Enciclopédia de Gálatas 1:20-20

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gl 1: 20

Versão Versículo
ARA Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não minto.
ARC Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não minto.
TB Acerca das coisas que vos escrevo, eis que perante Deus afirmo que não minto.
BGB ἃ δὲ γράφω ὑμῖν, ἰδοὺ ἐνώπιον τοῦ θεοῦ ὅτι οὐ ψεύδομαι.
BKJ Ora, acerca das coisas que vos escrevo, digo perante Deus que não minto.
LTT Ora, as coisas que vos escrevo, eis que, diante de Deus, testifico que não minto.
BJ2 Isto vos escrevo e vos asseguro diante de Deus que não minto.
VULG Quæ autem scribo vobis, ecce coram Deo, quia non mentior.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gálatas 1:20

Romanos 9:1 Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):
II Coríntios 11:10 Como a verdade de Cristo está em mim, esta glória não me será impedida nas regiões da Acaia.
II Coríntios 11:31 O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que é eternamente bendito, sabe que não minto.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24
SEÇÃO

INTRODUÇÃO DE PAULO

Galatas 1:1-10

A. SAUDAÇÃO APOSTÓLICA, 1:1-5

Tendo enfatizado sua comissão divina como apóstolo, Paulo junta-se a seus compa-nheiros de viagem na saudação às igrejas na Galácia. Trata-se de saudação de graça e paz de Deus Pai, e do Senhor Jesus Cristo, cuja doação de si próprio tornara possível o resgate deles do mundo mau em que viviam. E por causa deste dom que glorificavam a Deus.

Nos primórdios da igreja, um apóstolo (1) ocupava posição distinta de liderança e autoridade.' Embora se considerasse o menos merecedor de ser chamado apóstolo, por ter perseguido a igreja (cf. 1 Co 15:9), mesmo assim Paulo defendia seu direito a esse ofício (cf. 1 Co 9.1,2; 2 Co 11.5; 12.11,12) e, repetidamente, assumia o título.' Paulo decla-ra que seu apostolado não era da parte dos (apo, "de") homens, nem por (dia, "através de"; cf. BAB, BJ, RA) homem algum; não era de fonte humana ou por agência humana. Este era o ponto onde seus inimigos o desafiavam e procuravam minar-lhe a autoridade.' Com esta declaração brusca e direta, já no início da carta, o apóstolo propositadamente nega a base em que se apoiavam para desqualificá-lo. Paulo afirma que a única fonte e agência de apostolado que ele considera é por Jesus Cristo. Ele foi comissionado diretamente por Jesus.' Na estrada de Damasco, ele encontrara o Senhor ressurreto; esta era a base de sua reivindicação ao ofício apostólico (cf. 1 Co 15.8). Sua autoridade veio através de Cristo, de Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos. Por conseguinte, todo aquele que desafiasse sua autoridade teria que resolver com o próprio Deus.

Todo servo de Cristo — ministro e leigo — deve ter o senso da comissão divina. A fonte e agência de suas obras têm de ser mais altas que a autoridade humana. Se ele for enviado só por homem, fracassará. Claro que a garantia preciosa de que "Deus me enviou" pode ser extrapolada; mas a obstinação e arrogância lançam uma sombra na realidade da declaração. Muitos ficam imaginando se, na escolha de Matias (At 1:23-26), os onze apóstolos, talvez, deixaram de fazer a escolha de Deus. O tempo mostra que Paulo era possivelmente a substituição planejada por Deus para o lugar de Judas.

A referência de Paulo à ressurreição de Jesus como base de sua reivindicação à comissão divina destaca a importância desta doutrina de fé na igreja primitiva. Tudo em que criam era condicional ao fato de que Deus Pai ressuscitara Jesus Cristo. "Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados" 1Co 15:17). Cabe aqui uma pergunta: Até que ponto a ressurreição é importante para nossa fé hoje? Não sabemos com certeza onde Paulo estava quando escreveu esta carta (cf. Intro-dução). Mas, de acordo com suas saudações habituais,' ele envia a carta de todos os

irmãos que estão comigo (2).

Esta é provavelmente referência aos companheiros missionários de viagem (cf. Atos 20:4) e não aos membros de uma igreja. Estes obreiros eram indubitavelmente conhe-cidos e respeitados pelas igrejas gálatas, e a menção deles daria força à mensagem de Paulo.

Uma das questões não solucionadas da erudição do Novo Testamento é a identifica-ção das igrejas da Gaiácia (2). Estão localizadas no distrito norte da Ásia Menor (o uso popular e étnico) ou na região sul da província da Galácia (o uso técnico romano) ? O fato de Paulo nunca se referir às cidades da Galácia do Norte é forte argumento em defesa da Teoria da Galácia do Sul (cf. Introdução; ver Mapa 1).

A bênção apostólica: Graça e paz, da parte de Deus Pai e da de nosso Senhor Jesus Cristo (3), já se tornara, nestes primeiros tempos, forma-padrão. Faz parte da saudação em cada uma das cartas de Paulo. Embora encontremos idéias relacionadas em saudações gregas e hebraicas, esta saudação espelha os inigualáveis conceitos cris-tãos do favor de Deus, que fornece a salvação por Cristo, e da resultante bem-aventurança. Paulo não está declarando especificamente que Jesus morreu pelos pecados do ho-mem, mas não há dúvidas de que era esta a intenção, quando observa que Jesus deu-se

a si mesmo por nossos pecados (4). A cruz e a ressurreição são o tema primário de Paulo, de forma que ele raramente menciona a vida e ministério de Jesus. O entendi-mento de Paulo acerca do pecado torna a cruz indispensável. Uma vida dedicada ‑mesmo a de Jesus Cristo — não é eficaz em expiar o pecado. O propósito de doar-se é que Ele poderia livrar-nos do presente mundo mau. Ao aceitar o fato histórico da cruz, Paulo faz uma aplicação pessoal e prática — libertação presente. A palavra livrar (exaireo) sugere resgate de um estado de impotência.' Essa salvação não é a conseqüência univer-sal e automática da cruz, mas é uma pronta possibilidade.'

Esta é a única ocasião em que Paulo fala deste século (lit., era) como presente e mau, embora em outros lugares esteja claramente indicado em sua expressão comum "o mundo". Sua figura de linguagem é vividamente descritiva. Os homens estão desespera-damente presos nas garras deste mundo mau; mas, pela cruz, Cristo pode salvá-los. Paulo não sugere que o propósito de Deus é retirar os homens do mundo, mas que ele os salva do poder do mal em vigor no mundo. É significativo que o apóstolo aborde o tema da libertação do poder do pecado já na saudação. Em geral, depois da bênção apostólica,

  • apóstolo expressa ação de graças a Deus acompanhada por uma nota de elogio àqueles a quem ele escreve. Aqui, é notadamente diferente. A referência à libertação do pecado, fundamentada completamente na morte de Cristo, realça a maior preocupação de Paulo: refutar os proponentes da lei. Em vez de elogiar os gálatas, ele confessa assombro e surpresa por terem rejeitado a graça de Cristo.
  • Como declaração fortalecedora da identificação de Cristo com o Pai, o apóstolo acres-centa que esta libertação foi segundo a vontade de Deus, nosso Pai. Cristo deu-se aos homens por completo de acordo com a vontade do Pai. Assim Paulo pode concluir: a quem seja glória para todo o sempre. Amém! (5).

    B. RAZÃO PARA ESCREVER, 1:6-10

    1. Apostasia dos Gálatas (1.6,7)

    Nesta subdivisão, Paulo está atônito por terem os gálatas abandonando tão depres-sa a Cristo que os chamara. Eles o renunciavam em troca de um evangelho diferente, que, na realidade, não era evangelho coisa alguma. Aqueles que os incomodavam só queriam perverter o evangelho de Cristo. Como ele lhes dissera, todo aquele que pregas-se um evangelho diferente do que receberam — seja de Paulo ou de um anjo — estaria sob a maldição de Deus. Paulo, então, pergunta se sua pregação invoca a Deus ou aos homens e, se, com isto, ele procura agradar aos homens.

    Admiro-me de que tão depressa afastásseis' daquele que vos chamou (6). Paulo estava admirado por terem desistido em tão pouco tempo.' O uso do tempo presen-te indica claramente que os gálatas estavam no processo de abandono. Isto explica a urgência de Paulo quanto a procurar fazê-los voltar antes que se estabelecessem no erro. Um movimento ou mudança envolve partir como também chegar. Para aceitar um evan-gelho diferente os gálatas tinham de deixar o que tinham conhecido e experimentado. Eles estavam desviando-se de Deus. Foi ele que os chamara das trevas pagãs para si — o Deus que é Luz, Vida e Amor. O espanto de Paulo é que eles dessem as costas a Deus tão rapidamente, e os lembra que Deus os chamara à graça de Cristo. Na base do pensamento do apóstolo está a crença de que todas as coisas são de Deus (o Pai) através de Cristo (o Filho).

    Num nítido jogo de palavras em grego, Paulo declara ironicamente que eles se volta-ram para outro (heteros) evangelho, o qual não é outro (allos, 7). Seus oponentes diziam que o que ensinavam era um evangelho, querendo dizer logicamente que era superior ao que Paulo pregara. Por um momento, o apóstolo aceita a afirmação. Mas diz que o que pregam é heteros evangelho — "de tipo diferente". Não é um evangelho allos — "do mesmo tipo".' Em seguida, Paulo ressalta as razões específicas por que não era outro evangelho do tipo que tinham recebido; na realidade, não era evangelho coisa alguma. O verdadeiro evangelho é "boas-novas" — especificamente as boas-novas de salvação. Os oponentes de Paulo os inquietavam (tarasso). A intenção era agitar, pertur-bar e desestabilizar os gálatas. Ao inquietar estes novos-convertidos, eles queriam trans-tornar (metastrepho, lit., "arruinar") o evangelho de Cristo. O que ensinavam não era absolutamente evangelho, mas tentativa velada de destruir o evangelho de Cristo que é as "boas-novas" de que, por Cristo, há libertação deste século mau (cf. 4). Como Paulo argumentará depois com mais detalhes, o resultado dessa mensagem era só escra-vidão e servidão em contraste com a libertação e liberdade que os gálatas encontraram mediante a graça, pela fé.

    2. A Questão Crucial (1:8-10)

    Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evange-lho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema (8). Paulo estava tão con-vencido de que não havia outro evangelho que invocou a maldição de Deus sobre si mes-mo — ou até sobre os anjos do céu —, caso eles "pregassem um evangelho diferente (gr., para) daquele que vos pregamos' (cf. BJ, CH). Estas palavras não eram um discurso inconseqüente ou mera retórica. A pessoa da herança e educação de Paulo teria profundo respeito por votos solenes e maldições. Ser anátema (cf. "amaldiçoado", NTLH; "maldi-to", BAB; cf. CH) era fatal.' A natureza séria do erro promulgado entre os gálatas é destacada por tal declaração. Paulo os avisara deste erro, talvez na primeira vez que lhes pregara. Por isso, os lembra: Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo (9). O contraste entre agora... vo-lo digo e já vo-lo dissemos torna bastante certo que ele não estava se referindo ao versículo anterior.

    Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. O versículo 9 difere do versículo 8 no ponto em que é usado o pronome indefi-nido "alguém" (tis) no lugar do sujeito — Paulo ou um anjo. No versículo 8, a possibilida-de é mais remota — "se nós" —, ao passo que neste versículo a construção gramatical sugere que tal possibilidade está acontecendo — "se alguém está". É indiscutível que Paulo está se referindo ao que estava sendo feito na Galácia. Inicialmente, ele se usara como mera ilustração hipotética.

    Em nossos dias de tolerância crescente na religião, a denúncia dogmática de Paulo soa um tanto quanto descabida. Claro que há o respeito pela crença dos outros e apoia-mos a garantia de que ninguém sofra perseguição religiosa. Mas isto não significa que todos os caminhos levam a Deus. A oposição de Paulo não era um sectarismo estreito; era a preocupação sobre o meio fundamental de salvação. Ele estava convencido de que o curso que os gálatas estavam tomando os conduziria à escravidão espiritual — e quem saberia melhor que ele, que tinha vivido sob a lei? Só lhe resta condenar tal teologia -terminantemente. O seu Mestre não advertira que ele viera trazer espada (cf. Mt 10:34) ? Nestes dias em que vivemos precisamos ouvir esta voz de certeza e convicção, bem como da verdadeira tolerância.

    Os oponentes de Paulo o acusaram de ajustar sua mensagem de forma que fosse atraente aos homens e lhes ganhasse o favor. Por isso, pergunta: Persuado (peitho,

    "apelo") eu agora a homens ou a Deus? (10). Tal condenação séria é humanamente atraente? Ele repete a pergunta com palavras diferentes: Procuro agradar a homens?

    A resposta é um enfático Não! Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo. Esta afirmação deve ser entendida em termos do seu contexto. Paulo estava sendo acusado pelos judeus de rejeitar a lei para agradar aos gentios. Em outro texto, o apóstolo demonstra abertamente a importância e até a necessidade de agradar aos homens a fim de conquistá-los para Cristo (cf. 1 Co 10.33). O apóstolo não pode ser considerado um independente radical. Ele era sensível às atitudes dos homens. Se ele se

    permitisse ser colocado em servidão das opiniões de homens ele já não seria o servo liberto de Cristo. Se ele tivesse de decidir entre agradar aos homens e a Deus, sua esco-lha não estava em discussão.

    Segundo A. F. Harper, temos nos versículos 1:10 "A Mensagem de Deus a quem se Desvia de Jesus":
    1) A
    mensagem vem de Deus Pai, 1, e por meio de um líder espiritual preocupado (4,19) ; 2). A maior preocupação de Deus é a nossa salvação do pecado, 4;

    3) Você se desviou de Jesus?, 6,7;

    4) A seriedade da deserção, 8,9;

    5) O caminho para a recuperação: Procuro ser servo de Cristo, 10 (ver tb. 2:18-20).

    SEÇÃO II

    AUTORIDADE - DE DEUS E NÃO DO HOMEM

    Galatas 1:11-2.21

    A. DECLARAÇÃO DA AUTORIDADE DE PAULO, 1:11-12

    Paulo declara aos seus irmãos que o evangelho que ele lhes pregara não era mensa-gem humana ou elaborada pelo homem; ele não o recebera de homem, nem lhe fora ensinado. Ele a recebera por revelação de Jesus Cristo.

    Inicialmente, Paulo deseja que eles entendam que sua autoridade é de Deus e não do homem: Mas faço-vos saber (11; gnorio, "fazer saber"). O que ele afirma em declara-ção direta agora fundamentará em detalhes. Ao tratá-los de irmãos, ele dá a entender que a apostasia dos gálatas não estava completa ou era irrevogável; eles ainda eram seus companheiros cristãos. Como Paulo enfatizará depois, o evangelho por ele anun-ciado era o pronunciamento de que a salvação era mediante a graça, pela fé, e não pelas obras da lei (cf. 3:1-4.31). A carta não indica em nenhum lugar que ele tinha outro conflito teológico com seus oponentes. De particular significação é o fato de que o evange-lho não é segundo os homens.' Esta expressão tem importância especial para Paulo, sendo, talvez, equivalente a "carnal".' O significado que o apóstolo quer transmitir é claro: o seu evangelho não era mera mensagem humana, como ele explica no versículo seguinte.

    Esta mensagem não era humana, porque Paulo não a recebera, nem a aprendera de homem (12). Nem a fonte do seu evangelho, nem o método pelo qual ele o recebera era humano. A maioria dos expositores cristãos, até nos dias de Paulo, foi ensinado por ou-tros homens, mas ele não. O evangelho lhe veio por revelação de Jesus Cristo. Isto não diz respeito a uma revelação geral, disponível a todos que a recebessem, mas a uma revelação especial e pessoal para Paulo.

    A pessoa que afirma ter uma revelação pessoal faz-se acusável de ser arrogante e perigosa. Não é difícil avaliar a preocupação dos oponentes de Paulo. Com base no que lhes pareceria revelação estritamente particular e pessoal, ele estava abolindo muito do que eles consideravam vital e sagrado. No transcurso dos séculos, homens têm se levan-tado proclamando uma mensagem que afirmam ser revelação especial. Esta é precisa-mente a falácia de grande parte do atual conceito de "inspiração". Tais mestres concor-dam que a Bíblia é "inspirada". Mas do mesmo modo há outras obras inspiradas — até as de um Shakespeare e de um Beethoven. É lógico que isto destrói a singularidade das Escrituras. Reconhecemos que Deus inspirou e deu revelações aos homens desde os tem-pos bíblicos. Mas a revelação da Palavra escrita é inigualável. Neste sentido, é terminal e não contínua. A declaração audaciosa de Paulo foi inteiramente fundamentada, não por ele, mas pelo Espírito de Deus. Nossa tarefa não é fazer acréscimos à revelação escrita, mas entendê-la e explicá-la.

    B. FUNDAMENTO DA AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO, 1:13 2:21

    1. Antes da Conversão — Oposição Zelosa (1.13,14)

    Paulo lembrou aos gálatas os fatos que eles sabiam sobre a maneira como ele outro-ra se comportava no judaísmo — a perseguição excessiva da igreja e a busca zelosa das tradições dos seus antepassados.

    Estes convertidos pagãos na Galácia ouviram (13) deste período da vida de Paulo por seus próprios lábios, o que está de acordo com seu costume de usar o testemunho pessoal na pregação. Eles sabiam de suas relações (conduta), no passado, no judaís-mo. O termo grego anastrophe (conduta) significa "modo de vida" (BJ) — "comporta-mento" ou "procedimento" (NVI) —, fato que é prontamente verificado na descrição que se segue. Paulo se refere especificamente à sua conduta na religião dos judeus (lit., judaísmo). Os gálatas também estavam cientes de como sobremaneira ele perse-guia a igreja de Deus e a assolava. A perseguição paulina da igreja cristã' era dema-siada e extrema. O verbo grego protheo (assolava) é muito forte; significa "destruir" (cf. NTLH; NVI) ou "pilhar" com a nítida conotação de devastação (cf. RA) bélica. O apóstolo está descrevendo que sua conduta antes da conversão era uma guerra pessoal contra a igreja de Cristo.

    Paulo não só demonstrava seu zelo perseguindo os cristãos e destruindo a igreja, mas, ao mesmo tempo, excedia (14; prokopto, "progredia", BJ) 4 em judaísmo a mui-tos de sua própria nação que eram da mesma idade que ele. Nascido de pais hebreus, ele aceitara a interpretação mais rígida da lei — o farisaísmo. Mesmo por estes pa-drões excessivamente rigorosos ele podia dizer que era "irrepreensível" (cf. Fp 3:5-6), sendo extremamente zeloso das tradições de seus pais. Seu progresso no judaís-mo ia muito além da justiça da lei — no sentido mais rigoroso. Ele diz que era zelote.5 Claro que isto fazia parte essencial do farisaísmo.6 Neste aspecto, ele excedeu a muitos dos seus contemporâneos.

    O argumento básico de Paulo é que sua vida antes da conversão mostra que ele recebeu de Deus, e não do homem, a autoridade para o seu evangelho. Em apoio ao argumento, ele destaca fatos de sua hostilidade extrema ao cristianismo (no lado negativo) e seu progresso superior no judaísmo farisaico (no lado positivo). Ambos os lados são provas que sua aceitação do cristianismo não podia ser absolutamente delineada pela influência ou instrução cristã (humana) ! Só uma revelação divina podia fazer isso.

    2. Depois da Conversão — Sem Consulta Humana (1:15-24)

    a) Paulo na Arábia e Damasco (1:15-17). Quando Paulo nasceu, Deus o escolheu para pregar aos gentios. Quando Deus o chamou pela revelação de seu Filho, Paulo não visitou os apóstolos em Jerusalém, mas foi para a Arábia (cerca de 320 quilômetros ao sul de Damasco, e 160 quilômetros a sudeste de Jerusalém; ver Mapa 2). Foi só depois de três anos que ele visitou Pedro e Tiago em Jerusalém, e, então, por apenas 15 dias. Em seguida, foi para a Síria e Cilicia (ver Mapa 1). Durante este tempo, ele era desconhecido pelas igrejas na Judéia, exceto pela informação de que o ex-perseguidor agora pregava a fé que outrora destruía.

    Como Burton observou,' a seção introduzida pela palavra mas (15) não está em contraste com o que vem anteriormente. É, na verdade, uma extensão. Uma tradução melhor seria: E quando aprouve a Deus. A expressão quando aprouve a Deus é um hebraísmo que reconhece a soberania divina. E apenas outro modo de dizer: "quando Deus quis" (cf. "quando [....] houve por bem", BJ). Foi Deus quem separou Paulo no ventre de sua mãe. Esta última expressão é outro hebraísmo bem conhecido para refe-rir-se ao momento do nascimento. Paulo está chamando atenção ao fato de que desde o nascimento Deus o separara. O verbo grego aphorizo (separou) significa "separar de", no sentido de excomunhão (cf. Lc 6:22), ou "separar para". Claro que o sentido aqui é a segunda acepção, sendo praticamente equivalente a uma nomeação. Deus nomeara Paulo para a tarefa especial no nascimento. Até que um dia, na estrada de Damasco, esta nomeação foi revelada' e Deus o chamou. O fariseu cegamente zeloso foi confrontado pelo Cristo ressurreto — e ouviu o chamado de Deus. Como observado no versículo 6, no entendimento de Paulo, a proclamação do evangelho era Deus chamando os homens para si. O apóstolo ouviu o chamado da boca do Senhor ressurreto. O chamado e a nome-ação eram, como são todas as bênçãos de Deus, pela sua graça.

    Os detalhes desta revelação encontram-se em outros lugares das Escrituras, princi-palmente nos três relatos da conversão de Paulo (At 9:1-18; 22:4-16; 26:9-18). Como está evidente pela referência abreviada nesta carta, o fato importantíssimo era que a experi-ência tivera o desígnio de revelar seu Filho em mim (16). Este incidente tornou-se a pedra fundamental do ministério de Paulo, no qual tudo o mais se baseava. Ele era legalmente apóstolo, porque vira Cristo (cf. 1 Co 9.1; 15.8). Diante de seus compatriotas e captores romanos ele tinha apenas uma única defesa — ele se encontrara com o Senhor ressurreto. Sua autoridade para pregar o evangelho, agora sob ataque, era que ele a recebera por revelação do Filho de Deus. Qual foi esta revelação? Os textos dizem que era "pantomima", "alucinação", "sinal", "transe" e "visão". Mas todas estas explicações deixam escapar o ponto principal — foi uma revelação pessoal. Deus revelou seu Filho a mim! O propósito da experiência era que Paulo pregasse entre os gentios. O termo grego ethnos (gentios) designa todos os que não são judeus (cf. Act 9:15-22.15; 26:16-18).

    Como a experiência de Paulo com Cristo tornou-se o foco de sua vida e ministério, assim o cristão hoje precisa de um ponto de referência em sua vida espiritual. Obviamente, a experiência de Paulo era única, mas mesmo assim há uma experiência pessoal de confronto com Cristo que proporciona a realidade espiritual daqueles que buscam a Deus. É necessário no que tange ao chamado para o ministro de Cristo, e não é menos essencial para todo seguidor do Salvador. Um encontro com o Senhor vivo e ressurreto é o começo indispensável de toda vida transformada — o milagre do novo nascimento. Isto se torna para os nascidos de novo um ponto de perspectiva que faz com que tudo que acontece entre em foco. "Perdido andei, sem ver a luz, mas Cristo me encontrou."*

    "Preciosa a Graça de Jesus", Hinário para o Cantor Cristão , n.' 314, linhas 3 e 4 da estrofe 1, letra em inglês de John Newton e em português da Comissão do Hinário para o Cantor Cristão, 1990 (São Paulo: Bompastor, 2003, 3.á reimpressão). (N. do T.)

    Paulo fundamenta suas declarações mostrando que, depois de ter-se convertido e recebido revelação especial, ele não consultou carne nem sangue (16). O verbo grego prosanatithemi (consultei) significa "contribuir" ou "acrescentar algo". Neste caso, o apóstolo está deixando claro que nenhum homem acrescentou nada ao seu evangelho -tudo veio de Deus. Suas atividades antes e após a conversão apóiam esta declaração.

    Nem tornei ("subi", BAB, BJ, RA) a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos (17). Os judeus sempre usam a expressão "subir a Jerusalém", que reconhecidamente tornou-se lugar de liderança humana e autoridade na igreja pri-mitiva. É significativo que o novo-convertido, tendo sido especialmente chamado, não tenha trocado idéias cóm os líderes cristãos. Este fato apóia fortemente a declaração paulina de possuir uma autoridade exclusiva. A palavra antes é importante no ponto em que ressalta o apostolado de Paulo. Ele também era apóstolo, embora outros o tivessem precedido nesse chamado santo.

