Enciclopédia de Atos 3:21-21

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 3: 21

Versão Versículo
ARA ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade.
ARC O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio.
TB ao qual é necessário que o céu receba até os tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas de outrora.
BGB ὃν δεῖ οὐρανὸν μὲν δέξασθαι ἄχρι χρόνων ἀποκαταστάσεως πάντων ὧν ἐλάλησεν ὁ θεὸς διὰ ⸀στόματος τῶν ἁγίων ⸂ἀπ’ αἰῶνος αὐτοῦ προφητῶν⸃.
HD A quem é necessário o céu receber, até os tempos da restauração de todas {as coisas}, das quais falou Deus pela boca dos seus santos Profetas, desde a antiguidade .
BKJ ao qual é necessário que o céu receba até os tempos da restauração de todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio do mundo.
LTT A Quem é necessário o céu, em verdade, estar recebendo- com- agrado até aos tempos da restauração de todas as coisas, das quais (coisas) falou Deus através da boca de todos os Seus santos profetas, desde o princípio do mundo ①.
BJ2 a quem o céu deve acolher até os tempos da restauração de todas as coisas,[l] das quais Deus falou pela boca de seus santos profetas.[m]
VULG quem oportet quidem cælum suscipere usque in tempora restitutionis omnium quæ locutus est Deus per os sanctorum suorum a sæculo prophetarum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 3:21

Isaías 1:26 E te restituirei os teus juízes, como eram dantes, e os teus conselheiros, como antigamente; e, então, te chamarão cidade de justiça, cidade fiel.
Malaquias 3:3 E assentar-se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi e os afinará como ouro e como prata; então, ao Senhor trarão ofertas em justiça.
Malaquias 4:5 Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor;
Mateus 17:11 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas.
Marcos 9:11 E interrogaram-no, dizendo: Por que dizem os escribas que é necessário que Elias venha primeiro?
Lucas 1:70 como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo,
Atos 1:11 os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.
Atos 3:19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor.
Atos 10:43 A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele creem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome.
Romanos 8:21 na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.
II Pedro 1:21 porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.
II Pedro 3:2 para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos apóstolos,
Apocalipse 18:20 Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas, porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela.
Apocalipse 22:6 E disse-me: Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos santos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 3 : 21
antiguidade
Lit. “era, idade, século; tempo muito longo”.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

RV- Gomez.


Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)

Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.

Roboão: 17 anos

980

Abias (Abião): 3 anos

978

Asa: 41 anos

937

Jeosafá: 25 anos

913

Jeorão: 8 anos

c. 906

Acazias: 1 ano

c. 905

Rainha Atalia: 6 anos

898

Jeoás: 40 anos

858

Amazias: 29 anos

829

Uzias (Azarias): 52 anos

Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.

Jeroboão: 22 anos

c. 976

Nadabe: 2 anos

c. 975

Baasa: 24 anos

c. 952

Elá: 2 anos

Zinri: 7 dias (c. 951)

Onri e Tibni: 4 anos

c. 947

Onri (sozinho): 8 anos

c. 940

Acabe: 22 anos

c. 920

Acazias: 2 anos

c. 917

Jeorão: 12 anos

c. 905

Jeú: 28 anos

876

Jeoacaz: 14 anos

c. 862

Jeoacaz e Jeoás: 3 anos

c. 859

Jeoás (sozinho): 16 anos

c. 844

Jeroboão II: 41 anos

Lista de profetas

Joel

Elias

Eliseu

Jonas

Amós


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)

Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.

Jotão: 16 anos

762

Acaz: 16 anos

746

Ezequias: 29 anos

716

Manassés: 55 anos

661

Amom: 2 anos

659

Josias: 31 anos

628

Jeoacaz: 3 meses

Jeoiaquim: 11 anos

618

Joaquim: 3 meses e 10 dias

617

Zedequias: 11 anos

607

Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono

Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.

Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses

Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792

c. 791

Salum: 1 mês

Menaém: 10 anos

c. 780

Pecaías: 2 anos

c. 778

Peca: 20 anos

c. 758

Oseias: 9 anos a partir de c. 748

c. 748

Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III

740

A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim

Lista de profetas

Isaías

Miqueias

Sofonias

Jeremias

Naum

Habacuque

Daniel

Ezequiel

Obadias

Oseias


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

at 3:21
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 2
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 3:16-21


16. Deus teve, pois, tanta predileção pelo mundo, que deu seu Filho, o Unigênito, para que todo o que nele crê, ao invés de perder-se, tenha a vida imanente.


17. Pois Deus não enviou seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja preservado por meio dele.


18. Quem nele crê não é julgado; o que não crê, já está julgado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus.


19. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois eram más suas obras,


20. porque todo o que faz coisas inferiores aborrece a luz, e não vem para a luz, para que suas obras não sejam inculpadas;


21. mas aquele que faz a verdade, chega-se para a luz, para que sejam manifestadas suas obras, porque foram feitas em Deus.


Neste ponto, o evangelista toma a palavra para comentar os ensinos de Jesus a Nicodemos. Os verbos são empregados agora no passado, e suas primeiras palavras ουτως γαρ são as que geralmente iniciam seus comentários pessoais (cfr. 2:25; 4:8; 5:13, 20; 6:6, 33; 13:11).
Convida-nos João a buscar a razão íntima dos ensinamentos: o amor de Deus, que é universal, e não apenas restrito aos elementos de uma determinada religião: Deus ama O MUNDO τον κοσµον.
Interessante observar o verbo utilizado no início do versículo. Em grego há três verbos que exprime "amar" : φιλειν, que é "amar de amizade, querer bem"; εραν, que significa "amar de amor, apaixonarse"; e αγαπειν que quer dizer "amar com preferência, ter predileção por". Neste trecho, é empregado esse último: "ter predileção ou carinho especial pelo mundo".

Tanto assim, que (oração consecutiva) deu seu Filho, aquele Filho Unigênito que é a própria manifesta ção divina nos universos ilimitados, o Cristo C6smco, para que "todo aquele que nele crê", e que viva a sua vida, não se perca. mas obtenha uma vida divina IMANENTE na perfeita união.


VIDA "ETERNA" = VIDA IMANENTE


A tradução corrente das palavras gregas ξωη αιωνιος é "VIDA ETERNA".

No entanto, essa interpretação não nos parece correta. Senão vejamos.


1. º - Se esse fora o sentido: "quem crer nele terá a vida eterna, isto significaria que, quem não cresse não teria a vida eterna, e portanto deveria ter seu "espírito" destruído, aniquilado (morte do espírito).


Mesmo se admitíssemos o "castigo eterno" (absurdo inconcebível), mesmo assim o espírito teria a vida eterna, embora não crendo em Jesus. Então, que "promessa" seria essa, que vantagem traria o fato de crer em Cristo?


2. º - Poderia admitir-se que Jesus aceitava, com isso, a doutrina dos fariseus, tão bem esplanada por Josefo (Ant. Jud. 18, 1, 3): "Os fariseus acreditam que possuem um vigor imortal e os virtuosos terão o poder de ressuscitar e viver de novo"; e mais (Bell. Jud. 2, 5, 11): "Ensinam os fariseus que as almas são imortais; que as almas dos justos passam, depois desta vida, para outros corpos, e as dos maus sofrem tormentos eternamente". Quando fala do suicídio, repete essa mesma teoria (Bell. Jud. 2, 5, 14): "Os corpos de todos os homens são, sem dúvida, mortais e feitos de matéria corruptível; mas a alma é sempre imortal e é uma partícula de Deus, que habita em nossos corpos... Recordam (os fariseus) que todos os espíritos puros, quando partem desta vida, obtêm um lugar mais santo no céu, donde, no transcurso dos tempos, são novamente enviados em corpos puros; ao passo que as almas dos que cometeram sua auto-destruição, são condenadas à região tenebrosa do hades".


Realmente, em linhas gerais, os livros do Novo Testamento confirmam e reproduzem as crenças dos fariseus. Mas não é só isso que está na promessa, pois isso seria obtido mesmo sem crer em Jesus, por qualquer fariseu sincero.


A solenidade da repetição dessa promessa, feita 45 vezes em o Novo Testamento, sobretudo por João (25 vezes), por Paulo (9 vezes), por Lucas Ev. e At. (5 vezes), por Mateus (3 vezes), por Marcos (2 vezes) e por Judas (1 vez), parece exprimir algo mais profundo e de grande importância.


Tentemos compreender, pesquisando o sentido do adjetivo empregado, assim como do substantivo do qual se originou.


O substantivo que exprime ETERNO, em grego, é άίδιος assim definido por Platão (Definições, 411a):
τό иατά πάντα Χρόνον иαί πρότερον όν иαί νύν µή έφθαρµένον, ou seja, "o que é anterior, e através de todo o tempo e agora, não podendo ser destruído".

Em outras palavras: "o que não tem princípio nem fim".


O advérbio άεί (sempre) também é colocado com a ideia de eternidade: ό άεί Χρόνος = o tempo eterno (Platão, Fedon, 103e).
Outro substantivo αίών - que é correntemente traduzido como "eterno" - aparece assim definido por Aristóteles: το τέλος τό πε ριέиον τόν τής έиάστου ζωής Χρόνον ... αίών έиάστου иέиλεται (Arist., Do Céu, 1,9,15), isto é: "o período que abarca o tempo da vida de cada um, chama-se o "aiôn" dele (a permanência na Terra).

Realmente, "aiôn" tem seu paralelo em latim aiuom (aevum), que deu, em português, a palavra "evo".


Desse substantivo originou-se o adjetivo αίώνιος, ος, ογ a que o "Greek-English Lexicon" (Oxford) dá os seguintes sentidos (jamais aparecendo "eterno", que realmente não tinha): " I - uma vida, a vida de alguém (sentido mais comum nos poetas) cfr. Homero, Odisseia, 5:160; Ilíada, 5:685 e 24:725;

Herodoto, 1, 32; Ésquilo, Prometeu, 862; Eumênides, 315; Sófocles, Ajax, 645.


2. uma época, uma geração, cfr. Ésquilo, Tebas, 744: Demócrito, 295, 2 ; Platão, Axíolos, 370 c.


3. uma parte da vida, cfr. Eurípedes, Andrômaca, 1215.


II - 1. longo espaço de tempo, uma idade (lat. aevum) cfr. Menandro, Incert 7; usado especialmente com preposiçõe "pelas idades, pelas gerações" ; cfr. Hesiodo, Teogonia, 609; Ésquilo, Suplicantes, 582 e 574; Agamemnon, 554; Platão, Timeu 37 d; Aristóteles, do Céu, 1. 19. 14; Licurgo, 155, 42; Filon, 2. 608.


2. um espaço de tempo claramente definido e destacado, uma era, uma idade. período, o "mundo presente" em oposição ao" mundo futuro"; cfr. MT 13:22; LC 16:8. Nesse sentido também usado no plural cfr. Romanos, 1:25: Filipenses, 4:20;


Efésios, 3:9; 1 Coríntios 2:7 e 1 Coríntios 2:1 Coríntios 10:11. etc. ".


Ora, "eterno" é filosoficamente, outra coisa; é o QUE ESTA FORA do tempo, como diz Aristóteles (Física, 4. 12, 221 b) : ώστε φανερόν ότι τά άεί όντα,ή άεί όντα, ούи έστιν έν Χρόνω: ού γάρ περιέΧεται
ύπό Χρόνον, ούδε µετρείται τό εί-ναι αύτών ύπό τού Χρόνου: σηµείον δέ τούτου ότι ούδε πάσΧει ούδεν ύπό τού Χρόνου ώς ούи όντα ένΧρόνω - que significa: "Vê-se, portanto, que os seres eternos, enquanto seres eternos, não estão no tempo, porque o tempo não os envolve, nem mede a existência deles; a prova é que o tempo não tem efeito sobre eles, porque eles não estão no tempo".

Quando se fala de "eterno" em grego, são as palavras que aparecem.


Mas há um trecho importante de Platão (Timeu, 37 e 38) em que sentimos bem a diferença entre αιδιος e αιωνιος . Vamos citá-lo na íntegra e no original, para bem compreender-se o sentido, e para quc os conhecedores controlem a veracidade do que afirmamos.
Ώς δέ иινηθέν αύτό иαί ζών ένόησεν τών άϊδίων θεών γεγο-νός άγαλµα ό γεννήσας πατήρ, ήγάσθη τε
иαί εύφρανθείς έτι δή µάλλον όµοιον πρός τό παράδειγµα έπενόησεν άπεργάσασθαι. Κα-θάπερ ούν αύτό τυγχάνει ζώον άίδιον όν,иαί τόδε τό πάν ούτως είς δύναµιν έπεχείρξσε τοίούτον άποτελεϊν. Н µέν ούν τού ζώ-ου φύσις έτύγχανεν ουσα αίώνιος, иαί τούτο µέν δή τώ γεννετώ παντελώς προσαπτειν ούи ή δυνατονúείиώ δ’έπενόει иίνητόν τί να αίώνος ποιήσαι, иαί διαиοσµών άµα ούρανόν ποιεί µένοντος
αίώνος έν ένί иατ’διαиοσµών άµα ούρανόν ποιεί µένοντος αίώνος έν ένί иατ’άριθµόν ίούσαν αίώνιον είиόνα, τούτον όν δή χρονον ώνοµάиαµεν. Нµέρας γάρ иαρ иαί νύиτας иαί µήνας иαί ένιαυτούς, ούи όντας πρίν ουρανον γενέσθαι, τόδε άµα έиείνω συνισταµένω τήν γένεσιν αύτών µηχανάται-ταΰτα δέ πάντα µέ-ρη χρόνου, иαί τό τ’ήν τό τ’έσται χρόνου γεγονότα είδη, & δή φέροντες λανθάνοµεν έπί τήν άίδιον αύσίαν ούи όρθώς. Λέγοµεν γάρ δή ώς ήν έστιν τε иαί έσται, τή δέ τό έστιν µόνον иατά τόν άγηθή λόγον προσήиει, τό δέ ήύ τό τ’έσται περί τήν έν χρόνω γένεσιν ίοϋσαν πρέπει λέγεσθαι-
иινήσεις γάρ έστον, τό δέ άέί иατά ταύτα έχον άиινήτως ούτε πρεσβύτερον ούτε νεώτε-ρον προσήиει γίγνεσθαι διά χρόνου ούδε γενέσθαι ποτέ ούδέ γε γονέναι νϋν ούδ’ είς αύθις έσεσθαι, τό παράπαν τε ούδέν όσα γε-νεσις τοϊς έν αίσθήσει φεροµένοις προσήψενάλλά χρόνου ταϋτα αίώνα µιµουµένου иαί
иατ’άριθµόν иυиλουµένου γέγονεν είδη-иαί πρός τούτοις έτι τά τοιάδε, τό τε γεγονός είναι γεγονός
иαί τό γιγνόµενον είναι γιγνόµενον, έτι τε τό γενεσοµενον εί-ναι γενεσοµενον иαί τό µή όν µή όν είναι, ών ούδέν άиριβές λέγοµεν ... χρόνος δ’ ούν µετ’ ούρανοϋ γέγονεν, άµα ίνα γεννη-θέντες άµα
иαί λυθώσιν, άν ποτε λύσις τις αύτών γίγνηται, иαί иατά τό παράδειγµα τής διαιωνίας φύσεως, ίν’ ώς όµοιότατος, αύ τώ иατά δύναµιν ή τό µέν γάρ δή παράδειγµα πάντα αίώνά έσ-τιν όν, ό δ’ αύ διά τέλους τόν άπαντα χρονον γεγονώς τε иαί ών иαί έσοµενος.
Eis a tradução literal, em que traduzimos αιωνιος por "permanente", para compreendermos bem as diferenças. Platão explica, pela boca de Timeu, qual a diferença entre eternidade e tempo, e fala na criação do tempo juntamente com o "céu", isto é, com a abóbada celeste. Esclarece que a eternidade é estável, imóvel, permanente em realidade, ao passo que o tempo imita essa permanência. com uma" permanência " relativa. Eis o texto: " Quando então o Pai Genitor percebeu que este (mundo), que foi a joia dos deuses eternos, se movia e vivia, ficou admirado e, alegrando-se, concebeu elaborá-lo ainda mais semelhante ao modelo. E como ele é um Vivente Eterno, e este é O TODO, empreendeu aperfeiçoá-lo dentro do possível. Sendo porém permanente a natureza do Vivente, não seria possível em vista disso igualar totalmente a ela o que teve princípio. Doutro lado, tinha feito uma imagem móvel do permanente e, organizando juntamente o céu, faz uma imagem permanente ritmada segundo o número, de acordo com a permanência imutável do UM, e isto é o que chamamos tempo.

Com efeito, não existindo os dias, as noites, os meses e os anos antes de ter sido produzido o céu, ele os produziu então juntamente com a constituição do mesmo. Todas essas coisas, porém, são parte do tempo, e o passado e o futuro são aspectos do tempo que evolui, e não percebemos que (falamos) impropriamente quando os aplicamos à essência eterna. Com efeito, dizemos que (ela) "era", "é" e "será"; mas uma única palavra verdadeiramente lhe convém: "é"; "era" e "será" só devem ser ditos a respeito da evolução que se processa no tempo, porque são movimentos; o eterno, porém, sendo imutável, não cabe (ser) mais velho, nem mais moço, nem evoluir através do tempo, nem ter aparecido outrora, nem ter acabado de aparecer agora, nem retroceder, nem (ter) qualquer qualidade que a evolução atribuiu às coisas que são percebidas, porque estes são aspectos pertencentes ao tempo, que imita a permanência e que gira segundo o número.


Além disso, estas outras expressões "o evoluído é (como se fora) mesmo evoluído", "o que evoluirá, evoluirá mesmo", "o não-ser é mesmo não-ser", são expressões inexatas... Então, o tempo evolui com o céu, para que, tendo nascido juntos, juntos também sejam dissolvidos – caso um dia se dê a dissolução dos mesmos - e (o tempo foi feito) segundo o modelo da natureza permanente, para que seja o mais semelhante possível a ela. Com efeito, o modelo é todo permanente, mas este (o tempo) é para sempre um tempo inteiro de passado, presente e futuro".


Agora vejamos o emprego dessas palavras em o Novo Testamento.


I - O substantivo αιδιος só aparece duas vezes:

1) na Epístola de Paulo aos Romanos (Romanos 1:20) "o Poder e a Divindade dele são eternos".


2) na Epístola de Judas (6-7), numa frase que é iniciada dizendo que Jesus salvou do Egito os israelitas (logo, sentido simbólico), e prossegue: "prendeu os anjos nos cárceres eternos sob a treva; Sodoma e Gomorra suportando a justiça do fogo permanente".


II - O substantivo αιων aparece 120 vezes, empregado com os sentidos: a) os séculos, isto é, uma época, um lapso de tempo (92 vezes);

MT 6:13; MT 21:19; MC 3:29; MC 11:14; Lc. 1:33. 55, 70; JO 4:14; 8:35 (2x), 51; 52; 10:28; 11:26; 12:34;


13:8; 14:6; AT 3:21; AT 15:18; RM 1:25;, 9:5; 11:36; 16:27; 1CO 2:7; 1CO 8:13; 1CO 10:11; 2CO 9:9; 2CO 11:31;


GL 1:5; EF 2:7; EF 3:9, EF 11:21 (2x); FP 4:20 (2x); CL 1:26; 1TM 1:17 (3x); 2TM 4:18 (2x); HB 1:2, HB 1:8 (2x); 5:6; 6:20; 7:17, 21, 24, 28; 11:13; 13:8, 21 (2x); 1PE 1:25; 1PE 4:11 (2x); 5:11 (2x); 1 JO
2:17; 2 JO 2; Jud. 13, 25 (2x); AP 1:6 (2x), 18 (2x); 4:9 (2x); 10 (2x); 5:13 (2x); 7:12 (2x); 10:6

(2x); 11:15 (2x); 14:11 (2x); 15:3, 7 (2x); 19:3 (2x); 20:10 (2x); 22:5 (2x).


b) o século, com o significado de "o mundo material" (em oposição ao mundo espiritual), ou com o sentido de "uma geração" – 28 vezes: MT 12:32; MT 13:22, MT 13:39, MT 13:40. 49; 24:3; 21:20; MC 4:19; MC 10:30; Lc. 16:8; 18:30; 20:34,35; RM 12:2; 1CO 1:20; 1CO 2:6 (2x), 8; 3:18; 2CO 4:4; EF 1:21; EF 2:2; 1TM 6:17; 2 Tim. - 4:20; TT 2:12; HB 6:5;


9:26; 1PE 3:18.


III - o adjetivo αιωνιος é empregado, ao lado de vários substantivos, qualificando-os, em 72 lugares: Uma única vez aparece com o sentido que pode ser interpretado como "eterno", usado por Paulo, em Romanos (Romanos 16:26) ao lado do substantivo "Deus" : Κατ’επιταγεν του αιωνιου θεου (segundo o preceito do Deus sempiterno), em oposição ao que escreve na 2. ª Coríntios (os 4:4) : o θεος του αιωνιος τουτου "o deus deste século", isto é, deste mundo.

Eis os sentidos : a) futuro, ou seja, no século ou na época vindoura, na vida seguinte, 19 vezes: MT 18:8; MT 25:41; MT 25:46; MC 3:29; LC 16:9; RM 16:25; 2 Th. 1:9; 2:16; 2TM 2:10; HB 5:9;


6:2; 9:12, 14, 15; 13:20; 1PE 5:10; 2PE 1:11; Jud. 7; Ap. 14:16.


b) permanente ou perene, no sentido de durar muito tempo, quase um século, 5 vezes:

2CO 4:17, 2CO 4:18; 5:1; 1TM 6:16; Film. 15.


c) os tempos atuais, ou seja, este século, 2 vezes:

2TM 1:9; TT 1:2.


d) com o substantivo VIDA (cujo sentido estudaremos agora), 45 vezes: MT 19:16, MT 19:29; 25:46; MC 10:17, MC 10:30; Lc. 10:25; 18:18. 30; AT 13:46 48; JO 3:15, 16, 36; 4:14,36;


5:24,39; 6:27, 40,47, 51, 54. 58, 68; 10:28; 12:25, 50; 17:2, 3; RM 2:7; RM 5:21; RM 6:22, RM 6:23; GL 6:8; 1 Tim. 1:16; 6:12; TT 1:2; TT 3:7; 1 JO 1:2; 2:25; 3:15; 5:11, 13, 20; Jud. 21.


O sentido de ζωή αίώνιος é dado pelo próprio Jesus, no evangelho de João, que é o que emprega mais vezes a expressão (25 vezes, contra 20 em todos os demais livros do novo Testamento). Lemos aí:
αύτη δέ έστιν ή αίώνιος ζωή, ϊνα γινώσиωσιν σέ, τόν µόνον άληθινόν θεόν, иαί όν άπέστειλας
‘Ιησοϋν χριστόν ou seja, "a vida IMANENTE é esta: 1) que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e

2) a quem enviaste, Jesus Cristo".


Por aí verificamos que a ζωήûαίώνιος NÃO É uma vida QUE DURA ETERNAMENTE (todas as vidas têm essa qualidade); não se refere à DURAÇÃO da vida, mas a uma QUALIDADE ESPECIFICA, que reside no CONHECIMENTO DA VERDADE TEOLÓGICA. E, ao conhecer essa verdade, haverá então a unificação total com o Cristo (cfr. JO 17:11,21,22), que dá a IMANÊNCIA perfeita, que resultar á na liberdade (cfr. JO 8:32) dos filhos de Deus (cfr. RM 8:21), que existe onde está o Espírito do Cristo (cfr. 1CO 10:29).
Paulo também explica qual a origem dessa VIDA IMANENTE, quando esclarece aos Romanos (Romanos 6:23):
τά γάρ όψώνα τής άµαρ-τίας θάνατος, τό δέ χαρισµα τοϋ θεοϋ ζωή αίώνιος, έν χριστώ ‘Ιησοϋ τώ
иυρίω ήµώ

ν isto é, "o salário do erro é a morte, a recompensa de Deus é a VIDA PERMANENTE em Cristo Jesus, o Senhor nosso".


Depois de tudo isso, podemos perceber a profundidade do sentido de "zoé aiónios".


É a VIDA PERMANENTE ou IMANENTE EM CRISTO. Em outros termos, é a união total do "eu" pequeno com o EU profundo, do "espírito" personalístico, com o Espírito ou Individualidade. A crença em Cristo, baseada no CONHECIMENTO e na CONVICÇÃO (fé), produzirá seus efeitos com a "nega ção da personalidade" (cfr. MT 16:24), que fica absorvida pela individualidade, pelo Cristo, que passa a "viver em nós" (cfr. GL 2:20 e GL 2:2CO 13:5). É o MERGULHO na Divindade, na qual nos dissolvemos, e isso se realiza através do Cristo.


Pelo oposição dos termos, salienta-se o significado: o erro nos trouxe a condição de encarnados, sujeitos à morte, e por isso o "salário do erro é o a morte". Mas a recompensa de Deus é o tirar-nos, quando nós o quisermos (por nosso esforço), desse cativeiro, dando-nos a VIDA IMANENTE de unifica ção com o Cristo, não mais sujeita a reencarnações e à morte.


Concluindo, pois, temos que "zoé aiónios": a) não pode ser vida "eterna" (como duração), de que todos participam; b) não pode ser vida "futura" (como reencarnação) porque todos os espíritos a vivem; c) não pode ser a vida "espiritual" (do "espírito") porque todos a têm, na alegria ou na dor.


Então, resta que é uma vida diferente dessas todas.


Por isso, compreendemos que só pode ser a vida NO REINO DE DEUS ou no REINO DOS CÉUS, que é a VIDA IMANENTE em Cristo.


Portanto, o melhor adjetivo para traduzir "aiónios", quando ao lado do substantivo VIDA, é IMANENTE, embora essa tradução não se encontre nos dicionários de grego.


No entanto, o sentido cabe perfeitamente. O latim manere significa "ficar". Com o preverbo PER, dá ideia de tempo ou duração; com o preverbo IN, exprime penetração, interiorização, união interna e íntima, "dentro de". Os dois são, pois, um mesmo verbo: MANERE, formando dois compostos: PERmanere e INmanere; e os sentidos também correspondem: a PERmanência é "ficar durante algum tempo" e a Imanência é "ficar dentro de", ou "penetrar em algo e lá permanecer".


Passemos ao versículo 17. Afirma o evangelista que Deus enviou seu Filho NÃO para julgar o mundo, mas para encaminhá-lo na direção certa.


Parece, à primeira vista, haver contradição entre essa frase e o que se diz logo adiante (5:22): "o Pai a ninguém julga, mas entregou todo julgamento ao Filho", acrescentando-se (5:27) : "Ele Lhe deu o poder de julgar, porque é Filho do Homem". Também em Mateus se descreve o Filho a julgar 25:31-3.


Entretanto, a contradição é mais aparente que real. Uma coisa é dizer que "o Filho julgará", ou "que o julgamento Lhe foi entregue", e outra, totalmente diferente, é dizer que foi essa a CAUSA da descida do Filho. Neste passo que comentamos, afirma-se que a RAZÃO de Sua vinda NÃO FOI o julgamento da humanidade (embora isto Lhe tenha sido colocado nas mãos), mas a missão de tirar a humanidade do caminho errado (αφεσις αµαρτιων) para orientá-la pelo caminho certo (σω-ζειν), isto é, para "preserv á-la" ou "salvá-la".

O sentido dos versículos seguintes (18-21) é bastante claro na sua interpretação literal, não carecendo de comentários.


Nesse trecho verificamos que mais clara se torna a linguagem mística de João.


O mundo - expresso pela palavra "cosmo (que significa "ordem" ou "harmonia do universo") - é a manifestação visível do Cristo Cósmico, ou seja, do "Filho Unigênito". Portanto, a própria exterioriza ção do Cosmo é, já de per si, uma doação que o Pai faz de seu "FILHO UNIGÊNITO".


Recordemos. Já falamos que Deus é O ESPÍRITO (JO 4:24), isto é, O AMOR, o qual, ao expandirse e manifestar-se, assume a atitude de PAI, ou VERBO (Logos, Palavra) isto é, O AMANTE, e que o resultado de sua manifestação ou exteriorização é O FILHO, que é o Universo em sua totalidade absoluta, e que, portanto, é realmente UNIGÊNITO, ou seja, o AMADO.


Por tudo isso, vemos que o CRISTO (CÓSMICO) é o FILHO UNIGÊNITO que está dentro de todos (sendo então chamado CRISTO INTERNO ou mônada divina).


Ora, todos aqueles espíritos que, por sua evolução, chegam a compreender, a buscar e a conseguir a Consciência Cósmica (ou consciência do Cristo Cósmico) também denominada União com o Cristo Interno - porque acreditaram nas palavras do Manifestante divino esses conseguirão a VIDA IMANENTE, a vida UNA com a Divindade que está em todos e em tudo, vida que flui internamente de dentro deles como fonte de água viva (cfr. JO 4:14). Esses não mais "se perderão" na ilusão da mat éria "satânica" ou opositora, a ela regressando constantemente vida após vida, mas empreenderão o caminho libertador da evolução sem fim.


E Jesus, o maior Manifestante da Divindade entre as criaturas terrenas - a quem Bahá’u’lláh denomin "Sua Santidade o Espírito" não veio para julgar os homens: apontou o caminho com Suas palavras e, muito mais, com Seus exemplos. Mas deixou as criaturas livres para escolher a estrada longa ou curta, larga ou estreita. A finalidade de Sua encarnação foi, apenas, conservar ou preservar o mundo, dando-lhe Seus exemplos, ensinando-lhe Sua doutrina, e derramando sobre o globo terrestre o Seu sangue vivificador.


No entanto, aqueles que não creem e se apegam à matéria (ao opositor ou satanás) já se julgam a si mesmos por sua própria atitude; ao renegar o Espírito ("mas aquele que se rebelar contra o Espírito, o Santo, não será libertado nem neste século (aiõni) nem no futuro", MT 12:33, cfr. MC 3:29 e LC 12:10) renunciam espontaneamente à evolução e, nem nesta encarnação nem na próxima, poder ão ser libertados do carma. Com efeito, a base ou o barema do julgamento é que a Luz Cristônica baixou até o mundo na Manifestação de Jesus; mas os homens preferiram as trevas à Luz. E justificase a preferência: suas obras (de separatismo, sectarismo, divisão, concorrência, egoísmo, ambição material, ódios, etc.) são más, ou seja, não sintonizam com o Amor que é Deus. Já aqueles que agem e vivem a Verdade, se aproximam vibracionalmente da Luz e deixam que suas obras se manifestem, porque, sendo realizadas em união total com o Amor (com Deus), são obras boas.


Mas, por que diz "crer NO NOME do Unigênito Filho de Deus" (vers. 18) ? O nome é a identificação da essência que se manifesta. Trata-se, portanto, de crer na manifestação do Filho de Deus, que é a Força Crística exteriorizada nos Universos (cfr. "seja santificado o Teu Nome", MT 6:9) a ela unindose a criatura através da "infinitização" própria, realizando a "consciência cósmica". O "nome" exprime, pois, a realidade mesma do Cristo divino que está em nós.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 3 do versículo 1 até o 26
B. TESTEMUNHAS REALIZANDO UM MILAGRE (Atos 3:1-26)

1. A Cura (Atos 3:1-10)

Pedro e João (1) são mencionados juntos desta maneira somente uma vez nos Evan-gelhos, quando foram enviados por Jesus para preparar a Páscoa para o Mestre e os seus discípulos (Lc 22:8). Durante a noite que se seguiu, eles foram aparentemente os únicos apóstolos que estavam à noite, na casa do sumo sacerdote, quando Jesus estava sendo julgado ali pelo Sinédrio (Jo 18:15). Eles passaram juntos uma noite na prisão (Atos 4:3-13), e constituíram o grupo enviado a Samaria pelos apóstolos de Jerusalém (8.14). É claro que estes apóstolos trabalhavam em íntima colaboração nos primeiros tempos da igreja.

Estes dois apóstolos líderes subiram ao Templo (hieron, a área do Templo) à tarde, à hora da oração, que era a nona hora (3 horas da tarde). Josefo diz que, mesmo durante o cerco de Jerusalém pelos romanos (70 d.C.), os sacerdotes "ainda ofereciam os seus sacri-fícios no altar duas vezes por dia, pela manhã e aproximadamente à hora nona".' Schuerer afirma que o incenso era oferecido no altar de ouro, no Santuário (ou Lugar Santo), antes que a oferta queimada fosse feita no altar de bronze pela manhã e à tarde, "para que a oferta queimada diária fosse, por assim dizer, envolta pela oferta do incenso"." Ele acres-centa: "Enquanto isso acontecia, o povo também se reunia no templo, para orar"."

Todos os dias um homem, que era coxo desde o seu nascimento, era deixado à porta Formosa do Templo (2). Provavelmente, esta entrada deve ser identificada com a porta de Nicanor, que comunicava o pátio dos gentios com o pátio das mulheres (ver o quadro A). Josefo diz que ela media aproximadamente 22 metros de altura por 18 de largura, e era feita de bronze de Corinto revestido com uma espessa camada de ouro e prata."

Quando o homem coxo viu que Pedro e Paulo entravam no Templo, ele lhes pediu uma esmola (3), O tempo imperfeito sugere que ele pode ter estado pedindo repetida-mente, embora também possa significar "começou a pedir". Pedir esmolas era e ainda é muito comum em terras orientais.

Fitando os olhos (4) é uma única palavra em grego. É o mesmo verbo que é tradu-zido como "estar com os olhos fitos no céu" em Atos 1:10. Indica um olhar fixo. Quando Pedro fixou os seus olhos no homem coxo e disse: Olha para nós, o homem naturalmente esperou uma generosa soma de dinheiro (5). Ele ficou desapontado quando ouviu de Pedro: Não tenho prata nem ouro (6). No entanto, o apóstolo não parou aí, mas pros-seguiu dizendo: mas o que tenho ["possuo"], isso te dou. Então veio a ordem: Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda." Pedro conhecia o poder daquele Nome, e não hesitou em invocá-lo.

Para encorajar a fé do homem, Pedro, tomando-o pela mão direita, o levantou (7). O poder divino também entrou imediatamente em ação, pois os seus pés e tornozelos se firmaram. Os substantivos em grego para pés e tornozelos encontram-se apenas aqui no Novo Testamento. O verbo "firmar-se", além desta passagem, aparece somente no versículo 16 e em 16.5. As três palavras são encontradas com freqüência em textos de autores médicos.' Knowling sustenta que a combinação de palavras aqui "foi levada justamente ao ponto da descrição técnica de um médico".75

Saltando (8) — o verbo composto grego só é encontrado aqui no Novo Testamento — o homem pôs-se em pé, e andou. A sua fé respondeu às palavras de Pedro e ao toque da mão do apóstolo. Este é um exemplo adequado do que acontece com o pecador, que espiritualmente é um aleijado desamparado. Quando ele reage com fé e obediên-cia, como fez este homem, encontra vida nova e poder para ficar em pé e caminhar pelos caminhos da justiça.

Quando o ex-aleijado já podia caminhar, o primeiro lugar para onde se dirigiu foi o Templo. Este era o lugar mais apropriado para louvar a Deus. Um homem que tinha sido incapaz de caminhar durante quarenta anos (cf. 4,22) não deveria ser criticado por estar saltando e louvando a Deus. As suas ações e as palavras eram um testemunho vivo do milagre que acabara de acontecer.

Muitas pessoas estavam no Templo na hora vespertina da oração. Elas viram o ho-mem andar e louvar a Deus (9) e o reconheceram como o ex-mendigo que ficava na Porta Formosa (10). Mal podendo acreditar no que seus olhos viam, ficaram cheios de pasmo e assombro — ekstasis (êxtase), literalmente; "ficaram fora de si". O homem cura-do era um anúncio ambulante do poder de Deus. As obras de Jesus tinham a sua conti-nuidade pelo poder do Espírito Santo operando através dos discípulos (ver os comentári-os sobre 1.1). Assim como o milagre da Encarnação possibilitou os milagres do ministério de Jesus, o milagre do Pentecostes possibilitou os milagres da Igreja Primitiva.

Nesta seção, podemos ver um quadro do pecado e da salvação no "Coxo que Cami-nhou": 1. Desamparo (2) ; 2. Esperança (3-5) ; 3. Cura (6-10).

2. A Multidão (Atos 3:11-16)

A gratidão do homem curado era tão grande que ele se apegou a Pedro e João (11), i.e., agarrou-se a eles, expressando o seu agradecimento. Enquanto isso, o povo vinha correndo para ver o que havia acontecido. A curiosidade é uma das principais caracterís-ticas de uma multidão. Eles reuniram-se no alpendre de Salomão, que era um pórtico, ou um passeio coberto, com colunas, junto ao muro externo (leste) da área do Templo. Hoje, um passeio similar pode ser visto junto ao muro interno (oeste). O pórtico leste era cha-mado de alpendre de Salomão devido a uma lenda corrente na época, a de que foi construído por Salomão na metade do século X a.C. Josefo escreveu sobre esta colunata leste (ou a sua fundação) : "Era uma obra do rei Salomão, que em primeiro lugar cons-truiu todo o Templo".' (Ver o quadro A.)

Pedro, respondendo aos olhares maravilhados da multidão, perguntou: por que vos maravilhais disto? (12) Os discípulos não tinham realizado este milagre pela sua própria virtude ou santidade, mas pelo Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó. Assim, Pedro ligou o novo movimento ao Antigo Testamento.

Alguns se preocuparam com a mudança de Filho Jesus para "Servo Jesus" (ASV, NASB), ou "servo Jesus" (RSV, NEB). Apalavra grega em questão é pais. Arndt e Gingrich observam que o termo era usado em tempos antigos para expressar diversos relacionamentos. Do ponto de vista de idade, significava "rapaz" ou "jovem"; em termos de descen-dência, "filho"; de posição social, "servo" ou "escravo". Considerando Cristo na sua relação com Deus, eles dizem: "Neste contexto, tem o significado de servo, por causa da identificação do 'servo de Deus' em algumas passagens do Antigo Testamento sobre o Messi-as"." Os chamados "cânticos do servo" de Isaías refletem este uso (cf. Is 42:1-50.10; 52.13). Com respeito à escolha entre "filho" e "servo" em Atos 3:13-26; 4.27,30, Arndt e Gingrich concluem: "É difícil decidir qual dos significados é o melhor".' Mas a maioria dos comentaristas da atualidade, tanto os conservadores quanto os liberais, definitiva-mente preferem "servo" como a tradução correta nestas passagens. Por exemplo, F. F. Bruce escreve: "Pais deve ser traduzido como `Servo'... o próprio Senhor observou expli-citamente a sua natureza messiânica em termos do servo de Isaías... e da mesma maneira escrevem os autores do Novo Testamento em gerar.' A palavra pais é traduzida dez vezes como "servo" no Novo Testamento da versão KJV, e somente três vezes como "filho" (Atos 3:13-26; Jo 4:51). Aqui, deve ser "Servo".

Este Jesus, o seu Messias, os judeus entregaram a Pilatos. Diante do governador, eles o negaram, quando Pilatos estava determinado a fazer com que fosse solto. Esta afirmação está perfeitamente de acordo com os relatos expressos nos Evangelhos.

O Santo e o Justo são títulos messiânicos (cf. Is 53:11). No apócrifo 1 Enoque 38.2; 53.6, o Messias é chamado de "O Justo". Essa expressão também se encontra diversas vezes em outras partes do Novo Testamento (cf. Atos 7:52-22.14; 1 Pe 3.18; 1 Jo 2:1).

O contraste entre os versículos 14:15 é surpreendente. O que os judeus fizeram? Pedistes que se vos desse um homem homicida. E matastes o Príncipe da vida.

Eles mataram a única Fonte de vida e escolheram um perigoso assassino para ser solto no seu meio. De certa maneira, isto é o que todo pecador relutante faz. Rejeita o Autor da vida e escolhe o pecado, a fonte da morte.

Como no seu primeiro sermão (cf. Atos 2:23-24), Pedro enfatizou a morte e a ressurreição de Cristo — ao qual Deus ressuscitou dos mortos. Ele acrescentou: do que nós somos testemunhas. A afirmação dos apóstolos de que Cristo tinha ressuscitado era negada pelos judeus, portanto ela deveria ser documentada.

O poder do nome de Jesus é destacado no versículo 16. A fé no Nome tinha tornado o aleijado um homem forte e de perfeita saúde. Todo o povo podia observar isto.
Para os versículos 14:15, Alexander Maclaren sugere o seguinte esquema: 1. O paradoxo da escolha fatal do homem; 2. O paradoxo da aparente derrota do Senhor da Vida pela morte; 3. O paradoxo divino triunfante da vida doada, e da morte derrotada, por meio de uma morte.

3. O Desafio (3:17-26)

Depois da penetrante acusação de assassinato no versículo 15, Pedro agora adota um tom gentil e suplicante. Chamando os seus ouvintes de irmãos, ele reconhece que foi pela ignorância que eles cometeram este crime horrível. Eu sei (17) significa "eu reco-nheço" (Berk.). Eles não tinham realmente percebido que Jesus era o Messias. O teste-munho de Paulo forma um paralelo: "Dantes, fui blasfemo, e perseguidor, e opressor; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade" (1 Tm 1.13). Mas Paulo finalmente aceitou Jesus como o Messias. A maioria dos líderes judeus se recusava a fazer isto, mesmo tendo o testemunho dos apóstolos.

Como Paulo fez posteriormente, pregando aos judeus em Tessalônica (17.3), Pedro ressaltou que os profetas do Antigo Testamento haviam predito um Messias sofredor. Cristo (18) deve ser traduzido como "o Messias". A morte de Jesus era um obstáculo para que os judeus aceitassem a sua reivindicação messiânica. Era necessário chamar a atenção para os ensinos desta fase do Antigo Testamento, a fim de preparar o caminho para a aceitação de Jesus pelos judeus (cf. Is 52:13-53.12).

Como no seu primeiro sermão, Pedro pediu o arrependimento. Anteriormente, a solicitação era: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado" (2.38). Agora, é: Arrependei-vos... e convertei-vos (19). O último verbo, epistrepsate, significa literal-mente "voltar" (RSV, ASV) ou "regressar" (NASB). Ele é usado desta maneira na Septuaginta. Estes dois verbos são encontrados juntos em Joel 2:14.

O resultado do arrependimento e do retorno a Deus seria os pecados apagados -cf. o "perdão dos pecados" (2,38) — quando virão os tempos do refrigério (reavivamento) pela presença do Senhor. A palavra grega que significa refrigério aparece somente aqui no Novo Testamento, e somente uma vez na Septuaginta (Êx 8:11). Arndt e Gingrich dizem que ela é usada de forma figurada para falar da época messiânica, e traduzem esta frase como "tempos de descanso"." Alford diz que ela sig-nifica "a grande época de alegria e repouso, que se entende que seria trazida pela vinda do Messias na sua glória"."

Quando os judeus se arrependerem e retornarem a Deus, Ele enviará Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado (20). Mas o melhor texto grego apresenta a palavra "designado" (ASV, RSV, NEB, NASB). Jesus é o Messias designado para Israel. Não há outro e os judeus devem aceitá-lo ou ficarão completamente perdidos.

Enquanto isso, durante esta época da igreja, convém que o céu o contenha (21). Ele ascendeu e está à direita do Pai, intercedendo por nós (2:33-36; Rm 8:34; Hb 7:25).

Ele estará ali até os tempos da restauração de tudo. Esta frase tem sido combatida ansiosamente pelos universalistas, que afirmam que, no final, toda a humanidade será restaurada à graça de Deus. Mas a expressão é limitada pela frase que a segue: Dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas.

O termo traduzido como restauração é raro, encontrado somente aqui no Novo Testamento, e não encontrado na Septuaginta. No século II a.C., foi usado para a restauração do santuário de uma deusa, e para o conserto de uma via pública.' Josefo fala da "restauração" dos judeus do exílio"." Oepke escreve no seu artigo sobre apokatastasis, na obra Theological Dictionary of the New Testament, de Kittel:84 "Apokatastasis não pode significar a conversão de pessoas, mas apenas a reconstituição ou o estabeleci-mento de coisas". Ele opina que refrigério refere-se ao subjetivo, e restauração ao lado objetivo da restauração que deve ocorrer. Talvez a melhor tradução seja: "o tempo de estabelecer tudo aquilo de que Deus falou pela boca dos seus santos profetas, desde a antiguidade" (RSV).

O versículo 22 contém uma citação de Deuteronômio 18:15 (cf. Atos 7:37). É um exce-lente exemplo daquilo que é chamado de princípio "telescópico" de profecias. Normalmente, uma predição ao Antigo Testamento tem um cumprimento parcial na época do profeta, e a seguir um cumprimento completo em Cristo. Aqui, a primeira aplicação da profecia se dá, inquestionavelmente, com Josué, que sucederia Moisés como o líder dos israelitas. Mas Pedro e Estêvão corretamente aplicam-na a Jesus, o Josué maior. Jesus (grego) e Josué (hebraico) significam a mesma coisa: "Jeová é salvação". Lumby obser-va que os judeus "freqüentemente identificavam o profeta de quem Moisés falava com o Messias"."

O versículo 23 é provavelmente uma citação livre de Deuteronômio 18:19. A última frase é diferente.

O versículo 24 implica que Samuel foi o primeiro da grande linhagem de profetas. Ele está na divisão do período do reinado de Israel, como o último dos juízes e o primeiro dos profetas. Embora tenha havido, anteriormente, profetas individuais como Moisés, o principal período de profecias teve início com Samuel. Todos os profetas antigos, afirma Pedro, anunciaram — mais acertadamente, "falaram a respeito de" (NASB) ou "procla-maram" (RSV) — estes dias, ou seja, os dias do Messias.

O apóstolo concluiu o seu sermão de modo gentil e suplicante. Ele recordou os seus ouvintes de que eles eram os filhos dos profetas (25), ou seja, herdeiros das promessas feitas por meio dos profetas — e do concerto — "i.e., herdeiros das suas promessas e obrigações"." A citação na última parte do versículo é de Gênesis 22:18.

A expressão primeiro o enviou a vós (26) concorda com a expressão de Paulo "primeiro do judeu" (Rm 1:16-2.10). A vontade de Deus era que a salvação fosse primei-ramente disponibilizada aos judeus, e através destes fosse proclamada ao mundo. Esta ordem foi inaugurada no Pentecostes. Esta também é a ordem seguida no livro de Atos. Paulo sempre pregou primeiramente nas sinagogas judaicas, todas as vezes que as en-contrava.

Sobre o termo ressuscitando, Lumby diz: "Esta palavra é usada aqui não a respei-to da ressurreição de Jesus, mas recordando a promessa de Moisés, citada no versículo 22, de que um profeta seria levantado... e enviado ao povo".' Talvez uma referência dupla deva ser permitida — tanto à encarnação quanto à ressurreição (cf. 4.2).

Para que... vos abençoasse significa literalmente "abençoando-vos". Como? Des-viando cada um das suas maldades. Esta é uma ênfase comum no Antigo Testa-mento, onde a mesma palavra grega que significa "desviar" é usada na Septuaginta (e.g., em Ez 3:19-18.27; 33.14; Jn 3:10). Esta é a maior bênção de Deus a toda a huma-nidade: a salvação do pecado. Esta é a principal mensagem tanto do Antigo quanto do Novo Testamento.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 3 do versículo 1 até o 26
*

3.1 ao templo. Os átrios do templo e, particularmente, a porta chamada “Formosa” (v.2). Esta porta pode ter sido a “Porta de Nicanor”, feita de bronze de Corinto. Sua localização exata é incerta.

* 3.3 iam entrar no templo. Como judeus, Pedro e João podiam andar através do átrio das mulheres até o átrio de Israel, mas os não-judeus estariam restritos ao átrio dos gentios.

* 3.11 pórtico chamado de Salomão. Um pórtico construído por Herodes o Grande ao longo do lado leste da plataforma do templo. Jesus ensinou aqui certa ocasião (Jo 10:22).

* 3.13 O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. O apelo aos patriarcas era importante nos sermões dos servos de Cristo (7.32; 13.17).

*

3.14 negastes o Santo e o Justo. A frase “o Santo”, referindo-se a Deus, aparece várias vezes no Antigo Testamento. A frase “o Santo de Israel” ocorre em Is 1:4 e 5.24 (conforme Lc 1:35). Isaías também fala de Deus como “o Justo” (Is 24:16; cf At 7:52-22.14). Ao aplicar esta descrição a Jesus, Pedro indica a deidade de Cristo.

* 3.18 dantes anunciara por boca de todos os profetas. Ver Lc 24:26,27,44-47. Pedro poderia também ter citado passagens como Dt 18:15 (citada no v.22); Is 53; Sl 2; 16.8-11; 22 (cf 1Pe 1:10,11).

* 3.19 Arrependei-vos... convertei-vos. O sermão de Pedro ilustra os dois lados do arrependimento isto é, desviar-se do pecado com tristeza e voltar-se para Deus em fé. O chama-do ao arrependimento e à fé é um elemento necessário da pregação apostólica (2.38; 17.30; 20.21).

cancelados... pecados. Na ordem do evangelho, arrependimento e fé recebem de Deus perdão e remoção de pecados.

* 3.20 tempos de refrigério. A frase, como “a restauração de todas as coisas” (v. 21) parece se referir à segunda vinda do Messias.

*

3.25 dizendo a Abraão: Na tua descendência. Como um clímax, Pedro se refere a outro patriarca e profeta, Abraão, através de quem Deus enviou “a descendência” de Abraão, o Messias (Gl 3:16) para abençoar todos os povos sobre a terra. Como membros da posteridade de Abraão, todos aqueles que pertencem a Cristo são chamados também de “descendência de Abraão” (Rm 4:16; Gl 3:29).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 3 do versículo 1 até o 26
3:1 Os judeus acostumavam orar três vezes ao dia: na manhã (às nove), na tarde (às três) e na noite (à posta do sol). Nestes horários os judeus devotos e os gentis temerosos de Deus freqüentemente foram ao templo a orar. Pedro e João foram ao templo às três da tarde.

3:2 A porta a Formosa era uma entrada ao templo, não à cidade. Esta era uma das entradas favoritas e muitas pessoas passavam por ali quando foram adorar. O coxo mendigava em um lugar em que a maioria podia vê-lo.

3.5, 6 O mendigo pedia dinheiro, mas Pedro lhe deu algo muito melhor: a possibilidade de usar suas pernas. Freqüentemente pedimos a Deus que resolva um pequeno problema, mas O quer nos dar nova vida e nos ajudar em todos nossos problemas. Quando lhe pedimos ajuda a Deus, O pode nos dizer "consegui até algo muito melhor para ti". lhe Peça a Deus o que queira, mas não se surpreenda quando O lhe dê o que na verdade necessita.

3:6 "No nome do Jesucristo" significa "pela autoridade do Jesucristo". Os apóstolos sanavam mediante o poder do Espírito Santo e não por eles mesmos.

3.7-10 Em sua emoção, o homem que antes era coxo começou a saltar e correr pelos arredores. O também elogiou a Deus! E outros se surpreenderam também ante o poder de Deus. Não esqueça agradecer às pessoas que o ajudam, mas também recorde elogiar a Deus por suas bênções.

3:11 O pórtico do Salomão era uma galeria coberta ou entrada com colunas.

3.11ss Pedro tinha uma audiência e aproveitou a oportunidade para falar a respeito do Jesus. Com claridade apresentou sua mensagem dizendo: (1) quem é Jesus, (2) como o rechaçaram, (3) por que o rechaço foi fatal, e (4) o que precisavam fazer para trocar a situação. O lhes disse que ainda tinham uma oportunidade; Deus seguia lhes oferecendo a oportunidade de acreditar e aceitar ao Jesus como Messías e Senhor. O desdobramento da misericórdia e a graça de Deus, como a sanidade do coxo, freqüentemente originam momentos de ensino. Ore para ter valor como Pedro e para ver estas oportunidades e falar de Cristo.

3:13 Pilato decidiu soltar ao Jesus, mas a gente lhe pediu que liberasse diabinho, um assassino (veja-se Jo 19:1-16). Quando Pedro disse: "a quem vós entregaram e negaram", quis dizer exatamente isso. Solo umas semanas antes, ajuizou-se e deu morte ao Jesus ali em Jerusalém. Não era um fato distante do passado, muitas destas pessoas ouviram falar disto e algumas possivelmente tomaram parte ao condená-lo.

3:15 Os líderes religiosos pensaram que deram fim ao Jesus ao crucificá-lo, mas sua convicção se veio abaixo quando Pedro lhes disse que Jesus ressuscitou e que esta vez não poderiam matá-lo. A mensagem do Pedro enfatiza que: (1) o povo e os líderes religiosos mataram ao Jesus, (2) Deus o ressuscitou, e (3) os apóstolos eram testemunhas desse fato. depois de pôr ao descoberto os pecados e injustiças destes líderes, Pedro mostrou o significado da ressurreição, o triunfo e o poder de Deus sobre a morte.

3:16 Jesus, não os apóstolos, receberam a glória pela sanidade deste homem agarro. Nesses dias o nome de um homem representava seu caráter, respaldava sua autoridade e poder. Usando o nome do Jesus, Pedro mostrou quem lhe deu a autoridade e o poder para sanar. Os apóstolos não enfatizaram o que eles podiam fazer, a não ser o que Deus podia fazer através deles. O nome do Jesus não deve usar-se como mágico, mas sim por fé. Quando oramos no nome do Jesus, devemos recordar que é o mesmo Jesus, não só o som de seu nome, quem dá poder a nossas orações.

3:18 Estas profecias se acham no Salmo 22 e Is 50:6 e 53. Pedro lhes explica a classe do Messías que Deus enviou à terra. Os judeus esperavam um grande governador, não um servo sufriente.

3:19 João o Batista preparou o caminho para o Jesus pregando o arrependimento. A mensagem de salvação dos apóstolos também chamava o arrependimento, reconhecendo o pecado e afastando-se dele. Muitas pessoas querem os benefícios de estar identificados com Cristo, sem apartar-se de seu pecado e sem admitir sua própria desobediência. O primeiro passo para receber perdão é confessar o pecado e afastar-se dele (veja-se 2.38).

3:19, 20 Quando nos arrependemos, Deus não só promete limpar nosso pecado, mas também nos dar um descanso espiritual. Ao princípio, o arrependimento parece doloroso porque é difícil renunciar a certos pecados. Mas Deus lhe dará um melhor caminho. Como Oseas prometeu: "E conheceremos e prosseguiremos em conhecer o Jeová; como o alvorada está disposta sua saída, e virá a nós como a chuva, como a chuva tardia e temprana à terra" (Os 6:3). Sente a necessidade de descanso para sua alma?

3:21 "Até os tempos da restauração de todas as coisas" assinala a Segunda Vinda de Cristo, o julgamento final e a expulsão do pecado do universo.

3:21, 22 A maioria dos judeus pensavam que Josué era este profeta que Moisés anunciou (Dt 18:15). Pedro disse que era Jesucristo. Queria lhes mostrar que seu tão esperado Messías tinha chegado! O e todos os apóstolos chamavam à nação judia a arrepender-se e a acreditar, a tomar consciência do que fizeram a seu Messías. A partir deste ponto, vemos muitos judeus rechaçando o evangelho. Assim que a mensagem foi também aos gentis e muitos deles abriram seus corações para receber ao Jesus.

3:24 O profeta Samuel viveu durante a transição entre os juizes e os reis do Israel, e se considerou como o primeiro em uma sucessão de profetas. Ungiu ao rei Davi, fundando a descendência real davídica, da qual veio o Messías. Todos os profetas assinalaram a um Messías futuro. se desejar mais informação a respeito do Samuel, veja-se seu perfil em 1 Smamuel 8.

3:25 Deus prometeu ao Abraão benzer ao mundo mediante seus descendentes, a raça judia (Gn 12:3) da qual o Messías viria. Deus tentou que a nação judia fora apartada e Santa, que ensinasse ao mundo a respeito de Deus, apresentando ao Messías, e que cumprisse sua obra no mundo. depois dos dias do Salomão, a nação renunciou a sua missão de lhe falar com mundo de Deus e, agora em tempos apostólicos, ao igual a quando esteve Jesus na terra, Israel rechaçava a seu Messías.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 3 do versículo 1 até o 26
III. Gravado primeiramente milagre físico da Igreja (At 3:1)

Lucas evidentemente destacou este milagre notável dentre os "muitos prodígios e sinais ... feitos pelos apóstolos" (At 2:43 ). Eles adoraram Cristo, mas ainda segundo o modelo judaico. Eles observaram os três, diariamente, prazos judaicas de oração no templo (At 2:42 , At 2:46 ): ou seja, "a terceira hora" (At 2:15 ), por volta das nove horas da manhã; "A hora sexta" (At 10:9.). Vivificado pelo Espírito Santo, sua comunhão com Deus tornou-se a principal fonte de comunhão doce e poder espiritual para a vida e serviço. A oração era um privilégio valorizada e uma prática chefe da Igreja apostólica (At 6:4 ). O hábito e engajamento da oração é sempre o segredo da vitória cristã (ver Ez 6:10 e Sl 55:17 ). Lange sustenta que costume cristão tinha estabelecido firmemente a observância destas três horas de oração por tempos apostólicos posteriores. Uma igreja sem oração é uma igreja impotente. A igreja de oração é uma igreja invencível. O milagre da cura que se seguiu foi resultante das orações unidos desses apóstolos, irmão cristão cheios do Espírito.

2. A oportunidade de serviço (At 3:2 e Ap 3:14 ), os mendigos ", cheios de chagas," vou mentir para ela portão. Enquanto sacerdotes e levitas "passar do outro lado", o assaltado, espancado e mundo sangramento vou mentir "meio morto" no lado da estrada (Lc 10:25 ).

3. O recurso de desamparo (At 3:3 E olhou para eles, esperando receber deles alguma coisa.

Pedro, fitando os olhos nele, com João, disse: Olha para nós . Os apóstolos, movidos pela sua condição triste e lamentável apelo a pedir esmola, concebida, sob inspiração divina, um melhor e de forma permanente de aliviar a situação do homem miserável. A cura física não só restaurá-lo à normalidade, independência e auto-estima, mas também iria demonstrar a compaixão do mundo de Deus para o sofrimento e Seu poder milagroso para restaurar os aflitos. Irradiavam semblantes dos apóstolos cheios do Espírito Santo a confiança e fé nasce da comunhão com o Deus vivo que, como ele olhou com expectativa sobre eles, inspirado esperança renovada e desafiou-o a acreditar. A fé é contagiante. Fé no Christian gera fé no mundo incrédulo. A fé, como o amor, vem a nascer sob a influência de um outro em que ela se manifesta. Assim, João podia dizer: "Nós amamos [ele], porque ele nos amou primeiro" (1Jo 4:19 ). O mundo vai acreditar pouco e a influência da igreja continuará a ser, infelizmente, limitada até que os cristãos renovar a sua fé na bondade e poder de Deus. Fé floresce no solo das manifestações espirituais. Oração produz tais manifestações. Do mesmo modo a fé de Cristo no homem gera a fé do homem em Cristo (ver Gl 2:20 ).

5. A Virtue cura em nome (3: 6-8a)

6 Mas Pedro disse, Prata e ouro não tenho nenhum; mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda. 7 E, tomando-o pela mão direita, e levantou-o:. e força imediatamente os seus pés e tornozelos-ossos recebeu 8 e pulando para cima, ele levantou-se e começou a andar ;

A obediência ao mandamento do Apóstolo era uma impossibilidade humana, mas inspirado pelo grande confiança e autoridade desse comando, em nome de Jesus Cristo de Nazaré , e apoiada pela mão estendida de Pedro, o aleijado saltou imediatamente para cima, levantou-se e começou a andar . De repente, ele percebeu-se ter sido feita a cada inteiro pouco. A atual cura divina surgiu através de seu corpo retorcido e deformado, endireitar, restauração, cura, e que anima o todo, e logo os seus pés e tornozelo-ossos se firmaram . A rapidez com que os seus pés e tornozelos-ossos recebeu a virtude era a prova de uma cura milagrosa, e que a cura foi evidenciado por seu pé, andando, e saltando, e louvando a Deus . O milagre foi mais do que uma cura física. Aqui está um homem imediatamente, caminhadas, e saltos que, aleijado de nascença, nunca tinha aprendido a ficar de pé, para não mencionar a pé ou pulando. Animação divina frequentemente restaura oportunidades inevitavelmente perdido e facilita o progresso na vida de um restaurado.

Enquanto Pedro e João possuído e exercido a autoridade para comandar a cura do paralítico, em nome de Jesus, a sua cooperação responsivo foi necessária para efetuar a cura. Embora desprovida de dinheiro, seja para a tesouraria da igreja ou esmola para o mendigo aleijado, estes apóstolos tiveram acesso a um tesouro muito mais rico com o qual ninguém mais poderia comparar (Fp 4:19 ), e que eles estavam prontos para dispensar necessidades onde dignos existido. Prata e ouro não tenho nenhum , disse Pedro,mas o que tenho isso te dou . Tomás de Aquino é relatado por Clarke ter uma vez apareceu na câmara do Papa Inocêncio IV, onde vastas somas de dinheiro da igreja estavam sendo contados. O Papa comentou a Tomé: "Você vê que a igreja não está mais em uma época em que ela pode dizer, prata e ouro não tenho nenhum ? "" É verdade, pai de santo ", respondeu o doutor angélico", nem pode ela agora dizer ao paralítico: ' Levanta-te e anda! " "(Conforme Ap 3:14 ).

6. A transformação espiritual (At 3:8)

9 E todo o povo o viu andando e louvando a Deus: 10 e tomaram conhecimento dele, que era ele que estava sentado a pedir esmola à porta Formosa do templo; e eles ficaram cheios de pasmo e assombro, pelo que lhe acontecera.

11 E como ele a Pedro e João, todo o povo correu para junto deles, ao alpendre chamado de Salomão perguntando muito.

A impotência sexual ao longo da vida do enfermo e seus espíritos normalmente abatido, enquanto ele estava deitado na porta Formosa mendicância, eram bem conhecidos pelos cidadãos, e especialmente os patronos do templo. Assim, a sua atenção foi preso, e maravilha e espanto agarrou-los em sua repentina restauração à compleição física e atividade normal. Seu espírito e de acção de animação, como foi evidenciado por seu pé, saltando e louvando a Deus no templo, eram provas suficientes de sua cura.Esta cura milagrosa não só proporcionou Pedro um texto a partir do qual a pregar, mas também um público interessado e expectante para ouvir seu sermão poderoso que se seguiu. Bancos não vai ficar por muito tempo vazia quando os corações estão cheios do Espírito e do poder milagroso de Deus está em evidência. Deus revelou segura transformando resultados (ver Lc 7:19 e At 16:18 ).

B. Um poderoso sermão (3: 12-18)

12 E quando Pedro viu isto, disse ao povo: Homens israelitas, por que vos admirais deste homem? ou por que prender os vossos olhos em nós, como se por nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos feito andar? 13 O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Servo Jesus; a quem vós entregastes e negou perante a face de Pilatos, quando este havia resolvido soltá- Lv 14:1 Mas vós negastes o Santo e Justo, e pediu um assassino a conceder-vos, 15 e matastes o Príncipe da vida; quem Deus ressuscitou dentre os mortos; que nós somos testemunhas. 16 E pela fé em seu nome tem o seu nome a este homem forte, que vedes e conheceis;.; sim, a fé que vem por ele, deu a este saúde perfeita na presença de todos vós 17 E agora , irmãos, eu sei que na ignorância fizestes, como também os vossos príncipes. 18 Mas as coisas que Deus já dantes pela boca de todos os profetas, que o seu Cristo havia de padecer assim cumpriu.

Há muito neste segundo sermão registrado de Pedro, que é uma reminiscência de seu sermão Dia Pentecostal (At 2:22 ). A ocasião, como o primeiro, foi produzido por um milagre divino; há o dom de línguas, aqui a cura de um aleijado. Ambos prenderam a atenção e aumentou o interesse e as expectativas das multidões, e Pedro foi assim determinado público. Aqui Pedro e João, como Paulo e Barnabé em Listra mais tarde, em circunstâncias muito semelhantes (At 14:8 ), negou qualquer humano, poder milagroso (v. At 3:12 ). Justamente, Pedro atribui o poder ea glória a Deus na reivindicação de Seu Filho Jesus Cristo (v. At 3:13-A ). Como ao contrário de tantos curandeiros professos modernas e milagreiros foi a resposta de Pedro a este milagre. Aproveitando a ocasião, Pedro entregou um penetrante acusação direta, dos judeus, em que ele os fez responsável pela rejeição, condenação e execução cruel do Filho de Deus e seu Messias. Contaram-lhe menos do que o assassino Barrabás (vv. At 3:13 ). A ironia da situação, Pedro apontou, foi que os judeus ignorantemente servido ao final contra o qual eles lutaram (vv. At 3:17 , At 3:18 ).

C. fervoroso EXORTAÇÃO (3: 19-26)

19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam apagados, que por isso não pode vir estações do refrigério pela presença do Senhor; 20 e que ele pode enviar o Cristo, aquele que foi nomeado para você, até mesmo Jesus: 21 quem o céu receba até os tempos da restauração de todas as coisas, das quais Deus falou pela boca dos seus santos profetas que houve desde os tempos antigos. 22 Moisés disse, um profeta é o Senhor Deus vos levantará dentre vossos irmãos, semelhante a mim; para ele o sereis ouvidos em todas as coisas que ele deve falar-vos. 23 E será que toda a alma que não ouvir a esse profeta, será exterminada dentre o Pv 24:1 sim e todos os profetas de Samuel e eles que se seguiu depois, a todos quantos falaram, também anunciaram estes dias. 25 Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus fez com vossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência todas as famílias da terra serão abençoados. 26 A vós primeiro Deus, depois de ter ressuscitado o seu Servo, enviou-o para te abençoe, no sentido de que cada um de vós, das vossas maldades.

Tendo convincente apresentou seu argumento e tendo feito a sua acusação contra os judeus, Pedro observado o efeito de condenação da verdade sobre os seus ouvintes e seguiu diretamente para exortá-los a se arrepender e voltar da maldade dos seus pensamentos e atos, para que pudessem receber o perdão de pecados e o favor de Deus (v. At 3:19 ). Mas o pregador avisa que eles devem agora estar dispostos a receber a Cristo como seu Salvador e Senhor pessoal de suas vidas, apesar de anteriormente ter rejeitado, para que possam ser salvos (vv. At 3:20-22 ). Julgamento divino pessoal é inevitável se novamente rejeitam a Cristo, à luz desta verdade convincente e o milagre da cura que eles têm testemunhado (v. At 3:23 ). Seus ouvintes são os herdeiros das promessas, dada por meio dos profetas, da salvação universal livre e bênção nesta dispensação Espírito Santo (At 2:23 , At 2:25 ). Exortação de Pedro fecha com o lembrete solene que Cristo foi levantada pela primeira vez para, e que a salvação é oferecida pela primeira vez para os judeus. Há evidências de que este sermão e exortação deu frutos imediatos para a salvação em ouvintes de Pedro e precipitou a primeira perseguição apostólica.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 3 do versículo 1 até o 26
  • Poder (3:1-11)
  • Os sete primeiros capítulos de Atos enfatizam os judeus, e o fato de Pedro e João ainda frequentarem o templo e guardarem os costumes ju-daicos é evidência disso. Hoje, ne-nhum cristão que entenda Gálatas e Hebreus pode participar de práticas do Antigo Testamento.

    Esse coxo é uma vivida ilus-tração do pecador perdido no que diz respeito a: (1) ele nasceu coxo, e todos nascem pecadores; (2) ele não podia andar, e nenhum pecador pode caminhar da forma que agrada a Deus; (3) ele estava fora do tem-plo, e os pecadores estão fora do templo de Deus, a igreja; (4) ele es-molava, e os pecadores são pedintes em busca de satisfação.

    Pedro curou esse homem não apenas para acabar com a deficiên-cia física e salvar a alma do homem, mas também para provar aos judeus que o Espírito Santo viera com as bênçãos prometidas. Is 35:6 pro-meteu aos judeus que Israel desfruta-ria dessas bênçãos quando recebesse o Messias. Depois do milagre, o ho-mem entrou no templo em compa-nhia dos servos de Deus e louvou-o. Todo cristão deve agir dessa forma. O caminhar dele era novo e diferen-te, e ele não fugiu da perseguição. As autoridades do templo não tinham como explicar o que acontecera, pois o testemunho do homem era muito evidente e forte.

  • Pregação (3:12-26)
  • Pedro usou essa cura como uma oportunidade para apresentar Cristo e oferecer perdão à nação. Em 2:14 e 22, observe que Pedro se dirige aos "varões judeus" (ARC). Ele pregou Cristo para eles e acusou-os de negar seu Messias. Havia poucas semanas, o próprio Pedro negara Cristo três ve-zes. No entanto, ele podia esquecer sua falta, porque confessou seu pe-cado e acertou as coisas com o Se-nhor. (LeiaRm 8:32-45.)

    O versículo 1 7 é o mais impor-tante, pois Pedro afirma que a ig-norância de Israel fez com que este cometesse esse crime horroroso. A ignorância não é desculpa, mas in-fluencia na aplicação da pena. Por isso, Jesus orou: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23:34). Agora, Deus dava uma nova chance a Israel para receber seu Messias. Nos versículos 19:20, Pe-dro promete que Deus cancelaria os pecados da nação (Is 43:25 e 44:22- 23), enviaria Cristo a ela e lhe daria "tempos de refrigério", se seus compatriotas se arrependessem e rece-bessem o Senhor.Jr 23:5, Mi- quéias 4:3 e Is 11:2-23, Is 35:1-23). Esse plano era um "mistério" escondido nos tempos do Antigo Testamento, mas revelado por intermédio de Paulo (leia Ef 3). O desígnio proféti-co de Deus para os judeus teve uma parada, quando a nação cometeu o "pecado imperdoável" contra o Espírito Santo ao matar Estêvão. A partir desse dia, Israel foi posto de lado, e a igreja ocupou o cenário principal.

    Como a nação respondeu ao convite? Muitas pessoas comuns creram e foram salvas, mas as au-toridades prenderam os apóstolos. Os saduceus não criam na ressur-reição e rejeitaram a mensagem de Pedro de que Cristo ressuscitara dos mortos. Os fariseus odiavam Je-sus, porque ele os condenara (Mt 23). Como veremos no capítulo se-guinte, começa a perseguição que Cristo prometera aos apóstolos, em João 15:18—16:4.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 3 do versículo 1 até o 26
    3.1 Hora nona. Três horas da tarde quando se oferecia no templo o sacrifício vespertino.

    3.2 Formosa. Provavelmente a porta Nicanor, de bronze coríntio, que dava passagem entre o pátio dos gentios e o das mulheres.

    3.6 Em nome... i.e., pela autoridade e poder de Jesus Cristo.

    3.7 Seus pés e tornozelos se firmaram. O autor usa a linguagem médica no originais,

    3.12 Poder ou piedade. Na Sua soberana decisão de glorificar o Senhor Jesus, Deus não se limita, no exercício de Seu poder, às virtudes humanas.

    3.13 Servo. Gr pais, "servo", "criança", "filho" (conforme v. 26). Na Septuaginta se encontra emIs 52:13 (conforme At 4:26). Havia de padecer. A preparação mais necessária para a conversão dos judeus era a demonstração que as Escrituras predisseram os sofrimentos expiatórios do Messias. A cruz, até hoje, continua sendo escândalo para os judeus (1Co 1:232n; Rm 11:25).

    3.22 Moisés. Os primeiros dois sermões de Pedro em Atos, mostram que Jesus é o sucessor maior de Davi e Moisés, cumprindo as profecias por eles pronunciadas.

    3.26 Ressuscitado. No grego aparece a mesma palavra que vem traduzida "suscitará" em v. 22. Na ressurreição de Cristo. Deus cumpre as profecias dadas aos pais (13 32:34). Abençoar. Em Cristo ressurreto, aquela bênção prometida a Abraão para todas as nações (Gn 12:3) chega ao seu cumprimento.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 3 do versículo 1 até o 26
    III. O NOME DO SENHOR JESUS EM JERUSALÉM (3.1—5.42)

    1) O poder do Nome (3:1-10)
    O primeiro estágio do plano — a evangelização de Jerusalém — era um projeto impossível se os Doze fossem competir com o Sinédrio e o partido dominante do sumo sacerdote, bancado em última instância por Roma. Mas o seu Mestre havia prometido que eles fariam obras maiores em seu nome porque ele havia partido para o trono de Deus para administrar uma missão completa,

    e o nome dele era a sua própria autoridade manifesta por meio dos seus servos (Jo 14:12-43). Eles falaram e oraram no Nome, mas nessa seção é muito importante observar que eles realizaram milagres no Nome, à medida que esse poder lhes fornecia as credenciais e a proteção até que a capital rebelde estivesse repleta da mensagem do crucificado e do Messias ressurreto. Em contraste com o poder carnal dos governantes judaicos, Deus apontou outro “poder” por meio do Nome que transformou a fraqueza dos apóstolos em força e dignidade espirituais.

    A cura do aleijado (3:1-10). três horas da tarde: era o horário da oração nacional associada ao sacrifício do anoitecer. Pedro e João adoravam como israelitas sem sentirem a necessidade de jogar fora os costumes relacionados ao templo.

    Os detalhes da cura destacam a enfermidade e o desespero do mendigo do templo e a pobreza material dos apóstolos. Mas o Nome estava lá, e por seu poder os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes, e, assim, ele pôde entrar no pátio do templo saltando e louvando a Deus. (v. detalhes da estrutura em NBD, art. “Templo”).

    Apesar do fato de que os judeus da Palestina estavam bem familiarizados com a obra de cura do nosso Senhor, os adoradores do templo ficaram perplexos e muito admirados (v. 10). O realizador de milagres tinha sido crucificado, mas um poder semelhante ao dele ainda estava em ação em Jerusalém!


    2) O segundo sermão de Pedro (3:11-26)
    O contexto. O público era constituído totalmente de judeus e se encontrava no pátio do templo — o centro visível da vida religiosa. A cristologia é messiânica, com associações próximas com o AT, o que é natural nesse estágio.
    A origem do poder (3.12,13). Pedro se volta em um momento da perplexidade do povo para os primórdios da raça — o chamado de Abraão e a aliança de Deus com ele —, pois o poder por meio do nome de Jesus estava diretamente relacionado com os propósitos do Deus de Abraão.
    Os títulos do Messias. A cristologia do período é revelada de forma especial nos nomes atribuídos ao Salvador nesse sermão e nos versículos seguintes, servo (ou “Filho”) em 3.13 26:4-27 é uma tradução de pais (termo assim transliterado do grego) e está relacionado com os “Cânticos do Servo” de Isaías 42—53. O Santo (v. 14) está associado a 4.27 e era conhecido até pelos demônios (Mc 1:24). O Justo (v. 14) é usado por Estêvão (7.52), por Ananias (22,14) e por João (ljo 2.1), expressando um aspecto importante da pessoa e obra do Messias. O autor da vida (v. 15) está em contraste forte com a escolha, por parte dos habitantes de Jerusalém, de um assassino (v. tb. He 2:10; He 12:2). Um profeta (v. 22) cumpre a profecia de Moisés em Dt 18:15. Um pouco mais tarde, os apóstolos falariam do “Ungido do Senhor” (4.26). Cada título focalizava a profecia messiânica totalmente na pessoa de Jesus de Nazaré. Nesse estágio, não há referência ao Filho e Criador pré-encarnado como em Fp 2:6-50; Cl 1:1520; Jo 1:1-43; He 1:1-58.

    O veredicto dos judeus e o veredicto de Deus (3:13-15). Os títulos gloriosos do Messias destacam a culpa daqueles que o rejeitaram. A obra de Deus na ressurreição, testemunhada pelos Doze, reverteu o veredicto vergonhoso do Sinédrio.
    Curando pela “fé no Nome” (3.16). Por mais estranho que soe o melhor texto grego aqui, certamente destaca as inter-relações salvíficas entre o Nome e a fé do homem curado que era o “texto vivo” desse sermão.
    “Arrependam-se” (3:17-21). Embora Pedro aparentemente faça alguma concessão para a ignorância, mesmo assim somente o arrependimento sincero poderia apagar o crime que cometeram de rejeição do Messias e tornar possível o retorno dele em bênção.
    As frases dos v. 19-21 precisam ser interpretadas à luz das muitas profecias de bênçãos sobre Israel e as nações no reino vindouro. Seria absurdamente anacrônico supor que Pedro as estivesse aplicando à igreja por meio de um método de espiritualização!

    Os profetas e o Profeta (3:22-26). A profecia de Moisés em Dt 18:15,Dt 18:16 pode ser interpretada como o fato de Deus ter levantado os verdadeiros profetas em geral, mas alguns judeus (especialmente a comunidade de Cunrã) a consideravam em certo sentido messiânica (conforme Jo 1:21b; Jo 6:14), e o mesmo conceito é destacado em He 1:1. Samuel é importante por ter inaugurado uma época profética em que “escolas” de profetas mantiveram o seu testemunho em Israel. Os judeus eram herdeiros dos profetas e da aliança (v. 25) no sentido hebraico de terem uma participação intensa na aliança e na profecia que conduziam às bênçãos messiânicas (v. 26). Mas a sua porção ou poderia se perder em virtude de incredulidade, ou poderia ser confirmada se eles recebessem o Servo que Deus havia levantado — assim como anteriormente havia levantado Moisés. Deus [...] enviou-o primeiramente a vocês, para abençoá-los, convertendo cada um de vocês das suas maldades. Era uma questão nacional, pois Cristo havia sido enviado ao povo escolhido. Era uma questão moral, pois precisava de arrependimento. Era uma questão pessoal, pois cada um precisava receber o Salvador pessoal.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Atos Capítulo 3 do versículo 1 até o 26

    Atos 3

    A. Um Milagre e um Sermão Típicos. At 3:1-26.

    A cura do coxo foi um dos muitos milagres, mas foi de singular importância porque forneceu ocasião para um sermão típico que ilustra o conteúdo da pregação apostólica aos judeus. Isto, por outro lado, levou à primeira oposição da parte dos líderes judeus.


    Moody - Comentários de Atos Capítulo 3 do versículo 1 até o 42

    II. A Igreja em Jerusalém. 3:1 - 5:42.

    A igreja primitiva no começo não demonstrou inclinação para encetar uma missão de evangelização mundial. Os primeiros cristãos foram judeus morando em Jerusalém como judeus que encontraram em Jesus o cumprimento das profecias do V.T. Lucas seleciona diversos episódios ilustrando esses primeiros anos.


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Atos Capítulo 3 versículo 21
    At 3:21 - Todas as coisas serão restauradas a Deus, ou apenas algumas coisas?


    PROBLEMA:
    Por um lado, esse versículo fala da "restauração de todas as cousas", o que parece demonstrar que finalmente todos serão salvos. Por outro lado, as Escrituras declaram que muitos se perderão (Mt 25:41; Ap 19:20-20:15). Será que todos serão realmente salvos?

    SOLUÇÃO: Deus deseja que todos se salvem (1Tm 2:4; 2Pe 3:9). Entretanto, alguns simplesmente não estão querendo aceitar a graça de Deus (conforme Mt 23:37). Como Deus é amor (1Jo 4:16) e os seres humanos são livres, Deus não pode forçá-los a amá-lo espontaneamente. Liberdade forçada é uma contradição em si. Portanto, Deus permitirá àquele que não se arrependeu que siga o seu caminho. Aqueles que não dizem a Deus: "faça-se a tua vontade", um dia ouvirão Deus lhes declarar: "seja feita a vontade de vocês". Tal é a natureza do inferno.

    Em parte alguma da Bíblia há qualquer base para sustentar esperança por aqueles que se recusam a aceitar o amor de Deus. Um Deus de amor não pode forçar ninguém a amá-lo. Amor forçado também é uma contradição em si. O amor sempre atua de forma persuasiva, mas nunca coercivãmente (veja também os comentários de Cl 1:20).

    O que então significa essa "restauração de todas as cousas"? Nesse versículo, ao falar da "restauração de todas as cousas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antigüidade"(At 3:21), Pedro está-se referindo à "aliança que Deus estabeleceu com vossos pais [judeus], dizendo a Abraão: 'Na tua descendência, serão abençoadas todas as nações da terra' " (At 3:25). Essa aliança com Abraão era incondicional e incluía a promessa da posse da terra da Palestina "para sempre" (Gn 13:15).

    É, portanto, ao cumprimento futuro dessa aliança com Abraão que Pedro se refere, bem como à restauração de todas as coisas a Israel, e não à salvação de todas as pessoas (veja também os comentários de Rm 11:26-27).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 3 do versículo 1 até o 26
    e) Um milagre e suas conseqüências (At 3:1-5.42)

    1. CURA DE UM COXO (At 3:1-26) -No cap. 3 Lucas dá um exemplo dos "prodígios e sinais (At 2:43), narrando um deles que teve conseqüências interessantes. Os apóstolos e os outros crentes continuaram a observar os costumes dos judeus, pelo que assistiam no templo regularmente. Uma tarde, quando Pedro e João para lá se dirigiam, à hora da oblação (cerca das 15 horas), ao passarem pela Porta Formosa, chamada de Nicanor, feita de bronze coríntio, que levava ao Pátio dos Gentios para o das Mulheres, a atenção deles foi atraída por um coxo de nascença, que ali se postava a pedir esmolas ao povo que passava pela porta. Pedro ordenou-lhe que se levantasse e andasse, invocando a autoridade de Jesus, o Messias Nazareno. Ajudando-o a erguer-se sobre os pés, o coxo andou e, cheio de gozo pela nova força que sentia, elevou a voz em louvor a Deus, saltando, de modo que todo o povo por ali o observava. Naturalmente foi grande a sensação, visto como todo o mundo conhecia o coxo que havia tanto tempo ali se sentava a esmolar. Aglomerando-se uma multidão na colunata de Salomão, Pedro aproveitou a ocasião para anunciar Jesus como o Messias, rejeitado e crucificado pelos judeus, porém agora levantado dentre os mortos a oferecer remissão dos pecados e o cumprimento das promessas proféticas feitas a Israel. O homem curado permanecia ali ao lado, dando testemunho poderoso da verdade do que Pedro dizia, porque fora pelo poder do Nome de Jesus que obtivera cura, sendo esta um "sinal" messiânico patente, visto como todos podiam lembrar-se do que profetizara Isaías acerca da era do Messias: "Os coxos saltarão como cervos" (Is 35:6).

    A hora da oração (1). Os tempos marcados para oração eram de manhã cedo, hora do sacrifício matutino; à tarde, hora do sacrifício vespertino; e ao pôr do sol. Josefo (Ant. 14:4-3) diz que se ofereciam sacrifícios no templo "duas vezes por dia, de manhã e cerca da hora nona". Chamada Formosa (2). Provavelmente era a mesma que o Mishna chamava "Porta de Nicanor", feita de bronze coríntio e descrita por Josefo como "de muito maior valor do que as chapeadas de prata e embutidas de ouro". (Guerra Judaica, At 5:5-3). Pórtico chamado de Salomão (11), que percorria toda a extensão do lado oriental do pátio exterior (cfr. Jo 10:23).

    >At 3:13

    Seu Servo Jesus (13). É expressão que lembra o Servo do Senhor, retratado em Is 42:1 e segs., Is 52:13 e segs. Com a declaração aqui, de que Deus glorificou a Seu Servo Jesus, conferir Is 52:13, "Eis que o meu Servo... será exaltado e elevado" (nos LXX doxazo, o mesmo verbo empregado aqui). O Santo e o Justo (14); duas designações messiânicas. O Autor (Príncipe) da vida (15). "Príncipe" corresponde ao gr. archegos, "pioneiro", aparecendo também em At 5:31; He 2:10; He 12:2. Por ignorância (17); isto é, não sabiam que matavam ao seu próprio Messias. Que o Cristo havia de padecer (18). Não esta expressamente profetizado no Velho Testamento que o Messias padeceria; esta declaração baseia-se no fato de Jesus identificar o Servo Sofredor com o Messias, e ter Ele aceito o Ministério e havê-lo cumprido neste sentido (ver At 2:23).

    >At 3:19

    Quando vierem os tempos do refrigério (19). O sentido provável é que a aceitação, pelos judeus, de Jesus como o Messias apressaria aquelas condições de bênçãos mundiais que os profetas descreveram como características da era messiânica. Até aos tempos da restauração de todas as coisas (21). Em lugar de restauração (reintegração) leia-se "estabelecimento" ou "cumprimento". O sentido é: "até ao tempo em que tudo quanto Deus falou pelos profetas tiver sido cumprido". Disse, na verdade, Moisés (22). É citação de Dt 18:15 e segs., "testemunho" messiânico favorito da Igreja primitiva; cfr. At 7:37; também Jo 1:21; Jo 6:14; Jo 7:40. Os judeus cristãos, particularmente dos primeiros séculos A. D., viam em Jesus um segundo Moisés. A ele ouvireis (22). As palavras "a ele ouvi", que soaram do céu na Transfiguração (Mc 9:7; Lc 9:35) provavelmente são um eco desta ordem do Deuteronômio. Todos os profetas a começar com Samuel (24). Samuel é considerado aqui o primeiro de uma série de profetas (cfr. 1Sm 3:20). Não há registrada qualquer profecia messiânica de Samuel, porém o sentido geral aqui é que os dias, então chegados, marcavam a consumação de tudo quanto os profetas haviam predito. Dizendo a Abraão (25). As palavras que se seguem são uma citação livre de Gn 12:3; Gn 18:18; Gn 22:18. Tendo levantado a seu Servo (26). Aqui e no vers. 22 levantado pode não se referir à ressurreição de Cristo, mas ao fato de Deus levantá-lO para libertar Israel, como em At 13:22 onde se diz que Ele "levantou a Davi" (ver também At 13:33).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 3 do versículo 1 até o 26

    8. Um milagre para confirmar a Palavra (Atos 3:1-10)

    E Pedro e João subiam ao templo à hora nona, a hora da oração. E um certo homem que tinha sido coxo desde o ventre de sua mãe estava sendo levado junto, a quem eles usaram para definir para baixo todos os dias à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmolas aos que entravam no templo. E quando viu Pedro e João, que iam entrando no templo, começou a pedir para receber esmolas. E Pedro, juntamente com João, fixou seu olhar sobre ele e disse: "Olhe para nós!" E ele começou a dar-lhes sua atenção, esperando receber deles alguma coisa. Mas Pedro disse: "Eu não possuem prata e ouro, mas o que eu tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno-walk" E agarrando-o pela mão direita, o levantou; e logo os seus pés e tornozelos foram reforçadas. E, com um salto, ele ficou em pé e começou a andar; e entrou com eles no templo, andando, saltando e louvando a Deus. E todo o povo viu andando e louvando a Deus; e eles estavam tomando nota dele como sendo aquele que costumava sentar-se à porta Formosa do templo para pedir esmolas, e eles estavam cheios de admiração e espanto com o que tinha acontecido com ele. E enquanto ele estava agarrado a Pedro e João, todo o povo correu para junto deles no chamado pórtico de Salomão, cheio de espanto. (3: 1-10)

    A Bíblia adverte repetidamente do perigo sempre presente de heréticos falsos mestres. Porque eles afirmam representar a Deus, ainda deturpar sua verdade, eles fazem um grande dano. Jesus descreveu esses pregadores em Mt 7:15 como "lobos vorazes" e advertiu que "muitos falsos profetas se levantarão, e enganarão a muitos" (Mt 24:11). Alguns vão ser extremamente perigoso, mostrando "grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, até os escolhidos" (Mt 24:24).

    O apóstolo Paulo chamou falsos mestres "lobos vorazes" (At 20:29), "homens rebeldes, paroleiros e enganadores" (Tt 1:10). Ele advertiu os coríntios para ter cuidado com eles, chamando-os de "falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo" (2Co 11:13). Eles são aqueles que "apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos e doutrinas de demônios enganadores" (1Tm 4:1; conforme Jd 1:16), e, "Se eu não faço as obras de Meu Pai, não creiam em mim; mas se as faço, embora você não acredita em mim, crede nas obras, para que possais saber e compreender que o Pai está em mim e eu no Pai "(João 10:37-38). Ele desafiou Filipe para "Crede-me que estou no Pai e que o Pai está em mim, caso contrário acredito que por conta das próprias obras" (Jo 14:11). As obras que Ele fez corroboram as palavras que disse. Nicodemos reconheceu que, quando ele disse: "Rabi, sabemos que Você veio de Deus, como um professor, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele" (Jo 3:2). O escritor de Hebreus acrescentou: "Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? Depois que ele foi na primeira dito pelo Senhor, foi-nos confirmada pelos que a ouviram, dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais e maravilhas e por vários milagres e dons do Espírito Santo, de acordo com sua própria vontade "(Heb. 2: 3-4). Como observado na discussão de At 2:43, no capítulo 7, no entanto, tal credenciamento milagrosa não é mais necessário. Podemos determinar que fala por Deus, comparando o seu ensino com as Escrituras.

    Os dons de sinais milagrosos incluído o dom da cura (10 conforme Matt:.
    1) exerceu nesta passagem. Esta é uma das muitas curas realizadas pelos apóstolos (conforme At 2:43), selecionado para o seu impacto e conexão com sermão inspirado de Pedro. Infelizmente, há muita confusão sobre esse dom. Muitos afirmam hoje de possuir ou ter acesso a esse dom. Suas chamadas curas executar a gama de manobras psicológicas para falsificações definitivas para a atividade demoníaca. A compreensão bíblica do ministério de cura apostólica inclui os seguintes pontos:

    Em primeiro lugar, tal como referido acima, muitas curas são supostas fraudulenta. Ao longo dos anos, curandeiros foram expostos como charlatões. Curas aparentes resultam da manipulação da mente ou uma espécie de hipnose, decorrente de uma forte crença em uma figura de autoridade. Quando esse número diz às pessoas que estejam curados, suas emoções podem substituir temporariamente os seus sintomas físicos. Essas "curas", escusado será dizer, são de curta duração.
    A categoria relacionada de "curas" envolve curas de doenças psicossomáticas. Uma vez que tais doenças imaginárias podem produzir doenças sintomáticas com nenhuma causa física, biológica, a sua cura não é uma ilustração de o dom da cura. Jesus e os apóstolos curou os que sofrem com doenças físicas, tais como cegueira, surdez e paralisia, e doenças orgânicas, tais como lepra. A cura dessas condições, e outros como eles, no entanto, está além do alcance de curandeiros contemporâneos.

    Em segundo lugar, Satanás e suas hostes demoníacas podem produzir curas falsas. Eles fazem isso não somente nas falsas religiões, mas também sob o disfarce do cristianismo. O Senhor Jesus Cristo advertiu que "surgirão falsos cristos e falsos profetas se levantarão e mostrarão sinais e prodígios, a fim de, se possível, para liderar a eleger extraviados" (Mc 13:22). O apóstolo Paulo ecoou esse aviso, relacionando-o especificamente para a vinda homem do pecado. Ele descreveu-o como "aquele cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira" (2Ts 2:9.). Deus não está envolvido, nem Ele aprova, tudo que é feito em seu nome. Ainda menos que Ele deseja testemunho de fontes demoníacas. Nosso Senhor recusou-se a permitir que os demônios para divulgar sua verdadeira identidade (Lc 4:41), e Paulo se recusou a permitir que uma menina possuída por um demônio mesmo para dar testemunho da verdade que ele e Silas eram servos de Deus (Atos 16:16-18) .

    Os crentes devem estar constantemente conscientes do perigo do engano satânico. Paulo advertiu o Corinthians do que quando ele escreveu sobre alguns dos falsos mestres de sua época:

    Pois os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Por isso não é de estranhar os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras. (13 47:11-15'>2 Cor. 11: 13-15)

    Satanás é talvez ainda mais perigoso em sua sutileza como um lobo em pele de cordeiro do que como um leão que ruge.
    Em terceiro lugar, ao contrário do ensino de muitos hoje, a igreja primitiva não era uma igreja de milagres. Em vez disso, eles eram uma igreja com apóstolos milagrosos. O dom de cura na igreja primitiva foi limitado aos apóstolos e seus associados próximos no ministério. Quando eles desapareceram, assim como o dom da cura.

    Em quarto lugar, em todos os casos registrados de o dom da cura, em Atos, é incrédulos que são curados (3: 1-11; 5: 15-16; 8: 7; 19: 11-12; 28: 8). (Ou não Aeneas [Atos 9:33-34] era um crente é difícil de determinar devido à brevidade da passagem no entanto, a descrição dele como "um homem", em vez de um crente ou discípulo [conforme At 9:36] sugere que ele era um incrédulo.) Essa cura milagrosa foi um acontecimento absolutamente incomum na igreja primitiva resulta da celeuma cura de Enéias de Pedro causado. Se curas eram comuns, o que seria tão sensacional sobre mais um? No entanto, a cura de Enéias de Pedro causou todos os que viviam naquela região para voltar para o Senhor (At 9:35).

    Outra evidência de que o dom de cura não foi usada em nome da igreja vem das passagens que mencionam crentes doentes. Paulo não curou Trophimus mas deixou-o doente em Mileto (2Tm 4:20). Ele também não aconselho a Timóteo para ir ao curandeiro local para seus problemas médicos. Em vez disso, ele disse-lhe para levar o vinho para sua doença (1Tm 5:23).

    Isso quer dizer que Deus cura já não? Claro que não! Deus pode escolher curar hoje em resposta às orações dos Seus filhos, quando isso é consistente com a Sua vontade. Mas isso está muito longe de o, capacidade de cura sobrenatural milagroso dado os apóstolos em nome dos não-cristãos. Eles foram o fundamento da igreja (Ef 2:20), mas eles passaram da cena. Com eles foram os dons miraculosos que foram associados exclusivamente com eles (2Co 12:12). É uma suposição infundada, sem apoio bíblico que as curas deve ser esperado como comum na igreja. Nunca em toda a história houve um momento de tal poder de cura como exibido por Cristo e os apóstolos. Não há tempo, antes ou depois, quando Deus se manifesta tais milagres de cura prolíficos. Era raro antes do ministério do Senhor e os apóstolos e igualmente, se não mais, raros desde então. (Para uma discussão detalhada da cura, ver meu livro Charismatic Chaos [Grand Rapids: Zondervan, 1992], e Richard Mayhue, A Promessa de Cura . [Eugene, Oreg .: Harvest House, 1994)]

    Em Atos 3:1-10, o Espírito Santo seleciona um dos "muitos prodígios e sinais" mencionados em 2:43 como uma ilustração. Este milagre surpreendente de curar um homem coxo de nascença reúne uma multidão de curiosos e prepara-los para ouvir o sermão de Pedro. Ele também confirma que Pedro e João representar Deus. O registro do homem coxo se desenvolve em três eventos: a cena, o sinal, e na seqüência.

    O Scene

    E Pedro e João subiam ao templo à hora nona, a hora da oração. E um certo homem que tinha sido coxo desde o ventre de sua mãe estava sendo levado junto, a quem eles usaram para definir para baixo todos os dias à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmolas aos que entravam no templo. E quando viu Pedro e João, que iam entrando no templo, começou a pedir para receber esmolas. (3: 1-3)

    Os evangelhos e Atos revelam que Pedro e João estavam intimamente associados. De acordo com Lc 5:10, que eram sócios de uma empresa de pesca antes de seu chamado como discípulos. Com o irmão de João Tiago, eles compunham o círculo interno dos doze (conforme Mt 17:1; Mc 5:37; Mc 9:2; Lc 8:51, Lc 9:28). Jesus confiou-lhes a fazer os preparativos para a Páscoa (Lc 22:8 menciona as três horas de oração, sendo os outros dois na parte da manhã (a terceira hora) e ao meio-dia (sexta hora). A nona hora também foi o tempo do sacrifício da tarde, quando o templo multidões diárias seria em seu pico.

    Em seu caminho para o templo, os dois apóstolos encontraram um certo homem que tinha sido coxo desde o ventre de sua mãe. Crippled desde o nascimento, seu caso era sem esperança; sua aflição não era um dos médicos de sua época poderia curar. O imperfeito do verbo traduzido estava sendo levado junto, em conjunto com a frase estabelecido a cada dia indica que era sua rotina diária para implorar naquele local.

    A porta do templo, chamada Formosa foi o local perfeito . mendigar esmolas aos que entravam no templo Beggars na Palestina favoreceu três locais: as casas dos ricos (conforme Lucas 14:1-2; 16: 19— 21), as estradas principais (conforme Mc 10:46), e do templo. Dos três, o templo era o melhor site. Não só multidões lotam o templo diariamente, mas eles também veio para impressionar a Deus com a sua piedade.Uma maneira de fazer isso era dar esmolas aos pobres. Além disso, o tesouro do templo era o lugar onde as pessoas apresentaram as suas ofertas ao Senhor. Eles seriam, portanto, no estado de espírito para dar dinheiro quando eles chegaram ao templo. A bonita Gate, no interior do templo área de montagem no lado oriental, separado do Pátio dos Gentios do Tribunal de Justiça das Mulheres. Como as outras portas, que era grande e ornamentado. Segundo o historiador judeu Flávio Josefo, que era feita de bronze de Corinto, e era tão grande que levou vinte homens para fechá-la ( Guerras VV3, VI.V.3).

    O homem coxo foi estrategicamente colocada no portão para o efeito máximo e identificando a Pedro e João, que iam entrando no templo, começou a pedir para receber esmolas. Ele esperava misericórdia, sob a forma de dinheiro, pouco percebendo que ele estava prestes a receber o maior misericórdia de cura e salvação.

    O Sign

    E Pedro, juntamente com João, fixou seu olhar sobre ele e disse: "Olhe para nós!" E ele começou a dar-lhes sua atenção, esperando receber deles alguma coisa. Mas Pedro disse: "Eu não possuem prata e ouro, mas o que eu tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno-walk" E agarrando-o pela mão direita, o levantou; e logo os seus pés e tornozelos foram reforçadas. E, com um salto, ele ficou em pé e começou a andar; e entrou com eles no templo, andando, saltando (3: 4-8a)

    Quatro aspectos desse milagre são dignos de nota: foi inesperado, foi feito em nome do Senhor Jesus Cristo, foi instantânea, e foi concluída.

    Foi inesperado

    E Pedro, juntamente com João, fixou seu olhar sobre ele e disse: "Olhe para nós!" E ele começou a dar-lhes sua atenção, esperando receber deles alguma coisa. Mas Pedro disse: "Eu não possuem prata e ouro, mas o que eu tenho eu te dou: (3: 4-6)

    Em resposta aos gritos do mendigo a pedir esmola, Pedro e João fixa seu olhar sobre ele. Atenizō ( fixa seu olhar sobre ) é a mesma palavra usada em 1:10 para descrever olhar intenso dos apóstolos ao Senhor ascendente. Os dois apóstolos concentraram sua atenção sobre o aleijado infeliz, ordenando-lhe, "Olhe para nós!" Com grande expectativa, o mendigo começou a dar-lhes sua atenção, esperando receber deles alguma coisa. Ele estava esperando, é claro, para receber o dinheiro . A resposta de Pedro, "Eu não possuem prata e ouro, mas o que eu tenho eu dou para você", foi totalmente inesperado. O mendigo, sem dúvida, se perguntou o que esses homens poderiam dar a ele que seria mais valioso do que dinheiro. Ele estava prestes a descobrir.

    Como todas as obras de Deus, este milagre foi baseado na vontade soberana de Deus. Havia centenas de outros mendigos em Jerusalém, muitos deles, sem dúvida, aleijado também. Mas foi este homem que Deus soberanamente escolheu para receber a cura. Esperando apenas algum dinheiro para ajudar momentaneamente aliviar sua situação desesperadora, o mendigo em vez recebeu muito mais do que ele teria jamais sonhou ser possível.

    Isso foi feito em nome de Jesus Cristo

    Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda! (3: 6-B)

    O mendigo tinha pouca razão para acreditar em Jesus Cristo. Jesus não tinha mudado sua situação, e ele tinha sido executado como um blasfemo. Ele, portanto, deve ter encontrado o uso de Pedro de Seu nome desconcertante. Em nome do meio, por força de caráter, autoridade e poder de Cristo. Como observado na discussão de At 2:22, no capítulo 5, Jesus Cristo, o Nazareno foi a designação comum de nosso Senhor durante Seu ministério terreno. Ele descreve-lo como Jesus, o Messias de Nazaré. Para fazer algo em nome de Jesus Cristo é agir de acordo com a Sua vontade; para fazer o que Ele faria se estivesse aqui, para agir em Seu autoridade e com o Seu poder delegado. Pedro tinha visto o Senhor curar inúmeras vezes. Agora, agindo em nome do seu Senhor com o poder delegado a ele (conforme Mt 10:1; Mc 5:29; Lc 5:13; Lc 17:14; Jo 5:9; conforme Jo 16:24).

    Um segundo resultado foi louvor e adoração a Deus. A simples participação em um serviço religioso em si não garante a verdadeira adoração. O mais genuína adoração a Deus provável ter ocorrido naquele dia no templo era o louvor do mendigo.
    Em terceiro lugar, o milagre foi um testemunho para o povo. A explosão do mendigo de louvor causou choque e espanto por parte da multidão. Todas as pessoas lá no templo viu andando e louvando a Deus. Sua era um testemunho muito público. Reconhecendo -o como sendo a pessoa que costumava sentar-se à porta Formosa do templo para pedir esmolas, a multidão estava cheio de admiração e espanto com o que tinha acontecido com ele. Que um milagre havia acontecido era inegável. Eles tinham visto o mendigo sentado à porta Formosa, durante muitos anos, por isso, todos sabiam de sua condição. Mesmo os líderes judeus não negou que um milagre havia acontecido. Em At 4:16, eles disseram: "O que vamos fazer com esses homens? Pois o fato de que um milagre digno de nota aconteceu através deles é evidente para todos os que vivem em Jerusalém, e não podemos negá-lo."

    Como observado na discussão de At 2:22, no capítulo 5, Deus projetou milagres para atuar como sinais para atrair a atenção e apontar as pessoas para a verdade divina. Esta cura fez tanto. Ele certamente chamou a atenção da multidão, que correu para junto deles no chamado pórtico de Salomão, cheio de espanto. E se tivessem lembrado seu Antigo Testamento, eles teriam sabido que as curas eram para marcar o início dos tempos messiânicos. Isaías disse que de idade, "Então o coxo saltará como um cervo" (Is 35:6]). O homem que tinha sido curado estava com os apóstolos,agarrando-se a Pedro e João. Ele foi a prova de que um milagre havia acontecido vivo. O palco estava montado para Pedro para pregar a Cristo.

  • O poderoso sermão de Pedro — Parte 1 ( Atos 3:12-18 )
  • Mas quando Pedro viu isso, ele respondeu ao povo: "Homens de Israel, por que você se maravilhar com isso, ou por que vocês estão olhando para nós, como se por nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos feito andar? O Deus de Abraão , Isaque e Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou seu servo Jesus, a quem vós entregastes e rejeitado na presença de Pilatos, quando ele tinha decidido soltá-lo. Mas você renegou o Santo eo Justo, e pediu um assassino a conceder a você, mas condenado à morte o Príncipe da vida, aquele a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, um fato de que nós somos testemunhas. E com base na fé em seu nome, é o Nome de Jesus que reforçou este homem que vocês vêem e sabem; e a fé que vem por meio de Jesus deu esta saúde perfeita na presença de todos vocês E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, assim como o seu. governantes fizeram também. Mas as coisas que Deus anunciadas de antemão pela boca de todos os profetas, que o seu Cristo havia de padecer tem, assim, cumprido ". ( 3: 12-18 )

    Os primeiros pregadores eram extremamente preocupado com a exaltação do nome de Jesus Cristo. Foi nesse nome que eles batizaram ( At 2:38 ) e curado ( At 3:6 ; At 4:10 ). Mesmo os adversários da Igreja reconhecida como centro o nome de Jesus estava na pregação apostólica ( At 5:40 ). Filipe pregou o nome de Jesus ( At 8:12 ), como fez Paulo ( At 9:27 ). O concílio de Jerusalém elogiou Barnabé e Paulo como "homens que arriscaram suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo" ( At 15:26 ), e Paulo expressou sua disposição de morrer por esse nome ( At 21:13 ).

    A Bíblia se refere ao nosso Senhor por muitos nomes, segundo algumas estimativas, mais de 200. Eles incluem os familiares como Alpha e Omega ( Ap 22:13 ), Amado ( Ef 1:6 ), o primogênito dentre os mortos ( Cl 1:18 ), Santo ( At 2:27 ), Emanuel ( Is 7:14 ), Cordeiro ( Ap 5:6 ), Leão da tribo de Judá ( Ap 5:5 ), Senhor dos senhores ( Ap 17:14 ), Senhor do sábado ( Mt 12:8 ), Servo ( At 3:13 ) , Pastor ( Jo 10:11 ), o Filho de Deus ( Mc 1:1 ), e Palavra de Deus ( Jo 1:1 ). Mas, de todos os nomes de nosso Senhor, o mais comum é Jesus, que aparece mais de 800 vezes no Novo Testamento.

    Por qualquer nome Ele é chamado, o testemunho da Escritura é que Jesus Cristo é a única pessoa que pode fornecer salvação. Todas as bênçãos espirituais vêm através de seu nome, incluindo a adoção como filhos de Deus ( Jo 1:12 ), a salvação ( At 4:12 ), o perdão dos pecados ( At 10:43 ), responderam a oração ( 13 43:14-14'>João 14:13-14 ), e do Espírito Santo ( Jo 14:26 ). É em Seu nome que todo joelho se dobrará ( Fp 2:10 ). Os crentes devem fazer tudo em seu nome ( Cl 3:17 ), para que Seu nome seja glorificado ( 2Ts 1:12 ). Aqueles que o nome de seu nome deve se afastar do pecado ( 2Tm 2:19 ).

    Pedro foi o primeiro a pregar em nome de Jesus, e todos os que verdadeiramente pregar o evangelho estar na tradição decorrentes dele. No Dia de Pentecostes, como pano de fundo o Espírito está vindo, ele pregou o primeiro sermão na história da igreja. O tema do sermão que era Jesus Cristo.
    Assim como fez para o primeiro sermão de Pedro, o Espírito Santo desde a introdução dramática para seu segundo. De Pedro e João cura de um homem aleijado desde o nascimento atraiu uma grande multidão. Ele estava com os apóstolos no pórtico de Salomão no templo, uma ilustração viva de que o poder de Deus repousou sobre eles. Quando Pedro viu que a multidão estava reunida, ele começou o seu sermão. Respondidos é de apokrinomai , uma palavra freqüentemente usada para marcar o início de um discurso (cf. Mt 11:25. ; Mt 12:38 ; Mt 17:4 ; Mc 11:14 ; Mc 14:48 ; Lc 14:3 ; At 10:46 ). Ele não se refere necessariamente a responder a uma pergunta. Se a multidão perguntas Pedro é desconhecido, mas a sua confusão e desejo de uma explicação do milagre eram óbvias.

     
    Antes de iniciar o seu tema, Pedro primeiro faz duas perguntas. Ao fazê-lo, ele esclarecido qualquer confusão da multidão pode ter tido sobre a fonte da cura. Ele prefacia a essas perguntas, abordando a multidão como os homens de Israel, um título cortês enfatizando sua identidade como povo da aliança (cf. v. 25 ). Sua primeira pergunta, por que você se maravilhar com isso, é uma repreensão suave.Como o povo do convênio, tendo conhecido a Deus para ser um Deus que opera milagres. Milagres tinha desempenhado um papel importante na sua história. Mais recentemente, eles testemunharam os milagres realizados por Jesus para demonstrar que Ele era o Messias, o Filho de Deus. Que Deus deve trabalhar mais um milagre através dos apóstolos deve vir como nenhuma surpresa para eles.

    Pedro, então, pede-lhes por que você olhar para nós, como se por nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos feito andar? Eles devem ter conhecimento de que dois pescadores da Galiléia, não tinha nem o poder nem a piedade para realizar tal feito por conta própria. O dilema do público foi que, enquanto eles reconheceram Deus somente como tendo o poder de fazer milagres, eles negaram que Jesus era Deus, e que seus seguidores tinham poder divino concedido por Deus. Então, eles ficaram sem explicação para o que acabara de ver.

    Pedro dirige a atenção longe de si mesmo e João a Jesus Cristo. Ele deixa claro que era o Seu poder que efetuou a cura ( 3: 6 ).

    Então Pedro toma como tema de seu sermão o nome incomparável de Jesus Cristo. Ele apresenta cinco dos muitos nomes de nosso Senhor, todos os que têm implicações messiânicas. Como fez em seu primeiro sermão, Pedro apresenta Jesus como o Messias, aprovado por Deus, mas rejeitado pelo povo. Ao fazê-lo, ele reitera a eles que eles estavam na condição desastrosa de estar em desacordo com Deus.Pedro descreve o seu Mestre como Servo, Jesus, Santo e Justo, Príncipe da Vida, e Cristo.

    Servo

    O Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu servo ( 3: 13a )

    Desde a sua mensagem foi dirigida principalmente para israelitas, Pedro escolhe uma descrição judaica familiar de Deus. A representação de Deus como o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus de nossos pais salienta novamente Sua fidelidade à aliança de Israel. Essa descrição parece ter sido empregado em ocasiões significativas (cf. Ex 3:6, Ex 3:16 ; 1Rs 18:361Rs 18:36 ; 1Cr 29:181Cr 29:18. ; 2Cr 30:62Cr 30:6 ). Ao usá-lo, Pedro afirma a continuidade com os profetas do Antigo Testamento, uma vez que ele está declarando o mesmo Deus que pregou e o Messias que prometeram.

     
    Pedro proclama que o Deus da aliança, o Deus dos patriarcas e dos profetas, glorificou seu servo. Pais ( servo ) é um título incomum para o nosso Senhor, aparecendo apenas aqui, versículo 26 , At 4:27At 4:30 ; e Mt 12:18 . Ele descreve Jesus como representante ou embaixador pessoal de Deus.

    Servo, no entanto, era uma designação Velho Testamento familiar do Messias ( Is 42:1 ; 49: 5-7 ). Ele recebe a sua mais completa exposição na passagem familiar no 13 23:53-12'>Isaías 52:13-53: 12 :

    Eis o meu servo prosperará, Ele será alto e elevado, e muito exaltado. Assim como muitos ficaram espantados de ti, povo meu, para que sua aparência era desfigurado, mais do que qualquer homem, ea sua figura mais do que os filhos dos homens. Assim, Ele vai polvilhe muitas nações, os reis fecharão as suas bocas por causa dele; para o que não lhes tinha sido dito que eles vão ver, e que eles não tinham ouvido falar que eles vão entender. Quem deu crédito à nossa pregação? E para quem tem o braço do Senhor foi revelado? Para Ele cresceu diante dele como um renovo, e como raiz de uma terra seca; Ele não tem forma imponente ou majestade que devemos olhar para Ele, nem aparência de que devemos ser atraída por ele. Era desprezado, eo mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Certamente nossas tristezas Ele próprio geraram, e as nossas dores Ele transportados;ainda que nós mesmos o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, Ele foi moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e por Sua pisaduras fomos sarados. Todos nós como ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; mas o Senhor fez com que a iniqüidade de nós todos a cair sobre ele. Ele foi oprimido e ele foi humilhado, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e os da sua geração, que considerou que ele fora cortado da terra dos viventes, pela transgressão do meu povo a quem o curso era devido? Seu túmulo foi atribuído com homens ímpios, mas Ele estava com um homem rico na sua morte, porque Ele nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca. Mas o Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; Ele se tornaria-se como uma oferta pela culpa, ele verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, eo bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. Como resultado da angústia de sua alma, ele vai vê-lo, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o Justo, meu Servo, justificará a muitos, como Ele irá suportar as suas iniqüidades. Por isso, vou colocar-Lhe uma parte com os grandes, e ele dividirá os despojos com os fortes; porque Ele derramou a sua alma até a morte, e foi contado com os transgressores; mas Ele mesmo carregou o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu.
    Essa passagem retrata Messias como o Servo sofredor, obediente até ao ponto da morte.
    Mateus identifica Jesus como o Servo da profecia de Isaías como em 12: 18-21 ele cita Isaías 42:1-4 e aplica-se a Ele:

    Eis o meu servo, a quem escolhi; O meu amado em quem a minha alma está bem satisfeito; Vou colocar meu espírito sobre ele, e ele deve proclamar justiça às nações. Ele não vai brigar, nem gritar; nem se ouvirá sua voz nas ruas. A agredidas reed Ele não vai quebrar, e um pavio fumegante Ele não vai colocar para fora, até que Ele leva justiça a vitória. E no seu nome os gentios esperarão.

    Jesus disse de si mesmo: "O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir" ( Mt 20:28 ). Em Jo 6:38 Ele disse: "Eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." Em Jo 8:28 Ele acrescentou: "Eu não faço nada por mim mesmo, mas falo destas coisas como o Pai me ensinou." 13 1:43-13:7'>João 13:1-7 dá um belo exemplo de serviço humilde de nosso Senhor:

    Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora, que partisse fora deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. E, durante a ceia, tendo já o Diabo posto no coração de Judas 1scariotes, filho de Simão, que o traísse, Jesus, sabendo que o Pai lhe entregara tudo nas mãos, e que Ele tinha vindo da parte de Deus, e foi indo de volta para Deus, levantou-se da ceia, e pôs de lado suas vestes; e tomando uma toalha, cingiu-se sobre Ele. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos, ea enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. E assim Ele veio para Simão Pedro. Ele disse-lhe: "Senhor, não te lavar os meus pés?" Jesus respondeu, e disse-lhe: "O que eu você não percebe agora, mas você deve entender a seguir."
    Quando Seu sofrimento acabou, Deus glorificado Jesus, exaltando a Ele para a posição de honra à sua mão direita ( At 2:33 ; At 5:31 ; Fp 2:9-11. ; He 7:26. ).

    Jesus

    Jesus, aquele a quem vós entregastes e rejeitado na presença de Pilatos, quando ele tinha decidido soltá-lo. ( 3: 13b )

    Jesus é a forma grega do nome hebraico Josué, que significa "o Senhor é a salvação." Como já foi referido, é o nome mais comum de nosso Senhor no Novo Testamento. Foi revelado primeiro a José quando o anjo lhe disse: "Você será chamado pelo nome de Jesus, porque ele é o que salvará o seu povo dos pecados deles" ( Mt 1:21 ). Comentando esse versículo, Charles Spurgeon disse:

    O anjo falou a José o nome de um sonho: que nome tão suave e doce que ele quebra resto de ninguém, mas sim produz uma paz inigualável, a paz de Deus. Com tal sonho sono de José foi mais abençoado do que o seu despertar. O nome tem sempre esse poder, pois, para quem conhece ele, ele revela uma glória mais brilhante do que os sonhos nunca ter imaginado. ( O Metropolitan Tabernacle Pulpit , vol XXIV. [Londres: Passmore e Alabaster, 1879], 518)

    Houve muitas falsas visões de Jesus ao longo da história, a partir nobre exemplo para revolucionário político. No entanto, para imaginar um Jesus que não era o Salvador é tão tolo a ponto de imaginar um Shakespeare que não era um escritor, ou um Rembrandt que não era um pintor. Seu nome é Jesus não porque Ele é o nosso exemplo, guia, líder, ou um amigo, embora Ele é todas essas coisas. Seu nome é Jesus, porque Ele é o nosso salvador.

    Em vez de recebê-lo, a nação rejeitaram. "Ele veio para os Seus, e aqueles que foram os seus não o receberam" ( Jo 1:11 ). Eles estavam procurando um libertador político ou militar para se libertar do jugo odiado de Roma. Porque eles "amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más" ( Jo 3:19 ), eles não estavam preparados para aceitar Aquele que veio para confrontar o seu pecado e entregá-los a partir dele.

    Assim, o mesmo Jesus, a quem Deus glorificado eles entregastes e repudiado na presença de Pilatos, quando ele havia decidido soltá-lo. Pilatos estava bem consciente de que a crucificação era uma flagrante injustiça. Ele declarou Jesus inocente nada menos que seis vezes ( Lc 23:4 , Lc 23:22 ; Jo 18:38 ; Jo 19:4 ) e repetidamente procurava soltá-lo ( 13 42:23-22'>Lucas 23:13-22 ). Mesmo sua esposa reconhecida inocência de Jesus ( Mt 27:19 ). Como Roman, ele veio de um povo com uma forte tradição de justiça (cf. Atos 16:37-38 ; 22: 25-29 ; At 25:16 ). Para condenar um homem que acreditava inocente foi contra essa tradição. No entanto, Pilatos não tinha escolha. Os líderes judeus havia apoiado em um canto. Eles já haviam reclamado a Roma e colocar sua posição em risco. Outra queixa provavelmente teria lhe custou o lugar como governador.

    Pedro corajosamente confronta seus ouvintes com a enormidade de seus pecados na execução do seu Messias. Todos pregação verdadeiramente bíblica deve seguir seu exemplo e tornar homens culpados diante de Deus. Esse é o fundamento necessário da mensagem do evangelho. Somente aqueles que se vêem como pecadores vai reconhecer sua necessidade de um Salvador e compreender a obra de Jesus.

    Um santo e justo

    Mas você renegou o Santo e Justo, e pediu um assassino a conceder a você, ( 03:14 )

    Para enfatizar a sua culpa, Pedro repete a acusação de que renegou Jesus, o Santo eo Justo diante de Pilatos. Pior, eles pediram um assassino a conceder a eles.

    Hagios ( Santo ) significa ser separado para Deus. Jesus não é apenas santo, por natureza, mas separados de Deus para fazer a Sua vontade. Um Santo é também um título messiânico. Sl 16:10 , uma passagem messiânica citado por Pedro em seu sermão no Dia de Pentecostes, diz: "Pois não deixarás a minha alma no Seol, nem queres permitir teu santo se submeter decadência ". Falando para o resto dos discípulos, Pedro disse: "Nós acreditamos e vim a saber que tu és o Santo de Deus" ( Jo 6:69 ). Até os demônios sabia a verdade de que Jesus era o Santo ( Lc 4:34 ). A culpa de Israel em rejeitá-Lo era tanto monumental e indesculpável e colocou-os em franca rebelião contra Deus.

    Dikaios ( Justo ) carrega a idéia de ser inocente de qualquer crime. Confrontado com a escolha entre Jesus, o Messias inocente, e os culpados assassino Barrabás, que escolheu o último. "Barrabás" significa "filho do pai", um contraste interessante terrena Jesus, que era o "Filho do Pai" no céu. Até mesmo os pagãos, como a esposa de Pilatos ( Mt 27:19 ) e um centurião romano ( Lc 23:47 ), reconheceu que Israel não poderia, de que Jesus era inocente e justo. Indiciamento deles de Pedro foi devastadoramente direto.

    Príncipe da Vida

    mas condenado à morte o Príncipe da vida, aquele a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, um fato a que nós somos testemunhas. E na base da fé em Seu nome, é o nome de Jesus, que reforça a este homem que vedes e saber; ea fé que vem por meio de Jesus deu esta saúde perfeita na presença de todos vocês. E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, assim como seus governantes fizeram também. ( 3: 15-17 )

    Pedro tem vindo a apresentar uma série de paradoxos. Embora Jesus era um servo, Deus o exaltou. Ele era o seu libertador, mas a nação entregaram a Pilatos. Eles rejeitaram o Santo e Justo em favor de um assassino injusto profano. Agora ele vem para o maior paradoxo de todos. Eles condenado à morte o Príncipe da vida, ao mesmo tempo pedindo a libertação de alguém que tirou a vida.

    Príncipe da vida traduz archegos . Refere-se ao autor, pioneiro, ou iniciante de alguma coisa. He 2:10 usa na frase "autor da salvação." Em He 12:2 ). Falando de Jesus mais tarde nesse capítulo João escreveu: "Este é o verdadeiro Deus ea vida eterna" ( 1Jo 5:20 ).

    Jesus também afirmou ser a fonte da vida. Em Jo 5:26 Ele disse: "Assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim Ele deu ao Filho também ter a vida em si mesmo." Ele declarou a Marta: "Eu sou a ressurreição ea vida; quem crê em mim viverá ainda que morra" ( Jo 11:25 ), enquanto que em Jo 14:6 ). Afirmação audaciosa de Pedro é uma poderosa evidência para a ressurreição. Se Jesus não tivesse ressuscitado dos mortos, que o pedido teria sido fácil de refutar. Se os líderes judeus foram capazes de produzir o corpo morto de Jesus, a igreja teria sido morta. Mas eles não podiam e não o fez.Testemunho dos apóstolos era inegável.

    Pedro forçosamente torna o ponto de que os judeus eram inimigos declarados do Deus que professavam a amar, a própria One que tinha chegado ao templo para a adoração. Aquele a quem Deus havia exaltado, eles haviam entregado, deserdou, e executado.
    Sua culpa foi enorme, mas o seu assassinato não teve sucesso. Não só foi Jesus vivo, mas o milagre também foi feito na base da fé em Seu nome. A fé em vista aqui não é a de um mendigo, mas de Pedro e João. Embora ocasionalmente a fé de um curado é conhecida (cf. At 14:19 ), o dom do Novo Testamento sobre a cura operada por meio da fé do curandeiro, ao invés de uma curado. Para dizer que aqueles que não são curados que é porque eles não têm a fé para ser curado é outra deturpação da natureza bíblica da cura apostólica. Como no versículo 12 , Pedro, apesar de sua forte fé em Cristo ressuscitado, se recusa a tomar o crédito para a cura. É o nome de Jesus, ele lhes diz, o que fortaleceu este homem que vocês vêem e sabem; ea fé que vem por meio de Jesus deu esta saúde perfeita na presença de todos vocês. O mendigo curado era a prova de que a avaliação da nação de Jesus estava errado vivo.

    O versículo 17 marca uma transição em sermão de Pedro. Ele primeiro condenado los de rejeitar e executar o seu Messias. Então, começando com o versículo 19 , ele proclamou a necessidade de arrependimento. No meio, em versos 17:18 , Pedro oferece-lhes esperança. Ao abordar-los como irmãos, ele se identifica com eles como companheiros judeus e coloca-se em seu nível, mostrando seu amor e preocupação para eles.

    Pedro oferece-lhes a possibilidade do perdão porque tinham agiram por ignorância (cf. At 13:27 ). Ele pode estar aludindo a distinção do Antigo Testamento entre pecados intencionais e pecados cometidos na ignorância ( Num. 15: 22-31 ). Jesus orou por aqueles que o crucificaram, dizendo: "Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem" ( Lc 23:34 ). Paulo escreveu que, se os governantes tinham entendido quem era Jesus ", não teriam crucificado o Senhor da glória" ( 1Co 2:8. ).

    Cristo

    Mas as coisas que Deus anunciadas de antemão pela boca de todos os profetas, que o seu Cristo havia de padecer tem, assim, cumprido. ( 03:18 )

    Pedro tranquiliza seus ouvintes que a sua rejeição e execução do Messias não tinha frustrado o plano de Deus. A crucificação, tão impensável para eles como acontecendo com o verdadeiro Messias, não em todos alterar o programa de Deus, nem desqualificar Jesus como o Messias. Deus tinha anunciado de antemão pela boca de todos os profetas que o seu Cristo havia de padecer, e aqueles profecias já havia sido cumprida. O Antigo Testamento previu a morte de Cristo em passagens como Isaías 53 , Salmo 22 , e Zc 12:10 . Mesmo rejeição da nação Dele havia sido previsto ( Is 53:3 ; Gn 50:20 ).

    Pedro retrata nosso Senhor como Servo, Jesus (Salvador), Santo e Justo, Príncipe da Vida, e Cristo (Messias; Jo 1:41 ; Jo 4:25 ). Ele convence seus ouvintes de desmentir, negando, e executá-lo. Eles devem ter se perguntado, como fez a multidão no Dia de Pentecostes, "O que devemos fazer?" ( At 2:37 ). Na segunda parte de seu sermão, Pedro dá-lhes a resposta. Seu sermão é um exemplo clássico de como apresentar o evangelho. Antes de a boa notícia da salvação em Cristo deve vir a má notícia de que os homens são pecadores.

    10. O poderoso sermão de Pedro — parte 2 ( Atos 3:19-26 )

    Arrependei-vos, pois, e voltar, de que seus pecados sejam cancelados de distância, a fim de que os tempos de refrigério possam vir da presença do Senhor; e que Ele pode enviar Jesus, o Cristo designou para você, quem o céu deve receber até o período da restauração de todas as coisas sobre as quais Deus falou pela boca dos seus santos profetas, desde o tempo antigo. Moisés disse: "O Senhor Deus levantará para você um profeta como eu de seus irmãos; a Ele que você deve dar atenção em tudo o que Ele vos disser E será que toda alma que não escutar esse profeta será exterminada. do meio do povo ". E da mesma forma, todos os profetas que falaram, desde Samuel e seus sucessores em diante, também anunciou esses dias. É você quem são os filhos dos profetas e da aliança que Deus fez com vossos pais, dizendo a Abraão: "E em tua semente todas as famílias da terra serão abençoados." Para você em primeiro lugar, Deus suscitou a seu Servo, e enviou para abençoá-los, transformando cada um de vocês a partir de seus maus caminhos. ( 3: 19-26 )

    Ao longo da história da redenção, os porta-vozes de Deus ter chamado os pecadores ao arrependimento. Deus disse a Jeremias para dizer a rebelde Israel, "Assim diz o Senhor: 'Não os homens caem e não se levantar de novo? Será que um virar as costas e não se arrepender? Por que, então, tem este povo, Jerusalém, afastou-se em apostasia contínua? Eles se apegam o engano, não quer voltar "( Jer. 8: 4-5 ). Ele ordenou a Ezequiel: "Portanto, dize à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus:" Arrependam-se e afastar-se de seus ídolos, e virar o rosto longe de todas as vossas abominações "'" ( Ez 14:6 relata que De acordo com o "João Batista, pregando no deserto da Judéia, dizendo: Arrependei-vos, porque o Reino dos céus está próximo."Mt 4:17 : "A partir desse momento [de João prisão do Batista] Jesus começou a pregar ea dizer: Arrependei-vos, porque o Reino dos céus está próximo."

    Arrependimento foi também o comando da pregação apostólica. Em seu sermão no Dia de Pentecostes, Pedro ordenou a seus ouvintes a "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados" ( At 2:38 ). Paulo marcaram o seu ministério em Éfeso como um dos "testificando tanto a judeus como gregos, o arrependimento para com Deus e fé em nosso Senhor Jesus Cristo" ( At 20:21 ). Em sua defesa perante Agripa, ele disse, "Eu não desobediente à visão celestial, mas manteve-se declarar tanto aos de Damasco em primeiro lugar, e também em Jerusalém e depois por toda a região da Judéia, e até mesmo para os gentios, que se se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras adequadas ao arrependimento "( Atos 26:19-20 ).

    Como ele chama seu sermão a uma conclusão, Pedro continua essa tradição e convida seus ouvintes ao arrependimento. Eles precisavam se arrepender, pois tinham rejeitado seu Messias e estavam em rebelião contra Deus. Na primeira parte de seu sermão, Pedro condenado los de sua culpa. Ele agora oferece-lhes esperança, garantindo-lhes que não é tarde demais para se arrepender. Se o fizerem, eles vão receber as bênçãos da aliança prometidos.
    O arrependimento é um termo-chave do Novo Testamento. O significado literal de metanoeo ( arrepender-se ) é "a mudar de idéia ou propósito." Arrependimento envolve muito mais do que uma mera decisão intelectual. É uma mudança de mentalidade que emite em uma mudança de comportamento. Uso de Pedro de epistrepho ( retorno ), uma palavra usada muitas vezes no Novo Testamento para falar de pecadores se voltando para Deus ( Lucas 1:16-17 ; At 9:35 ; At 11:21 ; At 14:15 ; At 15:19 ; At 26:18 ; 2Co 3:162Co 3:16 ; 1Ts 1:91Ts 1:9 ), reforça que o significado.

    Na parábola dos dois filhos, o Senhor Jesus Cristo deu uma ilustração de verdadeiro arrependimento:

    Mas o que você acha? Um homem tinha dois filhos, e ele veio para o primeiro e disse: "Filho, vai trabalhar hoje na vinha." E, respondendo ele, disse: "Eu vou, senhor"; e ele não ir. E ele veio para o segundo e disse a mesma coisa. Mas ele respondeu e disse: "Eu não vou"; no entanto, ele depois se arrependeu e foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Eles disseram: "O último." Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entrarão no reino de Deus antes de você." ( Matt. 21: 28-31 )

    Note-se que o segundo filho não só mudou de idéia, mas também seguiu essa decisão com uma mudança em seu comportamento. João Batista exigiu que qualquer um que se teriam arrependido validar tal confissão com a evidência de uma vida transformada ( Mat. 3: 6-8 ). Essa é a natureza do verdadeiro arrependimento.

    Desígnio de Deus para os homens é que eles se arrependam ( At 17:30 ). Para conseguir esse efeito, Ele usa pelo menos quatro prompters. Em primeiro lugar, o conhecimento da verdade revelada de Deus deve fazer com que os homens se arrependam. Em Mateus 11:21-24 , Jesus repreendeu fortemente as cidades de Corazim, Betsaida, Cafarnaum e por se recusar a se arrepender:

    Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres ocorreram em Tiro e Sidon, que ocorreu em você, elas se teriam arrependido há muito tempo no saco e cinza. Não obstante, digo a você, haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para você. E você, Cafarnaum, não será elevada até o céu, você vai? Você deve descer ao Hades; Porque, se os milagres tinham ocorrido em Sodoma, que ocorreu em você, teria ela permanecido até hoje. Não obstante, digo-vos que haverá menos rigor para a terra de Sodoma, no dia do juízo, do que para você.

    Lucas 16:30-31 ilustra a suficiência da Palavra de causar arrependimento: 'Não, pai Abraão, mas se alguém vai para eles dos mortos, eles vão se arrepender "Mas [o homem rico no Hades] disse: Mas ele disse-lhe: 'Se eles não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir que ressuscite alguém dentre os mortos. "

    O apóstolo João definiu sua propósito ao escrever seu evangelho, com estas palavras: "Muitos outros sinais, portanto, Jesus também realizadas na presença dos discípulos, que não estão escritos neste livro; mas estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome "( João 20:30-31 ). Deus deu aos homens de todas as provas de que necessitam para chegar à conclusão correta sobre Jesus Cristo. Aqueles que se recusam a se arrepender são indesculpáveis.

    Em segundo lugar, Deus usa a tristeza pelo pecado para levar os homens ao arrependimento. Em II Coríntios 7:9-10 Paulo escreveu:

    Eu agora folgo, não porque fostes contristados, mas que fostes contristados para o ponto de arrependimento; para fostes contristados segundo a vontade de Deus, a fim de que você não pode sofrer perda de qualquer coisa através de nós. Para a tristeza que está de acordo com a vontade de Deus produz um arrependimento sem pesar, levando a salvação; mas a tristeza do mundo produz morte.
    Tristeza ou arrependimento pelo pecado, no entanto, não deve ser confundido com o verdadeiro arrependimento. Judas "sentiu remorso" sobre sua traição a Jesus, mas nunca se arrependeu. É possível ter a tristeza pelo pecado sem arrependimento, assim como é possível ter conhecimento sem arrependimento.

    Em terceiro lugar, a bondade ea bondade de Deus são para motivar os homens ao arrependimento. Em Rm 2:4 que "Ele faz com que o seu sol se levante sobre maus e bons, e faz chover sobre os justos e os injustos". Esta graça comum deve levar as pessoas ao arrependimento.

    A motivação final para o arrependimento é o medo do julgamento final. O apóstolo Paulo alertou os atenienses pagãos que "tendo em conta os tempos da ignorância, Deus está agora declarando aos homens que todos em todos os lugares devem se arrepender, porque fixou um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um homem a quem constituiu , tendo fornecido a prova para todos, ressuscitando-o dentre os mortos "( Atos 17:30-31 ). A dura realidade da vinda do julgamento deve causar qualquer pessoa racional de se arrepender e voltar para Deus para o perdão. Não há outra maneira de escapar.

    Na primeira parte de seu sermão Pedro deu seus ouvintes provas abundantes de que Israel tinha chegado à conclusão errada sobre Jesus Cristo. Em seguida, ele pediu que eles se arrependam e inverter o seu veredicto a respeito de Jesus Cristo e colocar sua fé nEle. Para ajudar a convencê-los, dá-lhes prometeu resultados, caso se arrependam: Deus perdoarei os seus pecados, o reino virá, Messias retornará, o julgamento vai ser evitados, e bênção serão realizados.

    Deus perdoarei os seus pecados

    que seus pecados podem ser enxugadas, ( 3: 19b )

    As palavras de Pedro, sem dúvida, lembrou a multidão do grito de Davi no Sl 51:9 ). A gloriosa verdade é que Deus providenciou para os homens o que eles nunca poderiam obter por conta própria. Em Is 43:25 Deus diz: "Eu, eu mesmo, sou o que apaga as tuas transgressões por amor de mim, e eu não vou lembrar de seus pecados", enquanto que em Is 44:22 Ele acrescenta: "Eu ter dizimado tuas transgressões como uma espessa nuvem, e os seus pecados, como uma névoa pesada "(cf. Nu 14:18. ; Sl 65:3 ).

    Há apenas uma maneira de receber o perdão fé-through de Deus em seu Filho Jesus Cristo. Pedro proclamou com ousadia ao Sinédrio que "[Jesus] é aquele que Deus exaltou a Sua mão direita como Príncipe e Salvador, para conceder a Israel o arrependimento e perdão dos pecados" ( At 5:31 ). "É por meio de Seu nome [que] todos os que nele crê recebe o perdão dos pecados" ( At 10:43 ). "Nele", escreveu Paulo aos Efésios, "temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça" ( Ef 1:7 ). Em Ef 4:32 , acrescentou, "Deus em Cristo vos perdoou ...". A morte sacrificial de Jesus Cristo realizou o que o sistema levítico não conseguiu, já que "é impossível que o sangue de touros e bodes para tirar os pecados" ( He 10:4 ). Ao contrário de tinta moderna, tinta no mundo antigo não tinha teor de ácido. Por conseguinte, não morder o papiro ou pergaminho usado para documentos. Em vez disso, manteve-se na superfície, onde poderia ser facilmente apagado por uma esponja úmida. Deus faz muito mais do que simplesmente cruzar os pecados dos crentes, Ele enxuga-los completamente. Eles são ido além da possibilidade de revisão ou recall. Mesmo seu pecado horrível de rejeitar e executar o seu Messias não era indelével e poderia ser apagado.

    Aqueles que depositam sua fé em Cristo estão unidos com Ele na Sua morte e ressurreição ( Romanos 6:4-5. ). Por conseguinte, Deus "cancelado o certificado de dívida consiste em decretos contra nós e que era hostil a nós, e Ele o tirou do caminho, cravando-o na cruz" ( Cl 2:14 ). Como resultado, há eternamente "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" ( Rm 8:1 ).

    O reino será um momento de muito necessário refrescante para Israel. Ezequiel disse que seria um momento de "chuvas de bênçãos" ( 34:26 ). Isaías viu o reino como um tempo em que Deus "derramarei água sobre o sedento" ( 44: 3 KJV ). Joel 2 dá uma descrição da vinda do reino, mesmo referindo-se a ele como um momento de satisfação ( 2: 26 ). Ninguém na história foram tão maltratados como o povo judeu. Ao longo dos séculos, eles sofreram invasões, deportações, perseguições e pogroms. Tudo o que culminou em nosso século, na tentativa insana de os nazistas para exterminá-los completamente.Embora eles estão de volta em sua própria terra, os seus inimigos não lhes dão descanso. O restante oferecido por Deus no reino vai cumprir o desejo dos seus corações.

    O reino será uma época de ouro de bênção para Israel (e gentios), superando até mesmo o tempo de reinados de Davi e Salomão. Isaías 11:6-10 descreve o resto pacífica do reino nestas palavras familiares:

    E o lobo habitará com o cordeiro, eo leopardo se deitará com o cabrito, o bezerro, o leão novo eo animal cevado viverão juntos; e um menino pequeno os conduzirá. Além disso, a vaca ea ursa pastarão; seus filhotes se deitarão juntos; eo leão comerá palha como o boi. E a criança de peito vai jogar pelo buraco da cobra, ea criança desmamada colocará a mão na cova do basilisco. Eles não vão ferir ou destruir em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar. Em seguida, ele virá no dia em que as nações se recorrer à raiz de Jessé, que vai ficar como um sinal para os povos; e Seu lugar de repouso será glorioso.

    Isaías 35:1-10 acrescenta:

    O deserto eo deserto será feliz, e Arabá vai se alegrar e florescer; como o açafrão que irá florescer abundantemente e regozijai-vos com alegria e um grito de alegria. A glória do Líbano será dada a ele, a majestade do Carmelo e Sharon. Eles vão ver a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus. Incentivar o exausto, e fortalecer a débil. Diga para aqueles com coração ansioso, "Tome coragem, não temais Eis o vosso Deus virá com vingança;.. A recompensa de Deus virá, mas Ele vai te salvar" Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então o coxo saltará como um cervo, ea língua do mudo gritará de alegria. Para as águas vão arrebentarão no deserto e ribeiros no Arabá. E a terra arrasada se tornará uma piscina, e as molas de terra sedenta de água; na região das feras, o seu lugar de descanso, a grama se torna canas e juncos. E uma estrada vai estar lá, uma estrada, e ele será chamado pelo caminho da santidade. O imundo não vai viajar nele, mas vai ser para ele que anda desse jeito, e os tolos não vai passear nele. No leão vai estar lá, nem qualquer animal bravo subir nele; estes não serão encontrados lá. Mas os remidos andarão por ele, e os resgatados do Senhor voltarão, e virão com júbilo a Sião, com alegria eterna haverá sobre as suas cabeças. Eles vão encontrar alegria e alegria, a tristeza eo gemido fugirão.
    O reino não se dará por meio de esforços humanos, mas vai vir da presença do Senhor. Ele vai fazê-la de acordo com sua própria vontade soberana. Apocalipse 5 apresenta a cena no céu quando o Cordeiro, o Senhor Jesus Cristo, leva o título de propriedade para o universo. O desdobramento desse deslocamento ( capítulos 6:19 ) descreve seu método de retomada do que é legitimamente seu do usurpador, que culminou com a vinda do reino ( Apocalipse 20:4-6 ).

    Pedro colocou, assim, a responsabilidade pelo atraso na vinda do reino diretamente sobre seus ombros. Foi a sua falta de arrependimento que, humanamente falando, adiou o reino. Deus, através de Pedro, deu-lhes a oportunidade de se arrepender desse pecado. Infelizmente, porém algumas pessoas responderam, a nação como um todo continuou a rejeitar oferta graciosa de Deus. Não havia mais nada para eles, exceto o cumprimento da profecia dolorosa do Senhor de Lucas 19:41-44 :

    E quando Ele se aproximou, viu a cidade [Jerusalém], chorou sobre ela, dizendo: "Se você tivesse conhecido neste dia, mesmo que você, as coisas que servem para a paz! Mas agora eles foram escondidos de seus olhos. Para a dias virão sobre ti os teus inimigos vomitar um banco antes de você, e cercá-lo, e hem você de todos os lados, e vai nivelar-lo para o chão e seus filhos dentro de você, e eles não deixarão em ti uma pedra sobre os outros, porque você não reconheceu o tempo de sua visitação. "
    O primeiro julgamento divino devastador para a rejeição de Israel caiu sobre eles em UM . D . 70, quando os romanos saquearam Jerusalém, destruíram o templo, e matou mais de um milhão de judeus.

    Ouvintes de Pedro pagou um preço terrível em tempo e na eternidade por sua rejeição a repetidos apelos de Deus para o arrependimento. Mas "Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu" ( Rm 11:2 , quando disse para a cidade descrente de Jerusalém, "De agora em diante você não Me vereis, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor!" "Ele vai não retornar até depois arrependido Israel reconhece como seu Messias ( Rm 11:26. ; Zc. 12: 10-14: 9 ).

    Alguns podem ter se perguntado por que, se Jesus era o Messias, Ele não permanecer e estabelecer o Seu reino. Em resposta, Pedro reitera a verdade que no calendário soberana de Deus, o reino milenar segue arrependimento da nação. Até essa altura, Jesus permanecerá no céu.

    O período de restauração de todas as coisas é um outro nome para o futuro reino terrestre de Cristo, o reino milenar. É uma reminiscência da descrição de nosso Senhor do reino como a "regeneração" (Mt 19:28 ). É então que a pergunta dos apóstolos em At 1:6 ). O reino será marcado pela paz, a alegria, a santidade, a revelação da glória de Deus, o conforto, a justiça, o conhecimento do Senhor, saúde, prosperidade e liberdade da opressão. O universo será drasticamente alterado na sua forma física ( Jl 2:30, Jl 2:31 ; 3: 14-16 ; Apocalipse 16:1-21 ), como a maldição sobre o homem e seu mundo é invertida.

    As verdades proclamadas Pedro não eram novos; Deus havia falado deles pela boca dos seus santos profetas, desde o tempo antigo. Os profetas do Antigo Testamento falaram repetidamente do reino terreno de Messias. Jl 2:25 ainda se refere a ele como um tempo de restauração. Que Deus falou por meio dos profetas prova os seus ensinamentos não eram especulação humana, mas a revelação divina (cf. 2Pe 1:21 ). Nenhuma afirmação bíblica mais clara da inspiração da Escritura do Antigo Testamento pode ser encontrado.

    Julgamento será evitada

    Moisés disse: "O Senhor Deus levantará para você um profeta como eu de seus irmãos; a Ele que você deve dar atenção em tudo o que Ele vos disser E será que toda alma que não escutar esse profeta será exterminada. do meio do povo ". E da mesma forma, todos os profetas que falaram, desde Samuel e seus sucessores em diante, também anunciou esses dias. (3: 22-24 )

    Como exemplo de um profeta a quem Deus falou, Pedro cita primeiro e maior profeta de Moisés-Israel. Em Dt 18:15 , citado aqui por Pedro, Moisés falou da vinda do Messias: O Senhor Deus levantará para você um profeta como eu de seus irmãos; . a Ele que você deve dar atenção em tudo o que Ele vos disser O profeta como Moisés foi geralmente considerado pelos judeus como o Messias (cf. Jo 1:21 , Jo 1:25 ; Jo 6:14 ; Jo 7:40 ). Comentando sobre Deuteronômio 18 o Midrash Rabbath disse:

    Como foi o ex-redentor assim será o último redentor ser. Enquanto o ex-diz-se ( Ex 4:20 ) "E Moisés levou sua esposa e seus filhos e colocá-las sobre um jumento", assim deste último: pois diz ( Zc 9:9 , também citado por Pedro, Moisés advertiu, E será que toda alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo. A rejeição do Messias resultaria em perda das bênçãos da aliança. Essa foi a condição perigosa em que ouvintes de Pedro se encontravam. Aqueles que persistem em rejeitar Jesus Cristo, seja judeu ou gentio, perderá as bênçãos prometidas por Deus. Eles vão ser exterminada dentre o povo -killed e condenados.

    Não só Moisés, mas também todos os profetas que falaram, desde Samuel e seus sucessores em diante, também anunciadas nos dias de hoje. Isso Samuel era um profeta é claro a partir 1Sm 3:20 : "E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel foi confirmado como profeta do Senhor ". Enquanto ele não fez nenhuma profecia registrada do Messias, "Samuel foi o profeta que ungiu Davi como rei e falou da criação de seu reino ( 1Sm 13:14 ; 1Sm 15:28 ; 1Sm 16:13 ; 1Sm 28:17 ), e as promessas feitas a Davi encontrou a sua maior realização em Jesus "(FF Bruce, O Livro dos Atos [Grand Rapids: Eerdmans, 1971] 93). Segundo Samuel 7: 10 e ss . é o registro do grande promessa de Deus de Davi, acerca de Messias e Seu reino eterno.

    Mas a audiência do Pedro estava carregando em uma triste tradição de seus antepassados-se recusando a atender os seus profetas. Em Mt 23:37 Jesus lamentou: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e você não estavam dispostos. "

    Jesus cumpriu várias profecias do Antigo Testamento, deixando o país sem desculpa. Para os judeus incrédulos Jesus disse: "Examinais as Escrituras, porque você acha que neles você tem a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim" ( Jo 5:39 ). Lucas 24:25-27 registra sua repreensão de dois dos seus seguidores: "E Ele lhes disse: '! insensatos O e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras ". O problema de Israel era moral, não intelectual; faltava-lhes o arrependimento, não informação.

    Bênção será realizado

    É você quem são os filhos dos profetas e da aliança que Deus fez com vossos pais, dizendo a Abraão: "E em tua semente todas as famílias da terra serão abençoados." Para você em primeiro lugar, Deus suscitou a seu Servo, e enviou para abençoá-los, transformando cada um de vocês a partir de seus maus caminhos. ( 3: 25-26 )

    Pedro termina com uma nota de esperança. Apesar de seu pecado de rejeitar o Messias, eles ainda eram os filhos dos profetas e da aliança. O apóstolo Paulo expressou essa verdade em Romanos 9:3-5 :

    Porque eu poderia desejar que eu mesmo fosse amaldiçoado e separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne, que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, a glória, as alianças ea promulgação da Lei eo culto, e as promessas, quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém.
    Eles eram herdeiros de todas as bênçãos, mais aliança prometida do que qualquer outra geração, uma vez que em sua vida Messias havia chegado. A aliança de Deus com Abraão encontrou o seu cumprimento final em Jesus Cristo. Ele é a semente de Abraão, em quem serão benditas todas as famílias da terra. Essa bênção ainda estava disponível. Os líderes fizeram a sua escolha quando mataram Jesus. Essas pessoas agora confrontados deles.

    Por causa da graça que Deus, misericórdia e amor por Israel, Ele não rejeitá-los permanentemente, mesmo quando eles rejeitaram Seu Filho ( Rm 11:2 , Ele lhes disse que "o arrependimento para a remissão dos pecados deve ser proclamado em seu nome a todas as nações, começando por Jerusalém." Em sua última conversa com eles antes de Sua ascensão, Ele repetiu que comando: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até mesmo para a parte mais remota da terra "(At 1:8 ).

    Todas as ricas bênçãos da salvação e todas as promessas da aliança estavam disponíveis. Ouvintes de Pedro só poderia obtê-los, no entanto, por virar de seus maus caminhos. O arrependimento foi a chave que abriu tudo. Pedro tinha mostrado claramente que as reivindicações de Jesus foram consistentes com a profecia do Antigo Testamento, de modo que era um caso convincente para seus ouvintes para responder em arrependimento e fé. Tragicamente, a maior parte da audiência do Pedro recusou-se a se arrepender. Tal como os seus pais antes deles, eles endureceram o coração e não conseguiu entrar no descanso de Deus ( He 3:8 ), onde eles vão "pagar a pena de destruição eterna, longe da presença do Senhor e da glória do seu poder "( II Tessalonicenses 1:9. ).

    Tal destino aguarda todos aqueles em cada idade e local que se recusam a se arrepender e receber a oferta graciosa de Deus da salvação em Jesus Cristo.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Atos Capítulo 3 do versículo 1 até o 26

    Atos 3

    Ocorre um fato notável — At 3:1-10

    O dia judeu começava às seis da manhã e terminava às seis da tarde. Portanto, a terceira hora era às nove da manhã; a sexta ao meio-dia; a nona às três da tarde. Para os judeus devotos havia três horas de oração: às nove da manhã, ao meio-dia e às três da tarde. Coincidiam em que a oração era eficaz a qualquer hora que se oferecesse; mas sempre sentiam que era duplamente apreciada quando fosse feita nos átrios do templo. É muito interessante notar que os apóstolos ainda mantinham os hábitos e costumes nos quais se formaram. Na hora de oração Pedro e João foram ao templo para cumpri-la. Tinham uma nova fé, mas não a usavam como desculpas para quebrantar a Lei. Sabiam bem que a nova fé e a velha disciplina podiam e ainda deviam andar juntas.

    No Oriente era costume os mendigos se sentarem à entrada dos templos ou santuários. Tal lugar era considerado, e ainda o é, como o melhor de todos porque, quando as pessoas estão a caminho para adorar a seu Deus, estão dispostos a ser generosos com seu próximo.
    W. H. Davies o poeta vagabundo, relata-nos que um de seus errantes amigos lhe contou que nem bem chegava a uma cidade nova, buscava a torre de uma igreja com a cruz na ponta e começava a mendigar nessa área, porque ali, por experiência, encontrava as pessoas mais generosas. O amor ao homem e o amor a Deus devem ir sempre de mãos dadas.
    Este incidente nos traz a questão dos milagres na época dos apóstolos. Há certas coisas definidas que dizer a respeito deles.

    1. Esses milagres aconteceram. Mais adiante, em At 4:16 lemos a respeito de como o Sinédrio sabia que tinha que aceitar este milagre porque não o podiam negar. Os inimigos do cristianismo teriam sido os primeiros a negar os milagres se pudessem; mas nunca o tentaram.
    2. Por que então deixaram de suceder? Fizeram-se algumas sugestões.
    3. Houve um momento em que os milagres eram necessários. Eram, como alguém disse, os sinos que chamavam as pessoas à Igreja cristã. Nesse tempo eram necessários como uma garantia da verdade e do poder da mensagem cristã em seu ataque inicial no mundo.
    4. Nesse momento se uniam duas circunstâncias especiais. Primeiro, eram homens apostólicos que viviam e que tiveram uma irrepetível intimidade pessoal com Jesus Cristo. Em segundo lugar, havia

    uma atmosfera de espera em que as mentes dos homens estavam dispostas a aceitar algo, e a fé surgia em sua plenitude. Estas duas coisas combinadas produziam efeitos únicos.

    1. Mas a pergunta real não é "por que deixou de haver milagres?", mas "deixou que havê-los?". O simples fato é que agora qualquer médico ou cirurgião pode fazer coisas que nos tempos apostólicos eram considerados como milagres. É uma verdade universal que Deus não faz pelos homens o que estes podem fazer por si mesmos. De modo que revelou aos homens novas verdades e conhecimentos, e através dessa revelação ainda estão fazendo milagres. Como disse um grande médico: "Eu vendo as feridas, mas Deus as cura". Para um cristão ainda há milagres por todos os lados, se tiver olhos para ver.

    O CRIME DA CRUZ

    Atos 3:11-16

    Nesta passagem achamos três dos grandes temas dominantes da primitiva pregação cristã.

    1. Os pregadores primitivos sempre davam ênfase ao fato básico de que a crucificação foi o maior crime de toda a história humana. Sempre que falam dela há uma espécie de emoção horrorizada em suas vozes. Jesus era o santo e o justo, e vê-lo era suficiente para amá-lo. O mesmo governador romano sabia bem que a crucificação era uma profunda injustiça. Os homens escolheram um criminoso violento e levaram à cruz Aquele que só fizera o bem. Os pregadores primitivos tentavam colocar nas mentes a compreensão do tremendo crime da cruz. Era como se dissessem: "Olhem o que o pecado pode fazer".
    2. Os pregadores primitivos sempre davam ênfase à vindicação da ressurreição. A simples realidade é que sem ela a Igreja nunca teria existido. Se Jesus não se levantou dos mortos, converteu-se em uma lembrança que se teria apagado pouco a pouco. Mas a ressurreição era a prova de que Ele era literalmente indestrutível, de que era literalmente o Senhor da vida e da morte, de que existia verdadeiramente para sempre. A ressurreição era a prova final de que por trás dEle estava Deus, e portanto um poder que ninguém podia deter.
    3. Os pregadores primitivos acentuavam sempre o poder do Senhor ressuscitado. Nunca se viam a si mesmos como as fontes de tal poder, mas sim como canais do poder. Conheciam bem as limitações do que podiam fazer. Sabiam também que não havia limitações para o que o Cristo ressuscitado podia fazer por meio deles e com eles. Ali reside o segredo da vida cristã. O cristão sabe que enquanto pense no que eu posso fazer e ser, não poderá haver nada mais que fracassos, frustrações e temores; mas que quando pensa "não eu, mas Cristo em mim" não pode haver outra coisa senão paz e poder.

    AS CARACTERÍSTICAS DA PREGAÇÃO

    Atos 3:17-26

    Quase todas as características da pregação cristã primitiva estão descritas neste curta passagem.

    1. Começa com um sinal de misericórdia e advertência combinadas. Os judeus perpetraram por ignorância a terrível ação da crucificação mas essa ignorância já não é possível, e, portanto, não pode haver desculpa para continuarem rechaçando a Cristo. Esta nota da aterradora responsabilidade do conhecimento ressoa através de todo o Novo Testamento. “Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado.” (Jo 9:41). “Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas, agora, não têm desculpa do seu pecado.” (Jo 15:22). “Aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.” (Jc 4:17). O ter visto toda a luz da revelação de Deus é um dos maiores privilégios, mas também é uma das mais terríveis responsabilidades.
    2. A obrigação que conduz este conhecimento é a de arrepender-se e mudar. As duas palavras estão muito unidas. Arrepender-se poderia significar simplesmente mudar a maneira de pensar; e é mais fácil mudar de idéia que mudar o modo de vida. Mas esta mudança de mentalidade tem que dar por resultado o rechaço do velho caminho e o lançar-se a andar por um novo.
    3. Este arrependimento terá certas conseqüências. Afetará o passado. Os pecados serão apagados. É uma palavra muito vívida. Antigamente se escrevia sobre papiro, e a tinta que se usava não continha ácidos, e portanto não penetrava no papiro como o faz a tinta moderna; simplesmente se mantinha sobre ele. Para apagar algo se podia tomar uma esponja úmida e limpá-lo simplesmente. De modo que Deus limpa o pecado do homem perdoado. Afetará o futuro. Trará momentos de relaxamento. Na vida entrará algo que dará força na fraqueza e descanso na fadiga.
    4. Pedro continua falando da Segunda Vinda de Cristo. Qualquer outro que seja o significado da doutrina, uma coisa significa: que a história se dirige a algum lugar; move-se, não sem rumo, mas sim com uma série de propósitos no caminho.
    5. Pedro insiste em que tudo o que aconteceu tinha sido profetizado. Os judeus se negavam a assimilar a idéia de que o Ungido de Deus devia sofrer. Mas Pedro insiste em que se buscarem em suas próprias Escrituras ali encontrarão tudo.
    6. Pedro lembra-lhes do seu privilégio nacional. Em um sentido muito especial os judeus eram o povo escolhido de Deus.
    7. E então, finalmente, estabelece a verdade iniludível de que esse privilégio tão especial traz consigo um dever muito especial; que o privilégio não significa fazer o que querem, mas sim o que Deus quer. Não é o privilégio de uma honra especial; é o privilégio de um serviço especial.

    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Atos Capítulo 3 versículo 21
    A este, o céu tem de reter: Ou: “A este, o céu tem de receber”. Pelo visto, estas palavras se referem ao período que Jesus teria que esperar no céu, à direita de Deus, até que o tempo do restabelecimento começasse. — Sl 110:1-2; Lc 21:24; Hb 10:12-13.

    o tempo do restabelecimento: A palavra grega traduzida aqui como “restabelecimento” é apokatástasis. Algumas Bíblias traduzem essa palavra como “restauração”. Ela vem da palavra apó, que significa “de volta; novamente”, e da palavra kathístemi, que significa literalmente “estabelecer”. O verbo correspondente foi traduzido em At 1:6 como “restabelecer”. O historiador Josefo usou apokatástasis para se referir à volta dos judeus do exílio em Babilônia. Além disso, a palavra foi usada em papiros para se referir à reforma de construções, à devolução de propriedades aos seus donos legítimos e a balanços de contas. Aqui, em At 3:21, o versículo não diz quais são as coisas que seriam restabelecidas. Assim, para saber o que esse restabelecimento de todas as coisas significa, é preciso considerar o que Deus disse por meio dos profetas da antiguidade. Nas Escrituras Hebraicas, os profetas falaram muitas vezes sobre um restabelecimento. Por meio deles, Jeová prometeu que seu povo moraria numa terra repovoada, restaurada e fértil, protegida de animais selvagens e de ataques de inimigos. Essa terra restaurada seria um verdadeiro paraíso! (Is 65:25; Ez 34:25-36:
    35) E o mais importante: o templo seria reconstruído e a adoração pura seria restabelecida. (Is 2:1-5; Mq 4:1-5) Assim, o restabelecimento mencionado neste versículo seria tanto em sentido físico como em sentido espiritual.


    Dicionário

    Boca

    substantivo feminino Cavidade anatômica que compõe a parte inicial do tubo digestivo, através da qual é possível ingerir alimentos.
    Por Extensão Parte externa dessa cavidade composta pelos lábios.
    O que se assemelha a uma boca (cavidade): boca de vulcão.
    Abertura de uma superfície, objeto, recipiente: boca de garrafa.
    Buraco através do qual a bala é lançada (numa arma de fogo): boca de fuzil.
    Abertura do fogão por meio da qual o fogo é expelido: fogão de 4 bocas.
    Parte inicial de uma rua: boca da avenida, de rua.
    Figurado Pessoa que depende de outra: lá em casa são 6 bocas famintas!
    [Popular] Excelente oportunidade, com benefícios.
    [Gíria] Local onde é possível comprar e vender drogas.
    Geografia Embocadura de rio.
    Geografia Parte inicial de uma baía, canal etc.
    Abertura por onde sai o ar (num órgão, instrumento etc.).
    interjeição Modo usado para pedir ou dar uma ordem de silêncio.
    Etimologia (origem da palavra boca). Do latim buccam.

    Conter

    verbo transitivo direto Reprimir o funcionamento de; impedir o desenvolvimento ou o avanço de: não pude conter os manifestantes.
    Possuir capacidade de abrigar; incluir na sua extensão; encerrar: quantos lugares contém esse auditório?
    verbo transitivo direto e pronominal Exercer domínio acerca de (algo, alguém ou si mesmo); reprimir-se: conter desperdício; precisou se conter para não machucá-lo.
    Reter; carregar em si; guardar em si; encerrar: o documento contém as.
    Informações mais importantes; nesta análise se contém os fundamentos do capitalismo.
    verbo pronominal Condensar-se (sintetizar) em (alguma coisa): seu talento se contém nas artes plásticas.
    Manter o mesmo estado ou condição; preservar-se: contém-se desempregada por preguiça.
    Etimologia (origem da palavra conter). Do latim continere.

    Convir

    verbo transitivo indireto Ser conveniente, útil, proveitoso; servir: o emprego me convém.
    Ficar bem; ser adequado; condizer com: a curiosidade não convém aos homens.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Demonstrar concordância ou entrar num acordo com; concordar, acordar: os alunos convieram em estudar; convenho que estejas certo.
    Ter importância, utilidade: suas críticas não convêm à empresa; como convém, ninguém disse nada.
    Etimologia (origem da palavra convir). Do latim convenire.

    importar, relevar, cumprir. – Com muita concisão, e de modo muito preciso, diz Lacerda destes verbos: “O que traz vantagem a alguém, ou a alguma coisa, convém. O que é útil, ou de proveito, importa. O que muito importa, porque é de grande utilidade, releva. Cumpre o em que interessa a obrigação ou dever”. E S. Luiz oferece os seguintes exemplos: “Convém ao homem público mostrar sisudez e gravidade em todas as suas ações: trajar com simplicidade e modéstia; não entrar nos jogos e divertimentos da mocidade, posto que lícitos sejam e honestos, etc. Importa ao homem de negócio ter em bom arranjo as suas contas; ao mercador, e ao traficante não gastar mais do que permitem os seus lucros. Releva ao pai de família trazer bem administrados os seus bens, bem governada a sua casa, etc. Cumpre a todo homem ser justo, honesto, humano, virtuoso; cumpre ao prelado, ao pastor, ao mestre dar bom exemplo às pessoas que lhe estão sujeitas; cumpre ao cidadão respeitar e observar as leis, etc.”

    Convir
    1) Ser conveniente, útil, decente (Mt 3:15)

    2) Concordar (Ne 10:29).

    Céu

    substantivo masculino Espaço infinito no qual se localizam e se movem os astros.
    Parte do espaço que, vista pelo homem, limita o horizonte: o pássaro voa pelo céu.
    Reunião das condições climáticas; tempo: hoje o céu está claro.
    Local ou situação feliz; paraíso: estou vivendo num céu.
    Religião Deus ou a sabedoria ou providência divina: que os céus nos abençoem.
    Religião Local para onde vão as boas almas: o reino dos Céus.
    Religião A reunião dos anjos, dos santos que fazem parte do Reino de Deus.
    Por Extensão Atmosfera ou parte dela situada acima de uma região na superfície terrestre.
    expressão A céu aberto. Ao ar livre: o evento será a céu aberto.
    Mover céus e terras. Fazer todos os esforços para obter alguma coisa.
    Cair do céu. Chegar de imprevisto, mas numa boa hora: o dinheiro caiu do céu.
    Etimologia (origem da palavra céu). Do latim caelum; caelus.i.

    Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados ‘as aves dos céus’ (35:11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o ‘firmamento’, ou a expansão do céu (Gn 1:8). o terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu, donde veio Cristo, e para o qual subiu depois da Sua ressurreição (At 1:11), e donde há de vir outra vez (1 Ts 4.16). A este mesmo céu foi Paulo arrebatado (2 Co 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3:12-13Hb 8:1 – e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dos doze Patriarcas, Levi 2 e 3 – Livro dos Segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi para eles preparado por Jesus Cristo (Jo 14:2) – um lugar de felicidade 1Co 2:9), e de glória (2 Tm 2,11) – e é, também, um repouso, em que se está livre de toda inquietação (Hb 4:10-11). Chama-se ‘reino’ (Mt 25:34Tg 2:5 – 2 Pe 1,11) – Paraíso (Lc 23:43Ap 2:7) – uma herança (1 Pe 1,4) – cidade (Hb 11:10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap 7:15-16), em completa alegria e felicidade (Sl 16:11), vida essa acima da nossa compreensão 1Co 2:9).

    Em geral, a palavra céu designa o espaço indefinido que circunda a Terra, e mais particularmente a parte que está acima do nosso horizonte. Vem do latim coelum, formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa concavidade. Os antigos acreditavam na existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. [...] Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão – estar no sétimo céu – para exprimir perfeita felicidade. [...] A teologia cristã reconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros, e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habi-tação dos que o contemplam face a face.[...]As diferentes doutrinas relativamente aoparaíso repousam todas no duplo errode considerar a Terra centro do Uni-verso, e limitada a região dos astros
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 1 e 2

    [...] é o espaço universal; são os plane-tas, as estrelas e todos os mundos supe-riores, onde os Espíritos gozamplenamente de suas faculdades, sem astribulações da vida material, nem as an-gústias peculiares à inferioridade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1016

    [...] O Céu é o espaço infinito, a multidão incalculável de mundos [...].
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 4, cap• 1

    [...] o Céu que Deus prometeu aos que o amam é também um livro, livro variado, magnífico, cada uma de cujas páginas deve proporcionar-nos emoções novas e cujas folhas os séculos dos séculos mal nos consentirão voltar até a última.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 6a efusão

    O Céu de Jesus é o reinado do Espírito, é o estado da alma livre, que, emancipando-se do cativeiro animal, ergue altaneiro vôo sem encontrar mais obstáculos ou peias que a restrinjam.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Céu de Jesus

    O Céu representa uma conquista, sem ser uma imposição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 2

    [...] em essência, é um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu

    [...] o céu começará sempre em nós mesmos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu e inferno

    Toda a região que nomeamos não é mais que uma saída gloriosa com milhões de portas abertas para a celeste ascensão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57

    Céu – esferas espirituais santificadas onde habitam Espíritos Superiores que exteriorizam, do próprio íntimo, a atmosfera de paz e felicidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8


    Céu
    1) Uma das grandes divisões do UNIVERSO (Gn 1:1).


    2) Lugar onde moram Deus, os seres celestiais e os salvos que morrem (Is 66:1; Mt 24:36; 2Co 5:1).


    Céu 1. No evangelho de Mateus, no plural, perífrase empregada no lugar de Deus como, por exemplo, o Reino de Deus é descrito como o Reino dos céus (Mt 5:10; 6,20; 21,25; Lc 10:20; 15,18.21; Jo 3:27).

    2. Morada de Deus, de onde envia seus anjos (Mt 24:31; Lc 22:43); faz ouvir sua voz (Mt 3:17; Jo 12:28); e realiza seus juízos (Lc 9:54; 17,29ss.).

    3. Lugar onde Jesus ascendeu após sua ressurreição (Mc 16:19; Lc 24:51).

    4. Destino dos que se salvam. Ver Vida eterna.

    m. Gourgues, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Deus

    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.



    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Princípio

    substantivo masculino O começo; o que ocorre ou existe primeiro que os demais: princípio dos tempos.
    Início de uma ação ou processo: no princípio do trabalho era mais feliz.
    O que fundamenta ou pode ser usado para embasar algo; razão: em que princípio se baseia seu texto?
    Informação básica e necessária que fundamenta uma seção de conhecimentos: princípios da matemática.
    [Física] Lei de teor geral que exerce um papel importantíssimo na prática e desenvolvimento de uma teoria, a partir da qual outras se derivam.
    [Lógica] Proposição imprescindível para que um raciocínio seja fundamentado.
    [Filosofia] Razão ou efeito de uma ação; proposição usada numa dedução.
    substantivo masculino plural Regra, norma moral: esse menino não tem princípios.
    Etimologia (origem da palavra princípio). Do latim principium.ii.

    princípio s. .M 1. Momento em que uma coisa tem origem; começo. 2. Causa primária; razão, base. 3. Momento em que se faz alguma coisa pela primeira vez. 4. Regra, lei, preceito. 5. Ditame moral, sentença, máxima. 6. Teoria. 7. Quí.M e Far.M Substância química que figura numa mistura. S. .M pl. 1. Os antecedentes. 2. As primeiras épocas da vida. 3. Doutrinas fundamentais ou opiniões predominantes.

    Profetar

    verbo intransitivo e transitivo direto Variação de profetizar.
    Etimologia (origem da palavra profetar). Do latim prophetare.

    Restauração

    substantivo feminino Ação de recuperar ou de reparar; conserto, recuperação.
    Trabalho que, realizado numa obra de arte ou de construção, faz com que suas partes deterioradas sejam restabelecidas.
    [Medicina] Recuperação das forças após uma doença.
    [Política] Ação de restabelecer ou instituir novamente um regime político ou uma situação histórica já ocorrida.
    [Jurídico] Ação de fazer com que algo volte ao seu estado anterior; reconstrução.
    [Odontologia] Reconstrução de um dente deteriorado, pela remoção e limpeza da parte afetada, sendo este restaurado com materiais próprios (ouro, amálgama, resina ou porcelana).
    Ação de recuperar uma nacionalidade anulada; ação de readquirir a independência perdida.
    Etimologia (origem da palavra restauração). Do latim restauratio.onis.

    restauração s. f. 1. Ato ou efeito de restaurar(-se). 2. Reconstrução, restabelecimento. 3. Conserto, reparação. 4. O ato de reaver a independência ou nacionalidade perdidas.

    Santos

    masc. pl. de santo

    san·to
    (latim sanctus, -a, -um, tornado sagrado ou inviolável)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Relativo ao culto religioso. = SACRO, SAGRADOPAGÃO, PROFANO

    2. Que vive segundo a lei de Deus ou segundo preceitos religiosos.

    3. Dedicado a Deus.

    4. Bem-aventurado, sagrado.

    5. Que deve ser cumprido ou respeitado. = SAGRADO

    6. Religião Destinado ao culto ou a uma celebração religiosa, correspondo por vezes a um feriado (ex.: dia santo). = SANTIFICADO

    7. Religião Que precede o domingo de Páscoa (ex.: quinta-feira santa, sábado santo).

    8. Que inspira ou deve inspirar grande respeito ou veneração.

    9. Religião Usa-se antes do nome masculino de um santo começado por vogal (ex.: Santo António) ou antes de um nome feminino de uma santa (ex.: Santa Teresa). [Confrontar: são]

    10. Essencialmente puro; perfeito em tudo.

    11. Inocente; imaculado; inviolável.

    12. Eficaz; que cura.

    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    13. Que ou quem foi canonizado e santificado por uma igreja.

    14. Que ou quem morreu em estado de santidade.

    15. Que ou quem tem uma extraordinária bondade, tem qualidades superiores ou tem um comportamento irrepreensível.

    nome masculino

    16. Imagem ou representação de uma pessoa canonizada (ex.: comprou mais dois santos no antiquário).


    não haver santo que valha
    Não haver solução (ex.: com esta maré de azar, não há santo que nos valha).

    santo de casa não faz milagre
    O mesmo que santos da casa não fazem milagres

    santo de pau carunchoso
    O mesmo que santo de pau oco.

    santo de pau oco
    Estátua de madeira de um santo, oca por dentro.

    [Informal] Pessoa que finge ou parece ser o que não é. = FINGIDO, SONSO

    santos da casa não fazem milagres
    Expressão que se usa para indicar que é mais fácil contar com a ajuda de estranhos do que com a daqueles que nos são mais próximos.


    masc. pl. de santo

    san·to
    (latim sanctus, -a, -um, tornado sagrado ou inviolável)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Relativo ao culto religioso. = SACRO, SAGRADOPAGÃO, PROFANO

    2. Que vive segundo a lei de Deus ou segundo preceitos religiosos.

    3. Dedicado a Deus.

    4. Bem-aventurado, sagrado.

    5. Que deve ser cumprido ou respeitado. = SAGRADO

    6. Religião Destinado ao culto ou a uma celebração religiosa, correspondo por vezes a um feriado (ex.: dia santo). = SANTIFICADO

    7. Religião Que precede o domingo de Páscoa (ex.: quinta-feira santa, sábado santo).

    8. Que inspira ou deve inspirar grande respeito ou veneração.

    9. Religião Usa-se antes do nome masculino de um santo começado por vogal (ex.: Santo António) ou antes de um nome feminino de uma santa (ex.: Santa Teresa). [Confrontar: são]

    10. Essencialmente puro; perfeito em tudo.

    11. Inocente; imaculado; inviolável.

    12. Eficaz; que cura.

    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    13. Que ou quem foi canonizado e santificado por uma igreja.

    14. Que ou quem morreu em estado de santidade.

    15. Que ou quem tem uma extraordinária bondade, tem qualidades superiores ou tem um comportamento irrepreensível.

    nome masculino

    16. Imagem ou representação de uma pessoa canonizada (ex.: comprou mais dois santos no antiquário).


    não haver santo que valha
    Não haver solução (ex.: com esta maré de azar, não há santo que nos valha).

    santo de casa não faz milagre
    O mesmo que santos da casa não fazem milagres

    santo de pau carunchoso
    O mesmo que santo de pau oco.

    santo de pau oco
    Estátua de madeira de um santo, oca por dentro.

    [Informal] Pessoa que finge ou parece ser o que não é. = FINGIDO, SONSO

    santos da casa não fazem milagres
    Expressão que se usa para indicar que é mais fácil contar com a ajuda de estranhos do que com a daqueles que nos são mais próximos.


    Esta palavra no A.T. representadas palavras hebraicas, significando uma delas
    (1). piedoso (Sl 30:4, e freqüentes vezes nos Salmos, e também em 1 Sm 2.9 – 2 Cr 6.41 – Pv 2:8) – e a outra
    (2). separado, aplicando-se o termo aos anjos (Sl 89:5-7), e aos homens (Dt 33:3 – cp.com o vers. 2 – Sl 16:3 – 34.9 – Dn 7:18, etc.). É esta última palavra, no seu equivalente grego, que no N.T. é adotada com uma designação característica da comunidade cristã (At 9:13Rm 1:7 – 1 Co 1.2 – 2 Co 1.1, etc.). E assim, por aquela expressão se indica, em primeiro lugar, a chamada e estado do crente cristão – e, em segundo lugar, as qualidades próprias do crente, as quais derivam de tão alto privilégio. A Escritura não autoriza, de nenhum modo, a limitação da palavra a pessoas de especial santidade. (*veja Santificação.)

    Tempos

    masc. pl. de tempo

    tem·po
    (latim tempus, oris)
    nome masculino

    1. Série ininterrupta e eterna de instantes.

    2. Medida arbitrária da duração das coisas.

    3. Época determinada.

    4. Prazo, demora.

    5. Estação, quadra própria.

    6. Época (relativamente a certas circunstâncias da vida, ao estado das coisas, aos costumes, às opiniões).

    7. Estado da atmosfera.

    8. [Por extensão] Temporal, tormenta.

    9. Duração do serviço militar, judicial, docente, etc.

    10. A época determinada em que se realizou um facto ou existiu uma personagem.

    11. Vagar, ocasião, oportunidade.

    12. Gramática Conjunto de inflexões do verbo que designam com relação à actualidade, a época da acção ou do estado.

    13. [Música] Cada uma das divisões do compasso.

    14. [Linguagem poética] Diferentes divisões do verso segundo as sílabas e os acentos tónicos.

    15. [Esgrima] Instante preciso do movimento em que se deve efectuar uma das suas partes.

    16. Geologia Época correspondente à formação de uma determinada camada da crusta terrestre.

    17. [Mecânica] Quantidade do movimento de um corpo ou sistema de corpos medida pelo movimento de outro corpo.


    a tempo
    De forma pontual ou dentro do prazo previsto.

    a seu tempo
    Em ocasião oportuna.

    com tempo
    Com vagar, sem precipitação; antes da hora fixada.

    dar tempo ao tempo
    Esperar ocasião.

    matar o tempo
    Entreter-se.

    perder o tempo
    Não o aproveitar enquanto é ocasião; trabalhar em vão; não ter bom êxito.

    perder tempo
    Demorar-se.

    tempo civil
    Tempo solar médio adiantado de doze horas. (O tempo civil conta-se de 0 a 24 horas a partir da meia-noite, com mudança de data à meia-noite.)

    tempo da Maria Cachucha
    Tempos muito antigos ou antiquados, desactualizados (ex.: isso é do tempo da Maria Cachucha).

    tempo de antena
    Duração determinada de emissões de rádio ou de televisão difundidas no quadro da programação.

    tempo dos afonsinhos
    Tempos muito antigos ou antiquados, desactualizados (em alusão à época em que reinaram os primeiros Afonsos de Portugal) (ex.: ritual praticado desde o tempo dos afonsinhos). = ERA DOS AFONSINHOS

    tempo sideral
    Escala de tempo baseada no ângulo horário do ponto vernal.

    tempo solar médio
    Tempo solar verdadeiro, sem as suas desigualdades seculares e periódicas. (O tempo médio conta-se de 0 a 24 horas a partir do meio-dia.)

    tempo solar verdadeiro
    Escala de tempo baseada no ângulo horário do centro do Sol.

    tempos primitivos
    Gramática Conjunto de tempos verbais de que os outros se formam pela mudança das desinências.

    tempo universal
    Tempo civil de Greenwich, em Inglaterra (sigla: T.U.).

    tempo universal coordenado
    Escala de tempo difundida pelos sinais horários (sigla internacional: UTC).

    tempos heróicos
    Aqueles em que viveram os heróis (século XX ao XII a. C.).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    ὅς δεῖ οὐρανός μέν δέχομαι ἄχρι χρόνος ἀποκατάστασις πᾶς ὅς θεός λαλέω διά στόμα πᾶς αὑτοῦ ἅγιος προφήτης ἀπό αἰών
    Atos 3: 21 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    ao qual é necessário que o céu receba até os tempos da restauração de todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio do mundo.
    Atos 3: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    30 d.C.
    G1163
    deî
    δεῖ
    chutar, dar pontapé em
    (and kicked)
    Verbo
    G1209
    déchomai
    δέχομαι
    levar consigo
    (will receive)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Médio - 3ª pessoa do singular
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G165
    aiṓn
    αἰών
    para sempre, uma idade ininterrupta, tempo perpétuo, eternidade
    (ages)
    Substantivo - Masculino no Plurak acusativo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2980
    laléō
    λαλέω
    (P
    (and cried)
    Verbo
    G3303
    mén
    μέν
    realmente
    (indeed)
    Conjunção
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G40
    hágios
    ἅγιος
    Abimeleque
    (Abimelech)
    Substantivo
    G4396
    prophḗtēs
    προφήτης
    nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    (prophet)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G4750
    stóma
    στόμα
    boca, como parte do corpo: de seres humanos, de animais, de peixe, etc.
    ([the] mouth)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G5550
    chrónos
    χρόνος
    tempo, longo ou curto
    (time)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G605
    apokatástasis
    ἀποκατάστασις
    estar fraco, doente, frágil
    (and it was very sick)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G891
    áchri
    ἄχρι
    até
    (until)
    Preposição


    δεῖ


    (G1163)
    deî (die)

    1163 δει dei

    terceira pessoa do singular presente ativo de 1210; TDNT - 2:21,140; v

    1. é necessário, há necessidade de, convém, é correto e próprio
      1. necessidade encontrada na natureza do caso
      2. necessidade provocada pelas circunstâncias ou pela conduta de outros em relação a nós
      3. necessidade com referência ao que é requerido para atingir algum fim
      4. uma necessidade de lei e mandamento, de dever, justiça
      5. necessidade estabelecida pelo conselho e decreto de Deus, especialmente por aquele propósito seu que se relaciona com a salvação dos homens pela intervenção de Cristo e que é revelado nas profecias do Antigo Testamento
        1. relativo ao que Cristo teve que finalmente sofrer, seus sofrimentos, morte, ressurreição, ascensão

    Sinônimos ver verbete 5829 e 5940


    δέχομαι


    (G1209)
    déchomai (dekh'-om-ahee)

    1209 δεχομαι dechomai

    voz média de um verbo primário; TDNT - 2:50,146; v

    1. levar consigo
      1. segurar, pegar
    2. pegar, receber
      1. usado para um lugar que recebe alguém
      2. receber ou conceder acesso a, um visitante, não recusar relação ou amizade
        1. receber com hospitalidade
        2. receber na família de alguém para criá-lo ou educá-lo
      3. de coisas oferecidas pelo falar, ensinar, instruir
        1. receber favoravelmente, dar ouvidos a, abraçar, tornar próprio de alguém, aprovar, não rejeitar
      4. receber i.e. tomar sobre si mesmo, sustentar, carregar, suportar
    3. receber, obter
      1. aprender

    Sinônimos ver verbete 5877


    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    αἰών


    (G165)
    aiṓn (ahee-ohn')

    165 αιων aion

    do mesmo que 104; TDNT - 1:197,31; n m

    1. para sempre, uma idade ininterrupta, tempo perpétuo, eternidade
    2. os mundos, universo
    3. período de tempo, idade, geração

    Sinônimos ver verbete 5921


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    λαλέω


    (G2980)
    laléō (lal-eh'-o)

    2980 λαλεω laleo

    forma prolongada de um verbo absoleto (em outras formas); TDNT - 4:69,505; v

    1. emitir uma voz ou um som
    2. falar
      1. usar a língua ou a faculdade da fala
      2. emitir sons articulados
    3. conversar,
    4. anunciar, contar
    5. usar palavras a fim de tornar conhecido ou revelar o próprio pensamento
      1. falar

    μέν


    (G3303)
    mén (men)

    3303 μεν men

    partícula primária; partícula

    1. verdadeiramente, certamente, seguramente, de fato


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    ἅγιος


    (G40)
    hágios (hag'-ee-os)

    40 αγιος hagios

    de hagos (uma coisa grande, sublime) [cf 53, 2282]; TDNT 1:88,14; adj

    1. algo muito santo; um santo

    Sinônimos ver verbete 5878


    προφήτης


    (G4396)
    prophḗtēs (prof-ay'-tace)

    4396 προφητης prophetes

    de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m

    1. nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    2. alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
      1. os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
      2. de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
      3. do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
      4. o Messias
      5. de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
      6. dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
        1. estão associados com os apóstolos
        2. discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
        3. nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
    3. poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
      1. de Epimênides (Tt 1:12)

    στόμα


    (G4750)
    stóma (stom'-a)

    4750 στομα stoma

    provavelmente reforçado de um suposto derivado da raiz de 5114; TDNT - 7:692,1089; n n

    1. boca, como parte do corpo: de seres humanos, de animais, de peixe, etc.
      1. visto que os pensamentos da alma de alguém encontram expressão verbal pela sua boca, o “coração” ou “alma” e a boca eram diferenciados
    2. fio de uma espada

    χρόνος


    (G5550)
    chrónos (khron'-os)

    5550 χρονος chronos

    de derivação incerta; TDNT - 9:581,1337; n m

    1. tempo, longo ou curto

    Sinônimos ver verbete 5853


    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    ἀποκατάστασις


    (G605)
    apokatástasis (ap-ok-at-as'-tas-is)

    605 αποκαταστασις apokatastasis

    de 600; TDNT - 1:389,65; n f

    1. restauração
      1. de uma teocracia verdadeira
      2. do estado perfeito antes da queda

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἄχρι


    (G891)
    áchri (akh'-ree)

    891 αχρι achri αχρις achris

    semelhante a 206 (pela idéia de término, ponto final); prep/conj

    1. até, até que, etc.