Enciclopédia de Atos 21:37-37

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 21: 37

Versão Versículo
ARA E, quando Paulo ia sendo recolhido à fortaleza, disse ao comandante: É-me permitido dizer-te alguma coisa? Respondeu ele: Sabes o grego?
ARC E, quando iam a introduzir Paulo na fortaleza, disse Paulo ao tribuno: É-me permitido dizer-te alguma coisa? E ele disse: Sabes o grego?
TB Quando Paulo estava para ser recolhido à cidadela, perguntou ao tribuno: É-me permitido dizer-te alguma coisa? Respondeu ele: Sabes grego?
BGB Μέλλων τε εἰσάγεσθαι εἰς τὴν παρεμβολὴν ὁ Παῦλος λέγει τῷ χιλιάρχῳ· Εἰ ἔξεστίν μοι εἰπεῖν ⸀τι πρὸς σέ; ὁ δὲ ἔφη· Ἑλληνιστὶ γινώσκεις;
HD Estando prestes a ser conduzido para a fortaleza , Paulo diz ao quiliarca: É lícito a mim dizer-te algo? Ele disse: Sabes {falar} em grego?
BKJ E, quando iam conduzindo Paulo para a fortaleza, ele disse ao tribuno: Eu posso falar contigo? E ele disse: Tu consegues falar grego?
LTT Mas, estando Paulo para ser introduzido para dentro da fortaleza, diz ao comandante- de- milhares: "É-me permitido te dizer alguma coisa?" E ele (o comandante) dizia: "Grego sabes tu?"
BJ2 Estando para ser recolhido à fortaleza, disse Paulo ao tribuno: "É-me permitido dizer-te uma palavra?" Replicou o tribuno: "Sabes o grego?
VULG Et cum cœpisset induci in castra Paulus, dicit tribuno : Si licet mihi loqui aliquid ad te ? Qui dixit : Græce nosti ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 21:37

Mateus 10:18 e sereis até conduzidos à presença dos governadores e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios.
Lucas 21:15 porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos opuserem.
Atos 19:30 E, querendo Paulo apresentar-se ao povo, não lho permitiram os discípulos.
Atos 21:19 E, havendo-os saudado, contou-lhes minuciosamente o que por seu ministério Deus fizera entre os gentios.
Atos 21:34 E, na multidão, uns clamavam de uma maneira; outros, de outra; mas, como nada podia saber ao certo por causa do alvoroço, mandou conduzi-lo para a fortaleza.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 21 : 37
a ser conduzido para a fortaleza
Lit. “informar-se (perguntando), investigar; estar informado, saber, apreender; notar”.

Atos 21 : 37
Paulo diz
Lit. “subiu a notícia/relato”. Expressão idiomática que reflete o posicionamento físico da Torre Antônia em relação ao Templo de Jerusalém. Pode ser substituída por “chegou a notícia/relato”.

Atos 21 : 37
É lícito a mim dizer-te algo
Lit. “se é permitido/lícito para mim dizer algo a ti”. Trata-se de uma oração condicional com o sentido de interrogativa.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Saulo Cesar Ribeiro da Silva

at 21:37
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários aos Atos dos Apóstolos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 118
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

37 Estando prestes a ser conduzido para afortaleza, Paulo diz ao quiliarca: é lícito a mim dizer-te algo? Ele disse: sabes [falar] em grego? 38 Não és tu, então, o egípcio que, antes destes dias, sublevou e conduziu para o deserto quatro mil varões dos sicários? 39 Disse Paulo: eu sou um homem judeu, de Tarso da Cilícia, cidadão de uma não insignificante cidade, e te peço me permitas falar ao povo. 40 Depois que lhe foi permitido, Paulo, colocando-se de pé sobre a escadaria e fazendo sinal com a mão ao povo, feito grande silêncio, discursou em dialeto hebraico, dizendo: — (At 21:37)


[…] Ia penetrar o primeiro pátio da grande fortaleza romana quando Paulo, compreendendo afinal que não fora a Jerusalém tão só para acompanhar quatro nazireus paupérrimos ao monte Moriá, e sim para dar um testemunho mais eloquente do Evangelho, interrogou o tribuno com humildade:

— Permitis, porventura, que vos diga alguma coisa?


Percebendo-lhe as maneiras distintas, a nobre inflexão da palavra em puro grego, o chefe da coorte replicou muito admirado:

— Não és tu o bandido egípcio que, há algum tempo, organizou a malta de ladrões que devastam estas paragens?

— Não sou ladrão — respondeu Paulo parecendo uma figura estranha, em vista do sangue que lhe cobria o rosto e a túnica singela —, sou cidadão de Tarso e rogo-vos permissão para falar ao povo.

O militar romano ficou boquiaberto com tamanha distinção de gestos e não teve outro recurso senão ceder, embora hesitante.


Sentindo-se num dos seus grandes momentos de testemunho, Paulo de Tarso subiu alguns degraus da escadaria enorme e começou a falar em hebraico, impressionando a multidão com a profunda serenidade e elegância do discurso. […]




(Paulo e Estêvão, FEB Editora., página 413. Indicadores 22 a 24)



Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 21 do versículo 1 até o 40
H. A VIAGEM A JERUSALÉM, Atos 21:1-16.

Atos 20 descreve a viagem de Paulo desde Éfeso, atravessando a Macedônia, até a Grécia e depois a sua volta, novamente através da Macedônia, até Filipos. Em Filipos, ele apanhou Lucas, a quem havia deixado ao partir para sua segun-da viagem missionária. "Nós" navegamos até Trôade onde o grupo passou uma semana. De lá "nós" navegamos pela costa até Mileto — com a anotação de cada noite em que ancoraram (13-16). O capítulo termina com a descrição da despedida de Paulo aos anciãos de Éfeso. Este é um dos poucos discursos de Paulo que foi registrado pelo próprio Lucas.

Atos 21 descreve o restante da viagem até Jerusalém, e conta o que aconteceu quando Paulo chegou a esta cidade em sua última visita. Lucas faz parte do grupo, como podemos ver pelo uso da palavra "nós" em toda essa seção. Sua presença também está refletida na continuação deste registro detalhado e quase diário de cada movimento que ele fez. É óbvio que Lucas manteve um registro diário das suas viagens, e aqui ele divide a essência desse seu diário de viagem com os leitores.

1. Tiro (21:1-6)

Com relação à frase separando-nos deles (1), Bruce escreve: "Continuamos dis-postos a preservar a atmosfera de fiel afeição dos versículos anteriores, dando a esta palavra a sua intensidade literal, "dilacerando-nos".3" Devemos sempre lembrar que os manuscritos gregos não eram divididos em capítulos que fracionam o texto, como atualmente. Um cuidadoso estudante da Bíblia deve ignorar a separação em capítulos quando eles não coincidem com a unidade de pensamento do autor. O sistema de pará-grafos usado nas versões revistas nos ajuda a fazer isto.

Depois da emocionante despedida, o grupo de Paulo navegou — "lançou velas" (cf. Atos 13:13-16.11; 18.21; 20.3,13) — e fomos correndo caminho direito — lit., "tendo per-corrido uma linha reta, chegamos". A frase principal (em uma única palavra grega) só é encontrada aqui e em Atos 16:11. Lake e Cadbury dizem: "Isto implica que, como usualmente acontece nesta região no verão, o vento estava soprando na direção noroeste, e isto expli-ca novamente por que foi muito mais fácil para Paulo mandar chamar os anciãos de Éfeso do que ir em sua direção".' Eles também observam: "Não seria exagero supor que Paulo alcançou Mileto a partir de Trôade, movido por um único "vento", passou a noite seguinte de calmaria com os efésios, e depois continuou aproveitando o vento que soprou a seguir".313 Geralmente, estes ventos sopravam durante quatro ou cinco dias, e eram seguidos por dois ou três dias de calmaria.'"

No primeiro dia, o grupo alcançou Cós, que ficava "a cerca de quarenta milhas náu-ticas de Mileto".' Este é o nome da ilha e da sua capital. O mesmo acontece com Rodes (ver o mapa 3), onde eles ancoraram na noite seguinte. Nos dois casos, o nome provavel-mente se refere à própria cidade. Na ilha de Cós existia o templo de Esculápio, o deus da cura, com uma escola de medicina anexa. Também supunham que esta era a terra de Hipócrates, o pai da moderna ciência médica. O Juramento de Hipócrates, ainda obriga-tório a todos os médicos e cirurgiões, pode ser visto atualmente pendurado nos consultó-rios dos médicos.
Rodes, a cerca de 130 quilômetros de Cós, era uma cidade famosa pelo Colosso de Rodes, uma gigantesca estátua de bronze com 45 metros de altura, de Apolo, o rei-sol. Antigamente, as pernas da estátua se estendiam sobre a entrada da baia. Uma das sete maravilhas do mundo da antiguidade, ela já estava em ruínas quando Paulo visitou o lugar, tendo sido destruída por um terremoto no ano 224 a.C. Mas a cidade ainda era uma cidade livre, e um importante porto comercial sob o Império Romano.

No terceiro dia depois de Mileto, o barco alcançou Pátara, que estava a 110 quilômetros de distância de Rodes. Era um porto de mar localizado na costa da Lícia, na extremidade sudoeste da Ásia Menor. Ali... achando um navio que ia para a Fenícia, embarcamos nele e partimos. Alexander diz: "A precisão e os detalhes dessa narrativa provam que ela procede de uma testemunha ocular, enquanto a fraseologia náutica mostra que estava familiarizada com o mar".316

Um manuscrito grego ()) complica este assunto acrescentando "e Mirra" depois de Pátara (1). Isto mostraria que a mudança de um navio costeiro para outro navio em direção à Fenícia ocorreu em Mirra e não em Pátara. A favor desta interpretação está o fato de que "Mirra parece ter sido um grande porto para o tráfico direto através do mar entre as costas da Síria e do Egito".' Apesar disso, Ramsay prefere o texto mais comum, tal qual usamos."' Aparentemente, Lake e Cadbury também fazem o mes-mo,'" e Bruce não expressa a sua opinião.'" Não parece haver suficiente justificativa para acrescentar "e Mirra", especialmente porque isto exigiria uma viagem de cerca de oitenta quilômetros por mar, a leste, contra os prevalecentes ventos que vinham da direção nordeste.

A próxima etapa da viagem estava a aproximadamente 650 quilômetros, atraves-sando o mar até Tiro. Como um cuidadoso redator, Lucas escreve: E indo já à vista (3) — "tendo chegado próximo" (ASV) — de Chipre, deixando-o à esquerda — i.e., passando a sudoeste dessa ilha — navegávamos para a Síria — nome genérico para toda a área ao longo do Mediterrâneo entre a Ásia Menor e o Egito. Eles ancoraram em Tiro — principal porto da Fenícia — porque o navio havia de ser descarregado ali — "descar-regado da sua carga" (NASB). Como era típico de Lucas, este versículo tem quatro ter-mos náuticos — à vista, navegávamos, ancoraram (ou chegamos), e descarregado.

Achando (4) — lit., "tendo encontrado" o que implica uma procura —discípulos, ficamos ali sete dias. Parece que ninguém do grupo de Paulo conhecia Tiro. Provavelmente, eles sabiam que havia cristãos naquela cidade (cf. Atos 11:19-15.3), mas não sabiam onde encontrá-los. Devemos lembrar que não havia, nessa época, edifícios para as igre-jas, e os cristãos reuniam-se em casas particulares. Provavelmente, a razão para o grupo ter permanecido sete dias foi que este era o prazo necessário para descarregar o navio.

Durante a semana que Paulo passou em Tiro, os crentes, pelo Espírito, diziam a Paulo que não subisse a Jerusalém. No entanto, ele foi assim mesmo! Será que o apóstolo estava desobedecendo ao Espírito? Alexander nos dá uma boa resposta a esta questão, quando escreve: "Essa não era uma ordem divina para Paulo, mas uma conclusão dos discípulos por causa do fato, que lhes fora revelado, de que Paulo estaria exposto a um sério perigo".' Bruce concorda com esta interpretação e conclui: "Não devemos concluir que a continuação dessa viagem era contrária à vontade de Deus: 'foi sob a compulsão do Espírito' (20,22) que ele foi a Jerusalém".3' De uma coisa podemos ter certeza: Paulo sentiu que a vontade de Deus era que ele continuasse, a despeito do perigo.

Existe atualmente em Tiro uma praia muito linda, de areia macia, com vários quilômetros de extensão, na qual podemos ver caravanas de camelos que estão em viagem. Foi aqui que aconteceu a despedida. Partes dos versículos 5:6 dizem, literalmen-te: "E, postos de joelhos na praia, oramos. E, saudando-nos uns aos outros, subimos ao navio; e eles voltaram para casa". A palavra "no navio" está indicando que se trata do mesmo navio em que eles haviam chegado.

2. Cesaréia (Atos 21:7-14)

E nós... concluída (7) — talvez "continuando"' — a navegação — "a viagem" -de Tiro, viemos a Ptolemaida, a uma distância de cerca de quarenta quilômetros, a meio dia de viagem por barco rumo ao sul. Ptolemaida era a antiga Aco (Jz 1:31), atualmente chamada Acre. Hoje, ela está situada ao longo da Baía de Acre desde Haifa, que agora é o maior porto da costa de Palestina. Em Ptolemaida, o grupo de Paulo ha-vendo saudado os irmãos, ficou com eles um dia.

Lucas continua a narrativa: No dia seguinte, partindo' Paulo e nós... chega-mos a Cesaréia (8) — a uma distância de cerca de 56 quilômetros. Não sabemos se foram por terra ou por mar. Cesaréia tinha superado Ptolemaida como a principal cidade costeira da Palestina, porque Herodes, o Grande, construíra ali um grande porto, erigindo grandiosos edifícios. Naquela época, era a sede do governo romano na Judéia.

Em Cesaréia, Paulo e seu grupo se hospedaram na casa de Filipe, o evangelista (euangelistes, somente aqui, em Ef 4:11-2 Tm 4.5). Ele era um dos sete (cf. 6,5) e tinha agido como um evangelista com o eunuco etíope e o povo de Samaria (cap. 8). Evidente-mente, ele se destacou tanto neste campo que teve a honra de ser o único homem do Novo Testamento a receber esse título.

Filipe tinha quatro filhas donzelas, que profetizavam. Provavelmente, isto sim-plesmente quer dizer que elas pregavam. Lumby comenta:

A palavra "profecia" chegou a ter, desde aproximadamente o começo do século XVII, somente o único sentido de "predizer o que ainda iria acontecer". Na época da Rainha Elizabeth, "profecias" queria dizer "pregações", e a famosa obra de Jeremy Taylor, Liberty of Prophesying, foi escrita para sustentar a liberdade de pregação.'

O grupo permaneceu em Cesaréia muitos dias (10). Paulo tinha se apressado para chegar a Jerusalém a tempo para o dia de Pentecostes (20.16). Naqueles tempos de horá-rios de navegação incertos, como os barcos dependiam inteiramente da variação dos ven-tos, alguém precisaria reservar uma grande margem de tempo com relação a qualquer data de chegada. Parece que Paulo teve um progresso melhor do que tinha imaginado, e agora tinha vários dias livres antes do Pentecostes. Aparentemente, ele também prefe-ria passar esses dias em Cesaréia (onde poderia evangelizar os gentios) do que em Jeru-salém, onde muitos judeus se mostrariam pouco amistosos para com ele.

Enquanto Paulo estava em Cesaréia, a capital gentílica da Judéia, chegou da Judéia (10) — i.e., Jerusalém, a Judéia judaica — um profeta, por nome Ágabo. Como este nome não é comum, é perfeitamente possível que este fosse o mesmo Ágabo que anterior-mente havia predito a fome sob o governo de Cláudio César (11.28). Ele era um profeta e também previa o futuro.

Ágabo tomou a cinta de Paulo — um cinto como uma faixa — e ligou os pés e mãos de Paulo (11). Então ele pronunciou a predição divinamente inspirada de que Paulo seria preso assim pelos judeus em Jerusalém, e entregue aos gentios (i.e., os gover-nadores romanos). Deve-se observar que Ágabo não disse a Paulo que não fosse a Jerusa-lém. Ele simplesmente o avisou daquilo que lhe aconteceria se fosse para lá.

Quando esta predição foi ouvida, rogaram-lhe, tanto nós como os que eram daquele lugar, que não subisse a Jerusalém (12). É evidente que Lucas, juntamente com os outros da Grécia, da Macedônia, da Ásia e da Galácia (cf. Atos 20:4), insisti-ram em que Paulo não fosse a Jerusalém. A esse pedido, uniram-se os cristãos de Cesaréia. Não há dúvida a respeito do amor que estes crentes gentios sentiam pelo grande apóstolo.

No entanto, Paulo não iria se deter. Ele respondeu: Que fazeis vós, chorando (13) — isto mostra o fervor do seu pedido — e magoando-me o coração? — ou enfraquecendo o meu propósito. Alexander comenta: "Magoar (lit., esmagar, estremecer) meu coração, i.e., enfraquecer, até onde vocês podem, a minha coragem, e se esforçarem para sacudir a minha decisão, trabalhando com os meus próprios medos e a minha simpatia com o seu sofrimento".' O apóstolo declarou a sua disposição não somente para ser preso, mas também para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus. Este era o nome que ele uma vez havia amaldiçoado em Jerusalém. Agora ele estava pronto a fazer a reparação, morrendo por ele.

Quando os amigos de Paulo viram que ele não seria persuadido a mudar o seu cami-nho, eles se aquietaram, dizendo: Faça-se a vontade do Senhor! (14) Esta sempre deve ser a conclusão a que devem chegar os cristãos consagrados. Afinal, a discussão terminou, esta é a palavra final.

Esta passagem sugere: 1. A preocupação cristã com outros (12) ; 2. A coragem do cristão (13) ; 3. A consagração do cristão a Deus (14).

3. A Viagem a Jerusalém (Atos 21:15-16)

Tendo passado algum tempo em Cesaréia, havendo feito os... preparativos (15). É óbvio que o termo "preparativos" tinha, para os tradutores da versão KJV em inglês, um significado diferente daquele que tem para nós, hoje. Naquela época, significava alguma coisa que era carregada; agora, significa algo que carrega outras. E a expressão é uma única palavra em grego, um particípio aoristo que significa literalmente "tendo feito os preparativos". Provavelmente, a idéia seja "tendo arrumado a nossa bagagem" (NEB). Isto feito, subimos a Jerusalém, uma viagem difícil de mais de noventa quilômetros (ver o mapa 1), a qual incluía a subida a uma altitude superior a 750 metros. Eram necessários três dias para completar a viagem. Se eles alugassem cavalos, como foi sugerido por Ramsay327 e Rackham,328 e apoiado por Bruce ("uma suposição muito razoável"),' a viagem provavelmente seria feita em dois dias.

A última possibilidade encontra algum apoio no assim chamado Texto Ocidental (ver a Introdução), no capítulo 16, onde se lê: "E eles nos trouxeram àqueles com quem nos hospedaríamos, e chegamos a uma aldeia, e ali estavam com Mnasom, um cipriota, um dos primeiros discípulos". A idéia geral é sugerida pela tradução da versão RSV: "E foram também conosco alguns discípulos de Cesaréia, levando consigo um certo Mnasom, natural de Chipre, discípulo antigo, com quem havíamos de hospedar-nos". Se alguém objetar que este alojamento deve ter ocorrido em Jerusalém, uma vez que a afirmativa havia sido feita — subimos a Jerusalém (15) — deve-se observar que subimos está no tempo imperfeito e assim precisa ser traduzido como "estávamos subindo". Isto se encai-xa perfeitamente com a idéia de parar no meio do caminho para pernoitar com Mnasom, que tinha uma casa em uma aldeia na estrada que conduzia a Jerusalém. Isto também está de acordo com a frase de abertura do versículo 17, logo que chegamos a Jerusa-lém (particípio aoristo que indica a chegada final).

Paulo deve ter tido inúmeros amigos em Jerusalém, com quem poderia ter se hos-pedado. Ele também não precisaria que os discípulos de Cesaréia o guiassem na cidade de Jerusalém, que lhe era tão familiar. "A companhia, por outro lado, era muito natu-ral, se Mnasom vivesse em uma aldeia conhecida por esses discípulos, mas não conhe-cida por Paulo"?"

Devemos observar que discípulo antigo é traduzido corretamente nas versões re-centes. O adjetivo grego é archaios, de onde deriva a palavra "arcaico". Ele significa "original, antigo". Rackham opina que ele implica que Mnasom provavelmente foi um dos 120 presentes no Pentecostes"' (cf. Phillips — "um dos primeiros discípulos").

1. JERUSALÉM, Atos 21:17-23.35

1. Paulo Enfrenta Dificuldades (Atos 21:17-40)

O apóstolo tinha sido avisado, em seu caminho para Jerusalém, que a prisão e que alguns problemas esperavam por ele ali (cf. Atos 20:22-24; 21.4,11-12). Assim, não surpreen-de descobrir que os problemas apareceram logo depois da sua chegada.

a. Paulo Faz um Voto (21:17-26). Paulo e o seu grupo foram bem recebidos pelos irmãos (17) em Jerusalém. Nos receberam de muito boa vontade é uma ênfase dupla em grego. O verbo é um verbo composto, que significa "aceitar com alegria, dar as boas-vindas, receber".332 A isto se adicionou o advérbio de muito boa vontade.

No dia seguinte, Paulo entrou... em casa de Tiago (18). Este era Tiago, o irmão de Jesus, que aparentemente era o bispo ou o principal pastor da igreja de Jerusalém (12.17), e o moderador do Concílio de Jerusalém (15:13-20). Entrou é um verbo que raramente aparece no Novo Testamento. Rackham observa: "A forma incomum deste verbo no texto grego destaca a solenidade da ocasião"?' A mesma forma é encontrada no versículo 26.

Lucas acrescenta: e todos os anciãos vieram ali. Provavelmente estavam ali para receber as ofertas que Paulo e os seus companheiros tinham trazido das igrejas gentílicas da Acaia, da Macedônia, da Ásia e da Galácia para os crentes pobres de Jerusalém (Atos 20:4-1 Co 16:1-4; 2 Co 8:1-22; 9:1-5).

O apóstolo trouxera consigo representantes das igrejas que tinham dado estas ofertas (cf. 1 Co 16.3). Há duas razões para isto. A primeira é que Paulo queria prote-ger-se contra qualquer acusação de apropriação indevida de fundos. A sua atitude está refletida no que ele escreveu à igreja de Corinto: "Evitando isto: que alguém nos vitu-pere por essa abundância, que por nós é ministrada; pois zelamos o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens" (2 Co 8:20-21). Os representan-tes de todas as igrejas poderiam voltar as suas casas, contando que as ofertas dadas pelas suas igrejas foram verdadeiramente entregues à igreja de Jerusalém. Ter cuida-do nunca é demais quando se lida com os fundos da igreja. Não deve haver oportunida-de para críticas ou suspeitas.

A segunda razão foi que Paulo queria que os anciãos de Jerusalém vissem e conhe-cessem estes representantes das suas igrejas missionárias. O apóstolo tinha um objetivo duplo para angariar a generosa oferta para os santos de Jerusalém. Não foi apenas o motivo altruísta de satisfazer as necessidades econômicas dos cristãos atingidos pela pobreza na igreja mãe. O principal na mente de Paulo era o desejo de unir as igrejas judaica e gentílica em uma unidade e uma comunhão mais íntimas. Ele esperava que a oferta de amor dos gentios ajudasse os cristãos judeus a sentir maior bondade em relação a eles. Paulo também desejava que os líderes de Jerusalém sentissem o espíri-to dos seus convertidos das províncias. Um contato pessoal era essencial para poder realizar isto.

Evidentemente, Lucas era um destes representantes. É pelo menos possível, se não provável, que ele seja aquele a quem Paulo se refere como "aquele irmão cujo louvor no evangelho está espalhado em todas as igrejas" (2 Co 8.18). Sem dúvida, a própria igreja de Lucas em Filipos estivera entre as mais generosas na doação para estes necessitados (cf. Fp 4:14-16). Um sentido de modéstia deve ter levado Lucas a omitir aqui qualquer referência à apresentação da oferta."'

Tendo saudado os anciãos (19), Paulo contou-lhes minuciosamente — "lhes fez um relato minucioso" (Phillips) — daquilo que Deus fizera entre os gentios através do seu ministério. Quando ouviram o relato, os anciãos glorificaram ao Senhor (20) — o melhor texto grego diz "glorificaram a Deus". Lake e Cadbury comentam: "A implicação é que eles não estavam simplesmente agradecidos, mas aliviados. Os fatos devem ir além daquilo que foi relatado".'

Então os anciãos fizeram uma proposta a Paulo. Não se pode escapar ao sentimento de que estes cristãos judeus legalistas de Jerusalém eram pateticamente limitados em sua atitude. Eles queriam que Paulo, o apóstolo dos gentios, provasse que ainda era um bom judeu! Ele tinha se alegrado durante anos na gloriosa liberdade da salvação pela fé em Jesus Cristo, e havia pregado isto aos gentios. Agora eles queriam que ele se pusesse de acordo com um item da Lei de Moisés, para aplacar os "judaizantes" da igreja. Pode-mos admirar a sua motivação de querer evitar qualquer risco de ruptura entre os cris-tãos judeus e gentios, sem apoiar o método que eles queriam utilizar.
Os anciãos começaram chamando a atenção para quantos milhares — a palavra grega é myriades "miríades" (lit., "dezenas de milhares") — de judeus há que crêem, e todos são zelosos da lei. Na última frase estava o problema. A maioria dos judeus convertidos ao cristianismo ainda observava a Lei de Moisés. Nas suas mentes, isto não entrava em conflito com a fé em Cristo para a salvação. Para eles, a lei não era um meio de salvação, mas um modo de vida divinamente ordenado para o povo de Deus.

Estes convertidos judeus tinham sido informados (21). O verbo grego é katecheo, de onde vem a palavra "catequizar", e que significa instrução oral. Alexander afirma que a palavra "aqui é descritiva, não uma mera informação ou um rumor, mas uma cuidadosa insistência por parte dos oponentes de Paulo. Os fanáticos cristãos de Jerusalém não tinham sido simplesmente informados mas ensinados pelos seus caluniadores aqui-lo que vem a seguir".336 Lumby concorda com esta interpretação, e acrescenta: "Conse-qüentemente, podemos entender a grande hostilidade que o apóstolo sentiu, e a sua linguagem forte a respeito destes judaizantes. Os partidários destes homens devem ter trabalhado na preparação para a visita de Paulo, e devem ter envenenado as mentes dos homens contra ele".'

A acusação levantada contra Paulo era falsa. Os judeus alegavam que ele estava ensinando todos os judeus que estão entre os gentios a apartarem-se de Moisés — lit., ensinando-lhes "uma apostasia em relação a Moisés". A palavra grega apostasia é usada em 1 Macabeus 2.15 a respeito daqueles que estavam sendo obrigados a ignorar a lei e oferecer sacrifícios a ídolos. Isto forma um interessante paralelo com o seu uso nesta passagem.

Eles também disseram que Paulo estava ensinando os judeus que eles não deveri-am circuncidar os filhos, nem andar segundo o costume da lei. Não existe evidên-cia no livro de Atos nem nas epístolas de Paulo de que o apóstolo ensinasse quaisquer destas coisas aos judeus. Está claro que ele realmente dizia aos cristãos gentios que eles estavam livres da lei. E ele realmente escreveu aos seus "irmãos": "Vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou de entre os mortos" (Rm 7:4). Mas em nenhum lugar está indicado que ele tivesse dito aos judeus que deixassem de observar a lei.

Que faremos, pois? (22) Esta tradução literal significa "Como fica este assunto?" ou "Então o que deve ser feito?" (NASB). A frase é necessário que a multidão se ajunte talvez não seja uma parte do texto original (cf. ASV). De qualquer forma, os cristãos judeus ficariam sabendo que Paulo tinha chegado.

Então os anciãos elaboraram um plano. Eles tinham quatro homens que fizeram voto (23). Esta é a mesma palavra (euche) que aparece em 18.18, embora seja traduzida como "oração" em Tiago 5:15 (a única outra passagem do NT onde aparece). Os votos temporários dos nazireus normalmente duravam trinta dias. Foi sugerido que Paulo deveria se santificar — lit., "ser purificado" — com esses quatro homens, e fazer por eles os gastos (24) — "lit., gastar (dinheiro) com eles, ou seja, pagar as despesas das suas ofertas e outras formas cerimoniais até a conclusão dos seus votos"' — para que rapem a cabeça. Lumby comenta: "O raspar da cabeça tinha lugar na conclusão dos votos. Quando as vítimas eram oferecidas, o cabelo era queimado no fogo que estava debaixo do sacrifício da oferta pacífica".339

O resultado seria que todos saberiam da falsidade das coisas que eles tinham estado falando a respeito de Paulo — e que também tu mesmo andas — um termo militar, que significa "andar em uma fila" ou "manter o ritmo" — guardando a lei. A questão que surgiu algumas vezes foi se Paulo podia honestamente submeter-se a esta idéia de que ele observava a lei mosaica. De uma coisa temos certeza: o apóstolo agiu consciente-mente, de acordo com o que ele julgava ser o melhor para a causa de Cristo. Uma vez mais, ele seguiu a sua política de ser todas as coisas para todos os homens (ver os comen-tários sobre Atos 18:18).

Os anciãos concordaram (25) que o problema da prática cristã gentílica já tinha sido resolvido no Concílio de Jerusalém (Atos 15). Somente quatro restrições tinham sido colocadas para os cristãos gentios convertidos, as mesmas especificadas em Atos 15:29, na carta que eles tinham escrito — lit., "enviado".

Assim, Paulo, tomando consigo aqueles quatro varões que estavam fazendo votos, e tendo já sido santificado com eles, entrou, no dia seguinte (26) — ver comentários sobre "entrou" (18) — no templo, anunciando serem já cumpridos — lit., "anunciando a conclusão" — os dias da purificação; e ficou ali até se oferecer em favor de cada um deles a oferta. Hackett opina que Paulo permaneceu no Templo até que as ofertas de cada um tivessem sido feitas.' Rackham sugere que ele foi ao Templo em quatro dias diferentes, um dia para cada um dos homens.' A oferta para a conclusão dos votos dos nazireus eram um cordeiro, uma cordeira e um carneiro, com as ofertas de alimentos e bebidas apropriadas (Nm 6:13-15). O custo total para estes quatro homens representa-ria uma soma considerável.

b. Paulo É Preso em meio a um Tumulto (Atos 21:27-36). Quando os sete dias (27) — de purificação (cf.
26) — estavam quase a terminar, os judeus da Ásia — i.e., das re-dondezas de Éfeso, e desta maneira aptos a reconhecer "Trófimo, de Éfeso" (29) — ven-do-o no templo, alvoroçaram — "provocaram uma confusão" (cf. Atos 19:32) — todo o povo e lançaram mão dele. Esta foi uma ação violenta da multidão.

Aqueles que atacaram, gritaram: Varões israelitas, acudi! (28). Eles agiam como defensores do caráter sagrado do Templo. Gritavam alto que Paulo era aquele que... por todas as partes ensina a todos, contra o povo [os judeus], e contra a lei, e contra este lugar; e, demais disto, introduziu também no templo os gregos e profanou este santo lugar.

É claro que isto não era verdade. A base da sua acusação era uma peça de raciocínio ilógico. Eles viram Paulo no Templo. Eles já o tinham visto previamente em uma rua da cidade em companhia de Trófimo, de Éfeso (29). Eles juntaram estas duas premissas e chegaram à enganosa dedução de que ele deve ter levado este gentio consigo ao Templo. Este é um bom exemplo de como se iniciam alguns falsos rumores.

E alvoroçou-se — "agitou-se" — toda a cidade (30) — e houve grande concur-so de povo —Arndt e Gingrich dizem que o texto grego sugere a formação de um tumul-to' — e, pegando Paulo, o arrastaram (lit., imperfeito) — para fora do templo, açoitando-o enquanto o arrastavam (cf.
32) e logo as portas se fecharam. Presumimos que isto foi feito pelos sacerdotes e levitas, a fim de evitar a profanação do recinto sagra-do pela ação da multidão.

E, procurando (31) — lit., "enquanto procuravam" — matá-lo, chegou (lit., "foi até") o aviso — a palavra significa "informação, especialmente sobre fraudes ou outros crimes"' — ao tribuno — chiliarchos, "o comandante de mil homens, especificamente um tribuno militar romano"' — da coorte (o encarregado da supervisão do Templo) -de que Jerusalém estava toda em confusão. Lake e Cadbury escrevem que "a guar-nição em Jerusalém consistia em uma coorte de auxiliares que abrangia — pelo menos oficialmente — 760 homens de infantaria com um destacamento de 240 cavaleiros".' Eles acrescentam: "A sede da guarnição era em Antônia, que se comunicava com o Tem-plo por dois lances de escada, e das suas torres de vigia o Templo era supervisionado"' (ver o mapa 2).

O tribuno, tomando logo consigo soldados e centuriões, correu para eles (32). Como o texto menciona centuriões (o termo centurião refere-se a um oficial encar-regado de cem homens), a implicação era de que pelo menos duzentos soldados desceram correndo até o Templo para abafar o tumulto. A Festa de Pentecostes, motivo pelo qual Paulo se apressou a ir a Jerusalém (Atos 20:16), era a época do ano em que havia em Jerusa-lém mais judeus de fora da Palestina. Isto acontecia porque a outra festa principal, a Páscoa, acontecia muito cedo para uma navegação confortável no Mediterrâneo. Assim, Pentecostes era a festa favorita dos judeus que viviam fora da Palestina. Havia um gran-de contingente de homens da província da Asia, e estes lideraram o ataque a Paulo. Mas quando viram o tribuno e os seus soldados, pararam de agredir o apóstolo.

Uma vez que Paulo estava claramente no centro do tumulto, o tribuno prendeu-o e ordenou que ele fosse ligado com duas cadeias (ou correntes; 33). O tribuno evidente-mente pensou que Paulo fosse um criminoso perigoso.

Quando o tribuno perguntou quem poderia ser Paulo e o que ele tinha feito, o povo gritou em meio a tamanho tumulto que ele teve de ordenar que o prisioneiro fosse levado à fortaleza (34) — ou ao "quartel" (NASB). Quando chegaram às escadas que levavam ao quartel, os soldados tiveram que carregar Paulo por causa da violência da multidão (35). O povo o seguia, clamando: mata-o (36). Eles estavam determina-dos a matá-lo.

c. Paulo Faz um Pedido (Atos 21:37-40). Quando Paulo estava prestes a entrar na forta-leza, disse ao tribuno: É-me permitido dizer-te alguma coisa? (37) Evidentemente, ele falou com o tribuno em grego, porque este respondeu com surpresa: Sabes o grego? O tribuno pensou que ele fosse aquele egípcio (38) que antes destes dias havia feito uma sedição (uma revolta) e levado ao deserto quatro mil salteadores. Josefo fala desta mesma revolta, mas diz que eram trinta mil.'" Knowling sugere que poderiam ter sido quatro mil homens armados, mas trinta mil no total.' A palavra salteadores aqui significa assassinos (sicarii). Eles levavam pequenas adagas escondidas e matavam as pessoas em plena luz do dia.

Paulo assegurou ao tribuno que ele não era aquela pessoa. Sem hesitar, ele procla-mou a sua origem: eu sou um homem judeu, cidadão de Tarso, cidade não pouco célebre na Cilicia (39). Ele tinha razão em orgulhar-se da sua cidade natal, um dos três centros intelectuais daquela época (depois de Atenas e Alexandria). Paulo pediu permissão para dirigir-se à multidão. Quando o tribuno lhe deu a permissão — Paulo, pondo-se em pé nas escadas, fez sinal com a mão ao povo (39, 40). Surpreendente-mente, o povo que gritava fez um grande silêncio. Então ele falou-lhes em língua hebraica (dialektos, "dialeto"). Hebraica provavelmente quer dizer aramaica, a língua normalmente falada na Palestina na época de Cristo.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 21 do versículo 1 até o 40
*

21.1 Cós... Rodes... Pátara. Eles navegaram numa rota direta através das ilhas fora da costa da Ásia Menor, até o porto de Pátara. A pequena ilha de Cós era um estado livre na província da Ásia. Rodes, a capital no extremo norte da ilha de Rodes, era famosa e próspera no período grego anterior. Pátara, um porto na costa sudoeste da Ásia Menor, foi um importante porto para navios antigos que velejavam pelo Mediterrâneo oriental, fazendo assim com que a Síria, a Palestina e o Egito tivessem contato com a Ásia Menor, a Macedônia e a Acaia.

* 21.2 Fenícia. A Síria controlava a Fenícia no período romano.

* 21.3 Tiro. Este porto, famoso nos tempos do Antigo Testamento, e conquistado por Alexandre Magno, ficava cerca de 660 km a sudoeste de Pátara, uma viagem por mar de cerca de cinco dias.

* 21.4 movidos pelo Espírito. Paulo não era desobediente ao Espírito; o Espírito Santo o estava compelindo a ir a Jerusalém (20.22, nota). Foi através do Espírito que os amigos de Paulo entenderam que logo ele iria sofrer prisão e aflições (20,23) e em resposta a esta revelação eles tentaram persuadir Paulo “que não fosse a Jerusalém” (conforme vs. 11,12).

*

21.7 Ptolemaida. Um porto 40 km ao sul de Tiro, onde os navios desembarcavam sua carga.

* 21.8 Cesaréia. Um porto de mar, construído por Herodes o Grande, era a capital provincial da Judéia. Ficava 52 km ao sul de Ptolemaida (10.1, nota).

Filipe... um dos sete. Um dos sete escolhidos para tomar conta da distribuição de comida (6.1-6). Ele havia pregado aos samaritanos, ao eunuco etíope e ao povo ao longo da costa palestina (cap. 8).

* 21.10 profeta chamado Ágabo. O mesmo Ágabo que quinze anos antes profetizara a severa fome na Judéia e nas regiões vizinhas (11.27,28).

* 21.11 diz o Espírito Santo. No contexto dos apóstolos no século I, Ágabo, como um profeta, era guiado diretamente pelo Espírito para dar a mensagem inspirada de Deus.

*

21.15 subimos para Jerusalém. O Pentecoste, quinqüagésimo dia após a Páscoa, estava se aproximando depressa (eles haviam passado pelo menos trinta e seis dias viajando de Filipos a Cesaréia, e passaram vários dias em Cesaréia) e Paulo queria estar em Jerusalém para essa festa.

* 21.20 zelosos da lei. Milhares de judeus cristãos em Jerusalém observavam estritamente a lei mosaica. Enquanto muitos destes se ressentiam pelo fato de que aos gentios não era requerido observarem a lei cerimonial de Moisés (v. 25; 15:1-31), a acusação aqui era que Paulo estava encorajando os judeus a, do mesmo modo, abandonarem a lei (v.21). Tais acusações podem ter sido provocadas pelo fato de que o próprio Paulo não seguia a lei cerimonial judaica quando estava em companhia de gentios. Embora Paulo não tivesse objeção quanto aos judeus seguirem seus costumes ancestrais, ele se opôs a qualquer tentativa de fazer com que tal observância fosse, de algum modo, necessária para a salvação (Rm 14:1-8; Gl 5:2-6). Sempre cuidadoso para evitar ofensas desnecessárias, a flexibilidade de Paulo em tais matérias mostra que os interesses do evangelho estavam sempre em primeiro lugar em sua mente (1Co 9:19-23).

* 21.24 purifica-te... despesa. Este era o voto nazireu (Nm 6:1-21) durante o qual o devoto deixava seu cabelo crescer. Quando o período do voto tivesse terminado, ele rapava o cabelo, dedicava-o ao Senhor e o queimava junto com o sacrifício para a oferta pacífica (Nm 6:18). Paulo pagou as despesas para quatro nazireus, foi com eles ao sacerdote para os sacrifícios, e participou dos ritos de purificação. Desta maneira, Paulo publicamente demonstrou que era um judeu cumpridor da lei.

* 21.37 Sabes o grego? O tribuno estava surpreso por ouvir Paulo falar grego; ele tinha pensado que Paulo fosse um judeu insurrecionista do Egito, que três anos antes tinha aparecido lá, alegando ser um profeta (Josefo, Guerras dos Judeus, 2:261-263).

*

21.38 sicários. Lit. “homens de adaga”, nacionalistas judeus militantes.

*

21.40 na escada. Provavelmente as escadas que levavam da área do templo à Torre de Antônia (reconstruída por Herodes o Grande e assim chamada por causa de Marco Antonio) na beirada norte da plataforma do templo.

língua hebraica. Isto é, aramaico, como era comumente falado pelos judeus na Palestina, embora os sacerdotes e levitas soubessem também o hebraico. O grego era a língua comum do mundo romano e mediterrâneo.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 21 do versículo 1 até o 40
21:4 Desobedeceu Paulo ao Espírito Santo indo a Jerusalém? Talvez não, mas parece que o Espírito Santo advertiu a estes crentes do sofrimento que Paulo enfrentaria em Jerusalém. Chegaram à conclusão de que não devia ir devido ao perigo existente. Isto o respalda 21:10-12, onde os crentes do lugar, depois de escutar que Paulo ia aos romanos, rogaram-lhe que não o fizesse.

21:8 Este é o Felipe mencionado em At 6:5 e 8:26-40.

21:9 É óbvio que o dom de profecia se deu a homens e mulheres. As mulheres participavam ativamente na obra de Deus (2.17; Fp 4:3). Outras profetisas incluem a María, irmã do Arão (Ex 15:20), Débora (Jz 4:4), Hulda (2Rs 22:14), Noadías (Ne 6:14), a esposa do Isaías (Is 8:3) e Ana (Lc 2:36-38).

21:10 Quinze anos antes Agabo predisse a fome em Jerusalém (11.27-29).

21.13, 14 Paulo sabia que o encarcerariam em Jerusalém. Seus amigos lhe rogaram que não fora, mas ele sabia que tinha que fazê-lo porque Deus assim o queria. A ninguém gosta de enfrentar dificuldades nem sofrimentos, mas um discípulo fiel quer sobre todas as coisas agradar a Deus. Nosso desejo de agradá-lo poderia obscurecer nosso desejo de evitar as dificuldades e sofrimentos. Quando na verdade queremos fazer a vontade de Deus, devemos aceitar tudo o que isto envolve, inclusive a dor. Logo podemos dizer com o Paulo: "Faça-a vontade do Senhor".

21:18 Jacóo, irmão do Jesus, foi o líder da igreja em Jerusalém (15.13-21; Gl 1:19; Gl 2:9). Chamaram-lhe um apóstolo embora não foi um dos doze que seguiram ao Jesus.

21:21 O concílio de Jerusalém (Feitos
15) determinou o assunto da circuncisão dos crentes gentis. É evidente que houve um rumor de que Paulo foi além de sua decisão, inclusive até proibir a quão judeus circuncidassem aos meninos. Isto, como é natural, não era certo. De maneira que Paulo se submeteu voluntariamente ao costume judia, para demonstrar que não obrava contra a decisão do concílio e que seguia sendo judeu em sua forma de vida. Algumas vezes devemos correr a segunda milha para evitar ofender a outros, sobre tudo se nossa ofensa vai afetar o trabalho de Deus.

Paulo VOLTA Para o JERUSALEN: A nave partiu do Mileto em direção ao Cos, Roda e Pátara. Paulo e seus acompanhantes abordaram uma nave de carga com destino a Fenícia. Passaram o Chipre e desembarcaram em Tiro, logo na Tolemaida e por último na Cesarea, onde Paulo desembarcou e partiu por terra a Jerusalém.

21:23, 24 Sem dúvidas, estes quatro homens fizeram um voto religioso. Dado que Paulo participaria com eles no voto (ao parecer lhe pediram que pagasse alguns dos gastos requeridos), precisaria participar da cerimônia de purificação para entrar no templo (Nu 6:9-20). Paulo se submeteu a este costume judia para manter a paz na igreja de Jerusalém. Apesar de que era um homem de convicções firmes, estava disposto a ceder em pontos não essenciais, adaptava-se a outros a fim de ganhá-los para Cristo (1Co 9:19-23). Freqüentemente, a igreja se divide por desacordos de menor quantia ou tradições. Como Paulo, devemos permanecer firmes no essencial do cristianismo, mas flexíveis no que não é essencial. É lógico que ninguém deve violar suas convicções verdadeiras, mas algumas vezes precisamos exercitar o dom da submissão mútua, pelo bem do evangelho.

21:23, 24 Há duas formas de considerar as leis judias. Paulo rechaçou uma e aceitou a outra. (1) Rechaçou a idéia de que a Lei do Antigo Testamento salva a quem a guarda. Nossa salvação nos dá gratuitamente por um ato de graça de Deus e o recebemos por fé. A Lei não tem valor para a salvação exceto nos mostra nossos pecados. (2) Paulo aceita o ponto de vista de que as leis do Antigo Testamento nos preparam e nos instruem a respeito da vinda do Jesucristo. Cristo cumpriu a Lei e nos liberou da carga de culpa, entretanto, ela nos ensina muitos princípios valiosos e nos dá pautas para viver. Paulo não pôs em tecido de julgamento o valor da Lei, solo estabeleceu que nela não se alcança salvação. Guardava simplesmente a Lei como um costume para evitar ofender aos que desejava alcançar com o evangelho (vejam-se Rm 3:21-31; Rm 7:4-6; Rm 13:9-10). se desejar mais informação a respeito da Lei, vejam-se Gl 3:23-29; Gl 4:21-31 e o quadro no Gálatas 4.

21.28, 29 Estes homens sabiam do trabalho eficaz do Paulo na Ásia. Sua estratégia foi desacreditar ao Paulo, de maneira que seu trabalho perdesse força. Esteja alerta quando escutar acusações contra os operários de Deus. Alguém possivelmente trate de desacreditá-los ou estorvar seu trabalho. Mantenha sua mente aberta e ore pelos operários. Eles se fortalecerão com seu apoio.

21:31 Dado que Jerusalém estava sob o controle de Roma, as autoridades romanas investigariam qualquer tumulto na cidade. Esta vez o tribuno da companhia era Claudio Aleija (23.26). Este foi cabeça de coorte (um grupo especial, parte de uma legião) dos soldados romanos. Foi o principal oficial romano em Jerusalém.

21.37, 38 Falando em grego, Paulo mostrou que era um homem culto e não um rebelde qualquer que iniciava alvoroços nas ruas. Sua forma de falar chamou a atenção do tribuno e este lhe deu amparo e a oportunidade de apresentar sua defesa.

21:37, 38 O historiador Josefo menciona um egípcio que conduziu uma revolta de quatro mil pessoas em Jerusalém, em 54 D.C., e logo desapareceu. O tribuno pensou que Paulo era este rebelde.

21.40-22.2 Talvez Paulo falou em aramaico, a linguagem dos palestinos judeus. Fez-o não só para comunicar-se na língua de seus ouvintes, mas também para demonstrar que era um judeu devoto, que respeitava as leis e costumes judias. Falou em grego aos oficiais romanos e em aramaico aos judeus. Se você quiser ministrar às pessoas com maior eficiência, use a linguagem dela.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 21 do versículo 1 até o 40
1. A Viagem de Mileto a Tiro (21: 1-6)

1 E quando isso aconteceu que estávamos separou-se deles e tinha zarpar, que veio com um curso reto até Cos, e no dia seguinte a Rodes, e dali para Patara: 2 E, achando um navio atravessando até Phoenicia , fomos a bordo, e partimos. 3 E quando nós tínhamos vindo à vista de Chipre, deixando-o na mão esquerda, que navegou para a Síria, e chegamos a Tiro; porque ali o navio estava a desembarcar sua carga. 4 E, tendo encontrado os discípulos, ficamos ali sete dias. e estes disseram a Paulo por meio do Espírito, que ele não deve pisar em Jerusalém 5 E quando isso aconteceu que nós tinha realizado os dias, saiu e foi a nossa viagem; e todos eles, com suas mulheres e crianças, trouxe-nos no nosso caminho até fora da cidade: de joelhos na praia, oramos, e ofereceu outro despedida; 6 e fomos a bordo do navio, mas eles voltaram casa novamente.

Viagem de um dia trouxe partido de Paulo para a ilha de Cos, uma das Dodecaneso, que ficava na entrada do Ceramian Golfo, onde eles podem ter ancorado na cidade de Cos no extremo leste da ilha. A expressão de Lucas, que veio com um curso reto (v. At 21:1 ), provavelmente sugere que ambos tinham o vento ea maré a seu favor. Kraeling observa que esta ilha era famosa por sua produção de seda, pomadas, vinho e trigo, bem como para a sua luxuosa vida no campo. Foi ainda observado como a casa de Hipócrates, o pai da ciência médica, cujo "juramento" cada graduação médica no mundo ocidental é obrigada a tomar. Esculápio, o deus da cura, foi a principal divindade de Cos. Juno também era uma deusa importante aqui. Apeles, o célebre pintor, é relatado para ter sido carregado em Cos.

De Cos navegaram viagem de um dia para a cidade de Rhodes (v. At 21:1) foi assim, completamente preenchidas, embora mais tarde do que o profeta esperado.

Tiro foi anexada por Roma em 65 AC e fez uma cidade livre. A previsão do Senhor (Mt 11:21 , Mt 11:22) sugere algo tanto da importância e da maldade desta cidade. Foi o aplauso acomodatícia dos habitantes de Tiro ao discurso de Herodes que ocasionou que a morte prematura e horrível do governante (At 12:21 ). Dummelow afirma que Tiro era,

a maior cidade marítima do mundo antigo, alegando ter sido fundada tão cedo quanto 2750 AC Ela produziu vidro e tintura roxa, mas sua riqueza chefe veio do fato de que quase monopolizou o comércio de carga do mundo. Os marinheiros de Tiro eram tão hábeis em astronomia e construídas tais cartas precisas, que navegaram por noite, bem como durante o dia, e fez longas viagens fora da vista de terra. Eles são conhecidos por terem circum-África um feito extraordinário para os pequenos navios dos antigos.

A atual cidade é conhecida como Tyr ou Sour (Fr.), Es Sur (árabe), ou Zor (Heb.). Tem cerca de 7.500 pessoas e está localizado no sul do Líbano.

No Tiro Paulo encontrou uma igreja cristã que havia sido iniciada por discípulos da dispersão helenista, seguindo o martírio de Estêvão (At 11:19 ). Com estes discípulos Paulo e seu partido passou uma semana, provavelmente enquanto esperavam o navio para descarregar e recarregar carga (v. At 21:3 ). Em qualquer caso, eles advertiram Paulo contra indo para Jerusalém, neste momento (v. At 21:4 ; conforme At 20:23 ). Não estamos a supor que Paulo abertamente desobedeceu a Deus na continuidade de sua viagem a Roma seguindo estas advertências. Em vez disso, concordamos com a conclusão de Clarke:

Por meio do Espírito , deve fazer referência à sua própria grande seriedade para dissuadi-lo de fazer uma viagem que eles claramente viu seria prejudicial para ele ...; ou, se se refere ao Espírito Santo, isso deve significar que, se ele considerava a sua segurança pessoal, ele não deve, neste momento, subimos a Jerusalém.

Na verdade, o Espírito predisse que Paulo se reuniria perseguições, mas não parece que ele foi proibido de Deus para ir a Jerusalém. Paulo estava disposto a tomar qualquer risco pessoal era necessário para glorificar a Deus na extensão de Sua causa. O significado da advertência parece ser que, se Paulo foi a Jerusalém, os judeus perseguem e aprisioná-lo, e, possivelmente, ele seria morto. Assim, ele poderia ir lá e enfrentar as consequências pessoais para a glória de Deus, ou ele pode desistir sem perder o favor de Deus. Assim, Paulo foi deixado ao livre exercício de seu próprio julgamento pessoal e de consciência, como ele não foi nem ordenado por Deus para ir nem para ficar. Deus é sempre justo em ajudar seus servos para prever as conseqüências de suas decisões e ações. Bruce vê este incidente o mesmo.

Nós não devemos concluir que a sua determinação em continuar foi a desobediência à orientação do Espírito de Deus; esta determinação de sua era fruto de uma restrição espiritual interior que não seria negado.

Em seu propósito de cumprir a sua missão de Jerusalém, Paulo aqui novamente um paralelo seu Mestre (conforme Lc 9:51 ).

Como em Mileto, os discípulos cristãos em Tiro, incluindo mulheres e crianças, mostraram o seu amor e respeito por Paulo por acompanhá-lo até à beira-mar de areia fora da cidade onde ele estava para embarcar para Cesaréia. Há, sem vergonha, eles se ajoelharam juntos, muito provavelmente, na presença dos marinheiros e outros passageiros, e ofereceu suas orações a Deus, possivelmente, concluindo com um hino cristão de louvor. O Deus que enche o céu ea terra com a Sua presença pode bem ser adorado sob a copa dos céus abertos como nos grandes templos de pedra (conforme Jo 4:21 ; At 16:13 ). Serviços Open-Air não são sem precedentes Novo Testamento. Após concurso Christian despedidas do partido embarcaram no navio, enquanto os discípulos de Tiro voltou para casa, agradecido a Deus pelo incentivo e enriquecimento de suas vidas pela visita e ministério da festa missionária.

2. O Voyage de Tiro para Cesaréia (21: 7-14)

7 E, quando nós tínhamos terminado a viagem de Tiro, chegamos a Ptolemaida; e nós saudado os irmãos, e fiquei com eles um dia. 8 No dia seguinte partimos, e chegou a Cesaréia; e entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com Ec 9:1 Agora Tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam. 10 E, como ficamos ali alguns dias, desceu da Judéia um profeta, de nome Ágabo. 11 E, chegando a nós, e tendo a cinta de Paulo, amarrou seus pés e mãos próprias, e disse: Assim diz o Espírito Santo, Assim os judeus ligarão em Jerusalém o homem a quem pertence esta cinta, eo entregarão nas mãos dos gentios. 12 E quando ouvimos essas coisas, tanto nós como os daquele lugar suplicou para ele não ir a Jerusalém. 13 Mas Paulo respondeu: Que fazeis chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus. 14 E, como não podíamos convencê-lo, nos aquietamos, dizendo: A vontade do Senhor seja feita.

O primeiro dia da vela de Tiro trouxe o navio a Ptolemaida, uma distância de cerca Dt 20:1) e foi de uma importância considerável. Nos tempos modernos, ela é conhecida como Acre ou Akka (Fr. Saint'-Jean'-d'Acre) e tem uma população de 10.695 (1944 est.). Ele está agora em grande parte substituída por Haifa, do outro lado da baía em que o rio Belus esvazia. Aqui, como em Tiro, eles encontraram os crentes cristãos com quem o partido passou um dia (v. At 21:7-B ), sem dúvida, ministrando a seu bem-estar espiritual, enquanto os cristãos ministrou ao conforto material do partido.

É interessante, se não é importante, que, enquanto Lucas designa os cristãos em "discípulos" de pneus (v. At 21:4-A ), aqui a Ptolemaida ele chama de "irmãos" (ver nota complementar X , "Primeiros nomes dos seguidores de Cristo").

No dia seguinte, eles partiram para Cesaréia, uma distância de cerca de 40 milhas, o que provavelmente ocupados o tempo de viagem de cerca de dois dias. Assim, a longa viagem ", que pode ter começado cerca Dt 15:1 ). A partir de um membro dos "sete diáconos leigos" escolhidos pela igreja para cuidar dos assuntos temporais das viúvas gregas (At 6:1), Felipe havia subido para a posição de um evangelista eficaz, testemunhou a conversão dos samaritanos en masse (At 8:5 ), tornou-se o instrumento de Deus para a conversão do tesoureiro etíope (At 8:26 ), e evangelizado todas as cidades costeiras entre Gaza e Cesaréia (At 8:40 ). Sem dúvida, Felipe tinha testemunhado (então Saul) parte de Paulo com o martírio de seu companheiro diácono Christian, Estevão (At 7:58 ; At 8:1) é o mais interessante. Esta notação indica: primeiro , piedosa influência dos pais de Filipe em transformar suas vidas ao serviço do Senhor; e segundo , o lugar de importância a que as mulheres já estavam alcançando dentro do ministério da Igreja (conforme At 18:26 ; Fp 4:3. , Debora () Jz 4:4. ), Hulda (2Rs 22:14 ), e a esposa de Isaías (Is 8:3 , At 2:18 ). Por outro lado, observa Clarke simplesmente:

Provavelmente estas não eram mais do que os professores na igreja: para já vimos que este é um significado freqüente da palavra profetizar ; e, portanto, é sem dúvida uma coisa pretendida pela palavra profecia de Joel. ... Se as filhas de Filipe pode serprofetisas por que não os professores ?

Parece que Felipe e suas filhas (sua esposa não é mencionado) com outros cristãos da Judéia mais tarde se estabeleceram na província da Ásia. Alguns ou todos as filhas viveu até uma idade bem avançada e tornou-se estimado como informantes históricos sobre o cristianismo no início da Judéia. Na verdade, vários estudiosos da nota acho que muito de informações de Lucas para Atos pode ter sido fornecido por esta família durante esses poucos dias e, posteriormente, durante a de Paulo de dois anos de prisão em Cesaréia (Atos 24:27 ). É muito fantasioso conjectura de que Lucas pode ter residido na casa de Felipe por dois anos, enquanto Paulo estava preso em Cesaréia? Uma autoridade sugere: "Não é improvável que essas mulheres inspiraram deu St. Paulo alguma intimação das dores que estavam pendurados sobre ele." E essa autoridade continua: "Talvez a força de" quem fez profetizar "(v. At 21:9) é a ser encontrada no fato de que eles se prever o que estava por vir ".

O profeta Ágabo (v. At 21:10 ), que desceu a Cesaréia da Judéia, foi provavelmente o profeta do mesmo nome anterior reuniu em Antioquia da Síria (At 11:28 ), cuja primeira profecia é declarado ter sido cumprida nos dias de Claudius, AD 46. Agabus era, evidentemente, um profeta verdadeiro, no sentido de "predizer", em vez de um pregador ou "forthteller" da mensagem de Deus. A lição que ele empregou para fazer mais viva e impressionante sua advertência profética de Paulo não era prática incomum entre os judeus do Antigo Testamento (conforme 1Rs 11:1f ; 1Rs 22:11 ; Is 20:2. ). Esta profecia foi literalmente cumprida (At 21:1f ).

Agabus fato reivindica inspiração divina para sua advertência profética de Paulo, Assim diz o Espírito Santo (v. At 21:11 ), mas ao contrário dos cristãos de Tiro (v. At 21:4 ), ele não interpreta este aviso como uma proibição divina contra a visita destina-se de Paulo a Jerusalém . Um paralelo com a própria previsão de Si mesmo de Cristo é encontrado em Mc 10:33 . A declaração, deve entregá-lo nas mãos dos gentios (v. At 21:11 , At 7:58 ). No entanto, esta declaração também indica que Agabus colocado total responsabilidade sobre os judeus para a prisão de Paulo (conforme At 2:23 ).

Fora do amor pessoal e solicitação, tanto o partido de Paulo e os cristãos em Cesaréia sinceramente suplicou Paulo a desistir do seu propósito de visitar Jerusalém (v. At 21:12 ). No entanto, Paulo repreendeu por a influência desmoralizante que suas súplicas estavam tendo sobre ele (v. At 21:13-A ), e reafirmou seu propósito de completar sua missão, mesmo à custa de sua vida para o nome do Senhor Jesus (v. At 21:13 ), Paulo tinha aceitado a sofrer por amor a Jesus como uma parte de sua herança. Como observado anteriormente, a resolução de Paulo para visitar Jerusalém, neste momento envolvido "da coleção", com sua benefícios esperados (ver comentário sobre At 20:4 ). Finalmente amigos de Paulo aquiesceu, produzindo sentimentos humanos para a sabedoria ea vontade de Deus (v. At 21:14 ). Como muitas vezes tem sentimento humano e solicitação, crescendo fora de amizades ou relacionamentos pessoais, serviu para dissuadir os servos de Deus de Sua vontade superior. Bruce respeita palavras dos cristãos, se a vontade do Senhor seja feita (v. At 21:14 ]. "

XIX. A última visita do Apóstolo de TO JUDAEA (At 21:15)

1. A Jornada de Cesaréia a Jerusalém (21: 15-17a)

15 E depois daqueles dias, assumiu a nossa bagagem e subiu a Jerusalém. 16 E lá foram também conosco certa dos discípulos de Cesaréia, levando com eles um Mnason de Chipre, discípulo antigo, com quem devemos apresentar.

17 E, quando chegaram a Jerusalém,

No devido tempo, o partido embalado sua bagagem (v. At 21:15) e seguiu para Jerusalém. Eles foram acompanhados por alguns discípulos de cesariana. Seria interessante saber se Felipe estava na festa. Em todo o caso, parece que Mnason de Chipre , aqui designada discípulo antigo (v. At 21:16 ), era para ser seu anfitrião. Mnason pode ter sido um convertido no dia de Pentecostes, ou até mesmo do próprio Senhor. Ele "pode ​​ter sido um daqueles Cipriano judeus que primeiro fez o evangelho conhecido pelos gregos em Antioquia." Ele era provavelmente um helenista, respondendo, assim, por sua visão mais liberal em entreter festa missionária de Paulo. Mnason ou pode ter sido em Cesaréia a negócios quando contactado pelo partido de Paulo, ou ele pode ter sido enviado para a partir de Jerusalém por Felipe de conhecer Paulo em Cesaréia. No entanto, Dummelow sustenta que a casa de Mnason foi, provavelmente, quase a meio caminho entre Jerusalém e Cesaréia e que eles apresentado a ele na primeira noite da viagem de sessenta quilômetros. Com esta posição Kraeling concorda (como também Ramsay), supondo-se que a cidade de Mnason pode ter sido Antipatris, a partir do qual eles passaram "a Jerusalém via a Bete-Horom Road" (conforme At 23:31 ). No entanto, Bruce vê pouco mérito neste último ponto de vista, mas acrescenta que Lucas provavelmente se reuniram dados valiosos sobre os primeiros dias do cristianismo a partir deste discípulo antigo , Mnason.

Lucas registra cinco visitas definitivos de Paulo a Jerusalém após a sua conversão em Damasco, de que este é o último. A primeira foi por ocasião da introdução de Paulo aos anciãos por Barnabé (At 9:26 ); a segunda , por ocasião da entrega do fundo de ajuda de Antioquia durante a fome (At 11:29 , At 11:30 ; At 12:25 ); o terceiro foi por ocasião do Conselho Geral da Igreja (At 15:1 ); o quarto foi uma breve visita no final de sua segunda viagem missionária (At 18:22 ); enquanto a quinta e última visita foi no final de sua terceira viagem missionária (At 21:15 , At 21:17 ). Em todos, mas o quarto, ele encontrou a oposição de tempestade de tanto os judeus ou os judaizantes. Por ocasião de sua quinta visita os judeus, provavelmente incitadas pelos judaizantes, curvados todos os esforços para destruí-lo e colocar um fim ao seu trabalho.

Conybeare e Howson observação:

nós encontramos na Epístola aos Romanos escrito ... uma indicação notável de desânimo, e quase desespero, quando ele pediu aos cristãos de Roma a rezar para que, na sua chegada a Jerusalém, ele pode ser entregue aos judeus que o odiavam, e ser bem recebido por aqueles cristãos que desconsideraram a sua autoridade ... Rm 15:31 . Devemos lembrar que ele teve duas causas de apreensão, -um decorrente dos judeus, que o perseguiram por toda parte; o outro a partir dos cristãos judaizantes, que buscavam a depreciar sua autoridade apostólica.

As autoridades estaduais anteriores mais:

Agora ele tinha muito nova experiência da evolução insidiosa do erro e do pecado, mesmo do convertido. No entanto, sua confiança em Deus não depende da fidelidade do homem; e ele foi para Jerusalém com calma e firmeza, embora duvidoso da sua recepção entre os irmãos cristãos, e não saber o que iria acontecer no dia seguinte.

2. A recepção pelos Anciãos Christian (At 21:17 ). Após a sua chegada em Jerusalém, o partido de Paulo foi recebido com festa pelos irmãos (conforme At 28:15 ). Esta recepção entusiástica provavelmente foi acentuada pela apresentação do presente para a igreja dos cristãos gentios, embora Lucas não menciona o assunto. Bruce sugere que a Igreja de Jerusalém pode ter considerado essas ofertas gentios como um paralelo "à meia shekel anual que prosélitos ao judaísmo (como outros judeus) pagos ao tesouro do templo em Jerusalém.

Se Paulo acompanhou o grupo em sua primeira reunião com os irmãos em Jerusalém (v. At 21:17 ), ou se Tiago estava ausente da primeira reunião parece incerto. Possivelmente, o último foi o caso. Em qualquer caso, uma reunião de toda a festa com Tiago; e todos os anciãos (v. At 21:18) foi organizado no dia seguinte. Tiago era o irmão de nosso Senhor e reconhecido o chefe da igreja de Jerusalém. . Ele era conhecido como Tiago, o Justo "A importância do seu papel na igreja de Jerusalém era evidente desde o início (Atos 00:17 ; 15:13 ). Parece que todos os outros "pilar apóstolos" foram fora de Jerusalém por esta altura. Talvez eles estavam mortos ou envolvido em um trabalho missionário em outro lugar, uma vez que nenhum são mencionados pelo nome. Bruce observa:

Mas Tiago permaneceu em Jerusalém, exercendo uma liderança sábia e sensata sobre a comunidade Nazareno lá, muito respeitado não só pelos membros dessa comunidade, mas pelos judeus comuns de Jerusalém também.

Parece provável que a igreja de Jerusalém foi organizacionalmente modelado após o templo judaico. Tiago pode ter tido um corpo de setenta anciãos, correspondente ao Sinédrio, para auxiliá-lo na administração da igreja da Judéia. Uma vez que "a coleção" Foi por essa igreja, que era apropriado que este corpo de anciãos deve ter estado presente com Tiago para recebê-lo oficialmente. Tal organização pareça justificável à luz da declaração de Tiago que havia muitos milhares (v. At 21:20) de crentes entre os judeus, significando provavelmente crentes da Judéia, mas possivelmente incluindo os crentes de outras partes também que estavam presentes no dia de Pentecostes.

Como na ocasião do retorno de Paulo de sua primeira viagem missionária (At 14:27) e seu endereço antes do Concílio de Jerusalém (At 15:4 ; At 7:57 , At 7:58 ; At 12:1 ). Que todo o assunto foi considerado injusto e repelente à população judaica, bem como para os cristãos, é evidenciado pelo fato de que os judeus protestaram contra a ação de Albinus, que depôs Anano.

3. O Conselho dos Anciãos (At 21:20 Mas, quanto aos gentios que têm crido já escrevemos, dando o julgamento que eles devem manter-se das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e do que é sufocado e do fornicação.

A vitória final do partido judaizante legalista na igreja Judaean sobre os liberais parece evidente a partir de At 21:20 . Embora o Concílio de Jerusalém tinha ganhado a liberdade a partir da lei judaica para os cristãos gentios no império (conforme At 15:1 ), tal liberdade cristã nunca foi concedido cristãos gentios na Judéia. A muitos milhares (v. At 21:20) de crentes judeus na Judéia foram todos extremamente zelosos da lei de Moisés (conforme At 15:5 ). Parece muito provável que a letra hebraica foi escrito para este povo para lhes mostrar a superioridade de Cristo e Sua graça para Moisés e da lei, tendo em vista a salvá-los da influência mortífera do legalismo ao espírito e liberdade cristã . O efeito final deste legalismo na igreja é evidenciado pelo fato de que o cristianismo judaico palestino nunca sobreviveu no primeiro século. Não é de admirar que Paulo escreveu à igreja de Corinto, que estava sob a influência desses judaizantes, "a letra mata, mas o espírito vivifica" (2Co 3:6 estavam claramente falsa é visto a partir de At 16:1 . Mas observações Dummelow ", que tinha essa quantidade de verdade nisso que o princípio de St. Paulo que o homem é salvo pela fé em Cristo e não pelas obras da lei conduziria naturalmente ao abandono da lei cerimonial até mesmo pelos judeus. "No entanto, pelo amor de conveniência, os anciãos aconselhou Paulo para tranquilizar os judeus e os cristãos judeus, unindo quatro homens que fizeram voto deles (v. At 21:23) em seus rituais de purificação. Estes homens eram evidentemente nazireus (conforme Nu 6:1 ). Paulo foi aconselhado a associar-se com eles no voto durante a semana que se manteve (v. At 21:27) e para pagar por seus sacrifícios.Assim, tomando o voto Nazireu e custear as despesas de sacrifício desses homens, Paulo poderia tranquilizar tanto judeus como cristãos de sua lealdade para com Moisés, assim como a Cristo (conforme At 18:18 com notas). Além disso, tal ato por parte de Paulo refletiria uma marca aceitável de caridade para com os da sua própria raça que eram incapazes de pagar as despesas de seus votos sacrificial. Ora, parece ter sido a intenção de Herodes Agripa I, de acordo com Josephus. CW Emmet levanta a questão: "A ação de Paulo era, como Harnack sugere, uma forma de gastar parte da contribuição que ele tinha trazido?"

No versículo 21, Tiago aparece apenas para tranquilizar Paulo da posição da Igreja de Jerusalém, relativa às condições de admissão dos cristãos gentios para a igreja, conforme decisão do Concílio de Jerusalém. Que estas condições não tinha mudado para os cristãos gentios, Tiago aqui deixa claro.

Do versículo 26 Dummelow oferece a seguinte tradução livre:

Ele entrou no templo, informando os sacerdotes que dentro de sete dias (ver v. At 21:27) nos dias da sua purificação seria realizado e ele propôs que ficasse com eles no templo por uma semana inteira, até o sacrifício legal tinha sido oferecido para cada deles.

Windisch oferece, com reserva e apreensão considerável, mas por concessão, as seguintes considerações de conduta de Paulo neste momento:

(1) Não é impossível que Paulo, seguindo o princípio enunciado em 1Co 9:20 (conforme também 1Co 10:23 , 1Co 8:1
)

É impossível afirmar se Paulo estava errado em aceitar o conselho dos anciãos. No entanto, quatro fatos emergir de sua conformidade com este conselho. Em primeiro lugar , a conduta bem-intencionada de Paulo não realizou o fim desejado (v. At 21:27 ); segundo , não há nenhuma evidência espiritual de que tanto os mais velhos ou outros cristãos de Jerusalém suportado Paulo em sua ensaios aqui, embora a uma conclusão final não pode basear-se na ausência de provas (ver exceção em At 23:16 ); terceiro , os motivos de ambos os anciãos e Paulo permanecem inquestionável à luz de todas as evidências disponíveis; e quarto , a eventuação de todo o caso trouxe Paulo em seu caminho para seu objetivo desejado, Roma. Assim, se não foram bem-intencionado erros humanos, no entanto, Deus anulou-los para a realização de Seu propósito na vida e no ministério de Paulo, e, assim, a filosofia de Paulo de Rm 8:28 foi vindicado. Além disso, quem pode dizer que Deus não era neste momento que ofereçam as Judéia judeus a sua última oportunidade para o arrependimento ea aceitação do Messias antes do machado afiado de destruição romana deve cair em AD 70.

Rackham sugeriu os seguintes paralelos entre os últimos dias de Cristo Paulo e em Jerusalém;

A história da paixão do Senhor parece estar se repetindo. Como o Senhor Jesus, Paulo é levada perante o Sinédrio e ferida na boca; a multidão do povo gritar: Fora com ele ; seus compatriotas entregarão nas mãos dos gentios; ele é acusado perante o governador romano e está diante de um Herodes; seus acusadores são os mesmos, o highpriesthood saduceus, como também as acusações de acusação que culminará com a acusação de traição contra César; três vezes ele é pronunciado ter feito nada digno de morte, mas ele escapa por pouco de uma flagelação, eo governador deixa ligado, a fim de agradar os judeus [ Lc 23:25 ]: aliás o julgamento de Jesus resultou na renovação de relações amistosas entre Pilatos e Herodes Antipas, assim também o caso de Paulo permite Festus para pagar um elogio a Herodes Agripa II. Finalmente, ao fim do livro deixa o apóstolo em um estado de liberdade e atividade comparativa.: Como S. Pedro, em ch 12 , ele passou por um livramento-quase, poderíamos dizer, a ressurreição dos mortos. Esta semelhança não é devido a invenção arbitrária. É o funcionamento natural de uma lei que tinha sido enunciado pelo próprio Senhor: "como o senhor assim o servo." No Apocalipse, em uma imagem simbólica (Ap 11:1-12 ), e a questão confusa da ocasião (v . 34 ).

O motivo do motim Jerusalém contra Paulo parece ter sido devido à presença de Trophimus em Jerusalém. Quando os judeus ortodoxos asiáticos viu Paulo no Templo (v. At 21:27 ), eles assumiram que Trophimus, um Gentile cristã de Éfeso que eles conheciam e que antes tinha sido visto com Paulo em Jerusalém, estava com ele no Templo (vv. At 21:28-B , 29 ). Teve sua suposição foi correta, eles teriam direito legal de matar Trophimus, que era um gentio, embora não Paulo, que era ao mesmo tempo um judeu e um cidadão romano (ver notas sobre At 7:57 , At 7:58 ).

O pátio exterior do templo foi designado o "Pátio dos Gentios". Nessa era o "Pátio das Mulheres." Entre os dois foi um muro alto com portas. Uma inscrição em uma pedra encontrados em Jerusalém em 1871 e agora no Museu do Antigo Oriente, em Istambul, lê: "Nenhum estrangeiro pode entrar dentro da balaustrada e cerco a-round do santuário. Quem for pego vai tornar-se passível de pena de morte, que inevitavelmente se seguirá. "Falando deste muro, Josefo cita o general romano Tito dizendo aos judeus no cerco de Jerusalém, AD 70, "Você não foram autorizados a ... gravar em grego, e em suas próprias letras [hebraico ou aramaico], esta proibição, que nenhum estrangeiro deve ir além do muro? Já não nos deu permissão para matar, como ir além dele, se ele fosse um romano? "No entanto, não há a menor evidência de que sua suposição estava correta. Eles eram culpados de a falácia lógica de Paulo provavelmente tinha em mente essa barreira templo entre cristãos, judeus e gentios, quando ele escreveu depois de remoção de Cristo do "muro de separação" ("falsa associação." Ef 2:13 ).

As acusações contra Paulo gritou pela multidão são uma reminiscência de acusações semelhantes lançadas contra Estevão, que sob circunstâncias semelhantes se tornou o primeiro mártir ilegal da igreja. As acusações consistiu de ensino, em primeiro lugar ,contra o povo , ou talvez melhor, os costumes do povo judeu (conforme At 6:14 ); segundo , contra a lei (conforme At 6:13 ). Esta última acusação foi posteriormente modificado por inimigos de Paulo diante do governador Félix, no sentido de que "ele analisados ​​para profanar o templo" (At 24:6 ). Esta medida era provável, em parte, para se prevenir contra qualquer outro gentios que entram no átrio interior, e, possivelmente, também para evitar a profanação do templo pela violência da multidão. ". Tomada para evitar o santuário de Paulo nas pontas do altar" Wesley acha que esta ação foi projetado em parte, que a intenção dos judeus estava a cometer um ato ilegal de assassinato em Paulo é clara (At 21:31) indica que pelo menos 200 milicianos foram chamados para fora, uma vez que um centurião ordenou 100 soldados. Imediatamente após a chegada dos soldados, assaltantes de Paulo deixou a espancá-lo (v. At 21:32-B ). O capitão nem sabia quem era Paulo, nem o que o seu delito tinha sido (v. At 21:33 ). Dever exigiu que ele sabe a verdade sobre o assunto, bem como proteger e justiça para o acusado. Portanto Lysias levou Paulo para o quartel do castelo (v. At 21:34 ).

Sob o impulso violento de uma onda periódica de emoção descontrolada e ódio a máfia trazia no sobre os soldados como eles levou Paulo para a torre, como uma grande onda do mar turbulento que impulsiona a embarcação contra o penhasco rochoso.Aqui, como na ocasião da última experiência de Cristo em Jerusalém, a multidão frenética de fanáticos religiosos chorou, Fora com ele ou "matá-lo" (v. At 21:36 ; conforme Lc 23:18 ; Jo 19:15 ).

C. Paulo prepara para abordar os judeus (21: 37-40)

Paulo tinha planejado e trabalhado muito para trazer a coleção para a igreja de Jerusalém. Ele não propôs a perder qualquer oportunidade para reivindicar a sua causa, que aparentemente tinha tão a sério abortada. Assim, ele pediu permissão para falar com o capitão, evidentemente com o futuro propósito de ganhar permissão para dirigir os judeus.

1. Identificação de Paulo Mistaken (At 21:37 , 38)

37 E, como Paulo estava prestes a ser trazido para o castelo, disse ao comandante, posso dizer algo a ti? E ele disse: Sabes o grego? 38 Não és tu, então, a egípcia, que antes destes dias fez uma sedição e levou ao deserto os quatro mil sicários?

A pergunta do capitão, Sabes o grego? (v. At 21:37 . Pode-se observar aqui que, como judeu, Paulo tinha todo o direito de estar no culto do templo, e que, como um cidadão de Tarso (uma cidade romana livre), ele poderia, naturalmente, afirmam falar a língua grega.

Imediatamente ao saber que Paulo falava grego, o capitão saltou para a conclusão de que ele era o líder há muito procurado egípcia de um bando de assassinos que teria assediado os romanos na Judéia (vers. 38 ). Esses bandos de assassinos eram comuns na Judéia neste momento. Eles eram conhecidos como " sicários "porque escondeu uma faca," sica ", em suas roupas e, em seguida, durante festivais religiosos envolvidos em" assassinatos patrióticos. "Eles parecem ter sido membros do partido extremamente patriótico dos zelotes. Eles assassinaram judeus influentes que foram simpáticos ao domínio romano, bem como os oficiais romanos. Eles surgiram durante o governo de Felix (AD 52-60), ou possivelmente mais cedo, e suas atividades foram, finalmente, responsável por enganar Judéia para a revolta e consequente destruição pelos romanos em AD 70.

Segundo Josefo, um egípcio tinha ido a Jerusalém cerca de três anos antes, e pôs-se diante de um profeta, e provavelmente como um libertador patriótico suposto dos judeus dos romanos. Ele adquiriu uma sequência considerável, como tais "Messias" costuma fazer, de entre a população judaica descontente. Ele levou sua banda para o Monte das Oliveiras, com a promessa de que os muros de Jerusalém cairia em seu comando (conforme Js 6:1) e, em seguida, passou a tratar os judeus no hebraico, ou, eventualmente, o aramaico, língua que "era não só o vernáculo de judeus da Palestina, mas foi o discurso comum de todos os alto-falantes não-gregos na Ásia Ocidental, a leste, até (e incluindo) o império parta além do Eufrates. "Vale ressaltar que o discurso de Paulo aqui reitera as palavras exatas de abertura da defesa de Estevão,Irmãos e pais , perante o Sinédrio (conforme Atos 7:2 ). Nem este é o único caso em que discursos de Paulo refletem a influência de endereço anterior de Estevão em seu pensamento, forma e vida.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 21 do versículo 1 até o 40
  • A viagem a Jerusalém (21:1 -16)
  • Trace essa viagem em seu mapa. Em Tiro, Paulo e os companheiros puderam encontrar-se com os cren-tes de lá, pois o navio tinha de ser descarregado nesse porto. Mais uma vez, o Espírito advertiu Paulo a respeito do perigo que correría em Jerusalém. Deus nunca interfe-riu nos planos de Paulo que trou-xessem glória ao Senhor, embora pareça que ele não quer que Paulo vá a Jerusalém. O versículo 5 des-creve uma bela cena da "família da igreja" reunida na praia para um tempo de oração! É muito triste ver os filhos na igreja enquanto os pais estão em casa, ou os maridos ado-rando enquanto a esposa e os filhos estão em outro lugar. Compare esse versículo com 20:36-38.

    O grupo ficou um dia em Pto- lemaida. No dia seguinte, foi até a casa de Filipe, em Cesaréia. Fi-lipe iniciou como diácono (6:
    5) e tornou-se um evangelista (8:4ss); agora, sem dúvida, vivia ocupa-do em ganhar almas em Cesaréia, onde se estabeleceu com a famí-lia. Ele tinha quatro filhas solteiras que tinham o dom da profecia. Mas Deus usaria o ministério de Ágabo, o profeta que havia chegado da Ju- déia (v. 10), para transmitir mensa-gens a Paulo. Esse profeta previu a fome (1:27-30)

    Ágabo, de forma dramática, alertou Paulo de não ir a Jeru-salém. No entanto, Paulo estava "constrangido em [s]eu espírito" e disposto a ser preso e a morrer por Cristo. Sem dúvida, o lema de Paulo era: "Estou pronto!": pronto para pregar o evangelho em qual-quer lugar (Rm 1:15); pronto para morrer por Cristo a qualquer mo-mento (At 21:13); pronto para ser oferecido e para encontrar o Se-nhor (2Tm 4:6).

    No versículo 15, podemos tra-duzir "preparativos" por "bagagem";

  • O acordo com os judeus (21:17-26)
  • Embora saibamos que os apóstolos tinham paixões como nós, presu-mimos, com facilidade, que tudo que faziam era certo. Nem sempre as ações de Paulo seguiam a von-tade de Deus, embora, sem dúvi-da, suas cartas fossem inspiradas pelo Senhor e devamos confiar ne-las. Já questionamos a sabedoria dele em ir a Jerusalém (embora seu coração e seu motivo estivessem certos); agora, fica evidente que, depois de chegar lá, ele cometeu outro erro.

    Paulo reuniu-se com Tiago e os presbíteros e relatou-lhes as bên-çãos de Deus entre os gentios. Pau-lo deu toda a glória a Deus — "o que Deus fizera" (v. 19). Todavia, como já vimos, Tiago era o líder da igreja de Jerusalém e queria man-ter a tradição judaica na igreja. No versículo 20, observe que ainda ha-via milhares de crentes judeus que praticavam os mandamentos da Lei mosaica. Em Jerusalém, com o tem-plo e todos os seus rituais à disposi-ção, era mais fácil fazer isso que em qualquer outro lugar. Aqui há uma confusão, que ainda conservamos hoje, entre a Lei e a graça e entre o reino e a igreja. Tiago e os presbíte-ros achavam que Paulo devia mos-trar a esses judeus ardorosos que seus ensinamentos não se opunham à Lei de Moisés.

    Paulo concordou com o acordo, mas este era ruim. Ele já escrevera as cartas aos Romanos e aos Gála- tas, em que provava que o homem não é salvo nem santificado por guardar a Lei e, nessas cartas, mos-trava que o cristão está desobrigado da Lei mosaica. Agora, ele negava todas essas verdades inspiradas com uma "proposta religiosa" que tinha o objetivo de fazer concessão aos judeus. Paulo compartilhou com os quatro homens enquanto conclu-íam seus votos e ofereciam os sa-crifícios. Essa transação toda durou sete dias (v. 27). Aparentemente, era um voto nazireu, pois envolvia ras-par a cabeça (Nu 11:0, as ações do próprio Paulo). O esquema funcionou? Não! Resul-tou na prisão de Paulo! Agora, acon-tecia aquilo de que Deus, de cidade em cidade, o havia alertado.

    Não podemos dizer com certe-za se Paulo estava certo ou não. Mas sabemos isto: Deus usou todo o epi-sódio para pôr Paulo nas mãos dos romanos, pois ele estaria mais segu-ro ali que nas mãos dos judeus. O Senhor usou os romanos para pro-teger Paulo e levá-lo a Roma, onde tinha uma missão especial para ele.

  • A prisão no templo (21:27-40)
  • Alguns judeus de fora da cidade conheciam Paulo e viram-no em companhia de Trófimo, um gentio efésio, e presumiram que ele trou-xera o amigo gentio à área do tem-plo proibida aos gentios. Isso era mentira, mas Satanás é mentiroso, o pai da mentira. Aconteceu exata-mente o que Tiago tentava evitar. A fé é simplesmente confiar em Deus sem fazer esquemas, e o cristão que anda pela fé não precisa recorrer a planos ou a artifícios para influen-ciar ou agradar os outros.

    Se o comandante da força não tivesse corrido para o local e o resgatado, talvez Paulo tivesse sido levado para fora da cidade e mor-rido apedrejado. Assim, cumpre-se a profecia repetida muitas vezes: Paulo foi acorrentado com duas cadeias (v. 33; também v. 11). Re-pare que a confusão da multidão judaica não é diferente daquela da multidão gentia em Éfeso (19:32). Satanás é o autor da confusão.

    Mais uma vez, Paulo usou sua cidadania romana a fim de se pro-teger, pois o guarda pensou que ele era um egípcio notório que já cau-sara problemas. Deus instituiu o go-verno para nossa proteção (Rm 13), e é certo usar a lei para proteger o evangelho. Paulo, de pé na escada de entrada da prisão, fez um sinal com a mão para o povo e falou-lhe em hebraico, o que fez com que a multidão ficasse em silêncio.

    Embora não queiramos ser cul-pados de julgar o grande apóstolo, temos de admitir que parece que ele cometeu dois erros: ir a Jerusalém quando foi advertido do que pode-ría acontecer e fazer concessão aos líderes da igreja ao auxiliar os ho-mens no sacrifício que ofereceram no templo. Um erro foi prático, o ou-tro, doutrinai. Claro que entendemos que Paulo pagaria qualquer preço para levar o evangelho a seus irmãos na carne, pois seu coração estava cheio de preocupação e de amor por eles; todavia, Deus, desde o início, o advertira de não testemunhar em Jerusalém (22:17-21). Antioquia e Éfeso deviam ser os grandes centros para a igreja, não Jerusalém.
    A combinação que as igrejas fazem de Lei e de graça tem cria-do um falso evangelho da salvação pela fé e pelas obras. A epístola de Paulo aos Romanos mudou Marti- nho Lutero e quebrou os grilhões da superstição séculos atrás, e a exposição de Gálatas feita por Martinho Lutero trouxe liberdade onde havia prisão. Ao longo dos séculos, grupos de fiéis têm sido verdadeiros com a Palavra de Deus e dado a vida por Cristo. Que pos-samos não misturar Lei e graça; que possamos nunca comprometer a verdade do evangelho.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 21 do versículo 1 até o 40
    21.3 Tiro. De Pátara até Tiro viajaram cerca de 600 km nuns quatro dias. O amor de crentes (que não conheceram Paulo) é notável (4-6).

    21.11 Como vários profetas do AT, Ágabo apresenta sua mensagem dramática em mímica. O caminho de Paulo seguirá as pisadas de Jesus. Ágabo prediz tribulações, mas não afirma que Paulo não deve ir a Jerusalém.
    21:12-14 Nós... rogamos. Os crentes expressam o ponto de vista humano. Paulo fica convicto que seja a vontade de Deus (14; conforme Lc 22:42). Quebrantando-me o coração. Lit. "batendo como uma lavadeira", "amolecer". Paulo, como Cristo, não sente temor algum (Fp 1:19ss),

    21.15 Preparativos. O gr indica que levaram cavalos.

    21.16 Mnasom. O grupo de crentes (judeus?) acompanhou Paulo até à casa de Mnasom (um dos crentes primitivos, conforme 1.15).

    21.17 Receberam com alegria. Não se sabe porque não há referência à contribuição para os santos. Seria o espírito farisaico da Igreja que nem a oferta foi capaz de suavizar e unir a Igreja toda?

    21.18 Os presbíteros. A omissão dos "apóstolos" (veja 15.4, 6, 22,
    23) indica que tinham-se espalhado no trabalho missionário.

    21.20 Dezenas... O gr "quantos milhares". O número grande talvez incluiria os judeus da dispersão, que, como Paulo, vinham para celebrar a festa de Pentecostes em Jerusalém. Judeus que creram. Se não alterar os costumes, crer em Jesus como Messias foi tolerado. Paulo era suspeito pelo sucesso da missão entre os gentios e os rumores falsos que ele aconselhava os judeus a esquecer da lei. Zelosos do lei. Conforme 11.2; 15.15; Gl 2:12. Crentes do partido farisaico.

    21.21 Apostatarem. Sem mandar os judeus crentes deixarem a lei, a doutrina de Paulo oferecendo a salvação unicamente pela fé implicaria mais cedo ou mais tarde no seu enfraquecimento. Se a lei não oferece vantagem alguma a quem a observe, porque guardá-la? Circuncidar. Paulo circuncidou a Timóteo (16.3); sua atitude encontra-se em Rm 2:25-45 e Gl 5:1-48.

    21.24,25 A despesa. O voto de nazireu requeria sacrifícios dispendiosos. O fato de Paulo observar ritos da lei publicamente, seria uma prova que ele não aconselhava que os judeus a deixassem.

    21.26 Paulo, pondo seu próprio princípio (1Co 9:20) em prática, aceitou a proposta de se ajuntar a outros no voto de nazireu.

    21.27 Paulo ficou muito bérn conhecido em Éfeso. Judeus de lá provocaram o tumulto com a séria acusação que o templo fora profanado.
    21.29 Introduzira no templo. Entre o pátio externo (dos gentios) e a pátio interno havia uma barreira (conforme Ef 2:14) e colunas com advertência em grego e latim da pena de morte para qualquer gentio, que a transpusesse.

    21.31 Matá-lo. Profanar o templo merecia, legalmente, apedrejamento.

    21.35 Às escadas. Havia dois lances de escadas que davam acesso do pátio dos gentios para a fortaleza de Antônia.

    21.37 Comandante. O tribuno Cláudio Lísias (23,26) comandava uma forte guarnição de mil soldados do seu Quartel General sediado na torre de Antônia, no canto noroeste da área do templo.

    21.38 Sicários. "Assassinos terroristas”, de sica, "punhal”. Eram nacionalistas extremos; No ano,54 d.C., segundo Flávio Josefo, apareceu um egípcio que congregou 4.000 sicários (Flávio Josefo diz 30,000) no Monte das Oliveiras, prometendo que os muros de Jerusalém desabariam. Félix matou 400 deles, mas o chefe escapou.

    21.40 Hebraica, i.e., aramaica, língua franca da região toda.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 21 do versículo 1 até o 40

    10) De Mileto para Jerusalém (21:1-16)
    A família cristã em Tiro. De Pátara, o apóstolo e seus companheiros se puseram na rota do trigo que vai do Egito para Roma. Tiro era a grande cidade comercial dos fenícios nos tempos antigos, mas perdeu boa parte da sua importância após a brutal destruição realizada por Alexandre, o Grande, em 332 a.C. A existência de uma igreja cristã na cidade mostra como o evangelho tinha se propagado por toda a Palestina e regiões vizinhas já no ano 57 d.C. A ordem (transmitida, sem dúvida, por um profeta) de que Paulo não subisse para Jerusalém tem desconcertado muitos leitores, mas, em vista de 20:22-24, deve ser vista como uma predição de problemas à frente, que foi superada pela revelação dada ao próprio Paulo. A idéia de que Paulo prosseguiu obstinadamente contra a proibição do Espírito Santo precisa ser rejeitada. A reunião de despedida e de oração na praia é especialmente reveladora, e mais ainda quando vemos que esses crentes — diferentemente dos presbíteros de Efeso — não haviam tido mais do que rápidos contatos pessoais com o apóstolo (v. 5,6). Se círculos de igrejas locais perdem o sentimento de unidade como uma família espiritual, a mera preservação de doutrinas saudáveis e de práticas corretas não significa muito.
    Paulo em Gesaréia (v. 7-14). Havia irmãos a serem saudados em Ptolemaida no caminho para Gesaréia, o porto natural de Jerusalém. Gostaríamos de saber mais acerca da constituição da igreja na qual crentes gentios foram primeiramente inseridos em pé de igualdade com os judeus (cap. 10), mas só temos um vislumbre de Filipe, o evangelista, um dos sete (conforme 6.5), e de suas filhas, anfitriões do grupo apostólico. Filipe tinha continuado a exercer o dom especial de evangelista a partir da dispersão (cap. 8). O fato de que as suas filhas profetizavam lança luz interessante sobre o ministério de mulheres capacitadas com os dons, visto que a profecia é, por definição, um ministério público. Primeira Corindos 11:5 apóia o ponto de vista de que essas mulheres assim capacitadas tinham mais do que um ministério meramente doméstico nos tempos apostólicos.

    A profecia simbólica e oral de Agabo (v. 11) é muito semelhante ao estilo do ministério profético do AT e fez surgir novos apelos a Paulo para que se poupasse de correntes e prisões. Mas o seu testemunho diante de governadores e reis precisava ser cumprido, e, quando Paulo persistiu na sua disposição de sofrer todas as coisas pelo nome do Senhor Jesus, todos se submeteram ao que foi reconhecido como a vontade do Senhor (v. 12-14).

    A importante terceira viagem tinha durado aproximadamente de 53 a 57 d.C.; as três grandes expedições juntas tinham aberto vastas regiões para o evangelho; essas regiões se estendiam desde Antioquia até o Ilírico. A parte do próprio ministério do nosso Senhor na terra, nenhum outro período tem se assemelhado em significado aos doze anos entre 45 e 57 d.C. A partir de agora até o final da história de Lucas, Paulo vai ser o “embaixador [de Cristo] preso em correntes” (Ef 6:20).

    XIII. O EMBAIXADOR EM CORRENTES: PARTE UM: EM JERUSALÉM (21.17— 23.35)


    1) Contato com a igreja em Jerusalém (21:17-26)
    Dificuldades reais e imaginárias. A descrição da chegada de Paulo a Jerusalém, os seus contatos com os irmãos e o conselho deles planejado para evocar os perigos que poderiam surgir da oposição da multidão de judeus-cristãos, certamente inclui dificuldades exegéticas, mas elas têm sido exageradas por não levarem em conta a natureza transicional desse período. Essa falha de perspectiva leva expositores a julgar a situação como se a igreja de Jerusalém fosse uma igreja local em terras gentílicas depois de o testemunho ter sido passado à grande maioria de cristãos que eram gentios de nascimento. Quando os presbíteros de Jerusalém disseram a Paulo: você continua vivendo em obediência à lei (v. 24; conforme 1Co 9:20), revelaram o fato bem conhecido de que Paulo, quando em círculos judaicos, observava os costumes a fim de poder continuar o seu ministério entre os judeus até o fim. Quando entendemos isso, não temos necessidade de desculpas, por um lado, ou de condenar uma concessão, por outro. E interessante observar que, à parte uma referência incidental em 24.17, Lucas não menciona o propósito primário da visita a Jerusalém, que era a entrega do dinheiro resultante das ofertas dos gentios, que tanto ocupava os pensamentos de Paulo naquela época (v.comentário Dt 20:3-5; Rm 15:25-45; 2Co 8:9). O que ele lembra é que Paulo e seus colaboradores foram bem recebidos por Tiago e os presbíteros, e receberam ampla oportunidade para contar em detalhes o que Deus havia feito entre os gentios, o que motivou sincero louvor e gratidão.

    O problema e as soluções propostas (v. 20-26). Obviamente a grande maioria dos crentes em Jerusalém (depois da dispersão em 8,4) aceitou Jesus como seu Messias, considerando-se o “fiel remanescente”, sem entender a natureza universal da igreja e sua libertação das sombras do antigo regime. Eles eram judeus piedosos que confessavam Jesus (v. 20) e ainda praticavam os costumes que tinham recebido. Os judeus inimigos tinham feito o esforço de apresentar o trabalho de Paulo entre os gentios como a sabotagem de um apóstata que ensinava judeus a se afastarem de Moisés, dizendo-lhes que não circuncidem seus filhos nem vivam de acordo com os nossos costumes. Isso não era verdade, mas os presbíteros de Jerusalém estavam preocupados com o fato de que muitos na sua própria comunidade acreditavam nisso. Eles não voltaram à sua própria carta de 15:23-29 (v. 25), mas sugeriram que Paulo mostrasse, por meio de algo visível e concreto, que ele, como judeu entre judeus, observava os costumes.

    Anteriormente ele tinha se purificado depois de seu próprio voto (18.18b); agora deveria pagar as despesas de quatro homens que, depois de um período de voto nazireu, tinham de oferecer os sacrifícios prescritos. Isso era um notório ato de piedade entre os judeus. Não se observa com freqüência que a solução, provavelmente, foi bem-sucedida com referência à multidão de judeus-cristãos, e a oferta generosa dos crentes gentios teria ajudado a melhorar a compreensão mútua e a comunhão. O perigo surgiu inesperadamente, não do grupo legalista da igreja em Jerusalém, mas de alguns judeus [incrédulos] da província da Asia que, em visita a Jerusalém, reconheceram Paulo e Trófimo. (Acerca do voto de nazireu v. 18.18b e Nm 6.2ss. Na época do NT, o voto geralmente durava trinta dias.)


    2) O tumulto no pátio do templo (21:27-40)
    Paulo em perigo de morte violenta (v. 27-31). As profecias com relação aos perigos em Jerusalém se cumpriram, mas Paulo foi liberto das mãos de judeus fanáticos a fim de realizar o seu ministério de um embaixador de Cristo em correntes. O plano proposto pelos presbíteros prosseguiu normalmente, com a completa cooperação de Paulo (v. 26). Apesar da tradução do v. 27 na NVI, a referência de tempo em 24.11 torna provável que a interrupção violenta ocorreu próximo do início desse período: “quando os sete dias estavam para ser cumpridos” (F. F. Bruce, Acts, texto gr., p. 394). Os judeus da Ásia tinham visto o gentio Trófimo com Paulo na cidade e, então, encontrando o apóstolo com os nazireus no recinto sagrado, perto dos compartimentos reservados para o ritual de purificação, supuseram — nunca se apresentou uma prova — que ele havia introduzido um gentio além do pátio externo; uma ofensa que precisava ser castigada com a morte e que teria profanado o templo (v. 27-29). Os judeus da Ásia denunciaram a violação aos adoradores no templo, e a notícia se espalhou como um rastilho de pólvora entre as multidões na cidade. Paulo foi agarrado e arrastado para o pátio dos gentios, enquanto os oficiais do templo fecharam as portas do pátio interno. Esse retrato de uma multidão inflamável, tão facilmente induzida a um ato de linchamento por um relato falso, está em harmonia completa com a atmosfera dos tempos — os anos que precederam a grande rebelião.

    A intervenção dos romanos (v. 31-42).
    As tropas romanas estavam aquarteladas na torre Antônia, uma fortaleza que dava para a área do templo do seu ângulo noroeste, o que explica a aparição rápida de tropas sob a liderança do tribuno romano (coronel a cargo de uma coorte e mais elevado oficial romano em Jerusalém na época), que temia tumultos em dias festivos. O oficial, não conseguindo entender com clareza a acusação da multidão e concluindo que a agitação era mais um problema causado pelos sicarii ou “salteadores” (ARG, v. 38), acorrenta Paulo e o conduz às escadarias da fortaleza.

    Paulo conseguiu chamar a atenção do tribuno, que, perplexo diante do bom grego de Paulo e de sua cidadania romana de Tarso, de forma surpreendente atendeu ao seu pedido de falar à multidão (v. 37-40). Josefo menciona um egípcio que afirmou ser profeta e conduziu uma multidão ao deserto em 54 d.C., onde seus seguidores foram mortos ou dispersados. Lísias os confunde com os sicarii, os homens de adagas empregados por fanáticos judeus anti-romanos.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 21 do versículo 15 até o 40
    c) Paulo em Jerusalém (At 21:15-23.35)

    1. O APÓSTOLO EM APUROS (At 21:15-30) -De Cesaréia Paulo e seus companheiros subiram a Jerusalém, hospedando-se o grupo na casa de Mnasom, um dos primeiros crentes, provavelmente helenista. Em sua casa os cristãos gentios podiam contar com boa acolhida. Quando a delegação procurou Tiago e os presbíteros da igreja de Jerusalém, foi por eles bem recebida, contudo essa boa gente estava francamente perplexa com os boatos exagerados que haviam chegado lá concernente à atitude de Paulo para com a lei. Admitiam que a posição relativamente aos crentes gentios fora definida no Concílio dos Apóstolos, porém queriam que Paulo, de modo prático, desmentisse a notícia de que ele dissuadia os cristãos judeus de guardar a lei e de circuncidar os filhos. Paulo, até onde podemos ver, continuou a observar a lei e isso fez enquanto viveu, especialmente na companhia de judeus, e sua aquiescência no conselho de Tiago, nessa ocasião, participando da cerimônia de purificação de quatro homens que haviam tomado voto temporário de nazireu, e pagando as respectivas despesas, estava em perfeita concordância com o princípio por ele estabelecido: "Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus" (1Co 9:20). Podemos comparar isto com o voto por ele mesmo tomado (At 18:18), que envolveu o corte do seu cabelo. Por causa destas atitudes Paulo tem sido censurado sem necessidade por pessoas cujo ideal parece ser o de um tipo inferior de coerência, que tem sido chamada "a virtude de espíritos tacanhos".

    A execução desse programa ocasionou a presença de Paulo no templo, e foi aí que ele se tornou alvo de um clamor público provocado por alguns judeus provenientes da província da Ásia, os quais o reconheceram. Vendo-o na cidade com um gentio cristão de Éfeso, imaginaram que ele introduzira esse homem no templo. Irrompeu de repente um alvoroço, o poviléu arrastou Paulo para fora do lugar sagrado, espancando-o sem parar; e logo que saíram, as portas do templo se fecharam.

    Nossos preparativos (15); "nossa bagagem". Mas a simples palavra grega episkeuasamenoi, traduzida "tendo feito os nossos preparativos", pode significar aqui "tendo alugado cavalos". Velho discípulo (16) (gr. archaios) sugere que era membro fundador da Igreja. Traduzamos: "trazendo-nos a Mnasom de Chipre, um dos primeiros discípulos, com quem deveríamos nos hospedar". Paulo foi conosco encontrar-se com Tiago, e todos os presbíteros se reuniram (18). Aparentemente nenhum dos antigos apóstolos residia por esse tempo em Jerusalém. Tiago (o irmão do Senhor) é o líder inconteste da igreja dessa cidade.

    >At 21:20

    Quantas dezenas de milhares (20). É muito fácil subestimarmos a pujança do Cristianismo judaico primitivo. Zelosos da lei (20); isto é, "zelotes em prol da lei". Os costumes (21); isto é, os determinados na lei judaica, "recebidos de Moisés por tradição" (cfr. At 6:14; Gl 1:14). Faze por eles as despesas (24); cfr. Nu 6:14-4, sobre a natureza de tais despesas. Escrevemos (25). É referência à carta apostólica de At 15:23-29.

    >At 21:27

    Quando já estavam por findar (27). Melhor, "quando iam cumprir-se"; os fatos seguintes ocorreram mais ou menos no princípio dos sete dias, e não no fim. Este é o homem que por toda parte ensina todos a ser contra... este lugar (28). Cfr. a acusação apresentada contra Estêvão (At 6:13). Introduziu até gregos no templo e profanou este recinto sagrado (28). No pátio exterior qualquer pessoa podia entrar; mas passar daí para diante era vedado aos gentios sob pena de morte. O governo romano ratificava a sentença de morte lavrada pelo Sinédrio contra esse ultraje, ainda mesmo se o ofensor fosse cidadão romano. Avisos em grego e latim estavam afixados na linha divisória que separava o pátio exterior do interior, chamando a atenção dos visitantes gentios para que não a transpusessem. Um desses avisos, achados em 1871, presentemente está em Istambul; outro, encontrado em 1935, está no Museu Palestinense. Pela letra da lei, Trófimo (29) é que era o culpado, caso fosse verídica a acusação, ainda que Paulo tivesse a culpa de ajudá-lo e ser cúmplice no delito.

    >At 21:31

    2. PAULO NÃO CONSEGUE PACIFICAR O MOTIM DE JERUSALÉM (At 21:31-22.
    29) -Sobranceira ao templo ficava a fortaleza Antônia, na qual estacionava uma guarnição romana. Ouvindo falar do motim, o capitão da referida guarnição mandou soldados que livraram Paulo de ser linchado. Mesmo assim, os amotinados acotovelavam-se e empurravam os soldados com tamanha violência ao subirem as escadas da fortaleza que estes tiveram de carregá-lo para que não o arrebatassem. No topo da escada estava o comandante (capitão) que imaginou fosse Paulo um agitador egípcio, que algum tempo antes se apresentara ao povo fingindo-se um segundo Moisés e que provocara profundo ressentimento popular ao deixar que seus sequazes fossem despedaçados pela soldadesca de Félix, enquanto ele mesmo conseguiu safar-se. Surpreendeu-se, pois, o comandante quando Paulo se lhe dirigiu em grego, pedindo que o deixasse falar ao povo.

    Obtendo licença, Paulo em pé na escada se dirigiu à multidão em baixo, não em grego mas em vernáculo (aramaico). Silenciaram ao ouvir que lhes falava no idioma pátrio. Disse-lhes Paulo como se criara aos pés de Gamaliel naquela mesma cidade, como perseguira os cristãos e como se convertera perto de Damasco, frisando o papel desempenhado por Ananias, homem "piedoso conforme a lei". Ouviram tudo isso em silêncio e com interesse, porém quando Paulo mencionou a comissão recebida para evangelizar os gentios, a fúria do povo explodiu outra vez, de modo que o comandante, já desorientado, mandou que ele fosse flagelado a fim de descobrir o verdadeiro motivo daquela agitação. Paulo, no entanto, declarou-se cidadão romano, e assim escapou do azorrague que era um instrumento de tortura muito mais bárbaro do que as varas dos lictores de Filipos.

    O comandante da força (31), isto é, o tribuno militar encarregado da coorte auxiliar, de prontidão na fortaleza Antônia. Ao chegar às escadas (35). Dois lances de escada levavam da fortaleza ao pátio exterior do templo. Não és o egípcio...? (38). A história desse agitador egípcio é narrada por Josefo em seu livro Guerra Judaica, 2.13.4 e Antigüidades Judaicas, 20.8.6. Quatro mil sicários (38). A referência é aos sicarii, que se haviam especializado em assassinar romanos e judeus pró-romanos. O número "quatro mil" é mais provável do que os 30:000 de Josefo. Em língua hebraica (40); isto é, em aramaico.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 21 do versículo 1 até o 40

    43. A coragem da convicção ( Atos 21:1-16 )

    E quando aconteceu que, separando-nos deles e tinha zarpar, corremos um caminho reto para Cos e no dia seguinte a Rodes e de lá para Patara; E, achando um navio para a Fenícia, fomos a bordo e partimos. E quando a gente tinha chegado à vista de Chipre, deixando-a à esquerda, mantivemos vela para a Síria e chegamos a Tiro; porque ali o navio estava a descarregar a sua carga. E depois de olhar-se os discípulos, ficamos ali sete dias; e eles continuavam dizendo a Paulo através do Espírito para não pisar em Jerusalém. E quando aconteceu que nossos dias houve terminou, partimos e começamos a nossa jornada, enquanto todos eles, com suas mulheres e crianças, nos escoltou até fora da cidade. E depois se ajoelhando na praia e orando, dissemos adeus um ao outro. Depois fomos a bordo do navio, e eles voltaram para casa. E quando a gente tinha terminado a viagem de Tiro, chegamos a Ptolemaida; e depois de saudar os irmãos, ficamos com eles por um dia. E no dia seguinte, partiu e chegou a Cesaréia; e entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. Agora, este homem tinha quatro filhas virgens que profetizavam. E como nós estávamos lá por alguns dias, um profeta chamado Ágabo desceu da Judéia. E vindo até nós, ele tomou o cinto de Paulo e ligando os seus próprios pés e mãos, e disse: "Isto é o que o Espírito Santo diz: 'Desse modo, os judeus em Jerusalém irá vincular o homem a quem pertence este cinto e entregá-lo para o mãos dos gentios. "" E quando a gente tinha ouvido isso, assim como os moradores locais começaram pedindo-lhe para não ir a Jerusalém. Mas Paulo respondeu: "O que você está fazendo, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus." E uma vez que ele não iria convencê-lo, ficamos em silêncio, observando: "A vontade do Senhor seja feita!" E após estes dias temos pronto e começou no nosso caminho para Jerusalém. E alguns dos discípulos de Cesaréia também veio com nós, levando-nos a Mnason de Chipre, um discípulo de longa data, com quem nos havíamos de hospedar. ( 21: 1-16 )

    Compromisso corajoso, decorrente de fortes convicções, é uma qualidade essencial encontrado em todos aqueles a quem Deus escolhe para liderar. Convencidos de que Deus tinha dado a Israel na terra de Canaã, Josué e Calebe argumentou energicamente para uma invasão imediata ( Nu 13:30. ; 14: 7-9 ) —Apesar os medrosos, covardes recomendações dos outros dez espiões. Acreditando que Deus conceda a Sua pessoas vitória sobre as forças cananeus liderados por Sísera, Deborah pediu Barak para liderar os israelitas contra ele ( Jz. 4: 4-14 ). Tal era a convicção de Davi que Deus iria derrotar Golias (um dos Anakim amaldiçoada) e entregar Israel dos filisteus que ele voluntariamente arriscou sua vida na batalha com a gigante ( 1 Sam. 17: 32-37 ). Sadraque, Mesaque e Abede-Nego estavam dispostos a perder suas vidas em vez de desistir de sua convicção de que só Deus deve ser adorado ( Dan. 3: 16-18 ). Daniel também estava disposto a morrer em vez de deixar de adorar o verdadeiro Deus ( Dn 6:10 ).

    O apóstolo Paulo, em pé na linha daqueles santos que eram bem fortes convicções. Ele estava completando uma missão crítica para fornecer fundos de ajuda das igrejas dos gentios na Ásia Menor e da Grécia para os muitos pobres na igreja de Jerusalém. Devido aos muitos peregrinos naquela igreja, e da alienação e perseguição dos crentes de Jerusalém, havia muitos pobres entre a congregação que estavam em constante necessidade. A igreja havia certamente esgotado seus recursos na generosidade dos primeiros anos (cf. Atos 4:32-37 ) e agora precisava de ajuda generosa (cf. 2Co 8:20. ; 2Co 9:5 ), mas também para solidificar a união amorosa entre os judeus e as igrejas dos gentios (cf.Ef. 2: 11-17 ) . Como o apóstolo viajou a Jerusalém para entregar o dinheiro, ele foi alertado repetidamente para as provas e perseguições que enfrentaria quando ele chegou lá ( At 20:23 ). Apesar destas advertências, ele nunca vacilou na sua convicção de que ele foi para cumprir a vontade de Deus na matéria, o que lhe deu a coragem de ver o seu ministério através de não importa o que as conseqüências pessoais.

    A partir da narrativa em versos 1:16 emergir quatro aspectos da coragem da convicção apresentada pelo apóstolo Paulo: tal coragem conhece a sua Proposito, não pode ser desviado, paga qualquer preço, e motiva os outros.

    A coragem da convicção Knows Seu Propósito

    E quando aconteceu que, separando-nos deles e tinha zarpar, corremos um caminho reto para Cos e no dia seguinte a Rodes e de lá para Patara; E, achando um navio para a Fenícia, fomos a bordo e partimos. E quando a gente tinha chegado à vista de Chipre, deixando-a à esquerda, mantivemos vela para a Síria e chegamos a Tiro; porque ali o navio estava a descarregar a sua carga. ( 21: 1-3 )

    Conviction pressupõe um propósito claro. Josué e Calebe estavam convencidos de que Deus tinha dado a Israel na terra de Canaã. Deborah estava convencido de Deus daria a vitória a Israel. Davi estava convencido de que Deus iria julgar Golias e preservar Israel dos filisteus. Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego estavam convencidos de que o verdadeiro Deus devia ser adorado em vez de ídolos. Paulo estava convencido de que ele se mudou e ministrado no propósito e poder de Deus. A partir desse convicção inabalável veio sua coragem indomável.

    Atos 21 narrativa começa com uma lembrança de despedida emocional de Paulo aos anciãos de Éfeso. Lucas, um dos principais companheiros de viagem de Paulo e autor de Atos, observa que , quando aconteceu que, separando-nos deles e tinha zarpar, corremos um caminho reto para Cos e no dia seguinte a Rodes e de lá para Patara. uso de Lucas do termo apospaō ( parted ), que significa "arrancar" (cf. 20:30 ; Lc 22:41 ), mostra o trauma daquela despedida. Tão grande era o amor dos anciãos de Éfeso para ele que Paulo literalmente teve que se afastar de seus amigos entristecidos.

    Tendo com dificuldade apartou deles, Paulo e seus companheiros partiu para retomar sua viagem marítima para a Palestina. Deixando de Mileto, eles correram um caminho reto para Cos, cidade capital da ilha do mesmo nome. E dali navegaram para Rhodes, passando como eles entraram no porto há O Colossus famoso do Rodes, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. De Rhodes eles dobraram a esquina sudoeste da Ásia Menor, parando em Patara. Cada um desses portos representa viagem de um dia; o navio navegou durante o dia e ancorado em cada porta para a noite.

    A razão [o navio não navegar à noite] encontra-se no vento, que no Egeu durante o verão geralmente sopra do norte, começando em uma hora muito cedo pela manhã; no final da tarde ele morre; ao pôr do sol há uma calmaria, e, posteriormente, surge um vento sul sopra suave e durante a noite. (Sir William M. Ramsay, St. Paulo o viajante e do Cidadão romano [reimpressão; Grand Rapids: Baker, 1975], 293)

    Era aquele vento norte que permitiram que o navio para executar um caminho reto de Mileto para Cos.

    Patara, localizado na parte continental da Ásia Menor, perto da foz do rio Xanthus, foi um grande e movimentado porto. Em sua pressa de chegar a Jerusalém antes do Dia de Pentecostes ( 20:16 ), Paulo decidiu arriscar a travessia do Mar Mediterrâneo, em vez de continuar a abraçar a costa. Os ventos predominantes oeste feito essa travessia do mar aberto possível. Assim, tendo encontrado um cruzamento de navio sobre o Mediterrâneo a partir de Patara para a Fenícia, Paulo e seus amigos foi a bordo e partimos. Este navio foi, sem dúvida, muito maior do que a embarcação costeira menor que haviam sido vela diante. O navio que levaria Paulo através do Mediterrâneo em sua viagem a Roma agitado realizadas 276 pessoas ( At 27:37 ), e este pode ter sido semelhante em tamanho.

    Cruzando o Mediterrâneo, que passou para o sul de Chipre, deixando-a à esquerda. O navio não ancorar em Chipre, mas manteve a vela para a Síria e chegamos a Tiro. O cruzamento de Patara a Tiro, na costa leste do Mediterrâneo, normalmente levou cinco dias. Paulo e seu partido tinha então sete dias ( v. 4 ) para aguardar antes de o navio estava pronto para continuar sua viagem.

    Este simples relato de viagens de Paulo retrata um homem movido para cumprir a prioridade de atender às necessidades dos pobres e unificar a igreja. Isso mostra que a força de sua coragem resultou da devoção a obedecer o que ele sabia eram prioridades divinas.

    A coragem da convicção não pode ser desviado

    E depois de olhar-se os discípulos, ficamos ali sete dias; e eles continuavam dizendo a Paulo através do Espírito para não pisar em Jerusalém. E quando aconteceu que nossos dias houve terminou, partimos e começamos a nossa jornada, enquanto todos eles, com suas mulheres e crianças, nos escoltou até fora da cidade. E depois se ajoelhando na praia e orando, dissemos adeus um ao outro. Depois fomos a bordo do navio, e eles voltaram para casa. ( 21: 4-6 )

    Viajando a bordo do navio que navegava diretamente através do Mediterrâneo para a Palestina permitiu Paulo e seu partido para passar o tempo em Tiro e ainda chegar em Jerusalém, no cronograma de Pentecostes. Paulo não tinha fundado a igreja em Tiro e pode não ter conhecido os cristãos daquela cidade, uma vez que a igreja não tinha sido fundada por crentes que fugiam da perseguição que eclodiu em Jerusalém depois do martírio de Estêvão ( At 11:19 ) —a perseguição levou, ironicamente, pelo próprio Paulo. Que Paulo não estava familiarizado com a igreja em Tiro necessária sua olhando para os discípulos. Tendo encontrado eles, Paulo e seus companheiros ficou com eles durante os sete dias que permaneceram em Tiro.

    Os cristãos de lá rapidamente anexado seu amor ao apóstolo e, temendo por sua segurança, eles continuaram dizendo a Paulo através do Espírito para não pisar em Jerusalém. A questão é saber se Paulo recebeu aqui uma ordem direta do Espírito Santo que ele obstinAdãoente desobedeceu. Alguns argumentam que Paulo, impulsionado por sua preocupação apaixonada pelos pobres e a unidade da igreja, era desobediente em ir a Jerusalém. A Bíblia revela com toda franqueza as deficiências do mesmo os maiores homens de Deus. Escritura apresenta as falhas, bem como os triunfos, dos homens, como Noé, Abraão, Jacó, Davi, Pedro, João e os demais apóstolos. Paulo não era mais imune ao fracasso do que eram; na verdade, Lucas já gravou briga de Paulo com Barnabé sobre João Marcos ( 15: 37-39 ). Que Paulo não era desobediente nesta ocasião, no entanto, é evidente a partir de várias considerações.

    Em primeiro lugar, a frase através do Espírito não é conclusiva; ele simplesmente significa que alguém falou a partir de um dom espiritual de profecia. Como Paulo observa em 1Co 14:29 , no entanto, nem todas as manifestação do dom de profecia é legítimo. Se era legítimo neste caso deve ser determinada por outros fatores.

    Segundo, Paulo viveu uma vida sensível à liderança do Espírito. Quando impedidos pelo Espírito para pregar em certas regiões, Paulo não desobedeceu ( Atos 16:6-7 ). Quando levado pelo Espírito para ministrar na Macedónia, Paulo imediatamente obedecido ( Atos 16:9-10 ). Esse padrão de longo prazo de obediência torna improvável que ele era desobediente nesta matéria.

    Em terceiro lugar, o Espírito Santo nunca antes tinha proibido Paulo de ir a Jerusalém. De acordo com Atos 20:22-23 , Ele advertiu Paulo repetidamente sobre o que iria acontecer com ele quando ele chegou lá, mas não lhe disse para não ir.

    Em quarto lugar, Paulo descreveu sua missão a Jerusalém como "o ministério que recebi do Senhor Jesus" ( At 20:24 ). Como pode o Espírito Santo proibir Paulo de fazer o que o Senhor Jesus Cristo lhe havia ordenado que? Além disso, At 19:21 registros que "Paulo propôs, em espírito, ir a Jerusalém", enquanto que em At 20:22 , o apóstolo descreve a si mesmo como "ligado em espírito ... no meu caminho para Jerusalém." Ele foi obrigado em seu interior pelo Espírito Santo para realizar esta missão.

    Por fim, as Escrituras em nenhum lugar sugerem que Paulo pecou por ir a Jerusalém. Depois que ele chegou, ele declarou: "Eu vivi a minha vida com um perfeitamente boa consciência diante de Deus até este dia" ( At 23:1 ). É difícil ver como ele poderia ter dito que se ele tivesse apenas flagrantemente pecado contra Deus.

    Em Tiro, como em tantos outros lugares, o Espírito Santo advertiu Paulo da perseguição que ele enfrentou em Jerusalém. Os crentes em Tiro, por meio do Espírito, previu o sofrimento que ele iria suportar, quando ele alcançou seu objetivo. Era natural que eles iriam tentar dissuadi-lo de ir a Jerusalém, exatamente como alguns de seus amigos mais velhos em breve fazer ( 21:12 ). A mensagem do Espírito para Paulo em Tiro, como em outros lugares, foi uma advertência, e não uma proibição.

    Após uma semana de comunhão e ministério em Tiro, foi a vez de Paulo e seu grupo para sair. Lucas escreve, quando aconteceu que nossos dias houve terminou -o navio tinha acabado de descarregar a sua carga e estava pronto para sail- partimos e começamos a nossa jornada. Então dedicado tinha os cristãos de Tiro se tornar a eles que todos eles, com esposas e filhos, escoltado Paulo e seus companheirosaté que eles estavam fora da cidade (cf. 20:38 ). Na costa eles realizaram uma reunião de oração improvisada. Lucas registra que depois ajoelhando-se na praia e orando, dissemos adeus um ao outro.Então, Paulo e seus companheiros foram a bordo do navio, e os crentes de Tiro voltou para casa novamente.

    Nem a ameaça de perseguição, nem os argumentos dos bem-intencionados companheiros crentes poderia desviar Paulo de cumprir seu chamado. Ele manteve a coragem de sua convicção, apesar das repetidas advertências de perseguição grave uma vez que ele chegou a Jerusalém ( At 20:23 ). Nada poderia dissuadi-lo de levar a cabo a tarefa que o Senhor lhe tinha atribuído.

    A coragem da convicção Pays Qualquer Preço

    E quando a gente tinha terminado a viagem de Tiro, chegamos a Ptolemaida; e depois de saudar os irmãos, ficamos com eles por um dia. E no dia seguinte, partiu e chegou a Cesaréia; e entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. Agora, este homem tinha quatro filhas virgens que profetizavam. E como nós estávamos lá por alguns dias, um profeta chamado Ágabo desceu da Judéia. E vindo até nós, ele tomou o cinto de Paulo e ligando os seus próprios pés e mãos, e disse: "Isto é o que o Espírito Santo diz: 'Desse modo, os judeus em Jerusalém irá vincular o homem a quem pertence este cinto e entregá-lo para o mãos dos gentios. "" E quando a gente tinha ouvido isso, assim como os moradores locais começaram pedindo-lhe para não ir a Jerusalém. Mas Paulo respondeu: "O que você está fazendo, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus." E uma vez que ele não iria convencê-lo, ficamos em silêncio, observando: "A vontade do Senhor seja feita!" ( 21: 7-14 )

    Após ter completado a navegação de Tiro, Paulo e os outros chegaram a Ptolemaida. Conhecido nos tempos do Antigo Testamento como Acco ( Jz 1:31 ), Ptolemaida foi cerca de vinte e cinco quilômetros ao sul de Tiro. Nunca um a desperdiçar oportunidades de ministério (cf. Ef 5:16 ), Paulo procurou imediatamente os cristãos naquela cidade. Depois de cumprimentar os irmãos, Paulo e seus companheiros ficou com eles por um dia. A igreja em Ptolemaida, como a de Tiro, provavelmente tinha sido fundada por aqueles que fugiram Jerusalém após o martírio de Estêvão ( At 11:19 ). O cuidado de Paulo para eles não era menos, porque ele não tinha fundado a igreja; seu era um "solicitude por todas as igrejas" ( 2Co 11:28 ).

    Após atraso de um dia, o navio retomou a sua viagem para o sul ao longo da costa. No dia seguinte, ele cobriu as 40 milhas para Cesareia , o porto de Jerusalém, localizada a cerca de 60 milhas a noroeste da cidade santa. Foi a sede do governo romano na Judéia e da residência oficial de seus governadores (mais notavelmente Pilatos). Caesarea tinha uma população mista de judeus e gentios. Ela também foi a casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete homens fiéis escolhidos pela igreja primitiva cerca de vinte anos antes, para supervisionar a distribuição de alimentos para as viúvas ( Atos 6:5-6 ). Deus honrou seu serviço e chamado Filipe para ser um evangelista. Foi ele quem pregou o evangelho em Samaria ( At 8:5 ), foi recebido em sua casa, e ele e seus amigos ficaram com ele.

    Casa de Filipe incluiu suas quatro filhas virgens que profetizavam. Isso Lucas descreve-os como virgens sugere que eles podem ter sido anulada por Deus para um ministério especial (cf. 1Co 7:34 ).Profetas, como apóstolos, foram especialmente designado por Deus na igreja. Eles devem ser distinguidos dos crentes individuais com o dom de profecia ( 1Co 12:10 ). Eles complementou o ministério dos apóstolos ( Ef 4:11 ), funcionando exclusivamente dentro de uma congregação local particular, enquanto os apóstolos tinham um ministério mais amplo. Em contraste com os apóstolos, cuja doutrinária revelação foi fundamental para a igreja ( At 2:42 ; . Ef 2:20 ), a mensagem dos profetas era mais pessoal e prático. Eles às vezes recebeu nova revelação de Deus a respeito de assuntos que viria a ser abrangidos nas Escrituras. O principal impulso do seu ministério, no entanto, foi a reiteração ou exposição da revelação divina existente ( 1Co 14:3 ). (Para uma discussão mais aprofundada dos profetas e do dom da profecia, veja I Coríntios , MacArthur New Testament Commentary [Chicago: Moody, 1984], 323-24; Charismatic Caos [Grand Rapids: Zondervan, 1992], 69-70; e imprudente Fé [Wheaton, Ill .: Crossway, 1994], 177-99.)

    Lucas registra nenhum detalhe sobre o ministério profético 'filhas de Filipe. Por isso, é impossível saber quantas vezes eles profetizaram ou mesmo se eles fizeram isso mais de uma vez. No entanto, o Novo Testamento não permite que as mulheres a assumir o papel de pregadores ou professores na igreja ( 1 Cor 14: 34-36. ; 1 Tm 2: 11-12. ). É provável, portanto, que eles profetizaram recebendo revelação divina, ao invés de pregar sermões. Também é possível que eles falaram instrutivamente a indivíduos e não a congregações.

    Foi registrado que os primeiros crentes considerado essas mulheres como fontes valiosas de informações sobre o início da história da igreja. O historiador Eusébio observa que a igreja Pai Papias recebeu informações a partir deles ( História Eclesiástica , III XXXIX;. [Grand Rapids: Baker, 1973], 126). Talvez Lucas usaram como uma fonte de informação, por escrito, seu evangelho e Atos. Ele teria tido muitas oportunidades de conversar com eles, não só durante esta visita, mas também durante o de Paulo de dois anos de prisão em Cesaréia ( At 24:27 ).

    Qualquer que seja a natureza do seu ministério profético, as quatro mulheres não profetizar, nesta ocasião, a respeito de Paulo. Coube a outro profeta para fazer isso. Depois, o grupo apostólico tinha ficadopor alguns dias na casa de Filipe, um profeta chamado Ágabo desceu da Judéia. Embora localizado na Judéia, Caesarea foi considerada uma cidade estrangeira pelos judeus, uma vez que foi a sede das forças de ocupação romanas odiados. Escritura menciona uma profecia anteriormente por Ágabo (At 11:28 ) e profecias por Judas e Silas ( At 15:32 ), mas só aqui é uma profecia literalmente gravado.Essa profecia representa graficamente iminente prisão de Paulo em Jerusalém. Em uma encenação dramática reminiscência dos profetas do Antigo Testamento (cf. I Reis 11:29-39 ; Isaías 20:2-6. ; 13 1:24-13:11'>Jer. 13 1:11 ; . Ez 4:5 ), Agabus tomou o cinto de Paulo e ligado . seus próprios pés e mãos Ele então explicou o significado de suas ações: "Isto é o que o Espírito Santo diz:" Desta forma, os judeus em Jerusalém irá vincular o homem a quem pertence este cinto e entregarão nas mãos dos gentios. " ações e palavras dramáticas de Agabus foram um aviso para Paulo de que o esperava em Jerusalém, e um teste de sua coragem.

    Como os crentes em Tiro, os cristãos cesariana ficaram horrorizados quando souberam do destino de Paulo. Junto com Lucas e o resto dos companheiros do apóstolo, os moradores locais começaram pedindo-lhe para não ir a Jerusalém. O seu amor e preocupação com o amado apóstolo lhes causou, em vista de sua captura inevitável, para tentar dissuadi-lo de arriscar sua vida.

    A resposta de Paulo refletia sua disposição a pagar qualquer preço necessário para concluir a tarefa que o Senhor lhe tinha atribuído. Para seus apelos Paulo respondeu: "O que você está fazendo, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus." Paulo não seria desviado de seu objetivo, mesmo pelas preocupações de amigos bem-intencionados. Sua determinação refletia a de Ezequiel:

    Por que você não está sendo enviado a um povo de fala ininteligível ou língua difícil, mas à casa de Israel, nem a muitos povos de fala ininteligível ou língua difícil, cujas palavras você não pode entender.Mas eu te enviei a eles quem deve ouvi-lo; ainda a casa de Israel não vai estar disposto a ouvi-lo, uma vez que eles não estão dispostos a me ouvir. Com certeza toda a casa de Israel é teimoso e obstinado.Eis que tenho feito o seu rosto tão duro como seus rostos, e sua testa tão duro como suas testas. Como esmeril mais difícil do sílex eu ter feito a sua testa. Não tenha medo deles, nem vos assusteis diante deles, embora eles são casa rebelde. ( Ez. 3: 5-9 )

    Por causa da recusa teimosa e obstinada de Israel observam sua mensagem, Ezequiel teria que ser ainda mais teimoso e obstinado em sua determinação de entregá-lo.
    Por fim, percebendo Paulo não seria persuadido a cancelar seus planos de ir a Jerusalém, o resto dos crentes ficou em silêncio, observando: "A vontade do Senhor seja feita!" Isso não foi resignação fatalista, mas a confiança confiante em Deus soberano e perfeita vontade (cf. 1Sm 3:18. ; . Mt 6:10 ; Lc 22:42 ). Cometeram Paulo em seu cuidado.

    A coragem da convicção motiva os outros

    E após estes dias temos pronto e começou no nosso caminho para Jerusalém. E alguns dos discípulos de Cesaréia também veio com nós, levando-nos a Mnason de Chipre, um discípulo de longa data, com quem nos havíamos de hospedar. ( 21: 15-16 )

    Incapaz de dissuadir Paulo, seus companheiros se prepararam e começou em seu caminho até Jerusalém . Apesar de seus pressentimentos, alguns dos discípulos de Cesaréia também veio com Paulo e seu partido, levando -os para Mnason de Chipre, um discípulo de longa data, com quem Paulo e seu partido foram a apresentar . Em vez de seus medos afetando ele, sua coragem os motivou. Eles sabiam que ele seria um homem marcado em Jerusalém, de frente para o ódio, a prisão, até mesmo a morte. Eles também sabiam que através da identificação com ele, colocar-se em risco. No entanto, eles estavam dispostos a aceitar esse risco, porque o apóstolo estava. Sua coragem era contagiante.

    A batalha da guerra civil de Antietam foi um dos dias mais sangrentos da história militar americana. Naquele dia de setembro, em 1862, cerca de 6.000 União e confederados soldados foram mortos e outros 17 mil feridos. Para colocar isso em perspectiva:

    As baixas em Antietam contados quatro vezes o total sofrida por soldados americanos nas praias da Normandia em 6 de junho de 1944. Mais do que o dobro de americanos perderam suas vidas em um dia de Sharpsburg [Antietam] como caiu em combate na Guerra de 1812, a Guerra do México, e que a guerra hispano-americana combinado . (Tiago M. McPherson, Battle Cry da Freedom . [New York: Oxford, 1988], 544. Os itálicos no original)

    Alguns dos combates mais ferozes naquele dia terrível ocorreu em uma parte do campo de batalha conhecida como o campo de milho. Alguns soldados da União, suas fileiras dizimadas pelo fogo Confederate pesado, fugiram para a parte traseira em pânico só de selvagem a ser parado pela coragem contagiosa de um homem. O historiador Bruce Catton descreve a cena:
    Os Pennsylvanians quebrou e correu novamente para ser parado, incompreensivelmente, a poucos metros na parte traseira por uma empresa privada de menino que estava em um pequeno morro e continuou balançando seu chapéu, gritando: "Rally, meninos, reunir morrereis como homens, don ' t correr como cães! "
     
    Estranhamente, naquele campo desesperado onde os homens estavam loucamente heróica e cheia de pânico abjeta por turnos, este privado solitário parou o retiro. ( do Sr. Lincoln Exército [New York: O Fairfax Press, 1984], 162)

    Como aquele soldado sem nome, Paulo teve a coragem não só para enfrentar o inimigo si mesmo, mas também para inspirar os outros a fazerem o mesmo.

    44. A Chegada de Paulo em Jerusalém ( Atos 21:17-26 )

    E quando a gente tinha ido a Jerusalém, os irmãos nos receberam de bom grado. E agora o dia seguinte Paulo foi em nossa companhia a Tiago, e todos os anciãos estavam presentes.E depois que ele os tinha recebido, ele começou a relatar uma por uma as coisas que Deus fizera entre os gentios através de seu ministério. E quando eles ouviram que eles começaram a glorificar a Deus; e eles disseram-lhe: "Você vê, irmão, quantos milhares há entre os judeus daqueles que acreditaram, e todos eles são zelosos da lei, e lhes foi dito sobre você, que você está ensinando a todos os judeus que estão entre os gentios a apartarem de Moisés, dizendo que não devem circuncidar seus filhos, nem andar de acordo com os costumes. O que, então, deve ser feito? Certamente saberão que você veio. Portanto fazer isso que nós dizemos a vocês. Temos quatro homens que fizeram voto; levá-los e santifica-te com eles, e pagar suas despesas, a fim de que eles podem raspar a cabeça, e todos sabem que não há nada para as coisas que foram ditas sobre você , mas que também tu mesmo andas corretamente, guardando a Lei. Mas sobre os gentios que têm crido já escrevemos, tendo decidido que eles devem abster-se de carne sacrificada aos ídolos, do sangue, do que é sufocado e da prostituição. " Então Paulo, tomando consigo aqueles homens, e no dia seguinte, purificando-se, juntamente com eles, entrou no templo, notificando o cumprimento dos dias da purificação, até que o sacrifício foi oferecido para cada um deles. ( 21: 17-26 )

    O livro de Atos revela muitos aspectos do caráter do apóstolo Paulo. Ele era um poderoso pregador claro e um homem de grande erudição e sabedoria. Ele foi ousado e destemido em face da oposição mais feroz. Possuindo notável auto-disciplina e segurando, compromissos inabaláveis ​​fortes, Paulo foi persistente na realização das tarefas que o Senhor lhe designou. O apóstolo também foi um líder que inspirou outros a imitar a sua vida piedosa ( 1Co 11:1 ). E ele mesmo testemunhou que seu interesse amoroso para as igrejas foi o maior fardo que ele deu ( 2Co 11:28 ).

    Ainda que a descrição de Paulo é incompleto; que carece de um elemento essencial de seu caráter: a humildade.

    Paulo certamente tinha muito a se vangloriar. Ele tinha credenciais judaicas impecável como um membro dos fariseus de elite e um estudante da maior rabino do dia, Gamaliel. Além disso, ele era "excedia em judaísmo a muitos dos [seus] contemporâneos entre os [seus] compatriotas, sendo mais extremamente zeloso [seus] tradições ancestrais" ( Gl 1:14. ; cf. Fm 1:3. ; 1Tm 2:71Tm 2:7. ). Ele tinha realizado todos os sinais de um apóstolo ( 2 Cor 0:12. ) e foi, em nenhum sentido "inferior aos apóstolos mais eminentes" ( 2Co 11:5 ), ele era um, gracioso, homem humilde, gentil ( 2Co 10:1 ). Sua humildade pode ser visto claramente nesta seção.

    A coleção da oferta, que havia consumido Paulo por muitos meses e quilômetros sem fim de curso, estava prestes a culminar com a sua chegada há muito aguardada em Jerusalém. Lá, ele iria apresentar à igreja de Jerusalém que a oferta, o que ele havia meticulosamente recebeu das congregações Gentil da Ásia Menor e na Grécia. Seu dom substancial de amor e gesto de unidade iria ajudar a atender as necessidades dos pobres crentes em Jerusalém e conciliar as igrejas judeus e gentios.

    Última parada de Paulo antes de Jerusalém era a cidade portuária de Caesarea. De lá, ele e seus companheiros "começou em [seu] caminho até Jerusalém" ( At 21:15 ), a cerca de 65 milhas a sudeste. Os viajantes sempre fui "up" a Jerusalém, uma vez que está localizado em um platô. Como era costume (cf. At 20:38 ; At 21:5 ) para o restante do período abrangido pelo livro de Atos. Esta passagem de transição representa a comunhão do apóstolo com a Igreja de Jerusalém e os acontecimentos que levaram à sua prisão. Para capturar as características desta reunião monumental, podemos dividir o texto em três seções: a comunhão, preocupação e compromisso.

    Comunhão

    E quando a gente tinha ido a Jerusalém, os irmãos nos receberam de bom grado. E agora o dia seguinte Paulo foi em nossa companhia a Tiago, e todos os anciãos estavam presentes.E depois que ele os tinha recebido, ele começou a relatar uma por uma as coisas que Deus fizera entre os gentios através de seu ministério. E quando eles ouviram que eles começaram a glorificar a Deus; ( 21: 17-20 um)

    Paulo, sem dúvida, chegou em Jerusalém pelo Dia de Pentecostes, como ele tinha planejado ( 20:16 ). Os irmãos não receberam o apóstolo e seu partido de bom grado . Certamente eles estavam satisfeitos com o generoso ( 2Co 8:20 expressão) de amor das igrejas dos gentios na tão necessária oferecendo Paulo e os outros trouxeram. Mas, mais importante, eles ficaram muito felizes ao Gentil converte que acompanhou Paulo. Eles forneceram provas em primeira mão de obra de salvação graciosa de Deus em todo o mundo romano. Não havia dúvida um momento de comunhão calorosa.

    Após a inicial, a recepção não oficial (possivelmente na casa de Mnason), no dia seguinte, Paulo e os outros entraram para Tiago, e todos os anciãos estavam presentes . Esta foi a recepção oficial pelos líderes da igreja. A menção de Tiago e todos os anciãos marca uma mudança significativa em que a liderança. Quando a igreja em Jerusalém começou, o país era governado pelos apóstolos ( 2:42 ; 4: 35-37; 5: 2 ). Como a igreja cresceu, os apóstolos reconheceram a necessidade de assistência com os detalhes administrativos e sete homens foram escolhidos para servir sob eles ( 6: 2-6 ). Elders são mencionados pela primeira vez em 11:30 , e pelo tempo do Concílio de Jerusalém que tinha assumido um papel de destaque ( 15: 2 , 4 , 6 , 22, 23 ; 16: 4 ). Agora Paulo e os outros encontraram a igreja liderada pelosanciãos sozinhos; os apóstolos não são mencionados. Pelo menos um já estava morto-Tiago, irmão de João ( At 12:2 ; At 20:17 ; 1Tm 5:171Tm 5:17 ; Tt 1:5 ; Jc 5:1 Animais de estimação:. 1 , 5 ).

    Não é dado o número desses anciãos. Alguns têm especulado que havia setenta, em paralelo com o Sinédrio judaico. Dado o enorme tamanho da igreja de Jerusalém (cf. v. 20 ), pode ter havido, pelo menos, que muitos e provavelmente mais. Assim como Pedro muitas vezes funcionava como porta-voz dos apóstolos, Tiago preenchido esse papel para os mais velhos. Paulo descreveu-o como tendo sido, com Pedro e João, um dos pilares da igreja de Jerusalém ( Gl 2:9 ). Tiago realizou uma posição manifesta de liderança mesmo em uma data mais cedo.

    Estranhamente, Lucas não menciona a apresentação da coleção. Na verdade, com exceção de uma alusão a ele em 24:17 , ele não se refere a ele em tudo em Atos. Podemos supor, no entanto, que foi apresentado e aceito com gratidão.

    Depois de ter recebido os anciãos reunidos, Paulo começou a relatar uma por uma as coisas que Deus fizera entre os gentios através de seu ministério. Ele não fez sofá o seu relatório em generalidades vagas ou estatísticas entediantes. Em vez disso, ele disse a eles , um por um (cf. At 11:4 ; Ef 3:8 , ele declarou:

    Quem é Apolo? E o que é Paulo? Servos por meio de quem você acredita, assim como o Senhor deu a oportunidade de cada um. Eu plantei, Apolo regou, mas Deus estava causando o crescimento. Por isso, nem o que planta nem o que rega é alguma coisa, mas Deus, que dá o crescimento.

    Mais tarde, na mesma carta, ele acrescentou, "Pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça para comigo não se mostrou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles, não eu, mas a graça de Deus com me "(1Co 15:10 ). Para os romanos, ele escreveu: "Eu não vou a presunção de falar de qualquer coisa, exceto o que Cristo realizou por meu intermédio, resultando na obediência dos gentios por palavras e obras" (Rm 15:18 ). É a marca de um homem piedoso que ele exalta o Senhor e não a si mesmo. "Aquele que possui", escreveu Paulo em 2Co 10:17 ", glorie-se no Senhor."

    Relatório centrada em Deus de Paulo produziu uma resposta correspondente pelos anciãos reunidos. Em vez de louvá-lo, quando ouviram isso, eles começaram a glorificar a Deus. Como quando Pedro relatou a salvação da casa de Cornélio ( 11:18 ), o relatório de Paulo produziu regozijo. (A salvação dos pecadores tem o mesmo efeito no céu, como Lc 15:7 , Lc 15:32 . indicar) por glorificar a Deus, os anciãos reconheceu que a salvação é Sua obra, não do homem.

    Preocupação

    e eles disseram-lhe: "Você vê, irmão, quantos milhares há entre os judeus daqueles que acreditaram, e todos eles são zelosos da lei, e lhes foi dito sobre você, que você está ensinando a todos os judeus que estão entre os gentios a apartarem de Moisés, dizendo que não devem circuncidar seus filhos, nem andar de acordo com os costumes. O que, então, está a ser feito? Eles certamente vai ouvir que você veio ". ( 21:20 b-22)

    A alegria de os líderes de Jerusalém era misturada com preocupação. Um problema potencialmente grave tinha desenvolvido, um eles precisavam de ajuda de Paulo para resolver. Lembraram seu amadoirmão de algo que ele próprio tinha observado ( que você vê é de theōreō , o que significa "perceber, discernir, ou refletir sobre"): Havia muitos milhares ( muriades , literalmente "miríades", "dezenas de milhares") ... entre os judeus ... que tinha acreditado que estavam todos zelosos da Lei. O texto grego usa um substantivo e realmente lê "fanáticos pela lei." Estes eram cristãos judeus que permaneceram dedicado aos aspectos cerimoniais da lei. Enquanto não vê-la como um meio de salvação, eles ainda observou suas festas necessários, sábado regulamentos, votos rituais ( 23 v. ), e restrições dietéticas.

    Por que eles estavam ainda agarrados aos costumes e rituais da Antiga Aliança? Em primeiro lugar, porque esses costumes e rituais tinha sido estabelecido por Deus. Vindo a fé em Jesus Cristo reforçada amor desses crentes judeus por Deus e desejo de obedecê-lo e, portanto, pode ter motivado um maior zelo pelos antigos cerimônias.

    Em segundo lugar, os apóstolos e outros líderes da igreja de Jerusalém não se opôs à continuação destas práticas. Em nenhum lugar do Novo Testamento são crentes judeus condenados para observá-los. Na verdade, Paulo ordena tolerância para esses "irmãos mais fracos" ( Rm 14:1. ) até que cresçam para compreender a sua liberdade e pode usá-lo com consciência limpa. O Concílio de Jerusalém ( Atos 15 ), enquanto que proíbe a imposição de rituais da Antiga Aliança em gentios, não proibir crentes judeus de continuar a observá-los.

    O próprio Deus foi tolerante durante este período de transição, sabendo o quanto era difícil para os cristãos judeus de romper com seu passado (veja a discussão sobre este ponto no capítulo 12 deste volume).Ele também sabia que em poucos anos, esta não seria mais uma questão dominante na igreja. Após a revolta judaica contra Roma ( AD 66-70), que culminou com a destruição de Jerusalém, a influência da igreja de Jerusalém diminuiu. Cristianismo tornou-se gradualmente uma fé predominantemente Gentil, e de outras igrejas (como Alexandria e Antioquia) subiu para o primeiro plano.

    Tiago e os anciãos definir então adiante o problema específico que estava incomodando-los. Eles avisaram Paulo, "Os fanáticos para a lei ter sido dito sobre você que você está ensinando a todos os judeus que estão entre os gentios a se apartarem de Moisés, dizendo que não devem circuncidar seus filhos, nem andar de acordo com os costumes. " Este grande grupo crentes judeus de zelosos fornecida solo fértil para os falsos mestres-Paulo nemeses antigos de os judaizantes. Estes amargos inimigos do evangelho da graça havia atingido a passos de Paulo ao longo de suas viagens missionárias. Na verdade, ele escreveu Gálatas, em grande medida para contrariar os seus perigosos falsos ensinamentos. Eles negaram que a salvação é pela graça mediante a fé, insistindo que a manutenção da lei mosaica era necessária para a salvação (cf. At 15:1 )? E se ele ensinou outros a não observar os costumes judaicos, por que ele tomar um voto de nazireu ( At 18:18 )? Além disso, as mentiras dos judaizantes cerca de Paulo eram contraditórias. Em Galácia, acusou falsamente de defender a circuncisão ( Gl 5:11. ); aqui em Jerusalém que o acusou falsamente de revogar. Como todos os mentirosos inveterados, eles disseram o que quer que era conveniente no momento.

    Não é de surpreender que os filhos de pai da mentira recorrer à mentira ( Jo 8:44 ). Mentiras são uma das principais formas Satanás ataca a obra de Deus. Os crentes devem ser lento para aceitar acusações contra outros cristãos (especialmente os líderes, 1Tm 5:19 ), especialmente quando tais encargos originou com os opositores da fé cristã.

    Falso ou não, as acusações representavam uma ameaça grave que teve de ser tratada. Como uma forma de introduzir a sua solução proposta, os anciãos perguntou Paulo "O que é, então, a ser feito? Certamente saberão que você veio." Alguma coisa tinha que ser decidido, para a notícia da presença de Paulo em Jerusalém não poderia ser segredo mais bem guardado.

    Compromisso

    "Por isso, fazer isso que nós dizemos a vocês Temos quatro homens que fizeram voto;. Levá-los e santifica-te com eles, e pagar suas despesas, a fim de que eles podem raspar a cabeça, e todos sabem que não há nada a as coisas que foram ditas sobre você, mas que também tu mesmo andas corretamente, guardando a Lei. Mas sobre os gentios que têm crido já escrevemos, tendo decidido que eles devem abster-se de carne sacrificada aos ídolos, do sangue, do que é sufocado e da prostituição ". Então Paulo, tomando consigo aqueles homens, e no dia seguinte, purificando-se, juntamente com eles, entrou no templo, notificando o cumprimento dos dias da purificação, até que o sacrifício foi oferecido para cada um deles. ( 21: 23-26 )

    Os anciãos temia um confronto entre o apóstolo dos gentios e os fanáticos mal informados para a lei. Para dirigir essa off, eles sugeriram um compromisso, não um sacrifício de verdade por conveniência, mas um ato de humildade auto-sacrifício para promover a unidade e compreensão. "Portanto", eles insistiram Paulo, "fazer isso que nós dizemos a vocês." Informaram ele de quatro homens de seu número que estavam sob um voto (um voto de nazireu, como a referência a raspar suas cabeças deixa claro [cf. Nu 6:18. ]). O voto de nazireu, expôs longamente em Números 6 , simbolizada separação total a Deus. Ela envolveu a abstenção de bebidas alcoólicas e de todos os outros produtos derivados de uvas, deixando o cabelo da cabeça cresce muito tempo, e evitando o contato com cadáveres. A duração habitual do voto foi 30 dias (conforme Josefo Guerras 2.15.1 ), embora Sansão ( Jz 16:17 ), Samuel ( 1Sm 1:11 ), e João Batista ( Lc 1:15 ) foram Nazirites para a vida. Ele manifesta o mais alto nível de devoção espiritual.

    O que isso significou para Paulo purificar -se , juntamente com os quatro não é clara. Ele não poderia ter tomado um Nazireu comprometo-se, uma vez que os votos dos quatro homens expiraria em sete dias ( v. 27 ). Alguns sugeriram que os quatro tinham sofrido uma contaminação ritual durante seus votos. Números 6:9-12 descreve o ritual de purificação, com duração de sete dias, a que se candidataram nessas circunstâncias. Isso não parece ser o caso aqui, no entanto, uma vez que os corrompidos e purificada teve de começar o período de seus votos tudo de novo ( Nu 6:12 ). Ele também não explicaria a visita preliminar ao templo, registrado no versículo 26 .

    A explicação mais provável é que Paulo, tendo regressado a Israel das terras dos gentios, foi considerado impuro. Como seu patrocinador, Paulo iria participar na marcação o culminar de votos dos quatro homens cerimônia. Mas antes que ele pudesse fazer isso, ele teria que se submeter a purificação ritual próprio. Sua vontade de fazer o que mostraria que ele não tinha desprezo pelos costumes e tradição judaica.
    Uma segunda forma o apóstolo pôde mostrar sua devoção continua a sua herança judaica era pagar os quatro homens despesas, a fim de que eles possam raspar a cabeça. As despesas relacionadas com o voto de nazireu (incluindo o pagamento para a cerimônia de corte de cabelo no templo e vários sacrifícios caros [ Nu 6:1 :

    Por que eu estou livre de todos os homens, eu me fiz escravo de todos, para que eu possa ganhar o mais. E para os judeus tornei-me como um judeu, que eu poderia ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como nos termos da Lei, embora não sendo eu mesmo sob a lei, para que eu possa ganhar os que estão debaixo da lei; para aqueles que estão sem lei, como sem lei, embora não estando sem lei de Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para que eu possa ganhar os que estão sem lei. Para os fracos tornei-me fraco, para que eu possa ganhar o fraco; Tornei-me tudo para todos os homens, para que eu possa por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço todas as coisas para a causa do evangelho, para que eu possa tornar-se um companheiro participante dele.
    (Para uma discussão mais aprofundada sobre a liberdade cristã, ver I Coríntios , MacArthur New Testament Commentary . [Chicago: Moody, 1984], 243ff) Assim, Paulo levou os homens, e no dia seguinte, purificando-se com eles, entrou no templo, notificando a conclusão dos dias da purificação, quando o sacrifício foi oferecido para cada um deles. Assim foi colocado em movimento a cadeia de eventos que culminam em prisão do apóstolo.

    Alguns argumentaram que por atender o pedido dos anciãos, Paulo cometeu um erro trágico. Eles o acusam de comprometer suas convicções e de violar a sua consciência, ainda que para o melhor dos motivos. Tal visão é pouco provável, no entanto, por várias razões.
    Primeiro, Paulo tinha tomado um Nazireu comprometo-se em sua segunda viagem missionária ( 18:18 ). Por que, então, seria errado para ele para participar desta cerimônia?

    Em segundo lugar, como se referiu, a participação de Paulo não comprometer qualquer verdade bíblica. Em vez disso, era simplesmente uma questão de liberdade cristã.
    Em terceiro lugar, se Paulo cometeu um erro tão grave, não seria o Espírito Santo fez isso bem claro no texto? Lucas, sob inspiração do Espírito, registrou falhas de Paulo (cf. 15: 37-39 ), bem como seus pontos fortes.

    Em quarto lugar, os motivos de Paulo eram pura. Isso, juntamente com o seu vasto conhecimento da verdade bíblica, comete um erro tão grave improvável.
    Finalmente, os resultados negativos não provam que ele cometeu um erro. Tal abordagem pragmática ignora o fato de que a prisão de Paulo havia sido profetizado antes de ele chegar em Jerusalém ( 21: 4 , 11; cf. 20, 22-23 ).

    Humildade de Paulo permeia essa narrativa histórica simples. Ele era humilde diante de Deus, dando-lhe a glória por tudo o que havia sido realizado através de seu ministério. Ele mostrou sua humildade perante os outros crentes, ao concordar em fazer o que os anciãos lhe pedia. Finalmente, Paulo aceitou humildemente a perseguição que ele iria em breve enfrentar.

    45. A prisão de Paulo (Atos 21:27-22: 29)

    E quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, começou a agitar-se toda a multidão e pôs as mãos sobre ele, gritando: "Homens de Israel, vem em nosso auxílio! Este é o homem que prega a todos os homens em todos os lugares contra o nosso povo, e da lei, e este lugar;. E, além disso ele mesmo introduziu gregos no templo e profanou este santo lugar " Porque tinham visto anteriormente Trófimo de Éfeso, na cidade com ele, e eles pensavam que Paulo introduzira no templo. E toda a cidade se comoveu, e as pessoas correram juntos; e tomando conta de Paulo, o arrastaram para fora do templo; e imediatamente as portas estavam fechadas. E, enquanto eles procuravam matá-lo, um relatório veio até o comandante da coorte romana que Jerusalém estava toda em confusão. E, uma vez que ele tomou ao longo de alguns soldados e centuriões, correu para eles; e quando viram o comandante e os soldados, cessaram de ferir a Paulo. Em seguida, o comandante se aproximou e segurou-o, e ordenou que ele fosse preso com duas correntes; e ele começou a perguntar quem ele era eo que tinha feito. Mas entre a multidão alguns gritavam uma coisa e outros de outra, e quando ele não podia descobrir os fatos por conta do tumulto, ele ordenou que ele fosse levado para o quartel. E quando ele chegou às escadas, aconteceu que ele foi levado pelos soldados por causa da violência da multidão; para a multidão do povo seguia atrás, gritando: "Fora com ele!" E, como Paulo estava prestes a ser levados para o quartel, ele disse ao comandante: "Posso dizer uma coisa para você?" E ele disse: "Você sabe o grego? Então, você não é o egípcio que há algum tempo atrás despertou uma revolta e levou os quatro mil homens dos Assassinos para o deserto?" Mas Paulo disse: "Eu sou judeu de Tarso, na Cilícia, cidadão cidade não insignificante, e peço-lhe, permita-me falar com as pessoas." E quando ele tinha lhe dado permissão, Paulo, em pé na escada, fez sinal ao povo com a mão; e quando houve um grande silêncio, falou-lhes em língua hebraica, dizendo: "Irmãos e pais, ouvi a minha defesa, que agora eu ofereço a você." E quando eles ouviram que ele estava se dirigindo a eles em língua hebraica, que se tornou ainda mais tranquila; e ele disse: "Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade, instruído aos pés de Gamaliel, estritamente de acordo com a lei de nossos pais, zeloso de Deus, assim como todos vocês são hoje. E eu persegui este caminho até à morte, prendendo e colocando homens e mulheres em prisões, como também o sumo sacerdote e todo o conselho dos anciãos possam atestar. A partir deles também recebi cartas para os irmãos, e partiu para Damasco, a fim de trazer até mesmo aqueles que estavam lá para Jerusalém como prisioneiros de ser punido. E aconteceu que, como eu estava no meu caminho, aproximando-se de Damasco, pelo meio-dia, uma luz muito brilhante de repente brilhou do céu ao meu redor, e eu caí no chão e ouvi uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? " E eu respondi: Quem és, Senhor? ' E Ele me disse: 'Eu sou Jesus Nazareno, a quem tu persegues. E os que estavam comigo viu a luz, para ter certeza, mas não ouviram a voz daquele que falava comigo. E eu disse: 'O que devo fazer, Senhor?' E o Senhor disse-me: 'Levanta-te e ir a Damasco,. E lá te será dito de tudo o que foi nomeado para você fazer'Mas desde que eu não podia ver por causa do brilho daquela luz, fui levado pela mão por aqueles que estavam comigo, e cheguei a Damasco. E um certo Ananias, um homem que estava devotos pela norma da Lei, e bom testemunho de todos os judeus que viviam ali, veio a mim, e que está perto de me disse: 'Irmão Saulo, recobra a vista' E naquele exato momento eu olhei para ele. E ele disse: O Deus de nossos pais de antemão te designou para conhecer a sua vontade, e ver o Justo, e ouvir um enunciado de sua boca. Para você será um testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido. E agora, por que você demora? Levanta-te, e ser batizado e lave os seus pecados, invocando o nome dele. " E sucedeu, quando voltei para Jerusalém e estava orando no templo, que eu caí em um transe, e eu vi aquele que me dizia: 'Apressa-te, e sair de Jerusalém rapidamente, porque eles não vão aceitar o seu testemunho sobre Me. " E eu disse: 'Senhor, eles entendem que em uma sinagoga após o outro I usada para aprisionar e espancar aqueles que acreditaram em Ti. E quando o sangue de Estêvão, tua testemunha estava sendo derramado, eu também estava presente, aprovando, e olhando para fora para as capas dos que foram matá-lo. " E disse-me: 'Vá! Porque eu enviarei para longe, aos gentios. "" E ouviram-se a esta declaração, e, em seguida, eles levantaram suas vozes e disse: "Fora com tal homem da terra , para que ele não deve ser permitido viver! " E como eles estavam gritando e jogando fora de suas capas e lançando pó para o ar, o comandante ordenou que ele fosse levado para o quartel, afirmando que ele deve ser examinado por flagelação para que ele possa descobrir a razão pela qual eles estavam gritando contra —lo dessa forma. E quando eles se estendia-lo com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: "É lícito para você a castigar um homem que é um romano, sem ser condenado?" E quando o centurião ouviu isso, ele foi para o comandante e disse-lhe, dizendo: "O que você está prestes a fazer? Para este homem é romano." E o comandante chegou e disse-lhe: "Diga-me, és tu romano?" E ele disse: "Sim." E o comandante respondeu: "Eu adquiriu este cidadania com uma grande soma de dinheiro." E Paulo disse: "Mas eu realmente nasceu um cidadão." Portanto, aqueles que estavam prestes a examiná-lo imediatamente deixar ir dele; eo comandante também estava com medo quando ele descobriu que era romano, e visto que o tinha posto a ferros. (21: 27-22: 29)

    Esta passagem marca uma grande transição na vida e no ministério do apóstolo Paulo. Desde sua conversão no caminho de Damasco (At 9:1 ss .; conforme 2Co 11:23]). Mas a partir deste ponto em Atos, Paulo vai ser um prisioneiro.

    Essa série de acontecimentos não terminou o ministério do apóstolo, no entanto (conforme Atos 28:30-31.; Filipenses 1:12-13). Não mais livre para viajar, ele se tornou um "embaixador em cadeias" (Ef 6:20) para Jesus Cristo. Como um homem livre, ele pregou o evangelho em todo o mundo romano. Como prisioneiro, ele pregou o evangelho aos funcionários possivelmente-romanas, incluindo o próprio imperador. E como João Bunyan, que escreveu O Peregrino enquanto em Bedford prisão, Paulo escreveu quatro livros do Novo Testamento (Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom) durante sua prisão em Roma.

    Durante este encarceramento, Paulo deu seis defesas separadas de suas ações: antes da multidão incontrolável em Jerusalém (21:. 27ff), o Sinédrio (22:. 30 ss), Felix (24: 1 e segs.), Festus (25: 1-12 ), Herodes Agripa (25:. 13 e ss), e os judeus em Roma (28: 17-28). Essas defesas magistrais habilmente respondeu as falsas acusações feitas contra ele, um fato até mesmo as autoridades romanas reconheceu (26: 30-32). Esta passagem, descrevendo sua primeira defesa, se desdobra em cinco cenas: o ataque da turba, a prisão pelos romanos, o pedido de desculpas de Paulo, a ação pelo povo, e a atitude de Paulo.

    O ataque do Mob

    E quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, começou a agitar-se toda a multidão e pôs as mãos sobre ele, gritando: "Homens de Israel, vem em nosso auxílio! Este é o homem que prega a todos os homens em todos os lugares contra o nosso povo, e da lei, e este lugar;. E, além disso ele mesmo introduziu gregos no templo e profanou este santo lugar " Porque tinham visto anteriormente Trófimo de Éfeso, na cidade com ele, e eles pensavam que Paulo introduzira no templo. E toda a cidade se comoveu, e as pessoas correram juntos; e tomando conta de Paulo, o arrastaram para fora do templo; e imediatamente as portas estavam fechadas. (21: 27-30)

    Paulo, a pedido de Tiago e os anciãos, se comprometeram a subscrever as despesas de quatro homens que tinham tomado um voto de nazireu (veja o capítulo 19 deste volume). Eles esperavam que isso iria silenciar aqueles que falsamente alegou que ele ensinou cristãos judeus a abandonar costumes judaicos (21:21). Mas desde que Paulo tinha regressado recentemente a Israel das terras dos gentios, ele precisava se submeter a purificação ritual. Só então ele seria cerimonialmente limpo para participar com os quatro na marcação o fim da sua votos Nazirite cerimônia.
    O processo de purificação necessário Paulo para visitar o templo no terceiro e sétimo dias. Na última visita, quando os sete dias estavam quase a terminar, o apóstolo encontrou alguns velhos inimigos: os judeus da província romana da Ásia, em Jerusalém para celebrar a Festa de Pentecostes. Eles eram provavelmente de Éfeso, uma vez que eles reconheceram Trophimus, que era um residente daquela cidade (v. 29). Uma vez que Paulo havia ministrado em Éfeso por três anos (At 20:31), que não teve problemas para reconhecê-lo.

    Ao ver Paulo no templo, esses inimigos do evangelho não perdeu tempo em aproveitar a sua oportunidade. Eles imediatamente começaram a agitar-se toda a imensa multidão de peregrinos devotos que estavam na cidade para o festival. Tendo lançaram mão de Paulo e os agressores começou gritando: "Homens de Israel, vem em nosso auxílio!" Agindo como se Paulo tinha cometido um ato de blasfêmia, que pediu ajuda para lidar com ele. Para agitar a multidão contra Paulo, fizeram três acusações falsas (conforme as acusações falsas semelhantes feitas contra Estevão em 6: 11-14). Eles primeiro acusou de ser anti-semita, um inimigo do povo judeu e sua religião, identificando-o como o homem que prega a todos os homens em todos os lugares contra o nosso povo. Essa foi a mesma acusação falsa de que os judaizantes tinha usado para envenenar as mentes dos cristãos judeus contra o apóstolo. Mas Paulo não era inimigo dos judeus, como Romanos 9:1-5 e 10: 1 make clara. Paulo em nenhum lugar ensinou crentes judeus a abandonar seus costumes-meramente que os gentios não ser pressionado a observá-los.

    A segunda acusação era de que Paulo se opôs à Lei. Isso foi uma acusação particularmente grave neste cenário, uma vez que o povo judeu foram especialmente zelosos da lei no dia de Pentecostes.Originalmente uma celebração dos primeiros frutos da colheita, nos dias de Paulo Pentecostes para ser uma celebração da entrega da lei a Moisés no Monte Sinai. Carregar Paulo neste momento com ensino contra a lei tinha certeza de enfurecer as multidões.

    Finalmente, os judeus falsamente acusado Paulo de falar contra este lugar (o templo). Porque o povo judeu reverenciado templo (o ponto focal de sua adoração), uma acusação de blasfêmia contra ou contaminá-la também foi um assunto muito sério. Jesus (Marcos 14:57-58) e Estevão (At 6:13) também foram falsamente acusado de falar contra o templo-acusações de que ajudou a levar para a morte.Acusadores de Paulo, sem dúvida, esperava um resultado semelhante no seu caso.

    Para substanciar essas acusações gerais, acusadores de Paulo veio com um específico, gritando para a multidão ", ele mesmo introduziu gregos no templo e profanou este santo lugar." A sua "prova", Lucas observa, foi que eles tinham anteriormente visto Trófimo de Éfeso, na cidade com ele, e eles pensavam que Paulo introduzira no templo. Essa acusação era absurda. Enquanto estiver a tomar parte em um ritual de purificação, Paulo dificilmente destruir o templo, trazendo um gentio para ele. E para fazer isso, Paulo teria de trazer Trophimus passado o tribunal dos gentios, onde foram permitidos gentios. Mas isso teria custo Trophimus sua vida, desde os romanos permitiu que os judeus para executar qualquer gentio que entrou lá, mesmo Roman cidadãos (conforme Josefo Guerras 6.2.4). Uma inscrição, encontrado em 1935, solenemente adverte: "Não Gentil entra dentro da partição e barreira em torno do templo, e quem for apanhado será responsável perante a si mesmo por sua posterior morte" (EM Blaiklock e RK Harrison, eds., O New Dicionário Internacional de Arqueologia Bíblica [Grand Rapids: Zondervan, 1983], 389). Paulo nunca teria tão ameaçada vida de seu amigo. E se os judeus da Ásia tinham realmente visto Trophimus lá, por que eles não agarrou-o, em seguida, e executou-o?

    Falso ou não, as acusações se espalhar rapidamente. Logo toda a cidade estava excitado (conforme Mt 21:10), e as pessoas correram juntos até as proximidades do templo. Determinado a aparecer como se eles desejado para proteger esse lugar sagrado de uma maior contaminação, prenderam Paulo, e arrastaram-no para fora do templo; e imediatamente as portas estavam fechadas. Os guardas do templo empurrou a multidão frenética fora (assim também a morte de Paulo não iria destruir o templo; conforme 2Rs 11:15) e, em seguida, fechou as portas (entre o Tribunal de Justiça das Mulheres e do Tribunal da gentios). O seu zelo religioso inflamado pelas falsas acusações de que os judeus da Ásia, a multidão enfurecida e irracional começou selvagemente espancar Paulo. Muito impaciente para arrastá-lo para fora da cidade e apedrejá-lo (como tinha sido feito com Estevão), tinham a intenção de bater o apóstolo até a morte no local. Eles teriam tido êxito, mas Deus providencialmente interveio para proteger Seu servo.Ajuda chegou na forma de soldados romanos.

    A apreensão pelos romanos

    E, enquanto eles procuravam matá-lo, um relatório veio até o comandante da coorte romana que Jerusalém estava toda em confusão. E, uma vez que ele tomou ao longo de alguns soldados e centuriões, correu para eles; e quando viram o comandante e os soldados, cessaram de ferir a Paulo. Em seguida, o comandante se aproximou e segurou-o, e ordenou que ele fosse preso com duas correntes; e ele começou a perguntar quem ele era eo que tinha feito. Mas entre a multidão alguns gritavam uma coisa e outros de outra, e quando ele não podia descobrir os fatos por conta do tumulto, ele ordenou que ele fosse levado para o quartel. E quando ele chegou às escadas, aconteceu que ele foi levado pelos soldados por causa da violência da multidão; para a multidão do povo seguia atrás, gritando: "Fora com ele!" (21: 31-36)

    O quartel-general das forças de ocupação romanas era Fort Antonia, localizado em um precipício com vista para os jardins do templo. A partir de suas torres sentinelas tinha uma visão clara da área do templo, onde a agitação civil em Jerusalém era mais provável para sair. Durante as principais celebrações religiosas, como Pentecostes, os romanos foram especialmente vigilante. Assim, não demorou sentinelas alerta longos para manchar o tumulto irrompendo abaixo deles. Enquanto a multidão estava procurando matar Paulo, um relatório veio a partir dos sentinelas para o comandante da coorte romana que Jerusalém estava toda em confusão. O comandante ( chiliarchos , a partir da palavra grega para "mil"), ou tribuna, comandou toda a coorte romana de mil homens estacionados em Fort Antonia. Em At 23:26, Lucas dá o seu nome como Cláudio Lísias. Ele era o oficial romano escalão em Jerusalém, quando o governador (cuja residência oficial estava em Cesaréia) não estava na cidade.Lysias foi, assim, o oficial romano mais preocupados com a manutenção da ordem em Jerusalém.

    Após ter recebido o relatório que Jerusalém estava toda em confusão, Lysias agiu rápida e decisivamente para acabar com o motim. Imediatamente ele tomou ao longo de alguns soldados e centuriões, correu para baixo os passos que levam de Fort Antonia para o Pátio dos Gentios, onde a enfurecido multidão estava batendo Paulo. Uso de Lucas do plural centuriões sugere Lysias tomou duzentos soldados ou mais, uma vez que um centurião ordenou cem homens. Este show maciça de força rompeu o motim (e salvou a vida de Paulo). Quando a multidão viu o comandante e os soldados, eles pararam de bater em Paulo, uma vez que não queria ser preso a si mesmos.

    Porque Paulo era, evidentemente, a causa do distúrbio e deve ter feito algo muito grave para excitar os judeus a tal fúria, Lysias pegou (preso) dele. Como o versículo 38 revela, ele assumiu (incorretamente) que Paulo era um terrorista egípcio. Tendo prendeu, Lysias ordenou que ele fosse ligado entre dois soldados com duas cadeias (conforme 12: 6), cumprindo-se assim a profecia de Ágabo (21: 10-11). A tentativa de resolver a situação caótica, Lysias então começou a pedir que Paulo era eo que tinha feito. Mas na confusão, com alguma entre a multidão gritando uma coisa e outros outra (conforme 19:32), ele poderia obter nenhuma clara responder. Percebendo que ele não conseguia descobrir os fatos por conta do tumulto, ele ordenou Paulo para ser levado para o quartel. Não tinha a intenção de questionar o apóstolo em privado e, se necessário, usar a tortura para extrair uma confissão.

    Os soldados começaram a escoltar Paulo no meio da multidão, e quando ele chegou às escadas, aconteceu que ele foi levado pelos soldados por causa da violência da multidão. Os romanos tinham levantado Paulo-se e transportou-o acima da multidão para as escadas . Vendo sua vítima que está sendo realizado para a segurança, a multidão do povo seguia atrás de Paulo e os soldados. Em estúpido, fúria sem rosto, perdendo todo o senso de medo para os soldados romanos, a multidão empurrou e empurrou, tentando desesperAdãoente chegar até ele. Durante todo o tempo eles continuaram gritando: "Fora com ele!" , isto é, "matá-lo" (Lc 23:18; Jo 19:15; At 22:22).

    A Apologia de Paulo

    E, como Paulo estava prestes a ser levados para o quartel, ele disse ao comandante: "Posso dizer uma coisa para você?" E ele disse: "Você sabe o grego? Então, você não é o egípcio que há algum tempo atrás despertou uma revolta e levou os quatro mil homens dos Assassinos para o deserto?" Mas Paulo disse: "Eu sou judeu de Tarso, na Cilícia, cidadão cidade não insignificante, e peço-lhe, permita-me falar com as pessoas." E quando ele tinha lhe dado permissão, Paulo, em pé na escada, fez sinal ao povo com a mão; e quando houve um grande silêncio, falou-lhes em língua hebraica, dizendo: "Irmãos e pais, ouvi a minha defesa, que agora eu ofereço a você." E quando eles ouviram que ele estava se dirigindo a eles em língua hebraica, que se tornou ainda mais tranquila; e ele disse: "Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade, instruído aos pés de Gamaliel, estritamente de acordo com a lei de nossos pais, zeloso de Deus, assim como todos vocês são hoje. E eu persegui este caminho até à morte, prendendo e colocando homens e mulheres em prisões, como também o sumo sacerdote e todo o conselho dos anciãos possam atestar. A partir deles também recebi cartas para os irmãos, e partiu para Damasco, a fim de trazer até mesmo aqueles que estavam lá para Jerusalém como prisioneiros de ser punido. E aconteceu que, como eu estava no meu caminho, aproximando-se de Damasco, pelo meio-dia, uma luz muito brilhante de repente brilhou do céu ao meu redor, e eu caí no chão e ouvi uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? " E eu respondi: Quem és, Senhor? ' E Ele me disse: 'Eu sou Jesus Nazareno, a quem tu persegues. E os que estavam comigo viu a luz, para ter certeza, mas não ouviram a voz daquele que falava comigo. E eu disse: 'O que devo fazer, Senhor?' E o Senhor disse-me: 'Levanta-te e ir a Damasco,. E lá te será dito de tudo o que foi nomeado para você fazer' Mas desde que eu não podia ver por causa do brilho daquela luz, fui levado pela mão por aqueles que estavam comigo, e cheguei a Damasco. E um certo Ananias, um homem que estava devotos pela norma da Lei, e bom testemunho de todos os judeus que viviam ali, veio a mim, e que está perto de me disse: 'Irmão Saulo, recobra a vista' E naquele exato momento eu olhei para ele. E ele disse: O Deus de nossos pais de antemão te designou para conhecer a sua vontade, e ver o Justo, e ouvir um enunciado de sua boca. Para você será um testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido. E agora, por que você demora? Levanta-te, e ser batizado e lave os seus pecados, invocando o nome dele. " E sucedeu, quando voltei para Jerusalém e estava orando no templo, que eu caí em um transe, e eu vi aquele que me dizia: 'Apressa-te, e sair de Jerusalém rapidamente, porque eles não vão aceitar o seu testemunho sobre Me. " E eu disse: 'Senhor, eles entendem que em uma sinagoga após o outro I usada para aprisionar e espancar aqueles que acreditaram em Ti. E quando o sangue de Estêvão, tua testemunha estava sendo derramado, eu também estava presente, aprovando, e olhando para fora para as capas dos que foram matá-lo. " E disse-me: 'Vai Porque eu enviarei para longe, aos gentios!'. "(21: 37-22: 21)

    Até este ponto em seu calvário, Paulo tinha permanecido em silêncio. Mas chegar ao topo da escada, como ele estava prestes a ser levados para o quartel, ele disse ao comandante: "Posso dizer uma coisa para você?" Chocado com a linguagem de Paulo falou, Lysias lhe perguntou, incrédulo: "Você sabe grego? " grego era a língua de cultura, homens educados, não criminosos comuns, como ele assumiu Paulo ser. A pergunta seguinte de Lysias revelou seu pressuposto errado de que o prisioneiro era: "? Então, você não é o egípcio que há algum tempo atrás despertou uma revolta e levou os quatro mil homens dos Assassinos para o deserto" A questão assume uma resposta positiva. Uma vez que Paulo falava grego, ele provavelmente não era um encrenqueiro local, como palestinos geralmente falava aramaico. Grega, no entanto, foi falada no Egito, portanto, a suposição de Lysias. O egípcio era um falso profeta que, alguns anos antes levou um grupo de seus seguidores para o Monte das Oliveiras. Ele proclamou que os muros de Jerusalém cairia sob o seu comando e que os romanos seriam expulsos. Antes que a profecia poderia vir a passar, no entanto, as tropas romanas lideradas pelo governador Felix chegou ao local. Eles atacaram os egípcios e seus seguidores e os derrotou. Várias centenas foram mortos ou capturados e os restantes (incluindo o egípcio) desapareceram. Josefo, que também registra este incidente, dá o número de seguidores do egípcio de 30.000, em vez dos quatro mil Lucas menciona. Josephus, no entanto, tende a exagerar números. Alguns comentaristas argumentam que a figura de Josephus reflete o número total de seguidores do egípcio, enquanto que Lucas dá apenas o número de homens de combate. Ainda outros sugeriram um erro de escriba nos manuscritos dos escritos de Josephus para explicar a discrepância. Eles observam a semelhança nas letras maiúsculas gregas (que são usados ​​para representar números D (quatro) e L (trinta) Em qualquer caso, deve-se lembrar que Lucas era divinamente inspirada;. Josephus não era.

    Lysias descrito seguidores do egípcio como Assassins. Os assassinos eram um grupo terrorista que surgiram durante o mandato de Félix como governador. A sua forte nacionalismo judeu fez amargos inimigos de ambos os romanos e colaboradores judeus. Os últimos foram alvos primários dos assassinos. ( Sikariōn [ Assassins ] deriva da palavra latina sica [punhal].) misturando-se com as multidões, eles esfaqueado suas vítimas. Eles, então, quer derreter no meio da multidão ou descarAdãoente juntar os enlutados para escapar à detecção. Os assassinos foram especialmente ativo durante as festas judaicas, como Pentecostes. Lysias sem dúvida assumiu a multidão tinha pego um deles (talvez até o próprio egípcio) no ato de assassinato.

    Mas Paulo , é claro, não era nem um egípcio nem um assassino. Ele se identificou com Lysias como um judeu de Tarso, na Cilícia, cidadão cidade não insignificante. Como um judeu , ele tinha todo o direito de ter sido onde ele estava no templo. Retenção para o momento em que o fato de sua cidadania romana, Paulo declarou-se um cidadão de Tarso, na Cilícia. Tarso, como Paulo observa, não era umacidade insignificante , mas sim um centro cultural com uma universidade que rivalizam com os de Atenas e Alexandria. Ser cidadão de Tarso explicou conhecimento de grego do apóstolo.

    Depois de identificar se a Lysias, Paulo corajosamente pediu permissão para falar com as pessoas. Embora maltratado, machucado, e em cadeias, o apóstolo não pensar em sua própria segurança e conforto.Em vez disso, seu desejo apaixonado de ver seus compatriotas salvo (Rm 10:1; At 19:33). Um grande silêncio se aproximou da multidão indisciplinada, e, em seguida, Paulo falou-lhes em língua hebraica (aramaico).

    Pedido de desculpas de Paulo, ou o discurso em defesa de si mesmo, é biográfico. Ele defendeu ambos os seus motivos (ele não era anti-judeu) e suas ações (ele atuou apenas em submissão a Deus). Era um lugar estranho que Paulo pregar-pé nos degraus, cercado por soldados romanos, diante da multidão que procurava a sua morte. Ele começou a falar à multidão com cortês, palavras conciliatórias reminiscentes de Estevão (Atos 7:2): ". Irmãos e pais, ouvi a minha defesa, que agora eu ofereço a você" Reconhecendo que ele estava se dirigindo a eles em sua própria língua hebraica, eles tornou-se ainda mais tranquilo. Paulo, em seguida, disse-lhes de sua conversão dramática, como ele passou de perseguidor mais violenta do cristianismo para o seu maior missionário. Como nos outros quatro relatos do Novo Testamento de sua conversão (At 9:26; Fp 3;. 1 Tim. 1), a ênfase é sobre o poder de Deus e da graça soberana, não realizações de Paulo.

    O testemunho de Paulo pode ser dividida em três seções: a sua conduta antes de sua conversão, as circunstâncias de sua conversão, e sua comissão depois de sua conversão.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Atos Capítulo 21 do versículo 1 até o 40

    Atos 21

    Paulo não recua — At 21:1-16

    Agora o ritmo do relato se acelera e à medida que Paulo se aproxima de Jerusalém se sente a pesada atmosfera carregada da tempestade.
    Aqui se destacam duas coisas.
    (1) A simples determinação de Paulo de prosseguir, não importa o que o esperava adiante. Nada podia ter sido mais definido que a advertência dos discípulos em Tiro e de Ágabo em Cesaréia, mas nada podia desanimar a Paulo nem fazê-lo voltar atrás no caminho que tinha escolhido. Viesse o que viesse, Paulo partia sempre para frente.
    Durante um dos cercos na Guerra Civil Espanhola alguns soldados que pertenciam a uma das guarnições quiseram render-se, enquanto que um de seus companheiros mais valentes disse: "Prefiro morrer de pé a viver de joelhos". Paulo era assim.
    (2) É um fato maravilhoso que em qualquer lugar que Paulo fosse ele se encontrava com uma pequena comunidade cristã pronta para recebê-lo. Se isso era verdade na época de Paulo hoje é ainda mais. Um dos grandes privilégios de pertencer à Igreja é o fato de que não importa aonde vamos, até nos limites da Terra acharemos em cada lugar uma comunidade que pensa como nós na qual poderemos ser recebidos. Quem pertence à família da Igreja tem mais amigos que qualquer outro homem.

    Ágabo é uma figura interessante. Os profetas judeus tinham um costume determinado. Quando as palavras eram inadequadas teatralizavam o que queriam dizer, fazendo algo que não podia deixar de chamar a atenção. Dramatizavam sua mensagem. No Antigo Testamento há muitos exemplos disto, entre eles: Isaías 20:3-4; 13 1:24-13:11'>Jeremias 13:1-11; Jr 27:2; Ezequiel 4; 5:1-4; 1 Reis 11:29-31.

    TRANSAÇÃO EM JERUSALÉM

    Atos 21:17-26

    Quando Paulo chegou a Jerusalém, a Igreja se encontrou com um problema. Os líderes o aceitavam e viam a mão de Deus em seu obra; mas existiam rumores de que tinha animado os judeus a que traírem sua fé e seus costumes ancestrais. Paulo nunca tinha feito isto. Na verdade, tinha insistido em que a Lei judia era inaplicável aos gentios, mas jamais tentou apartar os judeus dos costumes de seus pais.
    Os líderes viram uma forma em que Paulo podia garantir a ortodoxia de sua própria fé e conduta. Quatro homens estavam por tomar o voto de nazireado, voto que se fazia em gratidão por alguma graça especial recebida de Deus ou por ter sido libertos de algo, por exemplo uma doença. Implicava a abstinência de carne e vinho por trinta dias, durante os quais se deixava crescer o cabelo. Parece que às vezes ao menos os últimos sete dias tinham que passar-se dentro dos átrios do Templo. Ao finalizar este prazo deviam fazer-se certas ofertas: um cordeiro de um ano de idade para a purificação dos pecados, um carneiro como oferta de paz, uma cesta de pão asmo, tortas de farinha fina misturada com azeite, e uma oferta de carne e outra de bebida. Finalmente era cortado o cabelo e queimado no altar com o sacrifício.
    É evidente que este assunto era custoso. Era preciso deixar de trabalhar, e comprar todos os elementos para o sacrifício. Estava muito fora do alcance de alguns que quisessem fazê-lo. Portanto as pessoas enriquecidas consideravam que era um ato de piedade custear a alguém os gastos que ocasionava o voto. Pediu a Paulo que fizesse justamente este último, ou seja lhes custear os gastos da promessa a estes quatro homens, e ele aceitou. Ao fazê-lo podia demonstrar perante todos que ele observava a Lei.

    Não há nenhuma dúvida de que o assunto não foi do agrado de Paulo. Para ele essas coisas já não tinham importância. Mas uma das características de um homem verdadeiramente grande é que pode subordinar seus próprios desejos e perspectivas ao bem da Igreja. Há um momento em que contemporizar não denota debilidade, mas força.

    UMA ACUSAÇÃO CALUNIOSA

    Atos 21:27-36

    Aconteceu que a contemporização de Paulo provocou um desastre. Era a época de Pentecostes. Havia em Jerusalém judeus de todo o mundo, entre eles alguns da Ásia, que sem dúvida sabiam muito bem quão efetivo tinha sido o trabalho de Paulo ali. Tinham visto Paulo na cidade com Trófimo, a quem certamente conheciam. O assunto do voto tinha feito que Paulo entrasse freqüentemente ao templo e os judeus asiáticos supuseram que Paulo tinha levado Trófimo com ele.
    Trófimo era um gentio e estava proibido que um gentio entrasse em templo. Podiam entrar no Átrio dos Gentios, mas entre este e o Átrio das Mulheres havia uma barreira e nela umas tabuletas com a seguinte inscrição: "Nenhum homem de raça estrangeira pode entrar entre a balaustrada e o cerco que circunda o templo, e se alguém é surpreendido nesse ato, faça-se saber que ele é o único culpado da pena de morte que corresponde". Até os romanos tomavam isto tão a sério que permitiam aos judeus levar a cabo a pena de morte por este crime. Os judeus asiáticos, pois, acusaram a Paulo de destruir a Lei, insultar o povo escolhido e profanar o templo.
    Iniciaram um movimento para linchá-lo. Na esquina noroeste do Templo estava a Torre de Antônia que foi edificada por Herodes o Grande. Nos grandes festivais quando a atmosfera era perigosa, era ocupada por uma coorte de mil soldados. Roma insistia numa coisa: a ordem civil. Um tumulto era um pecado imperdoável tanto para o povo que o levava a cabo como para o comandante que o permitia.

    De modo que ao inteirar-se do que acontecia o comandante concorreu com suas tropas. Para salvar a Paulo tiveram que prendê-lo e encadeá-lo pelos braços a dois soldados. Na confusão, o comandante não pôde extrair uma acusação coerente nem inteligível da multidão, e Paulo teve que ser levado em padiola literalmente através do povo agitado, aos quartéis. Em nenhum outro momento Paulo esteve tão perto da morte como nesta e foi a justiça romana imparcial a que salvou sua vida.

    ENFRENTANDO A MULTIDÃO ENFURECIDA

    Atos 21:37-40

    A Torre de Antônia se comunicava com os átrios exteriores do templo por meio de duas escadas nos lados Norte e Oeste. Enquanto os soldados estavam lutando para chegar ao refúgio de seu quartel, Paulo fez um surpreendente pedido: pediu ao capitão que lhe permitisse falar com a multidão. Sem dúvida alguma há muita coragem em sua atitude, que mostra a Paulo exercendo sua conseqüente política de enfrentar a multidão.

    O capitão se surpreendeu ao ouvir o culto acento grego desse homem que esteve a ponto de ser linchado. Cerca do ano 54 d. C. apareceu em Jerusalém um egípcio, conduzindo do Monte das Oliveiras uma banda de homens desesperados com a promessa de que faria os muros da cidade caírem diante deles. Os romanos agiram rápida e eficazmente com seus seguidores, mas ele mesmo tinha escapado, e o capitão pensou que Paulo fosse este egípcio revolucionário que retornava. Seus seguidores tinham sido "portadores de adagas". Eram nacionalistas violentos e assassinos deliberados. Escondiam suas adagas entre suas roupas e se misturavam entre a multidão matando a quem pudessem. Eram homens totalmente temerários. O capitão pensou que Paulo era um deles. Mas o apóstolo apresentou seus créditos e o capitão soube que podia tratar-se de qualquer outra coisa menos de um revolucionário; e portanto permitiu que Paulo falasse. Quando se voltou para fazê-lo, fez um gesto pedindo silêncio, e quase milagrosamente, a enfurecida multidão emudeceu. Em nenhum outro lugar do Novo Testamento se demonstra de tal maneira a força da personalidade de Paulo quem com um simples gesto dominou a multidão que tinha estado a ponto de linchá-lo. Nesse momento o próprio poder de Deus fluía através de Paulo.


    Dicionário

    Coisa

    substantivo feminino Tudo o que existe ou que pode ter existência (real ou abstrata).
    O que pode ser alvo de apropriação: ele possui poucas coisas.
    O que ocorre; acontecimento: o curso natural das coisas.
    O que é real em oposição ao que é abstrato: quero coisas e não promessas.
    [Popular] Negócio, troço; tudo o que não se quer designar pelo nome.
    O que caracteriza um fato, evento, circunstância, pessoa, condição ou estado: essa chatice é coisa sua?
    O assunto em questão; matéria: não me fale essas coisas! Viemos aqui tratar de coisas relevantes.
    [Informal] Indisposição pessoal; mal-estar inesperado; ataque: estava bem, de repente me deu uma coisa e passei mal.
    Etimologia (origem da palavra coisa). Do latim causa.

    substantivo feminino Tudo o que existe ou que pode ter existência (real ou abstrata).
    O que pode ser alvo de apropriação: ele possui poucas coisas.
    O que ocorre; acontecimento: o curso natural das coisas.
    O que é real em oposição ao que é abstrato: quero coisas e não promessas.
    [Popular] Negócio, troço; tudo o que não se quer designar pelo nome.
    O que caracteriza um fato, evento, circunstância, pessoa, condição ou estado: essa chatice é coisa sua?
    O assunto em questão; matéria: não me fale essas coisas! Viemos aqui tratar de coisas relevantes.
    [Informal] Indisposição pessoal; mal-estar inesperado; ataque: estava bem, de repente me deu uma coisa e passei mal.
    Etimologia (origem da palavra coisa). Do latim causa.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Dizer

    verbo transitivo direto e bitransitivo Falar, discursar usando palavras; expressar ideias, pensamentos: disse o discurso; disse o discurso ao professor.
    Comunicar, fazer uma afirmação, oral ou escrita: os vereadores disseram que a cidade iria mudar; disse aos filhos que deixaria a mulher.
    Fazer uma narração, relato ou descrição sobre algo ou alguém; narrar: diz a lenda que Saci-Pererê não tinha uma perna.
    verbo bitransitivo Falar alguma coisa diretamente; expressar: disse ofensas escabrosas ao pai; precisava lhe dizer algumas verdades.
    Fazer uma afirmação de modo imperativo; oferecer recomendação, conselho; aconselhar: disse-lhe para fazer o trabalho corretamente.
    Dar uma advertência; fazer uma crítica; advertir: é preciso disser-lhe boas verdades! Disse-lhe que não era bem-vindo.
    Falar de modo reprovativo, censurando; condenar: dizia julgamentos.
    Fazer uma explicação; explicar: disse as circunstâncias do acontecimento.
    verbo transitivo direto Exprimir ou exprimir-se através de gestos, expressões faciais; comunicar-se sem o uso da voz: seu sorriso dizia muito sobre sua felicidade.
    Recitar ou declamar algo de teor poético: dizer uma poesia.
    Religião Fazer uma celebração; ministrar a missa; celebrar: dizer a missa.
    Religião Começar um cântico, uma oração de teor religioso.
    verbo transitivo indireto Adequar, ajustar; combinar: suas palavras não dizem com suas ações.
    Ter importância para; importar: seus comentários não dizem nada para mim.
    verbo pronominal Caracterizar-se; definir-se: diz-se um exímio poeta.
    substantivo masculino Exprimir por escrito: os dizeres numa carta antiga.
    Modo de pensar exposto por algo ou por alguém: os dizeres cristãos.
    Gramática Verbo com particípio irregular: dito.
    Etimologia (origem da palavra dizer). Do latim dicere.

    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Fortaleza

    fortaleza (ê), s. f. 1. Qualidade de ser forte; vigor, robustez. 2. Força moral; energia, firmeza, constância. 3. Mil. Fortificação, praça de guerra. 4. Solidez, segurança.

    Fortaleza
    1) Construção feita para defender um lugar de ataques inimigos (2Sm 5:7); (At 21:34)

    2) Proteção (Sl 31:3). 3 Fig. idéias falsas (2Co 10:4).

    Lugar de refúgio ou de defesa, como uma torre, uma fortificação ou uma colina alta cercada de defesas; desses locais, podiam-se rechaçar os inimigos. Metáfora de refúgio e de segurança (Sl 27:1).

    Grego

    Grego
    1) Natural da Grécia ou descendente de gregos (At 16:1).


    2) Não-judeu; estrangeiro (Rm 1:16).


    3) Judeu que falava grego, criado fora da terra de Israel (At 6:1, RC; RA, helenista).


    4) Língua em que foi escrito o NT (At 21:37;
    v. COINÉ).


    Grego 1. Termo empregado ocasionalmente para designar os gentios (Mc 7:26; Jo 7:35).

    2. Os naturais da Grécia. Alguns deles se sentiram atraídos pela fé de Israel e parece que, em alguma ocasião, interessaram-se pela pregação de Jesus (Jo 12:20).


    adjetivo Da Grécia: povo grego.
    Helênico.
    Figurado Obscuro, ininteligível: isso para mim é grego.
    substantivo masculino Indivíduo natural da Grécia; heleno.
    À grega, modo de preparar diversos alimentos: arroz à grega.

    Introduzir

    Introduzir
    1) Fazer entrar (Dt 9:28; At 21:28).


    2) Pôr dentro (2Sm 6:17).


    3) Entrar (Jd 4).


    Significa literalmente 'levar para dentro', e é proveniente do latim introducere, composto de intro (dentro) + ducere (conduzir, levar). É interessante observar que os sentidos predominantes da palavra introduce em inglês são os de 'usar pela primeira vez', e 'apresentar ou ser apresentado a alguém', ou seja, ser levado a conhecer por dentro algo ou alguém. O verbo ducere do latim também deu origem às palavras duct (duto), duke (duque), educate (educar), produce (produzir), etc.

    verbo bitransitivo Fazer entrar alguém: introduzir uma visita em casa.
    Fazer entrar uma coisa em outra: introduzir uma sonda em uma chaga.
    Passar a saber sobre algo; instruir: o professor introduziu a aluna nas aulas teóricas.
    verbo transitivo direto Importar produtos de outros países: introduzir produtos legalmente.
    Figurado Fazer adotar pelo uso: introduzir uma moda.
    Produzir algo; causar: introduzir a discórdia.
    Incluir algo em outra coisa; incorporar: introduzir novos ingredientes na receita.
    verbo pronominal Entrar em; penetrar: ladrões introduziram-se na casa.
    Intrometer-se em assuntos que não lhes dizem respeito, especialmente falando da vida dos outros: intrometer-se na vida alheia.
    verbo transitivo direto e pronominal Conduzir algo ou alguém para o interior de; dirigir: introduzir um medicamento no organismo; introduziu-se na festa pela porta lateral.
    Etimologia (origem da palavra introduzir). Do latim introducere.

    Paulo

    Introdução e antecedentes

    Judeu, fariseu, encontrado pela primeira vez no livro de Atos com seu nome hebraico — Saulo (At 7:58-13.9). Nasceu em Tarso, Cilícia, cidade localizada na Ásia Menor (atualmente sul da Turquia). Provavelmente nasceu uns dez anos depois de Cristo, pois é mencionado como “um jovem”, na ocasião do apedrejamento de Estêvão (At 7:58). Seu pai sem dúvida era judeu, mas comprou ou recebeu cidadania romana. Por essa razão, Paulo mais tarde utilizou-se desse direito por nascimento. Por isso, apelou para ser julgado em Roma pelo próprio imperador César (At 22:25). A despeito de sua cidadania, ele foi criado numa família judaica devotada, da tribo de Benjamim. Recebeu uma instrução cuidadosa na lei judaica e tornou-se fariseu. Também descreveu a si mesmo como “hebreu de hebreus”. Foi criado de acordo com a judaísmo e circuncidado no oitavo dia de vida; portanto, era zeloso na obediência de cada ponto da lei mosaica (Fp 3:5-6).

    Paulo era tão zeloso da Lei e de sua fé que, em certa época de sua vida, provavelmente no início da adolescência, viajou para Jerusalém, onde foi aluno do mais famoso rabino de sua época. Posteriormente, disse aos líderes judeus: “E nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois” (At 22:3).

    Todos os mestres judaicos exerciam determinada função para sobreviver; por isso, não é de admirar que esse líder religioso altamente educado aprendesse também uma profissão com seu pai. Paulo era fabricante de tendas (At 18:3) e ocasionalmente a Bíblia menciona como exerceu essa função para se sustentar (1Co 4:12-2 Ts 3.8; etc.). Existem amplas evidências nessas e em outras passagens de que ele trabalhava, para não impor um jugo sobre as pessoas entre as quais desejava proclamar o Evangelho de Cristo (1Co 9:16-19). Além disso, dada a maneira como os professores itinerantes e filósofos esperavam ser sustentados pelas pessoas com alimentos e finanças, Paulo provavelmente não desejava ser considerado mais um aventureiro (1Ts 2:3-6).

    A vida e as viagens de Paulo

    Com a educação que possuía e a profissão de aceitação universal, é bem provável que Paulo já tivesse viajado bastante antes de se tornar cristão. Com certeza era fluente nas línguas grega, hebraica, latina e aramaica. É mencionado pela primeira vez em Atos, como responsável pelas vestes das multidões que apedrejaram Estêvão até à morte por causa da sua fé e seu compromisso com Cristo e o desejo de promover o Evangelho. “Também Saulo consentia na morte dele” (At 8:1).

    Perseguidor dos cristãos. A partir da morte de Estêvão, uma grande perseguição se levantou contra os seguidores de Cristo. As atividades zelosas de Saulo, como judeu, levaram-no a unir-se aos perseguidores. Não precisou ser forçado, mas ofereceu voluntariamente seus serviços aos líderes judaicos de Jerusalém. Sua perseguição foi tão violenta que a Bíblia diz: “Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão” (At 8:3-1 Co 15.9; Fp 3:6). Em Atos 9:1, lemos que: “Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor”, pediu ao sumo sacerdote que lhe desse cartas, para que as levasse às sinagogas de Damasco, na Síria, a fim de também estabelecer a perseguição naquela cidade.

    A conversão de Paulo. A caminho de Damasco, uma luz muito forte brilhou do céu ao redor dele, e fez com que ele caísse por terra e ficasse cego. Enquanto isso, uma voz lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Atônito, ele perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A resposta que recebeu deixou-o realmente surpreso e apavorado: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 9:4-5). Cristo então lhe disse que entrasse em Damasco e aguardasse outras instruções. Saulo esperou três dias, sem comer nem beber, na casa de Judas, onde aguardou a visita de Ananias (veja Ananias). Esse tempo sem comer nem beber provavelmente foi um jejum de arrependimento, pois a Bíblia diz que, quando o servo de Deus chegou, encontrou-o orando (v. 11).

    Ananias impôs as mãos sobre ele, ocasião em que sua visão foi restaurada. Imediatamente ele recebeu o Espírito Santo e foi batizado. Saulo ainda ficou vários dias na companhia dos cristãos de Damasco, sem dúvida para aprender o máximo que podia sobre Jesus. Entretanto, esse processo de aprendizado não demorou muito tempo: “E logo, nas sinagogas, pregava que Jesus era o Filho de Deus” (v. 20). Seu extraordinário entendimento teológico somado à mudança total de sua perspectiva sobre Cristo, permitiu que confundisse “os judeus que habitavam em Damasco, provando que Jesus era o Cristo” (v. 22). Provavelmente, depois de um tempo considerável como pregador naquela cidade, os judeus decidiram silenciar a mensagem dele, ao planejar assassiná-lo. Ele escapou durante a noite e voltou para Jerusalém, onde descobriu que era difícil unir-se aos demais discípulos de Cristo, pois naturalmente todos tinham medo dele. Barnabé levou-o à presença dos apóstolos, os quais lhe deram sua aprovação. Paulo pregava e discutia abertamente com os judeus, até que novamente sua vida foi ameaçada; os discípulos o levaram para Cesaréia, onde embarcou num navio para Tarso (At 9:29-30; Gl 1:18-24). A extraordinária rapidez da mudança no coração de Paulo e a velocidade com que entendeu as Escrituras sob uma nova luz e começou a pregar o Evangelho de Cristo proporcionam a mais dramática evidência da obra do Espírito Santo em sua vida, depois do encontro que teve com Cristo na estrada de Damasco. Ele próprio contou sobre sua experiência de conversão em duas ocasiões posteriores. Na primeira instância, em Atos 22, quando foi preso em Jerusalém e pediu para falar à multidão. Na segunda, em Atos 26, quando fazia sua defesa diante do rei Agripa.

    Chamado para os gentios. A rapidez com que Paulo dedicou-se a viajar pelos territórios gentílicos é mais uma indicação de que o Espírito Santo o guiava em direção ao seu chamado, ou seja, o de apóstolo entre os gentios. Ele menciona em suas cartas seu compromisso especial com Deus, para ser um ministro entre os povos (Rm 11:13; Gl 2:8-1 Tm 2.7). Embora Pedro fosse chamado para os judeus e Paulo para os gentios (Gl 2:8), sabemos que ambos pregavam em qualquer lugar onde tivessem uma oportunidade. Saulo, de fato, primeiramente visitava a sinagoga, em qualquer cidade em que chegasse. Ali ele pregava, onde havia muitas conversões, até ser expulso pelos judeus que se opunham (desta maneira, praticava o que ensinou em Romanos 1:16-2.9,10; etc.). Um dos primeiros trabalhos de Paulo entre os gentios, após ser aceito pelos apóstolos em Jerusalém (Gl 1), foi iniciado por Barnabé, o qual o levou de Tarso para a cidade de Antioquia, situada no norte da Síria. A igreja já estava estabelecida naquela cidade e sem dúvida o amigo o envolveu naquele trabalho, devido ao ensino que ele era capaz de ministrar (At 11:19-30). O trabalho da igreja ali iniciara-se entre os judeus e posteriormente espalhara-se aos gentios (gregos), e a habilidade de Paulo para debater e o que já fizera previamente sem dúvida o ajudaram. Enquanto estava em Antioquia, o profeta Ágabo advertiu sobre um iminente período de fome na região da Judéia, de maneira que aquela igreja local concordou em levantar fundos para ajudar os irmãos carentes em Jerusalém; enviaram o dinheiro por intermédio de Paulo e Barnabé (v. 30).

    É muito difícil estabelecer uma cronologia exata da vida de Paulo nessa época, pois Atos e Gálatas dão informações parciais; o ministério entre os gentios, contudo, já estava estabelecido e o papel principal de Paulo foi visto quase imediatamente no trabalho em Antioquia. Ele e Barnabé deixaram a cidade dirigidos pelo Espírito Santo (At 13:2). Desse momento em diante a vida dele é vista constantemente em pleno movimento por todo o império. Às vezes, permanecia mais tempo em certa cidade e em outras ocasiões ficava apenas por um período bem curto de tempo; na maioria das vezes viajava de acordo com sua própria vontade; entretanto, especialmente nas últimas viagens, freqüentemente era escoltado por guardas a caminho da prisão, dos julgamentos e finalmente de Roma.

    A primeira viagem missionária. As viagens de Paulo são geralmente chamadas de “viagens missionárias”. A primeira, realizada provavelmente entre os anos 47:48 d.C., iniciou-se na terra natal de Barnabé, a ilha de Chipre. Atravessaram todo o território, anunciando o Evangelho. Quando chegaram a Pafos, Paulo teve oportunidade de proclamar a Palavra de Deus ao procônsul romano Sérgio Paulo (veja Sérgio Paulo). “Então o procônsul creu, maravilhado da doutrina do Senhor” (At 13:12). Esta conversão representa a confirmação final para Paulo de que ele realmente contemplaria gentios influentes tornar-se cristãos por meio de seu ministério. Talvez seja significativo que a partir desse momento Saulo começou a ser chamado por seu nome latino, Paulo (At 13:9). De Chipre, ele e Barnabé navegaram para Perge, na Ásia Menor (atual Turquia). Quando chegaram lá, João Marcos, que estivera com eles desde Antioquia, deixou o grupo e retornou a Jerusalém. Dali viajaram para o Norte, e passaram por Antioquia da Pisídia e Icônio, a leste, e Listra e Derbe, ao sul. Voltaram pelo mesmo caminho e navegaram de volta para Antioquia da Síria, partindo de Atalia. Os resultados do trabalho deles durante essa viagem variaram de lugar para lugar; toda a viagem está registrada em Atos 13:14. Os benefícios, entretanto, foram consideráveis, pois a segunda viagem envolveu a visita às igrejas que haviam fundado, “confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé” (At 14:22). Também advertiram os novos cristãos “que por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus”. Paulo e seus companheiros experimentavam essas tribulações em suas viagens, por meio do antagonismo não somente por parte dos gentios, mas também dos judeus, os quais criavam sérios problemas e diversas dificuldades. Mesmo assim, as igrejas foram bem estabelecidas por Paulo e Barnabé, fortes o suficiente para nomear líderes em cada uma, à medida que os missionários seguiam adiante.

    Quando voltaram a Antioquia, alguns mestres chegaram da Judéia com o argumento de que a verdadeira salvação dependia da circuncisão. Paulo e Barnabé discutiram acaloradamente com eles sobre a questão. A igreja da Antioquia decidiu então enviar os dois a Jerusalém para se reunir com os outros apóstolos, onde a questão seria tratada.

    O Concílio de Jerusalém. Os apóstolos e os líderes cristãos compareceram a tal reunião, que ficou conhecida como o “Concílio de Jerusalém” (At 15:1-35). Primeiro ouviram os relatórios de toda a obra de evangelização que era desenvolvida na Ásia Menor, em Antioquia e entre os gentios de modo geral e houve muito louvor a Deus. Alguns cristãos, entretanto, que antes foram fariseus, argumentaram que os convertidos entre os gentios deveriam ser circuncidados (At 15:5). Seguiu-se demorada discussão, até que Pedro se levantou para falar à assembléia. Em sua declaração, presumivelmente bem aceita pelos líderes (Tiago e os demais apóstolos), ele fez algumas observações interessantes. Destacou que ele próprio foi o primeiro a levar o Evangelho para os gentios (ao referir-se ao episódio da visão que teve e da viagem à casa de Cornélio, At 10). Depois apelou para o fato de que “Deus, que conhece os corações, deu testemunho a favor deles, concedendo-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós” (At 15:8). Em outras palavras, assim como a presença do Espírito Santo fora “manifesta” aos apóstolos no dia de Pentecostes em Jerusalém, quando falaram em línguas e louvaram a Deus (At 2:4-47), assim a presença do Espírito foi “manifesta” novamente entre os gentios, quando também falaram em outras línguas e louvaram a Deus. Naquela ocasião, Lucas registrou especificamente que aquilo acontecera para surpresa de todos os crentes circuncidados (At 10:45-46). Para Pedro, esta evidência fora suficiente para se tomar a iniciativa de batizar esses novos cristãos, não como alguma forma de comunidade cristã de segunda classe, mas na fé cristã plena, na qual os próprios apóstolos foram batizados (At 10:47-48).

    Desde que Deus “não fez diferença alguma entre eles e nós”, argumentou Pedro (At 15:9-11), seria totalmente impróprio insistir em que os convertidos entre os gentios fossem circuncidados. A circuncisão claramente não era uma exigência para alguém ser um cristão, pois a real marca do crente era a possessão do Espírito Santo. A salvação operava inteiramente pela fé na graça do Senhor Jesus Cristo (v. 11). Paulo e Barnabé também participaram da discussão e destacaram a grande obra da graça que se manifestava entre os gentios e os milagres que Deus operava entre eles. Tiago, entretanto, teve a sublime felicidade de dar a palavra final.

    Tiago levantou-se, expôs as Escrituras e mostrou como os profetas falaram sobre o tempo em que os gentios se voltariam para Deus. Concordou que os novos convertidos não eram obrigados a circuncidar-se, mas deviam demonstrar seu amor pelos cristãos judeus, ao abster-se da carne sacrificada aos ídolos e da imoralidade sexual (At 15:13-21). Desde que essa decisão não envolvia qualquer questão de princípio, todos concordaram e uma carta foi enviada às igrejas gentílicas, a fim de informar sobre a decisão do concílio. O grande significado dessa reunião foi a maneira como se estabeleceu definitivamente a legítima aceitação dos gentios como filhos de Deus. A defesa de Paulo da universalidade da mensagem do Evangelho prevalecera.

    A segunda e a terceira viagens missionárias. A segunda viagem durou de 49 a 52 d.C. (At 15:36-18.22). Ela foi muito importante, pois espalhou a Evangelho de maneira ainda mais ampla, tanto pela Ásia Menor como pela Europa. Infelizmente, porém, começou com uma diferença de opinião entre Paulo e Barnabé. O segundo queria levar João Marcos novamente com eles. Talvez o jovem tenha retornado a Jerusalém na primeira viagem devido às suas dúvidas sobre a pregação entre os gentios, mas não podemos determinar com certeza. Paulo achava que não deviam levá-lo; por isso Barnabé e João Marcos foram para Chipre, a fim de consolidar o trabalho ali, e Paulo foi para o Norte. Na companhia de Silas, passou por Tarso, na Cilícia, e visitou novamente as igrejas recém-fundadas em Derbe, Listra e Icônio.

    Em Listra, Paulo foi apresentado a um jovem, convertido ao cristianismo, que se tornou um de seus melhores amigos — Timóteo. Seu pai era grego, porém sua mãe era judia. Os líderes da igreja em Listra insistiram para que Paulo o levasse consigo e “davam bom testemunho dele” (At 16:1-2). Pertencente a uma família grega, isso significava que Timóteo não era circuncidado. Devido ao fato de sua mãe ser judia, Paulo achou que seria melhor para o ministério de Timóteo entre as comunidades judaicas se ele fosse circuncidado. Sob a orientação do apóstolo, Timóteo passou pela cerimônia da circuncisão (At 16:3). Aqui não há conflito no pensamento de Paulo com o antagonismo que demonstrou para com a circuncisão em sua carta aos Gálatas. Um judeu ser circuncidado para alcançar melhor seu próprio povo era uma coisa, mas obrigar os gentios a se circuncidar com base num entendimento equivocado de que precisavam ser “judeus” para receber a salvação era outra coisa bem diferente!

    A próxima etapa da viagem foi em um território novo. Fizeram uma caminhada por terra até Trôade, onde foram orientados “pelo Espírito de Jesus” para não trabalhar naquela região (At 16:7). Enquanto pregavam naquela cidade, numa noite, Paulo contemplou numa visão alguém que o chamava para ministrar a Palavra de Deus na Macedônia. Concluindo que era uma direção divina para a próxima etapa da viagem, atravessaram de barco para a província grega da Macedônia, onde pregaram em Neápolis, Filipos, Tessalônica e Beréia. Dali, navegaram para o sul e pregaram em Atenas e Corinto (onde ficaram por 18 meses), antes de atravessarem de volta para Éfeso, na Ásia Menor, e de lá navegarem para Cesaréia, Jerusalém e finalmente Antioquia, local de partida.

    A obra de evangelização expandiu-se rapidamente durante esta viagem. As igrejas estabelecidas na primeira viagem estavam bem firmes e cresciam cada vez mais em número (At 16:19). Havia muito encorajamento, mas também muita perseguição. Paulo testemunhou o estabelecimento bem-sucedido de muitas outras igrejas. Também viu os resultados da mensagem do Evangelho na vida de homens e mulheres que, sem dúvida, tornaram-se amigos especiais da equipe de missionários. Em Filipos, conheceram uma mulher de negócios chamada Lídia, que se converteu e hospedou o grupo em sua casa. Também testemunharam a incrível conversão do carcereiro, quando foram presos em Filipos (veja Carcereiro Filipense). Em Tessalônica testemunharam conversões como a de Jasom, o qual foi preso pela causa do Evangelho. Apreciaram imensamente a recepção que tiveram dos “nobres” moradores de Beréia, “pois de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17:11). Paulo e seus companheiros viram como a mensagem do Evangelho tocava os corações e as vidas de pessoas de diferentes classes sociais, quando “creram muitos deles, e também mulheres gregas de alta posição, e não poucos homens” (v. 12).

    Em Atenas, Paulo testemunhou pelo menos algumas conversões, quando debateu com alguns dos maiores filósofos da época. De volta a Corinto, ele desenvolveu uma grande amizade com um casal de judeus que também fabricavam tendas e tornaram-se grandes cooperadores na obra de Cristo, ou seja, Áqüila e Priscila (At 18:1-3). Os dois o acompanharam na viagem de Corinto a Éfeso, onde ajudaram Apolo a entender mais claramente a verdade do Evangelho. Este então foi enviado à Grécia e desenvolveu seu ministério em Corinto. Enquanto isso, Paulo fez uma parada rápida em Éfeso e logo retornou a Cesaréia e Jerusalém, onde saudou a igreja e em seguida subiu para Antioquia.

    Em cada cidade em que pregava, Paulo encontrava severa resistência ao Evangelho. Em Filipos, foi preso junto com Silas por causa do antagonismo da multidão e só foram soltos depois da intervenção sobrenatural de Deus, a qual levou à conversão do carcereiro. Em Tessalônica outros irmãos foram presos porque o apóstolo não foi encontrado, quando o procuraram. Em Corinto, apesar da soltura imediata, Paulo foi atacado pelos judeus e levado diante do tribunal presidido por Gálio (veja Gálio).

    Paulo passou algum tempo em Antioquia antes de embarcar para a terceira viagem missionária, realizada no período entre os anos 53:57 d.C. (At 18:23-21.16). Nesta viagem, o apóstolo novamente dirigiu-se ao norte e oeste, por terra, e visitou outra vez as igrejas na Galácia e Frígia (Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia). Quando finalmente chegou em Éfeso, lemos que Paulo encontrou “alguns discípulos”. Eles tinham recebido apenas o batismo de João e, quando o apóstolo lhes falou sobre Jesus Cristo e o Espírito Santo, foram imediatamente batizados “em nome do Senhor Jesus” e o Espírito desceu sobre eles (At 19:1-7). Esse episódio dá uma indicação de que o trabalho do Batista tivera um alcance muito mais amplo do que o relato dos evangelhos poderia sugerir.

    Ao começar novamente a pregar na sinagoga, Paulo foi expulso e pregou para os gentios na cidade de Éfeso por dois anos (v. 10). Fica claro que muitos milagres acompanharam a proclamação do Evangelho, e uma breve menção disso é feita no
    v. 11. Um grande número de pessoas se converteu, quando muitos mágicos e pessoas adeptas da feitiçaria se converteram e entregaram seus livros de magia, os quais foram queimados publicamente. O
    v. 20 resume esse período de ministério: “Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente, e prevalecia”.

    Foi durante esse período que ocorreu um grande tumulto em Éfeso. A cidade era famosa pelo templo da deusa Ártemis (veja Ártemis e Alexandre). O livro de Atos não relata em detalhes a perseguição que Paulo experimentou ali, mas provavelmente foi considerável (veja Rm 16:3-4; 1 Co 15.32; 2 Co 1:8-11). O apóstolo então enviou Timóteo e Erasto adiante dele para a Macedônia. Expressou sua intenção de viajar para Jerusalém via Macedônia e Acaia (At 19:21) e informou às pessoas que desejava muito ir até Roma.

    Foi durante essa viagem que Paulo se preocupou em angariar dinheiro para ajudar os crentes mais pobres de Jerusalém. Deu instruções às igrejas para que se unissem a ele nessa campanha, pois observava nisso um sinal de unidade da igreja e especialmente entre os convertidos judeus e gentios (Rm 15:25-32).

    Paulo navegou para a Macedônia e repetiu seu trajeto anterior por Filipos, Tessalônica e Beréia, a fim de encorajar os crentes. Uma rápida estadia na Grécia, talvez em Atenas, levou a mais perseguições; por isso, ele retornou à Macedônia antes de embarcar e navegar novamente para Trôade, onde continuou a pregar. Num antigo exemplo de reunião e culto no primeiro dia da semana (domingo), lemos que Paulo pregou depois que partiram o pão juntos. Ensinou até tarde da noite, pois partiria no dia seguinte. Devido ao calor da sala lotada e à hora avançada, um jovem chamado Êutico adormeceu sentado numa janela e caiu do terceiro andar, sendo levantado morto. Paulo o restaurou novamente à vida e continuou sua pregação (At 20:7-12).

    Na manhã seguinte Paulo viajou e passou por várias cidades portuárias no caminho para o sul, inclusive Mileto, onde se encontrou com os líderes da igreja em Éfeso. Ali, falou-lhes sobre os perigos dos falsos ensinos e a necessidade de vigiarem por si mesmos e pelo rebanho. Encomendou-os a Deus e disse-lhes que era compelido pelo Espírito Santo a ir até Jerusalém. A tristeza da despedida é descrita dramaticamente, quando todos se ajoelharam para orar juntos e perceberam que não veriam novamente o amado apóstolo (vv. 36-38). O restante da jornada é descrito rapidamente por Lucas em Atos 2:1-17. A única parada mais significativa foi em Cesaréia, onde o profeta Ágabo advertiu Paulo de que a perseguição o esperava em Jerusalém. Talvez seja importante notar que a declaração anterior de Paulo, que era compelido pelo Espírito Santo a visitar a cidade santa, teve prioridade sobre a advertência de Ágabo para não ir. Ao que parece, embora a profecia estivesse correta, sua interpretação estava equivocada. O profeta claramente esperava que Paulo desistisse de ir a Jerusalém, mas foi para lá que o apóstolo se dirigiu, o que culminou com sua prisão. Ao fazer isso, o apóstolo mostrou que estava pronto a morrer por Cristo, se fosse necessário (v. 13).

    Essa terceira jornada contemplou muitas pessoas convertidas e experimentou muito mais oposições e perseguições; mas também foi um tempo de grande encorajamento. Paulo teve oportunidade de conhecer muitos jovens envolvidos no ministério da Palavra de Deus. Entre os que foram mencionados durante essa viagem, estavam pessoas como “Sópatro de Beréia, filho de Pirro; e dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo; Gaio de Derbe e Timóteo; e dos da Ásia, Tíquico e Trófimo” (At 20:4). Apesar de o apóstolo nunca mais retornar a muitos daqueles lugares, sabia que o trabalho continuaria nas mãos da nova geração de missionários e pastores fiéis ao Senhor.

    A prisão e o julgamento. Assim que Paulo chegou a Jerusalém, a profecia de Ágabo se cumpriu. Os judeus instigaram a oposição e o apóstolo foi preso para sua própria proteção, no meio de um tumulto contra ele que quase levou-o à morte (At 21:27-36). Paulo pediu permissão ao comandante romano para falar à multidão e aproveitou a oportunidade para mais uma vez pregar o Evangelho de Jesus, quando falou sobre sua própria conversão e chamado ao ministério para os gentios. Quando mencionou a salvação dos povos, novamente a turba se alvoroçou e o apóstolo foi conduzido com segurança à fortaleza. Foi obrigado a apelar para sua cidadania romana, a fim de não ser chicoteado. No dia seguinte o comandante romano convocou o Sinédrio e Paulo defendeu-se diante de seus acusadores (At 23). Inteligentemente, o apóstolo causou uma divisão entre seus acusadores, ao alegar que era julgado porque acreditava na ressurreição. Os fariseus, que também acreditavam, discutiram com os saduceus, que não aceitavam tal doutrina. Novamente, para sua própria proteção, o apóstolo foi levado à fortaleza. Naquela noite o Senhor lhe apareceu e o encorajou, ao dizer-lhe que deveria ir a Roma para testificar do Evangelho (At 23:11).

    Foi descoberto um complô para matar Paulo e o comandante do destacamento romano, Cláudio Lísias, decidiu transferi-lo para Cesaréia, onde seu caso seria examinado pelo governador Félix. O capítulo 24 de Atos descreve o julgamento do apóstolo diante de Félix, que pareceu interessado no que ouviu de Paulo acerca do “caminho”, mas que, em deferência aos judeus, manteve o apóstolo preso por mais dois anos. Quando Pórcio Festo assumiu o governo da província, os líderes judaicos lhe pediram que cuidasse do caso de Paulo. O novo governador fez menção de entregá-lo aos judeus, mas o apóstolo, sabedor de que não teria um julgamento justo em Jerusalém considerando a palavra do Senhor de que deveria ir a Roma, apelou para ser julgado pelo imperador César. Essa atitude de fato livrou-o totalmente do sistema legal judaico. Logo depois o rei Agripa visitou Cesaréia e Festo pediu-lhe que ouvisse o caso de Paulo. Novamente o apóstolo contou sobre sua conversão e testemunhou do Evangelho de Jesus Cristo. Enquanto Festo pensava que Paulo estivesse louco, Agripa pareceu tocado pelo que o apóstolo dissera, e até mesmo insinuou que por pouco não se tornara cristão (At 26:28). A conclusão de Agripa foi que Paulo tinha tudo para ser solto, se não tivesse apelado para Roma (v. 32).

    Paulo foi então transportado para Roma na condição de prisioneiro, sob a custódia de um centurião chamado Júlio (para mais detalhes, veja Agripa, Festo, Félix e Júlio). Depois de um naufrágio na ilha de Malta, o qual Paulo usou como uma oportunidade para pregar o Evangelho, finalmente o grupo chegou a Roma, onde o apóstolo foi colocado num regime de prisão domiciliar e tinha permissão para receber visitas (At 28). Durante dois anos vivendo nesse sistema (provavelmente por volta de 61—63 d.C.), Paulo continuou “pregando o reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum” (At 28:31).

    A morte de Paulo. Existem poucas indicações sobre o que aconteceu depois desse período de prisão domiciliar em Roma. É claro que Paulo aproveitou a oportunidade da melhor maneira possível para pregar o Evangelho, mas Lucas encerra seu livro neste ponto, ao estabelecer o direito legal para que a Palavra de Deus fosse pregada na capital do império. Existe muita discussão entre os estudiosos sobre o que aconteceu. Desde que as epístolas pastorais (veja abaixo) referem-se a eventos na vida do apóstolo que não são mencionados em Atos, pressupõe-se que Paulo realmente as escreveu. Então, muitos chegam à sublime conclusão de que o apóstolo foi declarado inocente das acusações e colocado em liberdade. Ele próprio dá a entender isso em Filipenses 1:19-25; 2.24. Provavelmente após sua absolvição ele acalentou o desejo de ir à Espanha (veja Rm 15:24-28). Este período também seria a época em que as cartas a Timóteo e Tito foram escritas. Quando o cristianismo foi considerado ilegal, Paulo foi preso novamente e levado de volta a Roma, onde escreveu II Timóteo. Seu período de liberdade provavelmente durou até por volta de 62 a 66 d.C. II Timóteo 4 é então o triste relato do que certamente foi o julgamento final do apóstolo, no qual foi condenado à morte (v. 18). Mesmo nesse triste capítulo, entretanto, percebe-se que Paulo aproveita todas as oportunidades para pregar (2Tm 4.17,18). A tradição diz que morreu em Roma, como mártir nas mãos do imperador Nero, por volta do ano 67 d.C.

    Os escritos de Paulo

    O legado de Paulo para o mundo é enorme. Além do fato de ter levado a verdade do Evangelho a praticamente todo o mundo conhecido daquela época, também escreveu cartas muito significativas, as quais chegaram até nós como parte do cânon do Novo Testamento. Tais documentos são cheios de exposições sobre Jesus, o pecado, a salvação, a vida cristã, o futuro e a natureza da Igreja. Suas cartas não podem ser examinadas detalhadamente aqui e o resumo apresentado a seguir não faz justiça à profundidade dos ensinamentos que cada uma contém, mas talvez aguce o apetite do leitor e o leve a examiná-las mais detidamente. Em muitos aspectos as epístolas paulinas têm proporcionado o perfil para a Igreja através dos séculos. Embora sempre haja alguns críticos que questionem se o apóstolo realmente escreveu todas as epístolas atribuídas a ele, existem 13 escritas por Paulo no Novo Testamento. Por conveniência, vamos dividi-las em três grupos.

    As epístolas maiores e mais antigas. Incluem Gálatas, 1 e II Tessalonicenses, 1 e II Coríntios e Romanos. A primeira é a única carta na qual Paulo não tinha quase nada de positivo a dizer aos destinatários. Escreveu devido à sua grande preocupação, pois muitos gálatas já seguiam “outro evangelho”. O apóstolo temia pela salvação deles e pela pureza da doutrina da vida eterna somente pela graça, por meio da fé. Ao que parece, os que argumentavam que o cristão precisava primeiro tornar-se judeu para ser salvo tinham grande sucesso na difusão de suas ideias. Defendiam a necessidade da circuncisão, a guarda da Lei de Moisés e do sábado. Esses ideais iam diretamente contra o ensino de Paulo de que os gentios tornavam-se cristãos e eram “justificados” (declarados não culpados diante de Deus) por meio da fé em Jesus Cristo e ainda continuavam gentios (Gl 3:8-11,24; 5.4). Paulo disse aos gálatas: “Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gl 1:9). Declarava que eles eram todos filhos de Deus “pela fé em Cristo Jesus... desta forma não há judeu nem grego, não há servo nem livre, não há macho nem fêmea, pois todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendentes de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gl 3:26-29). Jesus livra da letra da lei e da sua punição, pois assim declarou Paulo: “Estou crucificado com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:20). Esta existência em Jesus é uma vida composta de uma nova natureza, agora dirigida pelo Espírito de Cristo e conduzida ao objetivo da vida eterna (Gl 5:16-22,25; 6.8). Paulo afirmava que essas verdades eram para todos os que creem em Jesus Cristo, qualquer que fosse a nacionalidade, sexo ou classe social. O cristianismo nunca seria meramente uma facção do judaísmo. O fato de que as decisões do Concílio de Jerusalém não fazem parte das argumentações e do ensino de Paulo leva alguns a crerem que provavelmente a carta aos Gálatas foi escrita antes desta reunião (talvez em 49 d.C.). Outros colocam a data bem depois.

    As epístolas de 1 e II Tessalonicenses são bem conhecidas pelos ensinos que contêm sobre a segunda vinda de Cristo. De fato, na primeira das duas Paulo gasta um tempo considerável encorajando os cristãos na fé, na vida cristã e no testemunho (1Ts 4). Dá graças a Deus por eles, especialmente pela maneira como aceitaram a pregação no início, “não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que credes” (1Ts 2:13). O apóstolo apelou para que continuassem na fé, principalmente à luz da vinda de Cristo, a qual lhes proporcionaria grande esperança e alegria. Deveriam encorajar uns aos outros (1Ts 4:18) com a certeza de que Jesus voltaria e não deveriam lamentar pelos que morressem, como se fossem iguais ao resto do mundo sem esperança (1Ts 4:13). A segunda epístola provavelmente foi escrita durante a permanência de Paulo na cidade de Corinto. Novamente dá graças a Deus pela perseverança dos cristãos, pela fé e pelo amor que demonstravam uns aos outros (2Ts 1:3-12). Parte da carta, entretanto, é escrita para corrigir algumas ideias equivocadas sobre a volta de Cristo. Um fanatismo desenvolvera-se, o qual aparentemente levava as pessoas a deixar de trabalhar, a fim de esperar a iminente volta do Senhor (2Ts 2). Paulo insistiu em que os irmãos deveriam levar uma vida cristã normal, mesmo diante das dificuldades e perseguições. O fato de que Deus os escolheu e salvou por meio da operação do Espírito os ajudaria a permanecer firmes na fé (2Ts 2:13-15).

    As epístolas aos Coríntios provavelmente foram escritas durante a longa permanência de Paulo na cidade de Éfeso. A primeira carta trata de uma variedade de problemas que a igreja enfrentava. O apóstolo demonstrou preocupação pela maneira como os cristãos se dividiam em facções (1Co 1:12). Lembrou que não deveriam ir diante dos tribunais seculares para resolver suas diferenças (1Co 6). Ensinou-os sobre a importância de uma vida moralmente pura e lembrou que seus corpos eram santuário de Deus e o Espírito de Deus habitava neles (1Co 3:16-5:1-13). Tratou da questão prática sobre se deveriam ou não comer carne previamente oferecida a divindades pagãs e também discutiu sobre a maneira como os dons espirituais deviam ser usados na 1greja, ou seja, para a edificação e a manifestação do verdadeiro amor cristão no meio da comunidade (1Co 12:14). A ressurreição física de Cristo também é amplamente discutida em I Coríntios 15.

    Na época em que Paulo escreveu a segunda carta aos Coríntios, as supostas divisões na igreja estavam cada vez mais patentes. Ele, porém, preocupou-se com o seu próprio relacionamento com a igreja e discutiu sobre isso. É claro que alguns irmãos da comunidade o desrespeitavam, talvez mediante o argumento de que não era mais espiritual do que os líderes locais, os quais Paulo chama de “excelentes apóstolos” (2Co 11:5).

    Nesta carta, Paulo demonstrou como deveria ser a vida do verdadeiro cristão. Ao tomar sua própria vida como exemplo, mostrou que sofreu terríveis perseguições e dificuldades por causa de Cristo (2Co 10:12). Talvez não fosse o mais eloqüente dos oradores, mas fora chamado para o ministério do Evangelho e Deus tinha honrado seu trabalho. Muitas vezes sentiu-se enfraquecido e derrotado, mas a fé no Senhor Jesus Cristo e o desejo de completar seu chamado fizeram-no seguir adiante (veja especialmente 2 Co 4 e 5; 7). Lembrou os leitores sobre a glória do Evangelho (2Co
    3) e os encorajou a serem generosos na oferta para os pobres de Jerusalém (2Co 8).

    A carta aos Romanos provavelmente foi redigida na década de 50 d.C. É uma epístola escrita a uma igreja que o apóstolo nunca visitara. É cheia de louvores pela fé e pelo compromisso deles com Cristo. Seu tema principal enfatiza que a justificação se opera pela fé em Jesus, tanto para os judeus como para os gentios. Existe alguma discussão sobre o motivo que levou Paulo a escrever esta carta. Alguns dizem que estava consciente das divergências entre os convertidos judeus e gentios na igreja e a necessidade que tinham de uma ajuda pastoral. Outros alegam que a carta formou a base teológica para sua estratégia missionária de levar o Evangelho aos gentios e que o apóstolo esperava o apoio dos cristãos de Roma no seu projeto de viajar à Espanha. Existem outros motivos alegados. A própria carta enfatiza que todas as pessoas, tanto judeus como gentios, têm pecado (Rm 1:18-3.10,11; etc.). A salvação, entretanto, veio para todo o que tem fé em Jesus Cristo, “sem distinção”. Embora todos tenham pecado, os que crêem “são justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:23-24). A razão para esta possibilidade de salvação para todos é vista na natureza vicária da morte de Cristo (Rm 3:24-26; veja Jesus). Judeus e gentios igualmente são herdeiros das ricas bênçãos da aliança de Deus, porque o Senhor é fiel em cumprir suas promessas. A justiça de Deus é vista na absolvição dos que são salvos pela graça, mas também na maneira como cumpriu as promessas feitas a Abraão, o grande exemplo de justificação pela fé (Rm 4). Nesta epístola, Paulo discutiu também sobre a vida cristã debaixo da direção do Espírito Santo, ou sobre o privilégio da adoção de filhos de Deus e a segurança eterna que ela proporciona (Rm 8). Paulo mencionou também como a nação de Israel encaixa-se no grande plano de salvação de Deus (Rm 9:11) e enviou instruções sobre como os cristãos devem viver para Cristo, como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12:1-2).

    As epístolas da prisão. Essas cartas foram redigidas na prisão. Há alguma discussão sobre se todas foram escritas durante o tempo em que Paulo esteve preso em Roma ou durante um período em que ficou detido em Cesaréia. Se todas são do tempo da prisão na capital do império, elas foram elaboradas entre 62 e 63 d.C. Aqui estão incluídas as cartas aos Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom (para mais detalhes sobre Filemom, veja Filemom e Onésimo).

    A carta aos Efésios se inicia com uma das mais gloriosas passagens das Escrituras, pois descreve as grandes bênçãos que os cristãos experimentam por estarem “em Cristo”. Tais promessas foram planejadas por Deus desde antes da criação do mundo. Incluem o perdão dos pecados, a adoção para os que se tornam filhos de Deus, a alegria da glória de Deus e a posse do Espírito Santo como garantia da redenção e da plena herança da vida eterna (Ef 1). A epístola medita sobre essas bênçãos e o maravilhoso amor de Deus por seu povo, amor este que leva à grande demonstração da graça na salvação dos que têm fé em Jesus (Ef 2). A Igreja é o Corpo de Cristo, unida no chamado e no propósito (Ef 2:11-12). Portanto, o povo de Deus deve viver como filhos da luz, andar cheios do Espírito Santo, ser imitadores de Deus e testemunhas dele no meio das trevas do mundo ao redor (Ef 4:1-5.21). Paulo prossegue e expõe como certos relacionamentos específicos refletiriam o amor de Deus por seu povo (Ef 21. a 6.10). Depois insistiu em que os cristãos permanecessem firmes na fé e colocassem toda a armadura de Deus, liderados pelo Espírito e obedientes à Palavra do Senhor (Ef 6:1-18).

    Filipenses é uma carta de agradecimento. O apóstolo escreveu para agradecer aos cristãos de Filipos pela recente ajuda financeira que lhe enviaram (especialmente Fl 1 e 4:10-20). Os crentes daquela cidade aparentemente eram mantenedores fiéis do ministério de Paulo, e sua gratidão a Deus pela vida deles brilha por toda a carta. Os comentários pessoais sobre Epafrodito e sua enfermidade refletem o relacionamento pessoal que o apóstolo mantinha com esses irmãos. Paulo advertiu-os com relação aos judaizantes (Fl 3:1-11) e os desafiou a permanecer firmes e continuar a viver vidas “dignas de Cristo”, qualquer que fosse a situação que tivessem de enfrentar (Fl 1:27-30; 2:12-18; 3.12 a 4.1). A passagem teológica mais notável pode ser encontrada em Filipenses 2:1-11. O texto fala sobre a humildade de Cristo, uma característica que ninguém no mundo antigo e muito menos no moderno realmente aspira! Esta humildade demonstrada por Jesus, que acompanhou seu chamado até a cruz, proporciona a base e o exemplo ao apelo de Paulo para que os filipenses continuassem unidos em humildade, sem murmurações, enquanto cumpriam o próprio chamado. Esta vocação é resumida por Paulo em Filipenses 2:14-17. Deveriam resplandecer “como astros no mundo, retendo a palavra da vida”.

    Os cristãos de Colossos provavelmente eram, na maioria, gentios; portanto, foram os primeiros a se converter ao Evangelho por intermédio do ministério de Epafras (Cl 1:7-2.13). Pelo que Paulo diz, os eruditos inferem que, ao escrever esta carta, ele estava preocupado com algumas doutrinas falsas que haviam entrado na igreja. Talvez o ensino herético tenha diminuído a importância de Cristo, pois enfatizava demais a sabedoria humana. Talvez insistissem na adoção de certas práticas judaicas como a circuncisão e a guarda do sábado. A adoração de anjos provavelmente fazia parte das ideias, e possivelmente havia também uma ênfase no misticismo e nas revelações secretas. Em resposta a tudo isso, Paulo falou sobre a preeminência de Jesus sobre todas as coisas. Somente Ele é o cabeça da Igreja. É o Criador preexistente e o primeiro a ressuscitar dentre os mortos (Cl 1:15-23). Foi em Cristo que aquelas pessoas haviam morrido para o pecado e ressuscitado por Deus para uma nova vida. Foi “nele” que foram perdoadas. “Em Cristo” as leis do sábado e sobre comidas e bebidas foram consideradas redundantes, pois eram apenas “sombras” que esperavam a manifestação do Filho de Deus (Cl 2:16-19). O desafio para esses cristãos era que não se afastassem de Jesus, em busca de experiências espirituais por meio de anjos ou da obediência a preceitos legais; pelo contrário, conforme Paulo diz, “pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra. Pois morrestes, e a vossa vida está oculta com Cristo em Deus” (Cl 3:2-3). Deveriam viver como escolhidos de Deus e filhos consagrados, a fim de que a palavra de Cristo habitasse neles abundantemente (Cl 3:15-17).

    As epístolas pastorais. Essas cartas são 1 e II Timóteo e Tito. São tradicionalmente chamadas de “pastorais” porque incluem instruções para os jovens pastores Timóteo e Tito, na liderança da igreja primitiva. Paulo desafiou esses líderes a estar vigilantes contra o falso ensino que rapidamente surgiria nas igrejas (1Tm 1:3-20; 2 Tm 3; Tt 1:1016; etc.). O apóstolo os exortou quanto à oração pública e deu instruções sobre o tipo de pessoa adequada para ocupar cargos de liderança nas igrejas (1Tm 3:1-13; Tt 1:6-9). Paulo também desejava que eles soubessem o que ensinar e como lidar com diferentes grupos de pessoas. O ensino deveria ser de acordo com as Escrituras e não comprometido por causa de pessoas que nem sempre gostavam do que ouviam (2Tm 3.14 a 4.5; Tt 2; etc.) A mensagem também precisava exortar contra as dissensões e a apostasia que seriam os sintomas dos “últimos dias” (1Tm 4:1-16; 6:3-10; 2 Tm 2.14 a 3.9; etc.).

    O ensino de Paulo

    Apenas alguns dos ensinamentos de Paulo foram mencionados aqui. O que motivou o apóstolo em seu ensino foi sua experiência pessoal na estrada de Damasco. Enquanto refletia sobre o que acontecera ali, chegara à conclusão de que aquela luminosidade o deixara cego a fim de que pudesse contemplar o poder de Deus. Jesus tinha essa glória; portanto, era Senhor, um ponto que enfatiza várias vezes, inclusive ao aplicar a Cristo declarações e ideias atribuídas a Yahweh no Antigo Testamento. O apóstolo reconheceu que, embora fosse judeu, precisava de salvação e perdão do pecado, e tais dádivas só podiam ser encontradas no sacrifício de Cristo, que morrera em seu lugar na cruz. Esta grande mensagem era para todas as pessoas, independentemente de raça ou antecedentes.

    Todos pecaram. Esse assentimento da situação difícil do homem serve como base da grande convicção que Paulo tinha de que todas as pessoas precisavam ouvir o Evangelho. Em Romanos 1:3 ele demonstra que os gentios (os pagãos) serão considerados culpados de rejeição para com Deus com base em sua revelação por meio da criação. O apóstolo argumenta assim: “Visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis” (Rm 1:19-20). O pecado tem levado a mais transgressões, pois as pessoas se afastam de Deus em rebelião, de maneira que o Senhor as entrega a práticas infames que desejam realizar. O fim delas está claramente determinado: “Mas, segundo a tua dureza de coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus” (Rm 2:5). Para o apóstolo, entretanto, falar de tal profundidade do pecado entre os gentios era uma coisa; mas ele prossegue e argumenta que os judeus estão na mesma situação, pois “para com Deus não há acepção de pessoas” (Rm 2:11). A Lei de Moisés não pode salvar e Paulo argumenta que o verdadeiro judeu é o que o é interiormente: “Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra, e cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus” (v. 29). A vantagem do judeu reside no fato de que tem a Palavra de Deus, a Lei e as Escrituras do Antigo Testamento (Rm 3:2), ainda que essa mesma Lei aponte para a justiça de Deus e o juízo sobre o pecado. A Lei revela como os homens e as mulheres realmente são pecadores (Rm 3:20). As conclusões de Paulo, baseadas no que é ensinado nesses capítulos, são resumidas numa citação de vários livros da própria Lei na qual os judeus achavam que podiam confiar: “Não há um justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Rm 3:10-12; veja Sl 14:1-3; 53:1-3). Portanto, o resultado desse pecado universal é claro, pois ninguém escapará da ira (do justo julgamento) de Deus. Por isso, o problema enfrentado por toda a humanidade é temível. Seja judeu ou gentio, o Senhor não fará distinção entre os pecadores.

    Cristo crucificado. Para o apóstolo, havia apenas uma resposta para essa questão, e ele a encontrara na pessoa de Jesus. Aonde quer que fosse, Paulo proclamava a Cristo. O Filho de Deus era a resposta para a situação de todas as pessoas, não somente para os judeus, mas também os gentios. Todos estão debaixo do julgamento de Deus e precisam de salvação, redenção e perdão. O Senhor, entretanto, jamais ignoraria sua justiça, ou seja, não expressaria amor por meio da supressão da justiça (veja Deus, Jesus). Deus é amor, mas é também justiça. Paulo aprendera que, em Cristo, a justiça perfeita de Deus foi revelada, mas a grande bondade, o amor, a misericórdia e a graça do Senhor também se manifestam em Jesus.

    Em Romanos 3:21-26 Paulo expôs que essa justiça de Deus é “pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem” (v. 22). Precisamente porque o Senhor não tem favoritismo, “pois todos pecaram”, homens e mulheres de todas as raças são “justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (v. 24). Jesus foi apresentado por Deus como sacrifício. A fé em Cristo significa entender que sua vida foi dada como um sacrifício de expiação pelos pecados e que, desta maneira, Deus permanece justo — o castigo pelo pecado foi pago na cruz. Paulo refere-se a esse sacrifício de maneiras diferentes em outros textos. Por exemplo, viu o sacrifício como “aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21). Também contemplou Jesus da seguinte maneira: “Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co 5:7).

    O argumento de Paulo de que judeus e gentios encontravam a salvação da mesma maneira está baseado no fato de que “há somente um Deus” para todos. Portanto, desde que Ele é justo e não faz distinção, a salvação será pela fé em Jesus Cristo para todo o que crer (Rm 3:29-30).

    Para o apóstolo, o advento de Cristo cumpriu o propósito de Deus para a salvação: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4:4-5). Sob a Lei, Cristo recebeu a punição sobre si e resgatou as pessoas da “maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3:13). O sacrifício de Jesus na cruz e a redenção que pagou para nós com seu próprio sangue tornaram-se o ponto principal da pregação de Paulo. Essas eram as boas novas: Jesus trouxe o perdão e recebeu a punição pelo pecado. O apóstolo assim resume sua pregação: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado” (1Co 1:23). Sua mensagem era “a palavra da cruz” (1Co 1:18).

    Justificação pela graça por meio da fé. O aceso a essa obra salvadora de Cristo na cruz era, para o apóstolo, inteiramente pela graça de Deus. Se a redenção fosse alcançada por meio da obediência à Lei, seria possível que as pessoas se orgulhassem de ter alcançado a própria salvação; Paulo, porém, tinha plena convicção de que era obra de Deus por seu povo e uma demonstração da sua graça (seu amor e misericórdia imerecidos) em favor do seu povo (Ef 2:9). Várias vezes o apóstolo insiste em que todos terão de comparecer diante do trono de Deus, e a única esperança do veredicto de “não culpado” (de justificado), quando enfrentassem o julgamento justo de Deus, estava na sua graça. Assim, a redenção vem pela graça e o indivíduo pode apropriar-se dela pela fé, que envolve um compromisso com a justiça de Deus e com seus caminhos justos em Cristo. A fé olha somente para Deus em busca da salvação e, desta maneira, o homem admite a própria incapacidade diante do Senhor, reconhece o pecado e a necessidade de perdão, e olha para Deus como o único que o pode perdoar.

    Essa justificação é conquistada à custa da morte de Cristo, e o pagamento da dívida foi confirmado por Deus na ressurreição de seu Filho (Rm 4:25-5.16,18; etc.). Nenhum outro custo é exigido. Os pecadores são justificados “gratuitamente pela graça”; “Pois é pela graça que sois salvos, por meio da fé — e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Rm 3:24; Ef 2:5-8; etc.). Desde que a obediência à Lei não proporcionou a salvação, novamente Paulo mostra que os gentios também estão incluídos. Eles podem ter fé: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro a evangelho a Abraão, dizendo: Em ti serão benditas todas as nações” (Gl 3:8). Paulo não ensina somente sobre a justificação pela fé em Cristo como meio para alguém se tornar cristão. Deus salva a todos pela graça com um propósito: “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos” (2Tm 1.9). Essa justificação pela graça significa que os que crêem têm acesso a todas as bênçãos que o Senhor prometeu ao seu povo, resumidas nas palavras “vida eterna”: “A fim de que, justificados por sua graça, sejamos feitos seus herdeiros segundo a esperança da vida eterna” (Ti 3.7).

    A vida no Espírito. De acordo com os escritos de Paulo, a operação do Espírito Santo permeia cada área da vida cristã e da Igreja. Ele primeiramente se manifesta na proclamação do Evangelho do Cristo crucificado. A pregação do apóstolo levava as pessoas à conversão porque, segundo ele, “a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1Co 2:4). Esta obra do Espírito, segundo Paulo, era para que a fé se apoiasse inteiramente no poder de Deus (v. 5), “de sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10:17-1 Ts 1.5). O Espírito, entretanto, está ativo também na vida da pessoa que ouve a mensagem, pois “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, pois lhe parecem loucura, e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2:14). Assim, o Espírito de Deus está ativamente presente na pregação do Evangelho e na vida do que ouve e se volta para Cristo.

    Os que exercem a fé são redimidos e justificados e sabem que não são mais condenados por Deus. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1). A evidência que eles têm da obra de Deus em suas vidas, segundo Paulo, está na posse do Espírito Santo. A vida no Espírito desta maneira traz ao crente muitas bênçãos e muitos desafios. Todos os que pertencem a Jesus possuem o Espírito de Cristo, e isso significa que são controlados pelo Espírito (Rm 8:9). É Ele quem garante a uma pessoa que ela pertence a Deus. De fato, este é o “selo de posse” de Deus, “o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações” (2Co 1:22). Esse aspecto da função do Espírito como “um selo de garantia” é mencionado em numerosas ocasiões, especialmente quando Paulo pensa sobre o futuro, quando teria de enfrentar a morte, ou sobre a herança que um dia os cristãos receberão do Senhor (2Co 5:4-5; Ef 1:14; etc.).

    O Espírito Santo auxilia as pessoas na oração e leva as súplicas dos crentes fracos e falíveis diante do Pai (Rm 8:26-27). Desde que a vida cristã é vivida em comunidade, o Espírito também ajuda na vida corporativa da Igreja. Segundo Paulo, cada cristão recebe algum “dom do Espírito” com o qual ajuda outros crentes em seu progresso espiritual. Esses dons serão úteis na edificação de outras pessoas na fé, de maneiras variadas. O apóstolo não dá uma lista exaustiva de tais dons, mas menciona diversos, como demonstrar hospitalidade, falar em línguas, ensinar, repartir com liberalidade, profetizar e administrar (1Co 12:4-11; Rm 12:6-8). Intimamente ligado a esse trabalho que capacita todos os crentes a ter uma plena participação na vida da Igreja está o trabalho de promover a unidade cristã. Freqüentemente Paulo enfatiza essa tarefa do Espírito Santo. A unidade entre os crentes não é um acessório opcional, mas a essência da fé cristã, pois ela é proveniente da própria natureza de Deus: “Pois todos nós fomos batizados em um só Espírito, formando um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1Co 12:13). Desta maneira, é tarefa de cada cristão procurar “guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz”, porque “há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos” (Ef 4:3-6).

    Um importante aspecto da operação do Espírito Santo na vida do crente é o de produzir a consciência do pecado, a necessidade do perdão e ajudar o indivíduo a viver em santidade e integridade para a glória de Deus. Esse processo efetuado pelo Espírito leva ao crescimento e é chamado de “santificação”. É papel do Espírito separar o crente da pecaminosidade e operar nele, para que ele produza uma existência cada vez mais semelhante à de Cristo. Em II Tessalonicenses 2:13 Paulo diz: “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (veja também 1 Co 6.11). É esse trabalho do Espírito que os cristãos ignoram, para a própria perdição. O apóstolo insiste em que todos devem “viver no Espírito” e dessa maneira serão protegidos do mal que os cerca e do pecado: “Digo, porém: Andai no Espírito, e não satisfareis à concupiscência da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à carne. Estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gl 5:16-17; Rm 8:13-15).

    Quando lemos os escritos de Paulo, observamos que é difícil encontrar uma obra do Espírito que nos deixe tão empolgados do que a que concede ao crente o direito de ser “filho de Deus”. Isso claramente tem que ver com o fato de sermos herdeiros de todas as bênçãos do Senhor, mas também com o relacionamento novo e pessoal com o Pai: “Porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” (Gl 4:6; veja Aba). Essa convivência é maravilhosamente libertadora: “Pois não recebestes o espírito de escravidão para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8:15). De acordo com Paulo, o Espírito Santo é essencial para a própria existência do cristão. Ele inicia, confirma e desenvolve a fé, estabelece a unidade, vive no interior do crente, promove a santificação, garante o futuro, possibilita a vida em comunidade e cumpre muitas outras tarefas além dessas. Seu objetivo é cumprir a plena vontade de Deus na vida do cristão individualmente e na vida da Igreja de Deus.

    A vida depois da morte. Paulo tinha plena convicção da vida após a morte. Pressupunha que um dia todas as pessoas testemunhariam a volta do Senhor e enfrentariam seu julgamento (Rm 2:5-14.10; Fp 2:10). Naquele dia haverá uma separação entre as pessoas, que não dependerá de suas boas obras ou más ações, mas da experiência da graça de Deus que tiveram em suas vidas, pela fé (Rm 5:1-8.1). Uma das maiores alegrias que Paulo demonstrava como cristão era o fato de não temer a morte, pois cria que Jesus conduziu seus pecados sobre si na cruz, onde pagou por eles (Rm 8:1517). De fato, o apóstolo tinha plena confiança no futuro. Se morresse ou permanecesse vivo, estaria com o Senhor e continuaria a glorificá-lo (2Co 5:6-9). De todas as pessoas, Paulo estava consciente da fragilidade da vida humana. Em muitas ocasiões esteve próximo da morte e muitas vezes foi espancado e apedrejado (2Co 11:23-29). Falou em “gemer” e carregar um fardo nesse corpo, mas mesmo assim perseverava, ciente de que um dia o que é mortal será absorvido pela vida (2Co 5:4). Novamente o apóstolo voltou-se para o Espírito Santo dentro dele para a confirmação e a garantia dessas promessas futuras (v. 5).

    Embora Paulo deixasse claro que preferia estar com o Senhor do que sofrer perseguições por causa da fé, nunca se preocupou com o que viria depois da morte. Pelo contrário, sua absoluta convicção de que um dia, como Cristo, ele ressuscitaria dentre os mortos e herdaria a vida eterna deu-lhe um propósito para a existência. Deus o chamara para proclamar as boas novas de que Jesus morrera no lugar de todo o que cresse nele e ressuscitara dentre os mortos, sendo “as primícias” dos que dormem. A volta de Cristo e a ressurreição dos mortos levarão a uma mudança radical do corpo (1Co 15:20-35-44). Isso levou o apóstolo a declarar: “Mas a nossa pátria está nos céus, de onde esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo de humilhação, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3:20-21).

    Existe muita discussão sobre o que Paulo imaginava a respeito do tempo da morte e o da ressurreição geral, na vinda de Cristo. Será que o apóstolo acreditava em alguma forma de “sono da alma”, no qual as pessoas entrariam em um tipo de inconsciência, no aguardo da vinda de Cristo? Ou será que acreditava na possibilidade de o espírito humano ir imediatamente à presença do Senhor? Não temos espaço aqui para examinar o ensino de Paulo detalhadamente, mas existem passagens que deixam claro o seu ponto de vista: após a morte, o homem interior (alma e espírito) é imediatamente conduzido à presença do Senhor. Ao falar novamente sobre seu desejo de servir a Deus, ao mesmo tempo em que desejava estar com Ele na eternidade, Paulo disse: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1:23; veja também 2 Co 5.3).

    Apesar de todas as suas implicações, para o apóstolo a morte significava “glória eterna”; “estar com o Senhor”; “vida”; “da parte de Deus um edifício, uma casa... eterna, nos céus” (2Co 4:17-5.1,4,8). Não é de estranhar, portanto, que pudesse declarar: “Portanto, nós não atentamos nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem. Pois as que se vêem são temporais, e as que não se vêem são eternas” (2Co 4:18).

    Conclusões

    Certamente Paulo foi o maior mestre da fé cristã depois do próprio Senhor Jesus Cristo. Chamado e dirigido pelo Espírito Santo para proclamar o Evangelho aos gentios, esse grande teólogo expôs as profundidades da fé cristã de uma maneira que se mostra fundamental para a Igreja de Jesus através dos séculos. Seu total compromisso com o Evangelho do Cristo crucificado permanece como um exemplo para todos os crentes de todas as épocas. Seu desejo de preservar a verdade contra todas as heresias ou qualquer coisa que tentasse desfazer o direito à salvação somente pela graça brilha através de todos os seus escritos. Seu profundo zelo pela aplicação da verdade do Evangelho na vida do crente levou-o a escrever páginas sobre como se deve viver o autêntico cristianismo no meio de uma sociedade pagã. Tudo isso só seria alcançado por meio do Espírito Santo, que vive no interior do crente para realizar os propósitos do Pai. Seu profundo amor pelos irmãos na fé e a maneira como sofria e entristecia-se com os pecados e sofrimentos deles são vistos não somente no modo como escreveu sobre os crentes, ou seja, com grande carinho e encorajamento, mas também em suas repetidas referências às orações que fazia por eles.

    Sua profunda convicção de que todos pecaram e estão debaixo do julgamento de Deus e sua preocupação para que homens e mulheres ao redor do mundo encontrassem a salvação de que precisavam tão desesperadamente levaram Paulo a responder ao chamado para pregar o Evangelho aos gentios. Para o apóstolo, Cristo era a única resposta.

    Ele era o foco e o poder da vida de Paulo e, acima de tudo, aquele que morreu para que ele recebesse o perdão e encontrasse a justificação e a vida eterna no último dia. P.D.G.


    Paulo [Pequeno] - Nome romano de SAULO, APÓSTOLO dos GENTIOS, o maior vulto da Igreja primitiva (At 13:9). Israelita da tribo de Benjamim (Fp 3:5) e FARISEU (At 23:6), era cidadão romano por ter nascido em TARSO. Foi educado em Jerusalém aos pés de GAMALIEL (At 22:3); 26:4-5). De perseguidor dos cristãos (At 8:3), passou a ser pregador do evangelho, a partir de sua conversão (At 9). De Damasco foi à Arábia (Gl 1:17). Voltando para Damasco, teve de fugir (At 9:23-25). Em Jerusalém os cristãos tinham receio dele (At 9:26-28), mas Barnabé o levou aos apóstolos. Foi enviado a Tarso (At 9:30), e dali Barnabé o levou a Antioquia da Síria (At 11:19-30). Com vários companheiros Paulo realizou três viagens missionárias (Act 13—20). Em Jerusalém enfrentou a fúria dos opositores, indo parar em Cesaréia (At 21:17—23:) 35), onde compareceu perante Félix, Festo e Herodes Agripa II (Act 24—26). Tendo apelado para o Imperador, viajou para Roma, onde permaneceu preso durante 2 anos (At 27—28;
    v. os mapas das viagens missioná rias de Paulo: PRIMEIRA VIAGEM DE PAULO, SEGUNDA VIAGEM DE PAULO, TERCEIRA VIAGEM DE PAULO, VIAGEM

    Pequeno. Paulo é o nome romano de Saulo de Tarso, que pela primeira vez se lê em At (13.9), quando ele resistiu a Elimas, o feiticeiro, principiando nessa ocasião o seu trabalho gentílico na corte de Sérgio Paulo. Pode presumir-se que ele já era assim chamado nas suas relações com os gentios – mas depois deste incidente é sempre esse nome que o Apóstolo tem nos Atos e nas suas epístolas. o nascimento e família do futuro apóstolo habilitaram-no a chamar-se a si próprio ‘hebreu de hebreus’. Era de puro sangue judaico, da tribo de Benjamim (Rm 11:1Fp 3:5) – e nasceu em Tarso, na Cilícia (At 9:11 – 21.39 – 22.3), pelo ano 2 antes de Cristo, quando estava no seu auge o poder do imperador romano César Augusto. A sua educação foi caracteristicamente judaica. Quando rapaz, foi mandado para Jerusalém a fim de ser instruído por Gamaliel ‘segundo a exatidão da lei de nossos antepassados’, dizia ele (At 22:3). Tanto Gamaliel, como a própria família de Paulo, pertenciam à seita dos fariseus. Do seu mestre, pois, era natural que Paulo obtivesse um firme conhecimento da doutrina da ressurreição (At 23:6 – 26.5 – Fp 3:5). Com Gamaliel aprendeu ele, também, aquelas estreitas doutrinas do farisaísmo, ‘sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais’ (Gl 1:14). Além disto, sabia Paulo a arte de fazer tendas (At 20:34 – 1 Ts 2.9). Como Tarso era, naquele tempo, notável centro de instrução, quase tão célebre como Atenas ou Alexandria, foi ali, sem dúvida, que Paulo estudou os antigos poemas e a filosofia do tempo – e isso se deduz de algumas citações que ele faz (At 17:28 – 1 Co 15.35 – Tt 1:12). A erudição de Paulo era, desta forma, notável. Pela sua cultura estava ele em contato com o mundo grego – pelos seus privilégios de cidadão estava ele em contato político com o mundo romano – e pelo fato de que essa prerrogativa de cidadão romano era hereditária, tinha por conseqüência a sua família vantagens sociais. os seus parentes estavam muito espalhados, porque alguns deles viviam em Jerusalém (At 23:16), e outros, segundo uma certa interpretação, em Roma (Rm 16:11), os quais tinham aceitado o Cristianismo antes dele (Rm 16:7). Paulo é mencionado pela primeira vez nos At, na descrição que ali se faz do apedrejamento de Estêvão. Embora ele não apedrejasse, é certo que esteve guardando as vestes dos que estavam praticando o ato (At 7. 58 a 60 – 8.1). Foi um incidente que manifestamente deixou profunda impressão no seu espírito (At 22:20). Paulo entrou abertamente na obra da perseguição. E neste seu procedimento julgava ele que estava trabalhando para Deus, segundo as tradições de seus pais (At 22:3 – 26.9 – Gl 1:14). Pouco tempo depois Jerusalém já não era campo suficiente para o seu zelo, pois que os cristãos que ali viviam estavam, ou na prisão, ou escondidos, ou em fuga (At 9:1-2). Com probabilidade se pode dizer que Paulo foi eleito membro do Sinédrio, depois da morte de Estêvão, se ele já não o era. Como ele mesmo disse, não só exercia o poder de lançar na prisão, por missão daquele tribunal, mas também dava o seu voto quando matavam os cristãos (At 26:10). A morte de Estêvão trouxe em conseqüência a conversão de Paulo. Naquela sua missão de servir a Deus, como ele supunha, tomou o caminho de Damasco. Foi então, quando se dirigia para aquela cidade, que o perseguidor se transformou em discípulo de Jesus Cristo. o zelo que tinha mostrado contra o Cristianismo se mudou em apoio e auxílio aos perseguidos. o miraculoso acontecimento acha-se narrado por Lucas (At 9:1-19), e por Paulo nos seus discursos feitos ao povo de Jerusalém, depois da sua prisão (At 2L4 a
    16) – e mais tarde na presença de Agripa e de Festo em Cesaréia (At 26:10-18). o primeiro efeito do milagre foi o alívio que tiveram os cristãos de Damasco. Era bem conhecido o fim da sua ida àquela cidade – e o terror, que inspirava aquele fariseu, pode deduzir-se da relutância de Ananias em aproximar-se dele (At 9:13-14), e da incredulidade dos discípulos, quando Saulo lhes apareceu como correligionário nas sinagogas (At 9:21). A cegueira de Paulo e a sua inquietação, que Lucas nota nos Atos (9.18,19), foram uma preparação para a visita de Ananias e para nova revelação da vontade de Deus. Dignas de nota, também, são as palavras dirigidas a Ananias ‘pois ele está orando’ (At 9:11).Elas nos mostram o homem que tinha por hábito levantar o pensamento a Deus, nos atos da sua vida (At 16:25 – 20.36 – 21.5). As próprias palavras de Paulo nos fazem ver isso mesmo (Gl 1:16-17). A natureza da revelação do Senhor a Paulo é por ele explicada. É evidente que não se trata de uma mera impressão na sua alma durante qualquer arrebatamento. Ele sentiu a visível presença de Jesus Cristo. isto é sustentado em várias passagens, quer de uma forma positiva, quer incidentalmente. Na sua primeira epístola aos Coríntios, quando ele sustenta a validade do seu próprio apostolado, ele argumenta assim: ‘Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, nosso Senhor?’ 1Co 9:1). E quando ele aduz, para prova, a verdade da ressurreição, o seu argumento é: ‘E apareceu a Cefas… depois foi visto por Tiago … e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo’ 1Co 15:5-8). Significativas são também, as palavras de Ananias: ‘Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas’ (At 9:17 – cp.com At 22:14). o direto e imediato caráter da sua chamada, sem a intervenção de qualquer agência humana, é outro ponto sobre o qual o próprio Paulo insistia muito, no decurso da sua vida apostólica. ‘Chamado para ser apóstolo’, ‘apostolo pela vontade de Deus’ (Rm 1:11Co 1:12Co 1:1Ef 1:1 – Cl l.1), são expressões que não usam os outros apóstolos, e com as quais Paulo se descreve a si próprio, quando a sua autoridade estava em perigo de ser contestada. Paulo foi aliviado da cegueira, de que tinha sido ferido por motivo da visão, pela oração de Ananias (At 9:18) – e, com a abertura dos seus olhos, nasceu na sua alma uma completa submissão à vontade de Deus, e o desejo de ser ‘Sua testemunha diante de todos os homens’ (At 22:14-15). Foi batizado, e

    Paúlo

    substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.
    Cerrado para o gado.

    substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.
    Cerrado para o gado.

    Quando

    advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
    Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
    Em qual época: quando partiram?
    advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
    conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
    conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
    conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
    conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
    conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
    locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
    locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
    Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

    quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

    Tribuno

    substantivo masculino Orador.
    [Antiguidade] rom. Funcionário público da Roma antiga.
    Havia dois tipos de tribunos: os tribunos militares e os tribunos do povo. Os primeiros tribunos militares eram chefes dos soldados que as várias tribos romanas forneciam ao exército da república. Havia seis tribunos para cada legião, os quais ocupavam postos logo abaixo do comandante supremo. Os primeiros tribunos eram indicados pelos cônsules. Mais tarde, o povo passou a elegê-los. Os tribunos do povo eram funcionários eleitos para proteger os direitos dos plebeus. Segundo um relato, os plebeus deixaram Roma em 494 a.C. e recusaram-se a voltar enquanto não tivessem permissão para eleger seus próprios defensores. Os historiadores acreditam que inicialmente havia apenas dois tribunos. Mais tarde, o seu número chegou a quatro ou cinco e depois a dez. Ocupavam o cargo durante um mandato de um ano, mas podiam ser reeleitos. Os tribunos podiam defender os cidadãos contra as injustiças cometidas pelos funcionários públicos. No senado, podiam vetar projetos de leis e, na sua própria assembléia, introduzir plebiscitos. Não podiam ser presos.
    Tribunos militares, magistrados romanos que assumiram durante algum tempo a autoridade dos cônsules.

    Tribuno DIGNITÁRIO (Mc 6:21), RC).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    τέ Παῦλος μέλλω εἰσάγω εἰς παρεμβολή λέγω χιλίαρχος εἰ ἔξεστι ἔπω πρός σέ τίς φημί ὁ γινώσκω Ἑλληνιστί
    Atos 21: 37 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E, quando iam conduzindo Paulo para a fortaleza, ele disse ao tribuno: Eu posso falar contigo? E ele disse: Tu consegues falar grego?
    Atos 21: 37 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    59 d.C.
    G1097
    ginṓskō
    γινώσκω
    gastando adv de negação
    (not)
    Substantivo
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1487
    ei
    εἰ
    se
    (If)
    Conjunção
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1521
    eiságō
    εἰσάγω
    um dos quatro rios do Jardim do Éden
    ([is] Gihon)
    Substantivo
    G1676
    Hellēnistí
    Ἑλληνιστί
    ()
    G1832
    éxesti
    ἔξεστι
    ()
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3195
    méllō
    μέλλω
    um filho de Ismael cujos descendentes guerrearam contra Israel a leste do Jordão
    (Jetur)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3925
    parembolḗ
    παρεμβολή
    aprender, ensinar, exercitar-se em
    (teach)
    Verbo
    G3972
    Paûlos
    Παῦλος
    Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas
    (Paulus)
    Substantivo - masculino dativo singular
    G4314
    prós
    πρός
    pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
    (of Mezahab)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5037
    τέ
    um homem do Carmelo que rejeitou os mensageiros de Davi, e morreu de choque quando
    (Nabal)
    Substantivo
    G5100
    tìs
    τὶς
    alguém, uma certa pessoa
    (something)
    Pronome interrogatório / indefinido - neutro acusativo singular
    G5346
    phēmí
    φημί
    tornar conhecido os pensamentos de alguém, declarar
    (Said)
    Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo Ativo - 3ª pessoa do singular
    G5506
    chilíarchos
    χιλίαρχος
    chiliarca, comandante de mil soldados
    (chief captians)
    Substantivo - Dativo Masculine Plural


    γινώσκω


    (G1097)
    ginṓskō (ghin-oce'-ko)

    1097 γινωσκω ginosko

    forma prolongada de um verbo primário; TDNT - 1:689,119; v

    1. chegar a saber, vir a conhecer, obter conhecimento de, perceber, sentir
      1. tornar-se conhecido
    2. conhecer, entender, perceber, ter conhecimento de
      1. entender
      2. saber
    3. expressão idiomática judaica para relação sexual entre homem e mulher
    4. tornar-se conhecido de, conhecer

    Sinônimos ver verbete 5825


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰ


    (G1487)
    ei (i)

    1487 ει ei

    partícula primária de condicionalidade; conj

    1. se

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    εἰσάγω


    (G1521)
    eiságō (ice-ag'-o)

    1521 εισαγω eisago

    de 1519 e 71; v

    1. conduzir, levar
    2. trazer a um lugar não é expressamente determinado

    Ἑλληνιστί


    (G1676)
    Hellēnistí (hel-lay-nis-tee')

    1676 ελληνιστι Hellenisti

    do mesmo que 1675; TDNT - 2:504,227; adv

    1. em grego, na língua grega

    ἔξεστι


    (G1832)
    éxesti (ex'-es-tee)

    1832 εξεστι exesti

    terceira pessoa do singular presente indicativo de um composto de 1537 e 1510; TDNT - 2:560,238; v

    1. é lícito, é permitido

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μέλλω


    (G3195)
    méllō (mel'-lo)

    3195 μελλω mello

    forma consolidada de 3199 (da idéia de expectação); v

    1. estar prestes a
      1. estar a ponto de fazer ou sofrer algo
      2. intentar, ter em mente, pensar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    παρεμβολή


    (G3925)
    parembolḗ (par-em-bol-ay')

    3925 παρεμβολη parembole

    de um composto de 3844 e 1685; n f

    1. acampamento
      1. o acampamento de Israel no deserto
        1. usado para a cidade de Jerusalém, na medida em que era para os israelitas o que outrora o acampamento tinha sido no deserto
        2. da congregação sagrada ou assembléia de Israel, como tinha sido outrora reunida nos acampamentos no deserto
      2. as barracas dos soldados romanos, que em Jerusalém estavam na fortaleza Antonia

        um exército em linha de batalha


    Παῦλος


    (G3972)
    Paûlos (pow'-los)

    3972 παυλος Paulos

    de origem latina; n pr m Paulo = “pequeno ou menor”

    Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas paulinas

    Paulo era representante ou procônsul de Chipre. É conhecido como homem prudente tanto na administração dos afazeres quanto como governador


    πρός


    (G4314)
    prós (pros)

    4314 προς pros

    forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

    em benefício de

    em, perto, por

    para, em direção a, com, com respeito a


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τέ


    (G5037)
    (teh)

    5037 τε te

    partícula primária (enclítica) de conecção ou adição; partícula

    não apenas ... mas também

    tanto ... como

    tal ... tal


    τὶς


    (G5100)
    tìs (tis)

    5101 τις tis

    τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Possui relação com τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    φημί


    (G5346)
    phēmí (fay-mee')

    5346 φημι phemi

    propriamente, o mesmo que a raiz de 5457 e 5316; v

    tornar conhecido os pensamentos de alguém, declarar

    dizer


    χιλίαρχος


    (G5506)
    chilíarchos (khil-ee'-ar-khos)

    5506 χιλιαρχος chiliarchos

    de 5507 e 757; n m

    chiliarca, comandante de mil soldados

    comandante de uma coorte romana (tribunal militar)

    comandante militar