Enciclopédia de Hebreus 4:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

hb 4: 7

Versão Versículo
ARA de novo, determina certo dia, Hoje, falando por Davi, muito tempo depois, segundo antes fora declarado: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.
ARC Determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.
TB outra vez determina um certo dia, hoje, dizendo por Davi, depois de tanto tempo (como antes se disse):
BGB πάλιν τινὰ ὁρίζει ἡμέραν, Σήμερον, ἐν Δαυὶδ λέγων μετὰ τοσοῦτον χρόνον, καθὼς ⸀προείρηται, Σήμερον ἐὰν τῆς φωνῆς αὐτοῦ ἀκούσητε, μὴ σκληρύνητε τὰς καρδίας ὑμῶν·
BKJ novamente, ele determina um certo dia, dizendo através de Davi: Hoje, depois de muito tempo, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.
LTT Outra vez, determina (Deus) (que seja) um certo dia, em (um Salmo de) Davi dizendo, muito tempo depois (de Moisés): "Hoje", como tem sido dito, "Hoje, se a voz dEle (Deus) ouvirdes, que vós não endureçais os vossos corações ①." Sl 95:7-8
BJ2 Tornou Deus a fixar outro dia, um hoje, quando há muito disse em Davi, conforme dissemos acima: Hoje, se lhe ouvirdes a voz, não endureçais os vossos corações...
VULG iterum terminat diem quemdam, Hodie, in David dicendo, post tantum temporis, sicut supra dictum est : Hodie si vocem ejus audieritis, nolite obdurare corda vestra.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 4:7

II Samuel 23:1 E estas são as últimas palavras de Davi. Diz Davi, filho de Jessé, e diz o homem que foi levantado em altura, o ungido do Deus de Jacó, e o suave em salmos de Israel:
I Reis 6:1 E sucedeu que, no ano quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto do reinado de Salomão sobre Israel, no mês de zive (este é o mês segundo), Salomão começou a edificar a Casa do Senhor.
Salmos 95:7 Porque ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas da sua mão. Se hoje ouvirdes a sua voz,
Mateus 22:43 Disse-lhes ele: Como é, então, que Davi, em espírito, lhe chama Senhor, dizendo:
Marcos 12:36 O próprio Davi disse pelo Espírito Santo: O Senhor disse ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.
Lucas 20:42 Visto como o mesmo Davi diz no livro dos Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita,
Atos 2:29 Varões irmãos, seja-me lícito dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura.
Atos 2:31 nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no Hades, nem a sua carne viu a corrupção.
Atos 13:20 E, depois disto, por quase quatrocentos e cinquenta anos, lhes deu juízes, até ao profeta Samuel.
Atos 28:25 E, como ficaram entre si discordes, se despediram, dizendo Paulo esta palavra: Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías,
Hebreus 3:7 Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz,
Hebreus 3:15 Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como na provocação.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

nota Hb 3:11-19 e Hb 6:1-20, sobre segurança da salvação.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

hb 4:7
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
D. O DESCANSO NECESSÁRIO, 4:1-16

Este capítulo poderia ser intitulado: "Entrando no seu Descanso". Este é o tema central do capítulo 4. O termo "descanso" ocorre nove vezes nestes dezesseis versículos, oito vezes como katapausis e uma vez como sabbatismos. A primeira palavra denota uma paz estabelecida ou um estado de descanso; e a segunda, encontrada somente aqui no NT, significa "repouso sabático". Este termo "entrar", nas suas várias formas, é encon-trado oito vezes neste capítulo, todos em conexão com "descanso".

Este repouso para o povo de Deus (9) freqüentemente é entendido como uma segunda obra da graça. Entre os Quacres a terminologia de Hebreus tem sido mantida e forma a base para a estrofe de Philip Doddridge:

Agora descanse, meu coração dividido há tanto tempo;

Fixado neste centro ditoso, descanse; Nunca se afastando do seu Senhor, Com Ele refletindo todo o bem.

Entre os wesleyanos, a terminologia paulina de santificação completa é comum. A urgência da entrada defmitiva é ressaltada nos versículos 1:6-11 e, em cada caso, a forma é o aoristo infinitivo, que é categórico em importância. Não há sinal de uma entra-da gradual ou parcial no repouso ou descanso de Deus. A lição central é que a história está sendo repetida; exatamente onde os israelitas estavam em Cades-Barnéia, estes cristãos Hebreus estão agora, exceto que a situação é mais grave.

1. Um Perigo Semelhante (4:1-3)

Por causa do exemplo histórico diante de nós, Temamos ("ter um temor ansioso", Mueller), pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para trás (1). Em relação a este repouso uma dispo-sição de ânimo casual, que é indiferente ou demasiadamente otimista, está completa-mente fora de cogitação. Este é um assunto de vida ou morte, por isso o cristão deveria estar profunda e intensamente preocupado, para que não "fique para trás" (Mueller). Os vagarosos estão em perigo bem como aqueles que rejeitam este repouso por completo.

Que esta promessa é deixada, ou "reservada", para nós (kataleipo, deixar para trás, reservar"; cf. Rm 11:4) é confirmado no versículo 2: Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles. Deveria constar literalmente: "Fomos evangelizados da mesma forma — ou tão completamente — quanto eles". Os israelitas, por meio de Moisés, ouviram as boas-novas da provisão e vontade de Deus para eles. Da mesma maneira, nós ouvimos as boas-novas de Deus por meio de Cristo. Mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou — não resultou em um beneficio completo e final — não porque não foi pregada de maneira adequada, mas porquanto não estava mis-turada com a fé naqueles que a ouviram. Ouvir a Palavra não é suficiente; ela deve ser crida e obedecida. Não importa a profundidade da fé do pregador, precisa haver fé voluntária no ouvinte. A fé deve estar associada à Palavra como um tipo de agente espi-ritual catalisador, para que o evangelho traga salvação.

O versículo 3 é obscuro na KJV, no entanto, podemos estar certos de que seu verdadei-ro significado o liga de maneira coerente ao pensamento iniciado no versículo 1. A idéia-chave está na expressão "parecem não ter alcançado" (ficar atrás). Novamente o autor está se referindo, por meio de uma breve frase, a Salmos 95:8-11. Ao harmonizar estas idéias aparentemente discrepantes do versículo 3, precisamos observar certos detalhes que ajudarão na compreensão deste texto. A ARC já corrigiu a tradução da KJV de Sal-mos 95:11, como segue: "Por isso, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso" (Salmos 95:11). É importante observar que as três cláusulas são coerentes e significati-vas, somente quando interpretadas à luz não somente do contexto imediato mas do contexto de todo o salmo da qual a citação foi tirada. Além do mais, para entender a idéia, é necessário sugerir que o verbo do presente do indicativo da cláusula principal, nós [...] entramos no... (eiserchometha) deveria ter uma construção futura: "entraremos no".

Quem? Os que temos crido (aoristo) entraremos no repouso. Nós que confessa-mos ser cristãos, tendo aceitado Cristo por meio da fé verdadeira, somos qualificados para entrar no repouso que resta para o "povo de Deus" (v. 9), desde que não percamos nossa qualificação ao endurecer os nossos corações. Porque, de acordo com o decreto divino, eles (os resistentes teimosos, os apóstatas) não entrarão no meu repouso (3b). Este ultimato, de que os crentes entrarão e os que rejeitam não entrarão, é verdadeiro, embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo. Como explica o versículo seguinte, meu repouso está relacionado com a cessação das obras criativas de Deus. A referência, deste ponto até a conclusão destas obras, implica que Deus desde o princípio desejou compartilhar seu repouso com o seu povo; mas eles não podem entrar sem a obediência da fé, e enquanto não obedecerem, estão excluídos, não importa quanto tempo Deus tem esperado.

Para percebermos a conexão possível entre esta referência às obras terminadas de Deus e a linha anterior de pensamento precisamos ler o Salmo 95 na sua totalidade. O salmista está exaltando a grandeza de Deus em seu trabalho de criação e desafiando seus ouvintes a adorá-Lo. Mas as obras de Deus não incluem coerção. Suas obras termi-nadas são evidência suficiente do seu poder para levar seu povo para dentro da Canaã deles. No entanto, isto não deve ser interpretado como garantia que, não importa o que façamos, Ele vai dar um jeito de nos levar até lá. Pelo contrário, esta evidência da gran-deza de Deus nos deixa completamente indesculpáveis em nossa descrença temerosa; ela justifica sua ira em declarar que, apesar de tudo o que tem feito até aqui, Ele não nos levará para dentro agora (cf. 1 Co 10:1-12).

Estes parágrafos intensos são uma forte tentativa de chacoalhar os cristãos hebreus em sua falsa segurança, ao mostrar-lhes que não possuem imunidade contra os perigos da cerca espiritual. O Salmo 95 é interpretado como uma advertência direta ao povo de Deus — incluindo os próprios hebreus — contra a rebelião da sua Cades-Barnéia.

2. Um Repouso Espiritual (4:4-10)

Ao usar o Salmo 95 como uma advertência contra a confiança falsa, e especialmente contra a rejeição da nova luz, o autor interpreta meu repouso como o plano e provisão de Deus para o seu povo. Este é um descanso tipificado por Canaã, e a crise da entrada é tipificada por Cades-Barnéia. As conseqüências desastrosas de fracassar em entrar nes-ta Canaã foram apresentadas. Agora, nestes próximos versículos, a natureza deste des-canso é revelada.

Já temos visto a relevância deste repouso em relação às obras concluídas de Deus no versículo 3. Isto é ampliado imediatamente. O autor cita Gênesis 2:2 (mas, como de costume, sem especificar a referência) : E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia (4). De alguma maneira este fato está relacionado com meu repouso (5). Que resta (6), i.e., para o seu povo entrar.

Visto que a geração dos dias de Moisés perdeu sua chance por causa da deso-bediência, Deus, em sua misericórdia, proclamou mais uma oportunidade por meio de Davi. Há mais um Hoje, mesmo muito tempo depois (7). O autor vê no Salmo 95 uma profecia especial para a época do evangelho — uma profecia que contém tanto uma promessa quanto uma ameaça.

Também não podia se dizer que o verdadeiro descanso de Deus tinha sido dado por Josué ("Jesus", na KJV; v. 8) quando levou a próxima geração para a Terra Prometida e os estabeleceu nas suas próprias casas, com suas vinhas e campos. Porque se este re-pouso nacional tivesse sido o que Deus queria, então não falaria (Deus, não Josué), depois disso, de outro dia. Josué deu aos israelitas descanso de um tipo (Js 22:4), como cumprimento de uma promessa (Dt 31:7) ; mas este repouso político, civil e materi-al em Canaã não era o repouso — era apenas uma tipificação daquele repouso. Resta ainda (ainda a ser experimentado) um repouso para o povo de Deus (9). O povo de Deus, no novo Hoje, tem a opção de um descanso que ainda não conhece por experiência, mas que pode conhecer — na verdade deve conhecer — ou deixar de ser o povo de Deus.

Observe os três fios que estão entrelaçados aqui. Fio número um: o repouso de Deus e suas obras acabadas estão relacionados. Fio número dois: o repouso de Deus é espiritual em natureza, não nacionalista. Fio número três: o repouso está agora dispo-nível neste novo Hoje. Mas a KJV deixa escapar o significado deste ponto crítico, porque o grego diz sabbatismos, "um repouso sabático" (ou "descanso sabático", NVI). O restante que permanece é o repouso sabático da alma — certamente não do corpo, porque o traba-lho diário continua sendo necessário. E certamente isto não é uma referência ao sétimo dia — o sábado, como os adventistas ensinam. Isto seria uma inversão da tipificação e uma interpretação completamente errada da realidade, semelhantemente aos judeus que não conseguiam enxergar nada além da prosperidade materialista e autonomia po-lítica em relação à Terra Santa. O significado está ligado à explanação subseqüente: Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas (10). Tudo nesta seção tem apontado para esta proposição conclu-siva. Isto representa o repouso sabático que é o repouso de Deus restante para o seu povo. Como uma declaração culminante, ela é habilmente devastadora à essência das suas inclinações judaicas. Quer tenha sido Paulo que escreveu esta epístola ou não, nada podia ser mais paulino (cf. Rm 10:1-11; Gl 3:16-4:9-31; Cl 2:20-23). A tendência muito forte de voltarem para Moisés, ou pelo menos de se ligarem a ele e a Jesus com sujeição compartilhada, era a evidência de uma relutância em abandonar todas as formas de esforço próprio e depender somente da obra terminada de Cristo.

Veja o significado exato. Deus não descontinuou sua obra de providência e redenção, mas apenas a da criação. O crente que desfruta o repouso perfeito também cessou das suas próprias obras de criação, não no sentido natural ou material, mas no sentido espi-ritual (Jo 6:62-63). Os israelitas de Cades-Barnéia calcularam sua probabilidade de en-trar em Canaã à luz dos seus recursos, e, é claro, se desesperaram. Então quando viram seu pecado, "tentaram subir", mas, novamente baseados em suas próprias forças, e aca-baram sendo derrotados pelos amalequitas (Nm 14:40-45). Desta forma, sempre ocorre-rá a falência do puramente humano no domínio espiritual. Não pode ser com base em fé e obras. Este é o caminho da ansiedade e frustração — não do repouso. Mas o lugar do "repouso tranqüilo, perto do coração de Deus" é o lugar da autocrucificação, da total entrega de si mesmo a Deus, do completo abandono dos nossos esforços vãos ou para criar o Reino de Deus na terra ou para criar santidade em nós mesmos. Não devemos apenas nos submeter, mas confiar. "Solte e entregue-se a Deus".

3. Um Dever Imediato (4:11-16) 25

a) Se uma queda final deve ser evitada (4.11). Existe um progresso distinto de pen-samento em Hebreus, com transições intercaladas, em vez de mudanças abruptas e radi-cais. Muitas vezes, um versículo de transição está ligado com aquilo que acabou de ser dito, como sua conclusão, e igualmente com a nova idéia que introduz. Além do mais, estes versículos de transição são repetitivos, quase cíclicos, em forma e idéia, ainda que cada um apresente uma idéia-chave sinalizando avanço. Como ocorre no versículo 11: Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. Tanto este versículo quanto o versículo 1 falam de entrar no repouso e apresentam uma construção semelhante: Procuremos ("Temamos") [...] para que ("pois, que").26

Mas no versículo 1, a exortação é "temer", e no versículo 11 é procurar "esforçar-se" (ARA). No versículo 1, a advertência era contra a possibilidade de ficar "para trás", i.e., contra o perigo da relutância e lentidão espiritual. No versículo 11, a advertência é con-tra o resultado inevitável e final desta lentidão (cf. 2,3) — uma queda final e irrevogável — tal como aconteceu com os israelitas no deserto. Mueller traduz a última cláusula da seguinte forma: "não cair no mesmo padrão de obstinação".
Há somente uma maneira de evitar este desastre, isto é, "ser zeloso, empenhar-se e lutar diligentemente" (NT Amplificado). Ninguém flutua indiferentemente para o repou-so. Ele deve ser visto como uma esfera indispensável de vivência,' um ingresso imediato que requer nossa completa concentração.
Pode parecer incongruente ter acabado de definir este repouso como uma cessação das obras (v. 10) e em seguida insistir para entrar por meio do esforço. De que maneira o esforço pode ser o meio para entrar no repouso que é o fim das obras? O NT nos assegura de uma coisa: É impossível que o significado seja que devemos trabalhar duro para asse-gurar nosso repouso no céu.

Uma resposta é dizer que o arrependimento é o labor espiritual, mas um labor que termina no repouso do perdão e um repouso da escravidão das obras da iniqüidade (Mt 11:28). Vamos observar que a consagração — a autocrucificação — também é uma obra (esforço) intensa e árdua, mas que prontamente se torna o repouso do poder da ressur-reição espiritual, de habitar em Jesus pelo Espírito Santo, e da libertação da tirania de um ego arrogante e inflexível. É o repouso de um sistema de valores materialistas e escravizantes; um repouso no qual nossas obras, nossa autonomia, nossos direitos, nos-sos planos e ambições e nossos esforços incansáveis são rendidos de forma determinada e habitual. Esta atitude pode ser tão habitual que a rendição se torna uma disposição de ânimo feliz e segura (Mt 11:29-30).

É importante salientar que o significado primário de spoudasomen, seguido de um infinitivo, não significa "esforço" mas "pressa, apressar", e é usado desta forma em II Timóteo 4:9-21 e Tito 3:12. Embora a idéia de esforço esteja incluída por inferência, o sentido temporal é provavelmente a ênfase pretendida aqui, de acordo com o tom do contexto. Este tom é o mesmo tipo de desafio imediato anunciado em alta voz por Josué e Calebe: "Subamos animosamente e possuamo-la" (Nm 13:30) ; e é o mesmo tom da urgência intensa e dever imediato que vez após vez caracteriza esta epístola. Aquele que está propenso a esperar até amanhã para entrar no repouso nunca entrará nele.

Em Hb 3:17-4.11, encontramos "O Repouso para o Povo de Deus":

1) Existe um repou-so prometido, 4.9.

2) Devemos fazer um esforço para entrar neste repouso, 4.11.

3) A fé no chamado de Deus é essencial, 4.2.

4) Alguns o deixaram escapar — falharam em entrar nele, Hb 3:17-4.1 (John Knight).

b) Porque a palavra de Deus continua exigindo resposta (4:12-13). Estes versículos que falam tão vividamente da penetrante palavra de Deus não se referem primeiramen-te à palavra escrita na Bíblia (embora a palavra escrita não esteja de forma nenhuma excluída) ; nem podem ser adequadamente entendidos sem estarem atrelados à discus-são anterior, como se constituíssem uma súbita digressão de pensamento. Eles são es-senciais para a exortação geral. O autor não quer ser entendido como estando excessiva-mente preocupado com as ações dos israelitas antigos. O ponto da lição objetiva é que eles estavam "brincando", não com a palavra de Moisés ou Josué, mas com a palavra de Deus (12). Este é precisamente o ponto desta exortação urgente. A palavra de Deus de acordo com Davi, e mais recentemente de acordo com Cristo e os apóstolos, não é uma carta morta, mas viva. Ela está em ação neste exato momento. Ela não é como uma linha de energia elétrica velha e obsoleta; ela é viva no momento em que Deus fala. A palavra particular ouvida pelos israelitas era a vontade de Deus para eles a respeito de Canaã, enquanto a palavra particular exigindo a atenção deles é a palavra de Deus a respeito de Jesus e o repouso que Ele deseja que encontrem nele.' Esta é a palavra que Deus falou ao mundo "nestes últimos dias, pelo Filho" (1,2) ; é a mensagem do evangelho da salvação eterna por meio de Cristo que Ele falou por intermédio dos ensinos do nosso Senhor, dos ensinos dos apóstolos e confirmada pela manifestação do seu poder em si-nais (2:3-4) ; esta mensagem do evangelho é a voz predita no Salmo 95 para este novo "Hoje" (3.15; 4:1-2, 7-8). Tudo isto está incluído na "Palavra que Deus fala" (NT Ampl.).

Esta palavra divina não está somente viva, mas é eficaz, i.e., ativa em convencer, examinar e descobrir. Como uma espada de dois gumes, a mensagem do evangelho penetra de tal forma no ouvinte que alma e espírito são divididos; i.e., nosso eu espiri-tual é separado do nosso eu alma. Podemos ser religiosos — mas não salvos. Podemos ser sensíveis ao homem, mas insensíveis para com Deus. Uma pessoa pode ser culta e atenta na mente e corpo, mas atrofiada e dormente no espírito.' Ela pode conhecer o êxtase estético, mas não a alegria espiritual. O mundo ao redor, com o qual se comunica por meio das janelas da alma, pode ser bastante real, e ainda assim o mundo de Deus e Cristo pode ser muito irreal. O evangelho descobre e chama a nossa atenção para este tipo de entorpecimento.

Este poder cortante e penetrante divide juntas e medulas, uma sugestão figurada, possivelmente, indicando que o evangelho nos encontra não só no nível da personalida-de, mas no nível do nosso eu invisível. É na medula que doenças do sangue se alojam muito antes que o mecanismo do corpo seja visivelmente afetado. As pessoas caminham eretas, no entanto seus ossos podem estar doentes por dentro, como uma árvore que está em pé até que uma tempestade violenta a derruba até o chão, revelando seu cerne apo-drecido. E nessa auto-revelação, o evangelho discerne os pensamentos e intenções do coração. Nós separamos as palavras e atos de uma pessoa; o evangelho é como quem discerne (um juiz), examina seus motivos e imaginações secretas e pronuncia a senten-ça. Na verdade, "não há coisa criada" (Mueller) encoberta diante dele; todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar (13). A expressão daquele refere-se Àquele que é o assunto do nosso discurso. Visto que não podemos esconder-nos de Deus, não podemos escapar do nosso Cades-Barnéia. Nosso fracasso em entrar no seu repouso não pode ficar escondido dele, nem mesmo nossas descrenças secretas ou nossos desejos ardentes pelas cebolas e alhos do Egito.

c) Porque Jesus nos ajudará (4:14-16). Estes versículos constituem uma continuação do discurso de exortação acerca do repouso e uma recapitulação e resumo dos quatro primeiros capítulos. Vamos primeiro considerar o discurso acerca do repouso.

Tendo chamado a atenção para a penetrante e inescapável luz da Palavra de Deus, o autor agora redireciona a atenção para a necessidade desesperadora de um Sumo Sacerdote — Jesus, o Filho de Deus. O Deus, a respeito de quem ele tem falado, é o mesmo Deus que rejeitou seus pais antigos na sua ira santa; Ele não pode ser menos-prezado e vai igualmente rejeitá-los. Portanto, eles deveriam estar alegres pelo seu Sumo Sacerdote, e rapidamente refugiar-se nele. A terrível e incriminadora revelação do seu coração pela Palavra de Deus é motivo de medo, mas o ministério sumo sacerdo-tal de Jesus é motivo de esperança. Portanto, retenhamos firmemente a nossa con-fissão (14). Vamos nos apegar à nossa fé pessoal e à confissão pública de Jesus como nosso Salvador. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compade-cer-se das nossas fraquezas (15). Literalmente, Jesus pode "sentir as nossas debili-dades" (Mueller).' A palavra fraquezas (astheneiais) tem uma conotação moral em Hebreus (cf. 5,2) e significa não apenas fraqueza física ou uma limitação humana, mas uma fraqueza consciente e instável na tentação. Nosso Senhor também nos entende nesta fraqueza, porque, como nós, em tudo foi tentado. Visto que foi tentado como nós, Ele sabe por experiência o que significa para nós ser tentado. Ele não foi tentado em todas as particularidades ou em cada situação possível; e.g., Ele não foi tentado como marido, ou pai, ou dono de uma propriedade, ou empregador, ou soldado, porque não exerceu nenhuma dessas funções. Mas Ele foi tentado em três áreas básicas da suscetibilidade humana: corpo, alma e espírito. Jesus conhecia a tentação no campo do apetite do corpo, no campo dos relacionamentos humanos e no campo dos relaciona-mentos espirituais. Eu — os outros — Deus: Ele foi tentado nestes três pontos. O que deveria governá-lo? Seu desejo por pão? Seu desejo por aceitação? Seu desejo por po-der? Ou sua lealdade a Deus? Estas são perguntas fundamentais da vida que cada pessoa deve responder. Certamente, nestes aspectos básicos as tentações do Senhor eram exatamente iguais (kath homoioteta) às nossas.

Mas sem pecado. Embora seja perfeitamente verdadeiro que Jesus não enfrentou a tentação com a desvantagem do pecado original, esta não é a idéia aqui. O que o autor de Hebreus ressalta neste texto é que Jesus não cedeu uma única vez à tentação. Ele foi perfeitamente triunfante. Se não fosse tentado como nós, não poderia compreender os nossos sentimentos em nossas muitas tentações; por outro lado, se não tivesse sido per-feitamente vitorioso, não poderia ajudar-nos, mas necessitaria Ele próprio de ajuda.

Parece que estava claro na mente do autor a tentação peculiar que estes cristãos hebreus estavam enfrentando. Eles foram tentados a voltar atrás, e desta forma, falhar em entrar no seu repouso prometido. Jesus também teve sua experiência de deserto -em certo sentido, seu Cades-Barnéia — e, portanto, sabia o que estavam passando. Ele entende o deserto do ataque satânico que segue a primeira emoção gloriosa da fé. Por isso, eles não devem permitir que a idéia de voltar atrás ocupe a mente, nem devem ficar envergonhados ou ceder à paralisia do desespero. Eles precisam chegar com confiança ao trono da graça, para que possam alcançar misericórdia (perdão pelo fato de vacilar) e achar graça, a fim de serem ajudados neste tempo oportuno (16).31

Estes versículos também são um resumo de toda a argumentação até aqui nesta epístola. Jesus é um grande sumo sacerdote, visto que não é um ser angélico nem está numa posição de igualdade com Moisés. Ele é o Filho de Deus, Aquele que "assentou-se à destra da Majestade, nas alturas" (1.3), ou, como está expresso aqui: que penetrou nos céus (14). O trono da graça ao qual somos convidados a vir com confiança em oração é o trono não só de Deus o Pai, mas de Deus o Filho — não só daquele cuja palavra é lei, mas daquele que se tornou Mediador e Intercessor. O Jesus da história recente e o Javé do AT se fundem em um Deus num único trono. Lá, no trono, nossos pecados são condenados e perdoados. Lá encontramos justiça e misericórdia. Lá encon-tramos acesso renovado para o restante do povo de Deus. Mas tudo isto é mediado por Jesus. Nossa ousadia só ocorre nele e por meio dele. Se Jesus não é o Filho de Deus, que está à destra do Pai, tendo cumprido plenamente e, desta forma, substituído a ordem mosaica, nossa ousadia não passa de uma arrogância insensata. É o Pai, por meio de Jesus, ou é o repouso por meio de Jesus, ou não é nada. É assim que o autor determina a finalidade da pessoa de Jesus Cristo.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Hebreus Capítulo 4 versículo 7
Sl 95:7-8.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
*

4.1 Temamos. O juízo divino inspira medo (10.27,31; 12.21), contudo, não precisamos temer o que os homens possam nos fazer (11.27; 13.6).

* 4.2 a nós foram anunciadas as boas-novas. As boas-novas de libertação e do amor de Deus que Israel ouviu no Sinai não foram tão claras quanto a salvação anunciada agora por intermédio do Senhor (2.3), contudo, teria tido valor para seus ouvintes, e os teria introduzido no descanso de Deus, se as tivessem recebido com fé.

* 4.3-5 O tema básico destes versículos é que um "descanso" de Deus tem existido desde o sétimo dia da criação (v. 4; Gn 2:2), embora a geração desobediente não conseguisse entrar nele. O escritor entende que as promessas acerca da terra física, apontam, em última análise, para o descanso divino (3.11, nota), no qual somente aqueles que crêem podem entrar (v. 3).

* 4.7 Hoje. Os leitores já aprenderam que eles vivem no tempo que se chama "Hoje" (3.13), portanto, devem prestar atenção às promessas e advertências. Através de Davi, a oferta para entrar (e uma advertência sobre o perigo de não entrar) é continuada para uma nova geração, que deve "Hoje" responder à voz de Deus.

*

4:8 Mais uma indicação (conforme vs. 3-5) de que a terra física de Canaã não foi o cumprimento da promessa do descanso de Deus. Quando Davi escreveu, Israel tinha entrado na terra havia muito tempo sob a liderança de Josué. Se a terra em que entraram sob a direção de Josué tivesse sido o cumprimento da promessa acerca do descanso divino, a advertência do salmista para a sua própria geração teria sido sem sentido. A esperança do patriarca foi fundamentada sobre um país melhor, o celestial (11.16). Existem semelhantes argumentos do Antigo Testamento em 7.11; 8.7.

* 4.9 resta um repouso. A celebração sabática final pelo povo de Deus acontecerá no futuro.

* 4.10 descansou de suas obras. Provavelmente, a frase não se refere à conversão, na qual transferimos para Cristo a nossa confiança em obras; antes, se refere a nosso livramento final dos sofrimentos, tentações e fadigas (v. 11). Aqueles que morrem no Senhor descansam das suas fadigas (Ap 14:13).

* 4:12-13 O argumento que precedeu (3.7-4,11) tem ilustrado como o poder da Palavra de Deus revelou a infidelidade da geração que ficou no deserto e como as Escrituras (p.ex., Sl 95) penetra e julga aqueles que ela convida hoje, ao advertir sobre o engano do pecado (3,13) e sobre o perigo de falhar (v. 1).

*

4.12 dividir alma e espírito, juntas e medulas. Embora alguns descubram aqui base para apoiar a teoria de que o ser humano é basicamente uma tricotomia, composto de corpo, alma e espírito, o contexto não a permite. Ela enfatiza o poder da Palavra de Deus para entrar nos recônditos mais profundos do íntimo humano, e não um tipo de divisão entre as partes constituintes. Além disso, se a idéia de divisão tivesse sido pretendida, iríamos esperar que o autor dissesse "ossos e medula" em vez de "juntas e medulas".

* 4.14-16 O pensamento esclarecedor de que estamos totalmente desmascarados diante de Deus leva-nos ao misericordioso sumo sacerdote que, tendo sido tentado, pode nos auxiliar em nossas fraquezas (temas introduzidos em 2.17,18). Uma exortação para "conservarmos firmes a nossa confissão" (v. 14) encerra a seção anterior; e um convite para nos aproximarmos do trono de Deus, introduz as considerações sobre Cristo como o misericordioso sumo sacerdote.

* 4.14 O Filho de Deus. Ver nota em 1.5 (conforme 5.5).

penetrou os céus. Cristo ressuscitou, subiu e assentou-se à destra de Deus (8.1), de onde ele ministra como o nosso grande e eterno sumo sacerdote (7.26; 9.11,24).

* 4.15 tentado em todas as coisas. Esta é a uma reafirmação vívida de 2.17,18. Pelo fato de ser mencionado mais uma vez, o autor é cuidadoso de acrescentar que, apesar de seu conhecimento das nossas fraquezas, Cristo ficou "sem pecado". Ver nota teológica "A Impecabilidade de Jesus".

*

4.16 Acheguemo-nos, portanto, confiadamente. O acesso confiante a Deus é um privilégio sacerdotal, reservado para aqueles que têm sido purificados da contaminação do pecado pelo sacrifício de Jesus (7.19; 10.19,22), e por isso podem oferecer sacrifícios de louvor, agradáveis a Deus (12.28; 13 15:16). Sobre o privilégio sacerdotal dos crentes em Cristo, ver Rm 5:1,2; 13 49:2-22'>Ef 2:13-22; 1Pe 2:4-10.

misericórdia e... graça para socorro. A misericórdia fala da nossa necessidade de perdão quando caímos na tentação, e a graça nos traz auxílio oportuno para nos fortalecer no meio da tentação (2.18).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
4.1, 2 Para o Timoteo foi importante pregar o evangelho a fim de que a fé cristã pudesse difundir-se através do mundo. Nós acreditam em Cristo hoje porque pessoas como Timoteo foram fiéis a sua missão. Ainda hoje é de vital importância para os crentes difundir o evangelho. Hoje em dia estão vivas a metade das pessoas que viveram neste mundo, e a maioria não conhece cristo. O vem logo, e quer achar a seus fiéis crentes preparados para O. Possivelmente estar a favor de Cristo ou falar com outros de seu amor nos possa causar inconvenientes, mas pregar a Palavra de Deus é a responsabilidade mais importante que se deu à igreja. Mantenha-se preparado, corajoso e sensível às oportunidades que Deus lhe dê para contar as Boas Novas.

4:2 "A tempo e fora de tempo" significa estar preparados para servir a Deus em qualquer situação, seja ou não conveniente. Esteja alerta às oportunidades que lhe dá Deus.

4:2 Paulo disse ao Timoteo "replica, repreende, precatória". É difícil aceitar a correção, que nos diga que temos que trocar. Mas não importa quanto aduela a verdade, devemos estar dispostos a escutá-la de maneira que nossa obediência a Deus seja mais completa.

4:5 Para manter a calma quando é contrariado ou sacudido por pessoas e circunstâncias, não reaja apressadamente. Em qualquer trabalho ou ministério que realize, manter a mente clara lhe permitirá estar moralmente alerta ante a tentação, resistente ante a pressão, e vigilante quando confrontar grandes responsabilidades.

4.5-8 À medida que se aproximava o fim de sua vida, Paulo pôde dizer com segurança que tinha sido fiel a seu chamado. Por isso enfrentou a morte com calma, sabendo que seria premiado por Cristo. Está-o preparando sua vida para a morte? Possui a mesma segurança e expectativa do Paulo de encontrar-se com Cristo? As boas novas som que a recompensa celestial não é só para os gigantes da fé, como Paulo, mas também para todos aqueles que esperam com ânsias a segunda vinda de Cristo. Paulo disse estas palavras para animar ao Timoteo e a nós, de que não importa quão difícil pareça a briga, terá que seguir brigando. Descobriremos, quando estivermos com Cristo, que tudo terá valido a pena.

4:6 A libação consistia em vinho derramado em um altar como sacrifício a Deus (veja-se Gn 35:14; Ex 29:41). Sua fragrância era considerada agradável a Deus. Paulo via sua vida como uma oferenda a Deus.

4:8 Nos jogos atléticos romanos, dava-se uma grinalda de louro aos ganhadores. Símbolo de triunfo e honra, era o prêmio mais ansiado na antiga Roma. Isto é provavelmente o que Paulo tinha em mente quando falou de uma "coroa". Mas a sua seria uma coroa de justiça. Para maiores detalhes relacionados com as recompensas que nos aguardam por nossa fé e obras, veja-se 2Co 5:10 e a nota sobre Mt 19:27. Embora Paulo não recebe nenhuma recompensa terrestre, seria recompensado nos céus. O que seja que tenhamos que enfrentar, desânimo, perseguição ou morte, sabemos que nossa recompensa está com Cristo nos céus.

4:9, 10 Paulo estava sozinho e provavelmente se sentia sozinho. Ninguém tinha estado em seu julgamento para falar em sua defesa (4.16), e Demas tinha abandonado a fé (4.10). Só Lucas tinha retornado (4.11).

4:10 Demas tinha sido um dos colaboradores do Paulo (Cl 4:14; Fm 1:24), mas tinha abandonado ao Paulo "amando este mundo". Em outras palavras, Demas amava os valores e os prazeres deste mundo. Há duas formas de amar ao mundo. Deus ama ao mundo tal como o criou e como poderia ser se fosse resgatado do poder do maligno. Outros, como Demas, amam ao mundo tal como é, com pecado e tudo. Ama você ao mundo como seria se se fizesse justiça, se se saciasse ao faminto e a gente se amasse entre si? Ou ama você o que o mundo tem para lhe oferecer -riqueza, poder, prazer- apesar de que ganhá-lo signifique causar machuco a outros e descuidar a obra que Deus lhe confiou?

4:11 Crescente e Tito se foram, mas não pelas mesmas razões que Demas. Paulo não os critica nem os condena.

4:11, 12 Ao mencionar ao Demas vieram à mente do Paulo os nomes de outros colaboradores mais fiéis. Só Lucas estava com ele e Paulo se estava sentindo sozinho. Tíquico, um dos acompanhantes mais fiéis (At 20:4, Ef 6:21; Cl 4:7; Tt 3:12), já tinha partido rumo ao Efeso. Paulo sentia saudades a seus jovens ajudantes: Timoteo e Marcos. Marcos tinha abandonado ao Paulo e Bernabé em sua primeira viagem missionária e isto tinha aborrecido muito ao Paulo (At 13:13; At 15:36-41). Posteriormente, Marcos provou ser uma valiosa ajuda e Paulo o reconheceu como um bom amigo e um digno líder cristão (Cl 4:10, Fm 1:24). Marcos escreveu o Evangelho do Marcos.

4:13 É provável que a detenção do Paulo tenha sido tão sorpresivo que não foi possível retornar a sua casa para recolher seus efeitos pessoais. Porque estava prisioneiro em um calabouço úmido e frio, Paulo pediu ao Timoteo que lhe trouxesse sua capa. Mas mais que sua capa, ele queria seus pergaminhos. Estes possivelmente incluíam partes do Antigo Testamento, os Evangelhos, cópias de suas próprias cartas ou outros documentos importantes.

4:14, 15 Alejandro deve ter atestado contra Paulo em seu julgamento. Possivelmente tenha sido o Alejandro mencionado em 1Tm 1:20.

4:17 Com seu mentor na prisão e sua igreja em problemas, Timoteo provavelmente não se sentia muito animado. Paulo pôde lhe haver dito sutilmente que o Senhor o tinha chamado a pregar e O lhe daria o valor para continuar. Deus sempre nos dá a força para fazer o que nos encomenda. Entretanto, pode que esta força não seja evidente mas sim até que demos o passo de fé e comecemos a cumprir com a tarefa.

4:17 Alguns vêem isto como uma referência ao Nerón jogando aos cristãos aos leões no Coliseu. O mais provável é que seja a maneira do Paulo de descrever sua liberação em sua primeira defesa (veja-se, por exemplo, Sl 22:21; Dn 6:22).

4:18 Aqui Paulo afirma sua crença na vida eterna depois da morte. Sabia que o fim estava perto, e estava preparado. O confiava no poder de Deus até ao enfrentar a morte. Qualquer pessoa que tem que enfrentar uma luta entre a vida e a morte pode ser consolada ao saber que Deus trará com toda segurança a cada crente através da morte a seu reino eterno.

4:19, 20 Priscila e Aquila era um casal de líderes cristãos com quem Paulo tinha vivido e trabalhado (At 18:2-3). Onesíforo visitou e respirou ao Paulo quando estava preso. Erasto era um dos companheiros fiéis do Paulo (At 19:22) tal como foi também Trófimo (At 20:4; At 21:29).

4.19-22 Paulo finaliza o último capítulo de seu livro e de sua vida saudando aqueles que eram mais próximos a ele. Apesar de que tinha passado a maior parte de sua vida viajando, tinha desenvolvido amizades estreitas e duradouras. Com freqüência, vivemos nossos dias tão apressadamente, logo que tocando a vida de algum. Como fez Paulo, tome tempo para tecer sua vida em outros através de relações profundas.

4:22 À medida que Paulo chegava ao final de seus dias, pôde olhar atrás e saber que tinha sido fiel ao chamado de Deus. Era o momento de passar a tocha à próxima geração, preparando líderes para que ocupassem seu lugar de modo que o mundo seguisse ouvindo a mensagem do Jesucristo que troca a vida. Timoteo foi o legado vivente do Paulo, um produto de seu ensino fiel, de seu discipulado e exemplo. Graças ao trabalho do Paulo com muitos crentes, incluindo o Timoteo, o mundo está cheio de crentes hoje, que de igual maneira levam adiante a obra. O que legado deixará você? A quem está você treinando para que continue com sua obra? É nossa responsabilidade fazer tudo o que possamos para manter a mensagem do evangelho vivo para a próxima geração.


Matthew Henry - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
4.1-3 Alguns dos cristãos judeus que receberam esta carta puderam ter estado a ponto de voltar atrás do repouso prometido em Cristo, assim como a gente na época do Moisés deram as costas à terra prometida. Em ambos os casos, as dificuldades do momento presente escureceram a realidade da promessa de Deus, e o povo duvidou de que Deus cumprisse suas promessas. Quando pomos nossa confiança em nossos próprios esforços em lugar de pô-la em Cristo, nós também estamos em perigo de lhe dar as costas. Nossos esforços próprios nunca são suficientes; só Deus pode nos ver através da fé.

4:2 Os israelitas da época do Moisés exemplificam um problema que confrontam muitos dos que enchem nossos templos hoje. Sabem muito de Cristo, mas não o conhecem pessoalmente; não combinam seu conhecimento com a fé. Deixe que as boas novas a respeito de Cristo influam em sua vida. Cria no e lhe responda em obediência. Confie em Cristo e atue conforme ao que você conhece.

4:4 Deus repousou no sétimo dia, não porque estava cansado a não ser para indicar que tinha terminado a criação. O mundo era perfeito e Deus se achava muito satisfeito com ele. Este repouso é uma alegria antecipada de nosso gozo eterno quando for redimida a criação, quando se destruir todo indício de pecado e o mundo volte a ser perfeito. Nosso repouso em Cristo começa quando confiamos no para lhe permitir que faça sua obra perfeita e boa em nós (veja-a nota em 3.11).

4:6, 7 Deus deu aos israelitas a oportunidade de entrar no Canaán, mas eles fracassaram porque lhe desobedeceram (Números 14:15). Agora Deus nos dá a oportunidade de entrar no lugar supremo de repouso; O nos convida a ir a Cristo. Para entrar em seu repouso, deve acreditar que Deus tem esta relação em memore para você e que deve deixar de tratar de produzi-lo; deve confiar em Cristo para isso; deve determinar lhe obedecer. Hoje é o melhor momento para achar a paz com Deus. Amanhã pode ser muito tarde.

4.8-11 Deus quer que entremos em seu repouso. Para os israelitas da época do Moisés, este repouso foi a terra prometida. Para os cristãos, é paz com Deus agora e vida eterna em uma terra nova depois. Não precisamos esperar até a morte para desfrutar de do repouso e da paz de Deus. Podemo-los desfrutar de cada dia agora! Nosso repouso diário no Senhor não termina com a morte mas sim se aperfeiçoará em um repouso eterno no lar que Cristo está preparando para nós (Jo 14:1-4).

4:11 Se Jesucristo houver provido para nosso repouso mediante a fé, por que diz: "procuremos, pois, entrar naquele repouso"? Essa não é a luta de fazer bem a fim de obter salvação, nem tampouco é uma luta mística para obter vitória sobre o egoísmo. refere-se a que devemos nos esforçar por apreciar e nos beneficiar do que Deus já há provido. Não deve dar-se por sentado a salvação. O apropriar do dom que Deus oferece requer decisão e consagração.

4:12 A Palavra de Deus não é simplesmente a coleção de palavras delas, um meio de comunicar idéias; é vivente, troca a vida e é dinâmica ao obrar em nós. Com a acuidade do bisturi de um cirurgião, revela o que somos e o que não somos. Penetra a medula de nossa moral e vida espiritual. Discerne o que está dentro de nós, tanto o bom como o mau. Não só devemos ouvir a Palavra mas sim também devemos permitir que molde nossa vida.

4:13 Nada pode ocultar-se de Deus. O vê tudo o que fazemos e tem conhecimento de tudo o que pensamos. Mesmo que estejamos passando por cima sua presença, O está ali. Quando procuramos nos ocultar de Deus, O nos vê. Não podemos ter secretos para O. É consolador saber que, embora nos conhece intimamente, segue nos amando.

4:14 Cristo é superior aos sacerdotes e seu sacerdócio é superior ao dos sacerdotes. Para os judeus, o supremo sacerdote era a autoridade religiosa máxima na terra. Solo ele entrava no Lugar Muito santo uma vez ao ano para oferecer sacrifícios pelos pecados de toda a nação (Levítico 16). Assim como o supremo sacerdote, Jesucristo é o mediador entre Deus e nós. Como representante do homem, intercede por nós ante Deus. Como representante de Deus, assegura-nos o perdão de Deus. Jesucristo tem maior autoridade que os supremos sacerdotes judeus porque O é realmente Deus e homem. A diferença do supremo sacerdote que podia estar diante de Deus só uma vez ao ano, Cristo sempre está à mão direita de Deus, intercedendo por nós. O sempre está disposto a nos escutar quando oramos.

4:15 Jesucristo é como nós porque experimentou toda classe de tentações. Dá-nos consolo saber que Cristo foi tentado em tudo, e pode compadecer-se de nós. Anima-nos saber que foi tentado e não caiu em pecado. O nos mostra que não temos que pecar quando nos enfrentamos à tentação. Jesucristo é o único ser humano que viveu sem cometer pecado.

4:16 A oração é a forma em que nos aproximamos de Deus "confidencialmente". Alguns cristãos o fazem em forma total com a cabeça inclinada, temerosos de lhe pedir a Deus que supra suas necessidades. Outros o fazem com ligeireza, com pouca reflexão. Vá ao com reverência, porque O é seu Rei; mas acuda também com confiança absoluta porque O é seu Amigo e Conselheiro.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
VII. CRISTO JESUS ​​SUPERIOR a Josué (He 4:1 . Há que se referia a terra de Israel prometeu (Canaã), uma terra que, para os nômades e errantes do deserto, era de fato a Terra Prometida, "o resto" (Dt 12:9. ); (4) do crente consagração resto (conforme Mt 11:30. ); e (5) da alma descanse em céu . Tomé afirma ainda:

Mas nesta passagem o pensamento predominante não é o descanso de consciência por meio da redenção, mas resto do coração através da entrega e obediência. O crente já está fora do Egito e está caminhando para Canaã.

De acordo com William Barclay, a palavra resto é empregado neste capítulo, num sentido positivo triplo:

(I) Ele é usá-lo como seria usar a frase a paz de Deus . É o maior e mais precioso coisa do mundo para celebrar a paz de Deus. (Ii) Ele é usá-lo ... para dizer a terra prometida . Para os filhos de Israel que tinham perambulavam tanto tempo no deserto da Terra Prometida era de fato o resto de Deus, depois de suas longas peregrinações. (Iii) Ele é usá-lo de o resto de Deus após o sexto dia da criação, quando toda a obra de Deus foi concluído e feito. Esta maneira de usar uma palavra em duas ou três maneiras diferentes, de provocá-la até a última gota de significado foi extraído a partir dele, era típico do pensamento culto, acadêmico nos dias em que o escritor aos Hebreus escreveu esta carta.

A palavra aqui vai ser considerada nestes últimos três aspectos.

O tema da superioridade pessoal de Cristo sobre as pessoas famosas da história de Israel é continuado pelo autor de Hebreus. Josué foi dado o comando de Israel, depois da morte de Moisés, com instruções para liderar esta segunda geração para a Terra Prometida de descanso . Esta comissão Josué realizado com sucesso, e ele se tornou um dos líderes mais famosos de Israel. Assim, tornou-se o desafio do autor para demonstrar de que modo Cristo foi superior a este líder israelita reverenciado. Isso ele faz de duas maneiras; ele fala de Cristo prometeu descanso e Sua permanente resto .

A. JESUS ​​SUPERIOR a Josué, seu descanso prometido (4: 1-5)

1 Temamos, portanto, que nunca se ache, deixada a promessa de entrar no seu repouso, qualquer um de vós que pareça ter vindo curto dele. 2 Porque, na verdade, tivemos pregadas as boas novas de nós, assim como a eles; mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porque não estava unida pela fé com que a ouviram. 3 Porque nós, os que temos crido, é que entramos no descanso; até mesmo como ele disse,

Assim jurei na minha ira:

Eles não entrarão no meu repouso;

embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo. 4 Porque disse em algum lugar do sétimo dia nesta sábio. E Deus descansou no sétimo dia, de todas as suas obras; 5 e neste lugar novamente, eles não entrarão no meu repouso.

JB Phillips torna a passagem assim: "Agora ... a mesma promessa de resto nos é oferecido hoje ... para nós também temos um Evangelho pregado a nós, como aqueles homens tinham."

O resto Canaã, prometido a Israel por Deus, foi inaugurado sob a liderança de Josué. A maior parte da primeira geração libertados do Egito não conseguiu enfrentar esse descanso . Apesar de ter sido principalmente um descanso material ou físico, que tinha implicações sociais, psicológicas e espirituais. Quarenta anos de peregrinação no deserto, após a sua libertação milagrosa da escravidão egípcia, tinha sido uma cansativa e, em alguns aspectos, uma experiência mais desanimador. Eles haviam deixado o Egito em um grande espírito de alegria e com alto louvor a Deus por sua libertação poderosa da servidão insuportável e a pressão do inimigo. Eles tinham visto julgamento sobre seus inimigos determinados. Eles haviam partido das sombras escuras da escravidão egípcia, e eles confrontados com esperança e coragem inabalável do sol nascente de um novo dia que iluminou as suas perspectivas da Terra Prometida, onde eles devem viver em paz e prosperidade sob a proteção e providência do seu Deus (ver Ex 15:1 ).

Mas as experiências tristes e decepcionantes logo se abateu sobre eles. Houve um deserto vasto e árido para cruz que tentaram a sua fé e paciência para o ponto de ruptura. Houve um Marah de água raramente amargo. Havia dias de rações escassos quando vieram a odiar o maná do céu estranho. Havia inimigos pagãos assustadoras para obstruir o seu progresso. Havia tentadores memórias de bênçãos materiais deixados para trás no Egito com dias de debilitante saudade. Havia confiança perdida na capacidade e os motivos de seu líder. Havia desencorajando relatos trazidos de volta pelos espiões da Terra Prometida. Houve julgamentos divinos devastadores que caíram sobre as pessoas por sua falta de fé e desobediência. Estas e muitas outras experiências durante quarenta anos de peregrinação no deserto enfraqueceu a fé do povo e lhes roubou a esperança de atingir o cumprimento das promessas de Deus. Eles foram libertados da escravidão cruel do inimigo, mas eles não foram estabelecidas na Terra Prometida do plano e propósito para eles de Deus (conforme N1. 14: 12-23 ).

Agora, o resto da terra prometida, Canaã, era claramente o tipo Antigo Testamento da descanso espiritual para ser alcançado através da fé do povo de Deus, que haviam sido fornecidos por expiação de Cristo no Calvário. Que o cumprimento da promessa ... deixou de entrar no seu repouso deve ser identificado com as pregadas as boas novas nos torna-se evidente a partir das palavras explicativas assim como a eles . Que os israelitas experimentaram seu primeiro livramento, mas depois ficou desanimado e não conseguiu alcançar o resto da Terra Prometida, a história atesta claramente. Da mesma forma que esses cristãos hebreus tinham experimentado uma libertação inicial do pecado e havia sido levado para um relacionamento de salvação vital com Deus em Cristo, o registro traz evidências claras (conforme He 6:4. ). Que os antigos hebreus, em grande parte não conseguiu entrar em prometida de Deus descanso para eles, e, consequentemente, pereceram no deserto, o registro deixa claro. Que estes cristãos hebreus, a quem esta carta foi escrita, estava em grave perigo de perder o prometido descanso da fé fornecida por eles na expiação de Cristo, como também a sua experiência inicial da salvação, é igualmente evidente a partir desta carta. Promessa de Deus de descanso para a alma do cristão na era cristã foi tipificado pelo "Promised resto Land" para Israel. Aqui, novamente, vemos a continuidade entre a revelação do Antigo Testamento e da revelação do Novo Testamento em Cristo. A sombra projetada no Antigo Testamento é o reflexo da realidade revelada em Cristo, como registrado no Novo Testamento.

É interessante que o autor inclui a si mesmo em primeiro lugar na exortação, Temamos , e, portanto, estabelece um vínculo de simpatia e de parentesco com os seus leitores, antes de entregar toda a força de sua exortação para eles: para que não ... qualquer um de vós que pareça ter vêm curto dele . A pregação mais eficaz é sempre aquele que encontra a sua principal aplicação para a vida ea experiência do pregador (conforme 2Tm 2:6. ).

O autor, em seguida, dá a razão para o fracasso dos israelitas para entrar em sua prometida resto: a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porque não estava unida pela fé com que a ouviram (v. He 4:2-A ), porque este descanso espiritual é divinamente prometido, e é, portanto, uma realidade objetiva. A fé do crente na promessa de Deus une a realidade objetiva com o sujeito acreditar ea experiência de resto torna-se uma realidade pessoal para o crente. Negar tal alma resto é para não cancelar a sua realidade; que é, mas que perder seus benefícios para o incrédulo. Realidades objetivas de Deus ficar, independentemente da fé do homem (conforme Rm 3:3 ; . 2Tm 2:12 , 2Tm 2:13 ).

Em segundo lugar, o autor volta-se para a consideração de um significado diferente da palavra resto , do próprio Deus resto (vv. He 4:3 ). Aqui ele está preocupado com a de Deus resto e sua relação com o homem resto . Barclay observa que uma das concepções favoritos dos Rabinos se esconde por trás do argumento desta seção. É no sentido de que Deus descansou de suas obras, no dia após a conclusão de sua obra criadora, que era o sétimo dia. De acordo com o relato da criação nos capítulos He 1:1 e He 2:1 , "dia" e "noite" são predicados dos primeiros seis dias criativos. Em outras palavras, cada um desses seis dias criativos teve um começo e um fim. Mas relativa ao sétimo dia, o dia de descanso de Deus, não há nenhuma menção a noite. A partir deste fato, os rabinos feita a dedução de que, enquanto os seis primeiros dias teve um começo e fim, dia de descanso de Deus estava sem um ending- um dia e eterno . Portanto, apesar de os israelitas não conseguiram entrar de Deus resto , eles não o fizeram, por assim falhando, revogar 'Gods resto . É um descanso eterno que permanece e é atualmente acessível a qualquer e todos os que quiserem entrar nele. Descanso de Deus é alcançada pela relação pessoal do homem com Ele através da fé em Cristo.

Assim, o autor estabeleceu, por um argumento sutil, o fato de Deus restante disponibilizado para acreditar homem através da pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo, é superior ao resto em Canaã que Deus ofereceu a Israel através da liderança de Josué. Portanto, Cristo Jesus é superior a Josué no resto que Ele promete ao homem. Terceiro uso do autor desta palavra resto é adiada para a próxima seção.

B. JESUS ​​SUPERIOR a Josué, seu descanso fornecido (4: 6-10)

6 Visto, pois, restar que alguns entrem lá dentro, e que aqueles a quem as boas novas anteriormente foram pregadas não entraram por causa da desobediência, 7 determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois (mesmo Hath como foi dito antes),

Hoje, se ouvirdes a sua voz,

Não endureçais os vossos corações.

8 Porque, se Josué lhes houvesse dado descanso, não teria falado depois disso de outro dia. 9 Portanto resta ainda um repouso para o povo de Dt 10:1.) para mostrar que, embora Davi viveu cerca de cem anos após a entrada de Israel para o resto Canaã , Deus através de Davi estava exortando as pessoas para não endurecer o coração, mas crer que eles possam entrar em "Seu descanso." Por isso, o autor pode dizer que já não resta ... um descanso sabático para o povo de Deus hoje. Assim, a entrada de Israel no resto Canaã não esgotou as suas disposições. A importação desse argumento é que o verdadeiro descanso é descanso de Deus , que Ele dá aos Seus crentes e obedientes filhos que consagrar-se totalmente a Ele, em toda e qualquer geração da humanidade. Josué, como servo de Deus, levou a segunda geração de Israel para oresto Canaã que Deus havia prometido a seu povo. Este resto Canaã era mas um prenúncio ou um tipo desse verdadeiro descanso que ainda era futuro em Cristo. Em Cristo, Seu Filho, Deus providenciou para acreditar homem Seu verdadeiro descanso , o que era o cumprimento do resto típico previsto seu povo, sob Josué, Seu servo. Assim Cristo, o Filho, é maior em Sua disposição do verdadeiro ou descanso espiritual verdade para os cristãos que crêem que era Josué, o criado, em sua disposição, através de sua liderança, do resto Canaã , que era, mas um tipo de verdadeiro descanso de Deus . Esta conclusão é confirmada pela declaração do autor de que , se Josué lhes tinha dado [Israel] descansar [a verdadeira alma descanso de Deus], ​​ele não teria falado depois disso de outro dia (v. He 4:8 ). Deus, em Seu Filho, Jesus Cristo, prevista personalidade espiritual do homem nesse resto que caracterizou a sua própria personalidade, ou seja, a paz ea harmonia das funções intelectuais, volitivas e emocionais de sua personalidade auto-consciente perfeito. Foi por esse "bem maior" que os antigos gregos tão ardentemente se esforçou. Os estóicos chamavam apatia , enquanto os epicuristas chamou de ataraxia , ou "serenidade" -peace da mente e do corpo. Em ambos os casos foi o mesmo ideal para a qual eles se esforçavam. Platão procurou por ele na justiça como previsto na harmonia idealmente perfeito de A República . Aristóteles procurou por ele no meio dourado ou a Via Mídia onde todas as coisas foram equilibrado e assim harmonizado sem excesso em nada. Como o tutor de Alexandre, o Grande, Aristóteles foi creditado por aquele monarca de ter lhe ensinou a arte de conquistar e organizacionalmente harmonizar, fato que lhe deu o seu lugar na história. No entanto, Aristóteles totalmente deixado de ensinar o jovem príncipe a arte da auto-conquista e auto-harmonização.

Estes eram grandes ideais, na principal. Sua deficiência reside no fato de que o homem em divórcio de Deus simplesmente não tem a habilitação dentro de si mesmo para chegar ao ideal. Este ideal grego, com a sua incapacidade para realização humanista, ea resposta adequada do cristianismo, é habilmente e claramente tratados por Kilpatrick. Toda filosofia notável, sistema de ética, religião e da história humana tem se esforçado para a realização deste objetivo, descanso , através da paz harmoniosa. Alguns tê-lo encontrado em uma medida através harmonioso auto-realização pessoal ou individual. Na solidão pode pagar um grau de satisfação. Outros têm atingido-o em uma medida a nível humano, através da realização do auto social. Mas ninguém jamais atingido a realização do eu universal, que harmoniosamente se relaciona o homem a si mesmo, para a sociedade e para com Deus e Seu universo sem limites, a não ser por meio da fé pessoal e compromisso com Jesus Cristo, o único mediador entre Deus eo homem. Este é o descanso a que o autor de Hebreus convida a atenção e participação dos seus leitores, e dos cristãos de todas as idades. Para os gregos e latinos foi o summum bonum . Para o autor desta carta era de Deus descanso para a alma do homem. Para João Wesley foio amor perfeito . Ele só é alcançada através da eliminação dos fatores discordantes que perturbam a harmonia da personalidade, fatores que são estranhos à natureza de Deus e à personalidade do homem como criado à imagem de Deus. Foi para a eliminação desses fatores discordantes (fatores que a Bíblia chama de pecado), bem como a harmonização da personalidade do homem na auto-realização universal, que Jesus Cristo veio a humanidade em sua Encarnação e foi para a Cruz. João declarou que "para este fim era o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo" (1Jo 3:8 ). E foi para a santificação dos seus discípulos que Jesus orou em Sua oração sacerdotal que eles possam ser interiormente purificada da discordância do pecado e atingir este harmonioso resto (veja Jo 17:9 ; conforme He 13:12.) . Paulo designa este resto experiência "inteira santificação" e reza para que seus convertidos de Tessalônica pode alcançá-lo (I Tessalonicenses 5:23-25. ).

Em um dia antes, quando os cristãos estavam mais preocupados com "morrer por Jesus e ir para o céu" do que eram sobre a vida de Jesus e cumprir a Grande Comissão na evangelização do mundo, havia uma forma teológica de relegar este descanso para o vida futura exclusivamente-assim, tornando-se sinônimo de céu. Pode ser que esta noção é um carry-over de certos aspectos da teologia católica romana, segundo a qual não há e não pode haver qualquer certeza da salvação pessoal na vida presente. O homem deve aguardar o julgamento final geral para aprender o seu destino. Isso, é claro, tem sido um dispositivo teológica conveniente nas mãos da hierarquia da Igreja Romana para manter os leigos depende do clero para a sua esperança de salvação final e na manutenção do autoritarismo, bem como servir outros interesses da Igreja Romana.

Os spirituals negros da mesma forma refletem esse conceito do adiamento deste descanso espiritual para a vida futura. É perfeitamente compreensível que esse conceito deveria ter desenvolvido no pensamento religioso de um povo tão amplamente carentes das bênçãos temporais como eram os escravos negros na América. No entanto, ele reflete inequivocamente duas coisas, ou seja, um conceito excessivamente materialista dos benefícios do cristianismo, e um equívoco do elemento tempo na prestação de salvação do homem de Cristo.

Curiosamente, um ramo do protestantismo compreendido o significado de provisão de Cristo para a purificação ou santificação da natureza do homem como um pré-requisito para o céu, mas depois relegado a experiência para o artigo da morte para a sua execução, negando que Cristo é capaz de santificar o Christian na vida presente. Um velho ministro espirituoso respondeu este erro teológico assim: "O pecado é o filho do diabo, e da morte é o filho do pecado. Isso faz com que a morte do neto do diabo. Agora que jamais esperaria neto do diabo para santificar qualquer cristão? "Sem assinando o Evangelho Social, como tal, pode ser bastante admitiu que esta persuasão teológica deu um contributo valioso para o conceito cristão em trazer esperanças do homem para baixo de um céu futuro a uma prática ênfase deste mundo. As disposições completas de salvação de Cristo é para esta vida. Se eles são perdidas aqui, eles serão a seguir em falta. Se eles são apropriados aqui, eles vão ser apreciado a seguir.

A partir da delimitação de prestação de de Deus de Cristo descanso espiritual para a alma do homem, o autor procede a seu apelo final para a fé appropriative e ação por parte de seus leitores. Deus recorreu por meio de Seus líderes para os israelitas que eles entrar em Sua prometida resto, Canaã . A maior parte da primeira geração não conseguiu fazê-lo e pereceram no deserto entre o Egito e Canaã, porque eles endureceram o coração por causa da incredulidade e desobediência. Deus ainda apela para Seu povo para não endurecer o coração por incredulidade, mas para entrar em Sua paz e descanso pela fé. Hoje é dia de oportunidades de Deus. A porta de acesso ao Seu resto ainda está em aberto. Mas hoje de Deus não é amanhã. Não há amanhãs com Deus. Hoje é a eternidade de Deus. Um dos maiores pecados do homem é presunção (conforme Jc 4:13. ). Amanhã do homem é a vantagem do diabo. De Deus hoje é a oportunidade do homem de salvação. Por isso, o autor exorta seus leitores a entrar no descanso de Deus pela fé! NOW diz Tomé:

A palavra "descanso" ... é "descanso sabático" do homem; mas a idéia principal está preocupado com o presente e não com o futuro, com a vida do crente, aqui e agora, e só com o céu como o ponto de conclusão e culminando, o pensamento do sábado da Alma em comunhão com Deus. Sem dúvida, o futuro não pode ser excluída, mas é preciso tomar muito cuidado para concentrar a atenção sobre o presente. É um resto de lutar, um descanso através da crença, e refere-se à atitude da alma para Deus (cf.He 11:10 Is ).

Wiley aponta sucintamente se e resume esse descanso que resta ... para o povo de Deus da seguinte maneira:

Mas o que é esse descanso? É uma experiência presente, pessoal, espiritual e prático de descanso em Deus, e é marcado pelas seguintes características. (1) É um repouso para o povo de Deus . Não é para os pecadores, mas a rica herança de todo verdadeiro filho de Deus. Como no capítulo anterior, foi afirmado que nos tornamos "participantes de Cristo," isso aqui é dito que o povo de Deus entrar com ele para descanso. (2) É um Resto da fé . Com isto queremos dizer uma confiança plena em Deus através da obra redentora de Cristo. É um perfeito descanso em uma expiação terminado. Há alguns que parecem considerar a fé como uma auto-esforço, ou uma luta de acreditar; isso não é fé, mas uma forma sutil de obras. A fé é o descanso e repouso, não esforço e luta. É um descanso em Deus porque é a Sua bestowment. O forjado trabalho é toda dele. Não há mérito na fé. A fé não de si mesmo nos salvar; Cristo nos salva por meio da fé. O poder ea glória pertence a Ele. (3) É um resto de Sin . Que pecado inato ou depravação permanece no coração do regenerado é um fato geralmente admitido e, a partir dessa poluição para dentro do coração é purificado pelo batismo com o Espírito Santo (At 15:8 ). Este, portanto, é uma remoção do conflito entre a carne ou a mente carnal e do Espírito; para aqueles que são de Cristo, no sentido pacto novo cheio "crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências" (Gl 5:24 ). (4) É um descanso contínuo em Deus através da obra expiatória de Cristo. Só os puros de coração verão a Deus, e somente aqueles que andam na luz ter comunhão constante com Ele. Aqui, o "sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado", ou seja, limpa e continua a limpar ou manter limpo. Este descanso não é para além da expiação; em vez disso, é um descanso constante e contínua nos méritos do sangue derramado de Cristo. Com tais privilégios elevados nos proporcionou, não é de admirar que o escritor nos exorta a dar toda a diligência para celebrar este resto?

Ao concluir esta seção, pode-se observar que de Deus resto é um descanso prometido, um descanso desde que, um descanso espiritual, um descanso pessoal, um segundo de descanso, um descanso permanente, um certo descanso, e um presente de descanso.

VIII. Interlúdio: EXORTAÇÃO TERCEIRO E ATENÇÃO: Cuidado com Atrasar (He 4:11)

11 Vamos, portanto, dar diligência para entrar naquele descanso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. 12 Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. 13 E não há criatura que não seja manifesta na sua presença, mas todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos dele com quem temos de fazer.

Aqui está um dos paradoxos marcantes do Novo Testamento, e um que é bastante Pauline na tez. Enquanto o RSV deixa claro o sentido desse paradoxo: "Vamos nos esforçar para entrar naquele descanso", a KJV faz o paradoxo mais vivas: "Esforcemo-nos, pois, entrar naquele descanso." Trabalho para descansar! E, no entanto esta é exatamente de acordo com os outros exemplos de resto, que o autor anteriormente utilizados neste capítulo. Deus trabalhou seis dias para descansar no sétimo. Homens foram ordenados a trabalhar seis dias e descansar no sétimo. Os israelitas vagaram e preocupado pelo deserto durante quarenta anos, e, em seguida, aqueles que sobreviveram, juntamente com a segunda geração entrou em seu descanso Canaã . Agora, esses crentes cristãos são exortados a dar diligence , a "esforçar-se", ou "trabalho" de entrar no seu repouso divinamente providenciado e ordenado. Jesus fez uma exortação como quando Ele disse: "Esforçai-vos por entrar pela porta estreita" (Lc 13:24 ). Uma vez que Deus conhece o homem por completo, Ele está familiarizado com seus motivos, suas fraquezas, suas habilidades, sua ignorância, e seu conhecimento. Ele não pede o impossível do homem, mas Ele o obriga a usar a inteligência e capacidade que ele possui.Ainda é verdade que Deus não faz para o homem o que ele pode e deve fazer para si mesmo, e que Deus ajuda aqueles que se ajudam.

Por estas três razões: (1) exemplo do Antigo Testamento, (2) a natureza da palavra de Deus, e (3) a onisciência de Deus, o autor exorta os cristãos hebreus e todos os cristãos a dar diligência para entrar naquele descanso . Observações Tomé:

A salvação já mencionada (v. He 4:1-2) é descrito aqui sob a forma de "descanso", e mostra-se que nós, que cremos na verdade, entramos no repouso (v. He 4:3 ). É interessante observar o resto cinco vezes declarados ou implícitos nesta passagem (v. He 4:3-13 ): criação de repouso; entrada em Canaã; o resto da salvação (Mt 11:27 ); o resto da consagração (Mt 11:30 ); o resto do céu. Mas nesta passagem o pensamento predominante não é o descanso de consciência por meio da redenção, mas resto do coração através da entrega e obediência. O crente já está fora do Egito e caminhando para Canaã.

B. uma exortação para FIRMEZA (4: 14-15)

14 Tendo, portanto, um grande sumo sacerdote, quem atravessou os céus, Jesus, o Filho de Deus, retenhamos firmemente a nossa confissão. 15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; mas que em tudo foi tentado como nós, mas sem pecado.

Guardemos firme a nossa confissão (v. He 4:14 ). Sua Grande alta preparação Priestly não estava completa até que Ele foi restaurado para a Sua glória pré-encarnado, pela qual Ele orou em Sua oração sacerdotal (Jo 17:4 ). Assim, Ele que era Deus se fez homem, perfeitamente unidos em si mesmo a divindade ea humanidade, tornou-se o Deus-homem, passou por todas as experiências do homem, fez expiação pelo pecado do homem, a morte conquistou na Sua ressurreição, e depois subiu ao Pai em plena preparação e qualificação para a Sua Grande do alto cargo e função sacerdotal. Há Ele representa o interesse do homem diante de Deus. Mas é o próprio Deus, e assim como o homem-Deus no trono nos céus, Cristo é homem perfeitamente qualificado Grande Sumo Sacerdote.

Tentação de Cristo, enquanto na terra tem sido tratado no capítulo 4 , versículo 15 . A contribuição de Sua tentação de sua qualificação como do homem Grande Sumo Sacerdote tem sido tratado com percepção aguçada por Barclay:

Ele passou por tudo o que um homem tem que passar. Ele passou por nossa experiência humana. Ele é como nós em tudo, exceto que Ele surgiu de tudo completamente sem pecado. Agora, antes de voltar-se para examinar mais de perto o significado precioso disso, há uma coisa que devemos notar. O fato de que Jesus era sem pecado significa necessariamente que Ele sabia a profundidade e as tensões e agressões de tentação que a gente nunca sabe e nunca pode saber. Assim, longe de Sua batalha sendo mais fácil era imensamente mais difícil. Por quê? Por esta razão, nós caímos na tentação [exceto como somos sustentados pela graça de Deus] muito antes de o tentador colocou para fora toda a sua energia. Somos facilmente vencidos; nunca sabemos tentação no seu mais feroz e seu mais terrível, porque caímos [exceto para a graça de Deus] muito antes que esse estágio seja alcançado. Mas Jesus foi tentado como nós somos, e muito além do que nós somos. Pois em seu caso o tentador colocar tudo o que possuía para o ataque, e Jesus resistiu a ela. Pense nisso em termos de dor. Há um grau de dor que o corpo humano pode suportar e, em seguida, quando esse grau é atingido uma pessoa desmaia e perde a consciência; ele atingiu seu limite. Há agonias da dor que ele não conhece, porque não veio colapso. É assim com a tentação. Nós colapso antes tentação [exceto para a graça sustentadora de Deus], ​​mas Jesus foi para nosso estágio de tentação e muito além dele e ainda não entrou em colapso. É verdade que Ele foi tentado em todas as coisas como nós somos; mas também é verdade que nunca foi tentado como homem Ele era.

À luz destas disposições divinas e vantagens dos cristãos na Grã sumo sacerdócio de Cristo, os cristãos hebreus são exortados a manter firme a sua confissão. Eles foram provados, mas a sua vitória em Cristo estava certo. Para desistir significaria a sofrer o destino daqueles que pereceram no deserto. Para manter firme sua confissão significava que eles iriam manter a fé com Cristo. Isto assegurou sua vitória em Cristo.

C. uma exortação a ENTER (He 4:16)

16 Vamos, portanto, aproximar-se com ousadia ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça para ajudar -nos em tempo de necessidade.

Exortação final do autor é a relação pessoal com Cristo e apropriação de seus benefícios Sumo Sacerdote. Esta exortação implica, em primeiro lugar , uma relação pessoal clara e consciente entre o cristão e Cristo: Ter um grande sumo sacerdote (v. He 4:14-A ). Tal relacionamento pessoal é o único fundamento seguro para uma vida cristã bem sucedida. Em segundo lugar , implica propósito e persistência. A menos que a conclusão da vida cristã é o objetivo principal do crente, ele finalmente vai sacrificar Cristo por algum bem menor. Ele vai, como Paulo Tillich observa, fazer algo menos do que Deus em Cristo a sua preocupação final e, assim, tornar-se um idólatra. No terceiro exemplo, o autor reconhece a liberdade moral do homem e sua responsabilidade para empregar essa liberdade em seu acesso a provisões de Deus em Cristo: Vamos ... se aproximam com ousadia . Isso expressa uma atitude de temor reverencial que é produtiva de culto (conforme He 7:22. e He 11:6) é a garantia do homem da misericórdia divina. Misericórdia é a maior necessidade do homem pecador. Essa necessidade é satisfeita em Cristos trono da graça . O segundo homem benefício acha que ele se aproxima de sua grande sumo sacerdote, Jesus Cristo, é graça para ajudar ... em tempo de necessidade . O homem pecador recebe misericórdia quando ele vem para alta sacerdotal de Cristo trono da graça , mas ele acha graça quando ele se aproxima desse trono como um cristão. Um paralelo a este é visto em Mt 11:28 . Lá, o homem a pecar sobrecarregados Cristo promete: "Eu vos aliviarei" (v. Mt 11:28 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
Esse capítulo dá continuidade ao tema do descanso iniciado em 3:11. Essa seção usa a palavra "descanso" com cinco sentidos diferentes: (1) o descanso sabático de Deus em Gê-nesis 2:2 e emHe 4:4,He 4:12; (2) Canaã, o descanso de Israel depois de andar errante por quarenta anos (3:11, etc); (3) o presente descanso em Cristo do crente salvo (4:3,10); (4) o presente descanso de vitória (4:11); e (5) o futuro descanso eterno no céu (4:9). O descanso sabático de Deus é um tipo de nosso presen-te descanso da salvação depois de finalizada a obra de Cristo na cruz. Também é um retrato do eterno des-canso sabático de glória. O descan-so de Israel em Canaã é semelhante à vida de vitória e de bênçãos que desfrutamos quando andamos pela fé e declaramos nossa herança em Cristo. Esse capítulo apresenta qua-tro exortações em relação à vida de descanso.

I. Temamos (4:1-8)

Deus prometeu descanso ao povo de Israel, mas ele não pode desfru-tá-lo por causa da desobediência originada pela incredulidade. Hoje, Deus também promete descan-so a seu povo — paz em meio à provação e vitória, apesar de pro-blemas aparentemente insolúveis.

He 6:1 chama esse "descan-so" em nossa Canaã espiritual de deixar-se "levar para o que é perfei-to [maturidade]", 6:11, de "a plena certeza da esperança", e 6:12, de herdar "as promessas". Lembre-se que os leitores de Hebreus atra-vessavam um período de provação (10:32-39; 12:3-14; 13:
13) e esta-vam tentados, como o antigo Is-rael, a "voltar" à antiga vida. Deus prometera-lhes o descanso da vitó-ria, todavia eles corriam o risco de não atingir esse objetivo. O Senhor deu-lhes a Palavra, mas eles não a fizeram ser "acompanhada pela fé" (4:
2) e pela aplicação na vida de-les. Veja, mais uma vez, a impor-tância da Palavra do Senhor na vida do crente.

O argumento do autor é este: Deus prometeu descanso a seu povo (v. 1), porém Israel fracassou em entrar nesse descanso (4:6). A pro-messa dele ainda permanece válida, porque Josué (v. 8) não pôde dar-lhes descanso espiritual, embora os tenha liderado no descanso nacional (veja Js 23:1). Do contrário, Davi não te- ria, séculos mais tarde, falado sobre isso noSl 95:0 fala de um "descanso" de conclusão, de satisfação. É o "descanso sabá- tico da alma". Esse é o "descanso" de fé que Jesus promete em Ma-teus 11:28-30. Mt 11:28 fala do "descanso" (NVI) da salvação, e esse é um dom que recebemos pela fé; eMt 11:30, daquele que encon-tramos, dia a dia, quando tomamos o jugo dele e nos entregamos a ele. No versículo 1, a expressão "tema-mos, portanto", é a advertência de Deus para muitos de seus filhos que não conseguiram entrar na vida de descanso e de vitória.

II. Sejamos diligentes (4:9-12)

Nessa passagem, "obras" significa "ser diligente" — sejamos diligen-tes para entrar nesse descanso. "Ser diligente" é exatamente o oposto de "desviar-se" (2:1-3). Ninguém amadurece na vida cristã sendo descuidado ou preguiçoso. Veja as três exortações de Pedro para que os crentes sejam diligentes em 2 Pe-Dt 1:4-5 e 3:11-18. Repetiremos o fracasso de Israel e não entrare-mos no descanso nem na herança prometidos se não formos diligen-tes. (Lembre-se, isso não é salvação, mas vitória na vida cristã.)

Qual é o segredo para entrar nesse descanso? A Palavra de Deus. He 4:12 é a resposta para qual-quer condição espiritual. Não dei-xaremos de herdar a bênção se per-mitirmos que a Palavra nos julgue e exponha nosso coração. Israel pere-grinou por quarenta anos, porque se rebelou contra a Palavra e não con-seguia ouvir "a sua voz" (SI 95). A Pa-lavra do Senhor é uma espada (veja Ap 1:16; Ap 2:12-66; Ap 19:13; Ef 6:17). Ela discerne o coração (veja At 5:33 e 7:54, passagens em que, mais uma vez 1srael se recusa a entregar-se à Palavra). Muitos crentes perdem as bênçãos porque se recusam a ouvi- la e a prestar atenção a ela. O crente precisa aplicar fielmente a Palavra de Deus e ser diligente para alcançar a maturidade espiritual.

  • Conservemos firmes nossa confissão (4:14)
  • O versículo 14 não afirma: "Con-servemos firmes a nossa salvação". Nessa passagem, o autor refere-se realmente a "confissão — dizer a mesma coisa" (3:1; 10:23; 11:13). A "confissão" diz respeito ao teste-munho do crente de que tem fé em Cristo e à sua fidelidade em viver para Cristo e ganhar a bênção pro-metida. Leia 10:34-35. Os judeus que vaguearam pelo deserto per-deram sua confissão, embora ainda estivessem protegidos pela nuvem e libertos do Egito. Eles foram um tes-temunho infeliz do poder de Deus! O Senhor tirou-os do Egito, e eles não confiaram nele para fazê-los entrar na terra prometida. Eles per-deram as bênçãos de Deus por cau-sa da descrença.

    Isso explica por que o autor lembra seus leitores judeus dos grandes "heróis da fé" menciona-dos no capítulo 11. Todas essas pessoas enfrentaram dificuldades e provações, mas venceram-nas e mantiveram um bom testemunho. He 11:13 afirma que todas essas pessoas "confessaram" (a mesma palavra Dt 4:14) que eram "estrangeiros e peregrinos sobre a terra". Enoque deu um bom teste-munho antes de ser levado para o céu (11:5). No fim do capítulo, o autor resume tudo isso com as se-guintes palavras: "Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho" (11:39). Onde há fé, há bom tes-temunho; onde ela não existe, não há testemunho.

    De onde vem a fé? "E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo" (Rm 10:17). No Antigo Testamento, Israel não ouviu a Palavra, portanto não tinha fé. He 3:7,He 3:15 e 4:7 repetem a advertência: "Hoje, se ouvirdes a sua voz...". Os cristãos que ouvem a Palavra do Senhor e obedecem a ela mantêm uma boa confissão e não perdem seu testemunho diante do mundo.

  • Aproximemo-nos do trono da graça (4:15-16)
  • Esses versículos apresentam provas de que o crente não pode perder sua salvação. Temos um Sumo Sacerdo-te que conhece nossas fraquezas e as tentações que enfrentamos, pois passou pelos mesmos testes que nós passamos. Precisamos voltar-nos para o trono da graça quando che-gam os momentos de provação em busca da ajuda que apenas Cristo pode nos dar. Nos capítulos seguin-tes, o autor elabora mais esse tema, mas ele inclui essa exortação nesse ponto para que seus leitores não se sintam desencorajados por se senti-rem incapazes nem desistam. Claro que somos incapazes! Nenhum cris-tão tem força suficiente para cruzar o Jordão e derrotar o inimigo! No entanto, temos um grande Sumo Sacerdote que tem misericórdia e "graça para socorro em ocasião oportuna". (Esse é o sentido literal do versículo 1 6.)

    Por que, nesse ponto, o autor refere-se a um "trono"? Ele refere-se ao "propiciatório de ouro" de Êxo-Dt 25:1 7-22. A arca da aliança era uma caixa de madeira coberta de ouro. No topo da arca, Moisés pôs um "propiciatório" de ouro com um querubim em cada ponta. Esse propi-ciatório era o trono de Deus, em que ele se sentava em glória e governava a nação de Israel. Todavia, o propi-ciatório do Antigo Testamento não era um trono de graça, pois a nação estava sob o jugo da escravidão le-gal. "Porque a lei foi dada por inter-médio de Moisés; a graça e a verda-de vieram por meio de Jesus Cristo" (Jo 1:17). Cristo é o nosso Propicia- dor ("propiciação"; em 1Jo 2:2). E vamos a um trono de graça quando nos dirigimos a ele, não a um trono de julgamento, e ele se encontra co-nosco, fala conosco e nos fortalece.

    Leia esse capítulo mais uma vez e veja que o autor não nos ad-verte da perda de nossa salvação. Antes, ele encoraja-nos a viver na Palavra e em oração e a deixar que Cristo nos leve à nossa Canaã es-piritual, em que encontraremos repouso e bênção. O progresso espiritual é resultado da disciplina espiritual.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
    4.2 A palavra... Conforme Rm 10:16s e Is 53:1. A mensagem do evangelho exige a aceitação da fé. Acompanhada. Lit. "unida". A fé compromete o ouvinte com a mensagem; não se pode livrar da sua obrigação. Anunciadas as boas novas. Lit. "evangelizadas".

    4.4 Ao sétimo dia. O sábado cristão é guardado pela fé por aquele que descansa nas promessas de Deus em Cristo.

    4.5 Meu descanso. Deus compartilha conosco Seu próprio descanso (conforme Gn 2:3). Este descanso espiritual ficou à disposição dos homens desde o Éden, e o término da Criação, mas foi exposto claramente na Nova Criação.

    4.7,8 Sendo que Deus oferecia Seu descanso no tempo de Davi, fica patente que Ele não fala a conquista da terra da Palestina noSl 95:0). Este repouso é celestial, mas é usufruído nesta vida pela fé (conforme Jo 14:2, Jo 14:24). Descansou de suas obras. Quem confia na obra perfeita de Cristo que iniciou a Nova Criação não tentará ganhar a salvação por boas obras.

    • N. Hom. 4.12 O Potencial da Palavra de Deus.
    1) Sendo viva, concede a vida.
    2) Sendo eficaz, transforma o ouvinte fiel.
    3) Tendo dois gumes, corta primeiramente quem à usa e depois aqueles que recebem seu ministério.
    4) Sendo cortante, traz à luz os motivos obscuros do subconsciente (1Co 4:5).
    5) Apta para discernir (gr kritikos), julga os valores.

    4.13 Patentes. O gr tem o significado de um lutador que, tendo derrotado seu adversário, dobra o seu pescoço até a submissão total.

    4.14 Penetrou os céus. Cristo passou pelos céus para ocupar Sua suprema transcendência e autoridade (7,26; Ef 4:10; Fp 2:9-50).

    4.15 A divina majestade de Cristo, não nega em nada Sua humanidade. Ele simpatiza conosco porque sentiu o pleno poder da tentação.
    • N. Hom. 4.16 (vv. 1-16). A Poderosa Palavra de Deus.
    1) Ela nos adverte acerca dos perigos que enfrentamos (1-11).
    2) Revela o julgamento de Deus sobre a nossa natureza (12, 13).
    3) É a provisão divina para nossas necessidades (14-16).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
    O cap. 4 continua a mesma advertência iniciada em 3.6b acerca da possibilidade de se pôr a perder a entrada no descanso de Deus. Que há esse descanso o autor prova na sua forma típica de exegese por meio de uma citação de Gn 2:2: “ ‘No sétimo dia Deus descansou de toda a obra que realizara’ ” (v. 4). Que Deus deseja compartilhar esse descanso e que a promessa de entrada nesse descanso ainda é válida são fatos demonstrados por dois outros textos, ambos do Sl 95:0; conforme tb. A. C. Purdy, “Hebrews”, The Interpreter’s Bible, v. XI, p. 631). Se isso estava na mente do autor, então “descansa das suas obras” descreve a interrupção de atividade fútil feita em resistência a Deus, isto é, de obras mortas (conforme 9.14), para encontrar descanso numa vida de completa dependência dele — muito semelhante ao “contraste entre a vida de fé em Cristo e a vida de realização de obras da lei” em Paulo (Narborough, Comm., p. 95). Embora seja verdade que Deus não pode descansar de boas obras, mesmo assim o verbo hebraico (shãbath, do qual vem “sábado”) de fato significa “cessar, desistir, descansar”. “Deus descansou”, então, deve significar que Deus desistiu do (interrompeu o) que estava fazendo, i.e., de sua atividade na criação. E, quando um homem entra no seu descanso sabático, ele também deve desistir do que estava fazendo, nesse caso tentando atingir sua própria salvação. “De forma mais positiva, temos permissão para preencher a palavra com o significado derivado do desejo predominante do autor de uma adoração satisfatória a Deus. Esse descanso é paz na certeza do acesso a Deus que não é impedido por rituais que não podem tocar a consciência, e que se torna possível somente pela obra de Cristo da ‘purificação dos pecados’ que corrompem e nos impedem de atingir o alvo final da adoração” (Purdy, Comm., p. 631). Visto que isso agora está disponível, esforcemo-nos por entrar nesse descanso (v. 11).


    3) A impossibilidade de esconder de Deus a incredulidade (4.12,13)

    Visto que a incredulidade com frequência é uma questão do coração, muitas vezes ela escapa da observação dos homens, mas nunca de Deus, cuja palavra é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes (v. 12). Ela tem o poder de atingir diretamente as partes mais íntimas da nossa personalidade. Tem o poder de julgar (gr. kritikos) tanto os sentimentos quanto os pensamentos do coração (conforme Sabedoria 18.15ss). E capaz de discernir e decidir acerca do valor moral de um homem. A expressão “palavra de Deus” pode ser uma referência àquela mensagem falada pelos profetas, ou por Cristo e seus apóstolos, que em si mesma possui uma dinâmica tão intensa que quando ouvida e preservada cria algo novo (conforme Rm 1:16), ou pode simplesmente ser uma circunlocução para o próprio Deus, como às vezes se fazia. Observe que no v. 13 a “palavra” é deixada para trás, e aí estamos diante do próprio Deus — completamente expostos. O que realmente somos é exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.

    Com isso, o autor conclui a sua longa advertência e chega ao tópico que é mais precioso ao seu coração e que ele já mencionou duas vezes anteriormente (1.3b; 2.17,18) — isto é, o sacerdócio de Jesus.
    IV O SACERDÓCIO DE JESUS É APRESENTADO (4.14—5.10)


    1) Os sofrimentos do sacerdote e seu significado (4:14-16)

    Da advertência, o autor se volta agora para o consolo e encorajamento que ele associa inseparavelmente à obra sacerdotal de Cristo
    —    um tema que de forma muito real constitui o tema principal da carta. A vida de fé, embora difícil, não está privada de apoio exterior: temos um grande sumo sacerdote (v. 14) que pode nos ajudar (v. 16). E a grandeza desse sumo sacerdote é medida (a) pelo fato de que adentrou os céus para a presença de Deus, assim como o antigo sumo sacerdote passava pelo véu para o Lugar Santíssimo — o lugar do real serviço em favor dos homens, e (b) pelos nomes atribuídos a ele aqui: Jesus, o Filho de Deus. Esses nos contam que ele é tanto homem quanto Deus, tanto “compassivo quanto poderoso”. Portanto, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos (v.

    14). Essa exortação está fundamentada no fato de que o nosso sumo sacerdote também sofreu e foi tentado, pois essas experiências do Salvador têm grande importância para nós. Elas significam que há um incentivo para que perseveremos, pois embora Jesus tenha passado, como nós, [...] por todo tipo de tentação (v. 15), mesmo assim ele permaneceu fiel até o fim. Elas também significam que, porque ele sofreu e foi tentado, pode compreender de maneira compassiva o que estamos passando, pode ser sensível às nossas fraquezas e fazer algo para nos ajudar (v. 15,16). Portanto, aproximemo-nos [continuamente] do trono da graça [...] a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade (v. 16), e façamos isso com toda a confiança. Essa é a primeira afirmação, a ser repetida muitas vezes, indicando os resultados finais da obra sacerdotal de Cristo

    —    acesso livre à presença de Deus para todos que quiserem vir. A expressão “aproximar-se” (usada sete vezes em Hebreus) era um termo técnico empregado na LXX acerca dos sacerdotes que tinham permissão exclusiva de se aproximarem de Deus no serviço da adoração: Agora “o direito da aproximação sacerdotal é estendido a todos os cristãos” (Westcott, Comm., p. 108).

    O autor de Hebreus destaca o caráter divino desse novo sumo sacerdote começando com a descrição dele no seu papel cósmico como criador e Filho de Deus, mas ele também destaca a realidade da sua humanidade como nenhum outro autor do NT. Ele insiste, por exemplo, em que as tentações de Jesus não foram tentações forjadas — foram genuínas: passou por todo tipo de tentação, como nós. Gomo isso é possível se ao mesmo tempo ele era Filho de Deus? A sua natureza divina não o protegeria da possibilidade de pecar? Essa questão da possibilidade de Cristo pecar tem sido debatida por séculos, e ainda não há uma solução satisfatória para todos. Não pode ser discutida agora. Não obstante, pressupondo que era impossível para ele pecar, em virtude da natureza da sua pessoa, há também a possibilidade de se pressupor que ele não sabia que esse era o caso. Mc 13:32 sugere que o Filho, no seu papel encarnado, não era onisciente — há ao menos uma coisa registrada ali que ele não sabia. Se, então, havia uma coisa que ele não sabia, o desconhecimento de outros fatos também era possível, até mesmo com referência ao fato de ele saber ou não saber se podia pecar. De todo modo, embora Hebreus diga que ele viveu a sua vida sem pecado (v. 15; gr. chõris hamartias, lit. “à parte do pecado”, não significando “sem a capacidade de pecar”, mas “sem ter de fato pecado”), isso também deixa claro que Jesus experimentou tentações exatamente da mesma maneira que nós e que sua impecabilidade foi o resultado de “decisão consciente” da sua parte em meio a intensas lutas (conforme 5:7-9). Nunca podemos supor que sua vitória sobre o pecado foi “mera conseqüência formal da sua natureza divina”. Qualquer interpretação da pessoa de Cristo que de alguma forma diminua a força e genuinidade das suas tentações não pode ser correta.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 5 até o 18

    II. Os Argumentos Principais São Apresentados e Explicados. 1:5 - 10:18.

    A. Cristo "Maior que"; O Argumento da Superioridade. 1:5 - 7:28.

    O pensamento introduzido em He 1:4 estende-se agora através de uma sede de sete citações do V.T. Destas, cinco provam a superioridade de Cristo.


    Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 3 do versículo 7 até o 13


    5) A Superioridade do Descanso de Cristo contra o Descanso de Israel sob a Liderança de Moisés e Josué. 3:7 - 4:13.

    O princípio do descanso é a fé. Foi verdade para os israelitas quando entraram em Canaã, e é verdade para os crentes hoje em dia. O descanso da fé tem ambos, um significado presente e um significado futuro. Sl 95:7-11 foi usado para mostrar como ambas, advertência e promessa, foram relacionadas com o descanso de Israel em Canaã. A entrada na terra prometida estava condicionada à obediência.


    Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 10

    He 4:1 e 4. O exemplo da experiência do deserto aplica-se imediatamente às vidas dos crentes. A atitude do coração dos leitores passa a ser discutida em relação ao "descanso da fé", uma frase geralmente usada em relação a esta passagem das Escrituras. Duas opiniões básicas prevalecem quanto ao prometido descanso. A primeira coloca o descanso no futuro como sendo o descanso celestial, ou entrada no Reino de Deus (veja Gleason L. Archer, Jr., The Epistle to the Hebrews: A Study Manual, pág. 28, 29; Charles R. Erdman, The Epistle to the Hebrews, pág. 49, 50). A segunda opinião coloca mais ênfase sobre o descanso presente do que sobre o prometido descanso do futuro, embora este último não seja desprezado. Este "descanso da fé" é chamado de "plena submissão", a qual é considerada como uma experiência singular (Erdman, Ibid.). Esta segunda posição enfatiza a. presente realidade do "descanso da fé" como um cessar das nossas obras, o que coloca o crente em um relacionamento mais íntimo com Cristo.


    Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 5 até o 10

    5-10. Deus providenciou um descanso, e este descanso deve ser ocupado ou possuído. A incredulidade bloqueia a entrada no descanso de Deus enquanto a fé abre largamente a porta; e assim este descanso só está à disposição de verdadeiros cristãos. Josué não deu este descanso apenas a sua geração; portanto o descanso prometido continua à disposição. Portanto resta um repouso para o povo de Deus destinado para os crentes de hoje. É um repouso presente e também futuro que não depende de "obras", mas da fé dos crentes.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 13
    b) Exortação para entrar no descanso (He 4:1-58; He 12:15.

    Essa promessa de entrada no descanso de Deus é oferecida novamente aos homens mediante a pregação do Evangelho de Cristo (2). É isso que outorga aos homens de "Hoje" a oportunidade de "ouvir Sua voz". Mas, conforme as Escrituras do Antigo Testamento deixam claro, quando os homens escutam a Palavra proferida por Deus, podem usufruir das bênçãos que Ele promete somente quando se tornam vitalmente unidos a ela por meio da resposta positiva da fé (2); ou, seguindo um texto alternativo nos manuscritos, se confiadamente se associarem com aqueles que a obedecem (2). Embora Deus tivesse jurado que os israelitas incrédulos não entrariam em Seu descanso, fica claro, pela presente experiência dos crentes cristãos, que Cristo trouxe esse descanso até o alcance de Seu povo. Pois aqueles que se tornaram crentes em realidade estão entrando nesse mesmo descanso (3).

    >Hb 4:4

    Esse descanso de Deus tem existido, para os homens dele participarem, desde que a criação do mundo terminou; E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera (4). Esse descanso não consiste de mera inatividade; a palavra descreve a satisfação e o repouso da realização bem sucedida. Outrossim, as palavras das Escrituras que falam sobre esse assunto (Gn 2:2 e Sl 95:11) devem ser consideradas como a própria palavra e o testemunho de Deus sobre a questão. Essas palavras demonstram, primeiramente, que o próprio Deus descansou. Em segundo lugar, ainda que por implicação, indicam que Seu propósito claro é que os homens também entrem e compartilhem de Seu descanso. Sua palavra a respeito garante a sua certeza; Deus nunca profere palavras vãs. Em terceiro lugar, somos informados que aqueles para quem a oportunidade foi oferecida pela primeira vez, no deserto, falharam por não tê-la abraçado, em vista de sua incredulidade, e assim foram, pela palavra do mesmo Deus, solenemente proibidos de toda esperança de admissão ao Seu descanso: Não entrarão no meu descanso (3-5). Semelhantemente vemos que a herança até à qual o povo foi liderado por Josué não pode ser o descanso prometido, pois muito tempo depois de Josué, nos dias de Davi, Deus fala sobre uma nova oportunidade (Hoje) dos homens ouvirem Sua voz e entrarem em Seu descanso.

    >Hb 4:9

    É claro, por conseguinte, que Deus tenciona que Seu povo compartilhe de Seu próprio "repouso sabático" (9, margem). Essa é a recompensa que o Senhor tem reservado para eles. Entrada nesse repouso significa a cessação das próprias obras, tal como Deus descansou da obra da criação no Seu sábado de descanso. Portanto, tal alvo, em sua plenitude, é algo que jaz além desta existência. Não obstante, aqueles que encontram salvação e vida nova em Cristo, começam a experimentá-lo desde agora e nesta vida ainda. Assim, conforme o escritor sagrado já havia dito (3), aqueles que dão o passo decisivo e se tornam crentes cristãos, estão entrando no descanso de Deus. Já começaram a desfrutar de uma bênção que ainda não está consumada. Sua possessão é ao mesmo tempo atual e futura. Portanto, todos nós precisamos exibir zelo e intenso esforço para continuarmos nessa caminhada (11), a fim de que nem um só dentre nós venha a cair pelo caminho, tornando-se semelhante aos israelitas, que caíram no deserto (cfr. a esposa de Ló), outro exemplo de desobediência incrédula, ainda que semelhante. É algo muito solene tornar-se alguém uma testemunha negativa da verdade das promessas de Deus ao deixar-se "cair" ou "ficar para trás". É muito melhor ser uma testemunha positiva e entrar no descanso. Aqueles que têm ouvido a voz de Deus inexoravelmente se tornam uma coisa ou outra.

    >Hb 4:12

    É conveniente, nesse caso, considerar o caráter da Palavra com a qual somos confrontados, a palavra das Escrituras e do Evangelho, caso tenhamos de apreciar plenamente a responsabilidade sob a qual somos postos ao ouvi-la. Pois essa Palavra é a Palavra de Deus (12). Ela participa dos atributos do próprio Deus. Ela é viva e plena de atividade e poder de realização. Nela o próprio Deus acha-se ativo, pelo que ela jamais deixa de produzir resultado: traz salvação ou julgamento. Ela penetra até o mais íntimo do ser do homem, como se fosse um bisturi dissecador, e força uma aberta e radical divisão e distinção entre as coisas que diferem na vida humana. Põe sob juízo os pensamentos e as idéias da mente e da vontade humanas. Ela é o "crítico" (gr. kritikos) (aqui traduzida como apta para discernir) pelo qual somos julgados. Confrontado por ela, o homem é confrontado por Deus, perante Quem nada pode ser ocultado. De fato a Palavra de Deus nos deixa cônscios de que todas as coisas estão descobertas e patentes, plenamente expostas ao olhar perscrutador de Deus. E é justamente a Ele, o Deus onde se originou essa Palavra, que todos quantos ouvem-na (gr. logos) terão de finalmente dar uma resposta com sua própria palavra ou "prestação de contas" (gr. logos). Patentes (13). O termo grego significa "com a cabeça curvada para trás e o pescoço desnudo". Sugere a impossibilidade de ocultar o próprio rosto. Na prestação de contas final, todos deverão olhar para Deus e ser olhados por Ele, face a face.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16

    9. Entrando no descanso de Deus (Hebreus 4:1-13)

    Portanto, vamos temo que, enquanto uma promessa permanece de entrar em Seu descanso, qualquer um de vós que pareça ter vindo curto dele. Porque, na verdade, tivemos uma boa notícia pregou para nós, assim como a eles; mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porque não estava unida pela fé naqueles que a ouviram. Para nós, que acreditava que entramos no descanso, assim como Ele disse: "Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso", embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo. Pois Ele disse assim em algum lugar relativa ao sétimo dia, "E Deus descansou no sétimo dia, de todas as suas obras"; e mais uma vez nesta passagem: "Não entrarão no meu descanso." Desde, portanto, continua a ser para algumas pessoas a entrar nele, e aqueles que anteriormente tinha uma boa notícia pregou a eles não entraram por causa da desobediência, Ele novamente corrige um determinado dia, "Hoje", dizendo por Davi, depois de tanto tempo, assim como foi disse antes, "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações." Porque, se Josué lhes houvesse dado descanso, não teria falado de mais um dia depois disso. Portanto resta ainda um repouso sabático para o povo de Deus. Para aquele que entrou no descanso tem-se também descansou de suas obras, como Deus das suas. Vamos, portanto, ser diligente para entrar naquele descanso, para que ninguém caia, por seguir o mesmo exemplo de desobediência. Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, e de juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele, mas todas as coisas estão abertas e exposto aos olhos daquele com quem temos de fazer. (4: 1-13)

    Hebreus 4 continua o aviso para os judeus, mas que não respondem bem informadas, que começou em 3: 7. Esses judeus não só conhecia as verdades básicas do evangelho, mas tinha mesmo renunciou judaísmo. Ainda que eles não confiam em Cristo. O aviso, é claro, se aplica a qualquer um que está hesitando em comprometer-se totalmente a Jesus Cristo, e pode ser resumido: " Não endureçais os vossos corações , como Israel fez no deserto. " Os israelitas tinham deixado o Egito, mas que muitas vezes almejada para voltar. Eles se recusaram a confiar completamente no Senhor e, opressivo e decepcionante como era, a velha vida ainda tinha um apelo. Pararam no ponto crucial da decisão. Consequentemente, eles não foram autorizados a entrar na Terra Prometida e na de Deus resto . Assim é com muitos que são atraídos para Jesus Cristo. Forfeits UnFé resto, isto é pensamento do escritor.

    O significado da Rest

    O resto Inglês e da palavra grega ( katapausis ) que se traduz aqui têm significados semelhantes. A idéia básica é a de cessar de trabalho ou de qualquer tipo de ação. Você deixa de fazer o que você está fazendo. Ação, de trabalho, ou esforço é longo. Aplicado ao descanso de Deus, isso significa que não mais auto-esforço, tanto quanto a salvação está em causa. Significa o fim de tentar agradar a Deus pelos nossos, obras carnais débeis. Descanso perfeito de Deus é um descanso na livre graça.

    Rest, também significa liberdade de quaisquer preocupações ou perturba. Algumas pessoas não conseguem descansar mentalmente e emocionalmente, porque eles são tão facilmente irritado. Cada pequeno incômodo perturba-los e eles sempre me sinto incomodado. O resto não significa liberdade de todas as perturbações e dificuldades; isso significa que a liberdade de ser tão facilmente incomodado por eles. Significa ser interiormente tranquila, composto, pacífica. Para entrar no descanso de Deus significa estar em paz com Deus, para possuir a paz perfeita Ele dá. Que significa ser livre de culpa e até mesmo sentimentos de culpa desnecessários. Isso significa que a liberdade de se preocupar com o pecado, porque o pecado é perdoado. Descanso de Deus é o fim das obras legalistas e a experiência de paz no perdão total de Deus.
    Resto pode significar a deitar-se, ser resolvido, fixo, seguro. Não há mais está se deslocando sobre a frustração de um lado para o outro, não mais correndo em círculos. Em repouso de Deus estamos sempre estabelecido em Cristo. Estamos livres de correr da filosofia à filosofia, de religião para religião, de estilo de vida com o estilo de vida. Estamos livres de ser jogado por qualquer vento doutrinário, toda idéia ou modismo, que sopra em nossa direção. Em Cristo, estamos estabelecidos, enraizado, aterrada, inabaláveis. Isso é o descanso do cristão.
    Resto envolve restante confiante, mantendo a confiança. Em outras palavras, para descansar em alguma coisa ou alguém significa manter a nossa confiança nele ou ele. Para entrar no descanso de Deus, portanto, significa desfrutar da perfeita confiança, inabalável da salvação em nosso Senhor. Nós não temos mais razão para temer. Temos absoluta confiança e confiança no poder e cuidado de Deus.
    Descanso também significa que se apoiar. Para entrar no repouso de Deus significa que para o resto de nossas vidas e por toda a eternidade que possamos nos apoiar em Deus. Podemos ter certeza de que Ele nunca vai deixar de nos apoiar. Na nova relação com Deus, podemos depender dele para tudo e em apoio tudo-para, para a saúde, para a força, para que todos nós precisamos. É uma relação em que estamos confiantes e seguros de que nos comprometemos a nossa vida a Deus e que Ele o segura em perfeito, amor eterno. É uma relação que envolve ser resolvido e fixo. Não mais flutuando. Sabemos quem temos crido e estamos nEle.

    O resto falado em Hebreus 3 e 4 inclui todos esses significados. É cheio, abençoado, doce, gratificante, pacífica. É o que Deus oferece a cada pessoa em Cristo. É o resto retratado e ilustrado no resto Canaã que Israel nunca entendeu e nunca entrou em por causa da incredulidade. E assim como Israel nunca entrou resto Canaã por causa da incredulidade, então alma após alma desde aquela época, e mesmo antes, perdeu a salvação descanso de Deus por causa da incredulidade.

    Duas outras dimensões do descanso espiritual não serão encontradas em um dicionário-O Reino resto do Milênio e pelo descanso eterno dos céus. Estas são as expressões finais do novo relacionamento com Deus em Cristo, a relação que cuida de nós nesta vida, no Reino, e no céu para sempre.

    Hebreus 4:1-13 leva-nos mais profundamente esta verdade, ensinando quatro coisas sobre o descanso de Deus: a sua disponibilidade, os seus elementos, a sua natureza, e sua urgência.

    A disponibilidade de Descanso

    Portanto, vamos temo que, enquanto uma promessa permanece de entrar em Seu descanso, qualquer um de vós que pareça ter vindo curto dele. (4: 1)

    Por isso se refere, é claro, a incredulidade de Israel ea conseqüente falha em entrar no descanso de Deus Canaã. Como ilustrado pela sua experiência, não confiando em Deus é algo a ser temido. Jesus advertiu: "Não temais os que matam o corpo, mas são incapazes de matar a alma; temei antes aquele que é capaz de destruir a alma eo corpo no inferno" (Mt 10:28.). Somente Deus tem o poder para cometer uma pessoa para o inferno. Se Ele não acredita, Ele é o único, o único, a ser temido.

    O cristão não tem necessidade de temer , no sentido de dizer aqui. "Não tenhais medo, pequeno rebanho", disse Jesus, "porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino" (Lc 12:32). O único tipo de medo que um cristão deve ter é o de reverente temor (1Pe 2:17; Ap 14:7.; Conforme 13 26:42-13:27'>Lucas 13:26-27). O seu conhecimento e seu trabalho não estava unida com a fé. Judeus se orgulhavam do fato de que eles tinham a lei de Deus e ordenanças de Deus e os rituais de Deus. Eles foram especialmente orgulhosos de ser descendentes de Abraão. Mas Jesus advertiu que os verdadeiros filhos de Abraão acreditar e agir como Abraão fez (Jo 8:39). Paulo lembrou seus companheiros judeus que "Ele é judeu o que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra, e seu louvor não provém dos homens, mas de Deus" (Rm 2:29). Espiritualmente, um judeu descrente é uma contradição em termos.

    Se você executar uma luz vermelha e um policial puxa para cima e começa a dar-lhe um bilhete, você não mostrar-lhe sua cópia das leis de condução do Estado como sua defesa. Você não tenta estabelecer sua inocência, dizendo-lhe que você leu as livreto muitas vezes e sei que a maioria dos regulamentos de cor. Longe de fazer você inocente, isso faria você ainda mais responsável por viver de acordo com as leis e tudo o mais culpado por quebrá-los. Sabendo que a lei é uma vantagem somente se nós obedecê-la. "Porque, na verdade a circuncisão é de valor, se você praticar a lei", diz Paulo, "mas se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão" (Rm 2:25).

    Sendo um verdadeiro judeu sob a Antiga Aliança não era uma questão de ter a lei, mas de obedecê-la. Ser um verdadeiro cristão sob a Nova Aliança não é uma questão de saber o evangelho, mas de confiar nele. Ter uma Bíblia, lê-lo, conhecê-lo, levando-o à igreja todos os domingos, e até mesmo ensinando dela não nos fazem cristãos. Apenas confiando em Aquele a quem testemunha nos faz cristãos. "Você examinar as Escrituras, porque você acha que neles você tem a vida eterna", Jesus advertiu, "e são estes que dão testemunho de mim" (Jo 5:39). A questão não é o conhecimento ou de trabalho, mas a fé. Paulo estava feliz e grato para os cristãos de Tessalônica não simplesmente porque eles aceitaram o evangelho como a Palavra de Deus, mas porque acreditavam que (1Ts 2:13;.. Conforme 2Ts 2:13). Isso significa compromisso toda a vida ao Senhorio de Cristo.

    Ambos os lados positivos e negativos dessa verdade são categóricos, absoluta. Aqueles que acreditaram que entramos no descanso e aqueles que não acreditam que não entrarão no meu repouso . Crença e descrença são coisas muito sérias. Do lado humano, crença com nada mais vai nos salvar; descrença com tudo o resto vai nos condenar. Estes são os dois igualmente verdade lados do evangelho, que é boa notícia apenas para aqueles que aceitá-lo com todo o coração.

    Nossa Rest é descanso de Deus

    Um outro ponto deve ser feita aqui. O resto prometeu aos que acreditam que é meu repouso, ou seja, o descanso de Deus. Próprio descanso de Deus de Seu trabalho de criação, eo resto que Ele nos dá em Cristo, não são o resto causada por cansaço ou o resto de inatividade, mas são o resto da obra concluída. Suas obras foram acabadas desde a fundação do mundo. Deus terminou Sua obra. Deus fez tudo, e para quem quer entrar em Sua obra consumada e de participar do seu descanso, ele está disponível pela fé.

    Quando Deus terminou a criação, Ele disse (parafraseando brevemente Gen. 2): "Está feito. Eu fiz um mundo maravilhoso para homem e mulher. Eu dei-lhes tudo o terreno que eles precisam, incluindo um ao outro, para um completo .. e vida bela e gratificante Ainda mais importante, eles têm perfeita comunhão ininterrupta, unmarred Comigo agora posso descansar, e eles podem descansar em Mim ".

    Pois Ele disse assim em algum lugar relativa ao sétimo dia, "E Deus descansou no sétimo dia, de todas as suas obras." (4: 4)

    Sabbath resto foi instituído como um símbolo do verdadeiro descanso para vir em Cristo. É por isso que o sábado pode ser violada por Jesus, e completamente anulado no Novo Testamento. Quando o verdadeiro descanso Terra veio, o símbolo era inútil. "Portanto, que ninguém agir como seu juiz em relação a alimentos ou bebida, ou em relação a um festival ou uma lua nova ou um sábado dia-coisas que são uma mera sombra do que está por vir, mas a substância pertence a Cristo" (Colossenses 2:16-17).

    Adão e Eva eram completamente justo, quando foram criados. Eles andava e falava com Deus como regular e tão naturalmente como eles andaram e falaram um com o outro. Eles estavam em repouso, em seu original e seu sentido mais amplo. Eles confiaram em Deus para tudo. Eles não tinham ansiedades, sem preocupações, sem dor, sem frustrações, sem mágoas. Eles não precisam do perdão de Deus, porque não tinha pecado ser perdoado de. Eles não precisavam de Sua consolação, porque eles nunca estavam aflitos. Eles não precisavam de Sua incentivo, porque eles nunca falhou. Elas só precisavam de Sua comunhão, porque foram feitas por Ele. Este foi o seu "descanso" em Deus. Deus completou Sua obra perfeita e Ele descansou. Eles foram Sua obra perfeita e descansaram nEle.

    Mas algo terrível aconteceu. Quando Satanás começou a impugnar a Palavra de Deus e da integridade e amor, Adão e Eva escolheu acreditar Satanás. Eles confiavam nele e não a Deus. E quando eles perderam a confiança em Deus, eles perderam seu descanso. E a partir desse momento até agora, o homem sem Deus não foi apenas carne, mas inquieto. Todo o propósito da Bíblia e toda a obra de Deus na história humana tem um tema: trazer o homem de volta para seu descanso.
    Para conseguir isso, Deus teve que remover a barreira para seu descanso, a barreira que os separava Dele. Ele enviou Seu Filho para fazer exatamente isso, para fornecer novamente para o descanso do homem em seu Criador. Através de homens a morte de Cristo são novamente oferecidas vida. O descanso é um outro nome para a vida, a vida como Deus quis que fosse. Mesmo as pessoas que viveram antes de Jesus foram salvos com base em o que Deus iria fazer através do Seu Filho. Pecados furo Cristo passados ​​e futuros, e através de resto é ele Deus está disponível para qualquer um que acredita.
    Aqueles que pecou enquanto vagando no deserto, não só perdeu Canaã. A menos que eles exerceram fé pessoal em Deus em algum momento durante os 40 anos, que também perdeu eterna de vida que Canaã era apenas um símbolo.

    Decreto Divino

    E mais uma vez nesta passagem: "Não entrarão no meu descanso." Desde, portanto, continua a ser para algumas pessoas a entrar nele, e aqueles que anteriormente tinha uma boa notícia pregou a eles não entraram por causa da desobediência. (4: 5-6)

    Resto ainda permanece . Por quê? Porque Deus não poderia cortá-lo. Isso significaria Ele começou algo que não valia a pena completar. Mas Ele não faz essas coisas. Deus não estabeleceu descanso para a humanidade para nada. O resto Ele providenciou, alguém vai entrar: Resta alguma para entrar nele . Quando o homem perdeu o descanso de Deus, Deus começou imediatamente um processo de recuperação. Por meio de Seu Filho, Jesus Cristo, alguns seriam trazidos de volta. Ele criou o homem para a comunhão com Ele, e Seu plano não seria frustrada, seja por um arcanjo rebelde ou descrendo humanidade. Por decreto divino, portanto, sempre houve um remanescente de crentes, mesmo entre a maioria descrente Israel. (Rm 11:5, Jo 6:65). A fé pessoal é necessário antes que Deus possa aplicar Sua redenção para nós. Contudo, a nossa fé pessoal é eficaz porque o Pai nos desenhado pela primeira vez ao Filho. Porque Deus quer que sejamos salvos, nós podemos ser salvos. Apenas desobediência nos mantém fora.

    Ação Imediata

    Ele novamente corrige um determinado dia, "Hoje", dizendo por Davi, depois de tanto tempo, assim como já foi dito antes, "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações." (4: 7)

    O terceiro elemento do resto é a ação imediata. Deus corrige um determinado dia, "Hoje". Oportunidade para o descanso de Deus permanece, mas não permanecerá indefinidamente. Para cada indivíduo que vai acabar antes ou com a morte; e para toda a humanidade vai acabar no último dia. A era da graça não é para sempre. É por isso que uma ação imediata é uma base de entrar no descanso de Deus, de ser salvo. É por isso que Paulo disse: "Agora é" o tempo aceitável, "eis que agora é" o dia da salvação "(2Co 6:2). Há um descanso que resta para o povo de Deus, e em Israel do Antigo Testamento é designado o povo de Deus. Seu descanso espiritual é prometida primeiro a Israel, e Ele não será completamente com ela até que ela entra em seu descanso.

    Ele é o futuro

    Para aquele que entrou no descanso tem-se também descansou de suas obras, como Deus das suas. (04:10)

    De Deus resto também é futuro. Em sua visão na ilha de Patmos, o apóstolo João ouviu estas palavras bonitas do céu: "Escreve: Bem-aventurados os mortos que morrem no Senhor de agora em diante! "Sim", diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham "(Ap 14:13). Acredito He 4:10 antecipa que dia final quando deixamos de todo esforço e todo o trabalho e entrar na presença de Jesus Cristo. Ele inclui o resto prometido a Israel, o resto final quando ela e todas as outras pessoas de Deus deixará de trabalhar e descansar como Deus fez quando ele terminou sua criação. Essa é a realidade de descanso sabático.

    A urgência de Repouso

    Vamos, portanto, ser diligente para entrar naquele descanso, para que ninguém caia, por seguir o mesmo exemplo de desobediência. Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, e de juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele, mas todas as coisas estão abertas e exposto aos olhos daquele com quem temos de fazer. (4: 11-13)

    A necessidade de Deus resto é urgente. A pessoa deve diligentemente, com o propósito intensa e preocupação, prendê-lo. Não é que ele pode trabalhar o seu caminho para a salvação, mas que ele deveria procurar diligentemente entrar no descanso de Deus, pela fé, para que ele, como os israelitas no deserto, perder a oportunidade.

    Deus não pode ser tratada com leviandade. Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e ... capaz de discernir os pensamentos e intenções do coração. No contexto imediato esse versículo significa que os leitores que hesitam em confiar em Cristo, que estão considerando mesmo caindo de volta para o judaísmo, o melhor que seja urgente e diligente na busca de entrar no descanso de Deus, porque a Palavra de Deus é viva. Ele não é estático, mas ativo-ativo constantemente. Ele pode perfurar direita para dentro da parte mais interna do coração para ver se a crença é verdadeira ou não.

    Assim, a Palavra de Deus não é só salvar e reconfortante e nutritivo e cura, é também uma ferramenta de julgamento e execução. No dia do grande julgamento Sua Palavra vai penetrar e pôr a nu todos os corações que não confiaram nele. A farsa e hipocrisia será revelado e nenhuma profissão de fé, não importa o quão ortodoxo, e não existe uma lista de boas obras, não importa quão sacrificial, vai contar para nada diante dele. Apenas os pensamentos e intenções do coração vai contar. A Palavra de Deus é o discerner perfeito, os perfeitos Kritikos (da qual nós temos "crítico"). Ele não só analisa todos os fatos perfeitamente, mas todos os motivos e intenções e crenças, assim, que até mesmo o mais sábio dos juízes humanos ou críticos não podem fazer. A espada da Sua Palavra não fará erros de julgamento ou execução. Todos os disfarces será rasgado e só a pessoa real será visto.

    A palavra traduzida aberto teve dois usos distintos nos tempos antigos. Ele foi usado de um lutador de tomar o seu adversário pelo pescoço. Nesta posição, os dois homens eram inevitavelmente face a face. O outro uso foi em relação a um julgamento criminal. Um punhal afiado seria ligado ao pescoço do acusado, com o ponto logo abaixo do queixo, para que ele não podia abaixar a cabeça, mas teve que enfrentar o tribunal. Ambos os usos tinha a ver com situações graves face-a-face. Quando um descrente vem sob o escrutínio da Palavra de Deus, ele será inevitavelmente cara-a-cara com a verdade perfeita sobre Deus e sobre si mesmo.

    À luz de tais certo e perfeito juízo e de tal resto linda e maravilhosa, por que qualquer pessoa que endurecer o coração de Deus?

  • O nosso Grande Sumo Sacerdote (Hebreus 4:14-16)
  • Desde então, nós temos um grande sumo sacerdote que penetrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Para não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas aquele que foi ele tentado em todas as coisas como nós somos, mas sem pecado. Vamos, portanto, aproximar-nos com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna. (4: 14-16)

    O Espírito Santo continua a apelar aos judeus que ouviram o evangelho e virou do judaísmo, mas ainda não aceitou a Cristo. Ele vem dizendo, com efeito, "Você sabe que sua insatisfação com o judaísmo e com suas próprias vidas. Você sabe que a superioridade de Jesus aos profetas, anjos, e Moisés, e os perigos de não confiar em Cristo e de sua necessidade para Ele. O que está impedindo de tomar a decisão final? " Hebreus 4:1-13 foi um apelo urgente para não atrasar em aceitar a salvação de Deus, Seu descanso perfeito, em Jesus Cristo.

    Até agora, o recurso tem sido amplamente negativo: se você não acredita, você estará fadado-forever longe de Deus e Seu descanso. A Palavra de Deus tem sido demonstrado em seu tudo vê e papel crítico, como uma espada de dois gumes (4:12).
    O perigo do inferno é certamente real, e qualquer pregador, especialmente quando se tenta alcançar o não-não salvo é fiel ao evangelho se ele evita essa verdade. Porque é verdade, e porque é tão terrivelmente importante, que deve ser pregado e ensinado. Evitar não é apenas ser infiel à Palavra de Deus, mas também ser infiel às necessidades dos não salvos. Para chorar "Fogo!" num edifício lotado onde não há fogo não é apenas contra a lei, mas extremamente cruel e perigoso. Mas não para chorar "Fogo!" quando um edifício é em chamas é ainda mais cruel e perigoso. Feito no espírito e na forma correta, os incrédulos sobre os perigos do inferno aviso é um dos maiores Gentilzas podemos mostrá-los.

    A mensagem positiva

    A mensagem agora se volta para o lado positivo do evangelho. Salvação faz mais do que manter-nos para fora do inferno, infinitamente mais. Muitas pessoas têm uma caricatura do fundamentalismo, ou evAngelicalalismo, como não tendo nenhuma mensagem, mas "fogo e enxofre, inferno e da condenação."
    A salvação não só salva da morte espiritual, que traz vida espiritual. Deve ser procurada não só por causa do que vai acontecer com a gente, se não aceitá-lo, mas por causa do que vai acontecer com a gente, se fizermos. O que acontece conosco quando aceitamos que se baseia em quem é Jesus. Se não houvesse nenhuma outra razão no universo para ser salvo, quem é Jesus seria motivo suficiente. Entrando em uma relação viva com Ele é a maior experiência que uma pessoa pode ter. Para andar na comunhão de Cristo vivo seria uma coisa gloriosa, mesmo se não houvesse inferno para escapar. Portanto, temos razão para receber Jesus Cristo e entrar no descanso, não só por causa do medo do seu juízo de Deus, mas por causa de sua beleza, não só por causa da sua ira, mas também por causa de Sua graça, não só porque ele é um juiz, mas porque Ele é também um sumo sacerdote misericordioso e fiel.
    Três coisas fazem Jesus nosso grande Sumo Sacerdote-Seu sacerdócio perfeito, Sua Pessoa perfeito, e sua provisão perfeito. Porque Ele é perfeito nesses aspectos, Ele é único verdadeiro Sumo Sacerdote de Deus. Todos os outros, não importa quão fiel, mas eram símbolos do Seu sacerdócio.

    Seu Sacerdócio Perfeito

    Desde então, nós temos um grande sumo sacerdote que penetrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, retenhamos firmemente a nossa confissão. (4:14)

    Ao longo do livro de Hebreus o sumo sacerdócio de Jesus Cristo é exaltado. No capítulo 1 Ele é visto como aquele que fez "a purificação dos pecados" (v. 3). No capítulo 2 Ele é "misericordioso e fiel sumo sacerdote" (v. 17) e no capítulo 3 Ele é "o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão" (v. 1). Capítulos 7:9 foco quase que exclusivamente no sumo sacerdócio de Jesus. Aqui (4:14), ele é chamado um grande sumo sacerdote .

    Os sacerdotes da antiga Israel foi escolhido por Deus para ser mediadores entre Ele e Seu povo. Somente o sumo sacerdote podia oferecer o maior sacrifício sob a Antiga Aliança, e que ele fez apenas uma vez por ano, no Dia da Expiação (Yom Kippur). Todos os pecados do povo foram levados simbolicamente para o Santo dos Santos, onde o sangue era aspergido sobre o propiciatório como um sacrifício para expiar-los. Como nenhum outro instrumento humano podia, ele representava Deus perante o povo e as pessoas diante de Deus.

    À medida que aprendemos a partir de Levítico 16, diante do sumo sacerdote podia nem entrar no Santo dos Santos, e muito menos oferecer um sacrifício lá, ele teve que fazer uma oferta para si mesmo, uma vez que ele, assim como todos aqueles que ele representava, era um pecador.Não só isso, mas o seu tempo no Santo dos Santos era limitado. Ele foi autorizado a permanecer na presença da glória Shekinah de Deus só enquanto ele estava fazendo o sacrifício.

    Para entrar no Santo dos Santos, o padre teve que passar por três áreas no Tabernáculo ou do Templo. Ele tomou o sangue e atravessou a porta para o átrio exterior, através de outra porta para o Lugar Santo, e, em seguida, através do véu para o Santo dos Santos. Ele não se sentar ou atrasar. Assim que o sacrifício foi feito, ele saiu e não voltou por mais um ano.
    Todos os anos, ano após ano, outro Yom Kippur era necessário. Entre esses sacrifícios a todos os anuais dia, dia após dia-milhares de outros sacrifícios foram feitos, de produtos e de animais. O processo nunca foi terminado, nunca concluída, porque o sacerdócio não era perfeito e os sacrifícios não eram perfeitos.
    Jesus, nosso Sumo Sacerdote, depois de ter feito o one-time, o sacrifício perfeito na cruz, também passou por três áreas. Quando Ele atravessou os céus, ele passou o primeiro céu (a atmosfera), o segundo céu (espaço), e ao terceiro céu (morada de Deus; 2 Cor. 12: 2-4). Jesus foi até onde o próprio Deus, e não simplesmente a Sua glória, habita. Este é o mais sagrado de todos os santos. Mas Jesus não tinha que sair. Seu sacrifício foi feito uma vez por todas. O sacrifício foi perfeito eo Sumo Sacerdote foi perfeito, e sentou-se por toda a eternidade na mão direita do Pai (He 1:3).

    O nosso grande Sumo Sacerdote não passou pelo Tabernáculo ou do Templo. Ele atravessou os céus . Quando ele chegou lá Sentou-se, e Deus disse: "Eu estou satisfeito. Meu Filho, Jesus Cristo, realizada a expiação por todos os pecados de todos os tempos para todos aqueles que vêm a Ele pela fé e aceitar o que Ele fez por eles. " O apelo Dt 4:14, portanto, é para os judeus ainda não confirmadas para aceitar Jesus Cristo como seu verdadeiro Sumo Sacerdote. Eles devem demonstrar que sua confissão é verdadeira possessão por apegar-se-Lo como seu Salvador. Isso enfatiza o lado humano da segurança do crente. Os verdadeiros crentes se apegam , como Deus considera-los rapidamente.

    O Fim do Sacerdócio e sacrifícios judaicos

    Jesus foi crucificado menos de quarenta anos antes de Jerusalém foi destruída em AD 70. Com ele foi destruído o Templo, o único lugar onde poderiam ser feitos sacrifícios. De pouco depois da época de Cristo, portanto, não há sacrifícios judaicos foram feitas pelo mesmo até o presente momento. Consequentemente, não houve necessidade de um sacerdócio judeu desde aquela época. Yom Kippur ainda é comemorado como um dia santo, o maior santo dia, mas não há sacerdotes estão envolvidos e não há sacrifícios são oferecidos, porque não há sacerdotes para fazer os sacrifícios e nenhum templo em que para lhes oferecer.

    O fim de todas Sacerdócios ritualísticos e Sacrifícios

    No sacerdócio cristão foi estabelecido por Cristo ou os apóstolos. Pedro se refere à igreja, que é a todos os crentes, como um "sacerdócio santo" e um "sacerdócio real" (1Pe 2:5). Os cristãos, como Deus redimiu, são tipos de sacerdotes, no sentido geral de que somos responsáveis ​​por trazer Deus para outros homens através da pregação e ensino de Sua Palavra e para trazer os homens a Deus através do nosso testemunho. Mas nenhuma ordem especial de sacerdócio ou sistema de sacrifícios ou é ensinada ou reconhecida no Novo Testamento.Todos os pedidos de mediação sacerdotal especial entre Deus e os homens-em oferecer o perdão pelos pecados, fazendo expiação dos pecados por supostamente repetir o sacrifício de Cristo por meio de um ritual, ou qualquer outra reivindicação ou prática é totalmente anti-bíblica e pecaminoso. É aberto desafio da obra completa de Jesus Cristo.

    Qualquer sacerdócio religiosa formal na terra implica agora que a expiação final e perfeito para o pecado ainda não foi feita. É igual à rebelião de Corá, Datã e Abirão, a quem a terra engoliu, porque Deus estava com tanta raiva de sua presunção ímpios (Num. 16). Não há absolutamente nenhum lugar na economia do cristianismo para o sacerdócio. Qualquer que se estabelece é ilegítima e uma afronta direta ao sacerdócio total e definitiva de Jesus Cristo.

    Temos o nosso perfeito e grande Sumo Sacerdote e Ele já fez, uma vez por todas, o único sacrifício que nunca terá de ser feita para o pecado, o único sacrifício eficaz que poderia ser feito para o pecado. Qualquer outro padre que tenta reconciliar os homens e Deus é uma barreira ao invés de um mediador. Pela fé em Jesus Cristo, qualquer pessoa pode entrar diretamente na presença de Deus. Quando Jesus morreu, o véu do templo rasgou-se de cima para baixo. O acesso a Deus foi escancarada para quem viria em Seus termos.

    Sua Pessoa Perfeito

    Para não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas aquele que foi ele tentado em todas as coisas como nós somos, mas sem pecado. (4:15)

    No final do versículo 14 o nosso grande Sumo Sacerdote é novamente identificada como Jesus, o Filho de Deus . Aqui, juntos, são o seu nome humano, Jesus, eo Seu título divino, Filho de Deus. Estas duas partes de Sua natureza também se refletem no versículo 15.

    A humanidade de Jesus

    A maioria das pessoas parecem pensar em Deus como sendo distante da vida humana e preocupações. Jesus era o próprio Filho de Deus, mas a Sua divindade não o impediu de experimentar nossos sentimentos, nossas emoções, nossas tentações, nossa dor. Deus se fez homem, Ele tornou-se Jesus, para compartilhar triunfalmente a tentação e os testes e o sofrimento dos homens, a fim de que ele seja um Sumo Sacerdote solidário e compreensivo.
    Quando eu estou preocupado ou machucar ou desanimado ou fortemente tentado, queremos compartilhar nossos sentimentos e necessidades com quem entende. Jesus pode compadecer das nossas fraquezas . A frase "Ninguém entende como Jesus" no hino bem conhecido não é apenas bonita e encorajador, mas absolutamente verdadeiro. O nosso grande Sumo Sacerdote, não só é perfeitamente misericordioso e fiel, mas também perfeitamente entendimento. Ele tem uma capacidade inigualável para simpatizar com a gente em todos os perigos, em todas as provas, em qualquer situação que aconteça em nosso caminho, porque Ele tem sido por tudo isto. No túmulo de Lázaro corpo de Jesus balançou em luto. No Jardim do Getsêmani, pouco antes de sua prisão, ele suou gotas de sangue. Ele experimentou todo tipo de tentação e de testes, todo o tipo de vicissitude, todo tipo de circunstância que qualquer pessoa nunca irá enfrentar. E Ele está à direita do Pai agora intercedendo por nós.

    Jesus não só tinha todos os sentimentos de amor, preocupação, decepção, tristeza e frustração que nós temos, mas ele tinha muito mais amor, preocupações infinitamente mais sensíveis, as normas infinitamente superiores de justiça, e perfeita consciência do mal e os perigos do pecado . Assim, contrariamente ao que estamos inclinados a pensar, Sua divindade fez Suas tentações e provações incomensuravelmente mais difícil para ele de suportar do que os nossos são para nós.
    Deixe-me dar uma ilustração para ajudar a explicar como isso pode ser verdade. Nós sentir dor quando estamos feridos, dor, por vezes extrema. Mas se ela se tornar muito grave, vamos desenvolver uma dormência temporária, ou que pode até desmaiar ou entrar em choque. Eu me lembro que quando eu fui jogado para fora do carro e derrapou na minha volta na estrada, eu senti dor por algum tempo e depois não sentiu nada. Nossos corpos têm maneiras de desligar a dor quando ela se torna muito para aguentar. As pessoas variam muito em suas threshholds dor, mas todos nós temos um ponto de ruptura. Em outras palavras, a quantidade de dor que pode suportar não é ilimitada. Podemos concluir, portanto, que há um grau de dor que nunca vai experimentar, porque os nossos corpos se desligará a nossa sensibilidade, de uma forma ou de outra, talvez até mesmo por morte antes de chegar a esse ponto.
    Um princípio similar opera em tentação. Há um grau de tentação que nós nunca pode experimentar simplesmente porque, não importa o que a nossa espiritualidade, vamos sucumbir antes de alcançá-lo. Mas Jesus Cristo não tinha essa limitação. Desde que ele era sem pecado, Ele tomou toda a extensão de tudo o que Satanás poderia jogar para ele. Ele não tinha nenhum sistema de choque, sem limite de fraqueza, para desligar a tentação em um determinado ponto. Uma vez que Ele nunca sucumbiu, Ele experimentou todas as tentações ao máximo. E Ele experimentou-o como um homem, como um ser humano. Em todos os sentidos Ele foi tentado como nós somos, e muito mais. A única diferença era que ele nunca pecou. Por isso, quando chegamos a Jesus Cristo, podemos lembrar que Ele sabe tudo o que sabemos, e muita coisa que não sabemos, sobre a tentação, e testes, e dor. Nós não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas .

    Esta verdade foi especialmente surpreendente e inacreditável para os judeus. Eles sabiam que Deus era santo, justo, sem pecado, perfeito, onipotente. Eles sabiam que seus atributos divinos e natureza e não podia compreender sua dor experimentando, e muito menos a tentação. Não só isso, mas sob tratos de a Antiga Aliança Deus com o Seu povo estava mais indireto, mais distante. Com exceção de casos especiais e raros, mesmo os crentes fiéis não experimentar a Sua proximidade e intimidade na maneira que todos os crentes agora pode. Os judeus acreditavam que Deus era incapaz de compartilhar os sentimentos dos homens. Ele era muito distante, muito distante na natureza do homem, para ser capaz de se identificar com os nossos sentimentos e tentações e problemas.
    Se simpatia compreensão de Deus era difícil para os judeus, era ainda mais difícil para a maioria dos gentios daquele dia. Os estóicos, cuja filosofia dominou a maior parte da cultura grega e romana na época do Novo Testamento, acreditava que a principal atributo de Deus era a apatia. Alguns acreditavam que Ele era, sem sentimentos ou emoções, de qualquer tipo. Os epicuristas alegou que os deuses vivem Intermundia , entre os mundos físico e espiritual. Eles não participaram em qualquer mundo, e por isso não poderia ser esperado para compreender os sentimentos, problemas e necessidades dos mortais. Eles foram completamente separado da humanidade.

    A idéia de que Deus poderia e identificar-se com os homens em suas provações e tentações foi revolucionário para judeus e gentios. Mas o escritor de Hebreus está dizendo que temos um Deus, não só "quem está lá", mas um "que esteve aqui."

    Pontos Fracos não se refere diretamente ao pecado, mas a fraqueza ou enfermidade. Refere-se a todas as limitações naturais da humanidade, que, no entanto, incluir a responsabilidade para o pecado. Jesus sabia em primeira mão a unidade da natureza humana para o pecado. Sua humanidade era o Seu campo de batalha. É aqui que Jesus enfrentou e lutou pecado. Ele foi vitorioso, mas não sem a mais intensa tentação, sofrimento e angústia.

    Em todo esse esforço, no entanto, Jesus era sem pecado ( hamartia Choris ). Ele estava completamente além de, separado, o pecado. Estas duas palavras gregas expressar a absoluta ausência de pecado. Embora Ele foi impiedosamente tentados a pecar, não a menor mácula de ele nunca entrou em sua mente ou foi expresso em Suas palavras ou ações.

    Alguns podem se perguntar como Jesus pode identificar completamente com a gente, se Ele realmente não pecar como nós. Foi enfrentando o pecado de Jesus com Sua perfeita justiça e da verdade, no entanto, que o qualifica. Meramente experimentando algo não nos dá compreensão. Uma pessoa pode ter muitas operações de sucesso sem entender nem um pouco sobre a cirurgia. Por outro lado, o médico pode realizar milhares de operações complicadas e bem-sucedidas, sem nunca ter tido a si mesmo cirurgia. É o seu conhecimento da doença ou distúrbio e sua habilidade cirúrgica em tratá-la que o qualifica, não o fato de ter tido a doença. Ele tem grande experiência com a doença muito maior experiência com ele do que qualquer um de seus pacientes de ter confrontado-lo em todas as suas manifestações. Jesus nunca pecou, ​​mas Ele entende pecar melhor do que qualquer homem. Ele tem visto com mais clareza e lutou-lo mais diligentemente do que qualquer um de nós jamais poderia ser capaz de fazer.

    Impecabilidade sozinho pode estimar corretamente o pecado. Jesus Cristo não pecou, ​​não podia pecar, não tinha capacidade para o pecado. No entanto, suas tentações ainda mais terrível, porque Ele não iria cair e suportou-los ao extremo. Sua impecabilidade aumentou sua sensibilidade para com o pecado. ". Considerai, pois aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que você não se cansem nem desanimem Você ainda não resistiu ao ponto de sangue derramando em sua luta contra o pecado" (Hb 12:3-4. ). Se você quiser falar com alguém que sabe o que é pecado sobre, falar com Jesus Cristo. Jesus Cristo conhece o pecado, e Ele sabe e entende nossa fraqueza. O que quer que Satanás traz o nosso caminho, não há vitória em Jesus Cristo. Ele entende; Ele esteve aqui.

    Dr. João Wilson disse muitas vezes a seguinte história. Booth Tucker estava realizando reuniões evangelísticas na grande Citadel Exército de Salvação em Chicago. Uma noite, depois de ter pregado sobre a simpatia de Jesus, um homem aproximou-se e perguntou ao Sr. Tucker como ele poderia falar sobre um amor, compreensão, Deus simpático. "Se a sua esposa tinha acabado de morrer, como a minha tem", disse o homem, "e seus bebês estavam chorando por sua mãe que nunca mais voltaria, você não estaria dizendo o que você está dizendo."
    Poucos dias depois, a esposa do Sr. Tucker foi morto em um acidente de trem. Seu corpo foi trazido para Chicago e levado para a Citadel para o funeral. Após o culto, o pregador enlutada olhou para o rosto silencioso de sua esposa e, em seguida, virou-se para aqueles que estavam participando. "No outro dia, quando eu estava aqui", disse ele, "um homem me disse que, se a minha mulher tinha acabado de morrer e meus filhos estavam chorando por sua mãe, eu não seria capaz de dizer que Cristo era compreensivo e solidário, ou que Ele era suficiente para todas as necessidades. Se esse homem está aqui, eu quero dizer a ele que Cristo é suficiente. Meu coração está partido, ele é esmagado, mas tem uma música, e Cristo colocá-lo lá. Eu quero dizer que homem que Jesus Cristo fala conforto para mim hoje. " O homem estava lá, e ele veio e se ajoelhou ao lado do caixão enquanto Booth Tucker apresentou-o a Jesus Cristo.

    Nós temos um sumo sacerdote Simpático, cujo sacerdócio é perfeito e cuja Pessoa é perfeito.

    Sua perfeita provisão

    Vamos, portanto, aproximar-nos com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna. (4:16)

    Aquele que nos compreende perfeitamente também irá fornecer para nós perfeitamente. "Nenhuma tentação ultrapassou você, mas, como é comum ao homem, e Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além do que você é capaz, mas com a tentação, vos proverá livramento, de que você pode ser capaz suportá-lo "(1Co 10:13). Jesus Cristo conhece as nossas tentações e vai levar-nos para fora deles.

    Venha para o Trono da Graça de Deus

    Mais uma vez, o Espírito Santo atrai aqueles que ainda estão indecisos sobre a aceitação de Cristo como seu Salvador. Eles não devem apenas manter-se de voltar para o judaísmo, mas eles devem segurar a sua confissão de Cristo e, por fim, e necessariamente, passar a se aproximar com confiança ao trono da graça .

    A maioria dos antigos governantes foram inacessível pelas pessoas comuns. Alguns nem sequer permitem que seus funcionários mais alto nível, para vir diante deles sem permissão. Rainha Ester arriscou sua vida em que se aproxima o rei Assuero, sem convite, mesmo que ela era sua esposa (Ester 5:1-2). No entanto, qualquer pessoa penitente, não importa quão pecador e indigno, pode aproximar-se do trono de Deus, em qualquer momento de perdão e salvação, confiante de que ele será recebido com misericórdia e graça .

    Pelo sacrifício de Si mesmo de Cristo, o trono do juízo de Deus é transformado em um trono de graça para aqueles que confiam nEle. Como os sacerdotes judeus, uma vez por ano, durante séculos, polvilhado de sangue sobre o propiciatório para os pecados do povo, Jesus derramou Seu sangue uma vez por todas o tempo pelos pecados de todos os que nele crê. Essa é a Sua perfeita provisão.

    A Bíblia fala muito da justiça de Deus. Mas quão terrível para nós, se Ele fosse só agora, e não também gracioso. O homem pecador merece a morte, a sentença da justiça; mas ele precisa de salvação, o dom da graça. É para o próprio trono de esta graça de que qualquer pessoa pode agora vir com confiança e segurança. É o trono da graça porque a graça é dispensado lá.

    Como é que alguém pode rejeitar tal sumo sacerdote, como um Salvador-que não só nos permite vir diante do Seu trono da graça e ajuda, mas pede a nós para entrar em confiança? Seu Espírito diz: "Venha corajosamente todo o caminho para o trono de Deus, que foi transformado em um trono de graça por causa de Jesus. Vem todo o caminho até, receber a graça e misericórdia quando você precisar dele, antes que seja tarde demais e seu coração está árduo e de Deus "hoje" é longo. " O tempo de necessidade é agora.
    O que um Sumo Sacerdote que temos. Ele compaixão e salva. O que mais ele poderia fazer?


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Hebreus Capítulo 4 do versículo 1 até o 16

    Hebreus 4

    O repouso que não devemos arriscar — He 4:1-10 O terror da palavra — He 4:11-13

    O sumo sacerdote perfeito - He 4:14-16

    O REPOUSO QUE NÃO DEVEMOS ARRISCAR

    Hebreus 4:1-10

    Numa passagem complicada como esta é melhor captar primeiro as grandes linhas do pensamento e da argumentação, antes de entrar nos detalhes. O autor de Hebreus usa aqui a palavra repouso (katapausis) em

    três diferentes sentidos.

    1. Usa-a como usaria a frase a paz de Deus. O maior e mais apreciado deste mundo é entrar nessa paz divina.
    2. Como já vimos em He 3:12, usa-a com o significado da terra prometida. Para os filhos de Israel que tinham vagado tanto tempo pelo deserto a terra prometida era de fato o descanso de Deus.
    3. Usa-a com referência ao descanso de Deus depois do sexto dia da criação, quando terminou toda sua obra. Esta forma de utilizar uma palavra em um, dois ou três sentidos, de insistir na mesma até extrair sua

    última gota de significado, caracterizava os ambientes de pensamento culto e acadêmico da época em que foi escrita a carta.

    Sigamos agora passo a passo a argumentação.

    1. Ainda permanece firme a promessa do repouso e da paz de Deus em favor de seu povo. A promessa não mudou; o perigo está em que a percamos e não consigamos alcançá-la.
    2. Antigamente os israelitas não tinham conseguido entrar no

    repouso de Deus. Aqui a palavra repouso usa-se no sentido de descanso,

    paz e possessão da terra prometida depois dos anos de perambular pelo deserto. Evidentemente é uma referência a Números 14:12-23. Ali se narra como os filhos de Israel chegaram aos limites da terra prometida e enviaram exploradores para inspecionar o país. Dez destes retornaram com a conclusão de que efetivamente tratava-se de uma terra boa, mas com dificuldades insuperáveis para a ocupação. Só Calebe e Josué estavam decididos a prosseguir a marcha na força do Senhor. O povo prestou ouvidos os covardes e por isso — por essa covardia e desconfiança — foi condenado a vagar pelo deserto até o fim de seus dias. Aquelas pessoas não entraram no repouso que teriam podido desfrutar, porque não tiveram fé em Deus, num Deus que teria enfrentado com eles todas as dificuldades. Não tinham confiança nem fé em Deus, e portanto nunca desfrutaram de do re-poso que tivessem podido ter.

    1. Agora o autor de Hebreus permuta o significado da palavra repouso. É certo que antigamente o povo tinha perdido o repouso que teria podido obter, mas apesar de tudo o repouso permanecia. Atrás deste argumento jaz uma das concepções rabínicas favoritas. No sétimo dia depois de terminar a obra da criação, Deus tinha descansado de seus trabalhos. Agora, no relato da criação de Gênesis 1 e 2 há um fato extraordinário e curioso. Nos primeiros seis dias da criação fala-se do sobrevir da manhã e da tarde; em outras palavras, cada dia tinha seu começo e seu fim. Mas no sétimo dia — o dia do descanso de Deus — não se menciona absolutamente o sobrevir da tarde. A partir daqui os rabinos argumentavam que enquanto os outros dias concluíam, o dia do descanso de Deus não tinha fim: era eterno e perdurável. O descanso de Deus não tem entardecer mas sim perdura para sempre. Portanto, ainda que na antigüidade os israelitas não tivessem podido entrar nesse repouso, este ainda permanecia, já que era um repouso eterno.
    2. Novamente o autor volta ao significado anterior de repouso

    como a terra prometida. Depois de quarenta anos de peregrinação pelo deserto chegou finalmente o dia em que o povo pôde entrar na terra

    prometida sob a direção de Josué. Agora, esta era a terra do repouso e portanto podia-se argumentar que então se cumpriu a promessa e que o povo tinha entrado em seu repouso. Sob Josué se tomou possessão da terra prometida. Não se cumpriu assim a promessa?

    1. De maneira nenhuma. No Sl 95:7 Davi ouve a voz de Deus dizendo a seu povo para que se não endurecerem seus corações entrarão em seu repouso. Quer dizer, que séculos depois que Josué tinha conduzido o povo ao repouso da terra prometida, Deus ainda os convida a entrar em seu repouso. Este repouso consiste em algo mais que na mera entrada na terra prometida.
    2. E agora vem a chamada final. Deus ainda chama os homens, dizendo-lhes que não endureçam seus corações, mas que entrem em sua

    paz e seu repouso. O "hoje" de Deus persiste; a promessa segue ainda aberta. Mas o "hoje" não dura eternamente; a vida chega a seu termo; a

    promessa pode desperdiçar-se; portanto "entrem mediante a fé na paz de Deus e conheçam o mesmo repouso de Deus".

    No primeiro versículo há uma questão de interpretação muito

    interessante. Nossa tradução pode interpretar-se assim: "Tomem cuidado, não seja que sua desobediência e sua falta de fé e de resposta possa significar que vocês mesmos excluam-se do repouso e da paz que Deus lhes oferece. Cuidem de que por sua desobediência e falta de confiança não se mostrem indignos até de entrar no repouso e na paz de Deus." Esta é uma tradução perfeitamente possível, e até poderia ser a correta.

    Mas existe ainda uma possibilidade muito mais interessante. A frase pode significar: "Tomem cuidado de não pensar que vocês chegaram muito tarde para entrar no repouso de Deus; de não acariciar a idéia de que vocês chegaram à história muito tarde para poder desfrutar alguma vez do repouso e da paz de Deus." Nesta segunda tradução se encerra uma advertência. É muito fácil pensar que a grande época da religião pertenceu ao passado; que a Igreja já passou sua época de ouro. Conta— se que quando narravam a um menino algumas das importantes histórias

    do Antigo Testamento exclamou pesarosamente: "Nesse então Deus era muito mais emocionante."

    Há na 1greja uma continuada tendência de olhar para trás; a pensar que as grandes manifestações de Deus pertencem ao passado; a crer —

    se tivéssemos a suficiente honestidade para lhe dizer — que o braço de Deus se cortou e seu poder diminuiu; que a época de ouro está no passado. O autor de Hebreus lança uma clarinada: Não pensem", diz, "que chegastes muito tarde à história, não pensem que os dias da grande

    promessa e os grandes êxitos são do passado. Este é ainda o 'hoje' de Deus. Há para vós uma felicidade tão grande como a dos santos, uma aventura tão grande como a dos mártires. Deus é tão grande 'hoje' como

    foi sempre."

    Nesta passagem encontram-se duas grandes verdades que sempre têm vigência.

    1. Uma palavra como grande, nobre e digna que seja, não é de nenhuma utilidade se não chegar a integrar-se pela fé na pessoa que a escuta. Há muitas maneiras de ouvir neste mundo: ouvir com

    indiferença, com desinteresse, criticamente, incredulamente, cínica e zombeteiramente. O que interessa é escutar com esforço, crer e agir. As promessas de Deus não são apenas belas peças literárias e declarações

    melífluas sem significado; são promessas pelas quais o homem deve arriscar sua vida e mediante as quais deve impulsionar sua ação.

    1. No primeiro versículo o autor de Hebreus exorta seus leitores a que tomem cuidado de não perder a promessa. A palavra traduzida

    temamos corresponde a fobeisthai que literalmente significa temer. Este temor cristão não é aquele que faz com que alguém evite uma tarefa, nem aquele que reduz a uma inação estéril, mas sim aquele que o leva a

    investir cada átomo de energia num grande esforço para não perder a única coisa que vale a pena.

    O TERROR DA PALAVRA

    Hebreus 4:11-13

    O argumento desta passagem é que a palavra de Deus veio aos homens e sua natureza é tal que não pode ser passada por alto. Os judeus

    possuíram sempre uma concepção muito particular sobre as palavras. Para o judeu, uma palavra, uma vez pronunciada, tinha uma existência independente; não era só um som com algum significado, mas sim uma

    força ou um poder que saía e fazia coisas. Isaías escutou de Deus que a palavra que saía de sua boca nunca careceria de efeito, mas sim ao contrário, realizaria sempre o que Ele propusesse. O judeu sempre

    considerou a palavra não como um som, mas sim como um poder. E isto se pode entender se pensamos no tremendo efeito das palavras na história. Um líder cunha uma frase que se converte num toque de trombeta ou num grito de batalha que inflama o povo para lançá-lo às

    cruzadas ou ao crime. Alguma personalidade publica um manifesto que provoca uma ação que pode construir ou destruir nações. É uma realidade indiscutível que a palavra pronunciada por algum grande líder

    ou pensador chega a ter importantes resultados. Se isto ocorre com as palavras dos homens, quando maior será o efeito da palavra de Deus?

    O autor de Hebreus descreve a palavra de Deus numa série de frases

    muito expressivas.

    A palavra de Deus é viva. Há publicações mortas e livros que carecem absolutamente de interesse; há palavras que são de sumo

    interesse mas só para um círculo determinado de pessoas. Platão foi um dos pensadores mais importantes da humanidade, mas não é provável que se reunissem muitos para um estudo diário de Platão. O grande da

    palavra de Deus, de seu requerimento e oferecimento, é que se trata de uma questão viva para todos os homens e para todos os tempos. Outras coisas podem facilmente passar ao esquecimento ou reter um interesse acadêmico ou de museu; mas a palavra de Deus dirigida ao homem

    significa vida. A exigência da palavra é algo que cada homem deve encarar; seu oferecimento é algo que cada qual deve aceitar ou rechaçar.

    A palavra de Deus é eficaz. Um dos atos interessantes da história é que cada vez que os homens tomam a sério a palavra de Deus sucedem

    acontecimentos de significação. Quando a Bíblia foi publicada numa linguagem clara ao alcance do homem da rua, ocorreu inevitavelmente a Reforma. Quando o povo toma a sério a palavra de Deus, dá-se conta de que ela não apenas é objeto de estudo, leitura ou dissertação, mas

    também é algo que deve levar-se a cabo.

    A palavra de Deus é penetrante. O autor acumula aqui frases para ilustrar isto. Penetra até partir a alma e o espírito. Em grego a psyque, a

    alma, é o princípio da vida. Todo ser vivente possui psyque – tanto os homens como os animais – porque se trata da vida física, enquanto que o pneuma, o espírito, é o característico do homem. Só o homem tem

    espírito, pneuma. Mediante o espírito o homem pensa, raciocina e contempla a Deus mais além da Terra. É como se o autor dissesse que a palavra de Deus põe à prova a vida terrena do homem e sua existência

    espiritual. Tanto a vida corporal como a espiritual são escrutinadas pela palavra de Deus. A palavra de Deus esquadrinha os pensamentos e as intenções do homem. Os pensamentos (enthymesis) são a parte

    emocional do homem: aquela que é governada pelos sentimentos, os instintos e as paixões. A intenção (ennoia) é a parte intelectual governada pelo intelecto e a vontade. É como se dissesse: "Sua vida emocional e intelectual devem estar submetidas de modo igual ao exame

    de Deus."

    Igualmente o autor faz um resumo. Diz que todas as coisas estão

    nuas e abertas aos olhos de Deus. Emprega duas palavras interessantes. Para nus a palavra é gymnos. O que quer dizer é que perante os homens

    podemos levar nossos disfarces e atavios externos; mas perante a presença de Deus somos despojados de todo isso e devemos nos

    apresentar tal como somos. A outra palavra é ainda mais gráfica.

    Estamos abertos aos olhos de Deus. Aqui usa-se a palavra

    tetraquelismenos. Trata-se de um termo não comum e cujo significado não é inteiramente certo. Parece ter-se aplicado em três sentidos diferentes.

    1. No jargão dos lutadores, para indicar que um deles agarra pelo pescoço a seu adversário até imobilizá-lo. Podemos escapar de Deus por

    um tempo mas no final nos agarra de tal maneira que não podemos evitar um encontro face a face.

    1. A palavra usa-se para a esfolamento de um animal; o animal é

    pendurado para tirar-se o couro. Os homens poderão nos julgar por nossa conduta e aparência externas mas Deus vê no segredo mais íntimo de nosso coração; os lugares mais recônditos de nosso coração e intelecto estão à vista de Deus.

    1. Parece que em certa época antiga, quando um delinqüente ia ser levado a juízo ou à execução, era colocado debaixo do queixo uma adaga

    com a ponta para cima para que não pudesse baixar a cabeça envergonhado, mas sim tinha que mantê-la erguida para que todos pudessem contemplar seu rosto e seu desonra. Um homem nessas

    condições estava tetraquelismenos. Portanto, significaria que no final deveremos enfrentar o olhar de Deus. Podemos evitar o olhar das pessoas perante as que nos envergonhamos, mas no final não poderemos

    agir assim perante Deus: estamos obrigados a olhá-lo face a face.

    Kermit Eby escreve em O Deus que em ti: "Sempre há um momento em que o homem deixa de escapar de si mesmo e de Deus, talvez porque já não fica lugar aonde escapar." Chega o momento em

    que cada um deverá encontrar-se com esse Deus de cujos olhos nada está oculto nem pode ocultar-se.

    O SUMO SACERDOTE PERFEITO

    Hebreus 4:14-16

    Aqui nos aproximamos mais da grande concepção típica do autor de

    Hebreus — a de Jesus como perfeito sumo sacerdote. Para cumprir

    perfeitamente sua função o sumo sacerdote devia estar plenamente em contato com os homens e com Deus. Sua tarefa consiste em levar a voz e a presença de Deus aos homens, e introduzir os homens à própria presença divina. O sumo sacerdote devia conhecer perfeitamente o homem e a Deus. Isto é o que esta Carta reclama para Jesus.

    1. Em primeiro termo esta passagem começa sublinhando a grandeza infinita e a divindade absoluta de Jesus. É grande por natureza, não em virtude dos honras que os homens lhe conferem ou das aparências externas. É grande por direito próprio e em seu ser essencial. Ele penetrou os céus. Isto pode significar uma de duas coisas. No Novo Testamento advertimos diferentes usos do substantivo céu; pode significar o firmamento estrelado; o céu dos anjos, e o supremo céu; o céu da presença de Deus. Isto poderia significar que Jesus passou através de todos os céus que possam existir e está na própria presença de Deus. Poderia ser o que quis dizer Cristina Rossetti: "Os céus não podem contê-lo." Poderia significar que Jesus é tão maravilhoso e grande que até o próprio céu é muito pequeno para Ele. Ninguém pôs jamais maior ênfase na infinita grandeza de Jesus que o autor de Hebreus.

    1. Mas agora se volta do outro lado. Ninguém esteve nunca mais convencido da identidade completa de Jesus com os homens. Ele suportou tudo o que um homem tem que suportar. Passou por todas as experiências humanas. É em tudo semelhante a nós — exceto em que de tudo isso emergiu sem pecado. Agora, antes de examinar mais de perto o valioso conteúdo desta afirmação devemos perceber algo. O fato de que Jesus fosse sem pecado significa necessariamente que conheceu abismos, tensões, assaltos e tentações que nós jamais conhecemos nem chegaremos a conhecer. Sua luta, longe de ser mais fácil, foi extremamente difícil. Qual é a razão? Nós cedemos à tentação antes que o tentador use todo seu poder; somos facilmente derrotados e jamais experimentamos a tentação em toda sua força e em seu embate mais

    terrível, porque nos desabamos muito antes de alcançar essa etapa. Mas Jesus foi tentado como nós — e muito mais além do que nós. Em seu caso o tentador usou todos os seus recursos, mas Jesus se manteve incomovível.

    Pensemos na dor. O organismo humano pode suportar certo grau de dor — mas quando se alcança esse ponto a pessoa desfalece e perde o sentido; chegou ao limite. Há agonias de sofrimento que não conhece devido ao fato de que sobreveio o colapso. O mesmo ocorre com a tentação. Sofremos um colapso perante a tentação. Mas Jesus sofreu tentações muito maiores que as nossas, sem desmaiar. Verdadeiramente, pois, foi tentado em tudo como nós o somos, e também é verdade que jamais ninguém foi tentado como Ele.

    1. Esta experiência de Jesus teve três efeitos.
    2. Deu-lhe o dom da simpatia. Aqui há algo que devemos entender, mas nos resulta difícil. A idéia cristã de Deus como um pai amante está entretecida na malha mesmo de nossa mente e coração; mas era uma idéia nova. Para o judeu Deus era santo. A palavra santo tinha o significado de diferente; a idéia fundamental de Deus é que era diferente, que pertencia a uma esfera da vida e do ser completamente diferente da que é a nossa; que não participava de nenhum sentido de nossa experiência humana. De fato era incapaz de tomar parte nela porque era Deus. Isto se acentuava ainda mais no pensamento grego. Os estóicos, os pensadores gregos de mais vôo, diziam que o atributo primário de Deus era a apatheia entendendo por isso a incapacidade essencial de sentir algo. Argumentavam que se uma pessoa pode sentir tristeza ou alegria isso se deve a que alguma outra pessoa pode influir nela; pode fazê-la feliz ou alegre; pode afetá-la.

    Agora, se pode afetá-la significa que ao menos nesse momento essa pessoa é superior à afetada. Os gregos sustentavam pois, que ninguém

    podia fazer nada a Deus; ninguém podia afetá-lo de algum modo; ninguém podia ser maior que Deus. Portanto Deus devia ser completa e

    essencialmente incapaz de sentir alegria ou tristeza, felicidade ou tristeza. Os estóicos sustentavam que a própria essência do ser e natureza divinos consistiam em que Deus estava mais além de todo sentimento. Outra escola importante estava formada pelos epicureus que afirmavam que os deuses viviam em perfeita felicidade e bem-aventurança. Viviam no que denominavam os intermúndio: os espaços entre os mundos. E ali em completo afastamento nem sequer eram conscientes do mundo.

    Os judeus tinham seu Deus diferente, os estóicos os deuses sem sentimento, os epicureus os deuses completamente separados. E neste

    mundo de pensamento se introduz a religião cristã com a concepção incrível de um Deus que deliberadamente suportou toda a experiência

    humana. Plutarco, um dos gregos mais religiosos, declarava que era blasfemo envolver a Deus nos assuntos deste mundo e o cristianismo veio com a surpreendente concepção de um Deus que não só está

    envolto, mas também identificado com o sofrimento deste mundo. É-nos quase impossível ter uma idéia da revolução que o cristianismo provocou nas relações do homem com Deus. Durante séculos se acariciou a idéia

    de um Deus intocável; agora se descobre a um Deus que se submete a tudo o que os homens devem submeter-se.

    1. Agora; isto conduz a dois resultados. Confere a Deus a

    qualidade da misericórdia. É fácil ver por quê: porque Deus entende. Alguns viveram uma vida protegida de todo ímpeto de tormenta; outros uma vida fácil sem as tentações que acossam àqueles para quem a vida não foi tão fácil; outros têm um temperamento e uma natureza fáceis de dominar; outros têm o coração ou as paixões ardentes, que fazem com que para eles a vida seja perigosa. O homem que vive protegido é de uma natureza não inflamável dificilmente entende por que os outros caem; sente-se vagamente aborrecido e contrariado; não pode senão condenar o que não é capaz de entender. Mas Deus conhece tudo. "Conhecer tudo é perdoar tudo": de ninguém é isto mais verdade que de Deus.

    John Foster narra em um de seus livros como certo dia ao voltar para casa encontrou a sua filha desfeita em lágrimas frente à rádio. Perguntou-lhe por quê. Soube que o informativo desse dia continha a oração: "Os tanques japoneses entraram hoje em Cantão". A maioria das pessoas terão ouvido esta notícia sem o mais mínimo sentimento de condolência. Os estadistas talvez a terão escutado com um sentimento de lúgubre pressentimento. Para a grande maioria terá sido indiferente. Por que, então, a filha do John Foster se desfazia em lágrimas? Porque justamente tinha nascido em Cantão. Para ela Cantão significava uma casa, uma ama, uma escola, uns amigos e um lugar muito querido. A diferença consistia em que ela tinha estado ali.

    O ter estado ali faz toda a diferença. E não há nenhum âmbito da experiência humana do qual Deus não possa dizer: "Eu estive ali". Quando temos uma história triste e lamentável que contar, quando a vida nos empapa nas lágrimas do sofrimento, não dirigimos a um Deus que seja absolutamente incapaz de entender o que nos aconteceu; vamos a um Deus que "esteve ali". Esta é a razão por que — se podemos expressar desta maneira — para Deus é fácil perdoar.

    1. Torna Deus capaz de ajudar. Ele conhece nossos problemas porque passou por eles. A pessoa melhor para nos brindar informação e

    ajuda numa viagem é a que já fez antes a travessia. A pessoa melhor para nos ajudar a suportar uma enfermidade é a que passou por ela. Deus pode ajudar porque conhece tudo.

    Eis aqui pois, a tremenda verdade. Jesus é o Sumo sacerdote

    perfeito porque é perfeitamente Deus e perfeitamente homem; porque conheceu nossa vida pode nos brindar simpatia, misericórdia e poder; Ele trouxe Deus aos homens e pode levar os homens a Deus.


    Dicionário

    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Coração

    substantivo masculino Órgão torácico, oco e muscular, que funciona como o motor central da circulação do sangue.
    Figurado Parte anterior do peito em que se sente as pulsações cardíacas.
    Objeto com a forma estilizada desse órgão: corrente um coração de prata.
    Figurado Conjunto das faculdades emocionais; sede da afetividade; caráter, índole: tem um bom coração.
    Figurado O que se traz na memória: trago seu nome gravado em meu coração.
    Figurado Demonstração de afeição; amor: conquistaste meu coração.
    Figurado Parte central de alguma coisa; objeto situado no centro: sua casa fica no coração da cidade.
    expressão Coração duro. Coração de pedra; pessoa sem sentimentos.
    Coração de leão. Grande coragem.
    Coração mole. Predisposição para se comover ou se emocionar.
    Coração de ouro. Generosidade, grande bondade.
    Abrir o coração. Fazer confidências.
    Cortar o coração. Causar grande dor ou constrangimento.
    Com o coração nas mãos. Com toda a sinceridade.
    De coração ou de todo o coração. Com o máximo de empenho; com toda a boa vontade; com toda a sinceridade.
    Sem coração. Diz-se da pessoa insensível.
    [Medicina] Coração de atleta. Hipertrofia do coração por excesso de exercício.
    [Medicina] Coração artificial. Aparelho destinado a assegurar a circulação do sangue, quando necessário isolar do circuito sanguíneo do coração natural, para uma intervenção cirúrgica.
    Etimologia (origem da palavra coração). Pelo espanhol corazón.

    Do latim cor, cordis, que significa “coração” ou “órgão que bombeia o sangue para o corpo”.

    os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13:2os 7:11Lc 8:15At 16:14).

    [...] O coração, por exemplo, é o recanto por onde flui o calor suave e generoso das boas impressões que ele guarda acerca da vida e das esperanças por tempos melhores. É o espaço interior propício a que se realize sua capacidade de acolher em plenitude a lei do Amor e suas manifestações.
    Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O coração é o meu templo

    [...] O coração é o terreno que mais deveremos cultivar, pois é dele que nascem as forças de nossa vida. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Espontaneidade do sentimento nos nossos atos, nas idéias e em sua expressão.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mediunidades diversas

    [...] o coração é mais do que a bomba que impulsiona o sangue por todo o organismo. Sendo o órgão fisiológico mais resistente que se conhece no ser pensante, porquanto começa a pulsar a partir do vigésimo quinto dia de vida do feto, continua em ação palpitando cem mil vezes diariamente, no que resultam quarenta milhões de vezes por ano, e quando cessa a vida se desorganiza, advindo a morte dos equipamentos orgânicos com a sua conseqüente degenerescência. A pouco e pouco, alguns cientistas dão-se conta de que ele é portador de uma energia vital, que o mantém e o impulsiona ininterruptamente. Essa energia seria permutável, podendo ser intercambiada com outros indivíduos que se beneficiariam ou não, conforme o teor de que se constitua, positiva ou negativa, cálida ou fria, estimuladora ou indiferente. Seguindo essa linha de raciocínio, estão concluindo que esse órgão é portador da faculdade de pensar, tornando afirmativa a tradicional voz do coração a que se referem poetas, escritores, artistas, amantes e... Jesus.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cérebro e coração

    Nosso coração é um templo que o Senhor edificou, a fim de habitar conosco para sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18


    Coração
    1) Órgão que bombeia o sangue (Ex 28:29).

    2) Em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto (Gn 6:5), dos sentimentos (1Sm 1:8) e da vontade (Sl 119:2).

    Coração Nos evangelhos, a palavra tem um conteúdo simbólico, servindo para designar os sentimentos (Jo 16:6.22), o íntimo da personalidade (Mt 15:8; Mc 7:6), a origem do pensamento (Mc 2:6.8; Lc 3:15) e do entendimento (Lc 24:25). Também em sentido figurado, afirma-se que o coração é o lugar das decisões morais (Mt 22:37; Mc 12:30; Lc 10:27) e, por isso, onde se opta pela fé e se acolhe Jesus (Lc 24:32) ou ainda onde acontece a incredulidade (Mc 6:52). Quem decidiu seguir Jesus tem um coração puro (Mt 5:8) e nele reina a paz (Jo 14:1.27).

    Davi

    Davi [Amado] - O segundo rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do reino. Levou a arca para lá (2Sa
    6) e organizou os serviços de adoração (1Ch 15—16). Ampliou o reino (2Sm 8:10-12) e ajuntou materiais para a construção do TEMPLO (1Ch 22). Foi governador, guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus (Mt 1:1). V. SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE e o mapa OS REINOS DE SAUL, DAVI E S

    Davi O segundo rei de Israel (final do séc. XI e início do séc. X a.C.). De sua descendência viria o messias — daí ele ser chamado “Filho de Davi” (Mt 9:27; 12,23; 15,22; 20,30ss.; Mc 11:10) — que também deveria nascer em sua cidade natal: Belém (Mq 5:2). Tanto Lucas como Mateus relacionam Jesus com a estirpe messiânica e o fato deve ser reconhecido como histórico, ainda que seja bem provável que não fosse importante o ramo a que pertencia.

    Como outros tantos judeus de sua época, Jesus enfatizou a ascendência davídica do messias, o seu caráter preexistente, baseado em uma leitura peculiar do Salmo 110, que tem paralelos, entre outros, com os essênios de Qumrán (Mt 22:41ss.).


    o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13:22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

    Dados Gerais

    Davi é o nome do maior rei de Israel e o ancestral humano do Senhor Jesus. Sua história, suas realizações e seus problemas receberam um tratamento extensivo, de I Samuel 16 a II Reis 1 e em I Crônicas 2:29. O significado do nome ainda é incerto. A conexão com a palavra acadiana dawidûm (chefe, comandante) é atraente, embora duvidosa. É mais provável que esteja associado com a raiz hebraica dwd (amor), para dar o significado de “amado”. Alguns sugerem que Davi seja um cognome real e que seu nome é Elanã (Heb. “Deus é gracioso”), o herói que matou Golias (2Sm 21:19). Embora essa solução possa resolver a aparente discrepância entre I Samuel 17, cujo texto relata que Davi matou Golias, e II Samuel 21:19, o qual menciona que foi Elanã quem matou o gigante, cria outro problema: por que então Elanã seria relacionado na lista dos heróis de Davi? Outra sugestão é feita a partir de I Crônicas 20:5, que identifica Elanã como o herói que matou Lami, irmão de Golias. Desde que não se tem certeza se foi em II Samuel 21:19 ou em I Crônicas 20:5 que houve uma corrupção textual, a identificação de Elanã é incerta.

    Antecedentes

    Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm 17:11-12). Jessé era descendente da tribo de Judá e bisneto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:18-22; cf. 1Cr 2:1-15; Mt 1:2-6; Lc 3:31-38).

    Na juventude, Davi cuidava dos rebanhos da família. Como pastor, aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou a depender do Senhor, conforme afirmou para Saul: “O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu” (1Sm 17:37).

    Davi era também um bom músico. Quando Saul sofria de depressão e crises de melancolia, seus servos, conhecendo a reputação desse jovem, mandaram chamá-lo (1Sm 16:16). Um deles disse: “Vi um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência. E o Senhor é com ele” (v. 18). Esse texto relaciona várias características de Davi: seu talento musical, sua bravura, eloquência, boa aparência, mas, acima de tudo, a presença do Senhor em sua vida.

    Davi eleito por Deus para ser rei

    Davi era notável, tanto por seu amor a Deus como por sua aparência física (1Sm 16:12). Depois que Saul foi rejeitado por seus atos de desobediência (1Sm 15:26), o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante do profeta, mas nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram apresentados a Samuel, ele não entendeu por que o Senhor o enviara a ungir um rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia os requisitos, devido à sua bela aparência: “Vedes o homem que o Senhor escolheu? Não há entre o povo nenhum semelhante a ele” (1Sm 10:24).

    Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo, chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza que aquele jovem atendia aos padrões de Deus, pois “o Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm 16:7). Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira poderosa (v.13).

    Davi com Saul

    Os caps. 16 a 31 de I Samuel são uma antologia solta de histórias, que, como coletânea, receberam o título de “A história da exaltação de Davi”. O propósito dessas narrativas é defender Davi das acusações de ter agido de maneira subversiva, usurpando o trono da família de Saul, sendo responsável pelas mortes de Saul, Jônatas, Abner e Is-Bosete. Deus operava claramente em todas as circunstâncias da vida de Davi, que o elevaram da posição de pastor de ovelhas a músico no palácio do rei, de lutar contra animais selvagens até suas vitórias sobre os filisteus e de herói nacional a refugiado político.

    Primeiro, Davi foi convidado para servir ao rei Saul como músico. Saul sofria de melancolia, porque o Espírito do Senhor o abandonara (1Sm 16:14). Na corte, Davi agradou ao rei, o qual o nomeou seu escudeiro (v. 21).

    Segundo, Deus agiu rapidamente, quando os filisteus atacaram 1srael (1Sm 17). O gigante filisteu, chamado Golias, desafiava Saul e todo o Israel várias vezes por dia, por um espaço de 40 dias (1Sm 17:16). Aconteceu de Davi levar suprimentos para seus irmãos que estavam no acampamento de guerra e teve oportunidade de ouvir o desafio do gigante. Movido por seu zelo pelo Senhor, seu amor pelo povo e pela alta recompensa — riqueza, casamento com a filha do rei Saul e a isenção de pagar impostos — Davi apresentou-se como voluntário para enfrentar Golias naquela batalha. O Senhor estava com ele. Davi triunfou sobre o filisteu, ao matá-lo com uma funda e uma pedra (1Sm 17:50).

    Terceiro, Davi foi convidado para morar no palácio real (1Sm 18:2). Os membros da família do rei o amavam. “A alma de Jônatas ligou-se com a de Davi, e Jônatas o amou como à sua própria alma” (v. 1). Este filho de Saul chegou ao ponto de fazer uma “aliança” com Davi (v. 3). Como expressão de seu profundo amor e respeito pelo filho de Jessé, deu-lhe suas roupas e armadura (v. 4). Mical também amava Davi (v. 20).

    Como sempre acontece, quando muitas coisas boas surgem, a fortuna tornou-se em sina. A fama de Davi cresceu rapidamente. Por toda a nação, as mulheres louvavam seu nome e faziam comparações positivas entre o jovem e o rei: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm 18:7). Esse contraste suscitou o ciúme do rei (v. 8). Ele sabia que seus dias como monarca estavam contados e tinha de proteger o trono para sua família. Assim começaram as atitudes de hostilidade explícita contra Davi. O narrador de I Samuel escreveu: “Daquele dia em diante, Saul trazia Davi sob suspeita” (v. 9).

    O ciúme de Saul deixou-o cego. Foi extremamente desleal, pois voltou atrás em sua promessa de dar a filha mais velha, Merabe, em casamento a Davi (1Sm 18:17). Exigiu que o jovem enfrentasse os filisteus em batalha, na esperança de que perdesse a vida. Davi, ainda relutante em aceitar casar-se com um membro da família real, procurou imediatamente agradar ao rei. Nesse meio tempo, Merabe foi dada a outro homem (1Sm 18:19). De maneira vil, Saul desafiou-o a demonstrar sua bravura e seu valor novamente, mediante a matança de 100 filisteus, como um tipo de dote. Estava aborrecido por ser obrigado a dar Mical como esposa para Davi, porque sabia que o Senhor estava com ele e via o amor da filha por Davi como traição contra seu reinado (1Sm 18:28).

    Quarto, por meio de sua amizade com o filho do rei, Davi foi avisado com antecedência do profundo ódio de Saul contra ele, bem como de seus planos de matá-lo. Jônatas amava de verdade o filho de Jessé (1Sm 19:1) e não se preocupava com suas proezas militares, nem com sua crescente popularidade. Intercedeu em favor dele e o convidou para voltar ao palácio (v. 7), mas gradualmente percebeu que seu pai realmente estava determinado a matá-lo. O rei fez algumas tentativas para eliminar Davi no palácio (v. 10) e até mesmo na própria casa do genro (v. 11). Davi e Jônatas foram obrigados a se separar. O filho do rei sabia que Davi corria risco de vida; compreendia também que Deus tinha um plano especial para a vida do amigo. Os dois fizeram uma aliança para toda a vida e se separaram (1Sm 20:16-42).

    Saul contra Davi

    Saul fez tudo para livrar-se de Davi. Expulso da corte, o filho de Jessé buscou refúgio junto a Aquis, rei filisteu de Gate. Temeroso de que a boa vontade do anfitrião mudasse a qualquer momento, foi para Adulão (1Sm 22). Ali, liderou um bando de foras-dalei. Trouxe sua família para a segurança de Moabe e retornou, a fim de enfrentar os perigos de sua vida de eLivros. Qualquer um que tentasse colaborar com Davi era morto por Saul, como aconteceu com os sacerdotes de Nobe (1Sm 21:22). Para onde quer que ele fosse, o rei ficava sabendo e o perseguia.

    Enquanto isso, o apoio a Davi crescia cada vez mais. Bandidos, muitos deles guerreiros habilidosos, reuniram-se a ele. Abiatar, um sacerdote que escapou do massacre em Nobe, e o profeta Gade também se uniram a Davi. Este, por suas muitas façanhas, fazia com que as pessoas ficassem em débito para com ele. Reduziu a ameaça dos filisteus, como fez, por exemplo, em Queila (1Sm 23). Ele e seu homens também tornaram-se defensores dos moradores de Judá que eram constantemente ameaçados por saqueadores estrangeiros e viviam da parte que recebiam das colheitas, rebanhos e do gado que ajudavam a proteger. Nem todos os criadores, porém, estavam dispostos a compartilhar com eles alguma coisa. Nabal, um rico fazendeiro, tinha recebido tal proteção de Davi e seus homens, mas era avarento demais para recompensá-los pelo trabalho (1Sm 25). O filho de Jessé ficou furioso, mas Abigail, esposa de Nabal, foi ao seu encontro com vários presentes. Depois da morte do marido, ela se tornou esposa de Davi (1Sm 25:42).

    Por duas vezes Davi teve oportunidade de vingar-se de Saul, mas, ao invés de matá-lo, poupou sua vida. Sua existência tornou-se tão opressiva que foi obrigado a buscar refúgio com Aquis, rei de Gate. Recebeu a cidade de Ziclague para morar com seus homens, de onde ajudava Saul a reduzir as forças dos filisteus (1Sm 27). Aquis tinha tamanha confiança na lealdade de Davi, que o levou consigo como parte de suas tropas numa batalha em Gilboa, contra os israelitas (1Sm 28). Os filisteus não deveriam ficar apreensivos pelo conflito de interesses; Davi lutaria contra seu próprio povo (1Sm 29). No entanto, ele retornou a Ziclague e descobriu que a cidade fora saqueada e incendiada e a população, levada cativa pelos amalequitas. Enquanto os filisteus esmagavam os israelitas no norte, Davi perseguiu os invasores e colocou um fim em suas hostilidades.

    Davi é exaltado ao reino

    Saul e Jônatas foram mortos na batalha em Gilboa (2Sm 1:4). Ao invés de comemorar este acontecimento, Davi chorou pelo rei e por seu amigo (2Sm 1:19-27). As notícias sobre a morte de Saul correram rápido, mas as reações foram bem diferentes em todo país. As tribos do Norte reconheceram 1s-Bosete, filho do rei, como o legítimo representante do trono (2Sm 2:8-9). A tribo de Judá permaneceu leal a Davi e separou-se da união, ao tornar Hebrom a capital do novo reino (2Sm 2:3-4).

    Não demorou muito para que o povo descobrisse a incompetência de Is-Bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do Norte encorajou a morte de Is-Bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (2Sm 5:1-3).

    Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização melhor e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem-sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei.

    Davi consolidou seu reino, ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do Norte nem com as do Sul (2Sm 5:9-10). O crescimento do poderio de Davi não passou despercebido. Hirão, rei de Tiro, enviou seus carpinteiros e pedreiros, a fim de construir um palácio para ele (2Sm 5:11). Esse ato firmou o relacionamento entre os dois reis. Por incrível que pareça, o fortalecimento da posição do filho de Jessé ameaçou a paz relativa de que Israel gozava. Os filisteus não perturbaram o país durante os dois primeiros anos do reinado de Davi. Com o crescimento de seu poder, entretanto, decidiram acabar com sua grande popularidade. O rei resistiu a cada ataque com sucesso e finalmente definiu a fronteira do reino na planície costeira (2Sm 5:19-25).

    Jerusalém como centro do reino de Davi

    A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá a Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (2Sm 6). (Veja o verbete Aliança.) Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo ao culto e à adoração em Israel, por meio da construção de um Templo (2Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma “casa” (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma “casa” permanente para o Senhor. A promessa de uma dinastia foi incorporada a uma aliança de concessão. A proposta concedia a Davi um lugar perpétuo no reino de Deus, ao colocar sobre ele o privilégio de ser um “filho” de Deus. O Salmo 2 celebra a condição do filho como o que experimenta uma posição privilegiada e recebe autoridade para estabelecer o reino de Deus (veja Sl 72), submeter as nações, quando necessário pela força, e trazer as bênçãos do Senhor sobre todos os fiéis, em todas as partes da Terra. Essas promessas cumprem a aliança que Deus fez com Davi. O Pacto Davídico é uma administração soberana, feita pela graça, segundo a qual o Senhor ungiu Davi e sua casa para estabelecer seu reino e efetivamente trazer um reinado de paz, glória e bênção. Jesus e os apóstolos afirmaram que essas promessas encontram seu foco e recebem sua confirmação em Cristo (o “Messias”). Ele é o “ungido” que recebeu autoridade e poder (Mt 28:20; At
    2) do alto sobre toda a criação, inclusive a Igreja (Cl 1).

    Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou os filisteus, moabitas, edomitas e amonitas (2Sm 12:29-31). Cobrou impostos dos arameus e das nações que decidiu não subjugar (2Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e espólios no fundo para a construção do Templo (2Sm 8:11-12). Embora fosse severo em sua justiça para com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (2Sm 9). Provavelmente esse período foi marcado por uma severa crise de fome (2Sm 21:1). A dificuldade era tão grande que Davi pediu uma explicação ao Senhor. Foi-lhe revelado que a escassez de alimento era resultado do juízo de Deus, pelo equivocado zelo de Saul, ao tentar aniquilar os gibeonitas (2Sm 21:2), povo que buscara e recebera proteção de Israel, na época de Josué (Js 9:15-18-26). A morte de sete descendentes de Saul, sem incluir Mefibosete, satisfez a exigência de justiça feita pelos gibeonitas. Deus graciosamente removeu a maldição e renovou a terra com chuva abundante. Davi levou os ossos de Saul, Jônatas e dos sete que foram mortos e os enterrou na sepultura de Quis (2Sm 21:14).

    A queda de Davi

    A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deus a uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com quem teve relações sexuais; ao saber que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto no campo de batalha e casou-se com ela legalmente (2Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (2Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão (2Sm 12:13; cf. Sl 32:51), mas sofreu as conseqüências de sua perfídia pelo resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu.

    Conseqüentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã, Tamar, e causou a desgraça dela (2Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu eLivros por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguiu um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta, mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (2Sm 14).

    Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem. Durante quatro anos, preparara-se cuidadosamente para o momento em que o povo o apoiaria, em detrimento de seu velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (2Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás (Abiatar, Zadoque e Husai). Husai dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (2Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara, mas Davi sofreu mais com a perda de Absalão do que sentiu alegria pela vitória.

    O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido Absalão. As tribos do Norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado a extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia e ofendeu os habitantes do Norte com a sua insolente arrogância (2Sm 19:40-43).

    Conseqüentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. (Joabe perdera o favor do rei e o cargo, por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai.) Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maaca e sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba por cima do muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (2Sm 20:23).

    Os últimos dias de Davi

    No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e amonitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15:18-19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar esse vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente de prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade dentro do reino. Por causa de seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo.

    Isso desagradou ao Senhor, que enviou uma praga contra o reino. O próprio rei foi o responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu um sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (2Sm 24:1-25).

    Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (1Rs 1:1-2:12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade de seu reinado: Joabe, o comandante, e Simei, o rebelde (1Rs 2:8-9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.

    Conclusão

    Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os salmos atribuídos a ele falam desta verdade. Tal afirmação sobre sua confiança em Deus é também encontrada no final de II Samuel: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, em quem me refugio; o meu escudo, e força da minha salvação. Ele é o meu alto retiro, meu refúgio e meu Salvador — dos homens violentos me salvaste” (2Sm 22:2-3). Os cânticos compostos por ele também trazem a correlação entre a humildade, a obediência e a bondade de Deus. Conforme Davi escreveu: “Com o puro te mostras puro, mas com o perverso te mostras sagaz. Livras o povo humilde, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abates” (2Sm 22:27-28). O Senhor não apenas mostrou seu poder para Davi e seus contemporâneos, mas também comprometeu-se a proteger todo o seu povo por meio do ungido, que descenderia do referido rei. Essa é a essência da Aliança Davídica.

    Os escritores do NT testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt 1:1). Ele é o governante sobre o trono de Davi, cujo reino se estende até os confins da Terra. É o cabeça da Igreja (Cl 1:18) e trará todas as nações ao conhecimento de sua soberania (1Co 15:25; cf. At 2:35). Ele estabelecerá o reino de Deus sobre a Terra (1Co 15:27-28) e, por esse motivo, cumpre as promessas em benefício de todo o povo do Senhor, tanto judeus como gentios.

    W.A. e V.G.


    Nome Hebraico - Significado: Amado.

    Depois

    advérbio Seguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h.
    Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda.
    Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo.
    Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.

    logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.

    Determinar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Indicar; estabelecer com exatidão e precisão: determinar o vetor.
    Delimitar; fixar os limites de: o quintal demarcava a casa.
    Ocasionar; ser a razão de: a traição determinou o final do casamento.
    Marcar; definir um prazo para: determinaram o dia do casamento.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Decretar; promulgar alguma coisa: o juiz determinou o valor da fiança; determinou ao aluno um segundo exame.
    Etimologia (origem da palavra determinar). Do latim determinare.
    Fonte: Priberam

    Dia

    Dia O oposto à noite, à qual segue (Lc 21:37; Jo 9:4). Também espaço temporal de 24 horas. Os romanos contavam o dia de meia-noite a meia-noite — prática que perdura entre nós —, enquanto os judeus contemporâneos de Jesus iniciavam o dia com o surgimento da lua, concluindo-o no dia seguinte pela tarde. Para designar um dia completo, costumava-se empregar a expressão “noite e dia” (Mc 4:27; 5,5; Lc 2:37).

    Dia
    1) Período de 24 horas (Rm 8:36;
    v. HORAS).


    2) Tempo em que a terra está clara (Rm 13:12).


    3) O tempo de vida (Ex 20:12).


    4) Tempos (Fp 5:16, plural).


    Entre os índios e em geral no Oriente, a palavra que trasladamos por dia tem uma significação primitiva, que corresponde exatamente ao termo caldeu sare, revolução.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O Velho Testamento

    [...] todo dia é também oportunidade de recomeçar, reaprender, instruir ou reerguer.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    Cada dia é oportunidade de ascensão ao melhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 58

    [...] cada dia é um ramo de bênçãos que o Senhor nos concede para nosso aperfeiçoamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No livro da existência, cada dia é uma página em branco que confiarás ao tempo, gravada com teus atos, palavras e pensamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é nova oportunidade de orar, de servir e semear. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é desafio sereno da Natureza, constrangendo-nos docemente à procura de amor e sabedoria, paz e elevação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é a oportunidade desvendada à vitória pessoal, em cuja preparação falamos seguidamente de nós, perdendo-lhe o valor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é um país de vinte e quatro províncias. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é oportunidade de realizar o melhor. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltará.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Diante do tempo

    O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

    [...] Cada dia é uma página que preencherás com as próprias mãos, no aprendizado imprescindível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 31

    [...] O dia constitui o ensejo de concretizar as intenções que a matinal vigília nos sugere e que à noite balanceamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6


    o ‘calor do dia’ (Mt 20:12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3:8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2:19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7:19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14:24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11:11Jo 20:19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13:35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13:35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18:28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11:9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6:10, At 2:15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12:40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7:5), e dia de ruína (18:20, e os 1:11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    Dito

    adjetivo Que se disse; mencionado, referido.
    substantivo masculino Expressão; frase; sentença; conceito; mexerico.
    Dar o dito por não dito, considerar sem efeito o que se disse.

    Dito
    1) Palavra (Nu 24:4)

    2) PROVÉRBIO (Hc 2:6). 3 Notícia; rumor (Jo 21:23).

    Endurecer

    Dicionário Comum
    verbo transitivo Tornar duro, enrijecer.
    Figurado Tornar insensível; empedernir.
    verbo intransitivo Ficar duro.
    Figurado Manter-se intransigente.
    Fonte: Priberam

    Hoje

    advérbio No dia em que se está.
    Hoje em dia, atualmente; na época presente, de agora.
    substantivo masculino No tempo presente: os homens de hoje.
    expressão Mais hoje, mais amanhã. Dentro de pouco tempo: mais hoje, mais amanhã ele conseguira o quer.
    Hoje em dia. Hoje em dia, as pessoas estão mais conectadas virtualmente.
    Etimologia (origem da palavra hoje). Do latim hodie.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Tempo

    O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

    O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

    Não podemos dividir o tempo entre passado e presente, entre novo e velho, com a precisão com que balizamos o loteamento de um terreno. O tempo é uno e abstrato, não pode ser configurado entre fronteiras irredutíveis. Justamente por isso, todos os conceitos em função do tempo são relativos. Cada geração recebe frutos da geração anterior, sempre melhorando, do mesmo modo que a geração futura terá de so correr-se muito do acervo do passado. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    [...] é a suprema renovação da vida. Estudando a existência humana, temos que o tempo é a redenção da Humanidade, ou melhor – o único patrimônio do homem.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] a noção do tempo é essencialmente relativa e a medida da sua duração nada tem de real, nem de absoluta – separada do globo terrestre [...]. [...] o tempo não é uma realidade absoluta, mas somente uma transitória medida causada pelos movimentos da Terra no sistema solar. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

    O tempo [...] somente se torna realidade por causa da mente, que se apresenta como o sujeito, o observador, o Eu que se detém a considerar o objeto, o observado, o fenômeno. Esse tempo indimensional é o real, o verdadeiro, existente em todas as épocas, mesmo antes do princípio e depois do fim. Aquele que determina as ocorrências, que mede, estabelecendo metas e dimensões, é o relativo, o ilusório, que define fases e períodos denominados ontem, hoje e amanhã, através dos quais a vida se expressa nos círculos terrenos e na visão lógica – humana – do Universo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tempo, mente e ação

    [...] O advogado da verdade é sempre o tempo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

    O tempo é inexorável enxugador de lágrimas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 2, cap• 6

    [...] As dimensões tempo e espaço constituem limites para demarcar estágios e situações para a mente, nas faixas experimentais da evolução. [...]
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    Para o Espírito desencarnado o tempo não conta como para nós, e não está separado metodicamente em minutos, horas, dias, anos e séculos ou milênios, e muitos são os que perderam de vista os pontos de referência que permitem avaliar o deslocamento na direção do futuro.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Nas fronteiras do Além• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] o tempo é a matéria-prima de que dispomos, para as construções da fé, no artesanato sublime da obra crística, de que somos humílimos serviçais.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Mensagem de fim de ano

    O tempo é uma dimensão física que nasce do movimento, mas quando este supera a velocidade da luz, o tempo não consegue acompanhá-lo, anula-se, extingue-se. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Tempo e luz

    [...] O tempo é, por definição, a trajetória de uma onda eletromagnética, do seu nascimento até a sua morte. Por isso ele é uma das dimensões fixas do nosso Universo, porque estável é, em nosso plano, a velocidade das ondas eletromagnéticas. O tempo, porém, somente pode existir em sistemas isolados, ou fechados, e tem a natureza de cada sistema. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] O tempo é o maior selecionador do Cristo.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Testemunhos de Chico Xavier• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - Só os inúteis não possuem adversários

    A Doutrina Espírita nos mostra que tempo e espaço são limites pertinentes à realidade física, o Espírito não precisa se prender a eles. Quando mencionamos o tempo como recurso imprescindível a uma transformação que depende, na verdade, de força de vontade e determinação, estamos adiando o processo e demonstrando que, no fundo, há o desejo de permanecer como estamos. O tempo é necessário para adquirir conhecimentos e informações, não para operar uma transformação psicológica.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] O tempo é a nossa bênção... Com os dias coagulamos a treva ao redor de nós e, com os dias, convertê-la-emos em sublimada luz [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    [...] O tempo, como patrimônio divino do espírito, renova as inquietações e angústias de cada século, no sentido de aclarar o caminho das experiências humanas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

    Tempo e esforço são as chaves do crescimento da alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 26

    O tempo é o nosso grande benfeitor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O tempo é um conjunto de leis que nãopodemos ludibriar.O tempo é um empréstimo de Deus. Com ele erramos, com ele retificamos.O tempo é o campo sublime, que nãodevemos menosprezar.O tempo, na Terra, é uma bênçãoemprestada.O tempo é o mais valioso calmante dasprovações.O tempo é o químico milagroso daEterna Sabedoria, que nos governa osdestinos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Sabemos que o tempo é o nosso maisvalioso recurso perante a vida; mas tem-po, sem atividade criadora, tão-somen-te nos revela o descaso perante asconcessões divinas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    O tempo é o rio da vida cujas águas nosdevolvem o que lhe atiramos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Umdia

    Embora a dor, guarda o bem / Por teunobre e santo escudo. / O tempo é omago divino / Que cobre e descobretudo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 36

    [...] é o grande tesouro do homem e vin-te séculos, como vinte existências di-versas, podem ser vinte dias de provas,de experiências e de lutas redentoras
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na intimidade de Emmanuel

    [...] O tempo para quem sofre sem es-perança se transforma numa eternida-de de aflição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    O tempo é a sublimação do santo, abeleza do herói, a grandeza do sábio, a crueldade do malfeitor, a angústia do penitente e a provação do companheiro que preferiu acomodar-se com as trevas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

    [...] O sábio condutor de nossos destinos (...).
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

    O tempo, contudo, assemelha-se ao professor equilibrado e correto que premia o merecimento, considera o esforço, reconhece a boa vontade e respeita a disciplina, mas não cria privilégio e nem dá cola a ninguém.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Precisamente

    [...] O tempo, que é fixador da glória dos valores eternos, é corrosivo de todas as organizações passageiras na Terra e noutros mundos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

    [...] é o nosso explicador silencioso e te revelará ao coração a bondade infinita do Pai que nos restaura saúde da alma, por intermédio do espinho da desilusão ou do amargoso elixir do sofrimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 63

    O tempo é o tesouro infinito que o Criador concede às criaturas. [...] [...] é benfeitor carinhoso e credor imparcial simultaneamente. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 50

    [...] é o nosso silencioso e inflexível julgador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na esfera íntima

    O tempo é um empréstimo de Deus. Elixir miraculoso – acalma todas as dores. Invisível bisturi – sana todas as feridas, refazendo os tecidos do corpo e da alma. Com o tempo erramos, com ele retificamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carinho e reconhecimento

    [...] é um patrimônio sagrado que ninguém malbarata sem graves reparações...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    O tempo é um rio tranqüilo / Que tudo sofre ou consente, / Mas devolve tudo aquilo / Que se lhe atira à corrente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    O tempo não volta atrás, / Dia passado correu; / Tempo é aquilo que se faz / Do tempo que Deus nos deu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32


    Tempo V. ANO; CALENDÁRIO; DIA; HORAS.

    substantivo masculino Período sem interrupções no qual os acontecimentos ocorrem: quanto tempo ainda vai demorar esta consulta?
    Continuidade que corresponde à duração das coisas (presente, passado e futuro): isso não é do meu tempo.
    O que se consegue medir através dos dias, dos meses ou dos anos; duração: esse livro não se estraga com o tempo.
    Certo intervalo definido a partir do que nele acontece; época: o tempo dos mitos gregos.
    Parte da vida que se difere das demais: o tempo da velhice.
    Figurado Ao ar livre: não deixe o menino no tempo!
    Período específico que se situa no contexto da pessoa que fala ou sobre quem esta pessoa fala.
    Circunstância oportuna para que alguma coisa seja realizada: preciso de tempo para viajar.
    Reunião das condições que se relacionam com o clima: previsão do tempo.
    Período favorável para o desenvolvimento de determinadas atividades: tempo de colheita.
    [Esporte] Numa partida, cada uma das divisões que compõem o jogo: primeiro tempo.
    [Esporte] O período total de duração de uma corrida ou prova: o nadador teve um ótimo tempo.
    Gramática Flexão que define o exato momento em que ocorre o fato demonstrado pelo verbo; presente, pretérito e futuro são exemplos de tempos verbais.
    Gramática As divisões menores em que a categoria do tempo se divide: tempo futuro; tempos do imperativo.
    [Música] Unidade que mede o tempo da música, através da qual as relações de ritmo são estabelecidas; pulsação.
    [Música] A velocidade em que essas unidades de medidas são executadas num trecho musical; andamento.
    Etimologia (origem da palavra tempo). A palavra tempo deriva do latim tempus, oris, fazendo referência ao tempo dos acentos.

    os dois grandes fatores, empregados pelo homem primitivo para a determinação do tempo, devem ter sido (como ainda hoje acontece) o Sol e a Lua, sendo pelo Sol fixadas as unidades do tempo, o dia e o ano, e sugerindo a Lua a parte anual do mês, e a divisão deste em semanas. os hebreus, nos seus cálculos para regularem o tempo, serviam-se de dois sistemas: solar e lunar. l. o dia. o espaço de 24 horas, de sol a sol. Nos mais remotos tempos era mais natural considerar o nascer do sol como princípio do dia, segundo o costume dos babilônios, ou o pôr do sol, segundo o costume dos hebreus. Este último processo é, talvez, o mais fácil de todos, pela simples razão de que tem sido sempre para os homens coisa mais provável ver o ocaso do que o nascimento do sol. Por isso, na cosmogonia pré-histórica, registrada em Gn 1, lê-se: ‘da tarde e da manhã se fez um dia’. Este método de completar os dias encontra-se em toda a Bíblia, sendo ainda hoje seguido pelos judeus. 2. Divisões do dia. a) A tríplice divisão do dia em manhã, meio-dia, e tarde (*veja Sl 55:17) é evidente por si mesma. b) Em conexão com estas designações estão as vigílias da noite: eram três segundo o cômputo dos hebreus, e quatro segundo o sistema romano. c) outra maneira é a de dividir o dia em horas. A origem da divisão do dia em 12 ou 24 partes parece ter-se perdido na antigüidade, mas chegou até nós por meio da Babilônia. Entre os hebreus, bem como entre os romanos, contavam-se as horas de cada dia desde o nascer do sol até ao seu ocaso. A duração de cada hora não era um espaço certo de tempo, como entre nós, mas a duodécima parte do tempo em que o sol se mostrava acima do horizonte – e essa parte naturalmente variava segundo as estações. d) posterior divisão em minutos e segundos parece não ter sido conhecida dos hebreus (embora se diga ter vindo dos babilônios). 3. o mês. o mês era lunar com pouco mais de 29 dias, havendo, deste modo, em cada ano 12 meses e cerca de 11-1/4 dias. É, talvez, conveniente examinar o quadro que neste artigo apresentamos. (Estão em caracteres mais salientes os meses hebraicos mencionados na Bíblia, os quais constituem assuntos para artigos especiais.) Com o fim de completar aproximadamente o ano solar, eram intercalados, às vezes, alguns dias, ou mesmo duas ou três semanas, segundo o entendimento dos diretores sacerdotais do calendário. Mas é incerto até que ponto ia este sistema nos tempos bíblicos. A adição era feita depois do mês de adar, e chamava-se segundo adar. os doze meses solares parece serem o resultado de uma posterior divisão do ano solar, sendo a sua base os doze meses lunares. 4. o ano. a) Quando é que principia o ano? Entre nós, como também entre os romanos, começa quando o sol atinge aproximadamente o ponto mais baixo. Mas não era assim entre as hebreus. Eles tinham dois sistemas:
    i. o sistema sagrado, oriundo da Babilônia, que principiava cerca do equinócio da primavera. Em conformidade com esta instituição eram regulados os tempos das festas sagradas. Também se menciona na Bíblia, com referência a acontecimentos seculares, como ‘Decorrido um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra’ (2 Sm 11.1).
    ii. o sistema civil principiava com o equinócio do outono, quando se concluíam as colheitas. b) Com respeito aos agrupamentos de sete anos, e de sete vezes sete, *veja Ano. c) Quanto aos métodos de computar uma série de anos, *veja Cronologia. Além das diferentes eras, que ali são dadas, podemos mencionar o modo judaico de calcular o tempo desde a criação do mundo baseado na DATA bíblica. Segundo este cômputo, o ano de 1240 era de 5.000, “anno mundi”. Na fixação desta data, num livro ou num monumento, usa-se omitir a casa dos milhares. E assim, quando se lê num moderno livro judaico a DATA de 674, este número adicionado a 1240, representa 1914 d.C.

    A palavra tempo tem origem no latim. Ela é derivada de tempus e temporis, que significam a divisão da duração em instante, segundo, minuto, hora, dia, mês, ano, etc. Os latinos usavam aevum para designar a maior duração, o tempo. A palavra idade, por exemplo, surgiu de aetatis, uma derivação de aevum.

    Vez

    substantivo masculino Dado momento; certa ocasião, circunstância ou período de tempo: uma vez ele apareceu na loja e fez um escândalo enorme.
    Turno; momento que pertence a alguém ou a essa pessoa está reservado: espere a sua vez!
    Ocasião; tendência para que algo se realize; em que há oportunidade: deste vez irei à festa!
    Acontecimento recorrente; ocorrência de situações semelhantes ou iguais: ele se demitiu uma vez; já fui àquele restaurante muitas vezes.
    Parcela; usado para multiplicar ou comparar: vou pagar isso em três vezes; três vezes dois são seis.
    locução adverbial Às vezes ou por vezes: só vou lá de vez em quando.
    De uma vez por todas. Definitivamente: ele foi embora de uma vez por todas.
    De vez em quando ou de quando em vez. Quase sempre: vou ao trabalho de vez em quando.
    De vez. De modo final: acabei de vez com meu casamento!
    Desta vez. Agora; neste momento: desta vez vai ser diferente.
    locução prepositiva Em vez de, em lugar de.
    Era uma vez. Em outro tempo: era uma vez um rei que.
    Uma vez na vida e outra na morte. Muito raramente: tenho dinheiro uma vez na vida e outra na morte.
    Etimologia (origem da palavra vez). Do latim vice.

    vez (ê), s. f. 1. Unidade ou repetição de um fato: Uma vez. Cinco vezes. 2. Tempo, ocasião, momento oportuno para agir: Falar na sua vez. 3. Ensejo, oportunidade. 4. Dose, pequena porção, quinhão.

    Voz

    substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
    Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
    [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
    [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
    Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
    [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
    Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
    Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
    Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
    Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
    Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
    Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
    Gramática Expressão verbal; palavra.
    [Zoologia] Som próprio de alguns animais.
    Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
    Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.

    substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
    Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
    [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
    [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
    Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
    [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
    Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
    Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
    Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
    Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
    Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
    Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
    Gramática Expressão verbal; palavra.
    [Zoologia] Som próprio de alguns animais.
    Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
    Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.

    voz s. f. 1. Produção de sons na laringe dos animais, especialmente na laringe humana, com auxílio do ar emitido pelos pulmões. 2. A faculdade de emitir esses sons. 3. A faculdade de falar. 4. Linguage.M 5. Grito, clamor. 6. Ordem dada em voz alta. 7. Boato, fama. 8. Palavra, dicção, frase. 9. Fon. Som que uma vogal representa na escrita. 10. Mús. Parte vocal de uma peça de música. 11. Mús. Nas fugas para piano e para órgão, cada uma das diferentes alturas em que o tema é desenvolvido. 12. Gra.M Aspecto ou forma com que um verbo indica a ação. 13. Opinião. 14. Sugestão íntima.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Hebreus 4: 7 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    de novoG3825 πάλινG3825, determinaG3724 ὁρίζωG3724 G5719 certoG5100 τίςG5100 diaG2250 ἡμέραG2250, HojeG4594 σήμερονG4594, falandoG3004 λέγωG3004 G5723 porG1722 ἔνG1722 DaviG1138 ΔαβίδG1138, muitoG5118 τοσοῦτοςG5118 tempoG5550 χρόνοςG5550 depoisG3326 μετάG3326, segundo antesG2531 καθώςG2531 fora declaradoG2046 ἔρωG2046 G5769: HojeG4594 σήμερονG4594, seG1437 ἐάνG1437 ouvirdesG191 ἀκούωG191 G5661 a suaG846 αὐτόςG846 vozG5456 φωνήG5456, nãoG3361 μήG3361 endureçaisG4645 σκληρύνωG4645 G5725 o vossoG5216 ὑμῶνG5216 coraçãoG2588 καρδίαG2588.
    Hebreus 4: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    68 d.C.
    G1138
    Dabíd
    Δαβίδ
    um levita da época de Neemias
    (Bunni)
    Substantivo
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G191
    akoúō
    ἀκούω
    ser idiota, louco
    (the foolish)
    Adjetivo
    G2250
    hēméra
    ἡμέρα
    [os] dias
    ([the] days)
    Substantivo - Dativo Feminino no Plural
    G2531
    kathṓs
    καθώς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G2588
    kardía
    καρδία
    coração
    (in heart)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3326
    metá
    μετά
    .. .. ..
    (.. .. ..)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3724
    horízō
    ὁρίζω
    preço de uma vida, resgate, suborno
    (with pitch)
    Substantivo
    G3825
    pálin
    πάλιν
    Seu coração
    (his heart)
    Substantivo
    G4302
    prolégō
    προλέγω
    lugar ou ato de plantar, plantio, plantação
    (of my planting)
    Substantivo
    G4594
    sḗmeron
    σήμερον
    este (mesmo) dia
    (today)
    Advérbio
    G4645
    sklērýnō
    σκληρύνω
    tornar duro, endurecer
    (were hardened)
    Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do plural
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5100
    tìs
    τὶς
    alguém, uma certa pessoa
    (something)
    Pronome interrogatório / indefinido - neutro acusativo singular
    G5118
    tosoûtos
    τοσοῦτος
    de quantidade: tão grande, tantos
    (so great)
    Pronome demonstrativo - feminino acusativo singular
    G5456
    phōnḗ
    φωνή
    Uma voz
    (A voice)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo
    G5550
    chrónos
    χρόνος
    tempo, longo ou curto
    (time)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    Δαβίδ


    (G1138)
    Dabíd (dab-eed')

    1138 δαβιδ Dabid

    de origem hebraica 1732 דוד; TDNT - 8:478,*; n pr m

    1. segundo rei de Israel, e antepassado de Jesus Cristo

    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἀκούω


    (G191)
    akoúō (ak-oo'-o)

    191 ακουω akouo

    uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

    1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
    2. ouvir
      1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
      2. entender, perceber o sentido do que é dito
    3. ouvir alguma coisa
      1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
      2. conseguir aprender pela audição
      3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
      4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
      5. compreender, entender

    ἡμέρα


    (G2250)
    hēméra (hay-mer'-ah)

    2250 ημερα hemera

    de (com 5610 implicado) um derivado de hemai (descansar, semelhante a raíz de 1476) significando manso, i.e. dócil; TDNT - 2:943,309; n f

    1. o dia, usado do dia natural, ou do intervalo entre o nascer e o pôr-do-sol, como diferenciado e contrastado com a noite
      1. durante o dia
      2. metáf., “o dia” é considerado como o tempo para abster-se de indulgência, vício, crime, por serem atos cometidos de noite e na escuridão
    2. do dia civil, ou do espaço de vinte e quatro horas (que também inclui a noite)
      1. o uso oriental deste termo difere do nosso uso ocidental. Qualquer parte de um dia é contado como um dia inteiro. Por isso a expressão “três dias e três noites” não significa literalmente três dias inteiros, mas ao menos um dia inteiro, mais partes de dois outros dias.

        do último dia desta presente era, o dia em que Cristo voltará do céu, ressuscitará os mortos, levará a cabo o julgamento final, e estabelecerá o seu reino de forma plena.

        usado do tempo de modo geral, i.e., os dias da sua vida.


    καθώς


    (G2531)
    kathṓs (kath-oce')

    2531 καθως kathos

    de 2596 e 5613; adv

    1. de acordo com
      1. justamente como, exatamente como
      2. na proporção que, na medida que

        desde que, visto que, segundo o fato que

        quando, depois que


    καρδία


    (G2588)
    kardía (kar-dee'-ah)

    2588 καρδια kardia

    forma prolongada da palavra primária kar (Latim, cor “coração”); TDNT - 3:605,415; n f

    1. coração
      1. aquele orgão do corpo do animal que é o centro da circulação do sangue, e por isso foi considerado como o assento da vida física
      2. denota o centro de toda a vida física e espiritual

      1. o vigor e o sentido da vida física
      2. o centro e lugar da vida espiritual
        1. a alma ou a mente, como fonte e lugar dos pensamentos, paixões, desejos, apetites, afeições, propósitos, esforços
        2. do entendimento, a faculdade e o lugar da inteligência
        3. da vontade e caráter
        4. da alma na medida em que é afetada de um modo ruim ou bom, ou da alma como o lugar das sensibilidades, afeições, emoções, desejos, apetites, paixões
      3. do meio ou da parte central ou interna de algo, ainda que seja inanimado

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μετά


    (G3326)
    metá (met-ah')

    3326 μετα meta

    preposição primária (com freqüencia usada adverbialmente); TDNT - 7:766,1102; prep

    1. com, depois, atrás

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁρίζω


    (G3724)
    horízō (hor-id'-zo)

    3724 οριζω horizo

    de 3725; TDNT - 5:452,728; v

    1. definir, determinar
      1. marcar as fronteiras ou limites (de algum lugar ou coisa)
      2. determinar, designar
        1. aquilo que foi determinado, de acordo com um decreto
        2. ordenar, determinar, designar

    πάλιν


    (G3825)
    pálin (pal'-in)

    3825 παλιν palin

    provavelmente do mesmo que 3823 (da idéia de repetição oscilatória); adv

    1. de novo, outra vez
      1. renovação ou repetição da ação
      2. outra vez, de novo

        outra vez, i.e., mais uma vez, em adição

        por vez, por outro lado


    προλέγω


    (G4302)
    prolégō (prol-eg'-o)

    4302 προλεγω prolego

    de 4253 e 3004; v

    1. dizer de antemão, predizer

    σήμερον


    (G4594)
    sḗmeron (say'-mer-on)

    4594 σημερον semeron

    neutro (como advérbio) de um suposto composto do art. 3588 e 2250, no (i.e., neste) dia

    (ou na noite de hoje ou na que recém terminou); TDNT - 7:269,1024; adv

    este (mesmo) dia

    o que aconteceu hoje


    σκληρύνω


    (G4645)
    sklērýnō (sklay-roo'-no)

    4645 σκληρυνω skleruno

    de 4642; TDNT - 5:1030,816; v

    1. tornar duro, endurecer
    2. metáf.
      1. tornar obstinado, teimoso
      2. ser endurecido
      3. tornar-se obstinado ou teimoso

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τὶς


    (G5100)
    tìs (tis)

    5101 τις tis

    τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Possui relação com τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    τοσοῦτος


    (G5118)
    tosoûtos (tos-oo'-tos)

    5118 τοσουτος tosoutos

    de tosos (tanto, aparentemente de 3588 e 3739) e 3778 (inclue suas variações); adj

    de quantidade: tão grande, tantos

    de tempo: tão longo


    φωνή


    (G5456)
    phōnḗ (fo-nay')

    5456 φωνη phone

    provavelmente semelhante a 5316 pela idéia de revelação; TDNT - 9:278,1287; n f

    1. som, tom
      1. de algo inanimado, com instrumentos musicais
    2. voz
      1. do som de palavras expressas
    3. discurso
      1. de uma linguagem, língua

    χρόνος


    (G5550)
    chrónos (khron'-os)

    5550 χρονος chronos

    de derivação incerta; TDNT - 9:581,1337; n m

    1. tempo, longo ou curto

    Sinônimos ver verbete 5853


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo