Enciclopédia de I Coríntios 6:20-20

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1co 6: 20

Versão Versículo
ARA Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.
ARC Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.
TB Porque fostes comprados por preço. Portanto, glorificai a Deus no vosso corpo.
BGB ἠγοράσθητε γὰρ τιμῆς· δοξάσατε δὴ τὸν θεὸν ἐν τῷ σώματι ⸀ὑμῶν.
LTT Porque fostes comprados por bom preço ①. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais são de Deus 1158.
BJ2 Alguém pagou alto preço pelo vosso resgate,[j] glorificai, portanto, a Deus em vosso corpo.
VULG Empti enim estis pretio magno. Glorificate, et portate Deum in corpore vestro.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Coríntios 6:20

Mateus 5:16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.
Atos 20:28 Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.
Romanos 6:19 Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia e à maldade para a maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.
Romanos 12:1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
I Coríntios 7:23 Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens.
I Coríntios 10:31 Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.
Gálatas 3:13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
Filipenses 1:20 segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte.
Hebreus 9:12 nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
I Pedro 1:18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,
I Pedro 2:9 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
II Pedro 2:1 E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
Apocalipse 5:9 E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 1158

1Co 6:20 Mss Alexandrinos/ TC/ bíblias moderninhas aqui extirpam/ destroem (por nota/ [colchetes]) "E NO VOSSO ESPÍRITO, OS QUAIS SÃO DE DEUS", isto é, extirpam que: (a) Devemos glorificar a Deus no nosso espírito, além de no nosso corpo! (b) E ambos (corpo e espírito) pertencem a Deus (oh gloriosas palavras, tão doces à alma!).


 ①

comp. 1Co 7:23.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


André Luiz

1co 6:20
Conduta Espírita

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 34
Página: 119
Waldo Vieira
André Luiz

Cultivar a higiene pessoal, sustentando o instrumento físico qual se ele fosse viver eternamente, preservando-se, assim, contra o suicídio indireto.


O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo Espírito trazido à carne.


Precatar-se contra tóxicos, narcóticos, alcoólicos, e contra o uso demasiado de drogas que viciem a composição fisiológica natural do organismo.


Existem venenos que agem gota a gota.


Conduzir-se de modo a não exceder-se em atitudes superiores à própria resistência, nem confiar- -se a intempestivas manifestações emocionais, que criam calamitosas depressões.


O abuso das energias corpóreas também provoca suicídio lento.


Distinguir no sexo a sede de energias superiores que o Criador concede à criatura para equilibrar-lhe as atividades, sentindo-se no dever de resguardá-la contra os desvios suscetíveis de corrompê-la.


O sexo é uma fonte de bênçãos renovadoras do corpo e da alma.


Fugir de alimentar-se em excesso e evitar a ingestão sistemática de condimentos e excitantes, buscando tomar as refeições com calma e serenidade.


Grande número de criaturas humanas deixa prematuramente o Plano Terrestre pelos erros do estômago.


Sempre que lhe seja possivel, respirar o ar livre, tomar banhos de água pura e receber o sol farto, vestindo-se com decência e limpeza, sem, contudo, prender-se à adoração do próprio corpo.


Critério e moderação garantem o equilíbrio e o bem-estar.


Por motivo algum, desprezar o vaso corpóreo de que dispõe, por mais torturado que ele seja.


Na Terra, cada Espírito recebe o corpo de que precisa.



Emmanuel

1co 6:20
Harmonização

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Página: -
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Muitos companheiros do mundo físico nos perguntam: “qual o conceito de harmonização para os Amigos Espirituais?”

E nos aventuramos a responder. Harmonização, para nós outros, os que nos desvencilhamos do corpo físico, é a ordem controlada… Cada criatura, na função a que se destina pela sabedoria dos mentores que nos dirigem, pode desempenhar esta função.

A espontaneidade e a disciplina, unidas no contexto das responsabilidades que nos foram confiadas, semelhando escada de ascensão, cujos degraus podemos e devemos conquistar através de méritos reais, são frutos que deveriam surgir na árvore de nossa maturidade, sustentando a nossa participação voluntária na instrução, a que nos referimos, quase sempre induzidos a incorporá-las em nossa existência, em longo tempo de provação, a fim de sermos educados para a harmonização.

Tentando ilustrar as nossas afirmativas, comparemos a harmonização a um grande conjunto orquestral. A direção de uma obra dessa não poderia ser entregue a um principiante que apenas atravessou o solfejo.

E a execução de peça determinada exigiria, de cada figurante, a segurança que se lhe pede à função e no lugar que lhe deva ser próprio. Sem isso, a música em pauta não se faria possível, cabendo ao “maestro” a obrigação de suprimir a desarmonização capaz de estragar todo o trabalho, às vezes, de muitos anos de exercício e preparação.

Compreendendo o que vem a ser harmonização na Vida Superior, percebemos que nossas imagens são simples e reais. E ainda ousamos lembrar que todos nós, os Espíritos em aprendizado e evolução na Terra, necessitamos de união e respeito, compreensão e amor de uns para com os outros, em quaisquer de nossos núcleos de trabalho, a fim de executarmos as peças de entendimento e elevação, paz e luz realizadas pelo Nosso Divino Mestre, ao mesmo tempo que somos compelidos a recordar-lhe as palavras: – “Amai-vos uns aos outros como vos amei.” (Jo 15:12)



Uberaba, 21 de Junho de 1990.


1co 6:20
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 94
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito.” — Paulo (1co 6:20)


Atentos à palavra evangélica, observamos que o homem deve realizar a glorificação de Deus em sua existência.

Em todas as épocas, inúmeros intérpretes dos ensinamentos de Jesus e dos apóstolos tentaram semelhante edificação, partindo, todavia, de princípios contraproducentes.

Muitos religiosos tentaram-na, atormentando o corpo ao invés de discipliná-lo, embotando o espírito nas sombras dogmáticas, em lugar de esclarecê-lo. Essa glorificação, entretanto, deverá ser levada a efeito no corpo e no espírito.

Não se pode esquecer a noção de equilíbrio que deve reger toda expressão da vida.

O mundo, substancialmente, considerado, é o paraíso que jamais se distanciou de nós outros. Seus característicos de paisagem revelam o Éden repleto de árvores, flores e luzes. O planeta, contudo, precisa receber expressões de Deus manifestado nas criaturas.

A natureza em todos os seus planos glorifica o Senhor, mas o homem, na generalidade, não conhece a realização sublime, costumando transformar o alimento em tóxico e o sentimento em paixão destruidora.

Não mais suplícios às células orgânicas, nem ociosidade beatífica na falsa visão espiritual. Corpo e espírito devem andar harmoniosos e belos nas leis divinas do ritmo.

Deus pode ser glorificado no ato de comer, de banhar-se, na organização da família, do trabalho, em todos os gêneros de vida honesta e de luta construtiva.

Muitos crentes, em todos os setores da fé, quiseram transformar a glorificação em movimento convencionalista.

Usa-se o corpo nas igrejas para genuflexões ou atitudes contemplativas e fora dela em todos os desmandos e absurdos de licenciosidade e indisciplina.

Não se pode glorificar a Deus no sentido unilateral. A presença divina transparece de todas as coisas e em todos os lugares.

A vida com suas leis prodigiosas está pedindo aos homens glorifiquem a Deus, manifestando-O. Somente assim, integrar-se-á o planeta na harmonia do Universo.




Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Coríntios Capítulo 6 do versículo 1 até o 20
SEÇÃO IV

A NOVA FÉ E UMA NOVA COMUNHÃO

I Coríntios 6:1-20

Para Paulo, o evangelho de Jesus Cristo era uma força nova e vital na vida. Nos primeiros quatro capítulos, o apóstolo enfatizou a verdade de que a nova fé em Cristo deve resultar em um senso de unidade e propósito. Ele assinalou em termos precisos o fato de que as divisões e as contendas na igreja eram contrárias à nova fé. Em I Coríntios 5, Paulo destacou o princípio de que a nova fé produzia uma nova moralidade. Esta nova moralidade não era baseada na sabedoria humana, mas era o resultado da revelação de Deus em Cristo.

No capítulo 6, o apóstolo discute o problema de ações judiciais entre os membros da igreja. Ele pede aos coríntios que resolvam seus problemas dentro da comunhão da igre-ja, em vez de submeterem os casos aos tribunais civis. Depois de mostrar a insensatez de cristãos levarem uns aos outros diante de tribunais pagãos, Paulo os adverte contra o perigo de afundarem-se no pecado. Ele está particularmente preocupado com o pecado de fornicação, que parecia ser um problema grave em Corinto. O apóstolo termina esta seção lembrando aos coríntios a verdade inspiradora de que eles eram, na verdade, tem-plos do Espírito Santo.

A. COMUNHÃO VERSUS LITÍGIO CARNAL, 6:1-11

Paulo sentiu que a igreja em Corinto estava perdendo o equilíbrio espiritual em seu interior, e dissipando sua influência missionária em relação aos de fora. Entre as várias razões para a perda de vitalidade e influência estava o espetáculo dos cristãos exibindo as suas diferenças diante de tribunais civis.

1. Demandas Judiciais 1ndignas da Igreja (6:1-4)

Para Paulo, a igreja era uma união de crentes em Cristo. A união deveria ser carac-terizada pela comunhão entre os homens, bem como pela adoração diante de Deus. Mas a igreja em Corinto parecia preferir o litígio carnal à comunhão cristã.

a) A arbitragem cristã é melhor do que os veredictos pagãos (6.1). Para Paulo, as ações judiciais públicas envolvendo cristãos eram impensáveis. Portanto, ele escreve: Ousa algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos e não perante os santos? Esta pergunta abrupta "marca a explosão de um sentimento de indignação".' Um comentador sugere que a linguagem de Paulo indica que ele considera as ações judiciais uma "traição contra a fraternidade cristã".2

O apóstolo não negou a possibilidade de diferenças reais entre os cristãos. A frase tendo algum negócio contra outro significa "um motivo para o tribunal, um caso".3 Mas Paulo se opunha ao crescente número de cristãos que estavam submetendo as suas diferenças aos tribunais pagãos. Ir a juízo (krino) é uma tentativa de ter um veredicto pronunciado, buscar um julgamento. O tempo verbal usado aqui (krinesthai) indica que as partes envolvidas tomavam a iniciativa de levarem seus problemas ao tribunal. E estas ações judiciais eram entre os crentes, não entre cristãos e aqueles que não faziam parte da igreja.

Jesus já havia estabelecido o princípio de que seus seguidores deveriam resolver as suas diferenças entre si (Mt 5:39-40). O exemplo dos judeus também deveria ter sido uma lição para a igreja. A literatura rabínica proibia ações judiciais diante de juizes idólatras. Para os doutores da lei, tal ação estava na mesma categoria que a blasfêmia.' O governo romano permitia aos judeus uma autonomia em questões de disputas entre si. Na comunidade judaica, a casa de juízo (Bethdin) era quase tão comum quanto a sinago-ga (Beth-keneseth). Então provavelmente não eram convertidos judeus que estavam en-volvidos nestas ações judiciais. Os gregos, porém, gostavam de disputas e litígios, e po-deriam estar envolvidos.

O termo injustos não significa necessariamente que era impossível obter justiça nos tribunais civis. Os romanos se orgulhavam de seu senso de justiça e seu histórico de tolerância legal. O próprio Paulo havia recorrido à justiça romana (Atos 28:19). Mas o caso de Paulo naquela circunstância não foi apresentado contra um companheiro crente. No entanto, o julgamento de Jesus diante de Pilatos e o histórico de tribunais públicos com relação aos cristãos constituía um quadro de justiça bastante triste (Atos 12:1-2; 16:19-24; 24.27).

A comunhão cristã deveria convocar uma audiência para tratar de assuntos da vida cotidiana, diante dos santos. Os cristãos aqui recebem um título de honra e dignidade -os santos (hoi hagioi). Deus os havia separado do mundo, e conferido a eles uma vida santa em Cristo. Ele havia lhes dado sabedoria e poder. Então por que deveriam aqueles a quem Deus assim honrou serem chamados a comparecer diante de homens que não reconheciam a Deus, ou somente a deuses pagãos? Além disso, todo o procedimento dos tribunais civis funciona de acordo com evidências impessoais e detalhes técnicos. A igreja cristã, por outro lado, funciona como um grupo pessoal e unido que vive de acordo com os motivos de misericórdia, amor e preocupação bondosa uns pelos outros. Portanto, a arbitragem cristã era melhor que os veredictos pagãos.

  1. Potencial cristão versus procedimento carnal (6.2). Os coríntios estavam diante de uma escolha: estar à altura de seu potencial espiritual, ou descer aos procedimentos carnais. O potencial do cristão é realmente surpreendente, como Paulo assinala nestas palavras: Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois, porventura, indignos de julgar as coisas míni-mas? A pergunta Não sabeis... é usada 10 vezes nas Epístolas aos Coríntios, mas ape-nas 3 vezes em outras passagens dos escritos de Paulo (Rm 6:3-16; 7.1). Os coríntios eram carnalmente indiferentes ao seu potencial espiritual, ou eram ignorantes sobre o seu destino inigualável.

No pensamento de Paulo, os crentes devem participar como associados de Cristo no governo de todo o mundo. Jesus disse, acerca dos apóstolos, que eles deveriam se assentar sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel (Mt 19:28). Isto é esten-dido aqui a todos os seguidores de Cristo. Lightfoot comenta: "Assim como os crentes reinarão com Cristo como reis (2 Tm 2.12; Ap 22:5), eles se sentarão com Ele como juízes do mundo".5

O inspirador potencial espiritual do povo de Deus como futuros governantes e juízes do mundo é mostrado em Daniel 7:22; Salmos 49:14; Mateus 19:28; Apocalipse 2:26-27; 3.21; 20.4. O termo mundo aqui inclui todos aqueles que rejeitaram o apelo do evange-lho.' Uma outra maneira de declarar o significado do versículo 2 seria: Será que não percebem que vocês, os futuros juízes dos destinos finais e os árbitros das questões eter-nas, são capazes de tomar decisões a respeito das questões rotineiras da vida?

A verdade que Paulo está tentando imprimir sobre os coríntios é que em última instância os gentios serão colocados sob o juízo divino, do qual todos os cristãos partici-pam. Que estranho, então, que estes mesmos gentios sejam chamados para resolver as disputas dos cristãos!

  1. Poder celestial versus confusão terrena (6.3). Não só os crentes redimidos auxilia-rão a Cristo em seu governo do mundo. Eles também participarão do juízo pronunciado sobre os anjos. Os anjos são a ordem mais elevada dos seres submissos a Deus, como as coisas que agora existem; contudo, eles fazem parte do universo em geral. Cristo gover-nará sobre todo o universo e os crentes em Cristo "compartilharão de sua exaltação ré-gia, que excede qualquer dignidade angelical".'

Não está especificado se os anjos bons ou os anjos maus são indicados nesta passa-gem. Tertuliano, Crisóstomo e outros escritores da Igreja Primitiva os consideravam como anjos caídos. Comentaristas posteriores, tais como Alford, os consideraram como anjos bons.' Mas o significado é o mesmo, qualquer que seja o caso. Mesmo uma ordem exaltada de seres como os anjos serão sujeitos ao julgamento dos cristãos, por causa do relacionamento inigualável dos cristãos com Cristo. Se, então, estes coríntios esperam auxiliar no julgamento dos anjos, eles devem ser competentes para resolver disputas com relação à vida na terra. Se eles deverão exercer o poder celestial, deverão ser capa-zes de eliminar a confusão terrena.

d) A perspectiva cristã sobre a autoridade mundana (6.4). Paulo estava preocupado com a influência espiritual da igreja. Ele achava que os cristãos deveriam evitar total-mente as ações judiciais. Mas se achassem necessário estabelecer tribunais para tratar dos assuntos cotidianos desta vida, deveriam constituir como juízes aqueles que fossem os mais simples nas igrejas.

Há várias interpretações dadas à frase de menos estima na igreja. Alguns a têm interpretado como um toque de ironia no discurso de Paulo, e assim interpretam as palavras referindo-se aos mais simples na igreja: Qualquer um, "mesmo que tivesse uma posição baixa na igreja, deveria julgar, em vez de os gentios".9 Outros acham que as palavras se referem a "pessoas de comprovada inferioridade em termos de juízo".' Há ainda outros que consideram as palavras como uma referência aos descrentes, que não representam nada na igreja e que não desfrutam de nenhuma confiança ou autoridade neste ambiente.' A versão RSV, portanto, interpreta o versículo da seguinte forma: "Se, então, tendes tais casos, por que os apresentais diante daqueles que são menos estima-dos pela igreja?" A arbitragem cristã é superior aos veredictos pagãos.

2. Ações Judiciais — Uma Desgraça para a Igreja (6:5-6)

Paulo estava preocupado com o desenvolvimento espiritual da igreja, e com o im-pacto da igreja sobre o mundo. Ele percebeu que as ações judiciais entre os membros da igreja eram um sinal de fraqueza espiritual — e um símbolo de desgraça. Assim, Paulo escreveu: Para vos envergonhar o digo (5). Ele pode ter acrescentado este comentário "para dar razão à severa ironia da última observação",12 ou para, na verda-de, humilhá-los com a pergunta que está prestes a fazer.' A pergunta tinha duplo propósito. Primeiro Paulo perguntou: Não há, pois, entre vós sábios? Será que esta igreja, que era tão orgulhosa de sua sabedoria, de seus dons, e de sua espiritualidade superior, não poderia realmente encontrar alguém sábio o suficiente e justo o suficien-te para resolver as disputas?

A segunda parte da pergunta seria igualmente constrangedora para os coríntios. Não há nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos? A natureza dos problemas que causavam estas ações judiciais parecia ser tal, que uma pessoa precisava decidir entre as práticas éticas conflitantes (diakrinai) em vez de julgar (krinai) crimes legais. A razão para estas perguntas era tornar os coríntios conscientes de seus atos. "Conside-rando como eles eram sábios em seu próprio conceito, a pergunta é muito penetrante".'

O clímax para a acusação de vergonha feita por Paulo veio na declaração seguinte: Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isso perante infiéis (6). É desanimador quando fortes diferenças surgem entre os membros da igreja. Mas quando crentes professos persistem a ponto de exibir estas diferenças em um tribunal pagão, isto é um escândalo perante o mundo.

Os magistrados e juízes destes tribunais pagãos são chamados de "injustos" (adikia) no versículo 1. Agora eles são chamados de infiéis (apistia) — desprovidos de fé. Estes oficiais pagãos decidiam casos legais de acordo com detalhes técnicos, habilidade de debater, ou o peso das evidências. Os cristãos, por outro lado, devem considerar os problemas à luz da graça de Deus e da comunhão pessoal, bem como à luz dos procedi-mentos legais.

3. Advertência Contra a Degeneração Espiritual (6:7-11)

A explosão de ações judiciais entre os coríntios era na verdade um sinal de degenera-ção espiritual na igreja. Em uma ordem rápida, Paulo listou as falhas espirituais deles. Então, como era seu costume, ele amenizou a acusação com um lembrete sobre a herança espiritual deles.

  1. Perda e derrota espiritual (6.7a). Olhando para o problema como um todo, Paulo declarou: Na verdade, é já realmente uma falta entre vós terdes deman-das uns contra os outros. A palavra falta (hettema) tem várias nuances de signifi-cado. Ela pode significar: "A perda espiritual sustentada pela assembléia por causa de suas disputas e hábitos de recorrer à lei"." Um outro escritor interpreta falta como uma insuficiência de sua "herança do reino de Deus"." Ainda outro diz que a palavra significa mais que um defeito, ou uma perda — ela é um claro defeito espiritu-al para aqueles que vão ao tribunal!' Qualquer destas interpretações revela que esta igreja estava em um estado de degeneração espiritual e estava vivendo muito abaixo de seu potencial cristão.
  2. O método cristão de resolver problemas (6.7b). Paulo havia indicado o método correto de resolver disputas quando pregou aos coríntios pela primeira vez. Ele aqui repete o método cristão de resolver diferenças: Por que não sofreis, antes, a injusti-ça? Por que não sofreis, antes, o dano? Um cristão não precisa ser um joguete, nem deve permitir abusos contra si. Mas, no pensamento de Paulo, era melhor suportar uma injustiça ou assumir uma perda financeira do que sofrer um dano espiritual. O Senhor Jesus ensina que o cristão não deve resistir ao mal (Mt 5:39). A igreja estava sofrendo uma perda de dignidade e de honra; ela estava experimentando um declínio de influên-cia e respeito; ela estava exaurindo a sua força evangélica. O método cristão de evitar as ações judiciais deveria ser o de sofrer em vez de retaliar.
  3. Fraude em vez de caridade (6.8). Estes coríntios não só haviam se recusado a sofrer injustiças e perdas; eles também estavam explorando agressivamente os seus ir-mãos cristãos. Paulo declara a situação desta forma: Mas vós mesmos fazeis a injus-tiça e fazeis o dano e isso aos irmãos. Eles não eram espirituais o bastante para suportarem a injustiça por amor ao evangelho. Mas eram carnais o bastante para inflingir o dano aos outros. E aqueles que foram injustiçados não estavam fora da igreja; eles eram companheiros crentes. Tal ação era contrária ao Sermão da Montanha (Mt 5:38-40) ; era contrária à unidade dos crentes em Cristo 1Co 12:12-13) ; era contrária à idéia de considerarem a si mesmos como o templo do Espírito Santo 1Co 6:19). Portanto, havia mais que a falta de amor; havia a presença da injustiça. Em vez de demonstrarem a unidade cristã, eles eram culpados de fraude.
  4. Uma advertência solene (6:9-10). Paulo insiste que eles já sabem a ação correta a tomar. Eles sabiam, ou já deveriam saber, que a injustiça era pecado, que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus (9). A palavra injustos coloca as suas ações em igualda-de com as dos gentios. "Mas aqui a palavra denota os imorais em geral, aqueles que ofen-dem a Deus e ao homem com iniqüidades de todos os tipos"." A advertência de Paulo incluiu uma forte nota: Não erreis. O verbo mostra que "argumentos sedutores estão em circulação, pelos quais os perversos tinham êxito em tranqüilizar as suas consciências".' A fim de se fazer absolutamente claro, Paulo apresentou uma lista de pecados que aparentemente eram tentações especiais aos coríntios. Qualquer destes pecados romperia o relacionamento de um homem em Cristo e o desqualificaria como um herdeiro para o reino de Deus. A lista de dez tópicos é representativa em vez de exaustiva. Os pecados estão associados à resposta de personalidade, tornando-os, assim, mais específicos,

    1) Devassos geralmente significa aqueles "que praticam imoralidade sexual"."

    2) Idóla-tras são aqueles que seguem falsas religiões ou que são totalmente irreligiosos.

    3) Adúlteros são pessoas casadas que se entregam a atividades sexuais fora da relação matrimonial, o que viola o mandamento divino bem como desconsidera os direitos do parceiro casado.

    4) Efeminados pode ter uma intensidade suave ou voluptuosa, e é um termo usado por Paulo "significando um vício geral pelos pecados da carne".2' Godet traduz o termo como "aqueles que mimam o corpo",' enquanto Arndt e Gingrich o traduzem como "homens e rapazes que se permitem ser abusados homossexualmente".'

    5) Sodomitas — o pecado de sodomia era largamente praticado pelos gregos.
    6) La-drões eram os vigaristas, trapaceiros e os que roubavam.
    7) Avarentos são aqueles que são gananciosos pelo ganho, com um desejo insaciável de ter mais.
    8) Bêbados refere-se àqueles que bebem livre e habitualmente, que se tornam alcoólatras.
    9) Mal-dizentes seriam pessoas culpadas de usarem um discurso abusivo, difamadores; tal-vez o "escarnecedor" do AT que rejeitava abertamente as exigências de Deus.
    10) Roubadores são aqueles que roubam ou confiscam uma propriedade durante uma perseguição. Aqui pode significar aqueles que tiram vantagem dos outros de uma for-ma legal, porém completamente injusta.

A declaração direta de Paulo é que tais pessoas não herdarão o Reino de Deus. Os coríntios podem ter pensado que seriam salvos pelo simples fato de fazerem uma profissão aberta ou por serem batizados publicamente. O apóstolo os adverte de que "a fé sem as obras é morta, e os privilégios sem a santidade são revogados".' Paulo está lhes dando um remédio amargo neste ponto. Mas ele adoça a amargura com um lembrete.

e) A herança espiritual dos coríntios (6.11). Paulo não acusa todos os coríntios de estarem envolvidos com os pecados que ele apresentou. Em vez disso, ele os faz lembrar que isto se aplica a alguns. Alguns deles foram identificados com estes pecados no pas-sado. No entanto, eles haviam experimentado uma mudança radical. O tríplice uso da palavra mas nesse versículo enfatiza o contraste entre a vida presente em Cristo e a vida pregressa de pecado. Estas pessoas tinham conhecido uma experiência religiosa que Paulo descreve de um modo tríplice.

Primeiro ele diz: Mas haveis sido lavados. A construção do verbo na voz média aorista chama a atenção para o fato de que os coríntios estavam ativamente envolvidos no processo. Em resposta à mensagem do evangelho, eles haviam deliberada e volunta-riamente procurado se livrar da sujeira de sua vida velha. Ao se apresentarem para o batismo, a sua fé encontrou uma expressão aberta. Eles haviam desejado ser batizados; portanto, não se tratava apenas de um gesto formal. Assim, terem sido lavados "refere-se a terem expulsado o pecado com arrependimento, e o batismo nas águas é o selo sacra-mental desta atitude (Atos 22:16) ".25

Em segundo lugar, Paulo afirma: Mas haveis sido santificados. Aqui a palavra "san-tificar" não significa a remoção das impurezas herdadas que atrapalham o desenvolvimen-to cristão. Neste caso, a palavra significa "o ato inicial em que o crente passa do seu estado anterior para o estado de santidade".26 Isto é o que John Wesley chamou de "santificação inicial", a separação da pessoa regenerada para o modo de vida que agrada a Deus.

Em terceiro lugar, Paulo escreve: Mas haveis sido justificados. "Justificar" significa declarar ser justo ou correto. Por terem sido separados para servir a Deus, eles eram justos diante de Deus. Este tipo de santificação e justificação é uma obra do Espírito do nosso Deus.

Cada um destes três verbos — lavados (batizados), santificados e justificados — é um forte lembrete das experiências dos coríntios no passado. Eles haviam experimenta-do conversões dramáticas. Agora seria realmente trágico se eles retornassem à velha maneira de viver.

B. LIBERDADE VERSUS DISCIPLINA ESPIRITUAL, 6:12-14

Paulo havia lutado pela liberdade da lei dos judaizantes, que queriam impor a lei cerimonial do AT sobre o cristianismo. Mas cristãos carnais parecem tender a agarrar qualquer ponto como uma desculpa para transformar a liberdade em libertinagem. Apa-rentemente, alguns dos coríntios estavam defendendo a sua vida de baixos padrões uti-lizando o princípio da liberdade cristã. Paulo não recua da sua posição sobre a liberdade espiritual, mas define a sua aplicação correta à vida cristã. Esta aplicação possui dois aspectos principais.

  1. Liberdade Limitada pela Prudência Espiritual (6.
    - 12a)

Paulo aqui apresenta a sua famosa proclamação de emancipação espiritual: Todas as coisas me são lícitas. Ele não se refere a coisas que são conhecidas por serem erra-das, seja na prática civil ou nas Escrituras. Ele não se tornaria um anarquista espiritu-al, rebelando-se contra a lei proveitosa e tentando anular todas as restrições. Paulo apli-cou o princípio principalmente em referência ao alimento, afirmando que ele se sentia em liberdade para satisfazer a sua fome com qualquer tipo de alimento disponível. Esta atitude contradizia a lei cerimonial judaica, que considerava alguns alimentos como imun-dos (cf. Lv 20:25; Atos 10:13-14). Os coríntios tinham ampliado a idéia de Paulo para in-cluir a livre satisfação de todos os apetites do corpo, mas o líder missionário fechou esta brecha definitivamente.

Para o apóstolo, todas as coisas podem ser lícitas... mas nem todas as coisas con-vêm. Portanto, a liberdade não é uma medida final da conduta cristã. A liberdade deve ser exercida à luz de todos os fatos. O verbo "ser lucrativo" (sumphero, lit. "juntar" ou "unir") significa ser proveitoso ou vantajoso. Portanto, todo o uso da liberdade cristã deve ser benéfico — a nós mesmos e aos outros. Um cristão não tem o direito de participar de atividades que possam parecer inocentes a ele, mas que podem ser prejudiciais aos outros.

  1. A Liberdade Está Sujeita à Autodisciplina (6.
    - 12b)

Além da utilidade, Paulo limitou a liberdade pela idéia da autodisciplina: mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. Todas as coisas são permissíveis, mas Paulo se recusava a ser dominado até mesmo pelas coisas legítimas. A autodisciplina é, na verdade, a maior liberdade de todas. Na autodisciplina o Espíri-to dirige, e as vidas cristãs são livres da tirania — seja dos atos pecaminosos ou da dominação das coisas que em si não são erradas. A liberdade se torna um laço quando ela enfraquece o caráter, exaure a vitalidade espiritual, ou reduz a eficiência do teste-munho cristão.

Nos versículos 1:12, Paulo apresenta a essência da "Liberdade Cristã".

1) Caridade em relacionamentos interpessoais 1:7;

2) Vitalidade na experiência pessoal, 9-11;

3) Disciplina na perspectiva pessoal, 12.

3. Ilustrações da Liberdade Espiritual (6:13-14)

Paulo tinha um grande talento para ilustrar a verdade espiritual profunda com algumas idéias. Neste caso, ele usa os apetites normais de comer e de sexo para ilustrar a natureza da liberdade.

  1. A liberdade e o alimento (6.13a). Para mostrar a natureza da liberdade cristã Paulo falou de uma das mais comuns de todas as práticas humanas — comer. Ele escreve: Os manjares são para o ventre, e o ventre, para os manjares. Tanto o falso ascetismo como o cerimonialismo desnecessário com relação à comida são rejeitados por Paulo. A comida e o estômago são feitos um para o outro. A comida é essencial para as funções naturais do corpo.

No entanto, visto que o corpo físico representa um aspecto temporário da existên-cia, as suas funções cessarão na morte. Deus, porém, aniquilará tanto um (o estô-mago) como os outros (os alimentos). As funções naturais do corpo não possuem ne-nhum significado moral ou espiritual em si mesmas, ou através de si mesmas. Tais funções só adquirem um significado espiritual pela motivação e pelas circunstâncias nas quais elas ocorrem.

  1. A glória do corpo (6.13b-14). Paulo persiste em advertir contra a promiscuida-de sexual. Ele prova a verdade de que o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor (13). Paulo, portanto, faz uma distinção válida entre a necessidade do corpo por alimento, e a expressão do apetite sexual. O corpo não pode existir sem alimento, mas ele pode existir sem a indulgência sexual. O corpo, diferente dos man-jares e do ventre, não será eliminado, mas será transformado e glorificado. Não só o corpo é para o Senhor, mas o Senhor é para o corpo. Tanto o Senhor Jesus, quan-to os apetites sexuais desenfreados, lutam pela personalidade. Quando as suas rei-vindicações estão em conflito, aceitar um é rejeitar o outro. Cristo deve ser Senhor sobre todo o nosso ser. Embora seja às vezes difícil perceber, o senhorio de Jesus Cristo é para — e é melhor para — o corpo.

A fim de fortalecer os coríntios em sua luta para desenvolver um caráter santo, Paulo declarou que a ressurreição de Jesus aponta para a ressurreição do corpo. Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder (14). O mesmo poder divino que efetuou a ressurreição do Senhor Jesus, trará a ressur-reição do nosso corpo. A ressurreição de Cristo dentre os mortos e a futura ressurreição do povo de Deus são as manifestações supremas do poder de Deus.

C. UMA ADVERTÊNCIA CONTRA A FORNICAÇÃO, 6:15-18

Paulo repete a sua pergunta favorita: Não sabeis vós...? (15) Esta é uma pergunta retórica, porque a resposta é óbvia. Como muitas das perguntas de Cristo e de Paulo, ela é usada como uma abordagem a que não se pode responder. O seu propósito é provar a verdade espiritual. Ao advertir contra a fornicação, Paulo sugere duas idéias.

  1. O Corpo do Cristão Pertence a Cristo (6,15)

Paulo declara: Os vossos corpos são membros de Cristo. Cada crente faz parte do corpo do qual Cristo é a Cabeça (I Coríntios 12:12-27; Rm 12:4-5; Ef 4:15-16; 5.30). O corpo é um organismo vivo, "ajustado para executar o seu propósito através da graça".' O relaciona-mento do crente com Cristo inclui o fato de seu corpo ser um instrumento por meio do qual o Senhor age.

Os gregos ensinavam que o corpo do homem era um estorvo ou uma parte inferior da natureza, que identificava o homem com os animais. Eles achavam que somente a inte-ligência e a razão do homem estavam em harmonia com as esferas mais elevadas da verdade e da realidade. Os romanos geralmente consideravam o corpo como o instru-mento de poder ou prazer. Mas no NT, a pessoa inteira, incluindo o seu corpo, é membro do corpo de Cristo. O corpo é sagrado e pertence ao Senhor.

  1. A Fornicação Separa o Homem de Cristo (I Coríntios 6:16-18)

Todo pecado é um corte dos nossos laços espirituais com Deus. O pecado nega diretamente ou rejeita indiretamente o princípio da união espiritual com Cristo. O peca-do de fornicação, na opinião de Paulo, certamente rompia este relacionamento. O apósto-lo declara que a relação sexual com uma meretriz, diferente da união com uma esposa, separa o homem de Cristo.

A união sexual constitui uma ligação permanente entre duas partes. O ato é incor-porado em suas vidas e jamais pode ser removido. Paulo escreve: O que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela, porque serão... dois numa só carne (16). Portanto, ser identificado com uma meretriz era uma linguagem severa, porque o ho-mem freqüentemente sente desprezo por ela e a usa somente como um pedaço de carne, sem lhe dedicar nenhum respeito como pessoa. Paulo se posiciona contra a prática da prostituição. Um homem unido a uma meretriz é reduzido ao nível dela tanto física como espiritualmente. Para Paulo, o relacionamento sexual é mais que uma resposta animal -é a união complexa e mística de duas personalidades. Portanto, o devasso torna-se um com a meretriz que ele usa. O apóstolo não discute a questão. Ele emite um pronuncia-mento. Acreditem ou não, aceitem ou não, saibam ou não — isto é assim.

Em oposição direta à união corrupta de um homem com uma meretriz, está a união espiritual do crente com Cristo. Enquanto o devasso se une a uma meretriz em luxúria e corrupção, o crente se ume ao Senhor em fé e amor. O homem que se ajunta com o Senhor é um mesmo (em) espírito (17). Aqui está o mais alto privilégio do homem, a sua oportunidade única. O crente entra em uma união mística com Cristo. Não só o corpo, mas a pessoa como um todo está envolvida. Esta união com Cristo não anula a natureza do homem nem minimiza a sua personalidade. Ele permanece homem, mas torna-se mais do que homem porque o seu espírito é um com Cristo.

Depois de apresentar o contraste entre a união de um homem com uma meretriz e a união de um crente com Cristo, Paulo mostra outra vez a advertência: Fugi da pros-tituição (18). O verbo aqui é um imperativo presente. Fugir significa correr de algo, sair do alcance do perigo. A ordem sugere o perigo de pensar, raciocinar e argumentar sobre este pecado. Alguns pecados podem ser enfrentados, podemos lutar contra eles, e vencê-los. Outros pecados podem trazer um choque ou aversão que afasta as pessoas deles. Mas a fornicação é sutil demais para se discutir ou debater. A atitude do cristão deve ser como a de José na casa de Potifar (Gn 39:12). A única maneira segura de garantir a abstinência da imoralidade é retirar-se imediata e decisivamente da possi-bilidade de cometê-la.

A razão para a drástica condenação de Paulo ao pecado sexual é o seu efeito sobre a personalidade humana. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo (18). Outros pecados podem ser prejudiciais ao corpo, mas este é mais. Na fornicação as pessoas se rebaixam, se desfazem de sua dignidade e honra, tornam-se completamente car-nais e corruptas. A meretriz já negou o seu valor intrínseco colocando uma etiqueta de preço em seu corpo e vendendo-o como uma mercadoria. Mas ela sempre perde, porque o dinheiro é uma troca fraca diante do grande valor humano. Da mesma for-ma o homem envolvido considera o seu corpo como algo a ser permutado, abusado ou destruído.

Outros pecados, como o assassinato ou o roubo, são projeções ou abusos dos poderes do corpo. Mas a fornicação envolve o corpo como o próprio centro, o motivo bem como o local do pecado. Todo pecado é uma força destrutiva, e a fornicação não é uma exceção. Ela mutila toda a personalidade, desafia a Deus, degrada os outros, e corrompe a própria pessoa que a pratica.

D. O CORPO DO CRISTÃO COMO UM SANTUÁRIO, I Coríntios 6:19-20

Existem várias maneiras de uma pessoa ver o seu próprio corpo. Ela pode mimá-lo e idolatrá-lo. Pode vê-lo com desagrado e vergonha. Pode usá-lo como uma máquina para produzir trabalho. Pode usá-lo como uma arma para ganhar poder. Pode dedicá-lo a prazeres carnais e usá-lo como um instrumento de vício. Ou, como Paulo, pode considerá-lo um templo (naos, santuário). Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus? (19)

Jesus se referiu a seu corpo como um templo quando disse: "Derribai este templo, e em três dias o levantarei". João apresentou a interpretação desta declaração quando disse que Jesus falava "do templo do seu corpo" (Jo 2:19-21). Paulo também tinha se referido à congregação local como um templo 1Co 3:16). O templo era considerado pelos judeus como a residência especial de Deus. Assim, o corpo como um templo torna-se um lugar especial de residência para o Espírito Santo.

Quando o Espírito Santo reside no templo, ele pertence a Deus. Assim, Paulo diz: Não sois de vós mesmos. O cristão entrou em uma transação, assinou um documento e transferiu a posse para Deus. Este Espírito residente é um Dom do Deus Santo e não pode habitar em um santuário impuro.

Um outro motivo para se fazer uma avaliação espiritual sobre o corpo é que cada pessoa foi comprada por bom preço (20). A palavra significa um pagamento que resulta em uma mudança de proprietário. Paulo inevitavelmente retrata cada fase da vida contra o pano de fundo da Cruz. O sacrifício de Cristo foi o preço de compra para a redenção pessoal do homem. Paulo, em seguida, acrescenta uma nota positiva: Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo. É absolutamente necessário manter o cor-po afastado da imoralidade. Para se fazer isso, é necessário mais do que um legalismo negativo ou uma submissão positiva. A idéia positiva de glorificar a Deus no corpo de uma pessoa é tanto uma obrigação como um sinal de gratidão e devoção. O crente também deve glorificar a Deus em seu espírito. Tanto o corpo como o espírito perten-cem a Deus. Portanto, em ato, em motivo, em conduta e em resposta, o cristão deve glorificar o seu Criador e Redentor.

Considerando o capítulo 6 fica claro que, se os cristãos se dedicarem a glorificar a Deus, tanto as ações judiciais vergonhosas quanto a fornicação desaparecerão da igreja. A nova fé produziu uma nova comunhão que destrói as diferenças insignificantes. A co-munhão em Cristo traz unidade e paz para o crente.

No comentário intitulado "O Entendimento Cristão do Corpo", vemos que:

1) O corpo pertence a Deus, 13-15;

2) O corpo é um templo, 19;

3) O corpo deve glorificar a Deus, 20.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Coríntios Capítulo 6 versículo 20
Fostes comprados:
Isto é, Deus os comprou:
1Co 7:23; Ap 5:9; ver Rm 3:24,Rm 6:20 Diversos manuscritos acrescentam:
e em vosso espírito, os quais são de Deus.

Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Coríntios Capítulo 6 do versículo 1 até o 20
6.1-6 No capítulo 5 Paulo explica o que fazer com uma imoralidade pública na congregação. No capítulo 6 se ocupa de como a congregação devesse atuar quando se pressentem problemas de menor importância entre os crentes. A sociedade fixou um sistema legal por meio do qual os desacordos possam ser resolvidos em cortes. Mas Paulo diz que os litígios entre cristãos não devessem ser julgados nas cortes seculares. Como cristãos temos ao Espírito Santo e a mente de Cristo; então como podemos ir a aqueles que não possuem a sabedoria de Deus? Com tudo o que nos deu como crentes, e o poder que possuiremos no futuro para julgar ao mundo e aos anjos, devêssemos solucionar nossas diferenças entre nós. Os Santos são os crentes. Vejam-se Jo 5:22 e Ap 3:21 para aprofundar mais a respeito de julgar ao mundo. O julgamento dos anjos se menciona em 2Pe 2:4 e Jd 1:6.

6.6-8 por que Paulo disse que os cristãos não deveriam levar seus desacordos ante as cortes do mundo? (1) Se o juiz e o jurado não são cristãos, manifestarão insensibilidade aos valores cristãos. (2) A razão pela que se vai a corte é com freqüência a vingança, o que não devesse ser o motivo em um cristão. (3) Os pleitos dão uma má imagem à igreja, motivando que os incrédulos ponham sua atenção em seus problemas antes que em seu propósito.

6.9-11 Aqui Paulo descreve as características dos incrédulos. O não dá a entender que os idólatras, adúlteros, efeminados, os que se tornam com varões, ladrões, avaros, bêbados, maldicientes ou estelionatários estejam automática e irrevocablemente excluídos do céu. Os cristãos vêm de toda classe de trasfondos, incluídos alguns dos mencionados. Ainda podem estar lutando com os desejos malignos, mas não devem continuar com estas práticas. Em 6.11, Paulo estabelece com claridade que até aqueles que pecam nas formas sortes podem obter que suas vidas sejam trocadas por Cristo. Entretanto, aqueles que dizem ser cristãos e persistem nestas práticas, sem remorso, não herdarão o reino de Deus. Tais pessoas precisam examinar-se para ver se realmente acreditaram em Cristo.

6.9-11 Em uma sociedade permissiva é fácil que os cristãos passem por cima ou tolerem algumas condutas imorais (avareza, bebedeira, etc.), enquanto não resistem outras (homossexualidade, furto). Não devemos participar do pecado ou comutá-lo em nenhuma maneira, nem podemos ser seletivos a respeito do que condenar e o que perdoar. Permanecer à margem do pecado "aceitável" em forma general é dificultoso, mas não é mais difícil para nós do que foi para os corintios. Deus espera que seus seguidores em qualquer idade mantenham normas elevadas.

6:11 Paulo enfatiza a ação de Deus em fazer dos crentes um novo povo. Os três aspectos do trabalho de Deus são parte de nossa salvação: nossos pecados foram lavados, fomos apartados para um uso especial ("santificados") e fomos declarados não culpados ("justificados") por nossos pecados.

6:12 Aparentemente a igreja citava com freqüência "todo me é lícito" e o usava em forma errônea. Alguns cristãos em Corinto se desculpavam de seus pecados ao dizer que (1) Cristo tinha perdoado seus pecados e que possuíam liberdade completa para viver como quisessem, ou (2) O que faziam não estava proibido estritamente pelas Escrituras. Paulo respondeu a estas desculpas. (1) O fato de que Cristo perdoasse os pecados, não nos dá liberdade para fazer o que sabemos que está mau. O Novo Testamento prohíbe de maneira específica muitos pecados (veja-se 6.9,
10) que originalmente estavam proibidos no Antigo Testamento (vejam-se Rm 12:9-21; Rm 13:8-10). (2) Algumas acione não são pecaminosas em si mesmos, mas não são apropriadas porque podem chegar a controlar nossas vidas e nos apartar de Deus. (3) Algo que façamos e que fira antes que ser de ajuda a outros é incorreta.

6.12, 13 Muitas das religiões do mundo pensam que a alma é importante e que o corpo não o é, e o cristianismo algumas vezes foi influenciado por elas. Na verdade, entretanto, o cristianismo é uma religião muito física. Adoramos a um Deus que criou um mundo físico e manifestou que era bom. Prometeu-nos uma terra nova em que a gente será transformada em sua vida física, não uma nuvem cor de rosa onde almas imateriais escutam música de harpas. O coração do cristianismo é a história de Deus mesmo tomando carne e sangue e devendo viver conosco, para oferecer sanidade física como também restauração espiritual.

Como humanos, a semelhança do Adão, somos uma combinação de pó e espírito. Assim como nossas vidas espirituais afetam nossos corpos, de igual maneira nossas vidas físicas afetam nossas almas. Não podemos cometer pecado com nossos corpos sem danificar nossas almas, porque nossos corpos e almas estão unidas inseparavelmente. Na terra nova teremos corpos ressuscitados que não poderão ser corrompidos pelo pecado. Logo poderemos desfrutar totalmente nossa salvação.

6:13 A imoralidade sexual é uma tentação que sempre está ante nós. Nos filmes e na televisão, o sexo fora do matrimônio é tratado como normal, até até desejável, que forma parte da vida, enquanto que o matrimônio é mostrado com freqüência como confinado e triste. Inclusive podemos ser mau vistos por outros se aparentarmos pureza. Mas Deus não passa por cima ou prohíbe o pecado sexual por ser difícil. Sabe que tem poder para nos destruir física e espiritualmente. Ninguém deveria menosprezar o poder do pecado sexual. destruiu incontáveis vidas e refugo famílias, comunidades e até nações. Deus quer nos proteger do dano que podemos nos causar a nós mesmos e a outros, por isso promete nos encher (nossa solidão, nossos desejos) com O mesmo.

6.15-17 Este ensino sobre o pecado sexual e a prostituição foi importante especialmente para a igreja em Corinto porque o templo da deusa Afrodita estava em sua cidade. Empregava a mais de mil prostitutas como sacerdotisas e o sexo formava parte do ritual de adoração. Paulo é claro ao dizer que os cristãos devem apartar do pecado sexual, embora seja aceitável e popular em nossa cultura.

6.19, 20 O que quer dizer Paulo quando manifesta que nossos corpos pertencem a Deus? Muitos dizem que têm o direito de fazer com seus corpos o que queiram. Embora pensem que isso é liberdade, não são a não ser escravos de seus desejos. Quando decidimos seguir a Cristo, o Espírito Santo vem a nossas vidas e vive em nós. portanto, deixamos de ser donos de nossos corpos. "Comprados por preço" se refere a um escravo que foi comprado em um leilão. Se você viver em um edifício alheio, procura não violar as normas estabelecidas em dito lugar. Como seu corpo pertence a Cristo, não deve violar suas normas em seu jornal viver.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Coríntios Capítulo 6 do versículo 1 até o 20
B. caso de irregularidades judicial (6: 1-11)

Alguns rumores de irregularidades judiciais em Corinto e a menção da decisão em 1Co 5:12 e 13 eram evidentemente as duas ocasiões deste assunto na mente do apóstolo. Como era bastante característico do método de Paulo de pensar, ele lida pela primeira vez com os princípios subjacentes ao assunto e, em seguida, com as práticas irregulares em relação a esses princípios, embora, é claro, existe uma certa sobreposição em ambas as áreas.

1. O errado em seus princípios Judiciário (6: 1-6 ).

1 Ousa algum de vós, tendo uma queixa contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos? 2 Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? e se o mundo é julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? 3 Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? quanto mais as coisas pertencentes a esta vida? 4 Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, fazei vós pô-los a julgar que são de menos estima na igreja? 5 Digo isso para movê-lo à vergonha.O que não pode lá ser encontrado entre vós um homem prudente, que deve ser capaz de decidir entre seus irmãos, 6 , mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante incrédulos?

Paulo é realista, e ele prontamente permite que as diferenças vão muito natural e inevitavelmente surgem entre os irmãos. Na verdade tais diferenças podem ser indicações saudáveis ​​de vida e crescimento espiritual dentro da igreja. As pessoas que forjam frente terá problemas para resolver e não haverá diferenças honestas de opinião sobre os melhores métodos de resolução de tais problemas. Um caso em questão hoje é a construção da igreja, e construção indica progresso. Talvez em nenhum lugar na vida de uma igreja fazer mais frequentes ou graves problemas surgem do que nesta área. Agora não é a ocorrência desses problemas que mais preocupa Paulo, mas sim forma o Corinthians 'de lidar com eles.

Por uma pergunta retórica ele lança diretamente desfavor grave ao submeter os litígios da igreja para os tribunais seculares para liquidação: "Será que qualquer um de vocês, quando ele tem um caso contra o seu próximo, se atrevem a ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos? (V. 1 , NVI). O princípio subjacente que torna essa prática errada é óbvio. O cristão é alguém que já foi acusado perante o tribunal de Deus, o justo juiz de todo o universo, que tem por causa da morte substitutiva de Cristo na cruz absolvido e pronunciou-lo justo, pelos méritos de Cristo.

No versículo 2 Paulo remonta a um ensino bem conhecido de Jesus em que Ele associou os doze discípulos com Ele em juízo (Mt 19:27. , Mt 19:28 ; Lc 22:28 ; conforme . Ez 7:22 e Rev . Ap 20:4) estão autorizados a julgar os anjos, que são posicionalmente e temporariamente, embora não pessoalmente ou qualitativamente, superiores aos homens (conforme He 2:5 ), em seguida, "quanto mais são cristãos qualificada e responsável para julgar nas questões menores desta vida? "(NVI). Biotika é a palavra grega que Paulo usa aqui, e se refere aos assuntos comuns da vida cotidiana. Robertson diz: " Biotika ocorre pela primeira vez em Aristóteles, mas é comum depois.No papiros ele é usado para assuntos de negócios. É a partir bios (modo de vida em contraste com Zoa , princípios de vida). "

Tradução Phillips 'do versículo 4 é esclarecedor:

Em todo caso, se você achar que você tem para julgar assuntos deste mundo, por que escolher como juízes os que não contam para nada na 1greja? Digo isso deliberadamente para despertar seu senso de vergonha. Você é realmente incapaz de encontrar entre o seu número um homem com senso suficiente decidir fazer uma disputa entre um e outro de você, ou um irmão deve recorrer à lei contra o outro e que, antes de aqueles que não têm fé em Cristo?

Shore observa:

O Apóstolo exorta posteriormente que essas disputas não devem surgir em tudo entre os cristãos, e que, se o fizerem, eles deveriam ser resolvidas pela interposição de algum amigo em com1. ... O muito mais malvado dos que estão a ser exaltado acima dos anjos, e a ser juízes de existência espiritual, é de autoridade suficiente para resolver essas questões em como você está trazendo diante de tribunais legais.

De seu tom sarcástico no versículo 4 Paulo muda para pathos, se não pena, no versículo 5 como ele envergonha seus leitores por sua conduta sem caridade e anticristão em direção ao outro. Em 1Co 4:14 Paulo afirma que ele não estava escrevendo para envergonhar seus leitores. Seus sentimentos tornaram-se agora tal, no entanto, que ele irá envergonhá-los. Isso ele faz com uma pergunta de busca, o que se pode parafrasear o seguinte: "É possível que, na igreja de Corinto não há um único homem que é suficientemente sábio e fraterno para servir como um árbitro justo e imparcial entre seus irmãos cristãos [ adelphoi ] nestas pequenas questões de diferenças que surgem? "Na verdade, é um triste estado de coisas quando há pessoas cristãs nem suficientemente sensatos nem imparciais para ajudar a resolver as diferenças que surgem entre os membros da igreja e, assim, evitar que se tornem fofocas comunidade em detrimento da influência da igreja sobre os descrentes. O problema Corinthian básica era uma grave perda de confiança um no outro com uma perda resultante da confiança em Deus. No versículo 6 Robertson e Plummer dizer: "Que deve haver disputas sobre Biotika [as coisas comuns da vida] é ruim; que Christian deve ir a juízo com o Christian é pior; que os cristãos devem fazer isso diante dos incrédulos é o pior de tudo ".

2. O errado em suas práticas Judiciário (6: 7-10)

7 Não, já é uma completa derrota para vós, que tendes a ações judiciais uns com os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes a fraude? 8 Nay, mas sede vós fazer errado, e prática de fraudes, e que os seus irmãos. 9 Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem abuscrs de si mesmos com os homens, 10 nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.

Paulo passa a picar seus leitores a mais profunda vergonha (v. 1Co 6:7 ), dizendo-lhes que eles realmente perderam seus casos antes de obter a sentença do tribunal civil. Sua incapacidade de resolver as suas disputas fora do tribunal é uma admissão do fracasso de sua fé cristã professa ser adequado para as necessidades dos cristãos. Mas mais do que isso, eles perdem a confiança dos descrentes fora da igreja ao fazê-lo e, consequentemente, anular o seu testemunho perante o mundo dos homens perdidos. Por sua vez, isto significa a derrota da Igreja de Cristo. Não é de admirar que Paulo disse: "Na verdade, então, já é uma derrota para você, que você tem ações com uns aos outros" (NVI). Não importa o que o cristão recebe um veredicto do tribunal a seu favor. Ele ainda perdeu o caso, porque suas perdas espirituais anular seus ganhos seculares. Jesus ensinou que as maiores vitórias são ganhos por sofrer a perda do que ao exigir vingança pessoal (Mt 5:10. , Mt 5:39 , Mt 5:40 ). Aqui é uma das lições mais difíceis de aprender e preceitos para a prática em toda a vida cristã. Paulo, no entanto, ele ordena aos cristãos de Corinto. Ele tinha aprendido a lição e se ele praticou os preceitos de seu Mestre (1Co 4:12. ; conforme . 1Pe 2:23 ).

No versículo 8 Paulo cobra que não só eram os seus leitores não para praticar os preceitos de Cristo nesses assuntos, mas eles foram intencionalmente e realmente fraudar um outro. As palavras do Apóstolo, e que seus irmãos , não pretende sugerir que ele não é um mal para fraudar o incrédulo. Ao contrário, ele implica que é especialmente mal a trair a confiança que existe naturalmente entre os cristãos. Ao fazê-lo eles estavam destruindo os alicerces da igreja. É da própria natureza do cristianismo a amar a todos, mas existe um amor especial que é devido a fraternidade cristã. Morris diz: "Os coríntios estavam cometendo um pecado duplo. Eles estavam pecando contra padrões éticos, e eles estavam pecando contra o amor fraternal. "Certamente sociais, se não cristã, a ética deve reger a conduta dos cristãos em relação com o mundo secular. Na falta deste, é provável que o direito civil vai intervir e justiça demanda deles. Mas o amor é o motivo principal da mais alta ética cristã (Lc 10:25) e que deve ser o fator determinante em todas as inter-relações dos cristãos (Rm 13:10. ).

Aqueles de caráter injusto, em contraste com o caráter justo de Deus, não são de candidatos sentido para o Reino de Deus, Paulo deixa claro no versículo 9 . Eles simplesmente não têm qualquer direito sobre ele e não vai estar presente na mesma. Para que os leitores devem ser tentados a generalizar a declaração de Paulo e racionalizar o mal dentro da igreja, o apóstolo torna-se dolorosamente específico e designa claramente o que ele quer dizer com os injustos: "nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem homossexual" (NVI) -nenhum deles, e eles eram, evidentemente, todos na igreja de Corinto, herdarão o reino de Deus. Eles estavam na igreja, organizacionalmente, mas não no Reino espiritualmente. fornicadores era um termo geral para todos os tipos de pecados sexuais. Barclay diz, no entanto: "A palavra que é usada para os devassos é uma palavra especialmente desagradável; isso significa um prostituto. " Os idólatras , como diz Wesley, foram colocados entre os fornicadorese adúlteros na ordem das palavras, porque eles geralmente acompanham o primeiro.

Barclay notas referentes idólatras:

O maior edifício em Corinto era o templo de Afrodite, a deusa do amor, onde a idolatria e imoralidade floresceram lado a lado. A idolatria é um triste exemplo do que acontece quando tentamos fazer com que a religião mais fácil. Um ídolo não começou por ser um deus; um ídolo começou por ser um símbolo de um deus; sua função era fazer o culto a Deus facilitado pela existência de algum objeto em que a presença do deus foi localizada. Mas muito em breve os homens começaram a não adorar o deus que estava por trás do ídolo, mas o próprio ídolo. É um dos perigos crônicas da vida que os homens sempre adoram o símbolo em vez de a realidade por trás dele.

Os próximos, adúlteros , eram aqueles que sexualmente violado a aliança de casamento. Quanto à efeminado na lista daqueles excluídos do Reino, Vincent diz: "Luxuoso e delicada. A palavra foi usada em um sentido mais escuro e mais horrível, para que possa haver uma ilusão aqui ", diz Wesley da. afeminado : "Quem viver de uma forma fácil, indolente:. ocupando nenhuma cruz, suportando nenhuma dificuldade", diz Barclay dos afeminados (malakos ): "Aqueles que perderam a sua masculinidade e viver para os luxos de prazeres recônditos; a palavra descreve o que só podemos chamar de uma espécie de chafurdar no luxo em que um homem perdeu toda a resistência ao prazer ".

Há uma progressão notável na lista do injusto neste verso. No topo da lista, mas na parte inferior da descida moral, são os "homossexuais" (ARA; conforme Rm 1:26. , Rm 1:27 ). Barclay diz:

Este foi o pecado que tinha varrido como um câncer ao longo da vida grega e que, a partir da Grécia, invadiu Roma. Dificilmente podemos perceber como crivado o mundo antigo era com ele. ... Catorze dos quinze primeiros imperadores romanos praticavam vice-natura. Neste exato momento Nero era imperador. Ele tinha tomado um menino chamado Sporus e lhe tinha castrado. Ele então se casou com ele com uma cerimônia de casamento completo e levou para casa em procissão para o seu palácio e viveu com ele como sua esposa. Com uma maldade incrível Nero tinha se casado com um homem chamado Phythagoras eo chamou seu marido.

A lista de Paulo de vícios coríntias continua no versículo 10 . Alguns são mencionados aqui pela primeira vez; outros foram tratados anteriormente. Geralmente, como Morris observa, esta última lista enfatiza pecados contra a sociedade. "Thieves, kleptai , são gatunos mesquinhos, esgueirar-ladrões, ao invés de bandidos. "

A lista lê com desgosto sem vergonha e revoltante. E o próprio esgoto do Corinthian poluição moral tinha escoado para o abastecimento de água vital da igreja cristã naquela cidade. A conclusão de Robertson é mais impressionante: "Todos estes irão ficar aquém do reino de Deus. Este foi simples conversa para uma cidade como Corinto. Ela é necessária hoje. É uma chamada solene do condenado, mesmo que alguns de seus nomes estão no rol da igreja em Corinto [ou em outro lugar, ele pode ser adicionado] se diretores ou sócios ordinários ", diz solenemente Wesley destas marcas da degeneração:". Cada um é um passo para o inferno. "

C. DAS DISPOSIÇÕES DO CRISTO VERSUS das corrupções dos homens (6: 11-20)

11 E tais fostes alguns de vós; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.

12 Todas as coisas me são lícitas; mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não vou ser trazido sob o poder de qualquer. 13 Os alimentos são para o estômago eo estômago para os alimentos; Deus, porém aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, mas para o Senhor; eo Senhor para o corpo: 14 e Deus tanto ressuscitou o Senhor, e nos ressuscitará a nós pelo seu poder. 15 Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, embora os membros de Cristo, e torná-los membros de uma meretriz? Deus me livre. 16 Ou não sabeis que o que se une a uma prostituta é um corpo? para, The Twain, diz ele, serão uma só carne. 17 Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito. 18 Fugi da prostituição. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. 19 Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tendes da parte de Deus? e vós não sois de vós mesmos; 20 Porque fostes comprados por bom preço; glorificar a Deus, pois, em seu corpo.

A luz do poder de revolucionar moral do evangelho de Jesus Cristo está diante em alto relevo, no versículo 11 , contra o pano de fundo escuro e degenerada da descrição anterior de Corinto. E é o que alguns de vocês , mas não todos. Mas -estes aqueles mesmos haviam sido resgatados da poluição engolindo da fossa de corrupção moral de Corinto pelo poder do evangelho que Paulo pregou a eles! O que um testemunho do poder desse evangelho, e que um estímulo que proporciona a todos os pecadores desesperados de qualquer lugar, tempo ou condição.

A eficácia do evangelho é representado por três termos teológicos importantes: a saber, lavados, santificados, justificados. Vincent afirma: "De acordo com o fato de a ordem seria justificada, lavado (batismo), santificado ; mas como Ellicott corretamente observa esta palavra de ordem não está estabelecida com precisão estudada, uma vez que seu principal objetivo é corretiva e não pretende ser um tratado teológico. "Que a sua justificativa era uma renovação moral real é evidenciado pelo fato de que era no Espírito do nosso Deus. Que eles estavam contados ou apenas justos na mente de Deus por amor de Cristo não requer nenhum argumento, mas que este era assim por causa da mudança moral e espiritual operou em suas naturezas internas pelo poder do Espírito é: a ênfase principal de Paulo aqui. Vincent observa corretamente que "o Espírito não está preocupado em mera justificação forense" (conforme Jo 3:3 ).

Alguns estudiosos visualizar a palavra lavado como uma alusão ao seu batismo nas águas. Outros, quer ficar na dúvida ou negar esta posição inteiramente, atribuindo o significado para "lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo" (Tt 3:5 .

Mas fostes ... santificado. Se a declaração de Vincent de ordem é correta, a santificação dos crentes de Corinto seguido a sua justificação e, possivelmente, o seu batismo nas águas. Certamente sua santificação teve o seu início em sua regeneração, como sempre é verdade. Wesley observa: " Vós sois interiormente santificado ; não antes, mas em conseqüência de, seu ser justificados em o nome , isto é, por mérito, de nosso Senhor Jesus , através do qual os seus pecados estão perdoados. E pelo Espírito do nosso Deus -De quem sois, assim, lavado e santificados . "Clarke vê sua santificação como precedendo a sua consagração no sentido de que eles foram separados das corrupções do mundo pecaminoso e consagrada em devoção sagrada e serviço a Deus. Ambas as visões podem muito bem ser verdade, tanto para consagração e limpeza estão implícitos na palavra santificado.

Aparentemente, a julgar a partir do versículo 12 , o Corinthians tinha entendido mal o ensinamento de Paulo relativa liberdade cristã, em oposição à insistência do partido judaizante sobre a adesão à lei mosaica. Esta muito mal-entendido pode ter dado origem à licença moral que caracteriza alguns deles. Paulo, no entanto, mantém o seu princípio cristão básico que a salvação é pela graça e não pela observância das leis determinadas, regras, regulamentos e proibições. Ele declara: Todas as coisas me são lícitas.Ele acrescenta, no entanto, um outro princípio cristão: "mas nem todas as coisas convêm" (NVI). Ele deixa claro que enquanto a salvação é pela graça somente na fé cristã, se permite sua liberdade cristã para se tornar licença de que não terá mais liberdade, mas ele vai ser reenslaved a novos vícios. Assim, ele vai perder a liberdade que Cristo adquiriu para ele na cruz. Tal é a importância das palavras de Paulo: "eu não me deixarei dominar por nenhuma delas" (NVI). Assim duplo princípio cristão de Paulo é, em primeiro lugar, "permitir nada que não seja conveniente , rentável, "útil" ou "aconselhável" na vida cristã. Em segundo lugar, não se permite ser trazido sob o poder de qualquer coisa, exceto o senhorio de Jesus Cristo. Para isso significa perder o seu precioso liberdade em Cristo.

No versículo 13, Paulo revela uma grande verdade que é extremamente necessário hoje. Naturalismo contemporâneo tende a classificar as unidades básicas humanas em conjunto, como de igual importância e exigente da igualdade de expressão e de gratificação. Assim psicologia naturalista pagão diz que é tão natural e importante para satisfazer os impulsos sexuais e unidades, pois é para satisfazer a fome insiste. Se os costumes da sociedade inibir ou restringir tal insta é apenas o pior para os costumes. Ele argumenta que a expressão sexual é tão necessária para o desenvolvimento completo e saudável da pessoa como o alimento é para o corpo. Muito evidentemente essa noção pagã não é novo em tudo. Paulo refuta-lo em um único golpe. Ele declara que há uma relação Deus-ordenado e natural entre o alimento e do estômago. Cada um foi concebido para o outro. Mas ambos são apenas temporários, como cada pessoa observando bem sabe. Tanto o estômago e alimentos são temporais e ambos são perecíveis no processo natural.

O corpo, no entanto, como Paulo aqui usa o termo, significa a pessoa como um todo, ou a personalidade humana (conforme Rm 12:1 ). A pessoa como tal, não é perecível e temporal, como é o corpo físico. A pessoa é criada à imagem da personalidade divina e é, portanto, indestrutível. A pessoa (representado pelo corpo) é projetado para a comunhão e comunhão com Deus. Ele não é feito por causa de prostituição, fato que pervertidos e degrada o homem da imagem divina. Morris tem uma discussão interessante e esclarecedor de diferenciação de Paulo destes dois princípios.

Tem havido muita discussão recente do conceito paulino do corpo. A maioria concorda que, enquanto a palavra sarx , "carne", expressa, por Paulo pensamentos como os de homem em sua fraqueza, o seu pecado e seu estado caído, Sōma , "corpo", é bastante toda a personalidade, o homem como uma pessoa significava para Deus . 'Enquanto sarx representa o homem, na solidariedade da criação, na sua distância de Deus, Sōma representa o homem, à solidariedade da criação, como feito para Deus. " O corpo não pode ser descartada como sem importância. O corpo é para o Senhor . É o instrumento em que um homem serve a Deus. É o meio pelo qual ele glorifica a Deus. O Senhor para o corpo traz o pensamento de que, assim como o alimento é necessário, se a barriga está a funcionar, por isso é necessário que o Senhor se o corpo está a funcionar. É somente quando Deus permite que possamos viver o tipo de vida corporal para o qual fomos feitos.

No versículo 14, Paulo rebita seu argumento do verso anterior, com referência à ressurreição de Cristo como a certeza da ressurreição do homem. Não é o estômago, ou a natureza física do homem, que vai viver, mas sim a pessoa espiritual, que é imortal.Assim, a natureza física perecível do homem nunca pode ser equiparado com a personalidade espiritual imperecível. Homem ressuscitado realmente vai ter um corpo identificável, mas não vai ser o corpo físico com suas exigências, como actualmente o caracteriza (1Co 15:35 ). É importante lembrar que o homem é algo menos do que o homem em divórcio de Deus. Sua verdadeira personalidade é sempre relativa à pessoa perfeita do Deus-homem Cristo Jesus. Vincent diz: "O corpo está sendo destinado a compartilhar com Cristo na ressurreição, e ser levantados incorruptíveis, é objecto de uma adaptação mais elevado, com o qual a prostituição é incompatível."

No versículo 15, Paulo argumenta que a personalidade, representado pelo corpo, é criado à imagem de Deus e, portanto, projetado para a comunhão pessoal com Ele. No caso de um cristão comprometido a personalidade humana está realmente unido com Cristo, que é a cabeça do que o corpo maior, da Igreja, dos quais cada cristão é um membro (Ef 4:15 , Ef 4:16 ). Deve cristãos prostituir o corpo de Cristo? Paulo pergunta. Vincent diz: "A união do homem e da mulher, seja legal ou ilegal, confere uma dupla personalidade. Efeitos Fornication este resultado de forma imoral "Não é de admirar que Paulo exclama, em face da inevitável conclusão de que sua lógica leva:. Deus me livre , ou "! De modo nenhum" (ARA).

A identidade de um homem com uma prostituta no ato da cópula é ressaltada por Paulo no versículo 16 . Este fato é ilustrado e apoiado pela relação marital copulative legítimo ensinado nas Escrituras e enfatizado por Cristo e Paulo (Gn 2:24 ; Mt 19:5. ). Assim, Paulo enfatiza o fato de que o fornicador prostitui o corpo de Cristo através de sua identificação com a prostituta.

Paulo se move no versículo 17 para explicar que, enquanto o fornicador é um corpo com a prostituta, o cristão comprometido é um espírito com Cristo. O verdadeiro crente é um só espírito e mente com o seu Senhor (1Co 2:16. ; Jo 17:21 ; Rm 8:9 ; Gl 2:20. ).

Paulo admoesta vôo contínuo da prostituição (v. 1Co 6:18 ; conforme 2Tm 2:22. ). Sócrates relata como o poeta Sófocles, em resposta à pergunta: "Como é que o amor terno com a idade?" Respondeu: "De boa vontade, tenho que escapou, e eu sinto como se eu tivesse escapado de um monstro louco e furioso." Em todos outros pecados do corpo é o sujeito, não o instrumento. Mas em fornicação o corpo torna-se o próprio instrumento de pecado em que ela se dá em outro corpo que é estranho ao corpo de Cristo.

As entidades ou personalidades de todos os homens são projetados de Deus como seus santuários terrestres, e as pessoas de cristãos comprometidos são os santuários reais do Espírito Santo de Deus (At 1:8 ). Assim possuída do Espírito de Deus, a vida dos cristãos não são sua propriedade para fazer o que bem entenderem. Paulo implica nos versículos 19:20 que a fornicação é tanto a apropriação indevida e da prostituição de que o que foi comprado pela morte de Cristo na cruz e, portanto, pertence a Deus. Assim, o pecado da fornicação é feito um mal casal.

Admoestação negativa de Paulo no versículo 18 , Fugi da prostituição , está combinado aqui com a sua admoestação positivo, glorificar a Deus. A vida cristã é mais do que voo fútil existencial de irrealidade. É uma verdadeira participação existencial na realidade. O cristão foge mal que ele pode seguir a Deus (conforme 1Tm 2:22).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Coríntios Capítulo 6 do versículo 1 até o 20
Nesse capítulo, Paulo trata dos dois últimos problemas que lhe foram re-latados.

  1. Disputas nos tribunais (6:1-8)

Como os gregos se envolviam muito com tribunais e com a lei, é provável que, nesse caso, os culpados fossem os gentios (gregos) da igreja. Cada cidade grega tinha seus tribunais e conselhos, e não era incomum que um filho processasse o próprio pai! Claro, o problema básico era a carnalidade (3:1-4), pois os cris-tãos imaturos, e que não crescem em Cristo, não conseguem se dar bem uns com os outros. Falta-lhes o discernimento espiritual necessário para apaziguar e resolver problemas pessoais. É trágico quando a igreja é dividida por ações judiciais entre os membros! Vivemos em uma era em que os processos judiciais são os "caminhos" utilizados para se resol-ver diferenças e a forma rápida de ganhar dinheiro. Parece que o ob-jetivo dos tribunais não é a justiça, mas o honorário.

Paulo não condena os tribunais de justiça (veja Rm 13:0. Se as duas partes não chegam a um acordo sozinhas, então podem convidar alguns cren-tes espirituais para ajudá-las a de-cidir. Os membros da igreja devem indicar um grupo para examinar o assunto e dar conselho espiritual, se o assunto tornar-se conhecido na igreja (ou fora dela).

É muito melhor o cristão perder dinheiro que sua "estatura" espiritual, trazendo, por conseguinte, vergonha para o nome de Cristo! Mt 5:38-40, Pv 6:20-20 e 7:1- 27. Essas passagens são simples, mas advertem contra a licenciosida- de sexual.

Os cristãos casados devem ler e meditar a respeito de 1 Tessalonicenses 4:1-8, em que Deus adverte os cristãos da igreja contra a quebra do voto matrimonial.

Isso encerra a primeira seção da carta que lida com o pecado na igreja. Lembre-se que todos esses problemas — divisão, imoralidade, disputa e comprometimento com o mundo — têm a mesma origem: os crentes coríntios eram imaturos es-piritualmente e não cresceram no Senhor. Tinham os olhos voltados para os homens, não para Cristo; alimentavam-se com leite, não com o alimento sólido da Palavra; não es-tavam dispostos a confessar o peca-do e a lidar com ele. Os problemas mais sérios da igreja começam com os problemas pessoais e o pecado na vida de seus membros.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I Coríntios Capítulo 6 do versículo 1 até o 20
6.1 Outro. Trata-se de outro cristão. Aventura-se. Insulta a dignidade cristã. Os rabinos judeus não permitiam que os problemas fossem resolvidos por tribunais gentios. Injustos.. santos. Não se refere ao caráter moral, mas à posição perante Deus.

6.2,3 Julgar. Tem o sentido de governar com Cristo (Ap 5:10; 2Tm 2:12). Anjos. Conforme Sl 8:6). Impuros. Quem comete pecados sexuais. Idólatras. No templo de Afrodite em Corinto, a prostituição fazia parte do culto. Adúlteros. Os que violam a santidade do casamento. Efeminados e sodomitas. Homossexuais .(Gl 5:19-48).

• N. Hom. 6.11 Uma nova posição requer uma nova conduta Os crentes Sl 1:0; Ap 1:5); :
2) santificados (1.2; 1Pe 1:2);
3) justificados (Rm 5:1). São três aspectos de uma só experiência.

6.12 Talvez uma citação de Paulo usada em Corinto para desculpar a conduta errada. Um direito torna-se pecado se prejudica o próximo ou a nós mesmos.

6.14,15 O corpo é destinado a ser transformado (15.42; Rm 8:11).

6.16,17 Se une (gr kollõmenos "união física”; conforme Mt 19:5; Mc 10:8, Ef 5:31). Significa ligação leal e permanente.

6.18 Fugi (imperativo). "Tenham o costume de fugir sempre" (Gn 39:12; 2Tm 2:22; 1Ts 4:3; Jo 17:4).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I Coríntios Capítulo 6 do versículo 1 até o 20

2) Processos judiciais e o tribunal pagão (6:1-11)
A menção de julgamento em 5.12,13 leva o apóstolo a mais um motivo de repreensão. Brigas entre cristãos evidentemente haviam sido levadas para serem julgadas na corte civil. Se os santos hão de julgar o mundo e os anjos, a resolução de conflitos triviais temporais certamente não deveria estar além da capacidade da igreja local (v. 1-6). Conflitos entre irmãos não podem ser transformados em processos na justiça; é muito melhor sofrer a injustiça do que brigar (v. 7,8). Que eles reflitam acerca disso (v. 9-11). Eles haviam sido lavados [...] santificados [...] justificados, e, mesmo assim, começaram agir com aquela injustiça tão característica daqueles que foram destinados a serem excluídos do Reino de Deus. Essa conduta é espalhafatosamente errada.

v. 1. queixa (pragma): No seu sentido legal, uma causa judicial, como ousa apresentar a causa para ser julgada pelos ímpios..:. O verbo está na voz média, i.e., estavam buscando julgamento a favor de seus próprios interesses. ímpios-. Não sugere que os juízes da corte eram injustos, mas indica o seu relacionamento com Deus em contraste com o dos santos. Os rabinos ensinavam os judeus a nunca levaram uma causa aos tribunais dos gentios, v. 2. os santos hão de julgar o mundo-. Antevê o retorno de Cristo e o juízo final. Isso vai além do ensino do nosso Senhor aos

Doze em Mt 19:28; Lc 22:28ss (v. tb. Ez 7:22), em termos tanto dos juízes quanto dos julgados. É possível entender julgar no sentido hebraico de “reinar”, uma função que incorpora o juízo, e é fundamental para a esca-tologia do NT; conforme Rm 8:17; 2Tm 2:12; Ap 2:26; Ap 3:21; Ap 20:4. causas (,kritêrion): Tem vários significados — meios de, ou regras para, julgar; o lugar do julgamento, o tribunal (nr. da RV, e Robertson e Plummer); pessoas que julgam; as causas diante da corte (VA, RV, RSV, NEB). v. 3. julgar os anjos-. Alguns anjos estão reservados para o julgamento; conforme Mt 25:41; 2Pe 2:4; Jd 1:6,Ef 5:6. E uma advertência contra o antinomismo. idólatras-. Classificados aqui com os culpados de pecados sexuais, ilustrando a natureza imoral da religião grega com os seus prostitutos e prostitutas cultuais, v. 10. Reino de Deus-, Mencionado aqui em seu aspecto futuro, enquanto em 4.20 tem um significado presente; conforme 15.24. v. 11. Mas {alia): Precedendo cada um dos três verbos no texto grego, serve para contrastar fortemente o seu estado presente com aquele de onde eles vinham, vocês foram lavados: Aqui na voz média — vocês se puseram para serem lavados —, destacando o caráter voluntário da sua ação. Nada nesse contexto identifica esse ato com o batismo, embora essa mesma palavra tenha essa associação em At 22:16. O lavar indica a regeneração (Ef 5:26; Tt 3:5), da qual o batismo é a declaração visível. O uso do aoristo como em santificados e justificados sugere um ato definitivo. Visto que justificados vem por último {edikaiõthête, declarados justos), conduz o pensamento de Paulo ao seu clímax, contrastando a presente condição deles com a dos perversos {adikoi) do v. 9. no nome-. Qualifica os três verbos e destaca a origem e a execução divinas da salvação.


3) Fornicação e pureza (6:12-20)

Paulo retorna ao assunto da imoralidade, agora para tratar dela não como uma questão específica, como no cap. 5, mas como um princípio geral. A fornicação, desculpada tanto pelos gregos quanto pelos romanos comuns, e, aliás, sendo quase uma parte integrante da religião pagã em Corinto, tornou-se uma armadilha para testar profundamente a disciplina moral da igreja local. Aqueles que foram “declarados justos” (v. 11), veio a tentação causada pela licenciosidade passada de substituir a liberdade pela libertinagem. As doutrinas de Paulo eram facilmente pervertidas (Rm 5:20; Rm 6:14), e assim foi lançada a semente do antinomismo. A lição “Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém (v. 12) ainda precisava ser aprendida. Os v. 12-14 demonstram o verdadeiro uso da liberdade cristã quando cumpre o propósito de Deus para o corpo, enquanto os versículos restantes (v. 15-20) aplicam isso ao problema da prostituta e a con-seqüente profanação do santuário do Espírito Santo. A lição é resumida no último versículo, um princípio que deve governar toda a conduta: glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo.

v. 12. “Tudo me épermitido”...: Possivelmente uma frase já usada pelo apóstolo e agora abusada pelos cristãos em Corinto para desculpar os seus excessos. No entanto, v. o comentário Dt 1:12, em que se sugere que a palavra pode ter sido um lema do partido que defendia a libertinagem. Em todo caso, essa máxima repetida duas vezes é agora qualificada {mas [...] porém...) para provar que tudo não é um absoluto irrestrito. Há limites morais; nem tudo convém, algumas coisas escravizam. v. 13,14. “Os alimentos foram feitos para o estômago...”: Provavelmente mais um ditado conhecido, sugerindo aos coríntios que, assim como a pessoa cede ao apetite da fome, sendo essa a função do estômago, assim o impulso físico para a indulgência sexual deveria ser satisfeito. Paulo contesta o argumento: estômago e alimentos são puramente temporais. Mas o corpo, não; conforme 15:35-50. O corpo, porém, não épara a imoralidade...: Se o estômago corresponde à comida, o corpo corresponde não à imoralidade, mas ao Senhor. Um é feito para o outro; conforme v. 15a, 17,18; Ef 3:16; 2Co 6:16. v. 14. Deus ressuscitou...: O corpo foi feito para a imortalidade: conforme 15.20; Rm 8:11. Observe o contraste: o estômago e os alimentos, Deus os destruirá, o Senhor e o corpo, Deus ressuscita, v. 15. membros de Cristo'. Assim como os membros do corpo físico, como está na NEB: “membros e órgãos de Cristo”. Somos posse dele tanto física quanto espiritualmente; daí o horror de se usar partes do corpo dele para a fornicação, v. 16. Vocês não sabem...-. Paulo apela para o óbvio, para o conhecimento comum, como sempre quando usa essa frase (3.16; 5.6; 6.2,3,9,15,16,19). É a escolha entre ser um corpo com ela (v. 16) ou um espírito com ele (v. 17).

v. 17. se une\ Lit. “colar”, significando os laços mais íntimos, que aqui resultam em completa união, ou fusão. O mesmo verbo expressa união com Cristo e união com uma prostituta (v. “que se une...”, v. 16). v. 18. Fujam da imoralidade sexual'. Algumas coisas são fortes demais para que consigamos nos opor a elas, e a segurança só existe na fuga.

V. 10.14; lTm 6.10,11; 2Tm 2:22. Todos os outros pecados [...] fora do corpo-, Lit. “Todo pecado...”. Todo pecado tem um aspecto e um efeito exterior, incluindo a imoralidade (v. 16), mas a diferença singular no caso do fornicador, que peca contra o seu próprio corpo, é que o seu pecado é contra a própria natureza e o propósito do corpo humano. Outros pecados que Paulo mencionou também afetam o corpo, e.g., a embriaguez, mas a fornicação é singular nisso. O seu apetite surge completamente do seu interior e exige a gratificação dos desejos pessoais, o ápice da au-toviolação. v. 19. o corpo de vocês é santuário'. Coloca em forte contraste o conceito cristão de santidade com o da cidade pagã de Corinto, onde no templo de Afrodite as prostitutas eram sacerdotisas, e onde a relação sexual era considerada consagração, santuário (naosj.

V.comentário Dt 3:16. Ali a referência é à igreja, aqui ao cristão individual, do Espírito Santo-. Conforme Rm 8:11; 2Co 6:16; 2Tm 1:14. v. 20. comprados por alto preço-. Carregando o selo da aquisição feita por Deus; o Espírito Santo (Ef 1:13, Ef 1:14). comprados-. Sugere todo o ato redentor, tendo a imagem do mercado de escravos e a conseqüente mudança de proprietário. V. 1Pe 1:18,1Pe 1:19. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo-. Uma determinação positiva equilibrando a negativa do v. 18. Portanto {dê): Fortalece o imperativo: “Façam de tudo para...”.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 6 do versículo 12 até o 20

C. A Frouxidão Moral na 1greja. 1Co 6:12-20.

Paulo volta sua atenção para a frouxidão moral que poluía a igreja, ao que parece causada pela aplicação da verdade da liberdade cristã ao reino sexual. A pergunta é: Se não há restrições quanto à alimentação, um dos apetites do corpo, por que deveria haver nas questões sexuais, outro desejo físico? A resposta de Paulo, a qual ele começa com o princípio da liberdade e o aplica especialmente à fornicação, novamente apresenta a tripla ocorrência do não sabeis quê? (vs. 1Co 6:15, 1Co 6:16, 1Co 6:19).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I Coríntios Capítulo 6 do versículo 12 até o 20
c) O pecado da sensualidade (1Co 6:12-20)

O vers. 12 contém toda a filosofia a atitude cristã para com as coisas terrenas. (Usamos a palavra "terrenas" em lugar de "mundanas". A primeira significa o que por natureza pertence a esta vida aqui na terra; a segunda significa civilização humana desenvolvida pelo homem sem referência a Deus). Todas as coisas são lícitas, diz o apóstolo, mas nem todas convêm, ou não são proveitosas; e mais, embora lícitas, ele tem cuidado para não se deixar dominar por elas. Pode, portanto, não convir, às vezes, participar de algumas dessas coisas terrenas; e em tempo algum a condescendência com elas deve levar à escravização.

Ora, é claro que os folguedos e a impureza se associavam intimamente à idolatria; os que usavam sua liberdade com relação a uma dessas coisas podiam reclamar igual liberdade a respeito de outra. Paulo então mostra que o princípio de liberdade, apresentado no vers. 12, não se aplica a coisas definidamente ruins em si mesmas. Com relação ao alimento, este e o corpo foram feitos um para o outro, e ambos eventualmente perecerão ou "serão reduzidos a nada" (gr. lit.). Comer ou não comer é, pois, matéria neutra. A impureza, entretanto, pertence a um gênero de todo diferente. O corpo não foi feito para ela, mas para o Senhor (13), como se prova pelo fato de Deus nos levantar na ressurreição (14). Os corpos dos crentes são de fato membros de Cristo (15), por uma união espiritual com Ele (17), pelo que devem ser instrumentos para o Seu uso. Como pode um crente condescender na entrega do seu corpo a uma meretriz? Porque a impureza é nada menos que isso (16). Fugi, pois, da impureza, diz o apóstolo (18). Todo outro pecado é fora do corpo, mas este o atinge, cumprindo ter cuidado especial para evitá-lo. Em outras palavras, o crente é habitação do Espírito Santo e no sentido mais profundo não se pertence a si mesmo (19). Um resgate de alto preço foi pago por ele; deve pois glorificar a Deus por isso, fazendo-se, no corpo e no espírito, instrumento de Deus (20). Note-se como o apóstolo repete a frase não sabeis? (1Co 15:16, 1Co 15:19), lembrando-lhes assim o orgulho que tinham da plenitude do seu conhecimento e sabedoria cristã.

Esta passagem proporciona-nos a doutrina cristã a respeito do corpo e prepara-nos para a crença na sua ressurreição, que nos é apresentada cabalmente no cap. 15. Também esboça o princípio de liberdade cristã, assunto que volta a ser tratado no cap. 8 (veja-se). O fato básico, que governa o exercício da liberdade cristã, é que o crente foi remido pelo precioso sangue de Cristo, e assim Lhe pertence. Sua dedicação a Cristo é mais profunda do que anteriormente ao "mundo", ao qual pertenceu antes de ser resgatado.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de I Coríntios Capítulo 6 do versículo 1 até o 20

14. Ações Proibidas ( I Coríntios 6:1-11 )

Será que qualquer um de vocês, quando ele tem um caso contra o seu próximo, se atrevem a ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos? Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? E se o mundo é julgado por você, você não é competente para constituir os menores cortes de lei? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais, assuntos desta vida? Se, pois tribunais lidar com assuntos desta vida, você nomeá-los como juízes que não são de conta na igreja? Eu digo isso para vergonha vossa. É assim, que não há entre vós um homem prudente, que será capaz de decidir entre seus irmãos, mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante incrédulos? Na verdade, então, já é uma derrota para você, que você tem ações judiciais uns com os outros, por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes a fraude? Pelo contrário, vós mesmos errado e fraudar, e que seus irmãos. Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não se deixe enganar; nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E tais fostes alguns de vós; mas haveis sido lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. ( 6: 1-11 )

Os crentes de Corinto estavam tão tomado com a filosofia humana e tão insistente em acreditar e fazer o que eles queriam que eles foram divididos, brigando, e excepcionalmente imoral. As velhas formas de pensar e de agir tinha reocuparam suas vidas, e o padrão de justiça, a expressão do novo homem interior feita após a natureza divina, estava tão quebrado por pecar que teria sido difícil de ter distinguido muitos deles a partir de sua vizinhos pagãos. Este texto revela que eles tinham inveja de outros cristãos, crítica de outros cristãos, e levou negócios e vantagem financeira de cada um. Eles carregavam essas coisas tão longe para levar o outro para corte-e seculares, quadras pagãos naquela. Eles andavam a sua roupa suja para todo o mundo ver.
A situação legal em Corinto, provavelmente, era muito como foi em Atenas, onde o litígio era uma parte da vida cotidiana. Tornou-se uma forma de desafio e até mesmo entretenimento. Um antigo escritor afirmou que, em uma maneira de falar, cada ateniense era um advogado. Quando surgiu um problema entre as duas partes que não poderiam resolver entre si, o primeiro recurso era arbitragem privada. Cada grupo foi atribuído um cidadão privado desinteressada como um árbitro e os dois árbitros, juntamente com uma terceira pessoa neutra, tentaria resolver o problema. Se eles não conseguiram, o caso foi entregue a um tribunal de quarenta, que atribuiu um árbitro público a cada partido. Curiosamente, cada cidadão tinha de servir como um árbitro público durante o sexagésimo ano de sua vida. Se a arbitragem pública falhou, o caso foi a um tribunal de júri, composto por de várias centenas a vários milhares de jurados. Todos os cidadãos com mais de trinta anos de idade foi objecto de servir como jurado. Ou como uma parte de um processo judicial, como um árbitro, ou como jurado, a maioria dos cidadãos regularmente foram envolvidos em processos judiciais de um tipo ou outro.
Os crentes de Corinto tinha sido tão acostumados a discutir, disputando, e tendo um ao outro ao tribunal antes que eles foram salvos que levaram essas atitudes e hábitos egoístas sobre em suas novas vidas como cristãos. Esse curso não só estava espiritualmente errado, mas praticamente desnecessário.
Durante séculos, os judeus tinham resolvido todas as suas controvérsias ou por particulares ou em um tribunal sinagoga. Eles se recusaram a assumir seus problemas perante um tribunal pagão, acreditando que para fazê-lo implicaria que Deus, através de seu próprio povo, usando seus próprios princípios bíblicos, não era competente para resolver todos os problemas. Foi considerada uma forma de blasfêmia que ir ao tribunal antes de gentios. Ambos grego e governantes romanos tinham permitiu que os judeus continuar essa prática, mesmo fora da Palestina. Sob a lei romana judeus poderia tentar praticamente toda ofensa e dar a quase qualquer sentença, excepto a morte. Como sabemos por julgamento de Jesus, o Sinédrio era livre para prender e bater Jesus como quisessem, mas eles necessária a permissão de Roma, representado por Pilatos, a fim de colocá-lo à morte.
Porque os cristãos eram considerados pelos romanos como uma seita judaica, os crentes de Corinto eram provavelmente livre para resolver os seus diferendos entre si. Possivelmente porque eles não foram capazes de obter assentamentos como favoráveis ​​de seus irmãos cristãos, no entanto, muitos deles optaram por processar uns aos outros nas sinagogas perante juízes judeus, ou em quadras públicas pagãs.Contencioso Pública foi uma manifestação de suas atitudes carnais, mais um pedaço de fermento ( 5: 6-8 ) que haviam transitado em suas novas vidas em Cristo.

Ao enfrentar esse mal na igreja de Corinto, Paulo menciona três áreas de mal-entendido que os crentes tinham. Eles mal entendido o posto verdade que eles tinham em relação ao mundo, a verdadeira atitude que deveria ter tido em relação a um outro, e o verdadeiro caráter que deveria ter tido em relação aos padrões de justiça de Deus.

O Verdadeiro Posto de cristãos

Será que qualquer um de vocês, quando ele tem um caso contra o seu próximo, se atrevem a ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos? Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? E se o mundo é julgado por você, você não é competente para constituir os menores cortes de lei? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais, assuntos desta vida? Se, pois tribunais lidar com assuntos desta vida, você nomeá-los como juízes que não são de conta na igreja? Eu digo isso para vergonha vossa. É assim, que não há entre vós um homem prudente, que será capaz de decidir entre seus irmãos, mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante incrédulos? ( 6: 1-6 )

Um caso contra traduz três palavras gregas (um substantivo, verbo e preposição) que foram usadas para indicar uma ação judicial. Seu vizinho é, literalmente, um "outro" e, provavelmente, o melhor é processado dessa forma. Unrighteous não se refere ao caráter moral, mas para a posição espiritual daqueles diante de quem os cristãos estavam tomando seus casos. Os árbitros públicos e jurados eram não salvos e, portanto, sem justa causa, ou injustos. Os cristãos foram instauração de ações judiciais contra o outro diante dos incrédulos, e Paulo ficou chocado e entristecido. Porque ele já sabia a resposta, a pergunta era retórica. Ele estava dizendo: "Como pode ser? É verdade que alguns de vocês estão na verdade processando o outro, e que você está mesmo fazendo isso em, quadras públicas pagãs?" O verbotolmaō ( ousar ) é no tempo presente, indicando uma realidade de continuar.

A preocupação de Paulo não era que os crentes gostaria de obter uma audiência desleal nos tribunais públicos. Eles podem ter sido dado como julgamentos justos lá como eles teriam recebido de outros cristãos. Paulo estava preocupado porque tinha tão pouco respeito pela autoridade da igreja e capacidade de resolver seus próprios conflitos. Os cristãos são membros do próprio Corpo de Cristo e são habitados por Seu próprio Espírito. Os cristãos são santos , os santos de Deus, que são "enriquecidos nele" e "não falta nenhum dom" ( 1: 2-7 ). "Como", Paulo pergunta: "você pode pensar em tomar seus problemas fora da família para ser resolvido?" Todos os recursos da verdade, sabedoria, equidade, justiça, amor, bondade, generosidade e compreensão residir no povo de Deus.

Os cristãos não estão a tomar outros cristãos mundanos tribunais. Quando nos colocamos sob a autoridade do mundo, desta forma, nós confessamos que não temos direito acções e atitudes certas. Crentes que ir a tribunal com os crentes estão mais preocupados com a vingança ou o ganho do que com a unidade do Corpo e da glória de Jesus Cristo. As disputas entre os cristãos devem ser resolvidas por e entre os cristãos. Se nós, como cristãos, com os nossos dons e recursos maravilhosos em Cristo, não pode resolver uma disputa, como podemos esperar que os incrédulos para fazê-lo? Paulo insiste que os cristãos sãocapazes de resolver disputas, sempre. Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? E se o mundo é julgado por você, você não é competente para constituir as menores tribunais? "Se você é um dia vai se sentar no tribunal supremo de Deus sobre o mundo, que você não está qualificado para julgar nas pequenas coisas, todos os dias que surgem entre você agora? " Deve-se notar que o termotribunais também pode ser traduzida como "processos em tribunal."

Quando Jesus Cristo voltar para estabelecer o Seu reino milenar, crentes de ao longo da história será Seus coregents, sentando-se com Ele em Seu trono ( Ap 3:21 ; cf. . Dn 7:22 ). Parte de nossa responsabilidade como governantes com Cristo será para julgar o mundo. Os apóstolos terá autoridade especial, governando a partir de "doze tronos para julgar as doze tribos de Israel" ( Mt 19:28 ). Mas cada crente vai participar de alguma forma. Ele "que vencer, e ao que guardar as minhas obras até o fim, eu lhe darei autoridade sobre as nações; e ele as regerá com vara de ferro, como os vasos do oleiro são quebradas em pedaços, como eu também ter recebido autoridade de meu Pai "( Ap 2:26-27 ).

Se os santos, um dia, ajudar a excluir toda a terra, eles certamente são capazes de governar a si mesmos dentro da igreja agora. Essa regra futuro será baseado em perfeita adesão à Palavra de Deus e atitudes piedosas adequadas, que já estão disponíveis. Não será, então, quaisquer princípios diferentes de sabedoria e justiça do que temos revelado a nós na Escritura agora.
Os cristãos de Corinto, no entanto, não só não estavam no poder em si, mas estavam fazendo um espetáculo de si mesmos diante dos incrédulos, arejando o seu orgulho, carnalidade, ganância e amargura antes de todo mundo, o mundo que um dia eles seriam chamados pelo Senhor para ajudar a julgar e governar com justiça.
Os crentes que um dia sequer de julgar os anjos . Escritura não é clara quanto ao que os anjos vamos julgar. Os anjos caídos serão julgados pelo Senhor ( 2Pe 2:4 ), se estamos nele e são semelhantes a Ele, e se formos para reinar com Ele, deve ser que de alguma forma vamos compartilhar em Sua autoridade. Qualquer que seja a esfera ea extensão deste juízo celestial ou decisão, argumento de Paulo aqui é a mesma: Se formos julgar e governar o mundo e sobre os anjos na era por vir, estamos certamente capazes, sob a orientação da Escritura e da Espírito Santo, para dirimir as questões de desacordo entre nós hoje.

Se, então, você tem cortes de lei que trata de questões da vida, você nomeá-los como juízes que não são de conta na igreja? Como as diferentes acepções de versões em inglês sugere, versículo 4 é difícil de traduzir, e não devemos ser dogmáticos sobre a formulação específica. Mas o significado básico é clara: Quando os cristãos têm brigas terrenas e disputas entre si, é inconcebível que aqueles que irão governar eternamente deve tentar resolvê-las por meio dos tribunais geridos pelos incrédulos, por juízes que não são de conta na igreja . Se dois partidos cristãos não podem acordar entre si, eles devem pedir companheiros cristãos para resolver a questão para eles, e estar disposto a acatar essa decisão. O crente mais pobres equipada, que busca o conselho da Palavra e do Espírito de Deus, é muito mais competente para dirimir divergências entre irmãos na fé do que é o juiz incrédulo mais altamente treinados e experientes, que é desprovido de verdade divina. Porque estamos em Cristo, os cristãos classificar acima do mundo e até mesmo acima dos anjos. E por se estabelecer nossas próprias disputas, damos um testemunho de nossos recursos e da nossa unidade, harmonia e humildade diante do mundo.Quando vamos ao tribunal público, o nosso testemunho é o oposto.

Paulo tinha vergonha do comportamento daqueles a quem ele havia ensinado e entre os quais ele havia ministrado. Eles sabiam melhor. Eu digo isso para vergonha vossa . Ele continua com uma nota de sarcasmo, É assim, que não há entre vós um homem prudente, que será capaz de decidir entre seus irmãos, mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante incrédulos? A marca que deve caracterizar mais irmãos cristãos é o amor. João deixa absolutamente claro que "quem não pratica a justiça não é de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão. Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros" ( I João 3:10-11 ). Amor, no entanto, não caracteriza os irmãos e irmãs de Corinto. Eles estavam agindo como o não resgatados e, como Paulo iria lembrá-los alguns capítulos depois, um cristão sem amor é "um gongo ruidoso ou como o címbalo que retine"; ele é, na verdade, "nada" ( 13 1:2 ).

Às vezes, na nossa sociedade uma briga entre os cristãos sobre os direitos de propriedade e não pode deixar de vir antes de um tribunal secular. Quando, por exemplo, um cristão é ser divorciado por seu cônjuge, a lei exige um tribunal secular de ser envolvidos. Ou, no caso de abuso ou negligência, um pai cristão pode ser forçado a buscar proteção judicial de um ex-cônjuge desviado. Mas mesmo nesses tipos de exceções, quando, por algum motivo, um cristão encontra-se inevitavelmente no tribunal com um irmão, seu propósito deve ser o de glorificar a Deus, e nunca para ganhar vantagem egoísta. A regra geral é: não ir a tribunal com outros cristãos, mas resolver questões entre vós.

A verdadeira atitude dos cristãos

Na verdade, então, já é uma derrota para você, que você tem ações judiciais com o outro. Por que não sofreis antes a injustiça? por que não ao contrário, ele defraudado? Pelo contrário; vós mesmos errado e fraudar, e que seus irmãos. ( 6: 7-8 )

Cristãos que levam companheiros cristãos a tribunal perder espiritualmente antes que o caso seja ouvido. O fato de que eles têm ações judiciais em tudo é um sinal de moral e espiritual derrota ( hēttēma , uma palavra usada de derrota no tribunal). Um crente que tem um irmão para o tribunal por qualquer motivo, sempre perde o caso aos olhos de Deus. Ele já sofreu um espiritual derrota . Ele é egoísta, e ele desacredita o poder, sabedoria e obra de Deus, quando ele tenta conseguir o que quer através do julgamento dos incrédulos.

A atitude correta de um cristão é a vez ser injustiçado , ao invés ser defraudado , do que para processar um companheiro cristão. É muito melhor para perder financeiramente do que a perder espiritualmente. Mesmo quando estamos claramente no direito legal, não temos o direito moral e espiritual para insistir em nosso direito legal em um tribunal público. Se o irmão nos ofendeu de forma alguma, a nossa resposta deve ser a perdoá-lo e deixar o resultado do assunto nas mãos de Deus. O Senhor pode dar ou tirar. Ele é soberano e tem Sua vontade e propósito, tanto no que ganhar e em que nós perdemos. Devemos aceitar com gratidão que.

Quando Pedro perguntou a Jesus quantas vezes ele deveria perdoar um irmão que pecou contra ele, o Senhor respondeu: "setenta vezes sete" ( Mt 18:21-22. ), uma figura que representava uma quantidade ilimitada. Para ilustrar o princípio, Jesus contou a parábola do escravo implacável. Depois de ser perdoado uma soma enorme, impagável pelo rei, o homem se recusou a perdoar um co-escravo por uma ninharia, e foi entregue "o aos torturadores," pelo rei irado. "Assim será a meu Pai celeste também fazer com você", disse Jesus, "se cada um de vós não perdoar a seu irmão do seu coração" ( vv. 23-35 ).Porque Deus em Cristo vos perdoou cada nós de tão grande pecado contra si mesmo, nenhum cristão tem o direito de ser implacável, especialmente de outros cristãos. Se ele é implacável, o Senhor o livrará de castigo até que se arrependa ou é removido.

Se estamos injustiçado ou defraudado devemos perdoar, não amargo. Se não conseguirmos convencer o irmão a fazer as coisas direito, e se ele não vai ouvir irmãos, estamos melhor que sofrer a perda ou a injustiça do que para entrar com uma ação contra ele. "Não resistam ao perverso", Jesus ordenou: "mas se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. E se alguém quiser processá-lo e tirar sua camisa, que ele tem o seu casaco também" ( Mat. 5: 39-40 ). Ao contrário do que o padrão do mundo, é melhor para ser processado e perder do que processar e ganhar. Espiritualmente, é impossível para um cristão para processar e ganhar. Quando somos privados injustamente estamos a lançar-nos sobre os cuidados de Deus, que é capaz de trabalhar que para o nosso bem e Sua glória.

Um advogado amigo meu diz que ao longo dos anos, ele aconselhou dezenas de cristãos para largar ações judiciais contra o outro. Em alguns noventa por cento dos casos, ele tem sido bem sucedida, e ele relata que, sem exceção, os fiéis foram abençoados. Também sem exceção, aqueles que insistiam em resolver os seus litígios em tribunal se tornou amargo e ressentido-se ganhou ou perdeu seus casos. Se eles foram para a quadra, elas sempre perdido espiritualmente.

O Senhor conhece as necessidades de seus filhos e vai ver que não temos o que precisamos. Devemos "buscai primeiro o seu reino ea sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" ( Mt 6:33. ). A principal preocupação do cristão não deve ser para proteger os seus bens ou de seus direitos, mas para proteger seu relacionamento com o Senhor e com os seus companheiros crentes.

O verdadeiro caráter dos cristãos

Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não se deixe enganar; nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E tais fostes alguns de vós; mas haveis sido lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. ( 6: 9-11 )

O propósito de Paulo aqui não é dar uma lista de pecados que indicarão se perdeu a sua salvação. Não existem tais pecados. Ele é bastante dar um catálogo de pecadores que são típicas dos perdidos. As pessoas cujas vidas são totalmente caracterizado por tais pecados não são salvos e, portanto, injusto , injustificado. Eles não hão de herdar o reino de Deus , porque eles não estão bem com Deus. Eles estão fora do reino, a esfera da salvação.

A aplicação aos crentes é clara. "Por que, então," Paulo pede aos Coríntios, "você continuar a viver como os incrédulos, os injustos? Por que você continua caindo nas formas de sua antiga vida, a vida da qual Cristo salvou você? Por que você está seguindo o normas de idade, e ter as velhas egoístas motivos, ímpios? Está a ser separadas dos caminhos do mundo, e não segui-los. E, especificamente, por que você está tomando os seus problemas aos tribunais de todo o mundo? "

Um crente é uma nova criação ( 2Co 5:17 ), com uma nova personalidade interna feita após própria pessoa de Deus ( 2Pe 1:4 para a discussão de Paulo deste conflito.)

Idólatras se refere àqueles que adoram qualquer falsos deuses e falsos sistemas religiosos, e não simplesmente para aqueles que se curvam às imagens. Nossa sociedade nunca foi tão tragado por e enamorado de falsas religiões e cultos como em nossos dias. Nenhuma crença, reclamação ou prática parece ser muito bizarro para obter uma sequência.

Adúlteros refere-se especificamente a pessoas casadas que se entregam em atos sexuais fora do casamento parceria. Porque o casamento é sagrado, que é um pecado especialmente hediondo aos olhos de Deus. O Antigo Testamento exigia a pena de morte para ele. Além corrompendo-se os participantes também corrompe a família. Ela prejudica a única relação, estabelecida por Deus entre marido e mulher e que, inevitavelmente, traz prejuízos para os seus filhos. E aqueles podem ser apenas os efeitos iniciais.

Efeminado e homossexuais tanto se referir àqueles que trocar e papéis entre homens e mulheres normais corruptos sexuais e relações. Travesti, mudança de sexo, homossexualidade e outras perversões de gênero estão incluídos. Criação única de Deus, aqueles criados à Sua imagem, foram criados "homem e mulher" ( Gn 1:27 ), e que o Senhor proíbe estritamente os dois papéis a esbater-se, e muito menos trocado. "A mulher não deve usar roupas de homem, nem o homem a vestir roupas de mulher, pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor teu Deus" ( Dt 22:5 ). Deus completamente destruído Sodoma e Gomorra, porque "seu pecado [foi] extremamente graves" ( 18:20 ). Desde aquela época a sodomia é sinónimo de perversão sexual ea frase Sodoma e Gomorra é sinónimo de corrupção moral. Para os crentes os termos têm também vindo a ficar para o ódio de Deus e julgamento da corrupção moral.

Por dia, a homossexualidade de Paulo tinha sido galopante na Grécia e em Roma durante séculos. Em seu comentário sobre esta passagem, William Barclay relata que Sócrates era homossexual e Platão provavelmente foi. De Platão Symposium on Amor é um tratado glorificar o homossexualismo. É provável que quatorze dos quinze primeiros imperadores romanos eram homossexuais. Nero, que reinou perto do tempo Paulo escreveu I Coríntios, tinha um menino chamado Sporis castrado para que o menino para se tornar "esposa" do imperador, além de sua esposa natural. Depois de Nero morreu, o menino passou para um dos sucessores de Nero, Otho, para usar da mesma forma.

Confusão de papéis sexuais, como o adultério, é particularmente mal porque ataca a família. Ela corrompe o plano bíblico para a família, incluindo as normas para autoridade e submissão no seio da família e, portanto, retarda a passagem de justiça de uma geração para a seguinte. As sociedades mais ímpios da história têm sido atormentado por perversões papel sexual, sem dúvida, porque Satanás é tão intenção de destruir a família. Igrejas que, em nome do amor, defender a homossexualidade e toleram ministros homossexuais, "casamentos", e congregações não apenas perverter padrões de moralidade de Deus, mas incentivar os seus membros em pecado. Incentivo em pecado não tem parte no amor. O verdadeiro amor dos outros não está fazendo por eles o que eles querem, mas fazendo por eles o que Deus quer. "Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e observar seus mandamentos Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos." ( I João 5:2-3 ). Tolerando o pecado nunca é um ato de amor, seja para Deus ou para aqueles cujos pecados que nós toleramos.

Ladrões e avarento se relacionam com o mesmo pecado básico de ganância. O avarento deseja que o que pertence aos outros; o ladrão na verdade, leva-lo. A ganância é uma manifestação de egoísmo e, como todo o egoísmo, nunca está satisfeito. A demanda ganancioso mais e mais. Em nossos dias, é difícil encontrar uma pessoa, mesmo um cristão, que está satisfeito com o seu rendimento e posses. Mas a ganância não é caracterizar os herdeiros do reino de Deus. Ela não tem lugar na vida cristã.

Bêbados é auto-explicativo. Tal como os outros pecados listados aqui, é quase inevitavelmente encontrado para ser um problema sério, onde o nome de Deus e Palavra são desconsiderados ou desprezados.Hoje o alcoolismo está se espalhando até mesmo para as idades elementares. Pré-Adolescentes e jovens alcoólatras adolescentes estão se tornando cada vez mais comuns, como são alcoólatras entre os mais velhos. O mal que o álcool faz para indivíduos e para as famílias é incalculável.

Maldizentes são aqueles que destroem com suas línguas; eles acabaram com as palavras. Deus não considera o seu pecado para ser leve, porque vem de corações cheios de ódio e causa miséria, dor e desespero nas vidas daqueles que ele ataca.

Swindlers são ladrões que roubam indiretamente. Eles levam vantagem desleal de outros para promover seu próprio ganho financeiro. Roubadores, estelionatários, homens de confiança, promotores de mercadorias com defeito e serviços, falsos anunciantes, e muitos outros tipos de vigaristas são tão comuns ao nosso dia, como a de Paulo.

E tais fostes alguns de vós , Paulo continua. A igreja de Corinto, como tinha igrejas hoje ex-fornicadores, ex-adúlteros, ex-ladrões, e assim por diante. Embora muitos cristãos nunca foram culpados dos pecados particulares que acabamos de discutir, cada cristão era pecado antes que ele foi salvo. Todo cristão é um ex-pecador. Cristo veio com o propósito de salvar os pecadores ( Mt 9:13 ). Essa é a grande verdade do cristianismo: nenhuma pessoa pecou muito profundamente ou muito longo para ser salvo. "Onde o pecado aumentou, transbordou a graça mais" ( Rm 5:20 ). Mas alguns tinham deixado de ser assim por um tempo, e estavam voltando para seu comportamento de idade.

Paulo usa , mas ( alla , a partícula adversativa grego mais forte) três vezes para indicar o contraste da vida cristã com a vida mundana, ele acaba de descrever. Mas vocês foram lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados. Não fazia diferença que eram antes que eles foram salvos. Deus pode salvar o pecador de qualquer pecado e todo o pecado. Mas ele faz uma grande diferença que um crente é como depois da salvação. Ele é viver uma vida que corresponde a sua purificação, sua santificação, e sua justificação. Sua vida cristão é ser puro, santo, e justo. A nova vida produz e requer um novo tipo de vida.

Lavado fala de uma nova vida, de regeneração. Jesus "nos salvou, e não com base em ações que nós temos feito em justiça, mas de acordo com a Sua misericórdia, pela lavagem da regeneração e renovação pelo Espírito Santo" ( Tt 3:5 )."Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus" ( Ef 2:10 ). Quando uma pessoa é lavado por Cristo não nascer de novo ( João 3:3-8 ).

Santificados fala do novo comportamento. Para ser santificado é para ser feito santo para dentro e para poder, no poder do Espírito, para viver uma vida justa para o exterior. Antes de uma pessoa é salva não tem natureza santa e capacidade para uma vida santa. Mas em Cristo nos é dada uma nova natureza e pode viver o novo tipo de vida. Total domínio do pecado é quebrado e passa a ter uma vida de santidade.Por sua pecaminosidade carnal os coríntios estavam interrompendo esse trabalho divino.

Justified fala da nova posição diante de Deus. Em Cristo somos revestidos na Sua justiça e Deus agora vê em nós a justiça de Seu Filho, em vez do nosso pecado. A justiça de Cristo é creditado em nossa conta ( Rom. 4: 22-25 ). Estamos declarado e feito na nova natureza justo, santo, inocente, e sem culpa, porque Deus é "o justificador daquele que tem fé em Jesus" ( Rm 3:26 ).

Os crentes de Corinto tinha experimentado transformação em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus . O nome de Deus representa a Sua vontade, Seu poder e Sua obra. Por causa da submissão voluntária de Jesus à vontade do Pai, Sua morte na cruz em nosso lugar, e sua ressurreição dentre os mortos, Ele providenciou o nosso lavar roupa, nossa santificação e nossa justificação.

A vida transformada deve produzir vida transformada. Paulo está dizendo muito fortemente que era inaceitável que alguns crentes estavam se comportando como os que estão fora do reino. Eles estavam agindo como seus antigos eus. Eles não foram salvos por isso, mas a partir daí.

15. A Liberdade Cristã e a liberdade sexual (I Coríntios 6:12-20)

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. O alimento é para o estômago, o estômago e é para fins alimentares; mas Deus vai acabar com os dois. No entanto, o corpo não é para a imoralidade, mas para o Senhor; eo Senhor é para o corpo. Ora, Deus não somente ressuscitou ao Senhor, mas também nos ressuscitará a nós através do Seu poder. Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, embora os membros de Cristo e torná-los membros de uma meretriz? De maneira nenhuma! Ou não sabeis que o que se une a uma prostituta é um corpo com ela? Pois ele diz: "Os dois serão uma só carne." Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele. Fugi da imoralidade. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo (6: 12-20)

Liberdade em Cristo era uma verdade Paulo nunca se cansou de enfatizar. "Foi para a liberdade que Cristo nos libertou; Permanecei, pois, firmes e não estar sujeito novo, a jugo de escravidão ... Porque fostes chamados à liberdade, irmãos." (Gl 5:1).. Ele continuamente se alegrou com "a liberdade da glória dos filhos de Deus" (Rm 8:21). Crentes "não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça" (Rm 6:14). Nós não somos salvos pelas obras ou mantidos salvos pelas obras. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não como resultado de obras, para que ninguém se glorie" (Ef. 2: 8-9; conforme Rm 3:20). "Agora temos sido libertado da lei, tendo morrido para aquilo pelo qual fomos obrigados, de modo que servimos em novidade de espírito, e não na velhice da letra" (Rm 7:6). "Quem", portanto, "vai trazer uma acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica" (Rm 8:33). Um cristão pode cometer nenhum pecado que ainda não está coberto pela graça de Deus. Nenhum pecado pode perder a sua salvação. Nenhuma acusação pode ter sucesso contra o crente. Deus é o mais alto tribunal, e Ele declarou que os crentes são justos. Não há maior recurso. Isso resolve o problema.

A igreja de Corinto tinha sido ensinado essa verdade muitas vezes enquanto Paulo estava entre eles, mas eles estavam usando-o como uma desculpa teológica para o pecado. Eles ignoraram a verdade ", só não vire sua liberdade em uma oportunidade para a carne" (Gl 5:13), o que com certeza ele também tinha ensinado a eles. Quando Paulo falou da liberdade cristã sempre foi em relação à liberdade de obras justiça, isto é, ganhar a salvação pelas boas obras-se pela lei mosaica, tradição farisaica, ou qualquer outro meio. O Corinthians tinha perverteu essa verdade para justificar o seu pecado. Eles possivelmente usou o mesmo argumento de que Paulo antecipado quando ele estava explicando graça para a igreja romana: "Que diremos, pois somos nós para continuar no pecado para que a graça possa aumentar" (Rm 6:1).

O conselho da Bíblia para evitar envolvimento sexual fora do casamento é simples: ficar o mais longe possível das pessoas e lugares que possam levá-lo em apuros. "Mantenha o seu caminho longe dela, e não vá perto da porta da sua casa" (Pv 5:8). Quando ela tentou forçá-lo a adultério e pegou seu casaco, "ele deixou a sua roupa na mão dela e fugiu, e foi para fora" (v. 12). Não era o momento para discussão ou explicação, mas para o vôo. Quando nós inevitavelmente pego em tal situação, a única coisa sensata a fazer é ficar longe de o mais rápido que pudermos. Paixão não é racional ou sensato, e situações sexualmente perigosas devem ser evitadas ou fugiram, não debatida.

Envolvimento em sexo ilícito leva à perda de saúde, perda de bens e perda de honra e respeito. Toda pessoa que continua em tais pecados não necessariamente sofrer todas essas perdas, mas esses são os tipos de perda que o pecado sexual persistente produz. O indulger sexo virá ao descobrir que ele perdeu seus "anos de um cruel", que seus "bens suado" ter ido "para a casa de um estrangeiro", e que ele vai "gemido" em seus últimos anos e encontrar sua "carne e [seu] corpo são consumidos" (Prov. 5: 9-11). A "água roubada" de relações sexuais fora do casamento "é doce; eo pão comido às ocultas é agradável";mas "ali estão os mortos" (Prov. 9: 17-18). O pecado sexual é um "não ganhar" a situação. Nunca é rentável e sempre prejudicial.

Deus olha para a imoralidade sexual com extrema seriedade. Por causa deste pecado em Israel ", vinte e três mil caíram num só dia" (1Co 10:8). Por meio de Seu profeta Natã, Deus disse a Davi que, por causa do seu pecado ", a espada jamais se apartará da tua casa, ... eu levantarei contra o mal de sua própria casa", e "também o filho que te nasceu certamente morrerá "(12: 10-11, 14). Davi pagos por esses pecados quase todos os dias de sua vida. Vários de seus filhos eram rebeldes, ciumento, e vingativo, e sua vida familiar foi para a maior parte trágica frangalhos.

Davi se arrependeu e foi perdoado. "O Senhor também tem tirado seu pecado" (12:13), mas o Senhor não tirou as consequências do pecado. Depois dessa experiência, o rei escreveu o Salmo 51, em gratidão, mas também em profundo remorso e agonia. Ele tinha experimentado maravilhoso e gracioso perdão de Deus, mas ele também tinha vindo para ver o horror do seu pecado. "Contra ti, contra ti somente, pequei, e fiz o que é mal à tua vista" (v. 4). A graça de Deus é livre, mas o custo do pecado é alto.

Controles pecado sexual

Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. (6: 12b)

Paulo estava livre na graça de Cristo para fazer o que quisesse, mas ele se recusou a permitir-se ser dominado por nada ou ninguém, mas Cristo. Ele não iria se tornar escravo a qualquer hábito ou costume e certamente não para qualquer pecado. "Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça" (Rm 6:14).

Nenhum pecado é mais escravizante do que o pecado sexual. Quanto mais ele é o espectáculo, mais ele controla o indulger. Muitas vezes ele começa com pequenas indiscrições, que levam a outras maiores e, finalmente, para flagrantes vício. A progressão do pecado é refletida no Salmo 1: "Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores" (v. 1). Quando nós voluntariamente associar com o pecado, que em breve chegará a tolerá-la e, em seguida, para praticá-la. Como todos os outros pecados que não são resistidos, os pecados do sexo vai crescer e, eventualmente, eles vão corrompido e não destruir apenas as pessoas diretamente envolvidas, mas muitas pessoas inocentes além.

Os coríntios não eram estranhos para os pecados do sexo, e, infelizmente, muitos crentes de lá tinha ido de volta para eles. Em nome da liberdade cristã eles haviam se tornado controlado por seus próprios desejos carnais.

Paulo escreveu aos tessalonicenses: "Porque esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, ou seja, que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra, não na paixão da concupiscência, como o gentios que não conhecem a Deus "(I Tessalonicenses 4:3-5.). O contexto argumenta que "vaso" é aqui sinônimo de corpo, em vez de para a esposa, como muitos intérpretes segurar. Cada crente é, com razão, possuem, justamente controlar, seu próprio corpo. Se estamos vivendo no Espírito, que "estão colocando à morte as obras do corpo" (Rm 8:13).

Não é tão fácil de estar no controle de nós mesmos como às vezes pensamos. Muitas pessoas se enganam ao pensar que são perfeitamente no controle de seus pensamentos e ações, simplesmente porque eles sempre fazem o que querem. O fato, porém, é que os seus desejos e paixões estão dizendo a eles o que fazer, e eles estão indo junto. Eles não são donos de seus desejos, mas são escravos voluntários. Sua carne é controlar suas mentes.

O próprio Paulo testifica que ele tinha de "buffet [seu] corpo e torná-lo [sua] escravo, para que, eventualmente, depois de [ele tinha] pregado a outros, [ele mesmo] deve ser desqualificado" (1Co 9:27).Buffet ( hupōpiazō ) significa, literalmente, "para dar um olho negro, ou para bater o rosto preto e azul." Para manter seu corpo de escravizar, ele teve de escravizar seu corpo. Caso contrário, ele pode tornar-se desqualificado, não para a salvação, mas para uma vida santa e útil serviço a Deus.

Pecado sexuais pervertidos

O pecado sexual não só prejudica e controles, mas também pervertidos. É especialmente perverte plano e propósito de Deus para os corpos de seu povo. O corpo de um cristão é para o Senhor; é um membro de Cristo; e é o templo do Espírito Santo.

O corpo é para o Senhor

O alimento é para o estômago, o estômago e é para fins alimentares; mas Deus vai acabar com os dois. No entanto, o corpo não é para a imoralidade, mas para o Senhor; eo Senhor é para o corpo. Ora, Deus não somente ressuscitou ao Senhor, mas também nos ressuscitará a nós através do Seu poder. (6: 13-14)

Alimentar eo estômago foram criados por Deus para o outro. Seu relacionamento é puramente biológico. É provável que o Corinthians estava usando esta verdade como uma analogia para justificar a imoralidade sexual. O texto grego diz literalmente, "Os alimentos a barriga, a barriga os alimentos." Talvez isso foi ditado popular significou para celebrar a idéia de que "Sex não é diferente de comer: o estômago foi feita para a comida, eo corpo foi feito para o sexo." Mas Paulo pára-los curtos. "É verdade que os alimentos e do estômago foram feitos um para o outro", ele está dizendo: "mas também é verdade que essa relação é puramente temporal." Um dia, quando o seu propósito foi cumprido, Deus vai acabar com os dois. Esse processo biológico não tem lugar no estado eterno.

Não é assim com o próprio corpo. Os corpos dos crentes são projetados por Deus para muito mais do que as funções biológicas. O corpo não é para a imoralidade, mas para o Senhor; eo Senhor é para o corpo . Paulo teve um melhor provérbio em mente com essa afirmação. O corpo é para ser o instrumento do Senhor, para o Seu uso e glória.

Ora, Deus não somente ressuscitou ao Senhor, mas também nos ressuscitará a nós através do Seu poder . Nossos corpos são projetados não apenas para servir nesta vida, mas na vida por vir. Eles serão alterados corpos, corpos ressuscitados, corpos glorificados, heavenly órgãos de mas eles vão ainda assim ele nossos próprios corpos.

O estômago e alimentos têm apenas um, relação temporal horizontal. Na morte, a relação cessa. Mas nossos corpos são muito mais do que biológica. Para os crentes têm também, uma relação vertical espiritual. Eles pertencem a Deus e eles vão permanecer para sempre com Deus. É por isso que Paulo diz: "Mas a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória" (Phil. 3: 20-21). Precisamos tomar cuidado grave deste corpo, porque ele vai subir de glória a ser o instrumento que carrega o nosso espírito eternamente glorioso e puro por toda a eternidade.

O corpo é um membro de Cristo

Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, embora os membros de Cristo e torná-los membros de uma meretriz? De maneira nenhuma! Ou não sabeis que o que se une a uma prostituta é um corpo com ela? Pois ele diz: "Os dois serão uma só carne." Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele. Fugi da imoralidade.Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. (6: 15-18)

Os corpos dos crentes não são apenas para o Senhor, agora e no futuro, mas eles são de Deus, uma parte do próprio corpo do Senhor, membros de Cristo . Cristo é "cabeça sobre todas as coisas para a igreja, que é o Seu corpo, a plenitude d'Aquele que preenche tudo em todos" (Ef. 1: 22-23). "Nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo" (Rm 12:5; etc.) é a união sexual. Em suasCartas do Inferno CS Lewis diz que cada vez que um homem e uma mulher entra em uma relação sexual um vínculo espiritual é estabelecida entre os que devem ser eternamente gostei ou eternamente resistiu. Deus toma o pecado sexual a sério, porque ele corrompe e destrói relações espirituais, tanto humana quanto divina.

O povo de Cristo são um espírito com Ele . Essa declaração é preenchida com profundo significado e as implicações maravilhosas. Mas para o seu propósito aqui, Paulo usa-lo para mostrar que um cristão que comete imoralidade sexual envolve o seu Senhor. Tudo o sexo fora do casamento é pecado, mas quando é cometido por crentes é especialmente condenável, porque profana Jesus Cristo, com quem o crente é um (conforme João 14:18-23; Jo 15:4; 17: 20-23). Uma vez que somos um com Cristo, eo pecador sexo é um com o seu parceiro, Cristo é colocado em uma posição impensável no raciocínio de Paulo.Cristo não é pessoalmente maculado com o pecado, mais do que o raio de sol que brilha em um depósito de lixo está poluída. Mas Sua reputação está sujo por causa da associação.

O conselho de Paulo em relação ao pecado sexual é o mesmo que o de Salomão no livro de Provérbios: Fugi da imoralidade . O imperativo presente de grego indica a ideia é fugir continuamente e para manter em fuga até que o perigo é passado. Quando estamos em perigo de tal imoralidade, não devemos discutir ou debater ou explicar, e nós certamente não deve tentar racionalizar. Não estamos a considerá-lo um desafio espiritual para ser atendido, mas uma armadilha espiritual de escape. Devemos fugir o mais rápido que pudermos.

Paulo não elucidar sobre o que ele quer dizer com Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o que se prostitui peca contra o próprio corpo . Eu acredito que ele está dizendo que, embora o pecado sexual não é necessariamente o pior pecado, é o mais original em seu caráter. Levanta-se a partir de dentro do corpo curvado na gratificação pessoal. Dirige como nenhum outro impute e quando cumprido afeta o corpo como nenhum outro pecado. Ele tem uma maneira de destruir internamente uma pessoa que nenhum outro pecado tem. Por ser a intimidade sexual é a união mais profunda de duas pessoas, o seu uso indevido corrompe no mais profundo nível humano. Isso não é uma análise psicológica, mas um fato divinamente revelado. A imoralidade sexual é muito mais destrutivo do que o álcool, muito mais destrutivo do que as drogas, muito mais destrutivo do que o crime.

Há alguns anos, uma garota de dezesseis anos de idade, veio ao meu escritório em completo desespero. Ela tinha cometido tantos pecados sexuais que ela se sentiu totalmente sem valor. Ela não olhava no espelho há meses, porque ela não poderia estar a olhar para si mesma; e para mim ela parecia mais perto do que 40 16. Ela estava à beira do suicídio, não querendo viver mais um dia. Eu tive uma alegria especial em que a levou a Jesus Cristo e ver a transformação que ele fez em sua vida. Ela disse: "Pela primeira vez em anos, eu me sinto limpo."
Muitos dos Corinthians precisava que a limpeza novamente.

O corpo é um templo do Espírito Santo

Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo. (6: 19-20)

Como cristãos nossos corpos não são os nossos. Paulo coloca sting neste versículo por enquadrá-la como uma questão sarcástico. Eles são, membros do Senhor de Cristo e templo do Espírito Santo, que foi dada por Deus para habitar em nós. Assim, Paulo apela para a pureza sexual, não só devido à forma como o pecado sexual afeta o corpo, mas porque o corpo que afeta não é nem mesmo o crente própria.Compreender a realidade da frase do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus deve nos dar o máximo de compromisso com a pureza como qualquer conhecimento da verdade divina podia.

Para cometer o pecado sexual em um auditório da igreja, nojento como isso seria, não seria pior do que cometer o pecado em qualquer outro lugar. Ofensa é feita dentro de santuário de Deus, onde e quando a imoralidade sexual é cometido por crentes. Cada ato de infidelidade, a cada ato de adultério por cristãos, está empenhada no santuário de Deus: seus próprios corpos. "Porque nós somos o templo do Deus vivo" (2Co 6:16). O fato de que os cristãos são a morada do Espírito Santo é indicado em passagens como João 7:38-39Jo 20:22At 1:8Jo 15:26; e At 2:17, At 2:33, At 2:38.

Nós não pertencemos mais a nós mesmos porque foram comprados por um preço . Nós não "com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, a partir de [nossa] vã maneira de viver herdado de [nossos] antepassados, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo" (1 Ped. 1 : 18-19).

Corpos dos cristãos são o templo de Deus, e um templo é para a adoração. Nossos corpos, portanto, têm um objetivo supremo: glorificar a Deus . Esta é uma chamada para viver de modo a trazer honra para a pessoa de Deus, o único que é digno de nossa obediência e adoração.

Um amigo uma vez levou um visitante a uma grande catedral católica no leste. O visitante queria Oração na estação de seu santo preferido. Mas ao chegar nessa estação, ele ficou surpreso ao encontrar não há velas acesas, e um sinal, dizendo: "Não adore aqui, fechado para limpeza." O Corinthians não forneceu foco divino, seja, não há lugar para a procura de almas para o culto, uma vez que não eram limpas.Isso, Paulo disse, tinha que mudar.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de I Coríntios Capítulo 6 do versículo 1 até o 20

I Coríntios 6

A insensatez dos tribunais — 1Co 6:1-8

Nesta seção Paulo trata um problema que afetava especialmente os gregos. Os judeus não estavam acostumados a dirigir-se aos tribunais de justiça públicos com seus problemas; resolviam os assuntos perante os chefes da cidade ou da sinagoga; para eles a justiça era algo que devia aplicar-se muito mais com espírito familiar que legal. Em realidade a lei judia proibia expressamente os judeus recorrer a um tribunal de justiça que não fosse judeu; fazê-lo era considerado uma blasfêmia contra a lei divina que possuíam. Outra coisa completamente distinta ocorria com os gregos; estes eram característica e naturalmente um povo litigioso. Os tribunais eram em realidade um de seus principais entretenimentos Recorrer a eles era parte integrante da vida grega. Conhecemos os detalhes da lei ateniense e quando a estudamos comprovamos a parte importante que jogavam os tribunais judiciais na vida dos cidadãos atenienses; e a situação em Corinto não podia ser muito diferente.
Em Atenas, se houvesse uma disputa se recorria em primeiro lugar ao árbitro privado. Nessa ocasião cada parte elegia um árbitro, e logo se escolhia um terceiro de comum acordo, para que agisse como juiz imparcial. Se não se conseguia resolver o assunto desta maneira, era encaminhado a um tribunal conhecido como "o dos Quarenta". Este referia o caso a um árbitro público, acusação que ocupavam todos os cidadãos de Atenas de sessenta anos de idade, e qualquer homem que se escolhesse tinha que tomar parte, querendo ou não, sob pena de ver-se privado de seus direitos civis. Se o assunto ainda não se resolvia devia encaminhar-se a um tribunal com duzentos e um cidadãos, o qual considerava os casos inferiores a uma soma equivalente a cem dólares. Para os casos de um montante superior o tribunal se constituía com quatrocentos e um membros.
Havia casos em que os tribunais podiam ter mais de mil membros e alguns chegavam até seis mil. Eram constituídos por cidadãos atenienses de mais de trinta anos de idade. Era-lhes pago três óbolos por dia de atuação. Os cidadãos que podiam agir como parte do tribunal se reuniam nas manhãs e lhes adjudicavam os casos por sorteio. É fácil ver que em uma cidade grega todos os homens eram mais ou menos advogados e que utilizavam grande parte de seu tempo em decidir ou tratar casos judiciais. Os gregos eram em realidade famosos — ou notórios — por sua afeição a recorrer aos tribunais judiciais. Não era estranho pois, que alguns gregos tivessem introduzido na 1greja suas tendências litigiosas, e Paulo estava muito preocupado. Seus antecedentes judeus faziam com que todo isso lhe repugnasse, e seus princípios cristãos aumentavam esse sentimento. "Como pode qualquer de vós", perguntou, "seguir o paradoxal caminho de buscar a justiça em presença dos injustos?"
O que fazia com que este assunto fosse ainda mais fantástico para Paulo era, que na imagem da era de ouro por vir, quando o Messias fosse o rei supremo, Ele julgaria às nações e os santos tomariam parte nesse juízo. O Livro da Sabedoria diz "Julgarão as nações e dominarão os povos (1Co 3:8). O Livro de Enoque diz: "Trarei nome àqueles que me amaram, vestidos em uma luz esplendorosa, e situarei cada um no trono de sua honra" (108:12). De modo que Paulo pergunta "Se algum dia forem julgar o mundo, se até os anjos, as criaturas mais puras que foram criadas, vão ser sujeitos a seu juízo, como, em nome da razão, podem subordinar seus casos aos homens, e para pior, pagãos?" "Se devem fazê— lo", diz, "façam isso dentro da Igreja, e dada a tarefa de julgar as pessoas que tenham em menos consideração, devido ao fato de que ninguém que esteja destinado a julgar o mundo se incomodaria envolvendo-se nas pequenezes das contendas cotidianas.

E logo, repentinamente Paulo lança mão do grande princípio essencial. Recorrer aos tribunais e em especial fazê-lo com um irmão, é cair abaixo do nível de comportamento cristão. Muito tempo atrás Platão estabeleceu que o homem reto sempre escolheria sofrer injustamente antes que fazer o mal. Se um cristão tem até o mais remoto traço do amor de Cristo em seu coração, sofrerá insultos, perdas, injúrias e danos antes que tentar infligi-los a outrem — mais ainda, se se trata de um irmão. Vingar-se ou tentar fazê-lo é sempre algo anticristão. Um cristão não resolve seus assuntos com outros com o desejo de ser recompensado nem com os princípios da justiça crua. Resolve-os com espírito de amor, e este insistirá em que deve viver em paz com seu irmão, e lhe proibirá rebaixar recorrendo aos tribunais de justiça.

“TAIS FOSTES ALGUNS DE VÓS”

I Coríntios 6:9-11

Aqui Paulo prorrompe em uma terrível contagem de pecados que é um horrendo comentário da civilização corrompida em que a Igreja de Corinto estava crescendo. Há certas coisas das que não é agradável falar, mas devemos considerar este catálogo e tentar compreender o meio em torno da Igreja cristã primitiva, e ver que a natureza humana não mudou muito.
Havia fornicários e adúlteros. Já vimos que o relaxamento sexual era parte da vida pagã e que a virtude da castidade era quase desconhecida. A palavra que emprega para fornicário especialmente desagradável; refere-se aos homens que se prostituem. Deve ter sido muito difícil ser cristão na corrupta atmosfera de Corinto.

Havia idólatras. O edifício maior de Corinto era o Templo de Afrodite, a deusa do amor, onde prosperavam lado a lado a idolatria e a imoralidade. A idolatria é um triste exemplo do que acontece quando tentamos fazer com que a religião seja mais fácil. Um ídolo não surgia como deus; começava simbolizando a um deus, sua função era facilitar o culto do deus, provendo de algum objeto no qual se localizasse a presença do mesmo. Mas muito em breve os homens começaram a adorar não ao deus que estava atrás do ídolo, mas sim ao próprio ídolo. Um dos perigos crônicos da vida é que os homens adorarão sempre o símbolo em lugar da realidade que reside atrás do mesmo.

Havia efeminados. A palavra (malakos) significa literalmente aqueles que são suaves e femininos; aqueles que perderam sua virilidade e que vivem na luxúria de prazeres recônditos; a palavra descreve o que só podemos chamar enlameado no vício no qual o homem perdeu todo seu poder de resistência. Quando Ulisses e seus marinheiros chegaram à ilha de Circe atracaram à terra na qual crescia a flor de lótus. Aquele que comia dessa flor se esquecia de seu lar e de seus seres queridos e desejava viver para sempre nessa terra na qual "era sempre de tarde". Perdiam o gozo severo que provém de "remontar as ondas". O efeminado deseja a vida na qual é sempre de tarde.

Havia ladrões e estelionatários. O mundo antigo estava cheio deles. Era muito fácil entrar nas casas. Os ladrões freqüentavam em especial dois lugares — os banheiros e os ginásios públicos nos quais roubavam as roupas dos que se estavam banhando ou fazendo exercícios. Era especialmente comum o seqüestro de escravos que tinham dons especiais. As leis demonstram quão grave era este problema. Havia três tipos de roubo que se castigavam com a morte: (1) Roubos por valor de mais de cinqüenta dracmas (2) Roubos nos banheiros, ginásios, portos e ancoradouros pelo valor de mais de dez dracmas (3) Roubos noturnos, qualquer que fosse o seu valor. Os cristãos viviam rodeados por uma população que se dedicava a roubo.

Havia bêbados. A palavra utilizada provém de methos que significa bebedores sem controle. Na Grécia até os meninos pequenos bebiam vinho; o nome que davam ao café da manhã era akratisma e consistia de pão ensopado em vinho. A inadequada provisão de água era a razão de que se bebesse tanto vinho. Mas normalmente os gregos eram sóbrios, devido ao fato de que sua bebida consistia em três partes de vinho mescladas com duas de água. Mas na luxuriosa Corinto abundava a embriaguez consuetudinária.

Havia estelionatários e ladrões. Ambas as palavras são interessantes. A palavra utilizada para estelionatários é pleonektes (literalmente, rapazes [BJ.]). Descreve, como os gregos o definiam: "o espírito que sempre está buscando alcançar mais e apoderar-se do que não lhe corresponde". É o apetite de lucros vorazes, é obter agressivamente. Não se trata do espírito do avarento, mas sim de que buscava ganhar para poder gastar, para poder viver em mais luxo e até maior prazer, e não se preocupava de quem se aproveitasse, contanto que conseguisse. A palavra que se traduz por ladrão é harpax. Significa tomar com as garras, agarrar. É usada para referir-se a um certo tipo de lobo, e para descrever os ganchos de ferro por meio dos quais se abordavam os barcos nas batalhas navais É o espírito que agarra e usurpa aquilo que não lhe corresponde com uma espécie de ferocidade selvagem.

Deixamos para o fim o pecado menos natural — havia homossexuais. Este pecado se expandiu como uma infecção na vida grega, e mais tarde se propagou a Roma. Apenas podemos nos dar conta do complicado que era o mundo antigo. Até um homem tão grande como Sócrates o praticava; o diálogo de Platão O Simpósio foi apontado como uma das maiores obras sobre o amor; mas seu tema não é o amor natural mas sim o antinatural. Quatorze dos primeiros quinze imperadores romanos praticavam este vício. Nesses momentos Nero era imperador. Tinha tomado a um jovem chamado Esporo e o tinha castrado. casou-se com ele com uma grande cerimônia e o tinha levado a seu palácio em procissão e vivia com ele como com uma esposa. Com um incrível vício Nero por outro lado se casou com um homem chamado Pitágoras e o chamava seu marido. Quando se eliminou a Nero e Oto subiu ao trono o primeiro que fez foi tomar possessão do Esporo. Muito mais tarde o nome do imperador Adriano está associado para sempre com o de um jovem de Bitínia chamado Antônio. Viveu com ele inseparavelmente, e quando morreu deificou e cobriu o mundo com suas estátuas e imortalizou seu pecado chamando uma estrela com seu nome. Este vicio em especial, na época da Igreja primitiva, afundava o mundo na vergonha; e existem poucas dúvidas de que esta fosse uma das causas principais de sua degeneração e da queda final de sua civilização,

Mas depois deste horrendo catálogo de vícios, naturais e antinaturais, Paulo dá um grito de triunfo: “Tais fostes alguns de vós.” A maior prova do cristianismo residia em seu poder. Podia tomar os desperdícios da humanidade e fazer deles homens. Podia tomar os homens perdidos na vergonha e torná-los filhos de Deus. Havia em Corinto, e em todo mundo, homens que existiam, que eram provas viventes do poder regenerador de Cristo. Este poder é ainda o mesmo. Nenhum homem pode mudar-se a si mesmo, mas Cristo pode fazê-lo.
Há um contraste surpreendente entre a literatura pagã e a cristã da época. Sêneca, um contemporâneo de Paulo, declara que os homens necessitam "a mão de alguém que se agache a recolhê-los". Diz: "Os homens estão tristemente conscientes de sua fraqueza nas coisas necessárias." Continua com certo desespero: "Os homens amam seus vícios e os odeiam ao mesmo tempo." Olhava-se a si mesmo e se chamava homo non tolerabilis, um homem que não pode ser tolerado.

A este mundo, consciente da maré de decadência que nada podia deter, chegou o poder radiante do cristianismo, que era realmente capaz de fazer todas as coisas novas de maneira triunfal.

COMPRADO POR UM PREÇO

I Coríntios 6:12-20

Nesta passagem Paulo enfrenta uma série de problemas. Termina com uma ordem: "Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo" (v. 1Co 6:20, RC). É o grito de batalha de Paulo na passagem. Os gregos sempre desprezaram seus corpos. Havia um provérbio que dizia: "O corpo é uma tumba". Epicteto dizia "Sou uma pobre alma encadeada a um cadáver." O que importava era a alma, o espírito do homem; o corpo não interessava. Isto dava como resultado duas atitudes. Ou dava origem ao mais rigoroso ascetismo no qual tudo se realizava para dominar e humilhar os desejos e instintos do corpo. Ou — e em Corinto prevalecia a segunda atitude — significava que visto que o corpo não importava, podia-se fazer o que se quisesse com ele: podia-se deixá-lo saciar e satisfazer os seus apetites. Não interessava absolutamente. Se o que interessa é a alma, diziam, então não tem importância o que o homem faça com seu corpo.
O que complicava isto era a doutrina da liberdade cristã que Paulo pregava. Se o homem cristão era o mais livre de todos, não está livre para fazer o que desejar, especialmente com esse corpo tão insignificante que lhe pertence? De modo que — argumentavam os coríntios — de uma maneira que consideravam muito sábia, era preciso deixar que o corpo fizesse o que quisesse. Mas o que é o que o corpo quer? O estômago foi criado para a comida e a comida para o estômago, diziam os coríntios. Comida e estômago inevitável e naturalmente vão lado a lado. Precisamente da mesma maneira — diziam — o corpo estava feito para seus instintos, está feito para o ato sexual e este está feito para ele; portanto era preciso deixar que os desejos do corpo seguissem seu caminho.
A resposta de Paulo é clara. O estômago e a comida são coisas passageiras; chegará o dia em que ambos passarão. Mas o corpo, a personalidade, o homem como uma totalidade não perecerá, foi criado para unir-se com Cristo neste mundo e estreitar esta união no além.

Cristo e todo o homem estão inevitavelmente relacionados. O que acontece então se o homem fornicar? Entrega seu corpo a uma rameira, pois as Escrituras dizem que o ato sexual faz com que duas pessoas sejam uma só carne. Esta é uma citação deGn 2:24. O que quer dizer que o corpo que pertence a Cristo foi literalmente prostituído

Lembremos que Paulo não está escrevendo um tratado sistemático, está pregando, rogando com um coração fogoso e com uma língua que está disposta a utilizar todos os argumentos que possa. Diz que de todos os pecados, a fornicação é aquele que afeta ao corpo do homem e o ofende. Agora, isto não é estritamente certo — o alcoolismo pode fazer o mesmo. Mas Paulo não escreve para satisfazer a um examinador, está suplicando para que os coríntios se salvem em corpo e em alma, de modo que aduz que os outros pecados são externos ao homem, enquanto que neste está pecando contra seu próprio corpo, aquele que está destinado a unir-se a Cristo.
E finalmente realiza um último chamado. Devido ao fato de que o espírito de Deus habita em nós, convertemo-nos em templos de Deus; e se isto é assim nossos corpos são sagrados. E o que é mais — Cristo morreu não para salvar uma parte do homem, mas sim a sua totalidade, salvá-lo em corpo e espírito. Cristo deu sua vida para outorgar ao homem uma alma redimiu a e um corpo puro. E devido a isto o corpo do homem não é sua propriedade com a qual pode fazer o que deseja, pertence a Cristo, e o homem deve utilizar esse corpo não para satisfazer seus próprios apetites, mas sim para a glória do Salvador.
Há dois grandes pensamentos nisto.
(1) Paulo insiste em que, apesar de estar livre para fazer o que deseja, não deixará que nada o domine. Uma das grandezas da fé cristã é que não liberta o homem para pecar, mas sim para que não o faça. É muito fácil deixar que hábitos, práticas e formas de vida nos dominem, mas a força cristã nos permite dominá-los. Quando um homem experimenta realmente o poder cristão se converte, não em um escravo de seu corpo, de seus instintos e de seus desejos, mas sim em amo dos mesmos. Muitas vezes o homem diz "Farei o que me agrada", quando em realidade quer dizer que acessará o hábito ou a paixão que o domina; só quando o homem tem a força de Cristo nele pode dizer real e verdadeiramente: "Farei o que quiser", e não, "Satisfarei as coisas que me dominam."

(2) Paulo insiste em que não nos pertencemos. Não existe no mundo um homem que se criou a si mesmo. Não podemos fazer nada que só nos faça sofrer. O cristão não pensa em seus direitos, mas sim em seus deveres. Nunca pode fazer o que lhe agrada devido ao fato de que não se pertence a si mesmo, deve fazer sempre o que Cristo deseja, devido ao fato de que ele o comprou com sua vida.
Na seção de nossa carta que está compreendida entre os caps. 1Co 7:1 a 15 Paulo se dedica a responder uma série de perguntas e a tratar certos problemas sobre os quais a Igreja de Corinto lhe pediu conselho. Começa a seção dizendo: “Quanto ao que me escrevestes...” Em linguagem moderna diríamos: "Com referência à sua carta."
Daremos um esboço do problema à medida que o consideremos. O capítulo 7 trata de uma série de problemas com respeito ao casamento.

Este é um resumo dos assuntos sobre os quais a Igreja de Corinto desejava o conselho de Paulo.

Versículos 1Co 6:1 e 2: Conselho para os que pensam que os cristãos não deveriam casar.

Versículos 1Co 6:3-7: Conselho para aqueles que sustentam que até aqueles que estão casados deviam abster-se de manter relações sexuais.

Versículos 1Co 6:8 e 9: Conselhos para os solteiros e as viúvas.

Versículos 1Co 6:10 e 11: Conselho para os que pensam que os casados deviam separar-se.

Versículos 1Co 6:12-17: Conselho para os que pensam em se os casamentos entre um cristão e um pagão teriam que dissolver-se.

Versículos 1Co 6:18 e 24: Instruções para viver a vida cristã em qualquer estado civil.

Versículo 25 e versículos 36:38: Conselhos a respeito das virgens.

Versículos 26:35: Exortação a que nada impeça o concentrar-se no serviço de Cristo, devido ao fato de que o tempo é curto e Cristo virá muito em breve outra vez.

Versículos 38:40: Conselhos para os que desejem voltar a casar-se.

Devemos estudar este capítulo tendo em conta firmemente dois aspectos:

  • Paulo está escrevendo a Corinto, que era a cidade mais imoral do mundo. Para viver numa situação e num meio como esse, era muito melhor ser muito estrito que ser muito frouxo.
  • O que domina e dita cada uma das respostas de Paulo é a convicção de que a segunda vinda de Cristo ia ser imediata. Não se realizou esta expectativa. Mas Paulo estava convencido de que estava aconselhando para uma situação puramente transitiva. Podemos estar seguros de que em muitos casos seus conselhos teria sido algo distintos se tivesse visualizado uma situação permanente. Agora consideremos o capítulo em detalhe.

  • Dicionário

    Bom

    adjetivo Que tem o necessário para; que cumpre as exigências de: um bom carro; um bom trabalhador; um bom cidadão.
    Que expressa bondade: um bom homem.
    Que gosta de fazer o bem; generoso, caridoso: bom para os pobres.
    Indulgente; que demonstra afeto: bom pai; bom marido.
    Útil; que traz vantagem; que tem utilidade: boa profissão; boa crítica.
    Feliz, favorável, propício: boas férias; boa estrela.
    Violento, forte: um bom golpe, boa surra.
    Saudável; que deixou de estar doente: ficou bom da tuberculose.
    Confiável; que está de acordo com a lei: documento bom.
    Apropriado; que se adapta às situações: é bom que você não se atrase.
    Afável; que demonstra informalidade: bom humor!
    Em proporções maiores do que as habituais: um bom pedaço de carne.
    substantivo masculino Quem expressa bondade e retidão moral: os bons serão recompensados.
    Característica gratificante: o bom dele é seu amor pela família.
    interjeição Denota consentimento: Bom! Continue assim!
    Utilizado no momento em que se pretende mudar de assunto: bom, o negócio é o seguinte!
    Etimologia (origem da palavra bom). Do latim bonus.a.um.

    Bom V. RETIDÃO 1, (Sl 125:4); (Mt 5:45).

    Corpo

    substantivo masculino Constituição ou estrutura física de uma pessoa ou animal, composta por, além de todas suas estruturas e órgãos interiores, cabeça, tronco e membros.
    Qualquer substância material, orgânica ou inorgânica: corpo sólido.
    Parte material do animal, especialmente do homem, por oposição ao espírito; materialidade.
    Pessoa morta; cadáver: autópsia de um corpo.
    Parte principal e central de certos objetos: corpo central de um edifício.
    Conjunto de pessoas que exercem a mesma profissão: corpo docente.
    Tamanho de; estatura, robustez: corpo de atleta.
    [Anatomia] Designação de certos órgãos de constituição especial: corpo cavernoso.
    [Tipografia] Medida dos caracteres tipográficos, expressa em pontos: livro composto em corpo 7.
    [Militar] Conjunto de militares que compõem um quadro, uma arma, um exército: corpo de infantaria.
    expressão Corpo da guarda. Local onde estacionam os soldados que formam a guarda, exceto o sentinela.
    Corpo de baile. Conjunto de dançarinos em um teatro.
    Corpo de Deus. A festa do Santíssimo Sacramento, que se celebra na quinta-feira imediata ao domingo da Trindade.
    Corpo diplomático. Conjunto de funcionários que representam os Estados estrangeiros junto a um governo ou a uma organização internacional (analogamente, diz-se corpo consular).
    [Popular] Fechar o corpo. Fazer orações e benzeduras para tornar o corpo invulnerável a facadas, tiros, feitiços etc.; ingerir bebida alcoólica para tornar o corpo imune a doenças.
    [Brasil] Tirar o corpo fora. Esquivar-se habilmente de algum encargo.
    De corpo e alma. Completamente, inteiramente.
    locução adverbial Corpo a corpo. Em luta corporal, sem uso de armas: enfrentaram-se corpo a corpo.
    Etimologia (origem da palavra corpo). Do latim corpus.

    substantivo masculino Constituição ou estrutura física de uma pessoa ou animal, composta por, além de todas suas estruturas e órgãos interiores, cabeça, tronco e membros.
    Qualquer substância material, orgânica ou inorgânica: corpo sólido.
    Parte material do animal, especialmente do homem, por oposição ao espírito; materialidade.
    Pessoa morta; cadáver: autópsia de um corpo.
    Parte principal e central de certos objetos: corpo central de um edifício.
    Conjunto de pessoas que exercem a mesma profissão: corpo docente.
    Tamanho de; estatura, robustez: corpo de atleta.
    [Anatomia] Designação de certos órgãos de constituição especial: corpo cavernoso.
    [Tipografia] Medida dos caracteres tipográficos, expressa em pontos: livro composto em corpo 7.
    [Militar] Conjunto de militares que compõem um quadro, uma arma, um exército: corpo de infantaria.
    expressão Corpo da guarda. Local onde estacionam os soldados que formam a guarda, exceto o sentinela.
    Corpo de baile. Conjunto de dançarinos em um teatro.
    Corpo de Deus. A festa do Santíssimo Sacramento, que se celebra na quinta-feira imediata ao domingo da Trindade.
    Corpo diplomático. Conjunto de funcionários que representam os Estados estrangeiros junto a um governo ou a uma organização internacional (analogamente, diz-se corpo consular).
    [Popular] Fechar o corpo. Fazer orações e benzeduras para tornar o corpo invulnerável a facadas, tiros, feitiços etc.; ingerir bebida alcoólica para tornar o corpo imune a doenças.
    [Brasil] Tirar o corpo fora. Esquivar-se habilmente de algum encargo.
    De corpo e alma. Completamente, inteiramente.
    locução adverbial Corpo a corpo. Em luta corporal, sem uso de armas: enfrentaram-se corpo a corpo.
    Etimologia (origem da palavra corpo). Do latim corpus.

    [...] O corpo é o invólucro material que reveste o Espírito temporariamente, para preenchimento da sua missão na Terra e execução do trabalho necessário ao seu adiantamento. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 5

    [...] O corpo é apenas instrumento da alma para exercício das suas faculdades nas relações com o mundo material [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8, it• 10

    [...] os corpos são a individualização do princípio material. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

    [...] é a máquina que o coração põe em movimento. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 156

    [...] O corpo não passa de um acessório seu, de um invólucro, uma veste, que ele [o Espírito] deixa, quando usada. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 3

    [...] invólucro material que põe o Espírito em relação com o mundo exterior [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

    [...] apenas um segundo envoltório mais grosseiro, mais resistente, apropriado aos fenômenos a que tem de prestar-se e do qual o Espírito se despoja por ocasião da morte.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, it• 10

    [...] o corpo não é somente o resultado do jogo das forças químicas, mas, sim, o produto de uma força organizadora, persistente, que pode modelar a matéria à sua vontade.
    Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Um caso de desmaterialização parcial do corpo dum médium• Trad• de João Lourenço de Souza• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 5

    Máquina delicada e complexa é o corpo humano; os tecidos que o formam originam-se de combinações químicas muito instáveis, devido aos seus componentes; e nós não ignoramos que as mesmas leis que regem o mundo inorgânico regem os seres organizados. Assim, sabemos que, num organismo vivo, o trabalho mecânico de um músculo pode traduzir-se em equivalente de calor; que a força despendida não é criada pelo ser, e lhe provém de uma fonte exterior, que o provê de alimentos, inclusive o oxigênio; e que o papel do corpo físico consiste em transformar a energia recebida, albergando-a em combinações instáveis que a emanciparão à menor excitação apropriada, isto é, sob ação volitiva, ou pelo jogo de irritantes especiais dos tecidos, ou de ações reflexas.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    O corpo de um animal superior é organismo complexo, formado por um agregado de células diversamente reunidas no qual as condições vitais de cada elemento são respeitadas, mas cujo funcionamento subordina-se ao conjunto. É como se disséssemos – independência individual, mas obediente à vida total.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] o invólucro corporal é construído mediante as leis invariáveis da fecundação, e a hereditariedade individual dos genitores, transmitida pela força vital, opõe-se ao poder plástico da alma. É ainda por força dessa hereditariedade que uma raça não produz seres doutra raça; que de um cão nasça um coelho, por exemplo, e mesmo, para não irmos mais longe, que uma mulher de [...] raça branca possa gerar um negro, um pele-vermelha, e vice-versa. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] é um todo, cujas partes têm um papel definido, mas subordinadas ao lugar que ocupam no plano geral. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 3

    [...] não passa de um vestuário de empréstimo, de uma forma passageira, de um instrumento por meio do qual a alma prossegue neste mundo a sua obra de depuração e progresso. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    [...] O corpo material é apenas o instrumento ao agente desse corpo de essência espiritual [corpo psíquico]. [...]
    Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - pt• 2, cap• 1

    [...] Nosso corpo é o presente que Deus nos deu para aprendermos enquanto estamos na Terra. Ele é nosso instrumento de trabalho na Terra, por isso devemos cuidar da nossa saúde e segurança física.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] Em o nosso mundo físico, o corpo real, ou duradouro, é um corpo etéreo ou espiritual que, no momento da concepção, entra a cobrir-se de matéria física, cuja vibração é lenta, ou, por outras palavras, se reveste dessa matéria. [...]
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 9

    Neste mundo, são duais os nossos corpos: físico um, aquele que vemos e tocamos; etéreo outro, aquele que não podemos perceber com os órgãos físicos. Esses dois corpos se interpenetram, sendo, porém, o etéreo o permanente, o indestrutível [...].
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 14

    [...] O corpo físico é apenas a cobertura protetora do corpo etéreo, durante a sua passagem pela vida terrena. [...]
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 14

    Esse corpo não é, aliás, uma massa inerte, um autômato; é um organismo vivo. Ora, a organização dum ser, dum homem, dum animal, duma planta, atesta a existência duma força organizadora, dum espírito na Natureza, dum princípio intelectual que rege os átomos e que não é propriedade deles. Se houvesse somente moléculas materiais desprovidas de direção, o mundo não caminharia, um caos qualquer subsistiria indefinidamente, sem leis matemáticas, e a ordem não regularia o Cosmos.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

    [...] O nosso corpo não é mais do que uma corrente de moléculas, regido, organizado pela força imaterial que nos anima. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 2, cap• 12

    [...] complexo de moléculas materiais que se renovam constantemente.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

    [...] é toda e qualquer quantidade de matéria, limitada, que impressiona os sentidos físicos, expressando-se em volume, peso... Aglutinação de moléculas – orgânicas ou inorgânicas – que modelam formas animadas ou não, ao impulso de princípios vitais, anímicos e espirituais. Estágio físico por onde transita o elemento anímico na longa jornada em que colima a perfeição, na qualidade de espírito puro...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

    O corpo humano [...] serve de domicílio temporário ao espírito que, através dele, adquire experiências, aprimora aquisições, repara erros, sublima aspirações. Alto empréstimo divino, é o instrumento da evolução espiritual na Terra, cujas condições próprias para as suas necessidades fazem que a pouco e pouco abandone as construções grosseiras e se sutilize [...] serve também de laboratório de experiências, pelas quais os construtores da vida, há milênios, vêm desenvolvendo possibilidades superiores para culminarem em conjunto ainda mais aprimorado e sadio. Formado por trilhões e trilhões de células de variada constituição, apresenta-se como o mais fantástico equipamento de que o homem tem notícia, graças à perfei ção dos seus múltiplos órgãos e engrenagens [...].
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

    [...] Vasilhame sublime, é o corpo humano o depositário das esperanças e o veículo de bênçãos, que não pode ser desconsiderado levianamente.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

    O corpo é veículo, portanto, das pro-postas psíquicas, porém, por sua vez,muitas necessidades que dizem respei-to à constituição orgânica refletem-se nocampo mental.[...] o corpo é instrumento da aprendi-zagem do Espírito, que o necessita paraaprimorar as virtudes e também paradesenvolver o Cristo interno, que gover-nará soberano a vida quando superar osimpedimentos colocados pelas paixõesdesgastantes e primitivas. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cor-po e mente

    O corpo é sublime instrumento elabo-rado pela Divindade para ensejar odesabrolhar da vida que se encontraadormecida no cerne do ser, necessitan-do dos fatores mesológicos no mundoterrestre, de forma que se converta emsantuário rico de bênçãos.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto aosofrimento

    [...] Constituído por trilhões de célulasque, por sua vez, são universos minia-turizados [...].[...] Um corpo saudável resulta tambémdo processo respiratório profundo,revitalizador, de nutrição celular.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conquista interna

    Abafadouro das lembranças, é também o corpo o veículo pelo qual o espírito se retempera nos embates santificantes, sofrendo-lhe os impositivos restritivos e nele plasmando as peças valiosas para mais plena manifestação.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    [...] é sempre para o espírito devedor [...] sublime refúgio, portador da bênção do olvido momentâneo aos males que praticamos e cuja evocação, se nos viesse à consciência de inopino, nos aniquilaria a esperança da redenção. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    Sobre o corpo físico, o que se pode dizer logo de início é que ele constitui mecanismo extremamente sofisticado, formado de grande número de órgãos, que em geral trabalham em grupo, exercendo funções complementares, visando sempre a atingir objetivos bem determinados. Estes agrupamentos de órgãos são denominados aparelhos ou sistemas que, por sua vez, trabalham harmonicamente, seguindo a diretriz geral de manter e preservar a vida do organismo.
    Referencia: GURGEL, Luiz Carlos de M• O passe espírita• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1

    O corpo carnal é feito de limo, isto é, compõe-se dos elementos sólidos existentes no planeta que o Espírito tem que habitar provisoriamente. Em se achando gasto, desagrega-se, porque é matéria, e o Espírito se despoja dele, como nós nos desfazemos da roupa que se tornou imprestável. A isso é que chamamos morte. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

    [...] o corpo físico é mero ponto de apoio da ação espiritual; simples instrumento grosseiro de que se vale o Espírito para exercer sua atividade física. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

    [...] O corpo físico nada é senão um instrumento de trabalho; uma vez abandonado pelo Espírito, é matéria que se decompõe e deixa de oferecer condições para abrigar a alma. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 16

    [...] O nosso corpo – além de ser a vestimenta e o instrumento da alma neste plano da Vida, onde somente nos é possível trabalhar mediante a ferramenta pesada dos órgãos e membros de nosso figurino carnal – é templo sagrado e augusto. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• Apenas uma sombra de mulher• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] O corpo é o escafandro, é a veste, é o gibão que tomamos de empréstimo à Vida para realizarmos o nosso giro pelo mundo das formas. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    A bênção de um corpo, ainda que mutilado ou disforme, na Terra [...] é como preciosa oportunidade de aperfeiçoamento espiritual, o maior de todos os dons que o nosso planeta pode oferecer.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 17

    [...] o corpo humano é apenas um aparelho delicado, cujas baterias e sistemas condutores de vida são dirigidos pelas forças do perispírito, e este, por sua vez, comandado será pela vontade, isto é, a consciência, a mente.
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Recordações da mediunidade• Obra mediúnica orientada pelo Espírito Adolfo Bezerra de Menezes• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    O corpo carnal, ou corpo material terreno, o único a constituir passageira ilusão, pois é mortal e putrescível, uma vez, que se origina de elementos exclusivamente terrenos. [...]
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap 8

    [...] [no corpo] distinguimos duas coisas: a matéria animal (osso, carne, sangue, etc.) e um agente invisível que transmite ao espírito as sensações da carne, e está às ordens daquele.
    Referencia: ROCHAS, Albert de• A Levitação• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1980• - Os limites da Física

    [...] Tradicionalmente visto pelas religiões instituídas como fonte do pecado, o corpo nos é apresentado pela Doutrina Espírita como precioso instrumento de realizações, por intermédio do qual nos inscrevemos nos cursos especializados que a vida terrena nos oferece, para galgarmos os degraus evolutivos necessários e atingirmos as culminâncias da evolução espiritual. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Adolescência – tempo de transformações

    O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo Espírito trazido à carne.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 34

    O corpo físico é apenas envoltório para efeito de trabalho e de escola nos planos da consciência.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Museu de cera

    [...] é passageira vestidura de nossa alma que nunca morre. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

    O veículo orgânico para o espírito reencarnado é a máquina preciosa, capaz de ofertar-lhe às mãos de operário da Vida Imperecível o rendimento da evolução.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    O corpo nada mais é que o instrumento passivo da alma, e da sua condição perfeita depende a perfeita exteriorização das faculdades do espírito. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    [...] O corpo de carne é uma oficina em que nossa alma trabalha, tecendo os fios do próprio destino. Estamos chegando de longe, a revivescer dos séculos mortos, como as plantas a renascerem do solo profundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 35

    O corpo é um batel cujo timoneiro é o espírito. À maneira que os anos se desdobram, a embarcação cada vez mais entra no mar alto da experiência e o timoneiro adquire, com isto, maior responsabilidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    O corpo físico é máquina viva, constituída pela congregação de miríades de corpúsculos ativos, sob o comando do espírito que manobra com a rede biológica dentro das mesmas normas que seguimos ao utilizar a corrente elétrica.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Mentalismo

    [...] o corpo físico na crosta planetária representa uma bênção de Nosso Eterno Pai. Constitui primorosa obra da Sabedoria Divina, em cujo aperfeiçoamento incessante temos nós a felicidade de colaborar. [...] [...] O corpo humano não deixa de ser a mais importante moradia para nós outros, quando compelidos à permanência na crosta. Não podemos esquecer que o próprio Divino Mestre classificava-o como templo do Senhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 12

    [...] O corpo carnal é também um edifício delicado e complexo. Urge cuidar dos alicerces com serenidade e conhecimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 14

    [...] o corpo do homem é uma usina de forças vivas, cujos movimentos se repetem no tocante ao conjunto, mas que nunca se reproduzem na esfera dos detalhes. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 29

    [...] O corpo humano é campo de forças vivas. Milhões de indivíduos celulares aí se agitam, à moda dos homens nas colônias e cidades tumultuosas. [...] esse laboratório corporal, transformável e provisório, é o templo onde poderás adquirir a saúde eterna do Espírito. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

    No corpo humano, temos na Terra o mais sublime dos santuários e uma das supermaravilhas da Obra Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

    O corpo é para o homem santuário real de manifestação, obra-prima do trabalho seletivo de todos os reinos em que a vida planetária se subdivide.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

    O corpo de quem sofre é objeto sagrado.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 53

    O corpo é a máquina para a viagem do progresso e todo relaxamento corre por conta do maquinista.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 55


    Deus

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...



    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Espírito

    substantivo masculino Princípio imaterial, alma.
    Substância incorpórea e inteligente.
    Entidade sobrenatural: os anjos e os demónios.
    Ser imaginário: duendes, gnomos, etc.
    Pessoa dotada de inteligência superior.
    Essência, ideia predominante.
    Sentido, significação.
    Inteligência.
    Humor, graça, engenho: homem de espírito.
    Etimologia (origem da palavra espírito). Do latim spiritus.

    Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (Sl 146:4) e retorna a Deus (Ec 12:7; cf. 34:14).

    O equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Não há coisa alguma inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de existência consciente separada do corpo.


    Veja Espírito Santo.


    Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 17

    O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à destruição. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13, it• 4

    [...] Espíritos que povoam o espaço são seus ministros [de Deus], encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau de adiantamento que tenham alcançado.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18, it• 3

    [...] Os Espíritos são os que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade infantil. Julgamos, comparamos, tiramos conseqüências de nossas observações e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós, pois não renunciamos ao nosso discernimento.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Os Espíritos podem dividir-se em duas categorias: os que, chegados ao ponto mais elevado da escala, deixaram definitivamente os mundos materiais, e os que, pela lei da reencarnação, ainda pertencem ao turbilhão da Humanidade terrena. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] um Espírito pode ser muito bom, sem ser um apreciador infalível de todas as coisas. Nem todo bom soldado é, necessariamente, um bom general.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    O princípio inteligente do Universo.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 23

    [...] Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

    [...] os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 87

    [...] alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 9

    [...] não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 53

    Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 55

    Espírito – No sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    E E EA alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

    [...] a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 14

    Os Espíritos não são, portanto, entes abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos; donde se segue que se, em dado momento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 16

    Há no homem um princípio inteligente a que se chama alma ou espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

    Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

    [...] Uma mônada – um centro de força e de consciência em um grau superior de desenvolvimento, ou então, uma entidade individual dotada de inteligên cia e de vontade – eis a única definição que poderíamos arriscar-nos a dar da concepção de um Espírito. [...]
    Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Animismo e Espiritismo• Trad• do Dr• C• S• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• 2 v• - v• 2, cap• 4

    [...] é o modelador, o artífice do corpo.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

    [...] ser livre, dono de vontade própria e que não se submete, como qualquer cobaia inconsciente, aos caprichos e exigências de certos pesquisadores ainda mal qualificados eticamente, embora altamente dotados do ponto de vista cultural e intelectual.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 14

    O Espírito, essência divina, imortal, é o princípio intelectual, imaterial, individualizado, que sobrevive à desagregação da matéria. É dotado de razão, consciência, livre-arbítrio e responsabilidade.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

    [...] causa da consciência, da inteligência e da vontade [...].
    Referencia: BODIER, Paul• A granja do silêncio: documentos póstumos de um doutor em Medicina relativos a um caso de reencarnação• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Apêndice

    [...] um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a Psiquiatria moderna ao fazer Medicina psicossomática.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - As Leis Divinas

    [...] depositário da vida, dos sentimentos e das responsabilidades que Deus lhe outorgou [...].
    Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] a alma ou o espírito é alguma coisa que pensa, sente e quer [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A alma é imortal• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - pt• 1, cap• 1

    O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo os seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita, ou seja, o que em nós sente, pensa, quer e, sem o qual nada existiria; outro, passivo – o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais, tanto quanto conservador das leis orgânicas que regem o corpo físico.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] O que caracteriza essencialmente o espírito é a consciência, isto é, o eu, mediante o qual ele se distingue do que não está nele, isto é, da matéria. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o ser principal, o ser racional e inteligente [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4

    Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro da vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela [a alma] atua no mundo da matéria.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] O espírito não é, pois, nem um anjo glorificado, nem um duende condenado, mas sim a própria pessoa que daqui se foi, conservando a força ou a fraqueza, a sabedoria ou a loucura, que lhe eram peculiares, exatamente como conserva a aparência corpórea que tinha.
    Referencia: DOYLE, Arthur Conan• A nova revelação• Trad• da 6a ed• inglesa por Guillon Ribeiro; traços biográficos do autor por Indalício Mendes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    O Espírito [...] é a causa de todos os fenômenos que se manifestam na existência física, emocional e psíquica. Viajor de incontáveis etapas no carreiro da evolução, armazena informações e experiências que são transferidas para os respectivos equipamentos fisiológicos – em cada reencarnação – produzindo tecidos e mecanismos resistentes ou não a determinados processos degenerativos, por cujo meio repara as condutas que se permitiram na experiência anterior. [...] Da mesma forma que o Espírito é o gerador das doenças, torna-se o criador da saúde, especialmente quando voltado para os compromissos que regem o Cosmo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    O Espírito, através do cérebro e pelo coração, nos respectivos chakras coronário, cerebral e cardíaco, emite as energias – ondas mentais carregadas ou não de amor e de compaixão – que é registrada pelo corpo intermediário e transformada em partículas que são absorvidas pelo corpo, nele produzindo os resultados compatíveis com a qualidade da emissão.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    O Espírito, em si mesmo, esse agente fecundo da vida e seu experimentador, esE E Etabelece, de forma consciente ou não, o que aspira e como consegui-lo, utilizando-se do conhecimento de si mesmo, único processo realmente válido para os resultados felizes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    O Espírito, igualmente, é também uma energia universal, que foi gerado por Deus como todas as outras existentes, sendo porém dotado de pensamento, sendo um princípio inteligente, enquanto que todos os demais são extáticos, mecânicos, repetindo-se ininterruptamente desde o primeiro movimento até o jamais derradeiro...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Consciência

    Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como coopera-dores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. [...] Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 3

    O Espírito é a soma das suas vidas pregressas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 17

    [...] Todos somos a soma das experiências adquiridas numa como noutra condição, em países diferentes e grupos sociais nos quais estagiamos ao longo dos milênios que nos pesam sobre os ombros. [...]
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    [...] O Espírito é tudo aquilo quanto anseia e produz, num somatório de experiências e realizações que lhe constituem a estrutura íntima da evolução.
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da redenção impostergável.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 8

    O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana.
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tendências, aptidões e reminiscências

    [...] O ser real e primitivo é o Espírito [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

    Porque os Espíritos são as almas dos homens com as suas qualidades e imperfeições [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Calvário de luz

    [...] O Espírito – consciência eterna – traz em si mesmo a recordação indelével das suas encarnações anteriores. [...]
    Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - A doutrina do hindu

    [...] princípio inteligente que pensa, que quer, que discerne o bem do mal e que, por ser indivisível, imperecível se conserva. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

    [...] Só o Espírito constitui a nossa individualidade permanente. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 37a efusão

    [...] é o único detentor de todas as potencialidades e arquivos de sua individualidade espiritual [...].
    Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

    Em verdade, cada espírito é qual complexa usina integrante de vasta rede de outras inúmeras usinas, cujo conjunto se auto-sustenta, como um sistema autônomo, a equilibrar-se no infinito mar da evolução.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] O que vale dizer, ser o Espírito o Élan Vital que se responsabiliza pela onda morfogenética da espécie a que pertence. Entendemos como espírito, ou zona inconsciente, a conjuntura energética que comandaria a arquitetura física através das telas sensíveis dos núcleos celulares. O espírito representaria o campo organizador biológico, encontrando nas estruturas da glândula pineal os seus pontos mais eficientes de manifestações. [...]
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Forças sexuais da alma• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Introd•

    O nosso Espírito será o resultado de um imenso desfile pelos reinos da Natureza, iniciando-se nas experiências mais simples, na escala mineral, adquirindo sensibilidade (irritabilidade celular) no mundo vegetal, desenvolvendo instintos, nas amplas variedades das espécies animais, e a razão, com o despertar da consciência, na família hominal, onde os núcleos instintivos se vão maturando e burilando, de modo a revelar novos potenciais. [...]
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

    [...] A verdadeira etimologia da palavra espírito (spiritus, sopro) representa uma coisa que ocupa espaço, apesar de, pela sua rarefação, tornar-se invisível. Há, porém, ainda uma confusão no emprego dessa palavra, pois que ela é aplicada por diferentes pensadores, não só para exprimir a forma orgânica espiritual com seus elementos constitutivos, como também a sua essência íntima que conhece e pensa, à qual chamamos alma e os franceses espírito.
    Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

    O Espírito, em sua origem, como essência espiritual e princípio de inteligência, se forma da quintessência dos fluidos que no seu conjunto constituem o que chamamos – o todo universal e que as irradiações divinas animam, para lhes dar o ser e compor os germes de toda a criação, da criação de todos os mundos, de todos os reinos da Natureza, de todas as criaturas, assim no estado material, como também no estado fluídico. Tudo se origina desses germes fecundados pela Divindade e progride para a harmonia universal.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] a essência da vida é o espírito [...].
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a mulher

    O Espírito humano é a obra-prima, a suprema criação de Deus.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Equação da felicidade

    [...] Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. [...] somos um templo vivo em construção, através de cujos altares se E E Eexpressará no Infinito a grandeza divina. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

    Figuradamente, o espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 21

    Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com o Cristo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada espírito é um continente vivo no plano universal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    [...] o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Evolução e livre-arbítrio

    [...] Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera geral. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    [...] Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições, localizados pela magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

    [...] gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Nosso “eu”

    Cada Espírito é um mundo vivo com movimento próprio, atendendo às causas que criou para si mesmo, no curso do tempo, gravitando em torno da Lei Eterna que rege a vida cósmica.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tem po, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 12


    Espírito
    1) A parte não-material, racional e inteligente do ser humano (Gn 45:27; Rm 8:16).


    2) A essência da natureza divina (Jo 4:24).


    3) Ser não-material maligno que prejudica as pessoas (Mt 12:45).


    4) Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hc 1:14;
    v. ANJO).


    5) Princípio que norteia as pessoas (2Co 4:13; Fp 1:17).


    6) ESPÍRITO SANTO (Gl 3:5).


    Espírito Ver Alma.

    Glorificar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Cobrir de glória, de louvor; gloriar, exaltar: glorificar um herói.
    Fazer uma homenagem a; celebrar as boas qualidades, os feitos de; homenagear: o colégio glorificou os melhores.
    Religião Atribuir a alguém a glória eterna; conduzir à bem-aventurança, à felicidade eterna ao lado de Deus; canonizar, beatificar: glorificar um papa.
    verbo pronominal Tornar-se notável; distinguir-se dos demais: glorificou-se fazendo o bem.
    Dar uma importância excessiva para os próprios feitos e qualidades; exaltar-se: glorificava-se de seu dinheiro.
    Etimologia (origem da palavra glorificar). Do latim glorificare.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Glorificar
    1) Dar GLÓRIA 1, (Sl 22:23; Jo 21:19; Rm 1:21).


    2) Mostrar a GLÓRIA 2, (Jo 12:28; 17.5).


    3) Ser levado à GLÓRIA 3, (Jo 7:39).


    4) Receber a GLÓRIA 1, (2Ts 1:10).


    5) Repartir a GLÓRIA 1, com (Rm 8:30).


    6) Conseguir a GLÓRIA 1, às custas de (Ex 14:4).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Pertencer

    verbo transitivo indireto Ser propriedade de alguém: o carro pertencia ao chefe.
    Ser parte de; estar contido em: ideia pertencente ao capitalismo.
    Dizer respeito a; concernir: ocorrências que pertencem à polícia.
    Receber por merecimento; caber: o prêmio pertencia aos melhores.
    Ser da competência ou atribuição de alguém: obrigação que pertence ao Estado.
    Etimologia (origem da palavra pertencer). Do latim pertinescere, de pertĭnēre, ser propriedade de.

    Preço

    substantivo masculino Valor que se paga ou que se recebe por algo; quantia que estabelece o valor do que se pretende vender ou comprar; valor, importância: qual é o preço deste carro?
    Figurado O que se recebe por; o resultado de um sacrifício; penalidade: a felicidade tem seu preço.
    Relação estabelecida pela ação de trocar um bem (propriedade) por outro.
    Etimologia (origem da palavra preço). Do latim pretium.ii, mérito.

    preço (ê), s. .M 1. Valor em dinheiro de uma mercadoria ou de um trabalho; custo. 2. Avaliação em dinheiro ou em valor assimilável a dinheiro. 3. Castigo, punição, recompensa. 4. Consideração, importância, merecimento, valia.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Coríntios 6: 20 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    PorqueG1063 γάρG1063 fostes compradosG59 ἀγοράζωG59 G5681 por preçoG5092 τιμήG5092. Agora, poisG1211 δήG1211, glorificaiG1392 δοξάζωG1392 G5657 a DeusG2316 θεόςG2316 noG1722 ἔνG1722 vossoG1722 ἔνG1722 corpoG4983 σῶμαG4983.
    I Coríntios 6: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    54 d.C.
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1211
    dḗ
    δή
    agora, então, verdadeiramente, em verdade, realmente, certamente, de fato
    (indeed)
    Partícula
    G1392
    doxázō
    δοξάζω
    pensar, supor, ser da opinião
    (they should glorify)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Ativo - 3ª pessoa do plural
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3748
    hóstis
    ὅστις
    quem
    (who)
    Pronome pessoal / relativo - nominativo masculino singular
    G4151
    pneûma
    πνεῦμα
    terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    ([the] Spirit)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G4983
    sōma
    σῶμα
    o nome original do último rei de Judá antes do cativeiro; também conhecido como
    (Mattaniah)
    Substantivo
    G5092
    timḗ
    τιμή
    lamento, lamentação, cântico de lamentação
    (and wailing)
    Substantivo
    G59
    agorázō
    ἀγοράζω
    cidade do norte de Israel próximo a Bete-Maaca
    (the [stone of] Abel)
    Substantivo


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    δή


    (G1211)
    dḗ (day)

    1211 δη de

    provavelmente semelhante a 1161; partícula

    1. agora, então, verdadeiramente, em verdade, realmente, certamente, de fato
    2. em seguida, imediatamente

    δοξάζω


    (G1392)
    doxázō (dox-ad'-zo)

    1392 δοξαζω doxazo

    de 1391; TDNT - 2:253,178; v

    1. pensar, supor, ser da opinião
    2. louvar, exaltar, magnificar, celebrar
    3. honrar, conferir honras a, ter em alta estima
    4. tornar glorioso, adornar com lustre, vestir com esplendor
      1. conceder glória a algo, tornar excelente
      2. tornar renomado, causar ser ilustre
        1. Tornar a dignidade e o valor de alguém ou de algo manifesto e conhecido

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅστις


    (G3748)
    hóstis (hos'-tis)

    3748 οστις hostis incluindo o feminino ητις hetis e o neutro ο,τι ho,ti

    de 3739 e 5100; pron

    1. quem quer que, qualquer que, quem

    πνεῦμα


    (G4151)
    pneûma (pnyoo'-mah)

    4151 πνευμα pneuma

    de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

    1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
      1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
      2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
      3. nunca mencionado como um força despersonalizada
    2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
      1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
      2. alma
    3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
      1. espírito que dá vida
      2. alma humana que partiu do corpo
      3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
        1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
        2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
    4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
      1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
    5. um movimento de ar (um sopro suave)
      1. do vento; daí, o vento em si mesmo
      2. respiração pelo nariz ou pela boca

    Sinônimos ver verbete 5923


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    σῶμα


    (G4983)
    sōma (so'-mah)

    4983 σωμα soma

    de 4982; TDNT - 7:1024,1140; n n

    1. o corpo tanto de seres humanos como de animais
      1. corpo sem vida ou cadáver
      2. corpo vivo
        1. de animais
    2. conjunto de planetas e de estrelas (corpos celestes)
    3. usado de um (grande ou pequeno) número de homens estreitamente unidos numa sociedade, ou família; corpo social, ético, místico
      1. usado neste sentido no NT para descrever a igreja

        aquilo que projeta uma sombra como distinta da sombra em si


    τιμή


    (G5092)
    timḗ (tee-may')

    5092 τιμη time

    de 5099; TDNT - 8:169,1181; n f

    1. avaliação pela qual o preço é fixado
      1. do preço em si
      2. do preço pago ou recebido por uma pessoa ou algo comprado ou vendido
    2. honra que pertence ou é mostrada para alguém
      1. da honra que alguém tem pela posição e ofício que se mantém
      2. deferência, reverência

    ἀγοράζω


    (G59)
    agorázō (ag-or-ad'-zo)

    59 αγοραζω agorazo

    de 58; TDNT 1:124,19; v

    1. estar no mercado, ir ao mercado
    2. negociar lá, comprar ou vender
    3. de pessoas vadias: perambular pelo mercado, passear lá sem um destino certo.