías

     

Jo 12:20-50

11 de nisã

Betânia–Jerusalém

Lição sobre figueira que secou

Mt 21:19-22

Mc 11:20-25

   

Templo em Jerusalém

Sua autoridade é questionada; ilustração dos dois filhos

Mt 21:23-32

Mc 11:27-33

Lc 20:1-8

 

Ilustrações: lavradores assassinos, banquete de casamento

Mt 21:33Mt 22:14

Mc 12:1-12

Lc 20:9-19

 

Responde a perguntas sobre Deus e César, ressurreição, maior mandamento

Mt 22:15-40

Mc 12:13-34

Lc 20:20-40

 

Pergunta se Cristo é filho de Davi

Mt 22:41-46

Mc 12:35-37

Lc 20:41-44

 

Ai dos escribas e fariseus

Mt 23:1-39

Mc 12:38-40

Lc 20:45-47

 

Vê a contribuição da viúva

 

Mc 12:41-44

Lc 21:1-4

 

Monte das Oliveiras

Fala sobre o sinal de sua presença

Mt 24:1-51

Mc 13:1-37

Lc 21:5-38

 

Ilustrações: dez virgens, talentos, ovelhas e cabritos

Mt 25:1-46

     

12 de nisã

Jerusalém

Judeus tramam matá-lo

Mt 26:1-5

Mc 14:1-2

Lc 22:1-2

 

Judas combina a traição

Mt 26:14-16

Mc 14:10-11

Lc 22:3-6

 

13 de nisã (tarde de quinta-feira)

Jerusalém e proximidades

Prepara a última Páscoa

Mt 26:17-19

Mc 14:12-16

Lc 22:7-13

 

14 de nisã

Jerusalém

Celebra a Páscoa com os apóstolos

Mt 26:20-21

Mc 14:17-18

Lc 22:14-18

 

Lava os pés dos apóstolos

     

Jo 13:1-20


A última semana de Jesus na Terra (Parte 1)

8 de nisã (sábado)
PÔR DO SOL (Dias judaicos começam e terminam ao pôr do sol)

Chega a Betânia seis dias antes da Páscoa

João 11:55– jo 12:1

NASCER DO SOLPÔR DO SOL
9 de nisã
PÔR DO SOL

Come com Simão, o leproso

Maria derrama nardo sobre Jesus

Judeus vão ver Jesus e Lázaro

Mateus 26:6-13

Marcos 14:3-9

João 12:2-11

NASCER DO SOL

Entrada triunfal em Jerusalém

Ensina no templo

Mateus 21:1-11, Mateus 14:17

Marcos 11:1-11

Lucas 19:29-44

João 12:12-19

PÔR DO SOL
10 de nisã
PÔR DO SOL

Passa a noite em Betânia

NASCER DO SOL

Vai cedo a Jerusalém

Purifica o templo

Jeová fala desde o céu

Mateus 21:18-19; Mt 21:12-13

Marcos 11:12-19

Lucas 19:45-48

João 12:20-50

PÔR DO SOL
11 de nisã
PÔR DO SOLNASCER DO SOL

Ensina no templo usando ilustrações

Condena os fariseus

Vê contribuição da viúva

No monte das Oliveiras, profetiza a queda de Jerusalém e dá sinal de sua futura presença

Mateus 21:19 Mt 25:46

Marcos 11:20 Mc 13:37

Lucas 20:1 Lc 21:38

PÔR DO SOL

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

mc 11:12
Palavras de Vida Eterna

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Página: 339
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Senhor! No dia de Pentecoste, quando quiseste reafirmar as boas novas do intercâmbio, entre o Mundo dos Homens e o Mundo dos Espíritos, deliberaste agir de público, sem que ministros ou líderes humanos estivessem superintendendo a reunião. Pedro e os companheiros oravam, depois de providências para que alguém ocupasse o lugar vazio de Judas, quando (1) “todos ficaram repletos do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem”. Com isso não desejamos dizer que desprestigiavas a autoridade e a organização que honoríficas com o teu apreço, e sim que podes administrar os teus dons inefáveis sem a intervenção de ninguém. O narrador evangélico vai mais longe. Conta-nos, ainda, que a multidão te escutou o verbo renovador, tomada de assombros, porquanto, fizeste com que cada um dos circunstantes te ouvisse o comunicado “em seu próprio idioma”(2) Rememoramos semelhante passagem dos primeiros dias apostólicos, para rogar-te apoio no limiar deste livro. Estamos agrupados nestas páginas, - os leitores amigos e nós outros, - procurando o sentido de teus ensinamentos com as chaves da Doutrina Espírita, que nos legaste pelas mãos de Allan Kardec. Aqui entrelaçamos atenção e pensamento, sem outras credenciais que não sejam as nossas necessidades do coração. Respeitamos, Senhor, todos os templos que te reverenciam o nome e todos os poderes religiosos que te dignificam no mundo, mas temos sede das tuas palavras de vida eterna, escoimadas de qualquer suplementação. Viajores de longos e escabrosos caminhos, trazemos a alma fatigada de supremacias e domínios, pretensões e contendas estéreis!. . . Reunidos, pois a fim de ouvir-te as lições claras e simples, nós te pedimos entendimento. E, lembrando-te a presença no monte, à frente da turba sequiosa de consolo e esperança, nós te suplicamos, ainda, inspiração e bênção, para que te possamos compreender e aproveitar o exemplo de amor e a mensagem de luz. Emmanuel Uberaba, 14 de Setembro de 1964

Cairbar Schutel

mc 11:12
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3680
Capítulo: 30
Página: -
Cairbar Schutel

“No dia seguinte, saindo eles de Betânia, teve fome. Vendo ao longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se, porventura, acharia nela alguma coisa. Aproximando-se, nada achou senão folhas; porque ainda não era tempo de figos. Disse-lhe: Nunca jamais coma alguém fruto de ti; e seus discípulos ouviram isto. " “Quando chegava a tarde saíram da cidade. Ao passarem de manhã, viram que a figueira estava seca até a raiz. Pedra, lembrando-se, disse-lhe: Olha, Mestre, secou-se a figueira que amaldiçoaste!"


(Marcos, XI, 12-14 – 19-21.)


Antes de estudarmos esta passagem, uma consideração se apresenta às nossas vistas. Esta figueira não será a mesma que serviu de comparação ao Mestre para a exposição da sua Parábola, cap. XIII, 6 a 9 do Evangelho de Lucas?


Cremos que sim, porque senão não haveria motivo para tão sumária execução. Se a própria Parábola da Figueira Estéril ensina a necessidade de cultivo, de concerto, de reparo, de fertilização com adubos, antes de toda e qualquer resolução decisiva, como, de momento, sem os requisitos preceituados neste ensinamento, Jesus resolveu fui minar a árvore que se achava bem enfolhada, bem “copada"?


Para o leitor, insciente do sentido espiritual das Escrituras, outra dificuldade se mostra com a aparente contradição entre a narração do texto de Marcos e a de Mateus. Este diz: “No mesmo instante secou a figueira. "


(Mateus XXI, 18 a 22)


; aquele: “Pela manhã, viram que a figueira estava seca até a raiz. " Entretanto, essa contradição é só aparente. Os antigos, quando se exprimiam sobre a duração de um fato, de uma coisa, de um fenômeno qualquer, não eram explícitos, como nós somos. Por exemplo, a palavra que traduzimos por eternidade, queria dizer um tempo incalculável, indeterminado, de longa duração. A Escritura fala de meses de trinta anos em vez de meses de trinta dias. Acresce ainda a circunstância de que a hora dos hebreus abrangia, cada uma, três das nossas.


Vide: Interpretação Sintética do Apocalipse, do mesmo autor.


Para a expressão “no mesmo instante", aplicada ao tempo em que a figueira secou, o período de cinco horas cabe perfeitamente, se compreendermos o modo enfático com que foi pronunciada, porque uma árvore, mesmo que cortada pela raiz, não secará nesse espaço de tempo.


Naturalmente não era a primeira vez que Jesus e os seus discípulos viam aquela figueira. Por três anos consecutivos viram-na sem frutos, e mesmo depois de estercada ela permaneceu estéril. Do que Jesus se aproveitou para demonstrar, aos que tinham de ser seus seguidores, o poder de que se achava revestido e o alto saber que o orientava.


Acode-nos uma lembrança também interessante. Diz Marcos que “a árvore não tinha senão folhas, porque não era tempo de figos. " Ora, esta figueira, forçosamente devia pertencer ao número daquelas árvores que dão fruto o ano inteiro; tanto mais que a parábola fala de cultivo e de adubo à mesma aplicados. Se considerarmos o clima daquela região, veremos que é perfeitamente admissível a nossa hipótese. A região fria está quase adstrita ao Norte, nas montanhas do Líbano. A proporção que se desce para Efraim, Manassés e Judá, a temperatura sobe, e aumenta ainda mais para os lados de Saron e nas costas do Mediterrâneo, tocando o grau tropical no Vale do Jordão e no Mar Morto. Por essas bandas é que se deveria encontrar a figueira, por ser mesmo o terreno mais fértil para plantações.


A figueira, aparentemente, estaria bem situada. Por que não dava frutos? Adubos não lhe faltaram, cuidados não lhe foram regateados! Por que seria que só lhe vinham tronco, galhos e folhas?


Com certeza, aquele circuito onde ela se achava era improdutivo, e improdutivo de tal modo que nem os adubos lhe venciam a esterilidade.


Ou então a semente era “chocha", era de fundo estéril, tornando-se-lhe inúteis todos os cuidados.


Seja como for, o ensino de Jesus é muito significativo, por haver escolhido uma árvore, a fim de melhor gravar no ânimo de seus discípulos a lição que lhes queria transmitir, bem assim às gerações que deveriam estudar nos Evangelhos a Verdade que orienta e salva.


É instrutivo porque, havendo o Mestre tomado por ponto de comparação uma figueira, deixou bem claro que a lei de Deus, estendendo-se a toda a criação e sendo eterna, irrevogável, tanto tem ação sobre as árvores, os animais, como sobre as criaturas humanas.


Essa lei, que rege na figueira a produção dos frutos, é a mesma que rege nos homens a produção das boas obras.


Uma árvore sem frutos é uma árvore inútil, estéril, que não trabalha.


Uma alma também sem virtudes é semelhante à figueira, na qual Jesus não encontra frutos.


Há, portanto, frutos de árvores e frutos de almas; frutos que alimentam corpos e frutos que alimentam espíritos; todos são frutos indispensáveis à vida, tanto dos corpos, como das almas.


A figueira, por não ter frutos, secou, embora bem enraizada, de tronco bem formado, de galhos bem ramificados, de copa bem enfolhada.


Assim também o espírito, o homem, a mulher, e até as crianças sem bons sentimentos, sem virtudes divinas, sem ações caritativas, generosas, celestiais, estejam embora vestidos de seda, recamados de brilhantes, reluzentes de ouro, hão de forçosamente sofrer as mesmas consequências ocorridas à figueira que, por não dar frutos, secou ao império da Palavra de Jesus.


Desta explicação resulta a necessidade de praticar-nos sempre boas ações, e, em nossos corações, fazermos provisão dos Ensinos Celestiais, para que o Verbo de Deus se traduza por generosas ações.


Entretanto, a Palavra de Deus não é só moral, é também sabedoria; e se analisarmos por esta face a seca da figueira, chegaremos à conclusão de que a Palavra de Jesus não era simples palavra, mas também ação.


Jesus, durante a sua missão terrestre, foi sempre acompanhado de uma grande falange de Espíritos que executavam suas ordens. Quando Jesus disse à figueira: nunca jamais coma alguém fruto de ti", alguns desses espíritos, com o poder de que dispunham, fizeram secar a figueira, assim como nós o faríamos aquecendo o seu ronco.


O centurião, em cuja casa Jesus curou, à distância, um servo que estava paralítico, compreendeu bem o poder de Jesus e por certo sabia dos auxiliares que com Ele agiam, quando disse: “Eu também tenho soldados às linhas ordens, e digo a um: vai ali, e ele vai; a outro: vem cá, e ele vem;


ao meu servo: faze isto, e ele o faz. " Com isso, o centurião teria feito ver a Jesus que conhecia o seu poder, a milícia que o acompanhava e os servos prontos a executarem suas ordens.



Allan Kardec

mc 11:12
O Evangelho Segundo o Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19
Página: 317
Allan Kardec
Quando ele veio ao encontro do povo, um homem se lhe aproximou e, lançando-se de joelhos a seus pés, disse: Senhor, tem piedade do meu filho, que é lunático e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Apresenteio aos teus discípulos, mas eles não o puderam curar. Jesus respondeu. dizendo: Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazeime aqui esse menino. E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou são. Os discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que não pudemos nós outros expulsar esse demônio? - Respondeulhes Jesus: Por causa da vossa incredulidade. Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível. (Mateus 17:14-20)

Wesley Caldeira

mc 11:12
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11460
Capítulo: 20
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
No domingo, 9 de nisã, Jesus partiu para Jerusalém, distante apenas três quilômetros de Betânia, cerca de uma hora de caminhada.
Antes da Cidade dos Profetas, porém, iam aparecendo figueiras que sombreavam o caminho, formando adiante um pequeno povoado chamado Betfagé — literalmente, “casa dos figos não maduros”, lugar em que os figos não chegavam à etapa do amadurecimento e secavam ainda verdes.
Ao se aproximar de Betfagé, Jesus orientou dois discípulos a entrarem na aldeia e trazerem uma jumenta e um jumentinho. Se alguém questionasse a retirada dos animais, que lhe dissessem que o Senhor precisava deles e logo os mandaria de volta. (MARCOS, 11:3.)
Não há dúvidas de que Jesus preparou uma entrada solene, indicando que vinha cumprir a profecia de ZACARIAS, 9:9 e 10:
Exulta muito, filha de Sião! Grita de alegria, filha de Jerusalém! Eis que o teu rei vem a ti: ele é justo e vitorioso, humilde, montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho da jumenta. Ele eliminará os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém; o arco de guerra será eliminado. Ele anunciará a paz às nações. O seu domínio irá de mar a mar e do rio às extremidades da terra.
Forrado o jumentinho, Jesus o montou, causando comoção nas pessoas que integravam sua caravana, e, quanto mais seguia rumo ao cume do monte, para do outro lado chegar a Jerusalém, crescia o número de pessoas que se incorporavam à manifestação.
Do Monte das Oliveiras, ao sul se via Belém, ao norte se destacavam as montanhas da Samaria. Era chamado monte da perdição, da corrupção ou do escândalo. Nele, Salomão havia levantado altares a deuses pagãos. (2 REIS, 23:13.) No entanto, nele Jesus viveu momentos inesquecíveis, como o discurso sobre a destruição do Templo e a consumação dos tempos, a agonia e também a entrada triunfal.
De acordo com a Bíblia do Peregrino, Mateus e João falam em “grande multidão”, Marcos em “muitos”, enquanto Lucas diz só “multidão”. Muitas pessoas cobriam o caminho com mantos (Mateus), muitos mantos e ramos cortados no campo (Marcos), mantos (Lucas) e ramos de palmeira (João), realizando uma prática costumeira para honrar pessoas ilustres.
O Espírito Emmanuel informou que a chegada de Jesus a Jerusalém foi saudada por grandes manifestações de alegria da parte do povo, que ainda comentava a chamada ressurreição de Lázaro. As janelas foram enfeitadas com “flores para sua passagem triunfal, as crianças espalharam palmas verdes e perfumadas no caminho”. (XAVIER, 2013f, Pt. 1, cap. VIII, p. 105.)
Entre a coroa do Monte das Oliveiras e as portas da magnífica cidade estendida sobre o Monte Sião, abaixo, por todo o vale do Cedron, viam-se centenas de barracas, erguidas para abrigarem os peregrinos, vez que a cidade não comportava entre seus muros o imenso volume de visitantes.
O Templo, símbolo da unidade nacional, única casa de Deus, localizava-se bem em frente ao Monte das Oliveiras. Fachada ampla, 50 metros de altura, mármore claro, escadarias monumentais, suas colunatas separavam os pátios e vestíbulos. Havia tanto ouro em seu interior que causava assombro. O santuário do meio lembrava um monte coberto de neve.
Jerusalém, cidade da paz ou visão da paz, afigurava-se agora bastante mundana, um ambiente de pouca unção, fora e dentro das muralhas. Postos de câmbio para troca de moedas, mercadores de animais para sacrifícios; o cheiro de excrementos humanos e animais misturado ao cheiro de carnes assadas; guardas do Templo, legionários romanos e peregrinos; tudo produzia um quadro febricitante.
A chegada de Jesus levou pessoas a perguntarem:
— “Quem é este?”
Diziam:
— “Este é o profeta Jesus, o de Nazaré da Galileia!” (MATEUS, 21:10 e 11.)
Diante de certas aclamações (uns chamavam-no Filho de Davi, outros rei de Israel), os fariseus se aproximaram e falaram:
— “Mestre, repreende os teus discípulos”.
Jesus respondeu:
— “Eu vos digo, se eles se calarem, as pedras gritarão”. (LUCAS, 19:39 e 40.)
Alguns especialistas consideram a entrada triunfal uma agitação política revolucionária, subversiva, objetivando instigar os compatriotas contra as autoridades públicas. Isso não procede. Jesus não foi um revolucionário político, mas, sim, um pacifista revolucionário. Não era incomum, em tais ocasiões, que os mestres fossem recebidos assim pelos moradores e visitantes de Jerusalém. O jumentinho era visto como montaria real, mas pacífica e humilde. Os relatos evangélicos não insinuam qualquer movimento de libertação militar ou intenção de tomar o poder político, tanto que o fato não foi citado no processo religioso nem no processo civil contra Jesus.
João não conta o que aconteceu a mais naquele domingo.
Marcos narra que Ele entrou “no Templo, em Jerusalém, e, tendo observado tudo, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze”. (MARCOS, 11:11.)

MATEUS, 21:12, entretanto, relata que no mesmo dia Ele entrou no Templo e, após inspecioná-lo, ao chegar ao pátio dos gentios, pelos quase quinze mil metros quadrados, deparou vendedores de animais para os sacrifícios e cambistas que trocavam outras moedas pelo dinheiro de Tiro, único válido para fazer pagamentos ao Templo, e expulsou todos os que ali vendiam e compravam, derrubando as mesas dos cambistas e suas cadeiras.
— “Minha casa será chamada casa de oração. Vós, porém, fazeis dela um covil de ladrões!” (MATEUS, 21:13.)
Os ritos da Páscoa exigiam enormes quantidades de animais (bois, ovelhas, pombas etc.). As famílias dos sacerdotes eram responsáveis por grande parte da comercialização (tinham monopólio do sal, perfume e pães) e recebiam parte dos lucros dos cambistas.
Luís Alonso Schökel comentou (in BÍBLIA, 2000, p. 97):
O que era o comércio de gado e de moedas no pátio maior do recinto do templo se pode deduzir de testemunhos da época: centenas de milhares de cabeças de gado e de aves, câmbio de moeda de muitos países. Se a operação era necessária, prestava-se a múltiplos abusos tolerados pelas autoridades. Desfigurava o sentido e a função do Templo.
Alguns anos depois, seriam tomadas providências para afastar o comércio de oferendas do recinto do Templo. (DUQUESNE, 2005, p. 204.)
Jesus respeitava o culto e a Lei, visitava o Templo, pagava-lhe o imposto e frequentava as sinagogas, mas subordinando as regras religiosas ao essencial. Ele nunca revelou qualquer preocupação com o Templo, seja quanto a sua administração, seja quanto a sua pureza. A indignação que o impulsionou dizia respeito à corrupção do sentimento religioso, o aviltamento da mensagem religiosa que o plano espiritual, em abundância, derramara sobre Israel, de Abraão a João Batista, bem como à exploração criminosa da rica classe sacerdotal em relação ao povo, vítima de extorsão disfarçada de exigências ritualísticas.

Naquela ocasião, Jesus ainda curou cegos e coxos no Templo, cujas presenças eram proibidas ali pelo segundo livro de SAMUEL, 5:8, como a dizer que, no novo tempo, os templos deveriam transformar-se em abrigos dos desafortunados, lugar de fazer o bem, em vez de palácios estéreis para oferendas inúteis.
Crianças então o saudaram: “Hosana ao Filho de Davi”, o que deixou os principais sacerdotes e escribas agressivos.
Somente depois disso, para Mateus, Ele saiu da cidade, retirando-se para Betânia, onde pernoitou.
LUCAS, 19:44 descreveu que, ao entrar na Cidade Santa, no domingo, Jesus chorou, lamentando o futuro da cidade e de seus habitantes, que seriam cercados por trincheiras e arrasados, não ficando “pedra sobre pedra”.
Ato contínuo, Ele expulsou os vendilhões.
Para MARCOS, 11:12 a 16, só na segunda-feira, depois do episódio da figueira sem fruto nas proximidades de Betfagé, é que houve a expulsão dos comerciantes e cambistas do Templo. O evangelista acrescenta que, além de expulsar os vendilhões, derrubar mesas e cadeiras, Ele não permitiu que ninguém conduzisse qualquer utensílio pelo Templo, conforme mandava a Lei.
JOÃO, 2:13 a 17 situa a passagem da expulsão dos vendilhões no começo do ministério de Jesus, mas sem razão. Tivesse o fato se verificado no início de suas tarefas e Jesus acabaria hostilizado muito precocemente, comprometendo o desenvolvimento de sua missão. Também, a ocorrência da expulsão durante a paixão forma uma cadeia lógica com sua prisão e condenação.
Na segunda-feira, pela manhã, Ele seguiu para Jerusalém, outra vez. Pelo caminho, encontrou a figueira sem frutos. Embora não fosse tempo de figos, Jesus se abeirou da árvore e os procurou, sem êxito. Daí, exclamou em voz alta: “Nunca mais nasça fruto de ti!” Segundo MATEUS, 21:19, no mesmo instante ela secou. Para MARCOS, 11:20, a figueira só foi notada seca no dia seguinte, na terça-feira, quando retornaram novamente a Jerusalém. Mateus adianta o final do episódio, que Marcos deixa em suspenso para o dia seguinte.
O episódio da figueira sem frutos representa uma “parábola encenada”, técnica presente no Antigo Testamento e de que Jesus se utilizou para fixar imprescindível lição para aqueles dias.
Huberto Hohden (2005, p. 139-146) se referiu a essa técnica. Inclusive argumentou que as passagens dos evangelhos sinópticos havidas como instituição da Eucaristia (palavra grega que significa “reconhecimento”) na verdade representam uma “parábola dramatizada”, a “parábola dramatizada do pão e do vinho”:
A explicação que acabamos de dar dos eventos da Santa Ceia em forma de parábola é indubitavelmente exata. Se assim não fosse, se os 12 discípulos de Jesus tivessem sido ordenados sacerdotes e comungado realmente a carne e o sangue de Jesus, seria absolutamente incompreensível, repetimos, o que aconteceu logo depois dessa suposta ordenação sacerdotal e primeira comunhão: traição, suicídio, negação, juramento falso, blasfêmia, fuga covarde dos apóstolos — um caos de paradoxos, um inferno de pecados...
O Espírito Emmanuel esclareceu (XAVIER, 2013c, q. 318):
— A verdadeira eucaristia evangélica não é a do pão e do vinho materiais, como pretende a Igreja de Roma, mas a identificação legítima e total do discípulo com Jesus, de cujo ensino de amor e sabedoria deve haurir a essência profunda, para iluminação dos seus sentimentos e do seu raciocínio, através de todos os caminhos da vida.
Numa pregação de Jesus na sinagoga de Cafarnaum, Ele afirmou (JOÃO, 6:56):
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele”.
Questionado pelos discípulos, Ele explicou (6:63):

“O espírito é que vivifica, a carne para nada serve. As palavras que vos disse são espírito e vida”.
Na Parábola da Figueira, Jesus procura por figos. Os figos são flores, flores inclusas. Simbolizam as qualidades íntimas, morais e espirituais.
Jesus, vendo que a figueira estava cheia de folhas, procura frutos.
Constata muitas exterioridades sem nenhuma interioridade.
Já disseram que a religião do Cristo não é a religião de folhas, mas, sim, de frutos.
A figueira estava submetida ao determinismo da natureza. Não era tempo de figos, por isso não poderia produzir figos. Os seres humanos são dotados de livre-arbítrio, podendo e devendo se esforçar para gerar frutos mesmo em momentos não favoráveis.
Nos dias imediatos, os discípulos viveriam horas penosas, momentos de provas definidoras de rumos. Jesus, ao mesmo tempo, chama-lhes a atenção para a necessidade de frutos, mais do que a aparência da virtude, e os fortalece ensinando que a figueira secou por força da fé:
— “Em verdade vos digo: se tiverdes fé, sem duvidar, fareis não só o que fiz com a figueira, mas até mesmo se disserdes a esta montanha: ‘Ergue-te e lança-te ao mar’, isso acontecerá. E tudo o que pedirdes com fé, em oração, vós o recebereis”. (MATEUS, 21:21 e 22.)
Na segunda-feira, Ele expulsou os vendilhões do Templo, de acordo com MARCOS, 11:15 a 18, e pregou no Templo e debateu com fariseus, segundo MATEUS, 21:12 a 17. À noite, voltou para Betânia.
Na terça-feira, pela manhã, indo novamente para Jerusalém, os apóstolos observam que a figueira secou, conforme relata MARCOS, 11:20. Em Jerusalém, Jesus faz novas pregações, debate com os saduceus e faz o comentário sobre o óbulo da viúva. Ao entardecer, sai do Templo e prediz sua destruição. Na volta para Betânia, para no Monte das Oliveiras, contempla a cidade e pronuncia seu sermão sobre o fim de Jerusalém e o fim dos tempos. (MARCOS, 13.)

Na quarta-feira, Jesus permanece em Betânia.
Para MARCOS, capítulo 14, entre a quarta-feira e a quinta-feira é que se verificou a unção de Maria, com o perfume de nardo.
Quinta-feira, 13 de nisã, 2 de abril, provavelmente à tarde, Ele retorna a Jerusalém. (MARCOS, 14:1).
No poente da sexta-feira se iniciará o Shabat e, com ele, a comemoração da Páscoa, com o banquete do cordeiro.
A ceia daquela quinta-feira não integrava o ritual da Páscoa. Os evangelhos sinópticos confundiram essa ceia com a ceia do cordeiro pascal: MATEUS, 26:17, MARCOS, 14:12 e LUCAS, 17:7 disseram que Jesus fez a última ceia no dia do sacrifício do cordeiro pascal, sexta-feira; no entanto, Ele teria sido julgado e crucificado durante o sábado.
Possivelmente, esse engano originou-se da comemoração da Páscoa em 14 de nisã, pelos primeiros cristãos, que definiram Jesus como o verdadeiro cordeiro pascal.
O Evangelho de João, porém, frisou que Jesus ceou na quinta-feira, sofreu prisão e, pela manhã da sexta-feira, foi levado para o Pretório (fórum), a fim de ser julgado por Pilatos:
“Eles não entraram no Pretório para não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa” (18:28); “E era a parasceve (sexta-feira) pascal, cerca da hora sexta; e disse (Pilatos) aos judeus: Eis aqui o vosso rei” (19:14); “Então, os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz [...] rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados” (19:31).
Amélia Rodrigues escreveu que naqueles últimos dias Jesus mais se agigantara, “especialmente a partir do momento em que, montado no jumento, Ele varara a Porta Dourada, entrando na cidade”. Mas as “homenagens com que O receberam muitos que ali aglutinavam pareciam entristecê-LO”. (FRANCO, 1991a, p. 129.)

Em alguns momentos íntimos naquela semana, suas palavras foram tão sublimes que até Judas, não obstante atormentado, não pôde reter o pranto. Em Judas, estavam “duas naturezas em conflito: o homem profundamente infeliz e o espírito necessitado entrechocavam-se naquele instante”. (FRANCO, 1991a, p. 130.)
Renan (2003, p. 359) observou intuitivo:
não há dúvida de que o amor terno que o coração de Jesus dedicava a essa pequena igreja que o rodeava tivesse transbordado naquele momento. Sua alma serena e forte achava-se leve sob o peso das sombrias preocupações que o assediavam. Ele teve uma palavra para cada um de seus amigos. Dois deles, João e Pedro, principalmente, foram alvo de ternas demonstrações de dedicação. João estava deitado no divã, ao lado de Jesus, e sua cabeça repousava sobre o peito do mestre. Ao fim da refeição, o segredo que pesava no coração de Jesus teve que lhe escapar. “Em verdade”, disse ele, “eu vos declaro: um de vós me trairá”. Para os ingênuos, foi um momento de angústia.


Simonetti, Richard

mc 11:12
Setenta Vezes Sete

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12
Simonetti, Richard
Simonetti, Richard
Mateus, 21:18-22 Marcos, 11:12-14, 20-

Após a entrada triunfal em Jerusalém, Jesus pernoitou em Betânia.


Pela manhã|

retornou, em companhia dos discípulos.


Vendo uma figueira, buscou figos. Nada encontrou. Então, sentenciou:

—Nunca mais nasça de ti algum fruto!


A noite, o grupo permaneceu no Monte das Oliveiras, entre Jerusalém e Betânia.


Pela manhã, passando novamente pela figueira, os discípulos tiveram uma surpresa: secara até a raiz!


E murmuravam:

—Como aconteceu tão depressa?


Pedro, impressionado, comentou:

—Veja, Mestre, secou a figueira que condenaste!


Jesus respondeu:

—Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até se a este monte disserdes: ergue-te e precipita-te no mar, assim será feito. Por isso vos afirmo: tudo quanto pedirdes, orando com fé, crede que o recebereis.


* * *

Surpreendente o castigo imposto à árvore.


Em suas pregações, anunciando o advento do Messias, João Batista dizia que toda árvore que não produzisse bons frutos seria cortada e lançada no fogo

"7bMateus, 3:10).


Reportava-se ao mal extirpado do coração humano pelo sofrimento.


Imagem forte, mas compatível com a lógica.


Estamos sujeitos a um mecanismo de causa e efeito que faz retornar para nós o bem ou o mal que praticamos, a fim de aprendermos o que devemos e o que não devemos fazer.


Aqui é diferente.


Jesus, que sempre abençoava, tem um comportamento inusitado.


E se dirige a quem?


Ao criminoso, ao assassino, ao homem mau?


Nada disso!


Condena humilde e inocente vegetal!


Chocante, incompatível com sua grandeza, principalmente por um detalhe, conforme informa o evangelista Marcos: não era tempo de figos.


* * *

Bem, podemos considerar que estamos diante de uma interpolação.


Esta passagem não teria acontecido.


Foi enfiada nos Evangelhos, em determinada época, como censura à nação judaica, dizimada pelos romanos nos anos setenta, por não produzir frutos de adesão ao Cristianismo.


Algo semelhante ocorrería no plano individual.


Quem não se convertesse corria o risco de ver secar a própria alma, que de nada mais serviría senão para arder no inferno.


Também podemos admitir que estamos diante de um simbolismo, revestido de ação dramática e chocante para melhor fixação, recurso usado, frequentemente, por Jesus.


Os discípulos jamais esqueceríam a figueira que secou, a representar as intenções e vocações não realizadas, estéreis por inércia das pessoas.


Há espíritas com grande potencial de trabalho que nunca se decidem a "arregaçar as mangas".


Poderíam produzir frutos abençoados nas lides do Bem, mas se demoram na indiferença.


Situam-se como figueiras estéreis.


Alguém dirá que não chegou a hora.


Não é bem assim.


Em qualquer realização, particularmente de caráter espiritual, não há hora predeterminada.


Nós fazemos a hora, que se vincula ao exercício da vontade.


Não somos vegetais, que aguardam estação apropriada para produzir.


Seres pensantes, a consciência do dever, que nos induz a superar o comportamento egoístico, é muito mais um exercício da vontade do que uma imposição do tempo.


Espíritos há que se demoram, séculos acomodados às suas fraquezas e viciações.


Quase a totalidade da população brasileira é ligada ao Cristianismo, sejamos católicos, espíritas, evangélicos...


No entanto, estamos longe de constituir uma sociedade cristã, capaz de erradicar a fome, a miséria, a injustiça social, males que afligem tanta gente.


Por quê?


É que as pessoas não se decidem a vivenciar em plenitude os ensinamentos de Jesus, nos domínios da solidariedade.


O Espiritismo nos adverte que é preciso fazer a nossa hora - hora de trabalhar, de servir, de renovar, de ajudar, de participar...


Deveriamos perguntar, diariamente, a nós mesmos:

—Estou fazendo acontecer a construção de um mundo melhor, com o meu empenho, a minha dedicação, o meu esforço em favor do próximo?


* * *

Muito poderemos realizar, até transportar montanhas, se tivermos fé, como ensina Jesus.


Há contestadores, a proclamar que oram muito e pouco conseguem.


Equivocam-se.


Esperam que Deus ouça seus desejos.


Ignoram o principal, na oração: Ouvir o que Deus deseja de nós.


Enquanto nossas preces exprimirem meros apelos em favor do próprio bem-estar, experimentaremos frustrações, mesmo porque, geralmente, o que pedimos está em desacordo com o que necessitamos.


Há o doente que anseia pela cura; o homem que luta com acerbas dificuldades; o deficiente físico que busca o corpo perfeito; a mãe que deseja livrar o filho da morte...


Não obstante, enfrentam situações compatíveis com suas necessidades, em contingências, não raro, inamovíveis.


Se orarem com a mera intenção de modificar o quadro de suas provações, deixarão o santuário da oração tão infelizes quanto entraram.


Mesmo quando lidamos com situações superáveis, não podemos esperar que o Céu tudo providencie.


Deus nos inspira nos caminhos a seguir, mas não pretendamos que nos carregue no colo.


* * *

Consideremos a afirmativa de Jesus sobre o poder da fé.


Digo:

—Senhor, tenho fé em ti.


Guardo a certeza de que com o teu poder, esta montanha será transportada daqui para acolá!


Espero um minuto, uma hora, um ano, uma vida...


O colosso não vai mover-se um só milímetro!


Mas, se confiante na ajuda de Deus, tomo o carrinho, a pá e a picareta, e me disponho a desmontá-la, poderá demorar algum tempo e exigir muito trabalho, mas conseguirei o meu propósito.


Deus nos dá a inspiração, a força, o equilíbrio, mas o trabalho de remover obstáculos e dificuldades, a fim de realizar nossos sonhos, é inteiramente nosso.


* * *

Recordo ilustrativo episódio de um padre francês, cuja igreja estava situada no coração de uma região outrora residencial, agora industrializada.


Muitas fábricas, nenhum morador, culto às moscas.


Era preciso transferir a igreja.


Como fazer?


Dizer ao templo: transporta-te daqui para acolá?


Pois foi exatamente o que ele fez, não por exercício de magia, mas com a fé indômita de quem confia em Deus e faz a sua parte.


Conseguiu um terreno da Prefeitura e começou a desmontar a igreja, telha a telha, tijolo a tijolo, trabalho perseverante, metódico, envolvente...


Começo difícil.


Apenas ele e alguns paroquianos.


Mas a fé é um fenômeno envolvente.


Dezenas de voluntários foram atraídos por aquele padre indômito que encasquetara levar sua igreja para novo endereço.


Rapidamente, a antiga construção foi desmontada, transportada e reconstruída no local escolhido.


Admirável realização de um homem consciente de que tudo é possível quando nos dispomos a fazer o melhor, confiantes em Deus e em nós mesmos.


* * *

As vezes, artistas dotados de sensibilidade conseguem exprimir, em momentos de inspiração, a ideia mágica de que tudo depende de nós.


E disso que nos fala Ivan Lins, em famosa canção: Depende de nós...


Quem já foi ou ainda é criança, Quem acredita ou tem esperança, Quem faz tudo por um mundo melhor...


Depende de nós, Que o circo esteja armado, Que o palhaço seja engraçado, Que o riso esteja no ar, Sem que a gente precise sonhar.


Que os ventos cantem os galhos, Que as flores bebam orvalho, Que o sol descortine mais as manhãs.


Depende de nós, Se este mundo ainda tem jeito, Apesar do que o homem tem feito, Se a vida sobreviverá.


Depende de nós...


Quem já foi ou ainda é criança, Quem acredita ou tem esperança, Quem faz tudo por um mundo melhor...


Depende de nós, leitor amigo!


A propósito, permita-me uma pergunta impertinente: O que você está fazendo por um mundo melhor?



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mc 11:12
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 4
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 21:18-19


18. De manhã, voltando à cidade, teve fome.

19. E vendo uma figueira à beira da estrada, foi a ela e não achou nela senão somente folhas e disse-lhe: "Nunca de ti nasça fruto no eon". E instantaneamente secou a figueira.

MC 11:12-14


12. No dia seguinte, saindo eles de Betânia, teve fome.

13. E vendo ao longe uma figueira que tinha folhas, foi (ver) se acaso achava nela (algo) e, aproximando-se dela, nada achou senão folhas, pois não era tempo de figos.

14. E respondendo, disse-lhe: "Nunca neste eon de ti ninguém coma fruto". E ouviram(-no) seus discípulos.



O episódio é narrado por Mateus e Marcos que coincidem em alguns pormenores, diferindo em outros.


Analisemos.


1 - Dizem ambos que, "saindo de manhã de Betânia para voltar à cidade, Jesus teve fome".


Há várias objeções muito sérias. Teria Marta, tão completa dona-de-casa que seu próprio nome tem esse significado, teria ela permitido que o Mestre saísse de sua casa onde se hospedava sem tomar o de jejum? O ar matinal provocou a fome? Mas por andar distância tão pequena, logo ao sair de Betânia, diante de Betfagé? Não convence...


2 - Jesus viu "à beira da estrada uma figueira". Só tinha folhas. Jesus "foi ver se achava algo para comer".


Mas como poderia fazê-lo, se em abril não era época de figos, como bem anota Marcos? Será que Jesus ignorava o que todos sabiam, até as crianças?


3 - Jesus afinal, decepcionado, amaldiçoa a figueira. Mateus adianta o final do episódio (que Marcos deixa em suspenso para o dia seguinte) e faz que a figueira "seque instantaneamente".


Algumas considerações.


Os figos-flor começam a aparecer, na Palestina, em fins de fevereiro, antes das folhas, mas só amadurecem em fins de junho. No entanto, na figueira selvagem ("figueira braba") apesar de brotarem normalmente as flores, elas secam e caem antes de amadurecer. Vemos, então, claramente, que não era" culpa" da figueira o fato de não ter frutos...


Vejamos alguns comentaristas o que dizem.


João Crisóstomo (Patrol. Graeca, vol. 58, col. 633/4), depois de classificar a exigência de Jesus de encontrar frutos de "exigência tola", por não ser estação de figos, afirma que a maldição da figueira foi apenas para conquistar a confiança dos discípulos em Seu poder: era um símbolo de "Seu ilimitado poder vingativo" (!).


Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 26, col. 153) diz que "o Senhor, que ia sofrer aos olhos de todos e carregar o escândalo de Sua cruz, precisava fortalecer o ânimo de Seus discípulos com Este sinal antecipado".


Outros dizem que não queria figos, mas dar uma lição aos discípulos. Outros que se trata de uma "parábola de ação", bastante comum entre os profetas (1).


(1) Isaías durante três anos andou nu e descalço para profetizar o cativeiro assírio (IS 23:1-6); Jeremias enterra seu cinto e o desenterra já podre (JR 13:1-11); ele mesmo quebra uma botija de barro (JR 19:1, JR 19:2, JR 19:10) e pendura brochas e canzis ao pescoço (JR 27:1-11) ; Ezequiel desenha a cidade de Jerusalém num tijolo e constrói fortificações em torno dele (Tz. 4:1-8); corta a barba e o cabelo e queima-os (Ez. 5:1-3); depois se muda com todos os seus móveis, para que todos vejam que vão ter que sair de casa (Ez. 12:3-7).


Quando as contradições ou os absurdos são evidentes, trata-se de símbolos e não, realmente, de fatos.


Ponderemos com lógica. Causaria boa impressão aos discípulos uma injustiça flagrante do Mestre, ao condenar, por não ter frutos, uma figueira que não podia ter frutos? A demonstração de poder não teria sido, ao mesmo tempo, um exemplo de atrabiliário despotismo, além de injusto, desequilibrado e infantil? Que lucro adviria para Jesus e para os discípulos, por meio de uma ação intempestiva e de tamanho ridículo?


Não, não é possível aceitar o fato como ocorrido. Houve, realmente, uma lição. E por que foi escolhido o símbolo da figueira sem figos, ou com figos ainda verdes, porque estavam em abril?


Observemos que, ao sair de Betânia para Jerusalém, a primeira aldeia que "tinham à frente;" era BETFAGÉ, que significa, precisamente, "CASA DOS FIGOS NÃO-MADUROS"! ...


Ora, ao sair de Betânia, a conversa do caminho girou em torno do poder daquele que mantém fidelidade absoluta e inalterável ao Pai, a Deus, ao Espírito. Daí a lição destacar a capacidade de a criatura dominar os elementos da natureza com o poder mental. E o exemplo é apresentado ao vivo: se, quiserem, poderão fazer secar até as raízes, ou fazer crescer rapidamente, uma árvore, e poderão até mesmo erradicar montanhas, como veremos pouco adiante. Se fora apenas para "demonstrar poder", seria muito mais didático e lógico que Jesus fizesse a figueira sem frutos frutificar e produzir de imediato figos maduros! ...


Há, pois, evidentemente, profunda ligação entre a figueira sem figos e o nome da aldeia de Betfagé, o que vem explicar-nos a "motivação" da aula.


* * *

Quanto ao ensinamento em si que poderemos entender dessas poucas linhas que resumem, como conclusão, uma conversa que se estendeu por dois quilômetros e meio? Trata-se, é claro, de uma conclusão, e dela teremos que partir para deduzir pelo menos os pontos essenciais da mesma.


Façamos algumas tentativas.


Quando o Espírito necessita colher experiências por meio de uma personagem que esteja sendo vivificada ou animada por ele, e essa personagem não corresponde em absoluto, não produzindo os frutos, mas apenas as folhas inúteis das aparências, o único remédio que resta ao Espírito, para que não perca seu tempo, é secar ou cortar a ligação, avisando, desde logo que, naquele eon, naquela "vida", ninguém mais aproveitará dela qualquer resultado positivo.


Cabe à personalidade aceitar os estímulos do Espírito e produzir frutos, seja ou não "época" de fazêlos.


O Espírito precisa avançar, e temos por obrigação corresponder à sua expectativa, sem exigir épocas especiais. Taí como o médico deixa a refeição sobre a mesa ou sai do aconchego do leito a qualquer hora e com qualquer tempo para atender a chamados urgentes, assim o cristão tem que passar por cima de tudo; abandonando conforto, amores, amizades, comodismos, riquezas, vantagens, para obedecer incontinenti aos apelos do Espírito, que não obriga, mas convida e pede e solicita "com gemidos inenarráveis" (RM 8:26). Se o não fizermos, não desencarnaremos instantaneamente, mas secaremos até as raízes as ligações com a Espiritualidade Superior, que verifica não poder contar conosco nessa existência pelo menos. Mais à frente veremos uma parábola, a dos dois filhos, que vem ilustrar o que acabamos de afirmar. Comentá-la-emos a seu tempo.


Assim compreendemos algumas das expressões empregadas na conclusão da lição evangélica e que, no sentido literal, são incompreensíveis, por absurdas. Jesus "teve fome", ou seja, quando a Individualidade manifesta alguma necessidade vital; "vê uma figueira com folhas", isto é, uma personagem com possibilidades; "vai ver se encontra frutos", vai verificar se pode aproveitá-la para o serviço.


Nada encontra, porque a desculpa é exatamente "não tenho tempo" ... "não é minha hora" ... "não está ainda na época - preciso gozar a mocidade, aposentar-me, esperar enviuvar... mais tarde"! ...


O que falta, em realidade, é amor e boa-vontade, porque não há "horas" para evoluir. O progresso é obrigação de todos os minutos-segundos, e não se condiciona a "estações" nem "épocas". Lógico que, diante da falta de disposição, tem que vir a condenação. Não é, propriamente, a "maldição". Trata-se do verbo kataráomai, depoente, composto de katá, "para baixo" e aráomai, "orar", já que ará é "oração".


Essa condenação ou execração é introduzida pelo advérbio mêkéti, que exprime apenas "não mais". Não é, pois, uma proibição para a eternidade, mas uma verificação, tanto que o tempo empregado é o subjuntivo, e não o imperativo nem o optativo. Portanto, o Espírito diz, em outros termos: " de agora em diante, percam-se as esperanças de obter fruto de ti nesta encarnação".


A lição portanto é lógica e oportuna. Abramos os olhos enquanto é tempo!



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

BETÂNIA

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.767, Longitude:35.267)
Nome Atual: al-Eizariya
Nome Grego: Βηθανία
Atualmente: Israel
Cidade próxima a Jerusalém.Mateus 21:7

Betânia foi originalmente uma aldeia da antiga Judeia, tradicionalmente identificada com a cidade de al-Eizariya, também chamada Azariyeh ou Lazariyeh (em árabe, significando "lugar de Lázaro"), na atual Cisjordânia ocupada, onde se encontra a tumba de Lázaro.

Fica a cerca de 3 km a leste da Cidade Velha de Jerusalém e do Monte das Oliveiras.

O nome vem do grego Bethania, possivelmente a partir do hebraico bét nîyyah, contração de bét nanîyah significando "casa de Ananias". Outros significados possíveis são "casa ou lugar dos figos verdes" ou, ainda, "casa dos pobres" .

A mais antiga casa atualmente existente em al-Eizariya, uma habitação de 2:000 anos, é tida como tendo sido a casa de Marta e Maria, as irmãs de Lázaro. Trata-se de um local muito popular de peregrinação.

Betânia é mencionada diversas vezes (doze, mais exactamente) na Bíblia, como um local visitado por Jesus Cristo. Seu nome foi dado a diversas outras localidades em todo o mundo, de acordo com as variantes em cada idioma. Nos Estados Unidos por exemplo, várias cidades têm o nome de Bethany.

Há uma outra Betânia bíblica, a Betânia do Além Jordão, que não deve ser confundida com a Betânia próxima a Jerusalém.[carece de fontes?]

Mapa Bíblico de BETÂNIA


BETÂNIA

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.767, Longitude:35.267)
Nome Atual: al-Eizariya
Nome Grego: Βηθανία
Atualmente: Israel
Cidade localizada na região da Peréia, a leste do rio Jordão, reino de Heródes Antipas
Mapa Bíblico de BETÂNIA



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Marcos Capítulo 11 do versículo 1 até o 33
SEÇÃO VI

O MINISTÉRIO EM JERUSALÉM

Marcos 11:1-13.37

A. EVENTOS QUE PRECEDERAM O MINISTÉRIO, 11:1-26

1. A Entrada em Jerusalém (Marcos 11:1-11)

Jesus e seus discípulos, junto com outros peregrinos, haviam agora chegado às pro-ximidades de Jerusalém (1), um objetivo que seu ministério havia muito tempo indica-va. Betfagé ("casa dos figos verdes") e Betânia ("casa das tâmaras") eram duas peque-nas cidades nas encostas do Monte das Oliveiras, sendo que a primeira era provavel-mente um subúrbio de Jerusalém, e a última estava situada a cerca de três quilômetros de distância da cidade (veja o mapa).

Parando em Betânia, onde Ele ia ficar em retiro durante a Semana da Paixão, Jesus enviou dois dos seus discípulos à vila que ficava defronte a eles, provavelmente Betfagé (cf. Mt 21:1). Pedro era um deles, porque se lembrava dos detalhes que foram registrados. Eles deveriam encontrar preso um jumentinho, sobre o qual ainda não havia mon-tado homem algum; então iriam soltá-lo e levá-lo para (2) Jesus. O Mestre que havia nascido de uma virgem, e que no fim ascendeu à mão direita de Deus, iria cavalgar em um jumento nunca dantes cavalgado. "Na antiguidade, o animal escolhido para o uso sagrado deveria ter esta característica."1

Se o proprietário, que pode muito bem ter sido um seguidor de Jesus, questionasse o que estavam fazendo, eles deveriam responder: o Senhor precisa dele (3), e que iriam devolver o animal prontamente. Esse é o único exemplo em Marcos onde a expressão o Senhor foi usada para descrever Jesus. Essa seria uma identificação suficiente para o proprietário do jumento e uma razão suficiente para dedicar sua propriedade ao serviço do Senhor. Quem estaria disposto a imitar o exemplo daquele discípulo anônimo? Os discípulos encontraram o jumentinho preso fora da porta, "no meio da rua" (4), e o soltaram.

Quando alguns (5) dos que ali estavam perguntaram o que os discípulos estavam fazendo, eles responderam como Jesus lhes tinha mandado e tiveram permissão de levar o jumentinho a Jesus (7). Alguns sugeriram que essas providências um pouco misteriosas poderiam ser o resultado de um planejamento anterior, talvez durante uma das viagens a Jerusalém, mencionadas em João, ou eram uma prova do conhecimento sobrenatural de Jesus. Qualquer dessas hipóteses certamente seria possível.

A questão mais importante é: Por que Jesus preferiu cavalgar para a Cidade Santa? Seu propósito era cumprir a profecia de Zacarias 9:9) :

Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei

virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta.

Esta era uma "clara e deliberada afirmação de seu messianato",2 mas de um tipo que o judaísmo não esperava nem aceitava. "Seu propósito não era derrotar Roma, mas der-rotar o poder do pecado."' Seu messianato ainda estava encoberto pela cegueira do povo, um fato que levou Jesus a chorar pela cidade (Lc 19:41-42).

Depois que lançaram... suas vestes sobre o jumento para servir como sela, Jesus assentou-se sobre ele e começaram a viagem para Jerusalém (que estava a cerca de três quilômetros de distância de Betânia) em meio à agitação e aclamação daqueles que "acarpetaram a estrada com seus mantos" (8, NEB) e com "ramos que tinham cortado nos campos" (RSV). Aqueles que iam adiante (9) da procissão, provavelmente alguns que tinham vindo da cidade, e os que seguiam atrás, talvez os peregrinos da Galiléia, clamavam, dizendo: Hosana! ("Deus salve!" ou "Salve agora!" cf. 2 Sm 14.4; Sl 20:9).

Os gritos de Hosana! e Bendito o que vem em nome do Senhor! repetiam um dos Salmos do Hallel (Sl 118:25-26), "os quais eram entoados como antífona pelos peregri-nos ao se aproximarem de Jerusalém e pelos levitas que os vinham receber junto à porta santa".4 Entretanto, não há dúvida de que na multidão havia muitos que esperavam que esse "Profeta de Nazaré" (Mt 21:11) iria de alguma forma apressar a vinda do reino do Messias. "Bendito o Reino do nosso pai Davi, que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!' (10, NASB). Foram esses nacionalistas fanáticos que ficaram perturbados ao saber que Jesus havia vindo em paz, e pela justiça, e não como um guerreiro da revolu-ção política. Entretanto, Jesus havia determinado se oferecer ao povo escolhido nas mes-mas portas da Cidade Santa, qualquer que fosse sua reação. Ele "veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo 1:11).

Tendo chegado ao fim a sua Entrada Triunfal, Jesus entrou (11) na cidade e no templo, onde Ele tendo visto tudo ao redor, sentiu tristeza e ira pela evidente cor-rupção. Mas, como já era tarde, Ele saiu para Betânia novamente, com os doze, e aguardou até o dia seguinte.

Neste ponto, pode ser útil incluir um r —rno da cronologia de Marcos para a Sema-na da Paixão:

Domingo ("de Ramos") : Entrada em Jerusalém e retorno a Betânia (Marcos 11:1-11)

Segunda-feira: Maldição da figueira e purificação do Templo (Marcos 11:12-19)

Terça-feira: Parábolas, discussão de histórias e outros ensinos (Marcos 11:20-13,37)

Quarta-feira: Unção em Betânia e a traição de Judas (Marcos 14:1-11)

Quinta-feira: Preparação para a Páscoa, Última Ceia, Getsêmani, prisão e julga-mento perante o Sinédrio (Marcos 14:12-72)

Sexta-feira: Julgamento perante Pilatos, condenação, crucificação, sepultamento (Marcos 15:1-47)

Sábado: Jesus na sepultura.

Domingo (de Páscoa) : A Ressurreição (Marcos 16:1-20) 6

  1. A Figueira Seca (Marcos 11:12-14)

No dia seguinte (12), isto é, na segunda-feira, depois da Entrada Triunfal, Jesus e seus discípulos retornaram a Jerusalém, vindos de uma cidade próxima, Betânia. Esse seria o padrão daquela semana: Jerusalém de dia e Betânia à noite.

Evidentemente, ainda era de manhã bem cedo porque Jesus estava com fome. A humanidade de Jesus sempre esteve em íntima justaposição com Sua natureza divina. Vendo de longe uma figueira que tinha folhas, Ele foi ver se nela acharia algu-ma coisa (13).

A presença de folhas na árvore era a indicação de que normalmente os frutos tam-bém estariam presentes, embora ainda fosse muito cedo para o tempo de figos.

Embora a principal colheita de figos maduros só acontecesse em Jerusalém perto do mês de agosto, pequenos figos começavam a aparecer... assim que as folhas novas brotavam... Mesmo esses figos ainda verdes eram comidos pelos camponeses. A falta de qualquer fruto na árvore era prova de sua infertilidade.'

O que aconteceu depois foi uma espécie de "ação-parábola". Aquela semana iria tra-zer um contundente encontro com um infrutífero e estéril judaísmo. Quando Jesus... disse à figueira (14) : Nunca mais coma alguém fruto de ti, Ele estava pronuncian-do, de forma simbólica, a certeza da condenação da Cidade Santa. E os seus discípulos ouviram isso.

  1. A Purificação do Templo (Marcos 11:15-19)

Em sua chegada a Jerusalém no dia anterior, Jesus havia entrado "no templo e... visto tudo ao redor" (11). O que Ele viu deve ter provocado Sua indignação moral, mas Ele esperou até o dia seguinte para tomar uma atitude.
O lugar onde os cambistas (15) e aqueles que vendiam pombas ofereciam sua mercadoria era chamado Montanha da Casa ou Pátio dos Gentios. Era um pátio espaço-so que circundava todo o Templo e estava aberto aos gentios bem como aos judeus.'

Todo judeu adulto do sexo masculino era obrigado a pagar um imposto anual de meio sido para a manutenção do Templo. Havia cambistas especiais para trocar moedas estran-geiras "pelo padrão exigido, que era a antiga moeda hebraica ou a moeda de Tiro".9 Esse câmbio de moedas custava cerca de quinze por cento da quantia envolvida. Entretanto, o principal abuso estava no fato de que a venda das pombas e de animais para o sacrificio era controlada pelos ricos e odiados sacerdotes saduceus. Essas práticas eram censuradas pelos rabinos judeus e os mercados foram destruídos pelo público no ano 67 d.C."

A ira de Jesus foi despertada principalmente porque os odores ofensivos, a balbúr-dia e a confusão, impediam que os gentios prestassem o seu culto a Deus na única área do Templo que se encontrava acessível a eles. Isaías havia descrito o dia em que judeus e gentios iriam juntos adorar a Deus em uma "Casa de Oração para todos os povos" (veja Is 56:6-7). Aqueles que vendiam e compravam no templo haviam transformado a casa de oração (17) em uma "caverna de salteadores" (Jr 7:11). Aquele que "ama a justiça e aborrece a iniqüidade" (Hb 1:9) derribou as mesas e as cadeiras dos gananciosos mercadores e colocou um ponto final na prática daqueles que haviam feito do Templo um simples e conveniente caminho mais curto para os seus negócios (16).

Quando os escribas e príncipes dos sacerdotes (18; fariseus e saduceus) viram que a fonte de renda do Templo estava ameaçada, eles buscavam ocasião para o ma-tar, mas o temiam, "porque o povo admirava os seus ensinos" (NEB). Conhecendo a malícia deles, Jesus novamente saiu para fora da cidade (19) e dirigiu-se a um retiro entre seus amigos em Betânia. No segundo ato messiânico da semana, o Senhor do tem-plo havia repentinamente vindo à sua casa, "como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros" (veja Ml 3:1-3).

4. A Figueira Seca (Marcos 11:20-26)

Marcos registra que na manhã (20) do dia seguinte à purificação do Templo (15-19), passando pelo caminho de volta a Jerusalém, os discípulos viram que a figueira se tinha secado desde as raízes. No dia anterior, Jesus havia amaldiçoado a árvore pela sua pretensão de ter folhas, mas não ter frutos (veja 12-14). E Pedro, lembrando-se desse acontecimento (21), provavelmente com alguma agitação, chamou a atenção de Jesus para a figueira que agora havia secado totalmente. A destruição da árvore era tão completa que chamava a atenção."

Na ocasião em que Jesus amaldiçoou a árvore, Ele estava preocupado em mostrar o Seu descontentamento com a mentira e a hipocrisia. O resultado daquela maldição que provocou a morte da árvore ofereceu uma ocasião para outro assunto: o poder da fé, quando aliado a uma oração eficaz. Tende fé em Deus (22), Jesus disse, e mais do que isso será possível. Talvez apontando para o monte das Oliveiras, sobre o qual se encon-travam, e olhando para o mar Morto à distância, Jesus ensinou que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito (23).

Entre os judeus, as montanhas eram geralmente consideradas símbolos de grandes dificuldades e obstáculos. Na literatura rabínica, o mestre que conseguia explicar uma passagem obscura era chamado de "removedor-de-montanhas". Zacarias disse, a respei-to de um respeitado líder judeu: "Quem és tu, ó monte grande? Diante de Zorobabel, serás uma campina" (Zc 4:7). Chegaria o dia em que os discípulos teriam que enfrentar problemas tão grandes quanto uma montanha. Jesus os desafiou a fazer a "oração da fé" (Tg 5:15). Essa oração leva as dificuldades a Deus para que Ele dê a solução, e se move em um espírito de expectativa e fé. "Acredite que você recebeu tudo aquilo pelo que orou e pediu, e isso lhe será feito" (24, Barclay).' Jesus não estabeleceu limites para as possi-bilidades da oração.

Aquele que ora com esperança e com fé em Deus também deve cumprir uma outra condição. Quando estiverdes orando (cf. I Reis 8:14-22; Lc 18:11-13) perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém (25, NEB) para que o Pai perdoe as vossas ofensas.' Aquele que nega o perdão não pode recebê-lo, pois um espírito rancoroso é contrário a uma súplica por perdão.'

B. ENSINOS E DEBATES EM JERUSALÉM, Marcos 11:27-12.44

  1. A Questão da Autoridade (Marcos 11:27-33)

Jesus e os discípulos tornaram' a Jerusalém (27). E andando ele pelo templo (27) dedicado a ensinar o povo e a anunciar o evangelho (Lc 20:1, RSV), chegou uma delegação oficial do Sinédrio' que desafiou a atitude de Jesus de livrar a área do templo dos cambistas e mercadores. A oposição deles foi imediata e rigorosa: Com que autori-dade fazes tu estas coisas? (28). A pergunta deles era apenas retórica, pois eles não reconheciam qualquer autoridade no Templo, a não ser a deles.

Enquanto Jesus ensinava e curava na Galiléia, o judaísmo oficial estava apenas desconfiando da Sua Pessoa (cf. Marcos 7.1), mas naquela província do norte Ele estava sob o governo de Herodes Antipas e fora da jurisdição dos judeus. Agora que o Profeta de Nazaré estava à porta deles, eles estavam determinados a lhe armar uma cilada. Se, ao responder a pergunta deles, Jesus alegasse ter autoridade divina, Ele seria acusado de blasfemar. Se alegasse ter autoridade como Filho de Davi, seria acusado de traição con-tra Roma. E se alegasse não ter nenhuma autoridade, seria chamado de impostor.

Seguindo o estilo da discussão rabínica, Jesus respondeu fazendo uma outra per-gunta. O batismo de João era do céu ou dos homens? (30). E, de modo imperativo, deixou bem claro quem estava sendo julgado: Respondei-me. Essa pergunta não tinha resposta, pois os ministérios de João e de Jesus estavam interligados (veja Marcos 1.2ss.; Marcos 6.14ss.). A autoridade de ambos era do céu e não dos homens. Os membros do Sinédrio ficaram presos nas garras de um dilema. Todos os homens sustentavam que João (32) era um verdadeiro profeta. Negar esse fato poderia colocar suas vidas em perigo: "o povo nos apedrejará" (Lc 20:6) Também não podiam admitir a divina inspiração de João, pois não acreditavam nele. Além disso, tal admissão seria uma confissão tácita de que a autorida-de de Jesus também era do céu. A resposta deles, depois de confabularem entre si, foi alegar ignorância. Não sabemos (33). Com isso, "eles estavam virtualmente abdicando de sua função de mestres da nação e não tinham mais nenhum direito de questionar a autoridade de Jesus".17 A resposta do Mestre encerrou o debate. Também eu vos não direi. Jesus não disse: "Eu não sei", somente que Ele não iria dizer. Um dos frutos trági-cos da desobediência é ser afastado da Fonte da verdade e da luz.

Sob o tema "Jesus Afirma a Sua Autoridade", podemos observar:

1) A demonstração da Sua autoridade, 15-18;

2) A defesa da Sua autoridade, 27-33.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Marcos Capítulo 11 versículo 12
Em relação ao possível simbolismo desta ação, ver Mt 21:1-22,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Marcos Capítulo 11 do versículo 1 até o 33
*

11:1

Quando se aproximaram de Jerusalém. A viagem (10.1, nota) atinge seu destino e começa a chamada Semana da Paixão. A decisão de Jesus de subir a Jerusalém é claramente determinada pelo seu entendimento do Antigo Testamento e suas profecias referentes à sua própria morte (8.31, nota).

Betfagé. Palavra hebraica que significa “casa de figos verdes”, é uma pequena aldeia a leste de Jerusalém.

Betânia. No hebraico significa “casa de tristeza”, fica a cerca de três ou cinco quilômetros a leste de Jerusalém.

monte das Oliveiras. A leste de Jerusalém, cerca de sessenta metros acima da colina do templo, e de onde se tem uma visão espetacular de Jerusalém e, especialmente, do templo. Nos tempos de Jesus, esse monte era coberto de oliveiras. Porém, os romanos — durante o cerco de Jerusalém, no ano 70 d.C. — destruíram essas árvores.

* 11:2

achareis. Esse texto dá testemunho do conhecimento sobrenatural de Jesus (conforme Jo 1:48-50).

jumentinho. Uma cria de jumenta (Mt 21:2; Jo 12:15). O Antigo Testamento profetizou as ações de Jesus (Zc 9:9) que, neste caso, o identificam claramente com o Messias. Zacarias profetizou a vinda de um rei justo e humilde, trazendo salvação.

* 11:8

suas vestes no caminho. Um reconhecimento da dignidade real de Jesus.

ramos. Ver Sl 118:27. Este Salmo celebra a procissão do Messias Real.

* 11:9

Hosana. Um transliteração grega das palavras aramaicas “Oh! Salva-nos... SENHOR” (Sl 118:25). A multidão está gritando frases deste salmo.

* 11:11

saiu para Betânia. Em Mt 21:12-22, Jesus realiza a purificação do templo logo na sua chegada (a Jerusalém) e amaldiçoa a figueira no dia seguinte. Conforme Marcos, Jesus retorna a Betânia à noite e, na manhã do dia seguinte, amaldiçoa a figueira e, então, purifica o templo. Provavelmente, Mateus trata do assunto tematicamente (nenhuma referência ao tempo, para a purificação do templo é especificada em Mt 21:12), enquanto Marcos, que coloca histórias dentro de histórias (5.21-43; 6:7-30), trata do assunto cronologicamente.

* 11:13

não era tempo de figos. Ver nota em Mt 21:18-20.

* 11:14

Nunca jamais coma alguém fruto de ti. Jesus amaldiçoa esta árvore por causa de sua aparência enganosa, não tendo fruto, exatamente do mesmo modo como ele julgará o templo (vs. 15-17) e predirá sua destruição (13.2). Isto indicaria que a reconstrução do templo, em Jerusalém, não seria mais um alvo da História da Redenção. Jeremias usou os figos como um símbolo do juízo sobre Jerusalém (Jr 24).

* 11:15

templo. Isto é, o átrio dos gentios, o átrio mais afastado no complexo das estruturas que cercam o templo propriamente dito. Era a única área em que se permitia a presença dos gentios (conforme v. 17).

passou a expulsar. Jo 2:12-22 descreve a purificação do templo como tendo ocorrido no começo do ministério de Jesus, enquanto os três Sinóticos registram uma tendo ocorrido no fim. É provável que Jesus tenha purificado o templo duas vezes. A narrativa de João é cuidadosamente datada (Jo 2:20; Mr 1.9, nota) e as narrativas não são de modo algum idênticas. Em João, Jesus vem com os seus discípulos e suas ações trazem à memória deles o Sl 69:9. Na narrativa dos Sinóticos, Jesus vem em glória messiânica triunfal e justifica suas ações citando Is 56:7 e Jr 7:11. Jesus, sem dúvida, está ciente de que Jeremias amaldiçoou o templo duas vezes (Jr 7:1-14 e 26:2-6).

cambistas. Este serviço era necessário porque os impostos e as ofertas do templo tinham de ser pagas em moeda corrente, mas essa prática tinha se tornado tão corrupta, que Jesus a descreveu como “covil de salteadores” (v. 17; Lc 19:45-46, nota). Jesus está também julgando as famílias sumo sacerdotais dos saduceus, que não se harmonizavam com o caráter do Pai, de quem era a casa (conforme 12:18-27).

* 11:16

Não permitia que alguém conduzisse. Não somente o átrio tinha se tornado um mercado, mas estava também sendo usado como atalho pelos mercadores de toda espécie. Marcos vê, no gesto de Jesus, a defesa dos direitos dos gentios e, talvez, uma indicação da futura missão aos gentios.

* 11:18

principais sacerdotes e escribas. Jesus agiu sob os olhares daqueles que sabia que iriam matá-lo (8.31).

se maravilhava de sua doutrina. Ver nota em 1.22.

* 11:20

secara desde a raiz. Esta frase indica a completa destruição da figueira (v. 14, nota).

* 11:25

alguma coisa contra alguém. Ver Mt 5:23-24.

* 11:26

Este versículo não existe em alguns dos mais antigos manuscritos (Ver referência lateral). Um dito semelhante é encontrado em Mt 6:14-15).

* 11:27

principais sacerdotes. Ver nota em 11.18.

* 11:28

Com que autoridade. As “autoridades” de Jerusalém procuram expor Jesus como um arrogante, sem nenhum status oficial para agir dentro do templo.

* 11:30

era do céu. A resposta de Jesus silencia os teólogos profissionais detentores do poder, cortando pela raiz a pretensão de uma tal autoridade “oficial” absoluta. A autoridade profética, por definição, não pode ter uma fonte humana (Gl 1:11-12). Ela é atestada por Deus e exige submissão. Com a resposta de Jesus constata-se uma última pergunta implícita: “Reconheceis e vos submeteis à minha autoridade?”


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Marcos Capítulo 11 do versículo 1 até o 33
11:1, 2 Isto ocorreu no domingo da semana quando crucificaram a Cristo e a grande Festa da Páscoa ia começar. Desde todos os rincões do mundo romano, os judeus foram a Jerusalém durante esta larga semana de celebração para recordar a saída do Egito (veja-se Ex 12:37-51). Muitos tinham ouvido do Jesus ou o tinham visto e esperavam que O fora ao templo (Jo 11:55-57).

Jesus chegou, não como um rei, a não ser montado em um asno no que nunca antes ninguém tinha montado. Freqüentemente os reis iam à guerra montados em cavalos ou em carros, mas Zacarías (Jo 9:9) profetizou que o Messías viria em paz sobre um humilde asno, sobre um pollino filho de asna. Jesus sabia que quem o ouvisse ensinar no templo voltariam para suas casas em qualquer parte do mundo anunciando a vinda do Messías.

11:9, 10 A gente exclamava: "Hosanna!" (que significa "salva agora!"). Assim davam cumprimento total à profecia de Zc 9:9. (Vejam-se Sl 24:7-10; Sl 118:26.) Falaram da volta do reino do Davi apoiando-se nas palavras de Deus ao salmista em 2Sm 7:12-14. Viam muito bem no Jesus o cumprimento dessas profecias, mas não entendiam a projeção que teria o Reino de Cristo. Quando solo alguns dias mais tarde levaram ao Jesus ao tribunal, essa mesma multidão gritou: "lhe crucifique!"

11.11-21 Há duas partes neste incomum incidente: A maldição da figueira e a limpeza do templo. A maldição da figueira foi uma parábola encenada relacionada com a limpeza do templo. O templo era um lugar de adoração, mas a verdadeira adoração tinha desaparecido. A figueira prometia frutos, mas não produzia nada. Jesus manifestou sua irritação pelas vidas religiosas sem fruto. Se andamos mostrando religiosidade mas não a pomos em ação em nossas vidas, seremos como a figueira que se secou e morreu. A fé genuína tem um grande poder. lhe peça a Deus que lhe ajude a produzir frutos para seu Reino.

11.13-26 A figueira, uma fonte econômica e popular de alimentação no Israel, demorava três anos em dar fruto logo depois de plantar-se. Cada árvore produz uma grande quantidade de fruto, o qual se colhe duas vezes ao ano: a finais da primavera e a começos do outono. Este incidente ocorreu perto da primavera, quando as folhas começavam a brotar. Os figos quase sempre crescem junto com as folhas, mas esta árvore em particular, embora estava cheio de folhas, não tinha figos, o que significa que esse ano não daria fruto. A árvore se via prometedor, mas não tinha fruto. As palavras duras do Jesus conotavam que a nação do Israel era como esta figueira. Devia dar fruto, mas era espiritualmente estéril.

11.15-17 Jesus se zangou, mas não pecou. Há lugar para uma justa indignação. Os cristãos deveriam nos opor ao pecado e a injustiça tomando uma posição ativa em seu contrário. É lamentável, mas freqüentemente os crentes são passivos respeito a estes assuntos tão importantes ou nos zangamos em lugar de superar qualquer insulto pessoal ou ofensas insignificantes. nos asseguremos que nossa indignação esteja bem dirigida.

11.15-17 Os cambistas de dinheiro e os comerciantes faziam grandes negócios durante a Festa da Páscoa. Os que vinham de países estrangeiros tinham que trocar seu dinheiro pela moeda judia, que era a única aceita no templo para questões de impostos e para comprar animais para o sacrifício. Freqüentemente, as especulativos taxas na mudança enriqueciam aos cambistas e os exorbitantes preços dos animais enriqueciam aos comerciantes. Instalavam seus postos no átrio dos gentis no templo, com o que frustravam as intenções de quão gentis foram adorar a Deus (Is 56:6-7). Jesus se zangou porque a casa de adoração de Deus chegou a ser um lugar de extorsão e uma barreira para que os gentis oferecessem seu

11:22, 23 O tipo de oração da que falava Jesus é a oração pela fecundidade do Reino de Deus. Orar que uma montanha seja arremesso no mar não tem nada que ver com a vontade de Deus, mas Jesus usou essa figura para ensinar que para Deus é possível fazer o impossível. Deus responde as orações, mas não devido a uma atitude mental positiva. Devem reunir-se outras condições como: (1) ser crentes; (2) não ter nada contra outros; (3) não orar por motivos egoístas; (4) que seja para o bem do Reino de Deus. Para orar com eficácia temos que ter fé em Deus, não no objeto de nossa petição. Se pusermos nossa fé no objeto de nossa petição, não teremos nada quando nos negar o pedido.

11:24 Jesus, nosso exemplo na oração, orou uma vez dizendo: "Todas as coisas são possíveis para ti[...] mas não o que eu quero, a não ser o que você" (Mc 14:36). Freqüentemente oramos motivados por nossos interesses e desejos. Nós gostamos de ouvir que podemos ter algo. Mas quando Jesus orou, fez-o com os interesses de Deus em mente. Quando oramos, podemos expressar nossos desejos, mas que a vontade de Deus esteja sobre a nossa. Examine-se para ver se suas orações se centram em seus interesses ou nos de Deus.

11.27ss Os líderes religiosos perguntaram ao Jesus quem lhe deu a autoridade para jogar aos mercados e cambistas. Esta pergunta, entretanto, escondia uma armadilha. Se Jesus dizia que a autoridade a recebeu de Deus, acusariam-no de blasfêmia; se dizia que o fez com sua própria autoridade, desacreditariam-no e o jogariam por fanático. Para descobrir seus verdadeiros propósitos, Jesus atacou a pergunta com outra a respeito do João o Batista. O silêncio dos fariseus provou que não lhes interessava no mais mínimo a verdade. O que queriam simplesmente era livrar-se do Jesus porque lhes escavava sua autoridade.

11:30 se desejar mais informação, veja o perfil do João o Batista no João 1.

CARACTERISTICAS CHAVE DE CRISTO NOS EVANGELHOS

Jesus é o Filho de Deus: Mt 16:15-16; Mc 1:1; Lc 22:70-71; Jo 8:24

Jesus é Deus feito Homem: Jo 1:1-2, Jo 1:14; Jo 20:28

Jesus é o Cristo, o Messías: Mt 26:63-64; Mc 14:61-62; Lc 9:20; Jo 4:25-26

Jesus veio para ajudar aos pecadores: Lc 5:32; Mt 9:13

Jesus tem poder para perdoar pecados: Mc 2:9-12; Lc 24:47

Jesus tem autoridade sobre a morte: Mc 5:22-24, Mc 5:35-42; Jo 11:1-44; Lc 24:5-6; Mt 28:5-6

Jesus tem poder para dar vida eterna: Jo 10:28; 17.2

Jesus sanava aos doentes: Mt 8:5-13; Mc 1:32-34; Lc 5:12-15; Jo 9:1-7

Jesus ensinava com autoridade: Mc 1:21-22; Mt 7:29

Jesus foi compassivo: Mc 1:41; Mc 8:2; Mt 9:36

Jesus experimentou tristeza: Mt 26:38; Jo 11:35

Jesus nunca desobedeceu a Deus: Mt 3:15; Jo 8:46


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Marcos Capítulo 11 do versículo 1 até o 33
D. na Judéia (Mc 11:13)

1. Acclaim de Crowd (11: 1-10)

1 E quando eles desenhar perto de Jerusalém, de Betfagé e de Betânia, junto do Monte das Oliveiras, enviou dois dos seus discípulos, 2 e disse-lhes: Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo como que entrardes nela, achareis preso um jumentinho, sobre o qual nenhum homem jamais ainda montou; solta-lo, e trazê- Lv 3:1 E, se alguém vos disser: Por que fazeis isso? dizei: O Senhor precisa dele; e logo tornará a enviá-lo de volta para Ct 4:1 E eles foram embora, e encontrou um jumentinho preso na porta, sem na rua aberta; eo soltaram. 5 E alguns dos que ali estavam lhes disseram: Que fazeis, soltando o jumentinho? 6 E disseram-lhes como Jesus lhes tinha dito: e eles deixá-lo ir. 7 E trouxeram o jumentinho até Jesus, e lançaram sobre ele os seus mantos; e ele sentou-se em cima dele. 8 Muitos também estenderam seus mantos sobre o caminho; e outros ramos, que tinham cortado nos campos. 9 E os que entraram antes, e os que o seguiam, clamavam: Hosana! Abençoado é aquele que vem em nome do Senhor: 10 Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai Davi: Hosana nas alturas.

Quando chegamos à última semana do ministério de nosso Senhor encontramos o relato mais completo e detalhado. É interessante notar que o Evangelho de João é, no seu tratamento desta semana, em estreita correlação com os Sinópticos. Anterior a esta João não teve muito em comum com eles, exceto a história da alimentação dos cinco mil. Agora o relato de João se encaixa com os Evangelhos anteriores em vários pontos.

O chamado Entrada Triunfal é registrado em todos os quatro Evangelhos (conforme Lc 19:29 ; Jo 12:12 ; e as notas sobre Mt 21:1. ). Como de costume, Marcos faz a narrativa um pouco mais vivas com a sua utilização das apresen- históricosaproximamos e mandou (v. Mc 11:1 ), solta (v. Mc 11:4 ), trazer (v. Mc 11:7 ).

Marcos e Lucas ambos mencionam Betfagé e de Betânia . Desde Mateus menciona apenas o primeiro, parece que esta foi a aldeia onde o potro foi encontrado.

Bethany foi localizado nas encostas sul-oriental do Monte das Oliveiras, cerca de dois quilômetros de Jerusalém na estrada para Jericó. Ele é representado hoje pelo El-Azariyeh, "Aldeia de Lázaro", onde seu suposto túmulo é mostrado aos turistas.

A localização de Bethphage é um problema muito mais difícil. Não é mencionado no Antigo Testamento e somente a este respeito no Novo. O Talmud diz que era muito perto de Jerusalém, e sugere que, para fins de comer a Páscoa era tratada como uma área sagrada adjacente à cidade. Esta proximidade seria necessário, uma vez que no interior das muralhas de Jerusalém não fornecer espaço adequado para as multidões de peregrinos da Páscoa. Andrews sugere: "Betfagé era o nome dado a um bairro que se estende de um sábado viagem a leste da cidade até as encostas do monte das Oliveiras, e considerado sagrado."

O texto grego do versículo 3 indica que Jesus prometeu devolver o jumentinho a seus proprietários. Literalmente ele lê assim: "E se alguém deveria dizer a vocês: 'Por que você está fazendo isso?", Diz,' O Senhor precisa dele, e imediatamente Ele envia-lo novamente para cá. " "Esta certeza iria dissipar todos os medos, os discípulos tinham sobre não ter conseguido obter o animal.

Marcos continua a dizer que os dois discípulos, eram estes Pedro e João (conforme Lc 22:8 ). Este é um detalhe vívido típico dado somente neste Evangelho. Ainda pode-se ver burros amarrados portas fora nas ruas estreitas de Jerusalém. "Um lugar onde duas maneiras conheceu" (KJV) é uma tentativa de traduzir a palavra grega amphodon (somente aqui no NT), o que significa, literalmente, "uma estrada ao redor." Mas, neste momento em que foi usado simplesmente para dizer "rua".

Os discípulos colocaram suas roupas exteriores sobre o jumentinho, para formar uma sela. Muitos dos peregrinos galileus jubilosos mesmo lançar as suas vestes no caminho como um tapete para Jesus para percorrer. Outros cortado nos campos ramos feria a mesma palavra grega para "ramos" em Mt 21:8 indica. Marcos relata o seu clamor assim: Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai Davi. Tudo isso mostra que os galileus estavam prontos para aceitar Jesus como seu Messias, embora os judeus de Jerusalém rejeitaram.

b. Vindo de Temple (Mc 11:11)

11 E ele entrou em Jerusalém, no templo; e quando ele olhou em volta redonda sobre todas as coisas, sendo já tarde, saiu para Betânia com os doze.

Marcos sozinho acrescenta que quando Jesus entrou no templo e , olhando em redor -a muito típico Markan expressão-desde que foi anoitecer (no final da tarde), saiu para Betânia com os doze (v. Mc 11:11 ). Parece que durante a semana da Páscoa se constituir em alguma casa lá, talvez a de Maria, Marta e Lázaro.

c. Maldição da figueira (11: 12-14)

12 . E no dia seguinte, quando eles saíram de Betânia, teve fome 13 E, vendo de longe uma figueira com folhas fora, ele veio, se por acaso, ele pode encontrar qualquer coisa nela: e quando ele se aproximou, ele não encontrou nada, mas folhas; pois não era a época de figos. 14 E, respondendo ele, disse-lhe: Nunca mais coma alguém fruto de ti doravante para sempre. E os seus discípulos, ouvindo isto.

Este incidente (veja as notas sobre Mt 21:28) ocorreu na segunda-feira de manhã, como Jesus e seus discípulos estavam voltando para Jerusalém, Bethany. Ele estava com fome-se tivessem deixado antes do café? De qualquer forma, quando viu a uma distância uma figueira com folhas sobre ele, Ele veio para ela, pensando que ele pode encontrar alguns frutos.

AM Hunter chama isso de "uma das histórias mais desconcertantes nos Evangelhos." Vários problemas se apresentam. Por que Jesus destruir a figueira indefeso? Mas Deus ordenou a Jeremias para quebrar o vaso do oleiro como um aviso simbólico para o povo de Judá (Jr 19:1 ). Portanto, não houve destruição de propriedade privada. Também não era um caso de vingança vingativo por causa de Sua decepção por não encontrar frutas. Pelo contrário, era uma parábola promulgada, o que significa que a Cidade Santa seria destruída (AD
70) para que indeferiu o seu Rei, e da nação iria murchar. Respostas Trench bem as objeções levantadas, quando ele diz: "Seus milagres de misericórdia eram inúmeros, e para os homens; Seu milagre de julgamento foi apenas um, e em uma árvore. "

Outro problema é a questão de por que Jesus esperaria encontrar figos maduros no início de abril. Marcos, de fato observa que não era a estação de figos (v. Mc 11:13 ). Parece haver consenso geral entre os melhores autoridades que figos verdes aparecem no início da primavera, antes que as folhas saem, mas que maduras, figos comestíveis não estão disponíveis até junho.

Por que, então, seria Jesus estar procurando figos para comer? Deve-se notar que a expressão se, por acaso (v. Mc 11:13) é no grego "se portanto". Ou seja, uma vez que a árvore tinha folhas, Ele espera-se ter pelo menos algum tipo de fruta. Ele puniu-o para fazer uma falsa profissão. Ele não tinha fruto de todo.

Deve ser lembrado que o Mestre e seus discípulos tinham acabado de chegar de sub-tropical Jericho (700 pés abaixo do nível do mar), onde, sem dúvida, comeu figos maduros. Aqui em Jerusalém (2500 metros acima do nível do mar), Ele viu uma figueira com folhas. Quando Ele encontrou nenhum fruto nela, Ele pronunciou sua condenação como uma parábola dramático sobre a pecaminosidade da hipocrisia. Os judeus exibidas as folhas de profissão religiosa, mas faltava-lhes o fruto da piedade sincera.

d. Lavagem do Templo (11: 15-19)

15 E eles vêm a Jerusalém, e ele entrou no templo, começou a expulsar os que vendiam e os que compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; 16 e ele não consentia que alguém levasse um vaso pelo templo. 17 e ensinava, e disse-lhes: Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações? mas vós fizestes dela um covil de ladrões. 18 E os príncipes dos sacerdotes e os escribas ouviram isto, e procuravam um modo de o matar; pois o temiam, porque toda a multidão se admirou da sua doutrina.

19 E todas as noites, saiu para fora da cidade.

Para as diferenças nas contas de João e Mateus, veja as notas sobre Mt 21:12 . Lucas, que omite a maldição da árvore de figo, registra este incidente logo após a Entrada Triunfal (Lc 19:45 ). Marcos sozinho observa que foi na segunda-feira, após a Maldição da árvore de figo.

O relato de Marcos da limpeza real (v. Mc 11:15) é quase exatamente o mesmo que o de Mateus (Mt 21:12 ). O versículo 16 é uma adição em Marcos. A área do templo, localizado na parte oriental da cidade, cobriu cerca de vinte e cinco ou trinta hectares. Pessoas que vão desde a parte sudoeste de Jerusalém até o nordeste acharam conveniente tomar um atalho através do tribunal dos gentios no Templo. Assim, eles perderam o sentido de sua santidade como a casa de Deus. Jesus proibiu esse tipo de tráfego descuidado através dos recintos sagrados. O mesmo aviso deve ser soado hoje contra profanar o santuário da igreja. Ele deve ser usado como um local de culto, não de negócios secular.

Na citação de Is 56:7)

20 E, como eles, passando pela manhã, viram que a figueira secou imediatamente a partir das raízes. 21 E Pedro, a lembrança diz-lhe: Rabi, eis que a figueira, que tu amaldiçoaste, se secou. 22 E Jesus, respondendo, -lhes: Tende fé em Dt 23:1 . Que Jesus atribuiu grande importância à necessidade de um espírito de perdão é encontrado em Seu ensino repetido sobre o assunto (conforme Mt 6:12. , Mt 6:14 ; Mt 18:35 ; Lc 11:4)

27 E tornaram a Jerusalém: e como ele estava andando no templo, aproximaram-se dele os principais sacerdotes, e os escribas e os anciãos, 28 e disseram-lhe: Com que autoridade fazes estas coisas? ou quem te deu tal autoridade para fazer estas coisas?29 E Jesus lhes disse: Eu vou pedir-lhe uma pergunta e responde-me, e eu vos digo com que autoridade faço estas coisas. 30 O batismo de João era -lo do céu, ou dos homens? me responder. 31 E pensavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, ? ele dirá: Então por que não credes ele 32 Mas devemos dizer: Dos homens-temiam o povo; porque todos verdadeiramente tinham a João para ser um profeta. 33 E, respondendo Jesus e dizer: Não sabemos. E disse-lhes Jesus: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.

Este incidente ocorre em linguagem quase idêntica em todos os três Evangelhos sinópticos (ver Lc 20:1 e as notas sobre Mt 21:23 ). No versículo 30 de Marcos acrescenta: responde-me. Sem dúvida, Jesus estava angustiado com a atitude obstinada, obstinada dos líderes religiosos judaicos em se recusar a reconhecer o óbvio. A resposta deles trai uma trágica falta de preocupação com a verdade.

Duas vezes no versículo 33 Marcos usa o presente histórico em que Mateus tem um tempo passado. Quando os homens se recusaram a responder diretamente sua pergunta, Jesus se recusou a responder a deles.

Os príncipes dos sacerdotes , os escribas e os anciãos (v. Mc 11:27) foram os três grupos que compunham a Grande Sinédrio em Jerusalém. Por isso, foi a "Suprema Corte" da nação judaica, que desafiou a autoridade de Jesus para purificar o Templo.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Marcos Capítulo 11 do versículo 1 até o 33
  1. O triunfo (Mc 11:1-41)

Essa descrição da "entrada triun-fal" do nosso Senhor deve ter sur-preendido os leitores romanos de Marcos, acostumados com a glória do "triunfo romano". Esse era o tipo de desfile de boas-vindas feito a qualquer general romano vitorioso, cujo exército tivesse matado, pelo menos, 5 mil soldados inimigos, conquistado territórios novos para Roma e trazido para casa riquezas e prisioneiros importantes. O gene-ral vinha em uma carruagem dou-rada, rodeado por seus oficiais, e, no desfile, expunha as riquezas e os prisioneiros. Os sacerdotes romanos compareciam ao desfile e ofereciam incensos a seus deuses. Em 2 Corín- tios2:14-17, Paulo faz alusão ao triunfo romano.

Contudo, a entrada do nosso Senhor em Jerusalém envolveu um jumentinho, algumas vestimentas, ramos lançados sobre o chão e o louvor de alguns peregrinos pascais comuns. Foi a única vez em que Je-sus permitiu uma demonstração pú-blica a seu favor e fez isso para forçar os líderes religiosos judeus a agirem durante a Páscoa, época determina-da para ele morrer (Mt 26:3-40).

Marcos não cita Zc 9:9, mas Sl 118:25-19 (vv. 9-10), um salmo messiânico. "Elosana" significa: "Oramos para que salve agora!" ("Deus salve o rei!"). Quan-do Jesus entrou na cidade montado no jumentinho, proclamou sua rea-leza, mas também assinou sua sen-tença de morte (Mt 26:3-40).

  1. A árvore (Mc 11:12-41,Mc 11:20-41) mas os mercadores religiosos voltaram para o templo. A simples mudança exterior não é duradoura, se o co-ração não mudar. O que começou como um serviço para os judeus de fora (que precisavam trocar dinhei-ro e comprar sacrifícios) tornou-se um negócio que não podia aconte-cer na casa do Senhor. As pessoas usavam o templo como um atalho para o monte das Oliveiras (v. 16), e as cadeiras e as mesas atravanca-vam o pátio dos gentios em que os judeus deviam estar testemunhan-do a verdade de Deus aos seus vi-zinhos gentios.

    Em sua acusação contra os lí-deres (v. 17), Jesus cita Isaías (56:
    7) e Jeremias (7:11), que condenaram a nação por seus pecados no templo (Is 1; Jr 7). "Covil de salteadores" é lugar onde os ladrões se escondem depois de cometer um crime. Os lí-deres religiosos usavam a adoração a Deus como uma forma de enco-brir seus pecados!

    1. O teste (Mc 11:27-41)

    Os líderes religiosos ficaram com raiva do que Jesus fez e disse. Eles estavam determinados a destruí-lo (v. 18); todavia, antes disso tinham de reunir evidências suficientes para acusá-lo. Tudo girava em torno da autoridade (vv. 28-29,33): que direito ele tinha de limpar o templo e chamá-lo de sua casa? Ele estava afirmando que era Deus!

    Jesus os fez voltar três anos no tempo, à época em que João Batista ministrava ao povo. Ele perguntou: "O batismo de João era do céu ou dos homens?" (v. 30). Essa pergunta deixou os escribas, os anciãos e os principais sacerdotes em um dilema, pois qualquer resposta que dessem lhes traria problema! Talvez esses lí-deres tivessem esquecido a decisão deles a respeito de João Batista, mas a decisão deles não os esquecera. Por fim, ela os pegava e os conde-nava. Eles rejeitaram o ministério de João (Lc 7:29-42) e, além disso, não estavam dispostos a receber Je-sus e crer nele. Em sua covardia e descrença, eles até permitiram que Herodes Antipas matasse João Ba-tista, e logo pediriam a Pilatos que crucificasse Jesus.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Marcos Capítulo 11 do versículo 1 até o 33
Mc 11:1-41 Conforme notas em Mt 21:1-40 e Lc 19:29-42.

11.2 Ide à aldeia. Deve ser a de Betfagé. Achareis,preso... Não sabemos se Jesus tratara, anteriormente, este assunto com o dono do jumentinho ou não. Pode se tratar, por outro lado, de mais um caso em que Jesus mostra Sua presciência. Ninguém montou. Para cumprir Zc 9:9 e pelo fato que o uso real ou sagrado exigia que o artigo não fosse usado (conforme Nu 19:2; Dt 21:3).

11.3 O Senhor. É estranho encontrarmos este titulo para Jesus nesta altura (pode ser uma reverência ao dono). Se é Jesus quem está em evidência, logo, afirma-se aqui, que Ele tem autoridade e direitos sobre quaisquer coisas, acima mesmo que o próprio dono humano,

11.7 Suas vestes. Serviram de sela para o jumentinho. Jesus o montou. Os profetas do AT ensinaram por intermédio de ações dramáticas (cf.Jr 19:0; conforme Lc 19:39n).

11.9 Hosana. Esta palavra pode ser entendida como um grito de louvor, ou então uma petição a Deus para a Salvação deste Messias (conforme Mt 21:0 que Jesus cita, aqui. Não menciona os sacrifícios porque Ele mesmo, na cruz, uniria judeu e gentio nonovo templo, o Seu corpo, a Igreja (Jo 2:19 n).

11.18 A indignação dos sacerdotes é compreensível, uma vez que foram eles e seus chefes, Anás e Caifás, que embolsavam o lucro do comércio no templo. Temiam. Jesus condenara o templo à destruição (conforme 13.2).

11.21 Figueira... secou. Conforme vv. 12-14n, Lc 1:3.Lc 1:6-42).

11:29-33 Jesus mostra que a rejeição da comissão divina de João implica numa rejeição dEle mesmo. Isto também pode-se afirmar com respeito ao testemunha acerca de Cristo no AT.
11.31 Acreditastes. (Gr pisteuõ). Crer, no caso, seria seguir a mensagem de João.

11.33 Não sabemos... Nem eu tampouco vos digo. Jesus es conde a verdade daqueles que não se submetem honestamente a Ele.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Marcos Capítulo 11 do versículo 1 até o 33
V O MINISTÉRIO EM JERUSALÉM (11.1—13.37)

A entrada em Jerusalém (11.1—11).

(Textos paralelos: Mt 21:1-40; Lc 19:28-42; Jo 13:12-43.)

Quando Jesus se aproximou de Jerusalém vindo de Jerico, chegou a Betânia (conhecida hoje como El Azariyeh), do lado leste do monte das Oliveiras (v. 1). Considerando que agora a hora era apropriada para anunciar publicamente que ele era o Messias (conforme 10.47; v.comentário), decidiu fazer isso em um ato que constituía a reivindicação de que a profecia de Zc 9:9 estava associada a ele. Portanto, em vez de entrar em Jerusalém a pé, como ocorria com os peregrinos, ele resolveu entrar na cidade montado num jumentinho (v. 2), e, além disso, num animal que nunca havia sido montado. Mt 21:2 e Jo 12:14 confirmam que de fato o animal era um jumento, e o seu uso por parte de Jesus era testemunho de que, apesar da opinião popular, não era como guerreiro que ele iria cumprir a missão de Messias (nesse caso, um animal de montaria mais apropriado teria sido um cavalo), mas com grande mansidão e humildade. Jesus pediu que dois dos seus discípulos buscassem esse animal em uma vila próxima, que talvez tenha sido Betfagé. Embora seja possível que o conhecimento que Jesus tinha da localização do jumento e de como as pessoas iriam reagir ao fato de ser desamarrado (v. 3) se deveu a acertos prévios com o seu proprietário, é mais provável que Jesus tenha agido de acordo com o seu conhecimento sobrenatural (conforme 1Sm 10:2-9). Depois de o jumento ter sido levado a Jesus, uma sela improvisada foi colocada sobre o seu lombo (v. 7), e Jesus sentou nela. Como sinal da honra demonstrada a Jesus, mantos (conforme 2Rs 9:13). A multidão, acerta-damente, identificava a vinda do Reino prometido com a vinda do Rei prometido (v.

10). E provável que o lugar de hospedagem em que Jesus se recolheu em Betânia para a noite (v. 11) tenha sido a casa de Marta, Maria e Lázaro (Jo 12:1,Jo 12:2).

A purificação do templo (11:15-19). (Textos paralelos: Mt 21:12-40; Lc 19:45,Lc 19:46; e conforme Jo 2:13-43.)

Uma das ações preditas acerca do Messias no AT era a purificação do culto no templo (Ml 3:1-39), e ele agora se voltou a isso. No pátio externo do templo (o “pátio dos gentios”), ele descobriu que as autoridades dos judeus tinham montado barracas de comércio, onde se vendiam vinho, azeite, sal e diversos animais, tudo que era necessário para o ritual dos sacrifícios, pombas (v. 15) eram usadas para tais cerimônias como a descrita em Lc 2:22-42. Estava implícito que os comerciantes eram culpados de obter lucros com essas transações (v. 17b). Os cambistas trocavam as moedas grega e romana pela moeda de Tiro para os peregrinos judaicos da Dispersão a fim de que eles pudessem pagar o imposto do templo de meio siclo por ano, exigido de cada homem judeu (Ex 30:1 lss; Mt 17:24), e que tinha de ser pago na moeda corrente de Tiro. Outro abuso que estava sendo cometido no pátio externo era o de pessoas carregadas com mercadorias, que, em vez de darem a volta por esses recintos sagrados, pegavam um atalho e passavam pelo meio deles (v. 16). Jesus interrompeu todas essas atividades, citando Is 56:7 e Jr 7:11 (v. 17) contra os que as praticavam. Somente Marcos entre os evangelistas relata que Jesus continuou a citação de Isaías para destacar o ensino do profeta de que na era messiânica os gentios terão a permissão de usar o templo de Jerusalém junto com os judeus.

O desejo de Jesus, evidentemente, era remover o que impedia os gentios de silenciosa e reverentemente adorar a Deus no lugar que tinha o propósito de ser uma casa de oração para todos os povos.

A maldição lançada sobre a figueira (11:12-14,20-25). (Texto paralelo: Mt 21:1822.)
Na Palestina, as folhas aparecem nas figueiras em março, e são acompanhadas de uma colheita de pequenos botões comestíveis chamados taksh, que caem antes da formação dos verdadeiros figos, que amadurecem em junho. A ausência de taksh indica que a árvore em questão não vai dar figos. Portanto, era perfeitamente razoável que Jesus, pouco antes do período da Páscoa na metade de abril, fosse a uma figueira para ver se encontraria nela algum fruto (v. 13) e aí condenasse a árvore ao descobrir que ela não tinha nada, a não ser folhas. Essa ação de Jesus foi um simbolismo profético do tipo com os quais os judeus estavam familiarizados por meio de atos como os registrados em 2Cr 18:10 e também em Jr 27:2, junto com Jr 28.10ss. Com isso, Jesus estava proclamando que, assim como a figueira trazia folhas mas não estava dando frutos, os judeus, na observância dos seus inúmeros rituais, faziam uma bela representação de religião, mas não estavam produzindo aquelas belas qualidades que Deus tanto esperava deles, e para as quais, na verdade, ele os tinha chamado à existência. Ele foi impelido, portanto, a pronunciar sobre eles, como também sobre a figueira, uma sentença de condenação (13.2). Depois que, na manhã seguinte, a figueira secou (v. 20), em vez de Jesus usar isso para imprimir nos seus discípulos a certeza da condenação que iria cair sobre a sua nação, usou o incidente como demonstração prática do poder da fé (v. 22), que poderia efetuar, assim lhes ensinou, não somente a destruição de uma árvore, mas a remoção de uma montanha (v. 23). Com essa hipérbole, ele quis mostrar que, pelo exercício da fé em Deus, as pessoas podem fazer o que humanamente é impossível. Segue-se disso, portanto, que, quando a pessoa se empenha na atividade da oração, tendo uma atitude de fé em Deus (v. 24) e perdão para com o seu próximo (v. 25), os pedidos que são feitos (pressupondo que não são contrários à vontade de Deus) certamente serão atendidos.

A autoridade de Jesus é questionada (11:27-33). (Textos paralelos: Mt 21:23-40Lc 20:1-42.)

Deve-se pressupor que os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os lideres religiosos (v. 27) que agora se aproximaram de Jesus eram uma delegação enviada pelo Sinédrio judaico, a quem a polícia do templo respondia no final das contas. Perguntaram a ele, portanto, quem o havia autorizado a realizar esses atos como a purificação do templo (v. 28), esperando, sem dúvida, forçá-lo a admitir que, na verdade, ele não tinha nenhuma autoridade para agir dessa forma. Como resposta, Jesus trouxe à memória deles o caso de João Batista e lhes perguntou se João tinha exercido o seu ministério por designação divina ou se, ao contrário, tinha sido comissionado para isso pelas autoridades judaicas (v. 30). Eles se recusaram a encarar essa pergunta honestamente por conta das conseqüências desconcertantes em que se meteriam se resolvessem enfrentar a questão. Admitir que João tinha sido divinamente autorizado para o seu ministério seria um convite para Jesus responder com o questionamento relacionado ao que eles tinham feito com o fato de que ele mesmo tinha sido identificado por João como Aquele, maior do que ele, que iria sucedê-lo (v. 31). Por outro lado, alegar que João tinha agido somente por um capricho pessoal traria sobre eles a fúria do povo em geral, pois este sempre tinha acreditado que João era profeta (v. 32), e ainda mais ultimamente, por ter morrido como mártir. Espetados na ponta de um dilema, recusaram-se, covardemente, a responder à pergunta de Jesus, com o que Jesus se recusou a responder à pergunta deles (v. 33), embora respondesse indiretamente na parábola que então dirigiu a eles.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Marcos Capítulo 11 do versículo 1 até o 26

A. A Entrada em Jerusalém e no Templo. Mc 11:1-26.

A partir desse ponto, Cristo abandonou a atitude de cautela que o levou a se retirar das áreas de tensão e possíveis crises. Agora desafiava os líderes judeus. Na entrada de Jerusalém provocou, abertamente, desaprovação e oposição. Esta "Entrada Triunfal" devia ser encarada, não como a vinda de um rei glorioso, mas como a apresentação do Salvador que logo sofreria.


Moody - Comentários de Marcos Capítulo 11 do versículo 1 até o 37

VI. Conclusão do Ministério de Cristo em Jerusalém. 11:1 - 13:37.

Nesta seção Marcos registrou os últimos atos e ensinamentos do Salvador antes da sua paixão. Todos esses acontecimentos tiveram lugar em Jerusalém e nos seus arredores. Aqui aconteceu a "Entrada Triunfal" e a purificação do Templo (Mc 11:1-26), as numerosas controvérsias com os líderes judeus (11:27 - 12:44), e o longo discurso apocalíptico no Monte das Oliveiras (Mc 13:1-37).

Marcos 11


Dúvidas

Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
Dúvidas - Comentários de Marcos Capítulo 11 versículo 12
Mt 21:12-19 (conforme Mc 11:12-14,Mc 11:20-24) - Quando foi que Jesus amaldiçoou a figueira, antes ou depois da purificação do templo?


PROBLEMA:
Mateus coloca a maldição da figueira depois da purificação do templo. Entretanto, Marcos a coloca antes desse evento. Mas essas duas colocações não podem ser ambas verdadeiras. Será que um dos evangelistas cometeu um erro?

SOLUÇÃO: Na verdade Jesus amaldiçoou a figueira quando ia para o templo, como Marcos disse, mas isso não significa que o relato de Mateus esteja errado. Cristo foi ao templo duas vezes, e ele amaldiçoou a figueira na segunda ida.

Mc 11:11 diz que Cristo entrou no templo no dia da sua entrada triunfal. O evangelista não mencionou que Jesus tenha feito alguma proclamação contra qualquer coisa errada, ao entrar no templo. O versículo 12 usa a expressão: "No dia seguinte", referindo-se à jornada até o templo, quando passaram pela figueira, no segundo dia. Foi nesse momento que Cristo expulsou os que compravam e vendiam no templo.

Mateus, entretanto, refere-se às duas idas de Cristo ao templo como se fossem um só evento, e relata em seguida a maldição sobre a figueira. Fica-se assim com a impressão de que na primeira ida ao templo Cristo expulsou os que ali vendiam e compravam. O relato de Marcos, portanto, nos fornece mais detalhes desses eventos, revelando que realmente foram duas as idas ao templo. Em vista disso, não temos razão alguma para crer que haja uma discrepância entre os relatos.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Marcos Capítulo 11 do versículo 1 até o 26
IV. A SEMANA DA PAIXÃO Mc 11:1-41) -Cfr. Mt 21:1-40; Lc 19:29-42; Jo 12:12-43. Betfagé (1): mencionado por todos os sinóticos neste contexto, entretanto, o nome não se encontra em nenhum outro lugar nas escrituras do Velho e Novo Testamentos, embora conhecida na literatura rabínica. O nome significa "casa de figos". A localidade é desconhecida. A aldeia diante de vós (2): não é certo se se refere a Betfagé ou a Betânia. Não é essencial ler no verso 2 evidência do conhecimento sobrenatural de Jesus. Uma simples explicação seria que Ele arranjou tudo de antemão com o dono, talvez um discípulo anônimo, como era o dono de casa em Mc 14:14. No qual ainda ninguém montou: uma das condições de consagração a Jeová (Nu 19:2; 1Sm 6:7). Plummer comenta que o nascimento virginal e a sepultura num sepulcro novo são fatos parecidos. O Senhor (3); alguns expositores consideram-no referência ao dono do animal, visto que este título não se usa de Jesus até depois da ressurreição, e mesmo assim somente por Lucas e João. Mas tal interpretação cria uma atmosfera artificial ao redor dos discípulos, pois em todo caso era Jesus que precisava do jumento. Ele assume para si certa soberania sobre os bens dos seus discípulos, embora não os tomando por força. Logo o mandará de volta: Jesus prometeu devolver o jumentinho quanto antes. Sua pobreza era tal que, mesmo para esta ocasião, Ele foi obrigado a tomar emprestado o animal que ia montar. Não era sinal de humildade que Ele andou montado num jumento, pois em tempos bíblicos as pessoas reais os montavam para significar sua vinda em paz, e esta é a verdadeira significação da entrada triunfal.

O episódio representa primeiro o cumprimento da profecia de Zc 9:9, e foi neste sentido que o povo o reconheceu. Em segundo lugar, se colhe que Jesus apareceu aberta e propositadamente como Messias. A hora estava próxima em que Ele seria rejeitado e portanto foi-lhe mister revelar Sua missão. Ou Ele é rei, ou vítima de uma grande decepção. Ele há de ser rejeitado como Messias-Rei. Não há mais necessidade de esconder Sua identidade. Em terceiro lugar, a maneira da Sua entrada expressa a índole do ministério messiânico. Não se apresentou como conquistador militar, montado num cavalo aparelhado para guerra, nem como revolucionário político da laia esperada pelos judeus. Seu propósito era, não quebrar o poder de Roma, mas libertar da escravidão do pecado. O grito Hosana (9) é transliteração do hebraico de Sl 118:25, e significa "Salve agora". É notável que Marcos não traduz o vocábulo: talvez seja que já era termo de louvor e saudação tão bem conhecido como "rabino".

Chegando na cidade capital, Jesus foi logo ao templo que, segundo a narrativa, Ele contemplou com autoridade. Sua obra tangeu, não tanto a política e as guerras de Israel, mas sim sua vida religiosa. Finalmente, Ele se retirou para pernoitar em Betânia. Isto foi seu costume todas as noites da Semana da Paixão, que Ele passou acampado no Monte das Oliveiras (cfr. Mt 21:17).

>Mc 11:12

2. A FIGUEIRA ESTÉRIL (Mc 11:12-41, Mc 11:20-41. Em Marcos, esta história é dividida em duas partes, separadas pela narração da purificação do templo. O milagre tem sido criticado por teólogos modernos por dois motivos. Primeiro, que a ação do Senhor em buscar figos na Páscoa era insensata; segundo, que tal ação associada com Sua própria fome era improvável e indigna dEle. Uma explicação geral é que o incidente representa fatualmente a parábola de Lc 13:6-42, mas contra isto há objeções que nem os detalhes nem o sentido são os mesmos. Com referência à primeira objeção, consta que na Palestina a figueira dá fruto temporão, verde e imaturo, que aparece antes das folhas. Chama-se taksh, e serve de alimento para os camponeses. A ausência deste fruto seria evidência inegável da esterilidade da árvore. Quanto à segunda objeção, ressumbra que este foi o único milagre de juízo, operado "em misericórdia para o homem, num objeto inânime, para ensinar uma lição moral" (T. M. Lindsay). A figueira era símbolo da nação dos judeus, que abundou em folhas de profissão religiosa, sendo porém estéril quanto aos frutos de justiça. A maldição da árvore foi profecia da sorte das autoridades judaicas que estavam na véspera de rejeitar seu Messias.

>Mc 11:20

O dia seguinte, Pedro ficou assombrado pela rapidez com que as palavras do Senhor tiveram efeito (21), e deste incidente Jesus tira uma lição para os discípulos sobre a eficácia da oração (24). A resposta às orações depende de duas condições, a saber, nossa relação com Deus e com o próximo. A primeira requer a fé (22). Tende fé em Deus (gr. echete pistin theou), literalmente, tende uma fé que repousa em Deus. Com esta fé será possível enfrentar e remover os montes de obstáculos que se intrometem no caminho do propósito divino. Com verso 23, cfr. Zc 4:7. A segunda condição em oração é o perdão (25-26). Refere-se aqui ao espírito e atitude do crente quando ora. Isto não quer dizer que o perdão do pecador dispensado por Deus, no sentido evangélico, dependa do perdão que o pecador estende a outros (veja Ef 4:32).

>Mc 11:15

3. PURIFICAÇÃO DO TEMPLO (Mc 11:15-41) -Veja notas sobre Mt 21:12-40; Lc 19:45-42. Muitos comentadores modernos tendem a identificar este incidente, colocado por todos os sinóticos ao começo da semana da Paixão, com aquele semelhante, narrado por João, logo no início do ministério de Jesus (Jo 2:13-43). Há forte divergência de opinião quanto à posição cronológica. Uma solução muito mais satisfatória é que Jesus purificou o templo em duas ocasiões. Esta hipótese concorda também com o plano geral de João, em suplementar os sinóticos e, ao mesmo tempo, explica as importantes diferenças de pormenores, como por exemplo o uso do azorrague de cordas.

Suas observações na noite anterior (11) levaram, Jesus a seguir certo caminho. Ele agia mais uma vez na Sua função de Messias (veja-se Ml 3:1-39). Nesta ocasião, o Pátio dos Gentios serviu de palco para a cena. Naquele pátio havia um mercado para venda de objetos necessários ao templo, e um câmbio onde se obtinha dinheiro judaico, visto que não se aceitava no recinto sagrado tributo pago em moedas pagãs. Estas provisões aparentemente razoáveis abriram, no entanto, uma porta para a hierarquia extorquir dinheiro e, ao mesmo tempo, para o povo regatear os animais como se fosse bazar oriental, com o conseqüente prejuízo dos peregrinos. Parece que alguns aproveitavam do recinto como atalho entre a cidade e o Monte das Oliveiras (16), minúcia esta notada somente por Marcos. Bem podemos imaginar a confusão ocasionada pela ação de Jesus; é notável que na hora em que Ele ia entregar-se pacificamente aos Seus inimigos, Ele se revelou capaz de indignação por motivos morais. Purificado o mercado, Jesus começou a ensinar (17), baseando sua mensagem sobre os dois trechos do Velho Testamento, a saber, Is 56:7 e Jr 7:11. É sugestivo que o trecho em Isaías se refere precisamente à provisão de um lugar de oração e culto para os gentios. Apesar de tudo, as autoridades nada podiam fazer, devido à popularidade de Jesus com as massas (18). Cada dia desta última semana, Jesus andava como homem procurado pelas autoridades e, à tarde, saiu da cidade (19).


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Marcos Capítulo 11 do versículo 1 até o 33

52. A coroação Falsa do verdadeiro Rei (Marcos 11:1-11)

Quando se aproximaram de Jerusalém, em Betfagé e de Betânia, perto do monte das Oliveiras, enviou dois dos seus discípulos, e disse-lhes: "Ide à aldeia em frente, e logo que você entrar, você vai encontrar um jumentinho preso lá , em que ainda ninguém jamais montou; desfazê-lo e trazê-lo aqui. Se alguém vos disser: 'Por que você está fazendo isso?' você diz: 'O Senhor precisa dele'; e imediatamente ele irá enviá-lo de volta aqui "Eles foram embora e encontrou um jumentinho preso na porta, do lado de fora, na rua.; eo desprenderam-lo.Alguns dos espectadores estavam dizendo-lhes: "O que você está fazendo, desamarrando o jumentinho?" Eles falaram com eles, assim como Jesus lhes tinha dito, e eles lhes deu permissão. Eles levaram o jumentinho a Jesus e colocar seus casacos sobre ele; e Ele sentou-se nela. Muitos também estenderam seus casacos na estrada, e outros espalhar ramos frondosos que tinham cortado nos campos. Os que iam na frente e os que seguiam gritavam: "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor; Bem-aventurado é o reino vindouro de nosso pai Davi; ! Hosana nas alturas! "Jesus entrou em Jerusalém e foi ao templo; e depois de olhar ao redor em tudo, Ele partiu para Betânia com os doze, pois já era tarde. (11: 1-11)

Esta passagem introduz a última semana de nosso Senhor da vida e do ministério público. A semana começou com a sua chegada a Jerusalém, no décimo dia do primeiro mês do calendário judaico, o mês de Nisã, no ano AD 30. Isso foi semana da páscoa; a entrada triunfal foi na segunda-feira o décimo, e Páscoa seguido nesta sexta-feira o décimo quarto dia do mês.

O título tradicional para o evento descrito nesta passagem, a entrada triunfal, não capta o que estava acontecendo. Esta não foi, em nenhum sentido-terrena, judeus, ou celestial-a coroação de Jesus Cristo.Delirante reação do público não era uma verdadeira expressão de fé ou elogios para o verdadeiro Rei de Israel. Não houve formalidades relacionadas com o evento; não há dignitários, não há regalia, sem alarde. Também não foi este evento coroação de Seu Filho de Deus. Apesar de sua aparência exterior, foi um evento diferente de qualquer outro coroação. Coroações não são humildes, inesperado, espontâneo, não-oficial, ou superficial. Este evento foi tudo isso. Também não são verdadeiros coroações invertida alguns dias depois, com o que havia sido exaltado e elogiou a ser rejeitado e executado.Embora Jesus era verdadeiro Rei do céu, merecedor de todos exaltação, honra, adoração e louvor, isso não foi uma coroação real; que era, na verdade, a falsa coroação do verdadeiro Rei.

A posse oficial do Senhor Jesus Cristo ocorre em duas etapas. O primeiro, Sua coroação celestial, teve lugar em Sua ascensão quando "Ele sentou-se à direita da Majestade nas alturas" (He 1:3; He 8:1; He 12:2 ).Quando ele chega, Ele irá julgar e destruir os ímpios, e estabelecer o Seu trono em Jerusalém. Jesus vai reinar ali por mil anos no reino milenar (Ap 20:4; conforme Is 9:1; Dn 2:44). Esses eventos, juntamente com a recente criação do Senhor de Lázaro dentre os mortos, intensificada emoção e entusiasmo da multidão enquanto se dirigiam para Jerusalém para celebrar a Páscoa, o ponto alto do ano judaico.

Não só era suposto falso coroação, também foi prematuro. Antes de Jesus vem para reinar, Ele tinha que morrer (conforme a discussão de 10: 32-34, no capítulo 9 deste volume). Até este ponto Jesus não tivesse permitido uma declaração aberta, pública que Ele era o Messias. Após a afirmação de Pedro de que Ele era o "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16:16), Jesus ", advertiu os discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Cristo" (v. 20). Após o milagre espetacular da alimentação dos cinco mil mais na Galiléia, o povo exclamou: "Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo." Então Jesus, percebendo que eles estavam com a intenção de vir e levá-lo à força para o fazerem rei, retirou-se novamente para o monte, Ele mesmo só "(João 6:14-15), frustrando sua tentativa. O Senhor sabia que qualquer escalada pública significativa de sua popularidade aumentaria a ameaça que ele representa para os líderes judeus. Isso poderia ter provocado los para provocar a sua morte prematura.

Agora, no entanto, tinha chegado o momento no plano divinamente determinada por Jesus para morrer. Ele, portanto, permitida uma exposição tão grande de aclamação popular (alguns sugerem que pode ter havido até cem mil pessoas envolvidas na procissão entrada triunfal) que os líderes religiosos não tinha escolha. A ameaça de uma revolta pelas cerca de dois milhões de pessoas que inundaram Jerusalém para a Páscoa não poderia ser ignorado. Como os líderes religiosos bem sabia, que provocaria uma resposta maciça dos romanos, resultando na destruição da nação e da perda de sua própria posição privilegiada (João 11:47-50).

A chegada Fiel

em Betfagé e de Betânia, perto do monte das Oliveiras, enviou dois dos seus discípulos, e disse-lhes: "Ide à aldeia em frente, e logo que você entrar, você vai encontrar um jumentinho preso lá, onde ninguém Ainda jamais se sentou; desfazê-lo e trazê-lo aqui. Se alguém vos disser: 'Por que você está fazendo isso?' você diz: 'O Senhor precisa dele'; e imediatamente ele irá enviá-lo de volta aqui "Eles foram embora e encontrou um jumentinho preso na porta, do lado de fora, na rua.; eo desprenderam-lo. Alguns dos espectadores estavam dizendo-lhes: "O que você está fazendo, desamarrando o jumentinho?" Eles falaram com eles, assim como Jesus lhes tinha dito, e eles lhes deu permissão. Eles levaram o jumentinho a Jesus e colocar seus casacos sobre ele; e Ele sentou-se nela. (11: 7-1b)

No sábado, seis dias antes da Páscoa (Jo 12:1). No mesmo dia uma "grande multidão de judeus então soube que ele estava ali; e eles vieram, e não para apenas causa de Jesus, mas que eles também podem ver a Lázaro, a quem ele ressuscitou dentre os mortos "(Jo 12:9), segunda-feira da Semana da Paixão, não no domingo como cristãos acreditaram tradicional. Esta cronologia elimina o problema de os Evangelhos ter nenhum registro de atividades de Jesus na quarta-feira, o que seria o caso se a entrada triunfal foram no domingo. É difícil explicar como poderia haver um dia omitido na conta da semana mais importante da vida de Cristo, especialmente desde os eventos de todos os outros dias são cuidadosamente contabilizados.

Outra evidência de que a entrada triunfal foi na segunda-feira vem da exigência da lei que os cordeiros pascais ser selecionado no décimo dia do primeiro mês (Nisan) e sacrificados no décimo quarto dia (Ex. 12: 2-6). No ano de nosso Senhor foi crucificado, o décimo de Nisan caiu na segunda-feira da semana da páscoa. Quando Ele entrou em Jerusalém naquele dia, Jesus veio para cumprir o papel de cordeiro escolhido do Pai (Jo 1:29, Jo 1:36), da mesma maneira e no mesmo dia em que o povo judeu escolheram seus cordeiros pascais. Completando o paralelo, Cristo, o único e verdadeiro sacrifício que levou o pecado, foi morto na sexta-feira, o décimo quarto dia de Nisan, com milhares de outros cordeiros, cujo sangue nunca poderia tirar o pecado (conforme He 10:4; Jo 2:25) de Cristo. Ele lhes disse que eles iriam encontrar um burro (Jo 12:14; conforme Zc 9:9.) amarrado. Jesus não tinha sido a Betfagé, nem tinha Ele enviou ninguém para mandar para o jumentinho a estar disponíveis. O detalhe que o potro foi um em que ninguém ainda havia já sentou fornece mais provas de Sua onisciência, assim como seu conhecimento de que os discípulos seriam perguntou como eles desamarrou o jumentinho, (Lucas 19 "Por que vocês estão desamarrando-lo?": 31). O Senhor também sabia que, quando eles responderam: "O Senhor precisa dele", o dono do colt (evidentemente um crente em Jesus) e os transeuntes lhes permitisse levá-la.

Desenrolar dos acontecimentos, assim como o Senhor onisciente tinha dito que faria. Os dois discípulos foram embora e encontrou um jumentinho preso na porta, do lado de fora na rua; eo desprenderam-lo. Como Jesus havia predito, alguns dos espectadores estavam dizendo-lhes: "O que você está fazendo, desamarrando o jumentinho?" Mas os discípulos falou-lhes, assim como Jesus lhes tinha dito, e eles lhes deu permissão. O dois homens levaram o jumentinho a Jesus (provavelmente de volta em Betânia) e colocar seus casacos sobre ele, formando uma sela improvisado para que o Senhor não teria que montar bareback, e Ele sentou-se nela.

É verdade que Davi montou uma mula (1Rs 1:33, 1Rs 1:38, 1Rs 1:44), que Solomon também montou a sua coroação (I Reis 1:32-40). Mas por montar o jumentinho jumento, Jesus foi não apenas a identificação com a tradição davídica. Em vez disso, "Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo profeta:" Dizei à filha de Sião: "Eis que o teu rei vem a ti, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, cria de um animal de carga "" (Mat. 21: 4-5). Mateus estava se referindo a uma profecia feita séculos antes por Zacarias, que escreveu: "Alegra-te muito, ó filha de Sião! Exulta, ó filha de Jerusalém! Eis que o teu rei vem a ti; Ele é justo e dotado de salvação, humilde, e montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta "(Zc 9:9), o que os outros na multidão tinham cortado nos campos, simbolizado alegria e vitória. De acordo com o livro apócrifo de Primeiro Macabeus, quando os judeus durante o período intertestamental recapturado Jerusalém, dos sírios, que "entrou com louvor e palma ramos" (1 Macc 13:51; conforme 2 Mc 10:7). Esses milagres incluiu a recente trazer Lázaro de volta de estar morto por quatro dias, e a cura dos dois cegos em Jericó. Expressando o seu entusiasmo e esperança, as pessoas gritavam: "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor; Bem-aventurado é o reino vindouro de nosso pai Davi; ! Hosana nas alturas! " A exclamação Hosanna ("Salvar agora") foi um elogio messiânico, que Mateus liga ao messiânica título Filho de Davi (Mt 21:9; conforme Mc 12:35). As expressões Bendito o que vem em nome do Senhor (conforme Sl 118:26)

Enquanto que para o momento em que suas esperanças eram muito alto, o seu louvor infiel não enganou Jesus:

Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: "Se você tivesse conhecido neste dia, mesmo que você, as coisas que servem para a paz! Mas agora eles têm sido escondido de seus olhos.Para os dias virão em que os seus inimigos vão deitar-se uma barricada contra você, e cercá-lo e hem você de todos os lados, e eles vão nivelar-lo para o chão e seus filhos dentro de você, e eles não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visitação "(Lucas 19:41-44).

Eles iriam rejeitá-Lo, e em resposta a Deus traria para baixo sobre si mesmos a condenação devastadora nas mãos dos romanos, resultando na destruição da nação.

O Fateful Appraisal

Jesus entrou em Jerusalém e foi ao templo; e depois de olhar ao redor em tudo, Ele partiu para Betânia com os doze, pois já era tarde. (11:11)

Declaração anticlímax de Marcos reforça o fato de que esta não era uma verdadeira coroação. Ao mesmo tempo, ele prenuncia assalto do Senhor no templo, que terá lugar no dia seguinte (terça-feira). Tendo chegado ao templo, Jesus, depois de olhar ao redor em toda a corrupção lá, partiu para Betânia com os doze, pois já era tarde no dia.

Como a multidão inconstante, pecadores se converterão em Jesus quando Ele não satisfaz seus caprichos egoístas. Coroações falsos como a descrita nesta passagem acontecem todos os dias. Inescrupulosos falsos mestres prometem a seus seguidores iludidos que Jesus irá torná-los ricos, curá-las, cumprir todas as suas sonhos, e conceder a todos os seus desejos. Quando tais, egoístas, de promessas centrados no homem não bíblicas deixar de vir a passar, e problemas entra em suas vidas em vez disso, muitos crescer desiludido e voltar-se contra Jesus. (I examinar o perigo representado pelo evangelho da prosperidade em meus livros fogo estranho [Nashville: Tomé Nelson, 2013], e Charismatic Caos . [Grand Rapids: Zondervan, 1992])

Os redimidos, por outro lado, reconhecer Jesus como seu Rei soberano (At 17:7; Ap 19:16), digno de sua completa submissão (1Pe 3:15; conforme 2Co 4:52Co 4:5; Mt 28:9; Lc 24:52; Jo 9:38; conforme He 1:6)

No dia seguinte, quando eles tinham deixado Betânia, teve fome. Vendo à distância uma figueira com folhas, foi ver se, porventura, acharia nela alguma coisa; e quando Ele veio a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. Ele disse a ela: "Que ninguém coma fruto de ti!" E os seus discípulos estavam ouvindo. Em seguida, vieram a Jerusalém. E Ele entrou no templo e começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo, e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; e Ele não permitiria que qualquer um para levar mercadoria por meio do templo. E começou a ensinar e dizer-lhes: "Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações"? Mas você tiver feito isso cova dos ladrões "Os chefes dos sacerdotes e os escribas ouviram isto, e começou a procurar a forma de destruí-lo.; pois eles tinham medo dele, por toda a multidão se maravilhava da sua doutrina. Quando a noite chegou, eles sairiam da cidade. Ao passarem pela manhã, viram que a figueira secou desde as raízes para cima. Sendo lembrado, Pedro disse-lhe: "Mestre, olha, a figueira que que amaldiçoaste secou." (11: 12-21)

Esta passagem introduz um dia monumental na história da redenção. Na terça-feira da Semana da Paixão, o Senhor Jesus Cristo, em uma inversão completa de esperanças e expectativas messiânicas do povo judeu, em essência pronunciou uma maldição sobre o templo. Que maldição, expeça-lo para o julgamento de Deus, por extensão incluiu os líderes religiosos corruptos e toda a nação. Em uma reviravolta chocante de eventos 1srael, a nação da aliança, escolhido (Dt 7:6; 1Rs 3:81Rs 3:8; Nu 22:12; Dt 1:11; Sl 33:12) por Deus, foi amaldiçoado por Messias de Deus, por causa de sua rejeição dEle.... Essa rejeição culminaria na sexta-feira, quando a multidão, pediu em pelos líderes religiosos, chamados para a execução do Filho de Deus.

Maldição da figueira Jesus, o único milagre destrutivo registrado nos Evangelhos, serve como um símbolo de visualizar o que vem destruição do templo. Assalto do Senhor no templo e os comerciantes poluentes é uma previsão por ação da destruição do templo. Sua maldição da figueira, e, assim, simbolicamente, o templo, manifesta descontentamento de Deus com o lugar, os seus líderes, e as pessoas que adoravam lá.

Ao longo da história do país, o templo tinha sido o centro da vida religiosa de Israel. Durante séculos antes do primeiro templo foi construído, a adoração de Israel ocorreu por volta da tenda, que estava em vigor um templo móvel (conforme Ex 25:30; Ex 35:1:. 30-40.: 38; Lev 10: 1-7). O primeiro templo fixo foi planejado por Davi (2 Sam 7:1-11; 1 Crônicas 22:.. 13 22:19'>1-19) [. 2Cr 3:1). Depois de séculos de apostasia e rebelião, Deus retirou Sua presença do templo (Ez 9:3, 18-19; 11: 22-23), e foi destruído em 586 AC por parte das forças do rei babilônico Nabucodonosor (2Rs 25:9; Is 64:11.).

Após a setenta anos cativeiro babilônico, o retorno dos exilados, sob a liderança de Zorobabel reconstruiu o templo. Esse segundo templo não em tudo aproximar o esplendor do templo de Salomão. Menor e menos ornamentado, a visão de que causou aqueles idade suficiente para lembrar o primeiro templo a chorar (Ed 3:12). Este segundo templo foi profanado durante o período intertestamental pelo governante selêucida diabólica Antíoco IV (Epifânio), como previsto na profecia de Daniel (Dn 11:31).

Em 20 AC, Herodes, o Grande começou a restauração e ampliação do templo de Zorobabel, um longo processo (conforme Jo 2:20), que continuou até O D.C 64 a apenas seis anos antes que os romanos destruíram o templo em AD 70. É esta reconstruída e ampliada templo que está em exibição nesta passagem.

A história do templo reflete a história de Israel da apostasia, que culminou com a rejeição e assassinato do Messias. Desde os romanos destruíram o templo de Herodes, em AD 70, nenhum novo templo foi construído. No futuro, porém, haverá mais dois templos. Um templo será construído durante a tribulação, que o Anticristo profanar (Mt 24:15; 2 Ts 2:.. 2Ts 2:4), e um templo final será construído durante o reino milenar (Ez 40:43.). No estado eterno, não haverá necessidade de um templo ", porque o Senhor Deus Todo-Poderoso eo Cordeiro são o seu templo" (Ap 21:22).

Esta passagem, que inspeciona a demolição do templo de Herodes, pode ser examinada em duas categorias: a maldição inspecionado e retratada em analogia, ea maldição inspecionado e retratada em ação.

O Curse Previewed e retratada em Analogia

No dia seguinte, quando eles tinham deixado Betânia, teve fome. Vendo à distância uma figueira com folhas, foi ver se, porventura, acharia nela alguma coisa; e quando Ele veio a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. Ele disse a ela: "Que ninguém coma fruto de ti!" E os seus discípulos estavam ouvindo. (11: 12-14)

Na terça-feira, no dia seguinte, após a entrada triunfal na segunda-feira (veja a discussão de 11: 1-11 no capítulo anterior deste volume), Jesus e os discípulos deixaram a casa de Maria, Marta e Lázaro deBetânia para Jerusalém. No caminho, Jesus teve fome. Embora Ele era Deus encarnado, Jesus também era plenamente homem e, portanto, sujeito às limitações de ser humano (conforme He 2:14). Ele não só regularmente experimentou a fome, como nesta ocasião e na Sua tentação (Mt 4:2; Jo 4:6; Os 9:10; Mq 7:1.); Assim, ninguém seria capaz de comer qualquer partir dele. Jesus pronunciou uma maldição (veja a discussão sobre v 21 abaixo.) Sobre a figueira que o matou.

A figueira estéril ilustra graficamente a pretensão vazia de culto no templo. Por meio do profeta Isaías, Deus, usando outra metáfora agrícola, pronunciou uma sentença semelhante em Israel:

Deixe-me cantar-se agora para o meu bem-amado o cântico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu amado possuía uma vinha numa colina fértil. Ele cavou tudo ao redor, removeu suas pedras, plantou-a de excelentes vides. E Ele construiu uma torre no meio dela e também escavou um lagar nele; Ele, então, espera-se produzir boas uvas, mas produziu apenas aqueles sem valor. "E agora, ó moradores de Jerusalém e homens de Judá, julgai entre mim ea minha vinha. Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu não tenha feito? Por que, quando eu esperava que produzir boas uvas se ele produzir bravas? Então, agora deixe-me dizer o que eu vou fazer à minha vinha: tirarei a sua sebe e será consumido; Vou quebrar sua parede e será pisada. Eu tornarei em deserto; ele não vai ser podadas ou capinado, mas urzes e espinhos virão para cima. Eu também irá cobrar as nuvens que não derramem chuva sobre ela. "Pois a vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel e os homens de Judá Sua encantadora de plantas. Assim, Ele olhou para a justiça, mas eis que o derramamento de sangue; de justiça, mas eis que um grito de socorro. (Is. 5: 1-7)

Citando Is 29:13, Jesus condena a hipocrisia dos escribas e fariseus: "Vocês, hipócritas, fez justamente Isaías profetiza de vocês: 'Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens "(Mt 15:7-9; conforme 23:. 13 40:23-36'>13-36).

A destruição do templo não ocorreria imediatamente. Mas, como outra parábola em que uma figueira simbolizado Israel (13 6:42-13:9'>Lucas 13:6-9) ensina, retenção paciente de Deus de julgamento foi temporária. Não seria até quatro décadas mais tarde, em AD 70, que as forças romanas sob o comando de Tito iria saquear Jerusalém e queimar e nivelar o templo.

Enquanto os discípulos estavam ouvindo a Jesus conversa sobre a figueira, que, sem dúvida, me lembrei do que o Senhor disse em Mateus 7:16-20, onde Ele declarou que os falsos mestres são conhecidos pelos seus frutos. Eles podem também ter se lembrado Deuteronômio 28:15-68, onde Moisés alertou para as maldições que cairiam sobre Israel se o povo desobedecer a Deus. Em última análise, o templo eo sistema religioso infrutífera representava seria destruída porque os líderes e povo de Israel "não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria ... não se sujeitaram à justiça de Deus" (Rm 10:3), Cristo veio para declarar a intolerância divina para as atividades religiosas acontecendo lá e, por um dia, pelo menos, purgar os tribunais de corrupção por expulsar o comerciantes poluindo-o. Entre esses dois assaltos, Jesus confrontados regularmente a apostasia e iniqüidade da religião de Israel e chamou a nação de volta para a verdadeira adoração de Deus mediante a fé em Deus (conforme Jo 4:23-24). O povo de Deus são aqueles "que adoram no Espírito de Deus, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne" (Fp 3:3). Embora Anás havia sido deposto pelos romanos, ele ainda manteve o título de sumo sacerdote e exercia enorme poder e influência nos bastidores. Junto com seu genro-igualmente perverso Caifás, o sumo sacerdote Anás atual correu negócios do templo, a aquisição de extrema riqueza no processo. Eles venderam franquias para os comerciantes para os preços exorbitantes e, em seguida, desnatado fora uma enorme percentagem dos lucros que os vendedores feitas.

Tudo isso tinha combinado de transformar o templo de Deus em um lugar de abuso e extorsão. O som de louvor e orações haviam sido substituído pelo berrando de bois, o balido das ovelhas, o arrulhar de pombos, e o regateio alto de comerciantes e seus clientes. Cheio de ira santa na profanação crasso da casa de Seu Pai, Jesus fez o seu caminho através do complexo do templo para o Pátio dos Gentios ecomeçou a expulsar os que vendiam e compravam no templo, e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.

No mesmo instante, o Senhor Jesus transformou a Bazaar de Annas no caos completo. Ele tão ameaçado os comerciantes que eles fugiram como Ele derrubou as mesas dos cambistas e enviou suas moedas rolando no chão com os cambistas, sem dúvida, desesperAdãoente lutando depois deles. Ele também puxou os assentos para fora sob os vendedores pomba (Mt 21:12) e assustou-los para fora do templo. O Senhor mostrou o mesmo zelo que tinha pela primeira vez Ele limpou o templo, que tinha lembrou a Seus discípulos de Sl 69:9).

Além de expulsar os comerciantes, Jesus também parou as pessoas de usar o terreno do templo como um atalho para o transporte de mercadorias para a cidade, como Ele não permitiria que qualquer um para levar mercadoria por meio do templo. Esta foi uma espantosa exibição de autoridade singular e força em da parte do Senhor, que teria encontrado uma resistência significativa dos mercantes. Ele força demonstra que o Senhor odeia aqueles que pervertem culto, especialmente para sua própria ganância.

Marcos relata um breve trecho do que foi, sem dúvida, uma exposição longa Antigo Testamento, notando que Jesus, após a todo esse caos furioso, começou a ensinar e dizer-lhes: "Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações "? . Mas você tiver feito isso cova dos ladrões " A primeira citação, a minha casa será casa de oração, é de Is 56:7). Salomão, em sua oração de dedicação do templo, pediu a Deus "que [sua] olhos estejam abertos para esta casa, noite e dia, para o lugar de que [Tinha] disse: 'Meu nome estará ali", para ouvir a oração que o teu servo orarem voltados para este lugar "(1Rs 8:29). Mais tarde, em sua oração, Salomão estendeu essa solicitação para incluir os gentios:

Ainda em relação ao estrangeiro, que não é do teu povo Israel, quando vier de um país remoto por amor do seu nome (por eles ouvirão do teu grande nome e sua mão poderosa e do teu braço estendido);quando ele vem e ora para esta casa, ouvi no céu a tua habitação, e faze conforme tudo o que o estrangeiro te chama, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, a temer Você, como fazer a Tua povo de Israel, e que saibam que esta casa que eu construí é chamado pelo seu nome. (vv. 41-43)
Mas o barulhento, mau cheiro, ocupados den 'ladrões que o templo tornou-se era a antítese de um lugar onde quieto, pensativo, instrutivo, culto de oração de Deus poderia ter lugar. Jesus comparando o templo para a ladrões 'den é uma referência a Jr 7:11: "Tem esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isso, diz o Senhor. "Robbers frequentemente se esconderam nas cavernas, a partir do qual eles iriam emitir para trás para roubar e saquear. Isso é o que o templo tornou-se; em vez de o lugar mais alto do ensino, oração e adoração, ele foi o mais baixo-a de domínio de saque executado por ladrões.

Não surpreendentemente, os líderes religiosos ficaram chocados e indignados com a devastação de solo de Jesus de seu mercado templo. Portanto, quando os príncipes dos sacerdotes e os escribas ouviram falar do que tinha acontecido, eles começaram a procurar como destruir Jesus; para que eles tinham medo dele, por toda a multidão se maravilhava da sua doutrina. Seu ódio foi escalado por Jesus 'crescente popularidade e continuou curas (Mt 21:14) e ensino (Lc 19:47). Temendo a ameaça que ele representava para eles economicamente e para o seu prestígio entre o povo (Jo 11:48), eles intensificaram seus esforços para destruí-lo.

Marcos observou que quando a noite chegou, Jesus e os Doze iria sair da cidade e voltar a Betânia (conforme Mc 14:3: "Digo, porém: Deus não rejeitou o seu povo, não é? De maneira nenhuma! Porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo que antes conheceu. "É verdade que" um endurecimento parcial que aconteceu com Israel até que a plenitude dos gentios haja entrado "(v. 25). Mas, no futuro, o remanescente resgatadas de Israel vai "olhar em mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem pranteia por um filho único, e chorarão amargamente por Ele como o choro amargo ao longo de um primogênito "(Zc 12:10)," e assim todo o Israel será salvo "(Rm 11:26). Até então, os judeus são membros do mesmo corpo de Cristo com gentios (1Co 12:13; Gl 3:28; Ef 2:1).

54. As necessidades de Oração Eficaz (Marcos 11:22-25)

E Jesus respondeu, dizendo-lhes: "Tende fé em Deus. Em verdade vos digo que, qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que o que ele diz que vai acontecer, ele será concedido a ele. Por isso eu digo a você, todas as coisas pelas quais você orar e pedir, acreditar que você recebeu, e eles vos será atendido. Quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus também vos perdoará as vossas ofensas "(11: 22-25).

Nesta breve passagem nosso Senhor lembrou os discípulos do Deus de bondade exibe concedendo o acesso ao poder de Deus através da oração. A lição teve lugar na quarta-feira de manhã da Semana da Paixão como o Senhor e os discípulos estavam andando de Betânia para Jerusalém. Como observado no capítulo anterior deste volume, a caminho de Jerusalém a partir de Bethany no dia anterior (terça-feira), Jesus tinha visualizado o futuro destruição do templo por amaldiçoar uma figueira estéril (11: 12-14).

A questão de saber por que o Senhor iria inserir uma lição sobre a oração neste momento. Houve, no entanto, uma necessidade crítica para a essa instrução. Em apenas alguns dias Jesus, Deus em carne humana, não seria mais fisicamente presente com os discípulos. E, embora Jesus salientou repetidamente a importância da oração e ensinou-lhes especificamente os elementos de oração (Mt 6:9-13.), A Sua presença com eles haviam restringido a urgência da sua vida de oração. Houve pouca razão para eles a orar a Deus para que eles poderiam pedir e receber diretamente de Jesus. Ele forneceu disposição, direção, proteção, correção e instrução paciente que precisavam.

Mas a experiência familiar de Sua presença estava prestes a mudar drasticamente para os discípulos. Eles estavam indo para ir de ter Cristo presente o tempo todo para não tê-lo presente em tudo. Eles se tornariam como crentes das gerações seguintes, que dependem exclusivamente em oração para acessar poder e provisão de Deus para as suas necessidades. Como eles, os discípulos se tornaria totalmente dependente de alguém a quem eles não podiam ver (conforme Jo 20:29; 1Pe 1:81Pe 1:8; Jo 15:16; 16: 23-24, Jo 16:26).

Esta lição importante revela cinco componentes da oração eficaz: os seus componentes históricos, teológicos, espirituais, práticos e morais.

O componente histórico de Oração

No caminho de volta para Betânia terça-feira à noite, na escuridão, os discípulos não tinha notado que a figueira amaldiçoada tinha morrido. Mas "como eles foram passando ... o [próximo] de manhã, eles viram a figueira seca desde as raízes Up" (11:20). Notando que Pedro comentou: "Rabi, olha, a figueira que Você amaldiçoaste secou" (v. 21). A transição de que o comentário para o ensinamento do Senhor em oração parece um pouco abrupto. A conexão, no entanto, é que a maldição da figueira demonstrou o poder do julgamento divino. Pedro, junto com o resto dos discípulos, estava "surpreso e perguntou:" Como é que a figueira secou tudo de uma vez? "(Mt 21:20). Eles queriam saber como essa demonstração de poder de julgamento divino ocorreu. A resposta do Senhor foi que o poder vinha de Deus (veja a discussão sobre v. 22), e eles poderiam acessá-lo através da oração.

Referência dos discípulos até o murchamento milagrosa da figueira ilustra o fundamento histórico da oração eficaz. Deus, que pode afetar milagrosamente uma árvore, vai poderosamente fornecer para o seu povo. Confiança na oração começa com a lembrança de como Deus tem mostrado seu poder no passado. Não haveria pouco motivo para chamar a ajuda do Senhor, no presente ou no futuro, se Ele não tinha demonstrado seu poder no passado. Mais de uma dúzia de vezes em Deuteronômio, Moisés cobrado Israel, pronto para entrar em Canaã, para lembrar o que Deus tinha feito por eles no passado (4:10; 5:15; 7:18; 8: 2, 18; 9: 7 , 27; 15:15; 16: 3, 12; 24: 9, 18, 22). Em Isaías 46:8-10 Deus desafiou Israel,

Lembre-se disso, e ter a certeza; lembrar que a mente, você transgressores. Lembre-se das coisas passadas passado muito tempo, porque eu sou Deus, e não há outro; Eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim, que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que não foram feitas, dizendo: "Meu objetivo será estabelecido, e farei toda a minha vontade."

No Salmo 77:1-10 Asafe expressou seu desespero sobre abandono aparente de Deus dele. Mas, na segunda metade do salmo, ele encorajou-se por recordar atos passados ​​de Deus de poder:

Vou lembrar os feitos do Senhor; sim, me lembrarei das tuas maravilhas da antiguidade. Vou meditar sobre todo o seu trabalho e refletir sobre seus atos. Seu caminho, ó Deus, é santo; Que deus é tão grande como o nosso Deus? Tu és o Deus que opera maravilhas; Você fez conhecido a tua força entre os povos. Você tem pelo Seu poder redimiu Seu povo, os filhos de Jacó e de José. As águas te viram, ó Deus; as águas te viram, eles estavam em angústia; os abismos também tremeu. As nuvens lançaram água; os céus deu à luz um som; Suas flechas brilhou aqui e ali. O som do teu trovão estava no redemoinho; os relâmpagos iluminaram o mundo; a terra se abalou e tremeu. Seu caminho foi no mar e seus caminhos nas águas poderosas, e suas pegadas não pode ser conhecido. Você levou o teu povo como um rebanho, pela mão de Moisés e Arão. (Vv. 11-20)

No Sl 105:5). O componente teológico da oração não está preocupado com a natureza do pessoal  , mas o caráter do viver Deus. Para se ter uma vida de oração eficaz requer confiar o poder de Deus, o propósito, a promessa, planos e vontade. A oração se concentra em honrar o nome de Deus, avançando o seu reino, e realizar a Sua vontade (Mt 6:9-10.). Em contraste, a oração egoísta não serão respondidas. "Pedis e não recebeis," Tiago avisou ", porque pedis mal, para o que você pode gastar em seus prazeres" (Jc 4:3; conforme 13 43:14-14'>João 14:13-14).

Em sua carta aos filipenses, o apóstolo Paulo foi um exemplo de confiar em Deus por causa do que Ele fez:

Agora eu quero que você saiba, irmãos, que as minhas circunstâncias se voltaram para fora para o maior progresso do evangelho, para que a minha prisão na causa de Cristo tornou-se conhecido a toda a guarda pretoriana e de todos os outros, e que a maioria dos os irmãos, confiando no Senhor por causa da minha prisão, têm muito mais coragem de falar a palavra de Deus sem medo. (Fl 1. 12-14; conforme 1Pe 4:191Pe 4:19)

A fidelidade de Deus em permitir poderoso testemunho de Paulo para a Palavra de Deus, apesar de suas circunstâncias incentivou outros cristãos em Roma a confiar em Deus e corajosamente pregar o evangelho.

O componente espiritual da Oração

Em verdade vos digo que, qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que o que ele diz que vai acontecer, ele será concedido a ele. (11:23)

Confiar em Deus não é meramente, um exercício teórico e abstrato em Teologia Sistemática; é pessoal e prático. A promessa do Senhor neste versículo é surpreendentemente amplo e generoso. É introduzido pela palavra verdadeiramente ( Amém ), que, como é aqui, é usada mais de cem vezes no Novo Testamento para dar ênfase. O termo quem se aplica o princípio relacionado aqui para todos os crentes.

O especial de montanha a que Jesus se refere não é identificada. Pode ter sido o Monte das Oliveiras (a partir do qual o Mar Morto é visível) ou o monte do templo (Mt. Moriah). O mais provável, no entanto, a referência era, uma montanha não literal hipotético. Jesus não estava se referindo ao elenco fisicamente uma montanha real no mar como se isso fosse ocorrer normalmente. Ninguém jamais viu a tal acontecer por meio da oração. Sua declaração, "Aquele que disser a este monte: 'Levante-se e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que o que ele diz que vai acontecer, ele será concedido a ele," era uma hipérbole, uma analogia ou figura de linguagem destinado a ensinar um princípio espiritual. Na literatura judaica extra-bíblica, os rabinos que demonstraram habilidade incomum para resolver problemas muito difíceis foram por vezes referido como removedores ou rooters cima das montanhas.

Ponto do Senhor é que, quando confrontados com um problema esmagadora sem uma solução humana aparente, se um crente não duvidar no seu coração, mas crer que o que ele diz que vai acontecer, o seu pedido de oração será concedido a ele. A dúvida para o qual Jesus se refere não é, como muitos falsos mestres afirmam, duvidando da própria fé. A fé em si não tem poder; ele simplesmente acessa o poder de Deus. O cuidado aqui é contra a duvidar da natureza e poder de Deus. Tiago escreve que aqueles que rezam "deve pedir com fé, não duvidando, pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Por que o homem não deva esperar que ele vai receber alguma coisa do Senhor, sendo um homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos "(Tiago 1:6-8).

A fé necessária para ativar o poder de Deus não precisa ser grande fé. A fé de Pedro era forte o suficiente para capacitá-lo a sair de um barco no meio de uma grande tempestade no Mar da Galiléia (Mt 14:29). No entanto, sua fé falhou antes de alcançar Jesus (v. 30), fazendo com que o Senhor a rotulá-la "pouca fé" (v. 31). O pai de um menino endemoninhado expressou dúvidas quanto a saber se Jesus poderia entregar seu filho (Mc 9:22). Depois Jesus disse-lhe: "Tudo é possível ao que crê", censurando assim sua fé fraca ", imediatamente o pai do menino gritou e disse: 'Eu acredito (v 23.); ajuda a minha incredulidade "(v. 24). Esse fraco, fé imperfeita era suficiente; Jesus expulsou o demônio do menino (vv. 25-27). O Senhor também repreendeu os discípulos por ter pouca fé na provisão de Deus (Mt 6:30; 16: 8-10.; Lc 12:28), proteção (Mt 8:26), e poder (Mt 17:20) , bem como na sua própria capacidade de perdoar os outros com humildade (Lucas 17:5-6).

Fé Ninguém é perfeito, sem mistura com a dúvida. Mas, mesmo fraco, mas com confiança orante fé na pessoa e poder de Deus é suficiente para sacar o poder de Deus.

A componente prática da Oração

Por isso eu digo a você, todas as coisas pelas quais você orar e pedir, acreditar que você recebeu, e eles vos será atendido. (11:24)

A componente prática da oração é óbvio, mas necessário. Para receber todas as coisas que Deus promete, através da oração, é preciso primeiro perguntar para eles. Tiago colocá-lo simplesmente: "Você não tem porque você não perguntar" (Jc 4:2.)

Mas a promessa de Jesus, "Todas as coisas para as quais você orar e pedir, acreditar que você recebeu, e eles serão concedidos você", não é uma garantia de carta branca para conceder a todos os pedidos, egoístas gananciosos. É verdade que "nenhuma coisa boa que [Deus] sonega aos que andam na retidão" (Sl 84:11). Mas essas promessas são semelhantes e qualificado; todos os pedidos de oração deve ser coerente com a vontade de Deus. Depois de repreender os crentes para não pedir a Deus o que eles precisam, Tiago advertiu, "Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o que você pode gastar em seus prazeres" (4: 3). Jesus clamou ao Pai no Getsêmani, "Abba! Pai! Tudo é possível para você; remover de mim este cálice ", mas, em seguida, acrescentou:" No entanto, não é o que eu quero, mas o que tu queres "(Mc 14:36).

Jesus salientou repetidamente que a verdade aos apóstolos no Cenáculo:

Tudo o que pedirdes em meu nome [ou seja, de acordo com a Sua pessoa e propósito], eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. (13 43:14-14'>João 14:13-14)

Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito para você. (Jo 15:7)

Verdade, em verdade vos digo que, se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, Ele vai dar a você. Até agora vocês pediram nada em meu nome; perguntar e você receberá, para que a vossa alegria seja completa ... Naquele dia pedireis em meu nome, e eu não digo a você que eu vou solicitar do Pai em seu nome. (João 16:23-24, Jo 16:26)

Os crentes são chamados a derramar seu coração diante de Deus em persistente, fervorosa oração (Sl 62:8;. Mc 11:26 não aparece aqui nos manuscritos gregos mais antigos e mais confiáveis ​​do Novo Testamento, por isso foi emprestado de Mt 6:15 e inserido. mais tarde por um escriba desconhecido). Standing era uma postura comum para a oração (conforme Mt 6:5, Lc 18:13), juntamente com ajoelhado (2Cr 6:13; Sl 95:1; Lc 22:41; At 20:36 ), prostrado (Nu 16:22; Js 5:14; 1 Crônicas 21:... 13 21:17'>16-17; Mt 26:39), e se espalhando ou levantando mãos (Is 1:15; Sl 28:2; 1Tm 2:81Tm 2:8; Ef 1:7, Rm 3:28; 5:.. Rm 5:1; Gl 2:16; Gl 3:11, Gl 3:24; Tt 3:7.), Cristo se refere aqui ao perdão-os relacionais pecados que fazem parte do cotidiano dos crentes e perturbar o seu prazer de comunhão com o Senhor. 'Lavagem dos pés dos Apóstolos no cenáculo Jesus ilustra a diferença:

Então, Ele veio para Simão Pedro. Ele disse-lhe: "Senhor, não te lavar os meus pés?" Jesus respondeu, e disse-lhe: "O que eu você não percebe agora, mas você vai entender daqui por diante." Pedro disse-lhe: "Nunca deve Você lava o meu pés! "Jesus respondeu-lhe:" Se eu não te lavar, não terás parte comigo ". Simão Pedro disse-lhe:" Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos ea cabeça. ", disse Jesus —lhe: "Aquele que se banhou não necessita de lavar seus pés, mas está completamente limpo; e vós estais limpos, mas não todos vós "(13 6:43-13:10'>João 13:6-10).

Consternado com o pensamento de que o Senhor Jesus, Deus em carne humana, realizando a tarefa de o menor de escravos, lavando seus pés, Pedro protestou. Mas quando Jesus lhe disse que era necessário se fosse para ter qualquer parte com Ele, Pedro, em sua forma tipicamente impetuoso, saltou para o outro extremo. Ele pediu ao Senhor para lavar todo o seu corpo, e não apenas seus pés. Mas Jesus respondeu que aqueles que tinham sido banhado, ou seja, lavados do pecado através da salvação eterna (conforme 1Co 6:11; Ef 5:26; Fm 1:3), só precisa ter seus pés lavados. A limpeza completa da resgatadas a salvação não é nunca ter de ser repetido. Mas eles ainda precisam da limpeza diária da santificação da contaminação do pecado que habita que permanece neles e atrai iniqüidades.

Para tentar Oração enquanto abrigando uma atitude implacável contra outra pessoa é auto-destrutivo. Visto que a Bíblia ordena aos crentes: "Seja gentil com o outro, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou" (Ef 4:32.); para deixar de fazê-lo é um pecado. E já que o salmista escreveu: "Se eu atender (ou seja, olha com favor e se recusam a confessar e abandonar) maldade no meu coração, o Senhor não me ouvirá" (Sl 66:18), orações tal de uma pessoa não será ouvido. A escolha crentes enfrentam é clara: guardar rancor ou ter suas orações ouvidas. Dito de outra forma, não se pode aceitar o perdão completo, da graça de Deus e, em seguida, ser implacável de outra pessoa (conforme Mt 18:1)

Essas orações serão respondidas no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos. Assim, com poderes, os apóstolos proclamou o evangelho, milhares foram salvos, ea igreja nasceu. Se a igreja é ver o poder de Deus desencadeou na vida dos seus membros e em seu ministério corporativo, isso também deve "orar sem cessar" (1Ts 5:17).

55. A confrontação sobre Autoridade (Marcos 11:27-33)

Eles voltaram para Jerusalém. E como Ele estava andando no templo, os sumos sacerdotes e os escribas e os anciãos aproximaram-se dele, e começou a dizer-lhe: "Com que autoridade fazes estas coisas, ou quem te deu tal autoridade para fazer essas coisas?" E Jesus disse-lhes: "Eu vou te fazer uma pergunta, e você me responda, e então eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. O batismo de João era do céu ou dos homens? Responde-me. "Eles começaram a se entre si, dizendo:" Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: "Então por que você não acredita nele?" Mas vamos dizer, 'Dos homens'? "— Eles estavam com medo do povo, para que todos considerados João ter sido um profeta real. Respondendo Jesus, eles disseram: "Nós não sabemos." E Jesus disse-lhes: (11: 27-33) "Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas."

Esta passagem inicia o confronto final entre o Senhor Jesus Cristo e os chefes apóstatas do sistema religioso de Israel. Tudo começou na quarta-feira da Paixão Week e culminou na sua crucificação na sexta-feira. A fase inicial do confronto que vai até o final de Marcos 12.

Como os Evangelhos deixam claro, os líderes judeus odiava Jesus para que Ele disse, tanto contra a sua hipocrisia e suas obras legalista justiça (23 por exemplo, Matt.: 1-36; Marcos 12:1-12). Mas seu desafio registrado nessa passagem não foi provocada por aquilo que Jesus disse, mas pelo Seu comportamento ultrajante. Na terça-feira o Senhor havia assaltado o templo, que, com a sua comercialização crasso pelos sumos sacerdotes Anás e Caifás, simbolizava a religião judaica corrupto. Esse incidente inflamou o confronto de quarta-feira da Semana da Paixão.

Como eles tinham quando Jesus expulsou os corruptores fora dele desde o início de seu ministério (13 43:2-18'>João 2:13-18), os líderes desafiou Sua autoridade para lançar este ataque ao templo. Duas palavras gregas traduzidas como "autoridade" no Novo Testamento revelam o alcance do domínio legítimo do Senhor. Dunamis refere-se ao poder ou capacidade; exousia para a direita ou privilégio. Porque Jesus possui autoridade infinitamente, nunca em seu ministério terreno que Ele pediu todos os seres humanos permissão para promulgar e Sua vontade do Pai.

Jesus afirmou repetidamente sua autoridade absoluta. Em Mt 28:18 Ele declarou: "Toda a autoridade foi-me dada no céu e na terra." No início do Evangelho de Mathew Ele disse: "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai" (Mt 11:27) . Em Jo 3:35 Ele acrescentou: "O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão" (conforme Jo 13:3; Ef. 1: 21-22; Fm 1:2;. Mc 1:22, Mc 1:27), mas também agiu com autoridade divina. Ele reivindicou o direito de perdoar pecados (Mc 2:10), e as implicações não foram perdidos em seus oponentes. Depois que Jesus perdoou o pecado de um homem paralítico a quem Ele havia milagrosamente curado, "Os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo:" Quem é este homem que profere blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? "(Lc 5:21).

Jesus também demonstrou sua completa autoridade sobre as forças do inferno. Em certa ocasião, quando Ele expulsou um demônio de um homem, aqueles que testemunharam o milagre "debatida entre si, dizendo: 'O que é isso? A nova doutrina com autoridade! Ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem "(Mc 1:27).

Outro aspecto do domínio soberano de Cristo é o Seu direito de conceder a salvação eterna. No prólogo do seu Evangelho, o apóstolo João escreveu: "Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" (Jo 1:12). Mais tarde, no Evangelho de João, Jesus declarou: "Tudo o que o Pai me dá virá a mim, e aquele que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" (6:37), e em 7: 37-38 "Jesus levantou-se e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Aquele que crê em mim, como diz a Escritura, "Em Mateus 11:28-30 Ele convidou as pessoas a vir a Ele para a salvação:" "do seu interior correrão rios de água viva." Vinde a mim, todos os que estais cansados ​​e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tome meu jugo sobre vós e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave eo meu fardo é leve. "

A extensão da autoridade do Senhor Jesus é também revelado pelo Pai do concedendo-lhe o direito de ser o juiz final. "Pois nem mesmo o Pai a ninguém julga," Jesus declarou: "mas deu todo o julgamento ao Filho ... e deu-lhe autoridade para julgar, porque Ele é o Filho do Homem" (Jo 5:22, Jo 5:27 ).

Finalmente, Cristo tem plena autoridade sobre a vida ea morte. Em Jo 10:18 Ele disse: "Ninguém tomou [Minha vida] longe de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai ", e em Ap 1:18 Ele acrescentou:" [Estou] aquele que vive; e eu estava morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre, e tenho as chaves da morte e do Hades ".

Embora a autoridade de Jesus é infinita e absoluta, é sempre exercido em perfeito acordo com a vontade do Pai. Que a verdade é uma ênfase particular do evangelho de João.
Portanto, Jesus respondeu, e foi dizendo-lhes: «Em verdade, em verdade eu vos digo, o Filho nada pode fazer de si mesmo, a menos que seja algo que Ele vê o Pai fazer; para o que o Pai faz, essas coisas também o Filho faz da mesma maneira. "(5:19)
Não posso fazer nada por mim mesmo. Como eu ouço, julgo; eo meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. (5:30)
Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. (06:38)
Então Jesus disse: "Quando você levantar o Filho do Homem, então sabereis que eu sou, e que nada faço por mim mesmo, mas falo destas coisas como o Pai me ensinou." (8:28)
Porque eu não falei por mim mesmo, mas o próprio Pai que me enviou tem me dado um mandamento quanto ao que dizer eo que falar. (12:49)
Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo, mas o Pai, que permanece em mim, faz as Suas obras. (14:10)
Jesus falou estas coisas; e, levantando os olhos ao céu, Ele disse: "Pai, é chegada a hora; glorifica o teu Filho, para que o Filho glorifique a ti, até mesmo como lhe deste autoridade sobre toda a carne, que a todos quem você deu, Ele pode dar a vida eterna. "(17: 2)

Que Jesus nunca procurou a permissão das autoridades judaicas para seu ensino e ações de assim tratá-los e as suas posições religiosas com desdém-enfureceu-los. Ele levou a sua trazendo Sua execução nas mãos dos romanos (At 2:23). Seus corações foram endurecidos; eles eram filhos de Satanás (Jo 8:44) e inimigos apóstatas de Deus.

Este confronto entre eles e Jesus, o clímax de três anos de animosidade por parte deles (conforme Mc 2:6-7, Mc 2:16, Mc 2:18, Mc 2:24; 3: 2-6, Mc 3:22; 7: 5-8; 08:11 —12; Mc 10:2 no capítulo 13 deste volume, o templo abrangeu um vasto complexo de pátios e edifícios. Como ele tinha todo o Seu ministério, Jesus, em um método normalmente rabínica de ensino, estava andando entre os milhares de moagem em torno da área do templo (conforme Jo 10:23) "ensinando o povo ... e pregando o evangelho" (Lc 20:1; Lc 8:1; Lc 4:17 Matt; 11:. 1; Marcos 1:38-39; Jo 18:20). O Senhor ocupou o centro do palco no pátio do templo. Foi Sua sala de aula, Seu púlpito; que era o templo de Deus por um dia final, onde a verdade iria dominar no lugar de mentiras.

A mensagem de Cristo, nesta ocasião, era provável um resumo do que Ele tinha ensinado todo o Seu ministério. Ele certamente falou sobre a miséria do pecado, ea loucura de hipócrita, legalista falsa religião que não poderia contê-lo, o desespero de tentar alcançar a justiça por um de seus próprios esforços, e a loucura de orações pretensiosos e atos religiosos superficiais, realizada para ser vistos pelos homens, em vez de Deus (conforme Mt 6:1-5.; 23: 5-7). Seu ensino deve ter incluído os avisos sobre a inevitabilidade do juízo divino e eterno inferno, sobre a necessidade de humildade, a falência de espírito e um coração quebrantado e contrito, a esperança de reconciliação para todas as transgressões, paz e reconciliação com Deus, com base em o amor compassivo de Deus para os pecadores, a promessa de perdão, entrada para o reino da salvação, a vida eterna, e a esperança do céu. Ele provavelmente falou sobre falsa humildade eo perigo de orgulho espiritual, e, certamente, lembrou seus ouvintes sobre o custo de segui-Lo através da auto-negação (Lucas 9:23-24). Seu ensinamento provavelmente também incluiu temas como a perseguição e sofrimento daqueles que identificados com Ele teria de enfrentar, a importância da Palavra de Deus, a honestidade, a verdadeira riqueza, arrependimento, fé, graça e misericórdia. Em suma, o ensinamento do Senhor teria abrangido tudo o que pertence à boa nova da salvação.

Ensino poderosa de Cristo tanto enfurecido e alarmado os príncipes dos sacerdotes (os atuais e antigos sacerdotes e outros sacerdotes de alta patente) e os escribas (principalmente fariseus) . e os anciãosEstes três grupos diferentes são muitas vezes mencionados juntos (conforme Mt 27:41; Mc 15:1; Lc 22:66). Embora em muitas matérias discordavam entre si, eles estavam de pleno acordo que Jesus tinha que ser eliminado.

DesesperAdãoente tentando silenciá-lo antes que desacreditou-los ainda mais aos olhos do povo, eles aproximaram-se dele, e começou a dizer-lhe: "Com que autoridade fazes estas coisas, ou quem te deu tal autoridade para fazer essas coisas?" Esta questão não foi motivada pela curiosidade; que era um ataque (a palavra grega traduzida como "confrontados" em Lc 20:1).Mas "eles não poderiam encontrar qualquer coisa que eles podem fazer, para todas as pessoas foram pendurado em cada palavra que ele disse" (v. 48). Eles estavam furiosos em seu ódio, mas paralisado a qualquer ação contra Jesus porque seu ensino tinha cativado as pessoas.

Ainda assim eles se recusaram a desistir de seu plano para prender o Senhor em desacreditar-se publicamente com a esperança de que poderia levar a armadilha apoio para a sua intenção homicida. Sabendo-se que, no passado, ele havia afirmado que a sua autoridade tinha vindo diretamente de Deus, eles assumiram que Ele faria isso novamente. Eles, então, o acusam de blasfêmia e pedir a sua execução. Na realidade, porém, eles foram os blasfemos (Lc 22:65).

O Counter

E Jesus disse-lhes: "Eu vou te fazer uma pergunta, e você me responda, e então eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. O batismo de João era do céu ou dos homens?Responde-me. "Eles começaram a se entre si, dizendo:" Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: "Então por que você não acredita nele?" Mas vamos dizer, 'Dos homens'? "— Eles estavam com medo do povo, para que todos considerados João ter sido um profeta real. Respondendo Jesus, eles disseram: "Nós não sabemos." (11: 29-33a)

Resposta devastadora do Senhor evitou sua tentativa desajeitada prendê-lo e, por sua vez preso los em um dilema inevitável. Ele prefaciou-lo, dizendo -lhes: "Eu vou te fazer uma pergunta, e você me responda, e então eu vos direi com que autoridade faço estas coisas." Ao responder a uma pergunta com outra pergunta, Jesus estava sendo nem grosseiro nem evasiva. Para interagir desta forma foi aceito prática rabínica, projetado para forçar o questionador para analisar a questão a um nível mais profundo. Neste caso, counterquestion do Senhor desmascarou a hipocrisia. Como mencionado acima, eles já sabiam que Ele alegou que sua autoridade vem de Deus. Eles não estavam buscando conhecimento, mas sim tentando levá-lo a repetir essa afirmação publicamente, para que pudessem acusá-lo de blasfêmia.

Counterquestion do Senhor, "O batismo de João era do céu ou dos homens? Responda-me, " colocar os chefes religiosos diretamente entre a cruz ea espada. João Batista foi o precursor extremamente popular do Messias, o maior profeta que já viveu até sua época. Ele foi escolhido por Deus e ministrou no deserto, pregando o arrependimento, em preparação para o Messias. A frase batismo de Joãoestende para abranger todo o seu ministério; sua pregação, seu ensinamento, sua vocação das pessoas à preparação e ao arrependimento, e mais importante, a sua declaração de que Jesus era o Messias. Cristo desafiou-os a declarar se eles acreditavam que o ministério de João era de origem divina ou humana.

Esse desafio virou o jogo sobre os atacantes do Senhor e colocá-los em um dilema impossível. Eles retiraram temporariamente e começou a raciocinar (dialogando, debatendo) entre si, procurando inutilmente uma saída para o seu dilema. Por um lado, se disse "Do céu," eles não teriam resposta para inevitável pergunta de seguimento de Cristo, "Então por que você não acredita nele?" Nem eram confortáveis ​​colocando seu selo oficial de aprovação em alguém a quem eles não acreditava era um verdadeiro profeta (Lucas 7:28-30), e que tinha denunciado publicamente:

Mas quando [João] viu muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao batismo, disse-lhes: "Raça de víboras, quem vos ensina a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não acho que você pode dizer a si mesmos: 'Temos por pai a Abraão'; pois eu vos digo que até destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. O machado já está posto à raiz das árvores; portanto toda árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada ao fogo "(Mateus 3:7-10.).

Mas, por outro lado, eles não se atreveu a resposta, "Dos homens," porque eles estavam com medo do povo, para que todos considerados João ter sido um profeta real. Negar a visão popular de que João era um verdadeiro profeta teria grave possivelmente, inclusive, fatais-conseqüências. Lucas registra que eles disseram uns aos outros: "Mas, se dissermos: Dos homens, todo o povo nos apedrejará à morte, pois eles estão convencidos de que João era um profeta" (Lc 20:6), o Senhor tinha fornecido a prova cabal de que Ele era o Messias. Nenhuma informação adicional seria concedido. Eles haviam rejeitado a luz, ea luz tinha saído (conforme Jo 12:35). Jesus não iria lançar pérolas aos porcos (Mt 7:6).

Há um limite para a paciência de Deus, como observei em um volume anterior desta série:

Aqueles que dura o coração rejeitar a luz acabará por ser abandonada à escuridão judicial. Deus disse do mundo pré-diluviano, "Meu Espírito não se para sempre no homem, porque ele também é carne; no entanto, os seus dias serão 120 anos "(Gn 6:3). Isaías acrescenta: "Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo; Ele, portanto, entregou-se a tornar-se seu inimigo, ele lutou contra eles "(Is 63:10). Por meio do profeta Jeremias, Deus lembrou rebelde Israel: "Eu solenemente advertiu seus pais no dia em que os fiz subir da terra do Egito, até hoje, alertando persistentemente, dizendo: 'Ouça a minha voz." ... Portanto assim diz o Senhor: 'Eis que eu estou trazendo desastre sobre eles que eles não serão capazes de escapar; embora eles vão chorar a mim, mas eu não vou ouvi-los '"(Jr 11:7). Lc 19:41 diz que "quando [Jesus] se aproximou de Jerusalém, Ele viu a cidade, chorou sobre ela, dizendo:" Se você tivesse conhecido neste dia, mesmo que você, as coisas que servem para a paz! Mas agora eles têm sido escondido de seus olhos. "" 
     O misericordioso, poupando mensagem do evangelho seria ainda ser estendido para as pessoas, e milhares seriam salvos no Dia de Pentecostes e além. Mas, para os líderes de coração duro, a porta da oportunidade estava fechada. ( Lucas 18:24, A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, de 2014], 117-18)

A autoridade única que Jesus possuía a dizer e fazer o que Ele queria foi, surpreendentemente, delegada aos apóstolos. Em Lc 9:1). Apesar de Tito não era um apóstolo, ele ainda foi ordenado a proclamar a sã doutrina com autoridade. Os crentes também podem confiantemente proclamar a verdade revelada de Deus com autoridade.

A realidade mais importante nesta perdido, caído, mundo pecaminoso é a verdade divina. A única maneira que as pessoas podem ouvir é através de crentes, que são os instrumentos de que Deus depositados Seu Espírito e para quem confiou a Sua Palavra. "Como pois invocarão aquele em quem não creram?" Paulo perguntou em Rm 10:14, "E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como poderão ouvir sem pregador? "

Jesus também prometeu autoridade eterna àqueles em seu futuro, glorioso reino: "O que vencer, e ao que guardar as minhas obras até o fim, eu lhe darei autoridade sobre as nações" (Ap 2:26). A gloriosa realidade é que o Pai tem toda a autoridade, Ele dá-lo para o Filho, e do Filho vai delegá-la a crentes no futuro.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Marcos Capítulo 11 do versículo 1 até o 33

Marcos 11

A vinda do Rei — Mar. 11:1-6 Aquele que vem — Mar. 11:7-10 Mc 11:11 A figueira sem frutos — Mar. 11:12-14, 20-21 A ira de Jesus — Mar. 11:15-19 As leis da oração — Mar. 11:22-26

Uma pergunta ardilosa e uma resposta aguda — Mar. 11:27-33

A VINDA DO REI

Marcos 11:1-6

Aqui chegamos à última etapa da viagem. Houve um período de retirada, na zona da Cesaréia de Filipe, ao Norte. Houve um período de atividade na Galiléia. Houve o período da estadia na zona montanhosa da Judéia e nas terras mais além do Jordão. Seguimos a Jesus no caminho que atravessa Jericó, e agora chegamos a Jerusalém. Aqui devemos tomar nota de algo sem o qual esta história resulta virtualmente incompreensível. Quando lemos os primeiros três Evangelhos recebemos a impressão de que esta é a primeira visita de Jesus adulto a Jerusalém. Estes Evangelhos se ocupam principalmente de nos contar a obra de Jesus na Galiléia. Devemos recordar que os Evangelhos são muito breves. Dentro dos estreitos limite que seus autores se fixaram, devem amontoar episódios que acontecessem durante três anos intensos. Esta circunstância os obrigou a escolher aquelas coisas que lhes pareceram mais importantes ou aquelas que conheciam de maneira mais íntima. Mas quando lemos o Quarto Evangelho a história que encontremos ali é bem distinta. Em João Jesus visita Jerusalém com relativa freqüência (Jo 2:13, Jo 5:1, Jo 7:10). Encontramos que Jesus tinha o costume de ir a Jerusalém para assistir a todas as grandes festividades da religião judia.

A informação que nos transmite o Quarto Evangelho não é contraditória. Os primeiros três Evangelhos estão principalmente interessados no ministério de Jesus na Galiléia, e o quarto se concentra no ministério de Jesus na Judéia. Por outro lado, é certo que até nos primeiros três Evangelhos encontramos indícios das freqüentes visitas do Jesus a Jerusalém. Por exemplo, a amizade íntima que unia fortemente ao Jesus com Marta, Maria e Lázaro, em Betânia, uma relação que só pode ter-se cultivado ao longo de várias visitas. Há o fato de que José da Arimatéia fora um discípulo secreto de Jesus. Em Mt 23:37, quando o Mestre sustenta que muito freqüentemente procurou reunir o povo de Jerusalém em um rebanho, tal como a galinha reúne seus pintinhos debaixo de suas asas, mas eles não quiseram. Jesus não teria dito isto a menos que previamente em seu ministério tenha havido várias ocasiões nas quais dirigiu seu chamado aos habitantes de Jerusalém, sem obter deles a resposta que esperava.

Este dado nos serve para explicar a forma em que Jesus obtém o jumentinho sobre o qual faz sua entrada na cidade. Jesus não deixou as coisas para o último momento. Sabia perfeitamente o que ia fazer. Muito tempo antes tinha estabelecido com seu amigo em Jerusalém como pensava entrar na cidade. Quando enviou seus discípulos a este seu amigo, deu-lhes uma contra-senha previamente estabelecida, que o amigo de Jesus compreenderia: "O precisa senhor dele agora". Não foi uma decisão repentina de Jesus e sim algo que tinha estado construindo durante toda a sua vida.
Betfagé e Betânia eram vilarejos próximos a Jerusalém. É muito provável que Betfagé signifique "a casa dos figos", e Betânia significa "a casa das tâmaras". Devem ter estado muito perto da capital, porque a Lei judaica estabelecia a distância de Jerusalém a Betfagé como o limite do que estava permitido viajar de dia sábado, quer dizer, algo menos que uma milha. Betânia, por outro lado, era o lugar onde os peregrinos estavam acostumados a alojar-se quando Jerusalém estava cheia de visitantes.

Os profetas de Israel sempre tiveram maneiras bem concretas de transmitir sua mensagem. Quando as palavras não bastavam para motivar a seus ouvintes, faziam um pouco de caráter dramático, como se quisessem dizer, "possivelmente não queiram ouvir, mas estão obrigados a ver..." (veja-se especialmente I Reis 11:30-32). Estas ações dramáticas poderiam chamar-se advertências atuadas ou sermões teatrais. Isto era o que Jesus faz agora. A ação de Jesus era um meio dramático, de reclamar para si o reconhecimento de seu caráter de Messias. Mas devemos notar cuidadosamente o que era, com exatidão, o que Jesus estava fazendo. Havia um ensino do profeta Zacarias (Zc 9:9) que dizia: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu

Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta”. O impacto desta profecia era que o Rei vinha em som de paz. Na Palestina o jumento não era um animal de carga desprezível. O jumento era considerado um animal nobre. Quando o rei ia à guerra montava sobre um cavalo, mas quando voltava em paz cavalgava sobre um jumento. Em nossos dias o jumento é um animal que motiva brincadeiras, mas na época do Jesus era um animal que usavam os reis. Mas devemos notar qual tipo de rei Jesus pretendia ser. Veio como um rei humilde e não violento. Os habitantes de Jerusalém o saudaram chamando-o "filho de Davi", mas esse título precisamente nos indica que não entenderam o caráter de Jesus.

Houve uns poemas intitulados Os Salmos de Salomão, que se escreveram perto da época em que Jesus viveu. Neles se descreve o tipo de "filho de Davi" que o povo judeu esperava:

"Olhe, Senhor, e levante seu Rei, o Filho de Davi,

No momento quando vir que ele possa reinar sobre Israel, seu servo.

Arma-o com seu poder para que possa destruir os governantes injustos.

E para que possa purgar a Jerusalém das nações que a pisoteiam até destruí-la.

Com sabedoria e justiça expulsará os pecadores da herdade,
E destruirá o orgulho dos ímpios como um barro de oleiro.
Com uma vara de ferro quebrará em pedaços sua substância.
Destruirá às nações que não têm Deus com a palavra de sua boca.

Ao escutar sua palavra de julgamento as nações fugirão de diante dele,

E reprovará os pecadores dos pensamentos de seu coração.

Todas as nações o temerão

Porque assolará a terra com a palavra de sua boca, pelos séculos dos séculos".

(Salmos de Salomão, Sl 17:21-25

O jumentinho que lhe trouxeram nunca tinha sido montado. Isso era adequado, porque um animal que devia ser empregado para um propósito sagrado não devia ter sido usado nunca para outro propósito. Assim acontecia com a novilha vermelha cujas cinzas limpavam da corrupção (Nu 19:2; Dt 21:3).

Todo o quadro é o de um povo que não entendia do que se tratava. Mostra uma multidão de pessoas que falam sobre um reino nos termos de conquista em que tinham pensado durante tanto tempo. O quadro mesmo é estranhamente remanescente da entrada do Simão Macabeu em Jerusalém cento e cinqüenta anos antes, depois de haver derrotado os inimigos de Israel. “E entrou nela no dia vinte e três do segundo mês, no ano cento e setenta e um, com cânticos e palmas, harpas, címbalos, liras, hinos e louvores, porque um grande inimigo de Israel tinha sido aniquilado” (1 Macabeus 13:51). Tratavam de dar a Jesus as boas-vindas de um conquistador, mas não sonhavam com o tipo de conquistador que Ele queria ser.

Os mesmos gritos com que a multidão o aclamava mostram qual era a direção de seus pensamentos. Quando estendiam suas roupas no chão diante de Jesus, faziam exatamente o que fez a multidão quando o sanguinário Jeú foi ungido rei (2Rs 9:13). Gritavam: "Bendito o que vem em nome do Senhor!" Esta é uma citação do Sl 118:26, e realmente deveria ler-se um pouco diferente: "Bendito em nome do Senhor é o que vem".

Sobre este grito devem notar-se três coisas.

  1. Era a saudação comum com que eram recebidos os peregrinos ao chegar ao templo por ocasião das grandes festas.
  2. "Aquele que vem" era outro nome do Messias. Quando os judeus falavam do Messias se referiam a ele como Aquele que há de vir.
  3. Mas o que faz tão sugestivas estas palavras é a origem do salmo do qual procedem. Em 167 A.C. tinha surgido na Síria um rei extraordinário chamado Antíoco. Antíoco concebia seu dever como o de um missionário do helenismo, e introduzir os costumes gregos, o pensamento grego e a religião grega onde quer que pudesse fazê-lo, até pela força se fosse necessário. Tentou fazê-lo na Palestina. Durante um tempo dominou o país. Nessa época, possuir um exemplar da Lei ou circuncidar a um menino era um delito punível com a morte.

Profanou os pátios do templo. Chegou a instituir o culto de Zeus onde se adorava a Jeová. Como uma ofensa deliberada, ofereceu o sacrifício de carne de porco no grande altar dos holocaustos. Converteu em prostíbulos as câmaras que rodeavam o pátio do templo. Fez tudo o que pôde para eliminar a religião judaica. Foi então quando se levantou Judas Macabeu, e depois de uma assombrosa carreira de vitórias expulsou a Antíoco em 163 A.C. e voltou a purificar e reconsagrar o templo, acontecimento que ainda é comemorado com a festa da Purificação ou Hanukah. E com toda probabilidade o Salmo 118 foi escrito e composto para comemorar esse grande dia de purificação e a batalha ganha pelo Judas Macabeu. Mais uma vez, é o salmo de um vencedor.

Em todo este incidente vemos repeti-lo mesmo uma e outra vez. Jesus se tinha proclamado o Messias, mas o tinha feito de modo a mostrar que as idéias populares sobre o Messias eram errôneas e estavam mal orientadas. Mas o povo não o via assim. As suas boas-vindas eram as boas-vindas que convinham, não ao Rei do amor, e sim ao conquistador que teria que esmagar os inimigos de Israel.

Nos versículos 9:10 aparece a palavra hosana. Esta palavra em geral foi mal entendida. É citada e emprega como se significasse louvor. Mas é simplesmente uma transliteração do hebraico Salve agora! Ocorre exatamente na mesma forma em 2Sm 14:4 e 2Rs 6:26, onde é usada pelas pessoas que procuram ajuda e amparo às mãos do rei. Quando o povo gritava Hosana não era no mais mínimo um grito de louvor a Jesus, como freqüentemente soa quando o repetimos. Era um clamor para que Deus irrompesse e salvasse a seu povo agora que o Messias tinha vindo.

Não há incidente que mostre como este o valor pessoal de Jesus. Nas circunstâncias reinantes, poderia-se ter esperado que Jesus entrasse em Jerusalém em segredo e se mantivera oculto das autoridades que queriam destruí-lo. Em troca entrou em forma tal que a atenção de todos se enfocou sobre Ele. Uma das coisas mais perigosas que alguém pode fazer é ir ao povo e dizer-lhe que todas as suas idéias e noções aceitas são errôneas. Qualquer pessoa que procure arrancar de raiz os sonhos nacionalistas de um povo, está buscando dificuldades. Mas era o que Jesus estava fazendo deliberadamente. Vemo-lo aqui fazendo o último apelo de amor e fazendo-o com um valor heróico.

A CALMA ANTES DA TORMENTA

Mc 11:11). "Produzam, pois, frutos dignos de arrependimento" (Lc 3:8). Não é o que piedosamente diz "Senhor, Senhor" que entrará no Reino, mas o que faz a vontade de Deus (Mt 7:21). A menos que a religião faça de alguém um homem melhor e mais útil, a menos que faça seu lar mais feliz, a menos que faça melhor e mais fácil a vida para aqueles com quem está em contato, não se pode chamar religião. Ninguém pode pretender ser um seguidor de Jesus Cristo e permanecer inteiramente diferente do Mestre a quem pretende amar.

Se este incidente tiver que ser tomado literalmente e é uma parábola em ação, este deve ser o significado. Mas, por importantes que estas lições possam ser para a vida, parece ser muito difícil extraí-las do incidente, devido a que era totalmente irrazoável esperar que a figueira tivesse figos quando faltavam seis semanas para o tempo dos figos.

O que temos a dizer, então? Lucas não relata este incidente, mas tem a parábola da figueira que não dá fruto (Lucas 12:6-9). Agora, a parábola termina sem uma definição. O dono da vinha quis arrancar a figueira. O jardineiro rogou que lhe desse outra oportunidade. Foi-lhe dada a última oportunidade e se fez um acordo que se desse fruto seria deixada, e senão, seria destruída. Não pode ser que este incidente seja uma espécie de continuação dessa parábola? O povo de Israel tinha tido sua oportunidade, e não tinha dado fruto. Tinha chegado, pois, o momento de sua destruição.

Sugeriu-se — e é muito possível — que no caminho de Betânia Jerusalém havia uma solitária figueira seca, uma dessas árvores esqueléticas que às vezes aparecem nítidas em uma paisagem. Bem pode ser que Jesus dissesse a seus discípulos: "Recordam a parábola que lhes disse a respeito da figueira sem fruto? Israel ainda não dá frutos e se secará como esta figueira." Bem pode ser que essa árvore solitária ficasse associada no relato e nas mentes dos homens com um dito de Jesus sobre a sorte de quem não dá fruto, e assim pode ter surgido a história.

O leitor pode tomá-la como quiser. Para nós há dificuldades insuperáveis para interpretá-la literalmente. Parece-nos conectada de algum modo com a Parábola da Figueira Estéril. Em todo caso, toda a lição do incidente é que a inutilidade é um convite ao desastre.

A IRA DE JESUS

Marcos 11:15-19

Visualizaremos melhor este incidente se tivermos em mente a disposição dos distintos recintos do templo. Há no Novo Testamento duas palavras estreitamente relacionadas. A primeira é hieron, que significa o lugar sagrado. Isto incluía toda a área do templo, que cobria a cúpula do Monte Sião e tinha uns quinze hectares de extensão. Estava rodeado por grandes muralhas que variavam, de um lado a outro entre trezentos e quatrocentos metros de comprimento. Havia um amplo espaço exterior chamado Pátio dos gentios. Nele podia entrar qualquer pessoa, judeu ou gentio. No extremo interior do Pátio dos Gentios havia uma parede baixa na qual se colocou placas nas que dizia que se um gentio transpassava esse ponto a pena era a morte. Um gentio não podia ir mais à frente do Pátio dos gentios. O seguinte pátio era o Pátio das mulheres. Era chamado assim porque as mulheres não podiam passar dali, a não ser que tivessem ido realmente a oferecer um sacrifício. Logo vinha o pátio chamado Dos israelitas. Aqui era onde se reunia a congregação nas grandes ocasiões, e era dali que os adoradores entregavam as ofertas aos sacerdotes. O pátio mais interior era o chamado Pátio dos sacerdotes.

A outra palavra importante é naos, que significa o templo propriamente dito, que se levantava no pátio dos sacerdotes. Toda a área, incluindo os diferentes pátios, eram os recintos sagrados (hieron). O edifício especial levantado no pátio dos sacerdotes era o templo (naos).

Este incidente teve lugar no pátio dos gentios. Pouco a pouco este pátio se secularizou totalmente. Estava destinado a ser um lugar de oração e preparação, mas nos dias de Jesus reinava nele uma atmosfera comercializada de compra e venda que fazia completamente impossível a oração, a devoção e a meditação. O pior era que os negócios que ali se faziam consistiam na exploração desconsiderada dos peregrinos. Todo judeu tinha que pagar ao templo anualmente um imposto do meio siclo. Esse imposto devia ser abonado em uma determinada moeda. Para os fins comuns eram igualmente válidas as moedas gregas, romanas, sírias, egípcias, fenícias ou tírias. Mas o imposto do templo devia abonar-se em siclos do santuário. Pagava-se na época de Páscoa.
Chegavam judeus de todas partes do mundo e com toda classe de moedas. Quando iam a trocar seu dinheiro, tinham que pagar uma quantia, e se sua moeda excedia o imposto, tinham que pagar outra quantia antes de obter o cambio. A maioria dos peregrinos tinham que pagar essas quantias extra antes de poder pagar o imposto em si. Devemos ter em mente que se tratava de uma soma importante para eles, pois equivalia a meio dia de trabalho.

Quanto aos vendedores de pombas, estas intervinham no sistema sacrificial (Lv 12:8; Lv 14:22; Lv 15:14). Uma vítima sacrificial tinha que ser irrepreensível. Podia-se comprar pombas baratas fora, mas certamente os inspetores do templo achariam nelas algum defeito e aconselhariam os fiéis a comprarem no pátio dos gentios. Naturalmente ali lhes custariam quase o dobro a mais. Tratava-se de uma flagrante imposição, e o que piorava as coisas era que este negocio de comprar e vender pertencia à família de Anás, que tinha sido sumo sacerdote. Todos os judeus estavam a par deste abuso.

O Talmud diz que o rabino Simão Ben Gamaliel, ao ouvir que um par de pombas custava no templo uma moeda de ouro, insistiu em que se reduzisse o preço a uma moeda de prata. O que provocou a ira de Jesus foi o fato de que os pobres peregrinos foram depenados, explorados e oprimidos.

Lagrange, o grande erudito, que conhecia tão bem o Oriente, diz— nos, que precisamente a mesma situação se produz hoje em dia na Meca. O peregrino que busca a presença divina, encontra-se em meio de uma gritaria, onde o único propósito dos vendedores é atirar o preço o mais alto possível enquanto os peregrinos discutem e regateiam com não menos ferocidade. Jesus usou uma vívida metáfora para descrever o pátio do templo. O caminho de Jerusalém ao Jericó era notório por seus assaltantes. Era um caminho estreito e sinuoso que passava entre desfiladeiros de pedra. Nessas rochas estavam as covas em que os bandidos permaneciam em espreita, e Jesus disse: "Nos pátios do templo há ladrões piores que nas covas do caminho de Jericó."
O versículo 16 contém a estranha declaração de que Jesus não permitia que ninguém levasse utensílio algum pelo pátio do templo. De fato o pátio constituía um atalho para cortar caminho entre a parte Leste da cidade e o Monte das Oliveiras. A própria Mishna estabelece que "ninguém pode entrar no monte do templo com seu cajado ou suas sandálias ou sua bolsa, ou com pó sobre os pés, nem pode aproveitá-lo para cortar caminho." Ao fazer isto, Jesus estava lembrando aos judeus suas próprias leis. Em seu tempo os judeus tinham em tão pouco a santidade do pátio exterior do templo que o usavam como um lugar de passagem em seus recados de negócios. Jesus dirigiu a atenção dos judeus para suas próprias leis, e lhes citou seus próprios profetas, pois sua condenação consiste em duas citações do Antigo Testamento, uma de Is 56:7 e outra de Jr 7:11.

O que foi, pois, o que moveu Jesus à ira?

  1. Irou-se pela exploração dos peregrinos. As autoridades do templo os tratavam não como adoradores, nem mesmo como seres humanos, mas sim como coisas que podiam explorar para seus próprios fins. A exploração do homem sempre provoca a ira de Deus, e duplamente quando a realiza sob o disfarce da religião.
  2. Irou-se pela profanação do lugar santo de Deus. O homem tinha perdido o senso da presença de Deus em sua casa. Estavam comercializando as coisas santas, e portanto violando a casa de Deus.
  3. É possível que Jesus tivesse uma irritação ainda mais profunda? Citou Is 56:7: "Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos." Mas na própria casa havia uma muralha, e passar além dela para um gentio significava a morte. Bem pode ser que Jesus fosse levado à ira pelo exclusivismo e a separação do culto judeu, e queria lhes recordar quanto amava Deus, não aos judeus, e sim ao mundo.

AS LEIS DA ORAÇÃO

Marcos 11:22-26

Esta passagem nos dá, pois, três regras para a oração.

  1. A oração deve ser oração de fé. A frase sobre mover montanhas era uma expressão judia muito comum. Era uma maneira de referir-se vividamente à remoção de dificuldades. Aplicava-se especialmente aos mestres sábios. Um bom professor, que podia remover as dificuldades que seus alunos encontravam, era chamado um removedor de montanhas. Alguém que ouviu um rabino famoso ensinar disse que "viu o Resh Laquish como se estivesse arrancando montanhas".

Assim, pois, a frase significa que se tivermos verdadeira fé, a oração é um poder que pode resolver qualquer problema e nos fazer capazes de enfrentar qualquer dificuldade. Isto parece muito simples, mas implica duas coisas. Primeiro, que devemos estar dispostos a levar a Deus nossos problemas e dificuldades. Isto em si é uma prova muito real. Às vezes nossos problemas são que queremos obter algo que não deveríamos desejar, que queremos obter algo que é em realidade um pouco proibido, que queremos achar a maneira de fazer algo que nem deveriamos pensar em fazer, que queremos nos justificar por fazer ou ter feito algo no qual nunca deveriamos ter posto as mãos nem aplicado a mente. Uma das maiores provas de qualquer problema consiste simplesmente em nos perguntar: "Posso levar isto a Deus e lhe pedir sua ajuda?" Segundo, implica que devemos estar dispostos a aceitar a direção de Deus quando Ele nos concede. O mais comum é que alguém peça conselho quando tudo o que realmente quer é a aprovação de alguma ação que já está decidido a realizar. É inútil ir a Deus e pedir sua direção a não ser que também estejamos dispostos a ser bastante humildes e obedientes para aceitá-la. Mas se levarmos nossos problemas a Deus e somos suficientemente valentes para aceitar sua direção, receberemos o poder que pode vencer as dificuldades de pensamento e ação.

  1. A oração deve ser oração de espera. É uma realidade universal que algo que se faz ou se tenta com espírito de esperança e confiada espera tem mais do dobro de possibilidades de êxito. O paciente que vai a um médico e não tem confiança nos remédios que lhe receita tem muito menos possibilidades de curar que o que vai confiando em que o médico pode curá-lo. Nossa oração não deve ser uma mera formalidade. Nunca deve ser um ritual sem esperança. Para muitas pessoas a oração é ou um ritual piedoso ou uma esperança perdida, quando deveria ser uma ardente espera. Talvez a dificuldade esteja em que queremos que Deus nos dê nossa resposta, e quando não a recebemos não reconhecemos a resposta de Deus, que sempre chega.
  2. A oração deve ser uma oração de caridade. A oração de uma pessoa amargurada não pode penetrar a muralha de sua própria amargura. Por que? Se tivermos que falar com Deus, deve haver algum vínculo entre nós e Deus. Nunca pode haver intimidade entre duas pessoas que não têm nada em comum. O princípio de Deus é o amor, porque Deus é amor. E se o princípio dirigente do coração do homem é a aversão e o espírito rancoroso, erigiu uma barreira entre ele e Deus. Para que a oração do tal seja respondida, primeiro tem que orar para que Deus limpe seu coração do espírito de rancor e ponha em seu coração o espírito de amor. Então poderá falar com Deus e Deus poderá falar com ele.

UMA PERGUNTA ARDILOSA E UMA RESPOSTA AGUDA

Marcos 11:27-33

Nos recintos sagrados havia dois claustros famosos, um neste lado e outro no lado Sul do Pátio dos gentios. O claustro do Este recebia o nome de Pórtico do Salomão. Era uma magnífica arcada constituída por fortes colunas de uns doze metros de altura. O claustro do Sul era ainda mais esplêndido. Chamavam-no o Pórtico Real. Estava formado por quatro filas de colunas de mármore branco, de dois metros de diâmetro por dez de altura cada uma, em número de cento e sessenta e dois. Era comum que rabinos e mestres passeassem entre estas colunas ensinando. A maior parte das grandes cidades da antiguidade tinham estas arcadas e colunatas. Protegiam do Sol, do vento e da chuva, e, em realidade, nesses lugares era onde se realizava a maior parte do ensino religioso e filosófico. Uma das escolas mais famosas do pensamento antigo foi a dos estóicos. Receberam seu nome do fato de que Zeno, seu fundador, ensinava enquanto caminhava pela Stoa Poikitie, o Pórtico Pintado, em Atenas. A palavra stoa significa pórtico ou arcada e os estóicos eram a escola do pórtico. Nessas arcadas do templo era onde Jesus ensinava enquanto caminhava.

Aproximou-se dele uma delegação dos principais sacerdotes, os doutores da Lei, quer dizer, os escribas e os rabinos, e os anciãos. Em realidade se tratava de uma delegação do Sinédrio, que estava composto por isso grupos. Fizeram-lhe uma pergunta muito natural. Era algo assombroso que um simples indivíduo particular, por si só, varresse o pátio dos gentis de seus comerciantes acostumados e oficiais. De modo que lhe perguntaram: "Com que autoridade procedes desta maneira?" Esperavam pôr Jesus em um dilema. Se dissesse que atuava por sua própria autoridade poderiam prendê-lo como um megalômano antes de que fizesse mais dano. E se dissesse que o fazia pela autoridade de Deus, poderiam prendê-lo sob a acusação de blasfêmia, porque era óbvio que

Deus nunca daria autoridade a ninguém para criar uma perturbação nos pátios de sua própria casa.

Jesus viu claramente o dilema em que queriam envolvê-lo, e sua resposta foi pô-los em um dilema pior ainda. Sua pergunta foi: "A obra do João Batista, em sua opinião, foi humana ou divina?" Isto os colocou nos ganchos de um dilema insolúvel. Se dissessem que era divina, sabiam que Jesus lhes perguntaria por que tinham estado contra ele. Pior ainda: se dissesse que era divina, Jesus poderia lhes replicar que em realidade João tinha dirigido a todos os homens a Ele, e que portanto Ele tinha o testemunho divino e não necessitava outra autoridade. Se aqueles membros do Sinédrio concordassem em que a obra de João era divina, poderiam ver-se compelidos a aceitar a Jesus como o Messias.
Por outro lado, se dissessem que a obra do João era puramente humana, agora que João tinha, além disso, a distinção de ter morrido como mártir, sabiam bem que o povo que ouvia provocaria uma revolta. De modo que se viram obrigados a dizer fracamente que não sabiam, e Jesus evitou a necessidade de dar resposta à pergunta deles.
Todo este relato é um exemplo vívido do que acontece aos homens que não querem enfrentar a verdade. Para evitar enfrentar a verdade têm que torcer-se e retorcer-se e no final se colocam em uma posição em que ficam envoltos tão desesperadamente que não têm nada que dizer.

O homem que enfrenta a verdade pode ser que tenha a humilhação de reconhecer que estava equivocado, ou o perigo de ter que tomar partido pela verdade, mas ao menos para ele o futuro é forte e brilhante. O homem que não enfrenta a verdade não tem outra perspectiva que a de um envolvimento cada vez mais profundo em uma situação que o faz incapaz e ineficaz.


Notas de Estudos jw.org

Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Marcos Capítulo 11 versículo 12
No dia seguinte: Ou seja, 10 de nisã. — Veja os Apêndices A7-G e B12-A.


Dicionário

Betânia

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Betânia Povoado situado a três km de Jerusalém. Maria, Marta e Lázaro moravam lá (Jo 11:18). Ali se deu a ascensão de Jesus (Lc 24:50).

Betânia Literalmente, casa dos pobres. 1. Aldeia situada a pouco mais de 2:5 km de Jerusalém, a leste do Monte das Oliveiras. Segundo Jo 11:1-11, nela habitava Lázaro com suas irmãs Marta e Maria. 2. Lugar não-identificado à margem leste do Jordão, onde João Batista batizava (Jo 1:28; 10,40).

E. Hoade, o. c.; f. Díez, o. c.


A casa das tâmaras. É muito interessante o caso de esta povoação, tão relacionada com a vida do nosso Salvador, ter atualmente o nome de el-Azeriete, a ‘vila de Lázaro’. Está situada na encosta, a sudeste do monte das oliveiras, 670 metros acima do nível do mar, distante 1600 metros do cume, e 3 km de Jerusalém, perto da estrada de Jericó (Jo 11:18Mc 10:46). Foi a povoação onde Jesus recebeu hospitalidade da família de Lázaro, e onde se deu a ressurreição deste seu amigo (Jo 11:1-46 e 12,1) – foi a residência de Simão, o leproso (Mt 26:6) – e dali partiu Jesus para Jerusalém, no dia em que foi recebido nesta cidade de uma maneira triunfal (Mc 11:1). igualmente em Betânia Jesus descansou de noite, na semana anterior à Sua crucificação, e ai se realizou a Sua ascensão (Mt 21:17 e Lc 24:50).

Betänia

casa do pobre

Dia

o ‘calor do dia’ (Mt 20:12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3:8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2:19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7:19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14:24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11:11Jo 20:19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13:35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13:35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18:28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11:9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6:10, At 2:15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12:40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7:5), e dia de ruína (18:20, e os 1:11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)

Dia O oposto à noite, à qual segue (Lc 21:37; Jo 9:4). Também espaço temporal de 24 horas. Os romanos contavam o dia de meia-noite a meia-noite — prática que perdura entre nós —, enquanto os judeus contemporâneos de Jesus iniciavam o dia com o surgimento da lua, concluindo-o no dia seguinte pela tarde. Para designar um dia completo, costumava-se empregar a expressão “noite e dia” (Mc 4:27; 5,5; Lc 2:37).

Entre os índios e em geral no Oriente, a palavra que trasladamos por dia tem uma significação primitiva, que corresponde exatamente ao termo caldeu sare, revolução.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O Velho Testamento

[...] todo dia é também oportunidade de recomeçar, reaprender, instruir ou reerguer.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

Cada dia é oportunidade de ascensão ao melhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 58

[...] cada dia é um ramo de bênçãos que o Senhor nos concede para nosso aperfeiçoamento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No livro da existência, cada dia é uma página em branco que confiarás ao tempo, gravada com teus atos, palavras e pensamentos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é nova oportunidade de orar, de servir e semear. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é desafio sereno da Natureza, constrangendo-nos docemente à procura de amor e sabedoria, paz e elevação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é a oportunidade desvendada à vitória pessoal, em cuja preparação falamos seguidamente de nós, perdendo-lhe o valor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é um país de vinte e quatro províncias. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é oportunidade de realizar o melhor. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltará.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Diante do tempo

O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

[...] Cada dia é uma página que preencherás com as próprias mãos, no aprendizado imprescindível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 31

[...] O dia constitui o ensejo de concretizar as intenções que a matinal vigília nos sugere e que à noite balanceamos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6


Dia
1) Período de 24 horas (Rm 8:36;
v. HORAS).


2) Tempo em que a terra está clara (Rm 13:12).


3) O tempo de vida (Ex 20:12).


4) Tempos (Fp 5:16, plural).


substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

Fome

substantivo feminino Necessidade de comer, causada pelas contrações do estômago vazio: tenho fome.
Falta de meios para se alimentar; subnutrição: a fome ainda atinge grande parte da população mundial.
Falta completa de; escassez, miséria, penúria: levava uma vida de fome.
Figurado Desejo ardente; ambição, avidez: a fome do dinheiro.
expressão Fome canina. Apetite devorador, voraz.
Enganar a fome. Comer alguma coisa para diminuir ou enganar a sensação de estar com fome.
Morrer à fome. Não possuir o necessário para sobrevivência.
Etimologia (origem da palavra fome). Do latim fames, is.

As fomes mencionadas nas Escrituras, e que por vezes afligiram a Palestina, eram devidas à falta daquelas abundantes chuvas, que caem em novembro e dezembro. Mas no Egito as fomes eram produzidas pela insuficiência da subida do rio Nilo. A mais notável fome foi a que durou pelo espaço de sete anos no Egito, quando José tinha ao seu cuidado os celeiros de Faraó (Gn 41:53-56). Com respeito a outras fomes, *veja Gn 12:10, e 2 Rs 6 e seguintes. Nestas ocasiões os sofrimentos do povo eram horrorosos.

Fome
1) Apetite (Mt 25:42)

2) Falta de alimentos (Sl 33:19); (Mc 13:8).

Quando

advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
Em qual época: quando partiram?
advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

Seguinte

adjetivo Que segue; que vem logo depois; imediato, subsequente.
Assinala o que será citado ou mencionado: o pastor fez o seguinte comentário Deus está em todo lugar.
O que se realiza ou se desenvolve imediatamente após a: a fase seguinte do projeto é ligar o computador à Internet.
substantivo masculino Aquilo ou aquele que vem depois do outro; próximo.
Etimologia (origem da palavra seguinte). Seguir + nte.

seguinte adj. .M e f. 1. Que segue ou se segue; imediato, subseqüente, próximo. 2. Que se segue, se cita ou se dita depois. S. .M O que se segue, se cita ou se dita depois.

Teve

substantivo deverbal Ação de ter, de receber ou de possuir: ele teve vários empregos.
Ação de ser dono ou de usufruir de: ele sempre teve muito dinheiro.
Não confundir com: tevê.
Etimologia (origem da palavra teve). Forma regressiva de ter.

Tevê

tevê s. f. Pop. Televisão, acep. 2.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
ἐπαύριον αὐτός ἐξέρχομαι ἀπό Βηθανία πεινάω
Marcos 11: 12 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, ele teve fome;
Marcos 11: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

3 de Abril de 30. Segunda-feira
G1831
exérchomai
ἐξέρχομαι
ir ou sair de
(will go forth)
Verbo - futuro do indicativo médio - 3ª pessoa do singular
G1887
epaúrion
ἐπαύριον
()
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3983
peináō
πεινάω
ter fome, estar faminto
(he was hungry)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G575
apó
ἀπό
onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
(and where)
Advérbio
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
G963
Bēthanía
Βηθανία
uma vila no Monte das Oliveiras, cerca de 3 Km de Jerusalém, sobre ou próximo ao
(Bethany)
Substantivo - feminino acusativo singular


ἐξέρχομαι


(G1831)
exérchomai (ex-er'-khom-ahee)

1831 εξερχομαι exerchomai

de 1537 e 2064; TDNT - 2:678,257; v

  1. ir ou sair de
    1. com menção do lugar do qual alguém sai, ou o ponto do qual ele parte
      1. daqueles que deixam um lugar por vontade própria
      2. daqueles que são expelidos ou expulsos
  2. metáf.
    1. sair de uma assembléia, i.e. abandoná-la
    2. proceder fisicamente, descender, ser nascido de
    3. livrar-se do poder de alguém, escapar dele em segurança
    4. deixar (a privacidade) e ingressar no mundo, diante do público, (daqueles que pela inovação de opinião atraem atenção)
    5. de coisas
      1. de relatórios, rumores, mensagens, preceitos
      2. tornar-se conhecido, divulgado
      3. ser propagado, ser proclamado
      4. sair
        1. emitido seja do coração ou da boca
        2. fluir do corpo
        3. emanar, emitir
          1. usado de um brilho repentino de luz
          2. usado de algo que desaparece
          3. usado de uma esperança que desaparaceu

ἐπαύριον


(G1887)
epaúrion (ep-ow'-ree-on)

1887 επαυριον epaurion

de 1909 e 839; adv

  1. pela manhã, o dia seguinte

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


πεινάω


(G3983)
peináō (pi-nah'-o)

3983 πειναω peinao

do mesmo que 3993 (da idéia de trabalho árduo; “definhar”); TDNT - 6:12,820; v

  1. ter fome, estar faminto
    1. passar necessidade
    2. estar paupérrimo

      metáf. desejar ardentemente, buscar com desejo impetuoso


ἀπό


(G575)
apó (apo')

575 απο apo apo’

partícula primária; preposição

  1. de separação
    1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
    2. de separação de uma parte do todo
      1. quando de um todo alguma parte é tomada
    3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
    4. de um estado de separação. Distância
      1. física, de distância de lugar
      2. tempo, de distância de tempo
  2. de origem
    1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
    2. de origem de uma causa

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

Βηθανία


(G963)
Bēthanía (bay-than-ee'-ah)

963 βηθανια Bethania

de origem aramaica בית היני; n pr loc

Betânia = “casa dos dátiles” ou “casa da miséria”

  1. uma vila no Monte das Oliveiras, cerca de 3 Km de Jerusalém, sobre ou próximo ao caminho a Jericó
  2. um cidade ou vila ao leste do Jordão, onde João estava batizando