    Paulo foi para a Arábia, fato que está em nítido contraste com Jerusalém. Era um lugar deserto e não uma metrópole próspera. Ali, Paulo teve comunhão com Deus em vez de ter comunicação com os homens. Ele não declara o propósito da viagem para a Arábia, mas está claramente implícito que era um recolhimento ou afastamento e não uma atividade missionária. Da perspectiva da história, sabemos que Paulo precisava refazer seu sistema de pensamento. Isto era essencial para que ele ministrasse fora das frontei-ras do judaísmo. Os primeiros apóstolos tiveram apenas de acrescentar Cristo ao espera-do Messias do judaísmo. Paulo teve de fazer mais. Depois do período de meditação na Arábia, voltou outra vez a Damasco. Esta é a primeira menção da cidade de Damas-co, que é predominante em todos os relatos da conversão de Paulo em Atos. O fato de ter voltado outra vez a Damasco indica, obviamente, que ele saíra de lá. Nessa cidade pregou, provavelmente, com vigor e discernimento renovados depois do período na Arábia.

    b) A curta visita de Paulo a Jerusalém (1:18-20). Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro (18)." A menção aos três anos tem o efeito de mostrar que ele adiou a consulta com os líderes da igreja por todo este longo período de tempo. Os três anos representam o provável período total de sua conversão. Não há indícios de que a viagem de Paulo a Jerusalém tenha sido feita com a finalidade de obter aprovação ou sanção para o seu evangelho. Tratava-se de simples visita para conhecer Pedro, o líder reconhecido da igreja. E foi uma visita curta — apenas quinze dias em comparação aos três anos que haviam passado desde a conversão. Claro que esses poucos dias proporcionariam exígua oportunidade para instrução ou treinamento.

    E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor (19). Se estivesse buscando aprovação ou aceitação oficial, seria de se esperar que Paulo visitasse todos os apóstolos. Isto ele nega propositadamente,' afirmando que o único apóstolo que viu, além de Pedro, foi Tiago, o irmão do Senhor. Esta referência a Tiago é de importância especial, porque ele, como líder da igreja em Jerusalém, estava associ-ado ao grupo legalista que mais tarde discordou de Paulo.

    A atitude de Paulo para com os líderes da igreja não deve ser interpretada como desprezo pela liderança humana. O mundo de Paulo se esfacelara e só Deus podia re-construí-lo — na comunhão solitária. Tempos depois, quando seu evangelho foi desafia-do, não lhe restava senão defendê-lo desta maneira. Há evidências claras que o apóstolo respeitava profundamente a liderança e autoridade humana (cf. Atos 21:18-26), mas não hesitava em exigir explicações de quem quer que fosse, se tal pessoa transigisse com a verdade de sua consciência. Este é modo de reconhecer que a autoridade humana mais alta é a consciência pessoal. Assim, 15 séculos depois, Martinho Lutero, discípulo de Paulo, desafiou a igreja e o império ao declarar: "Não é nem seguro nem certo agir contra a consciência!"

    Paulo poderia afirmar: Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico e não minto (20). Esta declaração solene — chamar Deus como Testemunha da veracidade do que a pessoa fala — é método usado por Paulo para enfatizar a impor-tância do que ele diz (cf. Rm 9:1-2 Co 1.23; 11.31; 1 Ts 2.5).

    c) Paulo na Síria e Cilicia (1:21-24). O relato em Atos 9:28) preenche muito dos detalhes sobre o termo posteriormente (21). Os anos que Paulo passou na Síria e na Cilicia (ver Mapa

    1) vieram depois que ele pregou e discutiu abertamente Cristo em Jerusalém e depois que ele despertou a oposição assassina de seus inimigos (cf. At 9:29-22:17-20). Seus irmãos cristãos o enviaram a Tarso em prol de sua segurança pessoal. É óbvio que ele fez dessa cidade sua sede na Cilicia. Após este fato, ele foi levado a Antioquia da Síria (ver Mapa

    1) por Barnabé (cf. Atos 9:30-11.25).

    A declaração de que ele era desconhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo (22) não deve ser entendida com o sentido de que os judeus cristãos não tinham visto ou ouvido falar de Paulo depois de sua conversão. O ponto do seu argu-mento é que, durante este período extenso, ele não pregou nem trabalhou em Jerusalém — o primeiro centro da igreja. As narrativas em Atos deixam bastante claro que Paulo pregara e testemunhara em Jerusalém antes de ter voltado para Tarso. Porém, ao longo deste período de aproximadamente 11 anos, ele não voltou à Judéia.

    Neste ínterim, a igreja na Judéia ouvira apenas que, aquele que já nos perse-guiu anuncia, agora, a fé que, antes, assolou (23). Eram notícias comoventes e incrí-veis; e glorificavam a Deus a respeito de mim (24).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
    1.1 Paulo. Sabemos, através de quinze referências em At 7:13, que Paulo também tinha o nome de “Saulo”. Em suas cartas, no entanto, sempre refere-se a si próprio como “Paulo”, um nome comum entre os romanos.

    apóstolo. A palavra significa “mensageiro”. Embora Paulo, algumas vezes, empregasse o termo para designar um comissionado como Epafrodito (Fp 2:25), aqui o emprega com referência aos primeiros apóstolos em Jerusalém (1.19; 1Co 15:9). Paulo defende a autoridade que tem como apóstolo para estabelecer o fundamento da Igreja (1Co 3:10; 9:1; 14:37,38; Ef 2:20; 3.3-5). Ver 2Co 1:1 nota.

    1.3 graça a vós outros e paz. Todas as cartas de Paulo começam mencionando essas duas bênçãos de Deus. “Graça” traduz o termo grego charis, que significa “um ato de bondade imerecido”. Paulo usa essa palavra com mais freqüência do que qualquer outro escritor do Novo Testamento e a confere grande sentido teológico. Aplica-se a tudo o que Deus nos deu em Cristo, sem que tivéssemos obtido por merecimento ou que possamos devolver. "Paz" aplica-se ao relacionamento inaugurado pela morte e ressurreição de Cristo (1,4) entre Deus e os que crêem no evangelho. Para um comentário do próprio Paulo sobre o significado desses dois termos, ver Rm 5:1,2.

    1.6 vos chamou na graça. A graça de Deus vem até nós por iniciativa dele mesmo, através de seu chamado, e não por causa de coisa alguma que tenhamos feito para merecê-la (1.15; Rm 4:4-8; 8:30; 9.11-13).

    1.7 alguns que vos perturbam. Provavelmente cristãos de origem judaica provenientes de Jerusalém, os quais insistiam em exigir dos gentios não apenas que cressem em Jesus Cristo mas também que aceitassem a circuncisão e, desse modo, se tornassem judeus (2.3-5, 12; 6.12, 13). Vários indícios dessa idéia estavam disseminadas entre os cristãos de origem judaica na igreja primitiva (At 15:1-21.20, 21; Fp 3:2, 3).

    1.8, 9 Aqueles que exigem mais do que a fé em Jesus Cristo para salvação, ainda que suas credenciais sejam as melhores, distorcem completamente o evangelho. Os pregadores do falso evangelho estão debaixo da condenação de Deus.

    1.9 anátema. A ação de graças que Paulo normalmente faz por seus leitores é aqui substituída por uma ameaça de maldição, repetida para fins de ênfase. A palavra grega é anathema, empregada também em Rm 9:3.

    1.10 procuro agradar a homens? Os adversários de Paulo na Galácia não atacaram somente o evangelho mas também o seu mensageiro, a saber, Paulo. Uma das acusações era a de que Paulo pregava uma forma pouco exigente do evangelho, sequer exigindo a circuncisão ou a obediência às leis do sábado ou, tampouco, as restrições alimentares (4.10; 5.11).

    1.11 não é segundo o homem. Paulo defende-se da acusação de seus adversários de que ele está em rebelião contra os apóstolos de Jerusalém, os quais lhe teriam dado a autoridade que tem. Paulo argumenta que a sua autoridade vem tão somente de Deus, apenas confirmada pelos apóstolos de Jerusalém.

    1.12 mediante revelação. Ver At 9:3-5; 22:6-10; 26:13-18; 1Co 15:8.

    1.13 perseguia eu a Igreja de Deus. A perseguição que Paulo promovera contra a igreja antes do seu chamado era bem conhecida entre os primeiros cristãos (At 7:58-8.3; 9.1, 2). Paulo mesmo envergonhava-se profundamente dessa parte do seu passado (1Co 15:9), embora a considerasse evidência de que a graça de Deus é capaz de conquistar até os pecadores mais rebeldes (At 22:4-5; 26:9-11; 1Co 15:10; Fp 3:6; 1 Tm 1.13, 14).

    1.14 extremamente zeloso. Paulo gostava de mostrar a oponentes como os da Galácia que ser um judeu, ainda que um judeu zeloso, não é suficiente para a salvação. Paulo via sua própria experiência como prova de que o zelo pela lei não podia salvar (Rm 9:30–10.4; 2Co 11:22; Fp 3:4-6).

    1.15 antes de eu nascer. Paulo reproduz conscientemente as palavras do chamado de Jeremias (Jr 1:5) e, talvez, do chamado do Servo mencionado em Isaías (Is 49:1, 5), os quais, assim como Paulo, foram chamados para ser mensageiros de Deus aos gentios. Paulo tinha consciência de que o seu apostolado (v.1, nota) estava em continuidade com a tradição profética do Antigo Testamento.

    me chamou pela sua graça. Ver nota no v. 3; “Vocação Eficaz e Conversão” em 2Ts 2:14. O chamado de Paulo para ser um apóstolo, assim como a fé que possui cada crente, foi o resultado da graça precedente de Deus. Antes do nosso nascimento e, conseqüentemente, antes que pudéssemos fazer qualquer coisa boa ou má, Deus escolheu criar em nós a fé (Rm 9:10-13; Ef 1:4-6). Ninguém pode obter por merecimento o chamado de Deus; é um dom gratuito.

    1.16 gentios. Tanto “nações” como “gentios” são traduções corretas da palavra grega usada aqui. Escritores judeus aplicavam esse termo a qualquer um que não fosse judeu. Paulo fora chamado para pregar aos gentios (2.9; At 9:15-22.21; 26.17; Rm 1:5; 15:16) mas não se considerava chamado para pregar exclusivamente aos gentios. Em At 13:28, ele prega freqüentemente aos judeus e passagens como Rm 1:14-16; 9.1-5 e 1Co 9:20 mostram que dispunha-se sempre a evangelizar os judeus.

    não consultei carne e sangue. Paulo encontrou-se, obviamente, com Ananias três dias depois da sua conversão (At 9:10-19; 22:12-16). A palavra traduzida por “consultar”, todavia, sugere apresentar alguma coisa perante alguém ou submetê-la para observação e aprovação. Paulo certamente não consultou Ananias neste sentido. O papel de Ananias foi confirmar o chamado de Paulo para pregar aos gentios e batizá-lo.

    1.17 Jerusalém... Arábia... Damasco. A conversão e o chamado de Paulo aconteceram perto de Damasco (At 9:3-22.6; 26.12). Ele permaneceu na cidade vários dias após sua conversão (At 9:19). Essa antiga cidade situa-se em uma planície fértil entre dois rios, de modo que o viajante que parte dali precisa literalmente “subir” até Jerusalém através da região montanhosa da Palestina. Jerusalém era o centro cultural e religioso da Palestina e o lar de Tiago, Pedro e João, que, em Atos e Gálatas, destacam-se como os líderes da comunidade cristã primitiva em Jerusalém (2.9). Paulo enfatiza que o seu chamado para pregar aos gentios viera de Deus e não dos líderes da igreja de Jerusalém. A Arábia era governada por um rei nabateu, Aretas IV, que lutou contra Roma pelo controle de Damasco. Quando da conversão de Paulo, um governador de Aretas estava no controle da cidade e aparentemente ajudou judeus enraivecidos na tentativa de matar a Paulo (At 9:23-25; 2Co 11:32,33).

    1.18 três anos. Os “muitos dias” de At 9:23.

    a Jerusalém. A primeira viagem de Paulo a Jerusalém após a sua conversão (At 9:26-30).

    avistar-me com. Tradução da palavra grega que significa visitar alguém com o propósito de obter informação. Paulo provavelmente conferenciou com Pedro a respeito da vida e do ensino de Jesus.

    Cefas. Nome aramaico de Pedro (ver referência lateral). Tanto “Cefas” como “Pedro” significam “pedra”.

    1.19 Tiago, o irmão do Senhor. Ver Mt 13:55 e Mc 6:3. Esse Tiago não é o discípulo Tiago que aparece freqüentemente junto com Pedro e João nos evangelhos. Herodes assassinou aquele Tiago ainda nos primórdios da igreja (At 12:2). Tiago, o irmão do Senhor, no começo não cria em Jesus (Jo 7:5) mas converteu-se mais tarde, em conseqüência, talvez, da visão que teve do Senhor ressuscitado (1Co 15:7).

    1.21 Síria e Cilícia. Ver At 9:30. Paulo voltou para sua casa em Tarso (At 9:11-21.39; 22.3), a cidade mais importante na Cilícia. Esta região da Cilícia encontrava-se sob a administração da província romana da Síria durante os primórdios do primeiro século. É, pois, acurado o uso dos dois nomes por Paulo.

    1.22 Judéia. Paulo podia estar se referindo à região específica chamada Judá no Antigo Testamento ou à província romana da Judéia, que incluía a Judá antiga além da Samaria e da Galiléia.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 32
    1:1 Paulo escreveu esta carta à igreja em Roma. Ainda nenhum líder da igreja (Jacóo, Pedro, Paulo) tinha estado ali; a igreja se estabeleceu com crentes que visitaram Jerusalém durante o Pentecostés (At 2:10) e viajantes que ouviram as boas novas em outros lugares e o levaram a Roma (por exemplo, Priscila e Aquila; At 18:2; Rm 16:3-5). Paulo escreveu a carta aos Romanos durante seu ministério em Corinto (ao final de sua terceira viagem missionária, antes de voltar para Jerusalém; At 20:3; Rm 15:25) para animar aos crentes e para lhes expressar seu desejo de visitá-los algum dia (em um lapso de três anos o fez). A igreja romana não tinha o Novo Testamento, porque talvez os Evangelhos não tinham circulado em sua forma escrita final. portanto, esta carta pode muito bem ser a primeira peça de literatura cristã que os romanos viram. Escrita a judeus e gentis cristãos, a carta aos Romanos é uma apresentação sistemática da fé cristã.

    1:1 Quando Paulo, um judeu devoto que antes era um perseguidor de cristãos, acreditou, Deus o usou para pulverizar o evangelho através de todo o mundo. Apesar de sua prisão, Paulo finalmente pregou em Roma (Feitos
    28) possivelmente até ao mesmo César. se desejar mais informação a respeito do Paulo, veja-se Feitos 9.

    1:1 Paulo humildemente se autodenomina servo (escravo) do Jesucristo. Para um cidadão romano (e Paulo o era), optar por ser escravo era inimaginável, mas Paulo escolheu ser completamente dependente e obediente a seu Senhor amado. Qual é sua atitude para Cristo o Senhor? Nossa obediência ao capacita para ser úteis e servos e assim realizar o trabalho que na verdade importa.

    1:2 Algumas das profecias que predizem as boas novas do Jesucristo são Gn 12:3; Sl 16:10; Sl 40:6-10; Sl 118:22; Is 11:1ss; Zc 9:9-11; Zc 12:10; Ml 4:1-6.

    1.3, 4 Paulo acreditava que Jesus era o Filho de Deus, o Messías prometido, e o Senhor ressuscitado. Paulo chamou o Jesus descendente do rei Davi para enfatizar que na verdade no se cumpriam as profecias do Antigo Testamento no sentido de que o Messías viria da linhagem do Davi. Com esta declaração de fé Paulo manifesta estar de acordo com os ensinos das Escrituras e dos apóstolos.

    1.3-5 Aqui Paulo resume as boas novas do Jesucristo: (a) veio como humano, (2) era de linhagem real judeu, da linha do Davi, (3) morreu e ressuscitou, e (4) abriu a porta para que a graça e benignidade de Deus fossem nossas. O livro de Romanos desenvolve estes temas.

    1.5, 6 Os cristãos têm grandes privilégios e responsabilidades. Paulo e os apóstolos receberam perdão (a graça de Deus) como um privilégio imerecido. Mas também lhes atribuiu a responsabilidade de anunciar a mensagem do perdão de Deus a outros. Deus perdoa os pecados de quem por fé acreditam no como Senhor. Ao nos fazê-lo comprometemos a viver uma vida nova. A nova vida do Paulo incluiu um chamado de Deus, uma responsabilidade que O lhe deu para atestar ante o mundo como missionário. Deus pode também nos chamar a ser missionários no estrangeiro, mas O chama a todos os crentes a atestar e a ser exemplo da mudança de vida que Jesus obra nos crentes.

    1:6, 7 Paulo diz que a quem aceita a Cristo, O os convida a: (1) ser parte da família de Deus, e (2) ser gente Santa ("chamados a ser Santos", apartados, dedicados para seu serviço). Que expressão tão maravilhosa do que significa ser um cristão! Por ter renascido na família de Deus, possuímos a maior experiência de amor e a maior herança. Por tudo o que Deus tem feito por nós, devemos nos esforçar por ser um povo santo.

    1.6-12 Paulo mostrou amor para a igreja em Roma expressando o amor de Deus por eles e sua própria gratidão e apoio em oração. Para fazer impacto na vida da gente, você precisa amá-la e acreditar nela. A paixão do Paulo por ensinar a esta gente e ter companheirismo com ela começa com o amor. Dê graças a Deus por seus irmãos cristãos e lhes diga quanto lhe importam.

    1:7 Roma era a capital do Império Romano que se estendia por grande parte da Europa, o norte da África e o Próximo Oriente. Nos tempos do Novo Testamento, Roma desfrutava de sua idade de ouro. A cidade era rica na arte e as letras. Era um centro cultural mas a sua vez a moral era decadente. Os romanos rendiam culto a muitos deuses pagãos. Inclusive adoraram a alguns dos imperadores. Em contraste com os romanos, os seguidores de Cristo acreditavam em um só Deus e viviam moralmente.

    1:7 O cristianismo era muito diferente ao poderio militar dos romanos. Muitos eram simplesmente pragmáticos, acreditavam que o fim justificava os meios. E para os romanos, nada era melhor que o vigor físico. Confiavam em seu poderio militar para proteger-se contra seus inimigos. Os cristãos de todas as idades devem recordar que Deus é a única fonte de permanente segurança e salvação e, ao mesmo tempo, O é nosso Pai!

    1:8 Paulo usa a frase "graças a meu Deus mediante Jesucristo" para enfatizar que Cristo é o único mediador entre Deus e o homem. Através do, Deus nos enviou seu amor e perdão; no nome de Cristo expressamos nosso agradecimento a Deus (veja-se 1Tm 2:5).

    1:8 Como os cristãos romanos se achavam no centro do poderio político do mundo ocidental, eram extremamente visíveis. Por fortuna, sua reputação era excelente; sua fé sólida se dava a conhecer em todo mundo. O que diz a gente quando fala a respeito de sua congregação ou denominação? São certos seus comentários? O que poderia fazer você para que notem outros aspectos? Qual é a melhor maneira de que o público reconheça sua fé?

    1:9, 10 Quando orar por alguma preocupação, não se surpreenda pela forma em que Deus responda. Paulo orava por sua visita a Roma a fim de ensinar aos cristãos ali. Quando ao fim chegou a Roma, foi em qualidade de prisioneiro (veja-se At 28:16). Paulo orou por uma viagem tranqüila e chegou sem novidade depois que o prendessem, esbofeteassem, naufragasse e, entre outras coisas, mordesse-o uma víbora. Freqüentemente, a maneira em que Deus responde nossas orações difere muito do que esperamos. Quando orar, espere a resposta de Deus embora às vezes em maneiras inesperadas.

    1.11, 12 Paulo orava por ter a oportunidade de visitar estes cristãos a fim de animá-los quanto a seus dons e fé, e que eles a sua vez o animassem a ele. Como missionário de Deus, ajudou-lhes a compreender o significado das boas novas do Jesus. Como povo santo de Deus, eles poderiam lhe brindar companheirismo e bem-estar. Quando os cristãos se reúnen, cada um devesse dar e receber. Nossa fé em comum nos dá uma linguagem e propósito comuns para nos animar uns aos outros.

    1:13 Ao final de sua terceira viagem missionária, Paulo visitou Síria, Galacia, Ásia, Macedônia e Acaya. Às Iglesias destas regiões lhes chamava gentis devido a que estavam compostas principalmente de gentis.

    1:14 Com "a gregos e a não gregos", Paulo se refere a todos os da cultura grega e aos que não são desta cultura. "A sábios e a não sábios" se refere às pessoas educadas e às analfabetas. Qual era a dívida do Paulo? depois de sua experiência com Cristo no caminho a Damasco (Feitos 9), consumiu toda sua vida em pregar as boas novas de salvação. Sua dívida era com Cristo por ser seu Salvador e devia pagá-la a todo mundo. Pagou sua dívida proclamando a salvação que há em Cristo para todos, sejam gentis ou judeus, sem importar barreiras culturais, sociais, raciais nem econômicas. Temos a mesma dívida com Cristo porque O recebeu o castigo reservado para nós, pelo pecado. Apesar de que é impossível lhe pagar a Cristo por tudo o que tem feito, podemos demonstrar nossa gratidão ao dar amor a outros.

    1:16 Paulo não se envergonhava porque sua mensagem era a mensagem de Cristo, as boas novas. Era uma mensagem de salvação, capitalista para trocar vistas e para todos. Quando se sentir tentado a envergonhar-se, recorde que as boas novas se referem a tudo isto. Se se centrar em Deus e no que faz no mundo, antes que em suas limitações, sua vergonha logo desaparecerá.

    1:16 por que a mensagem foi antes aos judeus? Por mais de dois mil anos foi um povo especial para Deus, desde que Deus escolheu ao Abraão e lhe prometeu grandes bênções a seus descendentes (Gn 12:1-3). Deus não os escolheu porque o merecessem (Dt 7:7-8; Dt 9:4-6), mas sim porque quis mostrar seu amor e misericórdia através deles, lhes ensinar e lhes preparar para a vinda do Messías ao mundo. Escolheu-os não porque tenha favoritos, mas sim para que o mundo conhecesse seu plano de salvação.

    Por séculos os judeus aprenderam a respeito de Deus mediante a obediência a suas leis, celebrando suas festas e vivendo de acordo a seus princípios morais. Freqüentemente esqueciam as bênções de Deus e sofriam a disciplina, mas mesmo assim possuíam a herança preciosa de poder acreditar e obedecer ao único Deus verdadeiro. De entre todos os habitantes da terra, os judeus deviam ter sido os primeiros em receber ao Messías e compreender sua mensagem e missão, e assim aconteceu com alguns (veja-se Lc 2:25, Lc 2:36-38). É obvio, os discípulos e o grande apóstolo Paulo foram judeus fiéis que reconheceram no Jesus ao dom mais precioso de Deus dado ao gênero humano.

    1:16 Judeus e cristãos por igual se opuseram às religiões romanas idólatras e os funcionários romanos freqüentemente confundiam a ambos os grupos. Isto era muito fácil que acontecesse já que a igreja cristã em Roma se compunha de judeus convertidos que assistiram à festa do Pentecostés (veja-se At 2:1ss). Quando Paulo escreveu Romanos, entretanto, muitos gentis também se reuniam na igreja. Os judeus e os gentis precisavam entender a relação entre o judaísmo e o cristianismo.

    1:17 O evangelho mostra como Deus é justo em seu plano para nos salvar e como pode nos fazer aptos para a vida eterna. Ao confiar em Cristo, entramos em boa relação com Deus. Do princípio ao fim, Deus nos declara justos por fé e só por fé.

    1:17 Paulo cita Hc 2:4. Quando Habacuc disse "viverá", possivelmente se referia sozinho à vida presente, mas Paulo amplia o conceito para incluir também a vida eterna. Ao confiar em Deus, obtemos salvação; achamos vida agora e para sempre.

    1:18 por que Deus revela sua ira contra os pecadores? Porque substituem a verdade a respeito Do com fantasias e imaginações (1.25). Afogam a verdade de Deus naturalmente revelada a todas as pessoas, a fim de acreditar algo que sustente seu estilo de vida egocêntrico. Deus não pode tolerar o pecado porque sua natureza é moralmente perfeita. Não pode passar por cima nem comutar uma rebelião tão deliberada. Deus quer tirar o pecado e restaurar ao pecador, e pode fazê-lo na medida que o pecador não distorça nem rechace a verdade com obstinação. Mas sua ira se revela contra os que persistem em pecar. Assegure-se de não ir depois de uma fantasia em vez de ir depois do verdadeiro Deus. Não despreze a verdade a respeito Do por proteger seu próprio estilo de vida.

    1.18ss Romanos 1:18-3.20 desenvolve o argumento do Paulo de que ninguém pode dizer que por seus méritos é aceitável ante os olhos de Deus: nem as multidões, nem os romanos, nem sequer os judeus. Todas as pessoas, sem importar o lugar em que se achem, merecem a condenação de Deus por seus pecados.

    1.18-20 Possui alguém desculpa para não acreditar em Deus? A Bíblia responde com um enfático não. Deus revelou sua existência através da natureza. Cada pessoa, portanto, deve aceitar ou rechaçar a Deus. Não seja negligente. Quando chegar o dia em que deva ser julgado pelo que tenha escolhido, não haverá desculpa. Comece a lhe dar hoje sua devoção e adoração.

    1.18-20 Nestes versículos, Paulo responde a uma objeção comum: Como um Deus amoroso pode enviar a alguém ao inferno, sobre tudo a quem alguma vez ouviu a respeito de Cristo? Paulo diz que Deus nos revelou ampliamente em sua criação. E a gente segue ainda rechaçando este conhecimento básico de Deus. Além disso, cada um sabe em seu foro interno o que Deus demanda, mas optam por não viver de acordo a isso. Em outras palavras, nossas normas morais são sempre melhores que nossa conduta. Se a gente suprimir a verdade de Deus a fim de viver a sua maneira, não tem desculpa. Conhece a verdade e tem que sofrer as conseqüências de passá-la por alto.

    1.18-20 Algumas pessoas se perguntam por que necessitamos missionários se a gente pode conhecer deus através da natureza (a criação). A resposta: (1) Apesar de que a gente sabe que Deus existe, anulam esta verdade com suas perversões e rechaçam assim toda relação com O. Os missionários com muito tato lhes assinalam esse engano e lhes mostram a possibilidade de um novo começo. (2) Apesar de que as pessoas podem acreditar em Deus, não querem compromissos com O. Os missionários tentam persuadi-los mediante palavras afetuosas e obras de amor. (3) Os missionários convencem às pessoas que rechaça a Deus das perigosas conseqüências desse rechaço. (4) Através dos missionários a igreja obedece a Grande Comissão de nosso Senhor (Mt 28:19-20). (5) E o que é mais importante, embora a natureza revela a Deus, às pessoas terá que lhe falar de Cristo e como, através do, podem ter uma relação pessoal com Deus.

    Não é suficiente saber que Deus existe. A gente deve aprender que Deus é amor. Deve entender o que fez para nos demonstrar seu amor (Mt 5:8). Deve mostrar-se os como aceitar o perdão de pecados que oferece Deus. (Veja-se também 10.14, 15.)

    1:20 Que tipo de Deus nos revela a natureza? A natureza nos mostra um Deus poderoso, inteligente, minucioso, um Deus de ordem e formosura; um Deus que controla todas as coisas. Esta é sua revelação geral. Através de sua revelação especial (a Bíblia e a vinda do Jesus), aprendemos sobre o amor, o perdão e a vida eterna que Deus oferece. Em sua graça nos revelou que estas duas maneiras, para que possamos acreditar no.

    1:20 Deus se revela através da natureza apesar de que este testemunho se distorceu com a queda do homem. O pecado do Adão motivou que a maldição divina caísse sobre a natureza (Gn 3:17-19). Os espinheiros e os cardos foram os resultados imediatos, e após e até nossos dias os desastres naturais foram comuns. Em Rm 8:19-21, Paulo diz que a natureza mesma espera ansiosamente ser redimida dos efeitos do pecado (veja-se Ap 22:3).

    1.21-23 Como podem as pessoas inteligentes voltar-se idólatras? A idolatria começa quando a gente rechaça o que sabe a respeito de Deus. Em lugar de pôr seus olhos no, o Criador e sustentador da vida, atuam como se fossem o centro do universo. Muito em breve inventam "deuses" que se ajustam muito bem a seu egoísmo, seus planos e seus intuitos. Estes deuses podem ser figuras de madeira, mas também podem ser metas ou coisas que queremos ter tais como dinheiro, poder ou comodidades. Até poderiam ser representações errôneas de Deus mesmo nas que o conformamos a nossa imagem, em lugar de que seja ao reverso. O denominador comum é: os idólatras adoram as coisas que Deus tem feito antes que a Deus mesmo. Quais são suas prioridades? Onde estão seus sonhos, planos, esperanças? Rende culto a Deus ou a ídolos que se fabricou?

    1.21-32 Paulo com toda claridade descreve a inevitável espiral descendente do pecado. Primeiro, as pessoas rechaçam a Deus; depois, fazem-se suas idéias do que deve ser e fazer um deus; logo caem em pecado: pecado sexual, cobiça, ódio, inveja, homicídio, dissensão, engano, malícia, intriga. Por último, cresce seu ódio para Deus e animam a outros a que sintam o mesmo. Deus não dá início a esta progressão para o mal. Mas quando as pessoas o rechaçam, concede-lhes viver como têm escolhido. Deus os entrega ou os faz sentir a conseqüência natural de seus pecados. Uma vez apanhados pela espiral descendente, não podem livrar-se. Os pecadores devem confiar em Cristo somente se tiverem que achar a via de escapamento.

    1:23 Quando Paulo diz que o homem trocou a glória do Deus incorruptível em semelhança de imagens de aves, de quadrúpedes e de répteis, parecesse que a propósito define a maldade do homem nos termos utilizados em Gênese, onde se narra a queda do Adão (veja-se Gn 1:20-26). Quando adoramos à criatura em lugar do Criador, perdemos de vista nossa identidade como seres superiores aos animais, feitos à imagem de Deus.

    1.24-32 Estas pessoas decidiram rechaçar a Deus e O o permitiu. Pelo general, Deus não interfere em nossas decisões que vão contra sua vontade. Permite-nos declarar nossa aparente independência do, apesar de que sabe que em pouco tempo seremos escravos de nossa rebeldia, e perderemos a liberdade de não pecar. Tem a vida sem Deus a aparência de liberdade para você? Estude-o bem. Não há pior escravidão que a do pecado.

    1:25 A gente tende a acreditar em mentiras que respaldam suas próprias crenças egocêntricas. Hoje mais que nunca devemos tomar cuidado com os dados aos que permitimos moldar nossas convicções. Através da televisão, a música, os filmes e o resto dos meios maciços de comunicação que nos apresentam estilos de vida pecaminosos e valores insalubres, constantemente nos bombardeiam com atitudes e crenças opostas por completo à Bíblia. Tome cuidado com o que permite chegue a formar parte de suas opiniões. A Bíblia é a única norma de verdade. Avalie as demais opiniões à luz de seus ensinos.

    1.26, 27 O plano divino quanto às relações sexuais normais é o ideal de Deus para sua criação. É lamentável, mas o pecado distorce o uso natural dos dons de Deus. Freqüentemente, o pecado não só implica negar a Deus, mas também negar a forma em que nos fez. Quando uma pessoa diz que qualquer ato sexual é aceitável sempre que não fira ninguém, está-se enganando. À larga (e pelo general breve) o pecado fere às pessoas: indivíduos, famílias, sociedade. Que lamentável que a gente adore as coisas que Deus tem feito em lugar de render culto ao Criador, ao grau que muitas vezes distorça e destrua as coisas que realmente valem! Entretanto, é impossível compreender o plano natural de Deus sem chegar a conhecer criador mesmo.

    1:26, 27 A homossexualidade (mudança ou abandono das relações sexuais naturais) propagou-se nos dias do Paulo como nos nossos. Muitas práticas pagãs o respiravam. A vontade de Deus é receber a tudo o que vá ao em fé e os cristãos devem amar a outros sem importar sua procedência. Entretanto, a homossexualidade está estritamente proibida nas Escrituras (Lv 18:22). No mundo de hoje, muitos consideram aceitável esta prática, inclusive algumas Iglesias. Mas a sociedade não é a que estabelece o patrão para as leis de Deus. Muitos homossexuais acreditam que seus desejos são normais e que têm o direito de expressá-los. Mas Deus não nos obriga nem anima a satisfazer todos nossos desejos (até os que são normais). Os desejos que violam suas leis são indevidos e devem controlar-se. Se você tiver estes desejos, pode e deve resisti-los. Conscientemente evite lugares ou atividades que sabe inflamará tentações desta natureza. Não menospreze o poder de Satanás para tentá-lo nem o potencial para lhe causar um dano sério se ceder a essas tentações. Recorde, Deus pode e perdoará pecados sexuais assim como perdoa outros pecados. Renda-se à graça e à misericórdia de Deus lhe pedindo que lhe mostre o caminho para sair do pecado e ir à luz de sua liberdade e amor. A oração, o estudo da Bíblia e o firme companheirismo dos cristãos em uma igreja centrada na Bíblia podem lhe ajudar a cobrar energias para resistir estas tentações poderosas. Se você for uma pessoa que anda neste pecado, terá que procurar a ajuda de um pastor que seja confiável, profissional e bom conselheiro.

    1:32 Como sabia esta gente que o castigo que Deus impõe a estes delitos é a morte? Os seres humanos, criados à imagem de Deus, têm consciência e natureza moral básica. Esta verdade se aceita além dos círculos religiosos. Os sicólogos, por exemplo, dizem que a pessoa sem consciência sofre uma séria desordem da personalidade que é muito difícil de tratar. Por instinto, muitas pessoas se dão conta quando fazem algo incorreto, mas pudesse não lhes importar. Algumas pessoas, inclusive, arriscam-se a uma morte temprana por saciar seus desejos agora. "Sei que é mau, mas o quero", dizem; ou "Sei que é perigoso, mas correrei o risco". Para este tipo de pessoas, parte de sua distração é ir contra a vontade de Deus, as normas morais da comunidade, o sentido comum e seu conceito do que é bom ou mau. Mas no profundo de seu ser sabem que o pagamento do pecado é a morte (6.23).

    QUE É FÉ?

    Fé é uma palavra com muitos significados. Pode significar fidelidade (Mt 24:45), confiança absoluta, como o demonstraram algumas pessoas que foram ao Jesus procurando sanidade (Lc 7:2-10). Pode significar uma esperança confiada (Hb_11:1). Ou, como Santiago menciona, crença morta que não se mostra em boas obras (Jc 2:14-26). O que quis dizer Paulo quando, em Romanos, fala da fé salvadora?

    Devemos ser muito cuidadosos para compreender como Paulo usa a palavra fé devido a que a relaciona com a salvação. Não é algo que devemos fazer a fim de ganhar a salvação; se fosse assim, a fé seria sozinho uma obra mais e Paulo estabelece com claridade que as obras humanas nunca poderão nos salvar (Gl 2:16). Em troca, a fé é um dom que Deus nos dá porque é nosso Salvador (Ef 2:8). A graça de Deus é o que nos salva, não nossa fé. Em sua misericórdia, entretanto, quando O nos salva nos dá fé, uma relação com seu Filho que nos ajuda a ser como O. Mediante a fé que nos dá, passamos de morte a vida (Jo 5:24).

    Até no período do Antigo Testamento, a graça, não as obras, foi a base da salvação. Como Hebreus assinala: "Porque o sangue de touros e dos machos caibros não pode tirar os pecados" (Jo 10:4). Deus procurava que seu povo, além dos sacrifícios de animais, visse-o o, mas freqüentemente punham sua confiança no cumprimento das demandas da Lei: levar a cabo os sacrifícios ordenados. Quando Jesus triunfou sobre a morte, cancelou os cargos que existiam em nosso contrário e abriu o caminho ao Pai (Cl 2:12-15). devido a sua misericórdia nos brinda fé. Que trágico que convertamos a fé em obras e tratemos das efetuar dependendo de nós mesmos! Não podemos nos aproximar de Deus mediante nossa fé, nunca mais como no Antigo Testamento a gente se aproximava de Deus através de seus sacrifícios. Em lugar disso devemos aceitar seu oferecimento com ação de obrigado e lhe permitir plantar a semente de fé em nós.


    Matthew Henry - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24
    1:1 Paulo e Bernabé acabavam de terminar sua primeira viagem missionária (Feitos 13:2-14.
    28) durante o qual visitaram 1conio, Listra e Derbe, cidades na província romana da Galacia (atualmente a Turquia). Ao pouco tempo de seu retorno a Antioquía, Paulo foi acusado por alguns cristãos judeus de diluir o cristianismo, fazendo-o mais favorável para os gentis. Estes cristãos judeus não estavam de acordo com as declarações do Paulo de que os gentis não tinham que cumprir com muitas das leis religiosas, que os judeus tinham obedecido por séculos. Alguns dos acusadores do Paulo inclusive o tinham seguido a algumas das cidades da Galacia e disseram aos gentis convertidos que deviam circuncidar-se e cumprir com as leis judias e seus costumes para ser salvos. De acordo a estes homens, os gentis deviam ser judeus a fim de chegar a ser cristãos.

    Em resposta a este ataque, Paulo escreveu esta carta às Iglesias na Galacia; nela, ele explica que ao cumprir com as leis do Antigo Testamento ou as leis judias não obteriam salvação. Uma pessoa é salva por graça mediante a fé. Paulo escreveu esta carta em 49 D.C., pouco tempo antes do concílio de Jerusalém, que também tratou sobre a lei versus a graça (Feitos 15).

    1:1 Paulo foi chamado a ser apóstolo pelo Jesucristo e Deus o Pai. Apresentou seus créditos do começo desta carta porque alguns na Galacia estiveram questionando sua autoridade.

    1:1 Para maior informação a respeito da vida do Paulo veja-se seu perfil em Feitos 9. Nessa época Paulo tinha sido cristão por quase quinze anos.

    1:2 No tempo do Paulo, Galacia era a província romana situada na parte central da atual a Turquia. Grande parte da região descansava sobre uma larga e fértil meseta e um grande número de pessoas se transladou a esta região por ser favorável para a agricultura. Uma das metas do Paulo durante sua viagem missionária foi visitar as regiões que fossem centros de numerosa população, a fim de alcançar o maior número possível de pessoas.

    1.3-5 O plano completo de Deus foi nos salvar por meio da morte do Jesus. fomos resgatados do poder deste mundo malvado: um mundo governado por Satanás, cheio de crueldade, tragédia, tentação, e decepção. O ter sido resgatados deste mundo perverso não significa que fomos tirados fora, mas sim já não estamos escravizados a ele. Reflete sua vida a gratidão por ter sido salvado? transferiu você a lealdade a este mundo pela lealdade a Cristo?

    1:6 Alguns estavam pregando "um evangelho diferente". Esta gente pregava que para que os gentis fossem salvos deviam cumprir com as leis e costumes judias, especialmente o rito da circuncisão. A fé em Cristo não era suficiente. Esta mensagem danificou a verdade das boas novas de que a salvação é um presente, não uma recompensa por certas obras. Cristo Jesus permitiu que estivesse disponível para todas as pessoas, não só para os judeus. Tome cuidado das pessoas que dizem que se requer mais que a fé em Cristo para obter a salvação. Quando a gente estabelece requisitos adicionais para a salvação, negam o poder da morte de Cristo na cruz (veja-se 3:1-5).

    1:7 Só há um caminho dado Por Deus para o perdão de nossos pecados: acreditar no Jesucristo como Senhor e Salvador. Nenhuma outra pessoa, método ou ritual pode dar vida eterna a uma pessoa. Alguns pensam que todas as religiões são igualmente válidas para ir a Deus. Em uma sociedade livre a gente tem direito a ter suas próprias opiniões religiosas, mas isso não garante de que suas idéias sejam corretas. Deus não aceita uma religião feita pelo homem como um substituto da fé no Jesucristo. O há provido um só caminho: Jesucristo (Jo 14:6).

    1:7 Aqueles que confundiam aos crentes da Galacia eram cristãos judeus radicais, que acreditavam que as práticas do Antigo Testamento, tais como a circuncisão e as restrições na comida, eram requeridas para todos os crentes em Cristo. Devido a estes professores queriam trocar aos cristãos gentis em judeus, foram chamados judaizantes. Algum tempo depois de que a carta aos Gálatas foi enviada, Paulo se encontrou com os apóstolos em Jerusalém para discutir este assunto (veja-se Feitos 15).

    1:7 Os cristãos da Galacia era principalmente gregos, não familiarizados com leis e costumes judias. Os judaizantes formavam parte de uma facção extremista de cristãos judeus. Ambos os grupos acreditavam em Cristo, mas seus estilos de vida eram grandemente diferentes. Não sabemos por que os judaizantes viajaram grandes distancia para ensinar seus enganos aos gentis recém convertidos. Eles puderam ter sido motivados por (1) um desejo sincero de integrar o judaísmo com a nova fé cristã, (2) um sincero amor por sua herança judia ou (3) um desejo, nascido do ciúmes, de destruir a autoridade do Paulo. Tenham sido sinceros ou não, estes judaizantes, seus ensinos ameaçavam estas Iglesias novas e tinham que ser neutralizadas. Quando Paulo disse que estes professores queriam perverter o evangelho, ele não estava rechaçando tudo o que fora judeu. O mesmo era um judeu que adorou no templo e assistiu às festividades religiosas. Mas ele estava consciente de que nada se pode conseguir fora da verdade singela desta mensagem: esta salvação, tanto para judeus como para gentis, é só pela fé no Jesucristo.

    1:7 A verdade distorcida é às vezes mais difícil de perceber que a mentira aberta. Os judaizantes estavam deformando a verdade a respeito de Cristo. Declaravam lhe seguir, mas negavam que a obra do Jesus na cruz fora suficiente para a salvação. Sempre existirão pessoas que deformem as boas novas. Seja porque não compreendam o que a Bíblia ensina ou porque não estão de acordo com a verdade tal como se apresenta. Como podemos descobrir que a verdade está sendo tergiversada? antes de aceitar os ensinos de qualquer grupo, descubra o que este ensina a respeito de Cristo. Se seus ensinos não estiverem acordes com a verdade da Palavra de Deus, eles estão pervertendo o evangelho.

    1:8, 9 Paulo denunciou enfaticamente a perversão do evangelho de Cristo por parte dos judaizantes. O disse que se até um anjo do céu vier e prega outra mensagem, deve ser "anátema". Se um anjo deveu pregar outra mensagem, não deveu ter sido do céu, sem importar sua aparência. Em 2Co 11:14-15, Paulo adverte que Satanás e seus anjos podem tomar a forma de anjos de luz. O invoca uma maldição sobre o anjo que difunda um evangelho falso: uma reação adequada com um emissário do inferno. Paulo estende essa maldição a si mesmo em caso de que ele faça o mesmo. Sua mensagem não deve ser trocado nunca, porque a verdade do evangelho nunca troca. Paulo usou palavras duras porque está ocupando-se de um assunto de vida ou morte.

    1:10 Dedica você sua vida em tratar de agradar a outros? Paulo teve que falar com dureza aos cristãos na Galacia porque estavam a sério perigo. Não se desculpa por suas palavras diretas, sabia que não estaria servindo fielmente a Cristo se permitia que os cristãos da Galacia seguissem no caminho equivocado. A quem trata você de agradar, às pessoas ou a Deus? Peça o valor necessário para dar o primeiro lugar à aprovação de Deus.

    1.11ss por que os gálatas deviam escutar ao Paulo em lugar dos judaizantes? Paulo responde esta pergunta implícita ao mostrar seus créditos: sua mensagem era diretamente de Cristo (1.12), tinha sido um judeu exemplar (1.13, 14), tinha tido uma conversão especial (1.15, 16; veja-se também At 9:1-9), tinha sido confirmado em seu ministério pelos outros apóstolos (At 1:18-19; At 2:1-9) Paulo apresentou seus créditos também às Iglesias em Corinto e Filipos (2 Corintios 11:12; Fp 3:4-9).

    1:12 Não conhecemos detalhes desta revelação. Paulo se refere a uma experiência diferente a que teve no caminho a Damasco. O tema central era que suas palavras eram mais que próprias especulações ou idéias.

    1:13, 14 Paulo chegou a ser um dos maiores religiosos judeus de seu tempo, cumpridor escrupuloso da lei e ciumento perseguidor dos cristãos (veja-se At 9:1-2). antes de sua conversão foi até muito mais ciumento guardador da lei que os mesmos judaizantes. O tinha superado a seus contemporâneos em conhecimentos e práticas religiosas. Tinha sido sincero em seu zelo, mas estava equivocado. Quando se encontrou com o Jesus, sua vida trocou. Agora canaliza todas suas energias na edificação das Iglesias cristãs.

    1:14 A palavra judaísmo não se refere só à nacionalidade mas também à religião. Para ser judeu completo, uma pessoa deve ser descendente do Abraão. Além disso, um judeu fiel se adere às leis judias. Os gentis (1,16) são aqueles que não são judeus, já seja por sua nacionalidade ou religião. Nos dias do Paulo, os judeus pensavam que todos os gentis eram pagãos. Os judeus evitavam aos gentis porque acreditavam que um contato com eles conduziria corrupção espiritual. Embora os gentis por nacionalidade pudessem chegar a ser judeus pela religião, aceitando a circuncisão e as leis e costumes judias, nunca seriam aceitas de tudo. Muitos judeus tinham dificuldade em aceitar que a mensagem de Deus era para judeus e gentis por igual. Alguns judeus pensavam que os gentis tinham que ser judeus antes de que chegassem a ser cristãos. Mas Deus planejou salvar a ambos: judeus e gentis. O tinha revelado seu plano através dos profetas do Antigo Testamento (vejam-se por exemplo, Gn 12:3; Is 42:6; Is 66:19), e que teve seu cumprimento por meio do Jesucristo, e que estava sendo proclamado aos gentis por intermédio do Paulo.

    1:15, 16 Pelo fato de que Deus guiava seu ministério, Paulo não fazia nada que Deus não tivesse planejado de antemão, lhe havendo dado poder para fazê-lo. De forma similar, Deus disse ao Jeremías de que O tinha chamado ainda antes de que nascesse, para cumprir com uma tarefa especial para O (Jr_1:5). Deus o conhece você intimamente também, e decidiu escolhê-lo para que seja do antes de que nascesse (veja-se Salmo 139). O quer que se mantenha perto do e que cumpra com a tarefa que lhe encomendou.

    1.15-24 Paulo se refere a sua conversão para mostrar que sua mensagem veio diretamente de Deus. Deus o comissionou para pregar as boas novas aos gentis. depois de seu chamado, Paulo não consultou com ninguém, mas sim passou três anos na Arábia. Logo falou com o Pedro e Santiago, após não teve contato com cristãos judeus por vários anos. Nesse lapso, pregou às gentis a mensagem que Deus lhe tinha encomendado. Suas boas novas não vinham de um homem, vieram de Deus.

    1:18 Esta foi a primeiro visita do Paulo a Jerusalém já como cristão, como se registra em At 9:26-30.

    1:21 Por causa da oposição em Jerusalém (veja-se At 9:29-30), Paulo tinha ido a Síria e Cilícia. Nestes lugares remotos não teve oportunidade de receber instrução de parte dos apóstolos.

    1:24 A mudança de vida no Paulo motivou louvores de pessoas que o viram ou ouviram. Sua nova vida surpreendeu a muitos, os que glorificaram a Deus porque só O pôde ter transformado a este ciumento perseguidor de cristãos em um cristão. Possivelmente não tenhamos experiente uma transformação tão dramática como a do Paulo, mas nossas novas vidas devem glorificar a Deus cada dia. Quando a gente o olhe a você, reconhece a mudança que Deus obrou em sua vida? Se não, possivelmente não esteja vivendo como devesse.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24
    INTRODUÇÃO (Gl 1:1)

    1 Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos), 2 e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia: 3 Graça a vós, e paz da parte de Deus Pai, e nosso Senhor Jesus Cristo, 4 que se entregou por nossos pecados, para que pudesse para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, 5 a quem seja o glória para todo o sempre. Amém.

    A saudação contém os três elementos habituais de uma carta antiga: o anúncio do escritor, a designação dos leitores, e as saudações de abertura. Como sempre, Paulo dá a essas cortesias um caráter espiritual que ele traz diretamente para o propósito da sua missão em geral, e da epístola em particular.

    1. sua prerrogativa (Gl 1:1 ). Apesar de tudo isso está implícito no termo, Paulo elabora o significado do seu apostolado. Sem dúvida, aqueles que tentaram desacreditar o havia insinuado que havia uma diferença entre os apóstolos originais e Paulo. Sua missão, que realizou, não foi dada por Cristo, mas pelos homens em Antioquia. Mesmo quando ele recebeu o Espírito Santo, disse que era para ser através de um homem, Ananias, que colocou as mãos sobre ele. Paulo enfaticamente nega essas calúnias. Seu apostolado não é de homens como a fonte, nem é por meio do homem como a agência intermediária. Havia apenas uma fonte e agência. Foi por meio de Jesus Cristo, e por Deus Pai . Como Ridderbos diz: "O anexado diretamente e por Deus Paianuncia que o chamado de Paulo de Cristo era ao mesmo tempo um chamado de Deus. "

    A chave para a prerrogativa de Paulo é a ressurreição. Deus é descrito como Aquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos. Assim, Ele tornou possível para Jesus a chamar Paulo como realmente como tinha chamou os Doze. E foi o mesmo Senhor ressuscitado, não Ananias, que derramou o Espírito Santo sobre Paulo. Assim, a graça eo apostolado de Paulo não era nem um pouco atrás dos outros.

    2. Seus Leitores (Gl 1:2)

    6 Estou admirado de que sois tão rapidamente retirando-lhe que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, 7 o qual não é outro evangelho : só há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. 8 Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema. 9 Como já dissemos antes, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho do que aquele que recebestes, seja anátema.

    Como vimos, Paulo foi breve e abrupta em sua saudação aos Gálatas. Ele omitiu seus rejoicings habituais e elogios. Agora, de repente, desabafa seu coração. A ocasião de escrever é que as coisas não são mais como eram com os Gálatas. A situação deve ser corrigida ou tudo estará perdido.

    1. Lapse do Evangelho (Gl 1:6 ), foi aprovado pelos líderes em Jerusalém (2: 1-10 ), e foi vindicado, mesmo contra o erro de o apóstolo chefe Jerusalém (2: 11-21 ). Todas essas três questões são discutidas apenas porque as relações tensas exigem.

    O restante da epístola é uma exposição das glórias da salvação pela fé em Cristo (3: 1-4: 31) e da forma de liberdade por meio do Espírito (5: 1-6: 18 ).

    A. recebido por revelação de Cristo (1: 10-24)

    10 Para am 1 agora a procurar o favor dos homens ou o de Deus? ou procuro agradar a homens? Se eu ainda estivesse agradando a homens, não seria servo de Cristo.

    11 Pois eu comuniquei a vocês, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado, que não é segundo os homens. 12 porque não o recebi de homem algum, nem me foi ensinado, mas ele veio a mim através da revelação . de Jesus Cristo 13 Porque já ouvistes da minha maneira de viver no tempo passado nos judeus religião, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus, e fez estragos do mesmo: 14 e eu avançamos nos judeus religião além muitos da minha idade entre os meus compatriotas, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais. 15 Mas, quando foi o beneplácito de Deus, que me separou, mesmo desde o ventre de minha mãe e me chamou pela sua graça, 16 para revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios;logo, não consultei carne e sangue, 17 nem subi a Jerusalém para os que eram apóstolos antes de mim, mas parti para a Arábia; e voltei outra vez a Damasco.

    18 Depois, passados ​​três anos, subi a Jerusalém para visitar a Cefas, e permaneceu com ele quinze dias. 19 Mas outro dos apóstolos não vi a nenhum, salvar o irmão Tiago do Senhor. 20 Ora, acerca do que vos escrevo, eis que, diante de Deus, eu não minto. 21 Depois fui para as regiões da Síria e da Cilícia. 22 E eu ainda não era conhecido de rosto para as igrejas da Judéia, que estavam em Cristo: 23 mas só ouvi dizer que ele que uma vez que nos perseguia agora prega a fé de que uma vez que ele fez estragos; 24 e glorificavam a Deus em mim.

    O título desta seção, do ponto de vista negativo, poderia ser chamado de "Repúdio de Paulo de Motivos corruptos." Mas o método de repúdio é uma clara afirmação de todos os fatores positivos que entram prerrogativas para proclamar o evangelho como ele faz.

    1. Pregou com Worthy Motives (Gl 1:10 , 11 ) . Em primeiro lugar, Paulo deixa claro que o seu ministério é clara e não pode ter lealdades primárias em duas direções. Ou ele é servo de Deus ou do homem-não ambos. Por enfaticamente alegando que o ex ele absolutamente repudia o último. Ele é um servo de Cristo , procurando apenas a favor de ... Deus . Caso contrário, por que ele teria sido tão dispostos a sofrer perseguição?

    Dar a conhecer seria melhor ser traduzido como "lembrar." Referência é uma verdade esquecida que tinha anteriormente sido bem conhecido. Quando o evangelho foi pregado primeiramente aos Gálatas, que não tinha nenhuma dúvida de sua origem divina.Na verdade, tão grande era a manifestação do poder de Deus que, em um momento em que tentou adorar Paulo e Barnabé (At 14:11 ).

    2. Expor padrão divino e Fonte (Gl 1:12 ) . Como o versículo 11 , declarou que seu evangelho não era depois que o homem (depois de qualquer forma humana ou standard), versículo 12 insiste que não foi transmitida a ele pelo homem nem era ensinado pelo homem. Ele simplesmente não era uma parte de sua formação rabínica. Nem tinha aprendido como uma teoria exótica durante suas viagens. Embora os fatos da vida e actividades de Jesus foram, em alguma medida, pelo menos, o conhecimento comumente disponíveis, o evangelho veio nem dos repórteres nem dos filósofos. Ele veio a Paulo através da revelação de Jesus Cristo , porque o evangelho não reside no fato de que um homem viveu na Galiléia, mas em quem ele era e por que Ele veio. Paulo tinha sido tão consciente de Jesus e tão irritado por aquele que perseguiu seus seguidores. Mas quando Jesus apareceu a Paulo na estrada de Damasco e apresentou-se, esta foi evangelho dado por revelação de Deus. Daquele dia em Paulo duvidou nem o evangelho nem o seu próprio chamada para proclamá-la.

    3. Inversão Planos Humanos (Gl 1:13 , 14 ) . Para provar que o seu ponto de vista da educação e no início não eram a fonte de seu evangelho, Paulo apela à sua conhecida forma de vida no tempo passado na religião dos judeus . O resultado líquido de sua formação e inclinações naturais era fazê-lo, pelo menos, tão zeloso contra o evangelho como os judaizantes que estavam perturbando os gálatas. A palavra traduzida como religião judaica nos versículos 13:14 não se refere ao dado por Deus a adoração legítima entre os judeus que Paulo tão consistentemente se identifica com a fé em Cristo. Refere-se, antes, à adoção de hábitos judaicos, língua ou política. Aqui ele denota "partidarismo judaica, e descreve com precisão o espírito de festa amarga", que fez Paulo perseguidor tão mortal nos seus dias anteriores. Os gálatas, provavelmente, pode ter ouvido mais de uma vez da própria boca de Paulo a conta de sua antiga vida e de sua conversão radical e chamada. Agora ele simplesmente lembra-lhes que a perseguição foi intensiva e contínua (imperfeito) e devastador. Horror de Paulo em sua própria conduta anterior é visto na expressão que persegui a Igreja de Deus homem -puny lutando contra o Deus Todo-Poderoso.

    O ponto da passagem é o contraste entre a velha vida e do evangelho. Assim, longe de ter sido educado na fé cristã, ele superou seus compatriotas de sua própria geração, em seu zelo pelas tradições dos pais . E essa educação foi obtido em Jerusalém, a sede para o movimento judaizar atual. O zelo de Paulo para que o evangelho não era um produto de sua formação inicial. Era uma inversão total de seu ponto de vista e os planos.

    4. Alcançar Propósito Divino (Gl 1:15 , 16a ) . Deus, porém, não ignorou Paulo todo esse tempo. Mesmo antes do treinamento Judaistic, e até mesmo antes do nascimento de Paulo, o olho de Deus estava sobre ele. O crédito total para sua conversão e chamada pertence a Deus. Paulo está reivindicando nenhum mérito, prerrogativa, ou originalidade. Tudo é de graça. Este, em nenhum sentido nega a realidade da escolha humana e consentimento. Mas isso definitivamente indicam que era a vontade e plano que estava sendo realizado de Deus. O que Paulo agora é e o evangelho que anuncia não são de realização humana e autoridade. Foi o beneplácito de Deus que escolheu Paulo fora do ventre de sua mãe , chamou-o por meio da graça , e revelou Cristo nele, a fim de que ele pregasse entre os gentios. "O uso de no (en) no versículo 16 não indica que a revelação foi apenas Paulo. Em vez disso, a preposição indica que não só foi Paulo o instrumento de Deus na pregação do evangelho, mas também em sua própria pessoa deu o mais forte testemunho ao seu poder. "A autoridade não está na opinião humana discutível. É na revelação divina.

    5. Em pé Além de Counsel Humano (Gl 1:16 ) . Pelo menos três anos completos decorridos (como a preposição implica) antes de Paulo voltou de Damasco a Jerusalém. Não há nenhuma indicação quanto do tempo foi gasto em Saudita ou o que Paulo fez em Damasco (conforme At 9:1 ). Estes, provavelmente, pode ter sido iniciado, pelo menos em parte, sob o ministério inicial de Paulo antes que ele foi chamado para Antioquia. Em qualquer caso, não há registro de Atos do ministério de Paulo em Antioquia, capital da Síria. Mas, mais uma vez, o interesse de Paulo nesta passagem está no fato de que seu ministério ainda era independente da Judéia. Até o momento ele era ainda desconhecida por rosto para as igrejas da Judéia, que estavam em Cristo . Eles só sabiam Paulo por sua reputação. A notícia se espalhou de que o perseguidor tornou-se um pregador da fé. Para este glorificavam a Deus , atribuindo a mudança inteiramente à graça de Deus trabalhando em seu coração. Tanto Paulo quanto as igrejas na Judéia pregou o evangelho, mas ainda de forma totalmente independente uma da outra durante os primeiros 14 anos de vida cristã de Paulo. E os registros são quase tão silencioso a respeito realizações de Paulo durante a maior parte deste período, tais como estão os trabalhos de muitos dos Doze Apóstolos.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24
    Os dois primeiros capítulos são pes-soais. "Evangelho", mencionado onze vezes nos 45 versículos, é a palavra- chave. O objetivo de Pâulo é mostrar que sua mensagem e seu ministério vêm diretamente de Cristo, não dos homens. Paulo não prega uma men-sagem transmitida a ele por Pedro ou algum dos outros apóstolos. A fim de que ninguém pensasse que o ministé-rio de Paulo lhe foi dado pelos após-tolos, Deus teve o cuidado de manter o ministério dele totalmente separado do dos Doze.

    1. Paulo anuncia o evangelho (1:1 -5)

    Os judaizantes que "fascinaram" os gálatas (3:
    1) diziam que o apostolado e a mensagem de Paulo não eram dig-nos de confiança, porque não tinham a aprovação oficial de Jerusalém. Eles alegavam que Pedro os credenciara, como se a aprovação dos homens comprovasse que Deus enviou o pregador. Pâulo inicia a carta com a afirmação de que seu ministério e sua mensagem vinham diretamente de Je-sus Cristo. (Observe o uso de "não" e de "nem" nos versículos 1:12-17.) Ele, logo de início, explica o evange-lho que prega.

    O evangelho de Paulo centra-va-se em Cristo — a morte, o se- pultamento e a ressurreição dele —, não em Moisés ou na Lei. Era o evangelho da graça que trazia paz.

    Era o evangelho da liberdade, como declara o versículo 4, "para nos desarraigar". Os judaizantes escra-vizavam as igrejas por intermédio da Lei (veja 2:4; 3:13 4:9). A morte de Cristo libertou-nos da maldade dessa era presente e deu-nos uma posição de liberdade (5:1 ss). Não é de admirar que Pâulo acrescente: "A quem seja a glória pelos séculos dos séculos" (v. 5).

    Que nunca nos confundamos a respeito do conteúdo e do intuito do evangelho. O evangelho não é "seguir Cristo e imitar a vida dele", mas "re-ceber Cristo pela fé e permitir que ele liberte você". O evangelho não diz, em nenhum momento, que alcança-mos a salvação ao guardar a Lei.

    1. A perplexidade de Paulo com a substituição do evangelho por parte deles (1:6-10)

    Paulo ficou perplexo por dois moti-vos: (1) pelo fato de os gálatas abra-çarem outra mensagem logo após vivenciarem a bênção da salvação (3:1-5); e (2) por se afastarem dele (Paulo) que sofreu para trazer Cristo até eles. O sentido literal da palavra grega, usada no particípio presente, "passado" (v. 6), é "passando". Eles estavam no processo de passar da graça pura para uma mistura de Lei e graça. Em 5:4, Paulo afirma: "Da graça decaístes [estão fora dela]". Isso quer dizer que eles mudaram da esfera da graça para a da Lei, e não que perderam a salvação já al-cançada. O sentido da graça é que dependo de Deus para satisfazer minhas necessidades, ao passo que, na Lei, tento resolver as coisas por mim mesmo, com minha força.

    Os apóstolos são vigorosos na condenação de qualquer outro evan-gelho, independentemente de quem o pregue, mesmo que seja um anjo! Lembre-se que há apenas um único evangelho da graça de Deus, aquele que Paulo pregou, embora haja mui-tos "evangelhos" (mensagens das boas-novas). Abraão acreditou no "evangelho" (3:8), na "boa-nova" de que todas as nações seriam abençoa-das por intermédio da semente dele. Em todas as eras, os homens foram salvos por crer em alguma promessa que Deus lhes revelou. Noé creu na Palavra de Deus em relação ao Dilú-vio e à arca; Abraão creu na Palavra sobre sua semente prometida; hoje cremos na Palavra a respeito da mor-te e da ressurreição de seu Filho. Não há outro evangelho desde o advento de Paulo e a revelação da justifica-ção pela fé. De Mateus 3 a Atos 7, a Bíblia enfatiza o "evangelho do rei-no", porém essa não é a mensagem para nós.

    1. O argumento de Paulo em relação ao seu ministério (1:11-24)

    Nessa passagem, Paulo mostra sua total independência em relação aos Doze e à assembléia de Jerusalém.

    1. Ele recebeu o evangelho direto de Cristo (vv. 11-14)

    Paulo viu o Cristo ressurrecto (Atos 9 e recebeu diretamente dele seu comissionamento e sua mensagem. Essa experiência qualifica-o para o apostolado. Nunca se preten-deu que Paulo substituísse Judas e fosse o 12a apóstolo (At 1:16-44). Primeiro, Paulo não satisfaria os pré-requisitos para isso; segundo, Deus manteve-o intencionalmente afastado dos Doze para que nin-guém acusasse Paulo de transmitir a mensagem dos outros. Ninguém pode acusar Paulo de inventar a própria mensagem porque ele foi um precursor da igreja, não um simpatizante. Após seu encontro com Cristo na estrada de Damasco, sua vida mudou de forma radical. O encontro dele com Cristo é a única coisa que pode explicar uma transformação tão notável.

    1. Ele recebeu o evangelho à parte dos apóstolos (w. 15-17)

    Reafirmamos que Deus nunca pre-tendeu que Paulo pertencesse aos Doze. Fundamentalmente, o mi-nistério dos apóstolos era para os judeus e referia-se ao reino; o de Paulo era para os gentios e relacio-nava-se com o mistério da igreja, o único corpo. Cristo chamou os Doze enquanto estava na terra, porque a mensagem deles apresentava a esperança do reino terreno para Israel. Paulo recebeu seu cha-mado do céu, pois sua mensagem apresentava o "chamado celestial" da igreja, em Cristo. Os doze após-tolos estavam associados às doze tribos de Israel. Paulo era um ho-mem (judeu com cidadania gentia) que representava esse único corpo, em Cristo.

    Paulo não consultou os ho-mens após receber seu chamado. Se fizesse isso logo após receber seu chamado, as pessoas diriam que tomara emprestado a men-sagem dos Doze e que recebera autoridade deles. Em vez disso, Deus mandou Paulo à Arábia para um tempo de meditação e de exa-me. Alguém disse: "Paulo chegou à Arábia com a Lei e os Profetas e saiu com Romanos e Gálatas!". Paulo, como Moisés e Elias antes dele, foi para o deserto lutar com o desígnio de Deus e o plano dele para sua vida. A seguir, ele voltou para Damasco, onde testemunhou de Cristo pela primeira vez.

    1. Ele recebeu reconhecimento das igrejas por seu evangelho (vv. 18-24)

    Na verdade, os crentes tinham medo de Paulo, e, se não fosse por Barnabé, ele não seria aceito. Esse fato prova que Paulo nunca dependeu da igreja de Jerusalém para conseguir aprova-ção. Depois dessa visita, ele foi para a Síria (Antioquia). At 11:22-44 registra seu ministério nesse local, porém os crentes da Judéia não o co-nheciam pessoalmente. Contudo, as igrejas de lá ouviram a notícia mara-vilhosa da conversão de Paulo e glo-rificaram a Deus.

    E trágico que hoje os homens re-jeitem a revelação do evangelho de Paulo e tentem misturar graça e Lei. Eles tentam "encaixar" Paulo nos ca-pítulos iniciais de Atos, os quais ain-da enfatizam o reino. Eles tiram de Paulo para dar a Pedro! Precisamos voltar à pura mensagem da graça, ao evangelho apenas de Jesus Cristo. A mistura de igreja e reino, de graça e Lei e de Pedro e Paulo só cria confu-são, além de "perverter" (distorcer — 1:
    7) o evangelho de Jesus Cristo.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24
    1.1 Paulo não demora em lançar imediatamente o fundamento que indica a propósito da epístola. O evangelho que ele prega não é de origem humana, mas divina. Seu apostolado, posto em dúvida pelos judaizantes (v. 7), é importante para sustentar a veracidade de sua mensagem.
    1.2 Galácia. Provavelmente a região ao sul da Ásia Menor incluindo as igrejas de Antioquia, Listra e Derbe (conforme At 13:14-44).
    3) Reconhece o prazer divino em manifestar o Senhor Jesus Cristo por seu intermédio como .também Sua pregação.

    1.17 Arábia. Os árabes, sob Aretas, controlavam um território vasto, incluindo a própria Damasco (conforme 2Co 11:32, 2Co 11:33). Sem ser declarado, podemos concluir que o sou propósito era consultar a Deus, uma vez determinado que o Senhor, e não os apóstolos, seria a fonte da sua mensagem.

    1.18 Três anos. É provável que se refere aos anos depois da sua conversão. Subi á Jerusalém. Esta visita corresponde àquela mencionada em At 9:26-44. Cefas. É o aramaico equivalente a Pedro.

    1.19 Tiago, filho de Maria e José, e, portanto, meio irmão de Jesus (conforme Jc 1:1).

    1.21 Cilícia. Nesta ocasião estava ligada com a Síria e sob a administração romana. A cidade principal da Cilícia era Tarso, onde Paulo foi criado e agora anunciava o evangelho (23).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24
    I. INTRODUÇÃO (1:1-5)
    v. 1,2a. Do profundo mistério da Divindade, a Palavra havia falado. Essa era a certeza que havia fascinado e inspirado a alma de Saulo de Tarso. Nesse prodígio, havia ainda outro: o conhecimento de que ele mesmo era um instrumento da palavra divina. Em Jesus, Deus havia aparecido; a ressurreição havia estabelecido esse fato além de qualquer dúvida. Agora Saulo de Tarso era o servo-escravo e embaixador comissionado do Senhor Jesus Cristo: Paulo, apóstolo, por designação direta de Deus.

    Havia homens que não entendiam dessa forma. Eles também professavam o nome de Cristo — mas para eles a mensagem que Paulo pregava era uma traição das antigas veredas de Deus. Criados na tradição das antigas alianças e fascinados pela lei judaica, como o caminho de vida designado por Deus, eles não estavam conseguindo se adaptar facilmente à idéia de que essas coisas teriam de ser deixadas de lado. Além disso, eles podiam reivindicar orgulhosamente a autoridade, mesmo que não estritamente confirmada, das credenciais de Jerusalém, da igreja dos apóstolos e de Tiago, o irmão do Senhor. Para eles, Paulo era simplesmente alguém que surgiu do nada em Antioquia da Síria, e eles não hesitaram em destacar isso.
    Assim, Paulo se esforça, ao abrir a sua carta, em afirmar a base da sua autoridade. Os seus oponentes reivindicavam a autoridade de homens de expressão? A autoridade dele não precisava desse tipo de mediação, mas vinha diretamente do Deus que havia falado decisivamente em Cristo, ressuscitando-o dos mortos. Mas, mesmo entre os homens, ele não estava sozinho. Com ele estavam os devotos companheiros que os gálatas conheciam.
    [Observação: da parte de e por meio de são preposições que sugerem respectivamente a fonte original e a fonte intermediária de autoridade.]

    v. 2b. A resposta a essa questão foi discutida na introdução; este comentário considera as igrejas como aquelas organizadas por Paulo no sul da Galácia, na sua primeira viagem missionária (At 13:14).

    v. 3-5. Ao desafiar a autoridade de Paulo, os mestres judeus tinham um motivo dissimulado: desacreditar o evangelho que ele pregava. Assim, na sua saudação, Paulo reafirma os elementos essenciais do evangelho. Foi um auto-sacrifício pelos nossos pecados e um passo proposital da vontade de Deus;
    um ato voluntário da graça divina, inquestionável por parte do homem. Acrescentar qualquer outra exigência a ele seria uma presunção irreverente e ímpia. Para destacar isso, a transcendência de Deus é sublinhada. A vontade daquele cuja glória se estende pelas eras das eras (para todo o sempre) entrou em ação para nos libertar desta presente era perversa. O livramento era o ato de Deus em que ele tinha prazer; um livramento, por assim dizer, para ele mesmo (acerca do significado do uso da voz média v. Vine, Expository Dictionary of NT Words, “Deliver” 8). Se Cristo se entregou a si mesmo, como ousaríamos acrescentar mais alguma exigência?

    Não podemos negligenciar a importância desse trecho nesse estágio tão primitivo do ensino cristão. O nome do Senhor Jesus Cristo já é usado em equivalência ao de Deus nosso Par, um fato ainda mais espantoso em face do sentimento intenso dos judeus que envolvia toda a questão principal dessa carta. Além disso, o auto-sacrifício dele é por nossos pecados: o propósito redentor da morte de Cristo já é estabelecido como base do evangelho nessa formulação tão antiga. Aqui, então, temos os elementos mais precoces e essenciais da pregação cristã.

    II. O MOTIVO DA CARTA (1:6-9)
    Algo do ensino que foi levado à Galácia pelos mestres judaizantes pode ser apreendido com base em referências posteriores na carta. Esse ensino aceitava a missão de Messias de Jesus, mas acrescentava mais uma exigência à da fé em Cristo: a aceitação da obediência aos preceitos judaicos, particularmente como está simbolizada na circuncisão e no cumprimento da lei ética e cerimonial (At 15:1; G1 3.2,10; 4.10,21; 5.2; 6.12,13).
    Para Paulo, também era axiomático e evidente que a fé em Cristo exercia um efeito radical sobre a conduta (5:19-24). Mas o lugar que os judaizantes davam à lei não era, para ele, somente uma diferença de ênfase. Isso pervertia a sua mensagem, era outro evangelho, era um evangelho diferente daquele que lhes pregamor, era uma anulação (metastrepsai, v. 7) do evangelho.

    As razões desse antagonismo são elaboradas em detalhes nessa carta. O novo ensino era retrógrado, a volta à servidão (5.1; v. At 15:10). Por detrás de tudo isso, estava uma razão ainda mais profunda. Render-se aos judaizantes seria reduzir o caminho de Cristo a simplesmente mais uma das seitas briguentas judaicas e, inevitavelmente, sufocar no nascimento a mensagem universal de Cristo. O próprio Paulo deve ter percebido isso; mas era uma visão muito adiante dos horizontes dos bitolados sectários de Jerusalém, preocupados como estavam com as minúcias da observância da lei e com o temor da única perseguição que a igreja tinha experimentado (6.12). O apóstolo mantém o seu conselho, mas a compreensão arde na paixão de suas palavras. Se alguma vez houve uma questão em que Paulo teve de apressar o passo, mas com cautela, foi essa, e ser insuficientemente radical era derrotar os propósitos de Deus, seria abandonar aquele que os chamou.

    [Observações:
    1) amaldiçoado: anathema.


    2)    v, 6,7. outro evangelho que [...] não é o evangelho: há diferentes pontos de vista acerca do sentido aqui, que estão refletidos nas diferentes versões. Estaria Paulo sugerindo que a mensagem dos judaizantes não era evangelho algum? ou que não era uma mensagem diferente mas uma perversão da verdadeira mensagem? A diferença surge de pontos de vista contrários acerca do significado das palavras gregas heteros e allos defendidos, e.g., por Lightfoot e Ramsay. (A NVI opta pela primeira opção.)


    3)    v. 8. ainda que nós: a própria autoridade divina de Paulo é válida somente se a sua mensagem permanecer autêntica. Conforme Pedro

    (G1 2.11).

    4)    Observe a mudança de uma possibilidade remota, ainda que nós [pregássemos] um evangelho... (v. 8), para uma contingência muito presente: Se alguém lhes anuncia um evangelho... (v. 9).]

    III. A AUTORIDADE DE PAULO E DO EVANGELHO QUE ELE PREGAVA (SEÇÃO PRINCIPALMENTE BIOGRÁFICA) (1.10—2.21)
    1.10. A VA (conforme ARC e ACF) traduz a primeira pergunta literalmente: “Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus?”. Pela simples incongruência de outra resposta, essa pergunta exige a resposta “a homens”; mas percebe-se que isso não se encaixa no contexto, e a maioria das traduções segue o exemplo da RSV (em português, a ARA) ao traduzir a palavra grega peithõ (persuadir) por “procurar o favor de” ou alguma expressão semelhante (v. At 12:20). A pergunta, então, é paralela à que segue: estou tentando agradar a homens? O versículo todo lança luz, mesmo que de passagem, sobre a acusação de que Paulo estava diluindo a sua mensagem para seduzir pessoas — exatamente a mesma acusação que ele faz mais tarde aos seus oponentes (6.12). Essa tradução de peithõ é correta e bem documentada.

    Contudo, a tradução na 5A (ARC e ACF, em português) talvez expresse uma ambigüi-dade intencional no original. Paulo, criado e formado como fariseu zeloso, havia se curvado diante do ato irrefutável de Deus. Qual era a argumentação dos seus oponentes? Confrontados com o ato irrefutável de Deus, eles estavam praticamente insistindo em que Deus poderia agir da forma deles, e de nenhuma outra. Assim, talvez Paulo esteja perguntando: Estaria ele, como os seus oponentes, tentando persuadir Deus a se curvar às suas idéias, ou aos homens para que se curvem diante das idéias de Deus? A resposta óbvia é a sugerida pela VA: “aos homens”. A tradução da maioria das versões, sem dúvida, exige a resposta: “a Deus”. V. 2Co 5:11; conforme At 17.4. Um enfático “não” serviria a essa interpretação. Paulo, o perseguidor, tinha se curvado agora diante do ato irresistível de Deus. Observe também o ainda na segunda parte do versículo.

    [Observação: o gr. coloca um artigo (“o”) antes de “Deus”, mas não antes de “homens”. Com base nisso, Lightfoot chama a atenção para uma construção semelhante em 4.31 “não somos filhos da [sem artigo definido no gr.] escrava”, i.e., de qualquer escrava, “mas da [com artigo definido no gr.] livre”, i.e., da única esposa legítima), sugerindo um sentido semelhante em 1.10.]

    v. 11-17. Paulo agora começa a primeira parte da sua argumentação, e a desenvolve até o final do cap. 2. Ela está relacionada à base de sua própria autoridade, e por isso à base da sua mensagem. Ele começa por demonstrar a sua dependência direta de Deus com respeito ao evangelho que pregava, uma forma de tratar a questão que exige dele que evite ambas as pontas de um dilema. Por um lado, precisa mostrar que o seu ensino não estava fundamentado em nenhuma agência humana; por outro, que não era nenhuma idiossincrasia, mas havia sido reconhecido e validado por seus colegas apóstolos.
    A sua conversão era a primeira evidência, e a mais reveladora, a seu favor. Agora ele pode oferecer a única explanação convincente daquela inversão dramática de todo o curso da sua vida: uma revelação (apokalypsis) de Jesus Cristo. Ele destaca que não ocorreu influência humana no estágio delicado logo após essa revelação: não consulta pessoa alguma, diz ele; em vez disso, retirou-se (para um lugar deserto?) na Arábia. Essa informação é acrescentada ao que sabemos com base em At 9. Não sabemos o tempo exato que ele esteve na Arábia, pois os três anos do v. 18 incluem a atividade considerável em Damasco, acerca da qual nos informa At 9.

    Qual foi a revelação pela qual Paulo recebeu o evangelho (v. 12)? A outra revelação, do v. 16, estava centrada na experiência dramática na estrada de Damasco (v. observação 2), mas o crescimento na compreensão do evangelho não era necessariamente de uma natureza sobrenatural. A preocupação de Paulo é evitar a alegação de mera especulação humana. A argumentação cuidadosa e detalhada dessa carta é evidência suficiente de que a fonte da revelação estava nas reflexões de Paulo acerca do AT. Podemos citar alguns dos trechos que foram mais importantes nessa formação: a história de Abraão, Habacuque e a última parte de Isaías evidentemente foram proeminentes. Por trás das suas convicções, e confirmando-as, estava a consciência do governo e da ação de Deus na formação da sua vida (v. 15; conforme Jr 1:5 e Is 49:1).

    [Observações:
    1) Conforme o v. 12 com 1Co 11:23; Ef 3:2-49; Cl 1:25-51. Contraste com 1Co 15:3 e conforme G1 1.18. Não há contradição. Conforme Cullmann The Early Church, 1956, art. “The Tradition”, p. 59ss).


    2) v. 16. revelar o seu Filho em mim (en emoi): outras versões preferem “por mim” (i.e., por meio do ensino de Paulo; como Lightfoot), ou “no meu caso” (i.e., em distinção de outros; como Hogg e Vine), ou “para mim” (RSV).]

    v. 18-24. A visita a Jerusalém mencionada aqui também está registrada em At 9:23-30. Com base nesse texto, vemos que a apresentação de Paulo a Pedro não foi facilmente realizada antes que Barnabé se tornasse amigo dele. Paulo acrescenta a seguinte informação àquilo que concluímos do texto de Atos.

    1)    Em Jerusalém, os “apóstolos” a quem Barnabé o apresentou (At 9:27) eram somente dois em número (Tiago, embora não fosse um dos Doze, satisfazia as exigências do apostolado) (v. 19).

    2)    Paulo indica que o encontro e a consulta (,historêsai) com Pedro foi um propósito definido da sua visita a Jerusalém; um propósito por parte do discípulo de Gamaliel que reconhece publicamente a capacidade intelectual e espiritual do pescador Galileu (v. 18).


    3)    Embora Paulo andasse “com liberdade em Jerusalém” entre eles (At 9:28), não tinha conseguido visitar as igrejas da Judéia ainda (v. 22).

    4)    Alguns alegam uma discrepância entre os quinze dias do v. 18 e o período evidentemente mais longo sugerido por Atos; mas o primeiro período refere-se explicitamente somente à duração da estada de Paulo com Pedro.

    Em 2Co 11:32, Paulo nos conta que a sua fuga de Damasco ocorreu enquanto a cidade era governada por um governador apontado por Aretas, rei dos nabateus. Na cronologia discutida anteriormente, a data da fuga de Paulo teria sido 35 ou 36 d.C. (precisamos levar em consideração a forma inclusiva de cálculo do tempo). Acerca dos problemas relacionados a isso, veja no NBD os artigos “Aretas”, “Cronologia do NT” e “Paulo”.

    Atos também se refere ao retiro de Paulo na Síria e na Cilicia, com a informação mais específica de que Paulo retornou a Tarso, sua cidade natal (At 9:29-30). Os nomes Síria e Cilicia são os de uma divisão política romana combinada, e isso não significa necessariamente que Paulo tenha visitado a Síria propriamente dita, embora isso seja possível. Compare também At 22:17-21, em que ficamos sabendo que a urgência dos companheiros de Paulo foi confirmada por uma visão.

    Paulo então desaparece do relato de Atos por um período de aproximadamente quinze anos, até que Barnabé o leva de Tarso, na Cilicia, para Antioquia, na Síria (At 11:25-26). Que esses não foram anos de inatividade, fica claro pelas referências nas outras cartas. Muitas das experiências que Paulo descreve em 2Co 11:23-47 podem ser datadas nesse período, incluindo as visões diretas de Deus de 2Co 12:2-47. A evangelização que Paulo empreendeu da sua região natal durante esse período, claramente sugerida em G1 2.2, também explicaria o fato de ele ter evitado a Cilicia na sua primeira viagem missionária, em que os missionários viajaram ao continente via Chipre, a ilha natal de Barnabé.

    O zelo de Paulo em declarar a exatidão do seu relato (v. 20) indica quanto esses fatos eram importantes para a sua argumentação. Ele ainda está destacando o fato de ter ficado isolado de influência, a não ser da de Pedro e Tiago. A unidade com esses dois líderes, sugerida tacitamente por esse relato, poderia, por outro lado, acrescentar força à sua argumentação.
    [Observação: v. 23. a fé. o uso de “fé” como sinônimo de evangelho certamente está em concordância com toda a exposição contida nessa carta. Conforme Lightfoot in loco.]


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 18 até o 24

    B. Falta de Contato Anterior com os Apóstolos em Jerusalém. Gl 1:18-24.

    Para se dizer a verdade, não foi uma ausência completa, como Paulo francamente admite, mas os contatos foram breves, pessoais e quase acidentais.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 11 até o 24
    c) O Evangelho de Paulo não derivado dos homens, mas de Deus (Gl 1:11-48). Judaísmo (13). Aqui é contrastado com a igreja de Deus. Sobremaneira (13). Essa forte expressão ocorre também em Rm 7:13; 1Co 12:31; 2Co 1:8. Devastava (13); o mesmo verbo grego ocorre no vers. 23 e em At 9:21 ("exterminava"), referindo-se às atividades perseguidoras de Saulo. Os verbos perseguia e devastava estão no tempo verbal imperfeito, o que em grego indica um curso de ação que prosseguiu até a sua conversão. A muitos da minha idade (14); seus jovens contemporâneos na escola de Gamaliel, entre os quais ele era um líder notável e herói (At 7:58). De meus pais (14). Os pais de Paulo eram fariseus estritos (Fp 3:5), e todas as influências que foram exercidas pelo seu lar sobre ele tornavam sua conversão ao Cristianismo extremamente improvável.

    >Gl 1:15

    Me separou (15). Paulo quer dizer que, antes de seu nascimento, ele fora separado por Deus com um propósito especial, à semelhança de Jeremias (Jr 1:5); cfr. Rm 1:1. É digno de nota como, palavra após palavra, salienta o fato que sua conversão foi obra exclusiva de Deus; pois diz ele: Aprouve a Deus, separou, chamou, sua graça. Revelar seu Filho em mim (16). Quando o véu foi tirado para o lado (12), Paulo viu que Cristo era o Filho de Deus, assentado à direita do poder, decisivamente comprovado ser tal por meio de Sua ressurreição (Rm 1:4). Isso foi o raiar da manhã em seu coração (2Co 4:6). Carne e sangue (16); cfr. as palavras de nosso Senhor a Pedro (Mt 16:17). Apóstolos antes de mim (17). Paulo era apóstolo, possuindo absolutamente a mesma autoridade que os discípulos originais; ele vira o Senhor ressurrecto (1Co 9:1; 1Co 15:8).

    >Gl 1:17

    Arábia (17); provavelmente alguma porção dos desertos árabes, dentro de fácil acesso a partir de Damasco. Que ele foi até a península do Sinai, conforme alguns têm suposto, é realmente extremamente duvidoso. Seu desejo, é de supor-se, era de estar sozinho com Deus, para meditar e pensar. Não há menção dessa viagem à "Arábia" em At 9. Podemos conjeturar que Paulo pregou durante "certos dias" em Damasco (At 9:19-22), foi para a Arábia, e então regressou a Damasco, entrando nos "muitos dias" referidos em At 9:23, sendo que esses dias formaram uma grande parte dos "três anos" mencionados no versículo seguinte aqui. Decorridos três anos (18); quase certamente, três anos após a sua conversão, pois dessa data em diante é que Paulo calculava qualquer coisa digna de consideração em sua vida. Para avistar-me com Cefas (18). Há traduções que dizem: "para tornar-me conhecido de Cefas"; no dizer de Beet, "um propósito muito diferente de desejar obter sanção apostólica para a sua obra". Tiago, o irmão do Senhor (19). Assim descrito para ser distinguido de Tiago, filho de Zebedeu, que na ocasião ainda estava vivo. Se esse Tiago é aqui chamado de apóstolo, é um ponto mudo. Talvez assim tenha sido, no sentido mais lato em que essa palavra é algumas vezes empregada no Novo Testamento, como quando, por exemplo, foi empregada para Barnabé (At 14:4-14). Tiago não era um dos discípulos originais de Jesus (Jo 7:5), mas aqui ele aparece em íntima associação com os apóstolos, em Jerusalém. O Cristo ressurrecto apareceu para ele (1Co 15:7), e esse aparecimento, com toda a probabilidade, produziu a sua conversão. Não há razão válida que nos impeça de acreditar que Tiago tenha sido filho de José e Maria. (Quanto a esse problema inteiro examinar o livro do dr. William Patrick, James, the Lord’s Brother, bem como a elaborada dissertação no Comentário de Eadie). Diante de Deus testifico que não minto (20). Os oponentes de Paulo, sem dúvida alguma, haviam torcido o propósito da visita de Paulo: isso explica a forte linguagem que ele emprega aqui. Síria... Cilícia (21), são províncias vizinhas. Ficavam bem longe de Jerusalém, pelo que durante muito tempo Paulo era desconhecido para as igrejas Cristãs de Jerusalém e das circunvizinhanças (22). Que Paulo pregou em sua província nativa, como também na Síria, podemos deduzir da menção sobre as igrejas da Síria e da Cilícia, em At 15:41. Ouviam somente dizer (23); mais literalmente, "estavam apenas ouvindo". Glorificavam a Deus a meu respeito (24). Paulo já estava começando a ser reconhecido como exemplo típico do poder remidor de Cristo (1Tm 1:16).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24

    1. A Saudação (Gálatas 1:1-5)

    Paulo, apóstolo (não enviado de homens, nem por intermédio de homem, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos), e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia: Graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo, que deu a si mesmo por nossos pecados, para que Ele possa nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém. (1: 1-5)

    Uma maneira de negar a veracidade de uma mensagem é negar a autoridade de quem a dá. A igreja da Galácia tinha recebido o verdadeiro evangelho da graça de Paulo e tinha acreditado até alguns falsos mestres veio depois que ele se foi. Eles não só atacou a validade da mensagem, mas também a do mensageiro. Aparentemente, os judaizantes tinha convencido alguns dos membros da igreja da Galácia que Paulo era um apóstolo auto-nomeado sem comissão divina. Então, no início da carta Paulo dispensado com as habituais saudações pessoais e imediatamente começou a estabelecer a autenticidade de sua autoridade apostólica, que ele mais tarde (1: 11-2:
    21) expande em detalhe.
    Neste breve saudação Paulo resume a sua autoridade (o seu direito de falar), a sua mensagem (as verdades que ele fala), e seu motivo (a sua razão de falar).

    Autoridade de Paulo

    Paulo, apóstolo (não enviado de homens, nem por intermédio de homem, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos), e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia: (1: 1-2)

    Seguindo o costume de sua época, o apóstolo começa a sua carta indicando o seu nome, Paulo . Ele, então, estabelecer a sua autoridade como apóstolo, em primeiro lugar, com base em seu direito ao título de "apóstolo", segundo a partir da maneira em que ele foi escolhido para esse cargo, e em terceiro lugar, com base em sua relação com irmãos na fé .

    O Título Apóstolo

    um apóstolo (1: 1-A)

    Um apóstolo ("aquele que é enviado com uma comissão") era um enviado, embaixador, ou mensageiro, que foi escolhido e treinado por Jesus Cristo como seu emissário especial para proclamar a Sua verdade, durante os anos de formação da igreja. Em seu uso primário e técnico, o termo aplicado a doze originais que foram escolhidos no início do ministério terrestre de Jesus (Mc 3:14; Lc 6:13) e foram postos de lado para estabelecer as bases da igreja primitiva e ser os canais de revelação concluída de Deus (At 2:42; At 2:20 Ef.). Eles também receberam poder de realizar curas e de expulsar os demônios como verificar sinais de sua autoridade divina (At 2:43; 2 Coríntios 0:12; Heb. 2: 3-4.). Deve notar-se que, pouco antes de Pentecost, Judas foi substituído por Matthias (At 1:26).

    Em um sentido mais amplo, o termo apóstolo também é utilizada de homens como Barnabé (At 14:14), Silas e Timóteo (1Ts 1:1;. Fp 2:25.), enquanto os Doze e Paulo eram "apóstolos de Jesus Cristo." Nenhum dos dois grupos foi perpetuado. Com exceção de Judas, não há registro do Novo Testamento de um apóstolo tanto no grupo primário ou secundário a ser substituídos depois que ele morreu.

    Porque ele não estava entre os doze originais, Paulo necessárias para defender o seu apostolado de forma que eles não fizeram. Porque uma das qualificações foi testemunhar Cristo Ressuscitado (At 1:22), Paulo explicou à igreja de Corinto que entre Sua ressurreição e ascensão de Jesus em primeiro lugar "apareceu a Cefas [Pedro], depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez; ... Depois apareceu a Tiago, então a todos os apóstolos; e por último, como se fosse a um abortivo, Ele apareceu também a mim "(1 Cor. 15: 5-8) . Paulo testemunhou o Cristo ressurreto de uma forma única. Como ele estava viajando a Damasco para prender e aprisionar os cristãos lá, "de repente uma luz do céu brilhou em volta dele, e ele caiu no chão, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?" E ele disse: "Quem és tu, Senhor? E Ele disse: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues" (Atos 9:3-5). Através do piedoso Ananias de Damasco, o Senhor declarou este antigo inimigo do evangelho para ser "um instrumento escolhido de Minas, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel" (v. 15). Assim como o Senhor "efetivamente trabalhou para Pedro no seu apostolado da circuncisão [Ele] efetivamente trabalhou para [Paulo] também para os gentios" (Gl 2:8At 23:11; e II Coríntios 12:1-4 (. conforme 1Co 9:1).

    Chamada original do seu apostolado foi diretamente através de Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos . Jesus chamou Paulo e colocou-o à parte, antes que ele teve contato com qualquer um dos outros apóstolos. Depois de vários anos de preparação divina (conforme Gal. 1: 17-18), ele foi enviado para fora para começar o seu trabalho entre os gentios diretamente pelo Espírito Santo, cuja nomeação divina foi reconhecida pelos líderes da igreja em Antioquia (13 2:44-13:3'>Atos 13:2-3). A autoridade de Paulo não era o homem-determinado ou auto-dado, mas Deus -given, e seu direito de instruir o Gálatas foi fundamentada em que prerrogativa divina.

    Paulo nunca perdeu uma oportunidade de mencionar a ressurreição, sem a qual o evangelho seria impotente. O Deus que nomeou Paulo apóstolo era Deus, o Pai, que ressuscitou o Seu Filho dos mortos .

    Paulo teve certamente um comissionamento muito superior a qualquer um dos falso-ensino, judaizantes auto-nomeados que estavam confundindo os Gálatas e tentando definir-se acima de sua autoridade.
    Freqüente menção do apóstolo de Deus e Pai, em relação a Jesus Cristo em todo o Novo Testamento marca uma ênfase que não deve ser desperdiçada. A intenção não é para nós a compreender Deus comonosso Pai (apesar de que a verdade é mencionado em 1: 4), mas o Pai em relação ao papel que tem na Trindade, especialmente sua relação com o Filho. A intenção é a de salientar a importância de a relação entre o primeiro e segundo membros do Trinity como a natureza essencial. O título é a de expressar a igualdade de divindade entre os dois, pai e filho que compartilham a mesma natureza (conforme Mt 11:27; João 5:17-18., Jo 5:22; 10: 29-33; Jo 14:9). Um pouco mais tarde Ele lhes disse: "Estas coisas vos tenho dito, e no respeito com você. Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará recordará tudo o que eu disse para você (14: 25-26).

    Porque o ensinamento dos apóstolos veio diretamente do Senhor, os escritos de Paulo, Pedro, João e os outros são todos muito como divinamente inspirada e autoritária como as palavras que Jesus falou em pessoa durante Seu ministério terreno. É por essa razão que a letra vermelha Bíblias pode ser enganosa, porque sugerem que as palavras pronunciadas por Jesus durante seus três anos de ministério terreno são de alguma forma mais inspirada e preciosa do que outras partes das Escrituras. Como Paulo deixou claro a Timóteo no entanto, "Toda a Escritura é inspirada por Deus" (2Tm 3:16), que é o autor de todas as sua palavra, seja por meio dos profetas, o Senhor Jesus Cristo, ou os apóstolos.

    Porque a Bíblia é a própria Palavra de Deus, para ser sujeito a Deus está sujeito à Bíblia. Não é um amálgama de opinião humana, mas o repositório da verdade divina.
    Como discutido na 1ntrodução, as igrejas de sul Galácia estavam nas centrais cidades da Ásia Menor de Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe, onde Paulo havia ministrado em ambos os seus primeiro e segundo viagens missionárias (13 14:44-14:23'>Atos 13:14-14: 23; 16: 1-5). O fato de que Paulo fundou essas igrejas certamente lhe deu alguma autoridade para lidar com eles (conforme 1 Cor. 4: 14-21, onde Paulo expressa seu direito de repreender o Corinthians, porque ele era seu pai espiritual).

    A menção a essas igrejas é breve e impessoal, e não há uma aparente falta de as comodidades normalmente encontrada nas epístolas de Paulo. Seu ressentimento de sua deserção do evangelho da graça obrigou-o a renunciar a qualquer elogio ou observações pessoais, e ele simplesmente deu uma saudação evangelho antes que ele os repreendeu.

    Mensagem de Paulo

    Graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo, que deu a si mesmo por nossos pecados, para que Ele possa nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, (1: 3— 4)

    Como Paulo explica mais tarde na epístola, o evangelho que ele pregava "não estava de acordo com o homem. Porque não o recebi de homem algum, nem me foi ensinado, mas eu recebi através de uma revelação de Jesus Cristo" (Gal. 1:11 —12). Duas das mais preciosas palavras relacionadas ao que é dado por Deus evangelho são graça e paz . A primeira é a fonte de salvação e o segundo é o resultado.Graça é posicional, a paz é prático, e, juntos, eles fluem da parte de Deus, nosso Pai, através do Seu Filho e nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo .

    Na cultura grega da época de Paulo a saudação comum era chara ("alegria"). Mas, embora a alegria está entre as muitas bênçãos cristãos receber de Deus e deve refletir em suas vidas (Gl 5:22), a saudação distintamente cristã de graça ... e paz realizada significado especial e significado para Paulo e para outros crentes no igreja primitiva.

    Uma vez que não ofereceu nenhuma graça e desde há paz, o sistema de direito que está sendo ensinado pelos judaizantes deitado é atacada mesmo neste simples saudação. Se estar bem com Deus e possuir a salvação é pelas obras, já que esses falsos mestres mantida, então não é de graça (Rom. 4: 4-5) e pode trazer não a paz, pois nunca se sabe se ele tem boas obras suficientes para ser eternamente seguros.

    No versículo 4, Paulo apresenta um resumo sucinto do verdadeiro evangelho da graça e paz , mostrando a sua natureza, o seu objeto e sua origem.

    A natureza do evangelho: morte expiatória e Ressurreição de Cristo

    que deu a si mesmo por nossos pecados, (1: 4a)

    No torneamento de graça em um sistema legalista de salvação pelas obras, os Gálatas havia ignorado o significado da morte de Cristo.
    O coração do evangelho é sacrifício voluntário de Cristo de Si mesmo por nossos pecados . A salvação não é conquistada por nossos esforços para eliminar o pecado, mas por sua confiança na promessa de Deus para perdoar o pecado através da obra de Jesus Cristo. Sua morte expiatória foi a parte mais essencial do plano divino da redenção, sem a qual todos os Seus ensinamentos e obras miraculosas teria sido sem sentido e um escárnio. Além da morte sacrificial de Cristo, o Seu ministério terreno teria retratado o poder ea verdade de um grande e maravilhoso Deus, mas um Deus com quem os homens nunca poderiam ser conciliados, porque eles não tinham como sair de seu pecado. Uma vez que nenhum homem pode eliminar o pecado pelas obras (Rm 3:20), ele deve ser perdoado. É por isso que era absolutamente necessário que "ele mesmo os nossos pecados em Seu corpo na cruz, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça" (1Pe 2:24). Se Cristo não tivesse morrido em nosso favor, Ele não poderia ter sido levantada em nosso favor; e se Ele não tivesse sido levantada, Paulo diz, em seguida, pregando o evangelho seria vã, confiando no evangelho seria inútil, e todos os homens ainda estariam em seus pecados (1 Cor. 15: 14-17).

    A declaração que deu a si mesmo por nossos pecados, afirma que o propósito da vinda de Cristo era para ser uma oferta pelo pecado (conforme 3:13).

    O objeto do Evangelho: para entregar a partir da idade atual

    para que Ele possa nos livrar do presente século mau, (1: 4b)

    O propósito do evangelho é a entregar (o subjuntivo grego expressa propósito) aqueles que acreditam em Cristo a partir deste mundo perverso . A morte de Jesus foi uma operação de resgate, o único meio possível de salvar os homens do mundo condenado e da morte eterna, fornecendo-lhes a vida eterna.

    Exaireō ( entregar ) carrega a idéia de resgatar do perigo. A palavra foi usada por Estevão em seu sermão perante o Sinédrio, como ele descreveu a libertação divina de José e os filhos de Israel a partir de aflição egípcia (At 7:10, At 7:34). Pedro usou a palavra para descrever a libertação de Deus dele da prisão (At 12:11), e do comandante romano Cláudio Lísias usou de seu resgate do Paulo da turba beligerante em Jerusalém (23:27;. Conforme v 10). Gl 1:4.; 1Jo 5:51Jo 5:5).

    Jesus orou no Jardim: "Pai, se Tu és dispostos, retire de mim este cálice; ainda não a minha vontade, mas a tua" (Lc 22:42). Era não a vontade do Pai para esse copo para ser removido, porque caso contrário o mundo não poderia ser salvo. Foi a vontade do Pai por Seu precioso Filho para morrer, a fim de que aqueles que confiam nele pudesse viver. O Pai enviou seu Filho para morrer, e do Filho de bom grado deu a sua vida.

    Especificamente cada crente resgatado é entregue por causa da soberana vontade, da graça de Deus. "Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem , mas de Deus "(João 1:12-13). A salvação é, portanto, retirado da vontade do homem e é enterrado no fundo do decreto soberano de Deus.

    Motive de Paulo

    a quem seja a glória para todo o sempre. Amém. (1: 5)

    Paulo conclui sua introdução com uma doxologia apropriada para tal Deus salvar. Seu motivo para escrever às igrejas da Galácia era que ele pode reconhecer que Deus é digno de glória para todo o sempre.propósito supremo do apóstolo era glorificar seu Senhor, e ele chama todos os crentes a fazer tudo "para a glória de Deus" (1Co 10:31).

    Nestes cinco versos de Gálatas abertura Paulo abrange as quatro etapas da salvação do homem. A primeira etapa foi o decreto soberano de Deus para salvar, a segunda foi a morte de Cristo pelos pecados do homem, a terceira foi a nomeação de apóstolos para testemunhar essa disposição divina, eo quarto foi o dom da graça de Deus e paz aos que acreditam em Jesus Cristo. Em cada uma das etapas do Pai e do Filho trabalhar juntos, porque a sua vontade e os seus trabalhos são sempre um (Jo 5:30; Jo 6:38; Jo 10:30).

    Paulo e os outros apóstolos foram comissionados e enviado pelo Pai e do Filho, e a graça que traz a salvação ea paz que traz a salvação são do mesmo modo, tanto da parte do Pai e do Filho. Salvação é fornecido, pregou, e concedida pela operação comum de Deus Pai e Deus Filho. Juntos, eles planejou a salvação, juntamente Eles fornecem salvação, juntamente Eles anunciar a salvação e, juntos, dar a salvação para cada pessoa que vem a eles na fé.

    Amém expressa a afirmação cabendo a dignidade de Deus para receber a glória para uma disposição como maravilhoso da eterna salvação graciosa. Alan Cole escreve desta palavra: "Quando o old-fashioned cantonês de língua Cristão diz, no final de uma oração shing sam shoh UEN (" com todo o meu coração isto é o que eu desejo ") ele se aproxima muito quase o significado original hebraico" ( A Epístola de Paulo aos Gálatas [Grand Rapids: Eerdmans, 1970], p 37)..

    2. Devotos da destruição ( Gálatas 1:6-9 )

    Surpreende-me que você está passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho; que não é realmente o outro; senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu, vos anunciasse um evangelho diferente daquele que já vos pregamos, seja anátema. Como já dissemos antes, então eu digo novamente agora, se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. ( 1: 6-9 )

    Ao longo da história, Deus tem dedicado certos objetos, indivíduos e grupos de pessoas à destruição. Da Jericho antigo Ele declarou: "E a cidade fica sujeita à proibição, ela e tudo o que está nele pertence ao Senhor; somente a prostituta Raabe e todos os que com ela estiverem em casa devem viver ... Mas, como para você , guardai-vos das coisas sob a proibição, para que não cobiçam-los e tomar algumas das coisas sob a proibição, para que você faria o acampamento de Israel maldito e trazer problemas por ela "( Josh. 6: 17-18 ).

    Mas "Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zera, da tribo de Judá, tomou das coisas sob a proibição", e por causa de sua desobediência, "a ira do Senhor se acendeu contra o filhos de Israel "( 7: 1 ).Porque ele desobedeceu e tentou salvar egoisticamente algo do que Deus já havia posto para destruição, ele trouxe a tragédia em seus irmãos israelitas, e eles já não podia "estar diante de seus inimigos" ( v. 12 ). Depois de Achan, sua família e todos os seus bens foram destruídos ", o Senhor se apartou do ardor da sua ira. Por isso, o nome daquele lugar foi chamado o vale de Acor até hoje" ( vv. 25-26 ). Acor significa "problema" e simboliza o destino daqueles que tentam tirar proveito daquilo que Deus condenou.

    O Novo Testamento fala de duas categorias gerais de pessoas a quem Deus dedica à destruição. A primeira categoria é "alguém [que] não ama o Senhor" ( 1Co 16:22 ). A segunda é a falsos mestres, que em Gálatas 1:8-9 Paulo duas vezes chama de maldito. Jesus advertiu seus discípulos que "surgirão falsos cristos e falsos profetas se levantarão e mostrarão grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, até os escolhidos" ( Mt 24:24 ). Os falsos mestres são filhos de seu "pai ao diabo, e ... quero fazer os desejos do [seu] pai", que "sempre que ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e o pai da mentira "( Jo 8:44 ). Paulo lembrou a Timóteo que tais pessoas na liderança da igreja em Éfeso tinha "entregue a Satanás, para que possam ser ensinados a não blasfemar" ( 1Tm 1:20 ).

    Nos primeiros dias da igreja, Elimas, o mago se opuseram à pregação de Paulo e Barnabé e, em particular, tentou manter o procônsul romano Sérgio Paulo "longe da fé. Mas Saul, que também era conhecido como Paulo, cheio do Espírito Santo , fixou seu olhar sobre ele, e disse: 'Você que é cheio de todo o engano e fraude, seu filho do diabo, inimigo de toda a justiça, você não vai deixar de dar a perverter os retos caminhos do Senhor?' "( 13 7:44-13:10'>Atos 13:7-10 ). Nesse repreensão Paulo expõe quatro características dos falsos mestres: eles são enganosos, filhos do diabo, inimigos da justiça, e pervertem o evangelho.

    Entre as principais características de Satanás e seus seguidores é engano. Paulo adverte que no fim dos tempos o Anticristo virá "de acordo com a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não acolheram o amor da verdade, a fim de ser salvo "( 2 Ts 2: 9-10. ). João nos diz de "o grande dragão, [que] foi jogado para baixo, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo" ( Ap 12:9 ; Ap 20:3 ).

    Satanás e seus emissários do demônio fazer o seu trabalho enganador geralmente através de seres humanos e na maioria das vezes através de líderes religiosos. Entre esses líderes religiosos são aqueles que colocam como cristãos, a quem Paulo descreve como "falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo" ( 2Co 11:13 ). "E não é de admirar", Paulo passa a explicar, "porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Portanto, não é de surpreender os seus ministros se disfarcem em ministros de justiça" ( vv. 14-15 ). Paulo reconheceu os agentes humanos utilizados por Satanás quando ele falou dos "espíritos enganadores" que propagam "doutrinas de demônios, por meio da hipocrisia de mentirosos" ( 1 Tm 4: 1-2. ).

    Satanás tem efetivamente cumprido sua decepção mais destrutiva através energizado por demônios falsos mestres que colocam como porta-vozes de Deus. Foi quando os seus próprios sacerdotes e profetas comprometidos a verdade de Deus que os israelitas eram mais propensas a idolatria e outras práticas pagãs. Foi falsos mestres que reivindicam para pregar o evangelho que estavam mais bem sucedido no enfraquecimento da igreja primitiva, simbolizadas pelos judaizantes legalistas que grassaram espiritual às igrejas da Galácia. Foi falsos mestres dentro da igreja do final do século XVIII e dos séculos 11X que gradualmente transformou teologia bíblica para as diversas formas de modernismo e liberalismo. Hoje mesmo as doutrinas do misticismo oriental e ocultismo estão encontrando seu caminho para dentro da igreja, muitas vezes sob o disfarce de espiritualmente filosofia, psicologia, ou a melhoria da auto-imagem "neutro".

    Na vida das igrejas, Paulo temia nada mais do que a falsa doutrina, uma vez que é a fonte básica de comportamento pecaminoso. Sua profunda preocupação com o bem-estar espiritual dos crentes de Corinto seria plenamente como propósito para a igreja hoje. "Estou com medo", escreveu ele, "para que assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, vossas mentes devem ser desviados da simplicidade e pureza de devoção a Cristo" por alguém que "vem e prega outro Jesus que nós não temos pregado ou você recebe um espírito diferente que não tenha recebido, ou outro evangelho que você não aceitou "( 2 Cor. 11: 3-4 ).

    Para os anciãos de Éfeso na praia de Mileto, Paulo disse: "Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue. I sei que depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês, que não pouparão o rebanho; e dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas "( Atos 20:28-30 ).

    Alvo principal de Satanás para falso ensino é a doutrina da salvação, porque se as pessoas estão confusos sobre que eles não têm nenhuma maneira de chegar a Deus em primeiro lugar e, assim, permanecer sob influência e controle de Satanás. Ele ensina mentiras sobre organização da igreja, a vida cristã, a volta do Senhor, e muitas outras coisas. Mas a sua primeira preocupação é minar o coração do Evangelho, que é a salvação pela graça, tornada possível através da Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo. Pedro advertiu seus leitores: "Também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas sensualidade, e por causa deles o caminho da a verdade será blasfemado "( II Pedro 2:1-2. ). O mais destrutiva de todas as heresias é "negar o mestre," a encarnação do Senhor Deus.

    Os falsos profetas também estão mais interessados ​​na popularidade do que na verdade. Sua preocupação não é para servir ao Senhor e ministrar ao Seu povo, mas "para fazer uma boa exibição na carne" ( Gl 6:12 ) e para ganhar uma sequência para se ( At 20:30 ). Eles estão em seu trabalho por dinheiro; e "em sua ganância eles farão de vós negócio com palavras falsas", diz Pedro, porque seus corações estão "exercitado na ganância" ( 2Pe 2:3 ).

    Uma vez que eles não têm a verdadeira vida espiritual e poder para subjugar a carne, os falsos profetas são pecaminosos na vida privada, e às vezes até mesmo em público ", tendo os olhos cheios de adultério e que nunca deixam de pecado, seduzindo as almas inconstantes" ( 2Pe 2:14 ). Pedro se refere a eles como "animais irracionais, como criaturas de instinto de ser capturado e morto, injuriando onde eles não têm conhecimento ... Eles contam-se um prazer para deleitar-se durante o dia. Eles são manchas e imperfeições, deleitando-se em seus enganos ... amaldiçoado crianças; deixando o caminho direito, eles se desviaram ... Estes são fontes sem água, névoas levadas por uma tempestade, para quem foi reservada a escuridão preto por falar palavras arrogantes de vaidade que seduzir por. desejos carnais, por sensualidade, aqueles que escapam daqueles que vivem no erro "( 2 Pe. 2: 12-15 , 17-18 ).Ceremonialism Religiosa, ritualismo, e legalismo não pode restringir a carne, para que as pessoas que dependem de tais adereços externos conter apenas o mal em suas vidas, o que, eventualmente, quebrar qualquer restrições auto-impostas eles tentam usar em si mesmos.

    Foram esses falsos mestres malditos, especificamente os judaizantes, que foram assola as igrejas da Galácia. O livro de Gálatas é só epístola de Paulo em que ele não tem uma palavra de elogio para aqueles a quem ele escreve. Após sua breve saudação ele imediatamente se lança a razão para a sua escrita: sua extrema preocupação e perplexidade sobre os falsos mestres que estavam subcotassem o evangelho da graça que ele tinha tanto cuidado pregado e desenvolvido enquanto ele ministrou na Galácia. Ele estava profundamente entristecido que a verdade da oferta soberana e graciosa de Deus da redenção através do sacrifício expiatório de Jesus Cristo estava sendo corrompido pelos ensinamentos de salvação pelas obras, a saber, que um gentio tinha de se tornar um judeu cirurgicamente e cerimonialmente antes que ele pudesse tornar-se um cristão e que todos os cristãos tinham de obedecer e honrar a lei e as tradições judaica, a fim de obter e manter a justiça do Senhor.

    Em Gálatas 1:6-9 o apóstolo dá três características envolvidas em sua forte oposição a esse grave e condenável heresia: a sua maravilha, sua sabedoria e sua advertência.

    A surpresa de Paulo sobre Deserção dos gálatas

    Surpreende-me que você está passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho; ( 1: 6 )

    Paulo dificilmente poderia compreender que os crentes gálatas já estavam abandonando seu ensino apostólico. Ele estava espantado ( thaumazō , uma palavra forte, ou seja, para ser surpreendido) e desorientados. Ele não conseguia entender por que eles estavam passando tão depressa Ele , isto é, Deus, que chamou -los por meio de a graça de Cristo . Ele não ficou surpreso com o que os falsos mestres estavam fazendo, mas ficou chocado com a resposta favorável que receberam de cristãos na Galácia.

    O apóstolo foi especialmente surpreso que a deserção tinha chegado tão rapidamente . (Para um excelente tratamento da sequência temporal dos escritos de Paulo, ver Gálatas: A Carta da Liberdade Cristã, por Merrily C. Tenet.) Tacheōs ( rapidamente ) pode significar tanto fácil e prontamente ou em breve, e às vezes ambos, como era, provavelmente, o caso com os gálatas desertando o verdadeiro evangelho. Os crentes aparentemente ofereceu pouca resistência e ineficaz para os falsos mestres e, portanto, eram inconstante em sua fidelidade a Paulo e seu ensino. Eles rapidamente e facilmente veio sob a influência de doutrinas heréticas.

    Os gálatas haviam tido o privilégio de ser ensinado pelo maior professor que a igreja já conhecida para além do próprio Senhor; mas eles prontamente rejeitou as verdades da graça que haviam aprendido dele. Há ainda um grande e urgente necessidade de pregação e ensino que se repete continuamente as verdades centrais do evangelho (veja II Pedro 1:12-15. ). É possível até mesmo para os crentes de longa data para perder um controle firme sobre as verdades e se permitem ser enfraquecido e pervertida por idéias que melhoram supostamente sobre os ensinamentos puros e simples das Escrituras.

    Estes Gálatas eram verdadeiros crentes que tinham vindo para a salvação no poder do Espírito Santo ( 3: 3 , 5 ; 4: 6 , 8-9 ). Eles eram irmãos cristãos ( 1: 2 , 11 ; 03:15 ; 04:12 , 31 ; 05:13 ), que havia se tornado seriamente confuso.

    Os cristãos da Galácia não só estavam a ser confuso e enfraquecido em sua confiança para viver pela graça, mas, na verdade, foram desertando . O termo atrás desertar ( metatithēmi ) foi utilizado de deserção militar, que foi punido com a morte durante o tempo de guerra, tanto quanto nos tempos modernos. O verbo grego é reflexivo, o que indica que o ato é voluntário. Os crentes não foram passivamente a ser removido, como a tradução Rei Tiago sugere, mas estavam no processo de remover-se da esfera da graça. Os falsos mestres foram responsáveis ​​por sua corrupção da verdade de Deus, mas os cristãos da Galácia também foram responsáveis ​​por ser tão facilmente enganados por ele para perseguir o legalismo.

    Para abandonar o evangelho da graça que Paulo ensinou-lhes que não era simplesmente a desertar uma doutrina, mas a abandonar a Ele , o Deus que tinha chamado -los para a salvação . Chamado é um particípio aoristo e poderia ser traduzido ", que vos chamou uma vez por todas "(cf. 13 53:2-14'>2 Ts 2: 13-14. ; 2 Tm 1: 8-9. ; 1Pe 1:151Pe 1:15. ). A chamada falado nas epístolas do Novo Testamento é sempre uma chamada eficaz para a salvação (ver Rm 8:30. ).

    O único evangelho de Deus é o evangelho da graça , que é o evangelho da redenção divina totalmente à parte de qualquer obra ou mérito do homem. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé", Paulo declarou aos Efésios ", e isto não vem de vós, é dom de Deus;. Não como resultado de obras, para que ninguém se glorie Pois somos feitura dele "( Ef. 2: 8-10 ). E é continuamente que "a graça na qual estamos firmes" ( Rm 5:2 .

    Os judaizantes estavam promovendo um evangelho diferente , um meio completamente contrárias e ineficazes de estar bem com Deus. Por conseguinte, embora eles tinham "começado pelo Espírito," alguns dos verdadeiros crentes na Galácia estavam tentando ser "aperfeiçoado pela carne" ( 3: 3 ). Apesar de terem "conheceis a Deus, ou melhor, sendo conhecidos por Deus," que tinha virado "de volta novamente para os fracos e inúteis coisas elementares" ( 4: 9 ); e apesar de terem sido "correr bem", eles estavam agora a ser "prejudicado ... de obedecer à verdade" ( 5: 7 ).

    Sabedoria de Paulo Quanto Engano dos Falsos mestres

    que não é realmente o outro; senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. ( 1: 7 )

    Os ensinamentos distorcidos dos judaizantes que se presume ser uma forma de o evangelho, mas Paulo declara que o seu "outro evangelho" ( 6 v. ) foi realmente não é outro evangelho a todos. Há apenas uma mensagem de boas notícias, o evangelho da salvação pela graça soberana de Deus operando por meio da fé do homem. Qualquer mensagem que é mais ou menos do que isso não é a boa notícia, em qualquer sentido.

    Outra traduz allos , que se refere a algo do mesmo tipo exato. Como já observado, tanto que os judaizantes ensinou correspondia ao verdadeiro evangelho. Eles, sem dúvida, afirmar que Jesus era o Filho de Deus, o Messias anunciado pelos profetas do Antigo Testamento, e um grande fazedor de milagres. Eles provavelmente acreditavam que Ele foi crucificado e ressuscitado e que a salvação exigiu a crença em Deus. Mas eles também ensinou que para estar bem com Deus e para manter que a salvação justo uma pessoa deve estar em conformidade com todas as leis da Antiga Aliança. Ao fazer isso, eles reduzem o poder do verdadeiro evangelho, soberana de Deus, salvando, e permitindo a graça. Ao adicionar obras para a salvação que tinham sutilmente mas destruiu completamente o evangelho da graça de Deus, de que há não é realmente outra . Esta foi uma má notícia, uma vez que o homem não pode manter seu relacionamento correto com Deus por esforço próprio e boas obras. Ele irá produzir boas obras, como resultado da graça salvadora e poder de trabalho de Deus nele ( Ef 2:10. ; Tiago 2:14-26 ), mas ele não fazer boas obras para ganhar ou manter a salvação.

    Por causa de sua decepção, falsos mestres, como os judaizantes são ainda mais perigosos do que aqueles que abertamente negar "que Jesus é o Cristo" e, assim, participar claramente na obra do anticristo ( 1Jo 2:22 ). Sistemas falsos rotulados como o cristianismo sempre distorcer a natureza e obra de Jesus Cristo. Aqueles que negam a Cristo por completo são facilmente vistos como os incrédulos que são;mas aqueles que afirmam ensinar e seguir a Cristo ao minar o evangelho de Sua graça são infinitamente mais perigoso, porque eles dão a aparência de levar as pessoas a Cristo, enquanto eles estão realmente erguer barreiras para a salvação pela graça.

    Estão perturbando é de tarassō , o que significa, literalmente, para agitar e para trás e, portanto, para agitar e agitar. Figurativamente, conota perturbação emocional profunda e refere-se a uma mente inquieta. É a palavra usada de Herodes quando ouviu sobre o nascimento do Rei dos Judeus ( Mt 2:3 ). Também foi usada por Jesus no Seu mandamento: "Não se perturbe o coração" ( Jo 14:1 ).

    Sempre que o evangelho é pervertido a igreja está inquieto. Para alterar a mensagem da graça é para abafar e, eventualmente, asfixiar a igreja. Paulo escreveu a Tito: "Porque há muitos homens rebeldes, paroleiros e enganadores, especialmente os da circuncisão, que devem ser silenciadas, porque eles são perturbadoras famílias inteiras, ensinando coisas que não deveriam ensinar" ( Tito 1:10-11 ) . Os maiores inimigos da Igreja não são os que contradizem abertamente a Bíblia e denunciar Cristo, mas as crianças do inferno que, propondo a falar em seu nome, sutilmente minar e distorcer Seu verdadeiro evangelho com um sistema de retidão de obras.

    Aviso de Paulo de Destruição de Deus

    Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu, vos anunciasse um evangelho diferente daquele que já vos pregamos, seja anátema. Como já dissemos antes, então eu digo novamente agora, se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. ( 1: 8-9 )

    Os judaizantes que estavam equivocadas as igrejas da Galácia, provavelmente, tinham credenciais impressionantes e podem ter sido entre aqueles que afirmava ser da igreja de Jerusalém e de ser autorizado por Tiago, o líder daquela igreja (veja At 15:24 ). Além de proclamar a sua forma modificada do evangelho, que Paulo declarou não haver evangelho a todos, eles procuraram minar a autoridade e ensinamento de Paulo em todos os aspectos poderiam.

    Embora a heresia particular de os judaizantes era legalismo, a advertência de Paulo se aplica igualmente à perversão oposto de libertinagem ou antinomianism, que, sob o pretexto de liberdade em Cristo, remove todos os padrões de justiça e moralidade. Desses falsos mestres Jude escreveu: "Para certas pessoas se introduziram com dissimulação, os que por muito tempo foram previamente marcados para este mesmo juízo, homens ímpios, que transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo" ( Jd 1:4 ).

    William Hendricksen parafraseia Gl 1:8. , 1Tm 4:13 ; 2 Tm 2: 15-17. ). Para submeter-se ao falso ensino, não importa o quão ortodoxo convicções próprias de um pode ser, é desobedecer a Deus e se comprometer e enfraquecer um de testemunho e de tolerar a distorção da graça de Deus em Cristo.

    3. Credenciais Apostólicas (Gálatas 1:10-24)

    Por que eu estou procurando agora o favor dos homens ou o de Deus? Ou sou eu procuro agradar aos homens? Se eu ainda estivesse se esforçando para agradar a homens, não seria um servo de Cristo.
    Pois eu gostaria que você soubesse, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi de homem algum, nem me foi ensinado, mas eu recebi através de uma revelação de Jesus Cristo. Para você já ouviu falar do meu ex-modo de vida no judaísmo, como eu costumava perseguir a igreja de Deus, além da medida, e tentou destruí-lo; e eu estava excedia em judaísmo a muitos dos meus contemporâneos entre os meus compatriotas, sendo mais extremamente zeloso minhas tradições ancestrais. Mas quando Ele, que me separou, já desde o ventre de minha mãe e me chamou pela sua graça, houve por bem revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, não consultei imediatamente com carne e sangue, nem subi a Jerusalém para os que eram apóstolos antes de mim; mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco.
    Em seguida, três anos depois, subi a Jerusalém para conhecer Cefas, e fiquei com ele quinze dias. Mas eu não vi nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor. (Agora no que estou escrevendo para você, eu lhe asseguro diante de Deus que não estou mentindo.) Então eu fui para as regiões da Síria e da Cilícia. E eu ainda não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo; mas apenas, mantiveram audiência, "Aquele que antes nos perseguia, agora prega a fé que uma vez que ele tentou destruir." E eles estavam glorificando a Deus por minha causa. (1: 10-24)

    Um dos principais objetivos dos judaizantes que estavam mexendo-se tanta controvérsia e confusão nas igrejas da Galácia era desacreditar a autoridade apostólica de Paulo. Eles sabiam que não poderiam minar com sucesso seu ensino de evangelho da graça de Deus, até que minou sua autoridade divina aos olhos dos membros da igreja. Para conseguir esse efeito, a espalhar a idéia de que Paulo não era um apóstolo legítimo, mas foi auto-nomeados e que sua motivação era elevar-se e construir uma sequência pessoal. Acusaram-no de deixar de lado as cerimônias de Mosaic, padrões e práticas, a fim de tornar o evangelho mais atraente para os gentios, removendo suas associações judaicas. Ele também fez o evangelho mais fácil para os judeus a aceitar, eles argumentaram, porque ele removeu os exigentes requisitos de judaísmo tradicional à qual todos os judeus fiéis inscritos.
    A estratégia funcionou como as acusações dos judaizantes tinha causado muitos membros das igrejas da Galácia para começar a duvidar legitimidade apostólica de Paulo. Como ele não estava entre os apóstolos originais, a quem Jesus chamou pessoalmente, ensinou e comissionados, exatamente onde se ele levar sua mensagem e autoridade? Será que ele levá-los em segunda mão dos outros apóstolos, ou ele simplesmente fazer a sua própria marca do evangelho e arrogam autoridade apostólica para si mesmo? Que direito, eles pediram, Paulo tinha para falar por Deus, como ele persistentemente alegou que fazer?

    Não há evidências de que a igreja primitiva nunca duvidou da apostolado dos Doze (o onze inicial e Matthias, que substituiu Judas). Os onze foram escolhidos a dedo e treinados por Jesus; e sob a direção do Senhor que escolheu Matthias, que havia sido um dos discípulos que acompanharam "todo o tempo que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando com o batismo de João, até ao dia em que foi recebido em cima de nós ... faça conosco testemunha da sua ressurreição "(Atos 1:21-26). As credenciais dos Doze eram bem conhecidos e bem atestado.

    Jesus lhes havia prometido: "Quando vos entregarem, não ficar ansioso sobre como ou o que você vai falar, pois será dado naquela hora o que haveis de falar Porque não sois vós que falais, mas é. o Espírito de vosso Pai é que fala em vós "(Mt 10:19-20.). Embora muitos cristãos gostam de reivindicá-la para si, essa promessa foi dada aos apóstolos sozinho. O Espírito Santo pode trazer as coisas à nossa lembrança e nos dar clareza de espírito quando somos chamados a testemunhar por Ele em condições opressivas. Mas Cristo prometeu nova revelação apenas para os apóstolos, que eram os únicos porta-vozes autorizados da Sua Palavra antes de o Novo Testamento foi escrito. "Estas coisas vos tenho dito, e no respeito com você," Jesus disse a eles. "Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que eu disse a você" (João 14:25-26). O Espírito Santo não só permitiu que os apóstolos se lembrar com precisão e completamente o que Jesus lhes havia ensinado durante seu ministério de três anos terrena, mas divinamente revelado a eles toda a verdade adicional Mais tarde, ele declarou através deles.

    Depois do Pentecostes crentes "perseveravam na doutrina dos apóstolos" (At 2:42), porque eles reconheceram que esses homens foram divinamente designado para pregar e ministrar no lugar de Cristo. A sua autoridade apostólica foi confirmada por "muitos prodígios e sinais [que] estavam ocorrendo através dos apóstolos" (v. 43). Quando falavam de Deus, foi o próprio Deus falando através deles.

    Mas Paulo não era mesmo um crente, e muito menos um apóstolo, quando Jesus fez essas promessas para os Doze e quando a igreja primitiva em Jerusalém submetidos à sua instrução e liderança. Ele não foi convertido até vários anos depois e, de fato, depois de ele ter sido o inimigo mais destrutiva da igreja nascente.

    Não foi difícil, portanto, para os judaizantes para levantar dúvidas sobre Paulo nas mentes de muitos crentes. Agora que ele não estava mais com eles em pessoa para ensinar e protegê-los, eles se tornaram presa por falsos mestres. O fato de que Paulo declarou-se "apóstolo dos gentios" (Rm 11:13) pode não ter o tornou querido para alguns crentes judeus, que ainda abrigava forte preconceito contra os gentios, pensando que eles sejam completamente fora da esfera e privilégio de preocupação e da graça de Deus. E o fato de que Paulo freqüentemente afirmado e defendido seu apostolado sugere que foi muitas vezes questionado (ver, por exemplo, Rm 1:1.; 2Co 1:12Co 1:1 Paulo apresenta algumas credenciais gerais de seu apostolado e mensagem, e nos versículos 13:24, ele se desdobra credenciais autobiográficos que incluem preconversion, conversão e provas postconversion de sua legitimidade.

    Credenciais Gerais de Paulo

    Por que eu estou procurando agora o favor dos homens ou o de Deus? Ou sou eu procuro agradar aos homens? Se eu ainda estivesse tentando agradar a homens, não seria um servo de Cristo.
    Pois eu gostaria que você soubesse, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi de homem algum, nem me foi ensinado, mas eu recebi através de uma revelação de Jesus Cristo. (1: 10-12)

    As acusações contra ele envolveu a mentira de que ele foi propositAdãoente diluir o padrão divino para tornar mais fácil, de modo que ele seria popular e ganhar o apoio de pessoas cansadas da maneira mais difícil, exigindo do judaísmo legalista. Eles pretendia que ele estava simplesmente dizendo o que os homens queriam ouvir.

    Paulo não era um Pessoas Pleaser

    Por que eu estou procurando agora o favor dos homens ou o de Deus? Ou sou eu procuro agradar aos homens? Se eu ainda estivesse tentando agradar a homens, não seria um servo de Cristo. (1:10)

    Gar ( para ) tem inúmeros significados, que são em grande parte determinados pelo contexto. Ele também pode ser traduzida por "porque", "sim, certamente", "certamente", "o quê" e "porquê". Também pode significar, por vezes, "não", o que é uma rendição útil neste verso. Para não é uma tradução incorreta, mas "não" parece seguir melhor o fluxo do argumento de Paulo neste contexto. "Não", ele está dizendo, referindo-se de volta para o forte anátemas dos dois versículos anteriores ", isso soa como eu sou um povo agradar? Estou procurando agora o favor dos homens ou o de Deus? Ou eu estou lutando para agradar homens? " Obviamente, Paulo de pronunciar uma maldição sobre os homens (v. 9) não se encaixa com as acusações dos judaizantes contra ele. Pelo contrário, sem dúvida procura honrar a Deus, cuja verdade estava sendo pervertida.

    Se eu ainda estivesse tentando agradar a homens refere-se aos dias em que ele fez buscam agradar seus companheiros judeus por zelosamente perseguindo os cristãos, partindo do princípio que estava sendo fiel a Deus, concentrando seu esforço em favorecendo o judaísmo tradicional. Mas à luz do que ele ensinou e do jeito que ele tinha vivido desde a sua conversão, a idéia de que ele estava ainda a tentar agradar aos homens era absurda. Se isso fosse verdade, ele não seria um servo de Cristo. Ele entregou sua vida inteiramente ao senhorio de Jesus Cristo, e que a rendição lhe custar muito caro em termos humanos. No final desta epístola Paulo lembra seus leitores: "Por que eu carrego no meu corpo as marcas-marcas de Jesus" (6:17). Algumas dessas marcas que tinha recebido na Galácia, onde, na cidade de Listra, ele já foi deixado para morrer após ser apedrejado (At 14:19). O sofrimento nas mãos de pessoas que não estavam satisfeitos com ele foi uma ocorrência comum para ele e foi o preço de honrar a Deus.

    Por natureza, agradar as pessoas não são mártires. O desejo de escapar ridículo e problemas é uma de suas marcas registradas. Agradar aos homens não traz a severa perseguição Paulo resistiu e é totalmente incompatível com ser um servo de Cristo.

    Foi bastante acusadores judeus de Paulo que estavam para agradar aos homens. Era "para fazer uma boa exibição na carne" que eles tentaram "para obrigar [crentes gentios] para ser circuncidado", com o propósito de não ser "perseguidos por causa da cruz de Cristo" (Gl 6:12). Primeiro propósito de Paulo era "para ser agradável a Ele" (2Co 5:9). Seu segundo objetivo era ver homens salvos e que uma forte denúncia exigido de qualquer evangelho falso que condenaria-los pelo seu engano.

    Mensagem de Paulo não foi inventada pelo Homem

    Pois eu gostaria que você soubesse, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. (01:11)

    Eu gostaria que você soubesse é de gnōrizō , um forte verbo grego que significa tornar conhecido com certeza, para certificar. Ele foi muitas vezes utilizado, como aqui, de introduzir uma declaração importante e enfático que se seguiu imediatamente. Em Inglês vernacular a frase poderia ser processado, "Deixe-me deixar bem claro." "O evangelho que prego", disse ele, "não é humano, quer na natureza ou na autoridade. Eu não inventei-lo ou alterá-lo, nem qualquer outro homem. Sua mensagem é completamente de origem divina, sem qualquer mistura de sabedoria humana tanto faz. " É por isso que o evangelho de Paulo é o padrão pelo qual todas as teorias humanas falsas de salvação são medidos e condenado.

    Tinha Paulo proclamou um evangelho que estava de acordo com o homem , que teria sido permeada por retidão de obras, como é todo sistema humanamente concebido de religião. Orgulho pecaminosa do homem se ofende com a idéia de que somente a misericórdia ea graça de Deus pode salvá-lo do pecado, e ele, portanto, insiste em ter um papel na sua própria salvação. O próprio fato de que Paulo pregouuma mensagem de salvação em que trabalha jogar absolutamente nenhuma parte foi-se evidências de que a sua mensagem era de Deus e não ... o homem.

    Mensagem de Paulo não foi recebido de Man

    Porque não o recebi de homem algum, nem me foi ensinado, (1: 12a)

    Essa declaração foi particularmente dirigida contra os judaizantes, que receberam a sua instrução religiosa principalmente de tradição rabínica, por meio de memorização. Em vez de estudar as Escrituras diretamente, a maioria dos judeus, líderes religiosos e leigos alike-olhou para interpretações humanas da Escritura como a sua autoridade religiosa e guia. Sua teologia, padrões morais, e cerimônias tinha raízes na Palavra revelada de Deus do Antigo Testamento, mas as verdades e os padrões bíblicos tinha sido tão diluído e distorcida por interpretações humanas que o Judaísmo do tempo do Novo Testamento foi amplamente recebidas ... do homem e ensinada de acordo com a interpretação do homem. Embora as Escrituras, especialmente a Torah, ou a lei foram ritualmente dada a maior honra, eles não foram honrados pelo povo através de pesquisa direta e sincera obediência. Aos olhos de muitos judeus de que no dia-a apenas como aos olhos de muitos cristãos professos hoje, a Escritura era uma relíquia religiosa que mereceu reverência superficial, mas não um estudo sério ou obediência. As idéias religiosas tomaram a sério e tentou viver foram as tradições humanas relacionadas com a sua cultura única comunidade que tinha acumulado ao longo dos últimos várias centenas de anos. Muitas das tradições não só não foram ensinados nas Escrituras, mas contrariada Escritura. Com poucas exceções, os judeus "invalidado a palavra de Deus por causa da [sua] tradição" (Mt 15:6), e até mesmo os elementos da história de Cristo que ele sabia que antes de sua conversão eram superficiais e vazias por causa de sua incredulidade. O que ele agora acreditava e pregava ele não o recebi ... do homem, nem foi ... ensinado pelo homem. Não houve de origem humana para a mensagem de Paulo. O evangelho não foi inventado pelos homens, nem transmitida a ele por qualquer ser humano. Esta resposta reflete, sem dúvida, outra das acusações dos judaizantes contra Paulo, ou seja, que ele tinha sido ensinado sua doutrina pelos apóstolos em Jerusalém, que também tinham abandonado o judaísmo.

    Mensagem de Paulo foi diretamente de Cristo

    mas eu recebi-lo através de uma revelação de Jesus Cristo. (1: 12b)

    O evangelho que Paulo pregava e ensinava era nem uma invenção humana, nem a tradição humana, mas foi-lhe dada diretamente por Deus através de uma revelação de Jesus Cristo. Revelação é deapokalupsis e significa um desvelamento de algo previamente secreta. Jesus Cristo é melhor compreendido como o objeto dessa mesma revelação . Não era que ele não tinha conhecimento prévio de Jesus.Foi pela simples razão de que ele fez saber alguma coisa sobre ele e sua obra que ele havia perseguido ferozmente aqueles que acreditaram n'Ele. Ele, obviamente, sabia que os cristãos acreditavam que Jesus era o Filho de Deus eo Messias prometido do Antigo Testamento, porque foi para as alegações de que Jesus foi mais criticados e, eventualmente, crucificado (Lc 23:2; Jo 5:18; Jo 10:30) veio pessoalmente a encontrar e conhecer Jesus Cristo como Senhor e Salvador de que ele recebeu a verdade sobrenatural do evangelho através dedivina revelação . Como explicou à igreja de Corinto, é só quando uma pessoa se converte ao Senhor que o véu da ignorância espiritual e separação de Deus é removido (2 Cor. 3: 14-16), para que a verdade recebida pode ser entendido. E para Paulo os detalhes e distinções de que a verdade do evangelho veio por revelação especial diretamente de Deus (conforme v. 16).

    É uma coisa a reclamar revelação direta de Deus, mas um outro para provar isso. Ao longo da história da igreja, muitas pessoas têm falsamente alegado tal revelação, como muitos fazem hoje. Mas Paulo não se limitou a fazer o pedido. Nem se esperar que seus leitores a acreditar nele, simplesmente com base em afirmações pessoais. Nos próximos 12 versos, portanto, o apóstolo prossegue para justificar o seu pedido, apresentando provas irrefutáveis ​​de que a revelação divina e de suas credenciais apostólicas.

    Credenciais autobiográficos de Paulo

    Para você já ouviu falar do meu ex-modo de vida no judaísmo, como eu costumava perseguir a igreja de Deus, além da medida, e tentou destruí-lo; e eu estava excedia em judaísmo a muitos dos meus contemporâneos entre os meus compatriotas, sendo mais extremamente zeloso minhas tradições ancestrais. Mas quando Ele, que me separou, já desde o ventre de minha mãe e me chamou pela sua graça, houve por bem revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, não consultei imediatamente com carne e sangue, nem subi a Jerusalém para os que eram apóstolos antes de mim; mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco.
    Em seguida, três anos depois, subi a Jerusalém para conhecer Cefas, e fiquei com ele quinze dias. Mas eu não vi nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor. (Agora no que estou escrevendo para você, eu lhe asseguro diante de Deus que não estou mentindo.) Então eu fui para as regiões da Síria e da Cilícia. E eu ainda não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo; mas apenas, mantiveram audiência, "Aquele que antes nos perseguia, agora prega a fé que uma vez que ele tentou destruir." E eles estavam glorificando a Deus por minha causa. (1: 13-24)

    A partir dos três períodos de sua vida espiritual preconversion-, conversão e postconversion-Paulo mostra como certos eventos antes que ele foi salvo, quando ele foi salvo, e depois que ele foi salvo tudo provar a sua mensagem foi recebida de Deus.

    Preconversion Proof

    Para você já ouviu falar do meu ex-modo de vida no judaísmo, como eu costumava perseguir a igreja de Deus, além da medida, e tentou destruí-lo; e eu estava excedia em judaísmo a muitos dos meus contemporâneos entre os meus compatriotas, sendo mais extremamente zeloso minhas tradições ancestrais. (1: 13-14)

    Aqui, Paulo descreve seu ex- posição e atividades enquanto ele estava no judaísmo, oferecendo-lhes como uma espécie de prova negativa de que a sua mensagem de graça não tinha fundamento nas crenças, circunstâncias ou eventos de sua antiga vida. Torna-se claro que nada em sua vida não convertido desde que a fonte da verdade que ele agora estava proclamando. De fato, tanto a sua conversão e sua mensagem foram construídas sobre a intervenção divina.

    Paulo tinha sido um judeu de primeira ordem ", circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja ; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível "(Fp 3:5-6.). Sua vida preconversion foi centrada totalmente na lei e tradição. Graça era um conceito estranho para a religião de Saul, o fariseu, apesar do fato de que a graça era tanto a base da Antiga Aliança, como o Novo. Obra redentora de Deus se originou a partir de Sua graça e nunca teve qualquer outra base. Mas a maioria dos judeus, doutrinados pelos escribas e fariseus religiosamente dominantes, há muito havia perdido de vista da graça de Deus e, em vez disso vir a confiar em suas próprias obras e bondade para agradar a Deus. Assim, tudo o que nos apóstoloantigo modo de vida no judaísmo tinha sido diametralmente oposta à mensagem da graça soberana e salvadora de Jesus Cristo, ele agora proclamada e defendida.

    O primeiro aspecto do Paulo ex ... a vida que provou que ele não tinha aterramento anterior para que o evangelho foi que ele usou para perseguir a igreja de Deus além da medida, e tentou destruí-lo . Seu conhecimento preconversion do evangelho, velado e distorcida como foi, o fez perceber que essa forma radical de salvação permitido nenhum lugar para retidão de obras e judaísmo legalista, portanto, completamente rebaixada. Por outro lado, o judaísmo legalista permitido há lugar para um evangelho da graça e, portanto, procurou destruir aqueles que acreditaram e ensinou-lo.

    O idioma original está viva na descrevendo a hostilidade de Paulo. A frase usada para perseguir é no imperfeito e enfatiza a intenção persistente e contínua para o dano. A palavra destruir foi utilizado de soldados que assola a cidade. Ele também é usado aqui no imperfeito, enfatizando assim a persistência do esforço destrutivo de Paulo. Ele estava determinado a extinguir totalmente a igreja . Aparentemente, ele usou o título a igreja de Deus de sublinhar que esta não era apenas um grupo pertencente a Jesus, a fim de que todo aquele que se opuseram a ela, oposição só Jesus. Pelo contrário, quem se opõe a Igreja se opõe a Deus .

    Saul, o fariseu tinha tanta paixão pelo judaísmo tradicional que ele poderia tolerar qualquer contradição ou compromisso dele por companheiros judeus. Imediatamente após o martírio de Estêvão, "Saul começou a devastar a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, ele iria colocá-los na prisão" (At 8:3.).

    O segundo aspecto da antiga vida de Paulo de que provou que ele não tinha aterramento anterior no evangelho era seu zelo inigualável para o judaísmo tradicional. Eu estava excedia em judaísmo a muitos dos meus compatriotas, declarou ele, sendo mais extremamente zeloso minhas tradições ancestrais.

    Avançando é de prokoptō , o que significa, literalmente, para cortar a frente, como em abrindo caminho através de uma floresta. Saul continuou a ardência seu rastro no judaísmo , o que significava cortando tudo em seu caminho, como os cristãos judeus, que em sua mente eram traidores arco para as suas tradições ancestrais. Ele era tão extremamente zeloso que ele continuamente punido crentes judeus "em todas as sinagogas [e] tentou forçá-los a blasfemar; e sendo furiosamente furioso com eles, [ele] manteve perseguindo-os até nas cidades estrangeiras "(At 26:11). Em seu extremo zelo, ele ultrapassou muitos de seus contemporâneos. Poucos judeus combinava com a sua paixão pela sua religião e sua intolerância para com a verdade sobre Jesus Cristo.

    Tradições ancestrais se refere ao corpo de ensinamentos orais sobre a lei do Velho Testamento, que chegou a ter a mesma autoridade com a lei. Conhecido como o Halakah, esta coleção de interpretações da Torá tornou-se uma cerca em torno lei revelada de Deus e tudo, mas escondeu-lo de vista. Durante um período de várias centenas de anos, havia se expandido em um acúmulo enorme de regulamentos religiosos, morais, legais, práticas e cerimoniais que desafiavam a compreensão, muito menos o cumprimento total. Ele continha tais grandes quantidades de minúcias que mesmo os estudiosos rabínicos mais instruídos não podia dominar mesmo, mediante interpretação ou no comportamento. No entanto, o mais complexo e oneroso, tornou-se, os legalistas mais zelosamente judaica reverenciado e propagou-lo.

    Vivendo como um fariseu devoto, Paulo foi superado por poucos. João RW Stott escreve: "Agora, um homem nesse estado mental e emocional não está disposto a mudar de idéia, ou até mesmo para que se mudou para ele por homens ... Só Deus poderia alcançá-lo e Deus fez!" ( A Mensagem de Gálatas [Londres: Inter-Varsity, 1968], p.32).

    O argumento de Paulo em recitar estas duas características gerais de sua vida passada era que, antes de seu encontro com Cristo, não havia a menor preparação humana ou de origem para a sua compreensão, e muito menos aceitar e proclamando o evangelho da salvação pela graça de Deus trabalhando através de fé completamente à parte das obras. Era estranho para todo o seu pensamento anterior.

    Prova de Conversão

    Mas quando Ele, que me separou, já desde o ventre de minha mãe e me chamou pela sua graça, houve por bem revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, (1: 15-16a)

    Não até que Cristo soberanamente na glória da ressurreição confrontou-o na estrada de Damasco, Paulo respondeu à grande realidade do evangelho: que Jesus, apesar de morto e enterrado, agora estava vivo.Ele imediatamente percebeu que apenas um Jesus ressuscitado podia proclamar do céu: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues" (At 9:5). Samuel confrontou as pessoas com a mesma mensagem: "O Senhor não abandonará o seu povo por causa do seu grande nome, porque o Senhor tem sido o prazer de fazer você um povo para si mesmo" (1Sm 12:22.). Deus escolheu os judeus por nenhuma outra razão do que o Seu próprio prazer santo e propósito.

    Davi sabia que ele foi escolhido e ungido rei por eleição soberana de Deus. "O Senhor, o Deus de Israel, escolheu-me de toda a casa de meu pai, para ser rei sobre Israel para sempre", disse ele. "Por que Ele escolheu Judá para ser um líder, e na casa de Judá, a casa de meu pai, e entre os filhos de meu pai se agradou de mim para me fazer rei sobre todo o Israel e de todos os meus filhos (porque o. Senhor tem me dado muitos filhos), Ele escolheu o meu filho Salomão para se assentar no trono do reino do Senhor sobre Israel "(13 28:5'>I Crônicas 28:4-5.). Da escolha da nação de Israel, da tribo de Judá, a família de Jessé, e das de Jesse filho e neto Davi Solomon, o processo era totalmente divino e soberano. A eleição de Deus é baseada em nada, mas seu próprio prazer.

    Paulo não deu início a escolha para ser salvo, e muito menos a escolha para ser apóstolo. Ele foi "chamado como apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus" (1Co 1:1), como Isaías e Jeremias foram chamados e consagrada ao seu trabalho profético, ainda no úteros de suas mães (Is 49:1; Jr 1:5). Leitores judeus de Paulo soube imediatamente que ele estava comparando seu chamado ao apostolado aos apelos daqueles grandes homens de Deus. Ele não estava tentando classificar-se com eles, mas para estabelecer claramente que, como a deles a sua chamada foi inteiramente fazendo Deus.

    Este propósito se tornou fato histórico na estrada de Damasco, e nos dias seguintes, quando, diz Paulo, Deus me chamou pela sua graça . Por meio do amor gratuito e bondade de Deus, na verdade, e eficazmente já trouxe a eleger Saul a Si mesmo na salvação.

    Deus houve por bem revelar o Seu Filho para Saul de forma direta e absolutamente único. Como "ele estava se aproximando de Damasco, ... de repente uma luz do céu brilhou em volta dele, e ele caiu no chão, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?" E ele disse: "Quem és tu, Senhor? E Ele disse: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues, mas levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que você deve fazer '" (Atos 9:3-6). Em seu depoimento perante o rei Agripa, Paulo dá mais detalhes sobre seu primeiro encontro com o Senhor ressuscitado. Depois de identificar-se como "Jesus, a quem tu persegues", o Senhor disse: "Levanta-te e põe-te em pé; para este fim eu apareci para você, para te fazer ministro e testemunha, não só para as coisas que você tem visto, mas também para as coisas em que eu vou lhe aparecem; libertá-lo do povo judeu e dos gentios, a quem eu vos envio a vós "(26: 15-17). Revelações diretas de Deus de Cristo e as Escrituras para Paulo começou naquele dia e continuaram durante o curto período de tempo em Damasco e os anos na Arábia, e depois como Deus desejou por toda a vida do apóstolo.

    A frase em mim não nos força para interpretar a revelação como um sentimento puramente interna, subjetiva, mas pode significar "me" e executar a ideia de experiência objetiva.

    A chamada para ser salvo foi acompanhada pela chamada para servir, para pregasse entre os gentios . Embora a experiência de Paulo era absolutamente único, Deus não chamar qualquer pessoa para a salvação que Ele também não chamar para o serviço. Todo crente é "criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2:10). Falando aos crentes, Pedro escreveu: "Vós sois uma raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, para que possais proclamar as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1Pe 2:9). Os judaizantes necessários para ver que os gentios não precisam ouvir a lei de Moisés ou as tradições da anciãos somente judeus o evangelho de Jesus Cristo.

    Assim, a escolha de Paulo, sua transformação, a revelação e chamada para evangelizar os povos foram todas feitas por Deus, não dos homens. Mesmo depois disso, os homens não desempenhou nenhum papel em sua preparação para cumprir o seu chamado.

    Postconversion Proof

    Eu não consultar imediatamente com carne e sangue, nem subi a Jerusalém para os que eram apóstolos antes de mim; mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco.
    Em seguida, três anos depois, subi a Jerusalém para conhecer Cefas, e fiquei com ele quinze dias. Mas eu não vi nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor. (Agora no que estou escrevendo para você, eu lhe asseguro diante de Deus que não estou mentindo.) Então eu fui para as regiões da Síria e da Cilícia. E eu ainda não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo; mas apenas, mantiveram audiência, "Aquele que antes nos perseguia, agora prega a fé que uma vez que ele tentou destruir." E eles estavam glorificando a Deus por minha causa. (1: 16b-24)

    João Brown comentou que, começando com o encontro na estrada de Damasco, Cristo tomou Paulo sob a Sua própria tutoria imediato. Era essencial para o Senhor para estabelecer a independência de Paulo como um apóstolo. Ele não foi ensinada pelos outros apóstolos, mas foi totalmente igual a eles. Depois de passar vários dias "com os discípulos que estavam em Damasco" e pregando brevemente nas sinagogas lá (Atos 9:19-20), Paulo não consultou carne e sangue . Ele procurou a partir de Ananias ou outros cristãos em Damasco nenhum conselho ou entendimento, nenhum esclarecimento sobre a revelação que ele havia recebido. Não é que ele não teria sido ajudado por indo para aprender com os outros crentes, mas seu ser dado o lugar único de atingir gentios parecia exigir que ele não pode ser visto como sendo meramente convencido por alguns judeus convertidos a esta doutrina. Gentios poderia ter sido mais relutantes em aceitar a sua mensagem se eles percebiam nele como de origem judaica. E os judaizantes necessária para entender que o evangelho não era de todo uma heresia defendida por alguns judeus.

    Paulo foi embora para Nabatean Saudita , uma região que se estendia a leste de Damasco até a península de Sinai. Apesar de não identificar a localização exata, parece provável que ele ficou perto de Damasco. O lugar e propósito da sua permanência na Arábia são desconhecidas, mas que foi certamente o lugar de sua preparação para o ministério.

    Depois de sua estada na Arábia, o apóstolo voltou mais uma vez a Damasco e continuou a pregar lá por um período de tempo. Ele quase imediatamente encontrou perseguição dos líderes judeus, um grupo que, sem dúvida, incluiu alguns dos homens com os quais ele próprio já havia planejado a conspirar contra os cristãos (ver At 9:2) sugere que o apóstolo também pregou em Saudita e teve despertado o desprazer de seu rei. Em qualquer caso, as autoridades civis Gentil de Damasco apoiou os esforços dos líderes judeus para prender e executar Paulo (conforme Atos 9:23-24).

    Os dois períodos de pregar em Damasco e a permanência no meio em Saudita sozinha com Senhor Jesus-learning, meditando, e estudando o Antigo Testamento-totalizaram três anos . Depois disso, Paulsubiu a Jerusalém (que não deve ser confundida com uma viagem mais tarde o alívio da fome lá de Antioquia, mencionado em At 11:30, ou a viagem para o conselho de Atos 15para conhecer Cefas , ou seja, o apóstolo Pedro. Paulo faz questão de ressaltar que ele foi apenas com o objectivo de se familiarizar com Cefas, que era o companheiro pessoal do Senhor Jesus e o porta-voz mais poderosa nos primeiros anos da igreja de Jerusalém, do dia de Pentecostes (Atos 2:14 —40; 3: 11-26; 4: 8-20; 5: 3-32; 8: 20-25). Ele só fiquei com ele quinze dias , obviamente, muito pouco tempo ter sido totalmente transformado a partir de toda a sua teologia e da tradição judaica e plenamente instruídos no evangelho. Ele também não vê qualquer outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor. A visita de Paulo a Jerusalém foi não para aprender mais sobre a mensagem do evangelho, mas para conhecer e se familiarizar com (o verbo significa "para visitar, com o objetivo de conhecer alguém "), estes dois homens que tinham estado tão perto de Jesus e, talvez, para aprender com eles algumas de suas experiências íntimas com o Senhor encarnado, a quem ele tinha chegado a amar e servir, e com quem ele passou esses três anos se familiarizando.

    Deve-se notar que os Atos 9:23-25 ​​indica que de Paulo deixando Damasco foi o resultado de um conjunto dramático dos acontecimentos. Os judeus resistiram fortemente a sua pregação e tinha desenvolvido um plano para matá-lo quando surgiu a oportunidade. Eles patrulhavam os portões da cidade 24 horas por dia à espera de capturar Paulo, mas quando os seus discípulos ouviram o enredo que o ajudou a fugir, baixando-o sobre o muro da cidade em uma cesta.

    Além de tal situação que ameaçava sua vida, Paulo pode ter ficado mais tempo em Damasco. No período de tempo é dado para sua ida a Jerusalém, mas quando ele chegou lá e tentou ver os apóstolos, ele foi rejeitado por causa do medo de que ele não era um verdadeiro crente (At 9:26). Sem a ajuda de Barnabé, Paulo não teria sido capaz de visitar até mesmo Pedro e Tiago. Ele se encontrou com nenhum dos outros apóstolos em todos, que podem ter sido muito medo ou pode ter sido longe de Jerusalém na época. Pode-se supor que, embora os apóstolos não espalhar sob a perseguição de Paulo (At 8:1), este Tiago seria facilmente ter sido considerado por Paulo para ser um apóstolo, no sentido mais amplo.

    Para dar aos seus leitores a maior confiança possível em que ele estava escrevendo , Paulo fez um voto judeu comum: . Garanto-vos diante de Deus que eu não estou mentindo Essa declaração, juntamente com muitos outros, contradiz as afirmações de intérpretes liberais que Paulo era um sincero e líder altamente capaz, mas que muitos de seus ensinamentos refletem apenas suas idéias e preferências pessoais.Se assim fosse, ele seria ou ter sido terrivelmente auto-iludido ou então um mentiroso sem vergonha. Ou ele era um porta-voz autoritária e totalmente confiável para Deus ou ele era uma farsa.

    O ponto de Paulo nesta parte da carta era afirmar que recebeu seu evangelho diretamente do Senhor, não dos outros apóstolos. Ele só visitou duas delas por duas semanas, e só depois de três anos se passaram desde sua conversão. Qualquer acusação de que ele era um apóstolo de segunda mão, recebendo a sua mensagem dos apóstolos de Jerusalém, era falsa.
    Depois que Paulo deixou Jerusalém, ele foi para as regiões da Síria e Cilícia , o último dos quais incluiu sua cidade natal, Tarso (veja At 9:11, At 9:30). Este movimento foi precipitado por um outro grupo de judeus hostis que foram "tentativa de colocá-lo à morte" (At 9:29). Ele foi escoltado para fora de Jerusalém até o porto da cidade de Cesaréia, onde ele provavelmente tomou um navio para sua cidade natal de Tarso. Ele pregou lá até Barnabé chamado para ele vir a Antioquia da Síria.

    Durante uma estadia de vários anos nessas regiões , Paulo pregou (v. 23). Os outros apóstolos ainda estavam na Judéia e Samaria, e não tinha nenhum contato com ou influência sobre ele. Quando a palavra de avivamento em Antioquia da Síria "chegou aos ouvidos da igreja em Jerusalém, ... eles enviaram Barnabé a Antioquia off", que ministrou lá por um tempo por ele mesmo e, em seguida, "partiu para Tarso a procurar Saul", com quem Ele, então, "ensinou números consideráveis" em Antioquia. Foi aqui que "os discípulos foram chamados cristãos pela primeira vez" (Atos 11:20-26). Paulo ficou como um professor na igreja de Antioquia até que o Espírito Santo lhe enviou e Barnabé de desconto em sua primeira viagem missionária (13 1:44-13:3'>Atos 13:1-3), e depois que eles voltaram para Antioquia, de onde eles foram enviados para o município em Jerusalém (14: 26-15: 4).

    Neste momento Paulo ainda era desconhecido pela vista para as igrejas da Judéia, que estavam em Cristo . Igrejas é uma designação plural indicando assembléias locais que fazem parte da única Igreja.Duas visitas de Paulo a Jerusalém não incluem visitar as igrejas da Judéia , que região foi geralmente considerada separAdãoente da sua principal cidade, Jerusalém (At 1:8, At 9:21, At 9:26). Mas quando o Senhor deu essa grande bênção para o ministério de Paulo, o que resulta em sua própria perseguição (vv. 23-24, 29), seus companheiros cristãos não podia mais dúvida de que ele foi um especialmente escolhido e homem dotado de Deus, e glorificavam a Deus por causa dele.

    Ele e Barnabé só fez duas visitas a Jerusalém, um para trazer alívio da fome a partir de Antioquia (At 11:30) e outro para discutir a relação entre a lei mosaica para o evangelho da graça (Atos 15). Desde a presença de Paulo não era tão escasso para 14 anos (Gl 2:1).

    Para rejeitar o ensino de Paulo é a de rejeitar a Palavra de Deus. Nem o testemunho de si mesmo, nem dos outros apóstolos Paulo permite outra conclusão.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24

    Gálatas 1

    O anúncio do Evangelho — Gl 1:1-5

    Algumas pessoas se introduziram na população de Galácia afirmando que Paulo não era na verdade um apóstolo e que, por conseguinte, não se devia ouvi-lo. Baseavam esta campanha de desprestígio já no fato de que Paulo não tinha sido membro do corpo original dos doze apóstolos, já na circunstância de que tinha sido o mais furioso de todos os perseguidores da Igreja, já em que não possuía nenhuma nomeação oficial dos dirigentes da Igreja. A resposta de Paulo não foi um argumento. Foi uma afirmação irrebatível. Não devia seu apostolado a homem alguém, mas sim ao dia em que, de caminho a Damasco, encontrou-se face a face com Jesus Cristo. Paulo afirmava ter recebido diretamente de Deus sua tarefa e ofício.
    (1) Paulo tinha a certeza de que Deus lhe tinha falado. Leslie Weatherhead nos conta de um menino que tinha tomado a resolução de tornar-se ministro. Ao perguntar-se o quando tinha chegado a essa decisão, sua resposta foi que depois de ter escutado um sermão na capela da escola. Perguntaram-lhe o nome do pregador que lhe tinha causado tal efeito. Sua resposta foi: "Ignoro o nome do pregador, mas sei que nesse dia Deus me falou".
    Em última análise ninguém pode constituir a alguém em ministro ou servo de Deus. Só Deus pode fazê-lo. A verdadeira prova de um cristão não é se tiver acontecido ou não por determinadas cerimônias e tomado certos votos, mas sim se tiver visto Cristo face a face.
    Um ancião sacerdote judeu chamado Ebed-Tob estava acostumado a dizer sobre seu ministério: "Não foram nem meu pai nem minha mãe os que me colocaram neste lugar, mas sim o braço do Rei poderoso". Existe uma mão invisível que chama com gesto doce e indubitável.
    (2) A verdadeira razão da capacidade de Paulo para o trabalho forçado e o sofrimento radicava em que possuía a segurança absoluta de que Deus lhe tinha encomendado o trabalho. Considerava cada esforço que lhe era exigido como uma tarefa encomendada por Deus. Mas não só homens da talha de Paulo têm uma tarefa encomendada por Deus. Deus dá a cada homem sua tarefa. Pode ser uma tarefa que chegue a ser conhecida por todos e que a história lembre; pode ser uma tarefa que não chegue aos ouvidos de ninguém; mas, em cada caso trata-se sempre de uma tarefa para Deus.
    Existem tarefas humildes mas que são também um apostolado divino. A tarefa que Deus encomendou a Paulo foi evangelizar o mundo. Para a maioria de nós simplesmente se tratou de fazer felizes a uma ou duas pessoas do estreito círculo de nossos próximos mais queridos. Também esta tarefa é de Deus. Do mesmo modo, o Senhor escolhe a alguns para desenvolver um trabalho muito mais amplo.
    No começo mesmo de sua epístola Paulo recapitula em duas palavras de enorme significado seus desejos e orações em favor de seus amigos.
    (1) Deseja-lhes graça. Na palavra graça se encerram duas idéias principais. A primeira é a de beleza pura. A palavra grega caris significa graça no sentido teológico, embora retendo sempre o sentido de beleza e encanto. E mesmo quando usada em teologia a idéia de encanto jamais fica de lado.

    Se a vida cristã possui graça deverá ser algo belo. Com muita freqüência existe a bondade sem encanto e o encanto sem bondade. A obra da graça está na união da bondade e do encanto. A segunda idéia é a de uma generosidade pura, imerecida. Trata-se de um dom que o homem jamais mereceu nem pôde haver ganho, e que recebe da bondade pródiga e do amor do coração de Deus. Trata-se de uma palavra que contém todo o amor de Deus. Quando Paulo pede graça para seus amigos é como se dissesse: "Que a beleza maravilhosa do amor imerecido de Deus esteja em vós a fim de que torne amáveis suas vidas também".

    (2) O apóstolo lhes deseja paz. Paulo era judeu, e a palavra hebraica shalom deve ter estado presente em sua mente quando escrevia o termo grego eirene. Agora, shalom significa muito mais que a mera ausência de tribulação. Significa tudo aquilo que é para o bem supremo do homem: tudo aquilo que torna pura sua mente, resolvida sua vontade e prazeroso seu coração. É esse sentido do amor e do cuidado de Deus que, ainda que o corpo seja torturado, mantém o coração do homem em paz e alegria.

    Finalmente, ao falar aqui de Jesus, Paulo recapitula numa sentença de alcance literalmente infinito: o coração e a obra de Jesus Cristo. "Deu-se a si mesmo... para nos liberar". (1) O amor de Cristo é um amor que se entregou e padeceu. (2) O amor de Cristo é um amor que venceu e triunfou. Nesta vida a tragédia do amor consiste em que com freqüência é frustrado ou em que se deva suportar a dor de amar e ser incapazes de libertar o ser amado. Mas o amor de Cristo é o amor perfeito porque está respaldado por esse infinito poder que nada pode frustrar e que pode libertar o ser amado da escravidão do pecado.

    O ESCRAVO DE CRISTO

    Gálatas 1:6-10

    O fato básico que está atrás desta epístola é o seguinte: o evangelho de Paulo era um evangelho de livre graça. O apóstolo cria de todo coração que ninguém poderia ganhar jamais o favor de Deus. Cria apaixonadamente que ninguém poderia jamais ganhar o amor de Deus. Portanto, cria que tudo o que o homem ficava por fazer era lançar-se por um grande ato de fé no amor e na misericórdia de Deus. Pensou também que tudo o que o homem podia fazer era receber com assombrada gratidão o que Deus lhe oferecia; que o importante não é o que nós podemos realizar por nós mesmos, mas sim o que Deus fez por nós. Este era o evangelho da livre graça que Paulo tinha pregado. Depois dele tinham aparecido alguns que pregavam uma versão judia do cristianismo. Estes declaravam que se a pessoa queria agradar a Deus, acima de tudo devia ser circuncidado; e depois devia procurar dedicar sua vida inteira ao cumprimento de todas as regras e prescrições da Lei. Cada vez que alguém levava a cabo uma obra da Lei — diziam — isso lhe era anotado no crédito de seu conta com Deus. Ensinavam a necessidade de que o homem ganhasse por si mesmo o amor e o favor de Deus. Para Paulo isto era absolutamente impossível.

    Agora, seus adversários declaravam que o apóstolo estava tornando muito fácil a religião com a intenção de ganhar o favor dos homens e congraçar-se com eles. Esta afirmação era precisamente o contrário da verdade. De toda maneira, se a religião consistir em receber a circuncisão e em cumprir uma série de regras e prescrições, é possível, ao menos em teoria, satisfazer suas exigências. Mas advirta-se que Paulo diz enquanto mantém no alto a cruz: "Deus os amou desta maneira". E assim a religião já não é questão de satisfazer as exigências da Lei mas sim de enfrentar-se com as obrigações do amor. O homem pode satisfazer as exigências da Lei porque esta tem limites legais e estatutários; mas jamais poderá satisfazer as exigências do amor porque, se fosse capaz de entregar à pessoa amada o Sol, a Lua e as estrelas, ficaria, entretanto, com a sensação de que sua entrega era muito pequena. Mas tudo o que os adversários judeus podiam ver era que Paulo declarava que a circuncisão já não era necessária e que a Lei em diante não tinha importância.

    Paulo rechaçou a acusação de que queria congraçar-se com os homens. Seu serviço não estava dirigido aos homens, mas sim a Deus. Dava-lhe o mesmo o que os homens dissessem ou pensassem dele: seu Senhor era Deus. E foi então quando aduziu o argumento irrebatível: "Se estivesse tentando buscar o favor dos homens, não seria escravo de Cristo". O que tem em mente aqui é o seguinte; o escravo levava o nome e o emblema de seu dono gravados em seu corpo a ferro candente. Paulo levava em seu corpo as marcas de suas campanhas, os sinais de seus sofrimentos, o sinal da escravidão a Cristo. "Se estivesse buscando obter o favor dos homens", diz, "teria estas cicatrizes? Se toda minha aspiração fora estar em paz com os homens, teria estas marca em meu corpo?" O mesmo fato de que estava marcado de tal sorte era a prova final de que toda sua intenção era servir a Cristo, e não agradar aos homens.
    Quando Paulo queria demonstrar que era servo de Cristo apelava ao testemunho de seus cicatrize; estas eram suas condecorações, seus emblemas de honra.
    John Gunther nos conta dos primeiros comunistas da Rússia muitos dos quais tinham estado na Sibéria; quase todos tinham passado pelo cárcere sob o regime dos czares e levavam em seus corpos as marcas físicas do que tinham sofrido; e nos diz que, longe de sentir-se envergonhados por essas marcas que os desfiguravam, elas eram seu maior orgulho. Podemos estar convencidos de que estavam equivocados e tinham induzido outros ao engano, mas tinham sofrido por sua causa.

    Quando os homens nos vêem dispostos a sofrer alguma coisa pela fé que dizemos possuir, é quando começam a crer que realmente a possuímos. Se uma coisa não nos custar nada, os homens não atribuirão valor alguém.

    A MAO DE DEUS QUE DIRIGE Gálatas 1:11-17

    Paulo sustentava que o evangelho que pregava não era algo recebido de outros nenhuma história de segunda mão; tinha-o recebido diretamente de Deus. Esta era uma afirmação muito séria; uma pretensão que exigia alguma sorte de demonstração. E para demonstrá-lo Paulo tinha a ousadia de destacar-se ele mesmo. Assinalava a mudança radical em sua própria vida.

    1. Ele tinha sido um fanático da Lei. A Lei tinha constituído sua própria vida, seu conhecimento tinha sido o único objeto de seu estudo; todo o esforço de sua vida se cifrava em sua observância. E agora o centro dominante de sua vida é a graça. Este homem que com apaixonado ardor tinha tentado merecer o favor e a aprovação de Deus, agora se contentava, em humilde atitude de fé, em receber o que Deus lhe oferecia. Tinha cessado para sempre de gloriar-se no que poderia fazer por si mesmo; e tinha começado definitivamente a gloriar-se no que Deus tinha feito por ele.
    2. Tinha sido o principal perseguidor da Igreja. Tinha-a devastado. A palavra que usa é a que se aplicava ao saque total de uma cidade; tinha tentado fazer da Igreja uma terra seca; e agora sua única meta e objetivo pelos quais estava disposto a entregar-se até a morte, eram difundir essa mesma Igreja por todo mundo. Todo efeito deve ter uma causa adequada. Quando alguém marcha de cabeça numa direção e de repente gira para dirigir-se com o mesmo ímpeto na direção diametralmente oposta; quando alguém investe de repente todos seus valores de modo tal que sua vida gira ao reverso, deve existir alguma explicação adequada. Para Paulo a explicação consistia na intervenção direta de Deus. Deus posou sua mão sobre os ombros de Paulo para detê-lo em meio de sua marcha. "Este é", diria Paulo, "o tipo de efeito que só Deus pode produzir". E o notável em Paulo é que não trepida em expor sua própria vergonha com a finalidade de mostrar o poder de Deus.

    O apóstolo tem duas coisas que dizer sobre a intervenção de Deus.

    1. Não se trata de nada imprevisto, mas sim de algo que estava no plano eterno de Deus. Este plano existia já antes do nascimento de Paulo.

    A. J. Gossip narra como Alexandre Whyte chegou à ordenação, a sua primeira acusação. A mensagem de Whyte foi que desde a eternidade Deus tinha estado preparando esse homem para essa congregação e esta para ele, e no momento preciso os tinha reunido. Cada homem é uma idéia de Deus; para cada homem Deus tem um plano; Deus envia a cada homem ao mundo para desempenhar uma parte de seu propósito e desígnio. Pode ser uma parte pequena como uma parte notável. Pode tratar-se de algo que todo mundo chegue a conhecer como de algo que só chegue ao círculo dos mais amealhados.
    Epicteto (Gl 2:16) diz-nos: "Tenha o ânimo de elevar seu olhar a Deus e exclamar: Desde agora em diante me trate como quer. Sou um contigo, sou teu; não me amedronto perante nada enquanto você pense que é bom. me conduza aonde queira; me revista da indumentária que queira. Quer me manter na acusação ou me afastar dele, que fique quieto ou fuja, que seja rico ou pobre? Por tudo isto te defenderei diante dos homens". Se um filósofo pagão pôde dar-se assim plenamente a um Deus ao que conhecia tão vagamente, quanto mais nós!

    1. Paulo sabia ter sido eleito para uma tarefa. Não pensava que tivesse sido eleito para a honra, mas para o serviço; não para o fácil, mas para o difícil. O general escolhe seus melhores soldados para as campanhas mais árduas; o professor escolhe a seus melhores alunos para os estudos mais difíceis. Paulo sabia que tinha sido salvo para servir.

    O CAMINHO DOS ESCOLHIDOS

    Gálatas 1:18-24

    Nesta passagem consideraremos a última seção da precedente antes de ver o que Paulo fez precisamente quando a mão de Deus o deteve.
    (1) Em primeiro lugar se retirou para Arábia. afastou-se para estar sozinho. Se obrou desta maneira o fez por duas razões. Em primeiro termo devia refletir sobre o tremendo acontecimento vívido. Logo, devia falar com Deus antes de falar com os homens. Tinha que estar seguro de si mesmo e seguro de Deus. São tão poucos os que tomam tempo para enfrentar-se consigo mesmos e para enfrentar-se com Deus... E como pode o homem enfrentar as tentações, as grandes tensões da vida sem haver tomado um tempo para reflexão, sem haver meditado, sem sentir— se seguro?

    1. Em segundo lugar, Paulo voltou para Damasco. Esta foi uma ação valente. Lembre-se que Paulo estava de caminho a Damasco para extirpar dali à Igreja, quando Deus o deteve. Todo Damasco sabia. Paulo voltou em seguida para dar seu testemunho perante as pessoas que melhor sabiam o que tinha sido.

    Kipling tem um poema famoso chamado o Voto de Mulholland. Mulholland era cuidador de gados a bordo. Numa ocasião a tormenta se desatou ficando livres os novilhos. Mulholland fez um pacto com Deus: se Deus o libertasse dos chifres afiados e das unhas dos animais ele o serviria dali em diante. Efetivamente se salvou. Quando atracou na terra propôs-se dar cumprimento à parte do pacto que lhe correspondia: mas sua idéia era pregar a religião ali onde ninguém o conhecia e em circunstâncias muito cômodas: elegantemente vestido e a salvo do mau tempo. E então ouviu o imperativo divino: "Volta para os barcos boiadeiros e prega ali meu evangelho". Deus o enviou a um lugar que conhecia bem e onde era bem conhecido. Nosso testemunho cristão, assim como que nossa caridade cristã, devem começar em casa.

    1. Em terceiro lugar Paulo foi a Jerusalém. Novamente arriscou sua vida. Seus amigos de antes, os judeus, reclamariam seu sangue porque para eles era um renegado. Suas vítimas de antes, os cristãos, poderiam fugir do seu contato, não podendo crer que tivesse mudado. Paulo teve a coragem de enfrentar seu passado. Jamais conseguimos nos apartar realmente de nosso passado, fugindo do mesmo, mas sim enfrentando-o, admitindo-o e vencendo-o.
    2. Em quarto lugar, Paulo foi a Síria e Cilícia. Ali encontrava-se Tarso. Ali era onde Paulo se criou, onde tinha ido à escola e aprendido muitas coisas. Ali se encontravam os amigos de sua infância e juventude. Novamente escolheu o caminho mais árduo. Sem dúvida o considerariam completamente louco; e o enfrentariam com ira e escárnio. Paulo estava inteiramente preparado para ser considerado néscio pela causa de Cristo.

    Nestes versículos Paulo busca defender e demonstrar a independência de seu evangelho; não o tinha recebido de nenhum homem, mas de Deus. Não consultou a ninguém, mas sim a Deus. Mas ao escrever, sem querer ele se descreve como o homem que tem a valentia de atestar sua mudança e de pregar seu evangelho nos lugares mais difíceis.


    Dicionário

    Acercar

    verbo transitivo e pronominal Abeirar(-se), aproximar(-se), avizinhar(-se). (A forma pronominal é mais usada.).

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Diante

    advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
    locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
    locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
    Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
    Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
    Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.

    Eis

    advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
    Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
    Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.

    Mentir

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Dizer mentiras; falar como se fosse verdade algo que não é: enganar, iludir, ludibriar: mentia o salário; mentiu sobre o valor do carro; mentir vergonhosamente.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Esconder ou não querer mostrar; ocultar: mentia a razão do divórcio; mentiu ao chefe sobre o filho.
    verbo intransitivo Tornar-se ilegítimo; degenerar-se: a alma de um bom escritor não mente.
    verbo transitivo indireto Não cumprir o que se propôs fazer; faltar: mentir ao contrato firmado.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Não fazer o que é esperado; falhar: o remédio mentia em muitos aspectos; aquele tratamento não mente!
    Etimologia (origem da palavra mentir). Do latim mentire.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Testificar

    verbo transitivo direto Testemunhar; oferecer testemunho; comprovar a veracidade de: o trabalho testifica a competência do funcionário.
    verbo transitivo indireto Assegurar; afirmar com convicção e certeza: o juiz testificou que o réu é culpado.
    Etimologia (origem da palavra testificar). Do latim testificari.

    Testificar
    1) Fazer afirmativa baseada em conhecimento pessoal ou em crença (Jo 3:11); 1.34).

    2) Dar TESTEMUNHO 2, (2Sm 1:16); (Rm 8:16).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gálatas 1: 20 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ora, as coisas que vos escrevo, eis que, diante de Deus, testifico que não minto.
    Gálatas 1: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    54 d.C.
    G1125
    gráphō
    γράφω
    Foi escrito
    (it has been written)
    Verbo - Pretérito Perfeito ou passivo - 3ª pessoa do singular
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1799
    enṓpion
    ἐνώπιον
    ante, perante / na frente de
    (before)
    Preposição
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5574
    pseúdomai
    ψεύδομαι
    mentir, falar falsidades deliberadas
    (lying)
    Verbo - particípio no presente médio ou passivo - masculino nominativo plural


    γράφω


    (G1125)
    gráphō (graf'-o)

    1125 γραφω grapho

    palavra primária; TDNT - 1:742,128; v

    1. escrever, com referência à forma das letras
      1. delinear (ou formar) letras numa tabuleta, pergaminho, papel, ou outro material
    2. escrever, com referência ao conteúdo do escrito
      1. expressar em caracteres escritos
      2. comprometer-se a escrever (coisas que não podem ser esquecidas), anotar, registrar
      3. usado em referência àquelas coisas que estão escritas nos livros sagrados (do AT)
      4. escrever para alguém, i.e. dar informação ou instruções por escrito (em uma carta)
    3. preencher com a escrita
    4. esboçar através da escrita, compor

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐνώπιον


    (G1799)
    enṓpion (en-o'-pee-on)

    1799 ενωπιον enopion

    neutro de um composto de 1722 e um derivado de 3700; prep

    1. na presença de, diante
      1. de um lugar ocupado: naquele lugar que está diante, ou contra, oposto, a alguém e para o qual alguém outro volta o seu olhar

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ψεύδομαι


    (G5574)
    pseúdomai (psyoo'-dom-ahee)

    5574 ψευδομαι pseudomai

    voz média de um verbo aparentemente primário; TDNT - 9:594,1339; v

    mentir, falar falsidades deliberadas

    enganar pela mentira, enganar a