Enciclopédia de Daniel 3:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dn 3: 7

Versão Versículo
ARA Portanto, quando todos os povos ouviram o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério e de toda sorte de música, se prostraram os povos, nações e homens de todas as línguas e adoraram a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado.
ARC Portanto, no mesmo instante em que todos os povos ouviram o som da buzina, do pífaro, da harpa, da sambuca, do saltério, e de toda a sorte de música, se prostraram todos os povos, nações e línguas, e adoraram a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado.
TB Portanto, no momento em que todos os povos ouviram o som da corneta, da flauta, da harpa, da sacabuxa, do saltério e de toda sorte de música, se prostraram todos os povos, nações e línguas e adoraram a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado.
HSB כָּל־ קֳבֵ֣ל דְּנָ֡ה בֵּהּ־ זִמְנָ֡א כְּדִ֣י שָֽׁמְעִ֣ין כָּֽל־ עַמְמַיָּ֡א קָ֣ל קַרְנָא֩ מַשְׁר֨וֹקִיתָ֜א [קיתרס] (קַתְר֤וֹס) שַׂבְּכָא֙ פְּסַנְטֵרִ֔ין וְכֹ֖ל זְנֵ֣י זְמָרָ֑א נָֽפְלִ֨ין כָּֽל־ עַֽמְמַיָּ֜א אֻמַיָּ֣א וְלִשָּׁנַיָּ֗א סָֽגְדִין֙ לְצֶ֣לֶם דַּהֲבָ֔א דִּ֥י הֲקֵ֖ים נְבוּכַדְנֶצַּ֥ר מַלְכָּֽא׃
BKJ Portanto, naquele momento, quando todo o povo ouviu o som da corneta, flauta, harpa, sacabuxa, saltério e todos os tipos de música, todo o povo, as nações e as línguas prostraram-se e adoraram a imagem dourada que o rei Nabucodonosor havia erguido.
LTT Portanto, no mesmo instante em que todos os povos ouviram o som da buzina, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério e de toda a espécie de música, prostraram-se todos os povos, nações e línguas, e adoraram a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado.
BJ2 Assim, no momento em que todos os povos ouviram o som da trombeta, da flauta, da cítara, da sambuca, do saltério, da cornamusa e de toda espécie de instrumentos musicais, prostraram-se todos os povos, nações e línguas, adorando a estátua de ouro levantada pelo rei Nabucodonosor.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Daniel 3:7

Jeremias 51:7 A Babilônia era um copo de ouro na mão do Senhor, o qual embriagava a toda a terra; do seu vinho beberam as nações; por isso, as nações enlouqueceram.
Atos 14:16 o qual, nos tempos passados, deixou andar todos os povos em seus próprios caminhos;
I João 5:19 Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno.
Apocalipse 12:9 E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.
Apocalipse 13:3 E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta.
Apocalipse 13:8 E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.
Apocalipse 13:14 E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida de espada e vivia.
Apocalipse 17:8 A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição. E os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão vendo a besta que era e já não é, mas que virá.
Apocalipse 19:20 E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O EXÍLIO DE JUDÁ

604-582 a.C.
JEOAQUIM
A morte do rei Josias em 609 a.C. pôs fim à reforma religiosa em Judá e, durante o reinado de Jeoaquim, filho de Josias, as práticas pagas voltaram a se infiltrar no reino do sul. O profeta Jeremias repreendeu Jeoaquim por explorar o povo e construir um palácio luxuoso com os frutos dessa exploração.' É possível que o palácio em questão seja a construção encontrada em Ramat Rahel, apenas alguns quilômetros ao sul de Jerusalém. Além de ordenar o assassinato do profeta Urias por profetizar contra a cidade e a terra, Jeoaquim se opôs pessoalmente ao profeta Jeremias e queimou um rolo com palavras de Jeremias que leudi havia lido diante do rei.
Jeoaquim se tornou vassalo de Nabucodonosor em 604 a.C. (um ano depois da vitória deste último em Carquemis), mas, incentivado pelo Egito, se rebelou três anos depois. Nabucodonosor só tratou dessa rebelião em 598 a.C., quando ordenou que Jeoaquim fosse preso com cadeias de bronze e levado à Babilônia. Foi nessa ocasião que Jeoaquim morreu, aos 36 anos de idade, não se tendo certeza se ele morreu de causas naturais ou como resultado de uma conspiração. Jeremias profetizou que Jeoaquim não seria sepultado de forma honrosa; seria sepultado como se sepulta um jumento: arrastado e jogado para fora das portas de Jerusalém.

A SEGUNDA DEPORTACÃO
Jeoaquim foi sucedido por Joaquim, seu filho de dezoito anos de idade que reinou por apenas três meses e dez dias.4 Em 597 a.C, Nabucodonosor cercou Jerusalém e Joaquim se rendeu. "Nabucodonosor sitiou a cidade de Judá e, no segundo dia do mês de Adar (15/16 março), tomou a cidade e prendeu seu rei. Nomeou um rei do seu agrado para a cidade e trouxe consigo para a Babilônia um grande tributo" (Crônica Babilônica, Rev. 12-13). Na "segunda deportação", Nabucodonosor levou para a Babilônia o rei Joaquim e sua mãe, esposas, oficiais e governantes da terra, bem como toda a guarda constituída de setecentos homens valentes e mil artífices e ferreiros, num total de dez mil pessoas," entre as quais estava um jovem aprendiz de sacerdote chamado Ezequiel." Também levou consigo os tesouros do palácio real e objetos de ouro que Salomão havia feito para o templo do Senhor. Na Babilônia, Joaquim recebeu uma pensão da corte real. Seu nome (Ya'u-kinu) ocorre em tabletes babilânios datados de c. 595-570 a.C.nos quais se encontram registradas as rações fornecidas a ele e seus filhos: "Meio panu (c. 14 I) para Ya'u- kinu, rei da terra de Judá. Dois sila e meio (c. 2 I) para os cinco filhos do rei da terra de Judá. Vários anos mais tarde, depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., seu filho e sucessor Amel-Marduque (Evil-Merodaque) libertou Joaquim da prisão e permitiu que comesse à mesa do rei para o resto da vida.

O CERCO A JERUSALÉM
O profeta Jeremias amaldiçoou Joaquim e declarou que nenhum de seus descendentes se assentaria no trono de Davi.& Nabucodonosor escolheu Matanias, tio de Joaquim, para ocupar o trono de Judá e mudou seu nome para Zedequias, convocando-o a apresentar-se diante dele na Babilônia em 593 a.C. para jurar lealdade. Porém, alguns anos depois, Zedequias deu ouvidos aos egípcios e se rebelou. A Babilônia reagiu com violência. Nabucodonosor e seu exército acamparam em torno de Jerusalém e levantaram tranqueiras ao seu redor: De acordo com II Reis 25:1, o cerco se iniciou aos dez dias do décimo mês (15 de janeiro) de 588 a.C. Uma invasão dos egípcios sob o comando do faraó Hofra (589-570a.C.) obrigou Nabucodonosor a levantar temporariamente o cerco a Jerusalém. Porém, conforme Jeremias havia predito, os babilônios voltaram. Jeremias defendeu a rendição e foi lançado numa cisterna, de onde foi transferido posteriormente para o pátio da guarda. A situação tensa é descrita em 22 cartas em óstracos encontrados na cidade de Laquis que fazia parte do reino de Judá. A linguagem usada nessas cartas é semelhante à de Jeremias. Em uma delas, o coman- dante de um posto avançado relata não poder mais ver os sinais (provavelmente feitos com fogo) que Azeca devia enviar: "Esteja o meu senhor informado de que continuamos aguardando os sinais de Laquis, conforme todos os sinais que o meu senhor me deu não conseguimos ver Azeca" (Carta de Laquis 4:10-12). Talvez Azeca já houvesse sido capturada pelos babilônios ou, mais provavelmente, as condições do tempo não permitiram a visualização dos sinais. Outra carta menciona um profeta anônimo como portador de uma mensagem. Até hoje, não foi possível determinar a identidade desse portador. No nono dia do quarto mês (18 de julho de 586 a.C.), a fome em Judá se tornou tão severa que o povo não tinha mais o que comer. O inimigo penetrou o muro da cidade e Zedequias e seu exército fugiram durante a noite, mas foram capturados nas campinas de Jericó. Zedequias foi levado a Ribla, na Síria, onde, depois de testemunhar a morte de seus filhos, foi cegado e deportado para a Babilônia preso em cadeias de bronze.

A TERCEIRA DEPORTAÇÃO
Um mês depois que os babilônios penetraram o muro de Jerusalém, no sétimo dia do quinto mês (14 de agosto de 586 a.C.), Nebuzaradà, comandante da guarda imperial, queimou o templo do Senhor, o palácio real e todas as casas de Jerusalém e derrubou seus muros. Nebuzaradà levou para o exílio o povo da cidade, os que passaram para o lado da Babilônia e o restante da população, deixando apenas o povo mais pobre da terra para cuidar das vinhas e campos. Nessa "terceira deportação" maior parte dos habitantes de Judá foi levada para a Babilônia. Outras calamidades, porém, ainda sobreviriam ao reino do sul.

A QUARTA DEPORTAÇÃO
Os babilônios nomearam Gedalias, um judeu de família nobre, para governar sobre Judá. Um selo com a inscrição pertencente a Gedalias, aquele que governa a casa", foi encontrado em Laquis. Mas, pouco tempo depois de sua nomeação, Gedalias foi assassinado por Ismael, um membro da família real. Vários dos judeus restates, incluindo Jeremias que havia sido liberto da prisão quando Jerusalém foi tomada, fugiram para o Egito, apesar da advertência profética de Jeremias para que permanecessem em Judá. Outro grupo de judeus foi exilado na Babilônia em 582 a.C. O Esta pode ser descrita como a "quarta deportação"

O TRAUMA DO EXÍLIO
Os judeus que sobreviveram à longa jornada para a Babilônia provavelmente foram colocados em assentamentos separados dos babilônios e receberam permissão de se dedicar à agricultura e trabalhar para sobreviver," mas o trauma do exílio é expressado claramente pelo salmista:

"As margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?"
Salmo 137:1-4
A deportação de Judá O mapa mostra os locais ligados às deportações do povo de Judá pelos babilônios em 597, 586 e 582 a.C.
A deportação de Judá O mapa mostra os locais ligados às deportações do povo de Judá pelos babilônios em 597, 586 e 582 a.C.
Carta de Laquis n° 2, um óstraco ou carta escrita num fragmento de cerâmica, para Yaosh, governador militar da cidade de Laquis, em Judá, 588 a.C
Carta de Laquis n° 2, um óstraco ou carta escrita num fragmento de cerâmica, para Yaosh, governador militar da cidade de Laquis, em Judá, 588 a.C
Balaustrada de uma janela do palácio de Ramat Rachel, próximo de Jerusalém; possivelmente, uma obra de Jeoaquim, rei de Judá (609-598 a.C.).
Balaustrada de uma janela do palácio de Ramat Rachel, próximo de Jerusalém; possivelmente, uma obra de Jeoaquim, rei de Judá (609-598 a.C.).

DANIEL E NABUCODONOSOR

605-562 a.C.
DANIEL E SEUS AMIGOS
Daniel e seus três amigos, Hanaias, Misael e Azarias, haviam sido deportados para a Babilônia em 605 .C. Assim que chegaram, tiveram de tomar a decisão de não se contaminar com a comida e o vinho do rei, provavelmente pelo fato desses alimentos e bebidas serem oferecidos a ídolos.' Nabucodonosor ficou impressionado com esses quatro novos membros de sua corte. Ao interrogá-los, descobriu que eram dez vezes melhores do que todos os magos e encantadores de seu reino em todas as questões de cultura e sabedoria. No segundo ano de seu reinado (604 a.C.), Nabucodonosor teve um sonho.- Talvez com o intuito de obter uma interpretação divinamente inspirada, o rei perturbado declarou que seus conselheiros teriam de lhe dizer, em primeiro lugar, qual havia sido o sonho e, em seguida, a interpretação. Com a ajuda de Deus, Daniel relatou a Nabucodonosor o sonho no qual o rei viu uma grande estátua dividida em quatro partes e deu uma interpretação referente a cinco reinos, dos quais o primeiro era a Babilônia.
De acordo com Daniel 3:1, Nabucodonosor ordenou a construção de uma estátua revestida de ouro no campo de Dura, talvez Duru-sha-karrabi, nos arredores da cidade da Babilônia. E possível que essa estátua com 27 m de altura incluísse um pedestal ou coluna. Nabucodonosor ordenou que todos se curvassem e adorassem a estátua, mas os três amigos de Daniel, conhecidos por seus nomes babilônicos Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, recusaram obedecer e foram lançados numa fornalha usada para assar tijolos. O Senhor os preservou miraculosamente: um quarto homem, "semelhante a um filho dos deuses como exclamou Nabucodonosor, permaneceu com eles na fornalha.

OUTRO SONHO
Daniel serviu na corte de Nabucodonosor com grande dedicação. O rei teve outro sonho, no qual viu uma grande árvore ser cortada, restando apenas seu toco e raízes.' Daniel interpretou o sonho como uma referência ao rei e o instou a deixar seus caminhos perversos, de modo que, das suas raízes, uma nova vida pudesse crescer. Nabucodonosor recusou dar ouvidos ao seu conselheiro e, doze meses depois, enquanto andava pelo terraço do seu palácio, o rei se gabou: "Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para a glória da minha majestade" (Dn 4:30).

A BABILÔNIA DE NABUCODONOSOR
Com seus 1.012 hectares de extensão a Babilônia de Nabucodonosor era, sem dúvida, grande; era maior do que as cidades antigas de Alexandria, Antioquia e Constantinopla, porém menor do que Roma. O muro externo que cercava num perímetro de 27 km era largo suficiente para permitir o trânsito de carros em parte superior. Uma ponte foi construída sobre o Eufrates e a cidade se expandiu para a margem ocidental do rio. A ponte possuía plataformas de madeira que podiam ser recolhidas caso um inimigo atacasse. Das cerca de cem portas, a maior era a do norte, dedicada à deusashtar construída originalmente com tijolos esmaltados simples, com relevos de leões dragões e touros. Posteriormente, Nabucodonosor revestiu a porta toda com tijolos esmaltados de azul com esses mesmos despenhos. Dessa porta, estendia-se uma passagem de 920 m de comprimento que o rel percorria todos os anos na comemoração do akitu. o Festival do Ano Novo. A cidade também possuía templos grandiosos: O enorme zigurate de ttemenanku Esagila (templo de Marduque, deus oficial da babllona. sobre o qual ticavam tres estatuas gigantescas de outo. pesando quase 150 toneladas; e pelo menos outros 53 templos muitos deles com pinaculos revestidos de ouro ou prata, tulgurantes como o sol. O palácio de Nabucodonosor era uma construcao ampla na parte norte da cidade. Seu maior cômodo, a sala do trono, media 52 m por 17 m. Um imenso painel de tijolos esmaltados desse local se encontra hoje no Museu do Estado em Berlim. Acredita-se que os "jardins suspensos", uma das sete maravilhas do mundo antigo, ficavam ao norte do palácio, onde havia espaço de sobra para vanos terracos com arcos, arvores, arbustos e plantas floridas de todo tipo para lembrar Amytis, esposa de Nabucodonosor, das montanhas da Média (atual Irã), sua terra natal.

O ORGULHO DE NABUCODONOSOR
Acredita-se que toram necessários 164 milhões de tijolos só para construir o muro de proteção do lado norte da Babilônia. Em vários dos tijolos de sua grande cidade, Nabucodonosor mandou inscrever as seguintes palavras: "Eu sou Nabucodonosor, rei da Babilônia, que provê para Esagila e Ezida (dois templos), filho mais velho de Nabopolassar, rei da Babilônia". Porém, de acordo com o livro de Daniel, Senhor se cansou da arrogância do rei. Nabucodonosor foi expulso do meio do povo e condenado a pastar como um boi. Seu cabelo cresceu como as penas da água e suas unhas.como as garras de uma ave. A sanidade do rei foi restaurada somente depois de ele reconhecer que o domínio do Senhor era eterno e seu reino de geração em geração. Um tato significativo é a existência de pouquíssimas inscrições dos anos finais do reina-do de Nabucodonosor, sobre os quais não remos praticamente nenhuma informação. A loucura, portanto, poderia ser datada desses últimos anos. Daniel 4:32 específica sua duração como "sete tempos", talvez sete anos mas um período menos especifico também e possível e talvez preferível
Planta urbana da Babilônia
Planta urbana da Babilônia
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor. Pode-se ver claramente a Via Processional que levava à porta de Ishtar, o grande zigurate (Etemenanki); o palácio do norte
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor. Pode-se ver claramente a Via Processional que levava à porta de Ishtar, o grande zigurate (Etemenanki); o palácio do norte
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor.
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor.

JOSIAS E A ASCENSÃO DA BABILÔNIA

639-605 a.C.
JOSIAS
Josias (639. 609 .C.) foi coroado rei de Judá aos oito anos de idade. O escritor de Crônicas observa que, no oitavo ano de seu reinado (632 a.C.), Josias "começou a buscar o Deus de Davi, seu pai" (2Cr 34:3). Entre o décimo segundo e décimo oitavo ano (628-622 a.C.), Josias se dedicou a um programa de reforma radical. Despedaçou ou queimou objetos, altares e ídolos pagãos, erradicou os sacerdotes pagãos e'prostitutos cultuais, profanou os altos e remove elementos pagãos que haviam sido colocados no templo do Senhor. Seu programa abrangeu não apenas Jerusalém, mas também as cidades dos territórios de Manassés, Efraim e Simeão. A reforma chegou até ao território de Naftali que, em outros tempos, havia pertencido ao reino do norte, Israel, mas sobre o qual o rei de Judá pôde exercer influência devido ao enfraquecimento do poder da Assíria. Josias profanou o alto em Betel instituído por Jeroboão, filho de Nabate, ao queimar os ossos dos sacerdotes de deuses estrangeiros em seus altares pagãos.' No décimo oitavo ano do reinado de Josias, o sumo sacerdote Hilquias encontrou uma cópia do Livro da Lei no templo do Senhor? Não se sabe ao certo a natureza desse livro, mas ao ouvir a leitura de suas palavras, Josias rasgou as vestes e exclamou:
"Grande é o furor do Senhor que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro" (2Rs 22:13). A fim de cumprir as prescrições do Livro da Lei, Josias aboliu os médiuns e feiticeiros, os ídolos do lar e todas as outras abominações vistas na terra de Judá e em Jerusalém.
O escritor de Reis afirma que nem mesmo a reforma ampla de Josias foi suficiente para evitar o julgamento iminente do Senhor e cita as palavras da profetisa Hulda: "Eis que trarei males sobre este lugar e sobre os seus moradores, a saber, todas as palavras do livro que leu o rei de Judá. Visto que me deixaram e queimaram incenso a outros deuses, para me provocarem à ira com todas as obras das suas mãos, o meu furor se acendeu contra este lugar e não se apagará" (2Rs 22:16-17). Para seu consolo, Josias recebeu a garantia de que não testemunharia a calamidade vindoura.


A MORTE DE JOSIAS
A queda da Assíria em 612 a.C.havia provocado um desequilíbrio no poder no Oriente Próximo, Preocupado com a força crescente da Babilônia, o faraó Neco (610-595 a.C.) enviou um exército à Síria para ajudar o que restava das forças assírias e conter os babilônios, afirmando ter recebido essa ordem de Deus. Josias não acreditou no discurso do rei egípcio e o confrontou em Megido, no norte de Israel, em 609 .C., onde morreu em combate. Sua morte prematura aturdiu a nação. Jeremias compôs lamentos' e, cento e trinta anos depois, o profeta Zacarias faria referência à morte de Josias como uma ocasião de grande pranto.

HABACUQUE
A morte de Josias interrompeu de forma brusca o programa de reformas em Judá. Deus parecia ter abandonado seu povo e reis subseqüentes não manifestaram nenhum desejo de seguir ao Senhor. Neco não ficou satisfeito com o governo de Jeoacaz, filho de Josias. Por isso, em Ribla, na Síria, ordenou que fosse substituído por seu irmão Jeoaquim (Eliaquim). Consternado com a destruição e violência ao seu redor, o profeta Habacuque clamou ao Senhor e recebeu uma resposta inesperada: "Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos e desvanecei, porque realizo, em vossos dias, obra tal, que vós não crereis, quando vos for contada. Pois eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcham pela largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas. Eles são pavorosos e terríveis, e criam eles mesmos o seu direito e a sua dignidade. Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, mais ferozes do que os lobos no anoitecer são os seus cavaleiros que se espalham por toda parte; sim, os seus cavaleiros chegam de longe, voam como águia que se precipita a devorar-lhes todos vêm para fazer violência. Habacuque 1:5-90

NABUCODONOSOR ASSUME O PODER
Avançado em anos, Nabopolassar, rei da Babilônia, colocou o exército sob o comando de seu filho e sucessor ao trono, Nabucodonosor. Em 605 a.C, Nabucodonosor derrotou o exército egípcio em Carquemis, junto ao rio Eufrates (próximo à atual fronteira entre a Turquia e a Síria).? Marchando para para o sul, Nabucodonosor invadiu Judá na tentativa de garantir a lealdade de Jeoaquim de Judá, o antigo vassalo e aliado de Neco.
Quando Jeoaquim estava prestes a se render, Nabucodonosor foi informado da morte de seu pai e voltou à Babilônia pelo caminho do deserto, levando consigo alguns objetos do templo do Senhor e vários jovens da família real e da nobreza de Judá. Quatro desses jovens se mostraram conselheiros valiosos para o novo rei: Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Essa foi a primeira e menor de quatro deportações que acabariam resultando no exílio dos habitantes de Judá na Babilônia.

Vista da planicie de Jezreel (Esdraelom) do alto do monte de Megido
Vista da planicie de Jezreel (Esdraelom) do alto do monte de Megido
Neco luta contra Josias e Nabucodonasor Entre 609 e 605 a.C., Judá enfrentou ameaças de duas frentes: Neco, rei do Egito, matou Josias, rei de Judá, na batalha de Megido em 609 a.C; Nabucodonosor, príncipe da Babilônia, derrotou o Egito em Carquemis
Neco luta contra Josias e Nabucodonasor Entre 609 e 605 a.C., Judá enfrentou ameaças de duas frentes: Neco, rei do Egito, matou Josias, rei de Judá, na batalha de Megido em 609 a.C; Nabucodonosor, príncipe da Babilônia, derrotou o Egito em Carquemis
Uma reconstituição da porta de Ishtar, da Babilônia, representada em sua forma final, depois de ter sido revestida com tijolos vitrificados mostrando touros e dragões (sirrush).
Uma reconstituição da porta de Ishtar, da Babilônia, representada em sua forma final, depois de ter sido revestida com tijolos vitrificados mostrando touros e dragões (sirrush).

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Daniel Capítulo 3 do versículo 1 até o 30
B. A ESTÁTUA COLOSSAL DE NABUCODONOSOR, Daniel 3:1-30

1. Um Auto-endeusamento do Imperador (3:1-7)

J. A. Seiss faz uma defesa vigorosa de Nabucodonosor e de seu intento. Ele argu-menta que o conceito audacioso da grande imagem era resultado direto do sonho do rei. Ele próprio não tinha caído em adoração diante do homem que transmitiu a mensagem do Deus dos céus?

Agora todo o seu reino se curvaria diante dessa maravilhosa idéia revelada a ele. Em sua mente pagã confusa esse era um tributo maravilhoso ao Deus de Daniel e seus amigos hebreus. Isso tornaria a recusa deles (em se curvar diante da está-tua) ainda mais irracional e irascível.

Diante da luz da revelação clara e completa e dos princípios divinos que Nabucodonosor não tinha, fica evidente que ele cometeu um grande equívoco que não pode ser justificado ou desculpado de acordo com os padrões bíblicos. Mas o erro estava no método e não nos motivos. Era o erro da educação defeituosa, não da intenção. Ele honestamente queria reconhecer e glorificar o Deus dos céus que ti-nha se comunicado com ele de forma tão marcante. Ele desejava que o seu império, por meio de todos os seus representantes reunidos, reconhecesse que Deus era a cópia tangível da imagem dada a ele em sonho. A profundidade da sua natureza religiosa, das suas experiências e convicções se intensificaram no sentido de fazer obedecer ao que ele havia arranjado e ordenado de maneira tão devota e honesta".2

Mas é provável que esse esforço em defender o rei pagão da Babilônia não cubra todos os pontos. Não parece provável que Nabucodonosor tenha erigido uma imagem a um dos antigos deuses da Babilônia, visto que a terra estava cheia de deidades e templos compe-tindo entre si. É possível, no entanto, que esse sonho tivesse marcado profundamente o rei, em relação ao seu lugar no mundo e na história. Afinal, não era ele a cabeça de ouro? Não era ele o primeiro e maior de todos os reis da terra? Não é difícil imaginar a crescente vaidade desse déspota oriental, cuja mente pagã falhou em sondar o verdadeiro significado das percepções espirituais que Deus havia tentado compartilhar com ele. Essa estátua de dois metros e sessenta de largura e vinte e sete metros de altura, que se elevava acima do campo de Dura (1), sendo visível a quilômetros de distância, proclamava a todos o es-plendor do homem que a havia projetado e a glória do rei que ela simbolizava. O campo de Dura certamente ficava próximo de Babilônia, mas sua localização exata é desconhecida.

Qualquer que tenha sido o motivo de Nabucodonosor, o decreto que convocava todos os líderes políticos do reino, grandes e pequenos (3), não deixava dúvida quanto à exigên-cia do rei. Instantaneamente, após o sinal combinado de antemão w o som da orquestra imperial (5), cada homem deveria prostrar-se em adoração diante da imagem.

  • Conspiração Contra os Hebreus (Daniel 3:8-18)
  • Não deveria nos surpreender que os três hebreus, recentemente promovidos a car-gos de liderança política, despertassem uma certa inveja entre os outros funcionários púbicos. A ausência de Daniel da convocação pode ser explicada pelo fato de estar cum-prindo alguma tarefa especial para o rei. Alguns homens caldeus (8), não a casta sacerdotal, mas cidadãos babilônios, tomaram as devidas precauções para que os três hebreus não escapassem. Quando o rei ficou sabendo da atitude dos três hebreus, ficou furioso (13) e convocou os três imediatamente. Sem dar-lhes chance de se defenderem, deu-lhes mais uma oportunidade de prestar adoração após o som especial da música. A recusa em fazê-lo significaria a imediata execução do decreto irreversível — eles seriam lançados dentro do forno de fogo ardente; e quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos? (15), vociferou o rei.

    O equilíbrio e a calma dos três servos do Deus Altíssimo estavam em claro contraste com a fúria incontida do rei. A ousadia da fé deles era equiparada à sua serenidade. Os três responderam ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder ("defen-der-nos", NVI) sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adorare-mos a estátua de ouro que levantaste (16-18).

    A verdadeira fé não está ligada às circunstâncias nem às conseqüências. Ela está fundada na imutável fidelidade de Deus. E a fé é decisiva no que tange à questão da fidelidade no crente. Poderia ter parecido algo de menor valor racionalizar apenas um pouco. Afinal, eles não deviam uma certa consideração ao rei? Porventura, eles não poderiam dobrar seus joelhos, mas ficar em pé em seus corações? Uma pequena con-cessão à limitada compreensão das coisas divinas por parte do rei seria uma questão insignificante.
    Mas não! A reputação do caráter do Deus vivo e verdadeiro dependia desse momen-to. Multidões de pagãos de muitos países estavam observando. Quer Deus os libertasse das chamas, quer não, eles deveriam ser fiéis em honrar o seu nome.

  • Provados pelo Fogo (Daniel 3:19-25)
  • O castigo ameaçador foi executado quase que imediatamente. O rei ficou tão furioso que se mudou o aspecto do seu semblante (19), e o fogo foi aquecido sete vezes mais. Deu-se ordem a um grupo de soldados fortes para amarrar (20) os três prisionei-ros, que estavam "vestidos com seus mantos, calções, turbantes e outras roupas" (21, NVI), e lançá-los na fornalha. Quando Sadraque, Mesaque e Abede-Nego caíram no fogo, seus executores morreram diante deles, por causa do intenso calor.

    Nabucodonosor estava endurecido de ver tantos homens morrerem, mesmo de for-mas horrendas. Mas o que aconteceu o espantou. Ele se levantou depressa e falou com seus conselheiros: Não lançamos nós três homens atados dentro do fogo? [...] Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, e nada há de lesão neles; e o aspecto do quarto é semelhante ao filho dos deuses (24-25).

    Seiss,3 seguindo Keil e muitos outros, também traduz a última frase do versículo 25 como: "semelhante ao filho dos deuses".'t Keil' explica:

    N. do T.: a versão inglesa King James traz "semelhante ao Filho de Deus".

    O quarto homem que Nabucodonosor viu na fornalha era semelhante [...1 a um filho dos deuses, i.e., alguém da raça dos deuses. No versículo 28, o mesmo persona-gem é chamado de um anjo de Deus. Sem dúvida, Nabucodonosor estava seguindo a concepção dos judeus, devido à conversa que teve com os três que foram salvos. Aqui, por outro lado, ele fala dentro do espírito e significado da doutrina babilônica acerca dos deuses...

    Nabucodonosor se aproximou da porta da fornalha e gritou aos três homens para saírem, chamando-os de servos do Deus Altíssimo. Essa expressão não vai além do âmbito das idéias pagãs. Ele não chama o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego de o único e verdadeiro Deus, mas somente de Deus Altíssimo, o prin-cipal entre os deuses.

    Independentemente da profundidade de discernimento que Nabucodonosor tinha em relação à identidade do quarto que caminhava entre as chamas, fica claro que aqui havia uma manifestação do sobrenatural, e o rei não era cego para deixar de enxergar isso. Deus estava lá na fornalha da aflição com seus servos. E a presença de Deus, o Criador da luz e do calor, era suficiente para controlar o efeito dessas forças naturais sobre esses homens que ousaram confiar nele.

    4. O Tributo de Nabucodonosor ao Deus Verdadeiro (Daniel 3:26-30)

    As palavras de Nabucodonosor aos seus três servos hebreus ao saírem ilesos da "boca do inferno" continham um tributo espontâneo ao Deus poderoso em quem eles confiavam. E nesse tributo o rei reconheceu que eles serviam um Senhor maior do que ele. Servos do Deus Altíssimo, saí e vinde (26). O assombro do rei e dos seus oficiais foi instantâneo e evidente. De que forma três homens indefesos jogados nas chamas poderiam escapar não somente ilesos, mas sem ao menos apresentar o cheiro de fumaça nas suas roupas? No entanto, a evidência estava lá, bem diante dos seus olhos! O sobre-natural estava em ação.

    Esse era um momento intenso de revelação. O rei elevou a voz em louvor a esse Deus vivo cuja obra poderosa ele acabara de testemunhar. Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que con-fiaram nele (28).

    Nabucodonosor, em seguida, deu um testemunho marcante da fidelidade e coragem desses três servos de Deus. Eles haviam confiado em Deus, não obstante as conseqüências. Eles ousaram não cumprir a palavra do rei, preferindo entregar os seus corpos, para que não servissem nem adorassem algum outro deus, senão o seu Deus (28).

    O Senhor, nosso Deus, é mais claramente conhecido quando resolve revelar sua gló-ria por meio dos seus servos humildes. Para o rei, esse era o Deus, não do cosmo nem da eternidade, mas de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (29). E no desamparo deles, na prova da fornalha da aflição, o poder e a glória de Deus foram manifestos.

    Além do mais, foi na fornalha que o aspecto do quarto foi revelado. Aqui, meio milênio antes do milagre da Encarnação, o eternamente preexistente Filho de Deus veio e caminhou com aqueles que eram seus no meio da aflição. Aqui brilhou a glória da Palavra que iria tornar-se carne e morar entre nós (Jo 1:14). Mais tarde, a mesma glória brilhou e reluziu no meio dos castiçais (Ap 1:13).

    O rei ficou profundamente comovido com essa experiência. Em todo o seu reino, ele ordenou que houvesse respeito e reverência ao Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. A ameaça horrenda de despedaçamento e destruição da propriedade que acompa-nhou o édito caracterizava a crueldade pagã desse rei, para quem a religião via coerção e medo era uma maneira natural de pensar. Há pouca evidência de que o rei Nabucodonosor tenha se convertido, mesmo que fosse forçado a admitir que não há outro deus que possa livrar como este (29). Os deuses da Babilônia não foram renunciados, mas na-quele momento o Deus Altíssimo estava sendo exaltado como o maior entre todos os deuses.

    Como resposta prática ao apreço que dirigiu às três fiéis testemunhas, o rei, sem demora, fez prosperar a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, na província de Babilônia (30).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Daniel Capítulo 3 do versículo 1 até o 7

    Terceira História: Os Três Confessores na Fornalha de Fogo (Dn 3:1-30)

    Temos aqui uma história que ilustra a convicção judaica de que o martírio é preferível à apostasia. A imagem colossal de Nabucodonosor teria de ser adorada por todos. Essa imagem de ouro (Dn 5) provavelmente representava o panteão do império, e talvez deificasse o próprio rei como seu deus-mensageiro. O sonho do segundo capítulo, em que Nabucodonosor figura como a cabeça de ouro da imensa e grotesca imagem, pode ter-lhe sugerido que seria apropriado construir uma imagem dele próprio, para efeitos de autogtorificação. Essa história ignora a humilhação do rei diante de Yahweh-Elohim (vs. Dn 3:46). Não seria demais que um pagão esquecesse esse incidente. Além disso, era comum que os antigos potentados levantassem tais imagens.

    Daniel não aparece nessa história. Seus três amigos foram os perseguidos. Talvez devamos supor que o profeta, em sua glória (ver Dn 2:48), estivesse fora do alcance do decreto e do desígnio do rei, mas seus amigos, em posições inferiores, foram assediados.

    Prólogo (Dn 3:1-7)

    A Septuaginta fomece-nos uma data para essa história, a saber, o décimo oitavo ano de governo real de Nabucodonosor. Também são sugeridas razões para a construção da imagem. Foi naquele ano que o rei efetuou a devastação final de Jerusalém, mas essa adição é, obviamente, secundária. Sabemos que o rei erigiu uma imagem a Bel Merodaque (Registros do Passado, V, pág. 113), e talvez seja isso o que está em vista aqui. Talvez alguma grande vitória tenha sido comemorada pelo levantamento da imagem. Os vss. 12,14,18 e 20 talvez subentendam que alguma divindade estivesse sendo honrada pela imagem.

    Dn 3:1
    O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro.
    A imagem erigida foi imensa, tendo cerca de 30 m de altura, equivalente a oito andares de um edifício. Era feita de ouro. Talvez o sonho do rei, no qual ele aparecia como a cabeça de ouro, tenha influenciado a escolha do metal. A largura era de apenas 3 m, e é provável que a imagem não tivesse o formato de um homem. Se tivesse, seria uma figura muito grotesca. Foi levantada na planície de Dura (ver a respeito no Dicionário, quanto a detalhes). O termo dura era comumente usado na Mesopotâmia para indicar qualquer lugar fechado por uma parede ou por montanhas. Provavelmente o lugar ficava perto da Babilônia. Quanto a detalhes, ver o artigo. Essa construção provavelmente era uma coluna com inscrições, talvez uma imagem esculpida que representasse o deus honrado. Continua em debate a quantidade de ouro que havia nessa coluna. Provavelmente ela era apenas recoberta de ouro.

    Dn 3:2
    Então o rei Nabucodonosor mandou ajuntar os sátrapas. A
    importância da imagem para Nabucodonosor é demonstrada pelo convite geral (ordem, decreto) aos oficiais babilònicos para a dedicação da imagem. Essas comemorações festivas eram comuns na Babilônia. A lista dos oficiais é similar a outras descobertas no antigo Oriente Próximo e Médio. Sargão, em suas inscrições, bem como Esar-Hadom, apresentou listas similares. Os títulos aqui usados eram quase todos persas, e isso tem provocado um problema histórico. Inscrições neobabilônicas não mostram nenhuma influência das palavras persas. Alguns criticos vêem nesta circunstância evidência de uma data posterior do livro.

    Nomes:

    1. Sátrapas. Conforme Ed 8:36; Ed 3:12; Ed 8:9 ; Ed 9:3. Foi Dario I quem dividiu o império em satrapias e suas datas foram 521:495 A. C. Eram os principais representantes do rei, pois eram os cabeças do governo provincial.

    2. Prefeitos. Conforme Dn 2:48 ; Dn 6:7. Esdras e Neemías usaram o termo para certos oficiais secundários de Jerusalém. Mas alguns estudiosos acreditam tratar-se de comandantes militares.

    3. Governadores. Ver Ed 5:14. Esses eram “senhores de distritos”, os bel pahati dos babilônios. Oficiais importantes e subalternos eram assim chamados, o que significa que essa palavra pode apontar para ambas as coisas. Eram administradores civis de várias categorias.

    4. Conselheiros. Conforme os nomes persas subentendem, eram conselheiros do povo (handarza, conselheiro + kara, povo). Essa palavra pode significar qualquer pessoa que tinha a autoridade do governo por ela representada.

    5. Tesoureiros. Conforme Ed 7:21, onde a palavra existe com uma variante de diferente soletraçâo. Eles eram administradores dos fundos públicos.

    6. Juizes. Essa palavra vem do hebraico, data bara (sustentador da lei). Eram os especialistas na administração das leis.

    7. Magistrados. Ao que parece, a palavra deríva-se de um termo persa, pat, “chefe". Oficiais militares e palacianos eram assim chamados, mas alguns estudiosos vinculam esse ofício com o de número seis, supondo que eles fossem executores da lei.

    8. Todos os oficiais. O autor sagrado usou essa expressão para evitar deixar de lado qualquer oficial que tivesse autoridade. Ninguém que tivesse um minimo de importância foi ignorado no convite (ordem, decreto). Todas as autoridades da terra se puseram de pé diante da imagem, dando a ela sua sanção e aprovação, confirmando o decreto de que todos os habitantes do reino deveríam adorar àquela monstruosidade. Toda idolatria é abominação. Nabucodonosor teve sua abominação forçada, e não permitiría uma única voz discordante. Os desobedientes seriam brutalmente executados, conforme o restante da história demonstra claramente.

    Dn 3:3
    Então se ajuntaram os sátrapas...
    O decreto real foi autenticado pela liderança coletiva da nação. Este versículo repete os nomes dos oficiais do versículo anterior, para compreendermos que todos aqueles oficiais concordaram com o decreto. Não houve absolutamente voto democrático. Nem havia permissão para que alguém desobedecesse às ordens reais. Desobedecer seria considerado uma traição ao estado. Foi assim que o rei pensou em um absurdo, e a liderança secundária inteira promoveu a causa com entusiasmo. Os oficiais do governo vieram de todos os lugares. Nenhum oficial seria capaz de ocultar-se e escapar dessa prática idólatra. Aqueles homens ridículos ficaram de pé enquanto a imagem era dedicada, pois seria considerado um sacrilégio alguém sentar-se. Eles respeitaram o que não deveria ser respeitado. Ninguém proferiu um comentário critico contra a imagem, e certamente ninguém lhe deu pontapés. A lealdade foi jurada àquele culto, a qual seria a “religião do estado” em todos os lugares do império.

    Dn 3:4
    Nisto o arauto apregoava em alta voz.
    Um arauto foi comissionado para exprimir a convicção da liderança babilônica. Visto que fora o rei quem ordenara aquele culto, todos eram cem por cento favoráveis. Todos os povos dentro dos limites do império babilõnico foram obrigados a adorar a imagem. Isso significa que praticamente todo o mundo então conhecido foi forçado a adorar o monstro da planície. Quanto a “povos, nações e línguas”, conforme os vss. Dn 3:7 e 29; Dn 4:1; Dn 5:19; Dn 6:25 e Dn 7:14. Isso fala em universalidade. Judite Dn 3:8 pinta Nabucodonosor decidido a eliminar todas as religiões não-babilônicas. Isso se tornou um ato de patriotismo. Talvez exista um paralelo aqui a Antíoco (ver Dn 11:36). A ordem era “ou obedece, ou é queimado”.

    Dn 3:5
    No momento em que ouvirdes o som da trombeta.
    “A música daria o sinal para o ponto alto do culto de dedicação. Isso ocorrería não somente porque todos os reunidos deviam saber o momento preciso em que deveríam obedecer ao decreto real, mas também porque, na antiguidade, era costume que instrumentos musicais acompanhassem as cerimônias públicas” (Arthur Jeffery, in loc.).

    Os nomes dos instrumentos foram dados em grego, talvez outra indicação da data tardia do livre de Daniel. Conforme as palavras empregadas para os oficiais, no vs. Dn 3:2. Pode-se argumentar que as edições posteriores do livro mudaram os nomes desses instrumentos para que se tornassem inteligíveis aos leitores da época — mas esse é um argumento fraco. Além disso, era cedo demais para os críticos afirmarem que palavras gregas influenciaram uma lista inteira de instrumentos da época de Nabucodonosor. Logo, que o problema fique como está, e que aqueles que quiserem incomodar-se com ele, que se incomodem.

    “A orquestra incluiu instrumentos de sopro (a trombeta e o pífaro, conforme Dn 3:10,Dn 3:15); um instrumento de palheta (a flauta); e instrumentos de corda (a harpa, a citara e o saltério)” (J. Dwight Pentecost, in loc).

    Dn 3:6
    Qualquer que se
    não prostrar e não a adorar. Um modo temível de execução esperava os desobedientes ao decreto. O tipo de fornalha evidentemente recebia o combustível pelo alto, ao passo que era fechado por tijolos nos quatro lados. Execuções pelo fogo eram comuns entre os antigos, em altares munidos de fogueiras, grelhas em brasa, na fogueira ou em fornalhas. O código de Hamurabi (25,110,157) menciona as fornalhas, embora essa forma de execução parecesse reservada a criminosos especialmente perigosos. Heródoto (Hist. I.86; IV.
    69) diz-nos que Ciro e os citas executavam dessa maneira bárbara. Ver Diodoro Sículo (1.58.1-4; 77.8). Os hebreus antigos também não devem ser isentados. Ver Gn 38:24; Js 7:15,Js 7:25; Jr 29:22; Jubileus 20.4; 30.7. E II Macabeus 7.3 ss. e IV Macabeus 18.20 mostram-nos que essa forma de execução foi usada nos tempos dos monarcas selêucidas. No caso presente, a alegada impiedade religiosa era punida dessa maneira, e podemos supor que a desobediência era considerada um crime sério contra o Estado.

    Dn 3:7
    Portanto, quando todos os povos ouviram o som da trombeta.
    A Adoração da Imagem. Ao ouvir o som de todos os instrumentos listados no vs. Dn 3:5 (com a exceção única da gaita de foles), todos os povos, de todas as classes, de todas as nações, prostraram-se e adoraram a grotesca imagem de Nabucodonosor. Quem enfrentaria o horroroso castigo ameaçado contra os desobedientes à ordem real? Representantes de todo o povo adoravam, e em breve todos “lá fora" estavam fazendo a mesma coisa. A superstição e a idolatria ganharam o dia. Mas ainda raiaria outro dia quando a bondade e a justiça seriam as vitoriosas.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Daniel Capítulo 3 do versículo 1 até o 30
    *

    3:1

    uma imagem de ouro. Embora as proporções da largura pudessem sugerir um obelisco, e não uma estátua, o monumento é chamado de "imagem". Provavelmente, tratava-se de uma figura em pé sobre um pedestal. Provavelmente, era banhado a ouro, pois a imagem se parecia muito com aquela descrita em Is 40:19; 41:7; Jr 10:3-9.

    no campo de Dura. Provavelmente a 10 km ao sul da cidade da Babilônia.

    * 3:2

    sátrapas... oficiais. Não são conhecidas as responsabilidades precisas desses diferentes oficiais. Cinco dos sete termos são de origem persa, o que parece indicar que Daniel não terminou de escrever o relato senão depois do começo do governo persa, que se deu em 539 a.C.

    *

    3:5

    o som da trombeta... do saltério. Dentre os seis vocábulos usados para indicar instrumentos musicais, os três traduzidos aqui por "harpa", "saltério" e "gaita de foles" foram tomados por empréstimo dos gregos. Isso não é de surpreender, visto que a troca internacional de músicos e instrumentos musicais, nas cortes reais, era um costume de longa data. A presença desses três termos gregos não estabelece que a narrativa tivesse sido escrita após o tempo de Alexandre o Grande, conforme tem sido, algumas vezes, argumentado.

    *

    3:6

    lançado na fornalha de fogo ardente. Fornalhas eram usadas na Babilônia para cozer tijolos (Gn 11:3). Mas execuções na fornalha não eram incomuns (Jr 29:22; conforme Heródoto 1.86; 4.69; 2Macabeus 7).

    *

    3:8

    caldeus. Ver 2.2 e nota; aqui, "caldeus" provavelmente indica a questão da nacionalidade. Os informantes tinham preconceitos contra os judeus (v. 12; conforme Et 3:5,6), provavelmente porque tinham inveja da posição privilegiada dos judeus.

    *

    3:12

    Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Ver nota em Dn 1:7. Ou Daniel não estava presente ou foi isentado, por causa de sua elevada posição, de ter que demonstrar a sua lealdade (2.48,49).

    *

    3:15

    quem é o deus. Da perspectiva politeísta de Nabucodonosor, não havia deus capaz de tal livramento. Sem sabê-lo, Nabucodonosor desafiou o poder do Deus de Israel.

    * 3:17-18

    Se... quer livrar-nos... Se não... Estes versículos expressam o tema central deste capítulo. A idéia não é que Deus sempre protegerá o seu povo dos danos físicos (Is 43:1,2). Ele pode fazer isso, e, sem dúvida, é capaz de tanto. A idéia central é que o povo de Deus devia ser obediente a ele, sem importar quais as conseqüências.

    *

    3:25

    um filho dos deuses. Como Nabucodonosor reconheceu a quarta pessoa na fornalha, como um ser divino, não ficou explicado (v. 28, nota). Talvez a aparição miraculosa foi, por si mesma, suficiente para que o rei tivesse chegado a essa conclusão.

    * 3:26

    Deus Altíssimo. Esse é um título que exprime a autoridade universal de Deus. Tal como no v. 29 em 2.47, tal confissão, nos lábios de um pagão, não era o reconhecimento que o Senhor de Daniel era o único Deus, mas tão-somente que ele era supremo sobre todos os deuses (4.2,17,34). Para um judeu, porém, isso significa que só existe um Deus (4.24-32; 5.18,21; 7:18-27).

    *

    3:28

    anjo. O "Anjo" pode ser identificado com o Anjo do Senhor (Gn 16:7). Nesse caso, teria sido uma manifestação visível do próprio Deus (Êx 3:2). Deus prometeu a sua presença, quando Israel passasse pelo fogo (Is 43:1-3).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Daniel Capítulo 3 do versículo 1 até o 30
    3:1 Na cultura religiosa de Babilônia se adoravam estátuas. Nabucodonosor esperava que a adoração desta estátua gigantesca (trinta metros de alto e três de largura) unisse à nação e solidificasse seu poder. Esta estátua de ouro pôde ter estado inspirada por seu sonho. Entretanto, em vez de ter só a cabeça de ouro, era de oro da cabeça até os dedos dos pés. Nabucodonosor queria que seu reino durasse para sempre. Ao fazer a estátua, demonstrou que sua devoção pelo Deus do Daniel não lhe tinha durado muito. Nem temia nem obedecia ao Deus que lhe tinha enviado o sonho.

    3:6 O forno em questão não era um forno pequeno dos que se usam para cozinhar ou para esquentar uma casa. Era um enorme forno industrial que possivelmente se utilizava para assar tijolos ou fundir metais. A temperatura era tão alta que ninguém podia sobreviver a seu calor. Suas devoradoras chamas se transbordaram pelas aberturas e mataram aos soldados que se aproximaram forno (3.22).

    3:12 Não sabemos se outros judeus tampouco adoraram a estátua, mas com estes três quiseram fazer um castigo. por que não se inclinaram ante a estátua e disseram a Deus que o faziam obrigados? Estavam determinados a nunca adorar a outro deus e corajosamente se mantiveram firmes. Por isso os condenaram a morte. Não sabiam que seriam liberados do fogo; quão único sabiam era que não foram inclinar se ante nenhum ídolo. manteria-se você firme Por Deus custe o que lhe custe? Quando a gente está firme Por Deus, nota-se. Pode ser doloroso e não sempre terá um final feliz. Esteja preparado para dizer: "Livre me ou não, só a meu Senhor servirei".

    3:15 Os três homens tiveram uma oportunidade mais. Hei aqui oito desculpas que puderam ter tido para inclinar-se ante a estátua e que não os matassem. (1) Inclinamo-nos, mas não estávamos adorando o de coração. (2) Não nos voltaremos idólatras; fizemo-lo uma só vez e lhe pedimos perdão a Deus. (3) O rei tem poder absoluto e terei que obedecê-lo. Deus entende. (4) O rei nos deu o posto que temos; terá que ser agradecidos, não? (5) Não estamos em nosso país, e portanto Deus nos perdoará por seguir os costumes deste país. (6) Nossos antepassados colocaram ídolos no templo. Isso é muito pior! (7) Não estamos fazendo machuco a ninguém. (8) Se nos matarem e uns pagãos ocupam nosso posto, quem vai ajudar a nossa gente no desterro?

    Embora todas estas desculpas tivessem parecido lógicas, não tivessem sido mais que uma racionalização perigosa. O inclinar-se ante uma estátua violava o mandamento de Deus de Ex 20:3: "Não terá deuses alheios diante de mim". Além disso tivesse manchado seu testemunho para sempre. Nunca mais tivessem podido falar do poder de seu Deus que ultrapassa o de outros deuses. Que desculpas utiliza você para não pronunciar-se pelo?

    3.16-18 Sadrac, Mesac e Abed-nego foram pressionados para negar a Deus, mas decidiram ser fiéis a qualquer preço! Confiaram em que Deus os liberaria, mas estavam determinados a ser fiéis apesar das conseqüências. Se Deus sempre resgatasse aos que lhe são fiéis, os cristãos não necessitariam fé. Sua religião seria uma grande apólice de seguro e haveria filas de gente egoísta listas para adquiri-la. Devemos ser fiéis a Deus já seja que intervenha ou não em nosso favor. Nossa recompensa eterna vale qualquer sofrimento que tenhamos que resistir.

    3:25 Era óbvio que esta quarta pessoa não era humano. Não podemos estar seguros de quem era esse quarto homem. Pôde ter sido um anjo ou uma aparição de Cristo. Em qualquer caso, Deus enviou a um visitante celestial para que acompanhasse a estes homens fiéis durante seu momento de grande prova.

    3:27 Nem o fogo nem o calor os tocou. Não se encontrou nenhuma queimadura neles, e nem sequer cheiravam a fumaça! Só a soga que os atava se queimou. Nenhum humano pode nos atar se Deus quer nos liberar. O poder que temos a nosso alcance é o mesmo que liberou o Sadrac, Mesac e Abed-nego e que levantou cristo dos mortos (Ef 1:18, Ef 1:20). Confie em Deus em meio de cada prova. As provas temporárias chegam por motivos eternos; podemos agradecer que nosso destino esteja em mãos de Deus, não nas do homem.

    3.28, 29 Nabucodonosor não estava comprometendo-se aqui a servir unicamente ao Deus do Daniel. Em vez disso reconheceu que Deus é poderoso e ordenou a seu povo que não falasse contra O. Não lhes disse que deviam desfazer-se de outros deuses, mas sim deviam acrescentar este à lista.

    3:30 Onde estava Daniel nesta história? A Bíblia não o diz, mas existem várias possibilidades. (1) Pôde ter estado em um assunto oficial em outra parte do reino. (2) Pôde ter estado presente, mas como era um governante, os funcionários não o acusaram de não haver-se inclinado ante a estátua. (3) Pôde ter estado na capital ocupando-se dos assuntos do rei enquanto este estava fora. (4) Pôde ter sido considerado isento de inclinar-se ante o ídolo por sua reputação de interpretar os sonhos por meio de seu Deus. Já seja que Daniel estivesse ali ou não, podemos estar seguros de que não se teria inclinado ante o ídolo.

    REIS A QUEM Daniel SIRVIO

    Nabucodonosor de Babilônia - capítulos 1:4

    Sadrac, Mesac e Abed-nego jogados a um forno de fogo ardendo; Nabucodonosor se volta louco durante 7 anos

    Belsasar de Babilônia capítulos 5:7-8

    Daniel leu o que estava escrito na parede que assinalava o fim do Império Babilônico

    Darío de Meço Persia capítulos 6:9

    Daniel é arrojado a um fosso de leões

    Ciro de Meço Persia capítulos 10:12

    Desterrado-los retornam a sua pátria e a seu capital, Jerusalém


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Daniel Capítulo 3 do versículo 1 até o 30
    C. três hebreus na fornalha ardente (3: 1-30)

    Este capítulo ensina a lição de heroísmo espiritual. É um capítulo de despotismo, desafio, e libertação, lembrando-nos da promessa de Isaías: "Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando tu andas pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti "( Is 43:2)

    1 O rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, cuja altura era de sessenta côvados, ea largura de seis côvados; levantou-a no campo de Dura, na província de Babilônia. 2 Então o rei Nabucodonosor mandou ajuntar os sátrapas , os prefeitos, os governadores, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, os magistrados, e todos os oficiais das províncias, para que viessem à consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado. 3 Então os sátrapas, o prefeitos, os governadores, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, os magistrados, e todos os oficiais das províncias, reuniram-se a dedicação da imagem que o rei Nabucodonosor tinha levantado; e puseram-se diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado. 4 E o pregoeiro clamou em alta voz, para você, é ordenado, ó povos, nações e línguas, 5 que pelo o que ouvirdes o som da buzina, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, dulcimer, e todos os tipos de música, ye queda se e adorar a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tem estabelecido; 6 e aquele que cai e não para baixo e adorar, será na mesma hora lançado dentro da fornalha de fogo ardente . 7 Portanto, no mesmo instante em que todos os povos ouviram o som da buzina, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, e todos os tipos de música, todos os povos, as nações, e línguas, se ajoelharam e adoraram a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado.

    Não é dado o tempo de ação de Nabucodonosor; foi, sem dúvida, depois do sonho registrada no capítulo 2 . Os primeiros Padres da Igreja acreditavam que Nabucodonosor estava inchado de orgulho em afirmação de Daniel de que ele era a cabeça de ouro (Dn 2:38 ), e, assim, causado a imagem de ouro a ser erguido. O colosso foi, provavelmente, uma estátua erguida em um pedestal com as dimensões totais de 90 pés de altura e 9 metros de largura. Sua ereção na planície de Dura , perto de Babilônia sugere precisão histórica, porque o lugar pode ser geograficamente localizados.

    A consagração da estátua foi uma ocasião para chamar os príncipes do império juntos. Os vários nomes dos oficiais apresentam uma gradação na classificação do mais alto ao mais baixo funcionários provinciais. Nabucodonosor pode ter usado a idéia de uma dedicação como pretexto para garantir para si a adoração e fidelidade de seus oficiais. Nós não sabemos por que Daniel não estava presente para a ocasião, e uma vez que não há nenhuma informação disponível, é inútil especular sobre o ponto.

    Versículo Dn 3:4 implica que o encontro incluiu os agentes nacionais com uma variedade de diferentes línguas e culturas. Uma coisa que todos pudessem entender era a música. Keil observa: "O grande prazer dos babilônios em música e instrumentos de cordas aparece de Is 14:11 e Sl 137:3)

    8 Ora, nesse tempo alguns homens caldeus, e acusaram os judeus. 9 Responderam a Nabucodonosor, o rei: Ó rei, vive para sempre. 10 Tu, ó rei, fizeste um decreto, pelo qual todo homem que ouvir o som do cornel, flauta, harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e todos os tipos de música, deve cair e adorar a estátua de ouro; 11 e aquele que não se prostrasse e adorar, será lançado no meio de uma . fornalha de fogo ardente 12 Há uns homens judeus, que tu constituíste sobre os negócios da província de Babilônia: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; estes homens, ó rei, não fizeram de ti; a: eles não serviremos a teus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que tens configurado.

    O que uma vista sobre o babilônico simples e três hebreus solitário de pé, enquanto todos os outros funcionários se prostraram para a imagem de ouro! Mas a ação não muito tempo passar em branco, para alguns homens caldeus, e acusaram os judeus. O ciúme estava no trabalho em suas mentes, porque os três hebreus tinham sido exaltado acima deles.

    Os caldeus deve ter sido do círculo interno, pois tinham acesso rápido a Nabucodonosor. Eles lembraram o rei de seu decreto e, em seguida, nomeou os transgressores. A acusação era triplo: os hebreus eram ingratos, eles não te considerado ; eles estavam sem religião, que não serviremos a teus deuses ; e eles foram rebeldes, nem adoraremos a imagem de ouro que tens configurado. A psicologia da acusação foi bem pensada, pois deixou os hebreus aparecer sob a pior luz possível, e colocar o rei em uma raiva de raiva.

    3. Quais os três hebreus Did-Defiant decisão (3: 13-18)

    13 Então Nabucodonosor, na sua ira e fúria, mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Então estes homens foram trazidos perante o Ap 14:1 Nabucodonosor respondeu, e disse-lhes: É de propósito, ó Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que vós não servir meu deus, nem adoram a estátua de ouro que levantei? 15 Agora, pois, se estais prontos, o que ouvirdes o som da buzina, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e todos os tipos de música, para vos prostrardes e adorar a imagem que eu tenho feito, bem : mas se vos não adoram, sereis lançados, na mesma hora, dentro da fornalha de fogo ardente; e quem é esse deus que vos poderá livrar das minhas mãos? 16 Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, respondendo, disse eis o rei Nabucodonosor, não temos necessidade de te responder sobre este assunto. 17 Se for assim , o nosso Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha de fogo ardente; e ele nos livrará da tua mão, ó Ap 18:1 Mas, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que tens configurado.

    A reação inicial de Nabucodonosor era raiva e fúria. Ao seu comando os três hebreus foram presos e levados perante ele. No momento em que chegou a sua raiva acalmou, e ele parece ter falado com calma, mas deliberadamente a eles.

    Os tratamentos consistiram de uma pergunta, uma oportunidade para retratar-se, e uma ameaça. É de propósito ... significa simplesmente "É verdade?" O acusado foi dada uma chance de limpar-se de falsas acusações. Eles provavelmente assentiu uma resposta afirmativa. Então o rei deu-lhes outra chance de cumprir. As condições foram as mesmas: se estais prontos ... mas se vocês não adoram, sereis ... em ... a fornalha de fogo ardente. O rei provavelmente viu o olhar determinado sobre os rostos dos acusados, e como a sua ira montado, ele deixou escapar: E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos? Isto parece implicar que o rei estava plenamente consciente da posição religiosa dos três jovens. O testemunho deles tinha falado para si mesmo no palácio do tribunal. Se ele tivesse pensado seriamente que ele poderia ter respondido à sua própria pergunta, pois não era tempo que ele não reconheceu o Deus de Daniel (Dn 2:47 ).

    A resposta dos três hebreus é uma expressão corajosa de fé que ignora conseqüências. Nós não temos nenhuma necessidade de responder-te é melhor parafraseado: "Nós não precisamos de fazer uma longa defesa diante de ti, ó Nabucodonosor." Young, explica: "Os três são simplesmente reconhecer a justeza da acusação feita contra eles e declarando que não há defesa ou pedido de desculpas que precisa ser feita. "

    O versículo 17 é uma expressão de fé, apesar das evidências; versículo 18 é a mesma fé expressa em desprezo das consequências. O nosso Deus ... é capaz era a crença dos três hebreus; eles tinham testado o Seu poder e estavam convencidos da fidelidade de Deus. No entanto, eles perceberam que Deus nem sempre vai para deliver- Mas se não. ... Há momentos, como no sofrimento de Jó e cruz de Jesus, quando Deus não nos salva da fornalha ardente, mas nos permite experimentar a sua chama e angústia enquanto Ele nos sustenta através da provação (conforme Sl 23:4)

    19 Então Nabucodonosor se encheu de raiva, e a forma de seu rosto foi trocado contra Sadraque, Mesaque e Abede-Nego: portanto . ele falou, e ordenou que a fornalha se aquecesse sete vezes mais do que se costumava a ser aquecido 20 E ordenou aos homens mais poderosos, que estavam no seu exército que atassem a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, e para lançá-los na fornalha de fogo ardente. 21 Então estes homens foram presos em sua hosen, suas túnicas, e seus mantos, e suas outras roupas, e foram lançados na fornalha de fogo ardente. 22 , porque a palavra do rei era urgente, ea fornalha quente, a chama do fogo matou aqueles homens que carregaram a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego . 23 E estes três homens, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, caíram atados dentro da fornalha de fogo ardente.

    Cheio de fúria! extrema raiva faz duas coisas a um homem-distorce sua aparência física e perturba seus processos de pensamento racional. O comando do rei para aquecer a fornalha sete vezes mais do que se costumava aquecer era absurda. O fogo poderia ser ampliada, mas foi necessária nenhuma quantidade de calor extra para destruir os três hebreus. Mas talvez fosse a fé calma de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que alfinetou o rei, pois ele ordenou que os homens poderosos ... para ligar ... eles. Ele estava tomando todas as precauções para que seu deus entregá-los. Mas ao que adiantou? Os homens que vinculados a três e atirou-as no forno eram eles mesmos queimada até a morte pelo calor e pela explosão das chamas.

    Quando Sadraque, Mesaque e Abede-Nego caíram atados dentro da fornalha de fogo ardente, parecia que Nabucodonosor tinha ganhado o dia. A execução foi realizada de forma rápida; o fogo estava quente; fuga parecia impossível. Nabucodonosor tinha contado com tudo, exceto o poder de Deus.

    5. O que Deus fez-Divine Deliverance (3: 24-27)

    24 Então o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa: ele falou e disse aos seus conselheiros: Não lançamos nós três homens atados dentro do meio do fogo? Responderam ao rei: É verdade, ó rei. 25 Ele respondeu, e disse: Eis que eu vejo quatro homens soltos, andando no meio do fogo, e sem sofrer nenhum dano; eo aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses. 26 Então, se chegou Nabucodonosor à porta da fornalha de fogo ardente: ele falou e disse: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, levantarem-se, e vem cá. Então Sadraque, Mesaque e Abede-Nego saíram do meio do fogo. 27 E os sátrapas, os prefeitos, os governadores, e os conselheiros do rei, estando reunidos, viram estes homens, para que o fogo não teve poder sobre seus corpos, nem era o cabelo da sua cabeça se tinha queimado, nem as suas hosen mudaram, nem tinha o cheiro de fogo tinha passado sobre eles.

    Libertação divina veio rapidamente para os homens que foram lançados na fornalha; suas cordas foram queimados, e a presença de outro estava com eles. No meio do julgamento eles encontraram seu Libertador sustentável.

    Nós não sabemos por que o rei sequer olhou em depois que os homens estavam comprometidos com as chamas, mas ele fez; e quando o fez, ele se espantou, e se levantou depressa. Mal podia acreditar em seus olhos! Não lançamos nós três homens atados dentro do meio do fogo? é uma expressão de extrema surpresa. Lo, vejo quatro homens soltos , andando. A liberdade ea atividade dos homens impressionou o rei, mas acima de tudo ele ficou intrigado com o quarto, cuja aparência era semelhante a um filho dos deuses. Evidentemente, há algo sobre a aparência dos seres sobrenaturais que chama de reconhecimento diante imediato . Um rei pagão foi capaz de reconhecer o visitante sobrenatural. Quem era essa quarta pessoa? O versículo 28 chama-lhe um anjo, mas a maioria dos pensadores cristãos têm considerado a manifestação como uma aparição do Filho pré-encarnado de Deus. Jerome diz: "Mas, quanto a seu significado típico este anjo ou filho de Deus prefigura nosso Senhor Jesus Cristo."

    A convite do rei os três hebreus saíram do chamas de fogo, enquanto a quarta figura desapareceu. O texto é o cuidado de observar que não só o rei, mas todos os conselheiros do rei viu com seus próprios olhos a libertação milagrosa. Com seus sentidos físicos (visão, audição, olfato) verificaram o milagre, que o fogo não tinha poder sobre seus corpos, nem era o cabelo chamuscado ... ... nem tinha o cheiro de fogo tinha passado sobre eles. A libertação foi completa e exaustiva. Eles sofreram nenhuma perda nas chamas, exceto as bandas que os prendiam.

    6. O que Nabucodonosor fez-Royal Arrependimento (3: 28-30)

    28 Falou Nabucodonosor e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele e frustraram a ordem do rei, e entregar os seus corpos, para que eles não servissem nem adorassem algum outro deus, senão o seu Deus. 29 Portanto, faço um decreto, pelo qual todo o povo, nação e língua que disser algo errado contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, deve ser cortado em peças, e as suas casas sejam feitas um monturo; porque não há outro deus que possa livrar desta maneira. 30 Então o rei fez prosperar a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na província de Babilônia.

    O arrependimento do rei tomou a forma de um salmo de louvor. Bendito seja o Deus foi um reconhecimento de que o Deus dos hebreus era grande, embora a religião deixou de Nabucodonosor no contexto de paganismo, como o versículo 26 sugere.Nabucodonosor reconheceu a Jeová como o Deus Altíssimo, mas não a única divindade (ver nota complementar VI , "The High Deus-Theory" em WBC , Vol. IV, pp. 733-735). Sua avaliação do filho dos deuses (v. Dn 3:25) era de um ser angelical. A única coisa que ele sabia com absoluta clareza é que Deus havia entregue os seus servos, que confiaram nele. O milagre tão impressionado ao rei que ele deu os hebreus o direito de servir o seu Deus.

    O decreto do rei foi um segundo passo em honra do Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Ninguém dentro dos limites do império foi autorizado a falar qualquer coisa errada contra o Deus dos três hebreus, o que significa que o nome de Deus deve ser respeitado. Um decreto deste tipo teria sido uma benção para a pequena comunidade hebraica que tinha sido levada para o cativeiro. A fidelidade a suas convicções acabará por suscitar o respeito por parte do mundo incrédulo.

    A promoção do rei dos três hebreus era o último passo até agora em seu arrependimento. O fato de que este versículo é o último no capítulo pode sugerir que a recompensa da justiça acabará por vir. O mal parece oferecer a boa vida imediatamente, mas não devemos fechar os olhos para a verdade de que Deus e justiça vai prevalecer no final. As recompensas da virtude pode demorar muito a chegar, e às vezes pode apenas vir na vida do outro mundo, mas eles estão certos. Promoção baseada em um personagem testado muitas vezes está por vir para o homem de Deus.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Daniel Capítulo 3 do versículo 1 até o 30
    Essa é uma história dramática! Ima-gine três homens judeus que ou-sam desafiar o governante do mun-do e ser diferentes de milhões de pessoas da Babilônia! Embora esse evento tenha ocorrido há mais Dt 2:0 e 4:19 deixam claro que os cristãos não podem desobedecer a Deus a fim de obedecer ao gover-no terreno. Quando o governo tenta controlar nossa consciência e dizer- nos como adorar, nós obedecemos a Deus em vez de aos seres huma-nos, sem levar em conta o preço a pagar por isso. Não foi fácil para Sadraque, Mesaque e Abede-Nego permanecerem de pé enquanto to-das as outras pessoas "dançavam conforme a música", mas eles se negaram a sair do lugar. Alguns dos outros sábios (v. 8) viram nisso uma chance para acusar os judeus, e o rei enfureceu-se quando soube que seu decreto era desobedecido. Ele deu outra chance aos três, pois sa-bia que eram homens bons (amigos de Daniel), no entanto eles perma-neceram firmes em sua convicção. Antes serem queimados que curvar- se! Assim, eles foram lançados na fornalha amarrados com as próprias vestes. Três promessas destacam-se nessa história:

    A. A promessa de perseguição

    Os cristãos devem esperar a forna-lha da perseguição se são totalmente dedicados a Cristo. "Não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos" (1Pe 4:12ss). O mundo odeia-nos, e Satanás garantiu que deixassem a fornalha sete vezes mais quente que o usual. Os três judeus podiam dar desculpas e seguir a multidão. Em vez disso, eles ficaram juntos uns dos outros e do Senhor, confiando em que Deus seria glorificado por meio da vida ou da morte deles. Os cristãos esperam perseguição; Deus promete-a (Fp 1:29; Jo 15:18-43).

    1. A promessa de preservação

    Deus nunca abandona os seus quando passam por provações ater-radoras. Ele pode não impedir que entremos na fornalha, mas entrará conosco e nos preservará para sua glória. Is 43:2,1Pe 5:10-60). Como os três jo-vens hebreus, devemos permanecer contra a Babilônia e testemunhar a verdade da Palavra do Senhor.

    1. A lição profética

    Aqui temos um retrato dos eventos nos últimos dias. Antes de tudo, ob-serve que Daniel não estava presente quando essas três coisas aconteceram. Sem dúvida, ele estava fora tratando de negócios oficiais para o rei, e o rei aproveitou a ausência dele para fazer seu perverso ídolo. Isso ilustra o arre- batamento da igreja: quando a igreja estiver fora da terra, então Satanás poderá levar avante seus planos dia-bólicos a fim de escravizar a mente e o corpo das pessoas.

    Segunda aos Tessalonicenses 2 e Apocalipse 13 deixam claro que, após o arrebatamento da igreja,

    Satanás terá um tempo de "júbi-lo". Por um motivo, ele se tornará o governante mundial, o anticristo que (como Nabucodonosor) con-quistará as nações e instituirá um governo totalitário. A igreja será arrebatada, mas apenas 144 mil judeus crentes serão selados pelo Senhor e protegidos de logros de Satanás (Ap 7:1-66; Ap 14:1-66, Jesus chamou essa estátua de "o abominável da desolação".

    Assim, Daniel 3 é uma previ-são profética de Israel durante a tribulação, após o arrebatamento da igreja. Nabucodonosor simbo-liza o anticristo; sua estátua repre-senta a do anticristo que será erigi-da; e os três hebreus representam os crentes judeus, os 144 mil que serão protegidos durante a tribula-ção. É provável que esses judeus leiam Daniel 3 e saibam que o Deus deles entrará na fornalha da tribulação com eles e os resgatará para sua glória.

    Todos os dias, vemos nosso mundo caminhando em direção à unificação. Hoje, há centenas de or-ganizações e acordos que ligam as nações. Um dia, elas serão os "Esta-dos Unidos da Europa", e o líder des-sa organização será o último ditador mundial, o anticristo. O cenário está armado. "A vinda do Senhor está próxima." Nós, os cristãos, temos de atravessar a "fornalha de fogo" antes do retorno de Jesus. Mas não temos nada a temer, pois ele estará conos-co. E é muito melhor atravessar uma fornalha de fogo que viver em um lago de fogo por toda a eternidade.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Daniel Capítulo 3 do versículo 1 até o 30
    3.1 Imagem. Algum símbolo religioso que exige adoração, v. 5.

    3.2 Aqui ocorre uma lista dos oficiais do império, que a arqueologia comprova ser historicamente correta para aquela época.
    3.5 É quase uma solenidade de juramento de fidelidade à religião nacional feita na hora de tocar o hino nacional, sob ameaça de morte.
    3.8 Homens caldeus. Os quatro estrangeiros que subiram a altos postos no império (2.48 é
    49) deviam ter causado fortes ciúmes entre os caldeus, que aguardavam sua oportunidade (conforme 6.4 e 5).

    3.12 Tu constituíste. Aqui transparece o espírito de inveja. Não fizeram caso de ti. Uma acusação de insubordinação, tanto na política como na religião nacional: a teus deuses não servem.

    3.13 Os déspotas da época não toleravam a desobediência, que normalmente acarretava uma morte imediata, sob torturas cruéis.
    3.14 É verdade. Os mesmos são três estrangeiros que não conhecem os modos da corte, favoritos do rei, o qual concede a eles o diálogo • N. Hom. Este capítulo mostra-nos o orgulho pessoal do rei "cabeça de ouro" querendo ser glorificado, e esquecendo-se de que Deus rege a história; a fidelidade dos oficiais que, sendo súditos leais ao rei, não podiam negar o Rei dos reis, adorando um ídolo; a firmeza da fé em Deus, pela qual os três homens resolvem obedecer a Deus até ao fim, sem exigir uma proteção sobrenatural, mas entregando tudo nas mãos daquele que julga justamente, vv. 16-18. A proteção divina foi publicamente revelada, mediante a obra de alguém que era semelhante a um filho dos deuses, ou seja, o Redentor revelado "antes dos dias da sua carne" (He 5:7) que os "salvou totalmente" (He 7:25) do fogo.

    3.15 O rei quer ser gracioso, mas no fim acaba gritando um desafio religioso: "Quem é o deus que vos poderá livrar... ?"

    3.16 Quanto a isto. Este desafio é assunto do próprio Deus.

    3.18 A verdadeira fé não depende de favores carnais, de proteção física - à Palavra de Deus obedece-se porque é a plenitude da alegria do crente, a comunhão com Deus,Sl 119:97-19), entregando Seu próprio Filho por eles,Ez 3:25.

    3.25 Passeando. Os lugares perigosos são lindos para aquele que anda com o Filho de Deus ao seu lado (a tradução mais exata de "um filho dos deuses"), comp. Sl 84:6 e 10.

    3.26 Deus altíssimo. O imperador aprendeu a não falar mais em "deuses", mas sim no único Deus Todo-Poderoso.

    3.27 Nem cheiro de fogo. Nenhum sinal de queimado nos cabelos; nas roupas, ou no corpo. É um milagre total para uma ocasião especial, um antegozo da salvação total que o Filho de Deus outorga àqueles que confiam nEle pela fé, He 7:25.

    3.28 Não quiseram cumprir. Talvez a primeira vez na história do despotismo, em que um rei aplaude a desobediência à sua pessoa!

    3.29 Decreto. Mais tarde, um decreto semelhante foi feito por Dario, rei da Pérsia, Ed 6:11-12. Mesmo assim, Deus está sendo considerado apenas um entre os deuses. Os reis dos pagãos precisam de milagres para se convencerem da existência de Deus e, ainda assim, logo voltam a adorar-se a si mesmos 4:30.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Daniel Capítulo 3 do versículo 1 até o 30
    III. A IMAGEM E OS TRÊS JOVENS TEMENTES A DEUS (3:1-30)

    1) A imagem de Nabucodonosor (3:1-7)
    A reforma de estátuas antigas ou a confecção de novas era uma característica comum das responsabilidades do rei. Não sabemos qual deus foi honrado por essa estátua, não há pista remanescente fora desse capítulo; é improvável que se tenha representado o rei por meio dela. Alguns têm sugerido que o sonho do cap. 2 induziu Nabucodonosor a erguer esse colosso. Por outro lado, a idéia já em desenvolvimento nas intenções do rei pode ter precipitado o sonho, vinte e sete metros de altura e dois metros e setenta centímetros de largura-. qualquer que tenha sido a figura que foi criada, ela pode ter sido elevada sobre um pedestal. Estátuas de ouro eram encontradas com freqüência nos templos, e os textos antigos descrevem muitas delas. O ouro revestia um material mais simples (conforme Is 40:18ss). Nabucodonosor conta do ouro que ele esbanjou nos santuários da Babilônia, e Heródoto descreve os seus ricos utensílios e grandes estátuas (I. 183). Dura-, um local desconhecido na região plana dos rios da Babilônia, onde o monumento seria visto de longe, recebendo também a luz solar. v. 2. convocou-, para mostrar as realizações do rei e garantir a lealdade dos seus oficiais. Alistar títulos fazia parte do estilo de narrativa (conforme 2.2), característica preservada também na Babilônia. Sobreviveu uma lista da corte de Nabucodonosor, encontrada na cidade da Babilônia (ANET\ p. 307-8). Metade dos oito títulos são termos do persa antigo (sátrapas, conselheiros, tesoureiros, juízes); dois, assírios assimilados pelo aramaico (prefeitos, governadores)-, dois, ara-maicos (magistrados, autoridades provinciais). Essa lista imponente é repetida no v. 3 e parcialmente no v. 27, assim como os instrumentos musicais são repetidos nos v. 5,7,15. v. 4. o arauto-, um membro indispensável da corte antes da época da comunicação de massa. Como em Et 3:12 etc., tomou-se o cuidado de transmitir o decreto a todos. v. 5. A música era essencial nos templos e palácios antigos. Cantores e instrumentistas eram recrutados de perto e de longe, de forma voluntária ou como tributos ou cativos. Dos seis instrumentos na orquestra de Nabucodonosor, três têm nomes gregos, cítara, harpa e flauta dupla (qitros, psantêrtn, sümponyã). Visto que certamente havia gregos na Babilônia de Nabucodonosor (v.comentário Dt 1:5 e Introdução, “As línguas de Daniel”), essas palavras não são “evidência filológica sólida do reflexo da civilização helenista em Daniel” (Montgomery). Embora não ocorra nenhum exemplo de sümponyã como instrumento musical em fontes gregas antes do século II a.C., a palavra é comum em outros sentidos musicais (harmonia, alguns acordes), e poderia ter sido usada assim aqui (v. T. C. Mitchell e R. Joyce em Notes..., e J. Rimmer e T. C. Mitchell, AncientMusical Instruments of Western Asia in the British Museum, London, 1969). v. 6. fornalha-, o castigo é conhecido de raras referências em textos legais cuneiformes (cf. ANET, 3. ed., p. 627-8). Entre o Tigre e o Eufrates, em torno da cidade da Babilônia, havia muitas “olarias”, algumas com fornos (embora a maioria dos tijolos fosse simplesmente queimada ao sol), proporcionando uma ferramenta sempre disponível para a execução dos inimigos do rei.


    2) Os três amigos confiantes (3:8-18) v. 8. denunciaram-, por inveja, uma sorte comum aos honestos, sem meios satisfatórios de refutação, pois a acusação não era falsa, v. 10. decreto-, uma palavra diferente da palavra persa dat Dt 2:0.) v. 21. Os três foram amarrados pelos soldados mais fortes como uma parte da exibição pública. Evidentemente, os amigos estavam usando vestimentas da corte; os termos são obscuros, provavelmente os três são persas, v. 24,25. Nem o tirano nem a sua fornalha se mostraram tão fortes como ele tinha pensado; a esperança aparentemente sem fundamento expressa pelos três (v. 17) foi vindicada. Nabucodonosor pôde enxergar dentro da fornalha através de uma porta ou de um respiradouro lateral, ao passo que os três haviam sido lançados nela por meio de uma abertura superior, e foi ali que o calor matou os guardas. Somente Nabucodonosor viu o quarto homem, um de forma claramente sobrenatural. As suas palavras se parece com um filho dos deuses não revelam a forma em que se fez esse reconhecimento. Se o aramaico pode ser considerado equivalente ao hebraico “filho(s) de deus(es)”, esse era um membro da corte celestial (1:6 etc.), como afirma o relato do rei (v. 28). Provavelmente não se deve ver aqui uma aparição pré-encarnada de Cristo; o NT não faz essa tentativa de identificação (contraste Is 6:1 com Jo 12:41). v. 26. Deus Altíssimo-, essa é a percepção de

    Nabucodonosor de um poder pessoal muito superior a qualquer poder que ele ou os seus deuses poderiam demonstrar. Mesmo confessando isso, ele continuou politeísta, apegando-se aos deuses que tinha conhecido desde a infância, em vez de se devotar Aquele que acabara de conhecer, v. 27. A proteção de Deus se estendeu a toda a roupa dos três e até aos fios de cabelo, testemunhando assim do seu poder total e do controle sobre as forças da natureza (contraste com o destino dos homens do rei, v. 22). v. 28,29. A fé e as convicções que os três tão tenazmente defenderam diante das ameaças do tirano recebe um tributo do próprio tirano. A partir daí, a religião deles era uma religião permitida e protegida. Assim, a fé e a confiança de poucos beneficiaram a muitos.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 3 do versículo 1 até o 30

    Dn 3:1 cita a história como uma lição de fé. O incidente principal é o tema de um desenvolvimento espúrio da história em um livro apócrifo conhecido como "A Canção dos Três Jovens Hebreus".

    Os personagens do "drama" são conhecidos, todos já tendo sido apresentados anteriormente: Nabucodonosor (Dn 3:1; cons. Dn 1:1; Dn 2:1); os caldeus (Dn 3:8); os "três jovens hebreus" (Dn 3:12 e segs.; cons. Dn 1:6, Dn 1:7; Dn 2:17, Dn 2:49). Por que Daniel não foi descoberto em desobediência civil como os três foram, explica-se melhor pela conjectura de que estivesse ausente da cidade em alguma obrigação oficial.

    Em harmonia com o caráter didático desta narrativa, sugerimos um esboço homilético e não um analítico. Os atos apresentados são os seguintes :
    1) a oposição à fé (v. Dn 3:1; cons. v. Dn 3:8);
    2) a tentação da fé (vs. 215);
    3) a demonstração da fé (vs. Dn 3:16-18);
    4) a salvação pela fé (vs,1930).


    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 3 do versículo 2 até o 15


    2) A Tentação da Fé. Dn 3:2-15). A tentação era em segundo lugar, para comprometer a sua fé. O progresso de sua profissão parecia depender de sua conformação com a idolatria, contanto que ocultassem ardilosamente a sua rejeição (cons. lI Reis 5:1519). O versículo 14 sugere também uma tentação de ocultamento da fé.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Daniel Capítulo 3 do versículo 1 até o 30
    III. O EPISÓDIO DA FORNALHA ARDENTE Dn 3:1-30

    Uma estátua (1). Era costume entre os reis assírios erigirem estátuas de si mesmos. Que aquela fosse uma estátua do próprio Nabucodonosor, entretanto, não é expressamente afirmado. É possível que o fato de Daniel haver identificado a cabeça de ouro com o rei (Ez 2:38) e sua própria satisfação devido ao número de suas conquistas (entre as quais, provavelmente, Jerusalém podia ser agora incluída) tenha levado Nabucodonosor a ficar cheio de orgulho, erigindo aquela estátua tanto em honra de seu deus como em sua própria honra. De ouro (1). Não é preciso entender necessariamente que a estátua tenha sido feita de ouro sólido, pois pode ter sido recoberta de ouro. Também é possível que tenha sido posta sobre um pedestal, e na forma de um obelisco que, na base, tinha três metros de largura. O aspecto grotesco da estátua não é argumento contra a historicidade do relato e uma evidência de haver sido genuína é o emprego do sistema sexagésimo babilônico. Campo de Dura (1) é um lugar vasto entre montanhas, cuja exata localização não tem sido determinada, embora a palavra duru (um muro que fecha) seja regularmente comum em babilônico.

    Objeção contra a autenticidade do livro de Daniel tem sido aventada por causa da presença de alegadas palavras gregas no versículo 5. Os nomes de três dos instrumentos musicais (a saber, os que são traduzidos como harpa, sambuca e saltério) têm sido algumas vezes considerados como de origem grega. Caso sejam gregas, assim diz o argumento, então certamente Daniel não as teria conhecido, visto que viveu tão antes do levantamento da cultura grega. Não obstante, ainda que tais palavras fossem realmente de origem grega, de forma alguma seguir-se-ia que Daniel não poderia tê-las usado, visto que a cultura grega se espalhou desde bem cedo e havia soldados gregos no exército de Nabucodonosor (ver The Prophecy of Daniel, pág. 87).

    >Dn 3:12

    O caráter injusto da acusação contra os companheiros de Daniel deveria ser notado (12). Seus acusadores declaram-nos judeus, assim frisando que eram estrangeiros, com a possível implicação que, sendo estrangeiros, não seriam leais. Note-se, ainda, a declaração que o rei havia honrado aqueles judeus, deixando subentendido que lhes faltava gratidão. Tem sido levantada a questão por que Daniel não é mencionado nesse capítulo. Várias sugestões têm sido feitas tentando dar resposta, mas, nenhuma delas é satisfatória. Visto que a Bíblia não menciona Daniel nesse ponto, é inútil especular sobre a questão.

    >Dn 3:14

    Tomado de ira, o rei ordena que os três homens acusados lhe fossem trazidos à presença, oferecendo-lhes oportunidade de negar a acusação (14). O versículo 16 oferece alguma dificuldade e seria mais apropriado traduzir sua última parte como: "... não necessitamos, com respeito a esse assunto, defender-nos perante ti". Em outras palavras, os três reconhecem a verdade da acusação e, em lugar de se defenderem, estão dispostos a deixar seu caso nas mãos de Deus. O versículo 17 não lança qualquer dúvida sobre a capacidade de Deus para salvar, mas antes, salienta Sua habilidade ética, isto é, se Deus em Sua vontade puder livrar, Ele o fará.

    >Dn 3:19

    Em resposta, Nabucodonosor ordena que a fornalha seja aquecida sete vezes mais do que o costumeiro e os três são projetados no meio das chamas (19). O versículo 25 apresenta o espanto do rei ao perceber que, em adição aos três judeus, havia na fornalha alguém "semelhante ao filho dos deuses". Por meio da abertura no fundo da fornalha, o rei viu uma quarta pessoa e, embora falando do ponto de vista de um homem estribado na superstição babilônica, reconheceu a presença de um Ser sobrenatural, alguém da raça dos deuses. O rei pagão, naturalmente, não podia reconhecer a verdadeira identidade dAquele que estava em sua presença. Alguns têm pensado que se tratava de um anjo que apareceu na fornalha; mais provavelmente, porém, temos aqui uma manifestação pré-encarnada do Filho de Deus.

    No livramento dos três foi realizado um grande milagre por Deus. Milagre é um ato, realizado no mundo externo pelo poder sobrenatural de Deus, contrário ao curso comum da natureza (embora não necessariamente levado a efeito contra os meios ordinários da natureza), e seu propósito é servir de sinal ou comprovação. Um milagre, por conseguinte, não deve ser considerado meramente como uma obra poderosa, mas como uma obra poderosa designada a comprovar os propósitos redentores de Deus. A milagrosa libertação da fornalha ardente tinha o propósito de demonstrar a soberania do verdadeiro Deus sobre a nação que havia feito cativa Israel. Nabucodonosor reconhece a superioridade do Deus de Israel porquanto não há outro Deus que possa livrar como este (29). Embora o rei tenha progredido além do que disse em Ez 2:47, não havia ainda falado movido por um coração dominado pela fé.


    Dicionário

    Adorar

    verbo transitivo direto e intransitivo Render ou prestar culto a; idolatrar uma divindade; cultuar: adorava as santas; preferia adorar na igreja.
    verbo transitivo direto predicativo Por Extensão Demonstrar excesso de admiração por; venerar algo ou alguém; reverenciar: adorava o padrasto; adorava o chocolate.
    verbo transitivo direto , pronome Gostar de maneira exagerada ou extrema; apaixonar-se: apaixonada, adorava o marido; meus pais me adoram.
    verbo transitivo direto [Informal] Demonstrar preferência por; gostar excessivamente de alguma coisa: adoro chocolate!
    Etimologia (origem da palavra adorar). Do latim adorare.

    Prestar culto à divindade; venerar; amar em extremo.

    Adorar a Deus em espírito e verdade é adorá-lo conforme a sua verdadeira natureza, isto é, adorá-lo no íntimo de nossos corações, no recôndito de nossas almas. Adorar a Deus em espírito e verdade é cultivar a sinceridade e a pureza de sentimentos, requisitos indispensáveis à revelação de Deus em nós mesmos. Adorar a Deus em espírito e verdade é viver segundo as grandes Leis Divinas, gravadas em caracteres indeléveis no âmago das nossas consciências, e que se traduzem em amor e justiça. Adorar a Deus em espírito e verdade é colaborar, por pensamentos, palavras e obras, no estabelecimento do seu reino neste mundo; reino de fraternidade, de igualdade e de liberdade. Adorar a Deus em espírito e verdade é tornar-se progressivamente melhor, opondo embargos às expansões do egoísmo, cultivando a mente e o coração. Adorar a Deus em espírito e verdade é reconhecê-lo em todas as manifestações da vida, em todos os esplendores da sua infinita criação. Adorar a Deus em espírito e verdade é sentir-se ligado à Fonte Geradora da vida, reconhecendo, ao mesmo tempo, que a vida que em nós palpita é a mesma que palpita em todos os indivíduos. Adorar a Deus em espírito e verdade é servir à Humanidade, é querer o bem de todos os homens, é renunciar à sua personalidade em favor da coletividade. [...] adorar a Deus em espírito e verdade é adorá-lo no templo vivo, que somos nós próprios; é escoimar o nosso coração de toda a impureza, transformando-o em custódia sagrada, onde se ostente, em realidade, sua augusta imagem, a cuja semelhança fomos criados.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Em torno do Mestre• Prefácio do Dr• Romeu A• Camargo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Em Espírito e Verdade


    Buzina

    Buzina TROMBETA (Ex 19:16, RC).

    buzina s. f. 1. Instrumento feito de chifre de boi, ou de outro material, usado na caça para orientar os cães. 2. Porta-voz. 3. Instrumento de carros motorizados para sinais acústicos de advertência. adj. Colérico, raivoso.

    Estátua

    substantivo feminino Obra de escultura em relevo pleno, que representa um ser animado.
    Figurado Pessoa imóvel, sem ação.
    Estátua curul, a que representa uma pessoa num carro.
    Estátua jacente, a que representa uma pessoa deitada.
    Estátua sedestre, a que representa uma pessoa sentada.
    Estátua equestre, aquela em que o esculpido aparece montado a cavalo.

    Estátua Peça ESCULPIDA, modelada ou FUNDIDA, representando, de corpo inteiro, um ser humano, um deus ou um animal (Dn 2:34).

    Harpa

    substantivo feminino Instrumento músical de tamanho grande, formato triangular e cordas de comprimentos irregulares, que se fazem ressoar com os dedos, e que existe desde a mais remota antiguidade.
    O mais importante, sob o ponto de vista da música, dos instrumentos de cordas tocados com os dedos e não com um arco. É o mais antigo dos instrumentos de cordas.

    : veio do Latim harpa, que veio do Proto-Germânico kharpon. Até fica meio difícil imaginar aquele povo guerreiro tocando um instrumento capaz de fazer sons tão delicados. Mas certamente não se tratava da harpa como a conhecemos hoje.

    É o mais antigo instrumento musical que se conhece, existindo já antes do dilúvio (Gn 4:21). A palavra hebraica kinnor, que se acha traduzida por harpa, significa provavelmente a lira. os hebreus faziam uso dela, não só para as suas devoções, mas também nos seus passatempos. Nas suas primitivas formas parece ter sido feita de osso e da concha de tartaruga. Que a harpa era um instrumento leve na sua construção, claramente se vê no fato de ter Davi dançado enquanto tocava, assim como também o fizeram os levitas (1 Sm 16.23 – e 1S.10). Não era usada em ocasiões de tristeza (30:31Sl 137:2).

    Harpa Instrumento musical em forma de triângulo, tendo 10 ou 12 cordas que são tangidas com os dedos (1Sm 10:5). Harpas eram usadas na música religiosa (Sl 33:2), em festas seculares (Gn 31:27), para acompanhar castigos (Is 30:32), para aliviar acessos de nervos (1Sm 18:10) e para induzir ao ÊXTASE (1Cr 25:3). V. SALTÉRIO e LIRA.

    Instante

    momento. – Segundo S. Luiz – “momento exprime um brevíssimo espaço de tempo”. – Instante é um espaço de tempo ainda mais breve; ou antes (se assim podemos dizer) um ponto, um primeiro elemento da duração. “O instante (diz Heit. Pint. – Dial. da Just., c. I) se há com o tempo da maneira que se há o ponto com a linha, porque tão indivisível é um como o outro; e pois o ponto não é linha, logo nem o instante é tempo”. Além disso, momento parece que admite uma significação mais ampla, tomando-se às vezes pelo tempo em geral, ou pela conjunção das coisas: como quando dizemos que para o bom-sucesso de um negócio importa muito aproveitar o momento favorável. – Instante, porém, sempre se toma na sua significação restrita, pela mais pequena e indivisível duração do tempo. Finalmente, momento também se usa em sentido figurado pelo valor, peso, e importância de um negócio. – Instante somente se emprega no sentido literal.

    instante adj. .M e f. 1. Que está iminente. 2. Em que há empenho. 3. Afincado, pertinaz, veemente. 4. Inadiável, urgente. S. .M 1. Espaço de um segundo. 2. Espaço pequeníssimo de tempo. 3. Momento muito breve.

    Levantado

    levantado adj. 1. Que se levantou. 2. Revoltado, sublevado, amotinado. 3. Estróina, doidivanas. 4. Elevado, nobre, sublime.

    Línguas

    -

    Línguas V. FALAR EM LÍNGUAS.

    Mesmo

    adjetivo Exprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto.
    O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo.
    Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo.
    Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região.
    Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa.
    substantivo masculino Que ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma.
    conjunção Apesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar.
    advérbio De modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui.
    De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora!
    Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento.
    locução conjuntiva Mesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram.
    locução adverbial Na mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma.
    Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.

    Música

    substantivo feminino Combinação harmoniosa de sons ou combinação de sons para os tornar harmoniosos e expressivos.
    Execução de uma composição musical, por diversos meios.
    Ação de se expressar através de sons, pautando-se em normas que variam de acordo com a cultura, sociedade etc.
    Ato de entender ou de interpretar uma produção musical.
    Reunião de quaisquer sons provenientes da voz, de instrumentos, que possuam ritmo, melodia e harmonia.
    [Música] Teoria dessa arte; realização prática dessa arte; composição musical.
    Conjunto ou corporação de músicos; filarmônica, orquestra.
    Particularidade musical; musicalidade: a música de um texto.
    Figurado Suavidade, doçura: suas palavras são música para o meu ouvido.
    Etimologia (origem da palavra música). Do latim musica.ae, pelo grego mousikós.e.on.

    A palavra "Musica" vem do grego "Mousiki" que significa a ciencia de compor melodias.

    Atribui-se a invenção da músicainstrumental a Jubal, o sexto descendente de Caim (Gn 4:21). Em Gn 31:26-27 há uma referência ao contentamento e aos cânticos, com tamboril e com harpa. o cântico de Miriã e das mulheres de israel, à beira do mar Vermelho, foi acompanhado de toques de tamborins e de danças (Êx 15:20). A música, tanto vocal como instrumental, era usada nos serviços religiosos dos hebreus. De várias referências se deduz que os instrumentos eram de som forte e harmoniosos. Como os cânticos públicos eram cantados em respostas alternadas, fazendo-se ouvir o coro geral, depois daquelas partes do salmo que eram cantadas somente pelos diretores do canto, tornavam-se necessários instrumentos apropriados para guiar as vozes de tantas pessoas, como eram as que se reuniam por ocasião das grandes solenidades. A música era uma parte essencial da instrução ministrada nas escolas dos profetas. Em Betel havia uma escola deste gênero (1 Sm 10.5), bem como em Ramá (1 Sm 19.19,20), em Jericó (2 Rs 2.5,7,15), e em Gilgal (2 Rs 4.38). Davi reunia em volta dele cantores e cantoras, que podiam celebrar as vitórias do rei, e tornar alegres as suas horas de paz (2 Sm 19.35). Salomão fez a mesma coisa (Ec 2:8), e ele próprio não era compositor medíocre (1 Rs 4.32). o serviço do canto no templo era efetuado pelos levitas. Sendo de 38.000 o número de que se compunha a tribo de Levi, no reinado de Davi, 4.000 entre eles estavam afastados para louvar ao Senhor com os instrumentos que o rei tinha mandado fazer (1 Cr 23.5), e para os quais ele lhes ensinou um canto especial. Parece que o rei-poeta também organizou o coro levítico e a orquestra, que de alguma forma continuaram nos tempos de Salomão, de Josafá, e ainda existiam quando se lançaram os fundamentos do segundo templo (1 Cr 15.16 a 24 – 2 Cr 7.6 – Ed 3:10-11). Entre os hebreus havia música nos casamentos, nas festas de aniversário, por ocasião das vitórias, na aclamação dos reis, e quando se realizavam as grandes festas da sua nação. (*veja Flauta, Tamborim, Trombeta. ).

    [...] A música é o médium da harmonia; ela a recebe e a dá [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Música Espírita

    [...] a música exerce salutar influência sobre a alma e a alma que a concebe também exerce influência sobre a música. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Música espírita

    [...] [é] a mais alta expressão espiritual [...].
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 13

    [...] A música é um bálsamo divino que ameniza todas as dores da alma, tornando-a ditosa, deslembrada da Terra e nostálgica do céu.
    Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 3, cap• 7

    [...] é a poesia divina, eleva a alma a paragens desconhecidas, num palpitar de luz e de beleza.
    Referencia: LANZA, Celestina Arruda• O beijo da morta• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1996• - cap• 16

    [...] parece ser o ponto culminante das Artes em nosso planeta, o ápice da sensibilidade que um gênio da Arte pode galgar no estado de encarnação. [...]
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3


    Música A arte de combinar agradavelmente os sons. Existe desde os tempos mais antigos (Gn 4:21). Usava-se música para comemorar vitórias (Ex 15:1-21; Jz
    5) e em outras ocasiões, como festas (2Sm 19:35), casamentos (Jr 7:34) e enterros (Mt 9:23). Às vezes era acompanhada de dança (Ex 15:20; 1Sm 18:6-7; Mt 11:17). Davi e Salomão contribuíram para o desenvolvimento da música coral e instrumental em Israel (1Cr 6:31-48; 16; 2Cr 29:25). Usavam-se instrumentos de cordas (HARPA, LIRA, SALTÉRIO); de sopro (FLAUTA, GAITA, ÓRGÃO, TROMBETA de metal ou de chifre

    [BUZINA]); e de percussão (ADUFE, CÍMBALO, CÍTARA, PANDEIRO, TAMBOR, TAMBORIL, TAMBORIM). O canto, tanto na forma uníssona como coral, e a música instrumental tinham seu lugar nos cultos e na vida religiosa do povo de Deus do AT e do NT (1Cr 16:4-7:37; Is 51:3; Mt 26:30; Fp 5:19; Cl 3:16). V. HINO.


    Nabucodonosor

    -

    Nebo protege o limite! Filho e sucessor de Nabopolassar, o fundador do império babilônico (605 a 562 a.C.). Ele foi mandado por seu pai, à frente de um exército, para castigar Faraó-Neco, rei do Egito. Pouco tempo antes tinha este príncipe invadido a Síria, derrotado Josias, rei de Judá em Megido, e submetido toda aquela região, desde o Egito a Carquemis, cidade situada sobre o Eufrates superior, que, na divisão dos territórios de Assíria depois da destruição de Ninive, tinha passado para Babilônia (2 Rs 23.29, 30). Nabucodonosor derrotou Neco na grande batalha de Carquemis, 605 a.C. (Jr 46:2-12), recuperou Coele-Síria, Fenícia e Palestina, tomou Jerusalém (Dn 1:1-2), e estava em marcha para o Egito, quando recebeu notícias da morte de seu pai – voltou, então, apressadamente para Babilônia, apenas acompanhado das suas tropas ligeiras. Foi por este tempo que Daniel e seus companheiros foram conduzidos para Babilônia, onde bem depressa se tornaram notáveis sob a proteção de Nabucodonosor (Dn 1:3-20). o rei Jeoaquim, que tinha sido conservado sobre o trono de Judá, como rei vassalo de Nabucodonosor, revoltou-se, passados três anos, contra os dominadores (2 Rs 24). o imperador da Babilônia, pela segunda vez, marchou contra Jerusalém, que se submeteu sem grandes esforços (Jr 22:18-19). Jeoaquim foi morto, e em seu lugar foi colocado seu filho Joaquim, que dentro de três meses deu sinais de não estar satisfeito com o jugo, provocando assim a vinda de Nabucodonosor a Jerusalém pela terceira vez. o imperador babilônio depôs o jovem príncipe e mandou-o para Babilônia, conservando-o preso pelo espaço de trinta e seis anos. Com o rei de Judá foi também uma grande parte da população, sendo também levados os principais tesouros do templo, que foram depositados no templo de Bel-Merodaque. Depois reinou Zedequias, filho do rei Josias e tio de Joaquim, em Judá, como rei vassalo – mas fez um tratado com o imperante do Egito, apesar dos avisos de Jeremias (Ez 17. 15), cortando a sua aliança com o rei da Babilônia. Veio novamente Nabucodonosor, e, depois de um cerco de dezoito meses, tomou a cidade de Jerusalém (586 a.C.). os filhos de Zedequias foram assassinados à vista de seu pai – depois foram tirados os olhos ao próprio rei, que foi levado para Babilônia, onde foi definhando até ao fim da vida (2 Rs 24.8 – 25.21). Deve notar-se que o profeta Jeremias (Jr 32:4-5 – 34,3) tinha predito a deportação de Zedequias para Babilônia, ao passo que Ezequiel (Ez 12:13) tinha profetizado que ele não veria aquela cidade. Ambas as profecias foram literalmente cumpridas, visto como Zedequias foi cruelmente privado da vista antes de ser arrastado a duro cativeiro naquela cidade. Gedalias, judeu, foi nomeado governador de Jerusalém, mas pouco tempo depois foi morto, fugindo muitos judeus para o Egito, e sendo outros levados para Babilônia. À conquista de Jerusalém seguiu-se rapidamente a queda de Tiro e a completa submissão da Fenícia, 586 a C. (Ez 26:28). Depois destes acontecimentos foram os babilônios contra o Egito, infligindo grandes penas a este país, 582 a.C. (Jr 46:13-26Ez 29:2-20). Dizia mais tarde Nabucodonosor: ‘Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei?’ (Dn 4:30). Este seu orgulho fundava-se em ter admiravelmente realizado a construção de grandes obras. Nessas obras estavam compreendidos mais de vinte templos, várias fortificações, a abertura de canais, extensos diques junto do rio, e os célebres jardins suspensos. Em toda a Babilônia a descoberta de tijolos, achando-se neles gravados o nome de Nabucodonosor, é um atestado do seu espirito empreendedor, bem como da sua opulência e gosto. As escavações que se têm feito em Babilônia nestes últimos anos, especialmente no inverno de 1908 a 1909, puseram a descoberto uma parte considerável do palácio de Nabucodonosor, cuja magnificência não foi exagerada. Um dos muros exteriores, por exemplo, tem mais de 21 metros de espessura. Um dos mais lembrados incidentes da vida de Nabucodonosor é a construção da grande imagem na planície de Dura, recusando-se a adorá-la Sadraque, Mesaque, e Abede-Nego. Foram, por isso, estes jovens lançados numa fornalha de fogo, mas miraculosamente preservados de todo o mal (Dn 3). Pelo fim do seu reinado, como castigo da sua soberba e vaidade, foi Nabucodonosor atacado de uma estranha forma de loucura, a que os gregos chamam licantropia – por essa doença imagina o enfermo estar transmudado em animal, abandonando então as habitações dos homens e indo para os campos viver uma vida de irracional (Dn 4:33). o primeiro uso que fez da sua restaurada razão foi reconhecer a justiça do Poderoso Governador dos homens, e oferecer um cântico de louvor pela mercê que lhe foi concedida. Morreu em idade avançada, tendo reinado pelo espaço de quarenta e três anos. Uma espécie de monoteísmo, com mistura de politeísmo, pelo que nos diz a Escritura, pode explicar a sua quase exclusiva devoção a um deus do seu país, que tinha o nome de Merodaque (Dn 1:2 – 4.24, 32, 34, 37 – 2.47 – 3.12, 18, 29 – 4.9). Parece, em algumas ocasiões, ter identificado Merodaque com o Deus dos judeus (Dn
    4) – mas em outras parece ter considerado o Senhor como uma das divindades locais e inferiores, sobre as quais governava Merodaque (Dn 3).

    (Aram. e Heb. “Oh Nabu (divindade babilônica), proteja meu filho (ou minha fronteira)”). Foi o segundo e o maior rei do Império Babilônico. Seu nome é encontrado na Bíblia nos livros de II Reis II Crônicas, Esdras, Je-remias, Ezequiel e Daniel. Era filho de Nabopolassar (cujo nome não é mencionado nas Escrituras), fundador da dinastia babilônica que eclipsou o Império Assírio, em 612 a.C. Nabucodonosor foi coroado príncipe e comandante do exército caldeu que derrotou as forças de Faraó-Neco, do Egito. Em 605 a.C., na época em que seu exército invadiu Judá, quando capturou Jerusalém, tornou-se rei, após a morte de seu pai. Provavelmente governou como príncipe regente antes desse período.

    Como rei, Nabucodonosor governou até 562 a.C., por mais da metade do período de domínio babilônico (612 a 539 a.C.). Era um grande administrador, e muito do esplendor da cidade de Babilônia deviase a ele, inclusive os Jardins Suspensos, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Depois de sua morte, o poder do Império Babilônico declinou, até que finalmente foi derrotado pela aliança medopersa em 539 a.C.

    As referências ao nome de Nabucodonosor nas histórias paralelas em II Reis 24:25 e II Crônicas 36 relacionam-se com as várias fases da conquista e destruição de Judá (605, 597, 586 a.C.). A descrição do ataque final menciona que os utensílios do Templo foram saqueados e levados para a Babilônia e o próprio Santuário foi queimado (2Cr 36:18-19). Exceto os que morreram, a maioria dos judeus foi deportada para a Babilônia (v. 20).

    O nome de Nabucodonosor aparece duas vezes no livro de Jeremias (25:9-11; 27:
    6) em profecias sobre o exílio de Judá na Babilônia; sua duração específica é determinada: 70 anos (25:9). O nome também aparece em Jeremias 39, que fala sobre a decisão de Nabucodonosor de deixá-lo em Jerusalém (vv. 1,5,11). Todas as referências a Nabucodonosor em Ezequiel têm que ver com as profecias das suas vitórias sobre Tiro (Ez 26:7; Ez 29:18) e o Egito (29:19; 30:10). Em todas essas utilizações históricas e proféticas, está claro que mesmo um governante como Nabucodonosor foi usado para cumprir os propósitos soberanos do Senhor Deus na História, especialmente seu juízo.

    A ilustração bíblica mais clara da personalidade de Nabucodonosor e sua resposta ao Senhor é vista no livro de Daniel. Somente as narrativas dos caps. 1 a 4 ocorrem durante a vida dele, embora haja referências posteriores em Daniel 4:5. O quadro que surge é de um monarca extremamente inteligente e sofisticado (1:18-20), mas igualmente um tirano iracundo (2:12; 3:13), cujo ego era tão enorme quanto seu poder (4:30).

    Provavelmente Nabucodonosor tornou-se crente no Senhor Deus no final de sua vida. A promoção de Daniel e seus amigos, Hananias Misael e Azarias, foi seguida por louvores a Deus como o “revelador dos mistérios” (Dn 2:47). Depois do episódio da fornalha ardente, o rei novamente expressou louvores ao Senhor e decretou que ninguém devia falar contra o Deus dos judeus (Dn 3:29). Finalmente, após ser acometido por um acesso de loucura por causa de seu orgulho (Dn 4:32), Nabucodonosor foi restaurado (v. 34), reconheceu que o Senhor era o Rei sobre o céu e a terra e o glorificou (vv. 35-37). Se esta progressão não representa uma conversão, pelo menos contrasta nitidamente com o orgulho e a cegueira espiritual do último rei da Babilônia, Belsazar (Dn 5:18-23).

    Na sequência histórica, a última referência a Nabucodonosor é em Esdras 5:12. Nesse texto, uma carta do governador medo-persa refere-se a “Nabucodonosor, rei de Babilônia, o caldeu”. O termo “caldeu” provavelmente refere-se à origem geográfica de sua família, no sul do Mesopotâmia (isto é, a Caldéia; veja Gn 11:28). A.B.L.


    Nabucodonosor [NEBO, Protege o Teu Servo] - Rei do Império Neobabilônico (605-562 a.C.). Em 587 ou 586 ele destruiu Jerusalém e levou o povo de Judá para o CATIVEIRO (2Rs 25:1-22). Seu nome é mencionado várias vezes em Jr, Ez e Dn.

    Nações

    Nações Ver Gentios.

    nação | s. f. | s. f. pl.
    Será que queria dizer nações?

    na·ção
    nome feminino

    1. Conjunto de indivíduos habituados aos mesmos usos, costumes e língua.

    2. Estado que se governa por leis próprias.

    3. Casta, raça.

    4. Naturalidade, pátria.


    nações
    nome feminino plural

    5. Religião Gentio, pagão (em relação aos israelitas).


    direito das nações
    Direito internacional.


    Nações Designação geral dos povos não-israelitas (Ex 34:24; Lc 24:47). “Nação”, no singular, é usado também para Israel (Gn 12:2; Ex 19:6).

    Ouro

    substantivo masculino [Química] Elemento químico, metálico e de muito valor, com número atômico 79; representado por Au.
    Esse metal precioso, brilhante e de cor amarela: moeda de ouro.
    Figurado Demonstração de riqueza: aquela família é puro ouro!
    Figurado Cor amarela e brilhante: rio que reluz a ouro.
    substantivo masculino plural Um dos naipes do baralho, com forma de losango e cor vermelha.
    expressão Coração de ouro. Coração generoso.
    Nadar em ouro. Ser muito rico, viver na opulência.
    Ouro de lei. Ouro cujos quilates são determinados por lei.
    Ouro fino. Ouro sem liga.
    Ouro branco. Liga de ouro, paládio e cobre; no Brasil, o algodão, considerado como fonte de riqueza.
    Ouro vermelho. Liga de ouro e cobre.
    Pagar a peso de ouro. Pagar muito caro.
    Figurado Mina de ouro. Fonte de riquezas, de grandes benefícios, de negócios consideráveis e seguros.
    Valor ouro. Valor de um objeto expresso numa unidade monetária conversível em ouro.
    Nem tudo que reluz é ouro (provérbio). As exterioridades, as riquezas aparentes nem sempre correspondem à realidade.
    Etimologia (origem da palavra ouro). Do latim aurum.i.

    Do latim "aurum", ouro, radicado em "aur", palavra pré-romana que já designava o metal precioso. O gramático latino Sextus Pompeius Festus, que viveu no século I, já registra a forma popular "orum", praticada pelos funcionários do Império Romano em suas províncias, inclusive em Portugal e na Espanha. Isso explica que em português seja "ouro", em espanhol "oro", em francês "or", em italiano "oro". Apenas o latim clássico conservou a inicial "a". Todas as línguas-filhas apoiaram-se no latim coloquial.

    o uso do ouro era comum entre os hebreus. Várias partes do templo, dos ornatos, e dos utensílios eram cobertos deste precioso metal (Êx 36:34-38 – 1 Rs 7.48 a
    50) – e muitos vasos dos ricos, bem como os seus ornamentos pessoais e insígnias dos seus cargos, eram de ouro. ofir (28:16), Parvaim (2 Cr 3.6), Seba e Ramá (Ez 27:22-23), são mencionados como lugares que produziam ouro. Era abundante nos tempos antigos (1 Cr 22.14 – 2 Cr 1.15 – 9.9 – Dn 3:1 – Na 2.9), mas não era empregado na fabricação de moeda, nem usado como padrão de valor.

    Ouro Metal precioso que Israel conhecia desde a Antigüidade. Mateus incluiu-o entre os presentes ofertados ao Menino pelos magos (Mt 2:11). Jesus ordena a seus discípulos que não o levem consigo (Mt 10:9) e censura os que o sobrepõem — por seu valor material — às coisas espirituais, pois só estas podem acompanhá-los (Mt 23:16ss.).

    Povos

    povo | s. m. | s. m. pl.

    po·vo |ô| |ô|
    (latim populus, -i)
    nome masculino

    1. Conjunto dos habitantes de uma nação ou de uma localidade. = POPULAÇÃO

    2. Pequena povoação.

    3. Lugarejo.

    4. Aglomeração de pessoas. = GENTE

    5. Figurado Grande número, quantidade.

    6. História Estrato da população que não pertencia nem ao clero, nem à nobreza. = PLEBE


    povos
    nome masculino plural

    7. As nações.


    povo miúdo
    Classe inferior da sociedade. = ARRAIA-MIÚDA, PLEBE

    Plural: povos |ó|.

    Prostrar

    verbo transitivo direto Fazer cair ou cair ao chão ou sobre algo; lançar por terra; derrubar: prostrar alguém no chão.
    verbo transitivo direto e pronominal Abater-se fisicamente; perder a força, o vigor; enfraquecer, debilitar, extenuar: prostrar de cansaço; prostrou-se ao saber do divórcio.
    Figurado Ser dominado por alguém ou dominar outra pessoa; submeter, subjugar, humilhar: prostrou-se diante do seu superior; prostrava-se de medo.
    verbo pronominal Abaixar-se, curvar-se, humilhar-se em postura de súplica ou de adoração; reverenciar: prostrar-se diante do papa.
    Etimologia (origem da palavra prostrar). Do latim prostrare; prostrado + ar.

    Lançar por terra, abater, derribar, prosternar

    Prostrar
    1) Ajoelhar-se, curvando-se para o chão (Dn 3:6)

    2) Jogar (Ap 2:22), RA).

    3) Lançar por terra (Sl 78:31), RA).

    4) Acabar com (Jz 11:35), RA).

    Pífaro

    substantivo masculino Tipo simples de instrumento de sopro de madeira que se assemelha à flauta.
    Para obter sonoridade, o músico sopra por uma abertura existente na extremidade superior do instrumento. As notas são controladas pelos dedos que tapam ou não os seis orifícios existentes no corpo do pífaro. Esse instrumento não tem chaves e não pode produzir os sons da escala cromática. Atualmente, poucos são aqueles que tocam pífaro, tendo o flautim tomado o seu lugar.
    O mesmo que pífano.

    Pífaro Espécie de FLAUTA (Is 5:12, RC; Dn 3:5).

    Rei

    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.


    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    Reí

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


    Saltério

    substantivo masculino Antigo instrumento musical de cordas, de forma triangular e muito conhecido na Antiguidade.
    Conjunto dos 150 salmos bíblicos atribuídos a Davi.

    substantivo masculino Antigo instrumento musical de cordas, de forma triangular e muito conhecido na Antiguidade.
    Conjunto dos 150 salmos bíblicos atribuídos a Davi.

    Saltério
    1) HARPA de dez cordas (Sl 33:2).


    2) Nome dado ao livro dos Salmos.


    Sambuca

    Sambuca Pequena HARPA em forma de triângulo (Dn 3:5, RC).

    Som

    substantivo masculino Ruído, vibração.
    [Física] Movimento vibratório de um corpo sonoro, que se propaga no ambiente e impressiona o órgão da audição: som agudo, som grave.
    Emissão da voz; voz. Quando um corpo sonoro é tangido, suas diferentes partes experimentam imediatamente um movimento de vibração. O ar que cerca os corpos participa desse movimento e forma em volta dele ondas que atingem o ouvido. O ar é, pois, o principal veículo do som, que se propaga com uma velocidade de cerca de 340 m por segundo (em temperatura normal). Os líquidos transmitem-no com mais rapidez: a velocidade dele na água é de 1.425 m por segundo; nos sólidos, a velocidade é ainda maior. O som não se transmite no vácuo, e sua intensidade aumenta ou diminui proporcionalmente à pressão do gás que o transmite. Quando as ondas sonoras encontram um obstáculo fixo, elas se refletem. É nesta propriedade que se fundamenta a teoria do eco. Os sons perceptíveis têm uma frequência compreendida entre 16 períodos 15:000 períodos por segundo; os infra-sons têm uma frequência inferior a 16, e os ultra-sons uma frequência superior a 15.000.

    som s. .M 1. Tudo o que soa ou impressiona o sentido do ouvido. 2. Timbre. 3. Voz. 4. Gra.M Qualquer emissão de voz simples ou articulada. 5. Fa.M A música, o ritmo.

    Sorte

    substantivo feminino Força invencível e inexplicável da qual derivam todos os acontecimentos da vida; destino, fado, fatalidade: queixar-se da sorte.
    Circunstância feliz; fortuna, dita, ventura, felicidade: teve a sorte de sair ileso.
    Acaso favorável; coincidência boa: não morreu por sorte.
    Solução de um problema e situação que está condicionada ao acaso.
    Maneira de decidir qualquer coisa por acaso; sorteio: muitos magistrados de Atenas eram escolhidos por sorte.
    Práticas que consistem em palavras, gestos etc., com a intenção de fazer malefícios: a sorte operou de modo fulminante.
    Figurado Condição de desgraça; infelicidade persistente; azar.
    Modo próprio; modo, jeito, maneira.
    Condição da vida, da existência.
    Maneira através da qual alguém alcança algo; termo.
    Qualquer classe, gênero, espécie, qualidade: toda sorte de animais.
    Bilhete ou senha com a declaração do prêmio que se ganhou em jogo de azar; o sorteio em que esse bilhete é atribuído.
    Porção, quinhão que toca por sorteio ou partilha.
    expressão Sorte grande. O maior prêmio da loteria.
    A sorte está lançada. A decisão foi tomada.
    locução conjuntiva De sorte que. De maneira que, de modo que, de tal forma que.
    locução adverbial Desta sorte. Assim, deste modo.
    Etimologia (origem da palavra sorte). Do latim sors, sortis “sorte”.

    sorte s. f. 1. Fado, destino. 2. Acaso, risco. 3. Quinhão que tocou em partilha. 4. Estado de alguém em relação à riqueza. 5. Bilhete ou outra coisa premiada em loteria. 6. Fig. Desgraça. 7. Lote de tecidos.

    Tinha

    Tinha Doença da pele (Lv 13;
    v. NTLH).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Daniel 3: 7 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Portanto, no mesmo instante em que todos os povos ouviram o som da buzina, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério e de toda a espécie de música, prostraram-se todos os povos, nações e línguas, e adoraram a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado.
    Daniel 3: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    585 a.C.
    H1722
    dᵉhab
    דְּהַב
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    H1768
    dîy
    דִּי
    quem, o qual, que indicação do genitivo
    (forasmuch)
    Partícula
    H1836
    dên
    דֵּן
    Esse
    (This)
    Pronome
    H2166
    zᵉmân
    זְמָן
    Tempo
    (time)
    Substantivo
    H2170
    zᵉmâr
    זְמָר
    ()
    H2178
    zan
    זַן
    uma vez, de uma vez,
    (once for all)
    Advérbio
    H3606
    kôl
    כֹּל
    Porque
    (because)
    Substantivo
    H3961
    lishshân
    לִשָּׁן
    língua, linguagem
    (and languages)
    Substantivo
    H4430
    melek
    מֶלֶךְ
    para o rei
    (to the king)
    Substantivo
    H4953
    mashrôwqîy
    מַשְׁרֹוקִי
    ()
    H5020
    Nᵉbûwkadnetstsar
    נְבוּכַדְנֶצַּר
    Nabucodonosor
    (Nebuchadnezzar)
    Substantivo
    H524
    ʼummâh
    אֻמָּה
    das nações
    (of the nations)
    Substantivo
    H5308
    nᵉphal
    נְפַל
    cair
    (you shall have occasion)
    Verbo
    H5443
    çabbᵉkâʼ
    סַבְּכָא
    cítara, instrumento musical
    (sackbut)
    Substantivo
    H5457
    çᵉgid
    סְגִד
    prostrar-se, prestar homenagem, adorar
    (worshiped)
    Verbo
    H5972
    ʻam
    עַם
    as pessoas
    (the people)
    Substantivo
    H6460
    pᵉçanṭêrîyn
    פְּסַנְטֵרִין
    um instrumento de cordas (triangular)
    (psaltery)
    Substantivo
    H6755
    tselem
    צֶלֶם
    ()
    H6903
    qᵉbêl
    קְבֵל
    frente prep.
    (according to)
    Substantivo
    H6966
    qûwm
    קוּם
    levantar, estar de pé
    (rose up)
    Verbo
    H7030
    qîythârôç
    קִיתָרֹס
    um instrumento musical
    (harp)
    Substantivo
    H7032
    qâl
    קָל
    ()
    H7162
    qeren
    קֶרֶן
    chifre
    (of the cornet)
    Substantivo
    H8086
    shᵉmaʻ
    שְׁמַע
    ouvir
    (you hear)
    Verbo


    דְּהַב


    (H1722)
    dᵉhab (deh-hab')

    01722 דהב d ehab̂ (aramaico)

    correspondente a 2091; DITAT - 2668; n m

    1. ouro

    דִּי


    (H1768)
    dîy (dee)

    01768 די diy (aramaico)

    aparentemente procedente de 1668; DITAT - 2673 part de relação

    1. quem, o qual, que indicação do genitivo
    2. aquele que, o que pertence a, aquilo conj
    3. que, porque

    דֵּן


    (H1836)
    dên (dane)

    01836 דן den (aramaico)

    uma variação ortográfica de 1791; DITAT - 2680 pron demons

    1. isto, pora causa disto adv
    2. portanto

    זְמָן


    (H2166)
    zᵉmân (zem-awn')

    02166 זמן z eman̂ (aramaico)

    procedente de 2165; DITAT - 2709a; n m

    1. um tempo determinado, tempo, período

    זְמָר


    (H2170)
    zᵉmâr (zem-awr')

    02170 זמר z emar̂ (aramaico)

    procedente de uma raiz correspondente a 2167; DITAT - 2710a; n m

    1. música instrumental, música

    זַן


    (H2178)
    zan (zan)

    02178 זן zan (aramaico)

    correspondente a 2177; DITAT - 2711; n m

    1. tipo, espécie

    כֹּל


    (H3606)
    kôl (kole)

    03606 כל kol (aramaico)

    correspondente a 3605; DITAT - 2789; n m

    1. todo, tudo, a totalidade
      1. a totalidade de, tudo
      2. todo, toda, todos, todas, nenhum

    לִשָּׁן


    (H3961)
    lishshân (lish-shawn')

    03961 לשן lishshan (aramaico)

    correspondente a 3956; DITAT - 2817; n m

    1. língua, linguagem
      1. língua, linguagem
      2. povo (fig.)

    מֶלֶךְ


    (H4430)
    melek (meh'-lek)

    04430 מלך melek (aramaico)

    correspondente a 4428; DITAT - 2829a; n m

    1. rei

    מַשְׁרֹוקִי


    (H4953)
    mashrôwqîy (mash-ro-kee')

    04953 משרוקי mashrowqiy (aramaico)

    procedente de uma raiz correspondente a 8319; DITAT - 3049a; n f

    1. flauta

    נְבוּכַדְנֶצַּר


    (H5020)
    Nᵉbûwkadnetstsar (neb-oo-kad-nets-tsar')

    05020 נבוכדנצר N ebuwkadnetstsar̂ (aramaico)

    correspondente a 5019; n pr m

    Nabucodonosor = “queira Nebo proteger a coroa”

    1. o grande rei da Babilônia que capturou Jerusalém e levou Judá para ocativeiro

    אֻמָּה


    (H524)
    ʼummâh (oom-maw')

    0524 אמה ’ummah (aramaico)

    correspondente a 523; DITAT - 2583; n f

    1. povo, tribo, nação

    נְפַל


    (H5308)
    nᵉphal (nef-al')

    05308 נפל n ephal̂ (aramaico)

    correspondente a 5307; DITAT - 2867; v

    1. cair
      1. (Peal)
        1. cair
        2. cair

    סַבְּכָא


    (H5443)
    çabbᵉkâʼ (sab-bek-aw')

    05443 סבכא cabb eka’̂ (aramaico) ou שׁבכא sabb eka’̂ (aramaico)

    procedente de uma raiz correspondente a 5440; DITAT - 3003; n f

    1. cítara, instrumento musical
      1. um instrumento musical triangular com quatro cordas, semelhante a lira

    סְגִד


    (H5457)
    çᵉgid (seg-eed')

    05457 סגד c egid̂ (aramaico)

    correspondente a 5456; DITAT - 2884; v

    1. prostrar-se, prestar homenagem, adorar
      1. (Peal) prestar homenagem

    עַם


    (H5972)
    ʻam (am)

    05972 עם ̀am (aramaico)

    correspondente a 5971; DITAT - 2914; n m

    1. povo

    פְּסַנְטֵרִין


    (H6460)
    pᵉçanṭêrîyn (pes-an-tay-reen')

    06460 פסנטרין p ecanteriyn̂ (aramaico) ou פסנתרין p ecanteriyn̂

    uma transliteração do grego psalterion; DITAT - 2943; n. m.

    1. um instrumento de cordas (triangular)
      1. talvez uma lira ou uma harpa

    צֶלֶם


    (H6755)
    tselem (tseh'-lem)

    06755 צלם tselem (aramaico) ou צלם ts elem̂ (aramaico)

    correspondente a 6754; DITAT - 2961; n. m.

    1. imagem, ídolo

    קְבֵל


    (H6903)
    qᵉbêl (keb-ale')

    06903 קבל q ebel̂ (aramaico) ou קבל qobel (aramaico)

    correspondente a 6905; DITAT - 2965 subst.

    1. frente prep.
    2. em frente de, diante de, por causa de, em vista de, por motivo de, por causa disso, por isso conj.
    3. desde que, na medida em que, apesar de, conforme, antes que adv.
    4. conseqüentemente, então

    קוּם


    (H6966)
    qûwm (koom)

    06966 קום quwm (aramaico)

    correspondente a 6965, grego 2891 κουμι; DITAT - 2968; v.

    1. levantar, estar de pé
      1. (Peal)
        1. levantar de
        2. vir à cena (fig.)
        3. levantar (após inatividade)
        4. estar de pé
        5. resistir
      2. (Pael) edificar, estabelecer
      3. (Afel)
        1. edificar
        2. levantar
        3. estabelecer
        4. designar
      4. (Hofal) ser levado a levantar

    קִיתָרֹס


    (H7030)
    qîythârôç (kee-thaw-roce')

    07030 קיתרס qiytharoc (aramaico)

    de origem grega; DITAT - 2972; n. m.

    1. um instrumento musical
      1. provavelmente a lira ou a cítara

    קָל


    (H7032)
    qâl (kawl)

    07032 קל qal (aramaico)

    correspondente a 6963; DITAT - 2973; n. m.

    1. voz, som

    קֶרֶן


    (H7162)
    qeren (keh'-ren)

    07162 קרן qeren (aramaico)

    correspondente a 7161; DITAT - 2980; n. f.

    1. chifre
      1. como instrumento musical
      2. simbólico (em visões)
      3. de um animal

    שְׁמַע


    (H8086)
    shᵉmaʻ (shem-ah')

    08086 שמע sh ema ̂ (aramaico)̀

    correspondente a 8085; DITAT - 3040; v.

    1. ouvir
      1. (Peal) ouvir, ter um sentido de audição
      2. (Itpael) mostrar-se obediente