Enciclopédia de Atos 12:3-3

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 12: 3

Versão Versículo
ARA Vendo ser isto agradável aos judeus, prosseguiu, prendendo também a Pedro. E eram os dias dos pães asmos.
ARC E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos asmos.
TB Vendo que isso agradava aos judeus, fez ainda mais: mandou prender também a Pedro — e eram os dias dos Pães Asmos —
BGB ⸂ἰδὼν δὲ⸃ ὅτι ἀρεστόν ἐστιν τοῖς Ἰουδαίοις προσέθετο συλλαβεῖν καὶ Πέτρον (ἦσαν ⸀δὲ ἡμέραι τῶν ἀζύμων),
HD Ao ver que {isso} era agradável aos judeus, deu continuidade para capturar também a Pedro – eram os dias dos {pães} Ázimos –
BKJ E, ele vendo que isso agradara aos judeus, prosseguiu e tomou também a Pedro. (E eram os dias dos pães ázimos).
LTT E, havendo ele (Herodes) visto que agradável é isso aos judeus, foi além para também prender Pedro (e eram os dias da festa dos pães ázimos),
BJ2 E, vendo que isto agradava aos judeus, mandou prender também a Pedro. Era nos dias dos Pães sem fermento.
VULG Videns autem quia placeret Judæis, apposuit ut apprehenderet et Petrum. Erant autem dies Azymorum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 12:3

Êxodo 12:14 E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.
Êxodo 13:3 E Moisés disse ao povo: Lembrai-vos deste mesmo dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão; pois, com mão forte, o Senhor vos tirou daqui; portanto, não comereis pão levedado.
Êxodo 23:15 A Festa dos Pães Asmos guardarás; sete dias comerás pães asmos, como te tenho ordenado, ao tempo apontado no mês de abibe; porque nele saíste do Egito; ninguém apareça vazio perante mim;
Levítico 23:6 e aos quinze dias deste mês é a Festa dos Asmos do Senhor: sete dias comereis asmos;
Salmos 76:10 Porque a cólera do homem redundará em teu louvor, e o restante da cólera, tu o restringirás.
Mateus 26:17 E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, chegaram os discípulos junto de Jesus, dizendo: Onde queres que preparemos a comida da Páscoa?
João 12:43 Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.
João 19:11 Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem.
João 21:18 Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias: mas, quando já fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde tu não queiras.
Atos 2:14 Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.
Atos 4:13 Então, eles, vendo a ousadia de Pedro e João e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus.
Atos 20:6 E, depois dos dias dos pães asmos, navegamos de Filipos e, em cinco dias, fomos ter com eles a Trôade, onde estivemos sete dias.
Atos 24:27 Mas, passados dois anos, Félix teve por sucessor a Pórcio Festo; e, querendo Félix comprazer aos judeus, deixou a Paulo preso.
Atos 25:9 Todavia, Festo, querendo comprazer aos judeus, respondendo a Paulo, disse: Queres tu subir a Jerusalém e ser lá perante mim julgado acerca destas coisas?
I Coríntios 5:7 Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.
Gálatas 1:10 Porque persuado eu agora a homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.
I Tessalonicenses 2:4 mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova o nosso coração.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 12 : 3
agradável
Lit. “agradável, aceitável; razoável, adequado”.

Atos 12 : 3
deu
Lit. “acrescentar, adicionar, aumentar”. Vocábulo utilizado para reproduzir um hebraísmo: “outra vez”, “dando continuidade”, “em acréscimo”.

Atos 12 : 3
capturar
Lit. “tomar consigo, agarrar, capturar, prender; apreender; conceber, engravidar”.

Atos 12 : 3
Ázimos
Trata-se do pão sem fermento, que não foi submetido a nenhum processo de fermentação, ainda que natural. A festa dos pães amos durava sete dias, geralmente de um sábado a outro, sendo que no primeiro dia era comido o cordeiro pascal, momento em que era celebrada a ceia ritual intitulada Páscoa.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A PROPAGAÇÃO DO CRISTIANISMO

33-337 d.C.
A PROPAGAÇÃO DO EVANGELHO
Em II Timóteo, sua última carta, Paulo observa acerca de seus colegas que Crescente to1 para a Galácia e Tito para a Dalmácia. A Galácia corresponde à região central da atual Turquia e, provavelmente, incluía as igrejas fundadas por Paulo nas imediações de Antioquia da Pisídia: Icônio, Listra e Derbe. A Dalmácia corresponde à atual Albânia e partes da Sérvia e Montenegro.
Fica evidente que os colegas de Paulo estavam dando continuidade à sua prática de pregar o evangelho onde Jesus ainda não era conhecido.
O Novo Testamento não revela onde vários dos apóstolos e outros líderes da igreja foram pregar evangelho. De acordo com tradições posteriores, o apóstolo João passou seus últimos anos em Efeso e o apóstolo Filipe, em Hierápolis (Pamukkale), na Turquia.
As tradições também associam os apóstolos Tomé e Bartolomeu à Índia, mas não se sabe ao certo a que região esse termo se refere, que era usado para qualquer terra próxima ao oceano Indico.
A Bíblia não relata de que maneira o cristianismo se espalhou por todo o Império Romano e além de suas fronteiras. Sem dúvida os 85:000 km de estradas imperiais e as rotas marítimas usadas pelos romanos facilitaram essa propagação. Os três exemplos a seguir ilustram aspectos diferentes da propagação do cristianismo:


PERSEGUIÇÃO E MARTÍRIO
Uma leitura superficial de Atos dos Apóstolos mostra que a igreja primitiva enfrentou períodos de perseguição. Pedro foi liberto da prisão por intervenção divina. Ao mesmo tempo, em 44 d.C., o apóstolo Tiago, filho de Zebedeu, foi morto por Herodes Agripa I. De acordo com tradições posteriores, André foi crucificado na Acaia (Grécia) e Pedro, em Roma. Nas cartas do Senhor ressurreto às sete igrejas em Apocalipse, cada uma dessas congregações é exortada a buscar a vitória. Algumas igrejas, como a de Esmirna, são advertidas acerca de uma perseguição específica e, de fato, grande parte do restante do livro de Apocalipse (não obstante sua interpretação) fala da igreja sob perseguição intensa. No final do livro a "Babilônia" semelhante à Roma em alguns aspectos, ma: provavelmente uma referência a sistema do mundo como um todo, cai e a nova jerusalém desce do céu, da parte de Deus. "Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima" (Ap 21:3b-40).
Essa esperança encheu os primeiros cristãos de coragem para enfrentar a morte. Ainda no período neotestamentário vários cristãos foram martirizados, mas essas ocorrências não se encontram registradas no texto bíblico. Em 64 d.C., quando grande parte de Roma foi destruída por incêndio, o imperador Nero culpou os cristãos. Realizou prisões em massa, e ordenou que suas vitimas tossem crucificadas, queimada: ou cobertas com peles de animas selvagens é despedaçadas por cães.° Outra perseguição irrompeu no governo do imperador Domiciano (81-96 .C.). A prisão de João na ilha de Patmos, durante a qual acredita-se que ele escreveu o livro de Apocalipse, ocorreu nesse período.
A perseguição aos cristãos continuou no governo dos imperadores romanos dos séculos 2 e III d.C. e pode ser esboçada pelo seguinte resumo extremamente sucinto:

O RECONHECIMENTO OFICIAL DO CRISTIANISMO

O reconhecimento oficial teve um papel importante na propagação do cristianismo. Abgar IX (179-216 .C.), monarca do reino de Edessa (atual cidade de Urfa, no sudeste a Turquia), se converteu ao cristianismo. Em 301 d.C., o rei Tiridates e sua família, da Armênia, na fronteira oriental do Império Romano, foram batizados ao abraçarem a fé cristã. Em 313 d.C., na cidade de Milão, o imperador romano Constantino publicou um édito de tolerância em favor dos cristãos. Apesar dessa medida não ter interrompido a perseguição de imediato, pelo menos conferiu reconhecimento oficial a cristianismo. O imperador foi batizado em 337 d.C., ano de sua morte. Alguns consideram que o reconhecimento imperial foi benéfico para o cristianismo, enquanto outros julgam que foi prejudicial. Não obstante, salvo raras exceções, essa medida fez cessar a perseguição aos cristãos promovida pelo Estado.
Até o final da perseguição o grande risco de destruição de manuscritos desestimulou a compilação dos livros bíblicos em um só volume. Assim, não é coincidência que os primeiros

 

Referências

II Timóteo 4.10

Romanos 15:20

Mateus 6:9

Atos 12:1-17

Apocalipse 2:7-26;

Apocalipse 3.5-21

Apocalipse 2:10

Apocalipse 18:1-24

Apocalipse 21:2

Nos quatro primeiros séculos, i cristianismo se expandiu por grande parte do Império Romano e além.
Nos quatro primeiros séculos, i cristianismo se expandiu por grande parte do Império Romano e além.
Relevo com temas cristãos primitivos, encontrado nas paredes da catacumba de Domitila, em Roma. Inscrições como estas são consideradas hoje como um tipo de "grafite" cristão primitivo, uma vez que eram produzidas às pressas em lápides já existentes.
Relevo com temas cristãos primitivos, encontrado nas paredes da catacumba de Domitila, em Roma. Inscrições como estas são consideradas hoje como um tipo de "grafite" cristão primitivo, uma vez que eram produzidas às pressas em lápides já existentes.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Saulo Cesar Ribeiro da Silva

at 12:3
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários aos Atos dos Apóstolos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 67
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

3 Ao ver que [isso] era agradável aos judeus, deu continuidade para capturar também a Pedro - eram os dias dos [pães Ázimos] - 4 a quem, depois de deter, colocou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para o guardarem, querendo depois da Páscoa conduzi-lo ao povo. 5 Assim, Pedro era mantido na prisão, mas pela Igreja estava intensamente sendo feita oração a favor dele junto a Deus. 6 Quando Herodes estava prestes a conduzi-lo, naquela noite, Pedro estava dormindo entre dois soldados, atado com duas correntes; e sentinelas diante da porta guardavam a prisão. 7 Eis que se aproximou um anjo do Senhor, e uma luz iluminou a cela. Batendo na pleura de Pedro, o despertou, dizendo: levanta-te, depressa! E as correntes caíram-lhe das mãos. 8 Disse o anjo para ele: cinge-te e calça as tuas sandálias. [Ele] assim o fez. E [o anjo] lhe disse: veste o teu manto e segue-me. 9 E, saindo, o seguia, não sabendo que era verdadeiro o que estava sendo feito por meio do anjo; supunha ter uma visão. 10 Depois de passarem pela primeira e pela segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que conduz à cidade, o qual se abriu, por si mesmo, para eles; após saírem, prosseguiram por uma viela, e logo o anjo se afastou dele. 11 Então Pedro, caindo em si, disse: agora, sei verdadeiramente que o Senhor enviou o seu anjo e retirou-me das mãos de Herodes e de toda expectativa do povo judeu. 12 Percebendo [isso], veio para a casa de Maria, mãe de João, cognominado Marcos, onde muitos estavam reunidos e orando. 13 Quando ele bateu à porta do pórtico, aproximou-se uma criada, que atende pelo nome de Rode, 14 e, reconhecendo a voz de Pedro, de alegria não abriu o pórtico, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava de pé junto ao pórtico. 15 Eles disseram para ela: estás louca! Ela, porém, insistia ser assim. Eles diziam: é o anjo dele. 16 E Pedro continuou batendo; ao abrirem, o viram e extasiaram-se. 17 Fazendo um sinal com as mãos para se calarem, relatou-lhes como o Senhor o conduzira para fora da prisão, e disse: anunciai essas [coisas] a Tiago e aos irmãos. E, saindo, partiu para outro lugar. 18 Tornando-se dia, houve alvoroço não pequeno entre os soldados, sobre o que teria acontecido a Pedro. 19 Herodes, buscando-o mas não encontrando, após interrogar as sentinelas, mandou que fossem levadas [para a morte]. Descendo da Judeia para a Cesareia, [lá] permaneceu. — (At 12:3)


Imensas surpresas aguardavam os emissários de Antioquia, que já não encontraram em Jerusalém. As autoridades haviam efetuado a prisão do ex-pescador de Cafarnaum,  logo após a dolorosa execução do filho de Zebedeu. Amargas provações haviam caído sobre a igreja e seus discípulos. Saulo e Barnabé foram recebidos especialmente por Prócoro,  que os informou de todos os sucessos. Por haver solicitado pessoalmente o cadáver de para dar-lhe sepultura, Simão Pedro fora preso, sem compaixão e com todo o desrespeito, pelos criminosos sequazes de Herodes. Mas, dias depois, um anjo visitara o cárcere do Apóstolo, (At 12:6) restituindo-o à liberdade. O narrador referiu-se ao feito, com os olhos fulgurantes de fé. Contou o júbilo dos irmãos quando Pedro surgiu à noite com o relato da sua libertação. Os companheiros mais ponderados induziram-no, então, a sair de Jerusalém e esperar na igreja incipiente de Jope  a normalidade da situação. Prócoro contou como o Apóstolo relutara em aquiescer a esse alvitre dos mais prudentes. e haviam partido. As autoridades apenas toleravam a igreja em consideração à personalidade de , que, pelas suas atitudes de profundo ascetismo impressionava a mentalidade popular, criando em torno dele uma atmosfera de respeito intangível. Na mesma noite da libertação, por atender-lhe a insistência, Pedro fora conduzido à igreja pelos amigos. Desejava ficar, despreocupado das consequências; mas, quando viu a casa cheia de enfermos, de famintos, de mendigos andrajosos, houve de ceder a Tiago a direção da comunidade e partir para Jope, a fim de que os pobrezinhos não tivessem a situação agravada por sua causa.


Saulo mostrava-se grandemente impressionado com tudo aquilo. Junto de Barnabé, tratou logo de ouvir a palavra de Tiago, o filho de Alfeu. O Apóstolo recebeu-os de bom grado, mas, podiam-se-lhe notar desde logo os receios e inquietações. Repetiu as informações de Prócoro, em voz baixa, como se temesse a presença de delatores; alegou a necessidade de transigência com as autoridades; invocou o precedente da morte do filho de Zebedeu; referiu-se às modificações essenciais que introduzira na igreja. Na ausência de Pedro, criara novas disciplinas. Ninguém poderia falar do sem referir-se à . As pregações só poderiam ser ouvidas pelos circuncisos. A igreja estava equiparada às sinagogas. Saulo e o companheiro ouviram-no com grande surpresa. Entregaram-lhe em silêncio o auxílio financeiro de Antioquia.




(Paulo e Estêvão, FEB Editora. , pp. 284 e 285. Indicadores 18 e 19)



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

at 12:3
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 20
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 24:3-14


3. Estando ele sentado no monte das Oliveira, chegaram a ele os discípulos em particular, dizendo: Dizenos quando serão essas coisas e qual o sinal de tua vinda e do término do eon.

4. E respondendo, disse-lhes Jesus: "Vede que ninguém vos desvie (do caminho certo),

5. porque muitos virão (apoiados) sobre meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e desviarão muitos.

6. Haveis de ouvir guerras e boatos de guerras; cuidado, não vos assusteis, pois é mister que isso ocorra, mas ainda não é o fim,

7. porque se levantarão povos contra povos e reino contra reino, e haverá fome e terremotos em cada lugar.

8. Tudo isso, porém, é um princípio das dores de parto.

9. Então vos entregarão à opressão e vos matarão e sereis odiados de todos os povos por causa do meu nome.

10. E então muitos serão derrubados e mutuamente se entregarão e se odiarão mutuamente,

11. e muitos falsos profetas se levantarão e desviarão muitos;

12. e, por crescer a ilegalidade, se resfriará o amor de muitos;

13. Mas o que perseverar até o fim, esse será salvo.

14. E será pregada esta Boa Nova do Reino em toda a terra habitada, em testemunho a todos os povos, e então virá o fim".

MC 13:3-13 3. Estando ele sentado no monte das Oliveiras, defronte do templo, perguntaramlhe em particular Pedro, e Tiago, e João e André;


4. Dize-nos quando ocorrerá isso e qual o sinal quando tudo isso está para consumarse.

5. Jesus, porém, começou a dizer-lhes; "Vede que ninguém vos desvie (do caminho certo).

6. Muitos virão (apoiados) sobre meu nome, dizendo que sou eu, e desviarão muitos.

7. Todas as vezes, porém, que ouvirdes guerras e boatos de guerras, não vos assusteis: isso deve acontecer, mas ainda não é o fim,

8. pois se levantará povo contra povo e reino contra reino, haverá terremotos em cada lugar, haverá fome; isso é um princípio das dores de parto.

9. Cuidai de vós mesmos: entregarvos-ão aos tribunais e nas sinagogas sereis açoitados e comparecereis diante de governadores e reis por minha causa, em testemunho para eles. 10. E a todo povo, primeiro, deve ser pregada a Boa Nova.

11. E todas as vezes que vos levarem para entregar, não vos preocupeis do que direis, mas o que vos for ensinado naquela hora, dizei, pois não sereis vós que falais, mas o Espírito Santo.

12. E um irmão entregará o irmão à morte, e um pai o filho, e se levantarão os filhos contra os pais e os matarão.

13. E sereis odiados de todos por causa de meu nome. O que perseverar até o fim, esse será salvo".

LC 21:5-19


5. Falando alguns a respeito do templo, porque era ornado de belas pedras e donativos, disse:

6. "Isso que vedes, dias virão em que não será deixada pedra sobre pedra que não seja arrasada".

7. Perguntaram-lhe, pois, dizendo: Mestre, quando, então, será isso? E qual o sinal quando estiver para acontecer?

8. Ele disse: "Vede que não sejais desviados (do caminho certo), pois muitos virão (apoiados) sobre meu nome, dizendo: "Eu sou", e: "o tempo chegou"; não sigais atrás deles.

9. Todas as vezes que ouvirdes guerras e revoluções, não vos assusteis, pois é necessário que primeiro ocorram essas coisas, mas não (será) imediatamente o fim".

10. Então disse-lhes: "Levantarse-á povo contra povo e reino contra reino;

11. haverá grandes terremotos em cada lugar, fome e peste, haverá terrores também e grandes sinais do céu.

12. Antes de tudo isso, porém, lançarão suas mãos sobre vós e perseguirão, entregandovos às sinagogas e prisões, conduzindo-vos aos reis e governadores, po causa de meu nome.

13. Sairá (isto) para vós como testemunho.

14. Ponde, então, em vossos corações não premeditar como defender-vos,

15. pois eu vos darei eloquência e sabedoria, às quais não poderão resistir nem responder todos os vossos opositores.

16. Sereis entregues até por pais e irmãos e parentes e amigos, e matarão alguns de vós.

17. E sereis odiados de todos por causa de meu nome,

18. mas um cabelo de vossa cabeça não se perderá:

19. em vossa perseverança, adquirireis vossas almas".



Na opinião unânime dos comentadores, este trecho é reputado um dos mais difíceis dos Evangelhos.


Sabemos pela narrativa de Marcos que os quatro discípulos, que foram os primeiros a ser admitidos na Escola (JO 1:14-20) - Pedro e André (irmãos) Tiago e João (irmãos) - fizeram a Jesus a pergunta de esclarecimento a respeito da previsão da destruição do templo; em Mateus, porém, a indagação tem duas fases:
a) quais os sinais que precederão a destruição do templo;
b) quais os que assinalarão o término do eon ou ciclo (que as traduções vulgares interpretam com "fim do mundo").

Observemos que no original não está escrito télos toú kósmou (fim do mundo), mas synteleía toú aiônos (término do eon ou ciclo). Os israelitas opunham ôlâm hazzêh ("este eon") a ólâm habbâ ("o outro ou o próximo eon").


Entre as primeiras comunidades ("centros") cristãs, teve muita voga a crença de que a mudança de eon se daria muito breve, com a "chegada" (parusia) de Jesus (cfr. vol. 3, vol. 4 e vol. 6).


A palavra parusia (grego parousía) tem o sentido preciso de "presença" ou "chegada". Já desde três séculos antes de Cristo designava as visitas triunfais de reis e imperadores às cidades de seus domínios ou não: "chegavam" tornando-se "presentes". Os cristãos aplicavam o termo ao "retorno de Jesus à Terra, que era aguardado para aquela época tanto que a demora desanimou a muitos que, por isso, abandonaram o cristianismo.


As interpretações deste trecho são várias:

  • 1 - Trata-se apenas do fim do ciclo, dizem, entre outros, Irineu, Hilário, Apolinário, Teodoro de Mopsuesto, Gregório o Grande, etc .

  • 2 - Tem duas fases distintas, uma referente à destruição de Jerusalém (vers. 4 a 22), outra ao término do ciclo (verss. 23 a 51), é a opinião de Borsa, João Crisóstomo e muitos modernos.

  • 3 - As duas referências se misturam, sem divisão nítida, pensam Agostinho, Beda, Knabenbauer, Battifol, Lagrange, Durand e muitos outros modernos.


Maldonado (o. c. pág. 475) afirma que os apóstolos fizeram as duas perguntas confuse (confusamente) e que Jesus respondeu também confusamente, para que ninguém soubesse quando seria o "fim do mundo". O raciocínio peca pela base, já que as perguntas foram nitidamente duas e em sequência lógica.


Em segundo lugar, não é digno de um "mestre" esclarecer "confusamente a seus discípulos, ainda que esses fizessem confusão nas perguntas, o que não é o caso: isso revelaria falsidade no ensino, hipótese que não pode sequer ser aventada em relação a Jesus. Eis as palavras do jesuíta: existimabant apostoli haec esse conjuncta: finem templi et finem mundi; noluit Christus hunc illis errore erípere, isto é, "julgaram os apóstolos serem simultâneos esses dois acontecimentos: o fim do templo e o fim do mundo; Cristo não quis tirá-los desse erro".


Preferimos aceitar a explicação mais lógica, de que a "mistura" foi feita pelos narradores, dentro do estilo profético clássico, que encontramos em Isaías (8:21; 13:13; 19:2, etc.), em Ezequiel (5:12, etc.), em muitos outros apocalipses e até, modernamente, em Nostradamus.


Analisemos o trecho, dentro da interpretação generalizada, respigando alguns tópicos: Vers. 5 - "Muitos virão (apoiados) sobre meu nome", e não apenas "muitos virão em meu nome". Não se refere somente aos que se apresentam como representantes do Cristo, "em nome dele", mas daqueles que falam dizendo-se "O Cristo", fundamentados na autoridade desse nome. O grego não diz en onómatí, mas claramente epi tôí onómati mou. Encontramos exemplos dessa mesma época: Simão o Mago (AT 8:9-11); Teudas, sob o procurador Fadus (Fl. Josefo, Ant. Jud., 20. 5. 1); outros cujos nomes não nos foram conservados (Bell. JD 2. 13. 4); outro sob o procurador Félix (Bell. JD 2. 13. 5 e Ant. JD 20. 8. 6 e 10).


Vers. 6 e 7- Guerras e lutas entre nações. Nessa época sabemos de muitas: nas Gálias (Víndex e Virginius), no Danúbio, na Germânia, na Bretanha, com os Partos (Tácito, Annales, 12, 13; 13, 6 a 8; Suetônio, Nero, 39). Lutas em 68 entre Galba, Oton, Vitélia e Vespasiano (Tácito, Historiae, 1, 2,1); lutas na Palestina (Bell. JD 2. 12. 1 e Ant. JD 18. 9. 1); revoluções sob Cumano (entre 48 e 52), sob Gessio Floro (entre 64 e 66); massacres entre gregos e judeus em Cesareia, em Ascalon, em Ptolemaida, em Tiro, em Hipos, em Gadara, em Damasco, em Alexandria: "cada cidade parecia dividida em dois campos inimigos" (Bell. JD 2. 17. 10 e 18, e 1 a 8). A opinião de Tácito também é valiosa e insuspeita (1).


(1) Tácito (Historiae, I, 2, 1-6) assim descreve essa época: Opus adgredior opímum cásibus, atrox proeliis, discors seditiónibus, ipsa etiam pace saevum: quattuor príncipes ferro interempti trina bella civilia, plura externa ac plerumque permixta; prosperae in oriente, adversae in occidente res; turbatum llyricum, Galliae nutantes, perdómita Britannia et statim missa; coortae in nos Sarmatarum ac Sueborum gentes, nobilitatus cládibus mutuis Dacus, mota prope etiam Parthorum arma falsi Neronis ludibrio. Iam vero Italia novis cladibus vel post longam saeculorum seriem repetitis adflicta: haustae aut óbrutae urbes, fecundissima Campaniae ora; et urbs incendiis vastata, consumptis antiquissimis delubris, ipso Capitólio civium manibus incenso" Pollutae caerimoniae, magna adulteria; plenum exiliis mare, infecti caedibus scopuli. Atrocius in urbe saevitum: nobilitas, opes, omissi gestique honores pro crimine et ob virtutes certissimum exitium. Nec minus praemia delatorum invisa quam scelera, cum alii sacerdotia et consulatus ut spolia adepti, procurationes alii et interiorem potentiam, agerent verterem cuncta odio et terrore. Corruptl in dominos servi, in patronos liberti; et quibus deeral inimicus per amicos oppressi.


Para os poucos treinados em latim, eis a tradução: "Empreendo uma obra fecunda em catástrofes, atroz de combates, discordante pelas sedições, sendo cruel a própria paz: quatro príncipes mortos pela Espada, três guerras civis, muitas estrangeiras e outras mistas; êxitos no oriente, derrotas no ocidente; perturbada a Ilíria, cambaleantes as Gálias, a Bretanha dominada e logo perdida; Suevos e Sármatas revoltadas contra nós; o Dácio celebrado pelas nossas derrotas e pelas deles; os próprios Partos quase pegando em armas por engano de um falso Nero. Além disso, a Itália afligida por novas calamidades, que se repetiam após longa série de séculos; cidades engolidas ou arrasadas no litoral tão fértil da Campânia; Roma desolada por incêndios, vendo consumir-se os mais antigos santuários; o próprio Capitólio queimado pela mão dos cidadãos; a religião profanada, adultérios escandalosos, o mar coberto de exilados, os rochedos tintos de sangue.


Mais atroz na cidade a crueldade: a nobreza, a fortuna, as honras, a recusa mesmo das honras tida como crimes, e a morte como preço da virtude. Os prêmios dos delatores tão odiosos quanto os crimes, pois uns tomavam como despojos o sacerdócio ou o consulado, outros a procuradoria e o poder palaciano, tudo derrubando pelo ódio ou pelo terror. Os escravos corrompidos contra seus senhores, os libertos contra seus protetores, e os que não tinham inimigos, opressos por seus amigos".


Todo esse aparato de horrores não denota, entretanto, o fim: é apenas "o princípio das dores de parto" (no original: archê ôdínôn), não simples "dores". O termo é técnico, exprimindo uma dor que tem, como resultado, um evento feliz: uma dor que provoca um avanço, uma criação física ou mental.


As acusações entre cristãos são atestadas por Tácito (2).


(2) Também aqui Tácito (Annales, XV, 44, 4-6) nos esclarece com os seguintes palavras após descrever o incêndio de Roma: Ergo abolendo rumori Nero súbdidit reos et quaesitissimis poenis adfecit quos per flagitia invisos vulgus Christianos appellabat.


Auctor nominis ejus Christus, Tiberio imperitante per procuratorem Pontium Pilatum supplicio adfectus erat; repressaque in praesens exitiabilis superstitio rursvm erumpebat, non modo per Judaeam, originem ejus mali, sed per urbem etiam quo cuncta úndique atrocia aut pudenda confluunt celebranturque. Igitur primum correpti qui fatebantur, deinde indicio corum multitudo ingens haud proinde in crimine incendii quam odio humani generis convicti sunt. Isso significa: "Assim para abolir os boatos, Nero supôs culpados e infligiu tormentos refinados àqueles que, odiados por suas ações, o povo chamava Cristãos. O autor desse nome, Cristo, fora supliciado pelo procurador Pôncio Pilatos no império de Tibério. Reprimida no presente, a detestável superstição novamente irrompia, não só na Judeia, onde nascera, mas pela própria Roma, aonde chegam de todas as partes e são celebrados os cultos mais horrorosos e vergonhosos. Foram primeiro presos os que confessavam, depois, por indicação deles, enorme multidão, acusados não tanto pelo crime do incêndio, como de ódio pelo gênero humano".


Quanto à divulgação da Boa Nova, Paulo escreveu (RM 10:18): "Sua voz espalhou-se por toda a Terra e suas palavras às extremidades do mundo habitado". Realmente, no texto não é dito que o Evangelho será pregado "em todo o mundo" (hólôi tôi kósmôi) mas em "toda a Terra habitada" (hólêi têi oikouménêi). Essa palavra (donde deriva "ecumênico") era usada entre os gregos para exprimir o território deles, em oposição ao dos bárbaros; entre os romanos, era o império romano, em oposição aos demais povos.


Nessa mesma época, entre 30 e 70, temos notícias de tremores de terra na Ásia menor, na Assíria, na Macedônia, em Creta, na Itália: em 61 e 62 na Laodicéia, Colosso e Hierápolis; em 63, com a erupção do Vesúvio, em Nápoles, Herculanum e mais três cidades menores; o incêndio de Roma em 64 (cfr. Tácito, Annales, 14,16; Sêneca, Quaestiones Naturales, 6, 1; Fl. Josefo, Bell. JD 4. 4. 5). A fome, sob Cláudio, assolou Roma e Palestina (cfr. At 11:28 e Ant. JD 20. 5. 2).


O comparecimento ante os tribunais também é abundantemente citada não só pelos autores profanos, como no Novo Testamento: discípulos presos (AT 4:3 e AT 5:18-40); citados perante o Sinédrio (AT 8:1-3 ; 9:1, 2, 21; 26:10; 28:22; RM 15:30-31); Tiago é condenado e decapitado (AT 12:2); Pedro é preso e condenado (AT 12:3-17); Paulo é apedrejado em Listra (AT 14:18), é açoitado e preso em Filipos (AT 16:22-24); fica preso quatro anos em Jerusalém (AT 21:33) em Cesareia (AT 24:27) em Roma (AT 28:23, AT 28:30-31); é levado diante do procônsul Gálio (AT 18:14), do Sinédrio de Jerusalém (AT 23), de Félix (AT 24:25), de Festus (AT 25:9) do rei Agripa (AT 26) e de Nero (2TM 4:17-19).


Aí temos, pois, um apanhado que justifica a interpretação corrente do trecho, de que os acontecimentos previstos se referem ao mundo exterior da personagem, às ações que vêm de fora.


O segundo comentário ainda é bem mais difícil. Que sentido REAL está oculto, sob essas palavras enigmáticas?


O aviso inicial é de uma clareza ofuscante: "Vede que ninguém vos desvie do caminho certo" (1). O comentarista sente-se perplexo e assustado, temeroso de incorrer nesse aviso prévio de cuidar-se, para não se deixar levar por fantasias.


(1) Não podemos considerar errada a tradução que fazem as versões vulgares do verbo planáô, po "enganar"; mas o sentido preciso desse verbo, "desviar do caminho certo" é muito mais expressivo e corresponde bem melhor ao que se diz no contexto.


Oremos, suplicando que a inspiração não nos falte, e que não distorçamos a luz que nos vem do Alto, a fim de não nos desviarmos nem tirarmos os outros do caminho certo.


Assistimos ao trabalho da Individualidade para fazer evoluir a personagem, com seus veículos rebeldes, produto do Antissistema. A figuração do Cristo diante da multidão simboliza bem a individualidade a falar através da Consciência, para despertar a multidão de pequenos indivíduos, representados pelo governo central, que é o intelecto. Imbuído de todo negativismo antagônico, o intelecto leva a personagem a rejeitar as palavras da Verdade que para ela, basicamente situada no polo oposto, soam falsas e absurdas. O Espírito esforça-se por explicar, responde às dúvidas: esclarece os equívocos, todavia nada satisfaz ao intelecto insaciável de noções de seu plano, onde vê tudo distorcido pela refração que a matéria confere à ideia espiritual, quando esta penetra em seu meio de densidade mais pesada. Quando verifica que não tem argumentos capazes para rebater o que ouve, rebela-se definitivamente e interrompe qualquer ligação com o Eu interno, voltando-se para as coisas exteriores, supondo que a matéria (as pedras) possam anular a força do Espírito. Diante de tal atitude violenta e inconquistável, a Individualidade esconde-se, isto é, volta a seu silêncio, abandonando a si mesma a personagem, e sai do templo, ou seja, larga a personagem e passa a viver no Grande-Todo, no UNO, indivisível, sem deixar contudo de vivificar e sustentar a vida daquela criatura mesma que a rejeitou com a violência. Um dos casos, talvez, em que, temporária ou definitivamente, a Individualidade pode desprender-se da personagem que, por não querer aceitar de modo algum o ensino, continuará sozinha a trajetória (cfr. vol. 4), tornando-se "psíquica", mas "não tendo Espírito" (Judas, 19).


NOTA DO AUTOR


A partir deste ponto, podemos oferecer a nossos leitores bases mais seguras em nossa tradução do texto original grego.


Até a página anterior, seguimos o NOVUM TESTAMENTUM GRAECE, de D. Eberhard Nestle e D. Erwin Nestle; o NOVI TESTAMENTI BIBLIA GRAECA ET LATINA, de J . M. Bover; a "S. Bible Poliglotte" de Vigouroux; as versões da Escola Bíblica de Jerusalém, da Abadia de Maredsous, a "Versão Brasileira" a Vulgata de Wordsworth e White, e a Análise de Max Zerwick, que eram os textos mais bem informados (só nos faltava o texto de Merck, mas a edição de Bover o colaciona).


Agora, todavia, conseguimos receber o recentíssimo volume THE GREEK NEW TESTAMENT, de Kurt Aland (da Univ. de Munster, Westfalia), Matthew Black (da Univ. de St. Andrews), Bruce M. Metzger (do Univ. de Princeton) e Allen Wikgren (da Univ. de Chicago), com larga colaboração de especialistas de cada setor, de forma a ser um texto realmente autorizado.


A publicação foi feita em 1967, pela United Bible Societies, de Londres (que reúne as Soc.


Bíblicas Americana, Inglesa estrangeira, Escocesa, Neerlandesa e de Wurttemberg). Traz todas as variantes dos papiros, dos códices unciais, dos minúsculos, da ítala e da vulgata, dos lecionários, das versões antigas (siríacas, coptas, góticas, armênias, etiópicas, georgionas, núbias) dos Pais do Igreja, e de todos os editores, trazendo até as descobertas mais recentes nesse campo. Isso permite ao tradutor apoiar-se com maior segurança em seu trabalho, podendo analisar as variantes e avaliar os pesos de cada manuscrito ou tradução, tirando conclusões mais fiéis ao original.


Daqui em diante, pois, seguiremos o texto grego cessa edição. E como prometemo-nos o REVER, à sua luz, e com os dados mais recentes, tudo o que até agora foi traduzido e publicado qualquer novo testemunho que nos leve a modificar nossa opinião expendida, honestamente a divulgaremos oportunamente, para que continue, neste trabalho audaciosamente iniciado, a mesma qualidade básica essencial: honestidade sincera.


A tradução que sozinho empreendemos do original grego, sob nosso responsabilidade pessoal única, não se filia a nenhuma corrente religioso antiga ou moderna. O que pretendemos é conseguir penetrar o sentido reaI, dentro do grego, transladando-o para o português, sem preocupação de concordar nem de discordar com quem quer que seja.


Também não pretendemos ser dogmáticos nem saber mais que outros, mas honestamente dizemos o que pensamos, como estudiosos, trazendo mais uma achega depois de quase cinquenta anos de estudos especializados nesta existência. Mas estamos dispostos a aceitar qualquer crítica e rever qualquer ponto que nos seja provado que foi mal interpretado por nós.


Só pedimos uma coisa: que nos seja reconhecida a honestidade com que trabalhamos e a sinceridade pessoal com que sentimos e nos expressamos.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
F. TESTEMUNHAS PERSEGUIDAS, Atos 12:1-25

1. Pedro É Aprisionado (12:1-5)

Sem dúvida, Pedro é o personagem central dos primeiros doze capítulos do livro de Atos, assim como Paulo o é nos capítulos 13:28. Foi Pedro quem realizou a escolha do décimo segundo apóstolo para ocupar o lugar de Judas 1scariotes (Atos
1) ; pregou no Dia de Pentecostes, quando três mil pessoas se converteram (Atos
2) ; curou o coxo e fez outro sermão (Atos
3) ; dirigiu-se ao Sinédrio (Atos
4) ; desmascarou Ananias e Safira, e agiu como um advogado de defesa perante o Sinédrio (Atos 5). Então, Estêvão tornou-se o personagem central (Atos 6;7), seguido por Filipe (Atos 8). Depois da conversão de Saulo, Pedro novamente vem para o primeiro plano, desta vez em Lida e Jope (Atos 9). A seguir, vem a história da pregação de Pedro aos gentios na casa de Cornélio (Atos
10) e a sua justificativa daquela ação (Atos 11). Finalmente, temos o relato da prisão e da libertação de Pedro (Atos 12). Durante os primeiros quinze anos da história da Igreja (30 a 45 d.C.), Pedro foi a figura dominante. Durante os vinte anos seguintes (45-65 d.C.), Paulo foi o grande líder da evangelização no Império Romano.

A perseguição à Igreja teve início quase que imediatamente depois de Pentecostes. Pedro tinha curado um homem coxo junto à Porta Formosa do Templo, e uma grande multidão tinha testemunhado os resultados. Quando aquele que tinha operado o milagre aproveitou a multidão reunida para pregar a respeito de Jesus, os sacerdotes do Templo o levaram preso (Atos 4). Libertado, em breve ele foi aprisionado novamente, com outros apóstolos (Atos 5). Estêvão foi a próxima vítima, só que desta vez houve uma morte (Atos 7). Este martírio deu início a uma onda violenta de perseguições aos crentes de Jerusa-lém (cap. 8). Saulo tentou levar a sua perseguição à igreja que estava em outros lugares, mas ele mesmo se tornou um prisioneiro do Senhor na estrada para Damasco. Agora, Herodes começa o trabalho sangrento de liquidar os líderes da igreja (Atos 12).

Ele é chamado o rei Herodes (1). Este era Herodes Agripa I. Ele só é mencionado (no NT) neste capítulo. Era neto de Herodes, o Grande, e sobrinho de Herodes Antipas, aquele que matou João Batista.

Com a morte de Herodes, o Grande, em 4 a.C., seu filho Antipas tornou-se tetrarca da Galiléia e Peréia, governando até 39 d.C. Outro filho, Arquelau, tornou-se etnarca da Judéia (incluindo Samaria e Iduméia), mas foi chamado de volta a Roma em 6 d.C. e deposto. Durante um período de 35 anos, a Judéia foi governada por sete diferentes procuradores (governadores romanos), dos quais o mais conhecido foi Pôncio Pilatos (26-36 d.C.).
Finalmente, por apenas três anos (41-44 d.C.), toda a Palestina foi governada por Herodes Agripa I; o país assim estava unido pela primeira vez desde a morte de Herodes, o Grande, em 4 a.C. Agripa estava decidido a permanecer nas boas graças dos seus súditos judeus — um fato que levou à perseguição dos cristãos. Sobre ele, Josefo diz: "Ele adora-va viver permanentemente em Jerusalém, e era cuidadoso na observância das leis do seu país. Portanto, ele se conservava puro e nenhum dia se passava sem que oferecesse os seus sacrifícios"."

A expressão Por aquele mesmo tempo (1) refere-se aos últimos acontecimentos descritos no capítulo 11. Herodes Agripa empenhou-se para maltratar — lit., "afligir"' — alguns membros da igreja. A primeira coisa que ele fez foi executar Tiago, irmão de João (2). Estes dois filhos de Zebedeu tinham pedido os lugares de maior honra, ao lado de Jesus. A resposta do Messias foi: "Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu hei de beber e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?... Na verdade bebereis o meu cálice [sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado]" (Mt 20:22-23). Agora esta profecia, no que diz respeito a Tiago, estava cumprida. Os sofri-mentos de João provavelmente se estenderam por um período de alguns anos. Não há suporte histórico suficiente para a lenda de que João tenha sido martirizado ao mesmo tempo que Tiago. Alexander comenta: "E notável que, até onde sabemos, um desses inseparáveis irmãos tenha sido o primeiro dos apóstolos a morrer, e o outro, o último".' Embora nada tenha sido dito no livro de Atos sobre qualquer atividade de Tiago, o fato de que ele foi o primeiro dos doze apóstolos a ser martirizado sugere que ele era reconhecido como um destacado líder da igreja. Homens neutros e passivos não são perseguidos. Sem dúvida, o fato de Jesus ter escolhido este homem como um membro de seu círculo mais íntimo, composto por três discípulos — que participaram com o Mestre dos episódios da ressurreição da filha de Jairo, do monte da transfiguração e do jardim do Getsêmani — fizeram com que ele fosse considerado em alta estima pelos primeiros crentes em Jerusalém.

Quando Herodes Agripa viu que a execução de Tiago agradara aos judeus, conti-nuou, mandando prender também a Pedro (3). Ele pode ter sabido do papel predo-minante que este apóstolo desempenhou nos anos anteriores do novo movimento. Executá-lo seria desfechar um forte golpe contra a Igreja de Jesus Cristo.

Assim, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados (4) — dezesseis homens. Os romanos dividiam a noite em quatro turnos de vigília de três horas cada. Para cada um desses turnos, um grupo de quatro homens encarregava-se do prisioneiro. A mesma coisa acontecia durante o dia. A freqüente troca da guarda tinha a finalidade de garantir que ninguém dormisse em serviço.

O rei planejava tirar Pedro da prisão para executá-lo publicamente depois da Pás-coa. Esta tradução é um estranho anacronismo. A expressão grega é to pascha. Alexander observa: "Não existe uma razão por que não pudesse ser traduzida, aqui, como em todas as outras passagens onde aparece, como o seu equivalente exato, Páscoa (significando a Páscoa dos judeus) "."

Uma vez que, no seu sentido restrito, os sete dias da Festa dos Pães Asmos seguiam o dia da Páscoa (Êx 12:3-19), alguns criticaram o relato por dizer: E eram os dias dos asmos (3) e mais tarde afirmar que Herodes planejava apresentar Pedro para a execução pública "depois da Páscoa" (4). A solução simples para o problema está no fato de que as duas expressões — "pães asmos" e "páscoa" — eram aplicadas livremente a todo o período de oito dias. O fato de ambas serem usadas alternadamente nesta época é plenamente confirmado por Josefo." Lucas identifica as duas no seu Evangelho (Lc 22:1) e é comple-tamente razoável supor que ele também o faça aqui. Assim, a passagem significaria que, durante o período geral dos pães asmos, Herodes prendeu Pedro e encerrou-o na prisão, com a intenção de apresentá-lo justamente no final da festa, quando a grande multidão da Páscoa aclamaria Herodes pelo seu zelo pela Lei, ao executar um líder "herege".

Assim Pedro... era guardado na prisão (5) ; mas a igreja fazia contínua -uma única palavra que significa "fervorosa" (ASV) — oração por ele a Deus.

2. Pedro É Libertado (Atos 12:6-11)

Finalmente, no dia seguinte, Herodes ia fazê-lo comparecer (6) — lit., "apresentar diante". Mas nesta mesma noite — exatamente na "última hora" — Deus interveio em resposta às orações.

Estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão. Isto indica como ficavam posicionados os quatro soldados de cada "quaterno" (4). Dois deles ficavam acorrentados ao prisioneiro, um de cada lado. Os outros dois ficavam no posto de sentinelas. Lake e Cadbury comentam: "O costume de atar um prisioneiro a um soldado é mencionado por Sêneca"." Pedro tinha escapado da prisão uma vez, quando os principais dos sacerdotes o aprisionaram (5,19) e Herodes Agripa não queria correr o mesmo risco desta vez.

De repente, algo mudou a situação. Eis que sobreveio o anjo — ou "um anjo" -do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão (7). O anjo tocou o lado de Pedro e lhe disse que se levantasse depressa. Quando ele o fez, caíram-lhe das mãos as cadeias.

Como a palavra grega angelos significa "mensageiro", alguns argumentaram que foi um mensageiro humano que libertou Pedro. Mas todo o teor da narrativa é contrário a esta interpretação. A expressão anjo do Senhor é exatamente a mesma de Lucas 2:9, onde o significado é claramente o de um visitante celestial (cf. Atos 5:19-8.26). Além disso, a afirmação de que uma luz resplandeceu na prisão tem correspondência em Lucas 2:9 -"Um anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor". Em terceiro lugar, um mensageiro humano não poderia tê-lo libertado das correntes que o prendiam a um guarda de cada lado.

Pedro recebeu a ordem de vestir-se imediatamente e atar as suas sandálias (8). Deus não faz por nós o que podemos fazer por nós mesmos. Em seguida, o anjo disse ao prisioneiro libertado para colocar nas costas a sua capa (manto exterior) e segui-lo. Pedro obedeceu, ainda confuso. Ele pensou que estivesse tendo uma visão (9). Não parecia ser possível que isto pudesse ser verdade.

Eles passaram a primeira e a segunda guarda (10) — provavelmente as duas sentinelas que estavam de vigia, além dos dois a quem Pedro estava acorrentado. Final-mente, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, ou seja, a porta externa da prisão. Ela se lhes abriu por si mesma — uma palavra em grego, automate; ou seja, automaticamente. A mesma palavra aparece (no NT) somente em Mac 4.28.

Percorreram uma rua sugere que a prisão estava situada dentro da cidade, e que eles seguiram por uma rua depois de uma intersecção. Neste ponto, já estariam a uma distância segura da prisão. Talvez Pedro estivesse preso na Torre de Antônia, ao norte da área do Templo (ver o mapa 2). Quando já estavam longe da prisão, o anjo se apartou deles. A sua maravilhosa intervenção já não era mais necessária. Pedro agora podia continuar sozinho. É fanatismo esperar que Deus faça por nós o que nós mesmos pode-mos fazer.

Pedro, tornando a si (11) significa, lit., "voltando a si". Ele tinha estado de alguma maneira fora de si, em êxtase. Agora, estava plenamente consciente do local onde estava. Ele reconheceu que foi o Senhor que, por meio do seu anjo, o tinha libertado da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava. Os líderes judeus sem dúvida ti-nham suposto que a sua morte era certa.

3. O Relato de Pedro (Atos 12:12-17)

E, considerando ele nisso (12) é uma única palavra em grego, synidon (encontra-da somente aqui e em 14.6), que significa "ver a visão completa...compreender, enten-der".92 Aqui, ela indica o momento em que ele "tinha pensado sobre todas as circunstân-cias e decidido qual seria a melhor coisa a fazer"." Tendo tomado a sua decisão, ele foi até a casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos. João era um nome judeu comum; Marcos, um nome romano (cf. Marco Aurélio). Esta é a primeira das quatro vezes em que Marcos é mencionado pelo nome no livro de Atos; é provável que ele tenha sido o jovem que fugiu do jardim do Getsêmani (Mac 14:51-52).

Na casa da mãe de João Marcos, muitos estavam reunidos e oravam. A implicação é que o pai de Marcos já tivesse morrido, mas que a sua mãe possuía uma casa suficiente-mente grande para servir como lugar de reunião para uma congregação cristã em Jeru-salém. Também é perfeitamente possível que o grande cenáculo desta casa (um amplo piso superior para convidados) tenha sido o local onde a última Ceia foi celebrada, e onde aconteceu o Pentecostes.

Batendo Pedro à porta do pátio (13) — a porta exterior que dava para a rua -uma menina chamada Rode — "Rosa" em grego" — saiu a escutar, i.e., ela deveria perguntar quem era e ter certeza de que era um amigo antes de abrir a porta àquela hora da noite. Sem dúvida, os cristãos de Jerusalém tinham ficado cautelosos durante a época em que Saulo estava "entrando pelas casas" para prender os seguidores de Jesus (8.3). Agora que Herodes Agripa iniciara outro período de perseguição, eles deveriam ficar precavidos novamente.

Quando Pedro respondeu, Rode reconheceu a sua voz (14). Ela ficou tão contente que de alegria não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que o próprio Pedro estava à porta. A reação dos discípulos que estavam orando foi: Estás fora de ti (15) — perdeste a razão. Quando ela insistiu que Pedro realmente estava ali, eles disse-ram: É o seu anjo. Lumby Observa: "A crença judaica era a de que cada homem tinha um anjo da guarda que lhe era designado"." Alguns pensam que o próprio Senhor Jesus parecia refletir esta opinião (Mt 18:10). Gloag também afirma: "Esta noção, de que cada indivíduo tem o seu anjo da guarda, foi fortemente sustentada pelos primeiros patriar-cas"." Ele prossegue, no entanto, afirmando que "a palavra do nosso Salvador pode ter sido interpretada como referindo-se aos anjos em geral, e não que um anjo da guarda em especial esteja ligado a cada indivíduo"."

Enquanto isso, Pedro perseverava em bater (16). Quando as pessoas que esta-vam no interior finalmente abriram a porta e viram que era realmente ele, se espanta-ram. Onde estava a sua fé? Certamente parece que elas não esperavam que o Senhor atendesse às suas orações. Mas os cristãos do século XXI algumas vezes ficam igualmen-te surpresos quando os seus pedidos são concedidos.

Pedro acenou com a mão àquelas pessoas que estavam tão animadas — e talvez perigosamente barulhentas — para que se calassem (17). Esta é uma única pala-vra no texto grego, sigan, que significa "fazer silêncio". O tempo era precioso. Pedro contou — lit., "expôs" o assunto — como o Senhor o libertara da prisão. Ele concluiu com esta frase: Anunciai — uma única palavra, "contar" — isto a Tiago e aos irmãos. Este Tiago não era o filho de Zebedeu, que tinha sido morto recentemente (2). Evidentemente, era aquele que Paulo identifica como "Tiago, o irmão do Senhor" (Gl 1:19). Este é o Tiago que agiu como moderador no Concílio de Jerusalém (Atos 15:13--21) e que era evidentemente considerado o principal pastor da igreja de Jerusalém (cf. Atos 21:18). Esta passagem parece deixar esta posição implícita. Não fica claro se irmãos se refere aos líderes da igreja ou simplesmente a outros membros da igreja, não presentes na casa de Maria. Parece óbvio que tanto o "pastor como o povo" deve-riam ser informados da libertação de Pedro.

Então Pedro, saindo, partiu para outro lugar. Não se sabe aonde ele foi. Quaisquer sugestões seriam uma completa especulação. Mas era completamente necessário que o prisioneiro libertado fosse se esconder. Tudo o que sabemos é que ele aparentemente deixou a cidade.

  • Os Guardas da Prisão São Executados (Atos 12:18-19)
  • Sendo já dia (trad. literal), houve não pouco alvoroço — "agitação" ou "turbu-lência" — entre os soldados sobre o que seria feito de Pedro (18). Havia motivos para que estes guardas estivessem preocupados, como mostra o versículo seguinte.

    Herodes procurou Pedro e o não achou (19). Conseqüentemente, fez inquirição — o verbo indica uma investigação judicial (cf. 4,9) — aos guardas — que o estavam vigiando — e mandou-os justiçar. Tudo isto é uma única palavra em grego, e significa literalmente "ser levado", ou seja, "ser encaminhado à execução". Lake e Cadbury escre-vem: "De acordo com o Código de Justiniano, que sem dúvida representa os costumes romanos, um guarda que permitisse que um prisioneiro escapasse estaria sujeito à mes-ma penalidade que o prisioneiro teria cumprido"."

    Então Herodes — talvez desgostoso e preocupado —, partindo da Judéia para Cesaréia, ficou ali. Esta cidade era a sede do governo romano na Palestina.

  • O Perseguidor É Punido (12:20-23)
  • Herodes estava irritado (20) — uma palavra forte e rara que significa "ter uma discussão acalorada"" — com o povo de Tiro e Sidom, as duas principais cidades da antiga Fenícia (o Líbano moderno, ver o mapa 1). Josefo nos conta como Herodes Agripa construiu belos edifícios em Berytus99 ou Beirute (a atual capital do Líbano). Esta cida-de fica poucos quilômetros ao norte de Tiro e Sidom. Pode ser que a supremacia comer-cial das duas cidades estivesse em perigo pelo favor que Herodes estava mostrando à nova cidade.

    Tiro e Sidom vieram de comum acordo — em uma missão comum. Tendo assegu-rado a ajuda amistosa de Blasto, que era o camarista do rei — aquele que estava encarregado dos seus aposentos íntimos, e, conseqüentemente, muito íntimo de Herodes — pediam paz, i.e., o fim das disputas. A razão para a sua preocupação era porque o seu país se abastecia do país do rei. Isto pode ter dois significados. O primei-ro, que a Fenícia — um país estreito e montanhoso — era literalmente alimentada pelos grãos e pelas frutas da Galiléia. Em segundo lugar, Tiro e Sidom dependiam do comércio do território de Herodes para ajudar a manter a sua rota e navegação co-mercial em um elevado patamar. Por essa razão, se Beirute se tornasse uma cidade próspera, eles sofreriam.

    Num dia designado (21) é identificado por Josefo como um dia indicado para uma festa em que seriam feitos os votos pela segurança do imperador romano, e no qual Herodes Agripa "exibia espetáculos em honra a César".1" Ele vestia as vestes reais. Josefo é mais explícito, dizendo: "Ele vestiu um manto todo feito de prata, e de uma textura verdadeiramente deslumbrante, e chegou cedo ao teatro naquela manhã; quando a pra-ta da sua roupa se iluminou pelo reflexo dos raios do sol, brilhou de uma maneira surpre-endente, e era tão resplandecente que espalhava o horror àqueles que olhassem fixa-mente para ele".1"

    Assim vestido, Herodes Agripa estava assentado no tribunal e lhes dirigiu a pala-vra. Dominado pela sua aparência e pelas suas palavras, e ansioso por cair nas suas boas graças, o povo gritava: Voz de Deus, e não de homem! (22). Josefo confirma plenamen-te, dizendo: "E os seus aduladores gritavam... que ele era um deus, e acrescentavam 'seja misericordioso para conosco; pois embora o tenhamos reverenciado, até hoje, somente como um homem, de agora em diante o faremos como a alguém que é superior à natureza mortal"?' Este historiador judeu da época acrescenta que o rei "nem os repreendeu nem rejeitou esta bajulação herege".1'

    Herodes tinha assassinado Tiago e pretendido matar Pedro. A retribuição divina para isto, e a aceitação da adoração blasfema decretaram a sua morte. No mesmo instante, feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus; e, comido de bichos, expirou (23). Uma vez mais, Josefo está de acordo. Ele diz: "Uma dor aguda surgiu no seu ventre e começou de uma maneira muito violenta"?" Adicional-mente, ele registra que Herodes continuou sofrendo dores durante cinco dias, até que finalmente morreu."'

    6. O Progresso da Pregação (Atos 12:24-25)

    Apesar de todos os esforços de Satanás para impedir o trabalho da Igreja, a Palavra de Deus crescia e se multiplicava (24). Este é o terceiro progresso deste tipo registrado no livro de Atos (cf. Atos 6:7-9.31). Apesar da oposição, o trabalho progredia.

    Quando terminaram o seu ministério, Barnabé e Saulo voltaram de Jerusalém (25). Os dois manuscritos gregos mais antigos 5aticano e Sinai-tico, trazem a expressão "para Jerusalém", mas isto parece não fazer sentido. Os dois homens tinham ido a Jeru-salém levando o alívio para a fome (Atos 11:29-30). Seria de esperar que eles agora estivessem retornando a Antioquia. Além disso, a casa de João Marcos estava em Jerusalém. Seria natural que ele acompanhasse os homens mais velhos a Antioquia. No início do capítulo seguinte, encontramos estes três homens em Antioquia. Assim, apesar das dificuldades textuais, parece melhor aceitar de Jerusalém como a leitura correta.'" A expressão "para Jerusalém" pode ser um engano de algum escriba.'


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Atos Capítulo 12 versículo 3
    Os dias dos pães asmos:
    Festa judaica que dura sete dias a partir da Páscoa (Ex 12:1-27).

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
    *

    12.3 agradável aos judeus... prendendo também a Pedro. O propósito soberano de Deus foi cumprido na vida de seus igualmente dedicados servos: neste tempo, Tiago morreu à espada, enquanto Pedro foi liberto da prisão.

    E eram os dias dos pães asmos. Com tantos judeus zelosos visitando a cidade para a festa, era um momento oportuno para fazer a prisão.

    * 12.7 um anjo do Senhor... uma luz iluminou. Um anjo era uma garantia da presença de Deus, e a luz provavelmente lembraria Pedro da glória do Senhor no Antigo Testamento (9.3; Êx 3:2; 13:22; 40:34)

    * 12.10 portão de ferro que dava para a cidade. A Torre de Antônia tinha uma entrada para os átrios do templo, ao sul, assim como outras entradas para a cidade.

    * 12.15,16 Os discípulos oravam fervorosamente a Deus (conforme 4.23,24) para proteger e livrar Pedro, mas então não conseguiram crer que o Senhor havia feito o que eles tinham pedido.

    *

    12.15 seu anjo. Eles pensaram que era o guardião angélico pessoal dele (Mt 18:10; Hb 1:14). O conceito popular era que tal guardião poderia assumir a aparência da pessoa humana protegida.

    * 12.19 justiçadas. De acordo com a lei romana, se um prisioneiro escapava, o guarda era passível de ser punido como o prisioneiro teria sido (conforme 16.27,28).

    * 12.23 não haver dado glória a Deus. Em seu orgulho, ele aceitou para si próprio o louvor que pertence a Deus.

    comido de vermes. O historiador judeu Josefo (Antigüidades 19.334-350) registra que Herodes Agripa I sofreu dores no coração junto com dor em seu abdome e morreu depois de cinco dias. Herodes morreu em 44 d.C., o quarto ano de Cláudio César.

    *

    12.25 Barnabé e Saulo, cumprida a sua missão. Esta era a missão de trazer a oferta de Antioquia para aliviar a fome de Jerusalém (11.27-30).

    João... Marcos. Possivelmente o jovem que fugiu na noite da prisão de Jesus (Mc 14:51,52). Marcos, o escritor do segundo Evangelho (conforme 1Pe 5:13), acompanhou Paulo e Barnabé a Antioquia, e foi com eles na primeira viagem missionária (13,4) até a Perge da Panfília (13.13).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
    12:1 Este rei foi Herodes Agripa I, filho do Aristóbulo e neto do Herodes o Grande. Sua irmã foi Herodías, a responsável pela morte do João o Batista (veja-se Mc 6:17-28). Herodes Agripa I era em parte judeu. Os romanos o escolheram para que governasse grande parte da Palestina, incluindo os territórios da Galilea, Perea, Judea e Samaria. ficou contra os cristãos a fim de agradar aos líderes judeus, os que se opunham a eles, esperando que isto afiançasse sua posição. Agripa I morreu de repente em 44 D.C. (veja-se 12:20-23). Sua morte também a recorda o historiador Josefo.

    12:2 Jacóo e João foram dois dos doze discípulos originais que seguiram ao Jesus. Pediram ao Jesus que em seu reino os reconhecesse em forma especial (Mc 10:35-40). Jesus lhes disse que o reconhecimento em seu Reino freqüentemente significava sofrimento para a pessoa (beber da mesma taça; Mc 10:38-39). Jacóo e João sofreram realmente, Herodes executou ao Jacóo e João mais tarde foi ao exílio (veja-se Ap 1:9).

    12.2-12 por que Deus permitiu que Jacóo morrera e salvou milagrosamente ao Pedro? A vida está cheia de perguntas difíceis como esta. por que um menino tem impedimentos físicos enquanto outro é atleticamente dotado? por que a gente morre antes de usar seu potencial? Estas são perguntas que possivelmente não possamos responder nesta vida porque não vemos tudo o que Deus vê. O decidiu permitir o mal neste mundo por um tempo, mas confiemos em sua direção porque prometeu que um dia destruirá todo o mal. Enquanto isso, sabemos que Deus vai ajudar nos a usar o sofrimento de uma maneira que nos fortalezca e lhe glorifique. se desejar mais informação a respeito desta pergunta, vejam-nas notas a 1:1ss; 2:10; 3:23-26.

    12:3 Durante a Festa dos Pães sem Levedura, a festa de uma semana que seguia à Páscoa, prenderam o Pedro. Este foi um movimento estratégico porque havia mais judeus na cidade que o usual e Herodes podia impressionar a mais pessoas.

    12:5 O plano do Herodes era executar ao Pedro, mas os crentes oraram pela segurança do Pedro. A oração fervorosa da igreja influiu significativamente no êxito destes acontecimentos. A oração troca atitudes e sucessos. De maneira que ore freqüentemente e faça-o com confiança.

    12:7 Deus enviou a um anjo para que resgatasse ao Pedro. Os anjos são mensageiros de Deus. São seres divinos criados com poderes sobrenaturais e algumas vezes tomam aparência humana de maneira que possam lhe falar às pessoas. Os anjos não devem adorar-se porque não são divinos. Ao igual a nós, são servos de Deus.

    12:12 João Marcos escreveu o Evangelho do Marcos. A casa de sua mamãe era o bastante ampla para acomodar a muitos crentes. E uma habitação superior nesta casa possivelmente foi a que usou Jesus na Ultima Jantar com seus discípulos (Lc 22:8ss).

    12.13-15 Deus respondeu as orações do pequeno grupo de crentes enquanto ainda oravam. Mas quando a resposta chegou à porta, não acreditaram. Nós devemos ser gente de fé e acreditar que Deus responde as orações dos que procuram sua vontade. Quando você ora, cria que vai receber uma resposta, e quando a resposta venha, não se surpreenda, seja agradecido.

    HERODES AGRIPA I

    Para bem ou para mau, as famílias exercem uma influência duradoura e poderosa sobre os filhos. Os rasgos e qualidades acontecem com a próxima geração e freqüentemente os enganos e pecados dos pais se repetem nos filhos. Na Bíblia se mencionam quatro gerações da família do Herodes. Cada líder deixou sua marca malévola: Herodes o Grande matou aos meninos em Presépio; Herodes Antipas tomou parte no julgamento do Jesus e fez executar ao João o Batista; Herodes Agripa I assassinou ao apóstolo Jacóo e Herodes Agripa II foi um dos juizes do Paulo.

    Herodes Agripa I se relacionava muito bem com seus antepassados judeus. devido a que tinha uma avó judia de sangue real (Mariamne), a gente o aceitava a contra gosto. Em sua juventude, esteve temporalmente na prisão por ordem do imperador Tiberio, mas agora contava com a confiança de Roma e se levava bem com os imperadores Calígula e Claudio.

    Com o movimento cristão se criou uma oportunidade inesperada para que Herodes ganhasse um novo favor com os judeus. Na igreja se começaram a aceitar grande número de gentis. Muitos judeus toleravam este novo movimento como uma seita dentro do judaísmo, mas seu rápido crescimento os alarmou. A perseguição dos cristãos se avivou e nem sequer os apóstolos se livraram. Mataram ao Jacóo e encarceraram ao Pedro. Mas logo, Herodes cometeu um engano fatal. Durante uma visita a Cesarea, a gente o chamou deus e ele aceitou sua adoração. Imediatamente, Herodes teve que batalhar com uma dolorosa enfermidade e morreu no lapso de uma semana.

    Como seu avô, tio e filho, depois dele, Herodes Agripa I esteve perto da verdade, mas a perdeu. devido a que a religião era importante solo como um aspecto da política, não teve reverência nem escrúpulo para aceitar o louvor que solo a Deus corresponde. Seu engano é um dos mais comuns. No momento em que nos orgulhamos de nossas habilidades e nossos lucros, sem reconhecer que são um presente de Deus, repetimos o pecado do Herodes.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Negociador e administrador capaz

    -- As arrumou para manter boas relações com os judeus de sua região e com Roma

    Debilidades e enganos:

    -- Dispôs a morte do apóstolo Jacóo

    -- Encarcerou ao Pedro com planos de executá-lo

    -- Permitiu que a gente lhe rendesse adoração como a Deus

    Lições de sua vida:

    -- A sentença dos que optam estar contra Deus é o fracasso final

    -- Há um grande perigo em aceitar o louvor que solo a Deus pertence

    -- As características familiares podem influir nos filhos para bem ou para mau

    Dados gerais:

    -- Onde: Jerusalém

    -- Ocupação: Os romanos o nomearam rei dos judeus

    -- Familiares: Avô: Herodes o Grande. Pai: Aristóbulo. Tio: Herodes Antipas. Irmã: Herodías. Esposa: Cipros. Filho: Herodes Agripa II. Filhas: Berenice, Mariamne, Drusila

    -- Contemporâneos: Os imperadores Tiberio, Calígula e Claudio. Jacóo, Pedro, os apóstolos

    Versículo chave:

    "Ao momento um anjo do Senhor lhe feriu, por quanto não deu a glória a Deus; e expirou comido de vermes" (At 12:23).

    A história do Herodes Agripa se narra em At 12:1-23.

    Os enganos são professores eficazes. Suas conseqüências têm como virtude fazer que as lições sejam dolorosamente claras. Mas os que aprendem de seus enganos são candidatos a desenvolver a sabedoria. João Marcos foi um bom aprendiz que solo necessitou um pouco de tempo e estímulo.

    Marcos desejava fazer as coisas bem, mas tinha dificuldade em perseverar na tarefa. Em seu Evangelho, Marcos menciona a um jovem (talvez refiriéndose a ele mesmo) que apavorado fugiu nu quando prenderam o Jesus. Esta tendência a fugir reaparece mais tarde quando Paulo e Bernabé o levaram como ajudante em sua primeira viagem missionária. Em sua segunda parada, Marcos os deixou e retornou a Jerusalém. Esta foi uma decisão que Paulo não aceitou com facilidade. Na preparação da segunda viagem dois anos mais tarde, Bernabé voltou a sugerir que Marcos fora com eles como companheiro de viagem, mas Paulo o rechaçou de plano. Como resultado, a equipe se dividiu. Bernabé tomou ao Marcos com ele e Paulo escolheu ao Silas. Bernabé foi paciente com o Marcos e o jovem devolveu seu investimento. Paulo e Marcos mais tarde se uniram e o ancião apóstolo deveu ser um amigo muito próximo do jovem discípulo.

    Marcos foi um companheiro valioso para três líderes cristãos: Bernabé, Paulo e Pedro. O material do Evangelho do Marcos parece vir em sua maioria do Pedro. O papel do Marcos como um servidor ajudante lhe permitiu ser um observador. Uma e outra vez escutou ao Pedro narrar suas experiências dos anos passados junto ao Jesus e foi o primeiro em escrever a vida do Jesus.

    Bernabé jogou um papel importante na vida do Marcos. Esteve junto ao jovem apesar de seus enguiços, estimulando-o com muita paciência. Marcos nos desafia a aprender dos enganos e a apreciar a paciência de outros. Há um Bernabé em sua vida ao que precisa agradecer seu estímulo?

    Pontos fortes e lucros:

    -- Escreveu o Evangelho do Marcos

    -- O e sua mãe permitiram que usassem seu lar como um dos principais lugares de reunião dos cristãos em Jerusalém

    -- Persistiu apesar de seus enganos de juventude

    -- Ajudou e acompanhou em suas viagens a três dos maiores missionários

    Debilidades e enganos:

    -- Possivelmente foi o jovem anônimo descrito no Evangelho do Marcos que fugiu aterrorizado quando prenderam o Jesus

    -- Abandonou ao Paulo e ao Bernabé por razões desconhecidas durante sua primeira viagem missionária

    Lições de sua vida:

    -- A maturidade pessoal quase sempre se deve a uma combinação de tempo e enganos

    -- Os enganos pelo general não são tão importantes como o que aprendemos deles

    -- A vida eficaz não se mede principalmente pelo que obtemos, mas sim pelo que superamos para obtê-lo

    -- O estímulo pode trocar a vida de uma pessoa

    Dados gerais:

    -- Onde: Jerusalém

    -- Ocupações: Missionário em preparação, escritor de um Evangelho, companheiro de viagem

    -- Familiares: Mãe: María. Tio: Bernabé

    -- Contemporâneos: Paulo, Pedro, Timoteo, Lucas, Silas

    Versículo chave:

    "Só Lucas está comigo. Toma ao Marcos e lhe traga contigo, porque me é útil para o ministério" (Paulo ao escrever 2Tm 4:11).

    A história do João Marcos se narra em Feitos 12:23-13.13 15:36-39. Também se fala dele em Cl 4:10; 2Tm 4:11; Fm 1:24; 1Pe 5:13.

    12:17 Este Jacóo era irmão do Jesus, que chegou a ser líder na igreja de Jerusalém (15.13; Gl 1:19). O Jacóo que mataram (Gl 12:2) era o irmão do João, um dos doze discípulos originais.

    12:19 Sob a lei romana, se os guardas permitiam a fuga de um prisioneiro, submetiam-nos ao mesmo castigo do prisioneiro. A estes dezesseis guardas os sentenciaram a morte.

    12:19 Os judeus consideravam Jerusalém como seu capital, mas os romanos escolheram a Cesarea como seu centro de operações na Palestina. É aqui onde viveu Herodes Agripa I.

    12:20 As cidades costeiras de Tiro e Sidón eram independentes e se autogobernaban, mas economicamente dependiam da Judea (para sua localização veja o mapa na introdução a Feitos). Não sabemos por que Herodes discutiu com eles, mas agora delegados dessas cidades tratavam de apaziguá-lo através de seus servidores pessoais.

    12:23 Herodes teve uma morte horrível, com intensa dor; literalmente o comeram vivo, de dentro para fora, por vermes. O orgulho é um pecado muito sério e, neste caso, Deus decidiu castigá-lo imediatamente. Deus não sempre julga assim tudo pecado, mas julgará a todos (Hb_9:27). Aceite hoje o oferecimento de perdão de Cristo. Ninguém tem que esperar.

    12:25 João Marcos era sobrinho do Bernabé (Cl 4:10). María sua mãe, freqüentemente recebia em seu lar aos apóstolos (Cl 12:12), de modo que João Marcos possivelmente estava em contato com a maioria dos grandes homens e ensinos da igreja primitiva. Posteriormente se une ao Paulo e Bernabé em sua primeira viagem missionária, mas por razões desconhecidas, abandonou-os no meio da viagem. João Marcos recebeu críticas por abandonar a missão (Cl 15:37-39), mas escreveu o Evangelho do Marcos e mais tarde Paulo o reclamou como ajuda vital no crescimento da igreja primitiva (2Tm 4:11).


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
    XIV. DA PRIMEIRA IGREJA SECULAR PERSEGUIÇÃO (At 12:1)

    1 E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos para afligir alguns da igreja. 2 E ele matou Tiago, irmão de João com a espada. 3 E quando viu que isso agradava aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E aqueles eram os dias dos pães ázimos. 4 E quando ele o tinha levado, ele colocou-o na prisão, entregando-o a quatro grupos de quatro soldados para guardá-lo; pretendendo depois da Páscoa para apresentá-lo ao povo.

    A partir da prosperidade da obra Gentile em Antioquia (At 11:19 ), Lucas retorna no capítulo 12 para a igreja de Jerusalém, onde, pela terceira vez o lado cruel de perseguição organizada tinha caído sobre os discípulos. A primeira perseguição foi pelos saduceus e os príncipes dos sacerdotes (At 4:1 ); o segundo foi incitada pelos helenistas (At 6:9 ), embora executados pelo conselho judaico (At 7:1 ), e acompanhados pelos fariseus e helenistas com Saul como seu principal representante, até sua conversão (At 8:1 , At 9:29 ). Esta terceira perseguição veio pela mão de Herodes, o rei , embora, sem dúvida, foi incitado pelos anti-cristãos judeus. O próximo grande perseguição Christian estava por vir do governo oficial romano. Que esta perseguição ocorreu por volta da hora do alívio da fome Jerusalém (At 11:29 , At 11:30 ; At 12:1 ).

    Após a morte de Herodes Roma voltou o governo da Judéia a uma sucessão de sete procuradores, até a destruição de Jerusalém e do fim da vida nacional judaico na AD 70. Estes procuradores posteriores foram Fadus, AD 44-48; Alexander, AD 48; Cumano,AD 48-52; Felix, AD 52-60; Festus, AD 60-62; Albinus, AD 62-64; e Florus, AD 64-66. Depois de recusar a nomeá-lo rei da Judéia, AD 44, Cláudio fez, em AD 48, dar o filho de vinte e um anos de idade, de Herodes Agripa, o pequeno reino de Chalcis no Líbano. Em AD50 trocou isso por antigo reino de Filipe, e mais tarde Nero deu-lhe regiões da Galiléia e Julias em Perea. Sua capital era Cesaréia de Filipe e, embora ele manteve uma residência em Jerusalém, ele não tinha autoridade na Judéia. Foi esta Agripa II que ouviu a defesa de Paulo em Cesaréia (At 25:13 Matt.) -não Tiago, o menor, filho de Alfeu, foi a primeira vítima a cair. Os judeus, Clarke observa, tinha quatro métodos de execução: ou seja, apedrejamento, queima, decapitação com a espada, e estrangulamento . Crucificação foi adotado mais tarde, provavelmente a partir dos romanos. Decapitação com a espada era a punição (de acordo com o Talmud) para aquele que chamou o povo para um culto estranho. Isso provavelmente explica o veredicto contra Tiago e, portanto, indica que algo de sua influência. Ele teve a honra de ser o primeiro apóstolo a ser martirizados por Cristo. Não mais se sabe sobre o incidente. Herodes, evidentemente, procurou acabar com o novo movimento, eliminando Tiago e Pedro, a quem ele pensava ser os líderes do anel. Portanto, depois de decapitar Tiago e observando que melhorou sua posição com os judeus, como um governante estrangeiro, ele passou a prender e aprisionar firmemente Pedro, colocando-o sob uma guarda especial de dezesseis soldados, com a intenção de executá-lo publicamente depois da páscoa judaica.

    B. a libertação de Pedro (12: 5-11)

    Por que Deus permitiu que Tiago a ser executado enquanto Ele milagrosamente salvo Pedro do mesmo destino não se sabe ao certo. Esse martírio heróico de um apóstolo deveria ter fortalecido a fé da Igreja, bem como convenceu o descrente do valor real da Way Christian, parece mais provável. Possivelmente Tiago foi o melhor exemplo de Cristo de devoção, até a morte. Os filhos hebreus não reivindicou a imunidade da fornalha ardente, mas eles não declaram a sua devoção indiviso a Deus, até a morte, se necessário (Ez 3:16 ). Davi também não invocar imunidade de "vale da sombra da morte", mas ele alegou presença reconfortante de Jeová em que vale (Sl 23:4 ). De qualquer forma, por razões mais conhecidas a Deus, Ele permitiu que Tiago a ser martirizado e poupou Pedro para mais serviço.

    1. A oração da Igreja (At 12:5 )? Possivelmente necessária essa vantagem do inimigo para expulsá-los de volta a fervorosa e incessante oração para a libertação de Pedro da prisão e execução iminente. Que estes discípulos conheciam o poder da oração é evidente a partir de libertações anteriores de Pedro dos projetos assassinos do Sinédrio (At 4:1:. Sl 127:2b ). Talvez tenha sido a partir dessa experiência que Pedro escreveu mais tarde: "O Senhor sabe livrar [de resgate: Weymouth] os piedosos da tentação" (2Pe 2:9)

    7 E eis que um anjo do Senhor apareceu-lhe, e uma luz resplandeceu na prisão; e, tocando no lado de Pedro, o despertaram, dizendo: Levanta-te depressa. Então, as cadeias caíram-lhe das Mc 8:1 E o anjo disse-lhe: Cinge-te e calça as tuas sandálias. E assim o fez. E disse-lhe: Lança a tua capa, e segue-me. 9 E, saindo dali, seguiram; e ele não sabia que era real o que estava sendo feito pelo anjo, mas pensei que era uma visão. 10 E quando eles terem passado a primeira ea segunda sentinela, chegaram à porta de ferro, que dá para a cidade; qual se lhes abriu por si mesma; e eles foram para fora, e passaram uma rua; e logo o anjo se apartou dele.

    E eis que um anjo do Senhor apareceu-lhe . À medida que a hora para a execução se aproximava ea vitória parecia certa para os judeus que haviam instigado a prisão de Pedro e de execução previsto, e os discípulos, vendo nenhuma esperança de fuga de Pedro fora de Deus, foi então que o anjo do Senhor apareceu e as coisas começaram para acontecer. A glória da presença de Deus iluminou a célula de tinta preta em que Pedro foi preso. O anjo feriu levemente Pedro, despertando-o sem tanto como perturbar os guardas, tomando-o pela mão e levantou-o a seus pés, como as cadeias que o ligavam aos soldados caíram como silenciosamente para o chão como uma pena para uma almofada (v. At 12:7 ). O anjo, então, pediu a Pedro, em uma linguagem silenciosa, para cingir-se e segui-lo (v. At 12:8 ). Todo o procedimento parecia Pedro para ser bom demais para ser verdade, e ele pensou que fosse apenas uma ilusão ou sonho (v. At 12:9 ). Eles passaram a primeira e segunda guardas, mesmo sem despertar as suspeitas de que uma grande cadeia-break estava em andamento e, em seguida, vieram para o grande portão de ferro de fora da prisão, que, como um porta-olho elétrico, abriu automaticamente à medida que se aproximava. A partir daqui eles passaram para a rua aberta, onde o anjo deixou Pedro um homem livre. O que uma libertação milagrosa e glorioso! Quem, senão Deus poderia ter executado isso? Como totalmente são fúteis os esforços do homem para enganar a Deus!

    4. As considerações de Pedro (At 12:11 , 12a)

    11 E Pedro, tornando a si, disse ele. Agora eu sei de uma verdade, que o Senhor enviou o seu anjo, e me livrou da mão de Herodes e de toda a expectativa do povo dos judeus. 12 E quando ele tinha considerado a coisa , ele veio para o casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos;

    Os acontecimentos de sua libertação tinha sido tão rápida que levou Pedro um tempo para se orientar enquanto ele estava lá sozinho na rua escura de um homem livre.

    As circunstâncias da libertação de Pedro da prisão pode ser resumida da seguinte forma: ele estava consciente de que ele tinha a sua liberdade; ele ficou sozinho na rua; ele percebeu que ele deve ir para algum lugar; e pensou na possibilidade de o abrigo amigável da casa de Maria, onde os confortos da vida e gentis amigos iriam recebê-lo. Talvez ele tomou em muito mais do que o anterior como ele considerou a coisa . Quanto mais vemos muitas vezes depois de algum grande livramento do que fomos capazes de ver antes do livramento veio. Movimentos de emergência de Deus são muito rápidas para os homens, quer para seguir ou compreender plenamente pela reflexão.

    C. A diligência da Igreja (At 12:12 ). Sua casa espaçosa prevista a assembléia da igreja para o culto (v.At 12:12 , At 1:13) que sua casa foi a cena da Última Ceia e da localização do derrame Pentecostal.

    1. A preocupação da Igreja (At 12:12 -KJV).

    Surpresa 2. A Igreja (12: 13-15)

    13 E quando ele bateu à porta do portão, uma empregada veio atender, chamada Rode. 14 E, conhecendo a voz de Pedro, ela não abriu a porta para a alegria, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava à porta. 15 E disseram-lhe: Estás louca.Mas ela afirmava que assim era. E eles disseram: É o seu anjo.

    E eles disseram: É o seu anjo . Opinião comum entre os judeus considerou que os anjos da guarda geralmente previstas servos de Deus. No entanto, apenas duas vezes no Novo Testamento são os anjos da guarda pessoal especiais mencionados: a saber, neste caso e em Mt 4:11 . A crença popular permitiu que de vez em quando um anjo da guarda pode assumir sua aparência física e representá-lo. Esse parece ter sido o primeiro pensamento dos discípulos sobre a aparência de Pedro na casa de Maria. Na verdade, a moça estava convencido de que Pedro estava presente, mas os discípulos do primeiro julgado la louca e depois concluiu que o que ela viu foi o anjo de Pedro. Como humano foram esses primeiros discípulos a temer a acreditar que Deus havia respondido suas orações!

    3. Recompensa da Igreja (00:16 , 17)

    16 Mas Pedro perseverava em bater e, quando abriram, viram-no, e ficaram surpresos. 17 Mas ele, acenando-lhes com a mão para segurar a sua paz, anunciou-lhes como o Senhor o tirara da prisão. E ele disse: Anunciai isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo, partiu para outro lugar.

    Com espanto viu Pedro (v. At 12:16)

    18 Ora, assim que amanheceu, não houve grande alvoroço entre os soldados sobre o que foi feito de Pedro. 19 E, quando Herodes o procurou-o, e não o encontrou, ele examinou os guardas e ordenou que elas devem ser colocadas a morte. E desceu da Judéia para Cesaréia, e passaram lá.

    20 Agora, ele estava muito irritado contra os de Tiro e de Sidom; e eles vieram com um acordo com ele, e tendo feito Blastus camareiro do rei seu amigo, pediam paz, porquanto o seu país se abastecia do país do Ap 21:1 E sobre um dia conjunto Herodes, vestido de trajes reais, e sentou-se no trono, e fez uma oração para eles. 22 E o povo gritou, dizendo : A voz de um deus, e não de um homem. 23 E imediatamente um anjo do Senhor o feriu, porque não deu glória a Deus; e, comido de vermes, e entregou o espírito.

    24 Mas a palavra de Deus crescia e se multiplicava.

    25 E Barnabé e Saulo voltaram de Jerusalém, havendo eles cumprido seu ministério, levando consigo João, que tinha por sobrenome Marcos.

    Mais uma vez Deus outwitted Satanás e removeu o enredo cuidadosamente projetado para derrotar e destruir a igreja. Pedro conseguiu fugir. Só mais uma vez que ele está mencionado em Atos, que no capítulo 15 , onde cerca de seis anos mais tarde, ele estava presente no conselho da igreja geral realizada em Jerusalém, em AD 49 ou 50.

    Os guardas foram incapazes de dar uma explicação satisfatória da fuga do preso especial, e, conseqüentemente, sofreu execução. Herodes sofreu uma morte horrível, como o julgamento divino, em Cesaréia consequente sobre a sua assunção de uma prerrogativa divina.

    Na sequência destes acontecimentos a palavra de Deus crescia e se multiplicava (v. At 12:24 ). A prosperidade e progresso da igreja tem a certeza quando ela descobre suas vitórias através da fé em sua cabeça glorificado, Cristo. (Para saber o significado de v. At 12:25 , ver nota exegética por Ralph Earle em Carter e Earle, A Commentary Evangélica , "At", pp. 171, 172.)


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
    Esse capítulo apresenta uma das últi-mas ocasiões em que Pedro ministra entre os crentes primitivos. No capí-tulo 13, Paulo assume o cenário, e, apenas no capítulo 15, encontramos Pedro de novo, quando ele dá seu testemunho (em apoio a Paulo). O capítulo 12 apresenta muitos pode-res distintos em operação.

  • O poder de Satanás (12:1-4)
  • Como seus antepassados, Herodes Agripa, neto de Herodes, o Grande, era um assassino. Os Herodes eram edomitas, descendentes de Esaú. Em um sentido, vemos Esaú perseguin-do Jacó de novo, pois "Tiago" é ape-nas outra forma do nome Jacó! Essa perseguição retrata o tempo de tri- bulação que os judeus sofrerão nos últimos dias. LeiaMt 20:20-40 de novo a fim de relembrar a pro-messa de um batismo de sofrimento para Tiago e João. Tiago foi o primei-ro apóstolo morto, e João, embora tenha vivido muitos anos, passou por grande sofrimento (Ap 1:9). Je-sus dissera que os apóstolos sofre- riam perseguição, da mesma forma que sofrerão todos os que procuram obedecer à Palavra de Deus.

    E interessante observar que os apóstolos não substituem Tiago como fizeram com Judas (cap. 1). Isso acontece porque os apóstolos não se assentariam "em doze tro-nos", já que a promessa do reino fora rejeitada pela nação (Mt 19:28). Essa é outra indicação de que fora revelado um novo plano. Há uma lição prática aqui: Satanás, quando quis impedir a obra da igreja, per-seguiu Tiago e Pedro. Ele persegue os melhores cristãos e tenta impe-dir o trabalho deles. Somos o tipo de cristão que Satanás quer atacar? É importante o fato de Pedro ser sol-to e de Tiago morrer. Deus tem um propósito específico para cada um dos seus.

  • O poder da oração (12:5-19)
  • Herodes prometeu matar Pedro após a cerimônia da Páscoa, que durava oito dias, para agradar aos judeus. Por segurança, ele designou quatro escoltas com quatro guardas cada para vigiar Pedro. Dois guar-das ficavam dentro da cela, um de cada lado de Pedro, e os outros dois, na porta da cela. "Mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele" (v. 5). Como essas palavras trazem emoção ao crente! Os cristãos, quando Sata-nás faz o seu pior, podem se voltar a Deus em oração com a certeza de que ele responderá.

    Como Pedro podia ter tanta paz sabendo que tinha apenas poucas horas de vida? A promessa de Cristo, em Jo 21:18-43, deu-lhe forças, e, sem dúvida, a oração da igreja ajudou-o. Pedro sabia que morreria velho e na cruz, não pela espada (como Tiago, v. 2). A fé na Palavra de Deus deu-lhe paz. Nós, se crermos nas promessas de Cristo, sentiremos a mesma paz em meio à provação.

    O anjo libertou Pedro, mas ob-serve que ele não faz pelo apósto-lo o que este podia fazer por con-ta própria. O anjo libertou-o das cadeias e conduziu-o para fora da prisão, no entanto disse a Pedro que ele mesmo calçasse suas sandálias, vestisse suas roupas e o seguisse. O anjo deixou-o decidir por si mesmo o que fazer quando estava seguro e fora da prisão. Quando obedecemos e fazemos tudo que está ao nosso alcance, podemos esperar que Deus faça o impossível.
    Não devemos nunca subes-timar o poder de uma igreja que ora. Os crentes oraram de forma incessante (v. 5), decisiva e corajo-sa. Deus honrou as orações deles e trouxe glória para si mesmo, apesar da descrença deles quando Pedro apareceu. Rode, a serva, respon-deu pela fé quando ouviu baterem à porta, pois, pelo que ela sabia, po-dia ser um esquadrão de soldados de Herodes que viera prendê-los!

    O versículo 17 refere-se a Tia-go, irmão de Cristo, o qual parece que se tornou o chefe dos anciãos da assembléia de Jerusalém (veja cap. 15). Não o confunda com o filho de Alfeu ou com o Tiago morto por Herodes. Veja também At 21:18 e Gl 1:19 ; Gl 2:9 . A partida de Pedro permanece um mistério: ele foi "para outro lugar" (v. 17), e não sabemos para onde foi. Ele sai de cena (embora, claro, continue sua pregação) para dar espaço a Paulo e sua mensagem sobre a igreja.

  • 0 poder da ira de Deus (12:20-23)
  • Desde a época de Salomão, as cida-des litorâneas de Tiro, Sidom e Ga- liléia já se relacionavam (1Rs 5:0 e II Tessalonicenses 2:3-8.

  • O poder da mão de Deus (12:24-25)
  • Que contraste! "A palavra do Se-nhor crescia e se multiplicava", enquanto o grande Herodes era comido pelos vermes. A Palavra de Deus derrota Satanás e traz vitó-

    ria, quer este ataque seja homicida (como ao matar Tiago), quer como leão (como nos vv. 20-23). Tiago morreu, todavia a obra de Deus se-guiu em frente, pois vemos o retor-no a Antioquia de Paulo, Barnabé e Marcos, o ajudante deles, após seu ministério aos santos pobres de Jerusalém (veja 1 1:27-30). Marcos era de uma família devota, pois os crentes reuniam-se na casa da mãe dele para orar (12:12). Ele era pri-mo de Barnabé (Cl 4:10) e, depois, foi motivo de uma disputa entre o primo e Paulo. Ele escreveu o evan-gelho de Marcos e, no fim, conse-guiu a aprovação de Paulo (2Tm 4:11), embora, em anos anteriores, tenha faltado a Paulo (13:13).

    Que as altas vozes dos líderes mundanos de Satanás jamais nos amedrontem. Logo chegará o dia deles. A Palavra de Deus não falha nunca, e temos a responsabilidade de pregá-la e de ensiná-la até o re-torno de Cristo.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
    12.1 Herodes. Agripa I neto de Herodes o Grande (conforme Mt 2:0, Mc 10:39).

    12.3 Pedro. Era o líder mais destacado da Igreja. Pães asmos. Esta festa dos judeus começava com a Páscoa e durava oito dias.

    12.4 Quatro escoltas. Uma para cada vigília durante a noite.

    • N. Hom. 12.5 Os Poderes do Universo:
    1) Do diabo - usando Herodes como seu instrumento real mais limitado;
    2) De Deus - infalível quando todo recurso humano falha;
    3) Da oração - quando unida (5,
    12) ardente e definida. Incessante (gr ektenõs) "ardentemente". Usada em 1Pe 1:22 e 4.8 para descrever amor intenso.

    12.7 Luz. A glória celestial iluminou a prisão (conforme Lc 2:9).

    12.10 A narrativa sugere que Pedro foi Encarcerado na Torre de Antônia onde Paulo também foi detido (21:34-23.30)
    12.12 A casa de Maria. Provavelmente a local do cenáculo onde se realizou a última Ceia. João... Marcos. Autor do segundo evangelho, primo de Barnabé (Cl 4:10) o qual era parente de Maria, mãe de Marcos. Congregadas e oravam. Reuniões espontâneas de oração que duravam a noite inteira não eram raras (conforme 20:7-12). É notável que os líderes da Igreja estavam ausentes (17).

    12.15 Seu anjo. No conceito popular judaico havia um anjo guardião de cada indivíduo (cf. Mt 18:10; He 1:14).

    12.17 Tiago. Meio irmão de Jesus, líder principal da Igreja. Outro lugar. Quer dizer outra cidade (talvez, Antioquia, conforme Gl 2:11). Pedro não foi para Roma até o ano 55 d.C. (conforme Gl 2.1ss; At 15.2ss).

    12.22 Um deus. Era comum nesses tempos atribuir divindade a um rei e especialmente a um Imperador romano.

    12.23 Anjo... feriu. Josefo (Antigüidades 19.9,2) acrescenta mais detalhes. Herodes morreu no ano 44. Glória a Deus. Deus, zeloso pela glória que a Ele pertence, pune o homem vaidoso.

    12.24 O terceiro relatório sobre o progresso da Igreja (6.7; 11.31).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25
    VIII. O ATAQUE DE HERODES A IGREJA (12:1-25)

    1) Herodes, os apóstolos e a igreja (12:1-17)
    Herodes Agripa I. Esse monarca era filho de Aristóbulo, fruto do casamento de Herodes, o Grande, com Mariamne, princesa dos hasmoneus. Era esperto, encantador, ambicioso e inescrupuloso. Era incondicionalmente leal a Roma, tendo sido ajudado tanto por Calígula quanto por Cláudio a adquirir grande autoridade na Palestina, mas sabia da importância de obter a simpatia dos líderes judeus a fim de consolidar um reinado praticamente limítrofe com o de Herodes, o Grande, o qual governou de 41 a 44 d.C. Perseguir os adeptos da seita do Nazareno era uma forma fácil de agradar os judeus, e ele percebeu a importância de eliminar os líderes (v. 1,2).

    O Senhor e seus servos (v. 1-5). Por que o Senhor permitiu que Tiago fosse decapitado ao passo que interveio de forma miraculosa para libertar Pedro? A resposta está no próprio mistério, pois não temos condições de investigar as razões que determinam a duração de vida dos servos de Deus na terra, mas podemos estar certos de que Deus foi glorificado tanto no martírio de Tiago — o primeiro mártir entre os cristãos — quanto no livramento de Pedro (conforme Mt 20:20-40).

    A igreja que orava (v. 5,12). Muitas observações imprudentes têm sido feitas acerca da igreja que orou e ficou surpresa com a resposta. Essa igreja era uma comunidade de mártires em potencial, capacitados nos caminhos do Senhor, e certos de que qualquer um deles poderia glorificar o seu Deus, quer pela vida quer pela morte (conforme Fp 1:19

    24). Como pessoas reais e humanas, ficaram surpresas com a maneira em que Pedro foi liberto — nós não teríamos ficado? —, mas a igreja de Jerusalém é um modelo de oração e de fé constante em um nível sublime.

    O livramento (v. 6-11). Agripa queria ter certeza de que o seu importante prisioneiro não escaparia (v. 6)! Pedro havia negado o seu Senhor naquela mesma época do ano, mas dessa vez ele estava dormindo profundamente na noite que parecia a última dele na terra (conforme 1Pe 5:7). Deus tinha o seu plano para Pedro, a necessidade era urgente, e nenhum homem poderia fazer coisa alguma com relação a esse problema, o que explica a intervenção angelical. Todas as frases e circunstâncias indicam um mensageiro celestial que limitou a sua ajuda àquilo que Pedro não poderia fazer por si só (v. 7,8,10). Assim que o apóstolo foi solto, ele teve de “voltar a si” e pensar por si (v. 11).

    Pedro e a comunidade cristã (v. 12-17). Pedro supôs que os crentes estariam reunidos em oração na casa de Maria e, assim, se apresentou lá. A história de ele bater à porta de fora, da surpresa e confusão de Rode, com a reação dos crentes, se destaca claramente no estilo vívido de Lucas. A razoabilidade psicológica de cada ponto nos convence da sua veracidade — uma invenção no estilo da martirologia posterior teria sido muito diferente! A suposição dos discípulos de que era o anjo dele tem de ser lida em conjunto com Mt 18:10. “O anjo é concebido aqui como a contraparte espiritual do homem, capaz de assumir a sua aparência e de ser confundido com ele” (F. F. Bruce). A boa notícia deveria ser dada a Tiago e aos irmãos, o que indica que Tiago, o irmão do nosso Senhor, estava em Jerusalém na época, mas nenhum outro dos apóstolos. O termo irmãos incluiria os anciãos da igreja (v. 17; conforme 15.4,22). Pedro saiu e foi para outro lugar — provavelmente um dos muitos esconderijos acessíveis na região montanhosa da Judéia. Os locais de encontros regulares da igreja seriam os primeiros a serem atacados quando Fíerodes colocasse em ação os seus destacamentos de busca. Não houve desafio, e não se fez nenhuma suposição de que livramentos miraculosos seriam repetidos.


    2) O fim de Herodes Agripa I (12:18-25)
    E evidente para todos o contraste dramático entre o livramento do apóstolo por intermédio de um anjo e o fim de um monarca orgulhoso e perseguidor, ferido por um anjo no momento em que era aclamado como um deus. Josefo fala de uma festa em honra ao imperador em Cesaréia, enquanto Lucas registra o final de uma crise entre Herodes e a Fenícia, mas essa informação é complementar, e não contraditória. Precisamos lembrar que Herodes professava ser israelita e, como monoteísta, reivindicando estar sentado no trono de Davi, não poderia aceitar o conceito do rei-deus tão comum no Oriente. A adulação do povo: E voz de Deus, e não de homem (v.


    22) foi o clímax de uma vida de ambição torturante mudada em sentença de morte pelo Deus a quem desafiou. O sonho de Herodes foi frustrado para sempre. Entretanto, a palavra de Deus continuava a crescer e a espalhar-se (v. 24).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 25

    III. Expansão da Igreja na Palestina Através da Pregação e Dispersão. 6:1 - 12:25.

    Até este ponto, os apóstolos não deram nenhuma evidência de ter o propósito de levar o Evangelho a todo o mundo, mas permaneceram em Jerusalém dando o seu testemunho aos judeus. Agora Lucas conta o começo da expansão da igreja através da Judéia e Sanaria. Essa expansão não foi realizada por causa da visão e propósito da igreja mas por ato providencial de Deus, dispersando os crentes. Para explicar esta perseguição, Lucas primeiro conta como Estêvão colocou-se em posição de destaque como um dos sete.


    Moody - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25

    Atos 12

    H. Perseguição por Herodes Agripa I. At 12:1-25.

    Lucas interrompe o fluxo de sua narrativa para registrar um .acontecimento que sucedeu alguns anos antes. Considerando que Herodes morreu em 44 A.D., a missão por ocasião da fome deve ter ocorrido cerca de 46 A.D. A comunidade de Jerusalém já tinha encontrado a oposição dos líderes religiosos judeus logo no começo, mas os cristãos eram populares entre o povo. Violenta perseguição levantouse contra Estêvão e a ala helenista sob a liderança de Saulo. Agora pela primeira vez, Lucas registra a perseguição feita pelas autoridades governamentais da Palestina. Não veio dos líderes romanos mas de um rei judeu.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 24
    e) Herodes Agripa e a Igreja (At 12:1-24)

    Nova onda de perseguição arrebentou sobre a igreja de Jerusalém e desta vez os apóstolos, longe de ficarem imunes, foram os principais objetos do ataque. Herodes Agripa I, neto de Herodes, o Grande, recebera do seu amigo o Imperador Calígula (37-41) vasta doação em território, na Palestina e próximo a ela, juntamente com o título de rei; e Cláudio (41-54) acrescentou a esse território as regiões da Judéia e Samaria. Durante seu curto reinado sobre a Judéia (41-44), Herodes, a despeito de suas faltas, mostrou-se patrocinador diligente da fé judaica, e manteve relações amistosas com os líderes religiosos do povo. Dizem que certa ocasião, quando lia a lei na festa dos tabernáculos, as lágrimas lhe vieram aos olhos ao ler Dt 17:15 ("estabelecerás, com efeito, sobre ti como rei aquele que o Senhor teu Deus escolher; homem estranho, que não seja de entre os teus irmãos, não estabelecerás sobre ti"), porque se lembrou da origem edomita da sua família; mas a populaça exclamou: "Não te aflijas; tu és nosso irmão!".

    A história da execução de Tiago, filho de Zebedeu, e da prisão de Pedro, por ele ordenadas, é bastante conhecida. As palavras "vendo ser isto agradável aos judeus" são significativas pelas razões já sugeridas. A idéia de haver João sofrido martírio por essa época, como Tiago, tem fundamentos muito frágeis, apesar do vigor com que alguns críticos do Novo Testamento a defendem. A fuga de Pedro, da prisão, e sua inesperada visita à casa de Maria, onde os crentes oravam por ele, são narradas magistralmente. Para onde ele foi, ao voltar de lá (At 12:17), é incerto; não há fundamento razoável para a tradição que diz haver-se encaminhado a Roma, por esse tempo. Suas palavras "Anunciai isto a Tiago e aos irmãos" sugerem que por essa época Tiago, irmão do Senhor, havia conquistado uma posição de destaque na igreja de Jerusalém. Logo depois disso, Herodes morreu em circunstâncias dramáticas e impressionantes, fato narrado tanto por Lucas como por Josefo. Os dois historiadores diferem em pormenores, porém concordam nas partes essenciais do fato. Quanto às diferenças podemos citar o historiador alemão Eduard Meyer: "Nas linhas gerais, na data, e na idéia geral, ambas as narrativas estão em pleno acordo. Nos pormenores, muito interessantes, que de nenhum modo devem ser havidos como "tendenciosos" ou atribuídos à tradição popular, a narrativa de Lucas oferece uma garantia de que pelo menos é tão segura quanto a de Josefo.

    >At 12:3

    Eram os dias dos pães asmos (3). Os dias dos pães asmos começavam na véspera da páscoa, dia 14 de Nisã, e duravam até o dia 21 desse mês (cfr. At 20:6). O dia 14 de Nisã naquele ano (44 A. D.) caiu no dia 1 de maio-atraso este fora do comum, devido à intercalação de um segundo mês de Adar naquele ano, Dt 19:0); esse é o sentido aqui. Eis, porém, que sobreveio um anjo do Senhor (7); cfr. o vers. 19. Provavelmente o fato mais notável, dos nossos tempos, comparável à soltura de Pedro foi a libertação misteriosa do Sadhu Sundar Singh, de um poço onde fora metido por uma autoridade tibetana (contado por Streeter e Appasamy, The Sadhu, págs. 30 e segs.). Contudo "Pedro pensava fosse tudo uma visão", até que se viu seguro e salvo. O Sadhu pensava que era um homem quem o socorria, quando este desapareceu" (L. E. Browne). Depois de terem passado a primeira e a segunda sentinela, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade (10). Evidentemente havia que passar por três portões e três sentinelas (permitiram-no passar a primeira e a segunda, pensando presumivelmente tratar-se de um servente; mas não era de se esperar que um servente passasse além da sentinela exterior à noite, tornando-se necessário tomar outra direção" (Ramsay). Assim sendo, o portão que dava para a cidade abriu-se automaticamente; como, não se diz. Mas em toda essa descrição transpira o depoimento de uma testemunha ocular, inclusive a adição "ocidental" -"e desceram os sete degraus" - inserta depois das palavras tendo saído. Provavelmente Pedro fora preso na Torre Antônia, na área noroeste do templo. Foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos (12). Parece que esta casa serviu de lugar de reunião a um grupo de cristãos de Jerusalém; há uma sugestão interessante de ter sido a casa onde se realizou a última Ceia. O grupo a que se associa o nome de Tiago 1rmão do Senhor, parece que se reuniu em outro lugar (17). Saiu a escutar (13); melhor, "para responder à porta" (gr. hypakouo). É o seu anjo (15); isto é, seu anjo de guarda ou a reprodução do seu espírito, capaz de assumir suas feições e de ser tomado por engano como a própria pessoa. O conceito iraniano fravachi assemelha-se a este. Cfr. também a referência aos anjos das crianças, que contemplam a face de Deus (Mt 18:10). Fazendo-lhes sinal com a mão para que se calassem (17); outra prova de testemunho de vista. Retirou-se para outro lugar (17). Pode significar simplesmente que se escondeu. Não disse a ninguém, na ocasião, para onde ia, e Lucas, anos depois, não pôde descobrir que lugar fora esse.

    >At 12:19

    Ordenou que fossem justiçadas (19), presumivelmente foram executadas. É provável que Herodes suspeitasse de se haverem conluiado para livrar Pedro. Sua terna se abastecia do pais do rei (20). O litoral fenício dependia da Galiléia em matéria de gêneros alimentícios, como nos dias de Hirão e Salomão (1Rs 5:9 e segs.). Em dia designado (21). Diz Josefo que foi numa festa em honra do Imperador Cláudio (Ant. 19.8.2), possivelmente em seu aniversário natalício, dia 1 de agosto. Pode muito bem ter ensejado a reconciliação pública de Herodes Agripa e seus vizinhos fenícios. Vestido de trajo real (21). "Ostentava um manto todo tecido de prata, de maneira maravilhosa" (Josefo). O povo (22); gr. demos; isto é, a populaça de Cesaréia. É voz de um deus, e não de homem (22). Segundo Josefo, os bajuladores, dirigindo-se-lhe como a um deus, diziam: "Sê gracioso para conosco: até aqui te reverenciamos como homem, mas doravante reconhecemos-te como superior a um mortal". O anjo do Senhor o feriu (23). Veja-se no Velho Testamento esta expressão, em 2Rs 19:35. Por ele não haver dado glória a Deus (23). Aceitou honras divinas dos seus aduladores, ao invés de atribuí-las a Deus. Comido de bichos (23). Um colega médico dá o seguinte diagnóstico dessa doença: quisto hidático. Expirou (23); cinco dias depois, com a idade de cinqüenta e quatro anos. Morre o perseguidor; a causa que ele perseguiu sobrevive com vigor cada vez maior (24).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25

    25. A loucura de luta contra Deus ( Atos 12:1-25 )

    E por aquele mesmo tempo o rei Herodes lançou mão alguns que pertenciam à igreja, a fim de maltratá-los. E ele tinha Tiago, irmão de João condenado à morte com uma espada. E quando viu que isso agradara aos judeus, continuou, para prender também a Pedro. Agora foi durante os dias dos pães ázimos. E quando ele se havia apoderado dele, ele colocou-o na prisão, entregando-o a quatro esquadrões de soldados para guardá-lo, pretendendo depois da Páscoa para trazê-lo para fora diante do povo. Então, Pedro foi mantido na prisão, mas a oração por ele estava sendo feita com fervor pela igreja para Deus. E na mesma noite, quando Herodes estava para apresentá-lo para a frente, estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias; e guardas em frente da porta estavam vigiando a prisão. E eis que um anjo do Senhor apareceu de repente, e uma luz brilhou na célula; e ele bateu no lado de Pedro e despertou-o, dizendo: "Levanta-te depressa." Então, as cadeias caíram-lhe das mãos. E o anjo disse-lhe: "Cinge-se e calce as sandálias". E assim o fez. E ele disse-lhe: "Envolva seu manto em torno de você e siga-me." E ele saiu e continuou a seguir, e ele não sabia que o que estava sendo feito pelo anjo era real, mas pensei que ele estava tendo uma visão. E quando eles passaram a primeira e segunda guardas, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, que abriu para eles, por si só; e eles saíram e foram ao longo de uma rua; e logo o anjo se apartou dele. E quando Pedro voltou a si, ele disse: "Agora eu sei com certeza que o Senhor enviou o seu anjo, e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava." E quando ele percebeu isso, ele foi para a casa de Maria, mãe de João, que também foi chamado Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam. E quando ele bateu à porta do portão, um servo-menina chamada Rode saiu a escutar. E quando ela reconheceu a voz de Pedro, por causa da alegria não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava em frente ao portão. E eles disseram-lhe: "Você está fora de sua mente!" Mas ela continuou insistindo que ele era assim. E eles diziam: "É o seu anjo." Mas Pedro continuava a bater; e, quando abriram a porta, viram-no e ficaram maravilhados. Mas acenando-lhes com a mão para que se calassem, descreveu-lhes como o Senhor o levou para fora da prisão. E ele disse: "Denunciar estas coisas a Tiago e aos irmãos." E ele saiu e foi para outro lugar. Agora, quando amanheceu, houve grande perturbação entre os soldados sobre o que poderia ter feito de Pedro. E, quando Herodes tinha procurado por ele e não tinha encontrado, ele examinou os guardas e ordenou que eles sejam levados à execução. E desceu da Judéia para Cesaréia e foi passar um tempo lá. Agora, ele estava muito irritado com os de Tiro e de Sidom; e com um acordo que veio a ele, e tendo conquistado Blastus camareiro do rei, pediam paz, porquanto o seu país se abastecia do país do rei. E em um dia marcado, Herodes, tendo colocado em sua trajes reais, sentou-se na tribuna e começou a entregar um endereço para eles. E o povo continuava gritando: "A voz de um deus e não de um homem!" No mesmo instante o anjo do Senhor o feriu, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou. Mas a palavra do Senhor continuou a crescer e se multiplicar. E Barnabé e Saulo voltaram de Jerusalém, havendo eles cumprido sua missão, levando junto com eles João, que também foi chamado Marcos. ( 12: 1-25 )

    Em todo o universo, raivas guerra em todas as frentes. Deus, os santos anjos, e eleger homens batalhar contra Satanás, suas hostes demoníacas, e os homens caídos. Embora o resultado da guerra nunca esteve em dúvida, as batalhas não são menos reais.

    A guerra começou no nível Angelicalal quando Lúcifer, o mais alto de todos os seres criados, rebelou-se contra o seu Criador. Lúcifer, mais comumente conhecido como Satanás ("adversário"), foi lançado do céu, levando consigo um terço dos anjos ( Ap 12:4 ). Embora os homens pecadores, muitas vezes granizo aqueles que lutam contra Deus como sábios, na realidade, eles são tolos. A verdadeira sabedoria reside em estar ao lado de Deus.

    A história está repleta de destroços das vidas quebradas daqueles tolo o suficiente para lutar contra Deus. O filósofo alemão do século XIX Friedrich Nietzsche desprezava o cristianismo como a religião dos fracos. Lutando Deus finalmente o empurrou para a beira, e ele passou os últimos anos de sua vida louca.
    Romancista Sinclair Lewis, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura 1930, também pensei que ele poderia lutar Deus. Seu romance Elmer Gantry zombou cristianismo. Seu protagonista era um evangelista que também era um alcoólatra e um fornicador incessante. A luta de Lewis contra Deus lhe custou a sobriedade, e ele morreu um alcoólatra inveterado em uma clínica perto de Roma.

    Outro autor Nobel-Prêmio, Ernest Hemingway, considerava-se a prova de que se pode combater com êxito Deus vivo. Ele se gabava de lutar em revoluções, caindo mulheres, e levando uma vida de pecado, sem consequências aparentes. Seus pecados eventualmente encontrou-o, no entanto, e ele colocou uma espingarda na cabeça e se matou. Deus Combate lhe custou a vida.

    Nos tempos bíblicos, assim como em nossa própria, havia aqueles que tentou em vão para a batalha Deus. Muitos deles eram reis ou outros governantes, cujo poder terreno imenso enganou-los a pensar que poderia se opor com sucesso céu. Na realidade, eles e os seus reinos "são como uma gota de um balde, e são considerados como um grão de pó na balança; eis que ele levanta as ilhas como poeira fina Todas as nações são como nada diante dele, eles são. considerada por ele como menos do que nada e sem sentido "( Is 40:15 , Is 40:17 ).

    Um dos primeiros na longa lista de líderes que lutaram Deus foi o faraó que governou o Egito na época do Êxodo. Lutando Deus lhe custou muito caro e seu povo como pragas horríveis, culminando com a morte de todos os homens egípcio primogênito, atacou a sua terra. Ainda Faraó lutou diante, até que o seu exército se afogou no mar Vermelho. O rei cananeu de parte de Arad na guerra contra Deus resultou na destruição de seu povo e suas cidades ( 21 Num: 1-3. ). Siom dos amorreus ( Num. 21: 21-31 ) e Og de Basã ( Num. 21: 33-35 ) sofreu um destino semelhante. Balac, rei de Moab, era inteligente o suficiente para evitar um ataque frontal direto. Em vez disso, ele usou esse profeta de aluguel Balaão, em uma tentativa para amaldiçoar Israel ( Nm 22:24. ). A estratégia da Balak saiu pela culatra, no entanto, como Deus interveio e teve Balaão abençoar Israel em seu lugar. O rei de Ai lutou Deus e foi enforcado por seus problemas ( Js 8:29 ). Os trinta e um reis cananeus listados em Js 12:74sofreram derrotas semelhantes. Senaqueribe, líder orgulhoso do exército assírio temido e poderoso, viu que o exército dizimado na batalha contra Deus ( 2Rs 19:35 ). Logo depois, ele mesmo foi morto, assassinado por dois de seus próprios filhos ( Is 37:38 ).

    Infelizmente, mesmo muitos líderes do próprio povo de Deus lutou com ele. Cada um dos reis de Israel, e muitos daqueles de Judá, se opôs a Deus. O resultado foi a destruição do reino do norte pela Assíria eo reino do sul pela Babilônia. Deus não tolera a rebelião, mesmo entre as fileiras de seu próprio povo.
    Na era do Novo Testamento uma família de governantes destaca-se na batalha contra Deus, os Herodes. O patriarca da família era conhecido em toda a modéstia como Herodes, o Grande. Ele governou a Judéia entre 47 B . C . 37 B . C . Então, tendo sido apelidado de "rei dos judeus" por Antony, Octavius, e do Senado Romano, ele governou toda a Palestina de 37 B . C . até sua morte logo após o nascimento de Cristo ( Mt 2:15 ).

    Herodes, o Grande, era um governante particularmente sanguinário. Ele executou uma de suas esposas, Mariamne, sua mãe, e três de seus filhos (o último cinco dias antes de sua própria morte). Pouco antes de sua morte, ele atraiu líderes judeus proeminentes a Jericó, onde ele aprisionou-los. Conhecer as pessoas não choram sua morte, ele ordenou que esses líderes ser executado depois que ele morreu. Dessa forma, ele raciocinou, não seria pelo menos luto acontecendo no momento da sua morte. Felizmente, seu esquema louco, não foi executada. Mais bárbaro de todos foi o abate de Herodes de todas as crianças do sexo masculino jovens inocentes perto de Belém ( Mt 2:16 ). Ele procurou em vão por este ato cruel para matar o verdadeiro rei dos judeus, que estava em segurança no Egito com seus pais.

    Herodes, o rei deste capítulo foi Herodes Agripa I, que reinou de UM . D . 37 para UM . D . 44. Ele era neto de Herodes, o Grande, que havia assassinado seu pai, Aristóbulo. O apóstolo Paulo, um dia, ser julgado antes de seu filho, Herodes Agripa II. Apesar de ter sido criado e educado em Roma, Agripa eu estava sempre em terreno movediço com os romanos. Ele correu inúmeras dívidas em Roma, em seguida, fugiu para a Palestina, deixando os credores irritados atrás dele. Comentários imprudentes que ele fez voltamos para o imperador romano Tibério, que prontamente o prenderam. Libertado da prisão após a morte de Tibério, foi feito a régua do norte da Palestina ( Lc 3:1 ). Como seu Senhor havia predito, bebeu do mesmo copo como fez Jesus ( Mt 20:23 ). Ele foi o primeiro apóstolo a morrer (Judas além do), e é o único cuja morte é registrada no Novo Testamento.

    Estratagema de Agripa foi um sucesso retumbante. Quando ele viu que prisão e execução de Tiago agradava aos judeus, ele decidiu ir com tudo. Ele argumentou que a prisão e execução de Pedro, o líder reconhecido dos cristãos, para sempre valorize-o a seus súditos judeus. Por isso, durante os dias dos pães ázimos, a festa semanal seguinte Páscoa, Agripa começou a prender Pedro (pela terceira vez, cf.4: 3 ; 05:18 ). Ele astuciosamente escolheu a época da Páscoa, quando Jerusalém seria repleta de peregrinos judeus devotos. Isso garantiria sua cobertura máxima ato.

    Tendo apreendido Pedro, Agripa colocá-lo na prisão, entregando-o a quatro esquadrões de soldados, com a intenção depois da Páscoa para trazê-lo para fora diante do povo. Agripa sabia que durante a própria Páscoa as pessoas estariam ocupados. Ele, portanto, a intenção de esperar até depois da Páscoa para trazê-lo para fora diante do povo. Ele teria seu julgamento público vistoso de Pedro após a ocupação do feriado acabou, mas antes das multidões deixaram Jerusalém.

    Enquanto isso, Pedro permaneceu na prisão, de forma segura guardada por quatro esquadrões de soldados, provavelmente porque alguém se lembrou que a última vez que ele escapou ( 05:19 ). Esses esquadrões, que consiste de quatro soldados cada, rodado o relógio em Pedro. Em um determinado momento, duas estavam na cela com ele, acorrentado a ele, e mais dois estavam estacionados em frente a porta da cela ( v. 6 ). Pedro foi definitivamente na ala de segurança máxima da prisão de Agripa.

    Como tantos outros antes dele, Agripa era aprender da maneira mais difícil a loucura de lutar Deus. Ele teria sido prudente acatar o aviso do Gamaliel ao Sinédrio para não ser "encontrado lutando contra Deus" ( At 5:39 ). Tal curso de ação imprudente é perigoso, se não fatal e terrível eternamente, porque Deus luta para trás. Em Jr 21:5 ).

    Três razões para não lutar contra Deus se destacam em Atos 12 : o poder de Deus não pode ser contestada, Sua punição não pode ser evitado, e Seus propósitos não pode ser frustrado.

    Poder de Deus não pode ser contestada

    Então, Pedro foi mantido na prisão, mas a oração por ele estava sendo feita com fervor pela igreja para Deus. E na mesma noite, quando Herodes estava para apresentá-lo para a frente, estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias; e guardas em frente da porta estavam vigiando a prisão. E eis que um anjo do Senhor apareceu de repente, e uma luz brilhou na célula; e ele bateu no lado de Pedro e despertou-o, dizendo: "Levanta-te depressa." Então, as cadeias caíram-lhe das mãos. E o anjo disse-lhe: "Cinge-se e calce as sandálias". E assim o fez. E ele disse-lhe: "Envolva seu manto em torno de você e siga-me." E ele saiu e continuou a seguir, e ele não sabia que o que estava sendo feito pelo anjo era real, mas pensei que ele estava tendo uma visão. E quando eles passaram a primeira e segunda guardas, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, que abriu para eles, por si só; e eles saíram e foram ao longo de uma rua; e logo o anjo se apartou dele. E quando Pedro voltou a si, ele disse: "Agora eu sei com certeza que o Senhor enviou o seu anjo, e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava." E quando ele percebeu isso, ele foi para a casa de Maria, mãe de João, que também foi chamado Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam. E quando ele bateu à porta do portão, um servo-menina chamada Rode saiu a escutar. E quando ela reconheceu a voz de Pedro, por causa da alegria não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava em frente ao portão. E eles disseram-lhe: "Você está fora de sua mente!" Mas ela continuou insistindo que ele era assim. E eles diziam: "É o seu anjo." Mas Pedro continuava a bater; e, quando abriram a porta, viram-no e ficaram maravilhados. Mas acenando-lhes com a mão para que se calassem, descreveu-lhes como o Senhor o levou para fora da prisão. E ele disse: "Denunciar estas coisas a Tiago e aos irmãos." E ele saiu e foi para outro lugar. Agora, quando amanheceu, houve grande perturbação entre os soldados sobre o que poderia ter feito de Pedro. E, quando Herodes tinha procurado por ele e não tinha encontrado, ele examinou os guardas e ordenou que eles sejam levados à execução. E desceu da Judéia para Cesaréia e foi passar um tempo lá. ( 12: 5-19 )

    Enquanto Pedro era mantido na prisão, a igreja respondeu como sempre faziam quando enfrenta perseguição: oração por ele estava sendo feita com fervor pela igreja para Deus (cf. 4: 23-31 ). Eles sabiam que só Deus tem o poder para libertar Pedro. O advérbio ektenōs ( fervorosamente ) está relacionada com ektenēs , um termo médico que descreve o alongamento de um músculo para os seus limites.Ektenōs é usado em Lc 22:44 para descrever a oração de nosso Senhor no Getsêmani, quando "estar em agonia Ele estava orando fervorosamente e seu suor tornou-se como gotas de sangue, que caíam na terra ". A igreja serviu o esforço máximo que eles eram capazes de em suas orações para Pedro. Eles sabiam a verdade Tiago foi mais tarde para expressar, de que "a oração eficaz de um justo pode realizar muito" ( Jc 5:16 ). O ektenēs grupo palavra descreve três elementos essenciais da vida cristã: amor ( 1Pe 4:8 ). Desde que ele ainda não era um homem velho, ele não tinha nada a temer. Além disso, cada vez que ele tinha sido preso antes, ele tinha sido liberado.Deus tinha um histórico perfeito. Tudo isso permitiu Pedro para aconselhar os crentes para lançar "toda a sua ansiedade sobre Ele, porque Ele tem cuidado de vós" ( 1Pe 5:7 ). Herodes aprendeu a mesma verdade que tinha o Sinédrio antes dele (cf. At 5:1 ). A partir de Atos 15 aprendemos que ele era o chefe da igreja de Jerusalém neste momento. Tendo feito isso, Pedro prudentemente saiu e foi para outro lugar. Ele não quer colocar todos os seus irmãos na fé em perigo, e ele sabia que Agripa logo estaria procurando por ele. Lucas não nos diz onde ele foi. A sugestão de quem quer identificá-lo como o primeiro papa, que foi a Roma, nesta fase inicial, não é provável, especialmente desde Atos 15 encontra-lo de volta em Jerusalém após a morte de Agripa.

    Independentemente de onde ele foi, Pedro desaparece da cena, tanto quanto o registro de Atos está em causa. Além de sua breve aparição no concílio de Jerusalém ( Atos 15 ), esta é a última que vemos de Pedro. De agora em diante, a história gira em torno de Paulo e seu ministério.

    Repentina, misterioso desaparecimento de Pedro a partir de uma célula guardada em segurança causou um alvoroço entre a força de guarda. Quando o próximo dia chegou, Lucas nos informa, não houve pequena perturbação entre os soldados sobre o que poderia ter feito de Pedro. Eles freneticamente converteu a prisão de cabeça para baixo procurando por ele, já que sabia muito bem o que o destino aguardado um soldado que perdeu um prisioneiro (cf. 16:27 ; 27:42 ).

    Eles não conseguiram encontrar Pedro, no entanto, e, eventualmente, foram obrigados a informar que a Herodes. Seus piores temores se concretizaram, por Herodes, tendo procurado Pedro, sem sucesso, voltou sua fúria sobre os guardas infelizes. Ele examinou os guardas e ordenou que eles sejam levados à execução. Herodes era um homem desconfiado, e os guardas poderiam ter oferecido nenhuma explicação razoável para a fuga de Pedro.

    Após martialing tribunal e executar os guardas ofensivos, Herodes num acesso de raiva desceram da Judéia para Cesaréia e foi passar um tempo lá. Seu plano tinha explodido em seu rosto, e ele precisava de um período de férias para se recompor. Infelizmente para ele, que ele ainda não aprendeu que não podia lutar contra Deus. Esse erro, que custou-lhe Pedro e seu prestígio com os judeus, foi logo para lhe custou a vida.

    Punição de Deus não pode ser evitada

    Agora, ele estava muito irritado com os de Tiro e de Sidom; e com um acordo que veio a ele, e tendo conquistado Blastus camareiro do rei, pediam paz, porquanto o seu país se abastecia do país do rei. E em um dia marcado, Herodes, tendo colocado em sua trajes reais, sentou-se na tribuna e começou a entregar um endereço para eles. E o povo continuava gritando: "A voz de um deus e não de um homem!" No mesmo instante o anjo do Senhor o feriu, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou. ( 12: 20-23 )

    Vários meses se passaram desde a fuga de Pedro, quando, por razões desconhecidas para nós, Herodes ficou muito irritado com os de Tiro e Sidon. Eles estavam fora da jurisdição de Herodes, mas desde tempos do Antigo Testamento seu país tinha sido alimentado pela região governada por Herodes (cf. 1Rs 5:11 ; Ed 3:7. ).

    Percebendo o perigo de ter Herodes irado com eles, com um acordo que veio a ele, e tendo conquistado Blastus camareiro do rei, pediam paz. bloqueio econômico de Herodes foi minando-los, e eles precisavam para fazer a paz com ele rapidamente. Eles persuadiram (possivelmente com dinheiro) camareiro Blastus do rei para agir como um intermediário.

    Herodes concordou com os termos, mas para demonstrar ainda mais seu talento, ele submeteu os embaixadores das duas cidades para um espetáculo. Em um dia marcado (de acordo com o historiador judeu Flávio Josefo a ocasião foi um banquete em honra do padroeiro de Herodes, o imperador romano Claudius ), Herodes, tendo colocado em sua trajes reais, sentou-se na tribuna e começou a entregar um endereço para eles. Eles se conheceram no anfiteatro construído pelo avô de Agripa, Herodes, o Grande. Josephus descreve a cena: "[Herodes] colocar uma roupa feita inteiramente de prata, e de uma contextura realmente maravilhoso, e foi para o teatro no início da manhã, altura em que a prata do seu manto sendo iluminada pela reflexão fresco de os raios do sol sobre ela, brilhou de uma maneira surpreendente "( Antiquities XIX, vii, 2).

    Oprimido por seu esplendor (ou, mais provavelmente, buscando a bajular ele), as pessoas continuavam gritando: "A voz de um deus e não de um homem!" Josefo assinala que Herodes "fez nem repreendê-los, nem rejeitar a sua bajulação impious "( Antiquities XIX, vii, 2 ).

    A resposta de Deus foi rápida. Imediatamente, um anjo do Senhor o feriu, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou. Dr. Comentários Jean Sloat Morton,

    A frase "comido de vermes", em grego é skolakobrotos . A raiz da palavra skolax significa "uma estrutura de cabeça específica de uma tênia." Desde que a palavra scolex (plural escólices ) é aplicada à cabeça de tênias, a morte de Herodes era quase certamente devido à ruptura de um cisto formado por uma tênia. Existem vários tipos de vermes, mas uma das mais comuns encontrados em países de Ovelhas em crescimento é a fita de cão, Echinococcus granulosus. As infecções mais pesadas vieram de áreas onde Ovelhas e bovinos são levantadas. Ovelhas e bovinos servem como hospedeiros intermediários do parasita. O cão come a carne infectada, então o homem recebe os ovos do cão, geralmente por contaminação fecal de cabelo.

    A doença é caracterizada pela formação de cistos, em geral no lobo direito do fígado; estes podem estender-se para baixo para dentro da cavidade abdominal. A ruptura de um cisto pode liberar tal como muitos como dois milhões de escólices. Os vermes em desenvolvimento dentro dos cistos são chamados escólices, porque a região anterior constitui a maior parte do desenvolvimento nesta fase. Quando as rupturas de quisto, a entrada de detritos celulares juntamente com os escólices podem causar morte súbita.
    A utilização da palavra scolex não se limita a esta referência sobre Herodes; o termo também aparece em Mc 9:44 . A tradução literal da frase em Mc 9:44 leria ", onde sua scolex não morre." Esse uso é muito interessante porque a tênia se mantém propagação. Cada secção do sem-fim é uma unidade auto-contida que tem ambas as partes macho e fêmea. A parte posterior amadurece e faz centenas de ovos de vermes. A palavra scolex neste texto retrata uma descrição biológica de permanência que exige o texto para a comparação. ( Ciência na Bíblia [Chicago: Moody, 1978], 261-62)

    Segundo Josefo, Herodes persistiu durante cinco dias, com dores terríveis. No meio de toda sua pompa e majestade, ele sofreu uma morte ignominiosa e vergonhoso. Assim terminou o reinado e da vida do homem que se atreveu a tocar dois dos apóstolos de Deus. Seu crime para o qual ele foi executado ( A . D .
    44) foi a de que ele não deu glória a Deus, o próprio crime para o qual todos os não regenerados que rejeitam a Deus serão condenados ( Romanos 1:18-23. ).

    Propósitos de Deus não podem ser frustrados

    Mas a palavra do Senhor continuou a crescer e se multiplicar. E Barnabé e Saulo voltaram de Jerusalém, havendo eles cumprido sua missão, levando junto com eles João, que também foi chamado Marcos. ( 12: 24-25 )

    Novamente Lucas nos mantém no caminho certo com o crescimento da igreja, relatando que, apesar da oposição furiosa dos homens, a palavra do Senhor continuou a crescer e se multiplicar. Eles não mais poderiam impedir a sua propagação do rei Canuto poderia parar a maré de entrar em .

    Depois de afirmar o fato de que os propósitos de Deus não podem ser frustrados, Lucas cita como exemplo Barnabé e Saulo, que voltaram de Jerusalém, havendo eles cumprido sua missão. Eles haviam completado a sua missão de trazer o alívio da fome à igreja de Jerusalém ( 11:30 ). Essa missão teve lugar depois da morte de Herodes. Ele morreu, mas a igreja perseguiu sobreviveu.

    Lucas observa que João, que também foi chamado Marcos, acompanhou-os. De Cl 4:10 aprendemos que ele era primo de Barnabé. Como ele os acompanhou em sua missão de ajuda a Jerusalém, para que ele pudesse acompanhá-los em sua primeira viagem missionária ( 13: 5 ). Sua deserção durante essa jornada ( 13:13 ) acabaria por levar a um racha entre Paulo e Barnabé ( 15: 36-40 ).

    Os versículos 24:25 marcar uma importante transição em Atos. Eles introduzem novamente o apóstolo Paulo, com cujo ministério o resto do livro será a principal responsável.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Atos Capítulo 12 do versículo 1 até o 25

    Atos 12

    Prisão e resgate — At 12:1-11

    Agora estalou sobre a Igreja, e em especial sobre seus dirigentes, uma nova onda de perseguições. Atrás dela estava a influência do rei Herodes.

    Consideremos brevemente as diversas ramificações da família dos Herodes quanto à sua relação com o Novo Testamento. O primeiro Herodes que aparece nele é Herodes o Grande. Reinou de cerca do ano 41 a.C. até 1 a.C. É o Herodes de Mateus 2, que ostentava o poder quando nasceu Jesus, que recebeu os Magos do Oriente e que ordenou a massacre de meninos. casou-se dez vezes. Desta família, aqueles membros que aparecem no Novo Testamento são os seguintes:

  • Herodes Filipe I, primeiro marido de Herodias, responsável pela morte de João Batista. É mencionado com o nome de Filipe em Mt 14:3; Mc 6:17; Lc 3:19. Não tinha nenhuma acusação oficial. Era o pai do Salomé.
  • Herodes Antipas, que reinou sobre a Galiléia e Peréia. Foi o segundo marido de Herodías e esteve de acordo com a morte de João Batista. Também é o Herodes a quem Pilatos envia a Jesus para que o julgue (Lucas 23: 7ss).
  • Arquelau, que reinou sobre Judéia, Samaria e Iduméia. Era um mau governante e foi deposto. É mencionado em Mt 2:22.
  • Herodes Filipe II, que reinou sobre Ituréia e Traconites. Foi o fundador de Cesaréia de Filipos que recebeu este nome devido a ele. No Novo Testamento é chamado Filipe e é mencionado em Lc 3:1).
  • Desta história de família podemos ver que Herodes Agripa era um descendente direto dos macabeus por parte de sua mãe Mariana. Tinha sido educado em Roma, mas cultivava assiduamente os bons costumes do povo judeu observando meticulosamente a Lei e suas tradições. Por esta razão era apreciado pelo povo; e, sem lugar a dúvidas, para obter mais favores entre os judeus ortodoxos decidiu atacar à Igreja cristã e a seus líderes. Vemos portanto que Santiago foi vítima dos planos de Herodes para ganhar a avaliação popular, e que o encarceramento de Pedro foi devido aos mesmos planos. Sua conduta na detenção de Pedro demonstra seu desejo de apaziguar os judeus. A Páscoa se festejava no dia 14 de Nisã; durante esse dia e os sete seguintes não se devia usar levedura; era chamava a semana dos pães asmos. Durante ela não se podia julgar nem executar a ninguém e essa é a razão pela qual Herodes decidiu adiar a execução de Pedro até que terminasse a semana. A grande tragédia desta onda de perseguições é que não se deve aos princípios de ninguém, por equivocados que estivessem; deve-se simplesmente ao desejo do Herodes de ganhar o apoio popular do povo.

    A ALEGRIA DA REINTEGRAÇÃO

    Atos 12:12-19

    Tomaram-se grandes precauções para que Pedro não escapasse. Era vigiado por quatro grupos de quatro soldados cada um. Havia quatro grupos devido a que tanto o dia como a noite estavam divididos em quatro vigílias de três horas de duração cada uma; cada grupo vigiava três horas por turno.
    Normalmente se encadeava a mão direita dos prisioneiros à esquerda de seu guarda; mas Pedro tinha ambas as mãos encadeadas a um guarda de cada lado, enquanto os outros dois vigiavam a porta. Não se podia ter tomado mais precauções. Quando Pedro escapou, os soldados foram executados porque a lei estabelecia que se um criminoso escapava, seu guarda devia sofrer o mesmo castigo que teria sofrido o prisioneiro.
    Não devemos ver necessariamente um milagre nesta história. Bem pode ser o relato de um emocionante resgate e fuga. Mas embora fosse assim, ainda seria narrado da mesma maneira porque, de qualquer maneira que tenha acontecido, a mão de Deus esteve claramente presente.

    Quando Pedro escapou dirigiu-se diretamente à casa de Maria, a mãe de João Marcos. Por isso nos inteiramos de que a sede da Igreja cristã estava ali. Sugeriu-se que nessa mesma casa se celebrou a Última Ceia e que continuou sendo o lugar de reunião dos discípulos em Jerusalém. Bem podemos considerar o que estavam fazendo os cristãos nessa casa. Estavam orando. Frente às dificuldades e sem ninguém mais a quem recorrer, acudiam a Deus.

    Nesta passagem se menciona pela primeira vez o homem que era o verdadeiro chefe da Igreja cristã em Jerusalém. Pedro lhes diz para irem dar a notícia a Tiago. Este homem era irmão de nosso Senhor. No Oriente era natural e se aceitava que o irmão continuasse com a tarefa do mais velho que foi assassinado; mas pelos Evangelhos sabemos que os irmãos de Jesus não criam nEle (Jo 7:5) e que em realidade criam que estava louco (Mc 3:21). Enquanto Jesus viveu, Tiago não o apoiou. Mas sabemos que o Cristo ressuscitado apareceu especialmente a Tiago (1Co 15:7).

    Há um Evangelho muito antigo chamado o Evangelho aos Hebreus que nos relata que depois da morte de Jesus, Tiago fez uma promessa dizendo que não comeria nem beberia até que visse Jesus novamente. Bem pode ser que o que a vida de Jesus não pôde fazer, o obterá sua morte, e que quando Tiago viu seu irmão morto descobriu quem era realmente e dedicou toda sua vida a servi-lo. A mudança que se produziu nele pode ser outro grande exemplo do poder da cruz para mudar a vida dos homens.

    UM FINAL TERRÍVEL

    Atos 12:20-25

    Aqui nos encontramos com o terrível final que, com uma sorte de justiça poética caiu sobre Herodes. Havia nesse então certa questão entre ele e os habitantes de Tiro e Sidom. Para estes povos se tratava de um assunto sério. Suas terras estavam ao norte da Palestina. Herodes podia criar-lhes dificuldades de duas maneiras. Se desviava o comércio da Palestina de seus portos seus ganhos se veriam seriamente danificados. E o que era pior, Tiro e Sidom dependiam para obter mantimentos da Palestina e se fosse suspenso esse abastecimento sua situação seria muito séria sem dúvida alguma. Estes povos conseguiram subornar a Blasto, o mordomo do rei, e lhes concedeu uma audiência pública. Temos que recordar a popularidade de Herodes. Josefo, o historiador judeu, descreve que, no segundo dia do festival, entrou em anfiteatro vestido com uma túnica de fiação de prata. O Sol cintilava sobre a prata e o povo gritava que tinha chegado um deus. Nesse momento caiu sobre ele uma terrível e repentina enfermidade da qual nunca se recuperou. O orgulho de um homem tinha terminado com a ira de Deus.

    Os versículos 24:25 nos fazem voltar a Atos 11:27-30. Paulo e Barnabé tinham completado seu serviço de misericórdia para com a Igreja de Jerusalém e voltaram à Antioquia, levando consigo a João Marcos.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Atos Capítulo 12 versículo 3
    nos dias dos Pães sem Fermento: A Festividade dos Pães sem Fermento começava no dia 15 de nisã, um dia depois da Páscoa (14 de nisã), e durava sete dias. (Veja o Glossário, “Festividade dos Pães sem Fermento” e o Apêndice B15.) Tanto os Evangelhos como o livro de Atos fazem várias referências a festividades dos judeus, mostrando que os judeus ainda seguiam o calendário judaico nos dias de Jesus e dos apóstolos. Essas referências às festividades ajudam a saber aproximadamente quando certos acontecimentos bíblicos ocorreram. — Mt 26:2; Mc 14:1; Lc 22:1; Jo 2:13-23; 5:1; 6:4; 7:2, 37; 10:22; 11:55; At 2:1-12:3, 4; 20:6, 16; 27:9.


    Dicionário

    Agradar

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Contentar alguém; ser afável; demonstrar cortesia, gentileza: agradar alguém com presentes; era uma boa pessoa, só pensava em agradar.
    verbo intransitivo Parecer bem; ter encantos: esta paisagem agrada muito.
    verbo pronominal Satisfazer, causar ou sentir prazer, deleite: agradava-se dos elogios no trabalho.
    Sentir-se apaixonado, tomado de amor: agradou-se da colega de classe.
    verbo transitivo direto [Regionalismo: Nordeste] Fazer carinhos; afagar: pais que gostavam de agradar os filhos.
    Etimologia (origem da palavra agradar). A + grado, do latim gratus,a,um + ar.

    Causar ou inspirar complacência ou satisfação, Ser agradável, Contentar, Satisfazer, Sentir ou causar prazer.

    Asmos

    Sem fermento

    Continuar

    verbo transitivo Prosseguir o que se começou: continuar uma viagem.
    Prolongar: continuar um muro.
    Persistir, não cessar.

    Dias

    substantivo masculino plural Tempo de vida, de existência, dias de vida, vida.
    Etimologia (origem da palavra dias). Pl de dia.

    Eram

    3ª pess. pl. pret. imperf. ind. de ser

    ser |ê| |ê| -
    (latim sedeo, -ere, estar sentado)
    verbo copulativo

    1. Serve para ligar o sujeito ao predicado, por vezes sem significado pleno ou preciso (ex.: o dicionário é útil).

    2. Corresponder a determinada identificação ou qualificação (ex.: ele era muito alto; ela é diplomata).

    3. Consistir em.

    4. Apresentar como qualidade ou característica habitual (ex.: ele é de manias; ela não é de fazer essas coisas).

    5. Estar, ficar, tornar-se.

    6. Exprime a realidade.

    7. Acontecer, ocorrer, suceder.

    8. Equivaler a determinado valor, custo ou preço (ex.: este relógio é 60€).

    verbo transitivo

    9. Pertencer a (ex.: o carro é do pai dele).

    10. Ter como proveniência (ex.: o tapete é de Marrocos).

    11. Preferir ou defender (ex.: eu sou pela abolição da pena de morte).

    verbo intransitivo

    12. Exprime a existência.

    13. Acontecer, suceder (ex.: não sei o que seria, se vocês se fossem embora).

    14. Indica o momento, o dia, a estação, o ano, a época (ex.: já é noite; são 18h00).

    verbo auxiliar

    15. Usa-se seguido do particípio passado, para formar a voz passiva (ex.: foram ultrapassados, tinha sido comido, fora pensado, será espalhado, seríamos enganados).

    nome masculino

    16. Aquilo que é, que existe. = ENTE

    17. O ente humano.

    18. Existência, vida.

    19. O organismo, a pessoa física e moral.

    20. Forma, figura.


    a não ser que
    Seguido de conjuntivo, introduz a condição para que algo se verifique (ex.: o atleta não pretende mudar de clube, a não ser que a proposta seja mesmo muito boa).

    não poder deixar de ser
    Ser necessário; ter forçosamente de ser.

    não poder ser
    Não ser possível.

    não ser para graças
    Não gostar de brincadeiras; ser valente.

    o Ser dos Seres
    Deus.

    qual é
    [Brasil, Informal] Expresão usada para se dirigir a alguém, geralmente como provocação (ex.: qual é, vai sair da frente ou não?).

    ser alguém
    Ser pessoa importante e de valia.

    ser com
    Proteger.

    ser dado a
    Ter inclinação para.

    ser da gema
    Ser genuíno.

    ser de crer
    Ser crível; merecer fé.

    ser humano
    O homem. = HUMANO

    ser pensante
    O homem.


    Judeus

    masc. pl. de judeu

    ju·deu
    (latim judaeus, -a, -um)
    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    1. Que ou quem professa a religião judaica. = HEBREU

    2. O mesmo que israelita.

    adjectivo
    adjetivo

    3. Relativo à Judeia, região da Palestina.

    4. Relativo à tribo ou ao reino de Judá ou a Judá, nome de duas personagens bíblicas.

    5. Relativo à religião judaica. = HEBRAICO, HEBREU

    6. [Informal, Depreciativo] Muito travesso.

    7. [Informal, Depreciativo] Que gosta de fazer judiarias. = PERVERSO

    nome masculino

    8. [Informal, Depreciativo] Agiota, usurário.

    9. [Popular] Enxergão.

    10. Ictiologia Peixe pelágico (Auxis rochei) da família dos escombrídeos, de corpo alongado, coloração azulada com bandas escuras no dorso e ventre prateado. = SERRA

    11. [Brasil] Feixe de capim com pedras, para a formação de tapumes, em trabalhos de mineração.


    judeu errante
    Personagem lendária condenada a vagar pelo mundo até ao fim dos tempos.

    Indivíduo que viaja com muita frequência, que não se fixa num lugar.


    Ver também dúvida linguística: sentido depreciativo de cigano e outras palavras.

    A palavra judeu significava, primitivamente, um membro do reino de Judá (2 Rs 16.6 – 25.25 – Jr 34:9). Durante o cativeiro, e depois da volta para a Palestina, os israelitas que formaram o novo Estado eram, geralmente, conhecidos pelo nome de judeus. os outros membros da raça israelita, espalhados por todo o mundo, foram, no decorrer do tempo, chamados judeus, e a si próprios eles também davam esse nome (Et 3 – Dn 3:8-12). (*veja Dispersão, Hebreu, israelitas.) Entre as nações, onde fixaram a sua residência, foram eles principalmente notáveis pelo seu extremo exclusivismo. Crendo estar sob a especial proteção do Senhor, eles depressa recuperavam as suas forças, que perdiam nas diversas calamidades causadas pela sua desobediência aos preceitos divinos, retomando a sua antiga satisfação como povo escolhido. Com a queda da cidade de Jerusalém, e a destruição do templo, terminou a existência nacional dos judeus. Daí para o futuro eram eles estrangeiros entre outros povos. Mesmo muito antes da conquista, realizada por Tito, tinham-se espalhado por outras terras, onde formaram grandes e poderosas comunidades. Um certo número deles tinha ficado na Babilônia, depois da volta do cativeiro. No Egito e em Cirene habitavam quase em igual quantidade, e em Roma e em outras grandes cidades formavam grandes colônias. Quão largamente eles estavam dispersos, pode deduzir-se da lista dada por Lucas na sua narrativa a propósito dos acontecimentos no dia de Pentecoste (At 2:1-11). Com qualquer outro povo o resultado da sua dispersão teria sido o desaparecimento das suas particularidades nacionais, se não raciais, e também o serem absorvidos pelas nações nas quais foram habitar. Todavia, já se vão 2.000 anos, e nota-se que eles continuam em vida separada, obedecendo, porém, às leis dos diferentes povos, conformando-se com os seus costumes, e falando a sua língua. Conquanto tenham percorrido todas as nações, é ainda o hebraico a sua língua nacional, e a sua religião é ainda o antigo culto de israel. Através de todas as dificuldades, embora súditos de muitos Estados, a verdade é que um judeu permanece sempre judeu, e somente judeu. Foi este poder de resistência às influências exteriores que os habilitou a restaurar o Sinédrio, passados alguns anos depois da total destruição de Jerusalém. Em duas gerações, com a maravilhosa vitalidade”, que sempre os distinguiu, puderam os judeus ‘recuperar em grande extensão os seus números, a sua riqueza, e o seu espírito indomável’. E é-nos fácil agora compreender como o tesouro do templo, tantas vezes arrebatado, era tão depressa substituído. Quando chegava às comunidades estrangeiras dos judeus a notícia de qualquer nova desgraça, eram por eles mandado dinheiro e homens a Jerusalém para o serviço do templo, e também para ser restabelecido o saqueado tesouro. As calamidades e misérias, que os judeus têm suportado, não podem talvez, comparar-se com os infortúnios de qualquer outra nação. o nosso Salvador chorou quando previu a rapina, o assassinato, o fogo, a pestilência, e outros horrores, que estavam para atormentar o povo escolhido. Quase todos os judeus modernos são fariseus na doutrina, embora eles não se chamem assim – e acham-se tão ligados à lei tradicional (isto é, oral), como o eram os seus antepassados. Eles nutrem um ódio implacável aos caraítas (uma seita dos Escrituristas), que aderem ao texto de Moisés, rejeitando as interpretações dos rabinos. Não há saduceus declarados, mas as doutrinas de muitos judeus ‘reformados’ não são dessemelhantes. Quanto aos samaritanos ainda restam cerca de 200, principalmente em Nablus.

    Judeus 1. Súdito do reino de Judá formado pelas tribos de Judá e Levi.

    2. O nascido de pais judeus (especificamente de mãe judia), o que aceita o judaísmo através da conversão (guiur), conforme a Torá escrita e oral. Não é considerado judeu o nascido de matrimônio misto, em que só o pai é judeu.


    Pedro

    Pedro [Pedra] - APÓSTOLO (Mc 3:13-19), também chamado de Simão e Cefas (Jo 1:42). Era pescador (Mc 1:16). Episódios de sua vida são mencionados em (Mc 1:16-18); (Lc 5:1-11); 8:40-56; (Mt 8:14-15); 14:28-33; 16:13 23:17-1-13 26:36-46,69-75; (Lc 24:34); (Jo 18:10-18), 25-27; 21:1-23; At 1:13—5.42; 8:14-25; 10.1—11.18; 12:1-19; 15:1-11; (1Co 9:5); (Gl 1:18); 2:6-14. Segundo a tradição, foi morto entre 64 e 67 d.C., no tempo de NERO. V. PEDRO, P

    Pedro Tradução grega da palavra aramaica Kepha (rocha). Discípulo de Jesus também chamado Simão ou Simeão (At 15:14; 2Pe 1:1). Filho de João (Jo 1:42) ou Jonas (Mt 16:17), com seu irmão André, dedicava-se à pesca na Galiléia (Mt 4:18).

    Natural de Betsaida (Jo 1:44), residia com sua família em Cafarnaum (Mc 1:29ss.; Mt 8:14; Lc 4:38). Esteve ligado a João Batista (Jo 1:35-42) antes de seguir Jesus. Fez parte do grupo dos Doze e, mais especificamente, dos três discípulos mais próximos de Jesus (Mt 17:1; Mc 5:37; 9,2; Lc 8:51 etc.). Convencido da messianidade de Jesus (foi essa a confissão que levou Jesus a falar de sua Igreja edificada sobre a fé em sua pessoa como messias e Filho de Deus), Pedro resistiu, no entanto, à visão do messias sofredor que Jesus tinha (Mt 16:18ss.) e chegou mesmo a negar seu Mestre no momento de sua prisão (Mt 26:69ss. e par.). A princípio, Pedro não acreditou no anúncio da ressurreição de Jesus (Lc 24:11), mas ver o túmulo vazio (Lc 24:12; Jo 20:1-10) e a aparição de Jesus no domingo da ressurreição (Lc 24:34; 1Co 15:5), assim como aparições de que outros discípulos falavam mudaram radicalmente sua vida.

    Apenas algumas semanas depois da morte de Jesus, Pedro convertera-se em uma pessoa disposta a confrontar-se com as autoridades judias que, durante a época de Herodes Agripa, estiveram a ponto de executá-lo (At 12).

    Embora a comunidade judeu-cristã de Jerusalém fosse dirigida por todos os apóstolos em seus primeiros tempos, não há dúvida de que Pedro atuava como porta-voz da mesma (At 2:4). Juntamente com João, foi ele quem legitimou a evangelização fora da Judéia (Samaria, At 8; o litoral, At 9:32ss.) e deu o primeiro passo para a evangelização dos não-judeus (At 10:11). Parece ter sido bom seu relacionamento com Paulo (Gl 1:2), exceto um incidente em Antioquia em que Pedro agiu contra as suas convicções para não causar escândalo aos judeus.

    Durante os anos 40:50, a Igreja de Jerusalém esteve sob a direção de Tiago e não de Pedro (At 12:17; 15,13 21:18; Gl 2:9.12), mas este estava presente no Concílio de Jerusalém, no qual apoiou as idéias de Paulo.

    Temos muito poucos dados sobre esse período final de sua vida: quase um quarto de século. Com segurança, desenvolveu um ministério missionário (1Co 9:5), durante o qual, possivelmente, trabalhou em Corinto (1Co 1:12) para, logo mais, concluí-lo com o martírio (Jo 21:19). Considera-se a possibilidade de ter visitado Roma, embora não seja provável que fosse ele o fundador da comunidade dessa cidade. Mais plausível é a tradição que considera sua execução durante a perseguição empreendida por Nero. Das obras que se lhe atribuem, é sua — sem dúvida — a primeira epístola que leva seu nome. Tem-se questionado a autenticidade da segunda, mas o certo é que o livro do Novo Testamento com o qual tem maiores coincidências é exatamente a primeira carta de Pedro. As lógicas diferenças entre ambas as obras não devem ser levadas a extremo, pois dependem não tanto da diversidade de autores como de gênero literário: a primeira é uma epístola e a segunda, uma forma de testamento. Tampouco pode ser descartada a possibilidade de a segunda ser de Pedro, mas ter recebido sua forma final da escrita de um copista.

    Quanto aos Atos de Pedro, o Apocalipse de Pedro e o Evangelho de Pedro não são, realmente, de sua autoria. Tem-se ressaltado a possibilidade de o evangelho de Marcos apresentar, substancialmente, o conteúdo da pregação de Pedro, já que João Marcos aparece como seu intérprete em algumas fontes.

    C. P. Thiede, o. c.; W. H. Griffith Thomas, El apóstol...; f. f. Bruce, Acts...; Idem, New Testament...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; O. Cullmann, Peter, Londres 1966; R. f. Brown e outros, Pedro...; R. Aguirre

    (ed.), Pedro en la Iglesia primitiva, Estella 1991.


    Nome Grego - Significado: Rocha, pedra.

    Originalmente chamado de Simão, era filho de João (Jo 1:42) e irmão de André (Mt 4:18; Jo 6:8). Pedro era casado e sua esposa o acompanhou em suas viagens (Mt 8:14-1Co 9:5). Antes de ser chamado por Jesus, trabalhava com seu pai como pescador (Mc 1:16-20).

    Pedro não fora educado religiosamente e possuía forte sotaque da região da Galiléia (Mt 26:33). Era, portanto, considerado como ignorante e sem estudos pelos líderes judaicos de Jerusalém (At 4:13).

    A vocação de Pedro

    Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, não porque tenha sido o primeiro a ser chamado, mas — como as discussões nas seções seguintes indicarão — devido ao fato de ser líder entre os discípulos. Em Mateus 10:2 lemos: “O primeiro, Simão, chamado Pedro” (também em Mc 3:16; Lc 6:14). Fazia parte do círculo mais íntimo dos discípulos de Cristo, no qual encontravam-se também Tiago e João (Mc 5:37; Mc 9:2; Mc 13:3; Lc 8:51).

    Pedro era um discípulo dedicado, que buscava exercitar a fé, embora demonstrasse um pouco de volubilidade, como revelou o incidente em que Jesus andou sobre a água (Mt 14:28). Ele admitia sua ignorância e a própria pecaminosidade (Mt 15:15; Lc 5:8; Lc 12:41) e, quando tinha dúvidas, fazia muitas perguntas (Jo 13:24). Apesar de receber uma revelação divina a respeito da identidade de Jesus, rejeitou qualquer noção quanto à sua morte, uma atitude que Cristo atribuiu ao próprio diabo. A motivação dele foi considerada de origem terrena, isto é, seu conceito do Messias era que se tratava de um governador terreno, em cujo reino talvez imaginasse a si mesmo no desempenho de um papel importante (Mt 16:23; Mc 8:33). Esteve presente com Tiago e João na Transfiguração (Mc 9:7; Lc 9:28) e ouviu a voz de Deus confirmando que Jesus era seu Filho amado (um incidente do qual deu testemunho em 2Pe 1:18) e exigindo obediência aos ensinos de Cristo (Mt 17:1-6). Pedro aprendeu a importância de os discípulos de Jesus pagarem os impostos aos reis terrenos, não porque tivessem a obrigação, mas porque o não pagamento causaria uma dificuldade para a promoção do Evangelho (Mt 17:27). Questionou sobre o perdão e foi advertido a respeito do que aconteceria com o discípulo que não perdoasse e a tortura que experimentaria (Mt 18:21-35). Foi rápido ao lembrar a Jesus que os discípulos abandonaram tudo para segui-lo e recebeu a promessa de que os doze se sentariam em tronos para julgar Israel (Mt 19:27-30; Mc 10:28; Lc 18:28). Inicialmente não permitiu que Jesus lavasse seus pés e depois pediu que banhasse também suas mãos e sua cabeça, como sinal de limpeza (Jo 13:6-10).

    Pedro é lembrado por contradizer Jesus quando este falou que os discípulos o negariam. Assim como os outros, replicou que estava disposto a morrer e jamais negaria o Mestre (Mt 26:33-35; Mc 14:29; Lc 22:34; Jo 13:36-38). Falhou em vigiar e orar junto com Jesus, apesar do aviso de que o espírito estava preparado, mas a carne era fraca (Mt 26:37-44; Mc 14:33-41). No momento da prisão de Cristo, numa atitude impetuosa, cortou a orelha de Malco, empregado do sumo sacerdote (Jo 18:10). No pátio da casa de Caifás, a determinação de Pedro entrou em colapso, não diante de um tribunal, mas da pergunta de uma jovem empregada. A enormidade de sua negação, em cumprimento à profecia de Jesus de que ela aconteceria antes do amanhecer do dia seguinte, fez com que ele chorasse amargamente (Mt 26:58-69-75; Mc 14:54-66-72; Lc 22:54-62; Jo 18:15-18-25-27). Diante do túmulo vazio, as mulheres receberam instruções de dizer aos discípulos e a Pedro que veriam Jesus na Galiléia (Mc 16:7). Foi ele que a seguir correu ao túmulo vazio e teve dúvida sobre o que tudo aquilo significava (Lc 24:12; Jo 20:2-10). Quando estava no lago de Genesaré, com alguns dos outros discípulos, Jesus apareceu-lhes e mostrou que estava vivo. Pedro, que na ocasião estava no mar, lançou-se na água quando João identificou que era o Senhor e foi em direção ao Mestre. A instrução que Jesus deu da praia sobre o local onde deveriam atirar as redes resultou numa pesca abundante. Depois da refeição, Cristo questionou Pedro sobre o nível de seu amor por ele. Diante da afirmação de sua lealdade, Pedro recebeu a ordem de cuidar do povo de Deus e alimentá-lo espiritualmente. Na mesma ocasião ele foi informado sobre a forma de sua própria morte — por meio da qual Deus seria glorificado (Jo 21:19). Segundo a tradição, tal fato ocorreu em Roma.

    O apostolado de Pedro

    Depois da pergunta feita por Jesus, sobre como as pessoas o viam e o que os próprios discípulos pensavam dele, Pedro foi o primeiro a confessar que Cristo era o Messias prometido no Antigo Testamento. Além disso, reconheceu que era o Filho do Deus vivo e que tinha as palavras de vida eterna (Mt 16:16; Jo 6:68). Essa verdade não se desenvolveu por dedução ou por algum meio humano, mas como revelação do Deus Pai. De acordo com Jesus, esse entendimento de Pedro seria uma grande bênção não somente porque constituía a verdadeira base do Evangelho para entender quem é Jesus, mas também porque esta seria a mensagem que ele proclamaria (Mt 16:17-19). Num jogo de palavras, Cristo disse a Simão que seu nome seria mudado para “Pedro”, para descrever seu papel como apóstolo. Jesus disse que seria “sobre esta pedra” que sua Igreja seria edificada (“Sobre esta pedra” é uma tradução equivocada da frase. Na construção original em grego o verbo é seguido por um particípio que, neste caso, é usado no sentido de construir algo em frente de e não sobre algo). Seria “diante desta pedra” (petros) que Jesus edificaria sua Igreja (assembléia). Israel havia-se reunido numa assembléia solene diante do monte Sinai para ouvir a Palavra de Deus, isto é, “o Livro da Aliança”, lido por Moisés. Os israelitas endossaram a leitura e foram formalmente constituídos como povo de Deus, depois da salvação do Egito (Ex 24:1-11). Assim também a Palavra de Deus, isto é, o Evangelho na boca de Pedro, seria o meio pelo qual os judeus que abraçassem a salvação oferecida por Jesus constituiriam o povo de Deus naquela assembléia. Jesus, entretanto, disse a Pedro que “as portas do inferno”, isto é, as hostes malignas, jamais prevaleceriam contra a Igreja, pois tal é o poder concedido por Jesus. Pedro foi o apóstolo dos judeus na Palestina, possivelmente em Corinto (1Co 1:12) e também na Babilônia [que a tradição diz ser Roma] (2Pe 5:13).

    De fato vemos esta promessa de Jesus cumprir-se em Atos, pois foi Pedro quem proclamou o Evangelho no dia de Pentecostes, quando aproximadamente 3:000 judeus de Jerusalém e da diáspora foram salvos. Seu discurso demonstrou seu conhecimento do Antigo Testamento, quando citou Joel 2:28-32 como explicação para o fenômeno de judeus de diferentes partes do Império Romano ouvirem as “grandezas de Deus”, isto é, o Evangelho, proclamadas em sua própria língua materna. No mesmo discurso, ele mencionou também o Salmo 16:8-11, para mostrar que a morte jamais alcançaria vitória sobre Jesus e que o derramamento do Espírito Santo era a prova de que Jesus fora exaltado como Senhor, conforme o Salmo 110:1 dizia que Ele seria (At 2:1-42).

    Novamente Pedro foi o pregador que explicou à multidão que o milagre da cura do coxo na Porta Formosa não fora operado por ele, mas pelo poder do Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Foi esse Senhor que glorificara seu servo Jesus cujo sofrimento fora predito por todos os profetas. Pedro proclamou que Jesus era aquele sobre o qual Moisés falou em Deuteronômio 18:15-19 e que os que se recusassem a aceitá-lo seriam destruídos. Ele declarou que a bênção sobre todas as famílias da Terra, conforme predito na promessa abraâmica em Gênesis 12:3, agora realizara-se na morte e ressurreição de Cristo. Os judeus, portanto, eram os primeiros a ter a oportunidade de receber essa bênção, por meio dos arrependimento dos pecados. Em face do interrogatório por parte dos líderes judaicos, Pedro declarou que o milagre fora operado no nome do Senhor Jesus, o Messias ressurrecto, a pedra rejeitada que é mencionada no Salmo 118:22, a única em que a salvação estava alicerçada. A tentativa dos líderes de silenciar Pedro e João falhou quando ambos declararam que não podiam ficar em silêncio, pois o papel deles como apóstolos os compelia a dar testemunho do que tinham visto e ouvido (At 3:1-4:22).

    Cornélio, um homem temente a Deus, foi o primeiro gentio a ouvir o Evangelho, por meio da pregação de Pedro. Tal palavra foi declarada como a mensagem da paz enviada por Jesus, o Messias, que se tornou Senhor de todos, após sua morte e ressurreição. Cristo deu aos discípulos a tarefa de testemunhar que Ele era o que Deus apontou como juiz dos vivos e dos mortos. Jesus tinha assegurado a remissão dos pecados para todo aquele que cresse nele, como todos os profetas testificaram que aconteceria (At 10:34-44).

    Foi Pedro também quem declarou aos líderes da Igreja na Judéia que Deus concedera a salvação também aos gentios mediante a pregação da Palavra de Deus, oferecida por Jesus Cristo. Sua relutância natural em levar-lhes o Evangelho, pois era judeu, foi vencida pela visão divina e as circunstâncias miraculosas pelas quais os mensageiros de Cornélio foram dirigidos até a casa onde ele estava hospedado (At 10:1-23; At 11:1-18). Aconselhou a assembléia reunida em Jerusalém a discutir a questão polêmica da circuncisão dos novos cristãos e da obediência deles às leis judaicas. Segundo Pedro, não deviam tentar a Deus, ao colocar sobre os gentios convertidos o jugo da Lei que nem os próprios judeus conseguiam carregar. Declarou que os gentios foram salvos pela graça de Deus, da mesma maneira que os judeus cristãos (At 15:7-11).

    Foi Pedro quem liderou os procedimentos para a eleição de Matias (At 1:15-26). O livro de Atos mostra também que ele tomou a iniciativa e falou contra a fraude de Ananias e Safira (At 5:1-4). Foi liberto da prisão e da morte certa de maneira sobrenatural em Atos 12:1-20; na cidade de Jope, um milagre foi operado por meio dele, ou seja, a ressurreição de Dorcas (At 10:36-43).

    Os escritos de Pedro

    De acordo com Papias, um escritor cristão do século II, o evangelho de Marcos reflete o ensino de Pedro. Realmente, de acordo com a tradição, este jovem evangelista [Marcos] atuou como escriba, pois registrou tudo o que este apóstolo ensinou. Certamente existem incríveis paralelos entre este evangelho e as linhas gerais da vida e do ministério de Jesus na pregação de Pedro ao centurião Cornélio. Em Marcos, o Evangelho de Jesus começa na Galiléia, depois da pregação de João Batista e da unção do Espírito Santo. O ministério de Cristo foi descrito a Cornélio em termos de fazer o bem, curar os oprimidos pelo diabo, a crucificação e a ressurreição (At 10:36-43). Certamente o sermão de Pedro, o qual é apenas um resumo geral em Atos, forma um paralelo surpreendente com os eventos narrados no evangelho de Marcos.

    I Pedro descreve seu autor como “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo” e “testemunha das aflições de Cristo” (1Pe 1:1-1Pe 5:1); a carta é endereçada aos cristãos dispersos na região que atualmente é o norte da Turquia. Foi escrita por Silvano (1Pe 5:12; para mais detalhes, veja Silas, Silvano).

    Uma das características dessa carta é o uso do Antigo Testamento; Pedro não somente citou passagens específicas como escolheu situações idênticas àquelas enfrentadas pelos cristãos, para apoiar seus argumentos. Ele faz a mesma coisa em seus discursos em Atos. De fato, ao começar esta carta, declara que os cristãos são os “eleitos” de Deus dispersos, não na Babilônia, como os israelitas ficaram enquanto aguardavam o retorno para Jerusalém, mas espalhados pelas províncias do Império Romano, até que recebessem a herança eterna no céu.

    Numa forte introdução trinitariana, Pedro descreveu a obra do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, que assegurava a salvação (1Pe 1:2). Depois, explicou sistematicamente a maneira como cada membro da Trindade contribuía nessa obra (1Pe 1:3-12). Esse fundamento da fé capacitaria os cristãos a esperar com confiança pela herança no céu.

    Pedro falou ao povo disperso de Deus sobre o modus vivendi, em face da suspeita e do antagonismo. Assim como Jeremias 29:7 descreve em uma situação similar, jamais deviam ser autoindulgentes, mas sim buscar o bem-estar da cidade em que vivessem. Se fizessem isso, apresentariam um estilo de vida de boas obras, o qual confirmaria o Evangelho quando fosse pregado para os outros (1Pe 2:11-12). Com esse tema principal, Pedro examinou sistematicamente várias esferas da vida, e em cada uma delas exortou os crentes a fazer o bem — ou seja, na vida civil, nas situações domésticas, no casamento e na sociedade em geral (1Pe 2:13-3:12).

    Pedro deu grande ênfase à obra de Cristo como exemplo de amor e vida cristã (1Pe 1:18ss). Baseou-se nos sofrimentos de Jesus, a fim de demonstrar que ninguém deve desistir diante das presentes adversidades, mas, sim, sempre fazer o bem, o verdadeiro significado da vida cristã (1Pe 3:14-4:2). Era a vontade de Deus que assim fosse, ou seja, que silenciassem as acusações sem fundamento lançadas contra eles e encomendassem a alma ao Todo-poderoso (1Pe 2:15-1Pe 4:19).

    Num mandamento que lembrava a comissão de Jesus — “apascenta minhas ovelhas” (Jo 21:15-17), semelhantemente Pedro convocou os líderes cristãos a exercer o ministério, não contra a vontade ou por ganância, nem como um meio de dominar outras pessoas, mas, sim, liderar pelo exemplo e ser assim recompensados pelo sumo Pastor (1Pe 5:1-4). Os membros mais jovens, bem como toda a congregação, foram exortados a se humilhar sob a poderosa mão de Deus, a fim de receber a promessa de que a ansiedade e o sofrimento são dessa maneira suportados. O Senhor sempre usa tais adversidades para desenvolver maior estabilidade em suas vidas cristãs (1Pe 5:5-11).


    1. Pedro é referida como a carta que fala sobre a verdadeira graça de Deus (cf At 15:11) na qual os cristãos são exortados a permanecer firmes (1Pe 5:12), a despeito das dificuldades e da discriminação que sofriam. Não deviam ceder às indulgências da natureza humana, porque tais atividades no final seriam julgadas com imparcialidade pelo Pai (1Pe 1:17-1Pe 2:11; 1Pe 4:3-4).


    2. Pedro foi escrita para os cristãos descritos como os que obtiveram uma fé idêntica à dos apóstolos, por meio da “justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 1:1). Os destinatários foram os mesmos da primeira carta, conforme Pedro diz: “Esta é a segunda carta que vos escrevo” (2Pe 3:1). Sua ênfase é sobre o crescimento na vida cristã e a importância do registro do seu testemunho nos eventos da vida de Cristo para refutar o falso entendimento. A declaração feita sobre a morte sugere que sua vida terrena estava próxima do fim (2Pe 1:14-15; cf. Jo 21:19-20).

    A confiabilidade das “grandíssimas e preciosas promessas de Deus” seria a base da confiança dos cristãos na salvação (2Pe 1:2-4). Pedro declarou que o desenvolvimento da vida cristã não era automático, mas exigia fé nas promessas do Senhor. Bondade, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade e fraternidade eram virtudes que deviam abundar dentro do contexto essencial da fé, para que o conhecimento de Jesus como Senhor não fosse improdutivo. A abundância de tais atributos garantiria a entrada jubilosa do cristão no céu (2Pe 1:4-11)..

    A ênfase na lembrança do testemunho apostólico da transfiguração e a palavra do próprio Deus a respeito de seu Filho tinha como objetivo refutar as fábulas inventadas, semelhantemente ao uso que Pedro fazia das Escrituras do Antigo Testamento. Havia falsos mestres na comunidade cristã cujo estilo de vida e a maneira como exploravam os cristãos eram detalhadamente descritos com a ajuda dos incidentes tirados do Antigo Testamento (2Pe 2). Os falsos mestres perturbavam os cristãos com zombarias sobre a demora da vinda de Cristo, o ensino-padrão sobre a certeza dela e a necessidade de vigilância (2Pe 3:1-13; cf. Mc 13).

    Existe uma importante referência aos ensinos de Paulo como textos canônicos, pois Pedro indicou que eram mal empregados, assim como as “outras Escrituras” (2Pe 3:14-16). A despeito do incidente em Antioquia, quando evitou comer junto com os gentios depois da chegada de outros judeus, Pedro não alimentou nenhum ressentimento contra o apóstolo Paulo pela maneira justificada como repreendeu sua atitude. De fato, referiu-se a ele como “nosso amado irmão Paulo”, o qual falava segundo a sabedoria divina que lhe fora dada (2Pe 3:15; cf. Gl 2:11-14; cf. At 10:9-16; At 11:1-8).

    Como um apóstolo que recebera a responsabilidade de apascentar as ovelhas do Senhor, Pedro permaneceu fiel à sua tarefa e concluiu sua última carta com a exortação para que os cristãos crescessem na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Pe 3:18).

    Pedro foi indicado por Jesus como o principal apóstolo entre os judeus, papel que desempenhou ao estabelecer a Igreja de Cristo por meio da pregação do Evangelho e apascentar fielmente o rebanho de Deus até o final de sua vida. B.W.


    pedra, rocha

    Prender

    verbo transitivo Privar alguém da liberdade.
    Atar, ligar.
    Impedir, embaraçar.
    Figurado Atrair.
    Unir moralmente.
    Seduzir.
    verbo intransitivo Criar raízes.
    Encontrar obstáculo: a porta prende um pouco.
    verbo pronominal Ficar preso, seguro.
    Deixar-se cativar.
    Embaraçar-se.
    Fam. Comprometer-se a se casar.

    prender
    v. 1. tr. dir. Atar, ligar, amarrar. 2. tr. dir. Firmar, fixar. 3. tr. dir. Segurar. 4. tr. dir. Apanhar, capturar. 5. pron. Ficar preso ou seguro. 6. pron. Enlear-se, firmar-se, fixar-se, unir-se. 7. tr. dir. Tirar a liberdade a. 8. tr. ind. Emperrar, pegar. 9. tr. ind. Criar raízes; arraigar-se. 10. tr. dir. Embaraçar, impedir, tolher. 11. tr. dir. Atrair.

    Vendar

    verbo transitivo Cobrir os olhos com uma venda.
    Figurado Obscurecer, cegar: o ódio lhe vendava a razão.

    Vendar Cobrir com uma tira (Lc 22:64) ou com um pano (Is 29:10).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    εἴδω ἐστί ὅτι ἀρεστός Ἰουδαῖος προστίθημι συλλαμβάνω καί Πέτρος δέ ἦν ἡμέρα ἄζυμος
    Atos 12: 3 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E, ele vendo que isso agradara aos judeus, prosseguiu e tomou também a Pedro. (E eram os dias dos pães ázimos).
    Atos 12: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    42 d.C.
    G106
    ázymos
    ἄζυμος
    não fermentado, livre de fermento ou levedura
    (unleavened [bread])
    Adjetivo - Genitivo Neutro no Plural
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2250
    hēméra
    ἡμέρα
    [os] dias
    ([the] days)
    Substantivo - Dativo Feminino no Plural
    G2453
    Ioudaîos
    Ἰουδαῖος
    pai de um dos soldados das tropas de elite de Davi
    (a hachmonite)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4074
    Pétros
    Πέτρος
    um povo descendente do filho de Jafé que também habitou o território da Média n pr loc
    (and Madai)
    Substantivo
    G4369
    prostíthēmi
    προστίθημι
    colocar
    (to add)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo
    G4815
    syllambánō
    συλλαμβάνω
    agarrar, pegar: alguém como prisioneiro
    (to capture)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo
    G701
    arestós
    ἀρεστός
    ()


    ἄζυμος


    (G106)
    ázymos (ad'-zoo-mos)

    106 αζυμος azumos

    de 1 (como partícula negativa) e 2219; TDNT - 2:902,302; adj

    1. não fermentado, livre de fermento ou levedura
      1. de pão sem fermento usado na festa da Páscoa pelos judeus
      2. metaf. livre de culpa ou do “fermento de iniqüidade”

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἡμέρα


    (G2250)
    hēméra (hay-mer'-ah)

    2250 ημερα hemera

    de (com 5610 implicado) um derivado de hemai (descansar, semelhante a raíz de 1476) significando manso, i.e. dócil; TDNT - 2:943,309; n f

    1. o dia, usado do dia natural, ou do intervalo entre o nascer e o pôr-do-sol, como diferenciado e contrastado com a noite
      1. durante o dia
      2. metáf., “o dia” é considerado como o tempo para abster-se de indulgência, vício, crime, por serem atos cometidos de noite e na escuridão
    2. do dia civil, ou do espaço de vinte e quatro horas (que também inclui a noite)
      1. o uso oriental deste termo difere do nosso uso ocidental. Qualquer parte de um dia é contado como um dia inteiro. Por isso a expressão “três dias e três noites” não significa literalmente três dias inteiros, mas ao menos um dia inteiro, mais partes de dois outros dias.

        do último dia desta presente era, o dia em que Cristo voltará do céu, ressuscitará os mortos, levará a cabo o julgamento final, e estabelecerá o seu reino de forma plena.

        usado do tempo de modo geral, i.e., os dias da sua vida.


    Ἰουδαῖος


    (G2453)
    Ioudaîos (ee-oo-dah'-yos)

    2453 ιουδαιος Ioudaios

    de 2448 (no sentido de 2455 como um país); TDNT - 3:356,372; adj

    judeu, que pertence à nação dos judeus

    judeu de nascimento, origem, religião


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    Πέτρος


    (G4074)
    Pétros (pet'-ros)

    4074 πετρος Petros

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 6:100,835; n pr m

    Pedro = “uma rocha ou uma pedra”

    1. um dos doze discípulos de Jesus

    προστίθημι


    (G4369)
    prostíthēmi (pros-tith'-ay-mee)

    4369 προστιθημι prostithemi

    de 4314 e 5087; TDNT - 8:167,1176; v

    1. colocar
    2. adicionar
      1. i.e., juntar a, juntar-se a uma companhia, o número de seguidores ou companheiros de alguém
        1. juntou-se a seus pais, i.e., morreu

    συλλαμβάνω


    (G4815)
    syllambánō (sool-lam-ban'-o)

    4815 συλλαμβανω sullambano

    de 4862 e 2983; TDNT - 7:759,1101; v

    1. agarrar, pegar: alguém como prisioneiro
    2. conceber, de uma mulher
      1. metáf. do desejo sexual, a cujos impulsos o ser humano cede
    3. agarrar para si
      1. num sentido hostil, tornar (alguém num permanente) prisioneiro
    4. apegar-se a alguém, assistir, ajudar, socorrer

    ἀρεστός


    (G701)
    arestós (ar-es-tos')

    701 αρεστος arestos

    de 700; TDNT - 1:456,77; adj

    1. agradável, apropriado