Enciclopédia de Lucas 12:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lc 12: 4

Versão Versículo
ARA Digo-vos, pois, amigos meus: não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer.
ARC E digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo, e depois não têm mais que fazer.
TB Digo-vos, amigos meus, não temais aos que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer.
BGB Λέγω δὲ ὑμῖν τοῖς φίλοις μου, μὴ φοβηθῆτε ἀπὸ τῶν ἀποκτεινόντων τὸ σῶμα καὶ μετὰ ταῦτα μὴ ἐχόντων περισσότερόν τι ποιῆσαι.
HD A vós meus amigos, digo: Não temais os que matam o corpo e depois disso, não têm algo mais a fazer.
BKJ E eu vos digo meus amigos: Não tenham medo dos que matam o corpo e depois não têm mais o que fazer.
LTT E digo a vós outros, os meus amigos: Não temais por causa daqueles que estão matando o corpo e, depois disto, não estão tendo nada mais que possam fazer.
BJ2 Meus amigos, eu vos digo: não tenhais medo dos que matam o corpo e depois disso nada mais podem fazer.
VULG Dico autem vobis amicis meis : Ne terreamini ab his qui occidunt corpus, et post hæc non habent amplius quid faciant.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lucas 12:4

Cântico dos Cânticos 5:1 Já vim para o meu jardim, irmã minha, minha esposa; colhi a minha mirra com a minha especiaria, comi o meu favo com o meu mel, bebi o meu vinho com o meu leite. Comei, amigos, bebei abundantemente, ó amados.
Cântico dos Cânticos 5:16 O seu falar é muitíssimo suave; sim, ele é totalmente desejável. Tal é o meu amado, e tal o meu amigo, ó filhas de Jerusalém.
Isaías 41:8 Mas tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi, semente de Abraão, meu amigo,
Isaías 51:7 Ouvi-me, vós que conheceis a justiça, vós, povo, em cujo coração está a minha lei; não temais o opróbrio dos homens, nem vos turbeis pelas suas injúrias.
Jeremias 1:8 Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor.
Jeremias 1:17 Tu, pois, cinge os teus lombos, e levanta-te, e dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não desanimes diante deles, porque eu farei com que não temas na sua presença.
Jeremias 26:14 Quanto a mim, eis que estou nas vossas mãos; fazei de mim conforme o que for bom e reto aos vossos olhos.
Ezequiel 2:6 E tu, ó filho do homem, não os temas, nem temas as suas palavras; ainda que sejam sarças e espinhos para contigo, e tu habites com escorpiões, não temas as suas palavras, nem te assustes com o rosto deles, porque são casa rebelde.
Daniel 3:16 Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio.
Mateus 10:28 E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.
João 15:14 Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.
Atos 4:13 Então, eles, vendo a ousadia de Pedro e João e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus.
Atos 20:24 Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.
Filipenses 1:28 E em nada vos espanteis dos que resistem, o que para eles, na verdade, é indício de perdição, mas, para vós, de salvação, e isto de Deus.
Tiago 2:23 e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.
I Pedro 3:14 Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados. E não temais com medo deles, nem vos turbeis;
Apocalipse 2:10 Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Lucas 12 : 4
mais
Lit. “excedente/mais/maior”.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 3) e na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., depois da Páscoa

Mar da Galileia; Betsaida

Em viagem para Betsaida, Jesus alerta contra o fermento dos fariseus; cura cego

Mt 16:5-12

Mc 8:13-26

   

Região de Cesareia de Filipe

Chaves do Reino; profetiza sua morte e ressurreição

Mt 16:13-28

Mc 8:27–9:1

Lc 9:18-27

 

Talvez Mte. Hermom

Transfiguração; Jeová fala

Mt 17:1-13

Mc 9:2-13

Lc 9:28-36

 

Região de Cesareia de Filipe

Cura menino endemoninhado

Mt 17:14-20

Mc 9:14-29

Lc 9:37-43

 

Galileia

Profetiza novamente sua morte

Mt 17:22-23

Mc 9:30-32

Lc 9:43-45

 

Cafarnaum

Moeda na boca de um peixe

Mt 17:24-27

     

O maior no Reino; ilustrações da ovelha perdida e do escravo que não perdoou

Mt 18:1-35

Mc 9:33-50

Lc 9:46-50

 

Galileia–Samaria

Indo a Jerusalém, diz aos discípulos que abandonem tudo pelo Reino

Mt 8:19-22

 

Lc 9:51-62

Jo 7:2-10

Ministério de Jesus na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., Festividade das Tendas (Barracas)

Jerusalém

Ensina na Festividade; guardas enviados para prendê-lo

     

Jo 7:11-52

Diz “eu sou a luz do mundo”; cura homem cego de nascença

     

Jo 8:12–9:41

Provavelmente Judeia

Envia os 70; eles voltam alegres

   

Lc 10:1-24

 

Judeia; Betânia

Ilustração do bom samaritano; visita a casa de Maria e Marta

   

Lc 10:25-42

 

Provavelmente Judeia

Ensina novamente a oração-modelo; ilustração do amigo persistente

   

Lc 11:1-13

 

Expulsa demônios pelo dedo de Deus; sinal de Jonas

   

Lc 11:14-36

 

Come com fariseu; condena hipocrisia dos fariseus

   

Lc 11:37-54

 

Ilustrações: o homem rico insensato e o administrador fiel

   

Lc 12:1-59

 

No sábado, cura mulher encurvada; ilustrações do grão de mostarda e do fermento

   

Lc 13:1-21

 

32 d.C., Festividade da Dedicação

Jerusalém

Ilustração do bom pastor e o aprisco; judeus tentam apedrejá-lo; viaja para Betânia do outro lado do Jordão

     

Jo 10:1-39


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Vinícius

lc 12:4
Na Seara do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3386
Capítulo: 16
Vinícius
Julgais que vim trazer paz à Terra? Não vim trazer paz, mas espada. Vim atear fogo. E que mais quero se esse fogo está aceso?

(MATEUS, 10:34 ; LUCAS, 12:4 9 e 51.)


O homem põe e Deus dispõe — reza um conhecido rifão popular. Esse adágio é muito verdadeiro, revelando sua sabedoria em vários aspectos da vida humana. Basta que tenhamos "olhos de ver" para verificarmos o seu acerto.


A conflagração que ora assola o mundo é do mais requintado egoísmo sob suas expressões de cobiça, conquistas, imperialismo, hegemonia. Nada obstante, no desenrolar dos acontecimentos, a guerra evolveu, do plano rasteiro e ignóbil onde foi gerada, para as esferas elevadas da Espiritualidade, convertendo-se em luta da Luz contra as trevas; da Verdade contra a hipocrisia e as imposturas; da Liberdade contra a opressão declarada ou mascarada; da Razão contra a força;


do Direito contra o arbítrio e os privilégios; da Justiça contra a iniquidade — finalmente — do Amor contra o egoísmo.


A peleja generalizou-se, abrangendo todos os setores: é de nação contra nação e de povo contra povo; é de grupo contra grupo no seio do mesmo povo; é de indivíduo contra indivíduo dentro do mesmo lar; é, em suma, do sentimento do bem contra o sentimento do mal, no recesso de cada coração, cumprindo-se assim o vaticínio daquele que é a luz do mundo e o caminho da verdadeira vida: "Não vim trazer paz à Terra, mas espada. Vim atear fogo. E que mais quero se esse fogo já está aceso?".


Realiza-se, pois, a profecia do Vidente de Nazaré. O fogo está aceso! Suas chamas lançam às alturas imensuráveis os rubros clarões do incêndio que envolve o orbe terráqueo. Esse abrasamento só cessará após haver cumprido sua missão purificadora, destruindo as misérias e as injustiças sociais, preparando, ao mesmo tempo, a ambiência propícia à frutificação de uma nova Humanidade que se regerá pelo Direito iluminado pelas claridades do amor.


Os problemas sociais do pauperismo, do desemprego, da enfermidade, do crime e do vício revelados na parábola dos cabritos e das ovelhas, sob as figuras dos famintos, sedentos e nus, dos forasteiros que perambulam sem trabalho e sem lar e dos doentes sem assistência, constituem questões de grande relevância até aqui esquecidas e negligenciadas, conforme se deduz desta justa recriminação do Juiz julgador: "Tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; estive nu e não me vestistes;


forasteiro e não me recolhestes; encarcerado e enfermo e não me visitastes". (Mateus, 25:42 e 43.) O efeito desse criminoso descaso recai sobre todos, começando nos dirigentes, que são os mais responsáveis, estendendo-se, de grau em grau, até àqueles que possuem a menor parcela de autoridade.


Os miseráveis, os desempregados, os enfermos e as vítimas do crime e do vício clamam, onde quer que se encontrem, em nome do Cristo de Deus, contra o abandono a que foram votados, por isso que Jesus encarna seus males e suas dores, debaixo desta significativa expressão: "Em verdade vos digo que todas as vezes que deixastes de assistir um desses meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer". (Mateus, 25:45.) Os párias e os órfãos protestam, pois, com ardor e veemência, como encarnações que são do Rei julgador, contra os foros da civilização materialista, ostentada pelas grandes e ricas nações através dos arranha-céus, palácios, rodovias, monumentos, indústria, comércio e arte; protestam, ainda, em nome da moral e do espírito cristão, contra o Cristianismo que se dizereinar numa sociedade onde o Cristo se apresenta faminto, sedento, nu, enfermo, encarcerado e forasteiro, jazendo esquecido e abandonado!


A espada foi desembainhada! O fogo está aceso! A profecia se cumpre!



Amélia Rodrigues

lc 12:4
Luz do Mundo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 22
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Diariamente à sua volta renovavam-se os grupos ávidos do Seu socorro.


A mensagem da esperança alcançando as fronteiras das almas inebriava-as, derramando-se abundante pelos demais corações que se contagiavam da Sua empolgante realidade.


Jamais Israel vira ou escutara alguém igual a Ele.


Os sofredores recebiam de Suas mãos as mais vantajosas quotas de auxílio, e os deserdados enriqueciam-se de alegria do primeiro encontro com as Suas palavras.


N

"Ele tudo transpirava amor.


Das aldeias e cidades, dos arredores do Lago e das terras distantes chegavam os grupos que se adensavam em multidões expressivas para ouvi-Lo, sentir a grandeza dos Seus ensinos, fruir as concessões das Suas dadivosas mãos.


Nunca se cansava de ensinar nem se descoroçoava jamais ante a impertinência ou a rebeldia dos infelizes. Compreendia-os por conhecer o ácido sabor do sofrimento que os infelicitava e por compreender-lhes a dor decorrente da pesada canga a consranger-lhes os corpos cansados e os espíritos aflitos.


Alongava-se a todos como abençoada fímbria de luz na pesada sombra a clarear os roteiros e fazia-se a barca de segurança para que os náufragos do mar das paixões atingissem as praias da paz ou os postos da segurança.


A primavera e o verão ensejavam-Lhe naqueles dois últimos anos a apresentação rutilante da Sua Mensagem. E mesmo quando os ventos outonais sopravam prenunciando o frio, Ele prosseguia ajudando os discípulos amados, para aproveitar o tempo que urgia, por não ser Ele deste mundo.


* * *

A. sombra da árvore veneranda, no entardecer, enquanto amena a atmosfera se faz transparente, facultando a visão do céu límpido azul-alaranjado, Ele, ao lado dos discípulos, alongou os olhos por sobre a multidão (Mateus 10:26-33 Lucas 12:1-12). E eram tantos os que ali estavam que se poderiam atropelar uns aos outros.


Filhos da terra e estrangeiros, d"além Jordão e da Decápol de Tiro e Sídon, daquelas aldeias romanescas e simples que Ele se acostumara a amar, eram aquelas criaturas.


Junto àqueles das margens das águas que com Ele conviviam sentira a grandeza da humildade dos simples e a nobreza da fidelidade dos humildes. Nas suas mãos encontrava o grão e o pão, o fruto seco e a água pura, a compreensão e a ternura. As gentes nascidas na dor compreendiam-n"O, sim, e Ele os amava em demasia, por isso mesmo.


Ali estavam todos os elementos constitutivos da melodia dos sofrimentos humanos.


Mutilados em permanente exibição das deformidades e miseráveis sonhadores da esperança.


Aqueles rostos sulcados pela dor e curtidos pelo sol, aqueles olhos sem luminosidade que as desilusões quase apagaram de todo, acendiam-se, porém, expectantes, naquele momento aguardando.


Ao longe, o mar explodindo rendas nas praias tranquilas e bordando de espumas alvas os seixos e pedregulhos negros. Os distantes coroados de sol poente e o verde-marron da gramínea teimosa em que madressilvas como pingentes azuis bordam o tapete do solo...


Ele amava tudo aquilo: o mar era o seu espelho a refletir a face do dia e da noite;


o rio o alaúde em que Suas mãos movimentavam sons nas longas cordas das correntezas cantantes; as elevações tornavam-se tribunas nobres donde Sua voz se espraiava na direção dos homens; os desertos em que se refugiava para estar a sós e orar eram preferidos, e os painéis verde-brancos dos bosques e dos casarios eram a pintura comovedora na tela da Natureza...


Nublaram-se-Lhe os olhos e pela tênue cortina de lágrimas Ele pareceu ver o futuro, no qual aqueles que ali estavam se apresentariam, nascendo e renascendo, vivendo e sofrendo, até conseguirem a paz da consciência e a plenitude do coração em harmonia, sintonizados com as Leis do Estatuto Divino Profundamente apiedado das mazelas humanas, envolveu todas aquelas criaturas na ternura indimensional do Seu amor e começou a falar:

— Alegrai-vos na dor e não vos desespereis. Participais desde hoje do Reino de Deus e os tempos continuarão a correr cantando músicas de júbilo em vossas almas, se perseverardes fiéis até o fim.


"Todos os que vos buscaram antes prometiam quimeras e acenavam triunfos que o túmulo apaga, deixando em cinza ou lama os tecidos custosos e enferrujados, sem valor os tesouros da ficção.


"Marcham e passam sorridentes os dominadores da Terra, guindados a postos nos quais padecem a alucinação da loucura que os vence e preferem ignorar.


"Prometem a Terra e são submetidos a ela, desaparecendo nos seus carros de ouro, sem deixarem saudades, porque são substituídos por outros títeres e por todos logo esquecidos.


"Ameaçam e atemorizam os de coração simples, perseguem os fracos porque sofrem fraquezas que os desgraçam e se fazem acompanhar de outros famanazes, quais abutres reunidos, que, em última instância, irão devorar o mesmo cadáver em disputa infeliz.


Os ouvidos aguçados da multidão recebem as palavras quais moedas de luz para serem entesouradas nos cofres do coração ansioso.


A Natureza canta silêncios em derredor.


Ele prosseguiu:

— Quem desejar ser digno de mim, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.


"Não temais aqueles que apenas matam os corpos e nada mais podem fazer. Eles também morrerão.


"Temei, respeitai aquele que depois da morte tem poder de restituir a vida, oferecendo paz ou dor.


"Se me amardes tomai a vossa cruz e renunciai às vãs utopias, vindo em seguida.


"Construí a nova conduta do amor e da verdade.


"Tudo pelo Pai é sabido, mesmo as coisas mais insignificantes Ele conhece. Tem contado os fios dos vossos cabelos.


"Acautelai-vos da hipocrisia que é a arma dos cobardes.


"Sede verdadeiros e mantende limpos os corações.


"Aqueles que me confessarem diante dos homens, também eu os anunciarei a meu Pai.


"Nada digais em segredo contra alguém, pois que isto que seja dito em silêncio será apregoado aos brados.


"Evitai manter duas condutas: a que os homens podem e aquela que não podem saber. Nada, pois, façais escondido, porquanto tudo se torna revelado e permanece conhecido.


"A mentira é a medida do mentiroso como a presunção é a dimensão do ignorante.


"Levantai a cabeça reta mas sede simples de alma e humilde de sentimento.


"Engendrai a simpatia entre todos e fomentai a cordialidade. O homem isolacionista é espírito enermo. Manter cortesia com os que são corteses é retribuir a medida do que se recebe.


"Os meus seguidores aprendem a ter alegria interior para os momentos difíceis e se acostumam ao prazer de servir em nome do amor. É nisto que reside a verdadeira união comigo.


"Preservai-vos do fermento da maledicência. As más palavras, as palavras azedas, as palavras rudes corrompem o espírito e corroem a vida, turbando a consciência.


"Saí da amargura e livrai-vos das suspeitas. Os espíritos imundos se comprazem na inspiração dos pensamentos vulgares e se nutrem dos conúbios deprimentes.


"Em toda circunstância buscai a prece, e, vigiando, servi. Não procureis, porém, fazer tudo. Sede grandes nas tarefas insignificantes e tornai-vos pequenos nas grandes realizações — eis como provar a integridade no bem.


"Aquele que me negar entre os homens, dele não me recordarei para apresentá-lo no Reino.


"Se vos ofenderem buscai conquistar o ofensor; se vos enganarem ide ao encontro dos enganadores; se vos caluniarem marchai com amizade junto ao infamante. Fácil seria abandoná-los. Se assim o fizerdes não sereis dignos de mim. Não vim para os sãos, os bons, os felizes, mas para eles os desventurados e para vós, os que tendes sede de justiça e paz. "

A noite estava quase chegando.


Uma sutil atmosfera de paz caía sobre os grupos na multidão silenciosa, de coração túmido de emoções e almas comovidas.


As silhuetas dos montes se recortam nas primeiras sombras e as estrelas salmodiam nos Céus canções em prata fulgurantes.


Onomatopeias, hipérbatos e sinédoques escapam dos lábios do Mestre na composição dos ditos.


É necessário ir mais longe, informar tudo. Num crescendo de ventura Ele profere por fim:

"Quando tiverdes de falar, diante de quem seja; não temais! Abri a boca: o Espírito Santo falará por vós.


"Sede fiéis!"

Sublime musicalidade tomou conta do ar.


Levantou-se, ergueu as mãos e abençoou os ouvintes.


As lágrimas abundavam nos olhos de todos nascendo nas fontes do espírito.


Havia um elan invisível que transformava a mole humana numa só família — a família do amor universal do futuro!


No mar sereno deslizam ao longe as barcas que retornam. No ar salpicado pelas lâmpadas estelares as ansiedades da multidão soluçam baixinho...


... E Ele entre os homens apresentando a legislação do amor em convite esplêndido à Humanidade inteira.


E como todos se retirassem aos poucos, silêncio, dispostos a carregarem a sua cruz, Ele a sós e se encheu de plenitude.


A noite, por fim, vestiu o aclive de luar, enquanto as aldeias e as cidades dormiam, e Ele velava dos cimos do outeiro...



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

lc 12:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).


lc 12:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 20
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 12:1-12


1. Nesse ínterim, tendo-se reunido dezenas de milhares de pessoas, de tal forma que pisavam uns sobre os outros, começou a dizer a seus discípulos primeiro: "Precatai-vos contra o fermento que é a hipocrisia dos fariseus.

2. Nada existe encoberto que não se descubra, nem oculto que não se conheça.

3. Por isso, tudo o que dissestes nas trevas, será ouvido na luz; e o que falastes ao ouvido, na adega, será proclamado dos terraços.

4. Digo-vos, a vós meus amigos, não temais os que matam o corpo, e depois disso nada mais conseguem fazer.

5. Mostrar-vos-ei a quem temer; temei o que, depois de matar, tem o poder de lançar na geena; sim, digo-vos, temei a esse.

6. Não se vendem cinco passarinhos por dois asses? E nem um deles está esquecido diante de Deus.

7. Mas até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não temais: valeis mais que muitos passarinhos.

8. Digo-vos mais: todo o que me confirmar perante os homens, também o Filho do Homem o confirmará perante os mensageiros de Deus;

9. mas o que me negar diante dos homens, será renegado diante dos mensageiros de Deus.

10. Todo aquele que proferir um ensino contra o Filho de Homem, ser-lhe-á relevado; mas o que blasfemar contra o santo Espírito, não lhe será relevado.

11. Todas as vezes que vos levarem perante as sinagogas, os magistrados e as autoridades, não vos preocupeis como ou com que vos defendereis ou o que falareis;

12. porque o santo Espírito vos ensinará nessa mesma hora o que deveis dizer".



Aqui temos uma série de exortações do Mestre a Seus discípulos, para que não temam os perigos, quando se trata de anunciar a boa-nova do "Reino de Deus" dentro dos homens.


O evangelista fala de dezenas de milhares de pessoas (myria = 10. 000) dizendo literalmente: episynachtheisõn tõn myriádõn toú ochlóu, isto é, "se superajuntavam às dezenas de milhares de povo", a tal ponto que pisavam uns sobre os outros em torno de Jesus para ouvir-Lhe a voz. Os comentaristas julgam isso uma hipérbole. A própria Vulgata traduz multis turbis circumstantibus, "estando em redor muito povo", não obedecendo ao original.


Há uma enumeração de percalços, que são encontrados quando alguém acorda esse assunto vital e decisivo para a espiritualização da humanidade.


1) "O fermento que é a hipocrisia dos fariseus". O fermento que permanece oculto, que ninguém vê, e no entanto tem ação tão forte que "leveda a massa toda" (cfr. MT 13:33; MC 13:21; 1CO 5:6 e GL 5:9). A comparação do fermento com a hipocrisia aparece em outros pontos (cfr. MT 16:6-11, 12; MC 8:15). Não acreditar, portanto, de boa-fé, "abrindo o jogo" nas aparências dos que se dizem ou fingem, mas NÃO SÃO. Muitos exteriorizarão piedade, fé, santidade, mas são apenas "sepulcros caiados". Cuidado com eles!, adverte-nos o Mestre.


2) O segundo princípio vale para essa admoestação que acabou de ser dada e também para o que se segue: tudo o que estiver escondido e oculto virá a luz. Os hipócritas serão vergonhosamente des mascarados ao desvestir-se da matéria, única que lhes permite enganar, pois o "espírito" se encaminhará automaticamente, por densidade, por peso atômico ou por sintonia vibratória, para o local que lhe seja afim.


Doutra parte, todos os segredos iniciáticos ou não, aprendidos de boca a ouvido, serão divulgados a seu tempo. O que foi dito a portas fechadas, será proclamado de cima dos terraços, às multidões. É o que está ocorrendo hoje: tudo está sendo dito. Não mais adiantam sociedades ou fraternidades "secretas": a imprensa divulga todos os segredos. Quem tem ouvidos de ouvir ouve: quem não os tem, nada percebe...


3) Prossegue o terceiro aviso, de que há dois perigos que precisam ser bem distinguidos:

a) os que "matam o corpo", que é coisa sem importância. que qualquer pessoa pode sofrer sem lhe causar transtorno maior, como o próprio Jesus o demonstraria em Sua pessoa, deixando que assassinassem com requintes de crueldade Seu corpo - e com isso até conquistando o amor de toda a humanidade - e depois reaparecendo vivo e glorioso, como vencedor da morte;


b) e o perigo real, que vem "daquele" que tem o poder (exousía) de lançar na "geena". Já vimos que" geena" (vol. 2) é o "vale dos gemidos", ou seja, este planeta, em que "gememos" (cfr. 2. ª Cor. 5:4 e 2PE 1:13-14). Portanto, só devemos temer a volta constante e inevitável às reencarnações compulsórias, que nos fazem sofrer neste "vale de lágrimas", dores morais e físicas indescritíveis e desoladoras. E quem pode lançar-nos nas reencarnações é nosso Eu Profundo. Isso é revelado com especial carinho, de pai a filhos: "eu vou mostrar o que deveis temer". Mas, matar o corpo, crucificálo. Queimá-lo, torturá-lo? Outro melhor será construído!


Depois é dada a razão por que não devemos temer. O Pai, que está EM TUDO e EM TODOS, mesmo nas mínimas coisas, está também DENTRO de cada um. Se cuida dos passarinhos, que cinco deles custam "dois vinténs", como não cuidará muito mais carinhosamente dos homens. "Seus amigos"? É a argumentação a minore ad majus. Se até todas os fios de cabelo de nossa cabeça estão contados (coisa que a criatura humana não consegue fazer), porque o Pai está inclusive dentro de cada um deles, muito mais saberá com antecedência, o que conosco se passa e "o de que necessitamos" (MT 6:8).


4) Segue um ensino de base: só quem confirmar o Cristo perante os homens, será por Ele confirmado perante os mensageiros divinos. Volta aqui o verbo homologein (veja atrás) que já estudamos. A interpretação comum até hoje, de "confessar o Cristo", trouxe no decorrer dos séculos enorme série de criaturas que não temeram confessar o Cristo e por Ele dar a vida, em testemunho de sua crença, tornando-se "mártires" (testemunhas) diante dos verdugos e perseguidores.


5) A advertência seguinte é urna repetição do que foi dito atras (MT 12:32; MC 3:29), embora lá se refira a quem atribua ao adversário uma obra divina, e aqui venha em outro contexto. Mas o sentido é o mesmo. Em nossa evolução estamos caminhando entre dois pólos: o negativo, reino do adversário, a matéria, do qual nos vamos afastando aos poucos: e o positivo, reino de Deus, o Espirito, do qual lentamente nos aproximamos. A quem ensinar contra o Filho do Homem (Jesus ou qualquer outro Manifestante Crístico), lhe será relevado o erro: isso embora possa atrasar-lhe a caminhada, não o faz regredir; mas quem, ao invés de caminhar para o Espírito já puro (livre da matéria, porque o adversário também é Espírito embora revestido de ou transformado em matéria), esse não terá como ser relevado, pois virou as costas ao ponto de chegada e passou a caminhar na direção contrária, mergulhando mais na matéria (Antissistema). Os agravos das personagens constra as personagens não têm gravidade. Mas quando atingem o Espírito, assumem graves características cármicas.


Há uma observação a fazer. Neste trecho (vers. 10 e 12) não aparece pneuma hágion, mas hágion pneuma; isto é, não "Espírito Santo", mas "Santo Espírito". Abaixo, voltaremos ao assunto.


6) A última advertência transforma-se numa garantia de que, quando diante das autoridades, eles não devem preocupar-se com a defesa nem com as respostas "porque o santo Espírito lhes ensinará nessa mesma hora, o que devem dizer". Trata-se de uma inspiração direta, da qual numerosos exemplos guardou a história, bastando-nos recordar, além dos ocorridos com os discípulos daquela época (cfr. AT 4:5-21; AT 7:1-53; 22:1-21; 23:1-7; 24:10-21 e 26:2-29) as respostas indiscutivelmente inspiradas de Joana d"Arc, diante do tribunal de bispos que a condenou à fogueira.


Note-se que em Mateus (Mateus 10:18) e Marcos (Marcos 13:9) fala-se em governadores e reis, termos que Lucas substitui por "magistrados" (archaí), e autoridades" (exousíai) expressões que também aparecem reunidas em Paulo (EF 3:10; CL 1:16 e TT 3:1).


De tudo se deduz que não devem temer os discípulos: a vitória espiritual está de antemão garantida, embora pereça o corpo físico.


PNEUMA HAGION


Trata-se de uma observação de linguística: o emprego do adjetivo hágion, ao lado do substantivo pneuma. Sistematicamente, o substantivo precede: pneuma hágion ("Espírito santo"). No entanto, Lucas, e só Lucas, inverte nove vezes, contra 41 vezes em que segue a construção normal. Qual a razão?


Para controle dos estudiosos, citamos os passos, nos quatro autores dos Evangelhos, dando os diversos textos em que aparece a palavra pneuma com suas diversas construções:

1 - tò pneuma tò hágion = o Espírito o santo.


MT 12:32; MC 3:29; MC 12:36; MC 13:11; LC Ev. 3:22; 10:21; AT 1:16; AT 2:33; AT 5:3, AT 5:32; 7:51:10:44, 47; 11:15; 13:2; 15:8, 28; 19:6; 20:28; 21:4; 28:25.


Em João aparece uma só vez, e assim mesmo em apenas alguns códices tardios, havendo forte suspeição de haver sido acrescentado posteriormente (em14:26).


2 - Pneuma hágion (indefinido, sem artigo) = um espírito santo: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; MC 1:8; LC Ev. 1:15, 41, 67; 2:25; 3:16; 4:1; 11:13: AT 1:2, AT 1:5:2:4; 4:8, 25; 7:55; 8:15, 17, 19; 9:17; 10:38; 11:16, 24; 13:9, 52; 19:2 (2 vezes); JO 20:22.


3 - tò hágion pneuma = o santo Espírito (inversão): MT 28:19, num versículo indiscutivelmente apócrifo; LC Ev. 12:10, 12; AT 1:8:2:38; 4:31; 9:31:10:45; 13:4; 16:6. E em todo o resto do Novo Testamento, só aparece essa inversão uma vez mais, em Paulo (1CO 6:19), onde, assim mesmo, alguns códices trazem a ordem comum.


Para completar o estudo da palavra pneuma nos Evangelhos, mesmo sem acompanhamento do adjetivo hágion, damos mais os seguintes passos.


4 - tò pneuma = o espírito: MT 4:1; MT 10:20; MT 12:18, MT 12:31; MC 1:10, MC 1:12; LC Ev. 2:27; 4:14; AT 2:17, AT 2:18; 6:10; 8:18, 29; 10:19; 11:12, 28; 16:7; 20:22; 21:4; JO 1:32, JO 1:33; 3:6, 8, 34; 6:63; 7:39; 14:17; 15:26; 16:13.


5 - pneuma (indefinido, sem artigo) = um espírito: MT 3:16; MT 12:28; MT 22:43; LC Ev. 1:17; 4:18; AT 6:3:8:39; 23:89; JO 3:5, JO 3:6; 4:23, 24; 6:63; 7:39.


Resumindo:









































































Mat.Marc.Luc.Luc.João
Ev.Ev.Ev.At.Ev.Totais
1. tò pneuma tò hágion1321521
2. pneuma hágion31717129
3. tò hágion pneuma279
4. tò pneuma422111029
5. pneuma324615
totais116155417103

* * *

O evangelista resume, neste trecho, uma série de ensinamentos, de que só escreveu o esquema mas como sempre em linguagem comum, embora deixando claro indícios para os que possuíssem a "chave" poderem descobrir outras interpretações da orientação dada pelo Mestre.


No atual estágio da humanidade, conseguimos descobrir pelo menos três interpretações, senão a primeira a exotérica que vimos acima.


A segunda interpretação que percebemos refere-se às orientações deixadas em particular aos discípulos da Escola Iniciática "Assembleia do Caminho". E, antes de prosseguir, desejamos citar uma frase de Monsenhor Pirot (o. c. vol. 10, pág 158). Ainda que católico, parece inconscientemente concordar com a nossa tese (vol. 4) e escreve: "Seus discípulos teriam podido ser tentados a organizar círculos fechados, só comunicando a alguns apenas a plena iniciação que tinham recebido".


A contradição flagrante do início do trecho demonstra à evidência que algo de oculto existe nas palavras escritas. Com efeito, é dito que "se supercongregavam (epi + syn + ágô) dezenas de milhares de povo ", a ponto de "se pisarem mutuamente, uns por cima dos outros" e, no entanto acrescenta que" falou a seus discípulos" apenas! Como? Difícil de entender, se não lermos nas entrelinhas a realidade, de que modo falou apenas a alguns, no meio de uma multidão.


No âmbito fechado da Escola Iniciática é compreensível. Às instruções que dava o Mestre aos discípulos encarnados, compareciam também os discípulos desencarnados, que se preparavam para reencarnar, a fim de, nos próximos decênios, continuar a obra dos Evangelizadores de então. O que o evangelista notou é que esses espíritos desencarnados compareciam "as dezenas de milhares" (cálculo estimativo, pela aparência, já que é bem difícil aos encarnados, mesmo videntes, contar o número de desencarnados que se apresentam em bloco numa reunião). Sendo desencarnado, eram visto, juntos (syn), uns como que "por cima" dos outros (epi). pisando-se (literalmente katapatéô é "pisar em cima") ou seja, uns espíritos mais no alto outros mais em baixo. Compreendendo assim, fica clara a descrição e verdadeira.


Seguem se as instruções dadas aos iniciados:

1) Precisam. primeiro que tudo (prôton) tomar cuidado com o fermento que é a hipocrisia do tipo dos fariseus, e que, mesmo iniciando-se pequenina, cresce assustadoramente com o decorrer do tempo.


Em outras palavras, eles mesmos devem ser verdadeiros, demonstrando o que são; e não apresentar-se falsamente com um adiantamento espiritual que não possuem ainda. Sinceridade, sem deixar que os faça inchar um convencimento irreal. Honestidade consigo mesmo e com os outros, analisando-se para se não ficarem supondo mais do que são na realidade. Naturalidade, não agindo de um modo quando sós e de outro quando observados.


2) A segunda instrução refere-se aos ensinamentos propriamente ditos. Da mesma forma que não adianta exteriorizar algo que não exista na realidade íntima, porque tudo virá à tona cedo ou tarde, desmascarando o hipócrita, o mentiroso, assim também de nada valerá querer manter secretos

—quando o tempo for chegado - os ensinos iniciáticos que ali estão sendo dados. Haverá gente que se arvorará em "dono" do ensino do Cristo, interpretando-o somente à letra e combaterá, perseguindo abertamente ou por portas travessas, os que buscam revelar a Verdade desses ensinos.


Nada disso terá resultado. A Verdade surgirá por si mesma, tudo o que estiver oculto será revelado, às vezes pelas pessoas menos credenciadas, e todos, com o tempo terão acesso à verdadeira interpretação. O que está dito "na adega" (en tois tamieíois), será apregoado por cima dos tetos; tudo o que foi ensinado nas trevas, será ouvido na luz plena da Imprensa. Preparem-se, pois, porque os que se supõem "donos" do assunto, encarnados ou desencarnados, se levantarão dispostos a destruir as revelações. Não haja susto, nem medo, porque não os atingirão.


3) Sobre isso versa a terceira instrução, esclarecendo perfeitamente que o HOMEM NÃO É SEU CORPO. Por isso, podem os perseguidores da Verdade lançar nas masmorras, torturar, queimar e assassinar nas fogueiras das inquisições os corpos de todos eles: a Verdade permanecerá de pé, íntegra inatingível e indestrutível. "Eles" matam apenas os corpos e nada mais podem fazer, embora se arvorem o poder que eles mesmos se atribuem ridiculamente de condenar ao inferno eterno.


Mas isso é apenas vaidade e convencimento tolos e vazios. São palavras sem fundamento real.


E o Mestre, o Hierofante e Rei, Sumo Sacerdote da "Assembleia do Caminho", assume o tom carinhoso para falar "a seus amigos", e diz que só há um que deve ser temido: aquele que tem o poder real de lançar a criatura na "geena" deste vale de lágrimas, em novas encarnações compulsórias. E o único que possui essa capacidade é o Eu Profundo, o Cristo Interno que, ao verificar que não progredimos como devêramos, nos mergulha de novo neste "vale dos gemidos", em nova encarnação de aprendizado.


Porque tudo o que geralmente chamamos "resgate" é, na realidade, nova tentativa de aprendizado, embora doloroso. O Espirito que erra numa vida, em triste experiência, por sair do rumo, e comete desatinos, voltará mais outra ou outras vezes para repetir a mesma experiência em que fracassou, a ver se aprende a evitá-la e se se resolve a comportar-se corretamente, reiniciando a caminhada no rumo certo. Se alguém comete injustiças ou crueldades que prejudiquem aos outros, voltará na vida seguinte à "geena" para assimilar a lição de experimentar em si mesmo o que fez a outrem. Verá quanto dói em si mesmo o que fez os outros sofrerem. Mas isso não é castigo, nem mesmo, sob certos aspectos é resgate: trata-se de APRENDIZADO, de experiências práticas, único modo de que a Vida dispõe para ensinar: a própria vida. A esse Eu Profundo, Cristo-em-nós, devemos temer. É nosso Mestre - nosso "único Mestre (MT 23:10) - e Mestre severo que nos ensina de fato, cumprindo Sua tarefa à risca, sem aceitar "pistolões". E, para não incorrer em sua justa e inflexível atuação, temos que ouvir-Lhe as intuições, com a certeza absoluta de que Ele está vigilante a cada minuto segundo, plenamente desperto, sem distrações nem enganos, e permanece ativo em cada célula, em cada fio de cabelo.


4) Por que temer, então, os perseguidores das personagens transitórias, que nascem já destinadas a desaparecer, que se materializam somente durante mínima fração de tempo, para logo se desmaterializarem?


Cada fio de cabelo está contado e numerado (êríthmêntai) por esse mesmo Cristo que está em nós, em cada célula, em cada cabelo, em cada passarinho, por menor e mais comum que seja, em cada inseto, em cada micróbio: em tudo. Se a Divindade que está EM TUDO e EM TODOS cuida das coisas minúsculas e sem importância (cinco são vendidos por dois vinténs) como não cuidará de nós, SEUS AMIGOS, já muito mais evoluídos e com o psiquismo desenvolvido, com o Espírito apto a reconhecê-Lo?


5) Depois dessa lição magnífica, passa o evangelista a resumir outro ensino, no qual tornamos a encontrar o mesmo verbo homologéô que interpretamos como "sintonizar". Aqui também cabe esse mesmo sentido. Todo aquele que, em seu curso de iniciação, tiver conseguido sintonizar com o Cristo Interno ("comigo") durante a encarnação terrena ("perante os homens"), esse terá confirmada, quando atingir o grau de liberto das encarnações humanas a sintonia de Filho do Home "entre os Espíritos de Luz", já divinizados, que se tornaram Anjos ou Mensageiros de Deus.


Mas se não conseguiu essa sintoma, negando o Cristo e ligando-se à matéria (Antissistema) "será renegado" pelos Espíritos Puros, e terá que reencarnar: não alcançou a sintoma, a frequência vibratória da libertação definitiva. Em sua volta à carne, continuará o trabalho de aprendizado e treinamento iniciático, até que chegue a esse ápice, que é a meta de todos nós.


6) A instrução seguinte é o resumo do que já foi exposto em Mateus e Marcos, com o mesmo sentido.


Mas Lucas, nesta esquematização, abreviou demais a lição. Felizmente as anotações dos dois outros discípulos nos permitem penetrar bem nitidamente o pensamento do Mestre.


7) A última instrução deste trecho é uma garantia a todos os discípulos que se iniciaram na Escola de Jesus. As perseguições virão. Os interrogatórios serão realizados com incrível abuso de poder e falsidade cruel e ironia sarcástica, por indivíduos que revelam possuir cérebros cristalizados em carapaças de fanatismo. Não importa. O Espírito será iluminado pelo Cristo Interno, e as respostas, embora não aceitas, virão à luz, para exemplo e lição.


* * *

Mas percebemos terceira interpretação: O Cristo Interno, Eu Profundo, dirige-se ao Espírito da própria criatura e à personagem.


Sendo a personagem, de fato, constituída de trilhões de células, cada qual com sua mente, não há exagero nem hipérbole na anotação de Lucas. São mesmo "dezenas de milhares de multidão que se aglomeram, pisando umas sobre as outras". Não obstante, o Cristo se dirige às mais evoluídas, capazes de entendimento por terem o psiquismo totalmente desenvolvido: o intelecto, que é o "parlamento representativo" das mentes de todas as células e órgãos.


Resumamos a série de avisos e instruções dadas em relação aos seis principais planos de consciência da personagem encarnada, através do intelecto, que é onde funciona a "consciência atual". Recomenda que:

1. º - não assuma, no físico as atitudes falsas da hipocrisia farisaica, de piedade inexistente, de sorrisos que disfarçam esgares de raiva;


2. º - quanto às sensações do duplo, não adiantará escondê-las: serão reveladas: e as palavras faladas em segredo serão ouvidas, e as sensações furtadas às escondidas no escuro, virão à luz: tudo o que fazemos, fica registrado no plano astral;


3. º - quanto às emoções do astral, lembre-se de que constitui o astral das células e órgãos um grup "amigo", pois durante milênios acompanham a evolução da criatura. Mas que não se emocione no caso de alguém fazer-lhe perder o físico através da morte, porque não será destruído o astral. Devem temer-se as coisas que coagem a novamente lançá-lo na "geena", no sofrimento das encarnações dolorosas: os vícios, os gozos infrenes, os desejos incontrolados, as ambições desmedidas, a sede de prazeres, os frêmitos de raiva. No entanto, apesar de tudo, o Eu Profundo controla tudo, até os fios de cabelo, e portanto ajudará a recuperação total, não abandonando ninguém;


4. º - o próprio intelecto deve buscar ardorosamente a sintoma com Ele, o Cristo, a fim de que receba a indispensável elevação ao plano mental abstrato, e não permaneça mais preso ao plano astral animalesco.


Mas se não for conseguida a sintonia, porque negou o Cristo Interno, ficará preso à parte inferior da animalidade, e permanecerá renegado diante da Mente, mensageira divina;


5. º - o Espírito individualizado não se importe com os ensinos errados que forem dados contra as criaturas humanas, contra os homens: mas que jamais se rebele nem blasfeme contra o Espírito, já puro e perfeito, porque o que Ele faz, mesmo as dores, está sempre certo;


6. º - a Mente não se amedronte, quando convocada a responder perante autoridades perseguidoras: o Espírito puro do Cristo Interno jamais a abandonará, e na hora do perigo lhe inspirará tudo o que deve transmitir como defesa e resposta às inquirições.


Outras interpretações devem existir, mas não nas alcançamos ainda. O fato, porém, é que essas já são suficientes como normas de vida e de comportamento para todos aqueles que desejam penetrar no caminho e segui-lo até o fim.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lucas Capítulo 12 do versículo 1 até o 59
14. Um Sério Olhar Sobre o Discipulado Cristão (12:1-12)

Ajuntando-se, entretanto, isto é, durante o tempo em que Jesus esteve na casa do fariseu (11.37ss.), ...muitos milhares de pessoas — literalmente, "miríades de pesso-as". Evidentemente a multidão, que vinha seguindo Jesus desde que fora convidado a comer com o fariseu, permanecera na rua ou no mercado próximo à casa. Quando Ele saiu da casa, sua presença na cidade já era do conhecimento geral e, conseqüentemente, a multidão aumentou muito pela grande afluência de pessoas da cidade e de suas vizi-nhanças. O tamanho dessa multidão é uma indicação clara de que a fama de Jesus era muito grande, embora alguns pensem que a sua popularidade naquela época estivesse em declínio. O povo que formava essa multidão representava, sem dúvida, todas as ati-tudes predominantes em relação a Jesus. Alguns eram seus amigos. Muitos eram inimi-gos de Jesus, e muitos outros eram influenciados pela atitude amarga e negativa de seus inimigos Havia chegado a hora em que os extremos de amor e ódio por Jesus alcançari-am o ponto máximo

Ele começou a dizer aos seus discípulos. A palavra primeiramente, que cons-ta em algumas traduções, não aparece no original. Todo o capítulo 12 parece ter sido dirigido principalmente aos discípulos, mas na presença da multidão, que certamente podia ouvi-lo. O que Ele tinha a dizer a seus discípulos não era segredo, sendo principalmente para benefício deles. De fato, pode ser que Jesus particularmente quisesse que esses estranhos e, até mesmo, os seus inimigos ouvissem essas coisas. Quando consideramos as sérias advertências que o Mestre dirige aos seus discípulos, devemos ter em mente a presença desses inimigos na multidão e a amargura que eles sentiam, como resultado de suas acusações recentes contra eles.

Tem havido alguma disputa entre estudiosos bíblicos quanto à relação apropriada e a aplicação da palavra primeiramente (literalmente, "primeiro"). Muitas autoridades, em concordância com a Versão King James em inglês, conectam esta frase com a frase anterior. Então o significado seria que Jesus estava se dirigindo "primeiro", ou principal-mente, aos discípulos. Isto implicaria que, em segundo lugar, Ele se dirigia também à multidão.

Alguns poucos estudiosos relacionam a expressão primeiramente à frase seguin-te. Isso forneceria o significado de que os discípulos deveriam primeiramente ou "primariamente" acautelarem-se contra o fermento dos fariseus; ou seja, das muitas coisas contra as quais eles deveriam se guardar, a mais importante era a hipocrisia dos fariseus. Não é fácil consolidar este argumento a partir do grego, já que, no original, não havia sinais de pontuação, mas a interpretação da Versão King James em inglês é provavelmente a correta; entretanto, qualquer das interpretações se harmoniza com o contex-to e com os princípios dos ensinos de Jesus.

Acautelai-vos... do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia (1). "Fermento", para usar a definição de Godet, "é o emblema de cada princípio ativo, bom ou ruim, que possui o poder de assimilação".12 O fermento dos fariseus seria formado pelos seus ensi-nos e práticas, pois afetavam a vida das pessoas. Esta "devoção dos fariseus direcionou falsamente toda a religiosidade israelita"."

A afirmação de Jesus implicava que a característica dos fariseus que exercia influ-ência mais perigosa sobre os seus semelhantes era a hipocrisia. A nossa palavra hipocrisia veio diretamente do grego. Era um termo literal, usado em conexão com o drama grego e significava "fingir". Da maneira como foi aplicada por Jesus aos fariseus, a pala-vra significava "representar falsamente a parte da devoção religiosa sem veracidade".

A imparcialidade exige, entretanto, que observemos o fato de que Jesus não se opu-nha a tudo o que se referia aos fariseus. Teologicamente, Jesus estava mais próximo das posições deles do que de qualquer outra seita de seus dias. Sua maior disputa e sua maior divergência com eles estava relacionada com a hipocrisia, com a atitude legalista, e com a falta dos princípios básicos de uma experiência de vida religiosa interior.

As fortes acusações de Jesus contra eles, entretanto, nos mostram que esses assun-tos pesaram mais nos pratos da balança da divina sabedoria do que todos os pontos em que Ele e os fariseus concordavam. O fato mais trágico era que eles estavam espiritual-mente perdidos e influenciavam milhares de israelitas a seguirem o mesmo caminho largo, que levava à destruição, enquanto faziam a sua viagem. Veja, também, os comen-tários sobre Mateus 16:6,11.

Nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido (2). Isto mostra como são tolos aqueles que praticam a hipocrisia e o fingimento. A religião tem a ver com o relacionamento do homem com Deus. Como Deus sabe de tudo, e no final revelará tudo, como é tolo alguém ficar contente com a forma e a sombra sem se importar com a realidade! É totalmente estúpido alguém ter a esperança de enganar o infinito conhecimento e a justiça de Deus! Veja, também, os comentários sobre Mateus 10:26.

Porquanto tudo o que em trevas dissestes à luz será ouvido; e o que falastes ao ouvido no gabinete sobre os telhados será apregoado (3). A estrutura literá-ria deste versículo e do anterior é a de um dístico hebreu, que é a forma mais simples da estrofe poética hebraica. Há duas frases análogas; a segunda repete o significado da primeira com outras palavras. A segunda linha nada acrescenta ao significado da pri-meira, mas a ênfase é grandemente aumentada. O significado deste versículo é sim-ples: é completamente impossível esconder segredos de Deus e, no final, Deus revelará todos os nossos segredos maus a todos os homens. O homem sábio viverá com este fato em vista.

Não temais os que matam o corpo e depois não têm mais o que fazer (4). Os materialistas e os secularistas — aqueles que só vêem este mundo — dirão que a vida mortal é o seu bem mais valioso. Para tais pessoas, este versículo soa como ingênuo. A expressão popular: "Eles não podem fazer nada além de me matar", funciona como um humor irônico. E esta ironia pode ser considerada como sendo de um tipo bem leve. Mas Jesus deixa claro que a vida mortal não é, de forma alguma, o bem mais valioso. Alguns dos homens mais sábios perderam a vida em vez de sacrificar um tesouro maior. Nunca veremos esta vida sob a sua verdadeira perspectiva, até que a vejamos em contraste com a eternidade.

A história do início da igreja revela exatamente quão importante este pequeno mo-mento de sabedoria foi para os seguidores de Jesus. A perseguição começou com a cruci-ficação de Jesus e não parou, exceto temporariamente, por quase três séculos. Durante esses anos, os mártires testaram a verdade dessas palavras e descobriram que eram verdadeiras. Eles deram para todos os homens exemplos de verdadeira coragem e a correta subordinação desta vida à eternidade.

Temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno (5). Isto é, temei a Deus, pois a nossa eternidade está em Suas mãos. A palavra traduzida como inferno é "Geena", que originalmente se refere ao vale de Hinom, próximo a Jeru-salém, onde o lixo era queimado. Mas é usada metaforicamente como inferno, onde os maus são punidos com fogo. O poder de lançar no inferno pertence a Deus, não a Sata-nás, pois o próprio Satanás será encarcerado lá.

Não se vendem cinco passarinhos por dois ceitis? (6). O ceitil valia mais ou menos um quinto de um centavo de dólar americano. A moeda a que Jesus se referiu era o assarion (ou asse) — valendo um décimo de um denário. E nenhum deles está esque-cido diante de Deus. Se Deus mostra interesse por passarinhos, quanto maior será o seu interesse pelo homem — a coroa de sua criação terrena! Que consolo saber que Deus nunca se esquece de nós! Até mesmo os cabelos de nossa cabeça estão contados.

Não temais, pois (7). Nada, não importa quão insignificante, escapa à atenção de Deus. Portanto, nada pode nos acontecer sem a permissão de Deus. O medo das circuns-tâncias ou do futuro é desnecessário; isso revela falta de fé em Deus.

...todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do Homem o confessará diante dos anjos de Deus. Mas quem me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus (8-9). Não basta, simplesmente, temer a Deus. O teste do discipulado é o nosso amor. E o teste do amor é nossa vontade de confessá-lo diante de todos os homens. Aquele que nega seus pais diante de seus amigos não é digno do lar a que pertence. E aquele que nega a sua relação com o Salvador, rompe essa relação. Aquele que testemunha por meio de seus atos não ter uma relação espiritu-al com Cristo, recebe a negação da parte de Deus, nos céus, e aquilo que recebe no julga-mento não é o resultado de um espírito de vingança da parte de Deus. Antes, é o reconhe-cimento de um fato. Ser filho de Deus e um cidadão dos céus é uma situação que não pode existir onde a falta de amor, o egoísmo e a covardia caracterizam a atitude humana em relação a Deus.

Para mais esclarecimentos sobre os versículos 4:9, veja os comentários sobre Mateus 10:27-32.

Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do Homem ser-lhe-á perdoada (10). Veja os comentários sobre Mateus 12:31-32.

E, quando vos conduzirem às sinagogas, aos magistrados e potestades (11). A palavra traduzida como potestades significa, literalmente, "autoridades". Três níveis de autoridades são indicados aqui. As sinagogas referem-se aos tribunais eclesiásticos inferiores; os magistrados são, literalmente, "governantes", autoridades judaicas de nível mais elevado; as potestades ou "autoridades", provavelmente, se referem a governantes como Herodes e Félix. Não estejais solícitos de como ou do que haveis de responder. Eles não precisavam preparar discursos e tê-los prontos, caso fossem presos pelas autoridades. Deveriam deixar tais assuntos para o futuro e para Deus. Enquanto isso, deveriam enfocar sua atenção em realizar fielmente a obra de difundir as boas-novas do Reino.

Na mesma hora vos ensinará o Espírito Santo o que vos convenha falar (12). Carregar o peso de pensar no que dizer em caso de prisão seria errado porque interferiria no trabalho de pregar a Cristo; seria também pior do que desperdiçar tempo. O Espírito Santo poderia fornecer testemunhos e argumentos melhores, e Ele os fornece-ria imediatamente e no instante em que fossem necessários. Para mais esclarecimentos sobre os versículos 11:12, veja os comentários sobre Mateus 10:17-20.

Esta seção (1-12) tem sido chamada de "O Credo da Coragem e da Fé". Nela, vemos:

1) O pecado proibido, a hipocrisia, 1-3;

2) A atitude correta para com a vida, o destemor, 4-7;

3) O pecado imperdoável, a blasfêmia, 9-10;

4) A recompensa da lealdade, 8;

5) A ajuda do Espírito Santo, 11-12 (William Barclay).

15. A Parábola do Rico Insensato (12:13-21)

Esta parábola foi uma parte da resposta de Jesus a um pedido feito por um da multidão (13). Suas parábolas eram geralmente estimuladas pelas circunstâncias do momento e serviam para ilustrar algum princípio importante que o Mestre estava que-rendo mostrar. O pedido que se segue foi feito, provavelmente, em um intervalo nos ensinos de Jesus — após ter concluído seu discurso anterior, e antes que tivesse a oportu-nidade de introduzir um novo assunto.

Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança (13). Há duas possí-veis explicações para a essência e o motivo do pedido deste homem. Em qualquer das situações ele seria um irmão mais novo. Ele poderia ser aquele cuja parte na herança lhe havia sido negada, à força, pelo seu irmão mais velho, que era o herdeiro legal de uma porção dupla da herança. Por outro lado, ele poderia ter recebido sua parcela de acordo com a lei, mas ser contrário ao costume de dar ao irmão mais velho uma porção dupla. Neste último caso, ele estaria pedindo a Jesus para ajudá-lo a romper o costume, ou ao menos subvertê-lo neste caso em particular.

Esta última explicação é, provavelmente, a correta, pois se a sua parte legal houves-se sido negada, ele poderia ter apelado às autoridades, que teriam regularizado a situa-ção. Esta possibilidade é grandemente reforçada pelo fato de o Mestre tê-lo acusado (indiretamente, v. 15) de ser avarento, o que Ele, certamente, não teria feito se o jovem tivesse uma queixa justa. Este jovem parece ter sido um dos que haviam ouvido os ensinos de Jesus sobre relações humanas. Mas, em vez de interpretá-los em termos do que ele poderia fazer pelos seus semelhantes, ele egoisticamente interpretou as palavras do Mes-tre em termos do que tais atitudes e práticas por parte dos outros poderiam lhe trazer.

Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós? (14). Jesus teria, provavelmente, tomado essa posição mesmo que os direitos civis desse homem tivessem sido violados, pois Ele consistentemente se recusava a tentar mudar a estrutu-ra política e social da época. Seu plano era, primeiro, mudar os homens para que esses homens mudados produzissem, inevitavelmente, um mundo melhor. O Mestre sabia que um mundo mudado não resolveria os problemas do homem, pois seu maior problema era interior — um coração pecaminoso.

Acautelai-vos e guardai-vos da avareza (15). Traduzida literalmente, esta pas-sagem pode ser lida como: "Observem e guardem-se da avareza". Segue-se, então, a de-claração de um dos maiores princípios da filosofia de vida cristã: porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. O mundo em todas as épocas tem insistentemente ignorado ou se recusado a reconhecer a verdade deste princípio e, no entanto, cada época é rica de provas desta verdade. Cada homem, mais cedo ou mais tarde, chega à constatação de que as coisas que possui não são o mais importante, embo-ra muitos só o percebam depois de viverem uma vida de desperdícios.

As coisas que alguém possui não produzem uma vida rica e completa, nem trazem felicidade. Quando estudamos a vida daqueles que viveram de uma forma rica e útil, é impressionante notar como davam pouca importância às coisas que possuíam. A abun-dância de coisas produz mais freqüentemente ansiedade e descontentamento do que felicidade. Muitas vezes aqueles que detêm a maioria dos bens do mundo, jamais conhe-ceram a emoção de uma realização duradoura. O que conta na vida é, em primeiro lugar, Deus; e depois, os tesouros espirituais como amor, gozo, paz, uma consciência limpa, um sentimento de realização, um senso de missão, e a esperança de chegar ao céu.

A parábola do rico insensato tem a finalidade de ilustrar o princípio declarado no versículo 15. O rico, na parábola, despreza esse princípio. Como resultado, ele não só perde a sua alma, mas também se torna, para todo o sempre, a personificação exata do insensato e uma das melhores ilustrações do mundo de como não se deve viver.

A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância (16). A co-lheita abundante era o presente de Deus para este homem. Ela representava riquezas, poder e influência, mas era mais do que isso. Esta era uma ocasião que exigia decisões importantes; era um teste que traria conseqüências eternas para o homem.

E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? (17). Esta era a pergunta lógica a ser feita em tal ocasião, mas a compreensão que ele tinha do que ela significava era muito limitada. Ele só pensava em como conservar essa colheita; deveria ter considerado as amplas oportunidades que esta colheita lhe apresentava. Ele disse: Não tenho onde recolher os meus frutos; mas se o seu coração fosse suficientemente grande para abri-gar o Senhor e a humanidade, talvez seus celeiros tivessem guardado o que o amor teria lhe permitido manter.

Farei isto: derribarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens (18). Note o uso de pronomes

na primeira pessoa. Nos versículos 17:19, ele usa formas da primeira pessoa do singular onze vezes. Trata-se de um homem completamente egoísta. Ele não tinha pensamentos voltados aos seus semelhantes nem a Deus. A construção de celeiros maiores não era, por si só, algo errado; era a sua razão para querê-los que estava errada. Ele os queria para poder guardar tudo só para si.

Direi à minha alma...tens em depósito muitos bens... descansa... Mas Deus lhe disse: Louco (19-20). Nos dois versículos anteriores o rico era um avarento egoísta e incoerente; nestes versículos, ele é um insensato. Talvez devamos dizer que um homem egoísta é sempre um insensato, pois só um insensato deixaria Deus e os seus semelhan-tes fora de sua vida. No versículo que estamos considerando, ele mostra a sua completa insensatez ao supor que as riquezas poderiam trazer paz à alma, e que ele poderia ali-mentar a sua alma com aveia, trigo e cevada. Um insensato, na acepção usada na Bíblia, é alguém desprovido de razão, um "louco". Este homem havia agido como alguém intei-ramente desprovido de razão.

O homem era um insensato:

1) Porque se esqueceu de Deus;

2) Porque se esqueceu de seu espírito imortal;

3) Porque se esqueceu dos outros.

Esta noite te pedirão a tua alma. Ele cometeu outro erro tolo e trágico. Ele pare-cia pensar que tinha um contrato com a vida — o que lhe daria, certamente, uma vida suficientemente longa para realizar seus planos e aproveitar a sua riqueza. Porém logo perceberia a sua loucura. Ele errou por não perceber que nem mesmo a sua alma lhe pertencia; e Deus, o verdadeiro Dono de tudo e de todos, estava ordenando um ajuste de contas imediato. Agora aquele homem perceberia que, em termos de verdadeira riqueza, era um indigente.

E o que tens preparado para quem será? O rico cometeu outro erro fatal ao desprezar um importante princípio da administração. Ele agora não possuía nada. Mas, na realidade, ele nunca havia possuído nada. Nenhum de nós é dono de nada. Deus é o Dono; somos apenas despenseiros.

Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus (21). O Mestre expande o enfoque da parábola para um princípio universal. Deus chama de "loucos" e "insensatos" os homens que dedicam todo o seu tempo e interesse a juntar tesouros neste mundo, desprezando totalmente o interesse por sua alma. Não há nada tão tolo quanto viver para o tempo e se esquecer da eternidade, e viver para si e se esquecer de Deus.

16. Fé versus Ansiedade (12:22-31)

Para uma discussão completa desta passagem, veja os comentários sobre Mateus 6:25-33. Embora a linguagem em Mateus seja, em essência, quase idêntica, as duas passagens não vieram de um mesmo discurso do Mestre. A passagem de Mateus faz parte do Sermão do Monte, proferido anteriormente, durante o ministério na Galiléia; a passagem atual, relatada por Lucas, foi proferida na Peréia durante os últimos seis me-ses da vida de Jesus na terra. Era um hábito do Mestre repetir ensinos iguais ou seme-lhantes quando as necessidades eram as mesmas. Jesus já sabia o que as autoridades educacionais aprenderam a partir de então: que a repetição é um recurso de ensino exce-lente e quase indispensável.

Dois trechos no relato de Lucas merecem um comentário especial. O primeiro é: Não andeis inquietos (29) — literalmente: "não estejam ansiosos" ou "não oscilem entre a esperança e o medo". Há uma declaração semelhante em Mateus 6:31: Não andeis, pois, inquietos. Em grego as duas passagens não são iguais. Mateus usa um verbo que significa simplesmente "estar ansioso" ou "procurar favorecer os interesses de alguém". O verbo usado por Lucas inclui, além destes significados, a idéia de ir do júbilo ao desespero, da esperança ao medo. O termo usado por Mateus está mais próximo de expressar egoísmo; o de Lucas está mais próximo de agitação e frustração. Em qualquer dos casos, a atitude é oposta à fé no cuidado providencial de Deus, e não é digna do caráter cristão mais elevado.

Porque os gentios do mundo buscam todas essas coisas (30). A palavra traduzida como buscam tem a indicação adicional de dedicação ou intensidade, de modo que uma possível tradução seria: "Intensamente procuram por". A passagem paralela em Mateus 6:32 não traz as palavras do mundo, tornando assim a palavra grega ethnos equivalente a "gentios". A expressão de Lucas ostenta a marca de um gentio escrevendo para gentios, enquanto a declaração de Mateus é tipicamente judaica. Em ambos os casos o significado é que ficar ansioso ou frustrado ou ainda preocupado com as necessi-dades físicas e temporais do dia a dia, de forma egoísta, é seguir o exemplo dos pagãos que não conhecem a Deus. No entanto, Jesus não está, de forma alguma, sugerindo que a fé torne o trabalho de ganhar o sustento desnecessário. O trabalho honesto e árduo, e o cumprimento das obrigações temporais, não são somente consistentes com a fé; são pré-requisitos para a fé (cf. 2 Ts 3.10; 1 Tm 5.8).

17. As Verdadeiras Riquezas (12:32-34)

Não temas, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Rei-no (32). Deve-se lembrar que aqui Jesus ainda está falando para seus discípulos, na presença de uma imensa multidão (veja 12.1,22). Com este quadro em mente, podemos enxergar uma dupla implicação para a expressão pequeno rebanho. O grupo de discí-pulos é muito pequeno em comparação com a multidão; o número total de seguidores de Jesus será extremamente pequeno em comparação com o mundo perante o qual eles vão representá-lo e proclamar o seu Evangelho.

Note, também, que Ele os está representando como um rebanho. Ovelhas e pasto-res eram muito comuns na Palestina, e os termos eram muitas vezes aplicados figurati-vamente para mostrar a relação entre Jesus e seus seguidores — a sua igreja. Os termos, particularmente quando usados por Jesus, significam uma relação especialmente próxi-ma e amorosa entre o Mestre e os seus discípulos. Aigreja sempre foi tocada pela conotação carinhosa da representação bíblica do "bom pastor" e seu "rebanho", e dedicou a este tema alguns de seus sermões, ilustrações e hinos mais apreciados.

Mas o ensino central deste versículo não é a representação da igreja como um reba-nho, nem a sua pequenez. A idéia central é avançada, otimista e potencialmente triunfante. Jesus está dizendo que sua pequenez não é razão para medo ou pessimismo, pois agradou ao Pai dar-lhes o reino. As palavras gregas traduzidas como a vosso Pai agradou significam, literalmente, "vosso Pai deleitou-se..." O Pai não está apenas dese-joso, mas feliz e muito satisfeito de dar o Reino a este pequeno grupo.

O Reino que é prometido aos seus discípulos, neste versículo, é o "Reino de Deus". No versículo 31, eles são exortados a procurá-lo. É, antes de tudo, um Reino espiritual, a cuja cidadania somos admitidos através do novo nascimento; ele se torna um Reino Celestial para aqueles que através da morte unem-se à atual Igreja Triunfante; ele se tornará um Reino literal e eterno por ocasião da segunda vinda de nosso Senhor.

A promessa implícita de dar a eles (e a nós) o Reino, inclui mais do que a cidadania e o gozo dos privilégios do Reino. É, também, uma promessa de vitória para os nossos esforços combativos com respeito aos avanços da obra de Deus neste mundo. É uma promessa de que a igreja terá sucesso nesta tarefa mundial considerável. Esta promessa é nossa hoje, mas temos que nos lembrar de que as promessas de Deus são condicionais — as condições são consagração, obediência e fé.

Vendei o que tendes, e dai esmolas (33). Alguns deram uma interpretação extre-mamente literal a esta e outras passagens similares. Isto tomou várias formas, mas as duas mais proeminentes são o ascetismo e o assim chamado "comunismo" cristão. Estas duas visões estão em desarmonia com a vida e os ensinos de Jesus. O Senhor jamais ordenou que todos os homens desistam de todos os bens materiais, e se recusou tomar partido de um homem que estava interessado em subverter um costume estabelecido de herança e propriedade, acusando este homem, de forma indireta, de avareza.' Deve ser notado, também, que o ascetismo nunca caracterizou uma igreja evangelista militante e cheia de vitalidade. E o assim chamado "comunismo" cristão só foi experimentado pela igreja uma única vez. Foi só em Jerusalém; e mesmo ali era voluntário e temporário.'

Embora essas interpretações literais sejam errôneas, não devemos ignorar o fato de que o versículo tem uma aplicação literal. Mas isso depende do sentimento de cada um. Muitos, incluindo os apóstolos e os missionários cristãos ao longo dos séculos, tiveram que renunciar todos os bens terrenos para seguir o Mestre. A outros foi permi-tido manter os seus bens e, algumas vezes, obter grande riqueza. Mas uma coisa é exigida de todos: um claro reconhecimento do princípio da mordomia cristã. Nós não somos donos de nada. Se Deus nos permitiu deter alguns dos bens deste mundo, somos apenas seus administradores; Deus ainda é o Dono, e nós devemos usar as riquezas conforme Ele indicar. Isto não se aplica somente ao dízimo. Tudo é de Deus e deve ser usado conforme a vontade dele.
A determinação para dar esmolas nos lembra do dever e da alegria da caridade cristã. O amor é a essência do espírito cristão, e esse amor tem um alcance maior e mais elevado. Um coração endurecido que não se comove na presença das necessidades huma-nas ou do Reino, é inconsistente com a fé cristã.

Fazei para vós bolsas que não se envelheçam, tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão, e a traça não rói. Quando seguimos sinceramente os princípios da mordomia cristã e do amor cristão nos preparamos e fazemos a provisão mais sábia para o nosso próprio futuro. Este, como tantos outros princípios cristãos, é um paradoxo. Seguindo este modo de vida, estaremos colocando as nossas riquezas não em bolsas, que envelhecem e se desgastam, mas em bolsas celestiais que são indestrutíveis. Estamos trocando o terreno pelo divino, o transitório pelo permanente, aquilo que pode ser destruído ou roubado pelo que é indestrutível e, em todos os sentidos, intransferível.

Porque onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração (34). Isto é mais do que uma previsão. É a declaração de um princípio universal. Seja quem formos, quaisquer que sejam as nossas condições ou fase da vida, quer sejamos santos ou pecadores, os nossos corações estão onde estão os nossos tesouros. Portanto, se amarmos a Deus, depositaremos os nossos tesouros no céu, utilizando tanto nossos ta-lentos como nossos bens para a glória de Deus. Assim, enquanto juntamos cada vez mais tesouros no outro lado, nosso interesse pelo céu e pelas coisas divinas aumentará, e os nossos corações estarão mais firmemente presos ao mundo divino.

Este versículo é uma medida pela qual podemos determinar a profundidade da nos-sa devoção. Ele também pode servir como um aviso. Em qualquer momento que nos surpreendermos ficando mais interessados em bens terrenos do que em tesouros divi-nos, terá chegado a hora para um sério exame da alma; será o momento de uma transfe-rência de depósitos do banco terreno para o banco divino.

18. Prontos Para a Volta do Mestre (12:35-40)

Jesus ainda está se dirigindo a seus discípulos na presença da multidão e Ele ainda está pensando no perigo da avareza — de estar alguém fortemente preso às coisas mate-riais e temporais. Nesta passagem, Ele dá outro motivo pelo qual esta fixação àquilo que é material é perigosa. Se alguém quiser estar pronto para a volta do Mestre, a qualquer hora, deve ter o seu tesouro e o seu interesse nas coisas espirituais e eternas. A forte ligação com aquilo que é material se tornará a corrente que os prenderá aqui, quando os santos forem levados no arrebatamento.

Estejam cingidos os vossos lombos (35). Os longos mantos orientais podiam impedir tanto o caminhar como o trabalho, a menos que fossem amarrados acima da cintura, para dar liberdade de movimentos aos pés e pernas. O cinto servia, portanto, a um propósito prático. O servo assim cingido estava pronto para a ação imediata, como o cristão que removeu todos os obstáculos para servir a Deus, e receber os seus favores.

E acesas, as vossas candeias (literalmente, "lâmpadas"). A lâmpada usada na antiga Palestina era muito simples. Era uma pequena tigela em forma de jarra, com um pavio. O pavio tinha que ser ajustado e a lâmpada enchida com óleo para obter-se a luz. O cristão não deve jamais negligenciar a sua luz; ele não deve permitir que seu pavio fique chamuscado ou que o seu óleo se esgote. A devoção pessoal — oração e leitura da Bíblia — e o serviço fiel manterão a lâmpada da alma ardendo com brilho.

Sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando hou-ver de voltar das bodas (36). Com os mantos amarrados e as lâmpadas ardendo com brilho, esses servos aguardam o retorno do seu senhor das bodas. Eles não estão dor-mindo; estão vigiando, e servos fiéis nunca dormem em serviço. Não importa quanto possa tardar o retorno do Senhor, eles permanecem em vigília e estão sempre de pron-tidão. Para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe. Sem lâmpadas para ajustar no último minuto, sem tarefas negligenciadas para executar, antes de ficarem prontos para encontrar o seu Mestre. Eles estão sempre prontos e assim podem abrir... imediatamente.

Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando... [Ele] se cingirá, e... os servirá. Tal fidelidade da parte dos servos produz generosidade da parte do Senhor. Ele fica tão satisfeito que, em vez de sua habitual refeição, na qual eles o servem, o próprio Senhor os servirá enquanto eles comem.

E, se vier na segunda vigília... na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos (38). A noite era dividida em vigílias!' Estas vigílias correspondem ao nosso tempo da seguinte maneira: primeira vigília, das seis horas da tarde às nove horas da noite. Segunda vigília, das nove à meia-noite; terceira vigília, da meia-noite às três da manhã; e quarta vigília, das três às seis horas da manhã. Quanto mais tarde for a hora do retorno do Senhor, maior será a sua gratidão ao encontrar os seus servos agindo fielmente. Spence avalia que a segunda e a terceira vigílias — as referenciadas nesta parábola — representam o período da noite em que é mais difícil permanecer acordado e alerta."

Uma vez que esta passagem está, obviamente, se referindo à segunda vinda do Se-nhor, alguns entendem que há aqui um forte indício de que seu retorno será postergado e que esta demora será um meio de testar a fidelidade dos seus servos.

Sabei, porém, isto: se o pai de família soubesse... (39). Sabei é imperativo aqui, mas também pode ser traduzido como "vós sabeis" (indicativo). A intenção do Mes-tre parece ser o equivalente a dizer "lembrai-vos". O pai em uma casa é, literalmente, o "senhor" ou o "regente" da casa.

Note que a ênfase da imagem é deslocada dos servos da casa (em 36-38) para o senhor da casa. O dono da casa estaria preparado para um ladrão se soubesse que ele estaria chegando. O ladrão só tem sucesso se o dono estiver despreparado.

Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora que não imaginais (40). Este versículo amplifica e completa o anterior. O dono da casa está despreparado para o ladrão porque ele não "sabe" de sua vinda. Mas quando o Filho do Homem vier, é desnecessário que os seus seguidores professos sejam apanhados despreparados, pois eles podem e vão "saber". Eles não sabem a hora de sua vinda, mas sabem, com certeza, que Ele virá.

A solução é: Esteja sempre pronto. Portanto, o verdadeiro segredo da vinda do Se-nhor Jesus Cristo é um incentivo adicional para um permanente e elevado grau de discipulado. Para uma discussão mais ampla a respeito dos versículos 39:40, veja os comentários sobre Mateus 24:43-44.

Barclay sucintamente intitula esta passagem como: "Esteja Preparado". Maclaren observa a natureza desta preparação:

1) Os lombos cingidos, 35;

2) As lâmpadas acesas, 35;

3) Os corações que esperam, 36.

19. Um Despenseiro Deve Ser Fiel (12:41-48)

E disse-lhe Pedro... Senhor, dizes essa parábola a nós ou também a todos? (41). Pedro está, evidentemente, se referindo à parábola dos versículos 36:38, na qual os servos são recompensados por sua fidelidade. Esta pergunta está perfeitamente em harmonia com a personalidade de Pedro, conforme retratada em outras passagens do Novo Testamento. O fato de que em um relato similar, em Mateus (24:43-51), este mesmo material é expresso em um discurso contínuo, sem a interrupção por parte de Pedro, não prova que a pergunta de Pedro seja uma interpolação, como foi sugerido por alguns. Pois não apenas este é o estilo de Pedro, como também o discurso atual foi feito durante o ministério na Peréia, enquanto o relato de Mateus ocorre durante a Semana da Paixão, em Jerusalém.

E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente...? (42). Aparente-mente Jesus havia ignorado a pergunta de Pedro. Mas, na realidade, Ele não apenas responde a pergunta, mas vai além, fornecendo um material adicional não solicitado por Pedro. O fato de Jesus retornar ao assunto do servo fiel, não apenas mostra que Ele está respondendo a Pedro, mas que também identifica a "parábola" a que a pergunta de Pedro se refere.

Este mordomo é mencionado como um servo no restante da parábola. O relato de Mateus usa a palavra "servo" em seu todo, mas este escravo (grego literal) era obviamen-te um administrador. Um mordomo (grego, oikonomos) era, geralmente, um servo (es-cravo) superior, de caráter comprovado, que cuidava das coisas da casa.

Os versículos 42:44 mostram as recompensas para os mordomos fiéis, e os versículos 45:46 expressam o castigo que será aplicado aos administradores infiéis. Para uma dis-cussão completa deste material veja os comentários sobre Mateus 24:45-51.

  • lhe dará a sua parte com os infiéis (46). O relato de Mateus traz o termo "hipócritas" em vez de infiéis. Estes servos devem ser vistos sob duas óticas: primeiro, como julgados pela lei do Antigo Testamento; e, segundo, à luz das responsabilidades do Reino na dispensação cristã.
  • o servo que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou... será castigado com muitos açoites. Mas o que a não soube com poucos açoites... (47-48). Para crimes puníveis com açoites, quarenta açoites eram o máximo para uma trans-gressão simples, mas os judeus eram conhecidos por aplicarem quatro ou cinco açoites para pequenas transgressões!' A punição variava de acordo com o crime.
  • Maior entendimento, habilidade e oportunidade significam maior responsabilidade. Maior oportunidade de reconhecimento, posição e realização carregam consigo maior culpabilidade, em caso de infidelidade. Conhecer a vontade de Deus é, sem dúvida, uma bênção; mas desprezar a vontade de Deus e desconsiderá-la ou desvirtuá-la, apenas au-menta a culpa e a conseqüente punição.

    O princípio dos graus de recompensa e punição é claramente ensinado aqui e em outras passagens do Novo Testamento, mas a forma exata como Deus aplicará o princí-pio nem sempre é aparente. Uma coisa é clara, entretanto: O grau de fidelidade ou infi-delidade determinará o grau de recompensa ou punição e esta fidelidade é julgada à luz do conhecimento da vontade de Deus e das oportunidades que o servo tem.

    20. Cristo, um Divisor (12:49-53)

    Vim lançar fogo na terra (49). Literalmente, "Eu vim para lançar um tição na Ter-ra". Jesus não mudou de assunto aqui; Ele simplesmente entrou em uma nova seção de seu discurso. A partir do versículo 14 Ele está discutindo o perigo de uma atenção egoísta às coisas deste mundo. Agora Ele vai em frente para dizer que a sua vinda à Terra não foi planejada para suavizar o caminho para o gozo do bem-estar deste mundo. Pelo contrário, a sua vinda traria, inevitavelmente, divisão e conflito. Como poderia ser diferente? Egoís-tas, os homens pecaminosos não se submeteriam, naturalmente e de vontade própria, a um estilo de vida altruísta e de auto-sacrifício, como aquele que é representado por Cristo.

    Jesus está deixando claro para os seus discípulos e para aqueles que esperavam tornar-se discípulos, que se os seus motivos para segui-lo forem egoístas, eles se desa-pontarão. Ele não tem riqueza material, poder, fama ou comodidade para oferecer. Mas se desejarem segui-lo por puro amor, amor desinteressado, Ele tem recompensas espiri-tuais e eternas, que excedem em muito os custos do discipulado.

    Alguns comentaristas sugeriram que o fogo mencionado aqui é o fogo do Espírito Santo ou o fogo de uma nova fé." Mas a maioria dos estudiosos concorda que o contexto e o significado do versículo apóia a interpretação dada acima — que seja um fogo de conflito. Não devemos, entretanto, ignorar o fato de que o resultado final do conflito — ou do fogo — é bom. Será a vitória de Cristo e do seu Reino. Somente o mal será destruído. O fogo tem um efeito purificador, mesmo que seja o fogo do conflito.

    E que mais quero, se já está aceso? Literalmente: "E o que desejo se ele já está aceso?" Como esta tradução mostra, o significado em grego é vago, mas a maioria dos especialistas está de acordo com a versão The New English Bible, que traduz como: "E como eu desejaria que já estivesse aceso!" Tanto sua aversão humana e natural pelo sofrimento, como a sua ansiedade para lançar uma campanha vitoriosa, inspira Jesus em seu desejo de executar e concluir esta experiência. Mas o conflito e a vitória devem ser adiados até a sua morte e ressurreição.

    Importa, porém, que eu seja batizado com um certo batismo (50). Seu imi-nente sofrimento e morte. E como me angustio até que venha a cumprir-se!

    Weymouth expressa o verdadeiro significado do texto grego, quando traduz esta passagem: "E como me sinto confinado até que se cumpra". O Mestre está a par de ambos, do fato e da necessidade de seu sofrimento. Ele sabe que a vitória sobre o pecado e Satanás é impossível até que cheguem o conflito e a vitória, que são a sua morte e ressurreição. Ele está "confinado", ansioso para enfrentar e derrotar o inimigo. Além disso, como suge-rido em conexão com o versículo 49, Ele tem uma aversão natural ao sofrimento e deseja que esta desagradável, mas necessária tarefa, seja concluída. Esta passagem tem sido chamada de "um prelúdio do Getsêmani".

    Cuidais vós que vim trazer paz à terra? Não, vos digo, mas, antes, dissen-são (51). Jesus rapidamente retorna, de seu comentário sobre si mesmo e sobre o seu sofrimento futuro, para o seu discurso: Não a paz, mas a dissensão. Jesus, profetica-mente, viu o que a história agora nos revela: o conflito ao longo dos séculos entre o Reino de Deus e o reino de Satanás. Este conflito estava destinado a dividir nações, cidades, tribos e famílias conforme a fidelidade pessoal dos indivíduos que formam esses grupos.

    A dolorosa natureza de algumas dessas divisões está graficamente ilustrada nos versículos 52:53; famílias divididas — pais contra filhos, filhos contra pais, mães contra filhas. A raça inteira será dividida em dois campos. Para mais discussões a respeito do material dos versículos 51:53, veja os comentários sobre Mateus 10:34-36.

    21. Os Sinais dos Tempos (12:54-56)

    E [Ele] dizia, também, à multidão (54). Godet indica que a expressão E dizia, também é a fórmula que Lucas usa quando Jesus, ao concluir um discurso doutrinário, adiciona uma última palavra de maior peso que conduz a questão ao seu nível mais elevado, com a finalidade de deixar na mente do ouvinte uma impressão que nunca se apagará." Deve-se notar, também, que Jesus volta nesse momento sua atenção mais diretamente para a multidão. Os versículos anteriores parecem ter sido endereçados mais aos seus discípulos.

    'A severidade e a veemência do Mestre nestes versículos parecem indicar que algumas das pessoas mostravam desagrado ou hostilidade em relação ao que Ele vinha dizendo. Talvez, mais uma vez, os fariseus estivessem incitando a oposição contra os seus ensinos. Quando vedes a nuvem que vem do ocidente. O mar Mediterrâneo fica a oeste da Palestina, enquanto a leste fica uma região semidesértica. Portanto, toda chuva vem do oeste. Estas pessoas, evidentemente, se orgulhavam de ser capazes de prever o tem-po, como é prática das pessoas do interior ou daquelas cuja vida se passa, em sua maior parte, ao ar livre. Apesar de serem versados na leitura do tempo meteorológico, eles não demonstraram habilidade para ler os sinais dos tempos, embora esses sinais fossem claramente evidentes à volta deles.

    Quando assopra o vento sul (55). Para o sul e o sudeste fica o grande deserto Arábico, de forma que um vento procedente daquela direção traria um calor sufocante.

    Hipócritas (56). Um hipócrita era alguém que fingia. Esses que se jactavam de sua habilidade de ler sinais estavam envolvidos em uma contradição. E apesar de serem bem versados nas profecias do Antigo Testamento relativas a Cristo, estavam completamente cegos ao óbvio cumprimento dessas profecias. Declarando ser aqueles que podiam ver, eles eram, de fato, cegos. E além disso estavam surdos à voz de Deus.

    Sabeis discernir a face da terra e do céu; como não sabeis, então, discernir este tempo? A resposta a esta pergunta é que eles tinham discernimento no que lhes interessava. Eles tinham interesse na chuva, e nas colheitas que a chuva possibilitava; estavam interessados no calor, e no dano que este podia causar às colheitas; mas ti-nham pouco interesse em assuntos morais e espirituais. Eram materialistas e grossei-ramente egoístas.

    Spence destaca três sinais que foram completamente ignorados pelos líderes judeus:

    1) A baixa moralidade entre os homens públicos;

    2) A situação política; e

    3) As advertên-cias divinas.' Vários livros foram escritos a respeito desses assuntos, mas os fariseus e outros líderes judeus os ignoravam ou lidavam com eles de uma maneira puramente egoísta e materialista. Veja também os comentários sobre Mateus 16:2-3.

    22. A Necessidade da Reconciliação (12:57-59)

    E por que não julgais também por vós mesmos o que é justo? (57). Por que é que vocês não são capazes de (ou não desejam) tomar a iniciativa de julgar com justiça? Por que vocês têm que ser cutucados, estimulados ou forçados a realizar julgamentos íntegros; ou, por falta dessas pressões, nunca julgam corretamente? Jesus usa uma ilus-tração para clarear essa pergunta.

    Quando, pois, vais com o teu adversário ao magistrado, procura livrar-te dele no caminho (58). Isto é apenas bom senso. Reconcilie-se antes de chegar ao tribunal, pois é certo que não encontrará demência lá, apenas a plena força de uma lei violada. Qualquer acordo, em vista disso, é demência, e a busca desse acordo é sabedo-ria. É óbvio que aqui é o adversário quem está do lado da lei, e que o outro é o transgressor. Na ilustração dada, as opções são reconciliação ou prisão; e só um tolo escolheria esta última.

    A força total dessa verdade é sentida quando percebemos que a verdadeira preocu-pação do Mestre é com a aplicação espiritual desta parábola. A_ reconciliação sugerida é entre o homem e Deus, e é o homem quem deve se submeter às condições. A única alter-nativa é sujeitar-se à sentença do Grande Juiz; e essa sentença é a punição eterna.

    Podemos ver agora o significado completo da pergunta do Mestre no versículo 57. Ele está dizendo: "Por que vocês não podem ser suficientemente sábios para se humilha-rem e se reconciliarem com Deus — se converterem — em vez de se arriscarem às inevitá-veis conseqüências de irem ao Julgamento como incorrigíveis adversários de Deus?"

    Digo-te que não sairás dali enquanto não pagares o derradeiro ceitil (59). Se alguém rejeitar o arrependimento, a humildade, a demência e a graça, deverá, então, esperar pagar por tudo que é exigido pela lei. O julgamento deve ocorrer de acordo com a lei; não há lugar para a demência ali.

    Alguns sugeriram que a esperança de salvação completa está implícita na frase enquanto não pagares o derradeiro ceitil. Entretanto, essa esperança só é possível na versão literal da parábola. O criminoso na prisão tem a esperança da libertação. Há sempre uma chance de que, de alguma forma, ele possa pagar o derradeiro ceitil. Mas não há tal esperança para o pecador no inferno. Estas almas totalmente arruinadas não poderão jamais pagar a menor parte de suas dívidas inestimáveis. Veja também os co-mentários sobre Mateus 5:25-26.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Lucas Capítulo 12 do versículo 1 até o 59
    *

    12:2-3

    No Dia do Juízo tudo será trazido à luz; toda hipocrisia será desmascarada.

    * 12:3

    no interior da casa. As paredes de tijolos de barro podiam ser cavadas, a fim de que os depósitos onde os valores eram guardados ficassem bem longe das paredes externas, nos cômodos internos (e, portanto, ficavam escondidos).

    * 12:5

    tem poder para lançar no inferno. Só Deus tem este poder. A palavra traduzida “inferno” aqui é Gehenna, o lugar de punição final (e não Hades, que designa o lugar de todos os mortos). Gehenna deriva-se de uma palavra Hebraica que significa Vale de Hinom, localizado fora de Jerusalém (Mt 5:22, nota).

    * 12:6

    vendem cinco pardais por dois asses. Os “asses” são o assarion, igual a um dezesseis avo de um denário (que era o pagamento típico do serviço de um dia). Cinco pardais vendidos pelo pagamento aproximado de uma hora de trabalho, mas Deus se lembra de todos eles.

    * 12:10

    Blasfêmia contra o Espírito Santo é atribuir a Satanás a obra que o Espírito Santo realiza através de Cristo, em face da esmagadora evidência moral ao contrário. Uma tal rejeição deliberada da verdade é uma rejeição decisiva do Único (o Espírito Santo) que pode levar uma pessoa ao arrependimento e à fé; um tal pecado torna impossível o perdão. Ver “O Pecado Imperdoável”, em Marcos 3:29.

    * 12:13

    A regra para a herança foi dada em Dt 21:17, e casos em disputa eram freqüentemente resolvidos pelos rabinos. Este homem queria claramente uma decisão só a seu favor; ele não estava procurando um julgamento justo.

    * 12.22-34

    Jesus nos proporcionou quatro fortes argumentos contra a ansiedade. Primeiro, preocupar-se com os bens do mundo é tolice, porque a própria vida é mais importante (v.23). Segundo, Deus cuidará, ele mesmo, do mesmo modo pelo qual ele cuida dos passarinhos no ar (v.24). Terceiro, a ansiedade não leva a coisa alguma (vs.25,26). Finalmente, como herdeiros das inexauríveis riquezas do reino de Deus, os crentes não devem preocupar-se com detalhes terrenos (vs.32,33). Jesus chama seus seguidores a ordenar suas prioridades corretamente, centrando seus corações no reino (v.34).

    * 12:25

    um côvado ao curso da sua vida. Ou “tornar sua vida mais longa”.

    * 12:27

    lírios. Não se sabe ao certo qual é exatamente a flor referida aqui.

    Salomão. Salomão era proverbial por sua riqueza e esplendor.

    * 12:31

    Buscai... o seu reino. Os discípulos já estavam no reino e deviam, portanto, concentrar suas energias nos interesses do reino.

    * 12:33

    Vendei os vossos bens e dai esmola. Central, neste versículo, é o contraste entre bens terrenos — que são perecíveis e fonte de ansiedade — e os tesouros do reino de Deus, que são a fonte durável da paz. Alguns dos seguidores de Jesus tinham, pelo menos, riquezas moderadas (10.38; Jo 19:27), e ele não está exigindo que todos os seus discípulos sejam pobres. Mas eles devem ser generosos e não colocar seus corações nas posses terrenas (v.34).

    * 12:35

    Cingido. Isto é, pronto para o serviço. Longas túnicas atrapalhavam os movimentos livres e eram mantidas acima dos joelhos com um cinto, quando necessário.

    * 12:37

    há de cingir-se. Esta é uma inversão de papéis, o senhor tomando o lugar do servo (conforme 22.27).

    * 12:38

    segunda vigília... na terceira. Os Judeus dividiam a noite em três vigílias (Jz 7:19) e os romanos, em quatro. Aqui, Jesus usa a divisão dos judeus. Estes servos vigiam por seu mestre durante toda a noite.

    * 12:42

    mordomo fiel e prudente. O mordomo era um escravo colocado à frente de todos os negócios do seu senhor. Assim, o senhor estava livre de todo encargo administrativo e o mordomo tinha considerável autoridade.

    * 12:44

    lhe confiará todos os seus bens. A recompensa do serviço fiel é a oportunidade de realizar os mais altos serviços.

    * 12:45-46

    A punição por falhas em fazer uso correto das oportunidades para o serviço, era severa.

    * 12:47-48

    As pessoas são punidas por falharem em fazer o correto, bem como por fazer o errado. A ignorância pode ser culpável, quando há oportunidades de saber aquilo que é exigido. Deus torna claros os deveres do seu povo (Rm 1:20; 2:14,15).

    * 12:49

    fogo. O fogo do juízo.

    * 12:50

    batismo. A morte de Jesus é também um “batismo”, outra figura que aponta também para a morte (“batizar” uma cidade significava sujeitá-la a uma quase total destruição). Liturgicamente, o batismo veio a simbolizar a morte de um velho estilo de vida e inaugurar um novo estilo. Jesus aceitou sua própria morte como o plano divino para trazer a salvação aos pecadores.

    se realize. Na cruz, Jesus falou da consumação de sua obra (Jo 19:30).

    * 12.54-56

    O povo podia discernir que um vento ocidental (do Mediterrâneo) significava chuva e um vento sul (do deserto) significava calor. Mas não era capaz de discernir o que Deus estava fazendo no meio deles.

    * 12.57-59

    Em assuntos legais, qualquer um com um mau caso faz bem em obter um acordo extrajudicial, antes que o caso vá a julgamento. Os pecadores devem reconciliar-se com Deus agora, pois eles perecerão se esperarem até o Dia do Juízo.



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Lucas Capítulo 12 do versículo 1 até o 59
    12.1, 2 Ao contemplar as multidões que lhe seguiam para lhe ouvir, Jesus advertiu a seus discípulos que se cuidassem da hipocrisia, quer dizer, aparentar bondade quando seus corações se acham longe de Deus. Os fariseus não podiam manter suas atitudes ocultas para sempre. Seu egoísmo cresceria como levedura e muito em breve ficariam expostos ao que na verdade eram: impostores famintos de poder, líderes religiosos sem devoção. É fácil zangar-se ante a evidente hipocrisia dos fariseus, mas cada um devemos resistir a tentação de simular respeitabilidade quando nossos corações estão longe de Deus.

    12.4, 5 O temor à oposição ou ao ridículo pode debilitar nosso testemunho por Cristo. Muitas vezes nos aderimos à tranqüilidade e à comodidade, até a risco de nosso andar com Deus. Jesus nos recorda aqui que devemos temer ao eterno, não ao temporal nem suas conseqüências. Não permita que o temor a uma pessoa ou a algum grupo límpida que saia em defesa de Cristo.

    12:7 Deus estima nosso verdadeiro valor, não os que se conhecem. Outras pessoas nos avaliam e categorizam conforme atuamos, o que obtemos e como nos vemos. Mas o amor de Deus nos dá a base real para nossa valia, pertencemo-lhe.

    12:8, 9 Negamos ao Jesus quando: (1) esperamos que ninguém vai pensar que somos cristãos, (2) decidimos não defender o bom, (3) calar quanto a nossa relação com Deus, (4) diluímo-nos na sociedade, (5) aceitamos os valores não cristãos de nossa cultura. Por contraste, reconhecemo-lo quando: (1) temos vistas morais, verticais, que honram a Cristo, (2) procuramos oportunidades para atestar de nossa fé a outros, (3) ajudamos aos necessitados, (4) saímos em defesa da justiça, (5) amamos a outros, (6) tomamos em conta nossa lealdade ao, (7) usamos nossa vida e recursos para levar a cabo seus desejos antes que os nossos.

    12:10 Jesus diz que o pecado contra o Espírito Santo é imperdoável. Isto motivou preocupação em muitos cristãos sinceros, mas não deveria ser assim. O pecado contra o Espírito Santo significa atribuir a Satanás a obra que o Espírito Santo leva a cabo (vejam-nas notas a Mt 12:31-32 e Mc 3:28-29). Também envolve um rechaço deliberado e teimoso a sua obra e a Deus mesmo. Uma pessoa que comete este pecado-se automargina de Deus, ao grau que passa por cima todo tipo de pecado. Uma pessoa temente ter blasfemado ao Espírito demonstra, por sua preocupação, que não pecou nesta forma.

    12.11, 12 Os discípulos sabiam que não podiam dominar uma disputa religiosa com os educados líderes judeus. Entretanto, não os abandonariam sem preparação. Jesus lhes prometeu que o Espírito Santo ensinaria as palavras necessárias. O testemunho dos discípulos não impressionaria, mas sim mostraria a obra de Deus no mundo mediante a vida do Jesus. Precisamos orar para ter oportunidades de falar em favor de Deus e logo confiar no para que nos ajude com nossas palavras. Esta promessa de valor, entretanto, não compensa a falta de preparação. Tenha presente que estes discípulos tinham três anos de ensino e aplicação prática. Devemos estudar a Palavra de Deus. Logo O nos fará recordar suas verdades quando mais as necessitarmos, nos ajudando às apresentar na forma mais eficaz.

    12.13ss Problemas como este lhe levavam freqüentemente aos rabinos para solucioná-lo. A resposta do Jesus, embora não vai diretamente ao assunto, não é uma mudança de tema. Entretanto, Jesus se refere a um assunto de grande importância, uma boa atitude para a acumulação de riquezas. A vida é mais que bens materiais, nossa relação com Deus é muito mais importante. Jesus pôs o dedo na chaga. Quando lhe levamos problemas a Deus em oração, O faz quase sempre o mesmo, mostra-nos como precisamos trocar e crescer em nossa atitude para os problemas. Muitas vezes esta não é a resposta que procuramos, mas é mais eficaz em nos ajudar a encontrar a mão de Deus em nossas vidas.

    12:15 Jesus diz que a boa vida não tem nada que ver sendo rico. É exatamente o oposto do que pelo general diz a sociedade. Os publicitários gastam milhões de dólares para nos fazer acreditar que se comprarmos cada vez mais de seus produtos, seremos mais felizes, viveremos mais cômodos. Como reage à pressão constante do consumo? Aprenda a desprezar as seduções custosas e concentre-se no que em realidade é bom na vida, viva em comunhão com Deus e faça sua obra.

    12.16-21 O homem da história do Jesus morreu antes de que pudesse começar a usar o armazenado em seus celeiros. Planejar para nossa aposentadoria, nos preparando para viver antes de morrer, é sábio, mas passar por cima a vida depois da morte é desastroso. Se acumular tesouros só para seu enriquecimento, sem preocupar-se em ajudar a outros, irá à eternidade com as mãos vazias.

    12.18-20 por que economiza dinheiro? Para seu retiro? Para adquirir automóveis ou brinquedos mais custosos? Por segurança? Jesus nos desafia a pensar além das metas terrestres e usar o que temos para o Reino de Deus. Fé, serviço e obediência são o caminho para começar a ser ricos em Deus.

    12.22-34 Jesus manda a não nos preocupar. Mas, como o evitamos? Solo nossa fé pode nos liberar da ansiedade que causa a cobiça e a avareza. É bom trabalhar e planejar com responsabilidade, mas não é bom depender de nossos métodos, pois nosso planejamento pode fracassar. A preocupação não serve já que não pode satisfazer nenhuma de nossas necessidades; a preocupação é uma atitude néscia porque o Criador do universo nos ama e sabe o que necessitamos.

    12:31 Converter o Reino de Deus em sua preocupação primária significa dar ao Jesus o lugar de Senhor e Rei em sua vida. O deve controlar cada aspecto: trabalho, distrações, planos, relações. É o Reino só um de seus muitos interesses ou é o centro de tudo o que faz? Oculta alguns assuntos de sua vida para evitar que estejam sob o controle de Deus? Como seu Senhor e Criador, ao interessa lhe ajudar, satisfazer suas necessidades, assim como também o guia para que saiba como usar o que O lhe dá.

    12:33 O dinheiro que se usa como fim em si mesmo logo nos apanha e nos separa de Deus, assim também dos necessitados. A chave para usar o dinheiro com sabedoria é ver quanto podemos empregar nos propósitos de Deus e não quanto podemos acumular para nós. Chega o amor de Deus até sua carteira? Dá-lhe seu dinheiro liberdade para ajudar a outros? Se for assim, armazena tesouros no céu. Se suas metas financeiras e posses estorvam sua generosidade, amor a outros ou serviço a Deus, enfaixa o que deva para pôr em ordem sua vida.

    12:34 Se concentrar seu dinheiro em seus negócios, seus pensamentos se centrarão em fazê-lo rentável. Se apontar a outras pessoas, concentrará-se em suas necessidades. Onde investe seu tempo, dinheiro e energias? No que pensa mais? Como deveria trocar a forma em que usa seus recursos para que reflitam com mais claridade os valores do Reino?

    12.35-40 Jesus dizia freqüentemente que deixaria este mundo, mas que voltaria (vejam-se Mateus 24:25; Jo 14:1-3). Também expressa que se prepara um reino para seus seguidores. Muitos gregos o perceberam como um reino celestial, não corporal. Os judeus, como Isaías e João o escritor de Apocalipse, viram isto como um reino terrestre restaurado.

    12:40 A vinda de Cristo em um tempo inesperado não é uma armadilha nem um truque mediante o que Deus espera nos surpreender. É mais, Deus retarda sua vinda de maneira que tenhamos uma melhor oportunidade para lhe seguir (veja-se 2Pe 3:9). Durante este tempo, antes de sua volta, temos a oportunidade de viver mostrando nossas crenças e refletindo o amor do Jesus à medida que nos relacionamos com outros.

    As pessoas preparadas para a vinda de seu Senhor: (1) não são hipócritas, a não ser sinceras (2Pe 12:1); (2) não são temerosas, a não ser dispostas a atestar (2Pe 12:4-9); (3) não vivem ansiosas, a não ser confiam (2Pe 12:25-26); (4) não são ambiciosas, a não ser generosas (2Pe 12:34); (5) não são ociosas, a não ser diligentes (2Pe 12:37). Faça que sua vida se pareça mais a de Cristo, de maneira que quando O venha esteja preparado para lhe receber com gozo.

    12.42-44 Jesus promete recompensar a quem é fiéis ao Professor. Algumas vezes experimentamos prêmios imediatos e materiais por nossa obediência a Deus, mas isto não sempre é assim. Se as recompensas materiais viessem logo depois de cada obra fiel, estaríamos tentados a alardear de nossos lucros e fazer o bom solo pelo que ganharemos. Jesus diz que se procurarmos recompensas agora, perderemo-las depois (veja-se Mc 8:36). Nosso galardão celestial será causa da mais cuidadosa reflexão do que tenhamos feito na terra e será muito maior do que poderíamos imaginar.

    12:48 Jesus nos disse como viver até que O venha. Devemos esperá-lo e trabalhar com diligência, obedecendo seus mandamentos. Estas atitudes são muito necessárias nos líderes alertas e fiéis. Estes receberão oportunidades e muitas responsabilidades que irão em aumento. A maiores recursos, talentos e conhecimentos, maior responsabilidade para usá-los com eficiência. Deus não nos reponsabilizará por dons que não nos deu, mas todos temos suficientes dons e capacidades para nos manter ocupados até que O volte.

    12:50 O "batismo" ao que Jesus se refere é sua futura crucificação. Falava da dor física e também do espiritual que implicava uma separação completa de Deus a fim de morrer pelos pecados do mundo.

    12.51-53 Nestas confusas e estranhas palavras, Jesus revelou que sua vinda muitas vezes conduz conflito. O demanda uma resposta, de modo que grupos íntimos possivelmente se separem quando alguns decidam lhe seguir e outros se neguem a fazê-lo. Com o Jesus não há termos médios. A lealdade deve declarar-se e a entrega levar-se a cabo embora algumas vezes se afetem outras relações. arriscou a aprovação de sua família a fim de ganhar a vida eterna?

    12.54-57 Segundo grande parte da história, asseguramos que a ocupação principal naquele tempo era a agricultura. Para sua sobrevivência, o agricultor dependia diretamente do clima. Necessitava a devida quantidade de sol e chuva, nem muita nem pouca, para sobreviver, e aprendeu de forma especial a técnica de interpretar os sinais da natureza. Jesus pregava a respeito de um fato que comoveria toda a terra e que seria ainda mais importante que o ano de colheita, a vinda do Reino de Deus. O Reino, como uma tormenta ou um dia ensolarado, anunciava sua iminente aparição mediante assinale. Mas os ouvintes do Jesus pensavam que eram o bastante capazes para interpretar o clima evitando com toda intenção os sinais dos tempos. Seus valores estavam confundidos.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Lucas Capítulo 12 do versículo 1 até o 59
    E. ADVERTÊNCIAS Vários (12: 1-59)

    1. Contra a Hipocrisia (12: 1-12)

    1 Nesse meio tempo, quando os muitos milhares de a multidão se reuniu, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos seus discípulos antes de tudo, vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. 2 Mas não há nada encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto que não venha a ser conhecido. 3 Portanto, tudo o que vos tenho dito na escuridão será ouvido na luz; eo que falastes ao ouvido no interior da casa será proclamado dos telhados. 4 E digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo, e depois disso nada mais que eles podem fazer. 5 Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, eu vos digo: temei aquele. 6 não se vendem cinco pardais por duas moedas de um centavo? e nenhum deles está esquecido diante de Dt 7:1 .) Hipocrisia significa, literalmente, o uso de uma máscara, tal como foi feito pelos atores daquele dia.Os fariseus estavam usando a máscara de falsa piedade, enquanto seus corações estavam cheios de inveja, ciúme e ódio.

    Os versículos 2:9 são paralelos aos Mt 10:26 (ver notas lá). Coberto-se e revelou é, literalmente, "velado over" e "revelado" Farrar sugere que o significado deste verso é: "Você vai ser responsável por qualquer parte do meu ensinamento que esconder. "

    Na escuridão (v. Lc 12:3) significa "na obscuridade." No interior da casa é, literalmente, "nos armazéns." Ele sugere salas secretas ou internas. Desde os ladrões poderiam cavar através das paredes exteriores de uma casa do tesouro foi mantida em um local secreto. Mas tudo escondido vai finalmente vir à luz. Hipocrisia é tolice, pois finalmente será desmascarado. Em uma cidade Oriental era costume fazer proclamações em cima dos telhados.

    Perseguições estão chegando. O Mestre adverte seus discípulos a não ter medo daqueles que matam o corpo, mas não pode fazer mais (v. Lc 12:4 ). Ao contrário, eles são a temer o único que tem poder - "autoridade" - para lançar no inferno (Geena) (v. Lc 12:5 ). Qual é a única que tem esse poder? Plummer diz: "Há pouca dúvida de que este se refere a Deus e não ao diabo", e acrescenta: ". Nós não nas Escrituras são disse a temer Satanás, mas resistir a ele ... embora o maligno tenta nos levar a Geena , não é ele que tem a autoridade para enviar para lá. "

    A pequena diferença típica de redacção em contas paralelas sem distinção de significado ocorre em conexão com o versículo 6 . Mateus diz: "vendem dois pardais por um asse" (assarion , no valor de cerca de um centavo). Lucas tem: cinco pardais por dois pence (recebendo um pardal livre). Mas, apesar de o valor comercial trivial dessas pequenas aves , nenhum deles está esquecido diante de Deus . Essa infinita Divina Providência está muito além da nossa compreensão. Então Jesus fez o pedido: os cabelos da vossa cabeça estão todos contados -novamente nós cambalear no infinito de ele- sois de mais valor do que muitos pardais (v. Lc 12:7 ).

    Para negar a Cristo aqui é tê-lo nos negar lá. Para negar a Cristo agora é tê-lo nos negar então.

    Qual é o pecado que não será perdoado? Tem havido muitas tentativas de definir o chamado pecado imperdoável. Plummer coloca bem quando escreve: ". Oposição constante e consumado com a influência do Espírito Santo, por causa de uma preferência deliberada de trevas para a luz, torna o arrependimento, e, portanto, o perdão, moralmente impossível" Esta blasfêmia contra o Espírito Santo é normalmente identificado com o pecado para a morte 1Jo 5:16 . Ele também é descrito em Mt 12:31 eMarcos 3: 29-30 .

    Então Jesus deu aos discípulos um aviso de que eles seriam perseguidos pelos judeus (sinagogas) e pelos gentios (governantes e autoridades ). Mas eles não precisam temer, pois o Espírito Santo vai ensinar-lhes o que dizer (12 ).

    2. Contra Cobiça (12: 13-21)

    1. Pedido de ajuda (12: 13-15)

    13 E um dentre a multidão, disse-lhe: Mestre, manda meu irmão dividir comigo a herança. 14 Mas ele lhe disse: Homem, quem me fez um juiz ou repartidor entre vós? 15 E disse-lhes: Levai prestar atenção, e guardai-vos de toda a avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.

    Um homem na multidão perguntou a Jesus para pedir seu irmão que reparta a herança da família com ele. A resposta de Cristo foi: Quem me fez um juiz ou repartidor entre vós? Então o Mestre aproveitou a situação para entregar uma forte advertência contra a cobiça. Ele também enunciou um grande princípio geral: a vida de um homem não consiste na abundância das coisas que possui. Os bens materiais não significam vida abundante.

    b. Parábola do rico insensato (12: 16-21)

    16 E falou uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico tinha produzido com abundância; 17 e ele arrazoava consigo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? 18 E ele disse: , Isto eu faço: eu vou puxar os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todos os meus cereais e os meus bens. 19 e direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; . tomar a tua vontade, comer, beber, ser feliz 20 Mas Deus lhe disse: Tu Insensato, esta noite é a tua alma requerida de ti; e as coisas que tens preparado, para quem será? 21 Assim é aquele que ajunta tesouros para si mesmo, e não é rico para com Deus.

    Jesus contou a história de um homem que estava envergonhado com abundância. Sua maior preocupação era o problema do que fazer com o seu excedente. Ele finalmente decidiu derrubar seus celeiros e construir outros maiores. Então ele tomaria seu facilidade.

    Mas Deus viu as coisas de forma diferente. Seu veredicto foi, Tu tolo . O homem era tolo, porque ele se esqueceu de Deus, se esqueceu de sua própria condição espiritual, e esqueceu os mais necessitados ao seu redor. Por que ele não distribuir o seu excedente para as pessoas pobres, em vez de armazená-lo, possivelmente a apodrecer? Além disso, o homem era tolo, porque ele achava mais do seu corpo do que a sua alma, mais de tempo do que a eternidade, mais de si mesmo do que outros.

    Este é um dos o número considerável de parábolas encontrada somente em Lucas. É uma parte de sua condenação dos ricos egoístas que não têm nenhuma preocupação com os pobres necessitados.

    3. Contra a ansiedade (12: 22-34)

    22 E disse aos seus discípulos: Por isso vos digo: Não estejais ansiosos para sua vida, pelo que haveis de comer; . nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir 23 Porque a vida é mais do que a comida, eo corpo mais que as vestes. 24 Considerai os corvos, que não semeiam, nem ceifam; que não têm câmaras loja nem celeiro; e Deus alimenta-los: de quanto mais valor sois vós do que as aves 25 ? E qual de vós, por estar ansioso, pode acrescentar um côvado à medida da sua vida 26 Se, pois, não sois capazes de fazer até o que é menos, ? Por que estais ansiosos a respeito do resto 27 Olhai para os lírios, como eles crescem: eles não trabalham, nem fiam; ainda vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 28 Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que é hoje, e amanhã é lançada no forno; quanto mais ele deve vestir a vós, homens de pouca fé? 29 E não buscais o que haveis de comer, e que haveis de beber, nem vos de espírito duvidoso. 30 Por todas estas coisas os povos do mundo procuram ; mas vosso Pai sabe que tendes necessidade dessas coisas. 31 No entanto, buscai o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas você. 32 Não temais, pequeno rebanho; pois é do agrado do vosso Pai dar-vos o reino. 33 Vender o que tendes, e dai esmolas; Fazei para vós bolsas que não se envelheçam, um tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não se vai chegando perto de ladrão, nem a traça destrói. 34 Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará o seu coração também.

    Versos 22:31 estão intimamente paralelo ao Mt 6:25 (ver notas lá). Jesus adverte seus ouvintes: Não estejais ansiosos -muito mais preciso do que "Não andeis" (KJV) -cerca de alimentos ou roupas. A vida consiste em mais do que essas coisas materiais, como é ilustrado vividamente na parábola do rico insensato.

    O versículo 25 faz uma pergunta marcante. Qual de vós, por estar ansioso, pode acrescentar um côvado à medida da sua vida? Os últimos cinco palavras substituir "sua estatura" (KJV). Qual é o correto? A palavra grega helikia pode significar tanto o comprimento do corpo ou a duração da vida (ver notas sobre Lc 2:52 ). Isso significa que aqui é incerto. A versão Berkeley lê, "Quem de vós pode adicionar um pé para sua altura por se preocupar?" Mas ele acrescenta a nota de rodapé: "um momento para o seu período de vida" é uma tradução igualmente verdadeiro. "A dificuldade de decidir entre os dois é destacada pelo fato de que, enquanto a Revised Standard Version tem "seu período de vida", o New Inglês Bíblia tem "sua altura." Em ambos os casos côvado devem ser tomadas tanto no sentido figurado.

    Nem vos da mente duvidosa (v. Lc 12:29) é uma cláusula que Mateus não inclui. Sede da mente duvidosa é uma palavra no grego, um verbo que é encontrado somente aqui no Novo Testamento. Ele vem de um significado adjetivo: "(a) em meados do ar; (B) balizadas; (C) em suspense. "Assim, o verbo no passivo (como aqui) significa tanto", a ser exaltado, inchado "ou" estar ansioso, em suspense. "

    Thayer diz de seu significado (na ativa): "por uma metáfora tomada dos navios que são arremessados ​​no profundo por ventos e ondas, para causar um a vacilar ou flutuar em mente ...; para agitar ou assediar com os cuidados . ". Para esta passagem ele sugere" e não vacilar entre a esperança eo medo "Arndt e Gingrich dizer que o adjetivo do qual o verbo vem meios:" oscilando entre a esperança eo medo, inquieto, ansioso ".

    ". Quietude no Storm" Alexander Maclaren dirige sua exposição desta cláusula com o título, ressalta a relação desta passagem para o contexto total do capítulo, com estas palavras: "O rico insensato que se estende-se para fora para descansar na pilha de suas posses, e os pobres jogar tolo sobre sobre as ondas de pensamento inquieto, são, no fundo, sob a influência da mesma loucura ", isto de acordo com eles mesmos, em vez de confiar em Deus.

    Uma das muitas passagens bonitas que ocorrem somente em Lucas é o versículo 32 : Não temais, pequeno rebanho; pois é do agrado do vosso Pai dar-vos o reino. próprio de Cristo foram uma vez, como todos os outros, ovelhas que se perderam (Is 53:6 (ver notas lá). Lucas acrescenta: Vender o que tendes, e dai esmolas (v. Lc 12:33 ). Plummer observa: "Como em Lc 5:29 , Lc 5:30 ., temos uma regra dada, não que isso pode ser mantido, literalmente, mas que pode ilustrar um princípio "Ele acrescenta que a esmola não é apenas para o benefício do destinatário necessitados, mas "também para o bem do doador, que seu coração pode ser libertado da cobiça." Esta é uma das razões por que dar é um meio essencial de graça.A alma do cristão que dá generosamente é abundantemente abençoado por Deus.

    4. No que diz respeito a Segunda Vinda (12: 35-59)

    1. Necessidade de Vigilância (12: 35-40)

    35 Deixem os vossos lombos cingidos ser, e sua queima de lâmpadas; 36 e ser sede vós semelhantes aos homens que procuram o seu senhor, quando houver de voltar das bodas; que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe. 37 Bem-aventurados aqueles servos, a quem o senhor, quando vier, achar vigiando! Em verdade eu vos digo, que se cingirá, e fazê-los sentar-se à mesa e virão, e servi-los. 38 E, se vier na segunda vigília, e se, no terceiro, e encontrar -los assim, bem-aventurados são aqueles servos. 39 sabei, porém, que, se o dono da casa soubesse a a que hora viria o ladrão, ele teria visto, e não saiu de sua casa para ser quebrado através de. 40 ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, o Filho do homem virá.

    Os versículos 35:38 são encontrados somente em Lucas. A dupla admoestação do versículo 35 é impressionante: . Deixe os seus lombos cingidos ser, e as lâmpadas acesas Ambas as figuras de linguagem eram familiares a ouvintes de Cristo. Quando alguém queria ir ao trabalho ou ir em uma viagem que iria "cingir" a si mesmo, puxando sua veste de fluxo e, em seguida, amarrando a faixa para prendê-lo todos juntos. Então, disse Jesus, precisamos nos preparar para a Sua vinda novamente por cingir-nos com a oração. Nós também devemos manter nossas lâmpadas acesas. Esta é a Parábola das Dez 5irgens (Mt 25:1 ), em poucas palavras.

    Jesus disse que a atitude do cristão é ser como o dos funcionários que estão esperando momentaneamente o retorno de seu mestre. Eles devem estar prontos para abrir-lhe o momento em que ele bate à porta da rua. Os servos que o senhor encontra observação será abençoado. Ele irá atendê-los. O segundo relógio (21:00 à meia-noite) e o terceiro (12: 00-3,00 AM) são os momentos em que é mais difícil de se manter totalmente acordado e alerta.

    Os versículos 39:40 são paralelos para Mt 24:43 (ver notas lá). A ênfase aqui é sobre a imprevisibilidade do tempo da Segunda Vinda. Se um homem soubesse a que hora da noite o ladrão iria quebrar, ele estaria assistindo para ele. Então, devemos ser sempre em alerta, pois Cristo virá em uma hora que não imaginais (v. Lc 12:40 ).

    b. Necessidade de Fidelidade (12: 41-48)

    41 E disse Pedro: Senhor, dizes essa parábola a nós, ou mesmo a todos? 42 E disse o Senhor: Quem é o mordomo fiel e prudente, que o Senhor porá sobre os seus servos, para lhes dar a sua porção de comida a seu tempo? 43 Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. 44 Em verdade eu vos digo, que ele porá sobre tudo o que tem. 45 Mas, se aquele servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em vir; e começar a espancar os criados e as criadas, ea comer e beber, e embriagar-se, 46 o senhor daquele servo virá num dia em que não o espera, e numa hora de que não sabe, e deve cortar .-lo em pedaços, e nomear a sua parte com os infiéis 47 E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos listras ; 48 mas o que não a soube, e fez coisas dignas de açoites, será castigado com poucas listras . E para quem muito é dado, muito será exigido deve: e para quem cometer muito, ainda se lhe pedirá.

    Pedro queria saber se esta parábola dos servos assistindo era somente para os discípulos, ou para toda a multidão. Em resposta, Jesus deu outra "parábola", a do mordomo fiel (vv. Lc 12:42-46 ). Este é paralelo em Mt 24:45 (ver notas lá).

    Os versículos 47:48 são encontrados somente em Lucas e constituem uma passagem significativa. Parece ser claramente indicado aqui que haverá graus de punição na vida que a justiça parece demanda seguinte. A distinção básica será a luz que se tem. O critério de julgamento será a reação de cada pessoa para o que ele sabe é vontade do seu senhor. Aqueles com muita luz têm maiores demandas colocadas sobre eles, tanto pela vida e pelo próprio Senhor.

    c. Lealdades divididas (12: 49-53)

    49 Eu vim para lançar fogo sobre a terra; E o que eu desejo, se ele já está aceso? 50 Mas eu tenho um batismo para ser batizado; e como me angustio até que venha a cumprir-se! 51 pensais que eu vim trazer paz à terra? Eu lhes digo: Não, mas sim divisão: 52 . Porque haverá a partir de agora cinco divididos numa casa: três contra dois, e dois contra três 53 Eles serão divididos, pai contra filho, e filho contra pai; a mãe contra a filha ea filha contra a mãe; sogra contra sua nora, e nora contra a sogra.

    O que Cristo quis dizer quando disse que Ele veio para lançar fogo sobre a terra? Parece referir-se a contenda e divisão (conforme v. Lc 12:51 ). Este talvez remonta ao início deste capítulo, uma situação que aumenta fora da oposição dos fariseus a Cristo. Sobre o significado do fogo aqui, AB Bruce diz: "o fogo de uma nova fé ou religião, um entusiasmo ardente nos crentes, criando antagonismo feroz em incrédulos:. deploráveis ​​mas inevitáveis"

    A segunda parte do versículo 49 poderia ser traduzido: "Como eu desejo sinceramente que ele já estivesse aceso". Creed diz: ". Cristo quer que o fogo já está aceso, porque é necessário que ser assim antes o reino de Deus pode vir"

    Plummer prefere o significado, ele escreve "O que mais tenho eu a desejar, se já está aceso!": ". Cristo veio para definir o mundo em chamas, e o incêndio já tinha começado"

    Mas há talvez um outro significado de fogo para ser adicionada a esta. João Batista havia dito da vinda do Messias ", ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo", e "a palha ele vai queimar em fogo inextinguível" (Lc 3:16 , Lc 3:17 ). Farrar oferece esta sugestão: "A metáfora é, provavelmente, a serem tomadas em todos os seus significados: o fogo como um batismo espiritual; o fogo purificador para limpar ouro da escória, e queimará a palha de todo o mal em cada personagem imperfeito; eo fogo da justiça retributiva. "Cristo ansiava pelo início do trabalho de purificação do Espírito Santo no coração dos crentes, o que viria depois da crucificação e da efusão do Espírito no dia de Pentecostes.

    Como é o versículo 50 relacionada ao versículo 49 ? Plummer faz esta sugestão sobre as metáforas do fogo e da água: "A única apresenta os resultados de sua vinda, pois afeta o mundo, o outro como ele afeta a Si mesmo. O mundo é iluminado com as chamas, e Cristo é banhado em sangue. "

    A última parte do versículo 50 nos dá um vislumbre da carga que já pesava sobre o coração de Cristo. Ele foi estreitando - "oprimidos, afligidos" -até Sua Paixão deve ser concluída. "A perspectiva de seus sofrimentos era um Getsêmani perpétua".

    Os versículos 51:53 são paralelos para Mt 10:34 (ver notas lá). Lucas é mais específico em soletrando a divisão muitas vezes ocasionado em uma casa onde alguns optam por seguir a Cristo e outros se recusam a fazê-lo. Ele ilustra citando o exemplo de uma família de cinco que serão divididas, três contra dois (v. Lc 12:52 ). Mas, em seguida, ele aparece como se ele passa a nome de seis. Se pensarmos um pouco, no entanto, mostram que a mãe e mãe-de-lei (v. Lc 12:53) são a mesma pessoa. Era costume de um homem para levar a noiva para a casa de seu pai, para que a mãe desse filho seria, ao mesmo tempo, ser de sua esposa mãe-de-lei.

    d. Sinais do tempo (12: 54-59)

    54 E ele disse à multidão também: Quando vedes subir uma nuvem do ocidente, logo dizeis: Lá vem chuva; e assim sucedeu. 55 E quando virdes a soprar o vento sul, dizeis: Haverá um calor abrasador; e assim acontece. 56 Hipócritas, sabeis como interpretar a face da terra e do céu; mas como é que vocês não sabem como interpretar esse tempo? 57 E por isso mesmo julgais vós o que é certo? 58 Porque, assim como tu vais com o teu adversário ao magistrado, no caminho de dar diligence desistir de ser dele ; para que não por acaso, ele arrasta-te ao juiz, eo juiz te entregue ao oficial, e o oficial te lance na prisão. 59 te digo: Tu, porém de nenhuma maneira de sair dali, até que tu ter pago o último ácaro.

    Os versículos 54:56 são um pouco paralelo a Mt 16:2 , embora os sinais meteorológicos citados são diferentes. Em Mateus Cristo observa que o céu vermelho à noite é um sinal de bom tempo, enquanto um ("redução") céu vermelho e sombrio da manhã é um mau sinal. Ao longo da costa do Atlântico, onde o escritor deste comentário foi criado, o velho ditado foi:

    Céu vermelho à noite,

    Delícia do marinheiro;

    Céu vermelho na parte da manhã,

    Take aviso do Marinheiro.

    Mas aqui é uma nuvem subindo a oeste (sobre o Mediterrâneo), que significa um chuveiro que vem, e um vento sul (do deserto) que significava calor abrasador. Palestina encontra-se entre o deserto eo mar.

    Jesus desafiou seus ouvintes. Se eles pudessem interpretar a face da terra e do céu (o céu), por que eles não interpretam esse tempo? (v. Lc 12:56 ). O uso de hipócritas aqui é assim explicado por Farrar: "Sua falta de sinceridade consistia no fato de que, embora os sinais do Reino fosse igualmente simples que seria . Não vê-los, e fingiu não vê-los "Os milagres que realizou eram sinais messiânicos (conforme Is 35:4 ), como também a pregação de João Batista. Por que eles não a si mesmos julgar o que era certo (v. Lc 12:57 ), sem que tenha de apontar esses fatos óbvios para eles?

    Os versículos 58:59 são paralelos aos Mt 5:25 (ver notas lá). No início do versículo 58 os tradutores da Bíblia ReiTiago 5ersion deixado de fora o Para , talvez porque eles não podiam ver qualquer relação entre o que se segue e que precede. Mas AB Bruce apontou que link, com estas palavras: "Está implícito que, se tivesse o discernimento moral necessária veriam que um dia de julgamento estava à mão, e entender que o dever da hora era para entrar em acordo com seu adversário por um arrependimento em tempo hábil ".

    Para ser sair de é um termo legal no grego, e, aqui, significa a ser livre de qualquer outra intervenção legal com o próprio adversário. Arraste (literalmente, "arrastar para longe") é um termo forte, encontrada somente aqui no Novo Testamento. Diretor épractor . Em Atenas, ele foi usado para "quem exige pagamentos, um colecionador." A palavra é encontrada somente aqui no Novo Testamento (diferente da "oficial" em Mt 5:25 ), mas é freqüente nos papiros desse período. Deissmann pensa que aqui significa simplesmente Arndt e Gingrich dizer que nesta passagem que significa "funcionário do tribunal.": "Um funcionário do tribunal que está sob as ordens do juiz, algo como um oficial de justiça ou policial , que está a cargo do devedor de prisão ". Mite (v. Lc 12:59) foi a menor moeda em uso, no valor de cerca de um oitavo de um centavo. A palavra grega significa literalmente "pelados, magro, pequeno."

    Jesus estava advertindo seus ouvintes a fazer as coisas alisado com o grande juiz de todos, antes que fosse tarde demais. Godet observa: "Na aplicação, Deus é ao mesmo tempo adversário, juiz e oficial:. O primeiro por sua santidade, o segundo pela sua justiça, o terceiro pelo seu poder"

    Mas a aplicação literal de relacionamento Um com seus semelhantes não devem ser esquecidos ou negligenciados em dar atenção para a referência final para o encontro divino-humano. Para nossa posição com Deus envolve a nossa posição com os homens.O Talmude tem um provérbio sábio sobre este ponto: "As ofensas entre o homem e Deus, o Dia da Expiação Acaso expiar. As ofensas entre o homem e seu vizinho do Dia da Expiação expia, somente quando ele tem acordado com o seu próximo. "Não podemos manter a paz com Deus, a menos que continuamente buscar a paz com todos os homens (Heb. 0:14 ).


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Lucas Capítulo 12 do versículo 1 até o 59
    Jesus exorta seus discípulos a terem as prioridades certas na vida.

    1. Temor a Deus (12:1 -12)

    Os líderes religiosos tentavam armar uma cilada para Jesus, a multidão o atropelava, mas ele não estava com medo do inimigo nem impressiona-do com a multidão. Ele vivia para agradar apenas a Deus. Ele viu que os Doze estavam preocupados com os fariseus, por isso advertiu-os de temerem apenas a Deus, não aos homens. Se tememos a Deus, não precisamos temer ninguém nem mais nada (SI 112). Quando come-çamos a temer as pessoas, corremos o risco de fazer concessões a fim de agradá-las e de proteger-nos, e isso leva à hipocrisia ("fingimento").

    Jesus comparou a hipocrisia com o fermento: ele começa peque-no, espalha-se e, no fim, infesta tudo. Os judeus reconheciam o fermento como um símbolo de impureza (Êx 12:15-20; veja1Co 5:6-46; Gl 5:9). Todavia, a hipocrisia está fadada ao fracasso porque, no fim, Deus reve-lará todas as coisas (vv. 2-3), e o Se-nhor é o juiz final e supremo.

    O temor ao homem ofende o Pai que cuida de nós (vv. 4-7), o Fi-lho que morreu por nós (vv. 8-9), e o Espírito Santo que nos fortalece no Senhor (vv. 10-12). Devemos con-fessar Cristo com coragem no poder do Espírito e deixar que os homens façam o que quiserem. Deus está no controle (At 4:23-44).

    O "blasfemar contra o Espírito Santo" (v. 10) é uma referência espe-cífica à nação judaica que rejeitava a evidência fornecida por Jesus de quem ele era e o que deviam fazer. Eles rejeitaram Deus Pai, que enviou João Batista, quando recusaram o ministério deste, contudo ainda ha-via o testemunho do Filho. Quando eles o rejeitaram, ele orou por eles (Lc 23:34). Eles ainda tinham o teste-munho do Espírito (At 1:8). Quando eles rejeitaram o testemunho do Es-pírito dado por intermédio da igreja (At 2—7), eles pecaram contra o Es-pírito Santo (At 7:51), e não restara mais nenhuma testemunha.

    1. Crer em Deus (12:13-34)

    Esse homem rico estava mais preo-cupado em ganhar dinheiro que em ouvir a Palavra de Deus (veja 8:14). Ele queria que Jesus o aju-dasse a resolver seu problema, mas não que o salvasse de sua avareza! Se Jesus tivesse feito uma divisão justa da propriedade, não teria resolvido o problema, pois "o cerne de todo problema está no coração". O versículo 1 5 apresen-ta uma afirmativa que contradiz a filosofia do mundo, ilustrada pela parábola (vv. 1 6-21).

    O dinheiro nem sempre resol-ve os problemas, pois para esse fa-zendeiro trouxe novos problemas. Não é pecado ser rico, mas é peca-do transformar a riqueza em deus (Cl 3:5). Observe como o fazendeiro enfatiza a si mesmo ("eu" e "meu"). A riqueza pode ser uma janela atra-vés da qual vemos Deus (1Tm 6:1 1Tm 6:7) ou um espelho em que vemos ape-nas a nós mesmos. Ele pode tornar- nos generosos ou egoístas, depende de onde está nosso coração.

    O rico é propenso a se tornar avarento, e o pobre, a se preocupar. As duas coisas são pecado. Quan-do substituímos a vida por coisas, deixamos de viver pela fé e de crêr em Deus. Toda a natureza confia em Deus para suprir suas necessidades, e nós devemos fazer o mesmo. A preo-cupação apenas nos leva para baixo. A chave para uma vida despreocu-pada é o coração total mente voltado para Deus (v. 31; Mt 6:33). Essa é a "visão não-dividida" de 11:34-36. Como pertencemos a Deus, ele tem obrigação de cuidar de nós, por isso não precisamos nos preocupar.

    1. Servir a Deus (12:35-59)

    Viver para as posses materiais cega- nos em relação ao futuro e impede que nos preparemos para o retorno do Senhor. Podemos ficar tão en-volvidos com os bens deste mundo que negligenciamos a eternidade. Devemos ser servos fiéis em nos-sa espera e vigília pelo Noivo (vv. 35-40), como também no trabalho para o Mestre (vv. 41-48). Ele virá como um ladrão (v. 39; 1Ts 5:2; Ap 16:15), portanto temos de estar preparados.

    Se decidirmos que o Senhor não voltará hoje, começamos a viver para nós mesmos (v. 45), e isso sig-nifica julgamento quando ficarmos diante do Senhor (v. 46; 1Jo 2:28). As expressões "castigá-lo-á" (v. 46) e "punido com muitos açoites" (vv. 47-48) não sugerem disciplina física no tribunal de Cristo, pois teremos o corpo glorificado. Elas são vividos lembretes de que Jesus lidará com os servos infiéis e não os recompen-sará. Ter uma responsabilidade dada por Deus é uma coisa muito séria.

    Se achamos que servir a Cristo é algo difícil e que exige muito de nós, pense no que ele vivenciou (vv. 49-50)! Ele sentiu as ondas e vaga-lhões do julgamento de Deus em seu batismo na cruz. Estamos na forna-lha da aflição? Ele sentiu esse fogo antes de nós. Vivenciamos "guerra" na família por causa de nossa fé em Cristo? Ele sabe como é isso (8:19- 21; Mq 7:6; Jo 7:1-43).

    Estejamos atentos para que nada — nem a aparente demora de sua vinda (v. 45), nem a perseguição (vv. 51-53), nem a atitude descrente do mundo (vv. 54-59) — nos impeça de servir fielmente ao Senhor. Nosso mundo moderno entende a ciência, prevê tempestades e a chegada de co-metas e leva o homem à lua, mas não sabe discernir "os sinais dos tempos". Como as pessoas da época de Noé, as pessoas hoje sentem a falsa segurança fundamentada na ignorância. O tem-po de julgamento estava chegando para Israel, contudo ele desperdiçou a chance de paz que Deus lhe ofere-cera (vv. 58-59; 19:41-44).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Lucas Capítulo 12 do versículo 1 até o 59
    12.1 Fermento. A influência que corrompeu (conforme 1Co 5:6)., O perigo da hipocrisia não se limita aos fariseus: estende-se aos crentes.

    12.2,3 Como a Palavra de Deus expõe à luz os segredos da alma (conforme He 4:12), o juízo final revelará tudo o que não for objeto de confissão, arrependimento e perdão (conforme 1Jo 1:9), Estes versículos podem referir-se à proclamação pública do reino de Deus depois da ressurreição (9.36),

    12.4 Amigos. Talvez pessoas dispostas a ouvia-lo mas não ainda inteiramente decididas (conforme Jo 6:66). Não temais. A confiança durante a perseguição depende de perceber a infinita diferença entre a morte corporal e a eterna.

    12.5,7 Temei... não temais. Tememos porque Deus é o justo juiz (conforme Jc 4:12). Confiamos porque Ele é amor e governa tudo (conforme Rm 8:28-45).

    12.6 Pardais. Faziam parte da alimentação dos pobres.

    12.8,9 Confessar... negar. Refere-se à lealdade dos cristãos, provada na perseguição e tortura. É mais temível a condenação de Deus (vv. 5,
    9) que a ira humana (conforme 22:54-62).

    12.10 Blasfemar contra o Espírito. Conforme Mc 3:29s e Mt 12:32; aqui tem aplicação mais ampla. Os "pais da Igreja" entenderam com isso a apostasia dos que seriam crentes, o que não era perdoável (cf.He 6:4-58), enquanto a palavra contra o Filho seria a oposição incrédula, que é perdoável. Alguns pensam que se refere aos judeus que rejeitaram a Cristo antes do Pentecostes; depois a rejeição seria definitiva e imperdoável,

    12.11,12 Não vos preocupeis., A melhor defesa é um coração dominado pelo Espírito Santo (conforme 1Pe 3:15); não se refere à pregação ou ao ensino.

    12.15 A vida. O tema de 12:13-34 é o contraste entre possuir e viver. • N. Hom. O rico era louco porque:
    1) Suas posses eram apenas emprestadas (conforme 1Tm 6:17);
    2) Tentou reservar as bênçãos de Deus unicamente para seu benefício próprio (1Tm 6:18); e
    3) julgou que esta vida é de mais valor que a eterna. Conclusão: A única riqueza duradoura é possuir a Deus (v. 21; Jo 17:3).

    12.20 Pedirão. Provavelmente anjos, os agentes de Deus (conforme 16.9),

    12.22 Por isso. A seção seguinte ensina a maneira sábia de encarar a vida em contraste com a maneira louca da parábola anterior (vv. 16-21). • N. Hom. Ansiedade.- futilidade e pecado, porque:
    1) Deus valoriza a vida mais que as coisas que a sustentam (4.4);
    2) O Deus onipotente garante aquilo que a nossa preocupação não pode cuidar (Fp 4:6, "orar e não se preocupar";
    3) Deus nos tem mais amor do que a qualquer outro objeto do Seu cuidado (v. 27; Rm 8:32).

    12.23 Vida. O cuidada acerca do futuro deve concentrar-se unicamente sobre o reino de Deus (v. 32), a vida eterna. .A vida terrestre é decisiva para a sua continuação na eternidade (conforme Mc 8:35-41).

    12.25. Curso da sua vida. Conforme Mt 6:27n. Um dos maiores interesses na vida é prolongá-la (conforme Is 38:1-23), o que só Deus pode fazer.

    12.26 Pelas outras. Isto é, alimento, vestuário e necessidades do corpo.

    12.29 Indagar. Gr zeteite; "procuram", v. 30,- "buscai", v. 31. Podemos concentrar os nossos esforços, ganhar o mundo, ou o reino. Aquele que busca o reino ganhará os dois ("estas coisas", v. 31) do bondoso Rei (v. 12).

    12.32 O temor e a ansiedade caracterizam os incrédulos ("gentios", v. 30), mas não os filhos (rebanho) de Deus, que os ama e lhes oferece o reino, que significa a soberania do Senhor na vida dos súditos (Rm 14:17ss).

    12.33 Vendei os vossos bens. Aquilo que for impedimento para buscar e adentrar o reino (conforme Mc 70:21-27), quando investido no bem dos necessitados e na obra remidora de Deus, torna-se uma ajuda(1Tm 6:9, 1Tm 6:18).

    12.34 Tesouro. Não ouro e jóias, mas almas redimidas e eternamente gratas.

    12.35 Este versículo é um resumo da parábola das dez virgens (conforme Mt 25:1 ss). Cingido. No Oriente, as vestes longas chegavam a impedir uma rápida movimentação do corpo. Para resolver este problema, era amarrado um cinto sobre os lombos, ajustando as vestes ao corpo na altura da cintura. Isto permitia uma movimentação mais livre e acelerada. No caso, aqui, cingidos significa que as crentes devem estar sempre servindo, e sem embaraços (1Pe 1:13).

    12.37 Vigilantes. "Acordados", em contraste com os que estão mortos, "dormindo" em pecados (conforme Ef 5:14; 1Ts 5:10). A morte (v. 20) e a segunda vinda estão continuamente iminentes (vv. 36-40). As exigências do reino (preparação e vigilância) são relevantes tanto para os que morrem antes do juízo como para os que estarão vivos naquele dia. Ele... os servirá. Os escravos fiéis serão honrados como amigos e hóspedes, servidos pelo próprio Senhor.

    12.39 Ladrão. Conforme 21.34; 1Ts 5:2; 2Pe 3:10; Ap 3:3; Ap 16:15. Vigiar significa guardar a fé e servir ao Senhor.

    12.41 Nós ou... todos. A honra (v. 37) ou castigo (v. 46), segundo o procedimento, aguarda não somente os apóstolos, como também todos os servos do Senhor que vivem no intervalo entre a ascensão e Sua volta. Quanto maiores os privilégios, mais severa será a condenação dos infiéis.

    12.44 Confiará. Evidentemente, o galardão pela fidelidade em cumprir a vontade do mestre será honra e responsabilidade muito maiores.

    12.46 Infiéis. Crentes e líderes da igreja, que levam uma vida sem disciplina agora, enfrentarão a ira do, Senhor (conforme Mt 7:15-40).

    12.48 Poucos açoites. O contraste é feito entre os líderes irresponsáveis (vv. 45-47), e os crentes ma] instruídos que viveram no egoísmo e duvidaram das promessas gloriosas; todos receberão o justo castigo no tribunal de Cristo (conforme 2Co 5:10). Maior privilégio demanda maior responsabilidade.

    12.49,50 Lançar fogo. O fogo, que purifica e divide as famílias e a sociedade (52ss) é o Espírito Santa, que é o medianeiro da mensagem julgadora do reino (conforme Jo 16:0; cf.1Jo 5:6-8n), o Espírito será derramado em poder (At 1:8; At 2:0.1ss). Aqueles que rejeitarem Seu apelo serão condenados ao juízo do fogo eterno (conforme 3.16; Mt 25:46).

    12.54,55 Poente. Direção do mar Mediterrâneo (conforme 1Rs 18:44). Vento do Sul viria do deserto do Neguebe, sujeito a muito calor.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Lucas Capítulo 12 do versículo 1 até o 59
    g) Ensinos públicos (12:1-59)

    O tom solene acerca da controvérsia com os fariseus tem continuação em todo o cap. 12, em que o nosso Senhor se volta para os seus seguidores e pronuncia uma série de advertências que eles precisam respeitar. Em primeiro lugar, ele os orienta a se preparar para a perseguição que certamente os espera (v. 1-12). Em seguida, adverte-os acerca da avareza, a valorização excessiva dos bens materiais, e reforça a advertência com a parábola solene do rico insensato (v. 13-21). Segue, então, uma seção, que em Mateus é colocada no Sermão do Monte, em que ele mostra aos discípulos a inutilidade e a tolice da ansiedade por necessidades temporais (v. 22-34). Finalmente, quase toda a segunda metade do capítulo (v. 35-59) é de orientação escatológica, advertindo acerca do momento decisivo que certamente está à espera deles.

    (1) Advertência acerca de perseguições vindouras (12:1-12)

    A cena é retratada vividamente, uma das obras-primas de narrativa simples, porém marcante, tantas vezes usada para realçar suas descrições do alvoroço e do humor variável da multidão na rua. Jesus deixou o fariseu com quem havia debatido, mas eles não o queriam deixar sair facilmente; eles começaram a opor-se fortemente a ele e a interrogá-lo com muitas perguntas, esperando apanhá-lo em algo que dissesse (11.53,54). Mas como em outras ocasiões, especialmente na sua crucificação, é o Senhor — e não eles —, a figura solitária — e não os líderes da religião estabelecida —, que está claramente no controle dos eventos, tendo-se juntado uma multidão de milhares de pessoas (12.1): Para ouvi-lo. Nem um bocado intimidado pelas forças hostis a ele, Jesus retoma o ataque: Tenham cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Essa expressão é interessante, visto que ocorre em Mc 8:15 em outro contexto, imediatamente antes da Grande Confissão em Cesaréia de Filipe. Aliás, muitas expressões desse capítulo encontram seu paralelo em contextos diferentes em Mateus e Marcos; em Mateus, principalmente no Sermão do Monte (caps. 5—7), na escolha dos Doze (cap.


    10) ou no discurso escatológico no cap. 24.
    v. 1. O seu destemor não tem nada de mero e cego desafio. Seus olhos estão bem abertos, e ele sabe muito bem que os fariseus vão voltar ao ataque; e, se seus discípulos se posicionarem do lado dele, a perseguição será o seu destino, assim como certamente será o dele. v. 2,3. Um dia, tudo vai ser revelado; mas entrementes, na espera por aquele Dia, “as confissões hesitantes e tímidas dos discípulos precisam se tornar triunfantes e públicas, mesmo que tragam perseguições” (Browning, p. 119). v. 4,5. Essa é a única vez que Jesus chama os discípulos de amigos (embora conforme Jo 15:14,Jo 15:15). A perseguição humana deve ser menos temida do que o juízo de Deus ou a apostasia, inferno: Geena é o vale dos filhos de Hinom, que se estende por um longo trecho ao lado do muro a oeste e sul de Jerusalém. Ali haviam sido feitos sacrifícios de crianças a Moloque (Jr 7:31,Jr 7:32); nos dias do nosso Senhor, era o perpétuo e fumegante incinerador, infestado de vermes, do lixo e do esgoto da cidade. As horríveis associações que trazia à memória e suas condições abomináveis o tornavam um símbolo adequado dos sofrimentos dos perdidos, v. 6,7. Mas o Juiz que deve ser temido é também um Pai em quem se pode confiar. Ele cuida dos pardais e, mais ainda, de cada cabelo sobre nossa cabeça; em maior medida, não cuidaria dos próprios filhos? v. 8-12. A lealdade a Deus nunca pode permanecer uma idéia abstrata; Jesus é ele mesmo o objeto dela. Disso seguem três corolários:

    (a)    A promessa de que, se o confessarmos agora, ele vai nos confessar diante do seu Pai, e a advertência de que o contrário também é verdade (isso é apresentado por Mc 8:38, como uma espécie de apêndice da cena de Cesaréia de Filipe).

    (b)    A dificílima advertência acerca da blasfêmia contra o Espírito Santo: Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem será perdoado, mas quem blasfemar contra o Espirito Santo não será perdoado (v. 10; conforme Mc 3:28; Mt 12:31,Mt 12:32). Tanto Mateus quanto Marcos colocam o dito no contexto da controvérsia de Belzebu (v. antes, 11:14-26). V. comentário nos textos paralelos de Mateus e Marcos.

    (c)    A promessa de que na perseguição eles vão ser sustentados e capacitados pelo próprio Espírito Santo (v. 11,12; v. Mt 10:19Mt 10:20; Mc 13:11; também no discurso apocalíptico de Lucas 21:14-15). Lucas especialmente mostra grande interesse nessa promessa, cujo cumprimento ele tem de descrever mais tarde em muitos incidentes em Atos.

    (2) Advertência contra a cobiça: a parábola do rico insensato (12:13-21)
    Esse discurso foi bruscamente interrompido por Alguém da multidão (v. 13), que pediu a Jesus que interviesse numa disputa familiar relacionada à partilha da herança. Pede-se àquele que é maior que Salomão (11,31) que julgue a divisão não de um bebê, mas de uma herança, e não para agir como árbitro independente nessa situação, mas para atender os desejos de uma parte na disputa. Mestre, dize a meu irmão que divida a herança comigo (v. 13). Mas ele não vai solucionar as dificuldades que levaram Moisés a situações problemáticas quando tentou tratá-las (v. 14; conforme Ex 2:14); sua missão não era resolver as diferenças que irmãos, co-herdeiros acima de tudo da aliança, tinham de resolver facilmente entre si. Os grandes rabinos, com fre-qüência, agiam dessa forma, mas Jesus não agiria como um grande rabino.

    Em vez da resposta que ele esperava, o requerente ouviu a história do rico insensato (v. 16-20). Jeremias havia dito acerca das riquezas dos ricos que “Quando a metade da sua vida tiver passado, elas o abandonarão, e, no final, ele se revelará um tolo” (Jr 17:11b); temos aqui um comentário eloqüente do texto. Um fazendeiro próspero está tão satisfeito com o produto dos seus campos que ele se propõe a se aposentar e levar uma vida mais fácil, depois de resolver o seu único e grande problema, o da falta de depósitos. Mas se é o homem que faz planos, Deus é que conduz a sua vida. Naquela noite, nem toda a sua riqueza pode evitar que o anjo da morte entre pela sua porta. Ele ouve a voz do próprio Deus marcá-lo com o apelido de Jeremias: Insensato! (v. 20). Ele precisa deixar suas riquezas para trás; de quem serão? Essas eram questões que, com freqüência, ocupavam a mente dos autores do AT; v. por exemplo, 27:8; Sl 39:6 etc. O v. 21 dá a “moral da história”, a chave para a compreensão da parábola.

    (3)    Advertência contra a ansiedade e as preocupações do mundo (12:22-34)

    Conforme Mt 6:25-40. Esses versículos estão quase que totalmente em concordância verbal estreita com a versão de Mateus do Sermão do Monte (v.comentário ad loc.), exceto por alguns pequenos acréscimos.

    v. 32. O pequeno rebanho é constituído somente de ovelhas enviadas para o meio de lobos, mas a boa vontade do Pai que lhes dá o reino certamente não vai deixar que lhes falte a proteção de que vão precisar, v. 33. Vendam o que têm e dêem esmolas'. Lucas, sempre prático, sugere como eles podem começar a depositar o seu tesouro no céu. v. 34. Se sabemos que temos um tesouro no céu, a necessidade de ajuntar tesouros terrenos desaparece.

    (4)    Advertência acerca de crises vindouras (12:35-59)

    O restante do capítulo é tomado pelo primeiro grande trecho escatológico de Lucas; os homens são exortados a se arrepender enquanto ainda há tempo. A ênfase está na subitaneidade da crise e seu conseqüente chamado a que estejam alerta e vigilantes. Além disso, o tempo presente é um tempo de crise, lançando suas sombras sobre os discípulos, o próprio Senhor e a nação de Israel, (a) A crise e os discípulos (12:35-48) v. 35-40. Eles são escravos que precisam estar sempre vigilantes, tanto para a volta inesperada do seu Senhor quanto para a possível intromissão de ladrões. Não há paralelo exato em Mateus, embora a parábola das dez virgens em Mt 25:1-40 desenvolva um tema semelhante. A insistência é pela vigilância: Estejam prontos para servir, e conservem acesas as suas candeias, como aqueles que esperam seu senhor voltar de um banquete de casamento; para que, quando ele chegar e bater, possam abrir-lhe a porta imediatamente (v. 35,36). O tempo em que seus serviços vão ser requisitados é desconhecido; eles não vão ver o retorno do seu Senhor. A primeira indicação de que ele está de volta vai ser uma batida na porta.

    v. 37. A idéia de um senhor servir o seu escravo é bem revolucionária; um ato desses seria bem inesperado (v. 17:7-10). Mas Jesus “colocou uma toalha em volta da cintura” para servi-los (Jo 13:4); alguns comentaristas (e.g., Balmforth, p.
    222) vêem uma referência também ao banquete messiânico, v. 39, 40. Conforme Mt 24:43,Mt 24:44.

    v. 41-48. Esses servos, além disso, têm, cada um, a sua tarefa designada a cumprir (cf. Mt 24:45-40). O v. 41 não está no paralelo de Mateus, que no mais é muito semelhante. A pergunta de Pedro se Jesus estava falando à multidão ou aos discípulos leva à ênfase especial na idéia de que o privilégio superior traz consigo responsabilidade maior. Os v. 47,48 fazem uma clara distinção entre a insensatez e a rebeldia. O servo que sabe o que se espera dele e não o faz vai ser punido muito mais severamente do que o que é simplesmente descuidado de forma geral. São os Doze que Jesus tem instruído cuidadosamente desde o chamado deles e que, por isso, deveriam saber a sua vontade. A lição da parábola do administrador fiel e sensato (v. 42) é a seguinte: A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido (v. 48).

    (b) A crise e o nosso Senhor (12:49-53)

    Nesses poucos versículos de profundas verdades espirituais, o evangelista mostra que a agonia no Getsêmani era somente o clímax de uma longa experiência de encarar as coisas tenebrosas que ainda estavam adiante dele; cf Jo 12:27.

    v. 50. O batismo mencionado aqui é sem dúvida aquele que João e Tiago tão prontamente se declararam capazes de compartilhar (Mc 10:38,Mc 10:39). v. 51-53. O trecho trata dos efeitos decisivos da contenda de Cristo dentro da família, dos mal-entendidos e da alienação dos mais próximos e mais queridos que ele mesmo tinha sofrido em primeiro lugar (8:19-21, e até 2.49), tendo tudo isso sido predito no AT (Mq 7:6).

    (c) A crise e Israel (12:54-59)
    Os v. 54-56 não têm paralelo em Mateus. George Adam Smith comenta acerca da exatidão geográfica do dito nos v. 54,55 (The Historical Geograpky of the Holy Land, 1931, p. 66). O estudo do clima é de importância fundamental ao agricultor que quer estar preparado para o que vier; por que não se mostra essa mesma perspicácia em termos espirituais?

    v. 56. Hipócritas!-. Um nome usado para os fariseus em Lucas somente aqui e em 13.15; mas ao menos 12 vezes em Mateus. O hipócrita é originariamente um ator de teatro, alguém fazendo de conta que é o que na realidade não é. No início, a palavra não tinha conotação pejorativa alguma no grego, embora já o tivesse passado a ter na LXX. Acerca do significado da palavra, v. Wm. Barclay, A New Testament Wordbook (1955), p. 56ss; acerca dos fariseus, v. o verbete “Fariseus” de H. L. Ellison no NBD.

    v. 57-59. A parábola do processo judicial. Em Mateus (5.25,26), essa parábola está no Sermão do Monte. V.comentário ad loc.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Lucas Capítulo 12 do versículo 1 até o 59
    >Lc 12:1

    7. UMA SÉRIE DE DISCURSOS (Lc 12:1-42; Mc 13:9-41 n.

    >Lc 12:13

    Um pedido ganancioso da parte de um homem dentre a multidão (13) causou uma reprovação da parte de Jesus. Homem (14). Há um tom forte nesta maneira de chamá-lo. Negou-Se a interferir nas questões da vida civil e pronunciou urna admoestação contra a avareza (14-15), seguindo-se a isto urna parábola do louco rico. As terras de um homem rico foram abençoadas com uma colheita abundante, porém ele não tinha pensamento algum para com as coisas de Deus e estava fazendo planos para gozar sua riqueza por muitos anos que jaziam à sua frente, quando de súbito Deus o chamou, a fim de que Ele prestasse contas. Tal é o homem que entesoura riquezas para si mesmo e não recebe das riquezas de Deus (16-21). Notar como a primeira pessoa do pronome pessoal no pensamento do homem rico demonstra de modo vívido o seu caráter.

    >Lc 12:22

    Após esta interrupção, Jesus uma vez mais virou-se para os discípulos. Não deveriam ficar ansiosos, mas confiar no cuidado terno do Pai (22-30). Vide notas em Mt 6:25-40. Os gentios de todo o mundo (30); isto é, os pagãos. Os discípulos de Jesus não deveriam atuar como aqueles que não conhecem a Deus como seu Pai. Deveriam procurar, sim, o Seu reino (31), pois que de bom grado o Pai queria dar-lhes o reino e eles assim poderiam ter o seu tesouro no céu (31-34). Vendei os vossos bens e dai esmola (33). O cumprimento deste preceito está no princípio que os seguidores de Cristo deveriam libertar-se das posses terrenas (vide Mt 6:19-40; 1Co 7:29-46). Deveriam eles estar sempre prontos, tal como criados, aguardando a volta de seu patrão (36-38). Sua vinda não seria anunciada de antemão; Ele viria inesperadamente (39-40). Ele há de cingir-Se... e os servirá (37); descrevendo a gratidão que Cristo manifestará recompensando a Seus servos no reino vindouro (cfr. Ap 3:20-66). Então Pedro perguntou: (41). Como o porta-voz dos doze, perguntou ele se a promessa que Jesus havia feito no vers. 37 era somente para eles ou para todos os discípulos. Jesus não respondeu diretamente, mas lançou a responsabilidade da resposta nos próprios discípulos. Lembrou-os de sua responsabilidade especial de serem mordomos fiéis e sábios durante a ausência de seu Senhor e advertiu-os contra o perigo de não estarem preparados para o Seu retorno (41-48). Depois, Ele expressou a emoção que enchia Seu coração em vista das divisões morais que causaria na terra (49-53). Bem quisera que estivesse a arder (49). Uma passagem difícil: provavelmente Jesus quis dizer o seguinte: "Como eu desejara que já estivesse a arder!" O fogo purificaria e limparia, bem como causaria a destruição. Tenho, porém, um batismo (50). O batismo do sofrimento que seria cumprido no Getsêmani e na cruz (cfr. Mt 20:22). Paz à terra (51). Será somente em Seu reino vindouro que Cristo será o Príncipe da Paz. No mundo presente Seus seguidores têm a promessa de passarem por tribulação. Cfr. Ap 7:14.

    >Lc 12:54

    Dirigindo-Se uma vez mais ao povo, Jesus denunciou-os por não reconhecerem o significado do que estava sucedendo no mundo. Se o reconhecessem, procurariam reconciliação com seus oponentes antes que a crise final fizesse com que fosse tarde demais (54-59). Depois Ele pronunciou três advertências de julgamento que somente Lucas registra.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Lucas Capítulo 12 do versículo 1 até o 59

    76. A verdadeira cura para a Hipocrisia (Lucas 12:1-12)

    Sob essas circunstâncias, depois de tantos milhares de pessoas se reuniram em conjunto que eles estavam pisando em um outro, Ele começou a dizer aos seus discípulos antes de tudo, "Cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Mas nada há encoberto que não venha a ser revelado, e oculto que não venha ser conhecido. Assim, tudo o que você disse no escuro será ouvido na luz, eo que você sussurrou no interior da casa será proclamado dos telhados. Eu digo a vocês, meus amigos, não temais os que matam o corpo e depois disso nada mais podem fazer. Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, eu vos digo, temem! Não se vendem cinco pardais por dois centavos? No entanto, nenhum deles está esquecido diante de Deus. Na verdade, até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não tenha medo;você é mais valioso do que muitos pardais. E eu digo a você, a todos que me confessar diante dos homens, o Filho do Homem o confessará diante dos anjos de Deus; mas aquele que me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus. E todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado. Quando pois, vos levarem às sinagogas e os governantes e as autoridades, não se preocupe sobre como ou o que haveis de falar em sua defesa, ou o que haveis de dizer; pois o Espírito Santo vos ensinará na mesma hora o que deveis dizer "(12: 1-12).

    Uma vez que não pode oferecer o verdadeiro conhecimento de Deus, do homem, do pecado e da salvação, a religião falsa não fornece a verdade que acessa o poder para as pessoas para agradar a Deus e receber a Sua salvação. Todos os falsos líderes religiosos afirmam ter a verdade, mas, na realidade, nenhum deles faz. E uma vez que eles não sabem a verdade a si mesmos, hipócritas vazias não pode levar os outros a ele. Junto com seus devotos, todos eles perecer.
    A palavra grega hupokritēs (hipócritas) era originalmente um termo secular referindo-se a um ator que desempenhou um papel no palco. Mas no Novo Testamento, tornou-se um termo religioso, usado exclusivamente no sentido negativo de alguém que diz falar em Deus, mas não-hipócrita. A definição original teatral de hupokritēs expressa figurativamente a natureza da enganadores espirituais. Um ator tenta desempenhar um papel convincente no palco, fingindo ser alguém que não é. Então faça enganadores religiosos. Ainda hoje mais comumente as palavras "hipócritas" e "hipocrisia" tem conotações religiosas. Enquanto todos os líderes espirituais hipócritas enganar as pessoas de suas posses terrenas, as conseqüências eternas de sua decepção unconscionable são muito mais prejudiciais. Embora eles fingem falar em nome de Deus, eles são mentirosos e enganadores fraudulentas (1Tm 4:2).

    A Bíblia revela características específicas dos hipócritas. Em primeiro lugar, fingindo ser algo que não são, eles se concentram na aparência externa e esconder a verdade de quem eles realmente são. Jesus aplicou a condenação dos hipócritas de sua época de Isaías aos escribas e fariseus quando "Ele disse-lhes: 'correctamente fez 1saías profetiza de vós, hipócritas, como está escrito:" Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe longe de mim: "'" (Mc 7:6.)

    Para hipócritas presumir a criticar os defeitos dos outros é tão absurdo como alguém com um log gigantesca em seu olho presumindo para ser capaz de remover uma pequena lasca de olho de alguém.

    Hipócritas responder com malícia para aqueles que os expor. DesesperAdãoente tentando armadilha Jesus em fazer uma declaração incriminatória, os líderes religiosos judeus perguntou a ele sobre a questão explosiva de pagar o imposto exigido pelos romanos. Percebendo tanto sua malícia (Mt 22:18) e sua hipocrisia (Mc 12:15), Jesus refutou a sua tentativa de armadilha Ele (Mt 22:19-21.).

    Hipócritas também não têm discernimento. Em Lucas 12:54-57 Jesus repreendeu aqueles que foram capazes de olhar para certos indicadores e prever o tempo, mas foram incapazes de reconhecer os sinais óbvios de que o Messias, Deus em carne humana, estava entre eles (vv 54-55). (vv. 56-57).

    Seu desprezo por aqueles que eles consideram como causas espiritualmente inferiores hipócritas faltar compaixão. 13 11:42-13:13'>Lucas 13:11-13 descreve a cura de uma mulher que sofria de uma doença incapacitante para 18 anos de Jesus. Indignado com esta flagrante violação das restrições rabínica, um chefe da sinagoga intimou o povo a buscar a cura em um dos outros seis dias. Severa repreensão de Jesus expôs a hipocrisia sem sentimentos do homem:

    Mas o Senhor respondeu-lhe e disse: "Hipócritas, não cada um de vocês no sábado desatar o seu boi ou o seu jumento do estábulo e não o leva para regar ele? E essa mulher, uma filha de Abraão como ela é, a quem Satanás trazia presa há dezoito longos anos, ela deve não foram liberados a partir desta prisão, no dia de sábado? "(Vv. 15-16)

    Este incidente foi apenas um dos muitos quando Jesus pronunciou o juízo divino sobre hipócritas. Sete vezes em Mateus 23 (vv. 13 15:16-23, 25, 27, 29), o Senhor se dirigiu aos escribas e fariseus que usam a frase: "Ai de vós", que é uma expressão de condenação divina e julgamento. Jesus concluiu sua parábola dos escravos fiéis e infiéis (Matt. 24: 45-51), declarando que o escravo desleal seria designado para o inferno com os hipócritas. E em um ato chocante de julgamento, Deus tirou a vida dos dois hipócritas mais notórios na igreja primitiva, Ananias e Safira (Atos 5:1-11). Não só os incrédulos julgar a Deus por sua hipocrisia, Ele também adverte os fiéis a evitá-lo (Rm 12:9; 1Pe 2:11Pe 2:1; conforme Is. 58: 1-11; Zc 7:1). Admoestando os sobreviventes da destruição de Babilônia de Judá por sua hipocrisia, disse Jeremias,

    O Senhor tem falado com você, ó resto de Judá, "Não vá para o Egito!" Você deve entender claramente que hoje eu testemunharam contra você. Para você só ter enganado a si mesmos; pois é você quem me enviou para o Senhor, teu Deus, dizendo: "Rogai por nós ao Senhor nosso Deus; e tudo o que o Senhor nosso Deus diz: diga-nos assim, e vamos fazê-lo. "Então eu disse a você hoje, mas você não obedeceu ao Senhor, teu Deus, mesmo em tudo o que Ele enviou-me a dizer-lhe. Portanto, você deve agora entender claramente que você vai morrer pela espada, pela fome e pela peste no mesmo lugar onde você deseja ir para residir. (Jer. 42: 19-22)

    Salmo 78:36-37, Is 29:13 e Romanos 2:17-23 também descrevem a hipocrisia de Israel.

    O Novo Testamento também registra casos de hipocrisia. Além de Ananias e Safira, Lc 20:20 descreve "espiões [enviados dos líderes religiosos; v. 19] que fingiu ser justos, a fim de que eles possam pegar [Jesus] em alguma declaração, para que eles pudessem entregar-Lhe que a regra ea autoridade do governador. "Paulo encontrou" falsos irmãos secretamente trazido, que tinha furtivamente a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos escravizar "(Gl 2:42Co 11:13, 2Co 11:26.). Até mesmo o apóstolo Pedro caiu temporariamente em hipocrisia (Gal. 2: 11-14).

    Mas proeminente na galeria de hipócritas rogues da Bíblia "eram os escribas e fariseus, a força dominante na cultura religiosa de Israel do primeiro século. Ao longo de seu ministério, eles se tornaram cada vez mais irritado com exposição implacável de Jesus da sua hipocrisia. Sua oposição atingiu o seu auge quando tentaram explicar seus poderes milagrosos como proveniente de Satanás, e não Deus (ver a exposição de Lc 11:15, no capítulo 6 deste volume). Em resposta, o Senhor pronunciou seis maldições sobre os escribas e fariseus (11:42, 43, 44, 46, 47, 52).

    Como o capítulo 12 abre, a maioria das pessoas, tendo sido influenciado para que a visão de blasfêmia, foram tornando-se fixado em seu ressentimento, a resistência, a animosidade e rejeição de Jesus. Foi-se a sensibilidade, a curiosidade, entusiasmo e emoção que marcou os primeiros anos de seu ministério; as pessoas tinham de fato tornar-se "uma geração má" (11:29). Como resultado, o ministério de Jesus foi em grande parte um de advertência e julgamento. Esses são os temas que ameaçam do discurso, que começa em 12: 1 e vai até 13: 9.
    O versículo do capítulo 12 de abertura define a cena. A frase grega traduzida nestas circunstâncias é melhor traduzida como "entretanto", "naquele tempo", ou "durante esse período." Jesus deu este discurso durante o mesmo período geral de tempo que os eventos registrados no capítulo 11. A frase tantas milhares significa, literalmente, dezenas de milhares. Uma imensa multidão de pessoas se reuniram para testemunhar o conflito em curso entre o Senhor e os escribas e fariseus (11: 53-54). Havia tantos lá que as pessoas estavam pisando em um outro tentando chegar perto o suficiente para ouvir o diálogo entre o Senhor e Seus adversários. O resultado foi uma espécie de cena da máfia.

    O que quer que o diálogo pode ter sido acontecendo terminou e Jesus virou-se para falar à multidão, em grande parte hostil. Antes de falar ao povo sobre a hipocrisia, no entanto, Ele dirigiu suas palavras para alertar seus discípulos antes de tudo para vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia . A palavra traduzida discípulos é a forma plural do substantivo Mathetes , que refere-se a um aluno ou estudante. Nem todos eles tinham acreditado em Jesus, mas ao contrário da maioria da multidão que havia rejeitado, eles foram, pelo menos, ainda está interessado nele. Jesus advertiu-os de cuidado ("dar ouvidos a", "prestar atenção a", "manter à procura de", "guarda contra") o fermento (influência permeando; conforme Mt 16:1, 11-12; Mc 8:15dos fariseus . Eles precisavam de evitar toda a influência corruptora de apóstatas falsos mestres, pois, como disse Paulo, "as más companhias corrompem os bons costumes" (1Co 15:33).

    Nos versículos 2:12, Jesus deu três obrigações essenciais, não negociáveis ​​que irão manter as pessoas do desastre eterno de ser um hipócrita: honram o Pai, honra o Filho, e honrar o espírito. É somente com foco no Deus trino que se pode evitar cair sob a influência de condenação da religião falsa. Simplificando, aqueles que não são trinitários não pode evitar o inferno, já que é impossível para honrar o Pai sem honrar o Filho, e impossível para honrar o Filho sem honrar o Espírito. Há uma cadeia interligada de testemunho: o Espírito dá testemunho do Filho (Jo 15:26), o Filho revela o Pai (Lc 10:22; Jo 1:18), e que o Pai glorifica e honra o Filho (Jo 8:54; Mc 4:22). Ele ecoa o verso final de Eclesiastes, onde Salomão advertiu que "Deus há de trazer a juízo toda ação, tudo o que está escondido, se é bom ou mal" (Ec 12:14). O apóstolo Paulo escreveu sobre o "dia em que, segundo o meu evangelho, Deus julgará os segredos dos homens através de Jesus Cristo" (Rm 2:16), e exortou o Corinthians, "Não vá em julgar antes do tempo, mas espere até que o Senhor venha o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações dos homens; e, em seguida, o louvor de cada homem virá a ele de Deus "(1Co 4:5.) tudo será exposto no futuro, quando "o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, em seguida, pagar a cada um segundo as suas obras" (Mt 16:27;. conforme Rom. 2: 5-6).

    A advertência do Senhor, Assim, tudo o que você disse no escuro será ouvido na luz, eo que você sussurrou no interior da casa será proclamado sobre os telhados , metaforicamente reforça a verdade que os pecados serão eventualmente exposta. Que hipócritas tentam esconder na escuridão é claramente visível a Deus, como o livro mais antigo da Bíblia revela: "Não há trevas nem sombra profunda, onde os que praticam a iniqüidade se escondam" (34:22; conforme Sl 139:1:. Sl 139:12; Is 29:15; Jr 23:24; He 4:13)... As salas interiores de que Jesus falava eram armazéns (a mesma palavra grega é tão traduzido em 24 v.), construído no meio de casas de distância das paredes exteriores, que eram mais facilmente vasculhou por ladrões. Essas salas interiores foram usados ​​para armazenar objetos de valor, mas também pode servir como um local para conversas privadas, ou oração (Mt 6:6). Esse santuário foi profanado por piedoso rei Josias, como parte de suas reformas (2Rs 23:10), e, eventualmente, o site tornou-se depósito de lixo da cidade de Jerusalém. Porque era um lugar onde os fogos estavam constantemente em chamas, Geena chegou a ser usado em sentido figurado para falar do inferno eterno (conforme Mt 5:22, Mt 5:29, Mt 5:30; Mt 10:28; Mt 18:9, Mt 23:33; Mc 9:43, Mc 9:45, Mc 9:47; Jc 3:6), onde será seu prisioneiro mais notório por toda a eternidade. Em nenhum lugar na Bíblia há um comando para temer Satanás. Os crentes foram completamente entregues a partir dele no presente, "porque maior é aquele que está em [eles] do que aquele que está no mundo" (1Jo 4:4). Então, ao invés de temer Satanás, os crentes devem resistir a ele (Jc 4:7.), E evitar dar-lhe uma oportunidade para atraí-los para o pecado (Ef . 04:27; 1Pe 5:8; Pv 24:21; 2 Cor. 7:.. 2Co 7:1; Ef 5:21; 1Pe 2:171Pe 2:17; conforme 28:28; Sl 19:9; Sl 111:10).

    Aqui é outro forte passagem em ensino de nosso Senhor que refuta a falsa idéia de que não há inferno. Insistir que o inferno é uma referência para o túmulo só destrói o contraste aqui e torna sem sentido fora da declaração do Senhor. Se não houver um inferno, então Deus não seria capaz de fazer qualquer coisa para uma pessoa que não seja o que os homens poderiam fazer. Ambos poderiam matar alguém, que então seria apenas sair da existência. Ponto inteiro de Jesus é que Deus é para ser temido, porque só Ele tem a autoridade para tanto matar os pecadores e depois da morte os lançou em tormento eterno.

    A última razão para temer a Deus é que nada escapa Seu conhecimento. Jesus usou dois exemplos para demonstrar conhecimento onisciente de Deus de até mesmo os detalhes mais insignificantes. Não se vendem cinco pardais por dois centavos? Ele perguntou. Pardais são pequenas aves comuns que muitas vezes eram consumidos pelos pobres. Eles eram tão barato que cinco poderiam ser comprados por apenas dois centavos (um centavo foi 1/16 de um dia de salário para um trabalhador médio). No entanto, apesar de sua insignificância , nenhum deles está esquecido diante de Deus . Ele sabe de cada pardal no mundo. Não só isso, Ele também sabe o número de pêlos na de todos cabeça -mais de 100 mil, em média. Tal onisciência é a fonte de grande conforto para os Seus filhos (conforme Mt 6:25-34.), Que não têm nada para ter medo , uma vez que eles são mais valiosos do que muitos pardais . Mas enquanto essa verdade é o conforto para os crentes, ele deve ser um motivo de terror para os hipócritas, cuja auto-justiça fraudulenta de nada vale, à luz do conhecimento completo e detalhado de Deus de sua verdadeira condição não regenerado.

    HONRA O FILHO

    E eu digo a você, a todos que me confessar diante dos homens, o Filho do Homem o confessará diante dos anjos de Deus; mas aquele que me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus. (12: 8-9)

    A frase e digo a você marca uma transição no fluxo de pensamento do Senhor. Os meios para honrar o Pai é honrar o Filho, porque "quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou" (Jo 5:23; 8: 41-42; Jo 14:6; 2Jo 1:72Jo 1:7) e "confessar com [o] boca que Jesus é Senhor e crer em [a] coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos "(Rm 10:9 Jesus declarou: "Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, ele é o único que vai salvá-lo "(conforme Gl 2:20; Cl 3:3 ). Aqueles que fazem tal confissão, inevitavelmente, manifestar-se abertamente diante dos homens , ambos com suas palavras e com as suas vidas mudadas em submissão voluntária e grato a Cristo.

    Se uma pessoa confessa ou não confessa Cristo vai determinar o destino eterno da pessoa. Por um lado, se uma pessoa confessa -Lo diante dos homens, o Filho do Homem o confessará diante dos anjos de Deus . Mas, por outro lado, Jesus advertiu que a pessoa que nega -Lo diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus . Os anjos são freqüentemente associada com o julgamento no Novo Testamento (9:26; 13 39:40-13:42'>Mt 13:39-42, 13 49:40-13:50'>49-50; Mt 16:27; Mt 25:31, Mt 25:41; Mc 8:38; 2 Tessalonicenses 1:.. 2Ts 1:7; Ap 14:10., 14-15). Aqueles que não conseguem verdadeiramente confessar Cristo como Senhor, um dia, ouvi-Lo dizer: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniquidade "(Mt 7:23). A maneira certa de perder o céu é negar Cristo, como os escribas e fariseus tinham feito. Mas, assim como a certeza uma maneira de ganhar o inferno é fazer uma confissão insincera, superficial de Cristo (Mt 7:21-22.). Céu pertence somente àqueles que honram o Pai por honrar verdadeiramente o Filho.

    HONRAR O ESPÍRITO

    E todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado. Quando pois, vos levarem às sinagogas e os governantes e as autoridades, não se preocupe sobre como ou o que haveis de falar em sua defesa, ou o que haveis de dizer; pois o Espírito Santo vos ensinará na mesma hora o que deveis dizer. (12: 10-12)

    Tendo discutido o único a temer, o Pai, e o único a confessar, o Filho, o Senhor introduziu o único a ouvir, o Espírito Santo. Ninguém vem ao Pai senão por meio do Filho, e ninguém vem para o Filho, senão por meio do Espírito. Evitando o acórdão condenatório que vem para aqueles apanhados em falsos sistemas religiosos hipócritas requer crença na pessoa e obra de cada um dos membros da Trindade. O Pai deve ser reconhecido como juiz soberano e legislador, o Filho como Salvador e Senhor soberano, e do Espírito como revelador soberano. O Pai é aquele cuja santa lei foi violada; o Filho é aquele cuja morte pagou a pena por essa violação e satisfez a ira de Deus; o Espírito é aquele cuja revelação sobre lei do Pai e da morte do Filho deve ser recebido. Assim como Cristo perfeitamente revelou o Pai, assim também o Espírito Santo perfeitamente revelar Cristo, tanto na Escritura como o trabalho de regeneração.
    O apóstolo João revelou como saber quando a mensagem de uma pessoa é verdadeiramente do Espírito de Deus e não uma fonte humana ou demoníaco, quando escreveu:

    Por isso, você sabe o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo (I João 4:2-3).

    Cada um alegando ter uma mensagem de Deus ou fala a verdade sobre Cristo do Espírito de Deus, ou uma mentira do espírito do anticristo. Essas são as duas únicas opções, e não há meio termo. Enfatizando a importância de uma verdadeira confissão de Jesus Cristo, João Piper observa,

    Jesus é o teste decisivo da realidade para todas as pessoas e todas as religiões. Ele disse claramente: "Quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou" (Lc 10:16). As pessoas e as religiões que rejeitam a Cristo rejeitar a Deus. As outras religiões conhecer o verdadeiro Deus? Aqui está a prova: eles rejeitam Jesus como o único Salvador de pecadores que foi crucificado e ressuscitado por Deus dos mortos? Se o fizerem, eles não conhecem a Deus de uma maneira de salvar.

    Isso é o que Jesus quis dizer quando disse: "Eu sou o caminho, ea verdade, ea vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim "(Jo 14:6). Ou quando ele disse aos fariseus: "Se Deus fosse o vosso Pai, você me ama" (Jo 8:42).

    É o que o apóstolo João quis dizer quando disse: "Qualquer que nega o Filho não tem o Pai. Quem confessa o Filho, tem também o Pai "(1Jo 2:23). Ou quando ele disse: "Todo aquele que ... não permanecer na doutrina de Cristo, não tem a Deus." (2Jo 1:9), e do Espírito é o autor da Escritura (2Pe 1:21). Aqueles que confessam Cristo fazê-lo porque eles ouviram e creram a verdade sobre Ele que é revelada nas Escrituras. O Espírito Santo produz no pecador escolhido e crente a convicção do pecado (Jo 16:8) através do evangelho contida nas Escrituras (1Pe 1:23).

    É contra esse pano de fundo de honrar o Filho que a advertência do Senhor é dada. Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado (Mt 12:31; Marcos 3:28-29.). Se falar uma palavra contra o Filho do homem não poderia ser perdoado , então ninguém poderia ser salvo. Todo cristão é um blasfemo convertido que quebrou a lei de Deus, rebelou-se contra seu governo, e rejeitou a verdade sobre seu filho. Por não estar com Cristo, eles eram contra Ele (Lc 11:23). É só para blasfemar pecadores que Jesus oferecidos graça e salvação (Lc 5:32; Lc 19:10).

    Mas se uma pessoa blasfemar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado . Para blasfemar contra o Espírito Santo é rejeitar seu testemunho a respeito do Senhor Jesus Cristo. O Espírito revela a verdade da salvação em Cristo, e aqueles que falam mal de que a revelação, como os fariseus tinham feito (Lc 11:15), rejeitar o testemunho do Espírito Santo Cristo (conforme Jo 15:26). Tendo isolar-se da única fonte de divina, a verdade salvadora, eles não podem ser salvos.

    Duas passagens em Hebreus ilustrar a situação desesperada de tais pessoas. Em 6: 4-6 o escritor de Hebreus advertiu,
    Pois, no caso daqueles que uma vez foram iluminados e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram , é impossível renová-los novamente para arrependimento, visto que novamente crucificando para si mesmos o Filho de Deus e colocá-lo para abrir vergonha.

    Aqueles que receberam o aviso de que tinha visto toda a evidência do Espírito Santo fornecido. Eles tinham ouvido a pregação do evangelho, com a sua oferta de graça, misericórdia e perdão, e testemunhou os sinais miraculosos realizados pelos apóstolos (Heb. 2: 2-4), que confirmou que sua mensagem era de Deus. Uma vez que eles rejeitaram tudo o que o Espírito Santo tinha revelado a respeito do Filho e Salvador, que nunca poderiam ser salvos.

    Há uma advertência semelhante contra rejeitar o testemunho do Espírito Santo a Cristo no capítulo 10. Mais uma vez o escritor dirigida povo judeu que haviam sido expostos à verdade do evangelho, mas estavam em perigo de rejeitá-la. Para aqueles que "continuar pecando voluntariamente, depois de receber o conhecimento da verdade", o escritor advertiu, "já não resta mais sacrifício pelos pecados" (v. 26).Não há absolutamente nenhuma disposição para o perdão dos pecados além do evangelho de Cristo. Aqueles que rejeitam a sua face "a expectativa terrível de julgamento e a fúria de um fogo que consumirá os adversários" (v. 27). A punição eterna no inferno aguarda aqueles que virar as costas para a verdade sobre Jesus Cristo. Eles enfrentam a punição ainda mais severa do que aqueles que rejeitaram a lei de Moisés (v. 28), uma vez que eles têm "pisar o Filho de Deus, e ... por profano o sangue da aliança pelo qual [foram] santificados, e [ter] insultou o Espírito da graça? "(29 v.). Eles experimentarão vingança e punição de Deus para rejeitar o testemunho do Espírito ao Filho (vv. 30-31).
    Jesus conclui esta seção com uma promessa para aqueles que honram o Espírito crendo Seu testemunho ao Filho: Quando pois, vos levarem às sinagogas e os governantes e as autoridades, não se preocupe sobre como ou o que haveis de falar em sua defesa, ou o que haveis de dizer; pois o Espírito Santo vos ensinará na mesma hora o que deveis dizer . Os crentes não precisam se preocupar que os julgamentos severos vai quebrar a sua fé em Cristo. O Espírito vai permanecer permanentemente sua reconfortante, fortalecendo professor (conforme 1Jo 2:20, 1Jo 2:27), e vai se transformar suas provações em bênção (I Pedro 4:12-14). Ele é o proteger "o poder de Deus", que mantém o crente seguro através de "várias provações" e faz com que esses ensaios para ser "a prova" de sua fé, o que lhe dá confiança de que ele está realmente salvo. Isso é um presente "mais preciosa do que o ouro" (I Pedro 1:5-7). Sua presença habitação e capacitação será permanentemente manter viva a sua fé, e eles vão perseverar não importa quão grave seus julgamentos se tornam (Lc 21:19). Mesmo que eles são trazidos antes das sinagogas (ou seja, os cortes das sinagogas) ou os governantes e as autoridades (seja judeu ou gentio), eles precisam não se preocupar sobre como ou o que eles estão a falar em sua defesa, ou o que eles estão a dizer . O Espírito Santo vai ensinar -lhes na mesma hora o que eles deveriam dizer. Ele vai ter certeza de que até o fim de suas vidas, não importa quais sejam as circunstâncias, o que eles dizem que vai confirmar a sua profissão de fé em Jesus Cristo. Longe de abalar a sua fé, esses ensaios será uma oportunidade para o seu maior testemunho (Lucas 21:12-13).

    Apesar do grande número de religiões, filosofias, visões de mundo e crenças, a humanidade pode ser dividida em duas categorias: aqueles que buscam honra para si mesmos (Mt 6:2, Mt 6:5, Mt 6:16), e depois da morte receberá punição eterna. Este último, por ter crido o testemunho do Espírito ao Filho, receberá homenagem eterna do Pai (Jo 12:26) na glória do céu.

    77. O rico insensato (13 42:12-21'>Lucas 12:13-21)

    Alguém na multidão disse-lhe: "Mestre, diga a meu irmão que reparta a herança da família comigo." Mas Ele disse-lhe: "Homem, quem me nomeou um juiz ou árbitro em cima de você?" Então Ele lhes disse: " Cuidado, e estar no seu guarda contra toda forma de ganância; pois nem mesmo quando se tem uma abundância que sua vida consistem de seus bens. "E disse-lhes uma parábola, dizendo:" A terra de um homem rico foi muito produtivo. E ele começou a raciocinar para si mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho lugar para guardar minhas colheitas? ' Então ele disse: 'Isto é o que vou fazer: vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali recolherei todos os meus cereais e os meus bens. E direi à minha alma: "Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; levar a sua vontade, comer, beber e ser feliz. "" Mas Deus lhe disse: 'Insensato! Esta mesma noite a sua alma é exigido de você; e agora quem será o proprietário o que você preparou? ' Assim é o homem que armazena um tesouro para si mesmo, e não é rico para com Deus "(12: 13-21).

    Este texto fornece uma oportunidade para apresentar, em geral, a perspectiva bíblica sobre dinheiro, sobre a qual o Senhor Jesus Cristo tinha muito a dizer. Ele ensinou que é um índice para o caráter de uma pessoa, tanto assim que a visão do dinheiro do povo é a evidência da existência ou não a sua salvação é genuína. Depois de sua conversão Zaqueu disse: "Eis aqui, Senhor, metade dos meus bens darei aos pobres e, se defraudei alguém em qualquer coisa, eu vou dar a volta quatro vezes mais" (Lc 19:8), a reação deste homem era o oposto de Zaqueu de. Em vez de responder ansiosamente a qualquer custo para receber a vida que ele procurou pela fé obediente como Zaqueu tinha ", retirou-se de luto; pois ele foi um dos que possuía muitos bens "(v. 22). Mudança de atitude em relação ao dinheiro de Zaqueu era evidência de transformação espiritual e verdadeiro arrependimento;recusa o jovem rico a abandonar seu materialismo manifestou a sua falta de arrependimento e interesse superficial na esfera espiritual.

    Como as pessoas vêem o dinheiro é, assim, um barômetro eficaz de sua espiritualidade. Dinheiro não é boa nem má em si mesma; pessoas corruptas pode colocá-lo para usos malignos, enquanto as boas pessoas podem colocá-lo para usos justos. Embora seja moralmente neutra, o que as pessoas fazem com o seu dinheiro reflete suas prioridades de vida. Nas palavras de Jesus: "Onde está o teu tesouro, aí estará o seu coração também" (Lc 12:34).

    A Bíblia não proíbe a posse de dinheiro; na verdade, ele ensina que "Deus [dá o] poder de fazer riqueza" (Dt 8:18), e "nos concede abundantemente todas as coisas para desfrutar" (1Tm 6:17). Essa bênção fez muitos homens de Deus nas Escrituras, como Jó (1:3), Jacó (Gn 30:43), Boaz (Rt 2:1), e José de Arimatéia (Mt 27:57) extremamente rico.. Deus prometeu ao seu povo que a sua obediência a Ele resultaria em material necessário, bem como abundantes bênçãos espirituais (Deut. 15: 4-6; Dt 26:15; Dt 28:11).

    Mas, enquanto a Bíblia não proíbe a posse de dinheiro, ele proíbe amá-la, advertindo que "o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e alguns por anseio por ela se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores "(1Tm 6:10). Mais tarde nesse capítulo, Paulo exortou Timóteo a "instruir aqueles que são ricos deste mundo que não sejam altivos, nem para corrigir a sua esperança na incerteza das riquezas" (v. 17). Amar o dinheiro é idolatria.

    Como tal, também é fútil e tola. "Não se cansar-se para ganhar riqueza", o livro de conselhos Provérbios, "cessar de sua consideração dele. Quando você coloca seus olhos sobre ele, ele está desaparecido.Por riqueza certamente se faz asas como uma águia que voa em direção aos céus "(Prov. 23: 4-5). Solomon, um dos homens mais ricos que já viveram, era sábio o suficiente para saber que "quem ama o dinheiro não ficará satisfeito com o dinheiro, nem o que ama a abundância com a sua renda" (Ec 5:10).

    Amar o dinheiro leva a todos os tipos de problemas. O amor de Achan de dinheiro trouxe desastre para si mesmo, sua família e seu povo (Js 7:1.), Que por sua vez lhe custou a vida (Nu 31:8), o que levou à morte de milhares (Jz. 16: 27-30). O amor de Judas de dinheiro levou a trair o Senhor Jesus Cristo (Mateus 26:14-16.) E sofrer o tormento eterno no inferno (Mt 26:24; At 1:25). Ananias e do amor de Saphira de dinheiro levou-os a mentir para Deus (Atos 5:1-2), e trouxe suas execuções através de julgamento divino instante (At 5:5).

    O amor ao dinheiro faz as pessoas se esquecem de Deus. Ciente de que a realidade perigosa Agur sabiamente orou: "Não me dês nem a pobreza nem a riqueza; alimentar-me com a comida que minha porção é, para que eu não seja completo e negar Você e dizer: "(Prov 30.: 8-9)" Quem é o Senhor? '.

    Idolatrar o dinheiro faz com que as pessoas a confiar em suas riquezas, em vez de Deus. Apesar de sua grande riqueza Job proclamou que ele era inocente de tal confiança perversa:
    Se eu colocar minha confiança em ouro,
    E disse ao ouro fino minha confiança,
    Se eu tiver regozijou porque grande a minha riqueza,
    E porque a minha mão tinha assegurado tanto ...
    Isso também teria sido uma iniqüidade chamando para o julgamento,
    Porque eu teria negado a Deus acima.

    (31:24-25, 31:28; conforme Sl 52:7)

    Amar o dinheiro faz com que as pessoas sejam enganadas. Em Mc 4:19 Jesus alertou para "a sedução das riquezas, e os desejos de outras coisas", que "entrando, sufocam a palavra, e ela fica infrutífera." O dinheiro pode produzir um engano espiritual mortal. Ele pode ser uma barreira para as pessoas que acreditam no evangelho. Ele pode enganar as pessoas que não foram salvos que a possuem em pensar que tudo está bem em suas vidas. Tais pessoas, errAdãoente, que a sua riqueza é um sinal de bênção e favor de Deus.

    Amar o dinheiro pode levar as pessoas a mentir, roubar e enganar, comprometendo suas convicções professos em vez de repousar em graciosas promessas de Deus (Mt 6:1.).

    Dinheiro Loving está ligada ao orgulho. Como eles estavam prestes a entrar na Terra Prometida Moisés advertiu os filhos de Israel,

    Cuidado com que você não se esqueça do Senhor, teu Deus por não manter os seus mandamentos e os seus juízos e os seus estatutos, que eu hoje te ordeno; Caso contrário, quando você comeu e estão satisfeitos, e ter construído boas casas e viveu neles, e quando os seus rebanhos e os seus rebanhos se multiplicam, e sua prata e ouro se multiplicam, e tudo o que você tem multiplica, então seu coração vai se tornar orgulhoso e você vai esquecer o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. (Deut. 8: 11-14)

    Em suma, o dinheiro amoroso pode levar as pessoas a ser infiel a Deus: e ignorar as necessidades dos outros (1Jo 3:17; conforme Pv 3:27). (Ml 3:8; Hos 12 [Ex 20:15 Ef 4:28..].:. 7; Am 8:5; 25 Lev: 36-37.; 5 Neh: 7, 10; 15 Ps: 5; 28 Prov.:...
    8) ou jogos de azar, que tolamente e desperdiçador confia no acaso do que na providência de Deus.

    Em contraste, a Bíblia enumera várias maneiras legítimas para a obtenção de dinheiro, incluindo presentes (At 20:35;. Fp 4:16) (Mt 25:27), investimentos, poupança (Pv 21:20;. Pv 30:25), planejamento sábio (Provérbios 27:23-24.), e, principalmente, o trabalho (Ex 20:9; Pv 14:23; 24: 30-34.; Pv 28:19; Ef 4:28; 1Tm 5:81Tm 5:8; Pv 11:15; Pv 17:18; Pv 20:16; Pv 22:7.), Impulsividade (hastiness; Pv 21:5)., A preguiça (Pv 14:23; Pv 19:15; Pv 20:13; 24: 30-34), a indulgência (Pv 21:17; Pv 23:21), e astúcia ou conspirações (Pv 28:19)...

    Nos versos deste capítulo de abertura Jesus tinha avisado a multidão em grande parte hostil contra o perigo mortal de hipócrita religião falsa (1-12 vv.). Como ele continuou a sua mensagem, o Senhor emitiu um segundo aviso, contra a ganância materialista. Estes não eram de forma escolhidos aleatoriamente pecados amostra. Em vez disso, eles refletem os dois reinos essenciais que existem: o reino material, e do reino espiritual. Hipocrisia se relaciona com o mundo espiritual; greed para o mundo material. Esses dois pecados estão intimamente ligados. A religião falsa é o amor de erro; O materialismo é o amor da riqueza. As pessoas podem ser enganados pelo mundo material, bem como pela religião falsa. Além disso ligando os dois pecados, falsos mestres são inevitavelmente atrás de dinheiro (conforme Mq 3:5., 2Pe 2:14). Os fariseus, por exemplo, eram modelos da união de ambos os pecados. Não só eles eram os principais fornecedores de falsa religião em Israel, mas eles também eram "amantes do dinheiro" (Lc 16:14). Ambos seu ensino e motivo eram corruptos.

    Instrução de Cristo sobre o perigo de hipócrita religião falsa, Sua solene advertência contra blasfemar contra o Espírito Santo, e Sua revelação de verdades elevadas a respeito da Trindade foi súbita e surpreendentemente interrompido. Enquanto Ele estava falando sobre esses temas alguém na multidão exclamou: "Mestre, diga a meu irmão que reparta a herança da família comigo." Este homem era indiferente às verdades espirituais profundas que o Senhor estava se comunicando e ansiosa apenas para satisfazer seu próprio desejos egoístas. Impulsionada por seu materialismo crasso e crescente cansado de esperar impacientemente por Jesus para terminar, ele interrompeu.

    Seu pedido, embora inadequado, dadas as circunstâncias, não era incomum. Ao chamar Jesus professor ( didaskale ) o homem reconheceu que Ele seja um rabino, rabinos e rotineiramente arbitrado tais litígios cíveis e de família. Seu pedido que o Senhor dizer seu irmão que reparta a herança da família com ele sugere que seu irmão também estava presente. Não são dados pormenores sobre os motivos do homem ou a legitimidade de sua reivindicação ao abrigo das leis do Antigo Testamento de herança (conforme Nm 27:1-11; Deut. 21: 15-17.). Em qualquer caso, ele não estava pedindo a Jesus para pesar sua reclamação sobre os seus méritos, mas sim para governar arbitrariamente em seu favor.

    Recusando-se a intervir na disputa Jesus disse-lhe: "O homem (uma resposta antipático, a prazo, como a palavra Inglês "mister", foi usado para abordar estranhos) que me nomeou um juiz ou árbitro em cima de você? " Apesar de todo o julgamento espiritual foi concedida a ele pelo Pai (Jo 5:22, Jo 5:27), Jesus não veio para julgar questões mundanas envolvendo bens terrenos, mas com um propósito muito mais significativo: "Ele veio para trazer os homens para Deus, não para trazer propriedade aos homens "(Leon Morris, O Evangelho Segundo São Lucas , Tyndale New Testament Commentaries [Grand Rapids: Eerdmans, 1975], 212).

    Jesus aproveitou a oportunidade oferecida pelo pedido do homem para alertar sobre o perigo de ganância. Essa advertência se desdobra em três seções: a admoestação, a anedota, e da aplicação.

    A ADMOESTAÇÃO

    Então disse-lhes: "Acautelai-vos, e não baixe a guarda contra toda forma de ganância; pois nem mesmo quando se tem uma abundância que sua vida consistem de seus bens. "(12:15)

    A palavra deles engloba toda a multidão. O Senhor dirigiu esta advertência a todos os que estavam ouvindo, não apenas para o homem que tinha interrompido a Sua mensagem. Recusando-se a julgamento de uma disputa sobre o dinheiro, Jesus em vez proferida uma sentença muito mais importante sobre o pecado da avareza.

    Orate ( cuidado ) é a atual forma imperativa do verbo Orao (para ver). É aqui significa "observar", "reconhecer", ou "a perceber." Jesus desafiou seus ouvintes a reconhecer e estar em guarda (esta forma do verbo phulassō significa "cuidar", "olhar para fora", "evitar ", ou" fugir ") contra toda forma de ganância . pleonexia ( ganância ) também pode ser traduzida como "cobiça", e refere-se a um desejo desordenado de riquezas. O Louw-Nida Léxico Grego-Inglês do Novo Testamento define apropriAdãoente pleonexia como "um forte desejo de adquirir mais e mais bens materiais ou de possuir mais coisas do que as outras pessoas têm, todos, independentemente da necessidade." Como Salomão observou sabiamente: "Aquele que ama o dinheiro não ficará satisfeito com o dinheiro, nem o que ama a abundância com a sua renda "(Ec 5:10).

    A ganância é tão condenável quanto a religião falsa, uma vez que é uma forma de idolatria (Ef 5:5). E como Jesus passou a dizer, nem mesmo quando se tem uma abundância que sua vida consistem em suas posses. Abundância traduz uma forma do verbo perisseuō , o que significa, "para superar", "para superar", "para ter mais do que suficiente", ou "a transbordar" (conforme o seu uso em Lc 9:17; Lc 15:17; Lc 21:4)

    Deixar de considerar sua própria mortalidade ele deixou de contemplar amargamente pior pesadelo do materialista, adequAdãoente expressa por Salomão:

    Assim eu odiava todo o fruto do meu trabalho para o qual eu havia trabalhado sob o sol, pois devo deixá-lo ao homem que virá depois de mim. E quem sabe se ele será sábio ou um tolo? No entanto, ele terá o controle sobre todo o fruto do meu trabalho para o qual eu tenho trabalhado, agindo sabiamente debaixo do sol. Também isto é vaidade. (Ecl. 2: 18-19; conforme Sl 39:4-6; Sl 90:10; 103: 15-16.)

    Há tolo não maior do que aquele que não se preparar para a vida futura.

    O APLICATIVO

    Assim é o homem que armazena um tesouro para si mesmo, e não é rico para com Deus. "(12:21)

    O princípio expresso na parábola de Jesus se aplica a todo homem que armazena para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus- a cada pessoa que exerça riquezas terrenas em vez de armazenar tesouros no céu (Mt 6:19-20.). A localização do tesouro de uma pessoa revela a verdadeira condição do seu coração (v. 21). Ele revela se têm amor para si e suas posses, ou amor a Deus; se eles adoram coisas materiais, ou adorar a Deus; se buscar a realização nesta vida, ou na vida futura; se ajuntar tesouros na terra apenas para perdê-lo para sempre, ou ajuntar tesouros no céu e mantê-lo para sempre.

    O antídoto para o tolo, pecaminoso, a ganância materialista é usar o que Deus nos deu para a Sua glória e o benefício de outros.

    78. Limbertando-se da Ansiedade (Lucas 12:22-34)

    E disse aos discípulos: "Por esta razão, eu digo a você, não se preocupe com a sua vida, quanto ao que haveis de comer; nem com seu próprio corpo, quanto ao que haveis de vestir.Pois a vida é mais do que a comida, eo corpo mais do que o vestuário. Considerai os corvos, que nem semeiam, nem ceifam; não têm armazéns nem celeiro, e Deus os alimenta; quanto mais você é valioso do que as aves! Qual de vós, por preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à extensão da sua vida? Se, então, você não pode fazer até mesmo uma coisa muito pequena, por que se preocupar com outros assuntos? Olhai para os lírios, como eles crescem: eles não trabalham nem fiam; mas eu te digo, nem Salomão, em toda a sua glória se vestiu como um deles. Mas, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais Ele vai te vestimos? Vocês, homens de pouca fé! E não procurar o que você vai comer eo que você vai beber, e não manter preocupante. Por todas estas coisas os povos do mundo procuram avidamente; mas vosso Pai sabe que precisais delas. Mas buscar o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas. Não tenha medo, pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino. Vender suas posses e dar a instituições de caridade; fazer cintos-vos dinheiro que não se estraguem, um tesouro nos céus, onde não chega ladrão, nem a traça corrói. Pois onde estiver o seu tesouro, aí estará o seu coração também "(12: 22-34).

    É uma verdade surpreendente e irônico que, enquanto a nossa é, talvez, o mais rico, o espectáculo, e da sociedade confortável nunca, ele também é o mais estressado, preocupado, e ansiedade-montado um.Não se preocupe vai sem nome, indefinido, descatalogados, não diagnosticada ou não medicados; preocupações meramente ir unrelieved. É assustador para acreditar que um está preso em um universo inexplicável; para ser nada mais do que a chance de um produto sem orientação aleatória processo cego,,, sem propósito de evolução que não tinha homem em mente. O pensamento de que não há ninguém em casa nos resultados universo de uma sensação de alienação cósmica, solidão e angústia. A ansiedade que os resultados assume muitas formas, a que a psicologia humanista dá rótulos como transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno do pânico, síndrome de estresse pós-traumático, transtorno de ansiedade social, transtorno de ansiedade generalizada, assim como fobias específicas, como o medo de altura, locais fechados, ratos, aranhas ou cobras. Ansiedade afeta milhões de pessoas e tratá-la (geralmente por drogas) é um grande negócio.
    O melhor que o mundo pode esperar em superficialmente lidar com a ansiedade é para gerenciá-lo e mascarar o seu impacto. O Senhor Jesus Cristo, no entanto, oferece uma solução radicalmente diferente de ansiedade Ele promete para eliminá-lo. Nesta passagem Jesus proíbe preocupação relativa tanto ao mundo material ou do reino espiritual. No versículo 22, Ele proibido se preocupar com as necessidades físicas de vida, quando Ele disse aos seus discípulos: "Por isso eu digo a você, não se preocupe com a sua vida, quanto ao que haveis de comer; nem com seu próprio corpo, quanto ao que haveis de vestir. " No versículo 32, Ele declarou que aqueles que crêem nEle nada a temer no reino espiritual, quer ter: "Não tenhais medo, pequeno rebanho, porque vosso Pai agradou . a dar-vos o Reino " O Senhor também lidou com preocupação e ansiedade no Sermão da Montanha (Mt 6:25, Mt 6:28, Mt 6:31, Mt 6:34;. conforme Mt 10:19), o que indica que este foi um tema frequente de Sua ensino.

    A preocupação decorre de duas coisas: ignorância e, principalmente, a incredulidade. Muitos cristãos desnecessariamente preocupar porque eles não entendem a profundidade da revelação sobre o amor e cuidado de Deus agraciou. Mas há outros que entendem a natureza e as promessas de Deus, mas se enquadram preocupação de qualquer maneira. Para ser desnecessariamente ignorante é um pecado, mas a desconfiar conscientemente auto-revelação de Deus nas Escrituras é um pecado ainda maior.
    Nesta passagem, o Senhor Jesus Cristo revelou seis verdades sobre Deus que, se mal entendido ou desconfiava resultado na preocupação: prioridade divina, disposição, privilégio, preferência, a paternidade, e prazer.

    A PREOCUPAÇÃO NÃO CONSEGUE ENTENDER PRIORIDADE DIVINO

    E disse aos discípulos: "Por esta razão, eu digo a você, não se preocupe com a sua vida, quanto ao que haveis de comer; nem com seu próprio corpo, quanto ao que haveis de vestir.Pois a vida é mais do que a comida, eo corpo mais do que o vestuário. (12: 22-23)

    Os discípulos , ou aprendizes, incluídos os Doze, outros que tinha acreditado em Jesus, e aqueles que ainda estavam indecisos sobre Ele (conforme v. 41). Nesse discurso (12: 1-13:
    9) o Senhor estava ensinando-lhes sobre a vida no reino de Deus. Como observado no capítulo anterior deste volume, Jesus foi interrompido por um homem que exigiu que ele ordene a sua irmão que reparta a herança da família com ele.Jesus recusou-se, em seguida, contou uma parábola que ilustra a loucura de cobiça (12: 13-21). A frase , por essa razão conecta o que Jesus estava prestes a dizer com o que Ele tinha acabado de dizer. Ele tinha confrontado seus ouvintes com uma escolha. Eles poderiam, como o homem insensato na parábola, ajuntar tesouros na terra. Ou poderiam ser rico para com Deus e ajuntar tesouros no céu (12:21; conforme Mt 6:19-21.). Jesus também expressou que a verdade no Sermão da Montanha, quando declarou: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro "(Mt 6:24).

    O ensinamento do Senhor poderia ter causado os ouvintes a se perguntar como as suas necessidades terrenas seria atingido se armazenado o seu tesouro no céu. Jesus assegurou-lhes que não havia necessidade de se preocupar com a vida, quanto ao que eles iriam comer; nem para seus corpos, quanto ao que eles iriam colocar em . A presente forma imperativa do verbo traduzido preocupaçãoindica que a ausência de preocupação é caracterizar continuamente crentes. Eles não precisam se preocupar porque o seu Pai celestial confiável e amoroso, aquele que veste as flores e alimenta os pássaros (vv. 24-28), irá fornecer tudo o que precisam. Em vez de se preocupar, eles estão para lançar toda a sua ansiedade sobre Ele, sabendo que Ele se importa com eles (1Pe 5:7; conforme 9: 57-62; 13 44:40-13:46'>Mat. 13 44:46), uma vez que aqueles que seguem a Cristo deve negar a si mesmos (Lc 9:23; conforme Lc 5:11, Lc 5:28; Lc 19:8).. Mas Deus vai continuar a apoiar os que Lhe dar a sua maior adoração até o Seu propósito para as suas vidas é cumprido.

    Embora os povos antigos, mesmo aqueles em Israel do primeiro século, enfrentou um desafio diário em apenas obter alimentos e roupas o suficiente para sobreviver (conforme 1Tm 6:8), o Senhor escolheu pássaros como um exemplo do cuidado de Deus para as Suas criaturas. Ouvintes de Cristo estavam muito familiarizados com os pássaros. Além de suas inúmeras aves nativas de Israel, limitada a leste pela deserto árido e no oeste pelo Mar Mediterrâneo, é uma das principais vias da mosca para aves migratórias. Centenas de milhões de aves passam sazonalmente devido a Israel a cada ano.

    Ravens eram desprezados e imundo (13 3:11-15'>Lev. 11: 13-15), e são incapazes de gerar o seu próprio suprimento de alimentos, uma vez que eles não semeiam nem ceifam . Além disso, ao contrário dos humanos e alguns animais (por exemplo, formigas; conforme Prov. 6: 6-8; Pv 30:25), eles não armazenam comida para o longo prazo, não tendo despensa nem celeiro . Eles sobrevivem unicamente porque Deus projetou e disponibilizada a comida que necessitam para existir.

    Escritura fala repetidamente de cuidado providencial de Deus para as Suas criaturas. 38:41 pergunta retoricamente: "Quem prepara ao corvo o seu alimento, quando os seus jovens grito a Deus e vagar sem comida?" O salmista observa que todas as criaturas de Deus "esperar por [ele] para dar o sustento a seu tempo" (Sl 104:27). No final de sua vida, ele acrescentou, "Fui moço e agora sou velho, mas eu não vi o justo desamparado, nem a sua descendência mendigar o pão" (Sl 37:25; conforme Isaías 33:15-16..). Aqueles que desobedecem e se esquecem de Deus podem ser temporariamente privados de recursos, como resultado de sua punição (conforme Hag. 1: 1-11). Nem é disposição providencial de Deus uma desculpa para a preguiça (Pv 20:4.; 2 Ts 3: 10-12.). Mas até que a sua vida útil atribuído é mais (veja o próximo ponto), o Senhor vai sustentar aqueles que são Dele. Assim, as ovelhas do Grande Pastor pode dizer triunfante com Davi: "O Senhor é meu pastor, nada me faltará" (Sl 23:1) enfatizaram a maior benefício da disciplina espiritual, o que leva à piedade (1 Tim. 4: 7-8).

    Tudo que a preocupação é tolo e inútil. Não se limita a tirar o foco dos crentes off prioridade de Deus em suas vidas, e negar o Seu cuidado providencial, também se preocupam ignora Sua privilégio de determinar soberanamente sua vida útil. A pergunta de Jesus retórica, Qual de vós, por ansioso, pode acrescentar uma hora (lit., "côvado";. usado aqui, metaforicamente, como em Mt 6:27 para se referir à duração da vida) a extensão de sua vida? enfatiza que nenhuma quantidade de ansiedade pode acrescentar à sua vida nem a vida que Deus determinou. A preocupação é destrutivo para a saúde e bem-estar. Como as pessoas não podem fazer ainda a muito pouco coisa de adicionar ainda uma hora para suas vidas, Jesus perguntou: por que eles deveriam se preocupar com outros relacionadosassuntos , tais como alimentos e roupas? Seu Pai celestial vai sustentar as vidas daqueles que obedecer à Sua Palavra até o fim do seu tempo determinado por Deus. Por outro lado, o pecado pode encurtar esse tempo do que ela poderia ter sido (conforme 1 Cor. 11: 29-30; 1Jo 5:161Jo 5:16).

    A PREOCUPAÇÃO NÃO CONSEGUE ENTENDER PREFERENCE DIVINO

    Olhai para os lírios, como eles crescem: eles não trabalham nem fiam; mas eu te digo, nem Salomão, em toda a sua glória se vestiu como um deles. Mas, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais Ele vai te vestimos? Vocês, homens de pouca fé! E não procurar o que você vai comer eo que você vai beber, e não manter preocupante. (12: 27-29)

    Segundo a mitologia evolucionista, os seres humanos não são nada mais do que animais altamente evoluídos. É verdade que as pessoas compartilham um vínculo comum com plantas e animais, uma vez que todos foram criados por Deus. Somente os seres humanos, no entanto, foram criados à Sua imagem e ter a capacidade de amar, servir e adorá-Lo. Nesta seção de seu discurso, nosso Senhor se desviou da questão dos alimentos para que de roupa. Tendo ilustrado o primeiro com o cuidado de Deus para as aves, Jesus usou plantas para ilustrar sua disposição de roupa. Ele revelou preferência compassivo de Deus para aqueles feitos à Sua imagem, especialmente seus filhos-argumentar de maneira judaica típica do menor para o maior.

    Lírios é um termo genérico para plantas com flores, não uma referência a uma determinada espécie. Eles não trabalham nem fiam para fazer suas próprias roupas, mas de forma livre e sem esforço crescer dentro da ordem da vida da Terra. Sua beleza delicada, no entanto, é insuperável por qualquer peça de vestuário feita pelo homem. Nem mesmo Salomão , o homem mais ricamente vestida na história de Israel, em toda a sua glória se vestiu como uma dessas flores efêmeras. No entanto, eles não servem a nenhum propósito espiritual que não seja testemunho de que Deus é um Deus de beleza, a bondade, a ordem, design e variedade.

    O ponto de ilustração do Senhor é que Deus prefere o seu povo sobre as aves e plantas que Ele cuida de (conforme v. 24). Jesus perguntou retoricamente, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais Ele te vestimos? A questão reflete o uso comum de seca grama para alimentar os fornos de barro usados ​​para cozimento. Se Deus tão majestosamente roupasperecível grama que está vivo um dia e lançada ao fogo o próximo, Ele certamente vai vestir Seus filhos. Portanto, para ser consumido com medo, dúvida e preocupação é ser culpado de ter pouca fé -a repreensão comum por nosso Senhor (conforme 8:25; Mt 6:30; Mt 8:26; Mt 14:31; Mt 16:8). Falta de fé expressa uma falta de confiança no conhecimento das necessidades de Seus filhos de Deus, a sabedoria para saber como encontrá-los, o desejo de conhecê-los, ou poder para encontrá-los. Tal visão fraca do Criador e Provedor de desonra a Deus, produz preocupação, e restringe o fluxo de bênçãos de Deus (Tiago 1:6-8). Portanto, o Senhor ordenou aos Seus discípulos, Não procure o que você vai comer e que haveis de beber, e não manter preocupante . A busca de alimentos e roupas nunca pode ser a preocupação de suas vidas, para que eles vivem como se diminuir a glória de Deus.

    A PREOCUPAÇÃO NÃO CONSEGUE ENTENDER PATERNIDADE DIVINA

    Por todas estas coisas os povos do mundo procuram avidamente; mas vosso Pai sabe que precisais delas. Mas buscar o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas. (12: 30-31)

    Aqui, pela primeira vez neste discurso Jesus falou de Deus como o Pai dos crentes. A paternidade de Deus é encorajador, porque garante que Ele vai suprir todas as suas necessidades (Fp 4:19) —as mesmascoisas (por exemplo, o que comer, beber e vestir) as nações do mundo buscam ansiosamente . Epizēteō ( procuram avidamente ) é uma forma reforçado do verbo zēteō e significa "procurar intensamente", "buscar diligentemente", ou "desejar fortemente." Aqueles de fora do reino de Deus não têm qualquer direito sobre ele-não promessas, promessas, ou garantias. A única boa em sua vida vem de graça comum. O pai deles, Satanás (Jo 8:44), não faz promessas e não proporcionam benefícios. Mortos para as coisas espirituais (Ef 2:1).

    O interesse consumindo de vida do crente é o reino de Deus, a esfera da salvação, onde Deus governa como Rei e Senhor. Tudo está a ser feito para a honra e avanço do senhorio de Cristo. A vida cristã começa com o arrependimento, abnegação, humildade, lamentando sobre o pecado, ea fome e sede de justiça que acompanham a fé salvadora, e resulta em uma vida de adoração, serviço e obediência.Aqueles que definir suas almas para buscar as glórias do reino, Jesus prometeu, vai achar que Deus irá satisfazer as suas necessidades terrenas.

    A verdade de que Deus cuida de Seu povo era bem conhecido para o povo judeu, tendo sido claramente ensinada no Antigo Testamento. No Salmo 34 Davi exultou:

    O gosto e vede que o Senhor é bom;
    Bem-aventurado o homem que nele se refugia!
    O temor do Senhor, você Seus santos;
    Para aqueles que temem que não há falta.
    Os leõezinhos necessitam e sofrem fome;
    Porém, aqueles que buscam o Senhor não deve estar em falta de alguma coisa boa ....
    Os olhos do Senhor estão sobre os justos
    E os seus ouvidos atentos ao seu clamor ...
    Muitas são as aflições do justo,
    Mas o Senhor o livra de todas elas. (Vv. 8-10, 15, 19)

    Malfeitores "murcharão rapidamente como a relva e murcharão como a erva verde" (Sl 37:2)

    Deus vai prover abundantemente para aqueles que pertencem a Ele, são fiéis a Ele, e buscar o Seu reino acima de tudo (Mt 6:33).

    A PREOCUPAÇÃO NÃO CONSEGUE ENTENDER PRAZER DIVINO

    Não tenha medo, pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino. Vender suas posses e dar a instituições de caridade; fazer cintos-vos dinheiro que não se estraguem, um tesouro nos céus, onde não chega ladrão, nem a traça corrói. Pois onde estiver o seu tesouro, aí estará o seu coração também. (12: 32-34)

    Esta promessa de dar Seu próprio reino é o ponto alto de ensino de nosso Senhor nesta ocasião. A Bíblia revela que Deus era o prazer de oferecer seu filho como um sacrifício pelo pecado (Is 53:10.) E Jesus ", em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz" (He 12:2) são deles como "herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo" (Rm 8:17), com quem ele vai "dar livremente [eles] todos coisas "(v 32; conforme Mt 25:21, Mt 25:23, Mt 25:34; Lc 22:29; 2 Cor. 9:. 2Co 9:8; Ef 1:1.)

    O que Ele disse que aqui é exatamente o que Ele disse ao jovem rico quando Ele desafiou-o: "Vá e vender seus bens e dar aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me "(Mt 19:21). Mais cedo, no Evangelho de Lucas, Jesus disse: "Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me" (Lc 9:23; conforme Lc 14:27), enquanto que em Lc 14:33 Ele declarou: "Assim, pois, nenhum de vocês pode ser meu discípulo que não desistir de todos os seus bens próprios."

    Declaração de conclusão de Jesus, onde está o teu tesouro, aí estará o seu coração também , interpreta e esclarece Seu significado. A salvação vem somente de abraçar Jesus, o Messias pela graça mediante a fé (Jo 1:12; Jo 3:16; Jo 3:36; Jo 5:24; conforme Ef 2:8-9.). A salvação é para os desesperados, os humildes, que choram sobre o seu pecado e da fome e sede de justiça. Mas como uma pessoa vê o dinheiro e os bens é uma medida da autenticidade de arrependimento e fé. Tudo o que concorre para a fidelidade de uma pessoa de Cristo é um obstáculo para a salvação. Como Jesus resumiu: "Não podeis servir a Deus e ao dinheiro" (Mt 6:24;. Lc 16:13). Os que querem entrar no reino de Deus deve apresentar sem reservas ao governo do Rei. Eles armazenar até seu tesouro com segurança no céu, não na terra, a compreensão de que, como o missionário e mártir Jim Elliot escreveu: "Não é nenhum tolo que dá o que não pode manter para ganhar o que não pode perder" (Elisabeth Elliot, Shadow da o Todo-Poderoso[New York: Harper & Row, 1979], 247).

    79.Antecipando a Volta de Cristo (Lucas 12:35-48)

    "Seja vestida de prontidão, e manter o seu lit. lâmpadas Seja como os homens que estão à espera de seu mestre, quando ele retorna a partir da festa de casamento, para que eles possam imediatamente abrir a porta para ele quando ele chegar e bater. Bem-aventurados os escravos que o senhor vai encontrar em estado de alerta quando ele vem; em verdade vos digo que, que se cingirá, para servir, e tê-los reclinar-se à mesa, e vai vir para cima e servi-los. Se ele vier na segunda vigília, ou até mesmo no terceiro, e encontra-los assim, bem-aventurados são aqueles escravos. Mas não se esqueça disso, que, se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, ele não teria permitido que sua casa fosse arrombada. Você também, estar pronto; pois o Filho do Homem virá numa hora em que você não espera. "Pedro disse:" Senhor, estás a abordar esta parábola a nós, ou para todos os outros também? "E o Senhor disse:" Quem é o fiel e steward sensato, a quem o senhor vai colocar no comando de seus servos, para lhes dar a ração no momento adequado? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor encontrar fazendo assim quando vem. Em verdade vos digo que ele vai colocá-lo no comando de todas as suas posses. Mas, se aquele servo disser no seu coração: 'Meu senhor vai ser um longo tempo a chegar', e começa a bater os escravos, tanto homens como mulheres, e para comer e beber e ficar bêbado; o senhor daquele servo virá num dia em que não o espera, e numa hora que ele não sabe, e cortá-lo em pedaços, e atribuir-lhe um lugar com os infiéis. E isso escravo que soube a vontade do seu senhor e não se preparar ou agir de acordo com sua vontade, receberá muitos açoites, mas o único que não sabia, e atos cometidos dignos de uma flagelação, vai receber, mas poucos. A quem muito foi dado, muito será exigido; e aos quais confiaram muito, se lhe pedir tudo o mais "(12: 35-48).

    A Bíblia ensina que a história humana vai acabar quando o Senhor Jesus Cristo voltar à Terra para levar seu povo para estar com Ele, estabelecer o Seu reino, e punir os maus. A segunda vinda do Filho de Deus marca o fim do mundo como nós o conhecemos. Escritura é tão clara e confiável em segunda vinda de Cristo, pois é histórico em sua primeira vinda. A volta do Senhor Jesus em plena glória é uma doutrina essencial, central da fé cristã, não, um espetáculo à parte especulativa secundário. A aceitação de que é obrigatório, e não opcional.
    Na verdade, em alguns aspectos da doutrina da segunda vinda é a verdade mais importante de tudo. Ele identifica e descreve o ponto culminante da história da redenção, que engloba o julgamento dos ímpios, a bênção dos justos, a exaltação final e permanente e glória do Rei dos reis e Senhor dos senhores. É inequívoca marca o fim da história, quando o propósito de Deus desde o princípio da história antes será concluído após a sua conclusão. Cada detalhe revelada na Escritura relativas ao culminar de saga redentora de Deus será cumprida com precisão absoluta. Portanto, qualquer um que se desvaloriza, obscurece, deturpa ou abandona a verdade a respeito do retorno de Cristo chega perigosamente perto de trazer o juízo divino sobre si:

    Eu testifico a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da cidade santa, que estão escritas neste livro. (Ap 22:18-19)

    No entanto, apesar da advertência clara contra adulteração com a doutrina da segunda vinda da Bíblia, muitos cristãos bem-intencionados fazer exatamente isso. Embora descrição da Escritura do resto da história da redenção é preciso e exato, que de alguma forma imaginar que o final da história é vago e incerto. Mas mexer com a doutrina da segunda vinda corrompe profecia bíblica e mancha a glória do Senhor Jesus Cristo.

    Alguns negam a segunda vinda por completo, tal como os adeptos da visão escatológica conhecido como hiperpreterismo ou preterism completo. Preterism Mainstream sustenta que as profecias da tribulação em Apocalipse 6:19 foram cumpridas no passado. O único evento deixou no calendário profético é o retorno literal, corporal de Jesus Cristo para acabar com a história e trazer julgamento sobre os ímpios.Hiperpreteristas tomar essa visão um pouco mais longe. Interpretando mal as palavras de Jesus em Mt 24:34: "Em verdade eu vos digo, esta geração não passará até que todas estas coisas aconteçam", hiperpreteristas insistem que tudo de profecia bíblica-incluindo a segunda vinda de Cristo foi cumprida nos acontecimentos em torno da destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 dC.

    Este ponto de vista radical de profecia relega não só segunda vinda de Cristo, mas também a ressurreição dos mortos e do julgamento do grande trono branco para o passado. Os adeptos dizem que nenhuma profecia da Escritura permanece para ser cumprida, de modo que este universo está presente nos novos céus e da nova terra prometida em Is 65:17, 66:22, 2Pe 3:132Pe 3:13, e descrito em Apocalipse 21 e 22. Pecado nunca será finalmente purgado da criação de Deus. Satanás já foi derrotado tanto como ele vai ser. Não há, a existência corporal física além-túmulo; crentes existem espíritos desencarnados como eternamente na presença de Deus, ao passo que os incrédulos são expressos de Sua presença para viver para sempre na mesma forma. Hiperpreteristas tratar passagens como 1 Tessalonicenses 4: 16-17, 1 Coríntios 15:22-24, 53-54 e Fp 3:21, que prometem claramente uma ressurreição corporal dentre os mortos, como alegorias descrevendo espiritual, não literal , realidades.

    Tais pontos de vista radicais da profecia ter consequências desastrosas, minando praticamente toda a doutrina fundamental da fé cristã. Como mencionado acima, eles negam tanto a segunda vinda de Cristo e da ressurreição corporal dos santos. Mas negar o literal, o retorno do corpo de Cristo significa negar Sua ascensão física, uma vez que os anjos disseram aos apóstolos: "Esse Jesus, que foi levado de vocês para o céu, há de vir exatamente da mesma maneira como você viu ir para o céu "(At 1:11). Ainda mais alarmante, negando a ressurreição corporal de crentes implica negando a ressurreição corporal de Cristo, cuja ressurreição é o padrão para todos os que vão ressuscitar dentre os mortos (1 Cor. 15: 20-23). Por incrível que pareça, alguns hiperpreteristas não têm escrúpulos em tomar seu ponto de vista a esse extremo e, em um esforço de lame para ser consistente, concluir que Cristo também ressuscitou dos mortos espiritualmente, não fisicamente.

    É claro que, negando a ressurreição corporal de Jesus Cristo destrói a fé cristã. O apóstolo Paulo sem rodeios advertiu os crentes de Corinto, alguns dos quais eram, como hiperpreteristas contemporâneos, negando a ressurreição corporal (1Co 15:12.): "Se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é inútil; você ainda estais nos vossos pecados "(v. 17). Como Himeneu e Fileto, antes deles, hiperpreteristas "se desviaram da verdade dizendo que a ressurreição já ocorreu, e ... perturbar a fé de alguns" (2Tm 2:18). (I criticar hiperpreterismo no meu livro A Segunda Vinda [Wheaton, Ill .: Crossway, 1999], 9-13).

    No outro extremo do espectro daqueles que negam a segunda vinda são aqueles que sensacionalismo ensino da Escritura em que a realidade futura. Eles fazem isso por interpretar o ensinamento da Bíblia sobre o futuro através da lente dos acontecimentos atuais. Essa abordagem a profecia tem gerado especulações intermináveis ​​sobre como certas pessoas ou eventos supostamente ter cumprido várias profecias. Por exemplo, alguns estavam convencidos de que os acontecimentos catastróficos da Primeira Guerra Mundial anunciou a vinda do Apocalipse. Mais tarde, outros sugeriram que Hitler, Mussolini, Stalin ou foram o Anticristo.

    Após a Segunda Guerra Mundial, uma enxurrada de livros apareceu alegando que o renascimento de Israel como uma nação em 1948 desencadeou a contagem regressiva para o Armageddon. Como os hiperpreteristas, seus autores mal interpretado as palavras de Jesus em Mt 24:34. Eles alegaram a "geração" de que o Senhor falou foi o único vivo em 1948, e, portanto, Armageddon não poderia estar mais de quarenta anos de distância. Todos foram, é claro, se revelaram erradas quando o arrebatamento, tribulação e Armageddon não se materializou até o final da década de 1980.

    Pior ainda, apesar da declaração do Senhor explícito, "Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai" (Mc 13:32; conforme At 1:7), é mais importante do que a vida por vir. O que Deus tem planejado para o futuro é muito mais abençoada do que tudo nesta vida pode oferecer. Para perder de vista a realidade de que nenhum benefício terrena se pode comparar à alegria e abençoando Cristo vai entregar quando Ele voltar é desobediente e tolo.

    Ressaltando seu profundo significado, a Bíblia revela, pelo menos, dez razões pelas quais o Senhor Jesus Cristo deve retornar ao corporal terra da mesma forma que Ele deixou (At 1:11).

    Em primeiro lugar, a promessa de Deus exige. O Antigo Testamento contém mais de três centenas de profecias da vinda do Messias, mais de uma centena de que foram cumpridas na primeira vinda de Jesus Cristo. Isso deixa pelo menos duas centenas de profecias restantes a serem cumpridas na Sua segunda vinda. Por exemplo, no Salmo 2:6-9 Deus prometeu que seu filho iria ser rei sobre toda a terra e governar com mão de ferro. Isaías 9:6-7 descreve seu reinado como do trono de Davi. Mq 4:3 descreve graficamente Seu retorno à Terra para reinar como Rei. Deus não pode mentir (Tt 1:2.). As promessas que Ele fez a demanda que o Senhor Jesus Cristo voltar para cumpri-los.

    Em segundo lugar, as afirmações de Jesus exigi-lo. Durante Seu ministério terreno Ele se referiu várias vezes para sua segunda vinda (por exemplo, Mt 24:27, Mt 24:30, Mt 24:37, Mt 24:39, Mt 24:44; Mc 13:26; Mc 14:62; João 14:2-3.). Ele deu um discurso extenso e detalhado (Matt 24:25.) Sobre os acontecimentos que envolveram a Sua volta, e aludiu a ele em numerosas parábolas (por exemplo, Mateus 24:45-51; 25:. 1-13; 25: 14-30 ; Lucas 19:12-27). O capítulo final da Bíblia registra a promessa de Jesus para vir novamente em suas próprias palavras (Ap 22:7, Ap 22:20). Veracidade e credibilidade de Cristo são, portanto, inseparavelmente ligada à Sua segunda vinda.

    Em terceiro lugar, o testemunho do Espírito Santo exige. O "Espírito da verdade" (Jo 14:17; Jo 15:26; Jo 16:13) inspirou os autores humanos das Escrituras (II Pedro 1:20-21), que repetidamente escreveu do retorno de Cristo (por exemplo, 1 Cor. 1: 4-7; Fp 3:20; Cl 3:1; 1 Tessalonicenses 4:.. 16-17; Tt 2:13; He 9:28 e Tiago 5:7-8; 1Pe 1:131Pe 1:13; 1Pe 5:4; 1Ts 1:101Ts 1:10; Tt 2:13) e levá-la para a festa de casamento (Apocalipse 19:6-9).

    Em quinto lugar, a corrupção do mundo exige. O retorno de Jesus Cristo é a bendita esperança dos crentes. Mas para o mundo incrédulo é a perspectiva aterrorizante de julgamento imediato, como o Senhor Jesus Cristo traz destruição, devastação e morte para os ímpios (conforme João 5:25-29; 2 Tessalonicenses 1: 7-10.; Jude 14 —15; Ap 19:11-16) e estabelece o Seu reino justo. O capítulo final da história da Terra será escrito por Jesus, legítimo herdeiro do mundo (He 1:2.), Quando Ele voltar.

    Em sexto lugar, o futuro de Israel exige. O remanescente eleito de Israel, um dia, se arrepender e ser salvo. Em imagens vívidas de Ezequiel, os ossos secos virá a vida (Ez. 37), quando, como Deus prometeu

    Eu derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito de graça e de súplicas, para que eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem pranteia por um filho único, e chorarão amargamente por Ele como o choro amargo ao longo de um primogênito "(Zc 12:10).

    Paulo escreveu que "todo o Israel será salvo" quando "o libertador [o Senhor Jesus Cristo] virá de Sião Ele irá remover a impiedade de Jacó" (Rm 11:26). Essa limpeza prometida e salvação de Israel exige Jesus para retornar à Terra.

    Em sétimo lugar, a vindicação de Cristo exige. É inconcebível que a última vista de Jesus, o mundo vai ter é um dos-lo pendurado em uma cruz entre dois criminosos. Nenhum incrédulos viu qualquer de suas aparições pós-ressurreição. Sua glória da ressurreição, visto apenas pelos crentes, ainda não se manifestou ao mundo, mas isso vai mudar um dia. Na segunda vinda de Cristo, o mundo inteiro vai ver "o sinal do Filho do Homem ... aparecem no céu, e, em seguida, todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória "(Mt 24:30; conforme Ap 1:7; Jo 14:30; Jo 16:11; conforme 2Co 4:42Co 4:4.) Vai não ser autorizados a manter seu poder para sempre. Jesus deve e vai voltar a vencê-lo, destruir o seu reino das trevas, e sentenciá-lo à punição eterna no inferno (Ap 20:2).

    Em nono lugar, a esperança dos crentes exige. Seu desejo "a bendita esperança ea manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo" (Tt 2:13) não vai não correspondido. Tão central para a fé cristã é esperança no retorno de Cristo que II Timóteo 4: ". Amarem a sua vinda" 8 define os cristãos como aqueles que O Senhor deve retornar de modo que "a prova de [crentes] fé, muito mais preciosa do que o ouro que é perecível, embora provado pelo fogo, pode ser encontrada a resultar em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo "(1Pe 1:7 personifica a criação como gemendo sob a dor da maldição provocada pela queda (v 22). E espera "ansiosamente a revelação dos filhos de Deus" (v. 19), quando "a própria criação também será libertada da escravidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus "(v. 21). Isso vai acontecer quando Jesus Cristo voltar.

    O retorno de Jesus Cristo lança uma seqüência de eventos que marcarão o fim do universo e este mundo em seu estado atual. Haverá um holocausto nuclear de proporções inimagináveis ​​como "os céus passarão com grande estrondo, e os elementos serão destruídos com o calor intenso, ea terra e as obras serão queimadas" (2Pe 3:10; conforme v 12.). Antes que isso aconteça, haverá um julgamento final e condenação ao lago de fogo eterno de todos os ímpios no grande trono branco de Deus (Ap 20:11-15). Precedendo acórdão, Cristo reinará por mil anos sobre a terra em seu reino milenar (Ap 20:4), em que é comumente conhecido como a segunda vinda, embora o termo é mais amplo (Ap 19:11-21). Antes da segunda vinda, a tribulação, a septuagésima semana da profecia de Daniel das setenta semanas (Dan. 9: 24-27), terá lugar durante sete anos antes da volta do Senhor (Ap 6:19). Será uma manifestação sem precedentes de julgamento divino. Antes da tribulação haverá o arrebatamento da igreja, o gatilho que aciona todos esses eventos subseqüentes.

    Descrito em três passagens-chave (João 14:1-3, 1 Coríntios 15:51-53; 1 Tessalonicenses 4:.. 16-17), o arrebatamento é um evento sem sinais e poderia ocorrer a qualquer momento. É para ser distinguido do retorno de Cristo no final da tribulação. No êxtase, Cristo vem para os Seus santos (Jo 14:3.), Mas não para a terra. Ele encontra-los no ar (1Ts 4:17.) Para levá-los para o céu com Ele (João 14:2-3) para receber suas recompensas (I Coríntios 3:10-15; 4: 1-5.; 2Co 5:102Co 5:10) e participar na festa das bodas do Cordeiro (Ap 19:7;. Conforme vv 7-8), que descem do céu com Ele para terra (Zc 14:4, que descreve a tribulação. (Para mais provas de que o arrebatamento precederá a tribulação, e, portanto, deve ser distinguido de retorno posttribulational do Senhor em juízo, ver Apocalipse 12:22 , A Commentary MacArthur Novo Testamento. [Chicago: Moody, 2000], 212-13)

    Esta seção de Lucas 12 revela a segunda vinda para ser certo e incerto. O Senhor Jesus Cristo expressou ambas as realidades, no versículo 40, quando declarou que "o Filho do Homem virá [um determinado evento] em uma hora que você não espera que [um tempo incerto]." A Bíblia associa vários sinais com o retorno de Cristo, na a conclusão da tribulação, mas nenhum deles revelar o dia ea hora exatos quando vai ocorrer (Mt 24:36;. Mt 25:13). Porque há eventos são especificamente profetizou a precedê-lo, o tempo do arrebatamento não pode ser determinado. Assim, a sequência cronológica que põe em movimento (conforme Dn 7:25; 12:. Dn 12:7, 11-12; 13 5:66-13:6'>Apocalipse 13:5-6) está faltando a peça-chave de informação necessária para determinar quando o Senhor voltará —quando essa sequência começa. Essa é uma razão pela qual definição de data é tão irresponsável. O Novo Testamento é claro que esses eventos são iminentes, o que significa que pode começar a qualquer momento, sem nenhum sinal de advertência (He 10:25; Tiago 5:7-9.; 1Pe 4:71Pe 4:7; Ap 1:1, 1Ts 4:17; Tito 2:12-13.).

    A resposta adequada a essa realidade, em cada geração é vigilância (Mt 24:42-44; Mc 13:1). Nesta passagem Jesus tanto exortou seus seguidores a permanecer em todos os momentos pronto para seu retorno, e disse-lhes por que tal disposição é importante.

    A EXORTAÇÃO PARA READINESS

    "Seja vestida de prontidão, e manter o seu lit. lâmpadas Seja como os homens que estão à espera de seu mestre, quando ele retorna a partir da festa de casamento, para que eles possam imediatamente abrir a porta para ele quando ele chegar e bater. Bem-aventurados os escravos que o senhor vai encontrar em estado de alerta quando ele vem; em verdade vos digo que, que se cingirá, para servir, e tê-los reclinar-se à mesa, e vai vir para cima e servi-los. Se ele vier na segunda vigília, ou até mesmo no terceiro, e encontra-los assim, bem-aventurados são aqueles escravos. Mas não se esqueça disso, que, se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, ele não teria permitido que sua casa fosse arrombada. Você também, estar pronto; pois o Filho do Homem virá numa hora em que você não espera "(12: 35-40).

    Jesus exortava os seus ouvintes para estar pronto para seu retorno por meio de quatro analogias simples da vida cotidiana: roupas, lâmpadas, servos, e os ladrões.

    Roupas

    "Seja vestida de prontidão, (12: 35a)

    Esta frase literalmente lê "deixe seus lombos cingidos", e leva em conta as longas túnicas usados ​​por homens e mulheres nos dias de Jesus. Antes que eles pudessem trabalhar, lutar, ou correr, as pessoas necessárias para recolher o material solto e amarrá-lo com uma faixa ou cinto. Enquanto se preparavam para a refeição da Páscoa, Deus ordenou que o povo de Israel: "Agora você deve comê-lo desta maneira: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, eo vosso cajado na mão; e o comereis apressAdãoente; é a Páscoa do Senhor "(Ex 12:11). Após sua dramática vitória sobre os profetas de Baal, Elias "cingiu os lombos e correu mais Ahab para Jezreel" (1Rs 18:46). Quando mandou o seu servo Geazi para curar o filho da mulher sunamita, Eliseu instruiu-o, "Cinge os teus lombos, toma o meu bordão na mão, e seguir o seu caminho; Se encontrares alguém, não o saúdes, e se alguém saúda você, não lhe respondeu; e põe o meu bordão sobre o rosto do rapaz "(2Rs 4:29). O Senhor ordenou a Jó: "Cinge os teus lombos como um homem, e eu vou lhe perguntar, e você instrui-me!" (38:3). A exortação de Pedro, em 1Pe 1:13 diz literalmente: "Cinge os lombos de suas mentes." As palavras de Jesus são uma chamada para prontidão , à luz do Seu retorno iminente.

    Lâmpadas

    e manter sua lit. lâmpadas (12: 35b)

    Lâmpadas ter apenas uma função: para fornecer luz. Neste caso, como muitas vezes é, a luz é uma figura de conhecimento. Este não é o momento, Jesus advertiu, ser ignorante dessas verdades, tropeçando na escuridão; as pessoas precisam estar atentos e ter certeza de que a sua lâmpada de conhecimento está sempre aceso . Mais tarde, ele iria usar lâmpadas para ilustrar o perigo de falta de preparo espiritual na parábola das damas de honra. Ao contrário das virgens prudentes, os néscios (Matt. 25: 1-12) permitiu que as suas lâmpadas para sair. Como resultado, eles foram expulsos do casamento pelo noivo, ilustrando metaforicamente o perigo de falta de preparo espiritual.

    O apóstolo Paulo faz eco a esta mesma advertência, quando escreveu:

    Faça isso, conhecendo o tempo, que já é a hora para você despertar do sono; por agora salvação está mais perto de nós do que quando no princípio cremos. A noite é passada, eo dia está próximo. Portanto, vamos deixar de lado as obras das trevas e vestir a armadura da luz. Andemos honestamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedeiras, não em promiscuidade sexual e sensualidade, não em contendas e inveja. Mas colocar no Senhor Jesus Cristo, e não faz nenhuma provisão para a carne no tocante às suas concupiscências. (13 11:45-13:14'>Rom. 13 11:14)

    Porque Jesus poderia voltar a qualquer momento, as pessoas precisam se manter alerta, têm as suas lâmpadas sempre acesas, e não se perder na escuridão espiritual.

    Servos

    Seja como os homens que estão à espera de seu mestre, quando ele retorna a partir da festa de casamento, para que eles possam imediatamente abrir a porta para ele quando ele chegar e bater. Bem-aventurados os escravos que o senhor vai encontrar em estado de alerta quando ele vem; em verdade vos digo que, que se cingirá, para servir, e tê-los reclinar-se à mesa, e vai vir para cima e servi-los. Se ele vier na segunda vigília, ou até mesmo no terceiro, e encontra-los assim, bem-aventurados são aqueles escravos. (12: 36-38)

    Casamentos em Israel antigo não iniciar ou parar em um momento específico. Quando os preparativos estavam completos, os convidados foram convocados (conforme Mateus 22:2-4.). A celebração poderia cobrir até sete dias, dependendo de quantas pessoas estavam lá e quanto tempo durou a comida. Os homens que estavam à espera de seu mestre para retornar da festa de casamento não poderia saber o momento exato em que ele voltaria. Por isso, eles precisavam ser constantemente vigilantes, para que eles poderiam abrir imediatamente a porta para ele, quando ele chegou em casa.

    O mestre não iria deixar de recompensar aqueles escravos que ele encontrou em estado de alerta, quando ele voltou. Em uma inversão de papéis incrível para demonstrar o prazer do mestre em tal disposição, Jesus diz que ele passou a cingir-se a servir os que o serviam e tinham eles reclinados à mesa como seus iguais, enquanto esperava em cima delas . Isso é o que o próprio Jesus fez para Seus amados discípulos (13 1:43-13:5'>João 13:1-5; conforme Mt 20:28; Lc 22:27.), E voltará a fazer na festa das bodas do Cordeiro no céu (13 28:42-13:30'>Lucas 13:28— 30). Não importa quando ele chegou, mesmo se ele foi na segunda vigília, ou até mesmo no terceiro (por exemplo, nove horas — três horas) —His servos prontos seriam abençoados .

    Ladrões

    Mas não se esqueça disso, que, se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, ele não teria permitido que sua casa fosse arrombada. Você também, estar pronto; pois o Filho do Homem virá numa hora em que você não espera. (12: 39-40)

    Nessa analogia final, o quadro não é de um mestre de voltar, mas de um mestre roubado. A frase de abertura, Mas não se esqueça do presente , introduz uma verdade a ser tratado como tanto óbvio e enfático. Olhando para trás sobre o incidente, é evidente que, se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, ele não teria permitido que sua casa fosse arrombada . Ladrões muitas vezes cavou através das paredes de casas, e se soubesse quando o ladrão estava indo à greve, o mestre certamente teria sido pronto para prevenir ou frustrar sua tentativa.

    O elemento surpresa associada à chegada clandestina de um ladrão se encaixa o ponto da imprevisibilidade da volta do Senhor. Em Ap 3:3. E 2Pe 3:10 comparar a vinda do Dia do Senhor com a de um ladrão.

    Jesus resume os quatro analogias Ele havia acabado de dar em uma exortação final: Você também, estar pronto; pois o Filho do Homem virá numa hora em que você não espera . A única maneira de evitar a perda espiritual é estar pronto em todos os momentos para a volta de Cristo.

    Readiness começa com a salvação. Mais cedo, no Evangelho de Lucas, Jesus havia chamado as pessoas a se arrependerem ou rejeição rosto quando ele retorna:
    Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, ele é o único que vai salvá-lo. Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder ou perder a si mesmo? Para quem se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na sua glória, e a glória do Pai e dos santos anjos. (9: 23-26)

    Mas prontidão também envolve a santificação. Em 2Pe 3:14 Pedro exortou seus leitores: "Por isso, amados, uma vez que você olhar para essas coisas [a destruição cataclísmica da terra e os céus descritas nos versos 10:13], ser diligente para ser encontrado por ele em paz, impecável e irrepreensível "(conforme v. 11). Os redimidos demonstrar a sua disponibilidade para o retorno de Cristo, prosseguindo uma vida piedosa.

    A IMPORTÂNCIA DE READINESS

    Pedro disse: "Senhor, estás a abordar esta parábola a nós, ou para todos os outros também?" E o Senhor disse: "Quem é o mordomo fiel e sensato, a quem o senhor vai colocar no comando de seus servos, para dar —los suas rações no momento adequado? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor encontrar fazendo assim quando vem. Em verdade vos digo que ele vai colocá-lo no comando de todas as suas posses. Mas, se aquele servo disser no seu coração: 'Meu senhor vai ser um longo tempo a chegar', e começa a bater os escravos, tanto homens como mulheres, e para comer e beber e ficar bêbado; o senhor daquele servo virá num dia em que não o espera, e numa hora que ele não sabe, e cortá-lo em pedaços, e atribuir-lhe um lugar com os infiéis. E isso escravo que soube a vontade do seu senhor e não se preparar ou agir de acordo com sua vontade, receberá muitos açoites, mas o único que não sabia, e atos cometidos dignos de uma flagelação, vai receber, mas poucos. A quem muito foi dado, muito será exigido; e aos quais confiaram muito, se lhe pedir tudo o mais "(12: 41-48).

    O Senhor ensinou esse mesmo princípio em Mateus 24:44-51 (conforme 13 33:41-13:37'>Mc 13:33-37 eo ensinamento similar na parábola dos talentos [Mateus. 25: 14-30]), indicando que era um tema recorrente de seu ensino.Incerto de que as analogias no ponto anterior foram dirigidas a Pedro , agindo como sempre fazia, como o porta-voz para o resto, disse: "Senhor, estás a abordar esta parábola a nós, ou para todos os outros também?" Jesus não fez responder diretamente, mas indiretamente com outra parábola, um envolvendo dois servos. O primeiro é fiel e representa os crentes, que estão prontos para o retorno de Cristo e serão abençoados. O outro é infiel, e representa os incrédulos, que não estão prontos para seu retorno e será punido. Uma vez que todas as pessoas caem em uma dessas duas categorias, a parábola de Jesus abrange todos.

    O Servo Fiel

    E o Senhor disse: "Quem é o mordomo fiel e sensato, a quem o senhor vai colocar no comando de seus servos, para lhes dar a ração no momento adequado? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor encontrar fazendo assim quando vem. Em verdade vos digo que ele vai colocá-lo no comando de todas as suas posses. (12: 42-44)

    Como observado acima, o mordomo fiel e sensível representa os crentes genuínos. Eles gerir bem as riquezas espirituais que Deus confiou aos seus cuidados, e estão prontos para o retorno de Cristo. pistos (fiéis ), como sempre, no Novo Testamento, tem o significado de "crer", indicando que este servo representa o redimiu. phronimos ( sensible ) é o resultado da salvação e descreve um, prudente, crente discreto pensativo, que tem a sabedoria que vem do alto (conforme Jc 3:17). Crentes entender a urgência ea importância de viver na esperança do retorno de seu Senhor. Eles não só utilizou os recursos disponíveis para todos; a revelação de Deus na criação (Rom. 1: 18-32) e a lei de Deus escrita nos corações de todas as pessoas (Rm 2:15), mas também quando exposto ao evangelho, eles acreditavam que, se arrependeu e foram salvos. Como o mordomo fiel, eles agiram de forma responsável. Coloque no comando de seu mestre servos e instruiu a dar-lhes suas rações na hora certa , ele fez exatamente isso.Seu mestre não deixaria de recompensá-lo para a realização de sua vontade, bem-aventurado é aquele escravo , disse Jesus, a quem o seu senhor encontrar fazendo assim quando vem . Quando Ele voltar Jesus também vai premiar aqueles que fielmente a Sua vontade. Assim como o mestre colocou o servo fiel a cargo de todos os seus bens , assim será também o Senhor aos Seus servos fiéis responsabilidade no reino (conforme 12:32.; 2Tm 2:12) correspondente.

    O servo infiel

    Mas, se aquele servo disser no seu coração: 'Meu senhor vai ser um longo tempo a chegar', e começa a bater os escravos, tanto homens como mulheres, e para comer e beber e ficar bêbado; o senhor daquele servo virá num dia em que não o espera, e numa hora que ele não sabe, e cortá-lo em pedaços, e atribuir-lhe um lugar com os infiéis. E isso escravo que soube a vontade do seu senhor e não se preparar ou agir de acordo com sua vontade, receberá muitos açoites, mas o único que não sabia, e atos cometidos dignos de uma flagelação, vai receber, mas poucos. A quem muito foi dado, muito será exigido; e aos quais confiaram muito, se lhe pedir tudo o mais "(12: 45-48).

    Em contraste com o escravo fiel do infiel escravo , ignorando a exortação no versículo 40, disse em seu coração: "Meu senhor vai ser um longo tempo a chegar." Na falta de um senso de urgência, ele continuou a fazer o que o satisfez. E isso incluía brutalidade infligida os escravos, homens e mulheres , bem como continuar a comer e beber e ficar bêbado . Em vez de gerir adequAdãoente os recursos colocados à sua responsabilidade, ele usou e abusou-los para seu próprio prazer guloso e embriagada. Ele viveu sob a ilusão de que ele tinha muito tempo para desfrutar de seu pecado diante de seu senhor voltou.

    Muitas pessoas vivem suas vidas sob a mesma ilusão, assumindo que eles podem fazer o que quiserem e se convertessem a Deus pouco antes do final. Tal raciocínio é tanto insensato e perigoso, uma vez que ninguém sabe quando ele ou ela vai morrer, ou quando o Senhor voltará. Nem que o raciocínio falho ter em conta o perigo mortal de apostasia (conforme Heb. 6: 4-8). Ele não percebe que Deus pode endurecer os corações daqueles que persistem em endurecimento deles para que eles chegar a um ponto onde eles não podem se arrepender e crer (João 12:37-40.; Rm 1:24, Rm 1:26, Rm 1:28; Hb 10. : 26-27).

    Ilustrando o perigo de tal raciocínio falho, o escravo infiel calculou mal o tempo de retorno do seu mestre. Ele foi pego de surpresa quando seu mestre veio em um dia em que ele fez não espera, e à hora em que ele fez não sei . Em um ato drástica e grave de punição simbolizando o julgamento de Deus sobre os ímpios, o seu mestre cortá-lo em pedaços e atribuiu -lhe um lugar com os infiéis . Com a palavra os incrédulos , a metáfora se torna realidade. O lugar onde os despreparados passará a eternidade é o inferno, onde o prazer é substituído pela eterna dor como "haverá choro e ranger de dentes" (Mt 24:51).

    Mas, enquanto todos os incrédulos serão condenados ao inferno, nosso Senhor deixa claro aqui que o grau de sua punição será diferente. Jesus aludiu ao facto de que através da descrição, em adição ao escravo desafiante mencionado acima, dois outros tipos de escravos infiel. O primeiro foi um escravo que soube a vontade do seu senhor e não se preparar ou agir de acordo com sua vontade . Ele não era perversamente desafiante, mas apenas distraído; ele não abusar dos recursos do seu mestre, nem flagrantemente desafiar a vontade de seu mestre, mas nem ele obedecê-lo. Como resultado, ele não estava preparado para o seu retorno. Ao contrário do escravo rebelde, que recebeu a punição mais severa de ser cortado em pedaços, este escravo iria receber a menor punição de muitos cílios . Um terceiro escravonão sabia a vontade de seu mestre. Sua ignorância não exonerá-lo do julgamento, já que ele cometeu atos dignos de um açoitamento . No entanto, ele recebeu a punição menos grave dos três, recebendo , mas poucos cílios.

    Concluindo as palavras de Jesus constituem a base para os diferentes graus de punição no inferno. A quem muito foi dado , Ele advertiu, muito será exigido; e aos quais confiaram muito, se lhe pedir tudo o mais . O grau de punição para os descrentes está diretamente relacionada com o seu conhecimento da verdade. Os mais verdade as pessoas sabem, o mais perigoso é para eles para rejeitá-la. Diante do iminente retorno de Cristo, para rejeitar desafiadoramente o evangelho, ser indiferente a ele, ou ser ignorante corre o risco de tragédia eterna. A exortação a todos é: "Eis que agora é" o tempo aceitável, "eis que agora é" o dia da salvação "(2Co 6:2; conforme At 17:30; At 26:20), porque aqueles que se recusam a fazê-lo perecerá (13 1:42-13:5'>Lucas 13:1-5; Jo 3:18).

    O aviso em Hebreus 10:26-31 é preocupante:

    Para se continuarmos a pecar deliberAdãoente depois de receber o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma expectativa terrível de julgamento e a fúria de um fogo que consumirá os adversários. Qualquer pessoa que tenha anulado a Lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. Quanto maior castigo que você acha que ele será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com o qual foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? Para nós conhecemos aquele que disse: "Minha é a vingança, eu retribuirei." E mais uma vez: "O Senhor julgará o seu povo." É uma coisa terrível cair nas mãos do Deus vivo.

    80. A Tragédia da oportunidade perdida (Lucas 12:49-59)

    "Eu vim para lançar fogo sobre a terra; e como gostaria que já estivesse aceso! Mas eu tenho um batismo de sofrer, e como me angustio até que seja cumprida! Você acha que eu vim para conceder paz à terra? Digo-vos que não, mas antes dissensão; para a partir de agora cinco membros de um agregado familiar será dividida: três contra dois e dois contra três.Eles serão divididos, pai contra filho e filho contra pai, mãe contra a filha ea filha contra a mãe, mãe-de-lei contra a filha-de-lei e filha-de-lei contra a mãe-de-lei. "E Ele também foi dizendo às multidões: "Quando você vê uma nuvem subindo no oeste, logo dizeis: 'Lá vem chuva", e por isso acaba. E quando você vê a soprar o vento sul, dizeis: Vai ser um dia quente ", e verifica-se dessa forma. Você hipócritas! Você sabe como analisar o aspecto da terra e do céu, mas por que você não analisar o tempo presente? E por que não fazê-lo até mesmo em seu próprio juiz iniciativa que está certo? Por enquanto você está indo com o seu adversário para comparecer perante o magistrado, em seu caminho até lá fazer um esforço para resolver com ele, para que ele não pode arrastá-lo perante o juiz, eo juiz entregá-la ao oficial, eo oficial jogá-lo na prisão. Eu digo a você, você não vai sair de lá enquanto não pagares o último centavo "(12: 49-59).

    Indiscutivelmente, da história exemplo mais infame da oportunidade perdida é Judas 1scariotes. Ele teve o privilégio, concedido apenas aos outros onze homens, de viver e de viajar, e experimentar, durante três anos, a presença de Jesus Cristo, o Senhor da glória encarnada. No entanto, inconcebivelmente, depois que intenso companheirismo pessoal com o Filho incomparavelmente perfeita de Deus, observando diariamente todos os milagres que Ele realizou e ouvir seus ensinamentos sem paralelo, Judas traiu e vendeu-Lo para uma soma insignificante. Contra a pura glória de Jesus, Judas aparece como o homem mais profundamente infeliz que já andou na terra. Jesus pronunciou sua desgraça quando disse a ele: "Ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Teria sido bom para esse homem se não houvera nascido "(Mt 26:24). Judas, que na terra conhecia intimamente o Senhor do céu, vai passar a eternidade longe de Sua presença no inferno, implacavelmente atormentado por sua consciência acusadora e a memória de sua oportunidade desperdiçada. Mas é a natureza do inferno que, embora aqueles que sofrem sem alívio lamentar a sua dor, eles não mudar sua atitude para com o One eles rejeitaram.

    Enquanto em um sentido pessoal Judas é única, no sentido categórico ele não é. Havia muitos Judas nos dias de Jesus, se não em grau, então, certamente, em espécie. Havia muitos que rejeitaram após ser exposto a seu ensino, vendo Seus milagres, e testemunhando Sua perfeitamente santo vida. Essa geração em Israel foi a mais privilegiada em toda a história humana, sendo o único a ter Deus encarnado caminhada entre eles. Mas foi uma geração Judas que rejeitou Jesus apesar de serem testemunhas oculares maciça evidência, irrefutável de quem Ele era. A geração mais privilegiada na história da humanidade tornou-se seu exemplo mais trágico da oportunidade desperdiçada.

    Cada geração desde então, incluindo o nosso, teve a sua quota de Judas. Sempre houve muitos que, embora expostos à evidência monumental que revela claramente a verdadeira identidade de Jesus, se recusam a acreditar. Como Judas, eles também vão sofrer as mais graves conseqüências eternas para desperdiçar sua oportunidade (conforme Heb. 10: 26-31). Nesta passagem, Jesus dirigiu uma advertência a todas essas pessoas.

    A expectativa messiânica judaica, com base em sua compreensão do Antigo Testamento, era que a chegada do Messias teria início em paz incomparável. Uma das passagens messiânicas mais conhecidos chama Messias, o "Príncipe da Paz" (Is 9:6 prometeu que a nação seria "levou adiante com a paz" no reino do Messias (conforme 66:12; Sl 72:7.), Quando Deus prometeu fazer uma aliança eterna de paz com eles (Ez 37:26).

    No Testamento Zacharias Nova, o pai de João Batista, expressou sua esperança confiante de que o Messias iria "guiar os nossos passos no caminho da paz" (Lc 1:79). Em Jo 14:27 Jesus prometeu aos seus seguidores: "Paz que eu deixo com você; A minha paz vos dou; não como o mundo dá eu dou para você. Não deixe seu coração ser incomodado, nem se atemorize "(cf.16: 33). Citando Is 57:19 Paulo escreveu que o Messias "veio e pregou a paz para [aqueles] que estavam longe, e paz aos que estavam perto" (Ef 2:17), e acrescentou em Cl 1:20 que Ele fez isso paz "através do sangue da sua cruz" (conforme Lc 2:14; At 10:36; Rm 5:1, quando disse que "o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido "(conforme Mt 9:13). "Não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas:" Ele advertiu, "eu não vim para abolir, mas para cumprir" (Mt 5:17). Em Jo 5:43 Jesus declarou aos líderes judeus hostis, "Eu vim em nome de meu Pai, e vós não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, você vai recebê-lo. "Jesus disse aos ouvir Seu discurso sobre o pão da vida:" Eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou "(Jo 6:38). Jesus é o Bom Pastor, que "veio para que [Suas ovelhas pode] tenham vida, ea tenham em abundância" (Jo 10:10). Ele veio "como luz para o mundo, para que todo aquele que crê [Nele] não permaneça nas trevas" (Jo 12:46); Ele "não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo" (v. 47). Na noite antes da Sua morte, Jesus disse aos Doze: "Saí do Pai e vim ao mundo; Eu estou deixando o mundo de novo e vou para o Pai "(Jo 16:28). Ele disse a Pilatos: "Para isso vim ao mundo, para dar testemunho da verdade" (Jo 18:37).

    Embora Ele veio para salvar os perdidos, a missão de Jesus foi também um dos juízo; Ele veio para lançar fogo sobre a terra. Fogo é usado com freqüência nas Escrituras como uma imagem do julgamento de Deus (por exemplo, Dt 32:22; 2Sm 22:92Sm 22:9; Is 29:6; 66: 15-16; Jr 4:4; Jr 21:12; Lam. 2: 3-4; Lm 4:11; Ez 21:31; Ez 22:21, Ez 22:31;.. Am 1:4, Am 1:10, Am 1:12, Am 1:14; Am 2:2; Am 5:6; conforme 5: 22-30).

    Assim como o fogo não só consome o que é combustível, mas também purifica o que não é, o evangelho é um fogo que, ou expurgos ou castiga. Aqueles que acreditam, ele limpa; aqueles que rejeitam, consome (Jo 3:18). Ele é "o aroma da morte para a morte, para o outro um aroma de vida para vida" (2Co 2:16).

    Exclamação do Senhor, como gostaria que já estivesse aceso indica que o julgamento a que se referiu ainda estava por acontecer. O evento que iria acender o fogo do julgamento foi a Sua morte, que Jesus descrito como um batismo Ele tinha que sofrer. Batismo se refere à Sua imersão sob julgamento divino (conforme Mc 10:38); antes de julgar os incrédulos do seu pecado, o próprio Cristo foi julgado por Deus para os pecados dos crentes. Isso aconteceu na cruz, quando Ele "nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós" (Gl 3:13; conforme Is 53:1;. 1Pe 2:241Pe 2:24). Nesse versículo Paulo expressa a doutrina essencial, não-negociável de substituição penal, que "diz que Deus deu a Si mesmo, na pessoa de seu Filho para sofrer em vez de nós a morte, punição e maldição devido a humanidade caída como a pena do pecado. Esse entendimento da cruz de Cristo está no cerne do evangelho "(Jeffrey, Steve, Michael OVEY, e André Sach, traspassado pelas nossas transgressões[Wheaton, Ill .: Crossway de 2007], 21).

    Então terrível para o Filho de Deus sem pecado era o pensamento de rolamento pecado e sendo separado do Pai que Ele exclamou: Como me angustio até que seja cumprida! Embora Getsêmani foi o momento mais angustiante de antecipação, Jesus viveu sua vida em um perpétuo Getsêmani. Nunca houve um momento em que ele não estava ciente do sofrimento que estava diante dele. Distressed traduz uma forma do verbo sunechomai , que tem o significado básico de ser apreendido, agarrou (como acontece com medo), ou sob o controle de alguma coisa. Ele é usado em Lc 8:37 para falar dos gerasenos sendo "agarrado com muito medo", depois de Jesus expulsar demônios em um rebanho de suínos. Em Lc 19:43 se refere a Jerusalém sendo cercados pelos romanos durante o cerco de 70 dC;em Lc 22:63 é usado dos homens segurando Jesus, e em 2Co 5:14 do amor de Cristo controlar os crentes. Em Fp 1:23 Paulo usou quando escreveu aos filipenses que ele foi "duramente pressionado em ambos os sentidos, tendo desejo de partir e estar com Cristo, o que é muito melhor", mas percebeu que "a permanecer em na carne [era] mais necessário, por causa deles "(24 v.). O sofrimento de Cristo como Ele agonizou no jardim não era um sinal de fraqueza, mas de absoluta, pura santidade sendo revelado pelos pensamentos de rolamento pecado e do juízo divino. Foi a única resposta possível. Como poderia o Filho sem pecado não ser angustiado em agonia para que Ele suou sangue!

    Cumprida traduz uma forma de o mesmo verbo usado de grito triunfante de Jesus na cruz: "Está consumado!" (Jo 19:30). Em meu comentário sobre esse versículo eu notei,

    Foi um grito de triunfo; a proclamação de um vencedor. A obra da redenção que o Pai Lhe foi realizado: o pecado foi expiado (He 9:12; He 10:12.), E Satanás foi derrotado e impotente (He 2:14; conforme 1Pe 1:181Pe 1:18. —20; 1Jo 3:81Jo 3:8; He 2:17; 1 Jo 2:1). ( João 12:21 , A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, de 2008], 356)

    O Senhor foi duramente pressionado entre o sofrimento ea Proposito; entre a dor e do plano; entre suportar a cruz "para o gozo que lhe": e desejando ser restaurado para a glória que ele tinha tido na presença do Pai antes de vir ao mundo (He 12:2). (Jo 17:5).

    A REALIDADE DO STRIFE PRESENT

    Você acha que eu vim para conceder paz à terra? Digo-vos que não, mas antes dissensão; para a partir de agora cinco membros de um agregado familiar será dividida: três contra dois e dois contra três. Eles serão divididos, pai contra filho e filho contra pai, mãe contra a filha ea filha contra a mãe, mãe-de-lei contra a filha-de-lei e filha-de-lei contra a mãe-de-lei. "(12:51 —53)

    A divisória que o evangelho de Cristo traz é para o tempo ea eternidade. Nesse discurso Jesus deu uma parábola envolvendo justas e injustas servos que ilustravam a separação eterna (ver a exposição de 12: 41-48 no capítulo anterior deste volume). O mordomo fiel representa aqueles que estão prontos para a volta de Cristo; que são obedientes ao evangelho, acreditar em Jesus, confessamos como Senhor, e são salvos (Rm 10:9). Era razoável para o povo judeu, baseado no ensino do Antigo Testamento observado anteriormente neste capítulo, para supor que o Messias iria trazera paz . Mas Jesus disse-lhes que Ele não veio para trazer a paz, mas sim divisão . Quando não há paz entre os pecadores e Deus, não haverá paz entre as pessoas, mas sim luta e conflito.

    Para ilustrar seu ponto Jesus escolheu unidade mais fundamental da sociedade, a família (conforme uma ilustração semelhante em Mq 7:6; Mt 26:29; Lc 5:10; Lc 22:69; Jo 8:11; Jo 14:7) Jesus, que veio como o Príncipe da Paz para reconciliar os pecadores com Deus, foi e continuará a ser, ao mesmo tempo, o grande divisor (conforme Jo 7:43; Jo 9:16).

    Na ilustração hipotética do Senhor cinco membros de um agregado familiar será dividida: três contra dois e dois contra três. Eles serão divididos, pai contra filho e filho contra pai, mãe contra a filha ea filha contra a mãe, mãe-de-lei contra a filha-de-lei e filha-de-lei contra a mãe-de-lei . (Seis membros da família são nomeados, mas há apenas cinco indivíduos, uma vez que a mãe do filho e da mãe-de-lei do [esposa de seu filho] filha-de-lei são a mesma pessoa.) Esta ilustração tem jogado para fora inúmeras vezes em famílias reais desde os dias de Jesus. A ofensa do evangelho, muitas vezes faz com que aqueles que rejeitam e odiá-lo para fazer desterrados de até familiares que acreditam nele. Em Mt 10:21 Jesus revelou divisão família quão longe sobre Ele poderia ir: "irmão entregará à morte o irmão, e um pai a seu filho; e filhos se levantarão contra os pais e levá-los a ser condenado à morte ", mas ele fez a seguinte promessa reconfortante para aqueles que perdem suas famílias terrenas por causa do evangelho:". Todo mundo que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou campos por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais, e herdará a vida eterna "(Mt 19:29).

    O PERIGO DE FALTA DE DISCERNIMENTO

    E Ele também dizia às multidões: "Quando você vê uma nuvem subindo no oeste, logo dizeis: 'Lá vem chuva", e por isso acaba. E quando você vê a soprar o vento sul, dizeis: Vai ser um dia quente ", e verifica-se dessa forma. Você hipócritas! Você sabe como analisar o aspecto da terra e do céu, mas por que você não analisar o tempo presente? E por que não fazê-lo até mesmo em seu próprio juiz iniciativa que está certo? Por enquanto você está indo com o seu adversário para comparecer perante o magistrado, em seu caminho até lá fazer um esforço para resolver com ele, para que ele não pode arrastá-lo perante o juiz, eo juiz entregá-la ao oficial, eo oficial jogá-lo na prisão. Eu digo a você, você não vai sair de lá enquanto não pagares o último centavo "(12: 54-59).

    Estes dois exemplos são um forte aviso para aqueles cuja falta de discernimento coloca em perigo de perder a salvação. O povo judeu, em particular os seus líderes religiosos, viam a si mesmos como sendo "um guia para cegos, luz dos que estão em trevas, um dos néscios, mestre de o imaturo, tendo na lei a forma da ciência e da verdade "(Rom. 2: 19-20). No entanto, eles não conseguiram discernir a realidade monumental e inigualável que Deus Filho, o Messias estava entre eles e provou que Ele era por uma série incalculável de milagres sobrenaturais. Isso chocante falta de discernimento em face de tais provas rendeu-los permanentemente cego, escurecido, insensato, e imaturo. Eles não conseguiram compreender o verdadeiro propósito da lei, que é a de apontar as pessoas para Cristo (Gl 3:24.), E eles falharam em confessá-Lo como Senhor (Rm 10:9-10.). Nestes analogias Jesus os repreendeu por duas coisas: não conseguindo discernir o tempo, e não conseguindo discernir a ameaça.

    Não conseguindo discernir O Time

    E Ele também dizia às multidões: "Quando você vê uma nuvem subindo no oeste, logo dizeis: 'Lá vem chuva", e por isso acaba. E quando você vê a soprar o vento sul, dizeis: Vai ser um dia quente ", e verifica-se dessa forma. Você hipócritas! Você sabe como analisar o aspecto da terra e do céu, mas por que você não analisar o tempo presente? (12: 54-56)

    O povo da época de Jesus não tinham as ferramentas de meteorologistas modernas, tais como fotos de satélite, radar Doppler, e modelos de previsão de computador sofisticados. No entanto, através de observações simples sobre os padrões familiares, eles foram capazes de fazer previsões meteorológicas precisas de curto prazo. "Quando você vê uma nuvem subindo a oeste , Jesus lembrou-lhes,"imediatamente você diz:" Lá vem chuva ", e assim ele sair. " Chuva geralmente entra em Israel a partir de nuvens que se formam sobre o Mar Mediterrâneo a oeste . Quando as pessoas notaram uma nuvem subindo no oeste eles corretamente supôs, como fez Elias (I Reis 18:44-45), que um chuveiro estava vindo . Eles também entenderam que quando havia um vento sul soprando de fora os desertos em que direção ele iria ser um dia quente .

    Então, o Senhor aplicou estas duas ilustrações para seus ouvintes. Você hipócritas! , Ele disse: Você sabe como analisar o aspecto da terra e do céu, mas por que você não analisar o tempo presente?Jesus muitas vezes referido o povo judeu, especialmente seus líderes religiosos, como os hipócritas (por exemplo, 13:15; Mt 6:2, Mt 6:16, Mt 6:7: 5; Mt 15:7; Mt 23:13, Mt 23:15,Mt 23:23, Mt 23:25, Mt 23:27, Mt 23:28, Mt 23:29). Sua espiritualidade era falsa; sua fidelidade a Deus uma farsa; sua virtude superficial; sua religião externa; seus corações mal.

    À primeira vista, a conexão entre a previsão do tempo e da hipocrisia não pode ser facilmente perceptível. Mas o ponto de Cristo é que eles foram capazes de chegar a conclusões rotineiramente meteorológicas com base em evidências muito menos do que suas palavras inigualáveis:;, obras sobrenaturais (Jo 10:25), e vida sem pecado (Mateus 7 (28-29 Jo 7:46.) Jo 8:46) fornecida. Esta prova conclusivamente provado Jesus foi a encarnação do Messias, Deus. A hipocrisia deles, neste caso, estava em fingir que não temos provas suficientes para convencê-los de que Jesus era quem dizia ser e exigindo mais sinais dele (veja a discussão sobre esse ponto no capítulo 8 deste volume).

    O povo judeu rejeitou Jesus não porque eles não tinham provas, mas porque Ele não era um líder militar derrubar seus inimigos e exaltando Israel. Eles também se ressentia profundamente Seu diagnóstico de sua condição espiritual e viu sua pretensão de ser Deus como blasfêmia. Quando Ele os descreveu como pobre espiritualmente, cativo, cegos e oprimidos (Lc 4:18), os judeus espiritualmente orgulhosas na sinagoga de sua cidade natal, Nazaré

    estavam cheios de raiva, ouvindo eles estas coisas; e levantou-se e dirigiu-o fora da cidade, e levou-o à cume do monte em que a cidade tinha sido construída, a fim de jogá-lo para baixo do penhasco. Mas passando pelo meio deles, seguiu seu caminho. (Vv. 28-30)

    Em Jo 8:37 Ele declarou aos líderes religiosos judeus hostis ", procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós." Sua afirmação de ser Deus os levou a tentar pedra Ele (João 8:58-59 ; Jo 10:31).Jo 1:11 observa que Cristo "veio para os Seus, e aqueles que foram os seus não o receberam", porque "a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más "(3:19).

    As pessoas e os seus líderes tinham toda a luz que for necessário (conforme Jo 12:35), mas optou por rejeitá-la. Sua cegueira espiritual e do acórdão que traria movido a Salvador às lágrimas:

    Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: "Se você tivesse conhecido neste dia, mesmo que você, as coisas que servem para a paz! Mas agora eles têm sido escondido de seus olhos.Para os dias virão em que os seus inimigos vão deitar-se uma barricada contra você, e cercá-lo e hem você de todos os lados, e eles vão nivelar-lo para o chão e seus filhos dentro de você, e eles não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visitação "(Lucas 19:41-44).

    Deixar de reconhecer corretamente o presente momento fez com que eles perca a sua oportunidade (conforme Gn 6:3). Apesar de milhares de indivíduos, mais tarde, acreditar em Jesus e ser convertido (conforme At 2:41; At 4:4).

    Na falta de discernir a Threat

    E por que não fazê-lo até mesmo em seu próprio juiz iniciativa que está certo? Por enquanto você está indo com o seu adversário para comparecer perante o magistrado, em seu caminho até lá fazer um esforço para resolver com ele, para que ele não pode arrastá-lo perante o juiz, eo juiz entregá-la ao oficial, eo oficial jogá-lo na prisão. Eu digo a você, você não vai sair de lá enquanto não pagares o último centavo "(12: 57-59).

    A pergunta de Jesus, Por que você não até mesmo em seu próprio juiz iniciativa que é certo? foi um desafio para cada pessoa lá para examinar a sua vida. Especificamente, Ele os chamou para julgar o que é certo , examinando suas vidas com referência ao pecado. A título de ilustração, Jesus escolheu uma situação em que todos teriam sido familiarizado. Pediu-lhes que se imaginam indo com seuadversário para comparecer perante o juiz em uma questão legal, presumivelmente envolvendo uma dívida financeira. O Archon ( magistrado ) foi o oficial que conduziu a audiência preliminar. Se ele encontrou motivos suficientes para prosseguir com o caso, ele iria entregá-lo ao juiz que, se ele encontrou o acusado culpado, poderia transformar -lo para o oficial responsável pela prisão do devedor, eo oficial iria jogar -lo na prisão . Se isso acontecesse, Jesus advertiu, eles não sair de lá até que eles tinham pago o último centavo .

    Ponto do Senhor é que aqueles que se auto-avaliam corretamente irá discernir as suas questões de culpa antes de comparecer perante o juiz e ele resolve-los. Em um sentido espiritual, este imagens de pecadores no seu caminho para o grande julgamento do Trono Branco, onde serão considerados culpados e condenados à punição eterna no inferno (Ap 20:11-15). Jesus exorta-os a discernir com cuidado a ameaça terrível de que o julgamento e abraçar a mensagem do evangelho, antes que seja tarde demais. Como o escritor de Hebreus adverte: "É aos homens está ordenado morrerem uma só vez e depois disso o juízo" (He 9:27).

    Em face dessa realidade terrível que Deus oferece a boa notícia de livre-salvação e perdão completo para todos os que crêem em Jesus Cristo (2 Cor. 5: 18-20; 13 51:2-14'>Colossenses 2:13-14; 1Pe 2:241Pe 2:24) . Aqueles que aceitam que o perdão e confiança Nele nunca irá enfrentar julgamento (Jo 5:24; Rm 5:1;.. 2Co 5:212Co 5:21). Deus mostrou a Sua aprovação dessa realização, ressuscitando-o dentre os mortos (1Ts 1:10). Como João Calvin eloquentemente escreveu: "Por Sua obediência, Ele limpou nossas transgressões; pelo Seu sacrifício, apaziguado a ira divina; pelo seu sangue, lavou nossos pecados; por Sua cruz, cargo nossa maldição; e pela Sua morte, feito satisfação para nós "(" A resposta de Calvino para Sadoleto ", em João C. Olin, ed,. A Reforma Debate [Separata; Grand Rapids: Baker, 1976], 66-67). Portanto pecadores podem confiantemente atenderam o chamado para "Buscai ao Senhor enquanto se pode achar; invocai-o enquanto está perto "(Is 55:6 ).


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Lucas Capítulo 12 do versículo 1 até o 59

    Lucas 12

    O credo da intrepidez e da confiança — Luc. 12:1-12 O lugar das posses materiais na vida 13 42:12-30'>— 13 42:12-30'>Luc. 12:13-30

    Ficai também vós apercebidos — Luc. 12:31-48 A chegada da espada — Luc. 12:49-53

    Enquanto ainda há tempo — Luc. 12:54-59

    O CREDO DA INTREPIDEZ E DA CONFIANÇA

    Lucas 12:1-12

    Quando lemos esta passagem nos lembramos mais uma vez a definição judaica da pregação. Como já vimos, os judeus a chamam Charaz, que significa alinhar pérolas. Esta passagem, parece uma fileira

    de pérolas, sem a estreita relação que exige a pregação moderna. Mas nela há certas idéias dominantes.

    1. Fala-nos do pecado proibido que é a hipocrisia. A palavra

    hipócrita teve como primeiro significado alguém que responde; e

    hipocrisia significou responder. Utilizava-se para a corrente ordinária de perguntas e respostas em um bate-papo ou um diálogo; depois se aplicou às perguntas e respostas em uma peça de teatro. Dali ela foi ligada a atuar. Hipocrisia é atuar, representar um papel. O hipócrita nunca é genuíno; está sempre em cena. A base da hipocrisia é a falta de sinceridade. Deus prefere um pecador rude e honesto a alguém que representa um ato de bondade.

    1. Fala-nos da atitude correta para com a vida, que é uma atitude de intrepidez. Há duas razões para ela.
      1. O poder do homem sobre o homem está estritamente limitado por sua vida. Um homem pode destruir a vida de outro mas não sua alma. Na guerra de 1914-18 Punch fez uma piada famosa no que

    mostrava ao imperador alemão dizendo ao rei Alberto da Bélgica: "De modo que perdeste tudo." A resposta era: "Mas não minha alma." Por outro lado, o poder de Deus é tal que pode anular o eu e a alma do homem. Portanto, só é razoável temer a Deus e não aos homens. Foi dito de John Knox, quando estava sendo sepultando: "Aqui jaz alguém que temeu tanto a Deus que nunca temeu enfrentar o homem."

    1. Deus cuida de todos os detalhes. Para ele nunca estamos perdidos na multidão. Mateus diz: “Não se vendem dois pardais por um

    asse?” (Mt 10:29). Aqui Lucas diz: “Não se vendem cinco pardais por dois asses?” Estando dispostos a gastar dois asses, obtinham-se não quatro e sim cinco pardais. Dava-se um a mais como se não tivesse

    nenhum valor. Nem sequer o pardal ao que os homens não dão nenhum valor é esquecido por Deus. Os mesmos cabelos de nossa cabeça estão numerados. Calculou-se que uma pessoa loira tem uns cento e quarenta e

    cinco mil cabelos; uma de cabelo escuro cento e vinte mil; e uma pessoa ruiva noventa mil. Os judeus estavam tão impressionados pelo cuidado individual de Deus que diziam que cada folha de erva tinha seu anjo

    guardião. Não devemos ter medo, pois cada um de nós pode dizer: "Deus cuida de mim."

    1. Fala-nos do pecado imperdoável que é o pecado contra o

    Espírito Santo. Tanto Mateus como Marcos dizem que Jesus falou a respeito deste pecado imediatamente depois de os escribas e fariseus terem atribuído seus curas ao príncipe dos demônios em vez de a Deus (Mt 12:31, Mt 12:32; Mc 3:28, Mc 3:29). Aqueles homens podiam ver a mesma graça e poder de Deus e chamá-la obra do diabo.

    Para compreender isto devemos recordar que Jesus estava falando sobre o Espírito Santo tal como os judeus estudam esse conceito, e não

    no sentido cristão, do qual seu auditório nesse momento obviamente não sabia nada. Para um judeu o Espírito de Deus tinha duas funções. Através dele Deus comunicava sua verdade aos homens, e era pela ação

    do Espírito na mente e o coração do homem que este podia compreender e reconhecer a verdade de Deus.

    Agora, se um homem por muito tempo deixa de utilizar qualquer faculdade, perde-a. Se nos negarmos a utilizar qualquer parte de nosso corpo por muito tempo, esta se atrofia. Darwin conta que quando era jovem amava a poesia e a música; mas se dedicou tanto à biologia que as negligenciou completamente. A conseqüência foi que mais tarde em sua vida a poesia não significava nada para ele, e a música só era um ruído, e disse que se tivesse que viver sua vida novamente buscaria ler poesias e escutar música de modo a não perder a faculdade de gozá-la.

    Assim também podemos perder a faculdade de reconhecer a Deus. Negando repetidamente a palavra de Deus, tomando repetidamente nosso próprio caminho, fechando repetidamente nossos olhos e ouvidos a Ele, podemos chegar a uma situação em que não reconheçamos a Deus quando o virmos, quando para nós o mal se converta em bem e vice— versa. Isso foi o que aconteceu aos escribas e fariseus. Cegaram-se e se ensurdeceram tanto que quando Deus veio eles o chamaram demônio.

    Por que é este um pecado imperdoável? Porque em tal estado o

    arrependimento é impossível. Se um homem não se der conta de que está pecando, se a bondade já não lhe chamar a atenção, já não pode

    arrepender-se. Deus não se encerrou. É o homem o que se encerrou a si mesmo por seus repetidos rechaços. Isto quer dizer que o homem que

    nunca cometeu o pecado imperdoável é precisamente o que teme havê-lo feito, porque uma vez que alguém o cometeu está tão morto para Deus que perde toda consciência de pecado.

    1. Fala-nos da fidelidade premiada. O prêmio não é algo material.

    O prêmio é que Jesus no céu dirá de nós: "Este era meu. Muito bem feito!"

    1. Fala-nos a respeito da ajuda do Espírito Santo. No quarto evangelho o título favorito do Espírito Santo é o de Parácleto.

    Parakletos significa alguém que está ao lado para ajudar. Pode ser aplicado a uma testemunha ou a um advogado que defende nossa causa. Não devemos temer no dia difícil, porque em tal dia nada menos que o

    Espírito Santo de Deus está a nosso lado para nos ajudar.

    O LUGAR DAS POSSES MATERIAIS NA 6DA

    13 42:12-30'>Lucas13 42:12-30'> 13 42:12-30'>12:13-30

    Era muito comum que o povo da Palestina levasse suas disputas perante rabinos respeitáveis; mas Jesus se negava a ver-se envolto em

    assuntos de dinheiro. Mas um destes pedidos lhe deu oportunidade para estabelecer qual devia ser a atitude de seus seguidores para com os bens materiais. Jesus tinha algo a dizer, tanto àqueles que tinham abundância

    de posses materiais como àqueles que não as tinham.

    1. Aos que tinham bens em abundância, Jesus contou a parábola do rico insensato.

    Há duas coisas que se destacam neste homem:

    1. Nunca olhava além de si mesmo. Não há outra parábola que esteja tão cheia das palavras eu, meu, mi. Um estudante a quem se perguntou que parte da linguagem eram meu e minha, respondeu:

    "Pronomes agressivos." O rico insensato estava agressivamente concentrado em si mesmo. De uma jovem centrada em si mesmo se disse: "Edite vivia em um mundo muito pequeno, limitado ao norte, ao

    sul, ao este e ao oeste por Edite." Também encontramos esta famosa crítica de uma pessoa egotista: "Há muito ego em seu cosmos."

    Quando este homem teve uma superabundância de bens, quão único

    não lhe passou pelas memore foi a idéia de que podia dar. Toda sua atitude é o próprio reverso do cristianismo. Em vez de negar-se a si mesmo, afirmava-se agressivamente; em lugar de achar a felicidade em dar, tentava conservá-la guardando.

    A regra da vida de João Wesley era economizar tudo o que podia e

    dar tudo o que podia. Quando estava em Oxford tinha uma entrada de 30 libras esterlinas anuais. Vivia com vinte e oito e dava dois. Quando suas

    entradas aumentaram 60:90-120 libras por ano, continuava vivendo com 28 libras e dava o resto. Quando o Contador General para os utensílios de prata quis lhe cobrar um imposto, respondeu-lhe: "Tenho

    dois colherinhas de chá de prata em Londres e duas em Bristol. Essa é

    toda a prata que tenho neste momento; e não comprarei mais, enquanto a meu redor houver tanta gente que necessita pão."

    Os romanos tinham um provérbio que dizia que o dinheiro era como a água do mar, quanto mais se tomava mais sede se tinha.

    Enquanto a atitude do homem seja a do rico insensato, seu desejo será o de obter sempre mais, e isso é o contrário da atitude cristã.

    1. Não olhava além deste mundo. Todos os seus planos estavam feitos sobre a base da vida neste mundo.

    Há uma história a respeito de uma conversação entre um jovem ambicioso e um homem mais velho que conhecia a vida. O jovem disse: "Aprenderei um ofício." "E depois?" "Porei um negócio." "E depois?"

    "Farei fortuna." "E depois?" "Suponho que ficarei velho e me aposentarei e viverei com meu dinheiro." "E depois?" "Bom, suponho que algum dia morrerei." "E depois?" foi a última pergunta penetrante. O

    homem que nunca lembra que há outro mundo está destinado a receber algum dia a mais triste de todas as surpresas.

    1. Mas Jesus tinha algo a dizer para aqueles que tinham poucas

    posses. Em toda esta passagem o que Jesus proíbe é estar ansiosos ou atormentar-se. Jesus jamais ordenou a ninguém que vivesse em de maneira negligente, pródiga, descuidada. O que disse ao homem é que fizesse todo o melhor que pudesse e deixasse o resto com Deus. Os lírios dos quais Jesus falou eram as anêmonas escarlates das colinas da Palestina. Depois de uma das chuvas pouco freqüentes do verão, o pé da montanha se avermelhava com elas; floresciam um dia e morriam. Como a lenha era muito escassa na Palestina, utilizavam-se as ervas daninhas e flores silvestres secas para o fogo da cozinha. Jesus disse: "Se Deus cuida das flores e das aves, quanto mais cuidará de vós?" "Procurem primeiro o Reino de Deus".

    Vimos que o Reino de Deus é um estado na Terra no qual a vontade de Deus se cumpre tão perfeitamente como no céu. De modo

    que o que Jesus diz é: "Disponham toda sua vida a obedecer a vontade de Deus e se contentem com isso." "Muita gente envida todos os seus

    esforços a amontoar coisas que no final não duram. Trabalhem pelas coisas que duram para sempre. Coisas que não terão que deixar quando abandonarem esta Terra, mas que poderão levar com vocês."

    Na

    Palestina

    a

    riqueza

    com

    freqüência

    consistia

    em

    roupas custosas; as traças podiam tomar as roupas finas e arruiná-las. Se um

    homem procura os tesouros do céu seu coração estará fixo no céu; mas se busca os tesouros da Terra, seu coração estará preso a ela e algum dia, indevidamente, terá que dizer adeus a isso, porque como diz o triste

    provérbio espanhol: "A mortalha não tem bolsos."

    FICAI TAMBÉM VÓS APERCEBIDOS

    Lucas 12:31-48

    Esta passagem tem dois sentidos. Refere-se por um lado à Segunda Vinda de Jesus Cristo; e em um sentido mais amplo ao momento em que

    o chamado de Deus entra na vida do homem, o chamado ao preparo para nos encontrar com nosso Deus. Todo o louvor é para o servo que está preparado. As túnicas longas e vaporosas do Oriente impediam de

    trabalhar; quando um homem se dispunha a fazê-lo juntava suas roupas debaixo de seu cinto para estar livre para sua atividade. A lâmpada oriental era como uma mecha de algodão flutuando em um pano de

    azeite. A mecha tinha que estar sempre recortada e a lâmpada bem cheia para que a luz não se apagasse. Ninguém pode dizer que dia ou a que hora a eternidade invadirá o tempo, e quando chegará o chamado de

    Deus. Então, como nós gostaríamos que Ele nos encontrasse?

    1. Nós gostaríamos que Deus nos encontrasse com nosso trabalho terminado. Para muitos de nós a vida está cheia de cabos soltos. Há vêm

    as coisas que não fizemos e as que fizemos pela metade; as que adiamos e as que nem sequer tentamos.

    Jesus mesmo disse que acabara a obra que Lhe foi dada para fazer (Jo 17:4). Ninguém deveria deixar sem fazer uma tarefa que teria que

    ter terminado, ou poderia ter terminado, antes de que caia a noite.

    1. Nós gostaríamos que Deus nos encontrasse em paz com nosso próximo. Séria algo terrível sair deste mundo zangados com algum amigo. "Não se ponha o Sol sobre a vossa ira" (Ef 4:26), e menos até o último Sol, e nunca sabemos qual será o último.
    2. Nós gostaríamos que Deus nos encontrasse em paz com Ele. Será muito diferente sentir no final que vamos perante um estranho ou um inimigo ou que dormiremos nos braços do Senhor.

    Na segunda seção desta passagem Jesus descreveu a um servo sábio

    e a outro insensato. No oriente o mordomo tinha poderes quase ilimitados. Era um servo, mas tinha controle sobre todos os outros. Um mordomo fiel administrava a casa de seu amo, e também suas propriedades.

    O mordomo insensato cometeu dois equívocos.

    1. Disse: "Farei o que eu quiser enquanto meu senhor não voltar."

    Esqueceu que quando menos o esperasse chegaria o dia de fazer contas. Temos o hábito de dividir a vida em compartimentos. Existe a parte da vida em que lembramos que Deus está presente; e existe a outra parte em que nunca pensamos nEle. Tendemos a riscar uma linha entre as atividades que são sagradas e as seculares. Mas se realmente sabemos o que significa o cristianismo saberemos que para nós em nenhum momento da vida o senhor está ausente. Trabalhamos e vivemos sempre diante dos olhos de nosso grande Senhor.

    1. Disse: "Tenho suficiente tempo para arrumar as coisas antes de que venha o senhor." Não há nada tão fatal como pensar que temos

    muito tempo. Jesus mesmo disse: "É-me necessário fazer as obras daquele que me enviou enquanto é dia" (Jo 9:4).

    Dennis Mackail conta como, quando Sir James Barrie era velho,

    nunca queria ter entrevistas nem enviar convites para dias distantes. Um dos dias mais perigosos na vida do homem é quando descobre a palavra amanhã.

    A passagem termina com uma advertência a respeito de que o conhecimento e o privilégio sempre trazem junto a responsabilidade. O

    pecado é duplamente pecaminoso para o homem que conhece o bem; o fracasso é duplamente criticável no homem que teve a oportunidade de fazer as coisas bem.

    A CHEGADA DA ESPADA

    Lucas 12:49-53

    Para aqueles que estavam aprendendo a olhar a Jesus como o

    Messias, o Ungido de Deus, estas palavras foram como um golpe agudo. Olhavam ao Messias como um conquistador e um rei; e acreditavam que a era messiânica seria uma época de ouro.

    1. No pensamento judaico o fogo é quase um símbolo de juízo. De modo que, então, Jesus via a chegada de seu Reino como o momento do juízo. Os judeus acreditavam firmemente que Deus julgaria as nações com uma medida e a eles com outra; em realidade, o simples fato de ser

    judeu seria suficiente para absolvê-los do juízo de Deus. Apesar de nosso afã de eliminar o elemento de juízo da mensagem de Jesus Cristo, este se mantém ali obstinado e inalterável.

    1. Nossas versões traduzem o versículo 50: “Tenho de ser batizado com um batismo” (Trad. Brasileira). O verbo grego baptizein significa imergir. Na voz passiva significa ser submerso. Utiliza-se muitas vezes

    metaforicamente. Por exemplo, quando se fala a respeito de um navio fundo sob as ondas e submerso. Pode-se utilizar para um homem imerso na bebida, portanto, bêbado perdido. Pode-se dizer que um estudante está

    submerso pelas, perguntas de seu examinador, como dizemos em nosso idioma moderno, afundado. Mas acima de tudo se utiliza para referir-se a uma pessoa inundada em uma experiência triste e terrível – alguém que

    pode dizer: "Todas as ondas passaram sobre mim." Esta é a maneira em que Jesus o utiliza aqui. Disse: "Tenho que passar por uma experiência terrível; e minha vida estará cheia de tensões até que isto aconteça e surja triunfante disso." A cruz estava sempre diante de seus olhos. Quão

    diferente da idéia judaica do Messias! Jesus veio, não com exércitos

    vingadores e bandeiras desdobradas, e sim para dar sua vida em resgate de muitos.

    1. Sua vinda inevitavelmente teria que provocar divisões. E em realidade foi assim. Esta era uma das grandes razões pelas quais os

    romanos odiavam os cristãos porque dividiam as famílias em duas. Com freqüência o homem devia decidir se amava mais aos seus ou a Jesus. A essência do cristianismo é que a fidelidade a Cristo tem que preceder às fidelidades mais queridas da Terra. O homem deve estar disposto a

    contar tudo como perda pela excelência de Jesus Cristo.

    ENQUANTO AINDA HÁ TEMPO

    Lucas 12:54-59

    Os judeus na Palestina conheciam os sinais do tempo. Quando viam que já se estavam formando nuvens no oeste, sobre o Mediterrâneo,

    sabiam que ia chover. Quando soprava o vento sul do deserto, sabiam que se aproximava um vento como o siroco. Mas aqueles que eram tão sábios para ler os sinais do céu não podiam, ou não queriam, ler os sinais

    dos tempos. Se tivessem podido fazê-lo teriam visto que o Reino de Deus se aproximava.

    Jesus utilizou uma ilustração muito vívida. Disse: "Quando forem

    ameaçados

    por um julgamento, cheguem a um acordo com seu adversário antes de que o assunto chegue ao tribunal, porque se não o fizerem terão que sofrer prisão e pagar uma multa". Notemos que toda a hipótese é que o defensor tem uma causa inevitavelmente perdida. O que Jesus quis dizer é que: "Todo homem tem uma causa perdida na presença de Deus; e se for sábio fará as pazes com Deus enquanto houver tempo."

    Jesus, e todos seus grandes servos, estiveram sempre obcecados pela urgência do tempo. Andrew Marvel dizia que sempre ouvia "a carruagem alada do tempo aproximando-se depressa". Há algumas coisas que um homem não pode permitir-se deixar de fazer; sobre tudo, não pode adiar o momento de fazer as pazes com Deus.

    Lemos no último versículo que devemos pagar até o último centavo. Já nos encontramos com várias referências ao dinheiro; e seria útil ter informação a respeito das moedas judaicas da época de Jesus.

    Segundo seu valor as moedas principais eram as seguintes:

    O lepton ou asse; lepton significa a mais magra; era a menor moeda, valia 1/8 do assarion. Foi a oferta da viúva (Mc 12:42). Também se menciona nesta passagem.

    O quadrante valia dois asses, portanto 1/4 do assarion. É menciona

    em Mt 5:26.

    O assarion valia 1/16 do denário. É mencionado em Mt 10:29 e Lc 12:6.

    O denário valia ao redor de 4 gramas de prata. Era o jornal de um operário (Mt 20:2); e foi a moeda que o bom samaritano deu ao hospedeiro (Lc 10:25).

    A dracma era uma moeda que valia ao redor Dt 3:6 gramas de prata. Era a moeda que a mulher tinha perdido e procurava (Lc 15:8).

    A didracma ou meio siclo valia, como seu nome o indica o dobro da

    dracma. Era a soma do imposto que todos deviam pagar ao templo. Judas traiu a Jesus por trinta didracmas.

    O siclo valia quatro dracmas e foi a moeda que se encontrou na

    boca do peixe (Mt 17:27). Traduz-se também estáter.

    A mina se menciona na parábola das dez minas (Lucas 19:11-27). Seu valor era igual ao de cem dracmas.

    O talento não era realmente uma moeda e sim um peso determinado

    de prata cujo valor era de 6:000 dracmas (21,600 gramas de prata). É mencionado em Mt 18:24 e na parábola dos talentos (Mat. 25:14-30).


    O Evangelho em Carne e Osso

    Flávio Gouvêa de Oliveira, Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
    O Evangelho em Carne e Osso - Comentários de Lucas Capítulo 12 do versículo 1 até o 7

    62   . Vivendo sem o medo religioso

    Lc 12:1-7

     

    As multidões apenas aumentavam em torno deles. Além das curas e ensinos, não era qualquer um que discutia com fariseus e escribas daquela maneira. Apesar da proximidade da multidão, Jesus se volta aos seus discípulos mais diretamente e faz uma aplicação a eles sobre aquilo que disse aos fariseus e escribas.

     

    Não temam a verdade: “a mentira tem pernas curtas”

     

    Primeiramente Jesus os exorta a não usarem o fermento dos fariseus, que era a hipocrisia. O fermento faz a massa crescer bastante, mas não propriamente por conceder-lhe mais conteúdo, mudando apenas a aparência e a consistência do pão.

    Fariseus e escribas pareciam ser grandes autoridades em conhecimento e piedade, entretanto esse tamanho não vinha propriamente do que eles eram realmente, mas do fermento da hipocrisia que carregavam em si, como foi denunciado no trecho anterior.

    Manter o status, prestígio e autoridade numa sociedade marcada pelo legalismo - onde a pessoa é constantemente medida pelo que faz e pelo que não faz - acaba obrigando a uma grande preocupação com o que pode ser julgado, isto é, aparência e atitudes externas. É mais fácil limpar o exterior que o interior, mudar as práticas ao invés do coração, e é aí que surge a hipocrisia até como uma necessidade de sobrevivência dentro da religião e da sociedade.

    Essa exigência também faz com que a hipocrisia seja premiada, enquanto a honestidade torna-se uma desvantagem. E, por isso, ainda que não se concorde – ou que não se assuma – a hipocrisia se torna muito atraente, uma verdadeira tentação, enquanto que a verdade parece só trazer problemas.

    Jesus mais uma vez revela uma verdade que ele repetiu por tantas vezes: que um dia tudo será conhecido, toda verdade virá à tona. Por isso, por mais que a hipocrisia pareça ser a realidade obrigatória, ela é ilusória. A verdade virá à tona e permanecerá para sempre.

    Essa revelação traz a força necessária para lutarmos pela verdade com sinceridade, mesmo em meio a um sistema de falsidade.

     

    Não temam a homens: nenhum tem o poder de Deus (4-5)

     

    Os discípulos cresceram conhecendo a autoridade dos religiosos de sua época; era algo tanto religioso quanto político; várias decisões vinham deles, inclusive as condenações. Jesus já havia declarado na conversa anterior que os escribas e fariseus mantinham a mesma atitude de seus pais quando estes mataram os antigos profetas, e eles fariam o mesmo com os apóstolos. Isso era uma realidade, pois arranjariam um jeito de levar Jesus à morte e realmente viriam a perseguir os apóstolos, como faria o próprio Saulo antes de se tornar um deles. Ou seja, o medo era algo muito próximo deles e poderia afetar suas convicções e estilo de vida.

    Líderes de todos os tipos, inclusive religiosos, sabem que serem temidos é algo muito eficaz para serem obedecidos. Por isso acabam usando de várias ameaças para manterem as pessoas dependentes e obedientes a elas. Ainda que atualmente não se fale sobre matar literalmente, acabam com a vida das pessoas de outras formas: emocional, financeira e mesmo espiritualmente.

    Jesus não diz aos discípulos que, se estivessem com ele, estariam isentos dos perigos ou que venceriam qualquer oposição. O que faz é mostrar uma realidade maior ainda, maior que a dos próprios homens que poderiam matar apenas o corpo. Ele fala daquele que pode matar o corpo e ainda lançar a alma no inferno.

    Alguns chegam a pensar que ele estivesse falando de Satanás como “aquele que poderia mandar a alma para o inferno”, como se ele fosse o senhor do inferno, mas é preciso lembrar que o inferno é castigo primeiramente pra Satanás e seus anjos (Ap 20:10), ou seja, ele está falando do poder soberano de Deus até mesmo para o castigo.

    Deus é maior que qualquer homem que se sinta poderoso, tendo poder sobre a vida e a morte, sobre o corpo e sobre a alma, poder sobre toda a eternidade. Esse sim era digno de temor da parte deles. Inclusive os próprios homens que se acham poderosos por acabar com a vida dos outros deveriam temê-lo. Um dia esse juízo também acontecerá.

     

    Não temam nada: vocês valem muito para Deus (6-7)

     

    Mas embora no versículo anterior Jesus fale sobre temer ao Deus que pode castigar a alma, ele não fica apenas nesse conceito, como se apenas substituísse o medo de um por outro. Muitos religiosos se colocam como representantes de Deus na terra e se utilizam desse “medo substituto” para seus próprios interesses. Não afirmam que fazem as coisas pelo seu próprio poder e vontade, mas pelo poder e vontade de Deus e, com isso, abusam do medo e da insegurança das pessoas e tentando roubar uma autoridade que só pertence a Deus.

    Mas Jesus ensina que e o Deus Todo Poderoso - que pode matar tanto o corpo quanto lançar a alma no inferno - escolheu amar seus discípulos e que eles são muito valiosos para ele.

    Naquele sistema social, econômico e religioso em que viviam, cinco pardais não valiam nada. Nem nós mesmos nos importamos com tantos pardaizinhos por aí. Entretanto, Jesus afirma que nenhum deles está no esquecimento de Deus. E mais, os discípulos valiam muito mais que muitos pardais, a tal ponto de Deus saber até quantos fios de cabelo eles tinham - uma metáfora para dizer o quanto Deus se importava com eles.

    Aquele que tem todo o poder sobre a vida completa de um homem - o qual por isso deveria ser mais temido – “enviou seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). E isso ninguém poderia tirar deles (Rm 8:31-39).

    Assim, Jesus transforma todo aquele sentimento de medo em amor. Um amor que traz liberdade tanto na vida como sobre a morte. Um amor que dá forças até mesmo para suportar os homens mais cruéis. Um amor que nos leva a viver em paz diante de Deus e sem medo de nada, pois o único que deveríamos temer é o único que realmente no amou.

    “No amor não existe medo, antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.” (1 Jo 4:18).



    Dicionário

    Amigos

    masc. pl. de amigo

    a·mi·go
    (latim amicus, -i)
    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    1. Que ou quem sente amizade por ou está ligado por uma afeição recíproca a. = COMPANHEIROINIMIGO

    2. Que ou quem está em boas relações com outrem.INIMIGO

    3. Que ou quem se interessa por algo ou é defensor de algo (ex.: amigo dos animais). = AMANTE, APRECIADOR

    nome masculino

    4. Pessoa à qual se está ligado por relação amorosa. = NAMORADO

    5. Pessoa que vive maritalmente com outra. = AMANTE, AMÁSIO

    6. Pessoa que segue um partido ou uma facção. = PARTIDÁRIO

    7. Forma de tratamento cordial (ex.: amigo, venha cá). = COMPANHEIRO

    adjectivo
    adjetivo

    8. Que inspira simpatia, amizade ou confiança. = AMIGÁVEL, AMISTOSO, RECONFORTANTE, SIMPÁTICO

    9. Que mantém relações diplomáticas amistosas (ex.: países amigos). = ALIADOINIMIGO

    10. Que ajuda ou favorece. = FAVORÁVEL, PROPÍCIOCONTRÁRIO


    amigo colorido
    Pessoa com quem se tem relacionamento afectivo e sexual sem compromisso assumido.

    amigo da onça
    [Informal] Pessoa que parece amiga, mas que é falsa ou traiçoeira.

    amigo de Peniche
    [Portugal] Pessoa que parece amiga, mas que é falsa ou traiçoeira.

    amigo do alheio
    [Informal] Ladrão.

    amigo oculto
    O mesmo que amigo secreto. (Confrontar: amigo-oculto.)

    amigo secreto
    Pessoa, num grupo de colegas, amigos ou familiares, que deverá, por sorteio e geralmente na época de Natal, oferecer um presente a alguém numa data combinada, sem que seja identificado antes dessa data. (Confrontar: amigo-secreto.) = AMIGO OCULTO

    falso amigo
    [Linguística] [Linguística] Cada uma das palavras que, pertencendo a línguas diferentes, são muito parecidas na forma mas diferentes no significado. [Por exemplo, em italiano, a palavra "burro" significa "manteiga" e não "asno", como em português.]

    fiel amigo
    [Portugal, Informal] Bacalhau usado na alimentação.

    Superlativo: amicíssimo ou amiguíssimo.

    Corpo

    substantivo masculino Constituição ou estrutura física de uma pessoa ou animal, composta por, além de todas suas estruturas e órgãos interiores, cabeça, tronco e membros.
    Qualquer substância material, orgânica ou inorgânica: corpo sólido.
    Parte material do animal, especialmente do homem, por oposição ao espírito; materialidade.
    Pessoa morta; cadáver: autópsia de um corpo.
    Parte principal e central de certos objetos: corpo central de um edifício.
    Conjunto de pessoas que exercem a mesma profissão: corpo docente.
    Tamanho de; estatura, robustez: corpo de atleta.
    [Anatomia] Designação de certos órgãos de constituição especial: corpo cavernoso.
    [Tipografia] Medida dos caracteres tipográficos, expressa em pontos: livro composto em corpo 7.
    [Militar] Conjunto de militares que compõem um quadro, uma arma, um exército: corpo de infantaria.
    expressão Corpo da guarda. Local onde estacionam os soldados que formam a guarda, exceto o sentinela.
    Corpo de baile. Conjunto de dançarinos em um teatro.
    Corpo de Deus. A festa do Santíssimo Sacramento, que se celebra na quinta-feira imediata ao domingo da Trindade.
    Corpo diplomático. Conjunto de funcionários que representam os Estados estrangeiros junto a um governo ou a uma organização internacional (analogamente, diz-se corpo consular).
    [Popular] Fechar o corpo. Fazer orações e benzeduras para tornar o corpo invulnerável a facadas, tiros, feitiços etc.; ingerir bebida alcoólica para tornar o corpo imune a doenças.
    [Brasil] Tirar o corpo fora. Esquivar-se habilmente de algum encargo.
    De corpo e alma. Completamente, inteiramente.
    locução adverbial Corpo a corpo. Em luta corporal, sem uso de armas: enfrentaram-se corpo a corpo.
    Etimologia (origem da palavra corpo). Do latim corpus.

    substantivo masculino Constituição ou estrutura física de uma pessoa ou animal, composta por, além de todas suas estruturas e órgãos interiores, cabeça, tronco e membros.
    Qualquer substância material, orgânica ou inorgânica: corpo sólido.
    Parte material do animal, especialmente do homem, por oposição ao espírito; materialidade.
    Pessoa morta; cadáver: autópsia de um corpo.
    Parte principal e central de certos objetos: corpo central de um edifício.
    Conjunto de pessoas que exercem a mesma profissão: corpo docente.
    Tamanho de; estatura, robustez: corpo de atleta.
    [Anatomia] Designação de certos órgãos de constituição especial: corpo cavernoso.
    [Tipografia] Medida dos caracteres tipográficos, expressa em pontos: livro composto em corpo 7.
    [Militar] Conjunto de militares que compõem um quadro, uma arma, um exército: corpo de infantaria.
    expressão Corpo da guarda. Local onde estacionam os soldados que formam a guarda, exceto o sentinela.
    Corpo de baile. Conjunto de dançarinos em um teatro.
    Corpo de Deus. A festa do Santíssimo Sacramento, que se celebra na quinta-feira imediata ao domingo da Trindade.
    Corpo diplomático. Conjunto de funcionários que representam os Estados estrangeiros junto a um governo ou a uma organização internacional (analogamente, diz-se corpo consular).
    [Popular] Fechar o corpo. Fazer orações e benzeduras para tornar o corpo invulnerável a facadas, tiros, feitiços etc.; ingerir bebida alcoólica para tornar o corpo imune a doenças.
    [Brasil] Tirar o corpo fora. Esquivar-se habilmente de algum encargo.
    De corpo e alma. Completamente, inteiramente.
    locução adverbial Corpo a corpo. Em luta corporal, sem uso de armas: enfrentaram-se corpo a corpo.
    Etimologia (origem da palavra corpo). Do latim corpus.

    [...] O corpo é o invólucro material que reveste o Espírito temporariamente, para preenchimento da sua missão na Terra e execução do trabalho necessário ao seu adiantamento. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 5

    [...] O corpo é apenas instrumento da alma para exercício das suas faculdades nas relações com o mundo material [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8, it• 10

    [...] os corpos são a individualização do princípio material. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

    [...] é a máquina que o coração põe em movimento. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 156

    [...] O corpo não passa de um acessório seu, de um invólucro, uma veste, que ele [o Espírito] deixa, quando usada. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 3

    [...] invólucro material que põe o Espírito em relação com o mundo exterior [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

    [...] apenas um segundo envoltório mais grosseiro, mais resistente, apropriado aos fenômenos a que tem de prestar-se e do qual o Espírito se despoja por ocasião da morte.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, it• 10

    [...] o corpo não é somente o resultado do jogo das forças químicas, mas, sim, o produto de uma força organizadora, persistente, que pode modelar a matéria à sua vontade.
    Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Um caso de desmaterialização parcial do corpo dum médium• Trad• de João Lourenço de Souza• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 5

    Máquina delicada e complexa é o corpo humano; os tecidos que o formam originam-se de combinações químicas muito instáveis, devido aos seus componentes; e nós não ignoramos que as mesmas leis que regem o mundo inorgânico regem os seres organizados. Assim, sabemos que, num organismo vivo, o trabalho mecânico de um músculo pode traduzir-se em equivalente de calor; que a força despendida não é criada pelo ser, e lhe provém de uma fonte exterior, que o provê de alimentos, inclusive o oxigênio; e que o papel do corpo físico consiste em transformar a energia recebida, albergando-a em combinações instáveis que a emanciparão à menor excitação apropriada, isto é, sob ação volitiva, ou pelo jogo de irritantes especiais dos tecidos, ou de ações reflexas.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    O corpo de um animal superior é organismo complexo, formado por um agregado de células diversamente reunidas no qual as condições vitais de cada elemento são respeitadas, mas cujo funcionamento subordina-se ao conjunto. É como se disséssemos – independência individual, mas obediente à vida total.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] o invólucro corporal é construído mediante as leis invariáveis da fecundação, e a hereditariedade individual dos genitores, transmitida pela força vital, opõe-se ao poder plástico da alma. É ainda por força dessa hereditariedade que uma raça não produz seres doutra raça; que de um cão nasça um coelho, por exemplo, e mesmo, para não irmos mais longe, que uma mulher de [...] raça branca possa gerar um negro, um pele-vermelha, e vice-versa. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] é um todo, cujas partes têm um papel definido, mas subordinadas ao lugar que ocupam no plano geral. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 3

    [...] não passa de um vestuário de empréstimo, de uma forma passageira, de um instrumento por meio do qual a alma prossegue neste mundo a sua obra de depuração e progresso. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    [...] O corpo material é apenas o instrumento ao agente desse corpo de essência espiritual [corpo psíquico]. [...]
    Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - pt• 2, cap• 1

    [...] Nosso corpo é o presente que Deus nos deu para aprendermos enquanto estamos na Terra. Ele é nosso instrumento de trabalho na Terra, por isso devemos cuidar da nossa saúde e segurança física.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] Em o nosso mundo físico, o corpo real, ou duradouro, é um corpo etéreo ou espiritual que, no momento da concepção, entra a cobrir-se de matéria física, cuja vibração é lenta, ou, por outras palavras, se reveste dessa matéria. [...]
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 9

    Neste mundo, são duais os nossos corpos: físico um, aquele que vemos e tocamos; etéreo outro, aquele que não podemos perceber com os órgãos físicos. Esses dois corpos se interpenetram, sendo, porém, o etéreo o permanente, o indestrutível [...].
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 14

    [...] O corpo físico é apenas a cobertura protetora do corpo etéreo, durante a sua passagem pela vida terrena. [...]
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 14

    Esse corpo não é, aliás, uma massa inerte, um autômato; é um organismo vivo. Ora, a organização dum ser, dum homem, dum animal, duma planta, atesta a existência duma força organizadora, dum espírito na Natureza, dum princípio intelectual que rege os átomos e que não é propriedade deles. Se houvesse somente moléculas materiais desprovidas de direção, o mundo não caminharia, um caos qualquer subsistiria indefinidamente, sem leis matemáticas, e a ordem não regularia o Cosmos.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

    [...] O nosso corpo não é mais do que uma corrente de moléculas, regido, organizado pela força imaterial que nos anima. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 2, cap• 12

    [...] complexo de moléculas materiais que se renovam constantemente.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

    [...] é toda e qualquer quantidade de matéria, limitada, que impressiona os sentidos físicos, expressando-se em volume, peso... Aglutinação de moléculas – orgânicas ou inorgânicas – que modelam formas animadas ou não, ao impulso de princípios vitais, anímicos e espirituais. Estágio físico por onde transita o elemento anímico na longa jornada em que colima a perfeição, na qualidade de espírito puro...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

    O corpo humano [...] serve de domicílio temporário ao espírito que, através dele, adquire experiências, aprimora aquisições, repara erros, sublima aspirações. Alto empréstimo divino, é o instrumento da evolução espiritual na Terra, cujas condições próprias para as suas necessidades fazem que a pouco e pouco abandone as construções grosseiras e se sutilize [...] serve também de laboratório de experiências, pelas quais os construtores da vida, há milênios, vêm desenvolvendo possibilidades superiores para culminarem em conjunto ainda mais aprimorado e sadio. Formado por trilhões e trilhões de células de variada constituição, apresenta-se como o mais fantástico equipamento de que o homem tem notícia, graças à perfei ção dos seus múltiplos órgãos e engrenagens [...].
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

    [...] Vasilhame sublime, é o corpo humano o depositário das esperanças e o veículo de bênçãos, que não pode ser desconsiderado levianamente.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

    O corpo é veículo, portanto, das pro-postas psíquicas, porém, por sua vez,muitas necessidades que dizem respei-to à constituição orgânica refletem-se nocampo mental.[...] o corpo é instrumento da aprendi-zagem do Espírito, que o necessita paraaprimorar as virtudes e também paradesenvolver o Cristo interno, que gover-nará soberano a vida quando superar osimpedimentos colocados pelas paixõesdesgastantes e primitivas. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cor-po e mente

    O corpo é sublime instrumento elabo-rado pela Divindade para ensejar odesabrolhar da vida que se encontraadormecida no cerne do ser, necessitan-do dos fatores mesológicos no mundoterrestre, de forma que se converta emsantuário rico de bênçãos.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto aosofrimento

    [...] Constituído por trilhões de célulasque, por sua vez, são universos minia-turizados [...].[...] Um corpo saudável resulta tambémdo processo respiratório profundo,revitalizador, de nutrição celular.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conquista interna

    Abafadouro das lembranças, é também o corpo o veículo pelo qual o espírito se retempera nos embates santificantes, sofrendo-lhe os impositivos restritivos e nele plasmando as peças valiosas para mais plena manifestação.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    [...] é sempre para o espírito devedor [...] sublime refúgio, portador da bênção do olvido momentâneo aos males que praticamos e cuja evocação, se nos viesse à consciência de inopino, nos aniquilaria a esperança da redenção. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    Sobre o corpo físico, o que se pode dizer logo de início é que ele constitui mecanismo extremamente sofisticado, formado de grande número de órgãos, que em geral trabalham em grupo, exercendo funções complementares, visando sempre a atingir objetivos bem determinados. Estes agrupamentos de órgãos são denominados aparelhos ou sistemas que, por sua vez, trabalham harmonicamente, seguindo a diretriz geral de manter e preservar a vida do organismo.
    Referencia: GURGEL, Luiz Carlos de M• O passe espírita• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1

    O corpo carnal é feito de limo, isto é, compõe-se dos elementos sólidos existentes no planeta que o Espírito tem que habitar provisoriamente. Em se achando gasto, desagrega-se, porque é matéria, e o Espírito se despoja dele, como nós nos desfazemos da roupa que se tornou imprestável. A isso é que chamamos morte. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

    [...] o corpo físico é mero ponto de apoio da ação espiritual; simples instrumento grosseiro de que se vale o Espírito para exercer sua atividade física. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

    [...] O corpo físico nada é senão um instrumento de trabalho; uma vez abandonado pelo Espírito, é matéria que se decompõe e deixa de oferecer condições para abrigar a alma. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 16

    [...] O nosso corpo – além de ser a vestimenta e o instrumento da alma neste plano da Vida, onde somente nos é possível trabalhar mediante a ferramenta pesada dos órgãos e membros de nosso figurino carnal – é templo sagrado e augusto. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• Apenas uma sombra de mulher• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] O corpo é o escafandro, é a veste, é o gibão que tomamos de empréstimo à Vida para realizarmos o nosso giro pelo mundo das formas. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    A bênção de um corpo, ainda que mutilado ou disforme, na Terra [...] é como preciosa oportunidade de aperfeiçoamento espiritual, o maior de todos os dons que o nosso planeta pode oferecer.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 17

    [...] o corpo humano é apenas um aparelho delicado, cujas baterias e sistemas condutores de vida são dirigidos pelas forças do perispírito, e este, por sua vez, comandado será pela vontade, isto é, a consciência, a mente.
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Recordações da mediunidade• Obra mediúnica orientada pelo Espírito Adolfo Bezerra de Menezes• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    O corpo carnal, ou corpo material terreno, o único a constituir passageira ilusão, pois é mortal e putrescível, uma vez, que se origina de elementos exclusivamente terrenos. [...]
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap 8

    [...] [no corpo] distinguimos duas coisas: a matéria animal (osso, carne, sangue, etc.) e um agente invisível que transmite ao espírito as sensações da carne, e está às ordens daquele.
    Referencia: ROCHAS, Albert de• A Levitação• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1980• - Os limites da Física

    [...] Tradicionalmente visto pelas religiões instituídas como fonte do pecado, o corpo nos é apresentado pela Doutrina Espírita como precioso instrumento de realizações, por intermédio do qual nos inscrevemos nos cursos especializados que a vida terrena nos oferece, para galgarmos os degraus evolutivos necessários e atingirmos as culminâncias da evolução espiritual. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Adolescência – tempo de transformações

    O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo Espírito trazido à carne.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 34

    O corpo físico é apenas envoltório para efeito de trabalho e de escola nos planos da consciência.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Museu de cera

    [...] é passageira vestidura de nossa alma que nunca morre. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

    O veículo orgânico para o espírito reencarnado é a máquina preciosa, capaz de ofertar-lhe às mãos de operário da Vida Imperecível o rendimento da evolução.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    O corpo nada mais é que o instrumento passivo da alma, e da sua condição perfeita depende a perfeita exteriorização das faculdades do espírito. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    [...] O corpo de carne é uma oficina em que nossa alma trabalha, tecendo os fios do próprio destino. Estamos chegando de longe, a revivescer dos séculos mortos, como as plantas a renascerem do solo profundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 35

    O corpo é um batel cujo timoneiro é o espírito. À maneira que os anos se desdobram, a embarcação cada vez mais entra no mar alto da experiência e o timoneiro adquire, com isto, maior responsabilidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    O corpo físico é máquina viva, constituída pela congregação de miríades de corpúsculos ativos, sob o comando do espírito que manobra com a rede biológica dentro das mesmas normas que seguimos ao utilizar a corrente elétrica.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Mentalismo

    [...] o corpo físico na crosta planetária representa uma bênção de Nosso Eterno Pai. Constitui primorosa obra da Sabedoria Divina, em cujo aperfeiçoamento incessante temos nós a felicidade de colaborar. [...] [...] O corpo humano não deixa de ser a mais importante moradia para nós outros, quando compelidos à permanência na crosta. Não podemos esquecer que o próprio Divino Mestre classificava-o como templo do Senhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 12

    [...] O corpo carnal é também um edifício delicado e complexo. Urge cuidar dos alicerces com serenidade e conhecimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 14

    [...] o corpo do homem é uma usina de forças vivas, cujos movimentos se repetem no tocante ao conjunto, mas que nunca se reproduzem na esfera dos detalhes. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 29

    [...] O corpo humano é campo de forças vivas. Milhões de indivíduos celulares aí se agitam, à moda dos homens nas colônias e cidades tumultuosas. [...] esse laboratório corporal, transformável e provisório, é o templo onde poderás adquirir a saúde eterna do Espírito. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

    No corpo humano, temos na Terra o mais sublime dos santuários e uma das supermaravilhas da Obra Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

    O corpo é para o homem santuário real de manifestação, obra-prima do trabalho seletivo de todos os reinos em que a vida planetária se subdivide.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

    O corpo de quem sofre é objeto sagrado.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 53

    O corpo é a máquina para a viagem do progresso e todo relaxamento corre por conta do maquinista.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 55


    Depois

    advérbio Seguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h.
    Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda.
    Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo.
    Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.

    logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.

    Fazer

    verbo transitivo direto Desenvolver algo a partir de uma certa ação; realizar.
    Construir ou produzir algo através da ordenação de seus elementos constituintes: fazer pão, um prédio, uma escola etc.
    Elaborar alguma coisa através da utilização de variados elementos: faziam roupas.
    Realizar ou pôr em prática algum ato reprovável: fazia muitas bobagens.
    Alcançar certa idade: Pedro fará 30 anos amanhã.
    Dar forma ou vida a; criar: faziam novos vestidos para a coleção.
    Livrar-se dos dejetos orgânicos: fazer cocô.
    Demandar esforços para conseguir alguma coisa; esforçar.
    Ter passado determinado tempo: faz dois meses que ele se foi.
    Indicar o tempo atmosférico: hoje faz muito calor.
    Ter o peso idêntico a; equivaler: dez e dez faz vinte.
    Realizar certo trabalho; ter como ocupação: fez sua faculdade em São Paulo.
    Passar por determinado trajeto; percorrer: fazer 20 Km de bicicleta.
    Realizar certo esporte ou ação esportiva: fazer academia.
    Gramática Possuir como terminação; ter como forma flexionada: troféu faz troféus.
    Dispor de determinada maneira; arrumar: é preciso fazer a cama.
    Modificar a aparência para melhor: fazer o cabelo.
    Ter como constituição; constituir: estampa que faz um vestido horrível.
    verbo transitivo indireto Ser utilizado de determinada maneira: na escola, a professora fez de diretora.
    verbo pronominal [Informal] Comportar-se de maneira livre; agir de acordo com seus princípios: o camelô se fez com muito trabalho.
    Insistir durante certo período; reinar: fez-se barulho no salão de festas.
    Quebrar ou ficar em partes menores: a garrafa fez-se em cacos.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Preparar ou organizar com antecipação, tendo em conta certo propósito, utilização ou finalidade: fazia as refeições para os alunos.
    Gerar ou fazer nascer: alguns animais fazem filhotes.
    Instituir algo através da promulgação de um acordo: fazer um tratado de lei.
    Criar intelectualmente; compor: fazer uma melodia; o poeta lhe fez uma poesia.
    Dar seguimento a; executar: fazer caridade; faça-me a bondade de ficar em silêncio.
    Ser a razão de algo; provocar: os amigos lhe fizeram muito mal.
    Passar os seus pertences para outra pessoa ou para uma organização; doar.
    Expressar-se através de gestos ou comportamentos: fazer que sim com o pescoço.
    Demonstrar por meio de palavras: fez um ótimo texto.
    Realizar determinada ação: fez uma dança em torno de si próprio.
    Ter determinada ocupação: ele fica o dia inteiro sem fazer nada.
    verbo transitivo indireto predicativo e intransitivo Agir de determinada forma; comportar-se: faça o que tiver de fazer.
    verbo transitivo direto e pronominal Atribuir determinado aspecto a; fingir: faz-se de coitado.
    verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Ser o motivo de que uma pessoa fique de certa maneira: o vício fez o morto; o conhecimento fez o professor.
    verbo transitivo direto predicativo e transitivo indireto predicativo Mudar a essência de: queria fazer do filho um médico.
    verbo bitransitivo Avaliar ou determinar o valor de: faço este vestido por 10 reais.
    Utilizar algo de determinada maneira: fazia da inteligência o seu maior trunfo.
    Etimologia (origem da palavra fazer). Do latim facere.

    Matar

    verbo transitivo direto e intransitivo Assassinar; tirar a vida de alguém; provocar a morte de: matou o bandido; não se deve matar.
    verbo pronominal Suicidar-se; tirar a própria vida: matou-se.
    verbo transitivo direto Destruir; provocar destruição: a chuva matou a plantação.
    Arruinar; causar estrago: as despesas matam o orçamento.
    Trabalhar sem atenção ou cuidado: o padeiro matou o bolo da noiva.
    Fazer desaparecer: a pobreza acaba matando os sonhos.
    Saciar; deixar de sentir fome ou sede: matou a fome.
    [Informal] Gastar todo o conteúdo de: matou a comida da geladeira.
    [Informal] Diminuir a força da bola: matou a bola no peito.
    verbo transitivo direto e intransitivo Afligir; ocasionar sofrimento em: suas críticas mataram o escritor; dizia palavras capazes de matar.
    Cansar excessivamente: aquela faculdade o matava; o ócio mata.
    verbo pronominal Sacrificar-se; fazer sacrifícios por: eles se matavam pelos pais.
    Etimologia (origem da palavra matar). De origem questionável.
    verbo transitivo direto Costura. Realizar mate, unir duas malhas em uma só.
    Etimologia (origem da palavra matar). Mate + ar.

    de origem controversa, este vocábulo pode ser vindo tanto do latim mactare, imolar as vítimas sagradas, quanto do árabe mat, morto. Deriva da expressão religiosa "mactus esto": "santificado sejas", ou "honrado sejas", que se dizia aos deuses enquanto se imolava uma vítima (um animal, obviamente); daí resultou o verbo "mactare", que significava "imolar uma vítima aos deuses" e, depois, qualquer tipo de assassinato.

    Maís

    substantivo masculino Variedade de milho graúdo, bem desenvolvido.
    Não confundir com: mais.
    Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Tem

    substantivo deverbal Ação de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários.
    Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários.
    Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.

    Temer

    verbo transitivo direto , transitivo indireto, intransitivo e pronominal Ter ou expressar muito medo, fobia, temor; recear: tememos um desastre ecológico; não se deve temer das medidas de austeridade; o corajoso não teme; não se teme as injustiças da vida.
    verbo transitivo indireto Expressar receios, preocupação; preocupar-se: temia pela morte da mãe.
    verbo transitivo direto Por Extensão Demonstrar muito respeito, obediência ou reverência por: temia dogmas religiosos.
    Etimologia (origem da palavra temer). Do latim timerere.

    recear, suspeitar, desconfiar. – Temer, aqui, é “crer na probabilidade de um mal ou contratempo qualquer: temo que ele se desdiga; temo que me censurem”. – Recear é temer o engano, a falsidade, o mal que outrem nos pode fazer, ou o prejuízo que nos pode causar, sem que, porém, tenhamos grandes fundamentos que justifiquem o nosso receio: receamos que não venha; os escarmentados receiam tudo de todos. – Suspeitar é formar um mau juízo em virtude de indícios ou antecedentes: “suspeito que ele me engana”. (Bruns.) – Parece haver, do último para o primeiro, uma perfeita gradação na força expressiva destes verbos: suspeitamos desconfiando, isto é, inquietando-nos ligeiramente; receamos preocupando-nos; tememos pondo-nos em guarda, quase afligindo-nos. – Desconfiar é menos que recear e temer, mas é mais que suspeitar. Desconfia aquele que tem já algum motivo um tanto sério para, conquanto, esse motivo não atinja diretamente a pessoa ou coisa de que se desconfia. No meio de bandidos desconfiaríamos de um santo. Desconfiaríamos de um homem de bem que convivesse com velhacos. O marechal confiava desconfiando.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    λέγω ὑμῖν δέ φίλος μοῦ μή φοβέω ἀπό ἀποκτείνω σῶμα καί μετά μή τίς περισσότερος ποιέω
    Lucas 12: 4 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E eu vos digo meus amigos: Não tenham medo dos que matam o corpo e depois não têm mais o que fazer.
    Lucas 12: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 29
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G2192
    échō
    ἔχω
    ter, i.e. segurar
    (holding)
    Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3326
    metá
    μετά
    .. .. ..
    (.. .. ..)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4053
    perissós
    περισσός
    (their clods)
    Substantivo
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G4983
    sōma
    σῶμα
    o nome original do último rei de Judá antes do cativeiro; também conhecido como
    (Mattaniah)
    Substantivo
    G5100
    tìs
    τὶς
    alguém, uma certa pessoa
    (something)
    Pronome interrogatório / indefinido - neutro acusativo singular
    G5384
    phílos
    φίλος
    amigo, ser amigável a alguém, desejar a ele tudo de bom
    (a friend)
    Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
    G5399
    phobéō
    φοβέω
    crepúsculo
    (from the twilight)
    Substantivo
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G615
    apokteínō
    ἀποκτείνω
    matar o que seja de toda e qualquer maneira
    (killing)
    Verbo - particípio presente ativo - Masculino no Plurak genitivo


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἔχω


    (G2192)
    échō (ekh'-o)

    2192 εχω echo

    incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v

    1. ter, i.e. segurar
      1. ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
    2. ter, i.e., possuir
      1. coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
      2. usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
    3. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
    4. segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
      1. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μετά


    (G3326)
    metá (met-ah')

    3326 μετα meta

    preposição primária (com freqüencia usada adverbialmente); TDNT - 7:766,1102; prep

    1. com, depois, atrás

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    περισσός


    (G4053)
    perissós (per-is-sos')

    4053 περισσος perissos

    de 4012 (no sentido de além); TDNT - 6:61,828; adj

    1. que excede algum número ou medida ou posição ou necessidade
      1. sobre e acima, mais do que é necessário, super adicionado
        1. que excede, abundantemente, supremamente
        2. algo a mais, mais, muito mais que tudo, mais claramente
      2. superior, extraordinário, excelente, incomum
        1. preeminência, superioridade, vantagem, mais eminente, mais extraordinário, mais excelente

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    σῶμα


    (G4983)
    sōma (so'-mah)

    4983 σωμα soma

    de 4982; TDNT - 7:1024,1140; n n

    1. o corpo tanto de seres humanos como de animais
      1. corpo sem vida ou cadáver
      2. corpo vivo
        1. de animais
    2. conjunto de planetas e de estrelas (corpos celestes)
    3. usado de um (grande ou pequeno) número de homens estreitamente unidos numa sociedade, ou família; corpo social, ético, místico
      1. usado neste sentido no NT para descrever a igreja

        aquilo que projeta uma sombra como distinta da sombra em si


    τὶς


    (G5100)
    tìs (tis)

    5101 τις tis

    τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Possui relação com τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    φίλος


    (G5384)
    phílos (fee'-los)

    5384 φιλος philos

    palavra primitiva; TDNT - 9:146,1262; adj

    1. amigo, ser amigável a alguém, desejar a ele tudo de bom
      1. amigo
      2. sócio
      3. aquele se associa amigavelmente com alguém, companheiro
      4. um dos amigos do noivo que em seu favor pediu a mão da noiva e prestou a ele vários serviços na realização do casamento e celebração das núpcias

    φοβέω


    (G5399)
    phobéō (fob-eh'-o)

    5399 φοβεω phobeo

    de 5401; TDNT - 9:189,1272; v

    1. pôr em fuga pelo terror (espantar)
      1. pôr em fuga, fugir
      2. amedrontar, ficar com medo
        1. ser surpreendido pelo medo, estar dominado pelo espanto
          1. do aterrorizados por sinais ou acontecimentos estranhos
          2. daqueles cheios de espanto
        2. amedrontar, ficar com medo de alguém
        3. ter medo (i.e., hesitar) de fazer algo (por medo de dano)
      3. reverenciar, venerar, tratar com deferência ou obediência reverencial

    Sinônimos ver verbete 5841


    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    ἀποκτείνω


    (G615)
    apokteínō (ap-ok-ti'-no)

    615 αποκτεινω apokteino

    de 575 e kteino (matar); v

    1. matar o que seja de toda e qualquer maneira
      1. destruir, deixar perecer
    2. metáf. extinguir, abolir
      1. punir com a morte
      2. privar de vida espiritual e obter sofrimento no inferno