Enciclopédia de Lucas 24:52-52

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lc 24: 52

Versão Versículo
ARA Então, eles, adorando-o, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo;
ARC E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém.
TB Eles, tendo-o adorado, voltaram para Jerusalém com grande gozo;
BGB καὶ αὐτοὶ ⸂[προσκυνήσαντες αὐτὸν]⸃ ὑπέστρεψαν εἰς Ἰερουσαλὴμ μετὰ χαρᾶς μεγάλης,
HD E eles, após reverenciá-lo, voltaram para Jerusalém, com grande alegria,
BKJ E eles o adoraram, e retornaram para Jerusalém com grande júbilo;
LTT E eles, (depois de) havendo-O adorado 735, retornaram para dentro de Jerusalém com grande júbilo.
BJ2 Eles se prostraram diante dele,[a] e depois voltaram a Jerusalém com grande alegria,
VULG Et ipsi adorantes regressi sunt in Jerusalem cum gaudio magno :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lucas 24:52

Salmos 30:11 Tornaste o meu pranto em folguedo; tiraste o meu cilício e me cingiste de alegria;
Mateus 28:9 E, indo elas, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés e o adoraram.
Mateus 28:17 E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.
João 14:28 Ouvistes o que eu vos disse: vou e venho para vós. Se me amásseis, certamente, exultaríeis por ter dito: vou para o Pai, porque o Pai é maior do que eu.
João 16:7 Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.
João 16:22 Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará.
João 20:28 Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
I Pedro 1:8 ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

JERUSALÉM NO TEMPO DO NOVO TESTAMENTO

JERUSALÉM E SEUS ARREDORES
Jerusalém fica no alto da cadeia de montes que forma a espinha dorsal da Judeia, cerca de 750 m acima do Mediterrâneo e 1.150 m acima do mar Morto. É protegida pelo vale do Cedrom a leste e pelo vale de Hinom ao sul e a leste. Para os judeus, a cidade de Jerusalém é o umbigo da terra, situada no meio dos povos, com as nações ao seu redor.! Uma vez que é completamente cercada de montes, quem deseja chegar a Jerusalém tinha de subir? Apesar da cidade ficar próxima de uma rota que, passando pelo centro da Palestina, se estendia de Hebrom, no sul, até Samaria, ao norte, essa via só era usada para o comércio interno. Outra via se estendia de leste a oeste, saindo de Emaús, passando por Jerusalém e chegando até Jericó. Como a parábola do bom samaritano contada por Jesus deixa claro, além de outros perigos, os viajantes corriam o risco de serem assaltados. Os recursos naturais da região ao redor de Jerusalém eram limitados. Havia pedras em abundância, mas nenhum metal, e a argila era de qualidade inferior. Lá e couro eram produzidos graças à criação de ovelhas e gado, mas a maior parte dos cereais de Jerusalém tinha de ser trazida de fora. A cidade possuía apenas uma fonte importante de água, a fonte de Siloé, na parte sul. A água tinha de ser coletada em cisternas ou trazida de lugares mais distantes por aquedutos. Um desses aquedutos, com cerca de 80 km de extensão, foi construído por Pôncio Pilatos, o governador romano da Judeia, que usou recursos do templo, provocando uma revolta popular. Uma vez que a maioria dos produtos agrícolas vinha de fora, o custo de vida em Jerusalém era alto. Animais domésticos e vinho eram mais caros na cidade do que no campo e as frutas custavam seis vezes mais em Jerusalém.

UM CENTRO RELIGIOSO
O elemento principal da cidade de Jerusalém no primeiro século era o templo do Senhor, reconstruído por Herodes, o Grande, de 19 a.C em diante. Somas consideráveis de dinheiro eram injetadas na economia da cidade, especialmente durante as principais festas religiosas, a saber, Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos, quando Jerusalém ficava abarrotada de peregrinos. Além de trazerem ofertas para o templo e manterem o comércio de souvenires, os peregrinos enchiam as hospedarias, dormiam em tendas armadas fora da cidade ou se hospedavam em vilarejos vizinhos. Muitos judeus se mudavam para Jerusalém a fim de ficarem perto do templo e serem sepultados nas imediações da cidade santa Além disso, um imposto de duas dramas para o templo era cobrado anualmente de todos os judeus. Quando as obras do templo finalmente foram concluídas em c. 63 d.C., mais de dezoito mil operários ficaram desempregados.
As autoridades do templo usaram essa mão de obra para pavimentar Jerusalém com pedras brancas. Acredita-se que Jerusalém também tinha cerca de quatrocentas sinagogas, junto às quais funcionavam escolas para o estudo da lei. Uma inscrição de origem incerta sobre um chefe de sinagoga chamado Teódoto foi descoberta em 1913 na extremidade sul da colina de Ofel. Teódoto construiu não apenas uma sinagoga, mas também uma hospedaria para visitantes estrangeiros.

PALÁCIOS
Os governantes hasmoneus haviam construído um palácio chamado de Acra ou cidadela a região a oeste do templo. Mas Herodes, o Grande, construiu um palácio novo na Cidade Alta, na extremidade oeste da cidade, onde hoje fica a Porta de Jafa. Continha salões de banquete grandiosos e vários quartos de hóspedes. O muro externo tinha 14 m de altura, com três torres chamadas Hippicus, Fasael e Mariamne, os nomes, respectivamente, do amigo, do irmão e da (outrora favorita) esposa de Herodes. As torres tinham, respectivamente, 39, 31 e 22 m de altura. Parte da torre de Fasael ainda pode ser vista nos dias de hoje, incorporada na atual "Torre de Davi"

A FORTALEZA ANTÔNIA
Na extremidade noroeste, Herodes construiu uma fortaleza chamada Antônia em homenagem ao general romano Marco Antônio. A fortaleza possuía três torres imensas com 23 m de altura e outra com 30 m de altura. Uma coorte, isto é, uma unidade de infantaria romana com seiscentos homens, guardava o templo e podia intervir rapidamente caso ocorresse algum tumulto (como em At 21:30-32). Os romanos mantinham as vestes do sumo sacerdote nesse local, liberando-as para o uso apenas nos dias de festa. É possível que o pavimento de pedra conhecido como Gabatá, onde Pilatos se assentou para julgar Jesus, fosse o pátio de 2.500 m dessa fortaleza Antônia.

OUTRAS CONSTRUÇÕES EM JERUSALÉM
Na Cidade Baixa, Herodes mandou construiu um teatro e um hipódromo. O tanque de Siloé, onde Jesus curou um cego de nascença, ficava no sopé do monte sobre o qual estava edificada a cidade de Davi. Os Evangelhos também mencionam o tanque de Betesda, um local cercado por cinco colunatas cobertas. Crendo que, de tempos em tempos, um anjo agitava as águas e realizava um milagre, muitos enfermos se reuniam ali à espera da oportunidade de serem curados. Jesus curou um homem paralítico havia 38 anos.° Os dois tanques descobertos no terreno da igreja de Sta. Ana, ao norte da área do templo, parecem ser o local mais plausível. Ao norte do segundo muro e, portanto, fora da cidade antiga, fica a Igreja do Santo Sepulcro, um possível local do túmulo vazio de Jesus.
Herodes Agripa I (41-44 d.C.) começou a construir mais um muro ao norte da cidade, cercando essa área. Com mais de 3 km de extensão e 5,25 m de espessura, o muro foi concluído em 66 d.C.

TÚMULOS
No vale do Cedrom foram preservados vários túmulos datados do período anterior à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. O assim chamado "Túmulo de Absalão", adornado com colunas jônicas e dóricas, tinha uma cobertura em forma cônica. Um monumento relacionado ao assim chamado "Túmulo de Zacarias" tinha uma torre de pedra quadrada com uma pirâmide no alto. Entre 46 e 55 d.C., a rainha Helena de Adiabene, originária da Assíria (norte do Iraque) e convertida ao judaísmo, erigiu um mausoléu cerca de 600 m ao norte de Jerusalém. Com uma escadaria cerimonial e três torres cônicas, esse túmulo, conhecido hoje como "Túmulo dos Reis", era o mais sofisticado de Jerusalém. Jesus talvez estivesse se referindo a monumentos como esses ao condenar os mestres da lei e fariseus por edificarem sepulcros para os profetas e adornarem os túmulos dos justos. Túmulos mais simples eram escavados na encosta de colinas ao redor da cidade, e muitos destes foram descobertos nos tempos modernos.

FORA DA CIDADE
A leste da cidade ficava o monte das Oliveiras, cujo nome indica que essas árvores eram abundantes na região em comparação com a terra ao redor. Na parte mais baixa defronte a Jerusalém, atravessando o vale do Cedrom, ficava o jardim do Getsêmani, onde Jesus foi preso. Getsêmani significa "prensa de azeite". E possível que azeitonas trazidas da Peréia, do outro lado do rio Jordão, também fossem prensadas nesse local, pois era necessária uma grande quantidade de azeite para manter acesas as lâmpadas do templo. Na encosta leste do monte das Oliveiras ficava a vila de Betânia onde moravam Maria, Marta e Lázaro, e onde Jesus ficou na semana antes de sua morte. De acordo com os Evangelhos, a ascensão de Jesus ao céu ocorreu perto desse local.

A HISTÓRIA POSTERIOR DE JERUSALÉM
Jerusalém foi destruída pelos romanos em 70 d.C. e ficou em ruínas até a revolta de Bar Kochba em 132 d.C. Em 135 d.C., foi destruída novamente durante a repressão dessa revolta e reconstruída como uma cidade romana chamada Aelia Capitolina, da qual os judeus foram banidos. Depois que Constantino publicou seu édito de tolerância ao cristianismo em 313 d.C., os cristãos começaram a realizar peregrinações à cidade para visitar os lugares da paixão, ressurreição e ascensão de Cristo. Helena, mãe de Constantino, iniciou a construção da igreja do Santo Sepulcro em 326 .C. Em 637 d.C., a cidade foi tomada pelos árabes, sendo recuperada pelos cruzados que a controlaram entre 1099 e 1244. Os muros vistos hoje ao redor da Cidade Antiga são obra do sultão turco Suleiman, o Magnífico, em 1542.

Jerusalém no período do Novo Testamento
Jerusalém tornou-se um canteiro de obras durante o começo do século I d.C.. Herodes Agripa I (41-44 d.C.) construiu um terceiro muro no norte da cidade.

 

Referências

Ezequiel 5:5-38.12

Salmos 122:4-125.2

Lucas 10:30

Mateus 17:24

João 19.13

João 9.7

João 5:2-9

Mateus 23:29

Marcos 11:11;

Mateus 21:17:

Lucas 24:50

Jerusalem no período do Novo Testamento
Jerusalem no período do Novo Testamento
Jerusalém nos dias de hoje, vista do monte das Oliveiras O muro de Haram esh-Sharif acompanha o muro do templo de Herodes.
Jerusalém nos dias de hoje, vista do monte das Oliveiras O muro de Haram esh-Sharif acompanha o muro do templo de Herodes.

As condições climáticas de Canaã

CHUVA
No tempo de Moisés e Josué, como nos dias de hoje, a chuva era de suma importância para o clima de Canaã "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas" (Dt 11:10-11).
Os ventos prevalecentes vindos do mar Mediterrâneo que trazem consigo umidade são forçados a subir quando se deparam com os montes da região oeste e perdem essa umidade na forma de chuva. Passada essa barreira natural, os índices pluviométricos caem drasticamente e, alguns quilômetros depois, a terra se transforma em deserto. Esse fenômeno é exemplificado de forma clara pela comparação entre os índices pluviométricos anuais da cidade moderna de Jerusalém (cerca de 600 mm) com os de Jericó, apenas 20 km de distância (cerca de 160 mm).
O índice pluviométrico anual de Jerusalém é quase o mesmo de Londres, mas em Jerusalém concentra-se em cerca de cinquenta dias de chuva por ano, enquanto em Londres se distribui ao longo de mais ou menos trezentos dias. Em geral, esse índice aumenta em direção ao norte; assim, nos montes ao norte da Galileia a chuva pode chegar a 1.000 mm por ano. Por outro lado, nas regiões sul e leste da Palestina fica abaixo de 300 mm, condições nas quais a agricultura geralmente se torna impraticável.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A terra de Canaã descrita no Antigo Testamento parece mais fértil do que hoje. A pastagem excessiva, especialmente por rebanhos caprinos, provocou a erosão e perda de fertilidade do solo. Sem dúvida, a terra está mais desmatada devido ao uso de madeira para a construção e combustível e à devastação provocada por inúmeras guerras e cercos.' No entanto, não há nenhuma evidência de que os índices pluviométricos atuais apresentem diferenças consideráveis em relação as dos tempos bíblicos. A erosão das encostas dos montes simplesmente aumentou o escoamento de água e, portanto, as tornou menos férteis.

O CALENDÁRIO DE CANAÃ
Normalmente, não ocorrem chuvas entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de outubro. Da segunda quinzena de junho à primeira quinzena de setembro, a vegetação seca sob o calor abafado do verão. A temperatura mais alta registrada na região foi de 51° C no extremo sul do mar Morto. As primeiras chuvas que normalmente começam a metade de outubro, mas podem atrasar até janeiro, amolecem o solo, permitindo o início da aragem. As principais culturas - o trigo e a cevada - eram semeadas nessa época. A chuva continua a cair periodicamente ao longo de todo o inverno, culminando com as chuvas serôdias em abril ou início de maio, que fazem os grãos dos cereais incharem pouco antes da colheita. A cevada era menos valorizada do que o trigo, mas tinha a vantagem de crescer em solos mais pobres e ser colhida mais cedo. A colheita da cevada Coincidia com a festa da Páscoa, no final de março ou em abril e a do trigo com a festa de Pentecoste, sete semanas depois. Uvas, azeitonas, figos e outras frutas eram colhidos no outono. O inverno pode ser frio e úmido, chegando a nevar. Uma quantidade considerável de neve cai sobre Jerusalém mais ou menos a cada quinze anos. A neve é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, um homem chamado Benaia entrou numa cova e matou um leão "no tempo da neve". Numa ocorrência extraordinária, uma chuva de granizo matou mais cananeus do que os israelitas com suas espadas. A chuva no nono mês (dezembro) causou grande aflição ao povo assentado na praça em Jerusalém.° No mesmo mês, o rei Jeoaquim estava assentado em sua casa de inverno diante de um braseiro aceso.• Era necessário usar o fogo para se aquecer até o início de abril, como se pode ver claramente no relato da negação de Pedro. Um problema associado à estação das chuvas, especialmente na região costeira e junto ao lago da Galileia, era o míldio, que na tradução portuguesa por vezes é chamado de "ferrugem". O termo se refere ao mofo em roupas e casas, um mal que devia ser erradicado, e também a uma doença que afetava as plantações.

SECAS
Em algumas ocasiões, o ciclo de chuvas era interrompido e a terra sofria grandes secas. A mais conhecida ocorreu no tempo de Elias e, sem dúvida, teve efeitos devastadores, como a grave escassez de alimentos.° Esse tipo de ocorrência havia sido predito pelo autor de Deuteronômio. A desobediência ao Senhor traria sua maldição sobre a terra: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o Senhor te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído" (Dt 28:23-24).

terra cultivável no vale de Dota
terra cultivável no vale de Dota
chuvas
chuvas
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina

A Agricultura de Canaã

A VEGETAÇÃO NATURAL
A. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt 6:28).

O REINO ANIMAL
A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).

CULTURAS
O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os 3:1). Do fruto das oliveiras extraía-se o azeite que, além de ser queimado em lamparinas para iluminar as casas, também era usado para fins alimentícios e medicinais e na unção de reis e sacerdotes. O linho era cultivado para a confecção de roupas. Também havia árvores de amêndoa, pistácia e outras nozes.

A CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex 3:8) e descrita desse modo cerca de quinze vezes no Antigo Testamento antes dos israelitas entrarem na terra. O leite era proveniente de ovelhas, cabras e também de vacas. Estes animais também forneciam lã, pelos e couro, respectivamente. Sua carne era consumida, mas, no caso da maioria do povo, somente em festas especiais, como a Páscoa, na qual cada família israelita devia sacrificar um cordeiro.! Caso fossem seguidas à risca, as prescrições do sistema sacrifical para toda a comunidade israelita exigiam a oferta anual de mais de duas toneladas de farina, mais de 1.300 l de azeite e vinho, 113 bois, 32 carneiros 1:086 cordeiros e 97 cabritos. O tamanho dos rebanhos e sua necessidade de pastagem adequada limitavam as regiões onde podiam ser criados. O território montanhoso no norte da Galileia era particularmente apropriado. Os touros de Basá, uma região fértil a leste do lago da Galileia, eram conhecidos por sua força. Além de bois e carneiros, o suprimento diário de alimentos para o palácio de Salomão incluía veados, gazelas, corços e aves cevadas.'* Não se sabe ao certo a natureza exata destas últimas; talvez fossem galinhas, conhecidas no Egito desde o século XV a.C.Os camelos, coelhos e porcos eram considerados "imundos" e, portanto, não deviam ser consumidos.

Uma descrição de Canaã
"Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18

ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia

GEOLOGIA DA PALESTINA

GEOLOGIA
Pelas formações rochosas que afloram basicamente na área que fica ao sul do mar Morto, no leste do Sinai, nos muros da Arabá e nos cânions escavados pelos rios da Transjordânia e também a partir de rochas encontradas nos modernos trabalhos de perfuração, é possível reconstruir, em linhas gerais, a história geológica da terra. Esses indícios sugerem a existência de extensa atividade, de enormes proporções e complexidade, demais complicada para permitir um exame completo aqui. Apesar disso, como a narrativa da maneira como Deus preparou essa terra para seu povo está intimamente ligada à criação de montes e vales (Dt 8:7-11.11; SI 65.6; 90.2; cp. Ap 6:14), segue um esboço resumido e simplificado dos processos que, ao que parece, levaram à formação desse cenário.


Toda essa região fica ao longo da borda fragmentada de uma antiga massa de terra sobre a qual repousam, hoje, a Arábia e o nordeste da África. Sucessivas camadas de formações de arenito foram depositadas em cima de uma plataforma de rochas ígneas (vulcânicas), que sofreram transformações - granito, pórfiro, diorito e outras tais. Ao que parece, as áreas no sul e no leste dessa terra foram expostas a essa deposição por períodos mais longos e mais frequentes. Na Transjordânia, as formações de arenito medem uns mil metros, ao passo que, no norte e na Cisjordânia, elas são bem mais finas. Mais tarde, durante aquilo que os geólogos chamam de "grande transgressão cretácea", toda a região foi gradual e repetidamente submersa na água de um oceano, do qual o atual mar Mediterrâneo é apenas resquício. Na verdade, " grande transgressão" foi uma série de transgressões recorrentes, provocadas por lentos movimentos na superfície da terra. Esse evento levou à sedimentação de muitas variedades de formação calcária. Um dos resultados disso, na Cisjordânia, foi a exposição da maior parte das rochas atualmente, incluindo os depósitos cenomaniano, turoniano, senoniano e eoceno.
Como regra geral, depósitos cenomanianos são os mais duros, porque contêm as concentrações mais elevadas de sílica e de cálcio. Por isso, são mais resistentes à erosão (e, desse modo, permanecem nas elevações mais altas), mas se desfazem em solos erosivos de qualidade superior (e.g., terra-roxa). São mais impermeáveis, o que os torna um componente básico de fontes e cisternas e são mais úteis em construções. Ao contrário, os depósitos senonianos são os mais macios e, por isso, sofrem erosão comparativamente rápida. Desfazem-se em solos de constituição química mais pobre e são encontrados em elevacões mais baixas e mais planas. Formações eocenas são mais calcárias e misturadas com camadas escuras e duras de pederneira, às vezes entremeadas com uma camada bem fina de quartzo de sílica quase pura. No entanto, nos lugares onde eles contêm um elevado teor de cálcio, como acontece na Sefelá, calcários eocenos se desintegram e formam solos aluvianos marrons. Em teoria, o aluvião marrom é menos rico do que a terra-roxa, porém favorece uma gama maior de plantações e árvores, é mais fácil de arar, é menos afetado por encharcamento e, assim, tem depósitos mais profundos e com textura mais acentuada.
Em resumo, de formações cenomanianas (e também turonianas) surgem montanhas, às vezes elevadas e escarpadas, atraentes para pedreiros e para pessoas que querem morar em cidades mais seguras. Formações eocenas podem sofrer erosão de modo a formar planícies férteis, tornando-as desejáveis a agricultores e a vinhateiros, e depósitos senonianos se desfazem em vales planos, que os viajantes apreciam. Uma comparação entre os mapas mostra o grande número de estreitas valas senonianas que serviram de estradas no Levante (e.g., do oeste do lago Hula para o mar da Galileia; a subida de Bete-Horom; os desfiladeiros do Jocneão, Megido e Taanaque no monte Carmelo; o fosso que separa a Sefelá da cadeia central; e o valo diagonal de Siquém para Bete-Sea). O último ato do grande drama cretáceo incluiu a criação de um grande lago, denominado Lisan. Ele inundou, no vale do Jordão, uma área cuja altitude é inferior a 198 metros abaixo do nível do mar - a área que vai da extremidade norte do mar da Galileia até um ponto mais ou menos 40 quilômetros ao sul do atual mar Morto. Formado durante um período pluvial em que havia precipitação extremamente pesada e demorada, esse lago salobro foi responsável por depositar até 150 metros de estratos sedimentares encontrados no terreno coberto por ele.
Durante a mesma época, cursos d'água também escavaram, na Transjordânia, desfiladeiros profundos e espetaculares. À medida que as chuvas foram gradualmente diminuindo e a evaporação fez baixar o nível do lago Lisan, pouco a pouco foram sendo expostas nele milhares de camadas de marga, todas elas bem finas e carregadas de sal. Misturados ora com gesso ora com calcita negra, esses estratos finos como papel são hoje em dia a característica predominante do rifte do sul e da parte norte da Arabá. Esse período pluvial também depositou uma grande quantidade de xisto na planície Costeira e criou as dunas de Kurkar, que se alinham com a costa mediterrânea. Depósitos mais recentes incluem camadas de aluvião arenoso (resultante da erosão pela água) e de loesse (da erosão pelo vento), características comuns da planície Costeira nos dias atuais.

A Geologia da Palestina
A Geologia da Palestina

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

CIDADES DO MUNDO BÍBLICO

FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃO
Várias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:


(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.


O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs 5:12) e Tadmor (localizada num oásis luxuriante e fértil no meio do deserto Oriental). Devido à disponibilidade de água doce nesses lugares, aí foram encontrados assentamentos bem anteriores à aurora da história bíblica, e esses dois estão entre alguns dos assentamentos mais antigos ocupados ininterruptamente no mundo bíblico. Outras cidades foram estabelecidas de modo a estarem bem perto de recursos naturais. A localização de Jericó, um dos assentamentos mais velhos da antiga Canaã, é uma excelente ilustração. A Jericó do Antigo Testamento foi construída ao lado de uma fonte excepcionalmente grande, mas também é provável que a cidade tenha sido estabelecida ali porque aquela fonte ficava perto do mar Morto e de seus recursos de betume. O betume era um produto primário de grande valor, com inúmeros usos. Na Antiguidade remota, o mar Morto era uma das poucas fontes conhecidas desse produto, de sorte que o betume dali era recolhido e transportado por todo o Egito e boa parte do Crescente Fértil. Como consequência, uma motivação econômica inicialmente levou à região uma colônia de operários e logo resultou na fundação de uma povoação nas proximidades. De modo análogo, a localização da antiga cidade de Sardes, situada próxima da base do monte Tmolo e junto do ribeiro Pactolo, foi com certeza determinada pela descoberta de ouro naquele lugar, o que criou sua renomada riqueza.
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is 11:10) e um tell de 0,8 quilômetros quadrados que era um dos maiores de Canaã. A localização da cidade foi ditada pela posição e trajeto da Grande Estrada Principal. Durante toda a Antiguidade, Hazor serviu de porta de entrada para a Palestina e pontos mais ao sul, e com frequência textos seculares se referem a ela associando-a ao comércio e ao transporte. Da mesma forma, é muito provável que linhas de comunicação tenham sido o fator determinante na escolha do lugar onde as cidades de Gaza e Rabá/Ama vieram a ser estabelecidas.
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js 11:13; Jr 30:18-49.
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.

A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js 13:4), na planície de Sarom (1Sm 4:1), na Galileia (Js 19:30) e em Gola (1Rs 20:26-30). I Existe Socó ("lugar espinhoso") 45 na Sefelá (1Sm 17:1), em Judá (Is 15:48) e na planície de Sarom (1Rs 4:10). 16 Conforme ilustrado aqui, normalmente a homonímia acontece devido ao fato de os nomes dos lugares serem de sentido genérico: Hazor significa "terreno cercado", Belém significa "celeiro", Migdal significa "torre", Abel significa "campina", Gibeá significa "colina'", Cades significa "santuário cultual", Aim significa "fonte", Mispá significa "torre de vigia", Rimom significa "romã/ romázeira" e Carmelo significa "vinha de Deus". Por isso não é surpresa que, na Bíblia, mais de um lugar seja associado com cada um desses nomes. Saber exatamente quando postular outro caso de homonímia sempre pode ser problemático na criação de um atlas bíblico. Outra dimensão da mesma questão complexa acontece quando um mesmo nome pode ser aplicado alternadamente a uma cidade e a uma província ou território ao redor, como no caso de Samaria (1Rs 16:24, mas 1Rs 13:32), Jezreel (1Rs 18:45-46, mas Js 17:16), Damasco (Gn 14:15, mas Ez 27:18) ou Tiro (1Rs 7:13, mas 2Sm 24:7).
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.


Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is 15:11), embora, na verdade, o local tenha sido designado para a tribo de Da (Is 19:43). Nesse aspecto, a sequência das cidades neste último texto é significativa: Ecrom está situada entre as cidades da Sefelá (Zorá, Estaol, Bete-Semes e Aijalom) e outras situadas nas vizinhanças de Jope, no litoral (Bene-Beraque e Gate-Rimom), o que fortalece a suposição de que se deve procurar Ecrom perto da fronteira ocidental da Sefelá (Js 19:41-42,45). Além do mais, Ecrom era a cidade mais ao norte dentro da área controlada pelos filisteus (Js 13:3) e era fortificada (1Sm 6:17-18). Por fim, Ecrom estava ligada, por uma estrada, diretamente a Bete-Semes e, ao que se presume, separada desta última por uma distância de um dia de viagem ou menos (1Sm 6:12-16). Desse modo, mesmo sem o testemunho posterior de registros neoassírios,149 Ecrom foi procurada na moderna T. Migne, um tell situado onde a planície Filisteia e a Sefelá se encontram, na extremidade do vale de Soreque, no lado oposto a Bete-Semes.
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:


De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.

Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos da Palestina
Principais sítios arqueológicos da Palestina

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Últimos dias do ministério de Jesus em Jerusalém (Parte 2)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

14 de nisã

Jerusalém

Jesus identifica Judas como traidor e o dispensa

Mt 26:21-25

Mc 14:18-21

Lc 22:21-23

Jo 13:21-30

Institui a Ceia do Senhor (1Co 11:23-25)

Mt 26:26-29

Mc 14:22-25

Lc 22:19-20, Lc 24:30

 

Profetiza que Pedro o negaria e que os apóstolos o abandonariam

Mt 26:31-35

Mc 14:27-31

Lc 22:31-38

Jo 13:31-38

Promete ajudador; ilustração da videira; ordena que se amem; última oração com apóstolos

     

Jo 14:1Jo 17:26

Getsêmani

Angustiado no jardim; traído e preso

Mt 26:30, Mt 36:56

Mc 14:26, Mc 32:52

Lc 22:39-53

Jo 18:1-12

Jerusalém

Interrogado por Anás; julgado por Caifás no Sinédrio; Pedro o nega

Mt 26:57Mt 27:1

Mc 14:53Mc 15:1

Lc 22:54-71

Jo 18:13-27

O traidor Judas se enforca (At 1:18-19)

Mt 27:3-10

     

Perante Pilatos, depois perante Herodes e de novo perante Pilatos

Mt 27:2, Mt 11:14

Mc 15:1-5

Lc 23:1-12

Jo 18:28-38

Pilatos quer libertá-lo, mas judeus preferem Barrabás; sentenciado à morte numa estaca

Mt 27:15-30

Mc 15:6-19

Lc 23:13-25

Jo 18:39Jo 19:16

(Sexta-feira, c. 3 h da tarde)

Gólgota

Morre na estaca de tortura

Mt 27:31-56

Mc 15:20-41

Lc 23:26-49

Jo 19:16-30

Jerusalém

Seu corpo é tirado da estaca e sepultado

Mt 27:57-61

Mc 15:42-47

Lc 23:50-56

Jo 19:31-42

15 de nisã

Jerusalém

Sacerdotes e fariseus solicitam que o túmulo seja lacrado e vigiado

Mt 27:62-66

     

16 de nisã

Jerusalém e proximidades; Emaús

Jesus é ressuscitado; aparece cinco vezes aos discípulos

Mt 28:1-15

Mc 16:1-8

Lc 24:1-49

Jo 20:1-25

Após 16 de nisã

Jerusalém; Galileia

Aparece outras vezes aos discípulos (1Co 15:5-7; At 1:3-8); dá instruções; comissão de fazer discípulos

Mt 28:16-20

   

Jo 20:26Jo 21:25

25 de íiar

Monte das Oliveiras, perto de Betânia

Jesus sobe aos céus, 40 dias depois de sua ressurreição (At 1:9-12)

   

Lc 24:50-53

 

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

lc 24:52
A Gênese

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15
Página: 349
Allan Kardec
Os fatos relatados no Evangelho e que foram até agora considerados miraculosos pertencem, na sua maioria, à ordem dos fenômenos psíquicos, isto é, os que têm como causa primeira as faculdades e os atributos da alma. Confrontando-os com os que ficaram descritos e explicados no capítulo anterior, reconhecer-se-á sem dificuldade que há entre eles identidade de causa e de efeito. A História registra outros fatos análogos, em todos os tempos e no seio de todos os povos, pela razão de que, desde que há almas encarnadas e desencarnadas, os mesmos efeitos forçosamente se produziram. Pode-se, é verdade, no que se refere a esse ponto, contestar a veracidade da História; mas, hoje, eles se produzem sob os nossos olhos e, por assim dizer, à vontade e por indivíduos que nada têm de excepcionais. Basta o fato da reprodução de um fenômeno, em condições idênticas, para provar que ele é possível e se acha submetido a uma lei, não sendo, portanto, miraculoso.
O princípio dos fenômenos psíquicos repousa, como já vimos, nas propriedades do fluido perispirítico, que constitui o agente magnético; nas manifestações da vida espiritual durante a vida corpórea e depois da morte; e, finalmente, no estado constitutivo dos Espíritos e no papel que eles desempenham como força ativa da Natureza. Conhecidos estes elementos e comprovados os seus efeitos, tem-se, como consequência, de admitir a possibilidade de certos fatos que eram rejeitados enquanto se lhes atribuía uma origem sobrenatural.

Cairbar Schutel

lc 24:52
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 79
Página: -
Cairbar Schutel

“Uma mulher que havia doze anos padecia de uma hemorragia e que tinha sofrido bastante às mãos de muitos médicos e gastado tudo o que possuía, sem nada aproveitar, antes ficando cada vez pior, tendo ouvido falar a respeito de Jesus veio por detrás entre a multidão e tocou-lhe a capa; porque dizia: se eu tocar somente as suas vestes, ficarei curada. E no mesmo instante cessou sua hemorragia, e sentiu no seu corpo que estava curada do seu flagelo. “E Jesus disse-lhe: Filha, a tua fé te curou; vai-te em paz e fica livre de teu mal. "


(Marcos, V. 25-34.)


Sabedoria e santidade são os dois atributos para a aquisição da felicidade.


A Luz dá sabedoria, a Religião dá santidade, mas só, o Amor resume toda a Lei e a Profecia.


A Esperança consola é anima; a Caridade robustece e ampara; a Fé salva; o Amor anima todas estas virtudes; o Amor é a Lei.


Os homens titubeiam; a Humanidade degrada; tudo parece perdido como a nau batida pela tempestade! Eis que aparece o Amor e faz ouvir sua voz convincente: tudo se acalma!


A bonança sucede à impetuosidade dos ventos e à fúria dos mares! a luz sucede às trevas como o dia sucede à noite!


Não há o que melhor manifeste a Lei de Deus do que o Amor. Seu nome, escrito unicamente com quatro letras, indica os quatro pontos cardeais da felicidade espiritual; suas letras são luzes; sua luz brilha mais e aquece melhor que o Sol!


A Esperança está ligada à Imortalidade; mas a Fé é inseparável do Amor.


A mulher enferma, cheia de fé, aproxima-se do Senhor, toca-lhe as vestes. “Assim fazendo, pensou, ficarei curada do mal que há muitos anos me aflige". E o milagre efetuou-se!


Assim também sucederá a todos aqueles que tiverem fé e de Jesus se aproximarem: “0 que me seguir não verá trevas. " Todos os que tiverem Fé, e com Fé buscarem vencer as dificuldades, triunfarão porque o Amor coopera com a Fé para abater barreiras, destruir domínios, aniquilar empecilhos e suprimir dificuldades. “Se tiveres fé, disse Jesus, dirás a este monte: passa-te para lá e ele passará. " “Se tiveres fé, dirás a esta figueira: transplanta-te para além, e assim acontecerá. " A missão exclusiva de Jesus foi reviver os corações na Fé, para que as almas cheguem às alturas do amor de Deus.


Em todas as suas excursões, o Mestre semeava Fé, para que as gentes, com o seu produto, granjeassem os tesouros do Amor.


É assim que, cultivando seus ensinos, nós alçaremos os mundos de luz que se movimentam no Éter acionados pela vontade de Deus.


A Luz dá Sabedoria e salva; Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida; o Amor é a Lei.



Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

JERUSALÉM

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.783, Longitude:35.217)
Nome Atual: Jerusalém
Nome Grego: Ἱεροσόλυμα
Atualmente: Israel
Jerusalém – 760 metros de altitude (Bronze Antigo) Invasões: cercada por Senequaribe em 710 a.C.; dominada pelo Faraó Neco em 610, foi destruída por Nabucodonosor em 587. Depois do Cativeiro na Babilônia, seguido pela restauração do templo e da cidade, Jerusalém foi capturada por Ptolomeu Soter em 320 a.C., e em 170 suas muralhas foram arrasadas por Antíoco Epifânio. Em 63 a.C. foi tomada por Pompeu, e finalmente no ano 70 de nossa era foi totalmente destruída pelos romanos.

Localizada em um planalto nas montanhas da Judeia entre o Mar Mediterrâneo e o mar Morto, é uma das cidades mais antigas do mundo. De acordo com a tradição bíblica, o rei Davi conquistou a cidade dos jebuseus e estabeleceu-a como a capital do Reino Unido de Israel, enquanto seu filho, o rei Salomão, encomendou a construção do Primeiro Templo.
Mapa Bíblico de JERUSALÉM



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lucas Capítulo 24 do versículo 1 até o 53
SEÇÃO VIII

O CRISTO RESSUSCITADO

Lucas 24:1-53

A. A RESSURREIÇÃO, 24:1-12

Para uma discussão detalhada a respeito dos versículos 1:6a veja os comentários sobre Mateus 28:1-10. Veja também Marcos 16:1-8.

Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite (6-7). Não tendo entendido as palavras de Jesus às quais o anjo se refere, as mulheres podem tê-las esquecido. O anjo lhes refresca a memória em um momento em que elas podiam entender a profecia à luz de seu recente cumprimento. Assim, tanto o entendimento do ministério de Jesus na terra como a fé dessas mulheres em sua divindade seriam enriquecidas e fortalecidas.

Mateus e Marcos omitem o lembrete angelical desta profecia. Em seu lugar, eles relatam a incumbência dada às mulheres de contar aos apóstolos que Cristo ia adiante deles para a Galiléia.

E, voltando do sepulcro, anunciaram todas essas coisas aos onze e a todos os demais (9). Veja os comentários sobre Mateus 28:8.

Para uma discussão a respeito do versículo 10, veja os comentários sobre Marcos 16:1. O nome de Joana é omitido no relato de Marcos. Ela era a esposa de Cuza, procu-rador de Herodes, mencionado em Lucas 8:3.

E as suas palavras lhes pareciam como desvario (11). Embora Jesus houves-se claramente profetizado a sua morte e ressurreição para seus discípulos, a concepção que estes tinham do Reino Messiânico não tinha lugar para tal idéia. Agora que chega-ra a hora, eles estavam tão indecisos e surpresos como se nunca tivessem ouvido as profecias do Mestre. Eles devem ter descartado totalmente essas previsões de suas mentes, como incompreensíveis, ou então as interpretaram espiritualmente. O esque-cimento dos discípulos está em vivo contraste com a lembrança pelos membros do Sinédrio a esse respeito. Estes líderes judeus se lembravam que Jesus havia previsto a sua ressurreição após três dias, e foi por essa razão que pediram a Pilatos que colocas-se os guardas no sepulcro.'

Para uma discussão a respeito do versículo 12, veja os comentários sobre João 20:2-10.

B. APARIÇÕES DO SENHOR RESSUSCITADO, 24:13-49

1. O aparecimento de Jesus na Estrada para Emaús (24:13-27)

Godet classifica esta parte como uma das mais admiráveis do Evangelho de Lucas.' O relato é peculiar a Lucas, embora Marcos faça, de fato, uma breve referência a este acontecimento (Mac 16:12-13).

E eis que... dois deles (13). Não dos Doze, mas dois do círculo mais amplo dos discípulos. Eles poderiam ser um homem e sua esposa. Um é identificado no versículo 18. O outro tem sido objeto de considerável conjectura, tendo Lucas sido identificado por alguns, mas não há evidência real que nos permita determinar quem seria este discípulo anônimo. Com respeito àquele a quem Lucas identifica como Cleopas, uma abreviação de "Cleopatros", nada se sabe além de seu nome.' No mesmo dia. O dia da ressurreição, o primeiro dia da semana. Para uma aldeia... cujo nome era Emaús. A aldeia chama-se hoje Kolonieh, e é assim chamada porque o imperador Tito fez dela uma colônia para alguns de seus veteranos de guerra. Está localizada, como diz Lucas, a cerca de sessenta estádios de Jerusalém. Um estádio mede 606.75 pés. Portanto, essa aldeia estava a cerca de onze quilômetros de Jerusalém.

E iam falando entre si de tudo aquilo que havia sucedido (14). Os aconteci-mentos ligados à morte de Cristo, e o muito incompleto relato de que Ele havia ressusci-tado dentre os mortos.

E... indo eles... fazendo perguntas (15). Eles estavam tentando dar sentido a uma confusa mistura de fatos, relatos e noções preconcebidas do Reino Messiânico e seus próprios sentimentos pessoais a respeito de Jesus. Era como um quebra-cabeças que parecia ter alguns pedaços faltando, enquanto outros pareciam não fazer parte dele.

O mesmo Jesus se aproximou e ia com eles. Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem (15-16). Ou seja, alguma coisa "fechou" os olhos deles, de tal forma que não puderam reconhecê-lo.

Uma coisa que não permitia que esses discípulos reconhecessem Jesus era o fato de que, conforme expresso por Marcos, Ele "manifestou-se em outra forma" (Mc 16:12). De alguma forma, sua aparência pessoal estava mudada. Maria Madalena havia visto o Senhor ressuscitado, sem reconhecê-lo, embora ela o tivesse encontrado nas vizinhanças de seu túmulo (Jo 20:15). O disfarce de Jesus foi mais eficaz aqui devido à incredulidade dos discípulos em relação à ressurreição, e também pelo seu repentino aparecimento na estrada para Emaús.

E ele lhes disse: Que palavras são essas que, caminhando, trocais entre vós e por que estais tristes? (17). O Mestre não precisava que lhe dissessem qual era o tema da conversa deles. Esta foi, simplesmente, a maneira que Ele utilizou para juntar-se à discussão, o que Ele fez a fim de ensinar-lhes algumas verdades valiosas.

E.. um... disse-lhe: És tu só peregrino em Jerusalém? (18) — literalmente: "Estás em Jerusalém de passagem?" Esta pergunta implica que eles sabiam que Ele havia escutado pelo menos parte da conversa deles. Talvez Ele tivesse caminhado com eles em silêncio, por um curto espaço de tempo, antes de se juntar à discussão. Qualquer um que não fosse um forasteiro em Jerusalém, naquela manhã, saberia a importância, bem como o teor, da conversa sobre Jesus de Nazaré.

E ele lhes perguntou: Quais? (19). Ele queria que eles lhe dessem informações que lhe permitissem ensinar suas verdades a respeito do assunto. E Ele queria fazer isso sem revelar a sua identidade — pelo menos por enquanto. Ele também estava lhes dando uma oportunidade de abrirem seus corações para Ele. E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus, o Nazareno. Com a certeza de que Ele era um forasteiro, eles relatam breve, mas vividamente, e com profunda emoção, a história de Jesus: que Ele era um profeta poderoso em obras e palavras, que fora condenado por intermédio dos esforços dos líderes judeus, e que fora crucificado. Eles, provavelmente, incluíram outros detalhes não relatados por Lucas.

E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel (21). Eles ainda o ama-vam; sofriam profundamente por Ele. Mas pode um Messias morto redimir Israel? Eles estão pensando no rei-Messias, aquele que expulsaria os romanos e faria com que Israel se tornasse novamente uma grande nação.

Mas, agora, com tudo isso, é já hoje o terceiro dia... algumas mulheres... nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro; e, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que ele vive (21-23). Este relato das mulheres parece ter confundido estes dois discípulos, ao invés de tê-los encorajado. Eles ainda continuaram tristes (versículo 17), e a esperança que tinham de que Jesus fosse o Messias já era parte do passado. Eles tinham dois problemas: primeiro: Será o relato verdadeiro? e, segundo: O que tudo isso significa em termos do messianato de Jesus e da própria felicidade deles? Até o momen-to, eles parecem estar suspensos entre a esperança e o desespero.

E alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro e acharam ser assim como as mulheres haviam dito, porém, não o viram (24). Esta investigação havia resultado na corroboração parcial, mas não na explicação. Eles viram o sepulcro vazio, mas não viram Jesus. O sepulcro vazio era uma valiosa evidência sustentadora, mas somente a presença do Cristo ressuscitado satisfaria esses discípulos.

E ele lhes disse: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! (25). A palavra traduzida como néscios significa "fracos de entendimento". Ela não tem a conotação maligna que a palavra usada em nosso idioma tem em seu uso diário. Esta não é a mesma palavra usada em Mateus 5:22, onde somos proibidos de dizer: "Louco" aos nossos irmãos. Godet destaca que esta palavra, néscios, se refere ao entendimento, enquanto a palavra traduzida como tardos se refere ao cora-ção,' Jesus está lhes dizendo que eles haviam entendido incorretamente a predição pro-fética relacionada ao ministério messiânico, e que esta deficiência se devia tanto a uma falta de compreensão intelectual como a uma indolência espiritual. Uma maior aplica-ção intelectual, aliada a uma devoção mais profunda e intensa a Deus e à verdade, os teria levado à solução de seus problemas.

Porventura, não convinha que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória? (26). A palavra convinha significa a necessidade do sofrimento do Cris-to. Seus sofrimentos eram necessários para a redenção do homem, e eram o caminho pelo qual Ele entraria na sua glória — a glória que começa com a sua ressurreição.

E, começando por Moisés... explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras (27). Esta era a primeira extensa e precisa lição sobre os ensinos messiânicos das Escrituras do Antigo Testamento que eles recebiam. Que lição deve ter sido esta, ministrada pelo próprio Senhor ressuscitado! Neste panorama das Escrituras hebraicas, Jesus fez um inconfundível retrato de si mesmo, de como Ele havia vivido, ensinado e sofrido, e de como Ele era agora — o Senhor ressuscitado. Embora eles não o tivessem visto antes, este quadro e o retrato do rei messiânico estão claramente dese-nhados no Antigo Testamento.'

2. O Mestre é Reconhecido (24:28-35)

E chegaram à aldeia... e ele feZ como quem ia para mais longe. E eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco (28-29). Evidentemente estes dois discípu-los, talvez marido e mulher, viviam na aldeia de Emaús e estavam retornando de Jeru-salém para sua casa. O movimento de Jesus para ir adiante, ao chegarem à casa deles, não era enganoso. Como indicado por Spence, Ele teria ido em frente, se eles não o tives-sem convidado para ficar.' O convite deles testemunha a cortês hospitalidade e o inte-resse de ambos por este Forasteiro — um interesse e respeito que devem ter crescido bastante durante o curto período que haviam caminhado juntos.

E... estando com eles à mesa, tomando o pão, o abençoou e partiu-o e lho deu. Abriram-se-lhes, então, os olhos, e o conheceram (30-31). Esta foi quase uma repetição da Ceia do Senhor, que fora instituída havia poucos dias, e que lhes falava de uma comunhão abençoada e santa. Não é de admirar que seus olhos se tenham aberto; não é de admirar que eles o tenham conhecido! Este Forasteiro com quem se dispuseram a compartilhar o seu pão era o Salvador, que estava pronto e capacitado a lhes dar o Pão da Vida. Este Forasteiro, que estava à mesa deles, de repente se tornou o Chefe da casa, o Mestre do banquete, e assim Ele será em cada lar e em cada coração onde for convidado a residir.

E ele desapareceu-lhes. Não somos capazes de entender a natureza do corpo res-suscitado que permitiria um movimento tão livre como vemos aqui e em outras passa-gens na história do Cristo ressuscitado. O corpo de Nosso Senhor era real e não apenas aparente. Ainda assim, estava isento das limitações comuns do corpo humano.

Nestes dois versículos (30-31) que descrevem a refeição em Emaús, Maclaren nota que os três pontos da narrativa são:

1) A distribuição do pão;

2) A descoberta;

3) O desaparecimento.

E disseram um para o outro: Porventura, não ardia em nós o nosso coração quando... nos falava e... nos abria as Escrituras? (32). Agora que o haviam reco-nhecido como o Senhor Jesus, eles entenderam porque seus corações queimavam quando Ele lhes ensinava ao longo do caminho Estes não foram os últimos discípulos de Cristo que passaram pela experiência do coração ardente. A Palavra Viva, a Revelação de Deus, havia comunicado a verdade divina e seus espíritos libertos responderam naturalmente à sua voz — que era, sem dúvida, a voz de Deus.

E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém e acharam con-gregados os onze... os quais diziam: Ressuscitou, verdadeiramente, o Senhor e já apareceu a Simão (33-34). O espanto e a emoção que sentiram estava em completo contraste com o pessimismo destes discípulos quando começaram a caminhar para Emaús: Desconsiderando completamente os perigos que os espreitavam na estrada semidesértica à noite, retornaram logo a Jerusalém. Porém, as alegres notícias deles teriam que aguar-dar até que uma segunda aparição do Senhor ressuscitado fosse relatada. Ao entrarem na residência dos onze, ouviram as palavras de júbilo de um discípulo entusiasmado, que dizia: Ressuscitou, verdadeiramente, o Senhor e já apareceu a Simão. A evi-dência estava começando a se multiplicar.

E eles lhes contaram o que lhes acontecera no caminho, e como deles foi conhecido no partir do pão (35). Eles relataram todo o episódio, desde a triste conver-sa até à gloriosa percepção da presença do Senhor. A expressão partir do pão tem impli-cações sacramentais definitivas, especialmente quando nos lembramos de que na oca-sião em que Lucas estava escrevendo o seu Evangelho, esta expressão era o nome habi-tual da Ceia do Senhor.

3. O Senhor Ressuscitado Visita os Seus Discípulos (24:36-43)

E, falando ele dessas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles (36). Tanto João como Lucas situam esta aparição no anoitecer do dia da ressurreição de Cristo. João nos informa que "cerradas as portas...com medo dos judeus..." (Jo 20:19). A expressão Jesus se apresentou no meio deles indica uma aparição repentina em vez de uma entrada perceptível. E disse-lhes: Paz seja convosco. Esta era a saudação judaica usual. Mas, desta vez, ela tinha mais do que o significado habitual para os discí-pulos de Jesus. Ela transmitia uma mensagem de conforto, coragem e esperança. Para informações adicionais a respeito deste e dos versículos seguintes desta seção, veja os comentários sobre João 20:19-23.

E eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. Eles tinham discutido, com júbilo, os relatos de suas aparições pós-ressurreição e deveriam estar esperando que Ele aparecesse a todos eles. Mas, apesar da alegria e da esperança deles, sua aparição repentina — quando todas as portas estavam fechadas — os aterrori-zou. Apesar da aparente contradição de sentimentos aqui, temos que confessar que a reação deles foi muito humana e muito normal. A única explicação que parecia de algu-ma forma razoável para eles, no momento, era que se tratava de um espírito. Como é que Ele poderia aparecer desta maneira?

Neste ponto parece haver uma contradição entre Lucas e João, pois João diz: "Os discípulos se alegraram, vendo o Senhor" (Jo 20:20). Entretanto, João evidentemente se refere à situação de alguns momentos depois, após terem se recuperado da aparição sú-bita e sobrenatural, e depois de Jesus tê-los tranqüilizado com suas preciosas palavras.

E ele lhes disse: Por que estais perturbados... Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem car-ne nem ossos (38-39). Jesus prossegue mostrando-lhes que seus medos eram infundados e que a sua noção de que Ele era um espírito desencarnado estava errada. Ele primeiro lhes mostra suas mãos e pés — as cicatrizes da recente crucificação. Espíri-tos não têm cicatrizes das feridas terrenas. Ele, então, os convida a apalpá-lo — para sentir a carne sólida de um corpo material. Espíritos não têm materialidade; eles não têm carne e ossos.

E, não o crendo eles ainda por causa da alegria e estando maravilhados (41) ; isto é equivalente à nossa expressão moderna: "é bom demais para ser verdade". Era tão maravilhoso que eles temiam que pudesse não ser verdade. Estavam alegres e, ao mesmo tempo, com medo, como alguém que de repente consegue o que desejava mais do que qualquer outra coisa no mundo.

...disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então, eles apresenta-ram-lhe parte de um peixe assado e um favo de mel, o que ele tomou e comeu diante deles (41-43). Esta é a terceira demonstração de sua materialidade. Espíritos não comem peixe e mel. Em todas estas demonstrações, nosso Senhor está tentando mostrar que o que os discípulos vêem diante de si não é o espírito desencarnado de um Jesus de Nazaré morto, mas o corpo ressuscitado do Filho de Deus encarnado. Ele está mesmo diante deles — corpo, alma e espírito. Sua ressurreição é, em todos os sentidos, uma gloriosa realidade.

4. A Incumbência e a Promessa (24:44-49)

Deste ponto até o final do Evangelho, o leitor deve saber que há uma passagem de tempo que Lucas não deixa particularmente clara na narração. Se este Evangelho fosse a única fonte de informação referente ao período entre a ressurreição e a ascensão de Jesus, o leitor poderia ficar com a impressão de que não teriam se passado mais de vinte e quatro horas. Mas o próprio Lucas nos informa, em Atos 1:3, que aquele período durou quarenta dias. Não é claro se a instrução relatada na seção presente foi dada aos discípu-los na noite da ressurreição do Senhor, na mesma ocasião do versículo anterior, ou mais tarde. Mas esta falta de informação não afeta a interpretação.

São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco (44). Jesus se refere ao seu ministério, até à hora da sua crucificação, como a alguma coisa que já fazia parte do passado. As palavras estando ainda convosco não só predizem a sua ascen-são, mas também indicam que mesmo naquele momento em que está falando, Ele não está "com eles", no mesmo sentido usado anteriormente. Sua morte e ressurreição muda-ram o mortal para imortal, e criaram uma diferença entre eles que apenas a morte e a ressurreição deles próprios poderiam lhes permitir transcender.

Convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos. A Lei, os Profetas e os Salmos são as três principais divisões das Escrituras Hebraicas. Deste modo, Jesus está se referindo à série completa da profecia messiânica, da primeira promessa em Gênesis 3:15 até o Livro de Malaquias. Ele deixa claro um vínculo inseparável entre Ele mesmo e esta profecia do Antigo Testamento. O Senhor lembra aos seus discípulos que Ele deixou este ponto claro enquanto ainda estava com eles. Antes de sua morte, a ênfase era de que se cumprisse tudo, e se referia ao seu ministério terreno.

Então, abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras (45). Não é dito exatamente de que modo Jesus lhes abriu o entendimento. É possível que Ele tenha feito isso explicando apenas o que as profecias messiânicas mencionavam. Mas Spence sugere o que é provavelmente o verdadeiro significado deste versículo. Ele acredita que essas palavras foram ditas ao anoitecer da primeira Páscoa. Se for assim, a expressão de Lucas: então abriu-lhes o entendimento, equivale à declaração de João de que Jesus "assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo" (20,22) Quando nos lembramos que "inspiração" significa "respirar para dentro", vemos a lógica da su-gestão de Spence. Jesus, aqui, estava dando aos seus discípulos a inspiração necessária para que entendessem as Escrituras.'

Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse... e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém (46-47). Aqui vemos a necessidade da redenção relacionada, no passado, às Escrituras do Antigo Testamento e, no futuro, à cruzada evangelística mundial e perene da Igreja. Os aspectos negativo e positivo da mensagem podem ser expressos assim: Não há salvação para ninguém sem a expiação; a salvação completa está disponível para todos os homens por meio da redenção.

  1. dessas coisas sois vós testemunhas (48). Os discípulos de Jesus tinham visto os seus atos e ouvido as suas palavras; eles receberam o presente da interpretação das Escrituras pela "inspiração" de Cristo. Após o Pentecostes, eles teriam a pureza e o poder necessários. Tudo isso deve ser cristalizado em uma missão subli-memente designada: sois vós testemunhas. Jesus dependia deles para a divulgação de sua mensagem — a notícia da salvação "Comprada-com-sangue". Se eles fa-lhassem, Ele não teria outra maneira de transmitir a sua Palavra. Mas eles não teriam que ir sozinhos; o Espírito Santo testemunharia tanto para eles, como atra-vés deles.
  2. eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai;8 ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder (49). Esta foi uma ordem

divina e até o seu cumprimento deve ter precedência sobre a incumbência divina. Até que recebessem o poder no Pentecostes, eles não estariam qualificados para levar a cabo a incumbência. O cumprimento da promessa e da ordem contida neste versículo ocorreu no Dia de Pentecostes, quando cerca de 120 discípulos foram santificados por intermédio do batismo no Espírito Santo.

As palavras do versículo 49 foram ditas por Jesus provavelmente no dia de sua ascensão, dez dias antes do seu cumprimento e quarenta dias após a ressurreição.

C. A ASCENSÃO, 24:50-53

E levou-os fora, até Betânia (50) — significando uma parte do Monte das Olivei-ras que dá vista para Betânia, pois em Atos 1:12 Lucas nos conta que Jesus ascendeu do Monte das Oliveiras. E, levantando as mãos, os abençoou — uma bênção sumo sacer-dotal; o Senhor os estava abençoando por ocasião de sua despedida.

  1. aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu (51). Dos quatro autores dos Evangelhos, apenas Lucas nos fala da ascensão de Jesus, embora ela seja tomada como certa ao longo de todo o restante do Novo Testamento. Lucas expressa um tratamento completo deste tema em Atos 1:9-11.

E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém (52). A ado-ração dos discípulos foi um ato de homenagem a um ascendente, mas sempre presente, Salvador. A alegria deles mostra o quanto, agora, entendem a sua relação com Jesus. Eles sabem que não o perderam, mas de algum modo misterioso Ele estará mais próximo deles do que antes.

E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus (53). Esta de-claração é amplificada em At. Lucas resume, assim, a vida posterior dos apóstolos por intermédio desta breve afirmativa, consciente de que pretendia cobrir o assunto detalhadamente em outra obra.

APARIÇÕES DE JESUS

APÓS A RESSURREIÇÃO

  1. A MARIA MADALENA

(Marcos 16:9-11; João 20:11-18)

  1. A OUTRAS MULHERES

(Mateus 28:9-10; Lucas 24:9-11)

  1. A DOIS DISCÍPULOS no CAMINHO DE EMAÚS

(Marcos 16:12-13; Lucas 24:13-35)

  1. A SIMÃO PEDRO

(Lucas 24:33-35; I Coríntios 15:5)

  1. Aos DISCÍPULOS (na ausência de Tomé)

(Marcos 16:14; Lucas 24:36-48; João 20:19-25)

  1. A TOMÉ e OUTROS DISCÍPULOS

(João 20:26-31; I Coríntios 15:5)

  1. A SETE DISCÍPULOS no MAR DA GALILÉIA

(João 21:1-23)

  1. A MAIS DE QUINHENTAS PESSOAS

(1 Corintios 15:6)

  1. A TIAGO

(I Coríntios 15:7)

  1. Aos ONZE (A Grande Comissão)

(Mateus 28:16-20; Marcos 16:15-18)

  1. Aos DISCÍPULOS no MONTE DAS OLIVEIRAS (Marcos 16:19-20; Lucas 24:50-53; Atos 1:9-12)
  2. Ao APÓSTOLO PAULO

(I Coríntios 15:8)

Notas

INTRODUÇÃO

'Estas passagens são: Atos 16:10-17; 20:5-15; 21:1-18; 27:1-28.31.

2 Como não existe nenhuma tradição antiga em favor de Tito ser o autor desses livros, e como o que é conhecido sobre o autor está muito mais de acordo com Lucas do que com Tito, esse último pode ser desconsiderado como um possível autor.

3 William Kirk Hobart, The Medical Language of St. Luke (Grand Rapids: Baker Book House, 1954 [reimpressão]). Embora essa obra tenha sido parcialmente desacreditada, sua tese mais importante — de que o Evangelho de Lucas contém uma distinta terminologia médica — é provavelmente válida.

4 Estudiosos liberais insistem em uma data posterior — talvez nos anos 90 — mas essa posição parece depender da falta de disposição deles em aceitar a veracidade da profecia. A alegação é que as profecias de Lucas sobre a destruição de Jerusalém são tão semelhantes aos fatos históricos, que elas devem ter sido escritas depois que estes aconteceram. A destruição de Jerusalém aconteceu no ano 70 d.C.

SEÇÃO I

1 Atos 23:26-24.3; 26.25. A versão KJV em inglês traduz as duas últimas ocorrências como "nobilíssimo", mas a mesma palavra grega é usada nas três ocorrências, e é a mesma palavra usada em Lucas 1:3.

SEÇÃO II

1 Josefo, Antiquities XIV.

2 Veja Adam Clarke, The New Testament of Our Lord and Savior Jesus Christ (Nova Iorque: Methodist Book Concern, s.d.), I, 289ss.; Também F. Godet, A Commentary on the New Testament (Edinburgh: T. and T. Clark, s.d.), I, 77.

3 Para as leis do nazireado, veja Nm 6:1-21.

'Para uma argumentação complementar sobre esta questão, veja Clarke, op. cit., I, 359; Godet, op. cit., I, 85.

Para uma argumentação complementar sobre este assunto, veja Alfred Edersheim, The Life and Times of Jesus the Messiah (Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Company, 1943), I, 149ss.

Albert Barnes, Notes on the New Testament (Grand Rapids: Baker Book House, 1949 [reimpressão]), p. 7.

' Para uma argumentação mais ampla sobre este assunto, veja Norval Geldenhuys, Commentary on the Gospel ofLuke ("The International Commentary on the New Testament", Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1951), p. 79, nota 2.

8 Veja Romanos, capítulos 9:11. Edersheim, op. cit., p. 149.

" J. J. Van Oosterzee, "The Gospel According to Luke", Commentary on the Holy Scriptures, ed. J. P. Lange (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, s.d.), p. 25.

'Veja Geldenhuys, op. cit., pp. 19ss.

12 Para o julgamento mencionado aqui, veja Gênesis 22:16-17.

"Para um tratamento abrangente e de alto conhecimento deste assunto, veja Godet. op. cit.. L 119-29.

14 Ibid. Veja também H. D. M. Spence, "Luke", The Pulpit Commentary, ed. H. D. X. Sperece

(Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1950), I, 37.

15 Edersheim, op. cit., I, 186-87. Para um ponto de vista contrário, veja Clarke, op. cit.. L 370-71._ "'Para uma argumentação mais ampla sobre este assunto, veja Godet, op. cit., I, 130.

17 Edersheim, op. cit., I, 186.

"Uma parte dos manuscritos antigos favorece esta leitura. O significado correto parece ser: 'En‑

tre os homens de seu favor" (Berkeley Version). 'Veja Lv 12:2-6.

20 Veja Êx 13:2; Nm 8:16-18.15.

21 Veja Lv 12:8.

" Veja Is 49:13-52.9; 66.13.

23 Veja Godet, op. cit., I, 139ss.

24 Veja Is 11:10-52.10; 60.3; 62.2.

25 Veja Godet, op. cit., I, 141.

" Isto reflete a verdade de Is 8:14.

Godet, op. cit., I, 141ss.

28A versão The New English Bible, diz: "Vocês não sabiam que eu tinha que estar na casa do meu Pai?"

21 Godet, op. cit., I, 149.

'Para maior esclarecimento sobre este assunto, veja a obra de Edersheim, op. cit., I, 191ss.

SEÇÃO III

'Compare Tucídides, Políbio, et al. 'Veja Godet, op. cit., I, 166ss.

'Para uma argumentação mais detalhada sobre este assunto, veja a obra de Alexander Balmain Bruce, "The Synoptic Gospels", The Expositor's Greek New Testament (Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Company, s.d.), I, 480ss.; veja também Godet, op. cit., I, 166-67.

'Para uma discussão sobre esta questão, veja Bruce, op. cit., I, 481; veja também Godet, op. cit., I, 168ss.

5Mt 14:3. Mateus menciona duas vezes a prisão de João em capítulos anteriores, mas sem comen-tar — 4.12; 11:2-3.

6 Godet, op. cit., I, 195-207; veja também Geldenhuys, op. cit., pp. 150-55; Spence, op. cit., I, 70-72; Clarke, op. cit., I, 385, 394.

SEÇÃO IV

1 Veja Mt 13:54-58 e Mc 6:1-6.

'Veja Mt 4:12 e Mc 1:14. Para mais comentários sobre este assunto, veja Godet, op. cit., I, 227.

'Veja At 13:15.

Van Oosterzee, op. cit., p. 73.

6A sogra de Simão é mencionada em 4.38, mas Simão não é mencionado naquela ocasião.

6 Veja Godet, op. cit., I, 271.

'Veja também Godet, op. cit., I, 294ss.

'Veja Mt 10:8-11.5; Lc 7:22.

9 Mt 9:22-26; Mc 5:22-43; Lc 8:41-56.

1° Compare com o sepultamento de Lázaro, Jo 11:41-44.

Mt 26:6-13; Mc 14:3-9; Jo 12:1-9.

'Veja Mt 12:46-50; Mc 3:31-35.

13 cf. Mt 14:13-21; Mc 6:30-46; Jo 6:1-15.

SEÇÃO V

Veja II Reis 17:24-34. Veja também João 4:30-37.

'Existia, de fato, uma rivalidade tribal entre Judá e Efraim desde tempos anteriores a este. Ne 4:1-2.

4 Embora Elias tivesse vivido em uma época anterior e diferente, pode haver aqui uma sugestão de que mesmo Elias era movido por motivos mais puros do que Tiago e João, sendo estes motivados, pelo menos parcialmente, por preconceitos raciais. A frase Como Elias também fez, não consta nos manuscritos mais antigos.

Veja Atos 28:3-5.

'Para um esclarecimento adicional sobre este versículo e os versículos seguintes, veja os comen-tários sobre Mateus 11:25-27.

'Para esclarecimentos adicionais sobre este versículo e os versículos seguintes, veja os comentá-rios sobre Mateus 13:16-17.

'Veja também os comentários sobre Mateus 19:19.

Spence, op. cit., I, 278.

'
1) Godet, op. cit., II, 56.

11 Sob a lei levítica, todo e qualquer contato com um sepulcro causava uma contaminação cerimonial.

2 Godet, op. cit., II, 89.

" Ibid.

14 Veja os comentários sobre Lucas 12:13-15.

" Veja os comentários sobre Atos 2:44-4:34-5.11.

16 Os antigos judeus tinham apenas três vigílias ou divisões da noite (Jz 7:19), mas durante a ocupação romana foi adicionada uma quarta vigília, provavelmente como resultado das prá-ticas dos soldados romanos.

Spence, op. cit., I, 337.

"Veja Adam Clarke, op. cit., p. 445.

'Veja Bruce, op. cit., p. 562.

zo Godet, op. cit., II, 115.

21 Spence, op. cit., I, 339-40.

'Veja Geldenhuys, op. cit., p. 372; também Spence, op. cit., II, 2.

'Veja Bruce, op. cit., p. 566. 24 Godet, op. cit., p. 120. "Veja Bruce, op. cit., 566.

26 Spence, op. cit., II, 3.

27 Veja também Marcos 4:30-32.

'Veja os comentários sobre Lucas 9:51ss.

"Veja os comentários sobre Lucas 10:38ss, e 13.22 (abaixo).

30 Veja Van Oosterzee, op. cit., p. 217.

31 John Peter Lange, The Life of the Lord Jesus Christ, ed. Marcus Dods, trad. por J. E. Ryland (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1958), II, 414ss.

32 Spence, op. cit., II, 4.

" Veja também os comentários sobre Mateus 7:23.

34 Veja Mateus 14:1-2; Marcos 6:14; Lucas 9:7.

" Spence, op. cit., II, 6.

38 Van Oosterzee, op. cit., p. 221.

37 Lange chama estes banquetes de "diversões perigosas". Veja Lange, Life of Jesus, p. 419.

"Veja os comentários sobre Mateus 10:37.

3" Esta interpretação está de acordo com a idéia da parábola, mas não se harmoniza com o sentido básico da palavra purgon, a menos que este "palácio" seja uma fortaleza ou um castelo.

Van Oosterzee, op. cit., p. 235.

"Veja Barnes, op. cit., p. 101.

42 Godet, op. cit., II, 150.

R. C. Trench, Notes on the Parables of Our Lord (Filadélfia: William Syckelmoore, 1878), p. 324.

" Spence, op. cit., II, 87.

45 Godet, op. cit., II, 188.

46 Para um tratamento excelente e suporte a esta tradução, veja Godet, op. cit., II, 190-91. 4' Veja Levítico, capítulos 13:14.

"Para uma discussão mais detalhada a respeito deste ponto veja Spence, op. cit., p. 89; e Godet, op. cit., II, 193-94.

" Para uma discussão mais detalhada a respeito destes problemas, veja Spence, op. cit., II, 114, e Godet, op. cit., II, 213ss.

'Veja a nota sobre Lucas 10:30. 51 Josefo, Antiquities 14.14; 17.9. "Spence, op. cit., II, 137.

SEÇÃO VI

'Veja Mt 26:6-13; Mc 14:3-9; Jo 11:55-12.11.

2Godet, op. cit., II, 230-31.

'Para um testemunho ocular detalhado do cerco e destruição de Jerusalém, veja a obra de Josefo, Wars 5.12.

EGT, I, 621.
Clarke, op. cit., p. 485.

Veja Godet, op. cit., II, 276. Veja também a obra Greek English Lexicon of the New Testament, de Thayer.

SEÇÃO VII

1Barnes, op. cit., p. 147.

2 Clarke, op. cit., p. 448.

Spence, Barnes, Godet, Geldenhuys e Van Oosterzee, estão de acordo com Lucas neste ponto. 'Esta é a tradução literal da parte da oração do Senhor que é traduzida como "livra-nos do mal"

em várias versões (Mt 6:13).

5Mt 10:2-15; Mc 6:7-11; Lc 9:1-5.

'Veja Clarke, op. cit., II, 489.

7Veja Spence, op. cit., II, 201.

'Veja Van Oosterzee, op. cit., pp. 342ss.

Godet, op. cit., II, 302.

1° Veja, na 1ntrodução deste comentário, a referência ao Evangelho de Lucas.

11 Godet, op. cit., II, 317.

12 Spence, op. cit., II, 236.

13 5eja a Introdução a Lucas neste comentário. 'Veja Josefo, Wars 5:10-6.10.

" Ibid.

"Veja também os comentários sobre Mateus 27:44.

17 Para um tratamento mais completo da palavra "paraíso", veja Barnes, op. cit., pg 158.

18 Spence, op. cit., II, 243.

SEÇÃO VIII

'Veja Mt 27:62-66.

2 Godet, op. cit., II, 352.

'Para uma discussão mais ampla, veja Godet, op. cit., II, 352ss.

Godet, op. cit., II, 354.

'Para uma lista das passagens do Antigo Testamento para as quais Jesus poderia ter chamado a atenção neste discurso, veja Spence, op. cit., II, 271ss.

6lbid., p. 272.

'Veja Spence, op. cit., II, 275. 'Veja Jo 14:16-26; 15:26-27; 16.7.

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Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Lucas Capítulo 24 do versículo 1 até o 53
*

24.1-53

Cada Evangelho trata da ressurreição à sua própria maneira, ainda que nenhum descreva como ela aconteceu. Algumas coisas são claras em todos os quatro: o túmulo vazio, a lentidão dos discípulos em acreditar que a ressurreição tinha acontecido, e a proeminência das mulheres nos primeiros aparecimentos de Jesus. Porém, cada Evangelho também tem alguma coisa que não aparece nos outros. Lucas inclui a narrativa do caminho de Emaús e dos eventos correlatos.

* 24:1

no primeiro dia da semana. Este começou no pôr do sol de Sábado. As mulheres tiveram as horas de escuridão para completar suas preparações antes de saírem para o túmulo ao raiar do dia.

* 24:2

Ver nota teológica “A Ressurreição de Jesus”, índice.

* 24:2-3

O túmulo de pedra estaria fechado por uma pedra rolada na sua entrada (Mc 15:46, nota). Mateus observa que a pedra que fechava o túmulo foi selada (Mt 27:66).

* 24:9

todos os mais. Esta expressão indefinida mostra que havia um grande grupo de seguidores de Jesus em Jerusalém, nesta ocasião. Muitos seriam galileus que estavam em Jerusalém, por ocasião da Páscoa.

* 24:10

Maria Madalena foi a primeira a ver o Senhor ressurreto (Mc 16:9; Jo 20:10-18). Ela é mencionada nos quatro Evangelhos em conexão com a crucificação e a ressurreição mas por outro lado nós só ouvimos falar dela em 8.2.

* 24:11

e não acreditaram nelas. Em geral, o testemunho de mulheres não era altamente considerado pelos judeus do primeiro século.

* 24:13

Emaús. O lugar exato não é conhecido.

* 24:16

seus olhos... estavam... impedidos. Parece significar que Deus os impediu de reconhecer a Jesus nesta ocasião.

* 24:18

Cleopas não é mencionado em outro lugar.

* 24:20

principais sacerdotes e as nossas autoridades. Os discípulos colocaram a principal responsabilidade, pela morte de Jesus, sobre seu próprio povo, e não sobre os romanos.

* 24:21

redimir. A palavra significa libertar mediante o pagamento de um preço. Os dois pensavam claramente em termos da libertação política de sua nação.

* 24:26

padecesse e entrasse na sua glória. Ver vs.44-47. Pedro dá um esboço semelhante da mensagem do Antigo Testamento em 1Pe 1:10,11.

* 24:27

Ver 24.44, nota.

* 24:30

tomando ele o pão... lhes deu. Esta era uma atitude que o hospedeiro deveria assumir à mesa, na refeição (conforme 22.19).

* 24:31

abriram. Isto, aparentemente, aconteceu mediante ação divina (conforme v.16).

* 24:34

Eles não tinham acreditado nas mulheres (v.11), mas o aparecimento a Simão Pedro foi convincente.

* 24:36

O repentino aparecimento de Jesus entre eles, ainda que as portas estivessem fechadas (Jo 20:19), indica que o Senhor ressurreto não estava limitado como estão os seres humanos comuns.

* 24:39

minhas mãos e os meus pés. Isto é, ver as marcas dos cravos.

* 24:42

peixe assado. O Cristo ressurreto comeu e bebeu, provando que ele não era apenas uma visão.

* 24:44

importava se cumprisse tudo. Notar a palavra “importava”. O cumprimento das Escrituras não é um acidente, porque elas revelam os propósitos de Deus.

na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. A tríplice divisão da Bíblia Hebraica. Jesus está dizendo que todas as partes das Escrituras dão testemunho a respeito dele.

* 24:45

lhes abriu o entendimento. Jesus mostrou-lhes o caminho para entender a Bíblia. A morte e a ressurreição de Cristo foram preditas nas Escrituras (v.26, nota). Em acréscimo, a chamada do povo ao arrependimento e a remissão dos pecados foram preditas (v.47). Estas coisas estão baseadas na obra expiatória de Cristo. Ver “A Missão da Igreja no mundo”, em João 20:23.

* 24:48

testemunhas. Os pregadores não devem produzir alguns conceitos novos, elaborados por si mesmos, mas trazer o testemunho daquilo que Deus tem feito.

* 24:49

O Jesus ressurreto enviará aquilo que o Pai prometeu, o dom do Espírito Santo (Jl 2:28-32; At 2:1-4).

* 24:50

Lucas não dá nenhuma indicação de tempo aqui, mas posteriormente ele afirma que a Ascensão teve lugar quarenta dias depois da ressurreição (At 1:3).

Betânia. Uma aldeia sobre o Monte das Oliveiras, a cerca de três quilômetros a leste de Jerusalém (Jo 11:18).

* 24:51

ia se retirando deles. A narrativa que Lucas faz da Ascensão é uma breve mas adequada conclusão do seu Evangelho, que é um registro “de todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar até ao dia em que... foi elevado às alturas” (At 1:1-2). Lucas nos oferece uma narrativa mais detalhada da Ascensão, no começo do seu segundo livro (At 1:9-11). A Ascensão marca o fim da obra que Jesus veio realizar na terra, e o começo da obra que ele continua a realizar na igreja e através dela. Ver nota teológica “A Ascensão de Jesus”, índice.

* 24:52

adorando-o. Qualquer que tenha sido a idéia deles a respeito de Jesus, nos dias passados, agora eles reconheceram a sua divindade e o adoraram. A separação não trouxe tristeza, mas “grande alegria”.

* 24:53

O Evangelho termina como começa, em Jerusalém, com o culto a Deus.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Lucas Capítulo 24 do versículo 1 até o 53
24:1 As mulheres trouxeram ungüentos à tumba, da mesma maneira que acostumamos levar flores em amostra de amor e respeito. As mulheres foram a suas casas e guardaram o dia de repouso como ordenava a Lei, do entardecer da sexta-feira até o entardecer do sábado, antes de voltar para a tumba para levar juntas suas especiarias e perfumes.

24.1-9 Os dois anjos (na aparência de "dois varões com vestimentas resplandecentes") perguntaram às mulheres por que procuravam na tumba ao que vive. Freqüentemente vemos pessoas que procuram deus entre os mortos. Estudam a Bíblia como se fora um simples documento histórico e vão à igreja como se assistissem a um serviço fúnebre. Mas Jesus não está entre os mortos, O vive! Reina nos corações dos cristãos e é a cabeça de sua Igreja. Procura o Jesus entre os que vivem? Considera que está ativo no mundo e na 1greja? Examine as provas de seu poder, abundam a seu redor.

24:4 Inferimos pela informação que nos dão os Evangelhos do Mateus e João, que estes varões com vestimentas resplandecentes eram anjos. Quando os anjos aparecem às pessoas tomam semelhança de homens.

24:6, 7 Os anjos recordaram às mulheres que Jesus anunciou com detalhes todas as coisas que lhe aconteceriam (9.22, 44; 18:31-33).

24:6, 7 A ressurreição do Jesus da morte é o fato central da história cristã. Sobre ela, a Igreja está construída; sem ela, não existiria hoje a Igreja cristã. A ressurreição do Jesus é única. Outras religiões têm sistemas éticos sólidos, conceitos sobre o paraíso e escrituras sagradas. Solo os cristãos têm um Deus que se fez homem, literalmente morreu por seu povo e ressuscitou em poder e glória para governar a sua Igreja para sempre.

por que a ressurreição é tão importante? (1) Como Cristo ressuscitou da morte sabemos que o reino dos céus irrompeu na história. Nosso mundo agora se dirige à redenção, não à perdição. O poder de Deus está empenhado em destruir o pecado, ao criar vistas novas e preparadas para a Segunda Vinda do Jesus. (2) Graças à ressurreição sabemos que a morte se conquistou e que nós também ressuscitaremos para viver por sempre com Cristo. (3) A ressurreição dá autoridade ao testemunho da Igreja no mundo. Olhe a predicación dos primeiros evangelistas em Feitos: A mensagem mais importante dos apóstolos foi a proclamação de que Jesucristo ressuscitou da morte! (4) A ressurreição dá sentido à festa cotidiana da Igreja, a ceia do Senhor. Como os discípulos no caminho ao Emaús, partimos o pão com nosso Senhor ressuscitado que vem em poder para nos salvar. (5) A ressurreição nos ajuda a encontrar significado até em meio da maior tragédia. Não importa o que chegue a nos acontecer, à medida que caminhamos com o Senhor, a ressurreição nos dá esperança para o futuro. (6) A ressurreição nos assegura que Cristo vive e governa seu Reino. O não é uma lenda, realmente vive. (7) O poder de Deus que fez que Jesus ressuscitasse está a nossa disposição, ao grau que podemos viver para O em um mundo mau.

Os cristãos podem ver-se uns aos outros em forma diferente: defender uma grande variedade de crenças em relação com a política, estilo de vida e inclusive teologia. Mas há uma crença central que une e inspira a todos os verdadeiros cristãos: Jesucristo ressuscitou da morte! (se desejar mais informação referente à importância da ressurreição, veja-se 1Co 15:12-58.)

24:11, 12 As pessoas que ouvem a respeito da ressurreição pela primeira vez possivelmente necessitem tempo antes de entender do todo esta história maravilhosa. Como os discípulos, podem atravessar quatro etapas diferentes de crença: (1) Pensar que é uma história de fadas, impossível de acreditar. (2) Como Pedro, analisar os fatos, mas sem chegar a convencer de tudo. (3) Solo quando tiverem um encontro pessoal com Cristo aceitarão o fato da ressurreição. (4) Logo, à medida que se entreguem ao e lhe dediquem suas vidas lhe servindo, começarão a compreender por completo a realidade de sua presença.

24:12 Por Jo 20:3-4 concluímos que João também correu à tumba com o Pedro. É quase seguro que "o outro discípulo" foi João, o autor do quarto Evangelho.

24.13ss Os dois discípulos que vinham do Emaús erraram em sua compreensão da maior historia porque se preocupavam muito de seus desalentos e problemas. Por isso não se deram conta que a pessoa que ia com eles era Jesus. Para cúmulo, foram na direção equivocada, longe do companheirismo dos crentes em Jerusalém. Nós também estamos a ponto de perder ao Jesus e propensos a nos afastar da fortaleza que se acha em outros crentes, quando nos preocupam nossas esperanças e planos frustrados. Solo quando reconhecemos ao Jesus em meio de outros, será possível experimentar o poder e a ajuda que O pode nos dar.

24:18 A notícia da crucificação do Jesus se pulverizou por toda Jerusalém já que era a semana de Páscoa e peregrinos judeus visitavam a cidade provenientes de todo o Império Romano, assim se inteiraram de sua morte. Este não era um acontecimento de pouca importância, que afetasse sozinho aos discípulos, toda a nação estava interessada.

24:21 Os discípulos do Emaús esperavam que Jesus liberaria ao Israel de seus inimigos. Muitos judeus acreditavam que as profecias do Antigo Testamento assinalavam a um Messías político ou militar; não se deram conta que o Messías veio para resgatar às pessoas da escravidão do pecado. Quando Jesus morreu, portanto, perderam toda ilusão. Não entenderam que a morte do Jesus oferecia a maior esperança.

24:24 Estes homens sabiam que a tumba estava vazia, mas seguiam sem advertir a ressurreição do Jesus porque estavam muito tristes. Apesar das evidências, do testemunho das mulheres e das profecias bíblicas que se ocupavam deste fato, não acreditavam. Hoje a ressurreição segue surpreendendo a muitas pessoas. Apesar de dois mil anos de evidência e testemunho, muita gente ainda resiste a acreditar. Que mais fazia falta? Para estes discípulos foi necessário que o Cristo vivente ficasse em meio deles. Para muitas pessoas hoje se requer a presença viva dos cristãos.

24:25 por que chamou Jesus insensatos a estes homens? Apesar de que conheciam muito bem as profecias bíblicas, falharam em entender que o Cristo sufriente era o caminho à glória. Não podiam entender por que Deus não interveio para salvar ao Jesus da cruz. Estavam tão atados à idéia da admiração de um mundo de poder político e militar, que não estavam preparados para os valores antagônicos do Reino de Deus, onde o último será primeiro e onde a vida emana da morte. O mundo não trocou seus valores: o conceito de um servo sufriente é tão impopular hoje como foi faz dois mil anos. Mas não temos somente o testemunho do Antigo Testamento que os profetas deram, temos além o dos apóstolos no Novo Testamento e o da história da Igreja cristã que assinalam a vitória de Cristo sobre a morte. Podemos passar por cima os valores de nossa cultura e depositar nossa fé no Jesus? Ou seguiremos insensatos e confundidos ante suas boas novas?

24.25-27 Depois que os dois discípulos disseram ao Jesus que estavam tristes e confundidos, O lhes respondeu abrindo as Escrituras e as aplicou a seu ministério. Quando estamos confundidos com perguntas ou problemas, podemos também recorrer às Escrituras e achar a ajuda oportuna. Se como estes dois discípulos não entendemos o que a Bíblia diz, podemos procurar a outros crentes que a conhecem e têm sabedoria para aplicá-la a nossa situação.

24:27 Da semente prometida na Gênese (3.15), através do servo sufriente no Isaías (cap. 53), ao que transpassaram no Zacarías (12,10) e o anjo do pacto no Malaquías (3.1), Jesus volta a referir a estes discípulos ao Antigo Testamento. Cristo é o fio que atravessa todas as Escrituras, o tema central que as enlaça. A seguir incluímos várias passagens chave que Jesus talvez mencionou no caminho para o Emaús: Gênese 3; 12; Salmos 22:69-110; Isaías 53; Jeremías 31; Zacarías 9; 13; Malaquías 3.

24:33, 34 Paulo também menciona que Jesus apareceu ao Pedro sozinho (1Co 15:5). Este fato não se inclui nos Evangelhos. Jesus mostrou interesse pessoal pelo Pedro porque este se sentiu completamente indigno depois de negar a seu Senhor. Apesar de que Pedro se arrependeu, Jesus se aproximou dele e o perdoou. Muito em breve Deus o usaria na edificação de sua Igreja (veja-a primeira metade do livro de Feitos).

24.36-43 O corpo do Jesus não foi uma simples visão nem um fantasma. Os discípulos o tocaram e O comeu. Por outro lado, seu corpo humano não se restaurou como o do Lázaro (João 11), O podia aparecer e desaparecer. Seu corpo ressuscitado era muito mais real que antes, agora era imortal. Esta classe de corpo nos dará na ressurreição dos mortos (veja-se 1Co 15:42-50).

24:44 Podemos supor que passaram muitos dias entre os versículos 43:44, porque Jesus e seus seguidores viajaram a Galilea e retornaram antes de que O voltasse para céu (Mt 28:16; João 21). Em seu segundo livro, Feitos, Lucas deixa em claro que Jesus empregou quarenta dias com seus discípulos entre sua ressurreição e ascensão.

24:44, 46 "A lei do Moisés, nos profetas e nos salmos" é uma maneira de referir-se ao Antigo Testamento. Em outras palavras, todo o Antigo Testamento assinala ao Messías. Por exemplo, seu papel como profeta se prediz em Dt 18:15-20; seus sofrimentos se profetizaram no Salmo 22 e Isaías 53; sua ressurreição no Sl 16:9-11 e Is 53:10-11.

24:45 Jesus abriu o entendimento destas pessoas para que compreendessem as Escrituras. O Espírito Santo tem hoje essa tarefa em nossas vidas quando estudamos a Bíblia. perguntou-se alguma vez como conseguir entender uma passagem difícil da Bíblia? Além de ler a passagem em seu contexto, consultar a outras pessoas e obras de referências, ore que o Espírito Santo lhe abra seu entendimento para compreender e lhe dê o discernimento necessário para pôr em ação a Palavra de Deus em sua vida.

24:47 Lucas escreveu ao mundo de fala grega. Queria que soubessem que a mensagem de Cristo de amor e perdão de Deus devia difundir-se por todo mundo. Não devemos passar por cima o alcance do evangelho de Cristo. Deus quer que todo mundo ouça as boas novas de salvação.

24.50-53 Enquanto os discípulos estavam parados e olhando, Jesus começou a subir no ar e logo desapareceu no céu. Ver partir para o Jesus deveu ter sido terrível, embora sabiam que manteria sua promessa de estar com eles através do Espírito Santo. Este mesmo Jesus, que viveu com os discípulos, que morreu e ressuscitou de entre os mortos, ama-nos e prometeu estar conosco sempre. Podemos lhe conhecer cada vez mais mediante o estudo das Escrituras, da oração e por deixar que o Espírito Santo nos ajude a ser como O é.

24:51 Quando Jesus voltou para céu, sua presença física abandonou aos discípulos (At 1:9), mas o Espírito Santo chegou muito em breve para lhes consolar e lhes dar o poder que necessitavam para pulverizar as boas novas de salvação (At 2:1-4). Hoje, a obra de salvação do Jesus está consumada e O está sentado à mão direita de Deus onde possui toda autoridade, no céu e na terra.

24:53 O Evangelho do Lucas descreve ao Jesus como o exemplo perfeito de uma vida conforme ao plano de Deus: sua infância a viveu em obediência a seus pais e assombrou aos líderes religiosos no templo, como adulto serve a Deus e a outros através da predicación e a sanidade, e finalmente sofreu sem queixar-se quando o condenaram. Esta ênfase se ajustava muito bem à mentalidade de uma audiência grega que admirava os altos valores relacionados com o exemplo e o autodesarrollo, e que freqüentemente discutia o tema da perfeição. Aos gregos, entretanto, era-lhes difícil entender a importância espiritual do mundo físico. Para eles, o espiritual foi sempre mais importante que o físico. Para lhes ajudar a compreender ao Deus-Homem, que unia o físico e o espiritual, Lucas enfatiza que Jesus não foi um fantasma, a não ser realmente um ser humano que alimentou e sanou gente porque lhe preocupava tanto sua saúde física como a estado de suas almas.

Como crentes que vivemos de acordo ao plano de Deus, também devêssemos obedecer a nosso Senhor em cada detalhe, em nossa preocupação de restaurar o corpo das pessoas, assim como também suas almas, para que tenham a sanidade e a salvação de Deus que lhes está reservada. Se queremos saber como ter uma vida perfeita, olhemos ao Jesus como nosso exemplo.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Lucas Capítulo 24 do versículo 1 até o 53
VII. A RESSURREIÇÃO (24: 1-53)

A. A RESSURREIÇÃO DO DIA (24: 1-43)

1. A tumba vazia (24: 1-12)

E no sábado repousaram, conforme o mandamento. 1 Mas no primeiro dia da semana, bem de madrugada, chegaram ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. 2 E acharam a pedra revolvida do sepulcro . 3 . E, entrando, não acharam o corpo do Senhor 4 E sucedeu que, enquanto eles estavam perplexas a esse respeito, eis que dois homens pararam junto delas com vestes resplandecentes: 5 e como ficaram espantadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? 6 Ele não está aqui, mas ressuscitou lembrar de como vos falou, quando ainda estava na Galiléia, 7 dizendo que o Filho do homem ser entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscitará. 8 E lembraram-se de suas palavras, 9 e, voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze, e todo o resto. 10 E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas relataram estas coisas aos apóstolos. 11 E estas palavras apareceu em sua visão como conversa fiada; e não lhes deram crédito. 12 Mas Pedro levantou-se e correu ao sepulcro; e, abaixando-se, viu somente os panos de linho; e ele foi para sua casa, perguntando-se o que havia acontecido.

Há uma grande variedade nas narrativas da ressurreição dos quatro Evangelhos. No entanto, nesta seção os três sinóticos têm muito em Ct 1:1)

13 E eis que dois deles estavam indo nesse mesmo dia para uma aldeia chamada Emaús, que era sessenta estádios de Jerusalém. 14 E falaram uns com os outros de todas estas coisas que tinham acontecido. 15 E aconteceu que, indo eles falando entre e discutiam, o próprio Jesus se aproximou, e ia com eles. 16 Mas os olhos deles estavam como que fechados, eles não o reconheceram. 17 E disse-lhes: Que comunicações são estes que tendes uns com os outros, como vós anda? E eles ainda se levantou, olhando triste. 18 E um deles, chamado Cléofas, respondeu-lhe, tu sozinho permanência em Jerusalém e não sabe as coisas que vieram a passar nestes dias? 19 E disse-lhes: Que coisas? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e todas as pessoas: 20 e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte, eo crucificaram . 21 Mas nós esperávamos que fosse ele quem deve redimir Israel. . E, além de tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas vieram passar 22 Além disso algumas mulheres do nosso meio nos surpreender, tendo sido cedo ao túmulo; 23 e, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo: que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que ele estava vivo. 24 E alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam ser assim como as mulheres haviam dito:., mas ele não o viram 25 E Disse-lhes, ó néscios, e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram! 26 convinha não o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? 27 E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras as coisas referentes a si mesmo. 28 E eles se aproximaram da aldeia para onde iam, e ele fez como quem ia para mais longe. 29 E eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco ; porque já é noite, eo dia já passou. . E ele entrou para ficar com eles 30 E sucedeu que, quando ele sentou-se com eles à mesa, tomou o pão, abençoou; e quebrando -o que ele deu a eles. 31 E seus olhos se abriram, e eles sabiam que ele; e ele desapareceu da vista deles. 32 E disseram um para o outro, não era o nosso coração ardente dentro de nós, enquanto ele nos falava pelo caminho, enquanto nos abria as Escrituras? 33 E levantaram-se na mesma hora, e voltaram para Jerusalém e encontraram reunidos os onze e os que estavam com eles, 34 dizendo: O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão. 35 E repetiram as coisasque aconteceram no caminho, e como ele foi conhecido deles no partir do pão.

Este incidente é registrado apenas por Lucas. Em naquele mesmo dia , dois discípulos estavam indo para Emaús , localizado sessenta estádios , ou "estádios" (cerca de sete milhas) de Jerusalém . Enquanto caminhavam, eles comungavam com o outro. O verbo vem de um substantivo que significa "multidão" ou "multidão". Assim, num primeiro momento, significava "para a empresa com". Mas no Novo Testamento (usado apenas por Lucas) que significa "conversar com ele." Eles estavam falando sobre os eventos emocionantes que tinha acabado de acontecer em Jerusalém.

De repente, Jesus colocou em sua aparência e se juntou a eles em sua caminhada. Esses discípulos de Sua não O reconheceram. Quando ele perguntou o que eles estavam discutindo, eles ainda pararam tristes (v. Lc 24:17 ). Seus corações estavam carregados de tristeza pela morte de Cristo.

Um dos discípulos é nomeado, mas não o outro. Não sabemos com certeza quem Cleopas era. Creed pensa que ele é, talvez, idêntico com Cléofas de Jo 19:25 . Outros questionam isso. De qualquer forma, Cleopas expressou surpresa que Jesus deve ser ignorante das coisas surpreendentes que estavam acontecendo em Jerusalém. Quando Cristo perguntou Que coisas ?, expressaram a fé que eles tinham que Jesus era o Messias aquele que redimiria Israel (v. Lc 24:20 ).

Além disso, este foi o terceiro dia desde a crucificação (v. Lc 24:21 ). Para aumentar a confusão, algumas mulheres do nosso meio relataram a descoberta do sepulcro vazio e vendo uma visão de anjos , que disseram que Jesus estava vivo (v. Lc 24:23 ). O versículo 24 é uma clara referência à visita de Pedro e João ao sepulcro na manhã de domingo (Jo 20:2 ).

Após repreendendo-os suavemente para a sua falta de compreensão e crença nos escritos proféticos do Antigo Testamento e pela sua incapacidade de aplicar o ensino em um Messias sofredor (v. Lc 24:26 ), Jesus deu a esses homens uma experiência inesquecível de ser levado pelo Velho Testamento em uma rápida pesquisa do seu ensino Messiânico (v. Lc 24:27 ). Plummer diz: "Não há nada de incrível na suposição de que Ele citou um dos profetas." Ainda é verdade que, se quisermos encontrar a verdade real das Escrituras mais velhos, temos de buscar a Cristo lá.

Finalmente eles se aproximaram Emaús. Jesus naturalmente agiu como se Ele estivesse acontecendo mais longe. Mas quando eles o constrangeram , porque à noite vinha, Ele consentiu em ficar.

A cena familiar agora abriu os olhos. Quando Cristo abençoou e partiu os minúsculos pedaços de pão, entregando alguns a cada um deles, de repente, reconheceu quem Ele era. Mas imediatamente Ele desapareceu; literalmente, "Ele tornou-se invisível." Seu testemunho significativo foi que seu coração havia queimado como Ele havia se lhes abriu as Escrituras a caminho.

Naquela mesma hora esses discípulos de Emaús voltou , andando uma vez mais os sete quilômetros até Jerusalém. Lá eles encontraram os onze reuniram-um nome geral para o grupo, uma vez que sabemos que a partir de JoãoTomé não foi detector, e os que estavam com eles (v. Lc 24:33 ). Antes de os dois de Emaús poderia ficar em seu relatório, eles foram informados: O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão (v. Lc 24:34 ). Em seguida, os dois homens relacionados com a sua história (v. Lc 24:35 ). Por agora, a ressurreição era uma realidade bem-certificada.

3. aparição aos discípulos (24: 36-43)

36 E, quando dizia estas coisas, ele mesmo se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz seja convosco. 37 Mas eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. 38 E disse-lhes: Por que estais perturbados? e por que surgem dúvidas em seu coração? 39 Olhai as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo me segurar, e vê; porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. 40 E, havendo dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. 41 E, enquanto eles ainda descreu de alegria, e me perguntei, ele disse-lhes: Tende vos aqui alguma coisa para comer? 42 E deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43 O que ele tomou, e comeu diante deles.

Enquanto os dois discípulos de Emaús ainda estavam dizendo a notícia maravilhosa, de repente, Jesus se apresentou no meio deles (v. Lc 24:36 ). Como sempre nessas ocasiões, ele acalmou seus medos com, Paz seja convosco . Apesar disso eles estavamespantados e atemorizados , supondo que estavam vendo um espírito (v. Lc 24:37 ); ou seja, um fantasma. Mas Jesus ordenou-lhes olhar para o seu perfurou-prego mãos e pés . Um espírito não tem carne e ossos (v. Lc 24:39 ). Enquanto eles ainda descreu de alegria, Ele pediu algo para comer. Quando eles lhe deram um pedaço de peixe assado, Ele comeu diante deles, aparentemente para provar que ele não era um fantasma, mas que Ele tinha um corpo real. Plummer sugere que ele era um corpo glorificado, não necessitando de alimentos, mas capaz de recebê-lo. Isso é o que conta aqui sugere.

B. A PROMESSA DO ESPÍRITO SANTO (24: 44-49)

44 E disse-lhes: São estas as palavras que vos falei, enquanto eu ainda estava convosco, que todas as coisas devem ser cumpridas necessidades, que estão escritos na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos, a respeito . me 45 Então lhes abriu o entendimento, para que pudessem compreender as Escrituras, 46 e disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia; 47 e que o arrependimento ea remissão de pecados deve ser pregado em seu nome a todas as nações, começando por Jerusalém. 48 Vós sois testemunhas destas coisas. 49 E eis que eu envio a promessa de meu Pai sobre vós ficai porém, na cidade, até que sejais revestidos de poder do alto.

Apenas quando ou onde este breve discurso ocorreu, não podemos dizer. Lucas não estava interessado principalmente na configuração geográfica e cronológica, mas na mensagem que veio.

Enquanto Jesus estava com eles, antes da Sua morte, Ele frequentemente indicaram que as Escrituras devem ser preenchidas (v. Lc 24:44 ). No cânon hebraico havia três divisions- principal a lei, os profetas e os salmos (ou "Escritos"). A Lei consistia nos cinco primeiros livros do Antigo Testamento. Os profetas levou em Josué, Juízes, Samuel e Reis, bem como Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze Profetas Menores. Tudo o resto foi para os Escritos, ou os Salmos. O que está implícito aqui é que todas as partes do Antigo Testamento fala de Cristo de alguma forma. As Escrituras mais velhos ensinam um Messias sofredor (v. Lc 24:45 ). Jesus, sem dúvida, chamou a atenção para o vigésimo segundo Salmo eo quinquagésimo terceiro capítulo de Isaías. Referiu ainda que o programa de evangelizar todas as nações estava na mente de Deus nos dias anteriores.

Então Ele lhes prometeu o Espírito Santo, que Ele chama a promessa de meu Pai (v. Lc 24:49 ). Junto com a promessa veio um comando: mas ficai na cidade até que sejais revestidos de poder do alto . O mesmo comando é dado em At 1:4)

50 E levou-os para fora até que eles estavam defronte Bethany:. e ele ergueu as mãos, os abençoou 51 E sucedeu que, enquanto os abençoava, apartou-se deles e foi elevado ao céu. 52 E o adoraram, e voltaram para Jerusalém com grande alegria: 53 e estavam sempre no templo, bendizendo a Deus.

A Ascensão é registrado apenas no último capítulo de Lucas eo primeiro capítulo de Atos, assim como o decreto de Ciro para o retorno dos judeus à Palestina é dada no final da II Crônicas eo início de Esdras. Em ambos os casos, estes sugerem unidade da autoria.

Contra Bethany pode muito bem significar o topo do Monte das Oliveiras, o local tradicional da Ascensão. Isso seria o lugar lógico para ir de Jerusalém. No ato familiar de bênção, Ele lhes foi tirado. Após a pausa para o culto, os discípulos voltaram para a cidade. Lá estavam sempre no templo, bendizendo a Deus . Isso provavelmente significa que eles assistiram fielmente as horas de oração todos os dias. Para Atos indica que eles também permaneceu na sala superior.

Bibliografia

(Todos os livros listados são ou citado ou citado no comentário.)

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Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Lucas Capítulo 24 do versículo 1 até o 53
  1. Confusão (24:1-12)

Depois do sábado, as mulheres que choraram diante da cruz e acom-panharam o sepultamento de Jesus foram as primeiras a chegar à sepul-tura (23:55-56). Elas estavam preo-cupadas em como fariam para abrir a sepultura (Mc 16:1-41) e descobri-ram que ela não só estava aberta, como também vazia! O corpo de Jesus não estava lá! Um anjo viera e tirara a pedra (Mt 28:2). Ao entrar na sepultura, elas viram dois anjos (Marcos menciona apenas um — Mc 16:5) que lhes contara que Jesus estava vivo, que ele ressuscitara dos mortos. Elas teriam se poupado de muita aflição se tivessem prestado atenção às palavras dele (9:22; Mt

  1. 7:9,22-23; 20:1 7-1 9; Jo 2:19-43).

Essas mulheres devotadas, fiéis a Jesus, foram as primeiras embaixa-doras da mensagem da ressurreição. Elas transmitiram a mensagem para

  1. apóstolos que não acreditaram na notícia! Os apóstolos pensaram que as mulheres estivessem engana-das ou delirando? Pedro e João cor-reram para examinar a evidência (v.

12; Jo 20:1-43), mas isso os deixou desnorteados. Que diferença faria se os crentes apenas lembrassem e cressem nas promessas dele!

  1. Comunicação (24:13-32)

Cleopas e seu companheiro estavam desapontados porque toda a esperan-ça que tinham para Israel se acaba-ra com a morte de Jesus (observe o v. 21 e 1:68; 2:30-32,38; 21:28,31). Emaús ficava a cerca Dt 13:0; Mc 16:7). Não sabemos quan-do esse encontro aconteceu naque-la primeira Páscoa, mas ele trouxe Pedro de volta à comunhão com seu Senhor. Mais tarde, Jesus restaurou Pedro ao seu discipulado (Jo 21:0) e do seu lado (Jo 20:20) eram suficientes para identificá-lo. Ele provou que não era um fantasma ao comer um pouco de peixe e mel. Seu corpo ressurrecto era de carne e osso (v. 39) e, no entanto, podia apa-recer, desaparecer e até atravessar sólidas portas fechadas.

Naquele encontro, Jesus deu- lhes sua paz (v. 36), a garantia de sua presença real e um novo enten-dimento das Escrituras (v. 45). Ele lhes ensinara muito sobre a Palavra nos anos em que esteve com eles, mas agora lhes dava o entendimen-to do que o Antigo Testamento disse sobre ele e seu ministério redentor.

  1. Comissão (24:46-53)

Os discípulos não deviam guardar o entendimento da Palavra para si mes-mos. Eles deviam pregar (arautos da mensagem) e testemunhar (distribui-dores de uma experiência) o que o Senhor fizera por eles e dissera a eles (At 1:8), e essa missão se iniciaria em Jerusalém. Como esse pequeno gru-po de homens e de mulheres podia sequer ter esperança de alcançar o mundo todo com a mensagem da re-denção? Apenas pelo poder do Espí-rito Santo. Embora a igreja primitiva não possuísse os recursos financeiros e tecnológicos que temos hoje, ela fez seu trabalho.

Lucas finaliza seu evangelho no ponto em que se inicia seu se-gundo relato — Ato dos Apóstolos: a ascensão de Cristo e a espera pela vinda do Espírito Santo. O Espírito Santo não poderia vir, se Jesus não voltasse para o céu Oo 16:7-15). O evangelho de Lucas inicia-se (1:8ss) e termina no templo. Ele inicia-se com Maria e Isabel em júbilo e ter-mina com todos os crentes em júbi-lo. Os crentes eram adoradores ale-gres antes de se tornar testemunhas capacitadas pelo Espírito, um bom exemplo que devemos seguir.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Lucas Capítulo 24 do versículo 1 até o 53
24.4 Dois varões. Anjos, identificados pelas vestes resplandecentes (conforme a transfiguração que antecipa a visão da ressurreição, 9.29, 32n).

24.5 Temor. (conforme 1.50n). Por que buscais? É uma repreensão não somente por terem vindo ao sepulcro, mas porque, depois de verem os lençóis arrumados não crerem (conforme Jo 20:5-43).

24.29 Constrangeram. O Senhor não entra pela força, mas mediante convite.

24.30 Este versículo lembra a ceia (v. 35, "partir do pão” é termo comum para a teia conforme At 2:42).

24.31 Os olhos "impedidos", (v. 16) antes, agora são abertos. Corações néscios e "tardos" (v. 25) começam a arder (32) com amor e dedicação. Desapareceu, sem se locomover fisicamente. O corpo ressurreto podia atravessar as portas ou paredes (Jo 20:19); aparecer ou desaparecer.

• N. Hom. 24 32 A sarça ardente:
1) Olhos ardentes - com as lágrimas de desespero (v. 16);
2) Corações ardentes - ao ouvir as Escrituras expostas por Cristo (v. 32);
3) Pés ardentes - ao correrem para avisar os que desconhecem o maravilhoso acontecimento (v. 33).
24.34 Simão. O primeiro na lista de aparecimentos, apresentada em1Co 15:5.

24.36 A linha final deste v. e o v. 40 são provavelmente interpolados de Jo 20:19 s.

Não constam nos melhores manuscritos do original.
24.37.39 Um espírito. Há indicações de que o corpo ressurreto tem a aparência do corpo anterior, mas é de substância mais rara e tênue. As marcas dos cravos e da lança continuaram no corpo ressurreto de Cristo (conforme Jo 20:27). Era composto de ossos e carne (conforme 39). Sem dúvida, reconheceremos nossos amados na ressurreição (conforme 1Co 15:44).

24.39 Apalpai-Mt 1:0 cita este fato contra o gnosticismo.

24.43 Comeu. Podia comer, mas não precisava. Certificou Sua substância.

24.44 Lei... Profetas... Salmos. São as três divisões características do cânon hebraico, que incluíam todo o AT.

24.45 Abriu o entendimento. A morte e ressurreição apagaram das suas mentes os preconceitos errados. Agora podem receber as chaves interpretativas para compreenderem as Escrituras.

24.49 Revestidos de poder. O poder para cumprir a missão de pregar a todas as nações (v. 47) não depende da presença visível de Cristo, mas a invisível, do Espírito Santo (cf. Mt 28:18-40; At 1:8).

24.51 Ia-se retirando deles (conforme 31), Não assinala Sua exaltação (conforme Jo 20:17), mas o fim dos aparecimentos no mundo até Sua Segunda Vinda (conforme At 1:11).

24.52 Grande júbilo. Contrasta-se com a tristeza. nos mesmos corações quando Cristo se afastou na morte. Sua presença continua com eles no Espírito e produz alegria transbordante (conforme 2.46; 5.41, etc.).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Lucas Capítulo 24 do versículo 1 até o 53
IX. RESSURREIÇÃO E ASCENSÃO (24:1-52)


1) O túmulo vazio (24:1-12)

(Compare as anotações desse capítulo com o comentário de At 1:1-14, um resumo desse capítulo.)
Depois do descanso forçado do sábado, as mulheres voltam ao túmulo, de manhã bem cedo do dia seguinte, e descobrem que a grande pedra usada para fechar o túmulo foi removida e o túmulo está vazio. Enquanto tentam entender o que aconteceu, visitantes angelicais lhes contam que Jesus ressuscitou dos mortos como disse que aconteceria. As mulheres voltam aos apóstolos para relatar o que aconteceu, mas sua história é recebida com ceticismo incrédulo.

A história em Lucas é bem parecida em termos gerais com a de Marcos, mas há diferenças consideráveis nos detalhes.
(a)    Marcos tem um jovem no sepulcro; Lucas traz dois homens. (Mateus tem um anjo; João, dois.) Isso não são necessariamente contradições. As roupas que brilhavam como a luz do sol, em Lucas, sugerem seres sobrenaturais (conforme 9.29). A diferença entre um anjo ou dois pode ser devida simplesmente ao fato de que dois estavam presentes, mas somente um falou. De todo modo, as descrições que temos são expressões em palavras humanas de um fenômeno que transcendia em muito a experiência humana.

A verdade, porém, da história do sepulcro vazio não depende da nossa habilidade de conceber um esquema satisfatório de harmonização, mas está no efeito tremendo que o evento teve sobre os discípulos e sobre a história subseqüente.
(b)    A lista dos nomes das mulheres nos dois evangelhos são ligeiramente diferentes.
Mas nenhuma delas é necessariamente completa.
(c)    Lucas omite o recado registrado por Marcos de que Pedro e os discípulos devem se encontrar com Jesus na Galiléia. As aparições pós-ressurreição registradas por Lucas ocorrem todas na Judeia, mas os discípulos são lembrados do ensino que ele lhes deu na Galiléia.
(d)    Em Marcos, as mulheres ficaram tão assustadas pelos eventos no túmulo que não conseguiram passar a mensagem aos discípulos. Em Lucas, por outro lado, elas vão aos discípulos e relatam tudo que aconteceu, embora não haja de fato nenhum comunicado para um reencontro na Galiléia a ser transmitido.
A ressurreição é um dos fatos historicamente mais bem atestados da história antiga. V. uma análise clara e concisa das evidências em J. N. D. Anderson, The Evidence for the Ressurection (London, 1950).

v. 4. De repente, dois homens: Conforme a transfiguração (Lc 9:39) e a ascensão (At 1:10).


2) A caminhada para Emaús (24:13-25)

Mais tarde, no mesmo dia, dois discípulos caminham para Emaús, conversando com tristeza acerca dos eventos dos últimos dias, quando um estranho não reconhecido os alcança e se junta a eles na sua conversa. Ele começa pedindo informação, mas logo eles ouvem da boca dele uma exposição detalhada e profunda das profecias messiânicas, com destaque especial para o tema da necessidade dos sofrimentos de Cristo. Ao chegarem ao seu destino, eles o convidam a aceitar sua hospitalidade. Logo os papéis são invertidos novamente: o seu Visitante parece se tornar seu Anfitrião, pois, sentado à cabeceira da mesa, parte o pão como eles o viram fazer anteriormente, talvez quando multiplicou o pão para Dn 5:0, mas o nome era muito comum, e não podemos ter certeza disso. Aliás, Cleopas e Clopas podem ser nomes bem diferentes, sendo Clopas talvez a forma helenizada do nome aramaico helenizado em outros textos como Alfeu.


3)    Na sala do andar superior (24:36-49)

Enquanto eles estão tendo essa fantástica troca de experiências, ele aparece novamente. Apesar dessas coisas maravilhosas, ficam paralisados de temor, pois parece que foram pegos de surpresa: Eles ficaram assustados e com medo, pensando que estavam vendo um espírito. Ele os convida a tocá-lo e come na presença deles da comida que estão comendo. Ele repete resumidamente a lição da estrada de Emaús e os comissiona a pregar o arrependimento para perdão dos pecados a todas as nações.


4)    A ascensão (24:50-52)

A história chega ao seu final. Seis semanas após a ressurreição (é o próprio Lucas que nos dá a extensão do intervalo, At 1:3), Jesus leva os seus discípulos para Betânia, onde, levantando as suas mãos com bênção, ele é separado deles. O modo da partida não parece estar registrado em Lucas; as palavras e foi elevado aos céus (NVI) não têm apoio textual muito consistente. Mais uma vez, para ver os detalhes precisamos consultar o outro livro de Lucas: At 1:9 nos conta que “uma nuvem o encobriu à vista deles”, a nuvem que é o símbolo da presença de Deus, a nuvem da qual Deus tinha falado no monte da Transfiguração.

No que Lucas insiste é que, privados novamente do seu amado Mestre apenas seis semanas após a sua reaparição na vida ressur-reta, dessa vez eles não estão nem deprimidos nem abatidos, mas extremamente felizes: eles o adoraram e voltaram para Jerusalém com grande alegria. E permaneciam constantemente no templo, louvando a Deus.

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Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Lucas Capítulo 24 do versículo 1 até o 53

Lucas 24

VII. A Ressurreição. Lc 24:1-53.

A narrativa de Lucas da Ressurreição difere das outras narrativas no conteúdo, embora concorde com eles nos fatos essenciais. Todos os escritores mencionam a visita das mulheres à sepultura; mas o aparecimento do Senhor aos discípulos a caminho de Emaús só é contado por Lucas. Ele fornece três episódios principais da Ressurreição: a anunciação às mulheres, a caminhada para Emaús, e o aparecimento no cenáculo. Ele conclui o Evangelho com a ascensão em Betânia.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Lucas Capítulo 24 do versículo 44 até o 53
j) As instruções de despedida (Lc 24:44-42 e Jo 15:26). Os profetas do Velho Testamento também predisseram o derramamento do Espírito Santo (Is 44:3; Os 2:28). Sendo elevado para o céu (51). Lá o seu entronamento teve lugar à mão direita de Deus (At 2:33; He 1:3). Ele sentou-Se no centro do poder derradeiro, a fim de que também pudesse administrar a redenção que Ele havia cumprido.

J. McNicol.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Lucas Capítulo 24 do versículo 1 até o 53

134. A Ressurreição de Jesus Cristo (Lucas 24:1-12)

Mas no primeiro dia da semana, bem de madrugada, eles foram ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. E acharam a pedra revolvida do sepulcro, mas quando entraram, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Enquanto eles estavam perplexos sobre isso, eis que dois homens, de repente ficou perto deles em vestes resplandecentes; e como as mulheres estavam aterrorizados e abaixando o rosto para o chão, os homens disseram-lhes: "Por que buscais o Vivente entre os mortos? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembre-se de como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscitará. "E se lembravam de suas palavras, e desistiram de o túmulo, anunciaram todas estas coisas aos onze ea todos os demais. E eram Maria Madalena, e Joana e Maria, mãe de Tiago; também as outras que com elas estavam dizendo estas coisas aos apóstolos. Mas essas palavras lhes apareceu como um disparate, e que não iria acreditar neles. Mas Pedro levantou-se e correu ao sepulcro; abaixando-se, viu somente os panos de linho; e ele foi embora para sua casa, maravilhado com o que tinha acontecido. (24: 1-12)

A ressurreição do Senhor Jesus Cristo é o acontecimento mais importante da história. Central de plano redentor de Deus e da fundação do evangelho, a ressurreição é a verdade essencial para além do qual não há cristianismo. Paulo ser franco em 1Co 15:17: "Se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é inútil; você ainda estais nos vossos pecados "A ressurreição não é o epílogo da história da vida de Cristo.; é a sua triunfante meta, objetivo e Proposito.

A Igreja sempre entendeu a importância da ressurreição. Ao longo de sua história tem se reuniu no domingo, em comemoração Jesus subindo. A igreja não atende na sexta-feira, porque a Páscoa é a interpretação e validação de Sexta-feira Santa. A ressurreição é a vindicação divina do trabalho que Jesus fez na cruz. Além da ressurreição da cruz não significa nada. Quando Deus ressuscitou Jesus dos mortos, Ele afirmou que Ele havia de fato suportados nossos pecados em Seu próprio corpo na cruz (1Pe 2:24), e, assim, propiciou ou satisfez a justiça de Deus (Rm 4:25).

A ressurreição vindica a esperança do evangelho. A boa notícia da salvação não é apenas que os crentes possam experimentar o perdão do pecado, mas sim que tenha sido perdoado, eles vão viver para sempre na felicidade do céu em corpos glorificados, físicas, ressuscitados. A mensagem do evangelho não é que as pessoas podem ser entregues a partir de seus problemas nesta vida. Também não prometer que vai viver no sentido da sua contínua influência, ou que Cristo se limita vive em sua contínua influência, ou de alguma forma espiritual nebuloso. A mensagem cristã é que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos em um corpo glorificado, físico, e que os crentes um dia vai subir com um corpo como o Seu corpo glorificado (1Jo 3:2).

A ressurreição para a vida que vem pela ressurreição de Cristo (Jo 14:19; Rm 4:25; 1 Cor. 15: 20-23; 1 Pedro 1:. 1Pe 1:3; 1Pe 3:21) tem sido a esperança do povo de Deus em todo história redentora (14:14; 19: 25-26; Dn 12:2), e o tema da pregação apostólica e ensino. No Dia de Pentecostes, no primeiro sermão cristão, disse Pedro de Jesus, "Deus ressuscitou novamente, pondo fim à agonia da morte, uma vez que era impossível para ele, a ser realizada em seu poder" (At 2:24)

Na sinagoga de Antioquia da Pisídia Paulo proclamou,

Para aqueles que vivem em Jerusalém e as suas autoridades, reconhecendo nem Ele nem as declarações dos profetas que se lêem todos os sábados, cumpridas estas condenando-O. E embora eles não encontraram nenhum motivo para colocá-Lo à morte, pediram a Pilatos que ele seja executado. Quando tinham realizado tudo o que foi escrito a respeito dele, tirando-o da cruz e deitou-o numa tumba. Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos. (13 27:44-13:30'>Atos 13:27-30)

Paulo declarou aos filósofos pagãos no Areópago de Atenas que Deus "tenha fixado um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um homem que ele designou, tendo equipado prova a todos, ressuscitando-o dos mortos" (At 17:31). Ele escreveu aos Romanos: "Portanto, fomos sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida" (Rm 6:4.); e aos Efésios, "[Deus] levantou [Cristo] dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais" (Ef 1:20). Pedro abriu sua primeira epístola, dizendo: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia nos fez nascer de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos" (1Pe 1:3; 10: 33-34). O povo judeu não tinha nomes para os dias da semana, mas numerados-los em relação ao sábado, o sétimo dia da semana. O primeiro dia, por isso, era domingo, um dia depois do sábado. O sábado que o corpo de Jesus estava no túmulo foi o último oficial sábado (Colossenses 2:16-17); a igreja, como observado anteriormente, reúne-se no domingo, em homenagem e lembrança da ressurreição do Senhor (At 20:7).

As mulheres foram ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado na sexta-feira, depois de ver José e Nicodemos preparar o corpo de Jesus e, em seguida, colocá-lo no túmulo (Lucas 23:55-56). Eles pretendiam retornar após o sábado para terminar de preparar o corpo do Senhor para o enterro. Lucas observa que eles chegaram de madrugada; Mateus ", uma vez que começou a nascer" (Mt 28:1).

Enquanto isso, as outras mulheres chegaram ao túmulo, onde, para seu espanto, eles inesperAdãoente encontraram a pedra do sepulcro. A pedra era demasiado pesado para eles para manobrar, e as mulheres tinham discutido o problema de como movê-lo, enquanto em seu caminho para o túmulo (Mc 16:3), quando foram para casa observando o sábado. Os guardas, aterrorizados pelo terremoto e a aparência dos anjos, tinha sido inconsciente (Mt 28:4). Os soldados sabiam o túmulo estava vazio, ou eles ainda estariam lá guardando-a. Os líderes judeus sabiam que o túmulo estava vazio, ou eles não teria inventado uma história falsa para explicar por que ele estava vazio. Maria sabia que o túmulo estava vazio, ou ela não teria relatado a Pedro e João que era. Pedro e João também soube em primeira mão que o corpo de Jesus não estava no túmulo. Não há explicação para o túmulo vazio outras que ele estava vazio porque Jesus tinha ressuscitado dos mortos.

OS MENSAGEIROS ANGELICALAIS

Enquanto eles estavam perplexos sobre isso, eis que dois homens, de repente ficou perto deles em vestes resplandecentes; e como as mulheres estavam aterrorizados e abaixando o rosto para o chão, os homens disseram-lhes: "Por que buscais o Vivente entre os mortos? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembre-se de como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite "(24: 4-7).

As mulheres estavam dentro ou do lado de fora do túmulo, chocado e perplexo , porque o corpo de Jesus foi embora. De repente, eles deixou de ser confundido a ser aterrorizado. Enquanto ali se encontravam, à luz da madrugada tentando descobrir o que poderia ter acontecido com o cadáver, dois homens, de repente ficou perto deles em vestes resplandecentes. Mateus (28:
2) e João (20:
12) identificá-los como anjos, aparecendo em forma humana (conforme Gn 18:2; Dn 10:16.). Embora houvesse dois deles (talvez como testemunhas; conforme Dt 19:15.), Apenas um raio. Da mesma forma, embora houvesse dois homens possuídos por demônios em Gerasa (Mt 8:28.), Apenas um raio (Mc 5:2; Lucas 8:27-28), e enquanto houve dois cegos curados na estrada perto de Jericó (Mt 20:30), Marcos (10:
46) e Lucas (18:
35) mencionar apenas o que falou. Sua roupa deslumbrante (conforme Mt 17:2; Ap 19:14; Lc 2:9; Dn 10:9; Atos 10:3— 4; Ap 22:8), aquele sobre quem a morte não é mais mestre (Rm 6:9entre os mortos? " Esta questão Angelicalal é o primeiro D.C que Jesus estava vivo. Os anjos passou a dizer, "Ele não está aqui, mas ressuscitou" (lit., "foi levantada", o verbo grego está na voz passiva [conforme At 2:24, At 2:32; At 3:15, At 3:26 ; At 4:10; At 5:30; At 10:40; At 13:30, At 13:33, At 13:34, At 13:37; Rom. 4: 24-25; Rm 6:4; Rm 7:4, Rm 8:34; Rm 10:9; 15:. 1Co 15:4, 12-20; 2Co 4:142Co 4:14; Gl 1:1; Ef 1:20; Cl 2:12; 1Ts 1:101Ts 1:10; 1Pe 1:211Pe 1:21]). "Lembre-se de como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite" (Mt 16:21; 17: 22-23; 20: 17-19; Mt 26:2). Uma vez que Jesus havia predito Sua ressurreição, eles deveriam ter sido esperando por isso. Mas, obviamente, não fez, uma vez que eles trouxeram especiarias com que a ungir Seu corpo morto.

O TESTEMUNHO DO MULHERES

E lembraram-se as suas palavras, e, voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e para todo o resto. E eram Maria Madalena, e Joana e Maria, mãe de Tiago;também as outras que com elas estavam dizendo estas coisas aos apóstolos. (24: 8-10)

Depois de lembrete dos anjos, as mulheres se lembrou as palavras que Jesus falou a respeito de sua ascensão. Quando saíram do túmulo para relatar todas estas coisas aos onze e para todo o resto, a magnitude do que eles tinham acabado de experimentar e ouviu amanheceu sobre eles, e "eles deixaram o túmulo rapidamente com medo e grande alegria e correu para denunciá-lo aos seus discípulos "(Mt 28:8). Quando o resto das mulheres voltaram, eles confirmaram relatório de Maria que o túmulo estava vazio, e também preencheu os detalhes que ela desconhecia. Maria não olhou para dentro do túmulo, e não ver nem as roupas da sepultura ou os anjos. As outras mulheres relataram as palavras dos anjos para os nove apóstolos (Pedro e João ainda não tinha retornado) que o Senhor tinha de fato ressurgiu, como ele havia dito que faria.Eles também relacionada seu encontro com o Senhor ressuscitado, a quem havia conhecido no caminho de volta do túmulo (Mat. 28: 9-10).

Que o Cristo ressuscitado apareceu pela primeira vez para as mulheres as mulheres elevadas, que ocupavam uma posição inferior na sociedade judaica. Foi um testemunho de seu amor, devoção e coragem.Eles haviam testemunhado Sua morte no Calvário e Seu sepultamento, e que tinham visto o sepulcro vazio. João é o único discípulo gravado para ter sido na cruz, mas ele não presenciou o sepultamento;José e Nicodemos enterrado o corpo do Senhor, mas eles não viram o túmulo vazio. Agora, com sua aparência para as mulheres, a prova estava completa, e só as mulheres foram testemunhas oculares toda a seqüência de eventos. Lucas pode ter nomeado especificamente três deles, Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago, de novo à luz da exigência da lei que "no depoimento de duas ou três testemunhas, uma questão deve ser confirmada" (Dt 19:15) .

À primeira vista, Maria Madalena parece fora de lugar no grupo de testemunhas oculares. De acordo com João 20:1-2, que tinha visto que o corpo do Senhor não estava no túmulo, chegaram à conclusão errônea de que os ladrões de túmulos tinha tomado, e correu de volta para relatar a sua conclusão a Pedro e João. Assim, ela não estava no túmulo com as outras mulheres.

Mas sua história não termina aí. Em algum momento, ela decidiu voltar para o túmulo. Jo 20:11 encontra-la "do lado de fora do túmulo chorando e ... enquanto ela chorava, ela inclinou-se e olhou para dentro do túmulo." Desta vez, como as outras mulheres tinham, ela viu os dois anjos sentados no interior (12 v.) . Perguntaram-lhe: "Mulher, por que choras?" E, ainda agarrados à crença de que ladrões tinham roubado o corpo de Cristo, "Ela disse-lhes:" Porque levaram o meu Senhor, e eu não sei de onde eles Ele lançaram '"(v. 13). Nesse ponto, seja porque ela sentiu alguém atrás dela ou os anjos gesticulou ", ela se virou e viu Jesus, de pé, e não sabia que era Jesus" (v. 14). Ele, também, perguntou por que ela estava chorando, e, em seguida, a quem ela estava procurando (v. 15). Pulando para outro conclusão errônea ", julgando que fosse o jardineiro, ela disse-lhe: 'Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei'" (v. 15) . Em seguida, com uma única palavra, Jesus revelou a ela: "Maria!" (V. 16). Imediatamente toda a sua confusão, dúvida e dor desapareceu, como ela reconheceu o Senhor. Superados com alegria e alívio, Maria o chamava de "Raboni!" (Uma forma reforçada da palavra "Rabi", usado aqui para expressar suprema honra e reverência a seu amado Mestre) e se agarrou a ele. Ele advertiu-lhe para não se apegar a ele, pois ele ainda não tinha subido ao Pai, e mandou-a de volta para informar os discípulos que Ele era para subir a Ele (v. 17).

Com alegria atônita, ela correu de volta para os discípulos, anunciou-lhes: "Eu vi o Senhor", e deu-lhes a Sua mensagem (v. 18). Desde que ela tinha a mesma experiência que as outras mulheres de ver o Cristo ressuscitado, Lucas incluídos ela justamente com eles.

OS DISCÍPULOS DESCRENTES

Mas essas palavras lhes apareceu como um disparate, e que não iria acreditar neles. Mas Pedro levantou-se e correu ao sepulcro; abaixando-se, viu somente os panos de linho; e ele foi embora para sua casa, maravilhado com o que tinha acontecido. (24: 11-12)

Infelizmente, mas previsivelmente, os discípulos demitido testemunho das mulheres como nonsense, mera conversa fiada e loucura. Não importa o que as histórias das mulheres eram idênticos, indicando que tudo que viram e experimentaram a mesma realidade. Não importa o que sua história tinha de coesão, foi consistente, e forneceu detalhes para os quais não havia outra explicação plausível. Os discípulos pensaram que a coisa toda era absurdo, e que não iria acreditar neles (conforme Lucas 24:23-25).

Então Lucas adicionado como visita uma nota lado de Pedro para o túmulo com João, que aconteceu antes que as outras mulheres e Maria Madalena voltou. Junto com João, Pedro levantou-se e correu para o túmulo após o relatório inicial de Maria Madalena. João outran ele e chegou lá primeiro, mas não ir para dentro. Pedro chegou e, abaixando-se (Jo 20:6 , A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, de 2008], 376)

Também não é plausível que as mulheres erroneamente foram ao túmulo errado, uma vez que tinha visto onde José de Arimatéia e Nicodemos enterrado o corpo do Senhor. E se tivessem, os líderes judeus e os romanos sabiam onde o correto era. Por que alguém não simplesmente ir para o túmulo certo e recuperar o corpo? Da mesma forma, se o corpo de Jesus não foi enterrado, mas jogado em um poço, por que alguém não ir e recuperá-lo? Se o corpo de Cristo havia sido jogado em um poço, isso significaria que a história de José de Arimatéia e Nicodemos enterrá-lo era falsa. Nesse caso, os dois certamente teria desmascarado ele.
As numerosas aparições Jesus feitas após a ressurreição fornecer a prova mais convincente da sua ressurreição:

Escritura registra aparências, pelo menos, dez distintos de Cristo entre a ressurreição ea ascensão: a Maria Madalena (João 20:11-18), a outras mulheres que estavam no túmulo (Mat. 28: 8-10), a dois discípulos na estrada de Emaús (13 42:24-32'>Lc 24:13-32), a Pedro (Lc 24:34), a dez dos onze apóstolos restantes, Tomé estar ausente (Lucas 24:36-43; João 20:19-25), a todos os onze apóstolos, com presente Tomé (João 20:26-31), a sete dos Apóstolos, na costa do Mar da Galiléia (João 21:1-25), a mais de 500 discípulos, provavelmente em uma montanha em Galiléia (1Co 15:7). Além disso, o Cristo ressuscitado mais tarde apareceu a Saulo de Tarso na estrada de Damasco (Atos 9:1-9), e várias ocasiões subsequentes (At 18:9; At 23:11). ( João 12 -21 , 376)

Como observado na discussão do versículo seis acima, o Novo Testamento afirma repetidamente que Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos. Para negar a ressurreição, portanto, não é apenas a rejeitar os fatos históricos atraentes, mas também para negar o testemunho do Novo Testamento. Mas, se a ressurreição teve lugar como a esmagadora evidência indica, então a Bíblia é verdade, Jesus é o Senhor, e cada pessoa é responsável a Ele (conforme Fl 2: 10-11.).

Não é suficiente apenas para sentir que o cristianismo é verdadeiro, ou mesmo aceitar intelectualmente que ele é. Sentimentos remover barreiras emocionais para vivenciar o Cristo ressuscitado; fatos remover os intelectuais. Mas nem por si só é suficiente para salvar. Só a fé na ressurreição, "[confessar] com a sua boca que Jesus é Senhor e [acreditar] em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos", resultará em salvação ", para com o coração se crê para a justiça , e com a boca se confessa a respeito da salvação "(Rom. 10: 9-10).

 

135. Cristo: O grande Expositor (13 42:24-32'>Lucas 24:13-32)

E eis que dois deles estavam indo nesse mesmo dia para uma aldeia chamada Emaús, que foi cerca de sete quilômetros de Jerusalém. E eles estavam falando uns com os outros sobre todas estas coisas que tinham acontecido. Enquanto eles conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a viajar com eles. Mas os olhos deles foram impedidos de reconhecê-Lo. E disse-lhes: "O que são essas palavras que você está trocando uns com os outros como você está andando?" E eles ficaram parados, olhando triste. Um deles, chamado Cléofas, respondeu, e disse-lhe: "Você é o único visitar Jerusalém e desconhecem as coisas que aconteceram aqui nestes dias?" E ele disse-lhes: "Que coisas?" E eles disseram— Ele ", As coisas sobre Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo, e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para a sentença de morte, e crucificaram. E nós esperávamos que fosse ele quem havia de remir Israel. De fato, além de tudo isso, é o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram. Mas também algumas mulheres dentre nós nos surpreendeu. Quando eles estavam no túmulo no início da manhã, e não encontrou o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que disse que ele estava vivo. Alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro e encontraram tudo exatamente como as mulheres haviam dito; ele, porém, não viu. "E disse-lhes:" Ó néscios e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram! Não era necessário que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? »E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. E eles se aproximaram da aldeia para onde iam, e ele fez como quem ia para mais longe. Mas eles insistiram com ele, dizendo: "Fica conosco, pois está ficando tarde, e o dia é agora quase no fim." Então ele entrou para ficar com eles. Quando Ele reclinou-se à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, e quebrá-lo, Ele começou a dar-lhes. Em seguida, seus olhos se abriram e eles o reconheceram; e Ele desapareceu da vista deles. Eles disseram uns aos outros: "Não se nos abrasava o coração dentro de nós enquanto Ele nos falava na estrada, enquanto Ele estava explicando as Escrituras?" (24: 13-32)

A realidade mais importante no mundo é a verdade de Deus. A Palavra de Deus é a palavra da verdade (Sl 119:43; Jo 17:17; 2 Cor. 6:. 2Co 6:7; Ef 1:13; Cl 1:1; 2Tm 2:152Tm 2:15, Jc 1:18), que é tentado (Sl 18:30), vertical (Sl 33:4:. Sl 119:89), uma lâmpada para os pés e luz para o caminho (Sl 119:1:. Sl 119:105), puro (Sl 119:1:... Sl 119:140), a fonte de recompensa (Pv 13:13), bom (Pv 16:20), uma bênção (Lc 11:28), a santificação (Jo 17:17).

Somente aqueles que entendem a Bíblia pode saber a verdade sobre a salvação do pecado e da condenação eterna no inferno; apenas aqueles que obedecem a verdade bíblica pode viver cumprida, abençoado, vidas obedientes, eficazes, alegre. Para compreender a Escritura é para entender tudo da perspectiva de Deus, que é a única verdadeira visão. Todos os propósitos de Deus para a humanidade e todos os Seus propósitos em tempo e na eternidade pode ser conhecido somente para aqueles que entendem a Bíblia. Portanto, o maior serviço que pode jamais ser prestado a ninguém é explicar-lhes o significado das Escrituras.
Em nenhum lugar é o fato mais do que muito bem ilustrada nesta passagem. Neste Sua primeira aparição pós-ressurreição no evangelho de Lucas, Jesus confrontou dois dos seus seguidores que eram ignorantes, cheios de dúvida, e confuso. Não é que eles não acreditam que a Escritura, mas que o seu entendimento de que era deficiente e um conhecimento deficiente da Escritura é insuficiente e perigoso.Portanto, Jesus abriu a Escritura do Antigo Testamento para eles e dissipou as trevas e confusão a respeito dele com a luz da verdade. A história deste encontro pode ser visto a partir de três perspectivas: a necessidade de entendimento, a fonte de compreensão, e que a resposta para a compreensão.

A NECESSIDADE DE COMPREENSÃO

E eis que dois deles estavam indo nesse mesmo dia para uma aldeia chamada Emaús, que foi cerca de sete quilômetros de Jerusalém. E eles estavam falando uns com os outros sobre todas estas coisas que tinham acontecido. Enquanto eles conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a viajar com eles. Mas os olhos deles foram impedidos de reconhecê-Lo. E disse-lhes: "O que são essas palavras que você está trocando uns com os outros como você está andando?" E eles ficaram parados, olhando triste. Um deles, chamado Cléofas, respondeu, e disse-lhe: "Você é o único visitar Jerusalém e desconhecem as coisas que aconteceram aqui nestes dias?" E ele disse-lhes: "Que coisas?" E eles disseram— Ele ", As coisas sobre Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo, e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para a sentença de morte, e crucificaram. E nós esperávamos que fosse ele quem havia de remir Israel. De fato, além de tudo isso, é o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram. Mas também algumas mulheres dentre nós nos surpreendeu. Quando eles estavam no túmulo no início da manhã, e não encontrou o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que disse que ele estava vivo. Alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro e encontraram tudo exatamente como as mulheres haviam dito; ele, porém, não vê "(24: 13-24).

Como faz vinte e seis vezes no Evangelho de Lucas (e oito vezes em Atos), a frase kai idou ( e eis ) introduz algo novo e inesperado. Este encontro teve lugar no final do dia, no domingo, quando a noite se aproximava (v. 29). Dois discípulos de Jesus, alguns do restante dos seguidores de Jesus que não eram apóstolos (24: 9), estavam indo para casa que muito dia para uma aldeia chamada Emaús. Nada se sabe ao certo sobre Emmaus, que aparece em nenhum outro lugar nas Escrituras. Tradição identifica com a aldeia de Kubeibeh, sete milhas a noroeste de Jerusalém.

À medida que se arrastou ao longo da estrada poeirenta, os dois homens foram heartsick, devastada, e totalmente confusa. Todas as suas esperanças e sonhos a respeito de Jesus tinha sido frustradas. Davi Gooding resume o seu dilema:
Morte e ressurreição não fazia parte do seu conceito de escritório e programa do Messias, que é por isso que eles realmente não tinha tomado em que Jesus tinha dito sobre sua morte próxima. Eles esperavam um Messias que iria quebrar a dominação imperialista dos romanos pela força das armas. Um Messias que conseguiu se permitir ser pego pelas autoridades judaicas, entregou aos romanos e crucificado antes mesmo de ter começado a organizar quaisquer operações de guerrilha, revolta popular ou Open Warfare-o uso era ele? Se o Antigo Testamento profetizou um libertador que não deve morrer, mas ser triunfante, Jesus já foi desclassificado: ele tinha morrido. Depois disso, era quase irrelevante para falar da ressurreição. ( De acordo com Lucas [Grand Rapids: Eerdmans, 1987), 351)

Como os apóstolos e os outros discípulos que tinham ouvido o testemunho das mulheres para a ressurreição, eles não acreditaram, e pensei que era um absurdo.
No caminho de volta para Emaús de Jerusalém eles estavam falando uns com os outros sobre todas estas coisas que tinham acontecido. A frase todas estas coisas engloba tudo o que tinha acontecido naquela semana em relação a Jesus. Eles teriam se lembrou da entrada triunfal na segunda-feira, quando as enormes multidões saudaram como o Messias, o Filho de Davi. Na terça-feira ele interrompido lucrativos, operações financeiras corruptas dos líderes religiosos por mais uma vez atacar as operações do templo (conforme 13 43:2-17'>Jo 2:13-17). Quarta e Quinta Ele ensinou as pessoas, frustrou as tentativas dos líderes religiosos para interceptar e desacreditá-lo e, em seguida virou o jogo sobre eles e humilhado-los em silêncio. Mas, em seguida, na noite de quinta e sexta-feira, veio o choque de sua prisão, julgamentos simulados, crucificação, morte e sepultamento. Era inimaginável e devastador que aquele em quem eles e outros haviam colocado a sua esperança tinha sido executado pelos líderes de Israel.

Enquanto eles conversavam e discutiam esses eventos desastrosos, tentando fazer sentido fora do que tinha virado seu mundo de cabeça para baixo, um estranho se juntou a eles. Isso não era incomum; a maioria das pessoas viajaram de um lugar para outro a pé e as estradas foram atravessados ​​por muitas pessoas. Mas não reconhecido para eles, era o próprio Jesus em forma ressuscitado e glorificado, que se aproximou e começou a viajar com eles. Sua aparência não era deslumbrante como os anjos (Lc 24:4 ). Os homens não foram surpreendidos pela sua aparência; Ele parecia ser apenas mais uma pessoa na estrada. Eles não sabiam quem Ele era, porque os seus olhos estavam impedidos de reconhecê-Lo até que Ele Se revelou, como era a norma após a Sua ressurreição (Mt 28:17; João 20:14-15.; Jo 21:4; 13 43:9-17'>9: 13-17), um porta-voz de Deus. Mais especificamente, ele foi o profeta de quem Moisés escreveu (Deut. 18: 18-22; conforme At 3:22), isto é, o Messias prometido. Sua descrição foi preciso, mas enigmática; Jesus era um profeta, mas mais do que um profeta. Ao contrário de todos os outros pregadores, Ele era poderoso em obras e palavras, os inúmeros milagres que realizou todo o Seu ministério demonstrou Seu poder sobre os reinos naturais e sobrenaturais, e Ele falou como nenhum homem jamais havia falado antes (Jo 7:46; conforme Mt . 7: 28-29). Sua pessoa e obras também foram agradáveis ​​aos olhos de Deus. No seu batismo "uma voz dos céus disse: 'Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt 3:17), enquanto em sua transfiguração Deus declarou: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt 17:5; Jo 7:12).

Mas, em chocante contraste com esses elogios os sumos sacerdotes e os príncipes o entregaram à condenação de morte, eo crucificaram. Mesmo que Jesus foi condenado à morte por um governador romano em um tribunal romano e crucificado pelos soldados romanos, os dois homens fizeram não mencionar os romanos, já que eles eram apenas os carrascos que realizam a vontade dos líderes judeus. E mesmo que, no final, a multidão gritou para Pilatos para crucificar Jesus, eles o fizeram porque os príncipes dos sacerdotes e governantes manipulado eles (Mt 27:20). Os elite religiosos foram os verdadeiros assassinos (conforme At 4:10; At 5:30).

A execução do Senhor Jesus tinha criado uma crise existencial e teológica para os homens, que tinham sido na esperança de que fosse ele quem havia de remir Israel. Como observado anteriormente, um Messias morto não tinha lugar no seu pensamento; eles esperavam alguém que iria libertá-los da opressão romana e estabelecer o reino prometido no Antigo Testamento. O verbo traduzido resgatar aparece somente aqui no evangelho de Lucas, embora a forma substantiva é usado em 1:68 para falar da redenção de Israel.

Todo mundo sabia que para resgatar algo exigido o pagamento de um preço (conforme Lv 27:13, Lv 27:15, Lv 27:19, Lv 27:27, Lv 27:31). Que deveria ter sido fresco em suas mentes, à luz da celebração da Páscoa finda, quando os animais foram sacrificados como o preço para o perdão. Mas, ainda que eles entenderam que a redenção necessária a morte, eles nunca foram ensinados que exigiria a morte do próprio Messias. Como resultado, eles ficaram chocados e confusos quando foi executado.

Isso foi agora no final do terceiro dia desde que essas coisas aconteceram e tiveram nenhuma evidência de que Jesus tinha ressuscitado parecia confirmar que a sua avaliação da situação infiel estava correta. Eles reconheceram a Jesus, "Algumas mulheres entre nós nos deram um susto. Quando eles estavam no túmulo no início da manhã, e não encontrou o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que disse que ele estava vivo. " Para chegar à conclusão de que Jesus não tivesse ressuscitado, eles tinham de rejeitar o testemunho claro das mulheres que ele tinha. Mesmo que Pedro e João foram ao sepulcro e encontraram tudo exatamente como as mulheres haviam dito, verificando-se que parte do seu testemunho, não foram persuadidos, presumivelmente porque os dois apóstolos não vi o Senhor ressuscitado. No entanto, se as mulheres foram comprovados de confiança em que os discípulos foram capazes de verificar, eles devem ter concluído que eles também eram dignos de confiança em o que ainda não foi verificada. Que eles não mostra o quão profundamente enraizado foi sua incapacidade de acreditar que o Messias poderia morrer e ressuscitar.

A FONTE DE ENTENDIMENTO

E disse-lhes: "Ó néscios e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram! Não era necessário que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? »E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. (24: 25-27)

Confusão e descrença Os dois discípulos "claramente definida a sua necessidade de compreender a realidade do que tinha acontecido. Eles precisavam saber não só que Jesus ressuscitou dos mortos, mas também que a Sua morte e ressurreição são características essenciais do seu messianismo. Eles precisavam entender que o que tinha acontecido era o plano de Deus para a redenção de Israel e do mundo.Perguntas do Senhor ressuscitado e suas respostas tinha colocá-lo em posição de fornecer-lhes as respostas que precisavam. Boa exposição da Escritura são configurados com perguntas.
Antes de instruir os homens, Jesus repreendeu-os primeiro por ser néscios e tardos de coração (ou seja, "sem graça", ou "estúpido") a acreditar em tudo o que os profetas disseram. A confusão resultou da sua incapacidade de entender e acreditar em tudo que o Antigo Testamento ensinou a respeito do Messias. Eles estavam certos em esperar que Ele para reinar e governar; para estabelecer o Seu reino sobre Israel e do mundo.

Mas isso foi apenas uma parte da verdade, assim como a pergunta de Jesus, "Não era necessário que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?" indica. Eles, assim como todo o povo judeu, estava procurando um Messias que vencer seus opressores, não ser morto por eles, e perdeu a verdade que Ele primeiro teve de sofrer antes de estabelecer o Seu reino. Não há desculpa para sua falta de compreensão, uma vez que o Velho Testamento era clara e compreensível. Jesus desafiou repetidamente seus adversários, "Não lestes?" (Mt 12:3; 19:. Mt 19:4; Mt 22:31; Mc 12:10), e disse que sua teologia errante resultou de uma incapacidade de compreender a Escritura (Mt 22:29).

Não há desculpa para deixar de reconhecer a necessidade de Messias de sofrer morte. Eles sabiam que o pecado deve ser pago com a morte de um substituto. Depois que Adão e Eva pecaram no jardim, Deus matou um animal para fornecer revestimentos para eles, retratando a morte de um substituto inocente para cobrir o pecado do pecador culpado (Gn 3:21). Ele aceitou o sacrifício de Abel, porque foi um sacrifício de sangue, e rejeitou a de Caim, porque não era (Gn 4:3-5). Depois do dilúvio, Noé construiu um altar e ofereceu sacrifícios (Gn 8:20). O sistema sacrificial estabelecido no Pentateuco, incluindo o Dia da Expiação e da Páscoa, envolveu a morte de incontáveis ​​milhares de animais inocentes. Era evidente, porém, que esses sacrifícios não em última análise, satisfazer a justiça de Deus, caso contrário eles não teriam sido constantemente repetida, como o escritor de Hebreus explica:

Pela lei, uma vez que tem apenas uma sombra dos bens futuros, e não a própria forma das coisas, não pode nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem de ano em ano, aperfeiçoar os que se aproximam. Caso contrário, não teriam deixado de ser oferecidos, porque os adoradores, tendo sido purificados uma vez, deixaria de ter tido consciência de pecados? (Heb. 10: 1-2)

Tendo os repreendeu por não saber o significado do ensino do Antigo Testamento sobre o sofrimento do Messias, Jesus, aquele a quem apontou que o ensino (Jo 5:39) —personally tutelado-los em uma verdadeira compreensão do mesmo. Começando com Moisés e com tudo os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. Esse ensino, sem dúvida, ter incluído coisas como a Protoevangelium (Gn 3:15); Sacrifícios de Noé e de Abel; a arca, que retrata-o como o verdadeiro arca na qual os pecadores entrar e navegar com segurança através das águas do juízo divino; o carneiro oferecido como um substituto no lugar de Isaque (Gn 22:13); os cordeiros pascais, que o retratado como o sacrifício final (Ex 12; conforme 1Co 5:71Co 5:7); os cinco principais ofertas em Levítico (queimado, grão, paz, pecado e culpa), da qual Ele é o cumprimento; o Dia da Expiação, onde Ele é retratado tanto pelo sacrifício no altar e o bode expiatório que levava o pecado; as rochas que forneciam água no deserto (Ex 17:1 Num..), o que o retratado como fonte de provisão espiritual para o seu povo (1Co 10:4; conforme At 3:22.), que era o Messias; um enforcado em uma árvore, amaldiçoado por Deus e levado para baixo antes do por do sol (Deut. 21: 22-23), e odiado sem causa (Sl 69:4; Sl 69:21; Is 50:1; Zc 11:12-13; 0:10; e, especialmente, Isa . 53); ea profecia de Daniel das setenta semanas (Dan. 9: 24-26), que previu o dia exato da Sua entrada triunfal. Jesus também teria explicado a previsão da Sua ressurreição dada no Salmo 16:8-10 (conforme 13 34:44-13:37'>Atos 13:34-37).

A RESPONSE TO UNDERSTANDING

E eles se aproximaram da aldeia para onde iam, e ele fez como quem ia para mais longe. Mas eles insistiram com ele, dizendo: "Fica conosco, pois está ficando tarde, e o dia é agora quase no fim." Então ele entrou para ficar com eles. Quando Ele reclinou-se à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, e quebrá-lo, Ele começou a dar-lhes. Em seguida, seus olhos se abriram e eles o reconheceram; e Ele desapareceu da vista deles. Eles disseram uns aos outros: "Não se nos abrasava o coração dentro de nós enquanto Ele nos falava na estrada, enquanto Ele estava explicando as Escrituras?" (24: 28-32)

Levantamento incomparável de Cristo do ensino do Antigo Testamento em relação a si mesmo, particularmente sua morte, deixou Cleopas e seu companheiro atordoado e confuso. Seus corações estavam inflamados pela Escritura explicada (v. 32), uma vez que Jesus ainda não tinha revelado a eles. Compreender o significado da Bíblia cumpre anseio mais profundo do verdadeiro crente, pois ela sustenta a fé em realidade, produzindo profunda alegria. Para conhecer a verdadeira interpretação da Escritura é conhecer a Deus e perceber como Seu plano está se desdobrando e Seu propósito soberano está sendo realizado.
Como os três homens se aproximaram da aldeia onde Cleopas e ao outro discípulo estavam indo, Jesus fez como quem ia para mais longe. Ele fez isso pela mesma razão que Ele lhes havia questionado, para provocar uma resposta que iria demonstrar o efeito das Escrituras em seus corações. E ele fez. Eles queriam mais instrução e não queria que o ensino emocionante até o fim.

Assim como Jesus começou a sair, eles fortemente instados (o verbo grego significa literalmente "a usar a força") , dizendo: "Fica conosco, pois está ficando tarde, e o dia é agora quase no fim." O convite foi não é motivada pela hospitalidade, uma vez que, agindo como se fosse mais longe, o Senhor deu a impressão de que ele tinha um lugar para ficar. O que eles queriam era mais compreensão da revelação de Deus. Para sua grande alegria Jesus obrigado e entrou para ficar com eles.

Então, no meio da conversa continua, Jesus fez algo incomum. Quando Ele reclinou-se à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, e quebrá-lo, começou a dar-lhes. Era o lugar do acolhimento de quebrar o pão e iniciar a refeição, e não o convidado de. Evidentemente, os dois homens estavam tão envolvidos com o ensino de Cristo que se esqueceram tudo sobre a alimentação. Como Jesus realizou este ato de bondade, seus olhos estavam de repente abriram e eles reconheceram. Como observado anteriormente, ninguém reconheceu a Jesus ressuscitado, a menos que Ele Se revelou a eles. Talvez a maneira familiar Ele partiu o pão e as palavras familiares Ele usados ​​para abençoar a refeição foram os meios que Jesus usou para abrir os olhos. Após ter revelado a eles, ele desapareceu da vista deles.

Em vez de se maravilhar sobre notável desaparecimento de Cristo, eles disseram uns aos outros: "Não foram os nossos corações ardentes dentro de nós enquanto Ele nos falava na estrada, enquanto Ele estava explicando as Escrituras?" O que o seu coração em chamas foi o compreensão da Escritura que havia recebido dele. A alegria de fogo, que resultou foi tão grande que eles foram imediatamente para fora no campo noite negra e voltou a Jerusalém para compartilhar com os outros o conhecimento que só eles possuíam-que o sofrimento e ressurreição de Jesus foram firmemente enraizada no Antigo Testamento. O plano de Deus estava sendo cumprida!

Quando a verdade das Escrituras fica claro, o coração é incendiado para a alegria e para o testemunho. Foi esse ardente alegria que levou Henry Martyn a exclamar: "Agora deixe-me queimar-se para Deus";Davi Brainerd para escrever em seu diário, "Oh que eu poderia ser uma chama de fogo no serviço do meu Deus!"; e João Wesley para dizer de sua conversão: "Eu senti meu coração estranhamente aquecido."

136. O Cristo Vivo dissipa todas as Doubt (Lucas 24:33-43)

E, levantando-se na mesma hora e voltaram para Jerusalém, e encontraram reunidos os onze e os que estavam com eles, dizendo: "O Senhor realmente ressuscitou e apareceu a Simão." Eles começaram a relatar suas experiências na estrada e como Ele foi reconhecido por eles no partir do pão. Enquanto eles estavam dizendo essas coisas, Ele mesmo ficou no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja com você." Mas eles estavam assustados e com medo e pensei que eles estavam vendo um espírito. E disse-lhes: "Por que estais perturbados e por que surgem dúvidas em vossos corações? Veja minhas mãos e meus pés, que sou eu mesmo; tocar-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. "E, havendo dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. Enquanto eles ainda não podia acreditar que por causa de sua alegria e espanto, Ele lhes disse: "Tendes aqui alguma coisa para comer?" Deram-lhe um pedaço de peixe assado; e Ele tomou e comeu diante deles. (24: 33-43)

Negar a ressurreição do Senhor Jesus Cristo tem sido sempre um grande tática empregada por Satanás e seus emissários em seus ataques a Deus e as Escrituras. Eles entendem que, se Ele não ressuscitou dentre os mortos, nem suas palavras, nem o restante das Escrituras pode ser acreditado. Jesus previu sua ressurreição (Mateus 12:38-40; João 2:18-22.), Assim como o Antigo Testamento (. Ps 16), e os apóstolos proclamavam. Se Jesus não ressuscitou dos mortos, do Antigo Testamento, os seus próprios créditos, e da proclamação do evangelho apostólico eram falsas, e cristianismo entra em colapso. Como Paulo escreveu à igreja de Corinto, que estava sob ataque dos falsos mestres que negavam a ressurreição,

Se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vã a vossa fé também é vã ... Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou; E, se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é inútil; você ainda estais nos vossos pecados. Em seguida, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se a nossa esperança em Cristo só nesta vida, somos de todos os homens os mais dignos de lástima. (1Co 15:14, 16-19)

Para negar a ressurreição é declarar de Deus um mentiroso, porque Ele ", declarou o [Jesus para ser] o Filho de Deus com poder, pela ressurreição dentre os mortos" (Rm 1:4; João 19:33-34). Segundo, ele foi enterrado em um túmulo por José de Arimatéia e Nicodemos (João 19:38-42), e que o enterro foi observado pelas mulheres (Lc 23:55). Seu corpo não tinha sido lançado em uma vala comum onde os criminosos foram enterrados.Em terceiro lugar, o túmulo foi encontrado vazio na manhã de domingo, por Maria Madalena (João 20:1-2), o resto das mulheres (Lucas 24:1-3), e Pedro e João (João 20:3-8). Por fim, Jesus apareceu a muitas pessoas após a Sua ressurreição: Maria Madalena, o resto das mulheres, os dois discípulos no caminho de Emaús, Pedro, os apóstolos com Tomé ausente e novamente com ele presente, quinhentos crentes de uma vez (presumivelmente em Galiléia), seu meio-irmão Tiago, em seguida, todos os apóstolos, e, finalmente, para Paulo (1 Cor. 15: 3-8). A única explicação plausível para esses fatos é que Jesus ressuscitou dos mortos.

Ainda ao longo da história tem havido céticos, fornecedores de "doutrinas de demônios" (1Tm 4:1). O centurião encarregado da execução confirmou a Pilatos que Jesus estava morto (Marcos 15:44-45). Obviamente, ele teria a certeza de que antes de fazer o seu relatório ao governador. O golpe de lança para o lado de Jesus que trouxe sangue e água também mostrou claramente que ele estava morto (Jo 19:34).

A "teoria do desmaio" também não posso explicar como Jesus, enfraquecido pela grave trauma físico de flagelação e crucificação, poderia ter sobrevivido por três dias sem comida, água e cuidados médicos.Também não explica como, em tal condição enfraquecida Ele poderia ter se libertado das roupas da sepultura em que seu corpo foi envolto (que Lázaro não consegui fazer, Jo 11:44), mudou-se a pesada pedra que selou o túmulo, vencido o desapego guarda romana, e então caminhou vários quilômetros de Emaús nos pés unha-perfurada. Mais significativamente, esta noção não pode explicar como um homem em sua condição, precisando desesperAdãoente de comida, água e tratamento de seus ferimentos, poderia ter persuadido os discípulos que Ele era o Senhor ressuscitado, vencedor da morte e sepultura. Esta teoria blasphemously transforma Jesus em um enganador e uma fraude, rejeitando o testemunho da Escritura que Ele viveu uma vida sem pecado (Lc 1:35; Lc 3:22; Jo 8:46; Jo 14:30; Jo 15:10;. 2 Cor 5 .: 2Co 5:21; He 4:15; He 7:26; 1Pe 2:221Pe 2:22).

Igualmente improvável é a "teoria da alucinação", cujos defensores sustentam que os seguidores de Jesus, abatidos pela dor e tristeza, teve alucinações de vê-lo vivo. Uma alucinação é uma experiência individual, não é um fenômeno grupo. Jesus, no entanto, apareceu a vários indivíduos e grupos em pelo menos dez ocasiões diferentes, incluindo mais de 500 pessoas ao mesmo tempo (1Co 15:6). Um outro constrangimento para esta teoria é que em pelo menos três ocasiões as pessoas supostamente tendo alucinações de Jesus não conseguiu reconhecê-Lo (13 42:24-32'>Lucas 24:13-32; Jo 20:15; Jo 21:4), os pescadores diretas para um cardume de peixes (Jo 21:6). Embora ele tenta, sem sucesso, explicar aparições da ressurreição de Cristo, a teoria da alucinação não oferece nenhuma explicação para o túmulo vazio eo corpo desaparecido.

Outros que negam a ressurreição propor que as mulheres erroneamente foram ao túmulo errado (mesmo que dois deles tinham observado o sepultamento de Jesus, Mc 15:47). Encontrá-lo vazio, saltavam à conclusão errônea de que Jesus tinha ressuscitado dos mortos. Mas, então, Pedro e João, também teria de ter ido ao túmulo errado. Certamente José de Arimatéia e Nicodemos, que enterrou Jesus, sabia em qual túmulo que havia enterrado seu corpo. Obviamente, os líderes judeus também sabia que o túmulo era o caminho certo, assim como o descolamento guarda romana eles colocaram lá. Essa teoria não tem resposta para a pergunta óbvia: por que alguém não simplesmente ir para o túmulo direita e produzir o corpo de Jesus? A teoria de que seu corpo nunca foi no túmulo, mas foi jogado em uma vala comum, tem a mesma fraqueza fatal. Teve as autoridades judaicas produziu o corpo de Jesus, quando os apóstolos começaram a pregar a ressurreição, o cristianismo teria sido morta. A existência da igreja é a prova de que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos.

Consistente com os outros evangelistas, Lucas dá relatos de testemunhas oculares de pessoas que viram o Cristo ressuscitado. Em primeiro lugar, ele relatou o encontro de dois discípulos tiveram com o Cristo ressuscitado no caminho de Jerusalém para Emaús (ver a exposição de 13 42:24-32'>Lucas 24:13-32, no capítulo anterior deste volume). Nesta secção, a história continua com a aparição de Jesus aos apóstolos e discípulos em Jerusalém. A conta contém três elementos: profissão consistente, presença de confusão, e provas convincentes.

PROFISSÃO CONSISTENTE

E, levantando-se na mesma hora e voltaram para Jerusalém, e encontraram reunidos os onze e os que estavam com eles, dizendo: "O Senhor realmente ressuscitou e apareceu a Simão." Eles começaram a relatar suas experiências na estrada e como Ele foi reconhecido por eles no partir do pão. (24: 33-35)

As provas foram crescentes de que Jesus estava vivo e tinha ressuscitado dos mortos. Maria Madalena (João 20:11-17), as outras mulheres (Mat. 28: 8-10), e Cleofas eo discípulo sem nome (13 42:24-32'>Lucas 24:13-32) tinha tudo visto, e narrativa de Lucas está prestes a se referir para mais uma aparência e descrevem ainda uma outra.

A história começa quando a seção anterior, descrevendo o aparecimento do Senhor ressuscitado para Cleopas e ao outro discípulo, parou. Depois que Jesus partiu o pão, dando início a refeição ", seus olhos se abriram e eles o reconheceram; e Ele desapareceu da vista deles "(v. 31). Sem terminar sua refeição, eles se levantaram na mesma hora e voltaram para Jerusalém. Era tarde da noite, talvez nove ou dez horas, mas a notícia que eles tinham não manteria. Eles voltou para os discípulos que conhecia e amava, a fim de trazê-los a emocionante notícia de que Jesus estava vivo. Seu relatório confirmaria o testemunho das mulheres e pôr fim ao sofrimento, tristeza, desespero e desânimo que prevaleceu entre os seguidores de Cristo, quando Ele lhes deixou.

Chegando ao local de encontro secreto em Jerusalém, eles descobriram que os onze e os que estavam com eles ainda estavam reunidos. O onze é um termo técnico para os apóstolos, assim como "os doze" tinha sido antes da deserção e morte de Judas 1scariotes (26:14 Matt; Mc 3:16; Mc 4:10; 6:. Mc 6:7; Mc 9:35; Mc 10:32; Mc 11:11; Mc 14:17, Mc 14:20; Lc 8:1; Lc 18:31; Jo 6:67, Jo 6:70, Jo 6:71; Jo 20:24) e seria novamente após Matthias foi adicionada (At 6:2), e os dois discípulos para apenas mais um companheiro de viagem na estrada de Emaús. O que levou opensamento de que eles estavam vendo um espírito não era a aparência de Cristo, mas sua entrada. Sua aparição sobrenatural no quarto foi tão surpreendente quanto seu desaparecimento abrupto da mesa de jantar em Emaús tinha sido. Uma vez que nenhum ser humano poderia de repente materializar do nada em uma sala trancada, eles entraram em pânico e pensei que eles estavam vendo um fantasma (conforme At 12:9). Corpo da ressurreição de Cristo foi capaz de se conformar com qualquer realidade, física ou espiritual. Era um corpo real, físico com carne e ossos, o que pode ser visto, falar, ser tocado, e comer, mas ele também poderia passar através das paredes. Jesus poderia estar ausente um momento e no próximo presente, em um momento de pé sobre o Monte das Oliveiras, conversando com os discípulos, e no próximo de subir ao céu. Crentes ressuscitados terão corpos como Seu corpo ressuscitado (Fp 3:20-21; 1 Jo 3:1). Tendo dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés, para que eles pudessem ver que ele tinha um corpo real, com os sinais de Sua crucificação.

Apesar do fato de que Jesus estava presente, eles ainda não podia acreditar, não por medo, mas por causa de sua alegria e espanto. Parecia bom demais para ser real, e eles foram divididos entre a esperança e ceticismo, assim como aqueles que rezavam para libertação de Pedro da prisão seria mais tarde (Atos 12:12-16).

Vendo que eles não estavam totalmente convencidos, Jesus ofereceu mais uma prova, e disse-lhes: "Tendes aqui alguma coisa para comer?" Deram-lhe um pedaço de peixe assado; e Ele tomou e comeu diante deles (conforme Gn 18:1-8). Deve-se notar que alguns céticos argumentam que a referência ao peixe assado é um erro. Eles afirmam que os peixes não estavam disponíveis em Jerusalém-apesar do fato de que um dos portões da cidade era conhecida como a porta dos peixes (Ne 3:3; Sf 1:10.), E Neemias refere-se a comerciantes de Tiro que importou peixes e vendeu-os em Jerusalém (Ne 13:16).

Desde a sua criação, no Dia de Pentecostes, mensagem triunfante da igreja tem sido a de que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos e está vivo para sempre (Atos 2:22-32; 3: 14-15, At 3:26; 4: 10-12; At 5:30; At 13:30, 13 33:44-13:37'>33-37). Erich Sauer escreve: "A mensagem da cruz é ao mesmo tempo uma mensagem da ressurreição (At 1:22; At 2:32). Nisso reside a sua invencibilidade "( O Triunfo do Crucificado [Grand Rapids: Eerdmans, 1951], 40).

A ressurreição corporal do Senhor Jesus Cristo era necessária para, pelo menos, três razões. Primeiro, ele demonstrou completa vitória de Cristo sobre o pecado. O pecado trouxe a morte espiritual ea morte física. Se Ele só venceu a morte espiritual, Ele não conquistou totalmente o pecado. Se Ele não tivesse ressuscitado corporalmente, aqueles que são Dele não subiria tanto. Nunca haveria uma restauração da terra em glória milenar.
Em segundo lugar, a ressurreição corporal de Cristo é necessário demonstrar o propósito de Deus na humanidade. Homens e mulheres foram criados para dar glória a Deus. Sua ressurreição corporal, que é dependente de Cristo, é necessário para que os homens e as mulheres de alguma forma corporal pode dar glória a Deus como eles foram originalmente destinados a fazer.
Finalmente, e mais importante, a ressurreição física de Jesus Cristo oferece a prova visível de que Deus estava satisfeito com o seu sacrifício. A fé salvadora vem quando alguém reconhece Jesus como Senhor, afirmando que Deus o ressuscitou dentre os mortos, e, assim, demonstrado Sua aprovação da obra expiatória de Cristo na cruz.
Se a história de Jesus terminou na cruz, as esperanças dos discípulos teria sido quebrada. Eles precisavam saber não só que Ele morreu, mas também que Ele ressuscitou dos mortos. A única maneira que eles sabem que é vê-lo em seu corpo ressuscitado física, visível. Se eles não tinham visto Jesus vivo dentre os mortos, eles não teriam levado a mensagem adiante. Eles nunca teria proclamado a mensagem de, um professor decepcionante mortos. Ninguém teria acreditado que o Senhor Jesus era o Redentor, Salvador, Filho de Deus, e Deus se Ele não tivesse visivelmente ressuscitou dentre os mortos, como o apóstolo Paulo escreveu:

Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou; E, se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vã a vossa fé também é vã. Além disso, estamos mesmo considerados como falsas testemunhas de Deus, porque testemunhou contra Deus, que ressuscitou a Cristo, a quem Ele não levantou, se de fato os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou; E, se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é inútil; você ainda estais nos vossos pecados. (13 46:15-17'>1 Cor. 15: 13-17)

137. A Grande Comissão: Proclamando Perdão (Lucas 24:44-49)

Agora, Ele disse-lhes: "São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco, que todas as coisas que estão escritas sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos deve ser cumprida." Então ele abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras, e Ele lhes disse: "Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia, e que o arrependimento para a remissão dos pecados seria proclamado em Seu nome para todo o nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas. E eis que eu vos envio a promessa de meu Pai; mas você deve ficar na cidade até que sejais revestidos de poder do alto "(24: 44-49).

Esta seção do evangelho de Lucas varre desde o início da revelação em Gênesis até o fim da história da redenção, vendo o mural de salvação do início ao fim. A ênfase principal das palavras do Senhor aqui é encontrado no versículo 47, onde Ele declarou que o arrependimento eo perdão dos pecados seria proclamado em Seu nome.

A passagem é o relato de Lucas da Grande Comissão (conforme Mt 28:19-20.) (. 1Tm 1:11), o mandato do Senhor para a Igreja a proclamar a verdade salvadora do "evangelho da glória do Deus bendito" . Esse mandato é para todos os crentes, em toda a história, e não apenas aqueles que ouvi o Senhor dizer estas palavras. O evangelho de Lucas termina colocando o leitor na mesma posição que os apóstolos e os discípulos; todo aquele que profere o nome de Jesus Cristo é responsável para proclamar a verdade. O bastão foi passado de geração em geração, e é nossa responsabilidade de passá-lo para a próxima geração.

Para cumprir o mandamento do Senhor de pregar o evangelho em todo o mundo é o mais abrangente, que tudo consome propósito da igreja. Tudo o resto, incluindo a compreensão e ensino a sã doutrina, adoração, comunhão, oração, buscar a santidade, e se engajar no serviço cristão, é importante e benéfico. Mas para fazer todas essas coisas e não proclamar o evangelho é rejeitar a Proposito para a qual existem esses elementos. Eles não são o objetivo, mas sim o meio para realizar o objetivo de proclamar o evangelho e undergirding que o anúncio com as vidas de credibilidade e integridade.

Mas, enquanto os crentes são responsáveis ​​por evangelizar os perdidos, Deus é o único que, em última análise procura-los. Do jardim, onde Deus chamou Adão após a queda (Gn 3:9, Deus tem procurado. O fim da história humana são os homens e as mulheres redentoras de Deus para trazê-los à glória como uma noiva para seu Filho, a quem irão servir, honra e louvor para sempre.

Em sua conclusão, o evangelho de Lucas comprova o que afirmou no início. O anjo declarou a Maria que o filho que ela daria à luz seria o Filho de Deus (1:35). A vida de Jesus, milagres, poder sobre os demônios, ensino e ressurreição demonstrou que era. Zacarias, o pai de João Batista, deu uma profecia inspirado pelo Espírito no qual ele declarou que o Messias iria realizar a redenção para o seu povo através do perdão dos seus pecados (1:77). Jesus Cristo veio, sofreu, morreu, ressuscitou ao terceiro dia, e desde que o perdão para todos os que crêem nEle.
Esta penúltima secção do Evangelho de Lucas, que inicia a história da proclamação do evangelho, apresenta sete elementos do mandato evangelho dado à igreja. É bíblico como a sua fundação, histórico como para a sua realização, de transformação da respectiva oferta, cristológico como a sua apropriação, global quanto à sua medida, pessoal quanto à sua agência, e sobrenatural quanto ao seu poder.

O EVANGELHO É BÍBLICO COMO A SUA FUNDAÇÃO

Agora, Ele disse-lhes: "São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco, que todas as coisas que estão escritas sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos deve ser cumprida." Então ele abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras, (24: 44-45)

Como observado nos capítulos anteriores deste volume, o povo judeu esperava o Messias para ser um conquistador triunfante, não aquele que iria sofrer e morrer. Para pregar o evangelho para eles, os discípulos teriam de convencê-los a partir do Antigo Testamento, tanto que Jesus era o Messias e que o Messias tinha de morrer.
Mas eles eram lamentavelmente despreparados para essa tarefa. Eles demonstraram uma falta de compreensão do Antigo Testamento e falhou miseravelmente para compreender mais do que Jesus disse para eles. Isso era verdade, mesmo quando ele disse isso a eles em termos simples simples e claras. Os discípulos tinham sido sujeitas todas as suas vidas a uma inadequada, se não completamente falsa, a interpretação do Antigo Testamento por seus rabinos. Como resultado, eles não estavam em posição de interpretar corretamente o Velho Testamento e precisava de alguém para instruí-los corretamente. Eles precisavam de uma correção total de sua teologia e hermenêutica, bem como uma compreensão clara de que o cristianismo não era um repúdio do judaísmo do Velho Testamento, mas o cumprimento do mesmo.

Apesar de o ensino de Cristo repetido sobre o tema da sua morte e ressurreição (conforme Lc 9:22, 44-45; Lc 18:31, Lc 18:34; 24: 6-8), os discípulos ainda não compreendeu a verdade. Ele, portanto, lembrou-lhes Suaspalavras que Ele falou para eles , enquanto ele ainda estava com eles durante Seu ministério terreno, que todas as coisas que estão escritas sobre Ele na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos (a tríplice divisão do Antigo Testamento ) deve ser cumprida. Aqueles eram verdades do Velho Testamento sobre o Messias que os discípulos teriam de acreditar sinceramente se fossem para convencer o povo judeu que Jesus era o Messias. A Lei de Moisés era o Pentateuco (Gênesis a Deuteronômio); os Profetas incluía tanto os antigos profetas (os livros históricos, começando com Josué) e os profetas posteriores (os grandes profetas, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e Lamentações, e os profetas menores; Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias); o Salmos representou a literatura de sabedoria (Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos).

Seu evangelismo era para ser baseada na Bíblia, então eles precisavam de compreensão clara das Escrituras relacionadas com Cristo. O Antigo Testamento prometeu o Messias viria através da linha de Abraão (Gn. 12: 1-3; conforme Gl 3:16), da tribo de Judá (Gn 49:10; conforme Ap 5:5 previu que Ele nasceria de uma virgem; Mq 5:2.); Ele seria crucificado (Sl 22). E perfurado (Zc 0:10.); Sua morte seria vicário (Isaías 53.), E Ele iria ressuscitar dos mortos (Is 53:10; Sl. 16: 8-11.). O Cristo da história do evangelho não inventou a si mesmo, nem é a invenção de algumas pessoas no primeiro século. Ele é o cumprimento da profecia divina inconfundível.

Jesus abriu o entendimento para compreenderem essas Escrituras e muitas outras profecias que se cumpriram em sua primeira vinda. Como ele já havia feito para os dois discípulos no caminho de Emaús, Ele lhes deu uma interpretação arrebatadora messiânica do Antigo Testamento. Os discípulos, pela primeira vez compreendi o significado messiânico das profecias do Antigo Testamento e os usou imediatamente em sua própria interpretação dos eventos (Atos 1:15-20), bem como a sua pregação e evangelismo. Em seu sermão no Dia de Pentecostes, Pedro citou Joel 2:28-32 e Salmo 16:8-11, entre outros (Atos 2:14-36; conforme 4: 23-26). Dirigindo-se ao Sinédrio, Pedro citou o Sl 118:22). Ambos Estêvão (Atos 7) e Filipe (Atos 8:26-35) empregados recursos deslumbrantes sobre o Antigo Testamento em seu evangelismo, como fez o apóstolo Paulo (13 16:44-13:41'>Atos 13:16-41; 17: 1-3; 28: 25— 27). Os discípulos, sem dúvida, experimentou a mesma agitação apaixonada de seus corações como fizeram os dois de Emaús (Lc 24:32) e estavam ansiosos para proclamar as Escrituras e sua realização como Ele lhes havia ensinado. Mas ainda não. Jesus instruiu-os a esperar em Jerusalém até que o Espírito Santo veio para capacitá-los para essa tarefa (Lc 24:49; Atos 1:4-5, At 1:8).

O EVANGELHO É HISTÓRICO COMO A SUA REALIZAÇÃO

e Ele lhes disse: "Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia, (24:46)

Foi escrito no Antigo Testamento que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia, e é exatamente isso o que aconteceu. A ressurreição não era mitológico ou lendário; não era uma idéia mística ou espiritual, mas um evento que aconteceu em reais, a história do espaço-tempo (conforme 1 Cor 15: 3-8.). Na verdade, não há melhor atestada fato ou evento na história antiga do que a ressurreição de Jesus Cristo.

O EVANGELHO É TRANSFORMADORA DA RESPECTIVA OFERTA

e que o arrependimento para a remissão dos pecados seria proclamado (24: 47a)

A provisão graciosa, eterna do evangelho é o perdão dos pecados comprados pelo sacrifício de Cristo na cruz e confirmado por sua ressurreição (Rm 4:25). O perdão é um tema constante no evangelho de Lucas. Zacarias profetizou que Deus iria "dar a seu povo o conhecimento da salvação pela remissão dos seus pecados" (Lc 1:77). O ministério de João Batista envolvidos "pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados" (3: 3). Jesus disse a um paralítico: "Homem, os seus pecados estão perdoados" (5:
20) e uma mulher pecadora: "Seus pecados foram perdoados" (07:48). Ele comandou os crentes a orar: "Perdoa-nos os nossos pecados" (11: 4), e enquanto estava na cruz orou: "Pai, perdoa-lhes" (23:34).

Os apóstolos entenderam a importância do perdão e proclamou-lo. No dia de Pentecostes, Pedro disse à multidão: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados" (At 2:38). Mais tarde, ele declarou ao Sinédrio, "O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, pendurando-o numa cruz. Ele é o único a quem Deus exaltou a Sua mão direita como Príncipe e Salvador, para conceder a Israel o arrependimento e perdão dos pecados "(At 5:30). Ele disse para os que estavam reunidos na casa de Cornélio, "Da [Jesus] todos os profetas dão testemunho de que em Seu nome todos os que nele crê recebe o perdão dos pecados" (At 10:43). Paulo disse que estão reunidos na sinagoga de Antioquia da Pisídia, "Portanto, saiba-se-vos, irmãos, que, por meio [Cristo] perdão dos pecados é anunciada a vós" (13:38).

O perdão dos pecados está disponível apenas para aqueles que se arrependem. Arrependimento é o acto fundacional bíblica, espiritual, que move o coração na direção da salvação. Ele está se transformando de presença do pecado, poder, domínio, e as consequências para a justiça. O arrependimento envolve o desejo de abandonar o pecado para trás e segue a justiça. Não é simplesmente sentir-se mal sobre circunstâncias da pessoa, ou condição, ou as consequências que resultaram de seus pecados, mas lamentando sobre a realidade do pecado. O arrependimento é a orientação do Espírito Santo (Jo 16:8; conforme At 11:18).

A atitude de arrependimento é visto nas Bem-aventuranças (Mt 5:1-11.). Para ser arrependido é ser espiritualmente falida, saber que se é pobre, a fome e sede de justiça, para lamentar sobre a própria miséria, e, consequentemente, ser humilhado por essa condição. A promessa para a pessoa penitente acreditando é que Deus irá conceder o perdão do pecado, porque Cristo providenciou o sacrifício que paga a pena pelo pecado.

O EVANGELHO É CRISTOLÓGICO COMO A SUA APROPRIAÇÃO

em seu nome (24: 47b)

O perdão do pecado está disponível somente através de Jesus Cristo, uma vez que "não há salvação em nenhum outro; pois não há outro nome debaixo do céu, que tem sido dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos "(At 4:12). Seu nome é uma metonímia para sua pessoa (conforme Lc 9:48) e representa tudo o que Ele é . Para proclamar em nome de Jesus que não há perdão dos pecados é fazê-lo de acordo com o que Ele está em toda a sua plenitude.

Os apóstolos fizeram tudo em nome de Cristo, que é a única fonte de poder de Deus. Depois de curar o coxo no templo (Atos 3:1-8) Pedro disse à multidão atônita ", e na base da fé em Seu nome, é o nome de Jesus, que reforça a este homem que vocês vêem e sabem ; ea fé que vem por meio de Jesus deu esta saúde perfeita na presença de todos vós "(v. 16; conforme 4,10). A igreja primitiva também batizado em nome de Jesus (At 2:38; At 8:16; At 10:48; At 19:5), sofreu por Seu nome (At 5:41; 9: 15-16; At 21:13, At 9:21).

O EVANGELHO É GLOBAL COMO A SUA EXTENSÃO

a todas as nações, começando por Jerusalém. (24: 47c)

O Antigo Testamento ensina não só que o Messias iria sofrer e morrer, ressuscitar dentre os mortos, e ter arrependimento proclamado em seu nome, mas também que a mensagem do evangelho de perdão em Seu nome seria proclamado a todas as nações.

Durante Seu ministério terreno, Jesus tinha enviado os apóstolos não aos samaritanos ou gentios (Mt 10:5). Por conseguinte, a Igreja de Jerusalém inicialmente estava relutante para evangelizar os gentios ou samaritanos. Mas quando a perseguição forçou os crentes a fugir de Jerusalém, alguns foram para Samaria (Atos 8:1-2), e "Filipe desceu à cidade de Samaria e começou a proclamar Cristo a eles" (v. 5). Gentil evangelismo, no entanto, não ocorreu até a visão de Pedro (Atos 10:9-16) o levou a perceber que "Deus não é um para mostrar parcialidade, mas em cada nação, o homem que teme e faz o que é certo é bem-vinda a Ele "(vv. 34-35). Depois de algumas dúvidas iniciais (Atos 11:1-3), a igreja de Jerusalém aceite Pedro pregar o evangelho aos gentios, e do Concílio de Jerusalém (Atos 15:1-21) formalmente decidido que os gentios poderiam ser salvas sem primeiro se tornar prosélitos judeus e seguindo ritual judaico. Paulo, o apóstolo dos gentios (Rm 11:13), escreveu:

Cristo tornou-se um ministro da circuncisão, em nome da verdade de Deus, para confirmar as promessas feitas aos pais, e para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia; como está escrito: "Portanto, eu vou louvar a Ti entre os gentios, e eu vou cantar para o seu nome." (Rom. 15: 8-9)

Por causa de sua rejeição final dele, Israel havia sido cortada (Rom. 11) e deixou desolado (Lc 13:35) e de frente para a destruição que viria em AD 70 (Matt. 24: 1-2). O tempo havia chegado no plano de Deus de redenção para levar o evangelho aos gentios.

Gentil salvação não era uma nova realidade, no entanto. O Antigo Testamento declara claramente que os gentios seriam salvos. Em Gn 22:18 Deus disse a Abraão: "Em sua semente todas as nações da terra serão benditas." Em sua oração na dedicação do templo de Salomão orou:

Ainda em relação ao estrangeiro, que não é do teu povo Israel, quando vier de um país remoto por amor do seu nome (por eles ouvirão do teu grande nome e sua mão poderosa e do teu braço estendido);quando ele vem e ora para esta casa, ouvi no céu a tua habitação, e faze conforme tudo o que o estrangeiro te chama, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, a temer Você, como fazer a Tua povo de Israel, e que saibam que esta casa que eu construí é chamado pelo seu nome. (I Reis 8:41-43)

Isaías escreveu:
Agora ele virá sobre isso nos últimos dias o monte da casa do Senhor será estabelecido como o chefe das montanhas, e serão levantadas acima das colinas; e todas as nações irá transmitir a ele. E muitos povos virão e dirão: "Vinde, subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó; para que Ele possa nos ensinar a respeito de seus caminhos, e nós andaremos pelas suas veredas. "Porque a lei sairá de Sião ea palavra do Senhor de Jerusalém. (2: 2-3)
Vire-se para mim e sejam salvos, todos os confins da terra; porque eu sou Deus, e não há outro. (45:22)
Ele é muito pequeno uma coisa que você deve ser meu servo, para levantar as tribos de Jacó e para restaurar os preservados de Israel; Além disso, vou fazer de você uma luz das nações, para que a minha salvação até à extremidade da terra. (49: 6)
Levanta-te, brilhar; para sua luz veio, ea glória do Senhor subiu em cima de você. Pois eis que as trevas cobrirão a terra e profunda escuridão os povos; mas o Senhor vai subir em cima de você e Sua glória vai aparecer em cima de você. Unidas vai chegar a sua luz, e os reis ao esplendor da tua aurora. (60: 1-3)

Joel acrescentou: "E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será entregue; para no monte Sião e em Jerusalém haverá os que escaparem, como disse o Senhor, mesmo entre os sobreviventes aqueles que o Senhor chama "(2:32;. conforme Rm 10:13), e Micah escreveu,

E isso vai acontecer nos últimos dias que o monte da casa do Senhor será estabelecido como o chefe das montanhas. Será levantado acima das colinas, e os povos irá transmitir a ele. Muitas nações virão e dirão: "Vinde e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, para que Ele possa nos ensinar sobre seus caminhos, e nós andaremos pelas suas veredas." Pois é de Sião sairá a lei, até a palavra do Senhor de Jerusalém. (4: 1-2)
O comando global para alcançar o mundo inteiro se estende a responsabilidade para a evangelização dos apóstolos e discípulos a todos os crentes.

O EVANGELHO É PESSOAL COMO A SUA AGÊNCIA

Vós sois as testemunhas destas coisas. (24:48)

Deus escolheu para usar testemunhas exclusivamente humanos como Seus meios de proclamar o evangelho na época atual, ao contrário do "anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que habitam sobre a terra, ea toda nação, tribo, língua e povo "(Ap 14:6; Ez 37:14; Ez 39:29; Joel 2:28-29.) E Jesus (João 14:16-17; Jo 20:22) prometeu a vinda do Espírito Santo, por cuja habitação Jesus é também com os crentes (Mt 28:20). Uma vez que todos os cristãos são habitados pelo Espírito (Rm 8:9)

E Ele os levou fora, até Betânia; e, levantando as suas mãos, os abençoou. Enquanto Ele abençoava, apartou-se deles e foi elevado ao céu. E, depois de adorá-Lo, voltaram para Jerusalém com grande alegria, e estavam sempre no templo, louvando a Deus. (24: 50-53)

Nossa cultura celebra os aniversários de pessoas importantes, mesmo que não houvesse nada de significativo sobre o seu próprio nascimento. Ninguém, quando ele nasce, ainda não realizou nada, nem nada pode ser determinado com certeza sobre o que ele poderia realizar no futuro. É só quando a vida foram vividos que as conquistas possam ser plenamente realizados e apreciado.
A única pessoa cujas realizações eram conhecidos antes que Ele nasceu era Jesus Cristo. É certamente direito de celebrar o Seu nascimento em honra de tudo o que Ele iria realizar, embora essas coisas ainda estavam futuro quando Ele nasceu. O enorme celebração do Natal reflete uma tal perspectiva. Gerando muito menos interesse é outro evento que deve ser comemorado, pois marcou a conclusão de Sua obra encarnado na Terra. Exceto em algumas igrejas litúrgicas, é geralmente ignorado, mas também faz sentido para celebrar com alegria efusiva e louvar Sua ascensão. Sua ascensão de volta ao lugar de onde veio terminou sua jornada terrena não indo para baixo na morte, como todo mundo, mas por subindo para o céu, à vista dos seus seguidores. Comemorando esse glorioso evento iria focar a atenção em tudo o que Ele fez realizar durante sua vida terrena e afirmação de Deus que Ele havia feito perfeitamente tudo o que o Pai O havia enviado a fazer.
O Evangelho de Lucas começou com a história da chegada do Senhor Jesus Cristo na terra, e termina com sua saída do mesmo. Sua vida começou com condescendência e terminou com a ascensão; começou com encarnação e terminou com exaltação; começou com a expectativa e terminou com consumação; começou com o Filho de Deus nascido de uma virgem e desce sobre a terra, e terminou com o Filho de Deus nascer dos mortos e subir ao céu; ele começou a realizar com esperança e terminou com esperança plenamente realizados; começou com uma promessa e terminou com um cumprimento e uma nova promessa; começou com o louvor de Maria, Zacarias, Simeão, Ana, e os anjos, em antecipação da chegada do Messias, e terminou com a adoração e louvor dos que testemunharam a partida de Messias.
Somente Lucas foi concedido o privilégio de gravar a magnífica e monumental ascensão, o evento culminante do ministério terreno de Cristo. Ele descreve-o duas vezes; no último capítulo de seu evangelho, e no primeiro capítulo de Atos. A ascensão é o ponto culminante de um volume da história da redenção e da inauguração de um outro. O Evangelho de Lucas narra a história de Cristo na terra; Atos conta a história da vinda do Espírito Santo e do eventual cumprimento da Grande Comissão, através do estabelecimento da igreja. Esses dois sobrepostos, entrelaçados histórias terminam e começam com o mesmo evento de ascensão, afirmando assim o seu significado.
O relato de Lucas da ascensão do Salvador apresenta a ascensão ea reação, ao qual será adicionado as implicações radicais.

A ASCENSÃO

E Ele os levou fora, até Betânia; e, levantando as suas mãos, os abençoou. Enquanto Ele abençoava, apartou-se deles e foi elevado ao céu. (24: 50-51)

Na forma usual discreto comum aos escritores bíblicos, Lucas descritos em linguagem simples um evento além da compreensão humana. A conta não fornece os detalhes que iria satisfazer a curiosidade de como isso surpreendente, impressionante milagre poderia ter ocorrido.

No capítulo anterior deste volume (vv. 44-49), Lucas registrou três componentes da interação do Senhor com os discípulos após a ressurreição. Em primeiro lugar, deu-lhes instruções sobre as profecias do Antigo Testamento relacionadas com o sofrimento do Messias, morte e ressurreição, Sua provisão de perdão, e da necessidade de declarar que uma boa notícia para todas as nações. Em segundo lugar, Ele lhes encomendou a proclamar conversão para o perdão dos pecados a todas as nações, começando em Jerusalém. Finalmente, Ele lhes instruído a permanecer em Jerusalém até que fossem "revestidos da força do alto" (Lc 24:49), através da vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Essas três características são todos os que os registros de Lucas sobre o tempo entre a ressurreição ea ascensão, embora ele descreveu com mais detalhes no livro de Atos. A história continuou em Atos também forneceu novos detalhes sobre esses eventos, incluindo novas provas convincentes da ressurreição de Cristo e Sua correção da crença equivocada dos discípulos que o reino messiânico prometido estava prestes a ser inaugurada.

Lucas não diz quando ou onde a interação do Senhor com os discípulos ocorreu. No relato de Mateus da Grande Comissão foi dada em uma montanha na Galiléia (Mt 28:16), em algum momento durante os quarenta dias entre a ressurreição ea ascensão. Lucas pode estar descrevendo o mesmo evento, ou outra ocasião, quando Jesus deu essa mesma comissão em uma forma ligeiramente diferente. Em ambos os casos, todos nós sabemos é que o relato de Lucas ocorreu nas semanas entre a ressurreição ea ascensão.

Quando chegou o momento em que devia deixá os discípulos, Jesus levou-os para fora, tanto quanto (ou, "nas imediações do") Bethany. Bethany é uma pequena aldeia a cerca de duas milhas (Jo 11:18) a leste de Jerusalém, perto do Monte das Oliveiras (At 1:12). Era um lugar muito familiar para o Senhor, uma vez que era a casa de seus amigos mais próximos Maria, Marta e Lázaro (Jo 11:1.; Conforme Lc 22:39; Jo 12:1.). Foi lá que Ele agonizou em oração, ao ponto de suando grandes gotas de sangue (Lucas 22:39-46), e foi traído e preso (vv 47-54.). Quando Ele voltar ", estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está na frente de Jerusalém para o oriente; e no Monte das Oliveiras será dividido em seu meio de leste a oeste por um vale muito grande, de modo que metade do monte se removerá para o norte, ea outra metade para o sul "(Zc 14:4; Sl 134:1:.. Sl 134:2] que apontava para o céu, de onde toda a bênção desce) e abençoou-os. Este não foi um ato místico ou simbólico, mas a promessa de lhes as bênçãos que eles e todos os crentes iriam receber. Paulo descreveu-os como "toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" (Ef 1:3). Sua bênção resumiu tudo o que é prometido para eles e para todos os que crêem pela bondade e graça de Deus.

Os discípulos foram capazes de apreciar as bênçãos prometidas, uma vez que as suas dúvidas tinham desaparecido, e seus temores se dissiparam. Eles entenderam plenamente que Cristo é e por que Ele tinha que morrer, porque, pela primeira vez, tinha um conhecimento exato do Antigo Testamento. Eles sabiam que Ele estava vivo dentre os mortos, se cumpriu a escritura, história redentora estava na programação, e ele voltaria para estabelecer o reino. Suas lições finais sobre as questões tinham sido dadas nos dias após a Sua ressurreição. Assim, em 40 dias, eles foram das profundezas do medo e dúvida durante a semana da Paixão à confiança mais emocionante na verdade.
Então, de forma dramática, enquanto Ele estava no processo de abençoá-los com todas as bênçãos que haviam usado em Cristo, Ele separou-se deles e foi elevado ao céu. Nunca foi tão pouco disse sobre um evento tão monumental. Apenas Enoque (Gn 5:24) e Elias (2Rs 2:11) tinha sido levado para o céu em seus corpos físicos. Ao contrário do que aconteceu em Emaús, onde Jesus desapareceu de repente, aqui Ele subiu ao céu em uma forma física, literal enquanto observavam. No relato dessa cena em Atos 1:10-11, dois anjos perguntou aos discípulos: "Homens da Galiléia, por que estais olhando [saudade, como se estivessem perdendo alguém] para o céu? Esse Jesus, que foi levado de vocês para o céu, há de vir exatamente da mesma maneira como você viu ir para o céu "; em outras palavras, na mesma forma física. Sua ascensão física e retorno mostra que o céu é um lugar que acomoda os seres humanos em suas glorificados, corpos ressuscitados. É também uma pré-visualização da ressurreição corporal de crentes. E embora ele saiu, o Senhor ainda estaria com eles e todos os crentes (Mt 28:20), através da habitação do Espírito Santo.

O Novo Testamento registra que, quando Cristo chegou no céu, Ele foi para o lado direito de Deus, o lugar mais alto e exaltado (At 2:33; At 5:31; 7: 55-56; Rm 8:34; Ef.. 1:20; Cl 3:1), o que significa que seu trabalho foi concluído (He 1:3; He 12:2).

A REAÇÃO

E, depois de adorá-Lo, voltaram para Jerusalém com grande alegria, e estavam sempre no templo, louvando a Deus. (24: 52-53)

Agora que os discípulos compreenderam plenamente a pessoa e obra de Cristo, não havia outra forma, eles poderiam ter reagido, que não por adorá-Lo. Com todas as suas dúvidas e medos passados, todas as suas perguntas respondidas, plenamente convencido de que Jesus era o Messias, o Filho de Deus, o Salvador e Redentor, os discípulos estavam prontos para pregar o evangelho, mesmo que isso lhes custar a vida.

Depois que Jesus tinha ido embora, eles voltaram para Jerusalém como Ele os tinha ordenado (v 49; At 1:4), significava que ele havia realizado o trabalho que o Pai Lhe fazer.

Em segundo lugar, a ascensão marcou o fim das limitações de Jesus. Durante sua encarnação, Ele tinha "se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens. , Achado na forma de homem, humilhou-se, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz "(Fil. 2: 7-8). Na ascensão, Ele voltou para a glória que ele tinha com o Pai antes que o mundo foi criado (Jo 17:5). "É melhor para vós que eu vá embora," Jesus disse aos discípulos: "Porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas se eu for, eu vo-lo enviarei "(Jo 16:7).

Em sexto lugar, a ascensão marcou a passagem da obra de evangelização aos Seus seguidores. A obra de Cristo é tanto acabados e inacabados (At 1:1; He 9:12.). Mas sua obra de proclamação não está terminado. O resto do Novo Testamento descreve a continuação desse trabalho pela igreja primitiva, e não será concluído até que Ele volte.

Em sétimo lugar, a ascensão sinalizou liderança soberana do Senhor sobre a Igreja (Ef. 1: 20-23; Cl 1:18).

Em oitavo lugar, a ascensão marcada triunfo de Cristo sobre Satanás. Como o apóstolo João escreveu: "O Filho de Deus se manifestou: para este fim, para destruir as obras do diabo" (1Jo 3:8; He 2:14.).

Em nono lugar, a ascensão sinalizou o Senhor está dando a obra do ministério para homens dotados. Quando ele subiu, Jesus enviou o Espírito, que não só deu dons espirituais aos crentes individuais (1 Cor. 12: 4-11), mas também homens dotados para a igreja (Ef. 4: 11-13).

Em décimo lugar, a ascensão marcou o início dos trabalhos do misericordioso e fiel (He 2:17) e simpático (He 4:15) sumo sacerdote de intercessão para o seu povo (He 7:25).

Finalmente, as garantias de ascensão e protege segunda vinda (At 1:11) de Cristo.

Todos os cristãos devem celebrar tudo o que Jesus realizou por eles, o que culminou com a ascensão. "Para você conhecer a graça de nosso Senhor Jesus Cristo", escreveu Paulo, "que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela Sua pobreza nos tornássemos ricos" (2 Cor. 8: 9).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Lucas Capítulo 24 do versículo 1 até o 53

Lucas 24

Buscando no lugar errado — Luc. 24:1-12

13 42:24-35'>O caminho ao ocaso que se tornou amanhecer — 13 42:24-35'>Luc. 24:13-35 No cenáculo Luc. 24:36-49

O final feliz — Luc. 24:50-53

BUSCANDO NO LUGAR ERRADO

Lucas 24:1-12

O sábado judeu é o nosso sábado; era o último dia da semana, e

comemorava ou descanso do Deus depois dou trabalho da criação. O domingo cristão é o primeiro dia da semana e lembra a ressurreição de Jesus. De modo que naquele primeiro domingo cristão, as mulheres foram ao sepulcro para levar, conforme acreditavam, os últimos tributos de amor a seu querido morto, e perfumar e ungir o corpo de Jesus com suas essências.

As tumbas orientais estavam quase sempre escavadas na Rocha. Envolvia-se o corpo em longas tiras de tecido como ataduras, e o deitavam em uma prateleira dentro da tumba. Depois se fechava a tumba com uma grande pedra circular do tamanho da roda de um carro que corria através da entrada. Quando as mulheres chegaram, a pedra estava fora de lugar.

Aqui temos precisamente uma das discrepâncias nos relatos da ressurreição que os críticos e os adversários do cristianismo tanto

assinalam. Em Marcos o mensageiro na tumba é um jovem com uma longa roupa branca (Mc 16:5); em Mateus é um anjo do Senhor

(Mt 28:2). Aqui nos deparamos com dois homens com vestimentas resplandecentes; e em João com dois anjos (Jo 20:12). As diferenças

existem, é verdade; mas também é verdade que, qualquer que seja a descrição, o fato básico de que a tumba estava vazia nunca varia; isso é o que importa. Nunca duas pessoas descrevem o mesmo episódio e incidente nos mesmos termos; e nada tão maravilhoso como a ressurreição jamais escapou de certa medida de elaboração e adorno à medida que era contada e repetida. Mas no centro da história permanece o único fato importante, a tumba vazia.

As mulheres voltaram com sua história ao resto dos discípulos, e eles se negaram a acreditar. Disseram que era uma história de loucos. A

palavra que empregaram era usada pelos autores médicos gregos para descrever o murmúrio de uma mente doente e febril. Só Pedro foi ver se

era verdade. O fato de que o fizesse diz muito a favor dele. A história de sua negação não era algo que pudesse silenciar-se; e no entanto, Pedro teve a coragem moral de enfrentar àqueles que conheciam sua vergonha.

Nele havia algo de herói assim como algo de covarde. O homem que foi uma pomba que revoava estava por converter-se em uma rocha.

A

pergunta

mais

importante

e

desafiante

nesta

história

é

a

formulada pelos mensageiros na tumba: “Por que buscais entre os mortos ao que vive?”

Há muitos que ainda procuram a Jesus entre os mortos.

  1. Há os que vêem Jesus como o maior homem e o herói mais nobre que jamais viveu, como alguém que viveu a vida mais bela que se viveu sobre a Terra, e depois morreu. Isso não basta. Jesus não está morto; Ele vive. Não é um herói do passado; é uma presença viva hoje.
  2. Há os que e vêem Jesus como um homem cuja vida deve ser estudada, e cujas palavras devem ser examinadas, e cujos ensinos devem ser analisados. Há uma tendência a pensar no cristianismo e em Cristo

como algo que deve ser estudado. Esta tendência pode ser observada no simples fato da proliferação de grupos de estudo e a extinção das reuniões de oração. Sem dúvida nenhuma o estudo é necessário; mas

Jesus não é somente alguém que deve ser examinado; é alguém com quem devemos nos encontrar e viver cada dia na vida; não é

simplesmente uma figura em um livro, embora se trate do livro mais grandioso do mundo; mais uma vez, Ele é uma presença viva.

  1. Há os que e vêem Jesus como o modelo e exemplo perfeito. Ele o é; mas a verdade é que um exemplo perfeito pode ser a coisa mais

desanimadora do mundo.

Por muitos séculos os pássaros deram ao homem um exemplo do vôo, no entanto só na época moderna o homem pôde voar. Recordamos que quando meninos na escola recebemos um caderno. Acima a página

tinha uma linha de escritura impressa; logo seguiam os artigos em branco nos quais teríamos que copiá-la. Que desalentadores eram nossos esforços para reproduzir o modelo perfeito! Mas depois chegava a

professora e com sua mão guiava as nossas sobre as linhas até que conseguíamos fazer algo parecido.

Isso é o que Jesus faz. Não é somente o modelo e o exemplo.

Ajuda-nos, nos guia, e nos dá forças para segui-lo. Não é simplesmente um modelo na vida; novamente, é a presença divina que nos ajuda a viver.

Bem pode ser que tenha faltado ao nosso cristianismo esse "algo" tão essencial, porque nós também estivemos procurando entre os mortos Aquele que está vivo.

O CAMINHO AO OCASO QUE SE TORNOU AMANHECER

13 42:24-35'>Lucas13 42:24-35'> 13 42:24-35'>24:13-35

Este é outro dos imortais e breves relatos do mundo.

  1. Conta-nos a respeito de dois homens que foram caminhando para o pôr-do-sol. Sugeriu-se que essa é a razão pela qual não puderam

reconhecer a Jesus. Emaús estava a oeste de Jerusalém. O Sol estava-se pondo, e os ofuscava tanto que não puderam conhecer seu Senhor. Seja como for, é verdade que o cristão é um homem que não caminha para o ocaso, e sim para o amanhecer. Muito tempo antes foi dito aos filhos de

Israel que viajassem no deserto para o amanhecer (Nu 21:11). O

cristão não parte para uma noite que cai, e sim para um amanhecer que irrompe – e isso foi o que, em sua tristeza e desilusão, tinham esquecido os dois caminhantes de Emaús.

  1. Fala-nos da habilidade de Jesus para dar significado às coisas. Toda a situação parecia não ter explicação para estes homens. Suas

esperanças e sonhos tinham sido destruídos. Toda a desilusão e o desconcerto do mundo se refletem em suas tristes palavras: “Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel.” São as

palavras de homens cujas esperanças estão mortas e enterradas. E então Jesus veio e falou com eles, e viram com clareza o significado da vida, e a escuridão se fez luz.

Uma novelista põe na boca de um de seus personagens estas palavras, dirigidas àquela de quem se apaixonou: "Nunca soube o que significava a vida até que o vi em seus olhos."

Só em Jesus, até nos momentos de desconcerto, aprendemos o que significa a vida.

  1. Fala-nos da cortesia de Jesus. Agiu como quem ia seguir. Ele

não quis forçá-los; esperou o convite. Deus deu aos homens o maior e mais perigoso dom do mundo, o dom do livre-arbítrio; e podemos utilizá-lo para convidar a Cristo para entrar em nosso coração ou para deixá-lo passar adiante.

  1. Fala-nos como o reconheceram pela forma de partir o pão. Isto sempre soa um pouco como uma referência a sacramento; mas não o é. Em uma refeição comum, numa casa comum, com um pão comum foi

como estes homens reconheceram a Jesus. Sugeriu-se belamente que talvez teriam estado presentes quando houve a alimentação dos cinco mil, e, que ao Jesus partir o pão em sua cabana, reconheceram suas

mãos.

Não só na mesa de comunhão podemos estar com Cristo; podemos estar com Ele na hora de almoçar também. Não é só o anfitrião em sua

igreja; é o hóspede de cada lar. O cristão vive para sempre e em todo lugar em um mundo cheio do Jesus.

  1. Conta-nos como estes dois homens, ao receber sua alegria, apressaram-se a comparti-la. Havia uma caminhada de dez quilômetros a Jerusalém, mas não podiam guardar para si as boas novas.

A mensagem cristã nunca é totalmente nossa enquanto não a tenhamos compartilhado com alguém.

  1. Diz-nos como, quando chegaram a Jerusalém, encontraram a outros que tinham tido sua experiência.

A glória de um cristão é que vive em uma comunidade de pessoas

que tiveram a mesma experiência que ele. Tem-se dito que a verdadeira amizade só começa quando as pessoas compartilham uma lembrança comum e se dizem um ao outro: "Você se lembra?" Cada um de nós é membro de uma grande comunidade de pessoas que compartilham uma experiência comum e uma lembrança mútua de seu Senhor.

  1. Conta-nos que Jesus apareceu ao Pedro. Esta será sempre uma das grandes historia não relatadas do mundo. Mas sem dúvida é bonito

que Jesus fizesse uma de suas primeiras aparições perante o homem que o havia negado.

A glória de Jesus é que pode devolver ao pecador penitente sua dignidade.

NO CENÁCULO

Lucas 24:36-49

Aqui lemos a respeito de como Jesus se apresentou aos seus quando

estavam reunidos no Cenáculo. Nesta passagem ressoam enfaticamente algumas das grandes características da fé cristã.

  1. Acentua a realidade da ressurreição. O Senhor ressuscitado não

era um fantasma nem um espírito nem uma alucinação. Era real. O Jesus que morreu era verdadeiramente o Cristo que ressuscitou. O cristianismo não se funda em sonhos de mentes transtornadas, nem em visões de olhos febris, e sim em Alguém que na realidade histórica enfrentou a morte, lutou com ela e a venceu e ressuscitou.

  1. Acentua a necessidade da cruz. Toda a Escritura apontava para a cruz. A cruz não foi algo forçado para Deus; não foi uma medida de emergência quando todo o resto tinha fracassado e quando os planos tinham saído mal. Era parte do plano de Deus, porque a cruz é o único lugar na Terra, no qual em um determinado momento, vemos o eterno amor de Deus.
  2. Acentua a urgência da tarefa. O chamado ao arrependimento e o oferecimento de perdão tinha que ir a todos os homens. A igreja não

teria que viver sempre no Cenáculo; foi enviada ao mundo. Depois do Cenáculo estava a missão mundial da igreja. Os dias de tristeza haviam passado e se devia levar a todos os homens as novas de grande alegria.

  1. Acentua o segredo do poder. Tinham que esperar em Jerusalém até que descendesse sobre eles poder do céu, até que chegasse o Pentecostes. Há momentos em que pareceria que o cristão está perdendo

o tempo, quando precisa esperar em uma prudente passividade. A ação que não está preparada deve fracassar necessariamente. Há um momento para esperar em Deus e um momento para trabalhar para Ele.

Os momentos silenciosos em que esperamos em Deus nunca se perdem; porque no momento em que deixamos de lado as tarefas da vida é quando somos fortalecidos para as mesmas tarefas que abandonamos.

O FINAL FELIZ

Lucas 24:50-53

A Ascensão deve ser sempre um mistério, porque busca dizer com palavras o que está além das palavras e descrever o que está além de toda descrição. Mas era essencial que acontecesse algo assim. Era impensável

que as aparições de Jesus fossem diminuindo até desaparecer finalmente. Isso teria destroçado efetivamente a fé dos homens. Tinha que haver um dia de divisão no qual o Jesus da Terra se convertesse finalmente no Cristo do céu. Mas para os discípulos a Ascensão significou obviamente

três coisas.

  1. Foi um final. Havia terminada uma etapa e começava outra. Havia terminado o dia em que sua fé estava baseada em uma pessoa de carne e ossos, e dependia dela. Agora estavam unidos a Alguém que era independente para sempre do espaço e do tempo.
  2. Mas era deste modo um começo. Os discípulos não deixaram a cena desanimados; abandonaram-na com grande alegria. Porque agora sabiam que tinham um Mestre de quem nada poderia separá-los nunca mais.

“Porque eu estou bem certo”, disse Paulo, “de que nem a morte, nem a vida... poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8:38, Rm 8:39).

  1. Mais ainda, a Ascensão deu aos discípulos a certeza de que tinham um amigo, não só na terra, mas também no céu. Sem dúvida é algo sem preço saber e sentir que no céu nos espera o mesmo Jesus que

na Terra foi alguém maravilhoso. Morrer não é entrar na escuridão; é ir a Ele.

De modo que voltaram para Jerusalém, e estavam continuamente no templo louvando a Deus. Não é meramente acidental que o evangelho do Lucas termine onde começou – na Casa de Deus.


O Evangelho em Carne e Osso

Flávio Gouvêa de Oliveira, Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
O Evangelho em Carne e Osso - Comentários de Lucas Capítulo 24 do versículo 48 até o 53

121                   . Vocês são testemunhas dessas coisas

Lc 24:48-53

 

Testemunhas e testemunho

 

Jesus surpreendeu e consolou a todos ao dar provas de sua ressurreição, o desespero da morte foi substituído pela alegria e surpresa da vida que supera a morte. Mais ainda, ele lhes deu o significado de tudo aquilo, mostrando que tudo fazia parte de uma ação divina que vinha acontecendo desde os tempos antigos e sendo registrado nas Escrituras.

Tudo isso foi entendido dentro daquele momento de comunhão com Jesus. Eles viveram com Jesus, andaram e aprenderam com ele, viram suas obras, seu sofrimento e morte, e agora sua ressurreição. Mais que aprenderem sobre isso, estavam participando dessas coisas havia um bom tempo. Por isso, o que Jesus fez foi lhes abrir o entendimento para que compreendessem, e creio que isso causou a mesma reação dos discípulos de Emaús quando reconheceram a Jesus e entenderam porque seus corações queimavam enquanto ele lhes expunha as Escrituras.

E então Jesus evidenciou aquilo que eles eram naquela história toda: “testemunhas dessas coisas”. Eram muito mais que alunos ou simpatizantes, eram discípulos que viveram, experimentaram e compreenderam a vida, morte e ressurreição de Jesus; eram as pessoas que poderiam atestar tudo o que aconteceu, recebendo a missão de pregarem e continuarem essa obra, começando em Jerusalém e alcançando o mundo todo.

O propósito de tudo isso era que fosse “pregado o arrependimento para perdão de pecados a todas as nações” (v. 47). O ministério de Jesus se deu entre os pecadores, tanto os próprios discípulos, como aqueles que já eram considerados assim pela cultura e religião da época, e os próprios religiosos que se achavam santos. Jesus apresentava o Reino de Deus em contraste com todo o reino do mundo em sua estrutura de pecado que o leva à perdição, tanto na eternidade como hoje mesmo. Denunciou essas estruturas e valores desde os poderes políticos e religiosos até o mais íntimo do coração humano, o qual muitas vezes é despercebido e até camuflado com a aparência de justiça. E, para tudo isso, proclamou juízo, mas primeiramente Graça, tanto mostrando que ninguém merecia o perdão, quanto anunciando e sendo a própria salvação para os que se arrependem e creem. E isso para todos os pecadores de todas as nações.

 

Método e estratégia

 

Como testemunhas da obra de Jesus, os discípulos seriam responsáveis por essa pregação. Era um trabalho imenso e certamente aqueles humildes discípulos não podiam visualizar tudo isso. Até nós mesmos poderíamos pensar sobre essa “estratégia e marketing” de Jesus para a pregação de seu Evangelho a todas as nações. Ele não chamou propriamente pessoas influentes para serem seus discípulos, nem representantes das principais nações ou poderosos que teriam meios de impor sua vontade sobre os outros. Não. Chamou apenas aqueles que foram sendo impactados por suas palavras e transformados por suas atitudes desde a Galileia, pessoas simples e humildes que se arrependeram, creram e o seguiram. Os doze foram chamados nominalmente e mesmo assim havia disputas entre eles, um o negou e outro até o traiu entregando-lhe à morte, mas foi a esses mesmos – com exceção de Judas – que Jesus confiou a liderança dessa missão.

Você confiaria nesse método?

Mais uma vez os valores não seriam os mesmos do mundo, com seu jogo de poderes e influência, mas estariam na relação entre as coisas loucas do mundo com o poder de Deus (conforme 1Co 1:18-31). E o poder de Deus viria sobre eles e os envolveria com tudo o que precisariam para essa nova missão. Eles só deveriam crer, esperar e se manterem em comunhão até que recebessem essa capacitação a partir do alto.

É difícil explicar como é esse poder e até esse “método”, mas a verdade é que até hoje, cerca de dois mil anos depois, ainda se fala desse Evangelho de forma viva e transformadora, mesmo em meio a tantas distorções e oposições. E isso também testemunha por si só.

 

Despedida e continuidade

 

Jesus os levou à região do monte das oliveiras onde deve ter ficado muitas vezes quando chegou à Jerusalém. Muitos ensinamentos devem ter sido passados ali durante esse tempo e era um lugar de comunhão para eles. Ali Jesus os abençoou e se despediu deles, sendo elevado ao céu.

De forma resumida, Lucas apenas conta que aquela despedida não lhes trouxe sentimento de tristeza, solidão ou mesmo saudade, mas sentimento de adoração e alegria. Tudo fazia sentido e agora simplesmente obedeceriam ao que Jesus lhes disse: ficariam na cidade até que fossem revestidos de poder.

Na verdade, nem era uma despedida, mas um novo começo, uma nova esperança e uma nova missão. A presença de Jesus na fé de cada um deles já era uma realidade que ninguém poderia lhes tirar, e isso era tudo o que precisavam naquele momento. Conforme as palavras registradas por Mateus, Jesus estaria com eles “todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28:20), e isso era a continuidade da experiência que os declarou como testemunhas. Era essa presença que faria com que a pregação continuasse em todos os tempos e lugares, com o mesmo vigor e a mesma capacidade de transformação.

E é por isso que seu coração, leitor e leitora, deve também ter queimado conforme lia esses textos, e é por isso que você não tem como ficar indiferente a tudo isso. O Evangelho esteve em carne e osso entre nós, e continuamos expondo isso para pessoas de corpo e alma como você e eu. Se você crê, faça parte desse testemunho.





Palavras finais

 

Tudo isso que foi registrado dá uma boa ideia do impacto que Jesus causou em seus seguidores. Isso transformou a vida deles e logo passaram a pregar a outros e também a se reunir para aprender, ensinar e se manterem firmes nessa fé, esperança e prática. Isso deu origem à igreja cristã e, com o tempo, foi se tornando necessário haver organização, doutrinas, sistemas, etc.

Em cerca de dois mil anos de história e expansão geográfica, a igreja cristã passou por várias situações diferentes, sendo desde um grupo marginal perseguido pelo império romano até a própria religião deste império poderoso, o que permitiu que os escritos fossem preservados e difundidos, ao mesmo tempo em que tomou outros rumos dentro de seu poder político e religioso. Ao longo desse caminho, várias correntes teológicas surgiram, assim como interpretações e grupos diversos; e dentro desse emaranhado podemos encontrar tanto coisas excelentes quanto terríveis. Por isso mesmo fizemos aquelas duas perguntas no prefácio, sobre a igreja ser realmente dependente dos evangelhos e sobre os evangelhos canônicos realmente favorecerem os interesses da igreja. Seria impossível respondê-la com certeza, julgando cada ramo do cristianismo para isso.

Entretanto, o mais surpreendente é que, mesmo com todo esse tempo, com todas essas mudanças e variações, ainda podemos ler com cuidado o que foi registrado pelos evangelhos e ainda nos surpreender e sermos impactados pelo seu conteúdo, numa experiência até pessoal e existencial de cada um. É curioso como, apesar de tantas divisões, o cristianismo não acabou, pelo contrário, tem se fortalecido, mesmo com tantas críticas – justas ou injustas - que se pode fazer contra ele.

A verdade é que a origem do cristianismo não está numa filosofia da religião, nem numa instituição hierárquica e nem mesmo em percepções sobrenaturais. Sua origem está na “boa mensagem” (significado literal da palavra “evangelho”) de Deus que se revelou em carne e osso entre pessoas de corpo e alma, relacionando-se com elas e falando profundamente a suas necessidades essenciais. É isso que move tantas pessoas na fé, mesmo dentro de sistemas religiosos que aparentemente não mantém mais nada de sua origem. A presença desse Evangelho, isto é, dessa boa notícia, é real de uma maneira que vai além do que se pode explicar; e é isso que se percebe quando se crê.

Ainda assim, é necessário que essa experiência vá além da subjetividade e encontre objetividade na vida prática da pessoa em comunhão com as outras pessoas, a quem ela chama de irmãos. É necessário que a igreja, que é formada por essas pessoas e suas experiências, volte à sua origem, conforme relatado nos evangelhos. Aqueles que buscam a Deus, tendo a Bíblia como regra de fé e prática, creem que Jesus é “a expressão exata do seu ser” (Hb 1:3), por isso é tão importante conhecer a fundo sua vida e obra de modo especial; e meu desejo é que este livro ajude e incentive nisso.

Também desejo que este livro seja lido por aqueles que não creem, ou que ainda não têm certeza. Desejo que conheçam o Jesus de carne e osso que se relaciona com pessoas de corpo e alma, como elas mesmas e todos nós. Espero que possam ter aquela experiência pessoal e existencial que chamamos de fé. E, mesmo que isso não aconteça, que possam ter uma ideia melhor sobre ele.

Enfim, meu desejo é:

Que os evangélicos tenham o Evangelho como base.

Que os cristãos tenham o Cristo vivo como o centro.

Que as pessoas de corpo e alma conheçam o Evangelho em carne e osso.





Bibliografia

 

Bíblias

 

 

Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. 2ª Ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2008.

 

Bíblia de estudo NVI. São Paulo: Vida, 2003.

 

Bíblia: Tradução ecumênica. São Paulo: Loyola, 1994.

 

Nova Bíblia Viva – São Paulo: Mundo cristão, 2010.

 

Bíblia Sagrada. Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2008.

 

Bíblia A Mensagem: Bíblia em linguagem contemporânea. Tradução: Eugene H. Peterson. São Paulo: Vida, 2011.

 

 

Comentários e Livros de referência

 

 

CALVINO, João. As institutas: edição especial com notas para pesquisa Vol.

         01, São Paulo: Cultura cristã, 2006.

 

CHAMPLIN, R.N. O novo testamento interpretado: versículo por versículo. Vol 2:

         Lucas, João. São Paulo: Hagnos, 2002.

 

FEE & STUART, Gordon e Douglas. Entendes o que lês?: um guia para entender a

         Bíblia com auxílio da exegese e da hermenêutica. 2ª ed. São Paulo: Vida Nova,

         1997.

 

LEWIS, C. S. Cristianismo puro e simples. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

 

MORRIS, Leon L. Lucas: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1974.

 

MOXNES, Valmor. A economia do reino: conflito social e relações

          econômicas no Evangelho de Lucas. São Paulo: Paulus, 1995.

 

NOLAN, Albert. Jesus antes do cristianismo. São Paulo: Paulus, 1998.

 

VIEIRA, Padre Antônio. Sermões escolhidos. Coleção a obra prima de cada autor.

       Organização e coordenação: José Verdasca. São Paulo: Martin Claret, 2007.

 

WENGST, Klaus. PAX romana: pretensão e realidade. São Paulo: Paulinas, 1991.

 

 



[1] Utilizo o termo Evangelho – com letra maiúscula – quando se refere à mensagem de Jesus como um todo; e com letra minúscula quando se refere a algum dos livros sobre a vida de Jesus, conhecidos como evangelhos.



Notas de Estudos jw.org

Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 24 versículo 52
se curvaram diante dele: Ou: “se prostraram diante ele; lhe prestaram homenagem”. Quando o verbo grego proskynéo é usado em relação a um deus, ele é traduzido como “adorar”. (Mt 4:10; Lc 4:8) Mas aqui os discípulos estavam apenas mostrando que reconheciam que Jesus era o representante de Deus. Eles se curvaram, não como um gesto de adoração a Deus ou a uma divindade, mas porque ele era o “Filho de Deus”, o predito “Filho do Homem”, o Messias que tinha recebido autoridade de Deus. (Lc 1:35; Mt 16:13-16; Jo 9:35-38) As Escrituras Hebraicas mostram que as pessoas se curvavam diante de profetas, reis e outros representantes de Deus. (1Sm 25:23-24; 2Sm 14:4-1Rs 1:16; 2Rs 4:36-37) Em muitas ocasiões, as pessoas se curvaram diante de Jesus para expressar gratidão pelas verdades que Deus as tinha ajudado a entender ou para mostrar reconhecimento pelo favor que tinham recebido de Deus, assim como os servos do passado faziam. — Mt 14:32-33; 28:5-10, 16-18; Jo 9:35-38; veja também as notas de estudo em Mt 2:2-8:2; 14:33; 15:25.

se curvaram diante dele e: Alguns manuscritos não incluem estas palavras, mas elas aparecem na maioria dos manuscritos mais antigos e mais confiáveis. — Veja o Apêndice A3.


Dicionário

Grande

adjetivo De tamanho maior ou fora do normal: cabeça grande.
Comprido, extenso ou longo: uma corda grande.
Sem medida; excessivo: grandes vantagens.
Numeroso; que possui excesso de pessoas ou coisas: uma grande manifestação; uma grande quantia de dinheiro.
Que transcende certos parâmetros: grande profundeza.
Que obteve fortes consequências: grande briga; grandes discussões.
Forte; em que há intensidade: grande pesar.
Com muita eficiência: a água é um grande medicamento natural.
Importante; em que há importância: uma grande instituição financeira.
Adulto; que não é mais criança: o menino já está grande.
Notável; que é eficiente naquilo que realiza: um grande músico.
Cujos atributos morais e/ou intelectuais estão excesso: grande senhor.
Magnânimo; que exprime um comportamento nobre.
Fundamental; que é primordial: de grande honestidade.
Que caracteriza algo como sendo bom; positivo: uma grande qualidade.
Que é austero; rígido: um grande problema.
Território circundado por outras áreas adjacentes: a Grande Brasília.
substantivo masculino Pessoa que se encontra em idade adulta.
Quem tem muito poder ou influência: os grandes estavam do seu lado.
Etimologia (origem da palavra grande). Do latim grandis.e.

Jerusalém

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Existia, com o nome de Uruslim, isto é, Cidade de Salim ou Cidade da Paz, uma cidade no mesmo sítio de Jerusalém, antes de terem os israelitas atravessado o rio Jordão ao entrarem na Palestina. inscrições da coleção de Tel el-Amarna mostram que naquele tempo (cerca de 1400 a.C.) era aquela povoação um lugar de alguma importância, cujo governador estava subordinado ao Egito. o nome aparece já com a forma de Jerusalém em Js 10:1. os judeus identificavam-na com Salém, de que Melquisedeque foi rei (Gn 14:18 – *veja também Sl 76. 2). os atuais habitantes, judeus e cristãos, conservam o nome de Yerusalim, embora sob o poder dos romanos fosse conhecida pelo nome de Aelia Capitolina, e seja pelos maometanos chamada El-Kuds, o Santuário, tendo ainda outros títulos, segundo as suas conexões. Quanto à sua situação estava Jerusalém entre as tribos de Judá e Benjamim, distante do Mediterrâneo 51 km, do rio Jordão 30 km, de Hebrom 32 km, e 58 km de Samaria. Acha-se edificada no alto de uma larga crista montanhosa, que atravessa o país de norte a sul, e está sobre duas elevações, que se salientam do platô para o sul, e são acessíveis apenas por estradas dificultosas. Esta proeminência está entre dois desfiladeiros, que tornam a aproximação difícil, a não ser pelo norte, e por isso constitui uma defesa natural. Do lado oriental está o vale de Cedrom, que também é chamado vale de Josafá. Ao sudoeste e pelo sul se vê outro desfiladeiro, o vale de Hinom. Estas duas ravinas unem-se no Poço de Jacó (Bir Eyab), numa profundidade de 200 metros, medida desde a parte superior do platô. A cidade, possuindo tais defesas naturais, as montanhas circunjacentes, e os profundos desfiladeiros, forma, assim, uma compacta fortaleza montanhosa (Sl 87:1 – 122.3 – 125.1,2). Com respeito à história de Jerusalém, começa no A.T.com o aparecimento de Melquisedeque, rei de Salém, que abençoou Abraão (Gn 14:18-20 – *veja Hb 7:1). No cap. 10 de Josué, fala-se de Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, o qual formou uma liga contra o povo de Gibeom, que tinha feito um acordo com Josué e os israelitas invasores. Josué prendeu e mandou executar os cinco reis confederados, incluindo o rei de Jerusalém – mas, embora as cidades pertencentes aos outros quatro fossem atacadas, é certo ter escapado naquela ocasião a cidade de Jerusalém. Ela é nomeada entre ‘as cidades no extremo sul da tribo dos filhos de Judá’ (Js 15:21-63) – e é notada a circunstância de não terem podido os filhos de Judá expulsar. os jebuseus, habitantes daquela cidade, habitando juntamente os invasores com o povo invadido. A sua conquista definitiva está indicada em Jz 1:8. Mais tarde os jebuseus parece que fizeram reviver a sua confiança na fortaleza da sua cidade. Quando Davi, cuja capital era então Hebrom, atacou Jerusalém (2 Sm 5), os habitantes mofaram dele (2 Sm 5.6). A réplica de Davi foi fazer uma fala aos seus homens, que resultou na tomada da ‘fortaleza de Sião’. E então foi a capital transferida para Jerusalém, aproximadamente no ano 1000 a.C., vindo ela a ser ‘a cidade de Davi’. Para aqui trouxe este rei a arca, que saiu da casa de obede-Edom (2 Sm 6.12). Sendo ferido o povo por causa da sua numeração, foi poupada a cidade de Jerusalém (2 Sm 24,16) – e na sua gratidão comprou Davi a eira de Araúna, o jebuseu, e levantou ali um altar (2 Sm 24.25), preparando-se para construir naquele sítio um templo (1 Cr 22.1 a
4) – mas isso só foi levado a efeito por Salomão (1 Rs 6.1 a 38). Quando o reino se dividiu, ficou sendo Jerusalém a capita! das duas tribos, fiéis a Roboão (1 Rs 14.21). No seu reinado foi tomada por Sisaque, rei do Egito (1 Rs 14,25) – e no tempo do rei Jeorão pelos filisteus e árabes (2 Cr 21.16,17) – e por Joás, rei de israel, quando o seu rei era Amazias (2 Cr 25.23,24). No reinado de Acaz foi atacada pelo rei Rezim, da Síria, e por Peca, rei de israel, mas sem resultado (2 Rs 16.5). Semelhantemente, foi a tentativa de Senaqueribe no reinado de Ezequias (2 Rs 18.19 – 2 Cr 32 – is 36:37). Quando governava Manassés, os seus pecados e os do povo foram a causa da prisão do rei e da sua deportação para Babilônia (2 Cr 33.9 a 11). Josias realizou em Jerusalém uma reforma moral e religiosa (2 Cr 34.3 a 5). Quando, no período de maior decadência, reinava Joaquim, foi a cidade cercada e tomada pelas forças de Nabucodonosor, rei da Babilônia, que deportou para aquele império o rei e o povo, à exceção dos mais pobres dos seus súditos (2 Rs 24.12 a 16). Zedequias foi colocado no trono, mas revoltou-se. Vieram outra vez as tropas de Nabucodonosor, e então Jerusalém suportou um prolongado cerco – mas, por fim, foi tomada, sendo destruído o templo e os melhores edifícios, e derribadas as suas muralhas (2 Rs 25). No tempo de Ciro, como se acha narrado em Esdras, voltou o povo do seu cativeiro, sendo o templo reedificado, e restaurada a Lei. As muralhas foram levantadas por Neemias (Ne 3). Alexandre Magno visitou a cidade, quando o sumo sacerdócio era exercido por Jadua, que é mencionado em Ne 12:11-22. Morto Alexandre, e feita a divisão das suas conquistas, ficou a Judéia nos limites dos dois Estados rivais, o Egito e a Síria. Como efeito dessa situação raras vezes tinham os judeus uma paz duradoura. Ptolomeu Soter tomou a cidade pelo ano 320 a.C., a qual foi fortificada e embelezada no tempo de Simão, o Justo, no ano 300 a.C., mais ou menos (Ecclus. 50). Antíoco, o Grande, conquistou-a em 203 (a.C.) – mas em 199 foi retomada por Scopas, o general alexandrino. Após a derrota dos egípcios, infligida por Antíoco, caiu novamente Jerusalém sob o seu domínio em 19S. Foi depois tomada por Antíoco Epifanes, que profanou o templo, e ergueu um altar pagão no lugar do altar do Senhor (Dn 11:31) – mas no ano 165 foi a cidade reconquistada por Judas Macabeu. Pompeu apoderou-se dela em 65 a.C., e foi saqueada pelos partos no ano 40. Retomou-a Herodes, o Grande, no ano 37 a.C. : foi ele quem restaurou o templo, levantando o edifício que foi visitado por Jesus Cristo. Com respeito ao lugar que ocupava Jerusalém na alma dos hebreus, *veja Sl 122:6 – 137.5,6 – is 62:1-7 – cp.com 1 Rs 8.38 – Dn 6:10 e Mt 5:35. A Jerusalém do N.

Jerusalém [Lugar de Paz] - Cidade situada a uns 50 km do mar Mediterrâneo e a 22 km do mar Morto, a uma altitude de 765 m. O vale do Cedrom fica a leste dela, e o vale de Hinom, a oeste e ao sul. A leste do vale de Cedrom está o Getsêmani e o monte das Oliveiras. Davi tornou Jerusalém a capital do reino unido (2Sm 5:6-10). Salomão construiu nela o Templo e um palácio. Quando o reino se dividiu, Jerusalém continuou como capital do reino do Sul. Em 587 a.C. a cidade e o Templo foram destruídos por Nabucodonosor (2Rs 25:1-26). Zorobabel, Neemias e Esdras reconstruíram as muralhas e o Templo, que depois foram mais uma vez destruídos. Depois um novo Templo foi construído por Herodes, o Grande. Tito, general romano, destruiu a cidade e o Templo em 70 d.C. O nome primitivo da cidade era JEBUS. Na Bíblia é também chamada de Salém (Gn 14:18), cidade de Davi (1Rs 2:10), Sião (1Rs 8:1), cidade de Deus (Sl 46:4) e cidade do grande Rei (Sl 48:2). V. os mapas JERUSALÉM NO AT e JERUSALÉM NOS TEM

Jerusalém Tem-se interpretado o nome dessa cidade como “cidade da paz”. Na Bíblia, aparece pela primeira vez como Salém (Gn 14:18), com a qual costuma ser identificada. A cidade foi tomada pelos israelitas que conquistaram Canaã após a saída do Egito, mas não a mantiveram em seu poder. Pelo ano 1000 a.C., Davi tomou-a das mãos dos jebuseus, transformando-a em capital (2Sm 5:6ss.; 1Cr 11:4ss.), pois ocupava um lugar central na geografia do seu reino. Salomão construiu nela o primeiro Templo, convertendo-a em centro religioso e local de peregrinação anual de todos os fiéis para as festas da Páscoa, das Semanas e das Tendas. Em 587-586 a.C., houve o primeiro Jurban ou destruição do Templo pelas tropas de Nabucodonosor. Ao regressarem do exílio em 537 a.C., os judeus empreenderam a reconstrução do Templo sob o incentivo dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias; mas a grande restauração do Templo só aconteceu, realmente, com Herodes e seus sucessores, que o ampliaram e o engrandeceram. Deve-se a Herodes a construção das muralhas e dos palácios-fortalezas Antônia e do Palácio, a ampliação do Templo com a nova esplanada, um teatro, um anfiteatro, um hipódromo e numerosas moradias. O fato de ser o centro da vida religiosa dos judeus levou os romanos a fixarem a residência dos governadores em Cesaréia, dirigindo-se a Jerusalém somente por ocasião de reuniões populares como nas festas.

No ano 70 d.C., aconteceu o segundo Jurban ou destruição do Templo, desta vez pelas mãos das legiões romanas de Tito. Expulsos de Jerusalém após a rebelião de Bar Kojba (132-135 d.C.), os judeus do mundo inteiro jamais deixaram de esperar o regresso à cidade, de forma que, em meados do séc. XIX, a maioria da população hierosolimita era judia. Após a Guerra da Independência (1948-1949), a cidade foi proclamada capital do Estado de Israel, embora dividida em zonas árabe e judia até 1967.

Jesus visitou Jerusalém com freqüência. Lucas narra que, aos doze anos, Jesus se perdeu no Templo (Lc 2:41ss.) e várias foram as visitas que ele realizou a essa cidade durante seu ministério público (Lc 13:34ss.; Jo 2:13). A rejeição dos habitantes à sua mensagem fez Jesus chorar por Jerusalém, destinada à destruição junto com o Templo (Lc 13:31-35). Longe de ser um “vaticinium ex eventu”, essa visão aparece em Q e deve ser anterior ao próprio Jesus. Em Jerusalém, Jesus foi preso e crucificado, depois de purificar o Templo.

O fato de esses episódios terem Jerusalém por cenário e de nela acontecerem algumas aparições do Ressuscitado e igualmente a experiência do Espírito Santo em Pentecostes pesou muito na hora de os apóstolos e a primeira comunidade judeu-cristã fixarem residência (At 1:11).

J. Jeremías, Jerusalén en tiempos de Jesús, Madri 1985; C. Vidal Manzanares, El Judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; A. Edersheim, Jerusalén...; E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.


Júbilo

substantivo masculino Alegria excessiva; grande sensação de felicidade: a igreja está em júbilo.
Em que há grande satisfação ou contentamento; jubilação: estado de júbilo.
Etimologia (origem da palavra júbilo). Do latim jubilum.i.

Grande alegria

Tornar

verbo pronominal , transitivo direto predicativo e bitransitivo Alterar, modificar ou passar a possuir uma nova condição, estado: ele se tornou médico; a mãe tornou a filha escritora.
Retornar ao local de onde se estava; regressar: ele tornou a chegar; os tripulantes tornaram-se para o avião.
verbo bitransitivo Retornar algo a alguém; devolver: tornou o cão ao dono.
Fazer a tradução de um idioma para outro: tornou o texto inglês em português.
Guiar novamente; reconduzir: o guarda tornou o motorista à igreja.
verbo transitivo indireto Voltar, regressar a um estado anterior: preferia tornar à minha juventude.
Analisar novamente; falar sobre o mesmo assunto outra vez: o médico tornou ao tratamento.
verbo intransitivo Expressar-se ou transmitir novamente: a felicidade nunca mais tornou.
Dar como resposta; responder: -- Não vou à festa, tornou a namorada.
verbo pronominal Pedir ajuda; apelar: sozinho, não tinha a quem se tornar.
Etimologia (origem da palavra tornar). Do latim tornare.

tornar
v. 1. tr. ind., Intr. e pron. Vir de novo onde esteve; voltar, regressar. 2. tr. dir. Devolver, restituir. 3. tr. dir. e pron. Converter(-se), fazer(-se). 4. tr. dir. e pron. Mudar(-se), transformar(-se). 5. tr. dir. Traduzir, trasladar, verter. 6. Intr. Replicar, responder. 7. tr. dir. Unido a um infinitivo com a preposição a, exerce a função de verbo auxiliar e denota a continuação ou repetição da ação: Várias vezes dobrou e tornou a erguer-se. T. à vaca fria: voltar à vaca-fria.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
καί αὐτός προσκυνέω αὐτός ὑποστρέφω εἰς Ἱερουσαλήμ μετά μέγας χαρά
Lucas 24: 52 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E eles o adoraram, e retornaram para Jerusalém com grande júbilo;
Lucas 24: 52 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Maio de 30. No fim dos 40 dias dos aparecimentos de Jesus
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G2419
Hierousalḗm
Ἱερουσαλήμ
um nativo de Betel que reconstruiu Jericó no reinado de Acabe e em quem se cumpriu a
(did Hiel)
Substantivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3173
mégas
μέγας
só, só um, solitário, um
(only)
Adjetivo
G3326
metá
μετά
.. .. ..
(.. .. ..)
Substantivo
G4352
proskynéō
προσκυνέω
beijar a mão de alguém, em sinal de reverência
(to worship)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo
G5290
hypostréphō
ὑποστρέφω
voltar atrás
(returned)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G5479
chará
χαρά
alegria
(joy)
Substantivo - feminino acusativo singular
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

Ἱερουσαλήμ


(G2419)
Hierousalḗm (hee-er-oo-sal-ame')

2419 Ιερουσαλημ Hierousalem

de origem hebraica 3389 ירושלימה, cf 2414; TDNT - 7:292,1028; n pr loc

Jerusalém = “habita em você paz”

  1. denota tanto a cidade em si como os seus habitantes
  2. “a Jerusalém que agora é”, com suas atuais instituições religiosas, i.e. o sistema mosaico, assim designada a partir de sua localização externa inicial
  3. “Jerusalém que está acima”, que existe no céu, de acordo com a qual se supõe será construída a Jerusalém terrestre
    1. metáf. “a Cidade de Deus fundamentada em Cristo”, hoje se apresenta como igreja, mas depois da volta de Cristo se apresentará como o pleno reino messiânico

      “a Jerusalém celestial”, que é a habitação celestial de Deus, de Cristo, dos anjos, dos santos do Antigo e Novo Testamento e dos cristãos ainda vivos na volta de Cristo

      “a Nova Jerusalém”, uma cidade esplêndida e visível que descerá do céu depois da renovação do mundo, a habitação futura dos santos


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

μέγας


(G3173)
mégas (meg'-as)

3173 μεγας megas

[incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj

  1. grande
    1. da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
      1. em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
        1. massa e peso: grande
        2. limite e extensão: largo, espaçoso
        3. medida e altura: longo
        4. estatura e idade: grande, velho
    2. de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
    3. de idade: o mais velho
    4. usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
  2. atribuído de grau, que pertence a
    1. pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
    2. coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
    3. algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
  3. esplêndido, preparado numa grande escala, digno
  4. grandes coisas
    1. das bênçãos preeminentes de Deus
    2. de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus

μετά


(G3326)
metá (met-ah')

3326 μετα meta

preposição primária (com freqüencia usada adverbialmente); TDNT - 7:766,1102; prep

  1. com, depois, atrás

προσκυνέω


(G4352)
proskynéō (pros-koo-neh'-o)

4352 προσκυνεω proskuneo

de 4314 e um provável derivado de 2965 (significando beijar, como um cachorro que lambe a mão de seu mestre); TDNT - 6:758,948; v

  1. beijar a mão de alguém, em sinal de reverência
  2. entre os orientais, esp. persas, cair de joelhos e tocar o chão com a testa como uma expressão de profunda reverência
  3. no NT, pelo ajoelhar-se ou prostrar-se, prestar homenagem ou reverência a alguém, seja para expressar respeito ou para suplicar
    1. usado para reverência a pessoas e seres de posição superior
      1. aos sumo sacerdotes judeus
      2. a Deus
      3. a Cristo
      4. a seres celestes
      5. a demônios

ὑποστρέφω


(G5290)
hypostréphō (hoop-os-tref'-o)

5290 υποστρεφω hupostrepho

de 5259 e 4762; v

  1. voltar atrás
    1. virar

      regressar


χαρά


(G5479)
chará (khar-ah')

5479 χαρα chara

de 5463; TDNT - 9:359,1298; n f

  1. alegria, satisfação
    1. a alegria recebida de você
    2. causa ou ocasião de alegria
      1. de pessoas que são o prazer de alguém

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo