Enciclopédia de Atos 23:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 23: 5

Versão Versículo
ARA Respondeu Paulo: Não sabia, irmãos, que ele é sumo sacerdote; porque está escrito: Não falarás mal de uma autoridade do teu povo.
ARC E Paulo disse: Não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está escrito: Não dirás mal do príncipe do teu povo.
TB Respondeu Paulo: Eu não sabia, irmãos, que ele era sumo sacerdote; porque escrito está: Não falarás mal do chefe do teu povo.
BGB ἔφη τε ὁ Παῦλος· Οὐκ ᾔδειν, ἀδελφοί, ὅτι ἐστὶν ἀρχιερεύς· γέγραπται γὰρ ⸀ὅτι Ἄρχοντα τοῦ λαοῦ σου οὐκ ἐρεῖς κακῶς.
HD Disse Paulo: Não sabia, irmãos, que é sumo sacerdote, pois está escrito que Não falarás mal de uma autoridade do teu povo.
BKJ E Paulo disse: Eu não sabia irmãos, que ele era o sumo sacerdote; porque está escrito: Tu não falarás mal do governante do teu povo.
LTT E dizia Paulo: "Eu não tinha percebido 1014, ó irmãos, que ele é o sumo sacerdote; porque tem sido escrito: 'Do principal do teu povo não falarás insultuosamente ①.' " Ex 22:28 ("... não amaldiçoarás ... não maldirás")
BJ2 Paulo respondeu: "Não sabia, irmãos, que este é o sumo sacerdote. Pois está escrito: Não amaldiçoarás o chefe do teu povo".
VULG Dixit autem Paulus : Nesciebam, fratres, quia princeps est sacerdotum. Scriptum est enim : Principem populi tui non maledices.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 23:5

Êxodo 22:28 Os juízes não amaldiçoarás e o príncipe dentre o teu povo não maldirás.
Eclesiastes 10:20 Nem ainda no teu pensamento amaldiçoes o rei, nem tampouco no mais interior da tua recâmara amaldiçoes o rico; porque as aves dos céus levariam a voz e o que tem asas daria notícia da palavra.
Atos 24:17 Ora, muitos anos depois, vim trazer à minha nação esmolas e ofertas.
II Pedro 2:10 mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia e desprezam as dominações. Atrevidos, obstinados, não receiam blasfemar das autoridades;
Judas 1:8 E, contudo, também estes, semelhantemente adormecidos, contaminam a sua carne, e rejeitam a dominação, e vituperam as autoridades.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 23 : 5
autoridade
Lit. “comandante, chefe, rei, autoridade (judicial)”. Na Atenas democrática, cada um dos nove governantes eleitos anualmente era chamado “arconte”. O substantivo deriva do verbo “conduzir, guiar, dar o exemplo; comandar (como chefe militar), governar; exercer hegemonia, ter proeminência”.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 1014

At 23:5 - "EU NÃO TINHA PERCEBIDO": Depois de Antíoco IV Epifânio, o Sumo-Sacerdote podia ser trocado sempre que o governo queria, e Josephus afirma que no tempo de Paulo o sumo sacerdócio estava sendo mudado frequentemente. Por causa disso, Paulo, ausente de Jerusalém por muitos anos, ainda não conhecia a face de Ananias e não sabia que ele (vestido como um homem qualquer, pois estava fora do Templo) era o sumo sacerdote. Ademais, Paulo, na qualidade de mero homem, era falível na sua percepção (ainda mais na indignação de injustamente receber repetidas bastonadas na sua boca), e é somente quando ele escrevia as palavras que Deus lhe colocava na mente que elas são garantidamente infalíveis e oniscientes. A inspiração divina implica que Paulo falou exatamente as palavras aqui registradas por Lucas, não que Paulo era onisciente e infalível.


 ①

Almeida-1693 "maldirás".


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35
  1. Paulo Versus o Sumo Sacerdote (Atos 23:1-5). Como um prisioneiro do governo romano, pondo Paulo os olhos — o verbo (cf. Atos 3:4-12; 6.15; 10.4; 13 9:14-9) significa "olhando intensamente para" — no conselho (1), i.e., o Sinédrio, dirigiu-se aos seus membros dizendo: Varões irmãos — companheiros judeus, embora não companheiros cristãos. A seguir ele pronunciou a afirmação um pouco espantosa: até ao dia de hoje tenho an-dado diante de Deus com toda a boa consciência.

O verbo andado é politeuomai, que significa literalmente "ser um cidadão, viver como um cidadão".' Finalmente, a palavra veio a ter o sentido mais geral de "viver, comportar-se, levar a vida".375

A declaração da Paulo parece querer dizer que ele sempre tinha sido sincero e cons-ciente, mesmo durante a sua violenta perseguição aos cristãos. Nós temos a afirmação do próprio apóstolo de que ele o fez "ignorantemente, na incredulidade" (1 Tm 1.13). É difícil percebermos quanto o jovem fariseu sentia que era a vontade de Deus que ele extirpasse aquilo que a seu ver era uma perigosa heresia.

No entanto, convém observar que Lenski objeta esta interpretação. Ele afirma que a frase de Paulo está relacionada somente com as acusações feitas contra ele (cf. Atos 21:28). "Ao apelar para a sua consciência a respeito dessas acusações, e nomeando Deus como seu árbitro, Paulo fez o que Lutero fez em Worms".376

Alexander julga que a ênfase do verbo é sobre a cidadania teocrática, e que diante de Deus deve ser traduzida como "para Deus" — "Tenho vivido como um cidadão para Deus". Ele prossegue dizendo: "Se interpretada assim, a frase "diante de nós" não é uma vaga confissão de ter agido conscientemente, antes ou depois da sua conversão, mas uma afirmação corajosa e definitiva de ter agido teocraticamente, ou seja, como um fiel mem-bro de igreja judaica, da qual eles o consideravam um apóstata".' Seguindo a mesma linha de raciocínio, Hervey diz que a frase grega significa "viver em obediência a Deus", e continua dizendo: "Paulo corajosamente afirma a sua submissão constante para com a lei de Deus, como um judeu bom e coerente (Fp 3:6) ".3"

A reação à afirmação de Paulo diante do Sinédrio foi repentina e forte. O sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca

(2). Registros seculares mostram que este Ananias era cruel e sanguinário, completa-mente indigno do seu cargo. Lenski opina que o sumo sacerdote se ressentiu da atitude calma e confiante de Paulo perante o Sinédrio. "Este sujeito, Paulo, deveria ter tremido e lisonjeado, mas, ao invés disso, ousou falar da sua boa consciência e da sua conduta irrepreensível na presença de sua majestade, o sumo sacerdote"."

A reação de Paulo foi enérgica: Deus te ferirá, parede branqueada — "desbota-da" (3). O apóstolo sempre tinha sido criticado por "perder a calma". Mas Lake e Cadbury comentam: "Esta forma de 'maldição preditiva' era considerada correta pelos rabinos com base em Deuteronômio 28:20ss.".' É surpreendente saber que Ananias foi assassi-nado dez anos mais tarde, em setembro de 66 d.C.

Os ouvintes ficaram horrorizados e disseram: Injurias o sumo sacerdote de Deus? (4) O fato de que o sumo sacerdote era considerado o representante especial de Deus (cf. Dt 17:8-13) é precisamente o que torna tão diabólico o ato de Ananias, convocando a predição do julgamento divino. A atitude do povo judeu com relação ao cargo do sumo sacerdote é bem expressa por Josefo, quando ele escreve: "Aquele que não se submeter a ele estará sujeito ao mesmo castigo como se tivesse sido culpado de falta de religiosidade com relação ao próprio Deus"

Em um tom mais conciliatório, Paulo respondeu: Não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote (5). Lumby resume muito bem os diversos pontos de vista que foram expressos a respeito desta surpreendente afirmação do apóstolo, dizendo: "Alguns pensam que pode ter sido verdade que Paulo, com a visão deficiente de que ele supostamente sofria, não pudesse distinguir que quem falava com ele era o sumo sacerdote; outros opinam que o sumo sacerdote não estava no seu lugar oficial de presidente da corte; ou que devido à ocasião conturbada e à recente chegada de Paulo a Jerusalém ele não tives-se sabido quem era o sumo sacerdote; ou que ele estivesse falando ironicamente, querendo dizer que os atos deste juiz tinham características tão negativas, que ninguém poderia ter suposto que ele fosse o sumo sacerdote; ou que ele quis dizer, com ouk eidein, que naquele momento não havia pensado no que estava dizendo".382 Lumby acrescenta: "Está em perfeito acordo com o caráter de Paulo acreditar que nem a sua própria deficiência física nem a falta das formalidades usuais, ou a falta de uma insígnia, fizeram com que ele fosse incapaz de distinguir que aquele que deu a ordem era realmente o sumo sacerdote".383 Com esta conclusão concordamos veementemente. Não pode ser inoportuno cha-mar a atenção, neste ponto, à afirmação de Lenski de que esta não era uma reunião regular do Sinédrio, no seu lugar normal de reuniões, mas que o tribuno tinha convocado os membros para que viessem até a fortaleza de Antônia.' Se este foi realmente o caso, é compreensível que o apóstolo não soubesse que era o sumo sacerdote.

Mas quando Paulo percebeu que tinha falado desta maneira com o sumo sacerdote, ele verdadeiramente desculpou-se pelo que tinha feito, ou seja, reconheceu que tinha agido mal, de forma inadvertida. Ele citou Êxodo 22:28Não dirás mal do príncipe do teu povo. Paulo não tinha infringido este mandamento intencionalmente, e sentia muito por tê-lo feito sem querer.

c. Os Fariseus Versus os Saduceus (Atos 23:6-10). E Paulo, sabendo (6) — lit., "quando Paulo veio a saber" — que uma parte era de saduceus, e outra, de fariseus, cla-mou no conselho synedrion, o Sinédrio: Varões irmãos quer dizer simplesmente "irmãos", eu — lit., "eu mesmo", sou fariseu, filho de fariseu — o melhor texto grego apresenta "de fariseus"! E Paulo continuou, dizendo: No tocante à esperança e res-surreição dos mortos sou julgado!

Alguns questionaram a ética de Paulo ao fazer deste o verdadeiro assunto em ques-tão. Mas Knowling coloca o assunto na sua devida perspectiva, ao escrever: "É possível que os fariseus tivessem atraído a atenção do apóstolo através do seu protesto contra o comportamento de Ananias e da sua aceitação do pedido de desculpas... mas é igualmen-te provável que, no relato aparentemente resumido de Lucas, o apelo aos fariseus não tenha sido feito em um impulso repentino... mas tenha sido baseado em alguma manifes-tação de simpatia pelas suas palavras"." Ele também sugere: "Será que não podemos dizer que, para os fariseus, ele se tornou como um fariseu para salvar alguns, para levá-los a ver a coroa e o cumprimento da esperança na qual ele e eles eram um, na Pessoa de Jesus Cristo, a Ressurreição e a Vida?"' Barnes descreve o apóstolo dirigindo-se parti-cularmente aos fariseus neste ponto: "Irmãos, a doutrina que distingue vocês dos saduceus está em jogo... desta doutrina eu fui advogado... pelo meu zelo em levantar os argumen-tos para defendê-la... — a ressurreição do Messias — eu fui preso e agora me coloco sob a sua proteção"."

Ele obteve o resultado desejado. Os fariseus imediatamente defenderam o caso de Paulo contra os saduceus. Houve dissensão [disputa] entre os fariseus e saduceus (7).

A principal diferença na fé entre os dois grupos está claramente afirmada no versículo 8. Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa. O uso de uma e outra coisa (ambas, no original) para três coisas tem duas possíveis explicações. Anjo e espírito podem ser supostos como uma referência à mesma coisa. Ou a palavra grega para ambas pode ser usada para mais de duas coisas (cf; 19.16). Arndt e Gingrich observam que a palavra amphoteroi algumas vezes significa "tudo, mesmo quando mais de dois elementos estão envolvidos" e traduz esta frase como "reconhecem todas essas coisas"." Moulton e Milligan fornecem evidências dos papiros para este uso.

A diferença afirmada aqui entre a fé dos fariseus e a dos saduceus é abundantemen-te confirmada por Josefo, o historiador judeu do século I. A respeito dos fariseus, ele escreve: "Eles também acreditam que as almas têm um vigor imortal em si mesmas, e que sob a terra haverá recompensas e punições, de acordo com a vida que elas tiveram, se virtuosa ou pecadora; e as últimas serão detidas em uma prisão eterna, mas as primeiras terão o poder de reviver e viver novamente".'Arespeito do que diz Josefo, Schuerer comenta: "O que está representado aqui em um estilo filosófico como a doutrina dos fariseus é meramente a doutrina judaica da retribuição e da ressurreição, já testemu-nhada no livro de Daniel (Dn 12:2), por toda a literatura judaica posterior e também pelo Novo Testamento, como uma possessão comum do judaísmo genuíno"." Ao fazer este apelo, Paulo estava conseqüentemente colocando-se na corrente da ortodoxia judaica em vigor, como os fariseus bem sabiam.

Sobre os saduceus, Josefo diz: "Eles também removem a fé na duração imortal da alma e nos castigos e nas recompensas no Hades".3" E ainda: "A doutrina dos saduceus é esta: as almas morrem com os corpos".392

Quanto ao assunto de anjo e espírito, Josefo não é específico. Mas Schuerer observa apropriadamente: "Esta açu

mação do livro de Atos, embora não confirmada por outros testemunhos, é completamente digna de confiança, e está em completo acordo com a imagem que obtemos sobre os dois grupos em outras passagens"." E acrescenta: "Não é necessária qualquer evidência de que neste assunto os fariseus também representavam a posição geral do judaísmo posterior".'

A confusão aumentou rapidamente. O relato diz: E originou-se um grande cla-mor (9) — "protestos em voz alta" — e, levantando-se os escribas da parte dos fariseus, que aparentemente compunham a maioria, contendiam ou "discutiam vee-mentemente", dizendo: Nenhum mal achamos neste homem. A frase não resista-mos a Deus não é encontrada nos primeiros manuscritos, e poderia ser omitida. Uma tradução moderna apresenta o seguinte texto: "Talvez um anjo ou espírito tenha falado com ele" (NEB).

Finalmente a dissensão ("disputa", cf.
7) tornou-se tão violenta que o tribuno (10), ou "comandante" (NASB), temendo pela vida de Paulo, mandou descer a soldadesca — lit., "exército", significando "um destacamento de soldados em serviço"' — para levá-lo de volta à fortaleza. Isto parece sugerir que a reunião do Sinédrio estava acontecendo fora desse edifício.

4. A Vida de Paulo em Perigo (Atos 23:11-35)

O tribuno tinha temido que o seu prisioneiro pudesse ser despedaçado pelas duas facções que discutiam no Sinédrio. Mas agora surgia uma ameaça ainda mais séria à vida de Paulo.

a. Conforto (Atos 23:11). Sem dúvida, Paulo ficara profundamente perturbado pelo tu-multo e enormemente preocupado pela sua segurança pessoal. Mas antes que as piores notícias chegassem até ele (cf. 16), o Senhor preparou-o para o choque, ministrando-lhe com conforto e confiança. Naquela mesma noite, depois da desagradável experiência perante o conselho, apresentando-se-lhe o Senhor, embora com sentido básico prova-velmente de que Jesus "apareceu a Paulo" (NEB), não podemos deixar de mencionar a força comum da expressão "estar ao seu lado". Nesta hora de extrema tensão e provação, o Senhor esteve ao lado do seu servo e o fortaleceu.

Para o seu apóstolo perturbado, Jesus disse: Tem ânimo" — "Tenha coragem!, não tenha medo!'" Então foi feita a promessa: Porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma. Isto representava um duplo consolo. Em primeiro lugar, Paulo teve a certeza divina de que não morreria em Jerusalém. Isto deve ter sido um grande conforto, especialmente em vista da infor-mação que ele em breve iria receber, sobre o compro contra a sua vida. Em segundo lugar, ele agora sabia que o seu desejo de visitar Roma (cf. Atos 19:21) seria satisfeito.

Este versículo registra como Jesus deu a Paulo: 1. Consolo — Tem ânimo; 2. Elogio — como de mim testificaste em Jerusalém; 3. Confirmação — assim importa que testifiques também em Roma.

Sem dúvida, o apóstolo sentiu-se tentado a pensar que tinha falhado em seu teste-munho em Jerusalém, mesmo depois de ter dado o melhor de si para cooperar com os líderes cristãos judeus ali. Na verdade, enquanto estava atendendo o pedido deles é que ele foi cercado e quase morto. Mas o Senhor afirmou que o seu testemunho não tinha sido em vão. Paulo provavelmente também sentiu que o seu propósito em testemunhar em Roma estava fadado ao fracasso. Agora ele tinha recebido a garantia de que o faria. O Senhor sabia que o seu servo precisava imensamente de um apoio moral, e Ele amorosa-mente o concedeu.

b. A Conspiração (23:12-15). Enquanto o Senhor trabalhava a favor de Paulo, Sata-nás trabalhava contra ele. Mas o Senhor nunca está atrasado. Ele chegou ao homem que estava na prisão antes que se concluísse o plano contra a sua vida. No entanto, na ma-nhã seguinte, mais de quarenta judeus fizeram uma conspiração — (12) lit., "tendo feito uma conspiração" — juraram — lit., "fizeram um pronunciamento solene". Eles solenemente fizeram o seguinte juramento: "Que Deus nos amaldiçoe se nós comermos ou bebermos antes de matarmos Paulo". Isto era um fanatismo religioso desesperado, e a vida de Paulo agora corria um sério perigo.

Os conspiradores foram ter com os principais dos sacerdotes e anciãos (14). Deve-se observar que os escribas (os fariseus), que compunham o Sinédrio juntamente com os principais dos sacerdotes e os anciãos (cf. Mt 16:21), não são mencionados. Na reunião do conselho no dia anterior, eles tinham se posicionado em defesa de Paulo. Assim, não era seguro que eles soubessem desta conspiração. Lenski sem dúvida retrata a situação corretamente ao escrever: "Concluímos que, no início, alguns dos líderes fo-ram procurados pelos conspiradores, que contavam com aqueles em quem confiavam para guardar segredo sobre o seu complô".398 E acrescenta um comentário significativo: "Isto [o compló] é afirmado diretamente, como se estes assassinos soubessem que tipo de homens eram os seus grandes líderes religiosos".399

Para estes líderes impiedosos, os homens disseram: Conjuramo-nos, sob pena de maldição — literalmente, "com um pronunciamento solene nós fizemos um juramento solene", ou seja, "Nós juramos com completa solenidade". Estes homens então não come-ram nada até morrer? Edersheim mostra como era fácil que os sacerdotes absolvessem um homem de um juramento tão radical, assegurando-lhe que nenhuma punição resul-taria do seu fracasso em cumprir tal juramento".'

Os conspiradores pediram que os principais dos sacerdotes, com o conselho, ro-gassem — "informar, dar a informação"' ao tribuno (15), pedindo-lhe que trouxesse Paulo novamente no dia seguinte perante o Sinédrio, como querendo saber mais alguma coisa de seus negócios. A palavra grega para saber (ou inquirir), diaginoskein, aparece (no NT) somente aqui e em Atos 24:22. Ela tem claramente o sentido técnico judicial, "determinar". Mas será que ela tem este significado aqui? Arndt e Gingrich pensam que sim. Eles traduzem o sentido da palavra da seguinte forma: "De-terminar o seu caso por meio de uma investigação completa".' Lenski prefere o signi-ficado de "decidir as questões a respeito de Paulo mais exatamente, com a ajuda do quiliarco (tribuno) ".403 Devemos recordar que o tribuno já havia trazido o seu prisionei-ro anteriormente perante o Sinédrio, para determinar a exata natureza do crime que lhe estava sendo imputado pelos judeus (22.30). Assim, Lenski está provavelmente correto ao dizer: "A idéia era permitir que o quiliarco (tribuno) soubesse que o Sinédrio agora estava em uma posição melhor do que tinha estado no dia anterior, para conse-guir-lhe a informação desejada".'

Os quarenta conspiradores planejavam assassinar Paulo quando o apóstolo estives-se passando pela área do templo, a caminho do lugar onde ocorreria a reunião do Sinédrio. Com adagas afiadas escondidas sob as suas roupas, aquele grupo de homens fanáticos e desesperados poderia ter conseguido realizar o seu intento, apesar da presença de um considerável destacamento de soldados. O fato dos principais dos sacerdotes apoiarem tal conspiração, o que poderia ter até mesmo colocado em perigo a vida do próprio tribuno, mostra quanto eles estavam determinados a livrar-se de Paulo.

  1. O Quiliarco (tribuno) É Informado (Atos 23:16-22). Um sobrinho do apóstolo ouviu acerca desta cilada (16) — lit., "emboscada". Normalmente, supõe-se que ele morasse com os seus pais em Jerusalém. Mas é possível que ele fosse um estudante de teologia, como o seu tio tinha sido em outra época, e que a sua casa estivesse em Tarso. Também tem sido dito com alguma freqüência que provavelmente os pais ricos de Paulo o deserdaram quando ele se tornou um cristão. Tudo isto é perfeitamente possível. Mas, neste caso, o sobrinho estava preocupado com a segurança do seu tio.

Não sabemos como ele obteve esta informação. Edersheim sugere que o jovem era um membro da associação dos fariseus ("Chabura") e assim tomou conhecimento do complô.405 O sobrinho entrou na fortaleza — no quartel — e o anunciou a Paulo. Knowling comenta: "Evidentemente, os amigos de Paulo tinham acesso permitido a ele, e entre eles podemos também supor que o próprio Lucas estivesse incluído".' Hackett faz uma observação adicional: "Lísias pode ter sido mais indulgente, porque ele estaria assim compensando o seu erro de ter amarrado um cidadão romano".'

Paulo pediu a um dos centuriões em serviço que levasse o seu sobrinho até o coman-dante (17). Este último levou o jovem para um lado, e perguntou o que ele tinha para lhe dizer (19). Quando ouviu a informação sobre a conspiração jurada (20-21), o quiliarco (tribuno) permitiu que o seu informante saísse com a instrução de não dizer nada a ninguém (22). Dizer é um verbo composto em grego, que significa "divulgar". Contado é o mesmo verbo que é traduzido como "saber" em 15 (ver os comentários) ; em Atos 24:1-25.2,15 ele é traduzido como "informado".

  1. Os Centuriões São Convocados (23:23-25). O tribuno percebeu que a situação era verdadeiramente séria. Assim, convocou dois centuriões e ordenou que eles deixassem preparados duzentos soldados de infantaria, setenta de cavalaria e duzentos lanceiros para partirem às nove horas daquela noite para Cesaréia. Naquela época primitiva, sem iluminação de rua, seria seguro partir àquela hora, porque tudo estaria escuro e tranqüilo.

A palavra traduzida como lanceiros não é encontrada em nenhuma outra parte da literatura grega até o século VI. Arndt e Gingrich, no seu léxico mais recente, dizem: "Uma palavra de significado incerto, um termo técnico militar segundo Joannes Lydus... um soldado com arma leve, talvez arqueiro ou atirador de funda".' Knowling entende que esta palavra, dexiolabous "provavelmente deriva de dexios e lambano, agarrar as armas com a mão direita, e assim aqui se refere àqueles que levavam a sua arma leve, uma lança, na mão direita" 409 Schuerer concluiu: "A única coisa de que podemos ter certeza é que este termo designava uma classe especial de soldados com armas leves (atiradores de lanças ou de fundas) ".41° Quem desejar um amplo debate sobre o tema poderá encontrá-lo na obra de Meyer.4" Bruce fornece aquilo que é provavelmente o me-lhor resumo do assunto: "A escolta se compunha de infantaria pesada, cavalaria e tropas com armas leves... todas constituintes do exército romano".412

Os centuriões também deveriam providenciar cavalgaduras (24) — "animais", ou seja, cavalos ou mulas — para Paulo, e provavelmente os soldados imediatamente res-ponsáveis por ele, para que o levassem a salvo ao governador Félix. Tendo dado estas ordens, o tribuno escreveu uma carta ao seu superior (25). Que continha isto — lit., quer dizer "que tinha esta forma" (typon), o que significa "estas palavras" — "não sim-plesmente esta forma ou conteúdo".'

e. O Comunicado ao Governador (Atos 23:26-30). A carta começava com o nome de quem a enviava, como era o costume naqueles dias. Cláudio Lísias (26) provavelmente adotou o primeiro desses dois nomes quando se tornou um cidadão romano (ver o comentário sobre Atos 22:28). Depois de fornecer o seu próprio nome, sem nenhum título, Lísias, de forma cortês, dirige a sua carta a Félix, potentíssimo governador, ou "Excelentíssimo Governador Félix" (NEB). Governador é hegemon, que literalmente significa "líder". No Novo Testa-mento, esta palavra é usada principalmente para os procuradores romanos da Judéia.

Aparentemente, Félix tinha se tornado o governador da Judéia em 52 d.C. Ele era um governador cruel e mau. O historiador romano Tácito, brincando com o fato de que Félix tinha sido escravo, escreveu sobre ele: "Antônio Félix, permitindo-se todo tipo de barbáries e luxúrias, exercia o poder de um rei com o espírito de um escravo".414

Saúde é chairein (ver o comentário sobre Atos 15:23). Esta era a palavra usual nas car-tas seculares em papiros daquela época.

Como era de esperar, Lísias coloca-se da maneira mais favorável possível em sua carta ao governador. É verdade que ele resgatou Paulo da multidão que estava prestes a linchá-lo (27). Mas ele torce a verdade quando acrescenta: tendo sido informado de que era romano. O relato (Atos 21:31-40; 22:24-29) claramente indica que ele não conheceu a cidadania de Paulo até algum tempo depois que o tinha prendido. Mas a história soa melhor assim.

Lísias prossegue dizendo como levou o seu prisioneiro perante o Sinédrio em um esforço para determinar o seu crime (28). Mas logo descobriu que era um assunto relaci-onado à religião judaica, e não à lei romana (29). Quando soube da conspiração contra a vida de Paulo, imediatamente enviou o prisioneiro ao governador, e informou aos seus acusadores que fizessem quaisquer outras reclamações diretamente ao procurador. As-sim, Lísias livrou-se de um problema muito desagradável e protegeu-se da possibilidade de ter problemas com o caso de Paulo.

f A Escolta a Cesaréia (Atos 23:31-35). Obedecendo à ordem do tribuno, os soldados to-maram Paulo e o trouxeram de noite aAntipátride (31, ver o mapa 1). Lake e Cadbury encontram uma dificuldade aqui. Depois de observar que um dia de marcha para uma legião romana era "tradicionalmente fixado como uma distância de aproximadamente 38 quilômetros", eles acrescentam: "Os ajudantes, carregando armas mais leves, de al-guma maneira poderiam ir mais rápido, mas 64 quilômetros, da distância de Antipátride a Jerusalém, é uma marcha noturna impossível para a infantaria, e muito dura para a cavalaria"." No entanto, eles admitem que "não se conhece ao certo a localização de Antipátride".'

Existem duas soluções possíveis. Afirma-se que a infantaria, no dia seguinte (32) deixou que a cavalaria levasse o prisioneiro pelo resto do caminho até Cesaréia. Eles tornaram à fortaleza, i.e., ao seu quartel em Jerusalém. Mas não se afirma a que hora do dia isto aconteceu. Poderia ter sido ao meio-dia ou à tarde. Alguns estudiosos ressal-tam de noite significando que a viagem se realizou somente à noite e que pode ter durado duas noites.' O próprio Hackett permitiu que a frase de noite fosse interpretada aplicando-se somente à maior parte da viagem, e acrescentou: "Seria correto falar da viagem, em termos gerais, como tendo se realizada à noite, embora deva ter tomado duas ou três horas do dia seguinte".' Hervey opina que eles poderiam tê-la feito em uma noite, uma vez que chegariam a Gophna (a três horas de marcha, partindo de Jerusa-lém) à meia-noite, e estariam descendo a colina pelo resto do caminho até a planície de Sarom, na qual se localizava Antipátride.'

Quando a escolta de cavalaria chegou a Cesaréia (a 96 quilômetros de Jerusalém), a carta e o prisioneiro foram apresentados ao governador (33). Tendo lido a carta, Félix perguntou de que província era Paulo. Quando soube que era da Cilicia (34), declarou: Ouvir-te-ei quando também aqui vierem os teus acusadores (35). Lake e Cadbury comentam o verbo composto que é traduzido como ouvirei. "Aparentemente era um termo legal para "farei uma audiência", e era assim usado pelos historiadores helênicos, em inscrições e em papiros, e é apropriadamente empregado aqui"."'

Então o governador ordenou que guardassem Paulo — "vigiado" — no pretório de Herodes — que era a sala de julgamento. Este era o palácio construído em Cesaréia por Herodes, o Grande. Quando os Herodes foram sucedidos na Judéia pelos procurado-res romanos, o palácio tornou-se a residência do governador e a sede do governo romano. Paulo foi provavelmente colocado em algum tipo de sala da guarda no praitorion, mas desta vez o apóstolo não foi preso em uma masmorra.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Atos Capítulo 23 versículo 5
Ex 22:28.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35
*

23.2 sumo sacerdote, Ananias. Filho de Nebedeu, um homem brutal e violento que governou de 48 a 59 d.C. Este não é o anterior Anás, de Jo 18:13. Ananias foi assassinado no começo da guerra com Roma (66-70 d.C.).

* 23.3 parede branqueada! Os túmulos eram frequentemente branqueados para fazê-los mais visíveis (Mt 23:27,28). Paulo deu um epíteto adequado a um oficial corrupto.

contra a lei. De acordo com a lei judaica, Paulo tinha de ser julgado e pronunciado culpado antes de ser punido.

* 23.6 saduceus... fariseus. Estes dois grupos emergiram durante o período entre o Antigo e o Novo Testamento. Eles tinham opiniões políticas e religiosas diferentes. Paulo aproveitou a oportunidade para enfatizar suas diferenças, identificando-se como um fariseu e um crente na ressurreição dos mortos, contra os saduceus que negavam a ressurreição e a existência de anjos e espíritos (Mt 22:23-32).

* 23.9 escribas da parte dos fariseus. Estes eram mestres, intérpretes especialistas da lei dos judeus.

*

23.16 o filho da irmã de Paulo. Segundo parece, alguns membros da família de Paulo estavam em Jerusalém.

avisou a Paulo. Os prisioneiros recebiam de parentes e amigos que regularmente os visitavam o seu suprimento necessário.

* 23:23-24 A infantaria e cavalaria com equipamentos pesados entregaram Paulo com segurança a Félix, o procurador da província imperial da Judéia. Os quartéis oficiais da província ficavam em Cesaréia.

* 23.26 governador Félix. Félix tinha sido escravo e, como homem livre, tinha ascendido a uma influente posição no governo romano. Em 52 d.C. o imperador Cláudio enviou-o como governador a Cesaréia. Félix era chamado de “excelentíssimo Félix” (24,2) durante a sua administração de oito anos. O historiador romano Tácito disse que Félix “ocupava a posição de um rei, enquanto tinha a mente de um escravo, saturada com crueldade e lascívia” (História 5.9).

* 23.31 Antipátride. Uma cidade construída por Herodes o Grande em honra de seu pai Antipater, cerca de 48 km a noroeste de Jerusalém.

*

23.35 pretório de Herodes. A residência oficial construída por Herodes o Grande. Tornou-se um pretório romano ou residência oficial e incluía celas para prisioneiros (Jo 18:28; Fp 1:13).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35
23.2-5 Josefo, um historiador respeitado do primeiro século, descreve ao Ananías como profano, avaro e de temperamento colérico. O arranque do Paulo veio como resultado do trato ilegal que lhe deu o supremo sacerdote Ananías. Violava a Lei judia ao supor que Paulo era culpado sem um julgamento e ao ordenar seu castigo (veja-se Dt 19:15). Paulo não reconhecia ao Ananías como o supremo sacerdote, talvez porque este quebrantou a Lei que dizia representar. Como cristãos nos pediu representar a Cristo. Quando os que estão a nosso redor dizem: "Não sabia que foi cristão", há indícios de que não estamos lhe representando como devêssemos. Não somos simples seguidores de Cristo; somos seus embaixadores diante de outros.

23.6-8 Os saduceos e fariseus eram líderes religiosos com diferenças notáveis em suas crenças. Enquanto os fariseus acreditavam na ressurreição corporal, os saduceos não, porque aceitavam sozinho os livros de Gênese até o Deuteronomio que não contêm um ensino explícito a respeito da ressurreição. As palavras do Paulo transladaram o debate à ressurreição. O concílio judeu estava dividido.

23.6-8 A sorpresiva perspicácia do Paulo sobre que o concílio era uma mescla de saduceos e fariseus é um exemplo do poder do Jesus prometido aos crentes (Mc 13:9-11). Deus nos ajudará quando estivermos sob o fogo por causa de nossa fé. Como Paulo, devêssemos estar sempre preparados para apresentar nosso testemunho. O Espírito Santo nos dará poder para falar com denodo.

23.14, 15 Quando a controvérsia dos saduceos e fariseus chegou a seu fim, os líderes religiosos voltaram a pôr sua atenção no Paulo. Para eles a política e a posição eram mais importantes que Deus. Estavam preparados para planejar outro homicídio, como o fizeram com o Jesus. Mas como sempre, Deus tinha o controle.

23:16 Esta é a única referência bíblica à família do Paulo. Alguns estudiosos acreditam que sua família o repudiou quando ele se converteu. Paulo escreveu a respeito de estimar todas as coisas como perda por causa de Cristo (Fp 3:8). É possível que o sobrinho do Paulo foi ver o quando Paulo se achava sob custódia, já que os prisioneiros romanos tinham acesso a seus parentes e amigos, os que podiam lhes levar mantimentos e algumas outras comodidades.

APRESSADO NO CESAREA: Paulo trouxe notícias de sua terceira viagem aos anciões da igreja em Jerusalém, os que se regozijaram por seu ministério. Entretanto, a presença do Paulo logo perturbou aos judeus, os que persuadiram aos romanos para que o prendessem. tirou o chapéu um complô para matar ao Paulo, de maneira que o levaram de noite ao Antípatris e logo o transferiram à a prisão provincial na Cesarea.

23.16-22 É muito fácil passar por cima aos meninos, dando por sentado que não são o bastante adultos para fazer algo pelo Senhor. Mas um moço jogou um papel importante no amparo da vida do Paulo. Deus pode usar a qualquer, de qualquer idade, que esteja disposto a render-se ao. Jesus esclareceu que os meninos são importantes (Mt 18:2-6). lhe dê aos meninos a importância que Deus lhes dá.

23.23, 24 O chefe da guarnição romana ordenou que levassem ao Paulo a Cesarea. Jerusalém era a sede do governo judeu, mas Cesarea era o quartel geral romano da região. Deus obra em formas realmente extraordinárias. Havia infinitas maneiras que Deus podia usar para levar ao Paulo a Cesarea, mas escolheu usar ao exército romano para liberar ao Paulo de seus inimigos. Os caminhos de Deus não são os nossos. Os nosso som limitados, os Do não. Não limite a Deus lhe pedindo que atue na forma que você quer. Quando Deus intervém, algo pode passar, muito mais e muito melhor do que você poderia esperar.

23:26 Félix era o procurador ou governador romano da Judea de 52 aos 59 D.C. Tinha o mesmo cargo que Poncio Pilato teve. Enquanto os judeus desfrutavam de maior liberdade para autogobernarse, o governador manipulava ao exército, mantinha a paz e compilava os impostos.

23:26 Como se inteirou Lucas do conteúdo da carta do Claudio Aleija? Em sua preocupação por ser exato em sua informação histórica, Lucas usou muitos documentos para assegurar-se de que seus escritos fossem corretos (veja-se Lc 1:1-4). Esta carta talvez se leu em voz alta na corte quando Paulo esteve diante do Félix para responder às acusações que lhe faziam os judeus. Também, possivelmente deu uma cópia ao Paulo como uma cortesia por ser um cidadão romano.

HEROES ANONIMOS EM FEITOS

Quando pensamos nos triunfos da igreja primitiva, freqüentemente pensamos no trabalho dos apóstolos. Entretanto, a Igreja tivesse morrido sem os heróis "anônimos", homens e mulheres que através de um pequeno mas dedicado ato levaram a igreja para frente.

Coxo : Lc 3:9-12 depois de sua sanidade, elogiou a Deus. Aproveitando que se juntou uma multidão para ver o acontecido, Pedro falou com muitos a respeito do Jesus.

Cinco diáconos: Lc 6:2-5 Todos conhecem o Felipe quão mesmo ao Esteban, mas houve cinco homens mais escolhidos para ser diáconos. Não só sentaram as bases do serviço na igreja, mas também seu esforçado trabalho permitiu aos apóstolos pregar mais o evangelho.

Ananías: Lc 9:10-19 Teve a responsabilidade de ser o primeiro em mostrar o amor de Cristo ao Saulo (Paulo) depois de sua conversão.

Cornelio: Lc 10:30-35 Seu exemplo mostrou ao Pedro que o evangelho era para todos, judeus e gentis.

Rode: Lc 12:13-15 Sua persistência fez que Pedro falasse com quão crentes em casa da María oravam por ele.

Jacóo: 15:13-21 Tomou o mando do concílio em Jerusalém e teve o valor e o discernimento de tomar uma decisão que afetaria, literalmente, a milhões de cristãos por muitas gerações.

Luta: 16:13-15 Abriu seu lar ao Paulo, onde ele pôde guiar muitos a Cristo e fundar assim uma igreja no Filipos.

Jasón: 17:5-9 Arriscou sua vida pelo evangelho ao permitir que Paulo ficasse em seu lar. ficou em favor do que acreditava verdadeiro e bom, sabendo de que o perseguiriam por isso.

Sobrinho do Paulo: 23:16-24 Salvou a vida do Paulo ao comunicar ao tribuno do plano para lhe dar morte.

Julho: 27.1, 43 Protegeu a vida do Paulo quando os outros soldados quiseram lhe dar morte.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35
EXAME DE PAULO F. diante do Sinédrio (23: 1-11)

De acordo com At 22:30 , insuficiência Lysias 'para determinar a causa real para a hostilidade dos judeus contra Paulo levou-o a organizar uma audiência perante o Sinédrio no dia seguinte. Se esta assembléia foi presidida pelo sumo sacerdote ou o comandante não é certo. Em ambos os casos foi um especial, em vez de um regular, sessão do conselho.

1. Paulo repreende o Sumo Sacerdote (23: 1-5)

1 E Paulo, fitando os olhos no conselho, disse: Irmãos, tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência, até o dia de hoje. 2 E o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca. 3 Então, disse Paulo -lhe: Deus te ferirá, tu parede branqueada:? e assentado tu para me julgar de acordo com a lei, e mandas que eu seja contrário ferido com a Lv 4:1 ? E os que ali estavam disseram: Injurias sumo sacerdote de Deus 5 E Paulo disse, eu não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está escrito: Tu não deve falar mal de um governador do teu povo.

Declaração de Lucas, e Paulo, fitando os olhos no conselho (v. la), parece claramente projetado para indicar que Paulo examinado de perto o pessoal e atitude deste órgão sullenly hostil e, em seguida, tirou suas conclusões em conformidade. Em At 6:15 a mesma expressão é usada de Estevão antes deste conselho. Em At 7:55 ele é usado de Estevão enquanto ele olhava para o céu, quando o conselho desencadeou sua ira contra ele. Novamente em At 14:9 ; Rm 8:5 ). No entanto, aqui e em outros lugares (conforme At 24:16 ; Rm 2:15. ; Rm 9:1 ). Mas Paulo ainda não tinha entendido, na época, que "a lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé" (Gl 3:24 ). Tradução de Williams é gráfico: "Então, a lei tem sido o nosso atendente para nos conduzir a Cristo, para que possamos, através da fé obtêm pé direito com Deus." O atendente foi "geralmente um escravo que cuidou da criança grega no caminho para e do professor ".

Grande falácia de Paulo antes de sua conversão era a falácia comum de valores confusos. Ele atribuiu valor intrínseco com a lei, que é possuída somente valor extrínseco ou instrumental. Ele fez a lei "um fim" ao invés de "um meio" para a final, que era Cristo.Assim, para Paulo a lei era final, e, conseqüentemente, era inevitável que isso iria destruir Cristo e Seus ensinamentos, já que Ele pretendia substituir a lei (Mt 5:17 , Mt 5:18 ). Assim como um aderente estrita com a lei, Paulo poderia legitimamente dizer que ele tinhaandado diante de Deus com toda a boa consciência, até o dia de hoje . Ele tinha sido consciente como um judeu, e depois de sua esclarecimento espiritual que ele tinha sido consciente como um cristão. Esta consciência judaica foi, no entanto, atingido pela conformidade de sua conduta às exigências da lei. A tentativa de reconciliação sem sucesso de seus motivos internos, desejos e aspirações com os ideais e os requisitos da lei maior era outra. Nesta área Paulo não fez tais afirmações, à consciência diante de Deus, antes de sua conversão cristã (ver Rm 7:1 )! Não há melhor prova de uma causa indefesa do que a perda da paciência e do emprego de violência contra o vencedor.

Este sumo sacerdote, Ananias, era filho de Nedebaios. Ele tinha conseguido José, filho de Camithos, e ele era o sumo sacerdote XX, a fim de a adesão de Herodes, o Grande, em 40 AC Ele tinha recebido a sua nomeação em AD 47 ou 48 de Herodes de Chalcis (AD 41-48), um irmão de Herodes Agripa I, e segurou-a sobre uma dúzia de anos. Talvez um indivíduo mais infame nunca ocupou o cargo. Ananias foi um insolente membro negrito, violenta-humorado do partido dos saduceus, conhecida pela sua popa e julgamento severo sobre os outros. Josephus descreve sua infâmia. Fez-se extremamente rico sobre o ganho de ilícitos de seu escritório, tomou à força os dízimos que pertenciam aos sacerdotes, deixando, assim, alguns a morrer de fome, abrigado uma ninhada perverso de capangas, e colaborou com o sicários ou Assassins do país. Ele convocou o Sinédrio no ínterim entre o governo de Festus e Albinus e condenado à morte por apedrejamento Tiago, irmão de Jesus e pastor da igreja de Jerusalém, com os outros cristãos, além de inúmeros outros atos perversos, de acordo com Josephus. Como um membro do partido dos saduceus era odiado pelos partidos nacionalistas extremos da Judéia por causa de suas simpatias pró-romanas e política. Uma vez que, cinco anos antes, ele havia sido condenado a Roma para responder por sua conduta por suspeita de envolvimento em um incidente judaico-Samaritan de violência. No entanto, ele foi absolvido e restaurado pelo imperador. Eventualmente, durante a guerra contra Roma, em AD 66, Ananias, com seu irmão Ezequias, foi morto pelos rebeldes em um aqueduto onde eles estavam escondidos.

Foi para este Ananias que Paulo administrado sua repreensão fulminante (v. At 23:3 ). Analogia de Paulo, tu parede branqueada , não era sem precedentes (conforme At 23:27 Matt. ; Lc 11:44 ). Alguns pensaram ter visto uma alusão a de Ezequiel "parede ... rebocam de argamassa fraca" (Ez. 13 10:16 ), nas palavras de repreensão de Paulo.

Plumptre observa a propósito:

Todo o enunciado deve ser considerado pela própria confissão de São Paulo como a expressão de uma indignação apressada, lembrou depois de um momento de reflexão; mas as palavras tão faladas eram realmente uma profecia, cumpriu alguns anos depois, com a morte de Ananias pelas mãos do sicários .

Paulo conhecia os seus direitos de defesa, tanto pela lei judaica e romana, e até prova em contrário, ele deve ser considerado inocente (conforme Dt 19:15. ; Jo 7:51 ). Assim, o comando de Ananias-se executado ou não estamos não disse-o fez um violador de direitos de Paulo. Por esta violação do direito (conforme Rm 2:1. ; Jo 10:12 ; At 20:29 ).

A repreensão de Paulo pelos espectadores (v. At 23:4) se aproxima bastante de um incidente semelhante na experiência de Jesus como Ele foi julgado diante de Caifás (Jo 18:19 ).

Pedido de desculpas (v. De Paulo
5) foi por diversas vezes visto pelos intérpretes da Bíblia. As possíveis razões sugeridas pela sua resposta, eu não sabia ... que era o sumo sacerdote (v. At 23:5 , incluem o fato de que Ananias tinha tomado o cargo desde Paulo tinha passado foi associado com o Sinédrio e, assim, ele era desconhecido para Paulo); que, possivelmente, outro do que Ananias (perchance Lysias) foi presidir a esta sessão especial; que Paulo não sabia quem tinha dado a ordem para o ferir; que Paulo foi ironicamente o que sugere que essa ordem não poderia ter sido esperado do sumo sacerdote; que Paulo sofria de má visão (conforme At 9:18 ); que ele estava olhando na direção oposta quando as palavras foram ditas e, portanto, não sabia quem deu a ordem; e, finalmente, que Paulo fez um erro honesto. Plumptre favorece a visão de que tanto a visão defeituosa de Paulo ou que Ananias não estava presidindo, é responsável por seu erro. Rackham considera que Paulo não tinha suficientemente reflectido que as palavras vieram do sumo sacerdote, e que ele deveria ter sido mais deliberada e menos vigoroso em sua resposta. Se Paulo deve ou não ter dito estas palavras, eles foram, em qualquer caso, tanto penetrante verdadeira e profeticamente sugestivo. Respeito de Paulo para as exigências cerimoniais e éticos da lei se reflete em sua cotação de Ex 22:28 (conforme Rm 13:1 ). Mesmo as desculpas de um apóstolo deve servir como um modelo apt para o espírito e comportamento do cristão, em circunstâncias semelhantes. Tem sido sugerido que Paulo pediu desculpas para o escritório, se ele não o fez para o homem! Tal como acontece com Elias, que "era um homem de paixões que nós" (Jc 5:17 ).

2. Paulo Divide o Conselho (23: 6-9)

6 E Paulo, sabendo que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, clamou no conselho, os irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu.: tocando a esperança e ressurreição dos mortos sou chamado em questão 7 E quando ele tinha dito isto, houve dissensão entre os fariseus e saduceus; e o conjunto foi dividido. 8 Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e. 9 E originou-se um grande clamor, e alguns dos escribas de parte dos fariseus levantou-se, e se esforçou, dizendo: Nenhum mal achamos neste homem, e que, se um espírito lhe falou, ou um anjo?

A estratégia de Paulo em dividir o conselho tem sido atacado por alguns como sendo indigno da ética cristã. No entanto, parece que as palavras de Cristo na parábola do mordomo injusto ", os filhos deste mundo são para sua própria geração mais sábios do que os filhos da luz" (Lc 16:8) e Nicodemos (Jo 3:1 ). Os fariseus acreditavam na vinda do Messias, a existência de espíritos e anjos, e eles aceitaram a doutrina da ressurreição dos mortos.

Os saduceus, por outro lado, embora o partido menor, estavam no aristocrático principal e muito influente. Eles defendiam helenização e cortejada favor Roman. Eles foram mundana em suas perspectivas, aceitou apenas a Torá, rejeitaram a lei oral, e odiava a doutrina da ressurreição ea crença em anjos e espíritos. Plumptre afirma: "Eles foram, de fato, levado por um dos grandes ondas de pensamento que foram, então, que passam sobre o mundo antigo e foram epicuristas e materialistas sem sabê-lo, assim como os fariseus eram ... a contrapartida dos estóicos."

Assim, a identificação de Paulo de si mesmo com o partido dos fariseus, não só o colocou em alinhamento com tudo o que havia de melhor na judaísmo de sua época, mas também dividiu o município. Nem era Paulo ou errado ou desonesto em identificar-se assim, como a seguinte evidência indica. Em primeiro lugar , antes de sua conversão, ele tinha sido um membro consciente do partido (At 26:4 ; conforme . Fm 1:3 , Fm 1:5) . Em segundo lugar , não parece ter havido nenhuma inconsistência entre a filiação no partido dos fariseus, como tal, e a fé salvadora, e lealdade a Jesus Cristo (At 15:5 ).

O ressurgimento da ortodoxia judaica no conselho agitado bastante o partido liberal materialista dos saduceus, com o resultado que surgiu dissensão tão grave que o conjunto foi dividido (v. At 23:7 ). Josephus já empregou esse ardil, apesar de honestidade questionável, para escapar da violência de uma multidão. Consequentemente certos escribas farisaica subiu para a defesa de Paulo, declarando: Não achamos nenhum mal neste homem (v. At 23:9 . Conforme Mt 27:23 , Mt 27:24 ). A maioria dos escribas eram fariseus (conforme Mc 2:16 ; Lc 5:30 ), e seu subsídio que um espírito ou anjo poderia ter falado com Paulo é uma reminiscência de defesa dos apóstolos de Gamaliel quando eles estavam em julgamento perante o Sinédrio alguns 25 anos anteriores (At 5:34 ). Pensou-se que a observação dos escribas era uma alusão tanto a experiência da conversão de Paulo, que ele havia relacionado o dia anterior (At 22:6 ), ou à sua visão no Templo em seu primeiro retorno a Jerusalém (At 22:17 ). Em todo o caso, na sua posição, como Plumptre observações ", depois Dt 25:1. ; Rm 15:23 ). Paulo deve aqui ter aprendido a lição relativa tentação sobre a qual ele escreveu aos Coríntios (1Co 10:13 ). Em mais de uma ocasião em que Paulo estava "no fim" juízo ", uma visitação especial do Senhor o socorreu, renovando a sua coragem e força. Tal era o seu caso em julgamento em Corinto (At 18:9 ); tal foi a sua experiência durante a tempestade a caminho de Roma (At 27:23 ​​); ou ainda quando em julgamento por sua vida em Roma (2Tm 4:16 ); e tal foi a experiência de Jerusalém. Como fiel Cristo sempre é a Sua promessa: "Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo" (Mt 28:20)

Mais uma vez frustrado e frustrado com a fuga da vítima cobiçado de sua rede, alguns quarenta judeus em desespero comprometeram-se a um juramento de prurido (v. At 23:12 ).

1. O plano para matar Paulo Projetado (23: 12-15)

12 E, quando já era dia, os judeus se uniram, e amarrou-se sob uma maldição, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. 13 E eram mais de quarenta os que fizeram esta conjuração. 14 E vieram a os príncipes dos sacerdotes e os anciãos, e disseram: Nós mesmos temos obrigado sob pena de maldição, a nada provarmos até que matemos a Paulo. 15 Agora, pois, vós, com o conselho significar para o comandante que o derrubá-lo a vós, como que querendo julgar o seu caso, mais exatamente: e nós, antes que ele chegue, estão prontos para matá-lo.

A banda de uns quarenta judeus que tomaram o juramento nem para comer nem beber enquanto não matassem Paulo foram mais provável do sicários ou Assassins (conforme At 21:38 ), de que havia muitos na Judéia por esta altura. Eles eram provavelmente do partido Zealot extrema (veja At 1:13. ; Gl 1:8 ). Bruce sugere que ele pode ter tomado tal forma que, "assim que Deus faz para nós, e mais ainda, se comer ou beber até que tenhamos matado Paulo." Outra autoridade observa: "Felizmente, os rabinos foram capazes de imaginar meios de liberação de tais juramentos; de modo que o enredo não tendo conseguido, não precisamos assumir que os conspiradores morreram de fome! "

Quando estes Assassins apresentou seu plano para os principais sacerdotes e os anciãos do partido dos saduceus, é de salientar que os escribas , que eram em sua maioria fariseus e que defendeu a causa de Paulo no conselho no dia anterior, não são mencionados como tendo sido consultado. Parece ainda que eles estavam propondo para pedir de Lysias uma oportunidade para um veredicto contra Paulo e não simplesmente um inquérito. Assim, afigura-se que eles pretendiam fazer pela violência sutil e cruel o que não podiam esperar fazer por procedimento legal por causa de sua incapacidade de garantir uma maioria no Conselho.

2. O plano para matar Paulo malogrado (23: 16-22)

16 Mas o filho da irmã de Paulo, tendo sabido da cilada, e ele veio e entrou na fortaleza e disse Paulo. 17 E Paulo chamou a si um dos centuriões, disse: Leva este jovem ao comandante; porque tem algo a dizer a ele. 18 Então ele pegou ele, e levou-o para o comandante, e disse: O preso Paulo, chamando-me, e me pediu para trazer este moço, que tem alguma coisa a dizer a te. 19 E o tribuno, tomando-o pela mão, e pondo lhe perguntaram em particular, o que é que tu tens para me dizer? 20 E disse ele: Os judeus combinaram pedir-te para derrubar Paulo amanhã ao conselho , como se queres inquirir com mais precisão algo a seu respeito. 21 Não tu, pois deu-lhes: para lá de emboscada para ele delas mais de quarenta homens, os quais juraram sob pena de maldição, não comer nem beber até eles o morto: e agora eles estão prontos, esperando a tua promessa. 22 Então o comandante deixou o jovem ir, acusando-o, ninguém dissessem que tu significavam essas coisas para mim.

A aparência do sobrinho de Paulo proporciona a única referência à família de Paulo nos Atos (conforme Rm 16:7 ). Tem sido sugerido que, possivelmente, a irmã de Paulo havia se casado em uma família sacerdotal e que o sobrinho de Paulo, assim, inadvertidamente tropeçaram na trama por ter ouvido isso discutido pelo sicários , depois que ele secretamente reportadas para Paulo e daí para o comandante. No entanto, não se sabe ao certo se sua irmã residia na Judéia ou estava lá para a festa de Pentecostes, ou, eventualmente, para a educação de seu filho na escola rabínica. É claro que, se ela se casaram em uma família sacerdotal, a hostilidade de que casta direção Paulo poderia muito bem explicar a sua não apresentação em sua casa. Também não se sabe se ela e sua família eram cristãos. Estamos em terreno seguro, no entanto, quando notamos que esse rapaz tinha um amor e lealdade a seu tio que lhe permitiu segurar privada e criteriosamente um segredo que envolvia uma questão de vida ou morte para Paulo. Além disso, podemos aprender com o incidente que Paulo era acessível a seus amigos e conhecidos, mesmo enquanto estava sob custódia. Este fato pode ser responsável por informações em vez completo de Lucas sobre os acontecimentos destes dias, uma vez que ele teria sido em Jerusalém. Também não é necessário supor que Paulo estava preso em grilhões, mesmo que ele é designado O preso Paulo (conforme Ef 3:1 , 24)

23 E chamou a si os dois centuriões, disse: Aprontai duzentos soldados para ir até Cesaréia, e cavaleiros e sessenta e dez, e duzentos lanceiros, na terceira hora da noite: 24 e ordenou-lhes fornecer feras, para que pudessem definir Paulo conseqüência disso, e trazê-lo em segurança ao governador Félix.

As escaramuças dos dois dias anteriores no Sinédrio, além de informações do plano para matar Paulo, suficientemente convencido de que o comandante da gravidade e os riscos da situação. A partir da guarnição de cerca de mil soldados que ele pediu, através de dois centuriões, que duzentos soldados, cavaleiros setenta e duzentos lanceiros, com animais especiais para Paulo para montar, estar preparado para sair de Jerusalém para Cesaréia por volta das nove horas da noite . Vale ressaltar que esta proporciona a única instância definitiva em Atos, ou em outro lugar no Novo Testamento, onde Paulo já montada uma besta de transporte. Caso contrário, ele andou ou navegou, pelo que sabemos. Assim escoltado com segurança, tanto os interesses do comandante e os de Paulo, o prisioneiro seria salvaguardada. Lysias não poderia ficar tranqüilo com tal conspiração pendente até que ele sabia que Paulo estava em segurança nas mãos do funcionário administrativo e executivo-chefe da colônia, Felix. Se o sicários sabia do plano de Lysias 'para espírito Paulo de Jerusalém, não há nenhuma evidência de que eles ofereceram resistência ou interferência.

4. A Carta sobre a Paulo Escrita (23: 25-30)

25 E escreveu uma carta após este formulário:

26 Cláudio Lísias até o excelentíssimo governador Félix, saudação. 27 Este homem foi preso pelos judeus, e estava prestes a ser morto deles, quando eu vim para eles com os soldados e salvou-o, ao saber que era romano. 28 E, querendo saber a causa por que o acusavam, eu trouxe-o até o seu conselho: 29 . quem eu encontrei para ser acusado sobre questões da sua lei, mas não tem nada estabelecido para o seu cargo digno de morte ou prisão 30 E quando me foi mostrado que haveria um complô contra o homem, eu o mandei para ti imediatamente, cobrando seus acusadores também para falar contra ele diante de ti.

Como Lucas sabia o conteúdo da carta Lysias 'para Felix que não é dito. Paulo pode ter tido uma cópia do mesmo, mas parece mais provável que Lucas ouviu ler no tribunal em Cesaréia antes Felix. Esse era o costume, para ler abertamente a acusação contra o arguido.

A prática de epistolar no primeiro século cristão proporcionou o principal meio de comunicação. Era uma época epistolar. Muito se revelado nas poucas frases desta carta preservada para nós. Plumptre observa que o epíteto, mais excelente , é a mesma que a utilizada por Lucas de Teófilo (Lc 1:3 ), bem como a Epístola de Tiago (Jc 1:1 ), pode ser tomado como nada mais do que um gesto de respeito diplomática, para Felix pode ser considerado como nada menos do mais excelente . Bruce sustenta que "A" mais excelente "... pertence propriamente à ordem equestre na história romana (de que Felix não era membro) e também foi dado aos governadores das províncias subordinadas, como a Judéia, que eram normalmente extraídas da ordem equestre. "Ele governou a Judéia por sete ou oito anos (AD 52-59 ou 60), tendo sido precedida pela infeliz Cumano e sucedido por Festus. O país havia sido deixado em um estado triste e desordenada sobre o banimento do Cumano ineficiente e corrupto pelo imperador em AD 52. Tinha havido um massacre horrível de judeus na Jerusalém Páscoa por causa de suas atividades desenfreadas quando um soldado romano insultado o Templo. Houve uma guerra pequena escala entre os galileus e os samaritanos, quando certa rota galileus a um festival de Jerusalém tinha sido atacado, no assentamento sem êxito do que Cumano tinha sido acusado de receber propina para favorecer a causa dos samaritanos, que acusação efectuado a queda. Felix herdou também o túmulo de uma situação política por sua habilidade. O país era uma massa efervescente de transtorno com o "de transporte de punhal" sicários aterrorizar a terra e pressionando o povo à revolta contra Roma. Assassino e surtos "messiânicos" eram frequentes (conforme At 21:38 ). O sumo sacerdote paternalista, JoNatan, que tinha ajudado Felix obter seu escritório tinha sido assassinado, quer por iniciativa do Felix ou de outra forma.

A mãe do imperador Cláudio, Antonia, manteve dois irmãos escravos, Antônio Félix e Pallas, que foram feitas mais tarde libertos. Felix tornou-se o companheiro e favorecido ministro de Claudius, e, assim, ele obteve a procuradoria da Judéia, pela graça de Claudius e com a ajuda de Pallas eo sumo sacerdote JoNatan. Bruce pensa que ele possa previamente "ter ocupado um cargo subalterno na Samaria sob Cumano do ANÚNCIO 48. "Assim, parece que ele considerou a favor do imperador, seu irmão de criação, ele imunizados contra imperial responsabilidade por qualquer crime que ele poderia cometer. Ele exercia, nas palavras de Tácito, "o poder de um tirano no temperamento de um escravo." Lust e crueldade caracteriza toda a sua regra. Ele é relatado para ter três vezes casada. Plumptre relata que sua primeira esposa foi Drusilla, a filha de Selena, que era a esposa de Juba, rei da Mauritânia e da filha de Antonius e Cleópatra. Drusilla, a filha de Agripa I e irmã de Agripa II, que havia deixado o marido Azizus, rei de Emesa, foi sua segunda esposa (conforme At 24:24 ). O nome de sua terceira esposa é desconhecida. Antes de tal régua e juiz, o Apóstolo Paulo era para ser julgado por sua fé em Cristo. Embora o orador Tertullus, em um esforço para agradar os judeus, elogiou Felix com as palavras: "Visto que por ti gozamos de muita paz, e que por teus males providência são corrigidos por esta nação" (At 24:2) parece melhor para sugerir o conhecimento de Felix de dificuldades administrativas judeu.

Vale ressaltar que Lysias evita qualquer referência a sua ligação de Paulo e da flagelação pretendido. Nem ele insinuar que ele tinha sido ignorante de cidadania romana de Paulo no início. Ele engenhosamente cores todo o assunto para dar a impressão de que ele havia obedientemente resgatado, de violência da multidão judaica, uma vítima, que ele sabia ser um cidadão romano (v. At 23:27 ). Ele dá um relato justo e honesto do exame de Paulo perante o Sinédrio (vv. At 23:28 , At 23:29 ). Isto foi claramente concebido como "uma investigação preliminar, com vista à preparação de uma taxa para colocar diante do Tribunal Romano." Ele também afirma trama dos judeus para matar Paulo e seu propósito de colocar Paulo sob a custódia segura de Felix o governador para a feira trial (v. At 23:30 ). Ele dá o seu juízo de que todo o assunto é um debate doutrinário judaica, e não uma questão jurídica romana. Withal, Lysias era um titular de escritório típico, que organizou o palco para apresentar-se sob a luz mais favorável diante daqueles a quem ele devia sua posição, tomando crédito pelo que não pertencem de direito a ele e, tomando cuidado diligente para folheado seus erros oficiais com uma aparência de excelência em juízo e serviço.

5. A transferência de Paulo Cumprida (23: 31-35)

31 Então os soldados, como lhe fora mandado, tomando a Paulo, o levaram de noite a Antipátride. 32 Mas no dia seguinte, deixando aos de cavalo irem com ele, voltaram para o castelo: 33 e eles, quando chegou a Cesaréia e entregaram a carta ao governador, apresentaram-lhe também Paulo. 34 E quando ele tinha lido, ele perguntou de que província ele era; e quando ele entendeu que era da Cilícia, 35 eu te ouvir plenamente, disse ele, quando também os teus acusadores vir: e ele ordenou que ele fosse mantido no palácio de Herodes.

Parece que o primeiro semestre, ou possivelmente de dois terços, dos cerca de viagem de sessenta quilômetros de Jerusalém para Cesaréia foi alcançado em Antipatris antes do amanhecer (v. At 23:31 ). Bruce afirma que Antipatris foi de 35 quilômetros de Jerusalém. E foi, continua ele, "ao pé das colinas da Judéia, no site do moderno Ral el-'Ain, construído por Herodes, o Grande, na planície bem regada e bem arborizada de kaphar-Saba e chamado depois seu pai Antipater. "Tal era bem possível, permitindo uma distância de cerca de 35 milhas a Antipatris e lembrando que eles haviam deixado por volta das nove horas da noite. De Antipatris os soldados voltaram para Jerusalém, deixando a cavalaria para escoltar Paulo restantes 27 milhas a Cesaréia. Esta foi considerada segura como os judeus abominava o uso de cavalos como animais impuros, e assim o sicários não poderia ter ultrapassado o partido, mesmo que eles tinham aprendido de transferência de Paulo de Cesaréia. Além disso, a viagem restante foi através de território que era principalmente Gentile.

Inquérito do Felix relativa província de Paulo (v. At 23:34) era uma exigência da jurisprudência romana. Um cidadão acusado poderia ser julgado em qualquer sua província natal ou aquela em que o crime foi acusado de ter sido cometida (conforme Lc 23:6 ).

Decisão expressa do Felix, eu te ouvirei totalmente ... quando também os teus acusadores vir (v. At 23:35-A ), indica que ao tomar conhecimento de que a província natal de Paulo foi Cilícia, ele ao mesmo tempo sabia que ele tinha "jurisdição sobre Paulo, quer como procurador na Judéia , em que o 'crime' tivesse sido cometido, ou como o deputado do legado da Síria e Cilícia, província natal de Paulo, que se classificaria como seu administrativa superior. "Possivelmente sua decisão imediata para tentar Paulo em vez de adiar para seu oficial superior (como Pilatos havia feito com Cristo, Lc 23:6 ), o legado da Síria, era apenas um reflexo de sua impetuosidade característico e orgulho de posição.

Aparentemente, é neste momento que Paulo assumiu um papel ativo no processo. A partir daí, ele parece ter feito valer os seus direitos de cidadania romana em uma relação de quatro vezes. Primeiro , ele fez isso para escapar flagelação (At 22:25 ). Em segundo lugar , ele evidentemente apelou o seu direito de jurisdição do Sinédrio judaico ao procurador romano, no qual caso a sua transferência para Caesarea estava em conformidade com os seus próprios direitos expressos como um cidadão, uma demanda Lysias teria prazer aderido, em todo o caso, para aliviar a sua própria responsabilidade. Em terceiro lugar , afirmou o seu direito de um julgamento justo perante o tribunal provincial romana (At 25:10 ). E quarto , Paulo feito valer os seus direitos de cidadania por recurso ao tribunal supremo de Cesaréia em Roma (At 25:11b ).

Com a promessa de um julgamento completo e justo sobre a aparência de seus acusadores, Felix ordenou Paulo detido sob guarda no palácio de Herodes. Este foi provavelmente o palácio construído por Herodes, o Grande, e mais tarde convertido em uma residência oficial para o procurador romano da Judéia, embora possa ter servido como uma fortaleza e tiveram uma sala de guarda (conforme Mc 15:16 ; . Fp 1:13 ). Não é de se supor que Paulo estava encarcerado em uma prisão comum, como que em que ele e Silas foram jogados em Filipos (At 16:23 , At 16:24 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35
  • Paulo e o Sinédrio (23:1-11)
  • No dia seguinte, o comandante apresenta Paulo na reunião oficial do conselho judaico. Esse grupo acaba por ser responsável pelo jul-gamento de Pedro e João (4:5ss), dos 12 apóstolos (5:21 ss) e de Estêvão (6:12ss). E também de Cristo.

    Paulo, como foi ele mesmo um fariseu ativo, sentiu-se em casa nes-sa reunião. Ele falou imediatamente em defesa própria, afirmando que sua vida pública era irrepreensí-vel e que sua consciência estava limpa. Ananias, o sumo sacerdote, enfureceu-se com essa declaração e ordenou que um dos homens que estava próximo de Paulo ba-tesse em sua boca. Cristo teve um tratamento semelhante (Jo 18:22). O versículo 3 apresenta uma res-posta de Paulo que gera controvér-sia. Alguns dizem que ele agiu com precipitação carnal ao condenar o sumo sacerdote; outros acham que as palavras de Paulo eram justas, já que era ilegal bater nele, e o sumo sacerdote era um homem perverso. A história relata que Ananias foi o pior sumo sacerdote que a nação ti-vera. Ele roubou dinheiro dos outros sacerdotes, usava todos os truques políticos para aumentar seu poder e, por fim, foi assassinado. Talvez "parede branqueada" (v. 3) refira- se a Ezequiel 13:10ss, em que os governantes hipócritas da terra são comparados a paredes caiadas, mas que ruem.

    Paulo sabia quem era o sumo sacerdote? Alguns estudiosos acham que seu problema de visão (Gl 4:13-48) o impediu de reconhecer o sumo sacerdote. Talvez o sumo sacerdo-te não usasse sua vestimenta usual ou não estivesse sentado em seu lugar de sempre, pois essa não era uma reunião formal do conselho, já que foi o comandante romano que a convocou. Outra possibilidade é que Paulo se recusasse a reconhe-cê-lo como sumo sacerdote. A cita-ção que faz de Êxodo 22:28 talvez fosse irônica e quisesse dizer que o sacerdote não era, de fato, o gover-nante da nação.

    A seguir, Paulo usou uma "tática política" ao tentar dividir o conselho fazendo com que os rígidos fariseus ficassem contra os liberais saduceus. É difícil crer que o grande apóstolo dos gentios, o ministro da graça de Deus, gritaria: "Eu sou fariseu!". Mais tarde, ele chamou sua vida fa- risaica de "refugo" (Fp 3:1-50). Ele afirma que a questão real era a espe-rança da ressurreição, mas sabia que os saduceus não criam nessa doutri-na. Sem dúvida, ele esperava provar a ressurreição de Cristo, mas o argu-mento levantado a partir disso pôs sua vida em risco, e o comandante salvou-o mais uma vez. A situação parecia sem esperanças; todavia, à noite, Deus, graciosamente, pôs-se ao lado de Paulo e encorajou-o. Ele sabia que iria para Roma!

  • Paulo e os conspiradores (23:12-22)
  • Sem dúvida, Jerusalém estava afas-tada de Deus quando, em nome da religião, mais de 40 homens cons-piravam para matar um judeu de-voto! Até os principais sacerdotes e anciãos de Israel faziam parte do complô! No entanto, Deus estava no controle e, apesar da oposição dos homens e de Satanás, levaria seu mensageiro para Roma. O Senhor, graciosamente, distraiu e encora-jou seu servo independentemente de Paulo, ao ir para Jerusalém, estar de acordo com a vontade revelada dele ou não. E que encorajamento esse incidente representa para nós quando tomamos decisões em rela-ção ao nosso ministério!

    Não sabemos nada a respei-to da irmã e do sobrinho de Paulo. Não temos nem mesmo certeza se eram crentes. Todavia, eles foram o instrumento de Deus para frustrar a conspiração e afastar Paulo da peri-gosa Jerusalém. Com certeza, deve-mos admirar a honestidade e a inte-gridade desse comandante romano. Ele poderia desprezar a mensagem do rapaz ou escutar as mentiras dos judeus, mas fez seu trabalho com fi-delidade. Os servos de Deus, com frequência, recebem ajuda e prote-ção de descrentes honestos e fiéis. Agora, Paulo, como aconteceu com seu Senhor anos antes, foi entregue nas mãos dos gentios.

  • Paulo e o comandante (23:23-25)
  • O comandante chamava-se Cláu-dio Lísias. Em sua carta a Félix, ele conta como salvou Paulo dos judeus porque o apóstolo era cida-dão romano. Ele acrescentou que a questão dizia respeito à lei judaica, não à romana, e que não achava que Paulo merecesse ser preso ou morto. Todavia, Cláudio enviou-o para ser julgado por Félix a fim de manter Paulo em segurança.

    Que cortejo foi aquele! Os 40 judeus deviam estar famintos antes de quebrar seu voto! No entanto, conduziram Paulo em segurança até Cesaréia, onde este enfrentou seus acusadores judeus diante de Félix, o governador.
    Agora, vemos por que Deus usou Paulo como seu grande mis-sionário aos gentios. Sua cidadania romana deu-lhe a proteção da lei e da guarda romana e a oportunida-de de testemunhar para os gentios. É maravilhoso como Deus prepara seu servos de antemão, prevendo até o local de nascimento e a cida-dania deles!

    É interessante observar que o Senhor apareceu a Paulo a fim de encorajá-lo em diversas ocasiões crí-ticas que ele vivenciou. Nos ataques dos judeus em Corinto, Cristo asse-gurou-lhe que estava com ele e lhe daria muitos convertidos (18:9-11). Cristo assegurou a Paulo que não o abandonaria, quando este estava em um navio a caminho de Roma, e o navio ficou à deriva em uma tempes-tade (27:21-25). Perguntamo-nos se Paulo encontrou grande conforto em Sl 23:4: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam".


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35
    23.1 Paulo mostra no seu discurso que o cristianismo procede diretamente do judaísmo verdadeiro. Pois a fé cristã é cumprimento da esperança messiânica esposada pelo farisaísmo. Consciência (24.1 6).

    23.2,3 Ananias. Sumo sacerdote desde 47 d.C. tornou-se notório pela capacidade e crueldade. Cumpriu-se a denúncia profética de Paulo ao ser assassinado em 66 d.C. pelos sicários por dar seu apoio a Roma. Parede branqueada. Os túmulos foram caiados para evitar contaminação ritual com os mortos (conforme Mt 23:27).

    23.5 Não sabia. Alguns comentaristas acham quase impossível Paulo não ter reconhecido o sumo sacerdote, É bem possível que Paulo esteja falando com ironia: "Não sabia que um homem desse pudesse ser sumo sacerdote". Ou então, Paulo, por sua deficiência visual (At 9:8, At 9:17, At 9:18; At 14:9; Gl 6:11), não tenha distinguido o sumo sacerdote. Não falarás. Paulo, arrependido, talvez lembre-se do ensino e exemplo de Jesus (Mt 5:10-40, Mt 5:39, Mt 5:44; Mt 26:67).

    23.6 Saduceus. O partido dos sacerdotes, desejosos de manter o status quo para evitar a intervenção dos romanos, quer aniquilar Paulo. Paulo aliou-se com os fariseus, cujas doutrinas ofereciam porta aberta para a evangelização em contraste com a dos saduceus.

    23.8 Anjo. Não negavam o Anjo do Senhor nem Seu Espírito.

    23.9 Os fariseus demonstram a tolerância de Gamaliel (conforme 5.33ss).
    23.11 Ao lado. Lit. "em pé acima dele". Note as visões de Paulo que marcaram crises principais (9.4ss; 16.9; 18.9; 23.11). Esta, como aDt 18:9, veio para encorajar o apóstolo. O Senhor garante que alcançará seu alvo de pregar em Roma ainda que os judeus o rejeitem.

    23.12 Sob anátema. O juramento dos 40 é simbólico do anátema assumido pela nação israelita na morte de Jesus (Mt 27:25).

    23.14 Sacerdotes e anciãos. Uma parte do Sinédrio apenas (25.15).

    23.16 Gostaríamos de saber mais acerca da família de Paulo. Certamente era influente; o sobrinho talvez fosse membro do Sinédrio, o que lhe deu acesso a esta informação tão importante. Provavelmente a família era contrária a Paulo, de modo que o sobrinho (reconciliado com ele) não seria suspeito.
    23.20 Inquirir. O plano projetado foi de abrir de novo o caso no Sinédrio e pedir a Lísias que trouxesse Paulo da torre para o Sinédrio.

    23.23 Hora terceira. Vinte e uma horas. Soldados... cavalaria... lanceiros. As três distintas classes de forças que compunham o exército romano. As extraordinárias precauções tomadas pelo tribuno revelam a seriedade com que se encarava a segurança de um preso.

    23.24 Animais. Para Paulo e seus companheiros, Lucas e Aristarco (27.1, 2). Governador Félix. Primeiro escravo liberto a chegar a ser governador de uma província romana. Seu irmão Pallas foi emancipado por Cláudio sendo favorito de Agripina, mãe de Nero. Foi nomeado procurador de 52 a 59 d.C. (antes fora prefeito de Samaria), (conforme 24.27). Um homem sem escrúpulo, não foi feliz no seu mandato, muito violento na repressão.

    23.25 Carta. Mandar um acusado para um tribunal superior exigia um "elogium" que esclarecia o caso.

    23.27 Cláudio Lísias coloca a culpa da situação de Paulo sobre os judeus (conforme Gálio em 18.14, 15). Ele não se importa de modificar levemente os fatos para se pôr em favor com o governador. Ele não soube que Paulo era romano até depois do tumulto (21.38; 22.26).

    23.29 Nada, porém, que justificasse morte. Como na apresentação do julgamento de Jesus diante de Pilatos (Lc 23:4, Lc 23:14s, 22), Paulo é reconhecido como inocente por romanos de alta posição (conforme o propósito de Atos).

    23.31 Antipátride. Cerca de 60 km de Jerusalém. O perigo imediato de uma emboscada foi superado e Paulo é conduzido apenas pela cavalaria os 40 km até Cesaréia.

    23.35 Pretório. Residência oficial do procurador; neste caso, um palácio construído por Herodes, o Grande.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35

    4) Paulo diante do Sinédrio (23:1-11)
    As circunstâncias. A presença de Paulo nessa sessão do Sinédrio concluiu o seu testemunho em Jerusalém. A sua atitude e suas declarações têm sido criticadas, mas precisamos lembrar que teria sido fatal se a sessão convocada por Lísias, para a investigação das acusações contra Paulo, tivesse sido transformada em um julgamento por uma corte investida de autoridade completa sobre os judeus em questões religiosas. A situação era delicada, e a atmosfera, tensa. Paulo deveu a sua vida — sob a providência de Deus — à proteção garantida por Roma a um cidadão que ainda não tinha sido condenado nos seus tribunais. O Sinédrio era a continuação do tribunal culpado do sangue de Cristo, de Estêvão e de outras testemunhas cristãs. Dissensões internas, como também métodos corruptos e violentos, tinham lhe roubado muito do seu prestígio antigo, e logo ceifaria a tremenda ruína que havia semeado. O presidente era o vil Ananias, cujas intrigas ines-crupulosas o mantiveram no poder de 47 a 58 d.C., apesar de muitas acusações contra ele. Foi assassinado por zelotes em 66 d.C. Os métodos de Paulo precisam ser avaliados contra esse pano de fundo, e precisamos lembrar também que o relato de Lucas é necessariamente abreviado. Diferentemente de Pedro e João (4:5-20), Paulo era um rabino reconhecido que “falava a língua” dos seus juízes, estando profundamente familiarizado com os mecanismos e procedimentos do Sinédrio.
    Paulo e Ananias (v. 1-5). A sessão, provavelmente, tinha sido aberta da maneira usual, de forma que a declaração de Paulo tenho cumprido meu dever para com Deus com toda a boa consciência (v. 1) seria a frase de abertura da sua defesa. Acerca de sua preocupação em não fazer nada contra a sua consciência, v. 1Co 4:4; lTm 1.5,19; 3.9; 2Tm 1:3.

    Ananias violou a lei em essência e na letra quando ordenou aos seus subalternos que batessem na boca de Paulo, e a réplica irada do apóstolo continha algo do seu antigo testemunho profético contra a iniqüidade em posições de destaque. Pode até ser considerada uma predição do fim violento de Ananias (v. 3). O nosso Senhor “não abriu a boca” em circunstâncias semelhantes, mas épocas diferentes requerem diferentes tipos de testemunho dentro do quadro geral da verdade divina. As severas denúncias de Mt 23:0, e ele admitiu isso imediatamente. O presidente era um criminoso, mas o “assento” era sagrado. Irmãos, eu não sabia que ele era o sumo sacerdote possivelmente signifique “Eu não reconheci o seu sumo sacerdócio (na minha repreensão)” (Conforme lTs 5.12 acerca desse uso do mesmo verbo.)

    A esperança e a ressurreição (v. 6-9). A declaração de Paulo (v. 6) parece um movimento tático para dividir o conselho e frustrar qualquer tentativa de sentença adversa. Esse movimento justo nesse momento era necessário e legítimo, mas podia Paulo, de boa consciência, declarar naquele estágio: sou fariseu, filho de fariseuP O termo tem um tom desagradável em muitos ouvidos por causa da oposição da seita à pessoa ao e ministério do Mestre, mas, antes de julgar Paulo, precisamos levar em conta os seguintes aspectos: (a) Os fariseus defendiam doutrinas fundamentais, baseadas no AT, que os saduceus rejeitavam veementemente.

    O remanescente fiel, que aguardava a esperança de Israel, era constituído totalmente de fariseus na sua doutrina, e não precisou desaprender as verdades bíblicas que possuía, mas somente aplicá-las a Jesus como o Cristo e rejeitar o legalismo. Um saduceu teria de deixar de ser saduceu se quisesse tornar-se cristão; um fariseu, não. (b) A esperança na ressurreição dos mortos não era um sofisma teológico, mas a essência do evangelho. Paulo trouxe à vida em alguns dos seus antigos companheiros algo real que os lembrava de que a sua posse mais preciosa era a esperança messiânica e a doutrina da ressurreição. Isso era a verdadeira herança veterotestamentária, e não o formalismo estéril dos saduceus e dos legalistas (conforme 26.7,23). O efeito foi notável, visto que alguns dos escribas entre os fariseus estavam preparados, ao menos momentaneamente, a defender uma sentença de absolvição e admitir a possibilidade de uma revelação especial dada a Paulo — com referência, supostamente, ao seu encontro com o Cristo ressurreto perto de Damasco (v. 9). Podemos esperar que alguns desses tenham recebido bênçãos no seu coração — os Nicodemos e os Josés de Arimatéia dos seus dias.

    A conseqüência (v. 10,11). A disputa entre saduceus e fariseus no conselho foi tão intensa que o pagão Lísias teve de resgatar o seu prisioneiro usando as forças armadas (v. 10). Paulo deve ter se sentido física e espiritualmente esgotado aquela noite, e recebeu um consolo especial do seu Senhor (v. 11). Observe que não há um mínimo sinal de censura, mas: (a) o encorajamento do Senhor de todo o conforto; (b) a ratificação do testemunho em Jerusalém, apesar de toda a turbulência; (c) a confirmação do propósito de que Paulo deveria testemunhar em Roma, com igual fidelidade e eficácia.

    5) De Jerusalém para Cesaréia (23:12-35)

    Mais um livramento (v. 12-24). Soluções ilegais e violentas de disputas interpartidárias estavam se tornando freqüentes em Jerusalém, à medida que se aproximava a época da “árvore seca” (Lc 23:31), e a conspiração dos 40 assassinos fanáticos é típica da época. Eles podiam contar com a cooperação de pelo menos um restante do Sinédrio (v. 12-15). Dessa vez, o livramento de Deus não foi efetuado pela intervenção de um anjo como em 12:6-10, mas por meio do sobrinho de Paulo. O seu testemunho tinha abençoado alguns dos seus parentes (Rm 16:7), apesar da provável ruptura com a família (Fp 3:8), e gostaríamos de pensar que a sua irmã era cristã (v.

    16). O enigma é como esse jovem poderia descobrir a conspiração se fosse suspeito de simpatizar com os cristãos, ou por que correria o risco de avisar o seu tio se ele estava associado aos judeus fanáticos. O segredo não é revelado, e Deus organizou as circunstâncias na sua providência. A história dos v. 1622 é detalhada e vívida, revelando a presença e capacidade de observação de Lucas, embora não se identifique. O testemunho do sobrinho confirmou a convicção de Lísias de que a presença de Paulo em Jerusalém seria motivo de constantes distúrbios e que seria difícil proteger a vida desse cidadão romano fora da fortaleza. Ele decidiu, então, transferi-lo para Gesaréia para ser julgado pelo governador Félix. A sua estimativa da coragem e da violência dos judeus é revelada pelo tamanho da escolta até Antipátride: 200 soldados fortemente armados, 200 soldados levemente armados e 70 cavaleiros (v.
    23)! A expressão montarias para Paulo sugere a presença de amigos; talvez Lucas fosse um deles (v. 24).

    A carta de Lísias (v. 25-30). A forma inteligente em que os eventos referentes ao aprisionamento de Paulo são resumidos — com uma inclinação dos fatos a favor do tribuno (v. 27) — é evidente. A adequação psicológica da comunicação é evidência de que o historiador tinha conhecimento de primeira mão, embora não saibamos como o conseguiu. Lucas tinha um bom olho para documentos relevantes!
    Gesaréia (v. 31-35). Gesaréia era a capital da província e devia muito ao planejamento e aos projetos de construção de Herodes, o Grande. Antipátride ficava a 40 quilômetros de Cesaréia e estava além da esfera de ação da multidão fanática de Jerusalém, de forma que os soldados de infantaria retornaram, deixando que a cavalaria escoltasse o prisioneiro até a capital. Félix tomou conhecimento da carta de Lísias e da chegada de Paulo, ordenando sua estada no pretório de Herodes até que os acusadores pudessem vir de Jerusalém. A posição de Paulo como cidadão romano foi respeitada.
    Antônio Félix não era um bom exemplo de governador romano; ele devia sua posição à influência de seu irmão Palas, um dos favoritos de Cláudio e um liberto, ligado à mãe do imperador, Antônia. Ele havia lidado de forma dura com bandidos, mas tinha suscitado oposição ampla em virtude de sua violência e prática de corrupção. Tácito observa que ele “exercia o poder de um príncipe com a mentalidade de um escravo”. A sua terceira esposa, Drusila, era filha de Herodes Agripa I.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 4 até o 5

    4, 5. Quando Paulo foi repreendido por falar em tão fortes termos com o sumo sacerdote de Deus, desculpou-se, dizendo que não sabia que este homem é o sumo sacerdote. Nenhuma explicação foi dada quanto ao por quê Paulo não reconheceu o sumo sacerdote, o qual costumava dirigir as reuniões regulares do Sinédrio e portanto era facilmente identificável. Possivelmente não era uma sessão regular do Sinédrio e o sumo sacerdote portanto não estava ocupando a sua posição costumeira nem usando suas roupas oficiais. Possivelmente Paulo não viu de quem viera a ordem para esbofeteá-lo. Alguns acham que suas palavras continham ironia e que Paulo quis dizer que não achava que um homem que agisse assim pudesse ser o sumo sacerdote.


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Atos Capítulo 23 versículo 5
    At 23:5 - Paulo mentiu quando disse que não conhecia o sumo sacerdote?


    PROBLEMA:
    O sumo sacerdote Ananias deu ordem que batessem na boca de Paulo. O apóstolo censurou-o por ter agido assim, e aqueles que estavam por perto condenaram Paulo por injuriar o sumo sacerdote. Paulo respondeu declarando "Não sabia... que ele é sumo sacerdote" (At 23:5). Mas isto seria altamente improvável, já que o próprio Paulo era um membro do sinédrio judeu e trabalhava junto com ele antes de sua conversão (At 9:1-3).

    SOLUÇÃO: Há várias posições diante desta passagem. Alguns sugerem que é possível que Paulo não conhecesse o sumo sacerdote pessoalmente, mesmo tendo sido antes um membro do conselho judeu. Outros alegam que Paulo talvez tivesse uma visão sofrível (quem sabe o seu "espinho no carne") e assim não teria podido reconhecê-lo. Outros ainda crêem que Paulo teria mentido para livrar-se de uma má situação, já que os apóstolos também estavam sujeitos ao pecado (Gl 2:11-13). Neste caso, Atos estaria simplesmente dando-nos um relato fiel do pecado de Paulo.

    Parece ser mais plausível, entretanto, considerar a afirmação de Paulo como sarcástica, mas não falsa. Neste caso, a sua afirmação "Não sabia ... que ele é sumo sacerdote" poderia ser parafraseada mais ou menos assim: "Este é o sumo sacerdote da Lei de Deus? Como é que eu poderia saber isso se, contrariamente à Lei, ele mandou que me batessem?!"


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35
    At 23:2

    Tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência (At 23:1). Cfr. Fp 3:6. O sumo sacerdote Ananias (2). Este era filho de Nedebeu, político notoriamente inescrupuloso e avarento, e foi Sumo Sacerdote de 47 a 58 A.D. Deus há de ferir-te (3). Alguns viram o cumprimento destas palavras no assassínio de Ananias, em 66, por revoltosos nacionalistas. Contra a lei (3). A lei judaica presumia a inocência de alguém enquanto não fosse provada sua culpa. Não sabia... que ele é sumo sacerdote (5). "Não pensava que um homem que fala como este pudesse ser Sumo Sacerdote" -teria sido esse o sentido das palavras de Paulo? Não falarás mal de uma autoridade do teu povo (5). Citação de Êx 22:28. No tocante à esperança e à ressurreição dos mortos sou julgado (6). A ressurreição de Cristo, fundamento da esperança de Israel, segundo Paulo a considerava, ocupava lugar central no evangelho que ele pregava. Os saduceus declaram não haver ressurreição (8). Cfr. Mc 12:18 e passagens paralelas. Nem anjo, nem espírito (8). "O que eles rejeitavam era o desdobramento da doutrina dos dois reinos, com as respectivas hierarquias dos bons e dos maus espíritos" (T. W. Manson). Os fariseus admitem todas estas coisas (8), isto é, a ressurreição, os anjos e os espíritos.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35

    A confrontação

    E Paulo, olhando fixamente para o Conselho, disse: "Irmãos, eu vivi minha vida com um perfeitamente boa consciência diante de Deus até o dia de hoje." ( 23: 1 )

    Nunca um a ser intimidados ou se afastar um confronto, Paulo ficou por um momento olhando atentamente para o Conselho , antes de começar a falar. Olhando atentamente é de atenizō , que significa "para contemplar", "fixar os olhos no", ou "a olhar." Alguns viram isso como mais uma prova da má visão de Paulo; outros sugerem que ele estava olhando para ver quem podia reconhecer. Mas, mais importante, o olhar de Paulo foi um dos integridade consciente. Ele sabia que era inocente de qualquer delito, e ele tinha total confiança de que Deus estava com ele. Por causa disso, ele não se acovarda ou culpa.

    Paulo começou por abordá-los, surpreendentemente, como "irmãos" (o texto grego diz "homens, irmãos"). A maneira usual de se abordar o Sinédrio era "governantes e os anciãos do povo" ( At 4:8 ). Alguns podem ter sido alunos de Gamaliel junto com ele. Certamente muitos eram companheiros fariseus. Ele certamente trabalhou com alguns deles para erradicar a igreja cristã.Toda essa familiaridade com o Sinédrio o levou a abordá-los como iguais.

    Ainda mais desconcertante para o Sinédrio era audaz afirmação de Paulo "Eu vivi minha vida com um perfeitamente boa consciência diante de Deus até o dia de hoje." Como aqueles que o conheciam poderia atestar, de sempre ter sido motivado por um desejo de agradar a Deus (cf . 24:16 ; . Gl 1:14 ; . Fp 3:6. ). Mas ele faz isso com base apenas nos mais altos padrões de moralidade e conduta percebidos por esse indivíduo. É, portanto, nem a voz de Deus, nem infalível. Uma consciência Mal por verdade bíblica não necessariamente passar julgamentos precisos (cf. 1Co 4:4 ), uma consciência ferida ( 1Co 8:12. ), uma consciência contaminaram ( Tt 1:15 ), má consciência ( He 10:22. ) e, o pior de tudo, uma consciência cauterizada ( 1Tm 4:2. , 1Tm 1:19 ; He 13:18. ; 1Pe 3:16. , 1Pe 3:21 , uma consciência irrepreensível () At 24:16 ), e uma clara consciência ( 1Tm 3:9. ; He 10:22 ). Consciências dos cristãos, informados pelos padrões da Palavra de Deus, é capaz de avaliar com precisão suas ações. Os cristãos, portanto, precisam de reforçar as suas consciências constantemente expondo-os às verdades da Escritura. Paulo tinha uma tal consciência plena e justamente informado, e ele não estava acusando. (Para um estudo bíblico da consciência, ver John Macarthur, O Vanishing Conscience . [Dallas: Palavra, 1994)]

    O Conflito

    E o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca. Então Paulo disse-lhe: "Deus vai atacar você, parede caiada! E você sentar para me tentar de acordo com a Lei, e em violação da lei de ordem que eu seja ferido?" Mas os transeuntes disse: "Você ultrajar o sumo sacerdote de Deus?" E Paulo disse: "Eu não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está escrito: 'Você não deve falar mal de um governante de seu povo.'" ( 23: 2-5 )

    Indignado com afirmação ousada de Paulo de uma boa consciência, o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca. Ananias, filho de Nedebaeus, não deve ser confundido com o ex-sumo sacerdote Anás ( Lc 3:2 ).

    Enfurecida com violação ultrajante do Ananias da lei judaica, Paulo respondeu: "Deus vai atacar você, você caiada parede!" Ele pode ter se lembrado castigation dos fariseus de Jesus como "sepulcros caiados" ( Mt 23:27 ). A alusão mais provável, porém, é a denúncia de Ezequiel, dos falsos profetas, como paredes rebocadas por cima com cal, condenado a cair no dilúvio do julgamento divino ( 13 10:26-13:16'>Ez. 13 10:16 ).

    Uma vez que Paulo não tinha sequer sido formalmente acusado de um crime, muito menos condenado por um, ele não poderia legalmente ser derrotado. Ele furiosamente repreendido Ananias, pedindo-lhe,"você se sentar para me tentar de acordo com a Lei, e em violação da lei de ordem que eu seja ferido?" Paulo foi mais indignado com o desrespeito da lei do que com a dor infligida pela fundir-se.

    Alguns se perguntam como harmonizar linguagem forte de Paulo com sua declaração aos Coríntios que "quando somos injuriados, bendizemos" ( 1Co 4:12 ). Eles apontam, em contrapartida, a exemplo de Jesus, que "ao ser insultado, não revidava; enquanto que sofrem, não fazia ameaças" ( 1Pe 2:23. ). Quando Jesus foi atingido em violação da lei, Ele apenas perguntou: "Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se bem, por que me feres?" ( Jo 18:23 ).

    A resposta é, obviamente, que Paulo não era Jesus. Jesus era o Filho de Deus sem pecado. Paulo, enquanto que, sem dúvida, o homem mais piedosos que já viveu, ainda era um pecador. Ele descreveu vividamente a sua batalha com o pecado interior em Rm 7:1 , quando os judeus insultado e ridicularizado o cego a quem Jesus havia curado. Paulo usou em 1Co 4:12 para descrever o oposto de bênção. Pedro usou para descrever o abuso contra Jesus ( 1Pe 2:23 ). A forma substantiva aparece duas vezes no Novo Testamento, ambas as vezes em listas de vícios que caracterizam os incrédulos ( 1Co 5:11. ; 1Co 6:10 ). A forma adjetiva também aparece duas vezes no Novo Testamento. Primeira Timóteo 5:14 descreve injuriando como uma atividade de Satanás, enquanto 1Pe 3:9 ). "O sumo sacerdote está diante de Deus a abusar dele, especialmente no exercício de sua função, é uma blasfêmia." (H. Hanse, "loidoreō ", em Gerhard Kittel, ed,. Dicionário Teológico do Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1967], 4: 293-94).

    Sendo o homem humilde que ele era, Paulo imediatamente reconheceu o seu erro, exclamando: "Eu não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; '. Você não deve falar mal de um governante de seu povo", pois está escrito: " Ele ofereceu apenas a desculpa da ignorância para a sua explosão, embora tenha sido provocada por ilegalmente ordenando-lhe que ser golpeado do sumo sacerdote. Ele rapidamente admitiu que ele havia violado proibição expressa de Deus contra caluniar uma régua ( Ex 22:28 ). Ele ainda citou a passagem, para mostrar seu respeito e submissão à Palavra de Deus. A reação de Paulo era a de um cristão maduro. Ele viu seu pecado em relação a como Deus santo era, não o quão ruim, o sumo sacerdote. E quando ele percebeu seu pecado, ele imediatamente confessou-lo e apresentado à autoridade das Escrituras. Os cristãos que, assim, lidar com o pecado em suas vidas vai salvar-se muito castigo (cf. 1Co 11:31 ).

    Os céticos têm encontrado incrível que Paulo não reconheceria o sumo sacerdote. Várias explicações de suas palavras "Eu não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote" têm sido oferecidos. Alguns vêem neles uma outra manifestação de má visão de Paulo, argumentando que ele não podia discernir quem falou. Outros sustentam que Paulo estava com tanta raiva que ele não parou para considerar a quem ele estava falando. Ainda outros acreditam Paulo falou ironicamente; desde Ananias não tinha agido como o sumo sacerdote, como deve Paulo teria reconhecido? Mas o mais simples, a explicação mais simples é levar as palavras de Paulo pelo valor de face. Desde que ele tinha raramente visitou Jerusalém nos últimos anos, ele provavelmente não sabia Ananias pela vista. Que esta não era uma convocação formal do Sinédrio, mas um encontro informal em algum lugar fora Fort Antonia, oferece mais apoio para este ponto de vista. Paulo teria reconhecido o sumo sacerdote que tinha sido vestindo seus altos vestes sacerdotais e sentado em sua sede oficial.

    Qualquer que seja a explicação para o seu fracasso em reconhecer o sumo sacerdote, Paulo não oferecê-lo como uma desculpa. Ao admitir o seu erro, Paulo aceitou a responsabilidade por suas palavras. Tal atitude humilde, não defensiva é a marca de um crente espiritual.

    A Conquest

    Mas percebendo que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, Paulo começou a chorar no Conselho: "Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu; estou sendo julgado por causa da esperança e ressurreição dos mortos!" E, como ele disse isto, houve dissensão entre os fariseus e saduceus; e o conjunto foi dividido. Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem todos eles. E levantou-se um grande alvoroço; e alguns dos escribas do partido dos fariseus se levantaram e começaram a discutir acalorAdãoente, dizendo: "Nós não encontrar nada de errado com este homem;? suponha que um espírito ou anjo lhe falou" E como um grande dissensão estava desenvolvendo, o comandante estava com medo Paulo seria despedaçado por eles e ordenou que as tropas de ir para baixo e levá-lo para longe deles pela força, e trazê-lo para o quartel. ( 23: 6-10 )

    Confronto de Paulo com o sumo sacerdote o convenceu de que ele não receberia um julgamento justo a partir do Sinédrio. Assim, percebendo que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, Paulo começou a chorar no Conselho: "Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu; estou sendo julgado por causa da esperança e ressurreição dos mortos!" Como anteriormente observou, duas principais facções religiosas dominaram o Sinédrio: os saduceus e os . fariseus Essas duas facções eram socialmente, politicamente e teologicamente em desacordo com o outro.

    Sendo ele próprio filho de fariseus, Paulo apelou a eles para apoio. Ele gritou: "Estou sendo julgado por causa da esperança e ressurreição dos mortos!" A ressurreição de Jesus Cristo é a verdade central do cristianismo. Paulo afirmou que a questão era sua crença e de D.C que a verdade (cf. 24:21 ). A crença na ressurreição era comumente realizada pelos cristãos e fariseus contra os saduceus.

    O apelo de Paulo espalharam em chamas as fumegantes tensões teológicas entre os saduceus e fariseus. Lucas observa que quando ele disse isso houve dissensão entre os fariseus e saduceus; . e o conjunto foi dividido Para o benefício de seus leitores que desconheciam as distinções entre os dois grupos, Lucas resume-los brevemente. Os saduceus, explica ele, dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem todos eles. Os saduceus aceito apenas o Pentateuco como autoritário. Eles rejeitaram qualquer conceito de vida após a morte (cf. Mt 22:1 )

    Mais tarde, em II Coríntios, Paulo pôde escrever que ele era cheio de conforto ( 7: 4 ), porque Deus conforta o deprimido ( 7: 6 ).

    O Senhor também elogiou Paulo, lembrando-o de ter testemunhado solenemente a Minha causa em Jerusalém. Paulo tinha completado com sucesso a tarefa que o Senhor lhe tinha dado naquela cidade.

    Finalmente, o Senhor deu Paulo esperança. Ele prometeu-lhe que a sua vida não terminaria em Jerusalém, mas que ele seria concedido o seu desejo ( Rom. 1: 9-11 ; Rm 15:23 ), para testemunhar também em Roma. Essa promessa graciosa sustentada Paulo durante as muitas provações ele iria aguentar antes de chegar lá.

    47. Proteção Providencial ( Atos 23:12-35 )

    E, quando já era dia, os judeus formaram uma conspiração e amarraram-se sob juramento, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. E havia mais de quarenta os que formaram esta trama. E vieram ter com os principais sacerdotes e os anciãos, e disse: "Nós mesmos temos vinculado sob um juramento solene a nada provarmos até que matemos a Paulo. Agora, portanto, você e ao Conselho notificar o comandante para derrubá-lo para você, como se estivesse indo para determinar o seu caso por uma investigação mais aprofundada, e nós, pela nossa parte estamos prontos para matá-lo antes que ele chegue ao lugar ". Mas o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido de sua emboscada, e ele veio e entrou no quartel e disse Paulo. E Paulo chamou um dos centuriões para ele e disse: "Conduza este moço ao comandante, porque tem alguma coisa que lhe comunicar." Assim, tomando-o e levou-o ao comandante e disse: "O preso Paulo, chamou-me a ele e me pediu para levar este jovem a você uma vez que ele tem algo a lhe dizer." E o comandante tomou-o pela mão e andando de lado, começou a inquiri-lhe em particular: "O que é que você tem que reportar a mim?" E ele disse: "Os judeus concordaram em pedir-lhe para trazer Paulo para baixo amanhã ao Conselho, como se estivessem indo para saber um pouco mais a fundo sobre ele. Portanto, não ouvi-los, por mais de quarenta deles estão mentindo em esperar por ele os quais juraram sob pena de maldição a não comer nem beber até que eles matá-lo, e agora eles estão prontos e esperando a promessa de você ". Por isso, o comandante deixou o jovem ir, instruindo-o, "Não diga a ninguém que você me notificado dessas coisas." E ele o chamou dois dos centuriões, disse: "Levanta duzentos soldados prontos até a terceira hora da noite para avançar para Cesaréia, com setenta cavaleiros e duzentos lanceiros". Eles também foram para fornecer montagens de colocar Paulo on e trazê-lo em segurança ao governador Félix. E ele escreveu uma carta com esta forma:
    "Cláudio Lísias, ao excelentíssimo governador Félix, saudações. Quando este homem foi preso pelos judeus e estava prestes a ser morto por eles, deparei-me com eles com as tropas e livrei ao saber que era romano. E querer conhecer a carga para a qual foram acusando-o, eu o trouxe para baixo a seu Conselho, e eu achei que ele fosse acusado sobre questões sobre a sua Lei, mas sob nenhuma acusação digna de morte ou prisão E quando fui informado que não iria. ser uma conspiração contra o homem, eu o mandei para você de uma vez, também instruindo seus acusadores para trazer acusações contra ele antes de você. "

    Então os soldados, de acordo com as suas ordens, tomando a Paulo, o levaram de noite a Antipátride. Mas no dia seguinte, deixando aos de cavalo irem com ele, voltaram para o quartel. E quando estes vieram a Cesaréia e entregaram a carta ao governador, eles também apresentaram Paulo para ele. E quando ele tinha lê-lo, ele perguntou de que província ele era; e quando soube que era da Cilícia, disse: "Eu vou dar-lhe uma audiência depois que seus acusadores chegar também", dando ordens para que ele fosse mantido no pretório de Herodes. ( 23: 12-35 )

    Essa passagem encontra Paulo em circunstâncias difíceis. Ele foi acusado falsamente, espancados, detidos, presos, e conspiraram contra. No entanto, Deus vai livrá-lo-não por um milagre sobrenatural, mas pela Sua ordenação providencial de circunstâncias.
    A situação de Paulo de perto assemelha a de um outro homem de Deus, Davi. Ele, também, foi tratado de forma injusta e conspiraram contra-só para experimentar repetidamente libertação providencial de Deus.

    Davi aparece pela primeira vez no registro bíblico em I Samuel 16 , quando ele foi ungido rei em lugar de Saul o desobediente. Muitos anos iria decorrer, no entanto, antes que ele começou a sua regra.Durante grande parte desse tempo Davi era um fora da lei caçado, perseguido pelo rei ciúme doentio que ele havia servido lealmente.

    Associação de Davi com Saul começou quando ele foi providencialmente escolhido como músico da corte ( 1 Sam. 16: 14-18 ). Sua harpa hábil trouxe conforto ao rei atormentado. Como resultado, Saul amava Davi muito e fez dele seu escudeiro ( 1Sm 16:21 ). Logo depois, Davi resgatado Saul e Israel de seus inimigos perenes os filisteus. Sem medo de aceitar o desafio de seu campeão, o gigante Golias, Davi matou em combate singular ( 1 Sam. 17: 17-51 ). Os filisteus consternados foram então encaminhados pelos israelitas ( 1Sm 17:52 ). Saul recompensado Davi, fazendo-o comandante do exército ( 18: 5 ).

    Mas a admiração de Saul para Davi logo se transformou em desconfiança e ciúme quando Davi recebeu aclamação maior do que ele fez ( 1 Sam. 18: 6-9 ). Para o resto de sua vida, Saul procurou, sem sucesso, para matá-lo. Depois de não conseguir matá-lo pessoalmente ( 1 Sam. 18: 10-11 ), Saul rebaixado ele eo baniu do palácio. Ele esperava que Davi iria morrer em batalha contra os filisteus ( 1Sm 18:17 , 1Sm 18:21 ), mas habilidade e triunfo de Davi na batalha ele ganhou ainda mais alto estima ( 1Sm 18:30 ).

    Saul então ordenou aos seus servos para matar Davi ( 1Sm 19:1 ) (, sua filha Mical . 1 Sam 19:11-17 ), e seu mentor Samuel ( 1 Sam. 19: 18-24 ) salvou a vida de Davi. Mas a partir de então até a morte de Saul na batalha contra os filisteus, Davi era um fugitivo caçado. Durante todo esse período difícil e perigosa, Davi permaneceu fiel a Saul ( 1Sm 24:2. , 24 —28 ; 28: 1-2 ; 29: 1-11 ).

    A morte de Saul não terminou problemas de Davi. As tribos do norte o rejeitou como rei em favor do filho Isbosete de Saul ( 2 Sam. 2: 8-9 ). Foram necessários vários anos de guerra civil para Davi para unir a nação inteira sob seu domínio. E mesmo depois de sua ascensão ao trono, ele enfrentou outras dificuldades graves. No traição mais comovente, seu filho Absalão liderou uma revolta contra ele em que seu conselheiro confiável, Aitofel, e seu sobrinho Amasa estavam envolvidos. Mal que revolta foi colocado para baixo do que o outro quebrou out ( 2Sm 20:1 )

    Esse salmo expressou confiança de Davi em cuidado de Deus para ele, apesar da opressão agressiva dos homens. Paulo também tinha experimentado recentemente circunstâncias difíceis. Sua tentativa de conciliar os judeus cristãos em Jerusalém ( 21: 20ff .) tinha terminado em um motim e um em que ele quase foi morto. Sua tentativa de se defender diante de uma multidão enfurecida que lhe prenderam no templo também terminou em um motim ( 21: 27ff .). Sua aparição antes da mais alta corte judaica havia terminado em caos. E, apesar de acusado de nenhum crime, Paulo permaneceu sob a custódia dos romanos.

    Como ele tinha em tempos passados ​​de desânimo ( 18: 9 ; 22: 17-21 ), o próprio Senhor apareceu a Paulo ( 23:11 ) para consolá-lo, elogiá-lo e dar-lhe esperança. Ele prometeu a Paulo que ele não seria morto em Jerusalém, mas viveria para testemunhar um dia em Roma. O Senhor fortaleceu ainda mais a esperança de Paulo em que a promessa pela providencial entregando-o a partir de um complô para assassiná-lo.

    Esta passagem narrativa não contém verdades doutrinárias ou exortações práticas; ela apenas relata um acontecimento na vida de Paulo. No entanto, nenhuma passagem da Escritura poderia ilustrar de forma mais clara a providência de Deus.

    A providência de Deus é o Seu controle soberano sobre e ordenação de circunstâncias naturais para realizar a Sua vontade. Ele também é ilustrado claramente no Antigo Testamento, no livro de Ester, onde Deus providencialmente protegidos Seu povo, Israel, de seus inimigos destrutivos. A providência de Deus está por trás dessas passagens familiares e reconfortante como Filipenses 4:5-7 ; He 13:6 .

    Dramática libertação de Deus, providencial de Paulo se desenrola em três cenas: o enredo formulado, descobriu, e frustrado.

    A trama Formulado

    E, quando já era dia, os judeus formaram uma conspiração e amarraram-se sob juramento, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. E havia mais de quarenta os que formaram esta trama. E vieram ter com os principais sacerdotes e os anciãos, e disse: "Nós mesmos temos vinculado sob um juramento solene a nada provarmos até que matemos a Paulo. Agora, portanto, você e ao Conselho notificar o comandante para derrubá-lo para você, como se estivesse indo para determinar o seu caso por uma investigação mais aprofundada, e nós, pela nossa parte estamos prontos para matá-lo antes que ele chegue ao lugar ". ( 23: 12-15 )

    dia após o aparecimento de Paulo perante o Sinédrio, alguns judeus, frustrados ao ver Paulo escapar com vida, formulou um plano para assassiná-lo. Eles amarraram-se sob juramento, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. Esse juramento mostrou a seriedade das suas intenções. O texto grego diz: "Eles anatematizou si mesmos" (cf. Gl 1:8 ), invocando, assim, o julgamento divino, se eles não conseguiram realizar o seu juramento. Eles provavelmente falou palavras para o efeito de "Que Deus fazê-lo para nós e mais se comer ou beber qualquer coisa até que Paulo está morto" (cf. 1Sm 14:44. ; 2Sm 3:352Sm 3:35. ; 2Sm 19:13 ; 1Rs 2:231Rs 2:23 ; 2Rs 6:312Rs 6:31 ).

    A cena é tragicamente que lembra a morte de Jesus. Jesus e Paulo eram judeus, os pregadores do evangelho para o seu povo, e culpado de nenhum crime. No entanto, ambos foram desenhados contra, ambos estavam diante de um Sinédrio confuso, e ambos foram presos em Fort Antonia. Paulo verdadeiramente compartilhada na "comunhão dos seus sofrimentos" ( Fp 3:10. ; cf. Gl 6:17. ).

    Por que os judeus reagem com hostilidade violenta para alguém que não havia cometido nenhum delito contra a lei judaica, que os amava, e que proclamou a eles a salvação através do Messias, Jesus Cristo?Paulo deu a resposta em 2Co 4:4 , 7-9 ). Ele continuou no jardim, quando ele tentou Adão e Eva. Sua desobediência então levou a raça humana em pecado.Determinado a frustrar o plano redentor de Deus (cf. Gn 3:15 ), Satanás tentou em vão destruir a nação de Messias, sua linha, e, finalmente, próprio Messias. Mas ele estava completamente derrotado por obra salvadora de Cristo na cruz e ressurreição triunfante. Desde então, ele tem trabalhado para calar os pregadores do evangelho. Os conspiradores foram enganados por Satanás, dispostos a ser usado para abafar o evangelho salvador, matando o pregador cristão mais eficaz.

    Lucas relata que havia mais de quarenta que formou este enredo. Eles sabiam que não podiam depender dos romanos para executar Paulo, já que não houve crime capital com o qual a acusá-lo. Nem eles ousam arriscar outro discurso de Paulo, temendo que ele poderia influenciar a opinião pública a seu lado. Por isso, eles decidiram tomar o assunto em suas próprias mãos. Mais de quarenta homens eram necessários, porque Paulo seria fortemente guardado por soldados romanos. Que muitos dos conspiradores, sem dúvida, ser morto durante o tumulto fala de seu fanatismo (cf. Jo 16:2 , At 9:29 ; At 20:3 ), Paulo imediatamente chamou um dos centuriões para ele e disse: "Conduza este moço ao comandante, porque tem alguma coisa para relatar a ele ".

    O centurião levou o sobrinho de Paulo e levou-o ao comandante e disse: "O preso Paulo (cf. Ef 3:1 ; 2Co 1:182Co 1:18. ; 2Ts 3:3 Ts 3: 3. ). O primeiro passo nessa direção ocorreu um dia após a promessa de Deus para trazer Paulo a Roma. Ele também mostrou Seu cuidado por Paulo soberanamente proporcionando uma viagem segura e confortável para Cesaréia e proporcionando o melhor de acomodações quando ele chegou lá. Paulo experimentou a verdade expressa por Pedro: "Lançando toda a sua ansiedade sobre Ele, porque Ele tem cuidado de vós" ( 1 Ped. 5: 7 ).


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Atos Capítulo 23 do versículo 1 até o 35

    Atos 23

    A estratégia de Paulo — At 23:1-10

    Na conduta de Paulo perante o Sinédrio encontramos certa audácia temerária; agiu como um homem que estava queimando todas as suas possibilidades e sabia. Até o começo foi um desafio. Irmãos, diz, e com esta palavra fica em pé de igualdade com o tribunal; porque a maneira formal de dirigir-se ao Sinédrio era a seguinte: "Príncipes do povo e anciãos de Israel".

    Quando o sumo sacerdote ordenou golpear a Paulo ele mesmo estava transgredindo a Lei. Esta dizia: "Aquele que bate num israelita na bochecha, está golpeando a glória de Deus". "Aquele que bate num homem está batendo no Santo". De modo que Paulo reage chamando-o parede branqueada. Se um israelita tocasse um cadáver incorria em impureza cerimoniosa; portanto era costume branquear as tumbas para que ninguém as tocasse por equívoco.

    De modo que Paulo em efeito está chamando o sumo sacerdote tumba branqueada. Em realidade se considerava um crime insultar a um dos príncipes do povo (Ex 22:28). Paulo sabia perfeitamente bem que Ananias era o sumo sacerdote. Mas este Ananias era um personagem notório. Era-o por ser glutão, estelionatário, ladrão, voraz e traidor a serviço dos romanos. Em realidade a resposta de Paulo foi a seguinte: "Esse homem que se senta ali, jamais imaginei que tal homem podia ser o sumo sacerdote de Israel".

    E depois Paulo disse algo que sabia que causaria uma comoção no Sinédrio. Neste tribunal havia fariseus e saduceus. Estes tinham crenças opostas. Os fariseus criam nas minúcias da Lei oral; os saduceus só aceitavam a Lei escrita. Os fariseus criam no destino e na predestinação; os saduceus no livre-arbítrio. Os fariseus criam em anjos e espíritos; os saduceus não. E acima de tudo, os fariseus criam na ressurreição dos mortos; e os saduceus não. De modo que Paulo sustenta ser um fariseu e que é julgado por sua esperança da ressurreição dos mortos. O resultado foi que o Sinédrio se dividiu; e durante a violenta e destruidora discussão que prosseguiu, Paulo quase perde a vida. Para salvá-lo o comandante teve que levá-lo novamente aos quartéis. Se Paulo tiver que desaparecer, ele o fará lutando até o fim.

    DESCOBRE-SE UMA CONSPIRAÇÃO

    Atos 23:11-24

    Aqui vemos duas coisas. Primeiro, observamos até onde podiam chegar os judeus para eliminar a Paulo. Sob certas circunstâncias os judeus consideravam justificável o assassinato. Se um homem se convertia em um perigo público para a moral e a vida, consideravam que era legítimo eliminá-lo como pudessem. De modo que quarenta homens fizeram uma promessa. Seu voto se chamava querem. Quando um homem se comprometia a ele dizia: "Que Deus me amaldiçoe se fracasso nisto". Estes homens prometeram não comer nem beber e ficar sob a maldição de Deus até assassinarem a Paulo. Mas felizmente este plano foi descoberto graças à ação do sobrinho de Paulo.

    Segundo, vemos até onde está disposto a chegar o governo romano para administrar uma justiça imparcial. Paulo era um prisioneiro; era um homem acusado de determinada coisa; mas era um cidadão romano e portanto o comandante mobilizou um pequeno exército para que levassem a Paulo a salvo a Cesaréia, onde seria julgado por Félix. É estranho observar como o ódio histérico e fanático dos judeus — os escolhidos de Deus — contrasta com a justiça fria e imparcial do comandante romano e pagão aos olhos dos judeus.

    A CARTA DO CAPITÃO

    Atos 23:25-35

    A sede do governo romano não estava em Jerusalém a não ser em Cesaréia. O Pretório era a residência do governador; e o pretório de Cesaréia era um palácio construído por Herodes, o Grande. De modo que Cláudio Lísias escreveu esta carta, mais uma vez absolutamente justo e completamente imparcial, e partiu a comitiva. De Jerusalém a Cesaréia havia mais de noventa quilômetros; Antipátride estava a uns trinta e oito quilômetros de Cesaréia. Até Antipátride a região era muito perigosa e estava habitada por judeus; mais adiante a região era aberta e plaina, muito pouco apropriada para emboscadas e estava habitada em grande parte por gentios. De modo que em Antipátride o corpo principal das tropas retornou e só ficou a cavalaria como escolta suficiente.

    O nome do governador romano perante o qual Paulo devia apresentar-se era Félix, e esse nome se converteu em um apelido. Por cinco anos governou a Judéia e dois anos antes foi destinado a Samaria; faltavam ainda dois anos para deixar o seu posto. Nasceu escravo. Seu irmão, Palas, era favorito de Nero. Por seu influência, Félix veio a ser em primeiro lugar liberto, e depois governador. Era o primeiro escravo na história que tinha chegado a ser governador de uma província romana.

    Tácito, o historiador romano, disse a respeito dele: "Exercia os privilégios de um rei com o espírito de um escravo". Casou-se com três princesas sucessivamente. Não se conhece o nome da primeira; a segunda era neta do Antônio e Cleópatra; a terceira era Drusila, a filha de Herodes Agripa I. Era completamente inescrupuloso e capaz de alugar valentões para assassinar a seus partidários mais próximos. Esta era a pessoa que Paulo teria que enfrentar em Cesaréia.


    Dicionário

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Era

    substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
    Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
    Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
    Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
    expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
    Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
    Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

    outro

    Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

    Erã

    Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


    Escrito

    substantivo masculino Qualquer coisa escrita.
    Ato, convenção escrita: entre pessoas honradas, a palavra dada vale por um escrito, por uma obrigação escrita.
    substantivo masculino plural Obra literária: os escritos de Voltaire.

    Irmãos

    -

    Mal

    substantivo masculino Contrário ao bem; que prejudica ou machuca: vivia desejando o mal aos outros; a falta de segurança é um mal que está presente em grandes cidades.
    Modo de agir ruim: o mal não dura muito.
    Aquilo que causa prejuízo: as pragas fazem mal à plantação.
    Tragédia: os males causaram destruição na favela.
    Doença: padece de um mal sem cura.
    Dor ou mágoa: os males da paixão.
    Sem perfeição: seu mal era ser mentiroso.
    Reprovável; contrário ao bem, à virtude ou à honra: escolheu o mal.
    Religião Designação para personificar o Diabo, geralmente usada em maiúsculas.
    advérbio Sem regularidade; que se distancia do esperado: a segurança pública se desenvolve mal.
    De um modo incompleto; sem perfeição: escreveu mal aquele texto.
    Insatisfatoriamente; de uma maneira que não satisfaz por completo; sem satisfação.
    Erradamente; de uma maneira errada: o professor ensinou-nos mal.
    Defeituosamente; de uma maneira inadequada: o portão estava mal colocado.
    Incompletamente; de um modo incompleto; não suficiente: mal curado.
    Pouco; que uma maneira inexpressiva: mal comentou sobre o acontecido.
    Rudemente; de uma maneira indelicada e rude: falou mal com a mãe.
    Cruelmente; de um modo cruel; sem piedade: trata mal os gatinhos.
    Que se opõe à virtude e à ética; sem moral: comportou-se mal.
    Em que há ofensa ou calúnia: sempre falava mal da sogra.
    Que não se consegue comunicar claramente: o relacionamento está mal.
    Jamais; de maneira alguma: mal entendia o poder de sua inteligência.
    Que não possui boa saúde; sem saúde: seu filho estava muito mal.
    De uma maneira severa; que é implacável: os autores escreveram mal o prefácio.
    conjunção Que ocorre logo após; assim que: mal mudou de emprego, já foi mandado embora.
    Etimologia (origem da palavra mal). Do latim male.

    substantivo masculino Contrário ao bem; que prejudica ou machuca: vivia desejando o mal aos outros; a falta de segurança é um mal que está presente em grandes cidades.
    Modo de agir ruim: o mal não dura muito.
    Aquilo que causa prejuízo: as pragas fazem mal à plantação.
    Tragédia: os males causaram destruição na favela.
    Doença: padece de um mal sem cura.
    Dor ou mágoa: os males da paixão.
    Sem perfeição: seu mal era ser mentiroso.
    Reprovável; contrário ao bem, à virtude ou à honra: escolheu o mal.
    Religião Designação para personificar o Diabo, geralmente usada em maiúsculas.
    advérbio Sem regularidade; que se distancia do esperado: a segurança pública se desenvolve mal.
    De um modo incompleto; sem perfeição: escreveu mal aquele texto.
    Insatisfatoriamente; de uma maneira que não satisfaz por completo; sem satisfação.
    Erradamente; de uma maneira errada: o professor ensinou-nos mal.
    Defeituosamente; de uma maneira inadequada: o portão estava mal colocado.
    Incompletamente; de um modo incompleto; não suficiente: mal curado.
    Pouco; que uma maneira inexpressiva: mal comentou sobre o acontecido.
    Rudemente; de uma maneira indelicada e rude: falou mal com a mãe.
    Cruelmente; de um modo cruel; sem piedade: trata mal os gatinhos.
    Que se opõe à virtude e à ética; sem moral: comportou-se mal.
    Em que há ofensa ou calúnia: sempre falava mal da sogra.
    Que não se consegue comunicar claramente: o relacionamento está mal.
    Jamais; de maneira alguma: mal entendia o poder de sua inteligência.
    Que não possui boa saúde; sem saúde: seu filho estava muito mal.
    De uma maneira severa; que é implacável: os autores escreveram mal o prefácio.
    conjunção Que ocorre logo após; assim que: mal mudou de emprego, já foi mandado embora.
    Etimologia (origem da palavra mal). Do latim male.

    [...] O mal é a antítese do bem [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 7

    [...] o mal, tudo o que lhe é contrário [à Lei de Deus]. [...] Fazer o mal é infringi-la.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 630

    O mal é todo ato praticado pelas mãos, pelos pensamentos e pelas palavras, contrários às Leis de Deus, que venha prejudicar os outros e a nós mesmos. As conseqüências imediatas ou a longo prazo virão sempre, para reajustar, reeducar e reconciliar os Espíritos endividados, mas toda cobrança da Justiça Divina tem o seu tempo certo.
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

    [...] apenas um estado transitório, tanto no plano físico, no campo social, como na esfera espiritual.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O problema do mal

    [...] apenas a ignorância dessa realidade [do bem], ignorância que vai desaparecendo, paulatinamente, através do aprendizado em vidas sucessivas.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Os Espíritos podem retrogradar?

    [...] é a luta que se trava entre as potências inferiores da matéria e as potências superiores que constituem o ser pensante, o seu verdadeiro “eu”. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] O mal não é mais que um efeito de contraste; não tem existência própria. O mal é, para o bem, o que a sombra é para a luz. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] estado de inferioridade e de ignorância do ser em caminho de evolução. [...] O mal é a ausência do bem. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    O mal é a conseqüência da imperfeição humana. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    [...] é apenas o estado transitório do ser em via de evolução para o bem; o mal é a medida da inferioridade dos mundos e dos indivíduos [...].
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 18

    O mal é toda ação mental, física ou moral, que atinge a vida perturbando-a, ferindo-a, matando-a.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 34

    [...] é a treva, na qual um foco de luz tem mais realce. O mal é a transgressão às leis celestes e sociais. O mal é a força destruidora da harmonia universal: está em desencontro aos códigos celestiais e planetários; gera o crime, que é o seu efeito, e faz delinqüentes sobre os quais recaem sentenças incoercíveis, ainda que reparadoras.
    Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2

    M [...] é a prática de atos contrários às leis divinas e sociais, é o sentimento injusto e nocivo que impede a perfeição individual, afastando os seres das virtudes espirituais. [...]
    Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2

    O mal é a medida da inferioridade dos mundos e dos seres. [...] é conseqüência da imperfeição do Espírito, sendo a medida de seu estado íntimo, como Espírito.
    Referencia: GELEY, Gustave• O ser subconsciente: ensaio de síntese explicativa dos fenômenos obscuros de psicologia normal e anormal• Trad• de Gilberto Campista Guarino• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - Geley: Apóstolo da Ciência Cristã

    Perturbação em os fenômenos, desacordo entre os efeitos e a causa divina.
    Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 1, cap• 7

    [...] O mal é um incidente passageiro, logo absorvido no grande e imperturbável equilíbrio das leis cósmicas.
    Referencia: MARCUS, João (Hermínio C• Miranda)• Candeias na noite escura• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    O mal só existe porque ainda há Espíritos ignorantes de seus deveres morais. [...]
    Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A prece do coração amargurado

    [...] uma enfermação, uma degenerescência, um aviltamento do bem, sempre de natureza transitória. Ele surge da livre ação filiada à ignorância ou à viciação, e correspondente a uma amarga experiência no aprendizado ou no aprimoramento do espírito imortal. [...] O mal é a [...] deformação transitória [do bem], que sempre é reparada por quem lhe dá causa, rigorosamente de acordo com a lei de justiça, imanente na Criação Divina.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] é geratriz de desequilíbrios, frustrações e insuportável solidão.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 13

    [...] será sempre representado por aquela triste vocação do bem unicamente para nós mesmos, a expressar-se no egoísmo e na vaidade, na insensatez e no orgulho que nos assinalam a permanência nas linhas inferiores do espírito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7

    [...] significa sentença de interdição, constrangendo-nos a paradas mais ou menos difíceis de reajuste.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

    [...] é a estagnação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 35

    O mal que esparge, às mãos cheias. / Calúnias, golpes, labéus, / É benefício do mundo / Que ajuda a escalar os Céus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é sempre um círculo fechado sobre si mesmo, guardando temporariamente aqueles que o criaram, qual se fora um quisto de curta ou longa duração, a dissolver-se, por fim, no bem infinito, à medida que se reeducam as Inteligências que a ele se aglutinam e afeiçoam. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] O mal é como a fogueira. Se não encontra combustível, acaba por si mesma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 5a reunião

    [...] O mal é, simplesmente, o amor fora da Lei.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Amor

    O mal, em qualquer circunstância, é desarmonia à frente da Lei e todo desequilíbrio redunda em dificuldade e sofrimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 176

    O mal é o desperdício do tempo ou o emprego da energia em sentido contrário aos propósitos do Senhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1


    Mal
    1) Qualquer coisa que não está em harmonia com a ordem divina; aquilo que é moralmente errado; aquilo que prejudica ou fere a vida e a felicidade; aquilo que cria desordem no mundo (Gn 3:5); (Dt 9:18); (Rm 7:19). V. PECADO.
    2) Sofrimento (Lc 16:25). 3 Desgraça (Dn 9:13).

    4) Dano (Gn 31:52); crime (Mt 27:23).

    5) Calúnia (Mt

    Mal O oposto ao bem. Ao contrário de outras cosmovisões, não procede de Deus nem é um princípio necessário à constituição do cosmos. Origina-se no coração do homem (Mt 9:4; 12,34; 22,18; Mc 7:22; Lc 11:39), embora para ele contribuem também decisivamente Satanás e seus demônios (Mt 5:37; 12,45; 13 19:38; Lc 7:21; Jo 17:15). De ambas as circunstâncias provêm problemas físicos (Mt 15:22; Lc 16:25) e morais (Mt 22:18). Jesus venceu o mal (Mt 12:28) e orou ao Pai para que protegesse seus discípulos do mal (Jo 17:15).

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Paulo

    Paulo [Pequeno] - Nome romano de SAULO, APÓSTOLO dos GENTIOS, o maior vulto da Igreja primitiva (At 13:9). Israelita da tribo de Benjamim (Fp 3:5) e FARISEU (At 23:6), era cidadão romano por ter nascido em TARSO. Foi educado em Jerusalém aos pés de GAMALIEL (At 22:3); 26:4-5). De perseguidor dos cristãos (At 8:3), passou a ser pregador do evangelho, a partir de sua conversão (At 9). De Damasco foi à Arábia (Gl 1:17). Voltando para Damasco, teve de fugir (At 9:23-25). Em Jerusalém os cristãos tinham receio dele (At 9:26-28), mas Barnabé o levou aos apóstolos. Foi enviado a Tarso (At 9:30), e dali Barnabé o levou a Antioquia da Síria (At 11:19-30). Com vários companheiros Paulo realizou três viagens missionárias (Act 13—20). Em Jerusalém enfrentou a fúria dos opositores, indo parar em Cesaréia (At 21:17—23:) 35), onde compareceu perante Félix, Festo e Herodes Agripa II (Act 24—26). Tendo apelado para o Imperador, viajou para Roma, onde permaneceu preso durante 2 anos (At 27—28;
    v. os mapas das viagens missioná rias de Paulo: PRIMEIRA VIAGEM DE PAULO, SEGUNDA VIAGEM DE PAULO, TERCEIRA VIAGEM DE PAULO, VIAGEM

    Introdução e antecedentes

    Judeu, fariseu, encontrado pela primeira vez no livro de Atos com seu nome hebraico — Saulo (At 7:58-13.9). Nasceu em Tarso, Cilícia, cidade localizada na Ásia Menor (atualmente sul da Turquia). Provavelmente nasceu uns dez anos depois de Cristo, pois é mencionado como “um jovem”, na ocasião do apedrejamento de Estêvão (At 7:58). Seu pai sem dúvida era judeu, mas comprou ou recebeu cidadania romana. Por essa razão, Paulo mais tarde utilizou-se desse direito por nascimento. Por isso, apelou para ser julgado em Roma pelo próprio imperador César (At 22:25). A despeito de sua cidadania, ele foi criado numa família judaica devotada, da tribo de Benjamim. Recebeu uma instrução cuidadosa na lei judaica e tornou-se fariseu. Também descreveu a si mesmo como “hebreu de hebreus”. Foi criado de acordo com a judaísmo e circuncidado no oitavo dia de vida; portanto, era zeloso na obediência de cada ponto da lei mosaica (Fp 3:5-6).

    Paulo era tão zeloso da Lei e de sua fé que, em certa época de sua vida, provavelmente no início da adolescência, viajou para Jerusalém, onde foi aluno do mais famoso rabino de sua época. Posteriormente, disse aos líderes judeus: “E nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois” (At 22:3).

    Todos os mestres judaicos exerciam determinada função para sobreviver; por isso, não é de admirar que esse líder religioso altamente educado aprendesse também uma profissão com seu pai. Paulo era fabricante de tendas (At 18:3) e ocasionalmente a Bíblia menciona como exerceu essa função para se sustentar (1Co 4:12-2 Ts 3.8; etc.). Existem amplas evidências nessas e em outras passagens de que ele trabalhava, para não impor um jugo sobre as pessoas entre as quais desejava proclamar o Evangelho de Cristo (1Co 9:16-19). Além disso, dada a maneira como os professores itinerantes e filósofos esperavam ser sustentados pelas pessoas com alimentos e finanças, Paulo provavelmente não desejava ser considerado mais um aventureiro (1Ts 2:3-6).

    A vida e as viagens de Paulo

    Com a educação que possuía e a profissão de aceitação universal, é bem provável que Paulo já tivesse viajado bastante antes de se tornar cristão. Com certeza era fluente nas línguas grega, hebraica, latina e aramaica. É mencionado pela primeira vez em Atos, como responsável pelas vestes das multidões que apedrejaram Estêvão até à morte por causa da sua fé e seu compromisso com Cristo e o desejo de promover o Evangelho. “Também Saulo consentia na morte dele” (At 8:1).

    Perseguidor dos cristãos. A partir da morte de Estêvão, uma grande perseguição se levantou contra os seguidores de Cristo. As atividades zelosas de Saulo, como judeu, levaram-no a unir-se aos perseguidores. Não precisou ser forçado, mas ofereceu voluntariamente seus serviços aos líderes judaicos de Jerusalém. Sua perseguição foi tão violenta que a Bíblia diz: “Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão” (At 8:3-1 Co 15.9; Fp 3:6). Em Atos 9:1, lemos que: “Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor”, pediu ao sumo sacerdote que lhe desse cartas, para que as levasse às sinagogas de Damasco, na Síria, a fim de também estabelecer a perseguição naquela cidade.

    A conversão de Paulo. A caminho de Damasco, uma luz muito forte brilhou do céu ao redor dele, e fez com que ele caísse por terra e ficasse cego. Enquanto isso, uma voz lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Atônito, ele perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A resposta que recebeu deixou-o realmente surpreso e apavorado: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 9:4-5). Cristo então lhe disse que entrasse em Damasco e aguardasse outras instruções. Saulo esperou três dias, sem comer nem beber, na casa de Judas, onde aguardou a visita de Ananias (veja Ananias). Esse tempo sem comer nem beber provavelmente foi um jejum de arrependimento, pois a Bíblia diz que, quando o servo de Deus chegou, encontrou-o orando (v. 11).

    Ananias impôs as mãos sobre ele, ocasião em que sua visão foi restaurada. Imediatamente ele recebeu o Espírito Santo e foi batizado. Saulo ainda ficou vários dias na companhia dos cristãos de Damasco, sem dúvida para aprender o máximo que podia sobre Jesus. Entretanto, esse processo de aprendizado não demorou muito tempo: “E logo, nas sinagogas, pregava que Jesus era o Filho de Deus” (v. 20). Seu extraordinário entendimento teológico somado à mudança total de sua perspectiva sobre Cristo, permitiu que confundisse “os judeus que habitavam em Damasco, provando que Jesus era o Cristo” (v. 22). Provavelmente, depois de um tempo considerável como pregador naquela cidade, os judeus decidiram silenciar a mensagem dele, ao planejar assassiná-lo. Ele escapou durante a noite e voltou para Jerusalém, onde descobriu que era difícil unir-se aos demais discípulos de Cristo, pois naturalmente todos tinham medo dele. Barnabé levou-o à presença dos apóstolos, os quais lhe deram sua aprovação. Paulo pregava e discutia abertamente com os judeus, até que novamente sua vida foi ameaçada; os discípulos o levaram para Cesaréia, onde embarcou num navio para Tarso (At 9:29-30; Gl 1:18-24). A extraordinária rapidez da mudança no coração de Paulo e a velocidade com que entendeu as Escrituras sob uma nova luz e começou a pregar o Evangelho de Cristo proporcionam a mais dramática evidência da obra do Espírito Santo em sua vida, depois do encontro que teve com Cristo na estrada de Damasco. Ele próprio contou sobre sua experiência de conversão em duas ocasiões posteriores. Na primeira instância, em Atos 22, quando foi preso em Jerusalém e pediu para falar à multidão. Na segunda, em Atos 26, quando fazia sua defesa diante do rei Agripa.

    Chamado para os gentios. A rapidez com que Paulo dedicou-se a viajar pelos territórios gentílicos é mais uma indicação de que o Espírito Santo o guiava em direção ao seu chamado, ou seja, o de apóstolo entre os gentios. Ele menciona em suas cartas seu compromisso especial com Deus, para ser um ministro entre os povos (Rm 11:13; Gl 2:8-1 Tm 2.7). Embora Pedro fosse chamado para os judeus e Paulo para os gentios (Gl 2:8), sabemos que ambos pregavam em qualquer lugar onde tivessem uma oportunidade. Saulo, de fato, primeiramente visitava a sinagoga, em qualquer cidade em que chegasse. Ali ele pregava, onde havia muitas conversões, até ser expulso pelos judeus que se opunham (desta maneira, praticava o que ensinou em Romanos 1:16-2.9,10; etc.). Um dos primeiros trabalhos de Paulo entre os gentios, após ser aceito pelos apóstolos em Jerusalém (Gl 1), foi iniciado por Barnabé, o qual o levou de Tarso para a cidade de Antioquia, situada no norte da Síria. A igreja já estava estabelecida naquela cidade e sem dúvida o amigo o envolveu naquele trabalho, devido ao ensino que ele era capaz de ministrar (At 11:19-30). O trabalho da igreja ali iniciara-se entre os judeus e posteriormente espalhara-se aos gentios (gregos), e a habilidade de Paulo para debater e o que já fizera previamente sem dúvida o ajudaram. Enquanto estava em Antioquia, o profeta Ágabo advertiu sobre um iminente período de fome na região da Judéia, de maneira que aquela igreja local concordou em levantar fundos para ajudar os irmãos carentes em Jerusalém; enviaram o dinheiro por intermédio de Paulo e Barnabé (v. 30).

    É muito difícil estabelecer uma cronologia exata da vida de Paulo nessa época, pois Atos e Gálatas dão informações parciais; o ministério entre os gentios, contudo, já estava estabelecido e o papel principal de Paulo foi visto quase imediatamente no trabalho em Antioquia. Ele e Barnabé deixaram a cidade dirigidos pelo Espírito Santo (At 13:2). Desse momento em diante a vida dele é vista constantemente em pleno movimento por todo o império. Às vezes, permanecia mais tempo em certa cidade e em outras ocasiões ficava apenas por um período bem curto de tempo; na maioria das vezes viajava de acordo com sua própria vontade; entretanto, especialmente nas últimas viagens, freqüentemente era escoltado por guardas a caminho da prisão, dos julgamentos e finalmente de Roma.

    A primeira viagem missionária. As viagens de Paulo são geralmente chamadas de “viagens missionárias”. A primeira, realizada provavelmente entre os anos 47:48 d.C., iniciou-se na terra natal de Barnabé, a ilha de Chipre. Atravessaram todo o território, anunciando o Evangelho. Quando chegaram a Pafos, Paulo teve oportunidade de proclamar a Palavra de Deus ao procônsul romano Sérgio Paulo (veja Sérgio Paulo). “Então o procônsul creu, maravilhado da doutrina do Senhor” (At 13:12). Esta conversão representa a confirmação final para Paulo de que ele realmente contemplaria gentios influentes tornar-se cristãos por meio de seu ministério. Talvez seja significativo que a partir desse momento Saulo começou a ser chamado por seu nome latino, Paulo (At 13:9). De Chipre, ele e Barnabé navegaram para Perge, na Ásia Menor (atual Turquia). Quando chegaram lá, João Marcos, que estivera com eles desde Antioquia, deixou o grupo e retornou a Jerusalém. Dali viajaram para o Norte, e passaram por Antioquia da Pisídia e Icônio, a leste, e Listra e Derbe, ao sul. Voltaram pelo mesmo caminho e navegaram de volta para Antioquia da Síria, partindo de Atalia. Os resultados do trabalho deles durante essa viagem variaram de lugar para lugar; toda a viagem está registrada em Atos 13:14. Os benefícios, entretanto, foram consideráveis, pois a segunda viagem envolveu a visita às igrejas que haviam fundado, “confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé” (At 14:22). Também advertiram os novos cristãos “que por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus”. Paulo e seus companheiros experimentavam essas tribulações em suas viagens, por meio do antagonismo não somente por parte dos gentios, mas também dos judeus, os quais criavam sérios problemas e diversas dificuldades. Mesmo assim, as igrejas foram bem estabelecidas por Paulo e Barnabé, fortes o suficiente para nomear líderes em cada uma, à medida que os missionários seguiam adiante.

    Quando voltaram a Antioquia, alguns mestres chegaram da Judéia com o argumento de que a verdadeira salvação dependia da circuncisão. Paulo e Barnabé discutiram acaloradamente com eles sobre a questão. A igreja da Antioquia decidiu então enviar os dois a Jerusalém para se reunir com os outros apóstolos, onde a questão seria tratada.

    O Concílio de Jerusalém. Os apóstolos e os líderes cristãos compareceram a tal reunião, que ficou conhecida como o “Concílio de Jerusalém” (At 15:1-35). Primeiro ouviram os relatórios de toda a obra de evangelização que era desenvolvida na Ásia Menor, em Antioquia e entre os gentios de modo geral e houve muito louvor a Deus. Alguns cristãos, entretanto, que antes foram fariseus, argumentaram que os convertidos entre os gentios deveriam ser circuncidados (At 15:5). Seguiu-se demorada discussão, até que Pedro se levantou para falar à assembléia. Em sua declaração, presumivelmente bem aceita pelos líderes (Tiago e os demais apóstolos), ele fez algumas observações interessantes. Destacou que ele próprio foi o primeiro a levar o Evangelho para os gentios (ao referir-se ao episódio da visão que teve e da viagem à casa de Cornélio, At 10). Depois apelou para o fato de que “Deus, que conhece os corações, deu testemunho a favor deles, concedendo-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós” (At 15:8). Em outras palavras, assim como a presença do Espírito Santo fora “manifesta” aos apóstolos no dia de Pentecostes em Jerusalém, quando falaram em línguas e louvaram a Deus (At 2:4-47), assim a presença do Espírito foi “manifesta” novamente entre os gentios, quando também falaram em outras línguas e louvaram a Deus. Naquela ocasião, Lucas registrou especificamente que aquilo acontecera para surpresa de todos os crentes circuncidados (At 10:45-46). Para Pedro, esta evidência fora suficiente para se tomar a iniciativa de batizar esses novos cristãos, não como alguma forma de comunidade cristã de segunda classe, mas na fé cristã plena, na qual os próprios apóstolos foram batizados (At 10:47-48).

    Desde que Deus “não fez diferença alguma entre eles e nós”, argumentou Pedro (At 15:9-11), seria totalmente impróprio insistir em que os convertidos entre os gentios fossem circuncidados. A circuncisão claramente não era uma exigência para alguém ser um cristão, pois a real marca do crente era a possessão do Espírito Santo. A salvação operava inteiramente pela fé na graça do Senhor Jesus Cristo (v. 11). Paulo e Barnabé também participaram da discussão e destacaram a grande obra da graça que se manifestava entre os gentios e os milagres que Deus operava entre eles. Tiago, entretanto, teve a sublime felicidade de dar a palavra final.

    Tiago levantou-se, expôs as Escrituras e mostrou como os profetas falaram sobre o tempo em que os gentios se voltariam para Deus. Concordou que os novos convertidos não eram obrigados a circuncidar-se, mas deviam demonstrar seu amor pelos cristãos judeus, ao abster-se da carne sacrificada aos ídolos e da imoralidade sexual (At 15:13-21). Desde que essa decisão não envolvia qualquer questão de princípio, todos concordaram e uma carta foi enviada às igrejas gentílicas, a fim de informar sobre a decisão do concílio. O grande significado dessa reunião foi a maneira como se estabeleceu definitivamente a legítima aceitação dos gentios como filhos de Deus. A defesa de Paulo da universalidade da mensagem do Evangelho prevalecera.

    A segunda e a terceira viagens missionárias. A segunda viagem durou de 49 a 52 d.C. (At 15:36-18.22). Ela foi muito importante, pois espalhou a Evangelho de maneira ainda mais ampla, tanto pela Ásia Menor como pela Europa. Infelizmente, porém, começou com uma diferença de opinião entre Paulo e Barnabé. O segundo queria levar João Marcos novamente com eles. Talvez o jovem tenha retornado a Jerusalém na primeira viagem devido às suas dúvidas sobre a pregação entre os gentios, mas não podemos determinar com certeza. Paulo achava que não deviam levá-lo; por isso Barnabé e João Marcos foram para Chipre, a fim de consolidar o trabalho ali, e Paulo foi para o Norte. Na companhia de Silas, passou por Tarso, na Cilícia, e visitou novamente as igrejas recém-fundadas em Derbe, Listra e Icônio.

    Em Listra, Paulo foi apresentado a um jovem, convertido ao cristianismo, que se tornou um de seus melhores amigos — Timóteo. Seu pai era grego, porém sua mãe era judia. Os líderes da igreja em Listra insistiram para que Paulo o levasse consigo e “davam bom testemunho dele” (At 16:1-2). Pertencente a uma família grega, isso significava que Timóteo não era circuncidado. Devido ao fato de sua mãe ser judia, Paulo achou que seria melhor para o ministério de Timóteo entre as comunidades judaicas se ele fosse circuncidado. Sob a orientação do apóstolo, Timóteo passou pela cerimônia da circuncisão (At 16:3). Aqui não há conflito no pensamento de Paulo com o antagonismo que demonstrou para com a circuncisão em sua carta aos Gálatas. Um judeu ser circuncidado para alcançar melhor seu próprio povo era uma coisa, mas obrigar os gentios a se circuncidar com base num entendimento equivocado de que precisavam ser “judeus” para receber a salvação era outra coisa bem diferente!

    A próxima etapa da viagem foi em um território novo. Fizeram uma caminhada por terra até Trôade, onde foram orientados “pelo Espírito de Jesus” para não trabalhar naquela região (At 16:7). Enquanto pregavam naquela cidade, numa noite, Paulo contemplou numa visão alguém que o chamava para ministrar a Palavra de Deus na Macedônia. Concluindo que era uma direção divina para a próxima etapa da viagem, atravessaram de barco para a província grega da Macedônia, onde pregaram em Neápolis, Filipos, Tessalônica e Beréia. Dali, navegaram para o sul e pregaram em Atenas e Corinto (onde ficaram por 18 meses), antes de atravessarem de volta para Éfeso, na Ásia Menor, e de lá navegarem para Cesaréia, Jerusalém e finalmente Antioquia, local de partida.

    A obra de evangelização expandiu-se rapidamente durante esta viagem. As igrejas estabelecidas na primeira viagem estavam bem firmes e cresciam cada vez mais em número (At 16:19). Havia muito encorajamento, mas também muita perseguição. Paulo testemunhou o estabelecimento bem-sucedido de muitas outras igrejas. Também viu os resultados da mensagem do Evangelho na vida de homens e mulheres que, sem dúvida, tornaram-se amigos especiais da equipe de missionários. Em Filipos, conheceram uma mulher de negócios chamada Lídia, que se converteu e hospedou o grupo em sua casa. Também testemunharam a incrível conversão do carcereiro, quando foram presos em Filipos (veja Carcereiro Filipense). Em Tessalônica testemunharam conversões como a de Jasom, o qual foi preso pela causa do Evangelho. Apreciaram imensamente a recepção que tiveram dos “nobres” moradores de Beréia, “pois de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17:11). Paulo e seus companheiros viram como a mensagem do Evangelho tocava os corações e as vidas de pessoas de diferentes classes sociais, quando “creram muitos deles, e também mulheres gregas de alta posição, e não poucos homens” (v. 12).

    Em Atenas, Paulo testemunhou pelo menos algumas conversões, quando debateu com alguns dos maiores filósofos da época. De volta a Corinto, ele desenvolveu uma grande amizade com um casal de judeus que também fabricavam tendas e tornaram-se grandes cooperadores na obra de Cristo, ou seja, Áqüila e Priscila (At 18:1-3). Os dois o acompanharam na viagem de Corinto a Éfeso, onde ajudaram Apolo a entender mais claramente a verdade do Evangelho. Este então foi enviado à Grécia e desenvolveu seu ministério em Corinto. Enquanto isso, Paulo fez uma parada rápida em Éfeso e logo retornou a Cesaréia e Jerusalém, onde saudou a igreja e em seguida subiu para Antioquia.

    Em cada cidade em que pregava, Paulo encontrava severa resistência ao Evangelho. Em Filipos, foi preso junto com Silas por causa do antagonismo da multidão e só foram soltos depois da intervenção sobrenatural de Deus, a qual levou à conversão do carcereiro. Em Tessalônica outros irmãos foram presos porque o apóstolo não foi encontrado, quando o procuraram. Em Corinto, apesar da soltura imediata, Paulo foi atacado pelos judeus e levado diante do tribunal presidido por Gálio (veja Gálio).

    Paulo passou algum tempo em Antioquia antes de embarcar para a terceira viagem missionária, realizada no período entre os anos 53:57 d.C. (At 18:23-21.16). Nesta viagem, o apóstolo novamente dirigiu-se ao norte e oeste, por terra, e visitou outra vez as igrejas na Galácia e Frígia (Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia). Quando finalmente chegou em Éfeso, lemos que Paulo encontrou “alguns discípulos”. Eles tinham recebido apenas o batismo de João e, quando o apóstolo lhes falou sobre Jesus Cristo e o Espírito Santo, foram imediatamente batizados “em nome do Senhor Jesus” e o Espírito desceu sobre eles (At 19:1-7). Esse episódio dá uma indicação de que o trabalho do Batista tivera um alcance muito mais amplo do que o relato dos evangelhos poderia sugerir.

    Ao começar novamente a pregar na sinagoga, Paulo foi expulso e pregou para os gentios na cidade de Éfeso por dois anos (v. 10). Fica claro que muitos milagres acompanharam a proclamação do Evangelho, e uma breve menção disso é feita no
    v. 11. Um grande número de pessoas se converteu, quando muitos mágicos e pessoas adeptas da feitiçaria se converteram e entregaram seus livros de magia, os quais foram queimados publicamente. O
    v. 20 resume esse período de ministério: “Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente, e prevalecia”.

    Foi durante esse período que ocorreu um grande tumulto em Éfeso. A cidade era famosa pelo templo da deusa Ártemis (veja Ártemis e Alexandre). O livro de Atos não relata em detalhes a perseguição que Paulo experimentou ali, mas provavelmente foi considerável (veja Rm 16:3-4; 1 Co 15.32; 2 Co 1:8-11). O apóstolo então enviou Timóteo e Erasto adiante dele para a Macedônia. Expressou sua intenção de viajar para Jerusalém via Macedônia e Acaia (At 19:21) e informou às pessoas que desejava muito ir até Roma.

    Foi durante essa viagem que Paulo se preocupou em angariar dinheiro para ajudar os crentes mais pobres de Jerusalém. Deu instruções às igrejas para que se unissem a ele nessa campanha, pois observava nisso um sinal de unidade da igreja e especialmente entre os convertidos judeus e gentios (Rm 15:25-32).

    Paulo navegou para a Macedônia e repetiu seu trajeto anterior por Filipos, Tessalônica e Beréia, a fim de encorajar os crentes. Uma rápida estadia na Grécia, talvez em Atenas, levou a mais perseguições; por isso, ele retornou à Macedônia antes de embarcar e navegar novamente para Trôade, onde continuou a pregar. Num antigo exemplo de reunião e culto no primeiro dia da semana (domingo), lemos que Paulo pregou depois que partiram o pão juntos. Ensinou até tarde da noite, pois partiria no dia seguinte. Devido ao calor da sala lotada e à hora avançada, um jovem chamado Êutico adormeceu sentado numa janela e caiu do terceiro andar, sendo levantado morto. Paulo o restaurou novamente à vida e continuou sua pregação (At 20:7-12).

    Na manhã seguinte Paulo viajou e passou por várias cidades portuárias no caminho para o sul, inclusive Mileto, onde se encontrou com os líderes da igreja em Éfeso. Ali, falou-lhes sobre os perigos dos falsos ensinos e a necessidade de vigiarem por si mesmos e pelo rebanho. Encomendou-os a Deus e disse-lhes que era compelido pelo Espírito Santo a ir até Jerusalém. A tristeza da despedida é descrita dramaticamente, quando todos se ajoelharam para orar juntos e perceberam que não veriam novamente o amado apóstolo (vv. 36-38). O restante da jornada é descrito rapidamente por Lucas em Atos 2:1-17. A única parada mais significativa foi em Cesaréia, onde o profeta Ágabo advertiu Paulo de que a perseguição o esperava em Jerusalém. Talvez seja importante notar que a declaração anterior de Paulo, que era compelido pelo Espírito Santo a visitar a cidade santa, teve prioridade sobre a advertência de Ágabo para não ir. Ao que parece, embora a profecia estivesse correta, sua interpretação estava equivocada. O profeta claramente esperava que Paulo desistisse de ir a Jerusalém, mas foi para lá que o apóstolo se dirigiu, o que culminou com sua prisão. Ao fazer isso, o apóstolo mostrou que estava pronto a morrer por Cristo, se fosse necessário (v. 13).

    Essa terceira jornada contemplou muitas pessoas convertidas e experimentou muito mais oposições e perseguições; mas também foi um tempo de grande encorajamento. Paulo teve oportunidade de conhecer muitos jovens envolvidos no ministério da Palavra de Deus. Entre os que foram mencionados durante essa viagem, estavam pessoas como “Sópatro de Beréia, filho de Pirro; e dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo; Gaio de Derbe e Timóteo; e dos da Ásia, Tíquico e Trófimo” (At 20:4). Apesar de o apóstolo nunca mais retornar a muitos daqueles lugares, sabia que o trabalho continuaria nas mãos da nova geração de missionários e pastores fiéis ao Senhor.

    A prisão e o julgamento. Assim que Paulo chegou a Jerusalém, a profecia de Ágabo se cumpriu. Os judeus instigaram a oposição e o apóstolo foi preso para sua própria proteção, no meio de um tumulto contra ele que quase levou-o à morte (At 21:27-36). Paulo pediu permissão ao comandante romano para falar à multidão e aproveitou a oportunidade para mais uma vez pregar o Evangelho de Jesus, quando falou sobre sua própria conversão e chamado ao ministério para os gentios. Quando mencionou a salvação dos povos, novamente a turba se alvoroçou e o apóstolo foi conduzido com segurança à fortaleza. Foi obrigado a apelar para sua cidadania romana, a fim de não ser chicoteado. No dia seguinte o comandante romano convocou o Sinédrio e Paulo defendeu-se diante de seus acusadores (At 23). Inteligentemente, o apóstolo causou uma divisão entre seus acusadores, ao alegar que era julgado porque acreditava na ressurreição. Os fariseus, que também acreditavam, discutiram com os saduceus, que não aceitavam tal doutrina. Novamente, para sua própria proteção, o apóstolo foi levado à fortaleza. Naquela noite o Senhor lhe apareceu e o encorajou, ao dizer-lhe que deveria ir a Roma para testificar do Evangelho (At 23:11).

    Foi descoberto um complô para matar Paulo e o comandante do destacamento romano, Cláudio Lísias, decidiu transferi-lo para Cesaréia, onde seu caso seria examinado pelo governador Félix. O capítulo 24 de Atos descreve o julgamento do apóstolo diante de Félix, que pareceu interessado no que ouviu de Paulo acerca do “caminho”, mas que, em deferência aos judeus, manteve o apóstolo preso por mais dois anos. Quando Pórcio Festo assumiu o governo da província, os líderes judaicos lhe pediram que cuidasse do caso de Paulo. O novo governador fez menção de entregá-lo aos judeus, mas o apóstolo, sabedor de que não teria um julgamento justo em Jerusalém considerando a palavra do Senhor de que deveria ir a Roma, apelou para ser julgado pelo imperador César. Essa atitude de fato livrou-o totalmente do sistema legal judaico. Logo depois o rei Agripa visitou Cesaréia e Festo pediu-lhe que ouvisse o caso de Paulo. Novamente o apóstolo contou sobre sua conversão e testemunhou do Evangelho de Jesus Cristo. Enquanto Festo pensava que Paulo estivesse louco, Agripa pareceu tocado pelo que o apóstolo dissera, e até mesmo insinuou que por pouco não se tornara cristão (At 26:28). A conclusão de Agripa foi que Paulo tinha tudo para ser solto, se não tivesse apelado para Roma (v. 32).

    Paulo foi então transportado para Roma na condição de prisioneiro, sob a custódia de um centurião chamado Júlio (para mais detalhes, veja Agripa, Festo, Félix e Júlio). Depois de um naufrágio na ilha de Malta, o qual Paulo usou como uma oportunidade para pregar o Evangelho, finalmente o grupo chegou a Roma, onde o apóstolo foi colocado num regime de prisão domiciliar e tinha permissão para receber visitas (At 28). Durante dois anos vivendo nesse sistema (provavelmente por volta de 61—63 d.C.), Paulo continuou “pregando o reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum” (At 28:31).

    A morte de Paulo. Existem poucas indicações sobre o que aconteceu depois desse período de prisão domiciliar em Roma. É claro que Paulo aproveitou a oportunidade da melhor maneira possível para pregar o Evangelho, mas Lucas encerra seu livro neste ponto, ao estabelecer o direito legal para que a Palavra de Deus fosse pregada na capital do império. Existe muita discussão entre os estudiosos sobre o que aconteceu. Desde que as epístolas pastorais (veja abaixo) referem-se a eventos na vida do apóstolo que não são mencionados em Atos, pressupõe-se que Paulo realmente as escreveu. Então, muitos chegam à sublime conclusão de que o apóstolo foi declarado inocente das acusações e colocado em liberdade. Ele próprio dá a entender isso em Filipenses 1:19-25; 2.24. Provavelmente após sua absolvição ele acalentou o desejo de ir à Espanha (veja Rm 15:24-28). Este período também seria a época em que as cartas a Timóteo e Tito foram escritas. Quando o cristianismo foi considerado ilegal, Paulo foi preso novamente e levado de volta a Roma, onde escreveu II Timóteo. Seu período de liberdade provavelmente durou até por volta de 62 a 66 d.C. II Timóteo 4 é então o triste relato do que certamente foi o julgamento final do apóstolo, no qual foi condenado à morte (v. 18). Mesmo nesse triste capítulo, entretanto, percebe-se que Paulo aproveita todas as oportunidades para pregar (2Tm 4.17,18). A tradição diz que morreu em Roma, como mártir nas mãos do imperador Nero, por volta do ano 67 d.C.

    Os escritos de Paulo

    O legado de Paulo para o mundo é enorme. Além do fato de ter levado a verdade do Evangelho a praticamente todo o mundo conhecido daquela época, também escreveu cartas muito significativas, as quais chegaram até nós como parte do cânon do Novo Testamento. Tais documentos são cheios de exposições sobre Jesus, o pecado, a salvação, a vida cristã, o futuro e a natureza da Igreja. Suas cartas não podem ser examinadas detalhadamente aqui e o resumo apresentado a seguir não faz justiça à profundidade dos ensinamentos que cada uma contém, mas talvez aguce o apetite do leitor e o leve a examiná-las mais detidamente. Em muitos aspectos as epístolas paulinas têm proporcionado o perfil para a Igreja através dos séculos. Embora sempre haja alguns críticos que questionem se o apóstolo realmente escreveu todas as epístolas atribuídas a ele, existem 13 escritas por Paulo no Novo Testamento. Por conveniência, vamos dividi-las em três grupos.

    As epístolas maiores e mais antigas. Incluem Gálatas, 1 e II Tessalonicenses, 1 e II Coríntios e Romanos. A primeira é a única carta na qual Paulo não tinha quase nada de positivo a dizer aos destinatários. Escreveu devido à sua grande preocupação, pois muitos gálatas já seguiam “outro evangelho”. O apóstolo temia pela salvação deles e pela pureza da doutrina da vida eterna somente pela graça, por meio da fé. Ao que parece, os que argumentavam que o cristão precisava primeiro tornar-se judeu para ser salvo tinham grande sucesso na difusão de suas ideias. Defendiam a necessidade da circuncisão, a guarda da Lei de Moisés e do sábado. Esses ideais iam diretamente contra o ensino de Paulo de que os gentios tornavam-se cristãos e eram “justificados” (declarados não culpados diante de Deus) por meio da fé em Jesus Cristo e ainda continuavam gentios (Gl 3:8-11,24; 5.4). Paulo disse aos gálatas: “Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gl 1:9). Declarava que eles eram todos filhos de Deus “pela fé em Cristo Jesus... desta forma não há judeu nem grego, não há servo nem livre, não há macho nem fêmea, pois todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendentes de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gl 3:26-29). Jesus livra da letra da lei e da sua punição, pois assim declarou Paulo: “Estou crucificado com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:20). Esta existência em Jesus é uma vida composta de uma nova natureza, agora dirigida pelo Espírito de Cristo e conduzida ao objetivo da vida eterna (Gl 5:16-22,25; 6.8). Paulo afirmava que essas verdades eram para todos os que creem em Jesus Cristo, qualquer que fosse a nacionalidade, sexo ou classe social. O cristianismo nunca seria meramente uma facção do judaísmo. O fato de que as decisões do Concílio de Jerusalém não fazem parte das argumentações e do ensino de Paulo leva alguns a crerem que provavelmente a carta aos Gálatas foi escrita antes desta reunião (talvez em 49 d.C.). Outros colocam a data bem depois.

    As epístolas de 1 e II Tessalonicenses são bem conhecidas pelos ensinos que contêm sobre a segunda vinda de Cristo. De fato, na primeira das duas Paulo gasta um tempo considerável encorajando os cristãos na fé, na vida cristã e no testemunho (1Ts 4). Dá graças a Deus por eles, especialmente pela maneira como aceitaram a pregação no início, “não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que credes” (1Ts 2:13). O apóstolo apelou para que continuassem na fé, principalmente à luz da vinda de Cristo, a qual lhes proporcionaria grande esperança e alegria. Deveriam encorajar uns aos outros (1Ts 4:18) com a certeza de que Jesus voltaria e não deveriam lamentar pelos que morressem, como se fossem iguais ao resto do mundo sem esperança (1Ts 4:13). A segunda epístola provavelmente foi escrita durante a permanência de Paulo na cidade de Corinto. Novamente dá graças a Deus pela perseverança dos cristãos, pela fé e pelo amor que demonstravam uns aos outros (2Ts 1:3-12). Parte da carta, entretanto, é escrita para corrigir algumas ideias equivocadas sobre a volta de Cristo. Um fanatismo desenvolvera-se, o qual aparentemente levava as pessoas a deixar de trabalhar, a fim de esperar a iminente volta do Senhor (2Ts 2). Paulo insistiu em que os irmãos deveriam levar uma vida cristã normal, mesmo diante das dificuldades e perseguições. O fato de que Deus os escolheu e salvou por meio da operação do Espírito os ajudaria a permanecer firmes na fé (2Ts 2:13-15).

    As epístolas aos Coríntios provavelmente foram escritas durante a longa permanência de Paulo na cidade de Éfeso. A primeira carta trata de uma variedade de problemas que a igreja enfrentava. O apóstolo demonstrou preocupação pela maneira como os cristãos se dividiam em facções (1Co 1:12). Lembrou que não deveriam ir diante dos tribunais seculares para resolver suas diferenças (1Co 6). Ensinou-os sobre a importância de uma vida moralmente pura e lembrou que seus corpos eram santuário de Deus e o Espírito de Deus habitava neles (1Co 3:16-5:1-13). Tratou da questão prática sobre se deveriam ou não comer carne previamente oferecida a divindades pagãs e também discutiu sobre a maneira como os dons espirituais deviam ser usados na 1greja, ou seja, para a edificação e a manifestação do verdadeiro amor cristão no meio da comunidade (1Co 12:14). A ressurreição física de Cristo também é amplamente discutida em I Coríntios 15.

    Na época em que Paulo escreveu a segunda carta aos Coríntios, as supostas divisões na igreja estavam cada vez mais patentes. Ele, porém, preocupou-se com o seu próprio relacionamento com a igreja e discutiu sobre isso. É claro que alguns irmãos da comunidade o desrespeitavam, talvez mediante o argumento de que não era mais espiritual do que os líderes locais, os quais Paulo chama de “excelentes apóstolos” (2Co 11:5).

    Nesta carta, Paulo demonstrou como deveria ser a vida do verdadeiro cristão. Ao tomar sua própria vida como exemplo, mostrou que sofreu terríveis perseguições e dificuldades por causa de Cristo (2Co 10:12). Talvez não fosse o mais eloqüente dos oradores, mas fora chamado para o ministério do Evangelho e Deus tinha honrado seu trabalho. Muitas vezes sentiu-se enfraquecido e derrotado, mas a fé no Senhor Jesus Cristo e o desejo de completar seu chamado fizeram-no seguir adiante (veja especialmente 2 Co 4 e 5; 7). Lembrou os leitores sobre a glória do Evangelho (2Co
    3) e os encorajou a serem generosos na oferta para os pobres de Jerusalém (2Co 8).

    A carta aos Romanos provavelmente foi redigida na década de 50 d.C. É uma epístola escrita a uma igreja que o apóstolo nunca visitara. É cheia de louvores pela fé e pelo compromisso deles com Cristo. Seu tema principal enfatiza que a justificação se opera pela fé em Jesus, tanto para os judeus como para os gentios. Existe alguma discussão sobre o motivo que levou Paulo a escrever esta carta. Alguns dizem que estava consciente das divergências entre os convertidos judeus e gentios na igreja e a necessidade que tinham de uma ajuda pastoral. Outros alegam que a carta formou a base teológica para sua estratégia missionária de levar o Evangelho aos gentios e que o apóstolo esperava o apoio dos cristãos de Roma no seu projeto de viajar à Espanha. Existem outros motivos alegados. A própria carta enfatiza que todas as pessoas, tanto judeus como gentios, têm pecado (Rm 1:18-3.10,11; etc.). A salvação, entretanto, veio para todo o que tem fé em Jesus Cristo, “sem distinção”. Embora todos tenham pecado, os que crêem “são justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:23-24). A razão para esta possibilidade de salvação para todos é vista na natureza vicária da morte de Cristo (Rm 3:24-26; veja Jesus). Judeus e gentios igualmente são herdeiros das ricas bênçãos da aliança de Deus, porque o Senhor é fiel em cumprir suas promessas. A justiça de Deus é vista na absolvição dos que são salvos pela graça, mas também na maneira como cumpriu as promessas feitas a Abraão, o grande exemplo de justificação pela fé (Rm 4). Nesta epístola, Paulo discutiu também sobre a vida cristã debaixo da direção do Espírito Santo, ou sobre o privilégio da adoção de filhos de Deus e a segurança eterna que ela proporciona (Rm 8). Paulo mencionou também como a nação de Israel encaixa-se no grande plano de salvação de Deus (Rm 9:11) e enviou instruções sobre como os cristãos devem viver para Cristo, como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12:1-2).

    As epístolas da prisão. Essas cartas foram redigidas na prisão. Há alguma discussão sobre se todas foram escritas durante o tempo em que Paulo esteve preso em Roma ou durante um período em que ficou detido em Cesaréia. Se todas são do tempo da prisão na capital do império, elas foram elaboradas entre 62 e 63 d.C. Aqui estão incluídas as cartas aos Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom (para mais detalhes sobre Filemom, veja Filemom e Onésimo).

    A carta aos Efésios se inicia com uma das mais gloriosas passagens das Escrituras, pois descreve as grandes bênçãos que os cristãos experimentam por estarem “em Cristo”. Tais promessas foram planejadas por Deus desde antes da criação do mundo. Incluem o perdão dos pecados, a adoção para os que se tornam filhos de Deus, a alegria da glória de Deus e a posse do Espírito Santo como garantia da redenção e da plena herança da vida eterna (Ef 1). A epístola medita sobre essas bênçãos e o maravilhoso amor de Deus por seu povo, amor este que leva à grande demonstração da graça na salvação dos que têm fé em Jesus (Ef 2). A Igreja é o Corpo de Cristo, unida no chamado e no propósito (Ef 2:11-12). Portanto, o povo de Deus deve viver como filhos da luz, andar cheios do Espírito Santo, ser imitadores de Deus e testemunhas dele no meio das trevas do mundo ao redor (Ef 4:1-5.21). Paulo prossegue e expõe como certos relacionamentos específicos refletiriam o amor de Deus por seu povo (Ef 21. a 6.10). Depois insistiu em que os cristãos permanecessem firmes na fé e colocassem toda a armadura de Deus, liderados pelo Espírito e obedientes à Palavra do Senhor (Ef 6:1-18).

    Filipenses é uma carta de agradecimento. O apóstolo escreveu para agradecer aos cristãos de Filipos pela recente ajuda financeira que lhe enviaram (especialmente Fl 1 e 4:10-20). Os crentes daquela cidade aparentemente eram mantenedores fiéis do ministério de Paulo, e sua gratidão a Deus pela vida deles brilha por toda a carta. Os comentários pessoais sobre Epafrodito e sua enfermidade refletem o relacionamento pessoal que o apóstolo mantinha com esses irmãos. Paulo advertiu-os com relação aos judaizantes (Fl 3:1-11) e os desafiou a permanecer firmes e continuar a viver vidas “dignas de Cristo”, qualquer que fosse a situação que tivessem de enfrentar (Fl 1:27-30; 2:12-18; 3.12 a 4.1). A passagem teológica mais notável pode ser encontrada em Filipenses 2:1-11. O texto fala sobre a humildade de Cristo, uma característica que ninguém no mundo antigo e muito menos no moderno realmente aspira! Esta humildade demonstrada por Jesus, que acompanhou seu chamado até a cruz, proporciona a base e o exemplo ao apelo de Paulo para que os filipenses continuassem unidos em humildade, sem murmurações, enquanto cumpriam o próprio chamado. Esta vocação é resumida por Paulo em Filipenses 2:14-17. Deveriam resplandecer “como astros no mundo, retendo a palavra da vida”.

    Os cristãos de Colossos provavelmente eram, na maioria, gentios; portanto, foram os primeiros a se converter ao Evangelho por intermédio do ministério de Epafras (Cl 1:7-2.13). Pelo que Paulo diz, os eruditos inferem que, ao escrever esta carta, ele estava preocupado com algumas doutrinas falsas que haviam entrado na igreja. Talvez o ensino herético tenha diminuído a importância de Cristo, pois enfatizava demais a sabedoria humana. Talvez insistissem na adoção de certas práticas judaicas como a circuncisão e a guarda do sábado. A adoração de anjos provavelmente fazia parte das ideias, e possivelmente havia também uma ênfase no misticismo e nas revelações secretas. Em resposta a tudo isso, Paulo falou sobre a preeminência de Jesus sobre todas as coisas. Somente Ele é o cabeça da Igreja. É o Criador preexistente e o primeiro a ressuscitar dentre os mortos (Cl 1:15-23). Foi em Cristo que aquelas pessoas haviam morrido para o pecado e ressuscitado por Deus para uma nova vida. Foi “nele” que foram perdoadas. “Em Cristo” as leis do sábado e sobre comidas e bebidas foram consideradas redundantes, pois eram apenas “sombras” que esperavam a manifestação do Filho de Deus (Cl 2:16-19). O desafio para esses cristãos era que não se afastassem de Jesus, em busca de experiências espirituais por meio de anjos ou da obediência a preceitos legais; pelo contrário, conforme Paulo diz, “pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra. Pois morrestes, e a vossa vida está oculta com Cristo em Deus” (Cl 3:2-3). Deveriam viver como escolhidos de Deus e filhos consagrados, a fim de que a palavra de Cristo habitasse neles abundantemente (Cl 3:15-17).

    As epístolas pastorais. Essas cartas são 1 e II Timóteo e Tito. São tradicionalmente chamadas de “pastorais” porque incluem instruções para os jovens pastores Timóteo e Tito, na liderança da igreja primitiva. Paulo desafiou esses líderes a estar vigilantes contra o falso ensino que rapidamente surgiria nas igrejas (1Tm 1:3-20; 2 Tm 3; Tt 1:1016; etc.). O apóstolo os exortou quanto à oração pública e deu instruções sobre o tipo de pessoa adequada para ocupar cargos de liderança nas igrejas (1Tm 3:1-13; Tt 1:6-9). Paulo também desejava que eles soubessem o que ensinar e como lidar com diferentes grupos de pessoas. O ensino deveria ser de acordo com as Escrituras e não comprometido por causa de pessoas que nem sempre gostavam do que ouviam (2Tm 3.14 a 4.5; Tt 2; etc.) A mensagem também precisava exortar contra as dissensões e a apostasia que seriam os sintomas dos “últimos dias” (1Tm 4:1-16; 6:3-10; 2 Tm 2.14 a 3.9; etc.).

    O ensino de Paulo

    Apenas alguns dos ensinamentos de Paulo foram mencionados aqui. O que motivou o apóstolo em seu ensino foi sua experiência pessoal na estrada de Damasco. Enquanto refletia sobre o que acontecera ali, chegara à conclusão de que aquela luminosidade o deixara cego a fim de que pudesse contemplar o poder de Deus. Jesus tinha essa glória; portanto, era Senhor, um ponto que enfatiza várias vezes, inclusive ao aplicar a Cristo declarações e ideias atribuídas a Yahweh no Antigo Testamento. O apóstolo reconheceu que, embora fosse judeu, precisava de salvação e perdão do pecado, e tais dádivas só podiam ser encontradas no sacrifício de Cristo, que morrera em seu lugar na cruz. Esta grande mensagem era para todas as pessoas, independentemente de raça ou antecedentes.

    Todos pecaram. Esse assentimento da situação difícil do homem serve como base da grande convicção que Paulo tinha de que todas as pessoas precisavam ouvir o Evangelho. Em Romanos 1:3 ele demonstra que os gentios (os pagãos) serão considerados culpados de rejeição para com Deus com base em sua revelação por meio da criação. O apóstolo argumenta assim: “Visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis” (Rm 1:19-20). O pecado tem levado a mais transgressões, pois as pessoas se afastam de Deus em rebelião, de maneira que o Senhor as entrega a práticas infames que desejam realizar. O fim delas está claramente determinado: “Mas, segundo a tua dureza de coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus” (Rm 2:5). Para o apóstolo, entretanto, falar de tal profundidade do pecado entre os gentios era uma coisa; mas ele prossegue e argumenta que os judeus estão na mesma situação, pois “para com Deus não há acepção de pessoas” (Rm 2:11). A Lei de Moisés não pode salvar e Paulo argumenta que o verdadeiro judeu é o que o é interiormente: “Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra, e cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus” (v. 29). A vantagem do judeu reside no fato de que tem a Palavra de Deus, a Lei e as Escrituras do Antigo Testamento (Rm 3:2), ainda que essa mesma Lei aponte para a justiça de Deus e o juízo sobre o pecado. A Lei revela como os homens e as mulheres realmente são pecadores (Rm 3:20). As conclusões de Paulo, baseadas no que é ensinado nesses capítulos, são resumidas numa citação de vários livros da própria Lei na qual os judeus achavam que podiam confiar: “Não há um justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Rm 3:10-12; veja Sl 14:1-3; 53:1-3). Portanto, o resultado desse pecado universal é claro, pois ninguém escapará da ira (do justo julgamento) de Deus. Por isso, o problema enfrentado por toda a humanidade é temível. Seja judeu ou gentio, o Senhor não fará distinção entre os pecadores.

    Cristo crucificado. Para o apóstolo, havia apenas uma resposta para essa questão, e ele a encontrara na pessoa de Jesus. Aonde quer que fosse, Paulo proclamava a Cristo. O Filho de Deus era a resposta para a situação de todas as pessoas, não somente para os judeus, mas também os gentios. Todos estão debaixo do julgamento de Deus e precisam de salvação, redenção e perdão. O Senhor, entretanto, jamais ignoraria sua justiça, ou seja, não expressaria amor por meio da supressão da justiça (veja Deus, Jesus). Deus é amor, mas é também justiça. Paulo aprendera que, em Cristo, a justiça perfeita de Deus foi revelada, mas a grande bondade, o amor, a misericórdia e a graça do Senhor também se manifestam em Jesus.

    Em Romanos 3:21-26 Paulo expôs que essa justiça de Deus é “pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem” (v. 22). Precisamente porque o Senhor não tem favoritismo, “pois todos pecaram”, homens e mulheres de todas as raças são “justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (v. 24). Jesus foi apresentado por Deus como sacrifício. A fé em Cristo significa entender que sua vida foi dada como um sacrifício de expiação pelos pecados e que, desta maneira, Deus permanece justo — o castigo pelo pecado foi pago na cruz. Paulo refere-se a esse sacrifício de maneiras diferentes em outros textos. Por exemplo, viu o sacrifício como “aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21). Também contemplou Jesus da seguinte maneira: “Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co 5:7).

    O argumento de Paulo de que judeus e gentios encontravam a salvação da mesma maneira está baseado no fato de que “há somente um Deus” para todos. Portanto, desde que Ele é justo e não faz distinção, a salvação será pela fé em Jesus Cristo para todo o que crer (Rm 3:29-30).

    Para o apóstolo, o advento de Cristo cumpriu o propósito de Deus para a salvação: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4:4-5). Sob a Lei, Cristo recebeu a punição sobre si e resgatou as pessoas da “maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3:13). O sacrifício de Jesus na cruz e a redenção que pagou para nós com seu próprio sangue tornaram-se o ponto principal da pregação de Paulo. Essas eram as boas novas: Jesus trouxe o perdão e recebeu a punição pelo pecado. O apóstolo assim resume sua pregação: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado” (1Co 1:23). Sua mensagem era “a palavra da cruz” (1Co 1:18).

    Justificação pela graça por meio da fé. O aceso a essa obra salvadora de Cristo na cruz era, para o apóstolo, inteiramente pela graça de Deus. Se a redenção fosse alcançada por meio da obediência à Lei, seria possível que as pessoas se orgulhassem de ter alcançado a própria salvação; Paulo, porém, tinha plena convicção de que era obra de Deus por seu povo e uma demonstração da sua graça (seu amor e misericórdia imerecidos) em favor do seu povo (Ef 2:9). Várias vezes o apóstolo insiste em que todos terão de comparecer diante do trono de Deus, e a única esperança do veredicto de “não culpado” (de justificado), quando enfrentassem o julgamento justo de Deus, estava na sua graça. Assim, a redenção vem pela graça e o indivíduo pode apropriar-se dela pela fé, que envolve um compromisso com a justiça de Deus e com seus caminhos justos em Cristo. A fé olha somente para Deus em busca da salvação e, desta maneira, o homem admite a própria incapacidade diante do Senhor, reconhece o pecado e a necessidade de perdão, e olha para Deus como o único que o pode perdoar.

    Essa justificação é conquistada à custa da morte de Cristo, e o pagamento da dívida foi confirmado por Deus na ressurreição de seu Filho (Rm 4:25-5.16,18; etc.). Nenhum outro custo é exigido. Os pecadores são justificados “gratuitamente pela graça”; “Pois é pela graça que sois salvos, por meio da fé — e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Rm 3:24; Ef 2:5-8; etc.). Desde que a obediência à Lei não proporcionou a salvação, novamente Paulo mostra que os gentios também estão incluídos. Eles podem ter fé: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro a evangelho a Abraão, dizendo: Em ti serão benditas todas as nações” (Gl 3:8). Paulo não ensina somente sobre a justificação pela fé em Cristo como meio para alguém se tornar cristão. Deus salva a todos pela graça com um propósito: “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos” (2Tm 1.9). Essa justificação pela graça significa que os que crêem têm acesso a todas as bênçãos que o Senhor prometeu ao seu povo, resumidas nas palavras “vida eterna”: “A fim de que, justificados por sua graça, sejamos feitos seus herdeiros segundo a esperança da vida eterna” (Ti 3.7).

    A vida no Espírito. De acordo com os escritos de Paulo, a operação do Espírito Santo permeia cada área da vida cristã e da Igreja. Ele primeiramente se manifesta na proclamação do Evangelho do Cristo crucificado. A pregação do apóstolo levava as pessoas à conversão porque, segundo ele, “a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1Co 2:4). Esta obra do Espírito, segundo Paulo, era para que a fé se apoiasse inteiramente no poder de Deus (v. 5), “de sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10:17-1 Ts 1.5). O Espírito, entretanto, está ativo também na vida da pessoa que ouve a mensagem, pois “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, pois lhe parecem loucura, e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2:14). Assim, o Espírito de Deus está ativamente presente na pregação do Evangelho e na vida do que ouve e se volta para Cristo.

    Os que exercem a fé são redimidos e justificados e sabem que não são mais condenados por Deus. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1). A evidência que eles têm da obra de Deus em suas vidas, segundo Paulo, está na posse do Espírito Santo. A vida no Espírito desta maneira traz ao crente muitas bênçãos e muitos desafios. Todos os que pertencem a Jesus possuem o Espírito de Cristo, e isso significa que são controlados pelo Espírito (Rm 8:9). É Ele quem garante a uma pessoa que ela pertence a Deus. De fato, este é o “selo de posse” de Deus, “o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações” (2Co 1:22). Esse aspecto da função do Espírito como “um selo de garantia” é mencionado em numerosas ocasiões, especialmente quando Paulo pensa sobre o futuro, quando teria de enfrentar a morte, ou sobre a herança que um dia os cristãos receberão do Senhor (2Co 5:4-5; Ef 1:14; etc.).

    O Espírito Santo auxilia as pessoas na oração e leva as súplicas dos crentes fracos e falíveis diante do Pai (Rm 8:26-27). Desde que a vida cristã é vivida em comunidade, o Espírito também ajuda na vida corporativa da Igreja. Segundo Paulo, cada cristão recebe algum “dom do Espírito” com o qual ajuda outros crentes em seu progresso espiritual. Esses dons serão úteis na edificação de outras pessoas na fé, de maneiras variadas. O apóstolo não dá uma lista exaustiva de tais dons, mas menciona diversos, como demonstrar hospitalidade, falar em línguas, ensinar, repartir com liberalidade, profetizar e administrar (1Co 12:4-11; Rm 12:6-8). Intimamente ligado a esse trabalho que capacita todos os crentes a ter uma plena participação na vida da Igreja está o trabalho de promover a unidade cristã. Freqüentemente Paulo enfatiza essa tarefa do Espírito Santo. A unidade entre os crentes não é um acessório opcional, mas a essência da fé cristã, pois ela é proveniente da própria natureza de Deus: “Pois todos nós fomos batizados em um só Espírito, formando um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1Co 12:13). Desta maneira, é tarefa de cada cristão procurar “guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz”, porque “há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos” (Ef 4:3-6).

    Um importante aspecto da operação do Espírito Santo na vida do crente é o de produzir a consciência do pecado, a necessidade do perdão e ajudar o indivíduo a viver em santidade e integridade para a glória de Deus. Esse processo efetuado pelo Espírito leva ao crescimento e é chamado de “santificação”. É papel do Espírito separar o crente da pecaminosidade e operar nele, para que ele produza uma existência cada vez mais semelhante à de Cristo. Em II Tessalonicenses 2:13 Paulo diz: “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (veja também 1 Co 6.11). É esse trabalho do Espírito que os cristãos ignoram, para a própria perdição. O apóstolo insiste em que todos devem “viver no Espírito” e dessa maneira serão protegidos do mal que os cerca e do pecado: “Digo, porém: Andai no Espírito, e não satisfareis à concupiscência da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à carne. Estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gl 5:16-17; Rm 8:13-15).

    Quando lemos os escritos de Paulo, observamos que é difícil encontrar uma obra do Espírito que nos deixe tão empolgados do que a que concede ao crente o direito de ser “filho de Deus”. Isso claramente tem que ver com o fato de sermos herdeiros de todas as bênçãos do Senhor, mas também com o relacionamento novo e pessoal com o Pai: “Porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” (Gl 4:6; veja Aba). Essa convivência é maravilhosamente libertadora: “Pois não recebestes o espírito de escravidão para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8:15). De acordo com Paulo, o Espírito Santo é essencial para a própria existência do cristão. Ele inicia, confirma e desenvolve a fé, estabelece a unidade, vive no interior do crente, promove a santificação, garante o futuro, possibilita a vida em comunidade e cumpre muitas outras tarefas além dessas. Seu objetivo é cumprir a plena vontade de Deus na vida do cristão individualmente e na vida da Igreja de Deus.

    A vida depois da morte. Paulo tinha plena convicção da vida após a morte. Pressupunha que um dia todas as pessoas testemunhariam a volta do Senhor e enfrentariam seu julgamento (Rm 2:5-14.10; Fp 2:10). Naquele dia haverá uma separação entre as pessoas, que não dependerá de suas boas obras ou más ações, mas da experiência da graça de Deus que tiveram em suas vidas, pela fé (Rm 5:1-8.1). Uma das maiores alegrias que Paulo demonstrava como cristão era o fato de não temer a morte, pois cria que Jesus conduziu seus pecados sobre si na cruz, onde pagou por eles (Rm 8:1517). De fato, o apóstolo tinha plena confiança no futuro. Se morresse ou permanecesse vivo, estaria com o Senhor e continuaria a glorificá-lo (2Co 5:6-9). De todas as pessoas, Paulo estava consciente da fragilidade da vida humana. Em muitas ocasiões esteve próximo da morte e muitas vezes foi espancado e apedrejado (2Co 11:23-29). Falou em “gemer” e carregar um fardo nesse corpo, mas mesmo assim perseverava, ciente de que um dia o que é mortal será absorvido pela vida (2Co 5:4). Novamente o apóstolo voltou-se para o Espírito Santo dentro dele para a confirmação e a garantia dessas promessas futuras (v. 5).

    Embora Paulo deixasse claro que preferia estar com o Senhor do que sofrer perseguições por causa da fé, nunca se preocupou com o que viria depois da morte. Pelo contrário, sua absoluta convicção de que um dia, como Cristo, ele ressuscitaria dentre os mortos e herdaria a vida eterna deu-lhe um propósito para a existência. Deus o chamara para proclamar as boas novas de que Jesus morrera no lugar de todo o que cresse nele e ressuscitara dentre os mortos, sendo “as primícias” dos que dormem. A volta de Cristo e a ressurreição dos mortos levarão a uma mudança radical do corpo (1Co 15:20-35-44). Isso levou o apóstolo a declarar: “Mas a nossa pátria está nos céus, de onde esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo de humilhação, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3:20-21).

    Existe muita discussão sobre o que Paulo imaginava a respeito do tempo da morte e o da ressurreição geral, na vinda de Cristo. Será que o apóstolo acreditava em alguma forma de “sono da alma”, no qual as pessoas entrariam em um tipo de inconsciência, no aguardo da vinda de Cristo? Ou será que acreditava na possibilidade de o espírito humano ir imediatamente à presença do Senhor? Não temos espaço aqui para examinar o ensino de Paulo detalhadamente, mas existem passagens que deixam claro o seu ponto de vista: após a morte, o homem interior (alma e espírito) é imediatamente conduzido à presença do Senhor. Ao falar novamente sobre seu desejo de servir a Deus, ao mesmo tempo em que desejava estar com Ele na eternidade, Paulo disse: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1:23; veja também 2 Co 5.3).

    Apesar de todas as suas implicações, para o apóstolo a morte significava “glória eterna”; “estar com o Senhor”; “vida”; “da parte de Deus um edifício, uma casa... eterna, nos céus” (2Co 4:17-5.1,4,8). Não é de estranhar, portanto, que pudesse declarar: “Portanto, nós não atentamos nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem. Pois as que se vêem são temporais, e as que não se vêem são eternas” (2Co 4:18).

    Conclusões

    Certamente Paulo foi o maior mestre da fé cristã depois do próprio Senhor Jesus Cristo. Chamado e dirigido pelo Espírito Santo para proclamar o Evangelho aos gentios, esse grande teólogo expôs as profundidades da fé cristã de uma maneira que se mostra fundamental para a Igreja de Jesus através dos séculos. Seu total compromisso com o Evangelho do Cristo crucificado permanece como um exemplo para todos os crentes de todas as épocas. Seu desejo de preservar a verdade contra todas as heresias ou qualquer coisa que tentasse desfazer o direito à salvação somente pela graça brilha através de todos os seus escritos. Seu profundo zelo pela aplicação da verdade do Evangelho na vida do crente levou-o a escrever páginas sobre como se deve viver o autêntico cristianismo no meio de uma sociedade pagã. Tudo isso só seria alcançado por meio do Espírito Santo, que vive no interior do crente para realizar os propósitos do Pai. Seu profundo amor pelos irmãos na fé e a maneira como sofria e entristecia-se com os pecados e sofrimentos deles são vistos não somente no modo como escreveu sobre os crentes, ou seja, com grande carinho e encorajamento, mas também em suas repetidas referências às orações que fazia por eles.

    Sua profunda convicção de que todos pecaram e estão debaixo do julgamento de Deus e sua preocupação para que homens e mulheres ao redor do mundo encontrassem a salvação de que precisavam tão desesperadamente levaram Paulo a responder ao chamado para pregar o Evangelho aos gentios. Para o apóstolo, Cristo era a única resposta.

    Ele era o foco e o poder da vida de Paulo e, acima de tudo, aquele que morreu para que ele recebesse o perdão e encontrasse a justificação e a vida eterna no último dia. P.D.G.


    Pequeno. Paulo é o nome romano de Saulo de Tarso, que pela primeira vez se lê em At (13.9), quando ele resistiu a Elimas, o feiticeiro, principiando nessa ocasião o seu trabalho gentílico na corte de Sérgio Paulo. Pode presumir-se que ele já era assim chamado nas suas relações com os gentios – mas depois deste incidente é sempre esse nome que o Apóstolo tem nos Atos e nas suas epístolas. o nascimento e família do futuro apóstolo habilitaram-no a chamar-se a si próprio ‘hebreu de hebreus’. Era de puro sangue judaico, da tribo de Benjamim (Rm 11:1Fp 3:5) – e nasceu em Tarso, na Cilícia (At 9:11 – 21.39 – 22.3), pelo ano 2 antes de Cristo, quando estava no seu auge o poder do imperador romano César Augusto. A sua educação foi caracteristicamente judaica. Quando rapaz, foi mandado para Jerusalém a fim de ser instruído por Gamaliel ‘segundo a exatidão da lei de nossos antepassados’, dizia ele (At 22:3). Tanto Gamaliel, como a própria família de Paulo, pertenciam à seita dos fariseus. Do seu mestre, pois, era natural que Paulo obtivesse um firme conhecimento da doutrina da ressurreição (At 23:6 – 26.5 – Fp 3:5). Com Gamaliel aprendeu ele, também, aquelas estreitas doutrinas do farisaísmo, ‘sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais’ (Gl 1:14). Além disto, sabia Paulo a arte de fazer tendas (At 20:34 – 1 Ts 2.9). Como Tarso era, naquele tempo, notável centro de instrução, quase tão célebre como Atenas ou Alexandria, foi ali, sem dúvida, que Paulo estudou os antigos poemas e a filosofia do tempo – e isso se deduz de algumas citações que ele faz (At 17:28 – 1 Co 15.35 – Tt 1:12). A erudição de Paulo era, desta forma, notável. Pela sua cultura estava ele em contato com o mundo grego – pelos seus privilégios de cidadão estava ele em contato político com o mundo romano – e pelo fato de que essa prerrogativa de cidadão romano era hereditária, tinha por conseqüência a sua família vantagens sociais. os seus parentes estavam muito espalhados, porque alguns deles viviam em Jerusalém (At 23:16), e outros, segundo uma certa interpretação, em Roma (Rm 16:11), os quais tinham aceitado o Cristianismo antes dele (Rm 16:7). Paulo é mencionado pela primeira vez nos At, na descrição que ali se faz do apedrejamento de Estêvão. Embora ele não apedrejasse, é certo que esteve guardando as vestes dos que estavam praticando o ato (At 7. 58 a 60 – 8.1). Foi um incidente que manifestamente deixou profunda impressão no seu espírito (At 22:20). Paulo entrou abertamente na obra da perseguição. E neste seu procedimento julgava ele que estava trabalhando para Deus, segundo as tradições de seus pais (At 22:3 – 26.9 – Gl 1:14). Pouco tempo depois Jerusalém já não era campo suficiente para o seu zelo, pois que os cristãos que ali viviam estavam, ou na prisão, ou escondidos, ou em fuga (At 9:1-2). Com probabilidade se pode dizer que Paulo foi eleito membro do Sinédrio, depois da morte de Estêvão, se ele já não o era. Como ele mesmo disse, não só exercia o poder de lançar na prisão, por missão daquele tribunal, mas também dava o seu voto quando matavam os cristãos (At 26:10). A morte de Estêvão trouxe em conseqüência a conversão de Paulo. Naquela sua missão de servir a Deus, como ele supunha, tomou o caminho de Damasco. Foi então, quando se dirigia para aquela cidade, que o perseguidor se transformou em discípulo de Jesus Cristo. o zelo que tinha mostrado contra o Cristianismo se mudou em apoio e auxílio aos perseguidos. o miraculoso acontecimento acha-se narrado por Lucas (At 9:1-19), e por Paulo nos seus discursos feitos ao povo de Jerusalém, depois da sua prisão (At 2L4 a
    16) – e mais tarde na presença de Agripa e de Festo em Cesaréia (At 26:10-18). o primeiro efeito do milagre foi o alívio que tiveram os cristãos de Damasco. Era bem conhecido o fim da sua ida àquela cidade – e o terror, que inspirava aquele fariseu, pode deduzir-se da relutância de Ananias em aproximar-se dele (At 9:13-14), e da incredulidade dos discípulos, quando Saulo lhes apareceu como correligionário nas sinagogas (At 9:21). A cegueira de Paulo e a sua inquietação, que Lucas nota nos Atos (9.18,19), foram uma preparação para a visita de Ananias e para nova revelação da vontade de Deus. Dignas de nota, também, são as palavras dirigidas a Ananias ‘pois ele está orando’ (At 9:11).Elas nos mostram o homem que tinha por hábito levantar o pensamento a Deus, nos atos da sua vida (At 16:25 – 20.36 – 21.5). As próprias palavras de Paulo nos fazem ver isso mesmo (Gl 1:16-17). A natureza da revelação do Senhor a Paulo é por ele explicada. É evidente que não se trata de uma mera impressão na sua alma durante qualquer arrebatamento. Ele sentiu a visível presença de Jesus Cristo. isto é sustentado em várias passagens, quer de uma forma positiva, quer incidentalmente. Na sua primeira epístola aos Coríntios, quando ele sustenta a validade do seu próprio apostolado, ele argumenta assim: ‘Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, nosso Senhor?’ 1Co 9:1). E quando ele aduz, para prova, a verdade da ressurreição, o seu argumento é: ‘E apareceu a Cefas… depois foi visto por Tiago … e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo’ 1Co 15:5-8). Significativas são também, as palavras de Ananias: ‘Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas’ (At 9:17 – cp.com At 22:14). o direto e imediato caráter da sua chamada, sem a intervenção de qualquer agência humana, é outro ponto sobre o qual o próprio Paulo insistia muito, no decurso da sua vida apostólica. ‘Chamado para ser apóstolo’, ‘apostolo pela vontade de Deus’ (Rm 1:11Co 1:12Co 1:1Ef 1:1 – Cl l.1), são expressões que não usam os outros apóstolos, e com as quais Paulo se descreve a si próprio, quando a sua autoridade estava em perigo de ser contestada. Paulo foi aliviado da cegueira, de que tinha sido ferido por motivo da visão, pela oração de Ananias (At 9:18) – e, com a abertura dos seus olhos, nasceu na sua alma uma completa submissão à vontade de Deus, e o desejo de ser ‘Sua testemunha diante de todos os homens’ (At 22:14-15). Foi batizado, e

    Paúlo

    substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.
    Cerrado para o gado.

    substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.
    Cerrado para o gado.

    Povo

    substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
    Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
    Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
    Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
    Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
    Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
    Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
    Público, considerado em seu conjunto.
    Quantidade excessiva de gente; multidão.
    [Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
    substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
    Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
    Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

    Principe

    Esta palavra é usada a respeito do chefe ou pessoa principal da família, ou da tribo, sendo também assim intitulados os primeiros sacerdotes da assembléia ou da sinagoga, e os principais dos filhos de Rúben, de Judá, e de outros (Gn 17:20 – 23.6 – 25.16 – Nm 1:16 – 16.2 – 34.18 e seguintes). É, também, aplicado ao soberano de um país e aos seus principais dignitários (Gn 12:15). Jesus Cristo é o ‘príncipe dos reis da terra’, porque manifesta superioridade em relação a todos, concedendo autoridade segundo acha conveniente (Ap 1:5). Ele é o ‘Príncipe da paz’, porque sob o seu governo há perfeita paz (is 9:6). o ‘príncipe deste mundo’ é o diabo, que se vangloria de ter todos os reinos do mundo à sua disposição (Jo 12:31 – 14.30 – 16.11).

    Príncipe

    substantivo masculino Aquele que é filho de rei ou de rainha; quem se pode tornar rei.
    Indivíduo que faz parte de uma família reinante; alteza.
    Soberano ou regente de um principado.
    Status de nobreza conferido a algumas pessoas, em alguns países.
    Figurado O único em mérito, em habilidade e talento.
    Figurado Aquele que está sempre bem alinhado; pessoa gentil.
    [Zoologia] Ave da família dos tiranídeos (Pyrocephalus rubinus), podendo chegar até aos 13 cm, sendo o macho possuidor de um dorso escuro e a fêmea tem as partes inferiores esbranquiçadas.
    Etimologia (origem da palavra príncipe). Do latim princeps.

    substantivo masculino Aquele que é filho de rei ou de rainha; quem se pode tornar rei.
    Indivíduo que faz parte de uma família reinante; alteza.
    Soberano ou regente de um principado.
    Status de nobreza conferido a algumas pessoas, em alguns países.
    Figurado O único em mérito, em habilidade e talento.
    Figurado Aquele que está sempre bem alinhado; pessoa gentil.
    [Zoologia] Ave da família dos tiranídeos (Pyrocephalus rubinus), podendo chegar até aos 13 cm, sendo o macho possuidor de um dorso escuro e a fêmea tem as partes inferiores esbranquiçadas.
    Etimologia (origem da palavra príncipe). Do latim princeps.

    Príncipe
    1) Alto funcionário; autoridade (Gn 12:15)

    2) Comandante (Js 5:14). 3 Chefe (Nu 1:16); (Jo 12:31); (Ef 2:2).

    4) Filho do rei (2Cr 11:22); 18.25, NTLH).

    5) Jesus (Is 9:6); (At 5:31).

    Sabia

    substantivo deverbal Conhecia; ação de saber, de possuir conhecimento ou de se manter informado sobre: você sabia que o Brasil é o maior país da América do Sul?
    Suspeitava; ação de pressentir ou de suspeitar algo: sabia que ele venceria!
    Ação de expressar certos conhecimentos: ele sabia cantar.
    Não confundir com: sabiá.
    Etimologia (origem da palavra sabia). Forma regressiva de saber.

    Sabiá

    sabiá s. .M 1. Ornit. Designação mais comum dos pássaros da família dos Turdídeos; algumas espécies são muito apreciadas pelo seu canto. Embora a este gênero pertençam os verdadeiros sabiás, recebem também esse nome alguns pássaros das famílias dos Mimídeos, Fringilídeos, Traupídeos e Cotingídeos. 2. Designação vulgar da inflamação dos cantos da boca; boqueira. 3. Bot. Planta leguminosa-mimosácea.

    Sacerdote

    substantivo masculino Ministro que oferecia vítimas à divindade e cuidava dos assuntos religiosos.
    Aquele que ministra os sacramentos da Igreja; padre.
    Figurado Aquele que tem profissão honrosa ou missão nobre: os sacerdotes do magistério.

    substantivo masculino Ministro que oferecia vítimas à divindade e cuidava dos assuntos religiosos.
    Aquele que ministra os sacramentos da Igreja; padre.
    Figurado Aquele que tem profissão honrosa ou missão nobre: os sacerdotes do magistério.

    [...] sacerdotes são os ungidos do Senhor; a fim de, por bom caminho, conduzir os inúmeros cegos que tropeçam nas paixões e caem nos vícios. [...] Esta é a missão dos que se chamam ministros de Deus! [...]
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] o verdadeiro sacerdote é o pai de todos os desgraçados. [...]
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    [...] Sacerdote é todo aquele que chora com o órfão, que assiste a desolada viúva, que partilha do desespero materno ante um berço vazio; é todo aquele que chora com o preso a sua liberdade, que busca, enfim, todos os meios de melhorar a sorte dos infelizes. Sacerdote é também todo aquele que, por suas faltas anteriores, tem que vir à Terra para viver completamente só, sem tomar parte nos gozos terrenos, e, dotado de claro entendimento, se consagra à difusão da luz, vivendo embora entre sombras, não entre as brumas do erro e as trevas do pecado, entenda-se, mas entre as sombras da própria solidão.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    [...] Sacerdotes, com ou sem indumento próprio, são todos aqueles que propagam e pregam o bem, a caridade e o amor.
    Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - Def•


    Sacerdote No AT, descendente de ARÃO separado para servir como oficiante no culto realizado primeiro no TABERNÁCULO e depois no TEMPLO. O sacerdote era MEDIADOR entre Deus e o povo, oferecendo SACRIFÍCIOS e orando em seu favor (Êx 28—29; Lv 21:1Cr 24). Antes de Arão já havia sacerdotes (Hc 7:1-3). No NT, todos os cristãos são sacerdotes (Ap 1:6; 5.10;
    v. SACERDÓCIO).

    Sumo

    substantivo masculino Suco feito de diversas formas.
    Líquido que se extrai de frutas: sumo de laranja.
    Etimologia (origem da palavra sumo). Do grego zomós.
    adjetivo De extrema importância; proeminente, supremo: sumo sacerdote.
    Fora do comum; extraordinário.
    O ponto mais alto de; cume.
    substantivo masculino Figurado Momento mais importante de; ápice.
    Etimologia (origem da palavra sumo). Do latim summus.

    substantivo masculino Suco feito de diversas formas.
    Líquido que se extrai de frutas: sumo de laranja.
    Etimologia (origem da palavra sumo). Do grego zomós.
    adjetivo De extrema importância; proeminente, supremo: sumo sacerdote.
    Fora do comum; extraordinário.
    O ponto mais alto de; cume.
    substantivo masculino Figurado Momento mais importante de; ápice.
    Etimologia (origem da palavra sumo). Do latim summus.

    -

    -

    Sumo Grande (RA: (Sl 119:138); (Is 36:4).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    φημί Παῦλος οὐ εἴδω ἀδελφός ὅτι ἐστί ἀρχιερεύς γάρ γράφω οὐ ἔρω κακῶς ἄρχων σοῦ λαός
    Atos 23: 5 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E Paulo disse: Eu não sabia irmãos, que ele era o sumo sacerdote; porque está escrito: Tu não falarás mal do governante do teu povo.
    Atos 23: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    59 d.C.
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1125
    gráphō
    γράφω
    Foi escrito
    (it has been written)
    Verbo - Pretérito Perfeito ou passivo - 3ª pessoa do singular
    G1492
    eídō
    εἴδω
    ver
    (knows)
    Verbo - Pretérito Perfeito do indicativo Ativo - 3ª pessoa do singular
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2046
    eréō
    ἐρέω
    ()
    G2560
    kakōs
    κακῶς
    ferver, espumar, produzir espuma, fermentar
    (and daubed)
    Verbo
    G2992
    laós
    λαός
    (Piel) cumprir o casamento conforme o levirato, cumprir a função de cunhado
    (and marry)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3972
    Paûlos
    Παῦλος
    Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas
    (Paulus)
    Substantivo - masculino dativo singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5037
    τέ
    um homem do Carmelo que rejeitou os mensageiros de Davi, e morreu de choque quando
    (Nabal)
    Substantivo
    G5346
    phēmí
    φημί
    tornar conhecido os pensamentos de alguém, declarar
    (Said)
    Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo Ativo - 3ª pessoa do singular
    G749
    archiereús
    ἀρχιερεύς
    (CLBL) (Peal) ser longo, alcançar, encontrar adj v
    (do meet)
    Verbo
    G758
    árchōn
    ἄρχων
    a nação Arã ou Síria
    (and Aram)
    Substantivo
    G80
    adelphós
    ἀδελφός
    O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
    (small dust)
    Substantivo


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    γράφω


    (G1125)
    gráphō (graf'-o)

    1125 γραφω grapho

    palavra primária; TDNT - 1:742,128; v

    1. escrever, com referência à forma das letras
      1. delinear (ou formar) letras numa tabuleta, pergaminho, papel, ou outro material
    2. escrever, com referência ao conteúdo do escrito
      1. expressar em caracteres escritos
      2. comprometer-se a escrever (coisas que não podem ser esquecidas), anotar, registrar
      3. usado em referência àquelas coisas que estão escritas nos livros sagrados (do AT)
      4. escrever para alguém, i.e. dar informação ou instruções por escrito (em uma carta)
    3. preencher com a escrita
    4. esboçar através da escrita, compor

    εἴδω


    (G1492)
    eídō (i'-do)

    1492 ειδω eido ou οιδα oida

    palavra raíz; TDNT - 5:116, 673; v

    1. ver
      1. perceber com os olhos
      2. perceber por algum dos sentidos
      3. perceber, notar, discernir, descobrir
      4. ver
        1. i.e. voltar os olhos, a mente, a atenção a algo
        2. prestar atenção, observar
        3. tratar algo
          1. i.e. determinar o que deve ser feito a respeito de
        4. inspecionar, examinar
        5. olhar para, ver
      5. experimentar algum estado ou condição
      6. ver i.e. ter uma intrevista com, visitar
    2. conhecer
      1. saber a respeito de tudo
      2. saber, i.e. adquirir conhecimento de, entender, perceber
        1. a respeito de qualquer fato
        2. a força e significado de algo que tem sentido definido
        3. saber como, ter a habilidade de
      3. ter consideração por alguém, estimar, prestar atênção a (1Ts 5:12)

    Sinônimos ver verbete 5825


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐρέω


    (G2046)
    eréō (er-eh'-o)

    2046 ερεω ereo

    provavelmente um forma mais completa de 4483, uma alternativa para 2036 em determinados tempos; v

    1. expressar, falar, dizer

    κακῶς


    (G2560)
    kakōs (kak-oce')

    2560 κακως kakos

    de 2556; TDNT - 4:1091,*; adv

    miserável, estar doente

    impropriamente, erradamente

    falar mal de, expressar ódio contra alguém


    λαός


    (G2992)
    laós (lah-os')

    2992 λαος laos

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 4:29,499; n m

    povo, grupo de pessoas, tribo, nação, todos aqueles que são da mesma origem e língua

    de uma grande parte da população reunida em algum lugar

    Sinônimos ver verbete 5832 e 5927



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    Παῦλος


    (G3972)
    Paûlos (pow'-los)

    3972 παυλος Paulos

    de origem latina; n pr m Paulo = “pequeno ou menor”

    Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas paulinas

    Paulo era representante ou procônsul de Chipre. É conhecido como homem prudente tanto na administração dos afazeres quanto como governador


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τέ


    (G5037)
    (teh)

    5037 τε te

    partícula primária (enclítica) de conecção ou adição; partícula

    não apenas ... mas também

    tanto ... como

    tal ... tal


    φημί


    (G5346)
    phēmí (fay-mee')

    5346 φημι phemi

    propriamente, o mesmo que a raiz de 5457 e 5316; v

    tornar conhecido os pensamentos de alguém, declarar

    dizer


    ἀρχιερεύς


    (G749)
    archiereús (ar-khee-er-yuce')

    749 αρχιερευς archiereus

    de 746 e 2409; TDNT - 3:265,349; n m

    1. sumo-sacerdote. Ele era honrado acima de todos com título de sacerdote, chefe dos sacerdotes. Era lícito para ele realizar os deveres comuns do sacerdócio; mas seu principal dever era, uma vez por ano no dia da expiação, entrar no Santo dos Santos (dever do qual os outros sacerdotes estavam excluídos) e oferecer sacrifícios por seus próprios pecados e pelos pecados do povo, e presidir sobre o Sinédrio, ou Concílio Supremo, quando convocado para deliberações. De acordo com a lei mosaica, ninguém podia aspirar ao sumo sacerdócio a menos que fosse da tribo de Arão e descendente de uma família de sumos sacerdotes; e aquele a quem o ofício era conferido, ocupava este cargo até a morte. Mas a partir de Antíoco Epifanes, quando os reis Selêucidas e mais tarde os príncipes herodianos e os romanos arrogaram para si mesmos o poder de nomear os sumos sacerdotes, o ofício não mais permanecia fixo na família pontifical nem era conferido a alguém por toda a vida; mas tornou-se venal, e podia ser transferido de um para outro de acordo com a vontade dos governos civis e militares. Isto explica por que vinte e oito pessoas ocuparam a dignidade pontifical durante os cento e sete anos que separam Herodes, o grande e a destruição da cidade santa.
    2. Os sumo-sacerdotes. Inclui-se nesta categoria, além daquele que detinham o ofício sumosacerdotal, tanto aqueles que foram previamente depostos, e mesmo depostos, continuavam exercendo um grande poder no estado, quanto os membros das famílias

      das quais procediam os sumo-sacerdotes, dado que tinham grande influência am assuntos públicos.

    3. Usado em referência a Cristo. Ao sofrer uma morte sangrenta, ele ofereceu a si mesmo como sacrifício expiatório para Deus, e entrou no santuário celeste onde continuamente intercede em nosso favor.

    ἄρχων


    (G758)
    árchōn (ar'-khone)

    758 αρχων archon

    particípio presente de 757; TDNT - 1:488,81; n m

    1. governador, comandante, chefe, líder

    ἀδελφός


    (G80)
    adelphós (ad-el-fos')

    80 αδελφος adelphos

    de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

    TDNT 1:144,22; n m

    1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
    2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
    3. qualquer companheiro ou homem
    4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
    5. um associado no emprego ou escritório
    6. irmãos em Cristo
      1. seus irmãos pelo sangue
      2. todos os homens
      3. apóstolos
      4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial