Enciclopédia de II Coríntios 10:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2co 10: 1

Versão Versículo
ARA E eu mesmo, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que, na verdade, quando presente entre vós, sou humilde; mas, quando ausente, ousado para convosco,
ARC ALÉM disto, eu, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que, na verdade, quando presente entre vós, sou humilde, mas ausente, ousado para convosco;
TB Eu, Paulo, por minha parte, vos exorto pela mansidão e clemência de Cristo, eu que, estando presente, sou humilde entre vós, porém, estando ausente, sou ousado para convosco;
BGB Αὐτὸς δὲ ἐγὼ Παῦλος παρακαλῶ ὑμᾶς διὰ τῆς πραΰτητος καὶ ἐπιεικείας τοῦ Χριστοῦ, ὃς κατὰ πρόσωπον μὲν ταπεινὸς ἐν ὑμῖν, ἀπὼν δὲ θαρρῶ εἰς ὑμᾶς·
BKJ Ora, eu mesmo, Paulo, vos rogo, pela mansidão e suavidade de Cristo, eu que, quando presente, sou humilde entre vós, mas estando ausente, sou ousado para convosco;
LTT Além disto, eu, Paulo, eu mesmo, vos exorto, por- operação- da mansidão e benignidade de o Cristo (eu que, em verdade, quando presente ①, sou humilde- tímido entre vós; estando eu ausente (de vós), porém, sou ousado para convosco);
BJ2 Eu mesmo, Paulo, vos exorto pela mansidão e pela bondade de Cristo - eu tão humilde quando estou entre vós face a face, mas tão ousado quando estou longe.[c]
VULG Ipse autem ego Paulus obsecro vos per mansuetudinem et modestiam Christi, qui in facie quidem humilis sum inter vos, absens autem confido in vos.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Coríntios 10:1

Salmos 45:4 E neste teu esplendor cavalga prosperamente pela causa da verdade, da mansidão e da justiça; e a tua destra te ensinará coisas terríveis.
Isaías 42:3 A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega; em verdade, produzirá o juízo.
Zacarias 9:9 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta.
Mateus 11:29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma.
Mateus 12:19 Não contenderá, nem clamará, nem alguém ouvirá pelas ruas a sua voz;
Mateus 21:5 Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei aí te vem, humilde e assentado sobre uma jumenta e sobre um jumentinho, filho de animal de carga.
Atos 8:32 E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca.
Romanos 10:20 E Isaías ousadamente diz: Fui achado pelos que me não buscavam, fui manifestado aos que por mim não perguntavam.
Romanos 12:1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
Romanos 15:15 Mas, irmãos, em parte vos escrevi mais ousadamente, como para vos trazer outra vez isto à memória, pela graça que por Deus me foi dada,
I Coríntios 2:3 E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor.
I Coríntios 4:10 Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós, ilustres, e nós, vis.
I Coríntios 16:21 Saudação da minha própria mão, de Paulo.
II Coríntios 3:12 Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar.
II Coríntios 5:20 De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus.
II Coríntios 6:1 E nós, cooperando também com ele, vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão
II Coríntios 7:4 Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação e transbordante de gozo em todas as nossas tribulações.
II Coríntios 10:2 rogo-vos, pois, que, quando estiver presente, não me veja obrigado a usar com confiança da ousadia que espero ter com alguns que nos julgam como se andássemos segundo a carne.
II Coríntios 10:7 Olhais para as coisas segundo a aparência? Se alguém confia de si mesmo que é de Cristo, pense outra vez isto consigo: assim como ele é de Cristo, também nós de Cristo somos.
II Coríntios 10:10 Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, e a palavra, desprezível.
II Coríntios 11:21 Envergonhado o digo, como se nós fôssemos fracos, mas, no que qualquer tem ousadia (com insensatez falo), também eu tenho ousadia.
II Coríntios 11:30 Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza.
II Coríntios 12:5 De um assim me gloriarei eu, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas.
II Coríntios 12:7 E, para que me não exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de não me exaltar.
II Coríntios 13:2 Já anteriormente o disse e segunda vez o digo, como quando estava presente; mas agora, estando ausente, o digo aos que antes pecaram e a todos os mais que, se outra vez for, não lhes perdoarei,
Gálatas 4:13 E vós sabeis que primeiro vos anunciei o evangelho estando em fraqueza da carne.
Gálatas 5:2 Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará.
Efésios 4:1 Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,
II Tessalonicenses 3:17 Saudação da minha própria mão, de mim, Paulo, que é o sinal em todas as epístolas; assim escrevo.
I Pedro 2:11 Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma,
I Pedro 2:22 o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano,
Apocalipse 1:9 Eu, João, que também sou vosso irmão e companheiro na aflição, e no Reino, e na paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

"quando presente": ACF e RV-Gomez. Ou "quanto à (minha) aparência- exterior".


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Coríntios Capítulo 10 do versículo 1 até o 18
SEÇÃO IV

A VINDICAÇÃO DA AUTORIDADE DE PAULO

II Coríntios 10:1-13.14

Em uma abrupta mudança de assunto, Paulo aborda o tema da legitimidade de seu apostolado. Ele procura responder aos ataques pessoais de falsos apóstolos e contra-atacar os efeitos maléficos da influência destes na igreja. Uma austera nota de alerta ressoa ao longo de toda a passagem. Enquanto prepara o caminho para a sua terceira visita aos coríntios, o caráter de um ministério verdadeiramente apostólico é exposto mais uma vez.'

A. PAULO RESPONDE A SEUS OPONENTES, 2Co 10:1-18

Os homens que se opunham a Paulo eram judeus (2Co 11:22) que afirmavam ser apósto-los de Cristo (2Co 11:13).2 Eles foram à igreja em Corinto, trabalharam lá por um curto perí-odo, e a seguir se apoderaram do crédito por tudo que foi realizado (2Co 10:12-18). Eles eram homens arrogantes, tirânicos e prepotentes (2Co 10:12-11.18, 20). O apóstolo enfrentou as acusações deles, fundamentalmente com sua afirmativa de que "não militamos segundo a carne" (3). Suas armas são espirituais (1-6), sua autoridade é consistente (7-11), e sua jactância é legítima (12-18).

1. A Espiritualidade das Armas de Paulo (10:1-6)

O apóstolo implora aos coríntios, pedindo que não seja necessário que ele expresse sua autoridade com ousadia quando estiver com eles. Seus críticos o acusaram de que sua presença pessoal não correspondia à autoridade assumida nas suas cartas. Eles interpretaram erroneamente a relutância de Paulo em exercer sua autoridade apostóli-ca, porque não discerniam, adequadamente, a natureza da guerra apostólica.
A expressão eu, Paulo (1), está em sintonia com o tom de autoridade (cf. Gl 5:2). Ela está relacionada com a distinção que o apóstolo fez entre ele próprio e Timóteo (1.1). Ele enfrenta, pessoalmente, o desafio à sua autoridade como apóstolo: "É exatamente a pessoa cuja autoridade está em disputa que se adianta na defesa de sua autoridade".3 Mas é uma autoridade exercida afetuosamente no espírito de Cristo, que comissionou Paulo para o seu serviço. Mansidão (prautetos; cf. Is 42:2-3; Zc 9:9; Mt 5:5-11.29; 21.5; 1 Co 4.21; Gl 6:1) é aquela disposição transmitida pela graça, pela qual aceitamos, sem resis-tência, as disciplinas de Deus (cf. Hb 12:10), assim como Jesus se submeteu às disciplinas de seu ministério de Servo sofredor (cf. Hb 5:7-9; 1 Pe 2:21-23).4 Benignidade (epieikeias; cf. Atos 24:4; Fp 4:5) é aquela consideração originária de uma posição de digni-dade e autoridade que pode deixar de lado a estrita interpretação da lei para atingir um bem maior (cf. 2Co 10:8-2:6-7; Mt 18:23).5 A seriedade no exercício do seu ministério, por parte de Paulo, assim como a de seu Senhor, vem de sua compaixão por aqueles a quem ele serve (2Co 4:5).

Por trás do apelo do apóstolo está a acusação de que ele é humilde (modesto) "quan-do presente" com os coríntios, mas ousado (tharro) em seu tratamento quando ausen-te. Seus inimigos, de forma usual, transformaram uma verdade (cf. 1 Co 2:1-5) em uma inverdade — interpretando a benignidade de Paulo como fraqueza.

O apóstolo literalmente "roga" (2) 5 aos coríntios para organizarem as coisas para que ele não precise usar da ousadia (tharesai) quando chegar. Ele havia decidido "desafiar de forma decisiva"' (tolmesai) aqueles que o consideravam como se ele andasse segundo a carne (cf. 2Co 1:12-5.12). É difícil saber se a palavra carne foi usada em um sentido mau e pecaminoso (Rm 8:4-8), ou meramente em um sentido humano (2Co 5:16).

Neste contexto, as duas interpretações não podem ser separadas de forma objetiva, pois o termo se refere à suposta contradição de Paulo em seu comportamento, motiva-do por preocupações puramente pessoais. As suas atitudes são consideradas como se estivessem na dependência de habilidades humanas, de acordo com critérios do mundo exterior, por motivos de conveniência e interesse próprio. Conduzir o seu ministério assim seria pecado.

Em resposta às acusações, o apóstolo admite que está andando segundo a carne (3) ; ou seja, sua vida no mundo está sujeita à fraqueza humana. Mas ele e seus cooperadores não militam' segundo a carne. Paulo não conduz seu ministério com armas (4) semelhantes àquelas que são utilizadas pelo mundo: "inteligência ou engenhosidade humana, habilidade organizacional, crítica eloqüente ou confiança na sedução ou na força da personalidade".9 Quando se confia nestas armas, elas se tornam carnais (corporais) ou pecaminosas no contexto do ministério. Elas não têm o poder "de destruir" (Bruce) as fortalezas do inimigo nos corações dos homens. O inimigo não pode ser derrotado em seu próprio nível de guerra. As armas de Paulo (hopla, cf. Rm 13:12, "as armas [hopla] da luz") são poderosas em Deus; elas são "divinamente poderosas"?' Ele está armado com um tremendo "senso daquilo que o evangelho é — a imensidão da graça nele contida, o terror do julgamento; e foi isto que lhe deu o poder e o levantou acima das artimanhas, da sabedoria e da timidez da carne"."

Paulo procurou apenas afirmar a verdade abertamente (2Co 4:2). Ele vem com armas que são totalmente dependentes do poder do Espírito e não do poder humano (2Co 4:7-1 Co 2:1-5). O apóstolo define as fortalezas ao afirmar que destrói os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus (5). As desafiantes paredes e muros do intelecto (cf. 1 Co 1:18-25; 8,1) e a vontade do homem serão despedaçadas pelo evangelho. A lealdade espiritual dos homens não pode ser conquistada através da carne ou por atalhos (cf. Mt 4:1-11). Mas por intermédio da guerra espiritual todo en-tendimento deve ser levado cativo... à obediência a Cristo (cf. 1 Co 2.16). O poder de Deus é capaz de romper barreiras nas mentes e corações dos homens por meio de um ministério verdadeiramente evangélico. O aprisionamento torna-se, então, uma liberta-ção radical em virtude do caráter do Rei (cf. 2Co 2:14).

A frase estando prontos para vingar (6) dá uma impressão errada ao leitor mo-derno. Ainda dentro da linguagem militar, Paulo afirma que, em consistência com a natureza da sua guerra, ele está "preparado para a corte marcial" (Moffatt) ou para "levar à justiça"' toda desobediência que ainda existe na igreja de Corinto. Mas tal é a sua paciência e seu método de enfrentar as dificuldades, que ele só virá "para punir" (ARA) quando a obediência (2Co 2:9-7.
15) da maioria for cumprida. O apóstolo acredita-va na atitude de dar à congregação tempo para resolver os seus próprios problemas, antes de exercer suas prerrogativas apostólicas de excomunhão na comunidade da igreja (cf. 2Co 13:2; Mt 16:19-18.18; 1 Co 5.5).

Se foi movido a agir com autoridade destemida, ou a sofrer com a humilhação, Paulo não hesitou em fundamentar o seu ministério na força do evangelho. Esta atitude, sozi-nha, foi capaz de destruir as altas muralhas com que os homens se fortificam contra a obediência a Cristo. Lutar a guerra cristã com armas espirituais era:

1) nunca confiar apenas nos métodos que o mundo usa para capturar as mentes dos homens, 3-5; e

2) sempre agir em submissão ao Espírito de Cristo na defesa da justiça, 1-2,6.

2. A Consistência da Autoridade de Paulo (2Co 10:7-11)

O apóstolo insiste em que, uma vez que os coríntios se apercebam da qualidade espiritual de sua autoridade, descobrirão que ele é, em pessoa, o que parece ser em suas cartas. Como um apóstolo de Cristo, não há inconsistência entre a sua palavra escrita e a falada, independentemente de como os homens erroneamente o julguem por seus crité-rios mundanos. Em resposta às suas acusações, ele dá uma resposta e uma advertência.
A pergunta: Olhais para as coisas segundo a aparência? (7) pode ser corretamente traduzida como uma afirmativa simples: "Olhais as coisas segundo a apa-rência" (TB), ou até como um imperativo: "Observai o que está evidente" (ARA). Embora qualquer uma das três possa estar correta, a última parece satisfazer melhor ao fluxo de pensamento do apóstolo. Tendo mostrado aos seus leitores a natureza de sua guerra, o apóstolo agora os exorta a "olhar para o que é óbvio" a respeito de seu ministério entre eles (cf. 2Co 12:6).

Antes de tudo, se alguém confia de si mesmo que é de Cristo (cf. Mac 9.41; Rm 8:9; 1 Co 1.12; 3.23; 15.23; G13,29) que pense outra vez isto consigo:" assim como ele é de Cristo, assim também é Paulo.' Talvez aqueles do partido "de Cristo" 1Co 1:12), ou mais provavelmente alguns influenciados de forma indevida pelos oponentes de Paulo, tornaram-se convencidos de uma espiritualidade superior que, pelos seus critérios, desacreditaria até mesmo o apóstolo." Mas o simples fato diante de seus rostos (prosopon) era que Paulo tinha tanto direito de reivindicar pertencer a Cristo quanto eles. Se a convicção pessoal era válida para eles, também era válida para o apóstolo. E não foi o ministério dele que os levou ao evangelho? A legitimidade do relacionamento deles com Cristo, em certo sentido, realmente validava o dele. Bengel fala, aqui, da "con-descendência de Paulo, na medida em que ele meramente exige um lugar igual ao da-queles a quem ele havia gerado através do evangelho; pois ele próprio tinha que ter anteriormente pertencido a Cristo, ou sido um cristão por meio do qual outro havia se convertido a Cristo".16 De primordial importância para Paulo, nesta questão da legitimi-dade de seu apostolado, é a integridade de seu relacionamento com Cristo.

Os fatos do seu ministério entre eles, escreve o apóstolo, falam por si mesmos. Mesmo que ele, de fato, se glorie "um pouco demais" (RSV), de seu poder ou "autori-dade (versão ARA), ele não se envergonhará (8). Ele não ficará envergonhado "como se tivesse dito algo além daquilo que pudesse ser confirmado"." A origem e a prática de seu poder, ou autoridade, dão suporte à sua jactância. Sua autoridade foi dada pelo Senhor (2Co 5:18-21),18 para edificação e não para... destruição. O resultado final de seu ministério foi edificação (2Co 12:19-1 Co 8.1; 14,26) e não destruição. Aqui está a prova do que é certo diante dos olhos dos coríntios. Paulo, de acordo com o versículo 5, tenta somente destruir' "a prepotência dos homens, cada barreira de orgulho que se levanta contra o verdadeiro conhecimento de Deus, ou, em suas próprias palavras, os conse-lhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus" (cf. Jr 1:10-24.6)." Seus oponentes, em contraste, destroem a comunhão de amor que é a Igreja (2Co 12:20), o corpo de Cristo.

No termo gloriar (cf. 2Co 11:16-12.
6) encontramos uma das palavras-chave dos capítu-los 10:13. Mas o apóstolo está um pouco desconfortável com o fato de que a situação o levou a gloriar-se um pouco a mais do que ele normalmente considera apropriado. Mes-mo assim, a qualidade do seu serviço o protegerá, não deixando que ele passe vergonha.

Muito embora o apóstolo tenha que discutir sua autoridade, ele não deseja intimidá-los através de suas cartas (9). Isto reflete a acusação (cf. 10-11) de discrepância entre o tom de suas cartas e a sua conduta entre eles. Paulo escreve novamente com um toque de ironia. Intimidar (ekphobein, assustá-los além da compreensão) é uma expressão forte. De acordo com a observação de Hughes: "A imagem de Paulo... fazendo o papel de um déspota distante intimidando-os com sua correspondência, deve ter parecido aos coríntios algo totalmente ridículo".21

O apóstolo agora menciona a crítica que circulava contra ele em Corinto: As suas cartas são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, e a palavra, despre-zível (10).22 Como descreve Bruce: "Ele não tentaria assustar um ganso se estivesse em sua frente... mas quando está longe, finge ser ousado e destemido e escreve cartas fortes; se ele estivesse certo de sua autoridade, mostraria um pouco do rigor de suas cartas ao lidar conosco face a face"." A despeito do que esta crítica tenha significado, ela foi um testemunho da eficácia das cartas de Paulo' endereçadas aos coríntios (cf. 2 Pe 3.16). Elas eram poderosas – graves e fortes. Mas a acusação era de uma inconsistência indesculpável. Em contraste com suas cartas, sua "presença pessoal é inexpressiva" (NASB) – uma referência não à sua aparência física," mas "à mansidão e benignidade de Cristo" (1) pelas quais Paulo sempre procurou se conduzir. Assim, seus corações terrenos não tinham como compreender. Eles, também, consideravam sua palavra, desprezí-vel. Seu resultado não alcançava os padrões da retórica grega — ele não era um orador polido (11,6) — e sua mensagem (logos) estava bem abaixo da dignidade deles. O fato de Paulo ter ido a Corinto não "com sublimidade de palavras ou de sabedoria", mas apenas para anunciar "a Jesus Cristo e este crucificado" 1Co 2:1-2), não os havia impressiona-do: "A palavra [logos] da cruz é loucura para os que perecem" 1Co 1:18).

A resposta de Paulo a seus críticos é direta. Pense (considere) o tal isto (11). Bruce interpreta estas palavras: "Quando venho a vós, venho tão resoluto nas ações, como o sou nas cartas que escrevo quando estou longe de vós". A paciência e a mansidão de Paulo não o impedirão de agir de forma ousada e decisiva, caso seja necessário, quando ele os visitar novamente (cf. 1; 13 2:10).

A consistência de Paulo, que deveria ser óbvia para todos eles, pode ser vista:

1) em seu compromisso com Cristo, 7;

2) em sua delegação recebida de Cristo para edificar e não para destruir, 8; e

3) em sua conduta entre os coríntios 9:11.

3. A Legitimidade da Jactância de Paulo (2Co 10:12-18)

Como os oponentes haviam indicado que eram amplamente superiores a Paulo, o apóstolo, por amor à igreja, sentiu-se forçado a recorrer à dúbia defesa da jactância (8). Mas agora, ao fazer isso, a jactância dos falsos apóstolos vai de encontro a seu golpe polido. Ao mesmo tempo, os limites da jactância do próprio apóstolo são cuidadosamente fixados.

Com um pouco de ironia, Paulo admite a acusação de que é um covarde — pelo menos em um assunto. Ele não tem a coragem de se classificar" com aqueles que se louvam a si mesmos (12) — "alguns que escrevem suas próprias cartas de recomendação" (cf. 2Co 3:1-5.12).27 Paulo não pode competir com o tipo de ousadia que apóia a sua autoridade na auto-aprovação. Tais pessoas estão totalmente abaixo do nível dele.

A intenção de Paulo é mostrar que a autojactância deles é, na verdade, uma reprova-ção,' pois recusaram qualquer padrão de comparação que fosse digno. Eles se medem a si mesmos e se comparam consigo mesmos. Seus próprios padrões aplicados dentro de seu círculo sectário, como o único critério de medição, indicam claramente que eles "não têm entendimento" (ASV). Eles são charlatões que ignoram a verdadeira caracte-rística de um servo de Cristo e daquilo que significa ser designado por Ele. Assim, Hughes conclui: "A mesma acusação de auto-elogio que... eles haviam maliciosamente arremeti-do contra Paulo (cf. 2Co 3:1-5.12), retrocede com força contra as cabeças desses usurpadores"." Ainda assim, o fato triste é que há sempre aqueles que se afeiçoam ao arrogante, ao intolerante e ao dogmático.

O apóstolo não vai se gloriar fora de medida (13), i.e., não se gabará de "coisas que ninguém pode medir" (ta ametera).' Esses enganadores se dizem "100% adequados, de modo que quando medem a si mesmos, sempre conseguem a pontuação máxima, 100%"," impedindo qualquer medição realmente válida. O critério de Paulo, entretanto, é válido (kanonos). É a reta medida (cf. Rm 12:3) que Deus lhe deu. A expressão acima refere-se à "esfera de ação ou influência".32 O apóstolo a utiliza em relação aos coríntios: para chegarmos até vós. Como um atleta corredor nos jogos 1stmícos, Paulo se mantém dentro da faixa que lhe é designada, em vivo contraste com seus oponentes, a quem Deus "não havia designado nenhuma faixa, nem mesmo alguma que levasse a Corinto"."

A regra ou os limites não são geográficos, como se esses intrometidos de fato possu-íssem um território alocado para um genuíno ministério apostólico. Esta regra talvez seja a tarefa específica e a graça particular presenteadas a Paulo (Rm 15:15-16; Gl 2:9), que haviam sido demonstradas e confirmadas pelos frutos gerados pelos seus trabalhos missionários (cf. 1 Co 15.10).34 Ele foi comissionado para ser um apóstolo aos gentios (Atos 9:15; Rm 1:5; Gl 2:9), e não para edificar sobre um fundamento colocado por outros ho-mens (Rm 15:20). Dentro desses limites, ele havia trabalhado como um missionário pio-neiro junto aos gentios, até mesmo em Corinto.

Assim, em sua jactância, Paulo diz: Porque não nos estendemos além do que convém, como se não houvéssemos de chegar até vós, pois já chegamos tam-bém até vós no evangelho de Cristo (14). A expressão já chegamos (14, ephthasamen) mantém aqui o seu significado completo de "chegar primeiro", que é bem confirmado no período do NT. Em vez de estar se gloriando de forma exagerada, Paulo pode estar que-rendo dizer que ele não está indo além daquilo para que foi comissionado (NEB). O fato de ele ter sido o primeiro a chegar a Corinto com o evangelho de Cristo (1 Co 3,6) torna isso evidente. Ele tinha colocado o alicerce 1Co 3:10) e se tornado o pai dos coríntios no evangelho 1Co 4:15). Assim, com aguda ironia, Paulo mostrou que seus oponentes são, de fato, desqualificados como seus competidores. Eles nada mais eram do que proselitistas que, como todos de sua classe, se ocupam com a invasão do trabalho de outros, em vez de abrirem um novo território no qual poderiam disseminar os seus erros.

Portanto, Paulo não se gloriará fora de medida' nos trabalhos alheios (15; cf. Rm 15:20). Isto é uma referência àqueles "que lançaram sua mão no mérito da colheita de outro homem e tiveram, ao mesmo tempo, a audácia de ofender aqueles que lhes prepararam o lugar à custa de suor e trabalho árduo"." O fato de a missão de Paulo ter prosperado em Corinto era a prova de que ele havia atuado nos limites de sua regra (reta medida, esfera; cf. 13), em seu ministério no meio deles.

O apóstolo tem a esperança de que, apesar da atenção dada aos impostores, a da igreja aumentará até o ponto em que ele possa confiar seguramente em sua estabilidade. Então, ele e seus cooperadores serão abundantemente engrandecidos entre vós, conforme a sua regra. Paulo não está buscando louvor, mas por meio do encorajamento deles à total obediência ao evangelho, ele espera ter seu ministério pioneiro expandido. O ministério do grande apóstolo é limitado pela fé de seus convertidos. Eles têm o poder de liberá-lo para que tenha uma maior utilidade, ou manter seu ministério estacionado por causa da tola imaturidade deles no evangelho.

A expressão abundantemente engrandecidos, do versículo 15, significa anunci-ar o evangelho (16) "nos lugares que estão além".' Paulo quer evangelizar os campos que estão além de Corinto. Como Paulo indica posteriormente, ele queria visitar Roma de passagem, quando estivesse a caminho de uma missão na Espanha (Atos 19:21; Rm 15:22-24). Dessa forma, não haveria razão para ele se gloriar no que estava já preparado' ...em campo de outrem. As palavras são, mais uma vez, como ferroadas de escárnio. "A esfera de trabalho já realizado por um outro homem"' era a única coisa que esses prosé-litos arrogantes podiam exibir. Com certeza, o que eles eram de fato estava claro para os coríntios (cf. 7a). "Devemos notar", escreve Allo, "que Paulo não expressa reprovação contra a comunidade; ao contrário, ele conta com eles para a ilimitada expansão de seu apostolado".4° Sua polêmica nestes capítulos é, primariamente, contra os usurpadores.

O apóstolo foi levado ao assunto da jactância contra seu desejo pessoal e procura, agora, manter a ênfase no seu devido lugar: Aquele, porém, que se gloria (lit. vanglo-ria), glorie-se (vanglorie-se) no Senhor (17). Paulo deve ter mantido Jeremias 9:23-24 num lugar central do seu ministério, pois ele havia usado a mesma citação anteriormen-te em I Coríntios 1:31. Mesmo agora, quando, em certo sentido, o apóstolo tem que se gloriar, ele quer deixar claro que é estritamente no Senhor (cf. 2Co 12:2). Ele nunca ficou com o crédito pelos sucessos de seus trabalhos, mas manteve as palavras do profeta entre ele e os aplausos dos homens:

Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas. Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor (Jr 9:23-24)

O princípio básico do ministério do apóstolo consistia em que não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva (18; cf. 2Co 5:9-1 Co 4.15). Strachan sugere que "é como se ele dissesse: 'Afinal de contas, a autoridade apos-tólica não está realmente segura em minhas mãos. A aprovação de Deus é a única marca de legitimidade'. Paulo se gloria, não por ser um apóstolo, mas por Deus ter feito dele um apóstolo"» O servo de Cristo só pode se gloriar do que Cristo fez, do que Ele está fazendo e do que Ele prometeu fazer. O grande desejo de Paulo era ter sempre a aprovação de Deus. Os padrões que um homem aplica a si mesmo podem ser falhos ou até desonestos, mas Deus pode enxergar perfeitamente através de cada um de nós.

Nestes versículos é apresentado um tríplice critério que desacredita a jactância dos oponentes de Paulo, e define os limites para que alguém se glorie legitimamente como um servo de Cristo:

1) um padrão exterior ao próprio padrão de referência que está mais próximo de si mesmo, 12;

2) a natureza da comissão recebida pessoalmente de Cristo, 13- 16; e

3) a aprovação do próprio Senhor, 17-18.

A resposta de Paulo a seus opositores, em 2Co 10:1-18, define o processo de vitória em um ministério desempenhado para Cristo. Redpath comenta sobre estes versículos: "Re-sista, contra-ataque, lide com a situação no mesmo nível em que o mundo lida com ela, e você estará derrotado".42Um ministério diante dos homens, quer desempenhado por lei-gos ou clérigos, deveria dar continuidade espiritual ao do apóstolo, como um imitador de Cristo 1Co 11:1). "O Serviço Cristão Correto" é

1) Consistente com o princípio da Cruz, em sua metodologia e técnicas, 1-6;

2) Consistente com a integridade e qualidade do chamado de cada um em Cristo, 7-11; e

3) Consistente com uma atitude de humildade que só trabalha em obediência, e dá todo crédito do sucesso ao Senhor, 12-18.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de II Coríntios Capítulo 10 versículo 1
Esta seção se diferencia das anteriores pelo seu tom polêmico e muito mais severo. Alguns consideram que pode pertencer a uma carta diferente. Ver a Introdução e 2Co 2:3-4,2Co 10:1 Humilde:
Paulo admite, em tom irônico, o que os seus adversários diziam dele, aludindo talvez às circunstâncias mencionadas em 1Co 2:3. Ousado para convosco:
Esses adversários alegavam que Paulo se expressava com vigor somente quando estava ausente (v. 10).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de II Coríntios Capítulo 10 do versículo 1 até o 18
*

10.1—13.10

Nesses quatro capítulos, Paulo aborda o problema dos falsos apóstolos (11.13), que tinham chegado a Corinto e que se opunham à sua autoridade. Tito tinha trazido boas novas sobre os problemas anteriores de Corinto, mas agora um novo problema requeria a atenção de Paulo. O apóstolo confiava na igreja de Corinto (7.16), mas nem todos os crentes de Corinto confiavam igualmente em Paulo. Entre 9:12-15 e 10.1, o tom do apóstolo muda abruptamente, de algo positivo para a exasperação, quando Paulo defende o caráter genuíno de seu chamado como apóstolo de Cristo. Quanto a uma discussão sobre essa mudança de tom, ver Introdução: Dificuldades de Interpretação.

* 10:3

Um tema repetido nesta carta é viver não de acordo com os padrões deste mundo ou de acordo com os pontos-de-vista desta vida, mas de acordo com o poder espiritual e com a realidade espiritual.

* 10:4

as armas. A oração, a proclamação da poderosa Palavra de Deus e a autoridade de expulsar a oposição demoníaca (ver At 16:18; Ef 6:10-18). Ademais, também havia uma espécie de poderosa autoridade apostólica que não era discutida com frequência, mas que se mostrou evidente na sorte de Ananias e Safira (At 15:1-11) e na de Elimas (At 13:8-12).

para destruir fortalezas. Paulo está falando sobre fortalezas espirituais, ou seja, centros de oposição demoníaca ao evangelho (1Pe 5:8,9; 1Jo 5:19). Paulo sabia que seus oponentes, em Corinto, eram servos de Satanás (11.14,15), mas isso não o assustou, pois o poder do Espírito Santo, que nele estava, era muito maior que o poder de Satanás.

* 10:5

toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus. Uma falsa sabedoria e argumentos sofisticados eram algumas das armas usadas pelos servos de Satanás em seus ataques contra Paulo. Paulo já havia salientado a diferença entre a sabedoria do mundo e a sabedoria espiritual manifestada na cruz de Cristo, e tinha advertido aos crentes de Corinto para não se deixarem iludir pela sabedoria do mundo (ver 1Co 1:18—2.16). Agora Paulo vê que seus oponentes tinham penetrado tão fundo, com sua falsa sabedoria, que ele tinha de opor-se de novo a ela, com os termos mais vigorosos e, ao mesmo tempo, recuperar a lealdade e a obediência dos crentes coríntios.

levando cativo todo pensamento. Se todo pensamento, então a pessoa inteira — nossas próprias idéias, motivos, desejos e decisões — pertence a Cristo.

* 10:6

Se os crentes coríntios se aliam aos falsos apóstolos, Paulo está pronto para puni-los, devido ao prejuízo espiritual que eles causam.

* 10:8

Paulo sabe que ele deveria invocar a autoridade que Cristo lhe dera, e advertir aos crentes de Corinto que ele estava pronto para usar essa autoridade (v. 4, nota).

* 10:10

E a palavra, desprezível. Paulo não dependia do tipo de oratória treinada, que o mundo tanto admira, e cujo desígnio é obter glória para o orador. Aqueles que estavam sendo influenciados pelos oponentes do apóstolo atacavam o ministério de Paulo ao dizerem que lhe faltava essa habilidade.

* 10:11

Ver nota no v. 4.

* 10:12

não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns. Agora veio à tona a questão que fez Paulo defender seu apostolado tão vigorosamente. Encorajados pelos "apóstolos" rivais, alguns crentes coríntios influentes tinham começado a comparar esses recém-chegados com Paulo — em uma comparação na qual Paulo se saía como o perdedor. Ele foi julgado deficiente como orador (v. 10; 11.5), fraco em seu relacionamento com a igreja (vacilando entre a ousadia quando ausente e a timidez quando presente, v. 10,11), sem amor para com eles, (ao recusar uma doação monetária que, do ponto de vista deles, tratava-os como inferiores, 11:7-11; 12:14-18), e deficiente quanto a certas experiências religiosas de "poder" (12.1-5, e notas). Paulo, porém, recusava-se a comparar-se com seus oponentes em seus pobres termos de jactância pessoal e de autopromoção. E quando ele cedeu e se gloriou diante deles (11.16-18), ele o fez com ironia, usando a forma de comparação, mas sempre rejeitando os valores falsos deles.

* 10:13

não nos gloriaremos sem medida. Paulo tomará o crédito somente pelas coisas que Deus lhe havia permitido fazer, mas isso incluía ter chegado a Corinto como apóstolo deles. Ele deixa entendido que seus oponentes, em Corinto, com suas vanglórias, estavam se intrometendo em sua área de responsabilidade.

* 10:16

para além das vossas fronteiras. Paulo tinha a esperança de que os crentes de Corinto prosperariam espiritualmente e se tornariam uma base da qual ele poderia partir para evangelizar outros povos fora das fronteiras deles, presumivelmente em Roma e depois na Espanha (At 19:21; Rm 15:22-29).

* 10:17

Uma citação extraída de Jr 9:24. "Gloriar-se" em alguma coisa significa declarar quão grandiosa é alguma coisa, ufanar-se de alguma coisa. Toda a ufania de Paulo, nesta epístola, termina por dar glória a Deus.

* 10:18

aquele a quem o Senhor louva. O julgamento do Senhor é final, e afastará para um lado todo juízo humano. Paulo tem sido cuidadoso em não fazer qualquer reivindicação, exceto o que estivesse alicerçado sobre os propósitos de Deus e sobre aquilo que Deus tivesse realizado. Ele conclui esta seção com o princípio muito básico de que uma pessoa deveria buscar a aprovação de Deus, e não do homem (Mt 6:1-4; Jo 5:44; Rm 2:29; Gl 1:10).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de II Coríntios Capítulo 10 do versículo 1 até o 18
10:1, 2 Os oponentes do Paulo questionaram sua autoridade. Desde 7:8-16 podemos deduzir que a maioria dos corintios estiveram do lado do Paulo. Entretanto, uma minoria seguiu denegrindo-o dizendo que em suas cartas era estrito, mas que em pessoa não tinha autoridade. Os capítulos 10 aos 13 são a resposta do Paulo a esta acusação.

10.3-6 Nós, como Paulo, somos simples e frágeis humanos, mas não precisamos usar planos e métodos humanos para ganhar nossas batalhas. As poderosas armas de Deus estão disponíveis para brigar contra as "fortalezas" de Satanás. Os cristãos devem decidir que métodos empregarão, os de Deus ou os do homem. Paulo nos assegura que as poderosas armas de Deus são efetivas: oração, fé, esperança, amor, a Palavra de Deus, o Espírito Santo (veja-se Ef 6:13-18). Estas armas podem destruir o argumento do orgulho humano que se levanta contra Deus e os muros que Satanás constrói para que a gente não encontre ao Senhor. Ao enfrentar ao orgulho que aparta às pessoas de sua relação com Deus, podemos nos ver tentados a utilizar nossos próprios métodos. Mas nada pode derrubar estas barreiras como as armas de Deus.

10:5 Paulo usou termos militares para referir-se a esta guerra contra o pecado e Satanás. Deus deve ser o comandante em chefe, inclusive nossos pensamentos devem submeter-se a seu controle se vivermos para O.

10.7-9 Aqueles que se opõem ao Paulo o apresentam como débil e sem autoridade, mas Paulo recorda aos corintios que tem poder e autoridade de Cristo. Os falsos professores induziam às pessoas a desconhecer ao Paulo, mas ele lhes explica que as palavras de sua carta devem ser tomadas com muita seriedade. Tinha autoridade porque ele e seus colaboradores tinham sido os primeiros em trazer o evangelho a Corinto (10.14). Em apóie a sua autoridade sobre eles, Paulo lhes escreve para lhes ajudar a crescer.

10:10 Alguns diziam que as palavras do Paulo eram vazias. Grécia era conhecida por seus oradores eloqüentes e persuasivos. Evidentemente, alguns estavam julgando ao Paulo comparando-o com outros disertantes que tinham escutado e possivelmente não era um dos pregadores mais poderosos (embora era um excelente polemista). Mas respondeu obedientemente ao chamado de Deus e introduziu o cristianismo no Império Romano. Moisés e Jeremías também tiveram problemas de oratória (vejam-se Ex 4:10-12; Jr 1:6). A habilidade de pregar não é o requisito prioritário de um grande líder!

10.12, 13 Paulo criticou aos falsos professores que procuraram demonstrar sua bondade comparando-se com outros em vez de fazê-lo com as normas Deus. Quando nos comparamos com outros, podemos nos sentir orgulhosos porque pensamos que somos melhores. Mas quando nos medimos com as normas de Deus, chega a ser óbvio que não somos o suficientemente bons. Não se preocupe com os lucros de outros. Ao contrário, pergunte-se continuamente: Como encaixa minha vida no que Deus quer? Em que forma se compara minha vida com a do Jesucristo?

10.17, 18 Quando fazemos algo bem, queremos dizê-lo a outros para ser reconhecidos. Mas o reconhecimento é perigoso, pode inflar nosso orgulho. É muito melhor procurar a aprovação de Deus antes que a dos homens. Logo, quando somos tomados em conta somos livres de lhe dar a Deus a honra. Que mudanças devesse fazer em sua vida para receber a aprovação de Deus?

ELEMENTOS DE UM BOM PROJETO DO RECOLECCION DE RECURSOS

Informação: 8.4

Propósito definido: 8.4

Predisposição e vontade: 9.7

Dedicação: 8.5

Liderança: 8.7

Entusiasmo: 8.7, 8, 11

Persistência: 8.2ss

Honestidade e integridade: 8.21

Responsabilidade: 9.3

Alguém que se encarregue: 8:18-22

O tema da coleta de recursos não se deve evitar nem deve nos envergonhar, mas este tipo de esforço devesse ser planejado e conduzido com responsabilidade.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de II Coríntios Capítulo 10 do versículo 1 até o 18
V. PAULO DECLARAÇÃO DE AUTORIDADE APOSTÓLICA (2Co 10:1)

1 Agora eu mesmo, Paulo, vos rogo pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que, na sua presença sou humilde entre vocês, mas sendo am ausente, ousado para você: 2 sim, rogo-vos, para que eu não quando estiver presente coragem com a confiança com que eu conto para ser corajosa contra alguns, que contam um de nós como se andássemos segundo a carne. 3 Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne, 4 (para as armas da nossa milícia não são de carne e osso, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas); 5 derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando todo pensamento cativo à obediência de Cristo; 6 e estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida a vossa obediência plena. 7 Ye olhar para as coisas que estão diante de seu rosto. Se alguém confia de si mesmo que é de Cristo, que ele pense outra vez isto consigo, que, assim como ele é de Cristo, também nós o somos. 8 Pois, ainda que eu me glorie um tanto mais da nossa autoridade (que o Senhor deu para a construção você, e não para vossa destruição), eu não será submetida à vergonha: 9 . que eu não pareça como se quisera intimidar-vos por cartas Dt 10:1)

1. Character (2Co 10:1 Paulo associados amo com mansidão em uma passagem que reflete a atitude mais ousada desta seção da epístola.Cristo fez mansidão uma bênção (Mt 5:5)

Paulo admite que ele vive em um corpo terrestre, mas ele não travar uma guerra carnal. Aqui, a palavra carne é usada em dois sentidos diferentes. Esta guerra (strateuometha) era uma figura favorita de Paulo que viu evidências de muitos acampamentos romanos e tinha passado sobre os sites de muitas batalhas, especialmente na área da Macedônia (ver o familiar Ef 6:10 ; também . 1Tm 1:18. , 2Tm 4:7 ). Dentro da igreja Timóteo foi aconselhado contra falatórios e as oposições da falsamente chamada ciência profanas e vãs "( 1Tm 6:20 ), porque "eles vão maior impiedade" (2Tm 2:16 ). "Espíritos enganadores, ea doutrinas de demônios", que fez os homens falam "reside na hipocrisia" eram evidentemente presente (1Tm 4:1) ". últimos tempos", e seria o aumento nos Todas essas devem ser "elenco para baixo ", e supõe-se que Paulo vai lançá-los para baixo como ele corrige a situação de Corinto.

Além disso, é a intenção de Paulo para levar cativo todo pensamento e torná-lo obedecer a Cristo. Ele não só vai fazê-los em cativeiro, mas levar os cativos, como em uma procissão triunfal.

Paulo estava esperando, segurando-se em prontidão, para vingar toda desobediência , até que ele sentiu que a igreja tinha feito o ajustamento necessário e sua obediência era completa. Ele havia poupado o Corinthians por não ir a Corinto (2Co 1:23 ), porque ele não queria ir com eles em peso (2Co 2:1 ). A partir disso, é evidente que havia questões não corrigidas no fundo da igreja não mencionados na parte anterior do 'epístola. Se foram feitas tais ajustes, ele estava preparado para vingar toda desobediência . Para realizar a analogia militar, ele estava pronto para corte marcial qualquer que não conseguiu entrar em linha. A expectativa é que eles virão a obediência, e quando o fazem, será tempo suficiente para lidar com os recalcitrantes.

2. Experiência Mantido (2Co 10:7 . Thiessen diz: "Não parece ter surgido um anel-líder da oposição que foi especialmente desagradável para Paulo (10: 7-11 ; conforme 2: 5-11 ); e pode muito bem ser que o Cristo-partido tinha unido ao partido Cephas sob sua liderança contra o apóstolo. "Paulo está pedindo-lhes para dar um segundo pensamento a seu pedido, tendo em conta as suas afirmações fortes. Ele insiste mais auto-reflexão sobre o seu papel. Se nenhum homem confia em si mesmo , que ele reflita sobre si (eph' heautou ). Experiência cristã não é apenas individual, ele também é relacional. Deve ser medida por um padrão espiritual criado por muitos e julgados à luz de exemplos notáveis ​​de piedade cristã. Reivindicações dogmáticas que excluem outros podem vir a ser superficial ou falsa.

O uso da palavra "vangloriar" é muito freqüente a partir deste ponto, uma vez que Paulo está se esforçando para sustentar seus argumentos por este método. Ele afirma que, se ele se glorie mais do que ele teve anteriormente sobre sua autoridade, ele não teria vergonha. A mudança para o modo indicativo pode indicar a sua confiança. Seu uso da autoridade para fins construtivos e não destrutivos também pode celebrar essa garantia. Paulo está muito confiante dos fundamentos da sua autoridade apostólica, porque ele tinha visto o Senhor (1Co 9:1)

A acusação de que Paulo escreveu cartas poderosas, mas não revelou a mesma força na presença pessoal agora está respondida. Sua resposta é irônico e muito direta; suas ações irá confirmar suas cartas. O desprezo de seus inimigos, sua presença corporal é fraca e seu discurso de nenhuma conta , tem alguma base de apoio. Quando em Listra, Barnabé foi escolhido como Júpiter e Paulo como Mercúrio por causa da diferença de tamanho, Barnabas sendo mais imponente (At 14:12 ). Ramsay diz que é um conceito oriental de considerar o líder como aquele que "fica parado e não faz nada enquanto seus subordinados falar e trabalhar para ele." Seu discurso foi evidentemente bom no assunto, mas a entrega foi exouthenēmenos (desprezíveis). Apolo estava mais em harmonia com a escola grega de oratória (At 18:24 ). Esses homens haviam subestimado miseravelmente pendentes qualidades mentais e espirituais de Paulo. Suas cartas não foram apenas impressionante (bareiai ), mas suas realizações indicou uma força correspondente. Paulo diz que ele vai fazer a escritura (ergo) apoiar a palavra.

B. sua defesa da sua jactância (10: 12-11: 20)

1. Medido (10: 12-18)

12 Porque nós não somos corajosos para numerar ou comparar-nos com alguns, que se louvam: mas eles mesmos, se medem a si mesmos, e comparando-se consigo mesmos, estão sem entendimento. 13 , mas não vamos glória além de nossa medida, mas de acordo à medida da província que Deus repartiu a nós como uma medida, para chegarmos mesmo até você. 14 Para não nos estendemos demasiadamente, como se não chegássemos a vós, pois já chegamos até tão longe quanto a vós no evangelho de Cristo: 15 não glorying além nossa medida, isto é , em trabalhos alheios; mas ter esperança de que, como o seu groweth fé, seremos ampliada em você de acordo com nossa província até mais abundância, 16 , a fim de pregar o evangelho nos lugares que estão além de você, e não para a glória na província do outro no que diz respeito de coisas prontas ao nosso lado. 17 Mas aquele que se gloria, glorie no Senhor. 18 Para não aquele que se recomenda a si mesmo é aprovado, mas a quem o Senhor recomenda.

1. Não Além de sua própria esfera (10: 12-16)

Em um tom irônico Paulo afirma que ele não se atreveria a comparar-se com alguns dos apóstolos auto-intitulados, que através da auto-avaliação e comparações mútuas elevados si. Tais homens não são sábios. Para número e comparar são duas palavras intimamente aliadas, o equivalente a "classe" e "classificar." Adão Clarke observa que o texto grego traz a implicação de reciprocidade e de auto-exaltação. Normas de seus críticos estão totalmente subjetivo, eles mesmos estão se medem a si mesmos . Ele humilha o seu orgulho por um rápido golpe, eles não entendem . Qual a melhor maneira que ele poderia ter tratado o golpe fatal para estes homens vaidosos que se gabava de conhecimento?

Paulo afirma que ele foi distribuído uma linha ou província que se estende ou abraça a igreja de Corinto. Isso apóia sua jactância como adequada, uma vez que ele não é extrapolar a si mesmo. Ele trouxe a eles primeiro a boa notícia do evangelho, e ao fazê-lo não usurpou trabalhos alheios. Ele também não vai ficar satisfeito, uma vez que espera que a fé Corinthian lhe permitirá ampliar os limites próprios de sua esfera; ele iria pregar além deles, ainda pregar através deles, usando-os como base para a operação missionária. Uma vez que Paulo era um apóstolo aos gentios, sua própria esfera incluído Corinto. A menção de não pisar em outra esfera do trabalho de um impulso é hábil em seus críticos.

Os líderes da igreja em Jerusalém tinha concordado que Paulo deve ir para os gentios, enquanto eles foram para os circuncidados (Gl 2:9 ). Ele estava pensando em Roma e do além (Rm 15:22 ), assim como ele estava agora a pensar nos lugares que estão além Corinto. Ele era o tipo de evangelização que nunca poderia glória no território conquistado. Ele não era como os seus críticos nem o actual pastor que está à procura de coisas feitas pronto para o nosso lado , ou "no que diz respeito às coisas já realizadas" (eis ta etoima ). Paulo precisava de uma linha de comprimento (kanonos ), ou um alargado província , para satisfazer seu apetite insaciável por proclamação.

b. Na glória do Senhor (2Co 10:17 , 18)

A frase de abertura, Aquele que se gloria , é usada em 1Co 1:31 , e é uma paráfrase da Septuaginta de Jr 9:23 , Jr 9:24 . Paulo sabia como fazer isso se ampliando a graça de Deus, que ele alegou "mais do que todos eles" (1Co 15:10 ). A auto-referência, a menos que possa ser demonstrado que "já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim" (Gl 2:2 ). O cristão espera na antecipação para a final "Bem feito" (Mt 25:21 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de II Coríntios Capítulo 10 do versículo 1 até o 18

Nessas últimas seções Dt 2:0 e 4:6-7) e fica-ram "impressionados" com os pre-gadores judaizantes da Palestina. Eles, embora pregassem uma doutri-na falsa (11:
4) e tirassem vantagem dos cristãos (11:18-20), foram bem recebidos pela igreja e receberam mais honra que Paulo, que fundara a igreja e arriscara a vida por ela. Esses falsos mestres agiam como se fossem superiores à igreja e diziam tanto que Paulo era muito fraco quanto que ele deveria os seguir, pois demonstravam ter verdadeiro poder.

Paulo responde que não é fra-co, mas que é humilde e tem a man-sidão de Cristo (veja v. 1). Cristo nunca teve atitude superior com as pessoas; ele exercia seu poder em mansidão e em humildade. A man-sidão não é uma fraqueza, é o po-der sob controle, a capacidade de ter raiva do pecado, ainda que este-ja disposto a sofrer injúria por causa de Cristo. Não cometamos o erro de julgar pela aparência exterior (10:
7) e de pensar que, necessariamente, os pregadores "de influência" mani-festam o poder de Deus.

  1. Uso armas espirituais (10:2-6)

Os crentes pensaram que Paulo era fraco apenas porque ele não usava métodos carnais nem exteriorizava o poder de uma "personalidade for-te"! Ele usava armas espirituais, não carnais. Paulo, como todos nós, "an-dava na carne" (isto é, tinha todas as fraquezas do corpo), mas não mili- tava segundo a carne, não dependia da sabedoria carnal, das habilidades humanas ou da coragem física. Em Ef 6:1 Oss, Paulo ensina o princí-pio de que as armas de Deus são es-pirituais, princípio esse que Moisés teve de aprender (At 7:20-44). Nessa batalha contra Satanás, as únicas ar-mas eficientes são a oração e a Pala-vra de Deus (At 6:4).

Em Corinto, havia desobediên-cia porque os cristãos estavam acre-ditando em mentiras, em vez de na verdade da Palavra do Senhor. Paulo advertiu-os de que esmagaria os ar-gumentos e as falsas doutrinas deles e de que traria o coração e a mente deles ao lugar de obediência. Solu-cionamos os problemas da igreja ao enfrentar as pessoas e os problemas com a Palavra de Deus, não mera-mente pela mudança do estatuto, pela revisão do programa da igreja ou pela reorganização do conselho.

  1. Não julgo pela aparência (10:7-11)

A pessoa que julga pela aparência vive para causar uma boa impressão nos outros. Paulo sempre viveu para agradar a Deus, não para ser um ho-mem agradável. Tudo o que impor-tava para ele era a certeza que tinha de seu chamado e das credenciais que recebera do Senhor. Sem dúvi-da, ele poderia ter pulado etapas e invocado sua autoridade apostólica, mas ele preferia usar essa autorida-de para edificar a igreja, não para destruí-la. Claro que, às vezes, te-mos de destruir antes de poder edi-ficar de verdade (Jr 1:10).

Esses cristãos eram muito to-los, pois desabonaram Paulo por lhe faltar a força física de Pedro ou o poder de oratória de um Apoio! Os cristãos carnais gostam de com-parar um servo de Deus com outros e são "juizes" de pregadores. Paulo advertiu-os de que, em sua próxima visita, teria uma presença tão ousa-da quanto suas cartas!

  1. Deixo Deus fazer o elogio (10:12-18)

Esses falsos mestres pertenciam à "sociedade da admiração mútua" e tinham um alto conceito de si mes-mos, pois se comparavam uns com os outros. (Em Mt 5:43-40, veja o que Jesus disse a respeito disso. Veja também Gl 6:3-48.) Paulo, porém, pergunta onde esses "grandes mes-tres" estavam quando ele arriscou a vida para iniciara igreja em Corinto. Depois de o trabalho difícil ser fei-to, ninguém pode chegar, criticar o fundador e levar toda a glória! Paulo esforçou-se para levar o evangelho aos coríntios e esperava contar com a ajuda destes a fim de anunciá-lo "para além das [...] fronteiras [de-les]". Os judaizantes vangloriavam- se de um trabalho que nunca fize-ram. A política deles era invadir o território de outro e tomar posse do trabalho realizado, enquanto a de Paulo era levar o evangelho para lu-gares em que ninguém mais tivesse ido (veja Rm 15:20).

Paulo era bastante sábio em deixar o assunto dos elogios apenas para o Senhor. No versículo 17, ele refere-se aJr 9:24 (ele tam-bém mencionou esse pensamento em 1Co 1:31). Afinal, apenas o Se-nhor conhece nosso coração e nos-sos motivos, e é ele quem nos dá a graça que precisamos para poder servir-lhe. O apóstolo estava dispos-to, como nós também devemos es-tar, a esperar pelo "Muito bem" do Senhor.

Esse capítulo traz muitas lições importantes que devemos aprender a fim de sermos trabalhadores efica-zes no serviço de Cristo.
(1) Não seja influenciado pela aparência física. Do ponto de vista humano, nem sempre os maiores ser-vos de Deus são os mais bonitos ou os mais fortes. Alguns cristãos deixam-se influenciar pelo "estilo hollywoodia- no" com muita facilidade. Eles ficam impressionados com os líderes cris-tãos de porte imponente ou de ora-tória hipnótica. Claro que isso não quer dizer que devemos lutar para ter uma aparência descuidada ou fingir humildade. Deus fez cada um de nós diferente, e devemos usar tudo que o Senhor nos deu para a glória dele.

  1. As armas e as ferramentas espirituais fazem os trabalhos mais duradouros. Uma coisa é reunir uma multidão, e outra, totalmente diferente, edificar uma igreja. Todos os eventos do tipo programas tea-trais, os esquemas promocionais em grandes avenidas, as demonstrações públicas de consideração e de esti-ma ao homem prendem a atenção popular, mas nunca serão aprova-dos por Deus. A edificação da igreja faz-se por meio da oração e da Pa-lavra do Senhor e demanda tempo, dedicação e sacrifício.
  2. Não julgue antes da hora (1Co 4:5). Deixe o elogio para Deus. Sua vida e seu ministério se-rão abençoados se viver para ter a aprovação do Senhor. Talvez você se veja como um fracasso, e, quem sabe, os outros também o consi-derem assim; no entanto, Deus vê você e a obra que você desenvol-ve como um grande sucesso para a glória dele.

Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de II Coríntios Capítulo 10 do versículo 1 até o 18
10.1 Muitos eruditos crêem que os caps. 10-13 faziam parte originalmente da "carta severa” (conforme 2.4; 7.8). Não há todavia, qualquer indicação nos manuscritos antigos para sustentar esta sugestão. Mansidão. Característica do Messias (Zc 9:9 e Mt 21:5) que de bom grado sofreu as afrontas dos homens maus. Benignidade (gr epieikeia). Qualidade louvada por Aristóteles. Indica o credor que não exige o último tostão.

10.2 Alguns. Assim Paulo designa seus detratores sem mencioná-los por nome (3.1; 1Co 4:18). Mundano proceder. Lit. "andando segundo a carne". Usada em contraste com "na carne" que apenas indica a vida humana.

10.4 Armas... poderosas, não em Deus, mas "para Deus" (o "em" não consta no gr). Armas contaminadas com o mal são incapazes de combater o pecado ou conquistar almas para Deus. Conforme Zc 4:6.

10.5 Contra a especulação intelectual (conforme 1Co 2:4). Paulo apresenta a revelação divina. Aquele que conhece a Deus por meio de Sua revelação deve se tornar submisso a Cristo em tudo.

10.6 Paulo não quer chegar em Corinto antes que a igreja manifeste sua submissão a ele como apóstolo. Os "desobedientes", restantes logo sentirão a força de sua disciplina apostólica (conforme Mt 16:19b).

10.7 Observai. Pode ser traduzido: "Vós olhais para as coisas externas (aparência)". Conforme v. 12. Há indicações que os oponentes de Paulo faziam parte do grupo de Cristo em Corinto (1Co 1:12) alegando relações especiais com Ele.

10.10 Palavra, desprezível. Conforme 11.6n, Mesmo seus críticos não podiam deixar de ficar impressionados com suas cartas.

10.15 Trabalhos alheios. Como regra geral, Paulo desenvolvia seu trabalho em regiões por ele mesmo desbravadas.

10.16 Além. Conforme At 19:21; Rm 1:11-45; Rm 15:23-45. Paulo chegou até à Espanha nos labores do evangelização, disse Clemente de Roma.

10.18 O que vale não é a auto-apreciação, mas a recomendação de Deus.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de II Coríntios Capítulo 10 do versículo 1 até o 18
VII. A AUTODEFESA DE PAULO CONTRA OS “FALSOS APÓSTOLOS” (10.1—13.10)

Apesar da satisfação geral de Paulo com a igreja de Corinto, evidentemente ainda havia um grupo de pessoas que contestavam a sua autoridade apostólica e se declaravam seguidores de certos líderes aos quais Paulo se refere como “falsos apóstolos” (11.13). Suas atividades e ensinos não estão de forma alguma claros para nós, embora certamente isso não se deva à intenção de Paulo de fazer menções somente obscuras a eles, mas ao fato de que eram bem conhecidos tanto pelos coríntios quanto por Paulo.
Alguns fatos acerca desses “falsos apóstolos”, no entanto, são claros. Eram cristãos judeus (11.22,23), visitantes e, portanto, não de Corinto (conforme 11.4), que vinham preparados com cartas de recomendação (3,1) reivindicando para si uma autoridade superior à de Paulo (10.7). O seu método de ganhar adeptos era afirmar a sua própria autoridade, sem dúvida com bastante eloqüência (conforme 10.10;
11,6) e uma boa dose de admiração mútua (10.12), e denegrir a imagem de Paulo diante dos seus convertidos (10.1,2,10; 11.7 etc.). Evidentemente não se opunham a receber apoio financeiro da igreja (11.12,20), mas agiam de maneira arrogante e insolente para com ela (11,20) e se orgulhavam dos corindos como se estes fossem seus convertidos (conforme 10.5). Parece correto supor, em vista da sua afirmação de que eram de Cristo (10.7), que fundamentavam a sua autoridade no fato de terem visto Cristo na carne (não poderiam, por exemplo, os Setenta [Lc lO.lss] ter considerado o seu comissionamento de Cristo de ordem superior ao de Paulo, que supostamente nunca tinha visto Cristo na carne?). O apoio para esse ponto de vista com base em 5.16, no entanto, em que Paulo diz que a ninguém mais considera segundo a carne, só pode ser reivindicado por uma interpretação equivocada dessa declaração.
Não sabemos praticamente nada acerca do ensino deles. Muitos estudiosos os consideram judaizantes, mas judeus cristãos não são necessariamente judaizantes, e se eles de fato exigissem dos coríntios que cumprissem a lei, seria estranho que Paulo não tivesse atacado a sua doutrina (como faz em Gálatas). Não é provável que a exposição que Paulo faz da superioridade da nova aliança sobre a antiga (3:7-18) seja determinada por motivos polêmicos, tampouco deveríamos ver em “servos da justiça” (11,15) uma alusão a judaizantes que insistiam nas obras da lei.
Mesmo assim, Paulo os chama “falsos apóstolos” (11.13). Ele não entra em discussão alguma acerca da autoridade deles ou acerca do seu ensino, mas com base no seu comportamento não cristão tanto para com os coríntios (e.g., 11,20) quanto para com Paulo (conforme e.g., 10:13-15), ele sente que tem fundamento para dizer que o que eles estão fazendo é obra do Diabo.


1) Paulo, “humilde” por preferência, “audaz” se necessário (10:1-6)

v. 1-6. “Sou acusado de ser inseguro quando estou em Corinto, e dominador quando estou longe. Prefiro a forma humilde de agir (v. 1) e espero não precisar ser ‘audaz’ contra os meus oponentes quando chegar aí. Mas vou ser, se eles continuarem a me acusar de falta de espiritualidade (v. 2); minhas atividades não são mundanas — nem o são as minhas armas; elas são espirituais, e por isso suficientemente fortes para destruir toda a oposição e desobediência (v. 3-5), e estou preparado para usá-las contra os meus críticos se necessário (v. 6)”.
v. 1. “Na mesma frase em que ele se expressa e estabelece a sua dignidade com firmeza inflexível, ele lembra ao seu coração e ao dos seus leitores a moderação característica do Senhor” (Denney). A mansidão é uma virtude interior, a aceitação da disciplina e da vontade de Deus; a bondade é a consideração (Moffatt) pelos outros. Essas são as qualidades de Cristo que Paulo gostaria de imitar. eu, que sou “humildeEle repete a acusação dos seus críticos de que era covarde quando presente e desafiador quando ausente (cf. v. 10). Provavelmente eles se referiam ao fracasso da sua visita triste (v.comentário Dt 2:1). humilde: “Um João-nin-guém, muito modesto, servil e manhoso” (Plummer). v. 2. penso [...] acham-, O mesmo verbo é usado nos dois casos, acham-, “Achar” é muito fraco; melhor seria “que já decidiram que eu ajo no nível inferior da carne” (Moffatt). alguns-. Os falsos apóstolos e seus partidários (v.comentário Dt 3:1) sugeriram em suas observações acerca de Paulo (talvez não tenham eles mesmos dito isso tão abertamente) que ele estava agindo segundo os padrões humanos. A crítica é geral demais para que possamos deduzir daí as acusações específicas, mas conforme 1.17; 2.17; 4.2; 5.11,16; 7.2; 8.20,21. v. 3. Uma tradução mais literal seria “... que consideram que nós andamos segundo a carne (v. 2). Pois embora andemos na carne, travamos uma batalha não de acordo com a carne (v. 3)”. Viver na carne faz parte de ser humano (conforme G1 2.20; sentido diferente em Rm 8:9); viver de acordo com a carne é estar à mercê dos impulsos da natureza humana. A sua humildade (v. 1) não é covardia nem astúcia mundanas, tampouco sua audácia é afirmação de si mesmo. Covardia é a última coisa de que Paulo pode ser acusado; toda a sua vida é uma luta contra a oposição à verdade do evangelho (conforme 6.7; lTs 5.8; Ef 6:11-49). v. 4. Visto que as suas armas não são humanas, mas espirituais, são poderosas em Deus. Acerca do espírito como sendo poderoso e mais forte do que a carne, conforme e.g., Zc 4:6. v. 5. Há um elemento destruidor na sua obra apostólica (conforme v. 8), direcionado contra os argumentos ou sofismas dos homens, e, para usar os termos de referência mais amplos, contra toda pretensão, lit. “coisa alta” ou “plataforma” (Moffatt); tem continuidade a metáfora militar, levamos cativo todo pensamento'. “Pensamento”, provavelmente, signifique “trama”, “desígnio”. Uma interpretação alternativa seria que o seu alvo não é somente a submissão exterior, mas a obediência interior (em pensamento ou na mente) a Cristo. Mas não há sugestão de um assalto contra a razão ou do “sacrifício do intelecto”, v. 6. prontos para punir. Como apóstolo de Cristo, ele tem o direito de pronunciar a sentença (Mt 16:19). todo ato de desobediência'. I.e., qualquer um que ainda estiver recalcitrante quando a igreja como um todo reafirmar a sua lealdade a Cristo e a Paulo. Moffatt sugere que a metáfora militar ainda esteja sendo usada. “Estou preparado para submeter a julgamento perante a corte marcial qualquer pessoa que permanecer insubordinada quando a submissão de vocês for completa”.


2) A autoridade de Paulo não é inferior à dos falsos apóstolos (10:7-11)
v. 7-11. “Encarem os fatos! Os meus oponentes são enviados por Cristo? Eu também (v. 7). Eu poderia dizer mais, mas vou me abster no momento (v. 8) — qualquer expressão da minha autoridade só daria mais motivos para queixas acerca das minhas cartas severas (v. 9). As cartas dele são muito atrevidas, eles dizem, mas ele não tem firmeza de caráter (v. 10). Seria melhor que esses críticos percebessem que eu sou capaz de agir de acordo com o espírito das minhas cartas (v. 11)”.
v. 7. Vocês observam apenas a aparência das coisas'. Outra tradução possível é “Vejam o que está diante dos seus olhos” (RSV). Isso significa “Encarem os fatos! Pertenço a Cristo tanto quanto eles”. A reivindicação de pertencer a Cristo não tem conexão alguma com o “partido de Cristo” de 1Co 1:12, mas é uma reivindicação de autoridade especial dada por Cristo (v. a introdução desse capítulo). A simples declaração de autoridade superior de Paulo não vai resolver a questão, então ele diz simplesmente que o seu comissionamento ao menos não é inferior ao deles. v. 8. “Se eu estivesse reivindicando autoridade superior à deles, não estaria exagerando”. Ele toma a palavra “orgulhar-se” da boca de seus oponentes; eles, sem dúvida, rotulavam toda reivindicação dele de autoridade apostólica de “vanglória”, um pouco mais\ A RSV traz “um pouco demais”; isso talvez dê conotação equivocada a uma palavra que, provavelmente, significa, como traz aqui a NVI, “um pouco mais” do que ele tem feito (no v. 7, talvez nos v. 3-6), ou do que geralmente faz. A obra adequada da autoridade é edificar (assim tb. 12.19; 13.10), e esse tem sido o efeito do trabalho de Paulo em Corinto. Somente os rebeldes sofrem as suas consequências destrutivas (conforme v. 5). Talvez ele também se refira aos “falsos apóstolos”, cuja autoridade foi usada somente para destruição, não me envergonho disso'. Por ter exagerado, se foi o caso. v. 9. Mas não vou falar mais nada acerca da minha autoridade, pois isso seria “amedrontador” para vocês! v. 10. As cartas dele são duras e fortes-, Uma avaliação valiosa dos seus escritos por testemunhas não predispostas a favor dele! ele pessoalmente: Não somente a sua aparência física, mas também a forma em que age quando está presente, a sua palavra é desprezível'. Destituída de técnica retórica (conforme 1Co 1:17; 1Co 2:1-46). Em vez de nossa atuação entre vocês, deveríamos traduzir por “que o nosso campo seja grandemente ampliado por vocês”, i.e., eles podem abrir novos campos para ele se reconhecerem sua autoridade em Corinto e assim permitirem que continue o seu trabalho em outro lugar. v. 16. sem nos vangloriarmos de trabalho já realizado: O seu princípio pessoal de não edificar sobre o fundamento de outro obreiro (Rm 15:20) evitava tensões com outros missionários e ainda garantia uma difusão rápida do evangelho numa grande área. Ele não se opunha a outros que viessem fazer o trabalho de acompanhamento e aprofundamento, desde que construíssem sobre o fundamento já estabelecido (1Co 3:10ss), e não tomava o crédito de outros para si mesmo. v. 17. Um obreiro cristão não deveria se vangloriar de trabalho que ele não fez, nem mesmo do trabalho que de fato fez, mas somente no Senhor. Paulo resume aqui Jr 9:24.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de II Coríntios Capítulo 10 do versículo 1 até o 18
V. AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO2Co 10:1-47, veremos que ele esperava visitar a parte ocidental da Grécia, Roma e até a Espanha. Em campo alheio (16). O vers. 17 dá a entender que ele atribui a glória ao Senhor. O vers. 18 deve ser lido à luz de 2Co 3:1; 2Co 5:12; 2Co 10:12.

John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de II Coríntios Capítulo 10 do versículo 1 até o 18

25. Vencendo a Guerra Espiritual ( II Coríntios 10:1-6 )

Agora eu, Paulo, me exortá-lo pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que sou manso quando cara a cara com você, mas ousado para você quando ausente! Peço que quando estou presente eu não preciso ser ousado com a confiança com que me proponho a ser corajoso contra alguns que nos julgam como se andássemos segundo a carne. Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para destruição das fortalezas. Estamos destruindo especulações e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, e estamos prontos para punir toda desobediência, sempre que sua obediência é completa. ( 10: 1-6 )

Como a palavra agora indica, esta passagem começa uma nova seção da epístola. (Para uma refutação da opinião de que caps 10-13. Eram originalmente uma carta separada, consulte a introdução). A primeira seção (caps. 1-7) focado em assuntos relacionados com a relação restaurada de Paulo com a igreja de Corinto. Em função desse relacionamento restaurado, o apóstolo sentiu que era adequado para discutir a participação do Corinthians na oferta para a igreja de Jerusalém (caps. 8, 9). Nestas duas primeiras seções palavras de Paulo eram, em geral suave, gracioso, e conciliador. Mas nesta seção final (caps. 10-13) seu tom muda abruptamente, e sua linguagem se torna forte, autoritário e de confrontação. Para entender o porquê, é necessário rever a situação da igreja de Corinto, quando Paulo escreveu esta carta.

Depois de fundar a congregação e construí-la por cerca de 20 meses ( Atos 18:1-18 ), Paulo deixou a ministrar em outros lugares. Após a sua saída, a notícia chegou a ele que ocorrência de graves problemas na montagem de Corinto, motivando-o a escrever uma (não-canônico) carta para corrigi-las ( 1Co 5:9. ), bem como algumas questões sobre as quais o Corinthians escreveu ele (cf. 1Co 7:1 ), o que provocou o arrependimento da maioria na assembléia de Corinto. (A carta severa, como a carta que Paulo se refere em 1Co 5:9 ; cf. Fm 1:2. ; cf. . 1Tm 1:181Tm 1:18 ).

Diante de sua própria morte iminente, ele escreveu, triunfante, "Combati o bom combate, terminei o curso, guardei a fé" ( 2Tm 4:7 ; cf. Rm 13:12 ; . 1Ts 5:81Ts 5:8. ; cf. Atos 26:16-18 ) e humano (cf. Atos 9:23-24 ; 13 6:44-13:12'>13 6:12 , At 13:45 , At 13:50 ; 14: 2-5 , At 14:19 ; 17: 5-9 , At 17:13 ; 18: 12-17 ;19: 23-41 ; At 20:3 ; 1 Tessalonicenses 2: 14-16. ; 1Tm 1:201Tm 1:20. ; 2 Tim. 4: 14-15 ). Ele sustentou com falsos irmãos ( 2Co 11:26. ; Gl 2:4 ), os lobos selvagens que ameaçavam o rebanho de Deus ( At 20:29 ; cf. . Mt 7:15 ). Paulo nunca lutou, no entanto, para sua própria honra;seu objetivo sempre foi o de defender a verdade do evangelho e da glória do seu Senhor. Quando ele relutantemente se defender nesta epístola, foi apenas para preservar a sua credibilidade como o apóstolo de Jesus Cristo enviou a anunciar a verdade do evangelho de Deus. A questão era crítico o suficiente para superar a relutância de sua humildade característica e motivá-lo a esta auto-defesa.

À medida que a batalha começa contra as forças do mal, em Corinto, Paulo aparece em seu uniforme de soldado para dar o exemplo para todos seguirem. Ele revela quatro traços de um soldado que pode triunfar na guerra espiritual: Ele é compassivo, corajoso, competente e calculista.

Ele é compassivo

Agora eu, Paulo, me exortá-lo pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que sou manso quando cara a cara com você, mas ousado para você quando ausente! ( 10: 1 )

Como mencionado acima, a palavra agora marca a transição de Paulo para a seção final desta epístola. Mas antes de iniciar seu ataque contra os falsos apóstolos e seus seguidores, o apóstolo expressou sua falta de vontade de entrar em combate. Bons soldados tomar nenhum prazer em usar a força mortal e fazê-lo apenas com grande relutância. Examinando a carnificina na batalha de Fredericksburg, Robert E. Lee disse sobriamente: "É bom que a guerra é tão terrível-nós devemos crescer muito apaixonado por ela" (Tiago M. McPherson, Battle Cry da Freedom, O Oxford History da O Estados Unidos [New York:. Oxford Univ, 1988], 572). O poder de um nobre guerreiro é limitado por sua compaixão e exercido apenas quando não há outra opção. Esse é o espírito em que Paulo apresentou esta secção contundente de sua epístola.

Isso não significa, é claro, que Paulo duvidava ou minimizou a autoridade delegada a ele diretamente pelo Senhor soberano. Na verdade, ele corajosamente afirmou que por princípio, . Eu, Paulo, mecontrário dos falsos apóstolos, Paulo não depende de qualquer origem humana para a sua autoridade; como ele sarcasticamente pediu aos Corinthians no início desta carta, "Estamos começando a nos recomendar novamente? Ou precisamos, como alguns, de cartas de recomendação para você ou de você? "( 3: 1 ). Suas palavras manifestou autoridade divina, e assim que o seu poder, se necessário, quando ele visitou Corinto (cf. 13 1:3 ).

Mas antes de empunhar seu poder apostólico, Paulo primeira manifestou sua compaixão. Ele exortar [d] a minoria insubordinado pela mansidão e benignidade de Cristo para acabar com a rebelião e se reconcilie com a verdade. Em vez de buscar vingança pessoal contra seus inimigos, Paulo mostrou-lhes a mesma paciência que o Senhor Jesus Cristo lhe havia mostrado ( 1Tm 1:16 ). Prautēs ( mansidão ) é geralmente traduzida como "Gentilza" no Novo Testamento. Refere-se à atitude humilde e gentil que resulta na perseverança de infracções. Prautēs marca aqueles livre de raiva, ódio, amargura e desejo de vingança. . A palavra denota não de fraqueza, mas o poder sob controle epieikeia ( Gentilza ) é traduzida como "bondade" em sua única outra aparência Novo Testamento ( At 24:4 )

Mateus 0:20 diz de mansidão de Cristo com o sofrimento, "A agredidas reed Ele não vai quebrar, e um pavio fumegante Ele não vai colocar para fora." Ele disse suavemente para a mulher apanhada em adultério: "Mulher, onde estão eles ? Será que ninguém condená-lo? ' Ela disse: "Ninguém, Senhor." E Jesus disse: "Nem eu te condeno; ir. De agora em diante não peques mais "( João 8:10— 11 ). Ele orou por aqueles que o crucificaram ", dizendo:" Pai, perdoa-lhes; para que eles não sabem o que estão fazendo '"( Lc 23:34 ). Ele ainda concluiu Seu maldição mordaz contra os líderes religiosos judeus com a proposta, o grito de compaixão ", Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e não estavam dispostos "( Mt 23:37 ).

Paulo sabia que o caráter de Cristo define o padrão para todos os seus soldados a seguir, uma vez que ordenou-lhes: "Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração" (Mt 11:29 ). O apóstolo procurou imitar o Senhor, pacientemente, segurando seu poder em cheque. Apesar de ser maltratado por alguns na montagem, o apóstolo visto usando sua vara contra eles apenas como um último recurso (cf. 1Co 4:21 ).

Perversamente, os inimigos de Paulo colocar um giro negativo na sua compaixão, condenando-o com desdém fraqueza como covarde. Eles caluniosamente o acusou de ser manso quando cara a cara comeles, mas corajoso em direção a eles quando ausente! Tapeinos ( manso ) é usado em outras partes do Novo Testamento como uma virtude positiva, mas os adversários de Paulo quis dizer isso em um sentido depreciativo. Quando confrontado cara a cara, seus adversários insinuaram Paulo era um fraco; na terminologia de hoje, ele era um covarde. Mas colocá-lo a uma distância segura, eles zombou, e ele agiria tão feroz como um leão.

É verdade que Paulo era humilde. Em 1Co 2:3. ; cf. Is 53. ; Zech . 9: 9 ).

A alegação de que Paulo era ousado quando ausente, mas fraco quando presente era um artifício inteligente. Qualquer maneira que Paulo respondeu poderia ser torcido. Se ele reafirmou sua força em suas cartas, ou defendeu sua mansidão em sua presença, ele aparentemente confirmam uma das falsas alegações. Portanto, para responder às acusações de seus adversários, Paulo mostra na seção de encerramento desta epístola como sua vida e palavras soldar força à fraqueza, provando que se pode ser um guerreiro corajoso para a verdade, e, ao mesmo tempo compassivo.

Ele é corajoso

Peço que quando estou presente eu não preciso ser ousado com a confiança com que me proponho a ser corajoso contra alguns que nos julgam como se andássemos segundo a carne.( 10: 2 )

Aqueles que confundiu Paulo para um fraco foram drasticamente enganado. Quando todas as tentativas de compaixão foram esgotados, Paulo iria lutar ferozmente para preservar sua integridade por causa da verdade. O registro bíblico de sua vida corajoso fala por si. Ele enfrentou hostis mobs, espancamentos, prisões, tumultos, naufrágios, e parcelas em sua vida ( 11: 23-33 ). Paulo destemidamente proclamou o evangelho diante do Sinédrio judaico ( Atos 23 ), governadores romanos ( At 24:1 ), o rei Herodes Agripa ( Atos 26 ), até mesmo o imperador ( At 25:11 ; At 27:24 ). Ele também enfrentou aqueles que proclamou a falsa doutrina (cf. At 15:2 ).

Por causa de seu desejo compassivo para poupar os rebeldes, Paulo exortou-os a se arrepender. Se o fizessem, quando ele estava presente com eles ele não precisa ser ousado com a confiança que ele tinha em sua autoridade. O infinitivo aoristo de tharrheō ( negrito ) é ingressive, significado, "tornar-se corajoso." O apóstolo implorou a eles para não forçá-lo a mostrar a coragem de confronto do que ele era capaz. Courageous traduz um sinônimo, tolmaō , que tem a conotação de ser ousado, de agir sem medo, independentemente das ameaças ou conseqüências. Quando se tratava de defender a verdade, Paulo era absolutamente destemido. Ele não iria recuar de uma luta com aqueles que ameaçavam a igreja; como ele escreveu mais cedo para o Corinthians, "Eu irei com você em breve, se o Senhor quiser, e eu vou descobrir, e não as palavras daqueles que são arrogantes, mas o seu poder" ( 1Co 4:19 ). Perto do fim da epístola, ele escreveu: "Por esta razão eu estou escrevendo estas coisas estando ausente, para que, estando presente, não precisa usar gravidade, de acordo com a autoridade que o Senhor me deu para edificação, e não para derrubar" ( 2Co 13:10 ).

O apóstolo iria travar sua guerra, se necessário marcar, com alguns que nos julgam como se andássemos segundo a carne. Os falsos mestres e seus seguidores caluniosamente acusado Paulo de viversegundo a carne, isto é, de ser controlado pelo pecador desejos da humanidade não redimida provenientes de um coração corrupto. Ele era, de acordo com eles, motivado pelo interesse próprio mal, a busca lasciva de dinheiro, e os desejos ilícitos.

Durante toda esta epístola, Paulo se defendeu contra as acusações de baixo calão, que estiveram no centro da conspiração contra ele. Em 2Co 1:12 , ele escreveu: "Porque a nossa confiança orgulhoso é esta: o testemunho da nossa consciência, de que em santidade e sinceridade de Deus, não em sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e especialmente para você "Ao contrário dos falsos apóstolos, Paulo lidou com a Palavra com precisão:". Para nós não é como muitos, falsificadores da palavra de Deus, mas a partir de sinceridade, mas a partir de Deus, falamos em Cristo, diante de Deus " ( 02:17 ). Ele também não tem uma vida secreta do pecado, tendo "rejeitamos as coisas ocultas por causa da vergonha, não andando com astúcia ou adulterando a palavra de Deus, mas, pela manifestação da verdade elogiando [próprio] à consciência de todo homem, na presença de Deus "( 4: 2 ). "Fazer o quarto para nós em vosso coração", ele implorou ao Corinthians. "Nós injustiçado ninguém, nós corrompido ninguém, aproveitamos ninguém" ( 7: 2 ). Ele havia dado os rebeldes aviso justo. Se eles não se arrependeram isso significaria guerra uma guerra Paulo foi totalmente equipados para ganhar.

Ele é competente

Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para destruição das fortalezas. Estamos destruindo especulações e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, ( 10: 3-5 )

Os campos de batalha da história estão espalhados com os destroços de corajoso, mas mal equipados, soldados. Na famosa batalha de Little Big Horn, George Armstrong Custer conduziu de forma imprudente seus homens contra uma força muito maior de Sioux e Cheyenne guerreiros. Na batalha que se seguiu seu regimento foi destruído, e ele e todos os 210 homens sob seu comando imediato mortos.Quando o blitzkrieg nazista rolou em Poland, uma brigada de cavalaria polonesa galantemente, mas tolamente, cobrada uma formação de tanques alemães. Os soldados 'lanças e espadas não eram páreo para os panzers' canhões e metralhadoras, e todos eles foram assassinados.
Além de ser compassivo e corajoso, o soldado cristão deve também ser devidamente armado para a luta. Se qualquer um dos seus adversários imaginava que Paulo não era um soldado competente, eles foram para um despertar rude. O apóstolo deu seus adversários justa advertência de que ele estava armado com "as armas da justiça" ( 6: 7 ) e prontos para a batalha. Sua declaração, Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne é um jogo de palavras. No versículo 2 os falsos mestres tinham acusado Paulo de andar na carne em um sentido moral-de ser corrupto e imoral, impulsionado pela luxúria, ganância e orgulho. Jogando fora de uso moral dos adversários do termo, Paulo afirmou que ele fez andando na carne , no sentido físico; ou seja, ele era um homem. Ele negou a falsa acusação de que ele era corrupto (cf. 1:12 ), mas reconheceu a realidade da sua humanidade. Embora ele era um apóstolo de Jesus Cristo, ele deu essa autoridade em um corpo humano frágil. Ele era, como ele escreveu em 4: 7 , nada além de uma panela de barro, vivendo em um transitório "tenda terrena" ( 5: 1 ), com um "homem exterior", que foi "decadente" ( 04:16 ).

Mas, apesar de Paulo caminhou na carne no sentido físico, ele fez não militamos segundo a carne. Ele era um homem, mas ele não foi para a batalha usando armas humanas. Strateuomai ( guerra ) significa "se engajar na batalha," ou "servir como um soldado." Todos os crentes são soldados na guerra espiritual contra o reino das trevas; não há isenções ou adiamentos. Eles lutam pela verdade da Escritura, a honra e glória do Senhor Jesus Cristo, a salvação dos pecadores, ea virtude dos santos. Em Ef 6:12 Paulo definiu a batalha como uma "luta ... não é contra carne e sangue, mas contra os principados, contra as potestades, contra as forças deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. "Esses poderes demoníacos estão por trás do sistema-mundo mal.

A guerra espiritual, no entanto, não pode ser combatido com sucesso com armas carnais. Portanto, as armas no arsenal de Paulo não foram os do engenho humano, a ideologia humana, ou metodologia humano. A razão humana, sabedoria, planos, estratégias, organizações, habilidade, eloquência, marketing, carisma religioso, especulação filosófica ou psicológica, ritualismo, o pragmatismo, ou misticismo são todas as armas ineficazes contra as forças do reino das trevas, os "poderes ... forças deste mundo tenebroso ... [e] as forças espirituais do mal, nas regiões celestes "( Ef 6:12 ). Eles não podem salvar os pecadores de "domínio das trevas" ( Cl 1:13 ) ou transformar os crentes à semelhança de Cristo. Tais armas ganhar vitórias apenas superficiais, temporários, e enganosas na melhor das hipóteses.

Para combater com êxito a guerra espiritual requer armas do arsenal celeste. Apenas os divinamente poderosas armas são adequados para a destruição de dos inimigos fortalezas. Esse termo transmitiria ao Leitor do Novo Testamento a idéia de uma fortaleza formidável. Corinto, como a maioria das principais cidades da Grécia, tinha uma acrópole. Localizado em uma montanha perto da cidade, a acrópole era um lugar fortificado em que os habitantes pudessem recuar quando atacado. Ochurōma ( fortalezas ) também foi usado em grego extra-bíblica para se referir a uma prisão. Pessoas sob cerco em uma fortaleza foram presos lá pelas forças de ataque. A palavra também foi usado para se referir a um túmulo.

Armas carnais não pode assalto com sucesso as fortalezas formidáveis ​​em que os pecadores têm se entrincheirado. Tais armas impotentes não pode trazer a destruição dessas fortalezas, que Paulo definidos especificamente como especulações ( logismos ), uma palavra geral que se refere a todo e qualquer pensamento humano ou demoníacas, opiniões, raciocínios, filosofias, teorias, psicologias, perspectivas, pontos de vista, e religiões. As fortalezas em vista aqui não são demônios, mas ideologias. A noção de que a guerra espiritual envolve o confronto direto com os demônios é estranho à Escritura. Os cristãos que verbalmente enfrentar demônios desperdiçar energia e demonstrar desconhecimento da verdadeira guerra. Nós não somos chamados para converter demônios, mas os pecadores. A batalha é bastante com as ideologias falsas homens e demônios propagar para que o mundo acredita-los. Almas condenadas estão dentro de suas fortalezas de idéias, que se tornam suas prisões e, eventualmente, seus túmulos-a menos que eles são entregues a partir deles, a crença na verdade.

Paulo definiu ainda fortalezas de idéias dos pecadores, como toda coisa altiva , isto é, qualquer sistema anti-bíblico do pensamento exaltado como verdade, que é que se levante contra o conhecimento de Deus. Não é a chave. A guerra espiritual não é uma batalha com os demônios. É uma batalha para as mentes das pessoas que estão em cativeiro para mentiras que são exaltados em oposição às Escrituras. Em1Co 3:20 , ele chamou os raciocínios inúteis do sábio-todas as ideologias mundanas anti-bíblicas, falsas religiões e evangelhos pseudo gerados por Satanás. Paulo sabia que essas fortalezas bem, tendo vivido toda a sua vida antes de sua conversão em um deles. Ele era um seguidor fervoroso do judaísmo de sua época, que tinha se transformado de suas raízes do Antigo Testamento e tornar-se um sistema ritualístico da retidão de obras. Em Filipenses 3:4-6 , ele descreveu a fortaleza em que sua confiança tinha descansado:

Embora eu mesmo poderia até confiar na carne. Se alguém tem uma mente que confiar na carne, eu muito mais: circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus;quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível.

Aos Gálatas, ele escreveu: "Eu estava excedia em judaísmo a muitos dos meus contemporâneos entre os meus compatriotas, sendo mais extremamente zeloso minhas tradições ancestrais" ( Gl 1:14 ). Esse zelo lhe causou "para fazer muitas coisas hostis ao nome de Jesus de Nazaré" ( At 26:9. ; cf. At 8:1 ; 9: 1-2 ,13 44:9-14'>13-14 , At 9:21 ; 22: 4-5 ; 1Co 15:91Co 15:9. ). Mas na estrada de Damasco, sua fortaleza alardeada desmoronou sob o poder de Deus, e ele foi levado cativo para o Senhor Jesus Cristo.

Como Paulo, antes da salvação, todos os incrédulos têm uma fortaleza em que eles tentam esconder do verdadeiro conhecimento de Deus. Essas fortalezas assumir formas infinitas em filosofia, psicologia, religiões do mundo, cultos, formas apóstatas do cristianismo, ou naturalismo-a evolutivo fortaleza predominante na cultura ocidental hoje. Naturalismo, como o próprio nome indica, é a crença de que a natureza é a realidade última. Tiago Sire define-a com as seguintes proposições:
1. A matéria existe eternamente e é tudo que existe. Deus não existe.
2. O cosmos existe como uma uniformidade de causa e efeito natural num sistema fechado.
3. Os seres humanos são "máquinas" complexos; personalidade é uma inter-relação das propriedades químicas e físicas que ainda não entendemos completamente.
4. A morte é a extinção da personalidade e individualidade.
5. A história é um fluxo linear de eventos ligados por causa e efeito, mas sem um objetivo maior.
6. Ética está relacionada apenas aos seres humanos.
(Veja o capítulo 4, "O Silence da Finite Space: Naturalismo", em O Universe Next Door, segunda edição [Downers Grove, Illinois: InterVarsity, 1988], 61-83)

Naturalismo tenta fortalecer-se contra Deus, fechando completamente a Ele fora da vida pública, política social, os tribunais, e eliminando toda a influência bíblica da moralidade e da ética. Esta e todas as outras ideologias enganadoras e mortais devem ser destruídos e os pecadores encarcerados resgatados.
O objetivo da nossa guerra é para mudar a forma como as pessoas penso- tendo cada pensamento que eles têm e tornando-se não mais cativo a uma ideologia condenatório, mas cativo à obediência de Cristo. Para isso, a arma apropriada é necessária. Para assalto e derrubar as fortalezas de falsas religiões, opiniões, crenças e filosofias, apenas uma arma será suficiente: a verdade. Isso é tão óbvio que Paulo não menciona isso. Só uma coisa expõe e corrige-mentiras da verdade. Assim, a única arma ofensiva na armadura do soldado cristão é "a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" ( Ef 6:17 ). A guerra espiritual é um conflito ideológico, lutou na mente por agredir as fortalezas orgulhosos de idéias que os pecadores ereto contra a verdade. Aichmalōtizō ( levando cativo ) significa, literalmente, "para levar cativo com uma lança." Usando a verdade de Deus, os crentes esmagar fortalezas inimigas para o chão, marchar os prisioneiros para fora, e trazê-los à submissão ( obediência ) para o Senhor Jesus Cristo.Eles resgatar os pecadores do domínio das trevas ", arrebatando-os do fogo" ( Jd 1:23 ). A rebelião de seu coração pecaminoso, orgulhoso foi encerrado; as paredes de sua fortaleza desabou em ruína, e do Senhor Jesus Cristo conquistou seu coração. Essa é a experiência de todos os redimidos; o termo à obediência de Cristo é sinônimo de salvação (cf. At 6:7 ). O evangelho "é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê" ( Rm 1:16. ; cf. 2Co 6:72Co 6:7. ). Paulo exortou os seus protegidos Timóteo e Tito de "pregar a palavra; estar pronto a tempo e fora de tempo, corrige, repreende, exorta, com toda a paciência e instrução ... falar das coisas que são ajustadas para a sã doutrina "( 2Tm 4:2)

Você está olhando para as coisas como elas são para o exterior. Se alguém está confiante em si mesmo que é de Cristo, que ele pense outra vez isto consigo, que também assim como ele é de Cristo, também nós somos. Pois mesmo que eu vangloriar um pouco mais sobre a nossa autoridade, a qual o Senhor nos deu para edificação e não para destruí-lo, eu não vou ser condenado à pena, pois eu não quero parecer como se quisera intimidar-vos por cartas. Para eles dizem: "Suas cartas são graves e fortes, mas a sua presença pessoal é inexpressivo ea sua palavra desprezível." Deixe essa pessoa considerar isso, que o que somos na palavra por cartas quando ausentes, essas pessoas também estão em ação quando presente. Porque nós não somos corajosos para classe ou comparar-nos com alguns daqueles que se louvam; mas quando eles medem-se consigo mesmos e comparando-se consigo mesmos, estão sem entendimento. Mas não vamos orgulhar além de nossa medida, mas dentro da medida da esfera que Deus repartiu a nós como uma medida, para chegar até mesmo tanto quanto você. Para nós não estamos uso abusivo de nós mesmos, como se não chegamos a você, para nós foram os primeiros a chegar ainda mais longe que no evangelho de Cristo; não ostentando além de nossa medida, isto é, em trabalhos alheios, mas com a esperança de que a vossa fé cresce, nós estaremos, dentro de nossa esfera, ampliado ainda mais por você, a fim de pregar o evangelho, mesmo para as regiões além de vós , e não para se vangloriar em que foi realizado no âmbito de um outro. Mas aquele que possui é a vangloriar-se no Senhor. Pois não é aquele que a si mesmo que é aprovado elogia, mas ele a quem o Senhor recomenda. (10: 7-18)

Desde que ele enganou Eva no Jardim do Éden, Satanás tem agredido a verdade de Deus com mentiras. Ele e os fornecedores de suas doutrinas de demônios têm atraído multidões para o caminho largo que leva à destruição eterna. Os líderes do povo de Deus deve, portanto, vigilante guardar aqueles confiados aos seus cuidados de quem iria desviá-los. Ao longo da história redentora, vigias de Deus ter soado o alarme, alertando o povo de Deus para o sempre presente perigo representado pelo satânicos falsos mestres. Moisés advertiu Israel,

Se um profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio, e o sinal ou a maravilha se torna realidade, sobre o qual ele falou-lhe, dizendo: "Vamos após outros deuses (a quem você não tem conhecido) e vamos atendê-los ", você não deve ouvir as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porque o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se você ama o Senhor, teu Deus, com todo o seu coração e com toda a tua alma. (13 1:5-13:3'>Deut. 13 1:3; conforme Dt 18:20)

Os profetas do Antigo Testamento, tomando o seu alarme:

Os profetas profetizaram por Baal e andaram após o que não lucrar. (Jr 2:8)

 

Então o Senhor me disse: "Os profetas profetizam mentiras em meu nome. Eu nem enviei nem lhes ordenei, nem falei com eles; eles vos profetizam uma visão falsa, e adivinhação, e vaidade, eo engano de suas próprias mentes. "(Jr 14:14)

 

"Eis que eu sou contra os que profetizaram sonhos falsos", declara o Senhor ", e relacionando-os e levou meu povo extraviado por suas falsidades e jactância imprudente; ainda que eu não enviá-los ou comandá-los, nem fornecer este povo a menor benefício ", diz o Senhor. (Jr 23:32)

 

Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, acerca de Acabe, filho de Colaías e de Zedequias, filho de Maaséias, que vos profetizam falsamente em meu nome: "Eis que os entregarei na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, e ele vai matá-los diante de seus olhos. "(Jr 29:21)

 

Seus profetas viram para você visões falsas e insensatas; e eles não expuseram sua iniqüidade, a fim de restaurá-lo do cativeiro, mas eles viram para você oráculos falsas e enganosas. (Lm 2:14)

 

Ó Israel, os seus profetas têm sido como raposas entre ruínas. Você não subistes às brechas, nem você construir o muro ao redor da casa de Israel para estar na batalha no dia do Senhor. Eles vêem vaidade e adivinhação mentirosa que estão dizendo: "O Senhor declara:" quando o Senhor não os enviou; Ainda que eles esperam para o cumprimento de sua palavra ... junto com os profetas de Israel que profetizam a Jerusalém, e que visões de paz para ela quando não há paz, diz o Senhor Deus. (13 4:26-13:6'>Ez. 13 4:6, Ez 13:16)

 

Há uma Conspiração dos seus profetas há no meio dela, como um leão que ruge rasgar a presa. Eles têm vidas devorados; tomaram tesouros e coisas preciosas; eles têm feito muitas viúvas no meio dela ... os profetas têm manchado cal para eles, visões falsas e adivinhando mentiras para eles, dizendo: "Assim diz o Senhor Deus", quando o Senhor não falou. (Ez 22:25, Ez 22:28)

 

Assim diz o Senhor acerca dos profetas que levam meu povo extraviado; quando eles têm algo a morder com os dentes, eles choram, "Paz", mas contra ele que põe nada em suas bocas eles declaram guerra santa. Portanto, será noite para você, sem visão, e as trevas para você, sem adivinhação. O sol vai cair sobre os profetas, e no dia vai se tornar escura sobre eles. Os videntes será envergonhado e os adivinhadores será envergonhado. Na verdade, todos eles vão cobrir a boca, porque não há resposta de Deus. (Mic. 3: 5-7)

O Senhor Jesus Cristo advertiu solenemente,

Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. (Mt 7:15; conforme Zc 13:1)

 

Veja por que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: "Eu sou o Cristo", e enganarão a muitos ... Muitos surgirão falsos profetas e enganarão a muitos ... Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas se levantarão e grandes sinais e maravilhas, para enganar, se possível, até os escolhidos. (Mateus. 24: 4-5, Mt 24:11, Mt 24:24)

Seguindo o exemplo do Senhor, os apóstolos também advertiu os crentes para ter cuidado com os falsos mestres:

Eu sei que depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês, que não pouparão o rebanho. (At 20:29)

 

Rogo-vos, irmãos, manter seus olhos sobre aqueles que causam dissensões e obstáculos contra a doutrina que aprendestes, e afastai-vos deles. Pois os tais são escravos, não de nosso Senhor Jesus Cristo, mas de seus próprios apetites; e com palavras suaves e lisonjas enganam os corações dos incautos. (Rom. 16: 17-18)

 

Surpreende-me que você está passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho; que não é realmente o outro; senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas mesmo que nós mesmos ou um anjo do céu, vos anunciasse um evangelho ao contrário do que já vos pregamos, ele deve ser amaldiçoado! Como já dissemos antes, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que você recebeu, ele deve ser amaldiçoado! (Gal. 1: 6-9)

 

Para muitos há, dos quais muitas vezes eu lhe disse, e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição, cujo deus é o seu apetite, e cuja glória é para confusão deles, que definiu seu mentes sobre as coisas terrenas. (Fp 3:18-19.)

 

Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, ea doutrinas de demônios. (1Tm 4:1)

 

Mas falsos profetas houve também entre o povo, assim como também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. (2Pe 2:1)

 

Amados, não creiais a todo espírito, mas provai os espíritos para ver se são de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. (1Jo 4:1 ).

Terceiro, eles eram judeus (2Co 11:22), que dizia representar verdadeiramente a religião do Messias. Eles tentaram impor costumes judaicos sobre os gentios na assembléia de Corinto. Na realidade, porém, eles eram culpados de pregar "um outro Jesus" e "outro evangelho" (11: 4).

Em quarto lugar, eles se misturaram elementos de misticismo com legalismo judaico. Eles alegaram ter um segredo, maior conhecimento, o que, na realidade, ascendeu a nada, mas vazias "especulações ... que se levante contra o conhecimento de Deus" (10: 5).
Em quinto lugar, eles adotaram o sofisma popular e retórica tão valorizada na cultura grega. Assim, eles desprezado Paulo como sendo "rude na palavra" (11: 6).
Em sexto lugar, eles eram libertinos, promovendo uma ideologia antinomian que produziu o fruto do mal da "impureza, a imoralidade e sensualidade" (12:
21) entre o Corinthians.
Finalmente, como todos os falsos mestres, eles estavam no ministério para o dinheiro. Eles zombaram ensinamento de Paulo como inútil, uma vez que ele não cobrar por ele. Contrastando sua humildade com sua ganância, Paulo escreveu aos Coríntios: "Ou eu cometer um pecado em mim mesmo humilhando de forma que você pode ser exaltados, porque eu pregava o evangelho de Deus para você sem custo?Outras igrejas despojei, tendo os salários a partir deles para atendê-lo "(11: 7-8).
Nos capítulos 1:9, Paulo abriu seu coração para a maioria arrependido, pedindo sua confiança continuou e lealdade. Nos capítulos 10:13, ele voltou sua atenção para os falsos mestres, refutando diretamente seus ataques contra ele. Os quatro últimos capítulos desta carta formar uma poderosa defesa do apostolado de Paulo, e os versículos 7:18 são um núcleo vital do que a defesa. Nesta passagem, Paulo exortou os Coríntios para fazer um julgamento baseado em provas claras. Os tradutores da Bíblia New American Padrão entender a declaração de abertura de Paulo no versículo 7, Você está olhando para as coisas como elas são para o exterior, como uma declaração de fato. Mas blepete ( você está procurando ) pode ser um indicativo ou um verbo imperativo. Parece melhor tomá-lo como um imperativo (como ele é, sem dúvida, todas as outras vezes que Paulo usou nesta forma), e traduzir a frase (como várias versões inglesas fazem) como um comando. Paulo comandou o Corinthians para olhar o que era óbvio; considerar os fatos e evidências de que estava bem na frente deles. Se o fizessem, a conclusão óbvia foi que Paulo era um verdadeiro apóstolo (conforme 1 Cor. 9: 1-2), e seus adversários foram os enganadores.

A melhor maneira de evitar ser levado por uma falsificação é estudar o que é genuíno. Assim, Paulo defendeu sua autenticidade nestes versos, dando as marcas de um verdadeiro homem de Deus. Em nossos dias, quando o cristianismo é inundado em uma inundação de enganadores falsos mestres, Paulo fornece precisava desesperAdãoente de instrução em discernimento. Os crentes devem ser capazes de escolher a voz do Bom Pastor e Seus subpastores genuínas entre os uivos de lobos de Satanás (Jo 10:27). Um verdadeiro homem de Deus pode ser reconhecido por seu relacionamento com Jesus Cristo, seu impacto sobre a igreja, sua compaixão pelas pessoas, o seu desdém por métodos carnais, sua integridade e sua humildade.

Um verdadeiro homem de Deus é conhecido por sua relação com Jesus Cristo

Se alguém está confiante em si mesmo que é de Cristo, que ele pense outra vez isto consigo, que também assim como ele é de Cristo, também nós somos. (10: 7b)

Como mencionado acima, os falsos apóstolos afirmaram que eles eram emissários de Jesus Cristo. Eles fizeram afirmações arrogantes de ser pessoalmente comissionados por Ele, tendo conhecimento superior dele, e empunhando uma maior autoridade Dele. Uso de Paulo da singular se alguém pode indicar que ele estava destacando o cabecilha dos falsos apóstolos, que provavelmente foi o mais vociferante em fazer tais afirmações. O texto grego indica uma condição assumida como verdadeira; Paulo não tinha uma situação hipotética em mente, mas um real. Os falsos apóstolos estavam realmente fazendo essas afirmações.

Mas essa confiança foi extraviado; qualquer um que tinha era apenas confiante em si mesmo. reivindicações Os falsos apóstolos para representar Cristo eram sem evidência objetiva para apoiá-los. Eles não tinham histórico de pecadores convertidos, igrejas fundadas e santos construída. Não havia nada, mas a ostentação vazia.

Ao reivindicar a ser de Cristo os falsos apóstolos foram, sem dúvida, reivindicando mais do que apenas que eles eram cristãos. Eles afirmaram que eles tinham uma devoção única de Jesus, como a reivindicada pelos membros do "partido Cristo" (veja 1Co 1:12.). Eles também significava que eles eram os verdadeiros apóstolos de Cristo. Eles provavelmente também reivindicou uma transcendente maior conhecimento de Deus,.

Embora afirmando credenciais inflacionados para si, os falsos apóstolos completamente negou a autenticidade de Paulo. Ele era, de acordo com eles, um enganador, escondendo uma vida secreta do pecado vergonhoso, um homem que pregava mentiras para o dinheiro. Como tal, ele mal podia mesmo ser considerado um cristão, muito menos ter a verdadeira mensagem de Deus que eles supostamente possuída, ou menos ainda, ser apóstolo. Suas mentiras foram projetados para desacreditar Paulo para que pudessem substituí-lo como mestres autorizados em Corinto.

Neste ponto, Paulo não negou o seu pedido; ele iria fazer isso mais tarde em seu argumento (13 47:11-15'>2 Cor. 11: 13-15). Aqui ele apenas observou que ele também tinha uma reclamação válida para pertencer a Jesus Cristo. O apóstolo desafiou quem rejeitaria o seu apostolado para considerar isso de novo dentro de si, que, assim como ele é de Cristo, também nós o somos. Desde que foi apenas um pedido por parte do falso professor, ele deve saber que Paulo poderia fazer a mesma reivindicação. A questão não pode ser decidida com base subjetiva de convicções pessoais, ou os falsos apóstolos Paulo ou '. Por essa razão, Paulo, como mencionado acima, chamado no Corinthians para examinar as provas objetiva. Os fatos de sua vida, conversão e ministério eram questões de conhecimento público nas igrejas. Seus companheiros de viagem e Ananias pôde verificar a incrível história de sua dramática conversão no caminho de Damasco. De Barnabas, Silas, Lucas, Timóteo, e Paulo outros parceiros de ministério poderia testemunhar a sua pregação destemida do evangelho na cidade após cidade, para os convertidos que ele ganhou, e as igrejas que ele fundou e construiu. Em contraste com os falsos apóstolos, convicções de Paulo foram apoiadas por evidências impressionante, inegável (conforme 12:12).

Homens de verdade de Deus têm uma caminhada íntima com Cristo, que é claramente visto em suas vidas. Falsos professores podem dar a aparência externa da ortodoxia, mas como Jesus disse: "Você vai conhecê-los pelos seus frutos. Pode alguém colher uvas dos espinheiros nem figos dos abrolhos, são eles? (Mt 7:16;. Conforme v 20).. Apesar de suas reivindicações, a doutrina aberrante falsos mestres, inevitavelmente, se manifestar em seu comportamento pecaminoso e nas vidas pecaminosas de seus seguidores.

Um verdadeiro homem de Deus se conhece pelo seu impacto na igreja

Pois mesmo que eu vangloriar um pouco mais sobre a nossa autoridade, a qual o Senhor nos deu para edificação e não para destruí-lo, eu não vou ser envergonhados, (10: 8)

Embora relutante em se orgulhar qualquer mais sobre sua autoridade, Paulo fez isso porque as circunstâncias o obrigou a fazê-lo. Por causa de sua vida ilibada e credenciais apostólicas impecáveis, ele não será confundido em sua jactância. Ele nunca iria muito longe e fazer orgulha vazias como os falsos apóstolos, porque o Senhor lhe deu a sua autoridade. Reivindicações de Paulo foram limitadas apenas pela sua humildade.

Ao contrário dos abusivas, destrutivas falsos apóstolos, Paulo usou sua autoridade para construir o Corinthians e não para destruí -los. Um verdadeiro homem de Deus inevitavelmente terá um impacto positivo sobre a igreja como ele edifica, fortalece e amadurece. Paulo havia pregado o evangelho com poder, visto que muitos vêm à fé salvadora em Cristo, as igrejas estabelecidas em grande parte do mundo greco-romano, os líderes treinados e aperfeiçoados os santos. Seu ministério como um verdadeiro apóstolo tinha inegavelmente resultou no progresso espiritual e força da igreja (12:19; Ef 4:11-12.).

Por outro lado, os falsos mestres, invariavelmente, trazer discórdia, desunião, destruição e até mesmo a morte para a igreja. Sua influência confuso, divisionista está no Cruz-fins com a cabeça da igreja, que prometeu para construí-lo (Mt 16:18). Paulo tinha em mente quando ele avisou: "Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá, porque o templo de Deus é santo, e que é o que você é" (1Co 3:17).Paulo exercia sua autoridade apostólica (conforme 1 Cor. 3: 10: 5-6) para construir a igreja, não para destruí-la.

Um verdadeiro homem de Deus é conhecido por sua compaixão pelas pessoas

pois eu não quero parecer como se quisera intimidar-vos por cartas. (10: 9)

Falsos professores tendem a ser auto-centrado, agarramento, e abusivo. As pessoas geralmente não significam nada para eles, exceto como meio para seus próprios fins egoístas. Elas são muitas vezes arrogante, egocêntrico, e insensível às necessidades dos outros.
Os falsos apóstolos perversamente tentou atribuir a Paulo os mesmos males que eles próprios estavam familiarizados com ambos e culpados. Eles cobraram que ele era um líder abusivo, que tentou intimidar o Corinthians em sua apresentação. Os falsos apóstolos, sem dúvida, apontou para a letra grave (2: 3-4) como um exemplo de tratamento abusivo suposta de Paulo sobre eles. Paulo respondeu a essas alegações falsas, assegurando o Corinthians, eu não quero parecer como se quisera intimidar-vos por cartas. Ele não estava tentando aterrorizar os Corinthians em obedecê-lo. Seu objetivo era levá-los ao arrependimento, para que pudessem experimentar todas as bênçãos que acompanham a salvação. Ele tinha sido firme, porque a situação exigia, e na maioria das Corinthians tinha respondido positivamente a sua correção (conforme 7: 8-10).

Paulo era um disciplinador relutante, como seu agonizante sobre a carta severa revela:
Mas eu chamo de Deus como testemunha de minha alma, que para poupá-lo eu vim não mais a Corinto. Não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas são trabalhadores com você para a sua alegria; para em sua fé estais firmes. Mas eu determinei isso para o meu próprio bem, que eu não viria para você na tristeza novamente. Porque, se eu te causar tristeza, que, em seguida, me faz feliz, mas aquele a quem eu fiz triste? Esta é a mesma coisa que eu escrevi para você, de modo que quando eu vim, eu não teria a tristeza daqueles que deveriam alegrar-me; confiando em vós todos que a minha alegria seria a alegria de todos vocês. Porque em muita tribulação e angústia de coração vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que você seria feita tristes, mas que você pode conhecer o amor que tenho especialmente para você. (1: 23-2: 4)

Em 7: 3, ele acrescentou: "Eu não falo para te condenar, porque eu já disse antes que você está em nossos corações para morrer juntos e viver juntos". O apóstolo preferia muito mais o espírito de amor e Gentilza para a vara de correção (conforme 1Co 4:21). "Vocês são a nossa carta", escreveu ele no início deste epístola ", escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens; sendo manifestado de que vós sois a carta de Cristo, cuidadas por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne do coração "(2 Cor. 3: 2-3) . Em 7: 2, ele implorou ao Corinthians, "Abra espaço para nós em vosso coração; nós injustiçado ninguém, nós corrompido ninguém, aproveitamos ninguém ", enquanto em 11:11 e 12:15 ele livremente declarou seu amor por eles.

Homens de verdade de Deus são marcados por compaixão. Eles cuidam de seu povo com "a afeição de Cristo Jesus" (Fp 1:8).

Um verdadeiro homem de Deus é conhecido por seu desdém para os Métodos carnais

Para eles dizem: "Suas cartas são graves e fortes, mas a sua presença pessoal é inexpressivo ea sua palavra desprezível." (10:10)

Isso do apóstolo letras eram graves e fortes era óbvio para todos que os lêem. Não havia como negar o poder de sua pena inspirada, a clareza, racionalidade e espiritualidade de seus escritos. Eles ressoou com fervor e convicção da verdade. Defender o contrário teria sido um absurdo, e os falsos apóstolos não tentar negar o óbvio.

Mas depois de sofrer o forte impacto dos escritos de Paulo, os falsos apóstolos ridicularizados sua presença pessoal como inexpressivo e seu discurso como desprezível. Embora eles certamente não foram impressionado com a aparência física de Paulo, o que os falsos apóstolos realmente se entende por sua presença pessoal era sua persona, aura, ou comportamento. De acordo com eles, ele não tinha o tipo de carisma e charme pessoal que impunha respeito e lealdade. Eles, sem dúvida, reforçada essa reivindicação, descrevendo a partida de Paulo de Corinto após a visita triste (2:
1) como um retiro ignominiosa. O apóstolo, que zombou, era um fracote encolhido sniveling que se arrastou para fora da cidade depois de ser ofendido. Em sua mente, que demonstrou que ele não tinha o poder de um grande líder.

Os falsos mestres destinados por esta crítica de corte para retratar-se como, líderes fortes e decisivas Paulo como fracos e insosso. Eles alegaram que ele estava relutante em lidar com as questões que eles enfrentados de cabeça erguida. Tais críticas revela seu modelo inaceitável de liderança espiritual, um dos ditadura dominante. "Vocês sabem que os governantes das nações têm poder sobre elas", declarou Jesus desses líderes ", e os seus grandes exercem autoridade sobre eles" (Mt 20:25). Mas essa visão dominadora da liderança é a antítese do ponto de vista bíblico, que vê o líder como um servo:

Não é desta forma no meio de vós, mas quem quiser tornar-se grande entre vós, será vosso servo, e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. (Mateus 20:26-28.)

Não contente com ridicularizando presença pessoal de Paulo, os falsos apóstolos condenou seu discurso como sendo desprezível. Por que eles queriam dizer que ele não tinha as habilidades de oratória e retórica polidas tão valorizada na cultura grega. É verdade que o apóstolo repudiou sofisma eloqüente, embora certamente capaz disso, preferindo, em vez de pregar o evangelho na simplicidade e poder. Em I Coríntios 2:1-5, ele explicou,

E quando eu vim para vos, irmãos, eu não vim com ostentação de linguagem ou de sabedoria, anunciando-vos o testemunho de Deus. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. Eu estava com você em fraqueza, temor e grande tremor, e minha mensagem e minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens , mas no poder de Deus.

Os falsos apóstolos, por outro lado, usou sua oratória polido e habilidades manipulativas lisos a balançar e seduzir as vítimas para o seu próprio prestígio e poder. O verdadeiro homem de Deus, no entanto, se recusa a usar métodos carnais. Em vez disso, ele prega a Palavra de Deus de forma clara e poderosa, de modo que do povo "fé [se] não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus" (1Co 2:5). (Rm 12:3.):. 5; Lc 5:8), verdadeiramente adorá-Lo (Sl 95:1; 1Co 14:251Co 14:25), estão convencidos de que nenhuma tarefa é abaixo deles (13 3:43-13:15'>João 13:3-15), e reconhecer que eles ainda não são o que deveriam ser (Fp 3:12-14.). Pessoas humildes não estão dispostos a se vangloriar, brag, ou promover-se (.. 2Co 11:30; conforme Gl 6:14), na verdade, eles são um pouco envergonhado por elogio (Pv 27:2), eles estão dispostos a servir (Mt 23:11), e se contentam em apresentar todos os seus planos para a vontade do Senhor (Sl 37:5; conforme 5:. Mt 5:3; Mt 18:4). Ninguém, exceto o Senhor teve um impacto mais profundo na igreja que Paulo. No entanto, ele se descreveu como uma panela de barro, como aqueles utilizados para as tarefas domésticas mais humildes (2Co 4:7.), O mínimo de todos os santos (Ef 3:8).. Essa humildade, contrastando com o orgulho flagrante dos falsos apóstolos (conforme Jr 23:32; Dn 11:36; Lc 18:1, Jd 1:162Ts 2:3; 13 5:66-13:6'>Apocalipse 13:5-6), deveria ter sido uma prova conclusiva para o Corinthians de apostolado de Paulo.

Mas, infelizmente, muitos deles ainda não entendeu. Portanto Paulo fechou esta seção que descreve as marcas de um verdadeiro homem de Deus com uma extensa discussão de humildade nos versículos 12:18. Em uma passagem cheia de ironia e sarcasmo, Paulo deflacionado das reivindicações pomposos dos falsos apóstolos, e ofereceu sua humildade como prova de sua autenticidade. Os versículos 12:18 desdobrar cinco características de um mensageiro humilde que Deus mudou e chamados.

Um Mensageiro Humilde de Deus não está disposto a se comparar com os outros

Porque nós não somos corajosos para classe ou comparar-nos com alguns daqueles que se louvam; mas quando eles medem-se consigo mesmos e comparando-se consigo mesmos, estão sem entendimento. (10:12)

O fariseu que orgulhosa e arrogante orou: "Deus, eu te agradeço porque não sou como as outras pessoas: roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano" (Lc 18:11) tipificado a atitude dos falsos mestres. Em seu zelo para elevar-se, eles vão derrubar qualquer um que fica em seu caminho. Os orgulhosos, vaidosos falsos apóstolos em Corinto procurou fazer-se parecer melhor, atacando Paulo.

Mas Paulo se recusou a jogar o seu jogo infantil de construção ego auto-congratulação. Ele não iria se defender usando seus critérios. Em vez disso, ele escreveu: Nós não somos corajosos para classe ou comparar-nos com alguns daqueles que se louvam. A frase não ousamos tem o sentido de "não me atrevo." O apóstolo não tinha intenção de responder a quem elogiar —se por elogiar a si mesmo; ele não desonrar a Deus ao descer ao seu nível (conforme Pv 26:5). Quando Paulo listou suas credenciais apostólicas, ele listou as coisas que ele tinha sofrido (11: 22-33), e sua fraqueza (11:30; 12: 5, 9; At 20:19). As pessoas humildes estão conscientes de quão longe eles caem do padrão perfeito, o Senhor Jesus Cristo (1Co 11:1; At 22:21; 26: 15-18). Ele não se irritar com seus limites ordenados por Deus; ele não queria ter um ministério maior ou mais importante do que Deus planejou para ele. Paulo estava perfeitamente satisfeito com a esfera de ministério que Deus tinha marcado por ele. Ele concentrou-se na excelência ao invés de sucesso; na qualidade de seu ministério vez que o seu tamanho; na profundidade de seu ministério, em vez de sua amplitude.

Mesmo Jesus ministrou dentro dos limites estritamente definidos, estabelecidos pelo Pai. Seu ministério foi limitada pela vontade do Pai (Jo 5:30; Jo 6:38), timing (Jo 2:4; Jo 8:20), as pessoas (as "ovelhas perdidas da casa de Israel" [Mt 15:24]), mensagem ("o evangelho do reino" [Mt 4:23;. Mt 9:35; Lc 4:18]), e as prioridades (os doze apóstolos, e não o rico e influente).

Os créditos falsos apóstolos que Paulo tinha ultrapassado seus limites eram sem fundamento, uma vez que Deus tinha ordenado sua esfera do ministério de alcançar, mesmo tão longe como Corinto. Para o Corinthians para defender o contrário era serrar o próprio galho em que estavam sentados. Paulo era seu pai espiritual (1Co 4:15), e sua igreja a sua existência devido ao seu ministério. Para negar a legitimidade de Paulo como um apóstolo era negar a legitimidade da sua salvação e sua igreja.

Um Mensageiro Humilde de Deus não está disposto a tomar o crédito para Trabalhos dos Outros

Para nós não estamos uso abusivo de nós mesmos, como se não chegamos a você, para nós foram os primeiros a chegar ainda mais longe que no evangelho de Cristo; não ostentando além de nossa medida, isto é, em trabalhos alheios, mas com a esperança de que a vossa fé cresce, nós estaremos, dentro de nossa esfera, ampliado ainda mais por você, a fim de pregar o evangelho, mesmo para as regiões além de vós , e não para se vangloriar em que foi realizado no âmbito de um outro. (10: 14-16)

Paulo não era culpado de uso abusivo si mesmo quando ele alegou que sua esfera de ministério chegou a Corinto. Como mencionado acima, ele era o primeiro a chegar a eles com o evangelho de Cristo.Ele foi não ostentando além sua medida, por causa do fato indiscutível de que ele havia fundado a igreja de Corinto (1Co 3:6; 1Co 4:15), eles estavam interferindo com o trabalho Paulo havia realizado. Eles não eram nada, mas parasitas, sugando a vida espiritual para fora da igreja, em contraste com o verdadeiro apóstolo, que ele edificados (conforme Ef 2:20).

Plano e de Paulo esperança era que, como o Corinthians '  cresceu, ele iria ser, dentro de sua esfera, ampliou ainda mais por eles. Seu objetivo era, com a sua ajuda, para pregar o Evangelho até as regiões além Corinto. Isso não foi possível, no momento, no entanto, por causa do Corinthians "pecado, imaturidade e rebelião. Teria de esperar até que eles rejeitaram completamente os falsos apóstolos e retornou à sã doutrina e vida santa.

Paulo nunca havia ninguém para descansar sobre os louros. Seu espírito inquieto levou-o sempre para a frente para pregar o evangelho onde ele nunca tinha sido proclamado. Em At 19:21, ele expressou seu desejo de pregar o evangelho em Roma, mas ele não quis parar por aí. Ele planejou, com a ajuda dos crentes romanos, para chegar a Espanha (Rm 15:24, Rm 15:28). Quando o Corinthians tornou-se forte o suficiente em sua fé, o apóstolo queria que eles para lançá-lo para o próximo campo de missão. Mas não importa onde ele foi, Paulo sempre queria ficar dentro da esfera do ministério que Deus tinha soberanamente projetado para ele. Ele humildemente recusou-se a seguir os passos de outros homens de Deus e levar o crédito por seu trabalho.

Um Mensageiro Humilde de Deus está disposta a procurar apenas a glória do Senhor

Mas aquele que possui é a vangloriar-se no Senhor. (10:17)

Esta verdade essencial, encontrado em toda a Escritura, é uma dura repreensão a todos os falsos mestres auto-gloriar-me. No Sl 20:7)

Paulo teve a passagem acima em mente quando escreveu este verso, e também quando ele escreveu mais cedo para o Corinthians, "Assim como está escrito:" Aquele que se gloria, glorie no Senhor "(1Co 1:31) .Para os romanos, ele escreveu: "Portanto, em Cristo Jesus eu encontrei razão para ostentando nas coisas referentes a Deus. Pois eu não a presunção de falar de qualquer coisa, exceto o que Cristo realizou por meu intermédio, resultando na obediência dos gentios por palavras e obras "(Rom. 15: 17-18). Ele jurou em Gl 6:14, "Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo."

Depois da morte de Martin Luther, seus amigos encontraram um pedaço de papel no bolso em que o grande reformador tinha escrito: "Nós somos todos mendigos." Homens de Deus humildes perceber que eles não têm nada para se vangloriar. Se eles pregam o evangelho, é porque a Palavra de Deus é um fogo em seus ossos (Jr 20:9.). Eles servem a igreja só porque Cristo coloca-los em serviço (1Tm 1:12), e todo o sucesso que eles têm é imputável unicamente à graça de Deus no trabalho em si (1Co 15:10). Eles gritam com o salmista: "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória" (Sl 115:1;. Lc 6:23; Cl 3:24; He 11:26). Eles entendem que mundana auto-elogio não tem sentido, pois não é aquele que se recomenda que seja aprovada. Eles não são para agradar aos homens; se o mundo condena ou elogia-los é de nenhum significado especial, a longo prazo. O que importa é quem o Senhor recomenda; (. Mt 25:21) a quem Ele diz: "Muito bem, servo bom e fiel ... entra no gozo do teu senhor". Essa é a única avaliação que conta, como Paulo escreveu em sua carta inspira mais cedo para o Corinthians:

Mas, para mim, é uma coisa muito pequena para que eu possa ser examinado por você, ou por qualquer tribunal humano; na verdade, eu nem sequer me examinar. Pois eu sou consciente de nada contra mim mesmo, mas eu não sou por este absolvido; mas quem me julga é o Senhor. Portanto, não ir em julgar antes do tempo, mas espere até que o Senhor venha o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações dos homens; e, em seguida, o louvor de cada homem virá para ele a partir de Deus. (1 Cor. 4: 3-5)

A igreja hoje enfrenta o mesmo desafio que ele tem sempre, para resolver os verdadeiros pregadores da falsa enganadores. A triste história de credulidade da igreja de Corinto tem sido repetida ao longo da história, como crentes sem discernimento caíram para as mentiras dos falsos mestres. Como resultado, igrejas, instituições de ensino, e as denominações em todo o mundo abandonaram a verdade bíblica. O Corinthians deveria ter sido capaz de dizer a diferença entre os líderes espirituais verdadeiros e falsos, e assim que se a igreja de hoje. Homens de verdade de Deus não são showmen; eles não intimidar as pessoas; eles não procuram promover a si mesmos; eles valorizam verdade o suficiente para não tolerar erro; eles procuram imitar a mansidão de Jesus Cristo; eles têm uma visão elevada das Escrituras e pregar o puro, Evangelho adulterado; eles se contentam em ministrar dentro da esfera em que Deus colocou-os; eles levam uma vida coerente com o seu ensino; eles não tomar o crédito para o trabalho dos outros; e buscam a glória eterna de Deus, não aclamação temporal. O homem "que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens" (Rm 14:18).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de II Coríntios Capítulo 10 do versículo 1 até o 18

II Coríntios 10

Paulo começa a responder aos que o criticavam — 2Co 10:1-6

Justo no começo desta passagem há duas palavras que estabelecem o tom que Paulo deseja utilizar. Fala da mansidão e ternura de Cristo. A palavra prautes, mansidão, é muito interessante. Aristóteles a definiu como o termo médio entre estar muito zangado e nunca zangar-se. É a qualidade do homem cuja irritação está dominada e controlada que sempre se zanga no momento correto e nunca quando não corresponde. Descreve o homem que nunca se zanga a nenhum insulto nem injúria pessoal que receba, mas sim é capaz de uma irritação justa quando vê que outros são atacados. Ao utilizar esta palavra Paulo está dizendo no próprio começo de sua severa carta que não se deixa levar por sua irritação ou ira pessoal, que está falando com a forte mansidão de Jesus Cristo.

A outra palavra ilumina ainda mais. Ternura em grego é epieikeia. Os próprios gregos a definiam como aquilo que é justo e ainda melhor que o justo". Descreviam-na como a qualidade que devia aparecer quando a justiça, devido à sua generalidade, está em perigo de converter— se em injustiça. Existem casos nos quais é injusto aplicar leis, regras e regulamentos. Há momentos nos quais a justiça estrita e imparcial pode resultar injusta. Algumas vezes surgem circunstâncias nas quais a verdadeira justiça é não insistir nas regras nem nas leis, mas sim devem vir a fazer parte de nossas decisões qualidades maiores. O homem que tem epieikeia é aquele que sabe que em última análise a norma cristã não é a justiça, mas sim o amor. E ao utilizar esta palavra no começo, Paulo com efeito está dizendo que não está buscando seus direitos, que não está para insistir na lei, nem impor regras e regulamentos. Vai considerar esta situação com o amor de Cristo que transcende até a mais pura justiça humana. Vai tratar intervir na situação como Cristo mesmo o tivesse feito.

Mas agora chegamos a uma seção da carta que é muito difícil de compreender. E o é porque só ouvimos uma parte da questão. Estamos lendo a resposta de Paulo. Não sabemos precisamente quais foram as acusações que os coríntios apresentaram contra ele. Temos que deduzir das respostas que Paulo nos dá. Encontramo-nos aqui com a dificuldade básica e essencial da interpretação de qualquer carta: só temos uma parte da conversação. Mas ao menos podemos tentar fazer nossas deduções.

  1. É evidente que os coríntios acusavam a Paulo de ser muito valente quando não estava face a face com eles, e de ser uma pobre criatura quando se encontrava ali. Diziam que podia escrever boas cartas quando estava ausente, mas que não tinha a coragem de dizer-lhes pessoalmente as coisas que escrevia em sua ausência. A resposta de Paulo é que ora para não ter a ocasião de tratar o assunto com eles pessoalmente, como sabe que é capaz de fazê-lo. As cartas são perigosas. Podem-se escrever com uma amargura e uma peremptoriedade que não utilizaríamos diante da outra pessoa. O intercâmbio de cartas pode fazer um mal que se poderia ter evitado por uma dissensão face a face. Mas Paulo assinala que ele nunca escreveria nada se não estivesse preparado para dizê-lo.
  2. É evidente que o acusavam de guiar-se por motivos humanos. A resposta de Paulo é que sua conduta tanto como seu poder provêm de Deus. Na verdade, é um homem que está sujeito a todas as limitações de sua humanidade, mas Deus é seu guia e sua força. O que torna esta passagem difícil de compreender é que Paulo utiliza a palavra carne (sarx) em dois sentidos diferentes.
  3. Utiliza-a no sentido comum referindo-se ao corpo humano, no sentido físico. Diz: "Andamos na carne." Isto simplesmente significa que ele é um ser humano como todos outros.
  4. Mas também a utiliza em sua maneira característica para referir— se essa parte da natureza humana que pode dar pé à tentação, essa parte dela que dá poder à tentação, essa fraqueza humana essencial de uma vida sem Deus. Assim, pois, diz: "Não andamos segundo a carne." É como se dissesse: "Sou um ser humano com um corpo humano, mas nunca me deixo dominar por motivos puramente humanos. Nunca tento viver sem Deus." O homem pode viver num corpo e entretanto ser guiado pelo Espírito de Deus.

Logo Paulo continua assinalando três coisas importantes.
(1) Diz que está equipado para enfrentar e destruir toda a plausível inteligência da sabedoria e do orgulho humanos. Há uma simplicidade que pode ser um argumento muito mais pesado que a inteligência humana mais elaborada.
Huxley, o grande agnóstico Vitoriano, concorreu uma vez a uma festa de família. Planejou-se ir à igreja no domingo pela manhã. Huxley disse a um membro do grupo: "Suponhamos que você não assista à igreja e fique em casa e me diga por que crê em Jesus e no cristianismo." O homem lhe respondeu: "Mas você, com sua inteligência, poderia destruir tudo o que eu dissesse." "Não quero que discuta, mas sim me diga simplesmente o que significa isto para você." De modo que o homem, na forma mais simples, contou-lhe com todo seu coração o que Cristo significava para ele. Quando terminou viu lágrimas nos olhos do grande agnóstico. "Daria minha mão direita", disse, "se pudesse crer nisso."
Não foram os argumentos os que chegaram ao coração, mas sim a total simplicidade de uma sinceridade sentida no coração o que o impactou. Em última análise, as sutilezas da inteligência não são efetivas, mas sim a sinceridade singela, contra a qual a sagacidade não tem defesa.
(2) Paulo fala de submeter a Cristo cada uma de nossas intenções. Jesus tem uma forma surpreendente de cativar o que era pagão e submetê-lo a seus propósitos.

Max Warren nos relata um costume dos nativos de Nova Guiné. Em determinadas épocas estão acostumados a ter cantos e danças rituais. Chegam a um frenesi e o ritual culmina com os chamados "cantos de morte", durante os quais entoam perante Deus os nomes das pessoas que desejam matar. Quando os nativos se converteram ao cristianismo retiveram esses costumes e esse ritual, mas nos cantos de morte já não diziam os nomes das pessoas que odiavam, mas sim os pecados que condenavam, e chamavam a Deus para que os destruísse. Um velho costume pagão tinha sido levado cativo a Cristo. Jesus não deseja nos tirar nossas qualidades, capacidades e características. Deseja tomá-las e usá-las para Ele, e não para fins egoístas e pecaminosos. Seu convite é que cheguemos a Ele com o que temos para oferecer e, se o pusermos ao seu dispor, Ele nos capacitará para que façamos um melhor uso de nós mesmos.

PAULO CONTINUA RESPONDENDO AOS QUE O CRITICAVAM

II Coríntios 10:7-18

Nesta passagem Paulo continua respondendo aos que o criticam, e mais uma vez enfrentamos o mesmo problema. Estamos ouvindo só uma parte da discussão e só podemos deduzir quais eram as criticas das próprias respostas de Paulo.
(1) Parece que ao menos alguns dos que se opunham a Paulo asseguravam que ele não pertencia a Cristo da mesma maneira que eles. Talvez ainda lhe jogavam na cara o fato de ter sido um dos grandes perseguidores da Igreja. Talvez pretendiam ter um conhecimento e revelações especiais. Talvez se criam especialmente santos e espirituais. Em todo caso, consideravam Paulo inferior e se exaltavam a si mesmos e sua própria relação com Cristo. Qualquer religião que faça com que um menospreze a seu próximo, que se considere melhor que outros, não é verdadeira.

Em anos recentes nas igrejas do leste da África houve um notável movimento de avivamento. Uma das características do mesmo era a confissão pública do pecado. Enquanto os nativos tomavam parte voluntariamente, os europeus tendiam a manter-se fora, e um dos missionários escreve: "Sente-se que manter-se fora dele é negar-se a identificar-se com a comunidade dos pecadores perdoados. Acusa-se muitas vezes aos europeus de ser orgulhosos e de não estar dispostos a compartilhar a comunhão desta maneira." Não podemos encontrar uma definição da Igreja mais acertada que a de uma comunidade de pecadores perdoados. Quando o homem se dá conta de que pertence a essa comunidade, não fica lugar para o orgulho. O problema que se apresenta com o cristão arrogante é que sente que Cristo lhe pertence e não que ele pertence a Cristo.

(2) Pareceria que os coríntios estavam tentando humilhar a Paulo vituperando seu aspecto pessoal. Zombavam dizendo que sua aparência física e pessoal era fraco e que não era bom orador. Pode ser que tivessem razão. Encontramos uma descrição do aspecto de Paulo num livro muito primitivo chamado Os atos de Paulo e Tecla. Sua origem se remonta ao ano 200 d. C. É tão pouco adulador que pode ser certo. Descreve-o como "um homem de pequena estatura, cabeleira espaçada, pernas torcidas, bom estado físico, com sobrancelhas que se uniam com um nariz aquilino, cheio de graça, devido ao fato de que às vezes parecia um homem e outras tinha a cara de um anjo". Um homenzinho meio calvo, de nariz farpado e sobrancelhas hirsutas — não é figura que nos impressione muito, e bem pode ser que os coríntios o ridicularizassem. Faríamos bem em lembrar às vezes que em muitas oportunidades um grande espírito encontra-se agasalhado num corpo humilde.

William Wilberforce foi o responsável pela libertação dos escravos no Império Britânico. Era uma pessoa tão pequena e frágil que parecia que um vento forte poderia derrubá-lo. Mas uma vez Boswell o escutou falando em público e disse: "Vi subir sobre a mesa o que me pareceu um camarão, mas enquanto o escutava crescia cada vez mais até converter-se numa baleia." Os coríntios tinham caído quase às últimas profundidades da falta de cortesia e insensatez quando vituperaram a Paulo por seu aspecto pessoal.

  1. Parece que acusavam a Paulo de fazer jactanciosas reclamações de autoridade numa esfera em que seus escritos não tinham importância. Sem dúvida diriam que podia ser o amo de outras Igrejas, mas não de Corinto. A resposta cortante de Paulo é que Corinto está bem dentro de sua esfera, já que tinha sido o primeiro em levar o evangelho de Jesus Cristo ao lugar. Paulo era um rabino e talvez estivesse pensando em algo que os rabinos estavam acostumados a reclamar freqüentemente. Reclamavam e recebiam um respeito muito especial. Sustentavam que o respeito para com um mestre devia exceder aquele que correspondia a um pai, devido ao fato de que o pai traz o filho ao mundo, mas o mestre leva o seu aluno à vida do mundo vindouro. Certamente nenhum outro tinha mais razão para exercer sua autoridade na 1greja de Corinto que aquele que, sob a guia de Deus, tinha sido seu fundador
  2. Logo Paulo lhes faz uma acusação. Ironicamente lhes diz que nunca sonharia em comparar-se com aqueles que estão sempre dando-se a si mesmos como testemunhos e depois, com uma precisão infalível, põem o dedo na chaga. Só podem dar-se como testemunhos a si mesmos porque sua única medida são eles mesmos e sua única norma de comparação é comparar-se entre si. Utilizavam, como muita gente, uma medida equivocada.

Uma menina pode crer uma boa pianista, mas que ele se compare com Kenter, Solomon ou Moiseiwitsch e mudará de opinião. Podemos nos sentir bons pregadores, mas se nos comparamos com os santos e príncipes do púlpito sentiremos que não poderemos abrir mais a boca em público. É muito fácil dizer: "Sou tão bom como meu vizinho. Sou tão bom como o homem que me segue." E sem dúvida é certo. Mas não se trata disso. O assunto é, somos tão bons como Jesus Cristo? Devemos nos medir e nos comparar com Ele, e quando o fizermos encontraremos que já não haverá lugar para o orgulho. Paulo diz: "A jactância não é nenhuma honra." O homem deve buscar o "Muito bem!" de Cristo, e não a aprovação própria.
Antes de deixar esta passagem devemos considerar uma frase que é característica do sentir de Paulo. Quer endireitar as coisas em Corinto porque deseja ir aos lugares mais além onde nenhum homem jamais levou a história de Cristo.
W. N. Macgregor costumava a dizer que Paulo estava acossado pelas regiões mais além. Nunca via um barco ancorado ou atracado ao cais sem sentir desejos de subir a ele e levar as boas novas às regiões longínquas. Nunca olhava a uma cadeia de colinas azuladas à distância, sem desejar cruzá-las para levar a história de Jesus Cristo mais além.

Kipling tem um poema que se chama "O explorador" que relata a história de um homem que se sentia acossado pelas regiões longínquas. Paulo se sentia precisamente como ele.

Diz-se a respeito de um grande evangelista que quando caminhava pelas ruas da cidade se sentia acossado pelo som das pegadas de milhões que não conheciam Cristo. Aquele que ama a Cristo se sentirá sempre acossado pelo pensamento a respeito dos milhões que nunca conheceram ao Cristo que tanto significa para ele.


Dicionário

Além

advérbio Que se localiza no lado oposto de; que está para o lado de lá; acolá: observava os pássaros que além seguiam voando.
Muito adiante: o mar permanece além.
Situado num lugar muito longe; excessivamente longe: quando jovem, ele queria ir muito além.
Para o lado de fora; que segue para o exterior; afora: seguia pelo campo além.
substantivo masculino O mundo em que os espíritos habitam: sobre o além nada se sabe.
Etimologia (origem da palavra além). De origem duvidosa.

adiante, depois, após. – Além, aqui, designa situação do que se encontra “depois de alguma outra coisa e em relação ao lugar que ocupamos nós: é antônimo de aquém. – Adiante é também aplicado para designar ordem de situação; mas é um pouco mais preciso que além, e sugere ideia de “posto à frente de alguma coisa”, também relativamente a nós. É antônimo de atrás, ou para trás. – Depois quer dizer – “em seguida, posterior a alguma coisa”; e é antônimo de antes. – Após é de todos os do grupo o mais preciso: diz – “logo depois, imediatamente depois”.

Além O mundo dos mortos (Ec 9:10, RA).

Ausente

ausente adj. .M e f. 1. Que não está presente. 2. Afastado do lugar em questão. 3. Distante. S. .M dir. 1. Pessoa que deixou o seu domicílio. 2. Pessoa cuja ausência se declara em juízo.

Benignidade

Qualidade de ser bom.

Benignidade Bondade; misericórdia (Sl 26:3; Gl 5:22).

benignidade s. f. Qualidade de benigno.

Cristo

substantivo masculino Designação somente atribuída a Jesus que significa ungido, consagrado; deve-se usar com as iniciais maiúsculas.
Por Extensão A representação de Jesus Cristo na cruz, crucificado.
Uso Informal. Quem sofre muitas injustiças ou maus-tratos.
Antes de Cristo. a.C. Designação do que ocorreu antes da era cristã.
Depois de Cristo. d.C. Designação do que ocorreu após a era cristã.
Ser o cristo. Uso Popular. Sofrer com os erros de outra pessoa: sempre fui o cristo lá de casa!
Etimologia (origem da palavra cristo). Do grego khristós.é.on.

Ungido , (hebraico) – Messias.

(Veja o artigo principal em Jesus e Senhor). O nome “Cristo”, quando se refere a Jesus, é usado numerosas vezes no NT. O vocábulo combinado “Jesus Cristo” ocorre apenas cinco vezes nos evangelhos, mas, no restante do NT, torna-se a designação principal usada para o Filho de Deus (127 vezes). Em algumas passagens bíblicas, o termo “Cristo” indica que se tornou pouco mais do que um sobrenome para Jesus. Supor, entretanto, que este nome nunca signifique mais do que isso é perder a maior parte da mensagem do NT sobre o Filho de Deus.


[...] o Mestre, o Modelo, o Redentor.
Referencia: KARDEC, Allan• A prece: conforme o Evangelho segundo o Espiritismo• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

O Cristo [...] é o Redentor do mundo, mas não o único Messias de cujas obras há sido testemunha a Terra. Uma multidão de Espíritos superiores, encarnados entre nós, havia ele de ter por auxiliares na sua missão libertadora. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 24a efusão

Cristo, pedra angular da civilização do porvir. [...]
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

[...] arquétipo do Amor Divino [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

[...] modelo, paradigma de salvação.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

[...] médium de Deus [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 8

Cristo é o mensageiro da Eterna Beleza, gravando, ainda e sempre, poemas de alegria e paz, consolação e esperança nas páginas vivas do coração humano.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem a Hernani

Para nós, calcetas deste mundo, Cristo é a luz Espiritual que nos desvenda a glória da vida superior e nos revela a Paternidade Divina. Em razão disso Ele foi e é a luz dos homens, que resplandece nas trevas da nossa ignorância, para que nos tornemos dignos filhos do Altíssimo.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - A criação da Terra

O Cristo é o candeeiro de ouro puríssimo e perfeito, e esse ouro foi estendido a martelo na cruz, que se tornou o símbolo da nossa redenção. Sua luz é a vida, a alegria e a graça que nos inundam as almas. Façamos do nosso coração um tabernáculo e essa luz brilhará nele eternamente.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] Cristo é o leme nas tempestades emocionais, o ponto de segurança em toda crise da alma.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Ao encontro da paz

[...] Cristo Jesus é e será o alfa e o ômega deste orbe que hospeda a família humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alfa e ômega

Cristo é o Sol Espiritual dos nossos destinos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 1

O Cristo, porém, é a porta da Vida Abundante.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 172

[...] Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma Moisés, quando recomenda o amor a Deus acima de todas as coisas, de todo o coração e entendimento, acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou. [...] [...] O Cristo é vida, e a salvação que nos trouxe está na sagrada oportunidade da nossa elevação como filhos de Deus, exercendo os seus gloriosos ensinamentos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5

[...] O Cristo é o amor vivo e permanente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 6

[...] O Cristo é um roteiro para todos, constituindo-se em consolo para os que choram e orientação para as almas criteriosas, chamadas por Deus a contribuir nas santas preocupações do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 9

[...] Divino Amigo de cada instante, através de seus imperecíveis ensinamentos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

O Cristo é o nosso Guia Divino para a conquista santificante do Mais Além...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Definindo rumos


Cristo V. JESUS CRISTO e MESSIAS.

Cristo Literalmente, ungido. Palavra grega equivalente ao hebraico messias. Aparece 531 vezes no Novo Testamento, das quais 16 estão em Mateus, 7 em Marcos, 12 em Lucas e 19 em João.

Os discípulos de Jesus reconheceram-no como tal (Mc 8:27ss.) e o mesmo aconteceu com muitos de seus contemporâneos judeus. A razão de tal comportamento provém, primeiramente, da autoconsciência de messianidade de Jesus e de tê-la transmitido às pessoas que o rodeavam.

As fontes ressaltam igualmente que tanto as palavras de Jesus como suas ações denotam que ele tinha essa pretensão: reinterpretar a Lei (Mt 5:22.28.32.34 etc.); designar seus seguidores como os do Cristo (Mt 10:42); distinguir-se como o verdadeiro Cristo entre os falsos (Mc 13:6; Mt 24:5); aplicar a si mesmo títulos messiânicos (Mc 10:45 etc.); a insistência no cumprimento das profecias messiânicas (Lc 4:16-30; Mt 11:2-6 etc.); a entrada triunfal em Jerusalém; virar as mesas no Templo; a inauguração da Nova Aliança na Última Ceia etc.

Não é estranho, por isso, ser executado pelos romanos por essa acusação. Deve-se ainda ressaltar que sua visão messiânica não era violenta, mas se identificava com a do Servo sofredor de Isaías 53, razão pela qual refutou outras interpretações da missão do messias (Jo 6:15), que os discípulos mais próximos apresentavam (Mt 16:21-28; Lc 22:23-30).

O termo ficou associado de forma tão estreita ao nome de Jesus, que é usado como uma espécie de nome pessoal e daí procede o popular termo Jesus Cristo.

J. Klausner, o. c.; D. Flusser, o. c.; O. Cullmann, Christology of the New Testament, Londres 1975; R. P. Casey, “The Earliest Christologies” no Journal of Theological Studies, 9, 1958; K. Rahner e W. Thüsing, Cristología, Madri 1975; César Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; m. Gourgues, Jesús ante su pasión y muerte, Estella 61995; E. “Cahiers Evangile”, Jesús, Estella 41993.


Humilde

substantivo masculino Aquele cuja situação econômica é modesta; carente.
adjetivo Modesto; que tem noção de suas limitações; que não se valoriza nem é vaidoso: banqueiro humilde.
Que demonstra obediência, respeito ou submissão: ações humildes.
Simples; que não é pretensioso; sem ambição: sonhos humildes.
Que não é rico; cuja situação econômica é modesta: povo humilde.
Gramática Superlativo Abs.Sint. Humildíssimo, humílimo ou humilíssimo.
Etimologia (origem da palavra humilde). Forma regressiva de humildar.

Humilde é antônimo de arrogante, presunçoso, parlapatão, agressivo, intrometido, insolente, orgulhoso e atrevido. Humilde é aquele que sabe calar, quando poderia gritar; que sabe tolerar e suportar com grandeza de ânimo o excesso alheio, para depois, serenamente, restabelecer a normalidade de uma situação. É aquele que compreende a superioridade da calma sobre a irritação, a ascendência da tolerância sobre a intolerância, o valor da modéstia sobre a insolência, a coragem da paciência sobre a irritação, a elevação do comportamento ponderado sobre a atuação agressiva.
Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Somente os fortes são humildes

HUMILIORES Humiliores eram as pessoas de condição humilde sem qualquer título de dignidade social [que viviam na época de Jesus].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 10

H H
Referencia:


Mansidão

Mansidão Uma das qualidades específicas que se percebem na personalidade de Jesus (Mt 11:29). Essa palavra não deve ser identificada com o fatalismo, nem com a resignação, nem com a passividade. Pelo contrário: implica uma atitude positiva diante de Deus e dos seres humanos, como a manifestada por Jesus como Rei manso e humilde (Mt 21:5. Comp.com Zc 9:9ss.).

Mansidão Modo de agir pacífico e bondoso; delicadeza (Sf 2:3); (1Co 4:21).

É a força revestida de veludo. É a calma, a tranqüilidade e o equilíbrio emocional. A mansidão é necessária para agradar a Deus, para a convivência e para manter a paz.

substantivo feminino Característica ou condição do que é manso.
Que possui o gênio brando; que é suave e pacífico; de temperamento fácil; meiguice.
Falta de agitação; sem pressa; desprovido de inquietação; tranquilidade ou brandura.
Etimologia (origem da palavra mansidão). Manso + idão.

Ousado

ousado adj. 1. Audaz, corajoso. 2. Arrojado, atrevido.

Paulo

Pequeno. Paulo é o nome romano de Saulo de Tarso, que pela primeira vez se lê em At (13.9), quando ele resistiu a Elimas, o feiticeiro, principiando nessa ocasião o seu trabalho gentílico na corte de Sérgio Paulo. Pode presumir-se que ele já era assim chamado nas suas relações com os gentios – mas depois deste incidente é sempre esse nome que o Apóstolo tem nos Atos e nas suas epístolas. o nascimento e família do futuro apóstolo habilitaram-no a chamar-se a si próprio ‘hebreu de hebreus’. Era de puro sangue judaico, da tribo de Benjamim (Rm 11:1Fp 3:5) – e nasceu em Tarso, na Cilícia (At 9:11 – 21.39 – 22.3), pelo ano 2 antes de Cristo, quando estava no seu auge o poder do imperador romano César Augusto. A sua educação foi caracteristicamente judaica. Quando rapaz, foi mandado para Jerusalém a fim de ser instruído por Gamaliel ‘segundo a exatidão da lei de nossos antepassados’, dizia ele (At 22:3). Tanto Gamaliel, como a própria família de Paulo, pertenciam à seita dos fariseus. Do seu mestre, pois, era natural que Paulo obtivesse um firme conhecimento da doutrina da ressurreição (At 23:6 – 26.5 – Fp 3:5). Com Gamaliel aprendeu ele, também, aquelas estreitas doutrinas do farisaísmo, ‘sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais’ (Gl 1:14). Além disto, sabia Paulo a arte de fazer tendas (At 20:34 – 1 Ts 2.9). Como Tarso era, naquele tempo, notável centro de instrução, quase tão célebre como Atenas ou Alexandria, foi ali, sem dúvida, que Paulo estudou os antigos poemas e a filosofia do tempo – e isso se deduz de algumas citações que ele faz (At 17:28 – 1 Co 15.35 – Tt 1:12). A erudição de Paulo era, desta forma, notável. Pela sua cultura estava ele em contato com o mundo grego – pelos seus privilégios de cidadão estava ele em contato político com o mundo romano – e pelo fato de que essa prerrogativa de cidadão romano era hereditária, tinha por conseqüência a sua família vantagens sociais. os seus parentes estavam muito espalhados, porque alguns deles viviam em Jerusalém (At 23:16), e outros, segundo uma certa interpretação, em Roma (Rm 16:11), os quais tinham aceitado o Cristianismo antes dele (Rm 16:7). Paulo é mencionado pela primeira vez nos At, na descrição que ali se faz do apedrejamento de Estêvão. Embora ele não apedrejasse, é certo que esteve guardando as vestes dos que estavam praticando o ato (At 7. 58 a 60 – 8.1). Foi um incidente que manifestamente deixou profunda impressão no seu espírito (At 22:20). Paulo entrou abertamente na obra da perseguição. E neste seu procedimento julgava ele que estava trabalhando para Deus, segundo as tradições de seus pais (At 22:3 – 26.9 – Gl 1:14). Pouco tempo depois Jerusalém já não era campo suficiente para o seu zelo, pois que os cristãos que ali viviam estavam, ou na prisão, ou escondidos, ou em fuga (At 9:1-2). Com probabilidade se pode dizer que Paulo foi eleito membro do Sinédrio, depois da morte de Estêvão, se ele já não o era. Como ele mesmo disse, não só exercia o poder de lançar na prisão, por missão daquele tribunal, mas também dava o seu voto quando matavam os cristãos (At 26:10). A morte de Estêvão trouxe em conseqüência a conversão de Paulo. Naquela sua missão de servir a Deus, como ele supunha, tomou o caminho de Damasco. Foi então, quando se dirigia para aquela cidade, que o perseguidor se transformou em discípulo de Jesus Cristo. o zelo que tinha mostrado contra o Cristianismo se mudou em apoio e auxílio aos perseguidos. o miraculoso acontecimento acha-se narrado por Lucas (At 9:1-19), e por Paulo nos seus discursos feitos ao povo de Jerusalém, depois da sua prisão (At 2L4 a
16) – e mais tarde na presença de Agripa e de Festo em Cesaréia (At 26:10-18). o primeiro efeito do milagre foi o alívio que tiveram os cristãos de Damasco. Era bem conhecido o fim da sua ida àquela cidade – e o terror, que inspirava aquele fariseu, pode deduzir-se da relutância de Ananias em aproximar-se dele (At 9:13-14), e da incredulidade dos discípulos, quando Saulo lhes apareceu como correligionário nas sinagogas (At 9:21). A cegueira de Paulo e a sua inquietação, que Lucas nota nos Atos (9.18,19), foram uma preparação para a visita de Ananias e para nova revelação da vontade de Deus. Dignas de nota, também, são as palavras dirigidas a Ananias ‘pois ele está orando’ (At 9:11).Elas nos mostram o homem que tinha por hábito levantar o pensamento a Deus, nos atos da sua vida (At 16:25 – 20.36 – 21.5). As próprias palavras de Paulo nos fazem ver isso mesmo (Gl 1:16-17). A natureza da revelação do Senhor a Paulo é por ele explicada. É evidente que não se trata de uma mera impressão na sua alma durante qualquer arrebatamento. Ele sentiu a visível presença de Jesus Cristo. isto é sustentado em várias passagens, quer de uma forma positiva, quer incidentalmente. Na sua primeira epístola aos Coríntios, quando ele sustenta a validade do seu próprio apostolado, ele argumenta assim: ‘Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, nosso Senhor?’ 1Co 9:1). E quando ele aduz, para prova, a verdade da ressurreição, o seu argumento é: ‘E apareceu a Cefas… depois foi visto por Tiago … e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo’ 1Co 15:5-8). Significativas são também, as palavras de Ananias: ‘Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas’ (At 9:17 – cp.com At 22:14). o direto e imediato caráter da sua chamada, sem a intervenção de qualquer agência humana, é outro ponto sobre o qual o próprio Paulo insistia muito, no decurso da sua vida apostólica. ‘Chamado para ser apóstolo’, ‘apostolo pela vontade de Deus’ (Rm 1:11Co 1:12Co 1:1Ef 1:1 – Cl l.1), são expressões que não usam os outros apóstolos, e com as quais Paulo se descreve a si próprio, quando a sua autoridade estava em perigo de ser contestada. Paulo foi aliviado da cegueira, de que tinha sido ferido por motivo da visão, pela oração de Ananias (At 9:18) – e, com a abertura dos seus olhos, nasceu na sua alma uma completa submissão à vontade de Deus, e o desejo de ser ‘Sua testemunha diante de todos os homens’ (At 22:14-15). Foi batizado, e

Introdução e antecedentes

Judeu, fariseu, encontrado pela primeira vez no livro de Atos com seu nome hebraico — Saulo (At 7:58-13.9). Nasceu em Tarso, Cilícia, cidade localizada na Ásia Menor (atualmente sul da Turquia). Provavelmente nasceu uns dez anos depois de Cristo, pois é mencionado como “um jovem”, na ocasião do apedrejamento de Estêvão (At 7:58). Seu pai sem dúvida era judeu, mas comprou ou recebeu cidadania romana. Por essa razão, Paulo mais tarde utilizou-se desse direito por nascimento. Por isso, apelou para ser julgado em Roma pelo próprio imperador César (At 22:25). A despeito de sua cidadania, ele foi criado numa família judaica devotada, da tribo de Benjamim. Recebeu uma instrução cuidadosa na lei judaica e tornou-se fariseu. Também descreveu a si mesmo como “hebreu de hebreus”. Foi criado de acordo com a judaísmo e circuncidado no oitavo dia de vida; portanto, era zeloso na obediência de cada ponto da lei mosaica (Fp 3:5-6).

Paulo era tão zeloso da Lei e de sua fé que, em certa época de sua vida, provavelmente no início da adolescência, viajou para Jerusalém, onde foi aluno do mais famoso rabino de sua época. Posteriormente, disse aos líderes judeus: “E nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois” (At 22:3).

Todos os mestres judaicos exerciam determinada função para sobreviver; por isso, não é de admirar que esse líder religioso altamente educado aprendesse também uma profissão com seu pai. Paulo era fabricante de tendas (At 18:3) e ocasionalmente a Bíblia menciona como exerceu essa função para se sustentar (1Co 4:12-2 Ts 3.8; etc.). Existem amplas evidências nessas e em outras passagens de que ele trabalhava, para não impor um jugo sobre as pessoas entre as quais desejava proclamar o Evangelho de Cristo (1Co 9:16-19). Além disso, dada a maneira como os professores itinerantes e filósofos esperavam ser sustentados pelas pessoas com alimentos e finanças, Paulo provavelmente não desejava ser considerado mais um aventureiro (1Ts 2:3-6).

A vida e as viagens de Paulo

Com a educação que possuía e a profissão de aceitação universal, é bem provável que Paulo já tivesse viajado bastante antes de se tornar cristão. Com certeza era fluente nas línguas grega, hebraica, latina e aramaica. É mencionado pela primeira vez em Atos, como responsável pelas vestes das multidões que apedrejaram Estêvão até à morte por causa da sua fé e seu compromisso com Cristo e o desejo de promover o Evangelho. “Também Saulo consentia na morte dele” (At 8:1).

Perseguidor dos cristãos. A partir da morte de Estêvão, uma grande perseguição se levantou contra os seguidores de Cristo. As atividades zelosas de Saulo, como judeu, levaram-no a unir-se aos perseguidores. Não precisou ser forçado, mas ofereceu voluntariamente seus serviços aos líderes judaicos de Jerusalém. Sua perseguição foi tão violenta que a Bíblia diz: “Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão” (At 8:3-1 Co 15.9; Fp 3:6). Em Atos 9:1, lemos que: “Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor”, pediu ao sumo sacerdote que lhe desse cartas, para que as levasse às sinagogas de Damasco, na Síria, a fim de também estabelecer a perseguição naquela cidade.

A conversão de Paulo. A caminho de Damasco, uma luz muito forte brilhou do céu ao redor dele, e fez com que ele caísse por terra e ficasse cego. Enquanto isso, uma voz lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Atônito, ele perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A resposta que recebeu deixou-o realmente surpreso e apavorado: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 9:4-5). Cristo então lhe disse que entrasse em Damasco e aguardasse outras instruções. Saulo esperou três dias, sem comer nem beber, na casa de Judas, onde aguardou a visita de Ananias (veja Ananias). Esse tempo sem comer nem beber provavelmente foi um jejum de arrependimento, pois a Bíblia diz que, quando o servo de Deus chegou, encontrou-o orando (v. 11).

Ananias impôs as mãos sobre ele, ocasião em que sua visão foi restaurada. Imediatamente ele recebeu o Espírito Santo e foi batizado. Saulo ainda ficou vários dias na companhia dos cristãos de Damasco, sem dúvida para aprender o máximo que podia sobre Jesus. Entretanto, esse processo de aprendizado não demorou muito tempo: “E logo, nas sinagogas, pregava que Jesus era o Filho de Deus” (v. 20). Seu extraordinário entendimento teológico somado à mudança total de sua perspectiva sobre Cristo, permitiu que confundisse “os judeus que habitavam em Damasco, provando que Jesus era o Cristo” (v. 22). Provavelmente, depois de um tempo considerável como pregador naquela cidade, os judeus decidiram silenciar a mensagem dele, ao planejar assassiná-lo. Ele escapou durante a noite e voltou para Jerusalém, onde descobriu que era difícil unir-se aos demais discípulos de Cristo, pois naturalmente todos tinham medo dele. Barnabé levou-o à presença dos apóstolos, os quais lhe deram sua aprovação. Paulo pregava e discutia abertamente com os judeus, até que novamente sua vida foi ameaçada; os discípulos o levaram para Cesaréia, onde embarcou num navio para Tarso (At 9:29-30; Gl 1:18-24). A extraordinária rapidez da mudança no coração de Paulo e a velocidade com que entendeu as Escrituras sob uma nova luz e começou a pregar o Evangelho de Cristo proporcionam a mais dramática evidência da obra do Espírito Santo em sua vida, depois do encontro que teve com Cristo na estrada de Damasco. Ele próprio contou sobre sua experiência de conversão em duas ocasiões posteriores. Na primeira instância, em Atos 22, quando foi preso em Jerusalém e pediu para falar à multidão. Na segunda, em Atos 26, quando fazia sua defesa diante do rei Agripa.

Chamado para os gentios. A rapidez com que Paulo dedicou-se a viajar pelos territórios gentílicos é mais uma indicação de que o Espírito Santo o guiava em direção ao seu chamado, ou seja, o de apóstolo entre os gentios. Ele menciona em suas cartas seu compromisso especial com Deus, para ser um ministro entre os povos (Rm 11:13; Gl 2:8-1 Tm 2.7). Embora Pedro fosse chamado para os judeus e Paulo para os gentios (Gl 2:8), sabemos que ambos pregavam em qualquer lugar onde tivessem uma oportunidade. Saulo, de fato, primeiramente visitava a sinagoga, em qualquer cidade em que chegasse. Ali ele pregava, onde havia muitas conversões, até ser expulso pelos judeus que se opunham (desta maneira, praticava o que ensinou em Romanos 1:16-2.9,10; etc.). Um dos primeiros trabalhos de Paulo entre os gentios, após ser aceito pelos apóstolos em Jerusalém (Gl 1), foi iniciado por Barnabé, o qual o levou de Tarso para a cidade de Antioquia, situada no norte da Síria. A igreja já estava estabelecida naquela cidade e sem dúvida o amigo o envolveu naquele trabalho, devido ao ensino que ele era capaz de ministrar (At 11:19-30). O trabalho da igreja ali iniciara-se entre os judeus e posteriormente espalhara-se aos gentios (gregos), e a habilidade de Paulo para debater e o que já fizera previamente sem dúvida o ajudaram. Enquanto estava em Antioquia, o profeta Ágabo advertiu sobre um iminente período de fome na região da Judéia, de maneira que aquela igreja local concordou em levantar fundos para ajudar os irmãos carentes em Jerusalém; enviaram o dinheiro por intermédio de Paulo e Barnabé (v. 30).

É muito difícil estabelecer uma cronologia exata da vida de Paulo nessa época, pois Atos e Gálatas dão informações parciais; o ministério entre os gentios, contudo, já estava estabelecido e o papel principal de Paulo foi visto quase imediatamente no trabalho em Antioquia. Ele e Barnabé deixaram a cidade dirigidos pelo Espírito Santo (At 13:2). Desse momento em diante a vida dele é vista constantemente em pleno movimento por todo o império. Às vezes, permanecia mais tempo em certa cidade e em outras ocasiões ficava apenas por um período bem curto de tempo; na maioria das vezes viajava de acordo com sua própria vontade; entretanto, especialmente nas últimas viagens, freqüentemente era escoltado por guardas a caminho da prisão, dos julgamentos e finalmente de Roma.

A primeira viagem missionária. As viagens de Paulo são geralmente chamadas de “viagens missionárias”. A primeira, realizada provavelmente entre os anos 47:48 d.C., iniciou-se na terra natal de Barnabé, a ilha de Chipre. Atravessaram todo o território, anunciando o Evangelho. Quando chegaram a Pafos, Paulo teve oportunidade de proclamar a Palavra de Deus ao procônsul romano Sérgio Paulo (veja Sérgio Paulo). “Então o procônsul creu, maravilhado da doutrina do Senhor” (At 13:12). Esta conversão representa a confirmação final para Paulo de que ele realmente contemplaria gentios influentes tornar-se cristãos por meio de seu ministério. Talvez seja significativo que a partir desse momento Saulo começou a ser chamado por seu nome latino, Paulo (At 13:9). De Chipre, ele e Barnabé navegaram para Perge, na Ásia Menor (atual Turquia). Quando chegaram lá, João Marcos, que estivera com eles desde Antioquia, deixou o grupo e retornou a Jerusalém. Dali viajaram para o Norte, e passaram por Antioquia da Pisídia e Icônio, a leste, e Listra e Derbe, ao sul. Voltaram pelo mesmo caminho e navegaram de volta para Antioquia da Síria, partindo de Atalia. Os resultados do trabalho deles durante essa viagem variaram de lugar para lugar; toda a viagem está registrada em Atos 13:14. Os benefícios, entretanto, foram consideráveis, pois a segunda viagem envolveu a visita às igrejas que haviam fundado, “confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé” (At 14:22). Também advertiram os novos cristãos “que por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus”. Paulo e seus companheiros experimentavam essas tribulações em suas viagens, por meio do antagonismo não somente por parte dos gentios, mas também dos judeus, os quais criavam sérios problemas e diversas dificuldades. Mesmo assim, as igrejas foram bem estabelecidas por Paulo e Barnabé, fortes o suficiente para nomear líderes em cada uma, à medida que os missionários seguiam adiante.

Quando voltaram a Antioquia, alguns mestres chegaram da Judéia com o argumento de que a verdadeira salvação dependia da circuncisão. Paulo e Barnabé discutiram acaloradamente com eles sobre a questão. A igreja da Antioquia decidiu então enviar os dois a Jerusalém para se reunir com os outros apóstolos, onde a questão seria tratada.

O Concílio de Jerusalém. Os apóstolos e os líderes cristãos compareceram a tal reunião, que ficou conhecida como o “Concílio de Jerusalém” (At 15:1-35). Primeiro ouviram os relatórios de toda a obra de evangelização que era desenvolvida na Ásia Menor, em Antioquia e entre os gentios de modo geral e houve muito louvor a Deus. Alguns cristãos, entretanto, que antes foram fariseus, argumentaram que os convertidos entre os gentios deveriam ser circuncidados (At 15:5). Seguiu-se demorada discussão, até que Pedro se levantou para falar à assembléia. Em sua declaração, presumivelmente bem aceita pelos líderes (Tiago e os demais apóstolos), ele fez algumas observações interessantes. Destacou que ele próprio foi o primeiro a levar o Evangelho para os gentios (ao referir-se ao episódio da visão que teve e da viagem à casa de Cornélio, At 10). Depois apelou para o fato de que “Deus, que conhece os corações, deu testemunho a favor deles, concedendo-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós” (At 15:8). Em outras palavras, assim como a presença do Espírito Santo fora “manifesta” aos apóstolos no dia de Pentecostes em Jerusalém, quando falaram em línguas e louvaram a Deus (At 2:4-47), assim a presença do Espírito foi “manifesta” novamente entre os gentios, quando também falaram em outras línguas e louvaram a Deus. Naquela ocasião, Lucas registrou especificamente que aquilo acontecera para surpresa de todos os crentes circuncidados (At 10:45-46). Para Pedro, esta evidência fora suficiente para se tomar a iniciativa de batizar esses novos cristãos, não como alguma forma de comunidade cristã de segunda classe, mas na fé cristã plena, na qual os próprios apóstolos foram batizados (At 10:47-48).

Desde que Deus “não fez diferença alguma entre eles e nós”, argumentou Pedro (At 15:9-11), seria totalmente impróprio insistir em que os convertidos entre os gentios fossem circuncidados. A circuncisão claramente não era uma exigência para alguém ser um cristão, pois a real marca do crente era a possessão do Espírito Santo. A salvação operava inteiramente pela fé na graça do Senhor Jesus Cristo (v. 11). Paulo e Barnabé também participaram da discussão e destacaram a grande obra da graça que se manifestava entre os gentios e os milagres que Deus operava entre eles. Tiago, entretanto, teve a sublime felicidade de dar a palavra final.

Tiago levantou-se, expôs as Escrituras e mostrou como os profetas falaram sobre o tempo em que os gentios se voltariam para Deus. Concordou que os novos convertidos não eram obrigados a circuncidar-se, mas deviam demonstrar seu amor pelos cristãos judeus, ao abster-se da carne sacrificada aos ídolos e da imoralidade sexual (At 15:13-21). Desde que essa decisão não envolvia qualquer questão de princípio, todos concordaram e uma carta foi enviada às igrejas gentílicas, a fim de informar sobre a decisão do concílio. O grande significado dessa reunião foi a maneira como se estabeleceu definitivamente a legítima aceitação dos gentios como filhos de Deus. A defesa de Paulo da universalidade da mensagem do Evangelho prevalecera.

A segunda e a terceira viagens missionárias. A segunda viagem durou de 49 a 52 d.C. (At 15:36-18.22). Ela foi muito importante, pois espalhou a Evangelho de maneira ainda mais ampla, tanto pela Ásia Menor como pela Europa. Infelizmente, porém, começou com uma diferença de opinião entre Paulo e Barnabé. O segundo queria levar João Marcos novamente com eles. Talvez o jovem tenha retornado a Jerusalém na primeira viagem devido às suas dúvidas sobre a pregação entre os gentios, mas não podemos determinar com certeza. Paulo achava que não deviam levá-lo; por isso Barnabé e João Marcos foram para Chipre, a fim de consolidar o trabalho ali, e Paulo foi para o Norte. Na companhia de Silas, passou por Tarso, na Cilícia, e visitou novamente as igrejas recém-fundadas em Derbe, Listra e Icônio.

Em Listra, Paulo foi apresentado a um jovem, convertido ao cristianismo, que se tornou um de seus melhores amigos — Timóteo. Seu pai era grego, porém sua mãe era judia. Os líderes da igreja em Listra insistiram para que Paulo o levasse consigo e “davam bom testemunho dele” (At 16:1-2). Pertencente a uma família grega, isso significava que Timóteo não era circuncidado. Devido ao fato de sua mãe ser judia, Paulo achou que seria melhor para o ministério de Timóteo entre as comunidades judaicas se ele fosse circuncidado. Sob a orientação do apóstolo, Timóteo passou pela cerimônia da circuncisão (At 16:3). Aqui não há conflito no pensamento de Paulo com o antagonismo que demonstrou para com a circuncisão em sua carta aos Gálatas. Um judeu ser circuncidado para alcançar melhor seu próprio povo era uma coisa, mas obrigar os gentios a se circuncidar com base num entendimento equivocado de que precisavam ser “judeus” para receber a salvação era outra coisa bem diferente!

A próxima etapa da viagem foi em um território novo. Fizeram uma caminhada por terra até Trôade, onde foram orientados “pelo Espírito de Jesus” para não trabalhar naquela região (At 16:7). Enquanto pregavam naquela cidade, numa noite, Paulo contemplou numa visão alguém que o chamava para ministrar a Palavra de Deus na Macedônia. Concluindo que era uma direção divina para a próxima etapa da viagem, atravessaram de barco para a província grega da Macedônia, onde pregaram em Neápolis, Filipos, Tessalônica e Beréia. Dali, navegaram para o sul e pregaram em Atenas e Corinto (onde ficaram por 18 meses), antes de atravessarem de volta para Éfeso, na Ásia Menor, e de lá navegarem para Cesaréia, Jerusalém e finalmente Antioquia, local de partida.

A obra de evangelização expandiu-se rapidamente durante esta viagem. As igrejas estabelecidas na primeira viagem estavam bem firmes e cresciam cada vez mais em número (At 16:19). Havia muito encorajamento, mas também muita perseguição. Paulo testemunhou o estabelecimento bem-sucedido de muitas outras igrejas. Também viu os resultados da mensagem do Evangelho na vida de homens e mulheres que, sem dúvida, tornaram-se amigos especiais da equipe de missionários. Em Filipos, conheceram uma mulher de negócios chamada Lídia, que se converteu e hospedou o grupo em sua casa. Também testemunharam a incrível conversão do carcereiro, quando foram presos em Filipos (veja Carcereiro Filipense). Em Tessalônica testemunharam conversões como a de Jasom, o qual foi preso pela causa do Evangelho. Apreciaram imensamente a recepção que tiveram dos “nobres” moradores de Beréia, “pois de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17:11). Paulo e seus companheiros viram como a mensagem do Evangelho tocava os corações e as vidas de pessoas de diferentes classes sociais, quando “creram muitos deles, e também mulheres gregas de alta posição, e não poucos homens” (v. 12).

Em Atenas, Paulo testemunhou pelo menos algumas conversões, quando debateu com alguns dos maiores filósofos da época. De volta a Corinto, ele desenvolveu uma grande amizade com um casal de judeus que também fabricavam tendas e tornaram-se grandes cooperadores na obra de Cristo, ou seja, Áqüila e Priscila (At 18:1-3). Os dois o acompanharam na viagem de Corinto a Éfeso, onde ajudaram Apolo a entender mais claramente a verdade do Evangelho. Este então foi enviado à Grécia e desenvolveu seu ministério em Corinto. Enquanto isso, Paulo fez uma parada rápida em Éfeso e logo retornou a Cesaréia e Jerusalém, onde saudou a igreja e em seguida subiu para Antioquia.

Em cada cidade em que pregava, Paulo encontrava severa resistência ao Evangelho. Em Filipos, foi preso junto com Silas por causa do antagonismo da multidão e só foram soltos depois da intervenção sobrenatural de Deus, a qual levou à conversão do carcereiro. Em Tessalônica outros irmãos foram presos porque o apóstolo não foi encontrado, quando o procuraram. Em Corinto, apesar da soltura imediata, Paulo foi atacado pelos judeus e levado diante do tribunal presidido por Gálio (veja Gálio).

Paulo passou algum tempo em Antioquia antes de embarcar para a terceira viagem missionária, realizada no período entre os anos 53:57 d.C. (At 18:23-21.16). Nesta viagem, o apóstolo novamente dirigiu-se ao norte e oeste, por terra, e visitou outra vez as igrejas na Galácia e Frígia (Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia). Quando finalmente chegou em Éfeso, lemos que Paulo encontrou “alguns discípulos”. Eles tinham recebido apenas o batismo de João e, quando o apóstolo lhes falou sobre Jesus Cristo e o Espírito Santo, foram imediatamente batizados “em nome do Senhor Jesus” e o Espírito desceu sobre eles (At 19:1-7). Esse episódio dá uma indicação de que o trabalho do Batista tivera um alcance muito mais amplo do que o relato dos evangelhos poderia sugerir.

Ao começar novamente a pregar na sinagoga, Paulo foi expulso e pregou para os gentios na cidade de Éfeso por dois anos (v. 10). Fica claro que muitos milagres acompanharam a proclamação do Evangelho, e uma breve menção disso é feita no
v. 11. Um grande número de pessoas se converteu, quando muitos mágicos e pessoas adeptas da feitiçaria se converteram e entregaram seus livros de magia, os quais foram queimados publicamente. O
v. 20 resume esse período de ministério: “Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente, e prevalecia”.

Foi durante esse período que ocorreu um grande tumulto em Éfeso. A cidade era famosa pelo templo da deusa Ártemis (veja Ártemis e Alexandre). O livro de Atos não relata em detalhes a perseguição que Paulo experimentou ali, mas provavelmente foi considerável (veja Rm 16:3-4; 1 Co 15.32; 2 Co 1:8-11). O apóstolo então enviou Timóteo e Erasto adiante dele para a Macedônia. Expressou sua intenção de viajar para Jerusalém via Macedônia e Acaia (At 19:21) e informou às pessoas que desejava muito ir até Roma.

Foi durante essa viagem que Paulo se preocupou em angariar dinheiro para ajudar os crentes mais pobres de Jerusalém. Deu instruções às igrejas para que se unissem a ele nessa campanha, pois observava nisso um sinal de unidade da igreja e especialmente entre os convertidos judeus e gentios (Rm 15:25-32).

Paulo navegou para a Macedônia e repetiu seu trajeto anterior por Filipos, Tessalônica e Beréia, a fim de encorajar os crentes. Uma rápida estadia na Grécia, talvez em Atenas, levou a mais perseguições; por isso, ele retornou à Macedônia antes de embarcar e navegar novamente para Trôade, onde continuou a pregar. Num antigo exemplo de reunião e culto no primeiro dia da semana (domingo), lemos que Paulo pregou depois que partiram o pão juntos. Ensinou até tarde da noite, pois partiria no dia seguinte. Devido ao calor da sala lotada e à hora avançada, um jovem chamado Êutico adormeceu sentado numa janela e caiu do terceiro andar, sendo levantado morto. Paulo o restaurou novamente à vida e continuou sua pregação (At 20:7-12).

Na manhã seguinte Paulo viajou e passou por várias cidades portuárias no caminho para o sul, inclusive Mileto, onde se encontrou com os líderes da igreja em Éfeso. Ali, falou-lhes sobre os perigos dos falsos ensinos e a necessidade de vigiarem por si mesmos e pelo rebanho. Encomendou-os a Deus e disse-lhes que era compelido pelo Espírito Santo a ir até Jerusalém. A tristeza da despedida é descrita dramaticamente, quando todos se ajoelharam para orar juntos e perceberam que não veriam novamente o amado apóstolo (vv. 36-38). O restante da jornada é descrito rapidamente por Lucas em Atos 2:1-17. A única parada mais significativa foi em Cesaréia, onde o profeta Ágabo advertiu Paulo de que a perseguição o esperava em Jerusalém. Talvez seja importante notar que a declaração anterior de Paulo, que era compelido pelo Espírito Santo a visitar a cidade santa, teve prioridade sobre a advertência de Ágabo para não ir. Ao que parece, embora a profecia estivesse correta, sua interpretação estava equivocada. O profeta claramente esperava que Paulo desistisse de ir a Jerusalém, mas foi para lá que o apóstolo se dirigiu, o que culminou com sua prisão. Ao fazer isso, o apóstolo mostrou que estava pronto a morrer por Cristo, se fosse necessário (v. 13).

Essa terceira jornada contemplou muitas pessoas convertidas e experimentou muito mais oposições e perseguições; mas também foi um tempo de grande encorajamento. Paulo teve oportunidade de conhecer muitos jovens envolvidos no ministério da Palavra de Deus. Entre os que foram mencionados durante essa viagem, estavam pessoas como “Sópatro de Beréia, filho de Pirro; e dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo; Gaio de Derbe e Timóteo; e dos da Ásia, Tíquico e Trófimo” (At 20:4). Apesar de o apóstolo nunca mais retornar a muitos daqueles lugares, sabia que o trabalho continuaria nas mãos da nova geração de missionários e pastores fiéis ao Senhor.

A prisão e o julgamento. Assim que Paulo chegou a Jerusalém, a profecia de Ágabo se cumpriu. Os judeus instigaram a oposição e o apóstolo foi preso para sua própria proteção, no meio de um tumulto contra ele que quase levou-o à morte (At 21:27-36). Paulo pediu permissão ao comandante romano para falar à multidão e aproveitou a oportunidade para mais uma vez pregar o Evangelho de Jesus, quando falou sobre sua própria conversão e chamado ao ministério para os gentios. Quando mencionou a salvação dos povos, novamente a turba se alvoroçou e o apóstolo foi conduzido com segurança à fortaleza. Foi obrigado a apelar para sua cidadania romana, a fim de não ser chicoteado. No dia seguinte o comandante romano convocou o Sinédrio e Paulo defendeu-se diante de seus acusadores (At 23). Inteligentemente, o apóstolo causou uma divisão entre seus acusadores, ao alegar que era julgado porque acreditava na ressurreição. Os fariseus, que também acreditavam, discutiram com os saduceus, que não aceitavam tal doutrina. Novamente, para sua própria proteção, o apóstolo foi levado à fortaleza. Naquela noite o Senhor lhe apareceu e o encorajou, ao dizer-lhe que deveria ir a Roma para testificar do Evangelho (At 23:11).

Foi descoberto um complô para matar Paulo e o comandante do destacamento romano, Cláudio Lísias, decidiu transferi-lo para Cesaréia, onde seu caso seria examinado pelo governador Félix. O capítulo 24 de Atos descreve o julgamento do apóstolo diante de Félix, que pareceu interessado no que ouviu de Paulo acerca do “caminho”, mas que, em deferência aos judeus, manteve o apóstolo preso por mais dois anos. Quando Pórcio Festo assumiu o governo da província, os líderes judaicos lhe pediram que cuidasse do caso de Paulo. O novo governador fez menção de entregá-lo aos judeus, mas o apóstolo, sabedor de que não teria um julgamento justo em Jerusalém considerando a palavra do Senhor de que deveria ir a Roma, apelou para ser julgado pelo imperador César. Essa atitude de fato livrou-o totalmente do sistema legal judaico. Logo depois o rei Agripa visitou Cesaréia e Festo pediu-lhe que ouvisse o caso de Paulo. Novamente o apóstolo contou sobre sua conversão e testemunhou do Evangelho de Jesus Cristo. Enquanto Festo pensava que Paulo estivesse louco, Agripa pareceu tocado pelo que o apóstolo dissera, e até mesmo insinuou que por pouco não se tornara cristão (At 26:28). A conclusão de Agripa foi que Paulo tinha tudo para ser solto, se não tivesse apelado para Roma (v. 32).

Paulo foi então transportado para Roma na condição de prisioneiro, sob a custódia de um centurião chamado Júlio (para mais detalhes, veja Agripa, Festo, Félix e Júlio). Depois de um naufrágio na ilha de Malta, o qual Paulo usou como uma oportunidade para pregar o Evangelho, finalmente o grupo chegou a Roma, onde o apóstolo foi colocado num regime de prisão domiciliar e tinha permissão para receber visitas (At 28). Durante dois anos vivendo nesse sistema (provavelmente por volta de 61—63 d.C.), Paulo continuou “pregando o reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum” (At 28:31).

A morte de Paulo. Existem poucas indicações sobre o que aconteceu depois desse período de prisão domiciliar em Roma. É claro que Paulo aproveitou a oportunidade da melhor maneira possível para pregar o Evangelho, mas Lucas encerra seu livro neste ponto, ao estabelecer o direito legal para que a Palavra de Deus fosse pregada na capital do império. Existe muita discussão entre os estudiosos sobre o que aconteceu. Desde que as epístolas pastorais (veja abaixo) referem-se a eventos na vida do apóstolo que não são mencionados em Atos, pressupõe-se que Paulo realmente as escreveu. Então, muitos chegam à sublime conclusão de que o apóstolo foi declarado inocente das acusações e colocado em liberdade. Ele próprio dá a entender isso em Filipenses 1:19-25; 2.24. Provavelmente após sua absolvição ele acalentou o desejo de ir à Espanha (veja Rm 15:24-28). Este período também seria a época em que as cartas a Timóteo e Tito foram escritas. Quando o cristianismo foi considerado ilegal, Paulo foi preso novamente e levado de volta a Roma, onde escreveu II Timóteo. Seu período de liberdade provavelmente durou até por volta de 62 a 66 d.C. II Timóteo 4 é então o triste relato do que certamente foi o julgamento final do apóstolo, no qual foi condenado à morte (v. 18). Mesmo nesse triste capítulo, entretanto, percebe-se que Paulo aproveita todas as oportunidades para pregar (2Tm 4.17,18). A tradição diz que morreu em Roma, como mártir nas mãos do imperador Nero, por volta do ano 67 d.C.

Os escritos de Paulo

O legado de Paulo para o mundo é enorme. Além do fato de ter levado a verdade do Evangelho a praticamente todo o mundo conhecido daquela época, também escreveu cartas muito significativas, as quais chegaram até nós como parte do cânon do Novo Testamento. Tais documentos são cheios de exposições sobre Jesus, o pecado, a salvação, a vida cristã, o futuro e a natureza da Igreja. Suas cartas não podem ser examinadas detalhadamente aqui e o resumo apresentado a seguir não faz justiça à profundidade dos ensinamentos que cada uma contém, mas talvez aguce o apetite do leitor e o leve a examiná-las mais detidamente. Em muitos aspectos as epístolas paulinas têm proporcionado o perfil para a Igreja através dos séculos. Embora sempre haja alguns críticos que questionem se o apóstolo realmente escreveu todas as epístolas atribuídas a ele, existem 13 escritas por Paulo no Novo Testamento. Por conveniência, vamos dividi-las em três grupos.

As epístolas maiores e mais antigas. Incluem Gálatas, 1 e II Tessalonicenses, 1 e II Coríntios e Romanos. A primeira é a única carta na qual Paulo não tinha quase nada de positivo a dizer aos destinatários. Escreveu devido à sua grande preocupação, pois muitos gálatas já seguiam “outro evangelho”. O apóstolo temia pela salvação deles e pela pureza da doutrina da vida eterna somente pela graça, por meio da fé. Ao que parece, os que argumentavam que o cristão precisava primeiro tornar-se judeu para ser salvo tinham grande sucesso na difusão de suas ideias. Defendiam a necessidade da circuncisão, a guarda da Lei de Moisés e do sábado. Esses ideais iam diretamente contra o ensino de Paulo de que os gentios tornavam-se cristãos e eram “justificados” (declarados não culpados diante de Deus) por meio da fé em Jesus Cristo e ainda continuavam gentios (Gl 3:8-11,24; 5.4). Paulo disse aos gálatas: “Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gl 1:9). Declarava que eles eram todos filhos de Deus “pela fé em Cristo Jesus... desta forma não há judeu nem grego, não há servo nem livre, não há macho nem fêmea, pois todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendentes de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gl 3:26-29). Jesus livra da letra da lei e da sua punição, pois assim declarou Paulo: “Estou crucificado com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:20). Esta existência em Jesus é uma vida composta de uma nova natureza, agora dirigida pelo Espírito de Cristo e conduzida ao objetivo da vida eterna (Gl 5:16-22,25; 6.8). Paulo afirmava que essas verdades eram para todos os que creem em Jesus Cristo, qualquer que fosse a nacionalidade, sexo ou classe social. O cristianismo nunca seria meramente uma facção do judaísmo. O fato de que as decisões do Concílio de Jerusalém não fazem parte das argumentações e do ensino de Paulo leva alguns a crerem que provavelmente a carta aos Gálatas foi escrita antes desta reunião (talvez em 49 d.C.). Outros colocam a data bem depois.

As epístolas de 1 e II Tessalonicenses são bem conhecidas pelos ensinos que contêm sobre a segunda vinda de Cristo. De fato, na primeira das duas Paulo gasta um tempo considerável encorajando os cristãos na fé, na vida cristã e no testemunho (1Ts 4). Dá graças a Deus por eles, especialmente pela maneira como aceitaram a pregação no início, “não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que credes” (1Ts 2:13). O apóstolo apelou para que continuassem na fé, principalmente à luz da vinda de Cristo, a qual lhes proporcionaria grande esperança e alegria. Deveriam encorajar uns aos outros (1Ts 4:18) com a certeza de que Jesus voltaria e não deveriam lamentar pelos que morressem, como se fossem iguais ao resto do mundo sem esperança (1Ts 4:13). A segunda epístola provavelmente foi escrita durante a permanência de Paulo na cidade de Corinto. Novamente dá graças a Deus pela perseverança dos cristãos, pela fé e pelo amor que demonstravam uns aos outros (2Ts 1:3-12). Parte da carta, entretanto, é escrita para corrigir algumas ideias equivocadas sobre a volta de Cristo. Um fanatismo desenvolvera-se, o qual aparentemente levava as pessoas a deixar de trabalhar, a fim de esperar a iminente volta do Senhor (2Ts 2). Paulo insistiu em que os irmãos deveriam levar uma vida cristã normal, mesmo diante das dificuldades e perseguições. O fato de que Deus os escolheu e salvou por meio da operação do Espírito os ajudaria a permanecer firmes na fé (2Ts 2:13-15).

As epístolas aos Coríntios provavelmente foram escritas durante a longa permanência de Paulo na cidade de Éfeso. A primeira carta trata de uma variedade de problemas que a igreja enfrentava. O apóstolo demonstrou preocupação pela maneira como os cristãos se dividiam em facções (1Co 1:12). Lembrou que não deveriam ir diante dos tribunais seculares para resolver suas diferenças (1Co 6). Ensinou-os sobre a importância de uma vida moralmente pura e lembrou que seus corpos eram santuário de Deus e o Espírito de Deus habitava neles (1Co 3:16-5:1-13). Tratou da questão prática sobre se deveriam ou não comer carne previamente oferecida a divindades pagãs e também discutiu sobre a maneira como os dons espirituais deviam ser usados na 1greja, ou seja, para a edificação e a manifestação do verdadeiro amor cristão no meio da comunidade (1Co 12:14). A ressurreição física de Cristo também é amplamente discutida em I Coríntios 15.

Na época em que Paulo escreveu a segunda carta aos Coríntios, as supostas divisões na igreja estavam cada vez mais patentes. Ele, porém, preocupou-se com o seu próprio relacionamento com a igreja e discutiu sobre isso. É claro que alguns irmãos da comunidade o desrespeitavam, talvez mediante o argumento de que não era mais espiritual do que os líderes locais, os quais Paulo chama de “excelentes apóstolos” (2Co 11:5).

Nesta carta, Paulo demonstrou como deveria ser a vida do verdadeiro cristão. Ao tomar sua própria vida como exemplo, mostrou que sofreu terríveis perseguições e dificuldades por causa de Cristo (2Co 10:12). Talvez não fosse o mais eloqüente dos oradores, mas fora chamado para o ministério do Evangelho e Deus tinha honrado seu trabalho. Muitas vezes sentiu-se enfraquecido e derrotado, mas a fé no Senhor Jesus Cristo e o desejo de completar seu chamado fizeram-no seguir adiante (veja especialmente 2 Co 4 e 5; 7). Lembrou os leitores sobre a glória do Evangelho (2Co
3) e os encorajou a serem generosos na oferta para os pobres de Jerusalém (2Co 8).

A carta aos Romanos provavelmente foi redigida na década de 50 d.C. É uma epístola escrita a uma igreja que o apóstolo nunca visitara. É cheia de louvores pela fé e pelo compromisso deles com Cristo. Seu tema principal enfatiza que a justificação se opera pela fé em Jesus, tanto para os judeus como para os gentios. Existe alguma discussão sobre o motivo que levou Paulo a escrever esta carta. Alguns dizem que estava consciente das divergências entre os convertidos judeus e gentios na igreja e a necessidade que tinham de uma ajuda pastoral. Outros alegam que a carta formou a base teológica para sua estratégia missionária de levar o Evangelho aos gentios e que o apóstolo esperava o apoio dos cristãos de Roma no seu projeto de viajar à Espanha. Existem outros motivos alegados. A própria carta enfatiza que todas as pessoas, tanto judeus como gentios, têm pecado (Rm 1:18-3.10,11; etc.). A salvação, entretanto, veio para todo o que tem fé em Jesus Cristo, “sem distinção”. Embora todos tenham pecado, os que crêem “são justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:23-24). A razão para esta possibilidade de salvação para todos é vista na natureza vicária da morte de Cristo (Rm 3:24-26; veja Jesus). Judeus e gentios igualmente são herdeiros das ricas bênçãos da aliança de Deus, porque o Senhor é fiel em cumprir suas promessas. A justiça de Deus é vista na absolvição dos que são salvos pela graça, mas também na maneira como cumpriu as promessas feitas a Abraão, o grande exemplo de justificação pela fé (Rm 4). Nesta epístola, Paulo discutiu também sobre a vida cristã debaixo da direção do Espírito Santo, ou sobre o privilégio da adoção de filhos de Deus e a segurança eterna que ela proporciona (Rm 8). Paulo mencionou também como a nação de Israel encaixa-se no grande plano de salvação de Deus (Rm 9:11) e enviou instruções sobre como os cristãos devem viver para Cristo, como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12:1-2).

As epístolas da prisão. Essas cartas foram redigidas na prisão. Há alguma discussão sobre se todas foram escritas durante o tempo em que Paulo esteve preso em Roma ou durante um período em que ficou detido em Cesaréia. Se todas são do tempo da prisão na capital do império, elas foram elaboradas entre 62 e 63 d.C. Aqui estão incluídas as cartas aos Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom (para mais detalhes sobre Filemom, veja Filemom e Onésimo).

A carta aos Efésios se inicia com uma das mais gloriosas passagens das Escrituras, pois descreve as grandes bênçãos que os cristãos experimentam por estarem “em Cristo”. Tais promessas foram planejadas por Deus desde antes da criação do mundo. Incluem o perdão dos pecados, a adoção para os que se tornam filhos de Deus, a alegria da glória de Deus e a posse do Espírito Santo como garantia da redenção e da plena herança da vida eterna (Ef 1). A epístola medita sobre essas bênçãos e o maravilhoso amor de Deus por seu povo, amor este que leva à grande demonstração da graça na salvação dos que têm fé em Jesus (Ef 2). A Igreja é o Corpo de Cristo, unida no chamado e no propósito (Ef 2:11-12). Portanto, o povo de Deus deve viver como filhos da luz, andar cheios do Espírito Santo, ser imitadores de Deus e testemunhas dele no meio das trevas do mundo ao redor (Ef 4:1-5.21). Paulo prossegue e expõe como certos relacionamentos específicos refletiriam o amor de Deus por seu povo (Ef 21. a 6.10). Depois insistiu em que os cristãos permanecessem firmes na fé e colocassem toda a armadura de Deus, liderados pelo Espírito e obedientes à Palavra do Senhor (Ef 6:1-18).

Filipenses é uma carta de agradecimento. O apóstolo escreveu para agradecer aos cristãos de Filipos pela recente ajuda financeira que lhe enviaram (especialmente Fl 1 e 4:10-20). Os crentes daquela cidade aparentemente eram mantenedores fiéis do ministério de Paulo, e sua gratidão a Deus pela vida deles brilha por toda a carta. Os comentários pessoais sobre Epafrodito e sua enfermidade refletem o relacionamento pessoal que o apóstolo mantinha com esses irmãos. Paulo advertiu-os com relação aos judaizantes (Fl 3:1-11) e os desafiou a permanecer firmes e continuar a viver vidas “dignas de Cristo”, qualquer que fosse a situação que tivessem de enfrentar (Fl 1:27-30; 2:12-18; 3.12 a 4.1). A passagem teológica mais notável pode ser encontrada em Filipenses 2:1-11. O texto fala sobre a humildade de Cristo, uma característica que ninguém no mundo antigo e muito menos no moderno realmente aspira! Esta humildade demonstrada por Jesus, que acompanhou seu chamado até a cruz, proporciona a base e o exemplo ao apelo de Paulo para que os filipenses continuassem unidos em humildade, sem murmurações, enquanto cumpriam o próprio chamado. Esta vocação é resumida por Paulo em Filipenses 2:14-17. Deveriam resplandecer “como astros no mundo, retendo a palavra da vida”.

Os cristãos de Colossos provavelmente eram, na maioria, gentios; portanto, foram os primeiros a se converter ao Evangelho por intermédio do ministério de Epafras (Cl 1:7-2.13). Pelo que Paulo diz, os eruditos inferem que, ao escrever esta carta, ele estava preocupado com algumas doutrinas falsas que haviam entrado na igreja. Talvez o ensino herético tenha diminuído a importância de Cristo, pois enfatizava demais a sabedoria humana. Talvez insistissem na adoção de certas práticas judaicas como a circuncisão e a guarda do sábado. A adoração de anjos provavelmente fazia parte das ideias, e possivelmente havia também uma ênfase no misticismo e nas revelações secretas. Em resposta a tudo isso, Paulo falou sobre a preeminência de Jesus sobre todas as coisas. Somente Ele é o cabeça da Igreja. É o Criador preexistente e o primeiro a ressuscitar dentre os mortos (Cl 1:15-23). Foi em Cristo que aquelas pessoas haviam morrido para o pecado e ressuscitado por Deus para uma nova vida. Foi “nele” que foram perdoadas. “Em Cristo” as leis do sábado e sobre comidas e bebidas foram consideradas redundantes, pois eram apenas “sombras” que esperavam a manifestação do Filho de Deus (Cl 2:16-19). O desafio para esses cristãos era que não se afastassem de Jesus, em busca de experiências espirituais por meio de anjos ou da obediência a preceitos legais; pelo contrário, conforme Paulo diz, “pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra. Pois morrestes, e a vossa vida está oculta com Cristo em Deus” (Cl 3:2-3). Deveriam viver como escolhidos de Deus e filhos consagrados, a fim de que a palavra de Cristo habitasse neles abundantemente (Cl 3:15-17).

As epístolas pastorais. Essas cartas são 1 e II Timóteo e Tito. São tradicionalmente chamadas de “pastorais” porque incluem instruções para os jovens pastores Timóteo e Tito, na liderança da igreja primitiva. Paulo desafiou esses líderes a estar vigilantes contra o falso ensino que rapidamente surgiria nas igrejas (1Tm 1:3-20; 2 Tm 3; Tt 1:1016; etc.). O apóstolo os exortou quanto à oração pública e deu instruções sobre o tipo de pessoa adequada para ocupar cargos de liderança nas igrejas (1Tm 3:1-13; Tt 1:6-9). Paulo também desejava que eles soubessem o que ensinar e como lidar com diferentes grupos de pessoas. O ensino deveria ser de acordo com as Escrituras e não comprometido por causa de pessoas que nem sempre gostavam do que ouviam (2Tm 3.14 a 4.5; Tt 2; etc.) A mensagem também precisava exortar contra as dissensões e a apostasia que seriam os sintomas dos “últimos dias” (1Tm 4:1-16; 6:3-10; 2 Tm 2.14 a 3.9; etc.).

O ensino de Paulo

Apenas alguns dos ensinamentos de Paulo foram mencionados aqui. O que motivou o apóstolo em seu ensino foi sua experiência pessoal na estrada de Damasco. Enquanto refletia sobre o que acontecera ali, chegara à conclusão de que aquela luminosidade o deixara cego a fim de que pudesse contemplar o poder de Deus. Jesus tinha essa glória; portanto, era Senhor, um ponto que enfatiza várias vezes, inclusive ao aplicar a Cristo declarações e ideias atribuídas a Yahweh no Antigo Testamento. O apóstolo reconheceu que, embora fosse judeu, precisava de salvação e perdão do pecado, e tais dádivas só podiam ser encontradas no sacrifício de Cristo, que morrera em seu lugar na cruz. Esta grande mensagem era para todas as pessoas, independentemente de raça ou antecedentes.

Todos pecaram. Esse assentimento da situação difícil do homem serve como base da grande convicção que Paulo tinha de que todas as pessoas precisavam ouvir o Evangelho. Em Romanos 1:3 ele demonstra que os gentios (os pagãos) serão considerados culpados de rejeição para com Deus com base em sua revelação por meio da criação. O apóstolo argumenta assim: “Visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis” (Rm 1:19-20). O pecado tem levado a mais transgressões, pois as pessoas se afastam de Deus em rebelião, de maneira que o Senhor as entrega a práticas infames que desejam realizar. O fim delas está claramente determinado: “Mas, segundo a tua dureza de coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus” (Rm 2:5). Para o apóstolo, entretanto, falar de tal profundidade do pecado entre os gentios era uma coisa; mas ele prossegue e argumenta que os judeus estão na mesma situação, pois “para com Deus não há acepção de pessoas” (Rm 2:11). A Lei de Moisés não pode salvar e Paulo argumenta que o verdadeiro judeu é o que o é interiormente: “Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra, e cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus” (v. 29). A vantagem do judeu reside no fato de que tem a Palavra de Deus, a Lei e as Escrituras do Antigo Testamento (Rm 3:2), ainda que essa mesma Lei aponte para a justiça de Deus e o juízo sobre o pecado. A Lei revela como os homens e as mulheres realmente são pecadores (Rm 3:20). As conclusões de Paulo, baseadas no que é ensinado nesses capítulos, são resumidas numa citação de vários livros da própria Lei na qual os judeus achavam que podiam confiar: “Não há um justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Rm 3:10-12; veja Sl 14:1-3; 53:1-3). Portanto, o resultado desse pecado universal é claro, pois ninguém escapará da ira (do justo julgamento) de Deus. Por isso, o problema enfrentado por toda a humanidade é temível. Seja judeu ou gentio, o Senhor não fará distinção entre os pecadores.

Cristo crucificado. Para o apóstolo, havia apenas uma resposta para essa questão, e ele a encontrara na pessoa de Jesus. Aonde quer que fosse, Paulo proclamava a Cristo. O Filho de Deus era a resposta para a situação de todas as pessoas, não somente para os judeus, mas também os gentios. Todos estão debaixo do julgamento de Deus e precisam de salvação, redenção e perdão. O Senhor, entretanto, jamais ignoraria sua justiça, ou seja, não expressaria amor por meio da supressão da justiça (veja Deus, Jesus). Deus é amor, mas é também justiça. Paulo aprendera que, em Cristo, a justiça perfeita de Deus foi revelada, mas a grande bondade, o amor, a misericórdia e a graça do Senhor também se manifestam em Jesus.

Em Romanos 3:21-26 Paulo expôs que essa justiça de Deus é “pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem” (v. 22). Precisamente porque o Senhor não tem favoritismo, “pois todos pecaram”, homens e mulheres de todas as raças são “justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (v. 24). Jesus foi apresentado por Deus como sacrifício. A fé em Cristo significa entender que sua vida foi dada como um sacrifício de expiação pelos pecados e que, desta maneira, Deus permanece justo — o castigo pelo pecado foi pago na cruz. Paulo refere-se a esse sacrifício de maneiras diferentes em outros textos. Por exemplo, viu o sacrifício como “aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21). Também contemplou Jesus da seguinte maneira: “Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co 5:7).

O argumento de Paulo de que judeus e gentios encontravam a salvação da mesma maneira está baseado no fato de que “há somente um Deus” para todos. Portanto, desde que Ele é justo e não faz distinção, a salvação será pela fé em Jesus Cristo para todo o que crer (Rm 3:29-30).

Para o apóstolo, o advento de Cristo cumpriu o propósito de Deus para a salvação: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4:4-5). Sob a Lei, Cristo recebeu a punição sobre si e resgatou as pessoas da “maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3:13). O sacrifício de Jesus na cruz e a redenção que pagou para nós com seu próprio sangue tornaram-se o ponto principal da pregação de Paulo. Essas eram as boas novas: Jesus trouxe o perdão e recebeu a punição pelo pecado. O apóstolo assim resume sua pregação: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado” (1Co 1:23). Sua mensagem era “a palavra da cruz” (1Co 1:18).

Justificação pela graça por meio da fé. O aceso a essa obra salvadora de Cristo na cruz era, para o apóstolo, inteiramente pela graça de Deus. Se a redenção fosse alcançada por meio da obediência à Lei, seria possível que as pessoas se orgulhassem de ter alcançado a própria salvação; Paulo, porém, tinha plena convicção de que era obra de Deus por seu povo e uma demonstração da sua graça (seu amor e misericórdia imerecidos) em favor do seu povo (Ef 2:9). Várias vezes o apóstolo insiste em que todos terão de comparecer diante do trono de Deus, e a única esperança do veredicto de “não culpado” (de justificado), quando enfrentassem o julgamento justo de Deus, estava na sua graça. Assim, a redenção vem pela graça e o indivíduo pode apropriar-se dela pela fé, que envolve um compromisso com a justiça de Deus e com seus caminhos justos em Cristo. A fé olha somente para Deus em busca da salvação e, desta maneira, o homem admite a própria incapacidade diante do Senhor, reconhece o pecado e a necessidade de perdão, e olha para Deus como o único que o pode perdoar.

Essa justificação é conquistada à custa da morte de Cristo, e o pagamento da dívida foi confirmado por Deus na ressurreição de seu Filho (Rm 4:25-5.16,18; etc.). Nenhum outro custo é exigido. Os pecadores são justificados “gratuitamente pela graça”; “Pois é pela graça que sois salvos, por meio da fé — e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Rm 3:24; Ef 2:5-8; etc.). Desde que a obediência à Lei não proporcionou a salvação, novamente Paulo mostra que os gentios também estão incluídos. Eles podem ter fé: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro a evangelho a Abraão, dizendo: Em ti serão benditas todas as nações” (Gl 3:8). Paulo não ensina somente sobre a justificação pela fé em Cristo como meio para alguém se tornar cristão. Deus salva a todos pela graça com um propósito: “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos” (2Tm 1.9). Essa justificação pela graça significa que os que crêem têm acesso a todas as bênçãos que o Senhor prometeu ao seu povo, resumidas nas palavras “vida eterna”: “A fim de que, justificados por sua graça, sejamos feitos seus herdeiros segundo a esperança da vida eterna” (Ti 3.7).

A vida no Espírito. De acordo com os escritos de Paulo, a operação do Espírito Santo permeia cada área da vida cristã e da Igreja. Ele primeiramente se manifesta na proclamação do Evangelho do Cristo crucificado. A pregação do apóstolo levava as pessoas à conversão porque, segundo ele, “a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1Co 2:4). Esta obra do Espírito, segundo Paulo, era para que a fé se apoiasse inteiramente no poder de Deus (v. 5), “de sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10:17-1 Ts 1.5). O Espírito, entretanto, está ativo também na vida da pessoa que ouve a mensagem, pois “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, pois lhe parecem loucura, e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2:14). Assim, o Espírito de Deus está ativamente presente na pregação do Evangelho e na vida do que ouve e se volta para Cristo.

Os que exercem a fé são redimidos e justificados e sabem que não são mais condenados por Deus. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1). A evidência que eles têm da obra de Deus em suas vidas, segundo Paulo, está na posse do Espírito Santo. A vida no Espírito desta maneira traz ao crente muitas bênçãos e muitos desafios. Todos os que pertencem a Jesus possuem o Espírito de Cristo, e isso significa que são controlados pelo Espírito (Rm 8:9). É Ele quem garante a uma pessoa que ela pertence a Deus. De fato, este é o “selo de posse” de Deus, “o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações” (2Co 1:22). Esse aspecto da função do Espírito como “um selo de garantia” é mencionado em numerosas ocasiões, especialmente quando Paulo pensa sobre o futuro, quando teria de enfrentar a morte, ou sobre a herança que um dia os cristãos receberão do Senhor (2Co 5:4-5; Ef 1:14; etc.).

O Espírito Santo auxilia as pessoas na oração e leva as súplicas dos crentes fracos e falíveis diante do Pai (Rm 8:26-27). Desde que a vida cristã é vivida em comunidade, o Espírito também ajuda na vida corporativa da Igreja. Segundo Paulo, cada cristão recebe algum “dom do Espírito” com o qual ajuda outros crentes em seu progresso espiritual. Esses dons serão úteis na edificação de outras pessoas na fé, de maneiras variadas. O apóstolo não dá uma lista exaustiva de tais dons, mas menciona diversos, como demonstrar hospitalidade, falar em línguas, ensinar, repartir com liberalidade, profetizar e administrar (1Co 12:4-11; Rm 12:6-8). Intimamente ligado a esse trabalho que capacita todos os crentes a ter uma plena participação na vida da Igreja está o trabalho de promover a unidade cristã. Freqüentemente Paulo enfatiza essa tarefa do Espírito Santo. A unidade entre os crentes não é um acessório opcional, mas a essência da fé cristã, pois ela é proveniente da própria natureza de Deus: “Pois todos nós fomos batizados em um só Espírito, formando um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1Co 12:13). Desta maneira, é tarefa de cada cristão procurar “guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz”, porque “há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos” (Ef 4:3-6).

Um importante aspecto da operação do Espírito Santo na vida do crente é o de produzir a consciência do pecado, a necessidade do perdão e ajudar o indivíduo a viver em santidade e integridade para a glória de Deus. Esse processo efetuado pelo Espírito leva ao crescimento e é chamado de “santificação”. É papel do Espírito separar o crente da pecaminosidade e operar nele, para que ele produza uma existência cada vez mais semelhante à de Cristo. Em II Tessalonicenses 2:13 Paulo diz: “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (veja também 1 Co 6.11). É esse trabalho do Espírito que os cristãos ignoram, para a própria perdição. O apóstolo insiste em que todos devem “viver no Espírito” e dessa maneira serão protegidos do mal que os cerca e do pecado: “Digo, porém: Andai no Espírito, e não satisfareis à concupiscência da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à carne. Estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gl 5:16-17; Rm 8:13-15).

Quando lemos os escritos de Paulo, observamos que é difícil encontrar uma obra do Espírito que nos deixe tão empolgados do que a que concede ao crente o direito de ser “filho de Deus”. Isso claramente tem que ver com o fato de sermos herdeiros de todas as bênçãos do Senhor, mas também com o relacionamento novo e pessoal com o Pai: “Porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” (Gl 4:6; veja Aba). Essa convivência é maravilhosamente libertadora: “Pois não recebestes o espírito de escravidão para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8:15). De acordo com Paulo, o Espírito Santo é essencial para a própria existência do cristão. Ele inicia, confirma e desenvolve a fé, estabelece a unidade, vive no interior do crente, promove a santificação, garante o futuro, possibilita a vida em comunidade e cumpre muitas outras tarefas além dessas. Seu objetivo é cumprir a plena vontade de Deus na vida do cristão individualmente e na vida da Igreja de Deus.

A vida depois da morte. Paulo tinha plena convicção da vida após a morte. Pressupunha que um dia todas as pessoas testemunhariam a volta do Senhor e enfrentariam seu julgamento (Rm 2:5-14.10; Fp 2:10). Naquele dia haverá uma separação entre as pessoas, que não dependerá de suas boas obras ou más ações, mas da experiência da graça de Deus que tiveram em suas vidas, pela fé (Rm 5:1-8.1). Uma das maiores alegrias que Paulo demonstrava como cristão era o fato de não temer a morte, pois cria que Jesus conduziu seus pecados sobre si na cruz, onde pagou por eles (Rm 8:1517). De fato, o apóstolo tinha plena confiança no futuro. Se morresse ou permanecesse vivo, estaria com o Senhor e continuaria a glorificá-lo (2Co 5:6-9). De todas as pessoas, Paulo estava consciente da fragilidade da vida humana. Em muitas ocasiões esteve próximo da morte e muitas vezes foi espancado e apedrejado (2Co 11:23-29). Falou em “gemer” e carregar um fardo nesse corpo, mas mesmo assim perseverava, ciente de que um dia o que é mortal será absorvido pela vida (2Co 5:4). Novamente o apóstolo voltou-se para o Espírito Santo dentro dele para a confirmação e a garantia dessas promessas futuras (v. 5).

Embora Paulo deixasse claro que preferia estar com o Senhor do que sofrer perseguições por causa da fé, nunca se preocupou com o que viria depois da morte. Pelo contrário, sua absoluta convicção de que um dia, como Cristo, ele ressuscitaria dentre os mortos e herdaria a vida eterna deu-lhe um propósito para a existência. Deus o chamara para proclamar as boas novas de que Jesus morrera no lugar de todo o que cresse nele e ressuscitara dentre os mortos, sendo “as primícias” dos que dormem. A volta de Cristo e a ressurreição dos mortos levarão a uma mudança radical do corpo (1Co 15:20-35-44). Isso levou o apóstolo a declarar: “Mas a nossa pátria está nos céus, de onde esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo de humilhação, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3:20-21).

Existe muita discussão sobre o que Paulo imaginava a respeito do tempo da morte e o da ressurreição geral, na vinda de Cristo. Será que o apóstolo acreditava em alguma forma de “sono da alma”, no qual as pessoas entrariam em um tipo de inconsciência, no aguardo da vinda de Cristo? Ou será que acreditava na possibilidade de o espírito humano ir imediatamente à presença do Senhor? Não temos espaço aqui para examinar o ensino de Paulo detalhadamente, mas existem passagens que deixam claro o seu ponto de vista: após a morte, o homem interior (alma e espírito) é imediatamente conduzido à presença do Senhor. Ao falar novamente sobre seu desejo de servir a Deus, ao mesmo tempo em que desejava estar com Ele na eternidade, Paulo disse: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1:23; veja também 2 Co 5.3).

Apesar de todas as suas implicações, para o apóstolo a morte significava “glória eterna”; “estar com o Senhor”; “vida”; “da parte de Deus um edifício, uma casa... eterna, nos céus” (2Co 4:17-5.1,4,8). Não é de estranhar, portanto, que pudesse declarar: “Portanto, nós não atentamos nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem. Pois as que se vêem são temporais, e as que não se vêem são eternas” (2Co 4:18).

Conclusões

Certamente Paulo foi o maior mestre da fé cristã depois do próprio Senhor Jesus Cristo. Chamado e dirigido pelo Espírito Santo para proclamar o Evangelho aos gentios, esse grande teólogo expôs as profundidades da fé cristã de uma maneira que se mostra fundamental para a Igreja de Jesus através dos séculos. Seu total compromisso com o Evangelho do Cristo crucificado permanece como um exemplo para todos os crentes de todas as épocas. Seu desejo de preservar a verdade contra todas as heresias ou qualquer coisa que tentasse desfazer o direito à salvação somente pela graça brilha através de todos os seus escritos. Seu profundo zelo pela aplicação da verdade do Evangelho na vida do crente levou-o a escrever páginas sobre como se deve viver o autêntico cristianismo no meio de uma sociedade pagã. Tudo isso só seria alcançado por meio do Espírito Santo, que vive no interior do crente para realizar os propósitos do Pai. Seu profundo amor pelos irmãos na fé e a maneira como sofria e entristecia-se com os pecados e sofrimentos deles são vistos não somente no modo como escreveu sobre os crentes, ou seja, com grande carinho e encorajamento, mas também em suas repetidas referências às orações que fazia por eles.

Sua profunda convicção de que todos pecaram e estão debaixo do julgamento de Deus e sua preocupação para que homens e mulheres ao redor do mundo encontrassem a salvação de que precisavam tão desesperadamente levaram Paulo a responder ao chamado para pregar o Evangelho aos gentios. Para o apóstolo, Cristo era a única resposta.

Ele era o foco e o poder da vida de Paulo e, acima de tudo, aquele que morreu para que ele recebesse o perdão e encontrasse a justificação e a vida eterna no último dia. P.D.G.


Paulo [Pequeno] - Nome romano de SAULO, APÓSTOLO dos GENTIOS, o maior vulto da Igreja primitiva (At 13:9). Israelita da tribo de Benjamim (Fp 3:5) e FARISEU (At 23:6), era cidadão romano por ter nascido em TARSO. Foi educado em Jerusalém aos pés de GAMALIEL (At 22:3); 26:4-5). De perseguidor dos cristãos (At 8:3), passou a ser pregador do evangelho, a partir de sua conversão (At 9). De Damasco foi à Arábia (Gl 1:17). Voltando para Damasco, teve de fugir (At 9:23-25). Em Jerusalém os cristãos tinham receio dele (At 9:26-28), mas Barnabé o levou aos apóstolos. Foi enviado a Tarso (At 9:30), e dali Barnabé o levou a Antioquia da Síria (At 11:19-30). Com vários companheiros Paulo realizou três viagens missionárias (Act 13—20). Em Jerusalém enfrentou a fúria dos opositores, indo parar em Cesaréia (At 21:17—23:) 35), onde compareceu perante Félix, Festo e Herodes Agripa II (Act 24—26). Tendo apelado para o Imperador, viajou para Roma, onde permaneceu preso durante 2 anos (At 27—28;
v. os mapas das viagens missioná rias de Paulo: PRIMEIRA VIAGEM DE PAULO, SEGUNDA VIAGEM DE PAULO, TERCEIRA VIAGEM DE PAULO, VIAGEM

Paúlo

substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.
Cerrado para o gado.

substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.
Cerrado para o gado.

Presente

o uso de dar presentes é muito vulgar nos países do oriente. Governadores e reis, vendo muitas vezes as dificuldades e perigos em alcançar rendimentos por meio do lançamento de impostos, estimulavam os seus súditos a que livremente lhes oferecessem presentes (1 Sm 10.27). Era sempre de esperar que quem se aproximava do rei ou dos seus ministros havia de levar-lhes quaisquer dons (Pv 18:16). Esta prática dava origem a grandes abusos, abrindo larga porta ao suborno e a toda espécie de corrupção, atos que são fortemente condenados em muitas passagens da Sagrada Escritura (Êx 23:8Dt 10:17Sl 15:5is 1:23, e outros textos). Algumas vezes acontecia que o rei, quando celebrava alguma festa, presenteava com vestimentas todos os que tinham sido convidados, a fim de que estes envergassem o vestido próprio antes de se sentarem à mesa (Gn 45:22 – 2 Rs 10.22 – Ap 3:5). A recusa de um presente era considerada como grande insulto. Todavia, o dar é freqüentes vezes apenas a maneira oriental de principiar um negócio (vede Gn 23 – 2 Sm 24.22).

Aristóteles foi um apaixonado pela pesquisa sobre o tempo. De acordo com estudo feito por Hermínio Miranda [A memória e o tempo. São Paulo: Edicel, 1981. 2 v.] o filósofo grego entendia o tempo como uma quantidade contínua de passado, presente e futuro, como um todo. O hoje, ou o agora, é uma partícula indivisível de tempo, encravada entre passado e futuro e que, de certa forma, tem que pertencer um pouco a cada um deles. Diz o pensador que o agora é o fim e o princípio do tempo, não ao mesmo tempo, mas o fim do que passou e o início do que virá. Para Agostinho, ainda dentro da pesquisa de Miranda, esse momento, de sutilíssima passagem e difícil apreensão intelectual, passa por nós a uma velocidade tão fantástica que não lhe resta nenhuma extensão de duração. Hermínio aproveita para sugerir a conclusão de que o presente não existe – seria um mero ponto abstrato, onde uma eternidade futura está em contato com outra eternidade passada.
Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O passado é minha advertência

[...] O presente é nossa oportunidade para agir, enquanto o amanhã é de Deus.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 4

P [...] Será difícil realizar alguma coisa no presente, quando nossas mentes estão em outros momentos, sejam passados, sejam futuros. Mas o presente é o tempo que temos para construir. Nenhum sonho se realizará no futuro se não trabalharmos pela sua realização agora. Podemos começar disciplinando nosso pensamento para viver o momento presente, procurando desfrutar do que ele nos traz aqui e agora.
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um velho caminho

O presente é apenas um porto de passagem no espaço e no tempo, do qual estamos chegando de muito longe, de viagem para o grande futuro.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O presente é perene traço de união entre os resquícios do pretérito e uma vida futura melhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 44


Quando

advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
Em qual época: quando partiram?
advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

Rogo

Rogo SÚPLICA (2Co 8:4).

Verdade

substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
[Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.

Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

[...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

[...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

[...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

[...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

[...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

[...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

[...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

[...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

[...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

[...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

A verdade é a essência espiritual da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21


Verdade
1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).


Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
II Coríntios 10: 1 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Além disto, eu, Paulo, eu mesmo, vos exorto, por- operação- da mansidão e benignidade de o Cristo (eu que, em verdade, quando presente ①, sou humilde- tímido entre vós; estando eu ausente (de vós), porém, sou ousado para convosco);
II Coríntios 10: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

G1161
δέ
e / mas / alem do mais / além disso
(moreover)
Conjunção
G1223
diá
διά
Através dos
(through)
Preposição
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G1932
epieíkeia
ἐπιείκεια
ele, ela
(and that)
Pronome
G2292
tharrhéō
θαῤῥέω
ter muita coragem, ser de bom ânimo
(Being confident)
Verbo - particípio presente ativo - nominativo Masculino no Plural
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2596
katá
κατά
treinar, dedicar, inaugurar
(do dedicated)
Verbo
G3303
mén
μέν
realmente
(indeed)
Conjunção
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3739
hós
ὅς
que
(which)
Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
G3870
parakaléō
παρακαλέω
o nome primitivo de Betel e provavelmente o nome da cidade que fica próxima à
([was called] Luz)
Substantivo
G3972
Paûlos
Παῦλος
Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas
(Paulus)
Substantivo - masculino dativo singular
G4240
praÿtēs
πραΰτης
[e] gentileza
([and] gentleness)
Substantivo - feminino acusativo singular
G4383
prósōpon
πρόσωπον
um tropeço, meio ou ocasião para tropeço, pedra de tropeço
(a stumbling block)
Substantivo
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G5011
tapeinós
ταπεινός
uma cidade sacerdotal em Benjamim situada em alguma elevação ao norte e próxima de
(to Nob)
Substantivo
G548
ápeimi
ἄπειμι
fé, apoio, segurança, certeza
(a sure)
Substantivo
G5547
Christós
Χριστός
Cristo
(Christ)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


δέ


(G1161)
(deh)

1161 δε de

partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

  1. mas, além do mais, e, etc.

διά


(G1223)
diá (dee-ah')

1223 δια dia

preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

  1. através de
    1. de lugar
      1. com
      2. em, para
    2. de tempo
      1. por tudo, do começo ao fim
      2. durante
    3. de meios
      1. atrave/s, pelo
      2. por meio de
  2. por causa de
    1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
      1. por razão de
      2. por causa de
      3. por esta razão
      4. consequentemente, portanto
      5. por este motivo

ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

ἐπιείκεια


(G1932)
epieíkeia (ep-ee-i'-ki-ah)

1932 επιεικεια epieikeia

de 1933; TDNT - 2:588,243; n f

  1. suavidade, gentileza, integridade

Sinônimos ver verbete 5899


θαῤῥέω


(G2292)
tharrhéō (thar-hreh'-o)

2292 θαρρεω tharrheo

outra forma para 2293; TDNT - 3:25,315; v

ter muita coragem, ser de bom ânimo

ser ousado


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κατά


(G2596)
katá (kat-ah')

2596 κατα kata

partícula primária; prep

abaixo de, por toda parte

de acordo com, com respeito a, ao longo de


μέν


(G3303)
mén (men)

3303 μεν men

partícula primária; partícula

  1. verdadeiramente, certamente, seguramente, de fato


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅς


(G3739)
hós (hos)

3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

  1. quem, que, o qual

παρακαλέω


(G3870)
parakaléō (par-ak-al-eh'-o)

3870 παρακαλεω parakaleo

de 3844 e 2564; TDNT - 5:773,778; v

  1. chamar para o (meu) lado, chamar, convocar
  2. dirigir-se a, falar a, (recorrer a, apelar para), o que pode ser feito por meio de exortação, solicitação, conforto, instrução, etc.
    1. admoestar, exortar
    2. rogar, solicitar, pedir
      1. esforçar-se por satisfazer de forma humilde e sem orgulho
    3. consolar, encorajar e fortalecer pela consolação, confortar
      1. receber consolação, ser confortado
    4. encorajar, fortalecer
    5. exortando, confortando e encorajando
    6. instruir, ensinar

Παῦλος


(G3972)
Paûlos (pow'-los)

3972 παυλος Paulos

de origem latina; n pr m Paulo = “pequeno ou menor”

Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas paulinas

Paulo era representante ou procônsul de Chipre. É conhecido como homem prudente tanto na administração dos afazeres quanto como governador


πραΰτης


(G4240)
praÿtēs (prah-oo'-tace)

4240 πραυτης prautes

de 4239; TDNT - 6:645,929; n f

  1. gentileza, bondade de espírito, humildade

πρόσωπον


(G4383)
prósōpon (pros'-o-pon)

4383 προσωπον prosopon

de 4314 e ops (rosto, de 3700); TDNT - 6:768,950; n n

  1. face
    1. a fronte da cabeça humana
    2. semblante, expressão
      1. o rosto, na medida em que é o orgão de visão, e (pelos seus vários movimentos e variações) o índex dos pensamentos e sentimentos íntimos
    3. aparência que alguém apresenta pela sua riqueza ou propriedade, sua posição ou baixa condição
      1. circunstâncias e condições externas
      2. usado nas expressões que denotam ter consideração pela pessoa em julgamento e no tratamento às pessoas

        aparência externa de coisas inanimadas


σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

ταπεινός


(G5011)
tapeinós (tap-i-nos')

5011 ταπεινος tapeinos

de derivação incerta; TDNT - 8:1,1152; adj

  1. que não se levanta muito do chão
  2. metáf.
    1. como uma condição, humilde, de grau baixo
    2. abatido pela tristeza, rebaixado, deprimido
    3. humilde de espírito, humilde
    4. num mau sentido, que se comporta de forma humilhante, que se submete à servidão

ἄπειμι


(G548)
ápeimi (ap'-i-mee)

548 απειμι apeimi

de 575 e 1510; v

  1. partir, deixar alguém

Χριστός


(G5547)
Christós (khris-tos')

5547 Ξριστος Christos

de 5548; TDNT - 9:493,1322; adj Cristo = “ungido”

Cristo era o Messias, o Filho de Deus

ungido


αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo