Enciclopédia de I Coríntios 3:16-16

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1co 3: 16

Versão Versículo
ARA Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?
ARC Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?
TB Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?
BGB Οὐκ οἴδατε ὅτι ναὸς θεοῦ ἐστε καὶ τὸ πνεῦμα τοῦ θεοῦ ⸂οἰκεῖ ἐν ὑμῖν⸃;
BKJ Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?
LTT Não tendes vós sabido que o lugar- santo (do Templo) de Deus sois vós, e que o Espírito de Deus habita em vós?
BJ2 Não sabeis que sois um templo[t] de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?
VULG Nescitis quia templum Dei estis, et Spiritus Dei habitat in vobis ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Coríntios 3:16

Ezequiel 36:27 E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.
João 14:17 o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.
Romanos 6:3 Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
Romanos 8:9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
Romanos 8:11 E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita.
I Coríntios 5:6 Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?
I Coríntios 6:2 Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois, porventura, indignos de julgar as coisas mínimas?
I Coríntios 6:9 Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus?
I Coríntios 6:16 Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne.
I Coríntios 6:19 Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?
I Coríntios 9:13 Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar participam do altar?
I Coríntios 9:24 Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.
II Coríntios 6:16 E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
Efésios 2:21 no qual todo o edifício, bem-ajustado, cresce para templo santo no Senhor,
II Timóteo 1:14 Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós.
Hebreus 3:6 mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.
Tiago 4:4 Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
I Pedro 2:5 vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo.
I João 4:12 Ninguém jamais viu a Deus; se nós amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor.
I João 4:15 Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele e ele em Deus.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

1co 3:16
Fonte Viva

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 30
Página: 75
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” — PAULO (1co 3:16)


Na semente minúscula reside o germe do tronco benfeitor. No coração da terra, há melodias da fonte. No bloco de pedra, há obras-primas de estatuária.

Entretanto, o pomar reclama esforço ativo. A corrente cristalina pede aquedutos para transportar-se incontaminada. A joia de escultura pede milagres do buril.

Também o espírito traz consigo o gene da Divindade.

Deus está em nós, quanto estamos em Deus. Mas, para que a luz divina se destaque da treva humana, é necessário que os processos educativos da vida nos trabalhem no empedrado caminho dos milênios.

Somente o coração enobrecido no grande entendimento pode vazar o heroísmo santificante.

Apenas o cérebro cultivado pode produzir iluminadas formas de pensamento.

Só a grandeza espiritual consegue gerar a palavra equilibrada, o verbo sublime e a voz balsamizante.

Interpretemos a dor e o trabalho por artistas celestes de nosso acrisolamento.

Educa e transformarás a irracionalidade em inteligência, a inteligência em humanidade e a humanidade em angelitude. Educa e edificarás o paraíso na Terra.

Se sabemos que o Senhor habita em nós, aperfeiçoemos a nossa vida, a fim de manifestá-lo.



1co 3:16
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 83
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” — PAULO (1co 3:16)


Na semente minúscula reside o germe do tronco benfeitor. No coração da terra, há melodias da fonte. No bloco de pedra, há obras-primas de estatuária.

Entretanto, o pomar reclama esforço ativo. A corrente cristalina pede aquedutos para transportar-se incontaminada. A joia de escultura pede milagres do buril.

Também o espírito traz consigo o gene da Divindade.

Deus está em nós, quanto estamos em Deus. Mas, para que a luz divina se destaque da treva humana, é necessário que os processos educativos da vida nos trabalhem no empedrado caminho dos milênios.

Somente o coração enobrecido no grande entendimento pode vazar o heroísmo santificante.

Apenas o cérebro cultivado pode produzir iluminadas formas de pensamento.

Só a grandeza espiritual consegue gerar a palavra equilibrada, o verbo sublime e a voz balsamizante.

Interpretemos a dor e o trabalho por artistas celestes de nosso acrisolamento.

Educa e transformarás a irracionalidade em inteligência, a inteligência em humanidade e a humanidade em angelitude. Educa e edificarás o paraíso na Terra.

Se sabemos que o Senhor habita em nós, aperfeiçoemos a nossa vida, a fim de manifestá-lo.




Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

1co 3:16
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 33
CARLOS TORRES PASTORINO
JO 2:18-23

18. Perguntaram-lhe pois os judeus: "que sinal nos mostras, pois que fazes essas coisas"?


19. Respondeu Jesus e lhes disse: "derrubai este Templo e em três dias o reerguerei".


20. Replicaram-lhe, então, os judeus: "há quarenta e seis anos é construído este Templo, e em três dias o levantas"?


21. Mas ele se referia. ao Templo de seu corpo.


22. Quando pois ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se seus discípulos de que ele dissera isso, e creram na Escritura e na palavra que Jesus dissera.


Ao passar o primeiro impacto da confusão, os sacerdotes e policiais do Templo vão tomar satisfações.


Não Lhe pedem documentos, mas "um sinal".


Responde Jesus com um enigma, uma figura ou alegoria, muito em voga entre os Doutores da Lei:

"quando tiverdes destruído este Templo, em três dias o reerguerei".


O sentido literal parecia referir-se ao templo de pedra, e nesse sentido foram citadas essas palavras pela testemunha de acusação (MT 26:61 e MC 14:58), e a esse propósito os soldados judeus farão sarcasmos no Gógota (MT 27:40 e MC 15:29), voltando na acusação contra Estêvão (AT 6:14). Em todos esses lugares, diz-se que Jesus afirmou que "ele" destruiria o templo". Mas, segundo o relato de João, suas palavras não foram essas.


Referia-se Jesus ao seu corpo, o "Templo de Deus" ("’Não sabeis que sois o Templo de Deus e o Espírito Santo habita em vós"?, 1CO 3:16; "é santo o Templo de Deus, que sois vós", 1CO 3:17; "vós sois o Templo do Deus vivo", 2CO 6:16, etc.) .


Realmente o enigma é obscuro.


Os judeus retrucam : "este templo há 46 anos é reconstruído". De fato, o templo estava sendo reconstru ído, com grande resplendor, pela generosidade de Herodes, que iniciou a obra no 18. º ano de seu governo, em19A. C. (735 de Roma, cfr. Josefo, Ant. Jud. 15:11:1). Na época da narrativa, estávamos no ano 29 (782 de Roma) e se tinham passado exatamente 46 anos do início da reconstrução. (Os trabalhos prolongaram-se até o tempo do procônsul Albino, em 62-64, cfr. Josefo, Ant. Jud. 20. 9. 7). E esta é mais uma indicação precisa da cronologia da vida terrena, concordando com LC 3:2; que coloca o mergulho de Jesus no 15. º ano do governo de Tibério como César (29 A. C. Ou 782 de Roma).


A frase de Jesus causa ainda maior estupefação porque trabalhavam na reconstrução do templo dezoito mil operários, que ficaram ao desemprego ao terminarem as obras (cfr. Josefo, Ant. Jud. 20. 9. 7). Como um homem sozinho podia fazer esse trabalho, e em três dias? E que sinal seria esse que teria necessitado, primeiro, que se demolisse o templo, coisa absurda só de pensar? A inverossimilhança sustou qualquer julgamento precipitado. É um desses enigmas que só será compreendido depois de realizado, como anota João: só depois da ressurreição compreenderam-no os discípulos, de que estava Jesus falando.


Esta sequência vem confirmar integralmente nossa interpretação do trecho anterior: a "expulsão"

não é do templo de pedra, mas é do Templo de Deus, o templo construído para ser chamado "do Senhor", ou seja, o corpo humano, a personalidade. A isso se referia Jesus, disso falaram os quatro evangelistas alegoricamente, como João explica quando fala da "destruição do templo". Mas nem todos conseguem penetrar o sentido profundo, só sabem ler literalmente, embora o próprio evangelista o explique logo a seguir.


Quando os judeus pedem um sinal de que tem autoridade, Jesus não lhos dá. Apenas faz uma afirmativa que os confunde, fazendo-se passar por inconsequente ou quase louco. Em linguagem vulgar diríamos "não deu confiança" a quem não tinha autoridade para pedir-lhe satisfações.


Assim também deve ocorrer com os discípulos. Quando o Espírito, nosso Eu Profundo, exigir de nós sacrifícios e restrições aos veículos inferiores, quase sempre estes se rebelam, sobretudo o intelecto, que pede "razões" e não quer entender. O Espírito, consciente de si, pode responder-lhe: ’"se esse templo (esse corpo) for destruído, eu o reerguerei em novo nascimento; em três dias", no sentido de rapidamente (como dizemos hoje: "em três tempos").


Isso sucede quando, para obras mais altas, exigimos de nós mesmos sacrifícios maiores, arriscamos nossas vidas para beneficiar o próximo; quando sentimos o impulso de atender doentes contagiosos e de pôr em risco nossos bens materiais, ou nosso ganha-pão, para resistir a uma falha de caráter, num abastardamento de nossa integridade moral; quando o Espírito nos impele a tudo sacrificar, quase sempre o intelecto procura obstar a esses atos de heroísmo e "loucura" e, infelizmente, quase sempre o intelecto vence o coração... arrasta-nos ao erro, quando deveríamos arrostar a morte (como o fizeram os mártires dos primeiros séculos do cristianismo), contanto que não traíssemos nossa fé.


A lição permanece: se o templo for destruído, o Espírito o refará logo. Mas se o "espírito" for sacrificado, teremos a desgraça: "não temais os que matam o corpo, mas não podem matar o "espírito"; temei antes os que podem matar o corpo e o espírito na geena" (MT 10:28).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Coríntios Capítulo 3 do versículo 1 até o 23
D. CRIANÇAS CARNAIS VERSUS TEMPLOS ESPIRITUAIS, 1Co 3:1-23

Paulo delicadamente, mas de forma implacável, apresenta as reivindicações do evan-gelho para os coríntios. Em sua comparação do homem espiritual com o homem natural, ele havia escrito em princípios amplos e gerais. Agora ele se torna direto e específico. Paulo sabia muito bem que finalmente a verdade deve ser explicada e questões definiti-vamente básicas devem ser encaradas, para que o cristianismo seja significativo na vida de um homem. Então ele apresenta a questão: Os coríntios permanecerão como crianças carnais, ou eles se tornarão templos espirituais?

1. O Cristão Carnal (3:1-9)

Paulo não poderia falar a estas pessoas como crentes cheios do Espírito. Portanto, é feita uma distinção dentro das posições da igreja. Todos os crentes recebem o Espírito Santo quando têm fé e crêem (Ef 1:13). A vida espiritual só é possível no Espírito Santo e através dele. Mas nem todos os cristãos são cheios do Espírito e guiados pelo Espírito. Alguns cristãos são carnais. Mas embora rotule os coríntios como sendo carnais, Paulo é rápido em lembrar-lhes que eles deveriam ser templos de Deus.

a) A realidade do cristão carnal (3:1-3a). Paulo está prestes a dirigir uma acusação mais severa aos coríntios. Contudo, o apóstolo o faz com um espírito de amor, pois ele se identifica com eles chamando-os de irmãos, ou "companheiros cristãos".' E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo (1). Paulo não foi capaz de falar a estas pessoas como se estives-sem cheias do Espírito porque, embora convertidas, eram carnais (sarkinos). A pala-vra significa "pessoas ainda carnais em seu modo de pensar e agir, e incapazes, como um homem verdadeiramente espiritual, de julgar corretamente todas as coisas"» Ou-tro estudioso interpreta esta palavra, carnais, como "aquilo que um homem não con-segue deixar de ser, além de um estado de submissão à lei mais elevada do Espírito, e enriquecido e elevado por ela".'

A presença do pecado de Adão e Eva, no início, não envolve a culpa pessoal. Somente depois que o cristão é iluminado pelo Espírito Santo é que ele carregará alguma culpa, se continuar a viver em pecado.

Estes cristãos eram meninos; eles "ainda eram fracos na graça, embora eminentes nos dons".' No início, eles foram chamados de "santos"; eles estavam em Cristo, e espe-rava-se que se desenvolvessem e crescessem. Assim, Paulo, em seu primeiro ministério entre eles, não poderia ensiná-los ou tratá-los como cristãos maduros.

Olhando para o estado de graça inicial e infantil deles, Paulo disse: Com leite vos criei e não com manjar (2). Leite e manjar são alimentos nutritivos. Mas normalmente o leite é para a criança de corpo delicado e não desenvolvido, enquanto que o manjar é para a pessoa forte e madura que precisa de força para fazer o trabalho árduo. Paulo não estava se referindo a dois conjuntos de doutrinas, um para cristãos fracos e um outro para cristãos maduros. Seu evangelho era o mesmo para todos. Mas há métodos diferentes e propósitos variados na pregação. Leite é, portanto, um símbolo da declaração simples do evangelho aos pecadores. É a pregação missionária ou evangelística. Manjar, por outro lado, sugere o tipo de pregação que mostra as possibilidades da graça, que expõe as obrigações e deveres da vida cristã, que apresenta a grande abrangência da redenção pessoal e do ministério mundial do Espírito Santo. Paulo, no início, tratou gentilmente os coríntios, como uma babá faz com uma criança. Sua razão para a abordagem relacionada à babá era que ainda não podiam suportar a Palavra. A deficiência estava na falta de habi-lidade por parte deles para receberem o pleno cardápio do evangelho, e não na inca-pacidade de Paulo de apresentá-lo.

Mas Paulo não estava disposto a permanecer como uma babá. Ele era um profeta. Então ele lhes dirige uma acusação severa: Nem tampouco ainda agora podeis. Os coríntios não tinham crescido. Em vez de se desenvolveram na graça e na humildade, eles estavam orgulhosos de seus dons e habilidades; em vez de expressarem um forte espírito de unidade, estavam cheios de discórdia e dissensão; em vez de uma forte sensibilidade ao pecado, estavam tolerando os piores pecados em seu meio; em vez de glorificarem a Cristo, estavam discutindo entre si; estavam usando mal a Ceia do Senhor e negando a ressurreição. Embora Paulo não tenha culpado seriamente o estado inicial de fraqueza dos coríntios por causa de suas tendências carnais naturais, ele agora faz uma acusação direta, dizendo-lhes que a razão por suas ações é a persistência da mentalidade carnal: Porque ainda sois carnais (3).

A palavra para carnais nesta acusação é sarkikos, um termo severo, "significan-do sensual... sob o controle da natureza carnal em vez de ser governado pelo Espírito de Deus".' Uma outra interpretação do termo é: "Sob o domínio de uma carne pecadora"." Eles eram carnais por causa de suas ações. Esta é a ameaça persistente ao crescimento espiritual. No início da vida cristã as pessoas são carnais por causa da persistência prejudicial do estado da natureza".49 Mas a vida cristã não é estática.

Ou alguém se desenvolve como um cristão maduro através da eliminação das tendên-cias carnais, ou invariavelmente se estaciona em um estado de meninice deliberada.
Godet descreve a diferença entre a fraqueza carnal normal dos novos cristãos e o estado prolongado de um viver carnal: "O problema em questão não é um simples estado de fraqueza que continua a despeito da regeneração, mas um curso de conduta que ataca a nova vida e fala ativamente contra ela"." O problema da igreja em Corinto era a realidade evidente de um espírito carnal. Todos os seus problemas se desenvolveram a partir disto.

b) As Características do Cristão Carnal (3.3b-9). Paulo lista várias características do estado carnal nos versículos 3:9. Esta lista não extingue todas as expressões de tal estado. Mas ela ajuda Paulo a chegar ao primeiro dos maiores problemas em Corinto, o das divisões.

  1. Inveja (3.3). A palavra zelos é traduzida como inveja. É aquele espírito que faz uma pessoa arrasar outra a fim de exaltar-se a si mesma. O invejoso se recusa a reconhe-cer os talentos ou os dons dos outros, contudo se vangloria nestas mesmas qualidades quando ele mesmo as possui.
  2. Contenda (3.3). A inveja leva à contenda (eris). No grego clássico a palavra era muito poderosa. Neste contexto ela é usada para sugerir a natureza de uma pessoa "do-minada pelo ódio"." A inveja e a contenda apontam para rivalidades não saudáveis e não-cristãs. Barclay escreve: "Se um homem estiver em divergência com seus compa-nheiros, se ele for uma criatura rixosa, competitiva, controvertida, problemática, ele poderá ser um diligente freqüentador da igreja, e até mesmo um assíduo cooperador da igreja, mas não será um homem de Deus".' Os coríntios estavam andando segundo os homens; isto é, eles estavam vivendo como pessoas que nunca haviam experimentado a graça de Deus.
  3. Dissensões (3:4-5). Uma outra característica do homem carnal é a dissensão. O resultado da inveja e da contenda é geralmente uma expressão aberta e prática. Neste caso, ele se manifestou em uma lealdade que é indigna em relação à liderança humana: Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu, de Apolo; porventura, não sois carnais? (4) A exaltação da personalidade humana a ponto de ocorrerem divisões é um ato da humanidade decaída. "Suas divisões eram um firme testemunho de sua men-talidade mundana, não de sua percepção espiritual".' O apóstolo pergunta: Pois quem é Paulo e quem é Apoio, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? (5) Apolo e Paulo não eram pequenos deuses para serem servidos; eles, como todos os cristãos, eram servos do Senhor. Eles deveriam ser os ins-trumentos, não os objetos da fé." O que Deus deu a Paulo e a Apolo, Ele deu a cada crente — um testemunho do poder vivo do evangelho de Cristo.
  4. A Falsa Lealdade é Reprovada (3:6-9). Usando uma ilustração das práticas agrí-colas, Paulo reprovou a falsa lealdade à liderança humana: Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento (6). Paulo foi o primeiro missionário a pregar aos coríntios. Ele havia fundado a igreja. Apoio era um pregador companheiro que sucedeu a Paulo como pastor em Corinto. Ele alimentou e sustentou os cristãos com a pregação do evan-gelho. Ambos os verbos, plantei e regou, estão no tempo verbal aoristo, indicando uma ação passada completa e acabada. O terceiro verbo, deu, no original está no tempo im-perfeito, indicando uma ação contínua, ou um processo que está ocorrendo o tempo todo. Assim, era Deus que estava dando o crescimento. Os homens vêm e vão na obra de Deus. Cada um dá uma contribuição ao processo de plantar e nutrir. Mas Deus opera ao longo de todo o processo.

Visto que Deus produz o crescimento, segue-se que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega (7). Paulo e Apoio eram servos e instrumentos da salvação oferecida por Deus. Eles não desejavam nem mereciam uma devoção pessoal. Plantar e regar são atos necessários no processo de crescimento, mas sem o fruto estas atividades não têm sentido. E é Deus que produz o fruto. Além disso, o que planta e o que rega são um (8). Paulo e Apolo eram unidos. Eles não se queixavam um com o outro sobre o crédito pelo sucesso ou sobre o número de seguidores que possuíam. Considerá-los rivais era algo absurdo e carnal. Contudo, Deus iria recompensá-los. Mas cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho. Mas o galardão deles não é a lealdade hu-mana; antes, é a aprovação divina. A palavra galardão (mysthos) era usada primeira-mente com relação aos salários pagos pelo trabalho prestado, mas passou a significar qualquer recompensa ou reconhecimento por serviços prestados. Trabalho (kopos) su-gere um trabalho difícil envolvendo fadiga e esforço intenso.

Ao finalizar esta seção sobre a natureza do crescimento na comunidade cristã, Paulo declara: Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus (9). Somente Deus chama os homens. Estes homens são seus servos e trabalham para Ele. Mas a igreja também pertence a Deus. Portanto, os coríntios são como uma lavoura ou uma vinha que Deus possui e que é plantada e cultivada pelos trabalhadores de Deus. Se os coríntios são de fato a vinha de Deus, os apóstolos têm um motivo duplo para impedi-los da falsa lealdade: "
1) Eles estão tratando erroneamente os ministros de Deus que, por causa de seu próprio ofício, pertencem a Deus;

2) Eles se tornam, desse modo, mentirosos para si mesmos, pois como o próprio produto deste mi-nistério eles também pertencem a Deus".' A igreja é o edifício de Deus (oikodome). A palavra é usada de muitas maneiras. Às vezes ela descreve uma estrutura terminada (Mt 24:11) ; ela também pode ser usada para o processo de edificação, como um edifício no período de construção. É este segundo significado que Paulo usa aqui. É a partir desta figura do povo de Deus como um edifício no processo de construção que surge a pergunta: Os coríntios serão meninos carnais ou templos espirituais?

2. Cristo Como o Alicerce (1Co 3:10-15)

A partir de 11-15, Maclaren pregou sobre "O Fogo Provador".

1) A estrutura em retalhos — madeira, feno, palha (12) ;

2) O fogo provador, 13;

3) O destino dos dois edificadores, 14-15.

O homem carnal tende a construir sobre a sabedoria humana. Ele age por objetivos puramente humanos. Ele espera fazer todo o trabalho e receber todo o crédito. Um servo verdadeiro, por outro lado, percebe que Deus cria um programa de edificação e cada homem dá uma contribuição. Paulo se considerava um evangelista-missionário. Como tal, ele iniciou igrejas, isto é, colocou os fundamentos sobre os quais outros edificaram. Ele sugere quatro tópicos nesta curta passagem sobre os cristãos e as igrejas como edifí-cios de Deus.

a) Paulo Só Colocou o Fundamento (3.10). O apóstolo escreve: Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Paulo era o artífice habilidoso, o arquiteto (architekton), que pôs o fundamento. Ele não foi o criador, por-que Deus o é. Nem foi Paulo um administrador, dirigindo a atividade de outros trabalha-dores. Ele mesmo fez o trabalho. Além disso, Paulo era um edificador sábio. Como tal, porém, ele não reivindicou nenhuma sabedoria específica ou singular para si mesmo. Ele era sábio no sentido de que pregava o evangelho de Cristo e centralizava a experiência dos coríntios honestamente sobre o Salvador crucificado.

Paulo percebeu que na própria natureza da vida da igreja, outra pessoa iria edificar sobre o fundamento. O fundamento é posto de uma vez por todas — em Cristo — mas o processo de edificação continua. A expressão edifica sobre ele significa que um outro "faz o desenvolvimento". Quando Paulo disse que ele pôs o fundamento, o tempo verbal aoristo é usado para indicar uma ação completa. Quando se refere ao edifício, "ele usa o presente durativo para indicar o trabalho de edificação que continua indefinidamente, e que prossegue até agora, quando Paulo escreve estas linhas"."

  1. Cristo, o Único Fundamento (3.11). O artífice-mestre é um servo. Como tal, ele não escolhe o tipo, a forma ou o material do fundamento. Todos eles são estabelecidos de uma vez por todas — Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Nenhum homem pode começar em algum outro lugar que não seja Jesus Cristo. Nenhum homem pode superar Cristo como o Funda-mento. E nenhum homem pode terminar em qualquer outro lugar senão em Cristo. Je-sus Cristo foi o Fundamento, o único evangelho verdadeiro.
  2. O Teste da Edificação (3:12-15). Em referência ao teste, ou inspeção da edificação, várias coisas são claras. Primeiro, há materiais alternativos que podem ser usados. Pau-lo menciona ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha (12). O material é de dois tipos distintos e opostos, "rico e durável ou insignificante e perecível"." Um tipo sugere cristãos maduros e estáveis fundados em doutrinas sólidas, e rica experiência. O outro tipo é a palha frágil da opinião humana, os pedaços de madeira aleatórios da sabe-doria humana. Isto sugere membros da igreja imaturos e instáveis.

Segundo, Paulo declara que a obra de cada um se manifestará... e o fogo provará qual seja a obra de cada um (13). O resultado e a verdadeira natureza da obra de cada homem serão abertamente expostos no grande dia do juízo tão freqüentemente mencionado por Paulo. Três verbos são usados para indicar a nature-za das manifestações abertas da obra do homem — declarará, descoberta e provará. Declarar é tornar claro e evidente. Descobrir é revelar. Provar (testar) é determinar se a obra é genuína ou falsa.

O método de testar é pelo fogo. Isto não significa um período "purgatorial" ou disci-plinar para os cristãos. É a obra que é testada, não o caráter do obreiro. A obra do homem será revista à luz do juízo — isto é, em relação à santidade de Deus. Lembrar estes cris-tãos carnais que todas as obras do homem serão julgadas por Deus era lembrá-los de que a discussão e disputa entre eles sobre a liderança humana eram erradas.

Terceiro, Paulo declara que, se a obra de um homem no evangelho for de um caráter que possa resistir à avaliação de Deus, esse receberá galardão (14). A natureza do galardão não é indicada, mas parece evidente que o galardão não é a salvação pessoal ou a vida eterna, pois estes são dados a todos os crentes. Algum galardão em particular que consiste em compartilhar a honra e a glória de Deus parece ser indicado pelo servo fiel que edifica eternamente, ao edificar sobre o fundamento correto que é Cristo, e este crucificado (cf. Ap 3:31-22.5).

Por outro lado, é possível edificar com materiais que não sejam duradouros. Neste caso o homem perde o seu galardão: Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detri-mento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo (15). Um edificador descuidado não receberá o galardão de seu trabalho, em satisfação pessoal, aprovação divina, ou honra divina. O edificador infiel é como um trabalhador que, ou lhe é negada a compen-sação normal, ou é punido por ser o responsável por uma construção defeituosa. É possí-vel que um trabalhador relaxado seja pessoalmente salvo, mas apenas como alguém que escapa de uma casa em chamas. Paulo está apresentando o perigo de tentar fazer a obra espiritual por motivos carnais, egoístas e inferiores. Homens bons que trabalham com motivos defeituosos ou métodos deturpados podem ser salvos, mas a sua obra se deteri-ora. Aqueles que tentam edificar apenas sobre talentos naturais, habilidades humanas, ou simpatia pessoal, verão o seu trabalho evaporar.

A idéia do purgatório não é ensinada na passagem que estamos considerando. Um escritor oferece uma explicação aceitável da idéia da obra do homem sendo provada pelo fogo nestas palavras: "O fogo... não é purgatório... mas probatório, não está restrito aos que morrem em pecado venial. Ele não é a suposta classe intermediária entre aqueles que entram no céu, e, ao mesmo tempo, aqueles que morrem em pecado mortal e que vão para o inferno — mas universal, testando os piedosos e os ímpios da mesma forma (2 Co 5.10; cf. Mac 9,44) "." Godet resumiu as objeções a qualquer referência ao purgatório nas passagens que se seguem: "
1) O fogo é alegórico como o edificio;

2) Ele só se refere aos que ensinam;

3) A prova indicada é um meio de avaliação, não de purificação;

4) Este fogo é aceso na vinda de Cristo, e conseqüentemente ainda não queima no intervalo entre a morte dos cristãos e este advento;

5) A salvação do obreiro, de que Paulo fala, ocorre não pelo fogo, mas apesar dele"."

Em 3:1-15, Paulo desenha um cenário perturbador do "Cristão Carnal".

1) Apetites infantis 1:2;

2) Atitudes juvenis 3:4;

3) Atividades defeituosas, 10-15.

3. Templos Cheios do Espírito Versus Homens Carnais (1Co 3:16-23)

Para Paulo, os cristãos não são apenas edifícios; eles são um tipo específico de edifí-cio — são templos. Todos os grupos religiosos nos dias de Paulo falaram do templo de um deus. Mas o templo pagão apresentava uma imagem de um deus. O templo judaico apon-tava para um símbolo da presença de Deus na arca da aliança, no altar e no incenso. Paulo fez um contraste drástico entre estes dois templos, quando perguntou: Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? (16) Esta pergunta é um lembrete gentil ou uma suave reprovação, pois os cristãos deveriam ter estado cientes de sua condição espiritual. Templo (naos) aponta para o altar do Templo, o santuário interior. A igreja, o corpo de crentes, é o templo de Deus, e o Espírito de Deus habita nele (cf. Ef 2:20-22). No entanto, aqui, como em outras passagens (1Co 6:19-2 Co 6,16) a referência também é clara para o crente individual.

Há uma advertência severa: Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o des-truirá (17). Se qualquer homem "destruir" — assim se lê no melhor texto grego — a igreja de Deus por práticas corruptas, ou por falsas doutrinas, então este homem será destruído pelo juízo de Deus. A santidade de Deus deve ser refletida na sua igreja — o templo de Deus... é santo. A igreja deve, portanto, estar separada do mundo e ser livre das dissen-sões e da complacência moral tão evidente na igreja em Corinto.

Os coríntios poderiam ser templos, ou homens loucos e carnais. Paulo implaca-velmente adverte aqueles que assumem um papel de ser "sábios com a sabedoria deste mundo" (Moffatt). A referência pode ser ao orgulho humano na mera habilida de de debate. Àqueles que fingem ser sábios mundanos, Paulo profere um desafio rude: Faça-se louco para ser sábio (18). O homem que é presunçoso ou que caiu em engano próprio deve fazer uma verdadeira avaliação da sabedoria humana. Quando ele enxerga esta sabedoria em relação à revelação divina, deve renunciar à sabedoria humana e lançá-la de lado, no que diz respeito à redenção pessoal. Ao descartar a sabedoria enganadora deste mundo, ele parecerá ser um tolo. Na verdade, porém, ele se tornou sábio. Porque somente por este ato de conversão da sabedoria mundana para o poder divino, é que um homem pode realmente alcançar a verdadeira sabedo-ria. Para explicar a idéia da incapacidade do plano humano para redimir o homem, Paulo repete a frase agora familiar: Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus (19).

A baixa consideração de Paulo em relação à sabedoria humana não é uma opinião particular. Ele cita as antigas Escrituras para apoiar sua convicção. A primeira citação é extraída de 5:13, com uma variação do texto, como se segue: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. O versículo significa, literalmente, que ele cerra seus punhos sobre os homens de conduta inescrupulosa ou de manipulações traiçoeiras. A segunda citação é de Salmo 94:11, que Paulo usa para sugerir que Deus conhece os padrões de pensamento, os processos de raciocínio, a própria essência do pensamento humano. Co-nhecendo tais pensamentos completamente, Deus os considera vãos (20). O pensamento humano é infrutífero no sentido de que ele é incapaz de produzir qualquer coisa de valor espiritual que redima o homem do pecado.

Visto que a sabedoria humana é loucura para Deus, é um desperdício e uma insen-satez discutir sobre a superioridade fantasiosa de um líder humano sobre outro. Portanto, ninguém se glorie nos homens (21). Vangloriar-se da lealdade suprema aos homens como os coríntios estavam fazendo era errado, porque isto leva à exaltação do homem, em vez da exaltação a Cristo. Esta prática de fazer dos homens um fetiche não só era errada; era autodestrutiva. Paulo disse: Porque tudo é vosso (21). Como todas as coisas pertencem a Cristo e estão sujeitas a Ele, o cristão desfruta de uma proprieda-de conjunta com Cristo. Por que então se conformar com menos? Por que limitar seu potencial espiritual por uma devoção não-cristã a um único homem?

Porque seja Paulo, seja Apoio, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso (22). Tudo o que Paulo ensinou, tudo o que Apolo pregou, tudo o que Pedro testificou, eram partes da rica herança do cristão. Mas Paulo não parou neste ponto. Ele expandiu o reino do cristão para incluir um entendimento e uma apreciação do mundo como a criação de Deus. Toda a bênção da vida espiritual também é deles. Até mesmo a morte, o último inimigo a ser enfrentado é, na verdade, um fim abençoado no qual o cristão adormece em Jesus.

Os olhos de Paulo não estão enfraquecidos nem a sua mente está nublada. Ele le-vanta vôo além dos limites do tempo e do espaço para declarar que tanto as coisas do presente (os acontecimentos contemporâneos) como as coisas futuras (os eventos futuros), estão sujeitas ao controle soberano de Cristo. E uma vez que o cristão pertence a Cristo, todas as coisas pertencem a ele. E vós, de Cristo, e Cristo, de Deus (23). As discussões medíocres dos coríntios estavam reduzidas à insignificância, à luz das possi-bilidades da graça através de Cristo. Visto que Cristo é o próprio Deus revelado, Ele iria unir todos os crentes em Deus.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Coríntios Capítulo 3 versículo 16
Santuário de Deus:
Ver 1Co 3:9, Santuário:
A parte interior e mais sagrada do templo.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Coríntios Capítulo 3 versículo 16
*

3:16

santuário de Deus. Deus manifestava a sua presença no templo, enchendo-o com a nuvem de sua glória (1Rs 8:10,11). Agora ele vive em seu povo enchendo-os com o Espírito Santo. O enfoque de Paulo, aqui, é sobre o povo de Deus como uma coletividade inteira; em 6.19, porém, ele muda a sua ênfase para o corpo formado por crentes individuais.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Coríntios Capítulo 3 do versículo 1 até o 23
3.1-3 Paulo chama os corintios meninos na vida cristã, porque ainda não eram espiritualmente saudáveis e amadurecidos. A prova era que brigavam como meninos, permitindo que as divisões os distraíram. Os cristãos imaturos são "carnais", controlados por seus próprios desejos; os crentes amadurecidos estão a tom com os desejos de Deus. Quanta influência exercem seus próprios desejos em sua vida? Nossa meta é permitir que os desejos de Deus sejam os nossos. Ser controlado por seus próprios desejos impedirá seu crescimento.

3:6 Paulo plantou a semente da mensagem do evangelho nos corações das pessoas. Foi pioneiro na missão, trouxe a mensagem de salvação. O papel do Apolos foi regar: ajudar aos crentes a crescer mais fortes na fé. Paulo fundou a igreja em Corinto e Apolos a construiu sobre dito fundamento. Tragicamente, os crentes em Corinto haviam se divido em grupos, oferecendo lealdade a diferentes professores (veja-se 1:11-13). Depois que o trabalho dos pregadores foi completado, Deus continua fazendo crescer aos cristãos. Nossas líderes, certamente, devem ser respeitados, mas nunca devemos colocá-los em pedestais que acreditam barreiras entre as pessoas ou levantá-los como substitutos de Cristo.

3.7-9 A obra de Deus envolve a muitos indivíduos com uma variedade de dons e habilidades. Não há superestrellas nesta tarefa, só membros de equipe que desenvolvem suas funções específicas. Convertemo-nos em membros úteis da equipe de Deus ao pôr a um lado o desejo de receber glória pelo que fazemos. O louvor que vem da gente é comparativamente sem valor, a aprovação de Deus é a que conta.

3:10, 11 O fundamento da Igreja -de todos os crentes- é Jesucristo, e este é o fundamento que Paulo estabeleceu (ao pregar a Cristo) quando começou a igreja em Corinto. Qualquer que edifica a igreja -professores, pregadores, pais e outros- deve construir com materiais de alta qualidade (sã doutrina e testemunho 3.12ss) que encaixe nas normas de Deus. Paulo não está criticando ao Apolos, a não ser desafiando aos futuros líderes da igreja a ter uma predicación, assim como um ensino, sã e sólida.

3.10-17 Na igreja apoiada no Jesucristo, cada membro deveria ser amadurecido, espiritualmente sensível e são no doutrinal. A igreja em Corinto estava construída com "madeira, feno e folhagem", com membros que eram imaturos, insensíveis a outros, e receptivos às doutrinas errôneas (3.1-4). Não sinta saudades que tivessem tantos problemas. As Iglesias locais devem estar edificadas em Cristo. Pode seu caráter cristão passar a prova?

3:11 Um edifício será sólido tanto como o seja seu fundamento. O fundamento de nossas vidas é Jesucristo, O é nossa base, nossa razão de ser. Cada coisa que somos e fazemos deve encaixar no molde que se deu por meio de Cristo. Está você edificando sua vida no único fundamento real e duradouro ou está edificando em um fundamento falso como a riqueza, a segurança ou o êxito?

3.13-15 E duas maneiras seguras de destruir um edifício são: danificar o fundamento ou construir com material de má qualidade. A igreja deve ser edificada sobre Cristo, não sobre alguma pessoa ou princípio. O avaliará a contribuição de cada ministro à vida da igreja e o dia do julgamento revelará a sinceridade da obra de cada pessoa. Deus determinará se uma pessoa foi ou não fiel às instruções do Jesus. O bom trabalho será recompensado, o trabalho infiel ou inferior será descartado. que edifica "será salvo, embora assim como por fogo" significa que o trabalhador infiel será salvo, mas como alguém que escapa de um edifício em chamas. Todas suas posses (lucros) perderão-se.

3:16, 17 Assim como nosso corpo é "templo do Espírito Santo" (6.19), a igreja local ou a comunidade cristã é o templo de Deus. Assim como o templo dos judeus em Jerusalém não devia ser destruído, de igual maneira a igreja não devia ser danificada e arruinada pelas divisões, controvérsias ou outros pecados quando os membros se reuniam para adorar a Deus.

3.18-21 Paulo não diz que os corintios deviam desprezar a busca do conhecimento, mas sim lhes adverte que devem escolher a sabedoria de quão alto é de muito mais valor, embora seja considerado néscio pelo mundo (1.27). Os corintios estavam empregando a chamada sabedoria deste mundo para avaliar a suas líderes e professores. Seu orgulho fez que dessem maior valor à apresentação da mensagem que a seu conteúdo.

3:22 Paulo diz que tanto a vida como a morte são nossas. Como pode ser possível isto? Enquanto os incrédulos são vítimas da vida, arrastados por seu corrente e perguntando-se se tiver sentido nela, os crentes usam a vida bem porque compreendem seu verdadeiro propósito. Os incrédulos só podem temer à morte. Para os crentes, entretanto, a morte não é motivo de temor porque Cristo a derrotou (veja-se 1Jo 4:18). A morte é só o começo da vida eterna com Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Coríntios Capítulo 3 do versículo 1 até o 23
Em segundo lugar, em 3: 1-4 o apóstolo contrasta o homem espiritual com o carnal. Aqui, ele deixa o homem natural descrente para tratar o imaturo carnal cristã na igreja de Corinto. A verdadeira causa das divisões entre eles é de dentro, em vez de do lado de fora da igreja. Mais uma vez, como ele retorna para a consideração dos problemas internos da igreja, ele procura manter seu relacionamento através da identificação com seus convertidos de Corinto pelo uso dos familiares endereço cativantes irmãos.

Nos versículos 1:2 Paulo faz alusão ao seu ministério evangelístico primário entre o Corinthians. Eles foram, então, os novos convertidos, bebês em Cristo, que foram necessariamente alimentados com o leite da palavra, e não com carne indigesto (conforme He 5:12 ). Paulo não está refletindo sobre ou criticá-los para a sua infância naquela época. Eles tinham nascido no reino e eles necessária disciplina e tempo de crescimento e desenvolvimento. Naquela época, ele não poderia falar com eles como espiritual, no sentido de que ele tenha usado anteriormente o termo, pela simples razão de que eles não eram homens "adulto", espiritualmente falando (1Co 2:6 ), o que significa "carnuda", para sarkikos (v. 1Co 3:3 ), o que significa "carnal". A primeira palavra carrega consigo nenhum sentimento de culpa, tal como aplicado a sua primeira infância. A segunda palavra, quando aplicada à sua imaturidade, quando deveriam ser maduro, atribui a culpa a eles. Eles são agora "carnal" ou carnal, quando deveriam ser pneumatikoi ou espiritualmente maduro. Paulo, é claro, usa o termo carne no sentido ético e não no físico (conforme Rm 13:14 ; Gl 5:13. ; Ef 2:3)

5 Quem é Apolo? e qual é o Paulo? Ministros por meio de quem crestes; e cada um como o Senhor lhe Dt 6:1 Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. 7 Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega; . mas Deus, que dá o crescimento Dt 8:1 ). Vincent aprovar a posição do Farrar que "em suas epístolas, só respirar o ar das cidades e sinagogas." Diz-se que o sucesso incomum de Paulo Tillich em sua pregação oral, apesar de seu forte sotaque alemão e idéias abstratas, é devido à sua capacidade de pensar e falar do ponto de vista de seus ouvintes. O apóstolo Paulo era um homem, e, assim, torna-se necessário compreender as situações de seus leitores, a fim de entender corretamente o significado de suas letras. Ele estabelece o padrão para todos os ministros do evangelho que teria sucesso em ganhar os homens a Cristo e amadurecimento na fé.

É preciso entender que o uso freqüente de Paulo de figuras arquitetônicas está em um sentido moral e espiritual. Vinte e seis vezes no Novo Testamento, tais valores são utilizados, todos, mas dois dos quais estão nos escritos de Paulo. Além disso, as notas Vincent "no duplo metáfora do campo e construção, o ex-fornece o molde do pensamento de Paulo em vv. 1Co 3:6-9 , e este último em vv. 1Co 3:10-17 . "Deus é o mestre arquiteto e seus ministros trabalhar sob e com Ele para a realização do maior de todos os edifícios, a Sua Igreja. Uma história bem conhecida vai suportar a repetição. Um transeunte em um grande projeto de construção perguntou um trabalhador o que ele estava fazendo. Ele respondeu que estava transportando argamassa para os pedreiros. Quando ele perguntou a um outro trabalhador a mesma pergunta a sua resposta foi que ele estava deitado de tijolos; ainda outro respondeu que ele estava construindo um muro. Quando um quarto homem foi feito a mesma pergunta, no entanto, ele respondeu que estava ajudando a construir uma catedral. Verdadeiros servos e cooperadores de Deus estão ajudando a construir a Igreja de Jesus Cristo.

Paulo também percebeu a impossibilidade de fazer a obra de Deus sem habilitar Deus. Por isso, era pelo divino de habilitação, de acordo com a graça de Deus , que ele lançou as bases para a edificação de Deus, a igreja em Corinto. Paulo sabiamente ligada graçae apostolado juntos (conforme Rm 1:5 ; Ef 3:7 ). Pode haver graça divina sem apostolado, mas não pode haver verdadeiro apostolado sem a graça divina. Chamados de Deus são sempre acompanhados por seus habilitadoras.

Em nenhum outro lugar no Novo Testamento é a palavra Architecton (mestre de obras) usado. Deve ser entendido em relação ao uso continuado de Paulo da figura da arquitetura, mas especialmente à luz do versículo 11 . Aqui ele diz claramente que a Igreja tem apenas uma fundação, Cristo Jesus. Ele é a rocha sobre a qual a Igreja de Deus repousa em segurança (Mt 16:18. ; conforme 1Co 7:24 Matt. , 25 ). Em linguagem simples, direta, Paulo significa que, pela graça de Deus, permitindo que ele pregou Jesus Cristo para o Corinthians e testemunhou sua conversão a Ele (conforme 1Co 1:9 ). Assim, ele lançou as bases de sua fé sobre a rocha segura do divino Filho de Deus. Qualquer suposta evangelismo ou trabalho missionário que faz menos do que isso não é digno do nome cristão.Paulo representa Cristo como o único fundamento da Igreja. Ele fala de apenas um edifício, e que é construída sobre este fundamento, o templo de Deus (conforme Ef 2:21 , Ef 2:22 ). Cristo nunca é representado como a fundação de uma cidade-que seria heterogêneo. Sobre o fundamento que ele colocou outros professores, incluindo Apolo, tinha construído um corpo de verdade e doutrina para a edificação dos cristãos de Corinto. Este ensinamento foi a construção ou edifício. Ele coloca pesada responsabilidade sobre os professores de cristãos convertidos: deixar que cada homem tomar cuidado como ele edifica a mesma. Nos versículos 12:15 Paulo representa dois tipos diferentes de ensino que possam caracterizar o ministério cristão.

Primeiro, há o som construtivas valiosos ensinamentos, permanentes, que são representados por ouro, prata e pedras preciosas ou mármore. Estes são os materiais que irá respeitar os juízos de julgamento na vida presente (Sl 1:4. ), e os juízos de Deus no veredito final, (Ap 20:11 ). Os metais preciosos, incluindo ouro, prata e bronze (Corinthian bronze ficou famoso), foram utilizados livremente nos palácios e templos dos antigos. Granito e mármore pilares e templos de épocas passadas ainda são as maravilhas e do desespero do homem moderno, como testemunham as ruínas das antigas cidades, as pirâmides do Egito, e os templos dos índios maias. Se a metáfora de Paulo refere-se a ensinar exclusivamente, ou a ambos o ensino e os membros da igreja, é uma questão de debate entre os estudiosos. No entanto, o quadro total parece apontar para os ensinamentos como representado. No entanto, este pode ser, a permanência permanente da estrutura construída sobre o fundamento indestrutível de Cristo é a lição que ele procura transmitir.

Na segunda instância madeira, feno e palha representam uma modalidade de ensino que é em grande parte sem valor, impermanente e perecível. Casas e edifícios foram construídos mais pobres desses materiais e estavam sujeitos a destruição pelo vento, inundações e incêndios, como também à deterioração e decadência por idade. O próprio professor pode ser um cristão, mas se o seu ensinamento não está de acordo com a graça de Deus que ... [é] dado por seu trabalho, como com Paulo, em seguida, o seu ministério não edificar a igreja, nem permanecem. Embora não pode ser errônea no personagem, ele pode deixar a igreja em tal pobreza espiritual a torná-lo uma presa fácil para o ensino errôneo. É como um resultado desta condição que Van Baalen disse que os cultos modernos representam "as contas não pagas da igreja." Quando a igreja é construída sobre exposições de som da verdade divina, em vez de estar satisfeito com ensaios polidas ou reinformed com reformulação , se não requentada, eventos atuais, haverá pouco apelo aos seus membros a partir dos dispositivos enganosas de marcas estranhas sectários parasitárias.

Que Paulo está discutindo serviço ministerial, neste contexto, e não de caráter pessoal, é óbvio. Há muitos ministros cujos personagens Christian estar irrepreensível diante de Deus e do homem, mas cujo serviço é praticamente inútil. Isto pode ser devido à ausência de capacidades nativas, formação deficiente ou inadequada, hábitos defeituosos, personalidades pouco atraentes ou repelentes, ou um dos vários outros defeitos. Pode-se questionar se Deus chama tais homens em Seu serviço especial. A verdade, porém, que não poucos desses estão no ministério.

As obras da primeira Abide classe; os da segunda classe perecem, porque não são perecíveis. Eles serão salvos das chamas que destroem suas obras como um homem é salvo das chamas que destroem a sua morada e posses. Este não é um ensino sobre o qual basear qualquer doutrina de segurança, em que se refere obras e não de caráter pessoal ou relação da alma com Deus.

Nos versículos 16:18 Paulo trata um aspecto novo e diferente de seu assunto. Até agora ele tem falado da fundação, construção e materiais do templo de Deus. Ele agora se volta para os perigos e penalidades de destruir o templo de Deus. Ele já havia falado do templo que Deus, trabalhando com seus apóstolos, tinha vindo a construir, a verdadeira Igreja, da qual Cristo era o fundamento. Agora, ele passa para o santuário interior desse templo, para tal é o significado da palavra como usado aqui, onde o próprio Espírito habita. O verdadeiro templo de Deus não é um edifício construído com as mãos, mas redimiu personalidades humanas (At 7:48 ; At 17:24 ).

O templo de Deus em Corinto está em grave perigo de ser destruída. Não é um edifício material que possa ser profanado por mau uso ou destruído como por um terremoto. Mas é um templo espiritual que está em perigo de destruição por dissensões e facções. O verbo phtheirō , aqui traduzida como destruir, significa corromper, depravar, para destruir. Paulo adverte que, se qualquer um dos pregadores ou líderes religiosos em Corinto são fundamentais para agravar as facções existentes e, assim, destruir a igreja ali, que eles saibam que Deus, por sua vez destruí-los. Este julgamento não precisa ser um acidente vascular cerebral arbitrária direta de Deus contra esses destruidores. Se o Espírito de Deus é retirado do santuário de suas almas eles vão naturalmente e automaticamente se deteriorar e morrer espiritualmente e moralmente. Não há castigo mais terrível do que a de ser abandonado por Deus (conforme Rm 1:18 ). Robertson diz: "O Deus da igreja-Wrecker vai destruir ... Não está alertando o suficiente aqui para fazer cada pausa pastor antes de ele rasga uma igreja em pedaços, a fim de justificar-se.".

2. Recompensas e Responsabilidades do Ministério (3: 18-4: 5)

18 Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém pensa que é sábio entre vós neste mundo, faça-se louco para que ele possa tornar-se sábio. 19 Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus. Pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia: 20 . e outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãs 21 Aquele, pois ninguém glória nos homens. Para tudo é vosso; 22 seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, ou a vida, ou a morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso; 23 e vós de Cristo; e Cristo é de Deus.

1 Que os homens nos considerem, como de ministros de Cristo e administradores dos mistérios de Dt 2:1 Porque eu sei nada contra mim mesmo; ainda que não estou aqui justificada, mas aquele que me julga é o Senhor. 5 Portanto nada julgueis antes do tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá o seu louvor da parte de Deus.

1. Ministros são co-herdeiros de Cristo (3: 18-23)

Havia, evidentemente, aqueles em Corinto que estavam realmente no processo de enganar a si mesmos, como o aviso de verso 1Co 3:18 implica. Robertson diz: ". Partidários Excited pode facilmente excitar-se a um frenesi piedoso, hipnotizar-se com a sua própria suposta devoção à verdade" Eles estão intoxicados com seu próprio conceito e, como um homem bêbado que acha que ele é rico, eles se gabam de sua sabedoria e habilidades. O que eles exigem para se tornar realmente sábio é perceber que eles realmente são tolos e estão se enganando. Alguém já disse que a presunção é um opiáceo projetado para amortecer a dor da estupidez.

O Apóstolo retorna a um argumento anterior, no qual ele contrasta a sabedoria divina com o ser humano, ou a sabedoria deste mundo. A importação de seu argumento é o seguinte: não é o padrão de mundo, e não é o padrão de Deus. Eles, assim como Israel, nos dias de Josué, no passado, deve escolher entre os dois. Mas eles devem saber o que escolher e assumir a responsabilidade por essa escolha. Robertson diz: "É uma pergunta pertinente com tudo cuja idéia regras em nossa igreja nós."

A citação no versículo 19 é de 5:13 . Todo homem vai fazer bem para lembrar que ele não pode enganar a Deus. Para a sabedoria humana contra a sabedoria divina é convidar certo fracasso e derrota. Deus é onisciente e onipotente. Homem é limitada em ambos, sabedoria e poder. Deus é grande demais para qualquer homem, organização ou nação a superar.

Afiliação com e apoio de qualquer das partes igreja de Corinto é em si uma espécie de vaidade pessoal, Paulo parece dizer no versículo 21 . Que pena que qualquer homem deve desistir de sua herdeiros de toda a entender apenas uma parte querida. Se o cristão pode deixar de realizá-lo, Paulo implica nos versículos 21:23 , a riqueza de todo o mundo é seu, pois ele pertence a Cristo, e Cristo é de Deus, e Deus é o dono soberano e governante do universo. Essa riqueza do cristão inclui todas as coisas, todos os líderes dignos, todas as coisas passadas, presente e futuro. Essa compreensão vai eliminar todo o espírito partidário, rivalidade e disputas em Corinto ou em qualquer lugar. Ministros de Cristo em todos os lugares compartilhar neste heirship universal dos cristãos que Paulo delineia nos versículos 21:23 .


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Coríntios Capítulo 3 do versículo 1 até o 23
Nos capítulos 3:4, o apóstolo Paulo aborda o ministério do evangelho e mostra o que é um ministro do evan-gelho, o que ele faz e como a igreja deve ver a ele e ao seu trabalho. Infe-lizmente, hoje temos estes extremos: algumas igrejas "deificam" o ministé-rios deles e os transformam em deu-ses, ao passo que outras congrega-ções "contestam" o ministério deles e se recusam a respeitá-los. Nesses dois capítulos, Paulo apresenta seis retratos dos servos de Cristo, três no capítulo 3, e três, Nu 4:0 ss), e os diferentes tipos de solo são o cora-ção das pessoas. A igreja local é o "jardim espiritual" em que o pas-tor atua como jardineiro (observe o v. 9: "Somos [...] lavoura de Deus [jardim de Deus]").

Qualquer lavoura precisa de muitos trabalhadores. Um prepara o solo, outro planta a semente, um terceiro tira as ervas daninhas e um quarto sega a colheita. No entan-to, todos compartilham a colheita e recebem pagamento pelo traba-lho. Paulo fala: "Quem é Apoio? E quem é Paulo? Servos [...]. Eu plantei, Apoio regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento". A igreja dividiu-se em relação aos líderes humanos, mas, no versículo 8, Paulo afirma que os trabalhadores são um, estão unidos em propósito e em coração, portanto a igreja também deve ser uma. E trágico que cristãos compa-rem os pastores, os evangelistas e os professores bíblicos entre si da mesma forma que o mundo com-para atletas e artistas de cinema! "Trabalhadores unidos", esse sem-pre deve ser nosso lema e motivo. Temos sempre de cuidar para que o solo de nosso coração não seja duro, frio, e incapaz de receber a semente da Palavra.

  1. Um construtor do templo de Deus (3:10-23)

Essa seção é uma das passagens mais mal compreendidas de toda a Bíblia. Os católicos romanos usam-na para "provar" a doutrina deles do purga-tório, em que o fogo purifica a pes-soa para a próxima vida e as amolda para o céu; os modernistas usam-na para "provar" a salvação pelas boas obras; e muitos cristãos evangélicos interpretam que essa seção se aplica ao julgamento individual, em vez de à edificação da igreja local. A apli-cação básica dessa passagem é para os trabalhadores e para os pastores da igreja local, embora ela ensine que haverá um julgamento das obras dos cristãos no tribunal de Cristo. A passagem compara a igreja local a um edifício, ou a um templo, e o pastor a um construtor responsável pela perfeita manutenção de tudo o que se encontra no templo. Paulo foi o construtor que o Senhor usou para lançar a fundação da igreja de Co- rinto, e, como prega o evangelho, a fundação era Cristo. Apoio veio junto e edificou sobre a fundação; depois dele vieram outros pastores. Paulo adverte: "Porém cada um veja como edifica" (v. 10). A seguir, ele descreve três tipos de trabalhadores cristãos:

  1. O construtor sábio (v. 14)

O primeiro trabalhador usa materiais duráveis (ouro, prata, pedras precio-sas), não as coisas baratas e ordiná-rias do mundo (madeira, feno, pa-lha). Esse construtor honra a Cristo, visa à qualidade que glorifica a ele, e não à quantidade que os homens elogiam. Os construtores sábios usam a Palavra, oram e dependem do Espírito, e, como resultado disso, a obra deles é duradoura. Sua obra resistirá em glória ao teste do fogo!

  1. O construtor mundano (v. 15)

O segundo construtor usa materiais que não resistem ao teste. Esse é o tra-balhador cristão que tem pressa em construir um conglomerado, todavia não tem tempo para edificar uma igreja. O material vem do mundo — madeira, feno, palha. Construto-res desse tipo não testam a confissão de fé das pessoas pela Palavra a fim de verificar se real mente nasceram de novo, eles apenas as aceitam na igreja e regozijam-se com o cresci-mento estatístico. O ministério desse pastor queimará quando for testado na eternidade. O construtor será sal-vo, mas não receberá a recompensa. Ele, como Ló, será salvo "como que através do fogo".

  1. O destruidor (v. 17)

Por fim, o destruidor não edifica a igreja; ao contrário, a põe abaixo. Não é necessário talento nem inte-ligência para destruir algo, mesmo uma criança (e os coríntios eram como crianças) consegue destruir algo. Infelizmente, há líderes cris-tãos cujo ministério egoísta destrói a igreja local, em vez de edificá-la. Aguarda-os o julgamento severo de Deus.

Tenha em mente que Paulo diz tudo isso a fim de ensinar os cris-tãos coríntios a amar e respeitar seus pastores, bem como a orar por eles, pois têm essa tarefa tremen-da de edificar a igreja local para a glória de Deus. Os cristãos do tipo "seguidores de pregadores" ajudam a construir com madeira, feno e palha. Os membros da igreja que amam a Palavra, que obedecem aos ensinamentos da Palavra apresenta-dos pelo pastor e que tentam manter a espiritualidade da igreja local em seu melhor estado ajudam o pastor a edificar com ouro, prata e pedras preciosas. O tribunal de Cristo reve-lará que, na verdade, muitas igrejas grandes não são grandes de maneira alguma.

Em 2:5, Paulo advertiu os co-ríntios de que não confiassem nos homens; agora ele os admoesta a não se gloriarem nos homens (vv. 18-23). Os cristãos imaturos amam se aquecer na luz de "grandes ho-mens". Nos versículos 19:20, Paulo refere-se a 5:13 e a Sal-mos 94:11. Por que nos gloriarmos nos homens quando temos tudo em Cristo? Se Paulo e Apoio eram uma bênção para eles, então deviam gloriar em Deus, não em homens. Tudo que temos — quer homens e mulheres capacitados, quer as bên-çãos da vida, quer as coisas por vir — vem de Deus. Portanto, devemos dar glória a Deus, não aos homens, por essas bênçãos.

E importante que os novos cris-tãos compreendam seu relaciona-mento com a igreja local e com o pastor. Nós, como membros da fa-mília (vv. 1-5), recebemos alimento e crescemos (veja Ef 4:1-49), ajudamos o crescimento e o fortalecimento do templo para a glória de Deus. Nossa vida ajuda a determinar se a igreja é edificada com ouro, prata e pedras preciosas ou com madeira, feno e palha. O cristão deve respeitar seu pastor e obedecê-lo, da mesma for-ma que ele obedece ao Senhor (veja He 13:17), e não glorificá-lo.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I Coríntios Capítulo 3 do versículo 1 até o 23
3.1 Carnais (gr sarkinois). "Humanos". Porque eram nenês na fé.

3.2 Leite. É todo o desígnio de Deus (At 20:27; He 6:1) em forma simples. Alimento sólido. O mesmo desenvolvido e aprofundado. Carnais (gr sarkikoi). Cristãos controlados pela natureza humana decaída.

3.3 Ciúmes (gr zelos). Rivalidades e contendas são sempre um indício de carnalidade.

3.4.5 Andais segundo.. Agindo meramente como homens, Quem.. ? Quem.. ? O gr tem Que.. ? Que.. ? salientando as funções, não as pessoas. Servos (gr diakonoi) de nível humilde, que em si mesmos não têm nem mensagem nem poder.

3.8 As funções são de importância igual e complementares. Galardão. É o "salário" que não depende do êxito mas do trabalho;

3.9 Lavoura. É o campo que Deus está lavrando (Jo 15:1). De Deus. Três vezes em posição enfática no grego.

3.10,11 Paulo era o "mestre construtor" (gr architektõn), capacitado pela graça (Rm 12:3) do Arquiteto que lhe deu o projeto.

3.12 Ouro, prata, pedras preciosas (ou mármore) foram usados na construção de templos; outros materiais, em casas humildes.

3.13 O Dia.. (do juízo). Está sendo revelado pelo fogo. O verbo indica absoluta certeza. Na perseguição e julgamento avalia-se o trabalho.

3.14,15 Galardão. "Salário" (conforme Ap 22:12; Lc 19:16-42).

3.16 Santuário (gr naos). Um somente, no qual existia o lugar santíssimo. Os templos pagãos tinham seus deuses; o templo de Jerusalém tinha um símbolo da presença divina, mas o Espírito de Deus habita no Templo que é a Igreja Universal que se manifesta na igreja local.

3.17 A penalidade para a profanação do templo era a exclusão (Nu 19:20) ou a morte (Lv 15:31). Aqui não se trata de mão de obra inferior mas da destruição da comunhão, a realidade mais preciosa da igreja.

3:18-20 No grego, "dentre em vós, neste século”. Contraste forte do cristão na igreja e no mundo. Todos são responsáveis por suas idéias.
3.22 Todos os ministros pertencem à Igreja toda para servi- Ia. O mundo (gr kosmos). O universo físico, incluindo todo o verdadeiro conhecimento secular. A vida, presente. A morte. Conforme 15:54-57.

3.23 Cristo é igual a Deus, mas, como homem, sujeita-se ao Pai.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I Coríntios Capítulo 3 do versículo 1 até o 23

4) Mal-entendido carnal acerca dos servos de Deus (3:1-9)
a) A camalidade e seus efeitos (3:1-4)
A exposição que Paulo faz do que é espiritual e do que não é o leva a mais uma causa fundamental das dissensões que ameaçam pôr a pique a igreja de Corinto: a carnalidade grosseira. Mas mesmo quando ele se prepara para censurar os seus leitores, a repreensão é suavizada com esse termo recorrente de afeição, Irmãos. Na conversão, os corindos haviam sido bebês em Cristo, e para isso não há censura. No entanto, a passagem do tempo não tinha rendido crescimento algum, mas, o que é pior, uma atitude carnal dominava os crentes, expressando-se em ciúmes e brigas, à medida que continuavam vivendo no “nível puramente humano da sua natureza inferior” (NEB).

v. 1. não lhes pude falar. Refere-se a uma visita inicial de Paulo quando a igreja foi fundada. Então eles não eram espirituais, i.e., os maduros Dt 2:6, mas compreensivelmente crianças (nêpioi), carnais (sarkinoi; “pessoas do mundo”, na NTLH) e, portanto, recebiam leite. v. 2. ainda não estão em condições-. Descreve uma situação totalmente indesculpável. A essa altura, eles já deveriam ter crescido, v. 3. ainda são carnais-. Não sarkinoi do v. 1, que era algo desculpável naquele estágio do seu desenvolvimento, mas sarkikoi (usado duas vezes nesse versículo), indicativo não só do seu estado, mas da sua atitude, carnal e totalmente indesculpável; conforme Hb

5:11-14. Aqui, a referência à “carne” para Paulo tem um significado moral e ético; cf. Rm 7:5,Rm 7:14; Rm 13:14; G1 5.13. O seu uso no NT é diverso: (1) carne no sentido físico (15.39); (2) o próprio corpo (1Pe 4:1); (3) um meio de relacionamento (Mc 10:8); (4) a natureza humana, com relação especial à sua fragilidade (Jo 1:14); (5) a base do pecado; é o uso característico de Paulo para a natureza má do homem, em contraste com a natureza mais elevada. O pecado não é inerente à carne, como afirmavam os gnósticos, mas o seu poder é manifesto na carne, inveja e divisão: Ambas obras da carne (conforme G1 5.20); e a última, resultado da primeira, cria os partidos a que Paulo se refere novamente, como mundanos (anthrõpoi-, “segundo os homens”, na ARC; “pessoas deste mundo”, na NTLH): O termo é repetido no v. 4 e é equivalente a sarkinoi.

b) A verdadeira função dos apóstolos (3:5-9)
A carnalidade obscureceu totalmente a sua compreensão da verdadeira função dos servos de Deus, assim Paulo explica a real relação entre ele mesmo e os apóstolos. Longe de estabelecerem escolas de pensamento divergentes e lealdades conflitantes, eles, como servos de Deus, cooperadores insignificantes, foram chamados para trabalhar de tal maneira de acordo com as orientações dele que as suas atividades complementares resultem no crescimento dado por Deus. Eles não são nada; Deus é tudo.
v. 5. Afinal [...] quem é Apoio? Quem é Paulo?-. No grego, está o neutro “O quê?” no lugar de “Quem”. Isso dirige a nossa atenção para a atividade deles, e não para sua personalidade, servos (diakonoi): Uma palavra que denota serviço intenso, que o Senhor atribuiu a cada um. Pode ser uma referência à fé concedida a cada crente, ou ao ministério concedido a cada um dos seus servos. O contexto sugere a segunda, v. 6. Eu plantei, Apoio regou, mas Deus é quem fez crescer. Os dois primeiros verbos estão no aoristo, resumindo as tarefas específicas que Paulo e Apoio concluíram (conforme At 18:1-18 e 18.24—19.1 respectivamente), mas um imperfeito expressa o crescimento contínuo dado por Deus por meio de tudo isso.

v. 8. têm um só propósito'. Literalmente, são uma coisa (neutro), “no mesmo nível” (Moffatt); isso desmente qualquer acusação das facções opostas de que Paulo e Apoio estavam em discórdia. A NEB expressa isso muito bem: “eles trabalham como uma equipe”. Contudo, cada um deles presta contas individualmente a Deus (conforme v. 10ss). v. 9. cooperadores de Deus: Uma expressão que ocorre somente aqui. Dois significados são possíveis: “cooperadores uns dos outros no serviço de Deus” ou “cooperadores de Deus”. Embora o grego favoreça a segunda opção, o contexto sugere a primeira, i.e., a unidade de Paulo e Apoio na obra de Deus. lavoura de Deus e edifício de Deus: A ênfase está no processo que resulta no campo arado e no edifício concluído. A primeira ilustração remonta aos v. 6-9, e a segunda aponta adiante para os v. 10ss.


5) A verdadeira concepção da igreja local (3:10-23)
a) Os construtores: sua responsabilidade e recompensa (3:10-15)
Paulo está interessado no processo de edificação. Embora ele tenha colocado um bom alicerce — “Jesus Cristo, e este, crucificado” —, os crentes locais em Corinto têm a responsabilidade de erguer a estrutura. Para o bem ou para o mal, eles vão incorporar os equivalentes a ouro, prata etc., de acordo com o estilo de vida que viverem individualmente. O dia final da prestação de contas virá, envolvendo não a salvação dos que edificaram, mas os lucros ou perdas dos salários na hora em que a obra for testada.
v. 10. graça: charis aqui significa uma dotação de poder divino (conforme 15.10). como sábio construtor (sophos): Usado com respeito a artesãos habilidosos que construíram o tabernáculo; conforme LXX de Êx 35:10; 36:1,4,8. lancei o alicerce: O aoristo se refere à estada de dezoito meses de Paulo em Corinto; assim também 2.1; 3.1,6. outro está construindo:

Não é uma referência a Apoio, mas indica o término da contribuição de Paulo. Contudo, veja cada um como constrói: Destaca a responsabilidade pessoal de cada pessoa que toma parte. Aqui não está em vista meramente a estrutura doutrinária da igreja, mas todos os aspectos da sua vida em comunidade, v. 12. Os termos ouro, prata etc. não podem ser forçados a significar detalhes específicos na edificação. Antes, o que é valioso, verdadeiro e duradouro é contrastado com as características desprezíveis, superficiais e inferiores que podem marcar a conduta e o serviço cristãos, v. 13. o Dia a trará à luz: O dia do juízo; conforme lTs 5.4; He 10:25. será revelada pelo fogo: O próprio Dia será assim revelado; conforme 2Ts 1:7; 2Ts 2:8; Ez 7:0. v. 14,15. recompensa: Poderia ser traduzido por “salário”, como sugere o v. 8. Como Paulo e Apoio vão receber um salário de acordo com o seu trabalho, assim vai aquele que construir, de acordo com o que sobreviver ao teste do fogo. De maneira semelhante, aquele cuja obra é queimada sofrerá o prejuízo no seu salário, embora não a salvação, como alguém que escapa através do fogo: E o fogo do juízo (v. 13), e não do purgatório.

b) A preocupação de Deus por sua igreja (3.16,17)
As figuras de linguagem mudam à medida que Paulo tira a sua atenção dos construtores e seu processo de edificação e a volta para o retrato do templo de Deus, o santuário da sua presença, a igreja em Corinto. Se alguém, por meio de discussões e brigas, desfigurar esse santuário, Deus vai desfigurar essa pessoa.
v. 16. santuário de Deus (naos): Inclui o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo, em vez de hieron, que incluía toda a área do templo. Temos aqui uma referência à igreja local, mas v. em 6.19 a sua aplicação ao crente individual.

v. 17. Se alguém destruir [...] Deus o destruirá: O verbo tem dois significados: (1) profanar, corromper; (2) destruir. Despedaçar uma igreja por meio de divisão é reduzi-la à ruína, e Deus vai agir exatamente da mesma forma com os responsáveis por essa divisão. Esse verbo iphtheirõ), sem dúvida escolhido em virtude de seu duplo sentido, não transmite a idéia de aniquilamento ou tormento eterno, mas deixa dúvidas quanto à exata natureza da retribuição divina. A enormidade do pecado da divisão aos olhos de Deus está clara.

c) A necessidade da verdadeira sabedoria (3:18-23)
A situação é urgente e, diante do juízo iminente, Paulo apela novamente àqueles que se apegam de forma tão tola à sabedoria deste mundo, a qual, como ele já demonstrou e as próprias Escrituras mostram, Deus vai reduzir a nada. Paulo tira a atenção da jactância tola dos homens e a volta para a grandeza imensurável das suas posses em Cristo. Eles não podem ficar presos nos limites estreitos de um partido, pois todos os mestres são deles, como também o próprio mundo com todas as suas correntes contrárias; e eles são de Cristo, e Cristo é de Deus. Tudo culmina nessa unidade do ser de Deus na qual todos eles têm parte. Entender isso é a verdadeira sabedoria.
v. 18. deve tonar-se “louco”-. Ao aceitar a sabedoria de Deus — que o mundo chama de loucura — já exposta em 1:18-20; 2.14. v. 19. está escrito-, Uma citação de 5:13, não da LXX, mas possivelmente a própria versão de Paulo com base no hebraico. Ele apanha-, No grego, é um particípio, indicando a firmeza com que Deus segura a escorregadia astúcia dos maus (conforme 1.20). v. 20. Esse versículo é típico da liberdade com que Paulo cita da LXX (Sl 94:11). No entanto, sábios, que ele introduz no lugar de “homem”, é encontrado no contexto que está contrastando os desígnios dos homens com os de Deus. v. 21,22. todas as coisas são de vocês...: Paulo e os líderes dos partidos não possuem os coríntios; antes, os corindos possuem esses servos de Deus e, não somente isso, mas tudo (neutro) — todas as criaturas de Deus sem limites (conforme Rm 8:32), o mundo (kosmos): O Universo que habitamos, a vida, a morte: Consideradas do ponto de vista físico, mas sobre as quais Cristo deu a vitória (conforme Fp 1:21) com Deus não estão em discussão, mas a sua subordinação a favor da salvação do homem; conforme 11.3; 15.24ss; Jo 14:28.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 3 do versículo 16 até o 17

16,17. O terceiro tipo de construtor, que prejudica o edifício, é o professo que não é cristão, que não é o proprietário (cons. Gl 2:4; 2Pe 2:1-22). Corromper ou destruir são as traduções da mesma palavra grega, que é muito mais forte do que sofrer dano (1Co 3:15). O santuário é a igreja local, mas certamente a igreja local sendo a manifestação local de um único e verdadeiro templo de Deus, a Igreja Invisível, composto de todos os crentes verdadeiros em Cristo.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I Coríntios Capítulo 3 do versículo 1 até o 23
1Co 3:1

O apóstolo põe de parte esse tema elevado e volta-se para os seus leitores, os cristãos coríntios. Estes ainda não estão inteiramente entregues à operação do Espírito Santo. São carnais, crianças em Cristo (1Co 3:1). Teve de alimentá-los com leite, e não com sólido (2) e continuam precisando deste gênero de alimento. Ainda sois carnais: porquanto, havendo entre vós ciúmes, etc. (3). A existência de lutas partidárias era índice de que o Espírito Santo não dominava inteiramente aquela igreja. A forma grega da palavra "carnal" difere ligeiramente no vers. 1 e no vers. 3. No vers. 1 a palavra significa "carnal", "feito de carne"; no vers. 3 quer dizer "carnal no caráter", "de mentalidade carnal". Os recém-nascidos do Espírito ainda conservam seus desejos naturais por mais ou menos tempo. Isto não é censurável, porém, sim, permanecer mentalmente carnal, isto é, conservar o critério pelo qual o mundo julga as coisas. Proceder assim é andar segundo o homem (3). E o mundo vai sempre atrás de vozes de partido-Eu sou de Paulo... Eu sou de Apolo (4).

Esta seção, em sua inteireza (1:18-3,4) ensina que o Espírito dá ao crente o poder de julgar todas as coisas. Todavia não implica que a religião cristã é uma forma de experiência ou de pensamento que se opõe às operações das faculdades naturais do homem, tais como a razão e o sentimento. Mais adiante, nos caps. 12 e 14, o apóstolo adverte seus leitores contra uma atitude anti-racionalista no que concerne a fatos espirituais. Além do que, o ensino aqui, enquanto sustenta que a vida cristã é vivida no Espírito, não implica entretanto que é uma vida de misticismo, divorciada dos interesses humanos e ordinários. Paulo era possivelmente, dos apóstolos, o de mentalidade mais prática.

>1Co 3:5

4. OS MINISTROS, EM SI, NADA SÃO (1Co 3:5-46) -O apóstolo agora considera a segunda causa das divisões. Não apenas têm uma concepção errônea de sabedoria: do ministério também fazem um conceito errado. Servos por meio de quem crestes (5). O ministro nada é em si, e de fato é erro perigoso ele agigantar-se no horizonte visual dos crentes, atraindo para si as atenções, porquanto ele é apenas aquilo que Deus o fez ser-conforme o Senhor concedeu a cada um (5). Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus (6). Os dois primeiros verbos, no grego, indicam ação completa no passado, enquanto o terceiro (veio) está no pretérito imperfeito, denotando ação continuada. A mudança do tempo do verbo é digna de nota. São um (8). Paulo e Apolo não dissentem entre si; aliás, os ministérios deles para Deus, embora diferentes no caráter, são partes de um mesmo processo. Cada qual, porém, tem sua parte a realizar, e receberá o seu galardão (8). Lavoura de Deus, edifício de Deus (9). São duas metáforas favoritas da doutrina cristã, e vale a pena ponderá-las. Deus é o Mestre-Jardineiro, o supremo Arquiteto.

Apolo, que é mencionado aqui, é também referido em At 18:24-28. Alexandrino culto, com algum conhecimento do Cristianismo, veio a Éfeso onde foi mais instruído por Áquila e Priscila, amigos íntimos de Paulo. Parece que ele almejava, de modo particular, ir a Corinto, de onde Paulo, Áquila e Priscila saíram havia pouco, sendo recomendado por carta aos irmãos dali. Logo começou a ensinar na sinagoga de Corinto que Jesus era o Messias. Devia ser um orador distinto, para que um partido, naquela igreja, tomasse o seu nome. Será que ele, sem o querer, fez surgir ali o espírito de partido? Paulo não indica que Apolo se lhe opusesse-o que planta e o que rega são um -de modo que não podemos admitir esta idéia. No caso, a falta não estava nos ministros. A menção que o apóstolo faz aqui ao seu nome e ao de Apolo pode ser apenas para servirem de exemplo: o vers. 1Co 4:6 possivelmente o indica.

>1Co 3:10

5. OS MINISTROS SÃO RESPONSÁVEIS PELA NATUREZA DA OBRA QUE EXECUTAM (1Co 3:10-46) -Segundo a graça que me foi dada (10). Embora a si mesmo chame de mestre-construtor (10), recebe de Deus instruções e força. A obra é de Deus, pensamento este que tanto acalma ansiedade excessiva da parte do ministro, como também o inspira lembrando-lhe a alta dignidade de seu ofício. Lancei o fundamento... que é Jesus Cristo (10-11). Cfr. Ef 2:20 n. O único fundamento do Cristianismo é Jesus Cristo. Nenhuma teoria ou sistema, de idéias, mesmo aquele que dê um lugar a Jesus Cristo, pode substituir esse fundamento. Se alguém edificar... (12). Empregando a metáfora da construção, o apóstolo compara as obras dos ministros cristãos a ouro, prata... (12) Algumas obras são preciosas duráveis; outras não têm valor e não resistem à prova. Será revelada pelo fogo (13). Ouro, prata e pedras preciosas podem passar ilesos pelo fogo; madeira, feno, palha são por ele consumidos. Assim, as obras de alguns ministros resistem; as de outros desaparecem. Note-se a mudança que Paulo faz da metáfora, passando de edifício para os materiais que ilustram durabilidade ou o inverso, quando submetidos ao fogo. O dia a demonstrará (13). Provavelmente o apóstolo queria dizer somente o dia da prova, não o dia de Juízo. Cfr. Rm 14:10-45. Receberá galardão... sofrerá dano (14-15). Quando estamos "em Cristo Jesus" (veja-se Rm 8:1), podemos executar trabalho para Deus, que Ele avaliará e recompensará conforme for de justiça; a natureza da recompensa não está revelada aqui. Esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo (15). Paulo se empenha por fazer distinção entre o ministro e sua obra. Esta pode perder-se-como palha consumida no fogo; mas o ministro crente será salvo "todavia como que através do fogo". Esta frase pode ser mero provérbio dos gregos significando "escapar por um triz", sendo coincidência que a figura do fogo se empregue aí para descrever a prova da obra, e a mesma palavra se encontre nesta frase proverbial. O apóstolo considera digno de lástima o cristão que não tem obras para exibir, visto perder o gozo do serviço do Mestre.

>1Co 3:13

Estes vers. 13-15, admite-se, soam estranho à primeira vista, e têm sido interpretados de outras maneiras que não a acima indicada. As idéias decisivas são apresentadas pelas palavras o dia (13) e salvos através do fogo (15). Trata-se do Dia do Juízo? Em caso afirmativo, "fogo" aí seria o juízo divino; e tal metáfora, com efeito, usa-se no Velho Testamento, e ainda por nosso Senhor ao refere-se à Geena. Perfilhando esta idéia, a Igreja Romana usa o vers. 15 em apoio de sua doutrina acerca do Purgatório. Mas como acontece tantas vezes com hipotéticos apoios bíblicos que ela apresenta para suas doutrinas distintivas, a frase salvos pelo fogo está inteiramente deslocada do seu contexto. Este contexto é o Dia do Julgamento (se tal suposição for aceita), e não um estado intermediário entre a morte e o juízo. Não é possível a passagem em questão apresentar a doutrina de uma purificação dos crentes após a morte.

A explanação oferecida acima é muito simples, e baseia-se no ponto de vista de que "o dia" significa algo como sejam as ocasiões de prova que ocorrem cada dia; "fogo" emprega-se então aí em dois sentidos um como simples ilustração de algo que submete a um teste severíssimo, e o outro sentido deriva-se de um provérbio grego.

Em todo o Novo Testamento encontram-se exortações aos crentes para que se dêem ás boas obras a começar com o ensino de nosso Senhor, assim quando disse, "Brilhe de tal modo a vossa luz diante dos homens que eles vejam vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está no céu". Outrossim, a concessão de recompensas a tais boas obras foi referida por nosso Senhor-"de modo algum perderá seu galardão" -e outras vezes mencionada nos escritos apostólicos. Conseqüentemente a passagem em lide enquadra-se perfeitamente no ensino geral do Novo Testamento; apenas sua fraseologia é peculiar.

>1Co 3:16

Vós sois santuário de Deus (16). Em outro lugar o apóstolo diz que o crente é habitado pelo Espírito Santo-"vosso corpo é santuário do Espírito Santo" (1Cr 6:19), mas aqui ele o diz da Igreja de Corinto inteira. Se alguém o destruir... Deus o destruirá (17). É o oposto do pensamento do vers. 15, onde se diz que o obreiro cristão faltoso é salvo, embora sua obra seja destruída. Aqui, o que danificar o santuário de Deus será por Deus destruído. Podemos comparar este pensamento com a doutrina de nosso Senhor acerca dos tropeços posto diante de um crente (veja-se Mt 18:6).

>1Co 3:18

6. AVISO CONTRA A JACTÂNCIA E O JUÍZO (1Co 3:18-46). A advertência contra o "culto dos heróis" deve ser observada com cuidado. A glorificação do homem é a raiz de muito sectarismo que há.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de I Coríntios Capítulo 3 do versículo 1 até o 23

7. Os cristãos carnais ( I Coríntios 3:1-9 )

E eu, irmãos, não poderia falar como a espirituais, mas como a homens de carne, como a crianças em Cristo. Eu dei-lhes leite, alimentos não sólidos; para você ainda não foram capazes de recebê-la. Na verdade, até agora você ainda não estão em condições, porque ainda são carnais. Para uma vez que há inveja e divisão entre vocês, não é carnal, e que você não está agindo como mundanos? Pois quando alguém diz: "Eu sou de Paulo", e outro: "Eu sou de Apolo," você não meros homens? Quem é Apolo? E o que é Paulo? Servos por meio de quem você acredita, assim como o Senhor deu a oportunidade de cada um. Eu plantei, Apolo regou, mas Deus estava causando o crescimento. Por isso, nem o que planta nem o que rega é alguma coisa, mas Deus, que dá o crescimento. Agora o que planta e que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus. ( 3: 1-9 )

Em seu livro A Nova Vida Michael Green relata que um amigo dele veio até ele e explicou a sua recém-descoberta vida cristã pela palavra, algo como estes: "É um pouco como um ciclista que, quando ele está subindo uma colina longa, acha que ele será capaz de roda livre para o outro lado. Não é até que ele atinja o topo que ele vê que sua tarefa apenas começou e que os ventos da estrada sobre colinas com ainda mais drásticas do que a que ele acaba de subir ".

Muitos cristãos têm chegado à mesma conclusão. Vida cristã fiel torna-se cada vez mais difícil e mais exigente. É a coisa mais distante de um passeio de downhill. Cristo não resolve todos os nossos problemas importantes. Ele traz paz, alegria, sentido, propósito e muitas outras bênçãos de que o incrédulo não sabe nada. Mas a vida cristã não é fácil. De muitas formas de vida é muito mais exigente do que antes de sermos salvos.
Como isso é possível? Como quando nós temos o próprio Espírito de Deus dentro de nós, a mente de Cristo e do poder de Deus-que poderia tornar-se mais difícil de fazer o que é certo, para fazer o que o Senhor quer que façamos? Há duas razões: o mundo e da carne. O primeiro está fora de nós, a segunda está dentro de nós. São instrumentos supremos de Satanás em tentador crentes e mantê-los a partir de fidelidade e vitória.

A promessa da Nova Aliança em Cristo é a promessa de um novo espírito e um novo coração ( Ez 36:25-27. ). Quando uma pessoa se torna um cristão, ele também se torna uma nova criação, com uma nova natureza, um novo ser interior, e uma disposição favorável para com Deus, nenhum dos quais uma pessoa pode ter parte de Cristo ( 2Pe 1:4 ). Até então, a carne continuamente resiste e se opõe ao novo coração. Paulo fala sobre a luta em sua própria vida:

Pois o que eu estou fazendo, eu não entendo; pois não estou praticando o que eu gostaria de fazer, mas eu estou fazendo a mesma coisa que eu odeio ... Para o bem que quero, eu não faço.; mas eu pratico o muito mal que não quero. ... Pois eu alegremente concordar com a lei de Deus no homem interior, mas vejo outra lei nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente. ( Rm 7:15 , Rm 7:19 ,22-23 )

Fisicamente Quando nascemos herdamos de Adão a carne com a sua propensão para o pecado. Quando nascemos espiritualmente e dado um novo espírito, um novo coração, Deus quebrou a parte de trás do pecado, aleijado sua capacidade, e pagou sua pena. Mas a tendência para o mal permanece. A única palavra que melhor caracteriza a carne, nossa humanidade, a nossa natureza adâmica, é egoísta. O pecado de Adão, como o pecado do tentador quando ele caiu ( Is 14:13 ), centrada na definição de sua própria vontade e os interesses contra de Deus; e que tem sido o centro do pecado desde então.

O mundo e da carne estão intimamente relacionados. Eles são usados ​​pelo mesmo poder, Satanás, e eles têm a mesma Proposito, o mal. Eles se complementam e são muitas vezes difíceis de distinguir. Mas não é necessário distinguir precisamente entre eles, porque ambos são inimigos espirituais, e ambos devem ser combatidos com a Palavra de as mesmas armas que Deus eo Espírito de Deus.
Nosso último triunfo sobre o mundo ea carne é certo, mas a nossa luta continuou com eles nesta vida também é certa. Vamos ganhar a batalha final, mas pode perder uma grande quantidade de escaramuças ao longo do caminho.
Os crentes de Corinto tinha uma luta especialmente difícil contra os inimigos gêmeos, uma luta que eles raramente ganha. Eles não iria romper com o mundo ou romper com a carne e eram continuamente sucumbir a ambos. Conseqüentemente, eles caíram em um pecado grave após o outro. Quase toda esta epístola tem a ver com a identificação e correcção desses pecados.
O pecado da divisão foi estreitamente relacionado com vários outros pecados. Pecados estão sempre interligados. Não existe tal coisa como um pecado isolado. Um pecado leva a outra, e a segunda reforça o primeiro. Todo pecado é uma combinação de pecados, e um crente pecar não pode limitar o mal a uma dimensão.

A partir Dt 1:18 através 02:16 Paulo aponta que os coríntios estavam divididos por causa do mundanismo, por causa da continuação de seu amor para a sabedoria humana. Em 3: 1-9 , o apóstolo mostra-lhes que eles também foram divididos por causa da carne, por causa de sua continuou cedendo ao mal em sua humanidade. Ele mostra a causa, os sintomas, e a cura.

A causa da Divisão: O Carne

E eu, irmãos, não poderia falar como a espirituais, mas como a homens de carne, como a crianças em Cristo. Eu dei-lhes leite, alimentos não sólidos; para você ainda não foram capazes de recebê-la. Na verdade, até agora você ainda não estão em condições, porque ainda são carnais. ( 3: 1-3 um)

A causa da divisão na igreja era mais do que uma influência externa, mundano. Foi também interno, carnal. O Corinthians sucumbiu às pressões do mundo, mas também foram sucumbindo às pressões e tentações de sua própria carne.
Antes Paulo castiga-los por seus pecados imaturo, ele lembra-lhes mais uma vez que ele está falando a eles como irmãos , como companheiros de fé. Isso é um termo de reconhecimento e de amor. Ele lembrou a seus irmãos em Cristo que eles ainda estavam guardados, que o seu pecado, terrível e imperdoável como era, não perdeu a sua salvação. Ele não tentou diminuir a gravidade de seus pecados, mas ele tentou diminuir ou prevenir qualquer desânimo que sua repreensão outra forma poderiam causar. Ele estava com eles como um irmão, e não sobre eles como um juiz.

Mas Paulo não podia falar com os crentes de Corinto como homens espirituais . Eles tinham vindo pela porta da fé, mas tinha ido mais longe. A maioria deles tinha recebido Jesus Cristo anos antes, mas estavam agindo como se tivesse acabado de nascer de novo. Eles eram ainda bebês em Cristo .

O Novo Testamento usa a palavra espiritual em uma série de maneiras. Em um sentido neutro significa simplesmente o reino das coisas espirituais, em contraste com o reino da física. Quando aplicado a homens, no entanto, ele é usado de seu relacionamento com Deus em uma de duas maneiras: posicionalmente ou praticamente. Os incrédulos são totalmente não-espiritual em ambos os sentidos. Eles não possuem nem um novo espírito, nem o Espírito Santo. Sua posição é natural e sua prática é natural. Os crentes, por outro lado, são totalmente espiritual, no sentido posicional, porque eles têm sido dado um novo ser interior que ama a Deus e é habitado pelo Seu Espírito Santo. Mas, na prática, os crentes também podem ser unspiritual.

Em 2: 14-15 Paulo contrasta crentes e não crentes, e seu uso de "espiritual", nesse contexto, refere-se, portanto, à espiritualidade posicional. O "homem natural" ( v. 14 ) é o não salvo; "Aquele que é espiritual" ( v. 15 ) é o salva. No sentido posicional, não existe tal coisa como um cristão não espiritual ou um cristão parcialmente espiritual. Neste sentido, cada crente é igual. Este espiritual é um sinônimo para possuir a vida de Deus na alma, ou, como vimos em 02:16 , tendo a mente de Cristo.

Uma pessoa espiritual posicionalmente é um com um coração novo, habitado por e controlado pelo Espírito Santo. "Você não está na carne, mas no Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vós Mas se alguém não tem o Espírito de Cristo, ele não pertence a Ele." ( Rm 8:9 ). Nossa resistência e desobediência pode causar muitos desvios desnecessários, atrasos e tristezas, mas Ele vai realizar a Sua obra em nós. "Aquele que começou a boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus" ( Fp 1:6 ). Glorificação, em certo sentido, será menos de uma mudança de justificação. Justificação era transformação do ser interior; glorificação é a eliminação do ser exterior, que carrega a maldição.

Assim, um cristão não é caracterizada pelo pecado; já não representa a sua natureza básica. Mas ele ainda é capaz de pecar, e seu pecado é tão pecador como o pecado de um incrédulo. O pecado é pecado.Quando um crente peca, ele está sendo praticamente não espiritual, vivendo no mesmo nível prático como um incrédulo. Consequentemente Paulo é obrigado a falar com os crentes de Corinto muito como se fossem incrédulos.
Talvez um pouco para suavizar a repreensão, ele também compara-los a crianças em Cristo . Estava longe de ser um elogio, mas fez reconhecer que eles realmente pertencia a Cristo.

Os crentes de Corinto estavam espiritualmente ignorante. Paulo havia ministrado a eles por 18 meses, e depois que eles foram pastoreada pelos Apolo altamente talentoso. Alguns deles estavam familiarizados com Pedro e outros aparentemente tinha sequer ouvido falar de Jesus pregar ( 01:12 ). Como os "bebês" de He 5:13 , eles não tinham desculpa para não ser maduro. No entanto, eles eram exatamente o oposto. Eles não eram bebês, porque eles foram recentemente resgatados, mas porque eram inexcusably imaturo.

Os coríntios não eram pouco inteligentes. Seu problema não era baixo QI ou a falta de ensino. Eles não eram ignorantes da fé, porque eles eram mudos, mas porque eram carnais. A causa não era mental, mas espiritual. Porque eles se recusaram a desistir de suas maneiras mundanas e seus desejos carnais, eles se tornaram o que Tiago chama ouvintes esquecidos ( Jc 1:25 ). Uma pessoa que não usa as informações vai perdê-la; e verdade espiritual não é excepção. As verdades espirituais que ignoramos e negligência se tornarão cada vez menos lembrado e significativo (cf. 2 Ped. 1: 12-13 ). Nada nos leva a ignorar a verdade de Deus mais do que não vivê-la. Um cristão pecar é desconfortável, à luz da verdade de Deus. Ele quer se transforma a partir de seu comportamento carnal ou ele começa a bloquear a luz de Deus. Somente quando deixamos de lado "malícia e todo o engano, hipocrisia, inveja e toda calúnia", isto é, a carne são-nos capazes de "tempo para o leite puro da palavra" e "crescer em relação a salvação" ( 1 Ped . 2: 1-2 ).

Eu dei-lhes leite, alimentos não sólidos; para você ainda não foram capazes de recebê-la. Na verdade, até agora você ainda não estão em condições, porque ainda são carnais. ( 3: 2-3um)

Quando Paulo pregou aos Coríntios ele ensinou as verdades elementares mais facilmente digeríveis de doutrina, o leite . Mas agora cerca de cinco anos depois, eles ainda precisavam ser alimentados com leite. Eles ainda não conseguiu digerir espiritualmente alimentos sólidos .

Como muitos cristãos de hoje, o Corinthians parecia bastante conteúdo para ficar sobre o leite. Algumas congregações não quer o pastor para obter "muito profundo." Seus hábitos carnais não são muito ameaçado se, por exemplo, o pregador varas principalmente para mensagens evangelísticas. Evangelismo é a vanguarda da missão da Igreja, mas é para os incrédulos, e não crentes. Ou a congregação quer Escritura deve ser pregado tão superficialmente que seu pecado não está exposta, muito menos repreendido e corrigido.

Não há diferença alguma entre as verdades de uma dieta de leite espiritual e uma sólida dieta espiritual, exceto em detalhe e profundidade. Todos doutrina pode ter tanto leite e elementos de carne. Não é que devemos estar continuamente aprendendo novas doutrinas, a fim de crescer, mas que estamos a ser aprender mais sobre as doutrinas que conhecemos há anos. Um novo Cristão poderia explicar a expiação, por exemplo, como: "Cristo morreu pelos meus pecados." A estudante de longa data do Palavra, por outro lado, iria entrar em coisas como a regeneração, a justificação, a substituição, e propiciação. Uma explicação não seria mais verdadeiro do que o outro; mas a primeira seria o leite e o segundo, comida sólida .

Para um pregador cristão ou um professor para dar somente leite semana após semana, ano após ano, é um crime contra a Palavra de Deus e do Espírito Santo! Ele não pode ser feito sem descuidar muito da Palavra e sem descuidar da liderança e capacitação do Espírito Santo, o Mestre supremo e iluminador. Ele também é um terrível desserviço para aqueles que ouvem, ou não estiver satisfeito com ter apenas leite. O apetite deve ser criado.

Nada é mais precioso ou maravilhoso do que um bebê. Mas uma nota de vinte anos de idade, com a mente de uma criança é devastador. Um bebê que age como um bebê é uma alegria; mas um adulto que age como um bebê é uma tragédia. É, sem dúvida, entristeceu o Espírito Santo, como pesou Paulo, que os cristãos de Corinto nunca tinha saído de sua infância espiritual. Esta tragédia é imensamente pior do que a da física ou mentalmente retardado, que não têm nenhuma responsabilidade por suas condições. Retardo espiritual, no entanto, é sempre essencialmente do nosso próprio esforço. Podemos não ter o melhor pregador humano ou professor, mas cada crente tem o professor perfeito dentro, que anseia para instruí-lo nas coisas de Deus (cf. 1Jo 2:20 , 1Jo 2:27 ). Se não crescer espiritualmente, a razão é sempre que estamos ainda carnal.

Tempos de crescimento do crente são aqueles momentos em que ele anda no Espírito ( Gl 5:16-17. ). É essencial compreender que a carnalidade não é um estado absoluto, em que existe um crente ( Rom. 8: 4-14 ), mas um padrão de comportamento que ele escolhe um momento de cada vez. Para dizê-lo de outra forma, um cristão não é carnal, no sentido de ser, mas no sentido de se comportar.

Os sintomas da Divisão: Ciúme e Strife

Para uma vez que há inveja e divisão entre vocês, não é carnal, e que você não está agindo como mundanos? Pois quando alguém diz: "Eu sou de Paulo", e outro: "Eu sou de Apolo," você não meros homens? ( 3: 3 b-4)

Imaturos, cristãos carnais nunca são o resultado de genes deficientes espirituais ou de um defeito de nascimento espiritual. Eles são do jeito que são, por suas próprias escolhas. Uma das piores e mais decepcionantes problemas a igreja pode ter é uma congregação cheia de bebês, os cristãos que não estão crescendo porque procuram satisfazer apetites carnais.
Porque egocentrismo é o cerne do comportamento carnal, inveja e contendas são sempre encontrados em uma congregação imaturo. O ciúme é a atitude, e discórdia é a ação que resulta dele. Uma delas é a condição emocional interna, a outra a expressão externa de egoísmo.

Estes dois problemas, no entanto, são apenas representativos dos muitos sintomas da carne. Desejo pecaminoso é como câncer; ele tem muitas formas e afeta muitas partes da igreja, em muitos aspectos, todos eles destrutivo. Carnalidade é um mal geral que tem muitas manifestações. Vai moral corruptos, enfraquecer as relações pessoais, produzir dúvida sobre Deus e Sua Palavra, destruir a vida de oração, e fornecer um terreno fértil para heresia. Ele vai atacar a doutrina certa e bem viver, crença correta e prática correta.
Ciúme e conflitos não são o menor dos sintomas de vida carnal. Esses pecados são mais destrutivas do que muitos cristãos parecem pensar. Eles estão longe de ser mesquinhos pecados, porque, entre outras coisas, que causam divisão na igreja, o corpo de Cristo, a quem Ele deu a vida. Eles estão entre os mais seguros marcas da humanidade caída, assim como a unidade é uma das mais seguras marcas da transformação divina.
O ciúme é uma forma grave de egoísmo, invejar alguém que desejamos eram nossos. E o egoísmo é uma das características mais evidentes da primeira infância. A vida de uma criança é quase totalmente egocêntrico e egoísta. Toda a sua preocupação é com o seu próprio conforto, a fome, a atenção, o sono. É típico de uma criança para ser auto-centrado, mas não deve ser típico de um adulto, especialmente um cristão adulto. É espiritualmente infantil para ter ciúmes de e para causar discórdia entre irmãos, e trai uma perspectiva carnal.
Divisão só pode ocorrer onde há egoísmo. Carnal, as pessoas imaturas cooperar apenas com os líderes e companheiros crentes com quem elas acontecem para concordar ou que pessoalmente recorrer a eles ou irá embelezar-los. Facções não pode ajudar, resultando onde há inveja e contendas, ou qualquer outra forma de carnalidade. Quando uma congregação desenvolve lealdades em torno dos indivíduos, é um sintoma certeza de imaturidade espiritual e problemas. Foi pecaminoso para facções para desenvolver em torno de Paulo e Apolo , e que é pecaminoso para facções divisórios para desenvolver em torno de qualquer líder na igreja hoje. Você não está agindo como mundanos? é outra maneira de dizer: "Você está pensando e se comportando de sentido carnal ".

O Cure para as divisões: Glorificar a Deus

Quem é Apolo? E o que é Paulo? Servos por meio de quem você acredita, assim como o Senhor deu a oportunidade de cada um. Eu plantei, Apolo regou, mas Deus estava causando o crescimento. Por isso, nem o que planta nem o que rega é alguma coisa, mas Deus, que dá o crescimento. Agora o que planta e que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus. ( 3: 5-9 )

A cura para a divisão é afastar-se de si mesmo e definir os nossos olhos, por um Deus a quem nós todos glorificar. Quando a nossa atenção está focada em nosso Senhor, como sempre deveria ser, não haverá tempo e nenhuma ocasião para a divisão. Quando a nossa atenção é sobre ele que não pode estar em nós mesmos ou de líderes humanos ou facções humanos.
Apolo e Paulo eram simplesmente os servos através de quem você acredita. Eles foram os instrumentos, e não o de origem, de salvação. Como Paulo lhes tinha lembrado anteriormente, ele não tivesse morrido para eles e eles não foram batizados em seu nome ( 1:13 ). O mesmo era verdade, é claro, por Apolo e Pedro, como é verdade para todos os outros ministros do Senhor de todos os tempos. Todos os cristãos, incluindo até mesmo homens como aqueles, a quem o Senhor usou tão poderosamente, mas são Seus servos ( diakonoi ), ou ministros ( KJV ). Não é a mesma palavra ( doulos ), muitas vezes traduzido como "servo, escravo ou servo." ( 7: 21-23 ; Rm 1:1. ), mas não reverenciado ou definir um contra o outro.

Aqueles homens tiveram seu trabalho designado por Deus para fazer. Usando metáforas agrícolas, Paulo reconheceu que ele tinha plantado e que Apolo regou . Eles tinham feito seu trabalho bem e fielmente. Mas o verdadeiro trabalho foi o de. Senhor Deus estava causando o crescimento . Nenhum homem, nem mesmo o melhor agricultor ou o melhor horticultor, pode dar a vida física ou o crescimento de uma planta. Quanto menos alguém pode, até mesmo um apóstolo, dar vida espiritual ou crescimento de uma pessoa. O máximo que os homens podem fazer em qualquer dos casos é o de preparar e água do solo e plantar as sementes. O resto é com Deus. Nem o que planta nem o que rega é alguma coisa, mas Deus, que dá o crescimento . O instrumento humano não é nada além de uma ferramenta. Toda a honra para a realização vai para Deus.

Paulo aqui menciona apenas dois tipos de ministério, representada por plantar e regar. Seu princípio, no entanto, aplica-se a todo o tipo de ministério. Aos nossos olhos, alguns trabalhos de Cristão é mais glamourosa, ou parece ser mais importante ou mais importante do que outro trabalho. Mas se Deus chamou uma pessoa para um trabalho, que é o ministério mais importante que ele pode ter. Todo o trabalho de Deus é importante. Para glorificar um tipo de trabalho cristão acima de outro é tão carnal e divisiva quanto para glorificar um líder acima de outro.

Parábola de nosso Senhor em Mateus 20:1-16 demonstra a igualdade de nossos ministérios, no dia de recompensas. Jesus contou a parábola como um corretivo para o sentimento dos discípulos que eles eram mais dignos que os outros ( 19: 27-30 ). Vamos todos igualmente herdar a vida eterna prometida, com todas as suas bênçãos. Essa é a mesmice da glória futura.

Aquele que planta e quem águas são um . Todos os trabalhadores de Deus são um Nele e com Ele toda a glória deve ir. O reconhecimento da nossa unidade no Senhor é o remédio certo e apenas para divisão. Ela não deixa lugar para a carne e sua contenda ciúme, e divisão.

Deus não falha para reconhecer o trabalho dos seus servos fiéis. Cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho . Deus vai "dar a sua recompensa para [sua] servos, os profetas e os santos, e aqueles que temem a [sua] nome, o pequeno eo grande" ( Ap 11:18 ). Essa é a singularidade da glória futura.

Deus recompensa com base no trabalho , não o sucesso ou resultados. Um missionário pode trabalhar fielmente durante 40 anos e ver apenas um punhado de conversos. Outro pode trabalhar muito menos anos e ver muito mais adeptos. Jeremias foi um dos profetas mais fiéis e dedicados de Deus, mas ele viu pouco resultado de seu ministério. Ele foi ridicularizado, perseguido, e geralmente rejeitada juntamente com a mensagem que ele pregava. Jonas, por outro lado, era mesquinho e sem vontade, mas por meio dele Deus ganhou toda a cidade de Nínive, em uma breve campanha. Nossa utilidade e eficácia são puramente pela graça de Deus (cf. 1Co 15:10 ).

É conveniente que os servos fiéis de Deus ser valorizados e incentivados, enquanto eles estão na terra. Mas eles não estão para ser glorificado, separado, ou fez o centro de grupos ou movimentos especiais.
Paulo e Apolo eram apenas cooperadores de Deus . Não foi o próprio ministério que eles trabalharam, mas dEle. O divino companheirismo! Era a igreja de Deus em Corinto, não de Paulo ou Apolo ou Pedro. Os crentes de lá eram o campo de Deus , edifício de Deus , e só dele. E a glória para todo o bom trabalho feito lá, ou em qualquer lugar, também é só dele.




8. O Julgamento das Obras dos crentes (I Coríntios 3:10-17)

Segundo a graça de Deus que me foi dada, como sábio construtor, lancei o alicerce, e outro está construindo sobre ele. Mas que cada homem tenha cuidado como edifica sobre ele.Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, que é Jesus Cristo. Agora, se alguém constrói sobre o fundamento com ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada homem se tornará evidente; para o dia vai mostrá-lo, porque é para ser revelada pelo fogo; eo próprio fogo provará a qualidade da obra de cada um. Se a obra de alguém que ele construiu sobre ele permanece, ele deve receber uma recompensa. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas ele mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo.
Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá, porque o templo de Deus é santo, e é isso que você é. (3: 10-17)

Esta passagem continua a discussão de Paulo (1: 10-3:
23) de divisões dentro da igreja de Corinto. Mas o seu fundo mais imediato é o Senhor da segunda vinda. Paulo mostra como mundana e carnal comportamento, e da divisão espiritual que provoca, afeta as recompensas que o Senhor lhe dará quando Ele voltar. Avançando, ele discute o paradoxo de recompensas, com a sua firmeza (uma vez que todos nós somos igualmente indignos) e sua singularidade (em que cada um de nós é recompensado individualmente) Paulo afirma ambas as verdades, enquanto espera para a glória de trazer resolução final para o paradoxo.

A vinda do Senhor para recompensar o Seu próprio foi um dos maiores motivações de Paulo. Em certo sentido, tudo o que o apóstolo fez foi motivada por essa verdade. Seu objetivo, no âmbito do objectivo supremo de glorificar a Deus, seu Salvador, foi a preparar-se para estar diante do Senhor e ser capaz de ouvi-Lo dizer: "Muito bem, servo bom e fiel" (Mt 25:21, Mt 25:23). Ele escreveu aos filipenses: "Uma coisa eu faço: esquecendo o que está por trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (13 50:3-14'>Filipenses 3:13-14. ). Não era que ele queria a glória ou honra para si mesmo, ou queria provar a si mesmo melhor do que os outros cristãos, mostrando-los no serviço cristão. Ele queria mais alta recompensa do Senhor, porque isso seria o mais agradável ao Senhor mesmo, e quem mais graficamente demonstrar seu amor grato.

Em sua segunda carta a Corinto, Paulo menciona três motivações específicas que tinha para fazer o seu melhor para Cristo. Primeiro, ele queria agradar o seu Senhor: "Temos como nossa ambição", disse ele, "seja em casa ou ausente, para ser agradável a Ele" (2Co 5:9). Ele não estava competindo com outros crentes, mas contra sua própria fraqueza, cansaço, e do pecado. Embora as palavras particulares ainda não tinha sido escrito, Paulo sempre tinha diante de si o conhecimento de que, "Eis que eu [Jesus] venho, eo meu galardão está comigo, para dar a cada um de acordo com o que ele fez" (Ap 22:12).

Ao falar sobre as recompensas dos crentes, Paulo não estava falando sobre os nossos trabalhos de julgamento ou sobre o pecado julgar de Deus. Porque todos os crentes "diante do tribunal de Deus," cada um de nós dar uma "conta de si mesmo a Deus", não temos o direito de julgar o trabalho de outros crentes (Rom. 14: 10-12). Não sei mesmo o que recompensa receberemos para nós mesmos, muito menos o que o outro vai receber. Ambos julgamento favorável e desfavorável, são excluídos. Nós nem sequer têm o discernimento necessário para julgar os incrédulos na igreja, que são o joio no meio do trigo (conforme Mt 13:1; 1 Cor. 5:. 1-13), mas isso é porque nós podemos ver tal pecado. A julgar os motivos e a dignidade de recompensa é para Deus, o único que conhece o coração.

É tão errado altamente elevar uma pessoa, pois é para degradá-lo. Paulo já tinha advertido duas vezes nesta carta contra tal elevação mundano de líderes cristãos, incluindo a si mesmo (1 Cor. 1: 12-13; 3: 4-9).Nós não sabemos o suficiente sobre o coração e os motivos do outro e fidelidade, de fato, não o suficiente sobre o nosso próprio-de saber o que as recompensas são ou não merecia. Nós não deve "ir em julgar antes do tempo, mas espere até que o Senhor venha o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações dos homens; e, em seguida, o louvor de cada homem virá a ele de Deus" (1Co 4:5;.. 2Co 5:102Co 5:10) é o grego Bema , um tribunal. Mas ambas as passagens deixam claro que o julgamento naquele local e que o tempo não vai ser para dispensar condenação para o pecado, mas recompensa para as boas obras, e que envolve apenas os crentes. Cristo julgou o pecado na cruz, e porque estamos Nele nós nunca será condenado pelos nossos pecados; Ele foi condenado por nós (1Co 15:3; etc...). Ele pegou a pena de todos os nossos pecados sobre si mesmo (Cl 2:13; 1Jo 2:121Jo 2:12). Deus não tem mais acusações contra aqueles que confiam em Seu Filho, aqueles que são os seus eleitos, e permitirá que mais ninguém para fazer acusações contra eles (Rom. 8: 31-34). "Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8:1 Paulo muda a analogia da agricultura para a arquitetura. Ele estava falando de sua própria plantação, de rega de Apolo, e de Deus que dá o crescimento (vv. 6-8). No final do versículo 9 ele faz uma transição em suas metáforas: "Você é o campo de Deus, edifício de Deus."

Usando a figura de um edifício, Paulo discute cinco aspectos do trabalho do povo do Senhor na Terra: o mestre de obras, a fundação, os materiais, o teste, e os operários.

O mestre de obras: Paulo

Segundo a graça de Deus que me foi dada, como sábio construtor, lancei o alicerce, e outro está construindo sobre ele. Mas que cada homem tenha cuidado como edifica sobre ele.(3:10)

O próprio Paulo foi o mestre de obras do Corinthian projeto. Mestres é uma palavra ( architektōn ) no grego, e, como se pode imaginar, é o termo da qual nós temos arquiteto . Mas a palavra nos dias de Paulo levou a idéia do construtor, bem como designer. Ele era um arquiteto combinação e empreiteiro geral.

Como apóstolo, especialidade de Paulo era fundações. Ao longo dos anos, desde sua conversão, Paulo tinha sido usado pelo Senhor para estabelecer e instruir muitas igrejas em toda a Ásia Menor e na Macedônia e Grécia. Mas para que alguns pensam que ele estava se vangloriando, começou por deixar claro que sua vocação e sua eficácia foi apenas pela graça de Deus que foi dada a ele. Que ele era um bom, sábio construtor foi obra de Deus, não a sua própria. Ele já havia declarado que "nem o que planta nem o que rega é alguma coisa, mas Deus, que dá o crescimento" (3: 7). A mesma verdade aplicada àqueles que lançaram os fundamentos e os que construíram em cima deles. Alguns anos mais tarde, ele diria aos crentes em Roma, "Eu não vou a presunção de falar de qualquer coisa, exceto o que Cristo realizou por mim" (Rm 15:18). Seu grande sucesso como uma camada de fundação apostólica deveu-se inteiramente a Deus. "Pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça para comigo não se mostrou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles, não eu, mas a graça de Deus comigo" (1Co 15:10) e alegou nenhum motivo para se orgulhar, exceto em seu Senhor (1Co 1:31). Ele não escolheu ser um construtor, muito menos tornar-se um construtor. Ele "foi feito ministro, segundo o dom da graça de Deus", e considerava-se "o mínimo de todos os santos" (Ef. 3: 7-8). Ele incentivou as pessoas a não elogiar ele (1 Cor. 9: 15-16), mas sim para orar por ele (Ef 6:19.).

Nos 18 meses que ele tinha trabalhado entre o Corinthians (At 18:11) tinha fielmente pregado e ensinado o evangelho e nada mais (1Co 2:2), Paulo foi à sinagoga para pregar em primeiro lugar, porque o evangelho é, antes de tudo para os judeus (Rm 1:16). Ele também sabia que os judeus seriam ouvidos a ele, como um deles, e que aqueles que foram convertidos poderia ajudá-lo a alcançar os gentios. Os judeus eram o seu melhor porta aberta, assim como a paixão do seu coração (conforme Rm 9:1-3; Rm 10:1; 18: 4-7). Ele atenta e diligente planejada e estabeleceu uma base sólida. Os fundamentos eram profundos e iria durar.

A fundação é apenas a primeira parte do processo de construção. A tarefa de Paulo foi para estabelecer as bases adequada do evangelho, para estabelecer as doutrinas e princípios para a crença e prática revelado a ele por Deus (1 Cor. 2: 12-13). Era a tarefa de estabelecer os mistérios da Nova Aliança (conforme Ef. 3: 1-9). Depois que ele saiu, outro começou a construir em cima dele. No caso de Éfeso, essa pessoa era Timóteo (1Tm 1:3).

Alguns construtores tentaram fazer a fundação do Cristianismo a ser tradição da igreja, outros os ensinamentos morais de Jesus humano, outros humanismo ético, e outros ainda alguma forma de pseudo-cientificismo ou simplesmente amor sentimental e boas obras. Mas o único fundamento da Igreja e da vida cristã é Jesus Cristo. Sem esse fundamento nenhum edifício espiritual será de Deus ou vai ficar.

Depois que o homem coxo foi curado à porta do templo e as multidões não se admiravam-lo, Pedro deu-lhes um sermão de improviso. Ele explicou em detalhes como Jesus era Aquele em quem o Antigo Testamento focado e foi o único por quem poderia ser salvo e ter a vida eterna. Os sacerdotes e saduceus tinha então Pedro e João preso e colocado na cadeia. No dia seguinte, os dois homens foram trazidos perante o sumo sacerdote e um grande grupo de outros líderes sacerdotais e mandou para explicar sua pregação e da cura. Pedro continuou a sua mensagem do dia anterior, dizendo-lhes que era por Jesus de Nazaré, o One quem tinham crucificado, que Deus ressuscitou o homem aleijado, e que esse mesmo Jesus, a pedra que haviam rejeitado, era a pedra angular da reino (Atos 3:1-4: 12) de Deus. Ele estava dizendo que os líderes judeus não podia aceitar o evangelho do reino, porque eles se recusaram a aceitar o próprio centro, a própria fundação, do Reino, o Senhor Jesus Cristo.

Esses construtores presumidos de Israel, do povo escolhido de Deus, tentou erguer um sistema religioso de tradição e obras, mas eles não tinham fundamento. Eles construíram sua casa religiosa na areia (Mt 7:24-27.). A fundação tinha sido revelado em suas Escrituras por séculos por Isaías e outros profetas, mas eles rejeitaram, como Pedro nos lembra mais uma vez (1 Ped. 2: 6-8). Toda a filosofia humana, sistema religioso, e código de ética está fadado ao fracasso e destruição, porque não tem nenhum fundamento. Há apenas uma fundação, e, não importa o quanto ele pode tentar, ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, que é Jesus Cristo . O reino de Deus é edificada sobre Jesus Cristo, e cada vida individual (cada homem ", v. 10), que agrada a Deus deve ser cuidadosamente construído sobre essa base.

Os Materiais: Obras dos crentes

Agora, se alguém constrói sobre o fundamento com ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha. (3:12)

Edifícios antigos foram muitas vezes construídos com metais preciosos e jóias. Nenhum cristão precisa se ​​preocupar com a fundação de sua fé. Esse é o mármore e granito da pessoa e obra de Cristo, seguro e estável e perfeito. Nossa preocupação deve ser que, o que quer que construir sobre esta fundação, que construímos com o melhor de materiais. Há apenas uma fundação, mas há muitos tipos de materiais para erguer o edifício espiritual. Enquanto os crentes estão vivos, eles estão construindo. Eles estão construindo algum tipo de vida, uma espécie de igreja, algum tipo de companheirismo e serviço cristão.Pode ser uma bela estrutura ou um casebre, pode ser por intenção ou por negligência, mas não pode deixar de ser algo.

Desde os primórdios da história da igreja em Atos e as epístolas, e das contas das sete igrejas do Apocalipse 2:3 através de hoje, tornou-se evidente que os cristãos e as congregações que formam são muito diferentes. Desde o início houve ouro cristãos e madeira cristãos, prata igrejas e feno igrejas, preciosos pedra esforços e aqueles que são palha -em cada grau e combinação.

Os materiais de construção mencionados no versículo 12 estão em duas categorias, cada listados em ordem decrescente de valor. O primeiro categoria- ouro, prata, pedras preciosas representa —clearly materiais de alta qualidade. A segunda madeira, feno, palha representa —apenas como claramente materiais de qualidade inferior. Ouro significa a maior fidelidade, o trabalho mais hábil e cuidadoso feito para o Senhor. Straw significa o oposto, pelo menos, as sobras.

Os materiais não representam riqueza, talentos ou oportunidade. Nem representam os dons espirituais, os quais são bons e são dadas a cada crente pelo Senhor como Ele vê o ajuste (1Co 12:11). Os materiais representam as respostas dos crentes para que eles têm-quão bem eles servem ao Senhor com o que Ele lhes deu. Em outras palavras, eles representam os nossos trabalhos. Nós não podemos ser salvos pelas boas obras ou continuar salvo pelas boas obras. Mas cada cristão tenha sido "criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2:10) e está a suportar "fruto em toda boa obra" (Cl 1:10 ). Obras não são a fonte da vida cristã, mas são as marcas do mesmo.

Todo cristão é um construtor, e cada cristão constrói com algum tipo de materiais. Deus nos quer construir apenas com os melhores materiais, porque só os melhores materiais são dignos dele, são os mais eficazes, e vai durar.

É importante notar que estes três primeiros materiais são igualmente valiosos. Não há nenhuma classificação, uma vez que algumas pedras preciosas (como pérolas) foram, no mundo antigo, considerado mais valioso do que o ouro, e prata poderia ser usado para coisas que o ouro não podia. Coisas com diferentes funções podem ser igualmente preciosa (conforme Mt 13:23).

Só o Senhor pode determinar quais obras são de alta qualidade e que são baixos. Não é papel do crente para cristãos grau e pelo trabalho que fazem. O ponto de Paulo está fazendo é que o nosso objectivo deve ser sempre para servir ao Senhor com o melhor que Ele nos deu e com total dependência Dele. Ele somente determina o valor final da obra de cada um.
Se o próprio Cristo é o fundamento da nossa vida, Ele também deve ser o centro do trabalho que construir sobre o fundamento. Ou seja, o trabalho que fazemos deve ser verdadeiramente Sua obra, não apenas a atividade externa ou trabalho religioso ocupado. É fácil tornar-se profundamente envolvido em todos os tipos de programas da igreja e atividades e projetos que fazem trabalho de feno. Eles não são maus programas ou projetos, mas eles são triviais. A madeira , feno e palha não são, aparentemente, as coisas pecaminosas, mas as coisas astutamente pecaminosas. Cada um pode ser útil na construção de algo. Mesmo feno grama ou pode ser usada para fazer uma cobertura em alguns casos. Mas quando testado pelo fogo, todos os três do segundo grupo de materiais irá queimar.

Paulo pode ter tido um pensamento semelhante em mente em II Timóteo 2:20-21, onde ele diz: "Ora, numa grande casa, não somente há vasos de ouro e de prata, mas também para os navios de madeira e de barro, e alguns de honra e alguns para a desonra. Portanto, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado, útil ao Senhor, preparado para toda boa obra ".

Nós construímos para o Senhor, e usar os diversos materiais para o Senhor, de três formas básicas: por nossos motivos, pela nossa conduta, e por nosso serviço.
Em primeiro lugar, estamos a construir pelos nossos motivos. Por que fazer uma coisa é tão importante quanto o que estamos fazendo. A campanha do bairro visitação feito por causa da compulsão é de madeira, mas visitar as mesmas pessoas no amor para ganhá-los para o Senhor é ouro. Cantando um solo na igreja e se preocupar com a forma como as pessoas como a nossa voz é feno, mas cantando para glorificar o Senhor é prata. Dar generosamente por dever ou a pressão dos homens é de palha, mas dando generosamente com alegria para estender o evangelho e de servir aos outros em nome do Senhor é uma pedra preciosa. Trabalhar em que os olhares de fora, como o ouro para nós pode ser feno aos olhos de Deus. "Ele sabe os motivos do coração dos homens" (1Co 4:5). "Bad" ( phaulos ) é melhor aqui entendida como "inútil". Ela produz nenhum ganho. Nossa conduta, portanto, pode ser "bom" ( agathos ", inerentemente bons em qualidade"), ou simplesmente inútil-como mal de madeira , feno e palha , quando testado pelo fogo. Assim, as coisas que fazemos também pode ser de ouro ou madeira, prata ou feno, pedra preciosa ou palha.

Em terceiro lugar, vamos construir pelo nosso serviço. A forma como usamos os dons espirituais que Deus nos deu, a nossa forma de ministrar em Seu nome, é de suma importância no nosso prédio para Ele.No serviço de Cristo, devemos buscar ser esses navios "para honra, santificado e útil ao seu mestre."

Alguns anos atrás, um jovem me disse que estava deixando um certo ministério. A razão que ele deu foi: "Eu não estava fazendo o que eu faço melhor que eu estava usando minhas habilidades, mas não os meus dons espirituais.". Não havia nada de errado com o trabalho que ele vinha fazendo. Na verdade, para uma outra pessoa poderia ser ouro. Mas, para ele, era de madeira, feno ou palha, porque ele estava fazendo o que os outros pensavam que ele deve fazer e não o que o Senhor tinha particularmente talentoso e chamou para fazer.

O Teste: De Fogo

Obra de cada um se tornará evidente; para o dia vai mostrá-lo, porque é para ser revelada pelo fogo; eo próprio fogo provará a qualidade da obra de cada um. (3:13)

Um novo edifício é geralmente verificadas cuidadosamente antes de ser ocupado ou utilizado. Cidades, os municípios e estados têm códigos que requerem prédios para atender a certos padrões. Deus tem normas rigorosas para o que construímos para Ele e com as nossas vidas. Quando Cristo voltar, o trabalho de cada crente será testado quanto à qualidade . fogo é o símbolo do teste. Como se purifica metal, assim vai o fogo da sabedoria de Deus queimará a escória e deixar o que é puro e valioso (conforme 23:10; Zc 13:1; 1Pe 1:171Pe 1:17; Ap 3:18 ).

Como os versos seguintes (14-15) deixam claro, que não vai ser um tempo de castigo, mas um tempo de recompensa. Mesmo aquele que tem construído com madeira, feno ou palha não será condenado; mas a sua recompensa corresponderá à qualidade dos seus materiais de construção. Quando a madeira, feno, palha ou entrar em contato com o fogo já estão queimadas. Nada é deixado mas cinzas. Eles não podem resistir ao teste. Ouro, prata e pedras preciosas, no entanto, não se queimar. Eles vão resistir ao teste, e eles vão trazer grande recompensa.

Os operários: todos os crentes

Se a obra de alguém que ele construiu sobre ele permanece, ele deve receber uma recompensa. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas ele mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo.
Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá, porque o templo de Deus é santo, e é isso que você é. (3: 14-17)

Dois tipos de trabalhadores correspondem às duas categorias de materiais: o valioso e do inútil, o construtivo eo inútil. Ainda outro tipo de trabalhador não construir em tudo, mas destrói.

Trabalhadores construtivas

Os crentes que têm motivos certos, conduta adequada e eficaz serviço construir com ouro, prata e pedras preciosas. Eles fazem um trabalho construtivo para o Senhor e receberão recompensas correspondentes. Ele deve receber uma recompensa . Essa promessa simples e cheio de esperança é a mensagem de alegria e glória eterna. Seja qual for o nosso serviço para a glória de Deus, Ele o recompensará.

Quando um pastor prega som, sólida doutrina que ele está construindo de forma construtiva. Quando um professor ensina a Palavra de forma consistente e totalmente, ele está construindo com bons materiais. Quando uma pessoa com o dom de ajuda gasta-se servir aos outros em nome do Senhor, ele está construindo com materiais que irão suportar testes e trarão grande recompensa. Quando a vida de um crente é santo, submisso, e adorador, ele está vivendo uma vida construída com materiais preciosos.

Recompensa do Senhor por todos os Seus seguidores fiéis são variados e maravilhoso, e todos eles são imperecíveis (1Co 9:25). O Novo Testamento se refere a eles como coroas. " Para aqueles que têm a verdadeira fé salvadora e, portanto, são fiéis a viver na esperança até que Jesus venha, haverá "a coroa da justiça» (2 Tim. 4: 7-8). Porque os fiéis proclamar a verdade, não é prometido uma "coroa de exultação" (I Tessalonicenses 2:19-20.). Por causa do serviço dos redimidos, a recompensa dada é "a imarcescível coroa da glória" (1Pe 5:4). Cada um deles é melhor entendida como um genitivo grego de aposição (ou seja, a coroa que é a justiça, a coroa que é exultação, a coroa que é a glória, ea coroa que é a vida. Todos se referem à plenitude da prometida recompensa dos crentes.

Trabalhadores sem valor

Muitas obras humanamente impressionantes e aparentemente bonitas e de valor que os cristãos fazer em nome do Senhor não vai resistir ao teste em "naquele dia." Ele "se tornará evidente" (v. 13) que os materiais utilizados eram madeira, feno e palha. Os trabalhadores não vão perder a sua salvação, mas eles vão perder uma parte de qualquer recompensa que pode estar esperando. Eles devem ser salvo, todavia, como que através do fogo . O pensamento aqui é de uma pessoa que atravessa chamas sem se queimar, mas quem tem o cheiro de fumaça sobre ele, mal escapando! No dia de recompensas, as coisas inúteis e mal será queimada, mas a salvação não será perdido.

É fácil nos enganar em pensar que tudo o que fazemos em nome do Senhor está no seu serviço, apenas contanto que somos sinceros, trabalhador, e bem intencionados. Mas o que parece para nós como o ouro pode vir a ser de palha, porque não temos os nossos materiais julgados pelos padrões de motivos de Deus Palavra-puros, conduta santa e serviço altruísta.

Devemos ter cuidado para não desperdiçar as oportunidades através da construção com materiais inúteis, pois, se o fizermos, vai se tornar trabalhadores sem valor. Paulo advertiu os materiais inúteis, pois, se o fizermos, vai se tornar trabalhadores sem valor. Paulo advertiu aos Colossenses, "Que ninguém manter fraudar você de seu prêmio por deliciando-se com auto-humilhação e da adoração dos anjos, tendo a sua posição sobre as visões que ele viu, inflados sem justa causa pelo seu entendimento carnal" (Cl 2:18.).

O dia de recompensas está chegando. Ele está chegando, logo que Jesus retorna, pois Ele vai trazer o seu recompensas com Ele (Ap 22:12). Se ainda estamos vivendo na terra, então, não haverá tempo de sobra para preparar. Se formos para estar com o Senhor antes que o tempo, não haverá oportunidade de se preparar depois que morremos. A única vez que temos para fazer a obra do Senhor que traz recompensa é agora.

9. Como eliminar a Divisão ( I Coríntios 3:18-23 )

Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós pensa que é sábio neste mundo, faça-se louco para que ele possa tornar-se sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus. Pois está escrito: "Ele é o único que apanha os sábios na sua própria astúcia"; e novamente, "O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que eles são inúteis."Então, ninguém se glorie nos homens. Para todas as coisas pertencem a você, seja Paulo, ou Apolo, ou Cefas ou o mundo ou a vida ou a morte ou coisas presentes ou as coisas futuras;todas as coisas pertencem a você, e você pertence a Cristo; e Cristo é de Deus. ( 3: 18-23 )

Esta passagem segue o problema Paulo já cuidadosamente delineado, que de divisão e desunião. Típico de Paulo, é encontrado a solução para o problema no pensamento correto. Para ganhar e manter a unidade na igreja, devemos ter a visão correta de nós mesmos, dos outros, das nossas posses, e do nosso possuidor.

O conceito correto de nós mesmos

Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós pensa que é sábio neste mundo, faça-se louco para que ele possa tornar-se sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus. Pois está escrito: "Ele é o único que apanha os sábios na sua própria astúcia"; e novamente, "O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que eles são inúteis." ( 3: 18-20 )

Muito divisão na igreja seria eliminado se os indivíduos não foram tão impressionado com sua própria sabedoria. Uma pessoa que pensa que é sábio neste mundo, ou seja, o sábio na sabedoria humana contemporânea nada-faz, mas enganar a si mesmo . Qualquer um que é tão auto-iludidos deveria tornar-se tolas ( Moros ), isto é, identificar-se com aqueles que reconhecem que a sabedoria humana, incluindo a nossa, é mera tolice ( Moria ) sem Deus. Esses dois termos gregos são da mesma raiz da qual nós temos idiota. A sabedoria humana é imbecil aos olhos do Senhor, diante de Deus . Unidade na igreja nunca pode vir sem reconhecer a sabedoria humana para ser o que Deus declara ser: tolo . E a unidade nunca pode vir sem os cristãos se tornando tolo aos olhos do mundo, conformando-se a sabedoria de Deus.

A sabedoria humana que é insensato é na área da verdade espiritual. Paulo não está falando sobre coisas como negócio, matemática, ciências, ou mecânica. Podemos ser muito bem informados sobre essas coisas, sem qualquer iluminação especial de Deus. Onde a sabedoria humana se torna tolo e inútil é em matéria de Deus, a salvação ea verdade espiritual. A sabedoria humana não tem nenhuma maneira de descobrir e entender as coisas divinas.
Mesmo os cristãos, portanto, não tem direito às suas próprias opiniões sobre as coisas que Deus revelou. Quando os cristãos começar a expressar e seguindo suas próprias idéias sobre o evangelho, a igreja, ea vida cristã, os santos não pode deixar de tornar-se dividida. Os cristãos não são mais sábios em sua carne do que são incrédulos. O primeiro passo para se tornar um cristão verdadeiro sábio é reconhecer que sua própria sabedoria humana é loucura , um reflexo de a sabedoria deste mundo , que é loucura diante de Deus . É o produto de orgulho intelectual e é o inimigo da revelação de Deus.

A igreja deve criar uma atmosfera na qual a Palavra de Deus é honrado e submetidos, em que a opinião humana nunca é utilizado para julgar ou qualificar revelação. No que diz respeito às coisas de Deus estão em causa, os cristãos devem estar totalmente sob o ensino da Escritura e da iluminação do Espírito Santo. Só então poderemos estar aberto a sabedoria de Deus e realmente tornar-se sábio .Compromisso comum com a Palavra de Deus é o unificador básico.

Onde a Palavra de Deus não está configurado como a autoridade suprema, a divisão é inevitável. Tal acontece mesmo nas igrejas evangélicas, quando os pastores e outros líderes começam substituindo suas próprias idéias para as verdades da Escritura. A substituição raramente é intencional, mas ele sempre vai acontecer quando a Bíblia é negligenciada. A Bíblia que não é estudada com cuidado não pode ser seguido com atenção. E onde isso não for seguida, haverá divisão, porque não haverá uma base comum para as crenças e práticas. Quando a verdade da Escritura não é a única autoridade, opiniões diversas dos homens tornar-se a autoridade.
Algumas pessoas não estão satisfeitas, a menos que eles podem expressar a sua opinião sobre praticamente tudo. Alguns não são felizes a menos que tomar o lado oposto da maioria. O orgulho intelectual não pode se contentar em ouvir e admirar; ele deve sempre falar e criticar. Por sua própria natureza, deve sempre tentar ganhar em um problema. Ele não pode ficar oposição ou contradição. Deve justificar-se a qualquer custo e é exclusiva. Ele olha para baixo o nariz para todos os que discordam.
O orgulho é sempre no coração da sabedoria humana, a sabedoria deste mundo , que é loucura diante de Deus . É difícil ensinar uma pessoa que acha que sabe tudo. O orador romano Quintiliano disse de alguns dos seus alunos: "Eles, sem dúvida, tornaram-se excelentes estudiosos, se não tivessem sido tão plenamente convencidos da sua própria bolsa de estudos." Um conhecido provérbio árabe: "Aquele que não sabe e não sabe que não sabe, é um tolo Shun ele Aquele que não sabe, e sabe que ele não sabe, é simples ensiná-lo...."

Se uma congregação estavam a ter dez homens com doutorado que estavam apenas nominal em seu compromisso com o Senhor e com a Sua Palavra, e dez outros homens que apenas concluíram o ensino médio, mas que foram completamente esgotados para o Senhor e rica em Sua Palavra, ele não deve ser difícil decidir quais dez eram mais qualificado para liderar a igreja. Pelos padrões de Deus seria nenhuma competição. Ter membros que são altamente talentosos e treinados podem ser de ajuda considerável para a igreja, mas apenas se aqueles que possuem tais habilidades são submetidos às verdades e normas da Escritura. Cristo vai governar e unificar sua igreja, se Ele é dado canais puros comprometidos com a Sua Palavra através de quem para mediar essa regra.
Quando os crentes olhar para a psicologia sozinho, em vez de a Palavra de Deus, para obter respostas a problemas pessoais ou conjugais ou morais, resultados desastre espiritual. Quando os empresários cristãos olham para métodos mais populares de conveniência sozinho, em vez de com os princípios das Escrituras, para determinar a ética nos negócios, sua vida espiritual e testemunho são prejudicados. Em Ciência e Tecnologia homens fizeram grandes avanços, para o qual devemos estar contentes e da qual podemos tirar proveito. Mas no que diz respeito às coisas de Deus e Seu plano e vontade para os homens, as idéias humanas e compreensão ficar completamente vazio e impotente.
Os teólogos e estudiosos do final dos anos 19 e início do século 20 liberais bíblicos eram homens brilhantes, altamente instruídos em muitas áreas. Eles muitas vezes discordam entre si sobre doutrinas e interpretações, mas a crença em que eles estavam unânime foi de que a Bíblia era essencialmente um livro humano. Porque eles consideravam ser principalmente humano, embora, talvez influenciado pela orientação divina de algum tipo, eles se sentiram perfeitamente livre para rejeitar ou modificar qualquer parte da Escritura não se encaixava seu próprio entendimento. Porque eles não acreditam que a escrita tinha sido desenvolvido por tempo de Moisés, eles concluíram que ele não poderia ter escrito o Pentateuco. Porque não acredito em previsões sobrenaturais, eles não acreditam que o homem Daniel poderia ter escrito o livro de Daniel, que fala de acontecimentos centenas de anos depois que ele viveu. Quando a Escritura informou que Deus disse ou fez algo que era contrário à sua visão auto-inventado de Deus, eles negaram que ele disse ou fez. Em nome do intelectualismo que dizimou a Palavra de Deus, deixando apenas o que servia a seus preconceitos pessoais. Eles também dizimou grande parte da sua igreja, causando confusão inimaginável, dúvida, incredulidade e divisão espiritual. O legado desses homens ainda seminários, colégios e igrejas poluentes em todo o mundo.
A pessoa que eleva a sua própria sabedoria sempre terá uma vista de baixo da Escritura. Mas a verdade mais importante é que Deus sabe o valor da própria sabedoria da pessoa. É loucura, estúpido, totalmente confiável e inútil. Eventualmente Deus irá desarmar-se aqueles que se opõem a Sua Palavra. Ele é aquele que apanha os sábios na sua própria astúcia . Como Haman, eles pendurar em sua própria forca ( Ester 7:7-10 ). Seus planos ardilosos virar para condená-los como Deus pega-los em sua própria armadilha. Ele conhece os pensamentos dos sábios, que eles são inúteis .

A filosofia humana é totalmente inadequado para trazer os homens para Deus, para mostrar-lhes como ser salvo ou como viver. Ele sempre vai ficar aprisionado em seus próprios esquemas, e prender aqueles que confiam nele. Aquele que confia no entendimento humano não tem o direito de entender a si mesmo. Ele não vê que suas opiniões espirituais, idéias e raciocínios são inúteis ( mataios ), vão e vazio.

O conceito correto de nós mesmos, o ponto de vista divino e verdadeiro, é que além de verdade divina somos tolos com pensamentos vazios. Reconhecendo essa verdade abre a porta para a verdadeira sabedoria e fecha a porta à divisão.

A Adequada vista dos outros

Então, ninguém se glorie nos homens. Para todas as coisas pertencem a você, seja Paulo, ou Apolo, ou Cefas. ( 3: 21-22 a)

Um segundo requisito para a superação da divisão da igreja é ter a visão correta dos outros. Paulo tinha falado fortemente contra lealdades especiais aos líderes da igreja ( 1: 12-14 ; 3: 4-9 ), os mesmos três líderes ele menciona aqui. Mas agora a ênfase é diferente. Embora esses homens não deveriam ter sido especialmente elevados ou reverenciado, que eram fontes de grande ajuda e bênção. Eles foram enviados para o Corinthians pelo Senhor, e, portanto, deveriam ter sido ouvidos e respeitados. Eles eram professores de Deus. Eles ensinaram as mesmas verdades de Deus e fomos feitos por Deus para ser fonte de unidade, e não de divisão.

As divisões que se desenvolveram em torno deles foram baseados em atração das pessoas de seus estilos e personalidades individuais, a sua apelo pessoal a vários Corinthians. Os membros da igreja começou a se vangloriar de Paulo ou Pedro (Cefas), ou Apolo, dando honra de um sobre o outro, e a igreja tornou-se dividido.

Entre parênteses, deve acrescentar-se que, por vezes, certos líderes devem ser respeitados em detrimento de outros. Um pastor que prega cuidadosamente a Palavra de Deus e vive uma vida coerente com sua pregação merece ser respeitado e seguido. Aquele que é negligente na pregação e de estar, por outro lado, não merece ser respeitado ou seguido. Em ambos os casos, nossa resposta deve ser baseada na fidelidade do líder para o Palavra, não em sua personalidade ou estilo. Se ele é fiel, ele é digno de estima ( I Tessalonicenses 5:12-13. ).

Há alguns anos, falou em uma conferência com a participação de pessoas de uma ampla variedade de igrejas, protestantes e católicos, liberais e evangélicos. A série de mensagens foi na ética cristã, comHe 13:1 ).

As Corinthians a sorte de ter tido o ministério de pelo menos três homens notáveis ​​de Deus, dois deles apóstolos. Pedro provavelmente não servem pessoalmente em Corinto, mas alguns dos Corinthians tinha beneficiado de seu ministério. Cada um desses homens tinham dons e habilidades especiais que Deus usou para ensinar e liderar os crentes. Essa variedade de liderança deveria ter enriquecido a igreja, não dividiu.

Os cristãos podem aprender com muitos bons professores e líderes de rádio hoje-through, televisão, livros, revistas, fitas, conferências e outros meios. Na medida em que os líderes são escriturais e piedoso, eles vão se unir espiritualmente aqueles a quem eles ministram. Nossa primeira responsabilidade é a nossa igreja local, e nossa submissão espiritual deve antes de tudo ser para os nossos próprios pastores.Mas nenhum pastor deve ter inveja da bênção espiritual que alguém pode dar aos membros de sua congregação. Este foi o espírito de Paulo, mesmo nas circunstâncias muito adversas relatou em Filipenses 1:12-18 .

O ponto de Paulo faz em 03:22 um é que devemos nos alegrar e lucrar com todos os líderes fiéis a Deus nos envia, seja Paulo, ou Apolo, ou Cefas . Se o Corinthians tinha tido o cuidado de entender e seguir o que todos esses três homens ensinou, em vez de, por exemplo, como eles olharam ou falou, a igreja teria sido unida, não dividida. Sua visão de outras pessoas tiveram de ser corrigidos.

O conceito correto de Posses

ou o mundo ou a vida ou a morte seja o presente ou o futuro; todas as coisas pertencem a você. ( 03:22 b)

A terceira condição para a superação da divisão é ter a visão correta de nossas posses.
Esta frase ( v. 22 b ) continua na lista dos "todas as coisas" que pertencem a nós ( v. 21 ). Não só são todos os líderes nosso piedosos, mas tudo de Deus é nossa também. Como crentes, são "herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo" ( Rm 8:17 ). Temos ainda herdou a glória de Cristo, que nos foi legado por nosso Senhor ( Jo 17:22 ). "Sabemos que Deus faz com que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" ( Rm 8:28 ).

O mundo, a vida, a morte, as coisas presentes ou coisas por vir é totalmente inclusiva. Paulo começa e termina esta declaração, com todas as coisas pertencem a você (cf. 21 b ). Em Cristo, todas ascoisas são para o nosso bem e para a glória de Deus ( 2Co 4:15 ).

Especificamente, o mundo ( kosmos ) é nossa, mesmo agora, Seu ponto principal é que, no reino milenar e por toda a eternidade nos novos céus e nova terra, vamos possuirão a terra de uma forma mais rica ( Mt 5:5 ), mas, um dia, e para sempre nos pertence, não a ele.

José Parker relata uma história interessante sobre o seu primeiro pastorado:
Eu comecei meu ministério em Banbury, e minha janela superior olhou para a vasta propriedade de um homem rico. Era eu, realmente, que herdou que estate. Oh, eu não tinha um pé dele, mas era toda minha. O proprietário veio para baixo para vê-lo uma vez por ano, mas eu andei seu dia quilômetros após dia.
Quando herdamos totalmente do mundo, com Jesus no trono, será perfeito, e ainda mais o nosso. Enquanto isso, o mundo presente já nos pertence, com suas maravilhas e glórias, imperfeições e desilusões. O crente pode apreciar o mundo como nenhuma lata descrente. Nós sabemos de onde veio, por que ele foi feito, por isso que estamos nele, e qual o seu destino final será. Nós podemos cantar com certeza, bem como alegria, "Este é o mundo de meu Pai". E nós somos seus herdeiros.
Todos vida é nossa; mas a partir do contexto, é claro que Paulo está se referindo principalmente à vida espiritual, a vida eterna. Em Cristo, temos uma nova vida, uma qualidade de vida que nunca vai manchar, diminuir, ou se perder. A própria vida de Deus está em nós agora. Através de Cristo, Deus permanece em nós ( Jo 14:23 ), e nós compartilhamos Sua natureza e Sua vida (cf. 2 Pe 1: 3-4. ).

Mesmo a morte é nossa. O grande inimigo da humanidade tem sido superado. Cristo venceu a morte, e por meio dele temos conquistado a morte (cf. 1 Cor. 15: 54-57 ). A menos que sejamos arrebatados, vamos ter de passar pela morte; mas vamos passar por ele como seu mestre não seu escravo. Todos morte pode fazer para o crente é entregá-lo a Jesus. Ela nos traz à presença eterna de nosso Salvador. É por isso que Paulo podia dizer com tanta alegria: "Porque para mim o viver é Cristo eo morrer é lucro" ( Fp 1:21 ). Se ele permaneceu na terra por mais algum tempo ou foi estar com o Senhor, ele não poderia perder. Para os cristãos, a morte só pode fazer as coisas melhor. Para ficar aqui e terminar o trabalho Cristo deu-nos a fazer pode ser "mais necessária", mas "de partir e estar com Cristo ... é muito melhor" (Filipenses 1:23-24. ). Para o povo de Deus, a vida presente é bom, mas de morte que nos introduz a vida eterna: é melhor.

Coisas presentes são nossas. Que engloba tudo o que temos ou experiência nesta vida. É, de fato, um sinônimo para esta vida. Ele inclui o bom eo mau, o agradável eo doloroso, as alegrias e as decepções, a saúde ea doença, o contentamento e do pesar. Nas mãos de Deus tudo nos serve e nos faz espiritualmente rico. "Em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou"; e porque nada "será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor", nada pode nos causar qualquer dano real ( Rom. 8: 37-39 ). Deus faz com que todas as coisas para estar trabalhando para o nosso bem ( v. 28 ).

As coisas que estão por vir são nossas. A referência aqui não é primariamente, em sua totalidade, para o futuro de nossas vidas presentes. Isso está incluído sob as coisas presentes , ou seja, tudo o que vai experimentar na terra. As coisas que estão por vir são bênçãos celestes, dos quais agora temos apenas um vislumbre. No entanto, eles serão as maiores bênçãos de todos. Estes termos um pouco sobrepostas cruzam a realidade de que tudo é para nós para compartilhar igualmente herdeiros de glórias de Deus. Então, por que nos dividimos em facções? Nenhum homem é a fonte de qualquer dessa herança, por isso não há razão para se "vangloriar em homens" ( v. 21 a ).

O conceito correto de Nossa Possuidor

e você pertence a Cristo; e Cristo é de Deus. ( 03:23 )

De longe, o requisito mais importante para a superação da divisão é ter a visão correta do nosso Possuidor, Jesus Cristo. Ele próprio é a fonte de unidade espiritual e da fonte para a divisão de cura. É em tirar os olhos dele que a divisão começa, e é em colocar os nossos olhos para trás sobre ele que as extremidades de divisão. "Aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele" ( 1Co 6:17 ). Crentes todos pertencem ao mesmo Senhor, e são, portanto, um com o outro. Portanto, qualquer coisa que nega a nossa unidade com o outro nega a nossa unidade n'Ele (cf. Fl 2: 1-4. ).

A maior motivação possível para manter a unidade do Espírito e para evitar a divisão da igreja é saber que nós pertencemos a Cristo e que Cristo pertence a Deus . Porque todos nós pertencemos a Ele, todos nós pertencemos um ao outro.

Em Sua oração sacerdotal, nosso Senhor maravilhosamente enriquece seu ensinamento sobre a unidade. Falando dos crentes, Ele diz: "porque são teus; e todas as coisas que são minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; ... que todos sejam um, como Tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles sejam um em nós, ... para que sejam um, como nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade "( João 9:9-10 , 21-23 ) .

Estamos amarrados juntos em uma união eterna com Deus Pai e de Jesus Cristo, e, portanto, um com o outro em si. Como podem os homens que são tanto um, ser dividido? Ela começa com a incapacidade de compreender a realidade da nossa unidade espiritual n'Aquele que é o nosso possuidor. Com um Possuidor comum e posses, os líderes comuns e professores, e dependência comum nas Escrituras, não deve haver nenhum motivo para facções e desunião.



Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de I Coríntios Capítulo 3 do versículo 1 até o 23

I Coríntios 3

A suprema importância de Deus — 1Co 3:1-9

Nesta passagem Paulo está certamente falando de sua experiência pessoal. Por necessidade, ele punha os alicerces. Estava sempre viajando. Na verdade, permaneceu dezoito meses em Corinto (At 18:11) e por três anos em Éfeso (At 20:31), mas em Tessalônica não permaneceu mais de um mês, e isto era muito mais corrente. Havia muito terreno esperando ser coberto, havia muitos homens que nunca tinham ouvido o nome de Jesus Cristo, e, se queria começar bem com a evangelização do mundo, Paulo não podia mais que pôr os alicerces e ir a outro lugar. Só quando estava encarcerado, seu espírito inquieto podia ficar em um só lugar.

Em qualquer lugar que fora lançava os mesmos alicerces. Estes consistiam na proclamação dos atos sobre o oferecimento de Cristo. Sua tremenda missão era a de apresentar a Cristo aos homens. O é o fundamento da igreja devido ao fato de que só nEle o cristão pode encontrar três coisas:

  1. Perdão por seus pecados passados. Encontra-se a si mesmo em uma nova relação com Deus. Descobre de repente que Deus é seu amigo e não seu inimigo. Descobre o que significa sentir-se à vontade com Ele. Descobre que Deus é como Jesus. Onde uma vez via ódio agora vê amor, e onde uma vez via uma remota lonjura vê agora uma tenra intimidade.
  2. Encontra força para o presente. Através da presença e da ajuda de Jesus encontra a força e a coragem para enfrentar a vida, devido ao fato de que agora já não é uma unidade solitária envolvido numa batalha sozinho contra um universo adverso. Vive uma vida na qual nada pode separá-lo do amor de Deus em Cristo Jesus seu Senhor. Caminha pelo caminho da vida e peleja as batalhas da vida com Cristo.

(c) Encontra esperança para o futuro. Já não vive mais em um mundo no qual tem medo de olhar para frente. Vive em um mundo governado por Deus, onde Ele faz com que todas as coisas operem junto para bem, no qual seu tempo está nas mãos de Deus. Vive em um mundo no qual a morte já não é o final, a não ser só o prelúdio de uma glória maior. Sem o fundamento de Cristo o homem não pode obter nenhuma destas coisas.

Mas sobre este fundamento de Cristo, outros constroem. Paulo não está pensando aqui em que construam mal, mas em que constroem inadequadamente. Um homem pode apresentar a seus amigos uma versão fraco e diluída do cristianismo, uma versão parcial que dê muita ênfase a algumas coisas e muito pouco a outras, na qual se perdeu o equilíbrio, algo torcido na qual até as maiores costure tenham surgido distorcidas. O Dia a que se refere Paulo é aquele em que Cristo voltará. Então virá a prova final. Desaparecerão o equivocado e o inadequado Mas, na misericórdia de Deus, até o construtor equivocado se salvará, devido ao fato de que ao menos tentou fazer algo por Cristo. Nossas melhores versões do cristianismo são inadequadas; mas nos salvaríamos de muitos equívocos se em lugar de prová-las com nossos próprios preconceitos e hipóteses, estando de acordo com tal ou qual teólogo, puséssemo-las à luz do Novo Testamento, e acima de tudo, à luz da cruz.
Longinos, o grande crítico literário grego, oferecia a seus alunos uma prova. Dizia. "Quando escreverem algo, perguntem a vós mesmos como o teriam feito Homero ou Demóstenes; e, ainda mais, pergunte como o teria ouvido qualquer destes dois."
Quando falamos por Cristo devemos fazê-lo como se Ele nos estivesse ouvindo — e em realidade o está. Uma prova assim nos salvaria de muitos equívocos.

SABEDORIA E INSENSATEZ

I Coríntios 3:16-23

Para Paulo a Igreja era o templo de Deus porque era a sociedade em que o Espírito de Deus habitava. Como disse Origens mais tarde: "Somos acima de todo o templo de Deus quando nos preparamos para receber o Espírito Santo." Mas, se os homens introduzirem discórdia, luta e divisões na sociedade e na comunidade da Igreja destroem o templo de Deus em um duplo sentido.

  1. Fazem impossível o Espírito operar. Nem bem a amargura entra na 1greja, o amor vai embora. A verdade não pode ser pronunciada nem escutada corretamente em uma atmosfera de irritação. "Onde está o amor, ali está Deus", mas onde há ódio e brigas, Deus bate na porta, mas não recebe resposta. O distintivo da Igreja é o amor pelos irmãos Devem sempre lembrar que aquele que destrói esse amor e essa comunidade destrói a Igreja e portanto o templo de Deus.
  2. Dividem a Igreja. Literalmente fazem que o edifício da Igreja se desintegre. Reduzem-na a uma série de ruínas desconectadas. Nenhum edifício pode permanecer firme se o divide em seções. A fraqueza maior da Igreja são ainda suas divisões. Elas também destroem a Igreja,

Paulo contínua assinalando a causa desta divisão e a conseqüente destruição do templo de Deus, que é a Igreja. A raiz principal é o culto da sabedoria intelectual e mundana. Mostra a condenação dessa sabedoria por meio de duas citações do Antigo Testamento — Jó 13 e Sl 94:11 É esta mesma sabedoria mundana a que faz com que os coríntios determinem o valor de seus diferentes professores e líderes. É esse orgulho na mente humana a que os faz julgar, avaliar e criticar a forma em que se dá a mensagem, a correção da retórica, o peso da oratória, as sutilezas dos argumentos, em lugar de pensar somente no conteúdo da própria mensagem.

O problema que existe com o orgulho intelectual é que sempre é duas coisas:

  1. Sempre é discutidor. Não pode permanecer calado e admirar, deve falar e criticar. Não pode suportar que suas opiniões sejam contraditas; deve provar que só ele tem razão. Não pode admitir nunca um equívoco; deve justificar-se sempre a si mesmo. Nunca é o suficientemente humilde para aprender, deve estar sempre estabelecendo a lei.
  2. O orgulho intelectual é caracteristicamente exclusivo. Sua tendência é a de olhar a todos com desprezo em lugar de sentar-se ao lado deles. Sua posição é que todos os que não estão de acordo com ele estão equivocados. Faz muito tempo Cromwell escreveu aos escoceses "Rogo-lhes pelas vísceras de Cristo, que pensem que poderiam estar equivocados." Tende a separar os homens em vez de uni-los

Paulo, em uma frase muito vívida, insiste com o que se crê sábio a converter-se em insensato. Esta é simplesmente uma forma evidente de pedir-lhe que se humilhe o suficiente para aprender. Ninguém pode ensinar a quem crê que já sabe tudo.
Platão disse "O homem mais sábio é aquele que sabe que está muito mal equipado para o estudo da sabedoria."
Quintiliano disse de certos estudantes: "Sem dúvida alguma teriam chegado a ser excelentes eruditos se não tivessem estado tão seguros de sua própria erudição."
O velho provérbio estabelece: "Aquele que não sabe, e não sabe que não sabe é um néscio; evitem-no. Aquele que não sabe, e sabe que não sabe, é um sábio; ensinem-no." A única forma de chegar a ser sábios é nos dar conta de que somos néscios, e a única forma de chegar ao conhecimento é confessar nossa própria ignorância.

No versículo 22, como ocorre muitas vezes nestas cartas, a prosa de Paulo toma asas e se converte em um poema de paixão e poesia. Os coríntios estão fazendo algo que para Paulo é inexplicável. Estão tentando entregar-se em mãos de algum homem. Paulo lhes diz que em realidade, não são eles os que pertencem a ele, mas ele é quem pertence a eles. Esta identificação com algum partido é a aceitação da escravidão por parte daqueles que teriam que ser reis. Em realidade são donos de todas as coisas, porque pertencem a Cristo e Cristo pertence a Deus. O homem que dá sua vida, seu força, sua energia e seu coração a um minúsculo partido está rendendo tudo a algo muito insignificante, quando poderia ter entrado na posse de uma comunhão e um amor tão vastos como o universo. Confinou-se aos estreitos limites de uma vida que teria que ser ilimitada em sua perspectiva.


Dicionário

Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Espírito

Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 17

O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à destruição. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13, it• 4

[...] Espíritos que povoam o espaço são seus ministros [de Deus], encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau de adiantamento que tenham alcançado.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18, it• 3

[...] Os Espíritos são os que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade infantil. Julgamos, comparamos, tiramos conseqüências de nossas observações e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós, pois não renunciamos ao nosso discernimento.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

Os Espíritos podem dividir-se em duas categorias: os que, chegados ao ponto mais elevado da escala, deixaram definitivamente os mundos materiais, e os que, pela lei da reencarnação, ainda pertencem ao turbilhão da Humanidade terrena. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] um Espírito pode ser muito bom, sem ser um apreciador infalível de todas as coisas. Nem todo bom soldado é, necessariamente, um bom general.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

O princípio inteligente do Universo.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 23

[...] Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

[...] os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 87

[...] alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 9

[...] não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 53

Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 55

Espírito – No sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

E E EA alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

[...] a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 14

Os Espíritos não são, portanto, entes abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos; donde se segue que se, em dado momento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 16

Há no homem um princípio inteligente a que se chama alma ou espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

[...] Uma mônada – um centro de força e de consciência em um grau superior de desenvolvimento, ou então, uma entidade individual dotada de inteligên cia e de vontade – eis a única definição que poderíamos arriscar-nos a dar da concepção de um Espírito. [...]
Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Animismo e Espiritismo• Trad• do Dr• C• S• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• 2 v• - v• 2, cap• 4

[...] é o modelador, o artífice do corpo.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

[...] ser livre, dono de vontade própria e que não se submete, como qualquer cobaia inconsciente, aos caprichos e exigências de certos pesquisadores ainda mal qualificados eticamente, embora altamente dotados do ponto de vista cultural e intelectual.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 14

O Espírito, essência divina, imortal, é o princípio intelectual, imaterial, individualizado, que sobrevive à desagregação da matéria. É dotado de razão, consciência, livre-arbítrio e responsabilidade.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

[...] causa da consciência, da inteligência e da vontade [...].
Referencia: BODIER, Paul• A granja do silêncio: documentos póstumos de um doutor em Medicina relativos a um caso de reencarnação• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Apêndice

[...] um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a Psiquiatria moderna ao fazer Medicina psicossomática.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - As Leis Divinas

[...] depositário da vida, dos sentimentos e das responsabilidades que Deus lhe outorgou [...].
Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] a alma ou o espírito é alguma coisa que pensa, sente e quer [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• A alma é imortal• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - pt• 1, cap• 1

O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo os seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita, ou seja, o que em nós sente, pensa, quer e, sem o qual nada existiria; outro, passivo – o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais, tanto quanto conservador das leis orgânicas que regem o corpo físico.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] O que caracteriza essencialmente o espírito é a consciência, isto é, o eu, mediante o qual ele se distingue do que não está nele, isto é, da matéria. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o ser principal, o ser racional e inteligente [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4

Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro da vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela [a alma] atua no mundo da matéria.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] O espírito não é, pois, nem um anjo glorificado, nem um duende condenado, mas sim a própria pessoa que daqui se foi, conservando a força ou a fraqueza, a sabedoria ou a loucura, que lhe eram peculiares, exatamente como conserva a aparência corpórea que tinha.
Referencia: DOYLE, Arthur Conan• A nova revelação• Trad• da 6a ed• inglesa por Guillon Ribeiro; traços biográficos do autor por Indalício Mendes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

O Espírito [...] é a causa de todos os fenômenos que se manifestam na existência física, emocional e psíquica. Viajor de incontáveis etapas no carreiro da evolução, armazena informações e experiências que são transferidas para os respectivos equipamentos fisiológicos – em cada reencarnação – produzindo tecidos e mecanismos resistentes ou não a determinados processos degenerativos, por cujo meio repara as condutas que se permitiram na experiência anterior. [...] Da mesma forma que o Espírito é o gerador das doenças, torna-se o criador da saúde, especialmente quando voltado para os compromissos que regem o Cosmo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

O Espírito, através do cérebro e pelo coração, nos respectivos chakras coronário, cerebral e cardíaco, emite as energias – ondas mentais carregadas ou não de amor e de compaixão – que é registrada pelo corpo intermediário e transformada em partículas que são absorvidas pelo corpo, nele produzindo os resultados compatíveis com a qualidade da emissão.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

O Espírito, em si mesmo, esse agente fecundo da vida e seu experimentador, esE E Etabelece, de forma consciente ou não, o que aspira e como consegui-lo, utilizando-se do conhecimento de si mesmo, único processo realmente válido para os resultados felizes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

O Espírito, igualmente, é também uma energia universal, que foi gerado por Deus como todas as outras existentes, sendo porém dotado de pensamento, sendo um princípio inteligente, enquanto que todos os demais são extáticos, mecânicos, repetindo-se ininterruptamente desde o primeiro movimento até o jamais derradeiro...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Consciência

Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como coopera-dores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. [...] Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 3

O Espírito é a soma das suas vidas pregressas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 17

[...] Todos somos a soma das experiências adquiridas numa como noutra condição, em países diferentes e grupos sociais nos quais estagiamos ao longo dos milênios que nos pesam sobre os ombros. [...]
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

[...] O Espírito é tudo aquilo quanto anseia e produz, num somatório de experiências e realizações que lhe constituem a estrutura íntima da evolução.
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da redenção impostergável.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 8

O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana.
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tendências, aptidões e reminiscências

[...] O ser real e primitivo é o Espírito [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

Porque os Espíritos são as almas dos homens com as suas qualidades e imperfeições [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Calvário de luz

[...] O Espírito – consciência eterna – traz em si mesmo a recordação indelével das suas encarnações anteriores. [...]
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - A doutrina do hindu

[...] princípio inteligente que pensa, que quer, que discerne o bem do mal e que, por ser indivisível, imperecível se conserva. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

[...] Só o Espírito constitui a nossa individualidade permanente. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 37a efusão

[...] é o único detentor de todas as potencialidades e arquivos de sua individualidade espiritual [...].
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

Em verdade, cada espírito é qual complexa usina integrante de vasta rede de outras inúmeras usinas, cujo conjunto se auto-sustenta, como um sistema autônomo, a equilibrar-se no infinito mar da evolução.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] O que vale dizer, ser o Espírito o Élan Vital que se responsabiliza pela onda morfogenética da espécie a que pertence. Entendemos como espírito, ou zona inconsciente, a conjuntura energética que comandaria a arquitetura física através das telas sensíveis dos núcleos celulares. O espírito representaria o campo organizador biológico, encontrando nas estruturas da glândula pineal os seus pontos mais eficientes de manifestações. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Forças sexuais da alma• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Introd•

O nosso Espírito será o resultado de um imenso desfile pelos reinos da Natureza, iniciando-se nas experiências mais simples, na escala mineral, adquirindo sensibilidade (irritabilidade celular) no mundo vegetal, desenvolvendo instintos, nas amplas variedades das espécies animais, e a razão, com o despertar da consciência, na família hominal, onde os núcleos instintivos se vão maturando e burilando, de modo a revelar novos potenciais. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

[...] A verdadeira etimologia da palavra espírito (spiritus, sopro) representa uma coisa que ocupa espaço, apesar de, pela sua rarefação, tornar-se invisível. Há, porém, ainda uma confusão no emprego dessa palavra, pois que ela é aplicada por diferentes pensadores, não só para exprimir a forma orgânica espiritual com seus elementos constitutivos, como também a sua essência íntima que conhece e pensa, à qual chamamos alma e os franceses espírito.
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

O Espírito, em sua origem, como essência espiritual e princípio de inteligência, se forma da quintessência dos fluidos que no seu conjunto constituem o que chamamos – o todo universal e que as irradiações divinas animam, para lhes dar o ser e compor os germes de toda a criação, da criação de todos os mundos, de todos os reinos da Natureza, de todas as criaturas, assim no estado material, como também no estado fluídico. Tudo se origina desses germes fecundados pela Divindade e progride para a harmonia universal.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] a essência da vida é o espírito [...].
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a mulher

O Espírito humano é a obra-prima, a suprema criação de Deus.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Equação da felicidade

[...] Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. [...] somos um templo vivo em construção, através de cujos altares se E E Eexpressará no Infinito a grandeza divina. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

Figuradamente, o espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 21

Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com o Cristo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada espírito é um continente vivo no plano universal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

[...] o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Evolução e livre-arbítrio

[...] Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera geral. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

[...] Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições, localizados pela magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

[...] gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Nosso “eu”

Cada Espírito é um mundo vivo com movimento próprio, atendendo às causas que criou para si mesmo, no curso do tempo, gravitando em torno da Lei Eterna que rege a vida cósmica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tem po, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 12


Espírito
1) A parte não-material, racional e inteligente do ser humano (Gn 45:27; Rm 8:16).


2) A essência da natureza divina (Jo 4:24).


3) Ser não-material maligno que prejudica as pessoas (Mt 12:45).


4) Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hc 1:14;
v. ANJO).


5) Princípio que norteia as pessoas (2Co 4:13; Fp 1:17).


6) ESPÍRITO SANTO (Gl 3:5).


Espírito Ver Alma.

Veja Espírito Santo.


Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (Sl 146:4) e retorna a Deus (Ec 12:7; cf. 34:14).

O equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Não há coisa alguma inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de existência consciente separada do corpo.


substantivo masculino Princípio imaterial, alma.
Substância incorpórea e inteligente.
Entidade sobrenatural: os anjos e os demónios.
Ser imaginário: duendes, gnomos, etc.
Pessoa dotada de inteligência superior.
Essência, ideia predominante.
Sentido, significação.
Inteligência.
Humor, graça, engenho: homem de espírito.
Etimologia (origem da palavra espírito). Do latim spiritus.

Habitar

verbo transitivo direto e transitivo indireto Morar; ter como residência fixa: habitava um apartamento novo; habitam em uma cidade pequena.
Figurado Permanecer; faz-ser presente: um pensamento que habitava sua mente; Deus habita na alma de quem crê.
verbo transitivo direto Povoar; providenciar moradores ou habitantes: decidiram habitar o deserto com presidiários.
Etimologia (origem da palavra habitar). Do latim habitare.

Habitar Morar (Sl 23:6; At 7:48).

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Sois

substantivo deverbal Ação de ser; ato de expressar permanentemente uma condição, característica ou capacidade particular: vós sois o melhor amigo que tenho; sois o único Deus acima de todos os outros.
Não confundir com: sóis.
Etimologia (origem da palavra sois). Forma Der. de ser.

Templo

substantivo masculino Edifício consagrado ao culto religioso; igreja.
Local em que se realizam as sessões da maçonaria.
Nome de uma ordem religiosa Ver templários.
Figurado Lugar digno de respeito: seu lar é um templo.

Vamos fazer a descrição de trêstemplos em Jerusalém – o templo de Salomão – o templo reedificado sob a direção de Neemias – e o templo de Herodes. 1. Templo de Salomão. A edificação do templo foi a grande tarefa do reinado de Salomão. A madeira empregada na construção foi trazida do Líbano pelos operários fenícios, que em grande número foram empregados nesta obra, e outras semelhantes. Preparou-se o emadeiramento antes de ser levado até ao mar, sendo depois feita a sua condução em navios até Jope, e deste porto de mar até Jerusalém, numa distância apenas de 64 km, mais ou menos (1 Rs 5.9). Semelhantemente, as grandes pedras eram cortadas, cinzeladas, e cuidadosamente marcadas antes de serem mandadas para Jerusalém. Foram empregados neste trabalho milhares de operários. Havia 160.000 palestinos divididos em duas classes: a primeira compreendia israelitas nativos, dos quais 30:000, ou aproximadamente 1 por 44 da população vigorosa do sexo masculino, foram arregimentados para aquela obra numa ‘leva’. Estes homens trabalhavam em determinados espaços de tempo, funcionando 10.000 durante um mês, depois do que voltavam por dois meses para suas casas. A segunda classe de operários (1 Rs 5.15 – 2 Cr 2.17,18), era constituída por 150.000 homens, dos quais 70:000 eram carregadores, e 80.000 serradores de pedra. os da primeira dasse, sendo hebreus, eram trabalhadores livres, que trabalhavam sob a direção de inteligentes artífices de Hirão, ao passo que os da outra classe, que eram os representantes dos antigos habitantes pagãos da Palestina, eram realmente escravos (1 Rs 9.20,21 – 2 Cr 2.17,18 – 8.7 a 9). Além destes homens foram nomeados 3:300 oficiais (1 Rs 5.16), com 550 ‘chefes’ (1 Rs 9.23), dos quais 250 eram, na verdade, israelitas nativos (2 Cr 8.10). o contrato entre Salomão e Hirão era assim: Salomão devia dar providências para a manutenção e salário dos homens de Hirão, que haviam de receber certa quantidade de trigo batido, cevada, vinho e azeite (2 Cr 2,10) – ao passo que, enquanto os materiais para a edificação fossem requisitados, impunha Hirão, por esse beneficio, uma contribuição anual de 20.000 medidas de trigo, e 20 medidas do melhor azeite do mercado. A Fenícia dependia principalmente da Palestina para seu abastecimento de pão e azeite (Ez 27:17At 12:20). o mestre de obras, que o rei Hirão mandou, chamava-se Hirão-Abi, um homem que descendia dos judeus, pela parte da mãe (2 Cr 2.13,14). o templo estava voltado para o oriente – quer isto dizer que os adoradores, entrando pela parte oriental, tinham em frente o Lugar Santíssimo e olhavam para o ocidente – e, com efeito, sendo o véu desviado para o lado, a arca na parte mais funda do Santuário era vista, estando voltada para o oriente. Entrando, pois, pelo lado oriental, o crente achar-se-ia no vestíbulo, que ocupava toda a largura do templo, isto é, cerca de 9 metros, com uma profundidade de 10,5 metros. Propriamente o Santuário tinha 27 metros de comprimento, por 9 de largura, e 13,5 de altura – constava do Santo Lugar e do Santo dos Santos. Estas medições dizem respeito ao interior – se se quiser saber qual seria a área do templo, temos já de considerar para a avaliação as paredes e a cadeia circunjacente de construções laterais. Estas câmaras serviam para armazenagem dos vasos sagrados – também, talvez, de quartos de dormir para uso dos sacerdotes que estavam de serviço no templo. Era a entrada nessas câmaras por uma porta, que estava ao meio do frontispício do sul, de onde também havia uma escada de caracol que ia ter aos compartimentos superiores (1 Rs 6.8). As janelas do próprio templo, que deviam estar acima do telhado das câmaras, eram de grades, não podendo ser abertas (1 Rs 6.4). os objetos mais proeminentes no vestíbulo eram dois grandes pilares, Jaquim e Boaz, que Hirão formou por ordem de Salomão (1 Rs 7.15 a 22). Jaquim (‘ele sustenta’) e Boaz (‘nele há força’), apontavam para Deus, em Quem se devia firmar, como sendo a Força e o Apoio por excelência, não só o Santuário, mas também todos aqueles que ali realmente entravam. o vestíbulo dava para o Santo Lugar por meio de portas de dois batentes. Estas portas eram feitas de madeira de cipreste, sendo os seus gonzos de ouro, postos em umbrais de madeira de oliveira. Tinham a embelezá-las diversas figuras esculpidas de querubins entre palmeiras, e por cima delas botões de flor a abrir e grinaldas. Dentro do Santuário todos os móveis sagrados eram de ouro, sendo os exteriores feitos de cobre. o sobrado, as paredes (incrustadas, se diz, de pedras preciosas), e o teto eram cobertos de ouro. Tudo isto devia luzir com grande brilho à luz dos sagrados candelabros, sendo dez, e de ouro puro, os que estavam no Santo Lugar, cada um deles com sete braços: havia cinco do lado direito e cinco do lado esquerdo, em frente do Santo dos Santos (1 Rs 7.49). A entrada para o Santo dos Santos estava vedada por um véu ‘de estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino’, e bordados nele se viam querubins (2 Cr 3.14). Entre os castiçais estava o altar do incenso, feito de madeira de cedro, e coberto de ouro (1 Rs 6.20,22 – 7,48) – e colocados à direita e à esquerda estavam dez mesas de ouro com os pães da proposição (2 Cr 4.8). os instrumentos necessários para o uso desta sagrada mobília eram, também, de ouro puro (1 Rs 7.49,50). Passava-se do Santo Lugar para o Santo dos Santos por portas de dois batentes, feitas de madeira de oliveira. Dentro do Santo dos Santos estava a arca, a mesma que tinha estado no tabernáculo. Salomão mandou pôr do lado setentrional da mesma arca e do lado do sul duas gigantescas figuras de querubim, esculpidas em madeira de oliveira, e revestidas de ouro. Cada um deles tinha a altura de 4,5 metros, e os dois com as suas asas estendidas, cobrindo o propiciatório, tinham a largura de 4,5 metros. Saía-se do vestíbulo para o átrio interior, ou ‘pátio dos sacerdotes’ (1 Rs 6.36 – 2 Cr 4.9). Era este um pavimento, formado de grandes pedras, como também o era o ‘pátio grande’ do povo (2 Cr 4.9). No ‘pátio dos sacerdotes’ estava o altar dos holocaustos (1 Rs 8.64), de bronze, com 4,5 metros de altura, sendo a base de 9 me

igreja (igrejório, igrejário, igrejinha, igrejola), basílica, ermida, capela, delubro, fano, edícula, santuário. – Segundo S. Luiz, “convêm estes vocábulos (os três primeiros) em exprimir a ideia genérica de lugar destinado para o exercício público da religião; mas com suas diferenças”. – Templo refere-se diretamente à divindade; igreja, aos fiéis; basílica, à magnificência, ou realeza do edifício. – Templo é propriamente o lugar em que a divindade habita e é adorada. – Igreja é o lugar em que se ajuntam os fiéis para adorar a divindade e render-lhe culto. Por esta só diferença de relações, ou de modos de considerar o mesmo objeto, vê-se que templo exprime uma ideia mais augusta; e igreja, uma ideia menos nobre. Vê-se ainda que templo é mais próprio do estilo elevado e pomposo; e igreja, do estilo ordinário e comum. Pela mesma razão se diz que o coração do homem justo é o templo de Deus; que os nossos corpos são templos do Espírito Santo, etc.; e em nenhum destes casos poderia usar-se o vocábulo igreja. – Basílica, que significa própria e literalmente “casa régia”, e que na antiguidade eclesiástica se aplicou às igrejas por serem casas de Deus, Rei Supremo do Universo – hoje se diz de algumas igrejas principais, mormente quando os seus edifícios são vastos e magníficos, ou de fundação régia. Tais são as basílicas de S. Pedro e de S. João de Latrão em Roma; a basílica patriarcal em Lisboa, etc. Quando falamos das falsas religiões, damos às suas casas de oração, ou o nome geral de templo, ou os nomes particulares de mesquita, mochamo, sinagoga, pagode, etc., segundo a linguagem dos turcos e mouros, dos árabes, judeus, gentios, etc. – Igreja e basílica somente se diz dos templos cristãos, e especialmente dos católicos romanos”. – Os vocábulos igrejário, igrejório, igrejinha e igrejola são diminutivos de igreja, sendo este último, igrejola, o que melhor exprime a ideia da insignificância do edifício. A primeira, igrejário, pode aplicar-se ainda com a significação de – “conjunto das igrejas de uma diocese ou de uma cidade”. – Ermida Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 473 é propriamente igrejinha em paragem desolada; e também pequeno, mas belo e artístico templo em aldeia, ou povoado. – Capela é “propriamente a sala destinada ao culto, o lugar onde se faz oração nos conventos, nos palácios, nos colégios, etc. Em sentido mais restrito, é pequena igreja pobre de bairro, de fazenda, de sítio, ou de povoação que não tem ainda categoria eclesiástica na diocese”. – Delubro = templo pagão; capela de um templo; e também o próprio ídolo. – Fano – pequeno templo pagão; lugar sagrado, onde talvez se ouviam os oráculos. – Edícula = pequena capela ou ermida dentro de um templo ou de uma casa; oratório, nicho. – Santuário = lugar sagrado, onde se guardam coisas santas, ou onde se exercem funções religiosas.

[...] O templo é a casa onde se reúnem os que prestam culto à divindade. Não importa que se lhe chame igreja, mesquita, pagode ou centro. É sempre o local para onde vão aqueles que acreditam no Criador e que em seu nome se agregam, se unem, se harmonizam.
Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - Def•

Templo de fé é escola do coração.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Templo de fé

Templo é o Universo, a Casa de Deus tantas vezes desrespeitada pelos desatinos humanos.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Desvios da fé

A rigor, os homens deviam reconhecer nos templos o lugar sagrado do Altíssimo, onde deveriam aprender a fraternidade, o amor, a cooperação no seu programa divino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 65

O templo é obra celeste no chão planetário objetivando a elevação da criatura [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19


Templo Edifício construído no monte Moriá, em Jerusalém, no qual estava centralizado o culto a Javé em Israel. Substituiu o TABERNÁCULO. O primeiro Templo foi construído por Salomão, mais ou menos em 959 a.C., e destruído pelos babilônios em 586 a.C. (2Rs 25:8-17). O Templo propriamente dito media 27 m de comprimento por 9 de largura por 13,5 de altura. Estava dividido em duas partes: o LUGAR SANTÍSSIMO (Santo dos Santos), que media 9 m de comprimento, e o LUGAR SANTO, que media 18 m. Encostados nos lados e nos fundos do Templo, havia três andares de salas destinadas a alojar os sacerdotes e servir como depósito de ofertas e de objetos. Na frente havia um PÓRTICO, onde se encontravam duas colunas chamadas Jaquim e Boaz. No Lugar Santíssimo, onde só o sumo sacerdote entrava uma vez por ano, ficava a ARCA DA ALIANÇA, cuja tampa era chamada de PROPICIATÓRIO. No Lugar Santo, onde só entravam os sacerdotes, ficavam o ALTAR de INCENSO, a mesa dos PÃES DA PROPOSIÇÃO e o CANDELABRO. Do lado de fora havia um altar de SACRIFÍCIOS e um grande tanque de bronze com água para a purificação dos sacerdotes. Em volta do altar estava o pátio (ÁTRIO) dos sacerdotes (1Rs 5—7; a NTLH tem as medidas em metros). A construção do segundo Templo foi feita por Zorobabel. Começou em 538 a.C. e terminou em 516 a.C., mais ou menos (Ed 6). O terceiro Templo foi ampliado e embelezado por Herodes, o Grande, a partir de 20 a.C. Jesus andou pelos seus pátios (Jo 2:20). As obras só foram concluídas em 64 d.C. Nesse Templo havia quatro pátios: o dos sacerdotes, o dos homens judeus, o das mulheres judias e o dos GENTIOS. No ano 70, contrariando as ordens do general Tito, um soldado romano incendiou o Templo, que nunca mais foi reconstruído. No seu lugar está a mesquita de Al Acsa. O Templo da visão de Ezequiel é diferente dos outros (Ez 40—46).

Templo Santuário destinado ao culto divino. No judaísmo, estava situado em Jerusalém. O primeiro foi construído por Salomão, em torno de 950 d.C., e substituiu o tabernáculo portátil e os santuários locais. Levantado sobre o monte do templo, identificado como o monte Moriá, tinha uma superfície de 30x10x15m aproximadamente. Entrava-se por um pórtico ladeado por dois pilares de bronze denominados Jaquin e Booz e, em seu interior, havia um vestíbulo (ulam), uma sala principal (hekal) e o Santíssimo (Debir), ao qual só o Sumo Sacerdote tinha acesso uma vez por ano, no dia de Yom Kippur. Dentro do Templo, destinado às tarefas do culto, estavam o altar para os sacrifícios, a arca e os querubins, a menorah de ouro e a mesa para a exposição do pão.

Os sacerdotes ou kohanim realizavam o culto diário no Hekal, existindo no pátio do Templo exterior uma seção reservada para eles (ezrat cohanim). Nos outros dois pátios havia lugar para os homens (ezrat 1srael) e para as mulheres de Israel (ezrat nashim). Esse Templo foi destruído no primeiro jurbán.

Reconstruído depois do regresso do exílio babilônico (c. 538-515 a.C.), passou por uma ambiciosa remodelação feita por Herodes (20 a.C.), que incluía uma estrutura duplicada da parte externa. Durante esse período, o Sumo Sacerdote desfrutou de considerável poder religioso, qual uma teocracia, circunstância desastrosa para Israel à medida que a classe sacerdotal superior envolvia-se com a corrupção, o roubo e a violência, conforme registram as próprias fontes talmúdicas.

Destruído no ano 70 pelos romanos, dele apenas restou o muro conhecido por Muro das Lamentações. A sinagoga viria a suprir, em parte, o Templo como centro da vida espiritual.

Jesus participou das cerimônias do Templo, mas condenou sua corrupção (Mt 5:23ss.; 12,2-7; 23,16-22; Lc 2:22-50). Anunciou sua destruição (Mt 23:38ss.; 24,2; 26,60ss.; 27,39ss.), o que não pode ser considerado “vaticinium ex eventu” já que, entre outras razões, está registrado em Q, que é anterior a 70 d.C. Essa destruição, prefigurada pela purificação do Templo (Mt 21:12ss. e par.), aconteceria por juízo divino. O episódio recolhido em Mt 27:51 e par. — que, curiosamente, conta com paralelos em alguma fonte judaica — indica que a existência do Templo aproximava-se do seu fim.

J. Jeremias, Jerusalén...; A. Edersheim, El Templo...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; Idem, Diccionario de las tres...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
I Coríntios 3: 16 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Não tendes vós sabido que o lugar- santo (do Templo) de Deus sois vós, e que o Espírito de Deus habita em vós?
I Coríntios 3: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

54 d.C.
G1492
eídō
εἴδω
ver
(knows)
Verbo - Pretérito Perfeito do indicativo Ativo - 3ª pessoa do singular
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3485
naós
ναός
o 9o. filho de Jacó e o 5o. de Lia, sua primeira esposa, e progenitor de uma tribo com o
(Issachar)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3611
oikéō
οἰκέω
cão
(a dog)
Substantivo
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G4151
pneûma
πνεῦμα
terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
([the] Spirit)
Substantivo - neutro genitivo singular
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


εἴδω


(G1492)
eídō (i'-do)

1492 ειδω eido ou οιδα oida

palavra raíz; TDNT - 5:116, 673; v

  1. ver
    1. perceber com os olhos
    2. perceber por algum dos sentidos
    3. perceber, notar, discernir, descobrir
    4. ver
      1. i.e. voltar os olhos, a mente, a atenção a algo
      2. prestar atenção, observar
      3. tratar algo
        1. i.e. determinar o que deve ser feito a respeito de
      4. inspecionar, examinar
      5. olhar para, ver
    5. experimentar algum estado ou condição
    6. ver i.e. ter uma intrevista com, visitar
  2. conhecer
    1. saber a respeito de tudo
    2. saber, i.e. adquirir conhecimento de, entender, perceber
      1. a respeito de qualquer fato
      2. a força e significado de algo que tem sentido definido
      3. saber como, ter a habilidade de
    3. ter consideração por alguém, estimar, prestar atênção a (1Ts 5:12)

Sinônimos ver verbete 5825


εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

ναός


(G3485)
naós (nah-os')

3485 ναος naos

da palavra primária naio (habitar); TDNT - 4:880,625; n m

usada do templo de Jerusalém, mas somente do edifício sagrado (santuário) em si mesmo, consistindo do Santo Lugar e do Santo dos Santos (no grego clássico é usada para o santuário ou cubículo do templo onde a imagem de ouro era colocada, e que não deve ser confundido com todo o complexo de edifícios)

qualquer templo ou santuário pagão

metáf. o templo espiritual que consiste dos santos de todos os tempos reunidos por e em Cristo



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οἰκέω


(G3611)
oikéō (oy-keh'-o)

3611 οικεω oikeo

de 3624; TDNT - 5:135,674; v

  1. habitar em

ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

πνεῦμα


(G4151)
pneûma (pnyoo'-mah)

4151 πνευμα pneuma

de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

  1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
    2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
    3. nunca mencionado como um força despersonalizada
  2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
    1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
    2. alma
  3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
    1. espírito que dá vida
    2. alma humana que partiu do corpo
    3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
      1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
      2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
  4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
    1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
  5. um movimento de ar (um sopro suave)
    1. do vento; daí, o vento em si mesmo
    2. respiração pelo nariz ou pela boca

Sinônimos ver verbete 5923


σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu