Enciclopédia de Lucas 18:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lc 18: 7

Versão Versículo
ARA Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?
ARC E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?
TB Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora seja demorado em defendê-los?
BGB ὁ δὲ θεὸς οὐ μὴ ποιήσῃ τὴν ἐκδίκησιν τῶν ἐκλεκτῶν αὐτοῦ τῶν βοώντων ⸀αὐτῷ ἡμέρας καὶ νυκτός, καὶ ⸀μακροθυμεῖ ἐπ’ αὐτοῖς;
HD Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos , que bradam dia e noite, sendo longânime para com eles?
BKJ E Deus não vingará aos seus próprios eleitos, que clamam a ele dia e noite, já que é longânimo para com eles?
LTT E porventura Deus não, de modo algum, fará a justiça em prol dos Seus próprios eleitos, aqueles clamando até Ele de dia e de noite, ainda que paciente sendo Ele (Deus) concernente a eles (os opressores deles)?
BJ2 E Deus não faria justiça a seus eleitos que clamam a ele dia e noite, mesmo que os faça esperar?[r]
VULG Deus autem non faciet vindictam electorum suorum clamantium ad se die ac nocte, et patientiam habebit in illis ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lucas 18:7

I Samuel 24:12 Julgue o Senhor entre mim e ti e vingue-me o Senhor de ti; porém a minha mão não será contra ti.
I Samuel 26:10 Disse mais Davi: Vive o Senhor, que o Senhor o ferirá, ou o seu dia chegará em que morra, ou descerá para a batalha e perecerá.
Salmos 9:8 Ele mesmo julgará o mundo com justiça; julgará os povos com retidão.
Salmos 10:15 Quebranta o braço do ímpio e malvado; busca a sua impiedade até nada mais achares dela.
Salmos 13:1 Até quando te esquecerás de mim, Senhor? Para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?
Salmos 54:1 Salva-me, ó Deus, pelo teu nome, e faze-me justiça pelo teu poder.
Salmos 88:1 Senhor, Deus da minha salvação, diante de ti tenho clamado de dia e de noite.
Jeremias 20:11 Mas o Senhor está comigo como um valente terrível; por isso, tropeçarão os meus perseguidores e não prevalecerão; ficarão mui confundidos; como não se houveram prudentemente, terão uma confusão perpétua, que nunca se esquecerá.
Habacuque 2:3 Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará.
Mateus 7:11 Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?
Lucas 2:37 e era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia.
Lucas 11:13 Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?
Romanos 8:33 Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
Colossenses 3:12 Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade,
I Tessalonicenses 3:10 orando abundantemente dia e noite, para que possamos ver o vosso rosto e supramos o que falta à vossa fé?
II Tessalonicenses 1:6 se, de fato, é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam,
I Timóteo 5:5 Ora, a que é verdadeiramente viúva e desamparada espera em Deus e persevera de noite e de dia em rogos e orações;
II Timóteo 1:3 Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma consciência pura, porque sem cessar faço memória de ti nas minhas orações, noite e dia;
Tito 1:1 Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade,
Hebreus 10:35 Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão.
II Pedro 3:9 O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
Apocalipse 6:10 E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?
Apocalipse 7:15 Por isso estão diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra.
Apocalipse 18:20 Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas, porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Lucas 18 : 7
fará justiça
Lit. “vingar, fazer justiça (executar o direito e a justiça), punir (crime); tomar a defesa de alguém”.

Lucas 18 : 7
escolhidos
Lit. “escolhido, selecionado”.

Lucas 18 : 7
longânime
Lit. “ser paciente, perseverante; ser longânimo, clemente ou benigno”.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Ministério de Jesus ao leste do Jordão

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., após a Festividade da Dedicação

Betânia do outro lado do Jordão

Vai ao local onde João batizava; muitos exercem fé em Jesus

     

Jo 10:40-42

Pereia

Ensina em cidades e aldeias, no caminho para Jerusalém

   

Lc 13:22

 

Aconselha a entrar pela porta estreita; lamenta por Jerusalém

   

Lc 13:23-35

 

Provavelmente Pereia

Ensina humildade; ilustrações: lugar mais destacado e convidados que deram desculpas

   

Lc 14:1-24

 

Calcular o custo de ser discípulo

   

Lc 14:25-35

 

Ilustrações: ovelha perdida, moeda perdida, filho pródigo

   

Lc 15:1-32

 

Ilustrações: administrador injusto; rico e Lázaro

   

Lc 16:1-31

 

Ensina sobre não ser causa para tropeço; perdão e fé

   

Lc 17:1-10

 

Betânia

Lázaro morre e é ressuscitado

     

Jo 11:1-46

Jerusalém; Efraim

Conspiração contra Jesus; ele se retira

     

Jo 11:47-54

Samaria; Galileia

Cura dez leprosos; explica como o Reino de Deus virá

   

Lc 17:11-37

 

Samaria ou Galileia

Ilustrações: viúva persistente, fariseu e cobrador de impostos

   

Lc 18:1-14

 

Pereia

Ensina sobre casamento e divórcio

Mt 19:1-12

Mc 10:1-12

   

Abençoa crianças

Mt 19:13-15

Mc 10:13-16

Lc 18:15-17

 

Pergunta do jovem rico; ilustração dos trabalhadores no vinhedo e mesmo salário

Mt 19:16–20:16

Mc 10:17-31

Lc 18:18-30

 

Provavelmente Pereia

Profetiza sua morte pela terceira vez

Mt 20:17-19

Mc 10:32-34

Lc 18:31-34

 

Pedido de posição no Reino para Tiago e João

Mt 20:20-28

Mc 10:35-45

   

Jericó

No caminho, cura dois cegos; visita Zaqueu; ilustração das dez minas

Mt 20:29-34

Mc 10:46-52

Lc 18:35Lc 19:28

 

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Cairbar Schutel

lc 18:7
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 34
Página: -
Cairbar Schutel

“As terras de um homem rico produziram muito fruto. E ele discorria consigo: Que hei de fazer, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: farei isto: derribarei os meus celeiros e os construirei maiores, e aí guardarei toda a colheita e os meus bens e direi à minha alma: Minha alma, tens muitos bens em depósito para largos anos; descansa, come e bebe e regala-te. Mas Deus disse-lhe: Insensato, esta noite te exigirão a tua alma; e as coisas que ajuntaste para quem serão? Assim é aquele que entesoura para si e não é rico para com Deus. "


(Lucas, XII, 16-21.)


Quanto mais se avizinhava o tempo do cumprimento da Missão do Divino Messias, mais Ele intensificava o seu trabalho de difusão da Doutrina de que havia sido encarregado, pelo Supremo Senhor, de trazer à Terra.


Os escribas e fariseus já faziam planos sinistros para acabar com a vida do Filho do Homem, quando o Mestre Excelente iniciou a exposição das imaginosas parábolas que constituem um dos mais eloquentes capítulos do Novo Testamento.


A Parábola do Avarento é uma síntese maravilhosa do trágico fim de todos aqueles que não vêem a felicidade senão no dinheiro e se constituem em seus escravos incondicionais. Para essa gente, havendo dinheiro, há tudo. Periclite a família, cambaleie a sociedade, arraste-se o mendigo pelas vias públicas envergonhado e descomposto, chore e soluce o aflito, grite de dores o enfermo miserável ou o inválido sem pão e sem lar, nada comove esses corações de pedra, nada lhes demove, nada consegue mudar-lhes ou desviar-lhes as vistas dos “seus frutos", dos seus celeiros, do seu ouro!


São homens desumanos, sem alma; pelo menos ignoram a existência, em si mesmos, desse princípio imortal que deve constituir, para todos, o principal objeto de cuidados e de carinho.


A avareza é a véspera da mendicidade, ou seja, o fator da miséria.


Quantos miseráveis perambulam pelas praças, implorando o óbulo e que, mesmo nesta existência, foram ricos, sustentaram grandezas, bastos celeiros transbordantes!


Quantos párias se arrastam pelas ruas, a bater de porta em porta, implorando “uma esmola pelo amor de Deus!" Qual a origem dessa situação penosa que atravessam, qual a causa desses sofrimentos? A avareza! Ricos dinheiro, eram pobres para com Deus, porque, embora não lhes faltasse tempo, nunca se dedicaram a Deus, nunca procuraram a sua lei, nunca pesquisaram o próprio íntimo em busca de algo que existe, que sente, que quer e não quer, que ama e que odeia, que vê o passado, que ao menos, teme o futuro; nunca buscaram saber se essa centelha de inteligência que lhes dá tanto amor ao ouro, tanta ganância pelos lucros terrenos poderá, quiçá, sobreviver a esse corpo que, de uma hora para outra, cairá exânime, para ser entregue ao banquete dos vermes!


O que valem riquezas efêmeras, sombras de felicidade que se esvaem, fumo de grandezas que desaparecem à primeira visita de uma enfermidade mortal! O que valem celeiros repletos em presença do “ladrão da morte", que chega em momento inesperado, e, até, quando nos julgamos em plena mocidade e com ótima saúde!


Míseros avarentos dos bens que Deus vos confiou! Pensais, porventura, que não tereis de prestar ao Senhor severas contas desse depósito? Pensa que eles hão de permanecer conosco e servirão para multiplicar cada vez mais a vossa fortuna? Em verdade vos afirmo que vosso ouro se converterá em brasas a causticar vossa consciência! Em verdade vos digo que ele se transformará em peias e algemas, resultantes da ação nefasta que exercestes em detrimento dos que tinham fome, dos que tinham sede, dos enfermos desprezados, dos pobres trabalhadores de quem explorastes o trabalho!


Ricos! Movimentai esse talento que o Senhor vos concedeu! Granjeai amigos com esse tesouro da iniquidade, para que eles vos auxiliem a entrar nos tabernáculos eternos! Fazei o bem; socorrei o pobre; amparai o órfão; auxiliai a viúva necessitada; curai o enfermo, como se ele fosse vosso irmão ou vosso filho; pagai com generosidade o trabalhador que está ao vosso serviço! Fazei mais: comprai livros e aproveitai os momentos de ócio para vos instruir, por que um rico ignorante é tanto como um asno de sela dourada! Ilustrai o vosso Espírito; fazei para vós, tesouros e celeiros nos Céus, onde os vermes não chegam, os ladrões não alcançam, a morte não entra!


Lembrai-vos da Parábola do Avarento, cuja alma, na mesma noite em que fazia castelos no ar, foi chamada pelo Senhor!



Referências em Outras Obras


Huberto Rohden

lc 18:7
Nosso Mestre

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 106
Huberto Rohden
Mais outra história contou Jesus para mostrar que não devemos desanimar quando os nossos pedidos não são logo atendidos por Deus: uma pobre viúva, explorada por um homem mau, tanto incomodou o juiz que este, mesmo contra a vontade, acabou por lhe fazer justiça.
Fez Jesus ver, numa parábola, que importa orar sempre, e não desfalecer. Disse:
"Vivia numa cidade um juiz que não temia a Deus nem respeitava homem algum. Havia na mesma cidade uma viúva. Foi ter com ele e lhe disse: Reivindica os meus direitos contra meu adversário. Negou-se ele a atendê-la por muito tempo. No fim de contas, porém, disse consigo mesmo: Verdade é que não temo a Deus nem respeito homem algum; mas essa viúva tanto me importuna que lhe farei justiça, para que não acabe por meter-me as mãos na cara".
Prosseguiu o Senhor: "Escutai o que diz o juiz iníquo!
E Deus não faria justiça a seus eleitos, quando, dia e noite, clamarem a ele?
Deixá-los-ia esperar muito tempo? Digo-vos que bem depressa lhes fará justiça.
Entretanto, quando o Filho do homem vier, encontrará fé sobre a terra?"(Lc. 18, 1-8).

CARLOS TORRES PASTORINO

lc 18:7
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 25
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 3:13-17

13. Depois veio Jesus da Galileia ao Jordão ter com João, para ser mergulhado por ele.


14. Mas João objetava-lhe: "Eu é que preciso ser mergulhado por ti e tu vens a mim"?


15. Respondeu-lhe Jesus: "Deixa por agora; porque assim nos convém cumprir toda justiça". Então ele anuiu.


16. E Jesus tendo mergulhado, saiu logo da água; e eis que se abriram os céus e viu o espírito de Deus descer como pomba sobre ele,


17. e uma voz dos céus disse: "Este é meu filho amado, com quem estou satisfeito".


MC 1:9-11

9. Naqueles dias veio Jesus de Nazaré da Galileia, e foi mergulhado por João no Jordão.


10. Logo ao sair da água, viu os céus se abrirem e o espírito, como pomba, descer sobre ele.


11. E ouviu-se uma voz dos céus: "Tu és meu Filho amado, estou satisfeito contigo".


LC 3:21-22

21. Quando todo o povo havia sido mergulhado, tendo sido Jesus também mergulhado, e estando a orar, o céu abriu-se


22. e o espírito santo desceu como pomba sobre ele em forma corpórea, e veio uma voz do céu: "Tu és meu Filho amado, estou satisfeito contigo. "


Pela cronologia que estudamos, o Mergulho de Jesus deve ter ocorrido cerca de dois a três meses antes da Páscoa do ano 29 (782 de Roma), tendo Jesus perto de 35 anos (Santo Irineu, Patrologia Graeca, vol. 7, col. 783 e seguintes, diz que "no batismo" tinha Jesus 30 anos; no início de sua missão, 40 anos; e à sua morte, 50 anos; baseia-se em motivos místicos e em JO 8:57). A expressão de Lucas "cerca de 30 anos" apenas serve para justificar que Jesus já tinha a idade legal (30 anos) para começar sua" vida pública".


As igrejas orientais celebram, desde o 4. º século, a data do mergulho a 6 de janeiro, no mesmo dia em que comemoram a visita dos magos ou epifania (Duchesne, Origines du culte chrétien, 4. ª edição, páginas 263 e 264).


Pela tradição, parece que o ato foi celebrado na margem direita (ou ocidental) do Jordão, nas cercanias de Jericó.


Os "Pais" da igreja buscam "razões" para o mergulho ou "batismo" de Jesus: para dar exemplo ao povo; por humildade; para autorizar o mergulho de João, aprovando-o: para provocar o testemunho do Espírito, revelando-se ao Batista; para santificar as águas do Jordão com sua presença e com os fluídos que saíam de seu corpo; para confirmar a abolição do rito judaico do "batismo"; para aprovar o rito joanino, etc. João procurou evitar o mergulho de Jesus. O verbo diekóluen está no imperfeito de repetição: "esforçava-se por evitá-lo", com várias razões, dizendo: "eu é que devo ser mergulhado por ti".


João conhecia Jesus perfeitamente. Com efeito, sendo Isabel e Maria "parentas" (primas?), tendo Maria" se apressado a visitar Isabel" em sua gravidez, e com ela morando durante três meses, é evidente que as relações entre as duas famílias eram de intimidade, e Jesus e João se hão de ter encontrado várias vezes, embora, pela prolongada ausência de Jesus (dos 12 aos 35 anos) e pela estada de João no deserto, talvez se não tivessem visto nos, últimos anos.


A resposta de Jesus é incisiva: "deixa por enquanto". A necessidade, salientada por Jesus, de "cumprir toda justiça", tem o sentido de "realizar tudo o que está previsto com justeza", ou "fazer tudo direito como convém".


E João anuiu, realizando o mergulho de Jesus, com o que demonstrou também verdadeira humildade (não a falsa humildade, que se recusa a ajudar um superior, dando-se "como indigno" ...) : houve a tentativa de recusa sincera, mas logo a seguir, dadas as razões, houve anuência, sem afetação.


Agora chegamos aos fatos, que enumeramos para facilitar o comentário: 1) Jesus mergulha e sai imediatamente (eythys) da água. Aqui chamamos a atenção do leitor para o mergulho (batismo) que não era por aspersão nem por derramamento de água na cabeça, mas era realmente mergulho, tanto que Jesus "sai da água", onde havia mergulhado totalmente (com cabeça e tudo), costume que se manteve na igreja católica até, pelo menos, o século XI, notando-se que só era conferido a pessoas adultas, acima da idade da razão. Cirilo de Jerusalém (Catecismo, 20,2) ao discursar aos recém "batizados", diz: "à vossa entrada (no batistério) tirastes a túnica, imagem do homem velho que despistes. Assim desnudados, imitáveis a nudez de Cristo na Cruz... coisa admirável: estáveis nus diante de todos e não tínheis acanhamento: éreis a imagem de nosso primeiro pai, Adão". E na vida de. João Crisóstomo (Patrologia Graeca, vol. 47, col. 10) Paládio escreve: " Era Sábado-santo. A cerimônia do batismo ia começar e os catecúmenos nus esperavam o momento de descer na água. Foi quando irrompeu um bando de soldados que invadiu a igreja para expulsar os fiéis. Corre o sangue e as mulheres fogem nuas, pois lhes não permitiram apanhar suas roupas".


Lucas acrescenta: "estando Jesus a orar", coisa que esse evangelista de modo geral registra (cfr.


LC 5:16; LC 6:12; LC 9:18; LC 11:1; LC 22:24), talvez compreendendo o grande valor da prece e demonstrando que, em todas as ocasiões mais graves, Jesus elevava seu pensamento em prece.


Figura "O MERGULHO DE JESUS" - Desenho de Bida, gravura de L. Massad 2) os céus se abriram - céus ou ar atmosférico. Como se abriram? Daria ideia de que algo tivesse sido visto por trás da abertura. O que? Ou seria apenas uma luz mais forte que tivesse aparecido, dando a impressão de abertura? Marcos usa a expressão "os céus se fenderam" ou "rasgaram" (mesmo termo que se emprega para roupa ou rede que se rompe), verbo que também hoje se diz: "um raio rasgou os céus". Por aqui se vê que céu ou céus exprime a atmosfera, e não um lugar de delícias. 3) é visto o Espírito (Marcos e João), o Espírito de Deus (Mateus), o Espírito o Santo (Lucas). Mas de que forma foi percebido o Espírito? 4) "com a forma (Lucas: corporalmente) de uma pomba". Os quatro evangelistas empregam a conjunção comparativa "COMO". Nenhum deles diz que ERA uma pomba, mas que era COMO uma pomba. O advérbio "corporalmente" (somatikó) empregado por Lucas indica a razão de haver sido comparado o Espírito a uma pomba: era a aparência do corpo de uma pomba. Trata-se da shekinah, luz que desce em forma de V muito aberto: tanto assim que todas as figurações artísticas, desde os mais remotos tempos, apresentam uma pomba de frente, e de asas abertas, e jamais pousada e de asas fechadas. Os artistas possuem forte intuição. 5) descer sobre ele ("e permanecer", João). Todas essas ocorrências narradas (que numeramos de 2 a 5) são fenômenos físicos de vidência. A luz não estava parada, mas se movimentava, descendo sobre Jesus. Essa descida é que empresta a forma maior profundidade ao centro e maior elevação dos lados fazendo que pareça (imagem óptica bem achada) uma pomba em voo. O Espírito desceu sobre Jesus, sem forma, como uma luz que descia. Nele penetrou e permaneceu. Mas parecia, ou era como uma pomba. 6) e ouviu-se uma voz do céu. A própria atmosfera vibrou noutro fenômeno físico de audiência, desta vez com rumor de voz humana, que emitiu um som e articulou palavras claras, audíveis e compreendidas:

"este é meu Filho amado, com quem estou satisfeito", isto é, que aprovei, que me agradou.


Tendo-o chamado "meu Filho", deve supor tratar-se de um Espírito Superior ao de Jesus, que O amava como um pai ama o filho.


A expressão é de carinho. Comum ser dado e recebido esse tratamento por parte de pessoas que não são pais e filhos: sacerdotes assim tratam os fiéis, professores a seus alunos, superiores a seus subordinados, mais velhos a mais moços. E nas reuniões mediúnicas, então, é quase de praxe que assim o "espíritos" tratem os encarnados. Não significa, em absoluto, que a voz tenha sido de DEUS-PAI, simplesmente porque DEUS ABSOLUTO não é antropomórfico, não possui atributos humanos (em que idioma falaria Deus?).


Todos os fenômenos narrados são manifestações de efeitos físicos (vidência e audiência) que frequentemente ocorrem em reuniões espiritistas, com as mesmas características, percebidas por médiuns videntes e clariaudientes: céu que se abre, luzes que descem, vozes que falam. Para quem está habituado a assistir a essas cenas, elas se tornam naturais e familiares, embora sempre impressionem profundamente, pelas revelações que trazem. Autores antigos gregos e romanos, são férteis em narrativas desse gênero.


Quem percebeu esses fenômenos? Apenas João ou todos os presentes? Mateus e Marcos dão-nos a impressão de que só João viu e ouviu. Lucas nada diz: apresenta o fato. O evangelista João coloca as palavras na boca do Batista, como única testemunha ocular, não acenando à voz.


JO 1:29-34

29. No dia seguinte, viu João a Jesus que vinha a ele e disse: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o erro do mundo!


30. Este é o mesmo de quem eu disse: Depois de mim vem um homem, que começou antes de mim, porque existia primeiro que eu ;


31. eu não o sabia, mas para que ele fosse manifestado a Israel, é que eu vim mergulhar na água".


32. E João deu testemunho, dizendo: "Vi o Espírito descer do céu como pomba e permanecer sobre ele.


33. Eu não o sabia, mas aquele que me enviou para mergulhar na água, disse-me: "Aquele sobre quem vires descer o Espirito e ficar sobre ele, esse é o que mergulha num espírito santo".


34. E eu vi e testifiquei que ele é o Escolhido de Deus.


Mantivemos separado o texto de João, embora houvesse repetição de algumas cenas, porque a narrativa diverge dos sinópticos.


Em primeiro lugar, o evangelista que tanta importância dá à numerologia, assinala "no dia seguinte", reportando-se ao interrogatório do sinédrio, coisa de que os outros não cogitam. Não há necessidade, cremos, de interpretar ao pé da letra. Diríamos: "na segunda etapa". Mais adiante (versículo 35) ele repetirá a mesma expressão com o mesmo sentido, revelando então os três passos da evolução do caso: Primeiro, o interrogatório da personalidade (João), estabelecendo seus limites reais; segundo, o mergulho na individualidade, que passa a agir através da personalidade; terceiro, a transferência dos discípulos (de João) que abandonam também a personalidade, para aderirem à individualidade (Jesus).


Mas voltemos ao texto.


João viu Jesus vir até ele. Essa narrativa é posterior ao mergulho de Jesus, contado logo após, como fato já vivido anteriormente (vers’ 32, 33). E ele atesta diante dos discípulos: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o erro do mundo".


Que significará "Cordeiro de Deus"? Seria uma alusão ao cordeiro pascal? ou ao "Servo de Yahweh" (ebed YHWH) segundo Isaías: "como um cordeiro levado à matança e como uma ovelha diante do tosquiador" (IS 53:7) ?


Ao cordeiro se atribuía a qualidade de "expiar os pecados do mundo", coisa que jamais foi atribuída a Jesus (cfr. Strack-Billerbeck, Kommentar zum neuen Testament aus Talmud und Midrasch München, 1924, tomo 2, pág. 368). A semelhança com Isaías é mais aparente que real. Além disso, o verbo empregado por João "tirar o erro" (airein) para esclarecer a verdade, é bem diverso do utilizado por Isaías (pherein) "tomar sobre si o erro, para expiá-lo como vítima". Nem pode admitir-se que, nessa época, se cogitasse de um Messias sofredor. Não obstante, alguns hermeneutas explicam, pelo sentido interno, que no momento da teofania (manifestação divina) do mergulho, João tenha compreendido todo o alcance da missão sacrificial de Jesus, tendo-lhe então aplicado a expressão "Cordeiro de Deus" no sentido exato de Isaías (veja capítulo 52:13-15 e 53:1-12).
Recordemos, de passagem que o latim AGNUS (cordeiro), como símbolo de pureza, aproxima-se de IGNIS (fogo) que, em sânscrito, língua-máter do latim, é AGNÍ com o sentido de fogo purificador, fogo do holocausto. Logo a seguir, João repete a frase sibilina que costumava dizer a seus discípulos: "depois de mim vem um homem, que começou antes de mim, porque existia primeiro que eu". Analisemo-la. " Homem", no. sentido de macho, de varão (ανηρ) . "Vem depois de mim" (οπισω µου), com significado temporal, isto é, aparecerá entre vós depois de mim"; e segue "que começou antes de mim", quer dizer "nasceu na eternidade, tornou-se ser" (γεγονεν, no perfeito) antes de mim (εµπροσθεν µου) .
Alguns interpretam "que me superou", ou "que passou à minha frente". E dá a razão: "porque existia primeiro que eu " (οτι πρωτος µου ην) . Clara aqui a reencarnação, ou, pelo menos, a preexistência dos espíritos. Jesus, COMO HOMEM, existia antes de João: então, COMO HOMEM, tomou corpo. E a conclusão lógica é que, se ficar provado que UM SÓ homem existiu antes do nascimento, fica automaticamente provada a preexistência PARA TODOS. E se a preexistência de UM SÓ espírito for comprovada, ele só poderá nascer na Terra por meio da "encarnação". E se pode realizar esse feito uma vez, poderá realizá-lo quantas vezes quiser ou de que necessitar para sua evolução.

Depois, concedendo uma explicação aos discípulos, o Batista revela-lhes por que fez essas afirmativas.


"Eu não o sabia, mas vim mergulhar na água para que ele fosse manifestado a Israel".


As traduções vulgares trazem "eu não o conhecia". Mas o verbo ηδειν do texto (mais-que-perfeito do perfeito presente do indicativo οιδα do verbo ειδω e portanto com sentido de imperfeito do indicativo), tem o significado primordial de "saber", ou "estar informado".

Então o Batista confessa que não tinha informação ou conhecimento total da missão de seu parente Jesus, mas que tinha vindo à Terra (reencarnado) para que ele, o Messias, pudesse manifestar-se. O testemunho do mergulho de Jesus era imprescindível para que João o reconhecesse como Messias, e como tal o apresentasse ao povo. Com isso, compreendemos melhor a frase de Jesus em Mateus: "deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda justiça", isto é, ajustar-nos ao que está previsto.


E continuam os esclarecimentos, dando o motivo por que soube de que se tratava "vi o Espirito descer do céu COMO pomba e PERMANECER sobre ele" . O pormenor de que o Espírito (não "santo" nem de "Deus", concordando com Marcos) "permaneceu" sobre Jesus, parece ser valioso e será repisado adiante.


Repete: "eu não o sabia", e explica: "mas aquele que me enviou para mergulhar na água, disse-me". A notícia de que "alguém" enviou João Batista à Terra (logo preexistência e reencarnação) é de suma importância e confirma as palavras do evangelista JO 1:6. Quem será esse "alguém" que enviou João à Terra? Acreditamos que o próprio Jesus (Yahweh) antes de encarnar, firmando-lhe na memória um fato típico que não seria esquecido: aquele sobre quem vires descer o Espírito e permanecer sobre ele, esse é o que mergulha num espírito santo" (em grego sem artigo). O sinal foi cumprido no mergulho de Jesus, que o evangelista supõe conhecido e dele não fala.


E conclui: "eu vi e testifiquei que esse é o Escolhido de Deus". As traduções vulgares trazem "Filho de Deus", lição dos manuscritos Borgianus (T), século 5. º; Freerianus (W), século 5. º; Seidelianus II (H), Mosquensis (VI) e Campianus (M) do século 9. º. Mas preferimos a lição o "Escolhido de Deus" (О Εκλεκτος του Θεου), porque é atestada por mais antigos e importantes manuscritos: Papyrus Oxhirincus (Londres, do século 3. º), pelo sinaítico (séc. 4. º), Vercellensis (séc. 4. º), Veronensis (séc. 4. º), e pelas versões siríacas sinaítica (séc. 4. º) e curetoniana (séc. 5. º), pela sahídica, assim como pela Vetus Latina (codex Palatinus, séc. 4. º), bem como por Ambrósio, que foi bispo de Milão no século 4. º.

Além disso, a expressão "Escolhido de Deus" é muito empregada no grego dos LXX e em o Novo Testamento (cfr. IS 43:20; SL 105:4; Sap. 3:9; 2CR 8:15; MT 20:16; MT 22:14; MT 24:22, MT 24:24, MT 24:31; MC 13:20, MC 13:22, MC 13:27; LC 18:7; LC 23:35; JO 1:34 (este); RM 8:33 e RM 16:13; CL 3:12; 1TM 5:21; 2TM 2:10; TT 1:1; 1PE 1:1; 1PE 2:4, 1PE 2:6, 1PE 2:9; 2 JO 1, 13; AP 17:14).


Temos, pois, razões ponderáveis para aceitar nossa versão, que dá a medida das coisas nesse momento: João viu e deu testemunho, de que Ele, Jesus, era o "escolhido de Deus" para a missão de Messias, o Enviado Crístico.


No mergulho de Jesus, encontramos farto material de estudo.


Diz a Teosofia que, no momento do mergulho, o "espírito" de Jesus saiu do corpo, deixando-o para que nele entrasse, como entrou, o "espírito" do Cristo, que aí permaneceu até o momento da crucifica ção.


A ideia está expressa de maneira incompreensível. Mas assim mesmo, através dessas palavras, percebemos a realidade do que houve.


Jesus, como personalidade, manifestou tão grande humildade, que se aniquilou a si mesmo. E o aniquilamento da personalidade, pela renúncia a qualquer vaidade e orgulho, foi tão grande, que não mais agiu daí por diante. E isso fez que, através de Jesus, só aparecesse e só agisse o seu Cristo Interno, isto é, a Sua individualidade Crística, o Eu divino. Essa é a meta de todas as criaturas: "quem quiser seguir-me, negue-se a si mesmo" (MT 16:24), anule sua personalidade, com a humildade máxima, e então poderá seguir a mesma estrada que Jesus, que a viveu antes para dar-nos o exemplo vivo e palpitante de humildade e aniquilamento.


João Batista é o protótipo da personalidade já espiritualizada.


Nasce antes de Jesus, o que exprime que a evolução da personalidade se dá antes da individualidade.


João é "a voz que clama preparando o caminho para o Senhor", ou seja, para a individualidade. Daí dizer (JO 3:30): "é necessário que Ele (Jesus, a individualidade) cresça, e que eu (João, a personalidade) diminua". Não fora esse o sentido, haveria contradição com o que foi antes dito: "é tão grande, que não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias". Se já era tão superior a João, porque teria que CRESCER? E se João era tão pequeno, por que teria que DIMINUIR? Não seria o caso de João dever progredir, aperfeiçoar-se, CRESCER, para tornar-se grande como Jesus? A meta não é o crescimento espiritual? Mas aí se trata é da oposição entre a personalidade e a individualidade: para que a segunda CRESÇA só há um caminho: é fazer que a primeira DIMINUA até ANULARSE.


Só assim podemos compreender essa frase de João. O intelecto iluminado de João percebe a Luz da Verdade, a Bondade do Amor e o Fogo do Poder de Cristo, e o anuncia como o "Cordeiro de Deus", pregando a necessidade da metánoia, isto é, da "reforma mental", a fim de perceber o "reino de Deus" que, diz ele, "se aproxima de vós", ou melhor, porque estais prestes a penetrar os mistérios recônditos do Eu Supremo.


O conhecido "batismo" deve ser entendido no sentido real e pleno da palavra original grega: MERGULHO.


Com efeito, é o mergulho consciente na presença de Deus dentro de nós, em nosso coração, mergulho esse que dá o desenvolvimento pleno à individualidade, ao Espírito.


João, a personalidade, só realiza o "mergulho na água", isto é, o mergulho exterior; mas Jesus (a individualidade) veio exemplificar-nos o mergulho "no fogo" (AGNÍ) da Centelha de Deus em nosso coração - por isso, em nossos comentários acenamos à semelhança da raiz latina AGNUS (cordeiro), em grego "Amnós", com o sânscrito "agní" - e "no Espírito", ou seja, no Eu profundo, nosso verdadeiro Eu espiritual que é o Cristo Cósmico.


ESPÍRITO


Vamos aproveitar para esclarecer a distinção que fazemos das diversas acepções da palavra ESPÍRITO.


Ora o escrevemos entre aspas e com inicial minúscula: o "espírito", e queremos então referir-nos ao termo comum de espírito desencarnado, isto é, ao espírito da criatura que ainda está preso à personalidade, com um rótulo, ou seja, um NOME: por exemplo, o "espírito" de João, o "espírito" de Antônio, etc. Doutras vezes escrevemos a palavra com inicial maiúscula: o Espírito, e com isso significamos a individualidade, ou seja, o trio superior composto de Centelha Divina, Mente e Espírito, mas sem nome, não sujeito a tempo e espaço. Então, quando o Espírito se prende à personalidade, passa a ser o "espírito" de uma criatura humana, encarnada ou desencarnada. O Espírito é o que está em contato com o Eu Profundo, enquanto o "espírito" está em contato com o "eu" pequeno, que tem um nome. Somos forçados a fazer estas distinções para que as ideias fiquem bem claras. Além desses, temos o "Espírito" de Deus, ou o "Espírito" Santo, que é a manifestação cósmica da Divindade, também chamado o Cristo Cósmico, de que todos somos uma partícula, um reflexo; em nós, o Cristo é denominado "Cristo Interno" ou Centelha Divina, e é a manifestação divina em cada um de nós. Não se pense, entretanto, que a reunião de todas as Centelhas divinas ou "mônadas" das criaturas forme o Cristo Cósmico. Não! Ele está imanente (dentro de todos nós), mas é INFINITO e, portanto, é transcendente a todos, porque existe ALÉM de todos infinitamente. O mergulho de que falamos exprime, em primeiro lugar, o ENCONTRO do "espírito" (personalístico) com o seu próprio Esp írito (individualidade), e depois disso, em segundo lugar, a absorção do Espírito no mais recôndito de seu EU profundo, ou seja, a UNIFICAÇÃO do Espírito com o Cristo Interno, com sua consequente INTEGRAÇÃO com o Cristo Cósmico.


Quando a criatura dá esse mergulho profundo, o Espírito de Deus "desce sobre ele e nele permanece", porque a união é definitiva e absorvente. Para conseguir-se o mergulho, temos que ir ao encontro de Deus em nosso coração, mas também temos que aguardar que Deus desça a nós, ou seja, temos que esperar a "ação da graça", para então realizar-se o Encontro Sublime.


A forma de pomba, percebida pelo Batista e por ele salientada, simboliza a paz interior permanente, essa "paz que o mundo não dá" (JO 14:27). E a Voz divina o revela aos ouvidos internos do mensageiro, como o "Filho Amado", como o "escolhido", confessando-se satisfeito com ele.


Esse mergulho foi compreendido por Paulo de Tarso. Escreveu ele: "todos quantos fostes mergulhados em Cristo, vos revestistes de Cristo" (GL 3:27). Desde que o homem mergulha em seu íntimo, passa a ser revestido do Cristo Interno, como foi Jesus. Quase que o interior se torna exterior, e a personalidade, ao anular-se, cede lugar à individualidade que começa a manifestar-se externamente:

"não sou mais eu (personalidade) que vivo: é Cristo (individualidade) que vive em, mim" (GL 2:20).


E acrescenta: "agora Cristo será engrandecido em meu corpo (personalidade), quer pela vida, quer pela morte, pois para mim o viver é Cristo, e o morrer (a personalidade) é lucro" (FP 1:20-21) . E explica: "por isso nós, de agora em diante, não conhecemos a ninguém segundo a carne (a personalidade): ainda que tenhamos conhecido a Cristo segundo a carne, agora, contudo, não O conhecemos mais desse modo; se alguém está em Cristo, é nova criatura; passou o que era velho e se fez novo (2CO 5:16-17). Esclarece mais: "pois morrestes (na personalidade) e vossa vida está escondida com Cristo em Deus " (CL 3:3). E Pedro Apóstolo, localizando a Centelha divina no coração, aconselha: " santificai Cristo em vossos corações" (1PE 3:15).


Nesse estado, após o mergulho interno no coração, a criatura passa a ser o "escolhido" ou o "Filho de Deus", porque purificou (santificou) seu coração de todo apego personalístico ("bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus", MT 5:8), e estão com a "pomba" da paz divina permanente, pacificando-se e pacificando a todos ("bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados Filhos de Deus", MT 5:9). E assim perdem o apego a pai, mãe, esposa, filhos e a si mesmos, e seguem ao Cristo Interno em seus corações ("quem ama - ou se apega - a seu pai ou mãe ou filho ou filha mais do que a mim (Cristo), não é digno de mim... o que acha sua vida (personalística) perdê-laá (porque morrerá um dia), mas o que perde (renuncia) sua vida (personalística) por minha causa, achá-la-á, MT 10:37-39).


O homem que atingiu esse ápice sublime, no mergulho dentro de seu Espírito e do Fogo da Centelha,

"tira o erro do mundo"(liquidai seu carma) e, por seu exemplo de amor e de humildade, revela a todos o Caminho certo, o Caminho Crístico, que leva à Verdade e à Vida (João,14:6).


Paulo ainda explica: "ou ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, mergulhamos na morte dele"? (RM 6:3). Quer dizer, os que tomam contato com a Individualidade, fizeram a personalidade perecer "crucificada na carne" (a Cruz é o símbolo do corpo - de pernas juntas e braços abertos - e exprime o quaternário inferior da personalidade: corpo denso, duplo etérico, corpo astral e intelecto). Por isso: "num só Espírito (Cristo) fomos todos nós mergulhados num corpo" (1CO 12:13). A comparação do mergulho no Espírito é feita, exemplificando-se com o ato oposto, quando o "espírito" mergulha num corpo (reencarnação): assim como ao nascer o "espírito" mer gulha na carne, assim nós todos, embora ainda crucificados na carne, teremos que mergulhar a personalidade no Espírito e no Fogo, fazendo que essa personalidade se aniquile, se anule, pereça.


Com isso, com a anulação da personalidade, será tirado o "erro" do mundo, porque ninguém mais terá pruridos de vaidade, nem sentirá o amor-próprio ferido, nem se magoará, porque SABE que nada externo poderá atingir seu verdadeiro EU, que está em Cristo. Teremos o perdão em toda a sua amplitude, a ausência de raivas e ódios, reinando apenas o Amor e a Humildade em todos. O adversário será dominado. O adversário (diabo ou satanás) é a própria personalidade vaidosa e cheia de empáfia de cada um de nós. Liquidada a personalidade, acaba a separação e acaba o erro no mundo.


lc 18:7
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 15
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 18:1-8


1. Narrava-lhes então (Jesus) uma parábola, quanto a eles deverem orar sempre e jamais negligenciar,

2. dizendo: "Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens.

3. Também, naquela cidade, havia uma viúva que vinha a ele constantemente, dizendo: defende-me contra meu adversário.

4. E por muito tempo, não queria, mas depois disse em si mesmo: embora não tema a Deus nem respeite os homens,

5. como, porém, me cansa esta viúva, defendê-la-ei, para que me não venha molestar até o fim.

6. Disse, então, o senhor: ouvi o que diz esse juiz não-justo.

7. Deus, porém, não defenderá seus escolhidos que a ele clamam dia e noite, nem é misericordioso com eles?

8. Digo-vos que defenderá com rapidez. Mas ao vir, acaso o Filho do Homem achará fidelidade na Terra?"



O trecho aqui apresentado, dá-nos o resumo doutrinário que, depois, é esclarecido pela narrativa parabólica.


O verbo proseuchestai (composto de pros e éuchomai, "orar a alguém") tem o sujeito do infinitivo em acusativo (autoús) posposto ao verbo. O sentido é "orar", com a acepção de dirigir preces, oferecer-se à Divindade, pántote, sempre, o tempo todo, sem negligenciar, sem cessar (mê egkakein).


O juiz não-justo é-nos mostrado como não temente a Deus nem respeitador dos homens: fazia o que bem queria. A viúva vinha a ele constantemente (o verbo êrcheto está no imperfeito iterativo, que exprime ação repetida no passado). Ela pedia-lhe que a "defendesse": o sentido de ekdíkêson é "defendeme" ou "faze-me justiça", dando a entender que a justiça consistia em defendê-la do adversário que a prejudicava. Aqui "adversário" é simplesmente antídikos, ou seja, a "parte contrária" num processo.


Durante muito tempo o juiz resistiu às súplicas da viúva; mas viu-se tão acossado que resolveu atendêla, para ficar livre das visitas constantes que o molestavam.


E o Mestre chama a atenção dos discípulos para a conclusão do juiz: atender, embora não fosse justo, a um pedido insistente, e daí parte para a comparação com a prece.


A primeira vista, choca-nos essa comparação: também Deus só atenderá se a prece for longa e repetida, e com a finalidade de não ser "molestado" pelo crente, e não por bondade, misericórdia e justiça?


Não é esse, precisamente, o sentido de suas palavras: "Deus defenderá seus escolhidos que a Ele clamam dia e noite, pois é misericordioso com eles". A diferença nos tempos dos verbos (poiêsêi, aoristo; e makrothymeí, presente) exprime, o primeiro uma garantia do que há de ocorrer, e o segundo uma qualidade inerente à Força Divina; o verbo makrothymeí pode ser até transliterado: longânime. E essa defesa será rápida.


O último versículo, em sua segunda parte, parece nada ter com o contexto da parábola; "acaso, ao vir, o Filho do Homem achará fidelidade na Terra"? Os intérpretes colocam essa frase como uma restrição, já que é iniciada por plên ("contudo"): será que, no fim dos tempos, diante de tantos sofrimentos, os discípulos se manterão fiéis?


Analisemos


ORAÇÃO - A oração não se limita a um petitório ininterrupto, nem Deus é uma "pessoa" (antropomorfismo) que resolva fazer ou não fazer" atender ou negar. Deus é a LEI" implacável e impessoal, que age inapelavelmente. Não é um "pedido" que fará mudar o curso dos acontecimentos: é a mudança de vibração da pessoa interessada que pode fazer mudar o fato que estava para acontecer.


Expliquemos


"Antônio" está com uma dívida vencida, e o credor se dispõe a cobrá-la judicialmente. Se o devedor paga a dívida, o credor não mais o processará. Houve mudança de vibração por parte do devedor, mas o credor não modificou, seu modo de agir. "Maria" está com a mão no lugar em que o lenhador vai bater o machado. A mão será decepada. Mas ao descer o machado, Maria retira rapidamente a mão, e o machado não a toca. Houve mudança de atitude de Maria, mas o lenhador prossegue impertérrito seu trabalho.


Um maquinista conduz velozmente seu trem. "João", parado na linha férrea vai ser atropelado. Mas, ao perceber o perigo, João pula para fora das trilhos e o trem passa deixando-o incólume. Houve modificação da posição de João, mas não do maquinista.


Esses três exemplos podem revelar-nos o que é a prece. Não adiantaria Maria pedir ao machado que desviasse seu curso; nem João pedir que o trem parasse de repente" ; nem ao devedor pedir ao credor que o não processasse.


Não é o PEDIR em si que obtém o "milagre": é a modificação de atitude e de vibração da criatura, que faz seja obtido o favor, e que propicia se faça sentir a Infinita Misericórdia da LEI, que só atinge os rebeldes incorrigíveis. Desde que a criatura se volte do lado favorável, a dor não na atinge.


Assim ocorre na prece contínua e incessante. Não é esse PEDIR que modifica a ação do Legislador, para que a LEI seja anulada ou falseada. Trata-se (psicologicamente pode provar-se isso) da modificação de atitude do pedinte: de tanto repetir, ele aos poucos transforma sua mente, adaptando-a ao novo fator que deseja seja introduzido em sua vida. E essa adaptação, embora inconsciente, decide a obtenção daquilo que ele deseja.


No entanto; essa mudança tem que ser real e objetiva. Como porém isso poderia ser interpretado mal, e muitos pretenderiam "fingir" que mudaram externamente, na expectativa do cumprimento de seu desejo, mas sem mudar intimamente, (e portanto sem fazer jus ao recebimento desejado), o Mestre, bom psicólogo, ensinou logo um método que não admite dúvidas: oração continua e incessante. A mudança virá automaticamente para os que estiverem "maduros". Para os imaturos, não virá a modificação mental; mas também não conseguirão uma prece continua e incessante. Ao contrário, ao se não verem atendidos logo, desistem e se revelam quais são: impacientes, revoltados, descrentes.


O exemplo da viúva satisfaz à condição requerida: jamais se impacienta, nem rebela, nem descrê, mas volta sistematicamente ao juiz, a pedir defesa de seus direitos.


Tudo porque a LEI tem as mesmas características que o juiz não-justo: a LEI não teme a Deus (porque é o próprio Deus); nem atende em vista de títulos, nem de posições aos homens. Exatamente assim.


A LEI dá, quando a criatura entra em sintoma com ela para receber.


É a imagem do copo. A LEI derrama sua misericórdia (makrothymei, no presente, ação continuada e incessante) ininterruptamente, como um jorro d"água a cair permanentemente. Se lhe chegamos um copo emborcado, de boca para baixo (revoltado!), nada captamos. Mas se sob o jorro colocamos um copo de boca para cima (sintonizado, em "posição certa"), a água enche o copo: o pedido é atendido.


Como, então, não seriam atendidos os "escolhidos", aqueles que estão conforme a LEI? Serão atendidos, e rapidamente. Mas... será que haverá fidelidade na Terra, fidelidade REAL e não apenas aparência externa, no momento em que o Filho do Homem chegar?


Não é pela posição social, nem pelo título pomposo de reis e sacerdotes, nem pela exterioridade de virtudes físicas corpóreas, que alguém fará jus ao recebimento de benefícios celestiais, mas pela sintonia interna do SER: "os errados e as prostitutas vos precederão (a vós, sacerdotes) no reino de Deus" (MT 21:31).


A expressão: "que a Ele clamam dia e noite" exprime a oração permanente sem negligência. Os hermeneutas afirmam que a prece não pode ser contínua, pois há outros afazeres, mas sim reiterada. No entanto, não é esse o espírito da parábola. O que aí se diz é que devemos orar SEMPRE (pántote), sem jamais negligenciar ou cessar (mê egkakein). E isso porque a oração não é a fórmula recitada maquinalmente para pedir favores: trata-se de uma atitude espiritual do psiquismo, da sintonia do ser com o SER, jamais dele se desligando, onde quer que esteja, fazendo qualquer ato.


Orar é permanecer ligado à corrente, mesmo que não estejamos recitando fórmulas nem pronunciando palavras. É como permanecer ligado à corrente um rádio-receptor, embora não esteja transmitindo som, no momento. Jamais nos desliguemos da corrente, e nosso coração permanecerá alimentado pela eletricidade e pelo magnetismo divino a todo momento.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lucas Capítulo 18 do versículo 1 até o 43
4. A Parábola do Juiz Iníquo (18:1-8)

E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer (1). O termo também indica que esta parábola é uma parte do discurso anterior. Portanto, vemos que a oração é prescrita como um remédio para que ninguém esmoreça nos difíceis dias vindouros — os dias do cerco de Jerusalém, os dias que precederão a segun-da vinda de Jesus e todos os outros dias desesperadores. Quando Jesus fosse levado da terra, a Igreja seria como a viúva na parábola. Mas a oração seria o seu meio de suporte e alívio.

Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava homem algum. Havia também naquela mesma cidade uma certa viúva e ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário (2-3). As palavras traduzidas como faze-me justiça não significam vingar, mas garantir justiça. Mas que chance uma viúva indefesa teria de obter justiça de um juiz que não temia a Deus e não respeitava o homem? Havia um caminho, e foi o que ela tomou.

E, por algum tempo, não quis; mas, depois, disse consigo...como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte e me importune muito (4-5). Sua única arma era a importunação, a persistência. A referência do juiz à sua contínua vinda indica que ele estava convencido de que ela nunca pararia de importuná-lo até que seu pedido fosse atendido. Não havia nada de profundo ali. Ela simplesmente não pararia de pedir até que o seu caso fosse tratado de forma justa.

Ouvi o que diz o injusto juiz. E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite...? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça (6-8). A aplicação é clara e simples. Uma viúva pode obter justiça de um juiz que não teme a Deus e não tem nenhuma consideração pelos seus semelhantes, simplesmente pela sua vinda contínua. Quanto mais deveria um cristão ter fé e crer que um Deus justo, bom e amoroso responderá as suas orações, embora Ele possa demorar — ou seja, embora às vezes pareça que a resposta demora! Depressa, lhes fará justiça, ou seja, subita-mente, inesperadamente, mas não necessariamente quando eles pensam que a resposta deve vir.

Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra? Em vista do ensino da parábola, ter fé deveria ser fácil. Apesar do fato de os cristãos terem todos os motivos para uma fé inabalável em Deus, é sempre difícil crer. A pergunta de Jesus não era para ser respondida. Ela não poderia ser respondida por ninguém, além de Deus; ela foi feita como um aviso, para que o aparente atraso da volta do Senhor não se tornasse uma ocasião para a dúvida. A última resposta será dada pelos cristãos. A resposta pode ser: "Sim, haverá fé", se determinarmos resistir às sugestões de dúvida de Satanás. Podemos ficar mais perto do Senhor, de modo que a fé se torne o resultado natural do nosso relacionamento íntimo com Ele.

Thomson, em Pulpit Commentary (Comentário do Púlpito), aponta três contrastes nesta parábola:

1) Deus em contraste com o defensor humano;

2) O povo de Deus em contraste com a viúva;

3) A bondade e a compaixão de Deus, em contraste com a falta de bondade e compaixão por parte do homem.

5. A Parábola da Oração do Fariseu e do Publicano (18:9-14)

Depois de ter ensinado sobre a necessidade e o poder da oração por meio da parábola anterior, o Senhor conta uma segunda parábola para ensinar a atitude correta. Aqui somos ensinados que a mera persistência na oração não é suficiente.

E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros (9). Eles não confiavam na graça de Deus para a sua justiça, mas confiavam em suas próprias boas obras. Eles consideravam a si mesmos justificados pelas suas boas obras.

Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano (10). Eles não entraram no santuário, mas em um dos átrios do templo onde eram ofere-cidas as orações. Este era o pátio das mulheres. Ao escolher um fariseu e um publicano para esta ilustração, Jesus escolheu dois extremos. Os fariseus eram a mais rígida, mais conservadora e mais legalista de todas as facções dos judeus. Os publicanos eram oficiais judeus do governo romano, cujo trabalho era recolher taxas para Roma. Eles eram odia-dos pelos judeus tanto pelas taxas recolhidas para os dominadores estrangeiros, como por serem geralmente desonestos. Eles cobravam mais taxas do que deveriam, e dessa forma ficavam mais ricos através deste trabalho odioso. Para mais informações relativas aos fariseus e publicanos, veja os comentários sobre Mateus 3:7-5.46.

O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens... (11). Este é o melhor exemplo da oração de um homem que se intitula justo. Ela realmente não merece ser chamada de oração. Dificilmente é mais do que uma recitação das supostas qualidades e obras dos fariseus, uma tentativa de demonstrar a Deus que eles mereciam a consideração divi-na. O fariseu, entretanto, não levou o crédito pelo seu suposto sublime estado de graça. Suas palavras, Ó Deus, graças te dou, eram um reconhecimento do fato de que Deus era, pelo menos em parte, responsável por ele ser um dos justos. Mas a frase orava consigo — literalmente, "orava estas coisas para si" — indica que a sua principal aten-ção era dirigida a si mesmo. A palavra mais significativa na sua oração é o pronome pessoal Eu: [Eu] não sou como os demais homens... [eu] jejuo... [eu] dou os dízimos (12). É provável que estas palavras tenham sido ouvidas mais pelos homens do que pelo Senhor Deus. Seu auto-elogio contém apenas uma referência ao outro adorador. Até mesmo esta referência ao publicano foi feita de forma que o fariseu pare-cesse ser alguém superior.

O publicano, porém, estando em pé, de longe (13). Longe do templo, o símbolo da presença de Deus. Os fariseus evidentemente paravam ao lado do pátio mais próximo do Templo, enquanto o publicano parou em uma posição mais distante do Templo. Tam-bém é possível que Jesus estivesse querendo dizer que ele não estava nem mesmo no Pátio das Mulheres, o lugar costumeiro de oração, porém ainda mais distante, no pátio dos gentios (veja a ilustração do Templo no final deste livro).

Nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! — literalmente, "o pecador". Tanto a sua atitude quanto o conteúdo da sua oração eram opostos aos dos fariseus. Ele estava pro-fundamente consciente dos seus pecados, e estava também espantado pelo seu próprio senso de indignidade. Ele não tinha nada para dizer a seu próprio favor; sua única súpli-ca era por misericórdia.

Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele (14). A pala-vra justificar significa declarar ou tratar como justo. Este publicano foi tanto perdoado como aprovado por Deus, embora fosse um pecador e reconhecesse este fato. Por outro lado, o fariseu que estava feliz por não ser como este publicano, não foi perdoado. Ele não reconheceu nenhum pecado nem pediu perdão, embora na verdade fosse, à vista de Deus, um dos piores pecadores.

E qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado. Veja os comentários sobre Lucas 14:11.

A partir desta parábola de Jesus, Barclay percebe três verdades universais:

1) Ne-nhum homem que for orgulhoso poderá orar, 11-12;

2) Nenhum homem que despreze os seus semelhantes poderá orar, 12;

3) A verdadeira oração surgirá ao colocarmos nossa vida no padrão de Deus, 13-14.

6. Jesus e as Crianças (18:15-17)

E traziam-lhe também crianças... e os discípulos, vendo isso, repreendiam-nos. Mas Jesus... disse: Deixai vir a mim os pequeninos (15-16). Veja os comentá-rios sobre Mateus 19:13-14. Lucas difere de Mateus apenas na palavra que usa para crianças. O termo de Lucas denota crianças mais velhas.

Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança não entrará nele (17). Veja os comentários sobre Marcos 10:15.

  • O Jovem Rico (18:18-30)
  • Para uma discussão a respeito desse episódio, veja os comentários sobre Mateus 19:16-22. Lucas se refere a ele simplesmente como um príncipe ou um homem de posição. Mateus apenas conta que era jovem, e os três sinóticos mencionam que era rico.

  • Jesus Prediz o Seu Sofrimento (18:31-34)
  • Para uma discussão dos versículos 31:33, veja também os comentários sobre Mateus 20:17-19.

    Veja também Marcos 10:32-34. Mateus e Marcos omitem o material contido no versículo 34.

    E eles nada disso entendiam, e esta palavra lhes era encoberta, não perce-bendo o que se lhes dizia (34). As três sentenças do versículo transmitem a mesma mensagem. Lucas sem dúvida usou este método para enfatizar o que estava dizendo. Os discípulos ouviram as palavras de Jesus, mas elas eram tão contraditórias a tudo aquilo que pensavam e acreditavam sobre o reino do Messias, que ficaram completamente per-didos, precisando de uma explicação. O sofrimento e a morte do Messias eram impensáveis; contudo, Jesus parecia estar se referindo claramente a si mesmo. A contradição era, é claro, o próprio conceito que eles tinham da obra de Cristo na terra.

  • A Cura do Cego (18:35-43)
  • Veja os comentários sobre Mateus 20:29-34; veja também Marcos 10:46-52. O relato do milagre consta nos três Evangelhos sinóticos. Mas há duas diferenças significativas entre os três relatos. Mateus diz que havia dois cegos, enquanto Marcos e Lucas se refe-rem a apenas um. Lucas diz que o milagre ocorreu quando Jesus se aproximava de Jericó, enquanto os dois outros escritores sinóticos dizem que isto ocorreu quando ele estava saindo de Jericó. O problema relacionado ao número de cegos não é difícil. Sem dúvida havia dois, mas Lucas e Marcos estão preocupados apenas com um deles — talvez o mais significativo e marcante daqueles dois homens.

    A questão do local onde ocorreu o milagre é mais difícil, porém insignificante. Mui-tas soluções já foram propostas. A mais provável é que o primeiro contato com o cego, ou cegos, se deu quando Jesus se aproximava de Jericó. Entretanto, devido ao tamanho da multidão que acompanhava o Mestre, e, talvez, aos esforços de Jesus para testar a since-ridade dos sofredores, o caso só pôde ser resolvido quando Ele estava saindo da cidade. Há também uma possibilidade distinta: que um dos evangelistas estivesse se referindo à antiga Jericó e os outros à nova Jericó, ou vice-versa. Uma terceira solução possível é que um cego tenha sido curado enquanto Jesus entrava em Jericó, e o outro enquanto Ele saía desta cidade."


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Lucas Capítulo 18 versículo 7
    Dia e noite... demorado em defendê-los:
    Outra tradução possível:
    dia e noite, enquanto tiver paciência com eles.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Lucas Capítulo 18 do versículo 1 até o 43
    *

    18.1-8

    Os versículos precedentes (17.22-37) e a referência à Segunda Vinda, no v.8, indicam que a persistência da oração pela vinda de Cristo e seu triunfo final sobre o mal — mesmo quando essa vinda é aparentemente demorada — está particularmente em foco (1Co 16:22; Ap 22:20). Sobre o princípio geral concernente à importância da oração, em todos os assuntos, ver 11:5-8 e notas.

    * 18:3

    A viúva era uma pessoa desamparada, sem nada a seu favor, a não ser o direito. Ela queria justiça e não vingança.

    * 18:5

    me importuna. Uma expressão pitoresca, lit. “me dá um tapa olho”. O juiz está com receio de que a mulher arruinará a sua reputação, por fazê-lo parecer incapaz de ajudar seus clientes, compelindo-os a implorar à sua porta.

    * 18:7

    Se mesmo um juiz “injusto” (v. 6) fará aquilo que é direito, quanto mais Deus?

    embora pareça demorado. Deus não protelará como o juiz nesta parábola; qualquer demora tem uma razão.

    * 18:8

    depressa. Isto é, no tempo de Deus (2Pe 3:8) e não segundo o nosso tempo.

    achará, porventura, fé. Isto não significa que não haverá crentes, mas que a fé não será característica de todos.

    * 18:10

    Oração particular pode ser feita no templo em qualquer hora do dia, e não somente nos cultos formais.

    * 18:11

    posto em pé. Uma postura comum na oração.

    * 18:12

    jejuo duas vezes por semana. O único jejum prescrito na lei de Moisés era o do Dia da Expiação (Lv 16:29-31; 23:27), ainda que o jejum voluntário pudesse acompanhar a oração (Sl 35:13), a penitência (1Rs 21:27) e a tristeza (2Sm 1:12). No tempo de Cristo, a tradição oral judaica tinha aumentado o número de jejuns para os piedosos. Jejuar pode ser um útil exercício religioso (5.33-35; At 13:2-3), mas Jesus condenou claramente a prática quando vista como um meio de merecer o favor de Deus (vs.11,12), ou quando se tornava uma exibição ostensiva (Mt 6:16-18; conforme Is 58:1-6).

    * 18:13

    levantar os olhos ao céu. Olhar para cima era costume quando se fazia oração, mas este homem estava muito consciente de sua indignidade para fazer isto. Ele simplesmente pediu por misericórdia, reconhecendo o seu pecado.

    * 18:14

    justificado. O fariseu confiou nos seus próprios méritos, não tendo descoberto que nenhuma justiça humana é suficiente diante de um Deus que exige perfeição (Mt 5:48). O publicano confiou na graça de Deus e a encontrou.

    * 18:18

    homem de posição. Uma expressão geral para significar alguém da classe superior.

    Bom Mestre. Esta não era uma forma comum de tratamento no judaísmo; era mera bajulação. O homem presumiu que seus feitos lhe assegurariam a vida eterna.

    * 18:19

    Por que me chamas bom. Jesus desafia a bajulação deste homem, lembrando-o de que a verdadeira bondade é um atributo só de Deus. Que a sua bajulação não era sincera, na verdade, é mostrada na sua falta de fazer aquilo que o “Bom Mestre” ensinou-o a fazer (v.23).

    * 18:22

    vende tudo. Este desafio revelou que aquele homem não tinha realmente entendido os mandamentos. Quando ele se defrontou com a escolha, tornou-se claro que seus bens vinham antes de Deus.

    * 18.23-25

    Ver nota em Mc 10:25. O rico é tentado a confiar nas coisas terrenas, como são tentados aqueles cuja riqueza é a realização intelectual ou artística, ou em outros campos. Grandes realizadores freqüentemente têm dificuldade em confiar inteiramente na misericórdia de Deus.

    * 18:26-27

    Se o rico, com todas as suas vantagens não pode facilmente ser salvo, quem poderá? A resposta é que a salvação, para o rico ou pobre, é sempre um dom de Deus.

    * 18.28-30

    A resposta de Jesus a Pedro significa que as dádivas de Deus ultrapassam qualquer coisa que nós podemos deixar por causa dele. Isso não significa que podemos utilizar de sacrifícios como um meio de alcançar uma recompensa melhor.

    * 18.31-34

    Em suas predições a respeito da Paixão (conforme 5.35; 9.22,43-45; 12.50; 13 32:33-17.25), esta é a primeira vez que Jesus fala em ser entregue aos gentios.

    * 18:35

    ao aproximar-se ele de Jericó. Lucas dá a entender que Jesus estava entrando em Jericó, enquanto Mateus e Marcos dizem que o incidente ocorreu quando eles saíam de Jericó (Mt 20:29; Mc 10:46). Parece ter havido duas “Jericós” que distavam aproximadamente um quilômetro e meio uma da outra: as ruínas da cidade do Velho Testamento, conquistada por Josué (Js 6), e a cidade construída por Herodes o Grande. O encontro pode ter acontecido quando Jesus estava deixando a cidade antiga e entrando na nova.

    um cego. Mateus menciona dois cegos (conforme Mt 8:28 e nota), enquanto Lucas e Marcos mencionam apenas um (chamado Bartimeu, Mc 10:46); ele pode ter sido o porta-voz dos dois.

    * 18:38

    Filho de Davi. Um título messiânico.

    * 18:42

    a tua fé. Fé era o meio pelo qual a dádiva era recebida.

    te salvou. Melhor do que a outra tradução possível: “te fez bem”. A “salvação” se adequa melhor em vista do seu seguir a Jesus e do seu louvor a Deus.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Lucas Capítulo 18 do versículo 1 até o 43
    18:1 Insistir em nossas orações até obter resposta não significa uma repetição sem fim, nem estar em reuniões de oração prolongadas e tediosas. A oração perseverante implica ser constantes em nossas petições diante de Deus, como se vivêssemos pelo de dia em dia, com a certeza de que responderá. Quando vivemos por fé, não devemos nos render. Deus pode demorar sua resposta, mas sempre terá boas razões e não devemos as confundir com negligência de sua parte. Ao persistir na oração, crescemos em caráter, fé e esperança.

    18:3 As viúvas e os órfãos formavam a parte mais vulnerável do povo de Deus e tanto os profetas do Antigo Testamento como os apóstolos do Novo Testamento insistiram que deviam atender-se como era devido. Vejam-se, por exemplo, Ex 22:22-24; Is 1:17; 1Tm 5:3; Jc 1:27.

    18.6, 7 Se os juizes maus cedem ante as pressões constantes, quanto mais um Deus grande e amoroso nos responderá. Se houvermos sentido seu amor, podemos acreditar que O responderá nossos rogos.

    18:10 Freqüentemente, as pessoas que viviam perto de Jerusalém foram ao templo a orar. O templo era o centro de adoração.

    18.11-14 O fariseu não foi ao templo a orar a Deus, a não ser para anunciar a todo aquele que podia lhe ouvir quão bom era. O publicano reconheceu seu pecado e pediu misericórdia. Acreditar-se justo por mérito próprio é perigoso pois conduz ao orgulho, motiva desprezo a outros e impede de aprender mais de Deus. Devêssemos fazer nossa a oração do publicano porque necessitamos a misericórdia de Deus todos os dias. Não permita que o orgulho lhe impeça de reconhecer sua necessidade de Deus.

    18.15-17 As mães acostumavam levar seus filhos ao rabino para que lhes benzeram e por isso estas mães se reuniram ao redor do Jesus. Os discípulos, entretanto, pensaram que os meninos não eram importantes para ocupar o tempo do Professor, eram o menos importantes de tudo o que O fazia nesses momentos. Mas Jesus os recebeu porque os meninos têm a aula de fé e confiança necessárias para entrar no Reino de Deus. É importante apresentar nossos meninos ao Jesus e que nós mesmos nos aproximemos do com as atitudes de aceitação e confiança de um menino.

    18.18ss Este homem principal procurava fôlego, alguma forma de saber que tinha vida eterna. Queria que Jesus medisse e avaliasse suas qualidades ou que lhe desse alguma tarefa a fim de assegurar sua imortalidade. Daí que Jesus lhe desse uma tarefa, a única coisa que este homem sentiu que não poderia cumprir. "Quem, pois, poderá ser salvo?", perguntaram-se os pressente. "Ninguém pode por seus meios", respondeu Jesus. "O que é impossível para os homens, é possível para Deus". A salvação não se pode ganhar, é um dom de Deus (veja-se Ef 2:8-10).

    18.18, 19 Em essência, a pergunta do Jesus ao homem principal, que o chamou "Professor bom", foi: "Sabe quem sou?" Sem dúvidas este homem, que com razão lhe chamava bom, não captou as implicações da declaração do Jesus porque O é Deus mesmo.

    18.22, 23 A riqueza deste homem trouxe certa classe de paz a sua vida e lhe deu poder e prestígio. Quando Jesus lhe disse que vendesse tudo o que possuía, tocava sua segurança e identidade. O homem não entendeu que estaria muito mais seguro se seguia ao Jesus, mais que a estabilidade que lhe dava suas riquezas. Jesus não pede a todos quão crentes enfaixam as coisas que têm, mas bem esta pode ser sua vontade para alguns. Entretanto, pede-nos tudo para que não nos apanhe algo que possivelmente consideremos mais importante que Deus. Se a base de sua segurança trocou que Deus ao que você possui, seria melhor desfazer-se dessas posses.

    18.24-27 devido a que o dinheiro representa poder, autoridade e êxito, freqüentemente é difícil para a gente enriquecida concientizarse de sua necessidade e de sua incapacidade para salvar-se. Os ricos em talento ou inteligência sofrem a mesma dificuldade. A menos que Deus penetre em suas vidas, estas por si só não irão ao. Jesus surpreendeu a alguns de seus ouvintes ao oferecer salvação ao pobre. Hoje em dia possivelmente surpreenda a alguns oferecer-lhe aos ricos. É difícil para uma pessoa auto-suficiente aceitar sua necessidade e ir ao Jesus, mas "o que é impossível para os homens, é possível para Deus".

    18.26-30 Pedro e os outros discípulos tiveram que pagar um alto preço ao deixar seus lares e trabalhos para seguir ao Senhor. Não obstante, Jesus recordou ao Pedro que lhe seguir tem seus benefícios e também sacrifícios. Qualquer crente que tenha tido que deixar algo para seguir a Cristo terá recompensa nesta vida e na vindoura. Por exemplo, se você deve deixar um trabalho seguro, descobrirá que Deus lhe oferece uma relação mais segura com O agora e sempre. Se sofrer o rechaço de sua família, ganhará o amor da família de Deus. Os discípulos começaram a pagar o preço de seguir a Cristo e O lhes disse que seriam recompensados. Não se fixe no que já deixou; pense no que ganhou e dê obrigado por isso. Nunca daremos mais que Deus.

    18.31-34 Algumas profecias do que aconteceria ao Jesus se acham no Sl 41:9 (traição); Sl 22:16-18 e Is 53:4-7 (crucificação); Sl 16:10 (ressurreição). Os discípulos não entenderam o que Jesus disse. Tal parece que concentraram sua atenção na parte de sua morte e fizeram caso omisso do que mencionou quanto a sua ressurreição. Apesar de que Jesus lhes falou com claridade, não conseguiram captar o significado de suas palavras até que o viram ressuscitado, cara a cara.

    18:35 Freqüentemente, os mendigos esperavam junto aos caminhos perto das cidades, porque eram os lugares mais apropriados para entrar em contato com a gente. Pelo general, os impedidos em alguma maneira não estavam em condições de trabalhar para viver. Não existia tratamento médico para estes problemas e a gente tendia a passar por cima sua obrigação de ajudar ao necessitado (Lv 25:35-38). Esses mendigos tinham muito pouca esperança de sair desta degradante forma de viver. Entretanto, este cego em particular pôs sua esperança no Messías. Sem vergonha clamou procurando ganhar a atenção do Jesus e este lhe disse que sua fé lhe permitiu ver. Não importa quão desesperador seja sua situação, se clamar ao Jesus com fé, O ajudará.

    18:38 O cego chamou o Jesus "Filho do Davi", um título para o Messías (Is 11:1-3). Isto significa que entendeu que Jesus era o Messías tão esperado, enquanto que os líderes religiosos que viram seus milagres permaneceram cegos a sua identidade e se negaram a reconhecê-lo como tal.

    NARRAÇÕES QUE APARECEM SOZINHO NO Lucas

    1.5-80: Sucessos especiais precedem os nascimentos do João o Batista e Jesus

    2.1-52: Feitos da infância do Jesus

    3:19, 20: Herodes encarcera ao João

    4.16-30: Jesus rechaçado no Nazaret

    5.1-11: Jesus proporciona uma pesca milagrosa

    7.11-17: Jesus ressuscita ao filho de uma viúva

    7.36-50: Uma pecador unge os pés do Jesus

    8.1-3: Mulheres viajam com o Jesus

    10.1-18.14: Feitos, milagres e ensinos durante os meses antes da morte do Jesus

    19.1-27: Jesus visita o Zaqueo e depois narra a parábola das dez minas

    23.6-12: Julgamento do Jesus ante o Herodes

    24.44-49: Algumas das palavras finais do Jesus antes de sua ascensão.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Lucas Capítulo 18 do versículo 1 até o 43
    3. duas parábolas sobre a oração (18: 1-14)

    1. O juiz injusto (18: 1-8)

    1 E falou-lhes uma parábola a fim de que eles dever de orar sempre, e nunca desfalecer; 2 ditado: Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava o homem: 3 e havia uma viúva naquela cidade; e ela veio oft-lhe, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. 4 E ele não iria por um tempo, mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, 5 todavia, como esta viúva me, I perturba vingar dela, para que ela não me desgastar por ela não continue a vir. 6 E disse o Senhor: Ouvi o que diz o juiz injusto. 7 E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, e ainda que ele é longânimo para com eles? 8 Digo-vos que ele depressa lhes fará justiça. No entanto, quando o Filho do homem, porventura achará fé na terra?

    O Evangelho de Lucas é o grande Evangelho de oração (ver Introdução ). Capítulo 11 contém a chamada Oração do Senhor e da parábola do amigo importuno à meia-noite. Este capítulo começa com a parábola do juiz iníquo (ou o importuna Widow) ea parábola do fariseu e do publicano.

    O objetivo desta parábola é afirmado no primeiro verse- que eles dever de orar sempre, e nunca desfalecer . Isto está directamente relacionado com o que precede. "A conexão é que, embora o tempo do retorno de Cristo para libertar Seu povo é escondido deles, mas eles devem não cessamos de orar por livramento." Esse mesmo comando para orar continuamente, na sequência de uma declaração de que ninguém sabe a hora de A vinda de Cristo, é encontrado em Lc 21:36 e também em Mc 13:33 . É claro que a oração incessante é o mais importante preparação para a Segunda Vinda.

    A palavra traduzida como deveria é dei , o que significa, literalmente, "é necessário," Esta parábola ensina que a oração persistente não é apenas um direito, mas uma necessidade. Só aqui e no versículo 9 encontramos o propósito e significado de uma parábola dado como um prefácio para ele. Para desmaiar é literalmente "a perder o ânimo." É uma palavra favorita de Paulo.

    A exortação a rezar sempre (conforme 1Ts 5:17 - "Orai sem cessar"). é contrário ao ensino judaico "que Deus não deve ser cansado com oração incessante ... Um homem não deveria orar mais do que três vezes por dia . Orações por hora são proibidos. "

    A descrição do juiz- não temia a Deus, e não consideraram o homem (v. Lc 18:2) -Mostra que ele estava completamente incapacitado para manter esta posição. Ele era um cínico sem consciência moral. Provavelmente, ele é pensado como um Oficial Gentile.

    Na mesma cidade, era uma viúva que veio oft (imperfeito ", continuou vindo") para o juiz com o pedido: Faze-me justiça contra o meu adversário (v. Lc 18:3 ). Arndt e Gingrich traduzir esta: "Veja por que eu recebo justiça contra o meu adversário." No grego há um jogo de palavras que é difícil trazer para fora em Inglês. Vinga e adversário são desenvolvidos a partir da mesma raiz, que significa " justiça. " Adversário propriamente significa "um oponente em uma ação judicial." Parece provável que alguma pessoa rica foi tomar medidas legais contra a pobre mulher, talvez encerrando uma hipoteca sobre a casa dela e ameaçando levá-lo com ela. Jesus acusou os escribas de fazer this- "os que devoram as casas das viúvas, sob pretexto de longas orações" (Mc 12:40 ). Assim, a viúva manteve articulado com o juiz, "Reivindicar meus direitos contra o meu adversário." O status de uma viúva no antigo Oriente foi muito infeliz. Uma e outra vez os israelitas foram advertidos contra as viúvas que oprimem, mas muitas vezes esse pecado cruel foi perpetrado.

    No início, o juiz manteve a recusa (imperfeito) para cuidar do caso da mulher. Mas, finalmente, sua persistência usava-o para baixo. Embora ele não temia a Deus, nem sequer tem respeito pelo homem, mas ele decidiu tomar uma atitude, para que ela não me desgastar por ela não continue a vir (v. Lc 18:5 , literalmente, "chegando ao final)." Esta tradução é melhor do que "cansar-me" (KJV), que é demasiadamente fraca. O verbo em grego é muito forte. Literalmente significa "à greve sob o olhar, dar um olho roxo." Pode ser encontrada somente aqui e em 1Co 9:27 , onde Paulo diz: "Mas eu bater e machucar o meu corpo" (Goodspeed). Provavelmente, a palavra é usada metaforicamente em ambas as passagens, mas somos tentados a admitir a possibilidade de que a mulher exasperado pode literalmente dar ao juiz um olho roxo. Não é provável, no entanto, que isso poderia acontecer.

    Em seguida, Jesus fez a aplicação. Se um juiz injusto iria finalmente se render a súplica persistente, quanto mais que um Deus fiel do amor justiça aos seus escolhidos , que clamam continuamente a Ele (v. Lc 18:7 ).

    O significado exato da última cláusula do versículo 7 - e ainda assim ele é longânimo para com eles -é disputado. Geldenhuys objetos à palavra ainda nesta versão. Será notado que o termo está em itálico, o que indica que não está no original. Ele prefere a versão em Inglês revista (1881), onde se lê: ". E ele é longânimo para com eles" Plummer sugere: "enquanto ele é lento para agir para eles." O Verson Revised Standard dá uma inclinação diferente, colocando isso na forma de uma pergunta: "Será que ele vai atrasar muito tempo sobre eles?" - o que implica uma resposta negativa. Isso parece se encaixar melhor com o que se segue no versículo 8 .

    A parábola termina com uma pergunta inquietante: No entanto, quando o Filho do homem, porventura achará fé na terra? Desde pistis () carrega o artigo definido, alguns tomam isso como "a fé", ou seja, o cristianismo. Outros referem que a confiança pessoal. Geldenhuys diz que ela "refere-se claramente à fé que está aqui a ser discutido-fé em Jesus como o Cristo, o Messias Filho do Homem, através do qual Deus julgará a causa dos eleitos."

    b. O fariseu e do publicano (18: 9-14)

    9 E ele também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e definir desprezavam os outros: 10 Dois homens subiram ao templo para orar; um fariseu, eo outro publicano. 11 O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: ó Deus, graças te dou, que eu não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano. 12 Jejuo duas vezes na semana; Dou o dízimo de tudo quanto ganho. 13 Mas o publicano, estando em pé, não queria levantar muito os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador. 14 Digo -vos que este desceu justificado para sua casa, em vez do que o outro: para todo aquele que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.

    O objectivo desta parábola é também dada (conforme v. Lc 18:1 ). Jesus falou-lo como uma palavra de alerta para certos (escribas e fariseus) que confiavam em si mesmos que eram justos, e definir desprezavam os outros (v. Lc 18:9 ). aviltado é um verbo forte, que significa "desprezo, desdém. "É uma das inúmeras palavras usadas somente por Lucas e Paulo, o que sugere uma influência Pauline definitiva sobre o escritor de Lucas e Atos.

    Dois homens subiram ao templo (v. Lc 18:10 ), que estava situado no Monte Moriá, o chamado "Morro da Casa." Eles foram para orar -provavelmente em um dos horários regulares de oração, 09h00 ou 3 : 12:00 Um dos homens era um fariseu , o outro umpublicano ; ou seja, um "coletor de impostos."

    O fariseu, de pé, orava (v. Lc 18:11 ), literalmente, "tendo tomado sua posição ele estava orando." Ele escolheu um lugar de destaque, onde todos pudessem vê-lo. Ele estava fazendo exatamente o que Jesus ordenou que não se fizessem-desfilando sua piedade (ver notas em Mt 6:1 ​​) para comemorar certas calamidades que tinha acontecido a nação.

    O fariseu, também lembrou o Senhor: dou o dízimo de tudo quanto ganho (e não "possuem," (KJV) A Mishná dá esta imagem de um fariseu: ". Ele dizima tudo o que ele come, tudo o que ele vende, e tudo o que ele compra, e ele não é um convidado com uma pessoa iletrado ", ou seja, ele não corre o risco de comer alimentos que não podem ter sido dizimados.

    Muito pelo contrário foi a atitude do publicano. Estando de longe -Talvez no átrio exterior dos gentios, e não no Tribunal interior de Israel, ele nem sequer olhar para cima. Farrar diz: "Os judeus geralmente estavam com braços abertos, as palmas das mãos viradas para cima, como se para receber os dons do céu, e os olhos levantados." O Salmista exprime vivamente os sentimentos do homem, quando ele escreve: "iniqüidades meus tem como apoderaram de mim que eu não sou capaz de olhar para cima "( Sl 40:12).

    Em vez de levantar os olhos, o homem batia no peito -a forma comum de expressar a dor, em ambos os tempos do Antigo e do Novo Testamento (conforme Lc 23:48 ; Na 2:7 ). Sê misericordioso é literalmente , "ser acalmados." A palavra grega ocorre em outras partes do Novo Testamento apenas em He 2:17 , onde é traduzido, "fazer propiciação" (pelos pecados). A raiz da palavra é o que é usado para o propiciatório, onde expiação era feita anualmente para os pecados do povo por aspersão com o sangue da oferta pelo pecado. O publicano queria que Deus lhe ao encontro com a misericórdia e perdão.

    Jesus declarou que o publicano penitente foi para casa justificado (v. Lc 18:14 ), literalmente, "tendo sido justificada." Seus pecados foram perdoados, e ele foi feito com Deus. Este termo Pauline ocorre cinco vezes em Lucas, apenas duas vezes em outros lugares nos Evangelhos (Mt 11:9 ), duas vezes em Atos, vinte e sete vezes nas epístolas de Paulo (quinze em Romanos e oito em Gálatas), três vezes em Tiago, e uma vez no Apocalipse. Uso freqüente de Lucas novamente mostra influência Pauline.

    O duplo princípio enunciado no verso Lc 18:14)

    15 E eles estavam trazendo-lhe também seus bebês, para que ele as tocasse; mas os discípulos, vendo isso, os repreendiam. 16 Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai as crianças pequenas para vir até mim, e proibi-los Não.: porque de tais é o reino de Deus 17 Em verdade eu vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança, ele deve de maneira nenhuma entrará nele.

    Esta breve mas bonita incidente é encontrado em todos os três Evangelhos sinópticos (ver notas em Mt 19:13 ; Mc 10:13 ). Sobre o único item distintivo no Evangelho de Lucas é a sua mudança de "filhinhos" para bebês , literalmente "crianças". Geldenhuys observa: "Possivelmente a maioria das crianças eram cerca de um ano de idade." Plummer observa: "No primeiro aniversário de sua crianças judias de nascimento às vezes eram trazidos para o Rabino para ser abençoado. " Tocá-los é mais exatamente definido por Mateus- "Que ele deveria colocar suas mãos sobre eles, e orar" (Mt 19:13 ). Esta era, evidentemente, o costume dos rabinos que abençoou as criancinhas.

    Os discípulos repreenderam os que trouxeram as crianças. Eles evidentemente sentiu que o seu Mestre estava ocupado demais para ser incomodado com tais "coisas sem importância". Mas Jesus disse-lhes para "parar proibindo" as crianças para vir a Ele,porque de tais é o reino de Deus (v. Lc 18:16 ). Plummer comenta: "Não são essas crianças, nem todas as crianças, mas os que são de caráter infantil, especialmente em humildade e confiabilidade, que são melhor equipados para o Reino."

    5. O Jovem Rico (18: 18-30)

    18 E um certo príncipe perguntou-lhe, dizendo: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? 19 E Jesus disse-lhe: Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, até mesmo Dt 20:1 ; Mc 10:17 ). Um certo príncipe veio a Jesus, dizendo: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna ? Cristo respondeu: Por que me chamas bom?Jesus estava negando que Ele era bom? Certamente que não. Plummer dá a interpretação correta: "Você supor que eu seja um homem simples, e você não deveria ligar para qualquer ser humano bom. . Esse título eu não posso aceitar, a menos que eu sou reconhecido como Deus "Então Jesus passou a dizer: ninguém é bom, senão um, que é Deus (v. Lc 18:19 ). Este foi enfaticamente a posição dos judeus. Edersheim escreve:

    "... Em nenhuma instância gravada era um rabino judeu tratada como 'Bom Mestre.' "Ele acrescenta:" A designação de Deus como o único "bom" está de acordo com um dos títulos dados a Ele nos escritos judaicos: "o bom do mundo. ' "Em conexão com o fato de que Jesus se refere imediatamente o jovem aos mandamentos (v. Lc 18:20 ), a atenção deve ser chamado para esta declaração no Talmud: "Não há mais nada que é bom, mas a Lei".

    Todos os três sinóticos citar os mesmos mandamentos , exceto que Marcos acrescenta: "Não defraudar." A resposta do governante foi: Todas essas coisas tenho observado desde a minha juventude (v. Lc 18:21 ). Plummer observa: "A resposta apresenta grande ignorância de si e do dever, mas é perfeitamente sincero."

    Então Jesus informou o jovem: Uma coisa te falta (v. Lc 18:22 ). Leany observa: "Este verso é, talvez, o melhor testemunho pelos sinópticos à fidelidade de Paulinism ao evangelho essencial." Lucas reflete claramente o ensinamento de Paulo mais do que os outros Evangelhos.

    Cristo pediu ao jovem rico para vender tudo o que tinha e distribuir aos pobres. Ragg observa que, embora este é "em certo sentido, um conselheiro geral para todos os cristãos", em que "a riqueza material é sempre estar à disposição de Cristo", mas este tinha pedido especial para o governante. Ragg acrescenta: "É renúncia, não a pobreza como tal, isto demandas de discipulado."

    O jovem não passou no teste. Ele foi embora profundamente triste (composto forte em grego), porque ele era muito rico e não estava disposto a entregar os seus bens.

    A afirmação de que é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino (v. Lc 18:25) deve ser tomada pelo seu valor nominal, sem reduzir o camelo a uma corda, nem aumentar o olho da agulha para um portão traseiro nos muros de Jerusalém. Este último parece existir apenas na imaginação de guias modernos. Jesus usou uma hipérbole surpreendente para dirigir a verdade casa mais vividamente e enfaticamente. Plummer diz: "No Talmud um elefante passando pelo buraco de uma agulha é usada duas vezes sobre o que é impossível." Jesus estava falando sobre o que era impossível à parte da graça de Deus, não o que era apenas difícil. Isso é indicado pelo versículo 27 .

    Os discípulos ficaram chocados com as declarações de seu Mestre sobre a dificuldade extrema de um homem rico entrar no Reino. Eles haviam aprendido todas as suas vidas que a prosperidade material era um sinal do favor de Deus. Sua reação foi: " Então, quem pode ser salvo ? "(v. Lc 18:26 ).

    Pedro lembrou seu Mestre que ele e os outros discípulos tinham deixado tudo para segui-Lo (v. Lc 18:28 ). Jesus respondeu que todos os que o tinham feito receberia recompensa abundante nesta vida, mais a vida eterna no próximo.

    6. Terceiro Prediction of Passion (18: 31-34)

    31 E, tomando a si os doze, e disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém, e todas as coisas que estão escritas através dos profetas deve ser realizado até o Filho do homem. 32 Pois ele será entregue à gentios, e escarnecido, e maltratados, e cuspido: 33 e eles açoitá e matá-lo; e ao terceiro dia ressuscitará. 34 E eles não entenderam nada dessas coisas; e esta palavra lhes era encoberta, e perceberam não as coisas que foram ditas.

    Este item importante é encontrada também em Mateus (20, 17-19) e Marcos (10: 32-34 ). Para uma discussão completa, ver os comentários de lá. Lucas acrescenta: e todas as coisas que estão escritas através dos profetas deve ser feito (v. Lc 18:31 ). No encerramento do incidente, ele faz a observação: E eles não entenderam nada dessas coisas; e esta palavra lhes era encoberta, e perceberam não as coisas que foram ditas (v. Lc 18:34 ). Os discípulos ainda estavam cegos espiritualmente. Para um grau triste que compartilhavam a ignorância do seu dia. Geldenhuys diz: "Não há professores judeus ou cristãos daqueles tempos parecem ter entendido as profecias do Antigo Testamento sobre o Servo Sofredor em um sentido messiânico".

    7. Jesus em Jericó (18: 35-19: 28)

    1. Cura do Cego (18: 35-43)

    35 E aconteceu que, como ele se aproximava a Jericó, um cego sentado pela mendicância lado maneira: 36 e ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. 37 Disseram-lhe que Jesus Nazareno passava . 38 E ele clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim. 39 E os que entraram antes repreendeu-o, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais um grande negócio, Filho de Davi , tem misericórdia de mim. 40 E Jesus se levantou, e ordenou-lhe para ser trazido a ele; e quando ele chegou perto e perguntou-lhe: 41 Que queres que eu te faça? E ele disse: Senhor, que eu tenha vista. 42 E Jesus disse-lhe: Receba teus olhos; a tua fé te fez toda. 43 E imediatamente recuperou a vista, e seguiu-o, glorificando a Deus; e todo o povo, vendo isso, dava louvores a Deus.

    Este incidente é registrado nos três primeiros Evangelhos (ver notas sobre Mt 20:29 ; Mc 10:46 ). Um problema de harmonização confronta o direito leitor no início. Mateus e Marcos indicam que a cura do cego ocorreu como Jesus e seus discípulos saíram de Jericó, enquanto Lucas diz que, enquanto ele se aproximava a Jericó .

    Há duas soluções possíveis. A um simples é tomar aproximaram no sentido de "nas imediações do". Ou seja, Lucas é apenas colocar o milagre perto de Jericó.

    A segunda baseia-se no facto de haver mais do que um Jericó. Hoje pode-se visitar os sites de Jericho Testamento Antigo e Novo Testamento Jericho, além de viajar por Jericó moderna. Trata-se de um pouco mais de um quilômetro de distância. Geldenhuys sugere como uma solução "que Bartimeu foi curado de sua cegueira em algum momento depois de Jesus ter passado através de Old Jericho (o local da cidade cananéia), que Ele, então, passou por Nova Jericó (a cidade de Herodes, recentemente construído), onde teve Sua entrevista com Zaqueu. "

    Filho de Davi (v. Lc 18:38) é usado como um título messiânico em Cantares de Salomão (Lc 17:23 ), que foi escrito cerca de 50 BC Plummer diz: ". Isso mostra que ele reconhece Jesus como o Messias"

    Duas palavras gregas diferentes são traduzidas chorou nos versículos 38:39 . O primeiro meio de gritar por ajuda. O segundo é usado para qualquer alto clamor mostrando forte emoção.

    A expressão glorificavam a Deus é encontrado três vezes em Mateus, uma vez que em Marcos (Lc 2:12 ), mas oito vezes em Lucas. Ele se encaixa bem com a ênfase de Lucas sobre a bênção que Cristo e Seu evangelho trazer aos homens.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Lucas Capítulo 18 do versículo 1 até o 43
    A mulher que não desistia (18:1-8)

    E fácil desfalecer quando a socieda-de pútrida em que vivemos (17:
    37) envenena o ar! No entanto, a ora-ção põe-nos em contato com o oxi-gênio puro do céu, e conseguimos seguir em frente. Nessa parábola sobre a oração, Jesus contrasta (não compara) o juiz egoísta com seu Pai celestial. Naquela época, as viúvas pobres que não tinham recursos para subornar as autoridades res-ponsáveis pelo caso tinham muita dificuldade de conseguir justiça. No entanto, essa viúva não desistiría até que o juiz lhe fizesse justiça.

    Agora, se até um juiz egoísta, por fim, atende às necessidades de uma pobre viúva, o amoroso Pai celestial satisfaz muito mais a necessidade de seus filhos quando clamam a ele! Essa parábola não sugere que "incomodemos" Deus até ele agir, mas que não precisa-mos "importuná-lo" porque está pronto e disposto a responder a nossas orações. (Para um argumen-to semelhante, veja 11:5-10.) A vi-úva não tinha advogado, mas nós temos, no céu, o Sumo Sacerdote no trono do Senhor. Ela não tinha promessas, no entanto nós temos uma Bíblia cheia de promessas que podemos reivindicar. Ela era estran-geira, nós somos filhos de Deus! A oração é um privilégio!

  • O pecador justificado (18:9-17)
  • Mais uma vez, temos um estudo de contrastes. O fariseu falou consigo mesmo e a respeito de si mesmo; o publicano orou a Deus e foi ouvido. O fariseu enxergava o pecado dos outros, mas não os próprios peca-dos (7:36-50), enquanto o publica-no concentrava-se em suas necessi-dades e admitia-as abertamente. O fariseu gabava-se; o publicano ora-va. O fariseu saiu um homem pior do que quando chegou; todavia, o publicano foi para casa perdoado.

    Justificado significa "declarado justo". É um termo legal que signi-fica que se destruíram todas as evi-dências e não há registro algum de que já pecamos. Significa também que Deus não mantém mais um re-gistro de nossos pecados (SI 32:1-4; Rm 4:0). Tudo isso nos é concedido pela miseri-córdia do Senhor (Lc 18:13), não por mérito do homem. Somos justi-ficados pela fé (Rm 5:1-45).

    As criancinhas que Jesus acolhe e abençoa (vv. 15-17) contrastam com o orgulhoso fariseu. Nessa parábola, Jesus repreende com ternura os discípulos, pois demonstram um pouco do espírito de orgulho do fari-seu. Entretanto, o publicano, em sua humildade e fé, é como uma crian-ça e ele entra no reino de Deus.

  • O homem jovem que vai embora triste (18:18-34)
  • Quando combinamos os relatos de Mateus, de Marcos e de Lucas, to-mamos conhecimento de que esse homem era jovem, rico e de posi-ção, provavelmente de alguma sina-goga. Era incomum que um homem jovem tivesse essa posição, portan-to ele deve ter tido uma juventude exemplar. Todavia, ele queria a sal-vação nos termos dele, não nos do Senhor; e Jesus não pôde aceitá-lo. Ninguém é salvo por guardar a Lei (Gl 2:21 e 3:21-24; Rm 3:20) ou por se tornar pobre e generoso. Essa foi a forma que nosso Senhor utilizou para fazê-lo enfrentar seu pecado de avareza. É verdade que, no exterior, o homem obedeceu às leis judaicas que Jesus enumera no versículo 20, mas ele esqueceu-se do "não cobi-çarás" (Êx 20:17; e veja Cl 3:5 e Rm 7:7-45). Quebramos todos os manda-mentos se cobiçamos!

    As palavras de nosso Senhor chocaram os Doze, pois, como a maioria dos judeus, eles pensavam que a riqueza fosse uma evidência do favor de Deus. Confiar na rique-za condena a alma, não o fato de possuí-la. Abraão foi um homem muito rico e salvou-se pela fé no Se-nhor, não por causa de seu dinheiro (Gn 15:6). O desejo de adquirir ri-queza e a confiança nela impedem o crescimento da Palavra do Senhor no coração (Mt 13:22), fazem-nos esquecer de Deus (Dt 8:13-5) e cair em muitos tipos de tentações e pecados (1Tm 6:9-54).

    Os versículos 28:30 podem ser conectados aMt 19:27-40 quando viu essa atitude perigosa no coração de Pe-dro ("O que ganharemos com isso?", e não: "O que podemos dar?") a fim de adverti-lo e ao restante dos Doze. Ele prometeu-lhes bênçãos nesta vida e na futura e também os lembrou de sua morte iminente em Jerusalém (vv. 31-34). Se o Senhor deles tinha de sofrer para entrar em sua glória, eles também tinham de sofrer.

  • O homem que seguiu Jesus (18:35-43)
  • Ainda a caminho de Jerusalém, Jesus deixou a antiga cidade de Jerusalém, agora em ruínas, e aproximou-se de uma cidade construída por Hero- des, o Grande, em que encontrou dois cegos (Mt 20:30); o chamado Bartimeu era o mais falante. Será que Bartimeu conseguiu perceber que a multidão que caminhava com Jesus era diferente dos outros grupos de peregrinos que passavam por ali? Sem dúvida, as pessoas que anda-vam com Jesus deviam ser tão dife-rentes que atrafam os outros.

    O cego, como o publicano, cla-mou por misericórdia (vv. 13,39) e não desanimou, apesar da oposição da multidão. Jesus sempre pára quan-do um coração necessitado chama por ele. Os cegos não conseguiam chegar até o Mestre, mas algumas pessoas os ajudaram. No mesmo ins-tante, Jesus curou-os. Os dois segui-ram Jesus e testemunhavam em voz alta o que ele fizera por eles.

    Em Lc 1:46-42, leia o cânti-co de louvor de Maria e veja como diversas declarações do cântico aplicam-se às pessoas que vemos nesse capítulo.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Lucas Capítulo 18 do versículo 1 até o 43
    18:1-8 Como 16,1-8, esta é uma parábola de contraste se um juiz que não teme a Deus ou ao homem pode ser levado a vingar uma viúva importuna, quanto mais a justo juiz do universo (conforme Jc 4:12), No contexto os crentes perseguidos são encorajados a orar confiantes em Deus, durante o intervalo que há entre a ascensão e a segunda vinda de Cristo.

    18.3 Viúva. No AT representa (com os órfãos) os desamparados e destituídos de todos os recursos (Sl 68:5; Lm 1:1).

    18.5 Molestar. lit. "esbofetear", traduzida "esmurro o, meu corpo", 1Co 9:27. • N. Hom. A oração eficaz é:
    1) Fervorosa (Jc 5:16);
    2) Incessante (1Ts 5:17), e
    3) Confiante (1 Jo

    5,15) .
    18.7 Justiça. Isto é, de Deus; será feita por ocasião da volta de Cristo à terra. Escolhidos. Termo usado com exclusividade, no AT, para se referir a Israel, o povo eleito de Deus. Seu paralelismo tal como a palavra "servo" (conforme 1Cr 16:13; Sl 105:6; Is 65:9), une as idéias de responsabilidade e de privilégio. No N.T. é estendido ao novo Israel, à Igreja (cf. 1Pe 2:9).

    18.11 Graças. O contraste com a viúva (3-5) é absoluto. O fariseu não pede nada, na sua presunçosa oração. Sua gratidão não passa de congratular-se a si mesmo.

    18.12 Este fariseu excedia, em muito, os requisitos normais da lei: o de jejuar uma vez ao ano, o de dar o dízimo de apenas algumas espécies insignificantes de renda. A Igreja primitiva adotava dois jejuns às quartas e sextas feiras, conforme Didaché 8.1. Os jejuns judeus eram realizados às segundas e quintas.
    18.13 Sê propício, Gr hilastheti, "sê conciliado", "expiado". No NT e na Septuaginta o termo está relacionada com o propiciatório no lugar santíssimo do templo (conforme Rm 3:25n, He 9:5; Êx 25:17).

    18.14 Justificado. Isto é, por Deus (Rm 1:17n; 5.1). O fariseu, justificando-se a si mesmo, rejeita à justiça gratuita de Deus (conforme Rm 3:20).

    18.16,17 Deixa! vir. Esta seção dá, novamente, a resposta à questão sobre quem herdará o reino. A recepção das crianças, gr brephe, "infantes" não destaca nem a compreensão nem a obediência oriundas da fé, mas a relação de amor para com o Senhor. Receber o reino requer:
    1) Humildade,
    2) Confiança,
    3) Proximidade e
    4) Uma relação pessoal, como a da criança, que revela maior receptividade diante do amor de Cristo. Qualquer impedimento a esse amor será terrivelmente punido (cf.17.12; Mt 18:0).

    18.22 Uma coisa. Cristo mandou somente segui-lo. A renúncia a tudo o que ele possuía era a condição primária para o discipulado. Cristo toca no décimo mandamento não cumprido:, ele era cobiçoso. Tesouro. Conforme 12.34n.

    • N. Hom. 18.23 Muito triste. Causas da tristeza de um jovem valoroso:
    1) Negou-se a corresponder à expectativa do sábio Mestre (conforme Jo 3:3, Jo 3:5),
    2) Rejeitou ao único Mestre que podia guiá-lo (Jo 8:12); e
    3) Afastou-se do único caminho que podia conduzirão à vida eterna (conforme Jo 14:6).

    18.26,27 Quem pode ser salvo? Nem todos são ricos, mas todos amam o mundo (1 Jo

    2,15) . A renúncia de tudo por amor a Cristo é igualmente impossível, tanto para pobres como para, ricos. Toda salvação depende, em, última análise, de Deus (conforme Jo 6:37).

    18.32 Gentios. Pela primeira vez, surge uma menção da participação ativa dos romanos, quando das perseguições a Cristo.

    18.34 Era-lhes encoberto. Ainda que seja esta a sétima predição feita por Çristo acerca de Sua paixão (conforme 5.35; 9.22, 44; 12.50; 13 32:17-25), os discípulos não podem escapar à idéia comum de que o Messias seria Rei terreno e compartilharia a autoridade e a honra do Seu governo com Seus seguidores leais. Se o Espírito Santo não revelasse o plano da redenção, ninguém o perceberia (cf.2Co 4:3, 2Co 4:4, com Lc 24:26s).

    18.35 Ao aproximar-se... Mc 10:46 diz: "quando ele, saía de Jericó". É possível que Bartimeu tenha sido curado entre a velha Jericó (cidade cananéia) e a nova (recente construção de Herodes).

    18.38,39 Filho de Davi. É um título messiânico e indica que já corriam os rumores que culminariam na entrado triunfal de Jesus em Jerusalém (19.28ss). Era perigoso gritar isto nos ouvidos dos governadores romanos.

    18.40 Parou Jesus. A ação do Senhor, é uma repreensão aos que, desprezando o cego mendigo, "o repreendiam" (v. 39). O cego Bartimeu demonstra a lição prática da parábola sobre a oração importuna (v. 1ss).

    18.41 Ver pode ter sentido duplo (física e espiritual), como também "salvou" (conforme 8.36n).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Lucas Capítulo 18 do versículo 1 até o 43
    (3) A parábola do juiz injusto (18:1-8)
    Jesus conta agora mais uma parábola, cujo propósito é claramente anunciado: para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. E a história de um juiz cínico e sem princípios que permanece impassível diante da súplica por justiça de uma viúva, mas que finalmente resolve a causa dela simplesmente porque os seus constantes apelos estão se tornando um aborrecimento para ele.

    Isso é um exemplo excelente da regra de interpretação segundo a qual a lição de uma parábola deve ser encontrada no seu ponto principal, e não nos seus detalhes, pois um juiz que ignora os dois grandes mandamentos, não teme a Deus nem respeita o homem, dificilmente poderia nos ensinar alguma coisa acerca do caráter de Deus. O ensino da parábola está num argumento a fortiori', se um juiz terreno, destituído de todo senso de justiça, cede à inconveniência da viúva por simples fadiga, quanto mais Deus, que gosta de ouvir as orações dos seus filhos, vai ter prazer em responder quando, como nesse caso, a causa for justa.

    v. 8-10. É introduzida uma nota apocalíptica; as verdades do capítulo anterior ainda parecem ocupar a mente de Jesus.
    (4) A parábola do fariseu e o publi-cano (18:9-14)
    Mais uma vez, uma parábola é introduzida por uma indicação de sua interpretação; ela é contada a alguns que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros. Um fariseu orando é contrastado com um dos cobradores de impostos (publicam). O primeiro toma a sua posição e agradece a Deus que, ao contrário de outros homens, ele cumpre tudo o que a lei exige e mais ainda. O cobrador de impostos, por outro lado, claramente aflito e atribulado pelo senso de sua própria indignidade, suplica humildemente a Deus por misericórdia. Este homem, diz Jesus, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus.

    v. 11.0 fariseu, na verdade, não está orando. Ele não pede nada a Deus, e seu agradecimento é mera formalidade. “De relance, olha para Deus, mas se contempla a si mesmo” (Plummer, p. 417). “Ele agradece a Deus pelo que ele é, e não pelo que Deus é” (J. N. Darby, p. 152). v. 12. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho\ Os judeus piedosos faziam questão de jejuar na segunda-feira e na quinta-feira; os fariseus davam o dízimo não somente de suas colheitas, como requeria a lei (Dt 24:22,23), mas até de suas ervas da horta (Mt 23:23). v. 13. A aflição do publicano é vista no fato de ele bater no próprio peito; conforme 23.48. Sua única súplica é sua grande necessidade; conforme Ez 9:19.

    b) O ensino acerca das crianças (18:15-17)

    Gf. Mc 10:13-41; Mt 19:13-40. Essas duas parábolas ocorrem somente em Lucas, mas, no relato do restante da viagem, Lucas novamente segue Marcos. Nesse episódio, os discípulos, sem dúvida querendo poupar o seu Mestre de esforço exagerado, mandam embora crianças que foram trazidas para que ele as abençoasse. Jesus contraria a ordem deles e chama as crianças a si, pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas.

    V. um tratamento mais detalhado no comentário de Mc 10:13-41.

    c)    O homem rico (18:18-30)

    Conforme Mc 10:17-41; Mt 19:16-40. \Jm homem importante pergunta a Jesus acerca da vida eterna e de como se pode obtê-la. A resposta de Jesus sugere que a pergunta é supérflua, pois as ordens estão nos Dez Mandamentos, e todos podem lê-las. O homem afirma que sempre obedeceu a elas, mas mesmo assim sente a necessidade de algo mais. O Senhor, então, diz que no caso dele a barreira são suas posses; ele precisa abrir mão delas e distribuí-las aos pobres. A precisão do seu diagnóstico é demonstrada pela atitude do inquiridor; ele fica triste em virtude das palavras do Senhor, porque era muito rico (v. 23). Seguem ditos acerca das barreiras erigidas pelas riquezas entre seu possuidor e a verdadeira vida espiritual, e acerca da recompensa daqueles que fazem sacrifício das riquezas por amor a Deus.

    v. 18. homem importante'. Os Sinópticos dizem que ele era rico; somente Lucas diz que era importante, e somente Mateus relata que era jovem. v. 22. Marcos acrescenta que “Jesus olhou para ele e o amou”. Ele precisa abrir mão das suas posses não porque a riqueza em si é má, mas porque no caso dele ela o afasta das bênçãos espirituais, v. 25. um camelo'. Não é necessário pensar no fundo de uma agulha como uma porta ou portão dos fundos. A hipérbole é uma figura de linguagem usada com freqüência no ensino do nosso Senhor; conforme 17.6; 6.41; v. tb. Mt 23.24 etc. v. 28,29. Na resposta de Jesus ao comentário de Pedro acerca do que eles, os discípulos, haviam sacrificado, Lucas omite “irmãs” e “terras”, mas acrescenta mulher ao relato de Mateus/Marcos. Em Mateus, o incidente é seguido da parábola dos trabalhadores na vinha (20:1-16). V. tb.comentário de Mc 10:17-41.

    d)    A terceira predição da sua morte (18:31-34)
    A terceira das predições da Paixão registradas pelos Sinópticos é anunciada nesse ponto (Lucas mesmo tem ainda outra: 17.25). Lucas omite o relato da ambição de Tiago e João de ocupar os lugares mais elevados no reino associado à predição em Mateus e

    Marcos. Essa predição é a primeira a associar o sofrimento especificamente a Jerusalém; além disso, Lucas menciona que os sofrimentos ocorrerão em cumprimento da profecia do AT. V.comentário de Mc 10:32-41.

    e) A aproximação de Jerusalém (18.35—19.27)
    (1)    A cura do mendigo cego (18:35-43)

    Conforme Mc 10:46-41; Mt 20:29-40. Finalmente a longa viagem está quase no fim, e eles chegam a Jericó. No portão da cidade, Jesus realiza um milagre de restauração da visão. Um mendigo chama por ele, suplicando por misericórdia. Marcos identifica o cego como Bartimeu; Mateus diz que havia dois cegos. Ele chama Jesus pelo seu título messiânico Filho de Davi, e Jesus pára e lhe pergunta o que ele quer. Ele pede que sua visão seja restaurada; sua oração é respondida com o comentário de Jesus: A sua fé o curou. O resultado do milagre é que não somente o homem é curado, mas também os espectadores louvam a Deus.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Lucas Capítulo 18 do versículo 1 até o 43
    Lc 18:1

    3. AS DUAS PARÁBOLAS ACERCA DA ORAÇÃO (Lc 18:1-42) -Só Lucas é quem registra estas parábolas. O da viúva importuna (1-8) foi narrada aos discípulos como uma seqüência à mensagem precedente, e ensina a necessidade de oração perseverante tendo em vista a segunda vinda. O argumento é este: se um juiz injusto der um julgamento justo no caso de uma viúva desamparada em quem tem interesse devido a seu pedido incessante, quanto mais então um Deus de santidade responderá ao clamor incansável por justiça de Seu próprio povo escolhido. Se Ele não Se interpõe para respondê-los imediatamente, a razão é que Ele é longânimo para com os opressores deles. A parábola do fariseu e do publicano (9-14) foi dirigida a alguns membros do grupo que seguiam a Jesus e que manifestaram um espírito arrogante de justiça própria. Os dois homens eram semelhantes no ato de ir ao templo a fim de orarem, mas bem diferentes no espírito e propósito de suas orações. O fariseu agradeceu a Deus porque não era igual aos outros homens, e recitou ali todas as suas obras meritórias. O publicano rogou, contrito, pedindo misericórdia, como um pecador. Sua oração foi respondida, mas não a do fariseu.

    >Lc 18:3

    Uma viúva (3). Dentre todas as classes, as viúvas eram as mais desamparadas e indefesas no mundo daquela época. Julga (3); ou melhor, "faze-me justiça". Embora pareça demorado em defendê-los (7). Esta frase se refere ao eleito, ainda que possivelmente a seus opressores. Achará porventura fé? (8); lit., "a fé", o tipo de fé que persiste em oração.

    >Lc 18:11

    Posto em pé (11). Esta a postura comum dos judeus quando em oração, porém a palavra parece ter sido usada aqui a fim de indicar que o fariseu teve um lugar conspícuo. Tudo quanto ganho (12); era de sua renda que ele tirava o dízimo, não de seu capital. Estando em pé, longe (13); uma atitude bem diferente da do fariseu. Pecador (13); ou melhor, "o pecador". Ele está pensando só em sua pessoa e não de outros. Justificado (14); isto é, tido como justo. É a palavra que Paulo usa muitas e muitas vezes. Aparece por cinco vezes em Lucas, duas vezes em Mateus, e nem uma só vez em Marcos ou João.

    >Lc 18:15

    4. INCIDENTES NA PERÉIA (Lc 18:15-42) -Nesta altura a narrativa de Lucas junta-se às narrativas de Mateus (Mt 19:13) e Marcos (Mc 10:13). Vide notas nestas referências. Os incidentes registrados são: a bênção das crianças que foram levadas para Jesus (15-17), a entrevista de Jesus com o homem de alta posição sobre o assunto da vida eterna (18-23). Sua conversa com os discípulos acerca disso mais tarde (24-30), e uma predição final do que estava para acontecer a Ele em Jerusalém (31-34).

    >Lc 18:18

    Que farei? (18). A mesma pergunta foi feita pelo doutor da lei em Lc 10:25. Ambos os homens pensaram que a vida eterna podia ser ganha através de alguma ação meritória? Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um só (19). O homem de posição havia usado a palavra bom superficialmente e de modo impensado. Nosso Senhor faz lembrar a ele que Deus é a única fonte de toda a bondade. Até a bondade de Cristo depende de Sua união com o Pai (Jo 5:19). Tudo isso tenho observado (21); não uma afirmativa hipocrítica, mas que revela uma vista superficial do que os mandamentos requerem. Uma coisa ainda te falta (22). Jesus apresenta o teste de renúncia própria ao jovem rico empregando o único modo pelo qual o mesmo poderia entendê-lo. Um camelo... fundo de uma agulha (25). Para as três interpretações possíveis ver Mt 19:24 n. O escritor atual crê ou sente que as palavras devem ser tomadas em seu significado óbvio. Expressam em termos metafóricos o que é naturalmente impossível. Quem pode ser salvo? (26). Os apóstolos quase ficaram desalentados com as palavras do Senhor. Sua resposta significa que a salvação em si mesma, não somente para os ricos mas para todos sem exceção, é um trabalho da graça miraculosa de Deus além do alcance de qualquer esforço humano.

    >Lc 18:32

    Entregue aos gentios (32). É esta a primeira vez em que Jesus os tem mencionado ao anunciar Sua morte. Esta é a terceira e a mais detalhada de Suas predições quanto a Seu sofrimento. Ao terceiro dia ressuscitará (33). Geralmente falando, Jesus anunciou, em seguida a notícia de Sua morte, a predição de Sua ressurreição.

    >Lc 18:35

    5. JESUS EM JERICÓ (Lc 18:35-42) e Marcos (Mc 10:46-41), tem-se a impressão de que dois homens cegos foram curados. Um deles ouviu o grupo de peregrinos entrando em Jericó quando se sentava à beira do caminho para esmolar e então lhe foi dito que Jesus de Nazaré estava passando por ali. No dia seguinte, ele e mais outro homem cego tomaram os seus lugares à margem do caminho onde Jesus estaria deixando Jericó e, tão logo ouviram que o grupo se aproximava, um deles gritou, apelando para Ele como o filho de Davi. A multidão ressentiu essa interrupção, porém Jesus fez com que eles fossem levados para perto dEle e recompensou então a sua fé, dando-lhes a vista novamente. Filho de Davi (38). O emprego desse título messiânico subentendia uma fé bem forte da parte do homem cego. O povo havia somente se referido a Ele como Jesus de Nazaré (37).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Lucas Capítulo 18 do versículo 1 até o 43

    99. oração persistente para o retorno do Senhor (Lucas 18:1-8)

    Agora Ele estava dizendo-lhes uma parábola para mostrar que em todas as vezes que eles devem orar e não desanimar, dizendo: "Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus e não respeitava o homem. Havia uma viúva naquela cidade, e ela continuou chegando a ele, dizendo: 'Dá-me justiça contra o meu adversário. " Por um tempo ele não estava disposto;mas depois disse consigo mesmo: 'Embora eu não tema a Deus nem respeito homem, todavia, porque esta viúva me incomoda, vou dar-lhe proteção jurídica, caso contrário, por continuamente vem ela vai vestir-me.' "E o Senhor disse: "Ouvi o que o juiz injusto disse; agora, Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, e Ele vai atrasar muito tempo sobre eles? Digo-te que Ele fará justiça para eles rapidamente. No entanto, quando o Filho do Homem vier, encontrará fé sobre a terra "(18: 1-8)?

    A Bíblia ensina tanto por preceito e exemplo que a oração abrange muitos assuntos diferentes. Por exemplo, o Antigo Testamento registra inúmeras orações para as pessoas e suas necessidades. Abraão orou para que Deus faria Ismael, seu herdeiro (Gn 17:18), para que Deus poupou Sodoma e Gomorra (Gênesis 18:23-32), e para ele se curar Abimeleque e sua família (Gn 20:7). Davi orou para a recuperação de seu filho recém-nascido (2 Sam. 0:16), e por Salomão quando ele assumiu o trono (1Cr 29:19). Elias orou para que o Senhor levante filho de uma viúva dos mortos (I Reis 17:20-21), e Eliseu fez o mesmo para o filho da mulher sunamita (2Rs 4:33). Job orou a Deus para perdoar seus amigos (42:8-10). Moisés orou para que Deus poupasse Aaron, curar Miriam (Nu 12:13.), E levante as pragas do Egito (Ex 8:12-13, 30-31; Ex 9:33; 10 (Dt 9:20.). : 18-19).

    O Antigo Testamento também registra oração oferecida para a nação de Israel como um todo, por Davi;, Daniel (Dan 9: 3-19.) (2Sm 24:17 Sl 25:22..), Ezequiel (Ez 9:1), Esdras (Esdras 9:5-15), Ezequias (II Reis 19:14-19), Josué (Josh 7: 6-9), Moisés (Ex. 32: 11-13., 31-32; 34 .: Ex 34:9; Nm 11:1-2; 13 4:14-19'>14: 13-19; Nu 21:7), Neemias (Ne 1:4-11), Samuel (1Sm 7:5; 1Sm 12:23), Salomão (I Reis 8:22-54), e o povo de Israel (02:23 Ex 14:10; Jz 3:1; 1Sm 12:101Sm 12:10; Ne 9:27); seu servo orou para que Deus faça a sua missão para encontrar uma esposa para Isaque um sucesso (Gn 24:12); Jacó orou para que Deus o livraria de Esaú (Gn 32:9-12); Moisés orou para que ele iria encontrar favor aos olhos de Deus (Ex 33:12-13.) E que Deus iria revelar a Sua glória a ele (v 18.); Ana orou por um filho (1 Sam. 1: 10-11, 1Sm 1:27); Davi orou pedindo ajuda e libertação de aflição (Sl 18:6; 69:. Sl 69:1, Sl 69:13, Sl 69:29), assim como os filhos de Corá (Sl. 88: 1-2); Ezequias orou para que Deus poupasse sua vida (II Reis 20:2-3); e Jonas orou para que Deus iria livrá-lo do afogamento (Jonas 2:2-10). Davi (Sl 25:18; 32:. Sl 32:5; 51), Daniel (Dn 9:20.), E Manassés (II Crônicas 33:11-13.) Orou a Deus para perdoar seus pecados.

    O Novo Testamento também registra orações para as necessidades dos indivíduos. Jesus orou por seus discípulos (João 17), para a fé de Pedro (Lc 22:32), para que Deus perdoasse aqueles que o crucificaram por aquilo que tinha feito (Lc 23:34), e para as crianças que foram trazidos a ele (Matt . 19:13); Paulo orou para Filemon (Fm 4:6.), Timóteo (2Tm 1:3); João rezou pela saúde de Gaio (III João 1:2); as várias igrejas que Paulo ministraram a orou por ele (At 13:3; 2Co 1:112Co 1:11; Ef 6:19; Fp 1:19; Cl 4:1; 1Ts 5:251Ts 5:25; 2 Ts 3:.. 2Ts 3:1), e ele orou por eles (Rom. 1: 9-10; 2Co 13:72Co 13:7; Ef 1:1 ; Filipenses 1:3-4, Fp 1:9; Cl 1:1, Cl 1:9; 1 Tessalonicenses 1:. 1Ts 1:2; 1Ts 3:10; 2 Tessalonicenses 1: 11-12)..Epafras rezaram para a igreja de Colossos; Pedro e João orou para que os samaritanos seria preenchido com o Espírito Santo (Atos 8:14-15).

    Além disso, a Escritura ordena oração para governantes civis (1Tm 2:2), e pecadores perdidos em geral (1Tm 2:1).

    Mas um elemento muitas vezes esquecido da oração é a oração para o retorno do Senhor Jesus Cristo, que o apóstolo João suplicou por em Ap 22:20 e uma oração todos os crentes devem orar (v. 17). É esse tipo de oração que é o tema da parábola do Senhor, o que pode ser examinada em quatro categorias: A ilustração, a intenção, a interpretação, e da Inquisição.

    A ILUSTRAÇÃO

    "Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus e não respeitava o homem. Havia uma viúva naquela cidade, e ela continuou chegando a ele, dizendo: 'Dá-me justiça contra o meu adversário. " Por um tempo ele não estava disposto; mas depois disse consigo mesmo: 'Embora eu não tema a Deus nem respeito homem, todavia, porque esta viúva me incomoda, vou dar-lhe proteção jurídica, caso contrário, por continuamente vem ela vai vestir-me. "(18: 2 5)

    A definição para a ilustração do Senhor é uma certa fictícia cidade . Embora a história é inventada, a situação descrita Jesus era um muito familiar para os ouvintes, que tinha muita experiência com viúvas necessitadas (Lucas tomou um interesse particular em viúvas [Lc 2:37; 4: 25-26; Lc 7:12 ; Lc 20:47; 21: 2-4; At 6:1, At 9:41]) e com juízes injustos.

    O Senhor caracterizou este juiz como um que não temia a Deus e não respeitava o homem. Essa descrição foi usada na literatura antiga para descrever as pessoas mais perversas e rebelde, que não tinham respeito por aquilo que Deus ordenou ou as pessoas esperavam. Este homem era, em última análise e consummately imoral. Ele não se comoveu com reverência ou adoração, ou por compaixão ou simpatia.Ele não tinha nenhum interesse no primeiro mandamento, amar a Deus, ou o segundo mandamento, amar o próximo. Não só ele foi mau, mas ele também estava confortável com a sua corrupção, sua ostentação no versículo 4, "Eu não temo a Deus, nem o homem respeito", revela. Sua confissão é consistente com sua reputação. Aqui era o tipo mais imoral do homem na posição mais importante da responsabilidade moral; um juiz cujo desrespeito a Deus e ao homem tinha implicações de longo alcance para todos os que vieram antes de sua bancada.

    O tribunal que ele presidia não era um tribunal religioso, mas um civil. Ele não se pronunciou sobre as questões importantes da lei do Antigo Testamento e as tradições religiosas, mas sobre a aplicação da lei, para os assuntos da vida cotidiana (conforme Mt 5:25;. Lc 12:14). No entanto, ele tinha o dever muito grave diante de Deus para cumprir a lei com justiça e demonstrar simpatia e compaixão com a sabedoria. Depois de nomeação dos juízes nas cidades de Judá, o rei Josafá ordenou-lhes,

    "Considere o que você está fazendo, para que você não julgue para o homem, mas para o Senhor, que é com você quando você fazer um julgamento. Agora, então deixe que o temor do Senhor esteja com você; ter muito cuidado o que você faz, porque o Senhor nosso Deus não terão parte na injustiça ou parcialidade ou a tomada de um suborno "(II Crônicas 19:6-7.).

    Mas apesar de sua responsabilidade muito séria diante de Deus, os juízes eram muitas vezes corrupto. Através do profeta Amós, Deus indiciado juízes de Israel:

    Eles odeiam ao que na porta os repreende, e abominam ao que fala com integridade. Portanto, visto que impor aluguel pesada sobre os pobres e exato um tributo de trigo-los, apesar de você ter construído casas de pedra bem talhadas, mas você não vai viver nelas; você plantou vinhas desejáveis, mas você não vai beber o seu vinho. Pois eu conheço as vossas transgressões são muitos e os vossos pecados são grandes, você que sofrimento do justo e aceitar subornos e desviar os pobres no portão. Portanto em tal tempo a pessoa prudente mantém em silêncio, porque o tempo será mau. Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e, portanto, que o Senhor Deus dos Exércitos estar com você, como você disse! Odiar o mal, amai o bem, e estabelecer a justiça na porta! Talvez o Senhor Deus dos exércitos pode ser piedade do resto de José. (Amós 5:10-15)

    Alfred Edersheim escreveu a respeito de juízes corruptos de Israel, "wit judaica designado eles, por um jogo de palavras, como Dayyaney Gezeloth -Robber juízes, em vez de seu título real da Dayyaney Gezeroth(Juízes de proibições, ou então de punições) ... O Talmud ... os acusa de ignorância, a arbitrariedade e cobiça, de modo que por um prato de carne que querem perverter a justiça "( O Vida and Times de Jesus o Messias [Grand Rapids: Eerdmans, 1974], 2: 287).

    Entrepō ( respeito ) significa "ser confundido." cultura do Oriente Médio, então como agora era uma vergonha e cultura baseada honra. Pessoas procuraram fazer o que lhes traria honra pública e evitar a todo custo fazer qualquer coisa que lhes trariam vergonha pública. Bom comportamento social foi incentivado por apelar a vergonha de uma pessoa, tanto quanto a expressão contemporânea, "Shame on you!" Faz. Assim, a ponto de a expressão não respeitou o homem é que este juiz não se envergonhava diante das pessoas. Ele não tinha vergonha; ele não poderia ser confundido. Porque ele não tinha reverência a Deus e nunca poderia fazer nada que possa levá-lo a sentir vergonha de seu comportamento para com as pessoas, ele era imune a qualquer recurso à justiça ou justiça. Ninguém poderia movê-lo para fazer o que era certo.

    Em sua corte veio uma viúva de que cidade. Ela havia sido seriamente defraudado por alguém e, como resultado, ela foi destituído. Por causa disso , ela continuou chegando a ele, dizendo: "Dê-me justiça contra o meu adversário." Sua persistência indica que sua situação financeira estava desesperado e precisava que era dela por direito. Além disso, sua destituição estendido além das questões financeiras. Ela não só foi desprovido de recursos materiais, mas, evidentemente, não havia nenhum homem em sua vida para cuidar dela na ausência de seu marido. Tribunais eram da província de homens e mulheres vieram lá somente quando não havia ninguém disponível para defender seu caso. Esta viúva representa aqueles que estão sozinhos, desamparados, impotente, impotente, não amado, cerva, e desesperada.

    O Antigo Testamento ensinou que viúvas estavam a ser tratados com justiça e misericórdia. Ex 22:22 proibida afligem uma viúva (conforme Is 1:23; Jr 7:6 ordenou que eles sejam tratados de forma justa. Em Is 1:17 Deus instruiu Seu povo a "implorar por [lit.," disputar ", ou" lutar "] a viúva", enquanto Dt 10:18 diz que Deus "faz justiça ... a viúva" (conforme Sl 68:5; Pv 15:25.) e Dt 27:19 adverte: "Maldito aquele que distorce a justiça devido um estrangeiro, órfão e da viúva." Elifaz, um dos Jó faria —Seja conselheiros, Job insultado por falsamente acusando-o de ter "enviado viúvas embora de mãos vazias" (22:9). Com base nos ensinamentos do Antigo Testamento, o juiz fictício foi obrigado a fazer algo para ajudar a esta viúva, se não em uma base legal (embora ela aparentemente tinha a lei do seu lado, uma vez que ela pediuproteção legal de seu adversário ), então puramente na base da misericórdia. Ele, no entanto, era totalmente indiferente, insensível e sem compaixão para com ela.

    Sua necessidade desesperada fez a viúva implacável e determinado em sua busca da justiça devido ela, então ela ia ter com o juiz, provavelmente em uma base quase diária, exigindo que ele dar suaproteção legal de seu oponente. Ela insistiu para que ele reconheça o validade da sua queixa e emitir um veredicto apenas em seu favor. Inicialmente, ele não estava disposto a ajudá-la, mas, eventualmente, sua persistência desgastaram sua resistência. Irritado com os constantes pedidos disse para si mesmo: "Mesmo que eu não temo a Deus, nem o homem que diz respeito, todavia, porque esta viúva me incomoda, vou dar-lhe proteção jurídica, caso contrário, por continuamente chegando ela vai vestir-me." Ele afirmou, como mencionado acima, o seu desdém absoluto tanto para Deus e os homens, negando assim qualquer motivo nobre para o que ele estava prestes a fazer. Ele decidiu dar esta viúva a proteção legal que ela pediu apenas porque ela o incomodava. Sua continuamente chegando para ele era mais do que ele poderia lidar e ameaçou usar ele para fora. Hupopiazō ( desgaste ) significa literalmente "à greve no rosto", "para tratar aproximAdãoente", ou "bater preto e azul." Paulo usado —lo em 1Co 9:27 para falar da grave auto-disciplina que ele impôs a si mesmo. A viúva foi figurativamente espancar o juiz. Embora as mulheres eram impotentes em que a cultura dominada por homens, eles eram respeitados e honrados. Por causa disso, eles poderiam fugir com o comportamento que não seria tolerada em um homem. A dificuldade e aborrecimento que ela fez com que ele foi implacável, e não ia parar até que ele concordou. No final, o juiz poderoso e aparentemente impenetrável estava desgastado pela persistência dos fracos, viúva desamparada. Ele decidiu dar-lhe a proteção legal (do verbo ekdikeō ; "para reivindicar", ou "executar justiça") que ela pediu.

    A INTENÇÃO

    Agora Ele estava dizendo-lhes uma parábola para mostrar que em todas as vezes que eles devem orar e não desanimar, (18: 1)

    Antes Ele contou esta parábola , Lucas deu o seu ponto. O Senhor estava dizendo a seus seguidores (17:22) que em todos os momentos que devemos orar e não desanimar. Esta história de ficção continua Seu discurso sobre a segunda vinda, que começou em 17:22. A lição de Jesus é que os crentes devem continuamente orar e não desanimar enquanto esperam seu retorno.

    O Senhor sabia que haveria um longo (pelo cômputo humano, e não de Deus; conforme 2Pe 3:8;.. 1Ts 5:171Ts 5:17). Como observado acima, o contexto (ver também v. 8) indica que a oração em vista é especificamente para o retorno de Cristo (conforme 11:. 2; Mt 6:10; Ap 6:9-10). Na verdade, esse tipo de oração é parte dos meios de trazer sobre a segunda vinda, uma vez que a oração é um meio que Deus usa para realizar a Sua obra.

    A doutrina da segunda vinda traz conforto, promove uma vida santa, e esporas evangelismo. Ele tem implicações na forma como os crentes ver tudo o que possuem, como eles vivem suas vidas e como eles rezam. Prevalecendo, oração persistente para o retorno do Senhor dirige o coração para deixar as coisas deste mundo que passa e amar aparecendo de Cristo (2Tm 4:8). Isso deveria ser uma característica definidora da vida de cada cristão.

    A INTERPRETAÇÃO

    o Senhor disse: "Ouça o que o juiz injusto disse; agora, Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, e Ele vai atrasar muito tempo sobre eles? Digo-te que Ele fará justiça para eles rapidamente. (18: 6-8a)

    A frase que o Senhor disse introduz explicação de Cristo dessa história no contexto de seu retorno. Começou por contrastando o injusto (corrupto injusto desonesto,) ficcional juiz com o verdadeiro Deus, que é santo, justo e íntegro. O juiz foi cruelmente indiferente a situação da viúva. No entanto, no final, desgastado pela sua determinação persistente para forçar a justiça devido a ela, ele finalmente cedeu e fez a coisa certa, ainda que por motivos puramente egoístas.

    Em um argumento contrastando o menor com o maior, Jesus perguntou: "Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, e Ele vai atrasar muito tempo sobre eles?" Os eleitos, como a viúva, são impotentes, e à mercê de Deus como seu juiz. Mas o corrupto, o juiz iníquo não era nada como Deus. No entanto, mesmo que ele era indiferente às exigências da justiça e misericórdia, ele finalmente, com relutância, e para o seu próprio interesse egoísta, fez o que era certo para uma pessoa por quem ele não tinha sentimentos. Quanto mais Deus, que ama a Sua própria perfeição, fazer o que é bom para eles, a quem Ele escolheu de "antes da fundação do mundo" (Ef 1:4;. Ap 6:10)? Ele é o único, em contraste com o juiz injusto ", que julga retamente" (1Pe 2:23); que disse: "Minha é a vingança, eu retribuirei" (Rm 0:19.); e cuja "julgamentos são verdadeiros e justos" (Ap 19:2; 1Pe 3:201Pe 3:20).. Deus está trazendo salvação a seus eleitos; Sua paciência é para sua redenção (2Pe 3:15). Uma vez que todos os eleitos foram reunidos, Ele vai satisfazer tanto a Sua justiça e glorificá-los. Quando Deus faz justiça aos seus escolhidos Ele vai fazê-lo de repente e rapidamente, como pergunta retórica do Senhor, Ele vai atrasar muito tempo sobre eles? indica.

    A INQUISIÇÃO

    No entanto, quando o Filho do Homem vier, encontrará fé sobre a terra? (18: 8b)

    Jesus conclui esta seção fazendo esta pergunta pensativo. Quando Ele voltar, Ele vai encontrar alguém orando fielmente na ânsia para a segunda vinda? Qualquer que amarem a sua vinda? Quem gritar: "Maranatha" ("vem Senhor") (1Co 16:22)?

    Alguns pensam que a escatologia, a doutrina das últimas coisas, é mera especulação sensacionalista com pouco valor prático. Mas, como o ensinamento do Senhor nesta passagem indica, nada poderia estar mais longe da verdade. Relações de Paulo com a igreja nascente em Tessalônica enfatiza ainda mais a importância e valor prático de ensino sobre o fim dos tempos. Do apóstolo duas epístolas a eles revelam que no breve tempo que passou com eles (conforme Atos 17:1-2), ele ensinou-lhes uma escatologia surpreendentemente abrangente (2Ts 2:5, 2Pe 3:14; 1 João 3:1-3). Conhecendo o fim da história encoraja os cristãos a "sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que [seu] trabalho não é vão no Senhor" (1Co 15:58).

    Verdadeiros cristãos vivem na esperança, esperando ansiosamente para a promessa do retorno de Cristo para ser cumprida. Para o efeito, Oração para a Sua glória e honra a ser revelado. Essa oração é uma mudança de vida.

    100. Quem pode estar bem com Deus? (Lucas 18:9-14)

    E Ele também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos que eram justos, e viram os outros com desprezo: "Dois homens subiram ao templo para orar: um, fariseu, o outro cobrador de impostos. O fariseu, de pé e estava orando isso para si mesmo: 'Deus, eu te agradeço porque não sou como as outras pessoas: roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes por semana; Eu pago o dízimo de tudo quanto ganho. " Mas o publicano, estando em pé de distância, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! " Digo-vos que este homem foi justificado para sua casa, em vez do que o outro; para todos que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado "(18: 9-14).

    A questão mais crucial voltado para todas as pessoas é a forma como ele ou ela pode se reconciliar com Deus. Inúmeras religiões feitas pelo homem, filosofias e visões de mundo tentar responder a essa pergunta, mas, no final, só há duas possibilidades: as pessoas podem dar-se bem diante de Deus, ou eles não podem. Toda religião que jamais existiu, exceto para a religião de realização divina revelada na Escritura, foi baseado em humano conquista-estar moralmente bom (para os padrões humanos), juntamente com a realização de rituais e cerimônias. A noção popular é a esperança vã e condenável que a salvação das pessoas é baseada na ilusão de suas boas ações superam seus maus. Como eu escrevi em um volume anterior desta série comentário,
    Sempre houve, mas dois sistemas de religião no mundo. Um é o sistema de realização divina de Deus, eo outro é o sistema do homem da realização humana. Uma delas é a religião da graça de Deus, o outro a religião das obras dos homens. Uma delas é a religião de fé, o outro a religião da carne. Uma delas é a religião do coração sincero e o interno, o outro a religião da hipocrisia e da externa. Dentro do sistema do homem são as milhares de formas e nomes religiosos, mas eles são todos construídos sobre as realizações do homem e da inspiração de Satanás. Cristianismo, por outro lado, é a religião da realização divina, e está sozinho ...
    Jesus salientou repetidamente duas coisas: a necessidade de escolher se quer seguir a Deus ou não, e o fato de que as escolhas são duas e apenas duas. Há duas portas, o estreito ea ampla; dois caminhos, o estreito e amplo; dois destinos, vida e destruição; dois grupos, os poucos e os muitos; dois tipos de árvores, o bom eo mau, que produzem dois tipos de fruta, o bom eo mau; dois tipos de pessoas que professam a fé em Jesus Cristo, o sincero e falso; dois tipos de construtores, o sábio eo insensato; duas fundações, a rocha e areia, e duas casas, o seguro eo inseguro. ( Mateus 1:7 , A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 1985], 451, 452)

    O padrão que Deus exige é a perfeição absoluta através de perfeita obediência à Sua lei. Em Mt 5:48 Jesus ordenou: "Deveis ser perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito". O Senhor estava reiterando a ordem de Deus no Antigo Testamento: "Sede santos, porque eu sou santo" (Lv 11:45). Fazendo o padrão divino ainda mais inatingível é a realidade que se aplica não apenas à obediência externa, mas também para a obediência interna do coração (Mat. 5: 21-47). Que a obediência deve ser completa. Tiago escreveu: "Aquele que guardar toda a lei, mas tropeça em um só ponto, tornou-se culpado de todos" (Jc 2:10). Obviamente, o padrão divino é impossível para as pessoas se encontrarem. Em resposta à pergunta dos discípulos: "Quem pode ser salvo?" (Mt 19:25), Jesus respondeu: "Com as pessoas isso é impossível, mas a Deus tudo é possível" (v. 26).

    As seções anteriores do evangelho de Lucas concentraram-se na vinda do Senhor Jesus Cristo e Seu reino (17: 20-18: 8). Esse reino na sua forma actual é um reino espiritual, no qual Cristo reina nos corações daqueles crentes justificados que colocaram sua confiança nEle. Ele voltará um dia para estabelecer Seu literal, reino terreno milenar. Depois que o reino de mil anos, Ele estabelecerá o reino eterno, os novos céus e da nova terra. Somente aqueles que estão no reino espiritual será nos reinos terrenos e eternas.
    A discussão do reino levanta a questão básica, fundamental e crucial de como se entra no reino espiritual. Como alguém pode se reconciliar com Deus? Como pode um pecador ser aceitável para o Deus infinitamente santo? Essa é a questão que Jesus dirigiu nesta história.

    A questão não é fácil de responder. Como observado acima, o Antigo Testamento ensina claramente que Deus é absolutamente santo, e chama as pessoas para ser santo. No entanto, é impossível para os pecadores, ao tornar-se santo e justo por conta própria. Jr 13:23 pergunta: "Pode o etíope mudar a sua pele ou o leopardo as suas manchas? . Então você também pode fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal "Alguns capítulos depois, Deus declarou:" O coração é mais enganoso do que todas as coisas, e desesperAdãoente corrupto; quem o pode ouvir "(Jr 17:9:. Sl 143:2; conforme 1Rs 8:461Rs 8:46; Pv 20:9)..

    Porque as pessoas são totalmente incapazes de justificar-se perante Deus, no Antigo Testamento, como o New, ensina que a justificação é somente pela fé (Gn 15:6;. Conforme Sl 32:1:

    Se alguém tem uma mente que confiar na carne, eu muito mais: circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível.

    Devido a essas credenciais, Paulo "foi excedia em judaísmo a muitos dos [seus] contemporâneos entre os [seus] compatriotas, sendo mais extremamente zeloso [seus] tradições ancestrais" (Gl 1:14). Mas depois de sua salvação perspectiva de Paulo mudou radicalmente, como ele escreveu aos Filipenses:

    Mas tudo o que para mim era lucro, essas coisas que eu considerei perda por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, tendo em vista o valor de excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas, e as considero como lixo, para que eu possa ganhar a Cristo. (Fp 3:7-8.)

    Mil e quinhentos anos depois, outra figura de destaque na história da igreja também veio a perceber a futilidade de tentar obter a justiça por seus próprios esforços:
    No século XVI, um monge alemão chamado Martin Luther sentou-se na torre do Mosteiro Negro em Wittenberg, meditando sobre a perfeita justiça de Deus. Embora fosse o mais escrupuloso dos monges, atendendo confissão por horas a cada dia, buscando o perdão para os mínimos dos pecados, ele percebeu que a norma de justiça perfeita foi absolutamente inatingível. Ele pensou em justiça divina como um implacável, implacável, vingando ira e acreditava que seu estado era desesperador. Contando a experiência que transformou a sua vida, ele disse mais tarde:

    Essa expressão "justiça de Deus", foi como um raio no meu coração ... Eu odiava Paulo com todo o meu coração quando eu li que a justiça de Deus se revela no evangelho [Rom. 1: 16-17]. Só depois, quando vi as palavras que se seguem, ou seja, que está escrito que o justo viverá pela fé [01:17] —e além consultado Augustine 1 foi aplaudido. Quando eu soube que a justiça de Deus é a sua misericórdia, e que ele nos torna justos através dele, um remédio foi oferecido para mim na minha angústia.

    O remédio Luther encontrada foi a doutrina da justificação pela fé. Sua descoberta lançou a Reforma e pôr fim à Idade das Trevas. O que Lutero veio a perceber é que a justiça de Deus, revelada no evangelho, é contado integralmente para a conta de todos que se volta para Cristo na fé arrependido. Própria justiça de Deus torna-se, assim, o terreno em que os crentes se diante dele. (John Macarthur, O Evangelho Segundo Jesus , revista e ampliada Edition [Grand Rapids: Zondervan, 1994], 196)

    Não importa o quão zeloso que pode ser para Deus (Rm 10:2).

    Tragicamente, a maioria dos fariseus, ao contrário de Paulo e Lutero, nunca fez a descoberta de que a entrada para o reino de Deus não pode ser adquirida por realização humana. Eles permaneceram sickeningly, obnoxiously farisaico-tanto assim que eles viram outros, que eles consideravam ser menos justo do que eles eram, com desprezo. Exoutheneō ( desprezo ) significa "desprezar", "para tratar como se de nenhuma conta, "" para considerar sem valor ou sem valor. "Em sua outra apenas para uso nos Evangelhos, que descreve o tratamento de zombaria Jesus recebeu nas mãos de Herodes e seus soldados (Lc 23:11). Em At 4:11, Pedro usou para descrever a rejeição de desprezo das autoridades judaicas de Jesus.

    A mensagem do Senhor para que as pessoas não podem ganhar o seu caminho para o reino de Deus estendida para além Sua audiência imediata. É um âmbito universal, e serve como um aviso para todos os que buscam a salvação através de uma religião retidão de obras ou sistema de crença.

    A ANALOGIA CONTRASTANDO

    "Dois homens subiram ao templo para orar: um, fariseu, o outro cobrador de impostos. O fariseu, de pé e estava orando isso para si mesmo: 'Deus, eu te agradeço porque não sou como as outras pessoas: roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes por semana; Eu pago o dízimo de tudo quanto ganho. " Mas o publicano, estando em pé de distância, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! " (18: 10-13)

    Não há ninguém a devoção religiosa fariseu teria sido mais do que desprezo de um pária, irreligiosa cobrador de impostos (conforme 3:12; 5: 27-30; 7:29, 34; 15: 1; 19: 2). Os dois homens foram opostos polares, eles eram o mais piedoso e mais ímpio; dos mais respeitados e os membros mais desprezados da sociedade judaica.

    Na história do Senhor, os dois homens subiram os degraus para o templo para orar, quer no momento da manhã (9:12 AM ), ou, mais provavelmente à noite (3:12 PM ), sacrifício. Após os sacrifícios expiatórios tivesse sido feita, oração e adoração poderia ser oferecido. A cena teria sido algo familiar para os ouvintes de Jesus; era natural para as orações a ser oferecido no templo, a "casa de oração" (Is 56:7).

    fariseu, de pé enquanto orava, já de pé foi uma das posturas aceitáveis ​​de oração (Gn. 24: 12-14; 1Sm 1:261Sm 1:26), juntamente com sentado (Jz 21:1; Ed 9:5), curvando-se (Ex. 34: 8-9), deitado de barriga para baixo (Ez 9:1; Mt 26:39), com as mãos erguidas (Sl 28:2; Jo 17:1). Mas enquanto orava em pé era aceitável, fazendo assim a ser percebido pelos homens não foi (conforme Mt 6:5). O mais provável, no entanto, a idéia aqui é que ele estava se concentrando sua oração na direção de si mesmo de uma forma auto-congratulação. Esta não era uma oração a Deus.Ele não lhe deu louvor, e pediu nada dele; sem misericórdia, graça, perdão, ou ajuda. Seu pomposo, declaração arrogante, Deus, eu te agradeço porque não sou como as outras pessoas, era pura hipocrisia.Foi uma declaração inequívoca de Deus da sua dignidade e auto-justiça; do que ele era e tinha conseguido por conta própria. Ele expressou sua confiança de que a sua própria virtude era suficiente para ele ter um relacionamento com Deus.

    Para ter certeza de que ninguém, incluindo Deus, perdeu o ponto, o fariseu passou a comparar-se favoravelmente com a ralé da sociedade judaica: vigaristas (ladrões), injustas (cheaters, pessoas desonestas), e os adúlteros (pecadores sexuais imorais). Esses tipos de párias pecaminosos foram frequentemente associados com os cobradores de impostos.

    Naquele momento, o fariseu notado um exemplo perfeito de exatamente o tipo de pessoa que ele foi não-um cobrador de impostos. O fariseu, teria manteve a distância de tal pessoa impura, com medo de que ele inadvertidamente tocá-lo e tornar-se cerimonialmente contaminado. Tal isolamento físico foi uma declaração do fariseu de sua superioridade espiritual para as pessoas comuns os fariseus consideravam "malditos" (Jo 7:49). Ele e seus companheiros fariseus, considerou-se distante das pessoas comuns, associando apenas um com o outro. Este pode ter se perguntado por que o cobrador de impostos não tinha sido levada para fora com as outras pessoas impuras (conforme Mishná, Tamid 5.6).

    Não contente em dizer que ele não era, o fariseu queria que todos (incluindo Deus) para saber o que ele era. Ele então começou a listar suas credenciais religiosas, contrastando-se com o cobrador de impostos irreligiosa. Embora o Antigo Testamento prescrito apenas um rápido, em preparação para o Dia da Expiação (Lev. 16: 29-31), os fariseus jejuamos duas vezes por semana (normalmente na segunda-feira e quinta-feira). Ele teve o cuidado de pagar o dízimo de tudo que ele recebeu, indo além do dízimo exigido na lei do Antigo Testamento para incluir tais minúcias como "hortelã, do endro e do cominho" (Mt 23:23) e "rue e todo tipo de jardim de ervas "(Lc 11:42).

    Sua, a oração de auto-promoção ostentação era típico dos fariseus, como William Hendriksen observa:
    A oração farisaica, que data de cerca do tempo de Jesus contou esta parábola, funciona da seguinte forma:
    "Graças te dou, Senhor Deus meu, que tu tens atribuído a minha sorte com aqueles que se sentam na casa de aprendizado, e não com aqueles que se sentam nas esquinas [isto é, cambistas e comerciantes].Para eu me levanto cedo e eles levantar cedo: eu me levanto cedo para estudar as palavras da Torá, e se levantam cedo para assistir a coisas sem importância. Eu me cansar e eles se cansem: eu me cansar e ganhar assim, enquanto eles se cansem sem ganhar nada. Eu corro e eles correm:. Eu corro para a vida do mundo vindouro, enquanto eles correm em direção ao poço da perdição "( Comentário do Novo Testamento: Exposição do Evangelho segundo Lucas [Grand Rapids: Baker, 1978], 820)

    Jesus condenou orar, jejuar e dízimo destina-se apenas para "fazer uma boa exibição na carne" (Gl 6:12.) No Sermão da Montanha (Mt 6:1-18.).

    O segundo personagem na história de Jesus manifesta uma atitude radicalmente diferente à do fariseu orgulhoso. Seu auto-reflexão o levou a humildade abjeta, que foi revelado pela primeira vez por sua localização. Ao contrário do fariseu, que estava tão perto do lugar santo como ele poderia obter, o cobrador de impostos foi de pé a alguma distância à margem da multidão. Este homem estava ciente de que ele era indigno de estar na presença de Deus, ou mesmo em que dos justos. Ele era um pária, não só aos seus próprios olhos, mas o mais importante em Deus.

    A postura do cobrador de impostos, também manifestou a sua mansidão. Ao contrário do fariseu, que estava orgulhosamente exibindo sua suposta virtude e da espiritualidade, ele foi ainda queria levantar os olhos ao céu. Oprimido com culpa e vergonha, ele tinha um sentido avassalador de sua própria indignidade e alienação de Deus. Seu pecado, desobediência, e ilegalidade trouxe dor, juntamente com o medo e pavor do castigo merecido.

    Sua humildade também é visto em seu comportamento; ele estava batendo no peito. Quando eles oravam, o povo judeu, por vezes, colocar as mãos sobre o peito e colocar os olhos para baixo. Mas este homem fez algo incomum. Cerrando os punhos, ele começou a bater no peito rapidamente e repetidamente em um gesto usado para expressar a tristeza mais extremo e angústia. Existe apenas uma outra referência nas Escrituras para esta prática. Lc 23:48 registra que depois da morte de Cristo na cruz "todas as multidões que se reuniram para este espetáculo, quando observaram que havia acontecido, começou a voltar, batendo no peito." O gesto reconheceu que o coração é a fonte de toda a mal (conforme Gn 6:5; Jr 7:24; Jr 16:12; 17:.. Jr 17:9; Mt 12:34; Mt 15:19; Lc 6:45).

    Por fim, as palavras que o cobrador de impostos falou revelar sua humildade. Ao contrário do fariseu, este verdadeiro penitente, na verdade, dirigiu a sua oração a Deus. Ele se referiu a si mesmo e não como um pecador, mas como o pecador. Suas palavras são uma reminiscência de declaração de Paulo em 1Tm 1:15, "É uma declaração de confiança, merecendo completo aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal de todos. "confissão inequívoca do coletor de impostos da sua pecaminosidade extrema e profunda mostra que, em comparação com os outros, ele via a si mesmo como o pior pecador de todos.

    Embora fossem pólos opostos em termos de seu status na sociedade, o cobrador de impostos eo fariseu tinha muito em comum em suas crenças. Ambos compreenderam o Antigo Testamento para ser a revelação de Deus; ambos acreditavam em Deus como Criador, Legislador e Juiz, que é santo e justo, e ao mesmo tempo misericordioso, bondoso e compassivo. Ambos acreditavam no sistema de sacrifício, o sacerdócio, expiação e perdão de Deus pelo pecado. Houve uma diferença crucial, no entanto: o coletor de impostos se arrependeu e pediu perdão pela fé, enquanto o fariseu não se arrependeu, mas buscou seu perdão através de suas boas obras.
    O cobrador de impostos expressou sua fé arrependido em seu fundamento, "Deus, tem misericórdia de mim." Misericordioso traduz uma forma do verbo hilaskomai , que significa "apaziguar", "para fazer propiciação", e "a dar satisfação." Em sua outra apenas para uso Novo Testamento, descreve Cristo fazer propiciação pelos pecados do seu povo (He 2:17). Ele estava pedindo a Deus para ser propício e apaziguado em direção a ele. Este não foi um apelo geral para a misericórdia, mas sim que Deus iria prover expiação por ele. Isso viria no sacrifício do Senhor Jesus.

    A RESPOSTA CONFUNDIMENTO

    Digo-vos que este homem foi justificado para sua casa, em vez do que o outro; (18: 14a)

    Esta declaração deslumbrante pelo Senhor chocou os legalistas em sua audiência, absolutamente demolidora suas sensibilidades teológicas. Dedikaiōmenos ( justificada ) é um particípio passivo perfeito que significa literalmente Além disso, Jesus não recorreu à autoridade rabínica "tendo sido permanentemente justificado."; Sua declaração vos digo que afirmou sua autoridade divina absoluta. Aqui está soteriology som de Deus encarnado.

    Sem quaisquer obras, de mérito, dignidade, manter a lei, realização moral, realização espiritual, ritual, penitência, as boas obras, ou qualquer outra actividade meritória, este pecador culpado foi pronunciado imediatamente e permanentemente justos. A única justiça aceitável a Deus é a justiça perfeita que nenhuma quantidade de esforço humano pode ganhar. Uma vez que não pode ser conquistada, Deus dá-lo como um presente para os pecadores penitentes que colocam sua confiança nEle. Mas o orgulho farisaico do fariseu, e aqueles que, como ele, só aumentou a sua alienação de Deus. Seu monólogo apenas solidificou sua confiança em sua própria justiça, e ele deixou em um estado mais miserável em seguida, quando ele veio. Expiação é inútil para a auto-justos.
    O trabalho de Jesus na cruz não é mencionada na história porque ela ainda não tinha ocorrido. A salvação do cobrador de impostos era um Antigo Testamento, a conversão de pré-Cruz. Mas, de qualquer idade, a justiça ea justificação são concedidos por Deus, independentemente das obras, através da aplicação do sacrifício expiatório de Cristo, antes e depois de sua morte e ressurreição.

    A AXIOM CENTRAL

    para todos que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado "(18: 14b).

    Jesus fechou a sua história com um truísmo ou provérbio. Exaltado , neste contexto, é sinônimo de salvação; para estar no reino espiritual. Em seu uso Antigo Testamento, somente Deus é verdadeiramente homens exaltados e só Deus pode exaltam, que são incapazes de exaltar-se ao seu nível. Assim, todo aquele que se exalta será humilhado , no sentido mais severa da palavra; esmagado na perda eterna e punição. O caminho da auto-exaltação termina em juízo eterno; "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes" (Jc 4:6)

    E eles estavam trazendo ainda seus bebês para ele para que ele as tocasse, mas os discípulos, vendo-o, começaram repreendê-los. Mas Jesus os chamou, dizendo: "Deixa os filhos para vir a Mim, e não as impeçais, porque o Reino de Deus pertence aos que como estes. Em verdade vos digo que, quem não receber o reino de Deus como uma criança não entrará nele em tudo "(18: 15-17).

    Todos os pais cristãos têm sido atribuída a responsabilidade por Deus para "trazer [seus filhos] na disciplina e na admoestação do Senhor" (Ef 6:4), e viver Cristo-loving vidas antes eles.

    Tudo isso é para levar as crianças para a salvação quando tiverem idade suficiente para se arrepender e crer. Mas o que aconteceu antes de chegar nessa idade? Como Deus vê-los? Esta passagem é fundamental para o entendimento. Nele, o Senhor Jesus Cristo revela como Deus vê as crianças pequenas em relação ao Seu reino. O texto pode ser analisado em quatro categorias: a configuração do texto, a bronca pelos discípulos, o cuidado especial para as crianças, e a analogia salvação.

    O AJUSTE DO TEXTO

    E eles estavam trazendo até mesmo seus bebês para ele para que ele as tocasse, (18: 15a)

    As referências a ele nos versículos 16:17 mostram que esta seção continua a discussão do Senhor do reino de Deus, que começou em 17:20. A questão urgente que teria surgido na mente dos ouvintes de Cristo é, Quem vai estar no reino? A quem o reino pertence? A passagem anterior (vv. 9-14) responde à pergunta de quem não vai estar no reino. Ironicamente, foi aqueles que foram os mais convencidos de que eles estariam na mesma: os empreendedores religiosos elevados, principalmente os fariseus e os seus seguidores. Eles foram enganados em acreditar que sua ascendência abraâmica, auto-justiça, a moralidade externa, a devoção a observação rituais e cerimônias, e mantendo escrupuloso das minúcias da lei que lhes são assegurados entrada no Reino de Deus (veja o capítulo anterior deste volume).

    Mas, na realidade, o oposto é verdadeiro. Aqueles que entram no reino são aqueles que sabem que não podem alcançar a justiça por seus próprios esforços. Eles estão bem conscientes de seus pecados e, como o coletor de impostos em Lucas 18, contrita e remorso confessar os seus pecados e clamar a Deus por perdão eles não merecem. Somente essas pessoas, Jesus declarou: serão justificados pela graça (18:14).

    A transição do versículo 14 ao versículo 15 é natural e lógico. Ninguém melhor ilustra a realidade de que só os humildes que conseguiram nada de mérito entrar no reino do que crianças. Ninguém tem conseguido menos moralmente e religiosamente do que eles; ninguém tem menos conhecimento ou a obediência à lei, ou menos devoção a Deus. Assim, crianças ilustram perfeitamente o princípio de que Deus salva pecadores além de suas realizações. Enquanto o orgulho e auto-justos são excluídos do reino,-são crianças incluídas crianças-e aqueles que se aproximam do reino como.
    Esta foi mais uma repreensão impressionante por nosso Senhor dos fariseus e seu sistema religioso retidão de obras, que dominou a cultura judaica. Em tal sistema, a idéia de um bebê de entrar no reino era absurda. Os bebês não entendeu a lei nem praticou, e eram, portanto, incapaz de realizar quaisquer obras meritórias com que para ganhar a salvação.
    Este incidente, como o anterior, é uma história de vida real. O significado deste breve relato é evidente a partir de sua inclusão, tanto de Mateus (19, 13-15): evangelhos, assim como aqui em Lucas e Marcos (13-16) 10. Alguns pais, preocupados com o bem-estar espiritual de seus filhos, estavam trazendo até mesmo seus bebês a Jesus para que Ele iria tocá-los. Era comum as crianças judias para receber uma bênção dos anciãos da sinagoga ou rabinos proeminentes. O relato de Mateus revela que este incidente aconteceu na frente de uma grande multidão, provavelmente contados em milhares (Mt 19:2; Mc 10:1). Além disso, Deus considera todos os bebês para ser Seu (Ez. 16: 20-21). Como o Deus encarnado, o Senhor Jesus Cristo freqüentemente demonstrado amor divino para as crianças. Por exemplo, em Mateus 18:1-6 Ele segurou uma criança em seus braços (como Ele fez aqui; conforme Mc 10:16), enquanto ensinava a importância da fé infantil. Na Sua entrada triunfal, Ele respondeu a desafiar o indignadas dos líderes judeus, citando o Antigo Testamento, dizendo: "Da boca de crianças e bebês de enfermagem Você preparou elogios para Yourself" (Mt 21:16). Ao longo de seu ministério Jesus mostrou compaixão para com os doentes, os agoniado, o faminto, e os perdidos. Para deixar de mostrar compaixão para com as crianças, o objeto especial de amor para adultos, teria prejudicado toda a compaixão que marcou seu ministério.

    Jesus não era simplista sentimental sobre crianças. Ele sabia que eles eram pecadores, e poderia ser mal-humorado, teimoso, egoísta e rebelde. Na verdade, Ele não só usou para ilustrar a fé infantil que marca os do reino, mas também a teimosia rebelde que marca aqueles que não são (Matt. 11: 16-19). Mas, por causa de Seu amor compassivo evidente para as crianças, os pais me senti muito confortável em trazer seus filhos para Jesus, na esperança de Sua bênção traria favor divino em suas vidas.

    A REPREENSÃO PELOS DISCÍPULOS

    mas os discípulos, vendo-o, começaram repreendê-los. (18: 15b)

    Apesar de trazer seus filhos para Jesus era importante para os pais, que não era nada, mas uma obstrução insignificante para os discípulos. Viram-no como um, desnecessária, interrupção sem importância intrusiva para o ministério de seu Senhor, então quando eles viram isso, eles começaram a repreender o ansioso . pais repreendendo traduz uma forma do verbo epitimaō , que descreve uma repreensão forte ou censura (o substantivo relacionado epitimia é traduzida como "castigo" em 2Co 2:6) repreendeu os discípulos por suas suposições erradas e os esforços para frustrar a intenção dos pais. O Senhor enfaticamente ordenou aos discípulos que permitem que as crianças venham a Ele, tanto positiva, "Deixa os filhos para vir a Mim", e negativamente, "não as impeçais".

    A razão impressionante o Senhor deu a Sua preocupação especial para as crianças é que o reino de Deus pertence aos que como estes. Isto é, uma declaração inequívoca sem ressalvas, permitindo sem exceções ou limitações, e em frente à visão predominante dos judeus. Jesus não limitá-la aos filhos de judeus fiéis que faziam parte da aliança, ou para crianças circuncidados que manifestam o sinal da aliança (ou a todas as crianças que são batizados). Nem era Jesus por um ato soberano dispensa salvação especial só para aquelas crianças nessa ocasião particular, como o uso da palavra toioutōn ( como estes ) em vez de toutois ("estes") indica. As crianças aqui refere-se a todos os que são incapazes de acredito Salvadora porque elas não atingiram a condição de responsabilidade pessoal (a idade em que isso acontece varia de criança para criança). Até aquele momento em que a lei eo evangelho pode fazer o seu trabalho, eles estão sob cuidados especiais de Deus.

    Como mencionado acima, isso não significa que as crianças não são pecadores; todas as pessoas são pecadores nascidos. "Eis que eu nasci na iniqüidade", disse Davi ", e em pecado me concebeu minha mãe" (Sl 51:5; 1Rs 8:461Rs 8:46; Sl 143:1:. Sl 143:2; Pv 20:9; Ec 7:20; Is 48:8). A realidade que crianças morrem prova que eles são pecadores e não moralmente neutra. Mas em uma criança, o pecado ainda não desenvolveu na medida em que produz resistência consciente à lei e à vontade de Deus.

    A realidade que o reino de Deus pertence aos que, como esses meios que até que atinjam a condição em que eles são responsáveis ​​perante Deus para a obra da lei em sua consciência e possa compreender a verdade do evangelho, as crianças estão sob assistência da graça de Deus. Esse cuidado é realizado quando crianças morrem. Isso não quer dizer que todas as crianças são salvas, em seguida, perdeu no momento da prestação de contas. De fato, quando Jesus disse que o reino de Deus pertence aos que, como estes, Ele estava se referindo à forma atual do reino, que é espiritual (o reino da salvação). As crianças que morrem antes de atingir a condição de prestação de contas são então fixados no reino para sempre.

    A Bíblia apoia explicitamente essa implicação de que as crianças que morrem antes de se tornar responsável diante de Deus são salvos e reunidos em Sua presença. Essas crianças são inocentes aos olhos de Deus. Em Dt 1:39 Deus se refere às crianças de Israel como aqueles "que hoje não têm conhecimento do bem ou do mal." Ele informou Jonah que Ele estava retendo o julgamento em Nínive, em parte por causa das crianças de lá que não tinham idade suficiente para " saber a diferença entre a sua mão direita e esquerda "(Jn 4:11). Essas crianças não têm verdadeira compreensão do bem e do mal. Eles não têm a compreensão da lei de Deus e, portanto, não tem sentido de desobediência ou culpa por violá-lo. Porque eles não sabem o que é certo e errado, eles não são culpados por suas ações e são inocentes diante de Deus (conforme Jer. 19: 4-5, onde Deus chamou as crianças sacrificadas aos deuses pagãos "inocente"). Como RA Webb escreveu,

    Se um bebê morto foram enviados para o inferno em nenhuma outra conta do que a do pecado original, haveria uma boa razão para a Mente Divina para o julgamento, porque o pecado é uma realidade. Mas a mente da criança seria um branco perfeita quanto à razão do seu sofrimento. Sob tais circunstâncias, seria conhece o sofrimento, mas não teria nenhuma compreensão da razão de sua sofrimento. Ele não poderia dizer-se por que era tão terrivelmente ferido e, consequentemente, todo o sentido e significado de seus sofrimentos, sendo a ele um enigma consciente, a própria essência da pena estaria ausente e justiça estaria decepcionado, traído de sua validação . ( A Teologia da Salvação infantil [Richmond, Va .: Comissão Presbiteriana de Publicações, 1907], 42)

    Lamentando sua miséria e sofrimento, disse Job,

     

    Por que eu não morrer no nascimento,
    Saiam do útero e expirar?
    Por que me receberam os joelhos,
    E por que os seios, que eu deveria sugar?
    Por agora eu teria deitado e quieto;
    Eu teria dormido então, eu teria ficado em repouso,
    Com reis e com conselheiros da terra,
    Quem reconstruído ruínas para si;
    Ou com os príncipes que tinham ouro,
    Quem foram enchendo suas casas de prata.
    Ou como um aborto que é descartado, eu não seria,
    Como as crianças que nunca viram a luz.
    Há os maus cessam de fúria,

    E há os cansados ​​em repouso. (3:11-17)

     

    À luz do seu sofrimento, Job senti que teria sido melhor para ele ter sido um aborto ou uma criança natimorta e ter, assim, entrou no descanso celestial.

    Talvez o exemplo mais útil no Antigo Testamento da salvação de crianças que morrem é encontrado em II Samuel 12. Depois pecados horríveis de Davi de cometer adultério com Bate-Seba e, em seguida, matar o marido em uma tentativa fracassada para encobri-lo, ele foi repreendido por o profeta Natã. Depois de Davi confessou o seu pecado (v. 13), Nathan garantiu-lhe o perdão de Deus, mas informou que uma das consequências do seu pecado foi que seu filho com Bate-Seba morreria (14 v.). Durante sete dias, o rei distraído jejuou e orou para a vida de seu filho. Quando ele percebeu que a criança estava morta, Davi "surgiu a partir do chão, lavou-se, ungiu-se, e trocou de roupa; e ele entrou na casa do Senhor, e adoraram. Em seguida, ele foi para a sua casa, e quando ele pediu, puseram comida diante dele e ele comeu "(v. 20). Seus servos atônitos ", disse-lhe: 'O que é essa coisa que você tem feito? Enquanto a criança estava viva, você jejuou e chorou; mas quando a criança morreu, você se levantou e comeu comida '"(v. 21). Davi explicou que enquanto a criança ainda estava vivo, havia esperança de que Deus iria ceder e poupar sua vida (v. 22). Mas depois que a criança morreu, não havia outro ponto em jejum (v. 23).

    Então Davi disse confiante no final do versículo 23, "Eu irei com ele, mas ele não vai voltar para mim." Ele sabia que, depois de sua morte, ele estaria na presença de Deus (conforme Sl 17:15) , ea certeza de que ele iria se reencontrar com seu filho no céu garantiu para ele conforto e esperança.

    Em contraste, quando o seu filho adulto rebelde Absalão morreu, Davi estava inconsolável (2 Sam. 18: 33-19: 4). Ele sabia que depois que ele morreu, ele iria se reencontrar com seu filho por Bate-Seba.Mas Davi sabia que não havia tanta esperança de um reencontro após a morte com Absalão, o assassino (13 22:10-13:33'>2 Sam. 13 22:33) e se rebelam.

    Ao abençoar os filhos naquele dia, Jesus afirmou o ensino do Antigo Testamento; o Senhor abençoa aqueles que pertencem a ele, não a Satanás, como todos os pecadores responsáveis ​​fazer (Jo 8:44).Quando os bebês morrerem, suas almas serão recebidos no céu. Os que não morrem ao vivo sob gracioso, proteção compassivo especial de Deus até chegar ao ponto onde eles entendem bem e do mal e tornar-se responsável pela lei e evangelho. Em seguida, seu destino eterno vai depender de seu arrependimento e fé, para a qual Deus irá responsabilizá-los.

    A salvação de crianças que morrem tem sido o ensino da Igreja durante séculos. O grande reformador João Calvino escreveu:
    Essas crianças pequenas ainda não tem nenhum entendimento para desejar a sua bênção; mas quando eles são apresentados a ele, ele suavemente e gentilmente os recebe, e dedica-os ao Pai por um ato solene de bênção ... Para excluir da graça da redenção aqueles que estão de que a idade seria muito cruel ... é presunção e sacrilégio para dirigir longe do rebanho de Cristo aqueles a quem ele nutre no seu seio, e fechou a porta, e excluir como estranhos aqueles a quem ele não quer ser proibido de chegar a ele. ( comentário de um Harmonia de Mateus, Marcos e Lucas [Edinburgh: A Sociedade Calvin Translation, 1845], 2: 389, 390, 391)

    O teólogo observou século XIX Charles Hodge escreveu: "De tais [crianças] Ele nos diz que é o reino dos céus, como se o céu era, em grande medida, composto das almas de crianças resgatadas" ( Teologia Sistemática [Reprint; Grand Rapids : Eerdmans, 1979], 1:27). BB Warfield, o teólogo reverenciado e Princeton do século XIX definitiva, também argumentou que a Escritura ensina a salvação das crianças:

    Seu destino é determinada independentemente de sua escolha, por um decreto incondicional de Deus, suspenso para a sua execução em nenhum ato de sua própria; e sua salvação é operada por uma aplicação incondicional da graça de Cristo para suas almas, por meio da operação imediata e irresistível do Espírito Santo antes e independentemente de qualquer ação de suas próprias vontades próprias ... E se a morte na infância independe na providência de Deus, é seguramente Deus em Sua providência que seleciona essa vasta multidão a ser feita participantes de Sua salvação incondicional ... Este é apenas para dizer que eles são incondicionalmente predestinados para a salvação, desde a fundação do mundo. Se apenas uma única criança morrendo na infância ser salvo, todo o princípio Arminiano é atravessado. Se todas as crianças que morrem como são salvos, não só a maioria dos salvos, mas, sem dúvida, a maior parte da raça humana, até então, entraram em vida por uma via não-arminiano. (Citado em Loraine Boettner, A Doutrina Reformada da Predestinação [Phillipsburg, NJ: presbiterianos e reformados, 1980], 143-44)

    A ANALOGIA SALVAÇÃO

    Em verdade vos digo que, quem não receber o reino de Deus como uma criança não entrará em tudo isto. "(18:17)

    Esta breve analogia é baseada na verdade ilustrado por este incidente. Jesus introduziu-o com a afirmação de ênfase, em verdade vos digo que (conforme Mt 18:1; Mt 19:14; Mc 10:15). Ponto do Senhor é simples: quem não receber o reino de Deus como uma criança não entrará em tudo isto. As crianças são o melhor exemplo de como as pessoas são salvas. Como eles, os redimidos são salvos pela graça soberana de Deus, apesar de sua ignorância espiritual e falta de quaisquer realizações que merecem a salvação.

    Enquanto seus filhos estão sob o cuidado especial de Deus é o melhor momento para os pais para evangelizá-los. Como eles podem tirar melhor proveito desses anos? Em primeiro lugar, por ensinar seus filhos a verdade do evangelho, como mãe e avó de Timóteo fez por ele (2Tm 1:5)

    A governante questionou, dizendo: "Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" E Jesus disse-lhe: "Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus. Sabes os mandamentos: "Não adulterarás, Não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe '." E ele disse: "Todas essas coisas que eu tenho observado desde a minha juventude." Quando Jesus ouviu isso, disse-lhe, "Uma coisa que você ainda não têm; vender tudo o que você possui e distribuí-lo aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me. "Mas quando ele tinha ouvido falar dessas coisas, ele ficou muito triste, porque era extremamente rica. E Jesus olhou para ele e disse: "Como é difícil para quem é rico entrar no reino de Deus! Pois é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus. "Os que ouviram dizer:" Então, quem pode ser salvo? "Mas Ele disse:" As coisas que são impossíveis com as pessoas são possíveis a Deus. "Pedro disse:" Eis que nós deixamos nossas próprias casas e te seguimos. "E disse-lhes:« Em verdade vos digo que, não há ninguém que tenha deixado casa, ou mulher ou irmãos, ou pais, ou filhos, por amor do reino de Deus, que não receberá muitas vezes mais neste momento e, no mundo por vir, a vida eterna "(18: 18-30).

    As referências para a vida eterna que encerrem essa passagem (vv. 18,
    30) revelam que, para ser o tema convincente com que a história está em causa. Todos os cristãos são beneficiados pela aprendizagem do próprio Senhor como responder corretamente para aqueles que mostram interesse em seu próprio destino eterno. O coração da lição é que o pecador deve ser levado a entender o custo necessário para receber a vida eterna.

    Obviamente, ninguém estava mais preocupado com o risco da superficialidade do que o Senhor Jesus era (conforme Jo 2:23-25; Jo 6:66), e um estudo cuidadoso dos Evangelhos mostra que, à luz do que a preocupação, Ele consistentemente deixou clara a dificuldade aqueles que pretendem entrar no reino enfrentou (conforme Lc 13:24; 13 40:7-14'>Mt 7:13-14.; Mt 10:38; Mt 11:12; Lucas 16:24-25). O encontro do Senhor com este jovem rico, influente é um relato clássico Dele abordar a questão do verdadeiro custo do discipulado.

    A questão aqui se concentra em arrependimento e submissão ao Senhor. O Senhor não aceitou seu interesse superficial desconectado das atitudes necessárias coração de penitência e submissão, porque a salvação vem para aqueles que não só têm um entendimento correto do Salvador, mas também avaliar corretamente a condição de seus pecadores, corações orgulhosos e buscar o perdão oferecendo completa obediência.
    O significado central dessa história é clara. Não importa o que alguém pode acreditar, ninguém entra no reino sem humildemente confessando seu pecado e pela fé submeter completamente ao senhorio soberano de Jesus Cristo. A salvação é mais do que simplesmente acreditar os factos relativos ao evangelho; que envolve o que as pessoas acreditam sobre as suas próprias naturezas pecaminosas e autoridade do Salvador. A salvação genuína requer reconhecer que se pode agarrar a nada neste temporal mundo que passa, mas deve estar disposto a deixar ir de qualquer coisa o Senhor demandas soberanos.

    Jesus deu a este homem a escolha entre ele e Cristo, entre o orgulho e posses hipócrita, e entre as prioridades pessoais e abandono total à vontade do Senhor. Sem uma avaliação adequada do seu coração e uma vontade de abandonar o seu orgulho em suas realizações religiosas e abandonar suas posses e ambições, ele não poderia ser salvo. O teste o Senhor deu-lhe revelado que ele amava a si mesmo e suas posses mais do que Cristo e, portanto, não poderia ser seu discípulo (conforme Lucas 9:23-25; 14: 26-27, Lc 14:33).

    A escolha que ele fez foi surpreendente, porque à primeira vista este jovem parecia ser o candidato perfeito (veja a discussão abaixo). Nenhum pré-evangelismo era necessária nesse caso; os obstáculos típicos que impedem as pessoas de virem para o reino de Deus parecem já foram eliminados. Ele estava pronto e ansioso, e compreendeu a sua necessidade. Além disso, ele tinha chegado à fonte divina por uma resposta, buscando o Filho de Deus. De acordo com a metodologia evangelística contemporânea, Jesus deveria ter encontrado a linguagem apropriada e condições aceitáveis ​​para mover esta perspectiva quente para a salvação. Mas, em vez de encontrar condições aceitáveis ​​para ele, Jesus introduziu termos a ele que ele encontrou absolutamente inaceitável. E a parte incrível da história é que, como boa uma perspectiva que ele parecia ser, na realidade, ele era um, ilegítima, falso candidato superficial egocêntrica, que deixou Jesus rejeitar o caminho para a vida eterna. E ele precisava saber disso.

    Os Evangelhos Sinópticos todos (conforme Mt 19:16-30; Mc 10:1 para ilustrar que entra no reino e quem não tem. O confronto pode ser abordado a partir de tanto o lado humano eo lado divino, e concluiu com o comentário do Senhor sobre o resultado.

    O LADO HUMANO

    A governante questionou, dizendo: "Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" E Jesus disse-lhe: "Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus. (18: 18-19)

    Como mencionado acima, este jovem parecia ser uma perspectiva infalível, por várias razões.

    Em primeiro lugar, ao contrário do fariseu em Lucas 18:9-14, ele reconheceu a sua necessidade. Ele estava ciente de que ele não tem a vida eterna de Deus em sua alma, nem a esperança do céu. Apesar de todas as suas realizações, o suficiente religiosas para fazer dele um governante 21 (mais provável de uma sinagoga, e, como tal, o mais espiritual, moral e religiosamente homem impressionante em que sinagoga) —e sua pretensão de ter obedecido a lei (v. ), o que ele procurou por toda a sua religião e moral estava ausente em sua vida (conforme Nicodemos em João 3:1-3). Em vez de ser calmo e confiante, ele estava inquieto e ansioso. Ele queria alívio do peso esmagador do legalismo, ea certeza da presença de Deus que traz esperança, paz, alegria, contentamento e uma esperança confiante do céu.

    O que ele buscava era a vida eterna, que o povo judeu entendido como uma espécie ou qualidade de vida, em vez de apenas uma duração de vida. Viram-no como que a vida que o próprio Deus possui e dá aos Seus filhos. A vida eterna é possuir a vida de Deus, e para ter um profundo conhecimento de Deus (Jo 17:3). Sua pergunta não foi um mero teológico abstrato, mas um honesto sério, procura para a solução para o seu vazio espiritual.

    Em terceiro lugar, ele veio para a pessoa certa. Muitos dos que procuram olhar vida espiritual verdadeira para ele nos lugares errados; a igreja errada, religião errada, ou o professor errado. Este homem, no entanto, veio para a única fonte de vida, o Senhor Jesus Cristo, que é Ele mesmo a vida eterna (1Jo 5:20).

    Ao tratar respeitosamente Jesus como Bom (gr. agathos ; bom em essência ou por natureza) Professor, ele elevou-Lo acima de outros professores e associado Ele com Deus, o único que é bom (v. 19).Qualquer outra coisa que ele pode ter conhecido ou acreditava sobre ele, afirmou Jesus para ser um professor e um exemplo da verdade divina. Possivelmente, ele esperava que Jesus seria o único que poderia dizer a ele como para possuir a vida eterna que ele procurava.

    Finalmente, em elogiando ele, ele chegou ao ponto de fazer a pergunta certa: "O que devo fazer para herdar ou tomar posse ? a vida eterna " De acordo com seu sistema legalista de justiça própria, ele procurou que um bom trabalho indescritível que iria empurrá-lo por cima para alcançar a vida eterna para si mesmo. Quando o Senhor Jesus foi uma pergunta semelhante em Jo 6:28 Ele respondeu: "Esta é a obra de Deus, que creiais naquele que por ele foi enviado" (v. 29). Há a questão foi a necessidade de crer nEle. Aqui, no entanto, este homem já estava preparado para crer em Jesus como a fonte da vida eterna, se ele gostou dos termos (conforme Jo 3:3-4).

    Mas o Senhor onisciente sabia que ele tinha uma falha fatal que revelaria seu desejo de ser falsa e enganosa. Por isso, Ele respondeu à pergunta do homem com um de seus próprios. "Por que você me chama bom?" Ele perguntou a ele. "Ninguém é bom senão Deus." Jesus não era, é claro, negando Sua divindade, como alguns dos cultos pretende. Isso teria contradito Suas afirmações diretas de ser Deus (eg, João 5:17-18; Jo 8:24, Jo 8:58; 10: 30-33). Pelo contrário, Jesus estava desafiando este homem para explicar por que ele chamou de bom, sabendo que só Deus é verdadeiramente bom, a menos que ele estava conectando-o a Deus. E se ele se afirmar que Jesus era de Deus, foi ele então disposto a obedecê-Lo?

    O LADO DIVINO

    Sabes os mandamentos: "Não adulterarás, Não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe '." E ele disse: "Todas essas coisas que eu tenho observado desde a minha juventude." Quando Jesus ouviu isso, disse-lhe, "Uma coisa que você ainda não têm; vender tudo o que você possui e distribuí-lo aos pobres, e terás um tesouro no céu;depois, vem e segue-me. "Mas quando ele tinha ouvido falar dessas coisas, ele ficou muito triste, porque era extremamente rica. (18: 20-23)

    Falando com ele, no âmbito do seu próprio paradigma legalista, Jesus recitou alguns dos mandamentos, especificamente o segundo cinco dos Dez Mandamentos, que dizem respeito a lidar com outras pessoas: "Não cometerás adultério, não de assassinato, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe ". Mas os seus preceitos a este jovem provocou uma resposta, "Todas essas coisas que eu tenho observado desde a minha juventude", evidenciando o auto-engano de um hipócrita. Lembrete do Senhor pressionado a questão de que se a salvação vem através de guardar a lei, e este homem tinha mantido a lei como ele professava, por que ele sabe que ele não tinha obtido a vida eterna? Por que ele não está satisfeito? A verdade é que a sua auto-engano era superficial e seu coração cheio de medo sobre a sua falta de verdadeira vida espiritual e amor a Deus.

    Duas exigências divinas implícitas nas palavras de Jesus para lhe revelar o seu equívoco da lei. Primeiro, ele precisava para confessar seu pecado e incapacidade de satisfazer a Deus e se reconciliar com Ele por meio da lei. Ele tinha tomado a lei muito levemente, vendo-a principalmente como um meio de elevar a si mesmo. A verdade que "quem quer que guardar toda a lei, mas tropeça em um só ponto, tornou-se culpado de todos" (Jc 2:10) tinha escapou completamente dele. Ele certamente não tinha amado Senhor de todo o seu coração, alma, mente e força e ao seu próximo como a si mesmo, que resume o Decálogo. Mas ele viu a lei de Deus de uma forma corrompida que lhe permitiu comparar-se favoravelmente com os outros, em vez de Deus, cuja santidade perfeita é revelada na lei.

    Em segundo lugar, ele também não tinha conseguido ver que a lei só torna as pessoas pecadores; ele é incapaz de salvar. Farisaísmo tinha mantido o direito de fazer o seu trabalho de revelar o seu pecado para ele. Como resultado, ele acreditava que ele era mais justo do que ele realmente era. Assim como Israel, ele procurou estabelecer sua própria justiça em vez de submeter-se a justiça de Deus (Rm 10:3:

    Se alguém tem uma mente que confiar na carne, eu muito mais: circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível.

    Mas algo poderoso e dramático aconteceu com Paulo no processo de sua conversão, como ele observou em Romanos 7:7-11:

    Que diremos, pois? É a lei pecado? De maneira nenhuma! Pelo contrário, eu não teria chegado a conhecer o pecado senão pela lei; pois eu não teria conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim a cobiça de todo tipo "Não cobiçarás."; para além do pecado Lei está morto. Certa vez eu estava vivo, sem lei; mas quando veio o mandamento, o pecado tornou-se viva e eu morri; e este mandamento, que era de resultar em vida, provou resultar em morte por mim; para o pecado, tomando uma oportunidade, pelo mandamento, me enganou e por ele me matou.
    O apóstolo tinha considerava-se inocente em relação à lei, espiritualmente vivo e bem. Mas uma vez que ele chegou a uma verdadeira compreensão da lei de Deus, o pecado tornou-se viva e morreu. Longe de dar-lhe a vida, a lei matou. Esse foi o ponto de viragem na sua vida; aquele que tinha pensado que ele iria ganhar a vida eterna por meio da lei percebeu que era, na realidade, tornando-o culpado diante de Deus.Esse foi o ponto para o qual o Senhor estava dirigindo este jovem. Esse é também o ponto para o qual os crentes precisam trazer as pessoas que elas estão evangelizando. Pecadors precisa para determinar se eles se consideram vivificados por superficialmente guardar a lei, ou mortos por profundamente violá-la, ou em outras palavras, se eles entendem que a lei não pode salvá-los. O jovem rico não estava disposto a reconhecer que a verdade.
    As palavras de Jesus para ele, "Uma coisa que você ainda não têm; vender tudo o que você possui e distribuí-lo aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me ", revelam uma segunda exigência divina. A salvação não, é claro, vem através da filantropia, mas por meio de humilde, abnegado, fé obediente (conforme Lucas 9:23-24). Mas aceitar por causa do argumento sua afirmação equivocada de ter mantido a lei, e sua declaração exata que a bondade de Jesus revelou que ele estava ligado a Deus, o Senhor desafiou o jovem rico a submeter completamente a Ele. Jesus deu-lhe uma ordem para abandonar todas as suas prioridades terrenas e despojar-se de tudo o que importava para ele. Vendendo todos os seus bens, não só iria livrá-lo de tudo o que possuía, mas também o cortou de sua família (conforme Fm 1:3), e "retirou-se de luto" (Mt 19:22), dando as costas para a vida eterna que ele tinha e por isso espero que avidamente procurados.

    COMENTÁRIO DO SENHOR

    E Jesus olhou para ele e disse: "Como é difícil para quem é rico entrar no reino de Deus! Pois é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus. "Os que ouviram dizer:" Então, quem pode ser salvo? "Mas Ele disse:" As coisas que são impossíveis com as pessoas são possíveis a Deus. "Pedro disse:" Eis que nós deixamos nossas próprias casas e te seguimos. "E disse-lhes:« Em verdade vos digo que, não há ninguém que tenha deixado casa, ou mulher ou irmãos, ou pais, ou filhos, por amor do reino de Deus, que não receberá muitas vezes mais neste momento e, no mundo por vir, a vida eterna "(18: 24-30).

    O comentário do Senhor sobre este incidente trágico pode ser resumida em duas categorias. Ele descreveu pela primeira vez a pobreza de riquezas.
    Depois de Jesus olhou para o jovem rico a pé, voltou-se para seus discípulos (Mt 19:23e disse: "Como é difícil para quem é rico entrar no reino de Deus!" Eles foram, sem dúvida chocado com essa afirmação, uma vez que a ideia de que a riqueza era um sinal da bênção de Deus estava profundamente enraizada na teologia judaica. Assim, os ricos foram pensados ​​para ter a trilha interna para a salvação, uma vez que eles haviam recebido maiores bênçãos divinas e poderia dar mais esmolas. Esse ponto de vista errante foi articulada por amigos inúteis de Jó. Como os judeus da época de Jesus, eles assumiram que havia uma conexão causal entre a riqueza ea bênção de Deus. Por outro lado, eles viram o sofrimento como um sinal claro de punição de Deus pelo pecado e, portanto, pressionados Job inocente a confessar e arrepender-se de seus pecados.

    Na realidade, é impossível para os ricos para comprar o seu caminho para o reino, como a declaração proverbial "Pois é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus" indica . Os persas expressa impossibilidade usando um provérbio familiarizado afirmando que seria mais fácil para um elefante para passar pelo buraco de uma agulha. Os judeus pegou o provérbio, substituindo um camelo por um elefante, uma vez que os camelos foram os maiores animais na Palestina.

    Alguns, dispostos a enfrentar a dura realidade que o ditado diz, tentou amolecê-lo. Notando a semelhança entre as palavras gregas kamelos ( camelo ) e Kamilos (uma grande corda ou cabo), alguns sugerem que um copista errou, substituindo o antigo para o último. É improvável, contudo, que todos os três sinóticos teria sido alteradas da mesma forma. Nem um escriba fazer a declaração mais difícil, em vez de mais fácil. Ele pode alterar a redação do "camelo" para "cabo", mas não de "cordão" para "camelo". Mas mesmo uma corda pode não mais passar pelo buraco de uma agulha do que um camelo podia. Outros imaginam que a referência é a uma pequena porta na muralha de Jerusalém que os camelos só poderia entrar com grande dificuldade. Mas não há nenhuma evidência de que tal portão já existiu. Nem qualquer pessoa com bom senso tentaram forçar um camelo através de um pequeno portão tal, mesmo se tivesse existido; eles simplesmente trouxe o seu camelo para a cidade através de uma porta maior. O ponto óbvio de que a expressão pitoresca de hipérbole não é que a salvação é difícil, mas sim que é humanamente impossível para todos, por qualquer meio, incluindo os ricos (conforme Mc 10:23-24). Os pecadores estão conscientes de sua culpa e medo, e pode até desejar um relacionamento com Deus que traria perdão e paz. Mas eles não podem manter suas prioridades pecaminosos e controle pessoal e acho que eles podem vir a Deus em seus próprios termos. O jovem ilustra essa realidade.

    Aqueles que ouviram as palavras do Senhor entendeu o que ele quis dizer. Eles ficaram surpresos e exclamou: "Então, quem pode ser salvo?" O rico pode dar ao luxo de dar mais esmolas que as outras pessoas, e os judeus acreditavam que a esmola era chave para entrar no reino. O livro apócrifo de Tobit expressou esse ponto de vista quando ele disse: "É melhor dar esmolas do que juntar ouro: uma esmola livrará da morte, e deve perdoa todos os pecados. Aqueles que exercem esmolas e justiça deve ser preenchido com a vida "(Tobias 12: 8-9; conforme Eclesiástico 03:30).

    A resposta do Senhor, "As coisas que são impossíveis com as pessoas são possíveis para Deus", reiterou a verdade que a salvação é humanamente impossível, e que apenas um ato soberano de Deus pode mudar o coração (João 1:11-13; 3: 3 —8; Jo 6:44; Efésios 2:8-9)..

    Em contraste com o jovem rico, os discípulos tinham abandonado tudo para seguir a Cristo. Como Pedro observou, "Eis que nós deixamos nossas próprias casas (nenhuma palavra para casas é no texto grego, de modo que todos os seus bens estão à vista) e te seguimos. " Mt 19:27 registros que Pedro seguiu-se esta afirmação com a pergunta: "O que então haverá para nós?" A resposta do Senhor introduziu o segundo ponto em seu comentário sobre este incidente, as riquezas da pobreza.

    Comentário e pergunta de Pedro eram legítimos, e Jesus não o repreendeu por eles. Em vez disso, ele deu a maravilhosa promessa, "Em verdade vos digo que, não há ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos ou pais, ou filhos, por amor do reino de Deus, que não receberá muitas vezes mais em neste momento e, no mundo por vir, a vida eterna. " O Senhor afirmou que, ao contrário do jovem rico, os discípulos (e todos os que abandonam tudo para a causa do Reino de Deus ), tinha sido concedido por Deus as bênçãos plenas da vida eterna.

    Para render até tudo nesta vida para ter acesso às bênçãos do Seu reino é a maior riqueza (conforme Lucas 9:24-25). Deus, em Sua graça abundante, promete que os remidos receber muitas vezes mais neste momento , além de receber, ., no mundo por vir, a vida eterna Esta é a grande troca: os crentes recebem o tesouro escondido no campo (Mt . 13:
    44) e a pérola de grande valor (Mt 13:46), quando eles voluntariamente desistir do direito a tudo o que eles possuem.

    O relato de Mateus acrescenta uma outra dimensão às recompensas dos crentes. Em Mt 19:28 Jesus acrescentou: "Em verdade eu vos digo, que vós, que me seguistes, que na regeneração, quando o Filho do Homem vai sentar-se no seu trono glorioso, você também deve se sentar em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. "Além das bênçãos espirituais que Deus derrama sobre eles nesta vida, e todas as bênçãos da vida eterna no céu, há uma terceira esfera em que os crentes serão abençoados. O "regeneração" de que nosso Senhor falou é o Seu terreno, reino milenar ", quando o Filho do Homem se sentar no seu trono glorioso." Esse reino será o renascimento do mundo; paraíso recuperado. Aqueles que foram concedidos um renascimento espiritual na salvação vai participar no renascimento da terra; os "tempos de refrigério" (At 3:19) e o "período de restauração de todas as coisas" (v. 21). É o reino sobre o qual Jesus ensinou aos discípulos por quarenta dias entre Sua ressurreição e ascensão (At 1:3.) (1Co 6:2)

    Então, Ele levou os doze e lhes disse: "Eis que estamos subindo para Jerusalém, e todas as coisas que estão escritas através dos profetas acerca do Filho do Homem vai ser realizado.Pois Ele será entregue aos gentios, e será ridicularizado e maltratado e cuspido, e depois de terem açoitou, eles vão matá-lo; e ao terceiro dia Ele ressuscitará. "Mas os discípulos não entenderam nada dessas coisas, e o significado desta declaração foi escondido deles, e eles não compreender as coisas que foram ditas. (18: 31-34)

    Uma das maneiras em que a pseudo-estudiosos, críticos e céticos constantemente atacam o nosso Senhor está negando que seus sofrimentos foram planejadas e proposital. Eles argumentam que a sua morte não foi planejada e acidental; um trágico, lamentável, mau fim à sua vida. Sua morte, eles insistem, resultou de um erro de cálculo; foi uma nobre tentativa de trazer bondade no mundo, mas terminou em um desastre não planejada. Alguns sugerem que Jesus era um ingênuo, bem-intencionado, bom homem, que queria elevar as pessoas religiosamente por suas ideias, mas não conseguiu saber quando ele tinha ido longe demais. Para outros, Ele era um nacionalista equivocada, cujos esforços em uma revolução eram irremediavelmente inepto, ou, um conquistador ambicioso auto-intitulado com delírios de grandeza. Há aqueles que dizem que ele era apenas mais um fanático religioso. Todos esses pontos de vista falsos daquele imaginar que os acontecimentos da vida de Jesus não foi da maneira que Ele destina-los a ir. Seu sonho de que Ele esperava que fosse um mundo melhor, em vez terminou em um pesadelo.
    Mas nada poderia estar mais longe da verdade. Toda a trajetória de sua vida foi profetizado 700 anos antes e incluiu todos os aspectos de sua carreira como o Messias, Servo de Deus:

    Eis o meu servo prosperará, Ele será alto e elevado e muito elevado. Assim como muitos ficaram espantados de ti, povo meu, para que sua aparência era desfigurado, mais do que qualquer homem e sua figura mais do que os filhos dos homens. Assim, Ele vai polvilhe muitas nações, os reis fecharão as suas bocas por causa dele; para o que não lhes tinha sido dito que eles vão ver, e que eles não tinham ouvido falar que eles vão entender. Quem deu crédito à nossa pregação? E para quem tem o braço do Senhor foi revelado? Para Ele cresceu diante dele como um renovo, e como raiz de uma terra seca; Ele não tem forma imponente ou majestade que devemos olhar para Ele, nem aparência de que devemos ser atraída por ele. Era desprezado, eo mais rejeitado entre os homens, homem de dores e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Certamente nossas tristezas Ele próprio geraram, e as nossas dores Ele transportados;ainda que nós mesmos o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, Ele foi moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e por Sua pisaduras fomos sarados. Todos nós como ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; mas o Senhor fez com que a iniqüidade de nós todos a cair sobre ele. Ele foi oprimido e ele foi humilhado, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e os da sua geração, que considerou que ele fora cortado da terra dos viventes pela transgressão do meu povo, a quem o curso era devido? Seu túmulo foi atribuído com homens ímpios, mas Ele estava com um homem rico na sua morte, porque Ele nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca. Mas o Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; Ele se tornaria-se como uma oferta pela culpa, ele verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, eo bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. Como resultado da angústia de sua alma, ele vai vê-lo, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o Justo, meu Servo, justificará a muitos, como Ele irá suportar as suas iniqüidades. Por isso, vou colocar-Lhe uma parte com os grandes, e ele dividirá os despojos com os fortes; porque Ele derramou a sua alma até a morte, e foi contado com os transgressores; mas Ele mesmo carregou o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu. (13 23:53-12'>Is. 52: 13 53:12)

    Em cumprimento dessa profecia, Jesus disse que Ele veio ao mundo "para não fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (Jo 6:38). A vontade do Pai era para ele morrer. Antecipando-se a cruz, com o seu pecado de rolamento e separação do Pai, Jesus disse: "Agora a minha alma está perturbada; e que eu vou dizer: 'Pai, salva-me desta hora? Mas para este fim Eu vim para esta hora "(Jo 12:27).

    Jesus não era uma vítima bem-intencionada de um plano que o surpreendeu quando se deu horrivelmente errado. Ele sabia exatamente como sua vida iria acabar, até os mínimos detalhes, e soubesse que desde antes da fundação do mundo, quando o plano de salvação foi formado. O coração da fé cristã é a morte do Senhor Jesus Cristo. Tudo na história da redenção no Antigo Testamento se move em direção à cruz; tudo o que aconteceu desde que se move da cruz.

    O Senhor entendia cada passagem profética do Antigo Testamento a respeito de sua morte (Lucas 24:25-27, Lc 24:44), que Ele fez alusão a todo o Seu ministério:

    E Jesus lhes disse: "Você não pode fazer os atendentes do noivo jejuar enquanto o esposo está com eles, não é? Mas dias virão; . e que o noivo será tirado do meio deles, então jejuarão naqueles dias "(Lucas 5:34-35)

    "Mas eu tenho um batismo de sofrer, e como me angustio até que seja cumprida!" (Lc 12:50)

    E disse-lhes: "Ide dizer a essa raposa [Herodes], 'Eis que eu expulso os demônios e fazendo curas, hoje e amanhã, e no terceiro dia eu alcançar meu objetivo." (Lc 13:32)

    "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e você não tem! Eis que a vossa casa vos ficará deserta; e eu digo a você, você não vai me ver até que chega o momento em que você diz, "(13 34:42-13:35'>Lucas 13:34-35)" Bendito o que vem em nome do Senhor! "

    "Mas primeiro ele tem de sofrer muito e ser rejeitado por esta geração." (Lc 17:25)

    Jesus também fez previsões explícitas relativas à sua morte:

    Mas ele advertiu-os e os instruiu para não contar isso a ninguém, dizendo: "O Filho do Homem deve sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e escribas, ser morto e ressuscitar ao terceiro dia." (Lucas 9:21-22)

    "Que estas palavras em seus ouvidos; pois o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. "(Lc 9:44)

    A presente passagem é o terceiro e mais completo de previsões específicas do Senhor a respeito da Sua morte registrada por Lucas. Suas palavras aqui antecipar Seu sofrimento na cruz e sua ressurreição.Eles revelam o plano, proporções, o poder sobre, e as percepções de seu sofrimento.

    O PLANO DO SOFRIMENTO

    Então, Ele levou os doze e lhes disse: "Eis que estamos subindo para Jerusalém, e todas as coisas que estão escritas através dos profetas acerca do Filho do Homem vai ser realizado.(18:31)

    Como ele tinha sido desde Lc 9:51, Jesus estava em sua viagem final a Jerusalém. Essa viagem foi agora chegando ao fim, como o Senhor e os discípulos, depois de ter atravessado o rio Jordão de Perea para a Judéia, aproximou-se de Jericó, e a subida íngreme a Jerusalém de lá (Lc 19:1). De modo que não haveria mal-entendido de sua parte, Jesus tomou à parte os Doze para lembrá-los de que o que estava para acontecer com ele era o plano de Deus. Seu sofrimento e morte foram nenhuma surpresa para ele, mas sim o propósito eterno da encarnação.

    Os Doze estavam indo, é claro, para Jerusalém porque era hora para a Páscoa. O que eles não entendem é que Jesus seria o Cordeiro Pascal, o único sacrifício pelo pecado que iria satisfazer a Deus e fornecer expiação por todos os eleitos. Sua morte pôs fim todo o sistema sacrificial. Um dos motivos que Jesus precisava de explicar as coisas com antecedência, para eles é que o conceito de um Messias morrendo era completamente estranho para a sua compreensão (conforme Lucas 9:44-45). O historiador do século XIX Emil Schürer resumidos expectativas do povo judeu a respeito da vinda do Messias e o estabelecimento de Seu reino da seguinte forma: Em primeiro lugar, a vinda do Messias seria precedido por um tempo de tribulação. Em segundo lugar, no meio do tumulto um profeta Elias-like parece anunciando vinda do Messias. Em terceiro lugar, Messias estabeleceria Seu glorioso reino, e reivindicar o seu povo. Em quarto lugar, as nações que aliar-se juntos para combater o Messias. Em quinto lugar, o Messias iria destruir todas as nações opostas. Em sexto lugar, Jerusalém seria restaurada, e fez nova e gloriosa. Em sétimo lugar, os judeus dispersos espalhados por todo o mundo gostaria de voltar a Israel. Em oitavo lugar, Israel se tornaria o centro do mundo e todas as nações seriam subjugados ao Messias. Finalmente, o Messias iria estabelecer Seu reino, o que seria um tempo de paz eterna, a justiça ea glória ( A História do povo judeu no tempo de Jesus Cristo [New York: Scribners de 1896], 2: 154-78) . Não havia lugar na teologia messiânica judaica para uma sacrificado, um morto, ou mesmo um Messias ressuscitado.

    Além disso, os discípulos estavam cientes do intenso ódio dos líderes judeus de Jesus e da recepção hostil Ele iria receber deles em Jerusalém. Eles ficaram surpresos e com medo que Ele aparentemente estava andando intencionalmente para os braços de seus inimigos. Talvez eles tivessem a mesma atitude que Tomé expressa em Jo 11:16: "Vamos nós também, para que possamos morrer com Ele."

    Sabendo seus medos, Jesus assegurou-lhes que o plano de Deus seria cumprida e que todas as coisas que foram escritas pelos profetas acerca do Filho do Homem (um título messiânico tomado de Dn 7:13) iria ser realizado. Sua morte seria o culminar do propósito redentor divino de Deus. A cruz é o evento primário na história da redenção e, portanto, o evento primário em toda a história.

    Os primeiros acordes da sinfonia da cruz pode ser ouvido em Gênesis 3. Após a queda, Adão e Eva foram surpreendidos com a culpa. A tentativa de esconder a sua vergonha, eles se cobriram com folhas.Isso foi uma tentativa humana inadequada para lidar com a culpa do pecado, Deus matou um animal-a primeira morte na história e usou sua pele para cobrir Adão e Eva. O rescaldo do primeiro pecado revela que o pecado e culpa só são abrangidos pela morte de um sacrifício inocente. A verdade que somente um sacrifício de sangue é aceitável a Deus foi reafirmado em Gênesis 4 quando Deus aceitou o sacrifício de animais de Abel, mas rejeitou a oferta do produto da terra de Caim.

    Gênesis 22 registra que Deus ordenou a Abraão que oferecesse seu filho e herdeiro Isaque, através de quem a aliança com Abraão estava a ser cumprida, como um sacrifício. Depois de subir o Monte Moriá, Abraão colocou seu filho no altar. Mas antes que ele pudesse mergulhar a faca para ele, Deus o deteve. No lugar de Isaque, Deus providenciou um carneiro que foi pego em um matagal nas proximidades.Aqui está outra estirpe na sinfonia da cruz. Não só é um sacrifício a única maneira para os pecadores para ser aceito por Deus, mas o próprio Deus irá fornecer o substituto. O nome Abraão deu a esse lugar, "O Senhor proverá" (Gn 22:14), reforça que a verdade.

    Da mesma forma, o primogênito de cada família judaica foi poupado da morte pelo sacrifício de um cordeiro sem defeito (Ex. 12: 1-13, 21-23). Mais tarde, no Monte Sinai, Deus deu a lei, com seu complexo sistema, elaborado de sacrifícios. Todos esses sacrifícios constantes revelou claramente que a satisfação, o sacrifício final, perfeito ainda não havia chegado, pois

    a Lei, uma vez que tem apenas uma sombra dos bens futuros, e não a própria forma das coisas, não pode nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem de ano em ano, aperfeiçoar os que se aproximam. Caso contrário, não teriam deixado de ser oferecidos, porque os adoradores, tendo sido purificados uma vez, deixaria de ter tido consciência de pecados? (Heb. 10: 1-2)

    O Antigo Testamento também contém previsões específicas da morte de Cristo na cruz. Salmo 22 representa graficamente os detalhes de sua crucificação-a forma de execução desconhecido em Israel naquela época. O salmo começa com as palavras nosso Senhor falou sobre a cruz, (v. 1; conforme Mt 27:46). "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?". Os versículos 6:8 prever o escárnio regozijando que o Senhor recebeu de seus inimigos:

    Mas eu sou um verme e não um homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo. Todos os que me vêem zombam de mim; eles se separam com o lábio, eles abanam a cabeça, dizendo: "Comprometa-se com o Senhor; Que ele o livre; deixá-Lo resgatá-lo, porque tem prazer nele "(conforme Lucas 23:35-39).

    Os versículos 14:17 descrevem a física sofrendo o Senhor suportou na cruz:
    Derramei-me como água, e todos os meus ossos estão fora do comum; o meu coração é como cera; derreteu-se dentro de mim. A minha força secou-se como um caco de barro, e os meus cleaves língua se me da boca; e Você me deitas no pó da morte. Pois cães me rodeiam; um bando de malfeitores me cercou; traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos. Eles olham, olham-me.

    Essa previsão notavelmente precisas ainda registra o detalhe de que seus carrascos iria dividir vestes de Jesus: "Eles dividem as minhas roupas entre si, e sobre a minha túnica lançaram sortes" (v 18; conforme Lc 23:34.).

    O capítulo messiânica maravilhosa, Isaías 53, também prevê os acontecimentos que envolveram a morte de nosso Senhor na cruz. Ele foi "ferido por causa das nossas transgressões" (v. 5). O versículo 7 prevê silêncio de Jesus durante Seus julgamentos simulados: "Ele foi oprimido e ele foi humilhado, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca "(conforme Mt 26:1). O verso 8 diz que foi "cortado da terra dos viventes." O versículo 9 notas que, apesar de Cristo "grave foi atribuído com homens ímpios, mas Ele estava com um homem rico na sua morte." Os corpos das vítimas crucificados eram normalmente jogado no lixão, mas Jesus foi sepultado no túmulo do José rico de Arimatéia (Mateus. 27: 57-60). O versículo 10 revela que, embora Jesus fosse condenado à morte por "render [ndo] a si mesmo como uma oferta pela culpa:" Ele seria ressuscitado, para "ver sua prole" e "prolongará os seus dias."

    Além de Salmo 22 e Isaías 53, Zc 12:10 também previu a crucificação de Jesus Cristo, referindo-se a ele como a um "quem eles [Israel] que trespassaram".

    A morte de Cristo também é retratado por meio de ilustrações e tipos. Jo 3:14 registra que "como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado" (conforme 12: 32-33). Em Jo 10:11 Jesus se referiu a si mesmo como "o bom pastor [que] dá a sua vida pelas ovelhas." Jesus sabia cada detalhe de sua morte, porque tudo foi ordenado em "o plano pré-determinado e presciência de Deus" (At 2:23).

    Os profetas do Antigo Testamento repetidamente ", previu os sofrimentos de Cristo e as glórias de seguir" (1Pe 1:11). No entanto, alguns tolamente (conforme Lucas 24:25-26) acreditam que Jesus ofereceu o reino de Israel, e teria contornado a cruz e concedeu-lhes o reino se tivessem aceito Ele. Mas Jesus veio oferecer o reino por meio da cruz, como as previsões detalhadas do Velho Testamento sobre os acontecimentos que envolveram a Sua morte e ressurreição demonstrar (ver além das profecias citadas acima Zc 9:9.. , que diz que nenhum dos Seus ossos seria quebrado [conforme Ex 12:46.]; Sl 69:21, que diz que Ele seria dado a beber vinagre;.. Sl 16:10, que se refere à Sua ressurreição; . e Sl 110:1), que foi "entregue por [a morte] pelo plano pré-determinado e pré-conhecimento de Deus" (At 2:23).

    AS PROPORÇÕES DO SOFRIMENTO

    Pois Ele será entregue aos gentios, e será ridicularizado e maltratado e cuspido, e depois de terem açoitou, eles vão matá-lo; (18: 32-33a)

    Combinando estes versos com os relatos paralelos em Mateus (20, 17-19) e Marcos (10: 32-34) dá o registro completo do que o Senhor disse, nesta ocasião. Ele seria traído às autoridades judaicas (Mt 20:18;. Mc 10:33) e, depois de um julgamento simulado, condenada por eles até a morte e entregue aos gentios (uma vez que os judeus não têm a autoridade para executar qualquer um [Jo 18:31]),escarnecido e maltratado, cuspido, açoitado, crucificado e (Mt 20:19), depois que no terceiro dia Ele iria ressuscitar. Seu conhecimento detalhado do que iria acontecer com ele no futuro é uma outra exposição da onisciência de Cristo (conforme Seu conhecimento dos corações das pessoas [João 2:24-25; conforme Lc 6:8]; a localização precisa do local onde um peixe com uma moeda em sua boca seria [ Mt 17:27; conforme João 21:5-6.]; que uma mulher com quem se encontrou pela primeira vez tinha tido cinco maridos [Jo 4:18]; onde o colt Ele iria montar na entrada triunfal seria localizado e que seus proprietários diria quando os discípulos, tomando-o [Lucas 19:30-34]; que os discípulos se encontraria um homem carregando um cântaro que iria mostrar-lhes o lugar onde eles iriam comer a Última Ceia [Lc 22:10] e que Jerusalém seria destruída quatro décadas mais tarde [Lc 21:20]).

    Mas estes versos não só prever o sofrimento de Cristo, eles também transmitem a magnitude e intensidade do que Jesus, o "homem das dores" (Is 53:3; He 2:10; 1Pe 1:111Pe 1:11; 1Pe 5:1.). Cinicamente, em relação fingida, apontou Jesus aos Seus captores com um beijo (Lucas 22:47-48).

    Em segundo lugar, Jesus sofreu rejeição (conforme Is 53:3).Foram os líderes da nação, os principais sacerdotes e escribas, que o condenou à morte e entregou-o aos romanos para ser executado. As pessoas também rejeitaram diante de Pilatos, gritando "Crucifica-o!" (Mt 27:22). Jesus também foi rejeitado por aqueles mais próximos a ele. Após sua prisão, "todos os discípulos o abandonaram e fugiram" (Mt 26:56). Mas a mais profunda rejeição de tudo foi pelo Pai, que o levou a clamar na cruz, (Mt 27:46; conforme Sl 22: "Meu Deus, Meu Deus, por que me desamparaste?":. 1. ).

    Em terceiro lugar, Jesus sofreu humilhação. O Filho de Deus sem pecado, em quem "toda a plenitude da Divindade habita em forma corpórea" (Cl 2:9 observa que "os homens que estavam segurando Jesus em custódia foram zombando dele e bater nele. "Lc 23:11 registra que:" Herodes, com seus soldados, depois de tratar com desprezo e zombando dele, vestiu-Lo de uma roupa resplandecente e mandou-o de volta a Pilatos. "Enquanto Ele estava na cruz, "os governantes estavam zombando dele, dizendo:" Salvou os outros; deixá-lo salvar a si mesmo se este é o Cristo de Deus, o Seu Escolhido '. Os soldados também o escarneciam, chegando-se a Ele, oferecendo-lhe vinagre, e dizendo: "(Lucas 23:35-37)" Se Tu és o Rei dos judeus, salva-se! ".Mesmo um dos crucificados ao lado dele "foi lançando abuso para ele, dizendo:" Não és tu o Cristo? Salve-se e nós! '"(V. 39). A injúria e abuso que Ele enfrentou todo o Seu ministério (conforme Jo 9:28; 1Pe 2:231Pe 2:23) intensificou a sua morte.

    Em quarto lugar, Jesus sofreu injustiça. O santo, justo, íntegro segunda pessoa, soberano da Trindade foi falsamente acusado de pecado (Jo 9:24), sedição, insurreição (13 42:23-14'>Lucas 23:13-14), e blasfêmia (Mt 9:3;. Jo 10:33). E Seus julgamentos eram manifestações monumentais de injustiça em todos os pontos.

    Finalmente, Jesus sofreu lesões corporais. Ele foi brutalmente açoitado com um chicote com várias tiras de couro, no final dos quais foram amarrados pedaços de vidro, osso, pedra ou metal. Então grave foi o dano de tal flagelo que muitos morreram por isso. A crucificação era a forma mais horrível de execução. Frederic Farrar escreveu,
    Porque, na verdade uma morte por crucificação parece incluir toda essa dor e da morte pode ter de cãibra horrível e medonho-tontura, sede, fome, falta de sono, febre traumática, tétano, a publicidade de vergonha, duradouras de tormento, horror de antecipação, a mortificação de descuidados feridas-tudo intensificado até o ponto em que eles podem ser suportado em tudo, mas tudo apenas evitando o ponto que daria para o sofredor o alívio da inconsciência. A posição não natural feito cada movimento doloroso; as veias e tendões dilacerados esmagados pulsava com incessante angústia; as feridas, inflamada pela exposição, gradualmente gangrenado; as artérias, especialmente da cabeça e estômago-incharam e oprimidos com sangue surcharged; e enquanto cada variedade de miséria passou a aumentar gradualmente, adicionou-se a eles o pang intolerável de uma queima e furioso sede; e todas estas complicações físicas causou uma emoção interna e ansiedade que fez a perspectiva da morte em si, da morte, o terrível inimigo desconhecido, em cuja homem abordagem geralmente treme mais arcar com o aspecto de um comunicado delicioso e requintado. ("O Crucifixion AD 30, "em Rossiter Johnson, Charles F. Horne, e João Rudd, eds,. Os grandes acontecimentos por historiadores famosos [Project Gutenberg-book, 2008], 3: 47-48)

    O PODER SOBRE O SOFRIMENTO

    e ao terceiro dia Ele ressuscitará ". (18: 33b)

    Jesus estava morto antes do pôr do sol, que terminou o dia na sexta-feira, levantava-se cedo na manhã de domingo, e vive sempre, em cumprimento da promessa registrada no Sl 16:10: "Pois não deixarás a minha alma no Sheol; nem permitirás que o teu Santo veja corrupção "Embora enterrado no túmulo de um homem rico (Is 53:9 Jesus disse: "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei", e em Jo 12:24 Ele acrescentou: "Em verdade, em verdade vos digo que, se o grão de trigo que cai na a terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto "A história não termina com a morte de Jesus.;"Aquele que foi entregue por causa das nossas transgressões ... ressuscitou por causa da nossa justificação" (Rm 4:25).

    A PERCEPÇÃO DO SOFRIMENTO

    Mas os discípulos não entenderam nada dessas coisas, e o significado desta declaração foi escondido deles, e eles não compreender as coisas que foram ditas. (18:34)

    Apesar claro ensino de Jesus, os discípulos não conseguiram perceber o significado do que Ele tinha acabado de lhes ensinou. A repetição tríplice, que eles não entenderam nada dessas coisas, o significado desta declaração foi escondido deles, e eles não compreender as coisas que foram ditas, enfatiza sua total falta de compreensão (conforme Lc 9:45).

    Os críticos vêem nesta declaração prova que Jesus nunca fez esta previsão. Se ele tivesse, argumentam eles, os discípulos certamente teria entendido e não foi surpresa quando o que o Senhor previu aconteceu. É verdade que eles fizeram entender um pouco da verdade espiritual que Jesus ensinou, como as parábolas (13 16:40-13:17'>Mat. 13 16:17). Mas havia uma boa razão de que os discípulos não conseguiram captar o ensinamento do Senhor sobre seu sofrimento e morte: ele não conseguiu encaixar sua teologia messiânica. Eles esperavam que o Messias para ser um rei que quis derrotar os inimigos de Israel e estabelecer Seu reino. Eles estavam procurando uma coroação, e não uma crucificação; por um Messias que matou seus inimigos, e não aquele que foi morto por seu próprio povo. A idéia de um Messias crucificado era um absurdo para eles. Era tão ridículo que eles não podiam sequer compreendê-lo. "A palavra da cruz é loucura para os que estão perecendo", escreveu Paulo em 1Co 1:18. Assim, "Cristo crucificado" era "para os judeus uma pedra de tropeço" (v 23.); uma barreira enorme que eles não poderia ter passado.

    Depois de Sua ressurreição, Cristo reafirmou a veracidade dos ensinamentos do Antigo Testamento a respeito de Sua morte e ressurreição, e repreendeu os discípulos por sua incapacidade de compreendê-lo.Na estrada de Emaús, Ele disse a dois deles,

    "insensatos O e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram! Não era necessário que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? »E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. (Lc. 24: 25-27; conforme v 44)

    Um Messias morrendo não era consistente com sua teologia e sua interpretação do Antigo Testamento, mas, eventualmente, os discípulos aproximaram-se entendê-la, acredite, e pregá-lo.

    104. O mendigo cego recebe a visão da salvação(Lucas 18:35-43)

    Como Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à mendicância estrada. Agora ouvir uma multidão passando, ele começou a perguntar o que era aquilo. Disseram-lhe que Jesus de Nazaré foi passando. E ele gritou, dizendo: Quem liderou o caminho foram severamente dizendo-lhe para ficar quieto "Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!";mas ele não parava de chorar para fora todo o mais, e Jesus parou e mandou que lhe trouxessem a Ele "Filho de Davi, tem misericórdia de mim!"; e quando ele chegou perto, Ele perguntou-lhe: "O que você quer que eu faça?" E ele disse: "Senhor, eu quero recuperar minha vista!" E Jesus disse-lhe: "Receba a sua vista; a tua fé te salvou "Imediatamente ele recuperou a vista e começou a segui-Lo, glorificando a Deus.; e quando todo o povo, vendo isso, dava louvores a Deus. (18: 35-43)

    Durante Seu ministério terreno do Senhor Jesus Cristo realizou inúmeros milagres por toda a Palestina. Além do três dúzias registrada nos Evangelhos, Jesus realizou milagres em uma base (conforme Marcos quase diariamente 6: 2; Lc 19:37; Jo 2:23; Jo 3:2; Jo 11:47; Jo 20:30; Jo 21:25; At 2:22). Milagres de Cristo-que seus inimigos nunca negou, mas em vez disso, blasfemando atribuídos a satânico poder deu provas de seu poder sobrenatural, e apoiou sua afirmação de ser Deus encarnado (Jo 5:36; Jo 10:25, 37-38; Jo 14:11) .

    Milagres de Nosso Senhor revelou Seu poder absoluto sobre demônios, doença, morte e natureza. Como o Filho de Deus, Jesus revelou o Seu poder sobre Satanás e as forças do inferno por vazamento repetidamente demônios relutantes para fora daqueles a quem eles haviam infestado (Mateus 9:32-33; Mc 7:1; 9: 38-42; Lc 11:14). Inúmeras curas de Cristo (conforme Jo 21:25) demonstrou Seu poder sobre a doença, que baniu a doença de Israel durante Seu ministério terreno. À medida que a pessoa por quem "foram criadas todas as coisas" (Cl 1:16), Jesus tinha poder sobre a natureza (Marcos 8:1-9; Mt 14:25; Lucas 5:1-7., 8: 22-25 ; 9: 10-17; João 2:1-10; 21: 1-6). Como a "ressurreição ea vida" (Jo 11:25), Jesus exerceu o seu poder sobre a morte (Lucas 7:14-15; 8: 52-56; João 11:38-44).

    Como a passagem anterior (. Vv 31-33) indica, foi a vez de o Servo de Jeová para se tornar o Servo sofredor; para o ungido para se tornar o rejeitado; pois o Senhor soberano para se tornar o cordeiro sacrificial. Rejeição de Cristo por Israel foi criado; Sua morte foi inevitável. A multidão inconstante que saudavam em Sua entrada em Jerusalém seria a mesma multidão que poucos dias depois chorou por seu sangue. Apostasia de Israel levaria os judeus para executar o seu próprio Senhor e Messias. Apesar de que a execução foi ordenado de acordo com plano predeterminado de Deus, eles ainda tinha culpabilidade completo para esse ato (At 2:23).

    Após as conversões dos três párias em Jericó, os dois desprezado cegos nessa passagem eo odiado cobrador de impostos Zaqueu (19: 1-10), não há mais relatos de conversões nos Evangelhos, até os de mais dois párias, ou seja, um ladrão e um soldado romano, na cruz. Os acontecimentos em Jericó prestar a última luz que brilha antes que a escuridão do sofrimento de Cristo começa. Não há uma nota alegre a partir do momento que ele sai de de Jericó até que Ele é pregado na cruz.
    Este é o último dos quatro milagres notáveis ​​registradas por Lucas, que teve lugar no caminho de Jesus final para Jerusalém, que começou em 09:51 (conforme 13 10:17-14: 1-6; 17: 11-19). Este sinal sobrenatural gira em torno do homem cego, o Senhor Jesus, e da multidão.

    A SITUAÇÃO TRISTE DO CEGO

    Como Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à mendicância estrada. Agora ouvir uma multidão passando, ele começou a perguntar o que era aquilo. Disseram-lhe que Jesus de Nazaré foi passando. E ele gritou, dizendo: Quem liderou o caminho foram severamente dizendo-lhe para ficar quieto "Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!";mas ele continuou gritando ainda mais, (18: 35-39) "Filho de Davi, tem misericórdia de mim!"

    A cena era vívida e marcante. Jesus, acompanhado por uma grande multidão (Mt 20:29), se aproximava de Jericó a caminho de Jerusalém para a Páscoa. Após descer da Galiléia, que desviou, de uma forma normal, através de Perea, a leste do rio Jordão, para evitar viajar através Samaria (Jo 4:9 chama Jericho "a cidade das palmeiras"). Perto da uma formação rochosa enorme lança sua sombra todas as noites sobre Jericó como o sol se põe. É uma região de penhascos íngremes, quedas graves e profundos cânions. Alguns pensam que esta acidentada, terra estéril foi onde Jesus foi levado para ser tentado por Satanás.

    Havia, na verdade, duas cidades de Jericó, a cidade florescente Novo Testamento, e as ruínas da cidade do Velho Testamento (destruído durante conquista da terra de Israel) a leste e norte do Novo Testamento Jericho. Assim, quando Mateus e Marcos afirmam que a cura ocorreu quando Jesus estava saindo de Jericó, eles podem ter sido referindo-se à cidade em ruínas do Antigo Testamento.Declaração de Lucas de que Jesus estava se aproximando Jericho também pode significar simplesmente que ele estava entrando na nova cidade, ou simplesmente que Ele estava nas proximidades de Jericó.

    A grande multidão que acompanha Jesus, que já havia levantado Lázaro dentre os mortos nas proximidades de Betânia, teria trazido habitantes de Jericó fora de suas casas e dos campos para inchar o grupo de curiosos. Jesus, como sempre, foi o foco de seu interesse. Desde Ele passou uma noite em Jericó (conforme Lc 19:5.); Lucas focada em um deles, cujo nome era Bartimeu (Mc 10:46). Isso Lucas focado apenas sobre ele e Marcos nomeou sugere que Bartimeu era, no momento em que esses evangelhos foram escritos, um conhecido membro da igreja primitiva.

    Blindness, causada por defeitos congênitos, lesões ou doença, era comum em Israel (conforme Mt 11:1; Mt 15:30; Mt 21:14), tão comum que Jesus usou para ilustrar ignorância espiritual (por exemplo, Mt 15:14; Lc 4:18; Lc 14:13). Beggars também eram numerosos em Israel (conforme Lc 16:3).

    Ao ouvir uma multidão passando, Bartimeu sentiu que algo mais significativo do que o fluxo normal de peregrinos Jerusalem-encadernados estava acontecendo na estrada. Ele começou a indagar dos espectadores o que era aquilo, e eles lhe disseram que Jesus de Nazaré foi passando. Era normal para associar pessoas com a cidade em que viviam. . Apesar de ter nascido em Belém, Jesus foi associado a Nazaré, onde tinha vivido desde a infância (Mt 2:23; Mt 26:71; 01:45 João; At 10:38; At 26:9; Lc 24:19; Jo 18:5; At 6:14).

    Quando ele soube que o tumulto foi causado porque Jesus estava próximo, Bartimeu imediatamente chamou a Ele. Mas em vez de se dirigir a ele de forma habitual, como Jesus de Nazaré, ele gritou no topo de sua voz (Mateus usou uma forma do verbo grego krazō , que significa "a gritar"), "Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! "

    Filho de Davi é um título messiânico (conforme Mt 12:23; Mt 21:9), o que indica mais do que simplesmente declarando Jesus era descendente de Davi. O título O descreve como o herdeiro do trono messiânico e aquele que tem o direito de cumprir a aliança davídica (2 Sam. 7: 12-14). Nesse pacto, Deus prometeu que Davi teria um filho maior, que reinaria sobre um reino eterno. Aquele filho maior não era Salomão. Reino temporário de Salomão terminou de forma trágica, já que desde que veio do reino dividido. As genealogias do Novo Testamento traçar tanto de José (Mateus 1) e Maria de (Lucas 3) ascendência até Davi. Jesus foi um verdadeiro herdeiro do trono de Davi, tanto por direito legal através de seu pai, e por linhagem de descendência através de sua mãe.

    Mais do que isso, Ele foi a escolha de Deus a partir da descendência de Davi tudo, por isso Ele enviou o anjo Gabriel a Maria, com a mensagem de que a criança que ela daria à luz "será grande e será chamado Filho do Altíssimo; eo Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e Ele reinará sobre a casa de Jacó para sempre, e seu reino não terá fim "(Lucas 1:32-33).

    Ao tratar de Jesus como o Filho de Davi, Bartimeu estava afirmando sua fé nEle como o Messias de Israel. Seu fundamento, "tem misericórdia de mim", ou "tenha misericórdia de mim", reconhece que ele não tinha mérito. Foi o clamor do coração penitente que sabe que a salvação depende inteiramente de graça e misericórdia de Deus (conforme Sl 4:1). Ouvindo gritos desesperados do mendigo cego, Jesus parou e, reagir frente às autoridades que tentam empurrar Bartimeu distância, ordenou que ele fosse levado a Ele.

    Marcos acrescenta o detalhe de que a esta altura alguns passantes "chamaram o cego, dizendo-lhe:" Coragem, levanta-te! Ele está chamando para você. ' Tirando sua capa, ele levantou-se e foi ter com Jesus "(Marcos 10:49-50). Em sua fé ansioso, ele rejeitou a capa de seu mendigo, provavelmente a única coisa que ele possuía. Seu ato simboliza a fé genuína, que abandona tudo para seguir a Cristo.

    Quando Bartimeu chegou perto, Jesus perguntou -lhe: "O que você quer que eu faça por você?" Por incrível que pareça, o alto Rei do céu, o soberano, Deus criador do universo, se ofereceu para ser o servo do proscrito humilde. Aqui está um exemplo incrível de misericórdia e graça de Deus.

    Em resposta à pergunta de Jesus, Bartimeu respondeu: "Senhor, eu quero recuperar minha vista!" Ele se dirigiu a Jesus como kurie ( Senhor ), provável afirmar sua divindade, e expressando sua confiança nEle como aquele que dispensa misericórdia. Que ele pediu para recuperar a sua visão pode implicar que ele não tivesse nascido cega, mas havia perdido a visão em algum momento de sua vida.

    A resposta de Jesus, "Receba a sua visão", era simples e discreto. A terra não tremer, não havia nenhum toque de trombeta do céu, nem fez um coro Angelicalal parecem anunciar o milagre. Jesus, por vezes curado com uma palavra ou um toque (Ele fez tanto neste caso, já que Mt 20:34 acrescenta que Ele tocou os olhos de Bartimeu eo outro homem cego), outras vezes os aflitos tocou Sua capa (Mt 9:20. —22), ainda outras vezes Ele usou saliva (Marcos 8:22-26) ou argila (Jo 9:6). Da mesma forma, o servo do centurião "foi curado naquele momento" (Mt 8:13.); a mulher com a hemorragia foi curada "imediatamente" (Mc 5:29); os dez leprosos foram limpos de sua doença, assim que deixou de mostrar-se aos sacerdotes (Lc 17:14); após Jesus "estendeu a mão, tocou [outro leproso] ... imediatamente desapareceu dele a lepra" (Lc 5:13); quando Jesus ordenou ao homem aleijado no tanque de Betesda "," Levante-se, pegue a sua palete e caminhada. " Imediatamente, o homem tornou-se bem, e pegou seu pallet e começou a andar "(João 5:8-9). Alguns oferecem cura do Senhor do cego em Betsaida (Marcos 8:22-25) como um exemplo de uma cura progressiva. Mas a afirmação do homem: "Vejo os homens, pois os vejo como árvores que andam por aí" (v. 24), apenas definiu sua condição preexistente de cegueira. A cura real foi instantânea (v. 25). Tinha as curas de Jesus não foi instantâneo, Seus críticos poderia ter alegado que as pessoas tornaram-se melhor como resultado de processos naturais.

    Em terceiro lugar, Jesus curou totalmente. Por exemplo, a mãe-de-lei de Pedro foi curada de todos os seus sintomas e saiu imediatamente de ser acamada para servir uma refeição. Quando Jesus curou um homem "cheio de lepra" (Lc 5:12), "a lepra o deixou" (v. 13). Foi a mesma coisa com todos as curas de Jesus; "O cego recuperou a vista e os coxos caminhavam, os leprosos [foram] purificados, os surdos ouviram" (Mt 11:5 diz que "a notícia sobre Ele espalhou por toda a Síria; e trouxeram-lhe todos os que estavam doentes, aqueles que sofrem de várias doenças e dores, possessos, os lunáticos, os paralíticos; e ele os curou. "De acordo com Mt 12:15:" Muitos o seguiram, e Ele curou a todos ", enquanto Lc 6:19 diz que" todas as pessoas estavam tentando tocá-lo, para poder vinha dele e cura todos eles. "era tão difundida de cura de Jesus que Ele, na verdade, banido doença de Israel durante os três anos do seu ministério.

    Em quinto lugar, Jesus curou a doença orgânica. Ele não curou vagos, ambíguos, doenças invisíveis, tais como dor lombar, palpitações cardíacas, ou dores de cabeça. Pelo contrário, Ele restaurou completa mobilidade para membros paralisados, visão integral para cegar os olhos, a audição integral para ouvidos surdos, e completamente limpa a pele leprosa. Jesus curou "todo tipo de doença e todos os tipos de enfermidades entre o povo" (Mt 4:23;. Conforme 9,35). Todas as curas de Jesus eram inegáveis, sinais milagrosos, como até mesmo seus inimigos mais amargos admitiu (Jo 11:47).

    Finalmente, Jesus ressuscitou os mortos, não os que estavam em coma temporário, ou cujos sinais vitais flutuou durante a cirurgia, mas um jovem em seu caixão em seu caminho para o cemitério (Lucas 7:11-15), uma jovem cuja morte era evidente para todos (Marcos 5:22-24, 35-43), e um homem que havia sido morto por quatro dias (João 11:14-44).

    Mas isso era mais do que a cura física para Bartimeu e seu companheiro cego, uma vez que depois de curar-lhe o Senhor lhe disse: "A tua fé te salvou." A palavra grega traduzida como "bem" não é iaomai, que significa "para curar, "mas Sozo , o termo familiar Novo Testamento traduzida como "salvo", em referência à salvação. Enquanto a fé não era necessário que alguém para ser curado, é absolutamente necessário para a salvação (Lc 5:20; 7: 48-50; 8: 46-48; 17: 17-19). Outra evidência de que Jesus estava se referindo a salvação vem do fato de que Bartimeu (e seu companheiro;. Mt 20:34.começou a segui-Lo, glorificando a Deus Ambos são marcas de uma verdadeira conversão; seguinte refere-se à obediência, glorificando a adoração. Eles, sem dúvida, estavam em Jerusalém para os eventos da Semana da Paixão; a entrada triunfal, limpeza de Cristo do templo, talvez seu julgamento e crucificação. Eles podem até ter sido entre os 120 reunidos no cenáculo, no Dia de Pentecostes. Como observado anteriormente, Marcos pode ter dado o nome de Bartimeu em seu relato sobre o incidente (Mc 10:46), porque ele era bem conhecido na igreja primitiva.

    PRAISE ESPONTÂNEA DO CROWD

    e quando todo o povo, vendo isso, dava louvores a Deus. (18: 43b)

    Nem tudo das pessoas que viram a cura milagrosa do Senhor creram nele. No entanto, eles não podiam negar que um milagre havia acontecido, e, portanto, eles louvaram a Deus. Isso, sem dúvida, contribuiu para o derramamento maciço de louvor na entrada triunfal.

    Cinco lições podem ser aprendidas a partir desta passagem.

    Primeiro, o Senhor não ignora o clamor daqueles que verdadeiramente chamar-lo (Mt 11:28;. Jo 6:37).

    Em segundo lugar, o Senhor é profundamente compassivo.
    Em terceiro lugar, o Senhor tem poder sobre todas as doenças.
    Em quarto lugar, o Senhor veio para mais do que apenas para curar doenças; Ele veio para salvar os perdidos e transformá-los em adoradores obedientes.
    Por fim, a passagem exige auto-exame. Aqueles que manifestar interesse em Cristo são ou entre a multidão curiosa, cujo louvor é rasa, superficial, e, finalmente, falsa, ou eles são como os dois cegos, cujo desespero os levou a abandonar tudo para vir a Cristo para a salvação, e que dão evidência de que a salvação, seguindo Cristo, obediente e glorificando a Deus.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Lucas Capítulo 18 do versículo 1 até o 43

    Lucas 18

    Infatigável na oração — Luc. 18:1-8 O pecado do orgulho — Luc. 18:9-14

    O Mestre e as crianças — Luc. 18:15-17

    O homem que não queria pagar o preço — Luc. 18:18-30 A iminência da cruz — Luc. 18:31-34

    O homem que não podia ser calado — Luc. 18:35-43

    INFATIGÁVEL NA ORAÇÃO

    Lucas 18:1-8

    Esta parábola nos fala a respeito de coisas que podiam acontecer e freqüentemente aconteciam na Palestina. Há nela dois personagens.

    1. O juiz. Obviamente não era um juiz judeu. Todas as disputas comuns entre os judeus eram levadas diante dos anciãos e não diante dos tribunais públicos. Se, sob a lei judaica, apresentava-se um assunto para

    ser arbitrado, o tribunal não podia ser constituído por um só homem. Havia sempre três juizes, um eleito pelo demandante, outro pelo defensor e outro eleito independentemente. O juiz da parábola era um

    desses magistrados pagos escolhidos por Herodes ou pelos romanos. Esses juízes eram famosos. A não ser que o demandante tivesse influências e dinheiro para comprar o veredicto não podia ter esperança de que sua causa se solucionasse. Dizia-se que pervertiam a justiça por

    um prato de carne. O povoe fazia jogos de palavras com seu título. Oficialmente eram chamados Dayyaneh Gezeroth, que significa juízes, de proibições ou castigos, mas popularmente eram conhecidos como

    Dayyaneh Gezeloth, que significa juízes ladrões.

    1. A viúva. Simboliza todos os pobres e indefesos. Era óbvio que ela, sem recursos de nenhum tipo, não podia ter esperança em obter

    justiça de tal juiz. Mas tinha uma arma, a arma da insistência. É muito possível que o que o juiz temesse no final fosse a violência física. A expressão traduzida me incomoda significa literalmente não seja que me

    deixe um olho negro. É possível fechar o olho de uma pessoa de duas formas – por meio do sonho ou a golpes. De qualquer forma, no final, sua insistência obteve o que desejava.

    Esta parábola é parecida com a parábola do amigo à meia-noite. Não assemelha a Deus a um juiz injusto, mas sim assinala um contraste. Com esta parábola Jesus quis dizer "Se, afinal, um juiz injusto e voraz pode cansar-se e fazer justiça a uma viúva, quanto mais Deus, que é Pai

    amante, dará a seus filhos o que necessitam?"

    Isto é certo, mas devemos lembrar sempre que não há razão para esperar obter tudo o que pedimos em oração. Muitas vezes um pai tem que negar o pedido de seu filho, porque sabe que o que pede o machucará em vez de ajudá-lo. Deus é assim. Não sabemos o que vai acontecer na próxima hora, ou na semana seguinte ou em um mês, ou em um ano.

    Só Deus vê o tempo em sua totalidade, e, portanto, só ele sabe o que é bom para nós à prazo. Esta é a razão pela qual Jesus disse que não

    devemos nos desalentar ao orar. Esta é a razão pela qual duvidava se a fé do homem suportaria a longa espera antes de que o Filho do Homem chegasse. Não nos cansemos de orar e nunca nos faltará a fé, se depois

    de haver devotado a Deus nossas orações e pedidos, agregamos a oração perfeita: que se faça sua vontade.

    O PECADO DO ORGULHO

    Lucas 18:9-14

    Na Palestina os devotos oravam três vezes por dia: às nove da

    manhã, ao meio dia, e às três da tarde. Considerava-se que a oração era especialmente eficaz se fosse oferecida no templo, de modo que nessas horas muitos foram aos átrios do templo a orar.

    A dois desses homens se referiu Jesus.

    1. Um deles era um fariseu. Este foi realmente para orar a Deus. Orava de si para si mesmo. A verdadeira oração é oferecida sempre a

    Deus e só a Ele. Um americano descrevia cinicamente a oração de um pastor como "a oração mais eloqüente que tenha sido oferecida ante um auditório de Boston". O fariseu em realidade estava dando testemunho

    de si mesmo perante Deus.

    A lei judaica prescrevia um jejum obrigatório, o do dia da Expiação. Mas aqueles que queriam alcançar um mérito especial jejuavam também as segundas-feiras e as quintas-feiras. Devemos notar

    que estes eram os dias de feira em que Jerusalém estava cheia de gente

    do campo. Aqueles que jejuavam branqueavam suas caras e vestiam roupas desordenadas, e procuravam que a maior quantidade possível de gente os visse. Os levitas recebiam o dízimo de todos os produtos (Nu 18:21; Dt 14:22). Mas este fariseu dizimava tudo, até aquilo que não era obrigação dizimar. Sua atitude era característica do pior farisaísmo.

    Há uma oração escrita de certo rabino que diz assim: "Agradeço-te, ó Deus, meu Senhor, que me separaste com aqueles que se sentam na

    academia, e não com aqueles que o fazem nas esquinas. Porque eu me levanto cedo, e eles também; eu o faço para as palavras da lei, e eles para as coisas vãs. Eu trabalho, e eles também o fazem. Trabalho e recebo

    uma recompensa; eles trabalham e não recebem nada. Eu corro, e eles também; eu corro para a vida vindoura, e eles correm para o abismo da destruição."

    Escreveu-se o que uma vez disse o rabino Simeão Ben Jochai: "Se só houvesse dois homens retos neste mundo, seríamos meu filho e eu; se só houvesse um, esse seria eu!" O fariseu realmente não foi orar, foi

    informar a Deus a respeito de quão bom era ele.

    1. O outro era um coletor de impostos. Este se mantinha afastado, e nem sequer elevava os olhos a Deus. As versões comuns não fazem

    justiça à sua humildade, pois em realidade sua oração foi: "Deus, sê propício a mim – o pecador", como se não fosse meramente pecador, e sim o pecador por excelência. Jesus disse: "E foi sua oração penitente, depreciativa, a que ganhou a aceitação de Deus."

    Esta parábola nos diz sem dúvida certas coisas a respeito da oração.

    1. Nenhum orgulhoso pode orar. A porta do céu é tão baixa que ninguém pode entrar a não ser ajoelhado. Tudo o que um homem pode

    dizer é:

    Nenhum outro Cordeiro, nenhum outro Nome Nenhuma outra esperança no céu, na terra ou no mar Nenhum outro Esconderijo da culpa e a vergonha, Nenhum mais que Tu.

    1. Ninguém que menospreze a seus semelhantes pode orar. Na oração não nos elevamos acima de nossos semelhantes. Recordamos que somos um do grande exército da humanidade pecadora, que sofre e está contrita, ajoelhados todos perante o trono da misericórdia de Deus.
    2. A verdadeira oração brota da aproximação de nossas vidas a de Deus. Sem dúvida tudo o que o fariseu dizia era verdade. Jejuava; dava meticulosamente, o dízimo; não era como os outros homens; sem dúvida não era como o coletor de impostos. Mas a pergunta não é: "Sou tão bom como meus semelhantes?" A pergunta é: "Sou tão bom como Deus?"

    Uma vez viajei de trem pela Inglaterra. Ao passar através das planícies do Yorkshire vi uma pequena cabana branca e me pareceu que

    brilhava com uma brancura radiante. Aos poucos dias retornei a Escócia. Tinha nevado e a neve cobria tudo. Chegamos à pequena cabana, mas desta vez sua brancura parecia ordinária, manchada e quase cinza, em

    comparação com a brancura virginal da neve.

    Tudo depende de com o que nos comparemos. E quando pomos nossas vidas ao lado da maravilhosa vida de Jesus, e da santidade de

    Deus, tudo o que fica por dizer é: "Senhor, tem misericórdia por mim, o pecador."

    O MESTRE E AS CRIANÇAS

    Lucas 18:15-17

    Era costume na Palestina que as mães levassem seus filhos, ao

    cumprir um ano, aos rabinos distinguidos para que os benzessem. Isso é o que queriam que Jesus fizesse com seus filhos. Não devemos pensar que os discípulos foram duros e cruéis. Foi sua amabilidade o que os fez agir assim. Lembremos para onde ia Jesus. Ia a Jerusalém para morrer na cruz.

    Os discípulos podiam ver em seu rosto as tensões internas de seu coração; e não queriam que se incomodasse a Jesus. Muitas vezes

    dizemos a nossos pequenos filhos no lar: "Não incomode a papai; está

    cansado e preocupado esta noite." Os discípulos sentiram exatamente isto com respeito a Jesus. É uma das coisas mais formosas de toda a história do evangelho que Jesus tivesse tempo para os meninos quando estava a caminho de Jerusalém para morrer.

    O que queria dizer Jesus quando disse que o Reino estava composto pelos que eram semelhantes a meninos? Em que qualidades do menino estava pensando?

    1. O menino não perdeu o sentido do assombro. Tennyson conta

    que um dia foi muito cedo ao dormitório de seu netinho, e viu o menino "adorando o raio de sol que jogava no respaldo da cama". À medida que crescemos começamos a viver em um mundo que se tornou velho, cinza, e está cansado. O menino vive em um mundo resplandecente, um mundo em que Deus está sempre perto.

    1. Toda a vida do menino está baseada na confiança. Quando somos jovens nunca duvidamos de onde virá a próxima refeição ou onde

    encontraremos nossa roupa. Vamos à escola seguros de que ao voltar, nosso lar estará ali e tudo disposto para nossa comodidade. Quando

    saímos em viagem, nunca duvidamos de que a passagem estará paga, e que nossos pais conhecerão o caminho e nos levarão a destino sem problemas. A confiança de um menino em seus pais é absoluta – como

    teria que ser a nossa confiança em nosso grande Pai Deus.

    1. O menino é obediente por natureza. Na verdade, muitas vezes desobedece e protesta diante dos pedidos de seus pais. Mas seu instinto é obedecer. Sabe muito bem que deve fazê-lo. Não é feliz quando

    desobedece. Em seu coração a palavra de seus pais é lei. Assim deveríamos ser para com Deus.

    1. O menino tem a surpreendente faculdade de perdoar. Quase

    todos os pais são injustos com nossos filhos. Exigimos deles que sejam— modelos de obediência, de bons maneiras, de linguagem refinada, de diligência que estranha vez satisfazemos nós mesmos. Às vezes os repreendemos por fazer o mesmo que nós fazemos. Se outros nos tratassem como nós tratamos a nossos filhos em questões da justiça

    comum não poderíamos perdoá-los. Mas o menino perdoa e esquece, e quando é muito pequeno nem sequer tem consciência disso. Este mundo seria muito mais bonito se pudéssemos perdoar como um menino.

    Ter espírito semelhante ao de um menino é ter sempre vivo o sentido de assombro, viver em uma confiança absoluta, obedecer

    instintivamente, perdoar e esquecer – e esse é o passaporte ao reino de Deus.

    O HOMEM QUE NÃO QUERIA PAGAR O PREÇO

    Lucas 18:18-30

    Este homem distinto se dirigiu a Jesus em uma forma que, para um judeu, não tinha igual. Em toda a literatura religiosa judaica não se menciona a nenhum rabino que tenha sido tratado de "Bom Mestre". Os rabinos diziam que "não há bom fora da lei". Essa forma de dirigir-se a

    Jesus tinha sabor de adulação insincera. De modo que Jesus começou dirigindo seus pensamentos a Deus. Jesus estava sempre seguro de que seu poder e sua mensagem vinham de Deus. Quando os nove leprosos

    não voltaram, Jesus ficou triste, não porque não tivessem voltado para lhe agradecer, mas sim porque não tinham voltado para glorificar a Deus (Lc 17:18).

    É indiscutível que este homem importante era um homem bom, mas no íntimo de seu coração e sua alma sentia que em sua vida faltava algo. O mandato de Jesus foi que se queria encontrar tudo o que procurava na

    vida, vendesse todas suas posses e as distribuísse aos pobres, e depois o seguisse. Por que Jesus deu esta ordem a este homem em especial? Quando o homem que Jesus tinha curado na região da Gadara quis segui-

    lo, ordenou-lhe que fosse para sua casa (Lc 8:38, Lc 8:39). Por que dá um conselho tão distinto a este homem principal?

    Há um evangelho apócrifo chamado o Evangelho dos Hebreus que se perdeu quase em sua totalidade; mas em um dos fragmentos que

    restaram há um relato deste incidente que nos dá uma chave. "O outro

    homem rico disse a Jesus: Mestre, que coisas boas devo fazer para viver realmente? Jesus lhe disse: Homem, obedece a Lei e os profetas. Ele respondeu: Tenho feito isso. Jesus lhe disse: Vai e vende tudo o que possuis, distribui-o entre os pobres, e volte, e siga-me. O homem rico começou a coçar a cabeça porque não gostou do que lhe foi ordenado. O Senhor lhe disse: Por que diz que obedeceste a Lei e os profetas? Porque escrito está na lei: amarás a teu próximo como a ti mesmo, e olha, há muitos de teus irmãos, filhos do Abraão, que estão morrendo de fome, e tua casa está cheia de coisas boas, mas não sai nada para eles. E voltando-se para Simão, seu discípulo, que estava sentado a seu lado, disse-lhe: Simão, filho do Jonas, é mais fácil que um camelo passe através do olho de uma agulha que um homem rico entre no reino dos céus."

    Aqui encontramos o segredo e a tragédia deste importante homem rico. Vivia egoisticamente. Era rico, mas não dava nada a ninguém. Seu

    verdadeiro Deus era a comodidade, e o que realmente adorava eram suas posses e sua riqueza. Por essa razão Jesus pediu que ele desse tudo. Há

    muitos homens que utilizam suas riquezas para dar comodidades, alegria e o bem de seus semelhantes; mas este homem as usava só para si mesmo. Se o "deus de um homem é aquilo ao qual ele entrega todo o seu

    tempo, pensamento, energia e devoção, então a riqueza era seu deus. Se queria encontrar a felicidade devia terminar com tudo isso e viver para outros com a mesma intensidade com que tinha vivido para si mesmo.

    Jesus continuou dizendo que era mais fácil que um camelo passasse

    pelo olho de uma agulha que um rico entrasse no reino de Deus. Muitas vezes os rabinos falavam de um elefante tentando passar pelo olho de uma agulha como algo fantasticamente impossível. Mas o quadro do Jesus pode ter duas origens.

    1. Diz-se que ao lado da grande porta de Jerusalém através da qual atravessava o trânsito, havia uma porta muito pequena, com a largura e a

    altura suficiente como para que passasse um homem. Diz-se que essa

    portinhola era chamada o olho da agulha, e o quadro representaria um camelo tentando entrar por ela.

    1. A palavra grega para camelo é kamelos. Nessa época no idioma grego os sons vocálicos tendiam a parecer-se uns aos outros, e há outra

    palavra que poderia pronunciar-se em forma muito semelhante – a palavra kamilos, que significa o cabo de um barco. Bem pode ser que Jesus tenha dito que era mais fácil enfiar uma agulha com o cabo de um barco que para um homem rico entrar no reino de Deus. Por que devia

    ser assim? As posses tendem a encadear os pensamentos de um homem a este mundo. Tem interesses tão grandes na Terra que não quer deixá-los e não pensa em nada mais que neles. Não é pecado ter muitas riquezas –

    mas é um grande perigo para a alma e uma grande responsabilidade.

    Pedro assinalou que ele e seus companheiros tinham deixado tudo para seguir a Jesus; e ele lhes prometeu que o homem que deixasse tudo

    pelo reino de Deus receberia um pagamento muito maior. A experiência de todos os cristãos é que isto é verdade.

    Uma vez uma pessoa, pensando em todas as provas que tinha

    suportado David Livingstone, as penúrias que o tinham abatido, e como tinha perdido sua esposa e arruinado sua saúde na África, disse-lhe: "Quantos sacrifícios você tem feito!" Livingstone lhe respondeu: "Sacrifícios? Não fiz nenhum em toda minha vida."

    Para o homem que caminha pelo atalho cristão haverá coisas que o mundo chamará penosas, mas, além delas e através de todas, há uma paz que o mundo não pode dar nem tirar, e uma alegria que ninguém pode

    arrebatar.

    A IMINÊNCIA DA CRUZ

    Lucas 18:31-34

    Há dois tipos de coragem. Existe o valor do homem que, de repente e sem aviso, vê-se confrontado por alguma emergência ou alguma crise,

    e que sem duvidá-lo e com temeridade se lança à ação sem tempo para

    pensar. E existe o valor do homem que vê levantar-se à sua frente uma situação terrível e que sabe que só fugindo poderia evitá-la, mas continua em frente com firmeza e inflexibilidade. Não há dúvida de qual é o valor supremo. Qualquer um é capaz de uma ação heróica em um momento de excitação, mas se requer um homem de valor supremo para enfrentar algo que está a dias de distância e do qual poderia escapar dando as costas.

    Em uma novela o escritor pinta o quadro de dois meninos caminhando pela rua entregues a seus jogos. Um diz ao outro: "Quando

    caminhas pelo caminho, alguma vez imaginas que há algo terrível atrás da próxima esquina e continua para enfrentá-lo? É tão emocionante..."

    Para Jesus não era nenhum jogo. A verdade terrível era que havia algo tremendo à sua espera. Sabia o que era a crucificação; tinha-a visto; e assim mesmo continuou. Embora não fosse outra coisa, Jesus seguiria

    sendo uma das figuras mais heróicas de todos os tempos.

    Diante das freqüentes advertências do que ia acontecer a Jesus em Jerusalém, muitas vezes nos perguntamos por que quando chegou o

    momento da cruz, seus discípulos sofreram um golpe tão tremendo. A verdade é que simplesmente não podiam compreender o que lhes estava dizendo. Estavam obcecados com a idéia de um rei conquistador;

    aferravam-se ainda à esperança de que mostraria seu poder em Jerusalém e lançaria seus inimigos da face da Terra. Aqui há uma grande advertência para todos os que escutam. Não há ninguém tão cego como aquele que não quer ver. A mente humana tem uma maneira de ouvir só

    aquilo deseja. Há uma espécie de racionalização do pensamento que em seu coração crê que a verdade desagradável não é certa, e que aquilo que não se quer que aconteça não pode acontecer. A gente tem que lutar

    sempre contra a tendência humana de ouvir só o que deseja.

    Devemos notar uma coisa mais. Jesus nunca profetizou a respeito da cruz sem anunciar a ressurreição. Sabia que o esperava a ignomínia,

    mas também a glória. Sabia o que a maldade dos homens podia fazer, mas também que podia obter o poder de Deus. Com a segurança da

    vitória final enfrentou a aparente derrota da cruz. Sabia que sem uma cruz nunca pode haver uma coroa.

    O HOMEM QUE NÃO PODIA SER CALADO

    Lucas 18:35-43

    O que ressalta desta história é a insistência clara e desesperada do cego. Jesus ia a Jerusalém para a Páscoa. Nessa época os peregrinos

    viajavam juntos em grupos. Uma das formas mais comuns de um rabino ensinar era falar enquanto andava. Isso é o que Jesus estava fazendo, e o resto do grupo de peregrinos estava reunido a seu redor, para não perder

    nada do que pudesse dizer. Quando esses grupos passavam por uma vila ou uma cidade aqueles que não podiam ir à festa se alinhavam à beira do caminho para ver os peregrinos e lhes desejar boa sorte na viagem. O cego estava sentado entre a multidão. Quando ouviu o murmúrio

    perguntou o que estava acontecendo, e lhe disseram que Jesus estava ali. Imediatamente clamou para que Jesus o ajudasse e o curasse.

    Todos tentaram fazê-lo calar. O povo que estava ao redor de Jesus

    não podia ouvir o que Ele dizia pelos gritos do cego. Mas o homem não se calava. Gritou novamente. As palavras que se utilizam para descrever os gritos do cego são muito distintas no versículo 38 e no 39. No primeiro se trata de um grito forte comum para atrair a atenção. No segundo, do grito instintivo de uma emoção incontrolável, um alarido, um grito quase animal. A palavra mostra bem o desespero total do homem. Jesus, pois, deteve-se, e o cego encontrou a saúde que tão apaixonadamente desejava.

    Esta história nos diz duas coisas.

    1. Diz-nos algo sobre o homem cego. Estava determinado a enfrentar a Jesus. Nada o deteria. negou-se a fazer silêncio e a conter-se. O sentimento de sua necessidade o levou inexoravelmente à presença do Jesus. Se alguém quiser um milagre, este é o espírito que deve mostrar. O que realmente move o poder de Deus não é o desejo sentimental e

    gentil; o desejo apaixonado e intenso, procedente do próprio fundo do coração humano é o que jamais será defraudado.

    1. Diz-nos algo a respeito de Jesus. Nesse momento estava dirigindo-se à multidão como um rabino. Mas diante do grito de

    necessidade do cego se deteve, esquecendo-se de seu pregação.

    Para Jesus era sempre mais importante agir que falar. As palavras tinham sempre o segundo lugar, depois dos fatos. Aqui havia uma alma humana em necessidade. A pregação devia cessar e começar a ação.

    Alguém disse que muitos professores são como homens que dão recomendações a outro que se está afogando em um mar tempestuoso. Jesus nunca era assim; saltava a socorrer o homem. Há muitos homens

    que não podem formular uma oração, mas muitos os amam por sua bondade. Há homens que não podem expor duas frases juntas, mas outros os amam por sua bondade. Os homens respeitam o orador, mas

    amam ao que tem mãos para ajudar. Admiram ao que tem uma grande inteligência, mas amam o homem que tem um grande coração.


    O Evangelho em Carne e Osso

    Flávio Gouvêa de Oliveira, Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
    O Evangelho em Carne e Osso - Comentários de Lucas Capítulo 18 do versículo 1 até o 8

    84  . Oração e Fé

    Lc 18:1-8

     

    Para quê a oração?

     

    Lucas apresenta esta parábola de Jesus anunciando claramente seu assunto: a necessidade de orar sempre e sem desanimar.

    O texto anterior falou sobre momentos difíceis pelos quais os discípulos ainda passariam, chegando a sentir saudades dos dias passados com Jesus e até mesmo recebendo anúncios tentadores de que Jesus estivesse fisicamente em alguns lugares específicos, devendo ficar atentos a não se enganarem com isso.

    Sua comunhão com Jesus continuaria real, como ele mesmo prometeu dizendo: “e eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28:20), mas através da fé e da esperança, tendo a oração como instrumento para esse vínculo. Isso não seria fácil em tempos de tribulação e perseguição, principalmente quando se estendessem por muito tempo – o que Jesus mesmo avisou que poderia acontecer. É provável que os primeiros leitores de Lucas já estivessem vivenciando isso, por isso ele se preocupa em deixar claro o assunto. Era preciso que eles se mantivessem fiéis na oração e, principalmente em sua fé no caráter de Deus, conforme Jesus estava revelando.

     

    A parábola da viúva persistente

     

    A parábola ficou conhecida como “parábola do juiz iníquo”, mas devia se chamar “parábola da viúva persistente”, pois é nela que está a lição. As viúvas naquela cultura não tinham representação nenhuma na sociedade, as mulheres só eram alguém junto aos homens: o pai na infância, o marido na maturidade e os filhos na viuvez. Por isso mesmo “viúvas” e “órfãos”, na Bíblia, são sempre sinônimo de desamparados e alvos da assistência da verdadeira religião (p. ex. Tg 1:27).

    Essa viúva tinha uma causa importante e que precisava ser julgada. Não tendo representatividade, precisaria aguardar a boa vontade do juiz - situação ainda experimentada por muitos desamparados em nossa época. Entretanto, para piorar sua situação, a grande característica daquele juiz era que ele não temia a Deus e nem homem algum, ou seja, não havia nada que o constrangesse a ajudar alguém por boa vontade. E podemos pensar em quantas pessoas em cargos de autoridade ainda mantêm essa mesma arrogância.

    Entretanto, aquela mulher precisava muito que aquela causa seja julgada e, por isso, não desistia de pedir. Deve ter sido muito ignorada e até humilhada pelo juiz, mas não desistiu, sua causa – seja qual fosse – era maior que qualquer rejeição. Tanto ela insistiu que acabou vencendo pelo cansaço; e o juiz que não respeitava nem Deus e nem homem algum acabou julgando a sua causa.

    Esse sentimento de depender de alguém e receber rejeição é algo muito ruim. Muitas pessoas, inclusive, passam por situações literalmente semelhantes. Mas essa situação também representa nossa dificuldade quanto à esperança de forma geral, especialmente quando as tribulações nos fazem sentir até rejeitados como aquela viúva, levando muitas pessoas a desistirem de buscar aquilo de que necessitam. Mas assim como aquela viúva foi persistente, mesmo diante de tanta rejeição, os discípulos também deveriam manter-se fiéis em oração e confiança em Deus, mesmo quando se sentissem desanimados.

     

    A fé para manter viva a oração

     

    Essa parábola é bastante conhecida e usada no meio evangélico quando se fala em oração, mas noto que muitas vezes há um desvio de foco. O exemplo a ser considerado é o da viúva, a quem o discípulo deve se comparar. Mas muitos parecem também comparar Deus ao juiz iníquo da parábola, o que é um grande equívoco. É óbvio que ninguém confessará isso abertamente, mas parecem tratar a oração como um meio de chamar a atenção de Deus como se, na verdade, ele não estivesse nem um pouco interessado neles. Há ênfases no modo de orar que beiram à ideia pagã do sacrifício que agrada a divindade e consegue seus benefícios, de modo que muitos se sentem rejeitados por Deus por considerarem que ele não os atende.

    Entretanto, a comparação que Jesus faz de Deus com o juiz da parábola é por oposição, ou seja, se mesmo um juiz que não teme nem Deus nem homem algum acabou atendendo ao pedido da viúva, quanto mais Deus fará justiça àqueles que ele mesmo escolheu. Sim, eles clamam dia e noite dentro daquela esperança mesmo vivendo num mundo de oposição, sentem a demora, mas continuam fiéis. Jesus reafirma que Deus fará justiça em breve, mas que eles devem se manter firmes na esperança, na fé e na oração.

    Acima de tudo, devem sempre se lembrar que Deus não se compara a um juiz arrogante que não se importa com ninguém, mas é aquele que já veio em busca deles e lhes entregou o Reino (Lc 12:32), sendo agora questão de tempo e fidelidade. Assim, a oração não é uma busca desesperada pela atenção de um juiz iníquo que não se importa com ninguém, mas a comunhão com o Deus fiel que nos ampara mesmo nas tribulações e nos fará justiça em seu tempo; e mesmo quando não soubermos nem como orar direito, seu Espírito nos assistirá em nossa fraqueza (Rm 8:26).

    A questão, então, não é se Deus fará justiça aos que oram, mas se ainda existirá fé na terra durante esse tempo de espera da revelação do Filho do Homem. O foco da lição é o mesmo foco da parábola: a perseverança. Como já dizia o livro de Provérbios (Pv 13:12): “a esperança que se adia faz adoecer o coração”; muitos poderiam desanimar em sua espera, poderiam vir a sentir-se rejeitados até e, assim, deixar esfriar a fé e o amor. Por isso Jesus pergunta: quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra? Não quer dizer que Deus não saiba exatamente como será, mas é uma pergunta importante para que cada crente responda em seu íntimo, na verdade de sua própria fé durante o tempo de espera.

    Como você responderá a essa pergunta?



    Dicionário

    Ainda

    advérbio Até este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou.
    Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá.
    Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos.
    Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando.
    Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso.
    Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes.
    No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou.
    De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros.
    Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.

    Clamar

    Clamar
    1) Gritar (Gn 4:10)

    2) Implorar (Sl 130:1). 3 Exigir (Is 59:4).

    verbo transitivo direto e transitivo indireto Pedir insistentemente; rogar: os fiéis clamavam graças; clamavam aos santos por milagres.
    Fazer exigências urgentes; instar: a multidão clamava por direitos trabalhistas.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Exclamar em voz alta; bradar: clamou que deixassem de brigar; o povo clamava por justiça.
    Reclamar com convicção ou em voz alta; protestar: o réu clamou contra a pena.
    Etimologia (origem da palavra clamar). Do latim clamare.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Dia

    o ‘calor do dia’ (Mt 20:12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3:8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2:19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7:19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14:24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11:11Jo 20:19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13:35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13:35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18:28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11:9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6:10, At 2:15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12:40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7:5), e dia de ruína (18:20, e os 1:11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)

    Dia O oposto à noite, à qual segue (Lc 21:37; Jo 9:4). Também espaço temporal de 24 horas. Os romanos contavam o dia de meia-noite a meia-noite — prática que perdura entre nós —, enquanto os judeus contemporâneos de Jesus iniciavam o dia com o surgimento da lua, concluindo-o no dia seguinte pela tarde. Para designar um dia completo, costumava-se empregar a expressão “noite e dia” (Mc 4:27; 5,5; Lc 2:37).

    Dia
    1) Período de 24 horas (Rm 8:36;
    v. HORAS).


    2) Tempo em que a terra está clara (Rm 13:12).


    3) O tempo de vida (Ex 20:12).


    4) Tempos (Fp 5:16, plural).


    Entre os índios e em geral no Oriente, a palavra que trasladamos por dia tem uma significação primitiva, que corresponde exatamente ao termo caldeu sare, revolução.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O Velho Testamento

    [...] todo dia é também oportunidade de recomeçar, reaprender, instruir ou reerguer.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    Cada dia é oportunidade de ascensão ao melhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 58

    [...] cada dia é um ramo de bênçãos que o Senhor nos concede para nosso aperfeiçoamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No livro da existência, cada dia é uma página em branco que confiarás ao tempo, gravada com teus atos, palavras e pensamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é nova oportunidade de orar, de servir e semear. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é desafio sereno da Natureza, constrangendo-nos docemente à procura de amor e sabedoria, paz e elevação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é a oportunidade desvendada à vitória pessoal, em cuja preparação falamos seguidamente de nós, perdendo-lhe o valor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é um país de vinte e quatro províncias. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é oportunidade de realizar o melhor. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltará.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Diante do tempo

    O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

    [...] Cada dia é uma página que preencherás com as próprias mãos, no aprendizado imprescindível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 31

    [...] O dia constitui o ensejo de concretizar as intenções que a matinal vigília nos sugere e que à noite balanceamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6


    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    Fara

    hebraico: ramos

    Justiça

    Justiça Nos evangelhos, o termo se reveste de vários significados:

    1. A ação salvadora de Deus (Mt 3:15; 21,32), que se manifesta gratuita e imerecidamente (Mt 20ss.).

    2. A justificação que Deus faz do pecador, em virtude da fé em Jesus (Mt

    9,13; Mc 2:17; Lc 5:32).

    3. O comportamento justo de uma pessoa (Mt 6:1ss.), que não deve ter finalidades exibicionistas, que caracteriza os seguidores de Jesus (Mt 6:33) e é fruto do arrependimento. Tal como a praticam certos religiosos — como os escribas e fariseus — é insuficiente para se entrar no Reino dos Céus (Mt 5:20).

    Ela parte realmente não do desejo de se ganhar a salvação pelos próprios méritos, mas da gratuidade porque nós já a recebemos.

    K. Barth, o. c.; J. Driver, Militantes...; C. Vidal Manzanares, De Pentecostés...


    Justiça
    1) Atributo pelo qual, ao tratar com as pessoas, Deus age de acordo com as normas e exigências da perfeição de sua própria natureza (Sl 119:142). Por isso Deus castiga tanto os incrédulos (Dt 33:21); (Sl 96:13) como o seu próprio povo (Sl 50:5-7); (Is 28:17) e, com imparcialidade, socorre os necessitados (Dt 10:17-18); (Sl 72:2)

    2) Ato pelo qual Deus, em sua graça e em conformidade com a sua ALIANÇA, selada com o sofrimento, morte e ressurreição de Cristo, perdoa as pessoas fracas, perdidas e sem justiça própria, aceitando-as através da fé (Rm 3:21-26); (1Co 1:30); (2Co 5:21). 3 Qualidade que leva os cristãos a agirem corretamente, de acordo com os mandamentos de Deus (Mq 6:8); (Rom 6:13,19); Ef

    A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais. [...] o critério da verdadeira justiça está em querer cada um para os outros o que para si mesmo quereria e não em querer para si o que quereria para os outros, o que absolutamente não é a mesma coisa. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 875 e 876

    Educado, o sentimento de justiça será o sentimento salvador do indivíduo. Sentimento superior por excelência, no ser humano, ele sobrepuja a todos os outros e, por ser o que se apresenta com maior energia para a ação do indivíduo, é que na justiça procuram apoiar-se todas as injustiças que se cometem.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    J J [...] é o santo nome e a senha que desde o princípio dos tempos vêm escritos em todos os espaços e até na mais diminuta criação do Altíssimo. [...] é a Lei Suprema da Criação, sem que deixe de ser, do mesmo modo, o amor, formando com a justiça um todo perfeito.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] A justiça é, acima de tudo, amor que corrige e sabedoria que educa.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

    [...] É a força harmônica, uma coordenação funcional, adequada da sociedade.
    Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -

    A verdadeira justiça não é a que pune por punir; é a que castiga para melhorar. Tal a justiça de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva. Por o terem compreendido assim, foi que os nossos jurisconsultos chegaram a formular estes magníficos axiomas: É imoral toda pena que exceda a gravidade do delito. – É imoral toda pena que transpira vingança, com exclusão da caridade. – É imoral a pena quando, por sua natureza, não tende a fazer que o culpado se emende.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 17a efusão

    [...] o sentimento de justiça [...] é [...] o pensamento correto refletindo a eqüidade e a misericórdia que fluem de Cima.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 44

    Na definição da Doutrina Espírita, a justiça consiste em respeitar cada um os direitos dos demais. Não somente os direitos consagrados nas legislações humanas, mas todos os direitos natu rais compreendidos no sentido amplo de justiça.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    [...] é fundamento do Universo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 17

    [...] a justiça é sempre a harmonia perfeita.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] a justiça, por mais dura e terrível, é sempre a resposta da Lei às nossas próprias obras [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima

    A justiça é uma árvore estéril se não pode produzir frutos de amor para a vida eterna.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

    [...] a justiça esclarecida é sempre um credor generoso, que somente reclama pagamento depois de observar o devedor em condições de resgatar os antigos débitos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    Todos nós precisamos da justiça, porque a justiça é a lei, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a iniqüidade é capaz de premiar o banditismo, em nome do poder. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    Justiça Divina [...] a Justiça de Deus [...] é a própria perfeição.
    Referencia: Ó, Fernando do• Almas que voltam• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Epíl•

    [...] A Justiça do Pai é equânime e ninguém fica impune ou marginalizado diante de suas leis, mas, ela é, sobretudo, feita de amor e misericórdia, possibilitando ao faltoso renovadas ensanchas de redenção [...].
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 11


    Cumprimento das exigências de um relacionamento correto com ele, apagando a culpa deles e lhes creditando justiça (Rm 3:21-22), ajudando-os assim a dedicar-se em prol daquilo que ele declara justo (Rm 6:11-13).

    substantivo feminino Particularidade daquilo que se encontra em correspondência (de acordo) com o que é justo; modo de entender e/ou de julgar aquilo que é correto.
    O ato de reconhecer o mérito de (algo ou de alguém): a polícia vai fazer justiça neste caso.
    Reunião dos organismos que compõem o poder judiciário.
    Conjunto de indivíduos que fazem parte da prática da justiça: a justiça precisa buscar melhores condições de trabalho.
    Cada uma das seções responsáveis pela administração da justiça; alçada, foro ou instância: Justiça Eleitoral.
    Etimologia (origem da palavra justiça). Do latim justitia.ae.

    Noite

    substantivo feminino Espaço de tempo entre o pôr do sol e o amanhecer.
    Escuridão que reina durante esse tempo.
    [Popular] Diversão ou entretenimento noturna; vida noturna: ir para noite.
    Falta de claridade; trevas.
    Condição melancólica; melancolia.
    Ausência de visão; cegueira.
    expressão Noite fechada. Noite completa.
    Ir alta a noite. Ser muito tarde.
    Noite e dia. De maneira continuada; continuamente.
    A noite dos tempos. Os tempos mais recuados da história.
    Etimologia (origem da palavra noite). Do latim nox.ctis.

    Não olvides que a própria noite na Terra é uma pausa de esquecimento para que aprendamos a ciência do recomeço, em cada alvorada nova.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

    [...] Qual acontece entre os homens, animais e árvores, há também um movimento de respiração para o mundo. Durante o dia, o hemisfério iluminado absorve as energias positivas e fecundantes do Sol que bombardeia pacificamente as criações da Natureza e do homem, afeiçoando-as ao abençoado trabalho evolutivo, mas, à noite, o hemisfério sombrio, magnetizado pelo influxo absorvente da Lua, expele as vibrações psíquicas retidas no trabalho diurno, envolvendo principalmente os círculos de manifestação da atividade humana. O quadro de emissão dessa substância é, portanto, diferente sobre a cidade, sobre o campo ou sobre o mar. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6


    Noite Dividido em vigílias, o período que se estendia do pôr-do-sol ao amanhecer. Nos evangelhos, aparece como um tempo especialmente propício para a oração (Mc 1:35; Lc 6:12).

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Tardio

    adjetivo Que chega tarde; com lentidão, morosidade; lento, moroso: arrependimento tardio.
    Que se desenvolve lentamente; vagaroso: espírito tardio.
    Que se movimenta com pouca velocidade: rio tardio.
    expressão Fruta tardia. Fruto que amadurece depois de outros de mesma natureza, após o período normal de amadurecimento; serôdio.
    Etimologia (origem da palavra tardio). A palavra tardio deriva do latim “tardivus, a, um”, com o sentido de vagaroso, moro, lento, retardado”.

    Tardio Demorado (Ne 9:17); (Jc 1:19).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    οὐ μή θεός ἐκδίκησις αὑτοῦ ἐκλεκτός ποιέω ὁ πρός αὐτός βοάω ἡμέρα καί νύξ καί μακροθυμέω ἐπί αὐτός
    Lucas 18: 7 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E Deus não vingará aos seus próprios eleitos, que clamam a ele dia e noite, já que é longânimo para com eles?
    Lucas 18: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Fevereiro de 30
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1557
    ekdíkēsis
    ἐκδίκησις
    desforra, vingança, punição
    (avenging)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G1588
    eklektós
    ἐκλεκτός
    jardim, área cercada
    (a garden)
    Substantivo
    G1909
    epí
    ἐπί
    sobre, em cima de, em, perto de, perante
    (at [the time])
    Preposição
    G2250
    hēméra
    ἡμέρα
    [os] dias
    ([the] days)
    Substantivo - Dativo Feminino no Plural
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3114
    makrothyméō
    μακροθυμέω
    o líder do primeiro dos vinte e quatro turnos de sacerdotes na época de Davi
    (also for Joiarib)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3571
    nýx
    νύξ
    À noite
    (by night)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G994
    boáō
    βοάω
    se possível, por favor, ai!, com licença por favor
    (Please)
    Partícula


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐκδίκησις


    (G1557)
    ekdíkēsis (ek-dik'-ay-sis)

    1557 εκδικησις ekdikesis

    de 1556; TDNT - 2:445,215; n f

    1. desforra, vingança, punição

      In 2Co 7:11 — satisfazer a justiça; fazer justiça a todas as partes. Ver Lc 18:3; 21.22. A palavra também tem o sentido de absolvição e carrega o sentido de vindicação. (Vincent III, p. 329)


    ἐκλεκτός


    (G1588)
    eklektós (ek-lek-tos')

    1588 εκλεκτος eklektos

    de 1586; TDNT - 4:181,505; adj

    1. selecionado, escolhido
      1. escolhido por Deus,
        1. para obter salvação em Cristo
          1. cristãos são chamados de “escolhidos ou eleitos” de Deus
        2. o Messias é chamado “eleito”, designado por Deus para o mais exaltado ofício concebível
        3. escolha, seleção, i.e. o melhor do seu tipo ou classe, excelência preeminente: aplicado a certos indivíduos cristãos

    ἐπί


    (G1909)
    epí (ep-ee')

    1909 επι epi

    uma raíz; prep

    sobre, em cima de, em, perto de, perante

    de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

    para, acima, sobre, em, através de, contra


    ἡμέρα


    (G2250)
    hēméra (hay-mer'-ah)

    2250 ημερα hemera

    de (com 5610 implicado) um derivado de hemai (descansar, semelhante a raíz de 1476) significando manso, i.e. dócil; TDNT - 2:943,309; n f

    1. o dia, usado do dia natural, ou do intervalo entre o nascer e o pôr-do-sol, como diferenciado e contrastado com a noite
      1. durante o dia
      2. metáf., “o dia” é considerado como o tempo para abster-se de indulgência, vício, crime, por serem atos cometidos de noite e na escuridão
    2. do dia civil, ou do espaço de vinte e quatro horas (que também inclui a noite)
      1. o uso oriental deste termo difere do nosso uso ocidental. Qualquer parte de um dia é contado como um dia inteiro. Por isso a expressão “três dias e três noites” não significa literalmente três dias inteiros, mas ao menos um dia inteiro, mais partes de dois outros dias.

        do último dia desta presente era, o dia em que Cristo voltará do céu, ressuscitará os mortos, levará a cabo o julgamento final, e estabelecerá o seu reino de forma plena.

        usado do tempo de modo geral, i.e., os dias da sua vida.


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μακροθυμέω


    (G3114)
    makrothyméō (mak-roth-oo-meh'-o)

    3114 μακροθυμεω makrothumeo

    do mesmo que 3116; TDNT - 4:374,550; v

    1. ser de um espírito paciencioso, que não perde o ânimo
      1. perseverar pacientemente e bravamente ao sofrer infortúnios e aborrecimentos
      2. ser paciente em suportar as ofensas e injúrias de outros
        1. ser moderado e tardio em vingar-se
        2. ser longânime, tardio para irar-se, tardio para punir

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)

    νύξ


    (G3571)
    nýx (noox)

    3571 νυξ nux

    palavra primária; TDNT - 4:1123,661; n f

    1. noite
    2. metáf. o tempo quando o trabalho cessa
      1. o tempo de morte
      2. o tempo para ações de pecado e vergonha
      3. o tempo de estupidez moral e escuridão
      4. o tempo quando o aborrecido e também o bêbado entrega-se ao sono


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βοάω


    (G994)
    boáō (bo-ah'-o)

    994 βοαω boao

    aparentemente uma forma prol. de uma palavra primária; TDNT - 1:625,108; v

    1. gritar de alegria, de dor etc.
    2. chorar, falar com uma voz alta e forte
    3. clamar por ajuda, implorar ajuda

    Sinônimos ver verbete 5823