Enciclopédia de Atos 18:26-26

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 18: 26

Versão Versículo
ARA Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e Áquila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus.
ARC Ele começou a falar ousadamente na sinagoga; e, quando o ouviram Priscila e Áquila, o levaram consigo, e lhe declararam mais pontualmente o caminho de Deus.
TB e ele começou a falar ousadamente na sinagoga. Mas, quando Priscila e Áquila o ouviram, levaram-no consigo e expuseram-lhe com mais precisão o Caminho de Deus.
BGB οὗτός τε ἤρξατο παρρησιάζεσθαι ἐν τῇ συναγωγῇ· ἀκούσαντες δὲ αὐτοῦ ⸂Πρίσκιλλα καὶ Ἀκύλας⸃ προσελάβοντο αὐτὸν καὶ ἀκριβέστερον αὐτῷ ἐξέθεντο τὴν ⸂ὁδὸν τοῦ θεοῦ⸃.
HD Ele começou a falar abertamente na sinagoga. Depois de ouvi-lo, Priscila e Áquila, tomando-o consigo, explicaram-lhe mais acuradamente o Caminho.
BKJ E ele começou a falar ousadamente na sinagoga. E, ouvindo-o Áquila e Priscila, o tomaram consigo e expuseram-lhe mais perfeitamente o caminho de Deus.
LTT E ele (Apolo) começou a falar ousadamente na sinagoga. E Áquila e Priscila (, depois de, ) havendo-o ouvido, o levaram consigo e (privadamente) lhe expuseram mais precisamente o caminho de Deus.
BJ2 Começou, pois, a falar com intrepidez na sinagoga. Tendo-o ouvido, Priscila e Áquila tomaram-no consigo e, com mais exatidão, expuseram-lhe o Caminho.[e]
VULG Hic ergo cœpit fiducialiter agere in synagoga. Quem cum audissent Priscilla et Aquila, assumpserunt eum, et diligentius exposuerunt ei viam Domini.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 18:26

Provérbios 1:5 para o sábio ouvir e crescer em sabedoria, e o instruído adquirir sábios conselhos;
Provérbios 9:9 Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento.
Provérbios 22:17 Inclina o teu ouvido, e ouve as palavras dos sábios, e aplica o teu coração à minha ciência.
Provérbios 25:12 Como pendentes de ouro e gargantilhas de ouro fino, assim é o sábio repreensor para o ouvido ouvinte.
Isaías 58:1 Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados.
Mateus 18:3 e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus.
Marcos 10:15 Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.
Lucas 19:26 Pois eu vos digo que a qualquer que tiver ser-lhe-á dado, mas ao que não tiver até o que tem lhe será tirado.
Lucas 24:27 E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.
João 7:17 Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina, conhecerá se ela é de Deus ou se eu falo de mim mesmo.
Atos 8:31 E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse.
Atos 14:3 Detiveram-se, pois, muito tempo, falando ousadamente acerca do Senhor, o qual dava testemunho à palavra da sua graça, permitindo que por suas mãos se fizessem sinais e prodígios.
Atos 18:2 E, achando um certo judeu por nome Áquila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma), se ajuntou com eles,
Atos 18:25 Este era instruído no caminho do Senhor; e, fervoroso de espírito, falava e ensinava diligentemente as coisas do Senhor, conhecendo somente o batismo de João.
Atos 28:23 E, havendo-lhe eles assinalado um dia, muitos foram ter com ele à pousada, aos quais declarava com bom testemunho o Reino de Deus e procurava persuadi-los à fé de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde pela manhã até à tarde.
I Coríntios 3:18 Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio.
I Coríntios 8:2 E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber.
I Coríntios 12:21 E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não tenho necessidade de vós.
Efésios 6:19 e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,
Hebreus 6:1 Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus,
II Pedro 3:18 antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém!


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 18 : 26
falar
Lit. “falar livremente, abertamente, corajosamente”.

Atos 18 : 26
explicaram-lhe
Lit. “colocar do lado de fora (sentido literal); expor, abandonar uma criança (sentido extensivo); explicar, explanar, declarar, apresentar (sentido metafórico)”.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28
2. Corinto (Atos 18:1-17)

Atenas era o centro da cultura, mas Corinto era o centro do comércio, pois sua situ-ação geográfica tornava isto inevitável. Estava localizada em um estreito istmo que liga-va a seção continental da Grécia ao Peloponeso, no Sul (ver o mapa 3). Era perigoso viajar ao redor da extremidade sul da Grécia por causa da enorme quantidade de peque-nas e rochosas ilhas que se projetavam do mar, e também porque os ventos constantes vinham do Norte e tendiam a desviar os navios para as costas da África. Corinto tinha um porto oriental, Cencréia, e um porto ocidental, Licaum. Marinheiros e viajantes de todo o Mediterrâneo podiam ser encontrados nas ruas de Corinto. Esta é provavelmente a razão por que Paulo passou um ano e meio nesta grande metrópole. O Evangelho iria se propagar a partir deste centro, para todo o mundo conhecido na época.

Mas essa cidade também era famosa por seu baixo índice de moralidade, e, ser de Corinto, significava ser moralmente corrupto (ou "passar a ser de Corinto era o mesmo que passar a ser corrupto"). Diziam que o templo de Afrodite abrigava mais de mil pros-titutas sagradas. Como a imoralidade fazia parte do culto religioso, não é de admirar que a moral fosse deplorável sob todos os aspectos.

Politicamente, Corinto era a capital da província romana da Acaia (Grécia). Fazia parte da política habitual de Paulo fundar uma igreja forte em cada capital provincial, para que a evangelização da província se difundisse a partir desse centro principal.

a. Ministério na Sinagoga (18:1-4). Como em Atenas, Paulo desempenhava um duplo ministério em Corinto — aos judeus e aos gentios. Mas, embora em Atenas eles fos-sem simultâneos — ele ensinava na sinagoga aos sábados e falava com as pessoas na área do mercado durante a semana — em Corinto uma atividade seguia-se à outra. Paulo ensinou na sinagoga até ser expulso de lá, depois ministrou particularmente aos gentios na casa de um gentio que participava da adoração na sinagoga.

Depois disto, partiu Paulo de Atenas e chegou a Corinto (1) — uma distância de cerca de 96 quilômetros. Novamente, não sabemos se ele foi por terra ou por mar. Em Corinto, o apóstolo encontrou um judeu chamado Áqüila, natural do Ponto — re-gião nordeste da Ásia Menor (ver o mapa

3) — que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (2). Ela é geralmente chamada de Prisca nas epístolas (Rm 16:3; 1 Co 16.19; 2 Tm 4.19). Parece que, de ambos, ela tinha o caráter mais forte, pois seu nome geralmente precede o do marido.

Lucas nos dá uma explicação da razão por que Áqüila e Priscila haviam deixado a capital do império: Cláudio mandara que todos os judeus saíssem de Roma. Este é provavelmente o decreto mencionado por Suetônio em sua obra Life of Claudius (25,4) — "Ele (Cláudio) expulsou os judeus de Roma porque estes estavam em um estado de perma-nente tumulto por instigação de um tal "Chrestus" (provavelmente, uma redação errada de "Christus", ou Cristo). Isto aconteceu no ano 49 d.C., um ano antes da chegada de Paulo a Corinto. Como a conversão de Áqüila e Priscila não foi mencionada aqui, parece que eles já eram cristãos antes de saírem de Roma.

Como Paulo era do mesmo ofício (3) — homotechnon, "da mesma profissão" -ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício— techne, "profissão, comércio, ofício" — fazer tendas. Alguns estudiosos recentes preferem a tradução "coureiros, ou trabalhadores em couro". Lake e Cadbury falam sobre "um tecido de feltro feito de pêlos de cabra"... que era tipicamente um produto da Cilicia, e tinha o nome de cilicium, em latim, e kilikion, em grego".' E prosseguem: "Naturalmente, é muito fácil fazer a cone‑

xão de Paulo de Tarso, na Cilicia, com o produto especial de sua própria província. Esta era, possivelmente, a sua verdadeira profissão"." Eles ainda acrescentam: "Mas é impossível resistir ao peso do antigo testemunho de que, para os gregos, isto significava um "coureiro".' Este autor prefere acompanhar as principais versões inglesas (KJV, ERV, ASV, RSV, NEB) ao indicar que a profissão de Paulo era fazer tendas.

Além de trabalhar neste ofício durante a semana, Paulo disputava — "fazia discur-sos" — na sinagoga e convencia — "estava persuadindo", um processo gradual — a judeus e gregos (4). Parece que a maioria das sinagogas da Dispersão de Corinto (se não todas), eram freqüentadas por gentios e judeus.

  1. O Ministério Sofrendo a Oposição dos Judeus (18:5-6). Quando Silas (a última menção do seu nome em Atos) e Timóteo chegaram da Macedônia (ver os comentários sobre 17.15), Paulo foi impulsionado pela palavra (5). O melhor texto grego diz "foi preso [ou `constrangido'] pela palavra". Provavelmente, o significado desta expressão foi corretamente explicado por Phillips• "O apóstolo ficou completamente absorto com a pre-gação da mensagem". Bruce oferece uma excelente interpretação: "'começou a se dedicar inteiramente à pregação'; talvez os suprimentos levados por Timóteo e Silas de Tessalônica e de Filipos (cf. 2 Co 11.8.; Fp 4:15) o tenham libertado da necessidade do trabalho manu-al"." Sob esta limitação, ele testificou — "anunciou solenemente" — aos judeus que Jesus era o Cristo — que "o Messias era Jesus".

Quando os judeus resistiram (6) — "colocaram-se contra" ou "se opuseram" — e blasfemaram ou "insultaram" (RSV), provavelmente clamando "anátema Jesus' — Paulo sacudiu as vestes, provavelmente em um sinal de que Deus os havia rejeitado. "Este é um ato figurado de renúncia total".207

Depois, Paulo anunciou: O vosso sangue seja sobre a vossa cabeça; eu estou limpo e, desde agora, parto para os gentios. Aqui a primeira declaração é muito solene (cf. Ez 33:4). Estes judeus deveriam levar a sua própria culpa. Paulo havia cum-prido o seu dever e estava limpo (i.e., livre de culpa). A última declaração deste versículo foi feita por Paulo a Barnabé virtualmente da mesma maneira em Antioquia da Pisídia (13.46). A expressão desde agora sugere uma política mais decidida, no entanto Paulo continuou a ministrar primeiro nas sinagogas (cf. 19.8). Mas, como ele havia sido "espre-mido" nas sinagogas, dedicava cada vez mais tempo aos gentios. Em Éfeso, ele ensinou na sinagoga durante três meses, porém dedicou dois anos a uma escola grega (Atos 19:8-10). Aos judeus, ele sempre reservava a primeira oportunidade (cf. Rm 1:16 — "primeiro do judeu e também do grego").

  1. O Ministério na Casa de Justo (Atos 18:7-11). Por causa da severa oposição dos líderes da sinagoga, Paulo partiu — lit. "mudou seu lugar"" — e entrou em casa de um ho-mem chamado Tito Justo (7). Dos dois manuscritos gregos mais antigos, o Sinaítico diz "Tito Justo" (ASV), e o Vaticano diz "Tício Justo". A maioria dos atuais tradutores adota o último nome (e.g., NASB, NEB, Phillips). Bruce escreve: "O nome Tito Justo sugere que este homem era um cidadão romano"." Isto daria a Paulo e à nova congrega-ção cristã um bom conceito na cidade, o que era muito importante.

Justo servia a Deus, i.e., era um piedoso gentio que freqüentava a sinagoga dos judeus. Sua casa estava junto da sinagoga. Pode parecer uni pouco estranho que Paulo realizasse cultos bem ao lado da sinagoga da qual havia sido praticamente expulso. Porém duas razões podem tê-lo levado a essa atitude: a primeira seria porque queria estar convenientemente situado onde os gentios piedosos pudessem encontrá-lo facil-mente, e a segunda porque a vantagem de estar na casa de um cidadão romano não podia ser ignorada.

O sucesso dessa mudança pode ser visto, em parte, pelo fato de que Crispo... creu no Senhor com toda a sua casa (8). A expressão principal da sinagoga "não signi-fica que era o chefe da sinagoga, mas um dos homens importantes que tinham o título de archisynagogue".' Seu ato provavelmente causou enorme sensação na cidade e muitos dos coríntios, ouvindo-o, creram e foram batizados. Por causa das divisões posteriores do grupo de Corinto, que acompanharam seus líderes humanos, Paulo agradeceu a Deus por não ter batizado ninguém naquela cidade exceto Crispo, este notável convertido, e Gaio 1Co 1:14). Provavelmente, Gaio é identificado com Justo, o anfitrião de Paulo (Rm 16:23). (Todo cidadão romano tinha três nomes, um nome, um pré-nome e um cognome. Seu nome completo em latim seria Gaio Tício Justo.) Como uma reflexão posterior, Paulo diz que ele também batizou os membros da casa de Estéfanas, mas que não consegue se lembrar de outros 1Co 1:16). Evidentemente, seus assistentes, Silas e Timóteo, cuida-ram de batizar os muitos que estavam se convertendo.

Podemos bem imaginar que os líderes da sinagoga estavam ficando furiosos com o que estava acontecendo bem ao seu lado. Aparentemente, Paulo também estava ficando temeroso com a crescente oposição que poderia ameaçar a sua vida. Talvez tenha decidi-do que era chegada a hora de se mudar. O apóstolo tinha um espírito naturalmente inquieto, e até então nunca havia permanecido tanto tempo em um só lugar.
Podemos ver que existia algum problema pelo fato de o Senhor ter falado ao seu apóstolo em uma visão que teve à noite, dando-lhe esta mensagem: Não temas, mas fala e não te cales (9) — lit., "Pare de ter medo, mas continue falando e não fique em silêncio". O Senhor continuou: "porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade" (10). Ainda havia muitos para serem convertidos. Bruce observa: "A palavra geralmente usada para o povo judeu [laos], para distingui-los dos gentios, foi aqui usada para o novo "povo escolhido".211

A visão teve o efeito desejado. Paulo ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus (11). Ficou ali quer dizer literalmente "assentou-se", i.e., para ensinar. Knowling muito apropriadamente observa: "A palavra pode ter sido intencionalmente usada aqui, ao invés da habitual menein [permanecer], para indicar o trabalho silencioso e decidido a respeito do qual o apóstolo recebeu a orientação do Se-nhor. A visão que tinha acalmado o seu espírito perturbado mostrava que ele deveria fazer a vontade do Senhor"' (cf. "determinado" Phillips).

Em 9-10, nosso espírito pode ser fortalecido pela "Palavra do Senhor". 1. Pelo divino consolo: Não temas... porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal (9-10) ; 2. Pela divina comissão: Fala e não te cales (9) ; 3. Pelo cuidado divino: Tenho muito povo nesta cidade (10). (A. F. Harper)

d. O Ministério Protegido por Gálio (Atos 18:12-17). Sendo Gálio procônsul da Acaia, levantaram-se os judeus concordemente contra Paulo e o levaram ao tribunal (12). A palavra grega berra (tribunal) pode ser vista hoje em dia inscrita na parede deste local que está em ruínas, na antiga cidade de Corinto. Era a designação habitual para o tribunal oficial do governante romano.

Uma inscrição encontrada em Delfos com data aproximada de 52 d.C. refere-se a "Gálio... procônsul da Acaia".213 Kirsopp Lake pensa que esta evidência mostra que ele se tornou procônsul no verão do ano 51 ou 52 d.C.' Como Paulo foi provavelmente levado a sua presença logo depois de ele ter recebido esse título — os judeus naturalmente dese-javam tirar vantagem desse novo homem que nada sabia a respeito dos missionários -talvez seja melhor considerar o ano e meio que Paulo passou em Corinto a partir da primavera do ano 50 ou do outono de 51. "Bruce conclui: "Provavelmente, a partir do final do verão de 50, até o início da primavera de 52".'

No passado, alguns críticos afirmaram que, no primeiro século, a Acaia era uma província imperial governada por um pró-pretor, e isto foi assim de 16 a 43 d.C. Mas, a partir de 44, ela havia se tornado uma província senatorial, governada por um procônsul.' Mais uma vez, Lucas deu provas de ser um historiador confiável.

A acusação formada contra Paulo, na presença de Gálio, era: Este persuade -- nos papiros este verbo transmite a idéia de maléfica persuasão,' e em Heródoto ele significa "seduz, desencaminha"' — os homens a servir a Deus contra a lei (13). O que eles queriam dizer era "de forma contrária à lei mosaica", mas eles esperavam que Gálio entendesse como "de forma contrária à lei romana".

Gálio percebeu esta duplicidade de intenções, e quando Paulo estava prestes a fazer a sua defesa (14), o procônsul disse aos judeus: Se houvesse, ó judeus — exprimindo irritação — algum agravo — um caso civil, "uma injúria feita aos outros"' — ou cri-me enorme — um caso criminal, "crime, vilania" — com razão vos sofreria — ou "poderia ser razoavelmente esperado que eu concordasse com vocês" (Phillips).

O procônsul continuou: Mas, se a questão (15) — plural, "questões" nos manuscri-tos mais antigos — é de palavras, e de nomes, e da lei — lit., "da lei de acordo com vocês" — vede-o vós mesmos — a língua grega é enfática: "vocês mesmos cuidem disso" — porque eu não quero ser juiz dessas coisas! Ramsay faz uma excelente paráfrase da primeira parte deste versículo: "Se elas são questões de palavras, não de fatos, e de nomes, não de coisas, e da sua lei, não da lei romana...

Como a acusação feita pelos judeus nada tinha a ver com a lei romana, Gálio retirou o caso do tribunal. Como os judeus continuaram a pressioná-lo neste assunto, expul-sou-os — lit., retirou-os — do tribunal (16) — "fê-los sair do tribunal" (NEB).

A menção de Sóstenes, chefe da sinagoga (17) nos leva a supor que ele havia sido eleito para tomar o lugar de Crispo, que havia se convertido ao cristianismo. Mas am-bos podem ter tido este honorável título simultaneamente (ver os comentários sobre 8). É bastante provável que este seja o mesmo Sóstenes que é mencionado em I Coríntios 1:1 como um companheiro de Paulo. Talvez a agressão que sofreu nessa época o tenha influenciado em direção a Cristo. Esta possibilidade está inserida na questão sobre quem foi que agrediu Sóstenes. Ao invés de todos os gregos, o manuscrito mais antigo traz a expressão "eles todos". Como o último "eles" (16) se refere aos judeus, foi sugeri-do que foram os judeus e não os gregos que agrediram Sóstenes — cheios de ira pelo fato de ele ter perdido o caso ou por ter mostrado alguma simpatia em relação a Paulo. John Wesley traduz o texto da seguinte maneira: "Então eles todos agarraram Sóstenes... e o agrediram", e acrescenta: "Isto parece ter acontecido porque ele lhes deu muito trabalho sem alcançar propósito algum"."1Muitos estudiosos rejeitam esta idéia apon-tando-a como demasiadamente forçada. Mas Lake e Cadbury escrevem: "Possivelmen-te Sóstenes foi agredido pelos dois grupos — pelos judeus por ter administrado mal o seu caso, e pelos gregos com base em princípios gerais"' (Cf. NEB — "Então houve um ataque geral a Sóstenes").

A última declaração, porém, a Gálio nada destas coisas o incomodava, levou alguns a comentar sobre o "descuidado Gálio". Mas o governador estava apenas cum-prindo o seu dever ao se recusar a ter alguma coisa a ver com um caso que não pertencia a um tribunal romano. Gálio era irmão de Sêneca, que o tinha em elevada consideração por seu nobre caráter.

G. ÁSIA, Atos 18:18-20.38

  1. Éfeso (Atos 18:18-19.
    41)

Éfeso era a "maior cidade comercial da Ásia Menor", e a "capital da província da Ásia".' Provavelmente, Paulo teria preferido pregar nesta cidade no início de sua se-gunda viagem missionária (ver os comentários sobre 16:6-8), e mesmo agora ele só podia fazer uma breve visita. Somente depois da terceira viagem é que ele foi capaz de evangelizar a cidade (cap. 19), sendo que, nesta ocasião, ele permaneceu durante três anos desempenhamdo este ministério.

  1. A Breve Visita de Paulo (Atos 18:18-21). O apóstolo havia ficado em Corinto muitos dias (18) — lit., "o número suficiente de dias". Não há nenhuma indicação sobre a dura-ção desta sua permanência. Depois, tendo se despedido dos cristãos — os irmãos — ele navegou para a Síria — nome genérico para a Síria e a Palestina. Com ele estavam Priscila e Áqüila (observe que o nome dela vem antes). Não está claro se a frase tendo rapado a cabeça em Cencréia — o porto oriental de Corinto — porque tinha voto está se referindo a Paulo ou a Áqüila. Meyer acredita que este tenha sido um voto de Áquila,' mas a maioria dos estudiosos afirma que é o nome de Paulo que está subenten-dido. Lumby escreve: "Por alguma razão, durante uma enfermidade ou em meio ao seu conflito em Corinto, ele fizera um voto sobre si mesmo semelhante aos votos dos nazireus (Nm 6:1-21) ".' Como foram usadas as mesmas palavras gregas aqui e em Atos 21:23, Bruce acredita que se tratava de um "voto temporário dos nazireus", cuja duração mínima era de 30 dias".2" O corte do cabelo marcava o final do voto. Como estes votos geralmente terminavam em Jerusalém, esta pode ter sido a razão da viagem de volta de Paulo na ocasião — oferecer o seu cabelo no templo, como Lumby sugere.

Parando em Éfeso (ver o mapa

3) depois de dois ou três dias de viagem,' Paulo deixou ali Priscila e Áqüila (19). Mas ele, entrando na sinagoga, disputava com os judeus. A palavra ele parece sugerir que Priscila e Áqüila não foram à sinagoga nesta ocasião, o que parece bastante estranho. Alexander considera isto um tipo de parêntesis: "Como se ele tivesse dito: Áqüila e Priscila não foram adiante, deixando Paulo completar sua viagem sozinho, mas somente depois de ter ido à sinagoga, onde se dirigiu aos judeus mostrando como estava longe de ter abandonado o desejo e a esperança da sua salvação".

Paulo foi convidado a permanecer por mais algum tempo, porém não conveio nis-so (20). Foi sugerido que esta promessa, evidenciada pela cabeça raspada, pode ter im-pressionado favoravelmente os judeus de Éfeso, que por isso imploraram que ele ficasse.

O versículo 21 diz literalmente: Antes se despediu (o mesmo verbo do versículo
18) deles, dizendo: Querendo Deus, outra vez voltarei a vós [cf. Atos 13:13; 16.11] E partiu de Éfeso. A expressão "Devo de qualquer maneira observar esta festa que acontecerá em Jerusalém", que ocorre em algumas versões, é uma frase que não consta nos manus-critos mais antigos. Querendo Deus corresponde, em latim, a Deo volente (se Deus quiser), uma expressão muitas vezes abreviada como D.V.

b. O Retorno de Paulo à Síria (Atos 18:22-23). Paulo, chegando a Cesaréia, subiu a Jerusalém e, saudando a igreja, desceu a Antioquia (22, ver o mapa 3). A grande per-gunta é: A que igreja ele se refere? Lake e Cadbury estão a favor de Cesaréia: Paulo "subiu" do porto para a cidade.229 Mas a maioria dos comentaristas prefere Jerusalém. A expressão desceu a Antioquia está de acordo com esta interpretação e sugere uma viagem de Jerusalém para Antioquia. Os judeus sempre "subiam" para Jerusalém e "desciam" de lá (cf. Atos 8:5-15.2).

Depois que Paulo ficou algum tempo — quanto tempo não sabemos — em Antioquia, ele partiu, passando sucessivamente pela província da Galácia e da Frigia, confir-mando a todos os discípulos (23). Geralmente, esta viagem é considerada o início da terceira viagem missionária de Paulo. Ele seguiu o mesmo caminho pelo qual havia iniciado a segunda viagem, atravessando sem dúvida sua terra natal, Tarso, para al-cançar as montanhas através dos Portões da Cilicia. Ele visitou as igrejas que tinha fundado em sua primeira viagem, e as que tinha visitado novamente em outra ocasião em sua segunda viagem. Elas estavam localizadas na região sul da província da Galácia (ver o mapa 3).

A respeito deste parágrafo, Bruce diz: "Nestes dois versículos e em 19.1, está com-preendida uma viagem de 2.400 quilômetros. Veja como Lucas consegue rapidamente cobrir este terreno, ao descrever uma viagem em que não acompanhou Paulo".2"

c. O Eloqüente Ministério de Apoio (Atos 18:24-28). Antes de iniciar o relato sobre o longo ministério de Paulo em Éfeso, (c.19), ao autor faz um resumo dos recentes acontecimen-tos naquela cidade para os leitores, e fala particularmente sobre o ministério desempe-nhado por Apoio.

Quatro coisas são ditas sobre Apoio (24). Primeiro, ele era um judeu. Segundo, havia nascido em Alexandria (ver o mapa 3), cidade egípcia fundada por Alexandre, o Grande, em 332 a.C., a qual recebeu o nome do seu fundador. Durante muito tempo, houve nesta cidade uma grande colônia de judeus que ocupava dois dos seus cinco bair-ros. Alexandria só perdia para Atenas como um grande centro de cultura e aprendizado. Foi ali que a Septuaginta foi traduzida, e o local onde Filo (um judeu) ficou famoso no primeiro século como um gênio intelectual que combinava a filosofia grega com as Escri-turas hebraicas, interpretando as Escrituras alegoricamente.

Em terceiro lugar, Apoio era um varão eloqüente. O significado exato da palavra logios ainda é motivo de discussão; no grego clássico e também no moderno, ela corresponde a uma pessoa "culta". Mas no grego "coiné" (ou "koiné"), ela seria "eloqüente". Abbott-Smith prefere esta última interpretação para a passagem,'" da mesma forma que as versões inglesas padrão.

Em quarto lugar, Apolo era poderoso nas Escrituras. Em grego, esta frase está colo-cada em último lugar, depois da expressão veio a Éfeso. Isto pode estar enfatizando o fato de que este homem culto e bem treinado veio a Éfeso para demonstrar especificamente o seu extraordinário poder de expor as Escrituras.
Este era instruído — katechemenos, "catequizado", i.e., acostumado com as instruções orais — no caminho do Senhor (25). Sobre esta expressão, Alexander es-creve: "O caminho do Senhor é uma frase usada em outras passagens apenas em relação ao ministério de João Batista como precursor de nosso Senhor (ver Mt 3:3; Mac 1.3; Lc 3:4; Jo 1:23). Como o batismo de João está expressamente mencionado na última frase, tem sido sugerido, e não seria de todo impossível, que aqui ele está significando a religião ensinada por João, i.e., a doutrina da vinda de um Messias cujo reino está prestes a se revelar (ver Mt 3:1-2,11,12) ".2" Entretanto, ele observa que a frase é geralmente aceita significando os Evangelhos, mas é impossível ter certeza sobre o seu significado aqui.

Apolo ensinava diligentemente — em grego "precisamente" — as coisas do Se-nhor. Em lugar de Senhor, o melhor texto grego diz "Jesus" (cf. ASV). Isto pode dar a impressão de que ele tinha conhecimento da salvação através de Jesus. Mas logo em seguida foi acrescentada uma significativa modificação: conhecendo somente o batismo de João, o que dá a entender que ele conhecia e ensinava os fatos da vida e do ministério de Jesus. Sabia ele a respeito da crucificação e da ressurreição? Não sabemos. Mas está claro que ele nada sabia sobre o Pentecostes.

Quando Áquila e Priscila (26) — o melhor texto grego inverte esta ordem (cf. ASV) -ouviram Apoio falar tão corajosamente na Sinagoga, o levaram consigo — provavelmen-te para sua casa — e lhe declararam mais pontualmente o caminho de Deus — em grego, "mais precisamente". Como não sabemos exatamente qual era o conhecimento anterior de Apolo, não podemos afirmar com certeza o que está implícito nesta declaração. Mas é quase certo que a primeira coisa que este eloqüente pregador precisava saber era a res-peito do Espírito Santo. Esta era, provavelmente, a sua grande necessidade.'

Quando Apolo quis cruzar (o mar Egeu) até a Acaia (significando Corinto) o anima-ram os irmãos e escreveram (27) — i.e., "encorajaram-no, e escreveram aos discípulos para que o recebessem" (NASB). Os cristãos de Éfeso recomendaram Apoio aos cristãos de Corinto.

Quando Apolo chegou a Corinto, aproveitou muito aos que pela graça criam. Ele imediatamente ocupou o lugar de Paulo como líder cristão em Corinto, pelo menos em parte.
Apoio, com seu conhecimento incomum das Escrituras, com grande veemência convencia (28) — ou "refutava poderosamente" (ASV) — publicamente os judeus mostrando — "provando" — pelas Escrituras que Jesus era o Cristo (o Messias).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28
*

18.1 Corinto. Desde 27 a.C., esta cidade tinha sido a capital da província romana da Acaia. Ficava 80 km a sudoeste de Atenas, perto do istmo que junta Ática ao Peloponeso. Corinto foi grande e próspera nos séculos 8 ao VI a.C., mas declinou e foi capturada em 338 a.C. por Felipe II da Macedônia. Em 196 a.C. foi tomada pelos romanos. Eles a saquearam em 146 a.C. em punição por uma revolta, mas foi restaurada por Júlio César como colônia em 44 a.C. Nos tempos do Novo Testamento, Corinto tinha mais de 200.000 habitantes, incluindo gregos, ex-escravos da Itália, veteranos do exército romano, empresários, oficiais do governo, gente do Oriente Próximo, um grande número de judeus e muitos escravos. Corinto era completamente pagã e imoral. A cidade era cheia de templos pagãos e, na parte sul, havia uma alta acrópole com um templo de Afrodite. A partir do século V a.C., a expressão “corintianizar” significava ser sexualmente imoral.

* 18.2 Áquila, natural do Ponto... Priscila. Ponto ficava na costa norte da Ásia Menor (atual Turquia). Priscila é freqüentemente mencionada antes de seu marido (vs. 18,19,26; Rm 16:3; 2Tm 4.19). Ela pode ter tido superior status social, ou ter sido mais proeminente no negócio de fabricação de tendas que o casal possuía.

* 18.6 Sobre a vossa cabeça, o vosso sangue. Eles eram responsáveis por seus próprios pecados.

* 18.7 casa de... Justo. A primeira casa da igreja coríntia. Tito Justo era um gentio que aderiu à fé cristã na sinagoga, e cidadão romano. Ele pode ter pertencido a uma das famílias que Julio Cesar enviou para colonizar Corinto. Ele pode ter sido o Gaio de Rm 16:23, que foi batizado por Paulo (1Co 1:14). Gaio pode ter sido um terceiro nome, usado antes de Tício Justo.

*

18.8 Crispo, o principal da sinagoga. Como principal da sinagoga, Crispo estava encarregado das disposições físicas para os cultos da sinagoga. Foi este Crispo (e presumivelmente sua casa) que Paulo batizou (1Co 1:14).

toda a sua casa. Ver 16.15 e nota; 16:31-33.

* 18.10 tenho muito povo nesta cidade. Jesus promete que os trabalhos de Paulo em Corinto serão frutíferos porque o próprio povo de Deus (aqueles a quem Deus designou para a vida eterna 13:48) habita naquela cidade. Mesmo que os coríntios eleitos ainda não tivessem crido no evangelho, e alguns ainda nem mesmo tivessem ouvido, eles não obstante eram conhecidos por Deus.

* 18.12 Quando... Gálio era procônsul da Acaia. A identificação por Lucas do chefe administrativo desta província senatorial como um procônsul é correta. Uma inscrição encontrada em Delfos, Grécia, identifica Gálio como procônsul em 52 d.C.

* 18.13 contrário à lei. Isto é, contrário á lei romana que proíbe a prática de religiões não legalmente reconhecidas por Roma. O judaísmo era legalmente reconhecido e o cristianismo, como um ramo do judaísmo, também era uma religião lícita (religio licita).

*

18.18 tomara voto. Embora esta frase pudesse ser aplicada a Áquila, é provavelmente Paulo que está em questão. O voto nazireu requeria rigorosa pureza cerimonial que teria sido impraticável em terras gentias (Nm 6:1-21), portanto este era mais propriamente um voto privado tomado por Paulo como um exercício religioso. Deixava-se o cabelo crescer durante o período do voto, e cortá-lo marcava a conclusão do voto e era talvez uma expressão de gratidão a Deus.

*

18.23 ali algum tempo. Presume-se que Paulo esteve em Antioquia por vários meses, mais ou menos do outono de 52 d.C. à primavera de 53 d.C.

Galácia e Frígia. Paulo começou sua terceira viagem missionária na parte frígia da Galácia, no sul da Ásia Menor, a área mais próxima ao seu trabalho anterior.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28
18:1 Corinto foi um centro político e comercial da Grécia, superando a Atenas em importância. Era famosa por sua maldade e imoralidade. Um templo a Afrodita, deusa do amor e da guerra, construiu-se na levantada rocha de forma plaina na parte superior que dominava a cidade. Nesta religião popular, a gente adorava à divindade dando dinheiro ao templo e participando de atos sexuais com homens e mulheres que se prostituíam no templo. Paulo viu em Corinto um desafio e uma grande oportunidade para seu ministério. Mais tarde escreveu uma série de cartas aos corintios ocupando-se sobre tudo dos problemas de imoralidade. Primeira e segunda do Corintios são duas de sortes cartas.

MINISTÉRIO EM CORINTO E EFESO: Paulo saiu de Atenas e foi a Corinto, um dos maiores centros comerciais do império, localizado no istmo que oferecia uma rota direta entre os mares Egeu e Adriático. Quando abandonou o porto de Corinto rumo à Cencrea, visitou Efeso. Logo viajou a Cesarea, de onde passou a Jerusalém para dar informe relacionados com sua viagem antes de voltar para a Antioquía.

18.2, 3 Cada moço judeu aprendia um ofício e procurava viver de seus ganhos. Paulo e Aquila se prepararam na fabricação de lojas ou carpas, cortando e costurando panos tecidos com cabelo de cabra. Os soldados usaram muitas lojas, de maneira que estas se venderam à armada romana. Como fabricante de lojas, Paulo pôde ir a qualquer lugar que Deus lhe indicasse, levando sua fonte de ganhos consigo. As palavras "fazer lojas" em grego também se usou para referir-se ao que trabalhava com couro.

18:6 Paulo disse a quão judeus tinha feito tudo o que estava a seu alcance por eles. devido a que rechaçavam ao Jesus como seu Messías, iria a quão gentis seriam mais receptivos.

18:10 Em uma visão, Cristo disse ao Paulo que O tinha muito povo em Corinto. Algumas vezes nos sentimos sozinhos ou isolados, em especial quando vemos a maldade a nosso redor e quando nos perseguem pela fé. Pelo general, entretanto, há outros na vizinhança ou na comunidade que também seguem a Cristo. lhe peça a Deus que os guie a eles.

18:10, 11 Outros que se converteram em cristãos em Corinto foram Febe (Rm 16:1: Cencrea foi um porto da cidade de Corinto), Terço (Rm 16:22), Erasto (Rm 16:23), Quarto (Rm 16:23), Cloé (1Co 1:11), Gayo (1Co 1:14), Estéfanas e sua família (1Co 16:15), Fortunato (1Co 16:17) e Aconteço (1Co 16:17).

18:11 Durante o ano e meio que Paulo esteve na perversa Corinto, estabeleceu uma igreja ali e escreveu duas cartas aos crentes na Tesalónica (1 e 2 Tesalonicenses). Apesar de que esteve pouco tempo na Tesalónica (17.1-15), elogia aos crentes por suas obras de amor, fé firme e esperança resolvida. Ao mesmo tempo que os precatória a afastar-se da imoralidade, ocupa-se de temas como a salvação, o sofrimento e a Segunda Vinda do Jesucristo. Disse-lhes que deviam continuar trabalhando ardentemente enquanto esperavam a volta de Cristo.

18:12 Galión foi procónsul da Acaya e irmão do filósofo Séneca. Chegou ao poder em 51-52 D.C.

18:13 Ao Paulo o culparam de promover uma religião que a lei romana não passou. Este cargo significava traição. Paulo não persuadia às pessoas a obedecer a um rei humano, diferente ao César (veja-se 17.7), nem falava em contra do Império Romano. Em troca falava do reino eterno do Jesucristo.

18.14-16 Esta foi uma decisão judicial importante para pulverizar o evangelho no Império Romano. O judaísmo foi uma religião reconhecida sob as leis romanas. À medida que os cristãos eram vistos como parte do judaísmo, o tribunal recusava escutar os cargos gastos contra eles. Se diziam ser de uma nova religião, ao governo lhe era fácil pô-los fora da lei. Tal é assim Galión disse: "Não entendo toda a terminologia nem os sutis pontos teológicos. Dirijam o assunto vocês e não me causem mais moléstias".

18:17 Crispo foi principal da sinagoga, mas ele e sua família se converteram e se uniram aos cristãos (18.8). Ao Sóstenes o escolheram para ocupar seu lugar. O povo possivelmente era de gregos que desafogaram seus sentimentos contra os judeus devido ao distúrbio. Ou talvez eram judeus os que golpearam ao Sóstenes porque perdeu o caso e deixou a sinagoga pior do que estava. Em 1Co 1:1 se menciona um Sóstenes e muitos acreditam que foi o mesmo que com o tempo se converteu e foi companheiro do Paulo.

18:18 Este possivelmente foi um voto de nazareato temporário, promessa que terminava com o corte de cabelo e oferecendo-o em sacrifício (Nu 6:18).

18:22 Este versículo marca o final da segunda viagem missionária do Paulo e o começo do terceiro, o qual terminou entre o 53 e 57 D.C. Deixando a igreja da Antioquía (residência base), Paulo se dirigiu ao Efeso e no caminho voltou a visitar as Iglesias na Galacia e Frigia (18.23). O centro desta viagem foi uma estadia prolongada (dois a três anos) no Efeso. antes de voltar para Jerusalém visitou também crentes na Macedônia e Grécia.

18:25, 26 Apolos tinha escutado somente o que João o Batista disse a respeito do Jesus (veja-se Lc 3:1-18), de maneira que a mensagem não era a história completa. João enfocou o arrependimento do pecado, o primeiro passo à fé em Cristo. Apolos não sabia a respeito da vida, crucificação e ressurreição de Cristo, menos ainda da vinda do Espírito Santo. Aquila e Priscila lhe explicaram isto.

18:27, 28 Não toda a obra do ministro ou missionário é ingrata, fastidiosa nem sofrida. O capítulo 18 é triunfante, mostra vitórias em cidades chave e o aumento de novos líderes à igreja, tais como Priscila, Aquila e Apolos. Regozije-se nas vitórias que Cristo nos dá e não permita que as dificuldades acreditam pensamentos negativos.

18.27, 28 Apolos era da Alejandría, Egito, a segunda cidade maior do Império Romano, possuía uma grande universidade. Foi um estudante, orador e polemista, e depois de saber mais a respeito de Cristo era mais completo, Deus usou grandemente estes dons para fortalecer e animar à igreja. A razão é uma chave poderosa em boas mãos e situações. Apolos a usou para convencer a muitos gregos da verdade do evangelho. Você não tem que anular-se quando recebe a Cristo. Se tiver alguma habilidade, use-a para atrair a outros a Deus.

18:27, 28 Não toda a obra do ministro ou missionário é ingrata, fastidiosa nem sofrida. O capítulo 18 é triunfante, mostra vitórias em cidades chave e o aumento de novos líderes à igreja, tais como Priscila, Aquila e Apolos. Regozije-se nas vitórias que Cristo nos dá e não permita que as dificuldades acreditam pensamentos negativos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28
K. O CORINTHIAN MISSÃO (18: 1-4)

1 Depois destas coisas, ele partiu de Atenas, e chegou a Corinto. 2 E ele encontrou um judeu chamado Áquila, um homem de Pontus por raça, recentemente chegado da Itália, com sua esposa Priscilla, pois Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma, e ele foi ter com eles; 3 e porque ele era do mesmo ofício, ficou com eles, e eles trabalhados; pelo seu comércio eram fabricantes de tendas. 4 E ele disputava na sinagoga todos os sábados, e convencia a judeus e gregos.

Após seu discurso Areópago de Atenas, Paulo atravessou as 40 milhas para oeste a Corinto, a capital política da Acaia, que estava situada no istmo entre Hellas e Peloponeso. Corinto era nos dias de Paulo, tanto a metrópole políticos e comerciais da Grécia, que foi residência do procônsul romano.

A maldade de Corinto tornou sinônimo de corrupção e libertinagem todo o mundo romano. Alusões a sua sensualidade e corrupção moral são encontrados em cartas aos Coríntios de Paulo e foram, de facto, tal como a indignação mesmo sentimento pagão.Sem dúvida Paulo teve sua inspiração e grande parte de sua informação para sua descrição da degenerescência revoltante e imoralidade dos gentios, como registrado no primeiro capítulo de Romanos (ver Rm 1:21 ), a partir da observação da situação de Corinto, especialmente porque ele escreveu Romanos de Corinto quando lá em sua terceira viagem missionária.

A adoração de Afrodite, a deusa do amor e da beleza, identificado pelos romanos com Venus, a adoração de quem foi inteligentemente concebido para excitar a luxúria, era o culto distintivo de Corinto de eras passadas. O templo de Afrodite foi situado no cume do Acro Corinto, uma montanha 1.500 pés de altitude acima da cidade e 1.886 pés acima do mar. Norte do mercado sobre uma colina baixa ficava o templo de Apolo.

A descrição de Finegan da topografia de Corinto é útil. Ele localiza os grandes ágora ou praça no centro da cidade, rodeado por colunas e monumentos. Noroeste do mercado foi o teatro de Corinto. Em 1898, uma pesada pedra foi encontrada que se formou o lintel sobre uma porta e que tinha a inscrição em grego, "Sinagoga dos hebreus." A inscrição foi datado entre 100 AC e AD 200. Desde que foi encontrado perto da praça do mercado, parece provável que a sinagoga foi localizado perto da ágora. O lettering é mal esculpido que, Finegan pensa, sugere que os judeus de Corinto eram pobres e, portanto, está de acordo com a caracterização de Paulo aos cristãos de Corinto (ver 1Co 1:26 ). Se a sinagoga estava do lado leste da rua em frente às lojas e colunatas do lado oeste, então, como Finegan supõe, ele foi localizado no setor residencial como indicado pelas paredes das casas restantes, e, assim, casa Tito Justus 'poderia ter estava junto da sinagoga (At 18:7 ).

Em Corinto Paulo associou-se com dois judeus que eram crentes cristãos evidentemente, uma vez que não está registrado que eles foram convertidos sob Paulo, e que estavam para ajudá-lo muito na sua evangelização de Corinto e em outros lugares mais tarde. A casa deste homem Aquila e sua esposa Priscilla estava em Pontus, uma das duas províncias mais orientais da Ásia Menor. Seja por razões comerciais ou outros, que haviam estabelecido em Roma. Mas devido a uma perturbação há entre os judeus que parece ter centrado em torno de uma contenda sobre Cristo, o imperador Cláudio, não é capaz de distinguir entre judeus e cristãos, nem a compreensão da natureza da controvérsia, expulsou os judeus de Roma, incluindo os crentes cristãos , em cerca de AD 49.Estes distúrbios provavelmente surgiu como resultado do testemunho cristão e pregando por judeus concertadas que retornaram a Roma depois de Pentecostes (ver At 2:10 ), ou, eventualmente, eles foram alguns dos convertidos de Paulo da Ásia Menor que tinham viajado para Roma. A verdadeira fonte do problema era sempre os judeus que rejeitam Cristo nos dias de Paulo. Suetônio escreveu: "Ele [Cláudio] expulsou os judeus de Roma, porque eles estavam em um estado de tumulto contínuo por instigação de um Chrestus." Ao Chrestus é provavelmente significava "Christus" ou Cristo.

Em Corinto, Áquila e Priscila tornou as hostes de Paulo, como Eunice e Lois em Listra, Lydia em Filipos, e Jason em Tessalônica. Para além da sua fé comum em Cristo, Paulo tinha uma afinidade profissional com este casal, uma vez que todos eles eram fabricantes de tendas. Na verdade, ele era exigido de todo menino judeu, independentemente da riqueza, educação ou posição social dos pais, para que aprender um ofício manual, que ele seria capaz de suportar a si mesmo em caso de necessidade. Depreende-se das palavras de Lucas, eles forjado (v. At 18:3 ), que pode ter ganhado um meio de vida, enquanto a pregação do evangelho em Corinto. Ouvimos mais deste casal judeu-cristã que acompanhou Paulo a Éfeso (v. At 18:18 ), e mais tarde retornou a Roma, onde eles provavelmente preparado para a vinda de Paulo e também estabeleceu uma igreja cristã em sua casa, como em Éfeso (conforme 1Co 16:19 e Rm 16:3 ). Eles são vistos pela última vez no registro bíblico em Éfeso, onde retornaram após o julgamento de Paulo em Roma (2Tm 4:19 ). Só a eternidade revelará o crédito devido tão fiel, sacrificando, missionários profissionais que contribuíram muito para a propagação do evangelho e do estabelecimento do cristianismo, tanto nos dias de Paulo e ao longo dos séculos seguintes. Muitas vezes têm ceifeiros evangelísticas sido creditado com o fruto do seu trabalho. O auto-apoio de Paulo e seus companheiros no evangelho em Corinto, assim como com Paulo em Tessalônica e em outros lugares, permitiu-lhes apresentar o evangelho entre um povo novo sem colocar-se propensos à acusação de que eles estavam pregando para o ganho material, como era o costume com os errantes-filósofos professores daquele dia e anteriormente.

Por um lado, Paulo fez, portanto, de trabalho e sustentar-se quando ele chegou pela primeira vez em Corinto (v. At 18:3 , em Tessalônica () II Tessalonicenses 3:8-12. ), e mais tarde em Éfeso (At 20:33 ; 1Co 4:9 ). No entanto, por outro lado, ele viu a vantagem para os seus discípulos de suas doações de seus meios materiais para o sustento do evangelho e seus ministros, e ele tanto elogiou por fazê-lo e recomendou sua continuidade em dar. Isto é especialmente evidente na carta aos Filipenses (Fp 4:1 ), mas também aparece na carta de Corinto (2Co 9:1. ).

Se, como evidência parece indicar, a sinagoga estava perto do mercado, é compreensível que Paulo teria provavelmente teve uma audiência de interessados, como ele na sinagoga todos os sábados (v. At 18:4-A ), dentre os gentios que o ouviram no mercado de pregar e ensinar diariamente ao longo da semana. Assim, Lucas nos informa que nesses serviços de sábado na sinagoga Paulo convenceu tanto judeus como gregos. Enquanto o fruto inicial de seus trabalhos sinagoga sábado-a-sábado não é evidente no registro de Lucas, como frutas é sugerido pela afirmação de Lucas de que ele convencia a judeus e gregos (v. At 18:4. ), e Crispo e Gaio (conforme 1Co 1:14. e At 18:8)

5 E, quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo foi constrangido pela palavra, testificando aos judeus que Jesus era o Cristo. 6 E quando eles opusessem e proferissem injúrias, sacudiu ele as vestes e disse-lhes: O vosso sangue seja sobre a vossa cabeça; Estou limpo:. A partir de agora vou para os gentios 7 . E partiu dali, e foi para a casa de um homem chamado Tício Justo, que servia a Deus, e cuja casa estava junto da sinagoga 8 Crispo, chefe da sinagoga creram no Senhor com toda a sua casa;e muitos dos coríntios, ouvindo, criam e eram batizados. 9 E o Senhor disse a Paulo de noite por uma visão: Não temas, mas fala e não te cales; 10 porque eu sou contigo, e ninguém lançará em ti para te prejudicar, pois tenho muito povo nesta cidade. 11 E ele morava um ano e seis meses, ensinando a palavra de Deus entre eles.

Em At 17:15 , observou-se que Paulo havia instruído seus acompanhantes Beroean para despachar Silas e Timóteo a ele em Atenas imediatamente. Após a sua chegada final em Corinto, eles evidentemente entregue a ele uma oferta a partir da igreja de Filipos (conforme 2Co 11:8 e Fp 4:15. , Fp 4:16 ). Sem dúvida, Lucas significa implicar nas palavras, Paulo foi constrangido pela palavra [o evangelho, At 4:4 ; At 17:11 ], testificando aos judeus que Jesus era o Cristo (v. At 18:5-A ). E assim o homem sempre trabalhar contra o seu próprio interesse, quando ele se opõe a verdade. Ato de Paulo de sacudir as suas vestes era típico e significou a transferência da responsabilidade pela verdade pregada e testemunho dado a estes judeus blasfemas. Pode indicar também que eles estavam prestes a ser entregue aos seus inimigos de Deus. O testemunho de Paulo tinha sido assim, uma vez que ele não tinha qualquer responsabilidade adicional para esses judeus. Estou limpo (v.At 18:6 Paulo indica que Crispus foi um dos poucos de seus convertidos que foi batizado por suas próprias mãos.

Afigura-se a partir do versículo 9 que Paulo pode ter sido perto de desânimo ou mesmo da partida de Corinto. As probabilidades estavam contra ele, humanamente falando (conforme 1Co 2:3 ), e garantia de que ele não será impedido em seu trabalho, nem pessoalmente prejudicados:Porque eu sou contigo, e ninguém lançará em ti para te prejudicar (v. At 18:10-A ; conforme Mt 28:18. ). No entanto, de Paulo maior incentivo vem com declaração profética do Senhor sobre o fruto espiritual do ministério do Apóstolo: pois tenho muito povo nesta cidade(v. At 18:10)

12 Mas, sendo Gálio procônsul da Acaia, os judeus de comum acordo se levantaram contra Paulo, eo levaram diante do tribunal, 13 dizendo: Este persuade os homens a servir a Deus contra a Lv 14:1 E, quando Paulo estava prestes a abrir a boca, disse Gálio aos judeus: Se de fato fosse uma questão de agravo ou ímpios, ó judeus, razão eu deveria suportar-vos: 15 mas, se são questões de palavras, de nomes, e da lei, olhar para isso; Porque eu não quero ser juiz dessas questões. 16 E ele levou-os a partir do tribunal. 17 E todos eles agarraram Sóstenes, o chefe da sinagoga, eo espancavam diante do tribunal. E Gálio nada destas coisas.

Gallio, irmão do filósofo romano Sêneca (tutor do imperador Nero) e tio do poeta Lucan, era um romano bem-educado, realizado, e amável que tinha sido avançado do cargo de cônsul para o proconsularship da Acaia, com a sua capital em Corinto, em cerca de AD 52. Ele era conhecido por seu senso de justiça e capacidade administrativa.

Exasperado com o sucesso de Paulo em ganhar fiéis ao Senhor, os judeus de comum acordo se levantaram contra Paulo, eo levaram diante do tribunal (v. At 18:12 ). Embora divididos entre si em muitas questões, os judeus eram de um acordo em seu propósito de destruir Paulo e impedir a pregação do evangelho de Cristo. Eles não tinham o direito legal sob a lei romana para punir Paulo, como eles não tinham para crucificar Cristo, para que eles o acusaram antes Gallio, na esperança de sua execução pelos romanos. O direito romano permitiu a religião judaica, assim como as religiões autorizadas gentios, para estar presente nas colônias. No entanto, a introdução de qualquer religião nova e não autorizado era proibido e até mesmo punida com a morte. Assim, a cargo dos judeus, Este homem persuade os homens a servir a Deus contra a lei (v. At 18:13 ), está implícito um ato criminoso por parte de Paulo na introdução e propagação de uma nova religião que não era nem de uma marca Gentile autorizado nem judeu, e, conseqüentemente, ele era culpado de uma ofensa civil grave e passível de execução.

Antes Paulo pudesse abrir a boca na explicação ou de auto-defesa, o Gallio astuto discernido os dispositivos perversos dos judeus e completamente revogada seus projetos. Realmente, Gálio afirmou, "foram Paulo supostamente uma pessoa vil, possivelmente suspeito de sedição, então seria uma questão para o meu corte e seria para mim ouvir suas acusações contra ele." No entanto, com frieza e desprezo Gallio continua, " ó judeus , uma vez que as suas queixas dizem respeito doutrinas, práticas e nomes (como, talvez, se Jesus era o Messias) dentro de sua própria religião, então isso é algo para você resolver sem violência, mas não é um assunto para o tribunal civil. "Com isso, ele rejeitou o caso e expulsou os judeus da corte.

Tratamento violento dos judeus de Sóstenes, o chefe da sinagoga que tinha sucedido Crispus por ocasião da conversão deste último ao cristianismo, foi provavelmente devido ao fato de que ele já tinha abraçado o cristianismo e defendeu Paulo, ou que ele era conhecido por ter sido influenciado por Paulo e foi inclinando-se para o cristianismo. Que ele se tornou um cristão e um dos companheiros mais próximos de Paulo podemos inferir a partir 1Co 1:1 ), Fortunato (1Co 16:17 ), Acaico (1Co 16:17 ), Erasto (Rm 16:23. ), Caio (1Co 1:14. ), Tércio (Rm 16:22. ), Quartus (Rm 16:23. ), Chloe (1Co 1:11. ), e Phoebe de Cenchrea (Rm 16:1)

18 E Paulo, tendo ficado ali ainda muitos dias, despediu-se dos irmãos e navegou para a Síria, e com ele Priscila e Áquila, havendo rapado a cabeça em Cencréia; pois ele tinha voto. 19 E chegou a Éfeso, e deixou-os ali.: mas ele, entrando na sinagoga, discutia com os judeus 20 E quando lhe pediram para permanecer mais tempo, ele não consentiu; 21 mas tendo se despediu deles, dizendo: eu voltarei a vós se Deus, ele partiu de Éfeso.

Estadia contínua de Paulo, expressa ainda muitos dias (v. At 18:18 , foi no fim do ministério seus dezoito meses em Corinto e depois de sua acusação antes de Gálio); e foi, sem dúvida, empregada na edificação dos cristãos convertidos.

Enquanto Paulo deixou Corinto, com vista a regressar a Antioquia da Síria, no entanto, tinha em seus planos uma breve visita a Éfeso, onde ele pretendia deixar Priscila e Aquila para preparar o caminho para a fundação de uma igreja neste grande centro de oeste da Ásia Menor .

É interessante que os nomes deste par aqui aparecem na ordem de Priscila e Áquila, colocando assim a mulher em primeiro lugar. Eles ocorrem da mesma forma em Rm 16:3 . Isto é provavelmente devido à maior capacidade, proeminência, e personalidade de Priscilla sobre o marido Aquila.

Declaração de Lucas, tendo rapado a cabeça em Cencréia, porque tinha voto (v. At 18:18 ; . Nu 6:18 ). O que este voto particular foi não nos é dito. Foi provavelmente um voto privado assumiu voluntariamente na apreciação de algum grande misericórdia ou libertação operada por Deus. Vincent acha que este não foi o voto Nazireu, embora semelhante em suas obrigações, uma vez que o voto só poderia ser concluída até o corte do cabelo, em Jerusalém, enquanto que este foi marcada pelo corte da cabeça para a pequena vila portuária de Cenchrea , a caminho de Éfeso. No entanto, isso pode ter sido uma modificação do voto Nazireu, que começou e terminou com o corte da cabeça. Para a duração do voto, a relação com os gentios era proibido. Assim, Paulo pode ter adiado o início do voto, até que ele tinha deixado Corinto e, em seguida, concluiu-lo em Jerusalém, onde o cabelo, cresceu durante este período, foi oferecido no altar do templo, juntamente com certos sacrifícios especificados. Este não foi um voto conciliatória para o benefício dos judeus ou cristãos judeus, mas apenas a maneira usual judaica de dar graças a Deus pelas bênçãos recebidas. Nem há qualquer razão para supor que Paulo violou seus princípios cristãos em adiar a um costume judaico, mais do que a circuncisão de Timóteo em Listra. Um imponente conjunto de estudiosos são encontrados em ambos os lados da questão, alguns atribuindo o voto de Aquila e outros com a mesma força em Paulo. O peso da evidência parece apontar para Paulo. Isto parece o mais provável quando se nota que Paulo evidentemente estava planejando para celebrar a festa de Pentecostes (ou, eventualmente, a Páscoa judaica) em Jerusalém, contudo, a referência a esta festa é omitido da RV.

Após a chegada em Éfeso (ver comentários sobre Éfeso em At 19:1 ), o que ele recusou o convite, se despediu com a promessa de um retorno futuro, se tal fosse a vontade de Deus.

É interessante notar que o ex proibição divina de pregar na Ásia (ver At 16:6 ; João 00:20 ; At 24:11 ).

Declaração de Lucas que Paulo saudou a igreja , indica a proeminência da igreja de Jerusalém, no primeiro século. Desta expressão Wesley diz: "Eminentemente chamada, sendo a igreja matriz de crentes cristãos." E sobre esta expressão Clarke observa:

Ou seja, a Igreja em Jerusalém, chamado enfaticamente A Igreja, pois foi a primeira igreja-mãe, ou Apostólica Igreja ; e com isso todas as outras Igrejas cristãs procedeu: aqueles em Galácia, Filipos, Tessalônica, Corinto, Éfeso, Roma , & c. Portanto, mesmo este último [Roma] era apenas uma filha da Igreja, quando, na sua mais pura estado.

Paulo evidentemente celebraram a festa da Páscoa em Jerusalém antes de ele continuou até a Antioquia da Síria, onde ele provavelmente fez um relato completo das atividades de sua segunda viagem missionária (conforme At 14:26) para a igreja que tinha encomendado ele para ambas as primeira e segunda jornadas (ver At 13:2 e At 15:40 ).

XVIII. DA TERCEIRA Viagem Missionária APÓSTOLO (At 18:23)

23 E, tendo passado algum tempo , partiu, e atravessou a região da Galácia e Frígia, na ordem, a todos os discípulos.

Não parece que Paulo permaneceu muito tempo em Antioquia, como a linguagem empregada parece indicar que ele mudou-se ansiosamente para trás para Éfeso, onde um grande desafio aguardava. No caminho ele passou pela região da Galácia e Frígia, na ordem, a todos os discípulos (v. At 18:23 ). Observações Weymouth: "no Sul da Galácia ver a frase pode significar a rota mais curta monte de Antioquia a Éfeso, um pouco ao norte da estrada principal para baixo vale do Lico." Wesley acha que Paulo passou cerca de quatro anos, na Ásia Menor, incluindo o tempo passou em Éfeso nesta terceira jornada. Apesar de não ser registrada em detalhes, a julgar pelas palavras, a fim , Paulo provável revisitou as igrejas em Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia, onde ele confirmou e estabeleceu esses convertidos de sua primeira viagem missionária.

B. O SURGIMENTO de Apolo (18: 24-28)

24 Agora, um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria por raça, homem eloqüente, chegou a Éfeso; e ele era poderoso nas Escrituras. 25 Este homem tinha sido instruído no caminho do Senhor; e, fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão as coisas concernentes a Jesus, conhecendo somente o batismo de João: 26 e ele começou a falar ousadamente na sinagoga. Mas quando Priscila e Áquila o ouviram, levaram consigo, e expôs-lhe o caminho de Deus com mais precisão. 27 E quando ele estava disposto a passar para a Acaia, os irmãos o encorajaram, e escreveram aos discípulos que o recebessem : e, quando chegou, ele auxiliou muito que pela graça haviam crido; 28 pois refutava energicamente os judeus, e que publicamente, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo.

Durante o tempo entre a primeira ea segunda visitas de Paulo a Éfeso, Apolo fez sua aparição nessa cidade.

É realmente estranho que este homem, designou um judeu, devem constar o nome romano de uma divindade pagã "Apollo", tendo em conta a aversão judaica à idolatria. Possivelmente, como Clarke sugere, seus pais eram gentios que se converteram ao judaísmo como prosélitos após seu nascimento e batismo, e, assim, Apolo era um judeu de religião, mas não por nacionalidade. Comentário de Dummelow respeita o seu nome como uma contração de Apolônio. Outras referências a Apolo são encontradas em 1Co 1:12 ; 1Co 3:4 ; 1Co 4:6 e Tt 3:13 .

De qualquer forma, ele era pela religião um judeu que foi designado um alexandrino por raça (v. At 18:24 ). Por mais de três séculos antes de Cristo, Alexandria do Egito tinha sido um dos centros mais cosmopolitas do mundo antigo. Aqui egípcios, hindus, gregos, latinos, judeus, e de outras nacionalidades atendidas e reunidas sua sabedoria para produzir a maior universidade do dia. Desta escola Philo Judaeus (20 BC - AD 54), o filósofo judeu helenista, é, provavelmente, o maior representante. Seu objetivo era conciliar a filosofia grega com a teologia judaica. Fora de estudos judaicos influenciada por esta escola Alexandrino de pensamento, a famosa versão Septuaginta do Velho Testamento foi produzido.

Enquanto não há nenhuma outra referência ao cristianismo alexandrino ou egípcia, no Novo Testamento, os registros extra-bíblicas revelam que até o início do segundo século AD havia cerca de um milhão de cristãos no Egito. Tem sido observado anteriormente que, no século III AC, uma grande migração de judeus para a região de Alexandria ocorreu. Exatamente quando, como e por quem o cristianismo foi levado primeiro ao Egito, não sabemos. Menção de Lucas Africano cross-portador de Cristo, Simão, cireneu (Lc 23:26 ), a presença daqueles de "Egipto, e as partes da Líbia, junto a Cirene" no dia de Pentecostes (At 2:10 ), as da "sinagoga de cireneus e dos alexandrinos "que foram" disputavam com Estêvão "( At 6:9 ), que pregavam aos gregos em Antioquia ", e Simeão, que chamado Níger, Lúcio de Cirene "( At 13:1 ), e ele provavelmente conhecia como o divino "Filho de Deus" e "portador o pecado do mundo" (Jo 1:29 ). Parece que seu conhecimento era factualmente precisas medida em que prorrogado. Que ele era verdadeiramente sincero é, sem dúvida, até mesmo ao ponto de ser fervorosos no espírito (v. At 18:25 ). Desta expressão Vincent observa: "Fervent ... para ferver ou fermento , é uma tradução exata da palavra, que significa ferver ou bolha , e por isso é usado em sentido figurado de estados mentais e emoções. "(Conforme Mt 13:33. .) E isso não foi um zelo religioso sem conhecimento, para Lucas as observações a respeito dele que ele era ao mesmo tempo um homem eloqüente e poderoso nas Escrituras (v. At 18:24 ).

Da eloquência de Apolo (logios) Vincent observa que este é o único uso no Novo Testamento do termo. O termo logios tem vários usos na literatura grega, no entanto. Assim observações Vincent ", como logos significa tanto razão ou da fala , assim que esta derivação [ logios ] pode significar qualquer um que tenha pensado muito e tem muito a dizer, ou alguém que pode dizer-lo bem. "Vincent continua a observar que Heródoto usa-lo no sentido de "um perito na história "; ou como "um eloquente pessoa ", especialmente o" epíteto de Hermes ou Mercúrio, como o deus da fala e da eloquência ", ou" um aprendeu pessoa em geral. "

A partir do exposto, pode-se deduzir que a perspicácia intelectual, formação aprofundada na história geral e filosofia dos antigos, um conhecimento fundamentado da história e da religião judaica, além de um conhecimento com os ensinamentos de João Batista no sentido de que Jesus era o Messias, forjado uma convicção queima dessas verdades na alma de Apolo que se expressou em um fluxo zeloso, lógico de brilhante eloquência que seus adversários tiveram dificuldade para combinar e em que os seus ouvintes viram-se arrastados para suas convicções.

Se Apolo tinha experimentado verdadeira conversão cristã antes de chegar a Éfeso não é completamente certo. No entanto, a caracterização dele de Lucas parece indicar que ele tinha. De qualquer forma, ele sabia que o batismo de arrependimento de João e acreditava que Jesus era o Messias prometido. Se ele não era "in" certamente ele estava "próximo" do Reino de Deus. Ele parece ter recebido o batismo cristão nas mãos de Priscila e Áquila. Mesmo que ele entrou em um relacionamento mais profundo com Cristo santificadora sob o ministério do casal Christian parece provável a partir de relato de Lucas (ver Atos 18:26b ). O que um grande ministério, ainda que indiretamente prestados, alguns dos humildes lay-servos de Deus têm realizado! As fervorosas orações de dois santos, senhoras fervorosos que DL Moody pode receber o batismo do Espírito Santo, resultou em o poderoso ministério de que o homem. Habilidades naturais ou adquiridas sem Deus são totalmente sem sentido para o Reino, mas quando cheia, possuído, e empregado de Deus, tornam-se poderosos para a destruição do reino de Satanás e para a construção do Reino de Cristo.

A visão e zelo de Apolo o levou a passar à Acaia, onde em Corinto ele teria de prestar um grande serviço para a jovem igreja. Nesta empresa foi incentivado pelos irmãos de Éfeso, provavelmente incluindo Priscilla e Acquila, até mesmo a ponto de sua escrita uma carta de apresentação à igreja de Corinto em que carta que ele estava sinceramente elogiou a sua confiança (conforme 2 Cor. 3 : 1 ).

O sucesso do ministério de Apolo em Corinto é atestada pelo fato de que ele logo se tornou tão popular que seus admiradores formaram uma facção ou partido de Apolo dentro da igreja de Corinto (ver 1 Cor. 1: 12-3: 6 ).

Lucas nos informa que o ministério de Apolo em Corinto era duplo: primeiro, ele auxiliou muito que pela graça haviam crido (v. 27b) e, segundo, refutava energicamente os judeus (v. 28a ). Assim, em primeiro lugar, a sua graça recém-adquirida em Éfeso tornou-se o meio de edificar os convertidos de Corinto, e que graça mais sua aprendizagem e eloqüência tornou-se um instrumento eficaz para refutar publicamente os judeus, tanto para o encorajamento dos cristãos e do desânimo de oposição judaica ao cristianismo.

Da palavra refutado , usada aqui por Lucas 5incent observa que não está em outro lugar usada no Novo Testamento e que isso implica que "ele refutava-los completamente (diá ), contra (kata) todos os seus argumentos. "

Sobre o trabalho de Apolo em Corinto observações Wesley:

Quem muito ajudado pela graça, É pela graça apenas que qualquer presente de qualquer um é rentável para o outro. Que haviam crido-Apolo não plantou, mas a água [ 1 Cor. 3: 6 ]. Este foi o dom peculiar que ele havia recebido. E ele era mais capaz de convencer os judeus do que para converter os pagãos.

O fardo do ministério de Apolo em Corinto era que Jesus era o Cristo (v. 28b ). Qualquer ministério que fica aquém deste objectivo é curto do cristianismo, eo ministério que alcança esse objetivo é o verdadeiro ministério cristão.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28
Esse capítulo apresenta três atitudes distintas, também encon-tradas hoje, em relação ao evange-lho. Algumas pessoas se opuseram abertamente ao evangelho; outras zombaram ou adiaram a decisão a respeito do assunto; e outras, ainda, receberam a Palavra e creram. Paulo estava certo em continuar um servo fiel, da mesma forma que de-Paulo foi de Atenas para Corinto, uma das maiores cidades da épo-ca. Corinto era famosa por diversas coisas: o artesanato em bronze e em barro; os grandes eventos esportivos, comparáveis aos Jogos Olímpicos; e sua imoralidade e perversidade. Pau-lo levou o evangelho de uma cidade culta e refinada como Atenas para a perversa Corinto e, com a graça de Deus, estabeleceu uma igreja lá!

  • Paulo encontra novos amigos (18:1-3)
  • Os pais judeus tinham o costume de ensinar seu ofício aos filhos, mesmo se estes fossem ser rabis. A profissão de Paulo era fazer tendas, habilida-de que usou de forma proveitosa para ajudar seu ministério em Co-rinto (veja 1Co 9:15). Ele conheceu um casal cristão, com o qual viveu e ministrou enquanto estabelecia a igreja de Corinto, por causa de sua profissão. Como Paulo deve ter sentido júbilo em seu coração por conviver com esse casal de santos! Paulo não tinha seu próprio lar, e as viagens constantes dificultavam a convivência prolongada com as pessoas. Mais tarde, Áqüila e Pris-cila vão com ele para Éfeso, onde instruem Apoio (vv. 18,24-28). Em Efeso, eles tinham uma igreja cristã em casa (1Co 16:19); todavia, mais tarde, Paulo apresenta-os em Roma (Rm 16:3). Eles são bons exemplos de cristãos que abrem o coração e a casa a fim de servir ao Senhor.

    Nos versículos 24:28, Áqüila e Priscila explicam o evangelho da graça ao orador visitante, Apoio. Ele conhecia apenas o batismo de João, portanto não sabia nada a res-peito do batismo no Espírito e da fundação da igreja. Áqüila e Pris-cila levaram-no para sua casa a fim de ensinar-lhe a Palavra, em vez de embaraçá-lo em público. Apoio é uma prova de que é possível ter elo- qüência, ardor e sinceridade e, mes-mo assim, estar errado! Deus guiou Apoio até Corinto e deu-lhe um mi-nistério poderoso nessa cidade (veja 1Co 3:6; 1Co 16:12).

    Precisamos acrescentar uma palavra a respeito do emprego de Paulo em Corinto. Ele mesmo re-conhecia que sua habilidade em ganhar o próprio pão era única. O padrão bíblico é este: os que "pre-gam o evangelho que vivam do evangelho" (1Co 9:14). Em seu trabalho missionário pioneiro, Pau-lo deliberadamente sustentava a si mesmo para não ser acusado de "pregar por dinheiro". Para ver sua clara explanação do assunto, leia 1Co 9:0), o que prova que o batismo com água é exigido para esta era.

    Provavelmente, Silas e Timóteo (v. 5) realizaram a maioria dos batis-mos, pois o comissionamento espe-cial de Paulo era a evangelização. Paulo ficou 18 meses na cidade, pois Deus lhe fizera uma promessa especial de que teria sucesso. Paulo permaneceu (v. 18) na cidade para pregar e ensinar, apesar da mudan-ça na liderança política ter provo-cado nova oposição aos cristãos. Note que há um novo responsável pela sinagoga, Sóstenes (v. 17; veja também v. 8). Parece que os judeus tiveram de eleger um novo dirigente para a sinagoga com a conversão de Crispo; todavia, se esse Sóstenes (v. 1
    7) é o mesmo citado em 1 Corín-tios 1:1, então ele também era con-vertido! Observe que os que creram foram batizados (v. 8); essa lista ex-clui as crianças.

  • Paulo termina sua segunda jornada (18:18-22)
  • O versículo 18 menciona um voto que acarreta um problema, e talvez não possamos responder a todas as questões que ele levanta. Talvez se trate de um voto de nazireu (Nu 6:0, Lucas relata essa terceira via-gem. A maior parte do relato trata do grande ministério dele, de três anos, em Éfeso.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28
    18.1 Corinto. Capital da província de Acaia, centro de comércio e transporte marítimo, famosa pela baixa moralidade.

    18.2 Cláudio. Seu decreto expulsando os judeus de Roma foi baixado em 49 d.C. Suetônio (Claud. xxv
    4) nos informa que o motivo foram os tumultos relacionados com um Chresto (conflitos entre judeus e cristãos).

    18.3 Fazer tendas. Melhor, "trabalhar em couro". Paulo, como os rabinos, fez questão de não lucrar materialmente do seu ensino.

    18.4 Uma inscrição marcando esta sinagoga já foi descoberta.

    18.5 É provável que dádivas oferecidas pelos crentes; macedônios aliviaram a necessidade de trabalhar manualmente para o sustento (2Co 11:7, 2Co 11:8).

    18.7 Tício Justo. Era romano; possivelmente o Gaio de Rm 16:23.

    18.8 Crispo. Conforme 1Co 1:14. Foi um dos poucos batizados por Paulo.

    • N. Hom. 18.9 Ânimo celestial.
    1) Encorajamento - "Não temas... fala... não te cales” Deus está no comando.
    2) Segurança - "eu estou contigo" - ninguém poderá fazer-te Ml 3:0. Não se incomodava. Gálio não achou necessária interferir numa briga religiosa.

    18.18 Raspado (melhor, "cortado o cabelo"; 21.24 tem outra palavra no grego). Paulo (não Áqüila) fez um voto de nazireu que durava no mínimo 30 dias. O fim do voto foi marcado cortando o cabelo. Cencréia. Porto oriental de Corinto onde houve uma Igreja local (Rm 16:1).

    18.19 Éfeso. Maior centro comercial, religioso e político na Ásia menor. Deixou-os ali. O casal extraordinário adiantaria o trabalho de evangelização enquanto Paulo viajava durante vários meses à distância de uns 2.500 km até Jerusalém, ida e volta. Priscila (mencionada primeiro por pertencer a uma família nobre) e Áqüila permaneceram em Éfeso até 55 d.C. Estavam em Roma no início de 57 d.C., quando Paulo escreveu sua Carta aos Romanos (16.3).

    18.22 Jerusalém. Subentende-se, pois não consta no original. A festa de Pentecostes (ou possivelmente a Páscoa) é a mais indicada em vista do transporte marítimo ficar parado até o dia 10 de março. A descrição sumária desta visita sugere que Paulo não foi bem recebido.

    18.24,25 Apolo. Fervoroso pregador de Alexandria, caracterizada pela grande colônia judaica que adotara pensamento helenístico alegorizando o AT. Fervoroso de espírito. Pode ser, "Fervia com o Espírito (Santo)". Apolo não estava integrado na 1greja e sua doutrina de redenção era simbolizada no batismo cristão.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28

    10) Corinto (18:1-18a)
    A cidade. Enquanto Atenas era a capital cultural da Grécia -— como também de toda a região da civilização helenística —, Corinto era o centro comercial. Destruída nas batalhas de conquista romanas, tinha sido reconstruída como colônia romana por Júlio César em 46 a.C. no estreito istmo que separa a parte continental da Grécia da grande península do Peloponeso, tendo Cencréia e Lecaião como portos a leste e a oeste respectivamente. O grande templo de Afrodite fazia dela um centro de adoração idólatra do mais baixo nível moral possível. Esse baixo nível de moralidade sexual precisa ser levado em consideração quando lemos as cartas aos Corindos. Politicamente, Corinto era a capital da província romana da Acaia.

    A chegada de Paulo (v. 1-4). A atitude mental de Paulo quando chegou a Corinto é revelada em 1Co 2:1-46. Pode ter havido outras preocupações, como também os resultados relativamente escassos do grande testemunho em Atenas. Ele foi confortado ao encontrar Aqiiila e Priscila, que pouco tempo antes haviam sido expulsos de Roma pelo édito de Cláudio contra os judeus (v. 2) e que, provavelmente, já eram cristãos. A sua ocupação comum ajudou a cimentar essa maravilhosa amizade e comunhão no serviço que durariam por muitos anos. V. especialmente Rm 16:3,Rm 16:4. O trabalho na sinagoga parece ter começado em tom menor até a chegada de Silas e Timóteo (v. 4).

    Uma obra poderosa (v. 5-11). Paulo foi encorajado pelas boas novas de que as igrejas da Macedônia estavam estabilizadas, e eram fiéis e generosas em meio às perseguições. Nos meses seguintes, foram escritas as cartas aos Tessalonicenses. Um testemunho mais forte na sinagoga acelerou a reação inevitável dos judeus que recusaram a mensagem de Jesus, o Messias, mas não antes de Crispo, chefe da sinagoga ter se convertido e, com ele, também Tício Justo, um gentio temente a Deus, cuja casa se tornou o centro do trabalho. Ele pode ser o Gaio de Rm 16:23, e, neste caso, o seu nome completo seria Gaio Tício Justo. Acerca de reminiscências desses primeiros dias em Corinto, v. ICo 1.1416. Os muitos corindos que se converteram (v. 8) devem ter sido ganhos principalmente do paganismo, de forma que a proporção de convertidos instruídos e bem disciplinados da sinagoga seria menor do que em outros lugares, um fato que explica certa instabilidade da obra em Corinto. Era necessário esperar um forte ataque por parte de judeus influentes, mas Paulo foi preparado para ele com a visão dos v. 9,10, em que o Senhor encorajou os seus servos a continuarem falando em Corinto em vista das muitas pessoas (muita gente) a serem ganhas. Paulo teve a confirmação de que não seria forçado a deixar a obra apressadamente para começar de novo em outro lugar, como havia ocorrido em muitas outras cidades.

    Gálio ignora os judeus (v. 12-17). Gálio era irmão do tutor de Nero, Sêneca, o filósofo estóico, e, visto que o seu governo como procônsul muito provavelmente começou em julho de 51 d.C., temos aqui uma data aproximada do ministério em Corinto. Os judeus aí não foram tão espertos em formular a sua acusação como em Tessalônica, pois queriam provar que as doutrinas de Paulo não eram genuinamente judaicas e, portanto, não protegidas pelas concessões feitas por Roma a Israel. A Gálio, no entanto, isso parecia uma disputa interna entre seitas judaicas, e por isso de forma desdenhosa remeteu a questão de volta aos seus próprios tribunais religiosos. Os judeus não eram estimados, daí ele não ter interferido quando a sua sentença deu origem a uma briga entre os judeus. A vítima, Sóstenes, deve ter sido o líder da sinagoga que substituiu a Crispo. Essa decisão, provavelmente, foi de importância considerável para a propagação do evangelho durante os anos seguintes, porque a Acaia era uma das principais províncias, e Gálio, uma figura de renome; então, o seu parecer oficial, implicando que os cristãos estavam cobertos por autorização especial dada aos judeus, iria influenciar autoridades menos importantes em toda a região do Egeu. Dessa forma, a promessa do Senhor (v. 10) foi cumprida, e o próprio Paulo pôde conduzir os estágios iniciais de uma obra difícil.

    11) A jornada para a Síria (18.18b-23a)

    O voto de Paulo (v. 18b). Paulo visitou Jerusalém e Antioquia mais uma vez antes de entrar em novos campos. A discussão acerca do voto dele pode ser simplificada pela consideração de que, durante esse período de transição, os crentes judaicos em geral não abandonaram os costumes do seu povo. Paulo, então, estava completamente livre para fazer o voto, raspar a cabeça ou oferecer sacrifícios, de acordo com sua vontade, cumprindo também o princípio de 1Co 9:20. Precisamos lembrar que o seu plano de serviço também o conduziu às sinagogas onde elas se encontravam. Os colegas gentios estavam total e necessariamente desobrigados de todas essas coisas, e um dia o período de transição terminaria. V.comentário a seguir de 21:23-26.

    Éfeso (v. 19-21). Paulo foi recebido de forma amigável quando visitou a sinagoga em Éfeso, mas ele não tinha planejado uma estada longa ali. Aqüila e Priscila permaneceram como testemunhas habilitadas, enquanto Paulo prometeu retornar.
    O final da segunda viagem (v. 22,23a). Está implícito que a igreja que ele visitou após aportar em Gesaréia foi a de Jerusalém, e depois disso o apóstolo passou um tempo na igreja tão amada de Antioquia da Síria. Os novos territórios que haviam sido evangelizados desde a última estada em Antioquia eram Macedônia e Acaia (praticamente toda a Grécia moderna), e provavelmente uma área na Galácia étnica; as datas aproximadas foram 48:53 d.C.

    XII. A EVANGELIZAÇÃO DA ÁSIA. A TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA (18.23B—21.16)

    1) Um ministério de confirmação (18.23b)
    Em algumas palavras, Lucas resume os muitos meses de trabalhos de confirmação em que Paulo viaja por toda a região em que as igrejas haviam sido fundadas na Frigia e na Galácia. Se ele está empregando os termos étnicos para as áreas visitadas, a Frigia significa a Galácia e a Frigia da Ásia, e Galada, a Galácia étnica no Norte. A segunda visita aos gálatas em que “falou a verdade para eles” está sugerida em G1 4.16 (v. p. 1977).


    2)    Apoio aparece (18:24-28)
    O homem Apoio (v. 24,25). Alexandria ficou famosa em virtude de sua escola de filosofia, literatura e retórica, que influenciou a grande minoria judaica. Apoio, obviamente, era o produto do judaísmo alexandrino, mas de alguma forma ele havia ouvido falar de Jesus à parte da principal corrente apostólica de testemunho. Testemunhas cristãs podem bem ter pregado em Alexandria antes da grande realização do Pentecoste. A coragem de Apoio era equivalente à sua eloqüência, pois logo após a sua chegada pregou na sinagoga de Efeso.
    Instrução e bênção (v. 26-28). Os amigos de Paulo, Áqüila e Priscila, perceberam que a mensagem de Apoio estava incompleta. Então, o convidaram à casa deles para instruções adicionais. Dessa forma, Deus levantou uma testemunha extraordinária da verdade naqueles dias, que se tornaria uma bênção especial em Corinto. O fato de que os irmãos [...] escreveram uma carta de apresentação a favor de Apoio aos cristãos na Acaia (principalmente Corinto) mostra que uma igreja cristã já existia em Efeso, embora pareça ter sido de constituição judaica. Acerca de Apoio, v. 1Co 1:12; 1Co 3:5,1Co 3:6; 1Co 4:6; 1Co 16:12.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28
    d) Paulo em Corinto (At 18:1-28)

    1. FUNDAÇÃO DA IGREJA (At 18:1-17) -Paulo mudou-se depois para Corinto, grande cidade comercial com um ancoradouro duplo. Depois de sua destruição pelo general romano Múmio em 146 A. C., ficou em ruínas durante cem anos, até que em 46 A. C. Júlio César a reedificou como colônia romana. Por muito tempo gozara indesejável fama de baixa moralidade, e só foi com dificuldade que a igreja, em breve a ser ali fundada, manteve em xeque essa moral baixa. Entretanto Paulo conhecia a importância de deixar naquela cidade forte "célula" da nova comunidade, pelo que passou ali dezoito meses. Lá encontrou Áquila e sua mulher Priscila, que lhe prestaram tanto auxílio em seus subsequentes trabalhos.

    A princípio, com algum êxito, fez da sinagoga local a base de suas operações, todavia quando a oposição judaica tornou impossível continuar lá, valeu-se da hospitalidade de Tício Justo, um "temente a Deus" que morava numa casa contígua à sinagoga. (Ramsay supôs, provavelmente com razão, que o nome completo desse cidadão era Gaio Tício Justo, sendo ele o "Gaio, meu hospedeiro", referido por Paulo em Rm 16:23, o mesmo de 1Co 1:14).

    À proporção que Paulo anunciava as boas novas em Corinto, muitos creram, inclusive o principal da sinagoga, Crispo (cfr. 1Co 1:14). Seus opositores judeus, porém, não esmoreceram nos esforços por embaraçar-lhe os passos, e logo o acusaram, perante Júnio Gálio, procônsul romano da Acaia, de propaganda religiosa ilegal. Gálio é um tipo interessante; era irmão muito estimado de Sêneca, o filósofo estóico e tutor de Nero. Há inscrição que mostra ter ele governado a Acaia de 51 a 52. Ouviu as alegações capciosas dos acusadores de Paulo. Se este houvesse infringido a lei romana-disse ele -atendê-los-ia, mas como a questão parecia concernir só às crenças e interpretações judaicas, estava fora de sua jurisdição. Ramsay frisa a importância da decisão de Gálio, como precedente de que outros governadores se serviram, e como sinal para o apóstolo de que se podia confiar que o governo romano protegeria a liberdade dos pregoeiros cristãos, e nessa confiança mais tarde ele próprio apelou para César.

    A cena que se seguiu à repulsa dos judeus por parte de Gálio, com o espancamento do principal da sinagoga pelo populacho grego, mostra como o sentimento antijudaico estava, já naqueles dias, à flor da pele. Se este Sóstenes é o mesmo de 1Co 1:1, então, como o seu antecessor Crispo, veio a tornar-se cristão. Outro eminente coríntio convertido foi Erasto, tesoureiro da cidade (Rm 16:23), cujo nome foi identificado, com muita probabilidade, numa inscrição coríntia.

    >At 18:2

    Ponto (2). Província do norte da Ásia Menor, na costa meridional do mar Negro. Priscila (2); forma diminutiva e familiar do seu nome. Paulo refere-se regular e mais formalmente a ela como "Prisca". Cláudio decretara que todos os judeus se retirassem de Roma (2); todos os judeus, isto é, que não eram cidadãos romanos. Segundo Suetônio, foram expulsos "porque constantemente estavam em tumulto, à instigação de Cresto", provavelmente uma alusão canhestra às disputas entre judeus cristãos e não-cristãos em Roma. A expulsão pode ser datada de 49-50 mais ou menos. Faziam tendas (3). A palavra pode significar, mais amplamente, "trabalhadores em couro". Considerava-se conveniente um rabino exercer uma profissão de trabalho manual, de modo a não tirar lucro monetário de sua sagrada função de mestre. Todos os sábados (4). O texto "ocidental" acrescenta, "inserindo o nome do Senhor Jesus" (isto é, como um desenvolvimento interpretativo das leituras feitas nos profetas). Foi constrangido no espírito (5); melhor, "devotou-se inteiramente à pregação", sendo supridas suas necessidades materiais por donativos que Silas e Timóteo trouxeram das igrejas da Macedônia. Blasfemando (6). "Falando mal do nome de Jesus". Que servia a Deus (7); isto é, um temente a Deus. Com toda a sua casa (8). Cfr. At 11:14; At 16:15-31 e segs. Ninguém ousará fazer-te mal (10). Esta promessa cumpriu-se no fracasso do ataque descrito nos vers. 12-17. Um ano e seis meses (11). Provavelmente do outono de 50 à primavera de 52.

    >At 18:12

    Quando Gálio era procônsul da Acaia (12). Cfr. At 13:7-12; At 19:38. Uma Inscrição em Delfos, registando uma proclamação de Cláudio, oferece a probabilidade de Gálio ter sido nomeado para o seu pro-consulado em julho do ano 51. A província romana da Acaia incluía toda a Grécia ao sul da Macedônia. Este persuade os homens a adorar a Deus por modo contrário à lei (13); isto é, propaga uma religio illicita, um culto que não tem licença da lei romana para ser divulgado. Não quero ser juiz dessas coisas (15). Antes a oposição judaica recorreu a tumultos do populacho, ou aos magistrados das cidades; agora tenta influenciar um tribunal mais alto, o magistrado provincial, contra os apóstolos. A decisão de Gálio, de ser o evangelho uma forma do Judaísmo, que era uma religião especificamente protegida pelo direito romano, não logrou validade indisputada por muitos anos, mas como um precedente proporcionou proteção ao Cristianismo por dez anos, tempo este de importância vital e decisiva. Gálio não se incomodava com estas coisas (17); Isto é, fechou os olhos ao procedimento da turba pagã, que secundou a repulsa dos judeus do local por parte do procônsul, atacando um dos seus principais representantes.

    >At 18:18

    2. PAULO DEIXA CORINTO E APOLO APARECE (At 18:18-28) -Na primavera de 52 Paulo deixou Corinto para fazer rápida visita a Jerusalém, durante a páscoa. De caminho passou em Éfeso, porém aí desta vez não pôde demorar, apesar do convite insistente da sinagoga. No entanto, prometeu voltar e cumpriu esta promessa no outono. Nesse ínterim grande interesse foi despertado na sinagoga de Éfeso por um judeu alexandrino, chamado Apolo, muito versado nas Escrituras do Velho Testamento e também na história de Jesus, a qual, sendo por ele cotejada com essas Escrituras, convenceu-o de que Jesus era de fato o Messias; e com a sua argumentação poderosa expunha seu ensino na sinagoga. Áquila e Priscila, que acompanharam a Paulo de Corinto a Éfeso, ouviram-no e, como ele só conhecesse o batismo de João, ensinaram-lhe o caminho do Senhor com maior precisão, tirando assim proveito do ensino que eles mesmos receberam de Paulo. Procurando Apolo prosseguir viagem para a Grécia, os irmãos recomendaram-no à igreja de Corinto. E tão poderosa foi a assistência por ele prestada aos cristãos dali que Paulo lhes pôde escrever depois: "Eu plantei, Apolo regou" (1Co 3:6). Embora alguns coríntios procurassem fazer dele um cabeça de partido rival de Paulo, é claro que não havia sentimento de oposição entre os dois (cfr. 1Co 16:12). Tendo raspado a cabeça em Cencréia, porque tinha voto (18); isto é, Paulo. Tratava-se de voto temporário de nazireu, talvez em ação de graças pelas promessas dos vers. 9,10. Cfr. At 21:23-24. Cencréia era o porto oriental de Corinto, no mar Egeu: cfr. Rm 16:1. Éfeso (19). Antiga cidade grega; nessa época era capital da província da Ásia e principal centro comercial da Ásia Menor. É-me necessário em todo o caso guardar em Jerusalém a festa que se aproxima (21). É uma adição "ocidental" ao texto original, mas sem dúvida apresenta a verdadeira razão da partida apressada de Paulo. A festa provavelmente era a páscoa, que no ano 52 A. D. caiu no princípio de abril, e como os mares ficaram fechados à navegação até 10 de março, havia pouco tempo a perder. Atravessando... a região da Galácia e Frígia, em nova visita às igrejas fundadas em sua primeira viagem missionária pela Ásia Menor.

    >At 18:24

    Natural de Alexandria (24) e talvez por isso dado à interpretação alegórica das Escrituras, como Filo. Homem eloqüente (24); ou "homem instruído". Fervoroso de espírito (25), isto é, cheio de entusiasmo. As coisas do Senhor (25); isto é, os fatos narrados no evangelho acerca de Jesus. Conhecendo apenas o batismo de João (25). O conhecimento que possuía do evangelho é possível que ele o tivesse adquirido de fonte galiléia, antes que dos apóstolos de Jerusalém. Querendo ele passar à Acaia (27). De acordo com o texto "ocidental", alguns visitantes coríntios em Éfeso ouviram-no aí e persuadiram-no a acompanhá-lo de volta a Corinto.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28

    36. Incentivar o Servo de Deus ( Atos 18:1-17 )

    Depois destas coisas, ele deixou Atenas e foi para Corinto. E ele encontrou um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, tendo chegado recentemente da Itália com sua esposa Priscilla, pois Cláudio tinha decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Ele veio para eles, e porque ele era do mesmo ofício, ficou com eles e eles estavam trabalhando; pelo comércio eram fabricantes de tendas. E ele estava raciocinando na sinagoga todos os sábados e tentando convencer judeus e gregos. E, quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo começou a dedicar-se totalmente à palavra, testificando aos judeus que Jesus era o Cristo. E quando eles resistiram e blasfemado, sacudiu as suas vestes, e disse-lhes: "O seu sangue caia sobre a vossa cabeça! Estou limpo. A partir de agora irei para os gentios." E partiu dali e foi para a casa de um homem chamado Tício Justo, um adorador de Deus, cuja casa estava junto da sinagoga. E Crispo, chefe da sinagoga, creu no Senhor com toda a sua casa, e muitos dos coríntios, ouvindo eles estavam acreditando e ser batizado. E o Senhor disse a Paulo na noite por uma visão: "Não tenha medo por mais tempo, mas continuar a falar e não te cales, porque eu sou contigo, e ninguém vai atacá-lo, a fim de prejudicá-lo, para Eu tenho muito povo nesta cidade ". E ele se estabeleceu ali um ano e seis meses, ensinando a palavra de Deus entre eles. Mas enquanto Gálio procônsul da Acaia, os judeus de comum acordo se levantaram contra Paulo, eo levaram diante do tribunal, dizendo: "Este persuade os homens a servir a Deus contra a lei." Mas quando Paulo estava prestes a abrir a boca, disse Gálio aos judeus: "Se fosse uma questão de agravo ou crime perverso, ó judeus, seria razoável para me colocar em contato com você, mas se houver dúvidas sobre palavras e nomes, e da lei, cuidar dele vós; não estou disposto a ser um juiz destas coisas ". E ele levou-os para longe da cadeira de juiz. E todos eles se apoderou de Sóstenes, o chefe da sinagoga, e começou a espancá-lo na frente do tribunal. E Gallio não estava preocupado com qualquer uma dessas coisas. ( 18: 1-17 )

    A verdade pouco apreciado sobre o ministério é que os pastores e missionários, talvez mais do que os outros crentes, estão sujeitos ao desânimo. Charles Spurgeon explica que
    homens bons são prometidas tribulação neste mundo, e os ministros podem esperar uma parcela maior do que os outros, para que aprendam a simpatia com o sofrimento do povo do Senhor, e por isso pode ser pastores montagem de um rebanho doente. ("Desmaio do ministro se encaixa", em Lectures aos meus alunos: Primeiro Series [reimpressão; Grand Rapids: Baker, 1980], 168)

    Alguns dos servos escolhidos de Deus têm sofrido tempos de desânimo grave e desespero. Sobrecarregados com o peso de um rebelde, resmungando povo, Moisés clamou ao Senhor:

    Por que Tu sido tão duro com o teu servo? E por que não achei graça aos teus olhos, que Tu colocou o peso de todo este povo em mim? Era eu que concebeu todo este povo? Era eu quem os trouxe, para teres me dizem: "Leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança de peito, para a terra que juraste a seus pais"? Onde estou para obter carne para dar a todo este povo? Para eles choram diante de mim, dizendo: "Dá-nos carne a comer!" Eu sozinho não sou capaz de realizar todo este povo, porque é muito pesada para mim. Então, se tu vais tratar assim comigo, por favor me matar de uma vez, se tenho achado graça aos teus olhos, e não me deixe ver a minha miséria. ( Num. 11: 11-15 )

    Após a derrota de Israel em Ai, Josué disse: "Ai de mim, ó Senhor Deus, por que fizeste tu sempre trazer este povo atravessar o Jordão, apenas para nos entregar nas mãos dos amorreus, para nos destruir? Se tivéssemos sido disposto a habitar além do Jordão! " ( Js 7:7 ). Após o seu mundo desmoronou e seu Deus aparentemente abandonou, Job amaldiçoou o dia do seu nascimento ( 3:1 ), ele cruzou o Mar Egeu para o continente grego. Sua cura de uma menina possuída por um demônio em Filipos provocou um tumulto, e ele e Silas havia sido espancado e jogado na prisão. Após ser liberado após um terremoto devastador, ele foi forçado a deixar a cidade ( 16: 39-40 ). De lá ele foi para Tessalônica, onde seu ministério teve grande sucesso (17: 4 ). A perseguição obrigou-o a fugir para Berea ( 17:10 ), onde muitos também respondeu a sua pregação e ensino ( 17:12 ). Quando a perseguição seguiu-o lá de Tessalônica, Paulo foi novamente forçado a escapar do perigo ( 17:14 ). Ele chegou sozinho na grande cidade de Atenas, onde seu brilhante discurso em defesa do cristianismo foi amplamente ignorada ( 17: 19-32 ). Ele então saiu de Atenas e foi para Corinto, um 53 milhas a pé.

    Por dia de Paulo Corinto tinha substituído Atenas como principal centro político e comercial na Grécia. Corinto desfrutou de uma localização estratégica no istmo de Corinto, que ligava a península do Peloponeso com o resto da Grécia. Quase todo o tráfego entre a Grécia norte e do sul passaram pela cidade. Porque era uma vela de 200 milhas em torno da península, alguns navios foram colocados em rolos e puxou outro lado da ponte de 4 milhas de terra. Em AD 67 Nero começou a trabalhar em um canal, mas não foi concluída até 1893.

    Como um centro de comércio, Corinto era cosmopolita, com uma população em grande parte incerta. Pfeiffer e Vos observam que "a maior parte da população era móvel (marinheiros, empresários, funcionários do governo, et al. ) e, portanto, foi cortado das inibições de uma sociedade assente "( A Wycliffe Geografia Histórica de Terras Bíblicas [Chicago: Moody, 1967], 481). Como resultado, Corinto era uma das cidades mais debochados da antiguidade. RCH Lenski escreve:

    Corinto era uma cidade perversa mesmo como grandes cidades do império passou neste período. O próprio termo "Corinthian" passou a significar um devasso. Korinthiazomai , "a Corinthianize," a intenção de praticar prostituição; Korinthiastēs = um devasso; Korinthia Kore (menina) = uma cortesã. ( A Interpretação dos At [Minneapolis: Augsburg, 1961], 744)

    Elevando-se cerca de 1.500 metros acima do Corinto era a Acrópole, em cima do que foi o templo de Afrodite, a deusa do amor. Todas as noites mil sacerdotisas do templo, que eram prostitutas rituais, desceria para a cidade para dobrar seu comércio. Em nítido contraste com a calma (por comparação) intelectual e centro cultural de Atenas, Corinto era "inegavelmente uma cidade estrondosa onde" ninguém, mas o duro poderia sobreviver "(Horácio, Epístolas 1.17,36) "(Davi J. Williams, Novo Comentário Bíblico Internacional: Atos [Peabody, Mass .: Hendrickson, 1990], 313).

    Como ele chegou em Corinto, Paulo sentiu maior desânimo. "A combinação de sucesso limitado em Atenas, a solidão, e a perspectiva de enfrentar esta cidade, com o seu comércio e vice, explica a fraqueza e medo que tomou conta do apóstolo quando ele chegou para começar a sua obra" (Everett F. Harrison, Interpretando Atos: A Expansão da Igreja [Grand Rapids: Zondervan, 1986], 292). Refletindo sobre o seu estado de espírito quando ele chegou pela primeira vez em sua cidade, que mais tarde Paulo escreveu aos Coríntios: "Eu estive convosco em fraqueza, temor e grande tremor" ( 1Co 2:3 ). Pontus, região natal de Aquila, foi localizado na Ásia Menor, na costa sul do Mar Negro. Porque sua esposa Priscilla é nomeado primeiro quatro dos seis vezes o casal é mencionado, alguns têm especulado que ela era uma mulher romana de maior status social do que Aquila. O mais provável é que ela é mencionada pela primeira vez, porque ela era o mais proeminente dos dois ao serviço da igreja. Paulo sempre se refere a ela por seu nome formal, Prisca ( Rm 16:3 ; . 2Tm 4:192Tm 4:19 ), enquanto Lucas sempre usa o diminutivo Priscilla (cf. . vv 18 , 26 ) .

    A Bíblia não gravar as conversões de Áquila e Priscila, mas eles eram provavelmente já cristãos, quando Paulo se encontrou com eles. Tinham vindo de Roma, onde uma igreja já existia ( Rom. 1: 7-8 ), e eles não estão listados entre os convertidos de Corinto, nem neste capítulo ou em qualquer outro lugar no Novo Testamento. Tinha dois desses indivíduos proeminentes foram salvos sob o ministério de Paulo, suas conversões sem dúvida teria sido gravada.

    Ao contabilizar a sua deslocalização para Corinto, Lucas explica que os dois tinham chegado recentemente da Itália, porque o imperador Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma.Este decreto é mencionado pelo historiador romano Suetônio, que escreveu: "À medida que os judeus estavam entregando-se constante motins na instigação de Cresto, [Cláudio] expulsou de Roma "( Vida da Claudius 25,4, citado em FF Bruce, O Livro dos Atos , A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1971], 368 ). Desde Chrestus difere em apenas uma carta do Christus (latim para "Cristo"), é comumente assumido que Suetônio refere-se a distúrbios na comunidade judaica provocada pela pregação de Cristo. Escrevendo 70 anos após o fato, ele supôs errAdãoente Cresto (Cristo) para ter sido em Roma instigar os tumultos.

    Tendo sido forçado a deixar Roma, Áquila e Priscila mudou seu negócio para Corinto. Paulo, sem dúvida, à procura de trabalho para se sustentar, se encontrou com eles lá, e porque ele era do mesmo ofício, ficou com eles e eles estavam trabalhando; pelo comércio eram fabricantes de tendas. Skēnopoios ( fabricantes de tendas ) também pode se referir a trabalhadores de couro, um comércio que incluía a realização de tendas, que muitas vezes eram feitos de couro. Era costume para todos os meninos judeus, mesmo os filhos dos rabinos, para aprender o comércio de seu pai. Paulo tinha nenhuma dúvida aprendeu com o pai a trabalhar com esta habilidade.

    Paulo, é claro, não negligenciou o seu ministério. Enquanto trabalhava ao lado de Áquila e Priscila durante a semana, ele estava raciocinando na sinagoga todos os sábados e tentando convencer judeus e gregos. Como observado na discussão Dt 17:2 ), Paulo não só pregar; houve a dar-e-receber de perguntas e respostas. Seu objetivo era persuadir os judeus e tementes a Deus gregos (prosyletes ao judaísmo) que Jesus Cristo era o Senhor de Israel e Messias e Salvador do pecado e do inferno.

    O Deus de toda consolação ao encontro das necessidades do seu servo desanimado para a companhia, não só fornecendo dois novos amigos, mas também por trazer de volta dois familiares. A chegada deSilas e Timóteo da Macedónia , sem dúvida, o incentivou muito. Embora Atos não gravá-la, Silas e Timóteo tinha aparentemente voltou Paulo em Atenas como ele pretendia ( 17:15 ). De lá, ele enviou Timóteo de volta a Tessalônica ( 1 Tes. 3: 1-6 ). Silas também foi enviado em algum lugar na Macedónia, uma vez que ele, também, foi a Corinto daquela província. Ele pode ter ido para Filipos (cf. 04:15 Phil. ; 2Co 11:9 ) interpostos por Silas e Timóteo permitiu Paulo cessar trabalho do couro e começar a dedicar-se totalmente à palavra (cf. Lc 24:27 ; Jo 5:39 ; At 6:4 ).

    Como tantas vezes aconteceu quando Paulo apresentou o evangelho a seus compatriotas, muitos na comunidade judaica de Corinto rejeitou. Resistido é de antitassō , e significa literalmente "para organizar em ordem de batalha" (Lenski, Atos , 748). Eles se organizaram para lutar contra o ensinamento de Paulo e até mesmo blasfemado o nome de Cristo — o pecado mais grave (cf. Mt 12:31-32. ; Lucas 22:64-65 ).

    Finalmente Paulo, percebendo a inutilidade de continuar a jogar pérolas aos porcos ( Mt 7:6 ). Ato de Paulo simbolizava sua rejeição dos judeus — um ato irritante para eles por um dos seus próprios. Ele também mostrou seu repúdio a sua blasfêmia; ele não quer que nenhum de a poeira da sinagoga onde blasfêmia que tinham lugar para se apegam a suas roupas. Sua declaração chocante, o seu sangue seja sobre a vossa cabeça; Estou limpo (cf. Js 2:19. ; 2Sm 1:162Sm 1:16. ; 1Rs 2:371Rs 2:37 ; Ez 18:13. ; Ez 33:4 ) indicou que seus oponentes eram totalmente responsável pelo que eles estavam fazendo. Como o guarda fiel de Ezequiel 33:2-5 , Paulo absolveu-se de qualquer culpa relacionado com sua rejeição.

    Seu ministério do evangelho foi, então, para ir aos gentios, para que Paulo partiu da sinagoga e foi para a casa de um homem chamado Tício Justo, um adorador de Deus . Como um adorador de Deus ,Tício Justo, apesar de um gentio, demonstrou interesse no Deus de Israel e que tinha se ligado à sinagoga. Seu nome indica que era romano, e, uma vez que os romanos muitas vezes tinha três nomes, alguns têm especulado que o seu nome completo era Gaio Tício Justo, identificando-o, assim, com o Gaio de Rm 16:23 e 1Co 1:14 .

    A paixão de Paulo para alcançar seus companheiros judeus com o Evangelho (cf. Rm 9:1 )

    Com presença poderosa do Senhor ajudar seu ministério, Paulo poderia realizar tudo o que Deus pretendia que ele. O Senhor apareceu-lhe até o final do seu ministério ( 2 Tim. 4: 16-18 ) e promete Sua presença a todos os crentes ( Mt 28:20 ; cf. Is 41:10. ; Jer. 1: 17— 19 ).

    Em terceiro lugar, Deus prometeu a Paulo que "ninguém vai atacá-lo, a fim de prejudicá-lo." Aqueles sob a proteção de Deus são invulneráveis ​​(cf. Is 54:17. ; Ap 11:5 ). A verdade da eleição expressa em versículo 10 equilibra a verdade da responsabilidade humana no versículo 6 . Como sempre, a Escritura apresenta essas duas verdades inescrutáveis ​​sem tentar harmonizá-los. Ambas são verdadeiras, e não há nenhuma contradição real entre eles. (Para uma discussão mais aprofundada desta questão, ver a exposição de At 13:46 , At 13:48 nocapítulo 3 deste volume.) Aqui está claro que algumas pessoas pertencem ao Senhor, que ainda não são salvos, e eles não vão ser salvo sem a pregação do evangelho (cf. 13 45:10-15'>Rom. 10: 13-15 ). Paulo definiu sua pregação como tendo o propósito de trazer os eleitos à fé (cf. Tt 1:1 :

    Ele dá força ao cansado, e para ele, que não tem nenhum poder aumenta. Os jovens se homens jovens esgotado e cansado, e vigorosas tropeçar mal, mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças; eles subirão com asas como águias, correm e não se cansam, eles caminham e não se fatigam.
    Nesse mesmo conforto e encorajamento está disponível para todos os que servem fielmente nosso Senhor.


    37. Rompendo com o passado ( Atos 18:18-19: 7 )

    E Paulo, tendo permanecido vários dias a mais, despediu-se dos irmãos e colocar para fora ao mar para a Síria, e com ele Priscila e Áquila. Em Cenchrea ele teve seu cabelo cortado, pois ele estava mantendo um voto. E chegou a Éfeso, e deixou-os ali. Agora ele, entrando na sinagoga, discutia com os judeus. E quando lhe pediram para ficar por um longo tempo, ele não consentiu, mas se despedir deles e dizendo: "Eu vou voltar para você de novo se Deus quiser", ele partiu de Éfeso. E quando ele tinha desembarcado em Cesaréia, subiu e cumprimentou a igreja, e desceu a Antioquia. E depois de ter passado algum tempo lá, ele partiu e passou sucessivamente pela região da Galácia e da Frígia, fortalecendo todos os discípulos. Agora, um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria por nascimento, homem eloqüente, chegou a Éfeso; e era poderoso nas Escrituras. Este homem tinha sido instruído no caminho do Senhor; e, fervoroso de espírito, ele estava falando e ensinando com precisão as coisas concernentes a Jesus, sendo familiarizado apenas com o batismo de João; e ele começou a falar ousAdãoente na sinagoga. Mas quando Priscila e Áquila o ouviram, levaram-no de lado e explicou-lhe o caminho de Deus com mais precisão. E quando ele queria ir para a Acaia, os irmãos o encorajaram e escreveram aos discípulos que o recebessem; e quando ele chegou, ele ajudou muito aos que pela graça haviam crido; Porque com grande veemência os judeus em público, demonstrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo. E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo tendo atravessado as regiões mais altas, chegou a Éfeso, e encontrou alguns discípulos e disse-lhes: "Vocês receberam o Espírito Santo quando creram?" E eles disseram-lhe: "Não, nós nem sequer ouvimos que haja Espírito Santo." E ele disse: "Em que fostes batizados então?" E eles disseram: "No batismo de João." E Paulo disse: "João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus." E quando eles ouviram isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus. E quando Paulo impôs suas mãos sobre eles, o Espírito Santo veio sobre eles, e eles começaram a falar em línguas e profetizar. E havia em todas as cerca de doze homens. ( 18: 18-19: 7 )

    Embora a obra expiatória de Jesus Cristo inaugurou a Nova Aliança, levou tempo para os crentes judeus primeiros a abandonar totalmente as práticas cerimoniais do reverenciado e seguido obedientemente Antiga Aliança. O livro de Hebreus contém a teologia dessa transição, mostrando a superioridade de Cristo a todos e tudo relacionado com a Antiga Aliança. O livro de Atos registra desenvolvimento histórico da transição, como uma nova entidade entrou na fase da história da redenção. Claramente, Deus colocou temporariamente de lado Israel (cf. Mt 21:33-43. ; 22: 1-9 ; 23: 37-38 ; Rom. 10: 19-21 ;11: 20-24 ), cuja longa história de apostasia chegou a um clímax apavorante no assassinato de seu Messias. Deus começou a trabalhar os Seus propósitos Unido através da igreja. No entanto, ele teve tempo para a nova igreja para separar-se completamente de seus hábitos religiosos antigos (cf. At 10:1 , At 10:15 ).

    Do primeiro século judaísmo era muito mais do que uma religião; foi uma combinação de leis divinamente ordenadas que cobrem muitos aspectos da vida diária, juntamente com o qual desenvolveu uma tradição nacional e cultural feita pelo homem. Para ser judeu não era apenas para abraçar um credo bíblica ou afirmar uma teologia do Antigo Testamento. Sendo judeu também significava abraçar uma interpretação tradicional da Escritura e uma expansão de prescrições legais em quase todas as áreas da vida. Para ser judeu significava não só para acreditar de forma diferente de seus vizinhos gentios, mas também para se comportar de forma diferente. Na verdade, o objetivo de muitas cerimônias e rituais da Antiga Aliança era manter Israel separado de seus vizinhos gentios.

    Os judeus eram exclusivamente o povo de Deus, e Ele queria que eles se destacar da influência corruptora do resto do mundo, para que pudessem ser uma testemunha para as nações do poder e graça do verdadeiro Deus. Este projeto divino foi agravado e até mesmo adulterado pelas "tradições dos homens", o que Jesus disse que substituíram o "mandamento de Deus" (cf. Mt 15:3 ).

    Não é de surpreender, mesmo os apóstolos tiveram dificuldade derramando as velhas exigências e padrões e fazer a transição. At 2:46 encontra a igreja eles ainda levaram reunião no templo, e 3: 1 mostra que Pedro e João ainda estavam observando os horários prescritos de oração. Pedro vigorosamente e repetidamente resistiu abandonando as normas dietéticas ( 10: 9-16 ). Os crentes judeus, incluindo os outros apóstolos, ficaram chocados que Pedro violado costume judaico por comer com os gentios ( 11: 2-3 ). Mesmo Paulo, o apóstolo dos gentios, por duas vezes fez um voto judeu ( 18:18 ; 21:26 ). Deve notar-se que o Senhor foi paciente com essa transição. Ele mesmo modo, exortou os crentes a entender que aqueles que ainda observadas as leis do Antigo Testamento não deve ser apressado em um pouco de liberdade que possa violar suas consciências ou levá-los a envolver-se em auto-condenação. Este é o tema da instrução de Paulo em Romanos 14:1-15: 6 .

    A igreja, mesmo no mundo gentio, foi geralmente associado com as sinagogas. O costume de Paulo, ao entrar em uma cidade, era pregar o evangelho em primeiro lugar para os judeus se reuniram no sábado.Crentes judeus, muitas vezes continuam a operar no âmbito da sinagoga para o maior tempo possível (cf. 19: 8-9 ). Tão comum era que a associação que os romanos inicialmente visto cristianismo como nada mais do que uma seita dentro do judaísmo. Por essa razão, o procônsul Galião recusou pronunciar-se no caso dos judeus de Corinto 'contra Paulo, declarando-a uma disputa interna dentro do judaísmo (18: 12-15 ).

    O texto de Atos 18:18-19: 7 está interligado por três exemplos daqueles apanhados nesta transição da antiga para a nova aliança: Paulo, Apolo, e doze santos do Antigo Testamento.

    Paulo in Transition

    E Paulo, tendo permanecido vários dias a mais, despediu-se dos irmãos e colocar para fora ao mar para a Síria, e com ele Priscila e Áquila. Em Cenchrea ele teve seu cabelo cortado, pois ele estava mantendo um voto. E chegou a Éfeso, e deixou-os ali. Agora ele, entrando na sinagoga, discutia com os judeus. E quando lhe pediram para ficar por um longo tempo, ele não consentiu, mas se despedir deles e dizendo: "Eu vou voltar para você de novo se Deus quiser", ele partiu de Éfeso. E quando ele tinha desembarcado em Cesaréia, subiu e cumprimentou a igreja, e desceu a Antioquia. E depois de ter passado algum tempo lá, ele partiu e passou sucessivamente pela região da Galácia e da Frígia, fortalecendo todos os discípulos. ( 18: 18-23 )

    Decisão favorável do Gallio ( 18: 14-15 ) permitiu Paulo permanecer muitos dias a mais em Corinto. Por fim, no entanto, ele sentiu a necessidade de voltar à Palestina. Ele despediu-se dos irmãos em Corinto e colocar para fora ao mar para a Síria, levando com ele Priscila e Áquila, que havia se tornado dois dos amigos mais próximos de Paulo. Que ele sentiu a liberdade de convidá-los a acompanhá-lo mostra que outros líderes já tinha surgido dentro da igreja de Corinto, como Gaio, Sóstenes, Stephanus, e Crispus. E o fato de que Priscila e Áquila deixaria seus negócios para ir com Paulo indica sua lealdade e devoção a ele.

    Chegando Cenchrea, o porto oriental de Corinto, onde poderia encontrar um navio indo para o leste, Paulo teve seu corte de cabelo, pois ele estava mantendo um voto. Sua ação parece enigmática, à primeira vista, uma vez que ele estava bem consciente de que a Velha Aliança e todos os seus rituais havia falecido. No entanto, ele tinha sido criado de acordo com os mais rígidos padrões da fé judaica. EmGálatas 1:13-14 Paulo escreveu:

    Para você já ouviu falar do meu ex-modo de vida no judaísmo, como eu costumava perseguir a igreja de Deus, além da medida, e tentou destruí-lo; e eu estava excedia em judaísmo a muitos dos meus contemporâneos entre os meus compatriotas, sendo mais extremamente zeloso minhas tradições ancestrais.
    Aos filipenses ele se descreveu como

    circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível. ( Fp 3:5-6. )

    Depois que ele se tornou um cristão, Paulo percebeu a inutilidade de todos os esforços de auto-salvação por ritual, tradição, o legalismo, sinceridade e bondade externa em comparação com a verdadeira justiça e conhecimento de Deus que veio através do conhecimento de Cristo ( Fp 3:7. , Rm 7:14 ) e ainda foi influenciada por sua herança judaica. E quando ele queria mostrar o seu profundo agradecimento por incentivo de Deus maravilhosa durante os tempos difíceis em Corinto (cf. capítulo 11 deste volume), ele naturalmente pensou em uma maneira tipicamente judaica de fazê-lo.

    O voto Paulo fez foi um voto-a promessa especial Nazirite da separação e da devoção a Deus (cf. 2Co 6:17 ). Geralmente foi feita em gratidão ao Todo-Poderoso para a bênção graciosa ou libertação. EmNu 6:1 )

    O voto era para um período específico (geralmente um mês, embora Samson [ Jz 16:17 ], Samuel [ 1Sm 1:11 ], e João Batista [ Lc 1:15 ] foram Nazirites para a vida). Ao fim desse tempo, houve uma cerimônia elaborada:

    Agora esta é a lei do nazireu quando os dias da sua separação são cumpridas, ele trará a oferta à porta da tenda da congregação. E ele deve apresentar a sua oferta ao Senhor: um cordeiro de um ano, sem defeito para o holocausto e uma cordeira de um ano, sem defeito como oferta pelo pecado e um carneiro sem defeito, para oferta de paz, e uma cesta de pães ázimos de flor de farinha misturada com azeite e coscorões ázimos espalhar com óleo, juntamente com a sua oferta de cereais e as suas libações. Então o sacerdote os apresentará perante o Senhor, e oferecerá a sua oferta pelo pecado eo holocausto. Ele deve também oferecerá o carneiro em sacrifício de oferta pacífica ao Senhor, juntamente com o cesto de pães ázimos; Da mesma forma, o sacerdote deve oferecer a sua oferta de cereais e sua libação. O Nazirite deve então raspar a cabeça dedicada de cabelo, à porta da tenda da congregação, e ter o cabelo dedicado de sua cabeça e colocá-la sobre o fogo que está debaixo do sacrifício das ofertas pacíficas. E o sacerdote tomará o ombro do carneiro quando tenha sido fervida, e um pão ázimo do cesto, e um wafer ázimo, e os porá nas mãos do nazireu, depois de haver este rapado o cabelo dedicado. Então o sacerdote os moverá por oferta de movimento perante o Senhor. Ele é santo para o sacerdote, juntamente com o peito oferecido por acenando e coxa oferecida pela exaltação! e depois o nazireu poderá beber vinho. Esta é a lei do nazireu que promete a sua oferta ao Senhor, segundo a sua separação, além de o que mais ele pode pagar; de acordo com o seu voto, que leva, por isso ele deve fazer de acordo com a lei de sua separação. ( 13 4:6-21'>Num. 6: 13-21 )

    Nos dias de Paulo, foi constituída provisão para aqueles longe de Jerusalém, no termo da sua promessa de raspar a cabeça, como Paulo fez, em seguida, dentro de trinta dias atuais o cabelo no Templo (conforme Josefo Guerras , 2.15.1 ). A frase que ele estava mantendo um voto indica um processo ainda não concluído. Isso exigiu a sua chegada a Jerusalém.

    Tendo atravessado o Mar Egeu como eles navegaram para o leste, Paulo e seu partido chegou a Éfeso, a cidade mais importante na Ásia Menor. Paulo deixou Priscila e Aquila  para tornar-se constante e estabelecer o seu negócio. Eles aparentemente permaneceu em Éfeso durante alguns anos, teve um encontro da igreja em sua casa ( 1Co 16:19. ), e, finalmente, voltou a Roma ( Rom. 16: 3-5 ). Paulo -se,como era sua estratégia comum, entrou na sinagoga e discutia com os judeus. Como em Berea, ele foi bem recebido, tanto assim que os judeus lhe pediu para ficar por um longo tempo. Sua resposta a esta grande oportunidade dá uma testemunho claro para a gravidade de seu voto. Ele se recusou a ficar! Na pressa de chegar a Jerusalém, por causa de seu voto, e (como alguns manuscritos gregos adicionar) para chegar à cidade antes da Festa (provavelmente Páscoa), ele não consentiu . Infelizmente se despedir deles e dizendo: "Eu vou voltar para você de novo se Deus quiser", ele partiu de Éfeso. Ele não deixou a cidade sem um testemunho cristão, no entanto, uma vez que Priscila e Áquila ficaram ali. E, como se verá em breve, eles foram logo para ter ajuda.

    Chegando na Palestina, Paulo desembarcou em Cesaréia, a cidade romana e porto de escala para os viajantes com destino a Jerusalém. A partir daí ele passou a cumprir o seu voto, e, em seguida,cumprimentou a igreja. Que Paulo fez visitar Jerusalém, embora a cidade não é mencionado, resulta da exigência do voto, bem como do uso de Lucas sobre os termos subiu e caiu. Um naturalmente subiude Cesaréia, situada na costa, a Jerusalém, localizado no Monte Sião, em seguida, desceu de Jerusalém para qualquer outro lugar. Paulo, então, completou sua segunda viagem missionária em Antioquia, de onde tinham começado ( 15: 35-36 ).

    Com esses poucos versos curtos, focando o apóstolo na transição das velhas formas, Lucas resume uma longa e árdua jornada. William Barclay observa:

    Podemos ver muito claramente aqui o quanto não sabemos sobre Paulo. Atos 18:23-19: 1 descrever uma jornada de não menos de 1500 milhas e é demitido com apenas uma referência. Há contos incontável de heroísmo de Paulo, que nunca saberemos. ( At [Filadélfia: Westminster, 1955], 150)

    Ardente desejo de Paulo para alcançar o mundo perdido para Cristo não deixá-lo permanecer por muito tempo em sua igreja em Antioquia. Depois de ter passado algum tempo lá, ele partiu e passou sucessivamente pela região da Galácia e da Frígia, fortalecendo todos os discípulos. Com essas palavras Lucas começa o relato da terceira viagem missionária de Paulo. Mas antes de continuar com o registro de que a missão, ele retorna para contar o que aconteceu em Éfeso após a saída de Paulo. Ele conta a história de um segundo indivíduo em transição: Apolo.

    Apolo em Transição

    Agora, um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria por nascimento, homem eloqüente, chegou a Éfeso; e era poderoso nas Escrituras. Este homem tinha sido instruído no caminho do Senhor; e, fervoroso de espírito, ele estava falando e ensinando com precisão as coisas concernentes a Jesus, sendo familiarizado apenas com o batismo de João; e ele começou a falar ousAdãoente na sinagoga. Mas quando Priscila e Áquila o ouviram, levaram-no de lado e explicou-lhe o caminho de Deus com mais precisão. E quando ele queria ir para a Acaia, os irmãos o encorajaram e escreveram aos discípulos que o recebessem; e quando ele chegou, ele ajudou muito aos que pela graça haviam crido; Porque com grande veemência os judeus em público, demonstrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo. ( 18: 24-28 )

    Como a cena muda para Éfeso, o médico inspirado introduz um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria por nascimento. Na época, Alexandria, localizada no Egito, perto da foz do rio Nilo, tinha uma grande população judaica. Assim, embora criados fora de Israel, Apolo cresceu em um ambiente cultural judaica. Logios ( eloquente ) aparece somente aqui no Novo Testamento. A palavra "pode ​​significar tanto um homem de palavras ... ou um homem de idéias" (AT Robertson, Palavra Pictures no Novo Testamento [reimpressão, 1930; Grand Rapids: Baker, nd], 3: 306). Apolo pode muito bem ter sido tanto um homem culto e eloquente.

    Mais importante, ele era poderoso nas Escrituras. Dunatos ( poderoso ) está relacionada com dunamis , de onde deriva a palavra Inglês "dinamite". Graphais ( Escrituras ), como sempre, no Novo Testamento, identifica o Antigo Testamento. Sua aprendizagem e eloqüência, juntamente com o seu tratamento poderoso do Antigo Testamento, fez Apolo um debatedor devastadora (cf. v. 28 ). A raridade de tais pregadores é indicado pelo fato de que ninguém mais está assim designado como poderosa para lidar com as Escrituras. A igreja hoje está na necessidade desesperada de homens como Apolo.

    Que Apolo tinha sido instruído no caminho do Senhor não significa que ele já era um cristão (cf. v. 26 ). A frase do caminho do Senhor é um termo do Antigo Testamento para a instrução nas coisas de Deus. Deus disse a Abraão em Gn 18:19 :

    Eu o escolhi, a fim de que ele ordene a seus filhos ea sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, fazendo justiça e justiça; a fim de que o Senhor faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito.

    Jz 2:22 descreve a intenção de Deus "para testar Israel" para ver "se eles vão manter o caminho do Senhor para andar nele como seus pais fizeram, ou não." No Salmo 25:8-9 o salmista declara: "Bom e reto é o Senhor; portanto, Ele instrui o caminho aos pecadores Ele lidera os humildes na justiça, e Ele ensina os humildes Seu caminho.". O caminho do Senhor, então, era o caminho dos padrões espirituais e morais Deus esperava que o seu povo a seguir (cf. 1Sm 12:23. ; 2Rs 21:222Rs 21:22 ; Pv 10:29. ; Jer. 5: 4— 5 ).

    Apolo combinado seu profundo conhecimento e eloquência com um coração apaixonado. Lucas descreve-o como sede fervorosos no espírito, ter uma alma despedido com entusiasmo pelas coisas de Deus.Seu zelo traduzida em ação, como ele estava falando e ensinando com precisão as coisas concernentes a Jesus, sendo familiarizado apenas com o batismo de João; e ele começou a falar ousAdãoente na sinagoga. Com base em seu conhecimento limitado, Apolo estava falando e ensinando com precisão as coisas a respeito de Jesus. Ele não tem uma compreensão completa do evangelho, no entanto, a ser familiarizado apenas com o batismo de João. O batismo de João era um dos preparação para vinda do Messias ( Lucas 1:16-17 ). Apolo aceitou a mensagem de João Baptist que o Messias estava chegando. Ele ainda acreditava que Jesus era o Cordeiro de Deus ( Jo 1:29 ) e Messias. Ele certamente expôs com força e persuasão das Escrituras que apontavam para Jesus. Mas ele não entendeu o significado da morte e ressurreição de Cristo. Nem estava familiarizado com a vinda do Espírito Santo e do nascimento da Igreja no dia de Pentecostes. Em suma, ele era um santo redimido Antigo Testamento; ele foi salvo, mas não foi capaz de ser chamado de cristão ainda.

    Embora o seu ensino foi preciso, na medida em que fui, Apolo precisava do resto da história a respeito de Jesus. Assim, quando Priscila e Áquila o ouviram, levaram-no de lado e explicou-lhe o caminho de Deus com mais precisão. Em vez de instruir publicamente Apolo, eles diplomaticamente o levou à parte, possivelmente, em sua casa, para falar com ele. Tendo feito isso, eles explicaram-lhe a rica plenitude da verdade a respeito da morte expiatória do Messias e ressurreição. Que o poderoso pregador e estudioso consentiria em ser ensinado por um fabricante de tendas humilde e sua esposa atesta a sua humildade dos deuses.

    Após esta maravilhosa instrução e conclusão de sua fé, Apolo, armado com seu novo conhecimento do evangelho de Deus, queria atravessar o Mar Egeu para a Acaia -Especificamente a sua capital, Corinto ( 19: 1 ). Os irmãos em Éfeso encorajou-o a fazê-lo e ainda escreveram aos discípulos em Corinto para recebê-lo como um companheiro cristão. Cumprindo o seu plano e chegada em Corinto, o pregador eloquente logo fez sentir a sua presença em ambas as comunidades cristãs e judaicas. Lucas observa que ele ajudou muito aos que pela graça haviam crido. A designação de cristãos aqui comoaqueles que pela graça haviam crido é a maneira do Espírito de lembrando a todos que a fé é um dom da graça (cf. Ef 2:8. ; 1Co 3:4 ).Ele deve tê-lo magoado (como fez Paulo e Pedro), de ter uma das facções da igreja de Corinto desenvolvimento identificar com ele. Sua transição bem sucedida da Antiga Aliança crente ao Novo Testamento santo foi uma bênção enorme para a igreja.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28

    Atos 18

    Na pior das cidades — At 18:1-11

    Aqui nos encontramos com um vívido quadro do tipo de vida que Paulo vivia. Paulo era um rabino, mas de acordo com a prática judia, todo rabino devia ter uma profissão. Não devia receber dinheiro por pregar e ensinar, mas sim devia ganhar a vida com seu próprio trabalho e esforço.
    Os judeus glorificavam o trabalho. Diziam: "Amem o trabalho. Aquele que não ensina um ofício a seu filho, o ensina a roubar." "Excelente é", diziam, "o estudo da Lei se vai acompanhado por um ofício mundano; porque a prática de ambos faz o homem esquecer da iniqüidade; mas a pura lei sem trabalho finalmente fracassa e causa iniqüidade." Assim, pois, os rabinos tinham qualquer ofício respeitável, o qual significa que nunca se convertiam em eruditos que se isolavam, mas sim sabiam sempre como era a vida de um trabalhador.
    Paulo é descrito como um fabricante de tendas. Tarso estava em Cilícia; nessa província havia rebanhos de certa espécie de cabras que tinham uma lã especial. Dela se fabricava um tecido chamada cilício que se usava para fazer carpas, cortinas e pingentes. Sem dúvida Paulo trabalhava nesse ofício, apesar de que a palavra que se usa significa algo mais que fabricante de tendas, significa também operário do couro e Paulo deve ter sido um hábil artesão. Sempre se gloriava do fato de que não representava uma carga para ninguém (1Ts 2:9; 2Ts 3:82Ts 3:8; 2Co 11:92Co 11:9). Mas é muito provável que quando chegaram Silas e Timóteo levaram consigo um presente, talvez da Igreja de Filipos, que tanto amava a Paulo; presente que teria feito possível que ele dedicasse todo o tempo à pregação.

    No ano 49 d.C. Cláudio expulsou a todos os judeus de Roma e deve ter sido então quando Áqüila e Priscila, colegas de ofício de Paulo, chegaram a Corinto.

    Deus falou no momento preciso em que Paulo o necessitava. Muitas vezes deve ter-se desanimado diante da tarefa que devia enfrentar em Corinto. Era um homem que vivia emoções intensas e muitas vezes deve ter tido seus momentos de reação. Mas quando Deus dá a um homem uma tarefa para cumprir, também lhe outorga o poder para fazê-lo. No poder e na presença de Deus Paulo encontrou sua coragem e sua força.

    A JUSTIÇA IMPARCIAL ROMANA

    Atos 18:12-17

    Como sempre, os judeus tentaram causar problemas a Paulo. É bem provável que quando Gálio ocupou o proconsulado os judeus buscassem agir contra os cristãos. Tentaram influir nele antes de se estabelecer em seu posto. Gálio era famoso por sua benevolência. Sêneca, seu irmão, disse a respeito dele: "Até aqueles que amam a meu irmão Gálio com todas suas forças não o amam o suficiente." Também disse: "Ninguém foi tão doce com alguém como Gálio o é com todos." Assim, pois, os judeus quiseram aproveitar-se dele, mas Gálio era um romano imparcial. Sabia bem que Paulo e seus amigos não eram culpados de crime algum, e que os judeus estavam tentando usá-lo para seus próprios propósitos. Ao lado de seu assento de juiz havia lictores armados com varas e se ordenou que expulsassem os judeus do lugar. Gálio foi muito caluniado. A expressão "mas Gálio não se importava com isso", fez pensar às vezes que se sentia superior e sem interesse; mas seu significado verdadeiro é que Gálio era absolutamente imparcial, que se negava a permitir que se tentasse influir nele ou ceder perante preconceitos, que fazia cumprir a justiça romana imparcialmente.

    Nesta passagem nos encontramos com o valor indiscutível da vida cristã. Gálio sabia que não se podia encontrar nenhuma falta em Paulo e seus amigos. O único argumento indiscutível a favor do cristianismo é um cristão.

    RETORNO A ANTIOQUIA

    Atos 18:18-23

    Agora Paulo está em viagem de volta. Sua rota passava por Cencréia, o porto de Corinto, e dali a Éfeso. Dali foi a Cesaréia, de onde subiu para saudar a Igreja, o que significa que foi ver os dirigentes da Igreja em Jerusalém; e dali voltou para Antioquía.

    Somos informados de que em Cencréia ele rapou a cabeça devido a ter feito uma promessa. Quando um judeu queria agradecer a Deus por alguma bênção ou graça fazia voto de nazireado (Números 6:1-21). Se cumprisse totalmente esse voto, significava que por trinta dias não comia carne nem bebia vinho e deixava crescer o cabelo. No final desses trinta dias fazia certas ofertas no templo; rapava a cabeça e o cabelo era queimado no altar como uma oferta a Deus. Sem dúvida Paulo estava pensando em todas as bênçãos que Deus lhe concedeu em Corinto e realizou este voto para demonstrar sua gratidão.

    Aqui podemos ver claramente quanto é o que não sabemos a respeito de Paulo. Em Atos 18:23—19:1 descreve-se uma viagem de não menos de dois mil e quinhentos quilômetros e só se o texto se referir a ele. Existem histórias do heroísmo de Paulo que nunca se contaram e que jamais conheceremos.

    terceira viagem missionana

    A história da Terceira Viagem Missionária começa em At 18:23. Começou com uma excursão pela Galácia e Frigia para confirmar os irmãos que estavam ali. Em seguida Paulo foi a Éfeso, onde permaneceu por quase três anos. Dali foi a Macedônia, de onde cruzou a Troas. Dali foi a Jerusalém pelo caminho do Mileto, Tiro e Cesaréia.

    APARECE APOLO

    Atos 18:24-28

    Aqui encontramos a declaração do cristianismo sendo descrito como o Caminho do Senhor. Um dos nomes mais comuns que dadas ao cristianismo em Atos é o Caminho (At 9:2; At 19:9, At 19:23; At 22:4, At 24:22). Esse título nos mostra imediatamente que o cristianismo não só significa crer em determinadas coisas; significa também pô-las em prática. Não é somente um sistema de crenças; é uma forma de vida. É fé, mas uma fé que produz atos.
    Aqui aparece em cena Apolo. Este provinha de Alexandria. Nesta cidade havia perto de um milhão de judeus. Eram tão fortes que duas das cinco seções em que se dividia Alexandria eram judias. Era uma cidade de eruditos. Era em especial o lugar em que os estudiosos se dedicavam à interpretação alegórica do Antigo Testamento. Criam que os atos do Antigo Testamento não só eram históricos mas também cada um deles tinha um significado oculto e interior. Por causa disto Apolo podia ser de grande utilidade para convencer os judeus porque seria capaz de encontrar a Cristo em todo o Antigo Testamento e lhes provar que este apontava todo o tempo à vinda de Jesus.

    Mas apesar de tudo faltava algo em sua preparação. Só conhecia o batismo de João. Quando considerarmos a próxima passagem saberemos claramente o que isto significa. Mas o que podemos dizer agora é que Apolo deve ter visto a necessidade do arrependimento; deve ter reconhecido a Jesus como o Messias; mas ainda não conhecia as boas novas de Jesus como o Salvador dos homens nem a vinda do Espírito Santo com poder. Conhecia a tarefa que Jesus tinha deixado para fazer aos homens, mas ainda não conhecia totalmente a ajuda que Jesus lhes dava para que a levassem a cabo. Conhecia o grande chamado a romper com o passado, mas ainda não conhecia esse grande poder para viver nos dias vindouros. Áqüila e Priscila o instruíram mais completamente. E então Apolo, o homem que conhecia Jesus como um personagem da história, chegou a conhecê-lo como uma presença viva, e sua capacidade como pregador deve ter-se centuplicado, porque agora, ao seu conhecimento acrescentava poder.


    Dicionário

    Aquila

    Águia

    Caminho

    substantivo masculino Faixa de terreno para trânsito de pedestres ou de veículos; estrada.
    Figurado Meio de alcançar um resultado; direção: o caminho do sucesso.
    Espaço a percorrer de um lugar para outro: a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos.
    Roteiro de viagem; itinerário: vou pelo caminho mais curto.
    Modo como uma sequência de acontecimentos ocorre; tendência: neste país a educação segue pelo caminho errado.
    Antigo Rumo marítimo: o caminho das Índias.
    expressão Caminho de ferro. Via de comunicação que utiliza veículos sobre trilhos de ferro entre cidades, países etc.; estrada de ferro.
    Etimologia (origem da palavra caminho). Do latim camminus; de origem celta.

    Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn 16:7Nm 14:25 – Mc 10. 32). Muitas vezes o termo ‘caminho’ significa os simples hábitos da vida – ‘endireitai os vossos caminhos’ – ‘todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra’ (Gn 6:12 – 19.31 – Jr 32:19). ‘Caminho do Senhor’ quer dizer o que Ele é em relação a nós: ‘os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos’ (is 55:8). ir ‘pelo caminho de todos os da terra’ (Js 23:14) significa estar para morrer, na sua viagem para a sepultura. Caminho duro representa o caminho dos pecadores (Jz 2:19). Jesus Cristo é chamado o Caminho (Jo 14:6), pois que é por Ele somente que os crentes obtêm a comunicação com o Pai. Estas expressões ‘o Caminho’, ‘este Caminho’, usavam-se a respeito da crença e prática cristãs (At 9:2 – 19.9,23 – 22.4 – 24.14,22), talvez para contrastar com o sistema judaico de regras para a vida diária, chamadas Halacote ou Caminhos.

    estrada, via, trilha, raia, vicina, carreiro, azinhaga, picada, senda, vereda, atalho. – Todas estas palavras têm de comum a propriedade de designar “espaço aberto conduzindo de um lugar a outro”. – Caminho não sugere mais que a ideia de “espaço ou trilho livre entre dois pontos”. – Estrada é “caminho largo, construído com mais ou menos arte, e de modo que se preste ao tráfego de veículos”. Há estradas de rodagem, estradas de ferro, etc. Por influência do francês, já se diz também – caminho de ferro. – Via só dá ideia do meio de comunicação entre um e outro ponto. É assim que tanto dizemos – via terrestre, como – via marítima, ou fluvial (e não – estrada, nem mesmo caminho). – Trilha (ou trilho) é caminho estreito, aberto por entre obstácu- 248 Rocha Pombo lo. Nesta acepção, trilha é vocábulo mais próprio e mais usado do que trilho, pois este designa melhor o sulco, a passagem rápida para transpor um embaraço. – Raia é, aqui, “uma curta trilha destinada a jogos de corrida”. – Vicina é termo pouco usado, empregando-se, em vez dele, a locução – caminho vicinal – para indicar os “pequenos caminhos, que levam de um caminho geral ou de uma estrada, para os lugares vizinhos”. – Carreiro é “caminho estreito, aberto pelo tráfego de carros”. – Azinhaga é também “caminho estreito”, mas sugere a ideia de “complicado e escuso”. – Picada é “trilha mal aberta em floresta, cortando-se apenas as árvores, numa certa direção”. – Senda, se se atende à respetiva origem (do latim semita de semis + iter) deve significar “meio caminho”, ou caminho muito estreito por onde mal pode passar-se. Não se compreende como é tão usada esta palavra na frase – a senda..., e até – “a larga” senda do progresso... Talvez só se explique isso pela beleza fônica do vocábulo. – Vereda é “trilha tão maldistinta que apenas parece marcar o rumo seguido”. – Atalho é “caminho estreito, trilha, azinhaga por onde se evitam as longas curvas do caminho geral”.

    O caminho celeste é o dia que o Pai nos concede, quando aproveitado por nós na prática do bem. Cada hora, desse modo, transforma-se em abençoado trecho dessa estrada divina, que trilharemos até o encontro com a grandeza e a perfeição do Supremo Criador, e cada oportunidade de bom serviço, durante o dia, é um sinal da confiança de Deus, depositada em nós. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O caminho oculto• Pelo Espírito Veneranda• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 19


    Caminho CAMINHO DO SENHOR

    Nomes dados à religião dos primeiros cristãos e ao seu modo de vida (At 19:9; 22.4).


    Caminho A estrada que conduz à vida eterna. Jesus ensinou que não existia uma pluralidade de caminhos; apenas que ele era o único que levava ao Pai (Jo 14:4-6). Em termos humanos, esse caminho é tão estreito que segui-lo é impossível sem uma prévia conversão (Mt 7:13ss.; Mt 5:20; 18,8ss.; 25,21.23).

    Declarar

    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Manifestar publicamente; anunciar: declarar as razões do crime; declarar as regras aos funcionários; o réu se declarou culpado.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Apresentar algo ao fisco, para fiscalização: declarar bens; declarar dinheiro na alfândega.
    verbo transitivo direto e pronominal Admitir judicialmente como verdadeiro; reconhecer: declarar o menino como filho; declarou-se incapaz de cuidar dos filhos.
    Nomear alguém ou si próprio para alguma coisa; nomear, designar: declarou o filho como embaixador; declarou-se CEO da própria empresa.
    Anunciar solenemente; proclamar, nomear, eleger: declarar os responsáveis pelas demissões; os candidatos se declararam aptos para o cargo.
    verbo pronominal Tornar público um sentimento: eles se declaram antes do casamento.
    Demonstrar uma posição contrária ou favor; revelar-se.
    Etimologia (origem da palavra declarar). Do latim declarare.

    descobrir, manifestar, revelar, divulgar, publicar, promulgar, anunciar, noticiar, desvendar, expor, patentear, explicar, enunciar, expressar, referir, relatar, narrar, contar, mostrar, proclamar, espalhar, assoalhar, apregoar, propagar, propalar. – Tratando dos seis primeiros verbos deste grupo, diz Roq. que “todos significam, em geral, dar a conhecer o que estava ignorado; podendo isso verificar-se por vários modos, segundo cada um particularmente indica. – Declarar é pôr em claro, aclarar, explicar, interpretar o que está escuro, ou não se entende bem. – Descobrir é, como já se viu em outro grupo, tirar o que cobre, oculta uma coisa; destapar, abrir, alcançar a ver. – Manifestar é pôr as coisas como à mão, mostrá-las, presentá-las, fazê-las patentes. – Revelar é tirar, levantar o véu; supõe uma violação de juramento ou de estreita obrigação, ou penoso esforço para publicar o mui reservadamente sabido ou secretamente guardado ou oculto, resultando desta revelação ou grandes benefícios ou graves danos; como quando se revela uma extensa e infernal conspiração, um segredo de Estado, ou o sigilo da confissão, que é o mais sacrílego crime. – Divulgar é patentear, dar a conhecer a todos uma coisa, propagando-a tanto que chegue a ser geralmente sabida, até do mesmo vulgo. – Publicar é fazer patente ou notória uma coisa por quantos meios houver. Aplica-se mais geralmente este verbo tratando-se de matérias que a todos interessa saber, como são leis, ordens, decretos, regulamentos; e para isto vale-se o governo de pregões, proclamas, bandos, circulares e anúncios nos papéis públicos. – Declaram-se as intenções, os desejos, as ações que não eram conhecidas, ou quando muito que eram conhecidas incompletamente, ou de um modo incerto. Descobre-se a alguns o que lhes era oculto, dando-lhes disso notícia. Manifesta-se o que estava escondido, pondo-o patente, ou aclarando com expressões positivas e terminantes o que era simulado. Revela-se um segredo por se não poder guardar, e muito mais quando disto resulta interesse ou glória. Divulga-se o que não era sabido de todos, estendendo-se a notícia por toda parte. Publica-se o que não era notório, fazendo-o de um modo autêntico e formal, para que chegue à notícia de todos, e ninguém alegue ignorância”. – No sentido deste último verbo, promulgar é o mais próprio. Além disso, promulgar designa particularmente a ação de fazer autêntico o texto de uma lei, mediante uma fórmula própria e solene. O ato de promulgar é independente do ato de publicar, sendo a publicação apenas uma formalidade da promulgação. – Anunciar é fazer público por meio de anúncio, isto é, por declaração mais ou menos minuciosa do que se quer que seja conhecido. E num sentido mais restrito – anunciar “é fazer público, por algum sinal, o que há de vir”. – Noticiar é “publicar como coisa nova, como fato não sabido”. Noticia-se um escândalo que se dera (não – anuncia-se). Anuncia-se um espetáculo, uma sessão para amanhã (não – noticia-se). – Desvendar é quase o mesmo que revelar, apenas com esta diferença: desvenda-se o alheio – um negócio, um segredo que interessa mais diretamente, 334 Rocha Pombo ou mais propriamente a outra pessoa; revela- -se o que nos diz respeito a nós próprios – uma suspeita, um intento, uma ideia, etc. – Expor é propriamente “apresentar às vistas de alguém”, e no sentido em que este verbo se faz sinônimo dos outros deste grupo – é fazer, explicando por palavras, – uma comunicação ou publicação tão clara como se se “pusesse o que se quer comunicar ante os olhos da pessoa a quem se comunica”. – Patentear é “expor com grande publicidade, em termos claros e precisos, de modo que fique evidente o que se expõe”. – Explicar é “fazer claro, inteligível o que é obscuro ou confuso”. – Enunciar é “dizer por palavras, como se do nosso espírito puséssemos para fora o que pensamos”. – Expressar é “enunciar com clareza, pelos termos próprios, que não deixem lugar a dúvidas, nem a sentido ambíguo”. – Referir é “contar, comunicar, passar a outrem aquilo que se ouviu; publicar segundo o que nos disseram”. – Relatar é “referir minuciosamente depois de haver estudado a matéria que se refere”. – Narrar é apenas “expor (o que se ouviu, o que se leu, ou o que se sabe) com toda minuciosidade”. – Contar é dar conta, passar (alguma coisa que se ouviu ou soube) a outrem. Sugere este verbo a ideia de que a pessoa que ouve tem interesse em saber o que se lhe conta. – Mostrar é “pôr diante dos olhos”; e só figuradamente é que se emprega este verbo como significando – “fazer entendido tão bem, tão perspicuamente como a coisa que se vê”. – Proclamar é “anunciar, publicar em alta voz e com solenidade”. – Espalhar, como os quatro últimos que se lhe seguem, enuncia a ideia de “fazer passar, sem reserva e sem ordem, a notícia de alguma coisa, ou o anúncio do que se espera, ou aquilo que não se sabia”. Mas: – espalhar não sugere mais que o intuito de fazer conhecido o fato de que se trata; – assoalhar é “espalhar com desabrimento, publicar com ostentação”; – apregoar é “assoalhar espalhafatosamente, anunciar gritando”; – propagar sugere o interesse com que se espalha e divulga; e – propalar é “pôr, ou fazer entrar, com cautela e habilmente, no domínio do vulgo”. Quem propala não assoalha, não apregoa, nem mesmo publica propriamente, mas vai passando o que sabe, ou o que intenta, como a meia-voz, clandestinamente.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Falar

    Vem do Latim fabulare, que vem de fabula, que quer dizer "rumor, diz-que-diz, conversa familiar, lenda, mito, conto". Atualmente, se usa em Psiquiatria o termo fabulação, significando uma grande produção de palavras com pouco conteúdo. É um sintoma mais comum do que se pensa.

    verbo regência múltipla Expressar-se através das palavras; dizer: falou mentiras; falou mentiras aos pais; quase nunca falava; não se falavam.
    Dizer a verdade; revelar: o réu se recusava a falar ao juri.
    Exercer influência: a honra deve falar mais alto que o interesse.
    Iniciar um assunto; contar alguma coisa: falavam sobre o filme.
    Figurado Ser expressivo ou compreensível; demonstrar: as ações falam sozinhas; olhos que falam.
    Expressar-se numa outra língua: fala espanhol com perfeição.
    verbo transitivo indireto Falar mal de; criticar: fala sempre da vizinha.
    verbo pronominal Permanecer em contato com alguém: os pais não se falam.
    substantivo masculino Ato de se expressar, de conversar: não ouço o falar do professor.
    [Linguística] Variante de uma língua que depende de sua região; dialeto: o falar mineiro.
    Etimologia (origem da palavra falar). Do latim fabulare.

    Maís

    substantivo masculino Variedade de milho graúdo, bem desenvolvido.
    Não confundir com: mais.
    Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.

    Priscila

    -

    mulhersinha velha

    Também conhecida como “Prisca”, seu nome formal. Em seus escritos, o apóstolo Paulo refere-se a ela como Prisca. Era casada com o judeu cristão Áqüila, natural do Ponto e fabricante de tendas.

    Priscila e seu marido, sempre citados juntos, são apresentados no livro de Atos. Também são mencionados por Paulo em Romanos, I Coríntios e II Timóteo. É o único casal cristão citado pelos nomes no livro de Atos e nas cartas.

    Das seis vezes em que o casal é mencionado, em quatro Priscila é citada em primeiro lugar. Isso tem levado muitos estudiosos a acreditar que ela pertencia a uma classe social superior à do marido. Geralmente, sustenta-se que Áqüila era um escravo judeu que conquistou a liberdade em Roma e Priscila pertencia a uma família romana chamada “Prisca”.

    É interessante notar que em I Coríntios 16:19, onde Paulo fala sobre a igreja que se reunia na casa deles, Priscila é mencionada depois do marido. Alguns sugerem que essa colocação coincide com o ensino do apóstolo da ordem do relacionamento entre esposo/esposa no lar (Ef 5:22-33; a outra referência em que é mencionada depois do marido é no texto em que o casal é citado pela primeira vez, Atos 18:2).

    Por causa de um decreto do imperador Cláudio, Priscila e seu marido saíram de Roma e foram para Corinto, no ano 49 d.C. Ali ela conheceu o apóstolo Paulo, o qual trabalhava junto com Áqüila na fabricação de tendas e estava hospedado na casa deles (At 18:3).

    O casal acompanhou Paulo à Síria e depois se estabeleceu em Éfeso (At 18:18-19), onde eles conheceram um judeu cristão chamado Apolo. Ele pregava sobre Jesus Cristo numa sinagoga e, embora tivesse um profundo conhecimento das Escrituras, conhecia apenas o batismo de João Batista. Priscila e Áqüila o convidaram para ir à casa deles e lhe ensinaram outras particularidades do Evangelho (At 18:26).

    O relato anterior sobre o encontro deles com Apolo revela que Priscila de maneira alguma era inferior ao marido no conhecimento ou no serviço cristão. Era uma mulher inteligente que teve uma participação vital no ministério da igreja no primeiro século do cristianismo. Era fiel, hospitaleira, honrada e apoiava o marido.

    Priscila e Áqüila foram muito amigos de Paulo durante todo o seu ministério (Rm 16:3-4). A última vez que são citados é no final da vida do apóstolo, quando, em sua última carta a Timóteo, ele pede ao seu filho na fé que os saúde (2Tm 4:19). Veja Áqüila. K.MCR.


    Priscila [Velhinha]

    Esposa de ÁQÜILA (At 18:1-26; Rm 16:3; 1Co 16:19).


    Quando

    advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
    Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
    Em qual época: quando partiram?
    advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
    conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
    conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
    conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
    conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
    conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
    locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
    locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
    Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

    quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

    Sinagoga

    substantivo feminino Templo onde os judeus se reúnem para o exercício de seu culto.
    Assembléia de fiéis na religião judaica.

    Assembléia. A sua significação literal é a de uma convenção ou assembléia. A palavra, como no caso de ‘igreja’, veio a significar o próprio edifício, onde a assembléia se reunia. ‘Assembléias’ locais para instrução da Lei, e para culto, existiam desde tempos muito afastados, como eram, por exemplo, ‘as casas dos profetas’ (1 Sm 10.11 – 19.20 a 24 – 2 Rs 4,1) – e durante o cativeiro não eram raras as reuniões dos anciãos de israel (*veja Ez 8:1 e passagens paralelas) – as verdadeiras sinagogas parece terem-se formado mais tarde, na dispersão. Desde o ano 200 (a.C.), mais ou menos, começou a desenvolver-se na Palestina este gênero de assembléia com uma sistemática organização, multiplicando-se os edifícios próprios para os serviços religiosos. Estavam estas assembléias intimamente relacionadas com a obra dos escribas, como sendo instituições para instruir o povo na Lei e ensinar a sua aplicação na vida diária. Nas sinagogas, os custosos rolos das Escrituras, escritos pelos escribas, eram cuidadosamente guardados numa caixa ou arca, que de um modo visível estava voltada para o povo que se achava sentado. Havia serviços regulares todos os sábados, e também no segundo e quinto dia da semana. Uma especial importância era dada nestes serviços à leitura da Lei e dos Profetas – e também se faziam orações, exortações, explicações, e se davam esmolas. Como o conhecimento da antiga língua hebraica foi a pouco e pouco extinguindo-se, tinha a leitura de indicadas porções da Escritura de ser acompanhada da respectiva tradução em aramaico, ou talvez mesmo em grego, que parece ter sido uma língua entendida ao norte da Palestina no tempo de Jesus Cristo. As sinagogas eram não somente lugares de culto, mas também escolas, onde as crianças aprendiam a ler e a escrever – e serviam, também, de pequenos tribunais de justiça, nos quais a sentença não só era dada mas executada (Mt 10:17). Geralmente a sinagoga estava sob a direção dos ‘anciãos’ (Mc 7:3), sendo o primeiro deles chamado algumas vezes o príncipe ou o chefe daquelas assembléias (Lc 13:14At 13:15). os lugares dos anciãos, e dos principais, eram em frente da arca, estando eles voltados para a congregação. os anciãos tinham o poder de disciplinar, de excomungar e de açoitar – e eram eles, ou os principais, que na ocasião do serviço religioso convidavam pessoas de consideração para ler, ou orar, ou pregar. A coleta era levantada por dois ou mais indivíduos, e havia um ‘ministro’ (assistente), (Lc 4:20), que tinha sob o seu cuidado os livros sagrados, e cumpria os simples deveres de guarda. A ordem do culto nas sinagogas assemelhava-se muito à que se acha descrita em Ne 8:1-8, devendo comparar-se esta passagem com a de Lc 4:16-20. As sinagogas eram muito numerosas. Em qualquer povoação, em que vivia um certo número de judeus, tratando dos seus negócios, ali havia uma sinagoga. As companhias comerciais também possuíam a sua própria sinagoga, e até pessoas estranhas as construíam para os da sua própria nação. E por isso se fala em sinagogas ‘dos Cireneus, dos Alexandrinos, e dos da Cilícia e Ásia’, sendo essas pessoas do gênero daquelas que desses países numa ocasião subiram a Jerusalém (At 6:9). No tempo de Jesus Cristo era raro o país, em todo o império romano, onde não fosse encontrada uma sinagoga.

    Sinagoga (do grego synagogê, assembléia, congregação) – Um único templo havia na Judéia, o de Salomão, em Jerusalém, onde se celebravam as grandes cerimônias do culto. Os judeus, todos os anos, lá iam em peregrinação para as festas principais, como as da Páscoa, da Dedicação e dos Tabernáculos. Por ocasião dessas festas é que Jesus também costumava ir lá. As outras cidades não possuíam templos, mas apenas sinagogas: edifícios onde os judeus se reuniam aos sábados, para fazer preces públicas,sob a chefia dos anciãos, dos escribas,ou doutores da Lei. Por isso é que Jesussem ser sacerdote, ensinava aos sábadosnas sinagogas.Desde a ruína de Jerusalém e a disper-são dos judeus, as sinagogas, nas cida-des por eles habitadas, servem-lhes detemplos para a celebração do culto
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•


    Sinagoga Casa de oração dos judeus, que começou a existir provavelmente durante o CATIVEIRO. As sinagogas se espalharam pelo mundo bíblico. Nelas, adultos e crianças adoravam a Deus, oravam e estudavam as ESCRITURAS (Lc 4:16-30). A doutrina cristã se espalhou entre os judeus por meio das sinagogas (At 13:13-15) , cuja organização e forma de culto foram adotadas pelas igrejas cristãs.

    Sinagoga Lugar do culto judaico. A palavra é de origem grega e designa um local de reunião. O termo hebraico para essa palavra é bet ha-kneset (casa de reunião). Aparece já no exílio babilônico após a primeira destruição do Templo, embora alguns estudiosos considerem que Jr 39:8 poderia ser uma referência antecipada a essa palavra.

    Nesses locais de reunião, os judeus liam e estudavam a Bíblia, oravam e encontravam consolo em seu exílio. Antes do ano 70, já existiam umas 400 sinagogas somente em Jerusalém e umas 1.000 na diáspora. Depois dessa época, a sinagoga substituiu o Templo e se transformou no centro da vida judaica. Com o passar do tempo, a sinagoga modificou-se arquitetonicamente, mas conservou, sem dúvida, uma estrutura básica que consistia em uma arca sagrada (arón hakodesh), em um muro oriental ou de frente a ele (mizraj), em direção a Jerusalém em frente da entrada (Ber. 30a, Tosef. a Meg. 4.22); em uma bimah no centro ou voltado para trás; e em um ner tamid ou lâmpada perene pendurada diante da arca para simbolizar a menorah — ou candelabro de sete braços — do Templo. Também o setor de mulheres (ezrat nashim) encontrava-se separado dos homens por uma divisão, ou era construído em forma de galeria. A arca continha rolos sagrados (Sefer Torah) e diversos objetos religiosos. Junto a ela, ficavam os assentos de honra para os rabinos e fiéis ilustres.

    Jesus freqüentou as sinagogas e utilizou-as como lugar de pregação (Mc 1:39; Lc 4:44). Na de Nazaré, iniciou seu ministério público (Lc 4:16-22). As sinagogas foram também cenário de seus confrontos com demônios (Lc 4:31ss.) e de seus milagres (Mc 3:1ss).

    J. Peláez del Rosal, La sinagoga, Córdoba 1988; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; E. Schürer, o. c.; f. Murphy, o. c.; S. Sandmel, Judaism...; E. P. Sanders, Judaism...


    áqüila

    Águia. Um judeu que, por força de um édito de Cláudio, foi obrigado a sair de Roma com sua mulher Priscila. S.Paulo encontrou-os em Corinto por ocasião da sua primeira visita, e trabalhou com eles no oficio de fazer tendas. Quando, passados dezoito meses, S. Paulo partiu de Corinto, acompanharam-no Áqüila e Priscila até Éfeso, onde ficaram, indo S. Paulo para a Síria. Em Éfeso tomaram a peito orientar melhor, na doutrina de Cristo, o pregador Apolo, que já tinha sido instruído no caminho do Senhor, mas imperfeitamente (At 18:24-26). A seriedade das suas crenças cristãs mostra-se no fato de, tanto em Roma como em Éfeso, se reunirem em sua casa os cristãos para realizarem o serviço religioso 1Co 16:19 e Rm 16:5), e serem descritos por Paulo, nas saudações da sua epístola aos Romanos, como pessoas que ‘pela minha vida arriscaram as suas próprias cabeças’, referindo-se ao cuidado deles com ele próprio em certas ocasiões de tumultos e perigo (Rm 16:4).

    (Gr. “águia”). Um judeu cristão. Não se sabe quando se converteu ao cristianismo, mas provavelmente isso aconteceu em sua terra natal, no Ponto (um antigo distrito da Ásia Menor, próximo ao mar Negro) ou em Roma. Em 49 d.C. ele e sua esposa Priscila deixaram Roma e foram para Corinto (At 18:2). Foram forçados a abandonar sua casa na capital romana, quando o imperador Cláudio ordenou a expulsão de todos os judeus da região, por causa dos constantes tumultos que causavam, instigados por um tal “Cresto” (uma possível referência a Cristo).

    Fabricante de tendas, Áqüila começou a trabalhar em Corinto. Paulo encontrou-se com ele naquela cidade; como eram da mesma profissão, trabalharam e permaneceram juntos. Quando chegou o tempo do apóstolo viajar para a Síria, Áqüila e sua esposa Priscila foram juntos (At 18:18-19). Paulo separou-se do casal em Éfeso, onde eles encontraram Apolo. Este era instruído nas Escrituras, mas conhecia apenas o batismo de João. Áqüila e Priscila o convidaram para visitá-los e “lhe declararam com mais precisão o caminho de Deus” (At 18:26).

    Paulo considerava Áqüila e Priscila amigos leais e colaboradores em Cristo. O casal arriscou a própria vida por ele e foi de grande valia para as igrejas entre os gentios (Rm 16:3-4). Eles também tinham uma igreja reunindo-se em sua casa (1Co 16:19). A última vez em que são mencionados é em II Timóteo 4:19, onde Paulo exorta Timóteo a mandar-lhes saudações. M.C.R.


    Áqüila [Águia] - Cristão que fazia tendas e que, junto com Priscila, sua esposa, cooperou com Paulo em Corinto e em outros lugares ajudou Apolo e muitos outros (Act 18:2-18,2) 6; (Rm 16:3-4); (2Tm 4:19).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    οὗτος τέ ἄρχομαι παρῥησιάζομαι ἔν συναγωγή ἀκούω δέ Πρίσκιλλα καί Ἀκύλας προσλαμβάνω αὐτός καί ἀκριβέστερον αὐτός ἐκτίθημι ὁδός θεός
    Atos 18: 26 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E ele começou a falar ousadamente na sinagoga. E, ouvindo-o Áquila e Priscila, o tomaram consigo e expuseram-lhe mais perfeitamente o caminho de Deus.
    Atos 18: 26 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    51 d.C.
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1620
    ektíthēmi
    ἐκτίθημι
    colocar ou empregar, pôr para fora, expor
    (having been set outside)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) passivo - Masculino no Singular genitivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G191
    akoúō
    ἀκούω
    ser idiota, louco
    (the foolish)
    Adjetivo
    G199
    akribōs
    ἀκριβῶς
    Mas
    (but)
    Advérbio
    G207
    Akýlas
    Ἀκύλας
    cidade em Benjamim
    (Ono)
    Substantivo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3598
    hodós
    ὁδός
    propriamente
    (route)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G3955
    parrhēsiázomai
    παῤῥησιάζομαι
    usar a liberdade de falar, falar com franqueza
    (he had spoken bodly)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo médio - 3ª pessoa do singular
    G4252
    Prískilla
    Πρίσκιλλα
    ()
    G4355
    proslambánō
    προσλαμβάνω
    ser baixo, ser humilhado
    (and brought low)
    Verbo
    G4864
    synagōgḗ
    συναγωγή
    subida, oráculo, fardo, porção, levantamento
    ([and sent] portions)
    Substantivo
    G5037
    τέ
    um homem do Carmelo que rejeitou os mensageiros de Davi, e morreu de choque quando
    (Nabal)
    Substantivo
    G756
    árchomai
    ἄρχομαι
    ser o primeiro a fazer (algo), começar
    (began)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo médio - 3ª pessoa do singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐκτίθημι


    (G1620)
    ektíthēmi (ek-tith'-ay-mee)

    1620 εκτιθημι ektithemi

    de 1537 e 5087; v

    1. colocar ou empregar, pôr para fora, expor
    2. mostrar, exibir
    3. metáf. mostrar, declarar, expôr

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἀκούω


    (G191)
    akoúō (ak-oo'-o)

    191 ακουω akouo

    uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

    1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
    2. ouvir
      1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
      2. entender, perceber o sentido do que é dito
    3. ouvir alguma coisa
      1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
      2. conseguir aprender pela audição
      3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
      4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
      5. compreender, entender

    ἀκριβῶς


    (G199)
    akribōs (ak-ree-boce')

    199 ακριβως akribos

    do mesmo que 196; adv

    1. exatamente, acuradamente, diligentemente

    Ἀκύλας


    (G207)
    Akýlas (ak-oo'-las)

    207 Ακυλας Akulas

    provavelmente do latim aquila (uma águia); n pr m Áquila = “uma águia”

    1. um judeu de Ponto, um fazedor de tendas convertido para Cristo, companheiro de Paulo na propagação do cristianismo

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁδός


    (G3598)
    hodós (hod-os')

    3598 οδος hodos

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:42,666; n f

    1. propriamente
      1. caminho
        1. caminho transitado, estrada
      2. caminho dos viajantes, excursão, ato de viajar
    2. metáf.
      1. curso de conduta
      2. forma (i.e. modo) de pensar, sentir, decidir

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    παῤῥησιάζομαι


    (G3955)
    parrhēsiázomai (par-hray-see-ad'-zom-ahee)

    3955 παρρησιαζομαι parrhesiazomai

    voz média de 3954; TDNT - 5:871,794; v

    1. usar a liberdade de falar, falar com franqueza
      1. falar livremente

        tornar-se confiante, ter ousadia, mostrar segurança, assumir um comportamento corajoso


    Πρίσκιλλα


    (G4252)
    Prískilla (pris'-cil-lah)

    4252 πρισκιλλα Priscilla

    diminutivo de 4251; n pr f Priscila = “antigo”

    1. uma cristã, esposa de Áquila

    προσλαμβάνω


    (G4355)
    proslambánō (pros-lam-ban'-o)

    4355 προσλαμβανω proslambano

    de 4314 e 2983; TDNT - 4:15,495; v

    1. levar a, pegar a mais, tomar para si mesmo
      1. tomar como companheiro
      2. tomar pela mão a fim de pôr de lado
      3. tomar ou receber em casa, com a idéia paralela de bondade
      4. receber, i.e., conceder acesso ao coração
        1. acolher em amizade e relação
      5. tomar para si mesmo, tomar: i.e., comida

    συναγωγή


    (G4864)
    synagōgḗ (soon-ag-o-gay')

    4864 συναγωγη sunagoge

    da (forma reduplicada de) 4863; TDNT - 7:798,1108; n f

    1. ajuntamento, recolhimento (de frutas)
    2. no NT, uma assembléia de homens
    3. sinagoga
      1. assembléia de judeus formalmente reunidos para ofertar orações e escutar leituras e exposições das escrituras; reuniões deste tipo aconteciam todos os sábados e dias de festa; mais tarde, também no segundo e quinto dia de cada semana; nome transferido para uma assembléia de cristãos formalmente reunidos para propósitos religiosos
      2. as construções onde aquelas assembléias judaicas solenes eram organizadas. Parece ser que as sinagogas tiveram sua origem durante o exílio babilônico. Na época de Jesus e dos apóstolos, cada cidade, não apenas na Palestina, mas também entre os gentios, se tivesse um considerável número de habitantes judeus, tinha pelo menos uma sinagoga. A maioria das sinagogas nas grandes cidades tinha diversas, ou mesmo muitas. As sinagogas eram também usadas para julgamentos e punições.

    Sinônimos ver verbete 5897


    τέ


    (G5037)
    (teh)

    5037 τε te

    partícula primária (enclítica) de conecção ou adição; partícula

    não apenas ... mas também

    tanto ... como

    tal ... tal


    ἄρχομαι


    (G756)
    árchomai (ar'-khom-ahee)

    756 αρχομαι archomai

    voz média de 757 (pela implicação de precedência); TDNT - 1:478,*; v

    1. ser o primeiro a fazer (algo), começar
    2. ser o chefe, líder, principal
    3. começar, fazer o começo

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo