Enciclopédia de II Timóteo 2:25-25

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2tm 2: 25

Versão Versículo
ARA disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade,
ARC Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade,
TB que corrija com mansidão aos que se opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento para conhecerem a verdade,
BGB ἐν πραΰτητι παιδεύοντα τοὺς ἀντιδιατιθεμένους, μήποτε ⸀δώῃ αὐτοῖς ὁ θεὸς μετάνοιαν εἰς ἐπίγνωσιν ἀληθείας,
BKJ instruindo com mansidão os que se opõem, a ver se, porventura, Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade,
LTT Em mansidão paternalmente- instruindo- corrigindo aqueles que estão se opondo, a ver se porventura lhes dê Deus arrependimento para pleno- conhecimento da verdade,
BJ2 É com suavidade que deve educar os opositores, na expectativa de que Deus lhes dará não só a conversão para o conhecimento da verdade,
VULG cum modestia corripientem eos qui resistunt veritati, nequando Deus det illis pœnitentiam ad cognoscendam veritatem,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Timóteo 2:25

Jeremias 13:15 Escutai, e inclinai os ouvidos, e não vos ensoberbeçais; porque o Senhor falou.
Jeremias 26:12 E falou Jeremias a todos os príncipes e a todo o povo, dizendo: O Senhor me enviou a profetizar contra esta casa e contra esta cidade todas as palavras que ouvistes.
Jeremias 31:18 Bem ouvi eu que Efraim se queixava, dizendo: Castigaste-me, e fui castigado como novilho ainda não domado; converte-me, e converter-me-ei, porque tu és o Senhor, meu Deus.
Jeremias 31:33 Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
Ezequiel 11:19 E lhe darei um mesmo coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei um coração de carne;
Ezequiel 36:26 E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne.
Ezequiel 36:31 Então, vos lembrareis dos vossos maus caminhos e dos vossos feitos, que não foram bons; e tereis nojo em vós mesmos das vossas maldades e das vossas abominações.
Zacarias 12:10 E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito.
Mateus 11:29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma.
Mateus 21:32 Porque João veio a vós no caminho de justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isso, nem depois vos arrependestes para o crer.
Marcos 1:3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
Marcos 1:15 e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho.
João 5:34 Eu, porém, não recebo testemunho de homem, mas digo isso, para que vos salveis.
Atos 2:38 E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
Atos 5:21 E, ouvindo eles isto, entraram de manhã cedo no templo e ensinavam. Chegando, porém, o sumo sacerdote e os que estavam com ele, convocaram o conselho e a todos os anciãos dos filhos de Israel e enviaram servidores ao cárcere, para que de lá os trouxessem.
Atos 5:31 Deus, com a sua destra, o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados.
Atos 8:22 Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade e ora a Deus, para que, porventura, te seja perdoado o pensamento do teu coração;
Atos 11:18 E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade, até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida.
Atos 20:21 testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.
Atos 22:1 Varões irmãos e pais, ouvi agora a minha defesa perante vós.
Gálatas 6:1 Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão, olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.
I Timóteo 2:4 que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade.
I Timóteo 6:11 Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.
II Timóteo 3:7 que aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.
Tito 1:1 Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade,
Tito 3:2 que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda mansidão para com todos os homens.
Tiago 1:17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.
I Pedro 3:15 antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,
I João 5:16 Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Timóteo Capítulo 2 do versículo 1 até o 26
SEÇÃO

SAUDAÇÃO

II Timóteo 1:1,2

Notamos diferença marcante quando passamos de I Timóteo para II Timóteo. A situ-ação de Paulo mudou claramente para pior. Ele não é mais um homem livre fazendo planos para o futuro, com a mente repleta de altas expectativas. Agora ele é prisioneiro sem esperança humana. Não há prospecto de absolvição final, senão a resignação à pena de morte inevitável. Contudo, não há diferença no poder de recuperação espiritual do apóstolo, pois seu espírito indomável se eleva acima do que teria sido humor desespera-damente tenebroso. A fé de Paulo está sob a maior prova e mostra-se totalmente adequa-da. Há implicações emocionais que podem ser claramente detectadas, implicações que sua situação trágica não podia deixar de produzir. A carta é uma mensagem de adeus de alguém que sabe que a morte está muito próxima.

A. O ESCRITOR, 1.1

Paulo ainda é um homem engajado numa missão divinamente designada. Seu corpo está em cadeias, e a liberdade de movimento não lhe pertence mais, porém ele ainda é apóstolo de Cristo: Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, segun-do a promessa da vida que está em Cristo Jesus (1). A expressão pela vontade de Deus tem autêntico tom paulino, pois é assim que ele descreve o seu chamado em II Coríntios, Efésios e Colossenses. A frase segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus é digna de nota por duas razões. Paulo sente-se portador de uma mensa-gem vivificadora, cuja significação de modo algum é depreciada pelo fato de seu portador designado estar sob sentença de morte. Temos aqui um paradoxo que só os remidos en-tendem. A mensagem é significativa, porque traz a inconfundível assinatura paulina na expressão que está em Cristo Jesus. O princípio básico do misticismo de Paulo encon-tra-se no conceito "em Cristo", e esta é uma ressonância óbvia desse conceito nas Epísto-las Pastorais. Esforços valorosos têm sido feitos para provar que há um significado total-mente diferente aqui do que a expressão transmite nas outras cartas paulinas, mas foram todos inúteis. De acordo com Kelly, tais teorias não recebem "apoio de uma passa-gem como esta, em que o senso místico 'em união com Cristo' seja completamente ade-quado e as alternativas propostas são forçadas e antinaturais".1

B. O DESTINATÁRIO, 1.2

A Timóteo, meu amado filho: graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai, e da de Cristo Jesus, Senhor nosso (2). A nota de afeto que soa na referência de Paulo meu amado filho é mais forte e mais emocionante que a descrição em I Timóteo 1:2. Isso revela a consideração afetuosa e carinhosa que o apóstolo sentia por seu filho favorito no evangelho. A tríade na bênção paulina graça, misericórdia e paz é repeti-ção exata da primeira carta (1 Tm 1.2). Como destaca M. P. Noyes: "Hoje, as palavras deste versículo são freqüentemente usadas como bênção no encerramento de um culto na igreja ou de uma reunião religiosa".2

SEÇÃO II

TRIBUTO À ANTIGA FÉ DE TIMÓTEO

II Timóteo 1:3-5

A. A PREOCUPAÇÃO PELO BEM-ESTAR DE TIMÓTEO, 1.3,4

Era habitual nas cartas dos tempos antigos colocar, imediatamente depois da sau-dação, expressões de preocupação pelo bem-estar do destinatário. Em geral, Paulo segue esta convenção, embora por alguma razão, dentre as três Epístolas Pastorais só aqui ele o fez: Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma consciência pura, porque sem cessar faço memória de ti nas minhas orações, noite e dia (3). O apóstolo está falando de seu histórico até certo ponto totalmente diferente do que escreveu na primeira carta. Lá (1 Tm 1.13), ele diz que outrora era "blasfemo, -e perseguidor, e opressor", ao passo que aqui ele fala em servir ao Deus dos seus antepassados com uma consciência boa. Estas duas atitudes não são mutua-mente excludentes. Na primeira carta, ele estava pensando em sua oposição a Cristo, a quem, até que os seus olhos se abriram, ele considerava impostor. Nesta carta, ele admi-te que houve em sua vida certa continuidade entre judaísmo e cristianismo. Ainda que reconhecesse as fraquezas inerentes ao judaísmo sem o seu cumprimento em Cristo, ele nunca deixou de apreciar os valores permanentes de sua herança. Esta verdade se mos-tra claramente em Romanos 9:3-5 e novamente em Filipenses 3:4-6.

O apóstolo nos dá quase que casualmente um vislumbre da intensidade e continui-dade de sua vida de oração. Timóteo é levado ao trono da graça noite e dia (3). Paulo declara o mesmo fato concernente às suas igrejas e companheiros no evangelho. Como é ampla a solidariedade e como é grande a preocupação de alguém que tinha responsabilidade tão constante! Chegamos a pensar que entre as pressões da vida prisional ele tenha querido dar uma pausa nessa tremenda responsabilidade. Contudo, sua responsabilida-de pela obra de Deus é ainda maior que antes, agora que a voz pregadora fora silenciada.

Vemos claramente o profundo sentimento do apóstolo por Timóteo e a grande soli-dão de sua situação: Desejando muito ver-te... para me encher de gozo (4). Paulo era uma pessoa que tinha saudades de seus amigos e que se sentia confortado e forta-lecido com a solidariedade e entendimento de seus companheiros em Cristo. Encontra-mos essa atitude repetidamente nesta carta; por exemplo, em 4.9: "Procura vir ter comigo depressa"; e em 4.21: "Procura vir antes do inverno". Suas cartas às igrejas também contêm expressões de afeto a indivíduos a quem ele nomeia. Não há palavras que expressem a preciosidade de companheirismo dessa qualidade, o qual só ocorre no contexto da fé cristã.

O apóstolo recorda a aflição de Timóteo na despedida da última vez que se viram: Lembrando-me das tuas lágrimas (4). O texto não diz quando isso ocorreu, mas pode-ria ter sido a ocasião em que Paulo foi encarcerado pela segunda vez e levado para Roma para o aprisionamento final. Ver de novo o jovem Timóteo, como diz esta versão, "torna minha felicidade completa" (NEB; cf. BAB, NVI).

B. A HERANÇA DE TIMÓTEO, 1.5

Neste momento, Paulo lembra a herança de fé de Timóteo: Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti (5). Ao falar da fé não fingida de Timóteo, o apóstolo não está pensando na fé que "é dom de Deus" (Ef 2:8), mas na reação ao amor de Deus em Cristo que fluía espontaneamente do coração de Timóteo. Esta mesma reação caracterizou a atitude da mãe e da avó do jovem. Talvez isso queira dizer que a avó Lóide foi o primeiro membro da família a aceitar Cristo como Salvador e Senhor, e que ela foi instrumento para levar os demais membros a aceitar a fé cristã. Ou, como é mais provável, Paulo está se referindo à atitude de fideli-dade e devoção religiosa que vinham caracterizando a família de Timóteo por, no míni-mo, três gerações, começando no judaísmo e atingindo sua plenitude e desenvolvimento no reconhecimento de Cristo Jesus como Messias e Senhor. No versículo 3, Paulo falou com apreço de um histórico semelhante a este sobre sua própria vida. Paulo e Timóteo tinham crescido entre os judeus da Dispersão que estavam "esperando a consolação de Israel" (Lc 2:25) e a acharam em Jesus.

SEÇÃO III

PAULO ANIMA TIMÓTEO

II Timóteo 1:6-14

A. DESPERTE o DOM DE DEUS QUE EXISTE EM VOCÊ, 1.6,7

Por este motivo, te lembro que despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas mãos (6). Phillips traduz as palavras por este motivo assim: "por causa dessa fé" (CH). Isso dá a entender que é a confiança resoluta de Paulo na realidade da devoção de Timóteo a Cristo que ocasiona a exortação: Despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas mãos. Em I Timóteo 4:14, o apóstolo expressa de forma negativa este mesmo conselho: "Não desprezes o dom que há em ti". Esta é urna necessidade perene no coração de todos os cristãos, sobretudo daqueles que são promovidos à posição de líderes na igreja. Corremos o perigo constante de nosso ardor diminuir e de nossos passos afrouxarem. Precisamos renovar periodica-mente nosso compromisso e reafirmar nossa lealdade; "ponhas em chamas o dom de Deus" (NEB; cf. NVI). Este é o significado básico de despertamento, o qual tem de ocor-rer periodicamente em todos nós.

A alusão à imposição das minhas mãos (6) mostra que Paulo tem em mente as qualificações divinamente dadas a Timóteo para a obra do ministério. Se estas qualifica-ções não foram dadas no culto de ordenação, foram certamente afinadas e postas em evidência nessa experiência.

No versículo 7, Paulo destaca pelo menos uma parte deste dom espiritual: Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de modera-ção (7). Esta tradução é boa: "Pois o espírito que Deus nos deu não é espírito covarde, mas de inspirar força, amor e autodisciplina" (NEB). Não temos justificativa em presu-mir, como fazem alguns, que Timóteo estivera desempenhando o papel de covarde em seu trabalho em Éfeso, pelo que está sendo categoricamente repreendido. Na verdade, Paulo é gentil em sua repreensão, não usando o pronome "te", mas nos, como se se incluísse com Timóteo. A tarefa que Timóteo foi chamado a fazer pode ter exigido quali-dades que não eram inatas a alguém de índole calma, mas que devem ser desenvolvidas para que a obra de Deus prospere. Um espírito de ousadia santa é a ordem do dia; uma força vigorosa, um amor que é de qualidade e origem divinas e um autodomínio que torna o espírito submisso a Deus, o dominador do corpo.

B. SEJA DESTEMIDO EM SEU TRABALHO, 1:8-10

Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu (8). Este sentimento incipiente de vergonha concernente ao testemunho de Cristo pode não fazer parte da experiência de alguém tipicamente extro-vertido. Mas para pessoas naturalmente tímidas, como Timóteo evidentemente era, pode ser penosa prova de lealdade. Paulo exorta a Timóteo a livrar-se disso resolutamente. A propensão a ter vergonha de Paulo, o prisioneiro de Deus, pode advir do fato de que o apóstolo fora inserido no rol dos criminosos e agora sentia o peso cruel da justiça pagã. Além disso, o cristianismo estava vivendo sob condições novas e perigosas. Já não era tolerado como antes, mas era considerado (equivocadamente, claro) como inimigo do estado. Dar testemunho franco e aberto da fé que alguém tivesse em Cristo poderia pôr a vida em risco de quem o desse. Testemunhar destemidamente exigia coragem de deter-minado tipo. Paulo manda Timóteo não recuar: Antes, participa das aflições do evan-gelho, segundo o poder de Deus (8). Esta ordem significa, literalmente, "tomar parte nos maus-tratos de outrem".1 E Paulo lhe garante que ele suportará "com a força que vem de Deus" (NTLH; cf. CH).

Os versículos .9 e 10 fazem um resumo paulino tipicamente do milagre da graça divina que Deus revelou na obra de redenção em Cristo: "Deus" (NTLH) nos salvou e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tem-pos dos séculos (9). Já é um fato realizado que Deus nos salvou. Esta é a posição segura do verdadeiro cristão. A salvação, neste sentido, não é transferida para o futuro distante, mas é a experiência atual do crente. Não obstante, há um propósito crescente na misericórdia de Deus e um crescimento na graça que levam a um enriquecimento contínuo dessa experiência. Deus nos chamou com uma santa vocação. Isto significa mais que uma santidade existente só de nome ou que é meramente imputada ao crente pela santidade suprema de Deus; significa que o crente é liberto dos seus pecados e da culpa e poder que neles há. A vocação de Deus é a uma experiência e vida que acarreta numa consagração completa, da parte do crente, e numa limpeza interior completa, da parte de Deus. Mas Paulo avisa imediatamente que isto não é segundo as nossas obras, pois estas são totalmente indignas. Mas é segundo o próprio propósito e gra-ça de Deus. A iniciativa é de Deus neste assunto. É ele que nos desperta de nossa morte no pecado e nos chama à santidade; e é através de suas intercessões pelo seu Espírito que o aceitamos — aceitação que é possibilitada unicamente por sua graça capacitadora. O milagre da transformação humana é totalmente proveniente de Deus, embora nosso consentimento em total liberdade seja essencial para a sua realização. E tudo isto per-tence aos conselhos e propósitos eternos de Deus, uma misericórdia que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos dos séculos (9; ou "antes do início dos tempos", CH; cf. BV, NTLH).

O versículo 10 revela que a resolução de Deus redimir e salvar os homens do pecado é manifesta, agora, pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo. O plano de salvação de Deus não é uma reflexão tardia ou plano emergencial encontrado pelo Cria-dor depois que outros planos fracassaram. A entrada de Deus na história por meio de Cristo é um cumprimento no tempo certo do grande desígnio de Deus Todo-poderoso concebido na eternidade.

A vinda de Cristo representa- uma invasão no tempo pela eternidade, uma escatologia realizada, como C. H. Dodd2 a concebeu; um desfrute nesta vida atual das "virtudes do século futuro" (Hb 6:5). Paulo afirma, por conseguinte, que Jesus aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho (8). Esta é afirma-ção surpreendente, e de certo modo estranha na boca de alguém que está a ponto de morrer! (cf. 4:6-9). Em que sentido ousamos crer que Cristo aboliu a morte? Simpson diz que o verbo grego traduzido por aboliu, conforme Paulo o empregou, "significa fazer nugatório, frustrar, anular, desmantelar"? Repare nesta tradução: "Jesus Cristo [...] quebrou o poder da morte" (BV; cf. NTLH, NVI). A própria vitória de nosso Senhor sobre a morte privou-a de qualquer terror que ela tivesse, de cujo fato o testemunho triunfante de Paulo nesta carta é prova clara. Porque Cristo trilhou este caminho an-tes de nós, não precisamos temer em segui-lo. Não só a morte foi abolida, mas a vida e a incorrupção foram trazidas à plena luz e colocadas ao alcance da fé. Temos aqui uma mistura estranha, mas sublime, de dois mundos. A vida diz respeito ao tempo, enquanto que a incorrupção pertence à eternidade; mas, por Cristo, ambas são pos-tas ao nosso alcance aqui e agora.

C. A PRÓPRIA DESIGNAÇÃO DE PAULO, 1.11,12

Temos de admitir que o versículo 11 pertence gramaticalmente ao versículo 10. Con-tudo, no versículo 11 a direção do pensamento de Paulo muda de uma avaliação sublime da obra da graça de Deus para a sua responsabilidade a essa obra: Para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor ("mestre", AEC, BAB, CH, NTLH, NVI, RA) dos gentios (11). Os termos pregador, apóstolo e doutor talvez tivessem diferen-ciações claras na igreja primitiva, mas Paulo não está pensando em tais distinções quan-do cita estes termos no esforço de mostrar a magnitude de sua tarefa como arauto do evangelho de Cristo. Sua confiança na designação divina para esta tarefa nunca vacilou. Em certa passagem ele chega a afirmar que mesmo antes de nascer ele foi escolhido de Deus para este ministério (G11.15). Se o seu sentimento de missão fosse vacilar, segura-mente seria nas circunstâncias atuais: prisioneiro e, quase certo, condenado à morte. Contudo, sua consciência vocacional é tão radiantemente clara nestas circunstâncias quanto em tempos mais propícios.

O apóstolo admite francamente que foi sua lealdade inflexível ao chamado de Deus que lhe ocasionou essas atuais dificuldades: Por cuja causa padeço também isto (12). O verdadeiro segredo de sua fortaleza acha-se na confissão magnífica da certeza que se segue imediatamente: Porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é podero-so para guardar o meu depósito até àquele Dia (12). É digno de nota que neste teste-munho Paulo use em quem e não "no que". O que ele está confessando não é mera assina-tura a uma proposta, mas amor e lealdade a uma Pessoa. Esta é uma característica essen-cial da fé cristã. Não é suficiente termos um credo pessoal relativo a Cristo, por mais importante que isso seja no seu devido lugar. Tem de haver uma comunhão de amor com uma Pessoa — ninguém mais que Jesus — para que nossa fé seja verdadeiramente cristã.

Concernente à certeza de Paulo de que Cristo pode guardar aquilo que lhe foi depo-sitado, encontramos certa ambigüidade no original grego. As palavras o meu depósito são tradução literal do termo grego; e esta é uma palavra que ocorre freqüentemente nas Epístolas Pastorais. Exceto aqui, sempre se refere à mensagem cristã que foi depositada ou entregue a Paulo e Timóteo. Este depósito pode significar "o que lhe confiei" (NVI) ou "aquilo que ele me confiou" (NTLH). Pelo original grego cabem ambos os significados. Considerando que qualquer interpretação é correta, o leitor faz a sua escolha.

Esta incerteza de interpretação, porém, tem solução. É provável que o coração devo-to dos cristãos de todas as eras recebe maior consolo e autoconfiança na tradução mais conhecida: Eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia. Nas crises de nossa experiência da graça de Deus, quando colocamos o futuro desconhecido à disposição da vontade de Deus, nossa alma se consola e se fortalece na certeza do poder mantenedor de Deus. E nos momentos em que a obediência é difícil e o caminho à frente está encoberto em escuridão e incerte-za, encontramos nessa certeza a força para prosseguir sem transigir ou hesitar. O gran-de testemunho de Paulo torna-se um brado de ânimo ao espírito extremamente provado e um dos textos mais queridos e amados do Novo Testamento.

D. A IMPORTÂNCIA DO ENSINO SADIO, 1.13,14

Agora Paulo dedica-se à exortação relativa à integridade da mensagem cristã que Timóteo recebeu: Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e na caridade ("no amor", ACF, AEC, BAB, CH, NTLH) que há em Cristo Jesus (13). Esta é uma passagem que os proponentes de uma data recente destas cartas e da autoria não-paulina se agarram com avidez. Superficialmente, a exortação parece vaga-mente de época posterior, quando fórmulas de credo se tornaram questão de maior im-portância. Mas o apóstolo não está exigindo adesão servil à fórmula de palavras fixas e aceitas, na qual as palavras por si só expressem a fé ortodoxa. Como ressalta Kelly: "Paulo não está dizendo que Timóteo deva reproduzir seu ensino palavra por palavra. [...] O termo grego traduzido por 'modelo' denota o croqui ou projeto básico usado por um artista ou, na literatura, o rascunho rudimentar que forma a base para uma exposição mais ampla".4 Não era a responsabilidade de Timóteo "papaguear" a mensagem do seu mentor apostólico, mas falar a palavra de Deus com plena liberdade, ao mesmo tempo em que cuida para que a autenticidade da mensagem cristã não sofra mudanças.

A mesma observação é feita mais inteiramente no versículo 14: Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós. Moffatt traduz este versículo as-sim: "Mantém intactas as grandes certezas de tua fé, pela ajuda do Espírito Santo que mora em nós". Ao falar assim, o apóstolo reconhece uma das grandes verdades da expe-riência cristã: que o Espírito Santo que habita em nosso coração é o grande Conserva-dor da ortodoxia. Os períodos na vida da igreja em que o Espírito Santo esteve eviden-temente presente em poder sumamente vivificador também foram os períodos em que a verdade foi pregada com pureza e poder. Estas duas realidades são inseparáveis e sem-pre têm de permanecer assim.

SEÇÃO IV

LEALDADE E INFIDELIDADE

II Timóteo 1:15-18

A. Fusos AMIGOS, 1:15

A firme confiança em Deus, da qual o apóstolo tem falado, e a devoção a Cristo e sua igreja, que ele e Timóteo têm em comum, suscita em Paulo recordações dolo-rosas e infelizes de sofrimentos causados por falsos amigos: Bem sabes isto: que os que estão na Ásia todos se apartaram de mim; entre os quais foram Fígelo e Hermógenes. A Ásia mencionada aqui é a província romana da Ásia, cuja capi-tal era Éfeso (ver Mapa 1). É evidente que no tempo de extrema necessidade do apóstolo, provavelmente quando ele foi encarcerado pelas autoridades romanas, muitos de quem ele tinha razões para esperar amizade e assistência contentaram-se covardemente em abandoná-lo ao seu destino. Esse abandono não significa que essas igrejas repudiaram totalmente a autoridade apostólica de Paulo; nem o uso que o apóstolo faz da palavra todos quer dizer que ele não teve nenhum amigo corajoso. Dois homens de quem ele esperava certa medida de ajuda foram Fígelo e Hermógenes, os quais se afastaram dele. Paulo não está reprovando-os, mas in-forma o que já era fato notório. Kelly traduz as palavras iniciais do versículo 15 assim: "Tu deves estar ciente" (cf. RA). Se Timóteo estava bem informado sobre esta falta de coragem dos dois homens nomeados, então provavelmente era assunto de conhecimento geral.

B. UM VERDADEIRO AMIGO, 1:16-18

Nesse contexto, a lealdade e cuidado de Onesíforo se destacam em cores fortes e vívidas, e Paulo lhe expressa gratidão eterna por isso: O Senhor conceda misericór-dia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes me recreou ("reanimou", BAB, CH, NVI; cf. NTLH, RA) e não se envergonhou das minhas cadeias (16). O fato de o apóstolo falar da casa (ou "família", BJ, NTLH) de Onesíforo dá a entender que, quan-do Paulo estava escrevendo esta carta, Onesíforo já havia morrido. Certos intérpretes chegam a ponto de acreditar que ele morreu por agir como amigo de Paulo. Seja como for, a amizade fiel e a fraternidade cristã deste homem reanimaram o apóstolo muitas ve-zes (Moffatt traduz assim: "ele me deu forças").

O versículo 17 elucida até que ponto Onesíforo estava disposto a ir para ajudar Paulo: Antes, vindo ele a Roma, com muito cuidado me procurou e me achou.

Podemos apenas imaginar o que deve ter significado para o apóstolo, que definhava na prisão, ver um rosto conhecido e amigável. Há algo extremamente comovedor quando Paulo declara que Onesíforo com muito cuidado me procurou e me achou (17). P. N. Harrison escreve que "há uma história dramática por trás do registro suscito, mas su-gestivo, que Paulo faz dessa procura em Roma. Temos um vislumbre de alguém de rosto determinado em meio de multidão aglomerada, e seguimos com interesse cada vez maior este estrangeiro proveniente do distante litoral do mar Egeu, enquanto ele se enfia pelo labirinto de ruas desconhecidas, batendo em muitas portas, checando toda pista, avisa-do dos riscos que corre, mas não demovido de sua busca; até que numa prisão obscura uma voz conhecida o cumprimenta, e ele encontra Paulo preso a um soldado romano".' Não admira que Paulo sentisse gratidão tão profunda por esse exemplo de fraternidade cristã!

No versículo 18, o apóstolo expande sua bênção: O Senhor lhe conceda que, na-quele Dia, ache misericórdia diante do Senhor. E, quanto me ajudou em Éfeso, melhor o sabes tu. A expressão naquele Dia refere-se evidentemente ao Dia do Julga-mento.

Este versículo apresenta um problema para muitos intérpretes, porque, na suposi-ção de que Onesíforo tenha morrido antes da escrita da carta, o linguajar do apóstolo parece uma oração pelos mortos. Na verdade, este assunto não merece a quantidade de atenção que recebeu. Como destaca Kelly: "A oração em questão [...] é sumamente geral, equivalendo apenas à recomendação do falecido à misericórdia divina".2 Este problema desaparece completamente se aceitarmos a interpretação de E. K. Simpson de que Onesíforo não estava morto, mas longe da família e provavelmente ainda em Roma, tendo adiado sua volta para casa por ter-se preocupado com o amado apóstolo.'


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de II Timóteo Capítulo 2 do versículo 1 até o 26
* 2:1-13. Paulo novamente exorta Timóteo a permanecer fiel, começando com três analogias da vida diária para enfatizar a sincera devoção a uma tarefa.

* 2.1 filho meu. Ver nota de 1.2.

* 2.2 através de muitas testemunhas. Isso pode referir-se à ordenação de Timóteo (1.6; 1Tm 1.18; 4:14).

homens fiéis e também idôneos para instruir a outros. Presumivelmente presbíteros ou bispos (1Tm 3.2; 5:17; conforme Tt 1:7, nota).

* 2.5,6 coroado... frutos. Essas duas analogias acrescentam uma promessa de recompensa futura (vs. 10-12).

* 2.8 descendente de Davi. Jesus cumpre a promessa de Deus de dar a um dos descendentes de Davi um reinado eterno (2Sm 7:12-16; Mt 1.1; Mc 12.35; Lc 1.32,33; Jo 7:42; At 2:30-36; Ap 5.5). Ver Rm 1:3,4 referente à associação da ressurreição de Cristo e sua descendência de Davi.

ressuscitado de entre os mortos. A ressurreição de Cristo está no centro da teologia paulina (Rm 6:4-10; 1Co 15:12-22). Ela é a base para a esperança expressa nos vs. 11 e 12.

* 2.9 estou sofrendo. Ver nota em 1.8.

* 2.10 eleitos. Aqueles que Deus escolheu para serem salvos (Tt 1:1).

a salvação que está em Cristo Jesus. A salvação que vem através da fé em Cristo (3.15). Ver "Salvação" em At 4:12.

eterna glória. Essa glória é a salvação final e completa dos eleitos na nova ordem de Deus. Os santos terão corpos ressurrectos e naturezas humanas transformadas (1Co 15:42-49). Experimentarão a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, e conhecerão plenitude de alegria numa vida que lhes é garantida através da morte, ressurreição e ascensão de Cristo (v. 11; Mt 13.43; 1Tm 1.16, nota; conforme Sl 16:11).

* 2.11 Fiel é esta palavra. Ver nota em 1Tm 1.15. O que segue pode ser parte de um antigo hino cristão.

se já morremos com ele. Uma referência à união do crente com Cristo na sua morte na cruz (Rm 6:3-11).

* 2.12 se perseveramos. Isso se refere à perseverança no sofrimento (v. 10).

também com ele reinaremos. Uma imagem do Novo Testamento para a glória eterna que os cristãos recebem por meio de Cristo (Mt 19.28; Rm 5.17; Ap 3.21; 5:10; 20:4,6; 22:5).

se o negamos, ele, por sua vez, nos negará. Uma advertência sensata contra a apostasia (Mt 10.33).

* 2.13 se somos infiéis, ele permanece fiel. Essa é uma maravilhosa afirmação da certeza que, embora somos chamados à perseverança e fidelidade, em última análise, a salvação não se baseia na nossa fidelidade, mas na de Cristo (v. 19).

de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo. A esperança cristã está firmemente enraizada no imutável caráter de Deus (Nm 23:19; Tt 1:2).

* 2.14 contendas de palavras. Uma das características dos falsos mestres

(v. 23; 1Tm 1.4; 6:4; Tt 3:9).

* 2.15 a palavra da verdade. O evangelho (2.8,9; 4.2).

* 2.17 Himeneu. Também mencionado em 1Tm 1.19,20, como alguém que veio a "naufragar na fé".

Fileto. Não é citado em nenhum outro lugar do Novo Testamento.

* 2.18 a ressurreição já se realizou. A crença gnóstica negava a futura ressurreição corporal dos cristãos e, em seu lugar, afirmava uma ressurreição espiritual na conversão; disso resultou uma ênfase exagerada na experiência do presente (1Co 15:12-14).

estão pervertendo a fé a alguns. As doutrinas dos falsos mestres são incompatíveis com o evangelho. Timóteo deveria advertir a igreja contra os mesmos (v.14).

* 2.19 o firme fundamento de Deus. A Igreja (conforme 1Tm 3.15) que é a eleita de Deus.

permanece. Em contraste com aqueles que se desviam (v. 18).

selo. Uma expressão que denota a idéia de posse e segurança.

O Senhor conhece os que lhe pertencem. Uma citação de Nm 16:5 (de acordo com a tradução da Septuaginta). O eterno decreto da eleição está inscrito sobre o povo de Deus (v. 11), que garante a segurança do corpo de Cristo (Jo 10:29).

Aparte-se... O chamado divino para a santidade também está inscrito sobre a congregação de membros da Igreja de Cristo (v. 21), incluindo o repúdio ao falso ensino.

* 2.20,21. Estes versículos apresentam um exemplo da vida diária sobre a importância da santidade — ser separado para uma tarefa nobre (piedosa).

* 2.23 questões... contendas. Ver nota em 2.14.

* 2.25,26. O cristão nunca deve pensar que aqueles que são enredados pelo falso ensino do diabo estão irremediavelmente perdidos. O evangelho deve ser proclamado a todos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de II Timóteo Capítulo 2 do versículo 1 até o 26
III. SATANÁS OBRA-PRIMA encarnada (2Ts 2:1)

1 Agora nós vos rogamos, irmãos, tocando a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele; 2 a fim de que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra , quer por epístola, como de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto; 3 que nenhum homem enganar-lo em qualquer sábio: por que não vai ser , exceto o afastamento vir em primeiro lugar, e o homem do pecado será revelado , o filho da perdição, 4 aquele que se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou se adora; sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Dt 5:1 , como o ponto focal para o ajuntamento dos santos para Cristo Cabeça. E uma vez que os resgatados estão assim reunidas "junto a Cristo," não haverá mais separação por toda a eternidade: Portanto, estaremos para sempre com o Senhor . Tal esperança, continua o escritor, é um estabilizador da alma; daí, a admoestação de versículos 2:3 . Alguns estavam ensinando que o Senhor já tinha chegado. Outros tinham forjado cartas em nome de Paulo, a fim de dar a aparência de autoridade apostólica para essa falsa doutrina. A resposta de Paulo é outro apelo direto, nós vos rogamos , uma de suas expressões favoritas, um apelo à sua inteligência: para que não sejais rapidamente abalada de sua mente . Em outras palavras, ele apela para o seu julgamento moral. "Eles são para manter a cabeça sob os exageros fanáticos sobre o Senhor aparecer." Além disso, acrescenta, não ser conflituoso , uma forma verbal que significa "para chorar em voz alta, clamor, tumulto, para estar em um estado de excitação nervosa." Milligan chama de "um estado de agitação continuou após o choque definitivo recebido." Plutarco usa esta palavra para descrever um navio expulsos de suas amarras em tempo de tempestade. Paulo prevê a possibilidade de confusão sem fim, seja por falsas doutrinas, falsos profetas, ou epístolas forjados. Ele acrescenta mais uma palavra de cautela no versículo 3 : Ninguém atue como árbitro você de alguma maneira .Para seduzir envolve mais do que apenas criar uma falsa impressão; que significa "verdade desviando do caminho" com o objectivo deliberado e propósito.

Tendo advertiu os tessalonicenses contra erros enviados em seu nome, ele agora passa a dar-lhes a verdade do que ele realmente acredita sobre a segunda vinda. Dois fenômenos deve preceder a parusia : a apostasia , e o aparecimento de o homem do pecado . O termo apostasia (apostasia) foi usado por Plutarco para descrever a revolta política, rebelião contra a autoridade legal. Paulo usa o termo no sentido de apostasia moral e espiritual, a deserção, abandono da fé. Desde tanto judeus como gregos já haviam se revoltado contra Deus no momento que esta carta foi escrita, uma vez que Paulo escreveu agora para alertar a igreja de condições que prevalecem durante a Era da Igreja, e desde que ele novamente se refere a uma ainda mais agravamento das condições morais em sua última epístola (II Timóteo), parece claro que esta deplorável apostasia está prevista para ocorrer no âmbito da profissão de fé cristã nominal, uma visão que certamente iria cumprir a previsão do próprio Cristo (Lc 18:8 ). Alguns têm, portanto, concluir-se que o anticristo, o homem do pecado , será Judas reencarnado. Outros têm o identificava com Calígula, Tito, Simon Magus, Nero, o papa de Roma, Mohammed, e Napoleão, e, mais recentemente, com Mussolini e Hitler. Durante o século XVI Reforma da hierarquia romana denunciou Martin Luther como seguramente o homem do pecado , e alguns dos protestantes esse período e desde que-ter tido nenhuma dificuldade em reconhecer o papado como além de toda a questão, o anticristo. Mas repetimos, Paulo não identificar essa figura sinistra. Este homem do pecado , quem quer que ele pode vir a revelar-se, representa a consumação e encarnação de todo o mal em algum indivíduo, possuidor de egoísmo colossal, arrogância e força sobre-humana. Ele vai exercer a soberania sobre a humanidade e prioridade reivindicação sobre todos os deuses já conhecidos para os homens. É significativo que Paulo não descrevê-lo como uma pessoa sensual ou um assassino, embora, sem dúvida, revelar-se tanto; ele é descrito principalmente como um apóstata, um anarquista contra Deus Todo-Poderoso.

Este homem do pecado (ilegalidade) representa a concretização final de todo o mal em algum indivíduo. Ele vai de fato representar a própria encarnação do próprio Satanás em forma humana, uma caricatura grosseira de Jesus Cristo, a encarnação de Deus.Ele não só irá usurpar a soberania sobre toda a humanidade, ele também vai reivindicar prioridade sobre todas as divindades conhecidas. Ele vai insinuar-se no próprio templo de Deus , o santuário do Altíssimo, e representam a si mesmo como divindade suprema. Ele irá para maiores limites de auto-exaltação, pois ele vai aproveitar a muito templo de Deus, a sede da lealdade espiritual final e adoração.

O apóstolo lembra aos tessalonicenses do que lhes havia ensinado anteriormente. Ele deixa-nos e-sem uma identificação positiva de este homem do pecado , mas é certo que tal personagem aparece pouco antes da volta do Senhor. Um fato ainda precisa ser enfatizada. O espírito imundo que possuía os tiranos e monstros morais do passado ainda vive na Terra. Novas formas de iniqüidade estão aparecendo constantemente em cada geração. Entre os filhos dos homens, hoje existem pessoas que estão seguindo os passos de anticristos anteriores (conforme 1Jo 4:1 ). Dos candidatos contemporâneas para o título infame, o homem do pecado, o filho da perdição , um ou outro pode vir a ser o anticristo final. Nós não deve se aventurar para adicionar outro nome para a longa lista de conjecturas. Desse total, no entanto, podemos ter a certeza de: (1) que o anticristo final será uma pessoa, a encarnação visível de toda a maldade; (2) que ele vai ser um rebelde apóstata que vai sobressair todos os que o precederam na audácia e engenho diabólico; (3) que ele vai tentar mobilizar e arregimentar toda a humanidade em um último assalto, clímax contra o Deus do céu e da terra; e (4) que ele acabará por ser esmagado e condenado à perdição eterna, juntamente com todos os que lhe prestar obediência. Só Deus triunfará e tem a palavra final. Deixe o Tessalonicenses, e os crentes de todas as idades, manter este triunfo final na visão constante!

B. Os apoios (2: 6-7)

6 E agora vós sabeis o que o detém, a fim de que ele pode ser revelado em sua própria estação. 7 Pois o mistério da iniqüidade já opera; somente um que agora o detém até que seja posto fora do caminho.

Agora ficamos a saber que mesmo o homem do pecado (ilegalidade) não pode aparecer em seu caráter final, até um certo poder de restrição é retirada. Há, então, graças a Deus, uma força na ordem moral que detém o mal sob controle, caso contrário, os homens teriam se destruído há muito tempo. Este poder, Paulo afirma, deve ser retirada antes que o mal possa atingir suas dimensões finais, na pessoa do archapostate. Uma vez que esta restrição moral é retirada e anticristo aparece, o retorno de Cristo pode ocorrer a qualquer momento, de fato, pode vir com uma rapidez surpreendente e julgamento sem remorsos. Aqui, novamente, Paulo witholds a identidade real deste poder de restrição. Várias interpretações são mantidos, mesmo entre os evangélicos. Os tessalonicenses evidentemente sabia que Paulo tinha em mente aqui, pois ele diz: E agora vós sabeis ... Foi este restrainer um poder civil ou alguma outra pessoa.? Pode ter sido um ou o outro, uma vez que Paulo usa tanto o neutro eo masculino para descrevê-lo.Em todo o caso, diz Paulo, esse poder de contenção será revelado em seu próprio tempo (v. 2Tm 2:6 ). Muitos estudiosos, de Tertuliano até aos nossos dias, sustentam que esta força de restrição é a máquina do governo civil (conforme Rm 13:1. ). Mas uma vez que a verdadeira Igreja é traduzido e todas as restrições morais são retirados, o caminho está livre para a manifestação de pleno direito do homem do pecado .

C. O desvelamento (2: 8-12)

8 E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda; 9 até mesmo ele , cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder e sinais e prodígios de mentira, 10 e com todo o engano da injustiça para os que perecem; porque não receberam o amor da verdade, para que eles possam ser salvos. 11 E por isso Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam na mentira; 12 que todos fossem julgados os que não creram a verdade, mas tiveram prazer na injustiça.

Quando restrições morais, civis e espiritual são removidos, este mistério não será mais um mistério. Iniqüidade, então, será revelado em toda a sua hediondez nua! Mas este homem do pecado será revelado apenas para ser totalmente liquidado e, finalmente! Quando Cristo voltar, Ele vai "consumir" (matar) deste iníquo. Anticristo exaltar-se apenas para ser trazido para nada . O verbo (analosei) "para inutilizar," é usada 25 vezes por Paulo em seus escritos. Reinado do Anticristo será relativamente breve, mas ele vai superar qualquer período de problemas que o mundo já conhecido (conforme Jr 30:7 , Rm 1:26 , Rm 1:18 ). É erro, a ilusão, a mentira que você quer?pede a Deus. Então você deve ser abençoados com a sua própria loucura auto-escolhido! Assim, os homens tornam-se irremediavelmente atolada em uma mentira . Quando os homens deliberadamente virar as costas para a verdade de Deus, Ele julga-los,vinculando-os à sua culpa . "Suas iniqüidades o ímpio, e ele será detido com as cordas do pecado" (Pv 5:22 ). No entanto, tudo isto faz parte do processo de julgamento divino. O que mais pode um Deus santo fazer, mas juiz homens cuja principal é o prazerna injustiça? Como tragicamente verdadeiro, portanto, é o axioma de que todo pecado é auto-destruir! Essa, então, é a recompensa inexorável de apostasia moral e espiritual. Ao rejeitar a Deus, homens vincular-se ao diabo; em rejeitar a vida eterna, eles sentenciar-se à morte eterna; em desdenhando o céu, eles enviam-se para o inferno (conforme Rm 6:23 )!

D. DO RECURSO CRENTE (2: 13-17)

13 Mas nós devemos dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a santificação do Espírito e fé da verdade: 14 para isso vos chamou pelo nosso evangelho, para a obtenção da glória de nosso Senhor Jesus Cristo. 15 Assim, pois, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, quer por epístola nossa.

16 Ora, nosso Senhor Jesus Cristo, e Deus nosso Pai que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, 17 conforto vossos corações e os confirme em toda boa obra e palavra.

Com estes versos que avançamos para um outro ambiente, a partir de uma câmara de horrores em um jardim de sol e rosas. O apóstolo se alegra novamente nos privilégios gloriosos dos santos remidos em Tessalônica. Ação de graças e louvor estão misturados com exortação e oração. Mais uma vez assistimos a uma explosão de otimismo apostólica. Ao manter os olhos fixos sobre o triunfo final de nosso Senhor, Paulo está habilitado a dizer, somos obrigados a dar sempre graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor . Denney disse muito bem: "Os versos 13 e XIV do presente capítulo são um sistema de teologia em miniatura." Observe os seguintes doutrinas cardeais aqui sugerido: Deus, o homem (vocês, irmãos ), eleição (escolhi a vós ), salvação, santificação, Santo Espírito, a fé (crença na verdade ), e o retorno de nosso Senhor (para a obtenção da glória de nosso Senhor Jesus Cristo ). Paulo abrange todo o esquema de redenção e se alegra em seu conseqüências abençoadas, passado, presente e futuro.Nota do Paulo de ação de graças é uma reminiscência de Dt 7:6 ; Dt 10:15 ; e Dt 26:18 . O próprio Deus "escolheu você para ser um povo peculiar a si ... Ele pôs seu amor em você.". Paulo se refere a este aspecto da salvação novamente em 1Co 2:7 ), seguido de resposta voluntária ao chamado de Deus e as reivindicações de verdade, todos os quais são necessários para a obtenção de final glória.

Do ponto de vista dos privilégios redentores Paulo move agora para o lugar de responsabilidade prática. Então (em conformidade), irmãos, estai firmes (empresa). Firmeza de propósito é uma nota oft-recorrentes nas epístolas de Paulo (conforme 1Co 3:4. ; . Gl 5:1 . A idéia proeminente de paradosis é, portanto, de uma autoridade externa ao professor.

O Apóstolo conclui este capítulo com a oração para o desenvolvimento dos santos na vontade da graça de Deus. Ele invoca a bênção de ambos, o Pai eo Filho. Como o amor que lhe foi conferido o povo de Deus é atemporal e eterno, por isso é o conforto que é a sua porção infalível. Tanto o amor eo conforto são expressões de Sua graça! Observe que são os corações dos crentes que precisam de conforto e estabilidade. Para o coração é a sede das emoções humanas e afetos. É o coração dos homens que se tornam temerosos em tempos de crise (Lc 21:26 ). É por corações já apreensivos sobre o futuro que Paulo agora reza, e com razão. Porque somente Deus é "o Deus de toda consolação" (2Co 1:3 ), e a fonte de todo o poder (conforme Is 40:28. ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de II Timóteo Capítulo 2 do versículo 1 até o 26
Paulo lembrou Timóteo de seu cha-mado pastoral; agora, lida com o lado prático da igreja local e das responsabilidades especiais do pas-tor. Ele apresenta diversas imagens da igreja local e mostra os diversos ministérios que Deus designou para seu povo e para o pastor dele. A igreja local é:

  1. A família de Deus (2:1)

Claro que a expressão "filho meu" sugere que Timóteo tinha nasci-do na família de Deus pela fé em Cristo. Em1Co 4:15, Paulo escreveu que "gerara" Timóteo pelo evangelho. EmEf 2:19, a expres-são "se esforçaram comigo" signifi-ca "foram minhas companheiras de equipe".

  1. O jardim de Deus (2:6-7)

Aqui, ele usa "lavrador", uma ima-gem agrícola (veja 1Co 3:6-46). A igreja é um jardim, e a Palavra do Senhor, a semente. Muitos servos plantam, regam e colhem o fruto na época apropriada. Timóteo não devia desanimar porque a colheita não acontecia de imediato. É pre-ciso tempo, paciência e trabalho duro para criar um jardim produ-tivo. O pastor, como o lavrador fiel, deve compartilhar as bênçãos enviadas por Deus. "A seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos" (Gl 6:9).

  1. O corpo de Cristo na terra (2:8-13)

Paulo lembra a Timóteo que ele também sofria, mas o sofrimento deles trazia uma bênção dupla: eles sofriam por Cristo e com ele; além disso, esse sofrimento era para o be-nefício da igreja. Talvez os versícu-los 11:13 registrem um antigo hino cristão ou confissão de fé. Essa pas-sagem enfatiza a unidade do cren-te com Cristo: nós, como membros do corpo dele, morremos com ele, vivemos com ele e reinaremos com ele. Nossa infidelidade não anula a fidelidade de Deus! Um descrente perguntou a uma santa idosa: "Você não tem medo de escapar por entre os dedos de Cristo?". Ela respondeu: "Como eu posso ter medo disso? Eu sou um de seus dedos!".

  1. A escola de Deus (2:14-18)

Timóteo era atacado pelos falsos mestres, da mesma forma que a igre-ja é atacada hoje. O que devemos fazer? Primeiro, lembrar às pessoas de se fixarem nas coisas essenciais, e não debaterem palavras e filosofias vãs. Segundo, certificar-se de trans-mitir bem a Palavra, ser diligente (es-tudioso) para manejá-la com cuida-do. "Manejar bem" implica "exami-nar" com cuidado a Palavra, como o engenheiro que constrói uma auto- estrada, para que as pessoas enten-dam o projeto de Deus para todas as eras. Paulo adverte que as dou-trinas falsas "corroem como câncer" (v. 17), e o único remédio é a "sã doutrina" da Palavra do Senhor. Al-guém podia ficar doente espiritual-mente ao dar ouvidos a lendas de mulheres desocupadas ou de falsos mestres. A mentira cresce como um tumor e acaba com a força espiritu-al do cristão ou da igreja local. Toda igreja deve ser uma escola bíblica que ensina de forma correta a Pala-vra de Deus.

  1. A casa de Deus (2:19-26)

Paulo descreve a igreja local como uma casa grande com fundação firme e vários tipos de utensílios. Os judeus do Antigo Testamento, muitas vezes, escreviam versículos bíblicos nas casas (veja Dt 11:20), e, também, não era incomum que os gentios escrevessem lemas em sua casa. A casa de Deus tem dois selos, um sobre a vigilância do Se-nhor e outro sobre a do homem (v.

  1. . O Senhor conhece os seus, e esses devem ser conhecidos por sua vida devota. Cada cristão é um utensílio em uma grande casa, mas alguns utensílios se estragam e não podem ser usados. O após-tolo adverte Timóteo de purificar- se dos utensílios desonrados a fim de que eles não o maculem. Essa é a doutrina bíblica da separação (2 Co 6:14—7:1). O crente deve ser um utensílio separado para a honra, "preparado" para ser usado por Cristo. Para ajudar Timóteo a se tornar um utensílio que Cristo pudesse usar para sua glória, Pau-lo aconselha-o a fugir das paixões da mocidade e a seguir as coisas espirituais.

Os versículos 23:26 explicam como lidar com os problemas na casa ("família") de Deus a fim de que não haja contenda e discussão.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de II Timóteo Capítulo 2 do versículo 1 até o 26
- N. Hom. Cap. 2 A analogia do pastor.
1) O pastor como filho, 1-2.
2) O pastor como soldado, 3-4.
3) O pastor como atleta, 5.
4) O pastor como lavrador, 6.
5) O pastor como trabalhador, 14-19.
6) O pastor como utensílio, 20-22.
7) O pastor como escravo, 24-26.
2.2 O que de minha parte ouviste... transmite. Foi a fórmula para a expansão extraordinária da Igreja primitiva. Testemunhas. Podem ser:
1) as testemunhas da ordenação;
2) os presbíteros em 1Tm 4:14; 1Tm 3:0) a mãe e a avó de Timóteo;
4) os ensinamentos que Paulo testificava.

2.3 Soldado. Mais uma figura da vida militar. Veja também Rm 6:1 Rm 6:3; Rm 7:2;- 1Co 9:7; Ef

6:11-18.
2.4 Se envolve. O soldado deve sempre estar em estado de prontidão.

2.6 Trabalho (gr kopiaõ). "Trabalhar intensamente", "labutar". O indolente não participa das vantagens (Fp 1:22; Rm 1:13; Jc 1:25).

2.8 Meu evangelho. Esta expressão de Paulo ocorre também emRm 2:16 e 16.25. É "o evangelho de cuja pregação estou incumbido".

2.9 Malfeitor (gr kakourgos). É o praticante do mal. Vocábulo usado para o criminoso. No NT só aparece aqui e em Lc 23:32, Lc 23:39, descrevendo os criminosos crucificados ao lado de Jesus. Os crentes foram tratados assim nas perseguições do Imperador Nero de

Roma. Palavra... não está algemada. Os pregadores sofrem sanções e perseguições; mas a mensagem progride e vence.

2.11 Morremos. É o morrer para si mesmo e para o mundo. Isso ocorre quando o crente aceita pela fé o sacrifício de Cristo morrendo em seu lugar para dar-lhe a salvação.

2.12,13 Aqui estão em vista a perseverança do crente em crer e a perseverança de Cristo em amar e Salvar. Entretanto é a imutabilidade de Cristo que dá base para a firmeza e fidelidade do crente. Não há aqui uma carta branca permitindo o pecado, mas um conforto para a consciência perturbada. A fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas de misericórdia está descrita em Rm 3:8; Rm 11:29-45 e 1Jo 3:20.

2.14 Subversão (gr katastrophe. Lit. virar tudo para baixo.

2.15 Maneja bem. Exegese certa, sem desvios nem distorções.

2.17 Himeneu e Fileto, Paulo deu exemplos contemporâneas (conforme 1Tm 1:20). Câncer (gr gangraina). "Gangrena", simbolizando a doentia penetração da praga do erro doutrinário no corpo da Igreja. O caso exige cirurgia profunda e não pode ser encoberto com panos quentes.

2.18 Desviaram (gr astocheõ). "Errar o alvo", "extraviar-se".

2.19 Selo. Representa a autenticação (conforme Rm 4:11; 1Co 9:2).

2.21 Se purificar (gr ekkathairõ). "Limpar completamente", "expurgar", "eliminar". A coletividade cristã faz o expurgo dos falsos mestres, e o indivíduo rejeita e elimina do seu íntimo o erro e o pecado.

2:23-26 Os crentes não devem destruir seu testemunho com frivolidade e especulações (conforme Tt 3). Por outro lado, bem instruídos na Palavra de Deus, devem saber recuperar com ternura os errados.

• N. Hom. 2:14-26 Métodos de agir com os falsos mestres:
1) Positivamente: promover a verdade, 14-15.
2) Negativamente: afastar-se deles, 16-18.
3) - Aceitar grandes valores, 19-21.
4) Rejeitar o comportamento deles, 22-26. Nada justifica a traição da verdadeira doutrina bíblica dentro de uma comunidade cristã.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de II Timóteo Capítulo 2 do versículo 1 até o 26
III. ORIENTAÇÕES A TIMÓTEO (2:1-26)


1) O chamado à perseverança (2:1-13)

Com a expressão Portanto, você, o pronome sendo enfático, Paulo novamente dirige o seu apelo a Timóteo. Ele precisa ser forte (fortifique-se-, conforme 4.17; lTm 1.12), e isso só será possível se ele depender de toda a fonte de inspiração e força — na graça que há em Cristo Jesus. A tarefa imediata para a qual a força é necessária é o ensino da verdade. A referência a essa responsabilidade permeia todo o capítulo e aparece sempre de novo na carta. O depósito sagrado da verdade só é guardado apropriadamente quando é transmitido aos outros. Timóteo tem o exemplo de Paulo nisso (1:11-14; 2.
- 2a) e ele, por sua vez, precisa escolher homens adequados a quem a fé pode ser transmitida e que sejam capazes de passá-la a outros ainda. As muitas testemunhas podem ser uma referência às pessoas presentes na ocasião do seu chamado (conforme 1.6 et alia), mas, em virtude do tempo necessário para a recitação completa da doutrina cristã, parece mais provável que a referência seja às verdades geralmente aceitas pela Igreja (conforme 3.14).

Paulo se volta ao seu apelo à perseverança, e três ilustrações fornecem padrões desafiadores para aqueles que se engajam no serviço cristão. As três são metáforas populares nos escritos do apóstolo e já apareceram juntas antes (1Co 9:7,1Co 9:10,1Co 9:24). O soldado (v. 3,4).

(a)    Ele está disposto a enfrentar os rigores das árduas campanhas; o v. 3 faz essa aplicação.
(b)    Ele reconhece a impossibilidade de alguém se engajar no serviço militar e ainda manter uma ocupação civil. Assim, o servo de Deus precisa colocar a prioridade no seu chamado e impedir que os negócios ou o lar se tornem um embaraço e empecilho, (c) Sua ambição é agradar o seu comandante. A lealdade e a devoção precisam ser dirigidas de forma preeminente à pessoa de Cristo. O atleta (v. 5). A competição estava sujeita a regras severas que governavam o treinamento dos atletas, como também sua participação nos jogos. Da mesma forma, Timóteo precisa se sujeitar às disciplinas pessoais, e se faz alusão a algumas delas nos v. 24,25, se esses exercícios devem ser recompensados pelo juiz divino. O lavrador (v. 6). A expressão trabalha arduamente (hopiaõ) descreve o lavrador. Isso poderia ter uma aplicação financeira imediata (conforme 1Co 9:11), ou uma aplicação futura e espiritual (conforme lTs 2.19,20). Sem fazer uma aplicação específica demais dessas questões, Paulo sugere que Timóteo reflita acerca delas, pois ele está confiante de que, sempre que há meditação atenta acerca das verdades espirituais, há também iluminação divina reconhecida (v. 7).

v. 8. Lembre-se de Jesus Cristo-. Aqui está o grande incentivo do serviço cristão e o tema central da mensagem cristã. Paulo dirige a nossa atenção para dois grandes fatos acerca do Salvador. Ele é o Cristo vitorioso, ressuscitado dos mortos, e ele continua sendo, o que se tornou no tempo, o Homem Cristo Jesus descendente de Davi. A única ocorrência dessa frase além desta nos escritos de Paulo está em Rm 1:3. E possível que em ambos os trechos ele esteja citando de um resumo dos fatos do evangelho usado por muitos. Essas verdades certamente eram centrais à pregação de Paulo, e ele estava preparado para sofrer por elas. Aliás, ele já estava sofrendo; estou preso como um criminoso (kakourgos-, cf. Lc 23:32,Lc 23:39), que, incidentalmente, é uma descrição inadequada para a situação retratada no capítulo final de Atos. Ele se alegra que, não importando as suas condições, os homens não podem acorrentar a verdade, que sempre é livre.

A seguir, Paulo conta do objeto que inspira sua perseverança. Nenhuma provação é considerada grande demais quando está em jogo a bênção daqueles que são os escolhidos de Deus. O alvo diante dele é que os eleitos obtenham a salvação que pertence àqueles que estão em Cristo Jesus, a salvação que é em si mesma a promessa de glória eterna.

A seção termina com uma citação de um antigo hino cristão, que Paulo introduz com a fórmula da palavra que é digna de confiança. Ele usa essas linhas para reforçar ainda mais o seu chamado à perseverança. Isso pode bem ter sido um resumo ou parte de um hino cantado em cultos de batismo, e, sendo assim, lembraria Timóteo dos princípios básicos da vida e do serviço cristãos que o rito significa. Por trás do v. 11, está o ensino de Rm 6:0; e o v. 12b com Mt 10:33. A última linha, possivelmente acrescentada por Paulo, afirma que, se somos infiéis, ele permanece fiel (conforme Rm 3:3). Nenhum ato dele vai jamais conflitar com o seu caráter, pois ele não pode negar-se a si mesmo.


2) O chamado à concentração no que é essencial (2:14-26)

Timóteo precisa colocar essas verdades constantemente diante dos fiéis em Efeso e, ao mesmo tempo, adverti-los acerca das discussões de questões de pouca ou nenhuma importância. O perigo era que a consideração da doutrina básica (e.g., v. 8,11-13,19) fosse substituída por palavras (v. 14), conversas inúteis eprofanas (v. 16) e ensino destrutivo (v. 17). Esse tipo de coisa, diz Paulo, não traz proveito, não fornece alimento para a alma; em vez disso, serve apenas para perverter os ouvintes, pois perturba e desvia as pessoas da verdade. Além disso, resulta em avanço na direção errada — prosseguem cada vez mais para a impiedade (v. 16). A discussão persistente de coisas não essenciais é comparada à condição cancerosa em que áreas crescentes de tecidos até então saudáveis são destruídas traiçoeiramente. Himeneu (v.comentário de lTm 1,20) e Fileto são citados como exemplos destacados. Nas suas discussões filosóficas, eles perderam o caminho em relação a uma questão fundamental; diziam que a ressurreição já aconteceu e, por conseqüência, a alguns perverteram a fé (conforme 1Co 15:0). Paulo quer que Timóteo se lembre da verdade dupla que está como uma inscrição sobre esse fundamento. Ela diz que só Deus possui o discernimento infalível quando a questão é saber quem lhe pertence, e que aquele que afirma ser de Cristo precisa dar evidência disso ao se afastar da iniqüidade. A história de Corá, evidentemente, está por trás dessas citações, embora os paralelos entre aquele levante e as atividades heréticas de Himeneu e Fileto não devam ser exagerados. A primeira inscrição é uma citação direta de Nu 16:5. A segunda é uma formulação tipicamente livre de Paulo. Aqui ele muda a ênfase da separação dos maus (Nu 16:26) para o afastar-se da maldade (iniqüidade).

A ilustração que segue contém essa idéia de separação do mal. E semelhante a ICo
3:10-15, e, como ali, a idéia é a da responsabilidade pessoal. Paulo ainda está interessado em que Timóteo seja aprovado, um obreiro que não tenha do que se envergonhar. Que essa separação da iniqüidade, e não a separação de indivíduos, seja o significado que Paulo tem em mente, está claro porque os utensílios da casa dificilmente poderiam se “purificar” dos outros utensílios, e, de qualquer forma, todos são proveitosos na casa, mesmo que alguns sejam usados para fins menos honrosos. O servo de Deus precisa seguir o conselho que está nos v. 22-24 e, dessa forma, purificar-se para que se torne vaso [...] santificado, separado para ser útilpara o Senhor e preparado para toda boa obra. Identificar a grande casa com o cristianismo é totalmente arbitrário e falha completamente em dar consideração à natureza pessoal da exortação.

Da ilustração, Paulo se volta agora para a instrução precisa. Negativamente, Timóteo precisa fugir dos desejos malignos da juventude. Incluídos nisso não estão somente os desejos sensuais, mas a propensão para a intolerância, a arrogância e outros, a exata antítese das qualidades que Paulo recomenda em seguida. A justiça, fé e amor (conforme lTm 6,11) Timóteo precisa acrescentar a paz, e todas essas qualidades precisam ser conhecidas e desfrutadas na companhia de verdadeiros irmãos cristãos. Mais uma vez, o apóstolo o aconselha a não se deixar arrastar para debates inúteis que somente acabam em brigas. Em vez de briguento, o servo do Senhor precisa ser amável para com todos-, o retrato apresentado traz uma semelhança extraordinária com aquele desenhado por Isaías nas passagens em que fala do Servo. Gomo mestre, ele precisa mostrar tolerância e paciência com os difíceis, e, quando esses se lhe opõem, precisa corrigi-los, embora sempre com espírito de mansidão. Ao mesmo tempo, ele vai lembrar que forças maiores estão agindo. O Diabo, colocando a sua armadilha, tem o propósito de capturar os homens para que executem os seus desígnios cruéis, mas Deus também está agindo. Por meio dos seus servos, ele chama os homens ao arrependimento e ao “reconhecimento da verdade” (VA). Esse é o verdadeiro conhecimento (conforme lTm 2.4; 2Tm 3:7). E extremamente difícil saber o significado da pessoa ou das pessoas indicadas pela expressão que os aprisionou para fazerem a sua vontade. Acima, ambos foram aplicados ao Diabo. A interpretação alternativa é que os que foram apanhados na armadilha pelo Diabo trocam esse estado por um novo cativeiro “à vontade de Deus”, a cuja abençoada servidão são conduzidos “pelo servo do Senhor” (v. a RV).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de II Timóteo Capítulo 2 do versículo 20 até o 26


5) A Verdade Aplicada à Vida. 2Tm 2:20-26.

A verdade da separação do mal aplica-se de modo equilibrado e positivo no restante do capítulo.


Dúvidas

Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
Dúvidas - Comentários de II Timóteo Capítulo 2 versículo 25
2 TIMÓTEO 2Tm 2:25 - O arrependimento é uma dádiva de Deus ou um ato humano?


PROBLEMA:
Paulo fala nesse versículo: "que Deus lhes conceda... o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade" (conforme At 5:31). Contudo, em outras passagens, o arrependimento é considerado um ato próprio de uma pessoa. Jesus, por exemplo, apela às pessoas: "arrependei-vos e crede no Evangelho" (Mc 1:15). Paulo nos diz que Deus "notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam" (At 17:30). Afinal, arrepender-se é uma dádiva de Deus, ou um ato da pessoa?

SOLUÇÃO: Há duas possíveis respostas para essa questão, as quais não negam a responsabilidade dada por Deus ao homem de ele exercer o seu livre-arbítrio. Primeiro, o arrependimento pode ser entendido como um dom ou uma dádiva de Deus. Mas tal como acontece com todas as demais dádivas, para ser desfrutado, ele tem de ser recebido. Desse modo, Deus oferece a todos os que querem a dádiva do arrependimento para a vida eterna. Aqueles que não querem essa dádiva não recebem o arrependimento. Dessa maneira, Deus é imparcial em sua oferta, mas o homem ainda é responsável por aceitar ou rejeitar a dádiva do arrependimento, que é necessária para a salvação.

Um segundo modo de ver esse ponto apenas observa os dois diferentes sentidos em que a palavra arrependimento é usada nesses versículos aparentemente contraditórios. Um grupo de versículos fala do arrependimento como sendo uma oportunidade, e outro grupo fala dele como sendo um ato. No primeiro, o sentido é de ser uma disposição dada por Deus, deixando o ato do arrependimento propriamente dito com a pessoa. É, assim, uma provisão de Deus, ao passo que no outro a palavra refere-se a uma decisão humana. Essa posição pode resumir-se da seguinte maneira:

DOIS SENTIDOS DIFERENTES DE ARREPENDIMENTO

Como uma oportunidade dada por Deus

Como um ato do livre arbítrio humano

Como uma disposição provinda de Deus

Como um ato da pessoa

Como uma provisão de Deus

Como uma decisão da pessoa

Assim entendidos, não há contradição entre os diversos textos sobre arrependimento. Qualquer que seja a interpretação, uma coisa é certa: não há nenhum versículo que diga que Deus se arrepende por nós. Cada criatura, que é moralmente livre, é responsável por arrepender-se. O mesmo pode ser dito a respeito do fato de ser ou não ser a fé um dom de Deus.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de II Timóteo Capítulo 2 do versículo 14 até o 26
VI. ALGUMAS REGRAS DE CONDUTA 2Tm 2:14-26

Havia o perigo crescente da atenção ser desviada para as especulações inúteis e demolidoras e para a controvérsia. Dois homens são chamados pelos seus nomes, que estavam propagando doutrina errada a respeito da ressurreição. Por conseguinte, Timóteo tinha o dever de relembrar aos crentes, e particularmente aos "homens fiéis" (vers.
2) a quem lhe competia transmitir o Evangelho a ser anunciado, sobre as verdades que Paulo acabou de enumerar (vers. 4-13). E Timóteo devia exortá-los solenemente a não se deixarem envolver nas controvérsias que então prevaleciam. Quanto a si mesmo, que Timóteo aderisse à apresentação direta da verdade de modo aprovado por Deus, e que a ele, na qualidade de obreiro, não desse motivo para envergonhar-se à vista de Deus, particularmente no futuro dia do julgamento. A Timóteo cabia evitar fantasias irreverentes, capazes de ser tão destruidoras como o câncer corroedor. Se o fato de alguns haverem se desviado da fé, fazia com que ele temesse pela própria sobrevivência da comunidade cristã, que também se lembrasse que a Igreja verdadeira é o firme fundamento do próprio Deus, ainda que nem todos quantos professam reconhecer Cristo como Senhor são membros autênticos dessa Igreja; pois somente Deus reconhece aqueles que verdadeiramente Lhe pertencem. Professar o nome de Cristo envolve a exigência (a que alguns não respondem favoravelmente) de desistir do pecado. Assim como os muitos artigos existentes em uma grande mansão variam em qualidade, e alguns são de pouco ou nenhum valor, incapazes para um uso honroso, igualmente, a comunidade de cristãos professos é uma companhia heterogênea. O crente individual, como Timóteo, que tem o discernimento para reconhecer isso, deve procurar, mediante a auto-purificação diligente, deixar de pertencer à classe dos vasos de desonra, assim se tornando apto e preparado para o uso honroso no serviço do Senhor. Tal crente deve abandonar a auto-indulgência e compartilhar da companhia e das ambições espirituais dos crentes sinceros. Deve rejeitar ocupar-se de investigações insensatas, que promovem apenas violentas altercações. Na qualidade de alguém que foi chamado para o serviço do Senhor, ele não deve meter-se em controvérsias com os que estão iludidos pelo erro, mas antes, mostrar-se gentilmente paciente para com eles, procurando instrui-los mansamente na verdade, na esperança que Deus lhes conceda uma mente mais reta, e assim escapem do diabo que os aprisionou, daí por diante devotando-se a fazer a vontade de Deus.

Evitem contendas de palavras (14); isto é, não se metam em controvérsias. As frases que se seguem indicam seu resultado. Negativamente, tais coisas não têm proveito; positivamente, em lugar de edificar aos ouvintes, antes os subvertem, ou seja, envolvem-nos em "catástrofe" espiritual. Que não tem de que se envergonhar (15); o termo grego pode ter uma força passiva, isto é, "de que ser envergonhado"; cfr. Fp 1:20. Que maneja bem (15); lit., "que corta reto"; possivelmente uma metáfora aproveitada do traçado de estradas ou sulcos retos, e assim teria o sentido de não desviar-se da palavra da verdade, isto é, do Evangelho; cfr. Gl 2:14. Evita (16), isto é, "mantém-te afastado de", "retira-te de". Falatórios... profanos (16), isto é, conversas destituídas de valor, cercadas de um espírito irreverente. Os que se dedicam a essas coisas progridem somente na direção errada, isto é, na impiedade; o espírito de irreverência é algo que cresce. Tais falatórios, ao receber oportunidade de manifestar-se, mediante a indulgência de alguns, se espalha como o câncer maligno, que corrói o tecido saudável. Himeneu (17) é também mencionado em 1Tm 1:20. A crença na ressurreição física era de difícil aceitação para alguns (cfr. 1Co 15:0, Nu 16:26; cfr. Is 52:11. Note-se que a autenticidade dos outros é conhecida apenas por Deus, e que cabe a cada qual que professa reconhecer Cristo como Senhor, tornar certa a sua eleição mediante ação coerente e apropriada. O vers. 21 reitera a responsabilidade do indivíduo de separar-se da conspurcação de associações indignas. Note-se a referência óbvia aos falsos mestres, no caso de Timóteo. O vers. 22 indica verdades complementares. A contaminação que parte do íntimo, bem como aquela que vem de fora, devem ser igualmente evitadas, e o crente deve seguir a associação com os sinceros. Note-se a repetida indicação de que algumas investigações são insensatas e ineptas, isto é, destituídas de luz, visto que não geram edificação, mas antes, contendas (23). O servo do Senhor (24); essa designação se aplica a qualquer crente (1Co 7:22), mas, particularmente, àqueles que são chamados a um ministério especial, como foi o caso de Timóteo; cfr. Tt 1:1. Brando... paciente (24); isto é, bondoso em suas palavras e conduta, paciente para com o mal. Apto para instruir... disciplinando (24-25); isto é, devotado à exposição positiva da verdade, em lugar de entrar em controvérsias com os que se opõem à verdade. Eis como aqueles que têm sido iludidos pelos falsos ensinos deveriam ser tratados (mas contraste-se o tratamento mais drástico que deve ser usado para com os propagadores deliberados dos falsos ensinos, Tt 3:10); pois os que têm sido iludidos podem ser conquistados de volta somente quando Deus lhes conceder uma mudança de mentalidade a fim de que entrem no pleno conhecimento da verdade (25). O vers. 26, corretamente interpretado parece ser que aqueles que têm sido conquistados vivos pelo diabo possam assim ser reconquistados para a sensatez, escapando da armadilha de Satanás e passando a cumprir a vontade de Deus.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de II Timóteo Capítulo 2 do versículo 1 até o 26

3. Os Elementos de uma vida espiritual forte (II Timóteo 2:1-7)

Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E as coisas que você já ouviu falar de mim na presença de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis, que sejam capazes de ensinar a outros. Sofre comigo como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em serviço se embaraça ativa nos assuntos da vida cotidiana, para que ele possa agradar aquele que o alistou como soldado. E também, se alguém concorre como atleta, ele não ganhar o prêmio, a menos que ele compete de acordo com as regras. O fazendeiro e trabalhador deveria ser a primeira a receber a sua parte das culturas. Considera o que digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo. (2: 1-7)

Há alguns anos, dois adolescentes foram descobertos em um quarto no sótão acorrentado a suas camas, onde foram confinados desde a infância. Eles foram totalmente desorientado e quase animalesco no comportamento. Eles tinham sido desnutridos e sem amor, e, como seria de esperar, foram subdesenvolvida em todos os sentidos, física, emocional, social e mentalmente. Eles eram o produto de abuso de crianças em seu extremo mais malévolo.
Igualmente trágico é a condição de muitos filhos de Deus hoje, que são subnutridas espiritualmente e, consequentemente, estão pouco desenvolvidas, confuso, desorientado, e imaturo nas coisas do Senhor. Há pregadores mais populares hoje do que em qualquer outro momento da história da igreja, mas alguns dos mais poderosos. Há também igrejas mais popular, mas alguns dos mais poderosos. Há muita atividade, mas pouco fruto espiritual; muita conversa sobre o cristianismo, mas pouca convicção; proclamações morais elevados, mas pouca responsabilização; credos doutrinários, mas muito compromisso.

Na grande maioria dos casos, as igrejas fracos são o resultado de uma liderança fraca, a liderança pastoral especialmente fraco. Fraqueza espiritual faz com que ambos os líderes e congregações sujeitos a quase todos os modismo religioso, não importa o quão fútil. Como um corpo físico subnutridos e anêmicos, eles têm pouca resistência a distúrbios e doenças que os debilitam ainda mais. E porque não têm recursos, mas a sua própria, a menor dificuldade é angustiante. Porque eles têm tão pouca compreensão e confiança na Palavra de Deus, eles se transformam em ataduras psicológicos e soluções mundanos. Eles têm pouca defesa contra Satanás e são presas fáceis para os falsos mestres. Eles são espirituais "filhos, jogou aqui e ali por ondas e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia enganam fraudulosamente" (Ef 4:14; conforme He 13:9.). Para oscilando crentes em Corinto, Paulo disse: "Fique alerta, fique firme na fé, agem como homens, seja forte" (1Co 16:13). Mesmo com a igreja fiel em Éfeso, ele sentiu a necessidade de dizer: "Seja forte no Senhor e na força do seu poder" (Ef 6:10).

Vários anos atrás, os engenheiros em Nova Jersey estavam construindo uma ponte sobre a foz de um rio, na costa atlântica. Como eles estavam colocando para baixo estacas, se depararam com o casco de um velho navio que foi enterrado na areia. Para manter a ponte sobre o percurso planeado, o casco teria de ser removido. Depois que tentou todos os meios mecânicos que poderiam pensar, o navio permaneceu no local. Um jovem engenheiro sugeriu colocar vários grandes barcaças acima da borda de cada lado, a instalação de cabos por baixo do casco, e anexá-los firmemente para as barcaças na maré baixa. Quando a maré subiu, o casco foi solta alguma. Na próxima maré baixa os cabos foram apertados de novo, e na maré alta, o navio foi afrouxado um pouco mais. Depois de seguir esse procedimento para vários ciclos de marés, o navio finalmente foi libertado. Que força mecânica humanamente concebido não pôde realizar, os incomensuravelmente maiores forças da natureza feito facilmente.
Muitos cristãos e igrejas são assim casco, incorporado em imobilidade espiritual. Eles reconhecem o problema e tentar todos os meios humanos de se livrar, mas não adiantou. Mas o que os seus filhos não pode realizar em sua própria força, seu Pai celestial pode fazer pelo poder do Seu Espírito.

O comando a ser forte

Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. (2: 1)

Como mencionado na introdução e os capítulos anteriores deste comentário, Timoteo estava enfrentando um momento de vacilação espiritual e fraqueza. Ele pode ter sido a questionar sua vocação ou seus dons ou a suficiência da provisão de Deus. Ele estava atolado em dificuldades de algum tipo e não conseguia livrar-se. Quaisquer que sejam as indicações, Paulo percebeu que seu filho na fé necessária "para acender de novo o dom de Deus que" estava nele (2Tm 1:6), e por causa dos abundantes recursos mencionados no restante do capítulo 1, Timoteo não tinha nenhuma razão para não estar forte. Paulo estava dizendo a Timóteo: "Meu filho, a obra do Senhor em Éfeso Depende de você, a sua divinamente e divinamente dotado ministro. " A eficácia do seu ministério dependeu não apenas em seu ter essa chamada e esses recursos, mas em sua fidelidade usando -os no poder de Deus e para a glória de Deus.

É um paradoxo incrível, mas totalmente bíblico, que, embora Deus é soberano e todo-poderoso, Ele, no entanto, confia os Seus filhos adotivos com propagar o evangelho salvador de seu verdadeiro Filho, Jesus Cristo.
O verbo ser forte também é passiva, no entanto, o que indica que a fonte da força de Timóteo não estava em si mesmo, mas na graça que há em Cristo Jesus. Um pouco melhor renderização seria ", por meio da graça que há em Cristo Jesus. Assim como somos salvos unicamente "pela graça ... mediante a fé; e isto não vem de [nós mesmos, mas por] o dom de Deus "(Ef 2:8) Nós nos edificamos no "santíssima fé" por "orando no Espírito Santo" e mantendo-nos "no amor de Deus" (Judas 20:21).

Contínua de Deus graça na vida dos crentes opera em justificação e santificação, no perdão e na santidade, e em Sua graça aplicada ao nosso serviço. A mesma graça que nos perdoa e nos faz santos é a graça que nos fortalece. Porque nós pertencemos a Cristo, estamos continuamente na esfera da graça. Mas, para desfrutar da esfera de bênção, devemos viver na esfera da obediência.

Em II Timóteo 2:2-6, Paulo apresenta quatro elementos-chave de uma vida espiritual forte, obediente, usando as analogias vívidas de professor (v. 2), soldado (vv 3-4.), Atleta (v. 5) e agricultor (v. 6).

O Professor

E as coisas que você já ouviu falar de mim na presença de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis, que sejam capazes de ensinar a outros. (2: 2)

A primeira metáfora é a de um professor que ensina uma professora, que, por sua vez, ensina outros professores, que, em seguida, ainda ensinam outros professores. Embora Paulo menciona apenas quatro gerações de professores, a idéia é que de um processo contínuo.
O Novo Testamento não ensina nem apoia a ideia de sucessão apostólica. Mas isso claramente ensinar, nesta passagem e em outros lugares, que o evangelho deve ser promulgada de geração em geração. Jesus, é claro, era o Mestre dos mestres. Ele ensinou os apóstolos, que, em seguida, ensinou os outros, que ensinavam os outros, que ainda estão ensinando os outros, e assim por diante em toda a era da igreja. William Barclay comenta: "O professor é um elo na cadeia de estar que se estende ininterrupta desde o momento presente de volta para Jesus Cristo. A glória de ensino é que ele se vincula o presente com a vida terrena de Jesus Cristo" ( Cartas a Timóteo, Tito e Filemom [Filadélfia: Westminster, 1957], 182). Em cada geração, Deus tem levantado novos elos dessa cadeia de estar de homens fiéis a transmitir as boas novas de Jesus Cristo às pessoas de sua época.

João termina o seu evangelho, afirmando que "há também muitas outras coisas que Jesus fez, que se eles foram escritos em detalhes, creio que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que foram escritos" (Jo 21:25). Lucas não era um apóstolo, mas foi um colaborador próximo de apóstolos, para que muito do que sabemos do ministério terreno do Senhor e do ministério dos apóstolos na igreja primitiva sabemos da mão guiada pelo Espírito de Lucas. No livro de Atos, Lucas começa dizendo: "A primeira conta [o evangelho de Lucas] eu compus, Teófilo, sobre tudo o que Jesus começou a fazer e ensinar, até o dia em que foi levado para cima" (Atos 1:1— 2). Como João, ele relata que o que está registrado contas apenas para aquelas coisas "que Jesus começou a fazer e ensinar "[grifo nosso] até a Ascensão. Pouco antes de subir, Ele disse aos discípulos que aguardam no Monte das Oliveiras, "Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até mesmo para a parte mais remota da terra "(At 1:8), "um abortivo", a quem ele próprio considerado como "o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus "(1 Cor. 15: 8-9). Mas, pela graça e escolha soberana de Deus, ele também foi totalmente um apóstolo como os outros (ver, por exemplo, Rm 1:1:13; 1Co 9:11Co 9:1). Essas testemunhas certamente teria incluído companheiros pregadores e professores de Paulo, como Barnabé e Silas (ver Atos 14:1-3, 21-22; At 15:35; At 20:4), Timoteo foi exposto ao ensino público e um advogado privado de muitos piedosos testemunhas , além de Paulo.

Paratithēmi ( confiar ) é aqui um imperativo e carrega a idéia de depositar algo valioso para a custódia. É uma forma verbal do substantivo ( parathéke ), usado duas vezes no capítulo anterior, referindo-se ao tesouro Paulo tinha confiado ao Senhor (01:12), e que Paulo tinha confiado a Timóteo (v. 14) —ou seja, o tesouro "das sãs palavras que você já ouviu falar de mim" (v. 13). Agora foi a vez de o tesouro com o qual Timoteo tinha sido confiada a ser confiada por ele para os outros.

Atribuição de Timóteo era para executar a segunda volta, por assim dizer, deste relé espiritual, no qual ele foi para confiar as coisas que ele tinha sido ensinado por Paulo, isto é, passar sobre o ensino em profundidade de Verbo— de Deus a homens fiéis sob os seus cuidados. Aquilo que ele era guardar cuidadosamente (01:14:. Conforme 1Tm 6:20), ele também era ensinar cuidadosamente.

A verdade Paulo está falando aqui é para além da mensagem do evangelho de base da salvação, que deve ser pregado a todos os que vão ouvir. Ele é bastante falando sobre o cuidado da formação, sistemática de líderes da igreja que vai ensinar e discipular outros crentes na plenitude da Palavra de Deus. Este ministério especial é ser seletivo. Ela é reservada para homens fiéis, que sejam capazes de ensinar a outros. Ele está dirigindo Timoteo investir na vida dos homens espiritualmente devotos que são dotadas de ensinar potenciais pastores e evangelistas.Esses homens já deve ter provado o seu amor pelo Senhor e seus dons a serviço Dele. Eles devem ser pré-qualificada pela personagem comprovada e capacidade espiritual, bem como pelo trabalho frutífero.

Pistos ( fiéis ) é usado mais adiante neste capítulo da confiabilidade da promessa de Deus de que "se nós morremos com Ele, também viveremos com Ele" (v. 11), e alguns versos depois de o próprio Cristo, que, mesmo " se somos infiéis, ... permanece fiel, pois Ele não pode negar a si mesmo "(v. 13). Em outras palavras, esta atribuição especial é reservada para os homens cujo caráter reflete a fidelidade de a própria Palavra de Deus e do próprio Filho de Deus. Neste contexto, o fiel não só se refere ao caráter espiritual, mas a dotação espiritual. Deus não chama cada crente para ser um professor e um professor de professores. Paulo sabia que Timóteo teve como superdotação (ver 1:
6) e aqui instrui-lo a encontrar outras pessoas que estavam tão talentoso e ensiná-los.

Como Timóteo, cada pregador e professor é para proteger a pureza e integridade da Palavra de Deus. Algumas das pessoas também são chamados para ensinar de forma precisa e totalmente outros líderes piedosos na igreja. Como já mencionado, se a igreja é fraca, é porque os seus líderes são fracos. Por outro lado, se a igreja é ser forte, os seus dirigentes deve ser forte. E os líderes podem tornar-se forte somente se eles são cuidadosamente construído na Palavra de Deus. Todos nós recebemos a verdade de homens fiéis diante de nós, e nós devemos preservá-lo para que ele seja transmitido de forma precisa e totalmente para a próxima geração (conforme 1Tm 6:20;. 2Tm 2:142Tm 2:14.).

É por essa Proposito principal de que as escolas bíblicas, faculdades cristãs e seminários são fundadas e que livros e comentários são escritos para preparar os homens cristãos e mulheres dedicados para o serviço eficaz para a igreja e no mundo. E dentro desse objetivo mais amplo é o mais estreito de dar atenção especial para levantar novas gerações de líderes espirituais maduros que são treinados de forma única e atribuída a guarda com cuidado e articulam fielmente a verdade de Deus.

Tanto antes como sob a Antiga Aliança, Deus levantou muitos homens e mulheres fiéis a ser suas testemunhas. Ele também chamado de Israel como uma nação de "ser para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa" (Ex 19:6), Deus tinha dado uma comissão semelhante ao Seu povo escolhido de Israel. Infelizmente, foi uma comissão que tinham deixado de ouvir e cumprir, e, pelo tempo de nosso Senhor, a liderança de Israel era apóstata e satânico (conforme Jo 8:44).

A terceira volta no revezamento é para os líderes espiritualmente maduros, ou homens fiéis, que se foram cuidadosamente treinados, para ensinar aos outros que mostram a promessa. Este é apenas o início de um processo contínuo de reprodução espiritual, do que está sendo ensinado e de ensino, que é continuar até que nosso Senhor retornar.

Em um nível mais geral, um processo semelhante deve envolver todos os crentes, o que quer que seus dons espirituais particulares possam estar. Esta responsabilidade se aplica especialmente aos mais velhos "que labutam na pregação e no ensino" (1Tm 5:17). Mas os pais, os professores de escola dominical, e líderes de jovens também são responsáveis, com o melhor de sua capacidade, para transmitir a Palavra de Deus para aqueles sob seus cuidados. Todo cristão tem essa responsabilidade por qualquer irmão ou irmã em Cristo, a quem ele tem oportunidade de discípulo, mesmo que brevemente.

Em um sentido mais amplo ainda, cada crente tem a responsabilidade de ensinar a verdade de Deus a qualquer outro crente, mesmo aquele que é mais velho e mais maduro na fé. Pastores podem aprender com outros membros da igreja, os pais podem aprender com seus filhos, os professores podem aprender com seus alunos, as esposas podem aprender com seus maridos, maridos podem aprender com suas esposas, e os amigos podem aprender com os amigos.

O Soldado

Sofre comigo como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em serviço se embaraça ativa nos assuntos da vida cotidiana, para que ele possa agradar aquele que o alistou como soldado. (2: 3-4)

A segunda figura Paulo usa para ilustrar as características de uma vida espiritual forte é a de um soldado. Em sua carta à igreja de Éfeso, Paulo expande esta figura. Depois de seu advogado já referido, para "ser fortes no Senhor e na força do seu poder" (6:10), ele diz: "Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que você pode ser capaz de manter-se firme contra o ciladas do diabo. Porque a nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra os principados, contra as potestades, contra as forças deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, que você pode ser capaz de resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer inabaláveis ​​"(vv. 11-13). Ele advertiu os crentes de Corinto sobre o lado ofensivo dessa batalha, dizendo: "Embora nós andando na carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para destruição de fortalezas "(2 Cor. 10: 3-4).

Paulo não só exorta Timóteo para servir ao Senhor como um soldado, mas como um bom soldado de Cristo Jesus. Um cristão espiritual não se limita a fazer o dever mínimo para o seu Senhor, Jesus Cristo, mas serve com tudo o que ele é e tem.

A primeira marca de um bom soldado que Paulo menciona é a vontade de sofrer privações. Ao adicionar comigo, ele dá a garantia de que ele não pediria nada de Timoteo que ele mesmo não estava fazendo ou dispostos a fazer. Sunkakopatheō ( sofrer dificuldades com ) é um verbo composto que significa sofrer mal ou dor junto com outra pessoa. Um estudioso traduz a frase, "tomar a sua parte do tratamento áspero." Com não representa uma preposição grega separado, mas é uma parte ( sol ) do verbo. Me é apenas implícito no grego, o contexto indica que Paulo estava falando de si mesmo.

É difícil para os cristãos na maior parte do mundo ocidental para entender o que a guerra espiritual sério e sofrimento por Cristo significa. O ambiente secular em nossa sociedade está se tornando cada vez mais hostis ao cristianismo e à religião em geral. Mas nós não estamos confrontados com a perda do emprego, prisão e execução por causa da nossa fé. Com poucas exceções, ser cristão não vai manter um aluno fora da faculdade ou um trabalhador de conseguir um bom emprego. Mas o mais fiel cristão se torna e mais o Senhor abençoa o seu trabalho, mais Satanás vai colocar obstáculos, dificuldades e rejeição no caminho, o mais evidente a guerra espiritual se tornará, e quanto mais freqüente e evidente a dificuldade se tornará .

Um soldado em serviço ativo não tem um trabalho 9 a 5, ou até mesmo um longo de 60 ou 70 horas semanais de trabalho. Ele é um soldado 24 horas por dia, todos os dias do ano. Seu corpo, sua saúde, suas habilidades, seu tempo, tudo que ele está-pertencem às forças armadas em que ele serve. Mesmo quando estava de licença, ele está sujeito a recordar a qualquer momento, sem aviso prévio e por qualquer motivo. E sempre que ordenou em dever perigoso, ele é esperado para colocar sua própria vida em risco, sem dúvida ou hesitação.

Por isso, ele é separado do seu ambiente normal, de modo que ele não vai embaraçar-se nos assuntos da vida cotidiana. Embaraçar-se traduz uma forma passiva de emplekō , o que significa, literalmente, para tecer. Paulo não está falando sobre coisas que necessariamente estão erradas em si mesmas. Não é que um soldado deve ter nenhum contato com seus antigos amigos e arredores, mas não que ele é tornar-se preso e enredados neles. Essas coisas são irrelevantes para o seu soldado e está sempre sujeito a ser abandonada. Da mesma forma, um bom soldado de Cristo Jesus se recusa a permitir que assuntos terrenos para interferir com o cumprimento de seu dever para com o seu Senhor. Muitos cristãos, pastores, ministérios especiais, e igrejas doutrinariamente de som têm sido minados por preocupações e atividades que são inocentes em si, mas foram autorizados a multidão para fora o objetivo principal de servir a Jesus Cristo no avanço do seu reino contra as forças das trevas.

Jesus reconheceu que essa desconexão e chamar a dever exigido de seu fiel discípulo, um soldado em Seu serviço ativo, não é fácil. Como ele e seus discípulos

estavam indo ao longo da estrada, alguém lhe disse: "Eu te seguirei aonde quer que vá." E Jesus disse-lhe: "As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça." E ele disse a outro: "Segue-Me." Mas ele disse: "Deixa-me ir primeiro enterrar meu pai." Mas Ele disse-lhe: "Permitir que os mortos sepultem os seus próprios mortos;. Mas como para você, vá em todos os lugares e proclamar o reino de Deus" E outra também disse: "Eu te seguirei, Senhor, mas primeiro permita-me dizer adeus para os que estão em casa." Mas Jesus disse-lhe: "Ninguém, depois de colocar a mão no arado e olha para trás é apto para o reino de Deus." (Lucas 9:57-62)

Na parábola dos solos, Jesus identifica falsos crentes cuja fé nonsaving é de curta duração com "aquele em que foi semeado entre os espinhos, este é aquele que ouve a palavra, e a preocupação do mundo, ea sedução das riquezas sufocam a palavra, e ela fica infrutífera "(Mt 13:22).Esse é o tipo de cristãos professos temporários de quem Pedro fala: "Se depois de terem escapado das corrupções do mundo pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, ficam de novo envolvidos nelas e são superados, o último estado tornou-se pior para eles do que o primeiro "(2Pe 2:20).

"A preocupação do mundo, ea sedução das riquezas" da qual Jesus falou estão entre os assuntos da vida cotidiana que podem manter um descrente de receber Cristo e pode manter os crentes de servi-Lo fielmente. Assim como o soldado obediente coloca a sua vida com vontade na linha em serviço do seu país, para os fiéis cristãos de boa vontade "negar a si mesmo, tome a sua cruz e siga-[Cristo]" (Mt 16:24). Ele vai dizer como Paulo: "Eu não considero a minha vida de como preciosa para mim mesmo, para que eu possa terminar minha carreira, eo ministério que recebi do Senhor Jesus" (At 20:24).

A terceira marca de um bom soldado é um desejo genuíno de agradar aquele que o alistou como soldado. Da mesma maneira, mas de muito maior importância, desejo mais profundo de um cristão é para agradar ao Senhor Jesus Cristo, seu comandante-em-chefe, aquele que o alistou. É impossível servir a dois comandantes-em-chefe, assim como é impossível servir a dois senhores (Mt 6:24). Fondest esperança O fiel cristão é ser recompensado por serviço leal e ouvir o Mestre dizer: "Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, eu vou colocar você no comando de muitas coisas, entra na alegria de seu mestre "(Mt 25:21).

O forte desejo de agradar a outras pessoas é uma característica integral do homem caído. E por causa da contínua influência do velho self (Ef 4:22), mesmo os cristãos são tentados a ser para agradar aos homens. Muitos cristãos sucumbir a essa tentação e tornar-se mais preocupado em agradar seus companheiros de trabalho, os vizinhos, e os seus amigos do que em agradar ao Senhor. E pela mesma razão, muitos pastores cair na armadilha de querer agradar a suas congregações ou suas comunidades mais do que agradar ao Senhor. Esse desejo inevitavelmente leva ao declínio moral e espiritual, porque agradar o mundo, incluindo os cristãos mundanos, exige compromisso da verdade de Deus, os padrões de Deus, e da santidade pessoal. Exige abandonando Cristo como nosso primeiro amor. A partir da situação da igreja de Éfeso, alguns anos depois que Paulo escreveu esta carta a Timóteo (que estava pastoreando em Éfeso), sabemos que abandonar a Cristo como nosso primeiro amor é possível, mesmo quando nossa doutrina é sólida e que se esforçam e perseverar para ele (veja Apocalipse 2:2-4). Quando isso acontece, é preciso "lembrar, portanto, a partir de onde [nós] caíram, e arrepende-te" (v. 5). Devemos nos lembrar de testemunho sóbrio de Paulo: "Se eu ainda estivesse tentando agradar a homens, não seria um servo de Cristo" (Gl 1:10.). Quando Cristo é o nosso primeiro amor, vamos "que também nos esforçamos, seja em casa ou ausente, para ser agradável a Ele" (2Co 5:1; 1Ts 2:41Ts 2:4.). A vitória de Paulo no reino do ministério era dependente de seu corpo, com as suas paixões e impulsos, não estar no controle dele, mas sim que ele dela.

Como Paulo enfatiza nessa passagem, a coroa ( stephanos ) para que os atletas gregos competiu era perecível, mas aquele para o qual concorre o cristão espiritual é imperecível. É "a coroa [ stephanos ] da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda "(2Tm 4:8; Ap 2:10). Um dia, como os vinte e quatro anciãos, que "vai cair diante daquele que se assenta no trono, e adorarão o que vive para todo o sempre, e vai lançar o [nosso] coroas diante do trono" (Ap 4:10 ).

O Farmer

O fazendeiro e trabalhador deveria ser a primeira a receber a sua parte das culturas. (2: 6)

A quarta e última imagem familiar Paulo usa para ilustrar características de uma vida espiritual forte é a de um agricultor. O agricultor trabalha para ganhar a cultura por si mesmo. É assim que ele faz a sua vida. Nos tempos do Novo Testamento, trabalhadores rurais, muitas vezes foram pagos com uma parte das culturas que ajudaram a plantar, cultivar e colher. O agricultor trabalhador recebeu não só uma maior participação, mas também o primeiro ... participar dos frutos. O professor tem recompensa em saber que ele enriqueceu as vidas de seus alunos, o soldado tem a recompensa de agradar seu comandante-em-chefe, o atleta tem a recompensa de um troféu, o agricultor tem a recompensa do primeiro e melhor participação das culturas.

Hard-trabalho é uma forma de particípio do verbo kopiaō , o que significa que labutar intensamente, a suar e tensão até o ponto de exaustão, se necessário. O agricultor trabalhador começa seu trabalho duro e exigente cedo e sai tarde. Ele suporta o frio, o calor, a chuva e da seca.Ele ara o solo se é difícil ou solto. Ele não espera por sua própria conveniência, porque as estações do ano não espere por ele. Quando chega a hora de planta, ele deve plantar; quando as ervas daninhas aparecer, ele deve removê-los; e quando a colheita está madura, ele deve colhê-la.O que leva o homem a tal trabalho duro é a colheita.

O professor, muitas vezes encontra alegria na mente aspirantes de seus alunos, o soldado tem muitas vezes a emoção de batalha, e o atleta a emoção de competir. Mas a maior parte das horas de trabalho de um fazendeiro são tedioso, monótono e sem vitalidade. E, ao contrário do professor, o soldado, e o atleta, um agricultor muitas vezes trabalha sozinho. Ele não tem alunos para estimulá-lo, não há companheiros soldados para lutar com ele, não há companheiros de equipe ou multidão para animá-lo.
Vidas de muitos cristãos são como o fazendeiro. Embora possa haver momentos ocasionais de excitação e satisfação especial, a rotina diária é muitas vezes, por si só, sem atrativos e ingrata. Mas qualquer que seja as suas responsabilidades do dia-a-dia pode envolver, todos os crentes fiéis são prometidas bênção e recompensa de Deus. Podemos ser mal pago, tratado injustamente pelo nosso chefe ou colegas de trabalho, e incompreendido ou apreciadas por outros cristãos. Mas a recompensa de Cristo aos seus discípulos fiéis nunca é deficiente, nunca injusto, nunca é tarde, e nunca omitido.

Nossas boas obras não têm nada a ver com manter a nossa salvação, não mais do que eles tinham alguma coisa a ver com a nossa salvação recebendo. Mas eles têm tudo a ver com o trabalho fora a nossa salvação (Fp 2:12). Não são apenas os "nós ... mão de obra [de Deus]", Paulo recorda-nos, mas nós somos "criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2:10). Quando os crentes diante de tribunal do Senhor, Sua Bema ", obra de cada um se tornará evidente, porque o dia vai mostrá-lo, porque é para ser revelada pelo fogo; e do próprio fogo provará a qualidade da obra de cada um se. a obra de alguém que ele construiu sobre ele permanece, ele deve receber uma recompensa "(13 46:3-14'>1 Cor. 3: 13-14).

Conclusão

Considera o que digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo. (2: 7)

Há certas coisas que o cristão espiritual tem de suportar, como sofrendo pela fé. Há certas coisas que ele tem de evitar, como se enrolar com as coisas do mundo. Há certos mandatos ele tem que obedecer, ou seja, as ordens de seu Senhor. Há certas coisas que ele tem que fazer, incluindo tarefas que parecem banais e comuns. E, tão certo, há coisas que ele será dado para desfrutar, a vitória e os frutos de uma vida dedicada, altruísta, e disciplinada. Através do Seu apóstolo, o Senhor nos assegura: "Sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor" (1Co 15:58.).

Considera o que digo, Paulo continua. O verbo noeo ( consideram ) é usado somente aqui no Novo Testamento. Denota perceber claramente com a mente, de compreensão totalmente, de considerar cuidadosamente, de ponderar e remoendo. A forma aqui é um imperativo, o que indica que Paulo estava dando uma advertência forte, não mero aconselhamento.

O apóstolo estava dizendo a Timóteo, e ainda diz aos crentes de hoje: ". Sob o Senhor, acho que ao longo e cuidadosamente refletir sobre o que eu tenho dito Olhe para a sua própria vida e pergunte-se se você é um cristão forte, um cristão espiritual, uma cristão maduro. Você está dedicando-se a guardar e ensinar a Palavra de Deus? Você negar a si mesmo e contar a sua vida como nada, a fim de servir fielmente o Senhor? Você manter uma distância entre você e os assuntos do mundo? Você continuamente preparar —se para servir o seu mestre? Você entende abnegação e sacrifício? Você está disposto a pagar o preço que ele exige? "
"Se você puder responder sim a essas perguntas," estamos prometidos, o Senhor te dará entendimento em tudo. Você será conduzido com sabedoria e discernimento através dos desafios para a vitória.

4. Motivos para se ter um Ministério sacrificial (II Timóteo 2:8-13)

Lembre-se de Jesus Cristo, ressuscitado dentre os mortos, descendente de Davi, segundo o meu evangelho, pelo qual sofro mesmo à prisão como um criminoso; mas a palavra de Deus não está presa. Por esta razão, tudo suporto por causa daqueles que são escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus e com ele eterna glória. É uma declaração de confiança: Porque, se nós morremos com Ele, também viveremos com Ele; se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negarmos, Ele também nos negará; se somos infiéis, ele permanece fiel; pois Ele não pode negar a si mesmo. (2: 8-13)

Jeremias foi, de longe o homem mais piedoso do seu dia. Mas ele é uma propaganda ruim para o evangelho da prosperidade contemporânea. Durante a maior parte de sua vida terrena, sua piedade trouxe maior e maior ridículo e perseguição, ending, como tradição, por apedrejamento impiedoso. Ele nasceu em uma família sacerdotal, mas foi chamado para ser um profeta, o profeta mais perseguido no Antigo Testamento. Ele se recusou a comprometer a verdade de Deus, e para que a fidelidade sofreu o que pode ser chamado de um martírio longo da vida. No entanto, ele continuou ansiando para a salvação do seu povo, Orando: "Ah, que minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos numa fonte de lágrimas, para que eu chorasse de dia e de noite os mortos da filha do meu povo!" (Jr 9:1;. conforme Lc 6:46). Um pouco mais tarde, Ele disse aos Doze: "Quem não toma a sua cruz e siga-Me depois não é digno de mim. Quem acha a sua vida perdê-la, e quem perder a sua vida por minha causa achá ela "(Mt 10:38-39.). Perto do fim do Seu ministério terreno, como "Cristo começou a mostrar aos seus discípulos que era necessário ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia", Ele repetiu a verdade mais cedo em palavras ligeiramente diferentes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la; mas quem perder a sua vida. por minha causa achá-la "(Mt 16:21, 24-25). Em que é comumente chamado de Seu segundo discurso de despedida, Jesus disse: "Lembre-se da palavra que eu vos disse: 'Um escravo não é maior que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós "(Jo 15:20).

O serviço fiel ao Senhor sempre foi caro. Falando de santos do Antigo Testamento, o escritor de Hebreus disse que alguns "foram torturados, não aceitando o seu lançamento, a fim de que eles possam obter uma melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, sim, também correntes e prisão Foram apedrejados,. foram serrados ao meio, eles foram tentados, eles foram condenados à morte com a espada; andaram de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montanhas e cavernas e buracos no chão "(Heb. 11: 35-38). Esses homens e mulheres de Deus poderia ter ecoou as palavras de Paulo: "Eu não considero a minha vida de como preciosa para mim mesmo, para que eu possa terminar minha carreira, eo ministério que recebi do Senhor" (At 20:24 ).

Ao longo da história da igreja, o custo do discipulado continua a ser elevado. Milhões e milhões de pessoas severamente sofreu por causa de Cristo, incluindo aqueles que depuseram as suas vidas. Muitos crentes têm sido difamado e abandonado pelos cônjuges incrédulos, uma deserção que é particularmente difícil para as mulheres que são deixadas com filhos para sustentar. Muitas vezes, há rejeição e ostracismo pelos associados da família, amigos ou de negócios que se ofendem com o evangelho. Mesmo na igreja, "aqueles que desejam fazer uma boa exibição na carne" ressentir verdadeira piedade. Eles substituem os padrões humanamente realizáveis, como os judaizantes fez em relação à circuncisão, para os padrões espirituais de Deus, a fim de "que não podem ser perseguidos por causa da cruz de Cristo" (Gl 6:12). Crentes que são egocêntricos e obstinado encontrar padrões de Deus para ser onerosa e muitas vezes tornam a vida difícil para os crentes que procuram, no poder do Espírito, para viver de acordo com eles.

Durante a Segunda Guerra Mundial, onze missionários foram martirizados na ilha de Panay nas Filipinas. Um deles foi o Dr. Francis Rose, que tinha escreveu estas palavras comoventes e desafiadores no que é comumente chamado de "Hino do Mártir":
Todo o progresso humano até Deus
Manchou as escadas do tempo com sangue;
Para cada ganho para a cristandade
É comprado por alguém martírio.

 

Para nós, ele derramou o copo carmesim,
E mandou-nos tomar e beber tudo.
Ele mesmo ele derramou para nos libertar.
Ajude-nos, ó Cristo, para beber com você.

 

Dez mil santos vêm lotando casa,
De den e catacumba de leão.
A ferro e fogo e bestas desafiou;
Para Cristo, seu Rei, que de bom grado morreu.

 

Com os olhos da fé que vemos hoje
Essa coluna levou-Cruz encerrar o seu caminho
Up repetido Calvário de vida.
Nós subimos, ó Cristo, para seguir-te!

Até Cristo voltar, o anúncio corajoso do Evangelho vai continuar a agitar a animosidade e oposição do cego espiritualmente, o mundo que rejeita Cristo. No discurso de despedida mencionado acima, Jesus disse aos discípulos: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (Jo 16:33). Mais tarde, na presente carta, Paulo lembra a Timóteo que "todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (2Tm 3:12). Satanás fará com que a perseguição acompanha fidelidade a Cristo.

Em II Timóteo 2:8-13, Paulo garante este jovem pastor que, no entanto, não é razão mais do que suficiente para ele, e todos os cristãos, a sofrer de bom grado por Cristo, para colocar tudo nesta vida na linha para ele. Nenhum sacrifício-ironia, alienação, rejeição, abandono, a prisão, ou até mesmo a morte, é um preço muito alto a pagar. A importância e as recompensas de uma vida fiel e ministério, para não mencionar a honra e glória do Senhor nós confio e servir, superam qualquer sacrifício pessoal que a nossa confiança e de serviços pode incitar.

Menos de dez anos antes, Paulo havia escrito a igreja em Roma,

Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Assim como está escrito: "Por amor de ti somos ser condenado à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro." Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor "(Rom. 8: 35-39).

Foi por causa do que a confiança que o apóstolo também poderia dizer: "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas angústias, nas perseguições, nas dificuldades, pelo amor de Cristo, pois, quando sou fraco, então é que sou forte" (2Co 12:10).

Enquanto escrevia este último carta inspirada de sua vida, Paulo sabia que ele estava perto do fim. "O tempo da minha partida está próximo", disse ele. "Combati o bom combate, terminei o curso, eu guardei a fé" (2 Tim. 4: 6-7). Timoteo entendido muito bem que, se ele ministrava como corajosa e fielmente como Paulo, ele também pode sofrer tão severamente como Paulo. Por isso, o apóstolo roga Timoteo ter a mesma confiança inabalável em Cristo e a mesma disposição não qualificado a sofrer por causa dele que o tinha sustentado ao longo dos seus próprios anos produtivos, mas cheios de dor e que lhe permitiu "Combati o bom combate" e "guardei a fé", mesmo quando enfrenta os inimigos mais ameaçadores.

Paulo pode ter dúvidas antecipados que viriam à mente de Timoteo após as admoestações de 2: 1-6. " Por que eu deveria ser um fiel professor de professores? " ele pode ter se perguntado. " Por que eu deveria sofrer dificuldades como um soldado, competir para ganhar como um atleta, e trabalham duro como um fazendeiro? "

O que quer que Timoteo pode ter pensado, o apóstolo oferece quatro motivos poderosos para fidelidade. Ele o chama para lembrar a preeminência do Senhor (v. 8), o poder da Palavra (v. 9), o objetivo do trabalho (v. 10), e da promessa de recompensa (vv. 11-13) .

A preeminência do Senhor

Lembre-se de Jesus Cristo, ressuscitado dentre os mortos, descendente de Davi, segundo o meu Evangelho, (2: 8)

"Timóteo", Paulo está dizendo: "seu serviço vai ser mais agressivo, você vai ter mais coragem, mais ousadia, maior resistência do tratamento do mal e do sofrimento para o Senhor, se você lembrar sua preeminência, quem Ele realmente é-nada menos que Deus encarnado, Jesus Cristo. "

Tal como acontece com os verbos precedentes "ser forte" (v. 1), "confiar" (v. 2), e "considerar" (v. 7), o verbo grego traduzido lembrar é um também, são as seguintes as-imperativo: " lembrar "(v. 14)," ser diligente "(v. 15)," evitar "(v. 16)," abster-se "(v. 19)," fugir "e" perseguir "(v. 22), e "recusar" (v. 23). Estes são comandos suaves, mas os comandos, no entanto. Para uma vida espiritual produtivo e fiel, não são opções, mas imperativos, porque todos eles caracterizar a vida sem pecado do nosso exemplo supremo, Jesus Cristo. Como João nos lembra: "Aquele que diz que permanece nele, [Cristo] deve-se à andar do mesmo modo como Ele andou "(1Jo 2:6). Devemos corrigir "os nossos olhos em Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus" (He 12:2). Que a verdade é de "primeira importância", porque, "se Cristo não ressuscitou, [nossa] fé é inútil; [e] ainda estão em [nosso] pecados .... Se a nossa esperança em Cristo só nesta vida , somos de todos os homens os mais dignos de lástima "(vv. 17, 19).

Nosso Senhor prometeu dificuldade. "E sereis odiados por todos por causa do meu nome", disse Ele, "mas é aquele que perseverar até o fim, que serão salvos, mas sempre que eles vos perseguirem numa cidade, fugi para outra;. Para realmente Eu digo a você, você não deve terminar de percorrer as cidades de Israel, até que o Filho do Homem vier O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu senhor "(Mt 10:22-24.)..

Paulo não está falando de lembrar a ressurreição, por mais importante que seja, mas sim de se lembrar de Jesus Cristo, que está vivo por causa da ressurreição, tendo sido ressuscitado dos mortos. Não servimos um evento passado ou uma pessoa meramente histórico. Jesus, de fato, viver uma vida humana e uma morte humana. Mas nós adorar e servir a Ele, porque Ele não é mais morto, mas vivo. Nós lembrar e adorar e servir a viver Jesus Cristo.

Por Sua ressurreição, Cristo tornou-se "o primogênito dentre os mortos, para que Ele mesmo pode vir a ter o primeiro lugar [preeminência] em tudo" (Cl 1:18). Não só isso, no entanto; por amor de nós, Ele também se tornou "o primogênito entre muitos irmãos" (Rm 8:29), a fim de que possamos ser levantada e viver com Ele por toda a eternidade, como "a assembléia e igreja do primeiro— Nascido em que estão inscritos nos céus "(He 12:23).

Quando nos lembramos de Cristo como nosso Senhor ressuscitado, nos concentramos em sua natureza de Deus e Seu papel como Salvador. Por meio de Sua morte e ressurreição, Cristo quebrou os grilhões do pecado e do seu salário, a morte, que é a maior arma de Satanás.Quando confiamos em Deus, Ele se tornou nosso Salvador e nosso Senhor, quebrando o poder do pecado, da morte, e de Satanás em nossas próprias vidas. Que maior motivação para o serviço a Ele poderia haver do que servir Aquele que venceu a morte e fez isso por nós (Jo 14:19)?

Devemos também lembrar de Jesus Cristo em sua humanidade, em sua identificação com a humanidade caída como um descendente de Davi "segundo a carne" (Rm 1:30). Sua descendência humana de Davi não só fala de Sua humanidade como o nosso simpático e misericordioso Sumo Sacerdote, que conhece todo o nosso sofrimento e sentiu toda a nossa dor (He 2:14, He 2:18), mas também de sua realeza e majestade. Antes de concepção de Jesus, o anjo proclamou a Maria: "Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo, eo Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e Ele reinará sobre a casa de Jacó para sempre, eo seu reino não terá fim "(Lucas 1:32-33). Em suas últimas palavras directas para o apóstolo João na ilha de Patmos, Jesus falou de si mesmo como "a raiz ea geração de Davi, a brilhante estrela da manhã" (Ap 22:16).

Portanto, se Jesus Cristo é nosso Salvador divino e soberano Senhor, por que devemos nos preocupar sobre o que nos acontece nesta vida? Como nosso Sumo Sacerdote perfeito, Ele é capaz de "compadecer das nossas fraquezas", porque Ele "foi tentado em todas as coisas como nós somos, mas sem pecado. Vamos, portanto, aproximar-nos com confiança ao trono da graça, para que possamos receber misericórdia e achar graça para socorro em ocasião oportuna "(He 4:16).

Como nosso soberano Senhor, Jesus Cristo controla tudo o que somos e tudo o que nos acontece. Devemos resistir à tentação, mas não precisamos temer, porque nosso Senhor "não permitirá que [nós], para ser tentado além do que [nós] são capazes, mas com a tentação, vos proverá livramento, de que [podemos] ser capaz de suportar "(1Co 10:13). Nós não temos nenhuma necessidade de se preocupar com as profundezas de nossos problemas ou tristezas. Isaías dá conforto a todos aqueles que pertencem ao Messias, Jesus Cristo. "Como um pastor Ele vai cuidar de seu rebanho, em seu braço Ele recolherá os cordeirinhos, e os levará no seu seio" (Is 40:11). "Certamente nossas dores Ele levou, e as nossas dores Ele realizados" (53: 4), o profeta mais tarde escreve.

Nós não temos nenhuma necessidade de temer a perda da salvação, porque nosso Senhor nos garante a nossa segurança perfeita e absoluta nEle. "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem", disse Ele; "E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão" (João 10:27-28). "Ele é capaz de guardar para sempre os que se aproximam de Deus por meio dele, pois vive sempre para interceder por eles" (He 7:25). Não temos necessidade de temer a morte. "Porque eu vivo," Jesus disse: "vós vivereis" (Jo 14:19). Todo crente pode dizer com Paulo: "Para mim, o viver é Cristo, e morrer é lucro" (Fm 1:21).

De acordo com meu evangelho não se refere a opinião pessoal de Paulo sobre o evangelho, mas a mensagem divinamente revelado de Jesus Cristo confiou a ele e que ele proclamou como "apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus" (2Tm 1:1) . Paulo foi "prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas angústias, nas perseguições, nas dificuldades, pelo amor de Cristo, pois quando estou fraco", ele testemunhou ", então é que sou forte" (II Coríntios 0:10.).

O ponto de Paulo no presente verso, portanto, não é para reclamar sobre a sua própria condição lamentável, mas sim de apontar-se, pelo contrário, o soberano, livre palavra de Deus. O apóstolo teria concordado plenamente com o autor de Hebreus, que declarou: "A palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, e de juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb . 4:12). Como Paulo tinha escrito a igreja de Éfeso, "A espada do Espírito ... é a palavra de Deus" (Ef 6:17), e este "espada" divina não pode ser levado para fora do Espírito mão por homens, por demônios, ou mesmo pelo próprio Satanás.

Sempre houve pessoas na igreja, e nunca mais do que em nossos dias, que acreditam que o poder do evangelho é restrito pela oposição social ou político. Consequentemente, eles argumentam que arriscar censura pública, para não mencionar detenção e prisão para corajosamente pregar o pecado, arrependimento e do evangelho, deve ser evitado. Eles discrição conselho e às vezes até mesmo compromisso, a fim de tornar a mensagem mais aceitável e, supostamente, mais eficaz.
Muitos cristãos estão sob a ilusão de que a Palavra de Deus tem sido influente no mundo ocidental, especialmente em democracias como os Estados Unidos, principalmente por causa das garantias legais de liberdade de religião, e que a luta para manter essa liberdade é, portanto, uma luta para preservar o poder do evangelho. Na verdade, alguns cristãos que jamais pensaria em confrontar a sociedade com o evangelho ousada e exigente e ser censurado por isso vai lutar fortemente por algum problema social ou política de uma forma que pode levá-los presos. A liberdade religiosa é certamente louvável, e os cristãos que gostam dele deve ser gratos e aproveitar as oportunidades que oferece para a adoração, testemunho e serviço. Mas o poder da Palavra de Deus nunca foi dependente da proteção do homem ou sujeita a restrições do homem.Isso é precisamente o ponto de Paulo. A palavra de Deus não é, e não pode ser, preso.

Ao mesmo tempo, havia cerca de 600 quilômetros de catacumbas sob a cidade de Roma, quase todos eles cavaram e usado por dez gerações de cristãos ao longo de um período de 300 anos. Nos primeiros séculos da Igreja, as catacumbas serviu como reuniões e locais de sepultamento para, talvez, até quatro milhões de cristãos. A inscrição comum encontrado nas paredes há "A Palavra de Deus não está presa." Em seu famoso hino "Castelo Forte é nosso Deus," Martin Luther declarou: "O corpo que pode matar;. A verdade de Deus permanece ainda"
João Bunyan escreveu sua obra mais famosa, O Peregrino, enquanto preso em Bedford, na 1nglaterra, para pregar o evangelho. No entanto, durante vários séculos que o livro era o segundo em vendas apenas para a Bíblia. Janela da cela de Bunyan enfrentou um alto muro de pedra que cercava a prisão, o que torna impossível ver dentro ou fora de sua cela. Em muitos dias, no entanto, ele iria pregar em voz alta o suficiente para a sua voz para ser ouvido do lado de fora do muro, onde centenas de ouvintes, crentes e não crentes, aguardada com grande expectativa a sua proclamação da Palavra de Deus, que foi não confinada por muros de pedra ou barras de ferro .

Antes da conquista comunista no final de 1940 e início de 1950, havia mais de 700 mil cristãos na China. Durante a subsequente "revolução cultural", pelo menos 30 milhões de chineses foram massacrados, incluindo a maioria dos cristãos. No entanto, depois de mais de quarenta anos de opressão brutal, encarceramento e execuções, a igreja de Jesus Cristo naquele vasto país tem uma adesão correntes de cerca de 30 a 100 milhões. Embora cópias escritas das Escrituras ainda são escassos, a verdade da Palavra de Deus permanece em seus corações. Seu poder não pode ser ligado. Quanto mais ele for assaltado, mais ela prevalece.

André Melville foi o sucessor de João Knox na Reforma escocesa. Em uma ocasião, um certo oficial mandou prendê-lo e disse: "Nunca haverá tranquilidade neste país até meia dúzia de você ser enforcado ou banido [a partir] do país". Com perfeita compostura, Melville destemidamente respondeu: "É o mesmo para mim se eu apodrecer no ar ou na terra A terra é do Senhor;.. A minha pátria é onde quer fazer o bem é que eu estava pronto para dar a minha vida, quando não era metade, bem vestido, com o prazer de meu Deus. Eu vivi fora de seu país de 10 anos, bem como no-lo. No entanto, Deus seja glorificado, ele não vai mentir em seu poder para pendurar nem exílio Sua verdade! "

A Proposito do trabalho

Por esta razão, tudo suporto por causa daqueles que são escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus e com ele eterna glória. (2:10)

A terceira motivação para fidelidade é o propósito divino da obra do Senhor na terra antes que Ele volte.

Por este motivo se refere ao que Paulo disse no verso anterior sobre lembrando a preeminência de Cristo e do poder da palavra de Deus. Essas motivações divinos deu o apóstolo a disposição para suportar todas as coisas para o bem daqueles que são escolhidos. Ele não está falando aqui de crentes, mas da de Deus escolhido , que ainda teve que alcancem a salvação que está em Cristo Jesus.

Isso se traduz hina , que, quando usado com um subjuntivo, como aqui com tunchanō ( obter ), indica uma cláusula de propósito. A tradução mais exata, portanto, seria "a fim de que "os descrentes, a quem ele testemunhou pode obter a salvação que está em Cristo Jesus. Paulo não só sofreu por causa da sua fidelidade a Cristo provocou isso, mas também porque, como o Senhor, ele foi "não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2Pe 3:9), que "que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho" (Rm 8:29). Desconsiderando outra Escritura, alguns intérpretes fatalistas usar textos como os que acabamos de citar a argumentar que o evangelismo não é apenas desnecessário, mas presunçoso, alegando que Deus soberanamente salvar aqueles que Ele predestinou, independentemente de haver ou não ouvem e crede no evangelho. Mas a Palavra de Deus apenas como ensina claramente a necessidade da fé para a salvação como faz que a salvação é pela graça livre e soberana de Deus. Jesus disse: "Ninguém pode vir a mim, a não ser que tenha sido concedida a ele a partir do Pai" (Jo 6:65). Mas ele também disse: "Porque Deus amou o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que acredita n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna .... Aquele que crênele não é julgado; aquele que faz não crê já está condenado, por não crer no nome do unigênito Filho de Deus "(Jo 3:16, Jo 3:18, ​​grifo do autor;. conforme v 36). Paulo afirma sucintamente essas verdades companheiro na palavras familiares e de valor inestimável "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2:8). Somos chamados a ser de Cristo "testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até à parte mais remota da terra" (At 1:8).

O fato de que nossas mentes finitas não podem compreender totalmente ou reconciliar tais verdades em nada afecta a sua validade. A soberania de Deus chama cada crente em Sua graça; Ele soberanamente exige sua fé para fazer sua vocação gracioso eficaz; e Ele soberanamente chama aqueles que são salvos para ser suas testemunhas para com aqueles que não são.
João Wesley viajou a pé ou a cavalo cerca de 250.000 milhas, pregando mais de 40.000 sermões, e ele escreveu, traduziu ou editou mais de 200 livros. Ele viveu de forma simples e doou mais de qualquer renda que ele recebeu. No entanto, ele era constantemente ridicularizado e apedrejada por mobs ímpias e foi condenado ao ostracismo por colegas clérigos da Igreja da Inglaterra. Quando caluniado, ele respondeu: "Eu deixo a minha reputação onde deixei minha alma, nas mãos de Deus." Ele nunca perdeu a alegria do serviço ou o seu amor pelo Senhor e para os homens, salvos e não salvos. Um biógrafo, comentou: "Para Wesley foi concedida a tarefa que até mesmo um arcanjo poderia ter invejado."
George Whitefield, um amigo e colega de trabalho próximo com João e Charles Wesley durante o seu ministério no início, passou 34 anos pregando o evangelho nas Ilhas Britânicas e na América. Ele fez treze viagens transatlânticas, que ainda estavam perigosa naqueles dias, e pregou pelo menos 18:000 sermões sobre os dois continentes. O poeta notável e hymnwriter William Cowper-que escreveu "! Oh Para andar mais perto de Deus" e "Há uma fonte cheia de sangue" —penned a seguinte homenagem a Whitefield:
Ele amou o mundo que o odiava.
A lágrima que caiu sobre a sua Bíblia foi sincero.
Assaltado por escândalo ea língua dos conflitos,
Sua única resposta foi uma vida irrepreensível.

Aquele homem resoluto de Deus atendeu o conselho de Pedro para "manter uma boa consciência para que naquilo em que você está caluniado, aqueles que insultam o seu bom comportamento em Cristo pode ser confundido. Porque é melhor, se Deus será que assim , que você sofre por fazer o que é certo e não para fazer o que é errado "(I Pedro 3:16-17).

com ele, Paulo continua, isto é, com "a salvação que está em Cristo Jesus" —Vem glória eterna. Em sua carta à igreja de Roma, Paulo apresenta que a verdade mais plena: "O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus, e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que possamos também ser glorificados com Ele "(8: 16-17).

O Promise da Eternal Bênção

É uma declaração de confiança: Porque, se nós morremos com Ele, também viveremos com Ele; se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negarmos, Ele também nos negará; se somos infiéis, ele permanece fiel; pois Ele não pode negar a si mesmo. (2: 11-13)

Uma quarta motivação para fidelidade a Cristo é a promessa de bênção eterna.
Paulo usa a frase É uma declaração de confiança cinco vezes em Epístolas Pastorais (1 e II Timóteo, Tito), mas é encontrado em nenhum outro lugar no Novo Testamento. Ele parece tê-lo usado para introduzir uma verdade que era axiomático, um truísmo na igreja primitiva que era comumente conhecemos e cremos. O longo período que começa Porque, se nós morremos com Ele e continuando até o versículo 13 pode ter sido usado como um credo na igreja primitiva. Sua paralelismo e ritmo sugerem que estes dois versos (como um Timóteo 3:
16) pode ter sido cantada como um hino, e é por essa razão que alguns textos gregos e várias traduções modernas colocá-lo em forma de verso.

Se nós morremos com Ele pode se referir à morte espiritual do qual Paulo fala em Romanos. "Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo", ele explica, "para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se nós nos tornamos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição, ... para quem está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele "(Rom. 6: 4-5, 7-8).

Mas o contexto 2Tm 2:11 parece sugerir que Paulo aqui tem martírio em mente. Nesse caso, se alguém tem sacrificado a sua vida por Cristo, isto é, tenha morrido com Ele, que o martírio dá evidências de que ele tinha na vida espiritual Ele e viver com Ele por toda a eternidade. A esperança do mártir é a vida eterna após a morte.

Da mesma forma, se perseverarmos perseguição e hostilidade sem ser morto, damos provas de que realmente pertencem a Cristo e que nós também devem, portanto, reinaremos com Ele. Essa também é a esperança dos crentes que vivem em dificuldade, o eterno reino. Basileuōsignifica, literalmente, para governar como um rei ( basileus ). O verbo aqui é o composto sumbasileuō , o que significa a reinar com. O outro lado de que a verdade é que aqueles que não aguentar dar igualmente certo evidência de que eles não pertencem a Cristo e não reinar com Ele.

Embora você estava anteriormente alienado e hostil em mente, envolvidos em atos malignos ", Paulo explicou aos fiéis de Colossos," ainda Ele já reconciliou em Seu corpo carnal pela morte, a fim de apresentá-lo diante dele santos e imaculados e irrepreensíveis —se na verdade, permanecerdes na fé alicerçados e firmes, e não se afastou da esperança do evangelho que ouvistes, que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, fui constituído ministro "( Colossenses 1:21-23.) Só se Cristo é o Senhor da vida, Ele pode apresentar que a vida diante de Seu Pai A única vida que pode "santos e imaculados e irrepreensíveis." resistir é uma vida obediente Uma vida que vai. O não servem nunca vai reinar com Ele.

Jesus prometeu aos Doze: "Em verdade eu vos digo, que vós, que me seguistes, que na regeneração, quando o Filho do Homem se sentar no seu trono glorioso, você também deve se sentar em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel" (Mt 19:28; Lc. 22: 29-30). Os crentes também têm posições de autoridade no reino milenar, como 1 Coríntios 6:2-3 indica: "Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo, se o mundo é julgado por você, você não é competente para constituir o menor tribunais? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais, assuntos desta vida? " (1 Cor. 6: 2-3). Falando de todos os cristãos na glória final, Paulo declarou: "Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça reinarão em vida por um só , Jesus Cristo "(Rm 5:17).

Para suportar, ou perseverar, com Cristo não protege salvação, que é eternamente garantido quando alguém confia em Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Não podemos mais garantir a salvação por nossos próprios esforços ou poder do que primeiro ganhou lo por nossos próprios esforços ou poder.

As próximas duas condições e promessas são negativas e são paralelas, pelo menos na forma, para os positivos anteriores.
Primeiro, Paulo diz: Se o negarmos, isto é, Jesus Cristo, Ele também nos negará. O verbo grego traduzido negar é no tempo futuro, e da cláusula é, portanto, mais claramente prestados, "Se sempre negam" ou "Se no futuro o negarmos." Ele olha para algum confronto que faz com que o custo de confessar Cristo muito alto e, assim, testa a verdadeira fé. Uma pessoa que não consegue resistir e manter sua confissão de Cristo vai negá-lo, porque ele nunca pertenceu a Cristo em tudo. "Qualquer um que ... não permanecer na doutrina de Cristo, não tem Deus; quem permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai eo Filho" (2Jo 1:9; Mc 14:1; Jo 18:16, 25-27). Obviamente crentes como Pedro pode cair em covardia temporária e deixar de ficar para o Senhor. Todos nós fazemos isso de várias maneiras quando estamos dispostos a declarar abertamente o nosso amor por Cristo em uma dada situação.

Confrontado com o custo do discipulado, Pedro era voltado para apenas como um teste como Paulo tinha em mente. Será que ele, assim, evidenciar a falta de verdadeira fé salvadora? Sua resposta à negação, saindo e chorando lágrimas amargas de arrependimento (Mt 26:75.), E restauração do Senhor dele na Galiléia (João 21:15-17) levam à conclusão de que Pedro foi verdadeiramente justificada, embora, obviamente, ainda não está totalmente santificado. E até o Pentecostes, Pedro não tinha a plenitude do Espírito Santo. Depois veio o espírito para viver nele em Nova Aliança plenitude, no entanto, a sua coragem, ousadia e disposição para enfrentar qualquer hostilidade se tornou lendário (conforme At 1:5; At 2:4, 8-13, At 4:19, At 4:21, At 4:31). Pedro morreu como um mártir, assim como Jesus havia predito que ele faria-fiéis em face de execução para o seu Senhor (João 21:18-19). A tradição diz que, por seu próprio pedido, ele foi crucificado de cabeça para baixo, porque ele sentia indigno de morrer da mesma forma que o seu Senhor.

Por isso, talvez a resposta para a questão da negação de Pedro é que a sua foi um fracasso momentâneo, seguido de arrependimento. Ele ainda não tinha a plenitude do Espírito, mas durante o resto da vida depois de Pentecostes ele corajosamente confessou Cristo, mesmo quando isso lhe custou a vida.

O próprio Jesus deu a séria advertência: "Quem quer que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus" (Mt 10:33). Há uma constante, tipo final da negação de que não se arrepende e, assim, evidencia um coração não regenerado. Depois que o homem coxo foi curado perto da Porta Formosa do templo, Pedro testemunhou a gravidade de negar a Cristo. "O Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou seu servo Jesus", disse ele, "aquele a quem vós entregastes e rejeitado [negado] na presença de Pilatos, quando ele tinha decidido soltá-lo. Mas você renegou [negado] o Santo e Justo, e pediu um assassino a conceder a você, mas condenado à morte o Príncipe da vida, aquele a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, um fato ao qual somos testemunhas "(13 44:3-15'>Atos 3:13-15).

O mais perigoso dos que negam a Cristo são "falsos professores ... que introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou" (2Pe 2:1)..

No presente texto, no entanto, a advertência de Paulo poderia incluir aqueles que uma vez alegou Cristo, mas depois negá-Lo , quando o custo do discipulado se torna demasiado elevada. Tais eram os "discípulos [que] retiraram e não estavam andando com Ele [Jesus] mais" (Jo 6:66). É sobre esses falsos cristãos que o escritor de Hebreus diz: "Porque, no caso daqueles que uma vez foram iluminados e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram, é impossível renová-los novamente para arrependimento, visto que novamente crucificando para si mesmos o Filho de Deus, e colocou-o à ignomínia "(He 6:1). Desobediência contínua inevitavelmente confirma infidelidade por eventuating em negação.

A segunda condição negativa e promessa são: Se somos infiéis, Cristo permanece fiel. Neste contexto, apisteo ( infiéis ) significa falta de fé salvadora, e não apenas a fé fraca ou não confiável. Os perdidos em última análise, negar a Cristo, porque nunca tiveram fé nEle para a salvação. Mas Ele permanece fiel, não só para aqueles que nEle crêem, mas para aqueles que não o fazem, como aqui. Garantia divina de Deus para salvar "quem acredita n'Ele [Cristo]" (Jo 3:16) é seguido quase imediatamente por outra garantia divina de que "quem não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus "(Jo 3:18). Assim como Cristo nunca renegar a sua promessa para salvar aqueles que confiam nEle, Ele também nunca vai renegar sua promessa de condenar aqueles que não o fazem. Para fazer o contrário serianegar a si mesmo, que a Sua natureza justa e apenas não pode permitir que Ele faça.

Foi com base na fidelidade absoluta de Cristo que Paulo declarou mais cedo nesta carta: "Eu sei em quem tenho crido e estou convencido de que Ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia" (2Tm 1:12).

5. O perigo do Falso Ensino (II Timóteo 2:14-19)

Lembra-lhes estas coisas, e solenemente cobrá-los na presença de Deus para não disputar cerca de palavras, o que é inútil, e leva à ruína dos ouvintes. Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. Mas evite tagarelice mundana e vazia, pois ele vai levar a mais impiedade, e sua conversa vai se espalhar como gangrena. Entre eles estão Himeneu e Fileto, os homens que se desviaram da verdade dizendo que a ressurreição já ocorreu, e assim perturbar a fé de alguns. No entanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: "O Senhor conhece os que são seus", e: "Vamos todos que profere o nome do Senhor se abster de maldade." (2: 14-19)

As Escrituras afirmam claramente que Deus é a verdade e que Ele só fala a verdade e não pode mentir. Jesus testificou de Seu Pai, "A tua palavra é a verdade" (Jo 17:17); de Si mesmo: "Eu sou o caminho, ea verdade, ea vida" (Jo 14:6). Sua natureza é mentir e enganar. Desde que ele caiu de sua posição exaltada no céu, ele e os anjos que se rebelaram com ele contra Deus e se tornaram demônios estiveram na completa inimizade, unredeemable com Deus e separação Dele. Essa inimizade trouxe conflito ininterrupto entre Deus e Satanás. Seus anjos maus têm estado em conflito permanente com os santos anjos de Deus, e na terra, tem havido conflito incessante entre a verdade de Deus e as mentiras de Satanás.

Próprio povo de Deus não ter escapado a praga da falsidade. Os falsos profetas eram a causa mortis do antigo Israel. Da mesma forma, os falsos mestres, pregadores e até mesmo falsos cristos têm sido a ruína da igreja, e continuará a ser até a volta do Senhor. Jesus previu que, nos últimos dias, "falsos cristos e falsos profetas se levantarão e mostrarão grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, até os escolhidos" (Mt 24:24).

Satanás tenta destruir a verdade de Deus com a sua própria falsidade. Ele tenta manter o mundo caído na escuridão espiritual e para confundir e desencorajar as pessoas de Deus. Foi engano de Satanás que atraiu Eva e depois Adão a desconfiar de Deus, que trouxe o pecado ea morte para a Sua criação perfeita e separou a humanidade agora pecaminosa do Deus santo. Desde aquela época, a humanidade tem existido na lama e atoleiro do pecado e do engano. Através dos séculos, o fluxo constante de falsidade se tornou um mar mais profundo, mais amplo, e cada vez mais destrutivo da impiedade. O ensino falso sobre Deus, sobre Cristo, sobre a Bíblia e sobre a realidade espiritual é pandemia. O pai da mentira está trabalhando incansavelmente para perverter e corromper a salvar e santificar os verdade da Palavra escrita de Deus, a Bíblia, e da Palavra viva, Seu Filho, Jesus Cristo.
Cultos "cristãos" abundam hoje, como nunca antes, como faz todos os tipos de religião falsa. Muitas denominações protestantes que uma vez defendido inerrante Palavra de Deus e do evangelho salvador de Jesus Cristo têm se voltado para a filosofia humana e sabedoria secular. Ao fazer isso, eles abandonaram as verdades centrais do cristianismo bíblico-incluindo a Trindade, a divindade de Cristo, a Sua expiação substitutiva, e da salvação pela graça. Ao rejeitar a verdade de Deus, eles passaram a tolerar e abraçar incontáveis ​​males-universalismo, o hedonismo, a psicologia, a auto-salvação, fornicação e adultério, homossexualidade, aborto, e uma série de outros pecados. Os efeitos do ensino ímpios foram devastadores e condenável, não só para os membros dessas igrejas, mas para um número incontável de os incrédulos que foram confirmados em sua impiedade por religião falsa.

Pedro lembrou crentes do seu tempo que "falsos profetas houve também entre o povo [de Israel], assim como também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre repentina destruição .—se E muitos seguirão as suas sensualidade, e por causa deles o caminho da verdade será blasfemado "(II Pedro 2:1-2).

Paulo advertiu os anciãos de Éfeso: "Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue. Eu sei que depois da minha partida, lobos selvagens entrarão no meio de vós, que não pouparão o rebanho, e que dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si "(Atos 20:28-30). Foi esta ameaça de decepção que causou o Espírito Santo para inspirar Paulo a escrever: "Examinai tudo com cuidado; apegar-se que o que é bom; abster-se de toda forma de mal" (I Tessalonicenses 5:21-22.).

Quando jovem, provavelmente, além de seus trinta e poucos anos, Timoteo tinha sido atribuído por Paulo para ministrar à igreja em Éfeso e para corrigir alguns dos problemas mencionados na referência anterior. Os "lobos cruéis" já havia começado seu trabalho perturbador e destrutivo, ea congregação estava sofrendo sério declínio espiritual e moral. Como sempre acontece, o ensino ímpios levou a vida ímpios.
Em sua primeira carta a Timóteo, Paulo disse:

Como exortei-vos em cima da minha partida para a Macedónia, permanecer em Éfeso, a fim de que você possa instruí certos homens não ensinar doutrinas estranhas, nem de prestar atenção a fábulas e genealogias sem fim, que dão origem a mera especulação, em vez de promover a administração de Deus, que é pela fé .... Este comando confio-vos, Timóteo, meu filho, de acordo com as profecias feitas anteriormente a respeito de vós, que por eles você pode combater o bom combate, mantendo fé e boa consciência, que alguns têm rejeitado e naufragaram no que diz respeito à sua fé. (1 Tim. 1: 3-4, 18-19)

Ele continuou a informar o jovem pastor que "o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, ea doutrinas de demônios, por meio da hipocrisia de mentirosos cauterizada a sua própria consciência, como com um marca de ferro .... Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, nutrido com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido "(4: 1-2 , 6; conforme 6: 3-4, 20-21).

Já na segunda carta, Paulo admoestou Timóteo: "Manter o padrão das sãs palavras que você já ouviu falar de mim, na fé e no amor que há em Cristo Jesus. Guard, por meio do Espírito Santo que habita em nós, o tesouro que foi confiado a você "(13 55:1-14'>2 Tim. 1: 13-14). Em uma passagem mais tarde, ele adverte:

Perceber isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis virão. Pois os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, presunçosos, soberbos, maldizentes, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadoras, sem autodomínio, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, amigos dos deleites do que amigos de Deus; tendo forma de piedade, embora tenham negado o seu poder; e evitar tais homens. Por meio deles são aqueles que entram em domicílios e cativar as mulheres fracas sobrecarregados de pecados, levadas em por vários impulsos, sempre aprendendo e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. (3: 1-7; conforme 4: 1-3)

Avisá-los sobre Ensino Falsa

Lembra-lhes estas coisas, e solenemente cobrá-los na presença de Deus para não disputar cerca de palavras, o que é inútil, (2: 14a)

O propósito de Paulo era para motivar e encorajar Timóteo para manter um aperto firme em que o próprio verdade e dá-lo a outros que façam o mesmo (2: 2). É apenas com um conhecimento profundo da verdade de Deus que falsidade e engano pode ser reconhecido, resistiu, e se opôs.
Por essa razão, Paulo introduz essa passagem sobre o falso ensino com Lembra-lhes estas coisas. Como mencionado no capítulo anterior comentário, lembre traduz um imperativo, assim como muitos outros verbos em II Timóteo 2, por exemplo, "ser forte" (v. 1 ), "confiar" (v. 2), e "considerar" (v. 7), "ser diligente" (v. 15), "evitar" (v. 16), e "abster-se" (v. 19). Por causa do tempo presente no grego, lembrar carrega a idéia de mais persistência.

Eles refere-se a toda a congregação em Éfeso, bem como para os "homens fiéis" mencionadas Nu 2:2)

Começando com o versículo 14, o apóstolo se concentra na de Timóteo negativo responsabilidade de se opor e corrigir falsos ensinos na igreja. Timóteo era para cobrar-lhes solenemente, na presença de Deus para não disputar cerca de palavras, o que é inútil.

Diamarturomai ( Conjuro ) é um verbo forte, aqui usado como um particípio imperativo, que carrega a idéia de severa advertência. A gravidade da admoestação é claro, antes de tudo, porque ainda se intensifica ainda mais comando forte de Paulo no início deste verso de lembrar e, segundo, porque o aviso é para ser dada na presença de Deus. Deus está sempre presente, de claro, e Ele nunca está sem saber o que seus filhos estão fazendo. Mas por causa da profunda perigo de falso ensino, Paulo queria ter certeza de que Timóteo e os admoestou foram conscientemente e continuamente ciente de a presença de Deus. Ser especialmente consciente da presença de Deus acrescenta uma medida de medo saudável do Senhor e, portanto, de aumento da determinação de servi-Lo fielmente.

Paulo usou a frase "na presença de Deus" duas vezes em sua primeira carta a Timóteo (5:21; 6:13). Ele usa-lo novamente nesta carta, dizendo: "Conjuro-te na presença de Deus", e, em seguida, reforça o responsável, acrescentando, "e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua manifestação e Seu reino "(2Tm 4:1). Tranquilizar Zacharias sobre o nascimento de João Batista, o anjo disse: "Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para falar com você, e para trazer-lhe esta boa notícia" (Lc 1:19 ). Para uma multidão de judeus fora do templo pouco depois de Pentecostes, Pedro implorou: "Arrependei-vos, pois, e voltar, de que seus pecados sejam cancelados de distância, a fim de que os tempos de refrigério possam vir da presença do Senhor" (At 3:19) . O escritor de Hebreus nos assegura do aparecimento de Cristo no céu em nosso nome ", na presença de Deus" (He 9:24).

Mas na maioria dos casos, "a presença do Senhor" tem a ver com a severidade de Deus, muitas vezes em julgamento. Perto do início do salmo citado acima, Davi exclama: "Como é impelida a fumaça, assim afastá-los; como a cera se derrete diante do fogo, assim pereçam os ímpios diante de Deus" (Sl 68:2). Ainda mais perigoso, no entanto, eram os "falsos mestres entre [eles na igreja], que [se] introduzir secretamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou" (2Pe 2:1).

O objectivo dessa diligência não é para agradar aos outros, e certamente não para agradar a si mesmo, mas para apresentar-se a Deus aprovado. paristemi ( de apresentar-se ) literalmente significa estar ao lado de. A ideia nessa passagem é que de pé ao lado de ou diante de Deus, de se apresentar para a inspeção, por assim dizer, a fim de ser aprovado por Ele. Dokimos ( aprovado ) refere-se a passar favoravelmente escrutínio cuidadoso e, assim, a ser considerado digno.

O objetivo supremo do professor diligente e altruísta é agradar a Deus. "Porque eu estou agora procurando o favor dos homens ou o de Deus?" Paulo perguntou crentes gálatas. "Ou eu sou procuro agradar aos homens? Se eu ainda estivesse tentando agradar a homens, não seria um servo de Cristo" (Gl 1:10). Cada professor e pregador cristão deve ser capaz de dizer: "Assim como fomos aprovados por Deus para ser confiada com o evangelho, assim falamos, não para agradar aos homens, mas a Deus, que prova o nosso coração" (1Ts 2:4). Tal professor ou pregador é um obreiro que não tem de que se envergonhar.

A implicação clara, especialmente à luz dos três versos seguintes, é que os falsos mestres, por outro lado, têm um grande motivo para se envergonhar. Um dicionário define vergonha como "uma emoção dolorosa causada pela consciência de culpa, falha, ou impropriedade. " Outro afirma que ela é "a sensação dolorosa decorrente da consciência de ter feito algo desonroso". Portanto, ao contrário de um professor que está como obreiro que não tem de que se envergonhar, um professor que se propaga falsidade, especialmente em nome de Deus e sob o disfarce do cristianismo, deveria ter vergonha (conforme 1Jo 2:28) .

É óbvio, porém, que aqueles que têm mais razão para ter vergonha são os mais sem vergonha. Eles estão entre os que Paulo fala em sua carta à igreja de Filipos: "Porque muitos há, dos quais muitas vezes eu lhe disse, e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição, cujo Deus é o seu apetite, e cuja glória é para confusão deles, que fixam suas mentes nas coisas terrenas "(Fp. 3: 18-19, grifo do autor). Aqueles que insistem em perverter o evangelho são nada menos do que "inimigos de Cristo." A maior condenação deles é da pena de Judas, que os chama de "recifes escondidos em suas festas de amor, quando se banqueteiam convosco, sem medo, a cuidar de si mesmos; nuvens sem água, levadas pelos ventos; árvores de outono, sem frutos, duplamente mortas, desarraigadas; ondas furiosas do mar, lançando a sua própria vergonha como espuma, estrelas errantes, para os quais a escuridão preta foi reservado para sempre "(Judas 12:13).

É claro, tanto do Antigo e Novo Testamento, bem como da história da Igreja e do nosso próprio tempo, que muitos dos piores falsos mestres afirmam ser servos de Deus. A maioria dos escribas, fariseus e outros líderes judeus da época de Jesus se considerava o mais piedoso dos santos, bem como os únicos intérpretes confiáveis ​​das Escrituras. No entanto, Jesus disse a respeito deles: "Vós tendes por pai ao diabo, e você quer fazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira "(Jo 8:44).

Mesmo para além destes extremos, alguém que ignora, deturpa, interpreta mal, ou diminui a verdade de Deus, adicionando-lhe ou tirar dela (Ap 22:18-19) tem motivos para se envergonhar, bem como com medo. Conscientemente ou não, aqueles que corrompem e denegrir a verdade de Deus são filhos espirituais de Satanás. Eles são fornecedores de suas mentiras abomináveis ​​e estão sob julgamento soberano e certo de Deus.

A marca de um fiel professor ou pregador é o seu manuseio bem a palavra da verdade. Maneja bem traduz um particípio de orthotomeō , o que significa, literalmente, cortar em linha reta. Ele foi usado de um artesão corte uma linha reta, de um fazendeiro arando um sulco reto, de um pedreiro definir uma linha reta de tijolos, ou de operários que constroem uma estrada reta. Metaforicamente, ele foi usado de realizar qualquer tarefa com cuidado. Porque Paulo era um fazedor de tendas pelo comércio (At 18:3.; Cl 1:5). Muitas outras referências a Deus verdade referem-se a plena revelação da Sua Palavra na Escritura. Jesus, sem dúvida, tinha este significado amplo em mente quando Ele orou ao Pai em nosso nome, "Consagra-os na verdade; a tua palavra é a verdade" (Jo 17:17). Em qualquer caso, o ponto aqui de Paulo é o mesmo. Cada aspecto da de Deus a verdade é para ser tratado de forma precisa, como um dever sagrado por aqueles que ensinam e por aqueles que a ouvem.

O exegeta cuidadoso e expositor da palavra da verdade de Deus deve ser meticuloso na maneira como ele interpreta e pedaços juntos as muitas verdades individuais encontrados nas Escrituras. O primeiro e mais importante é o princípio da baseando doutrina e os padrões de vida nas Escrituras somente ( sola scriptura ), a palavra de ordem fundamental da Reforma Protestante.

Porque a Bíblia é fonte infalível, autoritária, suficiente, e único de Deus de Sua divina palavra da verdade, todas as outras verdades descansa em que a verdade. Não é que a infalibilidade das Escrituras é uma verdade mais importante do que, digamos, a divindade de Cristo ou a Trindade. Mas é só a partir da verdade da Escritura que podemos conhecer todas as outras verdades. De Deus palavra da verdade na Bíblia é a fonte e medir não só de toda a verdade espiritual e moral, mas de toda a verdade de qualquer tipo, em que se fala.

Ao explicar e, evidentemente, tentando justificar, a concepção de seu primeiro filho fora do casamento, um proeminente líder evangélico sustentou que o verdadeiro casamento com sua esposa começou naquele momento, ao invés de no momento do seu casamento. Essa alegação, é claro, totalmente contradiz o que a Bíblia ensina sobre a pecaminosidade incondicional da fornicação. Quando a esposa do homem foi perguntado como se sentia sobre isso "indiscrição" que seja tornado público, acrescentou à torção do marido da Escritura, respondendo: "Bem, agora eu entendo o significado de Jo 8:23," a verdade vos libertará '". O olhar mais superficial em que passagem revela que Jesus não estava falando sobre o sentimento de alívio que muitas vezes vem com ter um pecado justificada. Ele estava falando sobre a verdade da Sua divindade e messianismo. Ele estava falando "aos judeus que haviam crido nele", explicando que o seu saber e, libertados por que a verdade foi condicionada à permanente em Sua Palavra, que iria marcá-los como "verdadeiramente [sua] discípulos" (v. 31) .

Igualmente blasfemo era uma jovem mulher que posou nua para uma revista pornográfica e disse que a experiência tinha atraído mais perto de Deus. Ela ainda afirmou que a promessa bíblica "Aproximem-se de Deus e Ele se aproximará de vós" (Jc 4:8). Esse tipo de conversa é perda de tempo e confusa na melhor das hipóteses e espiritualmente prejudicial na pior das hipóteses, o que obviamente é o que Paulo tem em mente aqui. Palavras de mundanaopinião humana não são mais do que o mal tagarelice.

Paulo não está falando de bate-papo ou fofocas, o que pode causar um dano considerável em uma igreja. Ele está falando de heresia destrutiva que perverte a verdade divina e levará a um maior impiedade. A conversa em si é mau o suficiente, mas quando infecta os ouvintes, o mal é agravado.

Esse perigo não se restringe aos incrédulos ou mesmo crentes imaturos. Paulo está falando diretamente para Timóteo, que, apesar de sua timidez e desânimo temporário, foi, no entanto, um líder espiritual dotado em quem o apóstolo tinha muita confiança. Ele havia sido nomeado líder como o representante oficial do Paulo na igreja em Éfeso. Ninguém está isento da influência corruptora da falsidade. Assim como um médico não pode deixar de ser exposto a uma doença perigosa ele está tratando, um pregador piedoso ou o professor não pode deixar de ser expostos a ideias perigosas. Mas, assim como um médico mantém a exposição ao mínimo e se concentra em destruir a doença, para o pregador piedoso ou professor deve manter a exposição a falsidade no mínimo, enquanto adversária e tentar exterminá-la com a verdade.

Quando falsos mestres são sem oposição ou não impressionados, "muitos seguirão sua sensualidade, e por causa deles o caminho da verdade será blasfemado" (2Pe 2:2). Anteriormente, em que epístola ele diz que não devemos "amar o mundo, nem as coisas do mundo", porque "se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos ea soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo "(2: 15-16). Tiago mesma forma adverte: "Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus?" (Jc 4:4).

Aqueles homens eram apóstatas, como aqueles de quem o escritor de Hebreus escreveu: "No caso daqueles que uma vez foram iluminados e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram, é impossível renová-los novamente para arrependimento, visto que novamente crucificando para si mesmos o Filho de Deus, e colocou-o à ignomínia "(He 6:4). Como Jesus disse de Judas (Mt 26:24), que teria sido melhor se aqueles homens não tivesse nascido.

A heresia particular de Himeneu e Fileto foi sua afirmando que a ressurreição [tinha] já ocorrido (conforme 1Co 15:12). Paulo não explicar o que a ressurreição eles tinham em mente. Nem a ressurreição de Jesus (que havia ocorrido), nem a ressurreição física dos crentes (que ainda não tinha ocorrido) faz sentido neste contexto. Parece provável, portanto, que estes homens propôs alguma forma de ressurreição espiritual como a única ressurreição. Talvez eles ensinaram que a única ressurreição foi a união espiritual com Cristo em Sua morte e ressurreição (conforme Rom. 6: 1-11). Tal ponto de vista teria sido baseado na filosofia grega pagã, talvez gnosticismo incipiente, cujos seguidores acreditavam que o corpo e todas as outras coisas materiais são intrinsecamente maus. Alguns dos gregos de Atenas que Zombou "quando ouviram [Paulo falar] da ressurreição dos mortos" (At 17:32) foram, sem dúvida, em tal dualismo filosófico e ficaram horrorizados com a ideia de o corpo está sendo restaurado em vida após a morte. Himeneu e Fileto , possivelmente, a crença de muitos pagãos que a única imortalidade é na vida efectuado através de sua progênie. Ao negar a ressurreição corporal, eles estavam destruindo a própria fundação do cristão-negando fé tanto a realidade e as implicações da ressurreição de Cristo.

Em sua primeira carta à igreja de Corinto, Paulo deixa claro a importância monumental tanto de Cristo e ressurreição do crente e de uma correta compreensão das verdades. "Se não há ressurreição dos mortos", diz Paulo, "nem mesmo Cristo ressuscitou, e se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vã a vossa fé também é vã Além disso, estamos mesmo encontrado para ser falso. testemunhas de Deus, porque nós testemunhamos contra Deus, que ressuscitou a Cristo, a quem Ele não levantou, se de fato os mortos não ressuscitam, ... E, se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é inútil, você ainda está em sua pecados "(13 46:15-15'>1 Cor. 15: 13-15, 1Co 15:17).

Para negar ou distorcer a verdade sobre a ressurreição é negar e distorcer o coração do Evangelho. Por isso, é uma coisa trágica e condenável para ensinar a mentira sobre essa doutrina. Não se limita a blasfemar contra Deus e denegrir a Sua Palavra, mas inevitavelmente ele vaiperturbar a fé de alguns.

Anatrepō (de virada ) carrega a idéia de tombamento ou derrubar, indicando que a  na posse de alguns dos que ouviram falsos mestres não foi a fé salvadora, que não pode ser derrubado ou destruído. Esses ouvintes aparentemente tinha ouvido o evangelho e foi atraído para o cristianismo como uma possível resposta para a sua busca religiosa. Mas porque não tinha colocado sua  em Cristo como Salvador e Senhor e foram expostos ao engano, eles foram vítimas de ensino corrupto e permaneceu perdido.

Mais uma vez, que a verdade triste revela um dos maiores perigos de um falso evangelho: Mantém algumas almas-ao longo dos séculos, incontáveis ​​milhões de lhes-out do reino.

O falso ensino caracteriza aqueles que não pertencem ao Senhor

No entanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: "O Senhor conhece os que são seus", e: "Vamos todos que profere o nome do Senhor se abster de maldade." (2:19)

O último perigo de falso ensino mencionado aqui é que ele se encaixa aqueles que não são salvos e ímpios.
Paulo novamente faz o seu ponto de contraste. No entanto, ele continua, o firme fundamento de Deus permanece. Ao contrário daqueles que confiam em um esquema satânico da religião, os que são verdadeiramente salvos, que são filhos espirituais de Deus e autênticos discípulos de Jesus Cristo, são parte o firme fundamento de Deus.

Neste contexto, o firme fundamento de Deus parece mais provável para se referir à igreja. Na carta anterior a Timóteo, Paulo fala de "a casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e baluarte da verdade "(1Tm 3:15, ênfase adicionada). A fundação da igreja de Cristo estána verdade ", e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16:18).

Nessa promessa, temos o selo de Deus. A Sphragis ( selo ) era um sinal de propriedade, e Deus colocou Seu divino selo de propriedade sobre a igreja. No fim dos tempos, aqueles "que não têm o selo de Deus em suas testas" serão atormentados pelos gafanhotos (Ap 9:4).

De Deus selo de propriedade é sobre a igreja de duas maneiras. Em primeiro lugar, todos os membros do corpo de Cristo, a igreja, tem a garantia divina de Deus de eleição, em que "o Senhor conhece os que são seus." A fonte desta citação não é certo, mas é possivelmente a partir do livro de Números. Quando alguns israelitas estavam prestes a se rebelar contra o Senhor e Seus líderes designados Moisés e Arão, Moisés declarou a Corá e os outros rebeldes, "O Senhor fará saber quem é seu, e quem é santo, e vai trazê-lo de perto para si mesmo, mesmo aquele a quem ele vai escolher, Ele trará perto de Si mesmo "(Nu 16:5). Como Satanás, falsos mestres podem causar uma grande confusão e apreensão entre o povo de Deus, mas não pode corromper ou destruir o seu povo, porque "Deus escolheu [us] desde o princípio para a salvação" (2Ts 2:1-A).

O Novo Testamento está repleto de tais garantias. "Tudo o que o Pai me dá virá a mim", Jesus promete: "e aquele que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade de daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou, para que de tudo o que ele me deu eu perco nada, mas o ressuscite no último dia. Porque esta é a vontade de meu Pai, que todos os que contempla o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu mesmo o ressuscitarei no último dia "(João 6:37-40). Deus nos escolheu para a salvação em Cristo "antes da fundação do mundo" (Ef 1:4.).

A segunda maneira em que Deus colocou Seu selo sobre a igreja é através da santificação pessoal, a santidade pessoal. Portanto, Paulo diz: "Deixado todos que profere o nome do Senhor se abster de maldade." Essa citação pode ser adaptada a partir da mesma passagem no livro de Números, em que Moisés mais tarde alertou o piedoso: "Apartai agora das tendas destes homens ímpios, e não toqueis nada que pertence a eles, para que não ser varrido em todos os seus pecados "(Nu 16:26). Aqueles que não se separar-se dos rebeldes perversos foram destruídos com eles quando "a terra abriu a boca e os tragou" (v. 32).

Este segundo aspecto da santificação é tanto uma exortação e uma afirmação. A exortação é: "Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos Porque fostes comprados por bom preço: glorificai pois a Deus em seu corpo "(1 Cor. 6: 19-20). Pedro mesmo modo admoesta: "Como é santo aquele que vos chamou, sejam santos vocês também em todo o seu comportamento" (1Pe 1:15).

Mas a nossa santificação também é divinamente afirmou. No versículo em II Tessalonicenses já referido, em que Paulo assegura aos crentes que Deus escolheu para a salvação, ele acrescenta, "pela santificação do Espírito e fé na verdade" (2: 13b). Apesar de nossas muitas falhas e nossa infidelidade freqüente, Deus graciosamente completar a nossa santificação. "Porque estou certo isto mesmo," Paulo testificou, "que aquele que começou a boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus" (Fp 1:6)

Agora, em uma grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata, mas também para os navios de madeira e de barro, e outros para honrar e alguns para a desonra. Portanto, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado, útil ao Senhor, preparado para toda boa obra. Agora fugir das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor ea paz, com aqueles que invocam o Senhor com um coração puro. Mas rejeita especulações tolas e ignorantes, sabendo que produzem contendas.E servo do Senhor não convém contender, mas ser gentil com todos, apto para ensinar, paciente quando injustiçado, corrigindo com mansidão os que estão na oposição, se talvez Deus lhes conceda o arrependimento para conhecerem a verdade, e eles podem vir a seus sentidos e escapar da armadilha do diabo, tendo sido mantida em cativeiro por ele para fazer a sua vontade. (2: 20-26)

Um coro por Audrey Mieir expressa muito bem o espírito de dedicação do qual Paulo fala nesta passagem.
Para ser usado por Deus
Para cantar, falar, para orar.
Para ser usado por Deus
Para mostrar a alguém o caminho.
Anseio muito para sentir
O toque de Sua fogo que consome,
Para ser usado por Deus é o meu desejo.

Cada crente deve ter esse desejo compulsivo de ser usado por Deus em tudo o que Ele escolhe. O fluxo de 2 Timóteo 2 movimentos da chamada para "ser forte na graça que há em Cristo Jesus" (2:
1) para ser "um obreiro que não tem de que se envergonhar" (v. 15), a fim de ser "útil ao Senhor, preparado para toda boa obra" (v. 21).

A Ilustração

Agora, em uma grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata, mas também para os navios de madeira e de barro, e outros para honrar e alguns para a desonra. (02:20)

Como em várias outras cartas, Paulo usa a figura de um navio para descrever os cristãos. Por exemplo, na defesa de direito soberano de Deus para salvar e condenar conforme a sua própria vontade divina e perfeita, o apóstolo pergunta retoricamente, "O oleiro não tem direito sobre o barro, para fazer da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso? " (Rm 9:21). Apontando a nossa total dependência de graça capacitadora de Deus e do poder, a fim de ministro, ele lembrou crentes de Corinto que "temos este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós" (2Co 4:7) e em Seu ensinamento sobre a Ovelhas e caprinos julgamento das nações (Mt 25:1).. Ele enfatiza a mesma verdade em sua primeira carta aos coríntios, dizendo: "Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas agora Deus colocou o membros, cada um deles, no corpo, como quis "(1 Cor. 12: 17-18).

As honrosas navios representam os crentes que são fiéis e úteis para o Senhor. Eles são os bons soldados, os atletas de competição, os agricultores que trabalham duro mencionadas nos versículos 3:6. Em contrapartida, os infames vasos são os soldados covardes, os atletas preguiçosos, indolentes e os agricultores, as pessoas impuras que sirvam exclusivamente para os fins, indistintas mais humildes. Honra e desonrar , portanto, referem-se as formas em que os crentes genuínos são encontrados útil para o Senhor no cumprimento da obra para a qual Ele os chamou. Neste sentido, todos os crentes deveriam ser, mas nem sempre são, vasos de honra.

Alguns líderes de Éfeso, incluindo Timoteo, estavam ficando desanimado e apático. Parte do problema era a sua aparente intimidação por falsos mestres, tais como Himeneu, Alexandre e Fileto, a quem Paulo denuncia especificamente (1Tm 1:20;. 2Tm 2:172Tm 2:17.). Porque Paulo repete muitas de suas fortes advertências a Timóteo e outros líderes em Éfeso, os graves problemas que ele procurou corrigir deve ter sido contínua ou recorrente.

E porque esta carta é dirigida a Timóteo, o superintendente de lugar, ou mais velha, e legado apostólico na igreja em Éfeso, admoestações de Paulo em 2: 20-26 parecem dirigido em primeiro lugar para os líderes daquela igreja. Esta interpretação é corroborada pela referência ao "servo do Senhor" (v 24)., Que, neste contexto, provavelmente, é usado como um termo oficial referindo-superintendentes. Além disso, as características mencionadas nos versículos 24:25 correspondem a diversas qualificações para aquele cargo listado em I Timóteo 3:2-3 e Tito 1:5-9.

Nos versículos 21:26, Paulo apresenta nove características que marcam o crente fiel, temente a Deus que é o vaso de honra. Ele terá uma vida limpa (v. 21-A), uma alma santificada (v. 21b), ser útil a Deus (v. 21-C), estar preparado para o serviço (v. 21-D), tem um coração puro (v. 22) e ter uma mente perspicaz (v. 23), de forma suave (v. 24), um espírito humilde (v. 25-A), e uma atitude compassiva (vv. 25b-26).

A Vida Purificados

Portanto, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, (2: 21a)

Limpa é de ekkathairō , uma forma intensificada de kathairō (da qual nós temos "catarse"), o que significa para limpar completamente, para limpar completamente. Estas coisas referem-se aos vasos de desonra mencionados no verso anterior, de que um homem que é fiel purifica a si mesmo. Como se observa, vasos de desonra estão contaminadas pessoas na igreja, e exortação de Paulo é, portanto, para os crentes piedosos para separar-se da comunhão dos crentes impuros, que não são limpos, não obediente, não submisso ao Senhor, e não o desejo de servir.

O pecado é contagioso, e associação com pessoas abertamente pecaminosos e sem vergonha é moralmente e espiritualmente perigosa. "Aquele que anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos tolos vão sofrer danos" (Pv 13:20). A exortação do Senhor, para os judeus exilados na Babilônia pagã aplica-se a todo crente que procura servir fielmente. "Sai, afastar, sair de lá", proclamou Isaías. "Toque nada imundo; sair do meio dela [Babilônia], purificai-vos" (Is 52:11)..

Um crente imoral e / ou doutrinariamente corruptos, especialmente um líder que é influente, é mais perigoso do que um pagão ou ateu, porque fracos ou descuidados irmãos e irmãs podem assumir-ou racionalizar-que certas práticas e idéias são permitidas, simplesmente porque eles são praticados e ensinada por alguns líderes da igreja.
Paulo explicou aos crentes de Corinto,

Eu lhe escrevi em meu [anterior] carta não devem associar-se com pessoas imorais; Eu não me refiro aos imorais deste mundo, ou com os avarentos e os roubadores, ou com os idólatras; para, em seguida, você teria que ir para fora do mundo. Mas, na verdade, eu escrevi para você não se associar com qualquer chamado irmão se ele deve ser uma pessoa imoral, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; nem mesmo para comer com tal um. Porque, que tenho eu a ver com a julgar os de fora? Não julgais vós os que estão dentro da igreja?Mas aqueles que estão de fora, Deus julga. Retire o perverso do meio de vós. (1 Cor. 5: 9-13)

Você não espera que os incrédulos para pensar, falar e se comportar como cristãos, e sua guarda tende a ser contra a sua influência. Mas, como "tagarelice mundana e vazia" que conduz "a mais impiedade" e se espalha "como gangrena" (2 Tim. 2: 16-17), a associação com os crentes dispostos ímpios, vasos de desonra, inevitavelmente causará alguns dos seus pecados para infectar você, se você perceber, ou não. "Não vos enganeis:" Paulo, portanto, adverte; "As más companhias corrompem os bons costumes" (1Co 15:33). A comunhão com os membros da igreja contaminaram desenvolve tolerância para a seu relatominação.

O serviço fiel do Senhor exige a separação daqueles que podem contaminar você. Aviso Jeremias sobre a associação com israelitas ímpios, Deus disse: "Se você extrair o precioso do inútil, você vai se tornar meu porta-voz. Eles por sua vez pode vir para você, mas como para você, você não deve se voltar para eles" (Jr 15:19). Em outras palavras, a influência deve ser apenas uma forma. Se esses israelitas infiéis foram levados ao arrependimento pela pregação e exemplo de Jeremias, o Senhor será um prazer. Mas o profeta nunca foi para permitir a sua corrupção para infectá-lo.
O escritor de Hebreus dá esta séria advertência: "Vede que ninguém vem curto da graça de Deus, para que nenhuma raiz de amargura, brotando causas problemas, e por ela muitos se contaminem" (Hb 0:15.). Amargura desmarcada, mesmo em um crente que de outra forma é reto, não é um pecado trivial e puramente pessoal. É altamente destrutiva e pode seriamente desmoralizar e enfraquecer uma congregação inteira.

Recusando-se a associar a pecar crentes também é para seu próprio benefício. Se eles não são disciplinados e são prontamente aceitas na comunhão da igreja, eles vão se tornar mais confortável em seu pecado. Ostracismo da igreja, por outro lado, pode ajudá-los a tornar-se envergonhado e arrependido. "Se alguém não obedecer à nossa instrução nesta carta", Paulo instruiu a igreja de Tessalônica, "tomar nota especial de que o homem e não associar com ele, para que ele possa ser confundido" (2Ts 3:14) .

Nenhum cristão deve associar-se com cristãos professos que são moralmente e espiritualmente contaminaram. Não devemos querer estar perto aqueles cuja língua e estilo de vida não honrar a Cristo. Não devemos querer associar com aqueles que têm uma língua crítica, que tolerar o mal em suas vidas e nas vidas de outros crentes, ou cujo compromisso com o Senhor é superficial e artificial. Um vaso para honra não pode ficar honrado e utilizável se é continuamente contaminado por vasos de desonra. Ele não pode permanecer puro além do companheirismo puro.

A alma santificada

santificados, (2: 21b)

Uma segunda característica de um vaso para honra é um santificado alma. Santificados é de hagiazo , que tem o significado básico de ser posto à parte. Um cristão é santificado, separado, de duas maneiras. Negativamente, ele é separado do pecado. Positivamente, ele é separadopara Deus e para a Sua justiça. Assim como os navios no tabernáculo e no templo foram separados de todos os usos mundanas e dedicado exclusivamente a Deus e Seu serviço, por isso são aqueles crentes que são vasos de honra na igreja. O seu objectivo supremo, como cristãos, a Proposito da qual derivam todos os direitos, é servir a Deus. Para que eles se manter puro. Seria inconcebível que um navio poderia alternar entre ser usado para resíduos vil e por comida para os hóspedes. Um navio honrosa é mantido puro.

Santificados traduz um particípio perfeito passivo, indicando uma condição que já existe. Quando confiamos em Jesus Cristo como Senhor e Salvador, Ele imediatamente "se tornou para nós sabedoria de Deus, justiça, santificação e redenção" (1Co 1:30). Cada crente tem sido escolhido por Deus "desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade" (2Ts 2:13; conforme 1Pe 1:21Pe 1:2). O santificado vida é uma vida de pureza, santidade e piedade. É um vaso para honra, digno para o Senhor de usar.

Do lado negativo, o crente está sendo santificado, ou separado, de injustiça. Nossa vida nova, redimida em Cristo é estar em contraste com o nosso antigo, a vida não salvos. "Pois assim como apresentastes os vossos membros para servirem à impureza e à ilegalidade, resultando na ilegalidade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação" (Rm 6:19;. Conforme v 22).. Vasos Honrosa são separados do pecado, do mundo, da carne, de Satanás, e da auto-vontade do velho eu.

Útil para Deus

útil para o Senhor, (2: 21c)

Um vaso para honra é útil para o Senhor. Usando a mesma palavra grega ( euchrēstos ), Paulo posteriormente neste letra fala de Marcos como "útil para mim para o serviço" (4:11). O apóstolo queria Timóteo a ser útil para Jesus Cristo, o Mestre, assim como Marcos foi útil para ele em seu trabalho apostólico.

O desejo mais profundo do coração do próprio Paulo era para ser útil para o Senhor. Ele testificou: "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que você pode ganhar. E todo aquele que luta, exerce domínio próprio em todas as coisas Eles, então, fazê-lo para alcançar uma coroa corruptível, mas nós uma incorruptível "(1 Cor. 9: 24-25).. Por outro lado, era o maior medo do apóstolo que ele perderia sua utilidade para o Mestre por causa do pecado. "Por isso eu corro de tal forma, como não sem objetivo", continuou ele; "Eu caixa de tal forma, não como batendo no ar, mas eu buffet meu corpo e faço dele meu escravo, para que, eventualmente, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser desqualificado" (vv. 26-27).

Mestre traduz despotes , da qual nós temos "déspota". Os cristãos não são simplesmente corretamente relacionados com Deus; eles totalmente pertencem a Deus. Ele é o nosso Mestre soberano, nosso amoroso e benevolente Senhor, que na verdade é o nosso dono. "Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?" Paulo pergunta retoricamente. "Vocês foram comprados por preço" (1 Cor. 6: 19-20).

Preparado para o bom trabalho

preparado para toda boa obra. (2: 21-D)

Um vaso de honra para o Senhor está preparado para toda boa obra. Hetoimazō ( preparado ) carrega a idéia de vontade e dedicação, bem como de prontidão. Like "santificado", preparado traduz de um perfeito passivo, indicando uma condição que já existe. Quando fomos salvos, o Senhor nos colocou em um estado de preparação divina, na qual recebemos o Seu próprio Espírito Santo que habita em nós e nos fortalecer. Temos também a Sua Palavra divina nas Escrituras para nos ensinar a Sua verdade e Sua vontade. Mas ao contrário de um metal, louça de barro, ou recipiente de madeira, um vaso humano tem uma vontade. Nossa preparação completa para o serviço do Senhor, portanto, exige mais do que simplesmente ter Seu Espírito em nós e que possui os talentos e dons particulares Ele tem prestado e sabendo a verdade, Ele revelou. Exige também a nossa vontade genuína e sem reservas para submeter ao Seu Espírito, para usar esses talentos e dons, e para obedecer a Sua verdade revelada em seu serviço e em Seu poder. Nas palavras do hino citado no início deste capítulo, o verdadeiramentepreparado cristão pode honestamente dizer: "Para ser usado por Deus é o meu desejo."

Um coração puro

Agora fugir das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor ea paz, com aqueles que invocam o Senhor com um coração puro. (02:22)

Este verso apresenta cinco características de um coração puro, que em si é uma quinta característica de um navio honrosa para o Senhor. Este verso é quase idêntica à admoestação do apóstolo em sua carta anterior a Timóteo: "Fugi do essas coisas, você homem de Deus; e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e mansidão" (1Tm 6:11.).

O primeiro atributo de um coração puro é negativo, expresso aqui no comando para fugir das paixões da mocidade. Fugir é de phuegō , a partir do qual "fugitivo" é derivado. O verbo grego é aqui um imperativo presente de comando, o que indica que a fuga não é opcional, mas é ser persistente. Esse significado é refletido no termo "fugitivo", que refere-se a uma pessoa que está sempre em fuga, a fim de escapar da captura. O cristão fiel é continuamente na corrida, por assim dizer, a partir das paixões pecaminosas que começaram quando éramos jovens.

Timóteo era cerca de trinta anos mais jovem do que Paulo quando esta carta foi escrita. Ele, portanto, era relativamente jovem e ainda foi tentado por muitos pecaminosas paixões que são característicos dos jovens. Estes desejos envolvem muito mais do que o desejo sexual pecaminoso. Eles também incluem o orgulho, o desejo por riqueza e poder, a ambição desmedida, o ciúme, a inveja, um espírito e de auto-afirmação, e muitos outros pecadores concupiscências.

Timóteo era tímido e, aparentemente, às vezes constrangido por sua estreita associação com o apóstolo Paulo e do evangelho intransigente, proclamou. Ele provavelmente estava com medo de perseguição e não podem ter corajosamente enfrentou todos aqueles que comprometida e mal interpretado verdade revelada de Deus. Ele parece ter sido especialmente intimidado por homens mais velhos na igreja que se ressentiam sua liderança (1Tm 4:12). Perdendo a batalha para paixões da mocidade não iria ajudá-lo a resolver o problema da liderança ou corrigir efetivamente doutrina errada e práticas imorais, mas iria agravar o conflito. Para seu próprio bem e para o bem da igreja, ele estava a fugir de tais tentações e inclinações.

Os próximos quatro atributos de um coração puro são positivos e abrangente: a justiça, a fé, o amor ea paz. Para exercer essas virtudes é o outro lado de fugir das paixões da mocidade. Como em fugir, o verbo grego traduzido perseguir é um imperativo. Paulo não está a fazer uma sugestão.

Um crente que não é executado a partir de pecado e para a justiça será ultrapassada pelo pecado. "Quando [uma] espírito imundo sai de um homem", disse Jesus, "que passa por lugares áridos, buscando repouso, e não encontrando, ele diz:" Eu vou voltar para a minha casa, de onde eu vim. " E quando se trata, se considerar varrido e colocado em ordem Então vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele, e eles entrar e morar lá;. E o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro "( Lucas 11:24-26). A única forma de não "deixem vencer pelo mal" é "vencer o mal com o bem" (Rm 12:21). Entendendo que a verdade, o salmista escreveu: "Como pode o jovem manter puro o seu caminho Ao mantê-lo de acordo com a tua palavra?" (Sl 119:9. O objetivo supremo de um crente com um coração puro é para agradar e glorificar a Deus, prosseguindo integridade, lealdade e confiabilidade. Foi por falta de tais "preceitos mais importantes da lei-" justiça e misericórdia e fidelidade ", isto Jesus execrado os escribas e fariseus hipócritas (Mt 23:23). O cristão verdadeiramente fiéis serão leais a Deus, a Palavra de Deus , a obra de Deus, e ao povo de Deus.

Ele também vai buscar ... o amor, o primeiro e mais importante fruto do Espírito (Gl 5:22.). Das várias palavras em grego que são traduzidos amor, ágape é a mais nobre, porque é a palavra de escolha, não de sentimentos ou sentimento, tão fino como aqueles, por vezes, pode ser.É o amor da mente e da vontade, não de emoção ou afeto, mesmo da mais alta classificação. É o amor de determinação consciente, e não por impulso. É o amor que incide sobre o bem-estar da pessoa amada, e não em auto-satisfação e auto-realização. Ágape amor não é baseada na atratividade ou merecimento daqueles que são amados, mas em suas necessidades, mesmo quando eles são mais desinteressante e indigno. É altruísta e abnegado.

Ágape amor é usado inúmeras vezes do próprio Deus. É que o amor que Deus Pai tem para o seu próprio Filho, Jesus Cristo (Jo 17:26) e para aqueles que pertencem ao Filho pela fé (Jo 14:21). É o amor que nosso gracioso Senhor tem para ainda caído, a humanidade pecadora. (Jo 3:16; Rm 5:8).

Embora a igreja em Éfeso foi uma das congregações mais maduros e fiéis mencionados no Novo Testamento, no momento em que Paulo escreveu suas cartas a Timóteo que estava experimentando grave conflito interno. A previsão de Paulo aos anciãos da igreja como eles se conheceram na praia perto de Mileto já estava sendo cumprida. "Eu sei que depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês", advertiu, "não pouparão o rebanho; e dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si" (Atos 20:29-30). Confrontando tudo isso e manter a paz requer um equilíbrio delicado.

Aqueles que invocam o Senhor é a descrição de cristãos genuínos, referindo-se especificamente ao seu chamado no Senhor para a salvação, pela Sua graça, Sua misericórdia, Seu perdão. Para invocar o Senhor é o equivalente a colocando fé salvadora nEle. "Pois não há distinção entre judeu e grego, porque o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam", garante Paulo crentes em Roma. Citando Jl 2:32, ele acrescenta: "Por 'Aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Rom. 10: 12-13). O apóstolo abre sua primeira carta à igreja de Corinto com estas palavras: "Paulo, chamado para ser apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, eo irmão Sóstenes, à igreja de Deus que está em Corinto, aos que têm santificados em Cristo Jesus, santos chamando, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo , Senhor deles e nosso "(1 Cor. 1: 1-2, ênfase adicionada).

Mas nem todo aquele que invocar o Senhor para a salvação continua a servir fielmente e obedecê-Lo. A partir de um coração puro , portanto, identifica ainda mais os crentes piedosos que se qualificam como vasos honrosas. O termo puro vem da mesma raiz da palavra como "limpa" no versículo 21 e nos leva de volta para onde o pensamento de Paulo começou-a a verdade que um vaso limpo é um útil. Eles continuam a invocar o Senhor para orientação, força e sabedoria para viver para Ele. O cristão com um coração puro, de forma diligente busca a justiça, a fé, o amor ea paz mencionado no primeiro semestre deste versículo. Ele é o "vaso para honra, santificado e útil ao Senhor, e preparado para toda boa obra" mencionado no versículo anterior.

Uma Mente Perspicaz

Mas rejeita especulações tolas e ignorantes, sabendo que produzem contendas. (2:23)

Um vaso de honra a Deus deve desenvolver uma mente perspicaz. Uma mente subterrâneo, mesmo de um crente, está sujeita a enganos, equívocos e confusão, o que inevitavelmente produzir falsa doutrina e de vida pecaminoso. A mente sem discernimento é "jogou aqui e ali por ondas e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia enganam fraudulosamente" (Ef 4:14).

Esse perigo é o que levou Paulo para estabelecer a garantia básica de discernimento com o comando para "examinar tudo com cuidado, apegar-se que o que é bom; abster-se de toda forma de mal" (I Tessalonicenses 5:21-22.).

Paulo também enfatizou a importância do discernimento em sua primeira carta a Timóteo:

Como exortei-vos em cima da minha partida para a Macedónia, permanecer em Éfeso, a fim de que você possa instruí certos homens não ensinar doutrinas estranhas, nem de prestar atenção a fábulas e genealogias sem fim, que dão origem a mera especulação, em vez de promover a administração de Deus, que é pela fé. Mas o objetivo da instrução é o amor de um coração puro, de uma consciência e de uma fé sincera. Para alguns homens, afastar-se dessas coisas, se desviaram para discussão infrutífera. (1 Tm 1: 3-6; conforme 1Tm 4:7). Quando ele termina a carta, ele implora: "Ó Timóteo, guarda o que foi confiado a você, evitando tagarelice mundana e vazia e os argumentos contraditórias do que é falsamente chamado 'knowledge'-que alguns professos e, assim, se desviaram da fé "(6: 20-21).

Como vimos no segundo capítulo da segunda carta, Paulo admoesta o pastor mais jovem para advertir aqueles sob seu cuidado "para não disputar cerca de palavras, o que é inútil, e leva à ruína dos ouvintes" e para "evitar mundana e vazia vibração, por isso vai levar a uma maior impiedade, e sua conversa vai se espalhar como gangrena "(2 Tim. 2: 14-17).

A verdade e pureza de idéias que vão para a mente são de extrema importância. Um automóvel precisa de filtros para prender objetos nocivos na gasolina, óleo e ar. Se não filtrados, mesmo pequenas partículas de poeira ou sujeira pode causar um motor a perder o poder, parar de correr, e sofrer danos permanentes. Da mesma forma, um acúmulo de até mesmo a poluição moral e espiritual aparentemente insignificante pode corromper a mente eo coração do cristão, tornando-o cada vez menos eficaz e útil na obra do Senhor. As coisas que permita a entrada em nossas mentes afetam nosso pensamento, nossas crenças, nossos valores, os nossos motivos, e as nossas prioridades. E o mais boa vontade que lhes permitem entrar, a mais poderosa que nos afetam. O escritor de Provérbios sabiamente observou que "um tolo não tem prazer no entendimento, mas apenas em revelar sua própria mente", e que "Os lábios do tolo trazer contenda, e sua boca clama por açoites" (Pv 18:2) .

Dos dez mil milhões de células mais ou menos no cérebro humano, a grande maioria são utilizadas para memória. E, embora a facilidade de esquecimento torna difícil de acreditar, os cientistas determinaram que tudo o que o cérebro registra que mantém. A passagem do tempo e falta de uso de tornar a informação mais difícil e muitas vezes impossível de recuperar, mas todas as informações recebidas ainda está lá, não importa o quão longe ele se afasta da consciência. As células de memória são interligados por fibras microscópicas igualmente, que permitem aos fatos, idéias armazenados, imagens visuais, sentimentos e experiências para ser associado com os outros para produzir padrões de pensamento, que armazenamento de informações ainda mais permanente no cérebro.

Paulo pode não ter tido conhecimento desses factos da fisiologia, mas ele bem compreendido o poder das idéias sobre a mente de um cristão e sabia que a única proteção contra noções falsas e más é verdade e justiça de Deus. Ele, portanto, aconselhou: "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é certo, o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma excelência e se alguma coisa digna de louvor, deixe sua mente debruçar sobre essas coisas "(Fp 4:8) —eles estão corrompidos por especulações tolas e ignorantes, que os tornam tropeçar e cair, muitas vezes sem saber.

Moros ( tolo ) tem o significado de raiz de ser mentalmente maçante, bobo, ou estúpido, e é a palavra da qual nós temos "idiota". Apaideutos ( ignorante ) significa ignorantes e sem treinamento e muitas vezes levou a idéia adicional de indisciplinado. Zētēsis ( especulações ) refere-se ao que é controverso e seriamente contestado, não tendo certa base na verdade.

Paulo não está, é claro, aconselhando os fiéis a evitar toda a controvérsia e discussão da fé. Estamos para "santificar Cristo como Senhor em [nosso] coração, estando sempre pronto para fazer uma defesa para todo aquele que pede [us] para dar conta da esperança que está em [nós]," e estamos a fazê-lo " com mansidão e respeito "(1Pe 3:15). Paulo passou muito tempo apresentar e defender o evangelho como ele ia de cidade em cidade. "De acordo com o costume de Paulo", relata Lucas, "ele foi para eles [os judeus na sinagoga de Tessalônica], e por três sábados discutiu com eles as Escrituras" (At 17:2). Nas passagens acima, "fundamentadas", "raciocínio" e "discutir" tudo traduzir dialegomai , de onde obtemos o Inglês "diálogo".

Nesta passagem Timóteo, Paulo deixa claro que ele não está falando sobre a discussão responsável da Escritura e da teologia, seja com os incrédulos ou entre os crentes. Ele sim proíbe especulações, debates infrutíferos e improdutivos que ... produzem brigas. Essas especulaçõesnão só são inúteis, mas são ímpios. Eles questionam Escritura, distorcer a verdade, criar dúvida, enfraquecer a fé, minar a confiança no Senhor, muitas vezes, levar a um compromisso de convicções, e produzem contendas. No início deste capítulo, o apóstolo ordenou a Timóteo que "Conjuro-[crentes] na presença de Deus não para disputar cerca de palavras, o que é inútil, e leva à ruína dos ouvintes" (v. 14).

Paulo dá conselhos quase idêntico ao Tito, advertindo-o de "evitar controvérsias tolas, genealogias e contendas e disputas acerca da lei; porque são coisas inúteis e sem valor" (Tt 3:9). O apóstolo dá uma lista expandida de qualificações em sua carta a Tito: "O superintendente deve ser irrepreensível como despenseiro de Deus, não obstinado, não irascível, não dado ao vinho, não briguento, não gostava de torpe ganância, mas hospitaleiro, amando o que é bom, sensato, justo, piedoso, temperante, segurando firme a fiel palavra, que é de acordo com a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na sã doutrina e de refutar os que o contradizem "(Tito 1:7-9).

Os líderes da igreja, são não [a] ser briguento, mas ... bom para todos. Essas qualidades caracterizado Jesus em Sua encarnação. Ele disse de si mesmo: "Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração" (Mt 11:29). Na gravação Jesus 'entrada triunfal em Jerusalém, Mateus cita Zacarias: "Dizei à filha de Sião: Eis o vosso rei vem a ti, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, cria de animal de carga "(Mt 21:5). Além de ser o nosso exemplo, Jesus também é o nosso recurso para ser paciente. Paciência é um fruto do próprio Espírito Santo de Cristo (conforme Gl 5:22), que irá fornecer a força que precisamos para levando o seu fruto.

O efetivo servo do Senhor não está preocupado com a justificar ou defender-se, mas em servir ao Senhor, sem rancor, vingança ou raiva, e com graça, bondade e paciência.

Um espírito humilde

com mansidão (2: 25a)

Prautēs ( Gentilza ) também pode ser traduzida por "mansidão". No antigo mundo grego, a palavra foi usada de potros que foram quebrados para a equitação. Nesse treinamento, deve-se tomar cuidado para trazer a vontade do animal em sua apresentação para o piloto, sem quebrar o seu espírito enérgico e animado. Ao contrário do que a conotação de que "mansidão" muitas vezes carrega hoje, prautēs não tem relação com fraqueza, mas denota poder que está sob controle voluntário.

Novamente Jesus é o exemplo supremo. Nas duas passagens já citadas referindo à sua maneira, o adjetivo praus O descreve como suave, ou manso (Mt 11:29; Mt 21:5), Ele preferiu submeter-se a todas as indignidades, porque isso era a vontade do Pai para ele em sua encarnação.

Da mesma forma, embora a um grau muito mais limitado, o fiel servo de Jesus Cristo, que tem grande força de convicção, e que podem ter autoridade de liderança na igreja, de boa vontade expressa e defende suas convicções e exerce a sua autoridade em um espírito de mansidão. A pessoa verdadeiramente manso é submisso como uma questão de escolha, porque ele quer a obedecer a seu Mestre e para ser como Ele.

Em meu livro Unido Viver Aqui e Agora, eu comentei,

Jesus nunca defendeu, mas quando eles profanaram o Templo de Seu Pai, Ele fez um chicote e vencê-los. Mansidão diz: "Eu nunca vou me defender, mas eu vou morrer defendendo a Deus." Por duas vezes Jesus purificou o templo. Ele criticou os hipócritas. Ele condenou falsos líderes de Israel. Ele destemidamente proferiu juízo divino sobre as pessoas. E ainda que a Bíblia diz que Ele era manso. [Para o cristão, portanto], a mansidão é o poder usado apenas na defesa de Deus ([Chicago: Moody, 1980], 79).
prautēs tipo de Gentilza reflete um espírito de humildade que não se concentra em si, mas no Senhor e em outros em Seu nome. Não tem nada a ver com a impotência ou timidez ou fraqueza ou covardia. É a energia fornecida pelo, e de bom grado colocar sob o controle de, do Espírito Santo, em fiel submissão à Palavra e à vontade de Deus. Quando alguém é verdadeiramente manso, ele fala de si mesmo, mas não de seu Senhor.

Uma atitude compassiva

corrigindo aqueles que estão na oposição, se talvez Deus lhes conceda o arrependimento para conhecerem a verdade, e eles podem vir a seus sentidos e escapar da armadilha do diabo, tendo sido mantida em cativeiro por ele para fazer a sua vontade. (2: 25b-26)

Finalmente, um navio honrosa e servo do Senhor terá uma atitude compassiva. Paulo aqui centra-se na expressão de compaixão e humildade quando corrigindo aqueles que estão na oposição.

Correção é de paideuō , o que significa que para instruir, educar, ou dar orientação. Como os objetos desta instrução são aqueles que ensinam falsa doutrina e viver vidas ímpias, esta instrução particular é na forma de correção.

Grande parte da auto-justiça dos escribas e fariseus foi baseado em sua cuidadosamente seguindo a tradição humana que não tinha base nas Escrituras e muitas vezes estava em contradição nisso. Eles "invalidado a palavra de Deus por causa da [sua] tradição", disse Jesus (Mt 15:6). O fiel servo de Cristo deve ser o instrumento de Deus para corrigir irmãos, independentemente da sua posição na igreja, que persistem em "desejo impiedade e mundano" e para admoestá-los a viver "justa e piedosamente na idade atual."

A motivação dessa correção deve ser o desejo sincero de que talvez Deus lhes conceda o arrependimento. Isso é sempre a motivação de um coração humilde e compassivo. Paulo disse aos imaturos, os crentes do mundo em Corinto: "Eu agora folgo, não porque fostes contristados, mas que fostes contristados para o ponto de arrependimento, pois fostes contristados segundo a vontade de Deus, a fim de que você pode não sofrer perda de qualquer coisa através de nós "(2Co 7:9), "porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado "(Rm 5:5). Não só o Senhor sabe "como resgatar os piedosos da tentação" (II Pedro 2:9), mas Ele ainda promete Seus infiéis, vasos desonrosas que "se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça "(I João 1:9).




Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de II Timóteo Capítulo 2 do versículo 1 até o 26

II Timóteo 2

A cadeia do ensino — 2Tm 2:1-2

O soldado de Cristo — 2Tm 2:3-4 O atleta de Cristo — 2Tm 2:5

O lavrador de Cristo — 2Tm 2:6-7

A lembrança essencial - 2Tm 2:8-10

O delinqüente de Cristo — 2Tm 2:8-10 (cont.) Livre embora preso - 2Tm 2:8-10 (cont.)

O canto do mártir — 2Tm 2:11-13

O perigo das palavras — 2Tm 2:14

O caminho da verdade e o caminho do erro — 2Tm 2:15-18 A ressurreição perdida - 2Tm 2:15-18 (cont.)

O firme fundamento — 2Tm 2:19

Utensílio de honra e de desonra — 2Tm 2:20-21 Conselho a um líder cristão — 2Tm 2:22-26

A CADEIA DO ENSINO

2 Timóteo 2:1-2

Aqui nos

fala de duas

coisas: a recepção e a transmissão da fé cristã.

  1. A recepção da fé está fundada em duas coisas. Fundamenta-se em ouvir. Timóteo ouviu a verdade e a graça da fé cristã pela boca de Paulo. Mas as palavras que ouviu foram confirmadas pelo testemunho de muitos. Havia muitos que estavam prontos para dizer: "Estas palavras, estas promessas são certas, e eu sei, porque o tenho descoberto em minha própria vida." Pode ser que haja muitos de nós que, não têm o dom da expressão,e que não podem nem ensinar nem explicar e expor a fé cristã. Mas até aqueles que não têm o dom do ensino podem ser testemunhas do poder vivente do evangelho, e atestar que todas as promessas são certas.
  2. Mas não só é um privilégio receber a fé cristã; é um dever transmiti-la. Todo cristão deve ver em si mesmo um vínculo entre duas

gerações. Não só recebeu a fé; deve também passá-la a outro.

E. K. Simpson escreve sobre esta passagem: "A tocha da luz celestial deve ser transmitida sem apagar-se de uma geração a outra, e

Timóteo deve considerar-se a si mesmo como um intermediário entre a era apostólica e as eras posteriores." O privilégio de um cristão: é

receber a fé; e transmiti-la é sua responsabilidade.

  1. Deve-se transmitir a fé a homens fiéis que também a ensinem a outros. A Igreja cristã depende desta cadeia ininterrupta de mestres.

Quando Clemente escreveu à Igreja de Corinto, descreveu esta cadeia. "Nossos apóstolos designaram às pessoas antes mencionadas (os anciãos) e depois eles proveram uma continuidade, para que, se essas pessoas dormiam, outros homens aprovados pudessem continuar seu

ministério." O mestre é um elo na cadeia viva que se estende sem rupturas do momento atual até Jesus Cristo. A glória do ensino é que une o presente à vida terrestre de Jesus Cristo.

Estes mestres devem ser homens fiéis. A palavra grega para fiel, pistos, tem uma rica variedade de significados intimamente relacionados. Um homem que é pistos é uma pessoa que crê, que é leal, que é de confiança

e da qual pode-se depender. Todos estes significados estão aqui. Falconer disse que estes homens crentes são tais "que não se renderão

nem perante a perseguição nem perante o erro". O coração de um mestre deve estar tão fixo em Cristo que as ameaças de perigo não o tentem a deixar a senda da lealdade, nem a sedução dos falsos ensinos o façam apartar do caminho reto da verdade. O mestre cristão deve ser constante tanto na vida como no pensamento.

O SOLDADO DE CRISTO

2 Timóteo 2:3-4

A imagem do homem como soldado e a vida como uma militância era bem conhecida pelos romanos e os gregos. Sêneca disse: "Viver é ser

um soldado" (Sêneca, Epístolas, 96, 5). Epicteto disse: "A vida de todo homem é uma espécie de militância, uma militância longa e variada" (Epicteto, Discursos 3, 24, 34). Paulo tomou esta imagem e a aplicou a todos os cristãos, mas muito especialmente aos líderes e servos

destacados da Igreja. Exorta a Timóteo a militar na boa milícia (1Tm 1:181Tm 1:18). Chama Arquipo, em cuja casa havia reuniões da Igreja,, nosso companheiro de milícia (Filemom 2). Chama Epafrodito, o

mensageiro da Igreja de Filipos, "companheiro de milícia" (Fp 2:25). Claramente Paulo via na vida do soldado uma imagem da vida do cristão e do homem que queria servir a Cristo.

Quais eram, então, as qualidades do soldado que Paulo gostaria de ver repetidas na vida cristã?

  1. O serviço do soldado deve ser concentrado. Uma vez que uma

pessoa se alistou na milícia não pode continuar enredando-se ou envolvendo-se nos negócios comuns e cotidianos da vida. Deve concentrar-se em seu serviço como soldado. O código romano de Teodósio dizia: "Proibimos aos homens arrolados no serviço militar comprometer-se com ocupações civis." Um soldado é um soldado e nada mais. Um cristão deve concentrar-se em seu cristianismo. Isso não significa que não deva ver-se envolto com tarefas ou negócios mundanos. Ainda deve viver neste mundo, e deve ganhar o pão; mas

significa que deve usar qualquer tarefa em que esteja envolto para viver e demonstrar seu cristianismo.

  1. O soldado está condicionado pela obediência. O primeiro treinamento que recebe um .soldado está destinado a lhe fazer obedecer

as ordens instintivamente e sem questionamentos. Pode chegar o momento em que esta obediência rápida e instintiva salve sua vida, e a de outros. Num sentido é certo que não é parte do dever de um soldado "conhecer as razões". Envolto como vê-se no meio da batalha, não pode

ver a totalidade da situação. Deve deixar as decisões à comandante que vê todo o campo de batalha. O primeiro dever de um cristão é obedecer a voz de Deus, e aceitá-la ainda que não possa compreendê-la.

  1. O soldado está condicionado para o sacrifício. Muitas vezes acontece que o dever de um soldado não é tanto atacar o inimigo como pôr seu corpo como parede viva entre o inimigo e aqueles que ama. Seu

dever é o de sacrificar-se por aqueles aos que defende.

A. J. Gossip nos relata como, como capelão na Primeira guerra mundial, foi à frente pela primeira vez. A guerra, o sangue, as feridas e a

morte eram novas para ele. Ao ir viu a beira do caminho, deixado atrás logo depois da batalha, o corpo de um soldado vestido com o traje típico escocês. E de algum modo surgiram em sua mente as palavras do

próprio Cristo: "Isto é meu corpo que é dado por vós." A condição essencial da vida de um soldado é a vontade de dar sua vida por um amigo. O cristão deve estar sempre disposto a sacrificar, seja seus requerimentos, seus desejos, sua fortuna, por Deus e por seus

semelhantes.

  1. O soldado está condicionado à fidelidade. Quando o soldado romano se alistava no exército tomava o sacramentum, o juramento de

lealdade a seu imperador.

Alguém recolheu uma conversação entre o Marechal Foch e um oficial durante a Primeira Guerra. "Não deve retirar-se", disse Foch,

"deve ficar a todo custo." "Então", disse o oficial, "isso significa que devemos morrer todos." E Foch respondeu: "Precisamente!"

A virtude suprema de um soldado é ser fiel até a morte. O cristão também deve ser fiel a Jesus Cristo, através de todas as oportunidades e mudanças da vida, até mesmo às portas da morte.

O ATLETA DE CRISTO

2Tm 2:52Tm 2:5

Paulo acaba de usar a imagem de um soldado para representar a um

cristão e agora utiliza outras duas imagens: a do atleta e a do lavrador. Utiliza as três imagens juntas em I Coríntios 9:6-7, 24-27.

Paulo diz que o atleta não ganha a coroa da vitória a não ser que

cumpra os regulamentos da competência. Há algo muito interessante na versão grega que é muito difícil de traduzir. Nossa versão diz lutar legitimamente. O grego é athlein nominos. Nessa realidade é a frase grega utilizada pelos escritores posteriores para descrever a um profissional como oposto a um atleta amador. O homem nominos era aquele que concentrava tudo em seu luta. Sua luta não deve ser algo que só se leve a cabo nos momentos livres, como poderia sê-lo para um amador; era a total dedicação de sua vida para aperfeiçoar-se no tipo de competência que tinha eleito. Aqui nos encontramos, pois, com a mesma idéia que aparece na imagem de Paulo do cristão como soldado. Mais uma vez vemos que a vida de um cristão deve estar concentrada em seu cristianismo assim como a vida de um atleta deve estar no tipo de competição que escolheu. Um cristão dos momentos livres é uma contradição; toda a vida do homem deveria ser um esforço vigoroso em viver seu cristianismo em todo momento e em cada esfera de sua vida.

Quais são então as características de um atleta que Paulo tem em mente?

  1. O atleta é um homem disciplinado e que se nega a si mesmo. Deve manter seu plano de treinamento; não deve deixar que nada interfira com isso. Haverá dias em que quererá deixar seu treinamento e

relaxar seu disciplina; não deve fazê-lo. Quererá dar-se prazeres e

gostos, mas deve rechaçá-los. Haverá momentos em que estará cansado e quererá abandonar; mas um grande atleta moderno, Puskas, o grande jogador de futebol húngaro, aconselha que se não se pode seguir mais, que continue outros dez minutos. O atleta que quer se sobressair sabe que não deve deixar que nada interfira com o nível de aptidão física que obteve. Deve haver disciplina na vida cristã. Há momentos em que não desejamos orar; há outros momentos em que é muito atrativo o caminho fácil; há vezes que o correto é difícil; outras em que queríamos afrouxar nossas normas. Mas o cristão é um homem disciplinado. Deve treinar-se para não deixar de continuar no intento permanente de fazer sua alma pura e forte.

  1. O atleta é uma pessoa que observa as regras. Logo depois da disciplina e as regras da preparação, estão a competência e as regras do jogo. Um atleta não pode ganhar se não competir. O cristão muitas vezes vê-se em competição com seus semelhantes. Deve defender sua fé; deve buscar convencer e persuadir; terá que discutir e debater; terá que defender sua própria posição e atacar a posição de outros. Deve fazê-lo tendo em conta as regras cristãs. Um cristão não deve esquecer sua cortesia, não importa quão ardente seja a discussão. Não importa quão essencial seja ganhar: nunca deve deixar de ser honesto com relação a sua própria posição e justo com a de seu oponente. O odioum theologicum, o ódio dos teólogos, converteu-se num mote e num provérbio. Freqüentemente não há atitude como a religiosa. Mas o verdadeiro cristão sabe que a regra suprema da vida cristã é o amor, e levará esse amor em toda discussão e todo debate em que se veja comprometido.

O LAVRADOR DE CRISTO

2 Timóteo 2:6-7

Para representar a vida cristã Paulo usou a imagem do soldado, a do

atleta e agora a do lavrador. Não se trata do lavrador ocioso, mas sim do

que trabalha, quem deve ser o primeiro em receber sua parte dos frutos da colheita. É seu trabalho que lhe dá o direito de colher e desfrutar-se. Quais eram então as características do lavrador que Paulo queria ver na vida de um cristão?

  1. Muitas vezes o lavrador deve contentar-se, primeiro trabalhando e logo, aguardando. Mais que qualquer outro trabalhador, o lavrador deve aprender que não existem resultados rápidos. O cristão também deve aprender a trabalhar e a esperar. Muitas vezes deve semear a boa semente da Palavra nos corações e mentes dos que o escutam e não ver resultados imediatos. Um mestre deve ensinar, e não encontrar diferenças naqueles a quem ensina. Um pai muitas vezes deve corrigir e guiar, e não ver diferença em seus filhos. O resultado vê-se ao passar dos anos; porque muitas vezes sucede anos mais tarde que essa mesma pessoa jovem, já adulta, ao ter que enfrentar uma tentação dominante, ou alguma decisão difícil, ou algum esforço intolerável, a palavra de Deus volta a sua mente, algum telão do ensino lembrado, alguma frase que caiu em sua memória, a disciplina tem seus frutos, e outorga honra quando sem ela haveria falta de honra, e salvação quando sem ela haveria ruína. O lavrador aprendeu a esperar com paciência, e assim devem fazê-lo o mestre e o pai cristão.
  2. Uma coisa em especial caracteriza a tarefa do lavrador: deve estar preparado para trabalhar a qualquer hora. Durante a colheita podemos ver lavradores trabalhando em seus campos enquanto fica um raio de luz. O camponês não conhece horários. Tampouco deve fazê-lo o cristão. Ninguém pode subtrair tempo a seu cristianismo. O mal de muito que passa por cristianismo é que muitas vezes é espasmódico. Mas o cristão deve ter sempre presente sua tarefa de ser cristão do amanhecer até o entardecer.

Nestas três imagens há uma coisa em comum. O soldado vê-se sustentado pela crença na vitória final. O atleta pela visão da coroa. O

lavrador pela esperança da colheita. Cada um deles submete-se à disciplina e ao trabalho pela glória que obterão. O mesmo acontece com

o cristão. A luta cristã não é uma luta sem fim; não é um esforço sem meta. Sempre vai para alguma parte. E o cristão pode estar muito seguro de que depois do esforço da vida cristã, vem a alegria do céu; e quanto mais se lute maior será a alegria.

A LEMBRANÇA ESSENCIAL

2 Timóteo 2:8-10

Desde o começo desta Carta Paulo tratou que exortar e inspirar a Timóteo em sua tarefa. Lembrou-lhe sua própria fé nele; lembrou-lhe seu herança divina; mostrou-lhe a imagem do soldado, do atleta e do

lavrador cristãos. E agora vem o maior dos chamados: Lembra-te de Jesus Cristo. Falconer chama a estas palavras: "O coração do evangelho paulino". Ainda que qualquer outro chamado à galhardia de Timóteo fracassasse, certamente que a lembrança de Jesus Cristo não fracassaria.

Nas palavras que continuam há três coisas envoltas que devemos lembrar.

  1. Devemos lembrar a Jesus Cristo ressuscitado dos mortos. O

tempo do verbo em grego não implica um ato levado a cabo num momento definido, mas sim uma afirmação contínua que permanece para sempre. Paulo não está dizendo a Timóteo: "Lembra a ressurreição real de Jesus Cristo"; em realidade está dizendo-lhe: "Lembra que Jesus ressuscitou para sempre e está sempre presente; lembra o teu Senhor ressuscitado e presente para sempre." Esta é a grande inspiração cristã. Não dependemos da inspiração de uma lembrança, por maior que seja. Desfrutamos com o poder de uma presença. Quando um cristão deve realizar uma grande tarefa, uma tarefa que não pode senão sentir que está fora de seu alcance, deve enfrentá-la com a segurança de que não o faz sozinho, mas sim está com ele para sempre a presença e o poder do Senhor ressuscitado. Quando os temores ameaçam, quando assaltam as dúvidas, quando a falta de adequação deprime, lembremos a presença do Senhor ressuscitado.

  1. Lembremos que Jesus Cristo nasceu da linhagem de Davi. Este é o outro lado da pergunta. "Lembra a humanidade de seu Mestre", diz Paulo a Timóteo. Não lembramos somente a Alguém que é só Espírito, e uma presença espiritual; lembramos a Um que andou neste caminho, e viveu esta vida, e enfrentou esta luta, e que portanto conhece aquilo pelo que estamos passando. Temos conosco, não só a presença de um Cristo glorificado; também temos a presença de um Cristo que conheceu a luta desesperada por ser um homem, que seguiu até o cruel final a vontade de Deus.
  2. Finalmente, Paulo diz, lembra o evangelho. Lembra as boas novas. Mesmo quando o evangelho exige muito, mesmo quando leva a

um esforço que pareceria estar mais além da capacidade humana, e a um futuro que pareceria cheio de toda classe de ameaças, lembremos que é um evangelho, que se trata das Boas Novas; e lembremos que o mundo

as está esperando. Não importa quão dura seja a tarefa que oferece o evangelho, esse mesmo evangelho é a mensagem de libertação do pecado e a vitória sobre as circunstâncias, para nós e para a humanidade.

De modo que Paulo incita a Timóteo ao heroísmo ao levá-lo a lembrar de Jesus Cristo, a contínua presença do Senhor ressuscitado, a simpatia que flui da humanidade do Mestre, a glória do evangelho para

ele mesmo e para o mundo que nunca o escutou e que espera.

O DELINQÜENTE DE CRISTO

2 Timóteo 2:8-10 (continuação)

Quando Paulo escreveu estas palavras estava na prisão romana, preso com uma cadeia. Isto era literalmente certo, porque durante todo o

tempo que esteve na prisão, de noite e de dia Paulo estaria encadeado ao braço de um soldado romano. Roma não se arriscava a que escapassem seus prisioneiros.

Paulo estava prisioneiro acusado de ser um criminoso. Parece

estranho que até um governo inimigo considerasse um cristão,

especialmente a Paulo, como um delinqüente. Havia dois aspectos nos quais Paulo podia ser considerado um delinqüente pelo governo romano.

Em primeiro lugar, Roma possuía um império quase tão grande como o mundo conhecido então. Era óbvio que tal império fosse sujeito

a crises e tensões. Devia-se manter a paz e todo possível centro de descontentamento e rebelião tinha que ser iluminado. Uma das coisas que mais preocupavam a Roma era a formação de associações. No mundo antigo havia muitas associações. Havia clubes que organizavam

comidas e seus membros se reuniam para comerem juntos. Havia o que chamaríamos sociedades de amigos cujo fim era a caridade para com os familiares de membros que tinham morrido. Havia sociedades

sepultureiras que cuidavam que seus membros fossem bem enterrados. Mas as autoridades romanas eram tão especiais com relação às associações que até estas humildes e inocentes sociedades tinham que

receber uma permissão especial do imperador antes de terem permissão para reunir-se. Os cristãos eram com efeito uma associação ilegal; e essa é uma das razões pelas que Paulo, como dirigente de tal associação,

poderia ter estado na muito séria posição de ser um delinqüente político.

Em segundo lugar, havia outra razão pela que Paulo podia ser considerado um delinqüente. A primeira perseguição dos cristãos esteve

intimamente relacionada com um dos maiores desastres que tenha sofrido a cidade de Roma. Em 19 de julho do ano 64 ao C. se desatou um grande incêndio em Roma. O incêndio ardeu durante seis dias e sete noites e devastou a cidade. Os altares mais sagrados e os edifícios mais

famosos pereceram sob o fogo. Mas pior ainda, destruíram-se os lares do povo. A grande maioria da população de Roma vivia em grandes edifícios de aluguel construídos em geral de madeira, que arderam como

isca. Muitas pessoas se queimaram vivas, outras morreram ou resultaram feridas; perderam a seus familiares e a seus seres queridos; ficaram sem lar e na miséria. A população de Roma viu-se reduzida ao que alguém

chamou "uma vasta irmandade de miseráveis desventurados". Creu-se que ninguém mais que Nero, o próprio imperador, era responsável pelo

incêndio. Diz-se que contemplava o incêndio da Torre de Mecenas e que tinha declarado estar encantado com "a flor e a beleza das chamas".

Diz-se que quando o fogo dava sinais de decair, viam-se homens com mechas ardentes acendendo-o novamente, e que esses homens eram

servos e empregados de Nero. Nero era apaixonado por edificar, e diz-se que acendeu deliberadamente a cidade para construir sobre suas ruínas uma Roma nova e mais nobre. Ninguém saberá jamais com segurança se a história é certa ou não; é provável que o seja. Mas uma coisa é certa:

nada podia terminar com os rumores. Os cidadãos de Roma sem lar e na miséria, estavam seguros de que Nero era o responsável. O governo romano tinha só uma coisa a fazer; devia buscar um bode emissário

sobre o qual fazer recair a responsabilidade e a culpa. E se encontrou um bode emissário.

Deixemos que Tácito, o historiador romano, conte-nos como foi:

"Mas todos os esforços humanos, todos os presentes pródigos do imperador, e as propiciações dos deuses não terminaram com a crença sinistra de que o incêndio era o resultado de uma ordem. Conseqüentemente, para livrar-se das acusações, Nero atribuiu a culpa e infligiu as torturas mais deliciosas a uma classe odiada por suas abominações, a que o povo chamava cristãos" (Tácito, Anais, 15:44).

Obviamente já circulavam calúnias com relação aos cristãos. Sem dúvida os judeus influentes eram responsáveis pelas mesmas. E os odiados cristãos tiveram que levar a culpa do incêndio desastroso de Roma. A primeira perseguição surgiu desse fato e dessa acusação. Paulo era cristão. O que é pior, era o grande líder dos cristãos. E bem poderia ser que parte da acusação contra Paulo tenha sido que ele era um daqueles cujos seguidores eram responsáveis pelo incêndio de Roma e da resultante miséria do povo.

De modo, pois, que Paulo estava na prisão como um criminoso, um prisioneiro político, membro e líder de uma associação legal, e como

membro dessa odiada seita de incendiários, sobre os quais Nero tinha

jogado a culpa da destruição de Roma. Podemos ver facilmente que perante acusações como esta Paulo estava numa situação desesperada.

LIVRE EMBORA PRESO

2 Timóteo 2:8-10 (continuação)

Apesar de estar na prisão sob acusações que faziam impossível sua libertação, Paulo não desmaiava e estava longe de sentir-se desesperado.

Dois grandes pensamentos o sustentavam.

  1. Estava seguro de que, apesar de estar preso, nada podia atar a palavra de Deus.

André Melville foi um dos primeiros arautos da Reforma Escocesa. Um dia o Regente Morton mandou trazê-lo e denunciou seus escritos. Disse: "Não haverá paz neste país até que meia dúzia de homens como você sejam enforcados ou desterrados." Melville respondeu: "Cuidado,

senhor, ameaçando a seus cortesãos dessa maneira. Para mim é o mesmo apodrecer no ar ou na terra. A Terra pertence ao Senhor; minha pátria está em qualquer lugar que se faça o bem. Estava preparado para dar

minha vida quando nem tinha vivido a metade dela, segundo prouvera a meu Deus. Vivi fora de sua terra dez anos tão bem como nela. Não obstante, Deus seja louvado, não está em seu poder enforcar ou exilar a

verdade."

Pode-se exilar um homem, mas não a verdade. Pode-se encarcerar um pregador, mas não à palavra que prega. A mensagem sempre é maior

que o homem. A verdade é sempre mais poderosa que aquele que a leva. Paulo estava seguro de que o governo romano podia encarcerá-lo mas que nunca encontraria uma prisão cujas grades e cadeias pudessem

conter e restringir a Palavra de Deus. Um dos fatos reais da história é o irresistível poder da Palavra de Deus. Se o esforço humano pudesse ter detido o cristianismo, este teria morrido faz muito tempo. Os homens não podem matar o que é imortal.

  1. Paulo estava seguro que o que estava suportando finalmente ajudaria a outros. Seu sofrimento não era inútil e sem proveito. O fato de que ele sofresse ia fazer possível que outros cressem. O sangue dos mártires foi sempre a semente da Igreja; e a luz da pira sobre a qual se queimava os cristãos foi sempre o que acendeu e avivou um fogo que não se pode apagar jamais. Quando alguém tenha que sofrer por seu cristianismo, lembre que seu sofrimento aplaina o caminho para algum outro que virá depois. No sofrimento suportamos nossa pequena porção do peso da cruz de Cristo, e fazemos nossa pequena parte para levar a salvação de Deus aos homens.

O CANTO DO MÁRTIR

2 Timóteo 2:11-13

Esta é uma passagem peculiarmente preciosa porque nela está

emoldurado um dos primeiros hinos da Igreja cristã. Nos dias da perseguição a Igreja expressou sua fé com seu canto. Pode ser que este seja só um fragmento de um hino mais longo. Policarpo (Os 5:2) parece nos dar um pouco mais dele quando escreve: "Se agradamos a Cristo no mundo presente, herdaremos o mundo vindouro; como Ele prometeu nos ressuscitar dos mortos, e disse: 'Se andarmos dignamente com Ele, com Ele reinaremos '."

Estas são as duas interpretações possíveis das primeiras duas estrofes: “Se morremos com ele, com ele também viveremos.” [NVI]

Alguns desejam tomar estas estrofes como uma referência ao batismo. Em Romanos 6 compara-se o batismo com a morte e a ressurreição em Cristo. “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para

que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” “Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com Ele viveremos” (Rm 6:4, Rm 6:8). Sem dúvida alguma a linguagem é a mesmo; mas o pensamento do

batismo não tem vigência aqui; na mente de Paulo está o pensamento do

martírio. Lutero, numa grande frase disse: "Ecclesia haeres crucis est." "A Igreja é a herdeira da cruz." O cristão herda a cruz de Cristo, mas também herda sua ressurreição. O cristão compartilha tanto a vergonha como a glória de seu Senhor.

Assim, pois, o hino continua: "Se sofremos, também reinaremos com Ele." Aquele que sofre até o fim será salvo. Sem a cruz não pode haver coroa.

Logo vem o outro lado da questão: “Se o negarmos, também Ele

nos negará.” Isto é o que o próprio Jesus disse: “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 10:32-33). Jesus Cristo não testemunhará na eternidade por um homem que negou ter que ver com Ele em seu momento; mas será fiel ao homem que, não importa quanto tenha falhado, buscou ser-lhe fiel.

Deus não pode fazê-lo. "Deus não é homem, para que minta, nem filho de homem para que se arrependa" (Nu 23:19). É uma grande

verdade da vida que Deus nunca falhará ao homem que buscou ser fiel, mas nem sequer Deus pode ajudar o homem que se negou a ter que ver com Ele. Faz muito tempo Tertuliano disse: "O homem que teme o

sofrimento não pode pertencer Àquele que sofreu" (Tertuliano, De Fuga, 14). Jesus morreu por ser fiel à vontade de Deus; e o cristão também deve

seguir a mesma vontade de Deus, sejam quais forem as circunstâncias.

O PERIGO DAS PALAVRAS

2Tm 2:142Tm 2:14

Mais uma vez Paulo volta para ao tema do inadequado das palavras. Devemos lembrar que as Epístolas Pastorais foram escritas tendo como pano de fundo os gnósticos que falavam e especulavam e produziam

longas frases e teorias fantásticas, e tentavam fazer do cristianismo uma filosofia recôndita em lugar de uma aventura de fé.

Nas palavras há tanto fascinação como perigo. As palavras podem converter-se em substitutos dos atos. Há gente que se preocupa mais por

falar que por fazer. Se fosse possível salvar o mundo falando, o mundo já teria sido salvado há muito tempo; e se os problemas do mundo se pudessem resolver com a discussão, teriam sido resolvidos há muito tempo. Mas as palavras não podem substituir os atos.

O doutor Johnson foi um dos maiores conversadores de todos os tempos; João Wesley foi um dos maiores homens de ação de todos os tempos. conheciam-se mutuamente, e Johnson tinha uma só queixa sobre

Wesley: "A conversação de João Wesley é boa, mas nunca está tranqüilo. Sempre está obrigado a ir-se a uma hora determinada. Isto é muito desagradável para um homem que gosta de cruzar as pernas e

conversar, como eu." Mas o fato é que Wesley, como homem de ação, escreveu seu nome através da Inglaterra de uma maneira que Johnson, como orador, jamais o fez.

Nem sequer é certo que a conversação e a discussão resolvem os problemas intelectuais. Uma das coisas mais sugestivas que Jesus disse foi: “Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da

doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo” (Jo 7:17). Muitas vezes o entendimento não se alcança falando, mas sim agindo. Na velha frase latina, solvitur ambulando, a coisa será resolvida enquanto se caminha. Freqüentemente acontece que a melhor maneira de

compreender as coisas profundas do cristianismo é mergulhando nos deveres inequívocos da vida cristã.

Resta dizer uma coisa mais. Há momentos em que a muita

conversação pode ser realmente perigosa. Muito bate-papo e muita discussão podem ter duas conseqüências perigosas. Em primeiro lugar, podem dar a impressão de que o cristianismo não é mais que uma coleção de questões para discutir e problemas para solucionar. O círculo de discussão é um fenômeno característico desta época, como disse uma

vez G. K. Chesterton: "Fizemos todas as perguntas possíveis. É tempo de deixar de buscar perguntas e começar a buscar as respostas."

Em qualquer sociedade o círculo de discussão deve ser equilibrado pela ação do grupo. Em segundo lugar, a discussão pode ser estimulante

e fortificante para aqueles cuja aproximação à fé cristã intelectual, para aqueles que têm um pano de fundo de conhecimentos e cultura, para aqueles que são caracteristicamente estudantes, para aqueles que têm um verdadeiro conhecimento de teologia ou interesse em teologia. Mas às

vezes ocorre que uma pessoa de mentalidade mais simples encontra-se num grupo que comenta heresias ou propõe perguntas sem resposta, e pode ser que a fé dessa pessoa, longe de ver-se ajudada, seja perturbada.

Pode ser que Paulo se refira a isso quando diz que as contendas sobre palavras podem perder àqueles que as ouvem. A palavra que normalmente se usa para referir-se ao fortalecimento de uma pessoa na

fé cristã, edificação, é a mesma palavra que literalmente se usa para referir-se à construção de uma casa; a palavra que Paulo utiliza aqui para

perdição (katastrofe) bem pode ser usada para referir-se à

demolição de uma casa. É bem possível que a discussão sagaz, sutil, especulativa, destrutiva, intelectualmente temerária tenha um efeito demolidor, e não construtivo, na fé de alguma pessoa simples que resulta

envolta nela. Como em todas as coisas, há momentos para discutir e momentos para calar.

O CAMINHO DA VERDADE E O CAMINHO DO ERRO

2 Timóteo 2:15-18

Paulo insiste com Timóteo a apresentar-se a si mesmo, entre os falsos mestres, como um verdadeiro mestre da verdade. A palavra que

Paulo emprega para dizer apresentar-se é a palavra grega parastesai, que significa caracteristicamente apresentar-se para o serviço. As seguintes palavras e frases desenvolvem esta idéia de utilidade para e no serviço.

A palavra grega para aprovado é dokimos. Dokimos descreve a tudo o que foi provado e purificado e que está preparado para o serviço. Por exemplo, descreve o ouro ou a prata que foram purificados e limpos de toda liga no fogo. Portanto é usada para referir-se ao dinheiro que é genuíno. É a palavra que se usa para referir-se a uma pedra que foi cortada, provada e está pronta para ser localizada em seu lugar num edifício. Uma pedra com uma imperfeição se marcava com uma A maiúscula, que representava a palavra grega adokimastos, que significa provada e encontrada com carências. Assim Timóteo devia ser purificado e provado para que pudesse ser um instrumento adequado para a tarefa de Cristo, e portanto um trabalhador que não tivesse do que envergonhar-se.

Além disso, insiste-se com Timóteo, com uma frase famosa, a que

maneje bem a palavra de verdade. A palavra grega que responde a esta tradução é muito interessante. É a palavra orthotomein, que literalmente

significa cortar bem. Contém muitas imagens. Calvino a relacionou com um pai que divida os mantimentos durante a refeição, cortando-os

de tal maneira que cada membro da família receba a porção correta, necessária e adaptada. Beza o relacionou com o esquartejamento de uma vítima para o sacrifício de modo que cada parte dela fosse

repartida corretamente para o altar ou para o sacerdote. Os próprios gregos usavam a palavra, ou a frase, com três significados distintos. Usavam-na para referir-se a traçar um caminho reto no campo; a arar sulcos direitos na terra; para referir-se à tarefa de um pedreiro ao cortar e

dar forma a uma pedra de modo que encaixe em seu lugar correto na estrutura de um edifício. De modo que o homem que divide corretamente, que dirige corretamente, a palavra da verdade traça um

caminho reto através da verdade e se nega a ver-se tentado por desvios prazenteiros mas irrelevantes; ara um sulco direito através da terra da verdade; toma cada seção da verdade e a localiza em sua posição

correta, como o faz um pedreiro com uma pedra, impedindo que as partes usurpem um lugar que não lhes está destinado ou uma ênfase

que não lhes corresponde, de modo que desequilibrem toda a estrutura da verdade.

Por outro lado, o falso mestre se envolve no que Paute chamaria "profanas e vãs palavrórios". E então Paulo usa uma frase vívida. Os

gregos tinham uma palavra favorita para progredir (prokoptein). Literalmente significa avançar de frente; significa remover os obstáculos de um caminho de modo que se possa levar a cabo um andar progressivo, direito e ininterrupto. Paulo diz que estes enganadores vãos

progridem cada vez mais na impiedade. Seu progresso é ao reverso. Quanto mais falam, mais se apartam de Deus. Aqui então está a prova. Se no final de um bate-papo e uma discussão, estamos mais perto um do

outro e de Deus, está bem. Mas se no final dela, erigimos barreiras entre nós e deixamos a Deus mais distante e nossa perspectiva dEle se nublou, então, estamos equivocados. O fim de toda discussão e de toda ação

cristã é aproximar o homem a Deus.

A RESSURREIÇÃO PERDIDA

2 Timóteo 2:15-18 (continuação)

Entre os falsos mestres Paulo menciona especialmente a Himeneu e Fileto. Não sabemos quem foram estes homens. Mas obtemos uma breve

visão de seus ensinos ao menos em um de seus aspectos. Diziam que a ressurreição já tinha ocorrido. Isto, é obvio, não se refere à ressurreição de Jesus; refere-se à ressurreição do cristão logo após a morte.

Conhecemos duas falsas perspectivas da ressurreição do cristão que tiveram alguma influência na 1greja primitiva.

  1. Proclamava-se que a verdadeira ressurreição do cristão ocorria

no batismo. É certo que em Romanos 6 Paulo tinha escrito vivamente a respeito de como o cristão morre no momento do batismo e volta para a vida como novo. Havia aqueles que ensinavam que a ressurreição ocorria nesse momento do batismo, e que era uma ressurreição à nova vida em Cristo aqui e agora, e não depois da morte.

  1. Havia aqueles que ensinavam que o significado da ressurreição individual não era mais que o fato de que a pessoa continuava vivendo em seus filhos; que achava sua ressurreição, a continuação de sua vida nos filhos, aqueles que, por assim dizer, continuavam sua vida, e seguiam depois dele.

O problema era que esta classe de ensinos encontrava uma resposta e um eco tanto na ala judia como na ala grega da Igreja. Pelo lado judeu, os fariseus criam na ressurreição do corpo, os saduceus não. Qualquer

ensino que apagasse o conceito da vida após a morte, apelaria especialmente aos saduceus, e estaria de acordo com suas crenças. O problema com os fariseus era que eram ricos, materialistas aristocráticos,

tinham lucros e interesses tão grandes neste mundo que não estavam interessados no mundo por vir.

Pelo lado grego, o problema era muito mais difícil. Nos primeiros

dias do cristianismo os gregos, falando em geral, criam na imortalidade, mas não criam na ressurreição do corpo. A crença mais elevada era a dos estóicos. Os estóicos criam que Deus era o que poderia chamar-se um espírito de fogo. A vida do homem era uma faísca desse espírito de fogo, uma faísca do próprio Deus, uma centelha da divindade. Mas criam que quando um homem morria essa faísca voltava a Deus e era reabsorvida por Ele. Essa é uma crença nobre, mas claramente elimina a sobrevivência pessoal após a morte. O que é pior, os gregos criam que o corpo era totalmente mau. Faziam um trocadilho em seu provérbio: "Soma Sema", "O corpo é uma tumba." A última coisa que desejavam ou criam era a ressurreição do corpo; e portanto eles também estavam propensos a receber qualquer ensino a respeito da ressurreição de cada pessoa que estivesse de acordo com suas crenças.

É óbvio que o cristão não crê na ressurreição deste corpo. Ninguém podia conceber a uma pessoa destroçada num acidente ou morta de câncer despertando no céu com o mesmo corpo; mas o cristão crê de todo seu coração na sobrevivência da identidade pessoal; crê vigorosamente que depois da morte cada um seguirá sendo o que é. E

qualquer ensino que tire essa segurança da sobrevivência pessoal de cada indivíduo fere as próprias raízes da crença cristã.

Quando Himeneu e Fileto, e outros como eles, ensinavam que já tinha ocorrido a ressurreição, já fosse no momento do batismo ou através

dos filhos de uma pessoa, estavam ensinando algo que os saduceus judeus e os filosóficos gregos de maneira nenhuma eram remissos em aceitar; mas também estavam ensinando algo que minava uma das crenças centrais e essenciais da fé cristã.

O FUNDAMENTO FIRME

2Tm 2:192Tm 2:19

Os gregos utilizavam a palavra themelios, fundação em dois sentidos, assim como nós. Referiam-se com ela à base sobre a qual se edifica uma construção; e também a utilizavam no sentido de associação,

sociedade, escola, cidade fundada por alguém. O fundamento de Deus aqui é a Igreja. A Igreja é uma sociedade, uma associação que Deus fundou; a Igreja é a "fundação" de Deus.

Paulo continua dizendo que a igreja tem uma certa inscrição sobre si. A palavra que se utiliza é sfragis. O significado comum de sfragis é selo. O sfragis é o selo que prova a genuinidade ou pertença de alguém.

O selo sobre uma bolsa de mercadoria provava que o conteúdo era genuíno e que não se tinha interferido nele, também indicava a pertença e procedência da mercadoria. Mas sfragis tinha outros usos. Utilizava-se

para denotar a marca, o que chamaríamos marca registrada. Galeno, o médico grego, fala do sfragis de certo frasco de remédio para os olhos, referindo-se à marca ou sinal que mostrava que tipo de remédio para os

olhos continha o frasco. Mais ainda, o sfragis era a marca do arquiteto no edifício. Um arquiteto punha sempre sua marca num monumento, estátua ou edifício, para mostrar que é responsável por seu desenho e ereção. O sfragis pode ser também o sinal ou inscrição que indica o

propósito para o qual se construiu um edifício e a razão pela qual existe.

A Igreja era um sfragis, um selo, uma inscrição que mostra imediatamente o que é e para que a desenhou. Paulo refere-se em duas citações a este selo. Mas a forma em que se cita ilumina muito a maneira em que Paulo, os pregadores e pensadores da Igreja primitiva utilizavam as Escrituras. As duas citações são: “O Senhor conhece os que lhe pertencem”, e “Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor”. O interessante é que nenhuma destas orações é uma citação literal e exata de alguma parte das Escrituras.

A primeira — “O Senhor conhece os que lhe pertencem” — é uma reminiscência de uma afirmação de Moisés a seus amigos rebelados associados a Coré nos dias no deserto. Quando se tinham unido contra Moisés, Moisés disse: “O SENHOR fará saber quem é dele” (Nu 16:5). Mas o texto do Antigo Testamento foi lido, escutado e ouvido à luz da afirmação de Jesus em Mt 7:22,Mt 7:23: “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”. É como se o texto do Antigo Testamento tivesse sido retraducido nas palavras de Jesus.

A. segunda citação — “Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor” — é outra reminiscência da história Coré. O mandato de Moisés ao povo foi o seguinte: “Retirai-vos das tendas destes homens perversos, e não toqueis coisa que lhes pertença, para que não sejais arrebatados em todos os seus pecados” (Nu 16:26, TB). Mas o texto do Antigo Testamento mais uma vez se lê à luz das palavras de Jesus em Lc 13:27, quando Jesus diz àqueles que falsamente proclamam ser seus seguidores: “Digo-vos que não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniqüidade”. A forma em que os escritores do Novo Testamento liam o Antigo Testamento é duplamente interessante, sempre faziam à luz do Novo, e especialmente à luz das palavras de Jesus; e não estavam interessados em exatidões

nem em delicadezas verbais, mas sim diante de qualquer problema levavam o sentido geral de toda a gama da Escritura. E estes dois princípios são ainda excelentes princípios para, à luz dos quais ler e utilizar as Escrituras.

Os dois textos nos dão dois amplos princípios referentes a Igreja.

O primeiro nos diz que a Igreja consiste naqueles que pertencem a Deus, naqueles que se deram a si mesmos a Deus de tal maneira que já não são donos de si mesmos, e o mundo já não os possui, mas sim Deus

é o possuidor. A Igreja consiste naqueles que se entregam a Deus para que Ele os utilize como quiser.

O segundo nos diz que a Igreja consiste naqueles que se apartaram

da iniqüidade. Isso não quer dizer que a Igreja esteja constituída por gente perfeita. Se assim fosse, não haveria Igreja. Tem-se dito que o grande interesse de Deus não é tanto aonde chegou o homem, mas em que direção ele se dirige. E a Igreja consiste naqueles cujos rostos estão voltados rumo à santidade e à retidão. Poderão fracassar e cair muitas vezes, e a meta poderá parecer trágica e angustiosamente longínqua, mas seus rostos estão sempre olhando a meta e seus desejos apontam sempre ao que é justo.

A Igreja consiste naqueles que pertencem a Deus e que se entregaram à luta pela justiça e a retidão.

UTENSÍLIO DE HONRA E DE DESONRA

2 Timóteo 2:20-21

A relação entre esta passagem e aquela que a precede é muito prática. Paulo acaba de dar uma muito grande e elevada definição da

Igreja. A Igreja consiste naqueles que pertencem a Deus e naqueles que estão no caminho da retidão. A resposta óbvia a isto é: se isto é assim, como se explica a existência destes hereges enganadores na 1greja? Como se explica a existência de Himeneu e Fileto na 1greja? A resposta

de Paulo é que em toda casa grande há todo tipo de vasilhas e utensílios;

há coisas de metal precioso e de metal ordinário; há coisas que têm uma utilidade desonrosa e outros cujo uso é honroso. Há toda classe de coisas. O mesmo pode acontecer na 1greja. Enquanto a Igreja seja uma instituição terrestre deve ser uma mescla Enquanto a Igreja consista em homens e mulheres será uma representação da humanidade. Assim como é

preciso todo tipo de pessoas para fazer um mundo, também necessitamos desta característica para conformar a Igreja.

Esta é uma verdade prática que Jesus tinha estabelecido muito antes, na Parábola do trigo e o joio (13 24:40-13:30'>Mateus13 24:40-13:30'> 13 24:40-13:30'>13 24:30, 13 36:40-13:43'>36-43). O centro

nesta parábola, é que o trigo e o joio crescem juntos, e, nas primeiras etapas, são tão parecidos que é impossível separá-los sem arrancar trigo

e joio ao mesmo tempo. Afirmou-o também na parábola da rede de pesca (13 47:40-13:48'>Mateus13 47:40-13:48'> 13 47:40-13:48'>13 47:48). A rede recolhia toda classe de peixes. Em ambas as parábolas, Jesus ensina que a Igreja é necessariamente uma mescla de

gente, que se deve suspender o juízo humano, mas que o juízo de Deus no final será certeiro, e ao chegar esse momento se farão as separações necessárias.

Aqueles que criticam a Igreja porque há nela pessoas imperfeitas e fracos criticam-na porque está composta de homens e mulheres. Não nos é dado julgar; o juízo pertence a Deus.

Mas o dever do cristão é manter-se livre de todas as influências que o contaminem. E se o faz, qual é seu prêmio? Seu prêmio consiste em ser utilizado para o serviço. Não se trata de uma honra nem de um privilégio nem de uma exaltação especial; seu prêmio é um serviço

especial.

Esta é a essência da fé cristã. Um homem verdadeiramente bom não considera sua bondade como algo que lhe dá direito a receber honras e

respeito especiais; sua bondade não o faz erguer-se numa pequena elevação e olhar para baixo. Se for bom, seu único desejo será o de ter cada vez mais trabalho que fazer, porque sua tarefa será seu maior

privilegio. Se for bom, a última coisa que fará será buscar estar à parte, afastado e acima de seus semelhantes. Pelo contrário, buscará estar

abaixo com eles, no pior dos casos, servindo a Deus por meio do serviço a eles. Sua glória não estará na isenção do serviço; sua glória estará num serviço a Deus mais duro e mais exigente. Nenhum cristão deveria pensar em preparar-se para a honra; todo cristão deve pensar em preparar-se para o serviço.

CONSELHO A UM LÍDER CRISTÃO

2 Timóteo 2:22-26

Esta é uma passagem de conselhos muito práticos para o líder e o mestre cristãos.

Deve fugir das paixões da mocidade. Muitos comentaristas têm feito diversas sugestões com relação a quais são estes desejos e paixões da juventude. São muito mais que os desejos e as paixões da carne. Incluem essa impaciência, que nunca aprende a apressar-se devagar, e

que ainda não descobriu que apressar-se muito pode fazer mais mal que bem; essa agressividade que é intolerante em suas opiniões e arrogante ao expressá-las, e que ainda não aprendeu a simpatizar com outros e ver

o bem em seus pontos de vista; esse amor pela disputa que tende a discutir por longo tempo e a agir pouco, que está apaixonado pelas acrobacias mentais, e que possa falar toda a noite e ficar nada mais que

com um montão de problemas sem resolver; esse amor pela novidade, que tende a condenar uma coisa simplesmente porque é velha, e deseja outra simplesmente porque é nova, que despreza o valor da experiência,

e marca como antigo aquilo no que creu a geração anterior. Uma coisa deve-se notar: as faltas da juventude são as faltas do idealismo. Simplesmente o novo, o atual e o intenso da visão é o que faz com que o

jovem se equivoque tanto. Tais faltas não são para serem condenadas austeramente, mas sim devem ser corrigidas com simpatia, porque cada uma delas é uma falta que tem por trás uma virtude escondida.

O líder e o mestre cristãos devem ter como fim a justiça, o que

significa dar aos homens e a Deus o que lhes corresponde; a , que

significa ser fiel e digno de confiança, ambas coisas que provêm de ter confiança em Deus; o amor, cuja determinação total é a de não buscar nada que não seja o melhor para seus semelhantes, não importa o que eles nos façam, e que desterrou para sempre o amargo e o desejo de vingança; a paz, que é a relação correta da comunidade de amor com Deus e com os homens. E todas estas coisas devem buscar-se com os que de coração limpo invocam a Deus. Um cristão nunca deve viver sozinho, separado nem afastado de seus semelhantes. Deve encontrar sua força, sua alegria, seu apoio na comunidade cristã.

Como disse João Wesley: "Um homem deve ter amigos ou fazer-se amigo deles; porque ninguém nunca foi só ao céu".

O líder cristão não deve ver-se envolto em controvérsias néscias. Tais disputas são precisamente a maldição da Igreja cristã. A maldição da Igreja moderna é que os argumentos geralmente são duplamente

néscios, porque raramente se referem às grandes questões da vida, a doutrina e a fé, mas sim quase sempre se referem a pequenezes sem importância. Uma vez que um líder vê-se envolto em controvérsias

néscias e não cristãs traiu todo o seu direito a ser um dirigente.

O líder cristão deve ser amável com todos; mesmo quando tem que criticar e assinalar uma falta, deve fazê-lo com suavidade e nunca ferir.

Deve ser apto para ensinar; não só deve conhecer a verdade, mas também deve ser capaz de comunicá-la; e o fará, nem tanto falando a respeito da verdade, como vivendo de tal maneira que mostre a Cristo aos homens. Deve ser sofrido; como seu Mestre, se é denegrido, não

deve denegrir; deve estar capacitado foi a aceitar o insulto e a injúria, os desprezos e as humilhações como Jesus o fez. Poderá ter pecados maiores que a suscetibilidade, mas não há nenhum que faça mais dano à

Igreja cristã. Deve disciplinar a seus oponentes com mansidão; sua mão deve ser como a de um cirurgião. Não deve equivocar-se em encontrar a parte doente, nem causar dor desnecessária em momento algum. Deve

derreter a frigidez da oposição com o calor do amor. Deve amar os homens, não golpeá-los para que se submetam à verdade.

A última oração desta passagem está escrita num grego muito fechado, mas parece ser uma esperança de que Deus despertará o arrependimento e o desejo pela verdade nos corações dos homens, de modo que aqueles que caíram na cilada e na armadilha do diabo possam ser resgatados enquanto suas almas ainda estão vivas, e sejam levados a obedecer a vontade de Deus por meio da tarefa do servo de Deus. É Deus quem desperta o arrependimento; é o líder cristão aquele que abre a porta da Igreja para o coração penitente.


Dicionário

Arrependimento

Arrependimento é o sentimento de pesar por faltas cometidas, ou por um ato praticado. Neste último sentido se diz a respeito de Deus, como se vê em Gn 6:6 – 1 Sm 15.11, etc. – e, semelhantemente, as ações divinas são, a outros respeitos, apresentadas por meio de ter-mos que se aplicam propriamente em relação ao homem (Gn 8:1 – 11.5). os profetas, em muitas das suas passagens, chamam o homem ao arrependimento dos seus pecados e à mudança de vida (is 55:7Jr 3:12-14Ez 14:6Jl 2:12-13). Com respeito a alguns exemplos de arrependimento e confissão de pecados, no A.T., *veja Nm 12:11 – 1 Sm 15.24 a 31 – 2 Sm 12.13 – 1 Rs 21.27 a 29 – 2 Cr 12.6,7. No N. T. uma palavra traduzida por ‘arrependimento’ denota pesar por coisa feita (Mt 21:30), e é usada em relação a Judas (Mt 27:3). outra palavra (na sua forma verbal ou substantiva) exprime uma mudança de idéias, que se manifesta numa mudança de vida e de propósitos. É a palavra usada na pregação de Jesus (Mt 4:17, etc.), na dos Apóstolos (At 2:38 – 5.31, etc.), nas Epístolas (Rm 2:4, etc.), e no Apocalipse (2.5, etc.).

[...] é apenas a preliminar indispensável à reabilitação, mas não é o bastante para libertar o culpado de todas as penas. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 5

[...] é o prelúdio do perdão, o alívio dos sofrimentos, mas porque Deus não absolve incondicionalmente, faz-se mister a expiação, e principalmente a reparação. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

[...] arrepender-se significa sentir dor ou pesar (por faltas ou delitos cometidos); mudar de parecer ou de propósito; emendar-se; corrigir-se.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 41

O arrependimento não é a remissão total da dívida, é a faculdade, o caminho para redimi-la. E é nisso que consiste, segundo o código de Kardec, o perdão do Senhor.
Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - O Paracleto

O arrependimento é, com efeito, um meio de chegar ao fim, de chegar à expiação produtiva, à atividade nas provações, à perseverança no objetivo. É uma venda que se rasga e que, permitindo ao cego ver a luz brilhante que tem diante de si, o enche do desejo de possuí-la. Mas, isso não o exime de perlustrar o seu caminho. Ele passa a ver melhor os obstáculos, consegue transpô-los mais rapidamente e com maior destreza e atinge mais prontamente o fim colimado. Nunca, porém, vos esqueçais desta sentença. A cada um de acordo com as suas obras. As boas apagam as más. Todavia, o Espírito culpado não pode avançar, senão mediante a reparação.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

[...] caminho para a regeneração e nunca passaporte direto para o céu [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

A concepção instrumental do tipo ético é a que compreende a arte como um instrumento de elevação moral. [...]
Referencia: TOURINHO, Nazareno• A dramaturgia espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Ética estética

[...] no plano da cultura, a Arte será sempre, e cada vez mais, a livre criação do ser humano em busca da beleza.
Referencia: TOURINHO, Nazareno• A dramaturgia espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Epíl•

[...] A Arte é a mediunidade do Belo, em cujas realizações encontramos as sublimes visões do futuro que nos é reservado.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

A arte pura é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda exteriorização do ideal, a divina manifestação desse mais além que polariza as esperanças da alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 161


Arrependimento Decisão de mudança total de atitude e de vida, em que a pessoa, por ação divina, é levada a reconhecer o seu pecado e a sentir tristeza por ele, decidindo-se a abandoná-lo, baseando sua confiança em Deus, que perdoa (Mt 3:2-8); (2Co 7:9-10); (2Pe 3:9). O comp lemento do arrependimento é a FÉ 2. E os dois juntos constituem a CONVERSÃO. V. REMORSO.

arrependimento s. .M 1. Ato de arrepender-se; pesar sincero de algum ato ou omissão. 2. Contrição. 3. Mudança de deliberação.

Arrependimento Em hebraico, o termo utilizado é “teshuváh”, que procede de uma raiz verbal que significa voltar ou retornar.

No Antigo Testamento, é um chamado constante dos profetas para afastar-se do mau caminho e viver de acordo com a Aliança. Em nenhum caso, indica a obtenção do perdão mediante o esforço humano, mas receber o perdão misericordioso de Deus para seguir uma vida nova de obediência a seus mandamentos.

Nos evangelhos, o conceito de arrependimento (“metanoia” ou mudança de mentalidade) é um conceito essencial, equivalente à conversão, que se liga ao profetismo do Antigo Testamento, mostrando-se distanciado do desenvolvimento do judaísmo posterior. Jesus insiste na necessidade de arrepender-se porque chegou o Reino de Deus (Mc 1:14-15) e afirma que se perecerá se não houver arrependimento (Lc 13:1-5).

O arrependimento jamais é uma obra meritória, mas uma resposta ao chamado amoroso e imerecido de Deus (Lc 15:1-32). O arrependimento é, portanto, voltar-se à graça de Deus, recebê-la humilde e agradecidamente e, então, levar uma vida conforme os princípios do Reino. E até mesmo àquele que se arrepende e já não tem possibilidade de mudar de vida, porque está prestes a morrer, Deus mostra seu amor, acolhendo-o no paraíso (Lc 23:39-43).


remorso, pesar, contrição, atrição, compunção, penitência. – Segundo Lacerda, arrependimento “é o sentido pesar, a pena pungente de haver cometido erro ou culpa, acompanhado do desejo veemente de emenda e reparação. – Indica a palavra remorso, no sentido translato, o remordimento, a angústia que nos atormenta a consciência quando delinquimos, ou perpetramos algum grave delito. – Pesar é a recordação molesta e penosa causada pela falta que se cometeu. – Contrição é palavra religiosa, e significa a dor profunda e sincera de ter ofendido a Deus por ser quem é, e porque o devemos amar 27 E, no entanto, o uso autoriza o emprego desta palavra tratando-se de qualquer substância que dá perfume. 208 Rocha Pombo de todo o coração sobre todas as coisas. A contrição alcança-nos o perdão de Deus; o tempo diminui o pesar; a reparação aquieta o arrependimento; os remorsos, porém, perseguem o malvado impenitente até à sepultura”. – Atrição é quase o mesmo que contrição: é também termo de teologia, e exprime a ideia de que o atrito se impressiona mais com o castigo do que com a dor da consciência. – A compunção (define Bruns.) “é uma contrição levada ao mais alto grau, pois é a dor profunda (e amargurada) de ter ofendido a Deus, dor que não provém do receio do castigo, senão do verdadeiro amor divino...” – Penitência é ao mesmo tempo “a compunção, o arrependimento do contrito, com o desejo de sofrer penas que lhe resgatem a culpa cometida”.

Dara

-

hebraico: pérola da Sabedoria ou coração de sabedoria

Dará

-

Deus

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...



i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Mansidão

substantivo feminino Característica ou condição do que é manso.
Que possui o gênio brando; que é suave e pacífico; de temperamento fácil; meiguice.
Falta de agitação; sem pressa; desprovido de inquietação; tranquilidade ou brandura.
Etimologia (origem da palavra mansidão). Manso + idão.

É a força revestida de veludo. É a calma, a tranqüilidade e o equilíbrio emocional. A mansidão é necessária para agradar a Deus, para a convivência e para manter a paz.

Mansidão Modo de agir pacífico e bondoso; delicadeza (Sf 2:3); (1Co 4:21).

Mansidão Uma das qualidades específicas que se percebem na personalidade de Jesus (Mt 11:29). Essa palavra não deve ser identificada com o fatalismo, nem com a resignação, nem com a passividade. Pelo contrário: implica uma atitude positiva diante de Deus e dos seres humanos, como a manifestada por Jesus como Rei manso e humilde (Mt 21:5. Comp.com Zc 9:9ss.).

Porventura

advérbio Demonstra que o falante expressa, no plano hipotético, o teor da oração que pretende modificar; por hipótese, por acaso: se porventura ela aparecer, você me chama?
Em frases interrogativas, geralmente em interrogações retóricas; por casualidade: o professor é porventura o escritor deste livro? Porventura seguiremos unidos até o final?
Etimologia (origem da palavra porventura). Por + ventura.

Resistir

verbo transitivo indireto e intransitivo Não ceder ao choque de outro corpo: o ferro frio resiste ao malho; no calor, o plástico não resiste.
verbo transitivo indireto Opor força à força; defender-se: resistir aos ataques do inimigo.
Figurado Conservar-se firme, não sucumbir, não ceder: resistir à fadiga, à tentação.
Durar, subsistir, conservar-se: apesar de doente, vou resistindo.
verbo intransitivo Ter comportamento que salvaguardam a própria vida: com o perigo eminente, preferiu não resistir.
Etimologia (origem da palavra resistir). Do latim resistere.

resistir
v. 1. tr. ind. Oferecer resistência a. 2. tr. ind. Não ceder, não se dobrar; defender-se. 3. tr. ind. Fazer face a (um poder superior); opor-se. 4. tr. ind. e Intr. Conservar-se firme e inabalável; não sucumbir. 5. tr. ind. Não aceder; negar-se, recusar-se. 6. tr. ind. Sofrer, suportar. 7. tr. ind. e Intr. Conservar-se, durar, subsistir. 8. tr. dir. Ant. Oferecer resistência a.

Ver

verbo transitivo direto e intransitivo Captar a imagem de algo através da visão; enxergar: viu o dia claro; infelizmente, ela não vê.
Diferenciar pela visão; avistar: no fim do caminho, viram a praia; suas propriedades chegavam até onde se conseguia ver.
verbo transitivo direto e pronominal Olhar fixamente para alguma coisa, para alguém ou para si mesmo: via o pôr do sol; via-se no lago límpido.
Marcar um encontro com; encontrar: espero te ver outra vez; viam-se na igreja.
Estar em contato com alguém; permanecer num relacionamento com: depois do divórcio, o filho nunca mais viu a mãe; nunca mais se viram.
verbo transitivo direto Servir como testemunha; presenciar: viu o crime.
Possuir conhecimento sobre; passar a conhecer: nunca vi um carro tão bom.
Demonstrar cautela em relação a; cuidar: é preciso ver os buracos da estrada.
Passar a saber; começar a entender; descobrir: vi o resultado daquela ação.
Visitar alguém para lhe oferecer um serviço: o mecânico foi ver a geladeira.
Fazer uma visita para conhecer um lugar ou para o revisitar: preciso ver a Europa.
Fazer uma consulta com; consultar-se: viu um curandeiro.
Assumir como verdadeiro; constatar: você não vê a realidade dos fatos?
Começar a perceber determinada coisa; reparar: eu vi o aluno machucado.
Realizar deduções acerca de; chegar a determinadas conclusões; concluir: após analisar as provas, o juiz viu que o réu era inocente.
Figurado Imaginar coisas que não existem; fantasiar: vê falsidade em tudo.
Figurado Fazer previsões; prever: ele já via seu futuro glorioso.
Realizar um interrogatório sobre; analisar minuciosamente; perguntar: abra a porta e veja quais são suas intenções.
Fazer uma pesquisa sobre algo; estudar: preciso ver o seu trabalho.
Avaliar como ótimo ou aprazível: o que ele viu nesse emprego?
Fazer alguma coisa, buscando alcançar determinado resultado: preciso ver se consigo o trabalho.
verbo transitivo direto predicativo e pronominal Criar um julgamento acerca de algo, de alguém ou de si próprio; avaliar-se: vê os avôs com carinho; naquela situação, viu-se desempregado.
Estar em determinada circunstância ou estado: viu sua vida acabada pela tragédia; vimo-nos desesperados na viagem.
verbo pronominal Ter uma percepção sobre si próprio: viu-se desesperado.
verbo bitransitivo Buscar alguma coisa para; providenciar: preciso ver uma roupa nova para você.
substantivo masculino Maneira de pensar; opinião: a meu ver, o trabalho foi um desastre.
Etimologia (origem da palavra ver). Do latim videre.

verbo transitivo direto e intransitivo Captar a imagem de algo através da visão; enxergar: viu o dia claro; infelizmente, ela não vê.
Diferenciar pela visão; avistar: no fim do caminho, viram a praia; suas propriedades chegavam até onde se conseguia ver.
verbo transitivo direto e pronominal Olhar fixamente para alguma coisa, para alguém ou para si mesmo: via o pôr do sol; via-se no lago límpido.
Marcar um encontro com; encontrar: espero te ver outra vez; viam-se na igreja.
Estar em contato com alguém; permanecer num relacionamento com: depois do divórcio, o filho nunca mais viu a mãe; nunca mais se viram.
verbo transitivo direto Servir como testemunha; presenciar: viu o crime.
Possuir conhecimento sobre; passar a conhecer: nunca vi um carro tão bom.
Demonstrar cautela em relação a; cuidar: é preciso ver os buracos da estrada.
Passar a saber; começar a entender; descobrir: vi o resultado daquela ação.
Visitar alguém para lhe oferecer um serviço: o mecânico foi ver a geladeira.
Fazer uma visita para conhecer um lugar ou para o revisitar: preciso ver a Europa.
Fazer uma consulta com; consultar-se: viu um curandeiro.
Assumir como verdadeiro; constatar: você não vê a realidade dos fatos?
Começar a perceber determinada coisa; reparar: eu vi o aluno machucado.
Realizar deduções acerca de; chegar a determinadas conclusões; concluir: após analisar as provas, o juiz viu que o réu era inocente.
Figurado Imaginar coisas que não existem; fantasiar: vê falsidade em tudo.
Figurado Fazer previsões; prever: ele já via seu futuro glorioso.
Realizar um interrogatório sobre; analisar minuciosamente; perguntar: abra a porta e veja quais são suas intenções.
Fazer uma pesquisa sobre algo; estudar: preciso ver o seu trabalho.
Avaliar como ótimo ou aprazível: o que ele viu nesse emprego?
Fazer alguma coisa, buscando alcançar determinado resultado: preciso ver se consigo o trabalho.
verbo transitivo direto predicativo e pronominal Criar um julgamento acerca de algo, de alguém ou de si próprio; avaliar-se: vê os avôs com carinho; naquela situação, viu-se desempregado.
Estar em determinada circunstância ou estado: viu sua vida acabada pela tragédia; vimo-nos desesperados na viagem.
verbo pronominal Ter uma percepção sobre si próprio: viu-se desesperado.
verbo bitransitivo Buscar alguma coisa para; providenciar: preciso ver uma roupa nova para você.
substantivo masculino Maneira de pensar; opinião: a meu ver, o trabalho foi um desastre.
Etimologia (origem da palavra ver). Do latim videre.

ver
v. 1. tr. dir. e Intr. Conhecer por meio do sentido da visão. 2. tr. dir. Alcançar com a vista; avistar, enxergar. 3. pron. Avistar-se, contemplar-se, mirar-se. 4. tr. dir. Ser espectador ou testemunha de; presenciar. 5. tr. dir. Notar, observar. 6. tr. dir. Distinguir, divisar. 7. pron. Achar-se, encontrar-se em algum lugar. 8. tr. dir. Atender a, reparar, tomar cuidado e.M 9. tr. dir. Conhecer. 10. tr. dir. Ler. 11. tr. dir. Visitar. 12. tr. dir. Prever. 13. tr. dir. Recordar. Conj.: Pres. ind.: vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem; pret. perf.: vi, viste, viu etc.; imperf.: via, vias etc.; .M-q.-perf.: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram; fut. do pres.: verei, verás etc.; fut. do pret.: veria, verias etc.; pres. subj.: veja, vejas etc.; pret. imperf.: visse, visses, etc.; fut.: vir, vires etc.; imper. pos.: vê, veja, vejamos, vede, veja.M

Verdade

substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
[Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.

Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

[...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

[...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

[...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

[...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

[...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

[...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

[...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

[...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

[...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

[...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

A verdade é a essência espiritual da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21


Verdade
1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).


Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
II Timóteo 2: 25 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Em mansidão paternalmente- instruindo- corrigindo aqueles que estão se opondo, a ver se porventura lhes dê Deus arrependimento para pleno- conhecimento da verdade,
II Timóteo 2: 25 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

G1325
dídōmi
δίδωμι
bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
(baths)
Substantivo
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G1922
epígnōsis
ἐπίγνωσις
conhecimento
(knowledge)
Substantivo - dativo feminino no singular
G225
alḗtheia
ἀλήθεια
verdade
(truth)
Substantivo - dativo feminino no singular
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G3341
metánoia
μετάνοια
acender, queimar, colocar fogo
([that] you shall set)
Verbo
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3811
paideúō
παιδεύω
estar cansado, estar impaciente, estar triste, estar ofendido
(so that they wearied)
Verbo
G4219
póte
πότε
vasilha, bacia
(and its basins)
Substantivo
G4240
praÿtēs
πραΰτης
[e] gentileza
([and] gentleness)
Substantivo - feminino acusativo singular
G475
antidiatíthemai
ἀντιδιατίθεμαι
um sacerdote no reinado de Davi
(and Eliashib)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


δίδωμι


(G1325)
dídōmi (did'-o-mee)

1325 διδωμι didomi

forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

  1. dar
  2. dar algo a alguém
    1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
      1. dar um presente
    2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
    3. suprir, fornecer as coisas necessárias
    4. dar, entregar
      1. estender, oferecer, apresentar
      2. de um escrito
      3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
        1. algo para ser administrado
        2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
    5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
    6. fornecer, doar
  3. dar
    1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
      1. dar, distribuir com abundância
    2. designar para um ofício
    3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
    4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
      1. como um objeto do seu cuidado salvador
      2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
      3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
      4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
  4. conceder ou permitir a alguém
    1. comissionar

Sinônimos ver verbete 5836


εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

ἐπίγνωσις


(G1922)
epígnōsis (ep-ig'-no-sis)

1922 επιγνωσις epignosis

de 1921; TDNT - 1:689,119; n f

  1. conhecimento preciso e correto
    1. usado no NT para o conhecimento de coisas éticas e divinas

Sinônimos ver verbete 5894


ἀλήθεια


(G225)
alḗtheia (al-ay'-thi-a)

225 αληθεια aletheia

de 227; TDNT - 1:232,37; n f

  1. objetivamente
    1. que é verdade em qualquer assunto em consideração
      1. verdadeiramente, em verdade, de acordo com a verdade
      2. de uma verdade, em realidade, de fato, certamente
    2. que é verdade em coisas relativas a Deus e aos deveres do ser humano, verdade moral e religiosa
      1. na maior extensão
      2. a verdadeira noção de Deus que é revelada à razão humana sem sua intervenção sobrenatural
    3. a verdade tal como ensinada na religião cristã, com respeito a Deus e a execução de seus propósitos através de Cristo, e com respeito aos deveres do homem, opondo-se igualmente às superstições dos gentios e às invenções dos judeus, e às opiniões e preceitos de falsos mestres até mesmo entre cristãos
  2. subjetivamente
    1. verdade como excelência pessoal
      1. sinceridade de mente, livre de paixão, pretensão, simulação, falsidade, engano

θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

μετάνοια


(G3341)
metánoia (met-an'-oy-ah)

3341 μετανοια metanoia

de 3340; TDNT - 4:975,636; n f

  1. como acontece a alguém que se arrepende, mudança de mente (de um propósito que se tinha ou de algo que se fez)

μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


παιδεύω


(G3811)
paideúō (pahee-dyoo'-o)

3811 παιδευω paideuo

de 3816; TDNT - 5:596,753; v

  1. treinar crianças
    1. ser instruído ou ensinado
    2. levar alguém a aprender
  2. punir
    1. punir ou castigar com palavras, corrigir
      1. daqueles que moldam o caráter de outros pela repreensão e admoestação
    2. de Deus
      1. purificar pela aflição de males e calamidade
    3. punir com pancada, açoitar
      1. de um pai que pune seu filho
      2. de um juiz que ordena que alguém seja açoitado

πότε


(G4219)
póte (pot'-eh)

4219 ποτε pote

da raiz de 4226 e 5037; adv

  1. quando?, em que tempo?

πραΰτης


(G4240)
praÿtēs (prah-oo'-tace)

4240 πραυτης prautes

de 4239; TDNT - 6:645,929; n f

  1. gentileza, bondade de espírito, humildade

ἀντιδιατίθεμαι


(G475)
antidiatíthemai (an-tee-dee-at-eeth'-em-ahee)

475 αντιδιατιθημαι antidiatithemai

de 473 e 1303; v

  1. colocar-se em oposição, opor-se, retaliar, fazer a outrem o que nos fez

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo