Enciclopédia de Apocalipse 1:8-8

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ap 1: 8

Versão Versículo
ARA Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.
ARC Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-poderoso.
TB Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.
BGB Ἐγώ εἰμι τὸ Ἄλφα καὶ τὸ Ὦ, λέγει κύριος, ὁ θεός, ὁ ὢν καὶ ὁ ἦν καὶ ὁ ἐρχόμενος, ὁ παντοκράτωρ.
BKJ Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.
LTT "EU SOU o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim 1739," diz o Senhor (Jesus): "(Sou) Aquele que está sendo, e que era, e que está vindo, o Todo-Poderoso."
BJ2 Eu sou o Alfa e o Ômega,[o] diz o Senhor Deus, "Aquele-que-é, Aquele-que-era e Aquele-que-vem", o Todo-poderoso.
VULG Ego sum alpha et omega, principium et finis, dicit Dominus Deus : qui est, et qui erat, et qui venturus est, omnipotens.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Apocalipse 1:8

Gênesis 17:1 Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito.
Gênesis 28:3 E Deus Todo-Poderoso te abençoe, e te faça frutificar, e te multiplique, para que sejas uma multidão de povos;
Gênesis 35:11 Disse-lhe mais Deus: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; frutifica e multiplica-te; uma nação e multidão de nações sairão de ti, e reis procederão de ti.
Gênesis 43:14 E Deus Todo-Poderoso vos dê misericórdia diante do varão, para que deixe vir convosco vosso outro irmão, e Benjamim; e eu, se for desfilhado, desfilhado ficarei.
Gênesis 48:3 E Jacó disse a José: O Deus Todo-Poderoso me apareceu em Luz, na terra de Canaã, e me abençoou,
Gênesis 49:25 pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoará com bênçãos dos céus de cima, com bênçãos do abismo que está debaixo, com bênçãos dos peitos e da madre.
Êxodo 6:3 E eu apareci a Abraão, e a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, o Senhor, não lhes fui perfeitamente conhecido.
Números 24:4 fala aquele que ouviu os ditos de Deus, o que vê a visão do Todo-Poderoso, caindo em êxtase e de olhos abertos:
Isaías 9:6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Isaías 41:4 Quem operou e fez isso, chamando as gerações desde o princípio? Eu, o Senhor, o primeiro, e com os últimos, eu mesmo.
Isaías 43:10 Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e o meu servo, a quem escolhi; para que o saibas, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.
Isaías 44:6 Assim diz o Senhor, Rei de Israel e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e fora de mim não há Deus.
Isaías 48:12 Dá-me ouvidos, ó Jacó, e tu, ó Israel, a quem chamei; eu sou o mesmo, eu o primeiro, eu também o último.
II Coríntios 6:18 e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.
Apocalipse 1:4 João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete Espíritos que estão diante do seu trono;
Apocalipse 1:11 que dizia: O que vês, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodiceia.
Apocalipse 1:17 E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último
Apocalipse 2:8 E ao anjo da igreja que está em Esmirna escreve: Isto diz o Primeiro e o Último, que foi morto e reviveu:
Apocalipse 4:8 E os quatro animais tinham, cada um, respectivamente, seis asas e, ao redor e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.
Apocalipse 11:17 dizendo: Graças te damos, Senhor, Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder e reinaste.
Apocalipse 16:14 porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os congregar para a batalha, naquele grande Dia do Deus Todo-Poderoso.
Apocalipse 19:15 E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso.
Apocalipse 21:6 E disse-me mais: Está cumprido; Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.
Apocalipse 21:22 E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor, Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.
Apocalipse 22:13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Derradeiro.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A PROPAGAÇÃO DO CRISTIANISMO

33-337 d.C.
A PROPAGAÇÃO DO EVANGELHO
Em II Timóteo, sua última carta, Paulo observa acerca de seus colegas que Crescente to1 para a Galácia e Tito para a Dalmácia. A Galácia corresponde à região central da atual Turquia e, provavelmente, incluía as igrejas fundadas por Paulo nas imediações de Antioquia da Pisídia: Icônio, Listra e Derbe. A Dalmácia corresponde à atual Albânia e partes da Sérvia e Montenegro.
Fica evidente que os colegas de Paulo estavam dando continuidade à sua prática de pregar o evangelho onde Jesus ainda não era conhecido.
O Novo Testamento não revela onde vários dos apóstolos e outros líderes da igreja foram pregar evangelho. De acordo com tradições posteriores, o apóstolo João passou seus últimos anos em Efeso e o apóstolo Filipe, em Hierápolis (Pamukkale), na Turquia.
As tradições também associam os apóstolos Tomé e Bartolomeu à Índia, mas não se sabe ao certo a que região esse termo se refere, que era usado para qualquer terra próxima ao oceano Indico.
A Bíblia não relata de que maneira o cristianismo se espalhou por todo o Império Romano e além de suas fronteiras. Sem dúvida os 85:000 km de estradas imperiais e as rotas marítimas usadas pelos romanos facilitaram essa propagação. Os três exemplos a seguir ilustram aspectos diferentes da propagação do cristianismo:


PERSEGUIÇÃO E MARTÍRIO
Uma leitura superficial de Atos dos Apóstolos mostra que a igreja primitiva enfrentou períodos de perseguição. Pedro foi liberto da prisão por intervenção divina. Ao mesmo tempo, em 44 d.C., o apóstolo Tiago, filho de Zebedeu, foi morto por Herodes Agripa I. De acordo com tradições posteriores, André foi crucificado na Acaia (Grécia) e Pedro, em Roma. Nas cartas do Senhor ressurreto às sete igrejas em Apocalipse, cada uma dessas congregações é exortada a buscar a vitória. Algumas igrejas, como a de Esmirna, são advertidas acerca de uma perseguição específica e, de fato, grande parte do restante do livro de Apocalipse (não obstante sua interpretação) fala da igreja sob perseguição intensa. No final do livro a "Babilônia" semelhante à Roma em alguns aspectos, ma: provavelmente uma referência a sistema do mundo como um todo, cai e a nova jerusalém desce do céu, da parte de Deus. "Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima" (Ap 21:3b-40).
Essa esperança encheu os primeiros cristãos de coragem para enfrentar a morte. Ainda no período neotestamentário vários cristãos foram martirizados, mas essas ocorrências não se encontram registradas no texto bíblico. Em 64 d.C., quando grande parte de Roma foi destruída por incêndio, o imperador Nero culpou os cristãos. Realizou prisões em massa, e ordenou que suas vitimas tossem crucificadas, queimada: ou cobertas com peles de animas selvagens é despedaçadas por cães.° Outra perseguição irrompeu no governo do imperador Domiciano (81-96 .C.). A prisão de João na ilha de Patmos, durante a qual acredita-se que ele escreveu o livro de Apocalipse, ocorreu nesse período.
A perseguição aos cristãos continuou no governo dos imperadores romanos dos séculos 2 e III d.C. e pode ser esboçada pelo seguinte resumo extremamente sucinto:

O RECONHECIMENTO OFICIAL DO CRISTIANISMO

O reconhecimento oficial teve um papel importante na propagação do cristianismo. Abgar IX (179-216 .C.), monarca do reino de Edessa (atual cidade de Urfa, no sudeste a Turquia), se converteu ao cristianismo. Em 301 d.C., o rei Tiridates e sua família, da Armênia, na fronteira oriental do Império Romano, foram batizados ao abraçarem a fé cristã. Em 313 d.C., na cidade de Milão, o imperador romano Constantino publicou um édito de tolerância em favor dos cristãos. Apesar dessa medida não ter interrompido a perseguição de imediato, pelo menos conferiu reconhecimento oficial a cristianismo. O imperador foi batizado em 337 d.C., ano de sua morte. Alguns consideram que o reconhecimento imperial foi benéfico para o cristianismo, enquanto outros julgam que foi prejudicial. Não obstante, salvo raras exceções, essa medida fez cessar a perseguição aos cristãos promovida pelo Estado.
Até o final da perseguição o grande risco de destruição de manuscritos desestimulou a compilação dos livros bíblicos em um só volume. Assim, não é coincidência que os primeiros

 

Referências

II Timóteo 4.10

Romanos 15:20

Mateus 6:9

Atos 12:1-17

Apocalipse 2:7-26;

Apocalipse 3.5-21

Apocalipse 2:10

Apocalipse 18:1-24

Apocalipse 21:2

Nos quatro primeiros séculos, i cristianismo se expandiu por grande parte do Império Romano e além.
Nos quatro primeiros séculos, i cristianismo se expandiu por grande parte do Império Romano e além.
Relevo com temas cristãos primitivos, encontrado nas paredes da catacumba de Domitila, em Roma. Inscrições como estas são consideradas hoje como um tipo de "grafite" cristão primitivo, uma vez que eram produzidas às pressas em lápides já existentes.
Relevo com temas cristãos primitivos, encontrado nas paredes da catacumba de Domitila, em Roma. Inscrições como estas são consideradas hoje como um tipo de "grafite" cristão primitivo, uma vez que eram produzidas às pressas em lápides já existentes.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Apocalipse Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
SEÇÃO I

O PASSADO

Apocalipse 1:1-20

O primeiro capítulo de Apocalipse forma uma introdução do livro. Ele é composto por um breve parágrafo em que é apresentado o título e propósito da sua composição (vv. 1-3), seguido por uma saudação (vv. 4-8) e a visão de Cristo (vv. 9-20).

A. O SOBRESCRITO, 1:1-3

1. A Fonte da Revelação (1,1)

As três primeiras palavras do livro de Apocalipse são: Apocalypsis lesou Christou. Este é obviamente o título do livro. É por isso que não encontramos nenhum artigo defi-nido. Assim, traduzimos o título: Revelação de Jesus Cristo.

Na língua portuguesa, esse livro é predominantemente denominado de "Apocalipse". Isso ocorre porque a palavra grega para revelação é apocalypsis. Vem do verbo apocalypto, "descobrir" ou "revelar". Na Septuaginta e no Novo Testamento, ele é usado no sentido especial de uma revelação divina. Um bom exemplo do Antigo Testamento grego é Amós 3:7: "Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas". No Novo Testamento, Paulo usa o substantivo 13 vezes. Por exemplo, ele fala da "revelação do mistério" (Rm 16:25). Ele recebeu seu evangelho "pela revelação de Jesus Cristo" (Gl 1:12). O termo também é usado para a Segunda Vinda em I Coríntios 1:7 ("manifestação"; "vinda" na KJV) 2Tes 1.7, bem como em I Pedro 1:7-13; 4.13. Vincent escreve: "A Revelação aqui é o revelar dos mistérios divinos".

Mas, qual é o significado do complemento de Jesus Cristo? Alguns estudiosos en-tendem que esse é um genitivo objetivo; isto é, Jesus Cristo está sendo revelado. Um certo apoio para esse ponto de vista é encontrado no fato de que temos uma visão de Cristo nesse primeiro capítulo. Mas isso não descreve apropriadamente os conteúdos do livro como um todo.

Em segundo lugar, ele pode ser tratado como um genitivo de posse; isto é, a revela-ção pertence a Jesus Cristo. Isso é apoiado pela frase a qual Deus lhe deu. Mas isso era para o propósito da sua transmissão a João.

Um terceiro ponto de vista é que esse é um genitivo subjetivo; isto é, Jesus Cristo dá a revelação. Isso parece fazer mais sentido. Lenski diz: "O genitivo é subjetivo: Jesus Cristo fez essa Revelação".2 Phillips realça o ponto ao traduzir assim a sentença: "Essa é a Revelação de Jesus Cristo". No entanto, é melhor deixar de fora o verbo da expressão, como ocorre no grego, e transformá-la no título do livro.

A fonte da revelação foi Deus — a qual Deus lhe deu. Swete comenta: "O Pai é o supremo Revelador [...] o filho é o agente por meio de quem a revelação passa aos ho-mens"? Isso está em conformidade com o ensinamento do Evangelho de João 3:35-5.20--26; 7.16; 8.28 etc.).

O propósito de Deus ao dar essa revelação a Jesus era que ele pudesse mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer. A palavra para servos é doulois, que significa "escravos". Mas Simcox emite uma nota de advertência para aque-les que interpretam esse termo no sentido moderno ocidental. Ele diz: "No Oriente (Lc 15:17) os servos que foram comprados por um preço estavam acima dos assalariados".4 Em Atos e nas epístolas, o termo é freqüentemente aplicado aos cristãos.

A palavra devem (dei) é extremamente significativa. Charles escreve: "O dei de-nota não a consumação rápida das coisas, mas o cumprimento absolutamente certo do propósito divino".5

Um outro termo importante é brevemente (en tachei). Charles comenta: "Que esse cumprimento ocorreria 'logo' [...] sempre foi a expectativa de toda profecia viva e apocalíptica"? A. T. Robertson observa: "É um termo relativo a ser julgado à luz de II Pedro 3:8, de acordo com o relógio de Deus, não o nosso".7 A mesma frase ocorre em Lucas 18:8. Simcox diz: "Essas últimas passagens sugerem que o objetivo dessas palavras é assegurar-nos da prontidão prática de Deus para cumprir suas promessas, em vez de definir qualquer limite de tempo para o seu cumprimento real"? No calendário de Deus, esses eventos são marcados de maneira definida, mas não nos cabe interpretar esse calendário (cf. At 1:7). No entanto, tudo será cumprido brevemente — "logo", ou "em breve". Moffatt comenta: "Esse é o ponto crítico do livro [...] A nota-chave de Apocalipse é a certeza alegre de que da parte de Deus não há relutância ou atraso; seu povo não precisa esperar ansiosamente agora".9 Newell faz a seguinte sugestão útil: "Brevemen-te' não só significa iminência, mas também rapidez na execução, depois da ação iniciada".'

A sentença seguinte também é importante: pelo seu anjo as enviou e as notifi-cou a João, seu servo. O verbo notificou é semaino. Ele vem de sema (semeion), "um sinal". Assim, esse verbo significa "dar um sinal, representar, indicar",11 ou "fazer conhe-cido, relatar, comunicar".12 Lange diz o seguinte: "Esemanen é uma modificação de deixai [mostrou], indicativo dos sinais empregados, a representação simbólica".' Bengel obser-va: "a LXX usa semainein para expressar um grande sinal de uma grande coisa: Ezequiel 33:3"» O verbo é encontrado somente aqui em Apocalipse. Vincent escreve: "A palavra é apropriada para o caráter simbólico da revelação, como em João 12:33, em que Cristo prediz o modo da sua morte por meio de uma figura".15

É com base nessa derivação etimológica que muitos mestres da Bíblia têm escolhido dar a notificou o significado de "sinalizou"; isto é, o material desse livro é apresentado em sinais e símbolos. Alguns comentaristas mais recentes têm contestado essa explica-ção. J. B. Smith, por exemplo, diz: "O uso da palavra em outros textos (Jo 12:33-18.32; 21.19; At 11:28-25.
27) não permite esse significado. Em cada caso, o sentido deve ser indicado pela palavra e não pelo símbolo".16 Parece, no entanto, que a idéia tem algum mérito, embora não deva ser superenfatizada. No léxico de Liddell-Scott-Jones, o primei‑

ro significado dado é: "mostrar por um sinal, indicar, apontar".' Também é mencionado que quando o verbo é usado "absolutamente" (i.e., sem um objeto) ele significa "dar sinais". É dessa forma que o termo é usado aqui. Depois de descrever o significado original da palavra, McDowell observa: "O autor infere que a mensagem que ele recebeu é dada aos seus leitores por meio de sinais e símbolos. A atenção a esse fato deveria poupar-nos de um literalismo crasso ao interpretar a mensagem do livro".18

A revelação foi notificada pelo seu anjo. Provavelmente, a melhor coisa é pegar essa forma singular de maneira genérica. Ela se aplicaria, portanto, "a todos os anjos individuais que nas diferentes visões têm o ofício de fazer declarações significativas".19 Esses anjos (ou anjo) são mencionados em Ap 17:1-7, 15; 19.9; 21.9; 22.1, 6. O significado literal de anjo (angelos) é "mensageiro". Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento encontramos Deus usando anjos como mensageiros para comunicar sua revelação aos homens.

Nesse caso, a revelação foi enviada a João, seu servo. Duesterdieck comenta: "O vidente se autodenomina servo de Jesus Cristo quanto ao seu serviço profético. O acrés-cimo do seu próprio nome contém, de acordo com o costume profético antigo, uma atesta-ção da profecia".'

2. O Conteúdo da Revelação (1,2)

João testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. As palavras gregas para testificou e testemunho vêm da mesma raiz. O The Twentieth Century New Testament [Novo Testamento do Século Vinte] preserva essa conexão ao traduzir o versículo da seguinte forma: "o qual testificou da Mensagem de Deus, e do testemunho acerca de Jesus Cristo, não omitindo nada daquilo que viu".

A raiz grega comum é martyr. Rist observa que a combinação aqui "pode envolver um jogo de palavras que não é reproduzível na tradução inglesa, porque a palavra `testemunho' também pode significar 'martírio', enquanto 'testificou' vem de um verbo que pode significar 'tornar-se um mártir'. Há uma conexão próxima, porque aqueles que testificavam e davam testemunho eram candidatos ao martírio nos dias de perse-guição".21 É por isso que a palavra grega martyros, "testemunha", finalmente veio a significar "mártir".

Testificou está no aoristo. Esse é um bom exemplo de um aoristo epistolar. João está testificando enquanto escreve, mas do ponto de vista dos seus leitores estaria no tempo passado. Assim, o aoristo epistolar seria melhor traduzido como um presente con-tínuo no português.

Da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus são definidos por Charles como significando "a revelação dada por Deus e testificada por Cristo (genitivo subjetivo) ".22 Semelhantemente, Swete apresenta esta identificação: "A revelação concedida por Deus e atestada por Cristo"."

E de tudo o que tem visto. Não existe a conjunção e nos melhores textos gregos, assim, a maioria dos comentaristas toma essa frase como estando em aposição com a palavra de Deus e o testemunho de Jesus. Swete diz: "Essa palavra e testemunho alcançaram a João em uma visão"." Goodspeed traduz essa passagem da seguinte for-ma: "Que testifica de acordo com o que viu — a mensagem de Deus e o testemunho de Jesus Cristo".

3. A Bênção dos Receptores (1,3)

João pronuncia uma tríplice bênção a três grupos. A primeira é: aquele que lê. O contexto indica claramente que a referência é a alguém que lê o livro a outros — os que ouvem. Isso justifica a tradução da RSV, que traz: "aquele que lê em voz alta". "Não é a pessoa particular [...] mas [...] a pessoa que lê em voz alta na congregação".' Esse era inicialmente um leitor leigo, mas, mais tarde, um obreiro da igreja.

Ao chamar aquilo que ele estava escrevendo de as palavras desta profecia, João deliberadamente colocou o livro de Apocalipse no mesmo nível dos livros proféticos do Antigo Testamento. Ele repete isso em 22.7, 10, 18.

Mas, o ouvinte também deve ser um praticante — e guardam as coisas que nela estão escritas. O verbo grego temo "é constantemente usado para 'guardar' a Lei, os Mandamentos [...] em todo o NT; mas é mais comum em todos os escritos de João"."

Essa é a primeira das sete bem-aventuranças no livro de Apocalipse (cf. 14.13 16:15-19.9; 20.6; 22.7, 14). Um estudo dessas "bem-aventuranças" seria proveitoso tanto para os obreiros como para os leigos.

Uma frase final é: porque o tempo está próximo. A palavra para tempo não é chronos — tempo no sentido de duração. A palavra aqui é kairos — "tempo que produz seus diversos nascimentos".' Arndt e Gingrich definem a palavra assim: "o tempo certo, apropriado, favorável [...] tempo definido e estabelecido [...] um dos principais termos escatológicos, ho kairos, o tempo de crise, os últimos tempos" .28 Lange traduz esse termo aqui por: "o tempo de decisão". Weymouth traz: "Porque o tempo do seu cumprimento está agora próximo".

Mais uma vez, João ressalta a iminência daquilo que irá acontecer (cf. "brevemen-te", v. 1). Niles observa: "Uma qualidade do apocalipse bem como da profecia é a pré-condensação da visão que estabelece como iminente aquilo que com certeza vai aconte-cer".' De Cristo ele diz: "Ele está vindo e virá. Na verdade, é nessa fusão do presente contínuo com o futuro certo que se encontra a clareza da escatologia bíblica".'

R. H. Charles chamou a atenção para o fato de se encontrar nesses três primei-ros versículos de Apocalipse três elementos, cada um consistindo em três partes. Com relação à

1) fonte da Revelação, ela era de Deus, por meio de Cristo, e comunicada por João aos seus ouvintes.

2) Os conteúdos da revelação são especifi-cados como a palavra de Deus, a verdade atestada por Cristo, reunido naquilo que João viu.

3) A bênção era tríplice — ao leitor público, aos ouvintes e especialmente aos praticantes."

B. A SAUDAÇÃO, 1:4-8

Os três primeiros versículos formam um sobrescrito para o livro, quase como um título ampliado como encontramos nos títulos de livros escritos há duzentos ou trezen-tos anos. Mas esse parágrafo constitui uma saudação, indicando o caráter epistolar do livro de Apocalipse. Charles diz: "Todo o livro, a partir de 1.4 até o seu final é, na verdade, uma epístola".'

1. A Saudação (1.4,
- 5a)

Diferentemente do costume atual de colocar o nome do remetente somente no final de uma carta, todas as cartas daquele período seguiam o costume sensível de apresentar o nome do autor logo no início. Assim, o leitor saberia imediatamente quem estava escre-vendo para ele.

Dessa forma, a parte principal do livro de Apocalipse começa com João. Esse prova-velmente era João, filho de Zebedeu, o apóstolo que escreveu o quarto Evangelho e as três epístolas que levam o seu nome (veja Int., "Autoria"). Como respeitável patriarca da Igreja ele não tinha necessidade de identificar-se mais detalhadamente.

O livro é dirigido às sete igrejas que estão na Ásia. No Novo Testamento o termo Ásia não significa o continente, mas a província romana da Ásia, situada no lado ociden-tal da Ásia Menor (veja mapa 1). Ela tinha sido formada em torno de 130 a.C., com a adição da Frigia em 116 a.C.

Por que sete igrejas? Havia igrejas cristãs em diversas outras cidades da Ásia, como Colossos e Hierápolis (Cl 1:2-4.13), Trôade (At 20:5), Magnésia e Trales, às quais 1nácio escreveu em torno de 115 d.C. Foi sugerido que Trôade foi omitida por causa da sua distân-cia das sete igrejas. Por outro lado, as cidades de Hierápolis e Colossos ficavam muito próximas de Laodicéia, e Magnésia e Trales, de Éfeso, por isso não foram mencionadas.

Mas uma explicação melhor é que sete era o número da perfeição. O autor de Apocalipse usa esse número como estrutura básica para o seu livro. Aqui esse número significa santidade e perfeição. Erdman escreve: "As sete igrejas endereçadas foram, portanto, representativas de toda a Igreja em todo o mundo e em todas as épocas. Assim, João está dirigindo o livro inteiro à Igreja Universal"' O Cânon Muratoriano (final do segundo século) já exprimia: "E João também no Apocalipse, embora escrevesse às sete igrejas, no entanto, fala a todos"?'

Graça e paz seja convosco é a mesma fórmula encontrada no início das epístolas paulinas e nas duas de Pedro. (Em 1 e II Timóteo, bem como em II João, a palavra "mise-ricórdia" é acrescentada. Essas palavras altamente significativas são discutidas nos co-mentários no início de diversas epístolas paulinas. Plummer observa que a combinação desses dois termos "une elementos gregos e hebraicos, e dá aos dois um profundo signifi-cado cristão"?'

Graça e paz vêm primeiro da parte daquele que é, e que era, e que há de vir. Isso refere-se primeiramente ao Pai, como o Eterno. Lenski comenta que "'Aquele que É' significa: 'Aquele que É de eternidade em eternidade' [...] 'e Aquele que Era' significa: `Aquele que era antes do tempo e da origem do mundo' [...] 'e Aquele que está vindo' quando o tempo já não mais existir, quando Ele vier para o julgamento final"?' Ele acres-centa: "'Aquele que está vindo' é altamente messiânico"."

Simcox segue Alford ao argumentar que toda a expressão aqui é "uma paráfrase do `nome Inefável' revelado a Moisés" em Êxodo 3:14 (i.e., Jeová ou Yahweh) e talvez tam-bém "uma paráfrase da explicação do Nome dado a ele: 'EU SOU O QUE SOU'".38 O Targum palestino de Deuteronômio 27:39 traz: "Eis que sou Aquele que Sou, que Era e que Será". Essa identificação parece razoável, embora devêssemos considerar o ponto de vista de Lenski em relação ao Messias.

A terceira frase aqui não é que há de vir, mas, literalmente, "Aquele que está vindo". Swete sugere que essa última tradução era talvez a preferida "porque prenuncia já no início o propósito do livro, que deve revelar as intervenções de Deus na história humana"."

A gramática grega aqui é irregular. Literalmente significa o seguinte: "da parte dele..." Moffatt chama isso de "violação gramatical estranha e deliberada [...] para proteger a imutabilidade e inteireza do nome divino da declinação"." Semelhantemente, Charles escreve: "Temos aqui um título de Deus expresso em termos de tempo. O Vidente violou deliberadamente as regras de gramática para preservar o nome divino inviolado de uma mudança que teria de sofrer se fosse declinado"»

Em segundo lugar, graça e paz vem dos sete Espíritos que estão diante do seu trono. Embora um certo número de comentaristas recentes interpretem essa frase como uma referência a seres angelicais, parece mais certo adotar o ponto de vista mais comum de que essa é uma designação simbólica para o Espírito Santo. Alford diz: "Os sete espíritos indicam a plenitude e a universalidade do agir do Espírito Santo de Deus, da mesma manei-ra que as sete igrejas tipificam e indicam a igreja em geral"» Swete concorda com essa posição.' Plummer acredita que a expressão significa: "O Espírito Santo, sétuplo em suas operações", e acrescenta: "O número sete mais uma vez simboliza universalidade, plenitude e perfeição — essa unidade no meio da diversidade que marca a obra do Espírito e a esfera da Igreja"» Essa interpretação é fortemente apoiada por 5.6, que se refere a Zacarias 4:10.

O sétuplo Espírito está diante do seu trono. Lenski conclui sua discussão desse versículo ao dizer: "Assim, devemos unir todas essas expressões; esses 'sete' pontos no que tange à comissão do Espírito de agir do trono e tornar Deus e o homem um"»

Em terceiro lugar, graça e paz vêm de Jesus Cristo (5). Ele é retratado por três figuras. Primeiramente, Ele é a testemunha fiel.' Fiel significa "digno de confiança". Duesterdieck não limita esse testemunho ao ministério terreno de Cristo. Em vez disso, Ele é "aquele por meio de quem cada revelação divina ocorre, que comunica predições não só para os profetas em geral, como no momento para o autor de Apocalipse, mas também testifica da verdade ao censurar, admoestar e confortar as igrejas"»

A palavra grega para testemunha mais tarde veio a significar "mártir". Dessa for-ma, nossa palavra mártir é derivada dela (gen., martyros). Moffatt comenta: "Jesus não [é] meramente a testemunha confiável de Deus, mas o mártir fiel: um aspecto da sua carreira que naturalmente se sobressaiu nos 'tempos da matança' "48 (cf. 2.10). Somente aqui e em 3.14 Jesus é chamado de testemunha.

Ele também é o primogênito dos mortos. O termo primogênito era um título messiânico.' Jesus é agora o príncipe (governante) dos reis da terra. Charles enten-de que a idéia predominante de primogênito aqui é a soberania. Ele traduz essas três cláusulas da seguinte forma: "a verdadeira testemunha de Deus, o soberano dos mortos, o governante dos vivos".50 Swete diz: "A ressurreição trazia consigo um senhorio em po-tencial sobre toda a humanidade [...] O Senhor conquistou com a sua morte o que oTentador havia lhe oferecido como a recompensa pelo pecado [...] Ele ressuscitou e ascen-deu aos céus para receber o império universal".51 Ele também observa que o título triplo — testemunha, primogênito, governante — "responde ao propósito triplo de Apocalipse, que é ao mesmo tempo um testemunho divino, uma revelação do Senhor ressurreto e uma profecia dos assuntos da história".52

Esses três versículos retratam a Trindade — Pai, Filho e Espírito Santo. "O aspecto da Trindade aparece em todo o livro de Apocalipse".'

2. A Doxologia (1.5b-6)

A contemplação de João em relação a Cristo como o Senhor Ressurreto que reina sobre tudo o faz irromper em uma explosão espontânea de louvor. Isso também é uma característica comum nas epístolas de Paulo. Almas devotas sempre responderam com louvor à bondade e grandeza do nosso Senhor.

Àquele que nos ama (5) deveria iniciar um novo versículo. O verbo também está no particípio presente.

Em vez de lavou, os melhores e mais antigos manuscritos gregos trazem "libertou". As duas formas são similares na soletração e praticamente iguais em pronúncia (lousanti [...] lusanti) e dessa forma era muito fácil serem confundidas, especialmente se o escriba estivesse copiando por meio do ditado. A tradução correta dessas duas frases é: "Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados" (ARA). A primeira frase ressalta o amor duradouro do Redentor; a segunda, sua obra de redenção concluí-da. Seu sangue era o preço que Ele pagou para nos libertar da escravidão do pecado. Esse é o ensino uniforme do Novo Testamento.

Qual é o resultado dessa redenção? Ele nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai (6). O grego traz: "E Ele nos fez um reino, sacerdotes ao seu Deus e Pai". Sacer-dotes está em aposição a reino. Isso evidentemente reflete Êxodo 19:6: "E vós me sereis reino sacerdotal". Isso também se assemelha com a frase encontrada em I Pedro 2:9: "o sacerdócio real". Charles comenta: "Nosso texto então significa que Cristo nos fez um reino, em que cada membro é um sacerdote para Deus".54 Isso não só é um grande privi-légio, mas também envolve uma imensa responsabilidade. Erdman escreve: "Uma vez que somos sacerdotes deveríamos estar oferecendo continuamente sacrifícios de louvor, de abnegação e de um ministério amoroso, derramando nossas vidas em intercessão e em serviço compassivo ao nosso próximo".'

A doxologia termina numa forma quase tipicamente paulina: a ele, glória e poder para todo o sempre. Amém. Essa é a primeira de três doxologias a Cristo no Apocalipse (cf. 5.13 7:10). Uma doxologia semelhante ocorre em II Pedro 3:18. As doxologias nas epístolas paulinas referem-se quase sempre a Deus, o Pai. Moffatt observa: A adoração de Cristo, que ressoa nessa doxologia [...] é um dos aspectos mais impressionantes do livro".56 Plummer chama a nossa atenção para um fato interessante. Ele diz: "As doxologias de São João aumentam em volume à medida que ele progride — dupla aqui, tripla em 4.11, quádrupla em 5.13 e sétupla em 7.12".57

Tem sido sugerido que I Crônicas 29:11 — "Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade" — seja a fonte da maioria das doxologias posteriores. Uma vez que Jesus é chamado de "Senhor" no Novo Testamento, Ele se torna, com o Pai, o objeto dessa adoração.

A expressão para todo sempre é literalmente "pelos séculos dos séculos"; isto é, "eternamente" (Phillips). Essa expressão ocorre mais 12 vezes em Apocalipse.'

Evidentemente, o hábito de colocar Amém no fim da oração ou louvor começou mui-to cedo. Swete diz: "A palavra Amém ocorre no final de quase todas as doxologias do NT".59 Essa palavra significa "Assim seja!" ou "Verdadeiramente!"

  1. A Profecia (1,7)

Esse versículo é "uma reminiscência e adaptação" de Daniel 7:13 e Zacarias 12:10- 14.6° Eis que vem com as nuvens é da passagem de Daniel: "e eis que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do Homem". Essa vinda nas nuvens é mencionada mais seis vezes no Novo Testamento (Mt 24:30-26.64; Mc 13:26-14.62; Lc 21:27; Ap 14:14). A linguagem aqui reflete Marcos 14:62: "e vereis o Filho do Homem [...] vindo sobre as nuvens do céu".

O restante desse versículo é tirado em grande parte de Zacarias 12:10. Quando Cris-to vier em julgamento, todo olho o verá. Estarão incluídos os mesmos que o traspas-saram. Aqui se refere claramente ao traspassar do "lado de Jesus" na cruz (Jo 19:34). Essa mesma passagem de Zacarias é citada nessa conexão (Jo 19:37). O fato do traspas-sar ser mencionado somente no Evangelho de João, e que a ordem de palavras aqui e em João 19:37 concordem de maneira impressionante' fornece um apoio considerável para a autoria em comum do quarto Evangelho e de Apocalipse.

Mas essa predição de julgamento não deveria ficar restrita à nação judaica. Plummer escreve: "A referência aqui é a todos aqueles que 'crucificam o Filho de Deus novamente', não meramente aos judeus".' João acrescenta: e todas as tribos da terra se lamenta-rão sobre ele. Essa é "uma livre adaptação do hebraico em Zacarias 12:12".'

A combinação dessas passagens de Daniel e Zacarias já tinha sido feita no discurso do monte das Oliveiras (Mt 24:30). Simcox declara: "Esse versículo, como também se pode dizer de todo o livro, é fundamentado principalmente na própria profecia do Senhor registrada em Mateus 24, e em segundo lugar, nas profecias do Antigo Testamento às quais Ele ali se refere e que resume"."

Simcox acrescenta essa observação útil na relação com a passagem do AT: "Mas enquanto as palavras aqui são tiradas de Zacarias, o pensamento é mais propriamente de Mateus 24:64: 'aqueles que o traspassaram' são vistos não como olhando para Ele com fé e pranteando por Ele em penitência, mas em vê-lo como Alguém em quem não creram e, por isso, estão pranteando em desespero"."

No grego, Sim! Amém é nai, amen. Charles observa: "Temos aqui formas gregas e hebraicas de confirmação lado a lado"." A mesma associação é encontrada em II Coríntios 1:20. Em 3.14, Jesus é nomeado de "o Amém". Charles comenta: "Aqui Cristo é repre-sentado como o Amém divino personalizado, o avalista em pessoa acerca da verdade declarada por Ele"."

  1. A Proclamação (1,8)

Esse versículo parece ser independente, não estando relacionado com o que o precede ou o segue. João tem falado, mas agora uma nova personagem faz uma declaração divina.
Mas quem é essa nova personagem que fala? Swete escreve: "A abertura solene do livro alcança seu clímax aqui com palavras atribuídas ao Pai Eterno e Todo-poderoso".' Muitos comentaristas recentes concordam com isso.

Mas Plummer discorda. Ele diz o seguinte acerca das frases usadas aqui: "Atribuí-las ao Pai rouba as palavras da sua adequação especial nesse contexto, em que formam o prelúdio para 'a Revelação de Jesus Cristo' como Deus e como o 'Governante dos reis da terra'".' Ele sente que João está aqui ressaltando a divindade de Jesus, e encontra uma progressão nisto: Alfa e o Ômega (1.8), "o Primeiro e o Último" (1.17; 2.8), "Alfa e o Omega, o Princípio e o Fim" (21.6), "Alfa e o Omega, o Primeiro e o Derradeiro" (22.13).

J. B. Smith chama a atenção para o fato de os pais da Igreja Primitiva aplicarem esse versículo a Cristo. Ele cita integralmente de Hipólito e Orígenes e documenta as citações.' Essa parece a melhor posição.

Alfa e o Ômega são a primeira e a última letra do alfabeto grego. Provavelmente, elas são usadas "como nos provérbios rabínicos a primeira e última letra do alfabeto

hebraico, simbolizando 'o princípio e o fim'".' No entanto, as palavras explanatórias, o Princípio e o Fim, não são genuínas, embora o sejam em 22.13. Acerca de Alfa e o Ômega, Swete escreve: "A frase é entendida como não expressando somente eternidade, mas infinidade, a vida ilimitada que compreende tudo e transcende tudo"."

O Senhor é "o Senhor Deus" no melhor texto grego. Todo-poderoso (pantokrator) ocorre somente mais uma vez no Novo Testamento 1Co 6:18), mas é encontrado nove vezes no Apocalipse.

Lenski diz o seguinte acerca do propósito de João ao escrever os versículos 7:8: "De forma dramática ele expressa o resumo do tema de todo o livro; de todas as revelações que teve (v. 7) e no versículo 8 anexa a própria assinatura de Cristo"."

C. O FILHO DO HOMEM, 1:9-20

1. O Cenário da Visão (1:9-11)

Antes que João pudesse receber uma apresentação prévia do que ocorreria no futu-ro, ele precisa ver o próprio Cristo. O cenário da visão era o apóstolo na ilha de Patmos (veja mapa

1) em espírito, no dia do Senhor (10). O assunto da visão era o Filho do Homem, parado no meio da sua Igreja.

O autor apresenta-se como Eu, João (9). A. R. Fausset chama nossa atenção para os paralelos em Daniel 7:28-9.2; 10.2 e comenta: "[Essa é] uma das muitas semelhanças entre os videntes apocalípticos do Antigo e do Novo Testamento. Nenhum outro autor das Escrituras usa essa frase"."

João se descreve como vosso irmão, ou companheiro cristão, e companheiro na aflição, e no Reino, e na paciência de Jesus Cristo. Isso é mais corretamente tradu-zido da seguinte forma: "companheiro participante [synkoinonos] na tribulação e reino e perseverança que estão em Jesus" (NASB). A palavra paciência é um termo passivo demais para o grego hypomone, que significa "persistência e constância".

Acerca da frase na aflição, Bengel faz a seguinte observação convincente: "Esse livro tem um grande apreço pelos fiéis na aflição"." O livro de Apocalipse foi escrito em uma época de grande tribulação para os cristãos, e ele se torna muito significativo em tempos como esses.

João estava na ilha de Patmos. Essa era uma pequena ilha com cerca de 16 quilômetros de comprimento de norte a sul e não mais do que 10 quilômetros de largura, situada a cerca de 60 quilômetros a sudoeste de Mileto (veja mapa 1). Ela é consti-tuída de montes vulcânicos rochosos.

A apóstolo estava lá por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Je-sus Cristo. Isso não significa que ele tinha ido à ilha para pregar o evangelho. Uma paráfrase correta seria: "porque eu havia pregado a palavra de Deus e dei meu testemu-nho de Jesus" (NEB). As pequenas ilhas do mar Egeu eram usadas pelos romanos como lugares de reclusão, para os quais eram banidos os prisioneiros políticos. Uma compara-ção entre 6.9 e 10.4 mostra que no livro de Apocalipse palavra de Deus e testemunho são usados em conexão com a perseguição dos cristãos. Falando da opressão por Domiciano (95 d.C.), Eusébio escreve: "Nessa perseguição, de acordo com a tradição, o apóstolo e evangelista João, que ainda estava vivo, em conseqüência do seu testemunho da palavra divina, foi condenado a morar na ilha de Patmos".76 Ele também diz: "Mas, depois que Domiciano tinha reinado quinze anos, e Nerva chegou ao governo, o senado romano decretou que [...] aqueles que tinham sido expulsos injustamente deveriam retornar aos seus lares e ter seus bens restaurados [...] Foi então que o apóstolo João retornou do exílio e voltou a morar em Éfeso, de acordo com uma tradição antiga da igreja".'

Parece que tempos de tribulação freqüentemente preparam o terreno para a revela-ção de Deus ao homem. Plummer observa: "Foi no exílio que Jacó viu Deus em Betel; foi no exílio que Moisés viu Deus na sarça ardente; foi no exílio que Elias ouviu 'uma voz mansa e delicada'; foi no exílio que Ezequiel viu a glória do Senhor junto ao rio Quebar; foi no exílio que Daniel viu o "ancião de dias".78

João declara que quando recebeu a visão, estava em espírito (10). O que isso signi-fica? Os tradutores têm interpretado essa frase de diversas formas: "em transe" (NT 20th Century), "inspirado pelo Espírito" (Weymouth), "arrebatado no Espírito" (Moffatt), "possuído pelo Espírito" (Berk.), "no poder do Espírito" (C. B. Williams), "alcançado pelo Espírito" (NEB). Os comentaristas diferem muito na tradução. Lange explica a frase como significando o seguinte: "transportado para fora da consciência ordinária de cada dia e colocado na condição de êxtase profético".' Simcox traz: "Foi levado a um estado de arrebatamento espiritual"." Charles diz que egenomen en pneumati (lit.: "tornei-me no espírito") "não significa nada mais do que o vidente cair em transe"." Lenski escreve: "A frase significa 'em espírito', e não deveríamos escrevê-la com letra maiúscula como que se referindo ao Espírito Santo. Esse é o pneuma de João".' Ele acredita tratar-se de um êxtase milagroso, "um estado causado diretamente por Deus".' Nós preferimos a inter-pretação de Swete que entende que toda a frase "denota a exaltação de um profeta debai-xo da inspiração"' (do Espírito).

Essa experiência imponente veio a João no dia do Senhor. Alguns entendem que isso significa "o dia do Senhor", uma frase profética comum no Antigo e Novo Testa-mento. Eles acreditam que o vidente foi transportado em espírito para o tempo da Segunda Vinda.

Mas o grego aqui descarta essa interpretação. Do Senhor é um adjetivo, não a expressão comum do genitivo "do Senhor". Essa expressão ocorre somente mais uma vez no Novo Testamento 1Co 11:20 — "a Ceia do Senhor"). Ela significa "pertencer ao Se-nhor" ou "consagrado ao Senhor".

O adjetivo é encontrado diversas vezes nas inscrições e nos papiros do Egito e Ásia Menor, em que significa "imperial".' O exemplo mais antigo conhecido do uso dessa palavra está em uma inscrição de seis de julho de 68 d.C. Aqui são encontradas as ex-pressões "as finanças imperiais" e "tesouro imperial". Deissmann também observa que desde 30 a.C. até o tempo de Trajano (98-117 d.C.) um certo dia de cada mês era observa‑

do como hemera Sebaste, em memória do nascimento de Augusto, e sugere que "o título distinto 'dia do Senhor' [kyriake hernera] pode ter estado conectado com sentimentos conscientes de protesto contra o culto ao imperador, ou seja, o 'dia de Augusto"." Pode ser que os cristãos tenham adotado o nome dia do Senhor em comemoração à ressurrei-ção de Jesus no primeiro dia da semana. No grego moderno, o domingo é chamado de kyriake. Dessa passagem no Apocalipse, Charles diz: "Aqui 'dia do Senhor' tornou-se uma designação técnica do domingo".'

Não é difícil reconstruir o cenário. No exílio em Patmos, João foi impedido de se reunir com os santos no domingo. Olhando para o mar aberto, ele indubitavelmente pensava nos cristãos em Éfeso reunidos para adorar. Ele bem pode ter estado meditando na ressurreição. Moffatt sugere: "Com a sua mente absorvida no pensamento do Jesus exaltado e abastecida com conceitos de Daniel e Ezequiel, o profeta teve o seguinte êxta-se no qual os pensamentos de Jesus e da igreja, já presentes na sua mente, são unidos em uma visão"."

T. F. Torrance une as afirmações dos versículos 9:10Eu, João [...] estava na ilha chamada Patmos e fui arrebatado em espírito, no dia do Senhor. Ele então faz esta observação: "Nessas duas sentenças autobiográficas vemos logo de início a situ-ação dupla da qual esse livro nasceu. Por um lado, há o destino duro e cruel do tempo, mas, por outro, há o Espírito do Deus Todo-poderoso".'

Assim, preparado no coração e na mente para a revelação, João ouviu atrás de si uma grande voz (cf. Ez 3:12). O som veio tão alto e claro como o soar de uma trombeta.

Que dizia (11) equivale a aspas. Aquele que falava era evidentemente Jesus (cf. vv. 12-13). As palavras "Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, e" não estão nos manuscritos mais antigos. O mesmo é verdade para que estão na Ásia (cf. v. 4). João recebe a ordem de escrever em um livro o que vê. A palavra grega é biblion, origem da nossa palavra "Bíblia". Ela se refere ao rolo de papiro, para ser distinguido de pergami-nhos mais caros que eram feitos de peles de animais (cf. 2 Tm 4.13). O rolo de Apocalipse teria cerca de cinco metros de comprimento.'

O rolo escrito deveria ser enviado para as sete igrejas (cf. v. 4). Essas igrejas são agora designadas pelo nome. As distâncias entre essas cidades são calculadas por Charles: "Esmirna ficava a cerca de 65 quilômetros ao norte de Éfeso, Pérgamo a 65 quilômetros ao norte de Esmirna, Tiatira a 72 quilômetros a sudeste de Pérgamo, Sardes a 48 quilômetros ao sul de Tiatira, Filadélfia a 48 quilômetros a sudeste de Sardes e Laodicéia a 65 quilômetros a sudeste da Filadélfia"." Bowman escreve: "Uma olhada no mapa da província romana da Ásia [veja mapa 1] mostra as sete igrejas organizadas na forma de um castiçal de sete braços do Templo de Herodes — números 1:7-2 e 6, 3 e 5 formando pares de lados opostos com o número 4 no topo"."

Sir William Ramsay, uma das maiores autoridades da história primitiva da Ásia Menor, insiste de forma acertada que deve ter havido um motivo para a seleção dessas sete igrejas em particular. O primeiro motivo era o sistema de estradas. Ele nota que "todas as Sete Cidades ficam na grande estrada circular que unia a parte mais populosa, rica e influente da província, a região centro-ocidental"." Ele finalmente chega à seguinte conclusão: "A hipótese inevitavelmente sugere que os sete grupos de igrejas, em que a província havia sido dividida antes que o Apocalipse tinha sido composto, eram sete distritos postais, cada um tendo como centro ou ponto de origem uma das sete cidades"." Isso é apenas uma teoria, mas ela parece interessante.

2. O Tema da Visão (1:12-20)

João se virou "para identificar a voz de quem estava falando" (NEB) com ele. E virei-me (12) — melhor traduzido por "tendo me virado" — vi sete castiçais de ouro — ou "candelabros" ou "lustres". Isso é diferente do que o castiçal de sete braços com sete lâmpadas de Zacarias 4:2. No meio dos castiçais de ouro havia um semelhante ao Filho do Homem (13). Visto que o grego não tem o artigo definido antes de Filho, muitos tradutores modernos trazem literalmente: "um filho do homem". Plummer con-corda com essa tradução e comenta: "O Messias glorificado ainda apresenta essa forma humana, da maneira como o discípulo amado o havia conhecido antes da sua ascensão".95 Swete observa: "O Cristo glorificado é humano, mas transfigurado"." Semelhantemente, Lange escreve que semelhante (homoios) "é também em parte indicativo da visão apos-tólica de que a personalidade humana de Cristo, em sua glorificação, é vestida com o esplendor de majestade divina"."

A forma mais satisfatória de tratar a frase um semelhante ao Filho do Homem parece aquela que Simcox apresenta. Ele diz: "A ausência do artigo aqui não prova que não se tenha em mente o nosso Senhor, mas que o título foi tirado diretamente do grego em Daniel 7:13, em que as duas palavras também estão sem o artigo [...] as palavras em si não significam mais do que 'eu vi uma figura humana', mas as suas associações deixariam claro a todos os leitores do livro de Daniel que foi um Ser sobre-humano em forma humana; e para um cristão dos dias de João, como para os do tempo atual, Quem esse Ser era."

Os sete castiçais (candelabros) são mais tarde identificados como simbolizando "as sete igrejas" (v. 20). Assim, aqui a figura é de Cristo parado no meio de sua Igreja.

Esse é um pensamento tremendamente confortante. Mas, também encontramos um desafio nesse quadro. Se as igrejas são lâmpadas, elas deveriam iluminar as trevas des-se mundo. Moffatt escreve: "A função das igrejas é personificar e expressar a luz da presença divina sobre a terra [...] seu dever é manter a luz queimando e brilhando, se não a razão da sua existência desaparece (2,5) "."

Agora vem a descrição detalhada do Filho do Homem glorificado. O primeiro item é: vestido até aos pés de uma veste comprida. Com a exceção de vestido [...] de (particípio passivo perfeito) toda a cláusula é uma palavra no grego, podere. Ela é, na verdade, um adjetivo, encontrado somente aqui e significando "alcançando até os pés". A palavra é usada em Êxodo (LXX) para vestimentas sacerdotais. Moffatt diz que esse termo, "uma veste que alcança até os pés, era um símbolo oriental expressando dignida-de"?' A próxima cláusula, e cingido pelo peito com um cinto de ouro, é mais bem traduzido por: "e com um cinturão de ouro ao redor do peito" (Weymouth). Esse era "mais um símbolo de uma posição elevada, geralmente reservada a sacerdotes judeus, embora os persas freqüentemente se dirigissem aos seus deuses como 'cingidos com cinturão elevado' "1°1 Ao unir essas duas sentenças, temos uma figura de dignidade sacerdotal e real. Para nenhum outro essa combinação é tão apropriada quanto para o nosso Senhor.

O terceiro item é: sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve (14). Swete observa: "Expositores antigos encontram no cabelo branco como neve um símbolo da preexistência eterna do Filho".' Plummer escreve: "Esse branco como neve é parcialmente o brilho da glória celestial, parcialmente a majestade da cabeça branca".' Mas vários comentaristas chamam a atenção ao fato de que cabelo branco é um sinal de decadência quando associado com idade. Assim, Lenski conclui: "Achamos que essa passa-gem com o símbolo do cabelo que é branco como neve e lã tem a intenção de representar Jesus como sendo coroado com santidade".' Há um paralelo próximo em Daniel 7:9 (LXX).

O quarto ponto na descrição do Cristo glorificado é que os olhos eram como cha-ma de fogo (phlox pyros). Essa é uma alusão evidente a Daniel 10:6 — "e os seus olhos, como tochas de fogo" — uma metáfora comum na literatura latina e grega. J. B.

Smith sugere que esse aspecto simboliza "onisciência e escrutínio".1" Swete acrescen-ta: "O brilho penetrante [...] que reluzia com inteligência vivaz, e quando necessário

surgia com ira justa, foi percebido por aqueles que estavam com o nosso Senhor nos dias da sua carne [...] e encontra sua aposição, como o vidente agora percebe, na vida após a ressurreição e a ascensão".'

O quinto item é: e os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivesse sido refinado numa fornalha (15). Novamente encontramos um paralelo em Daniel

10.6 — "e os seus braços e os seus pés, como cor de bronze polido" (cf. Ez 1:4-7, 27; 8.2).

A palavra grega para latão reluzente ("bronze polido", ARA) é incerta quanto ao seu significado etimológico. Mas, o sentido parece esse apresentado nas nossas versões em

português. O simbolismo sugerido por Swete é: "Pés de latão representam força e estabi-lidade".' Refinado também pode ser traduzido por "incandescente" ou "ardente". Nas Escrituras, latão parece tipificar julgamento.

Um sexto aspecto é: e a sua voz, como a voz de muitas águas. Em Daniel 10:6 lemos: "e a voz das suas palavras, como a voz de uma multidão". Mas os ouvidos de João

estavam repletos com o bramido das ondas do mar Egeu batendo contra a ilha rochosa de Patmos. Assim, ele usa essa imagem para descrever a voz. Ao fazê-lo, no entanto, ele estava fazendo eco a Ezequiel 43:2 — "a sua voz era como a voz de muitas águas".

O Filho do Homem tinha na sua destra sete estrelas (16). O significado disso é dado no versículo 20. E da sua boca saía uma aguda espada de dois fios. Essa era

originariamente "uma espada grande, longa e pesada, quase da altura de um homem,

que é manejada com as duas mãos, uma arma dos trácios".'" Mas na Septuaginta ela é aparentemente usada de forma sinônima à palavra mais conhecida para uma espada
comum. Lenski acrescenta: "Onde lemos 'dois fios' o grego traz 'duas bocas', os dois gu-mes mordendo, devorando como duas bocas. A palavra 'aguda' é acrescentada. Ela era afiada a tal ponto que pudesse cortar profundamente"."

A linguagem dessa sentença parece refletir Isaías 11:4: "e ferirá a terra com a vara de sua boca"; e Isaías 49:2: "E fez a minha boca como uma espada aguda". Charles co‑

menta: "A espada que procede da boca do Filho de Deus é simplesmente um símbolo da sua autoridade judiciar.' Retratos literais disso na arte religiosa e diagramas proféti-cos mostram-se ridículos e beiram o sacrilégio. Eles deveriam nos advertir contra repre-sentações visuais de figuras simbólicas no Apocalipse.

O último item da descrição é o seguinte: e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece. Esse é um eco óbvio da transfiguração (Mt 17:2).

Depois de observar os diversos empréstimos do livro de Daniel, Kiddle faz este co-mentário: "Embora uma parte do quadro de João não seja original, ele transmite uma concepção do Messias que é única, porque Cristo é dotado de um esplendor e autoridade que até então somente tinham sido atribuídos a Deus".111 Essa é uma das ênfases inequí-vocas do Novo Testamento.

O efeito da visão foi esmagador: caí a seus pés como morto (17). Daniel experi-mentou uma reação muito parecida em sua visão (Dn 10:8-9). Palavras semelhantes são usadas em Josué 5:14 e Ezequiel 1:28-3.23; 43.3. Erdman comenta: "Cada visão da pure-za, majestade e poder divino inspira admiração e reverência".1"

No entanto, esse Cristo severo do julgamento também era o Cristo compassivo. Por-que ele pôs sobre João a sua destra (cf. Dn 10:10; Mt 17:1) e disse: Não temas (cf. Dn 10:12). Eu sou o Primeiro e o Último é usado para referir-se a Deus em Isaías 44:6. Mas aqui essa frase se refere claramente a Cristo, e ressalta a sua divindade, como é o caso em 2.8 e 22.13.

E o que vive (18) ou "e Aquele que vive" (kai ho zon) — um título divino, aplicado a Deus tanto no Antigo como no Novo Testamento. Essa frase deveria ser conectada com o que precede ou com o que segue, [e] fui morto (kai egenomen necros) ? Charles entende que se refere à segunda opção. Ele une os dois itens em uma linha poética: "E Aquele que vive e estava morto". Então diz: "Os comentaristas mais recentes conectam kai ho zon com as palavras precedentes. Mas em cada exemplo, quer em Isaías quer no Apocalipse, a frase 'eu sou o Primeiro e o Último' é completa em si mesma, e a frase kai ho zon simplesmente enfraqueceria a plenitude da afirmação feita nessas palavras. Por outro lado, quando conectadas a kai egenomen necros, elas são cheias de significado no con-traste entre a vida eterna que Ele possui e a condição da morte física à qual se submeteu por amor do homem".1"

Aquele que estava morto agora pode dizer: eis aqui estou vivo para todo o sem-pre. Em outras palavras, Ele é o Eterno. A palavra Amém não é encontrada nos melho-res manuscritos gregos e deveria ser omitida.

Há mais uma afirmação: E tenho as chaves da morte e do inferno. Talvez fosse melhor transliterar hades, em vez de traduzir por inferno (cf. NVI — "E tenho as cha-ves da morte e do Hades").

Uma vez que tem havido muita discussão acerca desse termo, seria proveitoso estu-dar um pouco melhor o seu significado. No pensamento grego, Hades era primeiramente

  1. nome do deus do submundo. Mais tarde tornou-se sinônimo do submundo em si, como
  2. lugar dos espíritos dos mortos. Na Septuaginta, Hades é a tradução da palavra hebraica Sheol, o reino dos mortos.

Josefo, o historiador judeu do primeiro século, revela o pensamento confuso do juda-ísmo nos dias de Jesus acerca desse assunto. Ele declara que os fariseus entendiam que as almas dos justos e dos ímpios ficavam no Hades."' Mas, embora sendo ele próprio um fariseu, escreve que a alma do obediente "obtém um lugar santíssimo no céu [...] enquan-to a alma daquele que agiu perversamente é recebida no lugar mais sombrio no Hades".1"

Poderia parecer que o termo Geena, nos ensinamentos de Jesus (cf. Mt 5:22), de-vesse ser identificado com o "lago de fogo" de Apocalipse 19:20-20.10, 14-15. Mas a morte e o Hades são lançados no lago de fogo (20.14). Assim, obviamente o lugar do castigo eterno é Geena, não Hades. J. Jeremias escreve: "Em todo o NT, Hades serve somente como um propósito interino. O Hades recebe as almas após a morte e os entre-ga novamente na ressurreição (Ap 20:13) ".116 Charles diz o seguinte acerca desse termo em Apocalipse: "De acordo com nosso autor, Hades é a habitação intermediária somen-te dos ímpios ou injustos".'

As chaves significam autoridade. Jesus possui plena autoridade sobre o domínio da morte e do Hades.

R. H. Charles apresenta uma observação apropriada acerca do versículo 18: "Esse versículo descreve o triplo conceito de Cristo em João: a vida eterna permanente que Ele tinha independentemente do mundo; sua humilhação a ponto de morrer fisicamente e sua ressurreição para uma vida não somente eterna em si mas para uma autoridade universal sobre a vida e a morte".'
Charles Simeon nota que nos versículos 17:18, Jesus faz uma afirmação tríplice de ser:

1) o Deus eterno;

2) o Salvador vivo;

3) o Soberano universal.
João já havia recebido a ordem de escrever em um rolo "o que vês" (v. 11). Agora a ordem é repetida e feita de forma mais explícita: Escreveu' as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer (19).

Erdman rejeita fortemente a "concepção popular" de que esse versículo nos fornece um esboço triplo do livro de Apocalipse.' Mas nós preferimos seguir Charles quando escreve: "Essas palavras resumem, grosso modo, o conteúdo do livro. Ha eides [as coisas que tens visto] é a visão do Filho de Deus que tinha acabado de ser mostrada ao viden-te; ha eisin [as que são] refere-se diretamente à condição atual da Igreja, mostrada nos capítulos 2:3, e indiretamente ao mundo em geral; he mellei ginesthai meta tauta [as que depois destas hão de acontecer] diz respeito às visões a partir do capítulo 4, que, com a exceção de algumas seções que se referem ao passado e ao presente, tratam do futuro".' Esse é o esboço adotado neste comentário.

O primeiro capítulo termina com uma explanação do mistério das sete estrelas [...] e dos sete castiçais. Acerca dessa expressão significativa Erdman escreve: " 'Mis-tério' é no uso do Novo Testamento, verdade ou realidade divinamente revelada".' Swete diz que mistério é "o significado interno de uma visão simbólica".'

João é informado de que as sete estrelas representam os anjos das sete igrejas. Uma vez que a palavra grega angelos significa "mensageiro" e é claramente usada para mensageiros humanos em Lucas 7:24-9.52 e Tiago 2:25, muitos acreditam que a referên-cia aqui seja aos mensageiros que seriam enviados com as cartas às sete igrejas — talvez delegados que vieram daqueles lugares para visitar João — ou mais simplesmente, os "pastores" das igrejas. Essa idéia é contestada, visto que nas mais de 60 vezes que a palavra angelos é usada nesse livro dissociada da conexão com as igrejas, ela sempre se refere a seres sobre-humanos. Swete conclui: "Há, portanto, uma forte conjectura de que os angeloi ton ecclesion são 'anjos' no sentido que a palavra tem em outras partes do livro".124 Charles concorda plenamente.' Swete também não concorda em identificá-los como "anjos guardiões" das igrejas. Ele finalmente chega a uma conclusão: "Conseqüen-temente, a única interpretação que sobra é a que entende que esses anjos são duplicatas ou contrapartes celestiais das sete Igrejas, que, assim, vêm a ser identificadas com as próprias Igrejas".126 Provavelmente, mais aceitável é o ponto de vista de Erdman de que "anjo" é "o espírito predominante" na igreja, "uma personificação do caráter, tempera-mento e conduta da igreja".127

Parece que um ponto de vista melhor formulado é o de Alfred Plummer. Ele escreve: "A identificação do anjo de cada igreja com a própria Igreja é mostrada de uma maneira marcante pelo fato de, embora cada epístola ser dirigida ao anjo, ainda assim, a estrofe recorrente seja: "ouça o que o Espírito diz às igrejas", não "aos anjos das igrejas". O anjo e a Igreja são os mesmos sob diferentes aspectos: um no seu caráter espiritual personifi-cado; o outro, na congregação dos crentes que coletivamente possuem esse caráter.'

Mas nos perguntamos se essa interpretação deixa espaço adequado para a distinção entre as estrelas e os castiçais. Este comentarista é relutante em desistir da visão popu-lar de que os anjos são os pastores das igrejas — um pensamento grandemente confortador: eles são guardados nas próprias mãos de Cristo.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Apocalipse Capítulo 1 versículo 8
Ap 1:17; Ap 21:6; Ap 22:13; conforme Is 41:4; Is 44:6. Alfa e Ômega são, respectivamente, a primeira e a última letra do alfabeto grego, e a frase equivale a dizer “o princípio e o fim” (conforme Ap 21:6; Ap 22:13).Ap 1:8 Em diversos manuscritos aparece:
o princípio e fim.Ap 1:8 Aquele que é... vir:
Ver Ap 1:4,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Apocalipse Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
*

1.1-3 A maior parte de Apocalipse (1.4-22,21) apresenta a forma duma carta com saudações, desenvolvimento e despedida. Este prólogo ajuda a orientar os leitores quanto ao conteúdo que eles esperam encontrar no livro. É dada ênfase à autoridade divina da mensagem (de Deus e Jesus Cristo), sua infalibilidade (observe a palavra “devem” no v. 1) e sua relevância crucial (v. 3). Deus investe profundamente no processo de comunicação: a mensagem se origina em Deus o Pai, é entregue a Jesus Cristo e revelada a João através de um anjo (v. 1). João testemunha escrevendo a mensagem (v. 2), e todos são encorajados a ler e ouvir (v. 3).

Apocalipse enfatiza que a mensagem é inteligível, apesar de vir em forma simbólica. É “revelação”, desvendar e não ocultar a verdade (v. 1). Destina-se aos “seus servos”, não a uma elite especial (v.1). Deus espera que os cristãos “guardem as coisas nela escritas” para proveito espiritual (v. 3). Uma bênção encoraja as pessoas a ler e ouvir (v. 3).

* 1.1 em breve. Ver referência lateral e 22.6,7,10,12,20. A batalha espiritual tem lugar através de toda era da igreja. Sete igrejas experimentarão em breve todas as dimensões do conflito. Além disso, os “últimos dias” de que fala a profecia do Antigo Testamento foram inaugurados pela ressurreição de Cristo (At 2:16-17). O tempo de espera acabou e Deus está executando a fase final de sua batalha vitoriosa contra o mal. Reconhecido isso, hoje é “a última hora” (1Jo 2:18).

* 1.2 testemunho de Jesus Cristo. Por causa da iminente perseguição que ameaça sufocar o testemunho cristão (17.6), Apocalipse está repleto do tema testemunho. Jesus Cristo é a testemunha principal (v. 5; 3.14; 19.11). Seguir o seu exemplo pode resultar em martírio (12.11). O próprio Apocalipse é um testemunho que tem por finalidade fortalecer o testemunho dos seus leitores. Sua mensagem é repleta de autoridade e autenticidade divinas (19.10; 22.6,16,20).

* 1.3 Bem-aventurados. Apocalipse não apenas pronuncia juízo sobre os incrédulos mas também bênção sobre os crentes (14.13; 16.15; 19.9; 20.6; 22.7,14).

profecia. Ver 22:7-10,18,19. Semelhante à profecia do Antigo Testamento, Apocalipse combina visões do futuro dados por Deus com exortação à fidelidade. Esta profecia é uma forma distinta e inspirada do testemunho que todos os cristãos devem dar (v. 2 nota).

guardam as coisas. Apocalipse não se destina a encantar nossa fantasia mas fortalecer nossos corações (Introdução: Características e Temas: Conteúdo).

*

1.4 às sete igrejas. Ver v. 11; 2:1-3.22. Apocalipse é organizado em setes, o número bíblico que simboliza totalidade (Gn 2:2,3). A escolha de sete igrejas expressa este tema e aponta para a relevância maior que a mensagem possui para todas as igrejas (vs. 1,3; 2.7,11,17,29; 3.6,13,22; 22.7,11-14,16,18-21).

Ásia. A província romana da Ásia situa-se no oeste da Turquia atual.

daquele que é, que era e que há de vir. Semelhante ao nome divino de Êx 3:14,15. Ver nota no v. 8.

sete Espíritos. O Espírito Santo é descrito em plenitude sétupla (4.5; Zc 4:2,6). Observe a procedência da graça e paz da Trindade: Deus o Pai (“daquele que é”), o Filho (1,5) e o Espírito (cf. 2Co 13:14; 1Pe 1:1,2).

* 1.5-8 João louva a Deus de maneira semelhante como no início da maioria das cartas paulinas. Os temas da soberania de Deus, redenção e segunda vinda de Cristo aparecem ao longo de Apocalipse.

* 1.5 A função principal de Jesus Cristo em todo o Apocalipse já é antecipada nesta descrição.

Fiel Testemunha. Ver nota no v. 2.

o Primogênito. Ver nota no v. 18.

Soberano. Ver nota nos cap. 4 e 5.

nos libertou. Ver nota no cap. 5.

* 1.6. O tema da adoração e do louvor a Deus se estendem ao longo de Apocalipse. Observe os louvores em 4.8,11; 5.9,13; 7.12; 11.15; 12:10-12; 15.3,4; 19:1-8. Expressões de louvor são uma parte integral da batalha espiritual.

reino, sacerdotes. Santos desfrutam do governo de Deus e, como sacerdotes, possuem íntimo acesso a ele (Hb 10:19-22; 1Pe 2:5-9). No futuro, eles reinarão com ele (2.26,27; 3.21; 5.10; 20.4,6). Agora todas as nações compartilham dos privilégios sacerdotais conferidos a Israel em Êx 19:6. Os propósitos da redenção presentes no êxodo do Egito e os propósitos do domínio dado à humanidade na criação, são ambos cumpridos através de Cristo (5.9,10). O tema da adoração sacerdotal e do acesso a Deus é complementar ao tema do templo em Apocalipse (caps. 4 e 5, nota).

*

1.8 o Alfa e o Ômega. A primeira e a última letra do alfabeto grego. Deus é Alfa (Criador) e Ômega (aquele que introduz no novo céu e na nova terra). Ele é Senhor de todos — no passado, presente e futuro — como sugerido por “que é... há de vir” (caps. 4 e 5, nota). Sua soberania na criação garante o cumprimento dos seus propósitos na restauração da criação (Rm 8:18-25).

que há de vir. No futuro, Deus virá para cumprir todos os seus propósitos (21.1-22.5).

* 1.9-11 Uma identificação de João e suas circunstâncias (nas quais representa toda a igreja) prepara o caminho para a primeira visão principal em 1:12-3.22.

* 1.9 perseverança. A exortação de persistir e permanecer fiel se estende ao longo de Apocalipse (2.2,3,13,19; 3.10; 6.11; 13.10; 14.12; 16.15; 18.4; 20.4; 22.7,11,14). Aqui se encontra uma exortação prática em meio à perseguição e tentação (Introdução: Data e Ocasião).

Patmos. Uma pequena ilha na costa oeste da Ásia Menor. Patmos possuia uma colônia penal romana destinada a pessoas consideradas perigosas à boa ordem.

* 1.10 em espírito. Uma referência ao Espírito Santo, provendo João com visões especiais e o transportando a lugares privilegiados para vê-las (4.2; 17.3; 21.10). Ou então, uma referência ao teor das visões recebidas pelo apóstolo, em um transe espiritual.

dia do Senhor. Domingo, o dia cristão de culto quando é celebrada a ressurreição de Cristo. A celebração dominical antecipa a celebração da vitória final de Deus (19.1-10).

grande voz. A voz de Cristo. Sons e vozes fortes indicam o poder e relevância universal das mensagens e eventos (1.15; 4.1,5; 5.2,12; 6.1; 7.2,10; 8.5,13; 10.3; 11.12,15,19; 12.10; 14.7,9,15,18; 19.1,3,6,17).

*

1.11 sete igrejas. Ver nota no v. 4.

* 1.12-20 Cristo aparece em extraordinária glória (conforme 21:22-24). “Semelhante a filho de homem” reporta-se a Dn 7:13. As figuras dos vs. 12-16 lembram Dn 7:9,10; 10:5,6 e Ez 1:25-28, mas incluem semelhanças mais remotas à muitas aparições de Deus no Antigo Testamento. A visão mostra Cristo como juiz e governante — primeiramente sobre todas as igrejas (1.20-3.22), como também sobre todo o Universo (2.27; 3.21). Sua divindade, autoridade e conquista da morte garantem vitória final (vs. 17,18; 17.14; 19:11-16). Essa visão da soberania de Deus exercida através de Cristo é o ponto fundamental da mensagem de Apocalipse (Introdução: Dificuldades de Interpretação). A aparição de Cristo como que em batalha (v. 16) antecipa sua função na batalha final (19.11-21) e aponta retrospectivamente às batalhas de Deus no Antigo Testamento (Êx 15:3; Dt 32:41,42; Is 59:17,18; Zc 14:3). Cristo apresenta o modelo no qual o destino de todo o Universo é resumido (Ef 1:10; Cl 1:16,17). Pelo fato de todas as coisas se manterem unidas em Cristo (Cl 1:17), a imagem trinitária dos vs. 12-20 e caps. 4 e 5 formam o alicerce para todo Apocalipse. Por causa que a Trindade está envolvida em profundo mistério, a simbologia de Apocalipse contém profundidade inesgotável.

* 1.12 sete candeeiros de ouro. Os candeeiros simbolizam as igrejas na sua função de trazer luz ou testemunho (1.20; Mt 5:14-16). Cristo anda entre as igrejas como Senhor e Pastor (v. 13) exatamente como a nuvem da glória de Deus descia para habitar no tabernáculo e no templo, que tinham seus candeeiros (Êx 25:31-40; 1Rs 7:49). O caráter de Deus como luz (1Jo 1:5) é supremamente manifesto em Cristo (Jo 1:4,5; 8:12; 9.5; At 26:13), mas também se reflete de várias maneiras na sua criação: em anjos abrasadores (10.1; Ez 1:13), na luz natural (21.23; Gn 1:3), em candeeiros do templo, em igrejas e em cada pessoa individualmente (Mt 5:14-16).

* 1.15 voz de muitas águas. Ver nota no v. 10.

*

1.16 espada. Ver 19.15; Is 11:4; Hb 4:12.

o sol. Ver 21:22-25; Is 60:1-3,19,20.

* 1.17 o primeiro e o último. Essencialmente o mesmo como o Alfa e o Ômega (v. 8, nota; 2.8; 22.13; Is 41:4; 44:6; 48:12).

* 1.18 aquele que vive. A ressurreição e a nova vida de Cristo suprem as necessidades da nova vida do seu povo (2.8; 5.9,10; 20.4,5) e a renovação do próprio mundo (22.1).

chaves da morte. Esta frase antecipa 20.14.

* 1.19 Este versículo provavelmente sugere uma tríplice divisão de Apocalipse em passado (vs. 12-16), presente (caps. 2 e
3) e futuro (4.1-22.5). Mas a divisão não é perfeita pois cada parte contém algumas referências a cada um dos três períodos.

*

1.20 os anjos. A palavra grega significa “mensageiros”. Talvez se refira a mensageiros humanos, especificamente a pastores das igrejas ou a anjos. A relevância de anjos em Apocalipse é capaz de sustentar aqui a última interpretação (22.6; Dn 10:10-21).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Apocalipse Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
1:1 Apocalipse é um livro sobre o futuro e do presente. Oferece esperança futura a todos os crentes, especialmente aos que sofreram por sua fé, ao proclamar a vitória final de Cristo sobre o maligno e a realidade da vida eterna com O. Também dá direção no presente quando nos ensina a respeito do Jesucristo e nos mostra como devemos viver para O agora. Com quadros gráficos captamos que (1) Jesucristo vem outra vez, (2) o mal será julgado e (3) os mortos ressuscitarão para ser julgados, dando como resultado a vida ou a destruição eterna.

1:1 Segundo a tradição, João, o autor, foi o único dos doze discípulos originais do Jesus que não foi assassinado por causa de sua fé. Também escreveu o Evangelho segundo San João e as cartas 1, 2 e 3 do João. Quando escreveu Apocalipse, João estava banido na ilha do Patmos, no Mar Egeu, enviado ali pelos romanos por falar a respeito do Jesucristo. Para maior informação sobre o João, veja-se seu perfil no João 13.

1:1 Este livro é a revelação de, respeito a, e enviada pelo Jesucristo. Deus lhe deu a revelação de seu plano ao Jesucristo, quem a sua vez, o revelou ao João. O livro de Apocalipse descobre a plena identidade de Cristo e o plano de Deus para o fim do mundo; concentra-se no Jesucristo, sua Segunda Vinda, sua vitória sobre o mal e o estabelecimento de seu reino. Quando ler e estude Apocalipse, não se concentre muito no cronograma dos sucessos ou os detalhes da metáfora do João de modo que perca a mensagem principal que é o amor infinito, o poder e a justiça do Senhor Jesus Cristo.

1:1 O livro de Apocalipse é apocalíptico (que significa "descoberto", "revelado" ou "destampado") em seu estilo. Este é um tipo de literatura antiga que pelo general se destaca pelas imagens espetaculares e misteriosas, escrita no nome de um herói antigo. João conhecia as obras apocalípticas dos judeus, mas seu livro é diferente em várias maneiras: (1) ele emprega seu próprio nome e não o nome de um herói antigo; (2) denúncia o mau e precatória às pessoas a alcançar normas cristãs elevadas; (3) oferece esperança e não tristeza. João não era um síquico que tentava predizer o futuro, mas sim era um profeta de Deus que descrevia o que Deus lhe mostrava.

1:1 Para maiores detalhes a respeito dos anjos, veja-a nota em 5.11.

1:1 Jesus deu esta mensagem ao João mediante uma visão, lhe permitindo ver e registrar certos acontecimentos futuros a fim de que lhes servissem de estímulo a todos os crentes. A visão inclui muitos signos e símbolos que comunicam a essência do que está acontecendo. Na maioria dos casos o que João viu era indescritível; por isso deu ilustrações para mostrar como era. Ao ler essa linguagem simbólica, não pense que deve entender cada detalhe; João mesmo não o entendeu. Mas bem, considere que se emprega a metáfora do João para nos mostrar que Cristo é sem lugar a dúvidas o glorioso e vitorioso Senhor de tudo.

1.1-3 O livro de Apocalipse revela acontecimentos futuros, mas não há o sombrio pessimismo que pudéssemos esperar. É admirável o drama destes acontecimentos que se dão a conhecer, mas não há nada que temer se se está no lado vencedor. Quando considerar o futuro, caminhe com segurança porque Cristo, o vencedor, vai com você.

1:3 Apocalipse é um livro de profecia que prediz (revela acontecimentos futuros) e proclama (prega sobre o que Deus é e o que O fará). A profecia é mais que revelar o futuro. detrás das predições há princípios importantes sobre o caráter e as promessas de Deus. Ao as ler, conheceremos melhor a Deus, de modo que possamos confiar plenamente no.

1:3 É deprimente a típica reportagem noticiosa -cheio de violência, escândalo e disputas políticas-, e pudéssemos nos perguntar para onde vai o mundo. O plano de Deus para o futuro, entretanto, dá inspiração e fôlego porque sabemos que O intervirá na história para vencer o mal. João precatória à igreja a que esta leoa libero em voz alta para que todo mundo o ouça, aplique-o ("guardam as coisas nela escritas") e esteja seguro de que Deus triunfará.

1:3 Quando João diz "o tempo está perto", está exortando a seus leitores a estar preparados em todo momento para o julgamento final e o estabelecimento do reino de Deus. Não sabemos quando terão lugar estes acontecimentos, mas sempre devemos estar preparados. Acontecerão de forma sorpresiva e não haverá uma segunda oportunidade para trocar-se de bando.

1:4 Jesucristo disse ao João que escrevesse às sete Iglesias que o conheciam, confiavam nele e que tinham lido suas cartas anteriores (veja-se 1.11). As cartas tinham sido dirigidas de tal maneira que pudessem as ler e as passar a outros de forma sistemática, seguindo a ordem da estrada principal romana ao redor da província da Ásia (agora chamada a Turquia).

1:4 Os "sete espíritos" é outro dos nomes que se dá ao Espírito Santo. emprega-se o número sete ao longo de Apocalipse como símbolo de totalidade e perfeição. Para maior informação sobre o Espírito Santo, vejam-nas notas que se dão em Jo 3:6 e At 1:5.

1.4-6 A Trindade -o Pai ("que é, que era e o que tem que vir"), o Espírito Santo ("os sete espíritos") e o Filho (Jesucristo)- é a fonte de toda verdade (Jo 14:6, Jo 14:17; 1Jo 2:27, Ap 19:11). Assim podemos assegurar que a mensagem do João é confiável e é a Palavra de Deus para nós.

1:5 Outros tinham ressuscitado -os que voltaram para a vida por intervenção dos profetas, do Jesus e dos apóstolos durante seus ministérios-, mas voltaram a morrer. Jesucristo foi o primeiro em ressuscitar em um corpo imperecível (1Co 15:20) para não voltar a morrer jamais. O é o primogênito dos mortos.

1:5, 6 Muitos vacilam em anunciar a outros o que Cristo tem feito em suas vidas porque não sentem que a mudança operada neles seja o bastante espetacular. Mas você pode atestar do Jesucristo pelo que O fez por você, não pelo que você tenha feito pelo. Cristo mostrou seu grande amor ao nos libertar do pecado mediante sua morte na cruz ("lavou-nos de nossos pecados com seu sangue"), nos garantindo um lugar em seu reino e fazendo de nós sacerdotes para lhes mostrar o amor de Deus a outros. O fato de que o todo-poderoso Deus lhe tenha devotado vida eterna não é menos espetacular.

1.5-7 Jesucristo se descreve como um rei todo-poderoso, vitorioso em batalha, glorioso na paz. Não é sozinho um professor terrestre humilde a não ser o glorioso Deus. Quando ler a descrição do João a respeito de sua visão, tenha presente que não é sozinho um bom conselho a não ser a verdade do Rei de reis. Não leia sua Palavra só por seu interessante e sublime perfil do futuro. Deixe que a verdade de Cristo penetre em sua vida, aprofunde sua fé no e afirme sua decisão de segui-lo, custe o que custar.

1:7 João anuncia a vinda do Jesucristo à terra (vejam-se também Mateus 24; Marcos 13; 1Ts 4:15-18). A Segunda Vinda de Cristo será visível e vitoriosa. Todos o verão chegar (Mc 13:26), e saberão que é Jesucristo. Quando O venha, vencerá ao maligno e julgará a todos conforme a suas obras (Mc 20:11-15).

1:7 "Os que lhe transpassaram" pudesse referir-se aos soldados romanos, os que atravessaram seu flanco quando pendurava na cruz ou a quão judeus foram culpados de sua morte. João viu a morte do Jesus com seus próprios olhos e nunca esqueceu o horror dessa experiência (veja-se Jo 19:34-35; veja-se também Zc 12:10).

1:8 Alfa e Omega são primeira e a última letra do alfabeto grego. O Senhor é o começo e o fim. Deus o Pai é o Senhor eterno e governante do passado, presente e futuro (vejam-se também 4.8; Is 44:6; Is 48:12-15). Sem O, você não poderá ter nada que seja eterno, nada poderá trocar sua vida, nada poderá salvar o de seu pecado. É Cristo sua razão para viver, o "Alfa e Omega" de sua vida? Honre a Aquele que é o princípio e o final da existência, sabedoria e poder.

1:9 Patmos era uma pequena ilha rochosa no mar Egeu, achava-se a uns oitenta quilômetros da cidade costeira do Efeso no Ásia Menor (veja o mapa).

1:9 A igreja cristã estava confrontando uma perseguição severo. Quase todos os crentes eram social, política e economicamente vítimas do sofrimento por causa dessa perseguição em todo o império. Alguns tinham sido assassinados por causa de sua fé. João foi banido ao Patmos porque não quis deixar de pregar a Palavra de Deus. Talvez não estejamos confrontando uma perseguição por nossa fé no Jesucristo como os primeiros crentes, mas até com nossa liberdade poucos temos o valor de proclamar a Palavra de Deus a outros. Se titubearmos em anunciar nossa fé nos tempos fáceis, o que faremos durante os tempos de perseguição?

1:12, 13 Os sete candelabros são as sete Iglesias da Ásia (1.11-20) e Jesucristo está em meio delas. Por muitos perigos que confrontem as Iglesias, Jesucristo as protege com amor absoluto e poder alentador. Por meio de seu Espírito, Jesucristo ainda está em meio das Iglesias hoje. Quando uma igreja se enfrenta à perseguição, deve ter presente o profundo amor de Cristo e sua compaixão. Quando é atacada por conflitos e lutas internas, deve recordar o interesse de Cristo pela pureza e sua intolerância com o pecado.

1:13, 14 Este homem que era "semelhante ao Filho do Homem" é Jesucristo mesmo. O título Filho do Homem se repete muitas vezes no Novo Testamento em referência ao Jesus como o Messías. João reconheceu ao Jesus porque viveu com O durante três anos e o tinha visto como o pregador galileo e como o glorificado Filho de Deus na transfiguración (Mt 17:1-8). Aqui Jesus aparece como o poderoso Filho do Homem. Sua cabeleira branca indica sabedoria e natureza divina (veja-se Dn 7:9); seus olhos ardentes simbolizam castigo a todo o mau; o cinto de ouro ao redor do peito o mostra como o Supremo Sacerdote que vai à presença de Deus a obter o perdão em favor dos que acreditaram no.

1:16 A espada na boca do Jesucristo simboliza o poder e a força de sua mensagem. Suas palavras de julgamento são agudas como as espadas (Is 49:2; Hb 4:12).

1:17, 18 À medida que as autoridades romanas avançavam em sua perseguição dos cristãos, João deveu haver-se perguntado se a igreja poderia sobreviver e manter-se frente à oposição. Mas Jesucristo apareceu em glória e esplendor, lhe ratificando ao João que ele e outros crentes possuíam o poder de Deus para enfrentar-se a essas provas. Se está confrontando dificuldades, recorde que o poder que estava a disposição do João e dos primeiros cristãos também está ao seu dispor (veja-se 1Jo 4:4).

1:17, 18 Nossos pecados nos condenam, mas Jesucristo tem as chaves da morte e do Hades (20.14). Solo O pode nos liberar da escravidão de Satanás. Solo O tem poder e autoridade para nos dar liberdade do domínio do pecado. Os crentes não têm por que temer ao Hades nem à morte porque Cristo tem as chaves de ambos. Quão único temos que fazer é nos apartar do pecado e nos voltar para O com fé. Se mantivermos nossa vida e morte em nossas mãos, condenamos a nós mesmos ao inferno. Se pusermos nossa vida nas mãos de Cristo, restaura-nos e ressuscita para uma eternidade de comunhão aprazível com O.

1:20 Os quais são os "anjos das sete Iglesias"? Alguns dizem que são anjos guardiães da igreja; outros dizem que são anciões ou pastores. Como as sete cartas nos capítulos 2:3 contêm repreensões, é duvidoso que estes líderes sejam mensageiros celestiales. Se se tratar de líderes ou mensageiros da terra, são responsáveis ante Deus pelas Iglesias que dirigem.

UMA VIAGEM Ao TRAVES DO LIVRO DE APOCALIPSE

Apocalipse é um livro complexo que frustrou aos intérpretes durante séculos. Podemos evitar grande parte da confusão se compreendermos a estrutura literária do livro. Isto nos permitirá entender as cenas individuais que são parte da estrutura total de Apocalipse e nos libera de nos estancar nos detalhes de cada visão. João dá pistas através do livro que indicam uma mudança de cena, uma mudança de tema ou um olhar rápido a uma cena anterior.

No capítulo um, João relata as circunstâncias que o conduziram a escrever este livro (1.1-20). Nos capítulos dois e três, Jesucristo dá mensagens especiais às sete Iglesias da Ásia Menor (2.1-3.22).

de repente João é transladado ao céu onde tem uma visão do Deus todo-poderoso em seu trono. Todos os discípulos de Cristo e os anjos celestiales o estão adorando (4.1-11). João vê como Deus entrega um cilindro com sete selos ao Cordeiro imolado, Jesucristo (5.1-14). O Cordeiro começa a abrir os selos um a um. À medida que o faz, uma nova visão aparece.

Ao ser abertos os quatro primeiros selos, aparecem cavaleiros que montam cavalos de diversas cores, e deixam a seu passo guerra, fome, enfermidade e morte (6.1-8). Depois que se abre o quinto selo, João vê no céu aos que tinham sido martirizados por sua fidelidade ao Jesucristo (6.9-11).

Um jogo de imagens contrastantes aparecem ao abrir o sexto selo. De um lado há um gigantesco terremoto, as estrelas caem do céu e os céus se enrolam como se fora um pergaminho (6.12-17). Ao outro lado, há multidões diante do grande trono, adorando e elogiando a Deus e ao Cordeiro (7.1-17).

Mais adiante, abre-se o sétimo selo (8.1-5), descobrindo uma série de julgamentos de Deus, anunciados por sete anjos com sete trompetistas. Os quatro primeiros anjos trazem granizo, fogo, um vulcão e uma estrela fugaz, e se obscurecem o sol e a lua (8.6-13). A quinta trompetista anuncia a vinda das lagostas podendo de aguilhoar (9.1-12). A sexta trompetista proclama a vinda de um exército de guerreiros a cavalos (9.13-21). No capítulo 10:1-11, ao João lhe dá um pequeno cilindro para comer. Continuando, ao João lhe ordena medir o templo de Deus (11.1, 2). Vê duas testemunhas que anunciam o julgamento de Deus sobre a terra durante três anos e meio (11.3-14).

Por último, sonha a sétima trompetista, que chama as forças rivais do bem e do mal para a batalha final. De um lado está Satanás e suas forças, do outro lado se acha Jesucristo com seu exército (11.15-13.18). Em meio desse chamado à batalha, João vá a três anjos que anunciam o julgamento final (14.6-13). Dois anjos começam a recolher essa colheita do julgamento sobre a terra (14.14-20). Imediatamente depois destes dois anjos aparecem sete mais que derramam o julgamento de Deus sobre a terra usando suas taças (15.1-16.21). Um desses anjos do grupo de sete revela ao João uma visão de uma "grande rameira" chamada Babilônia (que simboliza ao Império Romano) montada em uma besta escarlate (17.1-18). depois da derrota de Babilônia (18.1-24), uma grande multidão gritava a viva voz no céu elogiando a Deus por sua vitória poderosa (19.1-21).

Os últimos três capítulos do livro de Apocalipse catalogam os acontecimentos com os quais finaliza a vitória de Cristo sobre o inimigo: o encarceramento de Satanás durante mil anos (20.1-10), o julgamento final (20.11-15), a criação de uma terra nova e uma nova Jerusalém (21.1-22.6). Logo um anjo dá ao João instruções finais em relação às visões que contemplou e o que deve fazer uma vez que as tenha escrito (22.7-11).

Apocalipse conclui com a promessa da pronta vinda de Cristo, uma oferta para beber da água da vida que corre através da rua principal da nova Jerusalém e uma advertência aos que lêem o livro (22.12-21). Deus queira que possamos orar junto com o João: "Amém; sim, vêem Senhor Jesus" (22.20).

A Bíblia termina com uma mensagem de advertência e esperança para homens e mulheres de cada geração. Cristo é vitorioso e todo o maligno foi derrotado. Ao ler o livro de Apocalipse, admire a graça de Deus na salvação dos Santos, seu poder sobre as forças malignas de Satanás e recorde a esperança desta vitória vindoura.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Apocalipse Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
I. título e descrição (Apocalipse 1:1-3)

1 A Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos, até mesmo as coisas que devem acontecer em breve, que mandou e significado que pelo seu anjo a seu servo João; 2 que deu testemunho da palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo, mesmo . de todas as coisas que ele viu 3 Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.

Nenhum outro livro do Novo Testamento, é introduzida desta forma. João não só deu o que se tornou, e talvez então foi-título de seu trabalho, mas ele também proclamou a sua origem divina. É verdade, a revelação não foi imediato, mas foi mediada de Deus a João por Jesus, o encarnado, ressuscitado, o Messias, através de um anjo. No entanto, ele veio não diluído de Deus. Também foi iniciado por Deus; João não procurou por ele, embora ele estava preparado para recebê-lo (1: 9-10 ). A menção de um anjo nesta capacidade é uma reminiscência do Antigo Testamento, também da Epístola aos Hebreus, onde o autor parece dizer que toda a revelação sob a Velha Ordem foi mediada por meio de anjos. Isso é diferente do pensamento, no Evangelho de João, onde o Espírito Santo é dito ser o agente de Deus para revelar as coisas de Cristo à Igreja (João 16:12-16 ; Jo 14:26 ). Mais tarde, deve cumprir os sete Espíritos de Deus (Ap 1:4) e Ele é central para grande parte do panorama dramático. Ao mesmo tempo, no título que afirma ser Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos , e João diz-se nu ... testemunha do testemunho de Jesus Cristo .

A revelação foi dada a João por um propósito. Ao relacionar as visões que ele viu que ele testemunhou a seus irmãos. E o seu testemunho não era só o que ele tinha visto-a descrição dos fenômenos que lhe foram confiados, mas também para a verdade que essas visões e símbolos retratados. João estava consciente de dar testemunho pessoal com a Palavra de Deus. Ele acreditava que Deus falou através dele para aqueles a quem ele se dirigiu, assim como Deus havia falado com ele através do anjo. A mensagem do anjo foi em grande parte pictórica. A mensagem nas mãos de João tornou-se verbal, e ele estava preocupado que não perderia o seu significado e poder na transmissão. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas . Ele sabia que há sempre aqueles que têm ouvidos, mas nunca ouvir certas coisas que são voltados para eles, ou eles ouvem a mensagem, mas não acatá-la. Ele próprio foi esmagada pelas grandes verdades que recebera; ele também foi esmagada por seu senso de missão para os outros. Ele estava escrevendo uma profecia assim como os profetas do passado havia escrito, e a atitude de seu público-público e sua leitura ouvir de todos os tempos, seria repleta de grandes conseqüências.

Aquele que lê foi provavelmente o líder do serviço cristão que estava acostumado a ler em voz alta para a sua congregação. Isso foi necessário porque algumas pessoas foram capazes de ler. O costume foi tomado de culto judaico. João pronuncia uma bênção sobre tanto o leitor e seus ouvintes que se guardam as coisas que foram escritas nisso .

Esta bênção é uma das sete bem-aventuranças do Apocalipse (Ap 1:3 ; Ap 16:15 ; Ap 19:9 ). Normalmente, uma beatitude contém em si a explicação da bênção anunciado. O exemplo mais claro disso é Mt 5:6)

A. SAUDAÇÕES às igrejas (1: 4-6)

4 João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir; e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono; 5 e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos, eo soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e nos libertou dos nossos pecados pelo seu sangue; 6 e ele nos fez para ser um reino, para ser sacerdotes para Deus e seu Pai; para ele ser a glória eo poder pelos séculos dos séculos. Amém.

Esta saudação dá uma forma epistolar à Revelação que é estranho a apocalipses judaicos. Asia foi a província romana da Ásia Menor. Graça e paz proporcionar um sabor Pauline forte, assim como também a expressão , o primogênito dos mortos (conforme Cl 1:18)

9 Eu, João, seu irmão e cúmplice com você na tribulação, no reino e paciência que estão em Jesus, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. 10 eu estava no Espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, 11 dizendo: O que vês, escreve-o num livro, e envia -o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, e até Pérgamo, ea Tiatira, a Sardes, e até Filadélfia e Laodicéia.

À medida que avançamos, veremos que João esperava momentos de grande tribulação e sofrimento a cair sobre a Igreja. No momento da sua visão, ele estava experimentando uma amostra do que estava por vir. Ele tinha compartilhado nos trabalhos da Igreja, anunciando o evangelho e dando o seu próprio testemunho pessoal à graça de Deus em Jesus Cristo. Mas ele também estava compartilhando os frutos de perseguição-exílio na ilha de Patmos. Ele experimentou uma unidade com o povo de Deus e com Cristo, que poderia ser conhecido sob nenhum outro conjunto de circunstâncias. Pode parecer estranho, mas é verdade que as relações mais profundas e significativas na vida são encontradas quando as pessoas sofrem juntos. E para compartilhar a cruz de Cristo é a comunhão do tipo mais profundo.

A vida cristã de que dia era composta de sofrimento, aceita com resistência, para os cristãos pertencia ao Reino de Deus, a plenitude do que pacientemente aguardava. Jesus tinha dito: "Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus" (Mt 5:10. ). Eles acreditavam ser cidadãos de que o Reino agora; por esta razão o Reino era deles; eles foram o Reino (v. Ap 1:6 ), porque, em parte, constituída ele. À medida que nos Estados Unidos pode cantar: "O meu país, 'tis de ti", de modo que a Igreja primitiva podia dizer, o meu reino .

Em um domingo, dia do Senhor , e não o sábado judaico, João tornou-se dominado pelo Espírito de Deus, assim como Ezequiel junto ao rio Quebar, na Babilônia, e ele viu e ouviu coisas maravilhosas. Esta não foi uma experiência comum, aquele que acompanhou o derramamento do Espírito em todas as ocasiões. "Além de experiências de êxtase extraordinários, todos os cristãos poderia ser dito para ser en pneumati [no Espírito] (Rm 8:9 ).

Aqui é o começo da visão apocalíptica de João. O uso do simbolismo é, talvez, a única maneira de expressar o que, em última análise, é inexprimível. Ele diz que ouviu uma grande voz, como de trombeta , dizendo-lhe para escrever o que ele viu a sete igrejas representativas na Ásia-o que ele viu e não o que ele viu e ouviu. Esta foi a sua chamada para escrever o Apocalipse, e ele veio com a força de uma chamada toque de trombeta para a batalha; ele sabia que era Cristo que comandou, Aquele a quem ele reconheceu em Sua forma-o eterno Alpha e Omega.

E. a visão de Cristo (1: 12-20)

12 E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete candeeiros de ouro, 13 . e no meio dos candeeiros um semelhante a filho de homem, vestido de uma roupa até aos pés, e cingido pelo peito com um cinto de ouro 14 E a sua cabeça e seus cabelos eram brancos como lã branca, branca como a neve; e os seus olhos eram como chama de fogo; 15 e os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivesse sido refinado numa fornalha; . e sua voz como a voz de muitas águas 16 E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes:. e seu rosto era como o sol, quando resplandece na sua força 17 E quando eu o vi, caí a seus pés como morto. E colocou a mão direita sobre mim, dizendo: Não temas; Eu sou o primeiro eo último, 18 e o Vivente; e eu estava morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do Hades. 19 Escrever, portanto, as coisas que viste, e as coisas que são, e as coisas que hão de acontecer a seguir; 20 o mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.

A questão neste momento é por isso que a visão de Cristo veio a João em forma apocalíptica, em vez de na forma simples daquele a quem ele provavelmente sabia em sua juventude? Por que ele deveria contemplar a sua visão em termos de padrões do Antigo Testamento? A resposta está, em parte, a interpretação do simbolismo empregado. A representação simbólica pode prestar-se a significados variados dentro de seu escopo evidente a partir do qual podem ser tiradas muitas lições, ao passo que uma descrição da forma de um homem teria nada de novo acrescentou. João descreveu Cristo em muito maior esplendor e majestade e glória do que nunca foi atribuída a sua pessoa antes; é a majestade de Deus mesmo, pois é facilmente visto que algumas das características havia sido usado por Deus no Antigo Testamento. Os castiçais que acompanham Cristo na visão lembrar um dos candeeiros de, tanto no tabernáculo e no templo, enquanto o longa túnica é uma reminiscência do sacerdócio Aarônico. João deve ter ficado impressionado a acreditar que a Igreja Cristã foi o cumprimento de tudo o que o Templo e seu culto representados.

Os sete castiçais [candeeiros de] são as sete igrejas para que João foi instruído a escrever. A Igreja de Cristo é para ser uma luz em um mundo de trevas. "Vós sois a luz do mundo", e uma lâmpada em um stand-lâmpada. A Igreja deve ser como o seu Senhor vivo que foi chamado a Luz do mundo. "Deus é luz" (1Jo 1:5 ), e que o olhar enviou Pedro longe a chorar amargamente pelo que ele tinha feito. Um personagem é refletida em seus olhos. O que ele deve ter sido para João para olhar nos olhos de seu Senhor vivo! Além disso, seus pés eram semelhantes a latão reluzente , que significa tanto esplendor real e durabilidade.

E assim o chamado de João para escrever veio embrulhado em todo o mistério e grandeza dessa visão. Faz uma chamada para o serviço do Senhor sempre vem sem algum tal visão de Deus e Sua majestade? O homem que ouve apenas a chamada para ir, mas que não tem nada que surpreende e awes e humildes e assusta-até que ele cai experimenta a seus pés como morto como João, grita "Ai de mim", como Isaías, diz com Jeremias " Ah, Senhor Deus! Eis que não sei como falar; porque eu sou uma criança ", ou grita com Pedro:" Apartai-vos de mim; porque sou um homem pecador, ó Senhor ", ele que não tem senso de admiração e assombro na presença de Cristo pode melhor tardará até que , ou encontrar o seu lugar entre as pessoas do banco, em vez de entre os profetas.Não é a visão de João em sua compreensão detalhada que nós procuramos capturar. Em vez disso, que deve ser atingido pela cegueira, a fim de vê-lo com visão renovada e mudo por Sua presença, a fim de aprender a falar de novo, falar o que Ele diria para as igrejas de nossos dias.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Apocalipse Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
Deus Pai deu a Cristo o conteúdo do relato, que, por sua vez, o deu ao apóstolo João por intermédio de seu anjo. Talvez a expressão "seu anjo" possa ser traduzida por "seu mensa-geiro", uma vez que a palavra grega angelos (anjo) significa "mensagei-ro" (22:16). O verbo "notificar" in-dica que o relato usa sinais e sím-bolos para transmitir verdades espi-rituais. Na verdade, o conteúdo do relato estendeu-se diante dos olhos de João. Fisicamente, ele estava na ilha de Patmos (1:9), contudo Deus transportou-o ao céu (4:1), ao deser-to (1 7:
3) e a uma montanha (21:
10) a fim de que testemunhasse esses eventos e os registrasse para nós.

Há uma bênção para quem Jê o relato em voz alta e para os que o escutam com coração atento.. Con-tudo, o versículo 3 indica que não devemos ler Apocalipse com curio-sidade negligente; devemos "guar-dar" suas palavras, ou seja, obede-cer a elas e praticá-las.

Às expressões "próximo" (v. 3) e "em breve devem acontecer" (v. 1) não significam que essas profecias seriam cumpridas na época de João. Antes, indicam que o tempo passará rápido quando elas forem cumpri-das. Hoje, nosso longânimo Deus espera a fim de dar uma chance para que os pecadores se arrepen-dam. Todavia, não haverá retarda-mento quando chegar o momento de aplicar esses julgamentos.

I. O Cristo que João conhecia (1:4-8)

João saúda as igrejas da Ásia Menor quando ordena o que deve ser feito (v. 11). Ele revê o milagre da Trinda-de citando cada divindade que faz parte dela:

  1. O Pai

"Aquele que é, que era e que há de vir" (v. 4), isto é, o Deus eterno. Veja 1:8 e 4:8. O Senhor está além da história, não é limitado pelo tempo.

  1. O Espírito

O algarismo "sete" é o número de complementação e de padrão para o cumprimento do Espírito. Em 4:5, as "tochas de fogo" representam os sete Espíritos; e, em 5:6, sete olhos os simbolizam. Cristo tem Espírito séptuplo (3:1), e o Espírito aponta para Cristo.

  1. O Filho

Apresenta-se Cristo, em sua pessoa trina, como Profeta (Fiel Testemu-nha), Sacerdote (o Primogênito dos mortos que é superior aos ressusci-tados) e Rei (Soberano dos reis da terra). A seguir, João louva a Deus pela obra tripla que Cristo realizou na cruz: ele amou-nos, libertou-nos de nossos pecados e constituiu-nos um reino de sacerdotes. Reconquis-tamos em Cristo o domínio que per-demos em Adão.

No versículo 7, Apocalipse faz a primeira de sete referências ao retorno de Cristo (2:25; 3:3,11; 22:7,12,29). Esse retorno dele é público (Ez 7:13; At 1:03ss). Os gentios prantearão Cristo, e os judeus verão aquele a quem traspassaram (Zc 12:10-38; veja Mt 24:27-40).

II. O Cristo que João ouviu (1:9-11)

João estava exilado em ilha locali-zada a cerca Dt 11:2 quilômetros de Efeso, de onde pastoreava as igre-jas asiáticas. EmMc 10:35-41, Tiago e João pediram tronos, mas, anos mais tarde, receberam tribulação. Tiago foi morto (At 12:0 1Co 4:6), reunirá Israel (Mt 24:31) e anunciará a guerra sobre o mundo (Ap 8:0 2Co 5:6). Agora, ele é o Rei-Sacerdote ressus-citado e exaltado. João viu o Cristo glorificado em meio a sete candeei-ros, que simbolizavam as sete igre-jas (1:20). O povo de Deus é a luz do mundo; a igreja não criou a luz, apenas a mantem, e_deixa-a briIhar. Não vemos um candeeiro enorme, mas sete candeeiros separados.

Use um guia de referências bíblicas cruzadas (como da Bíblia Thompson) para estudar os símbo-los que essa passagem apresenta para o Cristo glorificado. Suas ves-tes são de um Rei-Sacerdote. Os ca-belos brancos falam de eternidade (Ez 7:9). Seus olhos vêem tudo e julgam o que vêem (Ez 10:6; He 4:12; Ap 19:12). Cristo vê o que acontece nas igrejas e julga. Os pés de bronze dizem respeito ao julga-mento, o altar de bronze era o local em que se julgava o pecado. A voz dele — "como voz de muitas águas" — sugere duas coisas: (1) a Palavra dele, como o mar, tem poder; e (2) todas as "correntes" da revelação divina convergem para Cristo. Veja Sl 29:0.

Ele tinha sete estrelas na mão, e estas são os mensageiros (ou pastores) das sete igrejas. É possível que tenham vindo mensageiros dessas igrejas e recebido o relato de Apoca-lipse diretamente de João. As estrelas são os mensageiros (1:20); Cristo se-gura seus servos nas mãos. Veja Da-niel 12:3. Sua Palavra que julga é a espada que sai de sua boca; veja Is 11:4, Is 49:2 e também Apocalip-se 2:12,16 e 19:19-21. O rosto que brilha como o sol fala da glória dele; leiaMl 4:2. Em 22:16, ele é a brilhante Estrela da manhã, pois apa-recerá para sua igreja no momento de maior escuridão, pouco antes da ira de Deus surgir no horizonte.

João aconchegou-se ao peito de Cristo quando ele estava na terra (Jo 13:23); dessa vez, ele cai aos pés dele (Ez 8:1 Ez 8:7; e veja Ap 22:8). Hoje, os santos precisam ter cuidado para não se tornar "familiares" demais com Cristo em sua fala e em sua ati-tude, pois ele merece toda a honra e todo o louvor. Ele afirma João e acalma seus temores. Ele é "o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim" (22:1 3; 1:8), por isso não precisamos ter medo. Ele tem as chaves do Hades, o reino da morte. Um dia, o Hades entregará a alma dos perdidos (20:13-14).

Em 1:19, Cristo resume o relato de Apocalipse (veja o esboço). Se-guir qualquer outra abordagem em relação a Apocalipse, seria presumir que sabemos mais sobre esse relato que Cristo.
Nos capítulos 2—3, Cristo lida com as sete igrejas. Ele examina a condição espiritual delas com seus olhos de fogo ao ficar no meio de-las. Ele faz isso hoje. O importante é o que Cristo pensa a respeito da igreja, não o que os homens e as de-nominações acham. Observe que as cartas para as sete igrejas repetem os diferentes elementos usados na descrição de Cristo apresentada nos versículos 13:16. A mensagem das cartas enfatiza os atributos de Cristo que se aplicam à necessidade es-pecífica da igreja. O perigo para as igrejas é Cristo remover o testemu-nho delas (2:5). Antes, ele teria uma cidade nas trevas que um candeeiro fora da sua vontade divina.
Adiante, o relato repetirá grande parte do simbolismo desse capítulo. Ele não receberá ênfase excessiva se você usar seu guia de referência cruzada quando estudá-lo.

  1. As sete igrejas da Asia Menor

Se Ap 1:19 é o esboço ins-pirado do relato, então Apocalip-se 2—3 lida com "as coisas [...] que são". Em outras palavras, Cristo se-lecionou sete entre as muitas igrejas da Ásia Menor a fim de transmitir sua mensagem específica para cada uma delas. Sem dúvida, as outras igrejas têm pecados, contudo os assuntos discutidos com essas sete igrejas cobrem todas as circuns-tâncias possíveis. Cristo selecionou essas sete igrejas para ilustrar as possíveis condições espirituais das igrejas até seu retorno.

Alguns estudiosos crêem que es-sas igrejas também ilustram a "his-tória profética" da igreja da época apostólica até o fim das eras: a de Éfeso é a igreja da era apostólica, que começa a perder aquele amor inicial por Cristo; a de Esmirna é a igreja perseguida do século I (c. 100-300 d.C.); a de Pérgamo é a ligada a Roma, a igreja estatal; a de Tiatira representa o domínio do catolicismo romano; a de Sardes simboliza a igreja reformada; a de Filadélfia ("amor fraternal") é a igre-ja missionária dos últimos dias; e a de Laodicéia é a igreja indiferente, apóstata dos últimos dias. Entre-tanto, lembre-se que todas essas condições apresentadas estiveram presentes na igreja em uma época e estão presentes hoje. Além disso, se essa seqüência é a "história proféti-ca" da igreja, então Jesus não pode retornar para seu povo até que se cumpra a era da igreja laodicense, o que impossibilita que ele retorne em breve. As sete igrejas ilustram o desenvolvimento geral da igreja ao longo das eras, porém esse não é o principal objetivo das sete cartas.

Observe o uso da palavra "ven-cedor" para cada igreja (Ap 2:7,Ap 2:11,Ap 2:17,Ap 2:26; Ap 3:5,Ap 3:12,Ap 3:21). Esses "vencedores" não são os Supersantos" de cada igreja, um grupo especial que receberá privilégios especiais, mas os verdadei-ros crentes de cada uma delas. Não ousemos presumir que todo membro de cada igreja local ao longo da his-tória é um verdadeiro filho de Deus. Aqueles que realmente pertencem a Cristo são "vencedores" (1Jo 5:4-62). Em cada período da história, houve verdadeiros santos na igreja profes-sa (muitas vezes, chamada de "igreja invisível"). Cristo envia uma palavra especial de encorajamento para eles, e, com certeza, podemos aplicá-la a nós mesmos.

Veja também que ele associa Satanás a quatro igrejas: (1) ele é a causa da perseguição em Esmirna (2:9); (2) tem seu "trono" em Pérgamo (2:13); (3) ensina "coisas profun-das" em Tiatira (2:24); e (4) usa sua "sinagoga" de falsos cristãos a fim de opor-se aos esforços para ganhar almas em Filadélfia (3:9).
Cristo menciona vários perigos que cercam essas igrejas:

  1. Os nicolaítas (2:6,15)

O nome "Nicolau" significa "con-quista o povo" e sugere a separação de clérigos e de leigos nas igrejas. Em Efeso, esse pecado se iniciou como "obras" (v. 6); todavia, em Pérgamo, torna-se uma doutrina. Isso acontece desta forma: os en-ganadores introduzem atividades falsas na igreja, e, depois de um tempo, elas são aceitas e encora-jadas.

  1. A sinagoga de Satanás (2:9; 3:9)

Provavelmente, refere-se a congre-gações que afirmam ser crentes, mas, na verdade, são filhos do dia-bo (Jo 8:44). A palavra "sinagoga" significa apenas "reunião", é uma assembléia de pessoas religiosas. Portanto, Satanás tem uma igreja!

  1. A doutrina de Balaão (2:14)

Leia Números 22—25. Balaão le-vou Israel a pecar ao dizer-lhe que, como era o povo da aliança de Deus, podia misturar-se com os pagãos que não seria julgado por isso. Balaão não podia amaldiçoá- lo, mas tentou-o com os pecados da carne. Assim, sua doutrina era que a igreja podia casar com o mundo e ainda servir a Deus.

  1. A paga Jezabel (2:20)

Leia de I Reis 16 a II Reis 10. Jeza-bel era a esposa pagã do rei Acabe e levou Israel à adoração de Baal. Ela seduziu Israel com seus ensinamen-tos falsos.

  1. A mensagem pessoal

Observe os problemas espirituais dessas igrejas, e as instruções de Je-sus para elas a fim de que alcanças-sem suas bênçãos:

  1. Éfeso

Ocupa-se bastante com o trabalho para o Senhor, mas não tem amor sincero por ele. Programa sem pai-xão. Essa é a igreja ocupada que tem estatísticas excelentes, todavia des-via-se da devoção sincera a Cristo.

  1. Esmirna

Essa igreja não recebe críticas do Se-nhor, no entanto um perigo a ronda. Essa é uma igreja pobre e sofredo-ra. Seria fácil fazer concessões, en-riquecer e escapar da perseguição. Devia sentir-se muito desencoraja-da por não ser rica como a igreja laodicense.

G Pérgamo

Essa igreja tinha membros que abra-çavam a doutrina falsa de que é pos-sível professar Cristo e, ao mesmo tempo, viver em pecado. As pessoas também estavam sob o jugo pesado de ditadores espirituais que promo-viam a si mesmos, não ao Senhor.

  1. Ti atira

Essa mulher, a falsa profetisa Jeza bel, não podia ensinar, e a doutrina dela levava as pessoas a pecar. Na igreja local, temos de manter a or-dem de Deus (1Tm 2:11-54).

  1. Sardes

Reputação sem vida. Os melhores dias dessa igreja ficaram no passa-do. Essa é a igreja do "foi"; tinha um grande nome no passado, mas ne-nhum ministério hoje. Ela está pron-ta para morrer, todavia pode ter vida nova se fortalecer o que tem.

  1. Filadélfia

A igreja que tinha diante de si uma porta aberta e leva o evangelho para o mundo. Essa é a igreja que guarda a Palavra e honra o nome de Cristo. No entanto, sempre há o perigo de se fazer concessão, porque a sina-goga de Satanás não está muito lon-ge deles.

  1. Laodicéia

A igreja apóstata e indiferente que tem muita disponibilidade finan-ceira, mas não tem bênção. Essa é a igreja com riqueza material e po-breza espiritual. O mais triste é que nem mesmo sabia como era pobre e miserável! Cristo esta à porta da igreja e pede que, pelo menos, um crente se entregue a ele.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Apocalipse Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
1.1 Revelação (gr apokalupsis, lit. "tirar o véu”). Indica a revelação de uma mensagem. De Jesus Cristo. A gramática (gr genitivo subjetivo) indica que a mensagem vem de Cristo. Notificou (gr semainõ), "indicar", "ensinar por símbolos". A chave da interpretação deste livro já está no primeiro versículo: é ensinamento simbólico. João. O Apóstolo, filho de Zebedeu.

1.3 Lêem. A leitura das Escrituras no culto. Nota-se a ênfase sobre a necessidade de ouvir (2.7, 11, 17; etc.); conforme Lc 4:16; 2Co 3:15; At 15:21). Guardam. Vivem leais aos ensinamentos do livro. A bênção é para quem o lê para outros escutarem, para os que escutam a leitura com uma mente compreensiva, e para quem observa seus princípios.

1.4 Sete igrejas. Os nomes são dados no v. 11. Igreja (gr ekklesia "assembléia", "convocação"). No NT são as assembléias do povo de Deus. Ásia. Nome de uma província romana na área ocidental da Turquia moderna. Aquele que é, que era e que há de vir. Um título de Jesus Cristo, que ressalta a eternidade da Sua divina Pessoa, conforme Êx 3:15n. Sete Espíritos. O número "sete" aplica-se ao Santo Espírito para indicar que Seu poder e Sua autoridade são totais, cf.Is 1:1.Is 1:2.

1.5 Primogênito dos mortos. Jesus, pela ressurreição, recebeu o primeiro corpo celestial, sendo "as primícias dos que dormem" (1Co 15:20, 1Co 15:48; Cl 1:18). Libertou. libertar a preço de sangue é a redenção como resgate (conforme He 9:12).

1.6 Reino. Cristo concede aos que aceitam Sua salvação o privilégio de reinar com Ele (conforme 1Pe 2:9-60). Sacerdotes. O conceito de uma nação ou povo sacerdotal se vê em Êx 19:6; At 1:6, 1Pe 2:5, 1Pe 2:9. Revela-se o privilégio do crente de ter acesso à presença de Deus.

1.7 Eis que vem. Refere-se à promessa da segunda vinda de Cristo, feita na hora da ascensão,At 1:11 (conforme Mt 24:30),

1.8 Alfa... Ômega. A primeira e a última letra do alfabeto grego, apontando para Cristo como Autor e Fim de todas as coisas.

1.10 Achei-me em espírito. Cristo concedeu a João uma visão da realidade normalmente inacessível aos homens. O Agente desta visão foi o Espírito Santo. Dia do Senhor. Na época de ser escrito este Livro (95 d.C.), o domingo já tinha sido consagrado pela Igreja como o dia especial de cultuar o Senhor Jesus Cristo.

1.14 Brancos. Simboliza santidade, reverência e a eterna deidade de Cristo. A Ele se aplica a descrição de Daniel do Ancião de Dias (conforme Ez 7:9).

1.15 Voz de muitas águas. A voz de Deus (Ez 43:2) soava para Ezequiel assim também, talvez sugerida pelo mar ao quebrar nas rochas da ilha de Patmos. Simboliza a autoridade e a soberania de Deus (conforme Jo 12:29)

1.16 Mão direita. Indica uma posição de grande honra, privilégio e autoridade. Espada. Seria o poder e direito que Cristo tem para julgar e para executar a sentença (conforme Is 11:4, Hb 4:12-13).

1.18 Tenho as chaves. Estão em vista autoridade e controle; João está vendo Quem tem domínio sobre mortos e vivos.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Apocalipse Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
PRÓLOGO (1:1-8)

1) Preâmbulo (1:1-3)
v. 1. Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe dew. A palavra grega aqui traduzida por “revelação” — apokalypsis — emprestou o seu nome a todo esse gênero de literatura, chamado “apocalíptica”. A característica comum da literatura apocalíptica é a exposição de questões em geral desconhecidas, assim como as regiões celestiais ou os eventos do futuro, feita por alguém que recebeu uma revelação especial sobre essas coisas da parte de Deus, seja diretamente, seja por um intermediário, como por exemplo de um anjo intérprete. O exemplo mais marcante desse tipo de literatura, além do presente livro, é o livro vete-rotestamentário de Daniel. Mas Apocalipse é singular pelo fato de a revelação ser transmitida por Deus, não a nenhum ser mortal, mas a Jesus Cristo, ressuscitado dentre os mortos e exaltado na glória. Em muitos apocalipses, a revelação está contida num livro celestial — o rolo do destino já escrito nas alturas, ou, como é chamado em Ez 10:21, o Livro da Verdade. Que isso é verdade acerca da presente revelação fica claro em 5.1ss, em que Jesus pega o livro ou rolo da mão direita de Deus. para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer. O tópico dessa revelação inclui os eventos do futuro — do futuro próximo. O argumento de que o grego en tachei implica que os eventos não ocorrerão “logo”, mas vão ser concluídos rapidamente depois de terem tido início, não pode ser defendido; não é o que os primeiros leitores do livro teriam entendido naturalmente. Ele enviou o seu anjo para torná-la conhecida ao seu servo João: O anjo intérprete aparece de tempos em tempos no livro (conforme 17.1,7; 19.9,10; 21.9ss; 22.6ss,16), mas muito da revelação registrada assume a forma de visões tidas por João. v. 2. que dá testemunho'. Uma afirmação solene da confiabilidade do registro de João de tudo que ele viu. a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo'. Aqui essas palavras resumem o tópico da revelação; elas recorrem com significado ligeiramente diferente no v. 9. v. 3. Feliz aquele que lê as palavras desta profecia e felizes aqueles que ouvem e guardam o que nela está escrito-. Essa dupla bem-aventurança transmite a orientação de que o livro deveria ser lido publicamente nos encontros da igreja — primeiramente, mas não exclusivamente, nas sete igrejas da Ásia citadas a seguir — e que o seu conteúdo deveria receber atenção cuidadosa por parte dos leitores e exercer uma influência decisiva sobre o seu modo de vida. o tempo está próximo'. Reforçando o “breve” do v. 1.


2) Saudações e doxologia (1:4-7)
v. 4. João às sete igrejas da província da Asia: Esse apocalipse não é pseudônimo. Não podemos ter certeza de quem era esse “João”; ele era evídentemente profeta (cf. 19.10; 22,9) e apresenta suas credenciais no v. 9. Ele não reivindica ser apóstolo; Justino Mártir, perto da metade do século II, afirma isso acerca dele (Diálogo com Trifo, 81), e isso pode bem estar correto. As “sete igrejas” são identificadas no v. 11. A província da Ásia foi evangelizada durante o ministério de Paulo em Éfeso, 52-55 d.C. (At 19:10), e todas as sete igrejas de João podem ter sido organizadas nessa época. Embora as razões para a escolha dessas sete sejam as condições locais descritas nas sete cartas (2.1—

3.22), o uso simbólico do número sete em todo o livro sugere um significado simbólico aqui; mesmo que as mensagens sejam primeiramente para as sete igrejas citadas, são relevantes também para as igrejas em todos os lugares. A vocês, graça epaz\ Uma saudação epistolar comum no NT combinando a saudação grega com a hebraica. Os termos que seguem são trinitários em essência, embora não em forma, da parte daquele que é, que era e que há de vir. Isto é, o Deus Eterno; a designação é usada por João como um nominativo indeclinável, não importa a construção em que apareça. Podemos considerá-la a versão que João dá do nome inefável de Javé, ou da expressão completa em Ex 3:14: Eu Sou o que Sou. dos sete espíritos que estão diante do seu trono'. Formalmente essa expressão (conforme 4.5; 5.6) lembra: “os sete anjos que se acham em pé diante de Deus” (8.2), mas na verdade se refere ao Espírito Santo na plenitude da sua graça e poder. Num estágio primitivo da exegese desse livro, a expressão foi associada às sete designações do Espírito do Senhor em Is 11:2, LXX: “o espírito de sabedoria e entendimento, o espírito de conselho e poder, o espírito de conhecimento e de piedade, o espírito do temor do Senhor” (assim Vito-rino de Pettau, ad loc.). Conforme as linhas em Veni Creator.

Tu és o Espírito que unge
Que concedes teu sétuplo dom.

“Diante do seu trono” ou “diante do trono” ocorrem repetidamente em Apocalipse como expressões da presença de Deus no seu templo celestial (conforme 4.5,6,10; 7.9 etc.), v. 5. e de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel'. Esse arranjo de palavras em que Cristo está combinado com o Eterno e o sétuplo Espírito é notável, e coerente com o retrato dele em todo o livro. Numa época em que tantos do seu povo, como o próprio João, estavam sofrendo “por causa do testemunho de Jesus” (1.9; conforme 12.11), seria encorajador para a sua fidelidade serem lembrados de que Jesus Cristo foi a “testemunha fiel” por excelência. A mesma expressão é usada em relação a Antipas (2.13). o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra\ Um eco de Sl 89:27, em que Deus aponta Davi (e, por dedução, o filho de Davi) como “o meu primogênito, o mais exaltado dos reis da terra”. Aqui o título de “primogênito” está associado à posição de Cristo na ressurreição, como em Cl 1:18; tb. Rm 8:29). Os “direitos régios” do Redentor na terra são dois: Aquele que é “cabeça de todas as coisas para a igreja, que é o seu corpo” (Ef 1:22,Ef 1:23), também é o soberano dos reis da terra\ era bom que os leitores de João fossem lembrados de que o seu Senhor, por quem estavam sendo perseguidos, também era Senhor sobre César, seu perseguidor, mesmo que César não o reconhecesse. Ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue: A leitura “libertou” (gr. lysanti) é mais bem documentada do que a posterior “lavou” (gr. lousanti). “Lavar no sangue” não é uma figura de linguagem bíblica (7.14 é uma exceção, mas o que é lavado aí são vestes), v. 6. e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus: Israel no deserto, após a experiência da redenção do Egito, foi chamado para ser um “reino de sacerdotes” para Deus (Ex 19:6; a expressão reino e sacerdotes evidentemente é uma tradução literal da expressão hebraica em Êxodo). (Conforme Is 61:6, em que são chamados “sacerdotes do Senhor” após uma redenção posterior.) Assim, o povo de Deus do NT, tendo sido liberto de seus pecados, é designado semelhantemente “reino e sacerdotes” (conforme 5.10; 20.6; 22.5; tb. 1Pe 2:9). A incorporação dessas palavras numa doxologia sem explicação sugere que o sacerdócio real dos cristãos já era um conceito plenamente familiar. Os que compartilhavam o sofrimento do seu Sacerdote-Rei foram chamados a compartilhar sua intercessão e soberania (conforme o v. 9; tb. Lc 22:28-42; Rm 8:17; 2Tm 2:12).

v. 7. Eis que ele vem com as nuvens\ As nuvens, associadas a uma teofania ou simbolizando a presença divina são extraídas de Ez 7:13, em que “alguém semelhante a um filho de homem” (conforme v. 13 a seguir; tb. 14,14) vem “com as nuvens do céu” (conforme Mc 13:26; Mc 14:62 e paralelos; lTs 4.17). e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram: Cf.: “Então se verá...” em Mc 13:26 e paralelos, e: “vereis...” em Mc 26:64 paralelo com Mc 14:62; mas mais especificamente a linguagem faz eco de Zc 12:10: “Olharão para aquele que traspassaram”, e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele\ Em Zc 12:10ss, todas as famílias de Israel se lamentam pelo que foi traspassado, mas aqui (como em Mt 24:30), todas as famílias da humanidade se lamentam. A lamentação repetida anualmente por Hadade-Rimom na planície de Megido (com a qual o profeta do AT compara o lamento pelo traspassado), nunca concluída e sempre inútil, agora foi engolida pelas lágrimas penitentes por uma vítima que foi traspassada de uma vez por todas, para nunca mais ser golpeada de novo.


3) A autenticação divina (1.8) v. 8. Eu sou o Alfa e o Omega (conforme 21.6): Isto é, o início e o fim, ou o primeiro e o último, “alfa” e “ômega” sendo a primeira e a última das 24 letras do alfabeto grego. Essa afirmação feita pelo Deus Eterno acerca dos seus nomes e títulos, autenticando a revelação seguinte como sendo sua, é ainda mais notável em vista da liberdade com que na seqüência os títulos são aplicados a Cristo (conforme o v. 17;

22.13). Nesse título, também pode haver a sugestão do princípio de que “o final será como o início”, que é amplamente ilustrado em Apocalipse (cf., e.g., 2.7; 22:1-4 com Gn 2, mas ali é o “ancião de dias” que é assim descrito (v. 9), enquanto aqui é o Cristo ressurreto. Essa transferência global dos atributos divinos a Jesus é característica de Apocalipse, mas de forma nenhuma peculiar a ele no NT; ela atesta o reconhecimento espontâneo por parte da igreja nos dias apostólicos da divindade de Jesus. Pode ser um ponto relevante o fato de que a versão grega mais antiga de Ez 7:13 diga que “o que é semelhante a um homem” veio “como o ancião de dias”; isso por sua vez pode lançar luz sobre a condenação imediata por blasfêmia que seguiu a aplicação que Jesus fez da linguagem de Ez 7:13 a si mesmo, como resposta à pergunta do sumo sacerdote no seu julgamento (Mc 14:61-41). seus olhos eram como chama de fogo: Como o visitante celestial de Ez 10:6, cujos olhos eram “como tochas acesas”. A figura ocorre novamente em um contexto semelhante em

19.12. v. 15. seus pés eram como o bronze numa fornalha ardente...'. Melhor seria “suas pernas” (assim podes é corretamente traduzido em 1.1); conforme Ez 10:6: “os braços e pernas como o reflexo do bronze polido” (v. tb. Ez 1:7). sua voz como o som de muitas águas'. Essa figura de linguagem, sugerindo o som de uma torrente impetuosa após uma chuva pesada, ocorre novamente em 14.2 e 19.6, com referência às hostes celestiais. Em Ez 43:2, o som da vinda da glória do Senhor é assim descrita, v. 16. Tinha em sua mão direita sete estrelas'. Sem interpretação, pensaríamos naturalmente nos sete planetas conhecidos dos antigos (conforme a explanação de Fílon e Josefo do candelabro de sete braços); segurá-los nas mãos seria um símbolo do domínio sobre o céu e a terra. A luz de toda a tendência de Apocalipse, essa interpretação geral é adequada no presente contexto, pois a soberania universal certamente pertence a Cristo; mas as estrelas recebem uma interpretação especial no v. 20. da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes-, Conforme 19.15. A espada é a palavra de Deus (conforme He 4:12; tb. Ef 6:17); acerca do aspecto de ela sair da boca do Filho do homem, conforme Is

11.4, em que o Messias “Com suas palavras, como se fossem um cajado, ferirá a terra; com o sopro de sua boca matará os ímpios”. Na aplicação do NT, a espada é o evangelho, que proclama a graça aos que se arrependem e depositam a sua fé em Deus, com a proposição adicional do julgamento sobre os impenitentes e desobedientes (conforme Jo 3:36). Sua face era como o sol quando brilha em todo o seu fulgor. Assim, no monte da transfiguração, “Sua face brilhou como o sol” (Mt 17:2). v. 17. Quando o vi, caí aos seus pés como morto-. Uma visão de glória divina pode ser transmitida, mesmo que somente em simbolismo. O fato de que a linguagem da visão que João tem de Cristo na glória é simbólica está bastante claro, especialmente no detalhe da espada surgindo da sua boca. Um paralelo notável do AT é a visão de Deus em Ez 1.4ss. João, como Eze-quiel, cai sobre o seu rosto diante da glória, e como Ezequiel é posto de pé novamente. E o homem que caiu prostrado diante de Deus, e foi colocado sobre seus pés por Deus, que pode a partir daí encarar o mundo inteiro como o destemido porta-voz de Deus. Conforme Ez 8:17Ez 10:9.15; eos três discípulos no monte da transfiguração (Mt 17:6). ele colocou a sua mão direita sobre mim: Conforme Ez 8:18; Ez 10:10,Ez 10:18. Não tenha medo: Mais um eco do relato da transfiguração em Mateus (17.7). Conforme tb. Lc 2:10Mt 28:5; At 18:9-27.24. Ru sou o Primeiro e o

Último: Conforme 2.8; 22.13. Os títulos do Deus de Israel (conforme v. 8) também são portados por Cristo, que em exaltação recebeu de Deus “o nome que está acima de todo nome” (Fp

2.9). “Eu sou o primeiro e eu sou o último; além de mim não há Deus”, diz Javé em Is
44.6 (conforme 41.4; 48.12); mas não há título que não compartilhe livremente agora com o seu Filho crucificado e glorificado, v. 18. Sou Aquele que Vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o sempre!-. Essa pontuação é preferível à da ARA e ARC, que acrescentam a expressão “o que vive” como terceira parte a “sou o primeiro e último”. Como aquele que venceu a morte no próprio domínio da morte, ele é proeminentemente “aquele que vive”; “tendo sido ressuscitado dentre os mortos, Cristo não pode morrer outra vez; a morte não tem mais domínio sobre ele” (Rm 6:9; conforme 2Tm 1:10). £ tenho as chaves da morte e do Hades-, Isto é, sua autoridade se estende por todo o domínio da morte. Por isso, o seu povo, que foi ameaçado com a morte por sua lealdade a ele, não precisa temer que a morte vá separá-lo do amor dele; aquele que morreu e voltou a viver é Senhor dos mortos e dos vivos; “Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor” (Rm 14:8,Rm 14:9; conforme He 2:14,He 2:15). v. 19. Escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que acontecerão-, O que João viu abarcou tanto as coisas que já existiam quanto as que ainda estavam no futuro. A divisão é dupla, e não tripla. Um dos principais problemas da exegese em Apocalipse é distinguir os elementos nas visões que simbolizam “o que é” dos que simbolizam “o que ainda há de vir”.

V.comentário Dt 4:1. v. 20. as sete estrelas são os anjos das sete igrejas-. Cristo, que mantém essas sete estrelas na sua mão direita, é, portanto, Senhor de cada igreja local. Os anjos das igrejas devem ser entendidos à luz da an-gelologia de Apocalipse — não como mensageiros humanos ou ministros das igrejas, mas como contrapartes celestiais das personificações de diversas igrejas, cada um representando sua igreja a ponto de ser considerado responsável por sua condição e comportamento. Podemos compará-los com os anjos das nações (Ez 10:13,Ez 10:20; Ez 12:1) e de indivíduos (Mt 18:10; At 12:15). os sete candelabros são as sete igrejas-, V.comentário do v. 12 anteriormente.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Apocalipse Capítulo 1 do versículo 1 até o 8

INTRODUÇÃO

Observação. Ao iniciarmos este breve comentário sobre o inexaurível livro final do Cânon do Novo Testamento, provavelmente devemos apresentar dois aspectos do mesmo que serão observados na leitura do mesmo. Em primeiro lugar, guardadas as proporções, foi dedicado mais espaço às questões introdutórias do que normalmente se concede em um comentário, quer seja longo quer breve, deste livro. Isto se fez porque o escritor crê que o estudo do livro do Apocalipse exige mais considerações preliminares do que qualquer outro livro da Bíblia. Quanto mais o leitor fixar na mente certos princípios fundamentais de interpretação, mais rapidamente compreenderá estes francamente difíceis capítulos. Em segundo lugar, incorporamos nestas páginas uma grande porção de material dos mais importantes comentários sobre o Apocalipse escritos durante o último século, algumas das soberbamente concisas e penetrantes declarações dos grandes mestres da igreja cristã relacionadas com assuntos mencionados no livro.

Há algo quase paradoxal a respeito do livro do Apocalipse. É um volume de reconhecida dificuldade, e no entanto através dos séculos tem sido como um ímã, atraindo irresistivelmente para o seu estudo cristãos de todas as escolas de pensamento, leigos, clérigos e professores. R.H. Charles está certo quando começou as suas Lectures on the Apocalypse com esta declaração: "Desde a era mais remota da Igreja, tem se admitido universalmente que o Apocalipse é o livro mais difícil de toda a Bíblia" (pág. 1). Calvino recusou-se a escrever um comentário sobre o Apocalipse, e deu-lhe muito pouca importância em seus maciços escritos. Lutero fugiu aos seus ensinamentos durante anos. Ao mesmo tempo, o livro tem compelido homens a prolongados estudos de suas profecias, voltando muitas e muitas vezes para uma reconsideração dos seus temas e para uma nova compreensão de suas revelações. Um só testemunho será suficiente, de alguém que geralmente é reconhecido ter sido o mais talentoso expositor do primeiro quarto de nosso século, G. Campbell Morgan: "Não há nenhum livro na Bíblia que tenho lido com tanta freqüência, nenhum ao qual tenho tentado dedicar atenção mais paciente e persistente . . . Não há nenhum livro na Bíblia ao qual eu me volte mais ansiosamente nas horas de depressão, do que este, com todo o seu mistério, todos os seus detalhes que não compreendo" (Westminster Bible Record, Vol. 3 [1912 ] 105,109).

A Importância do Livro.
1) As Escrituras do Novo Testamento seriam incompletas, deixariam os leitores em um estado de ânimo mais ou menos depressivo, se este livro não fosse escrito e incluído no Cânon. Ele não é somente o último livro no arranjo canônico de nossa Bíblia, mas é necessariamente a conclusão das revelações divinas ao homem. Esta verdade foi brilhantemente apresentada por T. D. Bernard em suas famosas Bampton Lectures for 1864, The Progress of Doctrine in the New Testament. "Não sei como algum homem, terminando as Epístolas, poderia esperar descobrir a história subseqüente da Igreja essencialmente diferente do que ela é. Naquelas obras nos parece, como é na realidade, que não testemunhamos algumas tempestades passageiras que desanuviam a atmosfera, mas sentimos o todo da atmosfera carregado com os elementos da futura tempestade e morte. Cada momento as forças do mal se mostrara mais claramente. Elas são enfrentadas, mas não dissipadas . . . As últimas palavras de S. Paulo na segunda Epístola a Timóteo, e as de S. Pedro em sua segunda Epístola, com as Epístolas de S. João e S. Judas, têm a linguagem de um tempo no qual as tendências daquela história expuseram-se distintamente; e nesse sentido essas cartas forma um prelúdio e uma passagem para o Apocalipse.

Assim, chegamos a este livro com lacunas que ele pretende preencher; aproximamo-nos dele como homens, que além de estarmos pessoalmente em Cristo, sabemos o que temos nEle como indivíduos, também, na qualidade de membros do Seu corpo, participamos de uma vida incorporada, no aperfeiçoamento da qual somos aperfeiçoados, e em cuja glória o nosso Senhor está glorificado. Por este aperfeiçoamento e glória esperamos em vão, entre as confusões do mundo, e as formas do mal sempre ativas e mutantes. Qual é o significado deste cenário selvagem? Qual será o seu resultado? E qual a perspectiva que há na realização daquilo que desejamos? Para um estado mental como este, e para as lacunas que envolve, é que esta última parte dos ensinamentos de Deus foram dirigidos, de acordo com aquele sistema de doutrina progressiva que tenho me esforçado em ilustrar, em que cada estágio de progresso resulta numa seqüência natural do efeito daquele que o precede ".

COMENTÁRIO

I. As Cartas às Sete Igrejas. 1:1- 3:22.

Ap 1:1). No passado, Cristo foi a fiel testemunha e o primogênito dos mortos; no presente, Ele é àquele que nos ama e nos libertou dos nossos pecados (v. Ap 1:5); no futuro, vem com as nuvens e todo olho o verá ... e todas as tubos da terra se lamentarão sobre ele (v. Ap 1:7). A declaração de que Cristo nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus (v. Ap 1:6) é a declaração básica de Ex 19:6, séculos mais tarde citada por Pedro (1Pe 2:5, 1Pe 2:9). A passagem referindo-se ao futuro tem dupla referência no V.T.: em Dn 7:13 o Filho do homem é descrito vindo com as nuvens, e o fato de que todos o verão está em Zc 12:10, Zc 12:12. A palavra aqui traduzida para traspassaram aparece em outra passagem do N.T. apenas em Jo 19:37 (cons. Zc 12:10).

Sempre achei que a frase, o soberano dos reis da terra (Ap 1:5), é o título-chave para Cristo no livro do Apocalipse. Muitos outros reis são mencionados neste livro: reis de nações que saíram para lutar contra o Cordeiro, o rei do abismo, etc. Não há nenhuma indicação até o final do livro de que os reis da terra reconheçam Cristo como o Rei dos reis. Na verdade, o livro do Apocalipse é quase um registro do cumprimento deste título de Cristo com a final preeminência para a qual o título aponta.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Apocalipse Capítulo 1 do versículo 7 até o 8
d) O segundo advento (Ap 1:7-66. Como no término do livro, assim também aqui, o profeta registra sua aprovação ardente desta promessa com as palavras "sim, Amém".

Alfa e Ômega (8) a primeira e a última letras do alfabeto grego. É provável que a frase traduza para os leitores gregos um idiotismo hebraico pelo qual a primeira e última letras do alfabeto eram usadas para exprimir totalidade. Era dito, por exemplo, que Adão transgrediu a lei "de álefe a tau"; Abraão, pelo contrário, guardou a lei "de álefe a tau". Neste vers. 8 o sentido é que Deus é o Senhor de toda a história, seu princípio, seu fim e todo o seu decurso. Tal afirmação é necessária para os crentes num dia quando as potestades que há se opõem à Igreja. Podemos notar que essas palavras são atribuídas a Cristo em Ap 22:13; os expositores mais antigos, às vezes, pensavam que fosse Ele quem fala aqui também, mas é patente que este conceito está errado; são palavras do "Senhor Deus" (ARA). O Todo-Poderoso, título este que João freqüentemente emprega e que os LXX de Dn 12:6 e Jl 9:5, traduzem "Senhor Deus dos Exércitos".


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Apocalipse Capítulo 1 do versículo 1 até o 20

1. De Volta para o Futuro ( Apocalipse 1:1-6 )

A Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos, as coisas que brevemente devem acontecer; e Ele enviou e comunicada pelo seu anjo ao seu servo João, que atestou a palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que ele viu. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e prestar atenção às coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono, e de Jesus Cristo, a fiel testemunha, o primogênito dos mortos, eo soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama e nos libertou dos nossos pecados pelo Seu sangue, e ele fez de nós um reino de sacerdotes para o Seu Deus e Pai a-ele seja a glória eo domínio pelos séculos dos séculos. Amém. ( 1: 1-6 )

Muitas pessoas são fascinadas, mesmo obcecado com o futuro. Eles lêem fielmente seus horóscopos, procurar os leitores de tarô, têm as suas palmas ler, se alimentam de material de ficção científica futurista, ou ligue para um dos muitos "psíquicos linhas quentes" anunciados na TV.Algumas pessoas aprofundar o ocultismo, em busca de meios (como fez o rei Saul), inutilmente e pecaminosamente tentar obter informações sobre o que está por vir "consultar [ndo] o morto em nome dos vivos" ( Is 8:19 ; 46: 9-10 ). Só nas Escrituras pode verdade sobre o futuro ser encontrado. Os profetas do Antigo Testamento, especialmente Isaías, Ezequiel, Daniel e Zacarias, fornecem vislumbres do futuro. Assim fez o nosso Senhor, em Sua Sermão do Monte, junto com Pedro e Paulo em seus escritos inspirados. Mas o livro do Apocalipse prevê o olhar mais detalhado para o futuro em toda a Escritura. O ponto crucial montagem da revelação de Deus ao homem na Bíblia, no livro de Apocalipse revela a história futura do mundo, todo o caminho para o clímax da história no retorno de Cristo eo estabelecimento de Seu glorioso terrena e reino eterno.

Em jeito de introdução, João enumera onze características deste livro maravilhoso: sua natureza essencial, tema central, de origem divina, receptores humanos, de caráter profético, entrega sobrenatural, autor humano, prometeu bênção, urgência convincente, Benção trinitária, e doxologia exaltado.

Sua natureza essencial

O Apocalipse ( 1: 1 a)

Estas duas palavras são essenciais para a compreensão deste livro. Muitas pessoas estão confusas com o livro do Apocalipse, vendo-a como um misterioso, estranho, mistério indecifrável. Mas nada poderia estar mais longe da verdade. Longe de esconder a verdade, o livro do Apocalipse revela ele. Este é o último capítulo na história da redenção de Deus. Ela conta como tudo termina. Conforme o relato da criação no início não era vago ou obscuro, mas claro, assim que Deus tem dado um registro detalhado e lúcido do fim. É impensável a acreditar que Deus falasse com precisão e clareza de Gênesis a Judas, e depois, quando se trata do fim abandonar toda a precisão e clareza. No entanto, muitos teólogos hoje pensam Apocalipse não é o registro preciso do fim, apesar do que se diz. Eles também estão convencidos de que os seus mistérios são tão vagos que o final é deixado em confusão. Como veremos neste comentário, este é um erro grave que retira a saga de redenção de seu clímax como dado por Deus.

Apokalupsis ( Apocalipse ) aparece dezoito vezes no Novo Testamento, sempre, quando usado de uma pessoa, com o significado "para se tornar visível." Em Lc 2:32 , Simeão louvou a Deus por o menino Jesus, descrevendo-o como "uma luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo Israel." Simeon exultou que o Messias tinha sido feita visível aos homens. Paulo falou em Rm 8:19 ​​da transformação manifesto de crentes em glória como "a revelação dos filhos de Deus." Tanto Paulo ( 1Co 1:7 ).

Seu tema central

de Jesus Cristo, ( 1: 1 b)

Enquanto toda a Escritura é a revelação de Deus ( 2Tm 3:16 ), de uma forma única o livro do Apocalipse é a revelação-a revelação de Jesus Cristo. Embora este livro é, certamente, a revelação de Jesus Cristo (cf. 22:16 ), é também a revelação sobre Ele. A outra Novo Testamento usa da frase apokalupsis 1esou Christou ( Revelação de Jesus Cristo ) sugerem que a declaração de João nesse versículo é melhor entendida no sentido da revelação de Jesus Cristo (cf. 1Co 1:7 ; 2Ts 1:72Ts 1:7 ), visões do ressuscitado, glorificado Filho de Deus.

Sua Fonte Divina

que Deus lhe deu ( 1: 1 c)

Em que sentido é o livro do Apocalipse, um presente do Pai para Jesus Cristo? Alguns interpretam a frase que Deus lhe deu em conexão com as palavras de Jesus em Mc 13:32 : "Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai." Na humilhação de sua encarnação, quando Ele "se esvaziou, assumindo a forma de um servo" ( Fm 1:2. )

A exaltação de Cristo, prometeu que nos últimos três versos ( 11/09 ) de que a passagem, é descrito em detalhes no livro do Apocalipse. Contém, portanto, a divulgação completa da glória que será de Cristo, na Sua volta-Sua recompensa final do Pai por Sua fidelidade durante a Sua humilhação. O primeiro sinal de prazer do Pai com o Filho obediente foi Sua ressurreição; o segundo foi Sua ascensão; o terceiro foi o envio do Espírito Santo; eo último foi o dom do livro do Apocalipse, que promete e revela a glória que será de Cristo, na Sua segunda vinda.

O livro do Apocalipse, em seguida, detalha a herança do Filho do Pai. Diferente da maioria das vontades humanas, no entanto, este documento pode ser lido, porque não é, um documento privado selado. Mas nem todo mundo tem o privilégio de compreendê-lo, apenas aqueles a quem Deus revela que pelo Seu Espírito.

Seus receptores humanos

para mostrar aos seus servos, ( 1: 1 d)

Para exaltar ainda mais e glorificar o Seu Filho, o Pai tem graciosamente concedido a um grupo especial de pessoas o privilégio de compreender as verdades encontradas neste livro. João descreve essas pessoas como seus [de Cristo] servos. Doulois ( servos ) significa literalmente "escravos" (cf. Mt 22:8 ). Os doulos (servo), no entanto, era um tipo especial de escravo-one que serviu por amor e devoção ao seu mestre. Êxodo 21:5-6 descreve esses escravos: "Mas se o escravo diz claramente:" Eu amo meu senhor, minha esposa e meus filhos, eu não vou sair como um homem livre ", então seu senhor o levará a Deus, então ele deve trazê-lo até a porta ou à ombreira E seu mestre deve furar a orelha com uma. sovela; e ele o servirá permanentemente ".

É por isso que os incrédulos encontrar o livro do Apocalipse incompreensível; ele não se destina para eles. Ele foi dado pelo Pai ao Filho para mostrar para aqueles que voluntariamente servi-Lo. Aqueles que se recusam a reconhecer Jesus Cristo como Senhor, não posso esperar para compreender este livro. "Um homem natural", explica Paulo, "não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" ( 1Co 2:14. ). Para Seus discípulos, quando na Terra, Jesus disse: "Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes foi concedido ... Portanto eu lhes falo em parábolas; porque ao ver eles não vêem, e, ouvindo, não ouvem, nem entendem "( Mt 13:11 , Mt 13:13 ). Os incrédulos não podiam compreender o que Jesus quis dizer quando Ele estava ensinando sobre as realidades espirituais. Nem podem compreender as realidades futuras. A verdade divina é escondido do mundano-wise. O cético descrente encontra no livro do Apocalipse nada, mas o caos e confusão. Mas, para os amorosos, dispostos servos de Jesus Cristo, este livro é a revelação compreensível da verdade profética sobre o futuro do mundo.

O seu caráter profético

as coisas que brevemente devem acontecer; ( 1: 1 e)

O livro da ênfase de Revelação sobre eventos futuros que o diferencia de todos os outros livros do Novo Testamento. Enquanto eles contêm referências para o futuro, os Evangelhos se concentram principalmente sobre a vida e ministério terreno do Senhor Jesus Cristo. Atos narra a história da igreja desde o seu início no dia de Pentecostes até a prisão em Roma do apóstolo Paulo. As epístolas do Novo Testamento, como os Evangelhos, contêm vislumbres do futuro. Sua ênfase principal, no entanto, está explicando o significado da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo e aplicá-lo para a vida da Igreja no presente. Assim, os cinco primeiros livros do Novo Testamento são sobre o passado, e no próximo vinte e um sobre o presente. O último livro, ainda que contém algumas informações sobre o passado ( cap 1. e do presente (as sete igrejas na) caps 2-3. , embora igrejas históricas reais dos dias de João, eles retratam os tipos de igrejas encontrados em toda a era da igreja ), concentra-se nas futuras ( caps. 4-22 ).

Como em toda a literatura profética, há uma dupla ênfase no livro do Apocalipse. Ela retrata Jesus Cristo em Sua glória futura, juntamente com a bem-aventurança dos santos. Ele também descreve o julgamento de descrentes em Jesus Cristo que levam à sua condenação eterna.Comentador Charles Erdman observa:
Este é um livro de decisões e da desgraça. O lado mais escuro da imagem nunca é por um momento escondida. Deus é justo. O pecado deve ser castigado. Impenitência e rebelião problema na miséria e na derrota. Aqui há confusão sentimental de certo e errado. Aqui há tolerância fraco do mal. Não há menção de "o Cordeiro que foi morto", mas também de "a ira do Cordeiro". Há um "rio de água da vida", mas também um "lago de fogo." Aqui se revela um Deus de amor que é habitar entre os homens, para enxugar todas as lágrimas, e para abolir a morte e tristeza e dor; mas primeiro seus inimigos deve ser subjugada. Na verdade, a revelação é, em grande medida uma foto do último grande conflito entre as forças do mal e do poder de Deus. As cores são escabrosos e são emprestados a partir das convulsões da natureza e das cenas da história humana, com suas batalhas e sua carnificina. A luta é titânica. Incontáveis ​​hordas de guerreiros demoníacos subir em oposição a ele que é "Rei dos reis e Senhor dos senhores." Sobre eles "problemas" são pronunciadas, "taças" de ira são derramadas, e destruição esmagadora é visitado. Um dia mais brilhante está por vir, mas há um trovão antes do amanhecer. ( O Apocalipse de São João [Filadélfia: Westminster, 1966], 12)

As verdades profundas e convincentes no livro de Apocalipse são, portanto, agridoce (cf. 10: 9-10 ).

Logo traduz tachos , que pode significar "em um curto espaço de tempo", ou "rapidamente". É verdade que há uma certa brevidade para os futuros eventos descritos neste livro. Os sem precedentes, julgamentos inimagináveis ​​que varrem a Terra fazê-lo em um breve período de tempo. Em apenas sete anos, o sistema mundial mal é inundado pela horrenda ira de Deus. Mesmo o reino terreno de mil anos é breve para os padrões de Deus (cf. 2Pe 3:8 ).

Mas esse não é o significado primário de tachos neste contexto. A idéia não é a velocidade com que se move Cristo, quando Ele vier, mas a proximidade de Sua vinda. O uso de tachos e palavras relacionadas em Apocalipse apoia a compreensão do seu significado aqui como "em breve". Em 2:16 , Jesus advertiu a igreja de Pérgamo para "se arrepender, ou então eu vou para ti rapidamente", enquanto em 3:11 Ele confortou a igreja fiel na Filadélfia, dizendo-lhes: "Eu venho sem demora." Capítulo 11 , versículo 14 , diz: "O segundo ai é passado; eis que o terceiro ai está chegando rapidamente." Um anjo disse a João que "o Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou o seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer" ( 22: 6 ). O Senhor Jesus Cristo três vezes declarou: "Eu venho sem demora" (22: 7 , 12 , 20 ). Em todos esses casos tachos (ou palavras relacionadas a ele) refere-se claramente à iminência ou proximidade de um evento, não a velocidade em que isso acontece. O tachos grupo palavra é usada em um sentido similar em todo o Novo Testamento (por exemplo,At 17:15 ; At 25:4 ; 1Co 4:191Co 4:19. ; Fp 2:19. , Fp 2:24 ; 1Tm 3:141Tm 3:14 ; 2Tm 4:92Tm 4:9 , He 13:23 ; 2Pe 1:142Pe 1:14. ). Assim, as coisas que em breve devem acontecer sobre o qual João escreveu não acontecem em um breve espaço de tempo, mas são iminentes (cf. 1: 3 ; 22: 6).

Os crentes não são para tentar definir os "tempos ou épocas que o Pai reservou à sua própria autoridade" ( At 1:7 ). O conhecimento de que os eventos descritos no livro do Apocalipse são logo a ter lugar tem e deve motivar os cristãos a viver vidas santas, obedientes ( 2Pe 3:14 ).

Sua entrega Sobrenatural

e Ele enviou e comunicada pelo seu anjo ( 1: 1 f)

O livro de Apocalipse é único na literatura do Novo Testamento, pois é o único livro que enviou e comunicadas ao seu autor humano por anjos. Em 22:16 Jesus reafirmou a verdade ensinada aqui, declarando: "Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas a favor das igrejas." Anjos estavam envolvidos na doação do livro de Apocalipse de João, exatamente como estavam no entrega da Lei a Moisés ( At 7:53 ; Gl 3:19. ; He 2:2 ; Jo 21:24 ; 1Jo 1:21Jo 1:2 ), assim que João fielmente, sob inspiração do Espírito, testemunhou a tudo o que ele viu a respeito de Sua segunda vinda. Especificamente, João deu testemunho da palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo. Essas frases aparecem juntos novamente em 1: 9 (cf. 12:17 ), e são usados ​​como sinônimos, uma vez que "o testemunho de Jesus é o espírito de profecia "( 19:10 ). A palavra de Deus expressa no livro de Apocalipse é o testemunho sobre a vinda glória de Jesus Cristo deu a Sua igreja (cf. 22:16 ) e gravada por Seu fiel testemunha, João.

Sua bênção prometida

Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e prestar atenção às coisas que nela estão escritas; ( 1: 3 a)

O livro de Apocalipse é suportado por promessas de bênção (bem-aventuranças, como em Mateus 5:3-12. ) para aqueles que lêem e obedecê-la (cf. 22: 7 ; Lc 11:28 ). Mas esses são apenas dois dos sete promessas de bênçãos o livro contém; o resto são igualmente maravilhoso: "Bem-aventurados os mortos que morrem no Senhor de agora em diante! "Sim, diz o Espírito," para que eles descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham "( 14:13 ). "Eis que venho como um ladrão Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes, para que ele não vai andar nus e os homens não se veja a sua vergonha." ( 16:15 ); "Bem-aventurados são aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro" ( 19: 9 ); "Abençoado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição" ( 20: 6 ); "Bem-aventurados são aqueles que lavam as suas vestes, para que eles possam ter o direito à árvore da vida, e possam entrar pelas portas na cidade" ( 22:14 ).

Os três particípios traduzido lê, ouve, e atenção estão no tempo presente. Ler, ouvir e obedecer as verdades ensinadas no livro de Apocalipse (e no resto da Escritura) estão a ser um modo de vida para os crentes. A mudança do singular aquele que lê para o plural aqueles que ouvem as palavras desta profecia, e acatam as coisas que nela estão escritas descreve um culto na igreja do primeiro século. Era prática comum quando a igreja se reuniram para uma pessoa para ler as Escrituras em voz alta para que todos ouvissem (cf. 1Tm 4:13 ). Dr. Robert L. Tomé explica que "por causa materiais de escrita eram caros e escassos, por isso, eram cópias dos livros que eram partes do cânon bíblico. Como regra geral, um exemplar por assembléia cristã foi o melhor que se poderia esperar. Pública leitura foi a única significa que rank-and-file cristãos tinham para se familiarizar com o conteúdo desses livros "( Apocalipse 1:7: Um comentário exegético [Chicago: Moody, 1992], 60). Uma vez que apenas as Escrituras era para ser lido publicamente, "a intenção óbvia de que o Apocalipse era para ser lido publicamente argumentou fortemente desde o início que ele seja incluído entre aqueles livros que eventualmente seriam reconhecidas como parte do cânone NT" de João (Tomé, Apocalipse 1 -7 , 62-63).

O livro de Apocalipse é a palavra final de Deus para o homem, o ponto culminante da revelação divina. Sua escrita marcou a conclusão do cânon das Escrituras (cf. 22: 18-19 ), e seu âmbito de aplicação abrange todo o sweep futuro da história da redenção ( 01:19 ). Portanto, é imperativo que os crentes prestar atenção diligente para as verdades que ele contém.

Sua Urgência Obrigando

porque o tempo está próximo. ( 1: 3 b)

Esta frase reitera a verdade ensinada em 1: 1 ., que os eventos descritos no livro do Apocalipse são iminentes Tempo não se traduz chronos , que se refere ao tempo em um relógio ou calendário, mas kairos , que refere-se a estações, épocas, ou eras. A próxima grande era da história da redenção de Deus é próximo.

Que o retorno de Cristo é iminente, o próximo evento no calendário profético de Deus, sempre foi a esperança da igreja. Jesus ordenou aos seus seguidores para assistir expectativa para seu retorno:

Seja vestida de prontidão, e manter o seu lit. lâmpadas Seja como os homens que estão à espera de seu mestre, quando ele retorna a partir da festa de casamento, para que eles possam imediatamente abrir a porta para ele quando ele chegar e bater. Bem-aventurados os escravos que o senhor vai encontrar em estado de alerta quando ele vem; em verdade vos digo que, que se cingirá, para servir, e tê-los reclinar-se à mesa, e vai vir para cima e servi-los. Se ele vier na segunda vigília, ou até mesmo no terceiro, e encontra-los assim, bem-aventurados são aqueles escravos. Mas não se esqueça disso, que, se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, ele não teria permitido que sua casa fosse arrombada. Você também, estar pronto; pois o Filho do Homem virá numa hora em que você não espera. ( Lucas 12:35-40 )

"A noite é passada", escreveu Paulo aos Romanos, "eo dia está próximo" ( Rm 13:12 ). O apóstolo pensou que ele poderia estar vivo quando o Senhor voltar, já que seu uso do pronome plural nós em passagens como 1 Coríntios 15:51-58 e I Tessalonicenses 4:15-18 indica. O escritor de Hebreus exortou seus leitores a "[incentivar] uns aos outros; e tanto mais, quanto você vê chegar o dia" ( He 10:25. ). Tiago incentivou lutando crentes com a realidade de que a volta de Cristo era iminente: "Portanto, seja paciente, irmãos, até a vinda do Senhor ... Você também ser paciente, reforçar os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima ... Eis , o juiz está às portas "( Tiago 5:7-9 ). "O fim de todas as coisas está próximo", Pedro lembrou seus leitores ( 1Pe 4:7 , o apóstolo João acrescentou: "Filhos, esta é a última hora."

Apesar do ceticismo dos escarnecedores, que exigem, "Onde está a promessa da sua vinda Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação?" ( 2Pe 3:4 ).

A frase daquele que é, que era e que há-de vir identifica a primeira Pessoa da Trindade, Deus Pai, aqui descrito em termos antropomórficos. Porque é a única maneira que podemos entender, a descrição tríplice (cf. 1: 8 ; 4: 8 ) vê Deus em dimensões de tempo (passado, presente e futuro), embora ele é atemporal. O Deus eterno é a fonte de todas as bênçãos da salvação, toda a graça, e toda a paz.

Os sete Espíritos que estão diante do seu trono se refere ao Espírito Santo. Obviamente, há apenas um Espírito Santo; o número sete representa-lo em Sua plenitude (cf. 5: 6 ; Is 11:2. ). O Espírito Santo em toda a Sua glória e plenitude envia graça e paz para os crentes; Ele é o Espírito da graça ( He 10:29 ) e produz a paz na vida dos crentes ( Gl 5:22 ). Aqui ele é visto na glória de seu lugar na presença do Pai no céu.

Graça e paz também fluir a partir de Jesus Cristo, a fiel testemunha, o primogênito dos mortos, eo soberano dos reis da terra. Ele também é visto na glória de sua exaltação. É justo que João menciona Cristo último, e dá uma descrição mais pormenorizada ele, pois ele é o tema do livro do Apocalipse. A testemunha fiel é aquele que sempre fala e representa a verdade, e que certamente caracteriza o Senhor Jesus Cristo. Ele era uma testemunha perfeita para a natureza de Deus. Ap 3:14 o chama de "o Amém, a testemunha fiel e verdadeira.""Para isso nasci e para isto vim ao mundo:" Ele declarou a Pilatos: "para dar testemunho da verdade" ( Jo 18:37 ). Jesus Cristo, a Testemunha fiel, que não pode mentir e viveu e falou perfeitamente a vontade de Deus, promete graça e paz crentes de salvação.

O segundo descrição de Jesus, o primogênito dos mortos, não significa que Ele era cronologicamente o primeiro a ser ressuscitado dos mortos. Havia ressurreições antes de Sua no Antigo Testamento ( I Reis 17:17-23 ; 2 Reis 4:32-36 ; 13 20:12-13:21'>13 20:21 ), e Ele mesmo levantou outros durante Seu ministério terreno ( Mateus 9:23-25. ; Lucas 7:11-15 ; João 11:30-44 .) prototokos não significa primogênito em seqüência de tempo, mas sim pela primeira vez em preeminência. De todos os que já foram ou nunca vai ser ressuscitado, Ele é o premier um. Deus declara do Messias no Sl 89:27 : "Eu também devem fazê-lo o meu primogênito, o mais elevado dos reis da terra." O livro do Apocalipse registra o desenrolar dessa promessa.

O terceiro título, o soberano dos reis da terra, retrata Cristo como absolutamente soberano sobre as coisas deste mundo, para que Ele detém o título de propriedade (cf. 5: 1 e ss .). Que Jesus Cristo é o Rei soberano da terra é repetidamente ensinada nas Escrituras (por exemplo,19:16 ; Sl. 2: 6-8 ; . Jr 23:5 ; Lc 23:3 ). Ele é o Senhor, ter um nome "acima de todo nome" ( Filipenses 2:9-11. ), que, de acordo com o plano do Pai e obra do Espírito Santo, concede crentes Sua bênção real de graça e paz.

Sua Exaltado Doxologia

Àquele que nos ama e nos libertou dos nossos pecados pelo Seu sangue, e ele fez de nós um reino de sacerdotes para o Seu Deus e Pai a-ele seja a glória eo domínio pelos séculos dos séculos. Amém. ( 1: 5 b-6)

A obra de Cristo em favor dos fiéis causada João irromper em uma doxologia inspirada de louvor a Ele. No presente, Cristo ama os crentes com um amor inquebrantável ( Rom. 8: 35-39 ). A maior expressão do que o amor veio quando Ele nos libertou dos nossos pecados pelo seu sangue , em referência à expiação provida por Sua morte sacrificial na cruz em nosso lugar.

Aqui está o coração do Evangelho. Os pecadores são perdoados por Deus, libertos do pecado, da morte e do inferno, pelo sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Deus O fez nosso substituto, matando-o por nossos pecados, para que a pena foi integralmente pago por nós. A justiça de Deus foi satisfeita e Deus era capaz então de conceder a justiça para os pecadores arrependidos por quem Cristo morreu.
O amor de Cristo, também fez com que Ele faz -nos a ser um reino (não o reino milenar, mas a esfera do governo de Deus que os crentes entram na salvação; cf. Cl 1:13 ), no qual podemos desfrutar de Sua amorosa, regra gracioso e todo-poderoso, proteção soberana. Finalmente, Ele nos fez sacerdotes para Deus e Pai, concedendo-nos o privilégio de acesso direto ao Pai (cf. 1 Ped. 2: 9-10 ).

João conclui sua doxologia com a única resposta adequada à luz da magnitude das bênçãos que Cristo deu crentes: A ele seja a glória eo domínio pelos séculos dos séculos. Amém. Isso é ser a resposta de todos os que lerem este livro maravilhoso em que esse futuro glória e poder é claramente apresentada.

2. Uma prévia da segunda vinda ( Apocalipse 1:7-8 )

Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Por isso, é para ser. Amém. "Eu sou o Alfa eo Ômega", diz o Senhor Deus ", que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso." ( 1: 7-8 )

O livro de Apocalipse é o thriller de ação final. Qualquer um que ama livros cheios de aventura e emoção vai certamente adorar este livro. A Revelação surpreendente contém drama, suspense, mistério, paixão e horror. Ele fala de apostasia pela igreja. Ele fala de um colapso econômico sem precedentes, e do final da guerra da história, o ser humano guerra que vai realmente acabar com todas as guerras. Ele descreve as catástrofes naturais rivalizavam em intensidade apenas pelo dilúvio mundial dos dias de Noé, como Deus derramará Sua ira sobre a terra amaldiçoada. Ele fala das intrigas políticas que levarão à ascendência do ditador mais maligno e poderoso que o mundo já conheceu. Finalmente, e mais terrível de tudo, ele descreve o julgamento final e a condenação de todos os rebeldes, Angelicalal e humana, para o tormento eterno no inferno. O livro de Apocalipse é, portanto, um livro de drama impressionante, horror, e pathos. No entanto, surpreendentemente, é também um livro de esperança e de alegria com um final feliz, como pecado, sofrimento, e morte são para sempre banido ( 21: 4 ; 22: 3 ).

Vai levar algum tempo para que o drama se desenrolar, assim, como todo bom escritor, João dá aos seus leitores uma prévia do que virá mais tarde no livro. Ao fazer isso, ele revela o tema do livro do Apocalipse: É um livro sobre a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo. Em versos 7 e 8 de João apresenta cinco verdades sobre Sua segunda vinda: a sua necessidade, a glória, o escopo, a resposta, e certeza.

A Necessidade da Segunda Vinda

Eis que Ele está vindo ( 1: 7 a)

Após a introdução e saudações ( vv. 1-6 ), versículo 7 começa a primeira grande oráculo profético no livro do Apocalipse. A exclamação idou ( Eis ) é uma chamada de prender a atenção. Destina-se a despertar a mente eo coração para considerar o que segue. Este é o primeiro de seus vinte e cinco usos em Apocalipse-um livro cheio de verdades surpreendentes que exigem atenção especial. ApropriAdãoente, a primeira coisa que João chama atenção é a gloriosa verdade de que Ele [Jesus] está chegando. O tempo presente de erchomai (vem) sugere que Cristo já está a caminho, e, portanto, que sua vinda é certa. O tempo presente também enfatiza a iminência da Sua vinda (conforme a discussão de iminência de um capítulo deste volume).

A "vinda (ou esperado) One" era um título para o Messias. João Batista, "enquanto estava preso, ouviu falar das obras de Cristo, [e] mandou por seus discípulos e disse-lhe: És tu o esperado [de erchomai ] One, ou devemos esperar outro? "( Matt 11:2-3. ; cf. Lucas 7:19-20 ; Jo 3:31 ; Jo 6:14 ; Jo 11:27 ). erchomai é utilizado nove vezes em Apocalipse para se referir a Jesus Cristo; sete vezes por nosso Senhor em referência a si mesmo. Assim, o tema do livro do Apocalipse é a vinda One, o Senhor Jesus Cristo.

Apesar dos escarnecedores, que negam a Segunda Vinda ( II Pedro 3:3-4. ), a Bíblia afirma repetidamente que Jesus vai voltar. Que a verdade aparece em mais de quinhentos versos toda a Bíblia. Estima-se que um em cada vinte e cinco versículos do Novo Testamento se refere à Segunda Vinda. Jesus repetidamente falou de seu retorno (por exemplo, Mt 16:27. ; 24-25 ; Mt 26:64 ; Mc 8:38 ; Lc 9:26 ) e advertiu os crentes a estar pronto para isso (por exemplo, Mt 24:42. , Mt 24:44 ; Mt 25:13 ; Lc 12:40 ; 21: 34-36 ). A volta do Senhor Jesus Cristo a esta terra é, portanto, um tema central nas Escrituras.

Além das profecias explícitas da Segunda Vinda, há várias razões por que Cristo deve retornar.

Em primeiro lugar, as promessas de Deus exige que Jesus retorno. Gn 49:10 , a primeira profecia de governo do Messias, lê-se: "O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de autoridade dentre seus pés, até que venha Siló, e para ele deve ser a obediência dos povos ".Salmo 2:6-9 declara:

Mas, quanto a mim, eu tenho o meu Rei
Após a Sião, meu santo monte.
Eu certamente irá contar do decreto do Senhor:
Ele me disse: "Tu és meu Filho,
Hoje te gerei.
Pede-me, e eu te darei as nações por herança,
E o próprio confins da Terra como sua posse.
Você deve quebrá-los com uma vara de ferro,
Você deve quebrar-los como barro. "
Isaías também previu regra terrena do Messias:
Porque um menino nos nasceu, um filho, será dada a nós;
E o governo está sobre os seus ombros;
E seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte,
Pai Eterno, Príncipe da Paz.
Não haverá fim para o aumento do seu governo ou de paz,
No trono de Davi e no seu reino,
Para estabelecê-lo e mantê-lo com justiça e retidão
A partir de então e para sempre.

O zelo do Senhor dos exércitos fará isso. ( Isaías 9:6-7. )

Jeremias previu futuro bem-aventurança de Israel sob o reinado do Messias:
"Eis que vêm dias", declara o Senhor,
"Quando eu levantarei a Davi um Renovo justo;
E Ele reinará como rei e agir com sabedoria
E fazer justiça e justiça na terra.
Nos seus dias Judá será salvo,
E Israel habitará seguro;
E este é o nome pelo qual Ele será chamado,
'O Senhor nossa justiça. "
 

"Portanto, eis que vêm dias", declara o Senhor ", quando eles deixarão de dizer: 'Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito," mas "Vive o Senhor, que tirou e levou de volta os descendentes da família de Israel da terra do Norte e de todas as terras para onde os tinha lançado. " Em seguida, eles vão viver em seu próprio solo. " ( Jer. 23: 5-8 )

Essas previsões e muitos outros que falam do reino terrestre do Messias (por exemplo, 13 27:7-14'>Dan 7: 13-14. , Dn 7:18 ; Zc. 14: 4-9 ; . Mal 4: 1-4 ) não foram cumpridas em primeira vinda de Cristo. Portanto, ele deve vir novamente para cumpri-los, uma vez que "Deus não é homem, para que minta, nem filho do homem, para que se arrependa;? Será que Ele disse, e ele não vai fazer isso Ou, tendo falado, e Ele não o cumprirá? " ( Nu 23:19 ).

Em segundo lugar, a promessa de Jesus exige seu retorno. Como observado acima, Jesus previu repetidamente que Ele voltaria (cf. Ap 2:16 ; Ap 3:11 ; Ap 22:7 , Ap 22:20 ). João 14:2-3 dá uma razão importante para o Seu retorno: "In My casa do Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vos teria dito;. Pois vou preparar um lugar para você Se eu for e vos preparar um lugar para você, eu voltarei e vos receberei para mim mesmo, que onde eu estou, estejais vós também. " Em uma parábola ( Lucas 19:11-27 ), Jesus se julgou como um nobre que seria um dia voltar para a sua propriedade e destruir aqueles que haviam rejeitado o seu governo. Promessas, tanto de Jesus para recompensar aqueles que acreditam em Deus e julgar aqueles que O rejeitam-demand Seu retorno.

Em terceiro lugar, a garantia do Espírito Santo exige que Jesus retorno. O Espírito Santo é "o Espírito da verdade" ( Jo 15:26 ; Jo 16:13 ), que iria "ensinar [os autores inspirados do Novo Testamento] todas as coisas e trazer para a [sua] recordará tudo o que [Jesus] disse [lhes] "(Jo 14:26 ). Assim, todas as promessas do Novo Testamento da Segunda Vinda (cf., além dos já mencionados 1 Cor. 1: 4-8 ; Fp 3:20-21. ; Cl 3:4. ; Jc 5:8. ; 1Jo 3:21Jo 3:2 Jesus prometeu: "Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação, que horas, que está prestes a vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra . " Para cumprir essa promessa, ele deve retornar para a Sua Igreja antes do início da "hora da provação." Esse evento, conhecido como o arrebatamento da igreja, é um aspecto da segunda vinda de Cristo.

Após o Arrebatamento, Cristo vai premiar a sua igreja para o seu serviço fiel a Ele ( Rm 14:10. ; 1 Cor. 3: 12-15 ; 1Co 4:5 ; Fp 1:6 ; Fp 2:1:12 Tim. , 18 ; 4: 8 ; Ap 11:18 ). Esse tempo de recompensa pressupõe que Cristo já retornaram para a Sua Igreja.

No final do período de tribulação de sete anos, a igreja glorificada, a noiva de Cristo ( Apocalipse 19:7-9 ; cf. . 2Co 11:22Co 11:2 ), irá retornar em triunfo com Ele ( Ap 19:14 ; cf. v 8. ). Naquela época, a igreja será vindicado perante o mundo incrédulo, tornando-se evidente que verdadeiramente pertence ao Senhor (cf. 2Tm 2:19 ).

Programa de Deus para a igreja para resgatá-lo dos terrores da tribulação, recompensá-lo pelo serviço fiel, e vindicar-lo em exaltação em Seu reino antes que o mundo-exige que Cristo volte.

Em quinto lugar, o programa de Cristo para as nações descrentes exige seu retorno. Salmo 2 prevê um tempo em que Cristo vai governar as nações, algo que não ocorreu em sua primeira vinda. Da mesma forma, Joel 3:1-2 , 9-17 (cf. Is. 11: 1-5 ; Mic. 4: 1-8 ; . Sf 3:8 ) descreve Seu julgamento do nações descrentes. Dado que tal julgamento ocorreu na primeira vinda de Cristo, Ele deve voltar a realizá-lo.

Em sexto lugar, o programa de Deus para Israel exige que Cristo volte. A Bíblia ensina que Deus não terminou com Israel, Seu povo do convênio. Embora fosse o Apóstolo dos Gentios ( Rm 11:13. ; 1Tm 2:71Tm 2:7 ). Falando através do profeta Jeremias, Deus declarou nos termos mais fortes que Ele jamais estabelecidos permanentemente lado Israel:

Assim diz o Senhor,
Quem dá o sol para luz do dia
E a ordem fixa da lua e das estrelas para luz da noite,
Quem agita o mar, de modo que suas ondas rujam;
O Senhor dos exércitos é o seu nome:
"Se esta ordem fixa afasta
Desde antes de mim ", diz o Senhor,
"Então os filhos de Israel também cessará
De ser uma nação diante de mim para sempre. "
Assim diz o Senhor,
"Se os céus em cima pode ser medido
E os fundamentos da terra cá em baixo,
Então eu também rejeitarei toda a descendência de Israel

Por tudo o que eles têm feito ", diz o Senhor (. Jer. 31: 35-37 )

 

"Assim diz o Senhor: 'Se a minha aliança para o dia e noite não permanecer, e os padrões fixos de céu e da terra eu não estabeleceram, então eu rejeitarei a descendência de Jacó e de Davi, meu servo, não tendo a partir de seus descendentes governantes sobre . os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó Mas vou restaurar suas fortunas e terá misericórdia deles "(. Jer. 33: 25-26 )

Além de existência como nação, Deus prometeu a Israel salvação, paz, prosperidade, segurança, e um reino (eg, Dt 4:30-31. ; Isaías 9:6-7. ; 11: 11-12 ; 60: 10-14 ; Jer 23: 5-8. ; 30-33 ; Jr 46:28 ; Ez 36:37. ; 40-48 ; Dan 9: 20-27. ; 12: 1-3 ; . Hos 2:14— 23 ; 3: 4-5 ; 14: 4-7 ; Joel 3:18-21 ; Amós 9:8-15 ; . Ob 1:17 ; Mq 4:8 ; Sf 3:1 ; . 19:28 Matt ; Atos 1:6-7 ). Uma vez que essas promessas não foram realizadas em primeira vinda de Cristo, Ele deve retornar para cumpri-los.

Em sétimo lugar, a humilhação de Cristo exige que ele retorne. Na sua primeira vinda, Ele foi rejeitado, ultrajado, abusado, e executado como um criminoso comum. Mas isso não pode ser a forma como a história termina. Um dia, "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, daqueles que estão no céu, na terra e debaixo da terra, e ... toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai" ( Filipenses 2:10-11. ). Em seu julgamento farsa "o sumo sacerdote disse-lhe: 'Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus." Jesus disse-lhe: "Você mesmo disse, no entanto eu vos digo, a seguir você vai ver o Filho do Homem sentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu" ( Mt 26:1 ; Jo 14:30 ; Jo 16:11 ), o "deus deste mundo" ( : 2Co 4:4. , que usa o poder da morte para escravizar os homens () Heb . 2: 14-15 ). Mas Jesus, o governante justo (cf. Ap 5:1. ; 1Jo 3:81Jo 3:8 ). Os crentes são aqueles que estão constantemente "à procura de bem-aventurada esperança ea manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo" ( Tt 2:13 ); aqueles "quantos amam a sua vinda" ( 2Tm 4:8 ; 1Ts 4:181Ts 4:18. ).

A Glória da Segunda Vinda

com as nuvens, ( 1: 7 b)

Nuvens na Escritura frequentemente simbolizar a presença de Deus. Uma nuvem foi usado como a manifestação visível da presença de Deus com Israel durante a peregrinação no deserto ( 13 21:2-13:22'>Ex. 13 21:22 ; Ex 16:10 ; Nu 10:34. ). Na entrega da Lei no Monte Sinai ", uma espessa nuvem sobre o monte" simbolizava a presença de Deus ( Ex 19:16. ; cf. Ex 20:21 ; 24: 15-18 ). Quando o Senhor comunicou com Moisés na tenda da reunião (o tabernáculo), "a coluna de nuvem descia e ficava à entrada da tenda; eo Senhor falava com Moisés" ( Ex 33:9 ) e do templo ( I Reis 8:10-12 ) foram preenchidos com uma nuvem que simboliza a glória de Deus em suas dedicatórias. Jesus subiu ao céu em uma nuvem ( At 1:9. ), e, como o presente versículo indica, Cristo voltará com nuvens (cf. Dn 7:13. ; . Mt 24:30 ).

As nuvens imaginar a descida de Cristo do céu. Mais significativamente, eles simbolizam a luz brilhante que acompanha presença-a luz de Deus tão poderoso que ninguém poderia vê-lo e viver ( Ex 33:20 ). A aparência da glória de ardência de Jesus Cristo, "o resplendor da glória [de Deus] e a representação exata de sua natureza" ( He 1:3 Deus diz: "Eu derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito de graça e de súplicas, para que eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por Ele, como quem chora por um filho único, e chorarão amargamente por Ele como o choro amargo ao longo de um primogênito. " Pedro afirmou que o povo judeu foram responsáveis ​​pela execução de Cristo, corajosamente declarando

Homens de Israel, ouçam estas palavras: Jesus, o Nazareno, homem aprovado por Deus com milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou através dele no meio de vós, como vós mesmos sabeis-este, entregou mais pelo plano predeterminado e presciência de Deus, você pregado a uma cruz pelas mãos de homens ímpios e colocá-lo à morte. ( Atos 2:22-23 ; cf. 3: 14-15 )

Luto de Israel, observou em Zc 12:10 , será o de arrependimento genuíno. Muitos judeus serão salvos durante a Tribulação, ambos os 144:000 e os seus convertidos. Mas para muitos outros, a Segunda Vinda será o momento de sua salvação. Será "naquele dia [que] haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado ea impureza" ( Zc 13:1 registros que o frenético, em pânico profetas de Baal "cortar-se de acordo com seu costume, com espadas e lanças até que o sangue jorraram sobre eles "em uma tentativa desesperada de chamar a atenção de seu deus. Os israelitas foram proibidos de se envolver em tais rituais pagãos ( Lv 19:28. ; Dt 14:1)

Eu, João, vosso irmão e companheiro na tribulação, no reino e perseverança que estão em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz como o som de uma trombeta, dizendo: "Escreve num livro o que você vê, e enviá-lo às sete igrejas: a Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia ". Então eu me virei para ver a voz que falava comigo. E, virando-me, vi sete candelabros de ouro; e no meio dos castiçais eu vi um como filho de homem, vestido com uma túnica até aos pés, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. Sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve; e os seus olhos eram como chama de fogo. Seus pés eram como bronze polido, quando foi feita a brilhar em uma fornalha, e sua voz era como o som de muitas águas. Em sua mão direita segurava sete estrelas; e da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes; e seu rosto era como o sol que brilha na sua força. Quando o vi, caí a seus pés como morto. E ele colocou a mão direita sobre mim, dizendo: "Não tenha medo, eu sou o primeiro eo último, e aquele que vive; e eu estava morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre, e tenho as chaves da morte e de Hades. Portanto escrever as coisas que tens visto, e as coisas que são, e as coisas que acontecerá depois destas coisas. Quanto ao mistério das sete estrelas, que viste na minha mão direita, e os sete de ouro candelabros: as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas ". (1: 9-20)

Até o fim do primeiro século, o cristianismo se tornou uma seita religiosa odiado e desprezado no Império Romano. Escrevendo ao imperador Trajano no início do segundo século, Plínio, o governador romano da Bitínia, desprezou o cristianismo como uma "superstição depravada e extravagante." Plínio passou a queixar-se que "o contágio dessa superstição [Cristianismo] não se espalhou apenas nas cidades, mas nas aldeias e distritos rurais, assim" (citado em Henry Bettenson, ed,. Documentos da Igreja Cristã [Londres: Oxford University Press, 1967], 4). O historiador romano Tácito, um contemporâneo de Plínio, descreveu os cristãos como "uma classe odiada por suas abominações" (citado em Bettenson, Documentos, 2), enquanto Suetônio, outro contemporâneo de Plínio, rejeitou-os como "um conjunto de homens que aderem a um novo e travesso superstição "(citado em Bettenson, Documentos, 2).

Além da hostilidade natural dos homens caiu para a verdade do evangelho, os cristãos eram odiados por vários motivos. Politicamente, os romanos viram-los como desleal, porque eles se recusaram a reconhecer Caesar como a autoridade suprema. Isso deslealdade foi confirmada nos olhos dos oficiais romanos por recusa dos cristãos para oferecer os sacrifícios obrigatórios de adoração ao imperador. Além disso, muitas das suas reuniões eram de capital fechado durante a noite, fazendo com que os oficiais romanos acusá-los de incubação parcelas antigovernamentais.
Religiosamente, os cristãos foram denunciados como ateus porque rejeitaram o panteão romano de deuses e porque eles adoravam um Deus invisível, não um ídolo. Rumores selvagens, com base em equívocos de crenças e práticas cristãs, falsamente acusou-os de canibalismo, incesto e outras perversões sexuais.

Socialmente, os cristãos, a maioria dos quais eram das classes mais baixas da sociedade (conforme 1Co 1:26), eram desprezados pela aristocracia romana. O ensinamento cristão que todas as pessoas são iguais (Gl 3:28;. Cl 3:11) ameaçava minar a estrutura hierárquica da sociedade romana e derrubar a elite do seu estatuto privilegiado. Ele também aumentou o medo da aristocracia romana de uma rebelião de escravos. Os cristãos não se opôs abertamente a escravidão, mas a percepção era de que eles minaram isso, ensinando que o senhor eo escravo eram iguais em Cristo (conforme Filemon.). Por fim, os cristãos se recusaram a participar das diversões mundanas que eram tanto uma parte da sociedade pagã, evitando festivais, teatro e outros eventos pagãos.

Economicamente, os cristãos eram vistos como uma ameaça pelos numerosos sacerdotes, artesãos e comerciantes que lucraram com a adoração de ídolos. A hostilidade resultante, visto pela primeira vez no tumulto em Éfeso (At 19:2). Eventualmente, foi a hostilidade dos judeus indicado contra os cristãos que levaram os romanos a reconhecer o cristianismo como uma religião distinta do judaísmo. Que os cristãos identificados como adoradores de uma religião ilegal (o judaísmo era uma religio licita, ou religião legal). No entanto, não houve perseguição oficial pelas autoridades romanas até a época de Nero. Buscando desviar as suspeitas público que ele tinha causado o grande incêndio de Roma (19 de julho, AD 64), Nero culpou os cristãos para ele. Como resultado, muitos cristãos foram executados em Roma (incluindo, de acordo com a tradição, tanto Pedro e Paulo), mas não havia ainda nenhuma perseguição em todo o império.

Três décadas mais tarde, o imperador Domiciano instigado uma perseguição oficial dos cristãos. Pouco se sabe sobre os detalhes, mas estendeu-se pela província da Ásia (Turquia moderna). O apóstolo João foi banido para a ilha de Patmos, e pelo menos uma pessoa, um pastor, já tinham sido martirizados (Ap 2:13). Perseguidos, assediados, crentes desanimados na Ásia Menor, a quem João se dirigiu ao livro do Apocalipse precisava desesperAdãoente de encorajamento. Fazia anos desde que Jesus subiu. Jerusalém foi destruída e Israel devastado. A igreja estava perdendo o seu primeiro amor, comprometimento, tolerando o pecado, tornando-se impotente, e desagradável para o próprio Senhor (isto é descrito em Apocalipse 2 e 3). Os outros apóstolos foram mortos, e João tinha sido exilado. Todo o quadro parecia muito sombrio. É por isso que a primeira visão João recebeu do Espírito Santo inspirador é do ministério de Cristo presente na igreja.

Leitores de João levou conforto em saber que Cristo um dia voltar em glória e derrotar seus inimigos. A descrição desses acontecimentos importantes ocupa a maior parte do livro de Apocalipse. Mas a visão de Jesus Cristo que começa o livro não descreve Jesus em Sua glória futura, mas o retrata no presente, como o Senhor glorificado da igreja. Apesar de todas as decepções, o Senhor não tivesse abandonado sua igreja ou Suas promessas. Esta visão poderosa do atual ministério de Cristo a eles deve ter propiciado uma grande esperança e conforto para as igrejas que querem saber e que sofrem a quem João escreveu. Os versículos 9:20 proporcionam o cenário para a visão, desdobre a visão em si, e relacionar os seus efeitos.

O contexto da Visão

Eu, João, vosso irmão e companheiro na tribulação, no reino e perseverança que estão em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz como o som de uma trombeta, dizendo: "Escreve num livro o que você vê, e enviá-lo às sete igrejas: a Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia ". (1: 9-11)

Esta é a terceira vez nos nove primeiros versos deste livro que João se refere a si mesmo pelo nome (conforme vv. 1, 4). Desta vez, o seu espanto ao receber esta visão fez com que ele adicione o demonstrativo pronome pessoal I. João foi surpreendido que, apesar de sua indignidade absoluta, ele teve o privilégio inestimável de receber esta visão monumental.

João era um apóstolo, um membro do círculo íntimo dos doze junto com Pedro e Tiago, e autor humano de um evangelho e três epístolas. No entanto, ele humildemente se identificou simplesmente como seu irmão. Ele não escreveu como uma impressionado com a sua autoridade como apóstolo, comandando, exortando, ou definir doutrina, mas como uma testemunha ocular da revelação de Jesus Cristo, que começa a se revelar com esta visão.

João ainda mais humildemente identificado com os seus leitores, descrevendo-se como o seu companheiro participante, compartilhando com eles antes de tudo na tribulação . Como eles, João era, naquele momento, sofrendo severa perseguição por causa de Cristo, depois de ter sido exilado com outros criminosos. Ele poderia, assim, identificar-se com os crentes sofrimento para quem ele escreveu. João fazia parte do mesmo reino como seus leitores-esfera da salvação; a comunidade redimida sobre a qual Jesus reina como Senhor e Rei (conforme v. 6). Ele compartilhou um parentesco com eles como um companheiro assunto de Jesus Cristo. Finalmente, João identificado com seus leitores na questão de perseverança. hupomone ( perseverança ) significa literalmente "a permanecer sob". Ela fala de dificuldades com paciência, sem desistir.

João descrito ainda mais essas experiências como em Jesus. Sofrendo perseguição por causa de Cristo, pertencente ao Seu reino, e pacientemente ensaios duradouras são distintamente experiências cristãs.

Quando ele recebeu essa visão, João estava no exílio na ilha chamada Patmos. Patmos é uma ilha vulcânica estéril, no Mar Egeu, nas suas extremidades cerca de dez quilômetros de comprimento e 5-6 milhas de largura, localizado a cerca de 40 milhas ao largo de Mileto (uma cidade da Ásia Menor cerca de trinta quilômetros ao sul de Éfeso; conforme Atos 20:15-17). De acordo com o historiador romano Tácito, o exílio a tais ilhas era uma forma comum de punição no primeiro século. Mais ou menos na mesma época em que João foi banido para Patmos, o Imperador Domiciano exilado sua própria sobrinha, Flávia Domitila, a outra ilha (FF Bruce, História do Novo Testamento [Garden City, NY: Doubleday, 1972], 413). Ao contrário de Flavia Domitila, cuja expulsão foi motivada politicamente, João provavelmente foi enviado para Patmos como um criminoso (como cristão, ele era um membro de uma seita religiosa ilegal). Se assim for, as condições em que ele viveu teria sido dura. Trabalho exaustivo sob o olhar atento (e chicote pronto) de um superintendente Roman, comida insuficiente e vestuário, e ter que dormir no chão nu teria feito as suas vítimas em um homem de noventa anos de idade. Foi nessa sombria, ilha estéril, sob essas condições brutais, que João recebeu a mais extensa revelação do futuro já deu.

O único crime de João era fidelidade à palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Como observado na discussão do versículo 2, no capítulo 1 deste volume, essas duas frases parecem ser sinônimos. João sofreu o exílio por seu fiel inequívoca pregação, intransigente do evangelho de Jesus Cristo.

João recebeu sua visão enquanto ele estava no Espírito; sua experiência transcendeu os limites da apreensão humana normal. Sob o controle do Espírito Santo, João foi transportado para um avião de experiência e percepção para além da dos sentidos humanos. Nesse estado, Deus sobrenaturalmente revelado coisas para ele. Ezequiel (Ez 2:2, Ez 3:14), Pedro (At 10:9; 2Co 12:12Co 12:1; 1Ts 5:21Ts 5:2) e aparece somente aqui no Novo Testamento. Além disso, a visão João recebeu não tinha nada a ver com o dia escatológico do Senhor; era uma visão do presente ministério de Cristo na 1greja. Finalmente, no segundo século a frase kuriake Hemera foi amplamente usado para se referir a domingo (conforme RJ Bauckham, "O Dia do Senhor", em DA Carson, ed,. A partir de sábado para o dia do Senhor [Grand Rapids: Zondervan, 1982], 221ff.). A frase dia do Senhor tornou-se a forma habitual de se referir ao domingo, porque a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo.

João recebeu sua comissão para registrar a visão de forma dramática: ouvi por detrás de mim uma grande voz como o som de uma trombeta, dizendo: "Escreve num livro o que você vê, e enviá-lo às sete igrejas: a Éfeso, Esmirna e Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. " A voz (conforme Ez 3:12) foi a do Senhor Jesus Cristo (conforme vv. 12-13 17:18), soando a João em seu piercing, comandando clareza .como o som de um trompete Ao longo do livro do Apocalipse, em alta voz ou som indica a solenidade de que está prestes a ser revelada (conforme 5: 2, 12; 06:10; 7: 2, 10; 08:13 10:3-11:12, 15; 12:10; 14: 2, 15, 18; 16: 1, 17; 19: 1, 17; 21: 3). A cena é uma reminiscência da entrega da Lei no Sinai: "Por isso, surgiu no terceiro dia, ao amanhecer, que houve trovões e relâmpagos e uma espessa nuvem sobre a montanha e um som de trompete muito alto, por isso, que todas as pessoas que estavam no acampamento tremeu "(Ex 19:16).

A voz soberana, poderosa do céu ordenou João, "Escreva em um livro (ou deslocamento) o que você vê. " Este é o primeiro dos doze comandos no livro do Apocalipse de João para escrever o que ele viu (conforme v. 19; 2: 1, 8, 12, 18; 3: 1, 7, 14; 14:13 19:9-21: 5); em uma outra ocasião ele foi proibido de escrever (10: 4).

Depois de escrever a visão, João foi para enviá-lo às sete igrejas:. a Éfeso e Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia Como observado na discussão do versículo 4, essas cidades foram localizados em da província romana da Ásia (Turquia moderna). Estas sete igrejas foram escolhidos por estarem localizados nas principais cidades dos sete distritos postais em que a Ásia foi dividido. Eram assim os pontos centrais para a divulgação da informação.

As sete cidades aparecem na ordem em que um mensageiro, viajando na grande estrada circular que os ligava, iria visitá-los. Após o desembarque em Mileto, o mensageiro ou mensageiros que ostentam o livro do Apocalipse teria viajado para o norte para Éfeso (a cidade mais próxima de Mileto), então em um círculo no sentido horário para Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Cópias do Apocalipse teria sido distribuído a cada igreja.

O desdobramento da Visão

Então eu me virei para ver a voz que falava comigo. E, virando-me, vi sete candelabros de ouro; e no meio dos castiçais eu vi um como filho de homem, vestido com uma túnica até aos pés, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. Sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve; e os seus olhos eram como chama de fogo. Seus pés eram como bronze polido, quando foi feita a brilhar em uma fornalha, e sua voz era como o som de muitas águas. Em sua mão direita segurava sete estrelas; e da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes; e seu rosto era como o sol brilhando em sua força ... "Quanto ao mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete candeeiros de ouro: as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas. " (1: 12-16, 20)

Tendo descrito as circunstâncias em que ele recebeu, João então relacionado a visão em si. Este olhar revelador e ricamente instrutivo na presente obra do Filho de Deus glorificado divulga sete aspectos do ministério constante do Senhor Jesus Cristo à sua Igreja: Ele atribui competência, intercede por, purifica, fala com autoridade, os controles, protege e reflete a Sua glória através de Sua igreja.

Cristo Capacita Sua Igreja

Então eu me virei para ver a voz que falava comigo. E, virando-me, vi sete candelabros de ouro; e no meio dos castiçais eu vi um como filho do homem, ... os sete candeeiros são as sete igrejas. (1: 12-13a, 20b)

No início da visão João estava de costas para a voz, então ele se virou para ver quem estava falando com ele. Como ele fez isso, ele primeiro , vi sete candelabros de ouro, identificada no verso 20 como as sete igrejas. Estes eram como as lâmpadas de óleo portáteis comuns colocadas em castiçais que foram usados ​​para salas de luz à noite. Eles simbolizam igrejas como as luzes do mundo (Fp 2:15). Eles são de ouro porque o ouro foi o metal mais precioso. A igreja é a Deus a entidade mais belo e valioso na Terra-tão valioso que Jesus estava disposto a comprá-lo com seu próprio sangue (At 20:28). Sete é o número da perfeição (conforme Ex. 25: 31-40 ; Zc 4:2) —o glorificado Senhor da igreja movendo-se entre suas igrejas. Jesus prometeu Sua presença contínua com a Sua Igreja. Em Mt 28:20 Ele disse: "Eu estarei sempre convosco, até ao fim dos tempos." Mt 18:20 promete a presença de Cristo durante o difícil trabalho de confrontar o pecado na igreja. Na noite antes da Sua morte, Jesus prometeu aos Seus discípulos: "Não vos deixarei órfãos; I virá para você ... Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e nós vamos viremos a ele e faremos nele morada "(Jo 14:18, Jo 14:23). He 13:5). A presença do Senhor Jesus Cristo em Sua Igreja capacita-lo, permitindo que os crentes a dizer triunfante com o apóstolo Paulo: "Posso todas as coisas naquele que me fortalece" (Fm 1:4; Jonathan, 1Sm 18:4; Acabe e Josafá, 1Rs 22:10, e Esther ., Et 5:1).. Mas a palavra traduzida robe foi usado com mais freqüência (em seis de seus sete ocorrências) na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento) para descrever o manto usado pelo sumo sacerdote. Enquanto Cristo é biblicamente apresentado como profeta e rei, e Sua majestade e dignidade enfatizou, o robe aqui imagens de Cristo em seu papel como o Grande Sumo Sacerdote de Seu povo. Que ele estava cingido pelos peitos com um cinto de ouro reforça essa interpretação, uma vez que o sumo sacerdote no Antigo Testamento usava um tal cinto (conforme Ex 28:1; Lv 16:4 ele recorda aos crentes que "temos um grande sumo sacerdote que penetrou os céus, Jesus, o Filho de Deus." Nosso grande Sumo Sacerdote é "pode ​​também salvar sempre os que se aproximam de Deus por meio dele, uma vez que vive sempre para interceder por eles" (He 7:25). A sua oferta foi infinitamente superior à de qualquer sumo sacerdote humano: "Mas, quando Cristo apareceu como um sumo sacerdote dos bens futuros, Ele entrou através de uma maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, e não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no lugar santo uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção "(Hebreus 9:11-12.).

Como nosso Sumo Sacerdote, Cristo, uma vez ofereceu o sacrifício perfeito e completo pelos nossos pecados e de forma permanente, intercede fielmente para nós (Rom. 8: 33-34). Ele tem uma capacidade inigualável para simpatizar com a gente em todos os nossos perigos, tristezas, provações e tentações: "Porque, assim como Ele mesmo foi tentado em que Ele sofreu, Ele é capaz de vir em auxílio daqueles que são tentados .. . Nós não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas Aquele que foi tentado em todas as coisas como nós somos, mas sem pecado "(He 2:18;. He 4:15). O conhecimento de que seu Sumo Sacerdote estava se movendo com simpatia no meio deles para cuidar e proteger o seu próprio fornecido grande conforto e esperança para as igrejas perseguidas.

Cristo purifica sua Igreja

Sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve; e os seus olhos eram como chama de fogo. Seus pés eram como bronze polido, quando foi feita a brilhar em uma fornalha, (1: 14-15a)

Tendo descrito roupa de Cristo no versículo 13, João descreveu sua pessoa nos versículos 14:15. As primeiras características retratam a obra de Cristo de castigo e purificar Sua igreja.

O Novo Testamento claramente estabelece o padrão santo que Cristo estabeleceu para a sua igreja. "Portanto, você deve ser perfeito", Jesus ordenou: "como o vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5:48). Em 2Co 11:2.). Em Cl 1:22 Paulo explicou que Cristo "já reconciliou em Seu corpo carnal pela morte, a fim de apresentá-lo diante dele santos e imaculados e irrepreensíveis." Pedro recorda aos crentes que Deus espera que eles ", como é santo aquele que vos chamou, sejam santos vocês também em todo o seu comportamento; porque está escrito: Sede santos, porque eu sou santo" (1Pe 1:15. —16).

Para manter esse padrão divino, Cristo disciplinará Sua igreja — até mesmo ao ponto de tirar a vida de alguns cristãos impenitentes, pecando (Atos 5 (Mt 18:15-17;::; Jo 15:2 Heb 12 5ss...) : 1-11; 1 Cor 11: 28-30).. Mesmo Pedro, que bem entendia o poder da tentação, advertiu: "É tempo de começar o julgamento pela casa de Deus" (1Pe 4:17).

Descrição de João de Cristo cabeça e ... cabelos tão brancos como lã branca, como a neve é uma referência óbvia a Dn 7:9). Nas palavras do autor de Hebreus: "E não há criatura alguma encoberta diante dele, mas todas as coisas estão abertas e exposto aos olhos daquele com quem temos de prestar contas" (He 4:13). O Senhor onisciente da Igreja não deixará de reconhecer e lidar com o pecado em Sua Igreja.

Isso de Cristo pés eram como bronze polido, quando foi feita a brilhar em uma fornalha, continua a sequência óbvia, fazendo uma clara referência ao juízo sobre os pecadores na igreja. Reis em tempos antigos sentou em tronos elevados, por isso aqueles que estão sendo julgados seria sempre sob os pés do rei. Os pés de um rei, assim, passou a simbolizar a sua autoridade. Os pés em brasa, incandescência do Senhor Jesus Cristo imaginá-lo em movimento por meio de Sua igreja para exercer a sua autoridade disciplinadora, pronto para lidar out dor correctivas, se necessário, para pecar cristãos.

Hebreus 12:5-10 fala sobre esse assunto:

Você esquecidos da exortação que é dirigida a você como filhos: "Meu filho, não consideram levemente a disciplina do Senhor, nem te desanimes quando por ele és repreendido; para aqueles a quem o Senhor ama Ele disciplina, e Ele açoita a todo filho a a quem recebe. " É para disciplina que perseverais; Deus vos trata como filhos; pois que filho há a quem o pai não corrige? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornado participantes, então você está filhos ilegítimos e não filhos. Além disso, tínhamos pais terrenos que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Pois eles nos corrigiam por pouco tempo como bem lhes parecia, mas Ele nos disciplina para o nosso bem, para que possamos compartilhar Sua santidade.
É o amor do Senhor por Seus pecadores redimidos que prossegue a sua santidade.

Cristo fala autoritariamente à Sua Igreja

e sua voz era como o som de muitas águas. (1: 15b)

Quando Cristo falou de novo que já não estava com o som de trombeta do versículo 10. Para João, sua voz agora era como o som de muitas águas (conforme 14: 2; 19: 6), como o rugido poderoso familiar do surfe nas costas rochosas de Patmos em uma tempestade. A voz do Deus eterno foi igualmente descrito em Ez 43:2).

Quando Cristo fala, a igreja deve ouvir. Na Transfiguração Deus disse: "Este é o meu Filho amado, ... Escutai-o!" (Mt 17:5. ). Cristo fala à Sua igreja diretamente através das Escrituras inspiradas pelo Espírito Santo.

Cristo Controla Sua Igreja

Em sua mão direita segurava sete estrelas ... as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, (1: 16a, 20a)

Como a cabeça de Sua Igreja (Ef 4:15;. Ef 5:23; Cl 1:18), e o governante do "reino do Filho amado [de Deus]" (Cl 1:13), Cristo exerce a autoridade em Sua igreja. Na visão de João, Cristo está segurando na mão direita as sete estrelas (conforme 2: 1, 3: 1), identificada no verso 20 comoos anjos das sete igrejas, que simbolizavam essas autoridades. Que Ele os segurou na mão direita não retrata a segurança e proteção, mas o controle. angeloi ( anjos ) é a palavra do Novo Testamento comum para anjos, levando alguns intérpretes razoavelmente concluir que os anjos estão à vista nesta passagem. Mas o Novo Testamento em nenhum lugar ensina que os anjos estão envolvidos na liderança da igreja. Os anjos não pecar e, portanto, não tem necessidade de se arrepender, como os mensageiros, junto com as congregações que eles representavam, são exortados a fazer (conforme 2: 4-5, 14, 20; 3: 1-3, 15, 17, 19). Dr. Robert L. Tomé observa uma dificuldade a mais com este ponto de vista: "Ela pressupõe que Cristo está enviando uma mensagem aos seres celestiais através de João, um agente terrestre, de modo que possa alcançar igrejas terrenos por meio de representantes Angelicalais" ( Apocalipse 1:7: Um comentário exegético [Chicago: Moody, 1992], 117). Portanto, angeloi fica melhor traduzida "mensageiros", como em Lc 7:24Lc 9:52; e Jc 2:25. Alguns sugerem que esses mensageiros eram representantes de cada uma das sete igrejas que vieram visitar João em Patmos e levar o livro do Apocalipse de volta com eles. Mas uma vez que Cristo é dito para mantê-los em sua mão direita, que era mais provável líderes anciãos e pastores (embora não os únicos líderes, uma vez que o Novo Testamento ensina uma pluralidade de presbíteros), um de cada uma das sete igrejas.

Esses sete homens demonstrar a função de líderes espirituais na igreja. Eles devem ser instrumentos através do qual Cristo, o cabeça da igreja, medeia o seu governo. É por isso que os padrões para a liderança no Novo Testamento são tão altos. Para ser designado como um intermediário através do qual o Senhor Jesus Cristo controla Sua igreja é ser chamado para uma responsabilidade muito séria (conforme 1 Tim. 3: 1-7; Tito 1:5-9 para as qualificações para tais homens).

Cristo Protege Sua Igreja

E da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes; (1: 16b)

A presença do Senhor Jesus Cristo, também oferece proteção para a sua igreja. A espada de dois gumes que veio ... da sua boca é usado para defender a igreja contra ameaças externas (conforme 19:15, 21). Mas aqui ele fala principalmente de julgamento contra os inimigos de dentro da igreja (conforme 2:12, 16; At 20:30). Aqueles que atacam a igreja de Cristo, aqueles que semeiam mentiras, criar discórdia, ou prejudicar o seu povo, será pessoalmente tratado pelo Senhor da igreja. Sua palavra é potente (conforme Heb. 4: 12-13), e será usado contra os inimigos de seu povo (conforme 2Ts 2:8), não será capaz de impedir que o Senhor Jesus Cristo, desde a construção de sua igreja.

Cristo reflete sua glória através de Sua Igreja

e seu rosto era como o sol que brilha na sua força. (1: 16c)

A visão de João do Senhor glorificado da igreja culminou com esta descrição da glória radiante evidente em seu rosto, que João só poderia descrever como brilhava como o sol na sua força. João emprestado essa frase de Jz 5:31, onde ele descreve os que amam o Senhor (conforme Mt 13:43). A glória de Deus através do Senhor Jesus Cristo brilha em e através de Sua igreja, refletindo Sua glória ao mundo (conforme 2Co 4:6).

Os Efeitos da Visão

Quando o vi, caí a seus pés como morto. E ele colocou a mão direita sobre mim, dizendo: "Não tenha medo, eu sou o primeiro eo último, e aquele que vive; e eu estava morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre, e tenho as chaves da morte e de Hades. Portanto escrever as coisas que tens visto, e as coisas que são, e as coisas que hão de acontecer depois destas coisas ". (1: 17-19)

A visão esmagadora João testemunhou alteradas ele dramaticamente. Inicialmente, a sua resposta foi o medo devastador, que o Senhor removido por garantia e, em seguida, dando João um senso de dever.

Medo

Quando o vi, caí a seus pés como morto. (1: 17a)

De uma forma semelhante à sua experiência com a glória de Jesus no Monte da Transfiguração mais de seis décadas antes (conforme Mt 17:6; conforme Dn 8:17). Esmagado pela visão de Deus que ele viu no templo, Isaías clamou: "Ai de mim, porque estou arruinado Porque eu sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de lábios impuros;! E os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos "(Is 6:5; Ez 3:23; 9:. Ez 9:8; Ez 43:3). Jó teve uma reação semelhante a Deus falou com ele: "Tenho ouvido falar de você pela audição do ouvido, mas agora os meus olhos te vêem, por isso eu retrair, e eu me arrependo no pó e na cinza" (42:5-6 ). Em seu caminho para Damasco para perseguir os cristãos, Saulo de Tarso (mais conhecido como o apóstolo Paulo) "vi no caminho uma luz do céu, mais brilhante que o sol, que brilha ao redor de mim e dos que iam comigo" (At 26:13)?.

Em contraste com as afirmações tolas, fúteis, falsos, e presunçosos de muitos em nossos dias que afirmam ter visto a Deus, a reação das pessoas nas Escrituras que realmente viram a Deus, era necessariamente um de medo. Aqueles trouxe cara a cara-a em chamas, santa glória do Senhor Jesus Cristo estão aterrorizados, percebendo sua indignidade pecaminosa para estar em Sua santa presença. Resumindo a resposta adequada à santidade e majestade de Deus, o escritor de Hebreus exorta os crentes a "oferta a Deus de modo agradável, com reverência e temor, pois o nosso Deus é um fogo consumidor" (Hebreus 12:28-29.).

Garantia

E ele colocou a mão direita sobre mim, dizendo: "Não tenha medo, eu sou o primeiro eo último, e aquele que vive; e eu estava morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre, e tenho as chaves da morte e de Hades (1: 17b-18).

Como tinha feito há muito tempo na Transfiguração (Mt 17:7; Gn 26:24; Jz 6:23; Mt 14:27; Mt 17:7).

O conforto oferecido Jesus foi com base em quem Ele é, e a autoridade que possui. Primeiro, Ele se identificou como eu sou ( ego eimi ) —o nome aliança de Deus (conforme Ex 3:14). Era esse nome com o qual Ele havia consolado os discípulos aterrorizados que viram andando sobre o mar da Galiléia (Mt 14:27). Jesus tomou esse nome para si mesmo em Jo 8:58; 1Sm 17:261Sm 17:26; Sl 84:1; Os 1:10; Mt 16:16; Mt 26:63; Atos.. 14:15; Rm 9:26; 2Co 3:32Co 3:3; 1Ts 1:91Ts 1:9; 1Tm 4:10; He 3:12; He 9:14; He 10:31 Jesus disse aos seus oponentes judeus: "Assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim também deu ao Filho também ter a vida em si mesmo", afirmando, assim, a plena igualdade com Deus Pai.

Aquele cuja presença colocava medo nos o coração de João, o I Am, o primeiro eo último, o Vivente, Aquele cuja morte o libertou de seus pecados (Ap 1:5).

Declaração aparentemente paradoxal de Cristo eu estava morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre fornece mais razões para a garantia. O texto grego diz literalmente: "Tornei-me morto." O Vivente, o eterno, auto-existente Deus que nunca poderia morrer se fez homem e morreu. Como Pedro explica em 1Pe 3:18, Cristo foi "condenado à morte na carne, mas vivificado no espírito." Em sua humanidade Ele morreu sem deixar de viver como Deus.

Eis que introduz uma declaração de espanto e admiração: Eu estou vivo para todo o sempre. Cristo vive para sempre em uma união da humanidade glorificada e divindade ", de acordo com o poder de uma vida indestrutível" (He 7:16.). "Cristo, tendo sido ressuscitado dos mortos", escreveu Paulo, "nunca é morrer, a morte já não tem domínio sobre ele" (Rm 6:9). Apesar de sua pecaminosidade, na presença do glorioso Senhor do céu, João não tinha nada a temer porque esse mesmo Senhor tinha pago por Sua morte o castigo pelos pecados do João (e os de todos os que crêem nEle) e ressuscitado para ser sua eterna advogado.

Como o eterno Eu Sou, o primeiro eo último, o Vivente, Jesus detém as chaves da morte e do Hades. Esses termos são essencialmente sinônimas, com a morte sendo a condição e Hades o lugar. Hades é o equivalente do Novo Testamento da Antigo Testamento termo Sheol e refere-se ao lugar dos mortos. Chaves denotar acesso e autoridade. Jesus Cristo tem o poder de decidir quem morre e quem vive; Ele controla a vida ea morte. E João, como todos os redimidos, não tinha nada a temer, já que Cristo já havia entregue-lo da morte e do inferno por sua própria morte.

Sabendo que Cristo tem autoridade sobre a morte constitui uma garantia, uma vez que os crentes não precisa temê-lo. Jesus declarou: "Eu sou a ressurreição ea vida; quem crê em mim viverá ainda que morra ... porque eu vivo, vós também vivereis." (Jo 11:25; Jo 14:19). Para morrer, Paulo observou, é "estar ausente do corpo e estar em casa com o Senhor" (2Co 5:8.). Jesus venceu Satanás e tomou as chaves da morte dele: "Através da morte [Cristo prestou] impotentes o que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, e ... free [d] que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida "(Heb. 2: 14-15). O conhecimento de que Cristo "nos ama e nos libertou dos nossos pecados pelo seu sangue" (Ap 1:5). Como crentes estudar a glória de Cristo refletido no livro do Apocalipse, "todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, [será] transformados na mesma imagem de glória em glória, assim como de o Senhor, o Espírito "(2Co 3:18).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Apocalipse Capítulo 1 do versículo 1 até o 20

Apocalipse 1

A revelação de Deus aos homens — Ap 1:1-3. Entrou Babilônia, o poder que representado como um leão com asas de águia (Ap 7:4). Entrou a Pérsia, o urso selvagem (Ap 7:5). Entrou a Grécia, o leopardo alado (Ap 7:6). E entrou Roma, a besta com dentes metálicos, além de toda descrição possível (Ap 7:7). Mas a hora destes impérios bestiais, selvagens e desumanos tinha chegado a seu fim, e o domínio seria entregue nas mãos de um poder humano e amável, representado pela imagem de um filho de homem. Deus entregaria o domínio a este Filho do Homem. Deus é o Ancião de Dias.

“Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído” (Ap 7:13-14). Até o fim dos dias não pode haver outro sentimento a não ser reverência diante da glória e santidade do Cristo Ressuscitado.

Não temas. . .

É evidente que esta também é uma reminiscência da história dos

Evangelhos, porque estas são as mesmas palavras que os discípulos ouviram dos lábios de Jesus durante os dias de sua vida na carne. Foi isto, precisamente, o que lhes disse quando foi alcançá-los caminhando sobre as águas (Mt 14:27; Mc 6:50); e foi deste modo, sobretudo, que lhes falou no Monte da Transfiguração, quando eles se espantaram e temeram ao ouvir a voz do céu (Mt 17:7). Até nos céus, quando nos aproximarmos à glória intocável do Deus Santo, a voz de Jesus nos dirá: "Eu estou aqui, não tenha medo.'"

Eu sou o primeiro e o último. . .

Tal como se viu, no Antigo Testamento esta não é nada mais nem nada menos que a descrição de Deus em pessoa (Is 44:6; Is 48:12). A promessa de Jesus é que Ele está tanto no princípio como no fim. Trata-

se do momento do nascimento e do momento da morte, no que se refere a nós. Está conosco como quando nos decidimos dar os primeiros passos no caminho cristão, e estará conosco quando terminarmos nossa

peregrinação. Está conosco quando nós pomos mãos à obra em qualquer

tarefa que façamos em seu nome, por seu amor e por amor aos homens, e estará conosco quando dermos por terminada nossa missão. Em toda circunstância Ele será nossa todo-suficiente fortaleza, esperança, guia e retribuição.

(Eu sou) o que vivo; fui morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos

Estas palavras são ao mesmo tempo a pretensão e a promessa de

Cristo. É a pretensão de ter ressuscitado, de ter conquistado a morte, e a promessa de quem, estando sempre vivo, poderá para sempre jamais

brindar companhia aos seus.

E tenho as chaves da morte e do Hades

A morte tem portas (Sl 9:13; Sl 107:18; Is 38:10); Cristo tem

as chaves dessas portas. Há alguns para quem esta é uma referência da descida de Jesus Cristo ao inferno. Segundo estes, quando Jesus Cristo morreu, desceu literalmente ao Hades e abriu as portas dessa morada inviolável, para levar consigo, à glória, a Abraão e a todos os que no passado tinham sido fiéis a Deus. Nossa interpretação, sem excluir esta, pode ser mais ampla. Porque como crentes sabemos que Jesus Cristo tem autoridade sobre a morte, porque pôde abolir a morte e mediante seu evangelho trazer à luz a vida e a imortalidade (2Tm 1:102Tm 1:10). Deste modo, porque Ele vive, nós também viveremos (Jo 14:19). Para nós e para todos os que nós amamos, a amargura da morte pertence ao passado.

AS IGREJAS E SEUS ANJOS

Ap 1:20

Esta passagem começa com uma palavra o que em todo o Novo

Testamento se emprega num sentido muito especial. Refiro-me ao termo mistério. Deve entender-se que não se quer dizer "mistério", no sentido que a palavra tem comumente em nossos dias. Quer dizer, segundo o sentido que lhe era dado naquela época, algo que não tem significado

para aquele que é incapaz de decifrar seu sentido oculto, por não possuir a crave ou o conhecimento inicial adequado. O mistério é claro e simples para os que estão no segredo. O Cristo ressuscitado, então, dispõe-se a dar o significado oculto das sete estrelas e os sete candelabros.

Os sete candelabros representam às sete Igrejas. Um dos grandes títulos do cristão é o de ser "a luz do mundo" (Mt 5:14; Fp 2:15). Um comentarista grego muito antigo faz uma observação interessante. Diz que as igrejas não são luzes mas sim castiçais, onde ficam as luzes; não são as igrejas as que produzem a luz. O doador da luz é Jesus Cristo e a Igreja é o copo onde essa luz brilha, a lâmpada que contém a luz. A luz do cristão é sempre uma luz emprestada, porque não brilha com sua própria centelha, mas sim refletindo a luz de Cristo.

Um dos grandes problemas na interpretação do Apocalipse é decidir o que significam os anjos das Igrejas. Cada uma das Cartas às sete Igrejas está dirigida ao anjo da Igreja. Quais eram estes anjos? Ofereceram-se várias explicações.

  1. A palavra "anjo" no idioma grego possui dois significados. Às vezes é "anjo" mas, muito mais freqüentemente, também significa "mensageiro". A idéia, então, é que se teriam reunido os mensageiros das sete Igrejas para receber as mensagens que João enviaria a suas respectivas comunidades e levá-los a elas. Se esta é a interpretação correta nossa tradução deveria dizer: "Ao mensageiro da Igreja de..." A única dificuldade é que a palavra "anjo" utiliza-se umas cinqüenta vezes no Apocalipse, além destas sete, e sem exceção significa "anjo". Quando João usa a palavra "anjo" não o faz no sentido de "mensageiro" mas no de "anjo".
    1. Sugeriu-se que os "anjos" são os bispos das Igrejas. Segundo esta interpretação os bispos estariam reunidos para receber as mensagens de parte de João, ou as cartas estariam dirigidas a eles. A favor desta interpretação citam-se as palavras de Malaquias: "Porque os lábios do sacerdote têm que guardar a sabedoria, e de sua boca o povo buscará a

lei; porque mensageiro é de Jeová dos exércitos" (Ml 2:7). No Antigo Testamento em grego a palavra que traduz "mensageiro" é anguelos; o sacerdote é, então, um anjo de Deus. Seria muito fácil que o título se transferiu aos bispos e aos dirigentes das Igrejas. São os mensageiros de Deus às Igrejas, e é a eles que João se dirige. A dificuldade com esta explicação é a mesma que com a primeira: atribui a palavra "anjo" a pessoas humanas, algo que não é freqüente no uso que João faz deste termo.

  1. Tem-se dito que se trata de anjos guardiães. Segundo o pensamento hebreu, cada nação teria seu anjo da guarda (ver Dn 10:13,Dn 10:20,Dn 10:21). Miguel, por exemplo, era o anjo de Israel (Dn 13:1). As pessoas individuais também tinham anjos guardiães. Quando Rode veio com a notícia de que Pedro tinha escapado da cárcere ninguém quis crer em seu testemunho, e alguns sugeriram que provavelmente se tratasse de seu anjo (At 12:15). Jesus falou dos anjos que cuidam dos pequenos (Mt 18:10). Se fosse esta a interpretação correta, então se trataria dos anjos guardiães das Igrejas. A dificuldade, neste caso, seria que a censura e o conselho pelos pecados das Igrejas é dirigido aos anjos. Orígenes cria que esta era a interpretação correta. Dizia que o anjo guardião de uma Igreja era como o tutor de um menino. Se o menino faz algo mau, o tutor é o responsável. E se uma Igreja vai mal, Deus, em sua misericórdia, culpa o anjo que devia guardar essa Igreja. Subsiste a dificuldade, entretanto, pois mesmo quando se menciona o anjo no cabeçalho, os termos de cada missiva são dirigidos, evidentemente, aos membros da Igreja.
    1. Tanto os gregos como os judeus criam que as coisas terrestres possuem uma contraparte celestial. Alguns sugeriram que os anjos aqui mencionados são a contraparte celestial das Igrejas terrestres; para dizê— lo de uma maneira mais moderna, os anjos seriam algo assim como o ideal de cada Igreja; as Igrejas, assim, são levadas a lembrar suas essências ideais, seus anjos, a fim de fazê-las repensar.

Nenhuma destas explicações é completamente satisfatória; mas talvez a última seja a mais adaptada, porque é evidente que nas Cartas os anjos e as Igrejas são uma mesma coisa.

A seguir estudaremos as cartas que se dirigem às sete Igrejas. Nosso método será ligeiramente diferente. Em cada uma das cartas o que faremos primeiro será esboçar uma breve referência geográfica e histórica com relação à Igreja em questão. Só depois entraremos no estudo da carta que se lhe enviou. Fazemo-lo porque as cartas nos apresentarão de maneira muito mais vívida quando formos capazes das ler sobre o pano de fundo das condições de vida e circunstâncias da Igreja e a cidade onde se encontrava a Igreja na época antiga.

Depois de ter incursionado no pano de fundo geográfico e histórico nos dedicaremos ao estudo detalhado de cada uma das cartas.


Dicionário

Alfa

substantivo masculino Primeira letra do alfabeto grego; corresponde ao A.
Figurado Aquilo que dá origem a; princípio: a musa é o alfa do pintor.
[Astronomia] Estrela principal de uma constelação.
[Química] Símbolo que designa o grau de dissociação eletrolítica.
[Física] Indicação do ângulo de rotação óptica.
Etimologia (origem da palavra alfa). Do grego álpha; pelo latim alpha.
substantivo feminino Botânica Planta gramínea originária da Argélia; esparto.
Etimologia (origem da palavra alfa). Do francês alfa; pelo árabe halfã.
substantivo masculino Sacerdote entre os negros maometanos do Senegal.
Etimologia (origem da palavra alfa). De algum dialeto africano.
substantivo feminino Sinal que indica uma área compartilhada; limite, fronteira.
Veio ou linha que corta uma área de cultivo.
expressão Alfa e ômega. Princípio e fim.
Raios alfa. Irradiações emitidas por substâncias radioativas.
Etimologia (origem da palavra alfa). De origem questionável.

A primeira letra do alfabeto grego, sendo Ômega a última. A frase ‘Eu sou o Alfa e o Ômega’ vem no Ap 1:8-21.6, como expressão do Senhor. originariamente uma forma expressiva da perfeição, teve depois especial aplicação à eternidade e onipresença de Deus, pois é do supremo Ente que têm origem todas as coisas, e para o qual todas as coisas tendem. Frases de significação semelhante se encontram em is 41:4Rm 11:36 – 1 Co 8.6 – e Hb 2:10. No Ap 22:13 é transferido o título para Jesus glorificado, revelador e realizador do divino plano de redenção, em quem está o ‘Sim’ e o ‘Amém’, a confirmação e cumprimento de todas as promessas de Deus (2 Co 1.20 – *veja também Jo 1:3 – 1 Co 8.6 – Cl l. 15, 17 – Hb 1:2-3).

substantivo masculino Primeira letra do alfabeto grego; corresponde ao A.
Figurado Aquilo que dá origem a; princípio: a musa é o alfa do pintor.
[Astronomia] Estrela principal de uma constelação.
[Química] Símbolo que designa o grau de dissociação eletrolítica.
[Física] Indicação do ângulo de rotação óptica.
Etimologia (origem da palavra alfa). Do grego álpha; pelo latim alpha.
substantivo feminino Botânica Planta gramínea originária da Argélia; esparto.
Etimologia (origem da palavra alfa). Do francês alfa; pelo árabe halfã.
substantivo masculino Sacerdote entre os negros maometanos do Senegal.
Etimologia (origem da palavra alfa). De algum dialeto africano.
substantivo feminino Sinal que indica uma área compartilhada; limite, fronteira.
Veio ou linha que corta uma área de cultivo.
expressão Alfa e ômega. Princípio e fim.
Raios alfa. Irradiações emitidas por substâncias radioativas.
Etimologia (origem da palavra alfa). De origem questionável.

Diz

3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
2ª pess. sing. imp. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Era

substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

outro

Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

Erã

Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


Fim

substantivo masculino Circunstância que termina outra: fim de um livro.
Extremidade no tempo e no espaço: fim do ano.
Interrupção de; cessação: o fim de uma luta.
Perda da existência; morte, desaparecimento: sentir chegar o fim.
Objetivo para o qual se tende; intenção: alcançar seus fins.
Parte que está no final de; final: fim de semana.
O que motiva ou determina algo; motivo, razão: fins lucrativos.
Destino: o fim do homem.
expressão Pôr fim a. Terminar, concluir: pôs fim ao casamento.
locução prepositiva A fim de. Com a intenção de; para: casou a fim de ser feliz.
locução adverbial Por fim. Finalmente: por fim, apresento os resultados da tese.
Etimologia (origem da palavra fim). Do latim finis.is.

O fim é aquilo que se pretende realizar na vida real, quer no campo empírico, quer no meio social, quer na educação. Por exemplo, o fim do educador espírita é o desenvolvimento da espiritualidade do educando. [...]
Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -


Ha

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

hebraico: calor, queimado

Poderoso

adjetivo Que tem muito poder, grande influência.
Que possui poder, força e influência; influente.
Que pode dispor de grandes recursos.
Que, numa sociedade, ocupa uma boa posição; bem colocado.
Que ocasiona um efeito intenso, marcante; energético.
Que faz com que alguém mude de opinião, de intenção: argumento poderoso.
substantivo masculino Indivíduo que tem poder, que exerce sua influência econômica, social; quem é muito rico ou ocupa uma posição social de destaque.
Etimologia (origem da palavra poderoso). Poder + oso.

hebraico: Shadai, forte

Princípio

princípio s. .M 1. Momento em que uma coisa tem origem; começo. 2. Causa primária; razão, base. 3. Momento em que se faz alguma coisa pela primeira vez. 4. Regra, lei, preceito. 5. Ditame moral, sentença, máxima. 6. Teoria. 7. Quí.M e Far.M Substância química que figura numa mistura. S. .M pl. 1. Os antecedentes. 2. As primeiras épocas da vida. 3. Doutrinas fundamentais ou opiniões predominantes.

substantivo masculino O começo; o que ocorre ou existe primeiro que os demais: princípio dos tempos.
Início de uma ação ou processo: no princípio do trabalho era mais feliz.
O que fundamenta ou pode ser usado para embasar algo; razão: em que princípio se baseia seu texto?
Informação básica e necessária que fundamenta uma seção de conhecimentos: princípios da matemática.
[Física] Lei de teor geral que exerce um papel importantíssimo na prática e desenvolvimento de uma teoria, a partir da qual outras se derivam.
[Lógica] Proposição imprescindível para que um raciocínio seja fundamentado.
[Filosofia] Razão ou efeito de uma ação; proposição usada numa dedução.
substantivo masculino plural Regra, norma moral: esse menino não tem princípios.
Etimologia (origem da palavra princípio). Do latim principium.ii.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Vir

verbo transitivo indireto , intransitivo e pronominal Dirigir-se ou ser levado de um local para outro, normalmente para o lugar onde estamos ou para seus arredores: a minha mãe virá a Minas Gerais; o aparelho virá de barco; abatido, vinha-se para o sofá e dormia.
verbo transitivo indireto e intransitivo Caminhar-se em direção a: os cães vêm à margem da praia; escutava o barulho do navio que vinha.
Chegar para ficar por um tempo maior: o Papa vem ao Brasil no próximo ano; o Papa virá no próximo ano.
Regressar ou retornar ao (seu) lugar de origem: o diretor escreverá a autorização quando vier à escola; a empregada não vem.
Estar presente em; comparecer: o professor solicitou que os alunos viessem às aulas; o diretor pediu para que os alunos viessem.
verbo transitivo indireto Ser a razão de; possuir como motivo; originar: sua tristeza vem do divórcio.
Surgir no pensamento ou na lembrança; ocorrer: o valor não me veio à memória.
Espalhar-se: o aroma do perfume veio do quarto.
Demonstrar aprovação; concordar com; convir.
Demonstrar argumentos: os que estavam atrasados vieram com subterfúgios.
Alcançar ou chegar ao limite de: a trilha vem até o final do rio.
Ter como procedência; proceder: este sapato veio de Londres.
verbo intransitivo Estar na iminência de acontecer: tenho medo das consequências que vêm.
Tomar forma; surgir ou acontecer: o emprego veio numa boa hora.
Progredir ou se tornar melhor: o aluno vem bem nas avaliações.
Aparecer em determinada situação ou circunstância: quando o salário vier, poderemos viajar.
Aparecer para ajudar (alguém); auxiliar: o médico veio logo ajudar o doente.
Andar ou ir para acompanhar uma outra pessoa; seguir: nunca conseguia andar sozinha, sempre vinha com o pai.
Chegar, alcançar o final de um percurso: sua encomenda veio no final do ano.
verbo predicativo Começar a existir; nascer: as novas plantações de café vieram mais fracas.
Etimologia (origem da palavra vir). Do latim veniere.

ômega

substantivo masculino Última letra do alfabeto grego (ω, Ω).
Figurado Momento exato em que algo termina; final, fim, termo, término.
[Química] Nome dado ao último átomo de uma cadeia, ou do substituinte que se liga a ele, localizado na outra ponta dessa cadeia.
[Física] Méson (partícula elementar) composto pela junção de pares de quark/antiquark, com massa aproximada de 782 MeV/c2, com 1 spin isotópico, e carga elétrica nula.
expressão O alfa e o ômega. O princípio e o fim.
Etimologia (origem da palavra ômega). Do grego ômega.

A última letra do alfabeto grego(Ap 1:8).

Ômega Última letra do alfabeto grego (Ap 1:8);
v. ALFA E ÔMEGA).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Apocalipse 1: 8 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

EuG1473 ἐγώG1473 souG1510 εἰμίG1510 G5748 o AlfaG1 αG1 eG2532 καίG2532 ÔmegaG5598 ΩG5598, dizG3004 λέγωG3004 G5719 o SenhorG2962 κύριοςG2962 Deus, aquele queG3588 G3588 éG3801 ὅ ὤνG3801, queG3588 G3588 eraG2258 ἦνG2258 G5713 G3801 ὅ ὤνG3801 eG2532 καίG2532 queG3588 G3588G3801 ὅ ὤνG3801 de virG2064 ἔρχομαιG2064 G5740 G5625 G3801 ὅ ὤνG3801, o Todo-PoderosoG3841 παντοκράτωρG3841.
Apocalipse 1: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

95 d.C.
G1
A
Α
o pai dele
(his father)
Substantivo
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G2064
érchomai
ἔρχομαι
vir
(are come)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2962
kýrios
κύριος
antes
(before)
Prepostos
G3004
légō
λέγω
terra seca, solo seco
(the dry land)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3841
pantokrátōr
παντοκράτωρ
uma cidade real dos cananeus no sudoeste capturada por Josué; alocada para Judá e
(at Libnah)
Substantivo
G5056
télos
τέλος
fim
([the] end)
Substantivo - neutro acusativo singular
G5598
Ō
Ω
última letra do alfabeto grego
(Omega)
Substantivo - neutro neutro no Singular
G746
archḗ
ἀρχή
o antigo rei de Elasar, aliado de Quedorlaomer
(Arioch)
Substantivo


Α


(G1)
A (al'-fah)

1 α a al’-fah

de origem hebraica א; TDNT 1:1,*; letra

  1. primeira letra do alfabeto Grego
  2. Cristo é o Alfa e o Ômega para indicar que ele é o princípio e o fim.

ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἔρχομαι


(G2064)
érchomai (er'-khom-ahee)

2064 ερχομαι erchomai

voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

  1. vir
    1. de pessoas
      1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
      2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
  2. metáf.
    1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
    2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
  3. ir, seguir alguém

Sinônimos ver verbete 5818


θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κύριος


(G2962)
kýrios (koo'-ree-os)

2962 κυριος kurios

de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

  1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
    1. o que possue e dispõe de algo
      1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
      2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
    2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
    3. título dado: a Deus, ao Messias

Sinônimos ver verbete 5830


λέγω


(G3004)
légō (leg'-o)

3004 λεγω lego

palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

  1. dizer, falar
    1. afirmar sobre, manter
    2. ensinar
    3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
    4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
    5. chamar pelo nome, chamar, nomear
    6. gritar, falar de, mencionar


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


παντοκράτωρ


(G3841)
pantokrátōr (pan-tok-rat'-ore)

3841 παντοκρατορ pantokrator

de 3956 e 2904; TDNT - 3:914,466; n m

aquele que tem o controle sobre todas as coisas

governador de tudo

todo-poderoso: Deus


τέλος


(G5056)
télos (tel'-os)

5056 τελος telos

da palavra primária tello (estabelecer um ponto definitivo ou objetivo); TDNT - 8:49,1161; n n

  1. fim
    1. término, o limite no qual algo deixa de ser (sempre do fim de um ato ou estado, mas não do fim de um período de tempo)
    2. fim
      1. o último em uma sucessão ou série
      2. eterno
    3. aquilo pelo qual algo é terminado, seu fim, resultado
    4. o fim ao qual todas as coisas se relacionam, propósito

      taxa (i.e., imposto indireto sobre bens)

Sinônimos ver verbete 5941


Ω


(G5598)
Ō (o'-meg-ah)

5598 ω omega

palavra primitiva; TDNT - 1:1,*; n

última letra do alfabeto grego

último


ἀρχή


(G746)
archḗ (ar-khay')

746 αρχη arche

de 756; TDNT - 1:479,81; n f

  1. começo, origem
  2. a pessoa ou coisa que começa, a primeira pessoa ou coisa numa série, o líder
  3. aquilo pelo qual algo começa a ser, a origem, a causa ativa
  4. a extremidade de uma coisa
    1. das extremidades de um navio
  5. o primeiro lugar, principado, reinado, magistrado
    1. de anjos e demônios